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1. Introdução 4
8. Considerações finais 42
9. Bibliografia 43
10. Glossário 43
Lista de Tabelas
A Gestão de Processos têm uma filosofia que foi desenvolvida no mercado através
da história. Os principais pontos são:
● Focar em processos, não em tarefas (pensar no propósito e no fluxo);
3.1 O problema
Antes que pudesse se dar conta, nosso jovem coordenador se viu completamente
perdido sem entregar nada. Sua rotina era basicamente atender aos pedidos dos
gerentes, que variavam entre “melhore meu processo” a “analise os meus dados”.
3.2 A Organização
Nosso coordenador então decidiu implementar ferramentas para melhorar a
gestão de seus processos. A primeira coisa a ser feita foi organizar tudo que ele fazia.
Para isso, fez uma Descrição de Negócios de sua área, representada na Figura 2.
Em seguida, ele se sentou com o seu chefe e expôs tudo o que fazia. Ele também
questionou qual seria o objetivo de sua área. O resultado foi descrito na Figura 3:
Em seguida, ele fez um benchmarking com seus colegas de curso para entender
como cada um realizava cada atividade. Com isso, ele pode escrever um POP
(Procedimento Operacional Padrão) para as atividades de:
● Seleção de oportunidades;
● Avaliação de mérito;
● Priorização de projetos.
3.6 Os resultados
Após a aplicação das ferramentas, a organização ficou melhor. Todos os gerentes
foram informados do novo procedimento de seleção de projetos.
Os seguintes resultados foram obtidos:
● A taxa de projetos completados no prazo saiu de 30% para 90%;
● Os projetos foram capazes de gerar ganhos na ordem de R$ 700.000, no primeiro
ano.
● Nosso herói foi promovido de novo!
Essa etapa é vital para o entendimento macro dos processos. Ela vai nos ajudar a
entender se estamos de fato trabalhando da maneira correta. Lembre-se:
● Consulte as lideranças;
● Consulte os clientes (internos e externos);
● Entenda o que agrega ou não valor para eles.
Ela é geralmente a primeira coisa a se fazer, pois o gerente deve estar consciente
do que deve gerenciar.
A Figura 7 exemplifica uma descrição de negócios para o processo de prestação
de contas e mostra o que é importante ter no centro do documento: a missão.
Esse documento serve de consulta para a Gestão de Processos. Tem como função
entender o valor da área de marketing na geração de valor para o cliente, a própria
organização.
Segue na Figura 8 o exemplo da planilha de modelo preenchida.
O ponto principal dessa segunda etapa é focar a atenção das pessoas da área e
os recursos disponíveis em entregar o que é necessário para a empresa crescer. Para
isso, sempre avaliamos, com base no que é importante, o que está com boa qualidade
ou não. Se não soubermos entregar o que é necessário, vamos ter que aprender.
Várias estratégias podem ser usadas para identificar os processos críticos, assim
como visto na Figura 9.
Para saber medir a maturidade de um processo é preciso ter feito uma avaliação
histórica na organização. A Tabela 1 apresenta, como exemplo, critérios de maturidade
já estabelecidos na FM2S.
Para os processos não definidos e pouco desenvolvidos são classificados como 1 e
2. Já quando o processo está definido e a gestão está de acordo com o seu propósito,
são classificados como 3 e 4. Enfim, os processos mais maduros são aqueles que a
equipe já investiu em sua melhoria e seus resultados são esperados.
7.2.2 Métricas
Uma vez que os processos foram priorizados, vamos discutir sobre como resolver
estes problemas. Portanto, vale lembrar a citação “o que não é medido, não pode ser
gerenciado”, atribuindo importância às métricas.
O assunto métricas é abordado nos próximos tópicos. Em seguida um exemplo
será estudado sobre o tema.
O Histograma representa uma curva normal. A maioria dos processos tem uma
média de 60% a 70% de maturidade e, no exemplo, a maturidade destacada está acima
da média.
Processos com esse nível de maturidade têm mensuração, os produtos e serviços
atendem ao padrão de qualidade e a equipe consegue aplicar projetos de melhoria.
Dessa maneira a empresa deve focar em melhorar processos com uma maturidade
menor.
