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Todo o fenômeno de cor pode ser descrito em termos desses três elementos. As características físicas da fonte e do
objeto determinam a natureza da radiação que atinge o observador. A cor é um processo complexo, resultante do
processamento do olho e do cérebro. O que de fato determina a cor de um objeto é a presença de alguns fotopigmentos
no olho humano que se sensibilizam de forma distinta diante de diferentes comprimentos de onda; as várias espécies
de seres vivos percebem a cor distintamente umas das outras. Pode-se dizer que o fenômeno de cor está na mente.
As ondas eletromagnéticas cobrem um intervalo bem amplo de freqüência, ou comprimentos de onda. Dependendo de
suas fontes, são classificadas em Ondas de Rádio, Microondas, Espectro Infravermelho, Luz ou Espectro Visível, Raios
Ultravioletas, Raios X e Raios Gama.
Até o século XVII, a luz era definida como "a radiação que pode ser percebida pelos olhos humanos". Após experiências
sobre as propriedades dos raios infravermelhos e ultravioletas, apesar de invisíveis, a ciência passou a considerá-los
como luz, em virtude da semelhança do comportamento de suas regiões do espectro com a faixa visível.
Os babilônios já sabiam muito sobre a propagação da luz, mas foi a Escola de Platão que primeiro teorizou esse
conhecimento, criando a base da Ótica Geométrica.
Modificações substanciais no estudo da luz somente ocorreram, 2 mil anos mais tarde, com os trabalhos de Descartes e
principalmente de Newton, quando então surgiu a Ótica Física.
Novos aspectos do fenômeno luz foram revelados, conciliando as teorias de Newton e Planck com as teorias de
Maxwell e Hertz. Surgiu uma nova visão: a luz pode assumir tanto um comportamento ondulatório como um
comportamento corpuscular.
Na Ótica Ondulatória, a luz é definida como o resultado de vibrações de um campo, perpendicular à direção de
propagação, com uma distribuição de energia contínua no espaço. Na Ótica Corpuscular, ela é considerada como sendo
formada por fótons.
As diferentes sensações que a luz produz no olho humano, as cores, dependem da freqüência, ou comprimento de
onda. Correspondem ao intervalo, mostrado na tabela 2.1, para uma pessoa com uma visão normal, isto é, sem
problemas visuais.
A formação do órgão e a acuidade visual dos diferentes seres vivos decorrem da lei da seleção natural e da adaptação ao meio
ambiente. O olho humano é um órgão relativamente bem adaptado ao seu meio, ou seja, à atmosfera iluminada pela luz solar.
Possui uma forma aproximadamente esférica, atingindo cerca de 24 mm nas pessoas adultas. É revestido e protegido externamente
pela esclerótica, uma camada espessa e branca. A parte da frente do olho, a córnea, é transparente e convexa, com uma espessura
de 0.5 mm.; atrás dela se acha a câmara anterior, separada da câmara posterior por uma lente, o cristalino. À frente do cristalino
encontra-se a íris, estrutura dotada de um orifício capaz de se dilatar e contrair, limitando, assim, o feixe de raios luminosos que
penetram no olho.
A face interna da esclerótica é coberta pela coróide, constituída por vasos sangüíneos que alimentam o olho, sendo sua superfície
exterior revestida por uma membrana fotossensível, a retina. A visão é o resultado da transmissão de sinais ao cérebro por células
presentes na retina.
A parte central da retina, a fóvea retiniana, é formada por cerca de 7 milhões de células, os cones, elementos sensíveis à cor e ativos
na presença de luz intensa. A visão colorida, devido aos cones, é chamada de "fotópica".
Envolvendo a fóvea, existem aproximadamente 100 milhões de outras fibras, os bastonetes, elementos insensíveis à cor, isto é,
sensíveis apenas às imagens em preto e branco e ativos diante de uma luz fraca, uma sala escurecida, por exemplo. Esses elementos
são responsáveis pela visão conhecida como "escotópica".
