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1964
A CONQUISTA
:
DOESTADO
ACAO
^MOZES
PODER E GOLPE DE CLASSE
POLÍTICA,
Este livro é o resultado de uma
pesquisa realizada entre 1976
d 1980 para uma tese de dou-
torado na Universidade de Gtas-
gow, Inglaterra, Um período
fundamentai da história brasi-
leira foi reconstituído em ba-
ses documentais. Os fatos e os
personagens foram indicados
a partir de registros concretos
e não de hipóteses ou suposi-
ções. O objetivo central desse
trabalho foi identificar as for*
ças sociais que emergiram na
sociedade brasileira com o pro-
cesso de internacionalização*
em sua etapa moderna e acom- H
V
''
cV
*
*
René Armand Dreifuss
Revisão Técnica:
RENÊ ARMAND DREIFUSS
3* edição
IvozaJ
Peirópolis
1981
® by Rcní Armand Dreifuss
Título do original inglês:
State, dass and the orgaitic elite:
lhe fomiaíion oí an enireprencurial
order in Bruzil 11961-1965)
Di agra mação
Vaídeck Mello
Para minha mãe
e
a memória do meu pai
Agradecimentos, II
Nula do Tradutor, 13
Lista de Abreviaturas, 15
Lista de Tabelas, 19
Capítulo
II A ASCENDÊNCIA ECONÔMICA DO CAPITAL MULTINACIO-
NAL E ASSOCIADO, 49
Introdução, 49
Penetração multinacional e Integração dt indústria, 49
Outros aspectos do processo de concentração, 60
Conclusão, 65
Notas biblió gráficas, 66
419
liidustri&k multinacionais e associados,
APÊNDICES, 497
APÊNDICE A — A composição dos acionistas da ADELA em 1972, 497
APÊNDICE B — Ligações econòmkas da liderança e associados proeminentes
do IPES, 501
FONTES DO APÊNDICE B» 574
APÊNDICE C — Correspondência do CBP com Eneas Fonseca, 577
APÊNDICE D — Lista dos colaboradores da APEC — 1970, 585
APÊNDICE E —American Chamber of Commerce— Lista dos membros em
de
janeiro 589
1964,
APÊNDICE F — Membros do CLA
corporativos tCouncil for Latiu America)
em 617
1971,
APÊNDICE G — Correspondência da CONSEMP com o IPES, 621
APÊNDICE H — Lista de contribuintes do IPES, 627
APÊNDICE Í — Lista dos associados, contribuintes ç colaboradores do IPES,
639
APÊNDICE — I da despesa do IPÊS
Relatórios parciais 1962* etn seus orça-
mentos para 1963 canas de Ivan
e a Arthuf Oscar Junqueira, 645
Hassloclter
APÊNDICE K — Comunista: Nomes
Infiltração Entidades, 651 e
BIBLIOGRAFIA, 793
AGRADECIMENTOS
Este livro é Fruto de uma pesquisa cujo tento básico foi produzido ao longo
de três anos consecutivos. Ele encerra o percurso intelectual e acadêmico de uma
década de vivência como estudante universitário. Durante esse período, as mais
variadas pessoas me beneficiaram com seu diálogo c amizade. Lamentavelmente,
não posso expressar meu agradecimento a cada um em particular, pois a relação
seria extensa: entretanto, algumas pessoas merecem especial destaque. Àron Neu-
mann f in memoriam T foi modelo de persistência e dedicação, amigo nas horas
certas, O Prof. Àryeb Grabois, o Prof. Àbraham Yassour e o Prúf. Teodor Shanin
foram exemplos de seriedade acadêmica quando da minha passagem, como estu-
dante, pela Umvcrsity of Haifa, Jsrael. Tive o privilégio de participar, na Leeds
Líniversity, Inglaterra, do curso de mestrado sob a orientação do Prof, Ralph
Miliband e do Prof. Hamza Alavi; nesse fértil ambiente de discussão, expandiram-
se meus horizontes intelectuais e passei a esboçar muitas das questões e problemas
que levaram ã definição da temática da minha tese, agora transformada em livro.
Na realização deste trabalho, usufruí da boa vontade de muitos amigos e colegas
da Umversity oí Glasgow, Escócia, que devotaram tempo e esforço, fazendo
críticas às versões preliminares. Agradeço especialmente a Otávio Dulci, que me
brindou com sua acurada compreensão da realidade brasileira, a Régis de Castro
Andrade, pelo diálogo frutífero e profunda sensibilidade, a Herbert de Sousa,
que visualizou o alcance deste trabalho e me incentivou a realizá-lo, e a Galeno
de Freitas, cujo conhecimento da vida política do Brasil foi de grande ajuda.
Meu reconhecimento vai para o Prof, Emil Rado, conselheiro para pós-graduados
da Univcrsily of Giasgow, e para o Prof. Àndrew Skinner, diretor do Comitê de
Pós-Graduação, sem cuja equilibrada intervenção no conflito que motivou a
mudança de orientador de tese eu não teria tido a tranqüilidade para realizar
esle trabalho. Minha gratidão é imensa para com o Dr. Simon Mitchell, que
assumíü a meio caminho a orientação da tese e cuja extrema dedicação, sensibi-
lidade e críticas perspicazes foram fundamentais para concluir a tese. Brian Pollitt,
professor e amigo, me estimulou durante a elaboração do trabalho e me deu
pleno apoio moral para enfrentar as dificuldades extrínsecas ao mérito da pes-
quisa. David Stamficld. Francis Lambert, John Parker e Phíl CTBtien, professores
do Instifutc of Latin American Sludie* da Univcrsity of Glasgow, também me
encorajaram. Desejo registrar meu agradecimento ao Social Science Research
Counci] da Grã-Bretanha. Sob os auspícios de seu desinteressado apoio, realizei,
de 1976 a 1980. a pesquisa de campo no Brasil e nos Estados Unidos da qual
extraí fundamentos para este livro. Uma grande parte da versiõ original deste
trabalho foi datilografada com muito empenho c carinho por Ruth Rae, cm
11
,
R. A. Drcífuss
NOTA DO TRADUTOR
13
LISTA DE ABREVIATURAS
15
CBP — Consórcio Brasileira <Je Produtivi- CNCO — Confederação Nitcionnl dos Clr
dade culos Operários
CflTC — Confederação Brasileira dos Tra- CNE — Conselho Nacional dc Economia
halhadores CriiLiO* CNEC — Confederação Nacional dos Em-
CCC — Comando de Caça «04 ComumiU* pregados no Comércio
CD — Comité Diretor UPHSí CNI —
Con fede ração Nacional da índih-
CDFR — Cruuda Dcm«ritKi Feminina iria
do Rcofe CNLD —
Cruuda Naeion&l dt Liderança
CDM — Cruuda Democraika dai Mu- Dtnvocfilka
lheres CNP A —
Concelho Nacional de Reforma
CF — Comní Eiçoiiivc (IP ES 1 Agrária
CEAS — Centro <fe Estúdio* y Aecsón So- CNTC —
Confederação Nacional dos Tra-
cial JCoiòmhi* balhadora* rio Comércio
CfC — Campanha de Educação Cívica CNTFMA —
Coníèíkraçío Nacional dos
CED — Ctnutiiitec for Ecooomtc Dor- Trabalhadores Ferroviários. Mirí limos e
lopmnu Aéreos
CED — Come Lho de Entidade» Dcffwcrí- CNTí —
Confederação Nacional doí Tra-
I Kll balhadores na Indústria
Cf DIS — Centro de Documentação Eco- CNTT —
Confederação Nacional doi Tra-
nômica e Social balhadores cm Trinipodcs Tcfrcsires
CEMl A — Centro de Eamdim Monte iram CO — Conselho Orientador flPES)
íj naimcficanot
ti COBAL — Companhia Brasileira dc AH-
Cf \ — ConiciHo Eiecuiivo fracionai mentos
CFfrPf —Centro fracionai de Produtivi- COCAP — Comkê de Coçrdettsçlo da
dade jnduitnjj Aliança paca o Progresso
CEPAL — CoemudO Económica para a CODEPAR — Companhia de Desenvolvi-
Amérna Laitfia mento tio Paraná
CERES — Centro de Eitudht j Reformas CODERN — Companhia de Desenvolvi-
Ecí^ndemco kc íE^uadorj mento dq Rio Grande do None
CESB — Centro de Eiíudof Sociais Bn- COHAB —
Companhia de Habitação Po-
lilnm pular da Guanabara
CEXJM — Cartrtn át Exportação e Jm- CGMAP — Comiic da Aliança pari o
purlaçáo do Banco do BraSil Progresso
LfP — Cwfedenaçio dai Ftmfliu Cri* CON — Conidho Orientador Nacional
tè* (IPÊS)
(IR —
Ccutkü for FortijJi Rclilioni CÜNClN — Conselho de Coordenação In
C(it —
Comando Geral da Cftvc tcrdcpurlamcnta! (FIESP, CIESP)
i Hf VF — tompiflfu Hidroelétrica do CONCLAP — Conselho Nacional de Cias-
VaLe 4o São Franoseo
Cl — Curió de armação fESC> M lei
C0NE5P
Produtoras
— Companhia de Constmçòu
CIA — Central Jrveílrientt Afeney
CJAP — Ccauciho
Ewolarei do Estado de São Paulo
nttnmenuno da
Aliança para * ProcrsUC
J
CONSIR —
Comissão Nacional para a
C1CVP — (onufu niefamcncano de ü> SjndicaUuçáo Rural
nwfrcio y Pruduuidn
J
CONSPI.AN —
Conselho Consultivo do
CIEitf —
Centro 4c Indústria* do Estado Planejamento
do Riu de fjátiro CON5ULTEC —
Companhia Sul Ameri-
Cl ESP —
Centro de índúunai do Eitado ca na dc Administração c Eiludos Técnicos
de São Paulo CONTAC —
Confederação Nacional dos
ClüSL —
Confederação íntercmerkaiu Trabalhadores n* Agricultura
dai ürfiomçóci do* Srndjcaitj* Urro COM CP —
Confederação Nacional dos
CIA — Councd Latiu America
for Trabalhadorri em Comunicações e Publi-
CLMII — Crurada I.ihrnadur# Militar cidade
Demucrátk* CONTIC —
Confederação Nacional dos
CI.T ~ Con.au! dação dai i Leu do Trabalho Trabalhadores em Estabelecimento* de
CLÜSA —
Cooperante Leafue of lhe Uni- Crédito
ted America
States of COfrTEL —
Conselho Nacional dc Tele-
CMft —
Campanha da Mulher Rranktra comynLiaçòeft
CMN -* Conselho Monetário NatronaJ COS — Centra de Orkmaçfo Social
CNC —
Confederação fracionai do Co C OSI BA — Companhia Siderúrgica da
tnércíp Aafiti
16
COSiGtM — Companhia Siderúrgica da FCESP —
Federação dc Comércio éo Es-
Guanabara tado de São Paufô
COSÍ PA — Companhia $kkrar|jca Pau FCQ — Federação dos Círculos Operários
lis? E FCOF — Federação dos Círculos Operá-
CPA — Consdho dc Polldcn Alfandegária rios Fluminenses
CPDSP — Ccnlro de Pesquisa t Do- FRBRA5P —
Federação Brasileira de Pro-
eu menta çím Social c Política paganda
CPI — Comissão Parlamentar de Jnqué- FGTS — Fundo de Garantia de Tempo
rilo dc Serviço
CRB — Confederação Rural Brasileira FGV — Fundação Gctúliu Vargas
(CNA npé$ 966) i
FÍEGA —
Federação das Indústrias do
CREIA — Cnrldra de Credito Industrial Estado da Guanabara
c Agrícola FIESP —
Federação das Indústrias do Es-
CRF — Cruzada dn Rosário em Família iadg dc São Paulo
CSAB — Curso Superior de Atualidadci FINAME —
Agência Especial dc Finan-
Brasileiras cia monto Industrial
CSCí — Curso Superior de Guerra FJD — Frente da Juventude Democriitcn
CSN — Conselho de Segurança Nacional FMP — Frente de Mobilização Popular
CTB — Companhia Telefônica Brasileira FPN — Frente Parlamentar Nacionalista
CTB — Confederação dos Trabalhadores FSR Federação dos Sindicatos Rurais
do Brasil FUNDFXE — Fundo de Democratização
CTESP — Conselho Técnico de Econo- do Capila! das Empresas
mia, Sociologia c Política (FCESPJ GAP — Grupo de Ação Parlamentar
CURSEF —
Curso Superior de Estudos GAP — Grupo dc Aluação Patriótica
Financeiros GFa — Grupo de Estudos Ação e
CVRD —
Companhia Vale do Rio Doce CÈC — Grupo Especial dc Conjuntura
DA —
Diretório Acadêmico (São Paulo!
DASP — Departamento Administrativo do GED — Grupo dc Estudo c Doutrina
Serviço Público GEEAT — Grupo Executivo de Ensino t
DNEF — Departamento Nncional de Ei- Aperfeiçoarnenm Técnico
—
I rada s de Ferro GEIA Grupo Executivo da Indústria
DO PS — DcpnrtamtmLo de Ordem Poíí- Automobilística
—
Hea c Social G El MA PE Grupo Executivo da Indús-
EüASCO - EíectricUy Bond & Share Co + triaMeti mea
ECEME — Escola de Comando e Estado- GEMF —
Grupo Executivo <k Exporn-
Maior dc Exército ÇiO de Minero de Ferro
ECLá —
Economic Commissíon for La- CES —Grupo de Educação Sdctivt
tin America (CEPAL) GLC -* Grupo de Levantamento da Con-
EFL —
Fscola dc Formação de Líderes juntura
—
ELD —
Escola de Liderança Democrática OOP Grupo de Opinião Pública
ELO — Escola de Líderes Operários GPE — Grupo de Publicações/ Editorial
EMFà — Estado-Maior das Forças Ar GPMI — Grupo Permanente de Mobiliza-
ção IndusErial
mdw GTA — Grupo de Trabalho e Açio
EPEA — Escritório de Planejamento Eco- [ADB — Interamerican Devclopment Bank
nômico c Social 1APB — Imtiluto de Aposentadoria
ESG — Escola Superior de Guerra
e
Previdência doí Bancários
FACUR — Fraterna Amizade Cristí Ur- IBAD — tnitiluto Brasileiro de Açio De-
bana e Rural mocrática
FAP — Fundação Aliança para o Pro- IBRá — Instituto Brasileiro de Reforma
gresso Agrária
F A RE MG — Federação doj Associações )BC — Instituto Briiilciro do Café
fturois do Estado de Minas Gerais IBRD — interamerican Bank for Recont-
PÀRESP —
Federação das Associações truction and Dcvdopmcnt (BI RO)
Rurais do Estado de Sío Paulo 1BRE — Instituto Brasileirode Economia
FARSUL —
Federação dus Associações tCS — Instituto de Ciências Socíab (Univ»
Rurais do Rio Grunde do Sul Federal do Rio de íunciró)
FAS —
Fundo dc Açfio Socbí íorgantia- [CT — Instituto Cultural do Trabtího
çáo anticomunista dc Sno Paulo criada 1CFTU — IitíemaiionaS Confederalion of
por empresários assoe ia dos a multinacio- Free Trade Uniofts
nais) IDB — Instituto Democrático Brasileiro
17
IDF —
Inirmaiionat Devekjpment Foun- MPÍQ — Movimento Popular limo Qua-
dauon drai
IEPS -p> tnüiiiKo de Emu4m Públicos e MR5 — Movimento Renovador Sindical
Sociiii MSD - Movimenio Sindical Dtmocràiko
IFC —
Intcmitionii FmiiKc Cürpontk« MTR — Movimento Trabalhista Renova-
IF5 Iruntuto de Formação Social dor (facção dc direita do PT BI
INCRA —
Imiiiuio Norianai de Cclocu- MU D — Movimento Universitário de Dei-
uçb e Reforma Afririi favtUmcnlo
1NDA —
Imtimio National de Desenvol- MUI —
Movimento de Unificação do*
vimcniD Ajririo Trabalhadores
INPS —* IwUlulo Nadonil de Previdência NSF — National Secyriiy Files
Sociil OAS — * Organização do* Estados Ameri-
IP E —* Imiimto de Pesquisas Econâmkai canos
JPEÀ — Instituto de Planejamento Eco- Opus Dei — poderosa organização calfr-
nômico Social
e Ika, scmísccrtia e tradicionalista. fundada
1FFS — Instituto de Pesquisas e Estudo* em 1S2S peto padre espanhol losemaria
Sociais Escrtva de B&laguer
IPESUL — PES do Rio Grande do Sul
1 OPAC — Organização Paranaense Aníico
1PM _ fnquíntüS Policiais Militares muciistâ
l$EB — fnilituio Supcnúr de Estudos
» ORJT — Orgamzactón Regional [mera
Brasileiros merkana de Tr*ba>odoríl
ITS — Iniernational Trvdc Secrttariatj PAEG —
Plano de Ação Económica 4o
IUCSP — Instituía Universitário de Ciên- Governo
cias Sociais e Poliiicas PAM — Programa de Assistência Militar
1 UL — Imtimio Universitário do Lívto PCB — Partido Comunuta Brasileiro
|EC — Juventude Estudantil Católica PDC — Pirlído Democrata Cristão
JOC — Juventude Operária Católica PL — Partido Libenador
IUC — Juventude Universitária Católica PR — Partido Republicano
LA1C — Latiu America Infonnatioti Canv PRP — Pari ido de Representação Popu-
mil toe lar ide Plínio Salgado, ex líder inlegra-
LCCC — Cnslã contra o Comunismo
Líjçh jiftiaj
18
SUDAM — Superintendi ncl* de Destn UDN — Uníiü Democríiica National
da Amazônia
vol vime fito ULTAB —Uhifio dos Lavradores c Tra*
SUDENE — Superintendência de Descri balhadore* Agrícolas do Brasil
volvi mento do Nordeste UME — Uniio Metropolitana de Estudan-
SUMOC — Superintendência da Moeda e tes
UNAF — Untio Na c tonal de Associações
do Crédito
SUNAB — Superintendência Nacional de
Femininas
UNE —Uniio Nacional dos Estudantes
Ábostcd mento
SUPRA — Superintendência da Reforma
UPES — União Paulista de Estudantes Sc*
cundâyêoi
A* ri ria USAI D —
Urúied Statti Agency for In*
UBE5 — União Brasileira de Estudantes tcrnaconal Developmenl
Secundários US1AC — United States Interamcrican
UCF — União Cívica Feminina Council
LISTA DE TABELAS
Tabcta I —
Classificação por valor de ca- Tabela 7 —
Crtu de controle do mercado
pital dói grupos bilíonàrios* 50 dos grupos mui tu acionais muEiibi lí unidos
I
Tabela 2 —
Distribuição pqr mcntanic de 56
cupílul c nacionalidade do* grupos nacio- Tabeía 8 —Oligopólio na indústria meta
nal» c multinacionais, 52 lúrgica de São Paulo, 56
Tnbdn 3 — Distribuição dos grupos segun-
Tibda 9 — Civis c militares nos cursos
do o setor di! atividade c nacionalidade,
da ESC, 6!
53
Tabela 4 —
Distribuição dos grupos mul-
TibeU 10 —Percentagens de votos obü-
dos pelos paTTidov mais importantes em
tibilbnãrios por ramo dc atividade princi-
três eleições ao legislativo no período de
pal, 54
Tabda 5 —
Distribuição dos grupos nacio-
1945 i 1962
—
119
ii
—
T bela 6 * Relacionamento entre o núme- Tabelo 13 —
Variações no índice do custo
ro de empresas t o volume de capital dos de vida do Rio de Janeiro e de São Paulo
grupos multibílíonirioí. 55 entre 1954 t 1962. 158
19
CAPITULO I
A FORMAÇÃO DO POPULISMO
Até 1950, o Estado brasileiro foi liderado por uma oligarquia* agrO-comerciaL
na qual predominavam as elites rurais do nordeste, os plantadores de café de
2
São Paulo e os interesses comerciais exportadores.
Essa oligarquia formou um bloco de poder^ de interesses agrários, agro
exportadores e interesses comerciais importadores dentro de um contexto neo
colonial, bloco este que foi marcado pelas deformidades de uma classe que era
4
ao mesmo tempo ^cliente-dominante". Foi sob a tutela política e tdedçgics desse
bloco de poder oJigárqmco e também sob a influência da supremacia comercial
britânica nos últimos vinte e cinco anos do século XiX que se formou a burguesia
industrial.*
Durante a década de vinte, novos centros económicos regionais foram con-
solidados sob novas bases econômicas como, por exemplo, ura Rio Grande do
Sul agrário e um Rio de Janeiro e Sio Paulo industriais. O sistema bancário,
que havia emgrande parte sc desenvolvido a partir de interesses agrários, concen-
trou-se principalmente em Sio Pauíô, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essas mu-
danças econômicas forçaram um deslocamento do poder político agrário c co-
merciai do nordeste para a região sudeste do país e das tradicionais elites agrárias
para novos grupos urbanos*
Essas mudanças sbrirom caminho para o surgimento de figuras políticas como
as de Ge túlio Vargas, João Daudt cfOHveira, Gswaldü Aranha (Rio Grande
do Sul)* Vicente GaJlíez, Valentím Bouças, Ary Frederico Torres (Rio de Janeiro),
Roberto Simonsen, Teodoro Quaritm Barbosa (São Paulo) e Evaldo Lédi (Minas
Gerais), empresários e políticos que marcarem uma eraJ
A urbanização e o desenvolvimento industrial exerceram efeitos desorga-
nizadores sobre a frágil estrutura do estado oligárquko. No final da década de
vinte, através de um delicado acordo entre os governos estaduais de Sio Paulo
e Minas Gerais (acordo este conhecido como “política café com leite", uma
1
modalidade de "Bonapartismo tivíl' * que deu nome ao período), o bloco de
poder oíígárquico tentou opor- se ao desafio da burguesia e vencer a crise da
oligarquia e dos setores cafeeiros cm particular. À crise do domínio olígárquico
permitiu que pressões esda vez maiores fossem exercidas pela fração industrial,
apoiada por outros gnipos sociais, principalmente pelas classes médias. À fração
industriai formou um bloco burguês que lutou por redefinir es relações <k podei
dentro do Estado brasileiro, tarefa esta que fc* facilitada por pressões sofridas
peia economia oligárquka em consequência da crise capitalista de 1929"
21
A burguesia emergente, pOTÓm, nSo destruiu, nem política nem cconomicn-
mente, is amigas ciasses agrárias dominantes para impor sua presença no Estado-
pelo contrário, aceitou em grande parte os valores tradicionais da dite rural.
£ irrelevante para efeitos da presente análise sabei se isso aconteceu por não
ser a burguesia força política ou econômica suficiente para desmiir os baluartes
políticos e a estrutura sóciMconômica da oligarquia, ou se foi por nlo querei
ou nao precisar fazê-lo, O
importante é que a burguesia industrial conseguiu
identidade política face ao bloco oligarquíco e* ao mesmo tempo, estabeleceu um
novo "compromisso de disse" no poder com os interesses agrários, particular*
mente com os setores agro^xport adores. E pred&ameote através dessa dupla açno
que o aparecimento e consolidação da burguesia devem ser entendidos, pois sua
ligação umbilical com importantes consequências históricas,
a oligarquia teria
originando o chamado "estado de compromisso"* institucionalizado pela cons-
1
tituição de 1954. O
governo de Gefúljo Vargas teve então de se movimentar
dentro de uma complicada trama de conciliações efêmeras entre interesses con-
flitantes.Nenhum dos grupos participantes dos mecanismos de poder — as classes
médias, op setores agro^xporudores. a indústria c os interesses bancários — foi
capaz de estabelecer sua hegemonia política e dt representar seus interesses par-
ticulares como sendo os interesses gerais da nação,
15
O
equilíbrio instável entre os
grupos dominantes e, mais ainda, a incapacidade de qualquer desses grupos de
assumir o controle do Estado em benefício próprio e, ao mesmo tempo, repre-
sentar o conjunto dos interesses econômicos privados, constituíram elementos
típicos da da década, expressando prerisamenie a crise da hegemonia
política
política oLígárquicá, a qual foi marcada pela revolução de 1950.
22
3*
progresso, cujos interesses pda industrialização mutusmente reforçavam os
interesses dos industriais. Sob a égide do Estado Novo, industriais t proprietários
de terra tornaram se aliados. Contudo, a convergência de interesses não se dis-
ls
solveu em Conflitos e tensões marcaram o seu relacio-
identidade de interesses
namento, e elemento de competição mútua que tomou possível, e até
foi esse
mesmo necessário, que o aparelho burocrático- militar do Estado Novo tivesse um
14
papel de intermediário O que favoreceu uma interferência contínua das Forças
,
de "substituição de importações".
Sob a égide do Estado Novo teve início o primeiro estégio da nacionalização
formal da economia com a criação de empresas estatais, autarquias mistas e o
estabelecimento do controle nacional sobre certas áreas de produção estratégicas,
como mineração, aço e petróleo. O
Estado tomou-se um importante produtor de
bens c serviços de infra estrutura e abriu caminho para o desenvolvimento mdus*
2T
trial privado do Brasil. O
Estado auxiliou também o capitai industriai com a
criação de uma série de mecanismos destinados a reorganizar a economia, dando
prioridade ao processo de expansão capitalista e transferindo recursos de outras
1
áreas para a indústria. * A industrialização foi também estimulada pela vital
transformação do consumo não produtivo dos proprietários de terra, através do
país, em capital de giro para os centros industriais.1® isso foi alcançado através
da estrutura bancária» que se expandiu cnormeraente no início da década de qua-
renta e que se ligou em parte aos setores agrários e à indústria através de laços
comerciais e familiares, reforçando assim a interdependência entre a oligarquia
e a indústria.
23
formulação àc dircíriiej pol/lkái r dc tomada dc decisão. Hssn série de mecanis-
mo* equivali* na realidade a umi "mobilização dc biús n ínsliUicíomiliznda CGntm
'
cutivc tomou-se um foco dos interesses que visavam a industrial iznçüo, aberto às
demandas da C cn fede ração Nacional da Indústria c da Confederação Nacional
do Comércio. 41 ao passo que os iniçrewes agrários, tendo perdido suu posição
privilegiada, conseguiam k comunicar com o aparelho do Estudo através dos
38
[mtitutov con velhos de representação dos produtores rurais, Foi criado um
Conselho Nacional dc Economia onde 05 industriais foram os primeiros, e até J946
Cn única*, gnipot ecupacioniis a tirar vantagem das oportunidades corpam-
tivutas
r
O Euade Novo também estimulou um processo "nacional" de formulação
dc dirarm pcJitiç**, na tentativa dc subordinar as lideranças regionais e intro-
duzir reformai administram as, objetivando modernizar o aparelho estatal e con-
44
trolar o capral estrangeire em fator dc empreendimentos locais. Mais ainda, o
uma reformulação drástica da burocracia estatal criando o
Exçcuti* c laneoo-sc a
DASP, Dcpamnvnio Administrativo do Serviço Público. Além de sua importân-
cia tio prtcevio de modernização e centralização da administração pública, a
enaçãu do DASP ie%c duit outras consequências, Ele afetava a prática do dien-
tdtmc c do patroniio. tirando a burocracia do controle da oligarquia. Contro-
lando * burocracia o DASP transferiu efetivamente, mas não dc maneira exclusiva,
a prática do patronato para o govemu central, dando margem u burguesia indus-
trial de lançar mio dc práticas paternalistas e cartoriais*”
O papel do Etudo Novo na industrialização permitiu e propiciou a parllci*
paçJo de prufÍMÍcnojs da? classes médias de militares, junlamcntc com os pró-
c
44
pno* empresário*. no aparelho administrativo do Estado. A participação do*
militam realçou o dncuno “nacionalista" que foi identificado com o dcsenvol-
vimerito industnal pmado da nação/ Contudo, apesar da importância da “so-
1
24
foj projetado t percebido como protetor dos pobres, tendo à frente * figura pa-
ternalista de Gehjíío Vargaa.
Ao sc aproximar o fim da Segunda Guerra Mundial, mudanças substanciais
ocorreram, 11 A agitação nas classes irabalhadom, oriunda de condições mise-
ráveis de vída* atingia seu pomo máximo em meados da década de quarenta,
apesar da existência de sindicatos controlados, que haviam canalizado durante
anos as reivindicações da classe, Novos e independentes sindicatos Foram criados
nos Estados mais industrializados do país flanqueando » estrutura de controle
r
25
esperava fossem as diretrizes políticas dos industriais de reforçar os centros
locais de tomada de decisão, e de sua alegada vislo do Estado como instrumento
de oposição à penetração estrangeira. Os intelectuais nacionalistas atribuíam (anv
* 1 1
é, O capitalismo. O “entreguísmú
1
burguesia "nacional *
que aos interesses dos industriais. A burguesia brasileira era, com toda certeza,
nacional, apesar de não ser necessariamente nacionalista.
26
consideravam como chefe de um regime neofascista, conspiravam contra cie.*1
O pomo culminante dessa reação contra Getúlio Varga? foi a criação da Frente
Democrática que, abrangendo um amplo leque de posições ideológicas, apresenta-
va-se como uma convergência política alternativa ao regime vigente.
Getúlio Vargas também compreendeu a necessidade de mudança c tentou
desfocar a base sócio política do Estado Novo para um alinhamento formado
pelas cíasscs trabalhadoras e a burguesia industriai, na tentativa de constituir
um sistema político trabalhista de centro esquerda com tendências nacionalistas.
Eleições nacionais foram marcadas para dezembro de 1945, para as quats Getúlio
Vargas estimulou a criação dc dois partidos, o Partido Trabalhista Brasileiro
— PTB, baseado na máquina sindical de Marcondes Filho, c o Partido Social
Democrático —
PSD, que não possuía coisa alguma em comum com seus homô-
nimos europeus e se baseava nos interventores estaduais, nos industriais de São
34
Paulo e nos chefes políticos oíigãrquícas, os conhecidos coronéis. A oposição
de centro-dírcíta criou a União Democrática Nacional —
UDN, um conjunto
amplo de posições anticomunistas, aniinacionalisias e anii-Vargas (mais tarde
aniipopulistas). cuja base eleitoral encontrava-se principal mente nas classes médias
e que cra liderada por profissionais liberais, empresários e políticos. Getúlio
Vargas concedeu anistia política e tentou ganhar para o seu lado as classes
trabalhadoras urbanas e o Partido Comunista através dc medidas de reforma
sócío-econõmíca e participação política, temando organizar sua própria base de
poder. Mais importante ainda. Getúlio Vargas estava Lançando bases para a
constituição de uma nova forma de organização política do governo e de um'
novo regime/ Forças sócio-cconèmícas emergentes. assim como novas demandas
sód o-políticas, necessitavam ser acomodadas, A limitada convergência de classe
no poder, o corporativismo associativo t o autoritarismo do Estado Novo foram
integrados e sintetizados numa fórmula nacional de "desenvolvimento”, que,
sob o nome genérico de popultsmo, tentava estabelecer uma hegemonia burguesa
15
a partir de meados da década de quarenta. Através do popuUsmo, o Executivo
procurava estabelecer um esquema de limitada mobilização política nacional das
massas urbanas, baseado em uma estrutura sindicai controlada pelo Estado e no
apôio institucional do PSD e do PTB. Esses dois partidos, apesar de imprecisos
çm seus apelos programáticos, eram efetivas máquinas de domínio ideológico e
controle social, o primeiro deles operando como o partido do poder e o segundo
como o partido de legitimação da ordem vigente. Após anos de autoritarismo
e predominância do Executivo, o populísmo favorecia a reentrada em cena do
político profissional, jun lamente com a participação de industriais e banqueiros
cm atividades poiítico-par lidarias no então reativado Congresso. Contudo, a posi-
ção privilegiada que os industriais haviam conseguido no Executivo através de
uma estrutura eorporati vista de associação foi preservada, embora controlada pelo
Congresso.
A estratégia de Getúlio Vargas foi vista com alarme pelas classes dominantes
e com suspeita pelas classes médias, pois tal estratégia somente aumentaria o
apelo carismático do próprio Getúlio Vargas junto às classes trabalhadoras e real-
çaria o seu papel no comando do Estado como intermediário político. A mobiliza-
ção dns classes trabalhadoras, apesar de limitada, eia temida pelas classes
dominantes, pois poderia dar a Getúlio Vargas o apoio necessário para o esta-
belecimento dc um Executivo relativ&mente independente. Tal Executivo serio
um anátema tamo para os industriais quanto para a oligarquia, c colocaria
27
Getúlio Vargas acima do controle das Forças Armadas» Atém disso, a estratégia
de Getúlio Vargas vinculava o desenvolvimento da economia o um caminho
nacionalista e cstaiizantc-disiributÍYo, Todas essas reformas, porém, foram vistas
como rtmancscêndas de excessos indesejáveis do Estado Novo. Isso era prccisn-
mente o que os industriais e outros tentavam reprimir, pois efes estavam nesse
momento procurando fortalecer suas ligações com interesses multinacionais na
tentativa de conseguir capital e tecnologia.
Antes que Getúlio Vargas conseguisse consolidar sua estratégia e formar
um novo bloco de poder, o Exército, tendo como ponts-de-lanç* os oficiais
da FEB, entrou em ação e o depôs, apoiado por um alinhamento que compreendia
os industriais locais, a oligarquia, bs classes médias e* finalmcnte, as empresas
5*
multinacionais que haviam renovado seu interesse pelo Brasil.
Embon o próprio Getúlio Vargas e suas propostas políticas não tenham
os empresários adotaram o seu modelo político e o sistema partidário
sitio aceitos,
que ele havia fomentado, A passagem do Estado Novo para uma forma populista
de domínio c articulação de interesses foi atenuada pelo fato de que a mesma
elitepolítica e económica que havia comandado o regime deposto permaneceu
no poder após a destituição de Getúlio Vargas de seu cargo, e foi sob a direção
dessa elite que as primeiras eleições nacionais foram promovidas. Além disso, a
continuidade foi salientada pelo fato de a Constituição dc 1946 haver deixado
57
pritteamente intacto o mareo institucional do Estado Novo.
As eleições foram vencidas pelo Marechal Eurico Gaspar Dutra, MinUtro
da Guerra durante o governo de Getúlio Vargas, encabeçando 0 PSD c apoiado
pelo PTB, que. lendo sua candidatura endossada pelo próprio Getúlio Vargas,
competiu com o Brigadeiro Eduardo Gomes, candidato pela UDN. Para surpresa
geral, o Partido Comunista, que havia sido legalizado pouco antes e disputava
ai eleições índependenicmetue, teve a mesma porcentagem de votos que o PTB.
Sob o manto de democracia libera) que envolvia o regime do Marechal Eurico
Dutra, ficaram ainda muitas das características centrais do Estado Novo, princi-
palmcnie a posição privilegiada dos industriais dentro do Executivo e as relações
autoritárias das classes dominantes para com as classes trabalhadoras. Mas algu-
mai mudanças imponamev de fato aconteceram, príncipálmenie o restabelecimento
do Legislativo como foro de atuação políúce* Os membros eleitos para o Com
greiso. dentro dc certos limites, ocuparam suas tribunas para o debate político,
11
que atingia a sociedade em geral.
Embora o Marechal Eurico Dulra tivesse sido deito pelas máquinas políticas
do PSD cdo PTB e ii veste tido apoiado par Getúlio Vargas, ele mostrou logo
de início que tuas idéia* políticas diferiam grande meme das de seu predecessor
principilmeme no que dizia respeito às suas posições quanto 10 nacionalismo e
h participação da* classes trabalhadoras. A mudança do rumo do governo do
Marechal Eurico Dutra foi caracterizada pelo fato dc de haver levado para o
seu ministério figurai de deitaque da UDN como* por exemplo* o empresário
Raul Fernandes, que se tomou seu Ministro do Exterior, O governo do Marechal
Eurico Dulra foi foncmenie influenciado por empresários, os quais ocuparam de
maneira quase exclusiva os postos-chave na administração, O governo favoreceu
o tais&ez-fairc na área económica e, depois de tentar desenvolver, por um curto
período, um sistema dc participação pluralista, passou a defender um forte con-
1
trole político das classe» subordinadas, * A diretriz econômica do governo do
Marechal Eurico Dutra favorecia daramente a empresa privada. Organizações
2*
estatais fórum desativadas c a tendência para o nacionalismo e desenvolvimento cs-
tatízante sofreu um retrocesso. Tanto o governo do Marechal Eurico Dutra, quanto
a UDN em particular, examinavam dç travar um relacionamento
as possibilidades
especial com os Estados Unidos conscqüent emente, a economia íoi reaberta
e,
Pari ido Comunista foi declarado ilegal por decisão judicial. O Marechal Eurico
29
Dutra dissolveu também a Confederação dos Trabalhadores do Brasil —
CTB, e
interveio nas atividades de quatrocentos síndiçotos cm decorrência dc um-a suposta
figação desses eom o já ilegal Partido Comunista, além de promover um expurgo
no funcionalismo público. Essa renovada interrupção da expressão autônoma dss
classes trabalhadoras resultou em medidas autoritárias dentro do sistema político
e do regime populista. Mesmo assim, cra possível construir uma certa medida
dc consentimento 0 de consenso a partir da noção de igualdade democrática de
todos os cidadãos, exceto aqueles estigmatizados como “comunistas” —
os anal-
fabetos, que foram ioialmente excluídos do processo eleitoral, e os trabalhadores
rurais, cujo recrutamento para partidos de oposição era dificultado por estarem
sob a tuteia dos coronéis e de práticas clientdístas. Em resumo, o populísmo
sustentava uma igualdade democrática urbana, por sinal muito seletiva*
1
Um
sistema "cxdudente" havia sido criado*" E mais, o baluarte populista do Minis-
tério do Trabalho, o peleguismo c os partidos políticos populistas eram responsá-
veis pda incorporação ao Estado das forças sociais que haviam se desenvolvido
em decorrência da modernização. Eles eram simultaneamente responsáveis pela
8
desagregação e conformismo das classes trabalhadores* e pela legitimação da
sociedade capitalista
Em Í95Ü houve eleições com o Partido Comunisla ainda ilegal e os sindicatos
ainda sob intervenção. Ge túlio Vargas era o candidato dò PTB. aliado ao Partido
Social Progressista encabeçado por Ádhentar de Barras,®* protótipo do cheíc popu*
lista do industrial Estado de Sio Paulo, onde o PSP controlava os trabalhadores.
30
Plino Marshall, deixando claro, ao mesmo tempo, que o pais nio apoiaria
os americanos cm seu envolvimento miíriar na Coréia, indo contra o apoio
que o Marechal Eurico Dutra havia insinuado.
Getúlio Vargas foi reconduzido ao governo, com uma ampla maioria de votos,
por um bloco populista que se estendia de norte a sul do país, reunindo políticos
dos mais diversos partidos abrangendo o tradicional alinhamento de empresários
locais, dc interesses agrários, principalmente do sul, e das classes trabalhadoras
urbanas. Getúlio Vargas formou um ministério heterogêneo, onde muitos dos
membros eram empresários e dc formação oligárquica, refletindo a composição
do bloco populista que o havia apoiado, e refletindo também o conjunto de
diretrizes políticas que ele pretendia implantar Contrariando as expectativas
*
populares, de deu ao PTB apenas uma cadeira no seu ministério, o crítico Minis-
tério do Trabalho, sublinhando tanto a posição central desse posto ministerial
para a manipulação das classes trabalhadoras quanto o papei de íegiiimador do
PTB, O PSD ficou com a maior parle dos ministérios, provando assim ser 0
partido do poder. Getúlio Vargas nomeou João Clcofas para Ministro da Agrjeuh
tura, um líder conservador da UDN dc Pernambuco. Estado onde a pobreza
rural era escandalosa e onde a UDN
se assemelhava ao PSD, retribuindo dessa
maneira o apoio que havia recebido da oligarquia rural. A marcante adesao ao
PSD e o aparente desprezo pelo PTB implicaram mo
apenas um conjunto de
diretrizes políticas mais conservadoras do que o prometido durante a campanha,
como também teve o efeito de alijar o receio que os militares tmhsm de uma
4 pr
república sindicalista
" do qual Perón parecia ser o protótipo, indicando que
havia uma disposição por pane dc Getúlio Vargas de trabalhar com a maioria
pessedista do Congresso.
Durante a segunda administração de Getúlio Vargas, o sistema político e O
regime sofreram mudanças significativas. O Congresso ficou mais forte e política*
mente mais importante, tomandt>se* lado a lado com o Executivo, um foco de
articulação de interesses. O Congresso representava o lugar onde as diferentes
frações das cíasses dominantes tinham a possibilidade de compartilhar do governo
junlo com o bioco de poder dominante. O Congresso tomou-se uma instituição
basicamente regulada por conciliações e alianças, pois exercia um certo grau de
controle sobre as medidas políticas adotadas pelo Executivo. As reivindicações
do eleitorado do presidente como um todo ecoavam através de aliança PSD/PTB
no Congresso, e os interesses de seus eleitores imediatos através de diretrizes
econômicas do Executivo.” No regime populista de convergência de classes, o
controle do Executivo tomava-se a questão política central e as lutas pela parti*
cipaçio no Executivo favoreciam uma intensa personalização da vida política*
personalização esta que se tomou um fator fundamental nas várias crises do
período. O Congresso tinha um papel duplo de representação. Por um lado,
através da aliança PSD/PTB, pressões populares eram agregadas e canalizadas.
Os partidos podiam pressionar o sistema* estruturar suas alianças e ganhar apoio
popular em suas tentativas de alcançar o poder através do Congresso. Por outro
lado, as classes de proprietários de terra, que não haviam sofrido muito durante
o governo de Getúlio Vargas, pois o sistema de autoridades e propriedade perma-
necia intacto nas áreas rurais, também apresentavam suas demandas políticas
através do Congresso, Apesar da consolidação das relações capitalistas de trabalho
e da proeminência econômica que os empresários haviam conseguido durante
a década de quarenta, a supremacia industrial-financeira nio se traduzia em
31
hegemonia Racional política e ideológica. O "general Café" ( que havia se diversi-
ficado em bancos e indústrias) e suas forças subalternas agro-comerciais estavam
ainda "no poder". Os interesses rurais permaneciam economicamente poderosos
e politicamente ativos com um papel crucial exercido atro vis do sistema bicorne
rsl manlendo a Câmara dos Deputados c o Senado como focos de rotmizaçfio
foriemente apoiada por empresários e pelo governo americano. Esta fase foi,
na verdade, uma longa sucessão de manobras getulístas defensivas e com propó-
sitos definidos t limitados, manobras que foram intensamente atacadas no Con-
11
gresso e na imprensa por políticos mordazes e agressivos, como Carlos Lacerda,
figura de proa da UDN do Rio de (aneiro; essa fase culminou com um golpe dc
71
Estado e suicídio de Getúlío em 1954,
Sob a presidência de Getúlio Vargar, a estratégia de acumulação de capital
e industrialização bascava-se principal mente em dois mecanismos de funcionamen-
to: amanutenção da poíítrca cambial e controle das taxas cambiais, transferindo-se
parte do excedente do setor agro-exportador para setor industrial, e uma
contenção relativa dos salários reais, abrandada em seus efeitos sobre os traba-
lhadores peta fato át as empresas estatais t privadas produzirem bens e serviços
subvencionados, transferindo assim parcialmcntc o poder de compra para os traba-
71
lhadores assalariados,
Getúlio Vargas tentava impor uma política nacionalista de desenvolvimento
capitalista* apoiado por uma combinação dc empresas industriais estatais e
privadas.*4 Essa política materiaíizou-se na criação altamcnte controvertida da
Petrobrás*5 e na formulação de uma política de desenvolvimento geral
diretriz
que tentava combinar o crescimento económico com a democracia social/ 0 E
mais ainda, o tipo de regime c sistema político almejado peta Executivo sob &$
rédeas de Getúlío Vargas, incluía a re apresentação de uma proposição que já
havia sido vencida uma vez. Essa proposição envolvia a consolidação dç um
32
aparelho administrativo de Estado e formulador de diretrizes políticas, rdatíva-
mentd Iívfc dl influencia exclusiva das classes dominantes, capaz de apoiar a
industrialização nncíünal e de limitar os interesses multinacionais Concomitante-
mente desenvolvia-se um esforço tendente a assegurar a implementação de um
bloco mdustrjaf-trabaíhisia apoiado pelo Estado e i acomodação de interesses
agrários- Porém, como já foi visto anteriormente, os empresários locais, longe
77
de serem hostis à penetração multinacional, até favorece ram -na* Os empresários
enfatizavam a campanha nacionalista muito mais em tomo da produção industrial
em solo brasileiro, do que em tomo da origem do capital ou da tecnologia envol-
vidos, Os empresários temiam também uma forma de desenvolvimento nacionsdis*
ta liderada pelo Estado. O processo de concentração de capita! desenvolver-seda
33
assim como políticos urbanos c sindicubslns/ |oúo Goulart, herdeiro aparente
1
de Gciúliü Vargas, bicava sua çampanhu m> que pureeia ser uniu continuação
doi aspectos mais estatinmics. nucionalísius c libertos n refomus das diretrizes
política* da segunda administração de Gefúlio Vargas. Ercqtmtio isso. fumdíno
Kubitschek fazia sua campanha em fa\or de um programa ambicioso dc plane-
ja mento e desenvolvimento. Porem a administração de Justdino Kubitschek. em-
possibilidades dc combinação das forças políticas que haviam sido sua base de
sustento original/*
Sob icobertura das políticas desemolvimernisias de |uscclino Kubitschek,
•ncdra»*-*ç um pacote tecnológico direcionado às indústrias de proa incipientes
como, por cvempkj. a indústria automobilística e construção naval, produtos
gu*micos c farmacêuticos, maquinaria e produtos elétricos, papd e celulose,
proporcionando a matriz econômica para o renovado desenvolvimento de uma
burguesia issociidi/* Espenva-se que o acesso à tecnologia e técnicas gerenciais
estrangeira*asnm como à ajuda financeira i rans nacional, fosse solução para o
,
34
dos imcrcsscs multinacionais e associados favorecidos pelo governo de Juscelino
Kubitschck. O
Congresso permití a também a denúncia da penetração multinacio-
nal c das condições especiais nas quais ela se dava e era, ao mesmo tempo,
o foro onde representantes das classes trabalhadoras se faziam Ouvir e participa-
vam de um certo controle sobre as diretrizes políticas do Executivo. Outro sério
efeito pdftico consistia na falta de habilidade básica do estado cartonai de funcio-
nar satisfatoriamente, em consequência da pequena burocracia firmemente esta-
belecida em seu interior t também de escalões mais altos da administração que
agiam de acordo com interesses tradicionais, junto a um grande número de “fun-
cionários reJotivamenle parasitas designados para postos públicos relativameníe
Inúteis"/ Qs interesses muhi nacionais c associados tiveram de procurar outros fa-
1
'
tores para produzir diretrizes que levassem à sua consolidação econômica. JusceH-
no Kubltschek proporcionou essa estrutura apropriada. Com efeito, com a implan-
tação do seu PI uno de Metas, e como pré-requisito para a sua realização, foi criada
uma uniphi gama de organismos de planejamento e consultoria e comissões de
trabalho, os Grupos Executivos / 1 Eles formavam uma “administração paralela"
coexistindo com o Executivo tradicional! e duplicando ou substituindo burocracias
velhas e inúteis, Essa administração paralela, composta de diretores de empresas
privadas e empresários com qualificações profissionais, os chamados técnicos, c
por oficiais militnres, permitia que os interesses mu Hi nacionais c associados igno-
rassem os canais tradicionais de formulação de diretrizes políticas e os centros
de tomada de decisão, contornando assim as estruturas de representação do regime
populista. Na realidade, isso significou incorporar ao sistema político c ao regi-
me populista canais exclusivos de formulação de diretrizes políticas industriais que
permitiriam a coexistência de capital local e multinacional. E mais ainda, os
novos interesses evitariam os mecanismos de controle e autoridade populistas,
como o Congresso e a critica pública que poderia ser dirigida aos interesses
multinacionais & associados por parlamentares da oposição. Isso ocorria pelo
faio de estarem as agendas que faziam parte da administração paralela nio so-
mente envolvidas em sigilo administrativo, assim como operarem sob a cobertura
1
ideológica de uma "racionalidade técnica ç “perícia apolítica" que supostamente
'
35
0 processo de expansão capitalista* A intervenção do Estado nn economia no
que ultrapassava a alocação de recursos públicos para atividades privados era
amplamente desencorajada, se não condenada, pelos grandes empresários. À
figura de um Estado onipotente não fez porte da perspectiva ideológica dos em-
presários industriais nacionais/* Além disso, a já considerável influência cconó*
mica do Estado despenava o tradicional receio por parte do empresariado de uma
crescente interferência nos negócios,** Reafirmar a necessidade absoluta da posse
privada dos meios de produção tomava-se a bandeira de luta dos empresários
e até mesmo dos militares.**
36
cio aparelho repressivo do Es lado, sua reorganização e a crucial mudança ideoló-
gica c operacional na orientação das Forças Armadas, passando da defesa do
território nacional para uma estratégia de contra-insurreição e hostilidade internas,
assim como o uso intermí lente de medidas coercitivas, foram características desse
período. Não se deveria permitir à retórica pluralista e liberal de meados da
décnda de cinquenta obscurecer essas características.
No final da administração de Juscelíno Kubitschek ficou daro que o seu
1
''modelo de desenvolvimento ', apesar de soas realizações, havia se esgotado; o
próprio governo admitiu implicitamente esse faio. adotando ostensivamente uma
política de "adiamento de problemas,'** O adiamento tático era visível; visava
a transferir para a administração seguinte os problemas que se acumulavam sem
serem resolvidos, O adiamento estratégico consistia em ter conseguido uma
trégua com os setores rurais reacionários enquanto permitia um crescente dese-
quilíbrio entre os sistemas urbano-industrial e rural-agrícola, aumentando a desi-
gualdade regional com o fortalecimento econômico do centro-sul às expensas
do resto do país. O adiamento estratégico permitia também que as instituições
políticas continuassem a funcionar, principalmente através da política de cliente-
la, obscurecendo o próprio sentido dos partidos políticos e deixando-os inoperam
tes e incapazes de obter timo coerência em seus programas,
isso, as classes trabalhadoras industriais, como pane das chamadas classes po-
100
pulares ,
fizeram do Congresso uma plataforma cada vez mais eficiente para a
expressão dos seus interesses em oposição direta ao bloco oiigârquieo industrial,
c contra os interesses multinacionais e associados. Com as crescentes demandas
nacionalistas c reformistas pressionando o Executivo c com o Congresso também
funcionando como um foco dc expressão dos interesses regionais e locais, tornava-
se imperativo para os interesses multinacionais c associados ter o comando político
da administração do Estado. Uso foi parciolmentc conseguido com a ascensão de
Janto Quadros ao poder. Sob grande pressão, de tentou resolver as contradições
do regime através de unia manobra “Bonaperfisla civil'*/0 após somente sete
*
meses no corgo, como mostra o Capítulo IV. A sub renúncia não teve a reper-
cussão desejada e loão Goulart tornou-se presidente inesperadamente, liderando
um bloco nacionphreformista / 04 Uma situação radical e altamente desfavorável
37
dttdübrüii-se para o bioco multinacional t associado qoe lançou uma csmpnnfoa (
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
!. O termo oligarquia, da forma em que é ram de 600 em 1890 para H.QGO em 1920*
usado nesta análise* engloba capitalizas Peicr EVANS. Dependem dêvefopmetn;
com interesses comerciais exportadorci. la- tfte Mane* of muUinutionnlm slaie and lo-
tifundiários c elementos da burguesia agri- cal capital in Brazií. Príncetoo. PnnccíCn
ria. designando o círculo resinio das classes Unív. Press, 1979. P . 104.
dominantes da República Velha e que uin
Em 1930, cerca da me fade do capital
da ernm economicamente poderosos duran- estrangeiro existente no Brasil era briíã-
te a Segunda República.
nícp c ei quarta parte americano- Vjdç Ri-
Sobre o conceito de oligarquia e a ques- diard S. SiNEWFARMER
Wlllard F*
lio da legitimação oligirquka. vide Ahin MUELLER- Multinatbnal torporatiúns in
ROLO Ui £ Oligarquia o burguesia: el pro-
Brazit msd Metico: sirueiural sources of
blema de fot grupos dominantes en Amé- economic and non-ecóttúmic powtr. Wash-
rica Latina. Bidefeld* mar 1978. Mímeo- ington. U3 Government Priming Office,
grafado.
agosto 1975. p. 96. (Relatório para o Sub-
2 Para umi análise do período, vide ta] Committec on Forrign ReliiRms do Senado
Fernando H. CARDOSO & Ênao FALET- dos Estados Unidos).
TG- Dependência e desenvolvimento na
América Latina Rio dç Janeiro. Zahar,
6 A partir de 1920, > rtgiio sul respon-
$ihi|Í 43 va se per m*is dc 50% da produção
1970. Cb> Luciano MARTINS. Pouvoh et
industrial; e. a partir dc 1940, mais de 50%
dévehppêmtnf êcúnomique Paris. £d, An-
Thropos. 1976. Cap. I.
da produção agrária também
total cabia
èquda região. Enquanto o nordeste c
isso,
í. Sobre o conceito de bloco de poder, vi-
â região leste prodomm menos de 43%.
de Mj coa POULANTZAS. pofitkal power
Vide (á) Pauto de Assli RÍBEJRO. Quem
and sacial clones, london* NLEL 1975. p,
elege quem. Rio de Jane iro. IP ES, 1962.
141, 22M5>
p, 4 Mimtograíadp, (b) P, EVANS, op
Octavio lANNl
. .
4. çt alit, Processo político
cif Cip. 2 e 3. <c) Warrcn DEAN. The
e dcscnvdlvimemo econômico In- Política
industríõüzatkm of São Paulo í $801945-
r revolução social no Brúsü Rio dc Janei-
Ausiin, Univ. of Texas Preis. 1969.
ro, Civilização Brasileira, 1965. p 16*17*
5. Sobre
origem da indústria, vide Sérgio
a 7 . Sobre o papet desses empresários, vide
SILVA, Expansão cafeeiro e origens da In- íaj Eli DlNlZ. Empresário, Estado c capi*
dústria tto Brasil. Rí» de Janeiro, Ed. Alfa- toíismo no Brasil f95Üf94y Rio de fanei*
Gmcga, 1976* to, Piz e Terra, 1978. (b) Warrcii DEAN.
O cr ca cimento tf a indústria foi extraordi- op. cíf. (c) Luciano MARTINS, op, cif
nário. Oi csfabriccimejtfoi industriai* *ubL Cap, 2,
38
Uma grande
poric dcwes empresfiríos, brados em decorrência de tu tas faccioná-
scul outrüi pnrcn(c 3 cslürium na
filho* c rias.
Jjdcrançtt do golpe de í%4,
11. Sobre as condiçóes que levaram 6 for-
8. Oconceito dc 'Tkmapnrli&ffiti" é usado mação do "cs lado da compromisso'', vide
como um cânone de interpretação históri- luj )garez lírunddo LOPES. Desenvolvi-
ca e níki para se referir h combinação mi mento e mudança social: formação do so-
que tomou o poder
IMur-impcrial concreta çttácde urbano^méustrial no Brasil. São
na França, Vide Gucntin HOARE & Paulo, Compnnliía Editora Nacional» MEC,
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1973. p, 216-17» 227, termo "Bonapanis- O co, Siglo XXI, 1968. p. 64-71*
mo" é usqdo ecn rdaçfio à rccstahilizâção 12. Para uma análise dos vários grupos eco-
do equilíbrio político ameaçado, islo é, a nômicos conflitantes, dos choques entre as
supremacia das classes governantes através cl assei sociais c do sistema político do pe-
da intervenção política, a qual reprime o ríodo entre Revolução de 1930 e o Es-
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É
T
mo "partídos' ,
acima e além dos próprios DEI RA, Presença dos Estados Unidos nó
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Até mesmo os Tenentes, que com seu Ed. Grtjalbo, 197 B. (d) E vai do Amaral
ímpe io modernizado? haviam sido os pon* VIEIRA. OUvtira Vianaa Sl o estado cor-
tas de lança da Revolução de I9JÍS, e que porativo. São Paulo* Ed, Grijalbo, 1976.
poderiam ter sido o fator ideológico e or- 15. Vide Eduardo de Oliveira t OLIVEI-
gommdomtl de coalizão na formação de RA. Movimentos políticos raegros no ínf-
um bloco srttiotigárquko c de classes mé- do do técub XX no Brasil e nos Estados
dias e Industriais no poder, foram rapida- Unidos. Caderno de estados sobre a cort-
mente absorvidos pda política regional ou irtbuiçáo do negro na formação social bra-
pela hierarquia militar, ou foram desmem- sileira. Rio de Janeiro, Umv, Federal Flu-
39
t I
míften$e f 1976, p* 6-SO (instimto dc Cili- subtil temoscm dccorrénda de sua capaci-
cia* Humanas e Filosofia). dade dc definir t manter os normas dc ex-
clusão soda! c política. Àsrinu a tradução
16. A Aliança Nacional libertador*, fun-
política da noção de bioco Histórico é dc
dada cm 1915 logo após * criação 4c f ren-
propuitm parti cu íaristsis do empresariado. dependência. In: MAR, José Matos ed* La
À formo pelo qual o Eslndo Novo Foi apro* crisis det desarrollismo y ia nuém depen-
vndo pela burguesia pode ser vistfl em Ed- dência. Buenos Aires, Amairortu Ed., 1969.
gord CARONE, A terceira republicas 1937+ p, 64-3 de Estúdios Peruanas),
{Instituto
1945. Suo Paulo, Dl FEL, Í976, p. 349-97. (c) Nelson Mello de SOUZA, Subdesenvol-
Atcnçflo especial deve ser dada à carta aber- vimento industrial Cadernos Brasileiros*
ta a GctuUo Vargas publicado cm O Esísi- Rio cíe Janeiro, 1967, p. 2&34, (d) Maríi
do de São Pauh, etn 19 de abril de 1943, da Conceição TAVARES. Da substituição
assinada pela Federação das Indústrias, pe* de importações ao capitalismo financeiro.
In Associação Comercial de Soo Paulo e Rio de [aneiro, Zahar, 1975, p* 67-79, (e)
por um grande número de corporações dis- W. DEAN. op, cif. íf) P. EVANS, op. cit.
tintas, Vide também {a) Régia de Castro 27. Sobre o papel cambiante do Estado,
ANDRADE, op. cit p- IS c nota bihlio vide (a) P. EVANS. op. cit p. S3-9Ü. (b)
gráfica 23, (b) Eli DINIZ, op, cit, Cap. 2. E. DINIZ, op. cit. Cap. 6 e 7. (c) Oclavio
p. 94-109. 1ANNI. Estado y ptonifkación económica
23. O termo "convergência de classes'' *plí-
eti ttrasií: 1930-1970. Buenos Aires, Amor-
ca-ie a uma situação onde diferentes clas- rortu Ed., 1971. p. 18-70,
ses se acham reciproca mente acomodadas 28. Vide (a) Paulo SINGER. A política dm
no aparelho do Estado com um relaciona- classes dominantes, tn: Política e rtiVolu*
mento contraditório c competitivo. Elas são çào . . op. cit p, 86-90. (b) Francisco de
basicamente reconciliáveis em decorrência OLIVEIRA* op, cit , Essa nacionalk^çãa foi
de sua ligação estrutural. com domínio apoiada de fato e a tá mesmo candurida
político servindo de mediador. Sobre essa pelos próprios industriais. Vide E, DINIZ*
convergência de interesses, vide Hamza op. cit. p. 103-05*
ALAV[ The r State In post colonial socie- 29. ftégii de Castro ANDRADE* op. cit
liesí and Bungliidcsh, New Left
PakistEm
p. 9.
Review, London. (7+):59-82 # s.d, Este ca-
3Ü. E DINIZ. op. clt. p. 76-7.
pítulo foi fritrUtOr^do Wicaroenle a partir
da análise de Hamza Àlavl.
31. Vide (a) Evaldo Amaral VIEIRA, op,
df. Cap. 3 e 4. (b) E. DINIZ, op. cif. p.
Sobre a forma histórica concreta de ril
94-109.
convergência, vide L, MARTINS, op cit, ,
41
h
14. E. Pinto, op. cit * 10M7, Co. Vide o Capítula III deste livro. Para
p.
um relato sobre o DASP» vide {u) Maria
35. Entre 1930 c o final do Estado Novo
Campello de SOUZA, op, cif. p. 964. (b>
em 1945, várias organütjções de classe fo-
La^rence GRANAM, Civil strvke reform
ram criadas como. por exemplo* a Federa-
ção das Industria» do Estado de São Pay-
in BraziL Àustin, Univ. ©f Ttw Freis,
to —
FIESP, o Centro de Indústrias do Es*
196S. p. 27*30*
São Pauto, Paraná, Rio Grande do Sol, Mi* do novo aparelho do Estada, posições apa-
na Gerais e Pernambuco, asíím como a
ii rentemente dominantes, tais figuras se mos-
Confederação Industrial do Brasil t o CüR’ iravam na realidade "furce tonais" e em coti-
selha Nacional de Indústrias. Seus Jfderes sequência verdadeiramente subalternas, cra
eram Roberto Simonsm (CBi), Euvaldo Lo decorrência de seu Cümpromi&o com a or-
di (CND, João Daudi d 'Oliveira {Associa- dem c o progresso empresarial. Ao envob
ção ComercialL Ricardo Xavier da Silvei- ver o desenvolvimcm© industrial zm uma
ra {Centro Industrial do Rio de rafeiro} trama burocrático-militar, o Estado dava a
e Vicente de Paul* Gallitr impressão dc ser uma entidade onipresen-
«ses institutos ou conselhos de
te, considerado tanto como um adminis-
3õ. Entre
trador imparcial quanto «im franco benfei-
representação estavam 01 do açúcar c do
álcool, da mandioca, trigo, algodão, café, tor itof "classes produtoras” (os industriais)
fumo, sita], óleos vegetais, vinho, pinho, e d«i danes trabalhadoras. Vide {a) P.
csrtie e sal. Alguns produtores st faziam SCHMITTER. op. cit* p. 1&I-82. fb) E-
representar por Conselhos Regionais tais CARQNE, À fíJxtfíra.H, op. cu* p. 349-52.
como o Iruiiigin do Arroz, a Federação do* Obloco mdusirial financeiro em rinchei*
Produtores dc Lã, o Instituto da Carne âo rmi ic em torno da perícia da burocracia t
Rio Grande do Sul e o tnsliíuEo do Cacau do Exército, apoiado por um aparelho es-
da Bahia, tatal cujo quadro de funcionários provinha
37. {•) M- Campelkj de SOUZA. op. cif. dai classes médias, as quais agiam objeti-
p. 84, (hl Philippe SCHMITTER. op. ríí. vamente como classes auxiliares. O cresci*
p. HM4J. (c) E, DJNIZ. op. ctl. Cap. 4 e 6. mtniQ tnduitrial equiparado ao desenvol-
38. E. DJNIZ op. dr, p, 94-t09. Aí Jiga* vimento nacional reforçou o mito de um
çóes ideológicas e poifiteas entre ò nacío distanciamento ideai por parte do Estado.
'natiimn, o desenvolvimento industrial e Peto metma razão, a noção de construção
o auiOfiiirlsma foram engtobadu pd* ideo- nacional recebeu um conteúdo preciso e
42
E
SM1TH, op, dt. p* 12-1 3, 235-58, 245. <b) o bloco hííiórico ctmsmiído pelas cltssei
H* PORTELLL op* dt 5-26, 3044. dominantes dentro das condições parti-
p. 1
E. D IN 12, op* dt. Cap. 6. th) P. culares do Brasil, isto é* a integração e ar-
47* ia)
ticuUção de diferentes classes sociais sob
SCHMITTER, op. crí* p. íS2^5.
a liderança de um bloco út poder oligir-
48, Vide Navarro de TOLEDO.
Caio
quico- itidustrt»1. Mesmo sendo a fornia
IS de ideologias: análise de
fábrica
que tentou encobrir a supremneia dc das-
uma instituição. Tese de doutorado- Fa*
st desse bloco de poder, o populismo per-
cu da de de Filosofia, Letras e Ciências de
3
43
Studm. Toroiuo, t.é. Edição espe- va os Símitts dc uma doutrinação ema* Os
cial. fd) Ernesto LA CL AU* Poíifírs anâ trabalhadores deveriam ser também ins*
idcofogy in marxist theory ? capifíiíwn, /o*’ I quanto a "seus direitos dentro dpi
ruí dos
chm, populhm. Londou, NLB, 1977. p. leis trabalhistas e ria ínto da terem advo-
145-99- <el Fernando Henrique CARDO gados à sua disposição", tio passo que sç
SO- i
Ideologias éf ta burguesia industrial larnav a necessário ensinar técnicas organi^
rn soóídades depcndientts. México* Siglo z ac tonais aos líderes das classes trabalha-
XXÍ, 1972 {!) Francisco WEFFÜRT. El doras c apoiar financeiramente suas asso-
populitmo cn U política bra^lcua, Lu: ciações. Somente um movimento traba-
Brasil twy. op. crí* lhista Torta, bem organizado e bem in for-
56. A
deposição de GctúUo Vargâ$ foi uu* ni eds poderia assegurar o lípa dc paz so-
xiliâd» pelo embaixador »n*c rica no Adoíf cialimaginado por Simorucn como & base
Bcrle,qyc desencadeou i serie d t iconte* dc sociedade industrializada brasileira, A
cimentoi que te vole 1 derrubada do poder» estratégia empresarial envolvia também a
26-7.
uma democracia capitalista '.
F, SCHMIT-
p,
TER, op, cit. 1971, p, IflS^Sé. Entre os
59* Osvaldo Trigueiro do VALE- O Ga*
participantes desses cursos achavam um
nem! Dutra e a redamocratizüçâo da 45 r
jovem professor, Jânio Quadros, que se
62,
Rio de (aneiro. Civilização Brasilei;a P
tonmria presidente em 1961 como o can-
1979.
didato das grandes empresas. Vide o Ca-
60, Vide Octavio lANNI. Estado... op. pítulo ÍV deste livro,
cit. p. 84-97.Sobre a formação da ESG e
63. Alberto PasqualinL ideólogo expoen-
seu jignrfícado político, vide À, STEPAN,
te do FTTJ e um dos maiores colaborado-
op. cit. Cap. I,
res de Getútio Vargas na criação do par*
61- Sobre i FIESP e o Cl ESP. vide P*
tido no Rio Grande do Sul, Estado natal
SCMMITTER. op. cit. p 180-201.
dessas dues figuras políticas, explicou que:
Oi objetivo* específicos do SESI "Eu nio sou um homem de esquerda ou
erun "estudar, pUnejir e orientar» direi a dc direita. Ceriamemc não sou um socia-
ou mdíreiammie, n
meios que contribuem lista. Penso apenas que â burguesia deve*
p«ra o betumiat social dos irabalhidom ria dar uma certa contribuição. Há muito
1
do “uma compreensão c ftTa de seus deve- dores sem tradiç&o política que vinham de
|
44
67. Através do peleguísmo estabeleceram- emancipação. Rio de Janeiro, Pai e Ter-
se. entre outru, a Confederação Nacional ra, (975. (d) Mona BANDEIRA- op. cíí*
dos Trabalhadores no Indústria (CNTl) t a p; 323-65. íohn D. WERTH. The poli-
(e)
Confederação Nacional dos Trabalhadores tiç$ of Broiilittn drvelõpment, Stonford,
no Comércio (CNTC) em 1946, a Confe- Simford Univ. Press. 1970.
deração Nacional dos Trabalhadores cm 75. (*> R. BOURNE op. tíi. p. 161-64.
Trabalhadores em Transportes Fluviais, (b) G, COHN- úp, cit,
a Confederação Nacional de Trabalhado- 76. (a) Hélio AGUAR t BE. Poli ri til stra-
|
nciro, Grani, 1977* p. 79-B0. UN1CAMP, Ed* Brasil icnse T 1976* (c) Ma-
14. Para uma discussão das tendências na Viciaria de Mesquita BENEV1DES. O
nacionalistas da segunda administração de goi erno Kubtischek: desenvolvimento etxh
Geiúlio Vargas, entre 1950 t 1954. vide (al nômico e estabilidade política 1956*1 %L
O* IANNL Estado... op. ciL p. 9S423. Rio de fane iro, Paz c Terra, 1976. p. 199-
Çb) Gabriel COHN. Petróleo e rtacionalis.' 240.
mo. São Paulo. Dl FEL. 1966. (c) Medeiros 83. Celso LAFER. The piamúng proctss
LfMA. Jaus Soares Pereira: petróleo, and the potiiical system tn Bratil: & siudy
energia elétrica, siderurgia* a fulo peta of Ktíbitsdiek's target plan — 1956-196/,
45
r
Firmas. E mais ainda, houve uma mudirv ritmo dc desenvolvimento for rupido, a
por 24% da minufalura, deixando 12% pobre**. Obviamcnie isso nào quer dizer
f
para os leiores extrativo e primário, em que sc deva deixar sem eonirole os instin-
1950 números eram* reipectivamente.
ot tos predatórios que âcfttiOftalmtnie te
19% + 44%
c 17%. sendo que o investi' acham presentes cm certo* setores capita-
mento em manul atura mostrava uma mar- hslai. Isso significa rncramenlt, dentro do
eada tendência para um crescimento con- nosso estagio de evolução cultural, que •
tínuo Em 1929 o valor contábil do inves- prcservição de incentivos para o cresci-
timento amçncftno d imo cr* de 194 mi- mento da produção deve ler prioridade so-
Ihútt de dóUrei e em 1946 esse valo* atim bre medidas que visem a sub redistribui-
fiu 525 milhòn dt dólares. Em 1950 o çio". Vide Th cm as SKIDMORE. Politics
valor cri de 644 rrulhóei dc dólares, cht in Btúnl 1930-1964: an etpcnmenl in dc-
gindo a 951 milhões dt dólares em 1960. mocracy. Oxford. Oxford Univ, Çreii,
Vide P- EVANS Cotuinuii? and contradic* 1947, p. 587. nota bibliográfica.
87, O rciulíado das direlrizei políticas dt vam o antigo sistema dc nomeação pater-
Jusctlino KubítKhtie foi extraordinário. nihiia dc familiares e amigos. Vide C.
Indústrias que em 1949 importavam mais LAFER. op cif, p. 67*
46
*
ri#m à queda de [uio Goulart, observou tendo "birakirr fsic) moral. 14 Palestra
poiteriormcntc que a induitriaU^Bçjú de proferida 'peío Marechal f, Veríssimo m
Juscdírso Kubifichek "gerou uma sitie de FÍESP, transcrita em O Estado de São
problemai dentro das estruturas econdml- Paufo dc 20 de fevereiro de I96J.
ças, sociais e políticas, Ho campo da ad-
% Uma análise do papel do ISEB —
ministração pública» [a industriaUiaçãQÍ le-
Instituto Superior de Estudos Brasileiros
ve repercussão com a criação de uma *é- no desenvolvimento dc tal idéia é aprese n-
ric organizações paralelas dentro 4o
tlt
fada em M. BENEV1DES. op* ríf p. 241-
Estado,,, com o propósito de satisfazer 41*
as necessidades que surgiam em eúnie-
97* Os trabalhadores industriais aumen-
qüÊncU de problemas econômicos e so-
taram de 45ÔOOO cm
1930 para 2.100.000
cliils que se acumulai vam”. Vide também
cm 1960, número esto que quase dobrou
L< MARTINS, op, cii. p, 136.
de 1950 até o final do período de Jusce-
Vide A, C. do Amaral OSÓRIO. O Ei- no Kubitschek. Vide Edmundo Macedo
lí
a ação do Estado para se tornar o chefe theorincaí approoch and a Brozdum caie
.
supremo do feiro através do com pleno de itudy Cambrídgc, Mtst.» Hirvard Univ.,
Volta Redonda e da Companhia Vale do Pms, l%8, p, 154, 4b) Culos Estevam
Rio Doce, o chefe supremo do transporte MARTINS. Brasil Fitada Unidos doí —
ferroviário através da Rede Ferroviária anos 60 aos 70. Lima. Instituto dc Estú-
47
çdo dc dirciriKS polilicns que linvm t\áú
corpor*(6« multÍn*eion.ii
duo piop ri «çio
unte ob«rv« que
cm imiiu» ~
e
]o»o Coul.»
•!<
'E
T£
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®
mujo por Gc túlio Vnrgos.
vou, poiieriormcniCi
folü Cwilwt depois
íi
de
Em
faio l e
própria queda dc
perder o «poio
,
de
dc* .no. tti.ís ur*. o das classes dominantes como um lodo,
compo»iíio <•« míniicíno e implementa-
46
CAPITULO II
A ASCENDÊNCIA ECONÔMICA
DO CAPITAL MULTINACIONAL E ASSOCIADO
Introdução
ditória com as várias formações sociais nacionais, tiveram como expressão orga*
niz acionai básica as corporações multinacionais, O capitalismo brasileiro, tardio
2
49
*
Tabela l.
Tabela 1
Gnipoí Grupos
Valor do cipitil estrangeiros % hK ionus %
4 a 4 bilhões — — 5 9,4
50
Dos 55 grupos no Brasil, 31 deles (56,4%)
mtiiliblítonáriôi encontrados
eram multinacionais 24 deles (43 6%) eram locais ou “nacionais" dos quais,
e +
por sua vez» 62,5% tinham ligações variadas com grupos íransnicionais. Dtsses
24, somente 9 grupos {3? *5%) não tinham ações nas mãos de corporações mul-
tinacionais, ao passo que 2 deles íinham diretorias interligadas com as de corpo-
rações multinacionais.
11
A
supremacia multinacional mostrava-se mais intensa fc
51
Tabcln 2
MuhifriEionÃrto* scima
Tabela 3
eiLtONARIOS MULTIB1UONARIOS
'
12,9 3 123
53
*
Tabela 4
hâfrmduimal
Eaporuçio importação t2 nae. 4- 2 muhm serviço* ia-
duiiriais (1 nac. 4 2 raultin >. bancos Q iwc)- inmtimen-
tos (1 naç. + 1 multm). distribuição (1 hk. 4 2 fnuHinJ 8 (J3JH) 7 (30.7%)
Industrial
Bcrtsde consumo niodurivti* 8 {JJJW 5 (1U%J
Bcru dc consumo dwrãvcu 1 (42 %) 7 (24.1%)
Maquinãrío pesado 1 (42 %1 * <IJJ%)
Indústrias básicas : 6 (25 %) B (24*1%)
TOTAL 24 (100%) 31
Tabela 5
MULTIBILIONARIOS BtUONAfUOS
Eitrituueme «peciilUadai 5 * 11 —
Atividadei variadas rriseiorudaj hori-
ignialmenle c relativamente cipecíali-
zadat . , , 20 II 9 2
Diversificadas I 5 5 —
Muito divcrsificadij ........ — 3 — 52
54
Além da unidade tecnológica e da especialização da produção, outro índice
da integração dos grupos multinacionais comparados aos grupos "nacionais" é
o relacionamento entre o número de empresas c o volume do capital, ta! como
é visto na Tabela 6.
Tabela 6
NACIONAIS MULTINACIONAIS
bilhSei bilhões
Média por empresa: 432 milhões Média por emprcin: 1.307 milhões
55
4
Tabela 7
Acima de 90%
CttTMIfCuO 10 345 6 46,2 4 25,0
Tabela 8
Parte da produção
Rim oi de iiivididc Número de cormpondeme *i
e-mpreimi 3 m ei orei
empresai (%)
56
Grandes companhias multinacionais e mesmo "nicioniis" dominavam a
economia/ 1 interesses multinacionais predomina vam no setor secundário, O mais
dinâmico deles. Através de seu controle olígopolisia do mercado, 15 companhias
multinacionais ditavam 0 ritmo e a orientação da economia brasileira, Nos centros
capitalistas {Esfados Unidos e Europa), o capita] financeiro reinava supremo no
círculo de hegemonia americana. O capital americano, que detinha somente 2,0%
dos investimentos no exterior no primeiro quarto do século, passou a ocupar em
1960 uma posição proeminente, possuindo perto de 60% dos investimentos es*
trangdros. Enquanto isso, a participação da Grã-Bretanha, França e República
Federa! alemã caía para 30%.
21
Um
relatório do Bureau of Intellígence and Re*
do Departamento ét Estado americano, elaborado no inicio de 1963, apre-
se o re to
sentou uma importante visão gera! dos empreendimentos privados americanos no
Brasil Ao delinear o '"caráter dos grandes empreendimentos privados americanos
naquele país cm termos de seu amanho* localização e origem corporativa'*, o
1
relatório objetivava servir psra "situar no seu contexto esse fator signifl cativo na
economia do Brasil e no relacionamento Estados Unidos-Brasir*/* De acordo com
o relatório, os investi mentos estrangeiros privados no Brasil totalizavam cerca
de 3,5 bilhões de dólares. Os interesses americanos formavam 0 maior grupo
individual dc investidores estrangeiros, com aproximadamente a terça parte do total
do capital transnacional Come ari amente ao modelo de investimento dos Estados
Unidos cm muitos outros países latino-americanos as ações americanas em com-
*
57
todo o investimento multinacional privado (aproximadamente 1,4 bilhão de dó-
lares deum total de 3,5 bilhões de dólares), o$ investimentos americanos chega-
vam a cerca de 45% da total do capital transo acionai. 0$ setores mats impor-
tantes nos quais fundos americanos haviam sido investidos eram:
a) industria de automotores, de utilidades domésticas c outras indústrias de
máquinas, onde os investimentos americanos constituíam mais dn metade dos
investimentos estrangeiros de cerca de 830 milhões de dólares, Em seguida vinham
os interesses da Alemanha Federal e os britânicos. Ás indústrias de automotores
americanas no Brasil eram a General Motors, Ford Motor Co., Willys Motors e
International Harvester. Companhias importantes na fabricação de Iratorcs e
equipamento rodoviário eram a Caterpilíar. Fruchauf, Le Tourneau Westmghouse
e Hyster, As indústrias mais importantes em peças para automóveis indoíam a
Bendíx, Clark Equipmem e Armstead (ex-American Steel Foundries). Os maiores
investidores em maquínário e produção de utilidades domésticas eram a General
Electric, IBM, Singer Sewing Machírte, RCÁ, Tiroken Roller z Muncie Gear
Works;
o setor de industrias de aço e meia) era dominado por investimentos
b)
belgas, seguidos pdo Japão. O capital americano representava cerca de 15,0%
do total do capital transn acionai privado, estimado em 275 milhões de dólares,
À seguir vinham os interesses dú Canadá e da Alemanha Ocidental. As indústrias
metalúrgicas americanas incluíam, entre outras, a Gillette Co. e a Revere Cooper;
c) os maiores investidores americanos nos setores dc mineração e petróleo
eram a Bethkhcm Steel em mineração e as Standard Oil, Texaco e Atlantic
Refining na distribuição do petróleo. Os haviam inves-
investidores americanos
tido cerca de 65,0% do do capital estrangeiro privado que chegava a 200
Lüttl
milhões de dólares. Em seguida vinham os interesses britânicos c italianos;
d) nos setores de cimento e vidro a França tinha a primazia nos investi-
mentos, seguida pelos Estados Unidos e Suíça, A Pittsburgh Plate Glass, asso-
eram as indústrias americanas mais
ciada a interesses franceses, e a Corning Gliss
ímporiames na produção de vidro. A Lone Star Cernem e a Dolphín Shipping,
essa última associada a uma companhia italiana, eram importantes produtoras
americanas de cimento."
