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Aula1-Noções Básicas Da Produção
Aula1-Noções Básicas Da Produção
Aula 01
Prezado(a) aluno(a),
Reconhecimento da Estrutura de um
Texto
Para começarmos nossa conversa sobre a construção do texto acadêmico, inicialmente vamos
distinguir frase e oração, termos por vezes usados indistintamente, até em sala de aula.
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Segundo esse autor, na linguagem escrita, a entonação é assinalada tanto quanto possível pela
pontuação; ainda assim, o assunto deve ser mais explicitado, mesmo em prejuízo do falante e do
ouvinte (o falante e o ouvinte diminuem de importância na linguagem escrita, em favor do assunto).
De acordo com Mattoso Câmara, encontrarem-se, já no latim, frases nominais (centradas no nome)
e frases verbais (centradas no verbo). Normalmente, desde a Antiguidade, tem-se a noção de que a
frase completa apresenta sujeito e predicado, embora ocorram frases sem sujeito (fenômenos
naturais).
Para Rocha Lima (1969, p. 225), a frase varia em extensão, desde uma palavra até vários conceitos
encadeados. É a situação em que ocorre uma palavra que faz dela uma frase. Esse autor aponta
cinco tipos de frase: declarativa (a rmativa; negativa), interrogativa, exclamativa, imperativa e
indicativa.
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FRASE:
“Socorro!” é uma frase, pois expressa um sentido, mas não é uma oração, já que não se pode dividi-
la em sujeito e predicado.
ORAÇÃO:
“André, quero que você venha logo.” O segundo membro do período é oração, pois apresenta sujeito
e predicado, mas não é frase, já que não funciona isoladamente. A oração apresenta, pois: sujeito, o
ser de quem se fala; e predicado, aquilo que se fala do sujeito.
O Parágrafo
O parágrafo é uma unidade de informação construída a partir de uma ideia-núcleo, também
chamada de tópico frasal , que deve ser clara e adequadamente desenvolvida.
Segundo Zilberknop e Martins (1995), é uma unidade redacional que serve para dividir o texto (um
todo) em partes menores, tendo em vista os diversos enfoques. É necessário compreender que
quando se muda de parágrafo não se muda de assunto. O assunto deve ser o mesmo, do princípio ao
m do texto. Entretanto, a abordagem pode mudar. Assim, a cada novo enfoque, a cada nova
abordagem, haverá novo parágrafo.
De acordo com Pacheco (1988), “A noção de parágrafo está ligada à noção de ideia central. Cada
parágrafo deve desenvolver-se em torno de uma ideia, deve ter uma certa unidade”. A divisão do
texto em parágrafos serve para facilitar a compreensão do todo. Eles devem estar bem relacionados
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entre si, e cada um deve conter uma ideia-núcleo – ou tópico frasal, isto é, a ideia principal – e ideias
secundárias, que expliquem e/ou explicitem essa ideia-núcleo. Na maioria das vezes, o tópico frasal
vem no início do parágrafo, o que não é uma regra.
Estrutura do Parágrafo
Em geral, podemos perceber no texto dissertativo uma estrutura organizada:
A introdução será expressa em um ou dois períodos curtos, a ideia central, chamada também de
tópico frasal.s
Depois vem o desenvolvimento , que corresponde ao desdobramento dessa ideia central e à
exposição dos argumentos que buscam comprovar a ideia contida na introdução.
Por m, a conclusão que "fecha” o texto, retoma a ideia central. Ela pode funcionar como uma
con rmação da tese inicial, resumindo os principais aspectos apresentados no texto.
Numa produção textual cada parágrafo deve ser uma unidade central desenvolvida, acompanhada
por outras, secundárias, às quais se relaciona pelo sentido global do texto. Todo parágrafo deve ser
coeso. Deve-se perceber nele uma ideia central – seu tópico frasal.
Você sabia que existem diferentes feições de tópico frasal? Observe a seguir:
Declaração Inicial: O autor a rma ou nega alguma coisa logo no início do texto para, em seguida,
justi car ou fundamentar a asserção, apresentando argumentos sob a mais variada forma.
