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GUIA
PRÁTICO
DRAGON
DREAMING
Uma
Introdução
Sobre
como
Tornar
seus
Sonhos
em
Realidade
Através
do
Amor
em
Ação
Versão
2.0,
Janeiro
de
2014.
Imagem
de
Luiza
Padoa,
2013.
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texto
está
licenciado
pela
Creative
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3.0
Unported
License
“O Futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos” Eleanor Roosevelt.
Este
Guia
Prático
é
dedicado
a
todos
que
não
abandonam
seus
sonhos
e
àqueles
que
se
atrevem
a
dançar
com
os
dragões!
Para
dar
uma
ideia
de
alguns
dos
exercícios
utilizados
no
Dragon
Dreaming,
reunimos
esta
“caixa
de
ferramentas”
em
formato
de
Guia
Prático.
Mais
ferramentas
estão
sendo
desenvolvidas
conforme
a
criatividade
dos
Dragon
Dreamers
é
liberada!
“Espero
que
este
e-‐book
possa
ajudá-‐lo
na
viagem
de
descoberta
do
seu
maior
projeto...
sua
vida!”
John
Croft,
Fevereiro
de
2013.
Sinta-‐se
encorajado
a
usar
e
compartilhar
estas
ferramentas
atendendo
aos
3
princípios
do
Dragon
Dreaming
e
em
serviço
à
Grande
Virada.
Compartilhe
com
a
rede
suas
inovações
nas
ferramentas
e
processos
para
juntos
criarmos
uma
metodologia
cada
vez
mais
ganha-‐ganha!
J
Índice
DO
CELEBRAR
AO
SONHAR
........................................................................................................................................
1
DRAGON
DREAMING
–
O
QUE
É
E
DE
ONDE
VEM.
.......................................................................................................................
1
DRAGON
DREAMING
–
A
QUE
SE
DESTINA:
A
GRANDE
VIRADA
.....................................................................................................
1
DRAGON
DREAMING
–
PRINCÍPIOS
ÉTICOS.
..............................................................................................................................
2
DANÇANDO
COM
OS
NOSSOS
DRAGÕES.
..................................................................................................................................
3
OS
‘MOMENTOS
A-‐HÁ’
........................................................................................................................................................
3
AS
PERGUNTAS
GERADORAS
.................................................................................................................................................
4
AS
RELAÇÕES
‘GANHA-‐GANHA’
..............................................................................................................................................
4
A
ESCUTA
PROFUNDA
–
O
PINAKARRI
.....................................................................................................................................
5
COMUNICAÇÃO
CARISMÁTICA
GANHA-‐GANHA
.........................................................................................................................
7
BASTÃO
DA
PALAVRA
...........................................................................................................................................................
8
O
A-‐HÁ
DO
SONHO.
............................................................................................................................................................
8
DO
SONHAR
AO
PLANEJAR
........................................................................................................................................
9
O
SONHO
E
AS
TRILHAS
.........................................................................................................................................................
9
AS
MEMBRANAS
VIVAS:
INTERFACES
.......................................................................................................................................
9
A
RODA
DE
DRAGON
DREAMING
.........................................................................................................................................
10
A
RODA
COMPLETA
DE
DRAGON
DREAMING
..........................................................................................................................
10
OS
QUATRO
TIPOS
DE
COMPORTAMENTOS
EM
PROJETOS
..........................................................................................................
14
O
TIME
DE
SONHOS
...........................................................................................................................................................
14
O
CÍRCULO
DOS
SONHOS
....................................................................................................................................................
15
O
A-‐HÁ
DO
PLANO.
..........................................................................................................................................................
17
DO
PLANEJAR
AO
REALIZAR
.....................................................................................................................................
18
DEFININDO
OS
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
.................................................................................................................................
18
DEFININDO
A
MISSÃO
DO
PROJETO
......................................................................................................................................
18
O
KARABIRRDT
.................................................................................................................................................................
19
DOZE
PERGUNTAS
PARA
GERENCIAR
UM
PROJETO
BEM
SUCEDIDO
.............................................................................................
23
MONITORANDO
O
PROGRESSO
............................................................................................................................................
24
O
A-‐HÁ
DO
FAZER.
...........................................................................................................................................................
25
DO
REALIZAR
AO
CELEBRAR
.....................................................................................................................................
26
CONSCIÊNCIA
DOS
SENTIMENTOS
EM
UM
GRUPO
.....................................................................................................................
26
TRABALHAR
COM
OS
NOSSOS
OPOSITORES
.............................................................................................................................
27
LIDERANÇA
EM
DRAGON
DREAMING
.....................................................................................................................................
27
O
PROCESSO
DE
MUDANÇA
................................................................................................................................................
28
PLANEJAMENTO
SUCESSÓRIO
..............................................................................................................................................
30
TORNANDO-‐SE
UM
OVO
DE
DRAGÃO
....................................................................................................................................
31
O
A-‐HÁ
DO
CELEBRAR.
......................................................................................................................................................
31
UM
FINAL
QUE
É
UM
COMEÇO
................................................................................................................................
32
PROFECIA
HOPI
................................................................................................................................................................
33
PARA
SABER
MAIS
...................................................................................................................................................
34
A
SABEDORIA
DO
DRAGÃO
..................................................................................................................................................
34
A
RODA
COMPLETA
DE
DRAGON
DREAMING
..........................................................................................................................
35
PERGUNTAS
NORTEADORAS
DRAGON
DREAMING
...................................................................................................................
36
FICHAS
E
TEXTOS
DE
DRAGON
DREAMING
..............................................................................................................................
37
LEITURAS
INSPIRADORAS
....................................................................................................................................................
38
PEQUENO
GLOSSÁRIO
DE
DRAGON
DREAMING
.......................................................................................................................
39
A
RODA
DE
DRAGON
DREAMING
–
EM
BRANCO
......................................................................................................................
42
DO
CELEBRAR
AO
SONHAR
Dragon
Dreaming
–
o
que
é
e
de
onde
vem.
Dragon
Dreaming
surgiu
a
partir
do
trabalho
e
da
prática
da
Fundação
Gaia
da
Austrália
Ocidental,
onde
foi
usado
para
ajudar
grupos
de
todos
os
tipos
a
descobrir
ferramentas
para
a
criação
de
projetos
extremamente
bem
sucedidos
e
para
determinar
onde
poderiam
ocorrer
bloqueios
aos
projetos
e
como
superá-‐los.
Ao
longo
da
buscar
por
maior
efetividade
de
ações
dos
movimentos
sociais
e
ambientalistas,
foi
sendo
testado
e
aprimorado
no
fluxo
do
ativismo
socioambiental.
Não
é
apenas
uma
metodologia,
mas
um
sistema
integrado
embasado
em
uma
ética
que
promove
o
crescimento
pessoal,
a
formação
de
comunidades
de
apoio
mútuo
e
o
serviço
à
Terra.
Dragon Dreaming é um sistema integrado para construção de projetos e organizações.
Foi
modelado
e
vale-‐se
de
uma
abordagem,
linguagem,
exercícios
e
práticas
destinadas
a
quem
não
teve
uma
capacitação
formal
em
gestão
de
projetos,
desde
acadêmicos
até
moradores
de
uma
comunidade.
E
foi
testado
justamente
nestes
ambientes,
com
grande
liberdade.
Mas
também
é
de
grande
valia
àqueles
que
estudaram
métodos
tradicionais
e
desejam
renovar
sua
abordagem
e
valores.
Muitas
das
ferramentas
usadas
são
inspiradas
e
compatíveis
com
o
ferramental
tradicional
(declarações
de
objetivo,
escopo,
gráficos
de
Gantt,
PERT-‐CPM,
orçamentos
etc.),
mas
o
grande
diferencial
está
no
“como”
o
projeto
é
concebido
e
concretizado
e
na
forma
pela
qual
se
dá
a
comunicação
e
interação
entre
os
participantes.
Por
exemplo,
pode-‐se
ter
um
projeto
de
sucesso
e
excelentes
resultados
sem
‘gerente
de
projetos’
e
sem
estruturas
hierárquicas!
Abre-‐se
espaço
para
o
diálogo
e
para
empoderar
pessoas,
aumentando
o
empenho
e
engajamento
e
contribuindo
de
forma
significativa
para
o
sucesso
do
projeto.
Mas
o
que
é
a
essência
de
Dragon
Dreaming
e
de
onde
vem?
A
definição
mais
simples
é:
Dragon
Dreaming
é
muito
mais
do
que
apenas
fazer
nossos
sonhos
realidade.
É
uma
filosofia
de
vida,
baseando-‐se
em
sabedoria
dos
aborígines
da
Austrália
Ocidental.
Ele
é
inspirado
no
“trabalho
que
Reconecta”
de
Joanna
Macy,
na
Ecologia
Profunda,
na
teoria
dos
sistemas
vivos
mundiais,
elementos
das
teorias
quântica,
do
caos
e
da
complexidade.
