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Oliveira Vianna O Idealismo Da Constituicao Resenha PDF
Oliveira Vianna O Idealismo Da Constituicao Resenha PDF
Surge então a pergunta: onde está o mal culpado dos nossos fracassos
constitucionais? As respostas variam, perpassando a própria Constituição, a
centralização monárquica, a má organização do regime eleitoral, o Poder
Moderador, entre outros. Oliveira Vianna, no entanto, dá outra resposta: o
próprio povo. A estrutura e a mentalidade do povo brasileiro, que sempre se
baseia em jurisdições, idealismos e realidades alheias para entender a si
próprio, o leva a criar impressões erradas e promover soluções inadequadas
aos seus problemas.
A nova organização dos poderes públicos federais se deu de tal forma que
ficaram constituídos: Presidente da República, Parlamento (Camara dos
Deputados e Conselho Federal), Supremo Tribunal Federal e Conselho da
Economia Nacional (de tipo corporativo e técnico).
A atividade legislativa até então era marcada pelo puro personalismo ou puro
facciosismo, um rendimento legislativo baixíssimo, usado simplesmente como
instrumento de proventos eleitorais.
Uma democracia só merece tal nome quando é feita pelos indivíduos não como
tais, mas como cidadãos, como membros de uma classe movida por interesses
coletivos e fazendo-se representar pela manifestação da opinião organizada,
uma pressão moral exercida pelas agitações populares; tanto é que, durante a
nossa história, por diversas vezes nossos governos se mostraram sensíveis às
manifestações de opinião, mas sempre quando esta se revela de maneira
realmente popular e legítima.
No caso britânico, por exemplo, o fundamento principal da opinião pública está
no espírito de cooperação e na solidariedade das classes. Lá, mesmo sem
eleições presidenciais diretas, as classes se fazem representar no meio
político, levando ao entendimento da democracia como independente do voto