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CURSO DE
Nutrição
Aplicada à Medicina Estética
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
Nutrição
Aplicada à Medicina Estética
MÓDULO I
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 CONSIDERAÇÕES SOBRE A BELEZA
2 EVOLUÇÃO DOS HÁBITOS ALIMENTARES
3 ENVELHECIMENTO
4 DESARMONIA CORPORAL
4.1 CELULITE
4.2 FLACIDEZ
4.3 ESTRIAS
4.4 GORDURA LOCALIZADA
5 COMPULSÃO ALIMENTAR
6 ANOREXIA
7 BULIMIA
8 ORTOREXIA
MÓDULO II
9 CARBOIDRATOS
10 FIBRAS
11 PROTEÍNAS
12 LIPÍDIOS
13 VITAMINAS E SAIS MINERAIS
14 ÁGUA
MÓDULO III
15 EQUILÍBRIO ALIMENTAR EM ESTÉTICA
16 INFLUÊNCIA DA DIETA NOS TRATAMENTOS ESTÉTICOS
16.1 TRATAMENTOS PARA A CELULITE
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16.2 TRATAMENTOS PARA A FLACIDEZ
16.3 TRATAMENTOS PARA AS ESTRIAS
16.4 TRATAMENTOS PARA A GORDURA LOCALIZADA
17 SAÚDE DA PELE
18 OBESIDADE
19 EMAGRECIMENTO
MÓDULO IV
20 DIETAS DA “MODA”
21 SHAKES E SUBSTITUTOS ALIMENTARES
22 NUTRIENTES ESPECÍFICOS EM ESTÉTICA
23 ALIMENTOS PREMIADOS
24 NUTRICOSMÉTICOS
25 FITOESTRÓGENOS
26 ALIMENTOS TERMOGÊNICOS
27 SIMBIÓTICOS, PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS
28 ORGÂNICOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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busca desenfreada pelo corpo perfeito, comprometendo severamente a saúde física
e principalmente a saúde emocional.
O perigo está quando as emoções estão confusas, influenciadas por
questões existenciais, frustrações, etc. A busca pela beleza pode muitas vezes
sinalizar conflitos internos e, neste caso, a indicação de terapia especializada é
fundamental. Por outro lado, a busca pela beleza sadia aumenta satisfatoriamente a
autoestima, favorecendo a qualidade de vida e potencializando o bem estar físico e
mental.
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No período neolítico (10.000 a 4.000 a. C.), se inicia a base de nossa
alimentação tradicional. Os povos egípcios associavam a saúde e longevidade aos
prazeres da mesa. Eram conhecedores dos segredos da farmacopeia e
propriedades das ervas medicinais e já ligavam a alimentação com a cura de
moléstias.
Por volta dos séculos V a X d.C., já eram considerados os efeitos
preventivos da alimentação. Textos de Hipócrates já evidenciavam a associação de
alimentos com o combate a doenças. Na Idade Média se destacavam três sabores
fundamentais: forte, doce e ácido. Na Idade Moderna a agricultura passa a ser
utilizada também para fins comerciais. Na Idade Contemporânea a agricultura
cresceu e o açúcar, antes privilégio da elite, se difundiu na alimentação popular.
Observando-se a evolução do processo alimentar, conclui-se que a cultura
tem forte influência nos hábitos alimentares. O homem pré-histórico comia de tudo.
Já o homem moderno age de forma bem diferente. Os israelitas podiam comer
gafanhotos e esses são ainda apreciados em toda a África do Norte. No Nordeste,
os sertanejos comem preás e camaleões. Nativos da Amazônia comem macacos
assados. Hindus não comem carne de vaca, pois acreditam serem sagradas. Já os
europeus acham que a mesma é indispensável na mesa.
A relação entre alimentação e religião está na Bíblia. As religiões proíbem o
consumo de certos alimentos e tornam outros sagrados. O pão há mais de dois mil
anos é tido como alimento sagrado por muitos povos. A cozinha brasileira sofreu
influência da cozinha portuguesa, indígena e africana, sendo obviamente adaptada
de acordo com a cultura local.
Africanos trouxeram uma cozinha de “miscigenação”. Com os europeus,
principalmente os portugueses, foram aprendidas técnicas de agricultura e criação
de animais. Também houve contribuição no ensinamento de produtos derivados de
leite, como o queijo, além dos embutidos, defumados e fabricação dos doces.
Nas últimas décadas ocorreram mudanças importantes nos hábitos
alimentares dos brasileiros. O alimento, que antes era utilizado para saciar a fome,
passou a ser parte integrante de reuniões, festas, etc. O conhecimento sobre eles
também evoluiu bastante. Antes, coadjuvante, hoje tem papel principal na
longevidade e qualidade de vida. Estudos científicos comprovam o poder de certos
alimentos e sua influência na saúde humana.