As pessoas só mudam quando a dor da mudança é menor do que a dor de continuar no mesmo...
Os
‘Momentos
A-‐há’
É
surpreendente
quando
descobrimos
algo
que
não
sabíamos
e
que
propicia
nosso
crescimento
pessoal.
Ainda
mais
maravilhosos
são
os
momentos
em
que
descobrimos
algo
que
nem
sabíamos
que
não
sabíamos!
Essas
experiências
são
chamadas
de
momentos
de
‘A-‐há!’,
em
alusão
à
exclamação
que
emitimos
neste
momento
de
descoberta,
insight,
assim
como
a
exclamação
‘eureka!’
de
Arquimedes.
Momentos
de
‘A-‐há!’
geralmente
surgem
quando
descobrimos
ou
entendemos
algo
novo.
Eles
também
podem
aparecer
quando
encontramos
novas
conexões
entre
coisas
que
nós
já
sabíamos.
Como
resultado,
nos
tornamos
conscientes.
Momento
A-‐há
é
a
súbita
tomada
de
consciência
sobre
uma
verdade
pessoal
fundamental
ou
algum
aspecto
nosso
ou
do
mundo.
Momentos
A-‐há
são
altamente
contagiosos.
Uma
pessoa
compartilhar
seus
momentos
A-‐há
com
outras
aumenta
as
chances
de
outros
também
descobrirem
algo
que
eles
não
sabiam
que
não
sabiam.
Compartilhar
seus
A-‐há
em
um
grupo
pode
levar
a
soluções
criativas
para
problemas
comuns.
Guia
Prático
Dragon
Dreaming
Pág.
3
Pessoas
diferentes
têm
diferentes
experiências
em
obter
seus
A-‐há.
Por
exemplo:
• Estar
em
contato
com
a
natureza.
• Estar
em
contato
com
realidades
diferentes,
pessoas
e
contextos.
• Viajar
para
culturas
diferentes.
• Observar
e
refletir.
• Escutar
profundamente
as
palavras
dos
outros.
• Buscar
sinais
visíveis
e
invisíveis.
• Conectar-‐se
com
seus
sonhos
e
visões.
• Meditar.
• Focar
em
um
problema
e
então
fazer
algo
muito
diferente.
Sinta-‐se convidado a olhar, sentir e encontrar seu próprio estímulo para ter muitos ‘A-‐há’
As
Perguntas
Geradoras
A
forma
como
trabalhamos
juntos
em
nossos
projetos
é
altamente
influenciada
pela
forma
como
nos
comunicamos
e
ouvimos
uns
aos
outros.
Assim,
uma
comunicação
não
violenta
e
ao
mesmo
tempo
criativa,
profunda
e
reveladora
pode
se
dar
quando,
ao
invés
do
uso
de
afirmações
imperativas,
afirmativas
e
declarativas,
nos
valemos
de
perguntas
que
levem
a
nós
mesmos
e
aos
outros
a
olhar
para
as
essências
do
que
está
sendo
dito,
ou
parar
um
momento
o
fluxo
de
diálogo
para
abrir
espaço
a
descobertas
reveladoras.
Chamamos
a
estas
questões
de
‘perguntas
geradoras’,
e
sua
construção
e
uso
inspiram-‐se
fortemente
na
pedagogia
proposta
por
Paulo
Freire.
Uma
pergunta
geradora
é
aquela
que
tem
poder
emocional
tanto
na
vida
da
pessoa
que
foi
questionada
quanto
na
de
quem
fez
a
pergunta.
Geralmente
o
objetivo
é
descobrir
o
que
está
faltando,
cuja
presença
faria
uma
diferença.
É
um
convite
aberto
ao
engajamento
com
que
não
sabemos.
Ela
ocorre
através
de
uma
pergunta
aberta
e
reflexiva,
descobrindo
uma
realidade
mais
profunda.
Perguntas
geradoras
são
centrais
no
Dragon
Dreaming.
A
criatividade
e
o
Amor
em
Ação
se
manifestam
através
de
perguntas
geradoras.
Praticando
a
habilidade
de
perguntas
geradoras,
um
novo
mundo
se
abrirá
para
você.
Sinta-‐se
encorajado
a
desenvolver
sua
capacidade
de
criar
e
fazer
perguntas
geradoras.
Para
ajudá-‐lo,
colocamos
exemplos
de
perguntas
geradoras
em
itálico
ao
longo
deste
Guia
Prático.
Veja
estas
abaixo,
que
são
‘perguntas
geradoras
de
outras
perguntas
geradoras’:
• “Quais
são
as
condições
que
eu
preciso
para
ter
um
momento
de
‘A-‐há’?”
• “O
que
faz
com
que
eu
tenha
muitos
“A-‐há-‐s”?
• “Como
podemos
propiciar
o
máximo
de
‘A-‐há’
em
oficinas
ou
reuniões”?
As
relações
‘ganha-‐ganha’
Toda
civilização
desenvolve
e
ao
mesmo
tempo
é
continuamente
criada
a
partir
de
certa
visão
de
mundo,
uma
perspectiva
ou
forma
pela
qual
um
indivíduo,
uma
comunidade
ou
uma
sociedade
enxergam
o
mundo
e
interpretam
a
si
mesmos
e
ao
ambiente.
Estas
visões
incluem
os
conhecimentos
acumulados
e
os
valores
pessoais
e
culturais
em
dado
momento
histórico.
Nós somos um nó temporário em um processo de fluxo.
Como
um
provérbio
aborígene
afirma,
“Somos
todos
visitantes
deste
tempo,
deste
lugar.
Estamos
apenas
de
passagem.
Nosso
proposito
aqui
é
observar,
aprender,
crescer,
amar...
e
então
voltarmos
para
casa”.
Se
um
tudo
está
em
um
processo
de
fluxo,
então
o
controle
que
acreditamos
ter
através
do
exercício
do
‘poder
sobre’
é
uma
ilusão.
Não
podemos
controlar
o
processo
de
fluxo
da
energia,
matéria,
informação
e
caos
ou
entropia
em
que
estamos
inseridos.
Podemos,
no
entanto,
ter
poder
‘com’
esses
fluxos.
Este
conceito
de
‘poder
com’
significa
que
jogos
de
ganha-‐perde
não
são
sustentáveis.
Se
nós
estamos
verdadeiramente
buscando
uma
cultura
sustentável,
jogos
de
‘ganha-‐ganha’
são
essenciais.
O
Dragon
Dreaming
aspira
criar
uma
nova
linguagem,
baseada
no
conceito
de
ganha-‐ganha,
substituindo,
sempre
que
possível,
aquela
que
é
baseada
no
ganha-‐perde
ou
perde-‐perde.
Tentar,
buscar,
errar,
refletir
e
tentar
novamente
fazem
parte
deste
processo.
E
como
com
muitas
habilidades,
quando
mais
as
praticamos,
melhor
ficamos...
A
prática
do
Pinakarri
gentilmente
silencia
a
pequena
voz,
nos
permitindo
a
realmente
escutarmos.
Um
pequeno
guia
para
o
Pinakarri:
Acalme-‐se
e
se
conecte
com
o
seu
corpo:
Sinta
onde
o
seu
corpo
se
conecta
com
a
cadeira
ou
as
almofadas
onde
você
está
sentado.
Sinta
o
peso
do
seu
corpo:
Note
o
seu
peso
e
como
a
Terra
lhe
dá
suporte.
A
gravidade
é
a
força
mais
antiga
no
universo.
Se
fosse
uma
pessoa
lhe
dando
este
tipo
de
apoio
você
o
chamaria
de
amor
incondicional.
Torne-‐se
consciente
do
amor
incondicional
da
Terra
por
você,
o
apoio
que
ela
lhe
dá.
Respire
profundamente
–
para
dentro
e
para
fora:
Escute
a
diferença
no
tom
e
sinta
a
diferença
de
temperatura
entre
a
inspiração
e
a
expiração.
Esta
diferença
de
temperatura
vem
do
Sol.
Quem
é
você?
Você
é
a
dança
dos
ciclos
materiais
da
Terra
com
a
energia
do
Sol.
Você
pode
escutar
as
batidas
do
seu
coração?
Elas
estão
com
você
desde
antes
de
você
ter
nascido
e
estarão
com
você
até
o
momento
de
sua
morte.
Encontre
o
ponto
onde
a
energia
no
seu
corpo
é
mais
forte.
Inspire
para
dentro
deste
ponto,
relaxe
conscientemente
e
expire
a
tensão
para
fora.
No
Dragon
Dreaming,
cada
participante
tem
a
possibilidade
de
chamar
um
Pinakarri
a
qualquer
momento.
