Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
SAAE INDAIATUBA-SP
Agente Fiscal
MR041-19
Todos os direitos autorais desta obra são protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/12/1998.
Proibida a reprodução, total ou parcialmente, sem autorização prévia expressa por escrito da editora e do autor. Se você
conhece algum caso de “pirataria” de nossos materiais, denuncie pelo sac@novaconcursos.com.br.
OBRA
SAAE Indaiatuba-SP
Agente Fiscal
Nº 001/2019
AUTORES
Língua Portuguesa - Profª Zenaide Auxiliadora Pachegas Branco
Matemática - Prof° Bruno Chieregatti e Joao de Sá Brasil
Conhecimentos Específicos - Profª Silvana Guimarães
Noções de Informática - Profº Ovidio Lopes da Cruz Netto
PRODUÇÃO EDITORIAL/REVISÃO
Elaine Cristina
Érica Duarte
Leandro Filho
Karina Fávaro
DIAGRAMAÇÃO
Elaine Cristina
Thais Regis
Danna Silva
CAPA
Joel Ferreira dos Santos
www.novaconcursos.com.br
sac@novaconcursos.com.br
SUMÁRIO
LÍNGUA PORTUGUESA
Fonética e Fonologia; ................................................................................................................................................................................................. 04
Divisão Silábica;............................................................................................................................................................................................................. 04
Acentuação Gráfica;..................................................................................................................................................................................................... 04
Emprego do hífen;........................................................................................................................................................................................................ 04
Ortografia; ...................................................................................................................................................................................................................... 04
Pontuação; ...................................................................................................................................................................................................................... 28
Processos de Formação das Palavras; ................................................................................................................................................................. 13
Estrutura das Palavras;................................................................................................................................................................................................ 13
Classes Gramaticais;..................................................................................................................................................................................................... 04
Pronomes: emprego e colocação;.......................................................................................................................................................................... 04
Empregos de tempos e modos verbais, vozes do verbo;............................................................................................................................. 04
Concordância nominal e verbal;............................................................................................................................................................................. 61
Crase;................................................................................................................................................................................................................................. 73
Interpretação de texto;............................................................................................................................................................................................... 01
Análise Sintática;........................................................................................................................................................................................................... 28
Análise Morfológica; .................................................................................................................................................................................................. 28
Regência Verbal e Nominal;...................................................................................................................................................................................... 67
Figuras de Linguagem;............................................................................................................................................................................................... 13
Vícios de Linguagem................................................................................................................................................................................................... 13
MATEMÁTICA
Conjuntos Numéricos: naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais; Intervalos;............................................................................. 01
Expressões algébricas; ............................................................................................................................................................................................... 01
Potenciação;.................................................................................................................................................................................................................... 01
Radiciação; ..................................................................................................................................................................................................................... 01
Equação e inequação do 1º grau; ......................................................................................................................................................................... 19
Fatoração; ....................................................................................................................................................................................................................... 09
Regra de Três simples e composta;....................................................................................................................................................................... 16
Porcentagem;................................................................................................................................................................................................................. 11
Juros simples e compostos; ..................................................................................................................................................................................... 97
Descontos; ...................................................................................................................................................................................................................... 11
Noções de estatística: médias, distribuição de freqüências e gráficos; ................................................................................................. 36
Equação do 2º grau; ................................................................................................................................................................................................... 19
Funções do 1º e do 2º graus: conceito, gráfico, propriedades e raízes; ................................................................................................ 19
Geometria: plana e espacial;Relações e funções; ............................................................................................................................................ 53
Sistema decimal de medidas: unidade de comprimento e superfície;.................................................................................................... 53
Área das Figuras Planas.............................................................................................................................................................................................. 53
CONHECIMENTOS ESPECIFICOS
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
MS-Word 2007/2010, tais como: Estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos,
parágrafos, fontes, colunas, marcadores simbólicos e numéricos, tabelas, impressão, controle de quebras e numeração
de páginas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto e etc...............................................01
MS-Excel 2007/2010, tais como: Estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos,
elaboração de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos,
controle de quebras e numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação de dados e etc..........................01
Correio Eletrônico MS Outlook Express ou 2007/2010, tais como: Configuração e uso de correio eletrônico, preparo e
envio de mensagens, anexação de arquivos, catálogo de endereços, criação de grupos e etc..................................................42
ÍNDICE
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. .............................................................................................................. 01
Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. .............................................................................................................................................. 03
Domínio da ortografia oficial. ............................................................................................................................................................................. 04
Domínio dos mecanismos de coesão textual. .............................................................................................................................................. 13
Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e de outros elementos de sequenciação
textual. ........................................................................................................................................................................................................................... 13
Emprego de tempos e modos verbais. ............................................................................................................................................................. 15
Domínio da estrutura morfossintática do período. .................................................................................................................................... 28
Emprego das classes de palavras. ..................................................................................................................................................................... 28
Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração. .................................................................................................. 28
Relações de subordwinação entre orações e entre termos da oração. .............................................................................................. 28
Emprego dos sinais de pontuação. ................................................................................................................................................................... 58
Concordância verbal e nominal. ......................................................................................................................................................................... 61
Regência verbal e nominal. .................................................................................................................................................................................. 67
Emprego do sinal indicativo de crase. ............................................................................................................................................................. 73
Colocação dos pronomes átonos. ..................................................................................................................................................................... 75
Sinônimos e antônimos. Sentido próprio e figurado das palavras. ...................................................................................................... 82
De acordo com o texto, é correta ou errada a afir-
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE mação...
TEXTOS DE GÊNEROS VARIADOS. O narrador afirma...
3. Erros de interpretação
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL
Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e rela- do contexto, acrescentando ideias que não estão
cionadas entre si, formando um todo significativo capaz no texto, quer por conhecimento prévio do tema
de produzir interação comunicativa (capacidade de codi- quer pela imaginação.
ficar e decodificar). Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. atenção apenas a um aspecto (esquecendo que
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com um texto é um conjunto de ideias), o que pode ser
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para insuficiente para o entendimento do tema desen-
a estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa in- volvido.
terligação dá-se o nome de contexto. O relacionamento Contradição = às vezes o texto apresenta ideias
entre as frases é tão grande que, se uma frase for retirada contrárias às do candidato, fazendo-o tirar con-
de seu contexto original e analisada separadamente, po- clusões equivocadas e, consequentemente, errar a
derá ter um significado diferente daquele inicial. questão.
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe-
rências diretas ou indiretas a outros autores através de Observação:
citações. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. Muitos pensam que existem a ótica do escritor e a
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação ótica do leitor. Pode ser que existam, mas em uma prova
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A de concurso, o que deve ser levado em consideração é o
partir daí, localizam-se as ideias secundárias (ou fun- que o autor diz e nada mais.
damentações), as argumentações (ou explicações), que
levam ao esclarecimento das questões apresentadas na Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que
prova. relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre
si. Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de
Normalmente, em uma prova, o candidato deve: um pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um
Identificar os elementos fundamentais de uma pronome oblíquo átono, há uma relação correta entre o
argumentação, de um processo, de uma época que se vai dizer e o que já foi dito.
(neste caso, procuram-se os verbos e os advérbios,
os quais definem o tempo). São muitos os erros de coesão no dia a dia e, entre
Comparar as relações de semelhança ou de dife- eles, está o mau uso do pronome relativo e do prono-
renças entre as situações do texto. me oblíquo átono. Este depende da regência do verbo;
Comentar/relacionar o conteúdo apresentado aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer tam-
com uma realidade. bém de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
Resumir as ideias centrais e/ou secundárias. semântico, por isso a necessidade de adequação ao an-
Parafrasear = reescrever o texto com outras pa- tecedente.
lavras. Os pronomes relativos são muito importantes na in-
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de
1. Condições básicas para interpretar coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que
existe um pronome relativo adequado a cada circunstân-
Fazem-se necessários: conhecimento histórico-literá- cia, a saber:
rio (escolas e gêneros literários, estrutura do texto), lei- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden-
tura e prática; conhecimento gramatical, estilístico (qua- te, mas depende das condições da frase.
lidades do texto) e semântico; capacidade de observação qual (neutro) idem ao anterior.
e de síntese; capacidade de raciocínio. quem (pessoa)
cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
2. Interpretar/Compreender o objeto possuído.
como (modo)
Interpretar significa: onde (lugar)
Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. quando (tempo)
LÍNGUA PORTUGUESA
1
3. Dicas para melhorar a interpretação de textos em sua dimensão plural e faz-se único em sua condição
social. Igual em sua humanidade, o homem desiguala-se,
Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral singulariza-se em sua individualidade. O direito é o ins-
do assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos trumento da fraternização racional e rigorosa.
candidatos na disputa, portanto, quanto mais infor- O direito à vida é a substância em torno da qual todos os
mação você absorver com a leitura, mais chances direitos se conjugam, se desdobram, se somam para que
terá de resolver as questões. o sistema fique mais e mais próximo da ideia concretizá-
Se encontrar palavras desconhecidas, não inter- vel de justiça social.
rompa a leitura. Mais valeria que a vida atravessasse as páginas da Lei
Leia o texto, pelo menos, duas vezes – ou quantas Maior a se traduzir em palavras que fossem apenas a re-
forem necessárias. velação da justiça. Quando os descaminhos não condu-
Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma zirem a isso, competirá ao homem transformar a lei na
conclusão). vida mais digna para que a convivência política seja mais
Volte ao texto quantas vezes precisar. fecunda e humana.
Não permita que prevaleçam suas ideias sobre Cármen Lúcia Antunes Rocha. Comentário ao artigo 3.º.
as do autor. In: 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Hu-
Fragmente o texto (parágrafos, partes) para me- manos 1948-1998: conquistas e desafios. Brasília: OAB,
lhor compreensão. Comissão Nacional de Direitos Humanos, 1998, p. 50-1
Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado (com adaptações).
de cada questão.
O autor defende ideias e você deve percebê-las. Compreende-se do texto CG1A1AAA que o ser humano
Observe as relações interparágrafos. Um parágra- tem direito
fo geralmente mantém com outro uma relação de
continuação, conclusão ou falsa oposição. Identifi- a) de agir de forma autônoma, em nome da lei da sobre-
que muito bem essas relações. vivência das espécies.
Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou b) de ignorar o direito do outro se isso lhe for necessário
seja, a ideia mais importante. para defender seus interesses.
Nos enunciados, grife palavras como “correto” c) de demandar ao sistema judicial a concretização de
ou “incorreto”, evitando, assim, uma confusão seus direitos.
na hora da resposta – o que vale não somente d) à institucionalização do seu direito em detrimento dos
para Interpretação de Texto, mas para todas as de- direitos de outros.
mais questões! e) a uma vida plena e adequada, direito esse que está na
Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia prin- essência de todos os direitos.
cipal, leia com atenção a introdução e/ou a con-
clusão.
Resposta: Letra E. O ser humano tem direito a uma
Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
vida digna, adequada, para que consiga gozar de seus
pronomes pessoais, pronomes demonstrativos,
direitos – saúde, educação, segurança – e exercer seus
etc., chamados vocábulos relatores, porque reme-
deveres plenamente, como prescrevem todos os di-
tem a outros vocábulos do texto.
reitos: (...) O direito à vida é a substância em torno da
SITES qual todos os direitos se conjugam (...).
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/por-
tugues/como-interpretar-textos 2. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Ces-
http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me- pe – 2017)
lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas- Texto CG1A1BBB
-para-voce-interpretar-melhor-um.html
http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques- Segundo o parágrafo único do art. 1.º da Constituição
tao-117-portugues.htm da República Federativa do Brasil, “Todo o poder emana
do povo, que o exerce por meio de representantes elei-
tos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Em
virtude desse comando, afirma-se que o poder dos juízes
emana do povo e em seu nome é exercido. A forma de
EXERCÍCIOS COMENTADOS sua investidura é legitimada pela compatibilidade com as
regras do Estado de direito e eles são, assim, autênticos
LÍNGUA PORTUGUESA
1. (PCJ-MT – Delegado Substituto – Superior – Ces- agentes do poder popular, que o Estado polariza e exer-
pe – 2017) ce. Na Itália, isso é constantemente lembrado, porque
toda sentença é dedicada (intestata) ao povo italiano, em
Texto CG1A1AAA nome do qual é pronunciada.
A valorização do direito à vida digna preserva as duas Cândido Rangel Dinamarco. A instrumentalidade do pro-
faces do homem: a do indivíduo e a do ser político; a cesso. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1987, p. 195 (com
do ser em si e a do ser com o outro. O homem é inteiro adaptações).
2
Conforme as ideias do texto CG1A1BBB, 1. As tipologias textuais se caracterizam pelos
aspectos de ordem linguística
a) o Poder Judiciário brasileiro desempenha seu papel
com fundamento no princípio da soberania popular. Os tipos textuais designam uma sequência definida
b) os magistrados do Brasil deveriam ser escolhidos pelo pela natureza linguística de sua composição. São obser-
voto popular, como ocorre com os representantes dos vados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, rela-
demais poderes. ções logicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo,
c) os magistrados italianos, ao contrário dos brasileiros, argumentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
exercem o poder que lhes é conferido em nome de
seus nacionais. A) Textos narrativos – constituem-se de verbos de
d) há incompatibilidade entre o autogoverno da magis- ação demarcados no tempo do universo narrado,
tratura e o sistema democrático. como também de advérbios, como é o caso de an-
e) os magistrados brasileiros exercem o poder consti- tes, agora, depois, entre outros: Ela entrava em seu
tucional que lhes é atribuído em nome do governo carro quando ele apareceu. Depois de muita conver-
federal. sa, resolveram...
B) Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Resposta: Letra A. A questão deve ser respondida se- descrevem características tanto físicas quanto psi-
gundo o texto: (...) “Todo o poder emana do povo, que cológicas acerca de um determinado indivíduo ou
o exerce por meio de representantes eleitos ou direta- objeto. Os tempos verbais aparecem demarcados
mente, nos termos desta Constituição.” Em virtude des- no presente ou no pretérito imperfeito: “Tinha os
se comando, afirma-se que o poder dos juízes emana cabelos mais negros como a asa da graúna...”
do povo e em seu nome é exercido (...). C) Textos expositivos – Têm por finalidade explicar
um assunto ou uma determinada situação que se
3. (PCJ-MT – DELEGADO SUBSTITUTO – SUPERIOR almeje desenvolvê-la, enfatizando acerca das ra-
– CESPE – 2017 – ADAPTADA) No texto CG1A1BBB, o zões de ela acontecer, como em: O cadastramento
vocábulo ‘emana’ foi empregado com o sentido de irá se prorrogar até o dia 02 de dezembro, portan-
to, não se esqueça de fazê-lo, sob pena de perder o
a) trata. benefício.
b) provém. D) Textos injuntivos (instrucional) – Trata-se de
c) manifesta. uma modalidade na qual as ações são prescritas de
d) pertence. forma sequencial, utilizando-se de verbos expres-
e) cabe. sos no imperativo, infinitivo ou futuro do presente:
Misture todos os ingrediente e bata no liquidificador
Resposta: Letra B. Dentro do contexto, “emana” tem até criar uma massa homogênea.
o sentido de “provém”. E) Textos argumentativos (dissertativo) – Demar-
cam-se pelo predomínio de operadores argumen-
tativos, revelados por uma carga ideológica cons-
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS tituída de argumentos e contra-argumentos que
TEXTUAIS. justificam a posição assumida acerca de um deter-
minado assunto: A mulher do mundo contemporâ-
neo luta cada vez mais para conquistar seu espaço
no mercado de trabalho, o que significa que os gê-
TIPOLOGIA E GÊNERO TEXTUAL neros estão em complementação, não em disputa.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um de, em grande parte, da situação de produção, ou seja, a
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa finalidade do texto a ser produzido, quem são os locutores
opinião sobre determinado assunto, descrevemos algum e os interlocutores, o meio disponível para veicular o texto,
lugar que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre al- etc.
guém que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente Os gêneros discursivos geralmente estão ligados a
nessas situações corriqueiras que classificamos os nossos esferas de circulação. Assim, na esfera jornalística, por
textos naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição exemplo, são comuns gêneros como notícias, reporta-
e Dissertação. gens, editoriais, entrevistas e outros; na esfera de divul-
3
gação científica são comuns gêneros como verbete de São escritos com C ou Ç e não S e SS
dicionário ou de enciclopédia, artigo ou ensaio científico, Vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açú-
seminário, conferência. car.
Vocábulos de origem tupi, africana ou exótica:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça,
Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – uçu, uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, car-
São Paulo: Saraiva, 2010. niça, caniço, esperança, carapuça, dentuço.
Português – Literatura, Produção de Textos & Gra- Nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção
mática – volume único / Samira Yousseff Campedelli, / deter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
Jésus Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002. Após ditongos: foice, coice, traição.
Palavras derivadas de outras terminadas em -te,
SITE to(r): marte - marciano / infrator - infração / ab-
http://www.brasilescola.com/redacao/tipologia-textual. sorto – absorção.
htm
B) O fonema z
Observação: Não foram encontradas questões São escritos com S e não Z
abrangendo tal conteúdo. Sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é
substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárqui-
cos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa,
princesa.
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL
Sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, me-
tamorfose.
Formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera,
ORTOGRAFIA
quis, quiseste.
Nomes derivados de verbos com radicais termi-
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da cor-
nados em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão /
reta grafia das palavras. É ela quem ordena qual som
empreender - empresa / difundir – difusão.
devem ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma
Diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís
língua são grafados segundo acordos ortográficos.
- Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis – lapisinho.
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren-
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, Após ditongos: coisa, pausa, pouso, causa.
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras Verbos derivados de nomes cujo radical termina
é necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções com “s”: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar
e, em alguns casos, há necessidade de conhecimento de – pesquisar.
etimologia (origem da palavra).
1. Regras ortográficas São escritos com Z e não S
Sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de
A) O fonema S adjetivo: macio - maciez / rico – riqueza / belo –
São escritas com S e não C/Ç beleza.
Palavras substantivadas derivadas de verbos com Sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de ori-
radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender gem não termine com s): final - finalizar / concreto
- pretensão / expandir - expansão / ascender - as- – concretizar.
censão / inverter - inversão / aspergir - aspersão / Consoante de ligação se o radical não terminar
submergir - submersão / divertir - diversão / im- com “s”: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal
pelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir Exceção: lápis + inho – lapisinho.
- repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
sentir - sensível / consentir – consensual. C) O fonema j
São escritas com G e não J
São escritos com SS e não C e Ç Palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa,
Nomes derivados dos verbos cujos radicais ter- gesso.
minem em gred, ced, prim ou com verbos ter- Estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento,
minados por tir ou - meter: agredir - agressivo / gim.
imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder Terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com
LÍNGUA PORTUGUESA
- cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / poucas exceções): imagem, vertigem, penugem,
regredir - regressão / oprimir - opressão / compro- bege, foge.
meter - compromisso / submeter – submissão. Exceção: pajem.
Quando o prefixo termina com vogal que se junta
com a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simé- Terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio,
trico - assimétrico / re + surgir – ressurgir. litígio, relógio, refúgio.
No pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fu-
Exemplos: ficasse, falasse. gir, mugir.
4
Depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, 2. Informações importantes
surgir.
Depois da letra “a”, desde que não seja radical ter- Formas variantes são as que admitem grafias ou pro-
minado com j: ágil, agente. núncias diferentes para palavras com a mesma significa-
ção: aluguel/aluguer, assobiar/assoviar, catorze/quatorze,
São escritas com J e não G dependurar/pendurar, flecha/frecha, germe/gérmen, in-
Palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. farto/enfarte, louro/loiro, percentagem/porcentagem, re-
Palavras de origem árabe, africana ou exótica: lampejar/relampear/relampar/relampadar.
jiboia, manjerona. Os símbolos das unidades de medida são escritos
Palavras terminadas com aje: ultraje. sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar
plural, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg,
D) O fonema ch 20km, 120km/h.
São escritas com X e não CH Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
Palavras de origem tupi, africana ou exótica: aba-
caxi, xucro. Na indicação de horas, minutos e segundos, não
Palavras de origem inglesa e espanhola: xampu, deve haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h,
lagartixa. 22h30min, 14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três mi-
Depois de ditongo: frouxo, feixe. nutos e trinta e quatro segundos).
Depois de “en”: enxurrada, enxada, enxoval. O símbolo do real antecede o número sem espaço:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma bar-
outra iniciada com ch - Cheio - (enchente) ra vertical ($).
5
PORQUÊ (uma só palavra, com acento gráfico) A) Uso do hífen que continua depois da Reforma
Ortográfica:
Usos:
1. como substantivo, com o sentido de “causa”, “ra- 1. Em palavras compostas por justaposição que for-
zão” ou “motivo”, admitindo pluralização (porquês). Ge- mam uma unidade semântica, ou seja, nos termos
ralmente é precedido por artigo = Não sei o porquê da que se unem para formam um novo significado:
discussão. É uma pessoa cheia de porquês. tio-avô, porto-alegrense, luso-brasileiro, tenente-
-coronel, segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva,
2. ONDE / AONDE arco-íris, primeiro-ministro, azul-escuro.
Onde = empregado com verbos que não expressam 2. Em palavras compostas por espécies botânicas e
a ideia de movimento = Onde você está? zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer,
abóbora-menina, erva-doce, feijão-verde.
Aonde = equivale a “para onde”. É usado com verbos
que expressam movimento = Aonde você vai? 3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-núme-
3. MAU / MAL ro, recém-casado.
Mau = é um adjetivo, antônimo de “bom”. Usa-se 4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas al-
como qualificação = O mau tempo passou. / Ele é um gumas exceções continuam por já estarem con-
mau elemento. sagradas pelo uso: cor-de-rosa, arco-da-velha,
mais-que-perfeito, pé-de-meia, água-de-colônia,
Mal = pode ser usado como queima-roupa, deus-dará.
1. conjunção temporal, equivalente a “assim que”,
“logo que”, “quando” = Mal se levantou, já saiu. 5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte
2. advérbio de modo (antônimo de “bem”) = Você foi Rio-Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas
mal na prova? combinações históricas ou ocasionais: Áustria-
3. substantivo, podendo estar precedido de artigo ou -Hungria, Angola-Brasil, etc.
pronome = Há males que vêm pra bem! / O mal 6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su-
não compensa. per- quando associados com outro termo que é
iniciado por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -racional, etc.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-di-
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce- retor, ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito.
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. 8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação,
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. etc.
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Textos & Gramática. Volume único / Samira 9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se,
Yousseff, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – São Paulo: abraça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc.
Saraiva, 2002.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
SITE gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-he-
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/ pático, geo-história, neo-helênico, extra-humano,
ortografia semi-hospitalar, super-homem.
6
SITE
#FicaDica http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto-
grafia
Lembrete da Zê!
Ao separar palavras na translineação (mu-
dança de linha), caso a última palavra a ser
escrita seja formada por hífen, repita-o na EXERCÍCIOS COMENTADOS
próxima linha. Exemplo: escreverei anti-in-
flamatório e, ao final, coube apenas “anti-”. 1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal –
Na próxima linha escreverei: “-inflamatório” Cespe – 2013 – adaptada)
(hífen em ambas as linhas). Devido à diagra-
mação, pode ser que a repetição do hífen na A fim de solucionar o litígio, atos sucessivos e concatenados
translineação não ocorra em meus conteú- são praticados pelo escrivão. Entre eles, estão os atos de co-
dos, mas saiba que a regra é esta! municação, os quais são indispensáveis para que os sujeitos
do processo tomem conhecimento dos atos acontecidos no
correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos
B) Não se emprega o hífen: que lhes cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.
1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefi- Disponível em: <http://jus.com.br> (com adaptações).
xo termina em vogal e o segundo termo inicia-se
em “r” ou “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas No que se refere ao texto acima, julgue os itens seguin-
consoantes: antirreligioso, contrarregra, infrassom, tes.
microssistema, minissaia, microrradiografia, etc. Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto
nem para seu sentido caso o trecho “A fim de solucionar
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre- o litígio” fosse substituído por Afim de dar solução à de-
fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se manda e o trecho “tomem conhecimento dos atos acon-
com vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coedu- tecidos no correr do procedimento” fosse, por sua vez,
cação, autoestrada, autoaprendizagem, hidroelétri- substituído por conheçam os atos havidos no transcurso
co, plurianual, autoescola, infraestrutura, etc. do acontecimento.
3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
“dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” ( ) CERTO ( ) ERRADO
inicial: desumano, inábil, desabilitar, etc.
Resposta: Errado. “A fim” tem o sentido de “com a
4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando intenção de”; já “afim”, “semelhança, afinidade”. Se a
o segundo elemento começar com “o”: coopera- primeira substituição fosse feita, o trecho estaria in-
ção, coobrigação, coordenar, coocupante, coautor, correto gramatical e coerentemente. Portanto, nem há
coedição, coexistir, etc. a necessidade de avaliar a segunda substituição.
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi. por meio de símbolos gráficos, chamados de letras ou
grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA sonoro capaz de estabelecer uma distinção de significa-
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa do entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. fonemas que marcam a distinção entre os pares de pa-
lavras:
7
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica
que você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este
forma os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta.
Nestas palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema;
dança: o “n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1.1 Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa
língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única
vogal.
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:
Orais: quando o ar sai apenas pela boca: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
/ã/: fã, canto, tampa
/ ẽ /: dente, tempero
/ ĩ/: lindo, mim
/õ/: bonde, tombo
/ ũ /: nunca, algum
Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, bola.
Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, bola.
LÍNGUA PORTUGUESA
8
1.2 Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma só
emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas são chamados de semivogais. A diferença fundamental entre
vogais e semivogais está no fato de que estas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade,
história, série.
1.3 Consoantes
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca-
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verdadeiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em português, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: /b/,
/t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.
2. Encontros Vocálicos
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem consoantes intermediárias. É importante
reconhecê-los para dividir corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o ditongo, o tritongo
e o hiato.
A) Ditongo
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Pode ser:
Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal: sé-rie (i = semivogal, e = vogal)
Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal: pai (a = vogal, i = semivogal)
Oral: quando o ar sai apenas pela boca: pai
Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais: mãe
B) Tritongo
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba. Pode
ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tritongo nasal.
C) Hiato
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia (po-e-si-a).
3. Encontros Consonantais
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
Existem basicamente dois tipos:
A) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r” e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
a-tle-ta, cri-se.
B) os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-
-có-lo-go.
4. Dígrafos
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e quatro
letras.
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
letras.
Na palavra acima, para representar o fonema /xe/ foram utilizadas duas letras: o “c” e o “h”.
LÍNGUA PORTUGUESA
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar um único fonema (di = dois + grafo = letra).
Em nossa língua, há um número razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: con-
sonantais e vocálicos.
9
A) Dígrafos Consonantais
B) Dígrafos Vocálicos
Observação:
“gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo.
Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” representa um
fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há dí-
grafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo).
#FicaDica
Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /
agua/ pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em
guitarra = /gitara/ - não pronunciamos o “u”, então temos dígrafo (aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”). Portan-
to: 8 letras e 6 fonemas.
LÍNGUA PORTUGUESA
5. Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos!), existe letra que representa dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são
exemplos de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
10
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- E) til – (~) Indica que as letras “a” e “o” representam
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. vogais nasais: oração – melão – órgão – ímã
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São 2.1 Regras fundamentais
Paulo: Saraiva, 2010.
A) Palavras oxítonas: acentuam-se todas as oxítonas
SITE terminadas em: “a”, “e”, “o”, “em”, seguidas ou não do
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1. plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – Belém.
php Esta regra também é aplicada aos seguintes casos:
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”,
Observação: Não foram encontradas questões seguidos ou não de “s”: pá – pé – dó – há
abrangendo tal conteúdo. Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos,
seguidas de lo, la, los, las: respeitá-lo, recebê-lo, compô-lo
11
Antes Agora Antes Agora
assembléia assembleia bocaiúva bocaiuva
idéia ideia feiúra feiura
geléia geleia Sauípe Sauipe
jibóia jiboia
O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi
apóia (verbo apoiar) apoia abolido:
paranóico paranoico
Antes Agora
2.3 Acento Diferencial
crêem creem
Representam os acentos gráficos que, pelas regras de lêem leem
acentuação, não se justificariam, mas são utilizados para vôo voo
diferenciar classes gramaticais entre determinadas pala-
vras e/ou tempos verbais. Por exemplo: enjôo enjoo
Pôr (verbo) X por (preposição) / pôde (pretérito per-
feito do Indicativo do verbo “poder”) X pode (presente do
Indicativo do mesmo verbo). #FicaDica
Se analisarmos o “pôr” - pela regra das monossílabas: Memorize a palavra CREDELEVÊ. São os
terminada em “o” seguida de “r” não deve ser acentuada, verbos que, no plural, dobram o “e”, mas
mas nesse caso, devido ao acento diferencial, acentua-se, que não recebem mais acento como antes:
para que saibamos se se trata de um verbo ou preposição. CRER, DAR, LER e VER.
Os demais casos de acento diferencial não são mais
utilizados: para (verbo), para (preposição), pelo (substanti- Repare:
vo), pelo (preposição). Seus significados e classes grama- O menino crê em você. / Os meninos creem em você.
ticais são definidos pelo contexto. Elza lê bem! / Todas leem bem!
Polícia para o trânsito para que se realize a operação Espero que ele dê o recado à sala. / Esperamos que os
planejada. = o primeiro “para” é verbo; o segundo, con- garotos deem o recado!
junção (com relação de finalidade). Rubens vê tudo! / Eles veem tudo!
Cuidado! Há o verbo vir: Ele vem à tarde! / Eles vêm
à tarde!
As formas verbais que possuíam o acento tônico na
#FicaDica
raiz, com “u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de
Quando, na frase, der para substituir o “por” “e” ou “i” não serão mais acentuadas:
por “colocar”, estaremos trabalhando com
um verbo, portanto: “pôr”; nos demais ca- Antes Depois
sos, “por” é preposição: Faço isso por você.
/ Posso pôr (colocar) meus livros aqui? apazigúe (apaziguar) apazigue
averigúe (averiguar) averigue
argúi (arguir) argui
2.4 Regra do Hiato Acentuam-se os verbos pertencentes a terceira pes-
soa do plural de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, segun- (verbo vir). A regra prevalece também para os verbos
da vogal do hiato, acompanhado ou não de “s”, haverá conter, obter, reter, deter, abster: ele contém – eles contêm,
acento: saída – faísca – baú – país – Luís ele obtém – eles obtêm, ele retém – eles retêm, ele convém
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato – eles convêm.
quando seguidos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z:
Ra-ul, Lu-iz, sa-ir, ju-iz REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se esti- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
verem seguidas do dígrafo nh: Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
LÍNGUA PORTUGUESA
12
DOMÍNIO DOS MECANISMOS DE COE-
EXERCÍCIOS COMENTADOS SÃO TEXTUAL. EMPREGO DE ELEMEN-
TOS DE REFERENCIAÇÃO, SUBSTITUI-
1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal – ÇÃO E REPETIÇÃO, DE CONECTORES E
Cespe – 2014) Os termos “série” e “história” acentuam- DE OUTROS ELEMENTOS DE SEQUEN-
-se em conformidade com a mesma regra ortográfica. CIAÇÃO TEXTUAL.
( ) CERTO ( ) ERRADO
13
Emprego adequado de tempos e modos verbais: REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Embora não gostassem de estudar, participaram Português – Literatura, Produção de Textos & Gramá-
da aula. tica – volume único / Samira Yousseff Campedelli, Jésus
Emprego adequado de pronomes, conjunções, Barbosa Souza. – 3.ª ed. – São Paulo: Saraiva, 2002.
preposições, artigos:
O papa Francisco visitou o Brasil. Na capital bra- SITE
sileira, Sua Santidade participou de uma reunião http://www.mundovestibular.com.br/articles/2586/1/
com a Presidente Dilma. Ao passar pelas ruas, o COESAO-E-COERENCIA-TEXTUAL/Paacutegina1.html
papa cumprimentava as pessoas. Estas tiveram a
certeza de que ele guarda respeito por elas.
Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base
na maior especificidade do significado de um deles. Por EXERCÍCIOS COMENTADOS
exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico).
Emprego de hiperônimos - relações de um termo
1. (Polícia Federal – Agente de Polícia Federal –
de sentido mais amplo com outros de sentido mais
Cespe – 2014 – adaptada)
específico. Por exemplo, felino está numa relação
de hiperonímia com gato.
Hoje, todos reconhecem, porque Marx impôs esta de-
Substitutos universais, como os verbos vicários. monstração no Livro II d’O Capital, que não há produção
possível sem que seja assegurada a reprodução das con-
AJUDA DA ZÊ:
dições materiais da produção: a reprodução dos meios
Verbo vicário é aquele que substitui outro já utilizado
de produção.
no período, evitando repetições. Geralmente é o verbo
Qualquer economista, que neste ponto não se distingue
fazer e ser. Exemplo: Não gosto de estudar. Faço porque
de qualquer capitalista, sabe que, ano após ano, é pre-
preciso. O “faço” foi empregado no lugar de “estudo”,
ciso prever o que deve ser substituído, o que se gasta
evitando repetição desnecessária.
ou se usa na produção: matéria-prima, instalações fixas
A coesão apoiada na gramática se dá no uso de co-
(edifícios), instrumentos de produção (máquinas) etc. Di-
nectivos, como pronomes, advérbios e expressões ad-
verbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse jus- zemos: qualquer economista é igual a qualquer capitalis-
tifica-se quando, ao remeter a um enunciado anterior, ta, pois ambos exprimem o ponto de vista da empresa.
a palavra elidida é facilmente identificável (Exemplo.: O
jovem recolheu-se cedo. Sabia que ia necessitar de todas Louis Althusser. Ideologia e aparelhos ideológicos do
as suas forças. O termo o jovem deixa de ser repetido e, Estado. 3.ª ed. Lisboa: Presença, 1980 (com adaptações).
assim, estabelece a relação entre as duas orações).
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a pro- Julgue os itens a seguir, a respeito dos sentidos do texto
priedade de fazer referência ao contexto situacional ou acima.
ao próprio discurso. Exercem, por excelência, essa fun- No texto, os termos “matéria-prima”, “instalações fixas
ção de progressão textual, dada sua característica: são (edifícios)” e “instrumentos de produção (máquinas)” são
elementos que não significam, apenas indicam, remetem exemplos de “meios de produção”.
aos componentes da situação comunicativa.
