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Sumário
O Modelo para Melhoria ....................... 3
Por que usar um modelo .................... 3
Quem desenvolveu o modelo ............ 4
Conteúdo do modelo ......................... 4
Estrutura do Modelo .......................... 5
As Três Questões Fundamentais ........... 7
Uso das Três Questões Fundamentais9
Exemplos de utilização – Iniciativas
de Melhoria ..................................... 11
Exemplo de utilização – Atividades de
Rotina .............................................. 15
Como estruturar as Três Questões
Fundamentais .................................. 17
PDSA – O Ciclo de Aprendizado e
Melhoria .............................................. 21
Usando o ciclo PDSA ...................... 22
Fases do PDSA ................................ 23
Resumo ................................................ 33
Referências .......................................... 36
O Modelo para Melhoria
Por que usar um modelo
Um processo ou um produto que não tenha
qualidade representa uma oportunidade pa-
ra melhoria.
No entanto, quando você está ocupado li-
dando com problemas e tentando resolver
questões de clientes, pode ser muito difícil
identificar o que provoca o problema.
Na verdade, é provável que existam várias
causas.
Se você tentar melhorar a situação sem
primeiro analisá-la cuidadosamente, poderá
criar mais problemas.
Melhorar processos e produtos de forma
consistente requer uma abordagem estrutu-
rada.
Precisamos de um modelo para seguir em
busca de melhorias.
3
Quem desenvolveu o modelo
O Modelo para Melhoria foi primeiramente
publicado por Moen e Nolan (1987) e ampli-
ado por Langley, Nolan e Nolan (1994).
Em 1996, Langley, Nolan et. al. abordaram-
no com profundidade no livro "The Impro-
vement Guide: A Practical Approach to
Enhancing Organizational Performance", e
sua forma básica pode ser imaginada como
um método para realizar melhorias, mas
também como uma maneira de pensar,
aprender e agir nas atividades de rotina.
Conteúdo do modelo
modelo
Certos fatos sobre como uma organização
ou um indivíduo faz melhorias são refletidos
no Modelo.
Há sempre algum tipo de objetivo, declarado
ou implícito.
Há sempre algum nível de conhecimento
sobre o assunto (conhecimento atual), e há
sempre uma estratégia desdobrada em
ações (ciclos) a adotar para atingir o objeti-
vo.
4
A organização aprende com essas ações, e
este novo aprendizado então se torna parte
do conhecimento atual.
Como um método para melhorias, o Modelo
é uma estrutura flexível para guiar qualquer
tipo de esforço de melhoria.
O Modelo também fornece um guia para o
uso de ferramentas e métodos numa aplica-
ção específica.
A existência desta estrutura freqüentemente
trará conforto na realização de mudanças
numa organização e ajudará as pessoas a
saberem o que fazer na seqüência.
Em resumo, ajuda a organização a fazer
melhorias mais rapidamente e de forma efi-
ciente e eficaz.
Estrutura do Modelo
O Modelo consiste de duas partes de igual
importância.
A primeira, o momento de reflexão, consiste
em Três Questões Fundamentais que são
essenciais para guiar os esforços de melho-
ria.
5
A segunda, o momento de aprendizado e
ações, consiste no uso do ciclo de aprendi-
zado desenvolvido por Deming e Shewhart,
o ciclo PDSA (Plan, Do, Study e Act).
6
As Três Questões Fundamen-
tais
O modelo, que será apresentado a seguir, é
construído com base nas seguintes conside-
rações:
Consideração 1
Consideração 2
7
Nem toda mudança resulta em melhoria.
É preciso estabelecer critérios para saber
quando uma mudança é uma melhoria.
Dessa consideração, temos a segunda
questão do modelo:
Q2. Como saberemos que uma mudança é
uma melhoria?
Para saber se uma mudança é uma melho-
ria, necessitamos de dados, sejam eles ob-
servados ou formalmente coletados.
Consideração 3
8
uma etapa do processo, em várias etapas
ou no processo como um todo.
9
para elas em quase todas as atividades que
são desenvolvidas em uma organização.
