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C3 Curso A Prof Biologia PDF
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FRENTE 1 Citologia
MÓDULO 11 A Gametogênese
2. A ESPERMATOGÊNESE
❑ Período Germinativo
As células germinativas mascu-
linas, denominadas espermatogônias,
dividem-se ativamente por mitose.
Nos machos de mamíferos, a multipli-
cação mitótica das espermatogônias
BIOLOGIA A
acontece durante toda a vida do indi-
víduo. É importante lembrar que as
gônias são células diploides.
❑ Período de Crescimento
É o período em que a esperma-
togônia para de se dividir e passa por
um período de crescimento, antes de
iniciar a meiose. Com o crescimento, a
espermatogônia transforma-se em es-
permatócito I.
❑ Período de Maturação
Cada espermatócito I – dito esper-
matócito primário ou de primeira or-
dem – sofre divisão meiótica. Cada
espermatócito I, pela divisão I da
meiose, produz dois espermatócitos II, Fig. 1 – A espermatogênese e a ovogênese.
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4. PRINCIPAIS DIFERENÇAS
ENTRE ESPERMATOGÊNESE
BIOLOGIA A
E OVOGÊNESE
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2. MODIFICAÇÕES DE
NÚMERO OU
HETEROPLOIDIAS
❑ Haploidia ou monoploidia
Ocorre quando os organismos
possuem apenas um genoma, sendo
designados por n. São haploides os
BIOLOGIA A
machos de abelhas e vespas, origina-
dos de processos partenogenéticos.
Naturalmente não há dominância e re-
cessividade nos haploides, enquanto
a gametogênese é desprovida de
meiose.
❑ Poliploidia
É a existência de três ou mais
conjuntos cromossômicos básicos
nas células. Tais organismos são de-
signados por triploides (3n), tetra-
ploides (4n), pentaploides (5n) etc.
Os poliploides podem ser autopo-
liploides e alopoliploides.
Os autopoliploides apresentam
três ou mais genomas de uma mesma
espécie. Podem surgir em conse-
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6. NULISSOMIA
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Inversão ❑ Translocação
Consiste em duas fraturas É a transferência de parte de um
cromossômicas seguidas da recons- cromossomo para um cromossomo
tituição com o pedaço entre elas in- não homólogo. Pode ser paracêntrica
vertido. Se ocorre em um único braço
BIOLOGIA A
e pericêntrica (Fig. 4).
do cromossomo, é chamada de para-
cêntrica; se envolve o centrômero,
ela é pericêntrica.
Geralmente, a inversão não leva a
um fenótipo anormal. Interferindo com
o pareamento de homólogos, a inver-
são pode suprimir o crossing-over,
pois as inversões têm um significado
evolutivo (Fig. 2).
❑ Duplicação
É a presença de um segmento
extra de cromossomo, de maneira que
uma sequência gênica aparece em
duplicata. Resulta de um crossing-
over com uma troca de pedaços desi-
guais entre cromossomos homólogos
(Fig. 3). Fig. 2 – A inversão. Fig. 4 – A translocação.
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❑ Flagelos
Existem bactérias que se locomo-
vem pelos apêndices filiformes, os fla-
gelos, nunca encontrados nos cocos.
Em relação ao número e à dispo- Fig. 2 – Classificação
sição dos flagelos, as bactérias po- de acordo com os flagelos. Fig. 3 – A estrutura celular da bactéria.
❑ Parede celular
Externamente a célula bacteriana
é envolvida por uma parede celular,
constituída por um complexo muco-
BIOLOGIA A
peptídico, formando um envoltório ex-
tracelular rígido responsável pela
forma das bactérias (Fig. 4).
❑ Cápsula
Existem bactérias que secretam a
cápsula, uma camada de consistência
mucosa, formada por polissacarídeos.
É encontrada principalmente nas
bactérias patogênicas, protegendo-as
contra a fagocitose.
❑ Membrana
plasmática
Revestindo o citoplasma, aparece
a membrana plasmática, com a mes-
ma estrutura e função encontradas
Fig. 1 – Formas de bactérias. nas células eucarióticas.