Já os componentes concentram em si a significação. ( ) CERTO ( ) ERRADO
Elisa Guimarães ensina-nos a esse respeito:
“Os pronomes pessoais e as desinências verbais in- Resposta: Certo. Voltemos ao texto: (...) é preciso pre-
dicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes ver o que deve ser substituído, o que se gasta ou se
demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, usa na produção: matéria- -prima, instalações fixas
bem como os advérbios de tempo, referenciam o momento (edifícios), instrumentos de produção (máquinas) etc.
da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterio- Os dois-pontos são utilizados para exemplificar o
ridade ou posterioridade. Assim: este, agora, hoje, neste termo antecedente (produção), portanto a afirmação
momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, está correta.
há alguns dias, antes de (pretérito); de agora em diante,
no próximo ano, depois de (futuro).” 2. (EBSERH – Conhecimentos Básicos para todos os
Cargos de Nível Superior – Cespe – 2018 – adapta-
A coerência de um texto está ligada: da)
1. à sua organização como um todo, em que devem
estar assegurados o início, o meio e o fim; Texto CB1A1AAA
LÍNGUA PORTUGUESA
14
Certamente que essa pólvora terá toda ela emprego útil; Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual
mas, se ela é indispensável para certos fins industriais, “O riso”.
convinha que se averiguassem bem as causas das ex-
plosões, se são acidentais ou propositais, a fim de que ( ) CERTO ( ) ERRADO
fossem removidas na medida do possível. Isso, porém,
é que não se tem dado e creio que até hoje não têm as Resposta: Certo. Vamos ao texto: O riso é tão uni-
autoridades chegado a resultados positivos. versal como a seriedade; ele abarca a totalidade do
Entretanto, é sabido que certas pólvoras, submetidas a universo (...). Os termos destacados se relacionam. O
dadas condições, explodem espontaneamente, e tem pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
sido essa a explicação para uma série de acidentes bas-
tante dolorosos, a começar pelo do Maine, na baía de
Havana, sem esquecer também o do Aquidabã. EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS.
Noticiam os jornais que o governo vende, quando avaria-
da, grande quantidade dessas pólvoras.
Tudo indica que o primeiro cuidado do governo devia ser não VERBO
entregar a particulares tão perigosas pólvoras, que explodem
assim sem mais nem menos, pondo pacíficas vidas em cons- Verbo é a palavra que se flexiona em pessoa, número,
tante perigo. tempo e modo. A estes tipos de flexão verbal dá-se o
Creio que o governo não é assim um negociante ganan- nome de conjugação (por isso também se diz que verbo
cioso que vende gêneros que possam trazer a destruição é a palavra que pode ser conjugada). Pode indicar, entre
de vidas preciosas; e creio que não é, porquanto anda outros processos: ação (amarrar), estado (sou), fenôme-
sempre zangado com os farmacêuticos que vendem co- no (choverá); ocorrência (nascer); desejo (querer).
caína aos suicidas. Há sempre no Estado curiosas con-
tradições. 1. Estrutura das Formas Verbais
Lima Barreto Pólvora e cocaína In: Vida urbana, 5/1/1915
Do ponto de vista estrutural, o verbo pode apresentar
Internet: <www dominiopublico gov br> (com adapta-
os seguintes elementos:
ções)
A) Radical: é a parte invariável, que expressa o signi-
ficado essencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-
A correção gramatical do penúltimo parágrafo do tex-
-ava; fal-am. (radical fal-)
to seria preservada, embora seu sentido fosse alterado,
B) Tema: é o radical seguido da vogal temática que
caso o advérbio “não” fosse deslocado para imediata-
indica a conjugação a que pertence o verbo. Por
mente após “governo”.
exemplo: fala-r. São três as conjugações:
Resposta: Certo. Voltemos ao texto: (...) Tudo indica 1.ª - Vogal Temática - A - (falar), 2.ª - Vogal Temática
que o primeiro cuidado do governo devia ser não en- - E - (vender), 3.ª - Vogal Temática - I - (partir).
tregar a particulares tão perigosas pólvoras, que explo- C) Desinência modo-temporal: é o elemento que
dem assim sem mais nem menos, pondo pacíficas vidas designa o tempo e o modo do verbo. Por exemplo:
em constante perigo. Façamos a alteração proposta: o falávamos (indica o pretérito imperfeito do indicativo)
primeiro cuidado do governo não devia ser entregar... / falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo)
Haveria correção gramatical, mas mudaríamos o sen- D) Desinência número-pessoal: é o elemento que
tido do texto, já que no original o que se quer dizer é designa a pessoa do discurso (1.ª, 2.ª ou 3.ª) e o
o primeiro cuidado do governo deve ser o de não entre- número (singular ou plural):
gar a particulares; com a alteração: o primeiro cuidado falamos (indica a 1.ª pessoa do plural.) / falavam
do governo não deve ser o de entregar a particulares, (indica a 3.ª pessoa do plural.)
ou seja, ele tem que tomar cuidado com outras coisas
primeiramente, depois com este fato.
FIQUE ATENTO!
3. (Ancine – Técnico Administrativo – cespe – 2012) O verbo pôr, assim como seus derivados
(compor, repor, depor), pertencem à 2.ª conju-
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a to- gação, pois a forma arcaica do verbo pôr era
talidade do universo, toda a sociedade, a história, a con- poer. A vogal “e”, apesar de haver desapareci-
cepção de mundo. É uma verdade que se diz sobre o do do infinitivo, revela-se em algumas formas
mundo, que se estende a todas as coisas e à qual nada do verbo: põe, pões, põem, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA
15
por exemplo. Nas formas arrizotônicas, o acento tônico Viajei a Madri há muitos anos. (há = faz)
não cai no radical, mas sim na terminação verbal (fora do
radical): opinei, aprenderão, amaríamos. 2. Fazer, ser e estar (quando indicam tempo)
Faz invernos rigorosos na Europa.
3. Classificação dos Verbos Era primavera quando o conheci.
Estava frio naquele dia.
Classificam-se em:
A) Regulares: são aqueles que apresentam o radi- 3. Todos os verbos que indicam fenômenos da natu-
cal inalterado durante a conjugação e desinências reza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, tro-
idênticas às de todos os verbos regulares da mes- vejar, amanhecer, escurecer, etc. Quando, porém,
ma conjugação. Por exemplo: comparemos os ver- se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo
bos “cantar” e “falar”, conjugados no presente do “amanhecer” em sentido figurado. Qualquer verbo
Modo Indicativo: impessoal, empregado em sentido figurado, dei-
xa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá
canto falo conjugação completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
cantas falas Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
canta falas Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
cantamos falamos 4. O verbo passar (seguido de preposição), indicando
cantais falais tempo: Já passa das seis.
cantam falam
5. Os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição
“de”, indicando suficiência:
Basta de tolices.
#FicaDica
Chega de promessas.
Observe que, retirando os radicais, as desi-
nências modo-temporal e número-pessoal 6. Os verbos estar e ficar em orações como “Está bem,
mantiveram-se idênticas. Tente fazer com Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem
outro verbo e perceberá que se repetirá o referência a sujeito expresso anteriormente (por
fato (desde que o verbo seja da primeira exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso,
conjugação e regular!). Faça com o verbo classificar o sujeito como hipotético, tornando-se,
“andar”, por exemplo. Substitua o radical tais verbos, pessoais.
“cant” e coloque o “and” (radical do verbo
andar). Viu? Fácil! 7. O verbo dar + para da língua popular, equivalente
de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
B) Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alte-
rações no radical ou nas desinências: faço, fiz, farei,
E) Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, con-
fizesse.
jugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singu-
lar e do plural. São unipessoais os verbos constar,
Observação:
convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que
Alguns verbos sofrem alteração no radical apenas
indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar, miar,
para que seja mantida a sonoridade. É o caso de: corrigir/
latir, piar).
corrijo, fingir/finjo, tocar/toquei, por exemplo. Tais altera-
ções não caracterizam irregularidade, porque o fonema
Os verbos unipessoais podem ser usados como ver-
permanece inalterado.
bos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
C) Defectivos: são aqueles que não apresentam con-
O que é que aquela garota está cacarejando?
jugação completa. Os principais são adequar, pre-
caver, computar, reaver, abolir, falir.
Principais verbos unipessoais:
D) Impessoais: são os verbos que não têm sujeito
e, normalmente, são usados na terceira pessoa do
Cumprir, importar, convir, doer, aprazer, pare-
singular. Os principais verbos impessoais são:
LÍNGUA PORTUGUESA
16
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
F) Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que,
além das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é
empregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
FIQUE ATENTO!
Estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/
dito, escrever/escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
G) Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois,
fui) e ir (fui, ia, vades).
H) Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo prin-
cipal (aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é
expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Vou espantar todos!
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação:
Os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
17
4. Conjugação dos Verbos Auxiliares
Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês
18
4.5. ESTAR - Modo Indicativo
19
4.9. HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo
Presente Pret. Perf. Pret. Imp. Preté.mais-q-perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam
I) Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já
implícita no próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
LÍNGUA PORTUGUESA
Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a refle-
xibilidade já está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma,
pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do
verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva
expressa pelo radical do próprio verbo. Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo, Tu te arrependes, Ele se arrepende, Nós nos arrependemos, Vós vos arrependeis, Eles se arrependem.
20
Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto re-
presentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele
mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os
pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa: A garota penteou-
-me.
Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à
do sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular.
5. Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro.
Existem três modos:
A) Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu estudo para o concurso.
B) Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu estude amanhã.
C) Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estude, colega!
6. Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adje-
tivo, advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
A) Infinitivo
A.1 Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de subs-
tantivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exem-
plo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
A.2 Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1. Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2. – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
21
C) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o re-
sultado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames,
os candidatos saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função
de adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
8. Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos
tempos.
FIQUE ATENTO!
Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
22
Tabelas das Conjugações Verbais
1. Modo Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
23
1.5. Futuro do Presente do Indicativo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
LÍNGUA PORTUGUESA
24
1.8. Pretérito Imperfeito do Subjuntivo
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de
número e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número
e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
C) Modo Imperativo
1. Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
25
2. Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
No modo imperativo não faz sentido usar na 3.ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem,
pedido ou conselho só se aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).
3. Infinitivo Pessoal
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo: Saraiva, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.php
VOZES DO VERBO
Dá-se o nome de voz à maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, indicando
se este é paciente ou agente da ação. Importante lembrar que voz verbal não é flexão, mas aspecto verbal. São três as
vozes verbais:
LÍNGUA PORTUGUESA
A) Ativa = quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo:
Ele fez o trabalho.
sujeito agente ação objeto (paciente)
26
C) Reflexiva = quando o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação:
O menino feriu-se.
#FicaDica
Não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade:
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro)
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico e sintético.
A) Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte maneira:
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo:
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os alunos pintarão a escola)
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho)
Observações:
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição por, mas pode ocorrer a construção com a pre-
posição de. Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados.
Pode acontecer de o agente da passiva não estar explícito na frase: A exposição será aberta amanhã.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), pois o particípio é invariável. Observe a transformação
das frases seguintes:
Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
B) Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, seguido
do pronome apassivador “se”. Por exemplo:
Abriram-se as inscrições para o concurso.
Destruiu-se o velho prédio da escola.
Observação:
O agente não costuma vir expresso na voz passiva sintética.
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase.
O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mestres.
Eu o acompanharei.
Ele será acompanhado por mim.
27
Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
de cabra caprino
haverá complemento agente na passiva. Por exemplo:
Prejudicaram-me. / Fui prejudicado. de campo campestre ou rural
Com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir, de chuva pluvial
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou refle-
xiva, porque o sujeito não pode ser visto como agente, de criança pueril
paciente ou agente paciente. de dedo digital
de estômago estomacal ou gástrico
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa de falcão falconídeo
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. de farinha farináceo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São de fera ferino
Paulo: Saraiva, 2010. de ferro férreo
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
de fogo ígneo
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
de garganta gutural
SITE de gelo glacial
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf54.php de guerra bélico
de homem viril ou humano
de ilha insular
DOMÍNIO DA ESTRUTURA
MORFOSSINTÁTICA DO PERÍODO. de inverno hibernal ou invernal
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS. de lago lacustre
RELAÇÕES DE COORDENAÇÃO ENTRE de leão leonino
ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO.
de lebre l eporino
RELAÇÕES DE SUBORDINAÇÃO ENTRE
ORAÇÕES E ENTRE TERMOS DA ORAÇÃO. de lua lunar ou selênico
de madeira lígneo
Adjetivo de mestre magistral
28
3 Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou baré
Belo Horizonte belo-horizontino
Brasília brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos
substantivos, classificam-se em:
A) Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano,
a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
LÍNGUA PORTUGUESA
B) Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
29
7 Número dos Adjetivos Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Su-
perioridade
A) Plural dos adjetivos simples
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo Sílvia é menos alta que Tiago. = Comparativo de In-
com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos ferioridade
substantivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e
ruins, boa e boas. Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça superioridade, formas sintéticas, herdadas do latim. São
função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a pa- eles: bom /melhor, pequeno/menor, mau/pior, alto/supe-
lavra que estiver qualificando um elemento for, original- rior, grande/maior, baixo/inferior.
mente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva.
Exemplo: a palavra cinza é, originalmente, um substanti- Observe que:
vo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcio- As formas menor e pior são comparativos de su-
nará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo: cami- perioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais
sas cinza, ternos cinza. mau, respectivamente.
Motos vinho (mas: motos verdes) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
Paredes musgo (mas: paredes brancas). (melhor, pior, maior e menor), porém, em compa-
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). rações feitas entre duas qualidades de um mesmo
elemento, deve-se usar as formas analíticas mais
B) Adjetivo Composto bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por
É aquele formado por dois ou mais elementos. Nor- exemplo:
malmente, esses elementos são ligados por hífen. Ape- Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois
nas o último elemento concorda com o substantivo a que elementos.
se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Pedro é mais grande que pequeno - comparação de
Caso um dos elementos que formam o adjetivo com- duas qualidades de um mesmo elemento.
posto seja um substantivo adjetivado, todo o adjetivo Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de In-
composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra “rosa” ferioridade
é, originalmente, um substantivo, porém, se estiver qua- Sou menos passivo (do) que tolerante.
lificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso
se ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo B) Superlativo
composto; como é um substantivo adjetivado, o adjetivo O superlativo expressa qualidades num grau muito
composto inteiro ficará invariável. Veja: elevado ou em grau máximo. Pode ser absoluto ou rela-
Camisas rosa-claro. tivo e apresenta as seguintes modalidades:
Ternos rosa-claro. B.1 Superlativo Absoluto: ocorre quando a quali-
Olhos verde-claros. dade de um ser é intensificada, sem relação com outros
Calças azul-escuras e camisas verde-mar. seres. Apresenta-se nas formas:
Telhados marrom-café e paredes verde-claras. Analítica: a intensificação é feita com o auxílio de
palavras que dão ideia de intensidade (advérbios).
Observação: Por exemplo: O concurseiro é muito esforçado.
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer Sintética: nessa, há o acréscimo de sufixos. Por
adjetivo composto iniciado por “cor-de-...” são sempre exemplo: O concurseiro é esforçadíssimo.
invariáveis: roupas azul-marinho, tecidos azul-celeste, Observe alguns superlativos sintéticos:
vestidos cor-de-rosa.
O adjetivo composto surdo-mudo tem os dois ele- benéfico - beneficentíssimo
mentos flexionados: crianças surdas-mudas.
bom - boníssimo ou ótimo
8 Grau do Adjetivo comum - comuníssimo
30
O superlativo absoluto analítico é expresso por meio de inferioridade: menos + advérbio + que (do
dos advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, que): Renato fala menos alto do que João.
antepostos ao adjetivo. de superioridade:
O superlativo absoluto sintético se apresenta sob A.1 Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
duas formas: uma erudita - de origem latina – e outra fala mais alto do que João.
popular - de origem vernácula. A forma erudita é cons- A.2 Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato
tituída pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos fala melhor que João.
-íssimo, -imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo;
a popular é constituída do radical do adjetivo português B) Grau Superlativo
+ o sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo B.1 Analítico: acompanhado de outro advérbio: Re-
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- nato fala muito alto.
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio
– cheíssimo. de modo
B.2 Sintético: formado com sufixos: Renato fala al-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS tíssimo.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Observação:
Paulo: Saraiva, 2010. As formas diminutivas (cedinho, pertinho, etc.) são
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa comuns na língua popular.
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
Português: novas palavras: literatura, gramática, re- A criança levantou cedinho. (muito cedo)
dação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
31
G) Intensidade: muito, demais, pouco, tão, em ex- 4. Advérbios Interrogativos
cesso, bastante, mais, menos, demasiado, quanto,
quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como?
nada, todo, quase, de todo, de muito, por completo, por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes
extremamente, intensamente, grandemente, bem às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja:
(quando aplicado a propriedades graduáveis).
H) Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- Interrogação Direta Interrogação Indireta
mente, simplesmente, só, unicamente. Por exemplo:
Brando, o vento apenas move a copa das árvores. Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
I) Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- Onde mora? Indaguei onde morava.
bém. Por exemplo: O indivíduo também amadurece
Por que choras? Não sei por que choras.
durante a adolescência.
J) Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. Por Aonde vai? Perguntei aonde ia.
exemplo: Primeiramente, eu gostaria de agradecer Donde vens? Pergunto donde vens.
aos meus amigos por comparecerem à festa.
Quando voltas? Pergunto quando voltas.
Saiba que:
Para se exprimir o limite de possibilidade, antepõe-se 5. Locução Adverbial
ao advérbio “o mais” ou “o menos”. Por exemplo: Ficarei
o mais longe que puder daquele garoto. Voltarei o menos Quando há duas ou mais palavras que exercem função
tarde possível. de advérbio, temos a locução adverbial, que pode expres-
sar as mesmas noções dos advérbios. Iniciam ordinaria-
Quando ocorrem dois ou mais advérbios em -mente, mente por uma preposição. Veja:
em geral sufixamos apenas o último: O aluno respondeu A) lugar: à esquerda, à direita, de longe, de perto,
calma e respeitosamente. para dentro, por aqui, etc.
B) afirmação: por certo, sem dúvida, etc.
3. Distinção entre Advérbio e Pronome Indefinido C) modo: às pressas, passo a passo, de cor, em vão,
em geral, frente a frente, etc.
D) tempo: de noite, de dia, de vez em quando, à tarde,
Há palavras como muito, bastante, que podem apare-
hoje em dia, nunca mais, etc.
cer como advérbio e como pronome indefinido.
A locução adverbial e o advérbio modificam o verbo, o
adjetivo e outro advérbio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Chegou muito cedo. (advérbio)
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Joana é muito bela. (adjetivo)
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo De repente correram para a rua. (verbo)
e sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros.
Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
#FicaDica Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Como saber se a palavra bastante é advérbio O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefi- bio: Cheguei primeiro.
nido (varia, sofre flexão)? Se der, na frase, para
substituir o “bastante” por “muito”, estamos Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
diante de um advérbio; se der para substituir adverbial desempenham na oração a função de adjunto ad-
por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: verbial, classificando-se de acordo com as circunstâncias que
1. Estudei bastante para o concurso. (estudei acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio. Exemplo:
muito, pois “muitos” não dá!) = advérbio Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
2. Estudei bastantes capítulos para o concurso. verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
(estudei muitos capítulos) = pronome indefini- Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
do dade e de tempo, respectivamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010.
LÍNGUA PORTUGUESA
SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf75.php
32
Artigo
Antes de pronomes de tratamento: Vossa Senhoria sai-
rá agora?
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Exceção: O senhor vai à festa?
-se como o termo variável que serve para individualizar
ou generalizar o substantivo, indicando, também, o gê- Após o pronome relativo “cujo” e suas variações: Esse é
nero (masculino/feminino) e o número (singular/plural). o concurso cujas provas foram anuladas?/ Este é o candida-
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va- to cuja nota foi a mais alta.
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns]). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce-
A) Artigos definidos – São usados para indicar se- reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
res determinados, expressos de forma individual: O Paulo: Saraiva, 2010.
concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
muito. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.SAC-
B) Artigos indefinidos – usados para indicar seres de CONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi.
modo vago, impreciso: Uma candidata foi aprova- 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
da! Umas candidatas foram aprovadas! Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
1. Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Paulo: Saraiva, 2010.
usado:
Espero que eu seja aprovada no concurso!
Antes de nomes de cidade (topônimo) e de pessoas
Não conseguimos separar uma oração da outra, pois
conhecidas: O professor visitará Roma.
a segunda “completa” o sentido da primeira (da oração
principal): Espero o quê? Ser aprovada. Nesse período te-
Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre- mos uma oração subordinada substantiva objetiva direta
sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a (ela exerce a função de objeto direto do verbo da oração
bela Roma. principal).
33
3. Conjunções Coordenativas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada exer-
ce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo
São aquelas que ligam orações de sentido completo com a circunstância que expressam, classificam-se em:
e independente ou termos da oração que têm a mesma
função gramatical. Subdividem-se em: A) Causais: introduzem uma oração que é causa da
A) Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ocorrência da oração principal. São elas: porque, que,
ideia de acréscimo ou adição. São elas: e, nem (= e como (= porque, no início da frase), pois que, visto
não), não só... mas também, não só... como também, que, uma vez que, porquanto, já que, desde que, etc.
bem como, não só... mas ainda. Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios.
A sua pesquisa é clara e objetiva.
Não só dança, mas também canta. B) Concessivas: introduzem uma oração que expressa
ideia contrária à da principal, sem, no entanto, im-
B) Adversativas: ligam duas orações ou palavras, pedir sua realização. São elas: embora, ainda que,
expressando ideia de contraste ou compensação. apesar de que, se bem que, mesmo que, por mais que,
São elas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, posto que, conquanto, etc.
no entanto, não obstante. Embora fosse tarde, fomos visitá-lo.
Tentei chegar mais cedo, porém não consegui.
C) Condicionais: introduzem uma oração que indica a
hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
C) Alternativas: ligam orações ou palavras, expres- São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser
sando ideia de alternância ou escolha, indicando que, desde que, a menos que, sem que, etc.
fatos que se realizam separadamente. São elas: ou, Se precisar de minha ajuda, telefone-me.
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, tal-
vez... talvez. #FicaDica
Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.
Você deve ter percebido que a conjunção con-
D) Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração dicional “se” também é conjunção integrante.
que expressa ideia de conclusão ou consequência. A diferença é clara ao ler as orações que são
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto, por introduzidas por ela. Acima, ela nos dá a ideia
conseguinte, por isso, assim. da condição para que recebamos um telefo-
Marta estava bem preparada para o teste, portanto nema (se for preciso ajuda). Já na oração: Não
não ficou nervosa. sei se farei o concurso. Não há ideia de
Você nos ajudou muito; terá, pois, nossa gratidão. condição alguma, há? Outra coisa: o verbo da
oração principal (sei) pede complemento (ob-
E) Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração jeto direto, já que “quem não sabe, não sabe
que a explica, que justifica a ideia nela contida. São algo”). Portanto, a oração em destaque exerce
elas: que, porque, pois (antes do verbo), porquanto. a função de objeto direto da oração principal,
Não demore, que o filme já vai começar. sendo classificada como oração subordinada
Falei muito, pois não gosto do silêncio! substantiva objetiva direta.
4. Conjunções Subordinativas
D) Conformativas: introduzem uma oração que expri-
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma de- me a conformidade de um fato com outro. São elas:
las dependente da outra. A oração dependente, intro- conforme, como (= conforme), segundo, consoante,
duzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome etc.
de oração subordinada. Veja o exemplo: O baile já tinha O passeio ocorreu como havíamos planejado.
começado quando ela chegou.
O baile já tinha começado: oração principal E) Finais: introduzem uma oração que expressa a finali-
quando: conjunção subordinativa (adverbial tempo- dade ou o objetivo com que se realiza a oração prin-
ral) cipal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (=
ela chegou: oração subordinada para que), que, etc.
Toque o sinal para que todos entrem no salão.
As conjunções subordinativas subdividem-se em in-
tegrantes e adverbiais: F) Proporcionais: introduzem uma oração que expres-
LÍNGUA PORTUGUESA
34
Observação: O significado das interjeições está vinculado à ma-
São incorretas as locuções proporcionais à medida neira como elas são proferidas. O tom da fala é que dita
em que, na medida que e na medida em que. o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto
em que for utilizada. Exemplos:
G) Temporais: introduzem uma oração que acrescen-
ta uma circunstância de tempo ao fato expresso na Psiu!
oração principal. São elas: quando, enquanto, antes contexto: alguém pronunciando esta expressão na
que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te cha-
que, sempre que, assim que, agora que, mal (= as- mando! Ei, espere!”
sim que), etc. Psiu!
A briga começou assim que saímos da festa. contexto: alguém pronunciando em um hospital; sig-
H) Comparativas: introduzem uma oração que ex- nificado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça silên-
pressa ideia de comparação com referência à ora- cio!”
ção principal. São elas: como, assim como, tal como,
como se, (tão)... como, tanto como, tanto quanto, do Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio!
que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (com- puxa: interjeição; tom da fala: euforia
binado com menos ou mais), etc.
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte!
I) Consecutivas: introduzem uma oração que expres- puxa: interjeição; tom da fala: decepção
sa a consequência da principal. São elas: de sorte
que, de modo que, sem que (= que não), de forma As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
que, de jeito que, que (tendo como antecedente na A) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo ale-
oração principal uma palavra como tal, tão, cada, gria, tristeza, dor, etc.: Ah, deve ser muito interes-
tanto, tamanho), etc. sante!
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do B) Sintetizar uma frase apelativa: Cuidado! Saia da mi-
exame. nha frente.
35
Saiba que: NUMERAL
As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não so-
frem variação em gênero, número e grau como os no- Numeral é a palavra variável que indica quantidade nu-
mes, nem de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e mérica ou ordem; expressa a quantidade exata de pessoas
voz como os verbos. No entanto, em uso específico, al- ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada
gumas interjeições sofrem variação em grau. Não se trata sequência.
de um processo natural desta classe de palavra, mas tão
só uma variação que a linguagem afetiva permite. Exem- Os numerais traduzem, em palavras, o que os núme-
plos: oizinho, bravíssimo, até loguinho. ros indicam em relação aos seres. Assim, quando a ex-
pressão é colocada em números (1, 1.º, 1/3, etc.) não se
2. Locução Interjetiva trata de numerais, mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem
Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma a ideia expressa pelos números, existem mais algumas
expressão com sentido de interjeição: Ora bolas!, Virgem palavras consideradas numerais porque denotam quan-
Maria!, Meu Deus!, Ó de casa!, Ai de mim!, Graças a Deus! tidade, proporção ou ordenação. São alguns exemplos:
Toda frase mais ou menos breve dita em tom excla- década, dúzia, par, ambos(as), novena.
mativo torna-se uma locução interjetiva, dispensando
análise dos termos que a compõem: Macacos me mor- 1. Classificação dos Numerais
dam!, Valha-me Deus!, Quem me dera!
A) Cardinais: indicam quantidade exata ou determi-
1. As interjeições são como frases resumidas, sinté- nada de seres: um, dois, cem mil, etc. Alguns car-
ticas. Por exemplo: Ué! (= Eu não esperava por dinais têm sentido coletivo, como por exemplo:
essa!) / Perdão! (= Peço-lhe que me desculpe) século, par, dúzia, década, bimestre.
B) Ordinais: indicam a ordem, a posição que alguém
2. Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é ou alguma coisa ocupa numa determinada se-
o seu tom exclamativo; por isso, palavras de outras
quência: primeiro, segundo, centésimo, etc.
classes gramaticais podem aparecer como inter-
jeições. Por exemplo: Viva! Basta! (Verbos) / Fora!
Francamente! (Advérbios) #FicaDica
3. A interjeição pode ser considerada uma “palavra- As palavras anterior, posterior, último, antepe-
-frase” porque sozinha pode constituir uma men- núltimo, final e penúltimo também indicam
sagem. Por exemplo: Socorro! Ajudem-me! Silêncio! posição dos seres, mas são classificadas como
Fique quieto! adjetivos, não ordinais.
36
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e
conseguiram o triplo de produção.
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas
do medicamento.
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas
terças partes.
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como:
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda divisão de futebol)
Os numerais são escritos em conjunto de três algarismos, contados da direita para a esquerda, em forma de cente-
nas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma separação através de ponto ou espaço correspondente a um ponto:
8.234.456 ou 8 234 456.
Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar exagero intencional, constituindo a figura de linguagem conhe-
cida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
No português contemporâneo, não se usa a conjunção “e” após “mil”, seguido de centena: Nasci em mil novecentos
e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
Mas, se a centena começa por “zero” ou termina por dois zeros, usa-se o “e”: Seu salário será de mil e quinhentos
reais. (R$1.500,00)
Gastamos mil e quarenta reais. (R$1.040,00)
Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até dé-
cimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral venha depois do substantivo;
Ordinais Cardinais
João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
#FicaDica
Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por associação. Ficará mais fácil!
Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou “uma
LÍNGUA PORTUGUESA
e outra”, “as duas”) e são largamente empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez referência. Sua uti-
lização exige a presença do artigo posposto: Ambos os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O artigo só é
dispensado caso haja um pronome demonstrativo: Ambos esses ministros falarão à imprensa.
37
Quadro de alguns numerais
ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo
38
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa #FicaDica
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- O “a” pode funcionar como preposição, prono-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São me pessoal oblíquo e artigo. Como distingui-
Paulo: Saraiva, 2010. -los? Caso o “a” seja um artigo, virá preceden-
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- do um substantivo, servindo para determiná-lo
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. como um substantivo singular e feminino: A
matéria que estudei é fácil!
SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/
morf40.php Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois
termos e estabelece relação de subordinação entre eles.
Preposição Irei à festa sozinha.
Entregamos a flor à professora! = o primeiro “a” é ar-
Preposição é uma palavra invariável que serve para tigo; o segundo, preposição.
ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o
normalmente há uma subordinação do segundo termo lugar e/ou a função de um substantivo: Nós trouxemos a
em relação ao primeiro. As preposições são muito im- apostila. = Nós a trouxemos.
portantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coe-
são textual e possuem valores semânticos indispensáveis 2. Relações semânticas (= de sentido) estabeleci-
para a compreensão do texto. das por meio das preposições:
39
Substantivo B.2 Substantivo Abstrato: é aquele que designa
seres que dependem de outros para se manifestarem
Substantivo é a classe gramatical de palavras variá- ou existirem. Por exemplo: a beleza não existe por si só,
veis, as quais denominam todos os seres que existem, não pode ser observada. Só podemos observar a beleza
sejam reais ou imaginários. Além de objetos, pessoas e numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende
fenômenos, os substantivos também nomeiam: de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra bele-
lugares: Alemanha, Portugal za é um substantivo abstrato.
sentimentos: amor, saudade Os substantivos abstratos designam estados, quali-
estados: alegria, tristeza dades, ações e sentimentos dos seres, dos quais podem
qualidades: honestidade, sinceridade ser abstraídos, e sem os quais não podem existir: vida
ações: corrida, pescaria (estado), rapidez (qualidade), viagem (ação), saudade
(sentimento).
1. Morfossintaxe do substantivo
Substantivos Coletivos
Nas orações, geralmente o substantivo exerce fun-
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha,
ções diretamente relacionadas com o verbo: atua como
outra abelha, mais outra abelha.
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
direto ou indireto) e do agente da passiva, podendo,
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
ainda, funcionar como núcleo do complemento nominal
ou do aposto, como núcleo do predicativo do sujeito, Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne-
do objeto ou como núcleo do vocativo. Também encon- cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha,
tramos substantivos como núcleos de adjuntos adno- mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
minais e de adjuntos adverbiais - quando essas funções palavras no plural. No terceiro, empregou-se um subs-
são desempenhadas por grupos de palavras. tantivo no singular (enxame) para designar um conjunto
de seres da mesma espécie (abelhas).
2. Classificação dos Substantivos O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que,
A) Substantivos Comuns e Próprios mesmo estando no singular, designa um conjunto de se-
Observe a definição: res da mesma espécie.
Cidade: s.f. 1. Povoação maior que vila, com muitas Substantivo coletivo Conjunto de:
casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil,
toda a sede de município é cidade). 2. O centro de uma assembleia pessoas reunidas
cidade (em oposição aos bairros). alcateia lobos
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas ca-
acervo livros
sas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas” será cha-
mada cidade. Isso significa que a palavra cidade é um antologia trechos literários selecionados
substantivo comum. arquipélago ilhas
Substantivo Comum é aquele que designa os seres
banda músicos
de uma mesma espécie de forma genérica: cidade, me-
nino, homem, mulher, país, cachorro. bando desordeiros ou malfeitores
Estamos voando para Barcelona. banca examinadores
batalhão soldados
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da
espécie cidade. Barcelona é um substantivo próprio – cardume peixes
aquele que designa os seres de uma mesma espécie de caravana viajantes peregrinos
forma particular: Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil.
cacho frutas
B) Substantivos Concretos e Abstratos cancioneiro canções, poesias líricas
B.1 Substantivo Concreto: é aquele que designa o colmeia abelhas
ser que existe, independentemente de outros seres.
concílio bispos
LÍNGUA PORTUGUESA
40
feixe lenha, capim B) Substantivos Primitivos e Derivados
B.1 Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva
flora vegetais de uma região de nenhuma outra palavra da própria língua por-
frota navios mercantes, ônibus tuguesa.
B.2 Substantivo Derivado: é aquele que se origi-
girândola fogos de artifício na de outra palavra. O substantivo limoeiro, por
horda bandidos, invasores exemplo, é derivado, pois se originou a partir da
junta médicos, bois, credores, exa- palavra limão.
minadores
4. Flexão dos substantivos
júri jurados
legião soldados, anjos, demônios O substantivo é uma classe variável. A palavra é variá-
vel quando sofre flexão (variação). A palavra menino, por
leva presos, recrutas exemplo, pode sofrer variações para indicar:
malta malfeitores ou desordeiros Plural: meninos / Feminino: menina / Aumentativo:
manada búfalos, bois, elefantes, meninão / Diminutivo: menininho
Veja agora: O substantivo guarda-chuva é formado por C) Comuns de Dois ou Comum de Dois Gêneros:
dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo é indicam o sexo das pessoas por meio do artigo: o
composto. colega e a colega, o doente e a doente, o artista e
A.2 Substantivo Composto: é aquele formado por a artista.
dois ou mais elementos. Outros exemplos: beija-flor,
passatempo. Substantivos de origem grega terminados em ema
ou oma são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o
sintoma, o teorema.
41
Existem certos substantivos que, variando de 8. Sobrecomuns:
gênero, variam em seu significado: Entregue as crianças à natureza.
o águia (vigarista) e a águia (ave; perspicaz); o cabeça
(líder) e a cabeça (parte do corpo); o capital (dinheiro) e A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas-
a capital (cidade); o coma (sono mórbido) e a coma (ca- culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem
beleira, juba); o lente (professor) e a lente (vidro de au- o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
mento); o moral (estado de espírito) e a moral (ética; con- sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja:
clusão); o praça (soldado raso) e a praça (área pública); A criança chorona chamava-se João.
o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação emissora). A criança chorona chamava-se Maria.