10
Exemplos de utilização – Iniciativas
de Melhoria
Exemplo 1: Melhoria em um Processo de
Compras
Contexto
Uma Fundação de uma Universidade é res-
ponsável por realizar compras (material
permanente, material de consumo etc.) para
professores (executores) que têm convênios
com organizações externas.
A Fundação está recebendo uma grande
quantidade de reclamações dos executores
dos convênios, a maior parte delas relacio-
nada com atrasos nas compras realizadas
por ela.
A Diretoria da Fundação decidiu realizar
uma iniciativa para melhorar o desempenho
do processo de compras.
11
Fazer mudanças no processo de compras
com o objetivo de melhor atender às expec-
tativas dos executores dos convênios.
Deve ser dada ênfase na redução do tempo
para realizar pedidos de compras.
12
Exemplo 2: Iniciativa de Melhoria de Imple-
mentação de Produtos em Clientes
Contexto
Em um banco há uma divisão chamada "Di-
visão Comercial para Empresas".
Essa divisão está enfrentando dificuldades
em aumentar a lucratividade bem como o
número de clientes.
Dentro da Divisão há uma área responsável
pela implementação de produtos para os
clientes (empresas).
Os clientes estão reclamando da quantidade
de interações com o banco e com o tempo
para completar a implementação dos produ-
tos.
13
Q1. O que queremos realizar?
14
informações necessárias) e testar a valida-
ção de bloquetos via e-mail (hoje tudo é fei-
to via correio).
Contexto
Um novo funcionário do departamento de
contabilidade notou que as faturas emitidas
aos clientes eram preenchidas com data de
pagamento "contra apresentação". Ele levou
a questão ao seu superior da seguinte ma-
neira:
Funcionário: Chefe, não seria melhor co-
locarmos a data de paga-
mento combinada nas fatu-
ras? Notei que usamos "con-
tra apresentação" em todas
elas. (Q3)
15
Superior: Parece interessante, mas o
que você pretende com essa
mudança? (Q1)
Funcionário: Na empresa em que eu tra-
balhava, a gente fazia dessa
maneira também, mas depois
que passamos a deixar claro
a data combinada na fatura,
os atrasos quase desapare-
ceram. (Q1)
Superior: E será que desta forma tam-
bém será bom pra nós? (Q2)
Funcionário: Não havia pensado nisso.
Sugiro fazer o seguinte: va-
mos emitir metade das notas
deste mês na forma atual e
metade com data marcada.
Assim podemos medir o atra-
so dos pagamentos e compa-
rar as duas situações, e en-
tão decidiremos, ok? (Q2)
Superior: Ok, vamos em frente!
16
Como estruturar as Três Questões
Fundamentais
Q1. O que queremos realizar?
17
Verbo no infinitivo + complemento
Os verbos tipicamente utilizados são: redu-
zir, aumentar, melhorar etc. O complemento
fornece informação sobre os indicadores
que serão utilizados na iniciativa.
Fronteiras para as atividades
As fronteiras para as atividades estabele-
cem restrições ao escopo da iniciativa. Que
mudanças não podem ser feitas? Que áreas
não podem ser impactadas? Que indicado-
res não poderão ser afetados?
18
se de dados coletados formalmente dos
processos.
No caso de uma iniciativa de melhoria, é
necessário extrair, dos objetivos, os indica-
dores que se pretende impactar com as mu-
danças que serão realizadas.
Em geral é necessário coletar dados sobre
os indicadores com uma periodicidade ade-
quada.
Os dados devem geralmente cobrir um perí-
odo anterior ao início das mudanças, e um
período durante e após as mudanças. Con-
forme mudanças forem sendo feitas no pro-
cesso, o comportamento dos indicadores
deve fornecer subsídios para julgar se as
mudanças são melhorias.
Exemplo: Um grupo foi designado para me-
lhorar um processo de entregas. O indicador
escolhido foi o percentual de entregas no
prazo. Veja como o gráfico do indicador
mostra os resultados dos esforços de me-
lhoria:
19
Q3. Que mudanças podemos fazer que re-
sultarão em melhoria?
