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ESPECIALIZAÇÃO EM PERÍCIA CONTÁBIL E AUDITORIA –

TURMA 2012

O PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO DE


ESPECIALIZAÇÃO EM PERÍCIA E AUDITORIA CONTÁBIL
DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Londrina
2012
O PERFIL DOS EGRESSOS DO CURSO DE
ESPECIALIZAÇÃO EM PERÍCIA E AUDITORIA CONTÁBIL
DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Artigo apresentado ao curso de pós-


graduação “lato sensu” em Perícia Contábil
e Auditoria da Universidade Estadual de
Londrina – UEL, como requisito obrigatório
para obtenção do título de Especialista.

Orientadora: Professora. Dra. Cassia


Vanessa Olak Alves Cruz;

Londrina
2012
À Deus pela vida e por me iluminar;
Aos meus pais pela presença e incentivo
constantes;
A minha filha razão do meu viver;
Ao meu esposo pela motivação e
companheirismo;
AGRADECIMENTOS

À Deus por me abençoar na minha caminhada, e por colocar os seus anjos


ao meu lado, me iluminando, me dando bênçãos, me ajudando mediante todas as
dificuldades e por ter me dado a oportunidade de chegar a mais esse momento da
minha vida;
Aos meus pais, pela confiança, carinho e compreensão, nos momentos de
ausência no lar, nos momentos que me ajudaram e apoiaram em todas minhas
decisões, e me auxiliaram com sua ajuda durante todo esse período.
Ao meu esposo, pelo amor e companheirismo, pela cumplicidade, e pelo apoio
em todos os momentos, e simplesmente por estarem ao meu lado trilhando esse
momento tão especial, como tantos outros.
À minha filha, presente de Deus para mim, fonte de alegria, e luz do meu
caminho.
Ao meu irmão, pela amizade e pelo incentivo, e por me ajudar e dar apoio e
sempre colaborar em cada situação.
Às amigas Ângela, Vanessa, Josiane e Karen, companheiros de jornada
profissional, pela força, vibração e ânimo em relação a esta jornada.
Às minhas amigas Andressa e Mariana, por estarem sempre ao meu lado, e
compartilhar todos os momentos bons e difíceis, com o precioso sentido amizade.
A Professora Cássia, pela Orientação, Determinação e Competência, e
principalmente por ter me dado tanto apoio durante meu trabalho.
A todos que, carinhosamente colaboraram para que pudesse realizar e
finalizar este trabalho.
Longo é o caminho do ensino por meio de teorias,
Breve e eficaz por meio de exemplos.

Sêneca
RESUMO

Esse estudo referente ao perfil do profissional atual dos Egressos do Curso de


Especialização em Perícia e Auditoria Contábil da Universidade Estadual de Londrina
tem o objetivo de analisar os possíveis benefícios profissionais e financeiros advindos
dessa formação. Com um levantamento bibliográfico enfatizando a teoria do capital
humano que entende que quanto maior o nível de escolaridade alcançado, maior o
desenvolvimento das habilidades cognitivas e de produtividade. Aplicou-se o
questionário aos profissionais egressos do Curso verificando assim o grau de
satisfação, e influencias positiva com o conhecimento adquirido. Todos reconhecem
alguma melhoria após a conclusão do Curso de Especialização e os fatores positivos
se sobressaíram em várias questões da vida profissional. O principal efeito da
educação é a mudança que ela pode proporcionar na vida de quem estuda. As
pessoas que detém o conhecimento são, normalmente, quem decide se o compartilha
ou não. Dependendo do quanto está motivada para isso, sendo este um fator
primordial para uma vida bem sucedida.

Palavras-Chave: Capital Humano, Egressos, Curso de Especialização;


ABSTRACT

This study refers to the current professional profile of graduates of the Specialization
Course in Accounting and Auditing Expertise of Londrina State University aims to
analyze the possible professional and financial benefits arising from such training. With
a literature emphasizing the human capital theory that understands that the higher the
educational level achieved, the greater the cognitive skills development and
productivity. We applied the questionnaire to graduates of professional courses
thereby determining the degree of satisfaction, and positive influences with the
knowledge acquired. Everyone acknowledges some improvement after the completion
of the Specialization Course and the positive factors have excelled in various issues of
life. The main purpose of education is to change it can bring to the lives of those
studies. People who have the knowledge are usually decides whether or not the
shares. Depending on how much is motivated to do so, this being a key factor for a
successful life.