Na categoria de indústrias leves e industrialização de alimentos, cujos in-
vestimentos chegavam a cerca tk 1,1 bílhlo de dólares (um terço dos investi-
mentos trans nacionais), o capita) americano, que representava mais da terça
parte, distribuía-se da seguinte maneira;
a) produtos químicos, farmacêuticose plásticos com 420 milhões de dólares
de investimentos transnacionaís, 40% dos quais provinham de companhias ame-
ricanas. Entre as mais importantes estavam a Union Carbide, Cdancse Corporation
c a Eastman Kodak. Os outros ínvestímentoi transnacionais eram princípalmente
franceses, aíemaes e suíços;
h) na industrialização de alimentos, os interesses britânicos tinham prímazii
no volume dc seus investimentos, seguidos pelos Esiados Unidos e pela Argentina
{prinçípaJnieme Bunge 4 Born). De um total dc 240 milhões de dólares de capital
íransnacjonal, os Estados Unidos detinham aproximadamente a quarta parte dos
investimentos. As corporaçóes americanas mais importantes eram a Co rn Products
Company, International Packcrs e Andcrsun Cloyton;
c) os interesses transnaeíooaís investiam cerca de Ió5 milhões de dóíares na
área tfixtij» Esse setor era liderado por interesses britânicos c franceses, enquanto
58
0$ Estados Unidos tinham 12,0% do total. A). B. Martin e a Ranch Rí ver Wooí,
associada a interesses franceses,eram as corporações americanas proeminentes;
d) nos setores de borracha, madeira e couro, de um total de 150 milhões
de dólares de investimentos estrangeiros, os Estados Unidos responsabilizam -se
por 50,0 %, seguidos pela Itália c Gri -Bretanha. Os gigantes americanos eram
a Firestone, Goodyear c a B. F. Goodrich.
empresas industriais com interesses em múltiplos setores incluíam cor-
e)
porações engajadas em uma variedade dc atividades, tanto industriais quanto
comerciais. O grupo dc investimento Bunge & Borrt liderava esse setor, com as cor*
porações americanas responsáveis pela terça parte do total de 92 milhões de dó-
lares dc capital transnacional A Anderson Clayion era a maior entre os interesses
americanos, seguida pela United Shoe Machínery e pela Minnesota Mining and
Manufacturing;
f) o papeí e a celulose respondiam por cerca de 70 milhões de dólares do
investimento estrangeiro, com os Estados Unidos responsáveis por 70% deles.
As corporações mais importantes eram a Champion Papers e a International
Paper/*
Em atividades nao-manufatureíras, que incluíam finanças, comércio. publi-
cidade, imóveis e agricultura, cerca de 280 milhões de dólares foram investidos,
dos quais a terça parte, aproximadamente, provinha dos Estados Unidos, Nos
setores bancário e financeiro, os Estados
Unidos lideravam o investimento trans-
naciúnil com cerca de 25% de um total dc 152 milhões dc dólares. Canadá G
vinha em segundo lugar, seguido pela Grl-Bretanba. França e Alemanha Federal.
Os grandes interesses americanos incluíam o First Narional City Bank e o First
National Bank of Boston, ao passo que o número de corporações ma nu fature iras
estendiam suas atividades para as areas dc crédito e investimento como, por
exemplo, a General Electric. Beihkhem Steel e Eastman Kodak. No comércio
predominavam os interesses americanos com cerca de 55% do total dc 80 milhões
de dólares de investimento transnacional. A Gra-Bretanha vinha em segundo lugar.
Às maiores corporações americanas eram a Sears Roebuck, a Pimburgh Finte
2
Glass ®
e a Siuger Sewing Maehine. Nos setores de publicidade, imóveis e agri-
cultura, o total do capital transnacional era de cerca dc 50 milhões dc dólares,
dos quais 40% era americano. A Esteve Brothers e o King Ranch estavam entre
os maiores investidores americanos em agricultura, e a McCann Erickson em
90
publicidade.
No setor de utilidades públicas os investimentos
americanos privados detinham
somente uma pequena A
holding canadense Braxitian l.ight and Traction*
parte.
Brascan 31 responsabilizava -se por aproximadamente 85% do total dc investimentos
estrangeiros. Os interesses americanos de maior importância no setor de utili-
dades, a American and Foreign Power e a International Telephone and Telegraph*
respondiam por quase todo o restante do capital estrangeiro nesse setor.
O relatório do Departamento de Estado apresentava também uma lista das
maiores firmas americanas no Brasil total mente controladas ou com predominância
de capital americano Elas eram, em ordem decrescente de acordo com o volume
aproximado de capital e reservas, volume este que variava de 60 a 10 milhões
de dólares; General Motors do Brasil S.A„ Ford Motors do Brasil $A. Esso P
Brasileira de Petróleo $. A.*3 Willys Overland do Brasil S.A,, General Electric SA,,
Força e Luz de Minas Gerais —
EBASCO (Grupo Morgan) Indústria de Pneu-
máticos F ires tone SA„ Indústrias Reunidas Vidrobrás, Texaco do Brasil SA,»
59
International Harvester Máquinas SA, Champion Cdlulosc S.A., Union Carbide
do Brasil S.A.* Indústrias Andmon Clayton & Co. — ACCG. Bendix do Brasil
Ltda., Cio. Goodyear do Brasil. Cia, Paulista de Força c Luz (American & Forcign
Power), ITT, Caterpillar do Brasil S.A.. Refinações de Milho (Corn Products Co,),
IBM do Brasil, Cia. Energia Elétrica da Bahia (American & Forcign Power),
Sears Roebuck S.A.* Cia. Atlântica de Petróleo S,A, (Atlantic Refining Co,), B. F.
Goodrich do Brasil S.A. t Svriíl do Brasil.**
Deve-se ressaltar neste ponto que no esforço dc cunho ideológico, político e
militar organizado pela burguesia para derrubar o Executivo de João Goulart*
fariam parte empresários importantes, que nele ocupariam posições-chave, ligados
à maioria das corporações às quais o estudo do 1CS faria referência; também
participariam desse espaço a maioria das companhias mencionadas no relatório
do Departamento de Estado. Muitas dessas corporações, algumas através de suas
subsidiárias c outras dirttânientc ou através de associações dc classe, seriam tam-
bém importantes contribuintes financeiros para n campanha que levaria à queda
do regime populista.
60
dc Moraes, Bueno Vidígal, Quartim Barbosa,
Viííares, Mourão Guimarães t Ma-
ta razzo. entre outros. Os
grupos nacionais eram controlados por grupos familiares
que distribuíam as ações e as posições administrativas entre si, seus parentes, ou
entre grupos familiares menores, ligados às famílias nucleares, mas não necessa-
riamente aparentados, como era o caso do grupo Almeida Prado. Em princípio
da déctida de sessenta, somente 5 dos grupos nacionais multibilionáriôi não se-
guiriam essa estrutura familiar; 7 eram formados pda reunião dc empresários
isolados c somente 12 grupos podiam ser considerados como liderados por admi«
nisiradores. Dos 55 grupos, 28 (50,9%) possuíam holdings puros dentre as firmas
que os compunham, sendo que a maioria deles era de grupos nacionais de origem
local c não dc imigrante Os grupos multinacionais operavam através do controle
" 3
acionário majoritário dc suas empresas.
Os grupos multinacionais multibilíonários viam de 80 a 90% dc suas ações
em poder da matriz e somente 3 exerciam controle minoritário de suas empresas.
Os grupos multinacionais bilionários mostravam tendências semelhantes, ao passo
que ero mais acentuado o controle minoritário nos grupos multibílionários locais.
Nenhuma formação c mais representativa do processo de integração capita-
lista (internucionaliznçuo, centralização organizacional e fusão e interpretação
financeiro-industrial)que ocorria em meados da década dc cinquenta e princípios
du década dc sessenta do que a do gigantesco Atlantic Communíty Development
Group for Latín America, mais conhecida por sua sigla ADELA. A ADELA
foi formada em 1962 a partir de recomendações feitas por um think-tartk* enca-
beçado pelo vice-presidente da Standard Oil of New Jersey {grupo Rockefetler)
c pelo vice-presidente da FIAT (complexo Agnelli].
1
*
A ADELA íoi posta em
íição por parlamentares da OTAN s vtnaóores dos Estados Inidos, entre os quais
exerceram papel importante Hubcn Horatio Humphrey e !*cob Javíli. então
senadores e membros do Council for Foreígn Relatíons. À ADELA foi registrada
no Grão-Ducado de Luxemburgo em setembro de 1964. operando na América
Latina através de um escritório em Lima, Pem.
A organização consolidou-se no fim da década de sessenta e. cm fins de
1972. o$ acionistas da ADELA incluíam cerca de 240 companhias industriais,
bancos e interesses financeiros de 23 países, cuja lista é apresentada no Apêndice
À. A organização é financiada por alguns dos maiores complexos industriais e
financeiros internacionais, o que com que ela tenha consideráveis recursos
faz
e canais de informação. A ADELA também capaz de exercer forte pressão sobre
è
11
os governos dos países onde opera. As suas funções são explorar as opoituni*
dades de investimentos para as corporações multinacionais e criar um clima
favorável para investimentos usando sócios locais, um papel político que en
ameriormente exercido pelos governos dos países onde as matrizes destas com-
panhias estavam situadas. Alem disso, a ADELA objetiva o desenvolvimento de
uma estratégia de penetração através de investimentos diretos, assistência técnica
ç perícia administrativa, analise dc mercado e comunicações com focos locais
de poder. A ADELA se propõe também a realizar contratos com instituições
* NT: gmpo dc çipcrialiíías organizado por um» rmprtH, *|énd* govemiroentil etc
61
À liM® de corporações multinacionais que faiem parte d® ADELA sugere
claramcnte o poder subjacente à organizaçõo. A ADELA é uma organização su-
pra nacional par* o marketing internacional. Mas isso não ó tudo, Além de set
uma organização de consultoria* a ADELA opera também como investidora e
está diretamente envolvida em atividades econômicas. No Brasil, a ADELA ope-
rava diretamente através das companhias apresentadas no Quadro 1.
A ADELA assumiu também o papel de mediadora entre instituições finan-
ceiras internacionais e os países latino-americanosno planejamento do desenvol-
vimento desses últimos. Relatório Anual de 1968 mostrou que a ADELA
O
tinha, em conjunto com a Imcmationa! Finança Corporation —
IFC e o Banco
Interamericano de Desenvotvtmento, “contacto contínuo e livre troca de infor-
mações* de maneira a evitar duplicidade de esforços nas éreas de desenvolvimento
conjunumente das análises de oportunidades para inves ti mentos "*
1
e participar
A ADELA rinha um grande número de projetos em comum com i IFC, incluindo
4
joini venturas(empreendimentos conjuntos) em grandes investimentos. ' A IFC
foi fundada em 1956 em bases semelhantes às da ADELA. A IFC investe isola-
da mente ou em conjunto com outras corporações multinacionais em alguns dos
grandes grupos associados e empresas públicas do Brasil. Ü Quadro 2 mostra
a sua rede operacional.
62
Quadro 1
ADÉLA ADWN'STfs*ÇÃO
A DE LA
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$A A$$ES&3?tPí>
ROffCtUMVA SCNPJiO^
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h ] *fMJWfRAÇAQ
00 SRAS4L
íNTifliX
Fíoancièfe. Gfarès
Conclusão
65
impelir seus interesses específicos, o capital iransnadonu! apoiou-sc não somente
em seu poder econômico, mas também desenvolveu perícia organizacional e capa-
cidade política próprias para influenciar as diretrizes políticas no Brasil. Essa
perícia e capacidade foram incorporadas em uma intetligenlsia polflicn* imlitõr*
técnica e empresarial, isto é* nos intelectuais orgânicos dos interesses multinacio-
nais e associados e nos organizadores do capitalismo brasileiro, Eles formavam,
com efeito, a estrutura do poder político corporativo do capital íransrLBcUma],
que se desenvolveu durante o processo de inserção c consolidação das corporações
mui ti nacionais no Brasil, Como foi visto anteriormente, a partir de meados
da década de cinquenta os interesses multinacionais e associados cresceram e
se fortaleceram rapidamente* tomando-se* indubitavelmente, a força económica
dominante em princípios da década dc sessenta. Os intelectuais orgânicos do
bloco oligopoiisia que não tinham liderança política* pois essa estava nas mãos
de interesses populistas, e excluídos da representação associativa peb convergên-
cia de classe no poder* tentariam contornar os canais políticos e administrativos
tradicionais de articulação e agregação de demandas. Os interesses novos objeti-
vavam uma ruptura efetiva ou o esvaziamento do corporativismo associativo
populista, pdo estabelecimento de novos íoci e focos dc poder econômico no
interior do aparelho de Estado e de novas formas de comunicação dc classe com
centros de tomada de decisão.
Esse capítulo tentem mostrar 0 domínio económico do capital multinacional
na economia brasileira. O próximo capítulo tratará das agências c agentes
criados e utilizados pelos interesses multinacionais c associados* assim como da
formação de novos atores políticos que responderiam ao desenvolvimento da
sociedade brasileira.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
«
> „
15.
mem orando encontra-se nos Arquivos John lureirot americanos concentravam-se pri-
F. Kdnnedy em Boston MassachuseEs, ,
mordial mente em indústrias-chave: produ-
5. T. dos SANTOS, The moRittaiional
los químicos Transportei e mgquinirio
Corporation — ceií of contemporary eipt
É
Umv. Press, 197Ô. p 14SA9. (b) F. H. três indústrias de proa tio responsáveis
CARDOSO. As tradições do desenvolvi- por 7i% de iodo o ativo líquido e de todo
mento associado. Esíudos CEBRÂP, São 0 mercado americano no Brasil
14
,
Paulo, (3):43T3, CEBRAP, abrVjUíu 1974. 13. T. dos SANTOS, op. cit. 1969, p, 56.
(c) T. dos SANTOS, op. ciir 1969. p. 17-
19. (a) T. dos SANTOS, op. dt 1969. p,
fiO,
36-7, 56-7. <b> |oté Antônio Pessoa de
9. 0. lANNI, op. cit p- 157,
QUEIROZ, RfUVfta do Insfttuio de Ciên-
10. T. dos SANTOS, op, dt. 1969. p.
cias Sociais, Rio de Janeiro, 1965.
319.
11. H, CARDOSO* Hegemonia bur-
F.
20. T. do* SANTOS, op. dt 1969. p.
$8-9,
guesa y indcpoidencúi económica: nices
estrucíursles de k crísb política brasiíe-
21, T. dos SANTOS, op. cit 1969. p. 3S.
22, grupos bilionAiios que con-
Entre os
na. ín: FURTADO, Celso; JAGIÍARIBE,
1 roía vam a economia brasileira, 11 dos
Hélio & WEFFGR.T, Francisco C et aíiL
grupos americanos (84,69b) incluídos na
Brasií hoy, México, Sifilo XXI, Í96S. p.
nmo&iragcm estavam entre os 500 maiores
m> dos EiUdos Unidos; 6 grupos (46%) da
12, F, H. CARDOSO. 1966. íd.
amostragem estavam entre os 200 maiores
13, T* dos SANTOS, op. dl. 1969. p. 52. e cnlre esses achavam-se os 4 maiores pro-
14, {&} T. dos SANTOS, op. dt. 1969. p. dutores de seus respectivos setores. Quan-
53. íb] Francisco de OLIVEIRA. A eco- to aos grupos nio- americanos que faziam
nomia da dependência imperfeita. Rio de parte da amosirogem dos grupos biliona-
faceiro, Graal, 1977. iios t 41,6% estavam entre os 500 maiores
67
grupo* financeiro* fún da Eiiida Uni- 31. A
Biatillin TrtcUon ü|ht St —
do*. A mm
*cndo. a coninsk rmancetro *tr, que tinha a participação do grupo
da cconomi* btuiWi aii>i entregue Morra n (Kt% do ativo total), operava no
ÍjOOO pTincífuii inupoÉ «ortônucaa priva- Brml airavéi dc:
do* glofeati Tomix mdcntc que cases ** Rio Li|ht SA
número* pAJLMin i. itr vtgmfscaido diferen- — São Paulo Lighi SA.
te »c considrrsrmo* o grau át m i cr relação — Hidroelétrica Co,
Braziliati E.ld.
entre o* grupe» internacionais c
Çla em grupo* hoUm$. cen trado*. em
mi inser — Cia. Àdmlnistrndora
tírniikirn de
Serviços COBAST.
muito* caao*. em grupo* fam±li*m. como
é o c*K3 do* HjcLeíc‘iír, Morgan Mdlon,
— Cia. Ferrocarril Botânico. J.
nanciadora Comercial S-A., General Elec- 37. A» informações utilizadas sobre o re-
tric SA
(José Carlos de Assis Ribeiro). - lacionamento de grupos financeiro* A es-
— Druzaco S.A. (U.S. Steel). trutura agrücomcrtiil foram obtida* em
— Cia, Meridional de Mineração (lT-5. H- Ferreira LIMA Notas sobre a estrutu-
ra bancaria brasileira. Revista HrojiJrense.
Steel).
<
— First National City Bank of New Rio de Janeiro (g): 141*52, nov./dez. 1965.
York, 31 T. dos SANTOS, op. rif. 1966, p.
69
4L RclitúrÍQ anual da ADELA- Vide L, 44. NEWFARMER & MUELLER. op.
MARTINS, óp. cU. p. S3. cit. p, 117.
42. NEWFARMER & MU Et LER, ap- 45. NEWFARMER & MUELLER. op.
cit. p. 112. cif. p. 117.
43, NEWFARMER & MUELLER. pp. 46. NEWFARMER & MUELLER. op.
ciL p. 116. cit. p. 117.
70
,
CAPITULO III
iDtrodpçio
Empresários e tecno^mpresârios
71
nacionais representa em forma embrionária o sistema nervoso central de uma
ordem econômica global emergente"/
A estrutura desse sistema nervoso central estivo estabelecida no interior
das formações sociais nacionais dos países onde as multinacionais operavam.
' 1
1
Ferreira Guimarães ’ e Jorge de Souza Rezende/ 1 diretores de várias companhias
que, no principio da década de sessenta, iriam dar apoio financeiro às operações
políticas do bloco multinacional e associado* ou cujos co-diretores seriam líderes
de tal ação política, A qualificação e perícia dos profissionais (denominados
técnicosou tecnocratas após 19W) como economistas, engenheiros, administrado-
res etc.não deveriam obscurecer o fato de que esses homens ocupavam cargos
nas diretorias das grandes companhias, Esses agentes sociais serio doravante
designados como tecno<mpresários para enfatizar suas funções empresariais nos
papéis "neutros" mas abrangentes que des desempenhavam. A presença desses
tecno-empresários nos aparelhos políticos e burocráticos do Estado era bastante
instrumental eo estabelecimento e desenvolvimento de um complexo Financeiro-
industrial estatal integradodc produção e domínio* Tal complexo fincou raím
em princípios da década de cmqíicnta e se expandiu enormemente durante a
administração de Juscclino Kubitíchek, Uma das funções iniciais dos tecno-cm pre-
cários foi organizar c estruturar suas próprias corporações, No entanto, eíes sc
tomariam também a vanguarda da classe capitalista, sistematizando interesses
particulares em termos gerais* isto É* tomando-os "nacionais"* Os tccoo-empre-
72
sírios formarem, com outros diretores e proprietários de interesses multinacionais
t associados, um bloco econômico burguês modem izame-conservador* o qual $e
opôs à estrutura econômica olígirqtiíco- industrial e ao regime político populista.
Esses lecno- empresários tornar-se-iam figuras centrais da reação burguesa ccmtrã
o renascimento das forças populares do inicio da décâda de sessenta, assim como
articul adores -chave de sua classe na luta pelo poder do Estado,
A tccno bürücrúcm
73
empresariais como Oetivio Gouveia de Bulhões, Roberto de Oliveira Campos,
Mário Henrique Simonsen e Amónio Delfim Netto, toda êníosc deveria ser dada
17
ás inovações organizacionais e técnicas quç, então, estavam sendo introduzidas
pelas corporações multinacionais. Aqueles valores eram disseminados c persistem
temente apurados pelos intelectuais orgânicos empresariais através de seminários
na Escola Superior dc Guerra, cm associações
1
74
ajudou a eliminar as críticas e pressões por parte do bloco populista no
jíílfls.
poder e das classes subordi fiados. Al ém disso, o planejamento era necessário por
^
ser um recurso institucional que exultava do público as relações de interessas
Dc Íftío* o planejamento indicativo c aloçatívo, ou a racionalização empresarial
dos recursos humanos e materiais do pais (onde a nação seria o objeto, o Estado
seria o agente c o bbeo mui ti nacional associado, o sujeito "díptico" ou oculto),
seria um dos pilares do regime pÓs-1964. quando o planejamento tomar-se-ia uma
dimensão da "recíonafizflção dos interesses das classes dominantes e a expressão
P 4Í
de I a rs interesses como Objetivos N aciona is' .
7S
1953-1954 que forneceu as diretrizes para o Plano de Metas de Jmcetino Kubí-
1
isebek.* Sob a cobertura do "Piano de Metas", incorporou-se a tentativa de sc
introduzir, na Formulação dc objetivos governamentais, o tipo de racionalidade
empresarial exigido pelas operações em grande escala do capitul tmnsnacionaL
Esse piano estabelecia prioridade para se investir os recursos públicos nacionais
cm cinco setores-chave: energia, transporte, alimentação, indústrias bdsicas e
educação, Os propósitos das diretrizes políticas dentro desses cinco setores foram
traduzidos em trinta objetivos ou “metas", enquanto que a fundação de Brasília
era concebida como o símbolo de uma nova época.
Os interesses multinacionais refratavam-seno processo decisório governamen-
tal através do Plano de Metas como necessidades cio desenvolvimento nacional- As-
sim, o poder de classe era internalizado no Estado sob a cobertura de racionali-
dade técnica, necessidade c perícia (todos eles com uma conotação neutra), c
legitimado por grupos executivos c pelos escritórios de consultoria lecnoempre-
sariaís* Além disso, sob a égide da “racionalidade" técnica, os empresários justifi-
cavam o seu processo de tomada de decisão subjacente, assim como a sua escolha
das diretrizes políticas referentes ao desenvolvimento* O slogan "50 anos em 5"
que Juscelino Kubitschek usou para exortar o povo brasileiro expressava o senso
de urgência dos tecno^mpresârios. Oficiais militares foram chamados a parti-
cipar de comissões de planejamento e think-tanks, assim como de recém-criados
corpos administrativos junto a tecno-empresáríos de proa. As Forças Armadas,
imbuídas da ideologia de ordem e progresso, foram agregadas ao esforço de cres-
cimento industrial, num processo de desenvolvimento inspirado por interesses
transnacíonais e direcionado pelo Estado, onde os militares forneciam a ação
orientada por critérios de eficiência c a muito necessária legitimação, ambas exigi-
das pela ideologia da "segurança nacional",1 *
Para que o planejamento estatal se realizasse, foi necessário o uso de pessoal
especializado, ou seja, os técnicos* Eles foram recrutados das fileiras de enge-
nheiros, economistas e advogados, profissionais que não eram, de modo geral,
orientados par considerações sociais mas sim por racionalidade empresarial,
eficiência c lucro privado. Esses técnicos prosperariam em um ambiente de dçsen-
vofvjmento industrial de inspiração empresarial, enquanto que reforçariam os
demandas e pressões para a implementação de marketing organizado sobre bases
nacionais* O planejamento para fins específicos estabeleceria uma “área de ação
independente" para o planejador naquela “zona nebulosa que separa o político
do burocrata". 11
A demanda de pessoa] qualificado estimulou a multiplicação de centros
técnicos durante a década de etnqüenta*” Dentrodo marco do Plano de Metas,
I educação compreendia a formação de uma camada de técnicos* Em 1959, foi
criado o Grupo Executivo de Ensino e Aperfeiçoamento Técnico GEEAT — —
como parte da administração paralela,
Como conseqüência de um posicionamento ideológico e político que consi-
derava ser necessário ao estágio de desenvolvimento atingido pelo Brasil o uso
de técnica, perfeia e krsow-how administrativo produzidos nos centros internacio-
nais do capitalismo, criaram-se virias escolas de administração pública c de
empresas e agências íecno-burocrá ricas governamentais* Taís eicolas e agências
tinham um duplo objetivo, o de preparar quadros para a admtnistraçlo pública
c privada e também sugestões pira diretrizes políticas, fornecendo uma análise
legítima da situação econômica e política, ou seja, funcionar como //tinJt-ronJts
76
empresariais ç governa mentais. Entre eías estavam a Escola de Administração de
Empresas (fundada em 1950), o Instituto Brasileiro de Administração de Empresas,
o Instituto Superior de Administração e Vendas, o Escritório de Planejamento Eco-
nómico c Soda! — EPEÂ # precursor do atual Insiiiuio de Planejamento
Econômico e Social — IPEA, os Centros para Treinamento Administrativo (esta-
belecidos no Rk> e em São Pau! o sob os auspícios da American Management Asso*
ctaiton}*' e, finalmeme, dois centros sdeoJógícos-chave: o Instituto Brasileiro de
Economia — IBRE - ea Fundação Getúlio Vargas — FGV — que haviam sido
criados ameriomtcnie.
O influente IBRE tinha Eugênio Gudin como presidente e Octivío Gouveia
de Bulhões como vice* presidente no início da década de sessenta. Em sua Comissão
Diretora estavam Roberto Campos c Alexandre Kafka. O Centro dc Análise de
Conjuntura do IBRE era dirigido por José Garrido Torres ao passo que a Equipe
de Estudos da Renda Nacional era supervisionada por fulían Magalhães ChaceL
No mesmo período, a FGV era presidida pelo empresário Luta Simões Lopes,
também chefe da Comissão Diretora, sendo vice-presidente Eugênio Gudin.e
diretores executivos Rafael da Silva Xavier e Alim Pedro. Os membros executivos
da FGV eram; Jorge Oscar de Mello Flores, João Carlos Vital, Alberto Sá Souza
de Brito Pereira Rubens cTÀlmada Horta Porto
(
— que servia também como exe-
cutivo no SESI, Serviço Social da Indústria e na Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD), um joint venture (empreendimento conjunto) com a Cia. Sul América
Capitalização, ü qual Mello Flores era ligado, e José Joaquim Sá Freire Alvím,
que ern 1963 serviu também como presidente do Instituto Brasileiro dc Geografia
e Estatística (IBGE). Outros membros do conselho era m os tecoo-empresários
Brasílio Machado Neto (da Federação Nacional do Comércio e da Federação
Comcrciiil dc Sao Paulo), Ary Frederico Torres, César Reis Camanhedt e Al*
mcidfl e Carlos Alberto de Carvalho Pinto. À maioria desses tecno*empresirios
tínha importantes ligações oügopolistas em meados da década de cinquenta e
princípios da década de sessenta; simultaneamente, eles eram membros de vários
«critérios privados de consultoria tecn o-empresariais e de órgãos governamentais
como 0 BNDE. A FGV do Rio de Janeiro, em conjunto com o Instituto Brasileiro
de Economia e o Centro de Análise da Conjuntura, produzia a importante revista
mensal Conjuntura Econômica sobre assuntos econômicos. O diretor da publica-
,
ção era José Garrido Tones e Dénio Nogueira seu editor-chefe. Seu staff editorial
incluía Antônio Abreu Cominho, Eduardo S, Gomes, Alexandre Kafka, Basítio
Martins e Estanislau Fischlowitz.
Os interesses multinacionais e associados estavam fortemente representados na
estrutura dos think-tanks técnicos do início da década de sessenta. Em 19É2 a P
Os oficiais militares
77
modemiianíe-conservador dentro do processo de desenvolvimento* Algumas
das figuras de destaque desse grupo podem ser tragadas historicamente a partir
de sua experiência ideológica e militar comum durante a campanha na Iíálía,
experiência que mais tarde foi reformada pcía participação em cursos de Instrução
e treinamentos nos Estados Unidos. Essa experiência comum cstcndeu-se através
da afiliação posterior daqueles oficiais a certos partidos políticos* princípalmente
a UDN — União Democrática Nacional — e em menor escala ao PDC —
Pari ido Democrático Cristão — assim como peia sua orpanização num reduto
político e ideológico, a Escola Superior de Guerra — ESG — dn qual eram
os co-fundadores, Esse último grupo incluía, entre outros, os então oficiais de
escalão médio Golbcrv do Couto e Silva, Orlando Gctscl, Ernesto Gcisel, Àuré-
Ho de Lyra Tavares, lurandír Bizarria Mamede, Heitor Almeida Herrera, Edson
de Figueiredo, Geraldo de Menezes Cortes, Idállo Sordenbcrg, Belfort Bethlem,
João Eli na Machado. Liberato da Cunha Friedrich, Ademar de Queiroz e os gene-
rais Cordeiro de Farias e Juarez Távora.
78
vos pura um aumento constante na participação da empresa privada no deseiv
ti
medida do possível e sem interferir na realização dos objetivos dessa lei, a prática
de monopólio e de cartel que prevalece em certos países. Tendo em mente
. .
79
formação sócio-cconômica específica, encem irava a sun "razno dq ser" em relações
supostamente permanentes e mesmo naturais de posse c "apropriação" privadas,
Essa linha dc pensamento excluía teoricamente c evitava pralictimenle qualquer
transformação estrutural/* permitindo no entanto uma modernização conservadora.
Tal abordagem cxdüía também a presença de representantes das classes trata*
Ihadoras. ou mesmo das camadas intermediárias, no quadro dc professores regu-
lares ou convidados da ESG. O argumento em prol do desenvolvimento eru apre-
sentado na Ê5G somente por empresários, lecno-em presa rios c, cm menor escola,
por políticos, assim como por convidados estrangeiros* tanto civis quanto militares,
A ESG, como centro nodular de doutrinação para os militares dc uma forma
específica de desenvolvimento c segurança nacional baseados m% premissas do
capitalismo hemisférico, era também um instrumento para o estabelecimento de
ligações orgânicas entre militares e ctvis, tanto no aparelho estatal quanto nas
1
80
G
anúíar as chances âe ligações com oulros países. Além disso, o General Geoige
Robinson Ma ther,
comandante da delegação americana na Comissão Mísia Militar
Br&sil-Estados Unidos e chefe do Programa de Assistência Mútua, explicou em
sua palestre rca ESG, em princípios de 1964, que a principal ameaça a que o
Brasil estava exposto cru mais a da "subversão comunista e agressão indireta, do
Assim, de acordo com o
117
que a agressão direta víiuíd dc fora do Hemisfério",
f
11
General Miithcr, o PAM tinha o objetivo primordial de assegurar a existência
de forças nativas militares e paramilltares suficientes para combater a subversão
comunista, a espionagem, a insubordinação e outras ameaças & segurança interna,
sem que sc tomasse necessária uma intervenção militar direta dos Estados Unidos
e de outras forças do mundo livre". * Visto o cenário de intensa mobilização
11
Tabela 9
Curtct
CS 13 30 — 44
CI — 6 5 —
Fome: List* de Estudantes — ESG, 1965
Sl
a segundo plano a coesão institucional, chegando mesmo a resultar em cotifran*
tações abertas no da organização militar. Os oficiais brasileiros dividiram*
interior
$e politicamente ao longo do espectro partidário de direita e das ideologias de
centnvdireiu numa identificação, num sentido amplo* com o **povo*\ No entan-
to, tal identificação era marcada por valores de classe média c normas burguesas
dominantes. A identificação partidária via-se tão difundida que muitas das figuras
centrais da conspiração militar de 196M964, assim como figuras da administra-
ção pós* 1964, eram líderes de partidos políticos, havendo sido candidatos ou
eleições para o Congresso Ou à Presidência, ou tendo se identificado publicamcme
rom certos partidos de centrodireità, principal mente com a UDN* o PDC e o
PSD (Partida Social Democrático). 1 *
Apesar dc a norma haver sido uma força militar politizada e heterogêneo, a
congruência de valores com o que pode ser chamado* em sentido amplo* de
"musa" no Brasil tem sido excluída ideologicamente pda educação ou conde-
nada politicamente pela hierarquia militar. Consequentemente, não sc permitiu
'
a todos os atores político-civis recorrer aos seus "correia tos militares em de*
corrência das "regras da jogo moderador**, O
Partido Trabalhista Brasileiro —
PTB, não tinha de cooptoção das Forças Armadas e nem
políticas importantes
conseguiu causar impacto significativo sobre os militares. Quando João Goulart,
líder do PTB, tornou se Presidente, ele seguiu as regras não-escritas das relações
pededstas e pessedistas, esforçando-se
civil-militares incentivadas pelos udenistas,
para estabelecer um com as Forças Armadas. Ele tentou
relacionamento semelhante
também reequilibrar a hierarquia militar, que tendia fortemente para a UDN
e a ala direita do PSD, uma bias estrutural consolidada em fins da década de cin-
qücnta e princípios da década de sessenta. Agindo assim, ele procurava constituir
um dispositivo militar que desse forte apoio a sua política de reformas, No en
tanto, contrariamcnie a Juscelíno. Kubitschek que havia feito o mesmo anterior-
mente mas com oficiais identificados eom a UDN e o PSD, João Goulart foi
severamente condenado por imiscuir-se ilegitimamente na hierarquia do Exército.
Na prãüca, o que aconteceu foi que João Goulart estava rompendo com os limites
estreitos e exclusivistas das relações dvil- militares, trazendo à tona o que elas
real mente representavam, ou seja, um Bonapartismo militar sancionado constitu-
cionalmente. Contudo, e apesar da evidência histórica, o mito do papel moderador
proporcionou a racionalização para o controle militar autoritário do sistema po
lítico depois de 1964.*'
83
Luís Simões Lopes — CETAP — Comp. át Estudos Técnicos* Admi-
Lucas Lopes nistração c Participações.
(Banque de rtndocbine — holding das Com*
4
panbias de Estanho Sâo foão d el Rei, Cia. Et*
tfltiho Minas do Brasil),
Industriais,
84
pdos serviços do CBF .** Enire achavam-se agencias lio diversas como o
elas
Grupo Executivo da Indústria Automobilística —
GEIA. o Instituto Brasileiro
do Petróleo, a Carteira de Crédito Industria] t Agrícola do Banco do Brasil c a
Secretaria da Receita Federá], O CBP ofereda seus préstimos também a autori-
dade! municipais como, por exemplo, o Conselho de Desenvolvimento Econômico
do Município de Santo André, Outros usuários dos serviços do CBP eram as asso-
ciações de classe, como o Centro Nacional de Produtividade Industrial CENP1 —
(da Confederação Nacional da Indústria) c a Federação das Indústrias do Rio
de Janeiro, O CBP trabalhava também junto a governos estaduais, procurando
relacionar se com figuras políticas e burocráticas proeminentes dos Estados como
Cid Sampaio de Pernambuco, General furacy Magalhães dá Bahia. Carvalho
Pinto e |osé Bonifácio Coutinho Nogueira de São Paulo, Tancredo Neves e Enéas
Nábrcga Fonseca de Assis de Minas Gerais “ No estado de Minas Gerais o CBP
manteve relações de trabalho com a CAMJG —
Companhia Agrícola de Minas
Gerais, com o joiní-venturc nipo-brusileíro estatal US1 MINAS, a FR1MISA —
Frigoríficos át Minas Gerais, a Rede Mineiro de Vlaçlo e a FARFMG Fe- —
deração das Associações Rurais do Estado de Minas Gerais* O CBP procurou
também o apoio de indivíduos de prestígio em seus contactos com as companhias
e agências públicas e privadas como, por exemplo, o apoio do empresário e líder
da UDN Herbert Levy e do Coronel Macedo Soares, considerado por membros
,É
do CBP como um grandc apologista da produtividade", No mesmo período, o
CBP estabeleceu relações de irabalho com empresas oligopol isias nacionais* como
a Votorantim S,À. (do grupo José Ermírio dc Moraes), com grupos comerciais
como a Casa José Silva e expandiu consideravelmente suas ligações com o bloco
multinacional,
O CBP agia também como um ttpo de limbrflla-orguítizdfíon* para um nú-
mero de escritórios técnicos, reunindo seus recursos. Alguns dos indivíduos e
agências que integravam o CBP eram:
— Alfredo Goulart de Castro Filho, da ORGAMEC 5,A.:
— Afonso Campigüa. diretor do Departamento de Produtividade da Federação
das Indústrias do Rio de arteiro;
— Álvaro
|
85
Alím desses. as seguintes figuras cntn também membros da rede do CHPí
Roberto da Silva Porto. C, T* laves, Humberto Porto, Oswaldo Zoneíti, Paulo
Mlrío Cerne* Fernando Lacerda de Araújo, Mário Lorcnio Fernímdcz, Luiz do
Roeba Chaiaígnícr [osé Comes Coimbra Jr. e Pedro Velho Tavares de Lyra,
Seguindo uma sugestão de Paulo de Assis Ribeiro, tanto o perito em questões
agrarias Wanderbtk Duarte ôc Barres quanto Carlos de Assis Ribeiro (irmão de
Paulo de Assis RibeiroL diretor da General Electric do Brasil, foram incorporados
ao CBP, Procurou se também a integração de dois outros escritórios técnicos: t
Geoíoto, que lidava na área de pesquisa mineral, e o grupo técnico Hidrologia,
de Henry Macksoud"
O CBP contava de fato com alguns dos mais importantes e bem equipados
escritórios técnicos e uma poderosa rede de contactos políticos, burocráticos e
empresariais* Apesar da disseminação* dos valores capitalistas modem izante-con-
serradores no interior do regime populista, esse sistema continuava infenso a sua
consolidação, o que levava a consideráveis frustrações do bloco de poder que
procurava desenvolver a ‘‘racionalidade" capitalista. No início da década de ses-
senta a percepção burguesa das limitações sócio*polí ricas e das restrições ideoló-
gicas do populismo aringia uma nova dimensão. Os tccno-cmpresárics tiveram de
reconhecer que, para implementar uma forma particular de "planeja mento na-
cional**. eles precisavam assegurar a paz social e apodcrar-sc do comando político,
ou seja. controlar o Estado* Os tccno-empresBrios participariam entlo da ação
organizada da burguesia para quebrar o regime e o sistema populista e conquistar
o poder do Estado em 19õ4 +
87
-
89
A APEC uma fome de publicações impor* antes relativas b economia, em*
presas publicas c ao papel do capital privado no desenvolvimento do país, dis-
seminava seus pontos de vista entre empresários, configurando a posição ideoló*
gica destes. Dessa forma, a APEC exemplificou e resumiu outra faceta de esforços
classisias organizados de modo a vencer a batalha ideológico e político contra o
bloco de poder populista e O aparelho estatal em geral, bem como a dirigir os
seus esforços dc propaganda contra os intelectuais das classes subordinadas. Vá*
rios membros da APEC estavam diversamente ligados h ESG. como alunos, pro-
fessores ou oradores convidados esporadicamente* tendo assim uma vantagem
excepcional sobre outros grupos sociais em propagar os seus pontos dc vista
entre os militares. Os membros da APEC teriam ainda importância singular na
campanha ideológica e política que o bloco de poder multinacional associado
desenvolveria até abril de 1964, muitos deles participando da ação militante dos
intelectuais orgânicos das classes dominantes contra o Executivo de ]oão Goulart.
Em conjunto com membros da CONSULTEC e do CBP, a equipe da APEC teria
funções importantes no governo pós*1964, preparando estudos c sugestões de
diretrizes económicas e encarregando- se da reestruturação da economia política
do novo regime.
90
A Hanna Mining associou-se h Cia* de Produtos Alimentícios Morro Velho
S.A, (dirigida por Fernando de Melfo Viana, do grupo Ferrostoal), para explorar
as minas de ouro c ferro de Morro Velho, formando a Mineração Mono Ve*
lho S.A, Quanto às minas de Águas Claras, o General Bastos explicou que o
Projeto Haima seria conduzido peia Mineração Águas Claras S.A., um consórcio
de siderúrgicas inglesas, alemãs e américa nas** Ele informou ainda que o Projeto
11
91
1
Coutínho, ambos membros da CONSULTEC/ Além disso, o complexo da Mmm
Mining procurou a ajuda de indivíduos de reconhecida influência paru o desen-
volvimento de seus planos c projetos, O que poderia scr considerado o "Estado-
Maior" do complexo Hanna Mining no Brasil incluía'* |ohn W Fostcr Dulks,
h
92
Universidade Estadual do Ariíona, Um
dos participantes da conferência, o Te*
nenlc-Cüroncl Theodore Wychoíf, do Exército americano, advertiu que os comu-
nistas estavam "se preparando para atacar quando chegasse a hora" em toda a
f
93
— Mário Toledo de Morais, &
2. -vice-pre$Ídente, Cia, Melhoramentos de Siô Paulo
Ind. de Papel. Cia. Universal de Fósforo Brilish Match,
— Lélio Toledo Piz2a e Almeida, VEMAG $A* Auto Union GmbH* Banco Novo
Mundo.
— Eduardo Garcia Reik Rossi, Refratários*
— Oscar Augusto de Camargo, Duratex grupo S.A.. Mfiliif.
— Jorge Duprat de Figueiredo, Nadir Figueiredo
- Com. SA* Ind, e
— Soares do Amaral Netto,
J. Centrais de Concreto do
secretário. Brasil.
— Nelson de Godoy Força Luz Santa Cruz.
Pereira, tesoureiro. Cia. e
— Daniel Machado de Campos, Associação Comercial de São Paulo.
— Egon Gomchalk, SA. Moinho
Fdíix Gerais.Santisia Ind.
— Georges Schnyder, de Construção
Cia. Bras. & Schwam-Hautmont.
Fichet
— Gilberto Wack
Bueno, Sociedade Técnica dc Materiais SA. — SOTEMA.
— Joaquim Gabriel Penteado, Ind. e Com. Dako do Brasil SA,
— ‘ Luiz Rodo vii Rossi, Autc^Comércio e Indústria, ACIL Lida.
— Humberto Reis Cosia, Cia. Fiação Pedreira.
— César Augusto de Camargo Pinto, Anderson Claytcm Co, — ACCQ,
— Petcr Murany, Murany índ. e Com. S.A,
P.
— Francisco de Paula Machado de Campos, SANBRA, Bunge Sc Born. Banco
Gera) dc Finanças.
— Muuro Lundberg Monteiro, Refinaria Nacional de Sal $.A.
— Hcrnani Azevedo Silva, Cía. Bras, de Estireno, Cia. Comercial Brasileira S.A.
— grupo Simonsen* Eletro Metalúrgica Abrasivos Salte SA,* Carborunáum
Internacional,
— Waldcmar Clemente, Walita S.A. Eletro Industrial.
— Francisco de Salles Vkeme de Azevedo. Porcelite S.A. Cerâmica Sanitária.
— Antènk) Carlos Pacheco e Silva* Armações de Aço Probel SA,
— Luiz Amónio da Gama e Silva, Cia, Prada Ind. e Com.
— Manoel da Costa Santos — Amo SA,
— Paulo Reis Magalhães. Cooperativa Central dos Produtores de Açúcar e
Álcool — COPER5UCAJL
Outras figuras centrais da FIESP eram: lorge de Souza Rezende, fosé Villela
Andrade Jr. Francisco da Silva Villela. Mário F. de Pierrô, Theobaldo de Nigris,
P
94
Jorge de Souza Rezende, Jorge Duprat Figueiredo, Eduardo Garcia Rossí,
Theobaldo de Nigris e Joio Soares do Amara] Netto.
— Conselho Fiscal; Paulo Reis Magalhães.
95
— Fernando Edward Lee, Cia. Química Duns Âncoras, S*A, Marvm-Ànaconda,
Fios c Catíos Plásticos do Brasil —
Ànacondo Co.. Goodrich do Brasil,
— Davtd Aügusio Monteiro, Multi Propaganda Soe, Ltda*
—
,
96
,
Frederico Torres, Alberto Byngton Ir,* Oscar Augusto de Caipargo, Alberto Torres
Filho & João Batista Isnard dt Gouveia
w
Des ires associações de classe mencionadas antciioimente, foi a CONCLAP
a expressão mais sofisticada da presença política da dominante po período
classe
anterior a 1964. O Conselho das Classes Produtoras foi estabelecido em 1955
como uma organização guarda-chuva nacional com o intuito de proporcionar ura
fórum militante para o bloco de poder empresaria! moderriízame-cõnservador,
Q CONCLAP era uma associação de pressão poderosa e expressiva na defesa dos
novos interesses sócíocconômicos durante a década de cinquenta, tomando-se
tspccialmcnic ativo a partir ét 1959 c durante a campanha prestdcnciaí de fini©
Quadros. A seção carioca do CONCLAP, a partir do momento de sua formação,
lançou uma série de manifestos públicos com violentos e explícitos ataques ao
regime populista. Liderado pelos empresários Gílbert Huber Ir., forge Behríiig
Mattos, forge Oscar de Mello Flores e Alberto Byngton |r., 1M o CONCLAP ata*
cava sem (régua o comunismo e apresentava uma defesa intransigente da empresa
privada, da estabilidade financeira e monetária e do capital estrangeiro. O
CONCLAP tornou pública também sua oposição implacável ao controle de preços,
ao direito de greve, à estabilidade dos empregos, negando ainda o direito ao
governo de possuir pratkamente qualquer bem. lfll Q CONCLAP do Rio englo-
bava a Associação Comercial do Rio de Janeiro e o Centro de Indústrias do Rio
de fancíro (dois órgãos que lhe davam expressivo apotoL o Centro de Seguros
e Estudos de Capitalização, a Associação dos Bancos do Estado da Guanabara, a
Associação Brasileira de Relações Públicas, a Associação Brasileira de Propa-
ganda, o Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, a Associação dos Em-
pregados de Comércio e a Associação dos Proprietários de Imóveis, entre outros.
Os membros do CONCLAP-Río viam-sc intimamente ligados k Escola Superior
de Guerra, muitos deles ex-alunos ou professores dessa instituição militar, forge
Behring de Mattos, presidente do CQNCLAP-Rio até 1961. foi também presi-
dente da ÀDF.SGp associação de Ex-Alunos da Escola Superior de Guerra.
Os militantes do CONCLAP e os líderes de associações de classe semelhantes
(por exemplo, das Associações Comerciais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul,
Pernambuco e outros centros industriais, formaram, juntamente com a FIESP, o
Cl ESP e a Fedcraíion of the American Chambers of Commerce, um fórum im-
portante de interesses políticos c econômicos que proporcionou a infra-estrutura
para a ação dc classe do bloco de poder burguês no periodo de 1962 a 1964.
Reunidos para esses fins sob uma nova organização militante, eles estariam à
frente da luta ideológica, política e militar contra o Executivo de Joio Goulart
e as forças populares.
Descrevemos ariteríormeTile a forma pela qual os diretores de corporações
individuais interagiam ç ocupavam simultaneamente cargos nos escritórios téc-
nicos, formando anéis burocrático- empresar! a is. Porém, além dc afiliarem-se a
associações de classe de caráter geral, as corporações multinacionais estabeleceram
ainda associações setoriais cm meados da década de cinquenta como, por exem-
plo, a Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas — - ABIMAQ. a Associa-
ção de Máquinas Veículos e Autopartes —
AMVAP, e organizações guarda-
chuva como a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Indústrias Básicas
— ABDIB, A ABDIB, criado em 1955, agregou os principais produtores de equi-
pamentos industriais c material correlato. Em 1960. o capital total registrado das
28 corporações que participavam da ABDIB chegava a mais de 12 bilhões de
97
n
98
— CU. Brasileira de Construções Ficher Sc Schwam Hautmont —
Justo Pinheiro
do Fonseca, Carlos Schnyder.
— Bopp & Rcuther do Brasil Válvulas t Medidores Ltda.
— General Electric SA. ( ntemat tonal General Electric Ca, Banco Financiador
I
——
-
Jorge O. Mello Flores, João Pedro Gouveia Vieira.
S.A. White Martins (Union Carbide Corp. Electric Fumace Products) —
Joio Bapíista Pereira Almeida FUho Guilherme Bebiano Martins.
—
r
99
ceriam como contribuintes financeiros da ação de classe do bloco burguês multir
nacional-assocíado na campanha de i 962- 1964 para assuitúr o poder do Estado,
ao mesmo tempo que muitos dos tecno-em presa rios e administradores dessas cor-
porações seriam membros militantes da referida campanha.
Apoio trúnsnüáonal
100
nos americanos, chegando ao ponto de sc preocupar com minúcias dos currículos,
tais como os de economia, da escola secundária americana. O CFR estabeleceu-se
firmemente nos Estados Unidos como um elo central ligando as formulações da
política externa americana a classe empresarial alta,
m
Comiderando-se o padrão
de investimento no estrangeiro* concentrado em mãos de um limitado número de
firmas americanas (já em 1957, 45 firmas eram responsáveis por quase três
quintos dos investimentos americanos no estrangeiro), os grandes interesses re-
11 *
presentados pelo CFR ganham significado econômico e político ainda maior*
Uma proporção substancial dos formuladores da política externa americana
tem sido fornecida pela CFR. Esse tem lido também uma posição de liderança na
formulação de direções gerais e opções para a política externa. Através de seus
membros bem como de ligações mais formais, o CFR também estava vinculado
centralmente a organizações envolvidas na formação da opinião pública ameri-
114
cana quanto a assuntos relativos à poUtica externa* O CFR interligou-se a
outras organizações de classe nas duas últimas décadas como, por exemplo, ao
Atlantic Council, ao Frce Europe Commiuee, Middle East Insmute, National
Commitlee on U.S. —
China Reíatíons, African- American Instítvite e ao CLA
(Cóuncil for Latiu America) que, coibo já foi mencionado, compunha-se de cor-
porações multinacionais que originalmeme faziam parte do Business Group for
Latiu America, do Commíuee for Economíc Development e do Latin American
Information Commiitcc, 11 * O
CFR ligou-se também a influentes think-tanks ame*
ricanos, os quais tinham papel importante na formulação de diretrizes políticas
11 *
internas,
Ligações com o serviço de informação americano eram também muito fortes,
o que foiconfirmado pelo caso da CIA —
* Central Intelligence Agency (Agência
101
controle da ad mi nisl ração paralela ou dg uso de íabhying sobre o Executivo.
Eles desejavam compartilhar do governo político e moldar n opinião pública,
assim o fazendo através da criarão de grupos dc ação política e ideológica, O
primeiro desses grupos a ter notoriedade nacional cm Fins du década de cinquenta
fõ* o IBAD —
Instituto Brasileiro dc Ação Democrática.
11 *
102
organizações de pressão dentro das classes médías. O IBAD sincronizou suas
atividades às de organizações paramiUtares como o MAC — Movimento Anticomu-
nista, o Movimcmo Democrático Brasileiro (náo confundMo com o partido polí-
tico homônimo criado cm 1966), a OPAC — Organização Paranaense Anti-
comunista, c a CLMD —
Cruzada Libertadora Militar Democrática, com os quais
o IBAD compartilhava pessoal, técnicas e recursos,
1=4
O JBAD ligou-se também
a organização católica Centro Dom Vital, da qual Gustavo Corçáo, intelectual
católico de extremü-direiia, era líder importante g proporcionou um» Itguçio sig-
nificativa com ft organização tecno-clmcal de direita Opus Dei. Dc acordo com
José Arthur Rios, uni dos intelectuais do IBAD, esse último não agia isolada-
mente, mas sim como uma frente da qual participavam a ADP — Açao Demo-
crática Parlamentar (dirigida pelo proprietário rural e deputado udenista baiano
foio Mendes) e o IDB —
- Instituto Democrático Brasileiro, presidido pelo depu-
,1T
tado do PDC Gladstonc Chaves de Mello.
Ga interesses multinacionais e associados intervieram nas eleições presiden-
ciais de 1960 apoiando o candidato de sua escolha, o ex-govemador de São Paulo,
Jânio Quadros, apoio este dado ostensivamente através do CONCLAF t de outras
organizações de classe e veladomente através do IBAD. Hasslocher, líder do LBAD,
foi instado por Gladstone Chaves de Mello, assessor político do Movimento Po-
pular Jânio Quadros, 15 " a apoiar a campanha de Jinio Quadras, 15* o que foi feito
finálmente. No entanto, o IBAD conseguiu notoriedade ainda maior durante a
presidência de João Goulart, especial meu te durante a campanha eleitoral de
1962, quando serviu de conduto de fundos maciços para influenciar o processo
eleitoral e coordenou a ação política dc indivíduos, associações e organizações
ideologicamente compatíveis. 110 Até 1962, o IBAD já havia dado origem a doU
canais com propósitos diversos. Um deles foi a Ação Democrática Popular —
ADEP, uma ação poíítka patrocinada pela estação da CIA no Rio de Janeiro
que manejava campanhas eleitorais e lobbymg. O outro foi a Incremenl adora de
Vendas Promotion S.A., di qual o diretor-proprietário era Hasslocher. A Promo-
tion S.A. exercia a função de ageme publicitário do IBAD c da ADEP nas esta*
ÇÕcs dc rádio, jornab, revistas e canais de televisão em todo O Brasil. Sua função
era disseminar as idéias políticas do IBAD, além de ser uma agencia financiadora
para suas atividades discretas e encobertas. O IBAD, a ADEP e a Promotion $.A.
compartilhavam escritórios e funcionários administrativos. Q cotcgUdo nacional
da ADEP era composto de Ivan Hasslocher, Antônio Silveira Leopoldino (da
ADEP de Minas Gerais e ex-auxiliar de gabinete de Jânio Quadros), General
111
João Gentil Barbato, Vicente Barreto (diretor de Cadernos Brasiteir&s), Rab
mundo Fadilhp (da UDN —
Rio), General Edmundo Macedo Soares, Mário
Castorino dc Brito e Hélcio José Domingues França. O líder nacional da ADEP
era o presidente da ADP João Mendes, segundo a informação fornecida por seu
assessor Francisco Lampreia, administrador da Promotion S.A. e secretário re-
gional da ADEP — A ADEP agia no cenário nacional através de escri-
Brasília,
tórios espalhados pelo país, geralmente dirigidos pôr oficiais
bem equipados
reformados do Exército, a maioria deles generais e coronéis, cuja açio teve a co*
bertura da Ação Democrática Popular —
ADP no Congresso/ 15 Outros ativistas
civis importantes da rede IBAD/ADEP/Promotion S.A./ ADP eram:
115
Padre
Leopoldo Brentano —
um dos organizadores dos Círculos Operários e das Mar-
chas " religiosas’ 1964, Senador Padre CaUzans, UDN
çm —
Sao Fado, Padre
'
Vdloso, Fábio Alves Ribeiro, Fructuoso Osório Filho, Carlos Lavínio Reis —
103
Promofion S.A., Adeíldo Coutinho Beltrão, o sociólogo Luiz Carlos Mancint,
Gabriel Chaves de Mello — da Maquh, publicação de direito. Gludsioiu; Chaves
de Mello — irmão de Gabriel, diretor do Centro Dom Vital e deputado pelo
PDC, o economista e empresário Dénio Nogueira* o alivist* sindical Roriano da
Silveira Maciel, os empresários Fernando Mbielll de Carvalho, fosé Cândido Mo-
reira de Souza. Petcr Murany — secretário da ADEP* São Paulo* Nilo Ikrnardcs
— secretário da ADEP, São Paulo, Yukishiguc Tamura, Hamilton Prado —da
Cia, Antártica Cervejaria e Bebidas* Arruda Castanho* Angelo Zanim. Fúlvio
Gentil* Wanderbilt de Barros* J* Irineu Cabral —
da Federação Rural Brasileira*
Arthur Oscar Junqueira — presidente da Caixa Econômica Federal da Guanaba-
ra, o sociólogo losd Arthur Rios —
da Sociedade de Pesquisa e Planejamento
e professor da PUC, Eudes de Souza Leão —
da SANBRA* ADESG e ESG* Ar-
mando Fillardí* Cláudio Hasskxher —irmão de ivan e gerente da Promotion 3.À<
de São Paulo, Hcrculano Carneiro —advogado, Edgard Teixeira Lctte —do
Escritório Técnico Agrícola. Eugênio Gudin c o General Menezes Cortes, líder
da UDN na Câmara dos Deputados. 1 ^
Em julho de 1962, quando a ação política para as eleições cruciais de outu-
bro ao Congresso atingia o seu clímax, a ADEP reestruturou quase todas as suas
atribuições estatutárias, que foram transferidas para o Departamento de Ação
UI Nessa época,
Política do 1BÀD. o NIAD estava coordenando seus esforços com
outra organização importante, o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais IPES.
O próprio Hasslocher era membro do lPES. lJfl A duplicação e interligação de
pessoal, as fontes financeiras comuns c a ação simbiótica eram tão fortes que
levaram o líder do IPES. Jorge Oscar de Mello Flores, a comentar que o "IPES
havia meramente se aglutinado ao IBAO ?’* Ele deveria ter dito o mesmo a pro-
1
Conclusão
104
grupos econômicos. O poder desses grupos baseava-se em uma rede de ligações
articuladas pelos setores agro-ex portadores dentro dai desses dominantes, setores
estes que ainda eram os principais produtores de divisas. Além disso, o latifúndio
tradicional, em decorrência de seu controle sobre amplos setores da população
rural,continuava a ser um fator poderoso de contenção política, enquanto grupos
comerciais envolvidos em serviços ou em atividades especulativas prosperavam
dentro da economia inflacionária, A combinação desses grupos representava uma
grande força de limitação ao domínio do grande capital, a partir do momento
em que obstruía o esforço para a modernização e racionalização capitalista da
economia e do sistema político. AMm disso, os interesses tradicionais restringiam
a capacidade de tomada de decisão autônoma por parte do capital monopolista a
nível Executivo, ao basearem a sua liderança política, em parte, na mobilização
da massa trabalhista. Em contraste com os interesses tradicionais, os interesses
multinacionais e associados visualizavam o governo como uma questão de plane-
jamento, manipulação e controle popular. Someme lhes serviria um regime "téc-
nico", com uma tônica autoritária, em razio das fones demandas que o capital
trfinsnacionai faria sobre as classes trabalhadoras, bem como sobre os interesses
tradicionais.
105
Dois períodos podem ser destacados no processo poHrico e ideológico olravés
do qual os interesses multinacionais associados e seus intelectuais-empresários,
políticos e militares —
assumiram o controle do Estado, O primeiro período, usan-
1
dade político- jurídica com os grupos populistas no poder. Quando os canais po-
lí ti co-partidá rios c administrativos não obtiveram exilo em aftngir as reformas
necessárias prenunciadas pelo bloco modcmizante-canservador, e quando ps in-
teresses mu] ti nacionais c associados notaram as dificuldades crescentes em se
conseguir conter a massa popular dentro do sistema político populista, o bloco de
poder emergente teve de recorrer a outros meios* Ás várias organizações da so-
ciedade civil e política foram reconciliadas como expressão da consciência cole-
tiva de ciasse peio núcleo organizado do bloco multinacional e associado em seu
estágio militante, desenvolvendo conjuntamente formações ideológicas e políticas
capazes de alcançar teus objetivos estratégicos* traduzindo-os em açao política c
estabelecendo a próprias firmemente no poder, Essa foí a segunda fase* a do
si
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ganicamente, uma ou mais camadas de in-
101-12, ntam J967, proporcionam homogenri-
telectuais que
+,
2, Sobre $ aplicação do concríeo dt tno- dade ao grupo, bem como a conscienUzt-
1
demizaçãocomervadora de Baningtoti '
107
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Brasil
— BRACOPAR Comp. Brasileira de
Lld.,London).
Participações. SA. Brasileira de Comércio
— Agência Marítima Dítkinson (Dickin e Representações — BRACQREP.
ion Brothers).
— Mecânica Pesada SA* (SA. de
— Standard SA. [American
Ideal Stan-
Chaltassiêfe/Soc. Mi nitre de Droit
la
au
dard). Moni Bruville/Schncider et Ck. — Frarv
— AMF do Brasil SÁ. {American Ma- fa/ARBED Cia. Siderúrgica Belgo-Mmeí-
chine St Foundry Co*L ra/Weilinghome Inll/Sulrer Group —
— Fruehiuf do Brasil ( Fruehiuf Corpo- Suiça/MA.N. AG —
Akmanha/Reders
ratioa). Group — Suécia/Sociéié de Forget et Ate*
— Companhia de Molas NoSag (Lear lim Creunx/Akikbdaget
de KiUtads
Slegkr Inc.). Mekinisuu Wnkiud» K ALW /A kntbola-
— Iníekom Eletrônica 4 Motorola inc.). gct Kamyr t Dresser/Sul América Capita-
— Relógios Brasil S.A. (Tilley fndui liiiçáo) torge Otar de Mello Flores, f,
ODEON SA, íColumbia GtfnophDM Co. — Berlitf do Brasil S.A. Ind. e Com,
/EMI Líd. Ftctricil Musteal Industries)* (Ind. Reunidos F* B de Maquinas e Amo-
—
Phocnix Brasileira de Seguros Gerais motores SA7Auto M. Berliel Lyon)* —
(Phoeni* Aüurnncc Co. London). liga* — — RHODÍA Ind. Química e Têxteis
da Match Corporation.
k British S.A*: Paulo Reis Magalhães, GclAvio Mnr^
—
Wilson Sons S.A, Comercio Ind, e condes FcrrnZk
Agência de Navegaçõo (Ocean Wllsqni — — TÜBEST Ind* de Tubos Elétricos
London). S.A. Reunidas Fronco-Bras fiei-
Indústrias
— Indusclet S.A. — Ind.
de Material Elé- ras de Máquinas c Automolores,
109
i L
glia, Jean Mtft Rouweau, A. A. Ferreira. cíficos contra outros seíores da sociedade
12, Mesmo
lendo grandes in ccrtsjcí ecn
civil,À base íõgica dos anéis burocrático-
empresar íbís é influenciada cm alio grau
Minn Geníi, M. Fe Guimarães eramim por suas conexões empresariais regubre* e
também um dos líderes da Associação Co-
não por normas burocrática* de comporta-
mercial do Rio de Janeiro. Fie pertencia
mento, ou por efêmeras c eventuais liga-
li seguintes diretorias Banco de Min&s
ções econômicas.
Gerais SA.* CU. Força c Lua de Minas
Gerais (Boftd &
Shire, Grupa Morgan), 15. Sobre as opiniões políticas e a Ideo-
Philips do Brasil, O rg uni rações Fcrtetr* logia dos técnicos, vide (a) Carlos Este vam
Gutm&rães, Cia. Estanho São Jala D’el MARTINS. Tentocracia c Capitalismo*
Rei, CU- Siderúrgica iklgoMineiri, Cia. São Paulo, Ed. Brasiltepse, 1974. p- 7S*I31,
Cruzeiro do Sul Capitalização, Pana ir do 1 16-56, 195-214, (b) Fernando Henrique
Br#sU T Banco Lomde*. Mesbla SA,. Cia. CARDOSO, Aspecros poííik&s do plane*
Imperial de Seguros, Cia, Tecelagem t já mento no Brasil. In: CARPOSQ. F. H,
Fiação Mineira, Cia. Tecelagem < Fiação ed, O modelo pailiico brasileiro. $ão Pau-
0&rhicenft, Siderúrgica Manne&mtnn. lo* D l FEL. B73. p. 95-103.
lí, Jorge de Souza Rezende pertenci* h 16. Arthur Gcrald JOHNSON. BrazíÜãn
FIESP e *o Conselho Niriona I de Econo- butvúucracy and politics: thc rise of o new
mia — CNE. Ele era também membro das professionaí class Tese de doutorado* Aus-
,
seguintes empresas: Cín. Brasileira de Ar- llfl, Univ. of Texas* 1977, p. 157,
mazéns Gerais (Sanbra. Bunge & Bom), Para coiirideraçâci metodológicas sobre
Serrana de Mineração SA,. Gulmbmil planejamento. Tohn FRJEDMANN.vide
SA. (Bunge & Bom), Cfcíborundum SA-, Rcíracking Am erice: a theory of trúnsaç-
Cia* de Máquinas Hobm-Dayton do Bra- tive pfmtung. New York. Anchor Press,
til Equipamentos Clark Firitininga SA, Douhleday, 1973.
(Clark Equipairtents Co., Máquinas Pirata
— 17. Eugênio GUDSN. Andíise de proble*
nhiga SA,), Linkbelt Piratininga Trans*
portadores IndustriaisLida, {Máq. Piratí-
mm brasileiros 1958-1 9^4 + Rio de Janeiro,
Agir, 1965, p, 22
ninp, Engenharia lnd. e Com.
Linkbelt
Lida ), Máquinas Piratininga +1 Auto- SA IS. Os icctto-emp resinas multinacional* «
matic Sprinklen S A (Joaquim H. Nasci- associados não estavam sozinhos em tcui
mento. A, Gama, Automatic Sprinklers da esforços Segundo Lin-
"ridonaliiantes".
Venezuela). Brinquedos Bandeirante SA.* coln Gordon, embaixador americano no
Asdobra Instalações Contra Incêndios Brasil durante a presidência dc Joüo Gou-
Henrv Símon do Braiil $A. Jnd- e Com. presidente Truman. em 1949 os Estados
(H. Si moo Holdings, Grã-Bretanha). Unidos empreenderam um programa maii
intenso de assUténcU técnica* Os concei-
H. 0 ttrtno anéis buroer&iko-tmprtia-
tos de assistência técnica bascavam-se *m-
riais mesma acepção dos
é usado quase n*
"anéis de Fe
burocráticos'
1
no
Rio de Janeiro. \osé Olímpio. 1974, p (4): 36-9, outydcz. 1960. âmago do Ser- O
46-60. O lecno^empresárío Paulo Sá ejtpü viço Nacional de JnFormações SNI após —
cou, em cari* seu amigo e JídcT da UDN 1964 e sua futura ligação umbilical com
Hcrbert Lcvy. u atividade* de seu escri- o Ministério do Planejamento encerram se
tório de coniulloria tccnoempresariaL nas significai ivas palavras do General GoJ-
CBP; ri
na Rússia dpi Sovieis [ikl 01
Se bery: "Racionalização* intencionalidade,
planos pertencem I burocracia do Estado, decisões ou escolhas, escala hierárquica,
noi pifiel livres »c redil mos qy-i tnis pla- ludo dentro de um complexo de ações in-
noi Um
de ter confinadas no smem« ge- limamcnie relacionadas- é essa a essência
ral, itnvli do qual os quMlôes de gover- dc lodo e qualquer planejamento”. Vide
no devim ter molvidui por meio de um Cl) Golbery do Couto c SILVA, id, (b)
cohtvaio com
entidades particulares apro- Décio Palmeira ESCOBAR O planejamen-
priadas, cipicitidat e honestas, sob o com to da segurança nacional. ESG. Documen-
trote JndiípcrtiAvel do Estado. Gi escriió- to n. A-34-SI. (c) Colbery do Couto c Stl^
no Consórcio
rios ck consultoria incluídos VA. Planejamento da segurança nacional.
11
apresentam titi qualidades, Ca na de ESG Documento ei. C 65-54. (d) Colbeiy
Paulo Si a Herbcrt Lcvy. escrita no Rio do Couto c SILVA, Ptannamenio da t*
dc fancíro em 27 de janeiro de 1959. Ela gurença naciOnOl. ESG Documento n.
te enconiri no* arquivos de Paulo de At* C 1155 te} Coibo? de Couto c SILVA.
ui Ribeiro, no Rio de Janeiro. Planejamento da segurança nacional con- :
Por outro Indo, o planejamento implica "nenhum deles possa ser inferido dos ou-
uma busca orientada de conhecimento,,, tros, M-segurando assim o mais aLiu grau
e consiste, acima de tudo, em um sistema de independência lógica, mesmo rcconhe*
de escolhas ou decisões. sucessivas e Hie- tendo a inl er-rel ação resuHante de auat
rárquicas, entre alternativas distintas [li- origens comuns no que ac refere a concep-
nhas de ação Colbcry do Couto
positiva)*'* ção e formulação [mi cr de pendi nc ia gené-
e SILVA. Do píaiicjameuto para a segu- tica] c o propósito integrada geral que to-
rança nacional Cadernos Brasileiros, t»L; dos eles objetivam [interdependência telco-
111
,
27, Mrkc &URGE5S & Daniel WOLFF. Ê interessante observar que o presidente
El concepto de poder en La Escuda Supe- brasileiro da Missão Abblnk era Üct&vtp
Gouveia de Bulhões, que parti cipiirln de
rior de Guerra. Cuadernos PoUhCòt, M6
aico (l)ioo. Edicione* Era. abr./jun.
muilas das experiências cm plnncjmnenio
1979 Vide também as pâginos 2 e 5 dg da década de cmqikiHn, No casü parti-
Documento de Trabalho n: 5, £*èw? de cular da Míssiío Ahbink. esUiduvom se oi
um programa de governo —
p sentido do
críticos pontos de estrangulamento da ceo
de jiõcird de 19W pelo Mimiirfl Eitnor< mico estado capitalista industrial. Vide Oç-
d inano pm
o Planejamento e Coordena- (avio IANNI. Estado jr pimificmMtê eco-
ção Económica. nómica en Braut 1 910*1970, Buenos A irei,
Arvorrortu Ed I97L p. 71-91,
p
"A velha burocracia nio «Lava preparada rial Ferroviário — COBRASMA, Serviços
para operar sob o noto (isitma, ma* ela Cash Rcgi&ter* Ga* Ni-
Hollerith. National
não poderia simplesmente ser de&conitdc cloiul de Máquinas Comercia is, Goodyear
rida. A opção «cdhida foi então conser- Tyre», FerroenamcL Imobiliária Santa
var a velha burocracia e estabelecer uma Cruz* Listas Telefônicas Brasileiras e Ad-
4
'nova para operar em uma bate diferen- dressograph Multigmph do Bros d. Roberto
te, esvaziando, por assim dizer, a velha bu- Campos manteve ligações com a llnmin.
rocracia cm
lermôi de poder, pelo menos Olivetti, 0ood and SKare, Camargo Cor-
no que se referisse ü
área* para as quais rera, Mercedes Bem t Banco de Doem
1
ft nova burocracia houvesse sido criada' * volvimemo Comercial. As ligações econô-
Vide Alexandre de Souza C«u BAKROS micas de Glycütt de Paiva ilo apresentadas
tt Angelina Maria Chcibob FIGUEIRE- no Apêndice B.
DO. The creation of twú social progrúm* 32, um
relato da experiência brail*
Para
met, the FGTS and the PtS ; a Draiilian
leira em
planejamento, vide (a) Robert 7*
cmr itiàdy on the distem íneríofi and risa DALAND. Braztiian ptanning: devehp-
of i ocial seifnces rtteúrch for iO^ernmen- menl, poiitics and adminisiration. Estado*
tal policy mctãing. Rio de f arteiro* Dtve-
Unido», The Univ. of North Corolína
fopmeni Center of lhe Organizaiion for Çap> O* IANNI. Esta-
Preit* 1967, 2. (b>
Hconomíc Coúperation and DcvelopmenL do op. cit. Ca p. 3 e 4, (c) tt, A. Ama-
1975. p. 6. ral VI Eftt A. Intetvencionismú e autorita-
30, Devem ser levadas cm coma ou Iras rismo no fírasii Sflo Paulo. Dl FEL, 1975,
tentativas feitas nas áreai de planejamento \h 15- LIO, Sobre o ponto dc vista de um
112
WARÍCK. Estratégias do planejamento no The mãitary ín fírasílian poliiics* Tese da
Brasil. Cadernos CE&RAP, Sm Paulo, (1), doutorado. Illinois, Univ. of. Illinois, 1966
1970. (Department of Püti tical Science»)
33+ Héüo Ddtrlo ere direiof di COSI- 4L Gsny Duarte PEREIRA. A antinomia
GUA (joint venlure mddtl ria lidcrór-
fls do acordo militar Brasit-Esiados Unidos,
gico com a participação do Es indo tln Gua- Rio de Janeiro, Associação Brasileira de
nnhura c do setor privado), Mcshlo S.A, (a fu ris las Democráticos, 15 ab. l%3. p. 24.
gigantesca loja comercial) c da CREDE 42. " . . os países lmíno-a meti canos ano
BRAS Financeira do Brasil S.A, (tuja di-
lodos eles,, significativa mente, o que tem
retoria contava também com Witter Mo-
tido chamado de "sistemas penetrados*';
reira Selles* Augusto Frederico Schmidi, sistemas onde indivíduos não-membros de
Hélio Cássio Mvffjiz dc Sou ta, Henrique uma sociedade nacional participam díreii*
de Bouort, Tcodoro Quarüm Barbosa c Hé-
mente e com autoridade, por intermédio
lio Pires de Oliveira Dias),
de ações realizadas em conjunto com os
34. Vide (n> Ludnno MARTINS, Pou- membros da referida sociedade, da desíg*
voir , ,, oji. e/í, Cop. 7 c í, íb) Francisco nação de seus valores ou da mobilização
de OLIVEIRA, A economia da dependên- de apoio na defesa de seus objetivos", ín*
cia imperfeita- Rio de Janeiro. GraaL 1977. tcrprtlação dada por Gordon Connct-Smilh
?> S4, citando James N Roscnau em Carlos A.
35. Vjde Maria Vktcria de Mesquita BE- A ST 12, Latirí American iruerrtafbml po-
tiikst ambiüom capabiUtm and th t na-
NEV1DES, O governo Kubitschck: desen- .
çlo dos técnicos c instituições técniegs é 43. Vide George Robinson Mathet, As re-
apresentada em Naihanid LEFF. Econo- lações militares entre o Brasil t Os Esta-
mic poUcy moÀmg and developtnent m dos Unidos, ESG. Documento n_ C -02-64.
Brasil: í 946 1964 Estidos Unidos, John
44. Vide (i> I- Knípper BLACK. op. cií,
Wilcy êc Sons. 1%8. p. 143-53.
Cap, 8 t 9. (bí Gayk Hudgcns WATSON.
3ft, O. IàNNI. Estado.., op. cit cap. $, Brother Som and the Goulart golpe. Te-
xas, Umv. of Texas* 1977. p . W. Mimeo
39. J R. Whltftkcr PENTEADO, Prepara-
çio de executivos no puis. Boletim men- grafado.
sal IPES. Rto dc faneiro, juL 1964. Ano 1, 45. Vide {&> RsymonJ F.STEP. The milT
n. 3, p. 3. tory in Brarilmt politks t $2! -1970. Esta-
4 D; O que Manwaríng chamou de value- dos Unidos. Air Univ. f 197* p. 3, 4^45,
169. (Documeitíary Research Diviiíon. Ae-
inherertee, isto í, a ocupação por oficiab
militai e$ de postos administrativos cm cor mspTêcc Studics IniUtute, Air Univ., Mbx-
po rações mu] d nacionais e associadas e a wdl Air Force, Documeniary Research
identificação dos militares com os objeli* Study Á¥ 20410 ASI) + (bl Pauto Sérgio
vos e métodos dos empresas privadas, PINHEIRO. A ESG anos {co- faz trim*
113
.
II*
L
adoção pelos militam de uma aliiude pró- ções públicas c guerrilha na seiva* * Em
1
115
scccmbro de 1963 c qiac perdeu o sigilo so- didato presidencial da oposição tUDNl
mente em M de outubro de 1977, 0 me* em 1950 contra Geiúlio Vargas, ó Gene»
morando enconíra-sc nos Arquivos }FK t ral luroey Magnlliâcs —
líder da UDN e
Notionnl Securiiy Filei. influente íipum polfiicndo Rio de Jancíro
59, Durante o atio de 1961, programou-se c da o General Menezes Cones
fhihia, —
que de 5 200 indivíduo* de países
certa
udcnrilú importou to. o General Juarcz Tâ-
os número* subiriam a S 600 alunos e ronel Nci Braga (PDC), cx-ebefe de Polí-
cia do Estado do Paraná. ex prefeito de
7000 cu nos £ interessante observar »
Curitiba, cx governador daquele Estado, e
importância da sequência profissional na
formulação das atitudes ideológicas ç po-
que estava direi ame ntc ligado ao banquei-
lirieis do corpo de oficiaú brasileiros, Es- ro e empresário paranaense Lcdnidis E.
dói Vide Alfred 5TEPAN, Th* miUtvry em tJ dc abril de 1959, no Rio de f artei-
in poiitics: chüngtng pQtfcrflS in Brarit, ro, Eía sc encontra nai arquivos de Paulo
Princtton, Princeton Univ, Press, 197 1, dc Áiiíi Ribeiro (Río de Janeiro). Nfiu se
Cap. IL p. 23648. entendia mais o Estado como um simples
60. Enlre tises oficiais» deve-se mencio- distribuidor de favores. Para que o capita
nar o Brigadeiro Eduardo Gomes can- — li*mo ac desenvolvesse, era neceiairio que
116
D Estado k tornasse umi máquina xespon* vembro de )%4 e 18 de dcTçmbxo de 1964.
*ivel c voltada parei n eficiência. É óbvio 68. Vide Osnv Duarte PEREIRA. Quem
que os inttfetUiaU ©rginicos do bloco ca- foi as íeis no Brasil? Rio de lancha, Cs vi*
pitalista modcTmionic-cojiscrvBdor con*- lização Brasileira, 1963. p 53-6.
cbtíttVUMA dii falhas da adminisitaçio
69. Leòncio BASBAUM: op. eil. p. 161.
c do isstema poiftko populista. £ digno de
70. Leóncio BASBAUM: op, eit. p. 157.
mcnçfio que os arquivos de Pnulo de Anis
71. Üblcvt-ic informação de forues di
tal
Ribeiro ião MíFem&riHrnie ricos cm cofres
versai, princípalmcnie por intermédio dc
pondciicid scmclhnnle com outras agências
(a> L, BASBAUM. op cit. (b) Osny Duar-
estalais o Fimckmirioi, bem como cm cor
mpondência sobre projetos conjuntos en-
te PEREIRA- op. cit. (c) fornat do Brasil.
tuformalivo N, 51/ í CBP (circulação nas. Vide Wttutf HAAS. Jean BERNET
interna), de 11 de julho de 1959 (d) Bo- A Rol and BOSSA RT, Oi investimentos
letim Informotwo . N
58/2, de 17 dt juíbo estrangeiros no Brasil São Paulo, 1960.
de l95S, (e) Boletim Informativo N, 58/}, Depois de 1964. Roberto de Oliveira
72.
de 24 de julho de 1938 Todos esses do
Campos fundou a eompleao financeiro
cume ritos se encontram no? arquivos de
INVESTBANCO « INVESTCRED, Conta-
Paulo de Anis Ribeiro, no Rio de lanem?.
vim-se entre os itcmjemprrsiriQt que a
65. O CBP dependia somente da fór-
nfio cie se associaram: Sérgio Paulo Mcllio,
mula de intrínseca de seus
’*rac tonalidade'* fosé Bonifácio Coutinho Nogueira. Edmar
serviços, ma? procurava também conseguir de Souza. Francis Vemon Gucen* Aruòmo
"ajudai' por parte de burocratas do Esta- Abreu Coutinho. Emrnanuel WhitaLer*
do, oferecend olhes uma certa percentagem Plínio Couto, Sebastião Ferraz de
Salles
de parttcrpaçao nos lucros conseguidos Camargo Penteado e (aio BapUsU de Car
através da agência estatal, se rcalmente a? valho Alhayde.
negociAçocs se concretizassem, Vide, por 73. Vide Mário da Silva PINTO. O con-
exemplo, n correspondência entre Eijcüs trole dú comércio externo e o desenvolvi-
Fonseca, da Secretaria drt Fazendo de Ml- mento econômico do Brasil, Rio de janei-
nns Gerais, e o CBP
(Apêndice C), onde ro, CONSULTEC, 1962. Esse livro fei par-
ac ofereceu n Encus Fonseca 5% do valor te de um estudo preparado pela CONSUL-
de negoc ações realizadas,
i
TEC para a Universidade de Harvard.
66. A firme Hidrologia mudou o seu no- 74. Essa sjiuaçíic foi estudada por P Sch
me para Hídroservice. H. Maksoud é o mmer que a chamou de "fenômeno pan-
atual propric lírio da Visão, a mai? influen- tounage*'. Vide (d) P. SCHMVTTtTt ln-
te publicação de assuntos de atualidade t*ml, conflkt and pofitical change in Bra*
das ciastes empresariais (de circulação na- lil. Stanfprd, Sianford Univ, Presi. 197L p.
cional), cujo editor geral é OciâvLo Gou- 298, (b) P, SCHM1TTEÍL op. cit. C*p. 12,
veia dc Bulhões. O Apêndice B apresenta uma lista das
67. Vide (a) Lcdncio BASBAUM. Histó- ligações muHtauc [onais dc vftrioi de seu?
ria sincera do rtí pública de Jânio Qttudrns membros*
õ Costa e Silvo — J96/-/967, Süo Paulo, 75* Emane GAlVÊAS. Introdução- In:
Ed. Fulgor Lida , 1968. p. 151-66. (b) Osny AFEC 1962 1972. Rio de Janelfõ. 1972. Vi-
Duarte PEREIRA. Ferro e independência, de o Apêndice D para a lista dc colabth
RiO de janeiro, Civilização Brasileira, 1967. ri dom cm 1970.