Como os cones estão concentrados no centro da retina e os bastonetes, em sua parte externa, na periferia da retina, o olho só
consegue detectar formas não muito nítidas e destituídas de cores.
No fundo do olho, correspondendo à parte central da retina, há uma interrupção de cones e bastonetes, em uma localização
denominada de ponto cego, onde está situado o nervo ótico. É por esse nervo que as impressões visuais são transmitidas ao
cérebro.
A parte externa da retina contém grãos de pigmento escuro, cuja função é enfraquecer a intensidade de luz que chega aos cones e
bastonetes. A adaptação gradativa do olho à escuridão deve-se à lenta passagem do pigmento escuro para o fundo da retina,
deixando as células expostas o mais possível à fraca luz que as atinge. A retina possui um tempo de saturação; assim, os fenômenos
visuais observados dependem do tempo de exposição da retina e da intensidade luminosa.
Para detectar a forma de um objeto colorido, o observador deve fixar o conjunto de receptores de seu olho em uma extremidade do
objeto. Extremidade é o elemento básico na percepção da forma e pode ser criada a partir de áreas adjacentes que diferem em brilho,
cor ou ambos. Ela é utilizada para auxiliar o mecanismo responsável pela focalização da imagem na retina. Mas, as extremidades
formadas somente com base em diferenças de cores, sem distinção de brilho, não ajudam a uma focalização precisa.
Quando a retina não está fixada em nada, fica em repouso, permanecendo um período prolongado na obscuridade, o que aumenta
sua sensibilidade. Em tal situação, o primeiro contato com uma luz colorida, de qualquer intensidade, pode causar a impressão de um
branco durante certo tempo; da mesma forma, em um clarão forte, o olho perde momentaneamente a capacidade de distinguir cores
ou formas.
Quando a vista está fixa em uma lâmpada forte, e os olhos são fechados, a imagem continua visível, aos poucos perdendo a
luminosidade e mudando de cor. Esse fenômeno, chamado de gradações consecutivas ou imagens posteriores, possui várias
gradações.
10-7m.; possuem pico de resposta próximo a 4.45 x 10-7m., motivo pelo qual são popularmente conhecidos como fotopigmentos
azuis. Os outros dois grupos são mais sensíveis aos comprimentos de 5.35 x 10-7m. e 5.75 x 10-7m., mas esses, ao contrário dos
azuis, são sensíveis também a todos demais comprimentos. Devido à sua maior sensibilidade para os comprimentos citados, eles
são chamados de fotopigmentos verdes e vermelhos respectivamente: a denominação de vermelho não é muito apropriada já que
5.75 x 10-7m. se aproxima mais do amarelo. A figura mostra a sensibilidade relativa da visão para um suposto observador padrão,
para diferentes comprimentos de onda, para um certo nível de iluminação. A sensibilidade do olho depende do comprimento da luz
incidente; ela é máxima para comprimentos de onda de aproximadamente 5.60 x 10-7m., isto é, o sistema visual é mais sensível na
parte central do espectro visível e se torna menos sensível na direção das extremidades. Isso significa que, para serem percebidas,
as cores azuis ou vermelhas devem ser bem mais intensas do que as amarelas ou verdes.
CALORIMETRIA
Colorimetria é a ciência que estuda e quantifica como o sistema visual humano percebe a cor, na tentativa de especificá-la
numericamente de modo que:
· estímulos, com as mesmas especificações sob iguais condições, vistos por um observador com visão normal, são semelhantes.
· os números compreendidos nas especificações são funções contínuas dos parâmetros físicos que definem a energia espectral
radiante do estímulo.
O QUE É UM ESPECTRO?