Keywords: Human Capital, graduates, Specialization;


LISTA DE GRAFICOS

Gráfico 1- Mobilidade Profissional.............................................................................17


Gráfico 2- Remuneração...........................................................................................18
Gráfico 3- Competência.............................................................................................19
Gráfico 4- Habilidade.................................................................................................20
Gráfico 5- Empregabilidade.......................................................................................21
Gráfico 6- Estilo de Vida............................................................................................22
Gráfico 7- Estabilidade Profissional...........................................................................23
Gráfico 8- Amadurecimento pessoal.........................................................................24
Gráfico 9- Prestígio....................................................................................................25
Gráfico 10-Diferenciação Profissional.......................................................................26
Gráfico 11-Satisfação................................................................................................27
Gráfico 12-Responsabilidade Social.........................................................................28
Gráfico 13-Produtividade...........................................................................................29
Gráfico 14-Autonomia Profissional............................................................................30
Gráfico 15-Produção Academica......................,........................................................31
Gráfico 16-Oportunidade na carreira.........................................................................32
Gráfico 17-Status.......................................................................................................33
Gráfico 18-Reconhecimento......................................................................................34
Gráfico 19-Respeitabilidade......................................................................................35
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 9

2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ 10

2.1 TEORIA DO CAPITAL HUMANO.............................................................. 10

3 METODOLOGIA........................................................................................... 15

3.1 UNIVERSO DA PESQUISA........................................................................ 15

3.1 COLETA DE DADOS................................................................................ 16

3.2 ANÁLISE E DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS.............................. 16

4 CONCLUSÃO............................................................................................... 36

5 REFERÊNCIAS............................................................................................ 37

ANEXO A – Questionário enviado aos participantes da Pesquisa................. 40


9

1 INTRODUÇÃO

O presente estudo tem o objetivo de investigar o perfil profissional atual dos


Egressos do Curso de Especialização em Perícia e Auditoria Contábil, analisando os
possíveis benefícios financeiros advindos dessa formação.
Na era da informação, o recurso mais importante deixou de ser o capital
financeiro para ser o capital intelectual, baseado no conhecimento. Isso significa que
o recurso mais importante na atualidade não é mais o dinheiro, mas sim, o
conhecimento. O capital financeiro guarda sua importância relativa, mas ele depende
totalmente do conhecimento sobre como aplicá-lo e rentabilizá-lo. O conhecimento
ficou na dianteira de todos os demais recursos organizacionais, pois todos eles
passaram a depender do conhecimento.
A aprendizagem remonta aos tempos do início da história do homem e das
primeiras civilizações, em que a busca pela sobrevivência levava-os a aprender com
o exemplo fazendo, maneira peculiar com que as pessoas faziam as coisas,
proporcionando novos saberes, o domínio de métodos e técnicas visando a uma
melhor qualidade de vida.
O benefício financeiro trazido pelo ensino superior, apesar de importante, não
é o único, há vários outros.
A maior parte do conhecimento das organizações está na mente das pessoas
que as compõem, por isso, as pessoas com maior qualificação são mais valorizadas.
Este estudo está dividido em duas partes: sendo que a primeira diz respeito a
pesquisa bibliográfica, a respeito da Teoria do Capital Humano, baseado em Teses e
Artigos retirados da Internet.
A Pesquisa de campo realizou com base nos dados fornecidos através de um
questionário enviado por e-mail a alunos Egressos do Curso de Especialização em
Perícia e Auditoria Contábil da Universidade Estadual de Londrina, sendo
encaminhados 118 questionário para aplicação desta pesquisa.

2 REFERENCIAL TEÓRICO
10

2.1 A TEORIA DO CAPITAL HUMANO

A temática do capital humano, embora tenha apresentado maior destaque na


atualidade, sempre acompanhou o processo de construção da teoria econômica.
Adam Smith já sabia da influência que a escolaridade exercia sobre o mercado
de trabalho, quando afirmava que a diferença entre um filósofo e um carregador de
malas parecia surgir não tanto da natureza, mas de hábitos, costumes e educação.
O termo capital humano refere-se ao conjunto de capacidades produtivas dos
seres humanos formadas pelos conhecimentos, atitudes e habilidades e que geram
resultados em uma economia (BECKER, 1962; BLAUG, 1975).
A Teoria do Capital Humano é resultado de um programa de pesquisa, uma
vez que não é possível associá-la a uma única teoria. Consequentemente, o núcleo
desse programa consiste na ideia de que o indivíduo investe em si mesmo de formas
diversas, não apenas buscando desfrutar o presente, mas procurando rendimentos
futuros, pecuniários ou não.
Entende-se que quanto mais conhecimentos e habilidades a pessoa adquirir
e desenvolver aumenta o seu valor de capital humano.
Então o investimento na Educação, é uma garantia de empregabilidade,
estabilidade, produtividade e rendimento potencial. É uma forma de investimento para
o futuro profissional.
Ao investir em si mesma a pessoa aumentam a gama de escolhas disponíveis
para elas.
Segundo Lima (1980, p. 226), a lógica da teoria é a seguinte:
a) As pessoas se educam;
b) A educação tem como principal efeito mudar suas “habilidades” e
conhecimentos;
c) Quanto mais uma pessoa estuda, maior é sua habilidade cognitiva e sua
produtividade;
d) Maior produtividade permite que as pessoas recebam maiores rendas.
Se indivíduos com maior qualificação pessoal e profissional tendem a
perceber salários mais elevados, então isso quer dizer que, ao investir em capital
humano, o indivíduo busca assegurar melhores condições salariais futuras, ou seja,
ele deseja o retorno do investimento.
11