(c) Jorna! do Brasil 2 de dezembro de
,
76, Um doí AcionitiaE mail importantes
1964. (d) Tribuna da Imprensa, 19 de no- era Oíwsldo Benjamin dc Aievedo, as? d*
tiado aú JPE5 e homem de frente de in- Chryskr, a quinta maior corporação ame-
teresses muStiotciocuis. ncana. Esse complexo industrial, um dos
Electric. corporaçoe* com papel importan- danças wrmeJh antes em liderança, viliüda*
te m s atividades financeiras, de caráltr ,
de organizacional c técnicas ocorre ram
subversivo, contra o governo de foio Gou- também em associação de classe de São
lart c o movimento popular. FjuIo, «o passo que, nos ano* seguintes,
novas organizações indusiriiii foram cria-
89. A. Torrei Filho fazia parte do quadro
das no Rio Grande do Sul, Paraní e Per-
dt d retorcí das seguintes corporações: AU
i
American Cabkt, Cia, Rádio Internacional nambuco- Quando a Coo federação dis Ás-
do Crandet Hotéis S.A.+ Traittu-
Brasil*
sodaçòei Comerciais do Brasil CACB —
foi fmaiincftte estabelecida* seu presidente
nion Americana Agendas $ A., Sabin St.
Gcrmúin IntcT America Inc. (iodai elas Rui Gomei
de Almeida declarou ser aque-
empresai do grupo Morgan sediado nos la maior rede entre íí*cxí*çõ*i «me-
a
Estados Unidoi). Cia Industrial 54o Pau EHanrcs no Brasil, agregando o$ interesses
lo e Rio — CI5PÉR (Owens Illinois Glasi de I 140 associações, total que se viu au-
CcJ, Cia. Geraí dc Minai (Grupo A, Byn mentado pda inelusio de um grande nú-
gron), Brazílian Bauxite Co. ( nc. & Sou- mero de associaçôci estrangeirai por inter-
thweitcrn Melais Inc., Cia. Meridional dc média da Federatkm of Forcjgn Ghambcre
Mineração (siderúrgica americana), Rab- oí Comincrce in Brazif, tujo presidente
cock & Wilcox Calrtcinis S A. (Grir Breta- era também Rui Games dc Abneidâ,
nha), Cia, Eletroquímtca Pun Americana 95 BOLETIM INFORMATIVO DO
(grupo Matarozío] e NaegcÜ S A, Ind. FJE5PCIESP. 51a Paulo, S fev. 1964. V,
Químicas {Marictta do Brasil. Martin Ma- 82. n. 748.
rietta Co. c Cornspa S A. do grupo Nae-
96. Vide o Apêndice B pira informações
gdi), A maior pane dessas corporações
m&is ponntnDnzad&s sobre suas ligações
dtu apoio financeiro hi atividades subver-
económicas.
sivas contra o governa de João Gmilnrt e
o movimento popular Vide Oany 0. PE- 97. Vide o Apêndice B pira informações
REIRA. op. tii p, 22241. mau pormenorizadas sobre suas ligações
económicas
90. Vide Osny D Rí RE IRA. Um desafio
à drgnrdade nacional. Rio d« Janeiro, Cbn* 98 Outros figuras de renome ligadas ao
Itzaçlo Brasileira, 1967* CTE5P nos anos seguintes foram: Alfredo
BuzalcL A. O. CampEgfii, A. C. Pacheco
31, K Knippm BLACK. op. dl. p, Sn.
e Silva, Aniónk> Gootijo Carvalho. Egon
92. Vide <aj P. SCHM1TTER. op. cit p, Fel ia Goitschalk, José Boucmhas, Lucas
194. 418. Cb) P. SCHMITTER. op, dt. p. Nogueira Garcez c Roberto Campos, mui-
150-2, sabre o processo de exparuio luo los deles membros militantes dt ação or-
daltvi c polUização* ganizada ás burgueiti contra o Executivo
91. P. SCHMITTER. op. cit p. 195, nacional-reformista. Vide Problemas Bra
rifrirtB, i. U. (8*1:2. SESC, 1970,
94 Zulfo dt Freitas MaJlmiíi, o novo pre-
side n te da Federação das Indústrias da O Digesto Econômico constituía o ór-
U9
100. o Apêndice B aprtscnia miloto in- Oil: 6) Manhaí Erdman: 7) Koppers Co.;
formações sobre as ligações econò micas. 8) UmvtrHty of Norlh Carolina; 9) Sears.
101- F. SCHMITTER. op . cit. p. 197. O Roebuck & Co.; 10) Wíllys Motors: 11»
CONCLAP São Paulo parece haver pmpb Ahjmimum Cu.; 12) Ford Motor Co.: 13)
ciado uma
cobertura para as atividades James C, Morelland & Son Co.; 14) Johns
ManviÜç International; 15) International
conspiradoras clandestinas contra o gover-
no de Toão Goulart, ao mesmo tempo em Minerais Chemical Corp/; 16) Food Ma-
S:
que « posicionava publicamenie a favor chincry; 17) General Foods Corp.; 18)
120
Rockcfellcr c rcprc&cntamlu cerca dc 224 tional Assodation of Mantifucturers, ú Na*
corporações, aproxlmudamenie 15% do to- tíomil Foreign Trade Council, o National
tal dc companhia americanas operando Industrial ConfcrCnce Board e a Chamber
na America Loima, O CLA manlém con- of Commercc of lhe United States. Vide
taaos regulares com o Dcp. de Estudo, s SHOUP Sc MÍNTER. &p, cii, p. 110.
AID, o IBRD. IDB, CIAP c outras agéít-
í W. DOMHOFF, Foreword VÜ-VflL
12,
cias do governo cujos trabalhos possam
ln: SHOUT & MJNTÉR. op cU. A estru-
fetar os interessei empresariais americir
tura in cerna de poder do CFR expressava
nos na América Latim. O seu conselho de
i proeminência de grupos financeiros, par-
curadores reúne se dc duas a três vezes ao
ticularmente os da oligarquia financeira de
ano com representam et do governo ame-
Nova York, entre as classes dominantes
ricano em Washington para consultai. O no? Estados Unidos. A estrutura de poder
CLA compreende também lubcomitcs cor* dq CFR mostrava o papel de liderança
respondemos a escritórios do Dep, de Ei-
exercido inkíatmente pelo grupo Morgan
lado e da AíD responsáveis por áreas geo-
e nos últimos trima anos, o do grupo Ro-
grMicfls específicas —
Diasii, Peru c Equa-
K
121
113. SHOUP * MINTER op. «f* p. 97- R. Kimbcrly; Thomat D. Lumpklrv; Au
9. Em uma liira ande rnojirivim u fír- guitine R, Marusi; Rodman RockfcUer;
mu com quarto ou mais diretores ou só- Dan Scymour; ]oié de Cubai, presidente
cio*pertencem» «o CFR. Shoup e Minter do CLA: Hcnry R, Gcyelln, vice presidem
demonstraram que, ms setor industrial. a te do CLA; David Rockcfcller, presidente
US Sied tlnh* Smembro. Mobil Oi! 7 honorário.
membros, iStandard Oil Ne*' leraey 6. Vide o Apêndice F para informações so-
a IBM 6, i JTT 1* i General Electric 4 e bre o Conselho de Curadores. Achavam-se
i El dc Nemours 4 membros. No
Dupnn i
no s ta ff do CLA: Enno Hobbing vice pre*
f
setor dc bancos comerciais, o Chase Ma- lidente; Dr. Estcban Ferrer* vke- presiden-
nhittan Bank tmh* 3 membros, a |. P. vice-presidente e
te; Rali Brent, assessor
Morgan and Co 8. u Fim National City principal; Jay Kmghain, assistente executi-
Bank q Chemical Bank 7. « Brown Brx>
7,
vo;lim Morse, diretor acadêmico e rela-
then Hunmin and Co, 6 e o Bank of ções institucionais; MichêeL D, Milkt, di-
New York 4. Entre as companhias de se- fetor em Washington; Humberto Cortina,
guro a Equiiable Life contava com 9 mem- Lima; Herbert Muller, em Bue^
diretor ren
bros pertencem» ao CFR. a New York nos Aires e )ack E. Wyant, diretor no Rio
Life com Metropolitan Life 4 e a Mu-
3, a
de Janeiro. Este último fora funcionário dn
tual of New York 4, Quanto aos bancos
embaixada americana duranie a gesi&o do
de investimento, o Morgan Stanley conta- embaixador Lincoln G ordem no período
va com 6 membro*. o Kuhn. Locb 4 e o que precedeu o golpe dc abril de 1964.
Lehman Brothers 4. Além disso, deve-se
116, Por volta de £%6. dos 22 curadores
ressaltar 200 firmas amerttanu *ao
que
da Brookmgi Enifiluiion» 7 pertenciam ao
responsáveis por 75% de todo o investi-
mento estrangeiro Vide NEWFàRMER St CFR (12%)* tendo que 2 deles eram dire-
lo rei; dos 20 curadores da Rand Corpora-
MUELLER. op. nt. p 14b.
tion, 9 eram do CFR (45%) t 2 deles di-
1 14. SHOUP* MISTER, op. dL p.JTM. retora; ji o Irmiiuie f Ddtnce Angly- m
115. O executivo do CLA contava com 20 sis íínha* por volta dc 1969, um total de
diretores, dos quais dat pertenciam ao
22 curadores, sendo 9 do CFR (41%) e
CFR, sendo um deles diretor. Vide quatro deles atuando como diretores; 0
SHOUP * MINTER. op. dl. p. 72-4. Por Hudson Instítute, Í4 curadores. B dtb no
volta de (972, o CLA incorporara ao seu
CFR (579b) mas nenhum atuando como di-
Comité Orientador, entre outras, u se retor, isso por volia de 1970. O Council
guinlei figuras- Rtchãrd S. Aldrich, fack for Foreígn Relations se interligava tam-
D. NeaL Esiebtn A. Frrrer, Ejuio Hob- bém k Forrign PcJícy Aisocíation (74 dire*
bing. Htrben K. May. Michaef D. Müler, tofés. 31 no CFR) à Naiional Planmng As*
h
Bariow. as quais ruperv Uionavam suas American Urúversitie* Field Staff (12 dire-
operações diárias. O Comité Executivo pa- tores. I no CFT) e * American Assembty
ra 1972, eleito pelo Quadro de Curadores, <20 diretores. 12 rio CFR)
compunha-se dc: WjJIiam Barfow, presi- 117, SHOUP it MINTER, op «Ü. p. 62.
denic do Comitê Executivo; John F. GalU- Cinco dos oito memhrut da Roekefcller
gher, vice-presidente feral e vke-preii- Commiision. estabelecida em 1975 para m
dente regional pira o meioocstc; Capitão vestigar as atividades domésticas ikgaii da
fohn W* Clark, vice-prai dente regional CIA, pertenciam ao CFR,
ptra o sudoeste; Alfred W. Eames, vice- III, Vkior MARCHpTTÍ * J. MARKS.
pmidrnie regional para oesie; Charles The CfA ortã th* cuit of imeiUgemce. New
f Zwick, vke presidente regional para o York, Knopf, 1974. p. 267,
sudeste; Willlam M. Hicfcey, secreLÍrip; 119* Aerograma do cônsul americano em
Joicph W. Webh, tesoureiro; Àlphoftic 5io Paulo ao Departamento dc Estado
De Rot», te toureiro- assistente; W. H. americano* em 16 de agosto de 196L p, 4.
Confcn; Dofiatd M. Cox; H&rfow W. Ca- Rd,: Congen A 404. Redigido por Datus C.
ge; Maurice F. CrcnviDe; John D. Harper; Propcr, encontra se nos Arquivos |FK NSF, P
122
Gordon ao Secretário dc Eslado amcrica- do Conselho Político, f um i mente com o se-
no, cm 9 dc abril dc 1963* Controle 7279- nador Joaquim Parente. Contavam-vc entre
POI% noa Arquivos JFK+ os assessores: o Coronel Adit ét Qftveíra,
124. (a) JoBo DÓR1À. ISAD: alienação dtáo Freire. Peter Murany* Vantiik L. da
da soberania nacional. Política e Negócios Nóbrcgi e os coronéis Salvador Corrêa de
t
de Gludsíone Chaves de Mello, diretor da 13L Outras figuras que também partici-
Ação Democrática, o jornal do ISAD, co- pavam da direção de Cadernos Brasileiras
ordenava também sua rede de rádio. Vide eram: Tose Ganido Torres. Afrànio Cou-
Plínio de Abreu RAMOS. Como agem os linho. Nuno Valioso, Luii Orlando Car-
grupos de pressão. Rio dc Janeiro, Civili- neiro e Guimarães Padilha
zação Brasileira, 1963. p. 54. 6C-2, 132. Vide (D PolUka e Negócios, SSo
128. O Movimento Popular Jânio Qua- Pauto. 26 de agosto. 196L p. 20, <b) P,
dros foi um dos canais mais significativos AGEE op, cit. p. 611 (c) José Arthur
para agregar diversos setores e indivíduos RIOS. 0p. cif, p. 149.
diretor do Diário de JVotfràu. atuava ct> Elojr DUTRA. IBAD sig/o da corrupção.
me presidente do movimento; Arthur Os- Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
c ar Junqueira, secretário executivo; José 1963. (cj Edmar MOREL. O golpe come-
Aparecido de OÜveixâ, secretário político; çou em Washington. Rro de Janeiro. CivL
Prudente de Morais Neto* vice-presidente iiuçio Brasileira* 1965. (d) P. ACER. op.
123
,
cí/ ( (ei Píínio de Abreu RAMOS- Coma 137. fonge Oscar dc Mdlo Flores, IPÊS
agem às grupas de pressão. Ris de Jnnci- CE, Rio* VI de insio âc l%2, Garrido Tor-
rô. Civilização Brasileira, |%i. (0 Monix ra, JPES CD Rio* II de maio dc 1962.
BANDEIRA, op. cit. (g) John F. DUL- Reuniões conjtmiai de executivos consti-
LFS, Vpmt ui 8razi(: poUticolmitiiary tuíam um canal regular para coordenar a
çrisis J955-/fõ4 Ausiifl. Univ. of Texas estratégia política c a açAo» Nessas oca-
P ft$s, 15=70. {h) Joseph A, PAGE, The re- siões, Um Hasslochcr encontrava sc com
voíation íhm
huj : norfhecst Brazií
rte ver Gíycon de Paiva, com o General Goíbery
Í$5$ t964 r New York, Grosímart Publi- do Couto c Silva. José Rubem Fonseca,
shers* 19 72- Foram também consultado* o Dario dc Almeida Magalhães» Harold C
lorftd do Bmstl, o Esiado de São Pauh Palkmd e Gtfbcrl Hufecr Jr* t entre outros,
IJ562 a 1964} e o PoUtiea e Negócios os quais formavam parte da liderança do
(irn-mi}. 1PES- Vide as atai das reuniões do IPES
134. EElzabeth Carneiro Campos testemu- CE, 30 dc agosto dc l%2. O IBAD fun-
nhou frente k CPI sobre as atividades do cionava no número 271, da rua Marechal
IBAD e do tPES que Menezes Cortes es- Câmara» eparíameoto 80l t Rio de Janei-
ro. A Pr&motiott SA, funcionava no mes-
tava Ivan Ha^slocher, como foi
ligado a
publicado em O
Estado de São Paulo. 30 mo prédio.
dos do Ceará, Geraldo Alonso. Wober Lo 141. Entrevista com o Marechal Cordeiro
pes Pinheiro, Augusto Alvo Rocha. JJo de Fano*. no Rio de fanei ro em J 6 de Ju-
Fernandes Cosia e Francisco Dantas Gue- nho de 1976- Vide Cordeiro de FARJAS.
des —
iodos do Rio Grande do Norte. Or A segurança nacional no panorama mun-
lando Parajm, Antônio Corrêa Oliveira e dial da atuúUdade. ESG- Documento n. C-
Adeildo Cominho Beltrão todos de Per- — 01-61 p. 19-20, Falando â ESG. o General
nambuco, lb Gano Falcão e Everaldo Ma- Cordeiro dc Farias declarou que "Lado a
cedo de Almeida — de Alagoas, José Grr-
* ledo com chefes e oficiais das três forças,
124
CAPITULO IV
A CRISE DO POPULISMO
Introdução
1
Este capítulo diz respeito h percepção que as frações econômicas dominantes
tiveram da conjuntura crítica do início da década de sessenta* Ele descreve tam-
bém os interesses c demandas conflitantes que foram Impostos ao sistema político
e ao regime populista por duas forças sociais fundamentais: os interesses sócio
econômicos multinacionais associados e as classes trabalhadoras mobilizadas, li*
deradas por um Executivo nacional-reformistas
O objetivo inicial dos interesses multinacionais e associados era o de com-
partilhar o poder com a convergência de classe populista que controlava o Estado.
Durante a presidência de Juscelino Kubitschek as companhias multinacionais con-
seguiram contornar os canais corporativistas de articulação de interesses sob a
forma de uma administração paralela, bem como promover suas demandas gerais
através de novas associações de pressão classisla. Ao mesmo tempo, elas apoiavam
a contenção das classes populares através de formas de limitada mobilização po-
lítica. O governo de Juscelino Kubitsçhek também deixou um espaço político para
125
udcnista, apoiado pelo PDC,
característico do próprio |lnio Quadros, Esse alinha-
mento relacionava-se tantoà política externa aberta de Jânio Quadros quanto ao
esforço para arregimentar as massas populares e racionalizar a economia.*
A máquina da LJDN conseguiu uma vitória de Pírro” sobre as forças do
'
PSD nas eleições de 1960, não unto cm decorrência do desgaste natural do par-
tido do governo anterior ou pela ação dos grupos econômicos dominantes, como
pela fascinação popular pela impressionante demagogia janista.* O estado de
espírito foi inteligentemente preparado por cartazes mostrando o símbolo de Jânio
Quadros, a vassoura, e sua intenção declarada de “varrer" o país- Surgiu assim,
por um breve período, um elemento de “cesarismo*’ eleitoral dentro do cenário
político brasileiro, com a figura de Jínio Quadros como ditador do campo de
batalha eleitoral. Enquanto esse último era eleito com sua plataforma, Milton
Campos, seu companheiro de chapa c jurista de Minas Gerais, considerado a
expressão de forças tradicionais que haviam dominado o pais, era rejeitado pelo
voto popular para o cargo de vice presidente. Ao invés disso, a vice presidência
ficou com João Goulart, candidato de uma coalizão de forças liderada peto PTB,
herdeiro político aparente de Getúlio Vargas, eleito maciçamente por seu posi-
7
cionamento público distributivo e reformista.
J26
Incluíam-se cm seu ministério: Cltmeme Mariani {Banco da Bahia, Light S,A.
— grupo Morgan), Ministro do Tesouro; Arihur Benwdes Filho (The Royal Bank
of Canada, Westtngbouse — grupo Mellon o Banco do Comércio), Ministro da
Indústria e Comércio; Waiier Moreira Salles (grupo financeiro-industrial Moreira
Sallcs* ligado ao grupo RcckefdlerL embaixador do Brasil nos Estados Unidos;
Oscar Pedroso Horta {grupo Mellon), Ministro da Justiça; Francisco Carlos de
Castro Neves {FIESP), Ministro do Trabalho, e Caio Mário da Siíva Pereira, cx-
advogado da Hanna Mining c que se tomou Consultor Geral da República. * 1
127
Ministro cia Aeronáutica, Jânio Quadros coiOOu seu apoio militar com os líderes
de direita das Forças Armadas.
O governo de Jânio Quadros expressou bem a nova relação das Corças sociais
c grupos econômicos de poder em asccmáo, ao passo que suas diretrizes políticas
compatibiliza vam-se com as recomendações de grupos de interesses empresariais. * 1
Não foi por acaso que ele se destacou posinv amente entre os governos eleitos de*
pois de 1945 na opinião dos oficiais da ESG. Ele se mostrou aos olhos do grupo
da ESC como "a negação da demagogia c\ consequentemente, do populismo;
apesar de ter sido ele mesmo um populista, arriscou suas oportunidades elcilOrais
contra os herdeiros da getulisma, contra a esquerda e a demagogia governamen-
14
tal *\ Essa visão correspondia à do iccno-cm presa rio Paulo Ayrcs Filho, para
quem "A eleição de Jânio Quadros para presidente, no fim de 1960. podería ter
fortalecido a posição democrática no Brasil em decorrência de sua visão correta
dos problemas brasileiro*. Ele se dispunha a estabelecer um regime dc austeridade
c autoridade na administração pública, a racionalizar as atividades governamentais
t lutar contra a inflação. Ainda mais. ele havia conseguido um apoio popular
sólido que lhe outorgava autoridade inquestionável sobre todos os grupos sociais
c políticos, apesar dc não haver sido apoiado em sua campanha pelo Partido
Comunista (que apeiara o Marechal Lon)*V'
Transcorridos os primeira* meses do governo de [inio Quadros, tornou-se
claro que seu "populiimo udenista" nao conseguiria produzir as medidas de
crescimento dismbytivo esperada» pelas forças populares. Jàruo Quadros havia
herdado tanto uma economia enfraquecida em parte pelas diretrizes políticas de
Jyseelino Kubitschek de promover um crescimento "acelerado”, quanto uma bu
rocrada c vícios administrativos populistas que se tornavam cada vez mais ina-
dequados â* necessidades do bloco multinacional e do grande capital local. Ura
relatório da Embaixada Americana que trazia uma analise dc Herberi K. May,
adido da Departamento de Finanças, concluía que o Banco do Brasil praticamente
não possuía dtvivas estrangeiras, ç que o governo dc ]usceUflQ Kubhsehek havia
‘“esgoiado todos os recursos 'éticos' e ‘não-élicos' de que dispunha para cobrir o
déficit da balança de pagamentos, permitindo que esse deixasse o cargo no dia 11
de janeiro com as finanças em aparente liquidez". " Um legado de problemas
1
128
parado treze anos untes, com a diferença de que agora os congressos se reorga-
nizavam cm meto a umu dasse trabalhadora industriai que havia se multiplicado
e que sc achava relatívameníe concentrada cm termos regionais/* O incipiente
movimento sindical começou a entrar em sírios atritos com certos aspectos da
estrutura síndica! vertical, reduzindo as condições que haviam permitido a mani-
pulação da massa,
O movimento sindical havia se tomado, aos olhos da comunidade empresa-
rial, um fator de desorganização no momento da ascensão de Jânio Quadros h
presidência, pois certos sindicatos e líderes sindicais exigí am uma mudança social.
Ademais, os rcpreseniamcs de interesses multinacionais associados e do comércio
agro-exportador que haviam apoiado Jânio Quadros, mas não Joio Goulart, acha-
vam-sc bloqueados em decorrência de m& involuntária coalkio governamental
com o PTB, a qual foram obrigados a aceitar por força do resultado das eleições,
Eles foram incapazes de formar um governo empresarial estável, coibidos pela
crescente participação popular na política. Além disso, Jânio Quadros sofreu uma
resistência ativa por parte dc setores oligárqnicos dentro do PSD e de outros par-
tidos menores, tendo também de enfrentar conflitos de poder dentro dos próprios
partidos que o apoiaram, o que gerou dificuldades para seu governo junto ao
Congresso. Q seu fracasso em corresponder às crescentes expectativas da classe
média, juntamente com inadequações burocráticas, também dificultou ao Executivo
a realização dm reformas exigidas pela grande comunidade industria!. Tik re-
formas envolviam sacrifícios das classes trabalhadoras e fortes limitações eco-
nômicas c políticas a setores oligárquicos tradicionais, bem como a interesses
industriais locais de porte médio.
Os interesses multinacionais e associados tornaram-se cientes da impossibili-
dade dc conseguirem o necessário reajuste extensivo da economia ç da administra-
ção demro de uma sociedade "p^f*hsta* e de um sistema polírico eleitoral. Tal
p
sistema, apesar de restrito, era aberto a interesses e pressões conflitantes que, se-
gundo a política comum do papulísmo, deviam ser parcialmeme conciliados”
fâirio Quadros tentou contornar a estrutura populista, primei ramente através dos
famosos "bilheiinhos" que visavam a minar os baluartes políticos e burocráticos
da ineficiência t os interesses tradicionais, e mais tarde através de uma audaciosa
e aventureira manobra político militar.
Em
agosto de I9ó( após um efêmero governo de sete meses, Jânio Quadros,
,
baseando-se mais em seu suposto carisma c menos numa efetiva autoridade, re*
nunciou, na esperança dc conseguir um mandato bonaparlista-civil por intermédio
de um retorno ao governo ouvindo os apelos das classes médias. Ele também es-
perava o respaldo de empresários e 0 apoio resoluto dc uma coalizão militar, que
o capacitariam a impor soluções econômicas e políticas às demandas conflitantes*
E acontecia enquanto seu vice- presidente sc achava conventememente em
isso
missão dc boa vontade e comercial na China. Nem s maioria dos empresários
nem seu próprio bloco partidário estava pronto a apoiá-lo. Nem mesmo seus pró-
prios mmi&tros-chavc, Denys, Heek e Grun Moss, estavam dispostos a assinar em
branco um tal cheque político para uma figura errática e excêntrica como a de
fanío Quadros/* Ele nao foi reconduzido ao governo. Houve, inclusive, uma ex-
trema indiferença popular quanto a seu destino político. Com sua renúncia, o
campo polílico encontrou-se mais uma vez amplamente aberto. Á contraditória
fórmula popuírsta-udenista do bloco modernizame-conservador desorganizou-se,
com os flancos do regime aparentemente abertos a um Executivo nacionalista-
129
reformista. Inesperada mente, João Goulart tomou-se presidente, contrariam ente
às expectativas dos empresários multinacionais e associados, bem como da es-
truture militar de direita.Com a ascensão de João Goulart ao governo, o bloco
multinacional associado, que estava na iminência de perder sua posição econô-
mica privilegiada, preparou-se paro restringir as demandas populares e reprimir os
interesses tradicionais pela imposição de meios extra políticos, 11 Os interesses
multinacionais e associados começaram a articular um bloco civil-militar de ten-
dências cesarUfas que, no fim. tanto subverteria a ordem política populista quanto
2
conteria as aspirações nacionahrefonrnísfas/
130
ocupações tipicamente classe média que serviam à nova estrutura de produção,
ou seja, à burguesia tecnoprofíssional. 3-
Ao tentar reorganizar a correlação das forças econômicas dentro das classes
dominantes, os setores industriais e agrários já mencionados quebraram objetíva-
iraeníe a convergência de classe populista tradicional, assim como seu marco ideo-
lógico-institucional/* A tentativa de se reconstituir o sistema e regime político
brasileiro envolveu então a composição de um novo bloco de poder agrcnndustrial,
apoiado pelas dosses trabalhadoras urbanas e pdo campesinato mobilizado* Esses
interesses econômicos visavam a atingir o poder do capitai rans nacional e asso-
t
131
messa que ultrapassasse essa percentagem seria considerada repatriação de capital,
num máximo permitido de 20°o anuais. Lucros acima desse limite seriam consi-
derados capital suplementar c não poderíam ser remetidos, devendo ser reinves-
tidos tio DrasiL
132
das classes médias, afetando recursos que esperava-se fossem captados por inter*
médio de bancos privados e agências estatais para o financiamento da industriali-
zação privada.
A forma existente de acumulação, que gerou extrema concentração dc ri-
queza, baixa capacidade de emprego e baixos salários, estabeleceu entio pontos
dc estrangulamento sócío-econômicos regionais. Esses fatores resultariam em uma
instabilidade política que reforçaria a atitude cautelosa da classe empresaria]
quanto a investimentos extraordinários ou h expansão de seus negócios. Essa ins-
tabilidade reforçou também entre as classes empresariais u sensação de que acordos
CÍvlMnstitucionaU eram insuficientes e incapazes de conter o nível crescente de
luta de classe. Além disso, os fortes golpes desferidos pelio governo contra os
privilégios do capital estrangeiro contribuíam para uma redução do já baixo
investimento multinacional e para uma atitude apreensiva por parte do grande
4
capital. * A situação agravou-se para o bloco multinacional t associado quando o
governo começou a se preocupar em melhorar as condições de vida das camadas
populares, bem como em implementar uma distribuição mais equitativa dos níveis
crescentes dc produtividade resultantes das mudanças tecnológicas do final da
década dc cinqüenta. Tentou-se uma distribuição de renda através de aumentos
salariais u, indiretamcnte, através da alocação de uma parte maior dos recursos
públicos para a educação gratuita, para os serviços de assistência médica gratuita,
para a habitação c transporte público. Q governo implementou também uma polí-
tica de controle de preços sobre bens de consumo, ao mesmo tempo que tentava
controlar os lucros desmedidos das companhias multinacionais em áreas vitais
como u de produtos farmacêuticos, Agindo contrariamente às diretrizes anteriores
dc industrialização, que beneficiava a expansão de corporações multinacionais
fornecedoras de um reduzido mercado de alto poder aquisitivo, o governo na-
cionabrefonnista objetivou redirecionar o tipo de produção, principalmente pro-
dutos alimentícios, vestuário e aparelhos eletrodomésticos básicos* Conseqüente-
mente, as indústrias de porte médio e os setores agrários, que produziam bens
básicos de consumo para um grande mercado de baixa renda, foram estimulados.
Parecia aos interesses multinacionais e à classe média alta que a fase política e
económica "fácil” do chamado processo de substituição de importações havia
esgotado tanto as suas possibilidades sódo-econômicas quanto as político-civis*
Em decorrência, a economia brasileira esíava-se tomando o que foi chamado por
analistas de direita um "sistema político preto ri ano" e uma economia de recursos
fí
133
classes trabalh adorai e de descontentamento das d asses médias. Ao diminuir "o
1
ritmo de desenvolvimento' tanto os dasses trabalhadoras quanto o governo viram-
,
se sob um forte ataque da mídta e da opinião pública definida a partir dos inte-
resse* das classe* médias, ataque este habilmente regido pelas classes dominantes.
Ideologicamente, as alternativas delineavam-se d aramente para o bloeo popular
e também para as classes dominantes; o estatismo nacional-reformista ou o capital
oligopolista multinacional- assoei ado, A estrutura sócio-econômieo e sua adminis-
tração populista e o Executivo nacional-reformista foram considerados fenômenos
equivalentes ou interligados c condenados publicamente pelo bloco de podei mul-
tinacional e associado. Diretrizes políticas redistributivas foram rotuladas de "ro-
mânticas", enquanto que a nacionalização, as medidas estatizantes e a produção
socialmente orientada foram taxadas de ineficientes.
0 grande capital exigiu a ''estabilização” da economia, compreendendo priti-
ci pai mente um controle rígido de salários, medidas para diminuir a inflação e
cortes nas despesas públicas pura serviços sociais. 0 grande capital requereu
também a reorientaçào de diretrizes econômicas favorecendo uma concentração
de renda, Essas medidas favoreciam o crescimento das classes médias como uma
faixa consumidora no ciclo de demanda interindustrial, ao invés de melhorar as
condições de vida das classes trabalhadoras. Tencíonou-se criar um dinâmico
mercado de capitais, possibilitando as companhias multinacionais a penetrar nas
carteiras de ações de companhias locais e a começar um novo estágio no processo
de absorção sob a denominação eufemística de ''democratização do capital", A
bolsa de valores tomar-setia também um meio eficiente de se conseguir recursos
das classes médias, que deveriam ser estimuladas a investir suas poupanças atra-
vés de mecanismos instituídos pelo governo. As indústrias de porte médio, favo*
recidas pelo governo de Joio Goulart, seriam excluídas em nome dos padrões
enunciados por tecno-empresários de "eficiência" do grande capital que conde-
navam não somente a* empresas menores como também o seu mercado de consumo
específico. Uma arrecadação compulsória sobre a renda das classes trabalhadoras
por meio das agências estatais seria também usada como fonte de acumulação de
recursos para a capitalização privada.
a) "a tensão
política constante criada pela desarmonia entre o Executivo
Federal de um
lado e o Congresso Nacional c governos estaduais de outro, que
levantaram suspeitas quanto às intenções eonlínufelas do presidente João Goulart ;
134
b) a tendêrtcia estatizame que ameaçava investidores privados;
ç) a infiltração coíiiunisifl que ameaçava subverter a ordem social e eco-
nômica e
d) a paralisação sucessiva da produção pelos líderes grevistas, frequente*
mente com objetivos políticos dmos'7*
Era óbvio que, em meio a lais condições políticas, seria muito difícil asse*
gurar um planejamento econômico Yálida, bem como acuradas projeções da pro-
dução, e empregar a capacidade de acumulação e arbitragem do Estado cm favor
da comunidade empresarial.* Uma outra fase da “substituição de importações*'
4
135
,
desse estudo foi que ele expressou a consciência cole ti va do bloco de poder multi-
nacional e associado quanto à situação trflica do início da década de sessenta.
Esse estudo não foi uma análise *x-po$l fado. Ao contrário, ele foi elaborado
coma sinal ât alarme indicando às classes dominantes que o sistema eleitoral e
institucional achava-se, a médio prazo, bloqueado para seus interesses.
Tal estudo sobre o comportamento dos partidos, alianças partidárias e sobre
a composição das chapas eleitorais revelou claramente aos intelectuais orgânicos
modemizante-conservadores que o número de partidos registrados nas eleições
1
de 1962 (13 partidos "nacionais* ), por eles considerado excessivo, anulava a
sua função de reunir o povo ao redor de uma nomeação, programa ou doutrina.
Os partidos de centro e de centro-direita, que haviam até então proporcionado
ao bloco de poder oligárquicoindustriil uma articulação semi competitiva de inte-
resses e uma agregação de pressões, falhavam naquilo que Roberto Campos havia
considerado como característica principal de uma associação política: "unir
aspirações, formar lealdades ao sistema, disciplinar o protesto e regularizar a
transferência de liderança".* A insuficiência do sistema partidário foi marcada
4
137
Outro ponto significativo parn o bloco multinacional c associado para o qual
o estudo de Paulo de Assis Ribeiro chamou a atenção foi o fato de que mesmo
havendo crescimento acentuado do poder econômico das regiões do sul do país,
os centros financeiro-industriais urbanos permaneceram com uma representação
nio consoante com o seu poderio/* Estabelecendo suas premissas em uma espécie
de "raisort d'économie'\ a equipe de Assis Ribeiro concluiu, ao examinar as áreas
de concentração ao redor do Rio e São Paulo, que a população responsável por
mais de 2/3 da renda nacional não possuía poder político para escolher 1/5 dos
representantes, ao passo que cerca de 12% da população brasileira, responsável
por aproximadamente 40% do produto interno, não se achava representada nem
por 10% do Congresso,** Em contraposição ao domínio econômico do grande caph
tal,os interesses industriais locais de porte médio e os setores agrários controla-
vam uma parcela menor da economia em relação à época do Estado Novo* en-
quanto acumulavam uma maior liderança política, em notável assimetria com sua
base econômica.* 1 Os interesses olígárquico-industriais economicamente subal-
ternos conduziam o país. ao passo que o capitai transnacíonsl tentava traçar o
curso da economia (em 1963, São Paulo, centro dos grupos oligopoltslas finan-
ceiro-industriais, produziu 37,2% do ingresso da renda industrial da federação).
Tal sub-representação política dos interesses multinacionais e associados, bem
como sua incapacidade de direcionar o sistema político t de modelar, sem que fosse
questionado, o corso de desenvolvi me mo contribuíram para impelir uma ação
extra partidária do bloco multinacional c associado.
O estudo de Assis Ribeiro mostrou também a existência de um processo de
"pulverização de partidos" que, juntamente com candidatos que se afastavam dos
programas de seus partidos e a subsequente necessidade forçada de se formarem
3
alianças de conveniência e alinhamentos a curto prazo,* levavam à formação
de conglomerados políticos heterogéneos e instáveis» Nesses conglomerados preva-
leceu a linguagem crua das cifras esvaziando assim as tradicionais conversações
e conchavos de governadores e líderes partidários. Além disso, parecia crítico
o fato de que, junto a esse processo de decomposição partidária de centro-
direita, houvesse um crescimento consistente do PTB em detrimento do PSD e
da UDN, polarizando opiniões políticas pela introdução de questões ideológicas,
ao invés de assuntos mera mente convenientes à sobrevivência política do partido
11
e seu candidato.
O
estudo dc Assis Ribeiro chamou a atenção para a tendência existente entre
o eleitorado de aíastar-sc do espectro político. O
declínio e a insuficiência
dos partidos tradicionais como mecanismos de controle social e mobilização dirigi-
da tornavam-se evidentes** Essa tendência foi confirmada por uma análise da
percentagem de votos obtidos pelos partidos majoritários em três eleições para o
Congresso, o que é ilustrado na Tabela 10.
Assim, os três maiores partidos, que haviam obtido em 1945 78,7% dos
votos, receberam, dezessete anos mais tarde, somente 38,9% deles, enquanto
aüançes partidárias obtinham 41%. Por outro lado, o número de votos em branco
subm de 468.000 (4,8%) em 1954 para 2.149,111 (15%) cm 1962.**
Ainda segundo o estudo, a fragmentação ideológica partidária foi também
salientada peta divisão interna dos partidos de ccniro-direita, representando um
esforço frustrado de "adaptar tais partidos ou certos grupos dentro deles a novas
demandas do eleitorado”.**
13S
Tabela 10
139
1
HO
cimente contr* as classes governamentais tradicionais para destituída* de seu
1
poder de Estado.'* Esse ataque bifrontal* contra a estrutura política e sócio-
econômica populista favoreceu a in sul aridade em expansão do Executivo petebisia-
reformista, uma autonomia que as classes dominantes brasileiras nunca haviam
14
permitido antes e nao permitiriam novamente nesse específico momento histórico,
O que estava se tomando a questão política crucial era o fato de que o popu*
listnõ cra transformado em meio a essa luta de classe, passando de uma forma
de manipulação (articulação de consentimento) para uma forma de participação
(expressão de demandas), para a qual os novos centros de ação política, atém dos
partidos tradicionais, podiam apelar.** Ademais, foi através da própria estrutura
política e do tegumento social-populista que as forças sociaii trabalhadoras urba-
nas lutaram para se tomar uma classe política. Foi no curso desse processo que
vieram i tona os limites históricos e deficiências políticas, ou u posições necessa-
1
riamente "economicmas" * das classes trabalhadoras e sua liderança estabelecida.
Foi somente quando o populísmo se tomou uma forma de participação que
deflagrou a crise. Tal ocorria à medida que o populismo perdia uma parte subs-
tancial de seu caráter manipulador e os político* tradicionais perdiam o controle
dos sentimentos populares. As premissas ideológicas do pacto de domínio que
assumiam o povo como ator central começavam a ser cobradas política mente e e
discurso ideológico dominante começava a ser implementado pela pràxis política
das classes subordinadas. Tal ruptura político-ideológica continha em si a ameaça
de subversão denunciada pelo conjunto das classes dominantes e suas camada?
1
141
1
entre o governo e as forças populares* A
oligarquia rural temia uma mobilização
das massas camponesas e se sentia aterrorizada pelo fantasma da reforma agrária;
a burguesia agrária registrava o impacto das pressões sobre o comércio c temia
que seus rendimentos fossem utilizados como subsídios para a industrialização
local que necessitava de capital A burguesia financeiro- industrial sentia a ameaça
lançada pdas classes trabalhadoras, cada vez mais inquietas c organizadas, «
1
seus entrincheirados privilégios/ Ás várias frações e setores das classes domi-
nantes mo ve ram- se em direção a uma reconciliação política quanto a suas deman-
das conflitantes, reagindo firmemente e de forma unificada â "emergência da so-
ciedade de massa", o que a totalidade das classes dominantes percebia como sendo
13
a erosão da ordem capitalista, Os políticos não chegaram a rejeitar as regras
do pacto populista que proporcionava o terreno no qual eles existiam, mas corv
denavam o governo por ter inutilizado a ação política de rotinízação c conciliação
dos partidos ao permitir que as classes trabalhadoras fossem mobilizadas além
de seus meios tradicionais de controle, A radicalização da crise, isto é, sua (rans*
fomaçao em uma crise de domínio, provocou significativas mudanças no universo
ideológico das Forças Armadas em direção a uma atitude intervencionista respon-
dendo a disposições constitucionais e, consequentemente, dentro do que era con*
siderado um marco "legal"- Oabandono de posições leais ao governo e ao próprio
presidente por parte dos oficiais militares, bem como a generalização da atitude
intervencionista** dentro dos altos e médios escalões, dependiam de vários fatores.
A intervenção raükar dependia do grau de manipulação e controle que os oficiais
exerciam sobre os escalões inferiores e sua capacidade de manter uma unidade
políticooperarional quando em ação. A
maior parte dos militares das Forças
Armadas, que amerionneate só contemplava a disputa político-ideológica entre
as facções nacional refonoísla e desenvoIvímeiitisto-aHoejadA, agora proem-
va aíiyamènte ou em sua maioria aprovava a formação de um Estado Maior
aníipopulisia, a do momento cm que suas prerrogativas c seus valores
partir
organizacionais eram atacados, O estímulo imediato para a ação veio de sus
percepção do nível de "deterioração" corporativa t organizacional c de um declí-
nio em seu próprio padrão de vida material. A intervenção militar foi descrita,
conduzida e percebida como uma "açio salvadonista" legitimada pela doutrina de
segurança nacional disseminada em grande parte pela ESG/ E mais ainda, uma
1
grande parcela dos militares sentia que o governo deixara de se comportar ade*
qu ada mente, em termos constitucionais ** justificando sua própria intervenção
como sendo "dentro dos limites da lei".
Com do bloco histórico populista, outro problema
a desagregação política
significativo apareceu: a convergência de dasse que havia controlado o Estado
e dominado a sociedade teve de reconhecer a sua perda de poder, ou ser conven-
cida de que não mais possuía o controle. Classes, frações e blocos nao conseguem
ser homogêneos por um tempo indefinido e sua queda constitui mais do que
um problema de "decadência política ', O estabelecimento de um novo bloco de
1
poder multinacional dentro do Estado não foi um fenômeno mecânico. Nio foi
também uma mera "reflexão” de uma situação econômica, mas uma verdadeira
iniciativa de classe.” O golpe final contra o popylismo foi descarregado por uma
política de desestabílízação, pela açao em grande parte encoberte da burguesia
contra o Executivo e comra as organizadas classes subordinados, A ação delibera-
da da burguesia envolvia a resolução de uma dualidade problemática; a constitui-
ção de um novo sistema hegemônico ou dominante (um Estado em formação),
142
capai de liderar economicamente* mas não de governar* junta-
inicial mente
mente tom a edosio de uma triw de domínio político, d«d obrando-se assim
uma situação favorável para a afirmação política de novai forças sociais. O bloco
de poder multinacional-associado emergente afirmar-se-ia. inicitlmeTiie. criticando
'cicntificamente ' as diretrizes políticas dó bloco histórico populista e envolvendo
1
dirigente" á paisana.
143
Conclusão
f
A interação entre os interesses contraditórios e as demandas simultâneas do
capital trBiwntcionai e classes trabalhadoras subordinadas produziu o crítico
cenário político do início da década de sessenta, levando à perda de coesão do
bloco histórico populista, 101 Sua crise sc expressava em dois momentos inter-
relacionados no encadeamento de grupos sociais dominantes, subalternos e subor-
dinados, O primeiro momento consistia na incapacidade do bloco do poder gover-
nante de manter a correlação existente entre as classes dominantes e subordinadas
dentro dc condições dc relativa estabilidade, Nâo sendo capaz de promover mu-
dança social isto é de fixar limites sócio-econÔmicOs e realinhar parâmetros
, t
144
2) um bloco hislÓríco populista versus classes subordinadas c um bloco
pOpulartrabalhísta;
frentes. Uma vez que o fizeram, porém, sua reiçio foi forte e eficaz' ?
145
ço$ éo bloco de poder mui ti nacional -associado, mas sua supremacia política de
fato. Essa supremacia ficou aquém de obter o comando político do governo, pois
111
faltava a da se nio o apelo idcológieo^prográmtuico, pelo menos a estrutura
cÜemelisU de apoio popular,
Essa dite, ligada organicamente ao bloco multinacional e associado, «cabana
com as incoerências e indecisões do Estado populista, indicando daramenie ao
capitalismo brasileiro O caminho a seguir, a despeito da oposição da direito c da
esquerda dentro de suas próprias fileiras, O empresário do IPES, Antônio Carlos
do Amaral Osório, da American Chambers of Commetce sediada no Rio de
lanelro, resumiu a situação ao observar que, " Antes de 31 de março de 1964, as
classes empresariais lutavam pela criação de condições indispensáveis ao desen*
volvimento econômico, que havia até então dependido de um Estado preso
a demagogia e vícios orginários do passado*'. "Somente uma Revolução poderia
enfrentar a tarefa múltipla de modernizar o Estado brasileiro, que envolvia di-
mensões da mais variada natureza.,/' [era] não somente uma questão
11 4I
de reformular a administração pública, mas... [era] ... necessário agir
em tampos de m«íor profundidade* na realidade aqueles da organização política,
111 1
modificando aspectos das estruturas econômicas e sociais' ,
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
Vtníiort: externei invoivement wt eivif Uctíons from the prh&n noiebooki of An^
wtin. Londoo, Martin Robeu$oa 1975. p + r
tonb GnumcL I.ondon, Lawrence Sc Wis-
36 .
hart, 1973- p. tBfrlI.
Ycif de doenvolviroemo <Lu forçai mate- pecífica com setores das classe* domina-
rial* de produção. Segundo Grimoci, <É o d ti, conseguindo assim a acumulação ne-
gr tu de ducnvolvimeftiD das força t mate- cessária ao desenvolvimento de uma iocíp-
filil de produção proporciona s bue para dade industrial empresarial. Tal esforço
• emcrgéneíi dai virias ctaisei saciai i, ca paradoxilmentc. foi ilivado pelai forças
da uma dtlii tom umt função e urna po populares. Vide (a) Paul SINQEfL A po
sífiu espccífíct dentro da própria produ lítíca det ciastes dominantes. In: 51 N-
çio... O
«iludo de$Mi informaçóei fun GER, P-; IANNI, 0-í WEFFORT, F. &
dameniiij not possibilita descobrir ie, em COHN. G. Política r revolução toe ia! no
determinada sociedade. existem as condi- UroitL Rio de Janeiro, Civilização Brasilei*
Çóo necessária* e suficiente* para a tua ra, 1965. p. Í014. < b) Fernando H, CAft*
146
DOSO Sc Emo FÁLETTO. Dependência teúdo ético éc sua política e, «ima dc tu-
t desenvolvimento na América Latina. Rio do. na qualidade ética de ma perionaJlda*
de Janeiro, Zahar, 1970. p. 1 23. (c) Míriam dc" que levou a UDN I viiórifl. Vide Max
Umocíro CARDOSO. La ideologia domt* WEBER r Et político y d científico Ma-
mate, México, Siglo X X í, 1975, Cd) Maria drid, Alianz* Ed„ 1967. p. 135.
Victoria de Mesquita BENEVIDE5 O #o-
7. O sistema eleitoral permitia, niquela
verno Kubitschek; desenvolvimento tea
época* que ie elegei sem pira presidente *
tiômico c estabilidade política: 1916/ t 96 t.
vioe-prçièdente candidatos de partidos dí-
Rio dc Janeiro, Pax c Terra, 1976.
f crentes. Vide (») Menix BANDEIRA. O
4, (a) Francisco WEFFORT+ Estado e gavemo Joàõ Goulart: as tuias sociais no
massas no Brasil. Revista Civil tração Bra -
Brasií }%tí9&4 Rjo de Janeiro, Civitsza-
sifrüu Rio dc Janeiro, (7); 156, Civilíxaçio çw Brasileira, 1977. Cap. 2. tb> Maria do
Brasileira, 1966. (b) BERNADET. Jean Carmo Cafliptlio dc SOUZA, Estado *
Cliudc et *lit> popultimo tn la poUUcj
El panidos polimos no Brasil IW19G4, São
brtsilefta. Brasil hoy. Mínicó, Siglo XXI, Paulo, Ed. Alfa Omegi, 1976. Cap. 5 < 6,
1968. p, 7W4. Sobre noção de “cesariu»** e kui vá-
a
1973. p< 403. Ajuda financeira par* a cam- O 24 de agosto de fmio Quadros. Rki de
panha veio também do grupo Matarazzo, Janeiro. Ed. Mello, t%J p. 16, Clemente
da indóiim lutomobííística de Sio Paulo, Mariarn era também diretor da Pan Ame-
dc José ErmCrío de Moraes |do grupo Vo- rican Airways, Mobil Otl do Brasil e DEU
Weber, foi "i fé cega das massas no con- veteiro* 24 dc íevereiro. 2 de março* 3 de
147
março, 23 de março e 11 <k abril. Verifi- Inflathn and ecotwmic devehpmeut iti
car também a Folha dc São Paulo, 20 de Brazil 1 946-1963. Oxford* Clorcndon Freis,
janeiro, 1379. 1973, p. 334.
13. Jânio Quadros prometeu iiicnder h$ 18 . Survey of th* Alliance for Pro&ress.
reivindicações da oligarquia financeira* Labor policies and programs. 91 st Con-
dos interesses cafeeiros e da indústria dc gress, US senaic, April 29, 1969. (estudo
São Paulo. Vide Mom BANDEIRA* Pnr- preparado pelo Committee t>n Foreign Re»
sençü ^ op. ciL p. 403. Os dilemas que se
,
Utions do senado americano e relatório do
apresem rum a Jânio Quadros quanto a
ii ComptroHcr General [Fiscal Geral da Na-
sua política externa demonstram d aramem ção] em 13 de julho de 1968)+
te oi diiemai das climcs brasileiros no po- A força trabalhadora brasileira, de acor-
der, Vide (a) O, IANNI. Criris... op, dt< do com estatísticas do próprio governo* to-
p, 1 19, (b) Mâgda FRJTSCHER, Desarrob talizava, em 1960* menos de 24 milhões de
lo de la política nacionalista cn lírasil. La trabalhadores, dos quais 50% trabalhavam
tino América: Anuano Estúdios Latino* em agricultura* 32% cm serviços dc utill*
americanos. s*L, 14):134, 1971, dflde pública e os 18% restantes na indús-
tria. Dos trabalhadores na indústria someis
14. OHveiros 5, FERREIRA. La geopolF
te l r5 milhões eram membros organizados
tico y d ejército brasilenn. In: Et papei po-
de sindicatos, conforme estatísticas publi-
y social de ias fucrzas armadas ett
ttíico
América Latina, Caracas, Monte A vila EtL r
cadas em 1965.
u
1970. p 1&6. 19. Sobre a noção do populísmo como a
apresentação de interpelações popular-de-
13. Paulo ÁYRES FILHO. The Brazilian
mocráticas cm forma dc um complexo iín+
revulution. BÀILEY, N, cd,
Jnf Latin
túticoantagoniâta no que concerne I idto-
America; pedi fies, economia and hetnfa
íogia dominante"', vide Ernesto LACLAU*
pheric security. New York, Praegerj 1963.
Polítjcs and ideofogp in marxist theory;
p. 211,
capiloíim, foscism, populimu Londoo,
16,Vide o telegrama enviado por Herbert NLB, 1977. p. 158-76, Sobre coilirio c
K. May, da Emhauuda American* no Rio conciliação, vide Eldon KENWORTHY,
de Janeiro, ao Departamento dc Estado, em Çoalitiom in the poliiical dcvclopraeni of
23 de janeiro de 1961* em Fhyllis PAR- Latin America. In; CRENN1NGS, LE1R-
KER. i%4: o papel dos Estados Unidos SON & KELLY td. The study of coaiiiion
no golpe de Estado de lt de março. Rio bthaviour. New York, HolL Reínhart &
de Janeiro, Civilização Brmjdcira, 1977. p. WmsEon, 1970.
JL Hcrbert JC May tomou-se posterior-
mente assessor do CounciJ ol the Améri- 20+ Sobre o* motivos da renúncia de Jâ-
nio Quadros, vide Hélio JAGUÀRIBE. A
cas.
renúncia do presidente Quadros c a crise
17. Vide M
Richard NEWFARMER & política brasileira. Revista Brasileira de
Willard MUELIER,
Report to the Suk Ciências Sociais, Brasil. 1(1):20O, nov.
commtftee on Muhinniionat Corporations 1961. Para uma
versão doí acontecimento!
of the Cammitsee an Foretgn Relaüons of que cercaram a renúncia dc Jânio Qua-
the United States Semte. Washington, ag. dros, vide (á) M. BANDEIRA. 24 de O
1975. p, 9B, (b) Francisco de OLIVEIRA. agosto op. cit. (b) Giltno de CARLI.
A eeonorpía brasileira: crítica I razão dua- op. cit. Dcve-ie ressaltar que, pouco de-
lista. CEBRAP, São Paulo,
Seleções (11:36, pois da renúncia dc Jlnio Quadros, o em
Ed. Brasil ítnsc* CEBRAP, f9?5 + tão Coronel Goíbery renunciou a sua pa-
A inflação, que vinha sendo usada hi tente e deixou o serviço ativo do Exército,
muitos anos como um mecanismo de con- enquanto que um grupo dc empresários,
centração, estava se tomando tacoittroiá- seguindo os passos do 1BAD, procurava
vd, Vlát (a) Maria da Conceição TAVA- outros meios dc conseguir o poder.
148
G. CA5TLES Buiincn and govcrninenti a forma de um ulrimitum. Vide Veja, (496);
typdogy of preasufc group ottivity. Foti- 24-5,22 de março de 1978*
ticaí Swdics. Oxford. Oxford
26, ‘'Através de uma lérit de intrincados
Univ. Pfttt* June 1969,
t brilhantes
compromissos políticos*,
22. Segundo Davjd RocktFtlfer. durante João Goulart retomou ao riitema presiden-
Tua palestra frente i uma platéia militar cial Ci durante esse processo, destruiu
c acadêmica em W«t Poini, no de
final da a trama de forças de reforma que ha-
1964, "fort decidido desde o infcio que viam eleito Quadros'". Vide An American
Goulart nio era bem vindo I comunidade m Brasil- Prendem Goulart in Btaxil. An*
financeira americana e que ele teria de liocti Review* Eirados Unidos, 2J(3);5 J4 (
«ir". Vide ]m
Knippcrs BLACK. United Amioch Press. Fali 1963. O presidencialis-
Sfatfs penetratíon of Brasil Munchcster, mo foi apoiado pda$ mais diversas corren-
Minchestcr Univ. Press, 1977. p. 76. onde tes partidárias e figuras polftkai. Entre
t autora apresenta um relato dc suas con- cisas enumeravam-se o ex-presidente Jy*.
versas com Edwin Licuvifcn. Deve-se rts* celíno Kubitschek, que irrbicionava vol-
i altarque Niles Bond, ageme diplomático tar ao cenário político, os governadores da
dos Estados Unidos no Brasil, declarou Guanabara, Carlos L&cerdi: de Mina Ge-
"que os opoiiiores de Joio Goulart, bem rais, José de Magalhães
de Sio Pinto;
como cs membros da comunidade empre- Paulo, Àdhenur de do Paraná.
Bartos:
sarial americana que os apoiavam, tenta- Nei Bragm; t dê Pernambuco, Miguel Ar-
ram conseguir a pârticipaçio da embaixa- raet. iodos des disputando um cargo pre-
da em um movimento para negar a Gou- sidencial prestes a vagar, diiputi cila que
lart a presidência". Niles Bond afirmava, se estendia a várias outras figuras polui,
no entanto, que “os Estados Unidos nio se cai poderosas. Vide; A conversa entre Ju*
envolveram. Contudo* outras fontes indi- edino Kubiuchch, o embaixador Se«e Ci~
cam que Washington apoiou a Um ilação mar*, o embaixador e banqueiro Moreira
do poder de Joio Goulart naquela época " SaHa. o proprietário de O Cbbo. Rober-
Vide J. Knippcrs BLACK, op, efr* p. 4õ t to Marinho, o embaixador, empresário e
para a entrevista com Niles Bond em poeta Augusto F. Schmjdí e Lincoln Cor-
Washington a 17 de maio de 1976. dou,, embaixador americano, no telegrama
cn vindo por este so Departamento de Fi-
25* O Marechal Denys deu um ultima tum
ao Congresso no sentido tfe que descobris- tado americano, em 4 de agosto* 1962* N.
sem recursos constitucionais para impedir 297, NSF, que se encontra nos Arquivos
ta] providência não fosse tomadn, o Mare- ao tentar reverter ao regime presidencial,
chal Dcnys c o General Cordeiro de Fa- João Goulart recebeu o apoio aparente-
formariam uma junta milítor. Telegra- mente paradoxal do bloco modernizam*-
rias
ma de Del gado/ A rias ao Departamento de conservador. Um dos mais importantes ar-
149
diferençaieconÔemcai ob)ctívu etutcnies fioni. New fersey, Frenike-HiJL ItK., 1170,
cp. cíf
35 Essa tinha dc política calema mde-
O. Eduardo GALEANO The ambivaJea- prodeme Khiiri-tc em consonância com a
et of |i*fo Goulart la IUhii4 F FA opinião civil. Fm 1961, foi feita uma pes-
CEN dc Wrrr* A CORNtLIUS Foiíii- quisa dc Qpifiiio entre 100 membros do
«1 po^fr ifl America 7 coflfnmfa Congresso, pesquisa esta que visava "hv
150
qulrlr snbic um posicionamento rniii in- de distribuição de renda, pelos altos pa-
dependente do Brasil em relação a aisun drões do espírito empresarial e da mobi-
M
los e st range iros A pergunta '"deveria o
. lidade social, senda ainda reforçado por
Brasil tomar o partido dos EsJadoi Unldus, empréstimos ejtrangejrua e capitais de ris-
da Rúíjitii ou de nenhum dos doii?" obte- co, No que concerne a uma maior rriaçio
ve 15 seguintes mposlsS: 19% do PTB* capitai/ produto, agiram a seu favor fa- u
+5% do PSD e 50% da UDN eram a fa- cittdadci naturais para expansão da pro-
vor dos Estados Unidos, Entre ot desfa- dução africctla, a concentração dos investi-
voráveis aambos os lados, contivim-se mentos cm rodovias no que se referia a
46% do PTB, 16% do PSD e 45% da transportes, a continuação do processo de
ODNh Além dbso, 10% favorecia o esta- substituição de importações e a absorção
belecimento de rckçfres diplomática» com de tecnologia estrangeira. O segundo pio
a 63% era
União Soviética* enquanto que nõ o que foram recentemtnte relegados os
a fovor de umn de comér-
intensificação investimentos em habitação r outros servi-
cio e 74% favorecia as relações diplomá- ços públicos também contribuiu de modo ,
ticas com a China, Vide Uoyd A, FREE- pariícütójrmenií cruel na éreo jocicif, porá
Some iníetnational impiicatíom of th* po- o pragr*$$o da relação capitai/ produto *
pelo Estado brasileiro I pcneiraçao de cor- canii pi recém ter m amido bastante alto o
porações multinacionais como parte de seu retomo de lucros durante o período
uma estratégia dc indostrializaçio, vide de crise. Esses retornos, que importavam
{&} Celso FURTADO. Anélisis dei mede- em 8% no período de ] 96(3 962. i caíram
io Buenos Aires* Centro Editor
brasil cn o para SJ% cm 1963-1964 e alcançaram
América Latina, 1972, p. 25-28. (b) Wer- 94% em 1965-1967, Vide NÉWFARMER
ner BA ER. O financiamento da industria- dc MUELLER, op* cif, p, 98. 105,
lização brasileira: fonte dc fundos e pa^tl
39. Vide {a) A, ST E PAR The mititary
dc inflação. In: Á industrialização e o de-
in polities: changtng poiterm in BraxiL
se nv oi vi mento econômico do Brasil. Rio
de fanciro, FGV, 19=75. Cop. 5. <c) F, de
Prmcetón, Pnnceton Umv Í97L
k Pras,
OLI VEIRA. Crítica. . . op. cit. p. 3MB, Cip 6. (b) Rortftld M. 5CHNE1DER. The
37. Sobre o constante aumento no ínàfct
pohtiatl system of BroziI. New York, Co*
vendo assim o «cedeme tftíemo para a 40, Segundo Francisco dc Oliveira, o índi-
acumulação, uma economia inflacionária ce de invesfímeniqs caiu não por nio po-
que subsidiava a inserção multinacional e derem ter realizados eeonomteimeoR mu
a d etc rio raç Io das condições de vida do por não poderem ser rt aluado» íoshnjcio
jhivOj vide de OLIVEIRA. Critica***
F, nalmenie, F. dc OLIVEIRA, Critica + . op.
op, cif. p. Um documento preparado
4050. cif p 57. Vide (a) Maria da Concfíçio
pelo Miniiiério do Planejamento após n TAVARES & [os* SERRA. Além da e*
golpe de 1964 afirmava, entre outra* ques- Ugniçfto In: M, C, TAVARES, th tubs*
tõci, que "o grau de formação do capital tiiuição de importações, op cit. p, 72 f 170-
parece ter aido sustentado principilmente
pelpi , , estímulos I industrialização por
lubitituiçáo dc importações, pela estrutura * NT; Grifo do mior.
151
I
+
75. ib) Documento de Trabalhe n.* / Mi- 44* Vide P, PARKER* op. cit p 60 Klo
nistério cio Pluvcj«mcmo BraiiUa. l%4. p.
4 *c proporcionou k Iniciativa privada qual-
54 * quer tipo de orientação no que w referia
às tntençòes do governo; ao mesmo tempo,
4L O Cflicnl Cordeiro de Faria* deu Ên- oa investimento* públicos achavam^e em
fase « ttJts pomo* ESC Documento n. completa indisciplinai ütvuiíienfo de Tra-
C.QI41, p. 17*18. balho n* 7. op ciL 1964. p- 1. Ministério
do Planejamento,
42* O primeiro, cm decorrência de seu im-
pacto imediato. representou ccrtamcflic um 41, U) Octavio JANNl. Crisi» m BroiíL
papei muito importante na queda do índi- Nev York, Columbia Univ. Press. (970,
ce de cracimemo registrado durante o Cip. 9. (b) A, STEPAR op ciL p I3M42,
ano: a produção agrícola foi gr ande mente 147*152,
ê/etad* peJü rcu em virití regiões pelai
enchentes em outras c por fogo c geada 46. Francisco WEFFÜRT. Fitado e manai
no Paraná, A produção caiu em vários se- no Brasil, Revista Civilização Brasileira,
tores da indústria como resultado de um Rio de Janeiro, <7):ÍH, 1966 Para sobre
levero racionamento de energia elétrica na viver como uma forma de dominação e tt>
irt* —
Rio São Paulo cauudo pela seta. mo um regime de convergência dc dam,
Deve-K deter ainda que o baixo crescimen- o popuiitmo teria de desenvolver um ^dis-
to do produto real fot. em parle, udlucn curso de tiberiçlo''. isto í um programa h
ciado pela redução da safra do café no de reforma De teria maneira, foâo Gou-
Paraná, em cocucquêacis dc fatores climá- lart foi colocado, a dei peito dc si próprio,
tico* Sendo RKiao conveniente em caio no centro de uma complexa situação hiiió-
rio faiopanle, ai grrv« meessívaa, as imtt 47. A forma dc politiiaçAo dcsie período
1
.
tomaramse focos de redução da produção empresarial fubitiluíu o marxismo. Vide
e J «cima de tudo, doa mvdtrimcruot. Algum Leôncio MARTINS, Conflito industrial e
d enes fatores certamenie contribuíram pi- sindicalismo no Brasil. Sio Paulo, Dl FEL,
ra o declínio do produto real per capita 1966. p. O
nacionalismo se viu re-
191*92,
e
dente da Republica e MiniMrw dc Faiado, ideologia no Brattíé 1964-1969. Rio dt [a-
«n 23 de abril de 1964 Exposição ftiu na ndro, Ed, Vou», 1976
primeira reunião do ministério m Bruílía:
p, 50.
J52
Valendo-se do* argumento* dc Welfori, av th* United States: th e changing poUticoi
sinalou Aioo de Oliveira que "Ai »çâci realities. Califórnia, Stanford Univ, Pm,
politizai do» setores populam puitrtm a 1974 p. 295.
w orientar pela id^ii de um 'Eitido de
mocfáiico do povo cm gcraV capaz de *n 55. L. MARTINS, op. rí#, p 132-11.
írtnlar açlo tlc grupo* reacionário*. F.»
lei últimoi. por tua ver, vÉcm o Estado
56. Em decorrência de suai cincteríiticit
organizacionais e históricas. bem como da
como revolucionário e »c tornam radicat-
fl formação sócioeconúmici onde operavam,
mcnle opostos u clt , Vide Riiio de OLI-
os partidos tendiam e perpetuar a ente de
VEIRA, op, cit. p. 51,
hegemonia dú período pós Eitadn Novo,
49. QHveiros 5. FERREIRA, A caracteri- Toda vez em que eram po»1o» a prova pe
zação do ililema O
L» tudo de São Pauto, la conjuntura histórica, ele» se mostravam
17 dc outubro» 1465, íncapaic* de reagir. Foi o que aconteceu,
por exemplo, quando o Manifesto do* Co-
50, A» dificuldades encontrada* pelas cia» ronéis, do então Tenente-Coronel Golbcry
Kt dominante» pora governar com conien do Couto c Silva, apresentado cm feverei-
Llmcnto c comento, príncipalmente no pe- ro de 1954 com mais de 00 assinatura*. for-
ríodo pós 1946 levou a uma ense que afe-
.
çou João Goulart, então Ministro do Tra-
tou a sociedade cm geral em tuas relaçõc» balho. a renunciar. Outros momento* crí-
múltipla» de dominação, situação que foi tico* em que o» partido* se moi iraram co-
definida por um estudo do Instituto dc mo ineficazes máquinas políticas ímam o*
Pesquisai c FMtido» Sociais
*É
- — 1PES como aeontecimemos que levaram to suicídio de
uma permanente do conitituciona-
crise Cciúlio Varga* em 1954 c o impasse polí-
liimo que, mesmo *e manifestando inter* tico em que se viu o interlúdio dc Café
mitentemente, não perde ruas cnrattcríilí- Filho; o manifesto do Coronel Jurandir B,
cai", Vide JPES Documento sobre a re- Mamedc contra o populitmo e o* poUticos,
forma constitucional Rio dc Janeiro, 10 de apresentado ao público em 1955 e a subse-
janeiro. l%2 No» arquivo* do IP ES no quente tentativa do alinhamento esguiano/
Rio de Janeiro. O primeiro vnal evidente Ice iKxmpres anal de bloquear a posse do
da <n*c dentro da* cllua dominantes Foi presidente deito, lus^elmo Kubitjcbek e
o Mamfesto do* Coronéis, em 1954. do en- do vice presidente, João Goulart, a revolta
tio Tencmc-Coronel Golbcry do Couto e da Base Aérea de Jacarcatanga em 1456; a
Silva. Vide O Estado de São Pauto, 19 de conspiração da Marinha em !95S. liderada
janeiro de 1979 pelo Almirante Pena Boto, peto Brigadeiro
55.
57.
Gucdc* Munn c pelo Coronel |a>mc Por-
II, O
coronel e o pclego tinham a "fun-
tela; a* tentativa* de revolta da Marinha
ção de filtrar u
aspirações cziitcmes na
em Pernambuco, no final dc 195*. lidera-
tociedadc dc forma que umcnle algumas
da peto Almirante StUvo H«k; a revolta
delas ie transformassem em demandai, ou
da Base Aérea de Armgarças em 1959; a
•aja. compatíveis COCT1
aquela* esiniiu- u renúncia dc linio Quadro* em agosto de
ra* de dominação". Lucuno MARTINS, 196 c a imediata tentativa dc impedir que
1
153
I
TtbtU U
% da popuJaçio
regional 5fl^ 113 185 4 1
% do eleitorado
br&ukiro 26 26 21 24 JM
(1) '• diicrrpfcfKiA entre i diUnbuiçk F-A. RIBEIRO, op. ciL p 17, Uma descri-
de poder no Lit*do c i dumbu^io dc po- ção dai 12 alianças eleitorais para m ele*-
der no mio di tot^ctiade, dc ml forma çóe* de l%7 pode ser encontrada em Brú-
que a clauc um nutor poder çuinòmico *tl rlfítiori faetbook Washington. Imlittí-
t social ne (qmidóUK com mcnpt poder U for lhe Comparai ve Study of Rol ilical
i
154
, s
dominante através do reforço eleitoral do 67. Ironicamente, o PTB íoi criticado por
modelo InslHucionol pósT946 tornava-se Wilson Figueiredo, editor do farnal dú Bra-
Um mecanismo de demandas para mudanças sil c influente propagandista polílien du
através do sistema político- ranie a campanha contra João Gçulnrl; ele
4,
,
conquistar a liderança política em um Es-
tado de enormes mossas trabalhadoras. Eles
o que causou grandes prejuízos à politiza-
perdem a dispuia com outros forças popu-
ção do povo- Cadernos Brasileiros s. 1,, 1
70,
do regime" e pior ainda* como partido a PSD e a UDN juntos contavam com 96.4%
155
mui un ddti ntlviilüs pró-gol pe> Concrcti* incorporar os camponeses a sua htse dc
de forma ad hoc um nlinhomeiiio
7-fivji, v
poder, bem como tendeu a colocar a oh
através da» Jinhai partidárias, criado basi- garquia fu rol e a burguesia agi&ria denlro
camente com um aglomerado P5DUDN- do bloco político multinacional associado,
PSP t com a adesão de um sclor impor Para uma descrição do cenário político do
tinte do Par lido Democrático Crí i tio — nordeste c uma avaliação do significada
PDC. de membros do Partido Republicano das ligas camponesas, dos sindicatos rurais
— PR, do Partido Libertador PL, do — c das organizações rurais dc direita, vide (a)
Partido dc Representação Popular PRP» — Jajcph A. PAGE. The rtvohthn that ne-
do Movi mento Trabalhista Renovador — ver was: northeast fírazit 1955*1964* New
MTR c dc outros grupos dc menor impor York, Grassman FubHshen» 1972. {h\ Pau-
tãncia, recebendo inclusive o apoio da ala lo CAVALCANTI. Da coluna Preslüi A
da direita do PTB. A ADP reuniu o setor queda de Arrues, São Paulo» Ed. Alfa Q me-
centrtMftreíti do espectro político, cerca de gi. 1978. Cap. 1HJ, (c> Grcgório BEZER-
156
nízação c 1 eofttci cmizaçlo ideológica e £2. Não devem oi m>í esquecer que, i pesar
mo oo 8rmiL Rio de Janeiro, Paz e Terra* e Terra, Í975. p J7I-7B, 1B1-B5* 1BT-213. A
1976. p. II 140. (b) Veja, 12 de outubro, autonomia relativa do Estado níg se cons-
1977. p. 6. Entrevista com L. Wemcck Vii* tituía em um projeto social para as clas-
na* ses dominantes. Os "dispositivos” políticos,
76* Vide U> Wflfi™ R. KITNER, The militares e burocráticos» uma característica
157
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Fundação
de
no
0 i^^vnoi^úoavo^rM Reunião
c Fonte: Citado
90, Tomando como base o ano de 1944 jndu&trJtis do final da década de dnqEJetiu
(= iQCL o salário mínimo real diminuiu de ç principio da década de scssefif** bloco O
161.6 em 1961 para 128.6 cm 1961 (Rio) multinacional e associado ton siderava um-
e de 1462 cm 1%l para 14,5 em 1961 (Sio ] bém que atingira o mírimo de sua capa-
Piulo), «o passoque de 1958 a 1959. • ren- cidade eatratlva dentro dos limitei poüii-
da real de uma Família baixou em 10%. cm e sòrioeconômícoi do regime populis-
Deve-se reuatlar que São Raulo, 0 Estado ta. Vide (a) Rizuo de OLIVEIRA, op cii.
mais industrializado, tinha índices mais bai- p 27-56 ib) Hélio ÍACUARIBÊ. Crise e
xos do que o Rio, enquanto que a produti- aífernativoi. Rio de fanciro. Záhar, 1974.
vidade mantinha uma média de crescimen- p RV7.
to anua) de no período de 1957 a
1Ü,J
95 F- WEFFORT. PoíUko de mcssai op,
1962; ie tomarmos como base o *no de 1954. Sobre as condições para 0 conv
ci7, p.
1949 {—IOOK alé o princípio de 1961 a porEjmcnto violento <k empiesírio* contra
produtividade havia atingido o índice de
o governo, vide F + G. CASTLES. op, cif*
312,4. Nttte ano, porém, da obteve um me-
p. 162 7,
ro aumento de 0.2, cm decorrência das gre-
ves, interrupções e desacelerações no ritmo 96. Sobre a noção e objetivos de uma
de produção r conduzindo a uma interrup- intervenção, vide (a) J. N ROSENMJ. The
+
damente para $X F. de OLIVEIRA. Crlü* 97. Vide A. 5TEPAN. op. cíl p. 9-20, 57-
cú. op, ciL p. 45-6, 48. 12* sobre a forma pela qual 1 intervenção
9i + F. de OLIVEIRA, op, cíl p. 42. militar foi racionalizada e sobre sua legi-
haver sido considerado inapto pua desem- ve nos acontecimentos dc 1964, "No Bra-
penhar toa função de contenção social, por sil todo mundo ctmsp trava; r»s souberam
seu conteúdo de mobilização e por basear- como fazõlo" (Rio de Janeiro, 1976, cm
se em uma admimjfraçio indluz, qual entrtvim concedida a RA, Dreifuss. A pc~
nlo correspondeu às cambiantes condições dido do entrevistado, teu nome nlo foi
159
(
pirava. . Não havia uma conspiração. Ha- de Goulart t que era "necessário agir com
via um» porçio de conspiraçõezmhas. * absoluta segurança, definindo# antes de t»
102. GEycon de PAIVA. 1PES CD Rio, 4 109, Sobre oi atores sociais "bifurcadas'
1
160
CAPÍTULO V
Introdução
11
empresários c militares, pelo menos uma elite entre eles tinha a capacidade de
1
ser os organizadores de seus interesses e da sociedade". Essa clife dos intelectuais
3
orgânicos {doravante denominada elite orgânica do bloco econômico multina-
cional e associado) passou a constituir uma força social, cônscia de que seus
"próprios interesses corporativos, no seu presente e futuro desenvolvimento»
transcendem os Hmites corporativos da classe puramente econômica e podem e
devem também se tornar interesses de outros grupos subordinados". Essa 6 a
fase mais genuinamente política e marca a passagem decisiva da estrutura para
a esfera da complexa superestrutura; essa é a fase na qual ideologias previimente
1
desenvolvidas sc tomam "partido".
Para entender como os interesses multinacionais e associados estabeleceram
sua supremacia sobre o bloco populista oligárquícoindustriil no poder e como des
contiveram as classes trabalhadoras emergentes, é necessário compreender o pro-
cesso pelo qual os intelectuais orgânicos das frações economicamente predomi-
nantes foram capazes de se envolver com êxito na luta poülica da década de
sessenta. Ê também necessário compreender o "grau de homogeneidade, cons-
ciência e organização" atingido pelos intelectuais orgânicos dos interesses eco-
nômicos multinacionais e associados, Esse momento de homogeneidade, cons-
ciência ê organizaçãono processo traduziu-se pela formação de uma elite orgânica
centrada na frente de açio do- complexo IPES/IBAD/
A história do complexo IPE5/1BAD relata o modo pelo qual elite orgânica
de burguesia multinacional e associada evoluiu de um limitado grupo de pressio
para uma organização de classe capaz de uma ação política sofisticada, bem como
o modo pelo qual ela evolveu da fase de projetar uma reforma para o estágio
161
dc articular um golpe de Esudo. O
comp íexo dc interesses multinacionais ç
associados procuraria liderar os grupos profissionais C funcionais como também
visaria i neutralizar o bloco dc poder tradicional. na certeza dc que ú elttç
orgânica poderia sair vitoriosa c dinamizar o processo dc modernização capita*
lista, somente se ela assegurasse q apoio c a aquiescência da maioria da população
em uma classe, processe este que culminaria com a transposição do poder privado
do* interesses multinacionais e associados para o governo público do Brasil. Para
isso, o bloco econômico dominante teria de vir a ser o Estado autoritário em que
çfetivameme se triru formaria.*
A fonuaçao do IP ES
de recmiar homens de negócio dc Sao Paulo,™ Paulo Ayres Filho, por sua vez,
recrutou foáo Batina Leopoldo Figueiredo, importante empresário mulii nacional
e ex-presidente do Banco do Draiil no governo dc fánio Quadros. J. B Leopoldo
+
Figueiredo se lomoy Jider do 1PF,S dc São Paulo. Com a súbita renúncia de Jâníü
Quadros, cm agosto dc 1%I, decidiu-sc ativar o grupo. 11
Contudo. Paulo Ayres fdho, dedicado anticomunista,' 1 já havia, parece, feito
algum trabalho de base nessa esfera, antes dc ver chamado por Gilberl Huber fi\
No príncfpío da década de cinquenta, Paulo Ayres Filho estivera visivelmente
preocupado com a mobilização políuta que então ocorria em todo o país, atra-
vessando at barrei m* dc classe*. Tendo tomado conhecimento do trabalho da
Foundation of Economu Fdtication, organização sediada em Nova York, "defen-
sora da causa de uma limitada participação do governo na economia c da livre
162
empresa”, como um antídoto para a filosofia de que “nlo se consegue algo cm
troca de rada”, ele iniciou a tradução e distribuição de seus- panfletos entre
11
amigos.
no Rio* Cilberi Huber Jr, 0 empresário multinacional Antônio
Enquanto isso,
163
”
sua liderança) entre o grande público, como uma organização educacional, que
fim doaçòct par* reduzir o analfabetismo das crianças pobres e como um —
centro de discussões acadêmicas.
O lado encoberto coordenava uma sofisticada e muMfacética campanha polí-
tica. ideológica c militar Os fundadores do IPES* avidamente dedicados & "ma-
nipulação de opiniões e guerra psicológica, organizavam e recrutavam um núcleo
de W) membros, cada um encarregado de trazer cinco outros, e eles, por sua vez,
outro* cinco Eles concordavam cm conduzir (unto us operações públlciis, quanto
as encoberta* '.** Algumas pessoas do grupo de Fundadores consideravam que o
IPES devena ser uma organização imeiramente clandestina, mus foi argumen-
tado que. cm
função da natureza* da* Urcfai por vír, teria mais sensato operar
tamtxm com o conheci mento do público.31 As operações secretas e discretas da
burguesia inuirrciciuttal eram ctccutadas por forças tarefa especializadas, uni-
dades de açic. grupos com codcnomes c subsidiários.
O IBAD agra ccmo uma unidade tática e o IPES operava como centro estra-
tégico. sendo que o IBAD e outra* organizações subsidiárias e paralelas tomavam
164
Segundo Paulo Àyre* Filho, os resultados alcançados pelo IPHS não forim
extraordinários nos estágios iniciais de sua existência como organização; porém,
graças q colaboração dada por suas subsidiárias e outras entidades e grupos de
açao existentes, graduíilmenlt a cliie orgânica logrou êxito infundindo nas classes
dominantes, bem como nas camadas sociais intermediárias e militares, primeiro
a idéia de resistência contra o governo, depois o consenso c a urgência quanto
a sua derrubada, Para essa última operação o complexo IPES/1BAD leria dc ser
bem sucedido em influenciar e mobilizar um grande número de oficiais militares.
E isso foi alcançado.** Assim, um grupo conhecido de civis e militares viajou
por todo o Brasil, identificando movimentos locais, grupos e indivíduos antigover-
nistas ç antiirabulhisias de esquerda, que estivessem dispostos a recorrer a medidas
de cunho militar, caso fosse necessário. 31 Além disso, o complexo IPE5/1BAD
se defrontou com problemas de doutrinação e organização de um bloco de poder
burguês e de como induzido à açlo política com um mínimo de legitimação
popular, A primeira tarefa da elite orgânica seria convencer a maioria dos pró-
prios empresários de suas imediatas c reais necessidades, que extrapolavam os
seus mesquinhos ganhos comerciais, e da necessidade dc sc envolverem em novos
níveis e formas diferentes de ação. Ela teria também dc quebrar a fidelidade dc
alguns c o passivo alinhamento de outros com o Executivo nacional-reformista
Nessa tarefa, a elite orgânica lbadiana c Ipesiana demonstrou extraordinária habí-
lidade c desenvoltura.