A faixa colorida obtida por Newton quando separou as cores da luz do Sol
com um prisma é chamada de "espectro da luz solar". O espectro de uma
luz é a separação das cores componentes dessa luz. Essa separação, ou
dispersão, pode ser obtida com um prisma ou com outro dispositivo
chamado rede de difração. O espectro da luz do Sol, dita "branca", é um
contínuo com todas as cores visíveis. Hoje sabemos que essas
componentes têm comprimentos de onda que vão desde 4000 Ångstroms
(violeta) até 7500 Ångstroms (vermelho). Se a luz vier de outro objeto
luminoso, como uma lâmpada, o espectro obtido pode ter apenas algumas
cores. Para saber quais são essas cores usa-se um arranjo como esse
mostrado ao lado, de forma muito esquemática. A luz da fonte luminosa é
focalizada em uma fenda estreita e incide sobre um prisma (ou uma rede de
difração). Desse modo, ela se dispersa e é projetada sobre uma tela. O que
se vê na tela são imagens da fenda, cada uma correspondente a uma cor
componente. Esse é o espectro da luz do objeto. O arranjo todo é chamado
de "espectrógrafo". As imagens da fenda são chamadas de "raias" ou
"linhas" do espectro.
COR LUZ
A cor é uma sensação provocada pela luz sobre o órgão da visão, isto é, sobre nossos olhos. A cor-luz pode ser
observada através dos raios luminosos. Cor-luz é a própria luz que pode se decompor em muitas cores. A luz
branca contem todas as cores.
Você já viu um arco-íris? O arco íris é um belo fenômeno da natureza. Ao incidir nas gotas de água da chuva que passa, os raios da
luz solar que atravessa sob as nuvens se decompõem em várias cores. São radiações coloridas. E quanta alegria nos dá essa visão...
Em 1664, Isaac Newton fez surpreendentes descobertas sobre a luz e as cores. São muitas as experiências que relatou que constam
até hoje dos estudos feitos pela Física elementar. Seus estudos partiram da observação do arco-íris. Newton "reproduziu" um arco-
íris dentro de casa. Com alguns prismas e lentes onde fez incidir a luz do sol, separou as cores para estudá-las. A faixa colorida que
obteve ao separar as cores é chamada de "espectro solar". Mas nem todas as cores podem ser vistas por nossos olhos. O infra-
vermelho e o ultra-violeta por exemplo, não são cores visíveis no arco-íris.
Assim o que vemos é o espectro das seis cores visíveis: azul violeta, azul cian, verde, amarelo limão, vermelho alaranjado e vermelho
magenta (blue, cian, green, yellow, red e magenta). Alguns estudos consideram também o azul anil como cor visível, o que dá um
total de sete cores.
Outros estudos foram feitos com a cor-luz. As cores podem ser somadas e, assim, surgem novas
cores. Três cores visíveis do espectro são chamadas de cores primárias: o vermelho alaranjado, o verde e o azul violeta. Ou em
linguagem técnica: Red, Green e Blue. (RGB) .
Misturando apenas essas três cores, em proporções e intensidades variadas, podemos obter todas as outras, mesmo as que não
estão no espectro solar como os tons de marrons por exemplo. Note que aqui ao misturarmos o vermelho alaranjado com o verde
temos o amarelo limão; o azul violeta com o vermelho alaranjado, o vermelho magenta; e o verde com o azul violeta, o azul cian.
Somando as três, temos o branco. E o preto? Bem... se o branco é a soma de todas as cores, então o preto... é a ausência delas. Ou
seja, o preto é a ausência da luz. O preto é aquilo que qualquer criança conhece como "o escuro". Essa mistura é chamada de
aditiva, pois estamos somando as cores. Usamos também a intensidade da cor para completar uma mistura, ou seja, a maior ou
menor intensidade da luminosidade da cor também forma outras cores. Esse sistema aditivo de mistura das cores conhecido como
RGB é o que forma as cores dos sistemas de comunicação visual, como a televisão e até mesmo o monitor do seu computador
COR PIGMENTO
É só descuidar da caneta e lá foi o bebê deixando suas impressões pelas paredes da sala. A mamãe pode até ficar muito brava, mas o
bebê sorri de alegria e satisfação. Faz o mesmo quando está com as mãos lambuzadas da sopinha , do chocolate, da geléia ou com a
espuma do sabonete no espelho do banheiro. Descobre que a cor do morango fica em suas mãos quando o aperta e a língua fica
vermelha depois de comer gelatina. A criança descobre o mundo experimentando tudo o que está a seu alcance.