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FRENTE 2 Genética
MÓDULO 11 Poliibridismo
BIOLOGIA A
3. DETERMINAÇÃO ervilhas, os seguintes genes: r – semente rugosa
DOS TIPOS DE GAMETAS V – semente amarela B – flor vermelha
v – semente verde b – flor branca
Para facilitarmos a determinação
de todas as combinações gênicas No cruzamento VvRRBb x Vvrrbb, qual será a probabilidade de se obter
existentes nos gametas, podemos apli- uma planta de semente verde-lisa e flor branca?
car o sistema de ramificação dicotô-
mica. Assim, determinaremos os tipos Cruzamentos Geração Frequência desejada
de gametas produzidos por um in-
Vv Vv Vv vv
divíduo tetraeterozigoto: AaBbCcDd. Vv x Vv P (verde) = 1/4
3/4 amarela 1/4 verde
4. DETERMINAÇÃO DA
Rr
FREQUÊNCIA DE QUALQUER RR x rr P (lisa) = 1
CLASSE GENOTÍPICA 1 lisa
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1. CONCEITO P F1 F2
Os casos de herança até agora
Selvagem x 3 Selvagem:
estudados envolviam sempre carac- Chinchila
Selvagem
1 Chinchila
teres determinados por dois alelos,
Selvagem x 3 Selvagem:
um dominante e outro recessivo. Exis- Selvagem
Himalaia 1 Himalaia
tem, entretanto, casos de herança em
que um caráter é determinado por Selvagem x 3 Selvagem:
Selvagem
Albino 1 Albino
mais de dois alelos, constituindo uma
série de alelos múltiplos. Tais alelos Chinchila x
Chinchila
3 Chinchila:
são produzidos por mutação de um Himalaia 1 Himalaia
gene inicial e ocupam o mesmo lócus Chinchila x 3 Chinchila:
Chinchila
em cromossomos homólogos. As re- Albino 1 Albino
lações entre os diversos alelos da Himalaia x
Himalaia
3 Himalaia:
série são variáveis, podendo existir Albino 1 Albino
dominância completa e incompleta. As relações genotípicas e fenotí-
Resumindo: alelos múltiplos são picas são:
séries de três ou mais formas alterna- Fenótipo Possíveis genótipos
tivas de um mesmo gene, localizados Selvagem CC – Ccch – Cch – Cca
no mesmo lócus em cromossomos
Chinchila cchcch – cchch – cchca
homólogos e interagindo dois a dois Fig. 1
na determinação de um caráter. Himalaia chch – chca
3. A COR DA Albino caca
2. EXEMPLOS PELAGEM EM COELHOS
Suponha um gene A sofrendo Em coelhos domésticos, a cor da 4. O SISTEMA ABO
mutações e produzindo uma série de pelagem é determinada por uma sé- Um exemplo clássico de alelos
4 alelos: A, a1, a2 e a3. rie de alelos múltiplos, possibilitando múltiplos aparece no sistema sanguí-
4 fenótipos: neo ABO no homem. Nele atuam 3
1) Selvagem ou aguti, com pela- alelos IA = IB > i. Veja agora os ge-
gem cinza-escura. nótipos e correspondentes fenótipos.
Genótipos Possíveis genótipos
2) Chinchila, com pelagem cinza-
clara. IAIA ou IAi Grupo A
Número de Genótipos
Número de alelos Total Homozigotos Heterozigotos
3 (A, a1 e a2) 6 3 (AA, a1a1 e a2a2) 3 (Aa1, Aa2 e a1a2)
4 (A, a1, a2 e a3) 10 4 (AA, a1a1, a2a2 e a3a3) 6 (Aa1, Aa2, Aa3, a1a2, a1a3 e a2a3)
10 (Aa1, Aa2, Aa3, Aa4, a1a2, a1a3,
5 (A, a1, a2, a3 e a4) 15 5 (AA, a1a1, a2a2, a3a3 e a4a4)
a1a4, a2a3, a2a4, a3a4)
n (n + 1) n (n – 1)
n ————— n —————
2 2
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BIOLOGIA A
circulantes e as de me- antígenos específicos, sendo utilizada
mória persistem na circu- como um agente profilático.
lação, secretando Quando um micro-organismo pe-
anticorpos após reagirem netra em pessoas vacinadas, já en-
com os antígenos específi- contra os anticorpos que inativam os
cos (Fig. 1). antígenos por ele produzidos.