Ele
vai
tocar
um
sino
ou
soar
um
gongo
ou
algum
outro
tipo
de
sinal
que
tenha
sido
acordado,
e
com
este
sinal
todos
vão
parar
o
que
estão
dizendo
ou
fazendo,
e
permanecerão
em
silêncio
por
aproximadamente
30
segundos.
É
critério
individual
o
quão
profundamente
cada
um
vai
relaxar,
mas
é
importante
que
todos
permaneçam
em
silêncio
por
um
momento.
Assim
como
ao
maximizar
os
A-‐há,
existem
muitas
maneiras
de
atingir
Pinakarri.
Sinta-‐se
convidado
a
experimentar
e
descobrir
as
suas
próprias...
O
propósito
por
trás
desta
prática
é
sobrepor
alguns
aspectos
do
comportamento
humano.
Por
um
lado
o
Pinakarri
ajuda
as
pessoas
que
estão
no
momento
em
conflito
ao
tentarem
ultrapassar
barreiras
internas.
Nós
tendemos
a
nos
fixar
mais
e
mais
a
um
ponto
de
vista
quanto
mais
outra
pessoa
argumente
contra
ele.
E
frequentemente
não
faz
nenhuma
diferença
se
a
outra
pessoa
pode
estar
certa.
Ao
efetuarmos
rápidas
pausas
de
Pinakarri
nós
temos
a
chance
de
‘esfriarmos’
e
então
olharmos
a
discussão
que
acontece
com
um
ponto
de
vista
mais
neutro.
Em
silêncio
podemos
escutar
o
que
está
acontecendo
dentro
de
nós
e
verificarmos
se
este
ou
aquele
ponto
ainda
é
importante
para
nós
–
ou
se
perdemos
o
contato
com
o
sonho
original,
com
nossos
desejos
e
necessidades
na
tentativa
de
estarmos
certos
ou
não
perdermos
a
compostura.
Erguemo-‐nos
em
prol
de
nossos
desejos
e
necessidades
é
tão
importante
quanto
‘esfriarmos’.
Se
reprimirmos
nossos
sonhos
e
necessidades,
sempre
teremos
uma
sensação
de
deficiência.
E
esta
sensação
vai
retornar
vez
que
outra,
podendo
ser
um
perigo
real
para
os
nossos
projetos.
Ela
impede
a
diversidade
verdadeira,
que
é
uma
necessidade
para
a
aprendizagem
real
e
o
sucesso.
A
falta
de
equilíbrio
da
dominação
e
da
repressão
podem
ser
encontradas
nos
grupos
de
projetos:
alguns
poucos
tendo
a
maior
parte
do
tempo
de
fala
e
empurrando
as
suas
ideias
e
interesses.
Guia
Prático
Dragon
Dreaming
Pág.
6
O
Pinakarri
pode
nos
ajudar
a
superar
nossas
tendências
de
dominação
e
repressão,
assim
nos
tornando
autênticos
e
reais.
Ele
pode
nos
ajudar
a
nos
tornarmos
seres
humanos
que
vivem
o
‘amor
em
ação’.
E
pode
nos
ajudar
a
criarmos
uma
comunidade
amorosa
na
qual
cada
indivíduo
é
ouvido
e
visto
nos
seus
desejos,
sonhos
e
necessidades.
Quando
introduzindo
o
Pinakarri,
esteja
ciente
que
pode
demorar
um
tempo
para
que
as
pessoas
se
ajustem
a
usá-‐lo;
não
fique
desencorajado,
acredite
no
processo.
Al
Gore,
nos
seus
seminários
sobre
mudança
climática,
frequentemente
cita
um
provérbio
africano.
“Se
nós
queremos
ir
rapidamente,
viajemos
sozinhos.
Se
queremos
ir
longe,
viajemos
juntos.”
Nós
precisamos
ir
rápido
e
longe.
Como
podemos
estar
juntos
e
sozinhos
simultaneamente?
O
Dragon
Dreaming
sugere
uma
forma...
Cultive a arte de ser um participante e um observador ao mesmo tempo.
Ao
celebrar
nossas
próprias
trilhas
cantadas,
nos
tornamos
o
herói
de
nossa
própria
vida,
traçando
o
padrão
compartilhado
pelas
histórias
compartilhadas,
no
fogo
dos
Karlapgur
ao
redor
do
mundo,
em
volta
dos
quais
nossas
histórias
têm
sido
contadas
por
milhares
de
anos.
O
esgotamento
pode
ser
evitado
ao
celebrarmos
muito
nos
momentos
certos.
A
celebração
é
o
momento
quando
recebemos
energia
para
nutrir
nosso
processo
contínuo
e
tornar
o
projeto
sustentável
Sonhar
Todo
projeto
que
é
realizado
começa
com
o
sonho
de
um
indivíduo.
Muitas
vezes
o
sonho
pode
vir
de
um
momento
de
‘A-‐há’
e,
portanto
de
nova
consciência.
É
através
deste
processo
de
comunicar
o
sonho
que
o
sonhador
torna-‐se
completamente
consciente
da
natureza
do
sonho.
A
maioria
dos
projetos
fica
bloqueada
no
estágio
do
sonhar
porque
as
pessoas
não
compartilham
seus
sonhos
com
os
outros.
Este
é
o
primeiro
limiar
que
muitas
ideias
boas
de
projeto
nunca
cruzam.
Na
nossa
cultura,
perdeu-‐se
a
confiança
no
poder
dos
sonhos
–
temos
receio
de
compartilhar
nossos
sonhos
com
medo
de
sermos
ridicularizados
ou
não
sermos
sequer
ouvidos.
E
é
exatamente
isso
que
impede
que
estes
sonhos
se
tornarem
realidade.
O
campo
fértil
do
Sonhar
é
o
lugar
do
ganha-‐ganha,
que
é
exatamente
onde
estão
os
dragões.
É
o
campo
para
o
qual
você
deve
estar
aberto
e
dar
a
oportunidade,
de
forma
que
o
inesperado
e
o
mistério
possam
ocorrer...
Assim
como
acontece
durante
um
sonho,
precisamos
ser
capazes
de
aceitar
contradições,
pois
Guia
Prático
Dragon
Dreaming
Pág.
10
como
sabemos
se
com
o
tempo
não
se
acumularão
contradições?
Sustentar
as
contradições
cria
espaço
para
surgir
‘A-‐há’.
Detrás
do
dualismo
existe
um
padrão,
um
lugar
onde
os
dois
lados
da
contradição
podem
ser
verdadeiros
ao
mesmo
tempo,
e
uma
nova
possibilidade
pode
nascer.
Há
um
processo
no
Dragon
Dreaming
pelo
qual
um
sonho
individual
pode
se
tornar
um
sonho
coletivo.
Este
processo
é
chamado
de
Círculo
dos
Sonhos
e
é
importante
porque
muda
a
energia
e
gera
comprometimento
do
grupo.
A
criatividade
pode
ser
maximizada
e
a
sabedoria
coletiva
pode
produzir
sua
mágica
somente
quando
é
permitido
que
se
amplie
o
sonho
de
um
individuo
para
o
sonho
coletivo.
Uma
vez
que
tenhamos
compartilhado
nosso
sonho
e
construímos
a
visão
coletiva,
estamos
motivados
a
iniciar
a
realização
do
sonho.
Começamos
reunindo
as
informações
necessárias
para
trazer
o
sonho
para
a
realidade.
Este
passo
pode
exigir
que
deixemos
nossa
zona
de
conforto
e
entremos
em
terra
desconhecida.
De
certa
forma,
o
sonho
individual
deve
morrer
para
renascer
como
o
sonho
do
grupo
todo.
Isto
é
um
processo
de
desapego
e
confiança
do
sonhador,
ao
manifestar
seu
sonho
no
ambiente.
Planejar
O
próximo
quadrante
é
a
fase
de
Planejar.
Como
resultado
do
Círculo
dos
Sonhos,
um
Time
dos
Sonhos
foi
constituído.
O
Time
dos
Sonhos
é
um
grupo
de
pessoas
comprometidas,
que
trabalham
juntas
para
tornar
o
sonho
se
torne
realidade.
Na
fase
de
Planejar
este
grupo
considera
diferentes
alternativas
e
as
avalia.
Uma
vez
que
as
alternativas
tenham
sido
consideradas,
uma
estratégia
é
criada.
Isto
requer
um
orçamento,
planejamento
do
tempo
e
considerar
maneiras
alternativas
de
obter
recursos
para
o
projeto.
As
ferramentas
para
isto
envolvem
traçar
os
objetivos
e
criar
um
mapa,
chamado
de
Karabirrdt,
com
todas
as
tarefas,
os
caminhos
e
paradas
para
alcançar
estes
objetivos.
O
próximo
passo
é
testar
a
estratégia
na
realidade.
É
recomendável
separar
estratégias
maiores
em
pilotos
menores
e
projetos
protótipos.
