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PLANO DE DESENVOLVIMENTO
INDIVIDUAL DO ESTUDANTE
ORIENTAÇÕES PARA CONSTRUÇÃO
2018
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Elaboração
Equipe DESP/SEE/MG
Projeto Gráfico/Diagramação
ACS/SEE
• 3
Sumário
INTRODUÇÃO 5
DETALHANDO CADA ITEM DO FORMULÁRIO PARA O PDI 7
ITEM I - DADOS INSTITUCIONAIS 7
ITEM II - DADOS DO/DA ESTUDANTE 7
ITEM III - PROPOSTA CURRICULAR PREVISTA NO PROJETO 7
PEDAGÓGICO PARA O CICLO/ANO DE ESCOLARIDADE NO
QUAL O/A ESTUDANTE ESTÁ MATRICULADO/MATRICULADA
ITEM IV - AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL 8
HISTÓRIA DE VIDA DO/DA ESTUDANTE 9
AVALIAÇÃO PEDAGÓGICA INICIAL 11
ITEM V - ANÁLISE DETALHADA DA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA INICIAL 39
ITEM VI - RELAÇÃO DAS NECESSIDADES EDUCACIONAIS 39
ESPECIAIS APRESENTADAS, DECORRENTES DA DEFICIÊNCIA,
TGD E ALTAS HABILIDADES
ITEM VII - PLANEJAMENTO PEDAGÓGICO 40
ITEM VIII - AVALIAÇÃO PROCESSUAL E CORREÇÃO DE RUMOS 41
BIBLIOGRAFIA 42
ANEXO I - ESTRUTURA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDIVIDUAL 45
– PDI: PROPOSTA PARA A REDE ESTADUAL DE ENSINO DE MINAS GERAIS
ANEXO II – QUADRO DEMONSTRATIVO DO PLANEJAMENTO 46
ANEXO III – PLANO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (PAEE) 47
INTRODUÇÃO
Para se construir uma escola inclusiva, aberta a todas as diferenças e ao sin-
gular de cada estudante, é necessário, antes de tudo, ter a consciência do
direito inalienável desse, de pertencer àquele espaço e de ter acesso a tudo
que a escola e os profissionais que nela atuam têm a oferecer.
Vale salientar que a avaliação dos aspectos citados tem caráter estritamen-
te pedagógico e não deve ser confundida com avaliação clínica. Se as ava-
liações clínicas feitas por profissionais competentes forem oferecidas às es-
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colas, poderão compor o PDI, sem, no entanto, sobreporem-se as avaliações
pedagógicas.
O/A Especialista da Educação Básica (EEB) tem papel decisivo junto a todos
os estudantes e professores para o desenvolvimento eficaz das ações peda-
gógicas na escola, especialmente, no processo de construção do PDI, desde
a elaboração e implementação da avaliação diagnóstica para este fim, até
o planejamento de intervenção pedagógica para o atendimento ao/à estu-
dante com deficiência, TGD e altas habilidades/superdotação, bem como o
acompanhamento de sua implementação e, se necessário, as correções de
rumo. Para desempenhar bem esse papel é fundamental que ele/ela tenha
bastante clareza sobre a avaliação processual e o planejamento pedagógico
para esses estudantes.
6 •
tações, favorecendo a reflexão acerca da importância da construção do PDI
como instrumento fundamental para a inclusão do/da estudante com defi-
ciência, TGD e altas habilidades/superdotação no cotidiano da escola, como
sujeito de direito e possibilitando-lhe seu pleno desenvolvimento. Nestas
oportunidades deve-se também, oferecer momentos em que os professores
pensem e elaborem formas de avaliar os aspectos mínimos necessários, ex-
plicitados nesta orientação, bem como definição de cronograma de aplicação
destas atividades, análise dos resultados e planejamentos da ação pedagógica.
Não temos dúvida de que esse trabalho é um desafio diário aos profissio-
nais das escolas e, principalmente, aos especialistas. Mas, como afirma Paulo
Freire: “numa perspectiva democrática, me cabe o dever ético de, combaten-
do as injustiças, deixar claro que mudar é difícil, mas é possível. ”
• 9
• Teve algum apelido na escola por parte dos colegas ou professor/professora?
