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trato urinário
Anatomia do Sistema Urinário
EPITÉLIO DA BEXIGA:
Possui uma característica peculiar referente as
células do epitélio de transição, sua
capacidade de se rearranjar nos diferentes
estados de preenchimento da bexiga.
- cheia: as células deslizam umas sobre as
outras, tomando o epitélio mais delgado, à cheia
medida que aumenta a capacidade da bexiga
- vazia: feixes de fibras musculares lisas
separadas por tecido conjuntívo com feixes de
fibras colágenas
UROTÉLIO
No estado relaxado, aparenta
uma espessura de quatro a sete
células, com células basais
cúbicas ou colunares, células
intermediárias poliédricas e
células superficiais globosas ou
em guarda-chuva
No estado distendido, são
observados dois ou três estratos
celulares, e as células
superficiais tornam-se
pavimentosas
O exame de Citologia Urinária
Memb nuclear
difusa
Elementos normais
Células uroteliais intermediárias: células mais volumosas que as basais e
apresentam-se em formas bizarras, de padrão morfológico variado, geralmente
poligonal ou piramidal
- Com núcleo único, duplo ou raramente múltiplo
- Citoplasma basofilico translucido ou as vezes denso, em certa ocasiões finamente
vacuolado
- Cromatina granular ou regular, podendo exibir nucléolo
Cromatina regular
nucléolo
Citoplasma
translucido
Elementos normais
Células uroteliais superficiais: são as maiores e descamam isoladas
- Citoplasma basofillico ou eosonifilico, translucido e por vezes vacuolado, com
frequentes inclusões e granulações intracitoplasmáticas
- Núcleo pode ser único ou múltiplo, com moderado nucléolo e cromatina regular ou
granular
- Sua forma citoplasmática pode variar, sendo aplanada e com aspecto cuboide,
arredondado ou poligonal
binucleação
nucléolo
Elementos normais
Células epiteliais escamosas: podem descamar da área do
trígono, da parte proximal da uretra ou representar
contaminação vaginal no momento da coleta (podem ser
superficiais, intermediarias ou basais)
intermediária
superficial
parabasal
Elementos normais
Células da vesícula seminal: podem mimetizar células maligna
devido à sua hipercromasia cromatínica e cariomegalia
- Id facilitada pela presença de numerosos pigmentos amarelados
no citoplasma
Elementos normais
Células tubulares renais: pequenas ovais, cilíndricas, ou
cuboides, com núcleos redondos com tendência a picnose e
citoplasma granular.
- Pouco frequentes em urina espontânea
Elementos normais não celulares
Cristais
- não apresentam significado clínico relevante
- Origens: desordens metabólicas; influencia do pH, densidade e
temperatura; empo entre a coleta e o preparo da amostra
urinária
Elementos normais não celulares
Cilindros
- apresentam significado clínico
- estruturas proteicas gerados nos rins em túbulos contornados distais ou
coletores e que, em indivíduos normais, podemos encontrar pequena
quantidade do tipo hialino (sem anexos celulares)
- em casos de patologias do trato renal, os cilindros se apresentam em
grande quantidade e contem anexos que refletem a fisiopatologia
glomerular e/ou tubular relacionada, anexos esses que podem ser as células
oriundas de seu local de formação
- divididos em: cilindros hemáticos (associado à doença renal intrínseca);
cilindros leucocitários (relacionado com pielonefrites); cilindros de células
epiteliais (relacionado a lesões tubulares renais); cilindros granulosos
(associado à doença renal tubular ou glomerular, rejeição a transplante
renal, submissão à urografia ou disfunção fisiológica do sistema renal);
cilindros céreos (relacionado à insuficiência renal, rejeição a transplante
renal, doenças agudas do trato urinário ou estease do fluxo urinário);
cilindros gordurosos (associado à síndrome nefrótica, casos de diabetes,
degeneração renal e intoxicações por mercúrio ou etilenoglicol)
Granuloso
Leucocitário
Hemático
Hialino
Achados Benignos
Algumas alterações celulares de origem traumática ou infecciosa podem
