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Noções de

Prevenção a
Incêndios
SEST – Serviço Social do Transporte
SENAT – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte

Curso on-line – Noções de Prevenção e Combate a


Incêndios – Brasília: SEST/SENAT, 2016.

32 p. :il. – (EaD)

1. Prevenção de incêndio. 2. Incêndio - combate. I.


Serviço Social do Transporte. II. Serviço Nacional de
Aprendizagem do Transporte. III. Título.

CDU 614.841.3

ead.sestsenat.org.br
Sumário
Apresentação 4

Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios 5

1 Fontes, Classificação e Métodos de Extinção de Incêndios 7

1.1 Métodos de Extinção de Incêndio 8

1.2 Classificação de Incêndios 9

1.3 Classes de Incêndio e Extintores Apropriados 10

2 Inspeção dos Extintores 13

3 Medidas de Prevenção 13

Glossário 14

Atividades 15

Referências 17

Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e Primeiros Socorros 18

1 Procedimentos de Emergência 20

1.1 Procedimentos em Caso de Queimaduras 20

1.2 Procedimentos em Caso de Parada Cardíaca 21

1.3 Procedimentos em Caso de Parada Respiratória 23

2 Noções de Primeiros Socorros 24

2.1 As Primeiras Providências 25

2.1.1 Isolamento e Sinalização do Local do Acidente 25

2.1.2 Acionamento de Recursos 25

2.1.3 Cuidados com a Vítima 26

Glossário 27

Atividades 28

Referências 30

Gabarito 31

3
Apresentação

Prezado(a) aluno(a),

Seja bem-vindo(a) ao curso Noções de Prevenção e Combate a Incêndio!

Neste curso, você encontrará conceitos, situações extraídas do cotidiano e, ao final de


cada unidade, atividades para a fixação do conteúdo. No decorrer dos seus estudos,
você verá ícones que tem a finalidade de orientar seus estudos, estruturar o texto e
ajudar na compreensão do conteúdo.

O curso possui carga horária total de 20 horas e foi organizado em 2 unidades, conforme
a tabela a seguir.

Unidades Carga Horária

Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios 10 h

Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e Primeiros


10 h
Socorros

Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:

a) navegar por todos os conteúdos e realizar todas as atividades previstas nas


“Aulas Interativas”;

b) responder à “Avaliação final” e obter nota mínima igual ou superior a 60;

c) responder à “Avaliação de Reação”; e

d) acessar o “Ambiente do Aluno” e emitir o seu certificado.

Este curso é autoinstrucional, ou seja, sem acompanhamento de tutor. Em caso de


dúvidas, entre em contato por e-mail no endereço eletrônico suporteead@sestsenat.
org.br.

Bons estudos!

4
UNIDADE 1 | PREVENÇÃO E
COMBATE A INCÊNDIOS

5
Unidade 1 | Prevenção e Combate a Incêndios

dd
Você já presenciou ou viu na TV algum incêndio ou princípio de
incêndio? Como você descreve as reações das pessoas
envolvidas? Há etapas diferentes no desenvolvimento do
incêndio? Como os incêndios são comumente combatidos?

É muito importante reconhecer as classes de incêndios e suas causas para aprendermos


a combatê-los de maneira correta. Nesta primeira unidade, apresentaremos noções de
prevenção e combate a incêndio.

Você deverá estar preparado para reconhecer as causas de um incêndio, sua classificação
e os meios de extinção, uma vez que acidentes chegam sem aviso e podem acontecer a
qualquer momento durante a operação do transporte rodoviário de cargas. Para essas
situações, precisamos estar conscientes de que existe uma maneira diferente de agir para
cada tipo de incêndio. Vamos lá?

6
1 Fontes, Classificação e Métodos de Extinção de Incêndios

Para prevenir ou extinguir um incêndio, é importante entender a natureza do fogo,


assim como seus elementos essenciais. Há, também, a necessidade de conhecer se as
condições em que esses elementos se apresentam são propícias para o início de uma
combustão.

Fogo ou combustão é o resultado de uma reação química simples


e, para que ela se efetive, é necessária a presença de quatro
elementos: combustível, comburente, ignição e reação em
cadeia.

