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FISIOLOGIA NEUROLÓGICA

NEUROCIÊNCIAS

SISTEMA VISUAL
ÍNDICE

A VISÃO 3
AS SUBMODALIDADES VISUAIS 3
LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DOS OBJETOS 3
A MEDIDA DA INTENSIDADE LUMINOSA 4
A IDENTIFICAÇÃO DA FORMA DOS OBJETOS 5
A DETECÇÃO DE MOVIMENTOS 5
A DETECÇÃO DAS CORES 5

A VISÃO
A visão é um sentido proporcionado pela interação da luz com os receptores
especializados da retina, que propiciam a formação de imagens provenientes do
mundo exterior.
Tais imagens, quando projetadas na retina, geram um potencial receptor por
meio de uma reação de transdução fotoneural. Em seguida, o potencial receptor

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provoca outros potenciais bioelétricos nas células seguintes da retina.
Dessa forma, o código resultante emerge pelo nervo óptico em direção às
regiões visuais do encéfalo (localizadas no mesencéfalo, no diencéfalo e em diversas
áreas do córtex cerebral).

AS SUBMODALIDADES VISUAIS
A informação codificada pelo sistema visual percorre vias paralelas da retina ao
tálamo e do tálamo ao córtex. Dessa forma, devido a essas vias paralelas o indivíduo
consegue desempenhar as principais submodalidades visuais:

1. Localização espacial dos estímulos luminosos


2. Medida da intensidade luminosa
3. Identificação da forma dos objetos
4. Detecção de objetos móveis
5. Detecção de cores

LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DOS OBJETOS


Essa submodalidade depende de mapas topográficos representados
principalmente no colículo superior do mesencéfalo, onde há neurônios ligados ponto a
ponto com neurônios motores que ativam os músculos dos olhos, do pescoço e do
corpo.

Para localizar objetos, é necessário:

1. Dispor de reflexos visuomotores que possibilitem a sua orientação em relação a


um determinado setor do campo de visão, o qual será analisado pela fóvea
(região da retina com alta densidade de receptores, capaz de identificar os
detalhes)
2. Conhecer as relações topográficas do que é visto, o que é possível graças ao
estabelecimento de um sistema de referências e à capacidade de reconstrução

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de acordo com mapas topográficos
3. Além disso, pode- se dividir o campo visual de cada olho em quatro quadrantes
(superior nasal, superior temporal, inferior nasal e inferior temporal) e, a partir
de então, determinar sistemas de coordenadas para identificar com precisão a
posição de qualquer ponto no campo visual

A MEDIDA DA INTENSIDADE LUMINOSA


Começa na retina e propicia a regulação da sensibilidade do sistema aos ambientes
claros e escuros. A avaliação da intensidade de um estímulo depende de inúmeros
fatores:

1. do nível de adaptação da retina, um mecanismo de regulação da sensibilidade


retiniana
2. do nível de ruído interno do próprio sistema visual, o qual varia com diversos
fatores (como o ciclo circadiano e as condições metabólicas gerais do indivíduo)
3. da cor do estímulo, pois os fotorreceptores* possuem maior sensibilidade a
uma determinada faixa do espectro
4. das condições de contorno em volta do estímulo, pois as bordas são usadas
para comparar a figura com o fundo e a intensidade do interior da figura é
extrapolada a partir da medida do lado de dentro da borda

*existem 2 tipos de fotorreceptores no olho humano, os cones (que têm a capacidade


de reconhecer as cores) e os bastonetes (os quais têm a capacidade de reconhecer a
luminosidade).

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A IDENTIFICAÇÃO DA FORMA DOS OBJETOS
A identificação da forma dos objetos presentes no mundo visual depende de
operações perceptuais básicas, como a identificação de bordas de contraste que
delimitam cada objeto e a avaliação tridimensional do mesmo em relação ao ambiente.
Já a detecção de profundidade (uma submodalidade relacionada à detecção de
formas) depende da binocularidade (ou seja, a cooperação entre os dois olhos) e
provavelmente da natureza cultural, o que pode explicar o fato de sermos capazes de
perceber a terceira dimensão de objetos desenhados, mesmo sabendo que eles estão
representados sobre um único plano do papel.

A DETECÇÃO DE MOVIMENTOS
Envolve neurônios que sinalizam a direção em que se movem os objetos, bem como
neurônios que identificam os comandos para a movimentação dos olhos e da cabeça
do indivíduo. Nesse sentido, ocorrem diversos mecanismos, como:

• Passagem das imagens sobre diferentes locais da retina, em sequência temporal


e espacial que se reproduz ao longo de todo o sistema visual até o córtex.
• Informação proprioceptiva e motora originada da ativação dos músculos
extraoculares.

A DETECÇÃO DAS CORES

Começa na retina, pois os cones (como mencionado acima, são fotorreceptores que
têm a capacidade de reconhecer as cores) têm sensibilidade específica para certos
comprimentos de onda da luz. No encéfalo, a combinação de cores complementares
adquire complexidade e, assim, determina-se a resposta dos neurônios corticais
voltados para a visão cromática.

A percepção das cores depende de diversos fatores, dentre os quais destacamos:

1. discriminação das cores, que depende da existência de tipos de

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fotorreceptores, os quais são ativados em proporções diferentes para cada
tonalidade cromática.
2. a oposição cromática, característica dos neurônios ganglionares, geniculares e
corticais.
3. o contraste de cor, o que explica o fato de uma figura vermelha em um fundo
verde ressaltar mais do que a mesma figura sobre um fundo preto. OBS: isso
ocorre, pois, nas bordas da figura com o fundo a ativação das células corticais
de oposição cromática dupla são otimizadas.
4. a constância de cor, propriedade que garante que a cor percebida de objetos
permaneça relativamente constante sob diferentes condições de iluminação.

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