• O/A estudante já é alfabetizado/alfabetizada?
• Se sim, ele/ela gosta de ler? O que ele/ela gosta de ler?
• Ele/ela gosta de estudar?
• Quem estuda com ele/ela ou ajuda nas tarefas de casa?
• Ele/ela tem dificuldade nas tarefas de casa? Por quê?
• Como é o desempenho escolar dele/dela?
• Por que os pais/família/responsáveis escolheram esta escola para sua
filha / filho?
• O que os pais/família/responsáveis esperam dessa escola, no processo
de desenvolvimento de sua filha / filho?
• Os pais leem? Gostam de ler? O que gostam de ler?
• Qual o nível de escolarização dos pais/família?
• Outras informações relevantes.
• 11
pectos, determinando os instrumentos e atores envolvidos. Mediante prazos
determinados e descritos no planejamento, atividades específicas devem ser
desenvolvidas com o objetivo de avaliar, no mínimo, os aspectos seguintes.
1. Cognitivos
Todas as funções cognitivas interagem entre si, pois o ser humano é caracte-
rizado pela sua totalidade. O detalhamento e separação que vamos apresen-
tar abaixo será apenas didática, visando uma melhor compreensão por parte
dos profissionais que irão planejar a avaliação pedagógica inicial e planeja-
mentos da intervenção pedagógica.
Memória
A memória é uma das habilidades mais importante e necessária para o ser hu-
mano. “(...) a memória não depende apenas de uma estrutura anatômica cerebral
adequada, mas também da estimulação que recebemos diariamente e por toda a
vida.” (SAMPAI SIMAIA, Neuropsicologia e Aprendizagem, 2016, pg. 47)
12 •
e, posteriormente, através da repetição, é enviada para a memória de longo
prazo, que é a capacidade de codificação e recuperação de acontecimentos/
informações decorrido um longo tempo. No processo de aprendizagem (que
é nosso foco), esse processo se dá através da repetição (vale lembrar, para
fins pedagógicos, que não é fazer mais do mesmo, mas repetir através de
atividades diversas e significativas). Sempre que necessitamos dessa infor-
mação, buscamos na memória de longa duração e mandamos para a memó-
ria de trabalho. Esta memória é de curta duração e tem a função de analisar
a informação e compará-la com as informações já arquivadas na memória
de longa duração. É ela que permite ao sujeito, a partir da manipulação das
informações, realizar tarefas cognitivas, como, por exemplo, a resolução dos
problemas. Após a realização da tarefa cognitiva, as informações são proces-
sadas e enviadas novamente para a memória de longa duração. Vale lembrar
que a memória de trabalho está intimamente ligada à atenção (auditiva e
visuoespacial).
• 13
Quando não há um trabalho pedagógico que favoreça esta compreensão e
não há o desenvolvimento de atividades significativas e diversificadas para
possibilitar o processamento da informação através do mecanismo de re-
petição, o seu armazenamento na memória de longa duração não acontece.
Sendo assim, o estudante não poderá recuperá-la, quando necessário, pois
ela terá sido esquecida.
14 •
Processual: onde armazenamos as aprendizagens que fogem à consciência.
As aptidões e os processos motores, como escrever em uma página, pular
corda, saber como usar a tesoura, saber andar de bicicleta, dentre outros. É
algo automático, que foge à nossa consciência, por isso não precisamos pen-
sar para fazer, mas depende da memória processual.
• 15
Habilidades auditivas importantes:
Percepção
• Exame do objeto;
• Distinção das características essenciais do objeto;
• Relacionamento entre diversas características, e
• Integração destas características, relacionadas em uma determinada con-
figuração.
O bebê usa sua habilidade de análise visual para reconhecer rostos e objetos
que estão ao seu redor. Uma criança de 5 anos utiliza a percepção visual para
desenvolver a compreensão das formas, dos símbolos e suas relações. Essas
habilidades são utilizadas para decifrar palavras, resolver quebra-cabeças e
compreender conceitos matemáticos.
16 •
Suas características fundamentais são: a sonoridade, a tonalidade e o timbre.
A sonoridade é a sensação de intensidade e permite-nos afirmar se o som
é mais forte ou mais fraco. A tonalidade é a sensação ligada à frequência.
