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Caderno de Práticas Pedagógicas

FORMAÇÃO L NGUAGEM
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CETRAMENTO
MAISPAIC
2019 É M TEMÁTICO

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Anos Finais Ensino Fundamental
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LÍNGUA PORTUGUESA
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VOL. I

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C
C
6b

+ PRENDER
v Qualificando a ação escolar
Governador
Camilo Sobreira de Santana

Vice-Governadora
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho

Secretária da Educação
Eliana Nunes Estrela

Secretário Executivo de Cooperação com os Municípios


Márcio Pereira de Brito

Coordenadora de Cooperação com os Municípios para Desenvolvimento da Aprendizagem na


Idade Certa
Ana Gardennya Linard Sírio Oliveira

Articuladora da Célula de Fortalecimento da Alfabetização e Ensino Fundamental


Francisca Rosa Paiva Gomes

Equipe do Eixo dos Anos Finais do Ensino Fundamental - SEDUC


Iarli Barreto Leite Falcão Junior
Ive Marian de Carvalho
Izabelle de Vasconcelos Costa

Autoras
Ive Marian de Carvalho
Izabelle de Vasconcelos Costa

Revisão de Texto
Ive Marian de Carvalho
Izabelle de Vasconcelos Costa

Organização Gráfica
Felipe Kokay Farias
Izabelle de Vasconcelos Costa
Raimundo Elson Mesquita Viana
1

Olá, professor(a),

Gostaríamos de apresentar o 1° Caderno de Práticas Pedagógicas dos anos finais


do Ensino Fundamental, visando apoiá-los no exercício da prática docente, sobretudo, no
que se refere ao ensino de Língua Portuguesa.
O propósito desse material é trazer atividades dinâmicas que contribuam para a
formação da cidadania. Criar situações reais de uso da língua através da proposição de
gêneros diversos, a fim de levar o aluno a compreender o funcionamento, a estrutura e a
circulação dos mesmos nas diversas esferas sociais.
Questões linguísticas devem ser exploradas em sala de aula sem dispensar da
formação do sujeito pleno, em todas as dimensões: cognitiva, afetiva, ético e social.
Nesse sentido, as diversas práticas sociais produzem manifestações discursivas
que se materializam em textos que podem e devem ser contemplados no cotidiano
escolar para que o aluno, progressivamente, saiba utilizá-los, de maneira satisfatória,
quando houver demanda social. A figura do mediador deve propiciar ao aluno a
apreensão dos diversos gêneros presentes nas mais variadas esferas sociais.
O Caderno trará também questões que fortalecem os eixos do conhecimento
contemplados no SAEB, tais como: Leitura, Análise Linguística e Produção Textual.
Convidamos você, professor(a) nessa empreitada, a (re)construir uma prática
criativa, atrativa, significativa para quem aprende e para quem ensina.
Vamos lá?!

Bom trabalho!
A equipe organizadora.
2

SUMÁRIO

1. Rotinas Pedagógicas ........................................................................................ 03


1.1. Rotina Pedagógica do 6° e 7° Ano............................................................... 03
1.2. Rotina Pedagógica do 8° e 9° Ano ............................................................... 04

2. Conjunto de atividades diversificadas ............................................................... 07


2.1. Atividades do 6° e 7° Ano............................................................................. 08
2.2. Atividades do 8° e 9° Ano............................................................................. 25

3. Orientações metodológicas .............................................................................. 54


3.1. Descritores da matriz SAEB usados nas questões do 6° e 7° Ano ............ 55
3.2. Comentários das questões do 6° e 7° Ano ................................................ 58
3.3. Descritores da matriz SAEB usados nas questões do 8° e 9° Ano ............ 62
3.4. Comentários das questões do 8° e 9° Ano ................................................ 65
3.5. Estudo, planejamento e elaboração de gênero ......................................... 70
3.5.1. Gênero roda de conversa ..................................................................... 71
3.5.2. Gênero entrevista ................................................................................. 75
3.1.3. Gênero propaganda .............................................................................. 80
3.1.4. Gênero debate ...................................................................................... 84
3.1.5. Gênero notícia ...................................................................................... 86
3.1.6. Gênero roteiro ....................................................................................... 88

4. Avaliação do Caderno de Práticas Pedagógicas .............................................. 92


4.1. 6° e 7° Ano ................................................................................................. 92
4.2. 8° e 9° Ano ................................................................................................. 94

5. Referencial Teórico ........................................................................................... 96

6. Referências....................................................................................................... 104
3

ROTINA PEDAGÓGICA

Professores(as), o quadro abaixo contém uma sugestão de rotina que trabalha os Eixos
do Conhecimento avaliados no SAEB: Leitura, Análise Linguística/semiótica e Produção
de Textos. Propomos que o trabalho com o Caderno de Práticas Pedagógicas seja
planejado concomitantemente ao trabalho desenvolvido com o PNLD.

ROTINA PEDAGÓGICA DO 6° E 7° ANO


LEITURA ANÁLISE PRODUÇÃO
LINGUÍSTICA TEXTUAL
SEMANA 01 Leitura do texto “O A partir da leitura do A partir da leitura do
sapateiro”. trecho do texto “Cante trecho do texto “Cante
Questões 01, 02 e 03 da lá que eu canto Cá”, lá que eu canto Cá”,
Atividade 01. realizar as questões 04 e realizar a questão 06 da
05 da Atividade 01. Atividade 01.

SEMANA 02 Leitura do texto de Mário A partir da leitura do A partir da discussão


Quintana. dois cartuns, realizar as proposta pelos dois
Questões 01, 02 e 03 da questões 04 e 05 da cartuns, realizar a
Atividade 02. Atividade 02. questão 06 da Atividade
02.
SEMANA 03 Leitura e estudo do gênero Planejamento para a Produção do gênero
roda de conversa. produção do gênero roda de conversa.
roda de conversa.
SEMANA 04 Leitura do texto “Quadras A partir da leitura do A partir da discussão
populares”. texto “Mina do proposta pelo texto
Questões 01, 02 da condomínio”, realizar “Mina do condomínio”,
Atividade 03. as questões 04 e 05 da realizar a questão 06 da
Leitura do cartaz. Questão Atividade 03. Atividade 03.
03 da Atividade 03.
SEMANA 05 Leitura do texto “O A partir da leitura da A partir da discussão
Socorro”. tira, realizar as questões proposta pela tira,
Questões 01, 02 e 03 da 04 e 05 da Atividade realizar a questão 06 da
Atividade 04. 04. Atividade 04.
Leitura da matéria de A partir da leitura do A partir da discussão
jornal. texto “As baratas”, proposta pelo texto “As
Questões 01, 02 e 03 da realizar as questões 04 e baratas”, realizar a
Atividade 06. 05 da Atividade 06. questão 06 da Atividade
06.

SEMANA 06 Leitura e estudo do gênero Planejamento para a Produção do gênero


entrevista. produção do gênero entrevista.
entrevista.
4

SEMANA 07 Leitura do texto “O lobo e A partir da leitura do A partir da discussão


a ovelha”. texto “O lobo e a proposta pela tira,
Questão 02 da Atividade ovelha”, realizar as realizar a questão 06 da
05. questões 01 e 02 da Atividade 05.
Leitura da tirinha. Atividade 05.
Questões 04 e 05 da
Atividade 05.
SEMANA 08 Leitura da fábula de A partir da leitura da A partir da discussão
Rubem Alves. Questões fábula de Rubem Alves, proposta pela fábula de
01, 02 e 03 da Atividade realizar as questões 04 e Rubem Alves, realizar a
07. 05 da Atividade 07. questão 06 da Atividade
07.
SEMANA 09 Leitura e estudo do gênero Planejamento para a Produção do gênero
propaganda. produção do gênero propaganda.
propaganda.

ROTINA PEDAGÓGICA DO 8° E 9° ANO


LEITURA ANÁLISE PRODUÇÃO
LINGUÍSTICA TEXTUAL
SEMANA 01 Leitura do texto A partir da leitura do A partir da leitura do
“Conversinha mineira”. texto “População texto “Conversinha
Questões 01, 02 e 03 da mundial a caminho do mineira”, realizar a
atividade 01. empate”, realizar as questão 06 da atividade
questões 04 e 05 da 01.
atividade 01

SEMANA 02 Leitura do texto “Nós, os A partir da leitura do A partir da análise da


brasileiros”. texto “Nós, os charge “Brasil – um
Questões 01, 02 e 03 da brasileiros”, realizar a país de contrastes”,
atividade 02. questão 04 da atividade realizar a questão 06 da
A partir da leitura do texto 02. atividade 02.
“Nós, os brasileiros”,
realizar a questão 05 da
atividade 02.
SEMANA 03 Leitura e estudo do gênero Planejamento para a Produção do gênero
debate. produção do gênero debate.
debate.
5

SEMANA 04 Leitura do texto “Bruta A partir da leitura A partir da leitura do


flor do querer”. “Bruta flor do querer”, texto “Bruta flor do
Questão 01 da atividade realizar a questão 02 da querer”, realizar a
03. atividade 03. questão 06 da atividade
Leitura do texto A partir da leitura do 03.
“Estimulantes, o alívio texto “Caminhos da
imediato”. realeza”, realizar a
Questão 03 da atividade questão 04 da atividade
03. 03.
Leitura do texto A partir da leitura do
“Geração do celular”. texto “Curiosidades:
Questões 01, 02 e 03 da nariz e orelhas nunca
atividade 07. param de crescer”,
realizar a questão 05 da
atividade 03.
SEMANA 05 Leitura do texto “A flor no A partir da leitura do A partir da leitura do
asfalto”. texto “Linguagem texto “Latam demite
Questões 01 e 02 da Publicitária”, realizar a funcionário envolvido
atividade 04. questão 04 da atividade em vídeo machista na
Leitura do texto 04. Rússia”, realizar a
“Realidade com muita questão 06 da atividade
fantasia”. A partir da leitura do 04.
Questão 03 da atividade texto “Bicho do
04. Folharal”, realizar a
A partir da leitura do texto questão 04 da atividade Realizar a questão 06
“Ética nas redes sociais – 07. da atividade 07.
pratique!”, realizar a
questão 05 da atividade A partir da leitura do
04. texto “A floresta do
contrário”, realizar a
questão 05 da atividade
07.
SEMANA 06 Leitura e estudo do gênero Planejamento para a Produção do gênero
notícia. produção do gênero notícia.
notícia.
SEMANA 07 Leitura do texto “Furto de A partir da leitura do A partir da leitura do
flor”. texto “A música na texto “O meio ambiente
Questões 01 e 02 da escola”, realizar a reclama”, realizar a
atividade 05. questão 04 da atividade questão 06 da atividade
Leitura do texto 05. 05.
“Brincadeira retrô”. A partir da leitura do
Questão 03 da atividade texto “Água por todo
05. lado”, realizar a questão
05 da atividade 05.
6

SEMANA 08 Leitura do texto “Os Leitura do texto “Os A partir da leitura da


jovens e os dilemas da jovens e os dilemas da charge, realizar a
sexualidade”. sexualidade”. questão 06 da atividade
Questão 01 da atividade Questão 02 da atividade 06.
06. 06.
Leitura do texto “Rua do A partir da leitura do
sol”. texto de Celso Cunha,
Questão 03 da atividade realizar a questão 05 da
06. atividade 06.
A partir da leitura do texto
“O gelo na Antártica está
aumentando ou
diminuindo?”, realizar a
questão 04 da atividade
06.

SEMANA 09 Leitura e estudo do gênero Planejamento para a Produção do gênero


roteiro. produção do gênero roteiro.
roteiro.
7

CONJUNTO DE

ATIVIDADES
8

ATIVIDADES DO 6° E 7° ANO
Atividade 01

Leia atentamente o texto e responda as questões a seguir.

O sapateiro
Era uma vez um sapateiro pobre que vivia numa cabana, junto à
encruzilhada de um caminho, perto de uma humilde aldeia. Como gostava de
ajudar os viajantes que passavam junto à sua casa durante a noite, o sapateiro
deixava uma vela acesa todas as noites na janela da casa para lhes iluminar o
caminho.
Certa altura, deu-se uma grande guerra que fez com que todos os jovens
partissem, deixando a aldeia ainda mais pobre e triste. Ao verem a persistência
daquele pobre sapateiro, que continuava a viver a sua vida cheio de esperança
e bondade, as pessoas da aldeia decidiram imitá-lo e, na noite de véspera de
Natal, todos acenderam uma vela nas suas casas, iluminando assim toda a
aldeia.
Nessa noite, à meia-noite, os sinos da igreja começaram a tocar,
anunciando a boa notícia: a guerra tinha acabado e os jovens regressavam às
suas casas! Todos gritaram: “É um milagre! É o milagre das velas!”. A partir
daquele dia, acender uma vela na véspera de Natal tornou-se tradição em
quase todas as casas.

Fonte:Autor desconhecido. https://www.aletria.com.br/blog?single=Tradicao-oral3. Acesso em: 11/02/19.

1- Em sua família existe alguma história que já virou tradição de tanto ser contada de um
familiar para outro? Caso a resposta seja afirmativa, organizem-se em grupos, contem a
história para seus colegas e discutam qual seria o tema de suas histórias.
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2- Conforme o que se lê no texto, onde vivia o pobre sapateiro?


a) Numa cabana.
b) Numa casa.
c) Na igreja.
d) Em uma humilde aldeia.

3- Por qual motivo ele acendia velas?


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4- No trecho: “Como gostava de ajudar os viajantes [...], o sapateiro deixava uma vela
acesa todas as noites na janela da casa para lhes iluminar...” a palavra destacada está se
referindo:
a) aos jovens.
b) às noites.
c) aos viajantes.
d) às pessoas.

Leia atentamente o texto abaixo

“Sertão, argúem te cantô, E vejo qui os teus mistéro


Eu sempre tenho cantado Ninguém sabe decifrá.
E ainda cantando tô, A tua beleza é tanta,
Pruquê, meu torrão amado, Qui o poeta canta, canta,
Munto te prezo, te quero E inda fica o qui cantá.”

Fonte: (EU E O SERTÃO – Cante lá que eu canto Cá – Filosofia de um trovador nordestino – Ed.Vozes, Petrópolis,
1982

05- Analise as palavras destacadas no texto acima e identifique a variante utilizada por
Patativa do Assaré.
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06- Observe as palavras em negrito no texto. Produza um parágrafo curto falando sobre o
efeito de sentido que elas proporcionam.

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Atividade 02
Leia atentamente o texto abaixo

VELHA HISTÓRIA

Era uma vez um homem que estava pescando, Maria. Até que apanhou
um peixinho! Mas o peixinho era tão pequenininho e inocente, e tinha um azulado
tão indescritível nas escamas, que o homem ficou com pena. E retirou
cuidadosamente o anzol e pincelou com iodo a garganta do coitadinho. Depois
guardou-o no bolso traseiro das calças, para que o animalzinho sarasse no
quente. E desde então, ficaram inseparáveis. Aonde o homem ia, o peixinho o
acompanhava, a trote, que nem um cachorrinho. Pelas calçadas. Pelos
elevadores. Pelo café. O homem, grave, de preto, com uma das mãos segurando
a xícara de fumegante moca, com a outra lendo o jornal, com a outra fumando,
com a outra cuidando do peixinho, enquanto este, silencioso e levemente
melancólico, tomava laranjada por um canudinho especial... Ora, um dia o
homem e o peixinho passeavam à margem do rio onde o segundo dos dois fora
pescado. E eis que os olhos do primeiro se encheram de lágrimas. E disse o
homem ao peixinho: "Não, não me assiste o direito de te guardar comigo. Por
que roubar-te por mais tempo ao carinho do teu pai, da tua mãe, dos teus
irmãozinhos, da tua tia solteira? Não, não e não! Volta para o seio da tua família.
E viva eu cá na terra sempre triste!...Dito isso, verteu copioso pranto e,
desviando o rosto, atirou o peixinho n’água. E a água fez redemoinho, que foi
depois serenando, serenando... até que o peixinho morreu afogado..."
Fonte: QUINTANA, M. de M. 1976. Quintanares. 4. ed. Porto Alegre, Globo, p.105. Acesso em: 11/02/2019.
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1- O sentido global do texto é


a) a cumplicidade existente entre o pescador e o peixinho.
b) a generosidade do pescador ao salvar a vida do peixe machucado.
c) os passeios realizados pelo homem e o peixinho.
d) a melancolia presente na história do pescador e do peixe.

2- Por que o homem sentiu pena do peixinho?


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3- O que faz o homem mudar de opinião sobre qual seria a melhor forma de vida para o
peixinho?
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Observe os cartuns para responder as questões abaixo

Fonte: http://diretodocockpit.blogspot.com/2014/08/mudancas-na-lingua-portuguesa.html. Acesso em: 11/02/19.

4- Nos dois cartuns, qual é a variante utilizada pelas personagens?

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5- A partir da reação dos demais personagens, a variedade linguística usada é adequada


ao contexto em que estão sendo utilizadas? Explique.

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6- Você fala com seus colegas da mesma forma que fala com seus pais e professores?
Escreva um pequeno texto relatando sua forma de falar e como ela se adequa de acordo
com o seu objetivo ao se colocar.

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Atividade 03
Leia o poema abaixo.

QUADRAS POPULARES

Você me mandou cantar


Pensando que eu não sabia
Pois eu sou que nem cigarra
Canto sempre todo dia.

Já fui galo, já cantei


Já fui dono do terreiro
Não me importo que outras cantem
Onde eu já cantei primeiro.

Fonte: Azevedo, Ricardo. Bazar do Folclore. São Paulo: Ed. Ática, 2002.

1- O poema acima trata


a) da arte de cantar.
b) de quem canta desolado.
c) de quem não sabia cantar.
d) do galo cantor dono do terreiro

2- O que quer dizer a expressão do texto: “Já fui dono do terreiro”?


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Observe a imagem abaixo e responda:

Fonte: http://convencaodeleitores.blogspot.com/2011/09/sd-de-anuncio-publicitario-menino.html

3- O objetivo do texto é
a) mostrar a importância dos livros.
b) divulgar uma feira de livros.
c) explicar como são feitos os livros.
d) indicar locais onde se vende livros.

Leia o texto abaixo.

Mina do condomínio
Tô namorando aquela mina
Mas não sei se ela me namora
Mina maneira do condomínio
Lá do bairro onde eu moro
[...]
Fonte: MOURA, Gabriel; SEU JORGE. Mina do condomínio. Vagalume. Acesso em: 11/02/2019.

4- Na canção “Mina do condomínio”, há um “eu” que diz que namora uma “mina”. Qual o
sentido da palavra “mina” nesse contexto?
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5- A linguagem empregada nesta canção é formal ou informal? Justifique.