Em janeiro dc 1962, o coordenador geral do 1BÀD Ivan Hasslocher publicou
seu trabalho As ciasses produtoras diante do comunismo, uma tentativa de explicai
âs classes dominantes o seu próprio posidonamcnio Ele alerta vi o grande público
empresarial quattlô à necessidade de uma disso domi-
militância diferente das
nantes, o vinha sendo disseminado entre indivíduos escolhidos, ainda cm
que já
caráter reservado, pelos ativistas do ÍBAD. Em seu trabalho, Hasslocher expunha
41
que no momento há no Brasil numerosas entidades c órgãos das classes produ-
toras dedicados ao combate ao comunismo. Todos foram fundados por democratas
conscientes . , , a elite, sob todos os pontos de vista, das classes produtoras. Mas
nenhum deles, até hoje, realizou nada de útir'5T Isso se devia, conforme o tra-
balho, à ênfase depositada no número de membros reunidos em tan entidades e
órgãos, muito mais que à qualidade dc seus membros, pois os fundadores dessas
organizações entendiam que elas deveriam ser verdadeiramente representativas.
E, de fato, o eram. Segundo o ponto de vista de Hasslochcr. essa era. cemmente,
a razlo de sua inoperância. Ele tentava mostrar que nenhum “empresário com
senso prático jamais sonharia em ter sua empresa administrada por um conselho
cujos componentes tivessem poderes iguais e ponto dc vista inieiramentc diver-
gentes". E essa, enfatizava Ivan Hasslochcr, ero precisomente a forma pela qual
as organizações das “classes produtoras" haviam sido constituídas. A necessidade
de se criar uma organização de escol e sigilosa da elite orgânica estava se tomando
imperativa,
Como a elite orgânica estruturada no IBAD via as classes empresariais?
Hassíocher as dividiu nas seguintes categorias:
b) os criminosos. 3%:
c) os inocentes úteis, 10%;
d) os reacionários, 12%;
165
e) os inconscientes* 70%; e
censurava grupos cconòmicoi tais como 0 Grupo Ducal pertencente a José Luís
Moreira de Souza, cunhado do General Affonso A. de Albuquerque Lima. da
ESG. por manter propagandas comerciais na Ultima Hora jornal populista de t
167
Como jA foi elite orgânica, o mais imporlnnle problema
observado, para a
político inicial em
termos de Organização era aquele dc despojar as dasses empre-
14
sariais dc quaisquer demandas particularijUs ou preconceitos populistas, Du-
rime o período inicia! do ÍPES. a dite orgânica disseminou entre ã$ diferente*
frações das classes dominantes a necessidade de semovimentar em torno da for
mação do burguês de classe, embora cônscia dc que o IPE5 estivesse
espírito
penas 'preparado para estudos, não para a ação", como enfatizou o tider Ipcsiana
t empresário Antônio Gallottt
“
Uma publicação interessante, visando a infundir sentido de consciência de
classe em relação às tarefas que as classes empresariais doravante teriam, foi tim
trabalho elaborado pelo líder do ÍPES [esc Garrido Torres, sobre a "Responsa-
bilidade democrática do empresário*’, amplamenic disseminado cm versões revisa-
3
das por imemtédío dos canais do complexo IPES/IBÀD. * Garrido Torres cha*
roa va a atenção das classes dominantes para o gradual descrédito da empresa
privada aos olhos do público. Tal processo nem se devia somente ao intervém
cionismo do Estâdo, como era defendido por muitos empresários, nem meramente
à propaganda de adversários ideológicos, á qual o grupo dc ação do ÍPES
chefiado por Garrido Torres tentava se opor. Ao contrário, enfatizava de que a
imagem negativa das classes empresariais advinha de alguns aspectos negativos
do comportamento das próprias empresas privadas” Observava ainda que esta-
vam rendo ouvidos novos argumentos que fazíam çrílica às "virtudes intrínsecas"
da empresa privada, tão bem como os argumentos já conhecidos sobre a falta
de iniciativa atribuída a ela. Extremamente alarmante, sob o ponto de vista de
Garrido Torres, era que a empresa privada estava rendo alvo de ataques abertos
por ser tomada como a raiz do atraso económico do Brasil Ressaltava que crescia
o número daqudes que pregavam que, dado o estágio de evolução que o Brasil
travessava, os ideais de desenvolvimento econômico e justiça social só seriam
alcançados num ritmo acelerado, caso a economia lotai fosse socializada. Ademais,
e Ôe fato alarmante, (aís convicções eram compartilhadas por amplos segmentos
da burocracia, estudantes, jornalistas, políticos c alé oficiais militares, para os
quais o principal fator responsável pelo subdesen volví mento brasileiro era o
imperialismo econômico c a cobiça das classes "produtoras". A discussão em meto
a esres segmentos era, segundo Garrido Torres, de que uma revolução social se
fazia necessária, como alternativa inevitável para a açio anti social dos "grupos
econômicos" e a incapacidade das "classes dirigentes". Ele alertava, então, as
classes dominantes quanto à campanha nacionalista c lrabalbista*esquerdista que,
embora na aparência se dirigisse espectaímente às empresas estrangeiras ípor
razões táticas, em sua opinião), atingiría, em termos concretos, lambém as nacio-
nais. Ele atacava ainda os empresários preudonaetonalisias, que desempenhavam
o papel nacionalista a fim dc favorecerem reus próprios e restritos inlcrçsses, em
detrimento daqueles mais amplos da comunidade empresarial como um todo,
Girrído Torres, emlo. instou as classes empresariais a que evoluíssem não apenas
para a prática da "democracia econômica”, mas larobém para assumirem respon-
sabilidades públicas e sociais que correspondessem a esse posicionamento. Tal
evolução leria de ser favorecida pelos que de considerava como líderes aulenlicos
das dasres empresariais, os quais estavam preparados para a necessidade de reno-
vação da empresa privada, bem como para a busca ativa dc soluções aos pro-
blemas políticos e sociais do país, Mas para alcançar desenvolvimento económico
168
t t
continuava de, pensar t agir politicamente, com
t progresso social, era necessário,
um claro senso de premência. Ero preciso fortalecer o regime, faiendo reformas
institucionais que modelassem a estrutura para a modernização. Para Garrido
Torres, o sobrevivência da democracia, identificada com a empresa privudtt.
dependia do comportamento político dos empresários c da demonstração de sua
função social ao grande público,
Em foce dc problemas semelhantes, o empresário e líder do JPES e da UDN,
Rafael Noschcse, presidente da Fcderaçio das Indústrias dc São Paulo, observou
que "fá se passou q tempo em que empresários se preocupavam apenas com os
problemas económicos e financeiros de suas empresas. Kojc des não podem se
alienar da responsabilidade social contida nas empresas que des dirigem”.^
Todavia. nm> era suficiente transpor a fase que Gramsci chamava dc corporativo-
profissional, uma vez que a consciência de seus interesses comuns de classe
tivessem sido alcançados. Seria necessário agir como uma classe e ser capaz de
liderar politicamente uma reação burguesa contra o Executivo. rcstiluifldtM) a
seu controle. Nesse respeito, para o presidente do 1PF.S |. 8- Leopoldo Figueiredo,
quando discursava para a Associação Brasileira de Relações Públicas, cm neces-
sário "despertar entre nós a consciência generalizada do bem estar comum, em
úposiçio ã busca de vantagens por indivíduos, grupos ou classes, uma fornia
ilegítima usada por alguns para transpor a fronteira de liberdade de outros,
violando o direito dc todos, è mais do que urgente estimular o senso de respon-
sabilidade de cada um'\ E de acrescentava "G IPES surge com o objetivo de
i
169
ptrkja e fundos, cooperavam em esforços conjuntos e tinham, em certo» casos,
concomitância de membros individuais e corporativos; o Instituto de Investiga-
clones Sodales y Económicas, o Centro de Estúdios Monetários Litmoamericonos
— CEMLA, aos quais o associado do complexo 1PES/IRAD, Dento Nogueira
era ligado, e o Centro Nacional de Estúdios Socialcs (todos três no México), o
Centro de Estúdios Económico-Socialcs {Guatemala), o Instituto de Estúdios So-
ei oecóTiómíc os (El Salvador), o Instituto Venezuelano dc Análísis Econômico
Social c o Instituto Venezuelano de Acción Comunitária (Venezuela), o Instituto
de Estúdios Socíales y Económicos e o Centro dc Estúdios y Aceiôn Social —
CEAS, que era controlado pela estação de Bogotá da CIA Agencia Central —
de Inteligência dos Estados Unidos (Colômbia), o Centro dc Estúdios y Reformas
Económico Socialcs —
CERES, controlado pda agência dc Quito da CIA ame*
45
rjeana (Equador), o Instituto dc Acción Social e 0 Centro de Qricntación
Económico- Social (Peru), o Instituto Privado dc Invesligaciones Económico So-
ei ales (Chile), o Centro dc Estúdios sobre la Libertad, o Foro de la Libre Empresa
17Õ
principio de 1962. AlfFcd C. Ncal {que mm tarde se tornou presidente do Couneil
for uma carta jq líder do IPE3*
Foreign Rdatíons, nos Estado* Unidos) enviaria
Ctlberi Huber Jr„ oferecendo a de uma "operação C£D de apoio" e fornecendo,
47
para esse efeito, uma lista pormenorizada de vime e seis pessoas de destaque.
E interessante observar que esses empresários e intelectuais orgânicos escolhidos*
na maior parte, vieram a ser membros centrais do 1PE5, assumindo postos de
liderança no escritório de São Paulo. Alguns deles, sem se tomarem membros
formais ou participantes da estrutura de ação política do IPE5. sine ionizavam
seus próprios esforços políticos com a elite orgânica, através das associações de
classe empresarial, Fmalmente* muitos de seus nomes devem ser encontrados
entre os empresários e companhias que prove ram a infra-estrutura administra'
liva e econômica paia as aiividfides declaradas t encobertas do IPES.
Economic Foundation —
AEF, para a qual o IPES se tomou o canal de difusão
brasileiro. Os líderes |üsé Garrido Torres, J R. Whinaker Penteado, Gtycon de
+
Paiva e Harold Ceeil Poliam), entre outros, eram os contatos do í PES com o
CED e a AEF. Por intermédio de Garrido Torres, o presidente da AEf autorizou
o I PES gratuitamente, qualquer propaganda ou material de pesquisa da-
a usar,
quefa instituição, 1 * O Líiiin American Information Conunitiee LAfC, com —
sede em Nova York, patrocinado e financiado por corporações dos Estados Uní-
doy companhias aos grupos escolhidos para receberem
distribuía fundos dessas
colaboração, aos quais proporcionava certo grau dc coordenação internacional.
0 LÀIC patrocinou pelo menos duas reuniões gerais desses grnpos* realizadas em
4J
Nassa u (nas Bahamas), em 1962 e l9bl. Gílbert Huber Ir, Garrido Torres t
Harold Polland, iodos membros fundadores tio IPÊS do Rio. estavam entre
aqueles que, representando a organização, viajaram do Brasil para Nassau.
Nessas reuniões* discutiam sc assuntos vários, que afetavam os interesses
multinacionais e associados* tais conto o planejamento governamental e privado,
o Mercado Comum Latino-Americano, o papel político e social da empresa pri-
Til transação internacional ilustra uma outra forma pela qual se pode falar do
Brasil como um sistema político informalmentc penetrado, onde membros de um
paíi entram em comacto com pessoas de outros países, num esforço de alcançar
acus objetivo* “
A elite orglnica recebia também estimulo de outras fontes. Com a ascensão
de Lsmdort lohnson ao poder, a elite orgânica brasileira, assim como as congéne-
res da America Latina, receberam apoio ainda maior, 4* John Kcnncdy já havia, no
entanto, dado oi passos iniciai* , Quando o Coronel Vernon A. Walters, eficiente
homem de informações que se tomaria mais tarde vícedirelor da CIA, M voltava
da Itália em direção ao Brasil, para, ostensivamente, tomar-se adido militar, foi
informado de que o Presidente Kennedy "não se oporia ã deposição do govemü
de Joio Goulart tc fosse substituído por um estável governo anticomunista que
ficasse ao lado do mundo 'livre" ocidental .* 1 Quando o movimento civil-militar
contra loio Goulart já ie encontrava bem encaminhado, Embaixada Americana
1
"Mteguravfe ao* conspiradores que os Estados Unidos estavam ao lado deles ".*
buco, o IPES Belo Horizonte, o IPES Paraná, o IPES Manaus, o IPES Santos e
outros centros menores. A instituição cra dirigida por um Conselho Orientador
— CQ, um Comité Diretor —
CD e um Comitê Executivo —
CE / 1 cada um
dele* estruturado noi diferente» centro* regionais. A principal unidade política
ficava na* dua*«ções mais importantes do Río e de São Paulo, com um reduzido
CE (quatro a oito membro* no máximo) ve reunindo pelo menos uma vez aoN dia
e frequentemente cm caráter extraordinário, sempre que exigências política* ou
orgamudonai* assim o ditassem. Formal mente, o CE tinha como seu principal
papel a "suprem* direção administrativa'* e a "execução das decisões tomada*
pelos CQ c CD", O CE também tinha a função de estudar, elaborar c submeter ao
CD o* programo* de atividade* que o JPES tivesse cm mente desenvolver, bem
como preparar o* respectivos orçamento*. Ele tinha, ainda, de "executar todat
que não foitcm específica» ao CD e ao CQ '. O CE
1
a» atividades administrativa*
realizava as lomodu dc decisão e programação da* linhas gerai* de ação dos obje*
li vos do IPES. assim como a diicuiüo e aprovação de projeto* e orçamento*. De-
172
dc nomes que compunham esse nível organizacional, tanto do Rio de Janeiro
lista
Por volta de Í963, o IPES havia crescido de 80 membros iniciais para 500
associados/ * Os três principais órgãos de tomada de decisão compreendiam 27
1
173
berto Campe». Qcíávio Gouveia de Bulhões e Luif Gonzaga Nascimento Silva,
bem como diversos ativistas empresariaisque ofereciam sua cooperação* como
Mírio Alves Lími, Walier Lorch* Waldcmír Paula Santos Freitas e Modesto
Scaglíiui também não faziam parte da es rutura formal de autoridade.
£ interessante observar que a estrutura de representação dos diferentes agen-
tes sóc io- políticos das cíasses dominantes dentro da organização formal do com-
174
Quadro 3
Ferreira
José Duvivier Goulart — CO, GEA, CON
Joaquim Carneiro — CO, CF
Nelson Parente Ribeiro — CO, CON
Oscar de — CO, GEA, CON
Oliveira
Abelardo Coimbra Bueno — CO, CON
Hélio Gomide — CO, GEA, CON
Eurico Moraes Castanheira — CO, CON
Alberto Moreira — CO, CON
Lélio
Caríos Henrique Schneider — CO, CF
Décio de Abreu — CO, CF
Aurélio de Carvalho — CO, CON
Cláudia de Almeida Rossi — CO -
Domício Veloso — CO
Edgard Rocha Miranda — CO
Tony Bahia — CF *
Fernando — CF
Ilher
Oscar de Carvalho — CF
Murilo Coulinho Gouveia — CO,
176
—
— CO CO
Ga s ião Eduardo Bucno Vtdigal
Gistào Mesquita Filho
Gustavo Borghofí — CO, GE A, CD
Hélio Muniz dç Souza — CO* CD
Humberto Monteiro — CO, CD
Jiyme Torres — CO
Joio Soares do Amaral NeMo — CO, CD, GEA
JoséErmfrio de Moraes — CO, CD
Filho
Joio Baptisti Leopoldo Figueiredo — CO, CD, CE, CEN
José Júlio dc Azevedo Sá — CO
José Pires de Dias — CO
Oliveira
José Almeida Souza — CO
Létio Toledo Pizza Almeida — CO Filho
Lucas Nogueira Garcez — CO
Luiz Dumom — CO
Villares
Luiz Morais Barros — CO, CD
Mirio Toledo dc Morais — CO, CD, CE
Mauro Líndenbcrg Monteiro — CO
Octavio Pereira Lopes — CO, CD, CE
Octavio Marcondes Ferraz — GO, GEA
José Ely Coutinho Viana — CD, GEA
Luiz Cássio dos Santos Wcrneck CD, GEA, —
CEN CON,
Oswaldo de Breync Silveira CD, GEA —
Chamma
Sníiiri CD, GTA — — CD,
Thomaz Pompeu Borges Magaíhães GEA
Manoel José de Carvalho CF —
Paulo Sérgio Coutinho Galvão — CF
Luís de Moraes CF —
Oswaldo Mariz Maia CF —
Ernesto Teixeira de Almeida — CF
Paulo Ferraz — GEA
—
Paulo Edmur de Souza Queiroz GEA
Luiz Mascarenhas Neto — GEA
André Árantes — GFA
Oscar Augusto de Camargo — CG
Othon Corrêa — CO, CE, CD
Barcelos
Paulo Almeida Barbosa — CO, CD
Paulo Ayrcs Filho — CO, CD, CEN* GEA
Paulo Magalhães — CO, CD, CE, CON, CEN,
Reis GEA
Theodoro Quarnm Barbosa — CO
Vicente dc Paula Ribeiro — CO
Heinning — CO
Boilesscn
EuláHo Pontes — CO
Vtdigal
Aldo Mortari — CO -
178
,
era mais participante no debüic público, embora alguns de seus membros, tais
como os empresários Cândido Guiníe de Paula Machado, Jorge Oscar dü Mello
Flores, Harold Ceei! Polland, José Rubem Fonseca, Gilberi Hubcr [r. os Ge* f
4
as rixas pessoais/ A existência de facções manifesta vaie vez ou outra em
decorrência das diferenças étnicas ou rivalidades entre gerações, qu mesmo stotas
social. As mais extremas diferenças se refletiam na composição dos clubes sociais
paulistas e instituições de prestígio ftão importantes m articulação potiticomíQlar
do movimento antigovernisla) estabelecidos dc aeoido com as clivagens sociais,
culturais e étnicas/ 1 Os fatores de diferenciação mencionados eram também vistos
pela clitt orgânica como parte de um problema político mais abrangente, espe-
cialmente crítico no momento em que a unificação c a cooperação de iodos os
recursos disponíveis se faziam necessárias*
179
generalizara específica mensagem multinacional e associada impregnada no núcleo
do IPES e também de proporcionar um ponto de encontro ideológico para u
mobilização das classes dominantes.™ Para a liderança do IPES, a estrutura de
autoridade teria de representar "as várias correntes, não permitindo que nenhuma
71
ficasse de fora'’. Nào obstante sua estrutura aparentemente global, o IPES
evitou tornar-se heterogêneo demais para nâo solapar a efetiva ação dc classe.
Havendo estabelecido e consolidado o seu núcleo, o IPES conformou um movi-
mento abrangente sob sua égide* evitando, assím* aqueles perigos de diluição
ideológica e jnoperancia política contra os quais Ivan Hasslocher havia feito
advertência, como já foi visto.
Apesar das diferenças ideológicas e pessoais, havia várias razões pelas quais
o PES tinha de mobilizar o maior conjunto possível dc frações c setores eco*
I
de vastos recursos. 7*
Embora tivesse exilo na coordenação dos setores industriais e financeiros,
bem como nas áreas intelectuais* militares e profissionais* em um determinado
setor* o IPES encontrava sérias dificuldades* Éra o setor rural. problema era O
que as associações rurais englobavam tanto a oligarquia tradicional, ainda pode-
rosa. quanto a burguesia rural mais moderna, bem como as crescentes agroirv
dústrias muhinadonais c associadas. Tal influência política tripartidária nas asso-
ciações rurais constituíaum dilema para o complexo IPES/IBÁD. Por um lado*
ele havia sido levado a empreender uma Aguerra ideológica contra as propostas de
reforma agrária feius pelo govemg c setores trabalhista-esquerdistas. Por outro
lado, tinha de reconhecer que o problema da reforma agrária havia captado a
imaginação de grandes segmentos da população a tal ponto que era impossível
não tomar uma posição política a favor dela, O IPES tinha de se posicionar
quanto Is suas divergências com o governo e as forças trabalhistas e de esquerda
sobre# modalidade de reforma agrária por ele desejada, sem* no entanto* rejeitá-la
totalmente. A elite orgânica empresarial era obrigada â adotar uma posição refor-
mista que alienaria a oligarquia rural, enquanto que, favorecendo a transformação
empresarial do campo* beneficiaria a burguesia rural moderna e os empreendi-
mento» agromdusiriais multinacionais e associados, Contudo, o IPES* ao mesmo
tempo, precisava obter o apoio da oligarquia* por sua influência política no Con-
gresso, onde dc esperava bloquear as propostas do Executivo nos mais variados
assuntos. Ademais, a elite orgânica precisava esvaziar a base rural de apoio que
o Executivo tinham entre os proprietários de terra
e as forças políticas populistas
e as classe* médias mais. Os grandes proprietários dc terra* significava fonte dc
ISO
suporte financeiro, fazíam-sc também necessários na contenção dos camponeses
e no apoioque davam às autoridades regionais* em particular aoi governadores
dos Estados que, por sua vez* opunham se ao governo central. Ouira razão para
li dificuldades de coordenar o setor rural era a bizantina desavença que ocorna
entre e dentro das associações de classes dominantes rurais. Considerando o deli-
cado equilíbrio que o IPES precisava encontrar, era claro que a dite orgânica
40
nio se ‘‘interessava cm desavir-se com nenhuma delas". O IPES teria de agir
em tom conciliatório, «o menos pubhcamente. Muitos dos posicionamentos polí-
ticos mais definidos da dite orgânica cm favor da modernização capitalista «
racionalização das áreas rurais foram adotados sem serem atribuídos ao IPES.
Finalmenie. um numero dc associações rurais e importantes líderes rurais de
disse, a maior parte do setor moderno de café e gado e o seior agroindústria!,
operariam sob a égide do IPES, (aís como Ostoja B. Roguski* um líder do Paraná,
dl Confederação Rural Brasileira — CRB. Wanderbill Duarte de Barros (CRBL
Silvio de Almeida Prado, da Sociedade Rural Brasileira —
SRB* fosé Ulpiano
de Almeida Prado, da Federação das Associações Rurais do Estado de São Pauto
— FARESP. Herbcrt Lcvy* Edgar Teixeira Leite, Eudes de Souza Leão (CRB)
e L Irtneu Cabral, da Associação Brasileira dc Crédito c Assistência Rural —
ABCAR*
Em novembro de 1962* numa Reuniio Geral dos representantes de São
Paulo e do Rio, estabeleceu-se* fínaímenic. o quadro principal do IPES. Assim*
at virias formas associativas burguesas haviam sido integradas em uma efetiva
liderança política. 41 As classes dominantes se amparavam na firme liderança
de sua cJrfe orgânica. O
JPES devia finalmente funcionar como o guarda-chuva
político dc organização de classe. Como
observou o seu líder. Abelardo Coimbra
Biíeno, o IPES "tinha de planejar muiio mais que executar". O
a articulação*
IPES linha de ser o "estado maior".* 1 Alguns dos membros represem mi vos de
organizações empresariais* associações de classe c grupos de pressão que perten-
ciam ao IPES estão relacionados a seguir. Essa lista não inclui as associações
regionais, como a Associação Comercial de Londrina, a Federação das Associações
Rurais do Estado de Minas Gerais ou a Associação Comercial de Pernambuco.
EJa compreende, no entanto* algumas das organizações nacionais e regionais
sediadas no Rio e em São Paulo. Muilos dos membros do IPES eram também
representantes das associações que operavam no setor da indústria pesada* prin
cipalxncnte aquelas de maqmmmo, acessórios e implementos agrícolas* as de
ferramentas* bem como as indústrias têxteis brasileiros e diversas outras. (Infor-
mações mais pormenorizadas sobre a relação associativa dos membros do IPES
podem ser encontradas no Capítulo Hl e no Apêndice B).
181
— José Ignácio Caldeira Versiam —
Federação das Indústrias do Estado di
Guanabara F1EGA—
— Oswaldo Tavares Ferreira —
Clube de Lojistas do Rio de Janeiro CLR) —
— —
Rui Gomes de Almeida —
Associação Comercial do Rio de Janeiro AC RJ
— —
Zulfo de Freitas Mallman Centro de Indústrias da Guanabara
— —
Paul Norton Álbright Fcderaiion oí American Chambcrs of Cõmmerce
— —
Bento Ribeiro Damas —
Centro de Indústrias do Rto dc Janeiro Cl RJ
— —
Sálvio Pacheco út Almeida Prado Federação das Associações Rurais do
—
Estado de São Paulo F A RE SP
— —
Eiides de Souza Leão —
Confederação Rural Brasileira CRB
— —
José Luís Moreira de Souza Assoe, dc Crédito» Investimento c Financia*
—
mento ADECIF
— —
Humberto Reis Costa —
Serviço Social da Indústria SESI
—*
—
José Irineu Cabral Associação Brasileira de Crédito c Assistência Rural
- ABCAR
— Paulo Mário Cerne — Sindicato Nacional da Indústria de Cimento
— Gustavo Borghoü — Associação Nacional de Máquinas, Veículos c Peças
— ANVAP
— Luiz Emanuel Biandii — Associação Paulista de Avicultores
— Mário Henrique Simonsen — Confederação Nacional das Indústrias — CNI
— Machado Neto — Confederação Nacional do Comércio — CNC
Basílio
— Nivaldo Ulhoa Cintra — Câmara de Comércio Sueco-Brasileira
— Orlandy Rubem Correia — Sindicato dos Bancários da Guanabara
— Cláudio Almeida — Sindicato de Companhias de Seguros
Rossi
— Miguel Rçale — Federação de Comércio do Estado dc São Paulo — FCESP
— Guilherme da Silveira Filho — Sindicato de indústria de Fiação e Tecelagem
do Rio
— Jayme Torres — Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos
— Trsjano Puppo Neto — Sindicato dos Bancos do Estado da Guanabara
— Toledo Pizza — Assoe. Nac. de Fabricantes de Veículos Automotores
Lélio
— Nelson Parente Ribeiro — Associação dos Bancos do Estado da Guanabara
— Nelson Parente Ribeiro — * Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa
— ADCE
— W Poyares — Associação Brasileira de
alter Propaganda
— Eduardo Garcia Rossi — Sindicato dc fnd. de Artefatos de Ferro e Metais
em Geral
— O. de Carvalho — Federação das Indústrias do Rio de Janeiro — FIRJ
— Luiz Rodo — Sindicato de Indústria de Autopeças
vil Rossi
— Vasconcelos de Carvalho — Sindicato dos
José do Rio de Janeiro
Lojistas
— ~ Lucas Nogueira Garcez —* Federação dos Bancos do Estado de São Paulo
— Luiz Dumont Villares — Associação Brasileira para o Desenvolvimento de
— ABDIB
Indústrias Básicas
— Fernando Edward Lee — Câmara de Comércio Teuto-Brasileíra
— Monteiro Lindenbcrg — Associação de Fabricantes de Lata
Brasileira
— Nkolai — Sindicato das Industrias dc Balanças, Pesos e Medidas
Filizzola
— Frank Geyer — Sindicato de
forge c Relógios Jóias
— Mário Leio Ludolf — Serviço Nacional do Comércio — SENAC
— Ulpíano dc Almeida Prado — Bolsa dc Mercadorias dc São Paulo
José
182
— Joio Baylongue — Sindicato das Indústrias Mecânicas e Material Elétrico
— Eiianislau Fischlowiiz — Serviço Nacional da Indústria — SENAI
— Pado Mário Cerne — Sindicato das Indústrias Hidro-tcrmoe do Rio
tétricas
— Ary Frederico Torres — Instituto de Pesquisas Tecnológicas — IPT
— Joio Batista ísnard de Gouveia — Estudos Técnicos e Administração — ETA
— Frederico Augusto Schmidt — Estudos Técnicos Europa-Brasil Lida.
— Joio Baylongue — JRB Administração e Organização
— Alexandre Kafka — CONSULTEC
— Paulo de Assis Ribeiro — Conselho Brasileiro da Produtividade — CEP
— José Arthur Rios — Sociedade de Pesquisa c Planejamento — SPLAN
— Paulo Ayres Filho — Bureau de Organização Racional Apticada — BÜRA
— Juan Missirtjan — Técnica de Organização e Consultoria — TOC
— David Bcalty III — Técnica de Avaliações e Pesquisas — VAUT
— Octávio Pereira Lopes — Instituto de Organização Racional do Trabatbo
— I0ÜRT
— Jorge Behríng de Manos — ÀDE5G, CONCLAP
— Luis Simões Lopes — Companhia de Estudos Técnicos, Administração c
Participações — CETAP.
A liderança regional do [PE5 no Rio Grande do Sul, conhecido por IPESUL,
compreendia os empresários Cândido José Bezerra Godoy, João Antônio O. Mar-
fins, Don Charles Bi rd, Carlos Gastand Gonçalves, Fábio Araújo Santos (diretor
da J, H. Santos Comércio e Indústria e líder da Associação Comercial de Porto
Alegre), José de Abreu Fraga, Álvaro Coelho Borges, Harry Burger, diretor do
Grupo Gerdau, Emílio 0 Kaminski, Carlos Lopes Osório, Amadeu da Rocha
+
Com o intuito de preparar sua estratégia c tática para a ação, a elite orgâ-
nica do I PLS era estruturada através de uma cadeia de unidades operacionais.
Tais unidades tinham um duplo objetivo, Elas supriam s organização tanto do
seus jhjriA-fgftb quanto de seus grupos de ação, para desenvolver e realizar suas
Os Grupos de Estudo e Ação também doutrinavam suas pró-
diretrizes políticas.
priasfile™, ao mesmo tempo influenciando novos elementos, envolvendo e
comprometendo-os nas atividades do IPES, reforçando, assim, uma interação de
papéis e funções.”
1 84
7* Estudos. O
IPES empenha va-st cm examinar as reformas tftstitucíocuii
e estruturaisnecessárias ao desenvolvimento econômico t ao progresso social do
Brasil dcniro de um regime democrático.
Para alcançar seus fins, esses grupos de estudo e ação aos poucos se envol-
viam em influencia parlamentar, tentando persuadir legisladores,
atividades de
manipulando opinião pública e integrando as diferentes frações econômicas
n
e facções políticas da burguesia em uma ampla frente antigovemo. Tentavam
também romper e penetrar ideologicamente as organizações de classes trabalha-
doras e o movimento cstudimiil e influenciar a Igreja e as Forças Armadas. Pre-
pararam um corpo de doutrina e recomendações políticas com a intenção de que
ele viesse a ser um programa para o governo. Esses grupos operavam em dtz
principais áreas de açio política e ideológica: nas Forças Armadas, Congresso,
Encculivü* classe empresarial, sindicatos, classe camponesa, igreja, partidos polí-
ticos, mídia c nas camadas intermediárias.
185
empresários. jomiUsUí. profissionais c militaresestavam engajados, que se impu-
nha pagar racnsilmenie a alguns deles visando a compensar os prejuízos soíridoi,
resultantes do afastamento dc suas ocupações regulares c ordenados ® Membro*
profissionais dos diferentes grupos de estudo e ação eram pagos pelas tarefai
especificas nas quais des estavam envolvidos bem como recebiam je/ons. m
seja. remuneração por presença, reforçando, assim, sua dedieeção. ,, A comurn-
cação interna era assegurada por eficientes métodos, quase militares, como o
Sistema Permanente para Comunicações Telefônicas, visto no Quadro 4,
Dw
[
como a "'ordem de serviço com calendário 1
Até junho de 1964. o GLC do Rio foi liderado pelo General Golbery, res~
1 HG
d'Àrim>s Silva, Estes t muitos outros proporcionavam a estruturo organizacional
e de planejamento político da elite orgânica, bem como suo rede de informa»
çóes.^ O General Herrera. um associado nos negócios de Gilbcrt |r c diretor
de empresas multinacionais, fazia parte daqueles que recrutariam os primeiros
membros ds equipe e. "'já que a ênfase era colocado no recrutamento de pessots
de confiança competentes e possuidoras de diploma de curso superior, os ex^lunos
18
da Escola Superior de Guerra eram preferidos", * Tat relação foi realçada pelo
fato de que muitos dos membros civis-chave, fundadores do 1PES* haviam fre-
103
quentado a ESG, muitos como professores, mas também como alunos. Esse
reservatório comum de pessoal contribuía para desenvolver uma tmcrpcnetraçlo
necessãm $ campanha do golpe. De forma especial, o General Hcr-
civil-militar
rera t o General Golben proporcionaram também a conexão com um grupo
íntimo de oficiais de alia patente, alguns dos quais se tornaram verdadeiros cola-
boradores declarados do PES e que seriam encontrados no comando do golpe
]
governo e para distribuir suas descoberta* de forma regular aos oficiais militares-
chave demais pessoas por todo o Brasil, Conforme seus próprios cálculos, o
i!
IPÊS gastava entre 200 e 300 mil dólares por ano nessa operação de levanta-
mento dc informações e rede de distribuição. 11*
Q GLC distribuía entre os militares uma circular bimestral mímeografada t
a mobilização popular. Com o mesmo zelo que ele preparava os relatórios sema*
m
berto Bucno Neto c muitos outros que compunham a liderança do IPES de Sio
Piulo O grupo do General Agostinho Cortes incluía também ativistas do Insti-
tuto i/e Engenharia de $lo Paulo, um centro conspirador-chave, através da mcdii-
11
çfio de André Teííes de Mattos/
A idéia geral em torno do GAP havia rido daramente exposta pelo líder
Ipesiano Miguel Lins, quando incitou a organização a “aconselhar o Congresso,
estar dentro dele, ter um homem do IPES dentro dde“. Ele sugeriu que o IPES
oferecesse "assessoria técnica** ao líder do PSD, Amaral Peixoto, paru “Irabalhnr
dentro da Câmara*'. Antônio GuHottí apoiou a proposta, argumentando, além
disso, a favor da necessidade dc se ter um “deputado atuante em codu uma das
190
Gam do Congresso",”* Por outro lado, o líder Ipesíano Uncl Klabin achava
que, para o JP£5 o melhor seria estabelecer cinco " áreas de choque" com
f
jrupos paralelos. Segundo ele, o ideal seria "ter elementos na Câmara, fora
deli, na imprensa etc, O IPES ficaria por irás deles, dando apoio e suge-
rindo soluções", A partir desses primeiros e bastante modestos passos, a presença
do IPES no Congresso cresceu a proporções nunca vistas. Ao final de 1962,
praticimeme controlava a Câmara dos Deputados e o Senado, principalmenie
por intermédio da A DP. Assim, ele se encontrava em condições dc coordenar
oi esforços do Legislativo cm bloquear a açâo executiva e parlamentar de Joio
Goulart. 0 IPES (com a cobertura da rede IBAD/ADEP/Promotioei S.A,),
itrivés da ADP, forçava a um "beco sem saída parlamentar", bem como a um
"ponto morto" executivo, que só poderia ser solucionado pelo poder "moderador"
das íntensamente aliciadas Forças Armadas.
0 chefe do GAP e pagador geral da rede da ADP era o banqueiro Jorge
Oscar de Mello Flores, assessorado por Paulo Watzel e Francisco Nobre de
Lacerda em Brasília e, no Rio, pelo escritor José Rubem Fonseca. O GAP tinha
a função de arregimentar apoio para os projetos patrocinados pelo IPES. Ope-
rava também como uma força-tarefa, entrando em ação em forma contínua contra
o governo e seu apoio parlamentar, assim como possibilitando a preparação para
manobras mais amplas, ganhando tempo para que outras forças se preparassem
c para que grupos do IPES desenvolvessem suas próprias atividades Ele era
lambétn muito importante para antever as táticas políticas da oposição c esvaziar
luas manobras.” 1
J. O, de Mello Flores decidia, imediatamente, a ordem dc
prioridades das atividades do GAP e indicava linhas de ação a outros setores e
125
grupos dc acordo com sua percepção c análise da situação .
Cada seção. Rio e Sao Paulo, linha suas próprias "engrenagens no Con-
gresso" ícomo o líder Jorge Behring dc Matos a elas se referi aj, preparadas para
atividades dc pressão, lobbyi^g, petições e para a cooptaçio de indivíduos, grupos
111
e figuras do governo. Mello Flores coordenava as duas. Alguns empresários,
como Augusto Trajano de Azevedo Antunes, tinham suai próprias e indepen-
dentes máquinas de lobbying no Congresso, colocadas à disposição do IPES.
0 GAP mantinha um escritório político que incluía assessores formais, es-
critório este conjuntamente ocupado pela Federação das Industrias de São Paulo
— FIESP — que fornecia certa parcela dc cobertura e assistência material. 12*
O IPES do Rio proporcionava recursos humanos e apoio material (escritores
especializados, equipamento de escritório c mobiliário) para a agencia de Brasília
e, inicialmcmc. cerca de 4 milhões de cruzei ros* mensais para despesas adminis*
irativas c dc pessoal, levantados por seus líderes Paulo A, Barbosa, da Esso
Brasileira dc Petróleo, e Rafael Noschese, da FIESP. O IPES de São Paulo provia
a maior parte do dinheiro necessário para a ação política, Nesse aspecto eles
contavam com a adesão do IPESUL, outra importante fonte de apoio financeiro
111
para atividades clandestinas.
A liderança nacional do IPES conferiu liberdade tática ao GAP. 0 Grupo
de Levantamento da Conjuntura, auxiliado pelo Grupo de Estudo e Doutrina,
analisava os assuntos importantes e sincronizavais com as atividades dc outros
* Pm 1%2, um dólar americano oscilou entrt Cri 200,00 c Cr! 473,00; em 1463, e ntre
Crf 47SJDO t Ct| 600,00.
191
grupo» e unidades. Isso favorecia o 1PES no desenvolvimento de açâo política
mais abrangente, 11* Tal sincronização era posta cm prática nos anteprojeto» de
lei do governo, o» quais exigiam reparos político» para serem implementado!
pelos contatos parlamentares do IPES. Os próprios anteprojetos propostos pelo
IPÊS* a nível estadual ou federal, também contavam com a colaboração dos dife-
rentes grupos de estudo e ação. 1*
1.
192
d) rctroalímemar com avaliações e dados o Grupo de Levantamento da
Conjuntura,
dades responsáveis pela ação nos sindicatos e entre os camponeses* pelo mobili-
lM
zação milhar e das classes médias *
193
projeto p«a o IPES. O líder Hélio Gomide. em sua tese "Diretrizes básicas para
um Programa de Àçáo Longo Prazo", recomendava iflitialmcnte a expansão
das bases do IPES na frente doméstica, juntameme com um plano de formação
de opinião pública que a dite orgânica seguiría. Depois, o IPES devería tentar
alcançar outros objetivos. Dentro tais objetivos estava a expansão de seus quadros,
a fim de colocar pelo menos um membro em cada e toda associação de classe
empresarial, fosse ela sindical, recreativa, cultural ou política. Deveria também
manter permanentes ligações entre os seus membros por meio de uma doutrina-
ção contínua e constante, julgada necessária para proporcionar uma segura e
firme linha de ação ideológica, de forma que os membros agissem sempre em
uníssono, em qualquer circunstância. Ademais, tendo o IPES desenvolvido na
classe patrona! t idéia de que o empresário era qualquer pessoa que trabalhava
minu Empresa'* e. assim, eliminando as distinções de status entre patrão e em-
pregado na empresa, ele deveria tentar ligar-se financeiramente ás firmas, Pos-
leriormtnie. os patrões ç empregados seriam persuadidos a apoiar partidos polí-
ticos de centro. Depois de um período de dois a quatro anos* esclarecia ainda
a tese, provavelmente haveria um número substancial de membros do IPES
nos partidos de centro que formariam uma massa dc manobra suficiente par»
constituir o esqueleto de um novo Partido e. assim, dar força suficiente m IPES
para influenciar o pensamento e a ação política do novo Partido in .
dft Paiva para colaborar com o grupo, Wilson Figueiredo (editor do lornal do
Brasil) e os poetas e romancistas* Augusto Frederico Schmidt, Odylo Coita
Filho e Raquel de Queiroz.
194
\
195
u
96
jnaitrou também sua argumentação com os postulados da modernização antíco-
murnsia da Carta de Punia dei Leste. Ele endossava c disseminava o principio '
como as frftii* chips r,t Como o hder Rui Comes de Almeida observou, o IPES
"admitiria liberalismo no campo económico, mas não aceitá-lo-ia na área politi-
çVV“* Nesse tampo o IPES compartilhava a abordagem de segurança nacional
desenvolvida na Escola Superior tíe Guerra c era um convicto dmemtnador da
doutrina da ESC. Além dtsso, instava políticas de estabilização monetária e advo-
gava reformas educacionais, tributárias» de credito, de ^aúde» bancárias, de mer-
ca<fü. de transporte e agrárias de natureza modeniiznnte-conservadara e recomen-
dava o desenvolvimento regional parlicuíarmentc daquelas áreas ptóxtmas aos
161
grandes centros. Propunha também a colonização de áreas desabitadas»'
O Grupo de Estado e Doutrina incluía grande parte dos tecno-em presa rios e
lecnoburocralns citados no Capitulo HL Trabalhando tempo integral» o GED do
Rio contava com íosé Ganido Torres como coordenador geral das diversas unida-
des dc estudo* dirigidas por diferentes associados do IPES A designação de um ou
outro ativista para dirigir as várias unidades dc estudo dependia da especialização
e capacidade pessoal e profissional do* elementos envohidos A coordenação ge-
ral das atividades do GED
era desenvolvida pelo Grupo de Levantamento da Con-
juntura Além dos teenoempresários e técnicos já mencionados anteriormente, as
am com a campanha do IPES através dc sua participa-
seguintes pessoas cooperas
ção nas unidades de estudo e como assessores do PES ou colaborando eom indi-
I
sentado no IPES por Gilbert Huber |r) t Mircca Bueseu. Alexandre Kafka.
(essé Muntcllo. EstauisJuu Eischlowilz* José Carlos Barbosa Moreira*
197
S
‘'externo' era lambem procurado para determinados aspectos dos projetos tio
IPES e pura *ua implementação. Tal fato era ilustrado pela presença de um "ev*
pericmc*' padre italiano, trazido para ajudar a unidade de Estudo e Doutrina
dirigida por Cândido Guiníe de Paula Machado, que lidava com problemas estu*
'*
díinii&p dc camponeses e de trabalhadores,
1
c Estudo era coordenade pur Nogueira Porto e incluía, entre outros. Paulo
J, L.
Edmyr dc Souza Queiroz, Miguel Rcale, A C. Pacheco e Silva, Adib Casseb.
171
Flavip Gabão. L A. Gama e Siha, f L. Anhaia Mello e António Dcllim Neto
.
Como era o caso de seu congénere no Rio, o grupo de São Paulo recebia o apoio
de agencias técnicas dc várias associações de classe comerciais e industriais Para
assuntos específico* contava ainda com a colaboração, tanto financeira, quanto
técnica de influentes empresários, como H. Wcissflogg 17*
Galvão Filho c Paulo Ferraz. Os dois últimos, bem como Luiz Cássia dos Santos
Wcrneck. davam a sua assisicncia a Oswaldo Hrcyne da Silveira na ação do P t 1
m
por essa unidflde*
m
O Grupo de Doutrina e Estudo coordenava, ainda, as ativi-
dades dos membros do IPES em conferências, seminários, congressos profissionais
t oaipaeíonais t em mesas-redondas onde se debatiam assuntos tio variados como
174
i sonegação de impostos e a segurança nacional, Supervisionava linda a ação
do IPES na mídia, preparando os argumentos para exposição e discussão* forne*
cernia linhas ideológicas e, de fato, coordenando o material de propaganda relati-
vo a figuras políticas importantes, sindicalistas, empresários e personalidades artís-
ticas ou literárias a ser usado nas apresentações de televisão e programas regula-
171
res de rádio. A realização da projeção de doutrina do complexo IPES/IBAD
era também alcançada através da publicação, pelos grupos de estudo, dc um núme-
ro surpreendente de estudos sobre diretrizes políticas, artigos, panfletos c outros
trabalhos funcionais. Alguns desses estudos e trabalhos circulavam na época* ou
como nome áo complexo JPES/1BAD ou, muito comumente, como as “propos-
tas" de alguns parlamentares amigos, diplomatas, profissionais e académicos. Apa-
reciam também como material básico para artigos na imprensa nacional, como
textos para conferências, monografias c mesmo livros, lançados por indivíduos ou
grupos sígiiosameme relocíonados com a rede IPES/IBAD. Uma unidade especial,
Tí
dirigida por José Garrido Torres c o General Heitor Herrera/ se responsabilizava
pela publicação de fivretos, panfletos e livros, bem como a aquisição de relevante
material impresso,
m
poJíEtca* dos recrutis*'*
1
O
grupo servia também ao objetivo geral do 1PES dc
estabelecer sua hegemonia polniea c ideológica no blueo butguêy*
1 "1
estabelecendo u>*im um relacionamento envolvente.
Aksetembro de Hò2, o IPÊS organizou 3 b mesas de integração”, convi-
p
200
de Integração também esiruturou "unidade» moveis", cujos objetivos eram levar o
pedidq de colaboração paia tom o projeto político du JPf t aos empresário* de
fora dai áreas centrai* do Rio c de São Paulo e dai outras cidades maiores otiáè o
IPÊS mantinha escritório. Pm dado momento, u possibilidade de coordenação de
1
“comandos rurais* pelo Grupo de Integração se faziu nccessárb. " Uma outra
1
201
vam para as necessidades dc uma rede política de ião rápido crescimento. Grandes
contribuintes que já apoiavam o IPÊS de ide seu aparecimento tiveram dc dobrar
suat ji fio altas contribuições empresariais, para sen irem como exemplo.
l,í
Em
setembro de 1962. Gswaldo Tavares instou a liderança do IPES a se valer das
grandes firmas que colaboravam com a campanha eleitoral c as organizasse como
contribuintes também para o periodo após as eleições, ** Em São Paulo, uma ve*
1
para outros objetivos que nao os oficialmeme conhecidos. Faziam-sc também con-
tribuições por meio de “subscrições públicas", sem fatura, como era o caso da
Light S A. e através da Pontifícia Universidade Católica/ 13 Outro recurso ainda
utilizado para disfarçar contribuições era por intermédio das esposas de proprie-
tários ou diretores de empresas, que participavam a nível pessoal, ou canalizavam
fundos para organizações filantrópicas e centros sociais que, eniáo, retomavam
o dinheiro ao IPES.
A medida que os fundos cresciam, bem como o número de fontes, novos
meios de "desembaraçar" as contribuições teriam de ser encontrados. Uma forma
muito importante de camuflar doações era através de empresas de relações públi-
cas e de propaganda que controlavam os chamados "orçamentos invisíveis" de
grandes corporações, orçamentos estes que representavam vultosas somas de di
íiheiro*
14
O que as companhias poderiam fazer seria canalizar suas participações
através de fundos assinalados como orçamentos para propaganda comercial e rela-
ções públicas por meio das agências que apoiavam o IPES. Outra alternativa seria
as grandes empresas pagarem antecipadamente os seus contratos de áozt meses
com as agências de relações públicas, que daí canalizariam os fundos, bem como
2IG
contribuiriam financeiramente com suas próprias fonles. Tal operação não seria
muito complexa, já que muitos dos associados do IPES eram proprietários ou
diretores de agências dc publicidade e manipulavam as contas de corporações
multinacionais e associadas, cujos donos e dirigentes também eram associados do
IPES. 21 * Em uma reunião cm que compareceram Augusto Trajano de Azevedo
Antunes, o General Golbcry, Hélio Gomide Glycon dc Paiva c Harold Polland,
p
e na qual essas questões foram debatidas, fo&é Luiz Moreira dc Souza, proprie-
tário da Denisson Propaganda, ofereceu seus préstimos para operar como um con-
duto para a "limpeza do dinheiro". Não sentiría o "menor constrangimento'* cm
receber somas através de sua Agência de Propaganda c depois devolve-las ao
lPES. m Além da Denisson Propaganda, dcstaçaranvse as seguintes agências que
iniernlmcnie se envolveram com o esforço de propagando t financeiro do IPES:
Gallas Propaganda, Norton Propaganda c Mulli Propaganda.2 311
O apoio financeiro direto nuo era a única forma de contribuição para a efi-
204
serviços de au a companhia, O IPES estabeleceu um modas faáenâi com os dois,
bem como com Vnlcntim Bouças, diretor da Panuir do Brasil/” Os serviços
iércos seriam de incalculável valor na coordenação do movimento militar para a
derrubada de [oão Goulart. Era de fato muilg importante para uma elite cons-
piradora ter U sua disposição as grandes companhias de transporte udreo para
viajar inconspicuamenie petos quatro cantos do Brasil,
205
pinhii políiici* tocws, nus timbém que tais contribuições cUndestln» ert®
uma absoluta violação da lei brasileira". 11 *
Em março de 1962. em Sio Paulo, o Fundo dc Açio Social FAS foi cri* —
do, na certeza de que *‘o Brasil era um dos cenários estratégicos da guerra fria t
que a empresa privada não poderia permanecer ociosa e verse destruída pdi
demagogia e ignorância". Estabelecesse o FAS com o objetivo de obier umi
"maior cooperação da comunidade empresarial estrangeira com suas congéneres
brasileiras"."* Ele foi criado por umas cinquenta empresas privadas que miii
tarde se aglutinariam na formação do CIA (Council for Latín America!, como
"uma organização para promover projetos cívicos fora da esfera normal di»
operações da Chamber of Commerce", Suas atividades incluíam "estudos lobre
os problemas básicos do Brasil, trabalho com grupos sindicais democráticos, esfor-
ços de comunicação com pupos nacionais chave".”* D FAS era um dos maíore»
contribuintes do IPES. Afirmava- sc também que dentre os patrocinadores estran-
geiros, a DELTEC. cujo diretor brasileiro era o líder Ipcsiano David Beaty III.
havia feito contribuições de sua caixinha’' dc 7 milhões de dólares, contribuições
‘
estas procedentes de Nassau, que era o fórum das convenções das organizações
congêneres daquela da elite orgânica.
1 *
Duzentas ç noventa c sete corporações americanas deram apoio financeiro
ao IPES Cento e uma empresas de outras proveniências deram contribuição adi-
cíortaL” Uma relação parcial dos contribuintes corporativos do IPES é feita
1
"os três ou quatro homens responsáveis por todas as firmas suecas existentes no
Brasil" deveriam ser procurados para que se obtivesse "o apoio daquelas firmas"
A Paulo Reis Magalhães foi dada a responsabilidade de organizar um piano de
•ção para uma campanha dc angariação dc fundos entre as firmas estrangeiras
Ainda outra fome de cooperação financeira rans nacional era a Konrad Adcnauer
t
General Electric, IBM, Remingion Rand, AEG, Coty, Coca-Cola, Standard Brands,
de Cigarros Souza Cruz, BelgQ-Mineira, ü. 3. Steel, Hanna Mining Corp.,
Cia,-,
207
bém não conseguiu encontrar nenhuma ligação entre o IPES c o IBAD. Quando
a CPI pressionou o complexo JPES 1BAD, dceidiu-»c a favor de várias medidas,
em uma reunião especial do IPES que contou com a presença dc II. Leopoldo
|
Figueiredo, Hàrofd Cectl Polbnd, Cândido Guinlc de Paula Machado, Luiz CisstQ
dos Santos Wemcck. o General Golbery, Adib Casseb. Flãvio Galvão, José
Pubcm Fonseca, Ghcon de Paiva, |orgc Oscar de Mello Flores, Gilbcrt Hübci
|r*€ Jorge Morais Gueiros. As decisões sigilosas tomadas pela liderança do IPES
compreendiam: procurar os seus contribuintes e explicar a cies a situação, bem
como assegurados de que seus nomes não seriam revelados ã CPI; eliminar dos
arquivos e estantes do IPES documentos que pudessem incriminá-lo; tomar uma
série de medidas cautclares cm relação aos componentes dc '"órgãos secretos" c
"órgãos velados " (mormente indivíduos operando nos setores estudantis, da mídia,
trabalhistas, de camponeses, partidários, militares e de informação); tomar me
didas visando a proteger aqueles funcionários e empregados do IPES que eram
publicamente por ele contratados/ 14
À decisão do JPES para o público foi, de certa forma, diferente. Depois
dc discutir os ofícios n/* 2ft 63 c 29 63 da referida CPI, o Comité Executivo
chegou às seguintes decisões por unanimidade dc votos: qttundo da exigência pela
CPI de obter a lista de firmas dc capital estrangeiro ou pane dc capital estrangeiro
que colaboraram com o IPES, o Instituto deveria responder que “nenhuma em-
presa estrangeira fai pane de seu corpo de associados". Além disso, o IPES não
pode na aquiescer â segunda parte da exigência da CPJ, isto é, entregar a luta
das firmas com parte de capital estrangeiro que colaboravam com o Instituto,
porque "ele ignorava a estrutura do capilal da empresa
'*
O IPES, é bem
claro, levava uma vida dupla, tanto políiico quanto financeiramente*
CokIiím
208
IPE5/1BAD. a clífc orgânica se conslilufa cm um poderoso aparelho de cIíik.
Como tal, cta era ta paz tlc cxcrcer ações estrategicamente planejadas e
manobrai
(áticas através úc uma campanha
cuidadoxa e elaborada que vitonosamente opunha
ieu organizado poder de classe ao poder do Estado do bloco histórico populista
c h formação militante das classes trabalhadoras. Por intermédio de
incipiente
grupos dc ação e usando todos os meios disponíveis, o com*
seus especializados
plexo IPES IRA D conseguiu estabelecer a presença política, ideológica e militar
do bloco de poder multinacional e associado em toda relevante área social dc
conflito c disputa.
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
2.
I Sobre o pipd de um» elne empresarial sobre *f Etífldo moderno. Buenos Àím,
corrto organizadora de sua própria classe Ed Liuuro. 1962- p. 67. 12J
e da sociedade. * t Je Qymtm HO ARE A bíesit caso jMTtiruUr, erLfeadem-se por
Ctofírc jf* N OW£IL*SMtTH.
P
jm\ ihft priwn noitíóoaJíi of Antomo ziim pane da «rcutur* formal do tompír
Gromici Loruhm, Lawrcncc & Wí&hnrt, ao IPES/IBAD, bem como associados, atr-
IS73. p S-b, 260, H4, Sobre a iihordngcm vjsiús, indivíduos < grupos ligados > esse
mclodológicn usada entender t»ü eli- pum complexo, dc tal forma que seus esforços e
te como a orgunizndom de sim d as se, vide aqueles das organir^ôct n que pcrienctom
Antonlo GUAM SCI. Ef materialismo hi$* eram sincronizado* e coordenados pelo
ttkica y to ithnútia de Bertedctto Croce . IPES ou apoiaram direi amente a sua cam-
Buerioi Aires, Ed Nucvu Visióíi, 1971, p. panha.
iS7.
3, Vide Q. HOARE Sl G. NOWELl^
Sobre o abordagem metodológica usada SMITH. op. cif p 53 ( 13740, lbO^B p
tBl,
Vortpni;míoi*£ detta cultura. Torino. Ecl. telectuais orgânicos do emergente bioco eco-
Riumri, 197$. p. 3*22. (c> Ralph MlLI- nómico sc tomam conscientes dt sua dife-
BAND Et Estado tn tú tociedad capita -
re ndaçio com reapeito às torças iodais tfr
frrfo Méaico, Ed. Siglo XX t. 1970. Cap. 2. icrkrcs c visualizam a necessidade dc mu-
209
gÜTiicoi. estruturados em uma, organiraçAo inflai ion and ecQttomic dcvelopment in
A procura do poder, concebem um modelo tfrtíiíT: 1 946-1963. Oxford. CUrendon Pre»,
aócioceonflmico e político dc sociedade c 1971. p. 314,
governo diferente daquele já existente c
9. Pnulo AYRES Filho. The Bmzüian le-
agem adcqusdimeme pera imptcmcníAÍo.
volution. In; BAILEY, N. cd. laiin Amtti*
D. HO A RE & G. NOWÊLL-SMtTH. op.
ca: potities . economy and hemhphtric s«w
cit p, 181-83*
rity New York, Pracger. tm. p. 249.
5. Que é 0 ÍPE5- Boletim meruat, Rio de 10. À da fundação do IPES sutfb
idéia
fanei ro n. 25. p 2.
entre os empresários do Rio. npccialineiiU
6, A ttipenc de força pcrmancmcnieme Gilbert Huber Jr. e Gíyccn dc Paiva, e no
úrganizada c previaroente preparada, como Rio foi exaustivamente elaborada O Imit-
Q HOARE & G SOWELL-SMITH. ep. por razões económicas c táticas, la) Cífli
linda wbrr os stomcetmemof daquela épo- IU K BLUME, FrtWWí groupí e*d de-
ca. ele icnüa.paralnueando í>ean Acheson. cisiOtt-mohing ín BraziL Saini' Louii. Mis»
que dc estivera "presente na criaçao" En- ioori. Washington Umv„ 1967-68, 3. V. a,
Vide (a> Mário Henrique SÍMONSEN, observou que a partir de 19S0 os empre-
and
Braxilisn índaiion, pott-frsr experience sários que "foram detpenados por alpir
Qutcome of lhe 1%4 reformi- In; Eroitpmic mas voret corajoiai começaram a perceber
àevríopmctu isiues —
Latm America. New que uma das mais importantes batalhas de
York. CFD Praeget, 196?. (b) Trabalho
,
guerra fria eH*va se passando na Améri*
suplementar ednadq pelo Reveareh and Po- ca Laiina t especíaímeme no Brasil. Essa
Iky Commiucc do CED O presidente do nova consciência dc realidades niciomii t
CED naquela época era Alíred C Neal. c mundiais traduziu se em esforços individuiu
o IPES operava como ^congénere cu ran- para divulgar um grande volume de litera-
gei rtT do CEO. Cc> Mirio Henrique SI- tura sobre liberdade c democracia". P. AY-
MONSEN A experiência tnfíaeionÁria br a RêS Filho, op, cti. p. 249.
líírira. lio de Unciro. IPES, 1964. (d)
13. P. SÍFKMAN. op. cll. p* 148, Paulo
MH SÍMONSEN. A púUtka antlinfiaei^
Ayrti Filho apresentou esses amigos ao Em-
ndria, tm CAMPOS. Roberto de Oliveín baixador Lincoln Cordon, que havia che-
ed. A Nova economia RJ o de
btaiileira.
gado ao Brasil em meados de outubro dc
Janeiro. Tosl Olímpio, 1974. Paia Oelávío
1961. O conhecimento de L. Gordon e Pau-
Gouveia de Bulhões, o pomtxhtvc era a
lo Áyrei Filho datava de 1959, quando este
"inflação desenfreada c galopante". Oti* cri o presidente do Centro Cultura! BraiiJ-
vb Gouveia de Bulhões, associado do JPES, Eitadot Unidos em Sio Paulo. "Em boa
tornarieis Ministro da Fazenda em 1964. hora. F Ayrti descreveu para G ordem unja
Entrevista com JLA. Dreifusa. Rb de
organização política que ele estava patjç-
fltlre. 1976. Vide ainda. ÍUouf KAHIL. dnmndo com o desajeitado, mas inócuo no
210
RK òc Instituto dc Pciqiiiiii e Fnudcri So- parlidáría” O
artigo 4 declarava que "it
dau — IPES". A, h LANCCUTH- Hid- das as atividades do Instituto serão desen-
dtn ffrfwj Kcw York. Pamliton Bookt» volvidas em conformidade com a Consti-
1911 p 16 tuição e as leu do paíi. ot princípios de-
mocráücoa* a ordem social, as normas da
14. Oircnte 5. HALL, The
couniry «Hat
civilização crina e a obediência devida às
iJVcd ifielf ftcaderi Dlgeit. Eiiiúqi Uflh
autoridades kgalmcmc comiilutdai"". Es-
do» Novcmbcf p. 157 (reportagem
tatutos do IPES» 1961, p, 1-2,
pectil),
16 U) I ROWE, The "revotuiion" an ã
15. Edrç&ei dc, rtípecitvimenie,
vereiro, 0*4dc fevereiro, 05 de fevereiro» Ôl
07 dc fe-
the lyi/rm*’
' —
notet on Breiihan pohticj.
Estados Unidos. American Univ. Field Síaff*
de fevereiro, IPES CE Rio, 05 de fevereiro
de !%I 1966. p 12. (bl M CEHELSKY. The po
16. No Rio dc Janeiro, o IPES funciona-
liey process w
Brazit laná reform J96Í*
J969. Dissertação de doutorado. New York»
va no 27 andar do Edifício Avenida Cen-
tral, ni Avenida Rio Branco» 156, no cen-
Columbii Univ.. 1974 p. 129,
rro da adade Ele ocupava 13 salas do 19, IPES A reiponsabitídade democrática
indar Utiva também talai no mesmo an- do empreiàrtú. Rio de Janeiro, p. 4, José
dar, ptricncefltfi i tua ntociida. a Confe- Garrido Torrei popularizaria uma versão
rência de Fretei Brastl- Estados Unidoi-Ca- homónima para os Caderttot Brastletros, a,
fttdÉ. E que as ton-
interessante observar 1*. (3): 3-5, julho/se lembro 1962. ano 4. Ele
ta* ceam faturadas cm nome de
telefônicas preparou também um resumo em lingua-
Henrique Gene), General da Reserva do gem popular para o jomal do IBAD Ação
Eiértiio, irmiü do General Fmcsio Gcisel Democrática .
211
Almeida t 1 B Leopoldo Figucircdo^ IPES cluiu que: “O processo dc dcscnvolvimtrv
CD Rio, 22 de m*n> de i%2 to económico c social tem uma relação In-
tima com o aperfeiçoamento político Um
32 O LBÀD divulga*» meriMlmentc uma pais sem elite* dirigentes é uma lubnaçio,
lista denunciando u companhias "que fi-
incapai de se conduzir c impor fcípcito
tem contribuições para o» comunistas externo t necessário, portanto, que oi di-
lerem fio Rio a Çflina um jornal rigcnics dirijam .
***
orgânica que k
“estabilizasse primeiro, pa- gopolisias multinacionais c associado*. Vi-
ra poitenonnrnte passar para a sçgund* de N. BA1LEY. op . cif* p. 191.
fase". A Gallotti mitcu cn rmprcsãríoi a
avançarem "no icniido da formulação da*
43, Vide N. BLUME. op cit p. 213.
pindci leset subjacentes a todo* nói**. 44 Vide N, BAILEY. op* Cif. p, 194.
16. O ongjnal fazia parte de um livreto <5. Phillip AGFE. Inside the comperrj:
dc apresentação destinado a recrutas cm Cl A diary Lcndon. Pengum Booki. 1975.
potencial como foi
P
mencionado. Presta'
jí p. 604 O Dr. Carlos Urcnda era ligado ao
va te também para
a preparação de traba* I PI ES chileno*
lho* pira circulação rcitrita entre empre-
46. Carla de A C Neal ao General Gomei
sários Fmalmcnfç. servia de diretriz básica
dc Abreu. IPES, Rio* 22 de agosto de 1946.
para um número dc trabalho* e artigos di-
vulgados pela imprensa nacional ou em pu 47. Caria a Gilbcrt Hubcr jr. Arquivo do
blicaçõei c panfletos partidário», em mui- IPES Rio, 28 dc fevereiro de 1962, N«*«
to* casos, assinado* por intelectuais c po- carta oficial do CEI), A C. Ncil escreveu 1
lítico» conhecidos, Gilberi Mubcr |r.i “Prezado Luke: a Usia
anexa dc pessoa* dc São Paulo foi prepa-
17. Ação Democrática, Rio, março dc 1%1
rada por um associado da confiança do Sr.
30. Em seu documento O Brasil quer tran- Robcrt KUbtrg. um dc nossos curador»
quilidade, de julho de 1962, o IPES con- (unç of our trance»}. A lista é dc pessoa»
212
que poimm rs Ur ínlcrtiitichii numa opera- À maioria dcisei empresários era vincula-
ção CED ,h
À liísto de nomes, que continha da a ouirui corpuTaçâes e as ligações dos
endereços c números de telefone. incluía; que se lornaium líderes do IPES cncontram-
Paulo Magalhães (Ciu. Jiaíjueril In-
Reis ie pormenorizadas fio Aptndiec U. Ouiroí
Sehwaríz —
Hammcint, Aços Sandvik ço dc 1%4. um grupo de ddegêdo* da Ar
Benedito M Lobo Rosa iMartmdl) Comer* çipaçúo ndes, Além divsO, ai "empresas
11
213
ü
do» Unido». JJ iiy Winier l%4. mn. Press, 1977. Prefãçio p Xld a XX
II Ncjw rrurnAo ouvi presente um Sf. 59 N. BAILEY op dl p. 252 tb>
tal
de let almofado boje com H. C. Rollind* desde a época em que era oficial de liga^
|m seguida parumo* pura Porto Rico, en- çio entre a Força Expedictooàna Hrnilet
quanto Gdben Hubcr \* foi para Wash- ra na Itália t o 5* Eiército do» Estado»
U«udo». durante a II Guerra Mundial, vide
1
01 de abril de 1965, 19 dc abril de 1965. 20 tarde* Walicrs diria: "Ele nunca se sur
de abril de 1965, 03 de junho de 1965. 22 preendeu". P. PARKER, op* cit, p. 41. De
de junho de 1965, 12 de julho de i%$. fato o tiiicmi funcionou tio bem que du-
SI. Víde André* M. SCOTT. The revoiu. rante a madrugada em que Auro dc Moura
fícm iti t tatee raft: informüí ptnriraiiofi. Andrade declarou estar vaga a presidência,
New YorSt, Random Hotise Ed 1965. „ Pa- jã que fuio Goulart deiaara Brasília, alguns
ra uma diftuiião sobre as “Política» de parlamentares »e dirigiram para o Palácio
do FbntliOp que eslava toialmente escuro Neto, Gustavo Borghoff, Nivaldo Ulhoa
drpoti de um
corte de energia Eles acoij^ Cinira.Osvaldo Bregne dl Silveira, o Ge*
pflnKsrim o no que reconhecia Ranieri ncral Agosrinho Corlei, Octavío Uchoa da
Miwilt como preifdeole c, depois que al- Veiga, Saiim Chamrni, Thomas Rompeu &,
gum íòríoroí foram acesos, o Deputado Magalhães, Paulo Ferrai. Paulo Edmur de
Luit Viana Filho reconheceu a seu lado Souza Queiroz, ]oU Luiz Anhaia Mello,
ftobítt Bcmlcy, o jovem secretário da Env Rafael Nojchcse, Luiz Miscarenhas Neto.
binada Americana, Luiz VIANA Filho, O A. C. Pacheco Silva, fúlio Arames. Frani
Gorffflo {Tajfdío Brvnco. Rio* José Olym- Machado. Paulo Galvão filho. Geraldo
pio. WS p. 46. Alonso, André Arantei e f. L Nogurire
Porto Lideravam o IPES do Rio Harold
62 f PAGE* op~ cit. p. 190.
C. GEycon de Paiva, o General
Poli and,
65, Rclitôrio do IPFS — s.d, p. 6T. Heitor o General Liberam da
Herreea,
64. 0 Nacional cra composto
Eaecutivo Cunha FHedrteb* Gilbert Hubcr Jr. f Augus-
dc fato Bapfista Leopoldo Figueiredo, Gly- to Trajano dc Azevedo Antunes, Cindido
toií tfe Paiva. Adalberto Bueno Neto, José Guinlc de Paula Mijado. Oiwaldo Tavares
Rubem Fonseca, Luiz Cãs si o dos Santos José Duvivier Goulart, Antônio
Ftfieira,
mente secreto As razões pura uma estrutu- vada de “qunioi. grupos. Quiri im Barbo
ra tio sigilosa decumam tanto da conve- ta, Vidigal, todos desunidos'', de grupos
niência organizacional quanto da natureza separados *‘dc imígTimts (libaneses, italia-
da ação potílica da etite orgúnka. Era tam- nos. poriugucses eic.) em um momento em
F
Wm uma forma efidcnie de contornar in- que se nccessilava dc união. Era eaata*
teresses específicos que por qualquer moti-
roenie netia época que oi "'quatrocentõe*'*
vo pudessem colidir com as diretrizes da
estavam Formando um clube fechado par*
eliif orgânica Os Órgâos-ohave de tomada
ipcnai 500 sócios. Essa atirutk segregado
de decisão compunham-se dc um pequeno
nista, em relação a csUló c siaim, eòtulL
número de membros, grande pane deles
empresários que. como lorge Berhing de
tufa, aos olhos de A, C A. Osório, um
desperdício do dinheiro al lamente necessá-
Mattos observava. constituía "um grupo
+
funcionando 24 horas por dí* \ no rio para a campanha política do IPES. E
central
Rio e em Sío Paulo. IPFS CD Rio, 12 dc mais ainda, por serem os clubes sociais de
fevereiro de 962. Em São Paulo, o núcleo
1
São Paulo vitais pira a ação dc classe da
guni deki no CD. dcsiacando-se Luiz Cáa- zaçlo das d assa média e alta. Vide iam*
iio dos Samot Wcmecfc. José E\y Coutinbo, bém o capítulo VI 1 1 sobro a função po-
Eduardo Garcia Roi*i Adalberto Buena
r Li li ca dos clubes rociaii.
21S
72- IPES CE. Rio. S de ícv dc 1%Í. Ne* ções do IPES. Gilbcri II uber jr- sc encar-
» citjgio mtcul. KLABIN1 obierviti regou dc elaborar o* entendimento* com
que ‘
no IPES filimm õrgáot rtiímíntc R de Almeida. IPES Rio. 5 dc fevereiro
representativo* da mdüMrii c âo comer- dc 1962 Fernando Cícero Vcloso era dlre*
cio" Em me*do* dc cki já ftíufn lor da ParLe Davi* Lida., da Elevadores
ptne da IPES Oiti 5, A. e da companhia de produtos
cosméticos Helena ftuhmsicin. junumcrite
Tl |«i IPES CD 21 de iwembro de
r
2Ió
iu dc cndcfcçamcnio poiíií), oricmiçio no desse problema cm várias ocasiões. Cer-
técnica e Apoio dc especialistas dc primei» ta vez, esse fato levou Cilbm Huber |f-
ra Unha para m
iuas vária» atividade*, a observar que losé Garrido Torres deve-
vaito ipoio financeiro c a contribuição, ria ser convidado para as reunióei sem re-
por parle de diferente* empresas, para a ceber nenhuma remuneração. Gilbert Hu-
real nação dc serviços ah ame Me necessá- ber tf gostaria que ele "puseste a sua al-
rias porém dispendiosos proporcionavam ma c não a sua bolsa no negócio Eu es-
1 elite orgânica do com pleno IPES/ERáD tou tom a minha alma"*. IPES CE 6 de +
wma extraordinária infra estrutura rnaie- junho dc 1962 Na ocasião. Garrido Torre*
n*1 e técnica,que faziam outros grupos recebia 100 000 cruzeiros por mèi e [ti-
político* parecerem amadorisíai ton» dc presença, IPES CE* 15 dc maio de
1962 e Relatório Gerai do IPES CE, 17
M. O projeto político a que se compro-
meteu um grupo tão selecionado c podero-
de maio dc 1962. F-injImeme. exigiu-te de
ícenobu roera ta» e Garrido Torrei prestação d tina dc servi-
so de empresários* de
+
de receber n aprovação
íáu especifica teria
sentava vultosas dopei**, ja que o Grupo
de iguais lUperiures hierárquicos cm
c
de Estudo* do Rio contava tom vária* dú-
uma citruiurn que ao final de 1%2. era zias de membros efetivos O» participan
t
217
T
fício do todo. ou icji, da obra. Fortíle- Democrática (Rio). Dccírio de São PaiíFo,
W o 1PES deve «r * fncii Assim* £ ne- Didfco ii d Norre A Gazeia Eiporfiva, A
P
101- N. BLUME op cií p> 215, chele t Fatos e Fotos, Gutas Banas. Vilão.
Contunlura Econômica Boletim Cambial,
A. 5TEPAN* Th* military in pofi*
,
102.
Desenvolvimento e Conjuntura, APEC,
titt: changtng pajrrrai in Brazit Prince-
lon. PrírKcton Lniv. Press, 1971. p, 186,
Guanabara industrial . Peirobràs, Mimáno
Estatístico e ou trai de menot impotilrKia.
101 Elmar BONES Golbery. poder e ú-
lincio Coofomoi Porto Alegre setembro, KI2. Por volta de maio de 1962, o GLC
197*. do Rio gastava aproximadamente 12 mi-
lhões de cruzeiros com material básko t
!CW IPES CE R». 2S de frr de 196J,
Adalberto Bueno Seio operava como co- pessoal IPES CE Rio. 17 ik maio de 1962
ordenador da umdade de planejamento. III. IPES CE SAo Paulo. II de dei de
IPES C£ c Cti Gr. Sáo Paulo, IS de de- 1962,
zembro de l%2
114, IPES CE e Ch. Cr Sio Paulo, II de
ÍOS. A- 5TÊPAN, op tii. p 154, março de 1961.
106. N, BLUME op cií p 215 115, () Eldino BRANCANTE RtlaiÒrw
107. Vide quadro no Apêndice E- do Estado Maior Civil de São Paulo In:
2in
MS CirU do 1PES a Oiwáldo Tavarw, Opinião Pública, a «nHi*e feita pelo GLC
4 dc dezembro d* 1*2, coniíderando t doí iiem envolvido* era entio oferecida
iprciemaçco dc um livrcíu sobre o 1 P ES ao Grupo de Ação Parlamentar e wtr«
iendo produzido peEo seu grupo de Inic seçõei do IPES na forma de trabalhos de
trtçlo diretrizes, posimn jwpm. recomendaçõe*
121 Essas ofívidndes envolviam uma ope- cado número de estudos com diferenças in-
rirçío dc coleto de informações, com o in- signdficantcs, que tcnim então "confronta-
4
íon dc Paiva , 7 de dezembro de 1961. Ar- ma Agrária. Muito* dessa* unidade* de es-
quivo* do IPES, tudo e suai tese* se transformaram, de ft*
to, na infra-estrutura para o* Reforma* dc
171. IPES CD. Rio, U dc dezembro dc
Base proposta* pelo IPES. IPES CE Rio*
1962
8 de janeiro de 196*. Glycon de Ptiva,
174, IPES Rio, 20 de fevereiro de l%2,
sé Rubem Fonseca t o General Golbcry
Dc acordo com forge Behnng de Mattos, a
nfcenidudc de umi coordenação mais 128 Ata do IPES Rio. 17 de ma» dc
próxima cnlre os Grupo* de Filuido e ft
1*2.
ação no Congresso foi tenlidi pela* indús- 119, IPES CE, 12 de fevereiro de 1*2.
trias Era também "mais barato reunir es- Para Glycon de Paiva, “o piai lo pública
forços*. AU do 1FE5 Rio, 5 de fevereiro significava dinheiro”.
de 1962. A comumcjçao segura era garan
tkta pelo difundido uso de telegrama* iHL IPES CE e Ch, Cr S« Paulo, 25
219
117. A. STEPÀN. op. cit p 97.8, 189 P* AFL-CIO. Por exemplo, da Organização
rccii dam pJffl a dite orgânica que, sem dos E* todos Americanos, o IPES rcccbtu
o Yiiívd apoio popular, * *Ui ação enco- o trabalho da Spcçiil Consuliatíve Com-
berta dentro das Forças Armadas e Outros mission of Security agaínst lho Subratm
icEorcs da sociedade tomar-se-ia diíicif. Actiçm of fnicrnatkmai tommunjsm — rc.
Àdcmnii. os militam não seriam levados latõríü geral imetaf, 1962. Myosotis <k Aí-
a favorecer uma posição golpbti sem 0 buquetque Costa executava a função dc
palpável apoio publico. contatocom este centro de inpwfs. A pe-
dido de Glycon de Paiva, dc forneceu
138. IPES CD. 2? de nov-embro de 1962-
também World Communist Movcmciu,
119. Hélio GOM1DH. Roteiro básico pa-
Sdccíhc Chrünúhgy, 18 de agosto «fe
ra am programa
dt açòo a longo prazo. 1957, preparado pdo Legisiatsve Rcferen*
ESC. Documento, b de junho de 1963- ce Service of ibe Library oí Congicss c
140. IPES CE. 8 de junho de 1962- impresso peto Committee on AnínAmeri'
cin Acttvities ÍAAA). IPES CE. £ de out,
141 Publicavam ^e c d istnbu íam-st iam- HJ
de 1962. Segundo Paulo Ayres Filho, *
bém artipos de mistas americanas. Nei
maior parte das matérias sobre a Rússia
Peixoto do Valle sugeriu a Garrido Tor-
dc, advinham dos Esutdos Unidos* envia-
rei. que era “leitor de revistas américa*
das pdas agências norte-americanas dc no-
que "vendesse os artigos ínlMssaii»
h tícias'", Reuniáo Plenária do IPES, CE, 8
les \ Este respondeu que ji estava proce-
,K de abril út 1963,
dendo dewa forma ç acrescentou que Se
a embaixada já tem franquia para repro- 145. Para as necessidades pessoais e ad-
duzir, melhor*
6
vistas, liso poderia ser alcançado usando |30. A G.R-D. Editora tra chefiada por
ü» bon* serviços das embaixadas, que ay Gumcrcmdo Rocha Dóreu, o presidente
segurariam a boa vontade dm editoras da Confederação dc Centros Culturais da
previumente selecionadas e que veriam Juventude, que era o núcleo central ffos
aqutUs cm que gcralmente aparecem ai dívenas órgãos de doutrinação integral eu !
colaborações que nos inlcresiam". Relató- dc joveiH c è qual João Paulo doí Rd 3
rio dc Garrido Tortos #o CD f Rio, maio Veüoso já foi vice-presidente*
Para o preparo de material de dou* 132. At* do ÍPHS Rio, 5 de fcv, do !%2.
[ri nação específica e geral, clilc orglnka Gdbcri Huber Jr,
se valia de uma série de ittputs estrangei- 1 33. IPES CD Rio, 3 de março dc 1963,
ros, coma o CED. n ALPRO, a AEF a T Glycon de Puí va. O GED preparava üs
220
vários anteprojetos dc lei sobre "Reme ui São Paulo Esquema do Planefomento. Sio
f
de ^Reforma Agrina',
Royalifes". Re- Paulo. )%!. No campo poEjiico, o IPES
11
>
lê Sàu auJo c) Federação dus Imlmlrtns 2S dc agosio
P
; 164, ÍPES CE, tic 1962.
de São Paulo; d) Centro de Indú&tmi úc
Sio Paulo; e) Associação Comurciul de 165. ÍPES CE. 7 de março d< 1965.
íftí
de Sio Paulo, i) Fundação Geiuho Var TEC por 2 496 000 cruzeiros de honorá-
rios, um aprofundado estudo a reiptiio do
papel das empresas cnaiais na economia
i) Cinco pessoas escolhidas pelo gover-
a níveis federal, estadual e municipal A
nador entre nqucln*dav arcas úc ciências,
pcsqutsã Lcniaria eniender e avaliar a par
economia, administração c imprenso. Gcor-
ticipjçao das empresas estatais nt forma
fe W, BF.MIS. From ensis lo revoluhon.
çüo du produto nacional, o tcmpofii men-
monthly cose stirdieí, fn frucrnattoMl
to econoimto do governo c sua parírcrp^
Public Aftoiímjfrt/fiou Seriei, 1 os Ange-
ção setorial, uma revisão econômica dm
les* Untv. of Southern Califórnia. 1964, n_
uliirnos quinze ano* e uma avaliação da
I. p- 70-71-
tendência do paptl do Estado n« eccno*
155. Vide J. L Moreira de Souza fa> Fi-
um
cikulo das despesas de tnvesti
mia,
losofia da sele fundamentos
revolução e
mento dai emprtsas do governo pessoal
basícos nos campos económico, social c po- empregado, níveis de talãno c produüvv
lírico. In: Glauco CARNEIRO. Hntónú
d ade. uma comparação com empresas si*
das rcioluçõcs brasileiras. Rio de anuro, í
rmlares do setor pnvado. uma comparv
O Cruzeiro. l%5. V. 2. p. S95-9G.