E você... já experimentou descobrir as cores? Esfregue as cascas das frutas, folhas verdes, sementes, pétalas de flores até sentir o
sumo com sua cor. Algumas suaves, outras mais intensas, mas tudo tem alguma cor. Essas são as cores pigmento.
O pigmento é o que dá cor a tudo o que é material. As folhas da plantas são verdes por terem clorofila; a terra tem cores diferentes
em cada região por apresentar composição mineral diferente, e cada mineral tem um pigmento com sua cor própria: o óxido de ferro
pode ser amarelo ou vermelho; o de cobre é verde; o de manganês é marrom; o de cobalto é azul; etc... Até a nossa pele tem
pigmentos, como a melanina que dá a cor da pele de cada um de nós.
Os índios brasileiros usam semente de urucum para colorir o corpo, cabelos e outros artefatos de vermelho; do jenipapo, que é um
fruto, extraem o azul; também usam carvão e terra para pintar de preto, branco e amarelo.
Assim como as crianças, os homens primitivos descobriam as cores pela experiência. Encontramos seus registros nas paredes das
cavernas. Essas pinturas rupestres eram feitas com os mais variados tipos de pigmentos naturais: plantas, terra, carvão, e até o
sangue dos animais que caçavam.
Desenhar, pintar, colorir são formas de expressão, de comunicação que é natural do ser humano. Com o tempo o homem percebeu
que podia extrair os pigmentos da natureza e utilizá-los em forma de tinta misturando com resina das árvores, com a clara e a gema
de ovos e diferentes tipos de óleo para conservar, transportar e fixar as cores. Pintou sobre pedra, peles de animais e madeira e
desenvolveu suportes próprios para a pintura: preparou as paredes com massas especiais, os afrescos; modelou cerâmica e fez
azulejos decorados; fez mosaicos com vidros coloridos; telas com tecidos para pintar usando pincéis... e continua gostando de
pintar as paredes e muros das cidades com a mesma necessidade de se expressar que os homens das cavernas.
As técnicas de pintura se desenvolveram, se industrializaram e a tecnologia criou os pigmentos sintéticos. Cores "artificiais", feitas
em laboratório, mas tão intensas e belas como as cores naturais que tentam imitar. Muitas tintas industrializadas ainda são feitas
com pigmentos naturais, mas já existem pigmentos sintéticos de todas as cores. Os corantes também são pigmentos. Você já
percebeu quantos corantes consumimos em nossas refeições? É por que a cor dos alimentos também é um atrativo para aguçar o
paladar: a gente também come "com os olhos".
As crianças adoram brincar com as cores. Experimentando misturar as tintas logo descobrem que podem formar novas cores.
Esticam o plástico rosa e transparente do bombom e descobrem que "tudo ficou rosa"... Na verdade, ao olharmos através do plástico
colorido e transparente estamos misturando as cores do mesmo modo que fazemos com as tintas.
Essa mistura de pigmentos altera a quantidade de luz absorvida e refletida pelos objetos. O pigmento branco não absorve, mas
reflete todas as cores. Estamos falando da COR-LUZ que é refletida pelos objetos quando iluminados pela luz branca, que é a soma
de todas as cores. Quando misturamos um pigmento preto a uma tinta branca, aos poucos vamos obtendo diferentes tons de cinza.
Quanto mais pigmento preto, mais escuro é o tom de cinza que obtemos até chegar ao preto. O que acontece é que o pigmento preto,
ao contrário do branco, absorve todas as cores. Já vimos antes que o preto é a ausência de luz. O pigmento preto "esconde" todas as
cores e, por isso, o preto que vemos é o "escuro", é a ausência de luz refletida.
O mesmo acontece com os pigmentos coloridos. Cada um reflete somente a cor que não é absorvida. Por exemplo: o pigmento
amarelo absorve da luz branca as cores azul violeta, azul cian, verde, vermelho alaranjado e vermelho magenta, e reflete somente a
luz amarela, que é a cor que podemos ver.