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6- Quando você fala com seus amigos, você utiliza uma linguagem formal ou informal?
Que tal escrever um bilhete para seu melhor amigo utilizando a linguagem que você
habitualmente utiliza para se comunicar com eles?
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Atividade 04

Leia atentamente o texto abaixo.

O SOCORRO
Ele foi cavando, cavando, cavando, pois sua profissão – coveiro – era cavar. Mas,
de repente, na distração do ofício que amava, percebeu que cavara demais.
Tentou sair da cova e não conseguiu. Levantou o olhar para cima e viu que,
sozinho, não conseguiria sair. Gritou. Ninguém atendeu. Gritou mais forte.
Ninguém veio. Enrouqueceu de gritar, cansou de esbravejar, desistiu com a noite.
Sentou-se no fundo da cova, desesperado. A noite chegou, subiu, fez-se o silêncio
das horas tardias. Bateu o frio da madrugada e, na noite escura, não se ouvia um
som humano, embora o cemitério estivesse cheio de pipilos e coaxares naturais
dos matos. Só pouco depois da meia-noite é que lá vieram uns passos. Deitado
no fundo da cova o coveiro gritou. Os passos se aproximaram. Uma cabeça ébria
apareceu lá em cima, perguntou o que havia: - “O que é que há?”
O coveiro então gritou desesperado: - “Tire-me daqui, por favor. Estou com um frio
terrível! – Mas, coitado!” condoeu-se o bêbado – “Tem toda razão de estar com
frio. Alguém tirou a terra de cima de você, meu pobre mortinho!” E pegando a pá,
encheu-a de terra e pôs-se a cobri-lo cuidadosamente.

Moral: Nos momentos graves é preciso verificar muito bem a quem se apela.
Fonte: Fernandes, Millôr. Disponível em:http://citador.weblog.com.pt/arquivo/109176.html. Acesso em: 12/02/2019

GLOSSÁRIO:
Pipilos: imitações dos sons dos pássaros.
Ébria: bêbada, embriagada
Condoer-se: apiedar-se, penalizar-se por algo.
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1- O que faz esse texto ficar engraçado?


a) O bêbado ter imaginado que o coveiro era um morto e jogar terra para cobri-lo.
b) O coveiro ficar cavando e sentir frio durante a madrugada.
c) O homem ficar sentado no fundo enrouquecido de tanto gritar.
d) O homem ter cavado demais e ficar preso no buraco.

2- O coveiro ficou desesperado porque:


a) ficou preso no buraco e já era noite.
b) ouviu uns passos chegando perto do buraco.
c) sentiu medo de ficar sozinho no cemitério.
d) viu que um bêbado tinha chegado para ajudá-lo.

3 - Quem fez a pergunta “O que é que há” foi


a) o mortinho.
b) a cabeça ébria.
c) o coveiro.
d) o narrador.

Leia a tira a seguir.

Fonte: ITURRUSGARAI, Adão. Folha de São Paulo, São Paulo, 15 jun. 2005.

4- Ao dizer que a vida lhe sorriu, a personagem usou qual tipo de linguagem? Por quê?
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5- A personagem se refere ao sorriso destacando a falta de dois dentes. O que a


personagem quis dizer ao falar isso?
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6- Para você, o que dá a sensação de que a vida não está completa? O que você planeja
fazer para que sua vida seja cada vez mais significativa? Organize suas ideias em um
pequeno parágrafo.
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Atividade 05

Leia o texto abaixo.

O LOBO E A OVELHA

Um lobo, muito ferido devido a várias mordidas de cachorros, descansava


doente e bastante alquebrado em sua toca. Como estava com fome, ele
chamou uma ovelha que passava ali perto, e pediu-lhe para trazer um pouco
da água de um riacho que corria ao lado dela.
Assim, falou o lobo: -- “se você me trouxer água, eu ficarei em condições de
conseguir meu próprio alimento.” – “Claro!” respondeu a ovelha. – “Se eu levar
água para você, sem dúvida eu serei esse alimento.”

Fonte: Esopo. http://cantinhodasfabulas.vilabol.uol.com.br/oloboeaovelha.html. Acesso em 13/02/19

01- Qual é a frase que apresenta a opinião de um dos personagens do texto?


a) ...“Como estava com fome, ele chamou uma ovelha que ia passando”.
b) O lobo pediu que a ovelha trouxesse água para ele
c) “Se eu levar água para você, sem dúvida eu serei esse alimento.”
d) Um lobo repousava doente e bastante debilitado.
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02- A que conclusão a ovelha chegou caso ajudasse ao lobo?


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03- A palavra destacada no trecho: “Como estava com fome, ele chamou...” se refere

a) ao cachorro.
b) ao lobo.
c) à ovelha.
d) ao riacho.

Leia o texto abaixo.

Fonte:https://2.bp.blogspot.com/-a0cVwnPMxt0/Wfz7SiIeflI/AAAAAAAAEBU/-dpq4IB9_sE1RloMfUCId77c_rXFlz-
ngCLcBGAs/s400/recrutazero.jpg. Acesso em: 13/02/19.

04- No segundo quadrinho, a fala do personagem indica que ele quer


a) ficar meditando sobre seu trabalho.
b) ganhar tempo até começar a trabalhar.
c) saborear o almoço que lhe foi servido.
d) trabalhar depois do almoço.
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05- Na tirinha, o trecho que indica humor é


a) “Você come rápido demais.”
b) “Tenho que trabalhar depois do almoço.”
c) “Eu também...”.
d) “É por isso que estou demorando.”

6- Que tal fazer uma produção diferente? Lembra da tirinha que você acabou de ler?
Vamos construir uma história bem diferente da original, utilizando as mesmas imagens.
Sobre qual outro assunto eles poderiam estar falando? Seja criativo! Não se esqueça de
trazer humor para a sua nova história.
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Atividade 06

Leia o texto abaixo e responda à questão:

Elevador cai do 4° andar e fere 8 em São Carlos – SP

Um elevador despencou ontem do 4° Andar de um edifício em São Carlos, no


interior paulista, com 11 pessoas dentro. O corpo de Bombeiros socorreu dez
vítimas do acidente, sendo que cinco foram levadas à Santa Casa da cidade,
mas apenas com ferimentos leves. Outras três pessoas tiveram escoriações.
... “O elevador, que tinha saído do 7° andar, tem capacidade para seis
pessoas, cinco a menos que a lotação no momento do acidente.”
Funcionários da Polícia Científica do município fizeram hoje a vistoria do
elevador do Edifício Ana Paula, no bairro Vila Nery. Moradores já reclamavam
a substituição do antigo elevador e pagaram nos últimos meses uma taxa de
condomínio para que fosse feita a troca. A Polícia Científica investiga se a
causa do acidente foi mesmo o excesso de pessoas.

Fonte: Agência Estado. Disponível em: http://www.globo.com. Acesso em: 19/02/19.

01- De acordo com a leitura do texto podemos observar que o assunto é


a) uma briga no elevador.
b) uma morte dentro do elevador.
c) um acidente com um elevador.
d) um incêndio no elevador.

02- De acordo com o texto, quantas vítimas do acidente foram levadas à Santa Casa da
cidade?
a) Seis pessoas.
b) Onze pessoas.
c) Dez pessoas.
d) Cinco pessoas.
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03- Se, após a vistoria feita pela Polícia Científica que investiga a causa do acidente,
fosse constatado que o problema não foi o excesso de pessoas no elevador, que outro
motivo apontado pelos moradores poderia ter causado o acidente?
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Leia o texto abaixo.

AS BARATAS
As baratas estão na Terra há mais de 200 milhões de anos, sobrevivem
tanto no deserto como nos polos e podem ficar até 30 dias sem comer. Vai
encarar?
Férias, sol e praia são alguns dos bons motivos para comemorar a chegada
do verão e achar que essa é a melhor estação do ano. E realmente sério, se não
fosse por um único detalhe: as baratas. Assim como nós, elas também ficam bem
animadas com o calor. Aproveitam a aceleração de seus processos bioquímicos
para se reproduzirem mais rápido e, claro, para passearem livremente por todos
os cômodos de nossas casas.
Nessa época do ano, as chances de dar de cara com a visitante indesejada,
ao acordar durante a noite para beber água ou ir ao banheiro, são três vezes
maiores.

Fonte: Revista Galileu. Rio de Janeiro: Globo, Nº 151, Fev. 2004, p.26.

04- No texto, a expressão “Vai encarar” marca uma linguagem


a) científica.
b) formal.
c) informal.
d) regional.
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05 – No trecho “Assim como nós, elas também ficam bem animadas com o calor.”, a
palavra destacada refere-se
a) às baratas.
b) às pessoas.
c) às férias.
d) às casas.

06- As baratas, embora inofensivas, causam medo em muitas pessoas. Pense em outros
animais que costumam causar medo e produza um pequeno texto informativo sobre um
de sua escolha.
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Atividade 07
Leia atentamente o texto abaixo.

O SONHO DOS RATOS


(Ruben Alves)

Era uma vez um bando de ratos que vivia no buraco do assoalho de uma casa
velha. Havia ratos de todos os tipos: grandes e pequenos, pretos e brancos, velhos e
jovens, fortes e fracos, da roça e da cidade.
Mas ninguém ligava para as diferenças, porque todos estavam irmanados em torno
de um sonho comum: um queijo enorme, amarelo, cheiroso, bem pertinho dos seus
narizes. Comer o queijo seria a suprema felicidade… Bem pertinho é modo de dizer.

Na verdade, o queijo estava imensamente longe porque entre ele e os ratos estava
um gato… O gato era malvado, tinha dentes afiados e não dormia nunca. Por vezes fingia
dormir. Mas bastava que um ratinho mais corajoso se aventurasse para fora do buraco
para que o gato desse um pulo e, era uma vez um ratinho… Os ratos odiavam o gato.

Quanto mais o odiavam mais irmãos se sentiam. O ódio a um inimigo comum os


tornava cúmplices de um mesmo desejo: queriam que o gato morresse ou sonhavam com
um cachorro…
Como nada pudessem fazer, reuniram-se para conversar. Faziam discursos,
denunciavam o comportamento do gato (não se sabe bem para quem), e chegaram
22

mesmo a escrever livros com a crítica filosófica dos gatos. Diziam que um dia chegaria
em que os gatos seriam abolidos e todos seriam iguais. “Quando se estabelecer a
ditadura dos ratos”, diziam os camundongos, “então todos serão felizes”…
– O queijo é grande o bastante para todos, dizia um.
– Socializaremos o queijo, dizia outro.
Todos batiam palmas e cantavam as mesmas canções.
Era comovente ver tanta fraternidade. Como seria bonito quando o gato morresse!
Sonhavam. Nos seus sonhos comiam o queijo. E quanto mais o comiam, mais ele crescia.
Porque esta é uma das propriedades dos queijos sonhados: não diminuem: crescem
sempre. E marchavam juntos, rabos entrelaçados, gritando: “o queijo, já!”…

Sem que ninguém pudesse explicar como, o fato é que, ao acordarem, numa bela
manhã, o gato tinha sumido. O queijo continuava lá, mais belo do que nunca. Bastaria dar
uns poucos passos para fora do buraco. Olharam cuidadosamente ao redor. Aquilo
poderia ser um truque do gato. Mas não era.

O gato havia desaparecido mesmo. Chegara o dia glorioso, e dos ratos surgiu um
brado retumbante de alegria. Todos se lançaram ao queijo, irmanados numa fome
comum. E foi então que a transformação aconteceu.
Bastou a primeira mordida. Compreenderam, repentinamente, que os queijos de verdade
são diferentes dos queijos sonhados. Quando comidos, em vez de crescer, diminuem.
Assim, quanto maior o número dos ratos a comer o queijo, menor o naco para cada
um. Os ratos começaram a olhar uns para os outros como se fossem inimigos. Olharam
cada um para a boca dos outros, para ver quanto queijo haviam comido. E os olhares se
enfureceram.
Arreganharam os dentes. Esqueceram-se do gato. Eram seus próprios inimigos. A
briga começou. Os mais fortes expulsaram os mais fracos a dentadas. E, ato contínuo,
começaram a brigar entre si.
Alguns ameaçaram a chamar o gato, alegando que só assim se restabeleceria a
ordem. O projeto de socialização do queijo foi aprovado nos seguintes termos:
“Qualquer pedaço de queijo poderá ser tomado dos seus proprietários para ser
dado aos ratos magros, desde que este pedaço tenha sido abandonado pelo dono”.
Mas como rato algum jamais abandonou um queijo, os ratos magros foram
condenados a ficar esperando. Os ratinhos magros, de dentro do buraco escuro, não
podiam compreender o que havia acontecido.
O mais inexplicável era a transformação que se operara no focinho dos ratos fortes,
23

agora donos do queijo. Tinham todo o jeito do gato o olhar malvado, os dentes à mostra.
Os ratos magros nem mais conseguiam perceber a diferença entre o gato de antes
e os ratos de agora. E compreenderam, então, que não havia diferença alguma. Pois todo
rato que fica dono do queijo vira gato. Não é por acidente que os nomes são tão
parecidos.
“Qualquer semelhança com fatos é mera coincidência!”

1- Com base no texto compreende-se que


a) os ratos viraram gatos.
b) o gato morreu.
c) os gatos magros ficaram gordos.
d) os ratos não socializaram o queijo e viraram “gatos” dos ratos mais fracos.

2- A partir da leitura atenta do texto, podemos dizer que a motivação dos ratos pelo fim do
gato foi...
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3- De acordo com o texto, antes do gato desaparecer, qual sentimento envolvia os ratos ?
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4- No trecho “Na verdade, o queijo estava imensamente longe porque entre ele e os
ratos estava um gato...”, o vocábulo destacado pode ser substituído, sem alterar o
sentido, por

a) muito.
b) somente.
c) igualmente.
d) pouco.

05- No segundo parágrafo, o trecho “Mas ninguém ligava para as diferenças, porque
todos estavam irmanados em torno de um sonho comum...” a palavra destacada retoma
outra que está no primeiro parágrafo que é a palavra
a) ratos.
24

b) pretos.
c) velhos.
d) pequenos.

6- Produza uma narrativa curta que ofereça uma moral da história, algo que tenha
acontecido com você ou com algum conhecido seu e que possa ser levado como lição
para a vida em sociedade. Capriche!
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ATIVIDADES DO 8° E 9° ANO

Atividade 01

Leia o texto e faça as questões 1, 2 e 3.

Conversinha Mineira

– É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?


– Sei dizer não senhor: não tomo café.
– Você é dono do café, não sabe dizer?
– Ninguém tem reclamado dele não senhor.
– Então me dá café com leite, pão e manteiga.
– Café com leite só se for sem leite.
– Não tem leite?
– Hoje, não senhor.
– Por que hoje não?
– Porque hoje o leiteiro não veio.
– Ontem ele veio?
– Ontem não.
– Quando é que ele vem?
– Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes, não vem. Só que no dia que devia
vir em geral não vem.
– Mas ali fora está escrito “Leiteria”!
– Ah, isso está, sim senhor.
– Quando é que tem leite?
– Quando o leiteiro vem.
– Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de quê?
– O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que é feita a coalhada?
– Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite sem leite. Escuta uma coisa: como
é que vai indo a política aqui na sua cidade?
– Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
– E há quanto tempo o senhor mora aqui?
– Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um
pouco menos.
– Já dava para saber como vai indo a situação, não acha?
26

– Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.


– Para que Partido?
– Para todos os Partidos, parece.
– Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a eleição aqui.
– Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros falam que outro. Nessa mexida…
– E o Prefeito?
– Que é que tem o Prefeito?
– Que tal o Prefeito daqui?
– O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
– Que é que falam dele?
– Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo quanto é Prefeito.
– Você, certamente, já tem candidato.
– Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
– Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?
– Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí…
Fonte: Texto extraído do livro A Mulher do Vizinho, Editora Sabiá – Rio de Janeiro, 1962, pág. 144.

01. Após a leitura do texto Conversinha Mineira, pode-se afirmar que o autor traça um
perfil do dono da leiteria. Assinale a alternativa que determina qual seria esse perfil. O
mineiro é
a) um sujeito astucioso; prefere não dizer algo que o comprometa ou que possa ser
interpretado como uma tomada de posição.
b) um cara folgado, indolente, evitando a todo custo tomar uma posição, pois isso pode
lhe dar trabalho e vir a interromper o seu sossego.
c) um homem ingênuo, de boa fé, facilmente enganado pelos fregueses espertalhões e
políticos ladinos, pois fala muito e adora uma fofoca.
d) um cara pacato, pacífico, que desencoraja qualquer intenção de briga ou discussão,
pois não permite que lhe façam qualquer pergunta.

02. A partir da leitura do texto, pode-se afirmar que o dono da leiteria respondeu a quase
todas as perguntas de modo
a) provocante.
b) desonesto.
c) objetivo.
d) Evasivo
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03. Em relação à linguagem do texto, podemos afirmar que


a) a diferença de linguagem entre os interlocutores se dá por serem de diferentes países.
b) a linguagem do dono da leiteria denuncia sua ignorância e sua falta de estudo.
c) a diferença de linguagem entre os interlocutores não os impede de estabelecer um
diálogo.
d) a linguagem de ambos é inadequada para a situação em que se encontram.

Leia o texto abaixo e responda.

População mundial a caminho do empate

[…] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da


humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte
dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e
não o crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem
demográfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. […]
Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5
bilhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da
década de 2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de
pessoas com esta taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.
A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais
radicais mudanças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na
vida familiar, mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas
públicas em níveis global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou
sugeridas por instituições como a ONU.
Fonte: FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.

4- No trecho “Isso tem implicações na estrutura e na…” (ℓ. 11), o pronome destacado
retoma
a) quantidade de pessoas.
b) queda da taxa de fertilidade.
c) história da humanidade.
d) cotidiano das pessoas.
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Leia o texto abaixo.


Descobertas marcianas
Gelo, neve e neblina são observados no planeta vermelho Neve, neblina, geada...
Parece previsão do tempo? Pois saiba que tudo isso a sonda Phoenix encontrou no
planeta Marte. Entre maio e outubro de 2008, a missão investigou o polo norte do planeta
e seus achados sugerem que já houve água líquida no território marciano, algo
fundamental para que tenha havido vida por lá no passado.
A Phoenix foi enviada pela Nasa, a agência espacial norte-americana, para
comprovar a presença de gelo em Marte. Com um braço robótico, ela cavou o solo
marciano e achou uma camada de gelo em uma profundidade de cinco a 18 centímetros,
mandando imagens para a Terra. “A formação de gelo na parte subterrânea aconteceu
devido ao vapor de água da atmosfera que penetrou pelos poros do solo e congelou com
as baixas temperaturas do planeta vermelho”, contou o físico Peter Smith, pesquisador
chefe da missão Phoenix.
Por meio de imagens enviadas pela sonda, os cientistas também observaram
cristais de gelo caindo de nuvens sobre o solo de Marte. As nuvens marcianas, aliás, são
semelhantes às nuvens cirros que existem aqui na Terra e que parecem uma faixa branca
no céu. “Já próximo ao fim da missão, vimos ainda neve e neblina em condições bem
parecidas com as da Terra”, diz Peter Smith.
Fonte: FARIA, Julia. Ciência Hoje das Crianças, 03 jul. 2009.