Para Pereira (2009) e Pereira e Popovic (2007), eliminando-se um dos quatro elementos
do tetraedro, encerra-se a combustão e, consequentemente, o foco de incêndio. Os
elementos do tetraedro são:

Tetra = quatro. Tetraedro = figura geométrica espacial formada


por quatro triângulos equiláteros.

• Combustível: é o material oxidável (sólido ou gasoso) capaz de reagir com o


comburente (em geral o oxigênio) em uma reação de combustão;

• Comburente: é o material gasoso que pode reagir com um combustível,


produzindo a combustão;

• Ignição: é o agente que dá início ao processo de combustão, introduzindo na


mistura combustível/comburente, a energia mínima inicial necessária; e

• Reação em cadeira: é o processo de sustentabilidade da combustão, pela


presença de radicais livres, que são formados durante o processo de queima do
combustível.

7
Para Silva (2012) e Vieira (2011), as causas de incêndio são muito variadas. Alguns
materiais, em temperatura ambiente, podem pegar fogo com uma simples faísca.
Outros, no entanto, necessitam de aquecimento prévio para que entrem em combustão.
É importante conhecer as fontes de ignição, responsáveis por iniciar uma combustão.
Dentre as fontes de ignição mais comuns, destacam-se:

• Fontes de origem térmica:


fósforos, cigarros, fornos,
soldadura, recipientes a gasolina,
óleo ou outros;

• Fontes de origem elétrica:


interruptores, disjuntores,
aparelhos elétricos defeituosos,
eletricidade estática;

• Fontes de origem mecânica:


chispas provocadas por ferramentas, sobreaquecimento devido à fricção
mecânica; e

• Fontes de origem química: reação química com libertação de calor, reação de


substâncias auto-oxidantes.

1.1 Métodos de Extinção de Incêndio

Entre os métodos comumente utilizados para a extinção de incêndio, principalmente


na atividade do transporte rodoviário de cargas, deve-se ter em mente os seguintes:

• Resfriamento: consiste no lançamento de água no local em chamas, provocando


seu resfriamento com o objetivo de eliminar o “calor” do tetraedro do fogo;

• Abafamento: consiste em impedir que o oxigênio participe da reação, abafando


o fogo. Extinguimos o incêndio se retiramos o “oxigênio” do tetraedro do fogo; e

• Isolamento: nesse método, separamos o combustível dos demais componentes


do fogo, abrindo uma trilha para que o fogo não passe, impedindo a formação do
tetraedro.

8
1.2 Classificação de Incêndios

Os incêndios podem pertencer a diferentes classes, conforme descrito a seguir:

• Classe A: fogo em combustíveis comuns que deixam resíduos, sendo que o


resfriamento é o melhor método de extinção. Exemplos: fogo em papel, madeira,
tecidos;

• Classe B: fogo em líquidos inflamáveis. Os materiais queimam em superfície e


em profundidade. Nesse caso, o abafamento é o melhor método de extinção.
Exemplos: fogo em gasolina, óleo e querosene;

• Classe C: fogo em equipamentos elétricos energizados, sendo que o agente


extintor ideal é o pó químico e o gás carbônico. Exemplos: fogo em motores
transformadores, geradores, computadores;

• Classe D: fogo em metais combustíveis, sendo que o agente extintor ideal é o


pó químico especial. Essa classe requer agentes extintores específicos. Exemplo:
fogo em zinco, alumínio, sódio, magnésio;

• Classe E: fogo em material radioativo. Essa classe requer isolamento imediato


da área. Contate imediatamente o corpo de bombeiros (telefone 193). Exemplo:
fogo em produtos perigosos radioativos; e

• Classe K: fogo em óleo e gorduras em cozinhas. O abafamento é o melhor


método de extinção.

9
1.3 Classes de Incêndio e Extintores Apropriados

Para cada classe de incêndio, existem extintores apropriados para combatê-los. Veja a
Tabela 1 a seguir.