As cores pigmento primárias também são chamadas de cores puras, pois não se formam pela mistura de outras cores, mas é a partir
delas que todas as cores são formadas.
As tintas escolares e para artesanato existentes no mercado, dificilmente obedecem a exata tonalidade e intensidade das cores
primárias, o que, às vezes, faz com que o estudo das cores pareça ser algo complicado. Mas você deve trabalhar com as cores de
tintas que possui, pois aprenderá a misturá-las.
Para aprender mais sobre as cores experimente misturá-las no computador que trabalha com tonalidades exatas. Mas as cores que
você vai ver no monitor podem ser diferentes das cores após a impressão. Por isso, é necessário imprimir os resultados e observar
com atenção essas diferenças para poder trabalhar corretamente.
Existem muitos programas para trabalhar com as cores, mas nem todos possibilitam fazermos as misturas de acordo com nosso
próprio critério.
CORES PIGMENTO PRIMÁRIAS:
CORES SECUNDÁRIAS
Obtemos as cores secundárias pela combinação das primárias, duas a duas, em proporções iguais.
+ =
+ =
Depois as SECUNDÁRIAS :
E, por último, as TERCIÁRIAS, com exceção dos tons de marrom, pois no círculo só podemos organizar as cores duas a duas e o
marrom seria a mistura de três delas em proporções diferentes. :
Outro modo de ilustrar as misturas das cores é com a ESTRELA DAS CORES que é uma estrela com seis pontas (como a Estrela de
Davi) montada com dois triângulos equiláteros (de lados iguais) sobrepostos com as pontas divididas pelas cores primárias e
secundárias. Para completar é colocado um círculo em torno onde as cores são gradativamente misturadas na mesma ordem em que
estão na ESTRELA.
CORES QUENTES
Impressão do Sol nascente.
As cores quentes tendem para o amarelo, e suas matizes com os alaranjados e avermelhados. As cores quentes estimulam a
circulação do observador, causando um ligeiro aumento na temperatura do corpo. o amarelo é uma cor alegre, é a cor do verão; o
vermelho é o sangue, é vida.
CORES FRIAS
As cores frias tendem para o azul, e as matizes entre o verde, azul e violeta. Ao contrário das cores quentes, diminuem a circulação
do observador, causando uma ligeira queda na temperatura do corpo. O azul é a calma, a harmonia, a paz, mas também a tristeza e
melancolia.
CORES COMPLEMENTARES
"A cor do complemento de onda dominante que o matiz absorve é a sua complementar". É a cor "negativa"" de qualquer cor, como
os negativos de fotografia. É a que forma o verdadeiro contraste. Quando uma cor é colocada lado a lado com sua complementar,
elas se intensificam pelo contraste simultâneo. No círculo cromático a cor complementar é a que está "diametralmente oposta", isto
é, traçando um diâmetro é a que está do lado oposto. Quando você quiser chamar a atenção, use uma roupa que tenha estampa com
cores complementares. Do mesmo modo, como o positivo e o negativo, o branco e o preto também são complementares. Os opostos
se completam.
AS CORES DA LUZ
Em 1665, quando Isaac Newton tinha 23 anos, a peste se espalhou pela Europa. Para fugir do contágio na cidade grande, Newton
passou um ano e meio no campo, na casa de sua mãe. Durante essas férias forçadas dedicou-se ao estudo e à pesquisa por conta
própria e fez surpreendentes descobertas que só publicou vários anos depois.
Aqui vamos relatar seus estudos sobre a luz e as cores. Newton dispunha apenas de alguns prismas, lentes e da luz do sol. Fazendo
um pequeno furo em uma cortina obteve um feixe estreito de luz que fez incidir sobre o prisma. A luz, depois de passar pelo prisma,
projetava sobre a parede oposta uma mancha alongada, com as cores distribuídas do vermelho ao violeta.