Por
exemplo,
aqueles
que
querem
fundar
uma
ecovila
podem
decidir
começar
morando
juntos
para
formar
uma
comunidade.
Realizar
Um
sonho
que
não
leva
à
ação
é
apenas
um
sonho.
Uma
ação
que
não
é
baseada
na
realização
de
um
sonho
leva
a
um
pesadelo.
Quando
as
pessoas
minam
seus
sonhos,
o
criticam
ou
preveem
o
seu
fim,
lembre-‐se
que
eles
estão
contando
a
história
deles,
não
a
sua.
É
importante
reconhecer
a
natureza
fractal
do
Dragon
Dreaming
nos
estágios
da
realização
de
seus
projetos.
Através
das
técnicas
de
respiração
profunda
com
Pinakarri
e
comunicação
carismática,
através
de
relaxamento,
dos
movimentos
do
corpo
e
fortalecendo
a
nossa
missão,
enquanto
integramos
as
nossas
celebrações
com
os
nossos
sonhos
e
nossos
planos
totalmente
com
ações
na
realização
dos
nossos
projetos,
estamos
expandindo
nossos
paradigmas
sobre
nós
mesmos
e
sobre
o
mundo.
Juntando
os
anos
de
experiência
pessoal
encontrados
entre
os
membros
de
cada
grupo,
e
quando
somados,
é
muito
maior
do
que
qualquer
experiência
individual.
Então,
como
acessar
a
inteligência
coletiva?
Como
colher
as
riquezas
e
sabedorias
da
vida
de
cada
um?
Fazendo
isso
nos
mostra
parte
do
que
é
necessário.
Sem
a
fase
da
realização,
o
Dragon
Dreaming
é
apenas
teoria.
Ao
realizar
seus
projetos,
você
não
precisa
ir
à
procura
de
seus
dragões,
eles
vão
te
procurar.
Tudo
o
que
este
livro
tem
falado
até
agora,
é
apenas
o
mapa
do
Dragon
Dreaming
–
você
não
está
andando
no
território
do
Dragon
Dreaming.
Não
devemos
confundir
a
leitura
do
livro
de
receitas
com
cozinhar
e
comer
a
refeição.
É
fazendo
o
projeto
que
você
aprenda
a:
• Integrar
a
teoria
e
a
prática.
• Aumentar
o
seu
nível
de
autoconsciência.
• Ganhar
novas
habilidades
para
trabalhar
como
membro
de
uma
equipe.
• Expandir
seus
próprios
paradigmas
sobre
você,
sua
comunidade
e
o
mundo.
• Aprender
a
criar
as
táticas
que
levam
à
estratégia
para
seu
projeto
acontecer.
Guia
Prático
Dragon
Dreaming
Pág.
11
• Descobrir
verdadeiramente
como
trabalhar
criativamente
com
o
conflito.
• Melhorar
suas
habilidades
para
gerenciar
o
estresse
e
os
riscos.
• Estender
os
limites
do
seu
potencial
pessoal
e
coletivo.
A
fase
da
Realização
é
onde
nós
administramos
e
gerenciamos
o
projeto.
Ele
também
é
o
lugar
onde
as
coisas
podem
facilmente
dar
seriamente
errado.
Trata-‐se
de
monitorar
o
progresso
e
se
adaptando
às
mudanças.
Agora
para
a
implementação:
Nós
começamos
a
realizar
o
projeto
no
ambiente.
Nesta
fase
é
importante
não
se
esquecer
do
gerenciamento
e
da
administração:
• Ainda
estamos
dentro
do
prazo?
Nossos
custos
estão
sendo
cobertos?
Precisamos
adaptar
o
nosso
planejamento?
• Como
lidamos
com
o
estresse
(uma
pergunta
MUITO
importante…)?
• Como
minimizamos
o
risco?
• Ainda
estamos
realizando
o
sonho
original
ou
estivemos
tão
ocupados
que
nos
movemos
cegamente
para
uma
direção
completamente
nova?
• Nós
monitoramos
constantemente
o
nosso
progresso?
• ESTAMOS
CELEBRANDO
O
SUFICIENTE…?
Para
ter
certeza
de
que
seu
projeto
está
no
caminho
certo,
fazendo
com
que
seus
objetivos
específicos
aconteçam,
alcançando
o
objetivo
geral
e
tornando
os
nossos
sonhos
coletivos
em
realidade,
você
vai
precisar
da
ferramenta
de
Monitoramento
do
Progresso.
Celebrar
A
celebração
é
a
respeito
de
expressar
e
oferecer
gratidão
e
reconhecimento
para
as
outras
pessoas.
É
a
importância
da
celebração
que
faz
o
Dragon
Dreaming
ser
diferente
de
outras
ferramentas
de
gerenciamento
de
projetos.
A
Celebração
é
um
importante
processo
que
reconecta
o
Realizar
de
um
projeto
de
volta
para
Sonhar.
É
uma
maneira
de
observar
como
o
projeto
que
estamos
realizando
traz
sentido
para
as
nossas
vidas.
A
Celebração
é
quando
estamos
sendo
pessoais.
Celebrar é reconhecer e expressar nossa profunda gratidão a cada um que contribuiu no nosso caminho.
Isso
significa
considerar
o
indivíduo,
o
time
do
projeto
como
tal
e
também
–
como
todo
projeto
de
Dragon
Dreaming
–
a
Terra.
Todos
os
projetos
de
Dragon
Dreaming
aderem
a
estes
três
objetivos:
crescimento
pessoal,
construção
de
comunidades
e
a
criação
de
presença
humana
positiva
na
Terra.
O
crescimento
pessoal
é
aumentado
através
da
celebração,
já
que
ela
nos
dá
a
chance
de
sair
do
cotidiano
estressante
que
um
projeto
pode
gerar.
Nós
olhamos
para
o
que
aprendemos,
que
novas
habilidades
adquirimos
e
se
de
fato
deixamos
a
nossa
zona
de
conforto
e
tivemos
momentos
‘A-‐há’.
A
construção
de
comunidades
é
encorajada
através
da
celebração.
A
comunidade
é
um
lugar
seguro
onde
emoções
podem
ser
compartilhadas.
Nossa
cultura
nos
ensina
que
não
deveríamos
mostrar
nossas
emoções.
Ela
também
nos
ensina
a
rejeitarmos
os
sentimentos
negativos.
Quando
fazemos
isso,
contudo,
estamos
reprimindo
nossos
sentimentos
positivos
junto
com
os
negativos.
Estamos
com
medo
de
mostrar
nossa
verdade,
tanto
nossas
sombras
como
nossas
luzes
–
e
então
entramos
em
um
deserto
emocional.
No
entanto,
o
Dragon
Dreaming
é
sobre
reconhecermos
que
todos
somos
um,
estamos
todos
conectados
e
somos
todos
parte
do
que
está
acontecendo
ao
nosso
redor.
E
não
estamos
apenas
fazendo
um
favor
aos
outros
quando
damos
voz
ao
que
eles
podem
também
estar
sentindo,
também
contribuímos
com
a
profundidade
e
a
honestidade
do
nosso
projeto.
A
serviço
da
Terra
nós
aprendemos
a
celebrar
o
jogo
que
estamos
jogando
quando
criamos
um
projeto.
E
reconhecemos
que
a
tristeza
é
o
espelho
do
amor
–
ficamos
tristes
por
aquilo
que
amamos,
e
enquanto
tivermos
sentimentos
fortes
a
respeito
daquilo
que
acontece
a
nossa
volta,
podemos
agir
no
ambiente
de
uma
forma
apaixonada,
corajosa
e
engrandecedora...
A
fase
da
celebração
também
é
um
momento
de
honrarmos
os
presentes
e
as
habilidades
que
cada
um
de
nós
ganhou
no
processo
de
realização
do
projeto.
A
celebração
está
relacionada
com
nos
tornarmos
Guia
Prático
Dragon
Dreaming
Pág.
12
conscientes
dos
momentos
‘A-‐há’
que
aconteceram
ao
trabalharmos
no
projeto
e
nos
levaram
a
ter
novas
percepções.
Essas
percepções
alimentam
novos
sonhos,
renovando
o
ciclo
em
outro
patamar.
Em
Dragon
Dreaming,
em
um
aparente
paradoxo,
celebração
não
é
tarefa
para
o
extrovertido
ruidoso,
mas
sim
parte
da
reflexão
do
introvertido.
Isso
por
que
Dragon
Dreaming
não
trata
de
consumo
excessivo
de
bebidas
alcoólicas,
mas
sim
de
gratidão,
agradecimento
e
reconhecimento
dos
esforços.
Trata-‐se
de
ver
a
outra
pessoa
na
sua
magnificência
e
glória,
ao
mesmo
tempo
vendo
a
sua
vulnerabilidade.