Permite-nos saber se o som é mais agudo ou mais grave. O timbre é a carac-
terística que nos permite diferenciar sons que estão na mesma intensidade e
tonalidade. A voz de cada pessoa, os vários instrumentos musicais, cada um
tem o seu próprio timbre e é isso o que nos permite diferenciar um do outro.
É muito importante planejar quem fará e onde será feita a observação do/da
estudante em todas as atividades no espaço escolar: na entrada, no recreio,
na cantina, na fila, na sala de aula, na aula de Educação Física, para avaliar a
sua percepção tátil.
• 17
hoje, amanhã, ano, meses, semanas, dias, horas, estação do ano, passado,
presente, futuro), produção de ritmo, movimento (lento, moderado, rápido),
duração (curta, média, longa), sucessão (antes, durante, depois), ordem tem-
poral e simultaneidade.
Atenção
“Milhões de itens (...) são apresentados aos meus sentidos e nunca entram
propriamente na minha consciência. Por quê? Porque não têm interesse
para mim. Minha experiência é aquilo que eu concordo em prestar aten-
ção. (...) É a tomada de posse pela mente, de forma clara e vívida, de um
dentre o que parecem ser vários objetos(...). A focalização, a concentração
da consciência são sua essência. ” (JAMES, 1890)
Atenção alerta: processo sob controle interno. O sujeito está alerta, pronto
para dar uma resposta ao estímulo apresentado.
Atenção alternada: capacidade de alternar entre um estímulo e outro, ou
entre tarefas, sucessivamente (na sala de aula: fazer uma atividade proposta
pelo professor e conversar pelo WhatsApp, com colegas).
• 19
Atenção sustentada: ocorre quando o indivíduo se mantém num estado de
prontidão por longo período de tempo, para detectar e responder a altera-
ções específicas nos estímulos.
Atenção dividida: é a capacidade de o indivíduo focar em dois estímulos,
simultaneamente, processados por vias sensoriais diferentes (na sala de aula:
identificar tipos de relevo em um mapa apresentado pelo professor e ouvir
uma música no celular).
Atenção seletiva: é a capacidade de se direcionar a atenção para uma de-
terminada parte do ambiente, enquanto os demais estímulos a sua volta
são ignorados.
Raciocínio Lógico
O raciocínio lógico pode ser descrito como uma sequência de juízo ou ar-
gumentos usados para chegar a uma determinada conclusão. Requer cons-
ciência e capacidade de organização do pensamento, o que é fundamental
no processo de aprendizagem. Ele não pode ser ensinado diretamente, mas
pode ser desenvolvido por meio de atividades que possibilitam ao sujeito
interagir com o meio. Existem diferentes tipos de raciocínio lógico, como o
dedutivo, indutivo e abdutivo.
Os professores devem propiciar experiências, atividades, jogos e projetos
20 •
que possibilitem aos estudantes desenvolver o raciocínio lógico através
da observação, da exploração, da comparação e da classificação dos objetos.
Ex: Premissas: Quem está gripado espirra muito. Maria não está espirrando
muito. Conclusão: Maria não está gripada.
Ex. Em muitas observações médicas foi constatado que a gripe causa cori-
za, febre, olhos vermelhos, dores no corpo e, na maioria das vezes, muitos
espirros. Maria tem febre, coriza, os olhos vermelhos, dores no corpo, mas
não está espirrando. Conclusão: Maria está gripada e vai começar a espirrar
muito. A informação: “... e vai começar a espirrar muito” não está contida nas
premissas iniciais. E pode ser verdadeira ou não.
Ex. A gripe causa coriza, febre, olhos vermelhos, dores no corpo e, na maioria
das vezes, muitos espirros. Maria está espirrando muito. Conclusão: Maria
pode estar gripada, é preciso pesquisar mais esses sintomas de Maria para
comprovar a hipótese da gripe.
• 21
Pensamento
Linguagem
22 •
vive e está diretamente ligada ao desenvolvimento neurológico, da inteligên-
cia, da afetividade, da motricidade, como também da socialização. Quando a
linguagem se faz através do sistema de signos falados ou escritos, é denomi-
nada língua e diz respeito aos aspectos fonológicos, sintáticos, compreensão,
organização gramatical, prosódia e aspectos pragmáticos do conteúdo lexical
e discursivo.