5- Na frase “Neve, neblina, geada…” (linha 1), as reticências sugerem


a) pausa
b) continuidade
c) suspensão
d) ironia

6- Produza um trecho de diálogo entre dois interlocutores de regiões diferentes do Brasil,


destacando a dificuldade na comunicação entre eles.
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Atividade 02
Leia o texto e faça as questões 1, 2, 3, 4.

Nós, os brasileiros
Uma editora europeia me pede que traduza poemas de autores estrangeiros sobre
o Brasil. Como sempre, eles falam da floresta Amazônica, uma floresta muito pouco real,
aliás. Um bosque poético, com “mulheres de corpos alvíssimos espreitando entre os
troncos das árvores, […]”. Não faltam flores azuis, rios cristalinos e tigres mágicos.
Traduzo os poemas por dever de ofício, mas com uma secreta – e nunca realizada
– vontade de inserir ali um grãozinho de realidade. Nas minhas idas (nem tantas) ao
exterior, onde convivi, sobretudo, com escritores ou professores e estudantes
universitários – portanto, gente razoavelmente culta – eu fui invariavelmente surpreendida
com a profunda ignorância a respeito de quem, como e o que somos. - A senhora é
brasileira? Comentaram espantados alunos de uma universidade americana famosa. -
Mas a senhora é loira!
Depois de ler, num congresso de escritores em Amsterdã, um trecho de um dos
meus romances traduzido em inglês, ouvi de um senhor elegante, dono de um antiquário
famoso, que segurou comovido minhas duas mãos: - Que maravilha! Nunca imaginei que
no Brasil houvesse pessoas cultas! Pior ainda, no Canadá alguém exclamou incrédulo:
Escritora brasileira? Ué, mas no Brasil existem editoras? A culminância foi a observação
de uma crítica berlinense, num artigo sobre um romance meu editado por lá,
acrescentando, a alguns elogios, a grave restrição: “porém não parece um livro brasileiro,
pois não fala nem de plantas nem de índios nem de bichos”.
Diante dos três poemas sobre o Brasil, esquisitos para qualquer brasileiro, pensei
mais uma vez que esse desconhecimento não se deve apenas à natural (ou inatural)
alienação estrangeira quanto ao geograficamente fora de seus interesses, mas
também a culpa é nossa. Pois o que mais exportamos de nós é o exótico e o folclórico.
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Em uma feira do livro de Frankfurt, no espaço brasileiro, o que se via eram livros
(não muito bem arrumados), muita caipirinha na mesa, e televisões mostrando carnaval,
futebol, praia e mato. E eu, mulher essencialmente urbana, escritora das geografias
interiores de meus personagens eróticos, me senti tão deslocada quanto um macaco em
uma loja de cristais. Mesmo que tentasse explicar, ninguém acreditaria que eu era tão
brasileira quanto qualquer negra de origem africana vendendo acarajé nas ruas de
Salvador. Porque o Brasil é tudo isso. E nem a cor de meu cabelo e olhos, nem meu
sobrenome, nem os livros que li na infância, nem o idioma que falei naquele tempo além
do português, me fazem menos nascida e vivida nesta terra de tão surpreendentes
misturas: imensa, desaproveitada, instigante e (por que ter medo da palavra?)
maravilhosa.
Fonte: (LUFT, Lya. Pensar e transgredir. Rio de Janeiro: Record, 2005, p.49-51.)

1- Comente a afirmação abaixo, relacionando-a com texto que você acabou de ler.
“Terra de contrastes, maravilhosa e desesperada, destruidora, passional. É preciso viver e
entender o Brasil antes, para depois amá-lo. Nele se encontra de tudo e o contrário de
tudo. É selvagem como sua floresta amazônica e fascinante como suas mulatas,
tremendamente pobre, embora imensamente rico, pagão nos ritos do candomblé, embora
rigorosamente religioso. É o país das duas almas, de dois mundos que quase se tocam,
mas que se encontram somente uma vez, quando começa o carnaval. E então é
felicidade”. Fonte:https://www.revistaturismo.com.br/artigos/imagem.html

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2- Assinale a alternativa em que a palavra em destaque está interpretada de maneira


incorreta.
a) “A culminância foi a observação de uma crítica berlinense (…)”. (AUGE)
b) “Pois o que mais exportamos de nós é o exótico e o folclórico.” (PRIMITIVO)
c) “… mulheres de corpos alvíssimos espreitando entre os troncos das árvores (…)”
(OCULTANDO-SE)
d) “(…) esse desconhecimento não se deve apenas à natural (ou inatural) alienação
estrangeira (…)” (ÊXTASE)
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3- Assinale a alternativa que confirma a alegação da autora de que a imagem do Brasil,


exótico e folclórico, é exportada pelos próprios brasileiros.
a) “- A senhora é brasileira? (…) Mas a senhora é loira!”
b) “- Escritora brasileira? Ué, mas no Brasil existem editoras?”
c) “Que maravilha! Nunca imaginei que no Brasil houvesse pessoas cultas!”
d) “(…) muita caipirinha na mesa, e televisões mostrando carnaval, futebol, praia e
mato.”

04. Qual das classificações abaixo não corresponde ao advérbio destacado?


a) “(…) uma floresta muito pouco real (…)” - intensidade
b) “E, eu, mulher essencialmente urbana (…)” - modo
c) “(…) e nunca realizada (…)” - consequência
d) “(…) não muito bem arrumados (…)” - negação
5- Após a leitura atenta do texto, qual poderia ser a tese que a autora propõe ao texto
“Nós, os brasileiros”?
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6- Produza um pequeno texto baseado na crítica contida na imagem abaixo:

Fonte: https://www.humorpolitico.com.br/. Acesso em: 13/02/19

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Atividade 03

Leia o texto e faça as questões 01 e 02.

Bruta flor do querer


Quando era menino, o pintor mexicano Diego Rivera entrou numa loja, numa
daquelas antigas lojas cheias de mágicas e surpresas, um lugar encantado para qualquer
criança. Parado diante do balcão e tendo na mão apenas alguns centavos, ele examinou
todo o universo contido na loja e começou a gritar, desesperado: “O que é que eu
quero???”.
Quem nos conta isso é Frida Kahlo, sua companheira por mais de 20 anos. Ela
escreveu que a indecisão de Diego Rivera o acompanhou a vida toda. Ao ler isso, me
perguntei: quem de nós sabe exatamente o que quer? A gente sabe o que não quer: não
queremos monotonia, não queremos nos endividar, não queremos perder tempo com
pessoas mesquinhas, não queremos passar em branco pela vida. Mas a pergunta inicial
continua sem resposta: o que a gente quer? O que iremos escolher entre tantas coisas
interessantes que nos oferece esta loja chamada Futuro?
Sério, a loja em que o pequeno Diego entrou chamava-se, ironicamente, Futuro. “O
que é que você quer?” Múltiplas alternativas. Medicina. Arquitetura. Música. Homeopatia.
Casar. Ficar solteiro. Escrever um livro. Fazer nada o dia inteiro. Ter dois filhos. Ter
nenhum. Cruzar o Brasil de carro. Entrar para a política. Tempo para ler todos os livros do
mundo. Conhecer a Grécia. Morrer dormindo. Não morrer. Aprender chinês. Aprender a
tocar bateria. Desaprender tudo o que aprendeu errado. Acupuntura. Emagrecer.
Ser famoso. Sumir. O que você quer? Morar na praia. Filmar um curta. Arrumar os
dentes. Abrir uma pousada. Recuperar a amizade com seu pai. Trocar de carro. Meditar.
Aprender a cozinhar. Largar o cigarro. Nunca mais sofrer por amor. Nunca mais. O que
você quer? Viver mais calmo. Acelerar. Trancar a Faculdade. Cursar uma Faculdade. Alta
na terapia. Melhorar o humor. Um tênis novo. Engenharia Mecânica. Engenharia Química.
Um mundo justo. Cortar o cabelo. Alegrias. Chorar. Abra a mão, menino, deixe eu ver
quantos centavos você tem aí. Olha, por esse preço, só uma caixinha vazia, você vai ter
que imaginar o que tem dentro. Serve.
Fonte: MEDEIROS, Marta. Montanha russa. Porto Alegre: LPM, 2003. p.199-200.
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1-Assinale a alternativa que contém a ideia expressa pelo título do texto “Bruta flor do
querer”.
a) “Abra a mão, menino, deixe eu ver quantos centavos você tem aí”.
b) “Ao ler isso, me perguntei: quem de nós sabe exatamente o que quer?”
c) “… antigas lojas cheias de mágica e surpresas, um lugar encantado para qualquer
criança.”
d) “Olha, por esse preço, só uma caixinha vazia, você vai ter que imaginar o que tem
dentro.”

2- A expressão “O que é que você quer?”, denota


a) Diálogo entre a autora do texto e o leitor.
b) o susto da vendedora devido ao desespero de Rivera.
c) o desinteresse da autora mediante os desejos humanos.
d) a resposta do cliente à indagação da autora.

Leia o texto abaixo e responda

Estimulantes, o alívio imediato

Às vezes, o cansaço é tão grande que a vontade que dá é a de tirar um cochilo ali
mesmo: na mesa do escritório, bem na frente do computador. Se os alimentos energéticos
reduzem o cansaço físico, os estimulantes combatem a fadiga mental. Os principais
representantes do gênero são o chá e o café. “Uma xícara de chá ou de café logo após a
refeição não só melhora a digestão, como também proporciona um pique extra para
enfrentar o período da tarde”, garante Tamara Mazaracki. Tanto o chá como o café são
ricos em cafeína, um estimulante que reduz a fadiga e melhora a concentração. Mas, para
algumas pessoas, três ou quatro xícaras de café por dia já são suficientes para causar
efeitos prejudiciais ao organismo, como ansiedade e irritação. Na dúvida, vale a pena
conferir: uma xícara de chá contém de 50 a 80 mg de cafeína, enquanto uma lata de
refrigerante, de 40 a 75 mg. Uma xícara de café forte pode chegar a 200 mg da
substância. Ao chá e café, a nutricionista Gisele Lemos acrescentaria o bom e velho
chocolate. “Os alimentos estimulantes são considerados infalíveis, porque proporcionam
um revigoramento mental, quase instantâneo”, justifica. Já a nutricionista Letícia Pacheco
recomenda o ainda pouco conhecido suco de clorofila. Vale lembrar que qualquer vegetal
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verde tem clorofila em sua composição. Por isso mesmo, a lista de opções é grande e
inclui folhas de couve, talos de brócolis e hortelã. Você pode misturá-las com frutas, como
limão, abacaxi ou laranja.
Fonte: Viva Saúde. n 76. Escala. p. 17.

3- O texto que você acabou de ler, trata de


a) alimentos que combatem a fadiga mental.
b) comportamento em ambiente de trabalho.
c) efeitos prejudiciais do chá e do café.
d) receitas para combater a ansiedade.

Leia o texto abaixo.


Caminhos da realeza

A Estrada Real ligava, inicialmente, a antiga Villa Rica, hoje Ouro Preto, ao porto de
Paraty, no Rio de Janeiro. Com o tempo, mais dois caminhos foram abertos. O primeiro
passou a ligar Ouro Preto à cidade do Rio de Janeiro.
Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina.
Além de percorrer diversos ecossistemas, como Mata Atlântica e Cerrado, a
estrada passa por várias unidades de conservação estaduais e federais.
Fonte: CHAVES, Lucas; SOARES, Jéssica. Caminhos da Realeza. Revista Manuelzão, Belo Horizonte, n. 46, ano 11, julho de 2008.

4- Na frase “Depois a estrada se estendeu até a atual Diamantina.”, o termo destacado


indica
a) dúvida.
b) lugar.
c) modo.
d) tempo.

Leia o texto abaixo.


Curiosidades: Nariz e orelhas nunca param de crescer

O tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas, não deixa de crescer nem
mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí por que o nariz e as orelhas de um idoso
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são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da
mastigação se atrofiam com a perda dos dentes.
Fonte: Disponível em: <http://www.terra.com.br/curiosidades> Acesso em: 26 mar. 10.

5- Na frase “...Daí por que o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando
era jovem”, o termo destacado indica
a) causa.
b) condição.
c) finalidade.
d) oposição.

6- Baseado na leitura do texto “Bruta flor do querer” e, a partir da indagação “O que é que
eu quero?”, crie um produto que possa ser vendido. Para criá-lo, pense nas necessidades
da sua comunidade e em características que possam persuadir o público-alvo a comprar
este produto: a tal “Bruta flor do querer”. Você pode utilizar linguagem verbal e não-verbal.
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Atividade 04

Leia o texto e faça as questões 01 e 02.

A FLOR NO ASFALTO
Conheço esta estrada genocida, o começo da Rio-Petrópolis. Duvido que se
encontre um trecho rodoviário ou urbano mais assassino do que esse. São tantos os
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acidentes que já nem se abre inquérito. Quem atravessa a Avenida Brasil fora da
passarela quer morrer. Se morre, ninguém liga. Aparece aquela velinha acesa, o corpo é
coberto por uma folha de jornal e pronto. Não se fala mais nisso.
Teria sido o destino de dona Creusa, se não levasse nas entranhas a própria vida.
Na pista que vem para o Rio, a 20 metros da passarela de pedestres, dona Creusa foi
apanhada por uma Kombi. O motorista tentou parar e não conseguiu. Em seguida veio
outro carro, um Apolo, e sobreveio o segundo atropelamento. A mesma vítima. Ferida, o
ventre aberto pelas ferragens, deu-se aí o milagre. Dona Creusa estava grávida e morreu
na hora. Mas no asfalto, expelida com a placenta, apareceu uma criança. Coberta a mãe
com um plástico azul, um estudante pegou o bebê e o levou para o acostamento. Nunca
tinha visto um parto na sua vida.
Entre os curiosos, uma mulher amarrou o umbigo da recém-nascida. Uma menina.
Por sorte, vinha vindo uma ambulância. Depois de chorar no asfalto, o bebê foi levado
para o hospital de Xerém. Dona Creusa, aos 44 anos, já era avó, mãe de vários filhos e
viúva. Pobre, concentração humana de experiências e de dores, tinha pressa de viver. E
era uma pilha carregada de vida. Quem devia estar ali era sua nora Marizete. Mas dona
Creusa se ofereceu para ir ao seu lugar porque, grávida, não pagava a passagem. Com o
dinheiro do ônibus podia comprar sabão. Levava uma bolsa preta, com um coração de
cartolina vermelha. No cartão estava escrito: quinta-feira.
Foi o dia do atropelamento. Apolo é o símbolo da vitória sobre a violência. Diz o
poeta Píndaro que é o deus que põe no coração o amor da concórdia. No hospital, sete
mães disputaram o privilégio de dar de mamar ao bebê. A vida é forte. E bela, apolínea,
apesar de tudo. Por que não?
Fonte: Otto Lara Resende

Vocabulário
Apolínea – relativo a Apolo; belo como esse deus grego.
Genocida – crime contra a humanidade; extermínio de uma raça.

1- Leia as afirmativas abaixo e coloque V para verdadeiro ou F para falso e em seguida


assinale a alternativa que representa a sequência correta.
( ) O texto de Otto Lara Resende descreve apenas mais um atropelamento na Rio –
Petrópolis.
( ) O autor afirma que não existe estrada mais assassina que a Rio – Petrópolis.
( ) Quanto ao título, não haveria diferença quanto ao significado se trocássemos o
artigo definido por um indefinido.
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( ) O cronista buscou transmitir uma notícia drástica de maneira suave ao criar este
título: “A flor no asfalto”.
a) ( ) VFVF b) ( ) VFVV c) ( ) FFVV d) ( ) FVVF

2- Sobre a crônica “A flor no asfalto” é correto afirmar que


a) o pronome “tudo”, na última linha, retoma a ideia central do texto.
b) a palavra “tantos”, linha 2 do 1º parágrafo, funciona como adjetivo, pois especifica o
vocábulo “acidentes”.
c) o pronome “quem”, linha 3 do 1º parágrafo, refere-se a todos que já passaram pelo
local.
d) a palavra “nisso”, linha 4 do 1º parágrafo, resume todo o texto e se refere aos
acidentes incomuns.
Leia atentamente o texto abaixo.

Realidade com muita fantasia

Nascido em 1937, o gaúcho Moacyr Scliar é um homem versátil: médico e escritor,


igualmente atuante nas duas áreas. Dono de uma obra literária extensa, é ainda um
biógrafo de mão cheia e colaborador assíduo de diversos jornais brasileiros. Seus livros
para jovens e adultos são sucesso de público e de crítica e alguns já foram publicados no
exterior.
Muito atento às situações-limite que desagradam à vida humana, Scliar combina
em seus textos indícios de uma realidade bastante concreta com cenas absolutamente
fantásticas. A convivência entre realismo e fantasia é harmoniosa e dela nascem os
desfechos surpreendentes das histórias.
Em sua obra, são freqüentes questões de identidade judaica, do cotidiano da
medicina e do mundo da mídia, como, por exemplo, acontece no conto “O dia em que
matamos James Cagney”.
Fonte: Para Gostar de Ler, volume 27. Histórias sobre Ética. Ática, 1999.

3- A expressão sublinhada em “é ainda um biógrafo de mão cheia” (ℓ. 2) e (ℓ. 3) significa


que Scliar é
a) crítico e detalhista.
b) criativo e inconsequente.
c) habilidoso e talentoso.
d) inteligente e ultrapassado.
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Leia o texto para responder a questão abaixo:

Linguagem Publicitária
[…]
Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos noticiários dos
jornais, a mensagem publicitária cria e exibe um mundo perfeito e ideal [...] Tudo são
luzes, calor e encanto, numa beleza perfeita e não perecível.
[…]
Como bem definiu certa vez um gerente de uma grande agência francesa,
publicidade é “encontrar algo de extraordinário para falar sobre coisas banais”.
[…]
Fonte: CARVALHO, Nelly de. A linguagem da sedução.São Paulo: Ática, 1996.In: CEREJA,William Roberto e MAGALHÃES, Thereza.
Português Linguagens. São Paulo: Atual, 2006.

4- No trecho “Ao contrário do panorama caótico do mundo apresentado nos noticiários


dos jornais, a mensagem publicitária cria e exibe um mundo perfeito e ideal […]”, a
palavra destacada está no mesmo campo de significado de
a) ideal.
b) confuso.
c) perfeito.
d) encanto.

Leia o texto abaixo:

Ética nas redes sociais – Pratique!