1. CONCEITO DE EXCREÇÃO
Excreção é o processo de elimi-
nação de substâncias que são produ-
zidas em excesso no organismo.
Essas substâncias resultam da ativi-
dade (metabolismo) celular.
As células estão sempre em ativi-
dade; mesmo que não estejam em
crescimento ou em movimento, estão
constantemente sintetizando e de-
compondo substâncias. Essas ativi-
dades dão origem a subprodutos que
não podem ser utilizados e que, se
acumulados em grandes quantida-
Ameba (protozoário dulcaquícola).
des, seriam prejudiciais ao organismo.
Alguns protozoários de água do- Os asquelmintos apresentam dois
❑ Principais excretas
ce apresentam outro mecanismo ex- tipos de sistema excretor: o simples e
As principais excretas são:
cretor. Neles há estruturas chamadas o duplo. O simples aparece nos as-
– CO2 (dióxido de carbono);
vacúolos contráteis ou pulsá- quelmintos de vida livre e é constituído
– H2O (água);
teis, cuja principal função é remover por uma grande célula ventral e an-
– sais;
o excesso de água que entra na cé- terior, com um ducto que se abre
– bile;
lula por osmose. Esse excesso é cole- posteriormente na linha mediana. No
– NH3 (amônia);
tado nesses vacúolos que se con- sistema duplo, também conhecido por
– CO (NH2)2 (ureia);
traem periodicamente e expulsam seu “tubos em H”, existem dois canais que
– C5H4N4O3 (ácido úrico);
conteúdo para o meio. Neles foram correm ao longo das linhas laterais. Na
– creatinina.
encontradas pequenas quantidades parte anterior, os dois tubos unem-se e
A amônia, a ureia e o ácido úrico
de amônia, o que indica a função real- formam um único, que se abre na li-
são provenientes do metabolismo dos
mente excretora de tais vacúolos. nha mediana ventral. Cada tubo é
aminoácidos.
Os vermes achatados (platielmin- constituído por uma única célula cana-
Denomina-se homeostase a
tos) enfrentam o mesmo problema liculada. As paredes dos tubos absor-
capacidade que tem o organismo de
dos protozoários de água doce, ou vem por osmose os catabólitos, que
manter seu meio interno em estado de
seja, é o excesso de água que se são enviados para o poro excretor.
equilíbrio dinâmico.
difunde para o interior das células e Os crustáceos apresentam um
BIOLOGIA A
A homeostase é essencial para a
que deve ser eliminado. Na planária, par de glândulas verdes situado
vida, e a manutenção de um meio in-
o CO2 e a maior parte da amônia ventralmente na cabeça, anterior em
terno equilibrado depende tanto do
(NH3) são excretados por difusão. relação ao esôfago.
sistema excretor quanto dos sistemas
Para remover o excesso de água, Em cada glândula verde, distin-
digestório e circulatório. Nos animais
a planária tem um sistema constituído guem-se o saco terminal, o labirinto,
que têm sistema circulatório, as subs-
por um conjunto de tubos ramificados, o tubo branco, a bexiga e o poro ex-
tâncias que devem ser removidas são
terminando as ramificações menores cretor.
transportadas pelo sangue. Podemos
em uma célula especializada, a célu- O saco terminal é uma cavidade
dizer, portanto, que o sistema excre-
la-flama. Cada célula-flama abre-se de natureza celomática, em contato
tor funciona de modo que mantém
em uma cavidade onde se projetam com o labirinto, uma estrutura de cor
praticamente constante a composição
diversos flagelos, cujo movimento verde, também chamada córtex,
do sangue.