10
Tabela 1: Tipos de extintores e sua utilização

Tipo de Extintor Classificação Capacidade Utilização

Rompa o lacre, aperte a


Pó químico para
A, B e C 1kg e 2kg alavanca e direcione o jato
veículos
para a base das chamas

Puxe o pino de segurança,


retire o esguicho e acione
Espuma mecânica AeB 10 litros o gatilho direcionando
o jato para a base das
chamas

Abra o registro do
propelente, puxe o pino
e empurre o esguicho
1, 2, 4, 6, 8, 10 e
Pó químico seco BeC devidamente; por
12kg
fim, acione o gatilho
direcionando o jato para a
base das chamas

Abra o registro do
propelente, puxe o ino
e empurre o esguicho
Água devidamente. Retire-o do
A 10 litros
pressurizada porta-esguicho e acione
o gatilho direcionando
o jato para a base das
chamas

Retire o pino e acione


Gás carbônico o gatilho direcionando
BeC 6kg
CO2 o jato para a base das
chamas

Fonte: adaptado de Cardo, 2015.

11
De acordo com a Resolução Contran no 157/2004:

ff • Camioneta, caminhonete e caminhão com capacidade de carga


útil até seis toneladas: devem portar um extintor de incêndio,
com carga de pó químico seco ou de gás carbônico, de (1) um
quilograma.

• Caminhão, reboque e semirreboque com capacidade de carga


útil superior a seis toneladas: devem portar um extintor de
incêndio, com carga de pó químico seco ou de gás carbônico, de
2 (dois) quilogramas.

De acordo com a Resolução ANTT no 420/2004:

Qualquer unidade de transporte, se carregada com produtos


perigosos, deve portar extintores de incêndio portáteis e com
capacidade suficiente para combater princípio de incêndio: (i)
do motor ou de qualquer outra parte da unidade de transporte
(conforme previsto na legislação de trânsito); e (ii) do
carregamento, caso o primeiro seja insuficiente ou inadequado.

De acordo com a Resolução Contran no 556/2015, ficou facultado


o uso do extintor de incêndio, para automóveis, utilitários,
camionetas, caminhonetes e triciclos de cabine fechada, do tipo
e capacidade constantes da Tabela 2 do Anexo da referida
Resolução.

Contudo, continua obrigatório o uso do extintor de incêndio para caminhão, caminhão-


trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis,
líquidos, gasosos e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros.

É preciso identificar o tipo de incêndio que se vai combater, antes de escolher o agente
extintor ou equipamento adequado. Verifique sempre o rótulo dos extintores. Eles
devem conter no mínimo:

12
• Data de validade: o extintor deve estar dentro do prazo de validade;

• Lacre de segurança: certifique-se de que o lacre esteja intacto;

• Conformidade Inmetro: veja se o extintor possui o selo do Inmetro; e

• Condições gerais do extintor: o extintor não pode estar amassado, não pode ter
ferrugem e outros danos.

2 Inspeção dos Extintores

Como medida de segurança, a frequência recomendada para inspeção é mensal ou


sempre que houver uma suspeita de problema. As verificações a serem feitas são as
seguintes:

• Localização correta dos aparelhos (ver se todos estão nos compartimentos


certos);

• Facilidade de acesso (não podem estar em compartimentos trancados);

• Lacres de carga, pinos de segurança e etiquetas de registro de inspeções e

• Possíveis danos causados por quedas, pancadas ou choques.

3 Medidas de Prevenção

gg
Pode-se dizer que a prevenção a incêndios é o conjunto de
medidas adotadas com o objetivo de evitá-los. Assista a um
pequeno documentário sobre incêndio de um caminhão de
cargas, disponível no link a seguir, para que você discuta com
seus colegas.

www.youtube.com/watch?v=d3ZupIqM9T4

13
Para Moura (1989) e para manter o desempenho operacional propagado por Lambert
(2008), o profissional do transporte rodoviário de cargas deve estar ciente de que
existem diferentes formas de prevenção de incêndio. Entre elas, destacam-se:

• Manter sempre a manutenção adequada do seu veículo;

• Cuidar das instalações elétricas do veículo;

• Transportar adequadamente produtos e materiais; e

• Não se expor e não expor os demais em situações de vulnerabilidade que possam


resultar acidentes e incêndios.