Para avaliação desse aspecto deve-se utilizar variadas situações que favore-
çam a comunicação do/da estudante, tais como dramatizações de atividades
da vida diária ou de situação de fantasia, jogos e brincadeiras diversas e con-
tação de histórias, dentre outras. No decorrer das atividades, observar se o
padrão articulatório apresentado pelo/pela estudante corresponde a sua ida-
de cronológica, se a fala apresenta-se ininteligível devido a trocas, omissões
e distorções, se apresenta pequenas trocas, porém que lhe causam grande
incômodo, se há alteração do padrão articulatório por problemas orgânicos.
Tipos de Linguagem
Verbal: a Linguagem Verbal é aquela que faz uso das palavras (faladas ou
escritas) para comunicar algo. No processo de desenvolvimento cognitivo, a
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linguagem verbal tem um papel fundamental na determinação de como o/a
estudante vai aprender a pensar, uma vez que formas avançadas de pensa-
mento são transmitidas através de palavras. Durante a avaliação da lingua-
gem oral é importante considerar:
Forma: produção dos sons, como se emite o fonema, sílaba, a palavra, a fra-
se. Se na frase a estrutura tem todos os componentes e se a ordem é correta.
É preciso avaliar, dentre outros aspectos, se o/a estudante:
Faz trocas decorrentes de dificuldades na aquisição das consoantes da lín-
gua. Trocas mais frequentes: S por CH (chapo/sapo), R por L (balata/barata),
V por F (faso/vaso), Z por S (sebra/zebra);
• Altera a ordem dos fonemas ou das sílabas das palavras (mánica/máquina
– tonardo/tornado);
• Não formula frases, usa apenas palavras soltas;
• Apenas repete o que a outra pessoa fala (ecolalia);
• Usa frases “telegráficas” (com 2 ou 3 palavras soltas);
• Usa frases simples com alteração na ordem das palavras;
• Usa frases simples, sem alteração na ordem das palavras;
• Usa frases complexas e bem estruturadas;
• Estabelece diálogo;
• Outros.
Conteúdo: se o/a estudante usa e/ou entende o significado das palavras, das
frases, do discurso – aspectos léxico e semântico:
24 •
tos. Uma mesma palavra pode ter vários significados em um mesmo texto,
dependendo de como ela for empregada e de que palavras a acompanham
para tornar claro o significado que ela assume naquela situação. Ex. Paulo
sujou uma das mangas da camisa ao jogar mangas para os porcos.
É preciso avaliar se o/a estudante (linguagem escrita e/ou oral):
• Tem bom vocabulário, compatível com sua idade ou se possui vocabulário
reduzido;
• Compreende bem o que lhe é comunicado ou se tem dificuldade de com-
preensão;
• Fala e/ou escreve de forma ininteligível;
• Outros.
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• Consegue se colocar no ponto de vista do outro;
• Consegue compreender e realizar a reciprocidade na comunicação, esta-
belecer trocas de ideias;
• Tem mais facilidade para listar palavras ou situações do que para contar
fatos e/ou histórias;
• Compreende a linguagem figurada (compreende metáfora, piadas, dentre
outros);
• Possui uma visão mais global sobre uma situação ou assunto e tem ten-
dência a superfocar em objetos ou assuntos;
• Apresenta ecolalia (repete (ecoa) o mesmo som ou palavra ouvida repeti-
tivamente, em diferentes contextos)
• Tem ou não fluência da fala que comprometa, principalmente, a velocida-
de, apresentando gagueira;
• Tem dificuldade na fluência da fala que comprometa, principalmente, a
velocidade (fala rápido e alto), mas não apresenta gagueira;
• dentre outros
Funções executivas
26 •
É muito importante, portanto, avaliar a capacidade do/da estudante em re-
lação a essas funções executivas, para possibilitar-lhe o seu pleno desenvol-
vimento.