A Educação é considerada investimento quando analisada sob a perspectiva


da aplicação de recursos para a posterioridade, no que diz respeito em aumentar a
eficácia do trabalho, a quantidade de bens e serviços e as qualidades físicas e
individuais do individuo.
Estudos recentes realizados fora do Brasil reforçam os achados da Teoria do
Capital Humano quanto à estreita relação entre educação, trabalho e desenvolvimento
econômico, tendo o capital humano como base para o desenvolvimento individual e
coletivo.
No Brasil, estudos como os de Barros, Mendonça e Henriques (2002), Moretto
(2002), Curi (2006), Néri (2007) e Ferreira (2008), evidenciam a estreita relação
existente entre educação e mercado de trabalho, apontando que, quanto mais alta é
a escolaridade, maiores as chances de se conseguir ou manter um bom emprego,
com melhores salários.
A importância do capital humano nas modernas abordagens sobre o
crescimento e o desenvolvimento econômico se verifica, por outro lado, na sua própria
inclusão como um fator de produção.
Na tentativa de comprovar suas evidências, a teoria do capital humano vem
sendo testada por meio de modelos econométricos por inúmeros pesquisadores. A
comprovação não é uma tarefa fácil, pois, na relação entre gastos em educação e
treinamento e o salário do indivíduo, estão presentes elementos que, normalmente,
ou fogem do controle ou não permitem ser analisados ao mesmo tempo pelo
pesquisador, tais como a bagagem familiar, a qualidade da escola, o mercado de
trabalho, dentre outros.
Percebe-se, de um lado, uma clara associação entre o fator de produção
trabalho com o capital, o que, indiretamente e, talvez sem intenção, influencia o
sentido da sua homogeneidade. Por outro lado, examinando-se as manifestações de
Marx e Stuart Mill, em outros momentos, observa-se que, embora os fatores de
produção sejam tomados como constante isso não significa que suas alterações
tenham sido ignoradas. Estava presente nesses estudos, ainda que, por vezes, de
forma implícita, a importância dos fatores que alteram a produtividade dos fatores de
produção, principalmente do fator trabalho.
Smith não despreza as consequências indesejadas da divisão do trabalho.
Segundo ele, a execução de tarefas simples e repetitivas, embora represente maior
12

produtividade, faz com que o trabalhador perca o hábito de raciocinar e de formular


julgamentos sobre os interesses de seu país.
Para Marx:

A força de trabalho de um homem consiste pura e simplesmente, na sua


individualidade viva. Para poder crescer e manter-se, um homem, como a
máquina, se gasta e tem que ser substituído por outro homem. Além da soma
de artigos de primeira necessidade exigidos para o seu ‘próprio’ sustento, ele
precisa de outra quantidade dos mesmos artigos para criar determinado
número de filhos, que hão de substituí-lo no mercado de trabalho e perpetuar
a descendência dos trabalhadores. Ademais, tem que gastar outra soma de
valores no desenvolvimento de sua força de trabalho e na aquisição de certa
habilidade. Para o nosso objetivo bastar-nos-á considerar o trabalho ‘médio’,
cujos gastos em educação e aperfeiçoamento são grandezas insignificantes
(1982, p. 160).

Assim o trabalhador, os determinantes de sua manutenção e reprodução no


mercado de trabalho e as simplificações necessárias para a sua análise. Dentro das
limitações estabelecidas, fica subentendida, no entanto, a importância atribuída à
educação e ao aperfeiçoamento do trabalhador, um gasto necessário à melhoria de
sua capacidade.
Um paradigma da teoria do capital humano é que as pessoas investiriam em
si mesmas (saúde, aquisição de informações, educação, etc.), visando a retornos a
futuros, mesmo que estes ganhos não representassem aspectos pecuniários; ou os
indivíduos poderiam adquirir mais escolaridade simplesmente por satisfação pessoal.
A escolaridade geraria habilidades cognitivas que representariam enorme valor para
o próprio sujeito, para o mercado e para a comunidade, que retribuiriam com maior
remuneração, mobilidade, diferenciação e estabilidade profissional, status, prestígio,
respeitabilidade e reconhecimento, dentre outros. Elevações nos níveis de capital
humano dos indivíduos, no entanto, não geram apenas significativos aumentos na
produtividade e nos salários. Elevam também a competitividade das empresas, o bem-
estar dos empregados e a vida da comunidade como um todo. Além disso,
influenciariam os níveis de responsabilidade social, conforme evidenciado em
pesquisas que comprovaram que a educação repercute na formação de líderes,
eleitorado mais capacitado, consciência social, doação de tempo e dinheiro à caridade
(BLAUG, 1965).
De acordo com o Artigo “Doutores em Ciências Contábeis: Análise sob a
Óptica da Teoria do Capital Humano” (2007): Diversos estudos comprovaram a
13

eficiência da escolaridade em proporcionar benefícios aos indivíduos. Revisando e