42
10. Gênero e Significação
Muitos substantivos, como já mencionado anteriormente, têm uma significação no masculino e outra no feminino.
Observe: o baliza (soldado que à frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição
de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar,
desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma
(perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra venenosa), o crisma
(óleo sagrado, usado na administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento da confirmação), o cura
(pároco), a cura (ato de curar), o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegetação), o guia (pessoa que
guia outras), a guia (documento, pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama (relva), o caixa
(funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), o moral
(ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fu-
maça (trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior
do boné ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga (remador), a voga (moda).
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” final.
Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” fazem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs;
hífen - hifens (sem acento, no plural).
Exceção: cânon - cânones.
Atenção:
O plural de caráter é caracteres.
Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol
– caracóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules.
Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas maneiras:
1. Quando oxítonos, em “is”: canil - canis
2. Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis.
Observação:
A palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: répteis ou reptis (pouco usada).
Observação:
Muitos substantivos terminados em “ão” apresentam dois – e até três – plurais:
aldeão – aldeões/aldeães/aldeãos ancião – anciões/anciães/anciãos
LÍNGUA PORTUGUESA
43
12. Plural dos Substantivos Compostos Observação:
Numerais substantivados terminados em “s” ou “z”
A formação do plural dos substantivos compostos não variam no plural: Nas provas mensais consegui mui-
depende da forma como são grafados, do tipo de pa- tos seis e alguns dez.
lavras que formam o composto e da relação que esta-
belecem entre si. Aqueles que são grafados sem hífen 15. Plural dos Diminutivos
comportam-se como os substantivos simples: aguar-
dente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés, Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” fi-
malmequer/malmequeres. nal e acrescenta-se o sufixo diminutivo.
O plural dos substantivos compostos cujos elementos
são ligados por hífen costuma provocar muitas dúvidas
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
e discussões. Algumas orientações são dadas a seguir:
A) Flexionam-se os dois elementos, quando forma- animai(s) + zinhos = animaizinhos
dos de: botõe(s) + zinhos = botõezinhos
substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-per- chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos
feitos farói(s) + zinhos = faroizinhos
adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-ho-
mens tren(s) + zinhos = trenzinhos
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras colhere(s) + zinhas = colherezinhas
flore(s) + zinhas = florezinhas
B) Flexiona-se somente o segundo elemento,
quando formados de: mão(s) + zinhas = mãozinhas
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas papéi(s) + zinhos = papeizinhos
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e
alto-falantes nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco- funi(s) + zinhos = funizinhos
-recos túnei(s) + zinhos = tuneizinhos
C) Flexiona-se somente o primeiro elemento,
quando formados de: pai(s) + zinhos = paizinhos
substantivo + preposição clara + substantivo = água- pé(s) + zinhos = pezinhos
-de-colônia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = ca- pé(s) + zitos = pezitos
valo-vapor e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como deter- 16. Plural dos Nomes Próprios Personativos
minante do primeiro, ou seja, especifica a função ou o
tipo do termo anterior: palavra-chave - palavras-chave, Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas
bomba-relógio - bombas-relógio, homem-rã - homens-rã, sempre que a terminação preste-se à flexão.
peixe-espada - peixes-espada. Os Napoleões também são derrotados.
D) Permanecem invariáveis, quando formados de: As Raquéis e Esteres.
verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os 17. Plural dos Substantivos Estrangeiros
saca-rolhas
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser
13. Casos Especiais escritos como na língua original, acrescentando-se “s”
(exceto quando terminam em “s” ou “z”): os shows, os
shorts, os jazz.
o louva-a-deus e os louva-a-deus
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de
o bem-te-vi e os bem-te-vis acordo com as regras de nossa língua: os clubes, os cho-
o bem-me-quer e os bem-me-queres pes, os jipes, os esportes, as toaletes, os bibelôs, os gar-
çons, os réquiens.
o joão-ninguém e os joões-ninguém. Observe o exemplo:
Este jogador faz gols toda vez que joga.
14. Plural das Palavras Substantivadas O plural correto seria gois (ô), mas não se usa.
LÍNGUA PORTUGUESA
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras 18. Plural com Mudança de Timbre
classes gramaticais usadas como substantivo apresen-
tam, no plural, as flexões próprias dos substantivos.
Certos substantivos formam o plural com mudança
Pese bem os prós e os contras.
de timbre da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um
O aluno errou na prova dos noves.
fato fonético chamado metafonia (plural metafônico).
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos.
44
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Singular Plural
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
corpo (ô) corpos (ó) Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
esforço esforços Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
fogo fogos Paulo: Saraiva, 2010.
forno fornos CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira
fosso fossos
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição –
imposto impostos São Paulo: Saraiva, 2002.
olho olhos
SITE
osso (ô) ossos (ó) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf12.
ovo ovos php
poço poços
porto portos
EXERCÍCIO COMENTADO
posto postos
tijolo tijolos 1. (TST – Técnico Judiciário – Área Administrativa – FCC
– 2012) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem
Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bol- novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, [...]
sos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, que contribuem de forma significativa para nosso sucesso
etc. posterior, tanto na quadra como fora dela.
45
Resposta: Letra C. a) ademais.
Corrigindo o inadequado: b) conquanto.
Em “a”: Sou ateu e peço que me deem tratamento si- c) porquanto.
milar ao que dispenso aos homens religiosos. d) entretanto.
Em “b”: A intolerância religiosa baseia-se em precon- e) apesar.
ceitos de que deveriam desviar-se todos os homens
verdadeiramente virtuosos. Resposta: Letra D.
Em “c”: A tolerância é uma virtude na qual (de que) Contudo é uma conjunção adversativa (expressa opo-
não podem prescindir os que se dizem homens de fé. sição). A substituição deve utilizar outra de mesma
Em “d”: O ateu desperta a ira dos fanáticos, a despeito classificação, para que se mantenha a ideia do perío-
de nada fazer que possa injuriá-los ou desrespeitá-los. do. A correta é entretanto.
Em “e”: Respeito os homens de fé, a menos que dei-
xem de fazer o mesmo com aqueles que não a têm. 6. (TST – Analista Judiciário – Área Administrativa –
FCC – 2012) O verbo indicado entre parênteses deverá
3. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especiali-
flexionar-se no singular para preencher adequadamente
zado – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC –
a lacuna da frase:
2012)
Transpondo-se para a voz passiva a construção Os ateus
despertariam a ira de qualquer fanático, a forma ver- a) A nenhuma de nossas escolhas...... (poder) deixar de
bal obtida será: corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
b) Não se...... (poupar) os que governam de refletir so-
a) seria despertada. bre o peso de suas mais graves decisões.
b) teria sido despertada. c) Aos governantes mais responsáveis não...... (ocorrer)
c) despertar-se-á. tomar decisões sem medir suas consequências.
d) fora despertada. d) A toda decisão tomada precipitadamente...... (cos-
e) teriam despertado. tumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas.
e) Diante de uma escolha,...... (ganhar) prioridade, re-
Resposta: Letra A. comenda Gramsci, os critérios que levam em conta a
Os ateus despertariam a ira de qualquer fanático dor humana.
Fazendo a transposição para a voz passiva, temos: A
ira de qualquer fanático seria despertada pelos ateus. Resposta: Letra C.
GABARITO OFICIAL: A Flexões em destaque e sublinhei os termos que esta-
belecem concordância:
4. (TST – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Em “a”: A nenhuma de nossas escolhas podem deixar
Especialidade Segurança Judiciária – FCC – 2012) de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos.
...ela nunca alcançava a musa. Em “b”: Não se poupam os que governam de refletir
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma sobre o peso de suas mais graves decisões.
verbal resultante será: Em “c”: Aos governantes mais responsáveis não ocor-
re tomar decisões sem medir suas consequências. =
a) alcança-se. Isso não ocorre aos governantes – uma oração exerce
b) foi alcançada. a função de sujeito (subjetiva)
c) fora alcançada.
Em “d”: A toda decisão tomada precipitadamente cos-
d) seria alcançada.
tumam sobrevir consequências imprevistas e injustas.
e) era alcançada.
Em “e”: Diante de uma escolha, ganham prioridade,
Resposta: Letra E. recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta
Temos um verbo na voz ativa, então teremos dois na a dor humana.
passiva (auxiliar + o verbo da oração da ativa, no mes-
mo tempo verbal, forma particípio): A musa nunca era 7. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Analista Judiciário – Área
alcançada por ela. O verbo “alcançava” está no pretérito Administrativa – FCC – 2016 ) ... para quem Manoel de
imperfeito, por isso o auxiliar tem que estar também (é Barros era comparável a São Francisco de Assis...
= presente, foi = pretérito perfeito, era = imperfeito, fora O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
= mais que perfeito, será = futuro do presente, seria = da frase acima está em:
futuro do pretérito).
a) Dizia-se um “vedor de cinema”...
LÍNGUA PORTUGUESA
5. (TST – Analista Judiciário – Área Apoio Especiali- b) Porque não seria certo ficar pregando moscas no es-
zado – Especialidade Medicina do Trabalho – FCC – paço...
2012) Aos poucos, contudo, fui chegando à constatação c) Na juventude, apaixonou-se por Arthur Rimbaud e
de que todo perfil de rede social é um retrato ideal de nós Charles Baudelaire.
mesmos. d) Quase meio século separa a estreia de Manoel de Bar-
Mantendo-se a correção e a lógica, sem que outra al- ros na literatura...
teração seja feita na frase, o elemento grifado pode ser e) ... para depois casá-las...
substituído por:
46
Resposta: Letra A. Resposta: Letra D.
“Era” = verbo “ser” no pretérito imperfeito do Indicati- Temos: sujeito (o marechal), verbo na ativa (organizou)
vo. Procuremos nos itens: e objeto (o acervo). Como há um verbo na ativa, ao
Em “a”: Dizia-se = pretérito imperfeito do Indicativo passarmos para a passiva teremos dois (o auxiliar no
Em “b”: Porque não seria = futuro do pretérito do In- mesmo tempo que o verbo da ativa + o particípio do
dicativo verbo da voz ativa = organizado). O objeto exercerá
Em “c”: Na juventude, apaixonou-se = pretérito perfei- a função de sujeito paciente, e o sujeito da ativa será
to do Indicativo o agente da passiva (ufa!). A frase ficará: O acervo foi
Em “d”: Quase meio século separa = presente do Indi- organizado pelo marechal.
cativo
Em “e”: para depois casá-las = Infinitivo pessoal (casar 11. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO –
elas) FCC – 2016) Precisamos de um treinador que nos ajude
a comer...
8. (TRT 20.ª REGIÃO-SE – Analista Judiciário – Área O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o
Administrativa – FCC – 2016 ) Aí conheci o escritor e sublinhado acima está também sublinhado em:
historiador de sua gente, meu saudoso amigo Alcino Al-
ves Costa. E foi dele que ouvi oralmente a história de Zé a) [...] assim que conseguissem se virar sem as mães ou
de Julião. Considerando-se a norma-padrão da língua, as amas...
ao reescrever-se o trecho acima em um único período, o b) Não é por acaso que proliferaram os coaches.
segmento destacado deverá ser antecedido de vírgula e c) [...] país que transformou a infância numa bilionária in-
substituído por dústria de consumo...
d) E, mesmo que se esforcem muito [...]
a) perante ao qual e) Hoje há algo novo nesse cenário.
b) de cujo
c) o qual Resposta: Letra D.
d) frente à quem que nos ajude = presente do Subjuntivo
e) de quem Em “a”: que conseguissem = pretérito do Subjuntivo
Em “b”: que proliferaram = pretérito perfeito (e tam-
Resposta: Letra E. bém mais-que-perfeito) do Indicativo
Voltemos ao trecho: ... meu saudoso amigo Alcino Alves Em “c”: que transformou = pretérito perfeito do Indi-
Costa. E foi dele que ouvi oralmente... = a única alter- cativo
nativa que substitui corretamente o trecho destacado é Em “d”: que se esforcem = presente do Subjuntivo
“de quem ouvi oralmente”. Em “e”: há algo novo nesse cenário = presente do In-
dicativo
9. (TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC – Técnico Judiciário –
FCC – 2016) “Isto pode despertar a atenção de outras pes- 12. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Técnico Judiciário – FCC
soas que tenham documentos em casa e se disponham – 2016) O modelo ainda dominante nas discussões ecoló-
a trazer para a Academia, que é a guardiã desse tipo de gicas privilegia, em escala, o Estado e o mundo...
acervo, que é muito difícil de ser guardado em casa, pois o Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma
tempo destrói e aqui temos a melhor técnica de conserva- verbal resultante será:
ção de documentos”, disse Cavalcanti.
O termo sublinhado faz referência a a) é privilegiado.
b) sendo privilegiadas.
a) pessoas. c) são privilegiados.
b) acervo. d) foi privilegiado.
c) Academia. e) são privilegiadas.
d) tempo.
e) casa. Resposta: Letra C.
Há um verbo na ativa, então teremos dois na passiva
Resposta: Letra B. (auxiliar + o particípio de “privilegia”) = O Estado e
Ao trecho: a guardiã desse tipo de acervo, que (o qual) o mundo são privilegiados pelo modelo ainda domi-
é muito difícil de ser guardado... nante.
10. (TRT 14.ª REGIÃO-RO e AC – Técnico Judiciário – 13. (TRT 23.ª REGIÃO-MT – Técnico Judiciário – FCC –
FCC – 2016) O marechal organizou o acervo... 2016 ) Empregam-se todas as formas verbais de acordo
LÍNGUA PORTUGUESA
A forma verbal está corretamente transposta para a voz com a norma culta na seguinte frase:
passiva em:
a) Para que se mantesse sua autenticidade, o documento
a) estava organizando não poderia receber qualquer tipo de retificação.
b) tinha organizado b) Os documentos com assinatura digital disporam de
c) organizando-se algoritmos de criptografia que os protegeram.
d) foi organizado c) Arquivados eletronicamente, os documentos poderam
e) está organizado contar com a proteção de uma assinatura digital.
47
d) Quem se propor a alterar um documento criptogra- Resposta: Letra D.
fado deve saber que comprometerá sua integridade. Os verbos das frases citadas estão no Modo Imperati-
e) Não é possível fazer as alterações que convierem sem vo (expressam ordem). Vamos aos itens:
comprometer a integridade dos documentos. Em “a”: ... o acesso rápido e a quantidade de textos
fazem = presente do Indicativo
Resposta: Letra E. Em “b”: Na internet, basta um clique = presente do
Em “a”: Para que se mantesse (mantivesse) sua auten- Indicativo
ticidade, o documento não poderia receber qualquer Em “c”: ... após discar e fazer a ligação, não precisamos
tipo de retificação. = presente do Indicativo
Em “b”: Os documentos com assinatura digital dispo- Em “d”: Pense rápido: = Imperativo
ram (dispuseram) de algoritmos de criptografia que os Em “e”: É o que mostra também uma pesquisa = pre-
protegeram. sente do Indicativo
Em “c”: Arquivados eletronicamente, os documentos
poderam (puderam) contar com a proteção de uma 16. (PC-SP – Atendente de Necrotério Policial – Vu-
nesp – 2014) Assinale a alternativa em que a palavra em
assinatura digital.
destaque na frase pertence à classe dos adjetivos (pala-
Em “d”: Quem se propor (propuser) a alterar um docu-
vra que qualifica um substantivo).
mento criptografado deve saber que comprometerá
sua integridade. a) Existe grande confusão entre os diversos tipos de eu-
Em “e”: Não é possível fazer as alterações que convierem tanásia...
sem comprometer a integridade dos documentos = cor- b)... o médico ou alguém causa ativamente a morte...
reta c) prolonga o processo de morrer procurando distanciar
a morte.
14. (TRT 21.ª REGIÃO-RN – Técnico Judiciário – FCC d) Ela é proibida por lei no Brasil,...
– 2017) Sessenta anos de história marcam, assim, a traje- e) E como seria a verdadeira boa morte?
tória da utopia no país.
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma Resposta: Letra E.
verbal resultante será: Em “a”: Existe grande confusão = substantivo
Em “b”: o médico ou alguém causa ativamente a mor-
a) foram marcados. te = pronome
b) foi marcado. Em “c”: prolonga o processo de morrer procurando
c) são marcados. distanciar a morte = substantivo
d) foi marcada. Em “d”: Ela é proibida por lei no Brasil = substantivo
e) é marcada. Em “e”: E como seria a verdadeira boa morte? = ad-
jetivo
Resposta: Letra E.
Temos um verbo (no tempo presente) na ativa, então 17. (PC-SP – Escrivão de Polícia – Vunesp – 2014) As
teremos dois na passiva (auxiliar [no tempo presente] formas verbais conjugadas no modo imperativo, expres-
+ particípio de “marcam”) = Assim, a trajetória da uto- sando ordem, instrução ou comando, estão destacadas
pia do país é marcada pelos sessenta anos de história. em
15. (Polícia Militar do Estado de São Paulo – Soldado a) Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem ní-
tidas na memória: são aqueles donos de qualidades
PM 2.ª Classe – Vunesp – 2017) Considere as seguintes
incomuns.
frases:
b) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e
Primeiro, associe suas memórias com objetos físicos.
quase não acreditei no que ouvi.
Segundo, não memorize apenas por repetição. c) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá
Terceiro, rabisque! pro estúdio e ponha a rádio no ar.
Um verbo flexionado no mesmo modo que o dos verbos d) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário,
empregados nessas frases está em destaque em: precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o
locutor não chegava para os textos de abertura, pu-
a) [...] o acesso rápido e a quantidade de textos fazem blicidade, chamadas.
com que o cérebro humano não considere útil gravar e) ... estremecíamos quando ele nos chamava para qual-
esses dados [...] quer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já
b) Na internet, basta um clique para vasculhar um sem- suando frio e atentos às suas finas e cortantes pala-
LÍNGUA PORTUGUESA
48
Em “c”: deixe / largue / vá / ponha = verbos no modo 21. (PC-SP – Escrivão de Polícia – Vunesp – 2013)
imperativo afirmativo (ordens) Assinale a alternativa que completa respectivamente as
Em “d”: era = pretérito imperfeito / precisava = pretéri- lacunas, em conformidade com a norma-padrão de con-
to imperfeito / chegava = pretérito imperfeito jugação verbal.
Em “e”: fazendo-nos = gerúndio / suando = gerúndio Há quem acredite que alcançará o sucesso profissional
quando __________ um diploma de mestrado, mas há
18. (PC-SP – Agente de Polícia – Vunesp – 2013) Em – O aqueles que _________ de opinião e procuram investir em
destino me prestava esse pequeno favor: completava minha cursos profissionalizantes.
identificação com o resto da humanidade, que tem sempre
para contar uma história de objeto achado; – o pronome a) obtiver … divirgem
em destaque retoma a seguinte palavra/expressão: b) obter … divergem
c) obtesse … devirgem
a) o resto da humanidade. d) obter … divirgem
b) esse pequeno favor. e) obtiver … divergem
c) minha identificação.
d) O destino. Resposta: Letra E.
e) completava. Há quem acredite que alcançará o sucesso profissio-
nal quando obtiver um diploma de mestrado, mas há
Resposta: Letra A. aqueles que divergem de opinião e procuram investir
Completava minha identificação com o resto da huma- em cursos profissionalizantes.
nidade, que (a qual) tem sempre para contar uma his-
tória de objeto achado = pronome relativo que retoma 22. (PC-SP – Auxiliar de Necropsia – Vunesp – 2014)
o resto da humanidade. Considerando que o adjetivo é uma palavra que modifica
o substantivo, com ele concordando em gênero e núme-
19. (PC-SP – Agente de Polícia – Vunesp – 2013) Consi- ro, assinale a alternativa em que a palavra destacada é
dere o trecho a seguir.
um adjetivo.
É comum que objetos ____________ esquecidos em locais
públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados
a) ... um câncer de boca horroroso, ...
se as pessoas __________ a atenção voltada para seus per-
b) Ele tem dezesseis anos...
tences, conservando-os junto ao corpo.
c) Eu queria que ele morresse logo, ...
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectiva-
d) ... com a crueldade adicional de dar esperança às fa-
mente, as lacunas do texto.
mílias.
a) sejam ... mantesse e) E o inferno não atinge só os terminais.
b) sejam ... mantém
c) sejam ... mantivessem Resposta: Letra A.
d) seja ... mantivessem Em “a”: um câncer de boca horroroso = adjetivo
e) seja ... mantêm Em “b”: Ele tem dezesseis anos = numeral
Em “c”: Eu queria que ele morresse logo = advérbio
Resposta: Letra C. Em “d”: com a crueldade adicional de dar esperança às
Completemos as lacunas e depois busquemos o item famílias = substantivo
correspondente. A pegadinha aqui é a conjugação do Em “e”: E o inferno não atinge só os terminais = subs-
verbo “manter”, no presente do Subjuntivo (mantiver): tantivo
É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú-
blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se 23. (Polícia Civil-SP – Perito Criminal – Vunesp – 2013)
as pessoas mantivessem a atenção voltada para seus Observe os enunciados:
pertences, conservando-os junto ao corpo. • A Guerra do Vietnã se faz presente até hoje.
• A probabilidade de um veterano branco ser preso por um
20. (PC-SP – Atendente de Necrotério Policial – Vu- crime violento é significativamente mais alta do que...
nesp – 2013) Nas frases – Não vou mais à escola!… – e Os advérbios em destaque expressam, respectivamente,
– Hoje estão na moda os métodos audiovisuais. – as pala- circunstâncias de
vras em destaque expressam, correta e respectivamente,
circunstâncias de a) lugar e modo.
b) tempo e intensidade.
a) dúvida e modo. c) modo e intensidade.
LÍNGUA PORTUGUESA
49
Frase, oração e período 1.1.1 Termos essenciais
50
Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na se- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
gunda do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
pronomes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implíci- é aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com ex-
to na desinência verbal “-mos” ceção do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na de- difere do sujeito numa oração é o seu predicado.
sinência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado. Na segunda oração, “problemas” funciona como
objeto direto.
O sujeito indeterminado surge quando não se quer - As questões estavam fáceis!
ou não se pode - identificar a que o predicado da oração Sujeito simples = as questões
refere-se. Existe uma referência imprecisa ao sujeito, caso Predicado = estavam fáceis
contrário, teríamos uma oração sem sujeito.
Na língua portuguesa, o sujeito pode ser indetermi- Passou-me uma ideia estranha pelo pensamento.
nado de duas maneiras: Sujeito = uma ideia estranha
Predicado = passou-me pelo pensamento
A) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o sujeito não tenha sido identificado anteriormen- Para o estudo do predicado, é necessário verificar
te: se seu núcleo é um nome (então teremos um predicado
Bateram à porta; nominal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se con-
Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi- siderar também se as palavras que formam o predicado
nistro. referem-se apenas ao verbo ou também ao sujeito da
oração.
Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres
ou composto: de opinião.
Os meninos bateram à porta. (simples) Predicado
Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
O predicado acima apresenta apenas uma palavra
B) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres- que se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras se
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típi- ligam direta ou indiretamente ao verbo.
ca dos verbos que não apresentam complemento A cidade está deserta.
direto: O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-
Precisa-se de mentes criativas. -se ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como
Vivia-se bem naqueles tempos. elemento de ligação (por isso verbo de ligação) entre o
Trata-se de casos delicados. sujeito e a palavra a ele relacionada (no caso: deserta =
Sempre se está sujeito a erros. predicativo do sujeito).
O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice O predicado verbal é aquele que tem como núcleo
de indeterminação do sujeito. significativo um verbo:
Chove muito nesta época do ano.
Estudei muito hoje!
As orações sem sujeito, formadas apenas pelo pre- Compraste a apostila?
dicado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A
mensagem está centrada no processo verbal. Os princi- Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
pais casos de orações sem sujeito com: apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam
os verbos que indicam fenômenos da natureza: processos.
Amanheceu.
Está trovejando. O predicado nominal é aquele que tem como nú-
cleo significativo um nome; este atribui uma qualidade
LÍNGUA PORTUGUESA
os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam ou estado ao sujeito, por isso é chamado de predicativo
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao do sujeito. O predicativo é um nome que se liga a ou-
tempo em geral: tro nome da oração por meio de um verbo (o verbo de
Está tarde. ligação).
Já são dez horas. Nos predicados nominais, o verbo não é significativo,
Faz frio nesta época do ano. isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre-
Há muitos concursos com inscrições abertas. dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado
do sujeito: Os dados parecem corretos.
51
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, 1.2.1 Objeto Pleonástico
andar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como
elemento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele É a repetição de objetos, tanto diretos como indiretos.
relacionadas. Normalmente, as frases em que ocorrem objetos
A função de predicativo é exercida, normalmente, por pleonásticos obedecem à estrutura: primeiro aparece o
um adjetivo ou substantivo. objeto, antecipado para o início da oração; em seguida,
ele é repetido através de um pronome oblíquo. É à repe-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- tição que se dá o nome de objeto pleonástico.
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No “Aos fracos, não os posso proteger, jamais.” (Gonçal-
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao ves Dias)
sujeito ou ao complemento verbal (objeto).
objeto pleonástico
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre signi-
ficativo, indicando processos. É também sempre por in- Ao traidor, nada lhe devemos.
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
O dia amanheceu ensolarado; complemento nominal, que se liga ao nome que com-
As mulheres julgam os homens inconstantes. pleta por intermédio de preposição:
A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a pala-
No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta vra “necessária”
duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
ligação. Este predicado poderia ser desdobrado em dois:
um verbal e outro nominal. 1.3 Termos acessórios da oração e vocativo
O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os termos acessórios recebem este nome por serem
No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona o explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
complemento homens com o predicativo “inconstantes”. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o voca-
tivo – este, sem relação sintática com outros temos da
1.2 Termos integrantes da oração oração.
Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o O adjunto adverbial é o termo da oração que indi-
complemento nominal são chamados termos integrantes ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o
da oração. sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais
Os complementos verbais integram o sentido dos ver- exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei
bos transitivos, com eles formando unidades significati- a pé àquela velha praça.
vas. Estes verbos podem se relacionar com seus comple-
mentos diretamente, sem a presença de preposição, ou O adjunto adnominal é o termo acessório que de-
indiretamente, por intermédio de preposição. termina, especifica ou explica um substantivo. É uma fun-
ção adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas
O objeto direto é o complemento que se liga direta- que exercem o papel de adjunto adnominal na oração.
mente ao verbo. Também atuam como adjuntos adnominais os artigos, os
Houve muita confusão na partida final. numerais e os pronomes adjetivos.
Queremos sua ajuda. O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O objeto direto preposicionado ocorre principal-
mente: O adjunto adnominal se liga diretamente ao subs-
A) com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns tantivo a que se refere, sem participação do verbo. Já o
referentes a pessoas: predicativo do objeto se liga ao objeto por meio de um
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais. verbo.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi- O poeta português deixou uma obra originalíssima.
na-se: objeto direto preposicionado) O poeta deixou-a.
(originalíssima não precisou ser repetida, portanto:
B) com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes adjunto adnominal)
de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero
LÍNGUA PORTUGUESA
52
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, A) Coordenadas Assindéticas
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um São orações coordenadas entre si e que não são ligadas
termo que exerça qualquer função sintática: Ontem, se- através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
gunda-feira, passei o dia mal-humorado. Entrei na sala, deitei-me no sofá, adormeci.
O período composto se caracteriza por possuir mais Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas:
de uma oração em sua composição. Sendo assim: suas principais conjunções são: logo, portanto, por
Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma fim, por conseguinte, consequentemente, pois (pos-
oração) posto ao verbo).
Estou comprando um protetor solar, depois irei à Passei no concurso, portanto comemorarei!
praia. (Período Composto =locução verbal + verbo, duas A situação é delicada; devemos, pois, agir.
orações)
Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas:
protetor solar. (Período Composto = três verbos, três ora- suas principais conjunções são: isto é, ou seja, a saber,
ções). na verdade, pois (anteposto ao verbo).
Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domin-
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer go.
entre as orações de um período composto: uma relação Maria chorou porque seus olhos estão vermelhos.
de coordenação ou uma relação de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas 1.4.2 Período Composto Por Subordinação
em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco
de informações, marcado pela pontuação final), mas têm, Quero que você seja aprovado!
ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de: Oração principal oração subordinada
Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
(Período Composto) Observe que na oração subordinada temos o verbo
Podemos dizer: “seja”, que está conjugado na terceira pessoa do singular
1. Estou comprando um protetor solar. do presente do subjuntivo, além de ser introduzida por
LÍNGUA PORTUGUESA
53
A análise das orações continua sendo a mesma: “Quero” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su-
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordinada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso, a
conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge numa
das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particípio) são chamadas de orações reduzidas ou implícitas (como no
exemplo acima).
Observação:
As orações reduzidas não são introduzidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente,
introduzidas por preposição.
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também introduzem as orações subordinadas substantivas, bem
como os advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como).
Conforme a função que exerce no período, a oração subordinada substantiva pode ser:
1. Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do verbo da oração principal:
É fundamental o seu comparecimento à reunião.
Sujeito
FIQUE ATENTO!
Observe que a oração subordinada substantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim, temos
um período simples:
É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a função de sujeito.
Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se, Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado,
Ficou provado.
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação:
Quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o verbo da oração principal está sempre na 3.ª pessoa do
singular.
54
2. Objetiva Direta = exerce função de objeto direto 5. Predicativa = exerce papel de predicativo do su-
do verbo da oração principal: jeito do verbo da oração principal e vem sempre depois
Todos querem sua aprovação no concurso. do verbo ser.
Objeto Direto Nosso desejo era sua desistência.
Predicativo do Sujeito
Todos querem que você seja aprovado. (Todos
querem isso) Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva era isso)
Objetiva Direta Oração Subordinada Substantiva
Predicativa
As orações subordinadas substantivas objetivas dire- 6. Apositiva = exerce função de aposto de algum ter-
tas (desenvolvidas) são iniciadas por: mo da oração principal.
Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade!
e “se”: A professora verificou se os alunos estavam Aposto
presentes. Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz!
Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às Oração subordinada
vezes regidos de preposição), nas interrogações in- substantiva apositiva reduzida de infinitivo
diretas: O pessoal queria saber quem era o dono do
carro importado. (Fernanda tinha um grande sonho: isso)
Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às
vezes regidos de preposição), nas interrogações in- Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! ( : )
diretas: Eu não sei por que ela fez isso.
B) Orações Subordinadas Adjetivas
3. Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do Uma oração subordinada adjetiva é aquela que pos-
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição. sui valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equiva-
le. As orações vêm introduzidas por pronome relativo e
Meu pai insiste em meu estudo. exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
Objeto Indireto Esta foi uma redação bem-sucedida.
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai minal)
insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adje-
Objetiva Indireta tivo “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos
Observação: outra construção, a qual exerce exatamente o mesmo
Em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na papel:
oração. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Oração Principal Oração Subordinada
Oração Subordinada Subs- Adjetiva
tantiva Objetiva Indireta
Perceba que a conexão entre a oração subordinada
4. Completiva Nominal = completa um nome que adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
pertence à oração principal e também vem marcada por feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
preposição. relacionar) duas orações, o pronome relativo desempe-
Sentimos orgulho de seu comportamento. nha uma função sintática na oração subordinada: ocupa
Complemento Nominal o papel que seria exercido pelo termo que o antecede
(no caso, “redação” é sujeito, então o “que” também fun-
Sentimos orgulho de que você se comportou. (= ciona como sujeito).
Sentimos orgulho disso.)
Oração Subordinada Substantiva
Completiva Nominal FIQUE ATENTO!
Vale lembrar um recurso didático para reco-
As orações subordinadas substantivas objetivas in- nhecer o pronome relativo “que”: ele sempre
diretas integram o sentido de um verbo, enquanto que pode ser substituído por: o qual - a qual - os
LÍNGUA PORTUGUESA
55
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas C) Orações Subordinadas Adverbiais
Uma oração subordinada adverbial é aquela que
Quando são introduzidas por um pronome relativo e exerce a função de adjunto adverbial do verbo da ora-
apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as ção principal. Assim, pode exprimir circunstância de tem-
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvol- po, modo, fim, causa, condição, hipótese, etc. Quando
vidas. Além delas, existem as orações subordinadas ad- desenvolvida, vem introduzida por uma das conjunções
jetivas reduzidas, que não são introduzidas por pronome subordinativas (com exclusão das integrantes, que intro-
relativo (podem ser introduzidas por preposição) e apre- duzem orações subordinadas substantivas). Classifica-se
sentam o verbo numa das formas nominais (infinitivo, de acordo com a conjunção ou locução conjuntiva que
gerúndio ou particípio). a introduz (assim como acontece com as coordenadas
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou. sindéticas).
Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo.
No primeiro período, há uma oração subordinada ad- Oração Subordinada Adverbial
jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome
relativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito A oração em destaque agrega uma circunstância de
perfeito do indicativo. No segundo, há uma oração su- tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada ad-
bordinada adjetiva reduzida de infinitivo: não há prono- verbial temporal. Os adjuntos adverbiais são termos aces-
me relativo e seu verbo está no infinitivo. sórios que indicam uma circunstância referente, via de
regra, a um verbo. A classificação do adjunto adverbial
1. Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas depende da exata compreensão da circunstância que ex-
prime.
Na relação que estabelecem com o termo que carac- Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
terizam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar minha vida.
de duas maneiras diferentes. Há aquelas que restringem Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
ou especificam o sentido do termo a que se referem, in- minha vida.
dividualizando-o. Nestas orações não há marcação de
pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas restriti- No primeiro período, “naquele momento” é um ad-
vas. Existem também orações que realçam um detalhe ou junto adverbial de tempo, que modifica a forma verbal
“senti”. No segundo período, este papel é exercido pela
amplificam dados sobre o antecedente, que já se encon-
oração “Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração
tra suficientemente definido. Estas orações denominam-
subordinada adverbial temporal. Esta oração é desenvol-
-se subordinadas adjetivas explicativas.
vida, pois é introduzida por uma conjunção subordina-
tiva (quando) e apresenta uma forma verbal do modo
Exemplo 1:
indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). Seria
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que
possível reduzi-la, obtendo-se:
passava naquele momento.
Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de mi-
Oração Subordinada Adjetiva Restritiva nha vida.
A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
No período acima, observe que a oração em desta- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não
que restringe e particulariza o sentido da palavra “ho- é introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por
mem”: trata-se de um homem específico, único. A oração uma preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
limita o universo de homens, isto é, não se refere a todos
os homens, mas sim àquele que estava passando naque- Observação:
le momento. A classificação das orações subordinadas adverbiais
Exemplo 2: é feita do mesmo modo que a classificação dos adjun-
tos adverbiais. Baseia-se na circunstância expressa pela
O homem, que se considera racional, muitas vezes oração.
age animalescamente.
