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5 - Conjugação Verbal PDF
5 - Conjugação Verbal PDF
UVAONLINE
Unidade 5
Conjugação Verbal
Núcleo de Educação a Distância 2
Aviso importante!
Este material foi produzido com o objetivo de permitir que você realize consultas off-
line ao conteúdo da disciplina virtual.
No entanto, alertamos para o fato de que a disciplina deve ser feita no modo digital.
O conteúdo foi desenvolvido prevendo a utilização dos recursos que a mídia
eletrônica pode oferecer. Através do ambiente UVAONLINE, a aprendizagem tornar-
se-á mais fácil, ágil, interativa e eficaz.
O texto que estamos disponibilizando para você, através desta apostila, deverá ser
utilizado apenas como um reforço. Todas as práticas e atividades que devem ser
realizadas ao longo e ao final de cada Unidade, só estão disponíveis no ambiente
virtual.
Lembramos ainda que, para obter aprovação, é necessário que você tenha realizado
e enviado para o seu Tutor as atividades e avaliações propostas em todas as
unidades da disciplina.
Objetivos da unidade
Ao final desta unidade, esperamos que você seja capaz de:
Roteiro da Unidade
Esta unidade está organizada nas seguintes lições:
Podemos ver, assim, que o VERBO é uma palavra muito flexível. Normalmente,
apresenta as seguintes flexões: MODO, TEMPO, PESSOA e NÚMERO.
- Moço queria lhe pedir um favor. 1. QUERIA e PEDIR são formas de “querer” e “pedir”. QUERIA
- Ainda bem que você queria, não é uma forma flexionada de querer, e PEDIR é o próprio
quer mais, pois eu já estou de saída. infinitivo, isto é, a forma em que se apresenta o verbo.
- Não, você não entendeu bem. Eu 2. Na segunda fala, QUERIA é um fato no passado, enquanto
quero lhe pedir um favor! QUER e ESTOU denotam tempo presente.
- Agora não é mais possível. Quando 3. Ao trocar QUERIA por QUERO, o primeiro falante revela que
você entrou, eu já havia colocado na a sua vontade ainda existe, ou seja, é um fato presente.
porta uma placa onde se lê FECHADO 4. A segunda fala do lojista apresenta dois verbos no presente,
PARA ALMOÇO. É (que indica ESTADO) e LÊ (que indica AÇÃO), e dois no
- Mais ainda não estava fechado, tanto passado, ENTROU e HAVIA COLOCADO, sendo que este é
é que eu entrei... uma forma composta e indica um fato passado anterior a outro.
- Entrou porque não leu... Se tivesse 5. ESTAVA (fechado) e ENTREI são fatos passados, sendo
lido, não entraria... que o primeiro indica uma noção que se prolonga, enquanto o
segundo é um passado tópico ou pontual.
- Está certo. Não briguemos por tão 6. ENTROU e LEU são passados pontuais, indicam ações
pouco. Na verdade eu só queria saber certas, mas o tempo composto TIVESSE LIDO apresenta um
se vocês abrirão a loja depois do fato que não ocorreu, mas poderia ter ocorrido, no passado. É
almoço... apenas uma hipótese...
(Roberto Rinazzo, em Contos) 7. NÃO BRIGUEMOS, além de apresentar, pela primeira vez
nesse texto, uma noção de plural, serve para ordenar ou
aconselhar algo.
8. Finalmente, ABRIRÃO indica o tempo futuro.
Flexiona-se em:
• Modo: que revela noções claras de intenção: Indicativo – certeza;
Subjuntivo - dúvida ou hipótese; e Imperativo - ordem, conselho ou
súplica;
• Tempo: que se liga à própria noção nomeada: Presente, Passado ou
Pretérito e Futuro;
• Pessoa: aquela que define o discurso: quem fala, com quem se fala ou de
quem se fala;
• Número: singular, quando a pessoa é única, ou plural, quando se trata de
mais de um.
Modo
INDICATIVO
SUBJUNTIVO
• Talvez eu vá ao cinema.
A AÇÃO de IR é uma dúvida, um fato possível.
IMPERATIVO
Tempo
• PASSADO ou PRETÉRITO
"Naquela época, nós viajávamos muito." Revela um fato já ocorrido.
• PRESENTE
"Os tempos atuais estão complicados." A noção clara é a da ocorrência hoje.
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• FUTURO
"Amanhã iremos para a Europa." Bem nítida a noção de que a AÇÃO ainda virá a
ocorrer.
Pessoa
• 1ª pessoa: EU / NÓS
"Levarei um presente para você." A terminação do verbo indica a pessoa QUE
FALA, EU.
• 2ª pessoa: TU / VÓS
"Cala a boca!" A forma de imperativo se liga à pessoa COM QUEM SE FALA, TU.
Número
• SINGULAR
"Ela saiu cedo." A forma verbal tem a noção de unidade.
• PLURAL
"Todos se referem a novas situações." Agora é evidente, pela presença da letra
M no final do verbo, a noção de "mais de um“.