apresentando as últimas estimativas e padrões de taxas médias de retorno à
escolaridade em diversos países do mundo, constataram que as mais altas são as da
África Subsaariana (37,6%, 24,6% e 27,8% para o ensino primário, secundário e
superior, respectivamente) e as mais baixas foram as pertencentes aos países
membros da OCDE (13,4%, 11,3% e 11,6%, na mesma ordem).
As taxas de retorno por profissão variam de país a país; mas, em geral, as
maiores podem ser obtidas em Odontologia, Medicina, Engenharia, Administração de
Negócios e Economia.
Outros comprovaram o impacto da escolaridade na vida dos envolvidos.
Alguns autores coletaram evidências de que existe um ganho para a
sociedade, conhecido como externalidades, provocado pela educação, que vai além
do somatório dos prêmios de salários individuais, ou seja, a taxa de retorno social para
a educação difere positivamente da taxa de retorno privada.
Para estimular um ambiente que conduza à aprendizagem, deve ser dada
toda prioridade ao desenvolvimento das pessoas da organização, começando com a
admissão dos melhores.
Devem ser estimuladas a reflexão e a análise das sugestões. Deve haver
tempo para reuniões, troca de ideias, soluções de problemas e avaliação das
experiências efetuadas. Deve haver tolerância para novas ideias e a aceitação de
riscos.
Sem ampla troca de ideias, não serão eliminadas as barreiras às
comunicações, não haverá ambiente propício à criatividade e menos ainda à
implantação de novos experimentos.
Um novo conhecimento sempre começa com uma pessoa: um pesquisador
tem um insight que conduz a uma patente; a intuição de um gerente ou a sugestão de
um vendedor torna-se o catalisador que conduz a um novo produto; um operário
sugere um processo inovador.
O conhecimento que nasce no indivíduo é transformado em conhecimento
organizacional valioso para toda a empresa. Tornar o conhecimento pessoal
disponível para os demais é uma atividade central da organização que aprende.
A alta administração deve procurar comunicar seus anseios, preocupações e
ideias e aumentar os desafios profissionais.
14

Dentre as diversas críticas à Teoria do Capital Humano, Baptiste (2001, p.


191-197) destaca: a) o reconhecimento único da maximização da utilidade individual
e o livre-mercado; b) o tratamento das pessoas como materialistas movidos apenas
pelo desejo de felicidade e segurança material; c) a adoção da premissa de que o
mundo é meritrocrático e que o status socioeconômico das pessoas é definido pela
educação; d) pessoas mais bem educadas são mais produtivas do que as menos
educadas; e) o tratamento dos homens como lobo solitários que misturam avareza
com racionalidade econômica.
Tais acusações foram defendidas por Schultz (1960, p. 572), onde afirmou
que o objetivo de sua pesquisa era verificar se a educação impactava na melhoria das
habilidades dos indivíduos, proporcionando um aumento da remuneração, sem
menosprezar as contribuições culturais advindas da maior escolarização dos
indivíduos.

3 METODOLOGIA
15

A presente pesquisa do tipo descritiva seguiu uma abordagem qualitativa.


O modelo adotado foi o estudo de caso, visando obter o máximo de
informações e permitir um conhecimento amplo sobre o tema abordado.
Apesar deste tipo de estudo não permitir a generalização dos dados obtidos,
considera-se adequado para o delineamento da pesquisa, pois a análise dessa
realidade específica poderia trazer dados relevantes para o trabalho de outros
profissionais da área. Utilizou-se questionário para definir o nível em que a satisfação
pessoal e profissional, que os estudos podem trazer após sua conclusão, e quais as
influências positivas com o conhecimento adquirido, além das expectativas a nós
designadas.

3. 1 UNIVERSO DA PESQUISA

Para atingir os objetivos propostos neste trabalho, foram realizadas as


pesquisas, descritas a seguir:
A primeira fase de levantamento de dados foi realizada por meio de
bibliografias sobre o assunto. O objetivo desta fase foi compilar estudos já publicados
por meio de livros, artigos e periódicos sobre o tema.
Os levantamentos desta natureza segundo Mattar (1999, p.82) é “uma das
formas mais rápidas e econômicas de amadurecer ou aprofundar um problema de
pesquisa, que é através do conhecimento dos trabalhos já feito por outros”.
Para Malhotra (2001, p.165) “as entrevistas em profundidade podem revelar
análises mais profundas, atribuindo as respostas diretamente ao entrevistado”.
Para a realização da entrevista em profundidade, foi utilizado um roteiro de
perguntas pré – estabelecidas, vide apêndice 1. Utilizou – se do método de
amostragem não probabilística por julgamento, que Malhotra (2001, p.305,307) define
como “Técnica de amostragem que não utiliza seleção aleatória. Ao contrário, confia
no julgamento pessoal do pesquisador”.
Este dado permitiu complementar as informações coletadas nos
levantamentos bibliográficos e de conteúdo, a fim de formular as demais pesquisas
necessárias para atingir os objetivos deste estudo.
Para Mattar (1999) a pesquisa descritiva é utilizada para descrever
características de grupo (perfil), estimar a proporção de elementos numa população
16

específica que tenham determinadas características ou comportamentos e descobrir


ou verificar a existência entre variáveis.