Quando navegamos na internet, criamos a ilusão de estarmos “imunes” às nossas


publicações, textos, fotos, vídeos...
Porém, muitos se esquecem de que podemos ser prejudicados dependendo do que
postamos, pois sempre somos responsáveis por nossas ações online. Algumas situações
podem até gerar processos por causa de uma leve brincadeira, isso sem contar
demissões por justa causa, separações de casais, brigas entre amigos e etc., por isso é
importante manter uma postura ética não só nas redes sociais, mas em toda internet. Na
dúvida, não publique!
Todos nós sabemos que a internet abre possibilidades para nos expressarmos com
39

mais liberdade, encontrarmos pessoas que pensam de maneira parecida (ou não), mas
lembre-se: “O seu direito termina onde começa o direito do outro”.
Já que a situação não é tão legal quando o prejudicado é você, então antes de escrever
por impulso, pense um pouco, veja se não vai ofender ninguém, pois alguém pode um dia
se deparar com alguma coisa que você escreveu e não gostar, daí o problema começa.
E lembre-se: por mais que você pense que não é monitorado, isso não é verdade,
na internet tudo é rastreado sim, então não abuse e aja com ética e respeito!
Fonte: (Adaptado de https://blogprnewswire.com/2013/01/21/etica-nas-redes-sociais-pratique/)

5- A finalidade do texto “Ética nas redes sociais – Pratique!” é


a) conscientizar a respeito do uso, de forma responsável, da internet.
b) divulgar um artigo que fala sobre a importância da internet.
c) ensinar a escrever um artigo de opinião que fale sobre a internet.
d) debater sobre o fato da internet não ser um espaço monitorado.

Leia o texto abaixo para fazer sua produção textual.

Latam demite funcionário envolvido em vídeo machista na Rússia.

A Latam demitiu nesta quarta-feira, 20, o funcionário Felipe Wilson, envolvido em


um vídeo machista com russas durante a Copa do Mundo. O UOL Esporte confirmou o
desligamento com fontes ligadas à empresa. Wilson participou de uma gravação na qual
pede para três russas repetirem uma frase de baixo calão em português. O vídeo viralizou
nas redes sociais, mas por ser de mal gosto e ofensivo. “A LATAM Airlines Brasil repudia
veementemente qualquer tipo de ofensa ou prática discriminatória e reforça que qualquer
opinião que contrarie o respeito não reflete os valores e os princípios da empresa. A partir
deste pressuposto, a companhia informa que tomou as medidas cabíveis, conforme seu
código de ética e conduta”, escreveu. São pelo menos três casos de vídeos machistas
divulgados desde o início do Mundial. Os casos podem se tornar um problema jurídico no
país-sede da Copa do Mundo.
Fonte: Adaptado de Uol Notícias .-Acesso em: 20/06/18.

6- Relacione a notícia do texto “Latam demite funcionário envolvido em vídeo machista na


Rússia” com o texto “Ética nas redes sociais – Pratique!”. O que você pensa sobre essa
temática? Elabore um pequeno texto sobre o assunto, deixando claro seu ponto de vista.
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Atividade 05

FURTO DE FLOR
Leia o texto abaixo.

Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava, e eu furtei a flor.
Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O
copo destina-se a beber e flor não é para ser bebida. Passei-a para o vaso e notei que ela
me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa
flor se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-
la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava
restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico de flores. Eu a furtara, eu a via morrer. Já
murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim
onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que idéia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Fonte: Carlos Drummond de Andrade. Contos plausíveis. RJ, José Olympio, 1985. p. 80

01. Leia as afirmativas abaixo e coloque V para VERDADEIRO ou F para FALSO e em


seguida assinale a alternativa que representa a sequência correta.

( ) O texto Furto de Flor é predominantemente narrativo.


( ) O autor ao longo do texto vai construindo um misto de narrativa e texto subjetivo.
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( ) O autor usou a 1ª pessoa para, supostamente, aproximar-se do personagem da


narrativa.
( ) Apenas pela leitura do título do texto, pode-se afirmar que o texto é narrativo.

a) VVFF
b) VFFV
c) VFVF
d) FVFF

02. Leia as afirmativas abaixo e coloque V para VERDADEIRO ou F para FALSO e em


seguida assinale a alternativa que representa a sequência correta.

( ) O autor parece supor que no copo a flor não estava satisfeita, pois ela poderia se
sentir amedrontada, uma vez que corria o risco de ser bebida.
( ) Ao longo do texto, o personagem vai gradativamente buscando manter a flor viva,
mas não é feliz no seu intento, pois a retirou de seu habitat natural.
( ) Segundo o texto de Drummond, a condição para haver novidade numa flor, sem
agredi-la, é apenas admirá-la.

a) Somente o item II é falso.


b) Os itens II e III são falsos.
c) Todos os itens são verdadeiros.
d) Somente os itens II e III são verdadeiros.

Leia atentamente o texto abaixo.

Brincadeira retrô

Me lembro bem de quando era pequena e do quanto minha imaginação era fértil.
Eu fui daquelas crianças que davam arrepios nos pais por conta das brincadeiras
mirabolantes: a cama de casal que virava navio pirata, o sofá da sala que virava palco de
teatro com direito a cortina de lençol e tudo mais… Toda vez que começava a me animar
minha avó dizia: “Lá vem essa menina inventando moda”. Hoje vejo que esse era o jeito
de brincar das crianças de antigamente. Não havia toda essa parafernália eletrônica, que
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toca música, anda, fala e não deixa nenhum espaço para a imaginação. Precisávamos
inventar as nossas brincadeiras. Criança moderna não sabe brincar sozinha, tem sempre
a babá, o computador, o DVD… Hoje tento incentivar meu filho a brincar assim também.
Não é que eu vá jogar todos os brinquedos dele fora, mas, com certeza, ele vai aprender
a se divertir com muito menos. Dá mais trabalho, faz mais bagunça, mas é infinitamente
mais divertido.
POMÁRICO, Veri. Revista Gol, Editora Trip: s/l. s/d.

03. A autora desse texto defende que


a) as crianças devem brincar com parafernálias eletrônicas.
b) as brincadeiras das crianças de antigamente eram divertidas.
c) as maneiras de as crianças de hoje brincarem devem ser aceitas.
d) as brincadeiras de antigamente eram mais criativas que as atuais.

Leia o texto para responder a questão a seguir.

A música na escola
Pesquisadores e professores discutem, no Rio, uma proposta que pode mudar os
currículos escolares: eles querem que a música volte a ser uma disciplina obrigatória.
(...) “A melhor coisa que a escola me deu foi a música”, diz uma aluna.
Mas é algo que nem toda escola tem. “Na minha outra escola não tinha música,
agora eu chego aqui, tem música, eu fico admirada”, diz outra estudante.
A escola pública no bairro pobre do Rio tem até banda. Música já foi uma disciplina
obrigatória nas escolas brasileiras, mas a lei que regulamenta o ensino mudou e a música
virou parte do conteúdo de uma outra matéria, a educação artística, que também reúne o
teatro e as artes plásticas. Trinta e três anos depois da mudança, grupos se mobilizam e
pedem a volta da música ao currículo escolar. É o que se discute no Rio, em um
seminário de pesquisadores e professores de música do país todo. “O país dito como
musical não pode prescindir de ter música também nas suas escolas”, diz uma
pesquisadora.
Fonte: Globo.com. www.netmusicos.com.br/artigo141.htm. Acesso em: 19/02/19.

04. O uso da palavra MAS, no 2° parágrafo, estabelece uma relação de


a) confirmação do expresso por uma aluna, retratado no 1° parágrafo.
b) oposição à opinião expressa no 1° parágrafo.
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c) comparação às assertivas do 1° parágrafo.


d) suposição ao exposto na fala da estudante.

Leia o texto abaixo.

Água por todo lado


Desvende os segredos das ilhas e entenda por que elas são tão diferentes

Água à vista
Existem ilhas em oceanos, rios e lagos do mundo todo. E nem todas se formaram
do mesmo jeito. Elas podem surgir quando a água sobe ao redor de montanhas, quando a
correnteza junta uma grande quantidade de areia e pedra num local ou a partir da lava
expelida por vulcões submarinos.

Muitas diferenças
Cada ilha tem sua paisagem. Em muitas há plantas, rios e animais. Outras são
como desertos. Algumas têm vilas ou imensas cidades. Mesmo as que são formadas só
por pedras, têm importância na natureza, pois são pontos de descanso para animais e,
sob a água, abrigam peixes e outros bichos.

Faça a sua
Em Dubai, nos Emirados Árabes, existem ilhas artificiais feitas de areia onde há
casas e hotéis. Essa ideia não é nova. Povos que vivem no Peru fazem ilhas desde o ano
1200.
Eles empilham folhas e galhos de uma planta e constroem casas sobre essas ilhas,
usando fibras da mesma planta.

Cuidado importante
Numa ilha, os elementos da natureza estão em equilíbrio. Isso garante a
sobrevivência de vegetais, plantas, aves, répteis, mamíferos e outros seres que estão ali.
A chegada de lixo, plantas ou bichos de outros locais pode levar muitas espécies animais
e vegetais ã morte e até mesmo à extinção. […]
Fonte: Recreio, ano 9, n. 436. p. 12.

05. No trecho “… pois são pontos de descanso para animais…” (Z. 14), a palavra
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destacada expressa uma ideia de

a) adição.
b) conclusão.
c) comparação.
d) explicação

Leia o texto a seguir.


O MEIO AMBIENTE RECLAMA

Comemorado em 5 de junho, o Dia Internacional do Meio Ambiente é uma boa data


para nos perguntarmos: nosso padrão e nível de consumo são sustentáveis?
No Brasil, ao lado de uma parcela significativa de consumidores com um padrão de
consumo dispendioso, comparável aos dos países ricos, temos uma maioria que, para
sobreviver, consome pouco, mas que também persegue hábitos de consumo
insustentáveis. Dessa forma, as políticas de consumo sustentável no Brasil devem estar
relacionadas, em primeiro lugar, com a eliminação da pobreza, ou seja, elevar o piso
mínimo de consumo daqueles que vivem abaixo de um padrão de consumo que garanta
uma vida digna. Ao mesmo tempo, devemos mudar os padrões e níveis de consumo,
evitando a concentração de renda, e promover um novo estilo de vida mais sustentável.

06. Após a leitura do texto acima, produza um texto dissertativo de no mínimo vinte linhas
sobre consumo sustentável no Brasil. Não se esqueça de colocar título.
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ATIVIDADE 6

Leia o texto e faça as questões 01 e 02.

Os jovens e os dilemas da sexualidade

Atualmente, os jovens estão iniciando a vida sexual mais cedo. A sexualidade tem
sido discutida de forma mais “aberta”, nos discursos pessoais, nos meios de
comunicação, na literatura e artes. Entretanto, essa aparente “liberdade sexual” não torna
as pessoas mais “livres”, pois ainda há bastante repressão e preconceito sobre o assunto.
Além disso, as regras de como devemos nos comportar sexualmente prevalecem
em todos os discursos, o que se torna uma questão velada de repressão. O jovem do
século XXI é visto como livre, bem informado, “antenado” com os acontecimentos, mas as
pesquisas mostram que, quando o assunto é sexo, há muitas dúvidas e conflitos. Desde
dúvidas específicas sobre questões biológicas, como as doenças sexualmente
transmissíveis, até conflitos sobre os valores e as atitudes que devem tomar em
determinadas situações.
Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e
orientações suficientes. A mídia, salvo exceções, contribui para a desinformação sobre
sexo e a deturpação de valores. A superbanalização de assuntos relacionados à
46

sexualidade e das relações afetivas gera dúvidas e atitudes precipitadas. Isso pode levar
muitos jovens a se relacionarem de forma conflituosa com os outros e também com a
própria sexualidade.
Enfim, hoje existe uma aparente liberdade sexual. Ao mesmo tempo em que as
pessoas são, em comparação a anos anteriores, mais livres para fazer escolhas no
campo afetivo e sexual, ainda há muita cobrança por parte da sociedade. Essa cobrança
acaba sendo internalizada. Assim, as pessoas acabam assumindo comportamentos e
valores adotados pela maioria.
Fonte: www.faac.unesp.br/pesquisa/nos/sexualidade, baseado nos estudos de Ana Cláudia Bertolozzi Maia. Texto adaptado. Acesso em: 13/02/19.

01. No texto, a autora afirma que há uma aparente liberdade sexual. Assinale a alternativa
que CONFIRMA essa afirmação.

a) A maneira incisiva e proibitiva como a sociedade hoje, muito mais que em anos
passados, tem agido no que diz respeito à sexualidade dos jovens.
b) A nova postura dos jovens de hoje que têm mais liberdade em suas escolhas,
porém as práticas sociais, de certa forma, influenciam de maneira repressiva seus
valores.
c) A banalização da sexualidade, que faz com que os grupos sociais, nos dias de
hoje, deixem de se importar com questões dessa natureza.
d) O total descaso da sociedade em relação à vida sexual dos jovens, apesar dos
perigos a que eles estão expostos, como às doenças sexualmente transmissíveis.

02. Assinale a alternativa que mantém o mesmo sentido do conectivo da oração em


destaque.
“Apesar de iniciarem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e
orientações suficientes.”
a) Embora iniciem a vida sexual mais cedo, os jovens não têm informações e
orientações suficientes.
b) Como os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, não têm informações e
orientações suficientes.
c) Tanto os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, que não têm informações e
orientações suficientes.
d) Os jovens iniciam a vida sexual mais cedo, portanto não têm informações e
orientações suficientes.
47

Leia o texto para responder a questão abaixo.

Rua do Sol
[…]
Mais um grande acontecimento sacudia a cidade. E toda a Rua do Sol participava
da mesma estranha agitação. Os pais confabulavam. Os vizinhos confraternizavam. Havia
que olhar as crianças, vigiá-las, evitar que ficassem na rua. A morte poderia surgir
inesperadamente, arrastando-as. O primeiro automóvel circulava. Era uma coisa
inesperada, que andava por si, como se fosse um trem, mas sem locomotiva. Nada
lembrava dos bondinhos a burro que rolavam barulhentos pelas ruas.[…]

Fonte: LESSA, Orígenes. Seleta.2 ed.Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.

03. O acontecimento que deixou os moradores da Rua do Sol agitados foi

a) a circulação do primeiro automóvel nas ruas da cidade.


b) a confraternização dos pais e das crianças nas ruas barulhentas.
c) a atitude das crianças frente aos trens barulhentos.
d) a lembrança do barulho dos carros nos trilhos.

Leia o texto abaixo e responda.

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[…] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-


se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao
norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso
representa menos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do
manto, muito frio, algumas vezes abaixo de – 40°C, está aumentando.
Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega
como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento
de gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da
Campanha de Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da
plataforma de gelo Wilkins, de cerca de 14 mil km 2, que está prestes a se depreender da
Península Antártica.
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Atualmente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por


uma faixa de gelo de apenas 40 km de largura.
Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.

04. No trecho “Explica-se: a camada que está…” ( . 1-2), os dois pontos foram
empregados para
a) acrescentar um argumento.
b) definir um conceito.
c) introduzir um esclarecimento.
d) questionar um dado.

Leia o texto abaixo.

“Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e


subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua
fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a
uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais,
sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas
variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como
norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua
função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força
contrária à variação.”
Fonte: Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.

05. A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:


a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e
passa a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de
empobrecimento do léxico.
c) local onde a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das
adaptações linguísticas produzidas pelos falantes.
d) um sistema padrão que deve ser preservado na modalidade oral e escrita, pois toda
modificação é prejudicial a um sistema linguístico.
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Observe a charge a seguir:

06- Produza um pequeno texto sobre variação e preconceito linguístico, baseado em suas
experiências de vida.
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ATIVIDADE 7
Leia o texto abaixo:

GERAÇÃO DO CELULAR
O uso do celular é considerado atualmente o maior entretenimento dos brasileiros,
tem ocupado quase a metade das horas vagas da população e especialistas confirmam
que as pessoas estão viciadas. Os usuários não usam o celular ou a internet apenas para
olhar uma mensagem ou outra, e sim, ficam vidrados o dia inteiro, seja na rua, na praça,
com os amigos e até mesmo no trabalho. As pessoas precisam aprender ter mais contato
com o mundo real.
As crianças estão passando horas do seu tempo livre em frente ao computador ou
no celular em jogos que poderiam ser utilizadas para uma leitura de bons livros ou para
uma conversa com os amigos. Adultos chegam do trabalho já vão conferir as últimas
atualizações dos aplicativos de relacionamentos e até idosos estão aderindo à nova
tecnologia. A cultura da população está mudando e isso preocupa.
Acredito que as redes sociais foram criadas para que nós tivéssemos mais contato
50

com as pessoas, mas está totalmente ao contrário. O que veio para aproximar acabou
afastando. As redes sociais estão fazendo as pessoas antissociais umas com as outras. A
comunicação que prevalece é a virtual e a prática de boas atitudes humanas, como o
“bom dia”, “por favor”, são raros.
Temos que incentivar às crianças, aos adolescentes e até aos adultos a se
desconectarem do mundo virtual para se conectarem com o mundo real. Deixar o celular
desligado quando estiver em família, curtir um passeio sem tantas selfies e dar
preferência ao bate-papo olho-no-olho são situações que fortalecerão o relacionamento e
o amor.
Inaê Soares. Escola João Moreira Barroso. Setembro de 2017 (Adaptado).

01. Qual o assunto do artigo de opinião?


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02. A finalidade do texto é


a) informar sobre o avanço das tecnologias.
b) apresentar dados históricos sobre as redes sociais.
c) apresentar um ponto de vista para convencer o leitor.
d) informar sobre a importância do celular na comunicação.

03. Segundo a autora, como os usuários do celular estão se comportando atualmente em


relação aos aplicativos de relacionamento?
a) Eles estão passando todo o seu tempo livre nas redes sociais.
b) Os usuários usam o celular excessivamente.
c) Os usuários usam todos os dias o celular, mas conseguem limitar o tempo que passam
nas redes sociais.
d) Usam as redes sociais apenas para se relacionar amorosamente.

Leia o texto abaixo e responda.