ção dos periodos de Getúlio Vargas. Eu*
156. N. BLUME. op. cif. P- 2 13. rko Dutra e 1, Kubiischeck. uma comp*^
157. N, BLUME. op. cif p, 221. ração do Brasil com a índia. Paquistão,
Indonésia c Argentina Vide UI Carta do
151. N. BLUME op. cif. p. 214.
IPES* 11 dc junho de 1%J de J. fl. Leo-
1 59- Ê iniertssâíSie observar que das 78
poldo Figueiredo a lose Rubem Fonseca
corporações bhie chips relacionadas pelo
lb) Proposta dc pesquisa de 15 de abril
BANAS em 1%4, pdo menos 61 eram con-
dc l%L (c) Carta ao General Liberato de
tribuintes financeira* da elite orgânica c
Aníbal Viilda, de i de janeiro dc 1%4.
seus eram membros dos órgãos
diretores
(d) Memorando sobrt EstãUzaçòo de Gl p
dc tomada dc decisão do PES» Vide la)
ccn dc Paiva ao Dr. Torrei GUcon <k
I
221
_ »
para Grupo
#** dr aLifiUtic <"•* ira rwpet' E> m Of
m
Public* de curiós
rralifacâo peta
tupcrinte níjvpt
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Sai-
junhe de
lo. 21
\%2IPÊS Ch- Cr São
de atoiío dc 1%2.
lb^ Pati-
ra> %a+m <t re^jM- t« «a 0*ffe> l%2 U} IPES CE. 6 dc junho de 1962-
d. «mw^ pat Poradc aÉibda Clycon dc Pliv»
m do IP1S dc Vfc PM Dt*« Sttic
171 Vide up III.
pAaffco q%* da^rdr** 4 m ritav dr wm |7i IP£S CD. n de maio dc 1962 Al-
bm
t Dovmiu do im
M do
Cíwpq friÉ>
ta IPES CE 16
*t pimAi iczti cr*
EftCia Em abril
um t questão de convtni-
de 1962, o IPES contactou
» AfioLLtç&o dc Advogados DemocriikM
dr narço dc 19M
LQtfik o migito dc estudo sobre
solicitar um
|10 C*ft* de Anliirer G*Sko ft Qfsnq cp tfrpcctoi jurídicos da queslio P^fhmen-
át Pur* jofen W<raa licw* ÍPtS /*f. j-*hí r PftutfrruriahsmO' tendo em vislg
|Tf Vidr Moiinmip 5da Pauk ftVI). quer momento devolvería o pleno podef
Mfai ^r '4 pfrudefK jfll • f oão Goulart f interessais
U ttm/n. Antànu? »nfe*
li observar que um do« principal» drfçn
Ihirv foen Cirrilho PmUi- 0 Governado*
di SAo Paulo
im 4* volta *o iiilema preitdencialiila
era o líder Jo*í de Magalhàe- 1 ms Vide
|?1 IPES CE, 2 dc abril dc 19». H (») lota CamÜD de UIimIí* TORRES. O
Wfiuíluw m dfJT*Df da Cu Mt?Kur^ ptmJrnrutlnjnG no Btaut Rio. O Crufíi-
meorot át $fa M» ímlúnru dr Papel ro ml rbj f € Oh vt ira FORRES fV-
Eiifroptr Pifiie ip*^iVi ComrrüLiJ* e J^dua- rdAg do fmrUmtniamrno Heto HiKÍ£onlf h
te deles viriam a ser membros de destaque 189. O General Rrynaldo Nelson de Car
da organização. valho apresentou o relatório de iua$ ati-
182. IPES, Boletim Mensal Setembro de vidade* a toviano Jardim. o tesoureiro, fa-
1962. n, 41. Informava que 20 empresários zendo a entrega de nove nota* de inscri-
compunham y Grupo dc integração. Vide ção para cobrança medi ente recibos por
ainda IPES CE Rio, 17 de maio de 1962. bancos. Os coniribuíntes eram- Dr Ru<
D IPES mantinha contas no Banco do Es- bem Motl (Usina Novo Horizonte). Agtu
lado da Guanabara. Bnmcrindu* t no Ban- Macafou e Cia * Jones Walicr Alvim, Vaia-
co Prado Vasconccilos, entre outros. O di- da* Cobogó S-A., luliÂo Nogueira < Cia.
nheiro da ADEP do ISA D e da Promo
r lUsina de Queimado). Dr. Luís Sense
tkm 5 A- era movimentado nas agenciai (Usina Vtctcr Sense S AI Distribuidora
brasileira* do Fim National City Bank of Mercamil S-A Dr Nelson Vctoso Borge»
.
New York. do Roytl Bank of Canada e (Cia. Usina do Outeiro 1. Fernando Ribeiro
do Bank of Boston.
Gomes (Cia, Usina Cambaíba SA.h Indús-
181. IPES CE e CD, São Paulo-Rio. I de Iria de Drbidis foaquim Tomai dc Aqutno
abril dc 1961. Filho, Cia. Cima dc Açúcar Sio Joio
1M- Nctsa operação, demonstravam gran- (Cristóvão LisandroL IPES CE* 24 dc
de valor a* produçõe* do Grupo de Estu- «gosto de 1962.
do c Doutrina, do Grupo dc Doutrina e 190 tPES CE. 21 de maio de 1961.
Etiudu e do de Opinião Public a. O* mem-
I9L N. BLUME. op. cií. p. 214.
bro* corporativo* par liei param também de
uma série de debatei c conferências. na* 192. TPES CD e CE* São Paulo, 19 dt
quaii um administrador -chave do governo janeiro de 1961.
223
195. IPES Cb, Cr. 25 de «lembro de ativo do General Heitor Hctrcra e do Co-
1962, ronel Maurício
I9L Um desse» projeto» dc angariação de 204. (o) IPES CE Sio PaulcrHIo, 22 de
Tundas em a Projeta Gammon, Ui Ati da jancifo dc 1961, <b> IPES CP Rio, 12 de
IPES CE. 51 dc julho dc 1962. General fevereirode |962. (c) O Ei todo de &
Golbery (bl IPES CL 12 dc fevereiro dc Pauto, 26 de julho de 1%1, onde hri a dc*
1%1. (c) Caria dc Gl)ccm de Paiv* a A djração dc ]. \\ Leopoldo Figueiredo dc
Byngion explicando o Caso G*mmon + dc que o rcceiia do IPES para 196? foi de
fevereiro dc 1962 200 milhões dc cruzeiros, td) IPES CD +
12 de janeiro de 1962. Nei Pcivcio do
195. IPES CO Rio. 22 de tn*-o de L%2
Ville.
1% u] Au do IPES Sio Paulo, 13 dc
junho dc |%2 tb> IPES Ch Gr 15 dc 205, E. BQNFS.
Golbery. poder e silêncio.
janeiro de I%1 Coo)úrt\Ql Porio Alegre, setembro dc 19TB.
,
mento das amtnbuiçã» IPES CO. 27 dc 206 Ata da JPES Rio* 5 de fevereiro dc
1962.
novembro dc 1962.
CD 207. "Os homens de fora nio vibiwn co-
200 IPES c CE. 4 dc dezembro de
1962.
mo esta meu -
'.
IPES CD, 27 de novcfly
bro de 1962. Vários recursos forim cofr
2QI* IPES CE Sio Paulo. I! de dezembro siderados, como stssdcs para a projeçto
dc 1962. dc filmes, debotes, conferencias c seminá-
202. Vide IPES: Conferenchíat do Inte- rio»- (. Carneiro considerou «té mtimo o
Instituto de Educação Democrática {um
gra fúp. Liiti do IPES */d. Rio.
projeto patrocinado pelo ÍPESí, como uma
205. IPES CE. 15 de ira. o de 1962 Um forma dc manter cs contiibuinics ligado*
melado muito importante de « conscpurr do IPES-
ás atividades
novo» contribuintes c manter o» pi troei-
2ÜS. IPES Rio. 27 de março dc 1962.
nadam cumhirj na criação dc
relutantes
"campanhas de pinica" para o* prapnui 209. (> Ata do IPES Rio, 5 dc feverei-
2U
M*i em cada companhia deveria haver um 2! 6. Tal era a caso d« Wiliys Overíand,
IFESlNHü". Maurício Villcla enfatizava que linha como um <k seus diretores Eu-
que "qu&ndo (o IPES) não inlegTa&se fi- elides Aranha, líder do IPES. A conta di
nanceiramente teria de integrar a pev Wiliys era manipulada pela Motfi Propa-
soa”, f. Gcyír achava magnífica a idéia ganda. de propriedade de Divid Monteiro
de um IPES cm cada empresa. Ressaltava (subsidiária da Morgan Frantij McDo-
também a necessidade â curto prazo de nough r Merrick, N.Y.). e pela Norton Pro-
uma "boa educação' e enfatizava ser ne- paganda, do líder Epeiiano Geraldo Alon-
ccssiric estimular as “ações paralelas", cir so. Outro caso era o da Ncstlé (que tinha
tatido como exemplo a Associação dos Di- como um de seus czecutivos o associado
rigentes Cristãos dc Empresas ÀDCE. — do IPE5 Gualter Mino)* cujas contas
eram manipuladas pela Norton Propagan-
21 L IPES CD* 27 de novembro de I%2,
da c a McCann-Erickson Propaganda.
212. IPES CE
Rio, 14 de janeiro de 1963,
Á por exemplo* “trocar os futu-
idéia era,
2J7. IPES CD Rio. 19 de março de 1965
ros recibos do Podre Velíoso pelos recibos 21S. O IPES também contava com a van
de Giycon de Paiva e o Dr* Rubem trotar rogem de sc valer do apoio dos dirigeniri
com Marinho”. IPES CE, 4 de março dc dc associações de classe. David Monteiro
1963, Vide ainda a oferta de São Paulo t Geraldo Alonso se alternavam no cargo
de 3 milhões de cruzeiros mensais com de presidente da Àssocuçãc Paulista de
M
"fúturns legais para cobór o apoio finan- Propaganda. Co Ajuntam ente des funda-
ceiro. Vide comunicação do General Libe- rem a Federação Brasileira de Propaganda
ra to da Cunha Frlcdrich J, Raptísta Leo- ci
— FEBRASP. em 1961. da qual eles tam-
poldo Figueiredo, cm IPES Memorando, bém eram presidentes. D Monteiro se en-
12 de março dc 1963. carregava de organizar, pira o IPES. o
apoio das companhas de publicidade, pro-
213. IPES Rio, 27 de março de I§62.
curando. para eiu operação, a ajuda de
214. A pariir des investigações da Comis- Emil Farhit, da McCann-Ertekson Publich
são Pnrlamentiir dc Inquérito de 1965, que
dade (a) Ata do IPES* 23 dc omubio de
averiguou envolvimento corpora-
o ilegal
1962. (b) IPES CE Rio* 22 de maia de
tivo-iransf>ac!cnal nas eleições de outubro 1962. Genival RABELO. Agendas dc
(cl
de 1962 para o Congresso, tomou se claro publicidade e 13AD. Política g Negócios.
que, das 300 agências dc publicidade íun São Paulo. 2 de setembro de 1965.
cionando no Brasil, S companhias esiran-
geiras ou representantes de interesses
219. IPES CE e CD São Paulo. 20 de no
vembro de 1962.
transnacicnais faturavam oproximadamen*
le 35 bilhões de cruzeiros por ano, de um 220. IPES CE. 7 de agosto de 1962. Cly
lolil de 120 bilhões de cruzeiros. Isso sig+ con de Paiv*.
nífiCBvi que menos de das agências
221. O apoio des agências telegráfica*
de publicidade controlavam quase 45*u do
mestra va-se importantíssimo, ji que, no
lotai (outro txtmplo
de concentração e principio dc 1962. i conta de telegramas
centralização econômica). A partir dessas jã alcançava a marca de 1-2Ü0JQQ0 cruzei-
somas mencionadas, tornava-se imiiiO fàeil ros por ono e b um em» va progressivifficnte.
canalizar recursos — es famosas "receitas
IPES CE Rio-São Paulo. 14 de m*r
invisíveis
1
'
— para relações públicas, ío6-
222.
ço de 1963-
bying ou campanhas políticas- Representa-
223. António Gomes da Costa, um econo-
va uma forma sigilosa dc contribuição por
mista que trabalhava para as empresas T
parte das corporações, com a ajuda desve-
lancr ç que produziu um trabalho que
lada das agencias de publicidade que em
causou interesse ao IPES, deveria ser "em-
muitos casos eram as próprias associadas
prestado" i elite orgânica. IPÊS CE Rio,
do IPES. Genival RABELO. O capitai cs-
14 de março dc 1961 Para suavizar s pres-
írúngeiraRio de Janeiro. Civilização Bra-
são sobre os recursos financeiros do IPES,
sileira. 1966. p. 115*
alguns economistas e outros profissionais
215. C S. HALL op . ríí. p. 143. eram colocados nas folhas de pagamentos
225
da» grandes companhias enquanto esfivea* 235. Ata do IPES Rio, 5 de fcvmrro de
itm trabalhando par* o IPF5 Além de di- 1962.
minuir as dificuldade* rd a [i vai nos rccur-
236. (nl IPES CD, 18 de agoilo de 1961
Ku para pagamento*, e*ie procedimento IPES CE* 17 de maio de IM2, 0. Hu-
ib)
prfcpordonadâ um* cfiCM cobertura pari
ber ír. aprcaentotí relatório ao CE a res-
st Atividades desses indivíduos.
peito da contribuição de companhias cs
124. |. Kfiippcn BLACK, op, ciL p. 63. Iringeirts.
125.N. BAíLEY. op çii p 22S. Entre- 257. IPES CE Rio* 14 de maio de 1962,
viu» com T Moscoso. E. Ferrer t ou-
+
238. Relatório do IPES, 17 dc mato dc
tro*.
Í962.
226. ÍPE5 CE Rio, 27 de março de 1962.
227. "O regulamento dl agência, exigia 259. fa)IPES CE Rto, 14 de janeiro dc
mini crum embata idor com volumes ade- 1963. o General Golbcry, Glycon de Pi;u
quado* ét informação, de acordo com a c Garrido Torres, <b> Comunicação en-
J*
232. fPES CD Rio, 22 de maio de 1962. 242, IPES Ch. Gr. Sio Piul-O, 11 de it
253, IPES CD c CE Sio P*ufo, 20 de rn> tem br o de I%2- Nio obstante sertro in-
veuibro de 1962. Paulo Àym Filho suge- completas essas contas, i iniereutnie ob-
ria a criação dc um grupo especial de tra- servar um txemplo de despes» secreus e
balho dniinado npeciíicamenle ao (evan- sigilosas fetta* pelo IPES. Vide Apémfr
lamenio de fundos. A liderança do IPES « b
considerava anegimentaçlo de
241. (a) IPES CD
eotllri-
c CE Sio Paulo, 27 de
buintes individuais,
novembro de l%2 íb) IPES Sio PíbJo,
226
244, IRES CD. 7 cJc maio dc A do contra a segurança das inititutçóes pú-
prciiúo ui ada era "funcionários realizei* blicas t possivelmente contra * própria i>>
4
ic de lei* , berani* nacional. A medida tomada pelo
Í45. (a) I TFS CE, reuni A® extraordinária,
Presidente b*$eoti-se nas recomendações
Rio, 27 de agonio de I96X (b) 1PES CE de seus assessorei imediatos, incluindo os
descobertas de um inquérito policial-militar
São Paulo, 16 de setembro de 1%1. (c}
1PES CD São Paulo. B de outubro de especial, bem como na informação obtida
1961 (dl IPI-S CD Rio, 6 de outubro de
por umcomité de inquérito do Congresso
1
Bojado em "um amplo espectro de 'ques- ge W. BEM 15. op. p,clt. CPÍ con-
133. A
seguiu descobrir que recursos do IBAI>
lionAvcl*' atividades polftlcai, sem regu
lamento c controle do governo Citundo al
eram de origem ironsnadonjil. que nai elei-
gumas icçüei pertinentes ita Constituição ções de outubro de l%3 haviam sido gas-
orgcniíuçuei tos não menos de S t mesmo até 20 bi-
Federal, es foram definidas
como tendo agido lhões de cruzeiros e que o tBAD, a ADEP,
ao re-
'contrariamenic
a ADF « a Promoiion S.A., sem a meoor
gime democrático. baseado em uma plura-
liiindc de pari idos políticos e nos direitos
sombra de dúvida, eram interligadas. Po/f-
tico e Negàrwi 5io Paulo, 02 de setembro
fundamentais do indivíduo". As organJife-
ções envolvidas ficaram caracterizada* ct> dc l%S. p. 11. Mai a CPI não foi copaz
mo: I) associações engajadas cm ativida- de evidenciar a (igaçio entre o TFES e o
des político eleitorais que interferem com 1BAD. Como comeqiiãocio dai investiga-
ções, o governo determinou a dissolução do
n escolha de represem ao {es políticos
livre
ISA IX Ivan Hanfochet foi para Genebra,
c que tentnm chegar uo poder por meio de
deixando o Brasil.
corrupçflo eleitora] ,
c 2) assodaçées que,
por usar vastas somas de dinheiro cuja 246. A. CRAMSCL op. rii. p. lll.
origem até agora se desconhece, enio agin- 247. N. BA1LEY. o* ciL p, 211.
227
CAPITULO VI
Introdução
229
eoi reprimir a conscientização das classes trabalhadoras c n surpreen-
política
dente cipaüdodc do Executivo de nao apenas sobreviver, mas, na verdade, de
4
consolidar e obter novas posições fortaleceu sua determinação de tomar de
MiJãJro a sociedade política estabelecida
A elite orgânica empresarial se fez defensora c pcrta*voz dos pomos de vista
maiorii das conquistas políticas da elite orgânica que foram atribuídas a outras
orgi n ilações e agentes, presumindo-se serem independentes d de. Mesmo embora
muitas organizações fossem na verdade sincronizadas pelo complexo IPES/IBAD
nío se deve desprezar as atividades de órgios paralelos, cujos objetivos e meios,
de modo generalizado, coincidiam com os do complexo JPES/IBAD. Sempre
que possível, o IPE5 procurava ser discreto em suas atividades e se manter fon
da noioriedide polí rica, Por exemplo, quando os seus líderes voltaram de uma
das reuniões de Nassau em 1962, eles procuraram manter essa atitude* com a
dan infençio de minimizar a significancía da instituição* A proposta de Gtyeon
de Paiva, em abril de 1962, dc publicar um trabalho elaborado pelo General
GoJbery do Couto e Silv*. que propunha diretrizes contra o bloco nacional-
vetada pdo líder ipesíano fosé Luiz Moreira dç Souza. A sua
reformista, foi
aposição se baseava na hipótese de que o trabalho revelaria o que até eniãc
230
foru evitado, mais uspccificftmeme»um movimento político organizado; ao mesmo
tempo, o General Heitor Herrera ressaltava o perigo ét se expor a ação ilegal*
Essa necessidade át manter a imagem inconspfcua da elite orgânica foi enfatizada
por Hurold C, Polland no inicio de 1962, Ressaltava também à liderança
do IPES que outros países tinham instituições similares à sua e que a expe-
riência política provara que uma única organização náo bastava. Dava o exemplo
do Colômbia, onde o IPES local consistia de um organismo com vários órgãos
disseminados por todo o interior do país. Essas instituições eram consLan temente
atacadas, porém sempre servindo de escudo para o verdadeiro centro de ação.
H. Polland reafirmava a necessidade de o IPES nunca aparecer direta e aberta-
mente e de adotar uma posição de completa inatacabilidade 11 durante a sua
campanha política e agir "por Irás dos bastidores Afinal, ponderava ele, dentro
-
'.
políticos que operavam lado a iado com o IPES, como a Associação dos Diri-
gentes Cristãos de Empresa —
ADCE. U Além disso, a ação do IPES não se
restringiria a organizações de classe t grupos políticos de ação, mas, ao contrário,
alcançaria todo segmento organizado da sociedade. Suas ráricas serviriam de
modelo para os acontecimentos de quase dez anos depois no Chile.
231
do país e a melhoria dos padrões de vida do povo se deviam & iniciativa privada
e não se deviam, cerlamente, a métodos socialistas ou b intervenção do Es tado
Por outro lado. a sua abordagem negativo podia ser vista na sua
,T
na economia.
utilização dc uma mesdagem de técnicas sofisticadas c uma grosseira propa-
ganda anticomunista, constituindo uma pressão ideológica, que explorava o "en-
* 1
curral >men to pdo pinico organizado'*.
Doutrinação geral
232
f
Brasil, exercendo iodas as formas de pressões internas c externas pira aquele Fim/*
empresário e líder udenista ligado ao IPES e cujos fiíhos eram também ativistas
spesianos em operações encobertas, lançou as Noticias Populares jornal militante,
4t
Em prol da mesma causa, no Nordeste* Paulo Malta* através de sua coluna Pe-
do seior dc mídia do sul do país)* foi procurado por José Luiz Moreira de Souza
p«ira produzir uma série de artigos atacando Leonel Rrizola t sua crescente in-
233
falecido Alberto PasquaHni, ideólogo do PTB), assim como os políticos do Rto
Grande do Sul, Paulo Brossard e Kos Chcrmom dc Brilto* eram considerados
pelo íPES como candidatos desejáveis para se promovei contra Brizola/* No
paraná, o complexo 1PES IBAD era ativo nessa área por intermédio de Roberto
Novaes, dos Diários Associados e Diárto do Paraná Ubaldo Siqueira, du tmprom ,
de A um
dos jornais vespertinos do Rio, uma manobra inicial mente pro-
Noite,
posta pelo seu próprio diretor Nelson Nobre. 33 O
IBAD estava também por tris
da revista Repórter Sindical, dedicada ã disseminação de informação ideológica,
bem como ã obtenção dc dado? 0 líder do IPES José Rubem Fonseca, roman-
cista engajado cm atividades dc opinião pública, colocou sucintamente o fato:
O em / 1 O objetivo era
1
Gudin. losé Gamdo Turres, Dénio Nogueira, o deputado e líder udenista Áliomar
Baleeiro e outros influentes empresários e políiicos: cra distribuída gratuitamente
t não continha anúncios.
O Grupo de Opinião Pública da elite orgânica, através do Líder ipesrarto
Nej Peixoto do Valle, ajudou também
preparar o "Levantamento da Infiltra*
a
çap Comunista na Imprensa",*1 que circulou amplamente entre empresários, mi-
É,
lhares e outros formuladorti" de opinião* como parte de uma campanha que
expunha vírips imelectuais e jornalistas como culpados por adotarem pontos de
vista esquerdistas. Esses jornalistas eram acusados dc manipular a opinião pública,
exatamente as atividades nas quais o complexo IPES/IBAD estava, em verdade*
envolvido.
Para mostrar aos empresários, profissionais e aos membros das Forças Arma*
da$ a imediata ameaça a que estavam sujeitos, a elite orgânica fez intenso uso
1
d< um
quadro que denunciava a "infiltração comunista' quadro este que obteve *
vasta divulgação e pareceu ter causado foiic impacto. Preparado pelo Coronel
A. da Fonioura, enquanto o chefe do Estado-maior da 6/ Divitío no Rio Grande
do Sul, linha o quadro o sentido de dar uma vitio panorâmica da ameaça às
234
I
m
íícios que a Aliança pan o Progresso proporcionaria. O folheto da ALPMO íoi
também como um suplemento na Fatos e Fotos, a revista líder do Grupo
inserido
BJoch do Rio, ampiameme consumida pelas classes médias, 44 Nossos males c seus
remédios, um ardiloso Livicto produzido por "André Gama"* (pseudônimo de
um smcncanOp ligado à área financeira que residia cm PcirépofisV, teve também
um i publicação dc um milhão de cópias. 47 Uma outra cdtção que atingiu também
o monitme de um milhão dc distribuição íoi "O que é o IPE$'\ um encarte
que circulou conjtmiamente com a promoção da ALPRG. Um material sobre a
Mate/ et Mogrifra também foi preparado pelo IPES de uma forma acessível ao
4
grande público. * As publicações que promoviam a Aliança para o Progresso ç
w Mate/ et Sfaghtra (pro fundamente apoiadas na imagem projetada por j. F.
Kennedy e o Papa João XXHU serviam a dois objetivos: proporcionar à opinião
pública uma mensagem sufkkn temente ampla para favorecer a ° modernização"
do regime c resinu o bastante para indispor o público contra o socialismo, o
tomunismo c o na cíonil- reformismo. Permitiam lambem ao complc\o IPES/IBAD
engajar uma série dc imckcEujts católicos (leigos e clérigos) na discussão c até
nas atividades catalisadas pela dite orgânica e subtraí-los ao campo popular*
reformista.
tribui* lambem uma série de livretos que atacavam assuntos da atualidade numa
forma temível ao grande público, embora com um estilo e uma aparência que
acentuavam »eu picudo-acaderni ritmo Temas da Hora Presente e Cadernos Na-
dondism eram alguns desses livre tos.
Um cHvnco exemplo de um modo mais vil dc guerra psicológica era &
publicação rtgulir de O Gorila, distribuído dentro das Forças Armadas. Em
üífii das tdiçócs, depois de apresentarem o quç consideravam osdogmas búskos
do mirrismo, os autores comentavam que o programa parecia ser bom. No
enunto, tudo nlo piuaria de uma isca, pois, "Atráv da aparcnic bckza. estão
216
r
os (tssittinetof em
massa, a abolição da dignidade, o» campos de trabalho for-
çado, a rejeição de toda a noção de liberdade e fraternidade". Caracterizavam,
então, o comunista: *'Eíc é aparentemente inofensivo . nunca se trai, sempre
. *
trairá outros, E lt fala de paz e amor fraterna]", "fcle será o seu mais querido
amigo, o mais sincero, o mais leal até o dia em que ele o assassinará petos
, , «
aos projetos t leis do governo nas áreas económicas, sociais e políticas, que sc
csiendtfim desde as propostas de controle de greve até uma das mais importantes
preocupações do IRES, a Lei de Remessa de Lucros, bem como da lei do Código
Eleitoral até a Legislação das Telecomunicações .• 1
Aíém disso* os grupos de
estudo se responsabilizavam pela triagem de projetos vindos de fomes diversas
sintetizando os vários subsídios c indivíduos c instituições em um únko projeto
237
do ÍPES * Os grupo 5 de estudo cncimgavam-se também das parles tegblttivtt
c processuais dos projetos no Congresso.
Exemplificando lais atividades do grupo* pode-se citar o anteprojeto de lei
Globo. Cabia* lhe preparar o anteprojeto sobre o assunto, sendo também requjsi*
M
tádo para elaborar uma declaração preliminar e um esboço da necessária Açio
dos Bastidores'*^ Uma vez pronto, o estudo do General Luiz A, Medeiros lerit
burilado pelos grupos de estudo do IPES c o Grupo de Levantamento da Conjun-
tura e o de Ação Parlamentar sincronizariam a ação dc apoio
*
Algum dos mais significativos grupos de estudo eram aqueles referentes &
Remessa de Lucms* Reforma Tributária. Habitação Popular, Reforma Eleitoral,
Inflação, Refertna Constitucional, Reforma Agrária e Planejamento, todos eles
questões políticas polémicas naquela época. O
grupo da Remessa de Lucros com>
preendía fosé Garrido Torres* Mário Henrique Simonícti (coordenador e relator)*
Dénio Nogueira, o General Heitor Herrera, Jorge Oscar de Mello Flores, |o$é Luiz
Moreira de Souza, Gilbert Hubcrt fr* Harold p C
Polland, Glycon de Paiva e s
04
panic paçáo aà hoc e anônima de burocratas do governo.
i
Q projeto c justifica*
ti va das emendas relativas à lei dc Remessa de Lucros em discussão no Congresso
naquela época foram preparados, para o IPES, pdo Conselho Econômico d»
Confederação Nacional das Indústrias, onde Simonsen era membro executivo. Tal
operação nio onerou o IPÊSem um centavo, que pagou apenas jeitons de presença
a Mário Henrique Simonsen, Hélio SchHtiler da Silva e a Dêõio Nogueira, que
preparou um substitutivo para tal projeto, apresentado petu senador Daniel
1
fíríeger.*
a) imposto dc renda,
b\ imposto dc consumo,
c) impoito de seb,
d) taxa única dc gasolina e óleos,
e) (iu única de energia elétrica*
D contribuições de melhoria.
239
I
ceilG que, na visão do IPES. não poderia ser restrito á* exfero* de defesa militar
do pais. Em sua opmião, ‘ú fenómeno generalizado dn toiali/açao de guerra c o
reconhecimento da indhpcnsabi lidado de Mina oiraic^ii* integrada para a guerra
4
c para a pa; exigiam uma verdadeira polntca de íCguriiiWii nacional Essa política '
do» j colaborar no respectivo plane jamen lo“ ula segurança nacional)/* |ó5C Carlos
k Assis Ribeiro desenvolveu um estudo sobre a Reforma Constitucional. que
1
con de Paiva julgava que o IPES não deveria interromper o trabalho a ser feito
c Gilbcft Jiuber Jr opinava que, au >urgir uma divergência de opiniões, o poú
Ciunamefuu do IPES seria aquele de "não temer os banqueiros"/ De qualquer '
furara, a maioria do» grande* banqueiros fazia parte do IPES, O que a liderança
ipcsiana queria evitar era que infere**?» rest ritos de setores c facções prevalece»-
*em sobre direiHzç» classisia» du Insiituto, como parecia a intenção dos banquei-
ros de São Paulo. Prevaleceram a* opiniões do Instituto. Por volta de marco k
1% o IPES havia submetido vinte e quatro projetos de lei através de seu Grupo
j.
mais imporísniâ labw. cuja fula panava a exercer uma forte atração emocional
na» classes médias. Nesse esforço, o IHaD constituía a primeira linha de combate
da dite orgânica empresarial. Ele se lançava no cerne da confrontação, adequando
e encampando símbolos, temas e linguagem que, na época, eram bandeiras de lula
1
da» forças popularreformiil3> + disputando o "centro ideológico *, na leni ativa de
representar um grande projeto social de classe média.
240
V
Agí iria de modo algum, a intenção de servir aos objetivos dos ccmu
nfão tinha,
nijiií, nem de manter o injusto e imoral estado de coisas sustentado petos gran-
r
Duarte de Burros, A coordenação geraf do$ éehBm estava nas mios de Dénio
Nogueira, Ivnn Husslcchor, Gustavo Corção, Hilgnrd O Reilly Stemberg t Giadí-
tone Chaves de Mello, 0 General Juarez Távora presidiu o simpósio, * Os
1
par-
ticipanteseram, nu maior parte, uma coleção de ibudianos, advogados e teeno-em-
presários especializados cm questões agrários e relações trabalhistas c intelectuais
dc centro direita, Eles concordavam com a rans formação da economia rural, man-
í
drástico demais para os interesses dos paulistas proprietários de terras que faziam
parte do 1PE5, 0 proiólipo do programa do 1PES sobre a Reforma Agrária ba-
seou-sc nas conclusões do simpósio organizado pelo IBAD, do qual um projclo
e justificativas para o Congresso foram preparados por José Anhur Rios e Edgard
Teixeira Leite, O JMD financiou o trabalho dos tecno-cmpresârios e empresários
envolvidos na elaboração do programa. Devido ti medidas operacionais acertadas
24 ]
çortt o IPES t o IBAD, o programa teria de ser discutido pelas unidades de
estudo do JPES, que se compunham de tecmxmprcsános c empresários.** O IBAD
foi oficiilmcntc representado no comité conjunto encarregado de ajustar as pro-
postas por Ivan Haislocher, íosé Arthur Rios e Démo Nogueira e contou com a
participação de outro* membros, quando as circunstancias o ditaram.
Seguindo a sugestão de Wandetbili Duarte de Barros, concordou-se que nem
o IPES. nem o IBAD * manifestaria publicamente como patrocinador ou defen-
sor do projeto no Parlamento ou atrases da imprensa, O
projeto teria de tramitar
rt
sigjlos*mentç. O plano geral do complexo IPES IBAD era produzir primeiro
um projeto que seria parte substancial do trabalho, contendo princípios c normas
que serviriam para definir a posição do IPES cm relação h Reforma Agrária. Em
segundo lugar, ele elaboraria um trabalho paralelo visando a "preparar* a opinião
publica para receber ai idéias contidas no projeto, sem nenhuma referencia às
suas origens no complexo IPES IBAD. Para fulian Chacel, tudo envolveria uma
visão dinâmica do setor agrário* cuja idéia essencial seria a de que os beneficiários
do acesso à propriedade rural a ser criada pela Reforma deveriam ser indivíduos
dotados de capacidade empresarial e que deveria haver uma necessária interde-
pendência entre os setores rurais e o setor industrial, em decorrência da qual as
industriai passariam a investir e operar no campo. 14
242
Apesar de todos os seus esforços e a dedicação com a qual se lançou ao
caloroso debote, o 1PES nlo logrou Êxito cm impedir Joio Goulart de panar o seu
Decrem da Reformo Agrária e dc estabelecer a Superintendência para a Reforma
Agrária — 1
SUPRA, o órgão encarregado de desenvolver a direi rir política do
Executivo* Com tal manobra, o governo de foâo Goulart reforçaria o apob que
ele tinha da classe camponesa e dos setores nacional reformistas da opinião públi-
ca. Ademais, as atividades da SUPRA levariam os mais recalcitrantes elementos
da oligarquia rural a apoiarem a sempre ampliada frente de forças sociais anti-
populistas e amipo pulares.
O Primeiro Congresso Brasileiro para a definição de Reformas de Base* foi
o fórum individual mais elaborado para a apresentação de demandas empresariais,
visando uma modernização conservadora, assim como para a expressão pública
da sua oposição às reformas de cunho trabalhista, ambas afirmadas como um
projeto nacional para o Brasil. O Congresso para as Reformas dc Base realizou-se
na Faculdade de Direito de São Paulo, em janeiro de 1963, em uma atmosfera
carregada cm termos emocionais, com um público estimado em vime c duas mil
pessoas, durante sele dias dc sessões. Presidido pelo General Edmundo Macedo
Soam da o Congresso constituiu o fórum no qual um abrangente conjunto
ADEP,
de recomendações de d ire mm,
estudos aprofundados e posiit&n paprn foram
apresentados, publicamentc definindo a orientação da elite orgânica em rtfaçio ás
reformai institucionais e estruturais, Com a aura de formulação teenoeriúcâ de
diretrizes políticas, o Congresso propiciou a base lógica para a intervenção empre-
sarial direta e pública na política brasileira, um verdadeiro programa de governo
em potencial Embora os tens iva mente promovido por dois jornais do país, o
Correio da Manha (do Rio de Janeiro) e a bolha de São Pauto, o Congresso das
Reformas de Base representou um esforço conjunto dos Grupos de Estudo e
Doutrina do IPES de São Paulo e 1PES do Rb, sincronizados com o apoio de
urgimizaçõcs subsidiárias, grupos e indivíduos aliados. Garrido Torres. Dênío
Nogueira c Paulo de Assis Ribeiro deslocaram-se como figuras vitais na elabora-
ção dos projetos, a qual envolveu trezentos participantes c a discussão de mais
de dnqiicnia tópicos, bem corno a apresentação de oitenta propostas de diretrizes
políticas,* O Grupo de Estudo e Doutrina preparou uma linha de ação básica
que serviria para orientar os iptsianos presentes ao Congresso. A linha gera] seria
aquela incluída nos documentos já publicados. 97 As recomendações de diretrizes
políticas eram liberadas regularmente através de publicações periódicas, entre
outras, no jornal do Brasil, na forma de Declarações Síntese* Responsáveis por
essa operação, Paulo de Assis Ribeiro e Demo Nogueira revisavam os positton
papen e os colocavam em dia * O Influente senador Mcm de Sá dava orientação
quanto à forma de publicação dos vinte e tres Documentos Síntese que surgiam
como conclusões do Congresso para a Reforma de Base. 1 *
Às propostas de dírelrizes políticas do Congresso cobriam três das principais
áreas de interesse, a saber:
243
I) ordem econômica qu t induíii as Reformas Monetária c Bancária, Tri*
*
Guerra psicológica através do rádio e televisão: A elite orgânica, por meio dc seu
Grupo de Opinião Púbfka c o Grupo de Douírina c fisíudo de São Paulo* mostra-
va-sc bem dinâmica no Rádio e Televisão, onde a máxima coberium cru díidú a
seus militantes, bem como apoio às suas atividades e idéias. Através da mídia
audiovisual organizava um
extraordinário bombardeio ideológico e político contra
0 Executivo. Procurava também moldar opiniões dentro das Forças Armadaí,
infundindo o senso de iminente destruição da ‘“hierarquia, instituições c da na*
244
,,w umi reação quase histérico das classes médies que, por
çio c estimulando
sua vez, fortaleciam a racionalização militar para a intervenção. Final mente, visa-
va a contrabalançar a sua própria mensagem social, económica e política com o
impacto da ideologia nacional -reformista do governo dentro das classes trabalha-
doras. Nessas atividades o IPES procurava manter*sc afastado da notoriedade,
deixando para o 1BAD t a ADEP/Ffomotron 5,À. um papel relatívamcnte
publico.
IPES fez. amplo uso da televisão cm sua campanha contra o governo* a esquerda
c o tratai hismo. apresentando programas semanais na maioria dos canais a ntvd
regional e nacional.
lativo, tornavam-se elas uma preocupação central para a elite orgânica do com-
plexo iPES/lUAD, que desenvolvia planos para influenciar a opinião pública.
Esforços foram concentrados através da mídia audiovisual de forma jamais vista
no Brasil até então,
Visando a modelar a opinião pública a se u favor alé as eleições* o IPES
produziu quinze programas dc televisão para tres canais diferentes, o que lhe
custou 10 milhões dc cruzeiros. Oilbert Hubcr Jr. se incumbiu de levantar os
fundos, embora insistisse que sem transmissões de "assuntos políticos" ficaria
impossibilitado dc motivar os possíveis patrocinadores. O General Golbcry retru-
cava que nas utuais circunstâncias não havia assunto relevante que não fosse
político* A "premência" da situação política teria de ser levada aos futuros coa-
iríbuintes por meio de uma bem organizada campanha dos Grupos dc OpinJIo
Pública c Integração.
José Luiz Moreira de Souza propôs entrevistas à serem realizadas por jorna-
listasselecionados de Recife* Paraná, Rio, São Paulo e outros centros-chave e
cobrir os quatro cantos do país com as mensagens políticas de orientação ipesiana.
Os entrevistados teriam de ser pessoas escolhidas de renome nacional Os jorna-
listas então submeteríam um questionário fornecido pelo IPES sobre problemas*
como o "Custo de Vida", a “Aliança para o Progresso", “Educação** e "O que
vocc pensa sobre uma posição de centro?", cujas respostas, em linhas gerais, eram
preparadascom antecedência. O senador Mcm de Sá e outras quatorze figuras
públicasforam escolhidas para participar. Os jornalistas vinculados ao IPES
também procurariam engajar os jornais a que eram ligados, a fim de propiciarem
** Compunham 1
a cobertura dos eventos e a necessária ressonância, a reserva de
oradores com
qual o IPES esperava contar para essa operação: Carlos Lacerda,
a
Carvalho Pinto (o então governador de São Paulo), o General luracy Magalhães
(governador da Bahia), Mem de Sá, Egydio Michaelsen (candidato ao governo do
Rio Grande do Sul), Daniel Faraco (Deputado pelo Rio Grande do Sul)* Loureiro
da Silva (prefeito de Porto Alegre), Lopg Coelho (presidente da Assembléia Legis-
lativa da Guanabara), Raul Pilla (Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul)*
Milton Csmpos (Senador por Minas Gerais)* Gilberto Frcyw (historiador t dire-
tor do Instituto Joaquim Nahuco, dc Pernambuco), Raquel de Queiroz (escritora).
Guilherme Boighoff (presidente da COPEGV, Lélio Toledo Pizza (empresário de
São Paulo), Miguel Vila (empresárto-Fratclli Vita, dü Bahia)* Octavio Marcondes
Ferraz (empresário dc São Paulo), Clemente Mariani (banqueiro da Bahia t Minis*
245
iro do governo de Jânio Quadros), o Deputado Tolo Mendes (líder da ADPL
Ernesto teme { Reitor da Universidade de São Paulo), Dom Hddct Cumara í Bis-
po do Rio de Janeiro), Dom Vicente Schcrcr (Arcebispo de Porto Alegre). Dotn
Fernando Gomes dos Santos (Arcebispo de Goiás), Dom José Távora (Bispo
de Aracaju), o Padre D "Ávila (vicerejçor da Pontifícia Universidade Católica),
leão Camilo de Oliveira Torres icseruor t historiador). Fernando Sablno te&eri*
tor). Hélio Beltrão Uecno-empresária do Rio dc lanetroL Álvaro Americano (em-
Decidiu-se por quatorze sessões semanais, dc trinta minutos cada, atro ves da
rede nacional dc televisão. Os programas receberíam ampla cobertura do rádio
t da imprertsi. Entrevistas seriam feitas tom elementos dos maia diversos seg-
246
iam jornalistas das vúrias regiões do país. Em cada sessão havería um debite
em linguagem acessível ao grande público e sem detalhes técnicos que pudessem
obscurecer a mensagem política; o debate versaria sobre dois ou mais dos prin-
cipais problemas já em discussão através da campanha orientada pelo Grupo
de Opinião Pública, [nclutam-sc entre esses temas: a Reforma Agrária. Desenvol-
vimento c Inflação* Reforma Tributária, Participação dos Empregados nas Em-
presas, a Aliança para o Progresso. Capital Estrangeiro, Papel da Universidade na
Vida Nacional. Planejamento do Estado versus Livre Iniciativa, Democracia e
Comunismo, Parlamentarismo versus Presidencialismo. Reforma Eleitoral c Sín*
101
dicalizaçáo Rural e Urbana.
A orgânico mantinha uma série de programas políticos em São Paulo,
eiitc
que contava com a participação de figuras proeminentes nacionais e regionais
para expressar suas opiniões sobre os acontecimentos da época. Esses programas
foram especíalmente intensificados nos críticos meses das eleições c põs-eíeições,
isto é* outubro e novembro de 1962. Alguns de seus participantes eram: Jamíl
Munhoz Baílão (sobre Democratização do Capital e Reformas Básicas). Padre
Godifiho, deputado da UDNCarmen Prudente, diversos líderes da Ordem dos
t
247
Hcrbert Lcvy, na Tupi* 113 a discussão dos Problemas Nacionais, por foão
TV
Cflímon, na TV apdo c discurso público do Almirante
Cultura, o importantíssimo
Silvio Heckp através da TV 4 ât São Paulo, lançando a Frenle Patriótica Civil
c o discurso de Mem de Sá depois da realização do Congresso dc Refor-
111
Militar
lia
mas dc Base.
O ISAD mostrava-se muito amo no sul do País. especj a Imentc por meio
da TV Paraná, onde ele mantinha dois programas políticos chave. dite orgâ-
nica. princípaímente por intermédio do 1PES, conferia ajuda, patrocinava e coor-
denava uma maciça campanha na televisão em prol da Aliança paro o Progresso,
coordenada com suplementos de jornal e distribuição de panfletos. Patrocinava,
também, o programa de Giíson Amado, "TV Escola*', 117 e a série "Capitães do
Progresso", írínta semanas de programas em 8do Horizonte, São Paulo» Recife,
9
Salvador e Brasília,
À rede de propaganda geraf e doutrinação do fPES se incumbia dc fazer
circular c retransmitir por todo o país material para televisão que se produzia no
Rio e em São Paulo, fazendo um bom uso das linhas aéreas, estações de televisão
118
e outras agências amigas. Objetivando coordenar atividades de análise da con-
*
juntura e manter uma presença constante junto ã opinião pública sobre os assun-
tos da atualidade, o 1PES momou um "bureau de oradores”, No Rio, essa ação
era liderada por Harold Polland, Nd Peixoto do Vaile, Oswaldo Tavares e Rui
Gomes de Almeida, enquanto que, em São Paulo, Flávio Galvio dirigia tais
*
operações. 13
AJfpio Corrêa Nttto. Araripe Serpa, Paulo Lauro, Hamilton Prado, Anil Badra,
Arnaldo Cerdeíra, Agenor Ltno de Mattos, Mcnotlt dei Picchia, Jamil Gadía,
Yukisbique Tanura, fosé Henrique Turner, Scaíamandré Sobrinho, Abreu Sodré,
Mário Covas. Cunha Bueno, fosé Menck, Tufíc Nassíf, Hcrbcrt Levy. Homero
Silva* Antônio Magaldi, Valério Giuli, Chaves do Amarante, Dante Pem e
Mirio Bcni. ,K
Á elite orgânica se aproximou de inúmeros produtores, atores e diretores
famosos de programas de televisão, tais como Gilson Arruda e Batista do Amaral.
Favorecia o uso de programas cômicos, quando possível. Rui Gomes de Almeida
observava que uma piada contra um político provocaria um "dano enorme".
Negava, ao contrário, o apoio aos atores que não cooperassem ou agissem contra
os programas, as linhas dc raciocínio c as pessoas que o IPES patrocinava. Tal
foi O caso do humorista Chico Anisto, sagaz observador da realidade social. Outra
vílima desse tipo de pressão foi Arapuá, o colunista amplamentc fido da ÚUitna
248
Hora que mantinha uma seção na qual havia frequentes criticas humorísticas 1
dos Estados Unidos. Ele foi forçado a deixar o jornal em 1962 m
diretriz política .'
249
de avaliação e de assessores na eficiência e relevância da campanha de propagam
da do IPES, relatando ao Comitê Execuóvo suas próprias impressões e as que
haviam coletado entre o público em geral. Nesse respeito, o Senador Mcm ât Sá
sobrtssaki-*c + em decorrência de sua capacidade c influência. ® Ele representava
1
umt dat miis importantes ligações encobertas que o IPES mantinha no Com
gresso. Como parle de sua função de assessoria, Mem de Sá conclamou a lide-
rança do IPES a enfatizar que o '‘desenvolvimento*' só poderia ser alcançado
tLravts de mais segurança c da liberdade de ação da empresa privada,
A% personalidades de teatro c de televisão conferiram uma ajuda representa*
iiv* como Carlos Lagc. ligado ao líder ipesiano Gílbert Huber |r.
IM Isso pro-
t
O líder Luis Cissio dos Santos Wemeck era responsável petos contactos nessa
área O Grupo de
Opinião Pública também tomou parte ativa no preparo t distri-
buição de filmes de propaganda.
um "cinema ambulante" para as seções mais pobres do Rio. Algumas das grandes
companhias supriam o IPES da infra-e si rutura técnica necessária, como a Mcs*
bla SA-, que contribuía com equipamento de projeção e outras exigências. À
Mercedes Ikfiz e a CAIO, uma das maiores montadoras de carroccrías dc ônibus
139
c caminhões do Brasil, ajudavam com transporte. Com o apoio dc gerentes e
proprietários, passavam-se filmes também para consumo dos trabalhadores nas
250
nos centros industriais dai cidades grandes. A fita principal
fábricas localizadas
era, geralmcnie, um
faroeste americano, enxertada com uma tuna metragem do
IPES, que variava de um apelo para i harmonia social entre as classes a um
comentário sobre a exploração de estudantes com fins políticos. 111
fean Manzon. o maior produtor de documentários comerciais do Brasil, fez
alguns dos filmes para o PES* bem como ajudou a divulgá-los. 111 Entre esses
I
O IRES de São Paulo, por iniciativa própria, produziu alguns filmes, assim
como uma série sobre problemas brasileiros, tais como "Reforma Eleitoral ", "Re-
forma Agrária", "Estatísmo" e "Livre Empresa". Patrocinou "Filhos da Dema-
gogia", feito pelo senador Auro de Moura Andrade, um dos maiores proprietários
de terras de São Pauto* " O CONCLAP também produziu algum filmes e a
1
organização Rearmamento Moral, sediada nos Estados Unidos, com qual o conv
plexo IPES/1BAD mantinha um estreito relacionamento, forneceu vários outros.
As copias desses filmes ficavam sob a custódia de Luiz Severiano Ribeiro, o maior
111
proprietário de cinemas e distribuidor de filmes do Brasil, cujo apoio foi de
1 **
fato muito úriL
Companhias de publicidade contribuíam financeiramente para a produção de
filmes que trírnsmíiírtarn específicas do IPES c a ideologia emproarial-
Essa operação foi discutida por J, B. Leopoldo Figueiredo e o publicitário David
Monteiro que, para essa tarefa* colaboraria com Emil Farah. da McCann Enckson
i4í
Publicidade e a revista Visão.
0$ não visavam apenas o consumo do operariado industrial, trabalha-
filmes
dores rurais ou o Uimpen- proletariado. Aqueles produzidos em São Paulo eram
apresentados em lugares tão exclusivos como o Monte Líbano e outros clubes
sociais paulistas, o Lyons Clube e a Escola de Polícia dc Sio Paulo.'** Ricardo
1&
Cavalcanti de Albuquerque* se encarregou da exibição de fitas paru a industria
e o comércio c algumas outias entidades. Filmes eram também mostrados cm
universidades, através da penetração do IPES nos Grémios Estudantis, como no
caso da Faculdade dc Medicina de Sao Paulo e a Faculdade dc Direito da Uni*
mskfade Mackenzie. A, C. Pacheco da Silva * tomou a si a responsabilidade
1
dessas operações.
Fmalmcnte. o IPES também produziu um# série dc filmes com um duplo
apelo às Forças Armadas e ao público em geral, difundindo e legitimando o papel
de "construção nacional" dos militares, Elaboravam -se filmes sobre a Marinha
Mercante, a Força Aérea, a Marinha de Guerra e o Exército. Conforme Luís
Cissío dos Santos Werneck, algumas das fitas deveriam ser feitas pelo Canil
100. de Cartas Ntemeyer, produtor de eu nas* metragens c de filmes de atualida-
151
des. José Rubem Fonseca foi incumbido dc estudar os roteiros com o próprio
CarlosNkmcyer,
O
IPES recebia, ainda, o apoio dc fomes estrangeiras prinapaimtnte di
embaixada americano. Nei Peixoto do Vallc monfjnha contactos com Harry Sfone.
251
o representante da Mouon Piciurev» o qual lambem fazia u fornecimento de tn •-
1 '1
lerfal basteo .
tico
prios escritóriosdo IPES. Muitos dos participantes eram então recrutados pelas
unidades políticas do Grupo de Integração. G General Heitor Herrera manípuliva
Os detalhes, A mensagem que a dite organíca disseminava de marcante tom anii-
eomumsla e objetivos sócio-cconómicos modernízantes, envoltos em uma aura
profíssionahrecnocrata, exercíu uma grande atração sobre novos recrutas entre os
empresários, militares e av dast.es médias. Ela servia ao propósito dc suslcnUr e
íomentur u legitimidade do envolvimento anligovcrnist.il das Forçüs Armada na
polílicu.
253
Ek coftvidjn oftriatt militam par* csm> conferências c cursos. eipandooi ij
dímiíiéii initmici frtiptmníi». perxrahiado* t«rtó "necessidades induilriait
c
PÉ
nacion*ít cfcr*çk t» nublares ituritMÍiavim a ibwTÇÃo dc valores civil-
r
itnm como para agir por teu intermédio 50 seio das classes camponesas c *f tra-
balhador** urbanas
Cena pressão tobrt a 1 grcji foi txmida pelos associados do complexo PES I
ivírz, Gílberl Huber |r., Augusto F, Schmidi. Gilberto Marinho, Konder Reis h
Ldm de Cotnpínas. Ele dktríbuía aos responsáveis por " tomadas de decisão”
*' 1
t defesa du> valores de nossa civilkução cristã ocidental". *"* Como nos outros
casos o IPES "comprava" um considerável númcTo de revistas para distribuição
entre contribuintes e patrocintidures. A Conenium era escrita principalmente
por professures unvveivdãrios e intelectuais relacionados com a Igreja c publicada
pela Avsuciução dc Cultura Brasileira Convívio, dirigida pelo padre Adolpho
Crippa. teólogo e professor da PUC U "Convívio", também assistido financeira-
mente pelo ||*l'S. toi iuiuludo em I%1 por um grupo de ativistas paulistas para
funcionar como núcleo Je elaboração idcoLógtui e de doutrinação política, Mi-
litares de mi lí! antes passaram petos curvos de lornwçiio política do Convívio "
255
e intelectuais e no meio partidário, o “Convívio", agindo na área da Igreja,
ADP
dirigia seus esforços contra os inimigos comuns. Os empresários contribuíam
para o “Convívio" por meio da UNAP —
União Nacional de Amparo à Pesquisa,
uma espécie de fundação, criada em 1963, c que dissimulava a presença do 1PES.
Essa organização agia por meio do instituto de Formação dc Lideres, uma agencia
de notícias e um Centro de Pesquisa. O Instituto oferecia cursos básicos aos
estudantes, sindicalistas e outros setores do público, preparando -os para a mili-
tância ideológica e política em suas áreas específicas dc atividade, oferecendo
como também visando a ampla disseminação da mensagem do 1PES.
orientação,
Os "melhores" alunos eram escolhidos para participar dc cursos especializados
para ativistas, tendo em mente, em especial, a organização estudantil e sindical.
O Instituto preparava também ciclos dc conferências destinados a doutrinar a
opinião pública.
1
™
Apoiava, ainda, outros projetos do Padre Crippa, tais como
a Escola Superior de Liderança t a organização de um seminário político, que
viria a ser o centro de estudes do desenvolvimento, foão Baptisu Leopoldo
Figueiredo indicou Paulo Edmur de Queiroz como o homem de contato e assessor
dos projetos do Padre Crippa. í?l A agência através da qual es se centro operava
era a Planalto, porta-voz do IPES, e hoje conhecida como Plana. Com rclaçao
ao Centro de Pesquisa, ele fornecia o molde para as atividades dos intelectuais
de direita dedicados à análise da situação política. Esse trabalho era subsidiário
do Grupo Doutrina e Estudo e ao do Grupo de Levantamento da Conjuntura
do IPES de São Paulo. Essa seção publicava a revista Canvivium. 17*
Procurando legitimar o seu posicionamento publico, o IPES também inter-
vinha em grupos aparentemente inofensivos. A Associação Cristã de Moços foi
173
um deles Apesar de sua aparência e suas declaradas atividades esportivas e
,
"[impar *
contribuições especiais.
Algumas das abordagens e temas dos seminários e conferências organizados
pelo IPES que se realizaram nas sedes da ACM eram: "Executivos de Empresas
e a Preservação da Livre Iniciativa ', "A Responsabilidade da Empresa Privada
1
256
e "0 Papel do Governo”. Como um subproduto de suas tentativas de formar
solidariedade de classe e elevar a consciência política entre empresários, exe-
cutivos e gerentes, o IPES também disseminava nessas conferências a sua men-
sagem ideológica aos sócios classe média da ACM. Ressaltava, entre Os organi-
171
zadores de tais eventos, o empresário ipesiano Décio Fernandes Vasconcellos,
A União dos Escoteiros do Brasil, liderada pelo Frei Daniel, também recebia
assistência do IPES, através do Frei Metódio de Haas, que fora indicado pelo
Arcebispo Dom ]aime de Barros Câmara. * O contato miciaJmente se estabeleceu
17
257
ltl
c t convidados especiais ".
' Ele reservava dois lugares para candidatos evcn-
ruais que pudessem usufruir ou contribuir especial mente para qualquer curso espe-
cifico.
1*4
cipais da conjuntura nacional", assim como pesquisar e estipular o referencial
para a solução dos principais problemas da situação brasileira e a apresentar
111
pesquisas feiias pelos grupos de trabalho de variados participantes- Os confe-
rencistas nas atividades do CAB consistiam, como sempre, em nomes conhecidos
111
258
CüTKÍüliü
ideológica era suplementada e coordenada com outras atividades nos campos poli*
ticos c militares.
A ação político-militar do bloco multinacional e associado seria vital para o
desenrolar da crise do bloco histórico populista e fundamental para levar ã
instituição de um novo bloco de poder no Estado,
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
uma observação ao afirmar que lodo Inte- tisfação de uma classe, fração nu um blo-
resse econômico icm uma dirclrht básica: co, essa diretriz "é complciamtnic racional
"imobilizar o restante da economia, perma-
e, além disso, somente será alcançada pela
necendo, ele próprio, tão Livre qunnlo an-
ação política". F. 0, CASTLES, Búsincis
tes." Samuel FINER. Frivaic índustry and
and gavtrnmeni: n Lypology of pressure
poliiLcal power, ln; Ramsay Muir lecture.
Grã-Bretanha, Pall Mall Pamphlcl» 1938, p. group activity. Pofítícaf $|w<íí«. Oxford,
1712): til, Oxford Univ, Frcw, Juno, l%9 +
259
3. Ê inleratflnlc que jc aplic* a
ressaltar don, 06 de julho dc 1967, NSF, not Arqui-
OK caso i observação fciii
por Rtthard vos |FK, (No mesmo telegrama, Lincoln
Bmcl, tmáirttor d*í Gperaçoti Secretas d« Gordon menciona * volta de fttaiflla ip
CIA Americana Eíe mencionava a rede Rio de um deputado do PSD que ctti che-
Jfiíerdcpíndrníc de meros tf órgãos que ír- gando para organizar oi miJiiares contra
v«m o um* mudança social. Deixou t«t loAo Goulartl, Em 1963, Lincoln Gordon
faro bem claro em uma reunião do Coun voltava a nfirmnr que Joio Goutari u mot-
cllcm Forca (*n ReFjtiom. quando enfatuou trara "um eslraicgista políMco excepcional-
que "A intervenção secreta ê.,, mais dí- mrnie perspicaz, cujo desempenho em n*
car cm litiiaçócs onde « empreende um conquistar o pleno poder atingiria n mui*
ciforço ahrangcnic com um mímtro de ope- alia uvolíaçüu em termos dc política pura,"
rações Isulada», projetadas para ipoUr c Memorando de Lincoln Gurdoti u MeGeor-
complementar umas ài ou trai c obicr um gc flundy, Casa Branco, Departamento dc
e feiro cumulai! vamcfitç significa Li\g”. Ci* Eirado. 07 dc março de |%1.
lado em Fred HJRSCH £ Richard FLET- í. Sobre as atitudes políticas dat cUites
ÇHIR, TKe libour moem ent pcneiration empresariais em relação I elite dumimiritt,
point for US imdlifeiKtf and iraninationaU.
quando esta é lomada como ilegítima, vide
In: CÍÂ and tht tebovr mgrewrtf Grã*
F. G, CASTLES, op cit p 167 «7.
Bretanha. SpoLevnin BooLi, 1177, p 10,
6, Para GLycon de Paiva “Ação Política é
4. O
\tâa do IPt5 Giytoft de Paiva ev
igual
11
volla do Pftiidrnle. sen grande demora SIMONS. Whoic coup? BrtítiUên tnlormt-
no* Enados Cmdoa. **i dar muito o que tion Bvtlttm, Estudos Unidos, Califórnia.
filar O nii aprendendo a go-
Preiidenie C I2> d Winter 1974. lambém A
Vide 1
vernar, Mesmo Tancrede Neves apeur de LáNGGUTH. Hiddtn Ttrron New York.
I» um mau aluno, umbétn aprende Se PiMhcon Books^ if7B. cip* J*
Joio GouJ*ri trouxer consigo alguma fór- 1, A
percepção dot acomecimcnioi que k-
mula, cie pudera gerar grandes couis". Ha- varam ao golpe dtf 1964 como «ndo uma
via avaliaçón similares dc mari ou trai fon- conspiração milíiir pode ter encontrada dt
sobre a capacidade de João Goularr uma forma extrema cm Atbêrico Barroso
manobrar dentre do sistema 0 embataado t ALVES. O romance éa re votufêo? como
Lincoln Gordon tambóm acreditava que c por qu r oconttccu a rcvotuçãQ ét iw-
*|nto Goulart provou ter fumj político in- ço Rio de Janeiro. Anencrva. 1974 Tem-
teligente. capa t c dncjúte fdc] vencer uma ie dado cqniíderávd atenção ao compkzo
oposição a longo prazo com base {emf ob- mecamimo miltiar do goíptf c I micrprcti'
Jtfilvoi moderador, dt aparência respon- çlo dos Aconrtcimtmoi que levarant a tk
sável. enquanto ainda reivindicando leal- em abril de 1964. como tendo sido o muh
dade I tua base pdftki popular For lado da açio de um aparelho militar au-
bem ou por maL foão Goulart mi pre* tónomo, ou um subsistema militar. Tal apa-
vindo ter [o] único líder no ernino aluai, relho militar autónomo, embora aliciado
cm tomo do qual pode ter formada fuma| por cívii e com des mierigmdo, revdou
eíicai coalizão de forçai política* ecnim- Como
se instado o intervir devido a sua
tt-i . .*\ Telegrama dc Efrasítia ao Depar- "predisposição institucional para moderar
tamento de Cnado. Lmcofn Gordon 27 de o liitema, bem como a sua ideologia dc
março de 1%J, KSF, nos Arquivos |FK. coniirução de nação aprendida na Escola
Alfuni me«i depois* Lincoln Gordon re- Superior dc Guerra"* Sobre esse asiunio,
conhecia que; "O Congresso kiiil comple- vide faj Fernando PEDREIRA AfurfO Jf:
lamente desmoralizado pda demonstração cmi r mitiwti no prócnio da ctil* bnr-
[da] habilidade de Joio Goulart (dej or- ««Trino Río de laneiro, I Álvaro, I9b4 (b)
ganiiar o* irabalNadore* em teu apoio (na] Alfred STE.PAN. Tht mtftUtty m poUtia;
forma [dej grete geral/' Telegrama do Rio c/mngMg patterm in Brar ií. Príncctoit, Prin-
ao Departamento de Esiado, Lincoln Gor+ ccton Univ. Fksv J97I (Alfred Sicpan ado-
260
íqu vasta mente i análise de F- Pedreira), iegorkamente ostenrivarnentè poiítivamen-
Dob trabalhos lefilicam * ênfase dada por le contra." Telegrama do IPES* 25 dc mar*
esse* referidos autorxs; {a} Elicicr Riuo ço da í%3, Giycon de Paiva, Av* Rio Bran-
de OLIVEIRA. As Forças Armadas: polí- co, J56, 27." andar. Via Jtalcabte, Ref. 44)0,
tica e ideologia no Brasil, /964/96P. pç- Agência n. 4* Rio, Joio Biptisia Leopoldo
itòpoUs, Vozes, 1976. (b) Edmundo Coelho Figueiredo* Rua Álvares Penteado. 65, Sio
CAMPOS, Em busca de ht entidade: o PfiUlO.
Exército c a politka na sociedade brasitei-
1 1, Q IPES leria de se resguardar de qual-
ta* Rio, Forense Universitária, 1976. Se se
quer prejuízo à sua capacidade para a açêo
acompanhar uma análise que desiaca a A ou
eficaz. identificação a suspeiia <te li-
ação burguesa de das», pode- te ullrapav* gações entre grupos ilegais paramiji tares ou
iftr a bus cd dc causas imediatas isoladas,
políticosdeveriam forçosa mente set evita*
l*ii como os molins militares» «t passeatas
das cu negadas a qualquer preço* Por exenv
dc ebisc rriêtíio, discursos provocadores ou
píe, em fevereiro de í962* dois membros
açõci arbitrárias do Executivo instigando a do IPES, Gitbert Muber
o General Jr. e
açio dn direita. Finalmente, pode-ic põr em Golfeery do Couto e Silva estavam sendo
perspectiva a contingente cipinsüo de tro-
apontados como comprometidos com o Mo-
pas estrangeiros na área, o apoio logístico vimento AmiMCormimjti MAC* uma or* —
por elas conferido c o envolvimento sigilo-
ganização paramilitar de direita muito ati-
so direto dc agentes especializados e gover-
va peia promoção de tumulto organizado e
nos estrangeiros. Vide (a) Monte BANDEI-
mensageira na conspiração contra o gover-
RA, Presença dos Estados Unidos no ffw*
na e trapas de choque contra a mobilizo*
jjV; dois séculos de história. Rio de Janei-
ção dt estudantes e sindicatos. Seria eíti-
ro, Civilização Brasileira, 1971, (b) J.
mtnte ao IPES que essa ligação
prejudicial
Kulppers BLACK. U>S . penetration vf Bra-
viesse ao conhecimento público. Paro Gly
xil. Manches ler, Manches ter Uíiíy, Press,
MÜREL. O golpe começou con de Paiva, "i equoçio IPES-MAC cr»
1971, (c) E. em
dc letal" c Antônio Gilloui ressaltava que
PKtffMngfo/r, Rio Uftttio, Civilização
Brasileira, 1965. (d) Fhyííís PARKER. /9&f. '"Todo membro do IPES acusado dc per-
O papel dos Estados Unidos no golpe de tencer no MAC de sc defender. Con-
teria
51 de março. Rí o de ] asneiro* Civilização tudo, em sua defesa, nem de forma poiL
BrasíJeir», 1977. ttva nem negativa, ele deveria fazer i mb
9. Foi realizada a sçio iritíiíar pelas ej*^
mm* referenda ao IPES." Gílbert Hubcr |r.
ses dominantes* preeísimefite devido à acrescentava que Alfredo Nosser. por set o
consciência por parle do Estado Maior da Ministro da Justiça de joio Goulart e ser
burguesia da necessidade de impedir a or- responsável por comomar o problema, sen-
1
ganização polfika do bloco popular e ela tia se "apavorado t embromado '
pelas acu-
búr&r uma manobra preventiva ou, como sações. IPES CE Rio, G5 de fcvntma dc
foi descrita, um "golpe defensivo'’, pari 1967 .
gánica política.
de completa inatacabilidade. Dou um exem-
plo: um levante nos portos O IPES jamiii
JO. TPES CD Rio. 03 de abril de 1962. In*
deve aparecer nesses assuntos ou simila-
sisiiâ-sc muito na questão de agir eneobtr-
res. Temos que agir por trás dos bastido-
tamente, bem corno colocava-se bastante
res. Hã empresários dentro dn IPES." O
ênfase na necessidade de ampla participaçio
motivo para não aparecer diretamente se-
de classe. Em um telegrama enviado por
ria que nos futuras tentativas por parte do
Glycon de Paiva a João Baptisti Leopoldo
IPES dc reeleger deputados amigos para o
Figueiredo, «te último foi relembrado de
que "Confirmando ic 1c fonema hoje verbi Congresso, ele deveria se manter "
fora da
grafia somos contrários ação ostensiva no- «na. com os outros organismos agindo com
1
associações de classe $= manifestarem ca- 13, IPES Cta. Gr., 21 de agosto de 1962.
261
14 A ADCE cr "um* entidade recémíuiv pânico" A campanha da "ameaça verme*
dadi, modelada cm um érgio francês sími- lha" empreendida pcío IPES mostrou-se
le Demonstra va impressionante ideologia
r. rrmíío útil na melhoria dc sua situação fi*
socíaJ crârí que enfatizava o característico ntnodr*. ji qot atraiu contribuições çje
[tms brasileiro dc paz socUl com um* nç> empresaria* tomados de pinico e profis-
va roupagem c oferecia um pre grama abran- sionais que temiam o futuro. Desde os pti-
gente de curso* de treinamento gerencial. mòrdíos de 1962. havia tida confiada a
P. SCHM1TTER, Interest. conflict and po Dano dc Almeida Magalhães a urefa de
íiticaí eftangr m Braztl. Califórnia, Stanford recrutar 30 pessoas bem conhecidas para
Univ. Press, 1971. formar uma equipe inicial que escreveria
artigos para amplos setores da opinião pú-
1$. Sobre as cs ficas do pressão c a ado
orgânica e a necessidade
blica sobre assuntas determinados pelo
direta pel* eliic
IPES. Dependendo da circunstância, po
de atividades a curto prazo para assegurar
der-sc^ia ou não atribuir ao IPES os arti-
os objetivos longo prazo, vide N. BAI-
gos publicados A remuneração seria cm
LEY. Orgaotiatíon and operatioo oí neoli-
base de 5 0ÜQ cruzeiros por artigo, tima
brralivm in Latin America. In: Laiin Âm&
série de artigot foi produzida sob a coor*
rica: póUtks, economia and hemispheric
denação geral dc Darto de Almeida Maga-
iccurity. New York, Praeger, 1965.
lhães e Net Peixoto do Vaite, pagamen- O
16, Como fkou destacado em uma db* to era efetuado pela gigantesca companhia
cuuão entre a liderança do IPES de São de refrigerantes e cervejaria Antártica. Dc-
Paulo é o General Modul Moreira lima: signou-se o líder Miguel him para fazer
'
O perigo no Brasil nio c o comunismo, no e***s combinações- IPÊS CD Rio, 19 de
momento. mas o movimento popular de fevereiro de 1962.
subversão da ordem que seri dirigido e
encampado pelos extremistas- Os culpados
22, Cana de |* B. Leopoldo Figueiredo,
mostrada perante a Comissão Parlamentar
do processo es poli* li vo aos olhos do povo
$ão as classes produtoras, muizo mais do
de Inquérito —
CPI, instaurada para in*
ves ligar ai denunciadas atividades irregu-
que o governo/' IPES CD e CE. Sio Pau*
lares do complexo IPE5/1BA D. Nesse
lo, 27 dc novembro de V962-
cana estava mencionada a compra de es*
17. N. BAILEY op. cii. p. 215. A resis- paço editorial em O Qloho < o apoio a
tência ao populíimo fora também o urro ser conferido a um jornal dc direita • ser
chefe da ESC. John KOHL * | r LITT. Ur* Eonçadq em breve. (a} Política e Negócios,
bon guirrilla warfore in Laiin America. 2 de setembro de 1963. p, 1 L íbl Plínio de
Cimbridgc, MiU. MIT P™. 1974. p. 39. Abreu RAMOS. Como agem os grupos de
I*. Vide (*) O Euado de São Paulo . 19
prtisãa. Rio de Janeiro, Civilização Brasi-
Paulo, 20 de julho de 1963, sobre a ação 23. IPES CE Rlo f 27 dc julho dt Í962,
do IPES e do I B AO. Gíycon de Paiva. IPES CD Rio e CD Sio
19. IPES CÊ Rio, 12 de junho de 1962. Paulo, 20 de novembro de 1962,
21. IPES CE Rio. 8 dc junho de 1962, 26- IPES CD Rio, 4 dc (tlcmbro de 1962,
Glycon de Paiva, O IPES organizava L* Moreira de Souza,
equipes de " manipula d Ores de noticiai"
27. Pülltha t Negóciút , 19 de n gaito dc
que preparavam c compilavam material
iob i coordenação geral do General Gol*
f%3 + p * 30-
brry do Coulo e Silva, especialista em 28, (a) Ai Sombras do JBAD, Veja, 16 de
32. Um
fluxo constante de dcmtoeias diá- nos do p*£s, como fot visto no cap. V e
rias era mitnumentado pelo Grupo de Opi- por iodo o cap. VI. bem como o apoio
niio Pública. Através de associações de internacional da imprensa amiga-
idéia, fatit-tc uma miscelânea de condena* *2. IPES CE. 11 de junho de 1962. Vide
ções a oao Goulart, ao Partido Comunis-
|
também sobre o espaço comprado pelo
ta. Tito. Moo, Khnithow. Cuba. unida cv !PE$ no Correio da Manhã pare que o r
tudiiuii, sindicatos, â reforma agrária, à jornal publicasse uma entrevista feita com
citJtiioçlo, ao Partido Trabalhista Brasi- Mario Brant, mencionado no IPES CE, U
leiro. à corrupção, ineficiência e socialis- dc setembro de 1962. Ao final de 1961,
mo Vide () Júlio de MESQUITA Filho, Joio Punaro Bky, comandante d* 4* Di’
A democracia e o fenómeno brasileiro- O vsão do I Exérctio,tm Minas Gerai», fet
Estado rff São Pauto. 14 de agosto dc 1963 um discurso cm Bdo Horucmlc na audi-
(b) James W. ROWE Revohstion ce eoun tório da Assoe jação Comercial do Estado,
Icr-revoftilicHt m Ekaiit: in ínterim aues- O encontro fora patrocinado peia rede do»
imem. fui Eair Coari South America Sf Diàrm Assolados, cujo editor *otin
263
itndo financiado pela CIA p*rm promover exemplo, que 0 1PES organizaria as gran-
ú aniicomuniimo. Como nio poderia icr des empresas multinacionais c associadas
àt outra forma, Punaro Bíey proferiu um para apoiar a edição espcdal dc G!úho O
discurso antkomvobu. - + Punaro Bley dc 26 dc fevereiro dc t%2 sobre o Pro-
clamava que os comunuUJ haviam peno- grama da Aliança para o Progresso. Dia
trado cm todos os níveis da sodedude bra- tinguiam-se entre as corporações contribu-
sileira c punham uma séria ameaça è de- intes: Urnniff InL, Lcon Isrnd Agrícola c
mocracia". A. f. LANGOUTH. Htddea ExporiaçãOp IBM, Vick Farmacêutica, Esso
Urrort. New York, Pamhton Boõks, 1978. Brasileira de Petróleo, Durroughs do Bra-
p, ?7 Sobre os inridenlcs que sucederam
0
sil. The Home Insurance Co,, American
ao discurso c a sua rcpemmio* vide A, ). Insurance Co., St. Paul Fire and Marlnc
LANGCUTH. op, ril, 1976. p. 7640, Ensorancc Co*. Remingion Rand, ITT,
Atlantic, Liquid Carbonic, General Elcc-
41. Reunião Geral do JPES* São Paulo,
tríc, GiTettc Safety Razor. Vidç também
21 de outubro de 1962.
Plínio dc Abreu RAMOS, op. ci(. p, 67-8.
44. O
Comité da Aliança para o Progres-
no Rio a II de novembro
so* estabelecido
45, 1PES CD Rio. 19 de fevereiro de
de 1962, compunha-se de Luiz Simões Lo- 1962, Essa operação foi feita a um custo
de 8000,000 de cruzeiros. Vide também
pes (da Cia. Fiação Tecidos São Hemo.
Banque de ['Indochine, Société Co lonière N.BLUME, Pressure groups and decisbtt-
Frníicocéanique); João Caímon (Dídrioi
makmg in Brazii; $ tudies in comparai ve i
Estados Unidos por intermédio da AL* RooieveJt. Ora» os políticos tem antenas,
PRQ, bem como através de canais priva- sentem onde está o lado da interesse, das
dos, favoreciam grandes oporlunidadet de vantagem, da vitória. Sentem o que é po-
desenvoltura e apoio emsua campanha de pular, em suma”. J. L. Moreira dc Soviza
encurralar e isolar Executivo brasileiro. acrcftccnlavu que "assim conduzida a
Nesse aspecto o IRES era ajudado pela queitâa, nfio seria negócio para os políti-
American Ghamber of Commerce for Bra* co* profissionais passarem a ser Ou conti-
*11» através de Pedro Freire Cury e pelo nuarem a ser anti-oci dentais Também ae-
CommtUct for AmcricflO-flraziíian ftda ríi necessário penetrar na área dos eslu-
íions* Foi por meto desses órgãos* por dimci* conquistá-los. Tudo junto* somado*
264
daria uma espécie de Plano de Saivaçio 4fi. IPES CD Rio» 19 de fevereiro de
éu Bfajd e da Àmériea Latina. Co/í/üfcn- 1967.
rirfmHTfcr; Jií csfáo dados os primeiros
49. John Foster DtJLLES. üttresi in fira
passos ppm q vísitn de ( K. ao Brasil, com
J rif: poíitictíimilifüry crises, /9JJ-Í964.
fncklc c tudo" 1, Klohin: ‘uido eslá bem,
Aoslin, Univ. oí Texas Piess, 1970- p, 16®.
mas impede de pensarmos cm lermos
ilida
iihediilç^. G+ Huber Jr*: "os primeiros 50. IPES, Rdatórrn aos patrocinadores Fi-
passos já foram dados. P sério, alguém de nanceiros, 6 de junho de í%5, José Ru-
ve ptibltcíiT a Aín da Aliança para o P ro- bem Fonseca,
grtsso, Ra exalai Porque o hamurajy nfio
51. A Cadernos Brasileiras de
revista
patecc muito disposto a íiiô-lo". A. Gil- Eduardo Portela se envolveu em um es-
lotei: "Em t cito íicfl. *ob a forma de cif’ cindilo poíífico em J%7, sendo acusada
lilhi ou em quadrinhos". Alguém que não por ligações com i revista Encoutuer pa-
foi indicado na ata, observou, cntlo, que trocinada pda CIA, folha de São Pauto
M ,
havia sido preparado, juotauicnte com o povo cubano c a legenda Vocé quer
viver sob o chicote do comunismo?” C, S,
ume campanha sobre o assunto na iclevi
são. Decidiu-se por colocar os panfletos
HALL. op r cit. p. 142.
265
cíts I "curto* e '*
médio pfãzo'\ Par* 61 Reforma da Legislação Trabalhista:
csd* lema» designava -te um indivíduo, 7) Reforma da Legislação de Previdên-
grupo ou instituição, responsável pela ma cia Social;
cone retteaçto 0 grau de ju to ri d ade para SI Reforma Educacional;
a rcatriaçào dciuesestudos era determina-
9) Reforma do Código dc Minas;
do pelas necessidade» da Grupo de Açio
UH Política Comercial Externa (ALAlC*
Parlamentar c a ação política coordenada
ECC< Cortina de Ferro);
pelu Grupo de Levantamento da Conjun-
111 Poliiica de Transportes;
tura. À lista de grupoi de estudos compre*
12) Política Energética;
endJi:
Bemeisa de lucros (ou a definição de
1) 1 31 PoHíica dc Saúde Pública;
uma dtrctri* de investimento, de suma pre- 14) Reforma e»trü lurai ç me teológica
mência em vista du medidas restritivas ao da sdmtnbiração pública;
capital estrangeiroobjetivadas por |oâo das. Sociedades Anônimas.
15} Lei
Goulart) Seu coordenador era Mário Hen- — O
documento rezava ainda que la-
*
rique Símonseiíí
dos enes temas (e outros que viessem a
Reforma Agrária* losé Àrthtir Rios;
2) ser acrescentados) seriam desenvolvidos
Reforma Fiscal e Orçamentária, Má*
3) sob a orientação da doutrina apresentada
rio Henrique SímOfuen; na Encíclica Mofes et Monstra e modeta-
4) Reforma Mpnriim (incluindo refor- da no programa de açao correspondente,
mi bancária e a criação de um Baa-co Ccn- representado pela Aliança para o Progfts
rra)L Cassxniro Ribeiro,
só. O tPES os popularizaria, mesmo em
Repressão ao abuso do poder econô-
51 forma dc comentários para a sua tese. ten*
mico. Denio Nogueira; d* José Garrido Torres como coordenador
6} Reforma do Código Eleitoral. The dos estudos (Plano de estudo de temas.
místoclrt Cavalcanti {é interessante obser-
Ata do 1PES, 19 de janeiro dc 1962. Vide
var que iniciafmcme Orfraldo Trigueiro inda Ata do IPE5* 79 de maio de 1962,
havia sido designado pari csae lema); Comunicação At José Garrido Torres
7) Participação dos empregados no» lu-
Giíbm Huber Jír # >*
266
-
o Comliê Executivo resolve solicitar ao 67. (*} Carta de Mário Henrique Simon-
Chefe àú Grupo de Estudas seguintes » ten a L Gamdo Torm* Rio, 23 de feve-
providências: reiro de 1962, (b> fosé Garrido Torres ao
64. IPES Rio {a) Comunicação dc T. Gar- comportamento político, um estudo que
conhecido por sua forma popular
rido Torres ao CD r 29 de maio de 1962. ficou
(b) Comunicação de J. Garrido Torres oo Quem ekge guriri. {d} IPES CE Rio, 5 dc
Josd Garrido Torres ao General Hertera. 72. IPES CE Rio, 5 dc fevereiro de ]962.
267
n. U) Garrido TORRES A dcmotr*.
f.