METACOGNITIVOS
• 27
DESENVOLVIMENTO MOTOR E PSICOMOTOR
Desenvolvimento Motor
Movimentos estabilizadores
Movimentos de locomoção
Movimentos manipulativos:
28 •
• Refinado: avaliar se o/a estudante é capaz de usar de forma eficiente
e precisa os pequenos músculos, realizando movimentos específicos
e delicados (esses movimentos nos possibilitam dominar o ambien-
te, pois nos permite o manuseio de objetos e instrumentos), tais como:
fazer movimento de pinça para pegar pequenos objetos, costurar, en-
fiar, encaixar, empilhar, recortar, colorir, escrever, fazer tecelagem, abo-
toar, desabotoar, digitalizar. Avaliar também: rigidez nos movimentos,
lentidão, sincinesias (movimentos involuntários), tipo de apreensão
do lápis, se é capaz de usar a borracha, tesoura, lápis, dentre outros.
• 29
e se o joelho forma um ângulo de 90° em relação aos quadris. Se os estu-
dantes que não usam cadeira de rodas, ao andar, distribuem o peso do corpo
entre ambas as pernas, mantendo os pés voltados para frente, apoiados no
chão, a cabeça ereta, com o queixo paralelo ao chão e se os braços balançam
naturalmente.
30 •
e providências. Vale ressaltar que o projeto arquitetônico deverá ser feito por
profissionais da área.
Desenvolvimento Psicomotor
• 31
• Não coordena bem seus movimentos;
• Atrapalha-se ao se vestir/despir;
• Apresenta baixa autoestima;
• Dificuldades nas atividades manuais;
• Dificuldade ao traçar as letras;
• Leitura sem harmonia, expressão, ritmo;
• Interrompe a fala ou leitura no meio da palavra; dentre outras.
Lateralidade:
Quando a lateralidade está bem definida o sujeito tem mais facilidade de sa-
ber o que está à sua direita ou à sua esquerda e de identificar os lados direito
e esquerdo em si, nas outras pessoas e nos objetos.
A seguir os tipos de lateralidade:
32 •
• Homogênea: percebemos quando a criança é destra ou canhota de olho,
mão e pé;
• Contrariada: geralmente canhotos que foram obrigados a mudar a prefe-
rência devido a pressões sociais ou familiares;
• Cruzada: Quando não existe homogeneidade na preferência de um dos
lados do corpo – olho direito, mão esquerda, pé direito;
• Indefinida: Crianças que não definiram sua preferência lateral após 5
anos;
• Ambidestria: Utilização de ambos os lados do corpo com a mesma habi-
lidade e destreza.
Não force o/a estudante a alterar sua dominância lateral. Caso ele/ela apre-
sente lateralidade cruzada ou ambidestria e manifestar algum distúrbio, é
recomendável encaminhá-lo/encaminhá-la para o/a profissional da área mé-
dica e cumprir, na escola, as orientações dadas por ele/ela, para a reorganiza-
ção, pelo/pela estudante, de sua dominância homolateral.
• 33
avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido do lento, o sucessivo do
simultâneo e de compreender as noções temporais subjetivas e objetivas. O
tempo subjetivo varia conforme as pessoas e a atividade do momento (a aula
de educação física passa mais rápido do que a aula de matemática). O tempo
objetivo é o tempo matemático, idêntico e cronológico (a aula de educação
física dura 60 minutos, a aula de matemática dura 60 minutos, também).
34 •
• Passagem do tempo: há 5 anos, já passou, semana passada, próxima se-
mana, etc.;
• Processo de ciclo da vida dos seres vivos (nascer, crescer, morrer);
• Utilizar figuras para o trabalho com conceitos de manhã, meio dia, tarde,
antes do meio dia, depois do meio dia;
• Atividades para demonstrar o crescimento dos seres vivos (cultivar plan-
tas, fazer linha do tempo da vida do sujeito, acompanhar o desenvolvi-
mento de animais, etc);
• Brincar de marcar o tempo gasto para: chegar a determinado lugar, fazer
a ponta do lápis, escrever o nome próprio, outros;
• Criar linhas de tempo futuros.
Ritmo:
Abrange a noção de ordem, sucessão, duração e alternância. Favorece a per-
cepção da ocorrência e pausa dos sons (duração e sucessão), fator muito
importante na alfabetização e leitura.