Resumindo

Combustão ou fogo é o resultado de uma reação química de quatro


elementos: combustível, comburente, ignição e reação em cadeia.

São várias as causas de incêndios e eles podem pertencer a diferentes


classes.

Saber identificar o tipo de incêndio ajuda na escolha do agente extintor ou


equipamento adequado para o combate ao fogo.

É preciso que o profissional do transporte rodoviário de cargas esteja


sempre atento à conduta de prevenção de incêndios.

Glossário

Ignição: sistema que aciona o motor de um veículo pela inflamação comandada da


mistura combustível; estado de corpos ou materiais em combustão viva.

Vulnerabilidade: aquilo que é mais suscetível de ser danificado ou magoado,


prejudicado ou destruído.

14
Atividades

aa
1) O fogo em material radioativo constitui incêndio de:

a. ( ) Classe A.

b. ( ) Classe B.

c. ( ) Classe C.

d. ( ) Classe E.

2) É o método de extinção de fogo que consiste no lançamento


de água no local em chamas, provocando o abaixamento da
temperatura com o objetivo de eliminar o “calor” do tetraedro
do fogo:

a. ( ) Abafamento.

b. ( ) Resfriamento.

c. ( ) Isolamento.

d. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

15
3) Entre as formas de prevenção de incêndios, podemos citar,
exceto:

a. ( ) Manter sempre a manutenção adequada do seu veículo.

b. ( ) Cuidar das instalações elétricas do veículo.

c. ( ) Transportar carga com qualquer tipo de extintor de


incêndio.

d. ( ) Não se expor e não expor os demais em situações de


vulnerabilidade que possam resultar acidentes e incêndios.

16
Referências

ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, de


13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as Instruções Complementares ao
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.

CARDO, A. Atualização em transporte rodoviário de cargas. Brasília, 2015.

CONTRAN. Resolução nº 157, de 22 de abril de 2004. Disponível em: <http://www.


denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2015.

______. Resolução nº 556, de 17 de setembro de 2015. Torna facultativo o uso do


extintor de incêndio para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e
triciclos de cabine fechada. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br>. Acesso em:
out. 2015.

LAMBERT, D. M. Supply Chain Management: processes, partnerships, performance.


USA: SCM Institute, 2008.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

PEREIRA, A. G. Segurança contra incêndios. Rio de Janeiro: LTR, 2009.

PEREIRA, A. G.; POPOVIC, R. R. Tecnologia em segurança contra incêndio. Rio de


Janeiro: LTR, 2007.

SILVA, A. K.; FERNANDES, A. Tecnologia de prevenção e primeiros socorros ao


trabalhador acidentado. [S.l.]: AB Editora, 2012.

VARELLA, D.; JARDIM, E. C.Primeiros socorros: um guia prático. São Paulo: Claro
Enigma, 2011.

VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.

17
UNIDADE 2 | PROCEDIMENTOS
DE EMERGÊNCIA E PRIMEIROS
SOCORROS

18
Unidade 2 | Procedimentos de Emergência e
Primeiros Socorros

dd
O que você vê na figura acima? De acordo com a figura, o que
você imagina ter acontecido e o que está acontecendo neste
momento? Você já passou por algo parecido envolvendo
queimaduras, parada cardíaca ou respiratória? Qual foi sua
atitude? Compartilhe sua experiência.

Nesta segunda unidade, mostraremos como realizar os procedimentos de emergência


básicos, tais como nos casos de queimadura, parada cardíaca e parada respiratória.

Nas noções de primeiros socorros, serão apresentadas as primeiras providências a serem


tomadas: isolamento e sinalização da área do local do acidente, acionamento de recursos
e cuidados com a vítima.

A ideia não é que você se torne um profissional de resgate e salvamento, mas uma pessoa
preparada para realizar os procedimentos básicos em uma situação de emergência.

19
1 Procedimentos de Emergência

De acordo com Silva (2012) e Varella e Jardim (2011), há vários procedimentos de


emergência para os quais profissional do transporte rodoviário de cargas deve estar
preparado.