De nição: Por vezes o tópico frasal pode assumir a forma de uma de nição. É método
preferencialmente didático.
Divisão: Processo quase que exclusivamente didático, dadas as suas características de objetividade
e clareza ; apresenta o tópico frasal sob forma de divisão ou discriminação das ideias a serem
desenvolvidas.
Construir parágrafos é organizar e desenvolver ideias, umas ligadas às outras. Considera-se bom
parágrafo aquele que apresenta as seguintes qualidades: unidade, informatividade, coesão textual,
coerência textual e consistência. Já vimos coesão e coerência, então vejamos a que se referem
unidade, informatividade e consistência.
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tópico de cada vez, excluindo o que não é essencial ou não se relaciona à ideia principal do
parágrafo.
O Parágrafo de Introdução
Deve orientar o leitor para aquilo que será desenvolvido, auxiliando na leitura.
A introdução pode ser de enquadre, ou seja, aquela que enfoca o problema, declarando sua
importância e sua atualidade. Pode apresentar-se também sob formato de síntese. São desse tipo,
segundo Carneiro (1993):
Declaração inicial: explicita ou justi ca o que se declara. Corresponde a uma frase que emite
um juízo sobre um acontecimento.
Divisão: pressupõe a presença de dois ou mais elementos. Seu desenvolvimento se realiza: pela
análise dos elementos em conjunto, por sua análise separada ou pela análise progressiva e
comparativa dos elementos.
Alusão histórica: representa um fato passado que se relaciona a um fato presente, servindo de
ponto de re exão pelas semelhanças ou pelas diferenças entre eles.
Proposição: explicita os objetivos do autor no texto.
Interrogação: supõe um desconhecimento real (e o desenvolvimento pode apresentar uma
resposta direta ou mais de uma resposta) ou um desconhecimento retórico (e o texto se
desenvolve pela análise do motivo da pergunta).
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Suspense: supõe alguma informação negada que aumenta a curiosidade do leitor diante do que
vai ser colocado.
O Parágrafo de Desenvolvimento
Há vários recursos para se desenvolver um texto, tais como:
Exempli cação ou ilustração: tipo de parágrafo utilizado para con rmar alguma tese, ilustrar
regra ou princípio, comprovar uma a rmativa pessoal. Conforme Figueiredo (1999), a ideia-
núcleo é desenvolvida por meio de exemplos. Expressões mais utilizadas: por exemplo, a saber,
ou seja, como, tal como etc.
Enumeração de detalhes: lista de atributos de um “objeto”, expondo suas características ou
ações. Para Garcia (2000), esse é um tipo parágrafo descritivo.
Comparação ou contraste: desenvolve-se por semelhanças ou por diferenças entre dois temas
ou objetos (a analogia, por exemplo, é um tipo de comparação entre dois assuntos diferentes,
dos quais um é familiar ao leitor e outro não).
De nição: explica o signi cado do termo em questão, limitando o termo de nido.
Causa e efeito/consequência: enfoca as ligações entre um ou vários resultados
(efeitos/consequências) e suas causas. Nesse tipo de parágrafo, pode vir primeiro tanto a causa
quanto o efeito (FIGUEIREDO, 1999).
Narração: está relacionada a eventos (verdadeiros ou ctícios) que ocorrem no tempo. O
parágrafo começa com a ideia-núcleo, que anuncia os fatos. A cronologia deve ser levada em
consideração.
Dados estatísticos: enriquece o texto com números a m de conferir maior credibilidade ao
que o(a) autor(a) escreve.
Apresentação de razões (explicação): é o processo da argumentação , de acordo com Garcia
(2000), cujo objetivo não é apenas de nir, explicar ou interpretar, mas também convencer. A
ideia é indicada explicitamente, orientando a leitura. Os conectivos mais usados nesse tipo de
parágrafo são: porque, pois, em razão de, em função de etc.