Como isso não bastasse, ainda servem como auxiliares de outros verbos,
mudando-lhes os sentidos e provocando a progressão textual
DEFECTIVOS ABUNDANTES
São os verbos que só se conjugam em algumas São os verbos que apresentam mais de
formas. uma forma com o mesmo valor.
São erros típicos da língua falada, mas devem ser evitados nos registros mais
cultos, principalmente na língua escrita.
Presente do Subjuntivo
Exemplos:
Exemplos:
Exemplos:
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Atenção!!!
Casos Especiais
• Verbos Defectivos
Verbos Defectivos
Dois são os motivos que levam um verbo a ser considerado defectivo pela
Gramática, ambos pouco fundamentados: a CACOFONIA e a ELEGÂNCIA.
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Não se conjugam verbos que geram sons feios: "COLORO" de COLORIR não
existe, fazendo com que este verbo só tenha, no Presente do Indicativo, as cinco
outras formas (COLORES, COLORE, COLORIMOS, COLORIS E COLOREM) e não
tenha Presente do Subjuntivo (pois este sairia do EU, do Presente do Indicativo).
Atenção!!!
Os verbos terminados em EAR, e alguns dos que terminam em IAR, têm uma
particularidade na hora de serem conjugados nos Tempos do Presente, conforme
veremos agora.
Exemplo:
Recear: eu receio, tu receias, ele receia, eles receiam (formas rizotônicas).
Mas: nós receamos, vós receais (formas arrizotônicas).
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Atenção!!!
Formas Rizotônicas são aquelas em que a raiz
Formas rizotônicas são as que têm (RIZO = radical ou raiz) tem a vogal tônica.
VOGAL TÔNICA no radical; só
existem nos Tempos do Presente Como é normal achar o radical tirando a última
(exceto NÓS e VÓS). vogal e o R do infinitivo, temos, por exemplo: AMAR,
cujo radical é AM. Assim:
Todas as outras formas verbais
são arrizotônicas. São rizotônicas: Eu AMO, Tu AMAS, Ele AMA, Eles
AMAM.
Observe a tabela ao lado.
São arrizotônicas: Nós AMAMOS, Vós AMAIS.
Exemplo:
Mediar: eu medeio (e não “eu medio”); eu intermedeio (e não “eu intermedio”), tu
medeias, ele medeia, eles medeiam (formas rizotônicas).
Mas: nós mediamos, vós mediais (formas arrizotônicas)
* Mnemônico MARIO:
M = Mediar (ou intermediar)
A = Ansiar
R = Remediar
I = Incendiar
O = Odiar
3. Todos os outros verbos em IAR são regulares, ou seja, o I se mantém (não vira
EI).
Exemplo:
Arriar: eu arrio, nós arriamos, eles arriam.
Exemplo:
Aguar: eu águo, que eu ágüe, que tu ágües... e nós aguamos, que nós agüemos...
Exemplo:
Averiguar: eu averiguo, que eu averigúe, que tu averigúes...
Mas: nós averiguamos, que nós averigüemos...
3. O verbo argüir pode ter o U tônico (leva acento antes de E e I) ou átono (leva
trema antes de E e I).
Exemplo:
Argüir: eu arguo, que eu argua, tu argúis, ele argúi...
E: nós argüimos, ontem eu argüi...
1. Verbos que têm a 3a. pessoa do singular terminadas em "Ê" fazem o plural em "ÊEM“.
Exemplos: ele vê/eles vêem; ele crê/eles crêem; ele relê/eles relêem.
3. Verbos (de mais de uma sílaba) que têm o singular em "ÉM" fazem o plural em "ÊM“.
Exemplos: ele retém/eles retêm; ele convém/eles convêm; ele intervém/eles intervêm.
2) Imperfeito do Subjuntivo.
Rever: Ontem eles reviram Se eu revisse
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3) Futuro do Subjuntivo.
Prever: Ontem eles previram Quando eu previr
Convir: Ontem eles convieram Quando eu convier
(Esse tempo é formado pelo tema mais DMT = R)
Exemplos
1) Pretérito Imperfeito
2) Futuro do Presente
3) Futuro do Pretérito
4) Particípio regular
5) Gerúndio
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1) Pretérito Imperfeito.
2) Futuro do Presente.
3) Futuro do Pretérito.
4) Particípio regular.
5) Gerúndio.
MODO INDICATIVO
MODO SUBJUNTIVO
MODO IMPERATIVO
O INFINITIVO
O PARTICÍPIO
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Verbos da 1ª Conjugação
Verbos da 2ª Conjugação
Verbos da 3ª Conjugação
1. Muitos particípios podem passar a exercer função de adjetivo, como se pode ver
em:
2. Nas construções com auxiliar, a norma culta indica que o ideal é o seguinte:
Exemplos:
• O jogo foi ganho ou ganhado pelo Vasco.
• Ele tinha pago ou pagado o amor com traição.
• O pouco estava sendo gasto ou gastado sem critério.
• Nós havíamos ganho ou ganhado um prêmio.