Perguntas comuns que os treinadores podem usar com equipes para gerar
conversas sobre potenciais KPI incluem:
● Como outros departamentos similares de outras empresas estão medindo a sua
eficácia? (exemplo: vendas → faturamento, marketing digital → número de leads,
área de melhoria → projetos concluídos, etc.);
● Há alguma perspectiva do cliente que pode ser medida? (como por exemplo,
reclamações, menções nas redes sociais, etc.);
● Há alguma perspectiva de consumo de recursos (financeiros ou não) que seriam
mais interessantes? (gasto com energia elétrica, custo por produto, custo de
refugo, etc.);
● Há uma meta de crescimento? (aumento de vendas, aumento de produção, etc.);
● Há algum parâmetro de processo claro a ser trabalhado? (tempo de ciclo,
produtividade, etc.)
7.3.6 O Benchmarking
Nas ferramentas de busca da internet, benchmarking está definido como o
“processo de avaliação da empresa em relação à concorrência, por meio do qual
incorpora os melhores desempenhos de outras firmas e/ou aperfeiçoa os seus próprios
métodos”. Em seu sentido literal significa “nivelar”, ou seja, o objetivo é beneficiar o
desempenho competitivo.
Alguns tipos de benchmarking:
● Competitivo (que analisa diretamente a concorrência);
● Genérico (que analisa processos similares de outras empresas);
● Interno (que analisa outras áreas da empresa);
● De cooperação (acordo entre duas empresas que desejam melhorar
mutuamente);
● Funcional (focada em algum aspecto específico, como a gestão financeira).
São nesses âmbitos que usamos o benchmarking na Gestão de Processos. Ele usa
de um método formal, com alguma estrutura, para fazer observações e, em seguida,
usar as informações coletadas para a gestão.
Entretanto, eles não são as únicas coisas que temos que avaliar.
Assim como é impossível fazer um bolo com ingredientes estragados, um
processo não entrega qualidade com entradas ruins.
Ainda sobre os insumos, muitas vezes temos outro problema grave: eles não
existirem. Isso se chama desconexões.
Nossos indicadores de verificação tem que analisar a ocorrência dessas
desconexões. Durante a etapa do mapeamento, também precisamos entender como
acabar com elas. Esse assunto será abordado nos próximos tópicos.
Iremos seguir com técnicas para mapear e entender fluxos e procedimentos. Vale
dizer que nem sempre precisamos usar tudo que foi colocado aqui. Muitas vezes, uma
simples ida ao local de trabalho vai te permitir entender o que está acontecendo. Use o
bom senso.
7.4.2 Mapeamento
Mapear é diferente de desenhar o processo. Nessa fase:
1. Defina o escopo do mapeamento;
2. Defina os limites do seu mapeamento (e projeto);
3. Identifique e entreviste os envolvidos no processo;
4. Conecte os SIPOCs e monte um fluxograma;
O mapeamento dos processos, quando bem feito, traz uma série de benefícios
para a equipe de melhoria. Com ele é possível ter muitos ganhos:
● Facilita o aprendizado da equipe sobre o processo;
● Torna o que está acontecendo visível;
● Demonstra papéis e relações entre os envolvidos no processo;
● Identifica gargalos, desconexões, etapas desnecessárias, etc.
● Permite medir o tempo das atividades;
● Identifica “quick wins” do projeto.
7.4.5 Padronização
A padronização engloba os padrões técnicos do produto, bem como os
procedimentos operacionais para produzi-lo. Além disso, levam-se em conta as
atividades dos processos relacionadas ao controle da qualidade. Dessa forma, a
padronização contribui para a estabilização dos processos, harmonizando a mão de obra
com os demais elementos: com efeito, o conjunto máquina, método, mão de obra e
material conecta-se formando um poderoso sistema de produção.
7.4.5.1 Objetivos
A padronização é o alicerce do gerenciamento. Todo padrão possibilita que a
entrega de um processo seja feita com qualidade. Ele é a linha básica para a supervisão
do processo, que deve garantir a sua execução. Iremos abordar esse passo mais
adiante.
Um bom padrão:
● É claro e objetivo;
● Descreve claramente o objetivo (indicador, meta) de determinado processo ou
atividade;
● Descreve os meios (procedimentos) para a sua realização.