Oração Subordinada Adjetiva Explicativa 2. Classificação das Orações Subordinadas Adver-
biais
Agora, a oração em destaque não tem sentido restri-
tivo em relação à palavra “homem”; na verdade, apenas A) Causal = A ideia de causa está diretamente ligada
explicita uma ideia que já sabemos estar contida no con- àquilo que provoca um determinado fato, ao motivo do
ceito de “homem”. que se declara na oração principal. Principal conjunção
LÍNGUA PORTUGUESA
56
A diferença entre a subordinada adverbial causal e a E) Comparativa= As orações subordinadas adver-
sindética explicativa é que esta “explica” o fato que acon- biais comparativas estabelecem uma comparação
teceu na oração com a qual ela se relaciona; aquela apre- com a ação indicada pelo verbo da oração princi-
senta a “causa” do acontecimento expresso na oração à pal. Principal conjunção subordinativa comparati-
qual ela se subordina. Repare: va: como.
1. Faltei à aula porque estava doente. Ele dorme como um urso. (como um urso dorme)
2. Melissa chorou, porque seus olhos estão vermelhos. Você age como criança. (age como uma criança age)
Em 1, a oração destacada aconteceu primeiro (causa)
que o fato expresso na oração anterior, ou seja, o • geralmente há omissão do verbo.
fato de estar doente impediu-me de ir à aula. No
exemplo 2, a oração sublinhada relata um fato que F) Conformativa = indica ideia de conformidade, ou
aconteceu depois, já que primeiro ela chorou, de- seja, apresenta uma regra, um modelo adotado
pois seus olhos ficaram vermelhos. para a execução do que se declara na oração prin-
cipal. Principal conjunção subordinativa conforma-
B) Consecutiva = exprime um fato que é consequên- tiva: conforme. Outras conjunções conformativas:
cia, é efeito do que se declara na oração principal. como, consoante e segundo (todas com o mesmo
São introduzidas pelas conjunções e locuções: que, valor de conforme).
de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas Fiz o bolo conforme ensina a receita.
estruturas tão...que, tanto...que, tamanho...que. Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm
Principal conjunção subordinativa consecutiva: que direitos iguais.
(precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou G) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
concretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Redu- subordinativa final: a fim de. Outras conjunções
zida de Infinitivo) finais: que, porque (= para que) e a locução con-
juntiva para que.
C) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
como necessário para a realização ou não de um Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
fato. As orações subordinadas adverbiais condicio- H) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
nais exprimem o que deve ou não ocorrer para que seja, um fato simultâneo ao expresso na oração
se realize - ou deixe de se realizar - o fato expresso principal. Principal locução conjuntiva subordinati-
na oração principal. va proporcional: à proporção que. Outras locuções
Principal conjunção subordinativa condicional: se. conjuntivas proporcionais: à medida que, ao passo
Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, des- que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior),
de que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, quanto maior...(menor), quanto menor...(maior),
sem que, uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). quanto menor...(menor), quanto mais...(mais), quan-
to mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, menos...(menos).
certamente o melhor time será campeão. À proporção que estudávamos mais questões acertá-
Caso você saia, convide-me. vamos.
À medida que lia mais culto ficava.
D) Concessiva = indica concessão às ações do verbo
da oração principal, isto é, admitem uma contradi- I) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ção ou um fato inesperado. A ideia de concessão expresso na oração principal, podendo exprimir
está diretamente ligada ao contraste, à quebra de noções de simultaneidade, anterioridade ou poste-
expectativa. Principal conjunção subordinativa con- rioridade. Principal conjunção subordinativa tem-
cessiva: embora. Utiliza-se também a conjunção: poral: quando. Outras conjunções subordinativas
conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, temporais: enquanto, mal e locuções conjuntivas:
mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. assim que, logo que, todas as vezes que, antes que,
Só irei se ele for. depois que, sempre que, desde que, etc.
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando ter-
Compare agora com: minou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Irei mesmo que ele não vá.
3. Orações Reduzidas
LÍNGUA PORTUGUESA
57
Para classificá-las, precisamos imaginar como seriam de caminho não apenas para a vida, que ela serve de
“desenvolvidas” – como no exemplo acima. perto, mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da
É preciso estudar = oração subordinada substantiva composição solta, do ar de coisa sem necessidade que
subjetiva reduzida de infinitivo costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo
É preciso que se estude = oração subordinada subs- dia. Principalmente porque elabora uma linguagem que
tantiva subjetiva fala de perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua
despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permi-
4. Orações Intercaladas te, como compensação sorrateira, recuperar com a outra
mão certa profundidade de significado e certo acaba-
São orações independentes encaixadas na sequência mento de forma, que de repente podem fazer dela uma
do período, utilizadas para um esclarecimento, um apar- inesperada, embora discreta, candidata à perfeição.
te, uma citação. Elas vêm separadas por vírgulas ou tra- Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São
vessões. Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 23 (com adapta-
Nós – continuava o relator – já abordamos este as- ções).
sunto.
As formas verbais “imagina” (R.1), “atribuir” (R.4) e “servir”
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA (R.8) foram utilizadas como verbos transitivos indiretos.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. ( ) CERTO ( ) ERRADO
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura,
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira Resposta: Errado.
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – imagina uma literatura = transitivo direto
São Paulo: Saraiva, 2002. atribuir o Prêmio Nobel a um cronista = bitransitivo
(transitivo direto e indireto)
SITE pode servir de caminho = intransitivo
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/
frase-periodo-e-oracao
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
1. (Cnj – Técnico Judiciário – cespe – 2013 – adapta- Os sinais de pontuação são marcações gráficas que
da) Jogadores de futebol de diversos times entraram em servem para compor a coesão e a coerência textual, além
campo em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do de ressaltar especificidades semânticas e pragmáticas.
Campeonato Nacional em apoio à campanha que visa re- Um texto escrito adquire diferentes significados quando
duzir o número de pessoas que não possuem o nome do pontuado de formas diversificadas. O uso da pontuação
pai em sua certidão de nascimento. (...) depende, em certos momentos, da intenção do autor do
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai discurso. Assim, os sinais de pontuação estão diretamente
em sua certidão de nascimento” não é antecedida por vír- relacionados ao contexto e ao interlocutor.
gula porque tem natureza restritiva.
1. Principais funções dos sinais de pontuação
( ) CERTO ( ) ERRADO
A) Ponto (.)
Resposta: Certo. A oração restringe o grupo que par-
ticipará da campanha (apenas os que não têm o nome Indica o término do discurso ou de parte dele, en-
do pai na certidão de nascimento). Se colocarmos uma cerrando o período.
vírgula, a oração se tornará “explicativa”, generalizan- Usa-se nas abreviaturas: pág. (página), Cia. (Com-
do a informação, o que dará a entender que TODAS as panhia). Se a palavra abreviada aparecer em final de
pessoas não têm o nome do pai na certidão. período, este não receberá outro ponto; neste caso,
o ponto de abreviatura marca, também, o fim de
2. (Instituto Rio Branco – Admissão à Carreira de Di- período. Exemplo: Estudei português, matemárica,
plomata – cespe – 2014 – adaptada) constitucional, etc. (e não “etc..”)
Nos títulos e cabeçalhos é opcional o emprego do
LÍNGUA PORTUGUESA
A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma ponto, assim como após o nome do autor de uma
literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o citação:
brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos Haverá eleições em outubro
e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a O culto do vernáculo faz parte do brio cívico. (Napoleão
um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mes- Mendes de Almeida) (ou: Almeida.)
mo que a crônica é um gênero menor. Os números que identificam o ano não utilizam
“Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo as- ponto nem devem ter espaço a separá-los, bem como os
sim, ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir números de CEP: 1975, 2014, 2006, 17600-250.
58
B) Ponto e Vírgula (;) 1. Entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Separa várias partes do discurso, que têm a mes- Sujeito predicado
ma importância: “Os pobres dão pelo pão o traba-
lho; os ricos dão pelo pão a fazenda; os de espíritos 2. Entre o verbo e seus objetos:
generosos dão pelo pão a vida; os de nenhum espí- O trabalho custou sacrifício aos
rito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA) realizadores.
Separa partes de frases que já estão separadas por V.T.D.I. O.D. O.I.
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; ou-
tros, montanhas, frio e cobertor. Usa-se a vírgula:
Separa itens de uma enumeração, exposição de
motivos, decreto de lei, etc. 1. Para marcar intercalação:
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; A) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua
Caminhada na praia; abundância, vem caindo de preço.
Reunião com amigos. B) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão
produzindo, todavia, altas quantidades de alimen-
C) Dois pontos (:) tos.
C) das expressões explicativas ou corretivas: As indús-
Antes de uma citação = Vejamos como Afrânio trias não querem abrir mão de suas vantagens, isto
Coutinho trata este assunto: é, não querem abrir mão dos lucros altos.
Antes de um aposto = Três coisas não me agra-
dam: chuva pela manhã, frio à tarde e calor à noite. 2. Para marcar inversão:
Antes de uma explicação ou esclarecimento: Lá es-
tava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo A) do adjunto adverbial (colocado no início da ora-
a rotina de sempre. ção): Depois das sete horas, todo o comércio está de
Em frases de estilo direto portas fechadas.
Maria perguntou: B) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos
- Por que você não toma uma decisão? pesquisadores, não lhes destinaram verba alguma.
C) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de
D) Ponto de Exclamação (!) maio de 1982.
Usa-se para indicar entonação de surpresa, cóle- 3. Para separar entre si elementos coordenados
ra, susto, súplica, etc.: Sim! Claro que eu quero me (dispostos em enumeração):
casar com você! Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
Depois de interjeições ou vocativos A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e ani-
Ai! Que susto! mais.
João! Há quanto tempo! 4. Para marcar elipse (omissão) do verbo: Nós que-
remos comer pizza; e vocês, churrasco.
E) Ponto de Interrogação (?)
5. Para isolar:
Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Aze- A) o aposto: São Paulo, considerada a metrópole bra-
vedo) sileira, possui um trânsito caótico.
B) o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
F) Reticências (...)
Observações:
Indica que palavras foram suprimidas: Comprei lá- Considerando-se que “etc.” é abreviatura da expres-
pis, canetas, cadernos... são latina et coetera, que significa “e outras coisas”, seria
Indica interrupção violenta da frase: “- Não... quero dispensável o emprego da vírgula antes dele. Porém, o
dizer... é verdad... Ah!” acordo ortográfico em vigor no Brasil exige que empre-
Indica interrupções de hesitação ou dúvida: Este guemos etc. predecido de vírgula: Falamos de política,
mal... pega doutor? futebol, lazer, etc.
LÍNGUA PORTUGUESA
59
os colchetes ([ ]) = usados em transcrições feitas O trecho “juízes, promotores e advogados” explica o sen-
pelo narrador ([vide pág. 5]), usado como primeira tido de “nós”.
opção aos parênteses, principalmente na matemá-
tica; ( ) CERTO ( ) ERRADO
o asterisco (*) = usado para remeter o leitor a uma
nota de rodapé ou no fim do livro, para substituir Resposta: Certo. Ao trecho: (...) Aquelas mulheres che-
um nome que não se quer mencionar. gavam à Justiça buscando uma força externa como se
somente nós, juízes, promotores e advogados, pudésse-
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS mos não apenas cessar aquele ciclo de violência (...). Os
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- termos entre vírgulas servem para exemplificar quem
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São são os “nós” citados pela autora ( juízes, promotores,
Paulo: Saraiva, 2010. advogados).
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. 2. (SERES-PE – Agente de Segurança Penitenciária –
Cespe – 2017 – adaptada)
SITE
http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/ Texto 1A1AAA
http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgu-
la.htm Após o processo de redemocratização, com o fim da di-
tadura militar, em meados da década de 80 do século
passado, era de se esperar que a democratização das
instituições tivesse como resultado direto a consolidação
EXERCÍCIOS COMENTADOS da cidadania — compreendida de modo amplo, abran-
gendo as três categorias de direitos: civis, políticos e
sociais. Sobressaem, porém, problemas que configuram
1. (STJ – Conhecimentos Básicos para o Cargo 1 – Ces- mais desafios para a cidadania brasileira, como a violên-
pe – 2018 – adaptada) cia urbana — que ameaça os direitos individuais — e o
desemprego — que ameaça os direitos sociais.
Texto CB1A1CCC No Brasil, o crime aumentou significantemente a partir
de 1980, impacto do processo de modernização pelo
As audiências de segunda a sexta-feira muitas vezes re- qual o país passou. Isso sugere que o boom do consumo
velaram o lado mais sórdido da natureza humana. Eram colocou em circulação bens de alto valor e, consequente-
relatos de sofrimento, dor, angústia que se transportavam mente, aumentou as oportunidades para o crime, inclusi-
da cadeira das vítimas, testemunhas e réus para minha ve porque a maior mobilidade de pessoas torna o espaço
cadeira de juíza. A toga não me blindou daqueles relatos social mais anônimo, menos supervisionado.
sofridos, aflitos. As angústias dos que se sentavam à mi- Nesse contexto, justiça criminal passa a ser cada vez mais
nha frente, por diversas vezes, me escoltaram até minha dissociada de justiça social e reconstrução da sociedade.
casa e passaram a ser companheiras de noites de insônia. O objetivo em relação à criminalidade torna-se bem me-
Não havia outra solução a não ser escrever. Era preciso nos ambicioso: o controle. A prisão ganha mais impor-
colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas tância na modernidade tardia, porque satisfaz uma dupla
que, mesmo ao fim do processo e com a sentença prola- necessidade dessa nova cultura: castigo e controle do
tada, não me deixavam esquecê-las. risco. Essa postura às vezes proporciona controle, porém
Foram horas, dias, meses, anos de oitivas de mães, filhas, não segurança, pois o Estado tem o poder limitado de
esposas, namoradas, companheiras, todas tendo em co- manter a ordem por meio da polícia, sendo necessário
mum a violência no corpo e na alma sofrida dentro de dividir as tarefas de controle com organizações locais e
casa. O lar, que deveria ser o lugar mais seguro para essas com a comunidade.
mulheres, havia se transformado no pior dos mundos. Jacqueline Carvalho da Silva. Manutenção da ordem pú-
Quando finalmente chegavam ao Judiciário e se sentavam blica e garantia dos direitos individuais: os desafios da
à minha frente, os relatos se transformavam em desaba- polícia em sociedades democráticas. In: Revista Brasilei-
fos de uma vida inteira. Era preciso explicar, justificar e ra de Segurança Pública. São Paulo, ano 5, 8.ª ed., fev. –
muitas vezes se culpar por terem sido agredidas. A culpa mar./2011, p. 84-5 (com adaptações).
por ter sido vítima, a culpa por ter permitido, a culpa por
não ter sido boa o suficiente, a culpa por não ter conse- No primeiro parágrafo do texto 1A1AAA, os dois-pontos
guido manter a família. Sempre a culpa. introduzem
LÍNGUA PORTUGUESA
60
Resposta: Letra A. Recorramos ao texto (faça isso SEMPRE durante seu concurso. O texto é a base para encontrar
as respostas para as questões!): (...) abrangendo as três categorias de direitos: civis, políticos e sociais. Os dois-pontos
introduzem a enumeração dos direitos; apresenta-os.
3. (Aneel – Técnico Administrativo – cespe – 2010) Vão surgindo novos sinais do crescente otimismo da indústria
com relação ao futuro próximo. Um deles refere-se às exportações. “O comércio mundial já está voltando a se abrir para
as empresas”, diz o gerente executivo de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca,
para explicar a melhora das expectativas dos industriais com relação ao mercado externo.
Quanto ao mercado interno, as expectativas da indústria não se modificaram. Mas isso não é um mau sinal, pois elas
já eram francamente otimistas. Há algum tempo, a pesquisa da CNI, realizada mensalmente a partir de 2010, registra
grande otimismo da indústria com relação à demanda interna. Trata-se de um sentimento generalizado. Em todos os
setores industriais, a expressiva maioria dos entrevistados acredita no aumento das vendas internas.
O Estado de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações).
O nome próprio “Renato da Fonseca” está entre vírgulas por tratar-se de um vocativo.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Errado. Recorramos ao texto (lembre-se de fazer a mesma coisa no dia do seu concurso!): (...) diz o ge-
rente executivo de pesquisas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, para explicar a melhora
das expectativas. O termo em destaque não está exercendo a função de vocativo, já que não é utilizado para evocar,
chamar o interlocutor do diálogo. Sua função é de aposto – explicar quem é o gerente executivo da CNI.
4. (Caixa Econômica Federal – Médico do Trabalho – cespe – 2014 – adaptada) A correção gramatical do trecho
“Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse
uma vírgula logo após a palavra “vinhos”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Certo. Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1),
predicativo do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações. Exemplo: O Rio de Janeiro,
cidade maravilhosa (1), está em festa! Os meninos, ansiosos (2), chegaram!
No primeiro exemplo, o verbo estar se encontra na terceira pessoa do plural, concordando com o seu sujeito, os
concurseiros. No segundo exemplo, o adjetivo “apreensivos” está concordando em gênero (masculino) e número (plu-
ral) com o substantivo a que se refere: concurseiros. Nesses dois exemplos, as flexões de pessoa, número e gênero se
correspondem. A correspondência de flexão entre dois termos é a concordância, que pode ser verbal ou nominal.
1. Concordância Verbal
É a flexão que se faz para que o verbo concorde com seu sujeito.
61
1.1.1. Casos Particulares mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso
não ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de
A) Quando o sujeito é formado por uma expressão tudo e nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia.
partitiva (parte de, uma porção de, o grosso de, Nos casos em que o interrogativo ou indefinido esti-
metade de, a maioria de, a maior parte de, grande ver no singular, o verbo ficará no singular.
parte de...) seguida de um substantivo ou pronome Qual de nós é capaz?
no plural, o verbo pode ficar no singular ou no Algum de vós fez isso.
plural.
A maioria dos jornalistas aprovou / aprovaram a ideia. E) Quando o sujeito é formado por uma expressão
Metade dos candidatos não apresentou / apresenta- que indica porcentagem seguida de substantivo, o
ram proposta. verbo deve concordar com o substantivo.
25% do orçamento do país será destinado à Educação.
Esse mesmo procedimento pode se aplicar aos casos 85% dos entrevistados não aprovam a administração
dos coletivos, quando especificados: Um bando de vân- do prefeito.
dalos destruiu / destruíram o monumento. 1% do eleitorado aceita a mudança.
1% dos alunos faltaram à prova.
Observação:
Nesses casos, o uso do verbo no singular enfatiza a Quando a expressão que indica porcentagem não
unidade do conjunto; já a forma plural confere destaque é seguida de substantivo, o verbo deve concordar
aos elementos que formam esse conjunto. com o número.
25% querem a mudança.
B) Quando o sujeito é formado por expressão que 1% conhece o assunto.
indica quantidade aproximada (cerca de, mais de,
menos de, perto de...) seguida de numeral e subs- Se o número percentual estiver determinado por
tantivo, o verbo concorda com o substantivo. artigo ou pronome adjetivo, a concordância far-se-
Cerca de mil pessoas participaram do concurso. -á com eles:
Perto de quinhentos alunos compareceram à solenida- Os 30% da produção de soja serão exportados.
de. Esses 2% da prova serão questionados.
Mais de um atleta estabeleceu novo recorde nas últi-
mas Olimpíadas. F) O pronome “que” não interfere na concordância;
já o “quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa
Observação: do singular.
Quando a expressão “mais de um” se associar a ver- Fui eu que paguei a conta.
bos que exprimem reciprocidade, o plural é obrigatório: Fomos nós que pintamos o muro.
Mais de um colega se ofenderam na discussão. (ofende- És tu que me fazes ver o sentido da vida.
ram um ao outro) Sou eu quem faz a prova.
Não serão eles quem será aprovado.
C) Quando se trata de nomes que só existem no
plural, a concordância deve ser feita levando-se G) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve as-
em conta a ausência ou presença de artigo. Sem sumir a forma plural.
artigo, o verbo deve ficar no singular; com artigo Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan-
no plural, o verbo deve ficar o plural. taram os poetas.
Os Estados Unidos possuem grandes universidades. Este candidato é um dos que mais estudaram!
Estados Unidos possui grandes universidades.
Alagoas impressiona pela beleza das praias. Se a expressão for de sentido contrário – nenhum
As Minas Gerais são inesquecíveis. dos que, nem um dos que -, não aceita o verbo no
Minas Gerais produz queijo e poesia de primeira. singular:
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga.
D) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou Nem uma das que me escreveram mora aqui.
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos,
muitos, quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou Quando “um dos que” vem entremeada de subs-
“de vós”, o verbo pode concordar com o primeiro tantivo, o verbo pode:
pronome (na terceira pessoa do plural) ou com o 1. ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atraves-
pronome pessoal. sa o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio
Quais de nós são / somos capazes? que faça o mesmo).
LÍNGUA PORTUGUESA
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? 2. ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão po-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- luídos (noção de que existem outros rios na mesma
vadoras. condição).
62
I) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se D) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concor-
de acordo com o numeral. dância é feita no plural. Observe:
Deu uma hora no relógio da sala. Abraçaram-se vencedor e vencido.
Deram cinco horas no relógio da sala. Ofenderam-se o jogador e o árbitro.
Soam dezenove horas no relógio da praça.
Baterão doze horas daqui a pouco. 1.2.1. Casos Particulares
J) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum Quando o sujeito composto é formado por nú-
sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do sin- cleos dispostos em gradação, verbo no singular:
gular. São verbos impessoais: Haver no sentido de Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um se-
existir; Fazer indicando tempo; Aqueles que indi- gundo me satisfaz.
cam fenômenos da natureza. Exemplos:
Havia muitas garotas na festa. Quando os núcleos do sujeito composto são uni-
Faz dois meses que não vejo meu pai. dos por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no
Chovia ontem à tarde. plural, de acordo com o valor semântico das con-
junções:
1.2. Sujeito Composto Drummond ou Bandeira representam a essência da
poesia brasileira.
A) Quando o sujeito é composto e anteposto ao ver-
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta.
bo, a concordância se faz no plural:
Pai e filho conversavam longamente.
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de
Sujeito
“adição”. Já em:
Juca ou Pedro será contratado.
Pais e filhos devem conversar com frequência.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
Sujeito
píada.
B) Nos sujeitos compostos formados por pessoas
gramaticais diferentes, a concordância ocorre da Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam
seguinte maneira: a primeira pessoa do plural (nós) no singular.
prevalece sobre a segunda pessoa (vós) que, por
sua vez, prevalece sobre a terceira (eles). Veja: Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem
Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão. outro”, a concordância costuma ser feita no singu-
Primeira Pessoa do Plural (Nós) lar.
Um ou outro compareceu à festa.
Tu e teus irmãos tomareis a decisão. Nem um nem outro saiu do colégio.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou
Pais e filhos precisam respeitar-se. no singular: Um e outro farão/fará a prova.
Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Quando os núcleos do sujeito são unidos por
Observação: “com”, o verbo fica no plural. Nesse caso, os nú-
Quando o sujeito é composto, formado por um ele- cleos recebem um mesmo grau de importância e
mento da segunda pessoa (tu) e um da terceira (ele), é a palavra “com” tem sentido muito próximo ao de
possível empregar o verbo na terceira pessoa do plural “e”.
(eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no lugar O pai com o filho montaram o brinquedo.
de “tomaríeis”. O governador com o secretariado traçaram os planos
C) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concor- O professor com o aluno questionaram as regras.
LÍNGUA PORTUGUESA
63
Com o verbo no singular, não se pode falar em sujeito
composto. O sujeito é simples, uma vez que as expres- #FicaDica
sões “com o filho” e “com o secretariado” são adjuntos
Para saber se o “se” é partícula apassivadora
adverbiais de companhia. Na verdade, é como se hou-
ou índice de indeterminação do sujeito, tente
vesse uma inversão da ordem. Veja:
transformar a frase para a voz passiva. Se a fra-
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
se construída for “compreensível”, estaremos
“O governador traçou os planos para o próximo semes-
diante de uma partícula apassivadora; se não,
tre com o secretariado.”
o “se” será índice de indeterminação. Veja:
“O professor questionou as regras com o aluno.”
Precisa-se de funcionários qualificados.
Tentemos a voz passiva:
Casos em que se usa o verbo no singular:
Funcionários qualificados são precisados (ou
Café com leite é uma delícia!
precisos)? Não há lógica. Portanto, o “se” des-
O frango com quiabo foi receita da vovó.
tacado é índice de indeterminação do sujeito.
Agora:
Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Vendem-se casas.
pressões correlativas como: “não só... mas ainda”, “não
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção
somente”..., “não apenas... mas também”, “tanto...quanto”,
correta! Então, aqui, o “se” é partícula apassi-
o verbo ficará no plural.
vadora. (Dá para eu passar para a voz passiva.
Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
Repare em meu destaque. Percebeu semelhan-
Nordeste.
ça? Agora é só memorizar!)
Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a
notícia.
64
Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso. B) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos,
Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido. a concordância pode variar. Podemos sistematizar
Duas semanas de férias é muito para mim. essa flexão nos seguintes casos:
um termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adno- masculino singular: Os jovens tinham algo de mis-
minal. terioso.
A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as F) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem
seguintes regras gerais: função adjetiva e concorda normalmente com o
A) O adjetivo concorda em gênero e número quando nome a que se refere:
se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas Cristina saiu só.
denunciavam o que sentia. Cristina e Débora saíram sós.
65
Observação: Bastante - Caro - Barato - Longe
Quando a palavra “só” equivale a “somente” ou “apenas”,
tem função adverbial, ficando, portanto, invariável: Eles só de- Estas palavras são invariáveis quando funcionam como
sejam ganhar presentes. advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu-
merais.
#FicaDica As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio)
Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro-
a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se nome adjetivo)
de advérbio, portanto, invariável; se houver Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio)
As casas estão caras. (adjetivo)
coerência com o segundo, função de adjetivo,
Achei barato este casaco. (advérbio)
então varia:
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo)
Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Ele está só descansando. (apenas descansando)
Meio - Meia
- advérbio
Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula de-
A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo,
pois de “só”, haverá, novamente, um adjetivo: concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi
Ele está só, descansando. (ele está sozinho e des- meia porção de polentas.
cansando) Quando empregada como advérbio permanece invariá-
vel: A candidata está meio nervosa.
G) Quando um único substantivo é modificado por dois
ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
construções: #FicaDica
O substantivo permanece no singular e coloca-se o Dá para eu substituir por “um pouco”, assim
artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espa- saberei que se trata de um advérbio, não de
nhola e a portuguesa. adjetivo: “A candidata está um pouco nervosa”.
O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e por-
tuguesa.
Alerta - Menos
1. Casos Particulares Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
sempre invariáveis.
É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É permitido Os concurseiros estão sempre alerta.
Não queira menos matéria!
Estas expressões, formadas por um verbo mais um
adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
referem possuir sentido genérico (não vier precedido Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja,
de artigo). Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
É proibido entrada de crianças. Saraiva, 2010.
Em certos momentos, é necessário atenção. SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
No verão, melancia é bom. coni. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
É preciso cidadania. Português: novas palavras: literatura, gramática, redação
Não é permitido saída pelas portas laterais. / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SITE
Quando o sujeito destas expressões estiver determi- http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint49.php
nado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o ver-
bo como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
Esta salada é ótima. EXERCÍCIOS COMENTADOS
A educação é necessária.
São precisas várias medidas na educação. 1. (Polícia Federal – Escrivão de Polícia Federal – Cespe –
2013) Formas de tratamento como Vossa Excelência e Vossa
Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Quite Senhoria, ainda que sejam empregadas sempre na segun-
LÍNGUA PORTUGUESA
66
Resposta: Certo. Afirmações corretas. As concordân- gidos, inexiste democracia; sem democracia, não há
cias verbal e nominal ao se utilizar pronome de trata- as condições mínimas para a solução pacífica dos con-
mento devem ser na terceira pessoa e concordar em flitos.
gênero (masculino ou feminino) com a pessoa a quem
se dirige: “Vossa Excelência está cansada(o)?” – con- 3. (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-
cordará com quem está se falando: uma mulher ou um mércio Exterior – Analista Técnico Administrativo –
homem / “Vossa Santidade trouxe seus pertences?” / cespe – 2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita
“Vossas Senhorias gostariam de um café?”. com os resultados das negociações”, o adjetivo estará cor-
retamente empregado se dirigido a ministro de Estado
2. (Prefeitura de São Luís-MA – Conhecimentos Bási- do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve con-
cos Cargos de Técnico Municipal – Nível Médio – Ces- cordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
pe – 2017) Excelência”.
O reconhecimento e a proteção dos direitos humanos Resposta: Errado. Se a pessoa, no caso o ministro, for
estão na base das Constituições democráticas modernas. do sexo feminino (ministra), o adjetivo está correto;
A paz, por sua vez, é o pressuposto necessário para o re- mas, se for do sexo masculino, o adjetivo sofrerá fle-
conhecimento e a efetiva proteção dos direitos humanos xão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento
em cada Estado e no sistema internacional. Ao mesmo é apenas a maneira como tratar a autoridade, não re-
tempo, o processo de democratização do sistema in- gendo as demais concordâncias.
ternacional, que é o caminho obrigatório para a busca
do ideal da paz perpétua, não pode avançar sem uma 4. (Abin – Agente Técnico de Inteligência – cespe –
gradativa ampliação do reconhecimento e da proteção 2010 – adaptada) (...) Da combinação entre velocida-
dos direitos humanos, acima de cada Estado. Direitos de, persistência, relevância, precisão e flexibilidade surge
humanos, democracia e paz são três elementos funda- a noção contemporânea de agilidade, transformada em
mentais do mesmo movimento histórico: sem direitos principal característica de nosso tempo.
humanos reconhecidos e protegidos, não há democra- A forma verbal “surge” poderia, sem prejuízo gramati-
cia; sem democracia, não existem as condições mínimas cal para o texto, ser flexionada no plural, para concordar
para a solução pacífica dos conflitos. Em outras palavras, com “velocidade, persistência, relevância, precisão e fle-
a democracia é a sociedade dos cidadãos, e os súditos se xibilidade”
tornam cidadãos quando lhes são reconhecidos alguns
direitos fundamentais; haverá paz estável, uma paz que ( ) CERTO ( ) ERRADO
não tenha a guerra como alternativa, somente quando
existirem cidadãos não mais apenas deste ou daquele Resposta: Errado. O verbo está concordando com o
Estado, mas do mundo. termo “combinação”, por isso deve ficar no singular.
Norberto Bobbio. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson
Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, p. 1 (com adap-
tações). 5. (Tribunal de Contas do Distrito Federal-df – Conhe-
cimentos BÁSICOS – ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO
Preservando-se a correção gramatical do texto CB3A- PÚBLICA – ARQUIVOLOGIA – cespe – 2014 – adapta-
2BBB, os termos “não há” e “não existem” poderiam ser da) (...) Há décadas, países como China e Índia têm envia-
substituídos, respectivamente, por do estudantes para países centrais, com resultados muito
a) não existe e não têm. positivos.(...)
b) não existe e inexiste. A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída
c) inexiste e não há. por Fazem.
d) inexiste e não acontece.
e) não tem e não têm. ( ) CERTO ( ) ERRADO
67
1. Regência Verbal = Termo Regente: VERBO B) Verbos Transitivos Diretos
A regência verbal estuda a relação que se estabele- Os verbos transitivos diretos são complementados por
ce entre os verbos e os termos que os complementam objetos diretos. Isso significa que não exigem preposição
(objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (ad- para o estabelecimento da relação de regência. Ao empre-
juntos adverbiais). Há verbos que admitem mais de uma gar esses verbos, lembre-se de que os pronomes oblíquos
regência, o que corresponde à diversidade de significa- o, a, os, as atuam como objetos diretos. Esses pronomes
dos que estes verbos podem adquirir dependendo do podem assumir as formas lo, los, la, las (após formas ver-
contexto em que forem empregados. bais terminadas em -r, -s ou -z) ou no, na, nos, nas (após
A mãe agrada o filho = agradar significa acariciar, formas verbais terminadas em sons nasais), enquanto lhe e
contentar. lhes são, quando complementos verbais, objetos indiretos.
A mãe agrada ao filho = agradar significa “causar São verbos transitivos diretos, dentre outros: aban-
agrado ou prazer”, satisfazer. donar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar,
Conclui-se que “agradar alguém” é diferente de admirar, adorar, alegrar, ameaçar, amolar, amparar, auxi-
“agradar a alguém”. liar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, de-
fender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar,
O conhecimento do uso adequado das preposições prezar, proteger, respeitar, socorrer, suportar, ver, visitar.
é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência Na língua culta, esses verbos funcionam exatamente
verbal (e também nominal). As preposições são capazes como o verbo amar:
de modificar completamente o sentido daquilo que está Amo aquele rapaz. / Amo-o.
sendo dito. Amo aquela moça. / Amo-a.
Cheguei ao metrô. Amam aquele rapaz. / Amam-no.
Cheguei no metrô. Ele deve amar aquela mulher. / Ele deve amá-la.
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no
Observação:
segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado.
Os pronomes lhe, lhes só acompanham esses verbos
para indicar posse (caso em que atuam como adjuntos ad-
A voluntária distribuía leite às crianças.
nominais):
A voluntária distribuía leite com as crianças.
Quero beijar-lhe o rosto. (= beijar seu rosto)
Na primeira frase, o verbo “distribuir” foi empregado
Prejudicaram-lhe a carreira. (= prejudicaram sua carreira)
como transitivo direto (objeto direto: leite) e indireto (ob-
Conheço-lhe o mau humor! (= conheço seu mau hu-
jeto indireto: às crianças); na segunda, como transitivo
mor)
direto (objeto direto: crianças; com as crianças: adjunto
adverbial). C) Verbos Transitivos Indiretos
Para estudar a regência verbal, agruparemos os ver- Os verbos transitivos indiretos são complementados
bos de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de dife- gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
rentes formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são
A) Verbos Intransitivos o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos
Os verbos intransitivos não possuem complemento. transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re-
É importante, no entanto, destacar alguns detalhes re- presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos
lativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompa- de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos
nhá-los. lhe, lhes.
68
Observação: Pedi-lhe favores.
O verbo responder, apesar de transitivo indireto quan- Objeto Indireto Objeto Direto
do exprime aquilo a que se responde, admite voz passiva
analítica: Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio.
O questionário foi respondido corretamente. Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamen- tantiva Objetiva Direta
te.