Etapas de aquisição do ritmo:
1. Pré-operatória: a criança sente o ritmo por meio de seu corpo (coração,
respiração, deglutição) e, posteriormente, começa a perceber a sequência
no universo dos sons e movimentos.
2. Operações concretas: a criança começa a dominar a noção de tempo (an-
tes, depois, causa e efeito).
3. Operações abstratas: perceber, simultaneamente, a sucessão de sons,
símbolos e movimentos. Identificar melodias.
• 35
PESSOAIS/INTERPESSOAIS/AFETIVOS
36 •
Persistência: avaliar a capacidade do/da estudante de continuar com os es-
forços mesmo frente aos mais desanimadores desafios e/ou obstáculos du-
rante a realização de atividades diversas.
• 37
COMUNICAÇÃO
38 •
Professor e professora, não vale ser superficial. É preciso ser criterioso,
pois os resultados dessa avaliação, juntamente com a avaliação dos as-
pectos descritos anteriormente, é que irão subsidiar o planejamento de
toda ação pedagógica. Ao elaborar esse diagnóstico o professor / a pro-
fessora de cada componente curricular deve ter em mente os conceitos
fundamentais desse componente, que o/a estudante precisa desenvol-
ver, tanto para utilizá-los em sua vida diária, quanto para a continuidade
de seu processo de aprendizagem.
• 39
suprimento das demandas educacionais que se apresentem. Tais respostas
podem mudar, substancialmente, um diagnóstico e um prognóstico senten-
ciosos, calcados na perspectiva do déficit, seja ele orgânico, cognitivo, afeti-
vo ou social.
A maneira como o sujeito lida com seu corpo, com seus limites e potencia-
lidades pode estar muito relacionada com a maneira que ele irá lidar com o
conhecimento. Possibilitar ao/à estudante com deficiência, através da ação
pedagógica (que pressupõe a relação dialética com o outro), a percepção da-
quilo que ele/ela é capaz de realizar e ajudá-lo/ajudá-la a se tornar sujeito de
seu conhecimento é fundamental para o seu desenvolvimento. Para tanto,
é necessário atender às suas necessidades específicas, explicitadas durante
a avaliação diagnóstica inicial e a partir das relações estabelecidas com ele/
ela, durante esse processo. Listar essas necessidades é uma maneira didática
de reconhecê-las. Perguntem-se: O que este/esta estudante precisa para de-
senvolver-se no ambiente escolar? Liste todas estas necessidades, de forma
abrangente e geral. Nesse item não é necessário detalhar. Esse detalhamen-
to será feito no item VII - planejamento da ação pedagógica para atender a
cada uma delas.
Não se trata de fazer um planejamento para a turma e outro para o/a estu-
dante. Mas sim, de identificar, diante do que foi posto para a turma, o que
e como é necessário trabalhar com o/a estudante com deficiência para que
ele/ela possa acompanhar seus pares, respeitando seu ritmo e suas possibili-
dades. Trabalho esse a ser realizado pelo professor/professora regente/aula,
pelos diversos projetos de trabalho construídos pelas escolas para acompa-
nhamento pedagógico aos seus estudantes e pelo Atendimento Educacional
40 •
Especializado (AEE) da Sala de Recursos.
• 41
BIBLIOGRAFIA
BARBANTI, V. J. Dicionário da Educação Física e do Esporte. Manole, 2 Ed., Barueri,
2003.
MELO, H. A. O acesso curricular para alunos (as) com deficiência intelectual na rede
42 •
regular de ensino: a prática pedagógica na sala de recursos como eixo para análise.
2008. 159f. Dissertação de Mestrado – Universidade Federal do Maranhão, São
Luis, 2008.