Se
trata
de
ver
o
todo
da
pessoa
e
sentir
que
está
tudo
bem.
Dragon
Dreaming
é
amor
em
ação
e
neste
tipo
de
celebração
o
amor
se
torna
notoriamente
visível.
É
fortemente
recomendado
que
25%
dos
recursos
e
energia
usados
em
projetos
de
Dragon
Dreaming
(que
incluem
oficinas
sobre
Dragon
Dreaming)
envolvam
Celebração!
Nós
encorajamos
que
o
seu
projeto
tenha
uma
equipe
de
Celebração
que
garanta
que
isso
ocorra
ao
longo
do
projeto
(pois
isso
é
parte
de
todos
os
quadrantes).
Exemplos
de
Celebrações
ao
longo
do
projeto
podem
incluir:
• Contação
de
histórias.
• Danças.
• Música
e
Canto.
• Momentos
de
reconhecimento
e
gratidão
ao
outro.
• Rituais
(celebrando
individuo,
comunidade,
Terra).
• Refeições
e
lanches
compartilhados.
Num
novo
encontro
de
Dragon
Dreaming,
é
geralmente
importante
começar
com
celebração.
Faça
as
perguntas
geradoras:
“Como
podemos
juntar
pessoas
numa
forma
que
é
divertida,
aumenta
a
curiosidade
e
as
motive
para
ser
parte
do
que
está
acontecendo?”
“Como
podemos
criar
um
ambiente
que
nutre
aqueles
envolvidos,
aprofunde
suas
conexões
mutuas
e
leve
ao
reconhecimento
que
todos
nós
somos
parte
do
que
ocorre
ao
nosso
redor?”
“Como
podemos
encorajar
aquelas
pessoas
que
trivializam
a
Celebração
para
se
integrar
e
se
divertir?”
É importante realizar seus projetos com pessoas com as quais você quer estar e trabalhar junto.
Então,
escolha
as
pessoas
com
quem
você
quer
trabalhar
junto.
Descubra
as
pessoas
com
as
quais
elas
querem
realizar
o
sonho.
O
ideal
é
ter
na
equipe
pelo
menos
um
sonhador,
um
planejador,
um
realizador
e
um
celebrador.
À
medida
que
o
projeto
cresce,
a
equipe
de
sonhos
pode
crescer
também.
Se
houver
mais
de
oito
pessoas
envolvidas
na
fase
do
sonhar
de
um
projeto,
John
Croft
sugere
ter
vários
círculos
de
sonho,
em
grupos
menores.
Além
disso,
não
é
necessário
que
todos
os
envolvidos
em
um
círculo
de
sonhos
façam
parte
da
realização
efetiva
desse
sonho.
Mas
a
experiência
mostra
que
as
pessoas
costumam
ficar
entusiasmadas
sobre
a
realização
de
um
projeto,
uma
vez
que
elas
tenham
compartilhado
o
sonho.
Os
projetos
são
integrativos,
e
muitas
vezes
ao
aproximar
pessoas,
que
antes
pouco
se
conheciam,
propiciamos
uma
ocasião
para
que
estas
criem
novos
vínculos
e
amizades.
É
o
princípio
trazido
pela
ativista
brasileira
Ana
Terra:
“O
melhor
presente
que
você
pode
dar
a
alguém
que
você
ama
e
admira
é
apresentar
a
ela
alguém
que
você
ama
e
admira”.
Ana
Terra.
Os
participantes
de
um
círculo
só
serão
capazes
de
se
comprometer
totalmente
com
um
projeto
e
apoiá-‐
lo
com
todo
coração,
se
eles
se
identificarem
100%
com
o
sonho.
“Mais além das ideias do que é certo e errado, existe um campo; eu te encontro lá” Jalaladin Rumi
Durante
o
círculo
de
sonhos
deve
ser
sempre
possível
para
alguém
achar
que
este
projeto
em
particular
não
é
sua
praia.
Esta
pessoa
deve
ter
toda
a
liberdade
de
dizer
isso
aberta
e
honestamente,
mesmo
que
isso
possa
ser
doloroso
para
o
grupo
e/ou
elas
mesmas.
Também
é
útil
se
cada
parte
do
sonho
é
expressa
da
forma
mais
positiva
possível.
Se
alguém
diz
o
que
eles
não
querem,
tente
encontrar
uma
forma
de
dizer
o
que
é
que
eles
querem.
O
Círculo
dos
Sonhos
continua
até
que
todos
por
sua
vez
tenham
passado.
É
importante
declarar
o
círculo
como
finalizado
e
-‐
é
claro
-‐
celebrar!
Em
algumas
situações
de
treinamento,
pode
ser
necessário
definir
um
número
de
rodadas
do
bastão
da
fala
para
concluir
o
círculo,
em
função
do
tempo.
Para
finalizar,
tem-‐se
um
ritual
que
traz
à
mente
e
ao
coração
o
círculo
como
um
todo,
que
realmente
energiza
um
grupo.
O
sonho
deve
ser
lido
em
voz
alta
no
tempo
passado,
como
se
o
projeto
já
tivesse
acontecido
e
os
sonhos
se
concretizado.
Por
exemplo:
“A
equipe
do
projeto
avançou
fantasticamente
bem
e
aprendeu
muito!”
Ou:
“Conseguimos
arrecadar
US$
3.000
para
o
projeto!”.
Esta
é
uma
maneira
poderosa
de
convidar
o
futuro
para
o
presente.
Pode
parecer
estranho
à
primeira
vista,
mas
experimente.
Você
pode
achar
isso
muito
motivador
–
em
vez
de
imaginar
a
enorme
quantidade
de
trabalho
que
o
está
esperando,
você
cria
a
energia
de
celebração
e
já
vive
alguns
dos
grandes
aspectos
do
seu
projeto.
Então
se
lembre:
Para
tirar
o
máximo
proveito
do
Círculo
de
Sonhos:
• Use
um
Sino
de
Pinakarri.
• Use
um
bastão
da
palavra.
• Ao
escrever,
escreva
a
essência
do
sonho,
e
não
um
parágrafo
inteiro.
• Cada
pessoa
adiciona
um
sonho
de
cada
vez.
• Não
seja
nem
muito
racional
nem
muito
abstrato.
• Relacione
o
sonho
à
vida
real.
•
Você
pode
escrever
o
sonho
em
um
belo
pedaço
de
papel;
transforme-‐o
em
uma
obra
de
arte...
Sem negociações e concessões! O objetivo é garantir que 100% dos nossos sonhos se realizem!
Ele
é
limitado,
senão
ele
nunca
seria
cumprido.
Por
esta
razão
ele
também
é
atingível.
Como
uma
condição
futura
ele
é
algo
que
pode
ser
observado
quando
estiver
cumprido,
e
sempre
implicará
em
ações.
É
muito
parecido
com
planejamento
de
projetos
convencionais.
Porém,
diferente
dos
processos
de
planejamento
convencionais,
entretanto,
é
o
jeito
divertido
do
Dragon
Dreaming
de
planejar:
1. Trinta
post
its
são
necessários
para
este
exercício.
Divida
pelo
número
de
pessoas
presentes
e
dê
um
número
mínimo
a
todos.
2. O
grupo
lê
uma
vez
mais
os
sonhos
coletados.
Então
eles
se
perguntam:
“Que
coisas
em
particular
precisam
ser
feitas
em
primeiro
lugar
para
que
este
sonho
se
realize?”.
3. Todos
então
escreverão
uma
ideia
em
cada
post
it.
Isso
não
deve
levar
mais
que
10
minutos.
(Lembrar-‐se
de
escrever
no
post
it
com
a
cola
para
trás
e
na
parte
de
cima).
4. Então,
a
primeira
pessoa
pode
colar
suas
notas
no
flip-‐chart.
5. A
segunda
pessoa
se
junta
e
faz
o
mesmo.
Todos
os
temas
semelhantes
são
organizados
em
colunas
paralelas
e
todos
os
temas
diferentes
são
colocados
horizontalmente.
Entretanto,
deve-‐se
cuidar
para
que
haja
de
6
a
8
colunas
horizontais
em
um
dado
momento,
para
não
tornar
o
processo
excessivamente
difuso
ou
complexo.
6. Se
o
número
de
6-‐8
colunas
horizontais
for
excedido,
a
pessoa
precisará
reorganizar
os
post-‐its
de
seu
antecessor.
Nessa
circunstância,
precisará
justificar
o
motivo
da
mudança.
Pode
haver
uma
discussão
entre
dois
nesta
etapa
e
deve
haver
consenso
ao
final.
7. Isto
não
deve
consumir
muito
tempo
e
energia.
Todos
devem
estar
conscientes
de
suas
responsabilidades
e
caminhar
na
linha
estreita
entre
o
excesso
de
análise
(paralisia
por
análise)
e
simplesmente
parar
a
discussão.