ser observadas e devem ser analisadas com atenção
A. Litíase presença de cálculos renais
- perda do padrão arquitetural celular, alta celularidade descamada em
grupamentos compactos e coesos, geralmente planos, mas com possíveis
áreas de sobreposição das células, mantendo formatos arredondados ou
até mesmo papilíferos
- deve-se atentar aos caracteres que se mantêm típicos, como os núcleos
dessas células afetadas. Por vezes, pode-se encontrar núcleos
aumentados e/ou hipercromáticos mimetizando um padrão nuclear
alterado
o padrão citológico da amostra é alterado criando uma dubiedade
diagnóstica com lesões uroteliais, causa de muitos falso-positivos
Achados Benignos
Algumas alterações celulares de origem traumática ou infecciosa
podem ser observadas e devem ser analisadas com atenção
B. Alterações de origem infecciosa podem ser causadas por agentes
bacterianos
- esfregaço purulento e, por vezes hemorrágico
- flora exacerbada e sinais de degeneração celular como a tendência a
picnose, cariorrexe, citoplasma mal delimitado e necrose
- malacoplaquia: presença de macrófagos com inclusões eosinofílicas,
uma incomum inflamação histiocítica que resulta de uma infecção
bacteriana, considerada um distúrbio digestivo da célula de defesa
Achados Benignos
Algumas alterações celulares de origem traumática ou infecciosa
podem ser observadas e devem ser analisadas com atenção
C. Alterações de origem infecciosa podem ser causadas por agentes
Vírus
- inclusões nucleares centrais circundadas por um halo claro, muita das
vezes binucleada e cariomegalica, o que caracteriza o dito “olho de
coruja” alteração típica do citomegalovírus (CMV)
- células com um leve aumento de tamanho, núcleo volumoso e
hipercromático, cromatina densa, homogênea e levemente fosca com
um discreto ponto central mais claro no núcleo das células alterada
típico do Poliomavírus Humano
Achados Benignos
D. Fungos
Candida sp.
Achados Benignos
Alterações celulares em vigência de rejeição de transplante renal
- Sinaliza com 24-48h de antecedência a outros métodos, o inicio da
rejeição modificação do perfil terapêutico!
- Aumento da celularidade descamada junto a presença de células
tubulares e linfocitúria superior a 20%, degeneração nuclear,
hematúria, cilíndros epiteliais, necrose e leucócitos agrupados a células
epiteliais
5 achados dos sete positividade de rejeição de transplante renal
Classificação e Detecção das Lesões Uroteliais
OMS + International Society of Urological Pathology (ISUP) – 1998
nomenclatura OMS/ISUP
De acordo com a caracterização arquitetural dos grupamentos celulares
observados: planas ou papilares Verificação de grupamentos celulares atípicos,
A) Lesões Papilares: o centro da bexiga é a direção
cujaque geralmente
arquitetura eles crescem
celular evidencia formação de
• Hiperplasia papilífera papilas lesões papilares ou papilíferas
• Neoplasias benignas papilíferas (papiloma e papiloma invertido);
• Neoplasia urotelial maligna não invasiva (neoplasia papilífera de baixo potencial
de malignidade e carcinomas papilíferos não invasivos de baixo grau e de alto
grau);
• Neoplasia urotelial maligna invasiva (carcinoma urotelial invasivo de baixo grau e
de alto grau)
B) Lesões Plana: O local de desenvolvimento é apenas a camada interna de células da bexiga
• Displasia;
• Carcinoma in situ;
Linhas de carcinogênese urotelial
A) Aspectos histopatológicos e citopatológicos
em lesões uroteliais papilíferas
• Hiperplasia papilífera
• Neoplasias benignas papilíferas (papiloma e papiloma
invertido);
• Neoplasia urotelial maligna não invasiva (neoplasia papilífera
de baixo potencial de malignidade e carcinomas papilíferos
não invasivos de baixo grau e de alto grau);
• Neoplasia urotelial maligna invasiva (carcinoma urotelial
invasivo de baixo grau e de alto grau)
Hiperplasia papilífera
- Atipia reativa
- Displasia
- Carcinoma in situ
Hiperplasia urotelial plana