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Com períodos de fome e doenças, nossos ancestrais realizaram
experimentos alimentares que hoje vem à tona, com a comprovação científica de
seus efeitos benéficos à saúde. Povos romanos descreveram as propriedades
protetoras do repolho. As sementes da abóbora são apontadas por estudiosos como
benéficas para a saúde da próstata. Fato este já descrito pela tradição herbal
europeia.
Em contrapartida, o aumento no número de alimentos industrializados
associados à vida moderna, falta de tempo e stress do dia a dia, favoreceu
alterações no padrão alimentar que nem sempre correspondem ao ideal. É cada vez
maior o número de indivíduos acima do peso e/ou com problemas de saúde
relacionados à alimentação desequilibrada. Essa não está necessariamente
relacionada à alta ou baixa ingestão alimentar, mas à inadequada ingestão de
nutrientes necessários para a qualidade de vida.
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- Fraqueza, cansaço, indisposição;
- Dificuldade de concentração;
- Maior vulnerabilidade a infecções.
3 ENVELHECIMENTO
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Hoje, cerca de 13,5 milhões de idosos já somam 8% da população e a
expectativa para os próximos 20 anos será de 31,8 bilhões. Ainda não existe uma
definição precisa acerca do envelhecimento fisiológico normal. O envelhecimento é
determinado basicamente por fatores como hereditariedade, ambiente e estilo de
vida. Corresponde a um processo contínuo, em que ocorre um declínio progressivo
de todas as funções fisiológicas. Envolvem alterações de peso, redução na
velocidade dos reflexos, aumento da gordura corporal, redução de massa muscular,
diminuição da quantidade de água corporal, etc.
Muitas teorias tentam explicar o mecanismo de envelhecimento, mas
nenhuma delas, até o momento, consegue compreender satisfatoriamente todo o
processo. Em relação às funções fisiológicas, as mudanças são relevantes.
Presbiopia
Sentidos Redução da capacidade auditiva
Diminuição do paladar e olfato
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Diminuição do número de células T
Sistema Imunológico Aumento das células T supressoras
Redução das células T auxiliares
Perda das células de memória
imunológica
Redução nos títulos de anticorpos contra
antígenos conhecidos
Aumento da autoimunidade
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- Fotoenvelhecimento (devido aos danos causados pela radiação
ultravioleta): mais agressivo e responsável pelo aparecimento de rugas, manchas e
até câncer de pele. A cútis é áspera, nodular e espessada.
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procedimentos no campo da estética. Com o uso de cosméticos, tratamentos e até
cirurgias, busca-se a todo o momento retardar os efeitos da idade.
A alimentação também deve ser associada aos protocolos de tratamento,
sendo indispensável para garantir resultados adequados. A ingestão de alimentos
antioxidantes deve ser valorizada e não pode faltar na dieta do cliente. Com os
avanços da Medicina, muitas alterações comuns ao envelhecimento podem ser
prevenidas e/ou amenizadas, com o intuito de garantir saúde e qualidade de vida.
No entanto, deve-se ter bom senso e atenção especial a fim de identificar a grande
diferença existente entre vaidade e obsessão.
4 DESARMONIA CORPORAL
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4.1 CELULITE
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Estágio II: já existe alteração circulatória por compressão das microveias e
vasos linfáticos. O sangue e a linfa (líquido que banha as células) ficam “represados”
e, consequentemente, ocorre um edema intercelular. Também há um endurecimento
do tecido de sustentação e as irregularidades na pele ficam aparentes, mas ainda
não existe dor.
Estágio IV: é a fase considerada mais grave, com as fibras duras, formando
nódulos e a circulação prejudicada. A pele apresenta depressões e tem aspecto
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acolchoado. As pernas ficam pesadas, inchadas e doloridas e a sensação de
cansaço é frequente, mesmo sem esforço.
4.2 FLACIDEZ
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no processo de nutrição da pele. Vestuário inadequado contribui para o
desenvolvimento da flacidez, devido à má circulação sanguínea e linfática.
4.3 ESTRIAS
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4.4 GORDURA LOCALIZADA
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As causas da gordura localizada são variadas e envolvem alimentação
inadequada, alterações hormonais, hereditariedade, sedentarismo, etc. A localização
da “gordura extra” vai depender da característica genética de cada um, sendo mais
comum na região abdominal, culote, coxas, glúteos, dorso, axilas e joelhos.
5 COMPULSÃO ALIMENTAR
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recebendo a atenção de especialistas e suas principais características são o
excesso alimentar a noite, a falta de apetite pela manhã e/ou durante o dia e a
insônia. Na realidade, é uma combinação de transtorno alimentar, transtorno do
sono e do humor.