A construção “pedir para”, muito comum na linguagem
Simpatizar e Antipatizar - Possuem seus comple- cotidiana, deve ter emprego muito limitado na língua cul-
mentos introduzidos pela preposição “com”. ta. No entanto, é considerada correta quando a palavra
Antipatizo com aquela apresentadora. licença estiver subentendida.
Simpatizo com os que condenam os políticos que gover- Peço (licença) para ir entregar-lhe os catálogos em casa.
nam para uma minoria privilegiada.
Observe que, nesse caso, a preposição “para” introduz
D) Verbos Transitivos Diretos e Indiretos uma oração subordinada adverbial final reduzida de infini-
tivo (para ir entregar-lhe os catálogos em casa).
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acom-
panhados de um objeto direto e um indireto. Merecem Preferir
destaque, nesse grupo: agradecer, perdoar e pagar. São Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto in-
verbos que apresentam objeto direto relacionado a coisas direto introduzido pela preposição “a”:
e objeto indireto relacionado a pessoas. Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais.
Prefiro trem a ônibus.
Agradeço aos ouvintes a audiência.
Objeto Indireto Objeto Direto Observação:
Na língua culta, o verbo “preferir” deve ser usado sem
Paguei o débito ao cobrador. termos intensificadores, tais como: muito, antes, mil vezes,
Objeto Direto Objeto Indireto
um milhão de vezes, mais. A ênfase já é dada pelo prefixo
existente no próprio verbo (pre).
O uso dos pronomes oblíquos átonos deve ser feito
com particular cuidado:
Mudança de Transitividade - Mudança de Signifi-
Agradeci o presente. / Agradeci-o.
cado
Agradeço a você. / Agradeço-lhe.
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a.
Há verbos que, de acordo com a mudança de transi-
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe.
Paguei minhas contas. / Paguei-as. tividade, apresentam mudança de significado. O conhe-
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. cimento das diferentes regências desses verbos é um re-
curso linguístico muito importante, pois além de permitir
Informar a correta interpretação de passagens escritas, oferece pos-
Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto sibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os
indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa. principais, estão:
Informe os novos preços aos clientes.
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos Agradar
preços) Agradar é transitivo direto no sentido de fazer cari-
Na utilização de pronomes como complementos, veja nhos, acariciar, fazer as vontades de.
as construções: Sempre agrada o filho quando.
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. Aquele comerciante agrada os clientes.
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
bre eles) Agradar é transitivo indireto no sentido de causar
agrado a, satisfazer, ser agradável a. Rege complemento
Observação: introduzido pela preposição “a”.
A mesma regência do verbo informar é usada para os O cantor não agradou aos presentes.
seguintes: avisar, certificar, notificar, cientificar, prevenir. O cantor não lhes agradou.
69
Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- Implicar
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. A) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= implicavam um firme propósito.
Aspiravam a ela) B) ter como consequência, trazer como consequência,
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
Assistir
Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
tar assistência a, auxiliar. meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos. econômicas.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
No sentido de antipatizar, ter implicância, é transiti-
Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- vo indireto e rege com preposição “com”: Implicava com
ciar, estar presente, caber, pertencer. quem não trabalhasse arduamente.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. Namorar
Essa lei assiste ao inquilino. Sempre tansitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
anos.
No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de Obedecer - Desobedecer
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa Sempre transitivo indireto:
conturbada cidade. Todos obedeceram às regras.
Ninguém desobedece às leis.
Chamar
Chamar é transitivo direto no sentido de convocar, so- Quando o objeto é “coisa”, não se utiliza “lhe” nem
licitar a atenção ou a presença de. “lhes”: As leis são essas, mas todos desobedecem a elas.
Por gentileza, vá chamar a polícia. / Por favor, vá cha-
Proceder
má-la.
Proceder é intransitivo no sentido de ser decisivo, ter
Chamei você várias vezes. / Chamei-o várias vezes.
cabimento, ter fundamento ou comportar-se, agir. Nessa
segunda acepção, vem sempre acompanhado de adjunto
Chamar no sentido de denominar, apelidar pode
adverbial de modo.
apresentar objeto direto e indireto, ao qual se refere pre-
As afirmações da testemunha procediam, não havia
dicativo preposicionado ou não.
como refutá-las.
A torcida chamou o jogador mercenário. Você procede muito mal.
A torcida chamou ao jogador mercenário.
A torcida chamou o jogador de mercenário. Nos sentidos de ter origem, derivar-se (rege a prepo-
A torcida chamou ao jogador de mercenário. sição “de”) e fazer, executar (rege complemento introdu-
Chamar com o sentido de ter por nome é pronominal: zido pela preposição “a”) é transitivo indireto.
Como você se chama? Eu me chamo Zenaide. O avião procede de Maceió.
Procedeu-se aos exames.
Custar O delegado procederá ao inquérito.
Custar é intransitivo no sentido de ter determinado
valor ou preço, sendo acompanhado de adjunto adver- Querer
bial: Frutas e verduras não deveriam custar muito. Querer é transitivo direto no sentido de desejar, ter
vontade de, cobiçar.
No sentido de ser difícil, penoso, pode ser intransitivo Querem melhor atendimento.
ou transitivo indireto, tendo como sujeito uma oração re- Queremos um país melhor.
duzida de infinitivo.
Querer é transitivo indireto no sentido de ter afeição,
Muito custa viver tão longe da família. estimar, amar: Quero muito aos meus amigos.
Verbo Intransitivo Oração Subordinada
Substantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo Visar
Como transitivo direto, apresenta os sentidos de mi-
Custou-me (a mim) crer nisso. rar, fazer pontaria e de pôr visto, rubricar.
LÍNGUA PORTUGUESA
A Gramática Normativa condena as construções que No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como
atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”.
pessoa: Custei para entender o problema. O ensino deve sempre visar ao progresso social.
= Forma correta: Custou-me entender o problema. Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-es-
tar público.
70
Esquecer – Lembrar
Lembrar algo – esquecer algo
Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronominal)
No 1.º caso, os verbos são transitivos diretos, ou seja, exigem complemento sem preposição: Ele esqueceu o livro.
No 2.º caso, os verbos são pronominais (-se, -me, etc) e exigem complemento com a preposição “de”. São, portanto,
transitivos indiretos:
Ele se esqueceu do caderno.
Eu me esqueci da chave.
Eles se esqueceram da prova.
Nós nos lembramos de tudo o que aconteceu.
Há uma construção em que a coisa esquecida ou lembrada passa a funcionar como sujeito e o verbo sofre leve alte-
ração de sentido. É uma construção muito rara na língua contemporânea, porém, é fácil encontrá-la em textos clássicos
tanto brasileiros como portugueses. Machado de Assis, por exemplo, fez uso dessa construção várias vezes.
Esqueceu-me a tragédia. (cair no esquecimento)
Lembrou-me a festa. (vir à lembrança)
Não lhe lembram os bons momentos da infância? (= momentos é sujeito)
Simpatizar - Antipatizar
São transitivos indiretos e exigem a preposição “com”:
Não simpatizei com os jurados.
Simpatizei com os alunos.
A norma culta exige que os verbos e expressões que dão ideia de movimento sejam usados com a preposição “a”:
Chegamos a São Paulo e fomos direto ao hotel.
Cláudia desceu ao segundo andar.
Hoje, com esta chuva, ninguém sairá à rua.
2 Regência Nominal
É o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse
nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em
conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de
um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os
nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição a. Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Se uma oração completar o sentido de um nome, ou seja, exercer a função de complemento nominal, ela será com-
pletiva nominal (subordinada substantiva).
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
LÍNGUA PORTUGUESA
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
71
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação:
Os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; pa-
ralelamente a; relativa a; relativamente a.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
SITE
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
EXERCÍCIO COMENTADO
Nas linhas 12 e 13, o emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do
vocábulo “conexos”.
LÍNGUA PORTUGUESA
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Errado. Ao texto: (...) Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é
a associação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos — geralmente de caráter transnacional — com a crimi-
nalidade e a violência.
O termo está se referindo à associação – associação do tráfico de drogas e crimes conexos (1) com a criminalidade
(2) (associação daquilo [1] com isso [2])
72
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE #FicaDica
CRASE.
Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a
Campinas. = Volto de Campinas. (crase pra
Crase quê?)
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!)
A crase se caracteriza como a fusão de duas vogais
idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a”
com o artigo feminino a(s), com o “a” inicial referente aos Quando o nome de lugar estiver especificado, ocor-
pronomes demonstrativos – aquela(s), aquele(s), aquilo e rerá crase. Veja:
com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
quais). Casos estes em que tal fusão encontra-se demar- que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE”
cada pelo acento grave ( ` ): à(s), àquela, àquele, àquilo, Irei à Salvador de Jorge Amado.
à qual, às quais.
O uso do acento indicativo de crase está condiciona- A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s),
do aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo
e nominal, mais precisamente ao termo regente e termo regente exigir complemento regido da preposição “a”.
regido. Ou seja, o termo regente é o verbo - ou nome - Entregamos a encomenda àquela menina.
que exige complemento regido pela preposição “a”, e o (preposição + pronome demonstrativo)
termo regido é aquele que completa o sentido do termo
regente, admitindo a anteposição do artigo a(s). Iremos àquela reunião.
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela (preposição + pronome demonstrativo)
contratada recentemente.
Após a junção da preposição com o artigo (destaca- Sua história é semelhante às que eu ouvia quando
dos entre parênteses), temos: criança. (àquelas que eu ouvia quando criança)
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contrata- (preposição + pronome demonstrativo)
da recentemente.
A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebem o acento
classifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos re- grave:
ferimos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às
a + o artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pressas, à vontade...
pronome demonstrativo aquela (àquela). locuções prepositivas: à frente, à espera de, à pro-
cura de...
Observações importantes: locuções conjuntivas: à proporção que, à medida
Alguns recursos servem de ajuda para que possamos que.
confirmar a ocorrência ou não da crase. Eis alguns:
Substitui-se a palavra feminina por uma masculina Cuidado: quando as expressões acima não exercerem
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
crase está confirmada. Eu adoro a noite!
Os dados foram solicitados à diretora. Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
Os dados foram solicitados ao diretor. objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
No caso de nomes próprios geográficos, substi- preposição.
tui-se o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso re-
sulte na expressão “voltar da”, há a confirmação da Casos passíveis de nota:
crase.
Faremos uma visita à Bahia. A crase é facultativa diante de nomes próprios fe-
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirma- mininos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Também é facultativa diante de pronomes posses-
da)
sivos femininos: O diretor fez referência a (à) sua
empresa.
Não me esqueço da viagem a Roma.
Facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
ficará aberta até as (às) dezoito horas.
mais vividos.
LÍNGUA PORTUGUESA
73
Entretanto, se o termo vier determinado, teremos REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
uma locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedes- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
tre foi arremessado à distância de cem metros. Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce-
-, faz-se necessário o emprego da crase. reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Ensino à distância. Paulo: Saraiva, 2010.
Ensino a distância.
Em locuções adverbiais formadas por palavras repe- SITE
tidas, não há ocorrência da crase. http://www.portugues.com.br/gramatica/o-uso-cra-
Ela ficou frente a frente com o agressor. se-.html
Eu o seguirei passo a passo.
74
sendo capazes de cumpri-la? O problema não está na Grande parte dos pronomes não possuem significa-
lei. Mudá-la pode ser o pretexto não para torná-la mais dos fixos, isto é, essas palavras só adquirem significação
rigorosa, mas para atribuir-lhe alguma flexibilidade que dentro de um contexto, o qual nos permite recuperar a re-
a desfigure. O verdadeiro problema é a dificuldade do ferência exata daquilo que está sendo colocado por meio
setor público de adaptar suas despesas às receitas em dos pronomes no ato da comunicação. Com exceção dos
queda por causa da crise. pronomes interrogativos e indefinidos, os demais prono-
mes têm por função principal apontar para as pessoas do
Internet: <http://opiniao.estadao.com.br> (com adapta- discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situa-
ções). ção no tempo ou no espaço. Em virtude dessa caracterís-
tica, os pronomes apresentam uma forma específica para
O emprego do acento grave em “às receitas” decorre da cada pessoa do discurso.
regência do verbo “adaptar” e da presença do artigo de- Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
finido feminino determinando o substantivo “receitas”. [minha/eu: pronomes de 1.ª pessoa = aquele que fala]
Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
( ) CERTO ( ) ERRADO [tua/tu: pronomes de 2.ª pessoa = aquele a quem se fala]
A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
Resposta: Certo. Texto: O verdadeiro problema é a di- [dela/ela: pronomes de 3.ª pessoa = aquele de quem se fala]
ficuldade do setor público de adaptar suas despesas às
receitas em queda por causa da crise = quem adapta, Em termos morfológicos, os pronomes são palavras
adapta algo/alguém A algo/alguém. variáveis em gênero (masculino ou feminino) e em núme-
ro (singular ou plural). Assim, espera-se que a referência
3. (Fnde – Técnico em Financiamento e Execução de através do pronome seja coerente em termos de gênero
Programas e Projetos Educacionais – cespe – 2012) O e número (fenômeno da concordância) com o seu objeto,
emprego do sinal indicativo de crase em “adequando os mesmo quando este se apresenta ausente no enunciado.
objetivos às necessidades” justifica-se pela regência do Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos-
verbo adequar, que exige complemento regido pela pre- sa escola neste ano.
posição “a”, e pela presença de artigo definido feminino [nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância
antes de “necessidades”. adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância
( ) CERTO ( ) ERRADO adequada]
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor-
Resposta: Certo. Adequar o quê? – os objetivos (obje- dância inadequada]
to direto) – adequar o quê a quê? – a + as (=às) neces-
sidades – objeto indireto. A explicação do enunciado Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
está correta. demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
A) Pronome Reto
COLOCAÇÃO DOS PRONOMES ÁTONOS. Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na senten-
ça, exerce a função de sujeito: Nós lhe ofertamos flores.
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gê-
Pronome nero (apenas na 3.ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a
principal flexão, uma vez que marca a pessoa do discurso.
Pronome é a palavra variável que substitui ou acom- Dessa forma, o quadro dos pronomes retos é assim con-
LÍNGUA PORTUGUESA
75
Esses pronomes não costumam ser usados como B.2 Pronome Oblíquo Tônico
complementos verbais na língua-padrão. Frases como Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedi-
“Vi ele na rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu dos por preposições, em geral as preposições a, para, de
até aqui”- comuns na língua oral cotidiana - devem ser e com. Por esse motivo, os pronomes tônicos exercem a
evitadas na língua formal escrita ou falada. Na língua for- função de objeto indireto da oração. Possuem acentua-
mal, devem ser usados os pronomes oblíquos correspon- ção tônica forte.
dentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na praça”, “Trouxeram- Lista dos pronomes oblíquos tônicos:
-me até aqui”. 1.ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
Frequentemente observamos a omissão do pronome 2.ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
reto em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias 3.ª pessoa do singular (ele, ela): si, consigo, ele, ela
formas verbais marcam, através de suas desinências, as 1.ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
pessoas do verbo indicadas pelo pronome reto: Fizemos 2.ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
boa viagem. (Nós) 3.ª pessoa do plural (eles, elas): si, consigo, eles, elas
pronome assume as formas no, nos, na, nas. soais são reforçados por palavras como outros, mesmos,
Por exemplo: próprios, todos, ambos ou algum numeral.
viram + o: viram-no Você terá de viajar com nós todos.
repõe + os = repõe-nos Estávamos com vós outros quando chegaram as más
retém + a: retém-na notícias.
tem + as = tem-nas Ele disse que iria com nós três.
76
3. Pronome Reflexivo Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcio- nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são emprega-
nem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito dos no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no trata-
da oração. Indicam que o sujeito pratica e recebe a ação mento familiar. Você e vocês são largamente empregados
expressa pelo verbo. no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
Lista dos pronomes reflexivos: de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma
1.ª pessoa do singular (eu): me, mim = Eu não me lem- vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou
bro disso. literária.
2.ª pessoa do singular (tu): te, ti = Conhece a ti mesmo.
3.ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo = Guilher- Observações:
me já se preparou. 1. Vossa Excelência X Sua Excelência: os pronomes de
Ela deu a si um presente. tratamento que possuem “Vossa(s)” são emprega-
Antônio conversou consigo mesmo. dos em relação à pessoa com quem falamos: Espero
que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encon-
1.ª pessoa do plural (nós): nos = Lavamo-nos no rio. tro.
2.ª pessoa do plural (vós): vos = Vós vos beneficiastes 2. Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito
com esta conquista. da pessoa: Todos os membros da C.P.I. afirmaram
3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo = Eles se que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República,
conheceram. / Elas deram a si um dia de folga. agiu com propriedade.
3. Os pronomes de tratamento representam uma forma
indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores.
#FicaDica Ao tratarmos um deputado por Vossa Excelência,
por exemplo, estamos nos endereçando à excelência
O pronome é reflexivo quando se refere à mes- que esse deputado supostamente tem para poder
ma pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu ocupar o cargo que ocupa.
me arrumei e saí. 4. Embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2.ª
É pronome recíproco quando indica recipro- pessoa, toda a concordância deve ser feita com a
cidade de ação: Nós nos amamos. / Olhamo- 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes posses-
-nos calados.
sivos e os pronomes oblíquos empregados em rela-
O “se” pode ser usado como palavra expletiva
ção a eles devem ficar na 3.ª pessoa.
ou partícula de realce, sem ser rigorosamente
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promes-
necessária e sem função sintática: Os explora-
sas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
dores riam-se de suas tentativas. / Será que eles
5. Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos
se foram?
ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar,
ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhida
inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a
C) Pronomes de Tratamento chamar alguém de “você”, não poderemos usar “te”
São pronomes utilizados no tratamento formal, cerimo- ou “teu”. O uso correto exigirá, ainda, verbo na ter-
nioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, ceira pessoa.
a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa.
Alguns exemplos: Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques teus cabelos. (errado)
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio- Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
sos em geral seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes- ou
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais,
governadores, secretários de Estado, presidente da Repúbli- Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
ca (sempre por extenso) teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universida-
des 4. Pronomes Possessivos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores
LÍNGUA PORTUGUESA
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
igual categoria (coisa possuída).
Vossa Meretíssima (sempre por extenso) = para juízes Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1.ª pessoa do
de direito singular)
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento ce-
rimonioso
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
77
NÚMERO PESSOA PRONOME B) Em relação ao tempo:
Este(s), esta(s) e isto = indicam o tempo presente em
singular primeira meu(s), minha(s) relação à pessoa que fala:
singular segunda teu(s), tua(s) Esta manhã farei a prova do concurso!
singular terceira seu(s), sua(s) Esse(s), essa(s) e isso = indicam o tempo passado, po-
plural primeira nosso(s), nossa(s) rém relativamente próximo à época em que se situa a pes-
soa que fala:
plural segunda vosso(s), vossa(s)
Essa noite dormi mal; só pensava no concurso!
plural terceira seu(s), sua(s) Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam um afastamento
no tempo, referido de modo vago ou como tempo remoto:
Note que: Naquele tempo, os professores eram valorizados.
A forma do possessivo depende da pessoa gramatical
a que se refere; o gênero e o número concordam com o C) Em relação ao falado ou escrito (ou ao que se
objeto possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição falará ou escreverá):
naquele momento difícil. Este(s), esta(s) e isto = empregados quando se quer fa-
zer referência a alguma coisa sobre a qual ainda se falará:
Serão estes os conteúdos da prova: análise sintática, or-
Observações: tografia, concordância.
1. A forma “seu” não é um possessivo quando resul-
tar da alteração fonética da palavra senhor: Muito Esse(s), essa(s) e isso = utilizados quando se pretende
obrigado, seu José. fazer referência a alguma coisa sobre a qual já se falou:
2. Os pronomes possessivos nem sempre indicam Sua aprovação no concurso, isso é o que mais deseja-
posse. Podem ter outros empregos, como: mos!
A) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha.
B) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 Este e aquele são empregados quando se quer fazer
anos. referência a termos já mencionados; aquele se refere ao
C) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem termo referido em primeiro lugar e este para o referido
lá seus defeitos, mas eu gosto muito dela. por último:
3. Em frases onde se usam pronomes de tratamento,
o pronome possessivo fica na 3.ª pessoa: Vossa Ex- Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
celência trouxe sua mensagem? este está mais bem colocado que aquele. (= este [São Pau-
4. Referindo-se a mais de um substantivo, o possessi- lo], aquele [Palmeiras])
vo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus
livros e anotações. ou
5. Em algumas construções, os pronomes pessoais
oblíquos átonos assumem valor de possessivo: Vou Domingo, no Pacaembu, jogarão Palmeiras e São Paulo;
seguir-lhe os passos. (= Vou seguir seus passos) aquele está mais bem colocado que este. (= este [São Pau-
6. O adjetivo “respectivo” equivale a “devido, seu, pró- lo], aquele [Palmeiras])
prio”, por isso não se deve usar “seus” ao utilizá-lo,
para que não ocorra redundância: Coloque tudo Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
nos respectivos lugares. invariáveis, observe:
Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
5. Pronomes Demonstrativos la(s).
Invariáveis: isto, isso, aquilo.
São utilizados para explicitar a posição de certa pa- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
lavra em relação a outras ou ao contexto. Essa relação o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que”
pode ser de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s),
aquilo.
A) Em relação ao espaço: Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa que fala: indiquei.)
Este material é meu.
mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s):
Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da variam em gênero quando têm caráter reforçativo:
LÍNGUA PORTUGUESA
pessoa com quem se fala: Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
Esse material em sua carteira é seu? Eu mesma refiz os exercícios.
Elas mesmas fizeram isso.
Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está Eles próprios cozinharam.
distante tanto da pessoa que fala como da pessoa com Os próprios alunos resolveram o problema.
quem se fala:
Aquele material não é nosso. semelhante(s): Não tenha semelhante atitude.
Vejam aquele prédio! tal, tais: Tal absurdo eu não cometeria.
78
1. Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides *Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo
(ou então: este solteiro, aquele casado) - este se re- plural é feito em seu interior).
fere à pessoa mencionada em último lugar; aquele, Todo e toda no singular e junto de artigo significa in-
à mencionada em primeiro lugar. teiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
2. O pronome demonstrativo tal pode ter conotação Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor? Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
3. Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, Trabalho todo dia. (= todos os dias)
desta, disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que esta-
va vendo. (no = naquilo) São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer
6. Pronomes Indefinidos (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal
qual (= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discur- ou outra, etc.
so, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando Cada um escolheu o vinho desejado.
quantidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém- 7. Pronomes Relativos
-plantadas.
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa São aqueles que representam nomes já mencionados
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma anteriormente e com os quais se relacionam. Introduzem
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser as orações subordinadas adjetivas.
humano que seguramente existe, mas cuja identidade é O racismo é um sistema que afirma a superioridade de
desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: um grupo racial sobre outros.
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre ou-
A) Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o tros = oração subordinada adjetiva).
lugar do ser ou da quantidade aproximada de seres
na frase. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, bel- O pronome relativo “que” refere-se à palavra “siste-
trano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. ma” e introduz uma oração subordinada. Diz-se que a
Algo o incomoda? palavra “sistema” é antecedente do pronome relativo que.
Quem avisa amigo é. O antecedente do pronome relativo pode ser o pro-
nome demonstrativo o, a, os, as.
B) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um Não sei o que você está querendo dizer.
ser expresso na frase, conferindo-lhe a noção de Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem
quantidade aproximada. São eles: cada, certo(s), expresso.
certa(s). Quem casa, quer casa.
Cada povo tem seus costumes.
Certas pessoas exercem várias profissões. Observe:
Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os
Note que: quais, cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas,
Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro- quantas.
nomes indefinidos adjetivos: Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, mui-
tos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, ne- Note que:
nhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), O pronome “que” é o relativo de mais largo empre-
qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, go, sendo por isso chamado relativo universal. Pode ser
tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vá- substituído por o qual, a qual, os quais, as quais, quando
rios, várias. seu antecedente for um substantivo.
Menos palavras e mais ações. O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
Alguns se contentam pouco. A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (=
a qual)
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va- Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os
riáveis e invariáveis. Observe: quais)
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (=
LÍNGUA PORTUGUESA
79
preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. O uso de “que”, neste
caso, geraria ambiguidade. Veja: Regressando de São Paulo, visitei o sítio de minha tia, que me deixou encantado (quem
me deixou encantado: o sítio ou minha tia?).
Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvidas? (com preposições de duas ou mais sílabas utiliza-se
o qual / a qual)
O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou
de ser poeta, que era a sua vocação natural.
O pronome “cujo”: exprime posse; não concorda com o seu antecedente (o ser possuidor), mas com o consequente
(o ser possuído, com o qual concorda em gênero e número); não se usa artigo depois deste pronome; “cujo” equivale
a do qual, da qual, dos quais, das quais.
Existem pessoas cujas ações são nobres.
(antecedente) (consequente)
Se o verbo exigir preposição, esta virá antes do pronome: O autor, a cujo livro você se referiu, está aqui! (referiu-se a)
“Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo:
“Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa
onde morava foi assaltada.
Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que: Sinto saudades da época em que (quando) morávamos
no exterior.
quando (= em que) – desde que tenha como antecedente um nome que dê ideia de tempo:
Bons eram os tempos quando podíamos jogar videogame.
Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente
que conversava, (que) ria, observava.
8. Pronomes Interrogativos
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou indiretas. Assim como os pronomes indefinidos,
referem-se à 3.ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interrogativos: que, quem, qual (e variações),
quanto (e variações).
LÍNGUA PORTUGUESA
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujeito na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo
quando desempenha função de complemento.
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar.
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe ajudar.
80
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” D) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se
exercem função de sujeito, logo, são pertencentes ao esforçou.
caso reto. Já na segunda oração, o pronome “lhe” exerce E) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportu-
função de complemento (objeto), ou seja, caso oblíquo. nidade.
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discur- F) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito.
so. O pronome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta
para a segunda pessoa do singular (tu/você): Maria não Orações iniciadas por palavras interrogativas:
sabia se devia ajudar... Ajudar quem? Você (lhe). Quem lhe disse isso?
Orações iniciadas por palavras exclamativas:
Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou Quanto se ofendem!
tônicos: os primeiros não são precedidos de preposição, Orações que exprimem desejo (orações optativas):
diferentemente dos segundos, que são sempre precedi- Que Deus o ajude.
dos de preposição. A próclise é obrigatória quando se utiliza o pro-
A) Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o
nome reto ou sujeito expresso: Eu lhe entregarei o
que eu estava fazendo.
material amanhã. / Tu sabes cantar?
B) Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para
mim o que eu estava fazendo.
Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS verbo. A mesóclise é usada:
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Ce- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
Paulo: Saraiva, 2010. Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- prol da paz no mundo.
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
CAMPEDELLI, Samira Yousseff. Português – Literatura, lizará”: realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma
Produção de Texto & Gramática – Volume único / Samira palavra que justificasse o uso da próclise, esta prevalece-
Yousseff Campedelli, Jésus Barbosa Souza. – 3.ª edição – ria. Veja: Não se realizará...
São Paulo: Saraiva, 2002. Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
SITE
http://www.sopor tugues.com.br/secoes/morf/ (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
morf42.php clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompa-
nharia nessa viagem).
9. Colocação Pronominal
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo.
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos A ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não
pronomes oblíquos átonos na frase. forem possíveis:
Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
Quando eu avisar, silenciem-se todos.
#FicaDica Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal:
Pronome Oblíquo é aquele que exerce a fun- Não era minha intenção machucá-la.
ção de complemento verbal (objeto). Por isso, Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não
memorize: se inicia período com pronome oblíquo).
OBlíquo = OBjeto! Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- no concurso, mudo-me hoje mesmo!
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a
devem ser observadas na linguagem escrita. proposta fazendo-se de desentendida.
10. Colocação pronominal nas locuções verbais
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo.
A próclise é usada: Após verbo no particípio = pronome depois do
LÍNGUA PORTUGUESA
81
Quando há um fator para próclise nos tempos 1. Sinônimos
compostos ou locuções verbais: opção pelo uso
do pronome oblíquo “solto” entre os verbos = Não São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto
vamos nos preocupar (e não: “não nos vamos preo- - abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abo-
cupar”). lir.
Duas palavras são totalmente sinônimas quando são
11. Emprego de o, a, os, as substituíveis, uma pela outra, em qualquer contexto (cara
e rosto, por exemplo); são parcialmente sinônimas quan-
Em verbos terminados em vogal ou ditongo oral, do, ocasionalmente, podem ser substituídas, uma pela ou-
os pronomes: o, a, os, as não se alteram. tra, em deteminado enunciado (aguadar e esperar).
Chame-o agora.
Deixei-a mais tranquila.
Em verbos terminados em r, s ou z, estas consoan- Observação:
tes finais alteram-se para lo, la, los, las. Exemplos: A contribuição greco-latina é responsável pela exis-
(Encontrar) Encontrá-lo é o meu maior sonho. tência de numerosos pares de sinônimos: adversário e
(Fiz) Fi-lo porque não tinha alternativa. antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo;
Em verbos terminados em ditongos nasais (am, contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo;
em, ão, õe), os pronomes o, a, os, as alteram-se transformação e metamorfose; oposição e antítese.
para no, na, nos, nas.
Chamem-no agora. 2. Antônimos
Põe-na sobre a mesa.
São palavras que se opõem através de seu significado:
ordem - anarquia; soberba - humildade; louvar - censurar;
mal - bem.
#FicaDica
Observação:
Dica da Zê!
A antonímia pode se originar de um prefixo de senti-
Próclise – pró lembra pré; pré é prefixo que sig-
do oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e
nifica “antes”! Pronome antes do verbo!
antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo
Ênclise – “en” lembra, pelo “som”, /Ənd/ (end, e inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista;
em Inglês – que significa “fim, final!). Pronome simétrico e assimétrico.
depois do verbo!
Mesóclise – pronome oblíquo no Meio do ver- 3. Homônimos e Parônimos
bo
Homônimos = palavras que possuem a mesma
grafia ou a mesma pronúncia, mas significados diferentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Podem ser
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. A) Homógrafas: são palavras iguais na escrita e dife-
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Ce- rentes na pronúncia:
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São rego (subst.) e rego (verbo); colher (verbo) e colher
Paulo: Saraiva, 2010. (subst.); jogo (subst.) e jogo (verbo); denúncia (subst.) e de-
nuncia (verbo); providência (subst.) e providencia (verbo).
SITE
http://www.portugues.com.br/gramatica/colocacao- B) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di-
-pronominal-.html ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); concertar (harmoni-
Observação: Não foram encontradas questões zar) e consertar (reparar); cela (compartimento) e sela (ar-
abrangendo tal conteúdo. reio); censo (recenseamento) e senso (juízo); paço (palácio)
e passo (andar).
SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS. SENTIDO C) Homógrafas e homófonas simultaneamente (ou
PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS. perfeitas): São palavras iguais na escrita e na pronúncia:
caminho (subst.) e caminho (verbo); cedo (verbo) e cedo
(adv.); livre (adj.) e livre (verbo).
LÍNGUA PORTUGUESA
82
atuar (agir), infligir (aplicar pena) e infringir (violar), defe- jornais, regulamentos, manuais de instrução, bulas de
rir (atender a) e diferir (divergir), suar (transpirar) e soar medicamentos, textos científicos, entre outros. A palavra
(emitir som), aprender (conhecer) e apreender (assimilar; “pau”, por exemplo, em seu sentido denotativo é apenas
apropriar-se de), tráfico (comércio ilegal) e tráfego (relativo um pedaço de madeira. Outros exemplos:
a movimento, trânsito), mandato (procuração) e mandado O elefante é um mamífero.
(ordem), emergir (subir à superfície) e imergir (mergulhar, As estrelas deixam o céu mais bonito!
afundar).
B) Conotação
4. Hiperonímia e Hiponímia Uma palavra é usada no sentido conotativo quando
apresenta diferentes significados, sujeitos a diferentes in-
Hipônimos e hiperônimos são palavras que pertencem terpretações, dependendo do contexto em que esteja in-
a um mesmo campo semântico (de sentido), sendo o hi- serida, referindo-se a sentidos, associações e ideias que
pônimo uma palavra de sentido mais específico; o hiperô- vão além do sentido original da palavra, ampliando sua
nimo, mais abrangente. significação mediante a circunstância em que a mesma
O hiperônimo impõe as suas propriedades ao hipô- é utilizada, assumindo um sentido figurado e simbólico.
nimo, criando, assim, uma relação de dependência se- Como no exemplo da palavra “pau”: em seu sentido cono-
mântica. Por exemplo: Veículos está numa relação de hi- tativo ela pode significar castigo (dar-lhe um pau), repro-
peronímia com carros, já que veículos é uma palavra de vação (tomei pau no concurso).
significado genérico, incluindo motos, ônibus, caminhões. A conotação tem como finalidade provocar sentimen-
Veículos é um hiperônimo de carros. tos no receptor da mensagem, através da expressividade e
Um hiperônimo pode substituir seus hipônimos em afetividade que transmite. É utilizada principalmente numa
quaisquer contextos, mas o oposto não é possível. A utili- linguagem poética e na literatura, mas também ocorre em
zação correta dos hiperônimos, ao redigir um texto, evita conversas cotidianas, em letras de música, em anúncios
a repetição desnecessária de termos. publicitários, entre outros. Exemplos:
Você é o meu sol!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Minha vida é um mar de tristezas.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Você tem um coração de pedra!
Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
#FicaDica
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
Paulo: Saraiva, 2010. Procure associar Denotação com Dicionário:
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- trata-se de definição literal, quando o termo é
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. utilizado com o sentido que consta no dicio-
XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Lìngua nário.
Portuguesa – 2.ª ed. reform. – São Paulo: Ediouro, 2000.
do contexto em que aparece. Refere-se ao seu significado cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de
mais objetivo e comum, aquele imediatamente reconheci- algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se
do e muitas vezes associado ao primeiro significado que em consideração as situações de aplicabilidade. Há uma
aparece nos dicionários, sendo o significado mais literal infinidade de exemplos em que podemos verificar a ocor-
da palavra. rência da polissemia:
A denotação tem como finalidade informar o receptor O rapaz é um tremendo gato.
da mensagem de forma clara e objetiva, assumindo um O gato do vizinho é peralta.
caráter prático. É utilizada em textos informativos, como Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
83
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua (http://www.humorbabaca.com/fotos/diversas/corto-
sobrevivência -cabelo-e-pinto. Acesso em 15/9/2014).
O passarinho foi atingido no bico.