8. Uma
equipe
pega
uma
ou
duas
colunas
para
identificar
palavras-‐chave.
Palavras-‐chave
são
aquelas
que
unem
o
tema
e
podem
ser
mencionadas
repetidamente
em
uma
coluna.
9. Um
objetivo
é
então
escrito
usando
as
palavras-‐chave.
O
critério
para
o
objetivo
é
que
siga
o
critério
acima
(limitado,
atingível,
condição
futura
e
orientado
pela
ação)
10. Participantes
colocam
‘votos’
em
dois
ou
três
objetivos:
A
Questão
Geradora
aqui
é
“Qual
objetivo
que,
priorizado,
ajudaria
a
realizar
todos
os
objetivos
e
100%
de
nossos
sonhos?”.
A
atividade
é:
todos
têm
três
‘votos’,
mas
não
podem
colocar
os
três
em
um
único
objetivo.
(Este
não
é
um
teste
da
importância
dos
objetivos
–
todos
são
importantes
em
um
jogo
ganha-‐ganha).
Mantenha
divertido
o
processo
de
definição
do
objetivo!
Se
o
grupo
começar
a
perder
a
energia
encontre
algo
que
traga
a
diversão
de
volta.
Se
não
for
divertido
não
é
sustentável
Cuidado
com
paralisia
por
análise.
Debater
o
significado
das
palavras
vai
fazer
com
que
o
grupo
perca
a
motivação
rapidamente.
O
Karabirrdt
No
Dragon
Dreaming,
a
ferramenta
mais
importante
no
estágio
de
planejamento
o
quadro
no
qual
se
joga
o
jogo
do
projeto.
Ele
é
um
diagrama
em
formato
“teia
de
aranha”
ou
Karabirrdt
(‘Kara’
–
aborígene
para
aranha,
‘birrdt’-‐
teia
ou
rede).
Esse
planejamento
é
muito
diferente
do
convencional,
que
não
é
um
processo
lúdico
e
principalmente
fala
do
que
tem
que
ser
feito,
listas
de
tarefas
e
os
marcos
ou
objetivos.
O
jogo
Dragon
Dreaming
se
parece
um
pouco
com
os
jogos
de
tabuleiro
infantis,
onde
há
vários
obstáculos
para
ultrapassar
ao
longo
da
jornada
até
o
final.
A
principal
ênfase
está
nas
linhas
entre
os
pontos
de
encontro
ou
os
nós
da
rede
–
Karlupgur
–
eles
também
são
trilhas
cantadas,
por
onde
fluem
informações,
recursos,
pessoas
e
decisões.
Lembre-‐se,
neste
estilo
de
planejamento,
que
a
jornada
é
mais
importante
que
o
destino,
e
que
o
processo
é
de
certa
forma
mais
importante
que
o
resultado.
Por
exemplo,
se
muitas
linhas
dirigem-‐se
a
um
ponto,
mas
nenhuma
ou
pouquíssimas
saem
dele,
essa
tarefa
em
particular
pode
criar
dificuldades
mais
tarde;
há
muita
energia
indo
para
aquele
ponto,
mas
menos
energia
saindo
dele.
Algo
similar
pode
ocorrer
para
os
pontos
ou
tarefas
que
têm
poucas
linhas
entrando,
e
muitas
saindo.
Falaremos
mais
sobre
isso
mais
tarde.
Celebre
as
tarefas
que
já
foram
iniciadas
e
as
que
já
foram
completadas
até
o
momento.
Você
pode
se
surpreender
ao
descobrir
que
¼
ou
1/3
do
projeto
já
começou.
Isso
vai
regenerar
a
motivação
e
fazer
valer
uma
tarefa
complexa.
Quando criar um jogo ganha-‐ganha com alocação das tarefas, lembre-‐se do segredo: não importa.
Agora
você
deve
saber:
quais
tarefas
estão
conectadas?
Quais
tarefas
são
interdependentes?
Qual
tarefa
será
beneficiada
da
realização
de
outra,
ou
será
necessária
para
o
sucesso
de
outra?
Desenhe
suas
trilhar
cantadas.
Quando
terminar,
olhe
para
o
Karabirrdt:
• Há
tantas
linhas
entrando
em
cada
círculo
quantas
há
saindo?
Ou
há
concentrações
ou
faltas?
• Há
conexões
que
podem
ter
passado
despercebidas?
• Há
uma
tarefa
faltando
entre
duas
outras
e
que
podem
precisar
de
conexão?
Isso
frequentemente
ocorre
nos
estágios
“sonhar”
e
“celebrar”.
A
última
coisa
a
fazer
é
identificar
aquelas
tarefas
que
têm
um
número
muito
alto
de
linhas
entrando
e
saindo
–
essas
podem
ser
os
marcos
no
seu
projeto.
Marque-‐as
de
uma
forma
especial
–
por
exemplo,
desenhe
uma
estrela
ao
lado
delas...
Se
o
Karabirrdt
agora
parece
um
pouco
confuso,
não
tem
problema.
Apenas
lembre-‐se
de
outra
lei
Dragon
Dreaming:
Confusão
é
o
portal
para
a
prática.
O
caos
vai
te
ajudar
a
ficar
com
a
dúvida
e
vivenciar
a
resposta
no
seu
tempo.
Fique
atento:
Karabirrdt
é
algo
vivo,
portanto
pode
mudar.
Você
pode
adicionar
tarefas
se
estiverem
faltando
a
qualquer
momento.
Certifique-‐se
de
colocar
o
Karabirrdt
num
local
onde
todos
os
membros
do
time
possam
vê-‐lo.
Dessa
forma
todos
se
manterão
bem
informados
sobre
o
progresso
das
tarefas
que
ainda
precisam
ser
feitas
e
de
quem
é
responsável
por
elas.
Maximize
Criatividade:
você
poderá
desfrutar
o
Karabirrdt
se
transformando
em
uma
obra
de
arte,
em
papel
ou
em
madeira,
ou
como
uma
escultura
com
outros
materiais,
a
fim
de
que
todos
sintam
alegria
em
olhar
para
ele,
e
que
ele
pode
até
inspirá-‐lo
ao
longo
do
processo
inteiro...
Tudo leva mais tempo (e mesmo isso pode ser uma suposição!)
Em
todos
os
casos,
é
importante
dar
um
passo
após
o
outro.
Uma
jornada
de
mil
milhas
começa
com
um
único
passo.
Você
sempre
pode
adaptar
o
seu
orçamento
em
caso
de
necessidade.
O
primeiro
orçamento
é
apenas
uma
orientação,
que
dará
uma
ordem
de
grandeza
do
projeto,
e
um
convite
para
começar
a
manifestar
o
seu
sonho.
Finja e você vai se tornar isso! Não tente, basta fazê-‐lo!
Se
uma
pessoa
coloca
condições
na
sua
resposta,
então
a
resposta
é
‘não’.
Mesmo
dizendo
‘não’
agora,
se
o
projeto
seguir
adiante,
eles
podem
dizer
‘sim’
e
depois
tornar-‐se
uma
parte
da
equipe
de
‘risco’.
Na
realização
de
um
projeto,
são
somente
as
pessoas
que
dizem
‘sim’
aqui,
que
tomam
as
decisões
sobre
as
tarefas
no
Karabirrdt
que
envolvem
dinheiro.
Isso
não
quer
dizer
que
elas
não
consultem
os
demais,
ou
que
estes
não
estão
mais
no
projeto.
Mas
são
somente
os
que
dizem
sim
que
têm
o
poder
de
decidir
sobre
o
dinheiro,
já
eles
são
os
únicos
que
carregam
o
risco.
As
decisões
deste
grupo
são
sempre
por
consenso.
Até
hoje,
nunca
houve
um
caso
em
Dragon
Dreaming,
onde
um
projeto
foi
executado
com
uma
perda.
Em
parte,
isso
se
deve
porque
os
que
aceitaram
correr
riscos
monitoraram
o
progresso
de
perto
para
assegurar
que
estes
riscos
não
se
concretizariam.
A
maioria
dos
projetos
Dragon
Dreaming,
mesmo
quando
bem
orçados,
geram
um
pequeno
saldo.
O
princípio
de
Dragon
Dreaming
é
que
esse
excedente
inesperado
não
pode
ser
dividido
ou
tomado
por
aqueles
que
assumiram
o
risco
–
seus
custos
já
foram
cobertos
no
orçamento
do
projeto.
Em
vez
disso,
na
celebração
final,
após
os
últimos
pagamentos
serem
feitos,
esse
excedente
é
dado
como
um
presente
não
solicitado
e
inesperado
para
outro
projeto
que
atenda
aos
princípios
do
Dragon
Dreaming.
Ao dar um verdadeiro presente, o doador tem uma gratificação tão grande quanto o receptor
Transpor
o
limiar
a
partir
do
Planejar
para
o
Realizar
é
um
dos
limites
mais
difíceis
do
processo
Dragon
Dreaming.