• 43
ANEXOS
47
ANEXO I
ESTRUTURA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDI-
VIDUAL – PDI: PROPOSTA PARA A REDE ESTADUAL DE
ENSINO DE MINAS GERAIS
1. DADOS INSTITUCIONAIS
1. Nome da escola:
2. Código:
3. Etapas da Educação Básica oferecidas pela escola:
4. ( ) EF anos iniciais ( ) EF anos finais ( ) Ensino Médio
5. Endereço:
6. Responsáveis pela elaboração: (relacionar os nomes)
7. Professor(es) Regente turma/aulas:
8. Professor(a) de AEE:
9. Apoio à Comunicação, Linguagens e Tecnologias Assistivas (ACLTA): (se
o aluno tiver)
10. Especialista:
11. Diretor(a):
12. Data da elaboração:
• 45
48 46
•
ANEXO II – QUADRO DEMONSTRATIVO DO PLANEJAMENTO
ANEXO I
1. Planejamento Trimestral do trabalho do Professor Regente turma/aula e do Profissional de ACLTA para o atendimento aos estudantes com deficiência,
TGD e altas habilidades/superdotação
Período:
Ano de escolaridade: Professor Regente: ACLTA:
Aspectos Potencialidades Dificuldades Objetivo Intervenção (PR / ACLTA Adaptação (ACLTA) Recursos(ACLTA)
Componentes Curriculares:
Direito de Aprendiza- Potencialidades Dificuldades Objetivo Intervenção (PR/ACLTA) Adaptação (PR/ACLTA) Recurso(PR/ACLTA)
gem
2. Planejamento trimestral do trabalho diferenciado (atividades extras) para atendimento aos estudantes com deficiência TGD e altas habilidades/superdo-
tação
Ano de escolaridade: Responsável: Para o periodo de:
Aspectos Potencialidades Dificuldades Objetivo Intervenção
Componentes Curriculares:
Direito de Aprendizagem Potencialidades Dificuldades Objetivo Intervenção
3. Atualização Trimestral do Planejamento para atendimento aos estudantes com deficiência TGD e altas habilidades/superdotação
Ano de escolaridade: Responsável: Para o periodo de
Aspecto Objetivo Indicadores de avanços (comportamentos que indicam que o estudante avançou) Dificuldades (Re)Planejamento
Componentes Curriculares:
Direito de Aprendizagem Indicadores de avanços (comportamentos que indicam que o estudante avançou) Dificuldades (Re)Planejamento
• 47
49
ANEXO III – PLANO DE ATENDIMENTO EDU-
CACIONAL ESPECIALIZADO (PAEE)
1. Por quê e para quê serve o Plano de Atendimento Educacional Especiali-
zado - PAEE?
2. Como Planejar
O trabalho de AEE não deve, em hipótese alguma, ser confundido com re-
forço e/ou recuperação de aprendizagem dos conteúdos curriculares, mi-
nistrados em sala de aula, ou apoio para realização das atividades destina-
das a serem desenvolvidas em casa (Para Casa ou trabalho de pesquisa, por
exemplo). O professor / A professora de AEE , habilitado/habilitada para o
48 •
trabalho especializado com estudantes com deficiência, deverá intervir, em
grupos ou individualmente, com atividades específicas, planejadas de acordo
com as características e necessidades do/da estudante, explicitadas no PDI e
em seu comportamento e respostas dadas às situações diversas, utilizando-
se de recursos especializados, escolhendo e aplicando estímulos que melhor
se adequam às condições de cada um/uma, visando a superação de suas
dificuldades específicas, possibilitando-lhe melhores condições de aprendi-
zagem e adaptação na sala de aula.
• 49
Indicadores
Objetivos (aquilo que se Indicadores (aquilo que indica que o objetivo foi ou está
quer alcançar) sendo alcançado)
- Consegue utilizar o banheiro sozinho /sozinha para
atender suas necessidades fisiológicas;
- Pede ao professor / à professora o atendimento de suas
necessidades/desejos, com clareza e calma;
- Manifesta interesses pessoais na realização de ativi-
1- Possibilitar o desen-
dades diversas;
volvimento da autonomia e
- Utiliza o material escolar com o cuidado necessário, sem
independência
esperar que os outros venham em seu auxílio;
- Outros (listar todos os indicadores de autonomia e
independência que podem demonstrar que o objetivo foi
alcançado).
PLANEJAMENTO DO AEE
Quais as po- Quais as barrei- Ações pedagó- Período
Objetivos Indicadores tencialidades ras que podem gicas a serem
do estudante, impedir o pleno desenvolvidas
em relação desenvolvimen-
ao indicador to do estudante,
objetivo em relação ao
objetivo
Observações:
_________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________
50 •
52 •