O Parágrafo de Conclusão
É o desfecho do assunto tratado no texto. Há três tipos de parágrafos de conclusão:
No parágrafo de conclusão devemos evitar encerrar o texto com frases do tipo “Em vista do acima
mencionado concluímos que...”, “Em síntese...”. A conclusão deve ser tão bem trabalhada quanto a
introdução e o desenvolvimento, evitando-se simplesmente repetir os tópicos frasais dos
parágrafos anteriores.
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Um bom esquema permite, com uma simples olhadela, ter uma ideia clara sobre o conteúdo de um
texto. Além disso, o esquema pode ser reformulado constantemente. Por isso, elaborar bons
esquemas pode ser considerado um exercício de criatividade e de espírito crítico.
Os esquemas são muito importantes para o estudo e para provas de avaliação, uma vez que
possibilitam uma recordação rápida da matéria. Além disso, são também muito bons como trabalho
prévio, sempre que se pretende elaborar investigação sobre um tema.
Esquematizar um texto é provar que se compreendeu o texto em análise. Devem ser consideradas
como as etapas mais importantes da elaboração de um esquema:
Fazer uma leitura global do texto a esquematizar para se apreender a ideia geral.
Fazer uma segunda leitura, analítica, isto é, uma leitura em que se procura analisar cada parte
do texto, identi cando as ideias principais de cada parágrafo.
Sublinhar as ideias principais de cada parágrafo.
Tomar notas à margem dos parágrafos, usando palavras-síntese.
Fazer o esquema propriamente dito, apresentando as ideias centrais do texto e articulando-as
(para isso, use setas, guras, chaves etc.).
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O esquema deve ser conciso, usando “linguagem telegrá ca”. É importante também manter o
paralelismo sintático entre as partes do esquema (por exemplo, manter verbos no in nitivo ou
optar pelas nominalizações).
Vamos colocar o que acabamos de ler em prática? Observe o exemplo de um texto esquematizado:
São três os problemas que suscitam a urgência de uma ética mundial: a crise social, a crise do
sistema de trabalho e a crise ecológica, crises todas elas de dimensão planetária.
Em primeiro lugar, a crise social. Os seus indicadores são evidentes e não há necessidade de expô-
los. A mudança da natureza na atividade tecnológica, mediante a robotização e a informatização,
favoreceu uma fantástica produção de riqueza.
Em segundo lugar, a crise do sistema de trabalho: as novas formas de produção, cada vez mais
automatizadas, prescindem do trabalho humano; em seu lugar entra a máquina inteligente. Desse
modo se destroem postos de trabalho e se tornam os trabalhadores desnecessários, criando um
imenso exército de excluídos em todas as sociedades mundiais. [...]
Em terceiro lugar, emerge a crise ecológica. Os cenários são também amplamente conhecidos,
difundidos não só por reconhecidas instituições de investigação que se preocupam com o estado
global da Terra, mas também pela própria Cruz Vermelha Internacional e por diversos organismos
da ONU. Nas últimas décadas, construímos o princípio da autodestruição. A atividade humana,
irresponsável perante a máquina de morte que criou, pode ocasionar danos irreparáveis na biosfera
e destruir as condições de vida dos seres humanos. Numa palavra, vivemos debaixo de uma grave
ameaça de desequilíbrio ecológico que pode afetar a Terra como sistema integrador de sistemas. A
Terra é como um coração. Gravemente ferido, afetará os restantes organismos vitais: os climas, as
águas potáveis, a química dos solos, os micro-organismos, as sociedades humanas. A
sustentabilidade do planeta, tecida por milhares de milhões de anos de trabalho cósmico, pode ver-
se desbaratada. A Terra buscará um novo equilíbrio que, seguramente, trará consigo uma imensa
devastidão de vidas. Este princípio de autodestruição invoca urgentemente o outro, o princípio da
co-responsabilidade que deriva de nossa existência como espécie e como planeta.
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Se queremos continuar a aventura terrena e cósmica, temos de tomar decisões coletivas que
estejam ordenadas para a salvaguarda da criação e para a manutenção das condições gerais que
permitam à evolução seguir seu caminho, sempre aberto.