3.1 COLETA DE DADOS

Foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva para coleta de dados


primários através de um questionário semi - estruturado, com perguntas abertas e
fechadas a amostragem é probabilística por conveniência com 18 egressos do Curso
de Especialização em Perícia e Auditoria Contábil selecionado aleatoriamente a partir
da relação fornecida pela Universidade Estadual de Londrina através do levantamento
de informações da Universidade.

3.2 ANÁLISE E DEMOSNTRAÇÃO DOS RESULTADOS

Foram enviados 118 e-mails, com uma carta de apresentação da


pesquisadora, garantindo privacidade e explicitando os objetivos e esclarecimentos
da pesquisa.
Ao todo foram entrevistadas 18 pessoas: 11 homens e 7 mulheres, sendo 8
casados e 10 solteiros; 16 graduados em ciências contábeis, 1 em administração e 1
em economia.
O procedimento de coleta de dados primários, por meio do questionário,
iniciou-se em 05/2012 e foi encerrado em 07/2012.
Ao término foi enviado um e-mail de agradecimento pela participação a todos
os respondentes.
Mesmo consideradas todas as dificuldades de participação dos egressos,
consideram-se satisfatórios os resultados, devido à boa vontade, disponibilidade e
veracidade da participação.

Gráfico 1: Mobilidade Profissional


17

18

16

14

12
Entrevistados

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nota Atribuída

Fonte: A autora/2012

Segundo (BRAUG 1965, apud CUNHA, 2007, p.143) representa os meios a


escolaridade proporciona e asseguram a flexibilidade e adaptabilidade ocupacionais.
No Gráfico 1: a maioria dos entrevistados entende que mobilidade profissional é cada
vez mais considerada um instrumento-chave na criação de emprego e crescimento
econômico, ao mesmo tempo em que promove o desenvolvimento individual; através
do gráfico podemos notar que a uma positividade no seu resultado, pois notamos que
entre os 10 pontos o maior destaque foi na nota 7, sendo 27%, e nota 10, com 22,2%,
e na sua pontuação com indiferente sendo a nota 0, a pontuação de 11,1%.
18

Gráfico 2: Remuneração

18

16

14

12
Entrevistados

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nota Atribuída

Fonte: A autora/2012

Constitui-se no retorno econômico proporcionado pela escolaridade ao


individuo e até aos membros da Comunidade em que vive. (BLAUG, 1975, RAUCH,
1993, DUGAN et al. 1999,MORETTI,2002 apud CUNHA,2007,p.143) O Gráfico 2 os
entrevistados alegam melhoria nestes termos após término do Curso de
Especialização; a remuneração é fundamental no aspecto da competitividade, já que
a empresa remunera de acordo com os resultados que eles estão dando para a
organização e pelas responsabilidades que eles tem dentro da mesma.
19

Gráfico 3: Competência

18

16

14

12
Entrevistados

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Nota Atribuída

Fonte: A autora/2012

Constituem-se no desenvolvimento provocado na capacidade de equacionar


problemas e lidar com eles, pesquisar, analisar e concluir, de disciplina intelectual do
trabalho. Denota capacidade em vencer obstáculos (CUNHA, 2007, p. 147); No
Gráfico 3 Com base nas competências duráveis podemos esculpir as competências
efêmeras que serão depois valorizadas no mercado de trabalho e na vida como um
todo. Três profissionais egressos do Curso de Especialização atribuem nota 10 a este
quesito, e com atribuição de nota 8 que é índice de grande valia com 50% dos
votantes.
20

Gráfico 4: Habilidades

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

Quanto as Habilidades o Gráfico 4 demonstra que os pesquisados entendem


que se tornou fator fundamental e que se sobressaiu após a conclusão da
Especialização; ter habilidade significa ser mais do que capaz, mais do que instruído.
Constituem-se nas competências relativas ao conhecimento desenvolvidas
pela educação (BECKER, 1975; BARUCH; PEIPERL, 2000; HUNTON et al.,2005
apud CUNHA, 2007, p. 144);

Gráfico 5:Empregabilidade
21

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

O Gráfico 5 apresenta o reconhecimento do surgimento da Empregabilidade,


assim como promoções e estabilidade profissional, que normalmente acompanham
este critério, ao ingressar num Curso de Pós Graduação. normalmente é para garantir
um futuro profissional seguro no que diz respeito ao surgimento de novas vagas no
mercado, neste quesito pudemos observar que a empregabilidade foi um grande
destaque na área da docência em muitos casos, o estímulo dos mesmos foi visto que
após a conclusão do curso.
Representa o alargamento das escolhas disponíveis ao indivíduo, não
necessariamente monetárias, que a escolaridade permite (SCHULTZ, 1961;
WEISBROD, 1962 apud CUNHA, 2007, p. 144);