1.1 Procedimentos em Caso de Queimaduras

As queimaduras são classificadas em graus, e possuem os sintomas conforme abaixo:

• 1o Grau: lesão das camadas


superficiais da pele; vermelhidão;
dor local suportável; não há
formação de bolhas;

• 2o Grau: lesões das camadas mais


profundas da pele; formação
de bolhas; desprendimento de
camadas da pele; dor e ardência;
locais de intensidade variável; e

• 3o Grau: lesão de todas as camadas da pele; comprometimento dos tecidos mais


profundos, até o osso.

Realize as seguintes ações:

• Deite a vítima;

• Coloque algo sob os pés da vítima, de modo a manter o resto do corpo em posição
mais baixa;

• Lave com água a área queimada;

• Passe vaselina líquida esterilizada sobre a área queimada;

20
• Cubra a área queimada com gaze ou com a fralda de pano existente na caixa de
primeiros socorros;

• Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido para beber (de preferência
água, mas nunca bebidas alcoólicas); e

• Coloque um pano limpo sobre a superfície queimada, enfaixando frouxamente.

ee
No caso de queimaduras graves, acionar a ambulância e o
hospital, e transportar a vítima o mais rapidamente possível.

gg
Assista ao conselho do Dr. Dráuzio Varella, disponível no link a
seguir.

www.youtube.com/watch?v=xZu5cKpW_sI

1.2 Procedimentos em Caso de Parada Cardíaca

Se a vítima estiver respirando, significa que seu coração continua batendo, mesmo que
não se consiga ouvir a sua pulsação. A reanimação deve ser aplicada somente quando
ocorrer uma parada cardíaca, pois esta técnica pode interferir no ritmo do coração ou
fazê-lo parar de vez.

21
gg
A compressão faz com que o sangue saia do interior do coração,
sendo lançado nas artérias, que vão nutrir os tecidos de oxigênio.
Ao ser suspensa a pressão, o coração se enche de sangue
novamente, proveniente das artérias, por sucção. Assista ao
pequeno documentário disponível no link a seguir.

http://corpodebombeiros.sp.gov.br/emb5/?p=2970

Proceda da seguinte forma:

• Acione imediatamente a ambulância e o hospital. Nesses casos, realize imediata


massagem cardíaca, acompanhada de respiração boca-a-boca;

• Coloque a vítima de costas sobre uma superfície dura e plana;

• Coloque a sua mão sobre a parte inferior do externo, e a outra sobre a primeira
mão. Coloque apenas as palmas das mãos, sem que os dedos toquem o tórax;

• Encolha os ombros;

• Aplique pressão com bastante vigor, para que se abaixe o externo de 3 a 4


centímetros;

• A seguir, solte;

• Não altere a posição das mãos;

• Repita o movimento 60 vezes por minuto, ritmado com a mesma compressão;

• Para cada 15 compressões, aplique 2 respirações boca-a-boca a cada intervalo (se


houver 2 pessoas socorrendo, aplique 1 respiração a cada 5 compressões);

• Sinta o pulso da vítima a cada 4 ciclos completos de compressões e respirações;

• Interrompa a compressão do coração assim que puder sentir a pulsação da vítima;


e

• Continue com a respiração boca-a-boca assim que a vítima voltar a respirar.

22
gg
Veja como realizar a respiração boca a boca no link disponível a
seguir.

www.youtube.com/watch?v=v7GMJ28kwgI

1.3 Procedimentos em Caso de Parada Respiratória

Para esse tipo de emergência, realize os seguintes passos:

• Acione imediatamente a ambulância e o hospital;

• Inicie prontamente a respiração de socorro pelo método boca-a-boca;

• Deite a vítima de costas, com os braços estendidos ao longo do corpo;

• Afrouxe-lhe a roupa, deixando livre o tórax, o pescoço e o abdômen;

• Desobstrua as vias aéreas superiores (boca e garganta), retirando algum corpo


estranho, dentadura, secreções e puxando a língua para a sua posição de
descanso. Utilize para isso uma toalha ou par de luvas de látex existente na caixa
de Primeiros Socorros;