Poderíamos corrigir o cartaz de inúmeras maneiras,
Nas expressões polissêmicas rede de deitar, rede de mas duas seriam:
computadores e rede elétrica, por exemplo, temos em Corte e coloração capilar
comum a palavra “rede”, que dá às expressões o sentido ou
de “entrelaçamento”. Outro exemplo é a palavra “xadrez”, Faço corte e pintura capilar
que pode ser utilizada representando “tecido”, “prisão” ou
“jogo” – o sentido comum entre todas as expressões é o REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
formato quadriculado que têm. Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Ce-
reja, Thereza Cochar Magalhães. – 7.ª ed. Reform. – São
1. Polissemia e homonímia Paulo: Saraiva, 2010.
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi- Sacconi. 30.ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado,
quando duas ou mais palavras com origens e significados SITE
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho- http://www.brasilescola.com/gramatica/polissemia.htm
monímia.
A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
polissemia porque os diferentes significados para a pala- EXERCÍCIO COMENTADO
vra “manga” têm origens diferentes. “Letra” é uma palavra
polissêmica: pode significar o elemento básico do alfabe- 1. (SUSAM-AM – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO
to, o texto de uma canção ou a caligrafia de um determi-
– FGV – 2014) “o país teve de recorrer a um programa de
nado indivíduo. Neste caso, os diferentes significados es-
racionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma
tão interligados porque remetem para o mesmo conceito,
de reescrever esse segmento, que altera o seu sentido
o da escrita.
original.
a) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de
2. Polissemia e ambiguidade
racionamento.
Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na
b) O país teve como recurso recorrer a um programa
interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
ser ambíguo, ou seja, apresentar mais de uma interpreta- de racionamento.
ção. Esta ambiguidade pode ocorrer devido à colocação c) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de
específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em racionamento.
uma frase. Vejamos a seguinte frase: d) O país obrigou-se a recorrer a um programa de
Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequen- racionamento.
temente são felizes. e) O Brasil optou por um programa de racionamento.
Neste caso podem existir duas interpretações diferen-
tes: Resposta: Letra E. “o país teve de recorrer a um pro-
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- grama de racionamento”. Assinale a opção que apre-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. senta a forma de reescrever esse segmento, QUE
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela ALTERA O SEU SENTIDO ORIGINAL.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter- Em “a”: O Brasil foi obrigado a recorrer a um progra-
pretação. Para fazer a interpretação correta é muito im- ma de racionamento = mesmo sentido.
portante saber qual o contexto em que a frase é proferida. Em “b”: O país teve como recurso recorrer a um pro-
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção grama de racionamento = mesmo sentido.
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, Em “c”: O Brasil foi levado a recorrer a um programa de
comicidade. Repare na figura abaixo: racionamento = mesmo sentido.
Em “d”: O país obrigou-se a recorrer a um programa
de racionamento = mesmo sentido.
Em “e”: O Brasil optou por um programa de raciona-
mento = mudança de sentido (segundo o enunciado,
o país não teve outra opção a não ser recorrer. Na al-
ternativa, provavelmente havia outras opções, e o país
LÍNGUA PORTUGUESA
escolheu a de “recorrer”).
84
HORA DE PRATICAR!
1. (MAPA – Auditor Fiscal Federal Agropecuário – Médico Veterinário – Superior – ESAF – 2017) Assinale a opção
que apresenta desvio de grafia da palavra.
A acupuntura é uma terapia da medicina tradicional chinesa que favorece a regularização dos processos fisiológicos do
corpo, no sentido de promover ou recuperar o estado natural de saúde e equilíbrio. Pode ser usada preventivamente (1)
para evitar o desenvolvimento de doenças, como terapia curativa no caso de a doença estar instalada ou como método
paliativo (2) em casos de doenças crônicas de difícil tratamento. Tem também uma ação importante na medicina rejenera-
tiva (3) e na reabilitação. O tratamento de acupuntura consiste na introdução de agulhas filiformes no corpo dos animais.
Em geral são deixadas cerca de 15 a 20 minutos. A colocação das agulhas não é dolorosa para os animais e é possível
observar durante os tratamentos diferentes reações fisiológicas (4), indicadoras de que o tratamento está atingindo o
efeito terapêutico (5) desejado.
Disponível: <http://www.veterinariaholistica.net/acupuntura-fitoterapia-e-homeopatia.html/>. Acesso em 28/11/2017.
(Com adaptações)
a) (1)
b) (2)
c) (3)
d) (4)
e) (5)
2. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área Administrativa – Médio – FCC – 2017) Respeitando-se as
normas de redação do Manual da Presidência da República, a frase correta é:
a) Solicito a Vossa Senhoria que verifique a possibilidade de implementação de projeto de treinamento de pessoal para
operar os novos equipamentos gráficos a serem instalados em seu setor.
b) Venho perguntar-lhe, por meio desta, sobre a data em que Vossa Excelência pretende nomear vosso representante
na Comissão Organizadora.
c) Digníssimo Senhor: eu venho por esse comunicado, informar, que será organizado seminário, sobre o uso eficiente
de recursos hídricos, em data ainda a ser definida.
d) Haja visto que o projeto anexo contribue para o desenvolvimento do setor em questão, informamos, por meio deste
Ofício, que será amplamente analisado por especialistas.
e) Neste momento, conforme solicitação enviada à Vossa Senhoria anexo, não se deve adotar medidas que possam
com- prometer vossa realização do projeto mencionado.
a) I e III.
b) I, II e IV.
c) II e IV.
d) I, III, IV e V.
e) III, IV e V.
4. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que todas
LÍNGUA PORTUGUESA
85
5. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014) O uso correto do porquê está na opção:
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa, considerando que o termo que preenche a terceira lacuna é empregado para indicar que um evento está
prestes a acontecer
7. (CEFET-RJ – REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO – 2014) Observe a grafia das palavras do trecho a seguir.
A macro-história da humanidade mostra que todos encaram os relatos pessoais como uma forma de se manterem vivos.
Desde a idade do domínio do fogo até a era das multicomunicações, os homens tem demonstrado que querem pôr sua
marca no mundo porque se sentem superiores.
A palavra que NÃO está grafada corretamente é
a) macro-história.
b) multicomunicações.
c) tem.
d) pôr.
e) porque.
8. (Liquigás – Profissional Júnior – Ciências Contábeis – cegranrio – 2014) O grupo em que todas as palavras estão
grafadas de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa é
9. (SIMAE – Agente Administrativo – ASSCON-PP – 2014) Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras es-
LÍNGUA PORTUGUESA
86
10. (Receita Federal – Auditor Fiscal – ESAF – 2014) d) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada
Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou positiva para o público jovem que estava presente, de
de grafia de palavra inserido na transcrição do texto. que se desculparam os idealizadores do programa.
e) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer
A Receita Federal nem sempre teve esse (1) nome. Secre- aos jovens ingressantes no curso o compartilhamento
taria da Receita Federal é apenas a mais recente denomi- de projetos, com que serão também autores.
nação da Administração Tributária Brasileira nestes cinco
séculos de existência. Sua criação tornou-se (2) necessária 13. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014)
para modernizar a máquina arrecadadora e fiscalizadora, A acentuação correta está na alternativa:
bem como para promover uma maior integração entre o
Fisco e os Contribuintes, facilitando o cumprimento ex- a) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
pontâneo (3) das obrigações tributárias e a solução dos b) platéia – tuiuiu – instrui-los.
eventuais problemas, bem como o acesso às (4) informa- c) ponei – geléia – heroico.
ções pessoais privativas de interesse de cada cidadão. O d) eles têm – ele intervém – ele constrói.
surgimento da Secretaria da Receita Federal representou e) lingüiça – feiúra – idéia.
um significativo avanço na facilitação do cumprimento
das obrigações tributárias, contribuindo para o aumento 14. (EBSERH – HUCAM-UFES – Advogado – AOCP –
da arrecadação a partir (5) do final dos anos 60. 2014) A palavra que está acentuada corretamente é:
(Adaptado de <http://www.receita.fazenda.gov.br/srf/
historico.htm>. Acesso em: 17 mar. 2014.) a) Históriar.
b) Memórial.
a) (1). c) Métodico.
b) (2). d) Própriedade.
c) (3). e) Artifício.
d) (4).
e) (5). 15. (prodam-am – assistente – funcab – 2014 – adap-
tada) Assinale a opção em que o par de palavras foi
acentuado segundo a mesma regra.
11. (Estrada de Ferro Campos do Jordão-SP – Analista
Ferroviário – Oficinas – Elétrica – IDERH – 2014) Leia
a) saúde-países
as orações a seguir:
b) Etíope-juízes
Minha mãe sempre me aconselha a evitar as _____ compa-
c) olímpicas-automóvel
nhias. (mas/más)
d) vocês-público
A cauda do vestido da noiva tinha um _________ enorme.
e) espetáculo-mensurável
(cumprimento/comprimento)
Precisamos fazer as compras do mês, pois a _________ está 16. (Advocacia Geral da União – Técnico em Contabi-
vazia. (despensa/dispensa). lidade – idecan – 2014) Os vocábulos “cinquentenário”
e “império” são acentuados devido à mesma justificativa.
Completam, correta e respectivamente, as lacunas acima O mesmo ocorre com o par de palavras apresentado em
os expostos na alternativa:
a) prêmio e órbita.
a) mas – cumprimento – despensa. b) rápida e tráfego
b) más – comprimento – despensa. c) satélite e ministério.
c) más – cumprimento – dispensa. d) pública e experiência.
d) mas – comprimento – dispensa. e) sexagenário e próximo.
e) más – comprimento – dispensa.
17. (Rioprevidência – Especialista em Previdência So-
12. (TRT-2ª REGIÃO-SP – Técnico Judiciário - Área Ad- cial – ceperj – 2014) A palavra “conteúdo” recebe acen-
ministrativa – Médio – FCC – 2014) Está redigida com tuação pela mesma razão de:
clareza e em consonância com as regras da gramática
normativa a seguinte frase: a) juízo
b) espírito
a) Queremos, ou não, ele será designado para dar a pa- c) jornalístico
lavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de d) mínimo
LÍNGUA PORTUGUESA
87
19. (Prefeitura de Balneário Camboriú-sc – Guarda 25. (TJ-BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa
Municipal – fepese – 2014 – adaptada) Assinale a alter- – Médio – FGV – 2015)
nativa em que todas as palavras são oxítonas. Texto 3 – “A Lua Cheia entra em sua fase Crescente no
signo de Gêmeos e vai movimentar tudo o que diz respeito
a) pé, lá, pasta à sua vida profissional e projetos de carreira. Os próximos
b) mesa, tábua, régua dias serão ótimos para dar andamento a projetos que co-
c) livro, prova, caderno meçaram há alguns dias ou semanas. Os resultados che-
d) parabéns, até, televisão garão rapidamente”.
e) óculos, parâmetros, título
O texto 3 mostra exemplos de emprego correto do “a”
20. (Advocacia Geral da União – Técnico em Comunica- com acento grave indicativo da crase – “diz respeito à sua
ção Social – idecan – 2014) Assinale a alternativa em que vida profissional”. A frase abaixo em que o emprego do
a acentuação de todas as palavras está de acordo com a acento grave da crase é corretamente empregado é:
mesma regra da palavra destacada: “Procuradorias compro-
vam necessidade de rendimento satisfatório para renovação
a) o texto do horóscopo veio escrito à lápis;
do FIES”.
b) começaram à chorar assim que leram as previsões;
c) o horóscopo dizia à cada leitora o que devia fazer;
a) após / pó / paletó
b) moído / juízes / caído d) o leitor estava à procura de seu destino;
c) história / cárie / tênue e) o astrólogo previa o futuro passo à passo
d) álibi / ínterim / político
e) êxito / protótipo / ávido 26. (Prefeitura de Sertãozinho-SP – Farmacêutico –
Superior – VUNESP – 2017) O sinal indicativo de crase
21. (Prefeitura de Brusque-sc – Educador Social – fepe- está empregado corretamente nas duas ocorrências na
se – 2014) Assinale a alternativa em que só palavras paro- alternativa:
xítonas estão apresentadas.
a) Muitos indivíduos são propensos à associar, inadverti-
a) facilitada, minha, canta, palmeiras damente, tristeza à depressão.
b) maná, papá, sinhá, canção b) As pessoas não querem estar à mercê do sofrimento,
c) cá, pé, a, exílio por isso almejam à pílula da felicidade.
d) terra, pontapé, murmúrio, aves c) À proporção que a tristeza se intensifica e se prolonga,
e) saúde, primogênito, computador, devêssemos pode-se, à primeira vista, pensar em depressão.
d) À rigor, os especialistas não devem receitar remédios
22. (Ministério do Desenvolvimento Agrário – Técnico às pessoas antes da realização de exames acurados.
em Agrimensura – funcab – 2014) A alternativa que apre- e) Em relação à informação da OMS, conclui-se que exis-
senta palavra acentuada por regra diferente das demais é: tem 121 milhões de pessoas à serem tratadas de de-
pressão.
a) dúvidas.
b) muitíssimos. 27. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área
c) fábrica. Administrativa – Médio – FCC – 2017) É difícil planejar
d) mínimo. uma cidade e resistir à tentação de formular um projeto
e) impossível.
de sociedade.
O sinal indicativo de crase deverá ser mantido caso o ver-
23. (prodam-am – Assistente de Hardware – funcab –
bo sublinhado acima seja substituído por:
2014) Assinale a alternativa em que todas as palavras fo-
ram acentuadas segundo a mesma regra.
a) não acatar.
a) indivíduos - atraí(-las) - período b) driblar.
b) saíram – veículo - construído c) controlar.
c) análise – saudável - diálogo d) superar.
d) hotéis – critérios - através e) não sucumbir.
e) econômica – após – propósitos
28. (TRT – 21.ª Região-RN – Técnico Judiciário – Área
24. (Corpo de Bombeiros Militar-pi – Curso de Formação Administrativa – Médio – FCC – 2017) A frase em que
de Soldados – uespi – 2014) “O evento promove a saúde há uso adequado do sinal indicativo de crase encontra-se
LÍNGUA PORTUGUESA
88
d) Tal máxima aplica-se perfeitamente à criação de peças a) Acostumou-se àquela situação, já que não sabia como
de teatro. evitá-la.
e) Há uma massa de escritores presos à contratos fixos b) Informou à paciente que os remédios haviam surtido
em alguns estúdios. efeito.
c) Vou ficar irritada se você não me deixar assistir à no-
29. (Prefeitura de Marília-SP – Auxiliar de Escrita – vela.
Médio – VUNESP – 2017) Assinale a alternativa em que d) Acabou se confundindo, após usar à exaustão a velha
o sinal indicativo de crase está empregado corretamen- fórmula.
te. e) Comunique às minhas alunas que as provas estão cor-
rigidas.
a) A voluntária aconselhou a remetente à esquecer o
amor de infância. 33. (TRT-AL – Analista Judiciário – Superior – FCC–
b) O carteiro entregou às voluntárias do Clube de Julieta 2014) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chi-
uma nova remessa de cartas. nesas...
c) O médico ofereceu à um dos remetentes apoio psi- O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com-
cológico. plemento que o da frase acima está em:
d) As integrantes do Clube levaram horas respondendo
à diversas cartas. a) A Rota da Seda nunca foi uma rota única...
e) O Clube sugeriu à algumas consulentes que fizessem b) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da
novas amizades. Idade Média.
c) ... viajavam por cordilheiras...
30. (prefeitura de são Paulo-sp – técnico em saúde d) ... até cair em desuso, seis séculos atrás.
– laboratório – médio – vunesp – 2014) Reescrevendo- e) O maquinista empurra a manopla do acelerador.
-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a enfrentar
o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento 34. (CASAL-AL – Administrador De Rede – COPEVE –
indicativo da crase, tem-se: UFAL – 2014) Na afirmação abaixo, de Padre Vieira,
“O trigo não picou os espinhos, antes os espinhos o picaram
a ele... Cuidais que o sermão vos picou a vós” o substantivo
a) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do descon-
“espinhos” tem, respectivamente, função sintática de,
forto, ...
b) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto,
a) objeto direto/objeto direto.
...
b) sujeito/objeto direto.
c) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto,
c) objeto direto/sujeito.
...
d) objeto direto/objeto indireto.
d) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto,
e) sujeito/objeto indireto.
...
e) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto, 35. (CASAL-AL – Administrador De Rede – COPEVE –
.. UFAL – 2014) No texto, “Arranca o estatuário uma pedra
dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe; e, depois
31. (CONAB – Contabilidade – Superior – IADES – que desbastou o mais grosso, toma o maço e cinzel na
2014 – adaptada) Considerando o trecho “atualizou os mão para começar a formar um homem, primeiro mem-
dados relativos à produção de grãos no Brasil.” e confor- bro a membro e depois feição por feição.”
me a norma-padrão, assinale a alternativa correta. VIEIRA, P. A. In Sermão do Espírito Santo. Acervo da Aca-
demia Brasileira de Letras
a) a crase foi empregada indevidamente no trecho. A oração sublinhada exerce uma função de
b) o autor poderia não ter empregado o sinal indicativo
de crase. a) causalidade.
c) se “produção” estivesse antecedida por essa, o uso do b) conclusão.
sinal indicativo de crase continuaria obrigatório. c) oposição.
d) se, no lugar de “relativos”, fosse empregado referen- d) concessão.
tes, o uso do sinal indicativo de crase passaria a ser e) finalidade.
facultativo.
e) caso o vocábulo minha fosse empregado imediata- 36. (EBSERH – HUCAM-UFES – Advogado – Superior
mente antes de “produção”, o uso do sinal indicativo – AOCP – 2014) Em “Se a ‘cura’ fosse cara, apenas uma
LÍNGUA PORTUGUESA
de crase seria facultativo. pequena fração da sociedade teria acesso a ela.”, a expres-
são em destaque funciona como:
32. (Sabesp-SP – atendente a clientes – Médio – fcc
– 2014 – adaptada) No trecho Refiro-me aos livros que a) objeto direto.
foram escritos e publicados, mas estão – talvez para sem- b) adjunto adnominal.
pre – à espera de serem lidos, o uso do acento de crase c) complemento nominal.
obedece à mesma regra seguida em: d) sujeito paciente.
e) objeto indireto.
89
37. (EBSERH – HUSM-UFSM-RS – Analista Adminis- c) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de
trativo – Jornalismo – Superior – AOCP – 2014) sujeito.
“Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu fi- d) “facas” possui a mesma função sintática que “bêba-
lho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde -...” dos” e “relatório”.
No período acima, a oração destacada: e) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são ter-
mos que indicam circunstâncias que caracterizam a ação
a) estabelece uma relação temporal com a oração que verbal.
lhe é subsequente.
b) estabelece uma relação temporal com a oração que a 42. (TJ-SP – Escrevente Técnico Judiciário – Médio –
antecede. VUNESP – 2015) Leia o texto, para responder às ques-
c) estabelece uma relação condicional com a oração que tões.
lhe é subsequente. O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para
d) estabelece uma relação condicional com a oração que consegui-lo é a luta. Enquanto o direito estiver sujeito
a antecede. às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o
e) estabelece uma relação de finalidade com a oração mundo for mundo –, ele não poderá prescindir da luta.
que lhe é subsequente. A vida do direito é a luta: luta dos povos, dos governos,
das classes sociais, dos indivíduos.
38. (prodam-am – Assistente de Hardware – funcab – Todos os direitos da humanidade foram conquistados
2014) O termo destacado em: “As pessoas estão sempre pela luta; seus princípios mais importantes tiveram de
muito ATAREFADAS.” exerce a seguinte função sintática: enfrentar os ataques daqueles que a ele se opunham;
todo e qualquer direito, seja o direito de um povo, seja
a) objeto direto. o direito do indivíduo, só se afirma por uma disposição
b) objeto indireto. ininterrupta para a luta. O direito não é uma simples
c) adjunto adverbial. ideia, é uma força viva. Por isso a justiça sustenta numa
d) predicativo. das mãos a balança com que pesa o direito, enquanto
e) adjunto adnominal. na outra segura a espada por meio da qual o defende.
A espada sem a balança é a força bruta, a balança sem a
39. (trt-13ª região-pb – Técnico Judiciário – Tecnolo- espada, a impotência do direito. Uma completa a outra,
gia da Informação – Médio – fcc – 2014) Ao mesmo e o verdadeiro estado de direito só pode existir quando
tempo, as elites renunciaram às ambições passadas... a justiça sabe brandir a espada com a mesma habilidade
O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de com- com que manipula a balança.
plemento que o grifado acima está empregado em: O direito é um trabalho sem tréguas, não só do Poder
Público, mas de toda a população. A vida do direito nos
a) Faltam-nos precedentes históricos para... oferece, num simples relance de olhos, o espetáculo de
b) Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro... um esforço e de uma luta incessante, como o despendi-
c) Esse novo espectro comprova a novidade de nossa si- do na produção econômica e espiritual. Qualquer pes-
tuação... soa que se veja na contingência de ter de sustentar seu
d) As redes sociais eram atividades de difícil direito participa dessa tarefa de âmbito nacional e con-
implementação... tribui para a realização da ideia do direito. É verdade que
e) ... como se imitássemos o padrão de conforto... nem todos enfrentam o mesmo desafio.
A vida de milhares de indivíduos desenvolve-se tranqui-
40. (Cia de Serviços de Urbanização de Guarapuava- lamente e sem obstáculos dentro dos limites fixados pelo
-pr – Agente de Trânsito – consulplam – 2014) Quanto direito. Se lhes disséssemos que o direito é a luta, não
à função que desempenha na sintaxe da oração, o tre- nos compreenderiam, pois só veem nele um estado de
cho em destaque “Tenho uma dor que passa daqui pra lá paz e de ordem.
e de lá pra cá” corresponde a: (Rudolf von Ihering, A luta pelo direito)
a) Oração subordinada adjetiva restritiva. Assinale a alternativa em que uma das vírgulas foi em-
b) Oração subordinada adjetiva explicativa. pregada para sinalizar a omissão de um verbo, tal como
c) Adjunto adnominal. ocorre na passagem – A espada sem a balança é a força
d) Oração subordinada adverbial espacial. bruta, a balança sem a espada, a impotência do direito.
41. (Advocacia-Geral da União – Técnico em Comu- a) O direito, no sentido objetivo, compreende os princí-
nicação Social – idecan – 2014) Acerca das relações pios jurídicos manipulados pelo Estado.
LÍNGUA PORTUGUESA
sintáticas que ocorrem no interior do período a seguir b) Todavia, não pretendo entrar em minúcias, pois nunca
“Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, per- chegaria ao fim.
seguem bêbados na estrada e terminam o dia na delega- c) Do autor exige-se que prove, até o último centavo, o
cia fazendo seu relatório.”, é correto afirmar que interesse pecuniário.
d) É que, conforme já ressaltei várias vezes, a essência do
a) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”. direito está na ação.
b) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é com- e) A cabeça de Jano tem face dupla: a uns volta uma das
posto. faces, aos demais, a outra.
90
43. TJ-BA – Técnico Judiciário – Área Administrativa – a) O uso da vírgula entre as orações é opcional.
Médio – FGV – 2015 b) A redação “Enquanto lia a carta, as lágrimas rolavam
em seu rosto por que sentia um misto de amor e sauda-
Texto 2 - “A primeira missão tripulada ao espaço profun- de.” poderia substituir a original.
do desde o programa Apollo, da década 1970, com o ob- c) O uso do hífen seria obrigatório, caso o prefixo re fosse
jetivo de enviar astronautas a Marte até 2030 está sendo acrescentado ao vocábulo “lia”.
preparada pela Nasa (agência espacial norte-americana). d) Caso a ordem das orações fosse invertida, o uso da
O primeiro passo para a concretização desse desafio será vírgula entre elas poderia ser dispensado.
dado nesta sexta-feira (5), com o lançamento da cápsula e) Assim como o vocábulo “lágrimas”, devem ser acen-
Orion, da base da agência em Cabo Canaveral, na Fló- tuados graficamente rúbrica, filântropo e lúcida.
rida, nos Estados Unidos. O lançamento estava previsto
originalmente para esta quinta-feira (4), mas devido a 46. (TRE-MS – Estágio – Jornalismo – TRE-MS – 2014)
problemas técnicos foi reagendado para as 7h05 (10h05 Verifique a pontuação nas frases abaixo e marque a as-
sertiva correta:
no horário de Brasília).”
(Ciência, Internet Explorer).
a) Céus: Que injustiça.
b) O resultado do placar, não o abateu.
“com o lançamento da cápsula Orion, da base da agência
c) O comércio estava fechado; porém, a farmácia estava
em Cabo Canaveral, na Flórida, nos Estados Unidos.” em pleno atendimento.
Os termos sublinhados se encarregam da localização do d) Comam bastantes frutas crianças!
lançamento da cápsula referida; o critério para essa lo- e) Comprei abacate, e mamão maduro.
calização também foi seguido no seguinte caso: Os pro-
testos contra as cotas raciais ocorreram: 47. (SAAE-SP – Fiscal Leiturista – VUNESP – 2014)
91
42 E
GABARITO 43 A
44 C
1 C 45 D
2 A 46 C
3 D 47 E
4 A
5 C
6 A
7 C
8 D
9 D
10 C
11 B
12 C
13 D
14 E
15 A
16 B
17 A
18 CERTO
19 D
20 C
21 A
22 E
23 E
24 E
25 C
26 C
27 E
28 D
29 B
30 A
31 E
32 D
33 E
34 C
35 E
36 C
LÍNGUA PORTUGUESA
37 A
38 D
39 A
40 A
41 D
92
ÍNDICE
MATEMÁTICA
Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração,multiplicação, divisão, potenciação ou radiciação com núme-
ros racionais, nas suas representações fracionária ou decimal ............................................................................................................................01
Mínimo múltiplo comum; Máximo divisor comum ...................................................................................................................................................09
Porcentagem ............................................................................................................................................................................................................................11
Razão e proporção .................................................................................................................................................................................................................13
Regra de três simples ou composta ................................................................................................................................................................................16
Equações do 1.º ou do 2.º graus; Sistema de equações do 1.º grau .................................................................................................................19
Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento, superfície, capacidade e massa ..................................................................32
Relação entre grandezas – tabela ou gráfico;Tratamento da informação – média aritmética simples.................................................36
Noções de Geometria – forma, ângulos, área, perímetro, volume, Teoremas de Pitágoras ou de Tales. ............................................53
Raciocínio Lógico ....................................................................................................................................................................................................................79
Juros Simples e Composto ..................................................................................................................................................................................................97
m
n
1.2. Propriedades da Adição de Números Racio-
RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, nais
ENVOLVENDO: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIA- O conjunto é fechado para a operação de adição,
ÇÃO OU RADICIAÇÃO COM NÚMEROS isto é, a soma de dois números racionais resulta em um
RACIONAIS, NAS SUAS REPRESENTAÇÕES número racional.
- Associativa: Para todos em : a + ( b + c ) = ( a + b ) + c
FRACIONÁRIA OU DECIMAL.
- Comutativa: Para todos em : a + b = b + a
- Elemento neutro: Existe em , que adicionado a todo
em , proporciona o próprio , isto é: q + 0 = q
NÚMEROS RACIONAIS: FRAÇÕES, NÚMEROS - Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q,
DECIMAIS E SUAS OPERAÇÕES tal que q + (–q) = 0
Um número racional é o que pode ser escrito na for- A subtração de dois números racionais e é a própria
m operação de adição do número com o oposto de q, isto
ma n , onde m e n são números inteiros, sendo que n é: p – q = p + (–q)
deve ser diferente de zero. Frequentemente usamos m
para significar a divisão de m por n . n
1.4. Multiplicação (Produto) de Números Racio-
Como podemos observar, números racionais podem ser nais
obtidos através da razão entre dois números inteiros, razão
pela qual, o conjunto de todos os números racionais é de- Como todo número racional é uma fração ou pode
notado por Q. Assim, é comum encontrarmos na literatura ser escrito na forma de umaa fração,
c
definimos o produto
a notação: de dois números racionais b e d , da mesma forma que o
produto de frações, através de:
Q = { m : m e n em Z,n diferente de zero} a c a�c
n � =
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjun-
b d b� d
tos: O produto dos números racionais a e b também pode
ser indicado por a × b, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal
∗
• 𝑄 = conjunto dos racionais não nulos; entre as letras.
• 𝑄+ = conjunto dos racionais não negativos; Para realizar a multiplicação de números racionais,
• 𝑄+∗
= conjunto dos racionais positivos; devemos obedecer à mesma regra de sinais que vale em
• 𝑄− = conjunto dos racionais não positivos; toda a Matemática:
• 𝑄−∗ = conjunto dos racionais negativos. (+1)�(+1) = (+1) – Positivo Positivo = Positivo
(+1)�(-1) = (-1) - Positivo Negativo = Negativo
(-1)�(+1) = (-1) - Negativo Positivo = Negativo
Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto
(-1)� (-1) = (+1) – Negativo Negativo = Positivo
que representa esse número ao ponto de abscissa zero.
3 3 3 3
Exemplo: Módulo de - 2 é 2 . Indica-se − =
2 2 #FicaDica
Módulo de+ 3 é 3 . Indica-se 3 3
= O produto de dois números com o mesmo
2 2 2 2
sinal é positivo, mas o produto de dois nú-
3 3 meros com sinais diferentes é negativo.
Números Opostos: Dizemos que− 2 e 2 são núme-
ros racionais opostos ou simétricos e cada um deles é
o oposto do outro. As distâncias dos pontos− 3 e 3 ao 1.5. Propriedades da Multiplicação de Números
2 2
ponto zero da reta são iguais. Racionais
1.1. Soma (Adição) de Números Racionais O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o
produto de dois números racionais resultaem um número
Como todo número racional é uma fração ou pode ser racional.
escrito na forma de uma fração, definimos a adição entre - Associativa: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b ∙ c ) = ( a ∙ b) ∙ c
a c
os números racionais e , , da mesma forma que a soma - Comutativa: Para todos a,b em Q: a ∙ b = b ∙ a
b d - Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado
de frações, através de: por todo q em Q, proporciona o próprio q, isto é:
q∙1=q
a c a�d+b�c
MATEMÁTICA
b
+ = - Elemento inverso: Para todo q = b em Q,
a
a di-
q−1 =
b d b�d
ferente de zero, existe em Q: q � q−1 = 1, ou seja,
a b
b
×a =1
1
- Distributiva: Para todos a,b,c em Q: a ∙ ( b + c ) = ( a - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo
∙ b ) + ( a∙ c ) sinal da base.
3 5 25
−2 2
1 1 1
− = − = raiz quadrada de .Indica-se =
5 3 9 9 9 3
2
Ex: 3
0,216 Representa o produto 0,6 � 0,6 � 0,6 ou (0,6)3 . Logo, 0,6 é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 0,216 = 0,6 .
FIQUE ATENTO!
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o número zero ou um número racional positivo.
Logo, os números racionais negativos não têm raiz quadrada em Q.
100
O número − não tem raiz quadrada em Q, pois tanto − 10 como + 10 , quando elevados ao quadrado, dão 100 .
9 3 3 9
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto dos números racionais se ele for um quadrado
perfeito.
O número 2 não tem raiz quadrada em Q, pois não existe número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
3 3
1.10. Frações
x
Frações são representações de partes iguais de um todo. São expressas como um quociente de dois números ,
sendo x o numerador e y o denominador da fração, com y ≠ 0 . y
São frações que, embora diferentes, representam a mesma parte do mesmo todo. Uma fração é equivalente a outra
quando pode ser obtida multiplicando o numerador e o denominador da primeira fração pelo mesmo número.
Ex: 3 e 6 .
5 10
A segunda fração pode ser obtida multiplicando o numerador e denominador de 3 por 2:
5
3�2 6
=
5 � 2 10
6
Assim, diz-se que é uma fração equivalente a 3
10 5
1. Adição e Subtração
Ex:
Jorge comeu 3 de um tablete de chocolate e Miguel 5
desse mesmo tablete. Qual a fração do tablete de chocolate
8 8
que Jorge e Miguel comeram juntos?
MATEMÁTICA
A figura abaixo representa o tablete de chocolate. Nela também estão representadas as frações do tablete que
Jorge e Miguel comeram:
3
Representa 4/5 do conteúdo da caixa
3 2 5
Observe que = =
8 8 8
5
Portanto, Jorge e Miguel comeram juntos do table-
8
te de chocolate.
24 ∶ 8 � 3 = 9 #FicaDica
24 ∶ 6 � 5 = 20
Sempre que possível, antes de efetuar
Devemos proceder, agora, como no primeiro caso, a multiplicação, podemos simplificar as
simplificando o resultado, quando possível: frações entre si, dividindo os numeradores
e os denominadores por um fator comum.
9 20 29 Esse processo de simplificação recebe o
+ = nome de cancelamento.
24 24 24
3 5 9 20 29
Portanto: + = + =
8 6 24 24 24
3. Divisão
Ex: 5
tidos em uma caixa. Do total de chocolates recebidos,
De uma caixa de frutas, 4 são bananas. Do total de Lúcia deu a terça parte para o seu namorado. Que fração
2 5
bananas, estão estragadas. Qual é a fração de frutas dos chocolates contidos na caixa recebeu o namorado
3 de Lúcia?
da caixa que estão estragadas?
4
4
A solução do problema consiste em dividir o total de chocolates que Lúcia recebeu de seu pai por 3, ou seja, 5 : 3
Por outro lado, dividir algo por 3 significa calcular 1 desse algo.
3
4 1
Portanto: : 3 = de 4
5 3 5
1 4 1 4 4 1 4 4 3 4 1
Como de =
5 3
�
5
=
5
�
3
, resulta que : 3 = : = �
3 5 5 1 5 3
3 1
Observando que as frações e são frações inversas, podemos afirmar que:
1 3
Para dividir uma fração por outra, multiplicamos a primeira pelo inverso da segunda.
4 4 3 4 1 4
Portanto 5 : 3 = 5 ∶ 1 = 5 � 3 = 15
4
Ou seja, o namorado de Lúcia recebeu do total de chocolates contidos na caixa.
15
1
4 8 4 5 5
Outro exemplo: : = . =
3 5 3 82 6
Observação:
Portanto
4. Números Decimais
De maneira direta, números decimais são números que possuem vírgula. Alguns exemplos: 1,47; 2,1; 4,9587; 0,004;
etc.
1. Adição e Subtração
Na prática, a adição e a subtração de números decimais são obtidas de acordo com a seguinte regra:
- Igualamos o número de casas decimais, acrescentando zeros.
- Colocamos os números um abaixo do outro, deixando vírgula embaixo de vírgula.
- Somamos ou subtraímos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- Na resposta colocamos a vírgula alinhada com a vírgula dos números dados.
Exemplo
MATEMÁTICA
5
Disposição prática:
2,3500
14,3000
+ 0,0075
5,0000
21,6575
Multiplicação
258 34 8772
2,58 � 3,4 = � = = 8,772
100 100 1000
#FicaDica
Na prática, a multiplicação de números decimais é obtida de acordo com as seguintes regras:
- Multiplicamos os números decimais como se eles fossem números naturais.