leva a água para os canais excre- constituída por numerosos canículos
2. EXCREÇÃO tores. O nome “célula-flama” deve-se anastomosados, ficando o conjunto
NOS INVERTEBRADOS ao movimento dos flagelos internos com uma consistência esponjosa. Do
Nos protozoários em geral e nos que possui. labirinto sai o tubo branco, de
pluricelulares mais simples (poríferos A célula-flama também é denomi- contorno sinuoso, dilatando-se na
e celenterados), a excreção ocorre nada solenócito e ocorre nos cefa- extremidade e formando a bexiga
por simples difusão. locordados (ex.: anfioxo). com um curto ducto terminado em
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poro excretor, situado na base da são eliminadas através de estruturas A principal excreta nitrogenada
antena. As glândulas verdes especializadas, os túbulos de dos insetos é o ácido úrico. O fato de
absorvem catabólitos do sangue e dos Malpighi. Uma das extremidades de- ser praticamente insolúvel em água é
líquidos intersticiais. semboca no intestino e a outra se aloja a propriedade mais importante dessa
Os anelídeos (vermes metameri- nas lacunas do sistema sanguíneo. substância, pois não requer água para
zados), como a minhoca, utilizam o Retiram do sangue os produtos de ex- conservar os cristais de ácido úrico no
sistema circulatório como principal creção e os transferem para o tubo interior dos seus tubos excretores.
meio de remoção do CO2 e também digestório, de onde os catabólitos são Esses cristais passam para o tubo di-
apresentam tubos excretores que se eliminados, pelo ânus, com as fezes. gestório e daí são eliminados, pelo
dispõem em pares em quase todos os ânus, com as fezes.
segmentos do corpo (não ocorrem nos
dois primeiros e no último); são deno-
minados nefrídios.
Fluidos contendo as excretas
(água e amônia) entram na abertura
em funil de cada tubo e são levados à
porção terminal deste, que é circun- Nematoide – sistema excretor em H.
dada por numerosos vasos sanguí- Nefrídio de um anelídeo.
neos. A abertura configura-se na ca-
vidade do corpo, de onde as excretas
são coletadas. A parte final do tubo
abre-se em um poro na parede do cor-
po, por onde as excretas são elimi-
nadas.
Os moluscos também apresentam
nefrídios.
Os insetos utilizam-se de diferen-
tes mecanismos de excreção: o dióxi-
do de carbono é eliminado pelas Tubo de Malpighi na barata.
traqueias; as excretas nitrogenadas Os miriápodos e os aracnídeos
Glândula verde de crustáceo.
também apresentam túbulos de
Malpighi.
Os aracnídeos, além dos túbulos
de Malpighi, apresentam um ou dois
pares de glândulas coxais excretoras,
situadas no assoalho do cefalotórax.
Essas glândulas são consideradas
homólogas às glândulas verdes dos
crustáceos.
BIOLOGIA A
3. CLASSIFICAÇÃO
DOS ANIMAIS QUANTO
À PRINCIPAL EXCRETA
NITROGENADA
A amônia é muito tóxica para as
células, a ureia é menos tóxica do que
a amônia e o ácido úrico praticamen-
te não é tóxico.
O fato de os insetos excretarem o
ácido úrico, e não amônia ou ureia, é
uma adaptação para a vida no meio
ambiente terrestre, onde a economia
hídrica é vital para a sobrevivência.
A amônia é a excreta nitrogenada
de animais de pequeno porte que dis-
põem de muita água. A ureia, como a
amônia, também necessita de água
para sua eliminação; portanto, sua ex-
Excreção na planária. creção ocorre em animais que dis-
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põem de água em quantidades sufi- em estreito contato com o sistema O girino, que é aquático, excreta
cientes. circulatório materno. Assim, a ureia, principalmente amônia. Entretanto, ao
O homem excreta ureia dissolvida que é bastante solúvel, pode ser sofrer o processo de metamorfose,
em água em quantidade tal que a sua removida do embrião pela circulação torna-se um verdadeiro anfíbio e pas-
concentração é bastante baixa. materna e, a seguir, excretada. sa muito tempo fora d’água. Durante a
Os peixes ósseos eliminam amô- Os embriões de ave e de réptil metamorfose, o animal começa a pro-
nia, e os peixes cartilaginosos excre- desenvolvem-se em um ovo de casca duzir ureia em lugar de amônia e,
tam ureia. rígida e no meio externo (ovíparos). quando a metamorfose se completa,
Os répteis e as aves, da mesma Os ovos são postos com água sufi- a ureia passa a ser produto de
maneira que os insetos, também eli- ciente para mantê-los durante a in- excreção predominante.