O indivíduo com a compulsão alimentar periódica apresenta desequilíbrio
bioquímico dos neurotransmissores responsáveis pelo controle da saciedade.
Quando os níveis de serotonina estão baixos, a tendência a ingestão alimentar
principalmente de doces ou energéticos aparece como um mecanismo de
compensação. Sabe-se que esses alimentos são estimulantes naturais da
serotonina e dopamina. Indivíduos depressivos podem desenvolver uma espécie de
dependência química com a comida, uma vez que a mesma auxilia no equilíbrio dos
níveis bioquímicos do cérebro.
O tratamento da compulsão alimentar envolve equipe multidisciplinar. Há
necessidade de reeducação alimentar, atividade física regular e orientada, uso de
medicações quando necessário, terapia e mudança nos hábitos de vida.
6 ANOREXIA
A doença ficou conhecida nos anos 70, quando a cantora Karen Carpenter
morreu de desnutrição causada pela anorexia. Considerada como uma disfunção
alimentar, não tem uma causa única e envolve aspectos fisiológicos, psicológicos e
sociais. Afeta principalmente as mulheres, em especial adolescentes entre 12 e 20
anos e sua principal característica é a extrema restrição de alimentos devido ao
medo exagerado de engordar.
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FIGURA 8 – EXEMPLO DE PACIENTE COM ANOREXIA
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FIGURA 9 – EXEMPLOS DE PACIENTES COM ANOREXIA
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alimentares podem estar em muitos casos relacionados com separações, violência
dentro de casa e/ou excesso de insegurança agravado pela família ou ambiente
escolar.
São sintomas comuns na anorexia:
- Medo exagerado de ganhar peso;
- Imagem corporal distorcida, excesso de perfeccionismo;
- Excesso de exercícios físicos;
- Hábitos alimentares muito severos;
- Uso de diuréticos, laxantes, hormônios e pílulas para emagrecer;
- Depressão, tristeza, sentimentos de culpa, tendências suicidas, transtornos
de ansiedade e alterações de humor, isolamento da família e amigos.
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7 BULIMIA
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- Cáries dentárias e até perda de dentes;
- Desidratação;
- Dores musculares e câimbras.
8 ORTOREXIA
O termo Ortorexia foi usado pela primeira vez pelo médico americano Steven
Bratman, em 1998, para designar um grupo de indivíduos que apresentavam uma
grande preocupação em comer corretamente. O nome deriva das palavras gregas
ortho (correto) e orexis (apeptite). Considerada um distúrbio psicológico ainda não
reconhecido pela Organização Mundial de Saúde, a Ortorexia é caracterizada pela
obsessão pelos alimentos naturais associada a uma forte preocupação com a
alimentação saudável.
O paciente com tal distúrbio começa a restringir da sua dieta todo e qualquer
alimento que contenha açúcar, agrotóxicos, conservantes, enlatados, substâncias
artificiais e de procedência duvidosa ou desconhecida. Muitos não comem carne por
duvidarem da ração ingerida pelo animal.
Geralmente leem atentamente os rótulos de tudo o que compram, mastigam
dezenas de vezes antes de engolir os alimentos e ainda evitam comer fora de casa
por não confiarem na procedência da comida. Acreditam verdadeiramente que
apenas as comidas naturais fazem bem ao organismo.
Outra característica da doença é o grande problema que esses indivíduos
têm com a vida social. Por evitarem comer fora de casa, acabam se distanciando de
familiares e amigos. É comum adquirirem comportamento irritadiço e isolamento
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social. A insatisfação afetiva e emocional acaba desencadeando uma preocupação
cada vez maior com a alimentação, gerando um círculo vicioso.
Valendo-se da busca incansável pela saúde e com a comprovação dos
benefícios da alimentação saudável, os ortoréxicos não conseguem encontrar o
limite entre o cuidado com a dieta e a falta de controle ou obsessão. Tal
comportamento acaba gerando prejuízos físicos e psíquicos, além da perda da
sociabilidade.
Alguns estudiosos do assunto encontram semelhança entre a anorexia e a
ortorexia, uma vez que as duas envolvem forte preocupação com alimentos e a
sensação de culpa quando os “objetivos” não são cumpridos. Os ortoréxicos, no
entanto, não têm preocupação com o excesso de peso ou percepção errada de seu
aspecto físico.
Alguns estudiosos relatam que muitos ortoréxicos foram anoréticos e ao se
recuperarem desenvolveram a compulsão por alimentos que supostamente não
possam lhe causar danos. A ortorexia pode levar a problemas de saúde quando a
dieta não consegue atingir as necessidades nutricionais. Entre as consequências
mais comuns estão:
- desnutrição;
- anemia;
- carência de vitaminas e sais minerais.
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corrigir os erros e restrições alimentares. É necessário também acompanhamento
médico e psicológico.
FIM DO MÓDULO I
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