Isto
é,
quando
você
está
partindo
de
“ler
o
livro
de
receitas”
para
“fazer
e
comer
o
bolo
de
verdade”.
Existem
muitos
projetos
de
vida
em
que
as
pessoas
estão
usando
Dragon
Dreaming.
Entre
em
contato
com
eles
e
compartilhe
o
que
você
está
experimentando.
Os
projetos
que
nós
fazemos
definem
quem
somos...
Então
se
divirta
ao
fazê-‐lo,
continue
a
acompanhar
o
seu
progresso
e
não
se
esqueça
de
CELEBRAR!
Monitorando
o
Progresso
Temos
feridas
profundas,
herdados
da
escola
e
sua
cultura
ganha-‐perde,
sobre
avaliação
e
acompanhamento.
No
entanto,
estamos
no
negócio
de
tornar
nossos
sonhos
em
realidade.
O
processo
de
avaliação
em
Dragon
Dreaming
pode
ser
libertador
e
curar
essas
feridas.
Na
fase
de
Sonhar
estabelecemos
um
sonho
coletivo
para
o
nosso
projeto.
No
Planejamento,
estabelecemos
a
nossa
meta
e
objetivos.
No
Karabirrdt,
estabelecemos
as
tarefas
necessárias,
o
orçamento
necessário,
quem
participa
do
Karlapgur,
a
colheita
esperada,
tudo
que
seria
necessário
para
realizar
essas
tarefas.
Na
fase
de
Realizar,
estabelecemos
táticas
para
alterar
e
modificar
nossos
planos
de
acordo
com
a
realidade
do
meio
ambiente.
Agora,
precisamos
ter
certeza
de
que
o
nosso
projeto
busca
de
fato
tornar
os
nossos
sonhos
em
realidade.
Isto
começa
com
uma
pergunta
geradora:
“Quais
evidências
temos
que
indicam
como
estamos
conseguindo
atingir
nossa
meta
e
objetivos,
e
para
tornar
nossos
sonhos
realidade?”
O
seguinte
guia
rápido
mostra
como
fazer:
1. Comece
em
uma
sessão
de
brainstorming.
Seja
criativo,
não
avalie!
Quando
o
grupo
começar
a
repetir
ideias,
pare
o
processo.
Tudo em Dragon Dreaming é sobre como manter as coisas seguramente fora de controle
Lembre-‐se: um sucesso tem muitos pais. Apenas os fracassos são realmente órfãos.
Uma
vez
que
o
estágio
de
Realizar
do
seu
projeto
estiver
concluído,
certifique-‐se
que
você
terá
uma
grande
celebração.
É
apenas
após
uma
grande
celebração
que
o
projeto
terá
realmente
terminado.
E
assim
o
círculo
estará
completo
e
pode-‐se
começar
tudo
de
novo...
E
o
último
passo
para
a
sua
celebração
requer
a
análise
dos
resultados
transformadores.
Para
tanto
são
necessárias
as
seguintes
tarefas:
Em
primeiro
lugar.
Agora
que
o
projeto
já
terminou,
o
que
mudaríamos
se
tivéssemos
que
fazer
o
projeto
novamente?
Isso
cria
a
aprendizagem
sobre
a
qual
o
verdadeiro
desenvolvimento
pessoal
se
baseia.
Em
segundo
lugar.
O
que
mais
gostamos
neste
projeto,
de
modo
a
garantir
que
incluamos
isso
em
qualquer
projeto
futuro
que
possamos
fazer?
De
quais
formas
o
projeto
realmente
levou
ao
nosso
crescimento
pessoal,
o
fortalecimento
das
nossas
comunidades
e
contribuiu
para
o
bem-‐estar
e
contínuo
florescimento
de
toda
a
vida?
Portanto,
você
tem
isso.
100%
dos
seus
sonhos
podem
se
tornar
realidade.
Esperamos
que
este
pequeno
guia
possa
ajudar
você
a
começar
com
o
que
sonho
espera
por
você
–
nós
desejamos-‐lhe
muita
diversão,
aprendizagem
e
experiências.
Lembre-‐se,
se
não
é
divertido,
não
é
sustentável!
Uma
última
coisa,
o
jogo
vencedor
é
um
jogo
jogado
por
“tomadores”
ao
invés
de
“doadores”.
O
mundo
está
ficando
sem
a
capacidade
de
dar
mais,
e
desta
forma
projetos
Dragon
Dreaming
baseiam-‐se
no
princípio
de
deixar
um
lugar
melhor
do
que
era
quando
nós
o
encontramos.
Limpeza
e
arrumação
de
espaço
faz
parte
da
celebração
final
de
qualquer
atividade
Dragon
Dreaming.
A
última
etapa
do
Dragon
Dreaming?
É
a
de
discernir
com
sabedoria!
Uma
vez
dado
este
passo,
uma
quarta
fase
emerge.
Esta
fase
surge
da
nossa
habilidade
de
participar
profundamente
e
observar
ao
mesmo
tempo,
nos
levando
a
uma
comunidade
autêntica.
Este
é
geralmente
um
profundo
processo
de
cura...
então...
CELEBREM!
J
Não
desanime,
seja
qual
for
a
fase
em
que
estiver.
É
normal.
Existem
muitas
ferramentas
para
ajudá-‐lo
a
descobrir
em
qual
fase
você
está.
No
Dragon
Dreaming,
um
caminho
com
o
qual
fazemos
isso
é
fazendo
um
relatório
do
clima
interno,
que
nos
ajuda
a
descobrir
quais
são
as
emoções
internas
dentro
do
grupo.
Tente
encontrar
o
que
parece
ser
o
melhor
para
você
e
o
grupo.
Você
pode
também
querer
pesquisar
outros
processos
como
o
trabalho
sobre
formação
de
comunidades
de
M.
Scott
Peck
e
o
trabalho
de
Ecologia
Profunda
de
Joanna
Macy.
Sinta-‐se
também
encorajado
de
usar
diferentes
meios
para
processos
de
grupo
como
movimento,
abordagens
criativas
de
todos
os
tipos,
e
–
claro
–
o
silêncio.
Uma
grande
oportunidade
de
usar
o
Pinakarri!
O opositor mais resistente ao nosso projeto é a pessoa que mais pode nos ajudar neste projeto.
Quando
descobrimos
um
resistente
ativo
como
este,
precisamos
celebrar,
já
que
esta
pessoa,
quando
aproximada
de
uma
forma
que
constrói
o
ganha-‐ganha,
vai
ser
a
pessoa
que
mais
vai
ajudar.
Nós
devemos
então
procurar
a
comunicação
com
uma
pessoa
como
esta.
Faça
a
ela
a
pergunta
geradora:
“Eu
sei
que
você
pensa
que
nosso
projeto
é
errado
(ou
ruim,
ou
estúpido),
e
eu
sinceramente
gostaria
de
saber
por
quê.”
Escreva
a
resposta
e
verifique
se
está
correta.
Então
leve
estas
anotações
para
o
seu
time
dos
sonhos
e
trabalhe
para
encontrar
uma
resposta
para
cada
ponto
levantado.
Então
retorne
ao
resistente
ativo
com
uma
nova
pergunta
geradora:
“Você
se
lembra
do
nosso
ultimo
encontro?
Achamos
que
encontramos
a
resposta.
(contar
a
resposta).
O
que
você
acha?”
Ele
normalmente
responderá
“Sim,
mas…”
e
virá
com
uma
segunda
longa
lista.
Repetir
este
processo
algumas
vezes
normalmente
vai
levar
a
uma
resposta
diferente…
“Sim,
acho
que
vai
funcionar!”.
Agora
vem
o
melhor
momento,
uma
celebração
de
gratidão
com
o
coração
sincero.
Você
diz
“Agradeço-‐
lhe.
Você
não
tem
ideia
do
quanto
ajudou
o
nosso
projeto.
Você
gostaria
de
se
juntar
ao
nosso
time
dos
sonhos
para
tornar
este
sonho
em
realidade?”
Como
resultado
do
respeito
demonstrado,
a
pessoa
pode
dizer
“Sim!”.
Jesus
nos
disse
para
amar
nossos
inimigos.
No
Dragon
Dreaming
levamos
este
passo
um
pouco
mais
longe
–
nós
trabalhamos
junto
com
eles
através
de
uma
posição
de
respeito
mútuo.
Sonhar
1. A
fase
de
aproximação:
Este
é
o
lugar
onde
uma
pessoa
ouve
pela
primeira
vez
sobre
o
projeto
e
pensa,
‘isso
parece
valer
a
pena,
eu
poderia
/
deveria
fazer
algo
sobre
isso’.
Mas
muitas
vezes
as
pessoas
não
fazem
e
precisam
ser
lembradas
várias
vezes.