minam o ácido úrico como principal cubação. A produção de amônia ou Os peixes dipnoicos constituem
excreta nitrogenada. Nesses animais, mesmo ureia, em tal sistema fechado, outro exemplo interessante. Enquanto
a excreção se dá com uma perda de poderia ser fatal porque tais excretas na água, excretam principalmente
água muito pequena. Sob esse as- são tóxicas. Esses embriões produ- amônia; quando o rio ou o lago se-
pec- to, insetos, aves e répteis zem ácido úrico que, por ser insolú- cam, permanecem na lama e come-
ajustam-se da mesma maneira à vida vel, precipita e permanece çam a estivar e acumular ureia como
terrestre, na qual, frequentemente, o acumulado no alantoide (anexo produto final nitrogenado. Quando as
suprimento de água é limitado. embrionário). Tais características, tão chuvas voltam, esses peixes ex-
Classificam-se os animais, quanto necessárias ao desenvolvimento cretam uma grande quantidade de
à principal excreta nitrogenada, em embrionário, são levadas poste- rior- ureia e iniciam novamente a excreção
três grupos: amonotélicos, ureotélicos mente ao indivíduo adulto. de amônia.
e uricotélicos.
Animais que vivem em ambiente
Animais Ocorrência Observação
terrestre não têm um suprimento ilimi-
tado de água em contato tão próximo
com seus tecidos, como é o caso dos Maioria dos invertebrados aquáti-
aquáticos. Por ser bastante tóxica, a Amonotélicos
cos, teleósteos (peixes ósseos), Solúvel (muito tóxica).
amônia produzida no metabolismo NH3
protocordados.
não pode ser acumulada. Assim, mui-
tos animais terrestres desenvolveram
processos para converter a amônia Ureotélicos Peixes condrictes (cartilaginosos), Solúvel (menos tóxica
em ureia ou ácido úrico. CO(NH2)2 anfíbios, mamíferos. do que a amônia).
De acordo com Needham, bioquí-
mico inglês, a excreção de ureia ou Uricotélicos
ácido úrico é determinada pelas con- Insetos, répteis, aves. Insolúvel (não tóxica).
C5H4N4O3
dições em que o embrião se forma. O
embrião do mamífero desenvolve-se Classificação dos animais quanto à principal excreta nitrogenada.
BIOLOGIA A
1. EXCREÇÃO O néfron é constituído pela ❑ Filtração glomerular
NOS MAMÍFEROS arteríola aferente, glomérulo de Ocorre na cápsula de Bowman: o
Nos animais mais evoluídos, a ex- Malpighi, arteríola eferente, cápsula sangue que chega aos capilares san-
creção ocorre por meio de diversos de Bowman, túbulo contornado guíneos do glomérulo pela arteríola
órgãos. No homem, por exemplo, os proximal, alça de Henle e túbulo aferente é forçado pela pressão san-
rins formam a urina, que é uma so- contornado distal. Os túbulos distais guínea contra as paredes do capilar
lução de excretas nitrogenadas em de vários néfrons desembocam em e da cápsula (paredes semipermeá-
água; a pele excreta o suor, que é ductos coletores. Os vários coletores veis); desse modo, uma parte do
também um produto de excreção; o desembocam na pelve do rim. Da plasma sanguíneo extravasa, ou seja,
fígado elimina a bile, fluido que con- pelve partem para o ureter, que se é filtrada para o interior da cápsula.
tém excretas, os pigmentos biliares; dirige para a bexiga urinária. A urina é O líquido filtrado tem composição
os pulmões excretam água e dióxido formada continuamente no rim e química semelhante à do plasma san-
de carbono. acumulada na bexiga urinária. guíneo, diferindo deste pela ausência
A formação da urina, que ocorre de proteínas.