%\ \oU Arihnr RIOS cl allL Art-nmmdfl-
linção da Einprew no Hrp**l Cudtrnoi iobrí d Pf/orirrii Agrdrrú. Hlo dc fa^
Garrido Torro ao
29 de mato de 1%Í
W
5 íb>
form* «erána como aquela pMtrocinada
pdo IPES O Eiiado dc São Pau/a. 14 de
Gilbcrt Kuhcr 1 1 t tfMutm ipc^a frnao- /unho de i%3. Vide umbém Paulo de
vtlra piri u p* 0 )tia t d Grupo dc Doutri- Almetda Barbosa. A Gazeta, g de mato de
na * I *iudo de S*e Paulo rjwbfn confe- 1961: relatório da Feder^çitQ: das Tndú^
riu o *eu apoio irias de São Paulo na Folha de São Paulo t
268
90. I W ROWE ap. dr p. 82. função di queilio agrária c no aliciamen-
Mns do IPES de íaí M de to de apoio enlrc danes dc proprieiA-
91. Vide
ríos de larra airavêi detiit organiiaçòo
moía dc 1962. ( b 25 ik moto de 1962. (c)
]
nos viajaram por toda a zona ru ral parti- tnlroduyào In: Estrutura Agrária do Bra-
cipando dc uma variado série dc ocontccu s*f. IPES. 5 dc novembro de 1965. Um ou-
roemos e organizando os dnssct dominan- tro trabalho muito impor t ante por seu lm
tes polí iku mente e
rurais ideologicamente, pacto sobre o governo pds-64* preparado
de ou trai formo v Um
exemplo de taí* aii- peU equipe do complexo IPES/ÍSÀD, coit*
vidadet foi a reunião tk Pelos, no dia 23 si st ia em um estudo que veio a se tomar
dc afoito dc 1962, da qual participaram o livro A reformo agraria: problemas —
Paulo de Àiiii Ribeiro e uma equipe dc bóies — lotuçôfi. Compunham essu equi-
inihtdtiici do IPES* 1 »sc* militante* mov pe os seguimes indivíduos: Glyeoft dc Pai-
iravam ic multo ativo* lomhém na molda va, Harold C Políund. Paulo dc Assis Ri-
gem de potiçòc» partidárias de dírctia em beiro, Garrido Torres* Josê Arthur Rios,
269
100.
Dêrio C. Nogueira* Ciríoi foié d* Assis IPES CE, 29 de novembro de 1962,
Ribcíro. Edgard Teixeira Letlc* fifítm Chi* Telegrama de Glyeon de Paiva ao icnpdor
ceL Lut» Caríoi Mincinf, I- Inneu Co- Mcm dc Sá.
brai* WinderbiH D. de Barro*
+ Nilo Ber* 1Ü| . Á reforma da política do uto dc te-
fiardesParticiparam também 01 Generais cursos naturais foi preparada pof Pauto de
Golbeiy e Berrara, Caria de P* A- Ribct- Assis Glycort de Paiva. Vide
Ribeiro e
ro a Luú Viana Fiího cm Sotas sobre a também do; (a) CE, Í4 de agosto
as alas
implantação do reforma agrária, 5- d » 00 de 1962, {b\ CE, 16 dc agosto de 1962, <e>
arquivo de Paoío de A**if Ribeiro, Vide CE + 17 de agasto dc 1962. (d) CE. 20 de
Umbém (*> [osé J. de Si Fttir* ALVIM, •gosto dc 1962. (e> CE. 27 de agosto dc
Oi número* revelam a necessidade de n> 1962. (f) CE, 2fi de agosto dc 1962. í&\
forma agrária, A Deftsa V aciono/, Rio de (
CE, 5 dc Ntenbni de 1962. (h) CE, 6 dc
J afiaru
I587)r3l-é, jol. 1961. íb) Estuda setembro dc 1962. (i) CE* 10 de setembro
jobre a reforma agrária, lanado em janei* dc |%2. (j) CE, 11 de setembro de $%2,
ro de $964 em cinco Jínguai, conforme a <11 CE # 12 de actembfo de 1962. {m) CE.
caria de H. C, Poltand t Goulart em Mo í3 de setembro de 1962. (n) CE* 17 dc se*
O Estado de São Paula, 10 de janeiro dc Lembro de 1962 <o) CE, 18 de setembro
Í964. fc> I* A. RIOS O que I e o que nâo de (962. íp) C£. $9 dc setembro de 1962.
é reforma agrária. Cadernos Brastíeiros. <q) CE. 20 dc setembro de 1962. (r) CE.
Rio, Í4M5-5G, jul7«|- 1963. (d) M, DlE* 24 de setembro dc 1962. ( 1 } CE. 25 dc se-
GÜE5 fcr. Antecedente* da reforma agrária tembro de 1962. (0 CE. 27 de setembro
00 Cadernos Brasdetrot. Rio. <4>:
Brasil de 1962. (u) CE. 20 de setembro dc 1962.
51-4* p. V. Freitas MAR-
jul7ag + 1961. (f) (v) CE, il de dezembro de 1962. (k) CE,
CONDES. O Esiatuio do trabalhador ru (9 de dezembro de 1962* ftj CE, 20 de
rd e o problema da tetra. Cadernos Bra- dezembro dc 1962, (am) CE, 27 de dezem-
sileiras. Rio. (4J* M7ag 1963. lí) C. Guin- bro de 1962.
le de Paula MACHADO, Reforma agrá-
]02, Valenüm Bouças era diretor das sc-
ria, Cadernos Brasileiros. Rto, (l):72-7*
fuintet corparaçoes multinacionais e asso-
jnnVfcv, 1963.
ciadas: Swift do Brasil, ITT, Cia. Brasi-
95. "O JPES* icçio do Río de Janeiro, leira de Matéria! ferroviário COBRAS* —
vem mesmo realizando um movimento de MA, Serviços Noflcrith, National Cash Re-
epdaredmcnlo em tomo das chamadas n- gister, Pannir, Lísias Telcfünicas Brasilei-
fornias de base, lançando manifesto; com ras. Addrcssograph-Multígraph do Brüsif*
princípios expurgados do "vírus totalitário U. S. Bcihkhcm, American Bank Noie Co.,
e comunista". João Baptisia Leopoldo Fi- Coca-Cola. CU. Nncionnl de Máquinas Co-
gueiredo, citado em O Estado de São Pau- merciais, Goodyear, Kcrrocnamd e Cia.
99. Carta de P. Assis Ribeiro a J. Garrido J04, Adyr Fiúza de CA 5 TRO O 4 fim de
Torres, 5 dc fevereiro dc 1963, Rio de Ja- um exército, Á
NadOtwi Rio,
Defesa
neiro, no arquivo de Paulo de Assis Ri- {SB6J;3'J6, juL 1963, O mesmo artigo foi
beiro. Río de Janeiro. basicamente reproduzido mais tarde cm O
270
Eitado de São Pauío t 17 de setembro de Sio Pitih, 29 de agosto de 1962. (d) IPES.
1963 . Reunião Geral. São Paulo, 21 de outubro
dc 1962.
lOS- Mire van der Wcld, líder estu-
Jenn
dantil cposição em meados de J%0,
da 110. Carta oficial do IPES-Sio Paulo
lembrava sc de que »e rttlima em *u* ca- íFUvio Gilvão} ao IPES-Ric, 16 de no-
saem 1961 uma reunião com vírios re vembro de 1962, PtococoIo N, 667. 1962,
pmeniamci da rede de comunicações t 111. E imermanie observar alguns co-
de indústria publicitáriai incluindo o pre-
me nti ri os feitos em função de cada nome.
lidenie da segunda maior companhia de
A participação do General Golfcery cn
publicidade do Rki de Janeiro (McCirm*
considerada como não "conveniente"* O
Errikscm) e um gereole da American Líght
General Mimcde "nie linha condições pa-
and Power, O objetive da reunião consis-
tia em discutir os meios de participação re pariicipar". Herbert Levy f Mem de SA*
na do complexo IPES/IBAD
campanha Carlos Lacerda, Armando Falcão e Carva-
contra Goulart e a esquerda traba-
íoio lho Pinto estavam profundamente envolvi-
lhista. O tio de Van der Weid. o deputado dos na campanha de leleviiio do [PES,
Fibk> Sodrí. que em o assessor legal da ÍPÊ5 CD, 19 de junho de 1962.
American Líght and Power e grande ami- 112. Houve esse programa no dia 25 de
go de Níles Bond, o adido cultural da Em- outubro de 1963.
baixada Americana, envolvesse também
ha campo n ha. Fan Knippers BLACK, op.
113. Foi apresentada nu dia 2 de julho
dl. p- SL de 1965.
O
proferida no dia 4
Almirante Heck
O IBAD preparou 50 pergunias e respos* fui
dades. Etc devería então citar os casos da 117. IRES CD* 27 de novembro de 1962,
XJNE, dai Ligas Cnmponesas c dus pro Contratado por M. ViUele.
nunciantenioi públicos do governador
118. IPES CE, 20 de março dc 1962 Pa
Brizola. Deveria também falar da açlo dos
[rocinado financeiramente pela F 4b rí ca de
sindicatos, controlados pelos comunistas c
Geladeiras Cônsul * por Coco Scrigy, en-
dft infiltração vermelha em iodos os prin-
1 tre outros.
cipais setores de atividade do pata* , foão
S. DORIÀ. 1BAD conspiração internacio- 119. IPES* Comunicação interna do Ge*
109,
nal contra as reformas, Poiítkü Nt$á- € nerel Liberalo da Cunha Friedrkh a Ftk
cíos. São Paulo, Gcnival Rabelo Ed + , 4 de via Galvão* de São Paulo, 29 de abril de
novembro* 1961, p. IQ, 1963* Segundo o General Libe raio, por to-
lermédto da colaboração da VASP, foi
107. IP ES CE Rio* 10 dc maio de 1962*
enviado pare Sio Paula o video ;opr do
Uma linha mista de "Dogmatismo com
discurso de Armando Falcão na TV Rio-
ProbleifiÊt Poíftko»"
Canal D. no dia 19 de abril de 1961. A
10B. 1PES CE Rio, 4 de junho de 1962- Dcnisson Propaga nda + que se encarregoy
Dírclrtiespara o programa de ieleviiiOt da gravação* pediu ao secretário do IPES
"Encontro de Democratas com a Nação”, de São Paulo que entraste em contato, ur*
(a) IPES CE Rio, 3 de julho dc 1962, gen temente, com a Rádio Rio Lida. (dai
íb) CE Memorando com iista dc "Nomes Emissoras Unidas) para que se fimie
lembrados para TV". Cc) IPES Ch* Gr* uma copia da gravação, a fim dc revezA-U
271
para Brasília o prof«mi "Frente « 129. O Estado de Sw Paulo, 18 de outu*
Frente", no dia 1 de maio de l^* 1 bro de 1963.
120 N. BI. UME. op. cit p. 21* 110. (a) C. S, HALL. Op, tíf. p 142- (b)
rif. p. 217.
nadas com o IPES, como contribuinte* ou
por meio de seus diretores. Iflfre ooiraj 13*. intercâmbio, a publicação do Cogrv
companhias que se ligaram i ABA desta- cil for Lalin America, chamava a atenção
ca vam- se Alumínio do Brasil. Mobil Oil de suas ktiorat —
a* companhia? que
do Brasil. Frigorifico Wilson do Brasil, icgravam o Fundo de Ação Social, tm
Mercedes Benz do Brasil. PtreJl» 5.A., Cia.
Swifi do Brasil, Andenon Clayton Ac Cia
Sko Paulo —
que "Companhias perspica-
zes estão usando cartuns para atingir os
Armações de Aço Probel S_A Pneus Fi- f
trabalhadores e ai populações rurais de li-
mtonc, Cia. Goodyear do Brasil, São Pau- capacidade de leitura. Caso em
mitada
lo Alpargatas S,A. Bendix do Brasil Lf da ,*
f
quesião: Et comino hacia ei futura a co-
Vemag S.A„ VoJi*iir*ffen do Brasil* Philco f
272
Caterpillar".“À reação? Exiremomeme va seca c árida região Nordeste do Br»
íivúrivd segundo uma pesquisa subst sil em um
abundante pomar) c Esta é a ‘
trava como o capital prlvudo transforma- de c escolha social”* Vide Cotimrií oi Eú'
m
. .
füi
M*
Amtticê fitpúrf Ne» York. OuL WH- reira dc Sotiu José Rubem Fonseca,
UI pia no de Almeida Prado. Maurício Víl-
M
P
lela. Miguel Lins, Oswaído Tavares, Olhou
UT. Ala do IPES. 21 de outubro de l%2. Htrcclloi Corrêa. FiuJo Ayret Filho, Paulo
Reii Magalhães, Rui Gomo de Almeida e
141 Reunião geral do IPES Sio Paulo. 25
Zulfn de Freitas Millnnn* lendo sido dc-
dt setembro de l%2 Relatório de Ricardo
tignado coordenador geral António C A.
Cavalcanti de Albuquerque sobre a uidixa-
Osõeio.
çào de KÍi documentário*,
157, O Apêndice N apresenta uma sele-
Reunião genl do IPES São Paulo, 9
149.
ção de temas para o* seminários orgiaua-
de outubro de 1962.
do* t patrocinado* pelo IPES, (emaa «-
IM CK Cr Sào Paulo. 25 dc setembro ia que refUiem o uivei sofisticado da dite
de 1962 orgânica em tua campanha para tonqtáa-
lar o bloco burguês e desarticular acus *4
III, Oi fifme» foram orçado» em acfiiiui,
1 .700 DOG crureiros cada fPES Memoran-
do. 21 dt novembro dc 1962. T51. Por tradição, os clubci sociaii e es-
m IPES CÊ
portivo* eram os centros dc comunicação
1962.
<*)
ib) Momx BANDEIRA Q
toào Goulart ; OI /(iW SOCIOU nf írAjí/
Rio. 14 de junho
pm de informal
políticos.
ram
mire empresários, burocratas
Nesses toca», já se esquematiza-
articulações dc diretrizes, uniões dc
c
274
u c
160, O ciclo de conferências rcnlizou-ic 1 62, (a) IPES CE, 6 de junho de I9M*
entre de agosto e 23 de setembro de
13 (b) O Estado de São Pauto, 2 dc agosto
1965. Os oradores foram Alceu Vicente dc 1963.
WigHtman de Carvalho ( sobre Implicações
163* À orgânica conseguiu acompa-
elite
Econômicas e Sociais da Explosão Demo- nhar essas com publicações
discussões
gráfica); Sandra Cavalcanti (Problemas que causaram um forte impacto na comu-
Habitacionais), AchiLíes Scorzcili Júnior
nidade empresarial e entre os militares,
(Problemas de Saúde); José Arihur Rios Uma dessas publicações de tamanha in-
(Diferenças Sociais ): Paulo de Assis Ribei-
fluíncia foi a livro Segurança Nacional,
ro (Acesso d Educação); Odylo Costa Fi-
publicado pelo Foram Roberto Simrncn-
lho (Assistência Social à Infância ê fu\en-
sen, da FIESP* em 1963* Ele continha ar-
tude); Moacyr Vdloso Cardoso M Verda -
tigos escritos por Otávio Marcondes Fer-
de sobre a Assistência Social); Fábio Ma-
rai, A, C. Picheco e Silva e pelos Gene-
cedo Soares (De&cquittbrios Regionais); rais Edmundo Macedo Soares, Lyra Tava-
Mirio Simonsen (As Implica-
Henrique res e Humberto de Alencar CastcUo
ções Sociais, Políticas eEconômicas da In- Branco,
flação); Nério Rnttenríiery (A Questão Su*
lartúl); Jorge Duprut de ílríto Pereira (De* 164, N, BAILEY. op, cit. p, 220.
setnprcgo t 5 Mb emprega ); fuyme Magras-
li de Si (Subcatisurno); Wanderbilt Duar- 165* IPES CE Rio, 19 de junho dc 1962.
te de Barroí (Tensões Decorrentej do Uso Para Dario de Almeida Magalhães, "A Tá-
da Terra) c Benedito Silvi (Inadequação
tica é fazer a açao cxucmiita, com mu
da Estrutura Governamental J. uma porção de biombos fM. Sallts. D, H.
C. p Alceu Lima ete.J* O Cardeal eslá fir-
16L Oi cursos tratavam de "Democracia me"*
,(
Política e Democracia Econômica", Em-
166. O Estado de São Paulo. || de outu-
pre sinos e a Dinâmica das Estruturas do
bro de 1961.
Estado", "O Significado Político e Econô-
mico da Democratização do Capital**, 16T, Foi feito com
a intenção de Hcar co-
"Ações como Expressão e Instrumento do nhecido como "Resposta Crista para um
a
Capital"* "Estratégia de Grupos dc Pres-
Brasil em Crise", (a) IPES CE Rio* 19 de
são contra o Capitalismo Democrático” e
1
dezembro de 1962. (b) Carta de Glycori
"Planejamento e Capitar . Entre os con- dc Paiva I Pontifícia Universidade Cató-
ferencistas, destacaram-se Carlos José de
lica. IPES W/1716 de 20 de dezembro dc
Assis Ribeiro. Demo Nogueira. Luiz Ct^
1962. Uma Usta de participantes c temu
bral de Meneies, Octivio Gouveia de Bu-
mostra aquelas pessoas e aqueles assuntos
lhões e Themístocle* Brandão Cavalcanti
que. a essa altura, devem ser familiares ao
(para seminário sobre a Democratização
leitor: Alceu Amoroso Lima (Análise do
dõ Capital)-, [cão Baptiila Viatma. Ç. f.
Crise Nacional); Oswaido Trigueira fOp-
de Assis Ribeiro. Eu d cs dc Soul* Leio*
Paulo Mário Freire, F. Mbielli de Carva- çõrs r Oíjjrtrvoí das Reformas de Base);
lho, Ary Campista, o General Anapio Go- Sucupira (Evolução TVnuu
Histórica de
mes. o Brigadeiro Toio Mendes da Silva, Socwis). Oswaldo Trigueiro ( Refomta da
Milton Monteiro* Almino Affonso (para o Estrutura Política); loU Muna Ribeiro
feminino sobre A Empresa Privada e d (Reforma Judiciária); Lucas Lopes (Re-
Segurança Nacional); C. dc Asiii Ribti forma dos Scnrifoj de Utilidade Pú b U ca);
ro, Almiro Affonso, o General Poppc de Paulo de A«it Ribeiro Ff forma Admmu- (
275
f 4 Ordem iítitrnotipnai); Diu Carneiro Crippa apresentou um plano de açlo pari
(Púünca Externa); faio Ciimlo de Olivti- I9ô3, que foi «-studida por Paulo Edmur
n Torrei (Poíitic*a dt Çométao Exímor); dc Queiroz Esse plano incluía o ctiabc-
Alexandre Kafka e foío Haptiilt Pinhei- leomento de uma Escola Superior de Li-
ro (Capital Estrangeiro*; Dsntcl Farató íP derança, a expansão do instituto de For-
Homem r o Economust; Mano Henrique mação de Lideres e a Agência de Noticias
Simgnicn í Pt r for ma Tributária t: Cario* Planalto, assim como cnaçio de um se-
Jotí de Aiijt Ribeiro (Reforma Orçamen- minário político e ideológico. B Leo-
J.
tária); Aníbal VilIrJa /Reforma Antitrust t;
poldo Figueiredo pediu a Paulo Edmur dc
Ouir (Reforma do Merca-
Barreio Filho Quoroz para ser o contato com o Padre
da de Capitou); Qciávio Gouveia de Bu
Crippa. dc forma que o Padre aprcicniu-
IhAcft t [oiè Lu» Moreira de Soou (Em-
se seu orçamento c finasse as prioridade*,
preta Pnvadat; | Queiroz Filho fParua*
1FE5 CE c Ch. Gr,, L6 de dezembro de
paçãn nos Lucro* /, Frederico Rar.pel rLe
[%2. para o projeto que acabou sendo es-
itãfaçâo C*rk» \cm de
Trabalhista); Ai-
m Ribeiro fpmsdènctã SocudH losd Ar*
truturado.
ihur Rio* íFírmfurji Socí^oíi,- Paulo ác 172. IPES São Paulo. Relatório das Ati-
Atui Ribeiro (A Dignificação do Homcmt; vidades 1963. p. 2.
Jultan Chieel (Estrutura Agrária!* Luií
Cario* Mincmi tQuejião Habituo*vaD; I7J. IPES CE e Ch. Ge, Sáo Paulo, 31
Dum Mc Ide r e Luiz Àlbmo Bahia (O Di- de janeiro de 1965.
reito de Ewprrtuto e sua Fanção S&czah;
Sflvro Fróei de Abreu tConscn^açâo dos 1 74. foiC Ely Coutinho, que sucedeu
Recurso* Naturais Outro* temas eram; Adalberto Bueno Neto nos contato* que o
Reforma Eleitor* L Reforma Lcgislairva* IPES estabeleceu com a ACM. ligado a
166. N. BLUME. op , cít ft 216. 179 Conforme foi enfatizado pelo Gene-
ral |oáo fJapiHti Tubíno: "O IPES, entre
169 Embora o Padre Crippa tenha lido
icu* maíi alioi objetivos declarado» deve-
removido dc Sio Paulo» pelo Cardeal Mo
ria vnar ao aperfeiçoamento da consciên-
(a, e mondado para Campina», ele voltava
cia cívica t democrática das diferentes
com regularidade para continuar o teu tra
Do
danei da sociedade
11
brasileira '.
IPES.
balho no Convivium.
cumenío Curto de Atualidades Briudei'
276
101. IPE$. Documcnio n r 3* Vagat £>is- fim Neito (Progresso Económico e Pro-
potiiveis, Rio tfc Jane iro, 6 dc junho de gresso Socijl), Carlos de Assis Ribeiro
1963 . (Planos para o Desenvolvimento), Mino
Henrique Simonscrv (Reforma T rlbuidria.
162,iPE$ CB Rio, 29 de novembro de Implicações Políticas, Soda is e Económi-
M
(962. Nio concebo finito para qualquer cas da tnlliçlo). Dtnio Nogueira (Refor-
açio que mlvnguardç regime democráti- ma Bancária, Objetivos c Implicações re-
co sç nãq for apoiada cm idéias, Uma sultantes da Reforma Monetária), J, L.
Idéia só sc combate cfetlvamenie com ou- Moreira de S(iU£â í Reforma Empresarial,
irn idéia “Por que íulo se cria
melhor
ff
.
Dc moera ii zuçijo do Capital), fosé Arthur
mm instituição paru pregação dos ideais
Rios (Refíjmui Reforma da Polí-
Agrária,
democráticos". J. Garrido Torres no CD, tica HabimcionnF), Paulo Sá (Leis Traba-
29 dc maio dt J%2,
lhistas e Empresas). Paulo de Assis Ribei-
ro (Processo de Reformas), João Camilo
183, IPES Grupo dc integração, relatório
de Oliveira Torrei (Democracia e oi Re-
de 10 de novembro dc 1964. A idéia dc
formalização da cxijtcrtcia da APJPE5 gimes TmalitáriosL üetávio Gouveia de
Bulhões (O Desenvolvimento do País t
surgiu em
virtude do necessidade dc pre-
Política Externa), Roberto Campas (Polí-
encher novomente os quadros do IPES,
tica Externa e Desenvolvimento da
que ic encontravam desfalcados pelo inte-
País), Hélio Drago. Fábio Macsdo Seara
gração dc seus membros no governo, de-
pois do golpe dc abriJ dc 1964. Em agosto
Guimarães (Aspcctoi Fisiogrificos do Bra-
sil), fosé Garrido Tottes. Moicyr Vetoso
de I%4, a diretoria da ADJPES tomprccn
dia Harold C. Polland. Leopoldo Figueire-
Cardoso de Oliveira e Wanderbilt Duarte
do fr forge Frnnk Geyer, Alberto Venãn-
r ,
de Barrçn Luta eompofta a panir dos N.
cio Filho ç Nárzy Maia. Relatório da ADI-
19 a 39 do Boletim Mensal, IPES.
PfJÍ H Rio de Tantiro. 21 de janeiro da Enconiravifn se entre os confereneistai
1963, por Ormy Rosalem. t tem ii dos c ursos minUtr*do3 depois de
abril dt 19M' Amónio Saturnino Brafi
184, JPESh Documcnio n, 4. Tcttm a (Aspirações do Povo Brasileiro); Luiz AL
Considerar, Rio de Janeiro, t do junho de berlo Bahia (Co mexi o Fc lírico e Modelos
1963. Esse documento fornece uma lista da Econômicos); Hélio Bditio (Política da
temas disponíveis para esses cursos: Realh Reforma Administrativa do Governo); o
dade Brasileira. Democracia e os Regimes Coronel Hélio Gomes do Amaral (Política
Totalitários,Democracia e n Igreja, De- O Nacional de Telecomunicações); o Cano
senvolvimento do País e a Política Estar- nel Wilson Moreira Bandeira dc Mello
nn, Progresso Económico c Progresso So* (Ciência, Pesquisa, Tecnologia e Dcscnvoh
ciai, Democratização do Capital, A Legis- vimento); Glycon tle Paiva (Püpglnção c
lação TrabalhistaHrasilctra t a Empresa, Desenvolvimento, Produção Mineral); Eu-
Planos o Desenvolvimento, O Pro-
para des de Souza Leão (Produção Vegetal c
cesso de Reformas de Base no Brasil. Re- 187.
Políticas Agrárias); Durval Garcia Mene-
forma Tributária, Reforma Bancária. Re- ies (Gado de Corta); o Coronel Antunino
forma Empresarial c Reforma Agrária. Dó ria Machado (Produção Industrial, In*
277
4
tfExarctçjox
n«-Âi«irw^ i* te Usao)
telititr * Al*»* T*lào
G*o*rml DLtíaIa LL 314 )
(HI
(Tlllfif)
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KéúxãiffU * P»f*Mãr C*t*drmtloQ Uni*, F*d* W. H«
nruçlo 4p%or4o Cmrlár Ftrr^ln 4*
f
s
Imyu - Klm. v_u*j. * tetrglA
uni acordo feiro por ViUela. A equipe com- lo Costa Filho (<H Empresários * Opinião
do Torm e José Rubem Fonseca, que re- que Simonwn e Hélio Bei irão (Pesquisa t
cebeu o apoio do Grupo de Estudo e Dou- Planejamento Econômico); Edgard Teix*í+
trina Ai despesas fixas de secretaria fo- ra Leite (Capital Esinngtm}; Nehemiai
ram calculadas em torno de 600.006 cru Cueiros e Daniel Faraco (Sociedades Anô-
iciros mentais, não incluindo o material nimas): |osé Garrido Torra (Lucros Ex-
3 tfo Estado Maior das Forças Armadas — bularci (Medidas para Suprimento, Ener-
gia); Glycan de Paiva (Minerais t Subso-
EMPA* 3 de sindicatos,da hderança do
3
IRES. um do Conselho dc Segurança Ni* lo); J Carlos Viril e Lúcio Costa (Trto
áünal — CSN, um do Ministério di Iív porte c UrbimzjçÂoL Daniel Faraco (Lr-
dústriu e Comércio. 1 do Ministério da grilaçáo Inadequada). Paulo dt Aisn Rs-
Educação. 4 dc associtiçocs empresariois, 3 beiro (Reforma Agrária, Reforma Tr^mi-
profissional» e 4 estudantes,
Reforma Bancária,
fia 4 Leis Anri-Truit);
Mário Gibson Barbosa e Carlos Chagas
O
IPES compôs o lista do corpo dc pro-
Filho (Intercâmbio CuRoril); Oriando de
fessores do curso com &* seguimes pessoas:
Carvalho, Fie» Ribeiro c Herberi Cha-
Alçey Amoroso Lima e Dimom íobtm
mou n {Problemas Universitários) e o Em-
(Socialismo « Democracia); Érico Verftil- baixador Araújo Castro (PcUtica Ext em ah,
mo t J. Garrido Torres* Joio Baptists Leo- A partir dessa lista de nomes* lom-i ie ób-
poldo Figueiredo c Joio Pinheiro Bápiiita vioque era extraordinária a capacidade do
(Capitalismo c Democracia}; o General IPES dc articular, nessa fase. uma pciL
4
Golbery e Hélio Jaguar Ibe í Nacionalismo çlo poUricoioicíeciual de "centro' ;
279
CAPÍTULO VÍI
Introdução
281
çlo envolvesse vários líderes em potencial disputando a chefia e respondendo
a pressões regionais* setoriais e oiílras, Ainda, enquanto os militares acei* Mo
ussem cm messa o movimento de golpe ecmira lolo Goulart e enquanto sen-
tissem que a sua intervenção Mo estivesse legitimada por civis* dever sc-iam
empregar táticas de adiamento contra o Executivo* a$ organizações populares
das classes trabalhadoras, as tradicionais forças populistas e, fmalmente, contra
os oficiais impulsivos amigovemistas c a ação dc pequenas facções conspiradoras /
As táticas de adiamento, visando
criar tensão política e a condenação pelas
classes médias de diretrizes políticas do Executivo e dos projetos dos militares
da esquerda e do trabalhismo* recaiam em duas categorias: aquelas com carac-
terísticas ideológicas e as com fortes repercussões políticas ou militares* Todas
eram de natureza encoberta e axé mesmo secreta, Para essas atividades de&envol-
vidas na população de estudantes, de trabalhadores rurais c urbanos t das classes
médias* o JPES cornava com uma estrutura de ação composta por 4.000 ativistas
estudantis e sindicais* profissionais* donas-de-çasa das classes médias e funcio-
1
nários públicos/ Pira as suas atividades no Legislativo e junto h classe míliisr
o complexo IPE5/IBAD confiava em suas redes dentro das Forças Armadas
h
e nos políticos retinidos sob o '*teto político da ADP, na liderança dos partidos
*
m
desenvolvimentos coincidiam com o crescimento d» Ação Popular dentro do
movimento estudantil, a partir da eíeíçio para a presidência da UNE cm 1961
de Aldo Arames* um estudante goiano e líder da AP, Akjo Arames foi sucedido
por um ouíro líder da AP, o mineiro Vinícius Caldeira Bram* em S962* e em *
1
1963* José Serra* também líder da AP; foi eleito presidente da UNE,
A Declaração da Bahia, uma conclusão político-ideológica do I Seminário
Nacional da Reforma Universitária, realizado em 1960 cm Salvador, representou
um importante marco no desenvolvimento político do movimento estudantil
Peias conclusõesda Declaração* o Brasil era visto como '"uma nação capitalista
em fase de desenvolvimento", com "uma iníra-estrmura agrária sob com role de
poderosos grupos estrangeiros" e um "Estado oligárquico" crivado por contra-
dições que "indicavam a falência da estrutura liberal burguesa" A solução que
ú documento propunha para tal estado de coisas era a ''socialização dos setores
fundamentais da economia", um fim à alienação do proletariado, a "efetiva par*
ticÊpação dos trabalhadores nos órgãos do góvemo" e a "criação pelo governo
de condições para o completo desenvolvi mento das organizações do proletariado’'/
Esses constituíam os alvos estratégicos do movimento estudantil Contudo, eles
reconheciam a falta de uma perspectiva tática que os ajudasse a realizar os seus
objetivos. Em virtude disso, em 1962 foi convocado em Curitiba o U Seminário
Nacional de Reforma Universitária. A Carta do Paraná reuniu todas as conclu-
sões políticas e ideológicas do encontro, Ela tornou-se um dos mais importantes
documentos do movimento estudantil Significai iva meti te, a reforma universitária
foi incluída na parte da Carta que tratava do "esquema tático dc luta"* como
parte das Reformas Básicas, que começavam a dar ampla margem de discussão
ao b/oca nacbml-refQrmhia, ao governo e mais tarde até mesmo ao bloco moder-
nlzame conscrvndor, Essii proposta representava um ponto de panida para uma
eventual aliança política de trabalhadores, estudantes e camponeses* vinculando
283
.
que a ação do IPES no movimento estudantil não seria somente cn\ termos
loteio
de apoio financeiro. Percebera também a necessidade de infiltrar "elementos de-
moerá ticos" dentro da população estudantil militante, uma atividade que se
14
entendia como vital. Atem do mais, o lidar Duvivier Goulart destacava a neces-
sidade de também se desenvolver a ação política através de professores, já quç
eles constituíam os elementos permanentes da estrutura educacional Nesse ponto
ele era contestado pelo líder Cândido Guínle de Pauta Machado, um dos maiores
ativistas em assuntos estudantis, que enfatizava que a açio só sem eficaz se eia
emanasse dos próprios estudantes. O máximo que o IPES poderia fazer seria
orientá-los, Ele Lería de proporcionar apoio logístico aos militantes estudantis
e evitar reações espontâneas de lideres e grupos. O
problema foi posto ms mios
de Cândido Guinle de Paula Machado. Em termos práticos* o complexo ÍPES/
ÍBAD agia, át acordo com as circunstâncias, através de estudantes e de docentes*
como sus tentadores da ação organizada e como realizador direto em áreas limi-
tadas,* O IPES fazia sentir a sua influência mesmo rtos mais altos escalões aca-
1
284
contra simpatizantes da UNE c UBES* assi m como contra oí propagadora daí
nacional -reformistas dentro do movimento estudantil
posições complexo O
JRE5/IBAD nao apenas conferia apoio financeiro às atividades eleitorais* mas
1
também provia experiência política* e cobertura através da mídia* produzia e
distribuía miitcrtaf de propaganda adverso aos da liderança da UNE e do bloco
nacional reformista, bem como treinava ativbtas estudantis, O IPES também enco-
rajava a contribuição empresarial direta, através de anúncios cm jornais estudantis
amigos. como fuvettutde Universitária, c apoiando o fortmt Universitário, da FJD*
ou o direitista Correio Acadêmico (contrapartida ào Correio Smdkat do IBAD),
assim como publicando “material profissional" pela Editora Agir, dc propriedade
de Cândido Guínlc de Paula Machado, ^ A idéia de se patrocinar e fundar jornais
estudantis surgiu em abril dc 1962, decorrente de uma análise da situação dos
estudantes rio pais, feita pelo Grupo de levantamento da Conjuntura, que for-
neceu as diretrizes para nçÃo.
37
O líder do 1PES Álvaro Americano tornou se
;i
285
da FfD haviam feito todos os tipos de planos de arrepiar os cabelos"- De acordo
com Daniel Braddock, "Eles foram impedidos dc bombardear e metralhar o
congresso, mais por revisu feila pela polida do que por bom senso, Ainda bem
que foram refreados, poí$ uma ação violenta só (cria atraído â simpatia do
público pdos ocupantes dc cargos oficiais ida UNE), prmdpalrnente se houvesse
mártires, Os líderes mais responsáveis da oposição evitaram deliberadamente o
contato com a FfD* O jornal O Estado de $. Paulo, posto que nlo defendesse
ã organização, deu destacada cobertura noticiaria a seus vários manifestos que
denunciavam o controle comunista dos estudantes". 11
Encabeçava a chapa da oposição Luiz Fernando Ferreira, o candidato da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, chapa esta pubHcametitç
rotulada de ibadiana, Um importante organizador dessa chapa era não outro senão
Luiz Fernando Levy, filho do líder udenisia Herbert Levy, e ativista juntamente
com seus irmãos nos grupos de ação, organizados pelo IPES* para os setores
estudantis, sindicais e militares de São Paulo. 1* Luiz Fernando Ferreira, cora muita
«me. receberia os votos de até duzentos delegados. Para tanto, tornar-se-ia neces-
sário receber o apoio dos delegados de
Pernambuco, cujo presidente da Uniio
dos Estudantes do Estado. Marco Antônio Maciel, transformar a se na maior
incógnita do congresso aos olhos dos observadores americanos. Embora se mos-
Irasse publicamente como um anticomunista, ele nio parecia se comprometera um
grau esperado. Ademais, a obtenção de 200 votos implicaria também a mobilização
dc diversas delegações que nem mesmo apareceram na convenção. Havia muitos
delegados qualificados de 5ãú Paulo, por exemplo, que, na última hora, optaram
pelas praias de Guarujá. depois de haverem prometido cumprir com a sua parte,
E ainda, uma delegação de uns quarenta membros, do Rio Grande do Sul, ficou
impedida de comparecer, em decorrência de um desentendimento, também de
úllima hora, com o ÍPESUL que pagaria as suas passagens aéreas. 35 Depois de
todos esses contratempos, quando apuraram-se os votos, Luiz Fernando Ferreira
obteve apenas cinquenta e cinco, que pareciam insignificantes se comparados com
os seiscentos c setenta e nove a favor do representante da chapa nacional-refor-
11
mista, Unidade*'. Os estudantes haviam deixado claro com qual lado simpatiza-
vam. José Serra, o candidato paulista da ÁP, elegeu-se presidente e o complexo
IPES/IBÀD perdera uma batalha crucial.
A açao
estudantil do fPES não sc limitava à manipulação de ativistas uni-
versitários ou à interferência em suas eleições* O IPE3 também interveio nas
eleições da aliamente combativa Associação Metropolitana de Estudantes Secun-
dários —
- AMES, Ele auiorizüu o seu líder Héíío Gomíde. pagador gera! das
atividades estudantis nesse campo vital, a conferir somas de até 100 míl cmzeiros
de cada vez. tanto para os militantes de direita da AMES* quartio da UME, M
Em São Paulo, através da União Cívica Feminina, a organização das ativistas de
classe média, o IRES auxiliou o Congresso da União Paulista de Estudantes Secun-
dários —
UPES e a Convenção Cristã e Democrática de Estudantes Secundários,* 7
Como Já foi visto anteriormcnic* outras formas de ação pelo IPES envolviam
o patrocínio e o endosso de atividades culturais e grupos universitários e o apoio
que tivessem relevância ideológica ou polí-
às instituições culturais estabelecidas
tica. Paulo Ecfmur de Souza Queiroz, líder do ÍPES, encarregava- se de tais
34
operações* Dentre esses grupos t instituições distinguia m-se a já mencionada
Associação de Cultura Brasileira —
Convívio (que reunia professores de divçrsoí
286
níveis, universitários c profissionais liberais e publicava a revista Co/ivjVíüw),
o instituto Universitário do Livro —
IUL, o Movimento Universitário de Desfa-
ve Lamento — MUD. a revista intelectual moderada Cadernos Brasileiros* o Insti-
tuto de Estudos Políticos e Sociais —
IEPS. da Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro* que publicava a Siniese : Política Econômica Social, t * Cam-
panha de Educação Cívica —
CÊC®
O IPES mantinha relacionamento com a Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo por intermédio c apoio de Marota Rangel e Manoel Ferreira,
embora o Padre Corazza 40 fizesse rigorosa objeção is suas atividades e presença
nessa universidade. A comissão que estabelecia o convênio com a Universidade
Católica compreendia o General GoJbcry, José Luiz Nogueira Porto e Paulo
Galvão. A elite orgânica iimbém contava com José Ely Viana Coutinho e o
General Agostinho Cortes para a coordenação entre ela e as entidades que rece-
biam o ku apoio 41 Com a PUC de São Paulo, o IPES estabeleceu o Centro de
.
O PES
E mantinha também ligações com a Universidade Católica de Cam-
pinas.onde estabeleceram em 1963 o Curso de Ciências Políticas e Sociais da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. O curso se empenhava em auxiliar o
preparo c a organização de professores de ciência» sociais e políticas, que toma-
riam pane nas atividades políticas e "cívicas*
1
O
IPES organizou também semi-
.
287
,
2S8
O IPES era também interligado h Fuodaçâ o Coimbra Bueno" que se dedicava
a ações sociais, cívico-culturais c a atividades filantrópicas. Essa Fundação cons-
tituía um conveniente canal para atingir as classes médias mab baixas e as classes
trabalhadoras, um público no qual o IPES linha um óbvio interesse.
Final mente, representou um marco
ímportanie na lula ideológica contra o
movimento estudantil nacional* reformista* que leve serias repercussões nos meios
intelectuais, políticos t miliiarcs, o lançamento do famoso livro UNE — instru-
mento de subversão, uma sombria exposição tíc atividades esquerdistas nas uni-
versidades em geral e. em particular, na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio
de Janeiro, e cujo sensacional ismo explicava grande parte do impacto causado
peío livro. 54 No período dc 1960 a 1964. a Faculdade Nacional de Filosofia
assumia papd de liderança no movimento estudantil, ponta de lança de politízição
e conscientização e o for um para intelectuais como Jean Paul Sôrire t para
políticos como Leonel Ekizoht e Miguel Arraes levarem ao movimento estudantil
suas idéias e atividades. O que se passava na FNF causava óbvias repercussões
no país, dado o seu papel de diapasão das atividades estudantis e dado também
o faio de qtie o diretório dos estudantes era controlado por um dm
mais ativos
blocos esquerdistas-trabalhistas, liderado por Enylion de SÓ Rege?. O livro tornava-
se, assim, bastante útil para desabonar os ativistas envolvidos e sua atuação.
E isso ele se propôs fazer pknamemc.
Sônia Seganfredo escreveu o livro, sendo ela estudante em 1962 no Rio de
Janeiro. Ela frequentara o Curso Pré -Vestibular da Faculdade Nacional de Filo-
sofia em 95 S onde desde o início posicionou se como implacável anticomunista.
! t
2S9
para oi jornais nacionais» denunciando > "esquerda'** o nacionalista 15EB e a
UNE. IPES financiou ú livro c a G, R. D Editora» dc São Paulo, publicou-o.
O
Esst editora, que publicara tantos outros livros distribuídos pelo IPES* venderia
o UNE — intirumento âe subversão a preço módico, (traços aos subsídios confe-
ridos pelo IPES, que também "conseguiu receber ajuda americana paro a sua
publicação*
-1
O
IPES pediu a Sônia Sepanfredo que mantivesse segredo sobre
.
A elite orgânica teve dc procurar outro meio para lidar com o movimenta
estudantil. Três dias depois* a intervenção militar, a destituição do Presidente
João Goulart* a prisão dos líderes estudantil* a invasão às universidades c a
interdição da UNE destruíram as ilusões dos estudantes com respeito ao poder
de sua aliança.
290
Mobilização das classes médias c apoio ícJnímno
seu êxito teriam de ser contidas. Dentre as razões para esse êxito destacava-se t
inflação» que lhes serviu de justificativa para a luta Arllndo Corrêa detectava nas
classes médias o dique político contra as demandas comunistas. Ele argumentava
“
que 0$ componentes da classe média, oulrora bem remunerados, testemunhavam
a deterioração generalizada do valor real de sua renda e um constante declínio de
seu status social Esse fato seria "fácil de comprovarão o argumento lógico oara a
".
questão, segundo Ariindo Corrêa, seria "comparar as rendas dos funcionários pú-
blicos* civis e militares, administradores e empregados do comércio com as rendas
dos trabalhadores da Marinha Mercante. Portos c Rede Ferroviária* considerados
segmentos privilegiados das ciasses trabalhadoras, assim como agitadores", Argu-
mentava ainda que "uma camada da sociedade, sofrendo um processo dt empo-
breciijiento como a classe medis* pode facilmente se reunir em torno de ideais
democráticos". As classes médias "nunca haviam pressionado decisivamenle e
coletivamente" no sentido de obter as vantagens salariais alcançadas pelos "seg-
mentos privilegiados das classes trabalhadores brasileiras: ferroviário*, operários
marítimos e portuários» porque elas nunca haviam se organizado como uma clas-
71
se". Cornudo» "a insatisfação enfatizava de* "gera os grandes movimentos so
,
ciais". Continuando, observava que era "fácil também provar que a transformação
do Srasll em uma "República Sindicalista ** correi acionava- se com o empobreci-
1
291
mento das classes médias c sua compressão pelos níveis de salários mais baixos.
Ainda, "demonstrar a identidade entre a sindicaliiação da república c o progresso
do comunismo não é difícil", Então ele enfatizava que o "ponto dc encontro para
a agregação das classes médias deve ser. consequentemente, a questão salarial. O
objetivo tático seria o combate & inflação e o objetivo final, o combale ã csquerdi*
/ação do país. Ele observava que a 'liderança das cUsscs médias podia parecer
difícil ou mesmo impossível, como consequência da consciência individualizada de
cada um de seus membros. Pensamos, todavia, que nâo é difícil. Consideramos*
simplesmente, que esse segmento da sociedade nunca sentiu n necessidade dc se
unir Agora o momento é difícil para seus membros c os motivos surgiram../'
Argumcniava, além disso, que. sendo a ciasse média a menor dc Iodas* cm termos
eleitorais, "os políticos brasileiros nunca poderiam se chamar dc campeões da sub
defesa, porque, agindo dessa forma, eles estariam cometendo suicídio eleitoral.
Contudo, a ciasse média rçalmenlc identificou, dentre os vários candidatos a poi-
tos eletivos, aqueles que melhor responderiam às suas reivindicações". Salientava
também que numa avaliação errónea, "o político brasileiro considera a classe mé-
dia como impenetrável às argumentações emocionais e apenas aceita teve» racio-
nais", io passo que em relação às massas, 05 políticos brasileiros achavam que seria
condição mequa non apresentar teses ilógicas para se alcançar êxito político,
sob uma aparência dc lógica ou baseadas em termos emocionais. "Fdizmenie",
continuava. ”a classe média nào fica totalmenie infensa às emoções sodo-políticis.
sc elas contiverem um demento de aparente racionatismo." Em resumo, deduzia
Àrlíndo Corrêa, "a conquista da classe media tem dc ser feita através de uma
atividade de propaganda que mescle argumentos racionais com argumentos emo-
cionais Dessa forma 1 liderança dessa classe será alcançada".
Segundo Arlindo Corrêa, o "próximo passo será eon vencer a classe média
de que se doerá alcançar a qualquer preço a contenção dos salários dos setores
das cfajscs trabalhadoras, infiltrados por comunistas, e igualmentc ter se -á de
identificar a inflaçãocomo sua grande inimiga. Finalmetne, a classe média deve
ser usada como um instrumento de pressão política do mesmo modo e pelo
mesmo meio que as classes trabalhadoras: operários, marítimos, portuários* ferro-
viários cie " Para ele, 0 melhor modo dc "ganhar partidários para a causa é e
conquista individual dos membros da classe média* através de panfletos* propa-
gando peln mídío e depois, num estágio cronológico mais avançado, por meio dç
comícios públicos", Fmaímentc, cie recomendava que as "classes" a ser jnicial-
mente "trabalhadas" deveriam compreender "a dos militares e a dos profissionais
1
4*
liberais em postos públicos /
A argumentação de Arlindo Corrêa não ficou perdida para a liderança do
1PES. Á imprensa manipulou imensamente o lema da República Sindicalista,
O uuc era visto como o comportamento rebelde dos ferroviários* operários
marítimos e portuários c suas "exorbitantes" re vi ndi cações salariais incitaram a
i
292
mídia, cm conferência c por panfletigem. como parcc da campanha anticomunista
do período da "guerra fria". A sua mensagem apelava precjsameme para as classes
médias alfabetizadas. O IPES também obtivera êxito na coordenação dos conhe-
cidos movimentos paralelos* qual seja* organizações sociais, instituições culturais
47
e associações de classe que compartilhavam algum dos seus valores e táticas.
O líder ipcsiüfiü Hélio Gornidc responsabilizou-se pela coordenação dos movi*
mentos paralelos, que no seu auge chegaram a 5,000, e através ddes canal izou-se
e retransmitiu se a grande investida da opinião pública ^democ^áitca*^
Aguerra fria' sediada nos Estados Unidos, muito podei *a no inicio da década
,
293
Fonseca) linha como objetivo infundir, entre os empresários ainda relutantes em
cooperar com a elite orgânica, as necessidades c a urgência do momento/ O
4
!F£S de São Paulo canalizava fundos para o Rearmamento Moral, como uma
operação independente do IPES do Rio/
1
como uma organização que protestava contra a alta do custo de vida e a falta
de instrução cívica nas escolas públicas, sen manifesto papel político se desen-
volveu no princípio da década de sessenta* Em um clima político cada vez mais
radie nt o MAP devotava crescentes esforços para '‘combater o comunismo e a
H
Leonel Brizola* Almino Afonso, Joio Pinheiro Neto e Eloy Dutra representavam
alvos especiais das violentas atividades desses grupos organizados. 19 À UCF
mostrou-se útil ao proporcionar a parte vocal agressiva das demonstrações de
massa contra a visita do Presidente Ti ío da Iugoslávia, bem como contra inúmeras
t
295
de Souza. O pfsno projetado peio IPES consistia em tornar o Estado do Rio
Grande do Norte cm um exemplo do que
a empresa privada poderia fazer pelo
Nordeste, tentando solucionar os problemas da região através do estabelecimento
da Companhia de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte CODERN,—
Estabelecida com 500 sócios, a companhia destinava-se a avaliar as possibilidades
económicas do Estado para investidores industriais c financeiros do centro-sut.
As Atividades promocionais da UCF tinham também um efeito fortalecedor rech
**
proco
A UCF comova com menor número de mcmbrai do que o MAF, mas uma
rede mais ampla de núcleos de ação. que se estendia até o Estado do Paraná.
Ê interessante observar que. depois de 1964. a UCF se ocupou com serviço social
em favelas e proteção ao consumidor. Ela também manteve um Arquivo de Polí-
1
ticos, com dados como seus antecedentes
bibliográficos pessoais, assim eleitorais,*
296
cm petições de protesto. Eía erguia faixas agre salva mente anticomunistas e pôsteres
bastante sugestivos. Umdeles mostrava uma criança conclamando os cidadãos
a votarem "em um Democrata para que amanhã eu possa ainda aer livre". As
ativistas da CAMDE apareciam também na televisão endossando um grande núme*
ro de personalidades políticas, religiosas c sociais que o IPES promovia otravés
do seu "bureau de oradores".
A CAMDE organizava reuniões de protesto, escrevia milhares cíe carias aos
deputados da mesma forma que
e. IBAD, pressionava firmas comerciais para
retirarem scgs anúncios dos jornais pró- João Goulart ou orientados pela esquerda
e o trflbalhismo. Distribuía milhões de circulares e livretes preparados principal*
mente pelo complexo IPES/IBAD e produzia sua literatura própria visando às
preocupações da dona-de casa. Esses panfletos circulavam aos milhares por edição.
ConcÊnlravam*se os esforços nas esposas dc militares, dos membros dos sindicatos
-
controlados pelo trabalhismo e de servidores públicos. ’ Usou-sc também a
CAMDE no fomento gradativo da pressão pública sobre o Ministério das Relações
Exteriores, por ocasiao da crise dos mísseis em Cuba, na tentativa de descarac-
terizar as feições neutralhtas da política externa do Brasil.
O auge dos esforços das associações femininas orientadas pele IPES se deu
seis dias depois,no dia de São lesé, o padroeiro da família, com a coordenação
da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", em São Paulo. Aproximada*
mente 500.000 pessoas compareceram para protestar contra o comício de Joio
Goulart do dia 13 de março. A idéia da organização da marcha fora defendida
pelo Deputado Federal Antônio Sílvio Cunha Bueno (rico proprietário de terras
e diretor da Willys do Brasill* pela Deputada Conceição da Costa Neves, fosé
Carlos Pereira de Souza (alio funcionário da Confederação Nacional do Co*
mérctoj. Irmi Ana de Lourdes e Oscar Thotnpson Filho (Secretário da Agricul-
tura do Esudo de Sào Paulo, político do PSD e homem de confiança do Gover*
tiador Adhemar de Barras). De falo, a organização da marcha se realizou no
prédio da Sociedade Rural Brasileira —
SRB, sob a supervisão de ipesianos, que
eram membros da Associação Comercial, da Federação das Indústrias, da Fe-
297
de ração das Associações Rurais, do Clube dos Diretores Lojistas c do estado-maior
1
cívil miliUr do 1PES. * Outra instituição importante que auxiliou na promoção
da rrurch*. o Conselho de Entidades Democráticas, funcionava coitiu oigumzação
máxima para uma variedade de associações paralelas ''democráticas” com base
profissional especializada* O Secretário Geral do CED era o lider do I PES
Osvaldo Breync da Silveira. A marcha contou com o apoio adicional c a partí*
cipaçio da CEC. da ACM local, da FACLR, da Federação dos Círculos Operários,
da Federação das Associações de Pais e Mestres e da pcrúia cm propaganda da
Mae Cann Ericsson, companhia multinacional de publicidade.* 1
uma manifcMação da classe alia e classe média alta e. cm decorrência disso, muito
restrita, pois de uma cidade de cerca de 6. 000 000 de pessoas, apenas 500.000
dela participaram. O Embaixador Lincoln Gordon observou em sua carta de 2
de abril de N64 para Dean Rusk, o Secretário de Estado americano: "A única
nula destoa nce foi a evidente limitada participação das classes mais baixas na
marcha/"** As marchas do Rio c São Paulo foram seguidas de outras menores
cm Belo Horizonte. Curitiba, Porto Alegre e Santos. 1 Conforme o líder do IPES
1*
movimento paro depor foio Goulart não obtivesse êxito/ ** Ainda é discutível
se os setores golpistas das Forças Armadas intervieram senti ndo*w justificada*
pelo apelo das marchas ou sc os militares tiveram de intervir por aniccipHçóD,
em face do que se poderia facilmente argumentar ler sido o fraco apoio popular
298
recebido por eles* dcpob de tanso trabalho árduo. Menos de duas semanas depois,
11
em resposta aos ‘"anseios do povo , João Goulart foi deposto/*
ticipantes que endossnvmn o apelo de luliao para uma radical reforma da terra.
Às propostas do congresso incluíam: “a total transformação do estrutura agrária
existente eom a eliminação da posse latifundiária dc terra, prindpalmente através
f
299
dá desapropriação, pelo governo federal* de extensas terras* substituindo a posse
monopolísiicá por posse do camponês, cm forma individual ou societária, e como
101
propriedade estalar*, e a distribuição gratuita da terra desocupada c laxas
moderadas de arrendamento daquela desapropriada dos latifundiários. Exigia-se
ainda o direito de organização independente dos camponeses em suas associações
de cíasse, a efetiva aplicação da legislação trabalhista já existente, até então
aplicada apenas aos trabalhadores urbanos, assim como o de sen volvi menio dc
uma legislação irabaíhísia adequada aos trabalhadores do campo, o reconheci*
memo imediato dos sindicatos rurais e efetiva c também imediata assistência a
todos os tipos de economia camponesa. Contra esse 6ocJ:ground no principio k
300
de inspiração ^comunisia". Ademais, o complexo IPES/IBAD dUIdbwiitE poderia
dar-sc fu» luxo de antagonizar os proprietários de ima, pois a força política
deslcs no Congresso continuava maciça. Nío parecia fácil trilhar a senda correia
entre o bioco dos proprietários de terra c os camponeses mobilizados, Apesar
de tudo, a elite orgânica tentou resolver o seu dilema e decidiu 'lançar-se na
arena da guerra política". Uma das formas de luta consistia na indicação, pelo
IBAD, hpopulação rural, de sua escolha dc políticos para as eleições regionais
18
e nacionais* * Nessas atividades, o complexo IPES/iBAD contava com o auxilio
de membros simpatizantes das associações de classe rurais representadas no IP ES
e com o estímulo dado pelo forte controle que os proprietários de terra exerciam
109
sobre os seus trabalhadores e empregados* o que favorecia o voto dc cabresto*
Outra forma de interferência cra a intromissão direta nos problemas dos cam-
poneses, através da competição com as organizações de esquerda para atingir a
mente do camponês. Tal açao, que envolvia ceno grau de sindicalízaçlo —
anátema para os proprietários de terra* de um modo geral —desenvolvia se por
vias indiretas, na maioria das veies, através das organizações camponesas esta-
belecidas pelo clero católico de direita* que proporcionavam um conveniente
canal e assim ocultavam a ação do complexo IPES/tBAD do público, em geral*
e, em particular* dos reacionários proprietários de terra.
A violenta contenção das ligas camponesas foi deixada per conta dc outras
organizações e da ação individual por parle de proprietários de terra que não
mantinham ligações ostensivas com o complexo 1PES/IBAD,
Para organizar o seu trabalho, dois ativistas do IBAD* os advogados Frutuoso
Osório Filho e Herctdaoo Carneiro, foram a Recife íscu principal escritório da
região nordeste)* e* canjuntameme com o pessoal civi! t militar local, pertencentes
às unidades da ADEP e ao 1PES, 110 prepararam a desorganÍ2adara ação de classe
da dite organíca* fomentando a formação de clivagens ideológicas e e nela ves
políticos de direita dentro do movimento camponês, Paraklajnente a sua fachada
de agência de serviço social que oferecia assistência médica e alimentos, bem como
distribuía sementes t ferramentas de trabalho, o IBAD operava como um cemro
de propaganda e unidade de ação política no campo* coletando informação sobre
a organização camponesa e sobre as pessoas envolvidas como ativistas, partici-
pando dc campanhas intimídadoras contra os militantes de esquerda e estimulando
o temor ao "comunismo'*. Com o seu próprio sistema de Cursos de Porra açao
111
Democrática para camponeses e líderes rurais, o IBAD procurava contrapor-se
ao método Paulo Freire de alfabetização e àquele do Movimento dc Educação
de Base* patrocinado pdo Ministério da Educação.
O IBAD desenvolvia também a sm atividade moldado naquela do Serviço
de Orientação Rural de Pernambuco —
SGRFE* que servia de canal para a estra-
tégia de contenção e deiração da mobilização camponesa pela chie orgânica*
O SORPE havia sido fundado numa reunião dc aproximadamente vinte e seis
padres da zona rural promovida por Dom Eugênio Saks, Bispo de Natal, c
alguns outros bispos de Pernambuco, incluindo Dom Carlos Coelho c Dom Manuel
Pereira, Estabeleceu-se o SORPE sob a direção do Padre Paulo Crespo, o prin-
cipal estrategista do movimento, c do Padre Antônio Melo* de próprio filho
de senhor de engenho. A tarefa principal dg SORPE consistia em se ocupar com
o treinamento de líderes camponeses em potencial* capazes de combater orgam*
zações políticas revolucionárias e ideólogos, enquanto mantinha as massas ruraU
301
“dentro da Igreja "V * Encorajava também a formação dc cooperativas e oferecia
1
cursos dc aifabe tição que se opunham ao MEB e a outros grupos que usavam
*’ 1
o método Paulo Freire.
O SORPE entrou na arena da política reivmdicatária cm competição direta
com as Ligas |u)iio e contra o embrionário movimemo sindical
Camponesas de
dos trabalhadores rurais e urbanos, considerado, a médio prazo, mais importante
que as ligas. Entre 1961 e I9b4. ele criou dez sindicatos rurais e mais doze em
Pernambuco, através do Padre Melo.
Advogados e do sul. bem como empresários rurais,
profissionais locais e
auxiliavam e apoiavam o Ele era também um dos maiores beneficiários
SORPE.
(fa CLUSA. a Liga Cooperativa dos Estados Unidos. Por sua vez a CLUSA
302
de Sio Paulo, ao Padre Velloso, do Rio de Janeiro, e ao Reverendo fshr] Padre
Crespo* do Nordeste''* assim como a outros que também se responsabiliza rim
pelo avanço decisivo nas áreas rurais onde sindicatos de orientação católica obtl*
ve ra m êxito* apesar das dificuldades na organização dos trabalhadores agrícolas-
111
303
—
304
a provável dominação do movimento de trabalhadores rurais pelas forçai nacíonal-
reformisiai. Em dezembro de 1963, houve um segundo encontro, para o qual
foram convidadas todas as federações existentes, Até o dia 51 dt dezembro, o
Ministério do Trabalho reconheceu 256 sindicatos t dez federações, enquanto
557 outros sindicatos c 35 outras federações aguardavam o uru reconhecimento.
Esses números contrastavam acentuadamcnte com a situiçáo anterior à década
de sessenta, quando havia apenas seis candidatos rurais em iodo o Brasil; esses
números também proporcionavam uma medida clara da ampla mobilização cam-
ponesa e o intenso processo de poUtização que ocorria no campo- A CONSIR
convidou* finalmente, vinte e quatro federações para o encontro de dezembro,
A ULTAB controlava o maior grupo de delegados (dez federações). SeLi tinham
uma orientação católica, entre moderada e conservadora, ao passo que oito se
inclinavam para a Ação Popular —
ÀP t o MEB- A AP e grande pane do MEB
acabaram por formar uma frente com a ULTAB. Com isso, a Confederação dos
Trabalhadores na Agricultura sohava^se sob o controle do bloco nacional' refor-
mista. Os grupos da Igreja incluindo o SORPE, a FAG* o SAR, os Círculos
dos Trabalhadores e alguns mais moderados do MEB não alcançaram nenhum
controle sobre a CONTAG.
aT
orientada para a reforma, que recebeu até apoio legal c financeiro do governo
de joio Goulart* 12 * Com a ULTAB controlando a presidência da CONTAG e
aAP o secretariado geral, 0 complexo IPES/IBAD teria de achar outras soluções
em um marco político mais abrangente para comer a mobilização camponesa*
jÂque as organizações rurais de direita se mostravam incapazes de ganhar muito
mais tempo para a elite orgânica,
306
Perante u (áo crítica situação, o complexo IPES/IBAD se lançou numa cam-
panha objetivada h contenção da mobilização popular c à desorganização do
incipiente consciência e militância de classe que as massas trabalhadoras aos
poucos adquiriam, A ação entre as classes trabalhadoras industriais se desenvolveu
através de meios ideológicos c políticos. As atividades ideológicas englobavam
propaganda geral, esquemas de assistência c mesmo manipulação díentelisU. As
políticas envolviam a criação de organizações de direita ou apoio às já existentes
dentro do movimento trabalhista. Nessas atividades o complexo IPES/IBAD
atuava autonomamente ou como um canal para outras organizações, mesmo as
dc fora do Brasil.
As atividades sócio' ideológicas do complexo IPES/IBAD enfatizavam a
13
“função social do capital*'. * Esse representava um esforço calculado de propa*
gandn para dar ãs massas trabalhadoras um proveito claramente visível no sistema
econômico, u idéia de participação nos lucros, propriedade social indireta e co-
rcsponsabilidiide administrativa. Tnl ação tinha dois objetivos: melhorar a imagem
publica da empresa privada, equipará' La com a democracia, e retardar um
violento levante nté que se pudesse desenvolver uma ação política apropriada. ** 1
501
Hobhing. diretor di orgtnizaçio congênere, o Commtitce for Ectmomic Develop-
metu, sediada rios Estados Unidos, ofereceu ao IPE$ assistência direta para essaa
atividades* através dos serviços especiais de Gabriel Kaplan do CED e sua unidade
de Ação Comunitária, 11 * Os serviços comunitários eram operados principal mente
em Pernambuco, onde o IBAD havia desenvolvido ao máximo o seu programa de
assistência social e nas grandes concentrações urbanas das classes trabalhadoras
do Cemro-$uU ÍH
À ei itc orgânica desenvolvia vários c diferentes esquemas de assistência social,
todos visando a criação das " ilhas de contentamento” entre as classes trabalha-
doras. Essas ilhas serviam para retardar a solidariedade ideológica de classe e a
organização política das classes trabalhadoras. O ÍPES criou o Corpo de Assis-
tentes Sociais— CAS, que patemalisticamentc fornecia recursos materiais e hu*
manos cm favor das Limitadas reivindicações populares de serviços comunitários.***
As atividades do CAS cresciam juntamente com o trabalho desenvolvido por
outras unidades de ação patrocinadas pelo IPES, tais como o Movimento Uni-
versitário de Desfa velamento — MUD. O MUD tentava competir com um projeto
que havia sido desenvolvido em Sio Paulo por estudantes universitários visando
prover os serviços básicos às favelas c estimular a consciência social do favelado*
de modo a organizá-los em grupos de pressão c ensiná-los a reivindicar seus
direitos. Q MUD tentava contrabalançar essa ação através da arregimecUação
de vários grupos universitários de diFeiia sob a sua égide* desenvolvendo a sua
própria forma de ação cívica, os ampíamenie propagados serviços comunitários.
Eles promoviam uma imagem de possibilidade de ascensão econômica individual
como uma alternativa para a luta social enquanto abafavam as tentativas dc
politizar a condição do favelado. As favelas do Vergueiro, da Mooca e doTatuapé
— em uma amostragem que compreendia 600 famílias ao todo
1 0
— foram sele-
cionadas como "vitrine de exposição”. *
Através de esquemas de assistência social* o TPES também dava ajuda ma-
de propaganda a lideres sindicais amigos e potenciais elementos de apoio,
terial e
de modo a assegurar o seu prestígio e a fortalecer suas posições políticas. 1*1
Para contrabalançar a crescente motivação política pela mobilização das
classes trabalhadoras, o IPES se concentrava em problemas sódo-econô micos
limitados, claramente destinados ao consumo da massa. Tal política tomou-se
óbvia depois da volta de uma delegação do IPES de um desses encontras de
Nassau, realizados periodicamente para coordenar as diretrizes c trocar infor-
mações entre as organizações congéneres. Em sua volta, o líder do IPES Harold
C. Poli and enfatizou a necessidade de o IPES passar para a ofensiva e não
permanecer na esfera de princípios abstratos, apresentados através dc jornais,
declarações e panfletos. O IPES teria de se concentrar em objetivos materiais,
mais ao alcance da massa* que o próprio povo sentisse como verdadeiros, Para
essa operação, Harold Políand contava certo com o apoio americano. Além disso,
o IPES teria de tirar proveito do fato de que as pessoas no próprio governo
estariam objetivamente interessadas em projetos tão delicados como a habitação
popular* assunto sempre preseme como um problema político, dado o grande
contingente da população urbana sem casa e daqueles vivendo em condições
miseráveis. Harold Polland recomendava que o IPES estabelecesse contatos com
a rede bancária* com um certo Frias de Porto Rico c com o Embaixador Teodoro
Moscoso* representante da ALPRO nascido em Porto Rico, para que a diretriz
30S
c implementados c (estadas na ilha do Caribe pudessem ser estendidas
técnicos
ao Brasil. disso, H. Polland observava que se deveria atribuir ao IPES o
Além
pnpd de criador da idéia, O IPES teria, então, de ser apresentado pela engre-
nagem da mfdio de sua própria organização c ctmfian temente ser visto conto
um porta-bandeira de metas reais c objetivas, * O IPES percebia também que
1
1
mente a Federação dos Círculos Operários de São Paulo — FCO, uma organi-
zação guarda-chuva para cerca de oitenta círculos e que reunia aproximadamente
250,000 associados. Liderava s FCO José RolU. dirigente do Sindicato dos
Alfaiates c Costureiras, envolvido cm ação política de&estabílizadüra bem tomo
309
na cooptiçlo ideológica de trabalhadores. José Roua era também ativista na
CONTA G. Outra Federação de Círculos Operários que recebia b atenção especial
do IPÊS era a Federação dos Círculos Operários Fluminenses —
FCOF. Ela
executava uma série de tarefas significativas nu campo dc doutrinação ideológica
e treinamento pohlico, ambos apoiados financeiramente pelo IPES. A liderança
da FCOF, cm uma carta ao IPES de Niterói, explicava que havia comprado uma
pequena propriedade em Cachoeiras de Maçacu, com a ajuda da Cooperativa Agrí-
cola de Cotia.* 4 * A propriedade foi designada para servir dc centro de reuniões,
cursos c outras atividades para os líderes sindicais de direita do Estado. O
Padre Amónio da Costa Carvalho, um de seus mentores, arranjou para que Dom
Altivo Pacheco, o Bispo dc Barra do Pirai, dirigisse os cursos e aliciasse apoio
dentre a população urbana c rural das classes trabalhadoras para a defesa da
democracia, que era identificada com o sistema de empresa privada. Os líderes
da FCOF consideravam Dom Altivo como um "padre de grande tarimba" síndica],
que nio se deixava ser "embrulhado pdas manobras comunistas". Ele tornava-se
importante para a elite orgânica, porque a sua diocese incluía Volta Redonda, o
maior complexo siderúrgico do Brasil c o centro regional de uma série de comu-
nidades de classes trabalhadoras, ”
1
Àíém disso, cm ações cívicas, cuja intenção era realçar o seu prestígio, os
Círculos Operários ofereciam assistência jurídica, médica, dentária t hospitalar,
bem como cooperativas de consumo, de crédito e habitacionais. Eles ofereciam,
ainda, cursos variados como datilografia, desenhos industrial, artístico, publici-
tário e arquitetónico, mim como prática comercial, química industrial, corte e
costura, economia doméstica e um curso ds agronomia para iniciantes.
O IPES patrocinava congressos nacionais para os Círculos Operários. Um
dos resultados do VI f Congresso Nacional dos Círculos Operários foi o lançamento
da Escola de Lideres Operários —
ELO em doze diferentes capitais de Estado.
O Padre Vclloso, do IBAD, co focou- a em funcionamento e Gilberto Machado
a dirigiu, A ELO oferecia dois tipos de cursos: os Cursos Populares para a Pre-
310
143
Doutrina Social Cristã. Cândido Guinle de Paula Machado, ativo também em
assuntos es tu d a mis, coordenava o projeto do Padre VeUoso para a formação de
1
C
Guink
P, Machado, fimi Ficando a necessidade de apoio continuado a íoL grupos como
us Círculos Operários, explicava que o plano consistia em um movimento ativo
que preparava líderes em um curso de seis meses, para a sua carreira política
sindical, Não há dúvidas de que pcíegos sindicais foram preparados. C. Guink
de P. Mochado os caracterizou de forma simples: '‘homens que respondem o
nosso favor".
113
Uma ou ira organização foi produto da ELO, financiada também
pelos empresários: o Movimento de Orientação Sindicalista —
MOS, que foi
estabelecido para agir diretamente dentro do movimento sindical, na forma de
"quinta -colunistas" e "orientadores" de ação e opinião sindical. O seu pape! era
semelhante ao Movimento Renovador Sindical —MR$, apoiado pelo complexa
IPES/ IBAD. que tinha também orientação religiosa. A filial em São Paulo da
Promotion S,A, do IBAD dirigida por Cláudio Hasslocher. irmão de Ivan, presi-
P
+
dente do IBAD, contava como uma de suas "clientes" sindicais a seção tocai do
MRS, administrada por Geraldo Meyer, um ex-jornalisia de O Estado de S*
Pattfa.*** Geraldo Meyer também administrava uma revista chamada Correio
Sindicai, sustentada Financeiramente por anúncios de 0 Estado de S. Paulo e
pelo Açúcar Esther.o complexo industrial açucareiro pertencente a ]osé Bonifácio
Cominho Nogueira, candidato do IBAD a governador de Sãó Paulo. 144
O IPES também apoiava a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Cris-
tãos — CBTC, do Padre Veltoso, que era o seu assistente eclesiástico. A parti-
311
ii volume de recursos à sua disposição, Rui Gomes de Almeida,
eficiência e o
líder do IPES, conhecia pelo menos doze firmas sediadas cm São Paulo que
contribuíam intensa e anonimamente. O MDB lomou*sc um canal para atividades
ideológicas e políticas do 1PES (distribuição de material de propaganda, pressão
sobre ativistas sindicais, intimidação), que por sua vez também escrevia artigos
para os jornais e boletins patrocinados pelo MDB para circulação entre os cl asses
balhadores.
O completo IPES/IBAD também controlava a REDETRAL, Residência De-
mocrática dos Trabalhadores Livres, lançada por Deodectano de HoHanda c diri-
gida por Floriano da Silveira Maciel. Pertenciam a REDETRAL da Guanabara,
entre outros, Ary Campista, protótipo de um pclegú, t José Campei lo A agência
no Rio da Promotjon S.A. do IBAD produzia a cobertura publicitária da
**
REDETRAL. 1
513
and Telephone Intematiorwü. Samuel Powell, chefe da missão CtQSL-ORlT no
Brasil e joaquim Oiere», da International Federoiion of Transporl Workers (Fe*
deraçio Internacional dos Trabalhadores em Transporte) formavam O Movimento
Sindical Democrático Livre —
MSDL. O Movimento Sindical cra importante na
coordenação das atividades contra o governo c no penetração, com sua ideologia
direitista, em classes trabalhadoras urbanas.
Entre outras figuras sindicais que reuniam seus esforços e apoio para a luta
de sesta biíízadora da elite orgânica encontravam-se Raymundo Nonato Costa Ro-
cha* líder smdieal no ramo de hotelaria e turismo, Ary Campista* da Federação
Interestadual dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas c Farmacêuticas da
Guanabara e do Rio de faneiro e V. Orlando, da Federação dos Trabalhadores
da Indústria da Construção Civil da Guanabara.
O 1BAD mostrava-se panícu armem e ativo no movimento sindical do Paraná*
I
Estado-chave em
termos políticos, onde levantava apoio para o governador Nci
Braga e onde patrocinava diversos sindicatos e seus líderes* O
Paraná era im-
portante por sua proximidade geográfica de São Paulo, e* embora nao se achasse
entre os centro; industriais mais importantes do país* ele linha uma grande popu-
lação das classes trabalhadoras nas áreas nirais e das indústrias de porte médio
c do sistema de pmtaçao de serviços do Estado,
314
Dc extrema importância, esses congressos, simpósios e conferências regionais
e nacionais, organizados pelo IRÁD
para líderes trabalhistas, cornavam com a
presença dc políticos profissionais representantes das associações sindicais
e
empresariais e das Forças Armadas. O
seu objetivo consistia em projetar a soa
militante atividade sindical do cotidiano com acontecimentos que causassem um
forte impacto junto à opinião pública e que fossem dc peso entre as classes
médios c os militares que se mostrassem receptivos âs bem propagadas denúncias
ao governo c ao bloco nacional reformista. Os congressos e conferências também
serviam de pontos de união para uma renovada ação organizada com o movi-
mento sindical e fortalecia a disposição dos grupos trabalhistas apoiadas pdo
complexo 1PES/IBAD para disputar o terreno político com organizações do
esquerda,
O Rearmamento Moral também apoiava o IPES, que lhe servia dc canil de
propaganda,* 11 Embora secundária, não se deve menosprezar a forma de ação
dc propaganda desenvolvida diretamente pelos próprios empresários do IP ES.
Dirigentes de empresas e indústrias convocavam regularmente reuniões dc seus
empregados, onde se discutia o significado do que ocorria no Brasil e onde os
patrões "emp urravam" nas mãos de seus empregados panfleios "informativos",
que equiparavam a sííuação do Brasil daquela época ã da Hungria de 1956 e,
ainda, onde se explicavam os aspectos negativos da situação política em termos
de um iminente golpe comunista de influência estrangeira, de uma ilegítima
expansão do Estado em áreas era que a empresa privada deveria comandar a
171
economia e as barreiras irracionais ao capital estrangeiro,
Finalmente, a ação dentro dos sindicatos advinha de uma variedade de outras
organizações políticas âs quata o complexo 1PE5/IBAD era ligado c que portava
uma dimensão internacional c estrangeira.
O complexo 1PES/IBAD ligouse em particular a um eenlrcKhive de apoio,
o American Institulc for Frce Labor Developmcnl —
ÀIFLD, uma organização
estrei lamente ligada ao sindicalismo, aos empresários americanos c às agências
governamentais como a AID e a C1À. O ÀIFLD passou oficialmcntc a funcionar
nos Estados Unidos em outubro de 1961, pouco antes da criação do IPES no
Brasil, como uma ramificação do ÂFL-CIO a quem, desde então, deveu orien*
tação política. Conforme Serufino Romualdi, primeiro diretor executivo cm tempo
11
integral do AÍFLD até 1966, ele era uma auspiciosa instituição com um orça*
mento dc muitos milhões dc dólares e ramificações em praticamente todos os
11 *
países da América Latina e da região do Caribe*'.
315
C0MAP consistia em avaliar u Aliança para o Progresso c estabelecer recomen-
dações para o seu futuro pqpeL líT Ele também concentrava-se em formas de
aumentar o fluxo de investimento privado a curto prazo na América Latina.
Compunha-se de presidentes e vice- presidentes dc vime e cinco interesses ameri*
canos da maior importância* proporcionava membros executivos para o AIFLD, 171
e foi substituído pelo Business Group for Latin America
quando BGLA, —
foi que forneceu os representantes para o Conselho de Curadores do
este
17*
AIFLD, £ relevante se observar que muitos dos empresários proeminentes
do IPES eram diretores de subsidiárias das corporações multinacionais americanas
que compunham primeiramente o COM AP e depois o BGLA, ou de companhias
locais associadas a des. A maioria das corporações do COM
AP e do BGLA no
Brasil integravam as contribuintes financeiras do complexo 1PE5/IBAD,
Além de Serafino Romualdi e ]. P. Graee, outros membros do Conselho
Diretor do AIFLD incluíam o chefe do AFL-CIO, George Menny (presidente),
Berent Friele, uma “raposa velha" em assuntos relacionados com o Brasil, asso-
ciado a Nelson Rockefeller e vice-preri deme da American Imematíonul Asso-
cmtíon for Economic and Social Developmem, Joseph Brime, presidente àn
Comunication Workcrs üí America e colaborador nas operações trabalhistas da
CIA Posu Telegraph and Teíephone Workers International (secretário-
através da
tesoureiro) e C. Doherty [r.* da Post, Telegraph md Telephone
WílHam
Workers International (administrador). induíam-se entre outros empresirios ame*
rieanos que ocupavam posições executivas no AIFLD Charles Brinekerhoof,,
diretor-presidente da Anaconda Co. Wiíliam M. Hiekcy* presidente da United
t
316
n
esperar que os próprios institutos fossem dirigidos por agentes pagos peí» CIA
11
sob o controle operacional da estação local da «ferida agencia. * Ainda o AIFLD
financiava encontros educacionais periódicos a nível hemisférico e publicava
livres epanfletos c envolvia se no campo de atividades sociais c comunitário*,
os chamados projetos de impacto. Porém ele dcdicava-st especial mente ao que
7
To* denominado " educação trabalhista"/*
O AIFLD operava com base em ires princípios. Prime ir* mente, "dividir
as classes trabalhadoras na tentativa de se criar uma aristocracia trabalhista
privilegiada c sindicalizada, que defenderia ganhos materiais contra pessoas desem-
pregadas e trabalhadores não-si ndj cal izados. Em segundo lugar, fizer oposição
1
ã militância operária» por meto da luta contra trabalhadores militantes* , evitar a
infiltraçãocomunista e onde th já existisse, livrar-se dela". E ímilmente, negar
r
317
OInstituto oferecia cursos regionais, variando de uinu semana a um me*
de estudo para lideres sindicais c camponeses. conforme o primeiro diretor do
ICT, J. V, Freios Marcondes, do Conselho Técnico da Federação do Comércio
de Sio Paulo Dos cursos regionais, selecionavam-se novamente os melhores
alunos (que prometiam por suas qualidades de liderança sindical)» aos quais
eram» então, oferecida a oportunidade de frequentar um curso intensivo de lrc$
meses, de oito horas diárias, sobre liderança sindical» cm São Paulo, ** Os que
1
lista c pela Ação Democrática Parlamentar, que apresentavam seus casos não
apenas pelo mérito da questão, mas também visavam a ganhar a simpatia t o
apoio ativo dos vários setores da opinião pública. De certa forma partidos, grupos
e indivíduos, como nunca, aliciavam suas respectivas bases sociais de apoio através
dc sua atuação no Congresso, qüe era divulgada ao público através da mídia
audiovisual. Tomavam-se críticos a cobertura e o tratamento pela mídia dos
acontecimentos e personagens políticos,
Conlra esse background t
do complexo IPES/IBAD
o objetivo estratégico
era levar a estrutura política a um ponto dc
no qual os civis apoiariam
crise,
soluções extraconstítutionais t os militares se sentiriam compelido® a intervir
como moderadores no que em 1962 cru um sistema político altamente polarizado,
As táticas da elite orgânica objetivavam influenciar decisões políticas através
do bloqueio das diretrizes reformistas do governo e daquelas do bloco trabalhista
de esquerda no Congresso, fomentando o isolamento do Executivo do apoio da
eliissc média e estimulando b retirada do suporte institucional às diretrizes polí-
319
o intuito dc apoiar jli iutt prcpoHi», que pitâ «refti transformada* cm dircinic*
Forçaa
média comeniçnicmemc iranunitiii* pda rede de mídia do complexo PES I
Hrnvdia. o líder dki IPES furge Oscar dc Mello Flgrc^ encarrega va se du que era
coftstderadu i\á dn^rcla na Câmara dos Deputados c nc* Senado, dessa ferma
1
"tteniandu o IPf b dc re*pum*bfl idade* pública ** ** 11
A ADI tinffta um duplo desempenho. Tanto da funcionava como um foco
1
i:t>
de Ação Parlamentar A ADP mostrava-se vital no esforço de bloquear u
tenta-
tivas de Iodo Goulart quanto à implementação de reformas através dó Legis-
lativo, forçando o Executivo a usar decretos presidenciais, o que retardava seus
planos, eigeufido-o nas longas batalhas processuais e criando uma atmosfera de
Impasse no Congresso; além disso, criava-se um clima de íngavetnabilidade geral
o que estimulava a busca e legitimação de soluções extracoiistitudonais, para
pendente crise do regime.