- No resultado, colocamos tantas casas decimais quantas forem as do primeiro fator somadas às do
segundo fator.
Exemplo:
Disposição prática:
652,2 1 casa decimal
1 304 4
Divisão
6
A vantagem de tal procedimento foi a de transformar- Ex: 2 ∶ 16
mos em número natural o número decimal que aparecia
na divisão. Com isso, a divisão entre números decimais
se transforma numa equivalente com números naturais.
#FicaDica
Representação Decimal das Frações
Na prática, a divisão entre números deci- p
mais é obtida de acordo com as seguin- Tomemos um número racional q tal que não seja
tes regras: múltiplo de . Para escrevê-lo na forma decimal, basta efe-
- Igualamos o número de casas decimais tuar a divisão do numerador pelo denominador.
do dividendo e do divisor. Nessa divisão podem ocorrer dois casos:
- Cortamos as vírgulas e efetuamos a di-
visão como se os números fossem natu- 1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
rais. um número finito de algarismos. Decimais Exatos:
2
Ex: 24 ∶ 0,5 = 240 ∶ 5 = 48 = 0,4
5
1
Disposição prática: = 0,25
4
35
= 8,75
4
153
= 3,06
50
Nesse caso, o resto da divisão é igual à zero. Assim
sendo, a divisão é chamada de divisão exata e o quocien- 2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula,
te é exato. infinitos algarismos (nem todos nulos), repetindo-se pe-
riodicamente. Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
Ex: 9,775 ∶ 4,25
1
= 0,333 …
Disposição prática: 3
1
= 0,04545 …
22
7
9
0,9 =
10
57
5,7 =
10
76
0,76 =
100
348
3,48 =
100
5 1
0,005 = =
1000 200
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto, vamos apresentar o procedimento através de al-
guns exemplos:
Ex:
Seja a dízima 0,333...
611
Simplificando, obtemos x = , a fração geratriz da dízima 1,23434...
495
8
Analisando todos os exemplos, nota-se que a idéia consiste em deixar após a vírgula somente a parte periódica (que
se repete) de cada igualdade para, após a subtração membro a membro, ambas se cancelarem.
EXERCÍCIO COMENTADO
1. (EBSERH – Médico – IBFC/2016) Mara leu 1/5 das páginas de um livro numa semana. Na segunda semana, leu mais
2/3 de páginas. Se ainda faltam ler 60 (sessenta) páginas do livro, então o total de páginas do livro é de:
a) 300
b) 360
c) 400
d) 450
e) 480
13 15−13 2
Resposta: Letra D. Mara leu 1 2 3+10 13 do livro. Logo, ainda falta 1 − 15 = = 15 para ser
+ = = 15
5 3 15 15
lido. Essa fração que falta ser lida equivale a 60 páginas
2 1
Assim: 60 páginas. Portanto, 30 páginas.
15 15
Logo o livro todo (15/15) possui: 15∙30=450 páginas
O máximo divisor comum e o mínimo múltiplo comum são ferramentas extremamente importantes na matemática.
Através deles, podemos resolver alguns problemas simples, além de utilizar seus conceitos em outros temas, como
frações, simplicação de fatoriais, etc.
Porém, antes de iniciarmos a apresentar esta teoria, é importante conhecermos primeiramente uma classe de nú-
meros muito importante: Os números primos.
Números primos
Um número natural é definido como primo se ele tem exatamente dois divisores: o número um e ele mesmo. Já nos
inteiros, p ∈ ℤ é um primo se ele tem exatamente quatro divisores: ±1 e ±𝑝 .
FIQUE ATENTO!
Por definição, 0, 1 e − 1 não são números primos.
Existem infinitos números primos, como demonstrado por Euclides por volta de 300 a.C.. A propriedade de ser um
primo é chamada “primalidade”, e a palavra “primo” também são utilizadas como substantivo ou adjetivo. Como “dois”
é o único número primo par, o termo “primo ímpar” refere-se a todo primo maior do que dois.
O conceito de número primo é muito importante na teoria dos números. Um dos resultados da teoria dos números
é o Teorema Fundamental da Aritmética, que afirma que qualquer número natural diferente de 1 pode ser escrito de
forma única (desconsiderando a ordem) como um produto de números primos (chamados fatores primos): este pro-
cesso se chama decomposição em fatores primos (fatoração). É exatamente este conceito que utilizaremos no MDC e
MMC. Para caráter de memorização, seguem os 100 primeiros números primos positivos. Recomenda-se que memori-
zem ao menos os 10 primeiros para MDC e MMC:
2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19, 23, 29, 31, 37, 41, 43, 47, 53, 59, 61, 67, 71, 73, 79, 83, 89, 97, 101, 103, 107, 109, 113, 127, 1
31, 137, 139, 149, 151, 157, 163, 167, 173, 179, 181, 191, 193, 197, 199, 211, 223, 227, 229, 233, 239, 241, 251, 257, 263,
269, 271, 277, 281, 283, 293, 307, 311, 313, 317, 331, 337, 347, 349, 353, 359, 367, 373, 379, 383, 389, 397, 401, 409, 419,
421, 431, 433, 439, 443, 449, 457, 461, 463, 467, 479, 487, 491, 499, 503, 509, 521, 523, 541
MATEMÁTICA
Múltiplos e Divisores
Diz-se que um número natural a é múltiplo de outro natural b, se existe um número natural k tal que:
9
Outra técnica para o cálculo do MDC:
𝑎 = 𝑘. 𝑏
Ex. 15 é múltiplo de 5, pois 15=3 x 5 Decomposição em fatores primos: Para obter o
MDC de dois ou mais números por esse processo, pro-
Quando a=k.b, segue que a é múltiplo de b, mas tam- cede-se da seguinte maneira:
bém, a é múltiplo de k, como é o caso do número 35 que
é múltiplo de 5 e de 7, pois: 35 = 7 x 5. Decompõe-se cada número dado em fatores primos.
Quando a = k.b, então a é múltiplo de b e se conhe- O MDC é o produto dos fatores comuns obtidos,
cemos b e queremos obter todos os seus múltiplos, basta cada um deles elevado ao seu menor expoente.
fazer k assumir todos os números naturais possíveis.
Exemplo: Achar o MDC entre 300 e 504.
Ex. Para obter os múltiplos de dois, isto é, os números
da forma a = k x 2, k seria substituído por todos os nú- Fatorando os dois números:
meros naturais possíveis.
FIQUE ATENTO!
Um número b é sempre múltiplo dele mesmo.
a = 1 x b ↔ a = b.
Ex. 3 é divisor de 15, pois , logo 15 é múltiplo de 3 e O MDC será os fatores comuns com seus menores
também é múltiplo de 5. expoentes:
Agora que sabemos o que são números primos, múl- Podem-se escrever, agora, os múltiplos positivos
tiplos e divisores, vamos ao MDC. O máximo divisor co- comuns: M(6)∩M(8) = {24,48,72,...}
mum de dois ou mais números é o maior número que é
divisor comum de todos os números dados. Observando os múltiplos comuns, pode-se identificar
o mínimo múltiplo comum dos números 6 e 8, ou seja:
Ex. Encontrar o MDC entre 18 e 24.
Outra técnica para o cálculo do MMC:
Divisores naturais de 18: D(18) = {1,2,3,6,9,18}.
Decomposição isolada em fatores primos: Para
Divisores naturais de 24: D(24) = {1,2,3,4,6,8,12,24}. obter o MMC de dois ou mais números por esse proces-
so, procedemos da seguinte maneira:
Pode-se escrever, agora, os divisores comuns a 18 e
MATEMÁTICA
24: D(18)∩ D (24) = {1,2,3,6}. - Decompomos cada número dado em fatores pri-
mos.
Observando os divisores comuns, podemos identifi- - O MMC é o produto dos fatores comuns e não-co-
car o maior divisor comum dos números 18 e 24, ou seja: muns, cada um deles elevado ao seu maior expo-
MDC (18,24) = 6. ente.
10
A porcentagem nada mais é do que uma razão, que
Ex. Achar o MMC entre 18 e 120. representa uma “parte” e um “todo” a qual referimos
como 100%. Assim, de uma maneira geral, temos que:
Fatorando os números: 𝑝
𝐴= .𝑉
100
Onde A, é a parte, p é o valor da porcentagem e V é o
todo (100%). Assim, os problemas básicos de porcenta-
gem se resumem a três tipos:
Deste modo, a fração 100 ou qualquer uma equivalente No terceiro caso, temos interesse em achar o total (Nosso
a ela é uma porcentagem que podemos representar por 100%) e para isso basta rearranjar a equação novamente:
50%.
11
𝑝 𝐴 𝐴 Neste caso, o problema deu o valor de e gostaria de
𝐴= . 𝑉 → 𝑝 = . 100 → 𝑉 = . 100 saber o valor de V, assim:
100 𝑉 𝑝 p
Ex. Um atirador tem taxa de acerto de 75% de seus VA = ( 1 + 100 ).V
tiros ao alvo. Se em um treinamento ele acertou 15 tiros, 40
quantos tiros ele deu no total? 3500 = ( 1 + ).V
100
Neste caso, o problema gostaria de saber quanto vale
o “todo”, assim: 3500 =(1+0,4).V
𝐴 15
𝑉= . 100 = . 100 = 0,2.100 = 20 𝑡𝑖𝑟𝑜𝑠 3500 =1,4.V
𝑝 75
3500
Forma Decimal: Outra forma de representação de porcen- V= =2500
1,4
tagens é através de números decimais, pois todos eles perten-
cem à mesma classe de números, que são os números racio- Resp. R$ 2 500,00
nais. Assim, para cada porcentagem, há um numero decimal
equivalente. Por exemplo, 35% na forma decimal seriam repre- Ex. Uma loja entra em liquidação e pretende abaixar
sentados por 0,35. A conversão é muito simples: basta fazer a em 20% o valor de seus produtos. Se o preço de um de-
divisão por 100 que está representada na forma de fração: les é de R$ 250,00, qual será seu preço na liquidação?
Aqui, basta calcular o valor de VD :
75
75% = = 0,75 p
100 VD = (1 – ) .V
100
Aumento e desconto percentual 20
VD = (1 – ) .250,00
100
Outra classe de problemas bem comuns sobre por-
centagem está relacionada ao aumento e a redução per- VD = (1 –0,2) .250,00
centual de um determinado valor. Usaremos as defini-
ções apresentadas anteriormente para mostrar a teoria VD = (0,8) .250,00
envolvida
VD = 200,00
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial Resp. R$ 200,00
V que deve sofrer um aumento de de seu valor. Chame-
mos de VA o valor após o aumento. Assim:
FIQUE ATENTO!
p Em alguns problemas de porcentagem são
VA = V + .V
100 necessários cálculos sucessivos de aumen-
Fatorando: tos ou descontos percentuais. Nesses ca-
sos é necessário ter atenção ao problema,
p pois erros costumeiros ocorrem quando se
VA = ( 1 + ) .V
100 calcula a porcentagens do valor inicial para
Em que (1 + p ) será definido como fator de au- obter todos os valores finais com descon-
100 tos ou aumentos. Na verdade, esse cálculo
mento, que pode estar representado tanto na forma de só pode ser feito quando o problema diz
fração ou decimal. que TODOS os descontos ou aumentos
são dados a uma porcentagem do valor
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial inicial. Mas em geral, os cálculos são feitos
V que deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Cha- como mostrado no texto a seguir.
memos de VD o valor após o desconto.
p Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos
VD = V – .V
100 um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer
dois aumentos sucessivos de p1% e p2%. Sendo V1 o valor
Fatorando:
após o primeiro aumento, temos:
p
VD = (1 – ) .V 𝑝1
100 V1 = V .(1 + )
p 100
Em que (1 – ) será definido como fator de des-
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, ou seja,
conto, que pode 100
estar representado tanto na forma de
após já ter aumentado uma vez, temos que:
fração ou decimal.
𝑝2
MATEMÁTICA
V2 = V1 .(1 + )
Ex. Uma empresa admite um funcionário no mês de 100
janeiro sabendo que, já em março, ele terá 40% de au-
Como temos também uma expressão para V1, basta
mento. Se a empresa deseja que o salário desse funcio-
substituir:
nário, a partir de março, seja R$ 3 500,00, com que salário
deve admiti-lo?
12
𝑝1 𝑝2 96
V2 = V .(1 + ) .(1 + ) V2 = 0,96.V= V=96% de V
100 100 100
Assim, para cada aumento, temos um fator corres- Ou seja, o valor final corresponde a 96% de V e não
pondente e basta ir multiplicando os fatores para chegar 100%, assim, eles não são iguais, portanto deve-se assi-
ao resultado final. nalar a opção ERRADO
Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos: 1. (UNESP) Suponhamos que, para uma dada eleição,
uma cidade tivesse 18.500 eleitores inscritos. Suponha-
𝑝1
V1 = V.(1 – ) mos ainda que, para essa eleição, no caso de se verificar
100 um índice de abstenções de 6% entre os homens e de 9%
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, ou seja, entre as mulheres, o número de votantes do sexo mas-
após já ter descontado uma vez, temos que: culino será exatamente igual ao número de votantes do
𝑝2 sexo feminino. Determine o número de eleitores de cada
V2 = V_1 .(1 – ) sexo.
100
Como temos também uma expressão para , basta Resposta: Denotamos o número de eleitores do sexo
substituir: femininos de F e de votantes masculinos de M. Pelo
𝑝1 𝑝2 enunciado do exercícios, F+M = 18500. Além disso, o
V2 = V .(1 – ) .(1 – ) índice de abstenções entre os homens foi de 6% e
100 100 de 9% entre as mulheres, ou seja, 94% dos homens
Além disso, essa formulação também funciona para e 91% das mulheres compareceram a votação, onde
aumentos e descontos em sequência, bastando apenas 94%M = 91%F ou 0,94M = 0,91F. Assim, para deter-
a identificação dos seus fatores multiplicativos. Sendo V minar o número de eleitores de cada sexo temos os
um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um seguinte sistema para resolver:
aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%. F + M = 18500
Sendo V1 o valor após o aumento, temos: �
0,94M = 0,91F
𝑝1
V1 = V .(1+ ) 0,91
100 Da segunda equação, temos que M = 0,94 F . Agora,
Sendo V2 o valor após o desconto, temos que: substituindo M na primeira equação do sistema en-
𝑝2 contra-se F = 9400 e por fim determina-se M = 9100.
V2 = V_1 .(1 – )
100
Como temos uma expressão para , basta substituir: RAZÃO E PROPORÇÃO
𝑝1 𝑝2
V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100 Razão
Ex. Um produto sofreu um aumento de 20% e depois
sofreu uma redução de 20%. Isso significa que ele voltará Quando se utiliza a matemática na resolução de pro-
ao seu valor original. blemas, os números precisam ser relacionados para se
obter uma resposta. Uma das maneiras de se relacionar
( ) Certo ( ) Errado os números é através da razão. Sejam dois números reais
a e b, com b ≠ 0,define-se razão entre a e b (nessa or-
𝑎
Este problema clássico tem como finalidade concei- dem) o quociente a ÷ b, ou .
𝑏
tuar esta parte de aumento e redução percentual e evitar
o erro do leitor ao achar que aumentando p% e dimi- A razão basicamente é uma fração, e como sabem,
nuindo p%, volta-se ao valor original. Se usarmos o que frações são números racionais. Entretanto, a leitura des-
aprendemos, temos que: te número é diferente, justamente para diferenciarmos
𝑝1 𝑝2
quando estamos falando de fração ou de razão.
V2 = V . 1+ . 1– 3
100 100
𝐴𝑢𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑟𝑒𝑑𝑢çã𝑜
a) Quando temos o número 5 e estamos tratando de
20 20 fração, lê-se: “três quintos”.
MATEMÁTICA
V2 = V .(1+ ) .(1 – )
100 100 3
b) Quando temos o número e estamos tratando
V2 = V .(1+0,2) .(1 – 0,2 ) de razão, lê-se: “3 para 5”.
5
V2 = V .(1,2) .(0,8)
13
Além disso, a nomenclatura dos termos também é Ex. Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse compri-
diferente: mento é representado num desenho por 20 cm. Qual é a
razão entre o comprimento representado no desenho e
O número 3 é numerador o comprimento real?
Convertendo o comprimento real para cm, temos
3
a) Na fração 5
que:
20 𝑐𝑚 1
𝑒= =
O número 5 é denominador 800 𝑐𝑚 40
O número 3 é antecedente
#FicaDica
3
b) Na razão
5 A razão entre um comprimento no desenho
e o correspondente comprimento real, cha-
O número 5 é consequente
ma-se escala
20 2
Ex. A razão entre 20 e 50 é = 5 já a razão entre 50
50 5 50
e 20 é = . Ou seja, deve-se sempre indicar o antece- Razão entre grandezas de espécies diferentes: É
20 2
dente e o consequente para sabermos qual a ordem de possível também relacionar espécies diferentes e isto
montarmos a razão. está normalmente relacionado a unidades utilizadas na
física:
Ex.Numa classe de 36 alunos há 15 rapazes e 21 mo-
ças. A razão entre o número de rapazes e o número de Ex. Considere um carro que às 9 horas passa pelo qui-
moças é 15 , se simplificarmos, temos que a fração equi- lômetro 30 de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilô-
5
21 metro 170. Qual a razão entre a distância percorrida e o
valente 7 , o que significa que para “cada 5 rapazes há 7 tempo gasto no translado?
moças”. Por outro lado, a razão entre o número de rapa- Para montarmos a razão, precisamos obter as infor-
zes e o total de alunos é dada por 15 = 5 , o que equivale mações:
36 12
a dizer que “de cada 12 alunos na classe, 5 são rapazes”.
Razão entre grandezas de mesma espécie: A razão Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente Tempo gasto: 11h – 9h = 2h
dos números que expressam as medidas dessas grande- Calculamos a razão entre a distância percorrida e o
zas numa mesma unidade. tempo gasto para isso:
Ex. Um automóvel necessita percorrer uma estrada de 140 𝑘𝑚 70
360 km. Se ele já percorreu 240 km, qual a razão entre a 𝑣= = = 70 𝑘 𝑚 ⁄ℎ
distância percorrida em relação ao total? 2ℎ 1
Como os dois números são da mesma espécie (dis- Como são duas espécies diferentes, a razão entre elas
tância) e estão na mesma unidade (km), basta fazer a ra- será uma espécie totalmente diferente das outras duas.
zão:
𝑟=
240 𝑘𝑚 2
= #FicaDica
360 𝑘𝑚 3
A razão entre uma distância e uma medida
No caso de mesma espécie, porém em unidades di- de tempo é chamada de velocidade.
ferentes, deve-se escolher uma das unidades e converter
a outra.
Ex. Uma maratona possui aproximadamente 42 km de Ex. A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais,
extensão. Um corredor percorreu 36000 metros. Qual a Rio de Janeiro e São Paulo) tem uma área aproximada de
razão entre o que falta para percorrer em relação à ex- 927 286 km2 e uma população de 66 288 000 habitantes,
tensão da prova? aproximadamente, segundo estimativas projetadas pelo
Veja que agora estamos tentando relacionar metros Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o
com quilômetros. Para isso, deve-se converter uma das ano de 1995. Qual a razão entre o número de habitantes
unidades, vamos utilizar “km”: e a área total?
42 𝑘𝑚 − 36 𝑘𝑚 6 𝑘𝑚 1
𝑟= = =
42 𝑘𝑚 42 𝑘𝑚 7
14
#FicaDica 105
𝑥= 3
A razão entre o número de habitantes e a
x=35 gotas
área deste local é denominada densidade
demográfica.
Ou seja, para uma criança de 30 kg, deve-se ministrar
35 gotas do remédio, atendendo a proporção.
Ex. Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L
de gasolina. Dividindo-se o número de quilômetros per- Outro jeito de ver a proporção: Já vimos que uma
corridos pelo número de litros de combustível consumi- proporção é verdadeira quando realizamos a multiplica-
dos, teremos o número de quilômetros que esse carro ção em cruz e encontramos o mesmo valor nos dois pro-
percorre com um litro de gasolina: dutos. Outra maneira de verificar a proporção é verificar
83,76 𝑘𝑚 𝑘𝑚 se a duas razões que estão sendo igualadas são frações
𝑐= = 10,47 equivalentes. Lembra deste conceito?
8𝑙 𝑙
3 6
4x=12 →x=3
Na proporção = (lê-se: “3 está para 5 assim 3x=9 →x=3
5 10
como 6 está para 10”). 4
Ou seja, o numerador e o denominador de quan-
Observemos que o produto 3 x 10=30 é igual ao pro- 3
do multiplicados pelo mesmo número (3), chega ao nu-
duto 5 x 6=30, o que caracteriza a propriedade funda-
merador e denominador da outra fração, logo, elas são
mental das proporções
equivalentes e consequentemente, proporcionais.
Agora vamos apresentar algumas propriedades da
#FicaDica proporção:
Se multiplicarmos em cruz (ou em x), tere- a) Soma dos termos: Quando duas razões são pro-
mos que os produtos entre o numeradores porcionais, podemos criar outra proporção somando os
e os denominadores da outra razão serão numeradores com os denominadores e dividindo pelos
iguais. numeradores (ou denominadores) das razões originais:
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
2 6 = → = → =
Ex. Na igualdade = , temos 2 x 9=3 x 6=18, logo, 2 4 5 10 5 10
3 9
temos uma proporção. ou
5 10 5 + 2 10 + 4 7 14
Ex. Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se = → = → =
a seguinte dosagem: 7 gotas para cada 3 kg do “peso” da 2 4 2 4 2 4
criança. Se uma criança tem 15 kg, qual será a dosagem
correta? b) Diferença dos termos: Analogamente a soma,
Como temos que seguir a receita, temos que atender temos também que se realizarmos a diferença entre os
a proporção, assim, chamaremos de x a quantidade de termos, também chegaremos em outras proporções:
gotas a serem ministradas:
4 8 4−3 8−6 1 2
7 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 𝑥 𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠 = → = → =
= 3 6 4 8 4 8
3 𝑘𝑔 15 𝑘𝑔
ou
Logo, para atendermos a proporção, precisaremos
MATEMÁTICA
15
c) Soma dos antecedentes e consequentes: A soma 3.(CELESC – Assistente Administrativo – FEPESE/2016)
dos antecedentes está para a soma dos consequentes as- Dois amigos decidem fazer um investimento conjunto
sim como cada antecedente está para o seu consequen- por um prazo determinado. Um investe R$ 9.000 e o ou-
te: tro R$ 16.000. Ao final do prazo estipulado obtêm um
lucro de R$ 2.222 e decidem dividir o lucro de maneira
12 3 12 + 3 15 12 3 proporcional ao investimento inicial de cada um. Portan-
= → = = = to o amigo que investiu a menor quantia obtém com o
8 2 8+2 10 8 2 investimento um lucro:
1. O estado de Tocantins ocupa uma área aproximada de Os problemas que envolvem duas grandezas direta-
278.500 km². De acordo com o Censo/2000 o Tocantins mente ou inversamente proporcionais podem ser resol-
tinha uma população de aproximadamente 1.156.000 ha- vidos através de um processo prático, chamado regra de
bitantes. Qual é a densidade demográfica do estado de três simples.
Tocantins?
Ex: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos
Resposta : litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?
A densidade demográfica é definida como a razão en-
tre o número de habitantes e a área ocupada: Solução:
1 156 000 hab. O problema envolve duas grandezas: distância e litros
d= = 4,15 ha b⁄k m²
278 500 km² de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser
consumido.
2. Se a área de um retângulo (A1 ) mede 300 cm² e a Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma
área de um outro retângulo (A2 ) mede 100 cm², qual é o mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que
valor da razão entre as áreas (A1 ) e (A2 ) ? se correspondem em uma mesma linha:
Resposta : Ao fazermos a razão das áreas, temos: Distância (km) Litros de álcool
A1 300 180 15
= =3 210 x
A2 100
210 x
16
esquema que estamos montando, indicamos esse fato Velocidade (km/h) Tempo (h)
colocando uma flecha na coluna “distância” no mesmo 60 4
sentido da flecha da coluna “litros de álcool”: 80 x
mesmo sentido
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool.
1. (CBTU – ASSISTENTE OPERACIONAL – FU-
MARC/2016) Dona Geralda comprou 4 m de tecido im-
portado a R$ 12,00 o metro linear. No entanto, o metro
#FicaDica linear do lojista media 2 cm a mais. A quantia que o lojis-
ta deixou de ganhar com a venda do tecido foi:
Procure manter essa linha de raciocínio nos
diversos problemas que envolvem regra de a) R$ 0,69
três simples ! Identifique as variáveis, verifi- b) R$ 0,96
que qual é a relação de proporcionalidade e c) R$ 1,08
siga este exemplo ! d) R$ 1,20
17
17 � x = 51 � 3 → x = 9 trabalhadores
FIQUE ATENTO!
Repare que a regra de três composta, em-
Regra de Três Composta bora tenha formulação próxima à regra de
três simples, é conceitualmente distinta de-
O processo usado para resolver problemas que en- vido à presença de mais de duas grandezas
volvem mais de duas grandezas, diretamente ou inver- proporcionais.
samente proporcionais, é chamado regra de três com-
posta.
→ x = 117 digitadores
Resposta: Em 10 dias.
18
2. Em uma fábrica de brinquedos, 8 homens montam 20
carrinhos em 5 dias. Quantos carrinhos serão montados FIQUE ATENTO!
por 4 homens em 16 dias? Há diversas formas de equações do primeiro
grau e a seguir serão apresentados alguns
Resposta: deles. Antes, há uma lista de “regras” para a
solução de equações do primeiro grau:
Homens Carrinhos Dias
8 20 5 Regra 1 – Eliminar os parênteses
4 x 16 Regra 2 – Igualar os denominadores de todos os
termos caso haja frações
Observe que, aumentando o número de homens, a Regra 3 – Transferir todos os termos que conte-
produção de carrinhos aumenta. Portanto a relação nham incógnitas para o 1º membro
é diretamente proporcional (não precisamos inverter Regra 4 – Transferir todos os termos que conte-
a razão). nham somente números para o 2º membro
Aumentando o número de dias, a produção de carri- Regra 5 – Simplificar as expressões em ambos os
nhos aumenta. Portanto a relação também é direta- membros
mente proporcional (não precisamos inverter a razão). Regra 5 – Isolar a incógnita no 1º membro
Devemos igualar a razão que contém o termo x com o
produto das outras razões. Exemplo: Resolva a equação 5x − 4 = 2x + 8
Montando a proporção e resolvendo a equação, te-
mos: As regras 1 e 2 não se aplicam pois não há parênteses,
nem frações. Aplicando a regra 3, transfere-se o termo
20 8 5 “2x” para o 1º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo
= � no 1º membro com o sinal trocado:
π 4 16
5x − 4 − 2x = 8
EQUAÇÕES DO 1º OU DO 2º GRAUS; Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-4” para o
2º membro. Para fazer isso, basta colocá-lo no 1º mem-
SISTEMA DE EQUAÇÕES DO 1º GRAU;
bro com o sinal trocado:
5x − 2x = 8 + 4
Equação do 1º Grau
Uma equação é uma igualdade na qual uma ou mais Aplicando a regra 5, simplifica-se as expressões em
variáveis, conhecidas por incógnitas, são desconhecidas. ambos os membros. Simplificar significa “juntar” todos
Resolver uma equação significa encontrar o valor das in- os termos com incógnitas em um único termo no 1º
cógnitas. Equações do primeiro grau são equações onde membro e fazer o mesmo com todos os temos que con-
há somente uma incógnita a ser encontrada e seu ex- tenham somente números no 2º membro:
poente é igual a 1. A forma geral de uma equação do 3x = 12
primeiro grau é:
ax + b = 0 Aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no 1º mem-
bro. Para isso, divide-se ambos os lados da equação por
Onde a e b são números reais. 3, fazendo com que no 1º membro reste apenas :
19
2x 6x 24 3x 3 2. Encontre o valor de x que satisfaz a equação
+ − = +
3 3 3 3 3 3x + 24 = −5x
2x + 6x − 3x − 24 = 3
Equação do 2º Grau
Aplicando a regra 4, transfere-se o termo “-24” para Equações do segundo grau são equações nas quais
o 2º membro: o maior expoente de é igual a 2. Sua forma geral é ex-
pressa por:
2x + 6x − 3x = 24 + 3
Aplicando a regra 5, simplificam-se as expressões em ax 2 + bx + c = 0
ambos os membros:
5x = 27 Onde e são números reais e . Os números a, b e c são
chamados coeficientes da equação:
- a é sempre o coeficiente do termo em x².
Por fim, aplicando a regra 6, isola-se a incógnita no - b é sempre o coeficiente do termo em x.
1º membro: - c é sempre o coeficiente ou termo independente.
27 27
x= →S= Equação completa e incompleta
5 5
- Quando b ≠ e c ≠ , a equação do 2º grau se diz
completa.
EXERCÍCIOS COMENTADOS Exs:
2
7
⟹x=
4
2x 2 – 7x + 4 – 1 + x 2 = 0
2x 2 + x 2 – 7x + 4 – 1 = 0
3x 2 – 7x + 3 = 0
20
Resolução de Equações do 2º Grau: Fórmula de Bháskara
Para encontras as soluções de equações do segundo grau, é necessário conhecer seu discriminante, representado
pela letra grega Δ (delta).
Δ = b2 − 4 � a � c
FIQUE ATENTO!
O discriminante fornece importantes informações de uma equação do 2ª grau:
Se Δ > 0 → A equação possui duas raízes reais e distintas
Se Δ = 0 → A equação possui duas raízes reais e idênticas
Se Δ < 0 → A equação não possui raízes reais
A solução é dada pela Fórmula de Bháskara: −b ± Δ , válida para os casos onde Δ > 0 ou .
x= Δ=0
2a
#FicaDica
Para utilizar a Fórmula de Bháskara a equação deve estar obrigatoriamente no formato ax 2 + bx + c = 0
. Caso não esteja, é necessário colocar a equação nesse formato para, em seguida, aplicar a fórmula!
Como o discriminante não é negativo, aplica-se a regra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:
Assim,
2
Exemplo: Resolva a equação x − x − 6 = 0
Aplicando a regra 1, identifica-se: a=1, b=-1 e c=-6
Aplicando a regra 2, calcula-se o discriminante:
Δ = b2 − 4 � a � c = −1 2
− 4 � 1 � −6 = 1 + 24 = 25
Como o discriminante não é negativo, aplica-se a regra 3, que consiste em utilizar a fórmula de Bháskara:
Assim, S= {2}
Note que, como o discriminante é nulo, a equação possui duas raízes reais e idênticas iguais a 2.
MATEMÁTICA
21
Como o discriminante é negativo, a equação não pos- Neste modelo esquemático, temos o conjunto A
sui raízes reais. sendo representado a esquerda e o conjunto B sendo
Assim, S= ∅ (solução vazia). representado a direita, mostrando a relação de função
entre eles. A partir destas definições, podemos definir 3
conceitos fundamentais das funções: Domínio, Contra-
domínio e Imagem.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
Domínio
1. Determine os valores de x que satisfazem: O domínio da função, ou domínio de f(x), é o conjun-
2 to de todos os valores que podem ser atribuídos a x, ou
x − 2x − 5 = 0 seja, todos os elementos do conjunto A.
Resposta: Contradomínio
x=
− −2 ± 24
=
2±2 6
=1± 6 A imagem de uma função, ou imagem de f(x), é um
2�1 2 subconjunto do contradomínio que contém apenas os
Assim, as raízes x′ e x′′ são: valores de y que tiveram algum elemento de x associado.
x′ = 1 − 6 e x′′ = 1 + 6
Usando o diagrama esquemático representado ante-
riormente, podemos descrever as 3 definições nele:
Domínio: Todos os valores de A: f(x):Dom={2,4,7,10}
2. Determine os valores de x que satisfazem:
Contradomínio: Todos os valores de B: f(x):Contra-
Dom= {0,4,8,10,12,16}
x 2 − 2x + 5 = 0 Imagem: Todos os valores de B que tiveram associa-
ção com A: f(x):Imagem={0,4,10,16}
Resposta: Não existe solução em R.
Observe que o elemento “8” do conjunto B não per-
tence a imagem, pois não há nenhum valor do conjunto
Função do 1˚ Grau A associado a ele.
22
Função do 1º Grau
f(x)=ax+b a≠0
Ex:
Determinar o zero da função: y = 2x – 4.
Representação Gráfica
a) Crescente: a> 0
Quando o coeficiente angular da função for positi-
vo, os valores de y aumentarão quando o valor de
x também aumentar. A representação gráfica dos
três posicionamentos desta reta, em função do va-
lor de b, está abaixo:
#FicaDica
A apresentação de uma função por meio de
MATEMÁTICA
23
b) Decrescente:
A representação gráfica dos três posicionamentos
desta reta, em função do valor de b, está abaixo:
Ex:
Estudar o sinal da função .
c) Constante:
Algumas referências não tratam a função constante A função se anula para .
como uma função linear e na teoria, realmente ela não
MATEMÁTICA
24
b) Quais valores de x tornam positiva a função?
EXERCÍCIO COMENTADO
a)
b)
c)
A função é positiva para todo x real maior que 2.
a) Domínio =
b) Domínio =
c) Domínio =
Função do 2˚ Grau
Concavidade da Parábola
25
Cálculo da abscissa do vértice:
que é idêntico
(como não poderia deixar de ser) ao valor
encontrado anteriormente.
26
b) a < 0 e Δ > 0 : Neste caso, temos a “boca” da parábola apontada para baixo, e como temos duas raízes dis-
tintas, a mesma cruza duas vezes no eixo x. Além disso, o vértice da parábola caracteriza o ponto de máximo da
mesma. Seguem as representações para as duas raízes positivas, uma positiva e outra negativa, e as duas nega-
tivas, respectivamente:
c) a > 0 e Δ = 0 : Neste caso, a “boca” da parábola segue apontada para cima, mas a mesma toca o eixo x apenas
uma vez, já que a raízes são idênticas. Além disso, o vértice desta parábola é exatamente o ponto de tangência,
a figura a seguir apresenta os casos para a raiz positiva e negativa respectivamente:
d) a < 0 e Δ = 0 : Neste caso, a “boca” da parábola segue apontada para baixo, mas a mesma toca o eixo x
apenas uma vez, já que a raízes são idênticas. Além disso, o vértice desta parábola é exatamente o ponto de
tangência, a figura a seguir apresenta os casos para a raiz positiva e negativa respectivamente:
MATEMÁTICA
27
e) a > 0 e Δ = 0 : Neste caso, não há raízes (a pa- Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau
rábola não toca e nem cruza o eixo x). A “boca”
da parábola segue para cima e as figuras a seguir - Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem
apresentam os gráficos para vértices com coorde- ordenada mínima. Nesse caso, o vértice é chamado
nada x positiva e negativa respectivamente: ponto de mínimo e a ordenada do vértice é cha-
mada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem
ordenada máxima. Nesse caso, o vértice é ponto
de máximo e a ordenada do vértice é chamada va-
lor máximo da função.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
28
xv = – b Equações exponenciais
2a
yv = – Δ As equações exponenciais são funções exponenciais
4a relacionadas a números ou expressões. O princípio fun-
damental para a resolução das mesmas é lembrar que
No caso apresentado, é interessante encontrar ape- dois expoentes serão iguais se as respectivas bases tam-
nas yv: bém forem iguais, sigam os exemplos abaixo:
Ex:
yv = – Δ Resolva 3x = 27
4a Resolução: Seguindo o princípio que bases iguais te-
yv = – (b² – 4ac) rão expoentes iguais, temos que lembrar que 27 = 33 ,
4a assim:
yv = – (8² – 4 (–2)0)
4 (– 2) 3x = 33
yv = – (64 – 0) x=3
–8 S = {3}
yv = 8
Resposta: Letra A.