O bicho Folharal

Havia seca no sertão e somente uma cacimba ao pé de uma serra tinha ainda um
pouco de água. Todos os animais selvagens eram obrigados a beber ali. A onça ficou à
espera da raposa, junto da cacimba, dia e noite. Nunca a raposa sentira tanta sede. Ao
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fim de três dias já não aguentava mais. Resolveu ir beber, usando duma astúcia qualquer.
Achou um cortiço de abelhas, furou-o e com o mel que dele escorreu untou todo o
seu corpo. Depois, rolou num monte de folhas secas, que se pregaram aos seus pelos e
cobriram-na toda. Imediatamente, foi à cacimba. A onça olhou-a bem e perguntou:
– Que bicho és tu que eu não conheço, que eu nunca vi?
– Sou o bicho Folharal. – respondeu a raposa.
– Podes beber.
A raposa desceu a rampa do bebedouro, meteu-se na água, bebendo-a com delícia
e a onça lá em cima, desconfiada, vendo-a beber demais, como quem trazia uma sede de
vários dias, dizia:
– Quanto bebes, Folharal!
Quando já havia bebido o suficiente, a última folha caíra, a onça reconhecera a
inimiga esperta e pulara ferozmente sobre ela, mas a raposa conseguira fugir.
Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br/ct02a.htm>. Acesso em: 02 jul. 09. Fragmento. *Adaptado:
Reforma Ortográfica.

04. Na expressão “– Quanto bebes, Folharal!” (ℓ. 22), o ponto de exclamação sugere
a) admiração.
b) curiosidade.
c) desconfiança.
d) preocupação.

Leia o texto abaixo:

A floresta do contrário

Todas as florestas existem antes dos homens.


Elas estão lá e então o homem chega, vai destruindo, derruba as árvores, começa
a construir prédios, casas, tudo com muito tijolo e concreto. E poluição também.
Mas nesta floresta aconteceu o contrário. O que havia antes era uma cidade dos
homens, dessas bem poluídas, feia, suja, meio neurótica.
Então as árvores foram chegando, ocupando novamente o espaço, conseguiram
expulsar toda aquela sujeira e se instalaram no lugar.
É o que se poderia chamar de vingança da natureza – foi assim que terminou seu
relato o amigo beija-flor.
52

Por isso ele estava tão feliz, beijocando todas as flores – aliás, um colibri bem
assanhado, passava flor por ali, ele já sapecava um beijão.
Agora o Nan havia entendido por que uma ou outra árvore tinha parede por dentro,
e ele achou bem melhor assim.
Algumas árvores chegaram a engolir casas inteiras.
Era um lugar muito bonito, gostoso de se ficar. Só que o Nan não podia, precisava
partir sem demora. Foi se despedir do colibri, mas ele já estava namorando apertado a
uma outra florzinha, era melhor não atrapalhar.
LIMA, Ricardo da Cunha. Em busca do tesouro de Magritte. São Paulo: FTD, 1988.

05. No trecho “Elas estão lá e então o homem chega…” (ℓ.2), a palavra destacada refere-
se às
a) flores.
b) casas.
c) florestas.
d)árvores.

06. Com base na sua experiência pessoal e outras leituras sobre o assunto, escreva um
texto dissertativo que deverá ter como tema:

O papel da internet na comunicação entre as pessoas

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ORIENTAÇÕES

METODOLÓGICAS
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DESCRITORES DA MATRIZ SAEB USADOS NAS QUESTÕES DO 6° E 7° ANO

Questão Descritor Habilidade


01 D6 Identificar o tema de um texto.
Localizar informações explícitas em um
02 D1
texto.
Inferir uma informação implícita em um
03 D4
texto.
Atividade 01 Estabelecer relações entre partes de um
texto, identificando repetições e
04 D2
substituições que contribuem para a
continuidade de um texto.
Identificar os níveis de linguagem e/ou as
05 D13 marcas linguísticas que evidenciam
locutor e/ou interlocutor.
Questão Descritor Habilidade

Inferir uma informação implícita em um


01 D4
texto.

Localizar informações explícitas em um


02 D1
texto.

Inferir uma informação implícita em um


03 D4
Atividade 02 texto..

Identificar os níveis de linguagem e/ou as


04 D13 marcas linguísticas que evidenciam
locutor e/ou interlocutor.

Interpretar texto com auxílio de material


05 D5 gráfico diverso (propaganda, quadrinhos,
foto, etc.).

Questão Descritor Habilidade


Atividade 03 Inferir uma informação implícita em um
01 D4
texto.
56

Inferir o sentido de uma palavra ou


02 D3
expressão.

Identificar a finalidade de textos de


03 D12
diferentes gêneros.

Inferir o sentido de uma palavra ou


04 D3
expressão.

Reconhecer o efeito de sentido


05 D18 decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão.

Questão Descritor Habilidade

Identificar efeitos de ironia ou humor em


01 D16
textos variados.

Localizar informações explícitas em um


02 D1
texto.

Localizar informações explícitas em um


Atividade 04 03 D1
texto.

Reconhecer o efeito de sentido


04 D18 decorrente da escolha de uma
determinada palavra ou expressão.

Inferir o sentido de uma palavra ou


05 D3
expressão.

Questão Descritor Habilidade

Distinguir um fato da opinião relativa a


01 D14
esse fato.

Localizar informações explícitas em um


Atividade 05 02 D1
texto.

Estabelecer relações entre partes de um


texto, identificando repetições e
03 D2
substituições que contribuem para a
continuidade de um texto.
57

Inferir uma informação implícita em um


04 D4
texto.

Identificar efeitos de ironia ou humor em


05 D16
textos variados.

Questão Descritor Habilidade

01 D6 Identificar o tema de um texto.

Localizar informações explícitas em um


02 D1
texto.

Localizar informações explícitas em um


03 D1
texto.
Atividade 06
Identificar os níveis de linguagem e/ou as
04 D13 marcas linguísticas que evidenciam
locutor e/ou interlocutor.

Estabelecer relações entre partes de um


texto, identificando repetições e
05 D2 substituições que contribuem para a
continuidade de um texto.
Questão Descritor Habilidade
Inferir uma informação implícita em um
01 D4
texto.
Inferir uma informação implícita em um
02 D4
texto.
Inferir uma informação implícita em um
03 D4
Atividade 07 texto.
Inferir o sentido de uma palavra ou
04 D3
expressão.
Estabelecer relações entre partes de um
texto, identificando repetições e
05 D2
substituições que contribuem para a
continuidade de um texto.
58

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES DO 6° E 7° ANO

Atividade 01

01. Primeiramente os alunos deverão ler atentamente o texto “Sapateiro”. Em seguida,


algumas perguntas em relação ao texto deverão ser direcionadas a turma. Após este
momento, faça uma roda de conversa para saber se eles conhecem alguma história que
tenha sido contada de familiar para familiar, permita que eles contem suas histórias e que
pensem em um tema para elas.
02. GABARITO A. O aluno deve responder com base no primeiro parágrafo.
03. Para iluminar o caminho dos viajantes.
04. GABARITO C. O aluno chegará a essa resposta a partir de uma leitura atenta do
parágrafo, retomando, então, o termo “os viajantes”.
05. O aluno, ao observar a forma como o texto foi escrito, deverá responder “linguagem
informal”.
06. Produção Textual. Proporcione uma discussão sobre preconceito linguístico,
refletindo sobre linguagem popular e não popular e conceito de certo e errado... Após
esse momento, solicite a produção textual.

Atividade 02

01. GABARITO A. O aluno chegará à assertiva após uma leitura atenta do texto,
momento em que poderá observar que, mesmo querendo muito ficar o com peixe, o
homem abre mão de estar com ele.
02. O homem sentiu pena do peixinho porque ele era pequenininho e inocente, e tinha um
azulado indescritível nas escamas.
03. O que fez o homem mudar de ideia foi a percepção de que o peixinho estava
silencioso e levemente melancólico.
04. A variante utilizada pelas personagens é a informal, com uso de gírias.
05. O aluno deverá perceber que, embora essa variante lingüística comunique em vários
outros contextos, ela não é a variante desenvolvida no contexto escolar, uma vez que este
privilegia a norma padrão.
06. Produção Textual. Proporcione uma discussão sobre as várias formas de falar e
como ela vai variar de acordo com o contexto de fala e a intencionalidade. Após esse
momento, solicite a produção textual.
59

Atividade 03

01. GABARITO A. O aluno deve perceber que o texto fala sobre a arte de cantar.
02. Ele quis dizer que já foi o principal cantor de lá.
03. GABARITO A. A partir da leitura do texto verbal, associada à leitura do texto não-
verbal, o aluno perceberá que o texto fala sobre a importância dos livros.
04. O aluno deverá perceber que, nesse contexto específico, mina quer dizer menina,
garota.
05. O texto está fazendo uso de uma linguagem informal.
06. Produção Textual. Professor, você já vem discutindo com os alunos sobre variante
linguística e adequação da fala e da escrita ao contexto. Nesse primeiro momento, o
aluno irá transferir para a forma escrita, a partir do gênero bilhete, a forma como ele fala
com seus colegas, seus grupos... Após essa escrita, peça que um ou dois alunos leiam e
observem se todos compreendem a linguagem utilizada. Faça questionamento do tipo:
uma só forma de falar e escrever atende a todas as necessidades de comunicação? Se
não, como poderíamos adequar essa forma de falar e escrever de acordo com cada
contexto?

Atividade 04

01. GABARITO A. É importante uma leitura atenta de todo o texto para chegar ao humor
que se configura na possibilidade de pensar que o coveiro era um morto e, portanto, jogar
terra para cobri-lo.
02. GABARITO A. O desespero se dá por estar preso no buraco e já ser noite.
03. GABARITO B. Quem fez a pergunta foi o bêbado, portanto, a cabeça ébria.
04. A personagem utilizou linguagem figurada, pois a vida não é um ser animado que
tenha dentes.
05. A personagem quis dizer que, para ela, a vida não está completa, que está faltando
alguma coisa, revelando, assim, seus sentimentos diante da vida.
06. Produção Textual. Proporcione uma discussão sobre planejamento pessoal,
converse com alunos sobre a importância de traçar um plano para que eles possam dar
continuidade aos estudos e também conquistar outras metas. Após esse momento,
solicite a produção textual.
60

Atividade 05

01. GABARITO C. A frase que apresenta uma opinião é: “Se eu levar água para você,
sem dúvida eu serei esse alimento” e está diretamente ligada ao fato do lobo ter pedido
água.
02. A ovelha chegou à conclusão de que se tornaria alimento do lobo.
03. GABARITO B. O termo “ele” se refere ao lobo.
04. GABARITO B. A frase “Eu também, é por isso que estou demorando” significa que ele
quer ganhar tempo até começar a trabalhar.
05. GABARITO D. O humor da tirinha fica claro no trecho “É por isso que estou
demorando”.
06. Produção Textual. Os alunos irão criar uma nova história, completamente diferente
da anterior, mas que faça sentido com as imagens que já existem. É importante que, se
possível, o humor esteja presente nesse novo texto.

Atividade 06

01. GABARITO C. O aluno deverá perceber que acontece um acidente no elevador e não
uma briga, ou morte, ou incêndio.
02. GABARITO D. Uma leitura atenta mostra que a quantidade de vítimas do acidente
levadas à Santa Casa da cidade foram cinco pessoas.
03. Os moradores já solicitavam que fosse feita a substituição do antigo elevador e
pagaram nos últimos meses uma taxa de condomínio para que fosse feita a troca. Essa
poderia ser uma outra causa do acidente.
04. GABARITO C. Marca uma linguagem informal.
05. GABARITO A. O termo elas se refere as baratas.
06. Produção Textual. Professor, os alunos, após uma pesquisa, deverão produzir um
texto informativo a respeito de um bicho de estimação que eles gostariam de ter.

Atividade 07

01. GABARITO D. Com base na leitura atenta do texto, os alunos vão perceber que os
ratos não socializaram o queijo e, dessa forma, viraram “gatos” dos ratos mais fracos, ou
seja, passaram a ser os opressores.
61

02. O que motivou o desejo pelo fim do gato foi o sentimento de que ele era a única coisa
que impedia os ratos de comerem o queijo.
03. Antes de o gato desaparecer, o sentimento que envolvia os ratos era de solidariedade
e irmandade.
04. GABARITO A. A palavra imensamente dá ideia de intensidade, podendo ser
substituída pela palavra muito.
05. GABARITO A. A palavra todos se refere a palavra “ratos”.
06. Produção Textual. A partir da leitura do texto sobre os ratos e o gato e da discussão
sobre a moral dessa história, peça aos alunos que produzam um texto narrativo, contando
algo que aconteceu com eles ou com alguém conhecido, deixando a moral da história
explícita, algo que contribua com a vida em sociedade.
62

DESCRITORES DA MATRIZ SAEB USADOS NAS QUESTÕES DO 8° E 9° ANO

Questão Descritor Habilidade


Inferir uma informação implícita em um
01 D4
texto.
Inferir uma informação implícita em um
02 D4
texto.
Identificar os níveis de linguagem e/ou as
03 D13 marcas linguísticas que evidenciam
Atividade 01 locutor e/ou interlocutor.
Estabelecer relações entre partes de um
texto, identificando repetições ou
04 D2
substituições que contribuem para a
continuidade de um texto.
Reconhecer o efeito de sentido
05 D17 decorrente do uso da pontuação e de
outras notações.
Questão Descritor Habilidade

Reconhecer diferentes formas de tratar


uma informação na comparação de
textos que tratam do mesmo tema, em
01 D20
função das condições em que ele foi
produzido e daquelas em que será
recebido.

Atividade 02 Inferir o sentido de uma palavra ou


02 D3
expressão.

Distinguir um fato da opinião relativa a


03 D14
esse fato.

Estabelecer relações lógico-discursivas


04 D15 presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.

05 D6 Identificar o tema de um texto.

Atividade 03 Questão Descritor Habilidade


63

Inferir uma informação implícita em um


01 D4
texto.

Inferir o sentido de uma palavra ou


02 D3
expressão.

03 D6 Identificar o tema de um texto.

Estabelecer relações lógico-discursivas


04 D15 presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.

Estabelecer relações lógico-discursivas


05 D15 presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.

Questão Descritor Habilidade

Inferir uma informação implícita em um


01 D4
texto.

Estabelecer relações lógico-discursivas


02 D15 presentes no texto, marcadas por
Atividade 04 conjunções, advérbios, etc.

03 D3 Inferir o sentido de uma palavra ou


expressão.
04 D3 Inferir o sentido de uma palavra ou
expressão.
Identificar a finalidade de textos de
05 D12
diferentes gêneros.

Questão Descritor Habilidade


01 D10 Identificar o conflito gerador do enredo e
os elementos que constroem a narrativa.

Atividade 05 02 D4 Inferir uma informação implícita em um


texto.

03 D1 Localizar informações explicitas em um


texto.
64

04 D15 Estabelecer relações lógico-discursivas


presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.

05 D15 Estabelecer relações lógico-discursivas


presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.

Questão Descritor Habilidade

Distinguir um fato da opinião relativa a


01 D14
esse fato.

Estabelecer relações lógico-discursivas


02 D15 presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.
Atividade 06 Localizar informações explícitas em um
03 D1
texto.

Reconhecer o efeito de sentido


04 D17 decorrente do uso da pontuação e de
outras notações.

Inferir uma informação implícita em um


05 D4
texto.
Questão Descritor Habilidade
01 D6 Identificar o tema de um texto.
Identificar a finalidade de textos de
02 D12
diferentes gêneros.
Inferir uma informação implícita em um
03 D4
texto.
Atividade 07
Reconhecer o efeito de sentido
04 D17 decorrente do uso da pontuação e de
outras notações.
Estabelecer relações lógico-discursivas
05 D15 presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc.
65

COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES DO 8° E 9° ANO

ATIVIDADE 01

01. GABARITO B. A partir da leitura atenta do texto, o aluno deverá inferir que o autor
teve a intenção de construir a imagem de um mineiro folgado, que evita a todo custo
tomar uma posição para não interromper o seu sossego.
02. GABARITO D. O aluno deve demonstrar que reconheceu, a partir das respostas
vagas do leiteiro, sua intenção de ser evasivo, ou seja, de não responder às perguntas de
forma clara.
03. GABARITO C. O aluno deve compreender que, apesar das diferenças de linguagem
entre dois interlocutores, não há empecilhos para que se efetive a comunicação.
04. GABARITO B. Espera-se que o aluno reconheça que o pronome isso faz a retomada
do sujeito “a queda da taxa de fertilidade”, evitando repetições desnecessárias e
mantendo a fluência textual.
05. GABARITO B. Aqui espera-se que o aluno perceba que há uma continuidade de
condições climáticas a serem observadas, que foram suprimidas pelo o autor do texto,
sendo as reticências a marca dessa continuidade.
06. Produção Textual. Professor, proporcione um momento de discussão sobre as
diferentes formas de falar das diversas regiões do Brasil e sobre preconceito linguístico.
Peça aos alunos que produzam um breve diálogo, entre duas pessoas de regiões
diferentes, destacando que, embora haja problemas na comunicação, ela ainda assim se
estabelece.

ATIVIDADE 02

01. Com base na leitura dos dois textos, o aluno deve elaborar um breve comentário
sobre a tese apresentada em ambos: a de que o Brasil, embora visto por estrangeiros de
uma maneira bastante restrita a florestas, futebol, carnaval e pobreza, é um país que
engloba diversas realidades.
02. GABARITO D. Professor, nessa questão o aluno deverá demonstrar seu
conhecimento vocabular, identificando o sinônimo incorreto.
03. GABARITO D. O aluno deverá observar que apenas o item d se refere a uma ação
produzida pelos próprios brasileiros; os demais itens trazem opiniões generalizadas de
66

estrangeiros sobre o povo brasileiro.


04. GABARITO C. O advérbio é um termo modificador que, de maneira independente,
expressa uma circunstância (de lugar, de tempo, de modo, de intensidade, de condição,
dentre outras). Espera-se nessa questão que o aluno identifique o item em que a
circunstância expressa esteja incorreta.
05. Professor, embora seja uma questão aberta a outras interpretações, espera-se que o
aluno identifique que a tese apresentada pela autora pode ser a de que o Brasil é uma
país de contrastes, que abrange diversas realidades, embora seja visto por muitos apenas
como um país pobre e sem cultura.
06. Produção Textual. Professor, leia a charge com a turma e discuta a crítica
apresentada, a de que o Brasil é um país de extremos contrastes. Através da análise da
imagem e dos textos, questione como essa desigualdade é transmitida para o leitor – o
próprio título fala de contraste, é possível perceber pelos trajes e pela expressão facial
dos dois meninos a diferença de suas condições financeiras.