• Suspenda a cabeça da vítima pelo pescoço, com uma das mãos e com a outra mão
na testa, incline bem a cabeça da vítima para trás;

• Aperte as narinas com os dedos (polegar e indicador) da mão que estiver na testa,
a fim de, quando se soprar, evitar que o ar escape pelo nariz;

• Encha os próprios pulmões de ar;

• Cubra a boca da vítima com a sua própria, de forma a não deixar o ar escapar;

• Sopre até ver o peito da vítima expandir. Se isso não ocorrer, ou se escutar algum
ruído na garganta, pode haver algum corpo estranho preso. Retire-o com os
dedos, colocando a vítima de lado ou de cabeça para baixo, dando leves palmadas
nas costas;

23
• Solte o nariz e afaste sua boca da vítima, para permitir que o ar saia de seus
pulmões;

• Repita o processo em torno de 16 vezes por minuto, até a vítima voltar a respirar
espontaneamente e bem; e

• Se necessário, troque de pessoa para realizar a respiração, sem alterar o ritmo.

2 Noções de Primeiros Socorros

Primeiro socorro é o tratamento imediato e temporário,


prestado a alguém, em caso de acidente ou mal súbito, com a
finalidade de manter as funções vitais da vítima e evitar o
agravamento da situação, até se obter assistência médica.

Você sabe o que é prestar os primeiros socorros? Prestar os primeiros socorros é:

• Avaliar a situação como um todo,


no local do acidente;

• Chamar a ajuda da Polícia, do Corpo


de Bombeiros e dos hospitais;

• Sinalizar o local do acidente,


garantindo a segurança e evitando
novos acidentes; e

• Dar o primeiro atendimento à


vítima de um acidente, tendo
consciência de que você não é um profissional de saúde.

O seu objetivo ao prestar os primeiros socorros é tomar providências rápidas para evitar
que outros acidentes aconteçam e que não se agrave o estado de saúde da vítima.

24
2.1 As Primeiras Providências

2.1.1 Isolamento e Sinalização do Local do Acidente

Isolar e sinalizar o local, não permitindo que pessoas ou veículos se aproximem.

2.1.2 Acionamento de Recursos

Dependendo da extensão do evento, você deverá entrar em contato com as autoridades


informando o ocorrido, por meio dos seguintes telefones que servem para qualquer
cidade do Brasil: Polícia Militar (190), Corpo de Bombeiros (193), Defesa Civil (199) e
SAMU (192).

Para facilitar as providências de socorro, é necessário dar algumas informações:

• Local exato do acidente;

• O(s) tipo(s) de combustível(is) ou produtos perigosos, caso existentes;

• Os veículos envolvidos;

• O número de vítimas; e

• Outros fatores agravantes.

25
2.1.3 Cuidados com a Vítima

São necessários provimentos básicos nas diversas situações de emergência, podendo


variar de acordo com o estado da vítima. Para verificação das condições gerais da
vítima, proceda da seguinte forma:

• Verifique se a vítima respira e a sua pulsação;

• Observe o estado de consciência;

• Teste a sensibilidade corporal: toque ou belisque partes do corpo da vítima,


enquanto pergunta se ela sente onde você está tocando ou beliscando;

• Verifique a capacidade de movimentação da vítima: peça para a vítima mexer


devagar os dedos das mãos e dos pés. Depois, os braços e as pernas. Pergunte se
ela sente alguma dor no pescoço ou na coluna. Se houver suspeita de fratura, não
movimente a vítima;

• Na hora de verificar os sinais vitais, converse com a vítima, procurando tranquilizá-


la;

• Faça perguntas e observe se as respostas são lógicas. Pergunte como aconteceu


o acidente, o nome dela, o telefone;

• Se o acidente for violento ou se a vítima tiver recebido alguma pancada forte


ou sofrido uma queda, ela deve permanecer imóvel, mesmo que não apresente
qualquer dificuldade de movimentação;

• Certifique-se de que a vítima não apresenta fratura na coluna antes de movimentá-


la. Sensação de formigamento e dormência nos membros pode indicar lesão ou
fratura na coluna.