❑ O rim nos néfrons, deve-se aos processos: A pressão de filtração pode ser
A unidade morfológica e funcional filtração glomerular, reabsor- obtida da seguinte maneira:
do rim é chamada néfron. Cada rim ção e secreção tubular.
apresenta cerca de 1 milhão de néfrons. PF = PS – (PO + PC)
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BIOLOGIA A
trias Z denomina-se sarcômero De acordo com essa teoria, quan- O músculo estriado nunca está
(unidade estrutural e fisiológica da do ocorre a contração, os miofilamen- em repouso completo, mas levemente
contração); estria Z é uma região de tos de actina e miosina não se contraído, porque recebe constante-
condensação de proteína; a faixa mais encurtam nem se esticam; eles desli- mente impulsos nervosos da medula
clara, situada entre duas bandas A, zam uns sobre os outros, de maneira e do cérebro. Esse estado de contra-
chama-se banda I. que os filamentos de actina se aproxi- ção chama-se tônus.
Liso ou S. N. Autônomo
1 ausentes lenta
viceral (involuntário)
Estriado S. N. Autônomo
1 ou 2 presentes rápida
cardíaco (involuntário)
Estriado Cerebral
vários presentes rápida
esquelético (voluntário)
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Quando o impulso nervoso atinge obter a resposta deste chama-se es- Uma fibra muscular isolada, quan-
a junção neuromuscular, ocorre aí uma tímulo. do estimulada, obedece à “Lei do
série de fenômenos bioquímicos. Nem Em preparações neuromuscula- Tudo ou Nada”.
todas essas reações são completa- res, pode-se produzir a contração Se o estímulo for subliminar, a
mente conhecidas. O resultado final aplicando-se diversas classes dos fibra não responde, mas, se for limiar
do impulso nervoso é a contração das estímulos (mecânicos, químicos, elé- ou supraliminar, responde com intensi-
fibras musculares. A contração total tricos) ao músculo ou ao nervo (es- dade máxima.
do músculo esquelético é o resultado timulação direta ou indireta, respec- O músculo, bem como o nervo,
da contração maciça das fibrilas das tivamente). obedece à “Lei do Tudo ou Nada”.
células musculares.
3. EXCITABILIDADE
MUSCULAR
A contração pode ser provocada
artificialmente nos músculos in situ ou
recém-separados do organismo. O Observação da contração de
agente aplicado ao músculo para se um músculo na tela de um osciloscópio. Lei do Tudo ou Nada.
BIOLOGIA A
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MÓDULO 14 O Neurônio
3. CONDUÇÃO DO IMPULSO
BIOLOGIA A
meabilidade seletiva, há uma dife-
rente distribuição de íons através da
membrana, gerando um maior acú-
mulo de íons positivos fora da mem-
brana (do axônio) em relação a seu
interior. Essa distribuição diferencial
de íons cria uma diferença de po-
tencial que oscila ao redor de – 70 mV,
que é o potencial de repouso (PR).
Quando um impulso nervoso se
propaga pelo axônio, o que se obser-
va é uma onda de aumento de per- Condução do impulso
Esquema de um neurônio. meabilidade, provocando uma inten- nervoso ao longo do axônio.
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BIOLOGIA A
intensidade luminosa, a temperatura
daqueles vegetais. praticamente não influi no processo,
O gráfico seguinte mostra a in- pois a luz é fator limitante. Já com alta
fluência da concentração de CO2 na intensidade luminosa, o aumento da
Neste gráfico pode-se observar velocidade de fotossíntese de uma temperatura intensifica o processo de
que em A (concentração zero de CO2) planta terrestre. fotossíntese, como em qualquer rea-
não há fotossíntese. À medida que se ção enzimática.
aumenta a concentração de CO2, a Em plantas aquáticas e subtro-
velocidade de fotossíntese também picais, a fotossíntese cessa à tem-
aumenta até 5cc de CO2 por hora. peratura de alguns graus acima de
Nesta porção AB da curva, a con- zero. Já nas zonas temperadas, só
centração de CO2 é fator limitante. En- paralisa quando a temperatura cai a,
tretanto, na porção BC, a luz passa a 0°C, ou a temperaturas abaixo de
ser o fator limitante. Agora, para um zero.
aumento de concentração de CO2 De um modo geral, a temperatura
(BD), deve-se aumentar a intensidade ótima está entre 30 e 38°C.
luminosa, a qual passa a ser limitante Em tempetaturas elevadas (57°C),
na porção DE e assim sucessiva- a fotossíntese cessa (destruição das
mente. enzimas).