2. A
fase
de
sedução:
é
onde
o
time
de
sonho
se
reúne
e
você
começar
a
criar
o
sonho
coletivo
para
o
projeto.
3. A
fase
de
engajamento:
É
quando
a
equipe
se
compromete
com
o
projeto
e
começa
a
fazer
a
diferença,
maximizando
a
sua
inteligência
coletiva.
4. A
fase
de
lua
de
mel:
É
uma
fase
maravilhosa,
onde
o
projeto
parece
tão
incrível,
a
equipe
é
fantástica
e
os
problemas
magicamente
desaparecem.
Mas
a
lua
de
mel
é
sempre
um
cenário
de
superação
e
colapso.
A
realidade
fala
mais
forte
e
a
motivação
começa
a
cair.
Até
onde
ela
cairá,
depende
se
é
um
projeto
ganha-‐ganha
ou
um
projeto
ganha-‐perde.
Realizar
Também
tem
duas
fases
nos
jogos
de
projetos
ganha-‐perde:
1. A
fase
dos
‘3
Cs’:
Estes
são
os
padrões
automáticos
de
sobrevivência
que
se
desencadeiam
em
circunstâncias
difíceis:
a. Congelar:
Aqui
as
pessoas
vão
ranger
os
dentes
e
dizer!
“Vamos,
vamos
apenar
fazer
o
trabalho”.
É
a
atitude
de
‘Fingir-‐se
de
morto’.
b. Combater:
Esta
é
a
fase
em
que
as
pessoas
começam
a
culpar
uns
aos
outros
por
suas
dificuldades,
e
as
coisas
ficam
difíceis.
A
motivação
pode
mesmo
tornar-‐se
negativa.
c. Correr:
Esta
é
a
fase
em
que
as
pessoas
começam
a
deixar
o
projeto.
As
reuniões
ficam
menores
e
o
trabalho
é
deixado
de
lado
entre
as
reuniões.
2. A
Fase
de
Depressão:
Se
você
se
comprometeu
com
um
projeto
e
não
pode
sair
durante
a
fase
de
fuga
(Correr),
tende
a
ocorrer
uma
fase
de
depressão,
acompanhada
por
pensamentos
negativos
e
assunção
pessoal
da
culpa.
Isso
é
muitas
vezes
a
fase
mais
difícil
de
todas.
Celebrar
Também
tem
duas
fases:
1. Recuperação:
Acontece
depois
de
uma
queda
na
energia.
Coisas
que
eram
difíceis
parecem,
em
retrospectiva,
serem
menores
do
que
se
pensava
inicialmente,
e
a
moral
e
motivação
podem
subir
rapidamente.
2. Transformação:
Vem
um
pouco
mais
tarde,
com
um
pouco
mais
de
reflexão
e
pensamento
sobre
das
lições
que
foram
aprendidas.
Nesta
fase
são
frequentemente
encontradas
resoluções,
como
a
decisão
de
modificar
comportamentos
no
futuro.
A
maioria
dos
projetos
ganha-‐perde,
e
as
pessoas
envolvidas,
passam
pelas
fases
mencionadas
de
vez
em
quando,
ou
até
repetidamente.
Acontece
também
de
algumas
pessoas
passarem
por
certas
fases
mais
rápido
que
outras.
Dependendo
de
suas
personalidades,
por
exemplo,
uma
pode
estar
na
fase
de
lua
de
mel,
enquanto
outra
pode
já
ter
alcançado
a
depressão.
Desentendimentos
mútuos
podem
ocorrer.
Este
padrão
é
encontrado
na
maioria
dos
projetos
ganha-‐perde.
Se
você
está
tentando
construir
um
projeto
ganha-‐ganha,
e
imediatamente
detectar
uma
queda
de
motivação,
no
final
do
estágio
de
negação
Planejamento
Sucessório
Todo
mundo
vai,
eventualmente,
sair
do
seu
projeto.
Mas
será
que
o
seu
projeto
sobrevive
à
sua
partida?
O
planejamento
sucessório
é
necessário
para
garantir
que
os
projetos
não
entrem
em
colapso,
porque
o
iniciador
sofre
esgotamento,
se
move
para
fazer
outra
coisa
ou
o
seu
foco
de
interesse
muda.
Normalmente,
essa
substituição
só
acontece
no
final
de
um
projeto,
mas
em
Dragon
Dreaming
é
importante
que
você
substitua-‐se
por
alguém
que
você
sente
que
pode
ser
melhor
em
fazer
o
seu
projeto
do
que
você
mesmo,
e
que
faça
isso
quando
o
seu
entusiasmo
pelo
projeto
está
em
seu
ponto
mais
alto,
e
não
quando
está
no
seu
mínimo.
Se
ficar
esperando
até
o
final,
vai
testemunhar
o
colapso
de
seu
projeto,
e
você
se
tornará
como
um
vampiro,
a
caça
de
‘sangue
novo’.
Como
você
encontrar
estes
substitutos?
Eles
virão,
provavelmente,
a
partir
do
seu
time
dos
sonhos,
aqueles
que
você
apoiou
na
realização
do
sonho.
Eles
podem
precisar
de
habilidades
ou
treinamento
adicional.
Poderão
também
exigir
uma
equipe
de
apoio
e
assistência.
Um
longo
período
de
aprendizado
vai
garantir
que
a
história
do
projeto
não
se
perca
quando
os
iniciadores
saírem.
Substituindo-‐se
desta
forma
não
significa
necessariamente
que
você
vai
deixar
o
projeto.
Isto,
no
entanto,
cria
um
profundo
sentimento
de
liberdade.
Você
sabe,
por
exemplo,
que,
se
por
razões
pessoais
ou
de
saúde
você
precisar
parar,
seu
projeto
vai
sobreviver
à
sua
partida.
Substituindo-‐se
desta
forma
também
nos
ensina
a
ter
um
senso
de
humildade.
Substitua a si mesmo o mais breve possível por alguém que é melhor em realizar do que você.
Lembre-‐se: a melhor forma de aprender algo e reduzir a curva de esquecimento é ensinar alguém.
Lembre-‐se: grandes projetos bem sucedidos surgem de pequenos projetos bem sucedidos
Este
e-‐Book
começou
entre
Março
e
Junho
de
2012,
com
o
trabalho
de
Ilona
Koglin,
após
uma
oficina
no
Betahaus,
Berlim,
em
cooperação
com
Catriona
Blanke,
Manuela
Bosch,
Angel
Hernandez
e
Florian
Muller
e
foi
concluído
na
Primavera
de
2013,
integrando
os
escritos
de
Mônica
Prado
(Mandakini
Dasi)
de
Juiz
de
Fora,
Brasil,
em
cooperação
com
Bernadette
Otto
de
Penticton,
Canadá,
e
com
a
ajuda
e
mais
material
de
John
Croft,
co-‐criador
de
Dragon
Dreaming,
sobre
cujos
pensamentos
e
ideias
este
livro
se
baseia.
Foi
traduzido
do
alemão
para
o
inglês
por
Catriona
Blanke.
Leiaute
original
por
Ilona
Kogllin.
No
Brasil,
em
2013,
foi
traduzido
do
inglês
para
o
português
por
Áureo
Gaspar,
Leonardo
Marques,
Maisa
Lammachia,
Marcos
Molz,
Nara
Pais
e
Pedro
Lunaris.
No
despertar
de
2014,
Áureo
Gaspar
efetuou
a
revisão
e
ampliação
do
e-‐book,
tornando-‐o
um
Guia
Prático.
Complementou
a
redação
de
diversos
textos
em
português,
acrescentou
textos,
figuras,
mudou
a
sequência
de
tópicos
para
adequação
aos
cursos
atuais.
Fez
revisão
ortográfica
geral.
Cris
Gantus
compilou
a
sequencia
de
perguntas
norteadoras.
Ruth
Andrade
criou
materiais,
como
‘A
Sabedoria
do
Dragão’,
deu
ideias
textos
e
fez
algumas
alterações
no
texto
(Objetivo
Geral).
Se
você
se
sente
parte
desta
comunidade
Dragon
Dreaming
e
comunga
dos
princípios
de
crescimento
pessoal,
formação
de
comunidades
e
serviço
à
Terra,
e
se
quer
tornar
em
realidade
os
sonhos
de
todos
nós,
contribuindo
para
ampliar
a
comunidade
Dragon
Dreaming
e
transmitir
este
trabalho,
entre
em
contato.
Nós
te
convidamos
a
acessar
o
manuscrito
original
deste
Guia
Prático,
fazer
suas
contribuições
e
compartilhá-‐las,
inscrevendo
seu
nome
neste
histórico.
Para
mais
informações
sobre
Dragon
Dreaming
e
para
conhecer
a
relação
de
treinadores
e
outros
insights
úteis,
por
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Dragon
Dreaming
Internacional:
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