Gráfico 6:Estilo de Vida


22

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

Quanto ao estilo de vida demonstrado no Gráfico 6 compreende aspectos


comportamentais, expressos geralmente sob a forma de padrões de consumo, rotinas,
hábitos ou uma forma de vida adaptada ao dia-a-dia. Trata-se da repercussão
produzida pela educação no bem-estar e que conduz até mesmo a alterações
comportamentais (BOWEN, 1968; NEWELL et al., 1996; MORETTI, 2002 apud
CUNHA, 2007, p. 145).Os sujeitos pesquisados demonstram mudanças em aspectos
de seu estilo de vida na maioria, sendo esta 27,7% na pontuação de 9 pontos
agregados positivamente.
23

Gráfico 7:Estabilidade Profissional

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

De acordo com o Gráfico 7 quanto à estabilidade profissional em sua maioria


considera como uma boa característica de emprego. A tranquilidade de saber que
você terá benefícios como: plano de carreira, plano de saúde, salários garantidos
motivam os trabalhadores.
Significa a manutenção do emprego devido às transformações ocorridas no
mercado de trabalho, com abundância de qualificação da força de trabalho
(WALTENBERG, 2002; MACHADO et al., 2003; PAIVA, 2004 apud CUNHA, 2007, p.
144);
24

Gráfico 8: Amadurecimento Pessoal

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

O Gráfico 8 diz respeito ao amadurecimento pessoal a profissão exige


amadurecimento intelectual e pessoal, além de gosto pela profissão e pelo estudo.
Representado pelo crescimento como pessoa e o aumento no relacionamento
interpessoal (CUNHA, 2007, p. 147);
Dos sujeitos da Pesquisa na grande maioria atribuíram uma nota de 9 e 10,
significando entre os entrevistados 61,1% apenas nesse tópico nas duas notas de
maior valia a respeito deste fator pós-egresso Curso de Especialização.
25

Gráfico 9: Prestigio

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

No quesito Prestígio o Gráfico 9 demonstra que a maioria não o atribui a


formação acadêmica; alcançou-se uma boa confiabilidade com as respostas obtidas.
Trata-se do reconhecimento da comunidade e do mercado como simbólico do
conhecimento superior adquirido (FREZATTI; KASSAI, 2003; HUNTON et al., 2005
apud CUNHA, 2007, p. 144);
26

Gráfico 10: Diferenciação Profissional

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

De acordo com o Gráfico 10 no que tange a Diferenciação Profissional


Independentemente da área escolhida para atuação, o contabilista tem consciência
de todas as suas responsabilidades, de forma que, somente conhecer o código de
ética profissional não é suficiente para o bom desempenho da atividade, mas sim
exercê-lo em sua plenitude se torna elemento imprescindível ao correto profissional.
Significa o maior valor atribuído pelo mercado (DUGAN et al., 1999 apud
CUNHA, 2007, p. 145);
27

Gráfico 11: Satisfação

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

O Gráfico 11: demonstra resultados a respeito da Satisfação demonstrada


com término da Conclusão de uma Pós Graduação. Vê-se claramente que de uma
forma geral todos os entrevistados possuem este sentimento. A maioria dos
pesquisados encontra-se satisfeita com o trabalho que executa, com o ambiente de
trabalho, reconhecimento da família por parte da empresa, e considera o programa de
treinamento e capacitação de grande valia para o desenvolvimento das atividades.
28

Gráfico 12: Responsabilidade Social

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

No que diz respeito à Responsabilidade Social o Gráfico 12 mostra que todos


os pesquisados tem consciência da importância, o mundo globalizado exige
profissionais multifuncionais, eficientes, criativos, com visão de futuro, senso de
oportunidade, intuitivos e principalmente empreendedores. Os estudos amplia a visão
para melhorias, amadurecendo as pessoas em busca de um futuro com mais respeito
à vida.
A educação repercute na formação de líderes, eleitorado mais capacitado,
consciência social, doação de tempo e dinheiro à caridade (BLAUG, 1965; HAVEMAN;
WOLFE, 1984; IOSCHPE, 2004 apud CUNHA, 2007, p. 145);
29

Gráfico 13: Produtividade

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

A Produtividade está diretamente ligada a Satisfação de uma maneira geral


como determina o Gráfico 13, todos os pesquisados entendem a importância da
produtividade e o grau de intensidade provocada com a conclusão da pós de Auditoria
e Perícia Contábil. Sem produtividade ou sem a eficiência do processo produtivo,
dificilmente um profissional vai ser bem sucedido ou até mesmo sobreviver no
mercado.
Seu aumento atinge o indivíduo e os que se encontram a sua volta. Quanto
mais indivíduos educados houver no mercado, mais produtivos eles tendem a ser
(HAVEMAN; WOLFE, 1984; RAUCH, 1993; GALOR; MOAV, 2003; IOSCHPE, 2004
apud CUNHA, 2007, p. 144);
Como resultado neste quadro a referência de 50% dos participantes da
pesquisa atribuiu à nota 8, sendo isto positivo e de grande valorização, pois o mercado
vive em busca de produtividade, e o conhecimento faz o profissional fazer diferença.
30