22x−3 − 3 � 2x−1 + 4 = 0
22x 3 � 2x
− +4 = 0
23 2
2x 2 3 � 2x
− +4 = 0
23 2
Faz-se a substituição 2x = y pra obter uma equação
de segundo grau
y 2 3y
− +4=0
#FicaDica 8 2
É importante ressaltar que o gráfico da Multiplicando a equação por 8
função exponencial (na forma que foi
y 2 − 12y + 32 = 0
MATEMÁTICA
29
Δ = −12 2
− 4 � 1 � 32 = 144 − 128 = 16 Equações Logarítmicas
#FicaDica
FIQUE ATENTO! Bases iguais, logaritmandos iguais:
Observe que há restrições importantes para
os valores de (logaritmando) e (base) e será 4x + 2 = 3x + 3
essas restrições que poderá determinar o → 4x − 3x = 3 − 2
conjunto solução das equações logarítmicas.
→x=1
4x + 2 = 3x + 3
→ 4x − 3x = 3 − 2
→x=1
Função Modular
Módulo
30
Sua representação é através de duas barras verticais e
lê-se “Módulo de x”.
#FicaDica
Módulo também conhecido como valor ab-
soluto pode ser entendido como uma dis-
tância e por isso |x|<0 não existe para todo x.
Ex: |3| = 3 e |-3| = 3.
Função Modular
𝑓 x , 𝑠𝑒 𝑓 x ≥ 0
f(x) = �
−𝑓 x , 𝑠𝑒 𝑓 x ≤ 0
Ex:
Desenhar o gráfico de f x = |x|
Resolução: O gráfico de f x = |x| forma uma ponta EXERCÍCIO COMENTADO
na origem e segue uma reta espelhada tanto para o sen-
tido positivo quanto para o negativo:
1. Resolva x − 3 = 7
31
2. (PREF. OSASCO-SP – ATENDENTE – FGV/2014) Assinale a única função, dentre as opções seguintes, que pode
estar representada no gráfico a seguir:
a) y = 1 – |x – 1|;
b) y = 1 – |x + 1|;
c) y = 1 + |x – 1|;
d) y = 1 + |x + 1|;
e) y = |x – 1| + |x + 1|.
O sistema de medidas e unidades existe para quantificar dimensões. Como a variação das mesmas pode ser gigan-
tesca, existem conversões entre unidades para melhor leitura.
Medidas de Comprimento
A unidade principal (utilizada no sistema internacional de medidas) de comprimento é o metro. Para medir dimen-
sões muito maiores ou muito menores que essa referência, surgiram seis unidades adicionais:
km hm dam m dm cm mm
(kilômetro) (hectômetro) (decâmetro) (metro) (decímetro) (centímetro) (milímetro)
A conversão de unidades de comprimento segue potências de 10. Para saber o quanto se deve multiplicar (ou dividir),
utiliza-se a regra do , onde c é o número de casas que se andou na tabela acima. Adicionalmente, se você andou para a
direita, o número deverá ser multiplicado, se andou para a esquerda, será dividido. As figuras a seguir exemplificam as
conversões:
Ex: Conversão de 2,3 metros para centímetros
MATEMÁTICA
32
Ex: Conversão de 125 000 mm para decâmetro:
As medidas de área seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o metro
quadrado e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:
A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a regra
de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 2. A definição se multiplica ou divide segue a
mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
Ex: Conversão de 2 km² para m²
MATEMÁTICA
33
Ex: Conversão de 20 mm² para cm²
Medidas de Volume(Capacidade)
As medidas de volume seguem as mesmas referências que as medidas de comprimento. A unidade principal é o
metro cúbico e as outras seis unidades são apresentadas a seguir:
A conversão de unidades segue com potências de 10. A diferença agora é que ao invés da regra de , utiliza-se a re-
gra de , ou seja, o número de casas que se andou deve ser multiplicado por 3. A definição se multiplica ou divide segue
a mesma regra: Andou para a direita, multiplica, andou para a esquerda, divide. Sigam os exemplos:
Ex: Conversão de 3,7 m³ para cm³
MATEMÁTICA
34
Ex: Conversão de 50000 dm³ para m³
Para essa tabela, o roteiro para converter unidades de medidas é o mesmo utilizado para as medidas anteriores. A
diferença é que para cada unidade à direita multiplica-se por 10 e para cada unidade à esquerda divide-se por 10 (igual
para unidades de comprimento).
Medidas de Massa
As medidas de massa segue a base 10, como as medidas de comprimento. A unidade principal é o grama (g) e suas
seis unidades complementares estão apresentadas a seguir:
kg hg dag g dg cg mg
(kilograma) (hectograma) (decagrama) (grama) (decígrama) (centígrama) (milígrama)
Os passos para conversão de unidades segue o mesmo das medidas de comprimento. Utiliza-se a regra do , multi-
plicando se caminha para a direita e divide quando caminha para a esquerda.
FIQUE ATENTO!
Outras unidades importantes:
• Massa: A tonelada, sendo que 1 tonelada vale 1000 kg.
• Volume : O litro (l) que vale 1 decímetro cúbico (dm³) e o mililitro, que vale 1 cm³.
• Área: O hectare (ha) que vale 1 hectômetro quadrado (ou 10000 m²) e o alqueire, (varia de região para
região e normalmente a conversão desejada é dada na prova).
Medidas de Tempo
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede intervalos de tempo, é o mais conhecido.
MATEMÁTICA
35
Para medir ângulos, também temos um sistema não 3. Passe 50 dm2 para hectômetros quadrados.
decimal. Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na as-
tronomia, na cartografia e na navegação são necessárias Resposta: 0, 00005 hm². Para passarmos de decíme-
medidas inferiores a 1º. Temos, então: tros quadrados para hectômetros quadrados, passare-
1 grau equivale a 60 minutos (1º = 60’) mos três níveis à esquerda.
1 minuto equivale a 60 segundos (1’ = 60”) Dividiremos então por 100 três vezes:
50dm2:100:100:100 ⟹ 0,00005hm2
Os minutos e os segundos dos ângulos não são, é Isto equivale a passar a vírgula seis casas para a esquer-
claro, os mesmos do sistema hora – minuto – segundo. da.
Há uma coincidência de nomes, mas até os símbolos que Portanto, 50 dm² é igual a 0, 00005 hm².
os indicam são diferentes:
4. Passe 5.200 gramas para quilogramas.
1h32min24s é um intervalo de tempo ou um instante
do dia. Resposta: 5,2 kg. Para passarmos 5.200 gra-
1º 32’ 24” é a medida de um ângulo. mas para quilogramas, devemos dividir (por-
que na tabela grama está à direita de quilogra-
ma) 5.200 por 10 três vezes, pois para passarmos
#FicaDica de gramas para quilogramas saltamos três níveis à
esquerda.
Por motivos óbvios, cálculos no sistema Primeiro passamos de grama para decagrama, depois
hora – minuto – segundo são similares a de decagrama para hectograma e finalmente de hec-
cálculos no sistema grau – minuto – se- tograma para quilograma:
gundo, embora esses sistemas correspon- 5200g:10:10:10 ⟹ 5,2Kg
dam a grandezas distintas. Isto equivale a passar a vírgula três casas para a esquer-
da.
Portanto, 5.200 g são iguais a 5,2 kg.
do então passaremos dois níveis à esquerda. Dividire- apresentem no mínimo uma característica em comum.
mos então por 10 duas vezes: Exemplos: pessoas de uma determinada cidade, preços
0,348ml:10:100,00348dl de um produto, médicos de um hospital, estudantes que
Logo, 348 mm³ equivalem a 0, 00348 dl. prestam determinado concurso, etc.
36
Amostra: É uma parte da população que será objeto do estudo. Como em muitos casos não é possível estudar a
população inteira, estuda-se uma amostra de tamanho significativo (há métodos para determinar isso) que retrate o
comportamento da população. Exemplo: pesquisa de intenção de votos de uma eleição. Algumas pessoas são entre-
vistadas e a pesquisa retrata a intenção de votos da população.
Variável: é o dado a ser analisado. Aqui, será chamado de e cada valor desse dado será chamado de . Essa variável
pode ser quantitativa (assume valores) ou qualitativa (assume características ou propriedades).
São medidas que auxiliam na análise e interpretação de dados para a tomada de decisões. As três medidas de ten-
dência central são:
Média aritmética simples: razão entre a soma de todos os valores de uma mostra e o número de elementos da
amostra. Expressa por . Calculada por:
∑xi
x� =
n
Média aritmética ponderada: muito parecida com média aritmética simples, porém aqui cada variável tem um
peso diferente que é levado em conta no cálculo da média.
∑xi pi
x� =
∑pi
Mediana: valor que divide a amostra na metade. Em caso de número para de elementos, a mediana é a média entre
os elementos intermediários
Como a amostra tem 14 valores (número par), os elementos intermediários são os 7º e 8º elementos. Nesse exem-
3+4 7
plo, são os números 3 e 4. Portanto, a mediana é a média entre eles: = = 3,5
2 2
Moda:
O número que aparece mais vezes é o número 1 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: Dada a amostra {2,4,8,10,15,6,9,11,7,4,15,15,11,6,10} calcule a média, a mediana e a moda.
Solução:
Média:
2 + 4 + 8 + 10 + 15 + 6 + 9 + 11 + 7 + 4 + 15 + 15 + 11 + 6 + 10 133
x� = = = 8,867
15 14
Mediana:
Inicialmente coloca-se os valores em ordem crescente
{2,4,4,6,6,7,8,9,10,10,11,11,15,15,15}
Como a amostra tem 15 valores (número par), o elemento intermediário é o 8º elemento. Logo, a mediana é igual
a 9.
Moda:
MATEMÁTICA
O número que aparece mais vezes é o número 15 e, portanto, é a moda da amostra nesse exemplo.
Ex: A média de uma disciplina é calculada por meio da média ponderada de três provas. A primeira tem peso 3, a
segunda tem peso 4 e a terceira tem peso 5. Calcule a média de um aluno que obteve nota 8 na primeira prova, 5 na
segunda e 6 na terceira.
37
Solução:
Trata-se de um caso de média aritmética ponderada.
∑xi pi 3 ∙ 8 + 4 ∙ 5 + 5 ∙ 6 74
x� = = = = 6,167
∑pi 3+4+5 12
Tabelas e Gráficos
Tabelas
Tabelas podem ser utilizadas para expressar os mais diversos tipos de dados. O mais importante é saber interpretá-
-las e para isso é conveniente saber como uma tabela é estruturada. Toda tabela possui um título que indica sobre o
que se trata a tabela. Toda tabela é dividida em linhas e colunas onde, no começo de uma linha ou de uma coluna, está
indicado qual o tipo de dado que aquela linha/coluna exibe.
Ex:
Tabela 1 - Número de estudantes da Universidade ALFA divididos por curso
Nesse caso, as colunas são: curso e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da Universi-
dade com o respectivo número de alunos de cada curso.
Mulher 800
Homem 400
Psicologia
Mulher 600
TOTAL 15300
38
Nesse caso, as colunas são: curso, gênero e número de estudantes e cada linha corresponde a um dos cursos da
Universidade com o respectivo número de alunos de cada curso separados por gênero.
#FicaDica
Acima foram exibidas duas tabelas como exemplos. Há uma infinidade de tabelas cada uma com sua par-
ticularidade o que torna impossível exibir todos os tipos de tabelas aqui. Porém em todas será necessário
identificar linhas, colunas e o que cada valor exibido representa.
Gráficos
Tipos de frequência
Absoluta: mede a quantidade de repetições.
Ex. Dos 30 alunos, seis tiraram nota 6,0. Essa nota possui freqüência absoluta:
fi = 4
Tipos de Gráficos
Gráficos de coluna: gráficos que têm como objetivo atribuir quantidades a certos tipos de grupos. Na horizontal
são apresentados os grupos (dados qualitativos) dos quais deseja-se apresentar dados enquanto na vertical são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos ou frequências absolutas)
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
estudantes separados pelos seus continentes de origem:
600
500
400
300
200
100
0
América do América do América Europa Ásia África Oceania
Norte Sul Central
Gráficos de barras: gráficos bastante similares aos de colunas, porém, nesse tipo de gráfico, na horizontal são apre-
sentados os valores referentes a cada grupo (dados quantitativos) enquanto na vertical são apresentados os grupos
(dados qualitativos)
Ex: A Universidade ALFA recebe estudantes do mundo todo. A seguir há um gráfico que mostra a quantidade de
MATEMÁTICA
39
Ex: Foi feito um levantamento do idioma falado
Estudantes da Universidade ALFA pelos alunos de um curso da Universidade ALFA.
Oceania Frequências absolutas:
África
Ásia
Europa
América Central
América do Sul
América do Norte
2500
2000
1500
1000
500
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
150
260 630
440
MATEMÁTICA
150
520 Considerando a totalidade das 95 avaliações desse dia,
é correto afirmar que a média das notas dista da moda
dessas mesmas notas um valor absoluto, aproximada-
América do Norte América do Sul América Central Europa Ásia África Oceania mente, igual a:
40
a) 0,33
25 ∙ Me = 210 – 30
b) 0,83
c) 0,65 25 ∙ Me = 180
d) 0,16
e) 0,21 Me = 7,2
Resposta: Letra C Trata-se de um caso de média arit- Portanto, a média aritmética das notas das meninas
mética ponderada. Considerando as 95 avaliações, o é 7,2. A alternativa correta é a letra b.
peso de cada uma das notas é igual ao total de pesso-
as que atribuiu a nota. Analisando a tabela
8 pessoas atribuíram nota 1
18 pessoas atribuíram nota 2
21 pessoas atribuíram nota 3
29 pessoas atribuíram nota 4
19 pessoas atribuíram nota 5
Assim, a média das 95 avaliações é calculada por:
8 ∙ 1 + 18 ∙ 2 + 21 ∙ 3 + 29 ∙ 4 + 19 ∙ 5 318 Então, logo:
x� = = = 3,34
8 + 18 + 21 + 29 + 19 95 P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ ∪ An = P A1 + P A2 + ⋯ + P(An )
�
P A1 ∪ A2 ∪ ⋯ An = P S = 1
2. (UFC - 2016) A média aritmética das notas dos alunos
de uma turma formada por 25 meninas e 5 meninos é Portanto:
igual a 7. Se a média aritmética das notas dos meninos
é igual a 6, a média aritmética das notas das meninas é P(A1 ) + P(A2 ) + P(A3 ) + . . . + P(An ) = 1
igual a:
30 + 25 ∙ Me
= 7
30
Considerando A e B como dois eventos de um espaço
30 + 25 ∙ Me = 7 • 30 amostral S, finito e não vazio, logo:
30 + 25 ∙ Me = 210
41
Resposta: Letra E. Para sabermos o tamanho do es-
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B) paço amostral, basta calcularmos a combinação dos
P(B/A) = = =
n(A) n A + n(S) P(A) 5 elementos tomados 2 a 2 (a ordem não impor-
ta, pois a ordem dos fatores não altera o produto):
n(A ∩ B) n A ∩ B + n(S) P(A ∩ B)
5! 5 ∙ 4 .
P(A/B) = = =
n(B) n B + n(S) P(B) C5,2 = = = 10
2! 3! 2
a) 60%
b) 75%
c) 80%
d) 85%
e) 90%
42
Barra horizontal
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
Fonte: mundoeducacao.bol.uol.com.br
Histogramas
Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e Podem ser tabelas simples:
queremos demonstrar cada parte, separando cada peda-
ço como numa pizza. Quantos aparelhos tecnológicos você tem na sua
casa?
aparelho quantidade
MATEMÁTICA
televisão 3
celular 4
Geladeira 1
43
Até as tabelas que vimos nos exercícios de raciocínio Resposta: Letra D
lógico 81+27=108
108 ônibus somam 60%(100-35-5)
108-----60
EXERCÍCIOS COMENTADOS x--------100
x=10800/60=180
1. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017)
Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Con-
tínua, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VU-
Estatística (IBGE), foram obtidos os dados da taxa de
NESP/2017) O gráfico mostra o número de carros ven-
desocupação da população em idade para trabalhar. Es-
didos por uma concessionária nos cinco dias subsequen-
ses dados, em porcentagem, encontram-se indicados na
tes à veiculação de um anúncio promocional.
apresentação gráfica abaixo, ao longo de trimestres de
2014 a 2017.
a) 270.
b) 250.
MATEMÁTICA
c) 220
d) 180.
e) 120.
44
Analisando o gráfico, é correto afirmar que a medida do Resposta: Letra B. Analisando o primeiro quadrimestre,
ângulo interno correspondente ao setor circular que re- observamos que os dois primeiros meses de receita di-
presenta o conceito BOM é igual a minuem e os dois meses seguintes aumentam, o mesmo
acontece com a despesa.
a) 144º.
b) 135º.
c) 126º
d) 117º
e) 108º.
Resposta: Letra A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
45
a) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de 8. (TJ/SP – ESTATÍSTICO JUDICIÁRIO – VU-
Linha. NESP/2015) Considere a tabela de distribuição de fre-
c) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Ten- quência seguinte, em que xi é a variável estudada e fi é a
dência. frequência absoluta dos dados.
c) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Li-
nha. xi fi
d) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Bar-
ras. 30-35 4
e) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico 35-40 12
de Linha.
40-45 10
Resposta: Letra C. Como foi visto na teoria, gráfico de 45-50 8
barras, de setores ou pizza e de linha 50-55 6
46
9. (DEPEN – AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL – CESPE/2015)
( ) CERTO ( ) ERRADO
Resposta: Certo
555----100%
x----55%
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.
Estatística Descritiva
Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro popula-
cional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que repre-
sente a afirmação e outra, seu complemento. Quando uma é falsa, a outra é verdadeira.
Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipótese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém afir-
mação de desigualdade, como <, ≠, >.
47
Formulação verbal H0 Formulação Matemática Formulação verbal Ha
A média é A média é
...maior ou igual a k. ...menor que k
....pelo menos k. ... abaixo de k
...não menos que k. ...menos que k.
...menor ou igual a k. ..maior que k
....no máximo k. ... acima de k
...não mais que k. ...mais do que k.
... igual a k. ... não igual a k.
.... k. .... diferente de k.
...exatamente k. ...não k.
Exemplo: Um fabricante de torneiras anuncia que o índice médio de fluxo de água de certo tipo de torneira é menor
que 2,5 galões por minuto.
Referências
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre uma
população estatística ou sobre uma amostra dessa população.
1. Frequência Absoluta
É a simples condensação dos dados conforme as repetições de seu valores. Para um ROL de tamanho razoável esta
distribuição de frequência é inconveniente, já que exige muito espaço. Veja exemplo abaixo:
Dados Frequência
41 3
42 2
43 1
44 1
MATEMÁTICA
45 1
46 2
50 2
48
51 1
52 1
54 1
2.2. Mediana (Md)
57 1
58 2 Sejam os valores escritos em rol:
60 2
Total 20
Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que
o número de termos da sequência que precedem é
Distribuição de frequência com intervalos de clas- igual ao número de termos que o sucedem, isto é, é
se: termo médio da sequência ( ) em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela
Quando o tamanho da amostra é elevado é mais ra- média aritmética entre os termos e , tais que o nú-
cional efetuar o agrupamento dos valores em vários in- mero de termos que precedem é igual ao número de
tervalos de classe. termos que sucedem , isto é, a mediana é a média
aritmética entre os termos centrais da sequência ( ) em
Classes Frequências rol.
41 |------- 45 7 Exemplo 1:
45 |------- 49 3 Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
49 |------- 53 4
53 |------- 57 1 Solução:
57 |------- 61 5 Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio des-
Total 20 se rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12.
2. Média aritmética
Exemplo 2:
Média aritmética de um conjunto de números é o va- Determinar a mediana do conjunto de dados:
lor que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo {10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
número de elementos do conjunto.
Representemos a média aritmética por . Solução:
A média pode ser calculada apenas se a variável en- Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol,
volvida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido cal- tem-se:
cular a média aritmética para variáveis quantitativas. (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit-
Na realização de uma mesma pesquisa estatística mética entre os dois termos centrais do rol.
entre diferentes grupos, se for possível calcular a média,
ficará mais fácil estabelecer uma comparação entre esses Logo:
grupos e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das Resposta: Md=15
alturas dos jogadores é:
3. Moda (Mo)
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência.
Se dividirmos esse valor pelo número total de joga- Observação:
dores, obteremos a média aritmética das alturas: A moda pode não existir e, se existir, pode não ser
única.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. igual a 8, isto é, Mo=8.
2.1. Média Ponderada
MATEMÁTICA
Exemplo 2:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
A média dos elementos do conjunto numérico A re-
lativa à adição e na qual cada elemento tem um “deter-
minado peso” é chamada média aritmética ponderada.
49
4. Medidas de dispersão b) A variância é:
Definição
Seja o conjunto de números , tal que
Isto é: é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse
conjunto, e indica-se por , o número:
E para amostra
Isto é:
Exemplo 1:
Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
Solução:
50
Resposta: Letra B.
EXERCÍCIOS COMENTADOS
M=300
S+M=600000
V=250
S=420000
M=600000-420000=180000
a) 3,57.
b) 3,43
c) 3,32.
d) 3,25.
e) 3,19.
51
Resposta: Letra B. 6. (UFAL – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – COPE-
VE/2016) A tabela apresenta o número de empréstimos
de livros de uma biblioteca setorial de um Instituto Fede-
ral, no primeiro semestre de 2016.
Mës Empréstimos
Janeiro 15
Fevereiro 25
Março 22
3,36-3,15=0,21 Abril 30
Maio 28
5. (UFES – ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO –
Junho 15
UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que
x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn . A mediana desses números é igual a
x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética Dadas as afirmativas,
de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for par. Uma prova composta I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por mês.
por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A II. A mediana da série de valores é igual a 26.
tabela seguinte relaciona o número de acertos obtidos III. A moda da série de valores é igual a 15.
na prova com o número de alunos que obtiveram esse Verifica-se que está(ão) correta(s)
número de acertos. a) II, apenas.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
Número de acertos Número de alunos
d) I e III, apenas.
0 4 e) I, II e III.
1 5
2 4 Resposta: Letra D.
3 3
4 5
5 3
Mediana
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica Vamos colocar os números em ordem crescente
que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na
prova. A mediana dos números de acertos é igual a 15,15,22,25,28,30
a) 1,5
b) 2
c) 2,5 Moda é o número que mais aparece, no caso o 15.
d) 3
e) 3,5 7. (COSANPA - QUÍMICO – FADESP/2017) Algumas
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1)
Resposta: Letra B. Como 24 é um número par, deve- foram executadas (em triplicata) paralelamente por qua-
mos fazer a segunda regra: tro laboratórios e os resultados são mostrados na tabela
abaixo.
Replicatas Laboratório
1 2 3 4
1 30,3 30,9 30,3 30,5
2 30,4 30,8 30,7 30,4
3 30,0 30,6 30,4 30,7
Média 30,20 30,77 30,47 30,53
Desvio 0,20 0,15 0,21 0,15
MATEMÁTICA
Padrão
52
O laboratório que apresenta o maior erro padrão é o de 25974+2,1y=15∙2013
número 2,1y=30195-25974
2,1y=4221
a) 1. Y=2010
b) 2.
c) 3. 10. (PREF. DE NITERÓI – AGENTE FAZENDÁRIO –
d) 4. FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da
prefeitura foram submetidos a um teste de avaliação de
Resposta: Letra C. Como o desvio padrão é maior no conhecimentos de computação e a pontuação deles, em
3, o erro padrão é proporcional, portanto também é uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
maior em 3.
50 55 55 55 55 60
8. (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO- 62 63 65 90 90 100
ESAF/2016) Os valores a seguir representam uma amos-
tra O número de funcionários com pontuação acima da mé-
dia é:
331546248
a) 3;
Então, a variância dessa amostra é igual a b) 4;
c) 5;
a) 4,0 d) 6;
b) 2,5. e) 7.
c) 4,5.
d) 5,5 Resposta: Letra A.
e) 3,0
Resposta: Letra C.
M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
53
Observe que . Sendo que H está contido na reta r e
na reta s.
Postulados primitivos da geometria, qualquer postu- Um plano é um subconjunto do espaço de tal modo
lado ou axioma é aceito sem que seja necessária a prova, que quaisquer dois pontos desse conjunto podem ser li-
contanto que não exista a contraprova. gados por um segmento de reta inteiramente contida no
- Numa reta bem como fora dela há infinitos pontos conjunto.
distintos. Um plano no espaço pode ser determinado por qual-
- Dois pontos determinam uma única reta (uma e so- quer uma das situações:
mente uma reta). - Três pontos não colineares (não pertencentes à
mesma reta);
- Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
- Um ponto e um segmento de reta que não contem
o ponto;
- Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
- Dois segmentos de reta paralelos que não se sobre-
põe;
- Duas retas concorrentes;
- Pontos colineares pertencem à mesma reta. - Dois segmentos de reta concorrentes.
54
Os segmentos e são os segmentos extremos e os
segmentos e são os segmentos meios.
A proporcionalidade acima é garantida pelo fato que
existe uma proporção entre os números reais que repre-
sentam as medidas dos segmentos:
Planos concorrentes no espaço são planos cuja inter- Feixe de Retas Paralelas
seção é uma reta.
Planos paralelos no espaço são planos que não tem Um conjunto de três ou mais retas paralelas num pla-
interseção. no é chamado feixe de retas paralelas. A reta que inter-
Quando dois planos são concorrentes, dizemos que cepta as retas do feixe é chamada de reta transversal. As
tais planos formam um diedro e o ângulo formado en- retas a, b, c e d que aparecem no desenho anexado, for-
tre estes dois planos é denominado ângulo diedral. Para mam um feixe de retas paralelas enquanto que as retas s
obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo forma- e t são retas transversais.
do por quaisquer duas retas perpendiculares aos planos
concorrentes.
Segmentos Proporcionais
55
Assim:
B C⁄A B = E F⁄D E
A B⁄D E = B C⁄E F
D E⁄A B = E F⁄B C
#FicaDica
Uma proporção entre segmentos pode ser
formulada de várias maneiras. Se um dos Ângulo Circunscrito: É o ângulo, cujo vértice não
segmentos do feixe de paralelas for desco- pertence à circunferência e os lados são tangentes à ela.
nhecido, a sua dimensão pode ser determi-
nada com o uso de razões proporcionais.
Ângulos
Ângulo Central
56
Ângulo Reto:
57
Ângulos colaterais externos: O termo colateral sig-
nifica “mesmo lado” e sua propriedade é que a soma
destes ângulos será sempre 180°
FIQUE ATENTO!
Assim, o ângulo 4 é igual ao ângulo 6 e o ângulo 3 é Há cinco classificações distintas para os ân-
igual ao ângulo 5 gulos formados por duas retas paralelas que
intersectam uma transversal. Então, procure
MATEMÁTICA
Ângulos alternos externos: O termo alterno signifi- visualizar bem as imagens para associá-las a
ca lados diferentes e sua propriedade é que eles sempre cada classificação existente.
serão congruentes
58
EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CS-UFG-2016) Considere que a figura abaixo representa um relógio analógico cujos ponteiros das horas (menor)
e dos minutos (maior) indicam 3 h e 40 min. Nestas condições, a medida do menor ângulo, em graus, formado pelos
ponteiros deste relógio, é:
a) 120°
b) 126°
c) 135°
d) 150°
Resposta: Letra B. Considerando que cada hora equivale a um ângulo de 30° (360/12 = 30) e que a cada 15 min o
ponteiro da hora percorre 7,5°. Assim, as 3h e 40 min indica um ângulo de aproximadamente 126°.
2. Na imagem a seguir, as retas u, r e s são paralelas e cortadas por uma reta transversal. Determine o valor dos ângu-
los x e y.
50° + y = 180°
y = 180° – 50°
y = 130°
Portanto,os ângulos procurados são y = 130° e x = 50°.
Polígonos
Um polígono é uma figura geométrica plana limitada por uma linha poligonal fechada. A palavra “polígono” advém
do grego e quer dizer muitos (poly) e ângulos (gon).
MATEMÁTICA
Linha poligonal é uma sucessão de segmentos consecutivos e não-colineares, dois a dois. Classificam-se em:
59
Linha poligonal fechada simples:
FIQUE ATENTO!
Polígono é uma linha fechada simples. Um polígono divide o plano em que se encontra em
duas regiões (a interior e a exterior), sem pontos comuns.
Elementos de um polígono
Lados: Cada um dos segmentos de reta que une vértices consecutivos: AB, BC, CD, DE, EA.
Diagonais: Segmentos que unem dois vértices não consecutivos: AC, AD, BD, BE, CE
Ângulos internos: Ângulos formados por dois lados consecutivos: a� , b� , c� , d
� , e� .
Ângulos externos: Ângulos formados por um lado e pelo prolongamento do lado a ele consecutivo: a�1 , b1 , c1, d1 , e1
60
Classificação dos polígonos quanto ao número de lados
Um polígono é denominado simples se ele for descrito por uma fronteira simples e que não se cruza (daí divide o
plano em uma região interna e externa), caso o contrário é denominado complexo.
Um polígono simples é denominado convexo se não tiver nenhum ângulo interno cuja medida é maior que 180°,
caso o contrário é denominado côncavo.
Um polígono convexo é denominado circunscrito a uma circunferência ou polígono circunscrito se todos os vértices
pertencerem a uma mesma circunferência.
Um polígono inscritível é denominado regular se todos os seus lados e todos os seus ângulos forem congruentes.
a) triângulo equilátero
b) quadrado
c) pentágono regular
d) hexágono regular
A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono de n lados (Si) é dada por:
Si = n − 2 � 180°
A soma das medidas dos ângulos externos de um polígono de n lados (Se) é igual a:
61
360°
Se = EXERCÍCIOS COMENTADOS
n
A soma das medidas dos ângulos centrais de um po- Sendo a altura do trapézio ABCD igual a 1 cm, a área do
lígono regular de n lados (Sc ) é igual a 360º. triângulo retângulo ADE vale, em cm²
62
Nessas condições, o ângulo θ mede: Paralelogramo
a) 108°.
b) 72°.
c) 54°.
d) 36°.
e) 18°.
Retângulo
S = (5 – 2) · 180 Retângulo
S = 3 · 180
S = 540 Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
Dividindo a soma dos ângulos internos por 5, pois AB // DC e AD // BC
um pentágono possui cinco ângulos internos, encontra- Além de paralelos, os lados paralelos possuem a mes-
remos 108° como medida de cada ângulo interno. ma medida, ou seja: AB = DC e AD = BC
Observe na imagem anterior que a soma de três ân- Diferentemente do paralelogramo, todos os ângulos
gulos internos do pentágono com o ângulo θ tem como do retângulo medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
resultado 360°. No retângulo, um par de lados paralelos
será a base e o outro será a altura, no desenho:
108 + 108 + 108 + θ = 360 AB: altura = h e AD: base = b
324 + θ = 360 A área é calculada como o produto da base pela al-
tura: Área= b∙h
θ = 360 – 324
θ = 36° O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 2b + 2h
Quadriláteros, Circunferência e Círculo
Quadriláteros
MATEMÁTICA
63
Losango Trapézio
Características:
Características: Possuirá apenas um par de lados paralelos que serão
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja: chamados de bases maior e menor:
AB // DC e AD // BC AD// BC, AB: base maior = B e CD: base menor = b
Possuem os quatro lados com medidas iguais: A altura será definida como a distância entre as bases:
AB = DC = AD = BC BG: altura = h
No losango, definem-se diagonais como a distância A área é calculada em função das bases e da altura:
entre vértices opostos, assim: B+b
Área = �h
BD: diagonal maior = D e AC: diagonal menor = d 2
A área é Dcalculada
�d
a partir das diagonais e não dos O perímetro é calculado como a soma das medidas
lados: Área = 2 de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA
O perímetro é calculado como a soma das medidas
de todos os quatro lados: AB + BC + CD + DA Circunferência e Círculo
Características:
Possuem lados paralelos, dois a dois, ou seja:
AB // DC e AD // BC
Possuem os quatro lados com medidas iguais: Já um círculo é definido como um conjunto de pontos
AB = DC = AD = BC cuja distância de O é menor ou igual a R.
Diferentemente do losango, todos os ângulos do
quadrado medem 90°: A �=B � = C� = D
� = 90°
Seguindo a lógica do retângulo, temos o valor da base
e da altura iguais neste caso: BC: lado = L e AB: lado =
A área é calculada de maneira simples: Área = L2
O perímetro é calculado como a soma
das medidas de todos os quatro lados:
Perímetro = AB + BC + CD + DA = 4L
MATEMÁTICA
64
Características: Características:
A medida relevante da circunferência é o raio (R) que A Área do Setor Circular (para α em radianos):
é a distância de qualquer ponto da circunferência em re- R2
lação ao centro C. A= α − sen α
2
A área é calculada em função do raio: Área = πR2
O perímetro, também chamado de comprimento da Posições Relativas entre Retas e Circunferências
circunferência, é calculado em função do raio também:
Perímetro = 2πR Dado uma circunferência de raio R e uma reta ‘r’ cuja
distância ao centro da circunferência é ‘d’, temos as se-
Setor Circular guintes posições relativas:
#FicaDica
Em termos práticos, um setor circular é um
“pedaço” de um círculo.
Características:
O ângulo α é definido como ângulo central απR2
Área do Setor Circular (para α em graus): A =
360
Área
αR2
do Setor Circular (para α em radianos):
A=
2
Segmento Circular
65
Resposta: Aplicando as relações geométricas referen-
tes ao losango, tem-se:
x = 15
y = 20
AC = 20 + 20 = 40
BD = 15 + 15 = 30
BMC = 15 + 20 + 25 = 60