As influentes figuras políticas a seguir constituíam o bloco da ADP no
Congresso e nas Assembléias Estaduais: 114
—— Amilcar
Alagoas José Maria (PTN)
Amapé Ferreira{PSD)
Amazonas — Jaime Araújo (UDN), Djalma Passos (PL)
Bahia — Àloísío de Castro (PSD), Antônio Carlos Magalhães (UDN), João Men-
des (UDN). Luiz Viana Filho (PL) # Miguel Calmou (PSD). Rubem No-
gueira (PSD)
Ceará — Adolfo Gemil (PSD)* 14 Costa Lima (UDN), Dias Macedo (PSD)
Espírito Santo — Álvaro Castelo (PSD). Dirceu Cardoso (PSD), Oswaldo Zando
(PftF)
Goiás — Anísio Rocha (PSD), Benedito Vaz (PSD). Emiva) Caiado (UDN)
Guanabara — Gladstone Chaves de Mello
(PDC), Coronel Danilo Nunes (UDN),
Aguinaldo Costa (UDN), Hamilton Nogueira (UDN), Nelson Carneiro (PSD),
Marechal Mendes de Morais (PSD), Maurício Toppert (UDN). General Me-
nezes Cortes (UDN), Amaral Neto (UDN), Adauto Lúcio Cardoso (UDN).
Lopo Coelho (PSD). Raul Bruninj (UDN). General Juracy Magalhães (UDN),
Gabriel Chaves êe MeJlo ÍPDC), Raimundo dc Brito (UDN), Eurípides
Cardoso de Menezes (UDN).
Maranhão —
Cid Sampaio (PSD)
Mato Grosso —
Rnchid Mnmcd (PSD)
Minas Gerais —
Elias dc Souza Carmo (UDN). Feliciano Pena (PR), Geraldo
Freire (UDN), lusé Humberto (UDN), Leopoldo Maciel (UDN). Monteiro
de Castro (UDN), Nogueira Rezende (PR), Padre Vidigal (PSD), Pedro
Aleíxo (UDN), Pinheiro Chogas (PSD), Último de Carvalho (PSD). Rondou
Pacheco (UDN), Bi as Fortes (PSD), Gustavo Capanema (PSD). José Boní*
fácto (UDN)
Pãrâ —Dcodoro dc Mendonça (PSP), |oao Menezes (PSD)
Paraíba —
(anduHy Carneiro (PSD). Plínio Lemos (PL), Emãni Sátiro (UDN).
João Àgripino (UDN). Abelardo lurema IPSD)
Paraná — Mário Gomes(P5P) Otbon Madcr tUDN), Munhoz da Rocha (PR)*
t
Plínio Salgado(PRP)
Pernambuco —
Dias Lima (UDN). Gileno de Carli (PSD), Padre Amida Câmara
(PDC), Akfc Sumpaiu (UDN), AJerbul Jurema (PSD)
Rio dc Janeiro —
Pereira Pimo (UDN). Raymundo Pudilha (UDN), Saturnino
Braga (PSD), Moncyr Azevedo (PSD)
Rio Grande dó Norte —
Jessé Pinto Freire (PSD), Djalma Marinho (UDN)
Rio Grande do Sul —
Alberto Hoífmann (PRP). Daniel Faraco (PSD), Joaquim
Duval (PSD). Raul Pitti (PU. Tara? Dutra (PSD)
Santa Catarina —
António Carlos Konder Reis (UDN), Carneiro Loyola (UDN)*
Celso Franco (UDN), Lacrie Vieira (UDN)
321
iião Paulo —
Carvalho Sobrinho iPSPh Cunha Rucmi (PSD)* Ferreira Marfim
(RSPh Alrànro de Oh* eira (PSBí, Hatnilion Prado (PTNI* Horário Laíer
íRSDL Mirio Beni (RSPE Olavo Fontoura (PSD), Herbert levy (UDN),
Arnaldo Cerdeirj (PSPí
Sergtpe — Lou rival Bativia (UDN)
A Eísli de pari amem ares que formavam o bloco mullipartidírio
mencionada
evidenciao fato de que a ADR reunia membros tradicionais conservadores c
mede rnizame^onsen adore* a maior parle do PSD c da UDN. Para compor a
A DP, algum** das mais influentes figuras políticas de cada Estado tiveram de
solucionar antiga conflitos regionais c pessoais c ate mesmo rixas familiares.
Evsc faio ilustra a medida óc que re punha cm jogo,
A íntcrconeiÂo áz 1 PE S . 1B4D c ADP no Congresso se fa explícita numa
carta altamenic sígnificaiiva de lorgc Oscar de Mello Flores, chefe do Grupo
de Ação Parlamrnur c pagador geral do IPES. ao líder Glycofl de Paiva. Nesü
carta, Meflo Flore* estabelecia ** diretrizes para medidas a serem tomadas pelos
apropriados grupos de ação c estudo do IPES do Rio em relação aos itens
previamcnit discutido» pela liderança do IPES. Ele enfatizava que se a organi-
zação cm Brasf 12 m«x de xr fortalecida, ele podería, então, ativar a apresen-
tação do» anteprojeto* de Congresso* Mello Flores instava Glycon de Paív»
lei ikj
m
força dos esquerdistas, pctebístas c demagogos, tanto na Câmara dos Deputados,
quanto no Seriado". Concluía a sua carta incitando a liderança do IPES a ajudar
a estabelecer "comités investigadores" no Congresso e a formular, para os parla
mcniares da ADP, petições de iníonnaçao a serem levantadas na Câmara dos
Deputados. Tais petições visavam obter “respostas já preparadas a perguntas
previamenlc feitas “para corroborar os pontos de vista contidos nas propostas
do IPES quando expressadas peta ADP sobre as necessárias reformas a serem
aplicadas no país. Além de acentuar o prestigio da ADP, Uis propostas objeti-
vavam colocar o bioco nacional- reformista na defensiva*
A ação dentro do Congresso também significava a "necessidade de antecipar
as intenções dos legisladores nacional -reformistas, retirando todos os elementos de
surpresa de seus anteprojetos de Para esvaziar qualquer efeito que viesse
lei**.
M
a surpreender tal ação seria montada uma estrutura de "coJeçio de dados r de
ação preventiva de penetração, A equipe do General Golbcry asseguraria o
acesso dc Mello Flores às propostas de emendas e projetos a serem introduzidos
do Congresso pdo bloco nacional- reformista bem antes de soa definitiva apre-
1 *
sentação."
Houve do mais alto significado político no qual a ADP mos-
dois eventos
trou-se útil* coordenando a oposição ao governo e ao bloco nacional reformista.
Um deles foi levar a Câmara dos Deputados a rejeitar a nomeação de Santiago
Dantas, empresário e político do PTB, para o posto de Primeiro-Ministro. O
ou iro importante evento para o qual a ADP serviu de canal do complexo (PES/
JBAD foram as cruciais eleições de 1962 para o Legislativo, Nessas eleições,
o elite orgânica lançou toda a sua legitima e ilegal força política c econômica por
trás da investida para assegurar a eleiçio de um bloco de governadores, senadores
e deputados conservadores e* se possível, modemLzantes. Esperava se que esse
bloco operasse como a espinha dorsal política para a ação futura da ADP no
restante do governo de foão Goulart.
ArejetçEo a Santiago Dantas, figura política capacitada, representante no
PTB dos empresários industriais e presença respeitada na centro-esquerda do
espectro político brasileiro, forçou Joio Goulart a um constante remanejamenta
de seu ministério. Por outro lado, esse remanejamemo foi intensificado peias
continuas composições feitas pelo Executivo para sobreviver às pressões de um
bloco conservador comandado pela ADP e que arrastou o governo a um período
cheio dc crises, responsáveis por seu declínio político, declínio este que culminou
cm um golpe de Estado, Santiago Dantas representava a última possibilidade de
511
formação de um governo consensual liderado pela burguesia. A rejeição a
Samiago Dantas foi* dê fato, o rejeição pelas classes dominantes de umi compo-
sição com o traboihismo. Sendo contrária à nomeação de Santiago Dantas, a ADP
se mostrou capaz de alinhar um amplo espectro de parlamentares para derrotar
ív
a sua candidatura, o que O IBAD aclamou como « grande vitória conduzida
pela ADP”
«*
Até então, a forma mais eficaz dc influenciar o Congresso e de exercer pressão
sobre o governo consistia, para o complexo IPES/lBAD.em assegurar aq bloco da
ADP a maioria na Cimaro dos Deputados c no Senado t a elite orgânica passou
a se movimentar disso, O que se poderia considerar como a mais
em função
abrangente operação jamais empreendida pda elite orgânica no campo de açío
eleitoral, operação esta que envolvia iodos os recursos do complexo IPES/IBAD
323
t
n zan te-con servador se valeria de uma maioria operacional» suficiente para conter
t
podendo aí sim agír sob sua cobertura. Conforme Castilho Cabral, o líder íbadíanc
Ivan Hasslocher, que conduziu as negociações, contou com John W. Foster Dulles
como o seu intermediário nos contatos, Fosfer Dulles, como já foi visto anterior'
mente» era um executivo da Hanna Mining naquela época. Castilho Cabral per-
guntou Hassfocher de que recursos financeiros eles disporiam, e o diretor do
IBAD lhe confiou que ele podería contar com "sessenta a setenta financiadores
das 'classes produtoras' de São Paulo e do Rio, prontos para angariar um bilhão
4
de cruzeiros”.** Essa soma seria, entào, oferecida a Castilho Cabral com a con-
dição de que* em troca, Ivan Hasslocher pudesse "escolher a dedo" os candi-
7* 1
datos ao Senado e è Câmara dos Deputados.
Nas eleições de outubro de 1962, o complexo IPES/IBAD patrocinou can-
didatos, formulando os seus programas eleitorais em troca de assistência financei-
ra. De acordo com José Aríhur Rios, ativista do complexo IPES/tBÀD, a Ação
324
conduzir a estratégia de campanha, ™ estimulando maior participaçgo
3
assim,
política das classes médias, cm geral, c o voto c envolvimento das mulheres, em
particular, valendo-se das organizações sob seu controle. Ele estimulava também
a atividade eleitoral mais direta do clero, através de suas organizações políticas
leigas e de influentes personalidades de direita,
A orgânica também patrocinava e formava organizações "específica-
elite
mente criadas para intervirem e terem peso nos eleições", estendendo-se da Alian-
ça Eleitoral da Família (conhecida antcriormenlc como Líga Eleitoral, onde se.
destacava a atuação de Plínio Correia de QJiveira), até o Movimento Adulto da
Ação Católica e vários outros institutos c movimentos paralelos/^* A ALEF, li*
derada pelo Comandante Moura, da Marinha, compreendia os seguintes membros
dentre as suas figuras proeminentes: Rui Santos (UDN —
Bahia), Joio Mendes
da Costa Filho (UDM —
Bahia), Regis Pacheco (PSD —
Bahia), Heitor Dias
(UDN), Theodulo Albuquerque c Oscar Curdoso, A ALEF, endossada pelo Con-
selho Nacional dos Bispos do Brasil"* estudava os candidatos quanto a seu po-
sicionamento e possibilidades eleitorais e indicava um número selecionado como
merecedores do apoio católico, bem como provava ser um eficiente meio legíti-
mador para a "aprovação" de candidatos de direita patrocinados pela rede
331
IPES/IBAD/ADEP
Além disso, o complexo IPES/1BÀD mobilizava oi setores do movimento
das classes trabalhadoras (que ele controlava) e as organizações orientadas pelo
clero, assim como outros grupos menores de açio paralela numa lemsüva de
criar uma atmosfera favorável a uma reação de direita, o que poderia influenciar
213
o resultado das eleições.
Porém os empresários que agiam através do complexo 1PE5/JBAD não eram
os únicos que interferiam no processo eleitoral utilizando meios ilegítimos e ile-
gais, Para começar, as eleições brasileiras de outubro de 1962 foram consideradas
o nuge de uma das maiores operações políticas, jamais empreendidas pela Divisão
Ocidental da CIA americana. Durante graade parte do ano de 1*302. a estação
do Rio de Janeiro c suas muitas bases nos consulados distribuídos pelo país, que
muito oportmi amente haviam sido aumentados em número, eneontrav&m-se com-
prometidas numa campanha de milhões de dólares para financiar a eleição de
candidatos anticomunistas aos disputados postos federais, estaduais c munici-
pais, CIA n5o se achava só nos esforços do governo americano de intervir
no processo eleitoral brasileiro, Outras formas de intervenção eram as "ações
contextuais", que recebiam significativo apoio direto do governo americano e
através dela* dcsenvolviam-sc projetos sociais de propaganda de grande impacto
para impressionar a população. A organização das "ações contextuuU” visava
criar condições favoráveis para os candidatos de centro-direita ou pessoas em
cargos políticos operarem em suas bases eleitorais de apoio e de criarem uma
imagem positiva de si próprios e de seus programas, bem independentes do
governo central ou de sua liderança partidária. Segundo Philip R, Schwab, in-
formante du Agency for International Dcvclopment —
AID, a Embaixada Ame-
ricana "começava n procurar os lugares no cenário político brasileiro onde
convicções de habilidade, estabilidade e democracia Apresentavam dimensões su-
ficientes para permitir a realização de empreendimentos conjuntos. Tais lugares
(ou pessoas) representavam nos mares escuros e tempestuosos do Brasil democrá-
21*
ticas "ilhas dc sanidade", Essa política seguia as amplas diretrizes que o
325
Presidente Keniiedv expusera em fevereiro de 1962* em uma mensagem n Fowler
Hamilton, administrador da AIO,' 35 A política das "ilhas de sanidade" (expres-
são cunhada pelo Embaixador Gordon) favorecia a assistência direta, através da
AÍD, aos Estados brasileiras dirigidos por governadores amigos, ao invés do go-
verno centraL Dentre os apoiados por tal política achavam se Carlos Lacerda {da
Guanabara), Adhemar de Barras (de São Paulo), Cid Sampaio (de Pernambuco),
Aluísío Alves (do Rio Grande do Norte) e losê de Magalhães Pinto (de Minas
Gerais),*™ Dessa forma, a AID se tomou um canal para c governo americano
colocar grandes somas à disposição desses escolhidos atores políticos, somas estos
que poderiam ser usadas para financiar "projetos de impacto" que influenciassem
a opinião pública.
O significado das eleições de outubro foi obviamente percebido pelo Em-
baixador Lincoln Gordon. Em um telegrama ao De parí ame n to de Estado, ele en-
fatizava "Como as autoridades de Washington devem certamente estar cons-
:
cientes. está ocorrendo neste país uma guerra política de grande importância, que
determinará sua orientação doméstica e externa e* com ela, a maior parte do
continente. Temos grande interesse no resultado t estamos tentando usar nossa
influência destramcnic para levar a um resultado favorável. Todos os elementos
dessa nossa Equipe Nacional tém sido vigorosameme instruídos pelo Presidente e
todos os órgãos centrais para contribuírem a favor desse processo. Em qualquer
forma de guerra, a escolha estratégica e táiíca do momento político para a ação
pode facilmente ser decisiva. Esta semana dc pré-cleiçáo é um momento estraté-
gico único Os elementos da "Equipe Nacional" a que se referia o Embaixador
Lincoln Gordon seguiam as linhas de ação que haviam sido esboçadas nos Estados
Unidos. Para a sua reunião de 12 de julho dc 1962, um " Memorando para o
Comitê Latino-americano de Diretrizes Políticas" fornecia um "Plano de Ação
para o periodo até 07 de outubro de 1962". Seus objetivos eram fortalecer ele-
mentos de centro e moderados do Brasil O Plano de Açao recomendava, entre
oultos itens na área económica, a concentração de assistência financeira ameri-
cana em "sólidos projetos econômicos e sociais de alta visibilidade, muito mais
que em assistência a balanças de pagamentos ou apoio financeira de medidas êt
estabilização". O Plano de Ação recomendava também o apoio a elementos "que
trabalhavam para veiar ou modificar a lei passada pela Câmara brasileira limi-
tando ô remessa de lucros e, com isso, restringindo os investimentos estrangeiros".
Visava ainda, na área de Assuntos Públicos, "aumentar substaíicialmentc o pro-
grama de tradução de livros para o português e sua distribuição no Brasil". Na
área militar dc ação, ele recomendava "manter um nível adequado de assistência
militar para proporcionar equipamento e material de segurança interna, apoio a
batalhões sapadores e equipamento para atividades de ação cívica, bem como
apoto para combate aníi-submarino". Era ainda recomendada a utilização "nesse
esforço da moeda local disponível sob a cláusula do "fundo do irigo", ou seja,
0 PL 480 seção 1Ü4C". 23 * Além disso, o Piano aconseíbava "manter c aumentar
na medida do possível os cornados entre os militares americanos e brasileiros,
com ênfase na Escola Superior dc Guerra do domemos do Exér-
Brasil, entre os
cito brasileiro conhecidos como Unidos e anticomunistas è entre
pró*Eslados
aqueles pró-reforma, suscetíveis de serem ganhos para posições pró-Estsdos Uni-
dos e anticomunistas”. Fínalmeme, o Piano sugeria que, através da Missão Militar
Americana* se deveria continuar as tentatiyas de "persuadir os militares brasileí-
m
3*
ros s íc concentrarem mais de perto cm contra-ifísumiçio c segurança interna*
Depois das eleições ele outubro át 1962* no Comité Executivo do Conselho dc Se-
gurança Nacional dos Estados Unidos decidisse por uma dlreirix política a curto
prato que incluía "continuar a encorajar elementos democráticos moderados bra-
sileiros no Congresso* nas Forças Armadas e cm outros lugares, que defendam
políticos democráticas e externas fquej nós possamos apoiar". Além disso* a
decisão realçava o papd dos militares* observando que "Em deconência de soa
organização c posse (dc] força física, [as] Forças Armadas (são] obviamenEe
lo] clcmento chavc que* n[o] caso brasileiro iem marcante tradição [de] com-
portamento moderado como censores políticos superiores c guardiães d [o] siste-
40
ma constitucional"/
é interessante observar a conduta imema do IFES em sua preparação para
as eleições de outubro t como ele desenvolveu o potencial de seu grupo de Ação
Parlamentar. Suas reuniões dc liderança revelaram a intensa manobra política t
negociações íimmcdras nas quais se envolveu e que, até hoje* haviam sido atri-
buídas cxdusiYamerUe à ação isolada do 1RAD. Em meados de maio de 1962*
houve um encontro do Comitê Executivo a fím de se discutir os problemas do
suprimento das necessidades materiais e financeiras e o preparo de recursos hu-
manos da ação orientada pelo complexo IPES/IBAD para as próximas eleições
ao Congresso /
11
A reunião contou com a$ presenças dc Gíycon de Paiva, fosé
Rubem Fonseca, Joviano Jardim Moraes* Gtlberi Huber Jr. do chefe do Grupo
É
de Ação Parlamentar* Jorge Oscar de Mello Flores e dos Generais Golbery, Her-
rera e Liberato. Como parte dos preparativos para 9 campanha eleitoral, Mello
Flores informou aos presentes que se fazia necessário contactar João Mendes, o
ativista da UDN na Câmara dos Deputados, t elaborar uroa estratégia e estrutura
definitivas para a Açau Democrática Parlamentar —
ADP. Ele pedia ainda aos
presentes para outorgar autoridade de convocar reuniões a Paulo Watzel* fun-
cionário da Camnru dos Deputados, que agia como um intermediário pAra a ÀDF
e 1 PES. Outro problema levantado por Mello Flores constituíaa escolha c in-
dicação, para pelo complexo IPES/
posiçoes chave, dc candidatos favorecidos
IBM) que* por um motivo ou outro* não estivessem disponíveis. Ele deu o exem-
plo dc Mendes Gonçalves, do Paraná, que como segundo da lista não foro teeldto,
criando assim a situação inesperada dc ter de escolher um substituto à altura*
entre Raymundo Padilbu, Mader Gonçalves e Dirceu Cardoso. Para todas essas
operações, Mello Flores precisaria de dinheiro e $e queixava de nlo contar com
v suficiente para realizadas. Precisaria também de recursos materiais t humanos
para estabelecer o Grupo dc Analise que trabalharia com ele em Brasília, Essa
unidade estudaria a conjuntura política e casos específicos de potenciais recep-
tores de ajuda que exigissem promoção dc imagem pública. Mello Flores preten-
dia, ainda, usar os serviços de Rui Santos, representante baíano no Congresso,
que* conforme esse relatório* recebeu apoio financeiro de duas fontes: da Usimi-
nas, loint+venture nipobrasllcira c da American Chamber of Commeree. Mello
Flores acrescentava que» para a sua ida para Brasília, tornava-se necessária uma
grande quantia e sugeria que Gilbert Huber Jr. pudesse completar os pagamentos
por meia dc suas próprias fontes paralelas. Ele exigia também um passe livre da
Pnnnir, que deveria ser obtido através dos serviços do seu diretor Celso Rocha
Miranda, Mello Flores queria uma pessoa em caráter permanente em Brasília
de chamava de "trubalho preventivo". Toda vez que saísse uma
para fazer 0 que
327
emenda, ctia peisaa colaboraria com a Nova Press, agencia de notícias controla'
da pelo ÍPES para a distribuição de material relevante aos jornais mais expressi-
vos Para a parte inicial de seu projeto dc ação política, çlc exigia uma soma
báaicii dc Irêi milhde» dc cruzeiros, outra mensal para os salários dn equipe per-
manente c fundai para equipar salas que serviriam de centros dc operação, bem
como ncunoi para transporte * 41
Quanta ao financiamento c fornecimento dc experiência política, considerava
Lomo uma que» lio dc lidar dirrtaiTKnie com as cúpulas do PSD c da sobre UDN
feep* c outra» forma* dc ajuda material c técnica. Havia, segundo dc, dezessete
fcenadom favoráveis, co«n os quais de pretendia formar "uma resistência demo-
crática", Para tal. novamente seriam necessários recursos para as cúpulas dos
partido», tle dava o exemplo de Amaral Peixoto, presidente do PSD. que preci-
sava de *cn lecpt, em termos financeiros favoráveis, ou simplesmente por doação.
Para completar a operoçõc precisava-se de dinheiro cm espécie para o período
dc cada mé* c fundo* extraordinários deveriam estar k disposição, se necessário.
Quanto aoi subridio* para deputados federais, Glycon de Paiva recomendava a
reeleição de 'indivíduo* dc caráter, bons anticomunistas". Mello Flores explicava
o processo para lubuchar candidatos, "Em geral, fazem-se acordos com deputados
federai» conforme o coeficiente eleitoral" ou a capacidade de angariar votos,
faziam « também ti leu tos tendo em mente resíduos eleitorais e margens de se-
gurança Quanto *o diõhdrc dc que se precisava, salientava que havia pensado
cm tc aproximar imc»aimenic de cinquenta deputados, com um total dc 300 mi-
Ibóc* dc truxeiro*, amando cada deputado" 6 milhões, Glycon de Paiva gosta-
'
ria dc ter um» idéia ciar» sobre o dinheiro de que se precisava e perguntou se
lf
Mello Flores *e ajeitaria com sei» milhões por pessoa", ao que Mello Flores
respondeu *cr ove o preço do» candidatos da Paraíba c dós outros Estados me-
nores, la no Cear» o preço cr» mai* alto e na Bahia mais alto ainda. Destacava
41
que o» candidato» dc Soo Piulo c do Rio eram muito mais caros/ portanto, a
média mai* semaia *ern dc 15 milhões per capita, Tornava-sc necessária uma
ajuda financeira d* escala dc 000.000 de dólares."** Gilbcrt Hubcr [r, observava
1
consumidas até o dia da* eleições. Nesse dia, uma soma teria de estar disponível
para transportes e alimentação do* ativista* c eleitores nos "currais eleitorais"
(lugares dc concentração da popyjaçõo votante, praticamente cativa, o que era a
prática no interior c periferia» do» grande* centro» urbanosf. Mello Flores come-
çaria o projielo com Rui Santo* e aparecería rm Brasília nos períodos de prontidão.
Q General Golbery recomendava que dever ve ia procurar |orgc Bchring dc
Muitos, n deveria scr explicado o uiso de Fernambuco, onde a elite orgâ-
quem
nica sc reforçava para a eleição crucial
^ O
próprio General Golhcry deveria
viíitaro Centro Indmtríal dü Rio de (anciro para arikular com Jorge Bchring dc
Mattos, o snj presidente, uma campanha objetivando criar c impingir um senti-
mento de urgência nos contribuinte» cm potencial com o Intuito dc tiumentur a
cooperação financeira do* industriais.* 4 * Outra dccUão tomado em Mil encontro
consistia na projeção dc Hélio Gomíde como o demento oilcntívu envolvido nesuti
328
operações, dc modo a resguardar outras Figurai de posições mais delicadas. Gly-
con de Paiva e o General Herrera asseguravam aos presentes que tomariam todas
os providências em sua próxima viagem a Sao Paulo, que seria dentro de poucos
dias, onde teriam uma reunião importante na sede do IPE5 daquele Estado, o
principal receptor dc ajuda financeira das grandes corporações multinacionais e
associadas.
As fontes de finanças
"per trás dos bastidores e este ano estão abertamente mobilizando seus recursos
'
329
americanos ajudaram a revigorar o Democracia Cri$ta*~
5fl
O Embaixador Lincoln
Gord ütí afirmava então que. deiç oes de 1962. empresas c altos funcionários
fiai
culados em 1977, tal soma era, nessa época, o equivalente a cerca de 02 milhões
de cruzeiros, ou aproximadamente 5 milhões de dólares).
Para o financiamento de duzentos e cinquenta deputados e candidatos a
o ÍBAD despendeu mata de cinco bilhões de cruzeiros,
esse cargo, líder ipesia* O
no Dario de Almeida Magalhães e Arthur lunqueir*. tesoureiro da ADEP, admi*
134
nistravam o* orçamento*/ Ivan Hasslocber afirmava que sua* operações no
ÍBÂD eram financiada* por noventa e oito firma* industriais e comerciais, prim
cípalmcnte do Rio de Janeiro c São Paulo Ele se recusava a enumerar os coniri*
buinles que depositavam cius soma* no Royal Bank of Canada (ao qual João
Bayfonguc* líder do ÍPE5, eri ligado j ou em quaisquer outros bancos citados
íintcriormerie, Embora nenhuma firma ou associação empresarial nacional reco-
nhecesse contribuições feita* ao* fundo* da rede IBAD/ADEP/Promouon S.A./
ÍPES t Ivan Hasslocher afirmava que cento c vime e seis corporações e indivíduos
abastados do Rio dc Janeiro, São Paulo, Guanabara, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul contribuíam com uma soma básica de 950 milhões de cruzeiros à ADEP.
Dentre essas cento c vinte e seis firmai, havi* oitenu e seis ou oitenta e oito fsk]
patrocinadoras do ÍBAD. m
Nao obstante a cortina de fumaça lançada sobre as fontes financeiras da
campanha eleitoral, alguma* das empresas identificadas como contribuintes que
330
depositavam nas contas do TBAD, da ADEP
da Promotion S.A. eram: a Stan-
e
lato com d IBEC como um de seus principais benfeitores, "poma de lança co '
1*
merclat do grupo Rockefeller no Bü»!/
Quando final mente houve de outubro de 1962» a elite orgânica,
as eleições
por intermédio da rede IPES/IBAD/ADEP/ADP/PromoUon S.A. havia finam
ciado 250 candidatos a deputado federal, 600 i deputado estadual, 8 a governos
estaduais e vários senadores, prefeitos c vereadores. Mais de um terço da Câmara
dos deputados veio u ser beneficiado com tal apoio. Dc um lota! de 110 parla-
mentares, cujo mandato dependia de financiamento da rede (PES/IBAD/ADEP
que, em troca, comprava a posição de cad* um contra as reformas estruturais
reivindicadas pelo Executivo nacional-reformista, 46 pertenciam k UÜN, 57 ao
PSD* 5 ao PRP, 5 ao PTB, 4 ao PTN, 4 ao PSP, 1 ao PDC, 3 ao PR, um ao
PL, um ao PRT e um ao MTR/** Em algum Estados sem candidato único da
direita, a riste orgânica foi obrigada a apoiar mais de um candidato contra as
forças nacional-reformistas. Dos muitos candidatos apoiados aos governos esta-
duais* vários foram derrotados pelas forças nacional reformistas» apesar de todo o
esforço da dite orgânica. Os derrotados foram Paulo Ncri (AmasonasL Leandro
Maciel (Sergipe), o General Edmundo Macedo Soares (Rio de Janeiro), José Boni-
fácio Couimho Nogueira (São Paulo), Fernando Ferrari Rio Grande do Sul, que
í
perdeu para lido Meneghettt, candidato também apoiado peto IPESUL) e Joio
Cleofas (Pernambuco), Os beneficiários eleitos foram Virgílio Távora, do Ceará.
ck Ministro dos Transportes na gestão dc |oio Goulart, apoiado pda coalizão
PSDUDN, Antônio Lomanto Júnior, da Bahta, e lido Menegheltí, do R» Grande
do SuL cw
Dentre iodas as campanhas, a de maior repercussão, pela publicidade que
recebeu e pelos altos interesses em jogo, foi a de Pernambuco, na qual João
Cleofas, candidato conservador ligado ao consórcio de urânio, Orquínw S/A.
concorda contra a candidatura de Miguel Arraes, líder regional nacionahrefomiis-
(a de considerável projeção nacional e candidato em potencial, em 1965* à presi-
dência da República. Nos círculos conservadores, con siderava-se a derrota dc
Arraes como dc suma importância. Os elementos de direita do centro sul do Bra-
sil perceberam clarimente os perigos apresentados por Arraes e seu movimento
e tentaram afabálo desde o início. A sua arma era o 1BAD. que desde o prin
cipio da campanha estabeleceu comitê deiioral em Recife. Coronel Àstrogildo O
Corrêa, do 1BAD c líder da Frente Patriótica Civil-Militar, coordenava a Promo-
liem S.A, de Pernambuco e sc encarregava da campanha do candidato da direi-
3*
ta.
1
Cid Sampaio, o governador em exercício, que orientava a campanha de [cão
Cleofas, designou um de seus cunhados para atuar como intermediário entre o
ÍBAD e as forçií nnti-Arraes, prõ-Cleofis. O apoio a Cleofas^5 foi subvencionado
pelos fundos provenientes das companhias dc petróleo Texaco e Shell, dos grupos
farmacêuticos Pfizer* Cíbn, Gross» Shering. Enila e Haver, dos bancos Nacional do
Norte, Irmãos Guimarães e Novo Mundo* das instituições e companhias comer-
ciaisHcrmin Slolz e Lojas Americanos, do grupo têxtil Tecidos Lundgren, das
companhias alimentícias Coca-Cola e Stândar Brands e ainda da General Electric
Co., da IBM, dos Perfumes Coty, da Rcmlngton Rand, da Companhia Siderúr-
gica Belgo-Mlneira (dc suma importfinciu mia operações do golpe no Estado dc
331
Minas Geraíi), d* Companhia AEG dc Eletricidade t da Federação Comercial do
34*
Recife
A investida decisiva na estratégia pira neutralizar Arrue* seria jogar Com
1
o lemor ao "comunismo arcu' ahmcniado por mui los católicos das classes médias
,
c baixas, que como ji foi visto, era a marca da açlo de propaganda do complexo
+
Clcofav rcccbtu também apoio para a sua campanha de mídia, feita através
das emissoras íocab dc ridíc tRádio Tamandaré c Rádío Clube), da TV Canal 6
c do Diário de Pernambuco?** ainda o apoio dc intelectuais ik direita, como
c
Gilberto Freire, que denunciou Ames
por ter aceitado apoio comunista, Outras
técnicas menos lutn eram usados, jogando com o arraigado icmor ao comunismo,
t)i apoiadom dc Clecfo» fizeram i montagem de uma réplica do Muro de Berlim
no Edifício Sulacap inc centro comercial de Recife), com a finalidade de sugerir
o que o futuro aguardava i população se Arraes fosse deito. Distribuíram-se
gravuras que montra vam Arraci ajoelhado, rezando çom um terço na mão, de
que, em lugar da tnu. caiam dependurados um martelo e uma foice, O Diário
de Pernambuco divulgou um artigo revelando que Arrscs fora convidado para
almoçar na cava dc prefato de Tombe. Quando entrava na casa do prefeito,
'miitenovamenic caiu um quadro do Sagrado Coração dc Jesus c quebrou-se
tm pedaçm O coJuniiia, então, publicou um poema que sc referia a Armes
como ü 'orni-Crmo^ t o artigo dizia ao leitor sobre os esforços dos residentes
dc També para cxorcuar o espírito do mal A campanha atingiu o seu auge no
dia das dctçõei, quando o üiârio dc Pernambuco reproduziu cm página inteira
11
uma charle que mostrava Amei construindo 0 ieu próprio "muro de Berlim ,
332
comunista e muito especificam ente alguns filmes que mostrissem condições na
,J
Cuba de Fidel Castro, material este que efe muíto eficaimcnte poderia us*r"
Os funcionários do Consulado Americano prometeram a Joio Cíeofas "Fazer o
possível para encontrar qualquer desse material disponível" e des fizeram enfá-
ticas recomendações ao Departamento de Estado americano de que tais filmes,
possivelmente montados a partir de noticiários e sem atribuições de fomes, bem
como os desenhas animados [deveriam] ser enviados dc imediato [para] Recife
para uso na campanha". Enquanto isso, os Funcionários do Consulado estavam
Fazendo chegar à organização de Clecfas "substanciais quantidades [de? desenhos
animados anticomunistas, livros sobre Cuba e panfletos a respeito de Berlim*'.
11
"Contudo des chamavam a atenção do Departamento de Estado para o fato
,
2 **
de que "nada tem o apelo popular imediato dos Filmes."
A campanha ami-Arracs teria talvez chegado ao fim vitoriosa, nio fosse o
candidato adversário, o desprestigiado Cleofas. que se permitiu ser fotografado
durante a sua campanha, assentado na varanda da sede da sua fazenda de piam
tação de cana, usando botas e mostrando- se ao mundo como um antigo dono
57
de escravos. ** Ele nio tinha nada de construtivo para dizer além de sua linha
anii-Àrraese anticomunista c, pior ainda, sob o pomo de vista político, era
popularmente identificado como o candidato apoiado pelos Estados Unidos e o
4
representante do reacionário e corrupto sistema de ‘coronéis". Não obstante
parecessem intermináveis os Fundos disponíveis a Cleoías t o apoio da mídia
porde recebido, Arraes conseguiu assegurar a sua importante vitória, por pouca
margem de votos, Ermírio de Morais obteve a suã cadeira no Senado e Francisco
fuííão. o líder das Ligas Camponesas, Foi deito deputado federaf 0 bloco na-
ciomd reformista de Pernambuco alcançara significativo triunfo, 0 tBAD fechou
o seu escritório em Recife, porém o cunhado de Cid Sampaio c os empresários
ligados iio IP ES por intermédio da Associação Comercial de Pernambuco manti-
veram as Forças an li- Arraes intactas em termos organizacionais." 71
Devc*sc ainda mencionar entre os influentes beneficiários do apoio financeiro
da orgânica c os receptores dc assistência técnica e administrativa, com
elite
os quais foi estabelecida ação política coordenada antes e depois da eleição; 775
no Estado da Guanabara, os deputados Hamilton Nogueira (UDN), Eurípidts
Cardoso de Menezes (UDN)< Aliomar Baleeiro (UDN), F. Santos do Amarai Neuo
ÍÜDN), o General Menezes Cortes (líder da UDN na Câmara dos Deputados
durante a gestão de [ãnio Quadros até o finai de l%2, quando faleceu), Arnaldo
Nogueira (UDN), Maurício Joppcrí (UDN), o General furãey Magalhães ( candi-
dato udenísía ao Senado), Lopo Coelho (PSD), o Coronel Danilo Nunes (UDN),
o General fuarez Tâvora (PDC). Raul Brunim (UDNh o governador Carlos La-
57
cerda (UDN) e Theófilo de Andrade ’ Em Minas Gerais, dos quarenta e õito
depurados eleitos, 14 foram apoiados e suas atividades políticas articuladas
através da rede ÀDEP/ÀDP, Receberam assistência os seguintes políticos: TcÓfjlo
Pires (PR), Abd Rafael (PRP), Celso Murta (PR). AéciO Cunha (PR), Elias
de Souza Carmo (UDN), Guílhermino de Oliveira (PS D)/ 74 [osé Bonifácio
(UDN), Mattod Taveira (UDN), Gemido Freire (UDN), Nogueira de Rezende
(PR), Qrmeu Botelho (UDN). Oscar Dias Correu (UDN), fosé Humberto (UDN),
o Padre Nobre (PTB), o Padre Vidigal (PSD) 7n Foi voz corrente que Francelino
Pereira (UDN) c Gzanmt Coelho (PSD) tenham sido receptores de fundos do
complexo IPES/IBAD/ 7 * Além disso, a ADEP entregou & Aríhur Bemardes Filho
333
(clt próprio importante contribuinte do IPES c presidente do Partido Republicano)
1 ”
i soma de milhões de cruzeiros para a campanha eleitoral do seu partido.
3
Ademais, tvan Hasslocher assinalou que mantivera "entendimentos” sobre a cam-
panha eleitoral com o governador de Minas Gerais José de Magalhães Pinto,
irm dos líderes da UDN*
ÍTl
Em Pernambuco, a clíte orgânica ajudou sete candi-
datos a deputado federal e trinta é um a deputado estadual, O
IBAD assistiu
os deputados federais Costa Cavalcanti, Augusto Novais, Aíde Sampaio (irmão de
Cid Sampaio), Monsenhor Arruda Câmara c Aurino Vaíots, degendo-se todos.
Apoiados, ainda, foram ]osé Lopes dc Siqueira Samos (da Usina Ribeirão Estre-
JEana,que nio conseguiu se deger), Nilo Coelho, Dias Lins e os deputados esta-
duais eleitos Amónio Corrêa Oliveira. Felipe Coelho, Suetone Alencar, Olímpio
Ferraz, Francisco Sampaio Antônio Luiz Filho, Dreiton Nejaím, Olímpio
Filho,
Mendonça, Antônio Barreto Sampaio, Elias Libánio, Adauto José de Mello, An-
tônio Firiii e Audomar Ferraz^ No Rio Grande do Sul, segundo o senador
Daniel Krieger. nas eleições de 1962, a centro-direita constituía uma coalizão
que recebia i abreviatura de ADP (Ação Democrática Popular). Ela com-
preendia o PSD, a UDN, o PL, o PDC e o PRP™ lido Meneghetti, que se
tornou o governador do Estado, enfatizava que a indústria e o comércio locais,
sob a égide do IPESUL, contribuíram para a vitoriosa campanha/-'* 1 Encontravam-
se entre outras figuras políticas apoiadas nesse Estado; Clóvis Pestana (ex-Mítmiro
do Transporte de Jânio Quadros), Raul Pilla. líder do Partido Libertador, o depu-
tado federa! Daniel Faraco (PSD), o Coronel Peracchí Barcdlos (PSD), Euclídcs
Triches (PDC), Cid Furtado, Luciano Machado e Rubem Bcnío Alv«.
Entre os demais políticos de outros Estados, que também receberam o apoio
dft dtte orgânica, athavam-SC:
334
No Rio de Janeiro, a$ seguintes figuras políticas bene fiei aram -sc desse apoio:
o cxdnlegralíslu Roymundo Padflhu, Duso Coimbra, Edilberto Castre, Napoleao
FontentiU? c Amoral Peixolo, presidenie do PSD. Foram ainda denunciados pelo
mesmo motivo Chagas Freitas, político clienEdUta do PSD da Guanabara e pro-
prietário do complexo O DiuA Noitela, c Ndson Carneiro (PSD)* M Em São
Paulo encontravam-se entre os beneficiários: Àníz Üadru. Arnaldo Cerddra, Her-
N
bert levy (presidente da UDN), Mário Cüvíu, o Padre A, Godinho. fosá Mcnck f
Antônio Felidano* Carvalho Sobrinho, Celso Amaral. Cunha Bueno, Dias Menezes.
Dcrville Alegrei li. Hamilton Piado (diretor da Cia. Antártica de Bebidas). HékíO
Maghenzani. José Henrique Ttirner (diretor <la MAFERSA), Lauro Cruz* Nícolau
Toma. Tufic Nassií. Yukiãhiguç Tumura c Ranieri Mizziti» presidente da Câmara
dos Deputados.
Em termos concretos, Orgânica sc mostrou capaz de reunir a centro-
a eliic
direita do país, Muito embora houvesse recebido apoio maciço do
a centro-direita
bioco de poder empresarial e a interna campanha ideológica exercida junto h
opinião pública, quando a poeira eleitoral se assentou, evidenciou ^se que o equi-
líbrio político oscilava a favor das forças populares nacional-reformistas.
Em São Paulo, a elite orgânica sofreu uma derrota estrondosa de seu pro
grama rfiodernizanie-conscrvador* quando o candidato populista Âdhcmar de
Barros se elegeu governador do Estado contra as candidaturas de Jânio Quadros
e José Bonifácio Coutinho Nogueira. O Esiatfo do Rio de Janeiro elegeu para
seu governo um candidato do PTB Batfger da Silveira. Leonel Brizola, apesar
r
votos lotais válidos, obtidos pelos partidos mais importantes, ilustrava a queda
das posições de centro-direita. PSD reduziu-se de 22% em 1954 para 15*6%
G
em 1*62, a UDN
decaiu de !> para 11,2% e até mesmo o PTB sofreu
r 6%
redução de 14,9% paia 12,1%. Alianças partidárias cresceram de 25*7% para
41% e os votos em branco se elevaram de 4 8% para 15*1%**** Em termos
t
335
alianças. O PSD recebeu 119, das quais 40 foram ganhas por meio de alianças
c a UDN recebeu 97, das quais 42 também obtidas através de alianças.***
O IPES conferiu às eleições seu devido valor. Em novembro de 1962, o
General Golbery procurou iodos os meios de fazer uma análise acurada dos
7
resultados,** Da conclusão, o mais importante foi o fato de que, não obstante
us esforços maciços da elite orgânica, havia uma constante tendência esquerdista*
trabalhista do eleitorado, ao passo que o Executivo, a fim de levar à frente suas
reformas, tentava um direto ando à$ massas para contornar o efetivo bloqueio
do Congresso pelas forças modemízautê-eonservadoras. Se mudanças no Estado
que satisfariam o bloco empresarial tivessem de ser feitas, elas feriam de ser
Impostas, Uma solução militar raroava-se inevitável para os interesses multina-
cionais t associados.
As enormes somas* jamais vistas, gastas pela rede IPES/IBAB/ÀDEP/Pro-
niotion S.A., pelo menos o equivalente a uns 12,5 milhões de dólares, possivel-
mente a tá vinte milhões* levantaram suspeita geral concernente à nacionalidade
e aos objetivos políticos dessas contribuições e licitaram demandas de inquérito
em suas atividades,*** Além do IBAD, publicamente denurt-
disso. as tentativas
dadas, de alterar o cursq das eleições de 1962, em forma de apoio financeiro
ilegítimo ao General Magessi. de direita, contra outros candidatos para a presi-
dência do Clube Militar forçou o Ministro da Guerra General f air Dantas Ri-
beiro a se reunir aos parlameniares do Congresso que exigiam uma investigação
das atividades do complexo IPE5/IBAD.
UÍ Uma Comissão Parlamentar de Inqué-
rito foi instaurada em 1963 para averiguar as atividades e fontes de fundos da
rede TPES/ÍBAD/ADEP e investigar as alegadas irregularidades nas eleições
de 1962, O presidente do IPES, João Batista Leopoldo Figueiredo, quando cha*
medo para depor diante da Comissão Parlamentar dt Inquérito, declarou: "Elei-
ções sao uma manifestação do pqvo que assume o seu mais sagrado direito de
escolher os seus representantes. Tá dissemos e voltamos a afirmar que ú ÍPES
£ firmemente contra a pressão do poder econômico privado ou do governo, A
compra de votos, a pressão económica sobre os eleitores ou candidatos* o mono
3
pólio de meios de informação etc. são práticas antidemocráticas." **
De certa forma, desde o seu princípio, a CPI demonstrava irregularidades,
pois pdo menos cinco de seus novç membros haviam sido beneficiários desses
fundos secretos/ 11 Apesar de (aís irregularidades, as investigações puderam revelar
que o IBAD haviam rido responsáveis por um processo
e suas linhas auxiliares
dc corrupção CPI fracassou em estabelecer ligações entre
eleitoral. Entretanto, a
O IBAD e o IPES por tréi motivos: por fontes financeiras comuns, pela partici*
pação de um mesmo membio nas duas organizações ou mesmo por ação com
junta/* Em setembro dc í9Ó3, o Presidente Toão Gouíart assinou um decreto
1
336
1BAD/ÀDEP havia conduzido alé o período da investigação. Um decreto dc
outubro dc 1965 finalmcnte fechou o* seus escritórios. Dc qualquer forma, por
essa ocasião, grande parte dc seus ativísias estavam integrados ã rede do PES. I
Conclusão
Apesar de sua rica ação política nos vários setores de opinião pública e
de suas tentativas de reunir os classes dominantes iob seu comando, o complexo
IPES/IBAD mostrou-se incapaz dc, por consenso, ímpor*se na sociedade brasi-
leira. Logrou êxito, entrei anto, através de sua campanha ideológica e política,
em esvaziar o apoio homogéneo ao Executivo c foi capai de estimular uma reação
generalizada contra o bloco nacional-reformista.
As atividades realizadas por grande número de membros t ativistas ligados
ao complexo IPES'IBAD pelos quatro cantos do país foram estrategicamente
coordenadas no Rio de Janeiro, Os vários Grupos de Estudo e Ação do IPES
desempenharam papel fundamental na preparação, coordenação e implementação
das diferentes atividades ideológicas e políticas (Vide Apêndice á), complexo O
IPES/IBAD agiu isoladamente e em associação t tom a colaboração de um
grande número de organizações e grupos paralelos locais. Ele também colaborou
e recebeu o apoio de organizações, agendas e indivíduos estrangeiros.
Como foi visto, os esforços da elite orgânica alcançaram resuí lados mistos
com a exceção de sua influência entre as
nas diversas áreas de ação e, classes
médias, o complexo IPES/IBAD sofreu forte resistência e até mesmo derrota
cm outros setores. Essas derrotas ou êxitos pardais ficaram evidentes no movb
mento estudantil* onde ele estimulou a formação de organizações e grupos para-
militares de direita. mas mostrou-se incapaz de deter as tendências esquerdistas
na União Nacional de Estudantes.
No setor camponês e entre as classes trabalhadoras industriais, o complexo
IPES/IBAD conseguiu estimular as organizações e sindicatos de direita existentes
c mesmo criar novos grupos úteis a campanha para adiar a solidariedade e
consciência de classe. Contudo, cm
última análise, ele foi incapaz de bloquear
a constituição de organizações de purie nacional, de orientação esquerdista entre
os camponeses e as classes trabalhadoras industriais e a consolidação dc uma
liderança nacional da esquerda trabalhista.
Alcançou sucesso pardal no campa eleitoral, com a eleição de um grande
número de políticos conservadores pertencentes aos partidos de centro- direita para
as disputadas cadeiras da Câmara dos Deputados e do Senado^ como também
337
:* a
pera o governo de alguns Estados. Contudo, não foi capaz de conter a ascensão
dc polui cos pertencentes à Frente Nacional Parlamentar, bem como não conseguiu
tmpedir a deiçso de algumas figuras muito influentes do bloco nacionabrefor-
mista. Ademais, o complexo IPES ÍBAD não logrou êxito em impedir que ê
integração das várias forças da esquerda trabalhista dentro do movimento esfu-
dantil, da classe camponesa, das classes trabalhadoras industriais e de políticos
nacional -reformistas chegassem auma Frente de Mobilização Popular, cujas inci-
pientes atividades foram ãbruptamente interrompidas pelo golpe de 31 de março
dt 1964,
No entanto, as atividades políticas do complexo IPES/ÍBAD foram de sumo
importância na realização da crise do bloco histórko-popu lista. Elas estimularam
uma aunos/era de inquietação política e obtiveram êxito em levar it intervenção
das Forças Armadas contra o "caos, a corrupção populista e n ameaça comu-
nista". Como
será visto, o IPES conseguiu coordenar t integrar os vários grupos
militares,conspirando contra o governo, c* dc certa forma, proporcionar o exigido
raciocínio estratégico para o golpe,
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
para evitar os erros do crise de agosio de Paulo FREIRE, Ptidagôgy of ihú Qpprt*
mr. JPE5 CE, * dc junho de 1562. j cd. Grã Bretanha, Pcnguin Btioks, 175,
ícj Paulo FREIRE, Cultural actfan fot
5. Tdcgrifni do Embaixador Lincoln
frteéam Grã-Bretanha, Peitguin Books,
Gordo n *o Departamento de Estado, 22 dc J972, ídj Paulo FREIRE, Extensiôn o co>
maio dc (961, n. 2275 "Conspiração aiutl mvMcadâit? fa convicnliiuciàn an c/ titfr
í li pica mente buxUtiri» nlo sendo unifí-
dio rural México. Síglo XXL 1979*
cada e lendo a prcsmçs dt um cxccito de
poiíívcíi jjdcrtr EnlicLorHç, lücjov 01 gHJ- 7. Sobre u parllcipução política tlpj estu-
PQs dc que sabemos reconhecem n necessi- dantes c Uma tmióríu do movimento eslu-
dade dt qualquer movimento abranger to- damií, ride: ta> AriJiur José P0F-RNER.
do o piíi" Eu dbvio que o Embaixador O podar jovem: hhtârla da participação
Lincoln Cordon estava dente dor esforço* polUtCü tíot rifu dantes brasíVciros- RSt> dt
para depor ). Goulart i força. Vide iam- Janeiro, Civilização BroiJcíft, 1963. (b)
m
MflrâKtc M FORAtHL O estudante t s que o IPES supunha confuso». em face da
transformação da toe iedede brasileira São dcsestnituraçio de grupo i estudantis de
Paulo. Companhia Edilcrp Nacional. 1965. direita no Rio de Janeiro. Lo amou- te
(c) hrytft WEDGE- Problems in dialcgue; também a quertão de que o movimenlo
BrasÜhn umversity itudents and íht Uni- eontri a UNE, que tiver* multados mlv
ted Stattt Princeíon, New Jereey, Insiilu- los nas eleições regionais e nacionais, bem
it for the Sludy of Nmicnnl Behavioor* como a campanha de denúncia através da
1964. td) Leonsjrd D, THÊRRY* Op> cií. mídia, nid poderia morrer após as elfi-
ê Apemr de 01 estudante* da UNE e da
iões JPES CD * 21 de agosio de 1962,
AP promoverem
reformas uni versii árias !6 + IPES CD, 27 de novembro de 1962-
porque era que Estavam seus interesses,
14
17. FPE5 CD. 3 de abril de 1962* Gilbert
des compreendiam os limiles da ''situação
Huber Jr*
universitária'" e das possibilidades abertas
ppf et a. Compreendiam que ã« relações so- IS. Sobre d papel anterior de Paulo Egy-
eiais e políticas eapeciTicas no ambiente 4)0 Martins no movimento estudantil, vide
universitário eram também manifest ações A L FOERNER.
+ op, cií. p. 190.
de relações poííiicés e sociais mais amplas 19. IPES CD* 27 de novembro dc í%2,
na sociedjide nacional, estabelecendo assim Maurício VjlJda,
ligações reais eníre a reforma universitária
20, IPES CE. 31 de julho de J962,
C a irftns formação gerai da sociedade, tk*
fflwo 1ANNI. Crisis in Brmil. New York. 2L IPES CE. 12 de junho de l%2. Ha-
Columbia Univ, Press. Í97G, p, 108, rold C. Polland.
9 A í, POERNER, op ctf. p, 200-1, 22. ía> R ROJAS. op. cii. p, 74. <b> P.
que fôt aceito pela liderança do IRES. O duiltt do Equador^* porque Quito* como
íoi visto anicfiormeme, era a base dc uma
líderCoimbra Bucno enfatizou a necessi-
organteaçia congênere do IPES. {a> Ata
dade dc o IPES assumir n Função de co^
do IPES,de novembro de l%2. (bj
21
ordena dar. mas oâo fazer excesso de coisas
IPES CD* 27 dc março de 1962*
de forma direta. IPES CD, 21 de agosto
do í%2* 26 (a> IPES CD, 13 de março de l%2*
(h) Robert Q« MYHR. Broztt. In: EMER-
IV No final de agosto de 1 %2, focrifaQu-
SON, Doiinld K ed. Siudents and potiiks
sc a discussão cm torno da proposto de
tu dtívthpin& nattons. London. Fali Mall
Huruld Potlondí n organização de um co
Press. I%8. P- 276.
mntido de professores c estudantes pura o
,r
reorien(ução"
f
política dos universitário** 27, IPES CD, 3 de abril dc 1%2 +
339
2t IPES CE* 26 dc julho dc ml* 36. IPE5 CD. 22 de outubro de 1962 Slo
Paulo, por sua vei. gastouum mínimo de
29. JPES CE, 31 ík julHo dc 1962, Towí
500000 cruzrira por mes no setor uni-
Rubem Fonseca Alberto Cario* Mcntro
versitário: para a formação de liderei
mo proprieliro do Céloniíírio Moreno
tudanlis, pelo menoí mais 1. 100 000 cruzei-
30. Apoar dc 0 General Cdbcr> raptei ras por mês. O IPES guiaria no "setor
ur onmumo cm lua visão d» situação em universitário*** até agosio do mesmo ano,
Slo Paulo, uma %<t que reruliadcs positi- pelo menos mais 1 1.000.000 de cruEcitoi-
vos haviam udo obtido* no üier nfuditi- Eascs valores nâo incluem as quannas des-
4 1 1 . no ímal de 1962. Cindido Cumk de tinadas para atividades estudantis cm orça-
Paula Machado foi obnfado a concluir me mos paralelos, nem contribuições para
que a íirujvão feral era grave, pnncipal- metas específicas. IPE5 CD. 22 de maio
mente no Rio de Janeiro, coftsíderando-se de 1963, fcào Ba p tis ta Leopoldo Figueire-
as dníitori^cu c resultado*
tendências do.
daj eleições na PUC-Río e em Outrc* lo-
37 . Rtbiófio das alividadm do IPESSãO
ciei IPES CQ „ 27 de novembro de Í96X
Paula, 1963,
It IPES CE I de outubro de 1962.
>8. IP ES CE. Slo Paulo. 03 de janeiro de
32. Telegrama ao Departamento dc Eita- 1, Ely Cou linho.
do, enviado do Rio dc laneiro c dc Era
tília, por DinicJ M Braddock. Cônsul du 39. (a) Ata do ÍPES. 15 dc novembro de
Estados Unidos cm São Paulo Rascunha- 1962, íb) JPES CD, 19 de novembro de
do pelo funciona no da Embaixada Dilua 1963 (c> IPES CE, 31 de janeiro dc 1963-
C. Propcr 16 dc acosto dc 1963. p ? Ar- iâ\ N- BLUME. op, cií p 2}? t 233. O
quivo* JFK. NSF O telegrama iipniricaii- IPES apoiava a revista Sintne do Dr Ru-
vamcnie tinha o cabeçalho. estudam es de
’
bem Porto, número, e
subsidiando cada
renetântíaa comunicai vencem tkições na- fornecia uma de pessoas para quem a
lista
um rcirilo convincente deles próprio* co- da mais suave pelo falo dc muitas dessas
mo sendo dç tendência centrista, reformi*- organizações serem operações dirigidas pe
ta c fcnu mamente democrática. Tiveram lo IPES. Um recibo dc 390.000 eruietroí
muita dificuldade em conseguir um voto por 3.500 revistas i mencionado no IPES
icquer, apesar de um grande numero doa CE, 19 de novembro de 1962-
dc kg ides presente! ínío a maioria} possi-
40. IPES Ch Gr Sio Paulo. 04 de ouur
velmente ter umpilLíamc deles Mui [os
bro de 1962. Discutiram ie na reunião "ir-
não ousar am votar para a chapa chi minar
regularidades" no acordo com a Universi-
um requerimento para a sua apreseniação.
dade Católica. Qs presentes foram também
Legal mente. eram nrecuíriu cinquenta
ai u na lurai para que ela pudesse ver ofi-
informados pefo Dr SantinchE de que o
Instituto ao qual o Centro de Documenta-
dtlmenlG aprete ntida Os organizadores
conseguiram apcnai cerca de quarenta ção pertencia já havia sido criado Com rt-
Forjaram o rtiio, coRKfgmndo que a cha- Itçio ao* ireimembros da Comissão pro~
pa fosse aceita airflvíi dc artifícios" (*} posfof pda Universidade, Manoel Ferreira
Daniel M. BRADDOCK ibid t p, | {h) |.
e Marola Rangel já haviam irabalhido com
340
42. IP ES CE t Sêo Paulo, II de dezembro fredo. Rio de Janeira, 25 de outubro de
dt 1962, Pfluío Afta Filho, 1962. Vide Apènákc 0.
43. 3PE5 CE e th. Cr. São PatíK 08 de 58 . Carla dc Heitor dc Aquino Ferreira.
janeiro de 3961, PaüÍo Edmur de Souto íd.
Queiroz.
59. A Editora Globo era a maior cm «ru
44 - IPES CE, Rio, ÍO de dezembro de género no Rio Grande éo Sut. sediada em
1962. O IP ES também üsLavo ligado a ou- Porto Alegre.
tro centro profissionaL o lRE$i t qt*e fazia
60. Carta de Heitor de Aquino Ferreira,
pesquisas para de,
ibid
45 + CprÉB ao IPES de A. Vcnijicto Fi-
[4)
6í- N- BLUME. Cp «í. p. 215.
lho. 11 de dezembro de I%2, tb> IPES CE.
Rio. 06 de dezembro dc 1962. 62 Sônia Scganfrtdc rttlmiBria, mais tar-
de, de iey recebido apenas 420.000 cruzei-
46 Relaióno do IPES 196 J. p. 2*
ros como pjpamtmo- Cana de Sônia Se-
47k IPES CE. São Paulo e Ch. Cr. 31 dc ganíredo ao SNI Rio de Janeiro, 19 de no-
janeiro de 1963. Alé a mobília pertenci* vembro de 1965 p 1-2* Arquivo do IPES*
ao IPES, Rio de íanetro,
48* IPES CÊ, São Paulo e Ch Cr 31 de 63. J. Knippcr* BLACK. op. eir p. 99.
janeiro de 1963 0 ÍPES gastava mait de
64. Aflmdo Lopes CORREIA- A tenquiv
600000 cruzeiros por mç$ nem atividade,
ta daj ciasses médios pera a ação pQÍiíi
49. IPES CE, 21 de maio de 1965, ctt tm grupa. Posíthm paper para dbcvs-
30. Reunião Gera) do IPES. Sio Paulo, são em reuniões do CE e do CD. Rio de
04 ât outubro de 1962. Janeiro, 1962. Arquivos do IPES, Rio de
Janeiro.
31. ÍPES Ch- Gr São Paulo, 05 de junho
de l%2. 65. Uma obscura do que
fioçio bastante
se pensava o regime e o Partido
ter sido
52. IPES CE e CD, São Paulo* 20 de no-
lustkialuta dê Perõn e do qual leão Gou-
vembro dc 1962, Para este plano, a subven-
tart fera retratado, inkialmeme. por Car-
ção exigida era de 1 ,200.000 cruzeiros
los Lacerda, como a sua verslo brasileira-
53* Ai a do IPES. Sio Paulo, 20 de no- Jcãc Goulart foi acurado pelos itivütss do
vembro de I962 J. Ely Coutinhü,h complexo 1PES/IBAD de conduzir o país
54, ÍPÊS CD c CE. São Paulo. 20 de purt uma "República Sindicalista".
nfr
vembro de T9&2, 66. Arlmdo L CORREIA op. <iL p. M.
55- IPES CE. 19 de novembro de 1962. 67. A
questão dos movimentas paralelos
Pira manter as aparências, pediu se ao lí- era importante para o IPES Em abril de
der do IPES. Coimbra Bueno, quê se ms* 1963. Hélio Gomide. Hardd C. Polhnd e
CTtvejsc formal mente no IPES para parti- f. Rubem Fonseca discutiram q assunto,
do trabalho da FundoçiO- abordando o significado abrangente da m
J
cipar
56. Pira uma visão geral do papel da tegração" deniro do IPÊS e enfatizando os
FNR, vide A. J. PGERNÊR. op. eis. etp- voqugtns de se organizar certos categorias
9. sociais, cerno as associações de paia e mes
trts tão necessárias na formação de uma
h
Heitor dc Aquino Ferreira a Sônia Segam ação da dite Orjâflka. IPES CD. Rio. 27
341
entre Oscar de Oliveira, Eurico
ouiroí,
de novembro de 1962 Hélio Gomide. Hé- ,
Hotéii do Rio de Janeiro [lie]. Os hotéii Coimbra Bocno. Oscar dc Oliveira tomou
do Rio poftfuiim um movimento diário de parte na disseminação dc material antico-
II OQO pcifOii que poderiam Kr o *Wo de munista, como as Corfilhau Brasileiro*,
Cempinhu do IPE5 um* veí que K * op*- Nosso* Moto e Set/í Remédios, ni publi-
TI. IPES CE, Rio, fl de junho de 1962 uma questão fosse levantada através da
O Rearmamento Moral não era uma pno- mídia, seriam recebidas milhares de cartas
342
Mlbjljdmlc do plívisla Sáívío de Aímeida p. 219. ih) P. SCHMITTER, op. df. p
PfíidOr Um semelhante operava em
sçtcr 447. fel Hélio SILVA, 19Ò4: Goípe ou
Sfiü Paul o através de Bfondina Mtirdle$ eottfrú^oípf? Rio dc Janeiro, CiviSiwçio
Olynvpio MOURAO FÍLHO. Memórias: a Brasileira p im p + 319 +
virdinh th um revoiuãonàrio. Rio de Ja- 9L J. Kntppe» BLACK. op. df, p, 81.
neiro, L.&PM, 11376 p. m, 20) (intro-
beirão Preto, utu cerlo Major Fleury lide- 94. Phyms PARKER J964; o papei dos
rnvji uma organijaçuo paralela, enquanto Estados Unido s no goípe de es todo de Jf
uuiro grupo, o FÀC h
estava sob n direção dc março, ftfo dc Janeira, Civilização Br»
du S>1vio Marques MGURAG FILHO, sileira, 1977. p. 109-
oyi. ch p. 219,
95. Santos uma fortaleza 4o Comanda
h
nha da Mulher Brasileira foi discutida na bem uma base significativa do JPES, foi
DF, (a) ÍFFS CE 26 dc julho de 1962. (b) tos sindicais, Maria Paula Caeítno c S\l
I. Kníppcrs BLACK, op. cit p. 72, {cj Mi- Va, uma líder de efkiênçía extraordiná-
guel Arracs Depoimento na CPI sobre o ria. foi a Santos para orgamzjf a mobili-
complexo JBAD/IFEÍL O Estado de S. zação popular. L W. F. DULLES, op* cit ,
343
véi da oposta. P SCHM1TTER. op cit- lhora armai par* i guerra política defla-
221.
grada eonir* * democracia no Brasil- Li.
p
enste a miséria, a corrupção, a explora-
100. Dc qualquer forma, coma um dos li‘
ção do homem pelo homem, a sórdida e
dera druu associações comcfiiou. "ek
cserasiiante distribuição da leira. 0 anal-
for* enlutado foialmeme par da conipi
fabetismo e uma iCr ic dc outros faiora
racaa mditaf trâ mera anies do fala
'
F
que faiorccem o uio da tragédia do Kor-
SCHMITTER op p at *47
dcfic pcU prppAganda eomumsta. As for-
101 Mirta CEHELSKY UnJ *etC rm m tjj comunistas estio em um jogo decisivo
Hrazü lhe manjfrment of fOciài chance pela sua sobrevivência no Nordeste"’,
Bouldcr. Colorada Westvk* Pras, 1979 li^ci rkm&çruttca* fevereiro dc 1962. p.
P 23-42, 12.
102 Mar> t WILKIE 4 rrpoti e>n ne Rjr j o escriior Antônio Callado. Per-
rul symfiearei in Pernambuco Rio de la ojmbuco. no início da década dc sessem
nerro Ccnira dc Pesquisai cm Ciências ia. vra "o melhor laboratório pnra expe-
Sociah. 1%* p *4 Vimeografjdo Pa- rkncib soci*m « o mcíhor produtor dc
ta sana* inirrptxtaçócs da ofgamúçiq idcíav no Btavil'\ Anionio CA H. ADO
nffal sidi tal Podc^rr MORAES P*a- Tempo de At toe*' padres C lOnjtinntás na
ioni Icapra m Braírl fn STAVfNHA- nwahtçüo vem %-fafimiu Rio de fane iro.
GEV Rodolfo ed 4jrrerw*r proèkr*íí and |oiê Aharu. 196* p 20-
peuwnt fMmffírfflíf m Latm Amtnta IfMt Ação fTemoítatictí. f tfwseíi* dç l%2
New Yoi4 Doukkda* 1970 p 4*272 p. II.
lb) Ctmhia HEWITT BrwíJ tbe pcauni
movemcni of Pernambuco íni LANDS 109. M. CEHELSKY. op dL p 44,
BFRGFR A
llrnry ed Latin American 110. V^dc M BANDEIRA O governo
pensam movtmrnn, lihaca, New York, op úL p. 7073. Vide também a Üita dc
Cornclí Univ Press, 1969. p. 37A9S ativistas complexo IP ES /
mil Liares do
103 Ai Fcdcraçòd paimtmadij pela TBAD para o Nordciie, no cap VI 11.
Igreja tinham 2(10000 membros. n ügii 1U. fl ínlcressaníe notar que havia» nos
Cnmpoiteiat tmham 30 000 e o* sindica- argumentos contraditórm do ÍBAD. um
tos cam mclinaçÕÈí para o
Partido Comu- reconhecimento prematuro das falhas bá-
niitt 50000 Cymfüa N, HEWJTT. op. cif. sicas da elite orgânica cm obter resulta-
p. 57*. O» números variam Em 1962. dc dos "poutivoi" na frente ideológica, isto
acorda com ai ligu e com a LLTAB cal- é. conquistar o movimento cnmponcs. A
culava- ic q ioul de fncmbroí m aproxí- Ação Democttíiica escreveu que ‘"quando
madamenic 550000, a LLTAB afirmando lai fundado o núcleo do I B A D os campo-
,
344
-
eap r 8-Í2. (b) Paulo CAVALCANTI. Da ta de direita dc Sao Paulo José Rotta, da
c ohtna Pmtei ú queda dc Armes Slo Confederação Nacional de Trabalhadores
Paulo, Edllora Alfa Orticga, 1978. p. 299, no Agricultura — CONTAG üma H alian-
Em 1963, u AID assinou um eemiratu com ça financiada pelo IPES. la) LPES CE,
a CLUSA estabelecendo escritórios eom Rio, 15 dc janeiro de 1963, (b) J. F. DDL-
fundos regionais. Em: Survcy oj the Adi- LES, op. cit. p. 221.
atice for Ptogress Labor policies and —
programs. 91 st. Congress. US Scniile, 124. T. BRUNEAU. op. cif. p. 8H-9L
April 29, 1969. p. 520 (estudo preparado 125. "Simples aplicação das leis existen-
peto Committce on Forcign Rdatíotis, sfr tes modificaria completamente fl istuação
nado americano c relatório do Comptrolkr de miséria na zona niraV. SORPE, Peque-
General) >
no resumo do movimento sindical ruml em
1 20. Romualdi era um emigrante ilsliano Pernambuco, p. 11. Ciudo ln: T. BRU*
que huviu trabalhado para o Office of In- NEAU, op, cit. p. 92.
tcr-American Àffairs dc Nehon Rcckdul* PAGE.
126. I, A. op. cit. p. 156.
ler durnnle a Segunda Guerra Mundial.
DcsUcoU‘ 50 em sua tarefa dc solucionar 127. Para um rdato do pen'odo + do cená-
345
129 A respeite di íorf* e das frmitiii rai Mor tu achava que i pior síiuaçio
l
era
do irifcaltijsme otgantudo nrac período, a do Estado dc S3o Paulo, por ter um Es-
ta t ju greves rKJ flmrLÍ. Rio de fane iro Ci- k CE, São Paulo, 27 dc novembro de 1962.
ViJiuçio Brasileira. 1 96 > lei Krnneth Paul
Í37 Cartas {a> de Flivio Gilvóo Enno
ERÍCK5ÜN. The Brvzjftan corporasivt
Hobbing São Paulo. 4 de fevereiro de
iwr and norktng BerLelesdau pofrriei
1*63 (b) De F Gatvio para Gabrid lia-
tlniv, cf Cap. 6_
Califórnia Press. E977,
plan, São Paulo. 4 de fevereiro de 1*63,
i4\ Leónoo Martins RODRIGUES. Con-
(cl Telegrama de João Baptisti Leopoldo
flito mduUftoi e sinjica* Ljmo no §rasif.
Figueiredo a Enno Hobbini, 5 éc feverei-
São Paub, DIFEL E966. (cl Leôneio Mir-
ro de 1963 A correspondência do IPE5
im RODRIGUES. Tfábúihadom r ju%di*
para Gabriel Kipbo era enviada x» cui-
fittoi e tndujtnah^pçõc São Paulo, Bresi-
dados do Sr. John Diefcndcrfcr, no Con-
IknK. 1*74.
sulado dos Estados tinidos cm Recife.
HO Em 1961. wmeme em São Piglo. 0 John Dicfcnderfct havia sido Diretor de
número de greves pratícimentc ifuaJou o Planejamento e Programas na mifsio da
número Eotal de fmo
cm todo o Bruil USAfD no Rio de Janeiro c era, cm 1961,
dtt iroí antes, O, lANNl Cruo op. chefe da missão da USAID cm Recife. A
ci* p *4-6. respeito das atividades dc Diefecrderfcr,
34Ó
j4L Guando uma comissão tlc rcprcscii- 146. Carla da Federação dos Círculos
tome» do Sindicoio do* Tnbathidm na Operários Fluminense* iq IPES de Nite-
IndúaUSa de Açúw
de Oricfiíc velo ao rói, 26 de fevereiro dt 1964 4
IPES o fim àt conseguir a entrega ímc- 147. Até 1963, o apoio dado peio IPES
dintíi de um furgão que eles queriam atingia 2.0QQDQÜ de cruzeiros mensais. Dc-
transformar em nmbulünda porn ser usa-
poi* n CNCÜ recebia quantias ainda
da na íorni rurnl, Leopoldo Figueiredo au- maiores, (a) IPES CE/QOl, 2 de abril de
IoHzüU-qí n procurar o chefe de relações 1962. (b) Carta de José Rubem Fonseca
públicas da cm seu nome,
Vollísivggen,
ao Padre VeJioío. £c) O Bifada de S.
[PKS CD e CE, 4 de dezembro de >962, Paulo, 18 de julho de 1962.
Flávio Gfttváo.
143. ía> IPES CE t Rio, 3 <k faitdro <fc
M2 + O ii «ema qlâe Polí and recomendava ÍS63, Josí Rubem Fonseca, (b) IPES CE
para construção de cases populares foi
a Rio de Janeiro, 15 de janeiro dc 1963 Em
aquele desenvolvido pela organízaçAâ Rch janeiro de 1963, Cindido Gmnk de Paula
ckcíellcr c o contacto no governo para Machado, encarregado de um grupo de
esse projeto era, adequadatneme, o potfti- ação para assunto* sindicais, autorizou o
co do PI3C Ftsmco Montoro. então Minis- pagamento mensal de 2.GÜQ-OOG de cruzei-
tro do Trabalho. No inicia de í%2 Moo- ros. Essa contribuição foi aumentada para
toro havia inundado. em um almoço ofe- 23GG.C00 cruzeiros no mesmo mês.
recido pdi Companhia Antártica Paulista,
149* Ação Üemocfúttcú, Rio dc Janeira,
um dos importante* coniiibuimes do IPÊS,
set. 1962, p, 10,
o programa da Casa Própria ísia ocorreu
na 1." Convenção Nacional dos Delegados 150. Açdo Deffíoczfffícff. id r
cussão dc diretrizes t eslava colhendo os mensal de 3.D00 QÚ0 de cruzeiros, aos quais
tcsuhndus positivos do impacto público tinham de ser adicionadas as atividades no
desse sonho popular. Na campanha das Rio dc Janeiro- cm Sèo Paulo- Pematnbm
casas populares, a unidade de Opinião co c nutra* duas chefias regionais sustem
1
senta, itodo-se tornado Ministro da Indús- » governo de Sao Paulo em 1961, perden*
tria c do Comércio em 1967, do para Adhcmar de Birros. Era ligado
347
comzrc iuf mente ao Banco Comercial de loú. IPES. fle/tifdrio de Atividades* 19&3
São Pa ií Io S A-j entre outros I6t. P SCHMíTTER. op> cíl 437,
p
*55. IPES CE. 2 de outubro de mi, ib) J W. F DULLFS ojr cií, p. 20b,
bro do itero, apoiado e patrocinado peto WEISSMAN. Sieve ed. T!ie Trajan horse.
IPES. erao Cónego VandcrfuUcn. do Co* Califórnia, Ramparis Press Reader, 1975.
JégioSáo Norberto de Tiú. também ligado p. Hf.
I rede do IPES- G Cónego Vandernallen "Além disso, a QRtT. íu realidade, for*
fez um resumo comentado da Marer et ma apenas um do em uma vasto cadeia
Sfüfiuro reviudo por Pauto Edmur de de agências c organizações que compõem
Suuu Queiroz e mtmcpgratodo no IPES- a rede imperialista que lenia controlar e
O rCiumo, que parecia fcniiio eficiente co- manipular o irabalhismo latino-americano.
mo propaganda, foi diwmmado entre u Seu* métodos variam e, às vt2ts. parecem
cam *d« mais simples da população O trabalhar pari finalidades contrárias, mas
ÍFES também deu ajudi Financeira ao Pa- o objetivo central continua senda a abato-
dre A quino dimor do projeto do Po-
(ST), mento de movimentos da classe trabalha-
dre Sabóia. IPES CE e Ch Cr., Sào Pau- dora míliiante dc esquerda, e a promoçio
lo, B de janeiro de 1963. Flávto Ciívio e do sindicalismo no estilo norte-americano
José Ely Coutínho O JPES também finan- ou. no mínimo, dc formas crístái amenas
ciava o Padre José Coelho de Souza Set- ou socíaf-da» acrílicas dele, A rede t vasta
to ÍSI), presidente de Àlqijianum, sob 3 c engloba dígitos n,ic tonais c internacio-
forma dc "balsas dc c-siudo", de 50G-000 nais. Uma lista parcial deles Inclui a Ali-
cruzeiros por ano IPES CE, 30 de maio ança para o Progresso c a USAID t a Gr*
èt 1963* ganizjção dos Eslados Americanos [OEA)
e o Baoco Snfcramerieapo de Desenvolvi-
I5Í- Em mato dc 1962. O ÍPES eslav*
mento iBíDí. Internaiiofial Trodc Secreta-
contribuindo com 2QQQXJQQ de írozdrot
riais (ITS)* a AFL*C10, at seçõci traba-
mentóis para ''atividade* trabalhistas" |o
lltbías de todas os embaixadas americanas
rití.
no hemisfério, fundações particulares co-
J5B O
IPES canalizou 1500 000 cruzei- mo a ínfemattonaE Devclopmcnt Founda-
ros pari o SEI. IPES CD SSo Paulo, 22 tion CíDF). o Council on Lotin Amcrko*
de maio dc 1962. João Bspriita Leopoldo ínc, e finalmcmc a CÍA'V Uobmí A.
Figueiredo^ SPÀI.OíNü fr U S. and Lalin American
ísbof: ihe dvnamics of impcrtolist controt.
Í59. No mínimo 500 000 cniiCtros men-
tais para cada iiivídstfe. A informação foi
Im NASH rd * ídcoíogy and social
|.
fomecída por Whdimír lodygensky * dtürtgc in Lutift America, New York* Gor-
*962, <d) IPES CD* Í6 de outubro dc é o maior contribuinte du ORIT, onde in-
1962. icia até 2 mifKõci de dàlarci nrund menic
348
em um fundo pata projetos cfpceiií#* pi' 177 A* mcíM tssenriaíi d* ÀLPRO eram
,
ex-ofkinE inglês deu cxplknçtks cm sua nente dos Roekefellcr Jogo se manifestou,
língua c aprese níou Da ri o Morais, um fer- enquanlo o COMAP caiu em obscuridade
roviário Mugia na c ex-ativista comu-
da com a monc
dc Kenncdy. Davi d RockefeL
nisia na área de Campinas, Estado de São ler intensificou sua ofensiva e em 1%1 foi
Paulo, que, na ocasião, atuava no Rear- formado o Business Group for Latiu Ame-
mamento Moral como vice-presidente de rica — BGLA, sob a sua presidência- As-
seu sindicato. A experiência pessoal de sim. o BOLA substituiu o COMAP e R>
Dario Morais e os fatos c experiências do tkffcllrr substituiu Graee. Como foi visto
ativismo político de direita na área de no Capítulo II* Jogo em seguida o BGLA
Campinas foram discutidos. Um membro ampliou-se como o Councíl oí America
norte-americano da equipe do Keannamcn* COA, c, püsteriümitnie, o Council for La-
to Moral explicou as qutilóes referentes à lÊn America * CL + que também incorpo-
propaganda, inclusive material impresso * rava CEO
membros 4o e do LA 1 C. Tanto
filmes. que foram mtrtgucs ao distribuí’ o COÀ quanto O CLA eram liderados por
dor Lm
Scvcriano Ribeiro* Um certo Ge- David Roclcefelfer. Em meados da década
neral H.Gh limUm participou da dis- de stsscma» o Council representava mais
cussão Seguiu um período de perguntes e de 225 corporações. aproximadamente
respostas sobre assuntos políticos. IPE5 85 *ÍÍ dc todíi *1 corporações tom negôetos
CD r 28 de agosto de í%2. na América Latíoa. mais de 8596 de e lo-
dos os investimentos americanos na
172+ C S. HALL. op. €íL p KL giío- Ca} NA CLA fteporL 1976 . op. cif.
re*
p.
175. (i) L Knippm BLACK* op* ciL p. 1 M2 Yanqui Oofforr The cantribu*
. íb)
256 + íb> Marcelo BERABA & Ricardo tion oí U S prUote itwtstmtni to unúer-
.
174- Roberi F. HQXíE, Trãde umemism CLA, P. Grace mameve uma posiçlo im-
in thc United States. New York* Russdl por* otite dentro do Counc 3 t que continuou
and Rtmcll. 1966. p 45* r
a fornecer os representantes comerciais pa-
349
,
Fundi for Ifticmiisonil Social and Econo 1*9 S ROMUALDI. úp. dt p, 141, I,
op. cif. p. SSL De faio, a AID foi criada rtemocriiica êt governo, o stsiema capita-
lista e o bem-estar geral do indivíduo"*.
quase paralriamemc ao ÀlFLD, a 5 de no
Vem br o de 1961. A USAlD havia sido cri*, Continuou d rendo que o AIFLD "é um
í
da pck> Forejgn Auiiianct Àct (Aio de As- exemplo proeminente do consenso nacio-
nal trabalhando dc forma efetiva para o
sistência Enema} dc 1961 e aproada pc-
n r rose dos Estado* Unidos e para cs me-
to Congrao Americano rtn setembro dc
i i
350
196, V. J, Frcilas MARCONDES, The rc- cisco Lida,, 1965, p. 10-13* 47, 57, 76-7 e
voluiíon of Inbour Icgislnlion Sn Bra7.il, In: 121
SAUNDGRS, |ohn, cd, Mmkm BratiU 203. E. METHVJN. op. ClL p, 28.
neir paitvnts and dcvdopmmt* fLU.A.,
Univ. üT Floridn Press* 19/1. p, 152,
203, W r
C. DOHERTY, Citado Ini L
SÍEGEL. op . cif. p. 1 31-32. A respeito de
197 + Opcrnvn (ambém 11 centros sindi- outras atividades do ÀJFLD depois de
cais cm cnpJtuis lullno americanas,
<f
tervSn* 1964, vide Emest GARVEY Mcddling fn
1
d '
19 países. Oraiih rhe CÍA bunglcs cm, tn: Common-
|^R h R. RODÜSH, o/J. cft. p. 421,
wcqL s. I. February 9, 1965, p, 553-54,
fice (Escritório de Assuntos Inter AnierU partidos políticos através do» membros de
canos] durante n guerra, AtJhcmar do Bar- sua liderança regional c nacional que. em
res falou-lhes de planos que estavam "cm muitos casos, eram filiado» u ativistas do
andamento paro mobilizar contingentes complexo IPES/IBAD. O IPES também
militares o policiais contra qualquer tenta- organizou um
encontro de par lime ni im,
tiva de João Goulart dc estabelecer um cm marco de 1962 no Hotel Quitandinhi.
controle ditatorial o través da força", Fric- em Peirópolíl, que serviu para coordenar
lo 0 Uomuddi
resolveram informar o cm- os tiíorçQ» da bloco m cd emitais te^conser-
v fedor Estavam encarregados de organizar
baíxador americano Lincoln Gordos i *«-
pcilo tf o que disse Adhetnar de Barrov
reunião oa ativista* do IPES Àngdo Mo
raii Cerne e Mader Gonçalves.