ATIVIDADE 3

01. GABARITO B. Espera-se que o aluno compreenda que a expressão “bruta flor do
querer” se refere a nossa indecisão sobre o que de fato queremos para o futuro.
02. GABARITO A. Nessa questão o aluno deve compreender que a expressão “o que
você quer?” é uma forma de diálogo entre a autora e o leitor.
03. GABARITO A. Professor, nessa questão espera-se que o aluno reconheça o tema
central do texto, ou seja, alimentos que combatem a fadiga mental.
04. GABARITO D. O aluno deverá identificar a circunstância expressa pelo advérbio
depois, que é a de tempo.
05. GABARITO A. Espera-se que o aluno identifique que porque é uma conjunção que
denota causa.
06. Produção Textual. Professor, faça uma breve explicação sobre o gênero propaganda
e suas principais características, como a intenção de convencer o leitor a comprar um
produto ou uma ideia. Em seguida, peça para que os alunos criem um produto e
produzam uma propaganda que convença o leitor a comprá-lo. Instrua-os a utilizar
desenhos juntamente a frases de efeito convincentes.
67

ATIVIDADE 4
01. GABARITO C. Professor, nesta questão espera-se que o aluno infira informações
implícitas no texto, tais como a de que o atropelamento de dona Creusa não foi apenas
mais um; não é possível dizer que o autor afirma que não existe estrada mais assassina
que a Rio-Petrópolis, mas que ele duvida de sua existência; o título “A flor no asfalto”
simboliza dona Creusa, e a mudança do artigo definido para o indefinido não traria
mudanças de sentido; embora seja uma notícia trágica, o autor a suaviza ao identificar
dona Creusa, atropelada, como uma flor no asfalto.
02. GABARITO B. Espera-se que o aluno identifique que, nesse contexto específico, a
palavra tantos funciona como adjetivo por especificar a palavra acidentes.
03. GABARITO C. Professor, nessa questão é possível testar o conhecimento vocabular
do aluno, ao inferir o sentido da expressão “de mão cheia”.
04. GABARITO B. Nessa questão, espera-se que o aluno infira o sentido da palavra
caótico no trecho apresentado.
05. GABARITO A. O aluno deve identificar a qual finalidade serve o texto lido, ou seja, a
conscientização a respeito do uso responsável da internet.
06. Produção Textual. Professor, peça aos alunos que façam uma leitura atenta dos dois
textos, ressaltando o que ambos têm em comum. Em seguida, pergunte a opinião dos
alunos em relação a esse assunto. Depois dessa abordagem oral, peça para que
produzam um pequeno texto, em que exponham suas opiniões a respeito deste assunto.

ATIVIDADE 5
01. GABARITO C. Professor, nesta questão espera-se que o aluno identifique elementos
que compõem o texto narrativo.
02. GABARITO C. O aluno deve inferir informações que estão implícitas no texto, estando
todas as alternativas corretas.
03. GABARITO D. Espera-se que o aluno seja capaz de inferir uma informação que está
explícita no texto, ou seja, a defesa da autora de que as brincadeiras de antigamente
eram mais criativas que as atuais.
04. GABARITO B. O aluno deve ser capaz de identificar que a palavra mas estabelece
uma ideia de oposição à opinião que é expressa no primeiro parágrafo do texto.
05. GABARITO D. Nesta questão, espera-se que o aluno identifique que o pois é uma
conjunção que estabelece uma ideia de explicação.
68

06. Produção Textual. Professor, após a leitura do texto, discuta com os alunos sobre o
consumo sustentável no Brasil e os problemas causados pelo acúmulo de lixo. Em
seguida, peça para que produzam um texto dissertativo, de vinte linhas, em que eles
discutam esse problema e possíveis soluções para superá-lo.

ATIVIDADE 6

01. GABARITO B. Nessa questão, espera-se que o aluno compreenda o sentido dado
pela autora à expressão “aparente liberdade sexual”, pois, muito embora os jovens
tenham mais liberdade para fazer suas escolhas, ainda há bastante repressão e
preconceito sobre o assunto.
02. GABARITO A. Espera-se que o aluno seja capaz de identificar conectivos de mesmo
sentido, como, por exemplo, os conectivos embora e apesar.
03. GABARITO A. O aluno deve ser capaz de identificar uma informação que está
explícita no texto: o grande acontecimento que agitou a cidade foi a circulação do primeiro
automóvel nas ruas.
04. GABARITO C. Nesta questão, o aluno deverá mostrar seu conhecimento em relação
aos sinais de pontuação, mais especificamente, dos dois pontos, que nesse contexto
foram empregados para introduzir um esclarecimento.
05. GABARITO A. Nessa questão, espera-se que o aluno infira uma informação que está
implícita no texto: a de que a língua é um conjunto de variedades linguísticas, dentre as
quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar.
06. Produção Textual. Professor, leia e analise a charge junto com alunos. Questione-os
se compreendem a fala do aluno e se a professora parece compreender. Em seguida,
converse com eles sobre preconceito linguístico e da importância de adequar a linguagem
a cada situação comunicativa em que nos encontramos. Peça para que produzam um
breve texto sobre suas percepções a respeito das variações linguísticas e preconceito
linguístico.

ATIVIDADE 7

01. Professor, a questão pede que o aluno identifique o assunto do artigo de opinião, ou
seja, o uso crescente do celular como fonte de entretenimento.
02. GABARITO C. Espera-se que o aluno seja capaz de identificar a finalidade do texto
69

lido, que é apresentar o ponto de vista do autor para convencer o leitor.


03. GABARITO B. O aluno deve ser capaz de inferir uma informação que está implícita
no texto: os usuários usam o celular excessivamente.
04. GABARITO C. Professor, nessa questão o aluno deverá demonstrar domínio do uso
dos sinais de pontuação, especificamente o sinal de exclamação, que pode sinalizar
emoções diversas. Contudo, nesse contexto, sugere desconfiança.
05. GABARITO C. O aluno deve ser capaz de identificar que o pronome pessoal “elas”
refere-se a florestas, que aparece no texto anteriormente.
06. Produção Textual. Professor, discuta com os alunos sobre o papel da internet na
comunicação entre as pessoas e sobre o uso excessivo da internet e de redes sociais.
Deixe que expressem suas opiniões. Em seguida, peça para que produzam um texto
sobre o assunto.
70

ESTUDO,

PLANEJAMENTO E

ELABORAÇÃO DE

GÊNEROS
71

GÊNERO RODA DE CONVERSA

Finalidade da aula: organizar uma roda de conversa com a finalidade de ativar a


memória dos educandos quanto ao gênero conto popular, proporcionando a expressão de
seu conhecimento prévio sobre o gênero
Gênero: conto popular
Objetos do conhecimento: reconstrução das condições de produção; circulação e
recepção; apreciação e réplica; estratégias de leitura.
Prática de linguagem: oralidade
Habilidades da BNCC: (EF69LP44) (EF69LP46) (EF67LP28)
Materiais necessários:
- Caixa surpresa (caixa de papelão decorada);
- Elementos que simbolizem Contos Populares de regiões diversas, tais como fantoches,
imagens ilustrativas, saco, etc.

Dificuldades Antecipadas:
É possível que alguns alunos não queiram manifestar-se oralmente, por timidez, o que
não implica, necessariamente, que não tenham conhecimentos prévios sobre o gênero
em questão.
Sugestão caso essa dificuldade apareça:
Peça aos alunos mais envergonhados que contem suas narrativas para um colega que
tenha maior facilidade de expressar-se oralmente, para que ele a compartilhe com a
turma.

Referências sobre o assunto:


ANTUNES, I. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
Azevedo, Ricardo. Cultura da Terra / SP: Moderna, 2008.
Cascudo, Luís da Câmara. Facécias - Contos Populares Divertidos/ SP- Osasco: Editora
Global, 2006.
Contos Tradicionais do Brasil / [compilado por] Luís da Câmara Cascudo. - 13. ed. - São
Paulo: Global, 2004.
Conto e reconto literatura e recriação Contos populares de tradição ibérica - Parte 1.
https://www.youtube.com/watch?v=f_sPRTdagDE Acesso em julho de 2018.
72

Título da aula: O que tem na caixa? Surpresa!!

Orientações:
Introdução
Tempo sugerido: 50 minutos

 - Leia o tema da aula. Não apresente, inicialmente, o gênero que será explorado a
partir desta aula. Apenas explicite que este momento será importante para que vocês se
conheçam um pouco mais, a partir de lembranças e de recordações de cenas da infância.
- Organize a sala em um círculo.
 Inicie a aula organizando os alunos em círculo para que possam ver-se
mutuamente.
 - Questione os educandos quanto às histórias que conhecem, ouvem, que os avós,
pais, contam... São acostumados a ouvir piadas? Anedotas? Contos de bruxas, fadas?
Ouvem histórias com ensinamentos?
 - Explique aos discentes que a próxima tarefa abordará justamente esse tipo de
história que é contada de geração em geração.

Desenvolvimento

Primeiro Momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 Estimule a imaginação dos alunos com a dinâmica da caixa surpresa. Leve uma
caixa colorida e misteriosa para a sala de aula e instigue-os a tentar adivinhar sobre o que
há dentro do objeto.
 Peça para que um aluno (escolhido aleatoriamente ou de acordo com o interesse
dos mesmos) retire uma das surpresas da caixa e mostre aos demais colegas.
 Questione os educandos quanto ao elemento retirado da caixa, se eles conhecem
alguma história contada pelos pais, avós, familiares, amigos ou até mesmo ouvida na
escola que seja relacionada a ele.

Segundo Momento
Tempo sugerido: 50 minutos
73

 Faça um combinado com os alunos para que relatem suas experiências um de


cada vez, estimule todos a participarem. Caso os alunos não recordem nenhuma história,
apresente para eles um elemento em particular de dentro da caixa e comece você com a
contação de histórias.
 Repita essa estratégia quantas vezes for possível no tempo previsto.

Conclusão:
Primeiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 - Finalize a aula apresentando aos alunos uma imagem com pessoas organizadas
em torno de um contador de histórias. Veja um exemplo de imagem no material
complementar logo abaixo.
 - Pergunte aos alunos: o que há em comum entre a foto e o que fizemos agora?;
eles estão aprendendo alguma coisa assim?; nós aprendemos algo hoje?; O que
aprendemos?; lembram de já ter vivido uma situação parecida com esta da imagem?

Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 - Sistematize, no quadro, conforme as respostas dos discentes, algumas


características presentes no conto popular: a roda, ideia da contação de histórias orais,
resgate da memória (histórias contadas de geração para geração) e da cultura popular.
Pontue aos alunos a importância do resgate da cultura dos diversos povos.
 Explique aos alunos que esta prática de contação de histórias, textualmente, é
denominada de “Conto Popular”. Indique a seus alunos exemplos de Contos Populares
que eles possam encontrar na biblioteca da escola ou da cidade. Se possível, tenha um
pequeno acervo de Contos Populares na sala de aula para que possam manusear.
 Veja um exemplo de Conto Popular no material complementar logo abaixo.

Material Complementar – Exemplo de conto popular

O Menino o Burro e o Cachorro


Um menino foi buscar lenha na floresta com seu burrico e levou junto seu cachorro
74

de estimação.
Chegando no meio da mata, o menino juntou um grande feixe de lenha, olhou para
o burro, e exclamou:
- Vou colocar uma carga de lenha de lascar nesse burro!
Então o Jumento virou-se para ele e respondeu:
- É Claro, não é você quem vai levar!
O Menino muito admirado com o fato de ter o burro falado, correu e foi direto contar
tudo ao seu pai. Ao chegar em casa, quase sem fôlego, ele disse:
- Pai, eu estava na mata juntando lenha e depois de preparar uma carga para
trazer, e quando eu disse que ia colocá-la na garupa do burro, acredite se quiser, ele se
virou para mim e disse: "É Claro, não é você quem vai levar!"
O Pai do menino, olhou-o de cima para baixo, e meio desconfiado repreendeu ele:
Você está dando para mentir agora. Onde já se viu tal absurdo, animais não falam!
Nesse momento, o cachorro que estava ali presente, saiu em defesa do garoto e
falou:
Foi verdade, eu também estava lá e vi tudinho!
Assustado o pobre camponês, julgando que o animal estivesse endiabrado, pegou
um machado que estava encostado na parede e o ergueu para ameaçá-lo.
Nesse momento, aconteceu algo ainda mais curioso. O machado começou a
tremer em suas mãos, e de dentro dele saiu uma voz que soava temerosa:
O senhor tenha cuidado, esse cachorro pode me morder!

Material Complementar - Exemplo de imagem de roda de conversa


75

GÊNERO ENTREVISTA

Tema da aula: o gênero entrevista nas duas modalidades da língua: escrita e falada.
Finalidade da aula: possibilitar ao aluno conhecer semelhanças e diferenças do gênero
entrevista nas duas modalidades da língua: escrita e falada.
Prática de linguagem: oralidade e escrita
Habilidades da BNCC: (EF69LP44) (EF69LP46) (EF67LP28)

Materiais necessários:
- Entrevistas previamente selecionadas pelo professor, uma em vídeo e outra escrita;
- Notebook;
- Projetor;
- Caixa de som;
- Cadernos, lápis e canetas.

Dificuldades antecipadas: É possível que alguns alunos não estejam familiarizados com
o gênero entrevista e se sintam pouco a vontade de participar da atividade.
Sugestão caso essa dificuldade apareça: uma breve conversa com os alunos,
destacando as principais características do gênero, citando nomes de entrevistadores
famosos e programas conhecidos na região.
Referências sobre o assunto:
O Gênero Entrevista. Disponível em:
<http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=18638 > acessado em
26 out. 2016
DOLZ, Joaquim; et al. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um
procedimento. In: SCHNEUWLY, B. et al. Gêneros orais e escritos na escola. Tradução e
organização: Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas, SP: Mercado de Letras,
2004. p. 95-128.
FÁVERO, Leonor Lopes. A entrevista na fala e na escrita. In: PRETI, D. (Org.). Fala e
escrita em questão. Projetos Paralelos NURC/SP. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP,
2000. p. 79-97.
HOFFNAGEL, Judith Chambliss. Entrevista: uma conversa controlada. In: BEZERRA,
M.A.; DIONISIO, A.P.; MACHADO, A.R. (Org.). Gêneros textuais & ensino. Rio de Janeiro:
Lucerna, 2002. p. 180-193.
76

Título da aula: Entrevistador de sucesso!

Orientações
Introdução
Tempo sugerido: 10 minutos

• Inicie a sequência perguntando aos alunos:


-Vocês já assistiram a alguma entrevista na televisão? Quem era o entrevistado? E o
entrevistador?
-Quais são os programas na televisão de entrevistas atualmente?
- Vocês já leram alguma entrevista? Onde?
- Quem era o entrevistado? E o entrevistador?
- Quais são os jornais e/ou revistas que publicam entrevistas atualmente?
- Será que há diferenças entre uma entrevista falada e uma entrevista escrita? E
semelhanças? Vamos descobrir?

Desenvolvimento

Primeiro momento
Tempo sugerido: 40 minutos
•Os alunos deverão ler uma entrevista. Você poderá selecionar entrevistas que abordem
temas de interesse para os jovens. Você pode encontrar uma sugestão de entrevista no
material complementar abaixo.
•Leve a entrevista ou apenas um trecho fotocopiado para os alunos. Escolha um para ser
o entrevistador e outro para ser o entrevistado em cada pergunta e peça-os que leiam.
• Após a leitura, pedir que os alunos façam comentários sobre o texto lido. Para orientar
as participações, faça um roteiro de perguntas para ser respondido, oralmente ou por
escrito, no caderno.

Material Complementar – exemplo de entrevista

Cristiano Ronaldo: entrevista exclusiva sobre futebol, vida e estilo


ENTREVISTADOR - Há o jogador de futebol perfeito? Quais as características e as
qualidades que definem o jogador perfeito?
77

CRISTIANO – Não! Acho que a perfeição não existe. Não há nenhum atleta perfeito. Não
só no futebol, como noutras modalidades também. Temos de treinar sempre todos os
aspetos para chegar o mais alto possível, mas a perfeição no futebol não existe e em
nada na vida também.
ENTREVISTADOR - Qual o conselho que dava a um jovem que estivesse a começar
agora a sua carreira futebolística?
CRISTIANO - A sorte é importante, mas não julgo que seja o fator mais importante.
Obviamente, o conselho que daria a um jovem que estivesse a começar é que acredite
nos seus sonhos, que trabalhe, que seja ambicioso e que quando tiver a sua
oportunidade, que a agarre bem. Muitos têm uma oportunidade, alguns não têm, outros
têm mais que uma vez, por isso aquilo que eu digo é, a oportunidade que tiver, que a
agarre com unhas e dentes e que acredite em si.
ENTREVISTADOR - O ponto alto num jogador de alta competição passará certamente
pelo trabalho, pela dedicação e muito também pelo gênio, pela capacidade mágica depois
de atuar. Quais são as percentagens, no teu entender, que definem estes três pontos? O
gênio, a capacidade e o trabalho.
CRISTIANO - A percentagem é difícil. O talento sem trabalho não é compensado no final.
Por isso está tudo inserido no mesmo pacote, que é trabalho, dedicação, gênio, talento.
Acho que tem de ter todos os ingredientes. Por isso aquilo que temos de fazer é acreditar
no nosso potencial, trabalhar e ser ambicioso.
ENTREVISTADOR - A sessão fotográfica para sua nova coleção acabou de se realizar.
Destaca alguma peça em particular da coleção?
CRISTIANO - Os ternos, os blazers, as gravatas… têm um conjunto de coisas bonitas. Os
tecidos são bonitos, as cores, os padrões, acho que o trabalho que está a ser
desenvolvido tem sido excelente.
ENTREVISTADOR – Qual o seu estilo de música?
CRISTIANO - Depende do momento, depende da companhia, depende da onda.
ENTREVISTADOR – Sempre com ritmo?
CRISTIANO - Um reggaeton ou mover a cintura, hip-hop.
ENTREVISTADOR - Um bocadinho de tudo.
CRISTIANO - Um bocadinho de tudo. Depende do momento, como eu disse.
ENTREVISTADOR - Qual é o seu prato favorito?
CRISTIANO - Normal. Não tenho assim nenhuma preferência, mas se tiver que dizer um,
digo um bacalhauzinho.
78

ENTREVISTADOR - Qual é o seu maior luxo?


CRISTIANO – O maior luxo é estar com o meu filho.

Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos

- Os alunos deverão assistir a uma entrevista. Apresente uma entrevista oral gravada em
vídeo, com alguma autoridade que fale sobre assuntos que interessem aos jovens.
- Peça para que os alunos prestem atenção não só no assunto abordado, mas também
nas características do entrevistado e do entrevistador: a linguagem utilizada, a postura do
locutor, o tom de voz, o olhar, a gesticulação, etc. Os alunos devem fazer anotações a
partir de suas observações.
- Sugerimos o trabalho com uma entrevista, retirada do site da Revista Veja, que pode ser
encontrado por meio do link: http://veja.abril.com.br/mediacenter/saude/papel-internet-
hora-paquera-5279d9831915883fc158a08c83e5e040.shtml
- Após assistida a entrevista, pedir aos alunos que compartilhem suas observações,
principalmente sobre a linguagem utilizada tanto pelo entrevistador como pelo
entrevistado; se eles utilizam uma linguagem formal, informal, gírias, etc.

Terceiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos
- Os alunos deverão refletir sobre as semelhanças e as diferenças entre a entrevista oral
e a escrita. Pergunte para os alunos o que eles observaram de comum e diferente entre
as duas modalidades – oral e escrita – do gênero entrevista.
- O professor deve ir anotando no quadro essas observações, de modo que o aluno possa
ter uma sistematização no caderno. Se os alunos não responderem, vá “puxando” as
respostas, por meio de perguntas do tipo:
*Como se inicia uma entrevista oral? E uma escrita?
*Que tipo de pergunta se faz numa entrevista?
*Quem pode ser entrevistado?
- Segue abaixo em material complementar um modelo de como essa sistematização pode
ser feita:
79

Material complementar – semelhanças e diferenças entre entrevistas orais e


escritas
Algumas semelhanças: Tanto na modalidade escrita como na falada, os papéis sociais
dos interlocutores são bem definidos: geralmente uma pessoa pergunta e uma outra
responde indagações sobre sua vida ou seu trabalho. Nessas duas modalidades, os
entrevistados são pessoas já famosas ou que estão desenvolvendo algum trabalho
interessante para a sociedade: uma pesquisa sobre um remédio ou alguma doença,
alguém que tenha lançado um livro, um produto, entre outros. Nas duas modalidades, há
uma apresentação do entrevistado: na escrita, o primeiro parágrafo é destinado a esse
papel e na falada, antes de começar a fazer as perguntas, o entrevistador fala um pouco
sobre a vida e/ou trabalho do entrevistado.

Algumas diferenças: Na modalidade falada, observamos o respeito aos turnos de fala,


uma vez que é raro o entrevistador falar junto com o entrevistado, pois ao fazer a
pergunta, ele espera a resposta. Na modalidade falada, além das perguntas e respostas,
temos acesso a outros tipos de informações como: gestos, entonação da voz, olhares,
rubor da pele, entre outros.

Conclusão
Primeiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos

- Reunir os em grupos de, no máximo, cinco participantes e pedir que pensem em


"alguém de destaque" no bairro onde moram para ser entrevistado – pode ser, inclusive,
um parente ou amigo. O professor pode escolher 5 temáticas que sejam interessantes
para a turma e dividi-las entre as equipes.
- É preciso apenas que essa pessoa desenvolva algum papel importante: o presidente do
bairro, o diretor (a) de uma biblioteca comunitária ou creche, etc.
Pedir que elaborem as questões em sala de aula, a fim de que o professor possa ajudá-
los a selecionar os tópicos mais relevantes que devem ser abordados na entrevista. No
dia da entrevista, eles podem gravá-la (por meio de celular), se o entrevistador permitir, é
claro.
80

Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos
- Pedir para que os alunos transcrevam, ou seja, passem para a modalidade escrita da
língua, as perguntas e respostas da entrevista.
- Os alunos deverão apresentar as entrevistas aos colegas através de uma
representação, onde um membro da equipe será o entrevistador e outro, o entrevistado.

GÊNERO PROPAGANDA

Tema da aula: Propaganda


Finalidade da aula: ajudar o aluno a identificar finalidades e funções da leitura a partir do
reconhecimento do gênero textual e escrever textos em concordância com a proposta e
com o gênero textual.
Prática de linguagem: leitura e escrita
Habilidade da BNCC: EF69LP02
Materiais necessários:
- Revistas;
- Jornais;
- Cartolinas;
- Tesouras;
- Colas;
- Canetinhas, lápis e lápis de cor.
Dificuldades antecipadas: os alunos podem ter dificuldades em diferenciar o gênero
propaganda de publicidade ou relatar dificuldades em desenhar.
Sugestão caso essa dificuldade apareça: o professor deve fazer uma explanação breve
sobre o gênero, mostrando exemplos retirados de revistas e jornais. Caso o aluno se
recuse a desenhar, deve-se salientar que o desenho não precisa ser muito elaborado. O
professor pode permitir também que algum colega o ajude nos desenhos.

Referências sobre o assunto:


ASSIS, André. A construção dialógica no gênero propaganda. Disponível em:
81

http://www.entrepalavras.ufc.br/revista/index.php/Revista/article/viewFile/254/220
FURQUIM, Analucia. O percurso dos gêneros do discurso publicitário.
http://books.scielo.org/id/pr4v9/pdf/campos-9788579830112.pdf
MARTINEZ, Leonor. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. A contribuição do
gênero discursivo propaganda institucional no processo de ensino-aprendizagem da
leitura e da escrita. Disponível em:
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes> Acesso
em 05 de agosto de 2018.
PINHO, J. B. Propaganda institucional: usos e funções da propaganda em relações
públicas. 4ª ed. São Paulo: Summus, 1990

Título da aula: Construindo uma propaganda

Orientações:
Introdução
Tempo sugerido: 50 minutos

-Inicie a aula com a pergunta simples “O que é uma propaganda?”.


-Organizando as crianças em roda, ouça as respostas e as opiniões do grupo. Peça que
dêem exemplos de propagandas, coisas que viram na televisão, em revistas, jornais,
folhetos de lojas etc.
-Explore o conceito de propaganda e as várias formas, suportes e veículos de
comunicação nos quais se apresentam.
- Explore o conceito de propaganda e as várias formas, suportes e veículos de
comunicação nos quais se apresentam.

Fonte: http://adotacao.blogspot.com/

- Leve para a sala de aula várias revistas, jornais, folhetos de produtos e deixe a
82

disposição para que as crianças consultem e observem. Nesta tarefa as crianças devem
manusear estes materiais e selecionar as propagandas, diferenciando-as de outros
textos.
Desenvolvimento
Primeiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos
-Recorte algumas propagandas e juntos construam um “Painel de Propagandas”.
- Oriente as crianças na observação de quais são os aspectos que compõem uma
propaganda:
 Nome do produto;
 Características do produto que o tornam atraente;
 Textos chamativos que visam convencer o consumidor a comprar o produto;
 Telefone/site da web/endereço para a compra do produto;
 Preço;
 Foto do produto;
 Outros.

Conclusão
Primeiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos

Cada aluno deverá construir sua própria propaganda. Para isso, peça que considerem as
características observadas nos exercícios anteriores.
Peça que escolham um brinquedo ou outro objeto e que a propaganda seja criada a partir
dele.
Cada aluno deve compartilhar com os colegas o brinquedo ou objeto escolhido,
explicando o porquê da escolha.

Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos
Para que os alunos criem suas propagandas, peça para que respondam às seguintes
perguntas, oralmente ou no caderno:
1. Qual o nome do produto?
2. Quais as características dele?
83

3. Crie uma frase para convencer outras pessoas a comprarem o produto;


4. Crie um número de telefone onde as pessoas possam falar com o responsável pelo
produto;
5. Crie um site da web onde se venda o produto. Lembre-se que um site começa
com www. com.br ;
6. Invente um endereço para a fábrica ou lugar onde se pode comprar o produto;
7. Faça agora um belo desenho do produto.

Terceiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos
 Forme grupos de quatro crianças.
 Peça que cada criança do grupo apresente sua propaganda e que o grupo escolha
a melhor ou criem juntos uma nova propaganda.
 Revise o texto de cada grupo e peça que façam as devidas correções para a
confecção de um grande cartaz com a propaganda escolhida.
 Disponibilize a cada grupo uma folha A3 ou metade de uma cartolina e peça as
crianças que reproduzam em tamanho grande a propaganda.
 Chame a atenção das crianças para que façam margem, desenhos grandes, com
coloridos caprichados.
 Você e sua turma precisam decidir se a própria turma fará a votação ou se pedirão
a outra turma para fazê-lo.
 Dica: de preferência, utilize essa aula em consonância com algum projeto de
trabalho que tenha como objetivo explorar os textos publicitários.

Material complementar:
- As crianças podem assistir a algumas propagandas na televisão para fazer comparações
da diferença entre a propaganda impressa e a audiovisual.
84

GÊNERO DEBATE

Tema da aula: debate


Finalidade da aula: promover um momento de trocar de ideias e discutir temas
polêmicos.
Objetos do conhecimento: Leitura; Conhecimentos gerais; Oralidade;
Argumentatividade.
Prática de linguagem: oralidade
Materiais necessários:
- Retroprojetor;
- Cadeiras;
- Mesa;
- Canetas e papel;
- Cópias de uma matéria sobre o tema a ser debatido.

Dificuldades Antecipadas: é possível que alguns alunos não queiram manifestar-se


oralmente, por timidez, o que não implica, necessariamente, que não tenham
conhecimentos prévios sobre o gênero em questão.

Sugestão caso essa dificuldade apareça: Peça aos alunos mais envergonhados que
auxiliem o debate como mediadores.

Referências sobre o assunto:


http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/debate-fontes-geracao-
energia-eletrica-539381.shtml Proposta de Plano de Aula de Ciências que trabalha o
debate. (Revista Escola)
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/falar-bem-publico-
aprende-escola-entrevista-debate-seminario-oralidade-538823.shtml Reportagem da
revista Nova Escola sobre a prática da oralidade nas escolas.
http://www.youtube.com/watch?v=wDPD7K5ovcQ Vídeo sobre a prática do debate nas
escolas

Título da aula: É hora do debate


Orientações:
85

Introdução
Tempo sugerido: 50 minutos
 Organize os alunos em um círculo e explique que irão realizar um debate.
 Explique as regras gerais de um debate: respeitar o momento de fala do outro,
evitar grosserias e interrupções.
 Designe um ou mais alunos para ajudarem na mediação do debate.
 O professor deverá ser o mediador do debate, evitando conflitos, falas muito
demoradas e interrupções grosseiras.
 Eleja um tema polêmico e atual e leve para a sala de aula uma reportagem sobre o
assunto. Leia juntamente aos alunos.

Desenvolvimento:

Primeiro Momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 Após a leitura do texto, peça aos alunos que se inscrevam para os momentos de
fala. O debate poderá ter dois ou três turnos;
 Peça que os alunos nomeados como mediadores auxiliem na inscrição dos
falantes;
 Cada aluno terá aproximadamente dez minutos para expor sua opinião, tempo que
deverá ser cronometrado pelos mediadores;
 Apenas um aluno deverá falar por vez. Terminada a fala do colega, outro deverá se
apresentar para concordar ou refutar sua opinião.

Segundo Momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 Esse é o segundo turno do debate. O tema poderá ser o mesmo, caso ainda haja
alunos que queiram se manifestar ou um tema diferente, caso o anterior tenha se
esgotado.

Terceiro Momento
86

Tempo sugerido: 50 minutos

 Neste momento, deverá ser feito o fechamento do debate, com as conclusões a


respeito do tema debatido.
 Os alunos deverão expor se continuam com sua opinião ou se começaram a
pensar diferente.
 Mediadores devem fazer anotações sobre as conclusões do debate.

Conclusão:
Tempo sugerido: 50 minutos

 Os alunos deverão produzir um texto escrito, dissertativo-argumentativo, sobre o


tema discutido no debate.
 O professor pode selecionar alguns alunos com opiniões distintas para fazerem a
leitura de seus textos na sala.

GÊNERO NOTÍCIA

Tema da aula: o gênero notícia nas duas modalidades da língua: escrita e falada.
Finalidade da aula: possibilitar ao aluno conhecer semelhanças e diferenças do gênero
notícia nas duas modalidades da língua: escrita e falada.
Prática de linguagem: oralidade e escrita
Materiais necessários:
- Notícia previamente selecionadas pelo professor, uma em vídeo e outra escrita;
- Notebook;
- Projetor;
- Caixa de som;
- Cadernos, lápis e canetas.
- Câmera ou celular;

Dificuldades antecipadas: É possível que alguns alunos não estejam familiarizados com
o gênero notícia e se sintam pouco a vontade de participar da atividade.
Sugestão caso essa dificuldade apareça: uma breve conversa com os alunos,
87

destacando as principais características do gênero e programas de televisão que lhes são


familiares.
Referências sobre o assunto:
https://eraciobacca.wordpress.com/2016/04/13/atividades-genero-noticia/
https://www.estudopratico.com.br/o-texto-noticia/

Título da aula: Noticiando no meu bairro

Orientações

Introdução
Tempo sugerido: 50 minutos

 Apresente aos alunos uma notícia retirada de um programa de televisão.


 Em seguida, apresente-os uma notícia retirada de jornal ou revista.
 Faça perguntas a eles sobre as duas notícias, sondando também seus
conhecimentos prévios sobre o gênero: o que as duas notícias têm em comum? O
que possuem de diferente?

Desenvolvimento

Primeiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 Divida os alunos em duplas.


 Explique que terão que produzir uma notícia sobre alguma problemática de seu
bairro ou vizinhança.
 Peça para que cada dupla converse a fim de decidir o tema de sua notícia.
 Em seguida, solicite que iniciem a escrever a notícia, sem que se esqueçam de dar
um título adequado.

Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos
88

 Baseados na notícia que escreveram na aula anterior, os alunos deverão gravá-la


para apresentação para a comunidade escolar.
 O professor pode fazer a gravação das notícias através de um celular ou as
próprias duplas, caso os alunos possuam celular com câmeras.

Terceiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos

 O professor deve organizar a turma para que assistam as notícias gravadas pelos
colegas.

Conclusão
Tempo sugerido: 50 minutos

 Depois de assistir as notícias gravadas e ler a escritas, o professor deve fazer


algumas indagações aos alunos sobre o processo de produção do gênero: quais as
dificuldades em se produzir uma notícia? O que mudou ao se passar a notícia
escrita para a falada?
 Os alunos devem montar um mural com as notícias escritas produzidas, a ser
exposto na escola.

GÊNERO ROTEIRO

Tema da aula: roteiro de documentário


Finalidade da aula: possibilitar ao aluno conhecer e produzir o gênero roteiro.
Prática de linguagem: leitura e escrita
Materiais necessários:
- Computador,
- Projetor multimídia;
- Cartelas impressas;
- Acesso ao documentário “Eu, favela”, disponível em: http://curtadoc.tv/curta/direitos-
humanos/eu-favela/.
89

Dificuldades antecipadas: Como o gênero documentário não é comumente veiculado


em canais abertos da TV, provavelmente os alunos não têm familiaridade com ele. Além
disso, encontramos certo diálogo com outros gêneros textuais. Isso significa que, na sua
composição, encontramos entrevistas, por exemplo. Isso pode levar o aluno a ter
dificuldade de nomeá-lo, de identificar o seu propósito comunicativo e de reconhecer a
sua estrutura composicional.

Sugestão caso essa dificuldade apareça: a exibição dos documentários e a leitura do


gênero podem aproximá-lo da realidade do aluno
Referências sobre o assunto:
MARCUSCHI, Beth; MELO, Cristina Teixeira Vieira de. O documentário e suas interfaces
no espaço escolar: material didático e objeto de ensino aprendizagem de língua
portuguesa. Disponível em:<
http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/viewFile/cld.2015.131.05/4635>
DIMARCH, Bruno. TV Cultura. A linguagem do documentário na escola. Disponível em:
http://cmais.com.br/educacao/educacao-em-foco/aprenda-com-cmais/a-linguagem-do-
documentario-na-sala-de-aula

Título da aula: Eu sou o roteirista

Orientações:

Introdução
Tempo sugerido: 50 minutos
- Apresente o tema da aula aos alunos e destaque que eles conhecerão esse gênero
textual ou aprenderão mais sobre ele caso já o conheçam.
- Inicie uma conversa questionando-os se conhecem o gênero documentário.
- Questione-os sobre o que geralmente assistimos em um documentário, onde ele é
veiculado e para que serve esse gênero textual.
- Anote as respostas no quadro.

Desenvolvimento

Primeiro momento
90

Tempo sugerido: 50 minutos


- Anuncie aos alunos que eles assistirão ao documentário intitulado “Eu, favela”.
-Promova uma conversa com base nos seguintes questionamentos: O que é uma favela?
Quais são os aspectos positivos e negativos de morar em uma favela? Como a sociedade
geralmente vê a pessoa que mora em uma favela? O que vocês imaginam que o
documentário vai tratar com base na leitura do título do documentário?
-Acesse o documentário no site <http://curtadoc.tv/curta/direitos-humanos/eu-favela/> e
escolha um aluno para fazer a leitura da sinopse.
- Exiba o documentário.
Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos

- Após exibir o documentário, faça um debate acerca do olhar dos alunos com base nas
seguintes perguntas:
Sobre o que trata o documentário “Eu, favela”?
Ele é um vídeo longo ou curto?
As informações parecem ser verídicas? Por quê?
Quais pessoas foram entrevistadas?
Quais fatos históricos sobre a comunidade foram apresentados?
Qual documento foi apresentado para contar sobre o início da favela?
- Anote as respostas dadas pelos alunos no quadro e faça as seguintes perguntas: As
respostas dadas estão de acordo com as características do gênero documentário dadas
na introdução da aula? Como podemos ampliar o conceito de documentário com base no
vídeo assistido? Anote as respostas dada no quadro para, na conclusão da aula, fazer um
levantamento final das características apontadas.

Conclusão
Primeiro momento
Tempo sugerido: 50 minutos

-Os alunos deverão pensar sobre um tema para seu próprio roteiro.
- Peça para que escrevam um roteiro curto, no máximo duas laudas, que contenham
todas as características estudadas.
- Fazer as correções necessárias em duplas e com a ajuda do professor.
91

Segundo momento
Tempo sugerido: 50 minutos
- Organizar os alunos para que apresentem os roteiros escritos em sala.
- A apresentação pode ser através de leitura ou dramatização.
92

AVALIAÇÃO DO CADERNO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – 2018


LÍNGUA PORTUGUESA
6° E 7° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

De acordo com a escala crescente de 1 a 5, marque um (x) no valor que melhor expressa
sua avaliação, sendo: 1 (Não atende), 2 (Insuficiente), 3 (Suficiente), 4 (Muito bom) e 5
(Excelente).
MARQUE UMA OPÇÃO

1 4
2 3 5
Não Muito
Insuficiente Suficiente Excelente
atende bom
Quanto à Rotina:

A proposta das rotinas é exequível?

A organização dos tempos é adequada


à turma?

A rotina garante a qualidade do tempo


pedagógico?

Quanto às Atividades Dirigidas:

As atividades são condizentes com a


experiência vivida pelos alunos?

Os enunciados são de fácil


interpretação?

As atividades colocam o aluno como


protagonista do processo de
aprendizagem?

As atividades e os jogos contemplam


tanto o desenvolvimento individual,
quanto o desenvolvimento coletivo?
93

Há atividades que contemplam os Eixos


de Conhecimento do teste SAEB
(Leitura, Análise linguística e Produção
de Textos)?

As atividades possibilitam um olhar


multidisciplinar?

Quanto às Orientações
Metodológicas do Professor:

As orientações metodológicas trazem


propostas interessantes de abordagem
do conteúdo?

O referencial teórico sugerido é


compatível com a demanda de
professores do 6° e 7° ano do Ensino
Fundamental?