4. PEGAR e CHEGAR só têm as formas regulares aceitas pela norma culta, embora
PEGO/PEGA já seja aceito pela maioria dos autores.
Exemplos:
• Nós tínhamos pegado o lápis. (pego)
• A agulha foi pegada pela costureira. (pega)
• Nós havíamos chegado cedo. (NUNCA use: Nós tínhamos CHEGO
ou nós havíamos CHEGO.)
São erradas as formas “tinha CHEGO/CHEGA” ou “havia CHEGO/CHEGA” ou “foi
CHEGO/CHEGA”.
• DIZER – dito;
• ESCREVER – escrito;
• FAZER - feito;
• VER – visto;
• ABRIR – aberto
• COBRIR – coberto;
• VIR - vindo; e
• PÔR - posto,
Exemplos:
• Ele tinha IDO e ela estava INDO. (ido X indo)
• Eles tinham VINDO, elas estavam VINDO. (vindo X vindo)
Exemplos:
• O livro foi escrito por Jorge Amado.
• A peça foi escrita por Dias Gomes.
Voz Ativa: Na Voz Ativa, o sujeito pratica a ação contida no verbo. Veja: O
aluno estudava Matemática. O verbo contém a ação de estudar, e é o "aluno" (o
sujeito) quem está praticando tal ação.
Voz Passiva: Na Voz Passiva o sujeito sofre a ação contida no verbo. Observe:
A aula foi dada pela professora. (Verbo Ser + particípio). O sujeito da
oração é "a aula", porém este termo não está praticando a ação, e sim
sofrendo-a.
Observação:
É importante notar que VOZ VERBAL é uma noção puramente gramatical, isto é,
uma noção mais sintática (de estrutura) que semântica (de significado).
Veja: O moço recebeu o livro. É uma construção ativa (Noção sintática: note
que a construção é igual à do primeiro exemplo, pois o sujeito O MOÇO pratica a
ação de RECEBER). Não importa, assim, a noção semântica, que permite ver que o
MOÇO é quem "recebe o livro".
Voz Ativa
• Ela vê a novela.
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Voz Passiva
Exemplo:
• O sino foi acionado pelo sacristão.
Note o verbo ser (FOI), além de outro verbo no particípio (ACIONADO).
Exemplos:
• Perdeu-se a aposta.
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Note que "a aposta" é o sujeito e está sofrendo a ação (é o mesmo que dizer "A
aposta foi perdida“). Vale notar que o verbo PERDER é transitivo direto. Sem o SE,
“a aposta” seria objeto direto.
Observações:
Exemplo:
A forma verbal “vencer” pode equivaler a “ser vencida”, o que nos permite ver
como um exemplo de Voz Passiva. É certo que se pode considerar a existência de
um sujeito implícito ou oculto (EU ou ELE) na Voz Ativa.
2) Outra curiosidade pode ser vista no exemplo abaixo, quando a sintaxe indica uma
construção passiva e a semântica fixaria um sujeito ativo.
Exemplo:
Cuidado!
Vale sempre fixar que a análise das vozes verbais é um problema sintático, e não
semântico.
Voz Reflexiva
Apesar de, na verdade, ser um caso de VOZ ATIVA, pois o sujeito pratica a ação,
a Gramática Tradicional considera a existência de uma tal VOZ REFLEXIVA.
“Nós” é o sujeito, é o termo que pratica a ação de "ferir“; “nos” é o objeto direto,
sendo o termo que sofre a ação de "ser ferido".
• Eu me vi no espelho.
O sujeito (Eu) pratica a ação, e o objeto direto (me), que é a mesma pessoa
que fala, é quem a sofre.
Voz Recíproca
A Voz Recíproca é uma variedade da Voz Reflexiva. Aqui, o sujeito pratica a ação e,
sob a forma de objeto, sofre a ação. A diferença é que, nesta, a ação que o sujeito
pratica tem efeito em um objeto, o qual, por sua vez, pratica ação igual, a qual terá
efeito no sujeito.
Exemplos:
• Eles se amam.
O sujeito é “Eles”, que pratica a ação; o objeto “se” sofre a ação. Como eles e se
valem pela mesma pessoa do discurso, há uma noção reflexiva. A diferença está no
fato de “ELES” não amarem a “si próprios”, e sim “UM” amar o “OUTRO”, uma noção
semântica.
Observações importantes:
Exemplos:
Este caso ocorre quando se emprega o pronome SE junto a qualquer verbo que não
peça objeto direto, inclusive com objetos diretos preposicionados.
Acompanhe o esquema:
Exemplo:
Exemplos:
Perceba que o verbo "estar", sendo de ligação, não indica ação. Alguns
autores chamam de VOZ NEUTRA, outros dizem que não há VOZ VERBAL, ou seja,
que simplesmente é uma oração de predicado nominal.
Sumário
Atenção:
As atividades práticas e a avaliação on-line estão indicadas no ambiente
virtual, menu CONTEÚDO DIDÁTICO, opção UNIDADES.