Fonte: BOFF, Leonardo. Ética Planetária desde el Gran Sur. In: LOURENÇO, J. Vieira. Ferramentas
do aprendiz de lósofo. Porto: Porto Editora, 2004. p. 45.
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Com esse exemplo, você conseguiu visualizar melhor a ideia de como desenvolver em esquema?
Em primeiro lugar, gostaríamos de confessar, humildemente, que não temos (nem inventamos) a
receita dessa porção mágica; em segundo, que não conhecemos ninguém que a possua. Infeliz..., ou
melhor, felizmente.
Entretanto, rea rmamos uma convicção: tornando-nos leitores atentos de bons textos, assumindo
uma postura crítica ante os vários textos que se apresentam no nosso cotidiano, dominando alguns
recursos linguísticos básicos, re etindo sobre a realidade, é possível, ao longo do tempo e da
prática contínua, aprimorar nossos próprios textos.
Esclarecemos também que produzir um bom texto não signi ca produzir uma obra literária. Um
texto competente produzido para determinados ns escolares ou pro ssionais não se confunde, em
hipótese alguma, com um texto literário que tenha ns artísticos.
Por isso, novamente destacamos a importância de pensar quem serão os leitores e quais são seus
objetivos ao escrever um texto. Cada contexto pede uma formatação, um uso de palavras, um tom
especí co.
Como sabemos, não existem fórmulas mágicas para se fazer uma boa redação. O exercício contínuo,
aliado à prática da leitura de bons autores e a re exão são indispensáveis para a criação de textos.
Não temos a pretensão de formar escritores, mas nos dispomos a auxiliá-los na construção de uma
identidade de autor e leitor crítico, a nal não possuímos uma “varinha mágica” que permita a você,
de um momento para o outro, tornar-se um escritor consagrado. Nossa tarefa, agora, será a de
apontar algumas qualidades que você deve observar na produção de seu texto.
São qualidades que você deve cultivar ao redigir: a concisão, a correção, a clareza e a elegância.
A Concisão
Ser conciso signi ca não abusar das palavras para exprimir uma ideia. Deve-se ir direto ao assunto,
não car “enrolando”, “enchendo linguiça”. Signi ca, en m, eliminar tudo aquilo que é desnecessário.
A Correção
A linguagem utilizada na redação deve estar de acordo com a norma culta, ou seja, deve obedecer
aos princípios estabelecidos pela gramática.
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Conhecer as normas que regem o uso da língua é fundamental para a produção de um texto correto.
Evidentemente, a maioria das pessoas não conhece de cor todas as regras gramaticais.
Gra a: tome cuidado com a gra a de palavras que você não conheçe. Em caso de dúvidas,
consulte o dicionário. Se não puder fazê-lo, não hesite em substituir a palavra cuja gra a não
conheça por outra conhecida. Lembre-se: a língua portuguesa é muito rica em sinônimos.
Sempre veri que a acentuação das palavras. Uma consulta ao capítulo referente às regras de
acentuação pode ajudar a evitar erros.
Flexão das palavras: cuidado com a formação do plural de algumas palavras, sobretudo as
compostas (primeiro-ministro, abaixo-assinado, luso-brasileiro, etc.).
Concordância: lembre-se de que o verbo sempre concordará com o sujeito e os nomes devem
estar concordando entre si.
Regência: que atento à regência de verbos e nomes, sobretudo aqueles que exigem a
preposição a, a m de não cometer erro no emprego do acento que indica a crase.
Colocação dos pronomes: observe a colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos,
vos, lhe, lhes, o, a, os, as). Apesar de, na linguagem coloquial, ser comum iniciar frases com os
pronomes oblíquos átonos, na linguagem formal devemos evitar esse tipo de construção.