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MÓDULO 13 Fatores que Influem na Fotossíntese: Luz e Ponto de Compensação Luminoso (PCL)
A luz é uma pequena parte da ta, devemos estabelecer uma compa- e todo o CO2 produzido na respiração
energia radiante que chega à Terra. É ração entre a fotossíntese e sua res- será utilizado na fotossíntese.
a parte visível do espectro eletromag- piração em função da variação de Conclui-se que os dois fenô-
nético, que vai desde as ondas de intensidade luminosa. menos se neutralizam no cha-
rádio até os raios X e raios gama. A mado ponto de compensação
luminoso.
faixa de luz visível (espectro lumino- ❑ Definição
No entanto, quando a planta rece-
so) é de interesse especial para a fo- Ponto de compensação é uma in-
be luz acima do ponto de compensa-
tossíntese. Compreende luz de dife- tensidade luminosa, na qual a razão
ção fótico, a taxa de fotossíntese é
rentes cores: violeta, azul, verde, ama- de fotossíntese é igual à razão de
maior que a taxa de respiração, sendo
relo, alaranjado e vermelho. respiração.
Verificando-se o espectro de ab- a produção de glicose e oxigênio
Observe as reações de fotossín-
sorção da clorofila em álcool metílico, maior do que o seu consumo e, em
tese e de respiração, e note que são
observou-se que o máximo de absor- consequência, ocorre o crescimento
fenômenos opostos.
ção ocorre nas radiações azul e ver- da planta.
fotossíntese
melha e que a mínima absorção ⎯⎯→ C H O + 6H O + 6O
12H2O + 6CO2 ←⎯⎯ O ponto de compensação varia
6 12 6 2 2
ocorre nas radiações verde e amarela respiração de espécie para espécie, mas, de um
(Fig. 1). modo geral, as plantas são classifica-
Quando uma planta recebe luz no
seu ponto de compensação fótico, das em plantas de sombra (umbró-
❑ Ponto de compensação toda a glicose produzida na fotossín- fitas), quando possuem ponto de
luminoso (fótico) tese será consumida na respiração; compensação baixo, e de sol (helió-
Na determinação do ponto de assim como todo o O2 produzido na fitas), quando possuem ponto de
compensação luminoso de uma plan- fotossíntese será gasto na respiração compensação alto.
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C3_Curso A_Teoria_Tony_2012 12/01/12 10:32 Página 75
1. INTRODUÇÃO Esta organela é constituída por série de degradações que leva à for-
uma membrana externa e outra mação de duas moléculas de ácido
Por meio da fotossíntese, que ocor- interna, ambas de constituição lipo- pirúvico. Durante a glicólise, ocorre
re no cloroplasto, as plantas sinte- proteica. A membrana interna cresce descarboxilação (saída de CO2) e de-
tizam compostos orgânicos, os para o interior da mitocôndria, for- sidrogenação (saída de hidrogênio).
quais armazenam energia. Esta ener- mando as cristas mitocondriais. Ainda nessa fase, há liberação de
gia pode ser liberada para a célula O interior da mitocôndria é ocu- energia. Grande parte dessa energia
utilizá-la em suas atividades bioló- pado por um coloide chamado ma-
gicas. O processo pelo qual as cé- é utilizada na síntese de ATP a partir
triz (estroma) mitocondrial.
lulas retiram a energia acumulada nos de ADP e fosfato (P ou Pi), fenômeno
A matriz é formada principal-
compostos orgânicos é a respira- denominado fosforilação oxida-
mente de proteínas e lipídios, e nela
ção celular. tiva.
estão os mitorribossomos. Na ma-
Os compostos energéticos utiliza- triz, encontram-se os finos cordões de
dos pela célula podem ser proteínas, Reações da Glicólise
DNA, o DNA mitocondrial.
lipídios e carboidratos. De todos os desidrogenase
A presença de DNA e ribos-
compostos, a substância mais utiliza- somos permite às mitocôndrias a C6H12O6 ⎯⎯⎯⎯→ 2CH3 – CO – COOH +
da pela célula é a glicose. Quando síntese de RNA e de proteínas.
existe uma quantidade suficiente de As mitocôndrias originam-se por + 4H+ + 4e– +
glicose, muito raramente a célula utili- divisão de outras preexistentes.
za outra substância para a respiração.