7.4.5.2 Documentação
Após definido o processo, temos que garantir a sua documentação. A
documentação é um material precioso no treinamento dos colaboradores e na supervisão
do trabalho.
Algumas ferramentas nos ajudam:
● Fluxogramas;
● Instruções de trabalho;
● Procedimentos Operacionais Padrão (POPs);
● Apresentações;
● Planilhas e outros documentos que tangibilizem o trabalho.
Quanto ao emocional, é preciso que o líder alinhe as pessoas com a cultura da
empresa. Os valores compartilhados devem ser reforçados, bem como proporcionar uma
perspectiva de crescimento. Além disso, temos que atuar nos fatores higiênicos que
podem “desmotivar” uma pessoa a trabalhar.
O lado emocional será abordado nos tópicos:
● O Lado Humano;
● Os fatores essenciais de uma equipe;
● Motivação.
7.5.3 Equipes
Podemos definir Equipe como “grupo de pessoas reunidas para uma tarefa ou
ação”.
O propósito é, por definição, algo central em uma equipe. O propósito muda
para cada equipe e propósitos diferentes possuem necessidades diferentes, o que deve
ser contemplado. É importante que a equipe que trabalha no processo tenha um
propósito claro e bem definido.
Porém além do propósito, para o trabalho em equipe funcionar direito, existem
algumas necessidades básicas que a estrutura de trabalho deve oferecer. Quais seriam
essas necessidades?
Em uma equipe fracassada, é possível refletir sobre suas ações:
● O que fazia essa equipe fracassar?
● Havia um propósito claro?
● Como era a comunicação?
● Haviam papéis claramente definidos?
7.5.4 Motivação
Uma das perguntas mais frequentes quando falamos do lado humano dos
processos é: Como deixar motivada a minha equipe?
Entretanto, sabemos que essa solução é muito pessoal. Quem tem experiência
em posição de liderança sabe que o trabalho de motivação é algo bastante
“personalizado”, demandando bastante entendimento de cada um e da situação.
É muito forte o papel das diferenças pessoais.
Cada pessoa possui um modelo mental, ou seja, uma forma de pensar. Essa
forma de pensar é dependente da cultura de cada um e de suas experiências de vida.
As pessoas se comportam conforme suas próprias motivações intrínsecas. Cada
um tem um fator de motivação e desmotivação, que depende de seus modelos mentais
Assim como na Figura 25, os líderes devem saber como alinhar as motivações de
cada um, com o propósito da empresa. Isso geralmente acontece com um entendimento
e engenharia de cada um dos modelos mentais
8. Considerações finais
A gestão de processos consiste no gerenciamento de um negócio através do
controle de processos, ou seja, através de uma visão sistêmica da organização.
Sua função é equilibrar e promover o alto desempenho de todos os processos de
uma organização e a interação entre eles, com o propósito de atingir com sucesso os
objetivos organizacionais.
Geralmente, quando queremos implementar a Gestão de Processos, seguimos os
passos:
1. Descrever o objetivo da área e enxergar seus processos;
2. Entender quais são os processos críticos;
3. Definir indicadores de desempenho (também chamados de KPI’s) e metas para
estes processos;
4. Mapear e padronizar os processos críticos;
5. Organizar as pessoas e recursos;
6. Criar dispositivos para Gerir para Melhorar.
9. Bibliografia
DEMING, W. E. A Nova Economia para a Indústria, o Governo e a Educação.
Qualitymark, janeiro 1997.
STONE, D.; HEEN, S.; PATTON, B. Conversas Difíceis. Campus, janeiro 1999.
WHITE, B. Lean Daily Management for Healthcare. Productivity Press, 1 julho 2016.
10. Glossário
● 5W2H - 5W2H é uma técnica muito eficaz para orientar as pessoas de forma
simples e clara, como entender determinadas situações (necessidades,
problemas), documentá-las, identificar alternativas e gerar um plano de ação
para solucioná-las.
○ Basicamente, você tem um roteiro (passo a passo) que é uma sequência
de perguntas para entender a questão sendo avaliada e gerar um plano de
ação que pode ser usada e adaptada para vários tipos de situações como
por exemplo:
○ Resolver um problema;
○ Planejar as aquisições;