A Clareza
A clareza consiste na manifestação da ideia de forma que possa ser rapidamente compreendida
pelo leitor. Ser claro é ser coerente, não se contradizer, não confundir o leitor. São inimigos da
clareza: a desobediência às normas da língua, os períodos longos, o vocabulário rebuscado, a
imprecisão vocabular.
A Elegância
A elegância consiste em tornar a leitura do texto agradável ao leitor. É conseguida quando se
observam as qualidades que apontamos anteriormente e também quando o conteúdo da redação é
desenvolvido de modo original, criativo. Lembre-se de que a elegância deve começar pela própria
estética do texto, que deve apresentar-se limpa, sem borrões ou rasuras e com letra legível.
Inúmeras vezes, ao escrever, você deve ter tido preocupações do seguinte tipo: esta palavra se
escreve com s ou com z? E esta, é com x ou com ch? Será que esta frase cou clara? Será que não
estou me estendendo demais sobre o assunto?
Ao escrever, devemos evitar defeitos que podem prejudicar a compreensão do nosso texto. Já
tratamos das qualidades que devem ser cultivadas. Vamos agora tratar de alguns defeitos que
empobrecem o texto e que, portanto, devem ser evitados.
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Ambiguidade
Ocorre ambiguidade (ou an bologia) quando a frase apresenta mais de um sentido. Ocorre
geralmente por má pontuação ou mau emprego de palavras ou expressões. É considerada um
defeito da prosa, porque atenta contra a clareza. Veja alguns exemplos de frases ambíguas:
Nesses exemplos, a ambiguidade decorre do fato de o possessivo sua poder estar se referindo a
mais de um elemento (casa do guarda ou do suspeito? Irmã de Pedro ou do interlocutor?).
Portanto, muito cuidado no emprego desse pronome. Você pode evitar a ambiguidade
substituindo-o por dele(s) ou dela(s).
Obscuridade
“Encontrar a mesma ideia vertida em expressões antigas mais claras, expressiva e elegantemente tem-me
acontecido inúmeras vezes na minha prática longa, apurada e contínua do escrever depois de considerar
necessária e insuprível uma locução nova por muito tempo”.
Pleonasmo
Convém notar, no entanto, que bons autores costumam recorrer ao pleonasmo, com função
estilística, a m de tornar a mensagem mais expressiva. Nesse caso, o pleonasmo não é considerado
um defeito. Veja o exemplo a seguir:
Cacofonia
A cacofonia (ou cacófato) consiste num mau som obtido pela união das sílabas nais de uma palavra
com as iniciais de uma outra. Veja:
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Eco
Consiste no emprego de uma sequência de palavras terminadas pelo mesmo som. Observe:
Prolixidade
A prolixidade consiste em utilizar mais palavras do que o necessário para exprimir uma ideia,
portanto é o oposto da concisão. Ser prolixo é car “enrolando”, “enchendo linguiça”, não ir direto ao
assunto.
O uso de cacoetes, expressões que não acrescentam nada ao texto, servindo tão somente para
prolongar o discurso, também pode torná-lo prolixo. São expressões do tipo: antes de mais nada,
pelo contrário, por outro lado, por sua vez. Cuidado com elas!
“Não saberia responder com exatidão. Há sempre uma eterna divergência entre as gerações. Os
jovens pensam de um jeito, às vezes estranho, que chega a escandalizar os mais velhos... Já os mais
velhos, por outro lado, costumam, na maioria das vezes, achar que os mais jovens, em alguns casos,
não têm nada a transmitir aos mais velhos.”
Observe que, se tirarmos desse texto as palavras desnecessárias, a ideia contida nele poderia ser
expressa numa única frase.
Além dos defeitos que apontamos, procure também evitar as frases feitas, os chavões, pois
empobrecem muito o estilo. Veja alguns exemplos de chavões: in ação galopante; vitória
esmagadora; caixinha de surpresas; caloroso abraço; silêncio sepulcral; nos píncaros da glória,
etc.
VÍDEO
Assista à videoaula que sintetiza as qualidades e defeitos de um bom texto:
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SAIBA MAIS
Leia o texto Português de estrada, clicando aqui.
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