Gráfico 14: Autonomia Profissional

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

Sobre a Autonomia Profissional o Gráfico 14 mostra que os Egressos


conquistaram esta Autonomia profissional, que é a independência que o profissional
tem em relação a outras profissões para executar procedimentos de sua competência
técnica.
É a autonomia e independência conquistadas por meio do aumento de
oportunidades que o título acarreta (CUNHA, 2007, p. 147);
31

Gráfico 16: Produção Acadêmica

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

Trata-se do desenvolvimento de um ambiente propício e estimulante da


produção de pesquisa em ciência e tecnologia, provocado pela escolaridade (BLAUG,
1965 apud CUNHA, 2007, p. 144);
O Gráfico 15 demonstra a opinião dos pesquisadores sobre a Produção
Acadêmica que ao sair do curso de Especialização entendem a importância destes
Estudos, mas na maioria das vezes não dão andamento a este tipo de trabalho.
Pensar a produção intelectual requer reflexões acerca dos aspectos éticos envolvidos,
questões de ordem conceitual e classificatória e, mecanismos de avaliação, tanto em
um contexto mais amplo, em que pese o cenário nacional, quanto em contextos
institucionais específicos, em que avaliações se fazem necessárias para redirecionar
ações e políticas internas.
32

Gráfico 16: Oportunidade na Carreira


18

16

14

12

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte: A autora/2012

Quanto a Oportunidade na Carreira o Gráfico 16 mostra que os pesquisados


atribuem valor a este quesito, pois através da qualificação profissional é evidente que
as oportunidades profissionais se ampliam. Uma carreira promissora está intimamente
ligada a Formação Acadêmica completa do individuo, que quanto mais investe na sua
capacitação mais oportunidades terá na profissão.
Maior acesso a posições e cargos importantes e altamente visíveis, não
apenas em termos de pagamentos, também em qualificações para posições em que
doutores podem fazer a diferença, econômica, política e socialmente. Nem sempre se
trata de uma opção profissional superior, mas são mais alternativas, tanto no mundo
acadêmico quanto no mercado profissional (CUNHA, 2007, p. 146);
33

Gráfico 17: Status


18

16

14

12

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Fonte: A autora/2012

Significa o relacionamento provocado pelo prestígio na posição social. Advêm


de uma mistura de salário e prestígio, glamour, privilégios e discriminação
(SCHWARTZMAN, 1986; DINIZ, 2000 apud CUNHA, 2007, p. 145); No Gráfico 17
com relação ao Status da profissão. O profissional de contabilidade vai estar
preparado pra dirigir uma empresa, gerencia-la. Pois contador pode ser administrador,
agora administrador não pode ser contador.
Como toda pessoa jurídica (empresa) necessita de, no mínimo, um contador,
a área de perícia contábil e auditoria tornam-se pontos fortes entre as opções de
emprego que estão em alta nesta área. Também, para os profissionais que já têm
alguma experiência na área, é bastante comum abrirem consultorias próprias, onde
prestam serviços para empresas, fazendo demonstrações financeiras, consultoria
tributária, entre outras. Os pesquisados entendem que a contabilidade é uma área que
oferece status.
34

Gráfico 18: Reconhecimento

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

A respeito do Reconhecimento o Gráfico 18 mostra que nesse cenário de


convergência das normas contábeis brasileiras na direção dos padrões internacionais,
alinhado às mudanças na economia mundial, tem-se formado um ambiente em que o
reconhecimento da relevância da contabilidade, dos controles internos e da auditoria
deve dominar o mundo dos negócios. Desta forma, esse é o momento oportuno para
a demonstração dos valores da profissão contábil no Brasil, pois quaisquer negócios
envolvendo a união de companhias ou aquisições de empresas necessitam de
avaliações e de estimativas contábeis.
Representa a valorização da opinião do titulado na comunidade acadêmica e
é base para o reconhecimento nacional e internacional, conferindo respeitabilidade à
pessoa e maior deferência no tratamento (CUNHA, 2007, p. 146);
35

Gráfico 19: Respeitabilidade

18

16

14

12
ENTREVISTADOS

10

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
NOTAS ATRIBUÍDAS

Fonte: A autora/2012

A Respeitabilidade é um dos critérios com maiores notas na opinião dos


pesquisadores é o que demonstra o Gráfico 19; o desenvolvimento do respeito
pessoal, que é onde tudo começa pode ocorrer na sociedade de três formas: pelo
desenvolvimento individual dos seus talentos e competências; pelo cuidado consigo
mesmo no sentido de equilibrar seus desejos e poderes; e o terceiro consiste enfim
em auxiliar os outros. Esta é a fonte de autoestima que se caracteriza como a mais
universal, atemporal e profunda.
36