De cara, ele chegou à idéia de que a luz branca do sol é composta de luzes de todas as cores visíveis. O que o prisma faz é,
simplesmente, separar essas componentes. A componente violeta é a mais desviada e a vermelha, a menos desviada. As outras têm
desvios intermediários
Dispersão da luz
branca do sol
Para testar essa idéia, fez a luz espalhada pelo prisma incidir sobre outro prisma, colocado na posição invertida. Bingo! O segundo
prisma juntou de novo as luzes componentes e a luz branca ressurgiu no outro lado
Recombinação da luz
dispersada
Com essas e outras observações, Newton demonstrou que a luz branca do sol é uma mistura de luzes com as cores visíveis. Cada
cor sofre um desvio diferente pelo prisma. Tecnicamente, dizemos que a luz violeta é mais refringente que a vermelha, pois se desvia
mais. Ou, em outros termos, o índice de refração da componente violeta é maior que o índice de refração da componente vermelha.
Durante toda sua vida Newton acreditou que a luz era feita de partículas emitidas pelos corpos luminosos. Cores diferentes
corresponderiam a partículas diferentes. No ar, todas as partículas teriam a mesma velocidade mas, entrando no prisma de vidro, a
velocidade seria diferente para cada cor. Isso causaria o desvio diferente das componentes da luz.
Outros cientistas, como Christian Huyghens (pronuncia-se "róiguens") diziam que a luz era formada de ondas, cada cor tendo um
comprimento de onda diferente. Hoje sabemos que Huyghens tinha mais razão. Mas, para sermos justos com Newton, lembramos
que ele dizia que não "fazia hipóteses" sobre a natureza da luz, apenas observava seu comportamento.
Resposta: a cor de um objeto depende tanto da luz que ilumina esse objeto quanto de propriedades específicas de sua superfície e
textura. Para entender melhor esse fato vamos ver como as cores podem ser somadas e subtraídas.
A experiência de Newton com dois prismas é um exemplo de SOMA de cores. As cores componentes, somadas no segundo prisma,
reproduzem a luz branca. Mas, não é necessário usar todas as cores visíveis para obter o branco. Basta usar três cores, ditas
primárias: o vermelho, o azul e o verde. Projetando, sobre uma tela branca, feixes de luz com essas três cores primárias, observamos
que a soma delas, no centro, é branca. A soma do vermelho com o verde é o amarelo e assim por diante. Qualquer cor visível pode
ser obtida somando essa três cores, variando adequadamente a intensidade de cada uma delas. Na verdade, com essas três cores
conseguimos cores que nem estão no espectro solar, como o marrom.
Isso é usado na tela da televisão. Se você olhar bem de perto verá que a tela é coberta de pontos com apenas essas três cores. Vistos
de longe, os pontos se mesclam e vemos toda a gama multi-colorida. Aliás, neste exato momento, todas as cores que você vê em seu
monitor são a soma dessas três: vermelho, verde e azul (Red, Green e Blue, RGB).
SUBTRAIR cores consiste em eliminar uma ou mais das componentes da luz. Por exemplo, misturar tintas equivale a subtrair cores.
Desde crianças, sabemos que tinta azul misturada com tinta amarela dá tinta verde. O que acontece é que os pigmentos da tinta azul
absorvem as componentes do lado vermelho e os pigmentos da tinta amarela absorvem as componentes do lado azul. Sobram as
componentes intermediárias, isto é, o verde
É a cor do fogo, da paixão, do entusiasmo, dos impulsos. Estimula reações diretas e até
mesmo agressivas - força, valentia, tenacidade (persistência, vigor). Simboliza também a
Vermelho aproximação e o encontro entre as pessoas.
É a cor da purificação, a única que tem como grande poder desintegrar energias
negativas. Estimula a introversão, a busca da verdade interior e é sedativa. Favorece a
Azul inspiração, a amabilidade, a paciência e a serenidade.
Está associado à intuição e espiritualidade. É uma das cores que mais tem influência em
emoções e humores.
Lilás
É considerado uma capa de aço, onde o que está de fora não entra e o que está dentro
não sai. Ambientes carregados desta cor costumam ter um ar viciado
Preto
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