Um bom processo é aquele em que as pes-
soas têm facilidade de fazer as coisas cer-
tas e dificuldade de cometer erros. Isto tam-
bém vale para produtos. As idéias para ob-
termos boas mudanças nos produtos e pro-
cessos podem vir de 4 meios:
Análise crítica sobre processo/produto
atual
Uso de novas tecnologias
Pensamento criativo
Uso de conceitos de mudança.
20
Este último item pode ser estruturado com
base em experiências bem sucedidas de
melhoria. O livro "The Improvement Guide"
apresenta 70 conceitos de mudança dividi-
dos em nove grupos:
A. Eliminar o desperdício
B. Melhorar o fluxo de trabalho
C. Otimizar estoques
D. Mudar o ambiente de trabalho
E. Melhorar a relação cliente/fornecedor
F. Gerenciar o tempo
G. Gerenciar a variação
H. Desenhar sistemas que evitam erros
I. Focar no produto/serviço oferecido
21
Pessoas em organizações necessitam ter
em mãos uma forma de aplicar o Método
Científico em suas atividades, para aprender
de uma forma mais efetiva.
Walter Shewhart e W. Edwards Deming de-
senvolveram um processo para aplicar o
Método Científico em atividades realizadas
nas organizações.
Esse processo é conhecido como Ciclo de
Aprendizado ou Ciclo PDSA (Plan, Do, Stu-
dy, Act).
O Ciclo PDSA é o componente do Modelo
para Melhoria que guia o aprendizado.
22
Uso em seqüência
Em uma iniciativa de melhoria, ciclos PDSA
são utilizados para entender a situação atual
de um processo, e para desenvolver, testar
e implementar mudanças – e um ciclo "pu-
xa" o outro.
Fases do PDSA
As quatro fases do ciclo PDSA são descritas
a seguir.
Plan (Planejar)
23
No Plan descrevemos os objetivos específi-
cos do ciclo em questão e um plano para
realizá-los. Os elementos básicos desta fase
são:
Do (Fazer)
24
A análise dos dados tem início para respon-
der às perguntas formuladas no Plan.
A fase DO é um momento de muito aprendi-
zado, que não pode deixar de ser documen-
tado.
Study (Estudar)
A terceira fase exige que seja dedicado um
tempo para a análise dos dados.
Técnicas de análise de dados e de proces-
sos podem ajudá-lo nessa etapa.
Concluída a análise dos dados, é possível
comparar os resultados obtidos com as pre-
dições, e temos duas situações:
Se não há contradição entre o predito e o
observado, reforçam-se as teorias atuais.
Diferenças entre os resultados obtidos e as
predições resultam em novo conhecimento
adquirido.
Act (Agir)
25
Nessa fase, você decide o que fazer a se-
guir, com base nos aprendizados obtidos.
Quais novas dúvidas foram levantadas?
Qual será o objetivo de seu próximo ci-
clo de PDSA?
Quais são os próximos passos?
26
PDSA: Exemplo 1
27
R$ 3.000.
STUDY
28
Mais de 80% dos valores estão abaixo de R$ 2.000,
sugerindo que um processo mais simples pode ser
desenvolvido para essas compras.
ACT
29
Que decisões (ações) serão tomadas com o que foi
aprendido?
PDSA: Exemplo 2
PLAN
Objetivo: Conhecer como se comportam os erros de
preenchimento de ordens de compra
Questões Predições
1. Qual é a porcentagem de 1. Em torno de 4%, e o pro-
ordens com erros? Esse in- cesso está estável.
dicador está estável?
2. Os erros mais freqüentes
2. Quais tipos de erros são são valores incorretos
mais freqüentes?
30
Plano de coleta e análise de dados
31
Os erros mais freqüentes são: falta de preço, falta
de termos de frete e falta de ponto de origem, con-
trariando a predição.
ACT
Que decisões (ações) serão tomadas com o que foi
aprendido?
32
Resumo
Os seguintes itens resumem algumas das
idéias chaves com relação ao Modelo para
Melhoria:
33
(planejar), Do (fazer), Study (estudar) e
Act (agir).
34
A figura abaixo ilustra o Modelo para Melho-
ria.
35
Referências
Langley, G.; Moen, R.; Nolan, K.; No-
lan, T.; Norman, C.; Provost, L. (2005)
The improvement Handbook: Models,
Methods and Tools for Improvement.
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36
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