A metodologia utilizada para a


apresentação do conteúdo desperta o
interesse do aluno?

A metodologia utilizada para a


apresentação das atividades é
adequada para a faixa etária?

Este espaço é para você se manifestar com sugestões, críticas, elogios, etc.
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Obrigado pela parceria!


94

AVALIAÇÃO DO CADERNO DE PRÁTICAS PEDAGÓGICAS – 2018


LÍNGUA PORTUGUESA
8° E 9° ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

De acordo com a escala crescente de 1 a 5, marque um (x) no valor que melhor expressa
sua avaliação, sendo: 1 (Não atende), 2 (Insuficiente), 3 (Suficiente), 4 (Muito bom) e 5
(Excelente).
MARQUE UMA OPÇÃO

1 4
2 3 5
Não Muito
Insuficiente Suficiente Excelente
atende bom
Quanto à Rotina:

A proposta das rotinas é exequível?

A organização dos tempos é adequada


à turma?

A rotina garante a qualidade do tempo


pedagógico?

Quanto às Atividades Dirigidas:

As atividades são condizentes com a


experiência vivida pelos alunos?

Os enunciados são de fácil


interpretação?

As atividades colocam o aluno como


protagonista do processo de
aprendizagem?

As atividades e os jogos contemplam


tanto o desenvolvimento individual,
quanto o desenvolvimento coletivo?
95

Há atividades que contemplam os Eixos


de Conhecimento do teste SAEB
(Leitura, Análise linguística e Produção
de Textos)?

As atividades possibilitam um olhar


multidisciplinar?

Quanto às Orientações
Metodológicas do Professor:

As orientações metodológicas trazem


propostas interessantes de abordagem
do conteúdo?

O referencial teórico sugerido é


compatível com a demanda de
professores do 8° e 9° ano do Ensino
Fundamental?

A metodologia utilizada para a


apresentação do conteúdo desperta o
interesse do aluno?

A metodologia utilizada para a


apresentação das atividades é
adequada para a faixa etária?

Este espaço é para você se manifestar com sugestões, críticas, elogios, etc.
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______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

Obrigado pela parceria!


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REFERENCIAL TEÓRICO

GÊNERO

Bakhtin denomina de gêneros discursivos “tipos relativamente estáveis de


enunciados”, que ocorrem em um contexto específico. Por serem sociais e ocorrerem em
um contexto específico, os gêneros são diversos, sendo caracterizados pelo conteúdo
temático, estilo e construção composicional.
Pode-se afirmar que os gêneros são “relativamente estáveis”, pois o que constitui
um gênero não são seus aspectos formais, mas “sua ligação com uma situação social de
interação” (RODRIGUES, 2014), a qual se encontra sujeita a variações, pois se a língua
sofre transformações, os gêneros também se transformam, se adaptam e se renovam.
Compreende-se também, a partir de uma análise do pensamento de Bakhtin, que o
termo tipos, utilizado na denominação do gênero, se refere não a uma visão formal ou
textual, mas ao caráter sócio-histórico do processo de constituição dos enunciados e dos
gêneros.
Embora o autor afirme que os gêneros são “relativamente estáveis”, chamando a
atenção para seu caráter flexível, é possível observar certa estabilidade nos gêneros, pois
possuem uma estrutura definida por sua função.
De acordo com esta concepção, os gêneros, por serem relativamente estáveis, são
instrumentos dinâmicos e maleáveis da ação comunicativa dos sujeitos. Seu surgimento
acontece à medida que as situações comunicativas se renovam, exigindo novos meios
para se realizar, o que se justifica se levarmos em conta a natureza inesgotável da
atividade humana. Assim, segundo Bakhtin (2003, p.279), “cada esfera dessa atividade
comporta um repertório de gêneros do discurso que vai diferenciando-se e ampliando-se
à medida que a própria esfera se desenvolve e fica mais complexa”.
Se Bakhtin (2003) denomina os gêneros como “tipos relativamente estáveis de
enunciados”, faz-se necessária a compreensão do termo enunciado para uma total
compreensão da noção de gênero sob a ótica do círculo bakhtiniano. De acordo com o
autor (2003, p.300), “o enunciado é um elo na cadeia da comunicação discursiva e não
pode ser separado dos elos precedentes que o determinam tanto de fora quanto de
dentro, gerando nele, atitudes responsivas diretas e ressonâncias dialógicas”.
Assim, o enunciado é visto como “real unidade da comunicação discursiva, porque
o discurso só pode existir de fato na forma de enunciações concretas de determinados
falantes, sujeitos do discurso” (BAKHTIN, 2003, P.274). O termo enunciado se refere,
97

nessa concepção, a algo que já foi dito, que poderá ser realizado diversas vezes, mas
que será diferente a cada enunciação da frase. Ou seja, um enunciado não poderá jamais
ser repetido, mas apenas citado, pois, neste caso, se trata de um novo acontecimento.
Na língua portuguesa, há a necessidade de se utilizar o termo gênero
acompanhado de um adjetivo para evitar ambiguidades relacionadas a gênero social. Em
inglês não há esse problema; utiliza-se genre para gênero e gender para gênero social.
Talvez por esse motivo seja comum vermos dúvidas quanto à utilização das expressões
tipos textuais ou gêneros textuais.
Faz-se necessária, portanto, a distinção entre tipo textual e gênero textual, pois é
comum que professores e alunos ainda confundam os dois conceitos e acabem
classificando como tipo aquilo que na verdade é gênero. A expressão tipo textual,
segundo Marcuschi (2007), designa um conjunto de enunciados organizados em uma
estrutura bem definida, que pode ser reconhecida facilmente por suas características
preponderantes, ou seja, uma espécie de sequência teoricamente definida pela natureza
linguística de sua composição e que abrange um número limitado de categorias, como a
narração, descrição, argumentação, exposição e injunção.
Gêneros são ações sóciodiscursivas, as diversas formas em que o texto pode ser
utilizado na interação humana em suas relações socioculturais; são os textos
materializados em nosso cotidiano e, diferente dos tipos textuais, são inúmeros.
Os gêneros têm como base a intenção dos falantes, sendo assim uma questão de
uso e não de forma. Portanto, pode-se afirmar que os gêneros textuais priorizam critérios
externos (sociocomunicativos e discursivos) e os tipos textuais, os internos (linguísticos e
textuais). (MARCUSCHI, 2007).
É importante ressaltar que a linguagem é uma prática social e, como tal, sofre
alterações constantes. Dessa forma, um mesmo gênero pode se transformar com o
passar do tempo, adquirindo outras características, funções e objetivos, partindo das
novas necessidades que a sociedade apresenta. O gênero e-mail é um exemplo dessas
transformações, pois embora possua elementos textuais de uma carta, apresenta
avanços tecnológicos consideráveis em relação a esta, como, por exemplo, maior rapidez
na comunicação entre os interlocutores. Como são fenômenos sócio-históricos
influenciados pela cultura e sociedade na qual estão inseridos, não há como determinar
uma quantidade exata dos gêneros existentes.
98

A ORALIDADE EM SALA DE AULA

A oralidade, já muito utilizada para o ensino de língua estrangeira, precisa também


estar presente no ensino de língua materna. Marcuschi (1999) afirma que ainda se vê
pouco sobre o assunto em livros didáticos, tanto quando se trata de sua definição ou de
sugestões para colocá-la em prática em sala de aula.
A relação entre oralidade e ensino ainda é tema de discussão entre diversos
estudiosos. Alguns ressaltam que é dever da escola ensinar não só a escrita, mas
também o desenvolvimento da fala; outros propõem que o ensino da escrita deve ter
como base o estudo das características e funcionamento de textos orais, partindo do
pressuposto de que uma criança, mesmo em idade pré-escolar, já possui uma concepção
de língua bem formada. De fato, não se trata de ensinar a criança a falar, mas utilizar seu
conhecimento linguístico para o desenvolvimento da escrita.
Podemos nos questionar em relação ao lugar da oralidade na escola, uma vez que
esta tende a privilegiar o ensino da escrita, já que alunos em idade escolar costumam
dominar a fala perfeitamente. Contudo, há aspectos da fala que podem e devem ser
objetos de estudo em sala de aula, como por exemplo, o uso de marcadores
conversacionais, que permitem ao aluno dominar estratégias importantes, dentre elas
propor mudança de tópico, ressaltar atenção à fala do interlocutor e maneiras de
interromper e entregar o turno de fala e estratégias de polidez. É possível afirmar,
portanto, que não cabe à escola ensinar ao aluno uma língua que ele já domina, mas que,
a partir desse conhecimento, é possível ensinar novas formas de uso da língua.
Por sermos seres sociais, a fala é uma atividade central em nossas vidas. Este, por
si só, é um fato que justificaria o estudo da fala. O aluno deve conhecer as diferentes
variedades da língua, sendo capaz de fazer a distinção entre linguagem formal e informal
e o momento de utilizar cada uma; além disso, deve obter conhecimento das regras de
uso da linguagem nas diversas situações comunicativas, incentivando-o a ampliar o seu
vocabulário, reconhecer os desvios no uso da variante padrão e, caso o contexto
comunicativo exija, corrigi-lo.
Além disso, como afirma Milanez (1993), a escola precisa considerar a
especificidade da língua oral, relacionando-a com a escrita, incentivando, assim, o aluno a
produzir textos que cumpram os requisitos de cada uma das modalidades. Em relação
especificamente à oralidade, deve ser capaz de refletir sobre a organicidade da fala, a
partir da perspectiva das diversas unções e situações de comunicação.
99

Em suma, não se trata de privilegiar o ensino da oralidade em detrimento da


escrita, ou vice-versa, mas sim reconhecer a importância de ambas, através de um
trabalho em que as duas modalidades sejam contempladas. Como afirma Marcuschi
(2005, p. 22), “na sociedade atual, tanto a oralidade quanto a escrita são imprescindíveis.
Trata-se, pois, de não confundir seus papéis e seus contextos de uso, e de não
discriminar seus usuários”.

RODA DE CONVERSA

A roda de conversa, em âmbito escolar, tem sido compreendida como um espaço


de exercício democrático que privilegia o estabelecimento de diálogos, debates e troca de
ideias entre os educandos e entre professor e educandos.
Atualmente, constitui-se como um gênero frequente na organização didática e
metodológica, subsidiando o trabalho com a oralidade e valorizando as situações
comunicativas dos alunos.
O gênero roda de conversa é reconhecido como um instrumento importante por
propiciar a interação entre os sujeitos, que se constituem na e pela linguagem. É um
momento privilegiado de troca de ideias e diálogo, propiciando aos educandos a
ampliação de suas capacidades comunicativas, tais como fluência na fala, expor opiniões,
argumentar, ampliação de seu vocabulário, além de permitir o contato com outras ideias e
opiniões, ensinando-os também a ouvir e respeitar o momento de falar e a opinião do
outro.
Assim, pode-se afirmar que a roda de conversa assume o caráter de um espaço
dialógico. Segundo Bakhtin (2010), o dialogismo diz respeito ao diálogo entre os
diferentes discursos que caracterizam um grupo cultural, diálogo esse nem sempre
equilibrado e harmonioso. Este é um conceito importante ao gênero roda de conversa,
pois o caracteriza como um gênero que permite a circulação de significações, de
educadores e educandos, possibilitando, assim, a formação de seres conscientes através
de conteúdos culturais que emergirão nas situações comunicativas historicamente
situadas.
100

ENTREVISTA

Segundo Hoffnagel (2003: 180), o gênero entrevista pode ser definido como “uma
constelação de eventos possíveis que se realizam como gêneros (ou subgêneros)
diversos. Assim, teríamos, por exemplo, entrevista jornalística, entrevista médica,
entrevista científica, entrevista de emprego, etc”.
Segundo Marcuschi (2003), mesmo podendo ser descrito como uma constelação
de subgêneros diversos, o gênero entrevista possui algumas características comuns a
todos eles. A estrutura, por exemplo, será sempre caracterizada por perguntas e
respostas, que deve envolver ao menos dois indivíduos, o entrevistado e o entrevistador.
Este é o responsável por iniciar e concluir a entrevista, fazer indagações, incitar a palavra
do entrevistado, introduzir novos assuntos, orientando a interação. O entrevistado deve
responder as perguntas e fornecer as informações pedidas. Além disso, é um gênero
essencialmente oral, que pode ser transcrito para publicação em jornais, revistas, sites,
entre outros.
A escolha por um determinado subgênero, ou seja, se será produzida uma
entrevista jornalística ou uma entrevista de emprego, por exemplo, estará relacionada a
itens como o público-alvo, a natureza, o objetivo, dentre outros aspectos.

PROPAGANDA

A propaganda ou texto publicitário é um gênero bastante utilizado nas aulas de


leitura e produção textual. Está presente em nosso cotidiano através de diversos
suportes, tanto impressos (jornais, revistas, cartazes e folhetos, entre outros) quanto
eletrônicos (internet, televisão cinema).
Um dos principais motivos da ampla utilização desse gênero em sala de aula é a
sua rica interação entre a linguagem verbal e a não verbal, característica que, se bem
explorada, pode auxiliar significativamente o leitor no processo de compreensão do texto,
já que é possível alcançar diferentes efeitos de sentido através de imagens, cores, tipos
de letra, relação entre imagem e texto, entre outros aspectos de planejamento gráfico.
Um outro aspecto importante do gênero propaganda diz respeito aos seus usos
sociais. Estamos diariamente em situações concretas de comunicação em contato com
textos publicitários, em suas diferentes formas e suportes. Portanto, os alunos devem
estar preparados para responder aos propósitos desse gênero de forma adequada, já que
101

é relevante para a sua vida social.


Atualmente, entende-se propaganda ou texto publicitário como a divulgação de
uma mensagem buscando influenciar opiniões ou obter adesão para uma ideia ou
produto. Pode ter fins políticos ou comerciais – pode convencer as pessoas a implantar
mudanças sociais ou a adquirir um determinado produto, por exemplo.

DEBATE

O gênero debate é uma poderosa ferramenta para desenvolver a oralidade dos


alunos em sala de aula, já que trabalha importantes capacidades de linguagem dos
alunos: sustentar as ideias que defende e refutar ou concordar com a ideia do outro.
O debate desempenha um papel importante não somente na vida escolar do aluno,
mas também em sua vivência em sociedade, uma vez que, através dele, é possível
desenvolver habilidades importantes como a escuta do outro, o turno de fala entre os
participantes e a retomada do discurso.
Por apresentar a argumentação como tipo predominante em sua constituição, o
debate apresenta operadores argumentativos, que organizam os argumentos,
negociações e refutações. Para confirmar ou negar uma opinião, é necessário o uso de
expressões que articulam os pensamentos de forma clara e objetiva no momento da
apresentação oral.
Segundo Pereira e Neves (2012), como qualquer apresentação oral, este gênero
exige três etapas: planejamento, execução e avaliação. O planejamento envolve a
escolha do espaço físico, a definição do tempo de duração do debate, o estabelecimento
de regras, a escolha de um moderador e de um secretário e ainda uma pesquisa sobre o
tema. Na execução, que é quando acontece o debate de fato, os participantes devem
adotar uma postura tranquila e respeitosa, respeitando opiniões diferentes da sua, falar
com clareza, utilizando um vocabulário específico relacionado ao tema escolhido,
procurando não interromper a fala dos colegas. Na fase de avaliação, é necessário refletir
sobre as diferentes posições defendidas durante o debate e formular sua conclusão.
Embora seja um gênero essencialmente oral, o desenvolvimento das três etapas
também sugere a importância da escrita durante o processo, não só na parte de pesquisa
e coleta de informações sobre o assunto debatido, mas ao anotar observações para
lembrar delas mais adiante, além da transcrição de trechos a serem refutados ou
sustentados.
102

NOTÍCIA

A notícia é um relato de uma série de fatos, de forma oral ou impressa, quem tem
por objetivo relatar, argumentar, expor e/ou descrever uma ação ou fato. Pode ser
veiculada em diversas plataformas, como a televisão, o rádio, o jornal impresso, revista,
entre outros.
O trabalho com o gênero notícia em sala de aula pode-se mostrar um tanto
desafiador, pois não é produzido ou visto por boa parte dos jovens atualmente. Daí a sua
importância, por criar condições de autoria e favorecendo a compreensão de enfoques
diferenciados.
Baltar (2006) afirma que “a notícia é o gênero básico do jornalismo em que se
relata um fato do cotidiano considerado importante, mas sem opinião”. Destaca também
que é um gênero genuinamente informativo. Assim, o trabalho com a notícia permite
também a discussão sobre a parcialidade de alguns meios de comunicação.
O gênero notícia aparece como sugestão dos próprios Parâmetros Curriculares
Nacionais para o trabalho com a oralidade. O documento afirma que expressar-se
oralmente requer confiança em si mesmo, algo que é conquistado em ambientes que
favoreçam à manifestação do que se sente e se pensa (BRASIL, 1998, p. 49). Dessa
forma, pode-se afirmar que trabalhar a notícia em sala de aula se mostra enriquecedora
porque apresenta temas atuais e possibilita o desenvolvimento da competência discursiva
do aluno.
Além disso, o trabalho com o gênero notícia permite que os estudantes se
informem e se mantenham atualizados. Ao estudar a notícia, podem aprender tanto as
especificidades do gênero como entrar em contato com diversos temas importantes que
merecem discussão e reflexão.

ROTEIRO

O crescente uso de diferentes mídias nos processos educacionais demonstra a


necessidade aproximar as práticas pedagógicas da realidade social dos alunos,
estimulando o prazer pela oralidade, leitura e escrita através do uso de representações
diversas, como imagens e sons.
O professor, além de conhecer instrumentalmente as tecnologias, percebendo seus
pontos positivos e limitações, deve avaliar de que forma o uso desses meios faz-se
103

importante e relevante para o processo de aprendizagem do aluno.


O roteiro é um gênero que pode aproximar as aulas de língua portuguesa da
realidade dos alunos. Pode ser definido como a forma escrita de qualquer espetáculo
audiovisual. É um texto narrativo utilizado como diretriz para filmes, documentários,
novelas, entre outras mídias.
O roteiro deve conter cenas numeradas que descrevam personagens e cenários,
além de todos os diálogos, com indicações aos atores quanto à entonação e atitude
corporal. Além disso, informa o tempo em que se passa cada momento da narrativa
(dia/noite/amanhecer).
O trabalho com o gênero roteiro, além de possibilitar aos alunos o contato com
mídias e o conhecimento das características de um gênero que não é habitualmente
trabalhado em sala de aula, pode permitir que o aluno aproxime sua realidade do contexto
escolar, com a produção de documentários, filmes, episódios que retratem a realidade em
que vivem.
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Emsantina Galvão G. Pereira revisão da tradução Marina Appenzellerl. 2. ed. São Paulo:
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