4 CONCLUSÃO

A Teoria do Capital humano não se trata de um problema de taxionomia, mas,


sim, de abordagem.
As pessoas que conseguem transformar seus conhecimentos tácitos em
explícitos conhecerão melhor o seu potencial e mais conseguirá elevar o nível
profissional e intelectual, tornando-se vencedora e inovadora.
Percebe-se que o novo e maior desafio é conscientizar cada pessoa sobre
seu papel e valor humano. O funcionário precisa se ver como mantenedor na sua
função.
De acordo com as respostas dos questionários, a maioria dos entrevistados
perceberam melhorias no setor profissional devido a Pós-Graduação, nos quesitos
empregabilidade, produtividade e diferenciação profissional algumas notas foram
significativas altas pela maioria.
Dar continuidade nos estudos faz a diferença na carreira profissional, 6
entrevistados colocaram em observação que gostariam de cursar mestrado ou
doutorado.
Reconhecimento, respeito, dignidade, status, prestígio, honra, ética, são todos
valores inerentes ao ser humano no trabalho, enquanto a maneira de praticar esses
valores difere de cultura para cultura, de um sistema, quer seja político ou econômico,
para outro.
Conclui-se que as vantagens sobrepõem-se as dificuldades e que há vários
benefícios profissionais e financeiros para quem resolve seguir adiante em sua
formação, além da estabilidade, melhor índice de empregabilidade, status, melhor
estilo de vida, são possíveis benefícios.
Devido a limitações, os resultados aqui obtidos representam apenas um
recorte da realidade em questão, não possuindo a intenção de serem colocados como
respostas definitivas ao problema investigado. No entanto, levando-se em
consideração os achados pela pesquisa e a escassez de estudo semelhantes, as
limitações não invalidam o estudo. Sendo assim, sugere-se que sejam realizados
novos estudos a partir deste, a fim de constatar novas tendências.
37

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Political Economy, Chicago, v. 70, n. 5, parte 2, p. 106-123, 1962.
40

ANEXO A – Questionário enviado aos participantes da Pesquisa

Prezado Colega,

Sou aluna de Pós-Graduação em Perícia e Auditoria Contábil, da Universidade Estadual de Londrina,


onde estou desenvolvendo meu artigo sobre a Teoria do Capital Humano, sob orientação da Profa.
Cássia Vanessa Olak Alves.

O desenvolvimento desta pesquisa é para podermos definir o nível em que a satisfação pessoal e
profissional, que os estudos podem trazer após sua conclusão, e quais as influências positivas com o
conhecimento adquirido, além das expectativas a nós designadas.

Conseguimos o seu contato através da secretária da UEL, com pedido e liberação por todos os entes
necessários, informando-os sobre essa análise que seria feita para a desenvoltura do artigo.

Venho através desta convida-los a participar desta pesquisa, sendo esta voluntária, porém muito
necessária para o desenvolvimento deste projeto, afinal a sua participação é essencial, utilizaremos os
resultados de forma agregada, mantendo o sigilo nas informações nos dada sobre a identidade e as
informações individuais de cada colaborador.

Agradeço a sua atenção, e conto com sua valiosa colaboração.

Karina da Cunha Ferreira Fontana


41

PESQUISA SOBRE INFLUÊNCIA DA PÓS-GRADUAÇÃO

Influência da pós-gradução

1. Em termos de alterações ocorridas após a conclusão de sua pós-graduação, avalie os fatores


com pontuação de 0 (zero) a 10 (dez), conforme grau de intensidade provocada com a
conclusão da pós de Auditoria e Perícia Contábil.

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1. Mobilidade profissional
2. Remuneração
3. Competência
4. Habilidades
5. Empregabilidade
6. Estilo de Vida
7. Estabilidade profissional
8. Amadurecimento pessoal
9. Prestígio
10. Diferenciação profissional
11. Satisfação
12. Responsabilidade Social
13. Produtividade
14. Autonomia profissional
15. Produção acadêmica
16. Oportunidade na carreira
17. Status
18. Reconhecimento
19. Satisfação
20. Respeitabilidade

PERCURSO ACADEMICO E ATIVIDADE ATUAL:

1. Quando foi o início e o final do seu curso de graduação?

___/ ___/ _____ a ___/ ___/ _____

2. Qual curso de graduação?

( ) Ciências Contábeis ( ) Administração ( ) Economia

( ) Direito ( ) Outra:__________________________________________

3. Quando foi o início e o final do seu curso de pós-graduação?

___/ ___/ _____ a ___/ ___/ _____


42

4. Qual área você atuava quando iniciou a pós?

( ) Contador ( ) Perito ( ) Auditor

( ) Docente Outra:__________________________________________

5. Qual área você atua hoje?

( ) Contador ( ) Perito ( ) Auditor

( ) Docente Outra:__________________________________________

6. Você cursou ou está cursando mestrado ou doutorado?

( ) Não ( ) Sim

( ) Mestrado ( ) Doutorado

Área:_________________________________________________________________________

Identificação

1. Nome:_________________________________________________________________

2. Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino

3. Nascimento: 19_____

4. Estado Civil: __________________________

5. Email:_________________________________________________________________

Muito Obrigada!

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