A respiração celular é dividida em 3. FASES DA Fosforilação oxidativa
dois tipos: RESPIRAÇÃO AERÓBIA
• aeróbia; ADP + P + → ATP
• anaeróbia (fermentação). A degradação dos compostos
orgânicos para a liberação de energia
2. RESPIRAÇÃO AERÓBIA ocorre em três fases: O ATP é uma substância que ar-
• Glicólise: acontece na matriz mazena grandes quantidades de
A respiração aeróbia depende energia.
citoplasmática (hialoplasma).
fundamentalmente de um organoide A glicólise é um fenômeno que
• Ciclo de Krebs: ocorre na
citoplasmático denominado mito-
matriz da mitocôndria. ocorre tanto na respiração aeróbia
côndria.
• Cadeia respiratória: reali- quanto na anaeróbia.
O número de mitocôndrias numa
za-se na crista mitocondrial. O ácido pirúvico formado sofre
célula é muito variável, entre algumas
dezenas e várias centenas. De um descarboxilacão e transforma-se no
modo geral, as células mais ativas, ❑ Glicólise ou ácido acético (H3C – COOH), com-
como a nervosa e a muscular, apre- formação de piruvato posto orgânico de dois carbonos.
BIOLOGIA A
sentam maior número de mitocôndrias. Nesta fase, a glicose sofre uma
descarboxilase
Ácido ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯→ Ácido + CO2
pirúvico acético
3-C 2-C
❑ Ciclo de Krebs
O ácido cítrico, formado na rea-
ção do radical acetil com o ácido
oxalacético, sofre desidrogenação e
descarboxilação, originando vários
compostos intermediários, e termina
por produzir um novo ácido oxalacé-
tico. Conclui-se que o acetil que pe-
netrou na mitocôndria é totalmente
quebrado em CO2, íons H+ e elé-
trons, havendo liberação de energia
e síntese de ATP.
Os íons H+ reagem com um
composto chamado nicotinamida-
adenina-dinucleotídeo (NAD),
formando NAD . 2H+.
Os elétrons que resultam dos
íons H+, ricos em energia, serão
transportados ao longo de uma ca-
deia de substâncias localizadas nas
cristas da mitocôndria. É a cadeia tempo, os dois prótons do NAD . 2H+, formando-se assim uma molécula de
respiratória, onde serão sinteti- água (H2O). O NAD . 2H+ volta a ser NAD e novamente se torna capaz de
zados 32 ATPs. captar novos íons H+. Na passagem de elétrons, há liberação de energia que
será utilizada na síntese de ATP (fosforilação oxidativa).
❑ Cadeia respiratória
Nas cristas mitocondriais, existem 4. RENDIMENTO ENERGÉTICO DA RESPIRAÇÃO
substâncias aceptoras de elétrons, Glicólise ⎯⎯⎯→ 2 ATP
entre elas o FAD (flavina – adenina – Ciclo de Krebs ⎯⎯⎯→ 2 ATP
dinucleotídeo) e os citocromos b, c, Cadeia Respiratória ⎯→ 32 ATP
–––––––
a, a3, proteínas que contêm ferro. Total 36 ATP
Todas essas substâncias transportam
elétrons, levando-os ao aceptor final,
5. EQUAÇÃO GERAL DA RESPIRAÇÃO AERÓBIA
que é o oxigênio. Cada oxigênio
C6H12O6 + 6H2O + 6O2 → 6 CO2 + 12H2O + 36 ATP
recebe dois elétrons e, ao mesmo
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Cadeia respiratória.
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