26
Resumindo

Conforme foi apresentado nesta unidade, tratamos dos procedimentos de


emergência e as noções de primeiros socorros.

Já se sabe que isolar e sinalizar o local do acidente é importante, a fim de


não permitir que pessoas ou veículos se aproximem.

Os seguintes telefones são de extrema importância para socorros em todo


território nacional. Tenha-os sempre contigo: Polícia Militar (190), Corpo de
Bombeiros (193), Defesa Civil (199) e SAMU (192).

A ideia não é que você se torne um profissional de resgate e salvamento,


mas uma pessoa preparada para realizar os procedimentos básicos em uma
situação de emergência.

Glossário

Agravante: que aumenta a gravidade de um ato ou situação.

Expandir: fazer ficar mais extenso ou mais amplo; alargar; ampliar; estender.

27
Atividades

aa
1) Vítima com lesões das camadas mais profundas da pele;
formação de bolhas; desprendimento de camadas da pele;
dor e ardência; locais de intensidade variável. Tal queimadura
é de:

a. ( ) 1o Grau.

b. ( ) 2o Grau.

c. ( ) 3o Grau.

d. ( ) Nenhuma das alternativas anteriores está correta.

2) No acionamento de recursos, em caso de acidente, é


necessário dar algumas informações, exceto:

a. ( ) Local exato do acidente.

b. ( ) O(s) tipo(s) de combustível(is) ou produtos perigosos,


caso existentes.

c. ( ) Os veículos envolvidos.

d. ( ) A cor do cabelo da vítima.

3) Em caso de acidente, devem-se ter os seguintes cuidados


com a vítima, exceto:

a. ( ) Verificar se a vítima respira e a sua pulsação.

b. ( ) Observar o seu estado de consciência.

c. ( ) Levantar e chacoalhar a vítima para que ela desperte.

d. ( ) Testar a sua sensibilidade corporal.

28
4) Ao iniciar o socorro à vítima inconsciente de um acidente
de carro, o motorista que socorre deve:

a. ( ) Soltar o cinto de segurança para facilitar a respiração e a


retirada imediata da vítima de dentro do carro.

b. ( ) Avaliar se há presença de fratura cervical puxando seu


pescoço.

c. ( ) Testar o nível de consciência da vítima dando tapinhas ou


jogando-lhe porções de água gelada no rosto.

d. ( ) Manter a vítima aquecida para que não perca o calor de


seu próprio corpo.

e. ( ) Oferecer bebida ou alimento para a vítima.

29
Referências

ANTT – AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES. Resolução n° 420, de


13 de maio de 2004, e suas alterações. Aprova as Instruções Complementares ao
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. Disponível em: <http://
www.antt.gov.br>. Acesso em: out. 2015.

CARDO, A. Atualização em transporte rodoviário de cargas. Brasília, 2015.

CONTRAN. Resolução nº 157, de 22 de abril de 2004. Disponível em: <http://www.


denatran.gov.br>. Acesso em: out. 2015.

______. Resolução nº 556, de 17 de setembro de 2015. Torna facultativo o uso do


extintor de incêndio para os automóveis, utilitários, camionetas, caminhonetes e
triciclos de cabine fechada. Disponível em: <http://www.denatran.gov.br>. Acesso em:
out. 2015.

LAMBERT, D. M. Supply Chain Management: processes, partnerships, performance.


USA: SCM Institute, 2008.

MOURA, R. A. Logística: suprimentos, armazenagem, distribuição física. São Paulo:


IMAM, 1989.

PEREIRA, A. G. Segurança contra incêndios. Rio de Janeiro: LTR, 2009.

PEREIRA, A. G.; POPOVIC, R. R. Tecnologia em segurança contra incêndio. Rio de


Janeiro: LTR, 2007.

SILVA, A. K.; FERNANDES, A. Tecnologia de prevenção e primeiros socorros ao


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Enigma, 2011.

VIEIRA, J. L. Regulamento de segurança contra incêndio. São Paulo: Edipro, 2011.

30
Gabarito

Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4

Unidade 1 D B C -

Unidade 2 B D C D

31

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