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SUCESSÃO VEGETAL
Definição
Sucessão é o processo onde uma comunidade vegetal se transforma numa outra envolvendo a
imigração e a extinção de espécies, o que se reflecte nas mudanças na abundância relativa de
diferentes espécies, ao longo o tempo
SUCESSÃO VEGETAL
A sucessão representa a dinâmica das comunidades que ocorre ao longo do tempo de acordo com as
alterações nos factores abióticos (por exemplo, as condições do solo, intensidade luminosa) e bióticos
(por exemplo, a abundância natural das espécies, capacidade competitiva das plantas vizinhas) do meio.
Ocorre numa relativamente pequena escala temporal de meses ou anos, em que porções de matéria
orgânica (tanto corpo de animal ou planta) são degradados por microorganismos e animais
detritívoros que se sucedem uns aos outros à medida que as condições do material se vão tornando
mais favoráveis para uns e menos para outros.
Figura 2:
DETRITÍVORO
Sucessão Primária
Se a exposição das terras não esteve anteriormente sob influência de uma comunidade, a sequência
de espécies é designada Sucessão Primária Ocorre, por exemplo nas dunas de areia recentemente
formadas, zonas cobertas de lava e zonas expostas pelo degelo dos glaciares são exemplos deste tipo de
sucessão
Monte Santa
Helena, EUA,
explode em 1980
Monte Santa
Helena, 20 anos
mais tarde
Sucessão Primária
– Espécies Pioneiras
Este tipo de sucessão tem início quando a vegetação e o solo não estão presentes (quando não existe
vegetação e o solo precisa de sofrer o processo de formação), normalmente como resultado de um
distúrbio geológico. O solo inicia o seu desenvolvimento devido à meteorização e a adição de matéria
orgânica morta por colonizadores iniciais.
Os nutrientes são adicionados durante a queda das chuvas e pela fixação do nitrogénio pelas
cianobactérias e outras bactérias. As plantas maiores estabelecem-se em maior quantidade quanto
maior for o número de micro-habitats criados, permitindo que espécies mais especializadas colonizem o
local. Um exemplo típico de sucessão primária é a sucessão dunar que pode ser observada nas praias
Formação de dunas e colonização por
Ammophila arenaria
As praias são ambientes pouco favoráveis para as plantas colonizarem devido às elevadas temperaturas
exposição ao vento e aos esguichos de sal.
Figura 4: Esquema do processo de Formação de duna de areia seguido de Sucessão Primária
Espécies pioneiras na ilha da Inhaca: Scaevola plumieri e Cyperus maritimus são bem sucedidas que
podem começar o processo de formação das dunas. Scaevola plumieri é uma pioneira especialmente
adaptada para iniciar o processo de estabilização de dunas. Uma vez estabelecida, provoca a
acumulação de areia ao seu redor.
Plantas rasteiras tais como Ipomea pescaprae Canavalia roseus, crescem rapidamente, cruzando a
superfície da duna em várias direcções, e agindo como uma rede que estabiliza as dunas e de captura
sementes e folhas mortas
Mais tarde as pioneiras podem ser substituídas por outras comunidades de arbustos e leguminosas
fixadoras de nitrogénio, tais como a Sophora tormentosa, que modificam os habitats criados,
fornecendo sombra e aumentando nutrientes no solo. Finalmente estas comunidades
podem ser substituídas por espécies de árvores típicas de floresta Clímax: Aphodytes dimidiata,
Diospyros spp, Euclea natalensis, Eugenia capensis, Mimusops caffra e Rhus natalensis
Figura 7: Mimusops caffra
Sucessão Secundária
Ocorre num ecossistema em distúrbio Ocorre ao longo de um período de tempo longo (centenas de
anos). Comum nas machambas abandonadas. As espécies pioneiras capazes de colonizar tais locais são
chamadas daninhas.
Apodites dimidiata,
Brexia madagascariensis
Diospyros spp,
Mimusops caffra
Xyloteca kraussiana.
Figura 12
Mecanismos da sucessão
Supõe-se que esta espécie pode ter um efeito aleopático no solo, inibindo a
germinação de sementes de outras espécies.
FACILITAÇÃO
TOLERÂNCIA
INIBIÇÃO
Características da Sucessão
Características da Sucessão