Romuaidí também escreveu algumas notai
para ü Adido para Assuntos Trabalhistas, 206 . O complexo IPES/IBAD também
fòhn Físhbum. Outros contactos regula- uiilixou sc de influencia pessoal em rela-
201. Quirc pclego apoiado pelos Es lados ria trazido pera o cenário de elaboração
Unidos era Hélio Arnújo, líder sindical em de diretrizes como observador ç rtptcsen-
tantedo Grupo de Planejamento, Ata do
Recife. Á de Ró mu-
respeito das atividades
IPES, 27 de março de 1962,
to Teixeira Marinho e de oüIíoj* vJdc Wifo
to n fuvenoío REIS. Notas de (rm dirígeu- 207. Brazi!: dectbn . , . op. cií, p. 37,
fe sindical: conquistas dos trabalhadores 208. <a) M. CEHELSKY, op. cit. p. I».
IfUgráfletB. Río de Janeiro, Ed. São Fran- ih} IPES CE, 12 de março de 1963,
351
mtb)
M
(P£$ CE, 12 de março de 1963.
IPES CE. Rio» 2 dt fevereiro de l%2
socíadoiincógnitos do complexo IPES/
IBADp tendo participado na preparação do
{cí Ara do JPES Rio, 20 de fevereiro de
«nicprojcio. A outro sugestão foi encami-
1%2, fdj Ala do fPES, 1? de maio de nhar o anteprojeto à Câmara dos Depu-
Í962 (e) fPES CD. Rio* dc dezembro ! I
tados através da Asscssorin Parlamentar
de Í962. do complexo 1PF.S/1BAD. Uma semaun
mais tarde, a 21 de agosto, cm urna reu-
210 .
exem-
£ mlereuanle considera? um
nião do Comité Executivo» Paulo de Assis
plo dc como funcionava a organização da
Ribeiro levantou novamente a qucttio* íé-
rede JPlS/JBAD/ADEP. Em mctdoi de
ferindo^se a um anteprojeto que seria en-
março de 1961. Ghcon de Pana. I- Ru-
caminhado ao Consdho Monetária Nacio-
bem Fonseca, o General Golbery e 1. Cai-
nal para ser transformado em Decreto-lei.
ndo Torrei reuniram -ne com 1 Nasslochtt
apresentado por Wanderbili de Barro*, do
para discutir a estratégia de apresentação
do projeto da Reforma Agrána çue o com*
CNRA. Vide também fPES CE. 9 dc mato
dc 1963, a respeito da discussão sobre as
ptcio 1PES/IBAD havia preparado. Deci-
anteprojeto? dos Reforma? Agrária c Ban-
diu k
que o projeto sen* apresentado com
cária e sobre a recomendação dc GEycoíi
o nome de um deputado da ADP. levando
de Paiva para se estudar o úMtpr©|cto de
em toniiderição Armando Falcão do PSD,
Milton Campos a fim dt se introduzir
), Mendes da LDN e Raimundo PadÜha
emendas através dc pâT lamentares amigos
da UDN. O General Golhcry apoiou
Entre os envolvidos nessas manobras, en-
idéia da apresentação simultânea do pro-
contravam-se: o Senador Mem de Sá, líder
jeto na Câmara e no Senado por um Gru-
po de senadores e deputados, de preferém do PL e figura muito influente, o Dcpu
tado Armando Fiíclo. o Depuiido Herbert
eia dc diycnw panidoi pari camuflar a
Levy, presidente da UDN. o Deputado Da
.
bloco hacionaJ+ttíormista oe suas propos- teprojeto para a venda aos ms cresses pri-
tas dc reforma agrária IPES CE. 12 dc vado* dti ações do governo em tmpmii
março de 1963, esuiais. até mesmo da petrobrio. A Con-
federação Nacional do Comércio fo; mo-
711 IPES CD. Rio. 22 de maio de 1962.
bilizada para apoiar essas, propostas, pe-
C1>con de Paiva Vide também cap V so-
dindo também que as mesmas medidas
bre o CAP.
fossem aplicadas i Companhia Vafc do Rio
212. A que i tão de se encaminhar proje- Doce —
CVRD. oo Banco do Brasil e I
lôi de lei, emendas e discutsúcs ferais ao Companhia Siderúrgica Nacional CSN, —
Congresso era delicada e variava em for- Vide R, ROJAS. op dt. p. TM* r
352
partamcnlo dc TiiEndo do Embaixador ,
dos pelo IFES. para que pudessem ser
Lincoln Cordon. Conird n, 9447 f 2 dt apresentadas à Câmera dos Deputado? en-
agosto dc i%2. Arquivos |FK, quanto as questões estivessem sendo dis-
cutidas.
216, Cana de lortfc Oscar dc Mello Ftty
rei pata Glycon dc Po iva. Rio, 15 dc abril 218 A 21 de mato de 1962, Mello Rores
dc 1963. Emnta em papel dc corrcspon' conseguiu enviar ao Rio de Janeiro um
íléncía com q logotipo da 5ULACAP, Uma anteprojeto e prOpOiU de dírttrit política
cópia des sã cario* que retrata a atmosfera que Sérgio Magalhães, um dos membros
o o estilo político dii época, encontra-sc mais importantes do bloco nle tonal -refor-
no Apéntlicc Q. mâU* epresenEirii em breve, sobre « re-
forma urbana («pecííkamenlt sobre De-
217. Bssca ome projetos de lei eram so-
sapropriação de ímóveís) Esse projeto ha-
bre a Refonnn Agrária (que já estava pre-
via sido eniregue h equipe do General
parada e nas mãos da ÀPAP), sobre a Re-
Golbery para que o GLC e o Grupo de
forma DnncárJa (que Mello Flores considc*
Estudo pudessem preparar uma comra-es-
rnva fácil de preparar basenrtdosc nos
Iratégia eficiente, (a) Ara do IPES, 22 de
prajdOfl da comissão Indicada pelo Mines*
maio de l%2, <b) IPES CE, 15 dê maio
tro Miguel Calmon c no Congresso para
de 1962. A oçio política da IPES também
Reformas dc Base em Sao Paulo) t sobre a
era forte na "‘preparação de eventos'*. Em
Reforma Urhami (fundumentalmentc res-
trita au problema da tinsft própria, já em
uma reunião do CD, a 31 de julho de
1962; discutiu-se a ‘linha de ação cm re-
tsiágio uvnnçndo de estudos pelo IBAD
lação à crise dê 8 de agosto", definida por
com a colaboração do Deputado Álvaro
Glycon dc Paiva como o problema n* 1.
Catão, da A DP), A. Catão, o parlamentar
udcnfsta ligado ü ADEP, era também liga-
À 8 de agosto, o General Nelson de Mello,
Ministro da Cucrrft, fea um discurso enér-
do a Irincu Rornhnuaen. um dos chefes po-
gico na Câmara dos Deputados, fazendo
líticos do Estado de Santa Catarina, go-
pressões militares. Considerou se que o dis-
vernador e sócio comercial do líder do ,J
curso teve origtm devido a prt**óes e
J P ES António GallotiL Bomba usen era r!
353
lho 1962. p. 67 A ctndufituri dc Sérgio a nfvd estadual no Rio de [andro, Per
M^ilhiei, o líder nicioAiírefonniiii. à cumbuca e Rki Grande do Sul, Acrescen-
vice jKn»déiKtt d« Clmin dai Deputados* tou que e tipo de açio desenvolvida na-
(•mhéoi foi njoiidi quelas eleições estaduais teve d? ter mo-
dificado c adaptado para as c+cições se-
211. Pira «i diiut dominantes. políri-
guintes, a nível nacional. IPE5 CE, 27 dc
c« cleíioral havia k lomido umi questão
março de 1962.
de luloprescrvação da cliuc Método» an-
(1104 dc apeio ftíú coordenado a ífidrrC- 224. Cabral, O, Junqueira. De-
Castilho
duos foram considerados otnoícios e auto poimento à Comissão Parlamentar dc In-
Schmúier lafrcntou que. pela
destrutivo*. quérito Sessão de 29 de agosto dc l%3,
primei» vcrT todas u
iuúcjhoq mixipui O Ejfcdò dt Sr Poufo, 14 de novembro
(de empregadores], civU t sindicaii, publi- de 1963.
caram um manifesto conjunio. anunciando
225. No início dc 1962 I. Hasslocher pro- H
o patrodnio de uma "campanha de eset curou Casnlho Cabral para dirigir um mo-
rccrmcnio**, cm apoio aos candidatos que
vimento. para o qual I. HüssEoeher assegu-
preserva ri a m ‘'nossa herança crisii c man-
raria um orçamento de l bilhão de craici*
teriam m lacrai as instiiurçócs que signifi
cim a continuidade de nossa vida nacional
m Posttnormcnie, Fofitr Duliei e Ivan
Haulocher foram vê-lo, Mítica e Ntgd-
e a defesa de noná soberania^ P. 5CH*
cios. S£o Paulo, 26 de agosto de 1963. p.
MITTER, op eií, p, 27*.
21 Foster Dulles também queria que Cas-
222, De qualqurr forma, esta foi a açio tilho Jevassc pira Jânio Quadros, que na
do compíeio IPES/IRAD que rceebtu época estava em Londres, um rcíaiõrio so-
mais publicidade. Como 0 fPES lutou pa bre a Hanna* já que cie temia medidas
r n esconder cuida dosam eme o seu envolvi» contra a corporação. Vide também (aí Ed-
mento, essa açio é considerada como uma mar MU A EL O Golpe começou rm |Vo-
realização isolada do IfiAD. uma espécie shington Rio de Janeiro, Civilização Rra*
.
de ttoire " das eleições de 1962, ao silnra. I%3 p 52. íb) Castilho Cabral
iftvdi de uma açio de classe ampla t Depoimento à Comissão Parlamentar dc
abrangente, cujo centro estava
dentro do CPE5 Ai numerosas unidades,
localizado fnauérito de 29 de agosto de 1963, O
todo dt 5. Paulo, 30 de agosto de 1961,
&
frentes e organizações para a açio envol-
226. fosé Artbuf RIOS. Os grupos de
vidas na campanha eleitoral da direita,
pressãona Guanabara. In: CAVALCAN-
twm como ot elementos comprometidos
TI, T. & Dl! B NIC, R, ed. Comportamento
com sua plataforma. «fiam em público co-
eleitoral no Brasil Rio dç Janeiro. FGV>
mo te fossem afentn políticos autônomos
[964. p. 149.
apesar de lerem posicionamentos políticos
coincidente*, tmi
vrr que o envolvimen- 227. (i) J. Knippcrs BLACK. op. ctl. p
to e a interferência empresariais no pm- 73, tb) João DORIA, IBAD* conspiração
tesw eleitoral te tomaram do conheci- internacional contra reformai PoíUka u
mento público. Oi esforços se dirigiram t Negâdos, São Paulo, (4) Gemval Rabe-
para encobrir o centro de ação da elite
lo Ed., 4 de novembro de 1961. Foi de-
orgânica, o 1PE5.bem como para ameni-
nunciado que o tBAD gastava, diariamen-
zar a impressão de que havia uma açJo
te* pela menos 600 000 000 de cruzeiros no
oremizada das classes empresariais Aa
Rio dc faneiro para propaganda do cin-
inalituJçõct periféricas foram ucrificadu
didiío através 4t Jornais, rádio e televisão.
c, fjnaf mente, o IBAD tomou-se o bode
A rede 1BAD/ADEP imha mais de 10
oplatário, Nio «e comprovaram ligaçõc*
programas de rádio semanais, pairotina-
entre as organizações estratégica* e táticas
dos pdo IBAD f via P/omotion S.A, Oi re-
da elite orgânica empresarial Vide P. dt 1
cursos vinham
de "contas abertas no '
354
228. 0 ibidiano A. Uüpoldinn em teu grupo enrori iraram patrocinadores em vá-
dcpcirncnlo perante a Comissão P aríi- rios segmento* da sociedade brasileira.
mentir de Inquérito. O Euaào de S. Pau- Atraíram jornalistas c são de falo a mspi-
lo, LI de novembro de l%3. Vide também raçi o principal para D Globo* o pernil
N, BAILEY. opt etí. p- 2M* vespertino do Rio de Janeiro. Entre os p&
líikov contam com a adesão de Carlos La-
229. Em uma reunião da liderança do
cerda. governador da Guanabara, e da Li-
]PES. Héüo Gomide apresentou o do*
derança da União Democrática Nacional
enmcnlo Du eonvtniincta de um tonwndo
unificado ps/a o luta ét açõo democrática,
— UDN. no Rio dc Janeiro" Vide PoliiL
cal lystcrn* siudjr-Brâiil. In: Sfemütúmj um
que visava coordenar esforços paralelos c
to ihe Whilc Houic |Mr, Schtumger). Dc*
congruentes de outros agentes políticos,
parlamento de Estado 1NR/RÀR. lohn N,
Gomide sugeriu que I. A. Leite Barbosa*
Pknk. 28 dc março. 1963. p, 6^1 Versão
dirrlnr do Boletim Cambia! ficasse encar- .
ce murada.
regado da porte material de seu plano Ele
escrevería pequenos artigos e conferencias 731. P AGEE. op. cit. p. 254.
sobre democracia, liberdade, educação e 234. Thwnai Mann. Secretário Assistente
vida doméstica, assuntos que poderíam dos Estados Unidos para Assuntos Iniera-
contribuir para o voto correto dos cida- merkanos. declarou que íiio demos dh
,H
dãos IRES CD Rio de Janeiro. 21 dc agos- nheiro algum para apoiar a balança de pa-
to dc 1963, gamentos ou como apoio orçamentário,
210, Brszd: sltort term action paper { pla- coisas desse género, que beneficiam díre-
no de açÈe para o período desta data até tamcnlc o governo central do Brasil". Ao
1 dc outubro —
eJeiçõís brasileiras). Pa- mvds disso, i AID ajudava "Estados diri*
ra o veredicto do Latin America PoÜcy grdos por bom governadores que julgamos
Commítiee. 12 de julho de 1962. Nos ar fortalecer a democracia*'. Citado Jn: C#r*
quivos JFK. NSF. los Dias ALEJANDRO- Some aípecti oí
ihe BraiiVian espcrknee i*Hh foragir aíd
23 L (aj José Artbur RIOS. 0$ Gtupos.. r
iilsta' .
rlgcm comunista qualquer manifestação antes da eleíçáo neste outono, que será vi-
contra investi mentos citrangeiro* e qual- tal, Talvez um projeto para alimentos»
quer reforma agrária". "Membros desse águo T ou qualquer outro eoiss pudesse ser
355
proposto Converse com Ted Moicoao da Reforma Bane iria. preparada pelo
hnt iito. c drpoi* discuta o «sunlo comr- IPES. exigiam dinheiro. Utn deles chega-
go" F, PARKER, op. ctf p. 46. ra a enviar uma caria pedindo um em-
préstimo miras ds da Sul América» a com-
216, Thqmái Minn foi citado pOf O Es
panhia dc seguros da qual Mello RorCX
todo d 5, Poido. a 19 de junta de 19W
era diretor. Mello Flores explicou ao CD
afirmando que mc*mo ames de se eitabe-
que pediam b milhões de cruzeiros os
lecer no cargo que então ocupava. ji havia
deputados dc Eslados menos importante*
uma política de fortalecimento da posição
c que um dcpuiado de Sio Paulo pedia
de certos |ovemadorei contra o governo
muito m*i*. Disse que preeisavm de até
central. atravdi de ajuda econòcmea sele-
300 milhões dc cruzeiro* para 30 depu-
tiva.Vide Octavio fanni Procesio poliõee
e desenvolvimento etotaf&*£0 In 3VÊF-
iido» Mello Dom
também Levantou um
problema títkp. Achava que leria de te
FORT, SISGER. ÍANNi A Po- COHV dc*ligar da IPÊS. uma vez que tua posi-
lítica € rnohiçúo . . op. ni p 61
ção estava st tomando muilo ostensiva.
217. Telegrama do Embaixador Lincoln Acrescentou que precisava de uma sala fo-
Gordon jú Departamento de Erudo. n. ra do Congresso, que seria alugada pelo
751* 3 de outubro de L%2- Na arquivo* Centro de Seguros, dando-lhe um local dix-
]FK. NSF. rrelo para suas operações.
231 Sobre o PL 4*0, s-ide (a) As fomes 242 Mello Rores já havia explicado ao
de finanças, ncsie capitulo <b> M. BAN- CE do IPES do Rio, na primeira parle da
DEIRA Framfo op €ÍI p 429. reunião, as "medida* a serem tomadas em
23 9. Memorando para a reunião do La- Brasília com a instalação da sede e a con
lin American Pofity Com/misee. de 12 de iraiaçao dc pessoal bem como a conitiia-
julho de t%2 Flano de Ação para o pe- çio dc serviço* da agencia de publicidade
ríodo nié 7 de outubro de 1962 Arquivo* Nova Press". Previu despesas mentais dc
JFK. Venlo parçialmcnie censurada aproximadamente 3 milhões de cruiciros.
G'y*an oe Paiva* endossado pelo General
240. f d> Memorando para a reunião do
Hmera. afirmou que I milhões "não tí
Nhlíonal Srturity Councíl Exccutivc Com-
rínm problema"
mitUtv dc II dc dezembro de 1962. U- S
Arquivos
ihorl term policy to*' a rd» Braul Í43 Â medido que at elcEçõCi «c nproxí-
IfK (h| Telegrama da Embaixada Amcri- rtiüiain, a orçjimcnlo dc um candidato
1
uinu no Rio de fanciro para o Dcparta- lornidcrado "npugailo lilo ú, pouco a> .
356
Brasília através da ADP que. de acordo mir carines. e você pode e*t*r certo de
.
com ete, controlava !5& depulados. Rela- que eram recebidos muito maii pedidos do
tou que, por estarem cm dispula as cadei- que podíamos «tender Roberto GAR-
.
357
senlantc de Ivan HsssJocHct em Perntüv P 77. fb) MAIA Neto flesrif: puerta quen-
buco, AdeiJdo Coutrnho Beltrão. fei tr*i> te na Américo Latino Rio de InrrcÍTO, C*VÍ«
itções no Banco Mineiro que atingiram li nação Brasileira. J%5. p. 307- OS (e) P. ]
Cunqueira manipulou I bilhão e 40 milhões 262. Plínio de Abreu Ramos. op. cit. p.
de cruzeiro*. Vide Plínio de Abreu RA- 79-S0. De acordo com o governador Miguel
MOS. op. dt . p. 77. Ames, em seu depoimento na CPI. em
— A 4 dt lelcmbro de 1962. 0 Coronel 1963. o superintendente do IBAO em Per
Cnictm recebeu de Ivan Hosslocher a oambueo era Frutuoso Osório Filho Tendo
quantia de 10 milhões de cruzeiros para amplos poderes delegados por Ivan H asilo*
operações da ADEP no Amazonas, seu Es- cher. Osório Filho, juntamenie com Car-
tado natal Salvador da Grasii. da ADEP los üvíniQ Rch t Bcridçmy Bcer. dire-
do Paraná, recebeu 15 milhões de cruzei- votes do Prqmoiion S A., operou em Per-
ros. Osório Filho recebeu a 10 de seirrrv nambuco entre 30 de maio e outubro dt
bro de 1962, pira as operações do 1BAD í%2 com aproximadamente 500 milhões
no Nordeste, a soma de 25 milhões de cru- de cruzeiros Liei Sampaio irmio do go-
zeiros. Documentos. In E. DUTRA op. r vernador Cid Sampaio, recebeu 5 milhõe*
dt. p + lí 91, de cruzeiro* através de um cheque do Ban-
co Mineiro da Produção Vide Adirson de
216. Nelson W*me*k SODRE. op dt p
494-95.
SARROS op, etr, p, 173,
— No momo
* período, l. Hasdocher ea-
257, (•> 0 Eirorfo de $ Paulo, 12 de nalizou 350 milhões de cruzeiros para Osó-
dezembro de 1961 CUudio HaisJochcr de-
rio Filho. » serem d imbuídos para as te*
i
pondo perante a CP] afirmou que w ú di- des regionais do I8AD- Veja )6 de março
nheiro do 1BAD vem de fonte* nebulosas"
de 1977. p- 6. De acordo com Frutuoso
(b) Veta. 16 de março de 1977. p. 4. te)
Osório Filho* em *eu depoimento na CPI.
EfOjr DUTRA. op. dJL p. 62 (d) H. Wer-
o fluxo bancário do IBAD no nordeste era
nctk SODRE. op, crí. p. 496.
feito através do Banco Nacional de Minas
251. )» Knippers BLACK, op ai p. 76 Gerai*, enquanto o da ADEP era feilo
através do Banco Mineiro da ProdiiÇ&O-
259. já) Hélcio França depondo perante
do complexo IPES/IBAD. Veia. Vide O F- tf ado de 5. Pauto, II de agosto
t CPI
de J96) c 2 de novembro de 1963.
Í44S). 16de março de 1977. (b) Ivan Hat»-
loehcr. Depoimento k CPI do complexo 263 Outro suposto canal de contribuição
IPES/IBAD. O Estod o de 5. Poufo, 27 foi denunciado na época cm que o gover-
de dezembro de 1%J. (c) PotUica r Ntgô* no americano concedeu alies lubsfdlo* pa-
croí São Paulo, 26 de agosto de l%3 p_ ra o funcionamento da Companhia Pernam-
20.Cada um ginhou tOÜO.OOO de cédulas. bucana de Bonachã Sin(£ticH-COFEfU)O t
Vide (*> Plínio de Abreu ttAMOS. op, dL uma empresa destinada a usar açúcar na
358
produção de borracha iifn4ifca + Cíú Sarcv se ckger oi dois senadores [Gilberto Mari-
ps it> poluiu p^rtjcipuçDO substancial na nho e Lopo Coelho Y\ enquanto Miguel
CÜPERBG. D Eiubaimdor Lincoln Gordon Lios acrescentou que " vamos precisar de
posteriornicnto admitiu que o processo dc muito dinheiro para as eleições"'. IPES CD*
plçjiejamErstq
e o pfovação da CIOPERBO 10 de abril de 1963.
nBo fora cuidado somente estudado devido
274 Cunhado do General Ooíbery e di-
nos íttpecío! políticos envolvidos. A CO- retor da Cimento Puritand de Mina* Ge-
PCRflO recebeu 6.7 milhões de dõbres.
rais 5 A, Depois de 1964. «omar*sc-ia cie*
Vide P, PARKER, Op. c/i. p, 47.
cu ti vo junto ao Banco do Estado de Sarda
264. O Estado de S, Pauta. 3 de se- Catarina,
lembro <fe 1963.
275. A. Leopoldmo. Depoimento na CPI,
265. (a> Adirsoo de SARROS op- cif. p. O Estadõ ét S Faufo, 10 de oulüfero de
.
272. A lista dc nomes foi reconstituída a dornir Moreira. Arnaldo P. Oliveira, Joié
partir das seguintes publicações.’ (a) Plínio Emídio Lima. Justino Alves Bcierra, Ctò-
vii Correio, Anrómo Pínto Ramalho. Fran
de Abreu RAMOS. op. cit. p. 18-9. {bJ Mo*
cisco de Assis Barros, íurandir Barroi. Dí-
niz BANDEIRA. Presença op. cit. (c) . . ,
ctsco Fakão,
Çdl Adirson dc BAR ROS- op, cit fe) Ed-
mar MOREL, op. cif. íf) Oso* D. FERREI- 280. Daniel KRTEGER. Desde as mis-
273* M
IPES CD* 10 de abril de 1963, ror público devido èt iu postas hgaçócs do
Movimento AntlComunista-MAC com o
(b) A, Lcopoldtrm. Depoimento na CPI. O
Estado de S< Pauh t 10 de outubro de IBAD Vide O Estada de 5. Paulo, I de
julho dc 1963 e de 06 a 16 de julho de
1963. (c) José Arthur RIOS, op* cit. p,
1961.
149, Em uma referência & eleição de sena-
dores no Rio dc janeiro. Rui Gomes de 283. Oscar Junqueira, ei -secretário di
Almeida afirmou que ‘*é do nosso folerci’ ADEP t depondo perante a CPL declarou
3S9
que nio te lembrava dê Cl « lerem rece- $*dü « |u*é de Mopulh ães Pinto, foi demjn-
bido apoio ou ajuda financeira O tilado nítido pJu l>L-pi»tudo Alho» Vícira dc re-
3GD
CAPÍTULO VIII
Introdução
com as Informações colhidas por historiadores que estudam este período', tornam
possível n reconstituição de muitos dos principais acontecimentos militares em
que os ativistas do complexo IPES/IBAD estiveram envolvidos. Uma reconsti-
tuição histórica plena das diversas conspirações faccionadas da campanha civil-
milhar que derrubou João Goulart extrapola o escopo deste capítulo, embora
constitua um íéc til campo de pesquisa. Apesar dos numerosos relatos parciais
desses fatos, ainda ha a necessidade dcuma ampla descrição e análise das ativi-
dades políticas da$ Forças Armadas e da fnieraçio de ambições pessoais. do
envolvimento ideológico, de alinhamentos política* e limitações institucionais que
moldaram o curso de ação de determinados oficiais assim como o de grandes
segmentos da corporação militar.
Este capítulo também descreve o envolvimento de civis e dc oficiais das
Forças Armadas pertencentes ao complexo IPES/IBAD ou ligados aos vários
grupos da dite orgânica na estratégia militar contra q Executivo e as forças
populares. Houve referência anterior ao fato de que ativistas do complexo IPES/
IBâD estavam no centro dos acontecimentos em outras áreas da opinião pública.
O que se tomou claro nesta pesquisa é que os ativistas do complexo IPES/IBAD
também estavam liderando e organizando um movimento civil-militar próprio,
baseado numa infra-estrutura de oficiais da ESG, que se colocava no centro da
campanha político-militar contra J. Goulart. Além disso, os aliciais do complexo
IPES/íBAD também eram responsáveis pela articulação 3 que integrou os vários
4
grupos conspiradores dentro da campanha geral poli tico-militar da elite orgânica.
Este capítulo tenta chamar a atenção, particu Larmente, pira o fato de que a queda
do governo ocorreu como a culminância dc um movimento civil-militar e nlo
como um golpe das Forças Armadas contra lolo Goulart. Â rede militar do
complexo IPES/ÍBAD, assim como oficiais pertencentes a outros grupos que
foram atívamente aliciados, operava em sistema de intensa cooperação com civis,
apoiando e reforçando algumas das atividades políticas mencionadas em capí-
tulas anteriores. A ação do complexo IPES/IBAD entre os militares visava, prin-
361
cipaimente, envolver o maior número de oficiais na mobilização popular contra
o govcmo. O
golpe propriamente dito consistiu tia organização c disposição
estratégica *de forças militares comandadas por oficiais envolvidos olivomcntc na
conspiração, de acordo com um plano que, em termos militares, não passou de
um jogo de guerra simulado cm escala nacionaL As operações militares, como
dcstinarâflMC principalmeme a prender ativistas camponeses e dc smtiiearos
íris,
grupos fnvoráveis ao golpe. Sua ação foí sincronizada dentro dc um plano geral,
cujo alcance nem sempre cra dc total conhecimento de seus vários membros c
purticipanlcs. Isto demonstrava, obviamente, a existência de elementos dc maior
c menor acesso ao sigilo da organização c, conseqüen temente, dc níveis diferentes
dc confiança e envolvimento.
A elite orgânica tentou agir como unidade coordenadora da campanho anlf
foão Goulart e aniipopular, fazendo com que as conspirações fuedonárias c 01
movimentos isolados soubessem da existência um do outro / 5 Esforçou-se pura
colocar seus homens dentro das diversas conspirações faccíonárias, grupos eub-
362
vtrsivos c movimentos civil-militares, algumas vezes simpíesmentç para se manter
informada sobre os acontecimentos, para comer c controlar esses grupos específicos
e outras vezes, até para coordenar seus esforços, assegurando a articulação de
É
363
Dcnys, Almirante Pcnn q Boto, Brigadeiro Grun Mo&s e outros oficiais de alto
escalão da ativa e da reserva, Marcondes Ferrai também for uma íigura-cjiave
na coordenação política de oficiais mais jovens* como o Tenenie-coroncl Fer*
nando Cerque ira Lima, o Tenente-coronel Rubens Restecl e o Major Boxon.
Outros civis que trabalharam com Marcondes Ferraz a fim de obter apoio entre
oi militares foram Júlio dc Mesquita Filho, proprietário do jornal O
Estado ât
S. Pauto Herbcrt Levy, líder da UDN, Armando Falcio. líder do PSD, o in*
,
fluente advogado e jornalista Prudente de Moraes Neto, mais conhecido por seu
pseudónimo Pedro Dantas, e Eldino Brancame da American Chamber of Conunerce
de SÃo Paulo** tendo, todos des. participação significativa na campanha para
1
derrubar João Goulart. *
O comando rivü-míHlar umbém teve um papel importante na criação de
elos com o meio militar para essa finalidade. Um
dos grupos mais ativos era
liderado por E. Adalberto Bueno Neto, Herbcrt Levy e Joio de
Branconte,
Almeida Prado {do Banco de Sõo Paulo S À) que foram incansáveis em seus
contatos com os militares, O líder do IPES Hcrman dt Moraes Barres lembra
que foi através de seu “uabajho competente e persistente que se estabeleceu
um clima de amizade e confiança*' entre civis e dezenas de oficiais de médio e
baixo escalão, entre os quais o Corond José Thomay o Tenente-coronel Buitron,
o Coronel Erasmo Dias, o Major Adalberto, o Mijor Geraldo Franco, o Major
Lauro Faria, o Capiião Herbis Franco, o Major Ismael Armond, o Tenente Rui
Machado, o Tenente Forjar, o Tenente Queiroz, todos do II Exército. Na Aero-
náutica, ligaram-se ao comandante da [V Zona Aérea, Brigadeiro Márcio de Souza
c Melo e com os Brigadeiros Roberto Brandini e Paulo Vítor (um dos partici-
pantes da revolta dc Jaeareâcanga, juntamente com o então Coronel Bumier e o
Coronel Veííoso, e também com o Coronel-A viador Luiz Maciel Filho, o Coronel
2*
Valente e o Major Meto. Na Marinha, ligaram-se ao Comandante Sá Bierrcnbach.
Além dos ativistas civis o General Golbery rodeou-se de um
dd IFES t
364
17
govemíuas faccionarias c limitadas. Deram ainda o «poio necessário para o
conspirador itinerante General Cordeiro de Farias em sua tenar articulação polí
tico-militar das várias conspirações faceíonárias no Exército, sendo encarregado
de resolver situações difíceis,
O núcleo desses oficiais de médio escalão era formado, entre outros, pelos
Coronéis Edson de Figueiredo e Anel Paeca da Fonseca. Tenentes-coronéis Àmi-
zaut de Mattos. Antônio Ferreira Marques, Hélio Galdino. Boaventura Cavalcanti
(irmão do Coronel Costa Cavalcanti) e Heitor Caracas Linhares, e o Major Hélio
Mendes.1* Esses homens estavam ligados ao Coronel Mário David Andreazza.
da ESG. amigo do Tenente-coronel foão Bapnsta Figueiredo, e ao jovem General
Affonso de Albuquerque Lima, cunhado do líder do 1 PES José Luiz Mortira
1
de Souza que servia no III Exército * Esta ação também era coordenada com
as dos Generais Ernesto Geisel e Antônio Carlos Muricy, que serviam em coman-
dos-chave de tropas no Paraná e em Minas Gerais.
Como foi visto amerionnente. muitos oficiais já trabalhavam dentro da estru-
tura do complexo iPES/lBAD, alguns em horário isitegraL Além disso, o complexo
1PES/IBAD foi capaz de formar uma rede de apoio poderosa e ampla dentro
das Forças Armadas, os chamados Jpesianos e Ibadiaiws Entre os oficiais in*
fluentes ligados ao IPES como ativistas anhgovcrno, c alguns deles aié contri-
buindo financeiramente, encontravarnse os seguintes Generais Pedro Geraldo
de Almeida (ex Chefe da Casa Militar de Jàmo Quadros), Agrícola Beihlem^. íosé
de Campos Barros Goes. Moacyr Gaya, Arthur Levy. Ademar de Queiroz, Moziul
Moreira Lima, Luís A. Medeiros. Fernando Meirdles Momagna, Joio Batista
Pcixoro, |*ud ât Castro Pires, Carlos de Caitro Torres, João Batista Tubino. loáo
Punarc Bley. Arisióhulo Codevilha Rocha, Arthur Napokão Momagna de Souza, 11
Sílvio Walter Xavier. Ernesto GeiseL Henrique Geisel/-' Octávio Gomes de Abreu,
Admito Esmcraldo;^ General Nelson Reynaldo de Carvalho; Brigadeiros fosino
Maia de Assis, Henrique Fleiuss 3< João Eduardo Magalhães Moita Paulo Emílio
, .
£ possível depreender, da lisia de oficiais acima, que militares das três Armas
trabalhavam com o IPES. Muitos deles haviam deixado a ativa. Entretanto. eram
figuras de prestígio entre os militares c sua opinião era de peso. Muitos desses
oficiais, como se poderia esperar, eram formados pela Escola Superior de Guerra,
mas outros militares influentes que não receberam treinamento tti ESG também
faziam parte da rede ÍPES/IBAD. que incluía oficiais de rodos os escalões, desde
generais de quatro estreias até jovens tenentes, Muitos desses oficiais eram conhe-
cidos oponentes do regime de João Goulart, fazendo parte do gropo de coronéis
e majores que publícoü o manifesto anlí Gctúlío Vargas em 1954 e sendo tam-
bém membros da Cruzada Democrática, o agrupamento político de oficiais de
centro-direita que disputou eleições no Clube Militar. Outros oflcitii, entretanto,
365
6 y
1
tava que myiiQS deies pcrknresjcm ao completo IPES/ IBAD ou que estivessem
envolvidos em conspiração ativa contra o governo.
Não somente através da cobertura do IPES que a elite orgânica tentou
foi
influenciar as Forças
Armadas. Oficiais da reserva foram contratados c militares
da ativa foram utilizado* para influenciar membros das Forças Armadas e formar
uma rede de militares do completo EH A D ADFP, Os Ibadianos foram úteis «o
estabelecimento de Células importantes nas Forças Armadas, especialmentc no
quartel-general da 4,* Região Militar c na Escola Superior de Guerra, ” Jimti-
mente com os militares do IPES, formavam uma imprcssioriame rede de iv\OuéiicSu
e um poderoso grupo para açflo. Os seguintes oficiais eram "pessoal de Vfingmir-
dâ" da rede IPES/IBAO/ADEP^
1
36
General Antônio Faustino da Costa — Serviço de Inspeção do complexo IBAD/
ADEP;
General Nemo Çanavarro Lucas —
IBAD/ADEP;
General tgnâcio de Freitas Rolim
1
—
um dos eo-fundadorts da IBAD, encarregado
das finanças, ex-comandante da I. Região Militar, professor da ESG;
General Emílio Maurell Filho —
subchefe do Estado-Maior do Exárcito e coman-
dante da 1/ Região Militar, foi ligado ao Ministério da Guerra em 1962;
General Orlando Geisei —
irmão do General Henrique e do General Ernesto;
General Moacyr Araújo Lopes —
IBAD/ADEP;
Brigadeiro Antônio Guedes Muniz — líder do Movimento And -Comunista —
MAC (paramilitar) e membro da ADESG;
Brigadeiro Adilde Oliveira —
MAC, envolvido na investigação do famoso inei*
dente do Aeroporto do Galeão e comandante da 2** Região da Aeronáutica do
Recife;
Brigadeiro Ismar Brasil — - ex-presidente do Clube da Aeronáutica;
Brigadeiro GrunMoss — ex*Mmistro da Aeronáutica- no governo
- de Jânio Quadros;
Coronel Jurandir Barbado- —
IBAD/ADEP;
Coronel Temistodes Trigueiro —
diretor da ADEP-Aroaronxs;
Coronel Adalberto Albuquerque Cavalcanti —
diretor do IBAD- Amazonas;
Coronel Cascais —
encarregado do IBAD-Araaionas;
Coronel Artur Frederico C, Kemp —
IBAD-Pará;
Coronel Sabino Guimarães —
ADEF-Ceará;
Coronel Murilo Borges Moreira — IBAD-Ceara;
Coronel Carlos Almeida Nascimento — IBAD-Paraná;
Coronel jurandir Palma Cabral — administrador do IBAD Guanabara e chefe
do da ADEP;
setor sul
— IBAEKGuanabara membro do Cdégio
Corúrtel Osnellí Martinetfi , da Militar
Guanabara chefe da
ç de LIDFR;
facção ccnspiratária militar direita
Tenente-coronel Àrdovino Barbosa — IBÁDCu&nabara do polkUmento
e chefe
ostensivo da Guanabara, acusado de ser sublocatário das salas 1120 e 1908 do
Edifício Avenida Central, usadas como depósito de material explosivo c onde
teria sído preparada a bomba que explodiu na exposição soviética dc 1962;
Comandante da Marinha Júlio de Sâ Bknenbach —
1BAJ> Guanabara:
Major Raimurnío Cavalcanti da Silva IBAD*Pará; —
Capitão T. Ramos Viam —
IBAD -Guanabara;
Tenente Heitor de Aquino Ferreiro*
Como se torna evidente nesta extensa lista* algumas das figuras mais influen-
tes das Forças Armadas* em particular, pertenciam à rede 1BAD/ADEP/IPES.
Mutfos deles ocupavam posiçõe^chave de comando de tropas no governo de foão
Goulart, mas mantiveram-se ativamente envolvidos no movimento para derrubar
o presidente, Novamenie* como no caso dos Ipeslanos, muitos desses oficiais eram
ex-abnos da ESG*
Como parte da tentativa de coordenação dos vários agrupamentos, formou-se
um Comando Geral Democrático dentro do Exército, composto de oficiais de
médio escalão, de majores á coronéis. Estavam encarregados de controlar ss ati-
vidades de seus próprios pares que não estivessem envolvidos no movimento antt-
Goulori, e dos tenentes t capitães* O
Comando Geral era centralizado no Rio dc
Janeiro, coordenando o movimento e colhendo informações para a preparação
3Ó7
estratégica para a ação. Uma operação importante do Grupo do General Golberv
no IPES convencer vários jovens oficiais do Exército, coronéis c tenentes-
foi
coronéis, na maioria, a deixarem a ativa para que pudessem ser colocados cm
posições-chave na ind usina e nas comunkaçòti c, portanto, peneirarem na admi^
nisiraçáo do Euado, obtendo assim "o máximo dc infiltração nas instituições
atuais da República". Consequentemente, o Comando Geral transmitiu uma ordem
+,
para que todos os envolvidos se abslistswm de debates ou pronunciamentos
públicos. que
, tornariam
.
seus nomes conhecidos e os transformariam em alvos,
prejudicando os objetivos do movimento". 41 Os oficiais envolvidos na campanha
IPES ersm constam emente apoiados e protegidos dc forma a torná-
dtrigida pelo
loscapazes de atingirem posições-chave também dentro das Forças Armadas.
Todos os esforços foram feitos para alenar es ws jovens oficiais contra possíveis
fitosdc indisciplina que podenam justificar sua transferencia para periferias geo-
gráficas ou administram as.
Uma vez organizada, a rede dc Ipesiatios e Ibadíanos serviu para coletar
um volume coerente e amplo de informações políticas, cspectalmeme no que
dizia respeito a lealdades e posições dentro do estabüshtnem mtütar, nas empre-
sas do governo e na administração pública Além dissô. serviu para disseminar
deniro das Forças Armadas relatórios anõmmos sobre desenvolvimento político
publicado pelo JPE5, M O material político e u disseminação de mensagens ideo-
lógicas visavam os oficiai» de médio escalão, desacreditando o governo e foca-
lizando uma 'tomada comunista" do Brasil.41
suposta O
complexo IPES/IBAD
também interveio na vida interna política e cultural dos oficiais, interferindo nas
eleições de suas instituições influentes de debate, particularmente o Clube Militar,
CUileando a campanha do Ibadiano Genml Magessi, que «
colocava como cin-
44
dldilo para a chapa de direita "Cruzada Democrática”, que reunia oficiais anti-
comunistas e da ESG- O complexo IPES TBAD também exerceu pressão sobre o
corpo de oficiais estimulando, ccmo já foi visto, um harmonioso relacionamento
ideológico t polirico entre os militares c os empresários e. através da mídia, pre*
parando o clima para a intervenção militar. Entretanto, o papel fundamental que
o complexo IPES/IBAD teria no seior militar erà o de fazer dav Forças Armadas
um instrumento c liderar um mesimenro cívil-flkiliiar que final mente causou a
destituição do presidente João Goulart, 47
O» Movimento* Polilko-Miliiim
368
e limam presença ativa nas questões de muitas facções militares. Os váriõi
movimentos civil-miiitnres identificáveis c ativos contra o governo de Joio
Goulart no início da década de sessenta poderiam ser agrupados, a grasso modo t
O Grupo IPES/ESG
Houve menção anterior ao falo de que o núcleo do grupo da ESG « ttvi
integrado ao complexo 1PE3/JBAD e seus membros principais eram ao mesmo
tempo lideres e ativistas do 1PES.*° Relatos sobre as atividades, a organização
e a ideologia do grupo IPES/ESG já foram feitos por estudiosos de política
principais.
atenção do sistema de segurança de Jobo Goulart* que tentou seguir seus passos.
Surgindo ínesperadamente nas cidades mais diversas, graças ao grande apoio
logístico que seu grupo recebia, e entrando em contato com is miis variadas
369
ficçõci com pira tá ri as, foi capaz de desviar a ftiertçio do governo do movimento
civÜ t militar do gwpo IPES/ESG*
Um do grupo IPES/E5G quando orgi«
passo crucial foi dado pelo núcleo
niiou-se o quechamou de ''estado-maior informai" do movimento. O estado-
se
maior informal era chefiado peio General Humberto de Alencar Castcllo Branco,
que se havia ligado aos militantes do IPES.** O estado-maior era formado pelos
generais Ernesto Gcíscl, Ademar de Queiroz e Golbcry do Couto c Silva, O
General Ademar de Queiroz executou a tarefa de reunir o General Castello
Branco e o grupo IPESESG dos General Golbcry* General fursmdir B. Mamrde,
Ji
General Heitor Hcrrtra c General Ernesto QeiscL A finalidade desse estudo
maior informal era a consolidação de uma rtde de militares em todo o Brasil e,
numa ação militar para depor Joio Goulart. O
etapa posterior, coordenar a
estado-maior informal também como órgão coordenador que asse-
deveria atuar
guraria uma ação rápida e simultânea e evitaria ações pardais e isoladas de
facções, grupos ou indivíduos, que poderíam correr o risco de serem facilmente
reprimidas pelo governo. * O General Golbcry, auxiliado por seu amigo de longa
1
Oi Extremista* de Djreiía
370
conspiração na Aeronáutica, e coroo organizador da “rcsisiêncía civir" de grupos
eivilmllliarcs no Guanabara. Organizou grupos civil-miliiarei dc defesa que pro-
tegeram o Palácio Guonaborn (sede do governo dc Carloi Lacerda), onde %c
refugiaram, no dia do golpe, muitas figuras conhecidas envolvidas na conspiração
e cm atividades contra o governo. Entre eles estavam o Brigadeiro Eduardo Gomes,
dn ESG, a família Nnbueo, os empresários Demúsíhencs Mndureira dc Pinho
(Mcsbla S/A, Companhia Frnnco-Brasileira dc Anilinas, Cia. de Supcrfosfatos c
Produtos Químicos, Olivetti S/A) u Maurício Bebianno, o jornalista e homem dc
TV Flávio Cnvjilcnnti c o jornalista Hélio Fernandes, diretor do jornal lacerdista
Tribuna da Imprensai
Os Tradicionalistas
Sob este título estão incluídos os oficiais que não receberam treinamento na
ESG e que não compartilhavam de uma proposta de mudança social, política e
econômica para o Brasil tão elaborada e ampla quanto a da elite orgânica do grupo
JPES/ESG. Eram contra o comunismo em sentido amplo e queriam susiar a po-
líticade mobilização, ao invés de se oporem às atitudes populistas propriamente
ditas,dc cujo tecido ideológico c político eles eram parte integrante- Os oficiais
desse segmento não eram modernizanies, mas possuíam o mesmo conservadoris-
mo do complexo IPES/IBÁD tó
e ESG, daí seu " l radie ionalú fflo ",
Dois desses oficiais 'tradicionalistas" estavam em comando direto de exér-
citos, Portanto, havia uma necessidade básica de ganhar seu apoio para qualquer
ação militar contra o govemo. Também era necessário observar de perto suas
manobras políticas, para manlê-los de acordo com a orientação do complexo
IPES/ÍBAD. Um desses ofkiaís era o General fustino Alves Bastos, comandante
do IV Exército, sediado em Recife* responsável pdas regiões Nordeste e Norte
do país. G Nordeste, conforme foi visto anteriormente, era urna rcgiioehave do
ponto de vista político. O firme apoio militar na região era necessário ao grupo
1PES/ESG paru neutralizar as Ligas Camponesas, os sindicatos rurais e o Go-
vernador Miguei Arrues, bem como para contê-los uma vez que o golpe fosse de-
sencadeado. Portanto, o General Bastos foi logo atraído pira o feixe conspiraiório
e coordenou seus esforços com a liderança do complexo IFES/IBAD após suceder
o General Castcjio Branco no comando do IV Exército. O General Bastos, que
14
tinha orgulho de se dizer o "mais duro" dos oficiais de Unha dura, tomou como
assessores para seu dispositivo político-militar alguns "ativistas encobertos" in-
fluentes do IBAD. Estes eram o General Antônio Carlos di Silva Muricy, da
ESG {comandante das unidades do Estado do Riõ Grande do Norte), o Coronel
Hélio íbiapma ç Coronel António Bandeira, que lambem era o chefe de informa-
ções do General ftasíos** e que estava fortemente ligado às forças reacionárias em
Pernambuco. Aluísio Aí ves, Governador do Rio Grande do Norte e sócio comer-
cial do líder do IPES José Luiz Moreira de Souza, e Paulo Guena, vice-govema-
371
rei* [chefe da Promotion
$ M
e um dos líderes da pseudonac km alista Frente
o Capitão Emanuel Pereirt Lima (secretário executivo
Patriótica Civil-Militar),
do TBAD para Pernambuco) e o Capitão Atanásio, Gerente administrativo do
IBAD.
Os oficiais do complexo IPES/IBAD formaram uma rede de informações que
enviava dados sobre a organização e ação das ligas camponesas e dos sindicatos.
Foram também importantes ao apoiar as atividades que o complexo IPES/IBAD
desenvolveu no Nordeste entre os camponeses, os sindicatos urbanos e a classe
média. Mas a sua tarefa pnncipal foi imobilizar a resistência ao golpe de março
dc 1964, espceialmente dentro das próprias Forças Armadas, enquanto o pape!
básico do exértito do General Bastos durante a campanha era manter-se alerta
quanto a acontecimentos políticos regionais e desempenhar a função de polícia
durtntc a eclosão do golpe, neutralizando as ligas camponesas, o Partido Comu-
níst* e Miguel Arracs”
O outro oficial tradicionalista no cornando de um exército regional era o
ex-Miniriro da Guerra General Àroaury Kruel, que estava a frente do poderoso
tí Eaércho. responsivd pelo esiadonchave de São Paulo e áreas adjacentes. O
General Àmaury Krud era irmão do General Riograndino, que também estava
ligado ao General Cordeiro de Farías e ao General Gotbery em suas atividades no
sul do pat\ desde m
primeiros estágios do movimento contra João Goulart, O
General Riograndino e seu sobrinho. Major Vinícius Kruel* eram elememos de
ligoçio entre o I e o II Exércitos e a sede do Comando Geral no Rio “ O Gene-
ral Amaury KmcJ foi descrito como “uma adesão de última hora, rdtitamc mas
372
o Central Mourão Filho parecía desconhecer o aíctncc dessi ligação com o com*
plexo IPES/IBAD que, na realidade, passou pela trama de sua "conspiração'
quede chamava dc a maior das América»”. O General Mourão Filho, que veio
* P
U A Maior Conspiração
das America** do
General Qlwnpio Mourão Filho
373
contra foío Goulart, Os altos oficiais com quem $e encontrava mio faziam púbít*
cãs suas posições e guardavam consigo as informações sobre suas atividades, ÁUm
dos conspiradores do complexo IPES/IBAD estavam
disso, os esforços principais
concentrados no Rio de Janeiro. São Paulo, Guanabara o Minas Gerais, que eram
áreas de operação do I ç do II Exércitos. Apesar de o UI Exército ser o maior
cm número e em potencial bélico devido a sua localização na f romeira com a
Argentina, Uruguai e Paraguai, de tinha menos peso político do que ]J oleo
Exércitos, para os quais estava principalmcnte dirigida a companha do complexo
IPES/IBAD, Além disso, o UT Exército estava sediado no Rio Grande do Sul,
» base de poder político da família Vargas, de João Goulart e de Brizoln, o que
restringia as atividades subversivas contra o governo pefebistu.
374
píirfl essa reunião Ef a foi presidida pelo Almirante Sílvio Heck e o secretario
foi Carlos Eduardo DWJamo Lousada (que posterí o rmente atuou como comacto
eom o General Emílio Garrastazu Médici que, em 1964. era comandante da Aca-
demia Militar das Agulhas Negras-AMAN). Nessa reunião díseufiu-se a necessi-
dade de derrubar o governo. Entretanto, para sc evitar um fiasco semelhante ao
de 1961, havia uma opinião unânime de que, sem manifestações inequívocas da
opinião pública, as Forças Armadas não se sentiriam autorizadas a intervir.* Este 1
zação da opinião pública em todos os setores da população foi uma tarefa entre-
gue â coordenação do IPES, o que ele fez, e muito eficientemente em alguns
casos, conforme descrições nos capítulos anteriores,
xada nas mãos de uma equipe Formada por fúlio de Mesquita Filho, Octávio
Marcondes Ferraz. Tcodoro Quartim Barbosa e Antônio Carlos Pacheco c Silva.
Esse estado muior tinha várias tarefas: formular uma linha de ação para realizar
operações sucessivas, levantar recursos financeiros necessários para a campanha
375
conspiratóna e coordenar a mobilização industrial necessária para sua rcaliiaçio.
O esiido*maior era estruturada c composto conforme a descrição abaixo:
Logiuica (Comissão de Mobilização Industrial responsável por transporte, comu-
nicações e alimentos): João Soares doAmaral Neto —
IPES-Sâo Paulo; Coronel
Paulo lobo Peçanha —
II Exército, chefe do grupo; Vicário ariano Ferrai M —
IPESSão Paulo, coordenação; Paulo Egsdio Martins —
líder da ADCE ligado
ao IPES e Ròscio Castro Prado.
Açàú: General Ivinboé Gonçahes Martins —
conhecido por seu codinome "Dr.
Ivan Teixeira". supostamente um médico da UNESCO e representante pessoal do
General Cordeiro dc Fanas. cu|o codinome para tais operações era "Jardim";*
General Sousa Carvalho 1PES — —
e Sílvio Toledo Pila IPESSão Paulo. —
Promoção e Propaganda; André de Faria Pereira Filho ligado ao IPES-SSo —
Paulo e Flávio Galvão —
(PES-São Paulo,
informações: General Agostinho Cortes — IPES-Sio Paulo* que também coorde-
nou a ação das organizações d vil.
Executivo: Herüian de Moraes BamM. Daniel Machado dc Campos e Gustavo
Borjtfioíl todos do IPESSão Paulo*
Em questões financeiras. 04 líderes do JPES e banqueiros Herman de Moraes
Barro* — da Banco — Castão Eduardo Bueno Vidigal — do Banco Mer-
Itaü
cantilde São Paulo — e Aloysio Rsmalho For — do Banco do Estado de 5*0
Paulo — asseguraram ajuda financeira dos outros bancos do Estado. Contribui-
a
ções importantes vieram umbém de ourras fontes graças aq trabalho, entre outros,
de AntÔnío Cândido Comes. Marcelo Amaral e José de Souza Queiroz Filho *
Herman de Moraes Burros também arraiu Âdhemar de Barros. Governador
dc São Paulo e líder do PSP, ao movimento articulado pelo 1PE$. Moraes Bairos
chegou impor a condição, para participar na formação de um "comitê revolu-
a
cionário", deque este organismo fosse aceito por Adhcmar de Barros.*5 A coope-
ração do governador de São Paulo era considerada essencial, prindpalmenie no
setor de Segurança Pública, pdo qual 0 General Aldévio Barbosa de Lemos era
responsável como Secretário de Segurança do Estado. Não se deve esquecer que
0 governador Àdhemar dc Birros linha à sua disposição, somente em São Paulo*
uma Força Pública dc 15.000 homens c uma Guarda Civil de 10.000 homens, o
que igualava o número de soídados em todo o II Exército. É interessante observar
que foi o General Aldévio quem organizou 0 sistema dc escuta das chamadas te-
lefônicas de J. Goulart para São Paulo* Além disso* a Rede da Democracia, 0
centro da cadeia dc estações de rádio patrocinada pelo IPE5 e coordenada por
seu Grupo de Opinião Pública, veio a scr instalada no Gabinete do Secretário
de Segurança, sob a supervisão do próprio General Aldévio Barbosa dc lemos,
que tinha enllo seus trabalhos coordenados com os do estado-maior civil-militar
organizado pelo IPES em Sio Pauío.
K
Na época em que 0 General Mourão Filho iniciou "sua conspiração"* # rede
ÍPE5/IBAD cm
pleno funcionamento. Entretanto, cie parecia saber muiio
estava
pouco a respeito ddã, apesar dc scr ciia a estrutura que viría a encontrar cm
1
376
através deleque esle se comunicou com Coelho de Souza, do Partido Libertador
do Rio Grande do Sul. T. Onar foi também seu contacto com o líder do IPES
Edmundo Monteiro, uma figura chavc no fornecimento de recursos e meios para
iuai frequentes viagens, Era E Monteiro quem providenciava transporte aéreo
para o General Mourão Filho viajar à vontade dando prosseguimento a sua cons-
piraçin.
No de janeiro de 1962 o General Mourão Filho foi a Sio Paulo. Li,
final
deveria fer reunião com "um grupo de industriais importantes", que fora
uma
organizada pelos lideres do IPES Edmundo Monteiro e Othon Barcelos Correia
A reunião foi realizada em uma casa que eíe ingenuamente admitiu "não saber
onde era". Estava presente um grande número de empresários, entre os quais de
reconheceu o lider do ÍPFS João Baptista Leopoldo Figueiredo,** De Sio Paulo,
0 General Mourão Filho foi ao Rio de Janeiro, onde conversou com o Ministro
da Guerra General João Segadas Viana, do IRAD. Entrou também em contacto
<om o Almirante Hctk, Marechal Dcnys e o General Cordeiro de Farias a respeito
de seus esforços conspiratórios. Tanto a reunião de São Paulo quanto a do Rio
deixaram no General Mourão Filho a impressão dc que não havia grande movi-
mentação em torno de uma conspiração ativa contra o presidente, O General
Mourão Filho, nessa época, estava obviameme desacreditado em termos políticos
e puramenie operacionais a ponto de ser até considerado por alguns como ogení
377
com líderes do IPES foram Ircqii^nlcs no decorrer dt 1962, espe-
Contactos
ciiímentc com Edmundo Monteiro e Othon Barccllos Comia. Em junho dt 1962*
o General Mourão Filho teve uma reunião com o Hder do IPES Edmundo Mon-
teiro t com Am$ Chaieaubriand. proprietário dos Otários Associados, a quem pe-
diu apoio pira as forças políticas de centro-direita nas eleições de outubro que se
aproximavam. Ele também manteve conversas com o líder do PES Olhon fíarcel-
1
los Correis, que prometeu apoio financeiro para a ação no Nordeste, uma área
1 ®®
cuja sítuaçio política preocupava profunda mente o General Mourão Filho,
entre militares c civis durante dois anos, o General Mourão Filho ligou-se ao
378
1
Fira o grupo IPES/ESG, era necessário tirar o maior proveito de uma situação
inesperada. Apesar das críticas, o General Mourio Filho possuía qualidades re-
conhecidas. Ele era descrito como um dínamo* cuja energia tinha de ser captada
e bem utilizada, da mesma forma que seu novo posto deveria ser aproveitado para
379
e descrito anteriormcnte. 11 * Apesar de o General Mcmrão Filho ter sc transfor-
mado no chefe ostensivo da conspirarão civil-militar, o General Mcnna Barreto
era seu substituto de fato cm assuntos relacionados com o seu setor do movimento
civil -militar. O faio de o movimento ser basicamente civil-militar foi realçado
pela estrutura para ação do esiadfrmiior do General Mcnna Barreto, pelos campos
de ação delimitados e pelas próprias operações.
A estrutura para ação sob o comando direto do General Mcnna Barreto,
que sc apoiou nos recursos materiais c humanos dos Grupos de Ação c de Estudo
do IPES em Sâo Pauto* compreendia quatro setores. Esses setores, que englobavam
o modelo de ação do IPES, eram os Departamentos de Preparação Psicológica das
Massas. Informações. Mobilização- c Finanças. O Departamento de Preparação
Psicológica das Massas compreendia as seguintes sub-seções: (a) Imprensa (b) Rá-
dio; CO Televisão: Cd) Propaganda (cartazes, produção e distribuição de manifestos*
foíhelos e panfletos! c (e) Organizações Femininas. O Departamento dc Informa-
ções tinha as seguintes sub-seções: (a) coleta de informações; (b) contra- informa-
ção; (c) sabotagem. O Dcpartimemo de Mobilização estava dividido cm quatro
sub- seções: (a) mobilização propriamente dita, (b) organização, (c) comando e (d)
transporte. As operações do Departamento de Mobilização eram executadas pelo
Grupo de Agentes Especiais, responsável por intercomunicações e transporte es-
í|#
pccial. Durante o golpe propriamente dito, clubes sociais c associações dc classe
*erviraitide sede para comunicações e mobilização. O
centro para transporte es-
pecial foi estabelecido na Escola de Liderança Democrática, mantida pelo IPES,
organizada por Paulo Quartim e sob a direção de Frederico Àhranches Víott]
que* como oportunameme, também tinha outras funções 115 Apoio ma-
será visto
icrial t financeiro foi dado pelos líderes do IPES Fernando Lee e Juan C, Uerena
380
oficiais da reicrv* da FEB, era um dos co-lfderci do Setor de Àçõe* do estado*
maior geral civil-militar comandado pelo IFES e fornido logo após a reunião
l,B
de novembro dc 1961 no Río.
Além disso, o estado-maior civil-militar do General Datíiio Menna Barreio
eraapoiado por outras unidades de ação, lideradas peio Deputado Federal Juve-
ml Sayüo, Paulo Cardoso de Mello, Eldi.no Brancanfc, B M. Lobo Rosa, Paulo
Yazbeü e António Vicente de Azevedo (cuja residência havia $c transformado no
chamava éc antecâmara cojispiratória}. 0 Deputado (uYcni! Sayio
que Braticartle
envolver-se através dc Alberto Badra» diretor do dobe social Monte Líbano e
parente do Deputado Federal Aniz Badra, patrocinado pdo IPES, Participa vam
da unidade de ação dc |. Sayão, os líderes do 1PES Ernesto Leme e Luiz António
382
"
A ação do GAP
estava ligada de perto a da unidade de ação do Almirante
Heck, A. outros membros do GAP transportavam armas e serviam
Drummond c
de mensageiros entre São Paulo, Rio de Janeiro c Belo Horizonte, A sede do
GAP foi "estourada" uma vez pda Policia Militar, mas A, Diummond ç dois
umigos conseguiram escapar, apesar de ler sido encontrado material Incrimina-
Em consequência desse incidente, foi ordenada pejo governo uma repres-
tório.
um dos homens mais importantes do Almirante Heck. que rumbem estava en-
carregado do aspecto operacional de grupos paramíliiares ligados à Ação de
Vlgllimei c a Carlos Lacerda, Paulo Gatvão também estava ligado ao grupo
mi litur de informações de São Paulo liderado pelo General Agostinho Cortes e
l:tT
ligado ao próprio Carlos Lacerda, Outra de stias bases, que foi tomada de as*
solto, era localizada em Jacarepaguá, na periferia do Rio, onde armas também
foram encontradas. Em uma fazenda em Sítio Alegre, onde um certo Major Lopes
de So 7 u trabalhava como encarregado de suprimentos para o Almirante Heck,
ti
que havia fundado a ESG), A. Drummond foi falar com o General Sardenberg.
diante do fato de a ímptensa ler revelado a ligação do GAP com o caso e com
is atividades do Almirante Heck. Depois de ouvir as explicações de Dnjmmond,
o General Sardenberg lhe disse que sabia que "as coisas não Foram esatamenie
como você diz, mas eu louvo suas atitudes cívicas e peço-lhe que leve ao Almi-
,Sf
rante Heck minha reação tranquila. Vocês nlo serão importunados, Amçs que
0 incidente de Jacarepaguá fosse abafado, outros cinco elementos foram envot*
vidoi: Cccil Borer —
ex^chefe do Departamento de Ordem Política e Social da
Guanabara seu irmão, oficial êt polícia Charles Borer, o Coronel Gustavo Bor-
,
383
Baptista Leopoldo Figueiredo —
Leopoldo Figueiredo Navegação sediada em —
Nova Yoríí, transportavaequipimcmof para os conspiradores. Algum dos equi-
pimento* encontrado* no càcht de irmu do Rjo traziam o símbolo da Aliança
para o Progresso. O cochê continha submciralh adoras. munição, gás lacrimogéneo,
equipamento de coonimcições c recipientes. As armas eram de fabneaçãu ameri-
cana. 0$ u Mit'túlkits foram identificados como oriundos de um estoque desti-
m
384
icfio ciLiva planejada e por quê. Ele achava fundamental que os Estados Unidos
reconhecessem um governo provisório que assumiria o poder no casq da ação con-
tra o governo federal lograr êxito» apesar de ainda estar indefinida, naquele está-
gio» s questão da época adequada para essa ação. O
chefe do movimento civil do
qual » unidade de B.M. Lobo Rosa fazia parte era o General Dalísio Menna
Barreto,
1 *
A sede conspiratória de Mcnna Barreto havia sido estabelecida nas instala-
ções de uma companhia imobiliária-SELA, localizada no Largo de 5ao Bento, em
São Paulo. No início de 1963 Foi realizada uma reunião nesse escritório enrre
Antenor Edmundo Horta, Eldino Brancame. Coronel José Canavú FUbo — ei-
comindanie da Força Pública de São Paulo» José Freire da Silva e vários outros
empresários que estiveram presentes à já mencionada reunião onde o General
Maurio Filho veio conhecer paulistas civis e militares importantes, 11* Nessa
a
itunüo, os empresários fizeram a proposta, que fot aceita, de que paia conse-
guirem uras mobilização ampla e eficiente e uma boa preparação psicológica das
missas* o estado-maior civil-militar teria de entrar em contacto não só com
139
diretórios de partidos, mas também com qualquer instituição já existente, clubes
sociais e esportivos, associações de classe e empresas privadas, onde o IPES já
vinha desenvolvendo atividades intensas desde o início de 1962. A vantagem da
integração dessas organizações ao movimento civil militar, argumento u-se. era
que elas possuíam arquivos organizados de seus membros e numerosos associados
t filiados. Elas contavam com recursos materiais, financeiros e humanos para a
içio da dite orgânica, e poderiam se transformar em centros muito úteis para
a mobilização das forças de direita. Como eram espalhados por toda a cidade de
Süq Paulo, os clubes e associações também poderiam transformai «o pomos w
paro reuniões, concentração c depósito dc material, bem como quartéis-generais
ímprovisndos dc suas vizinhanças de classe média c alta, Os diretórios dos parti-
dos, agindo através dc seus comitês de bairro, poderiam se transformar em eficazes
meios de mobilização c criar rapidamente O clima propício, prinupalmcntc porque
possuíam bons oradores» experientes em campanhas políticas, que poderíam con-
vencer os companheiros de partido e seguidores de que, para fazer freme b
tf
ameaçi" iminente colocada pelo Executivo e pelas forças nacional-reformistas,
era necessário um movimento civíí-miíílar contra o governo. Da mesma forma,
os diretores de clubes sociais, associações culturais e esportivas tinham capacidade
t autoridade para expor os problemas t arregimentar pessoal para as diversas
tarefas exigidas peto estado-maior civil-militar* Além disso* esses clubes e asso-
eitções de elite untam, muito convenientemente» a classe dominante e a classe
médía-alta paulistas, que foram então facilmente coordenadas e mobilizadas. 144
0 estado-maior civil-militar esperava que, agindo através das cúpulas dos partidos
políticos* clubes sociais c associações, as bases das classes médias seriam atingidas
com facilidade c segurança e forma que seu envolvimento na campanha
de tal
385
oü membros importantes dessas instituições soeiiis, culturais c esportivas de elite.
Entretanto. s rede do IPES também envolveu os clubes esportivos cujos sócios
eram. na maioria, das classes médias, e com uma grande massa de seguidores
das classes populares, apesar de sua liderança ainda ser ditista. Entre elas estavam
os clubes dc futebol profissional Portuguesa de Desportos, Palmeiras, São Paulo
e o mais popular de todos, o Esperte Clube Corinthiani cujo presidente. Wadi
Hclou, fora contactado por |oâo Batista Silva Azevedo, vereador pelo Partido
Libertador e artieulador do movimento dentro do Clube de Regatas Tietê e leva-
do por Carlos Brancante ao General Menna Barreto. 1 ” Vicente Azevedo assegurou
a participação, na campanha Liderada pelo IPES, de Paulo Yazbek, diretor do
Sanatório Àvictn» e presidente da Associação Atlética de São Paulo c do Clube
de Regatas Ponte Grande, Paulo Yazbek tomou -se uma figura-chave no setor de
Comunicações de Rádio do movimento rivíLmilítar. Sendo o fundador e conse-
lheiro permanente da Liga Amadora Brasileira dc Rádio Emissão — LABRE, pôde
fornecer ao estado-maior do General Dalisio Menna Barreto c a outros partici-
pantes do movimento civil-militar uma poderosa rede dc comunicações que prev
cindiu tanto dos meios comerciais de comunicação quanto dos meios normais
das Forças Armadas. O Coronel Cid Camargo Osório* agindo na área militar,
tomou a iniciativa de desenvolver um sistema codificado dc comunicações por
rádio com os grupos em operação em outros Estados, Paulo Yazbek também
viris a scr uma figura central na campanha de mobilização das classes medias,
por scr o presidente da Assodaçao de Clubes Esportivos do Estado de Sio Pau-
1
lo-ACLEESP, que reunia 56 ctubes de esporte amador. ** Foi Paulo Yazbek quem
apresentou aos conspiradores tanto Michd Nahas quanto Alberto Brada, pneii-
demes do Clube Atlético Monte Líbano c Clube Sírio, respcctivamente.
Outro contado foi no Banco Sul Americano S.A, P onde procuraram seu
vice prciidcnie, o líder do JPES Manoel de Carvalho, que era também vice-presi-
dente do São Paulo Futebol Clube. Compareceu ã reunião o líder do IPES Her-
man de Moraes do Clube Atlético Paulistano. Mais
Barros, ele próprio diretor
tarde, entraram em contacto com João do Amaral, presidente do Clube Paulista-
no, e com outro diretor, Pedro Padilha, sendo ambos apresentados pessoalmente
ao General Dalísío Menna Barreto,
Levando a extremos a campanha da *'ameaça vermelha" fizeram sentir aos
diretores de clube que havia uma necessidade real de criarem galerias subterrâ-
neas de liro cm seus clubes sociais para o treinamento de sócios. Formaram-se
grupos dc ação de diretores de clubes c sócios selecionados para serem submetidos
a treinamentos mais especializados. A unidade de E. Brancanie forneceria o ins-
trutor; que treinaria setretamente os chefes dos vários grupos, em fazendas pró-
ximas a São Paulo, no uso de armas de fogo e em técnicas dc guerrilha, ,H Outros
diretores influentes dc clubes que estiveram ligados a rede que se iniciava
c que foram levados ao estado-maior civil-militar para receberem instruções
foram- Luiz Nardi —
Clube de Golfe Sio Fernando- Ferreira da Rosa —
Clube de Campo- Angelo Dediics c Delí mo Facchina —
Sociedade Esportiva
Falmeins; Jaymc Loureiro Filho t Milton Nascimento —
Sociedade Hípica
Paulistana. Também foi mantido contacto com Àdhemar de Campos* presidente
da Sociedade Harmonia de Ténis, à qual Milton Nascimento também pertenci*
e onde o JPES ministrava cursos para empresários, profissionais liberais e mili-
tantes, Muitos membro* de várias organizações que haviam passado pelo Curso
386
de Prcporiçõo dn Escola Supcríof de Guerra também estiveram ligados â unidade
chefiada por E. Brançimic c B.M, Lobo Rosa, entre os quais o empresário Lito
Coutinho (que era líder de uma unidade de ação) c Francisco de Barros Campos,
diretor da Sociedade Harmonia de lenis. Além disso, os seguintes diretores de
clubes estiveram integrados ao movimento civíL-mJJltar: Honorino Gasparmc —
presidente do Esporte Clube Pinheiros, que se transformou cm um centro impor-
tante para coordenação dc manobras durante o golpe; Antônio CqÍussÍ —presi-
dente do Floresto Clube; Douglas Michaíany — diretor do Ypc* Clube de Vila
Moriana. O São Paulo Country Clube foi integrado através de seu presidente, 0
,#i
líder éo IPES 1 úTio Cruz Lima c de Plínio Monteiro Garcia.
387
Christíui Hcins « d* Witlys, Mário SavclIL da Lighí and Power
Lite Coutinho.
S-A. e membro do de Engenharia, Péricles Senna. da Material Ferro-
Instituto
viário S.A. —
MAFERSA, o financista |c$é Roberto de Oliveira, parente de
Roberto Campos. Heroilano de Almetda Pires, do Banco da América. Caio de
Pauta Machado e Fábio Fasano. diretor do famoso Restaurante Fasano. Ds se-
guintes membros do Movimento Civil de Defesa Nacional, uma linha auxiliar do
íPES c trabalhando nq campo de opinião pública t mobilização das massas,
também compareceram à reunião do Pacaembu: [o sé de Oliveira Pinho, Darey
dAlvear, procurador do Tribunal de Alçada, José Pedro Gâlvão de Souza, Eva-
rtsio Veiga dos Santos, o advogado Ruy de Arruda Camargo, Celso Guimarães
c Plínio Costa César, bem como Luiz Felipe de Souza Queiroz e Eduardo Sousa
Queiroz, lideres estaduais da LDN Final mente, os seguintes ativistas c simpa-
tizantes do movimento civil-militar também estiveram na reunião no Pacaembu:
Àufcliano Leite, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
o Deputado Federal Juvenal Savão, Nemério Bailio, Benedito Lobo Bizarro.
Hcrman FickeL Carlos Brancaníc, Paulo Cardoso de Mello* Maria Aparecida
Cardoso dc Mello* Paulo Cardoso de Mello Filho. Nelson Abdo, Lygia Aguiar
Fasano, Sérgio Lemos Tomes. Rubens e Esther Guaglieraetii, Azte Calfat, De-
mélrio Calíit, Ruy Bulíer Souto, Cosmo Guamícri e divenos estudantes arivisus
15
c representantes de associações religiosas. * As varias “reuniões públicas" desses
membros influentes da elite de São Paulo serviram para estimular os ativistas
militares do II Exercito a continuarem com seus preparativos para um golpe
contra João Goulart; des se sentiram confiantes c fortalecidos pelo comprometi-
mento dos civis.
QuiiÉ no final de junho o «íado-maior eivíl militar organizou um comido
conhecido como Convenção do Pacacmbu, realizado no dia 22, A convenção foi
oiiemivamenie liderada pelo Movimento Sindical Democrático c pelo Movimento
Democrático Estudantil, ambos patrocinados pelu IPFS. Foi uma tentativa da
elite orgânica dc contrapor seu próprio bloco estudantil trabalhador de direita
Husne, Luiz Carlos Batista, o líder do MSD António Pereira Magaídí, o líder
dos trabalhadores cristãos, Frei Celso e Francisco Rama lho presidiram o en-
contro.
111
A convenção foi um marco significativo na campanha do complexo
IPES/IBAD João Goulart, as propostas nacionalistas c reformistas e a
contra
esquerda operária. Ela se beneficiou da vasta rede de retransmissão organizada
pelo IPES e leve um profundo efeito sobre os militares que* além de receberem
o apoio das elites* viram-se também abertamente apoiadas pelo que aparentava
ser um amplo bloco de irabalhodores* estudantes c classe média. Em meados át
1961, o mesmo modelo desenvolvido no Estado de Suo Paulo, de civis c militares
Interagindo contra o Executivo e sendo organizados para derrubar o governo
nacional, era comum aos Estados da Guanabara, Minas Gerais, Paraná, Santo
15
Catarina e Rio Grande do Sul. Em cada um desses Estados o movimento civil-
'
militar scbaseava na rede regional do complexo IPES/IBAD, apçsar de o General
Mourlo Filho acreditar que isso se devia, em grande pune, sos seus esforços,
uma vei que de havia remado insuflar oposição ao regime nos Estados vizinhos.
Os contatos do General Mourão Filho com os Estados do sol foram feitos partial-
menic através do líder estadual da UDN Luiz Fdjpc de Souza Queiroz e dt
1M
Aurélio Stievanl. Em São Paulo, o General Mourio Filho era o organizador
ostensivo do setor militar do movimento, 114 enquanto o General Menna Barreto
era o principal coordenador dos civfo, * 1 O movimento teve o pleno apoio do
1
com dois terços dos oficiais do 111 Exército, com a Polícia Civil e cora s Forç*
Pública. O Coronel Barcelíos agiu ativamente na subversão das forças policiais
do Rio Grande do SuL O General da reserva Armand Catrani estava encarregado
da organização dos proprietários de terras nas zonas rurais em unidades para-
mililarcs, que agiriam como um grupo coordenado na época do golpe. O plano
reve o apoio total de lido Mcneghctti, governador do Rio Grande do Sul, que
era ligado à FARSUL t ao JPESUL Em Santa Catarina os proprietários de terras
estavam sendo organizados pura ajudar os militares a favor do plano pira o
golpe, O Gunuruí Pedro paufç ViçUa da Rosa íoi um elemento exiremimcfiie
ativo na mobilização de pessoal militar. Na Guanabara, a Marinha apoiou o plano
compleiamenle, como também alguns elementos^ ha ve do I Exército. * 1 A orga-
1
nização civil, que tinha todo o peso da estrutura do IPES apoiando-a, estava,
conforme foi avaliado pela CIA, bem mais adiantada do que a de São Pauto.
O movimento tinha o apoio total de Carlos Lacerda *1 que, por sua v«, eri
1
apoiado peto IPES. Em Minas Gerais o General Carias Luís Guedes chefiava o
setor militar e o General Bragança chefiava o civil, apoiados pela Mobilização
Democrática Mineira, 11* patrocinada pelo IPES. Os empresários, profissionais
liberais c militares que formavam o que o General Guedes descrevia como o
"atuante grupo revolucionário" que, a seu ver* se colocava na vanguarda da
opinião pública em Minas Gerais, eram líderes e ativistas do IPES-Bdo Hori-
zonte. Através de seus contatos c ligações com os militares dc Minas e outros
Estados» os líderes e ativistas do IPES "propiciaram as condições psicológicas
e materiais indispensáveis pura a eclosão do movimento dt 11 de março, julgado
1
necessário para justificar a ação militar Entre os líderes do IPES mencionados
’.
pelo General Guedes podem ser citados: o empresário Altiísio Araglo Villar,
Josafá Macedo, grande proprietário de terras, banqueiro, presidente da Federação
dc Associações Rurais do Estado de Minas Gerai* —
FAREMG e médkõ. mem-
bro da influente Associação Médica de Minas Gerais (que não ocultava sua
oposição ao governo de João Goulart), o banqueiro e industrial Ruy dc Castro
Magalhães, Angelo Scavazza, diretor da Sul América Cia. de Seguros, General
Eldno Lopes Bragança. General Lopes Bragança, comandante da IEM e Gabriel
Bernarda Filho, proprietário de terras e diretor da Cia. Força e luz de Minas
m
subverter as afiei ms mais jovens. muitos deles no com ando dc tf opas do II
Exército. Nesse esforço, apoiava-se no trabalho do Major Ner A, Pereira e do
Mijar A, Nakashíma. O primeiro era o homem de confiança do General Mourão
Filho c sua ligação com a Coronel José Canavó Filho que T sendo vizinho do
Major Ner Pereira, mantinha soa casa como um das quartéis-generais secretas
do estado-maior civil onde se reuniam oficiais da Policia, Marinha c Aeronáutica*
O Major Pereira e o Major Nakashima formaram uma ampla rede de «poio entre
Os oficiais de escalio mais baixo. As reuniões eram feitas na caso dc |u venal
IU
Sayio. Gnúcleo do grupo chegava a aproximadamente setenta oficiais Para**
fclsmeme o essa ação. o Jpcsíano Agostinho Cortes, como chefe do eslado maior
militar do General Dalísio Mcrnia Barreto e coordenador da ação militar dc
ÍPES em São Paulo, lambem estava praticando subversão entre os oficiais mais
jovem do ff Exercito. Um efcmcnto-chave era o Tcnente*corond ReSlecl, 1 ** que
chefiava uma unidade de ação formada pelo Coronel Cld Osório, os Tenentes*
coronéis Buitvom e Àvrton Cartaxo, os Majores Ismael Artnond, Geraldo Franco
e Rtiy Machado, os Capitães Rubens Franco e Hcrbes Franco e os Tenentes Ruy
Arruda e Queiroz. A unidade do Tenente-coronel Resteel recebeu o apoio de
uma unidade dc civis liderada peio ativista do PES Eduardo Levy c pelo empre-
1
Força Pública de Sio Paulo. O Ttn eme-coronel Resteel trouxe para o grupo
novas ideias sobre liderança e formas de ação. bem como seus próprios homens.
Ele se opas 3 formação dc um Conselho, Comissão ou Junta, idéias ventiladas
pelo Major Ner Pereira e apoiadas pelo General Mourão Filho, sendo a favor
do estabelecimento de um Comando Central* Ao invés de apoiar atitudes Impul-
sivas, apoiava o planejamento melódico e a inserção dc suas atividades, coorde-
nadas em São Paula, no plana estratégico geral coordenado no Rio, do qual o
Tcncnte^orond Resteel tomou-se o do. Após paciente trabalho do Tenente-coronel
Resteel e $ua unidade, seu ponto de vista conquistou os oficiais e o Major Ner
Pereira foi retirado da liderança, deixando o grupo para conspirar isoladamente. 117
m
contra- informação do estado-maior civil-militar paulista* formado após t já men-
cionada reunião de novembro de 1961 no Ríq. A casa do General Agostinho
Cortei era um centro de informação e contra-informação apoiado pela rede de
civis e milHares do complexo 1PES/IBAD. Através dele eram coordenados os
esforços t atividadesdo Marechal Igoãcio Rolim* do IBAD, Coronel AntÓnjo
Cs rios de Andrade Serpa e Coronel Cid Augusto Osório {ambos homens de
ligação com o Corond Uymz Porte Ua), General Aldévio Barbosa de Lemos. Ge-
neral Reynaídü Saldanha da Gama, Tenente -coronel Rcstcd, General Ivanhoí
Gonçalves Martins {que na época estava atuando como representante permanente
do General Cordeiro de Farias) e do Coronel Lauro Rocei Diegues* chde da
Seção de Informação do II Exército. *® Apesar de todos os seus esforços, era
1
óbvio que o General Mourão Fíího permanecia isolado em sua conspiração mi-
litar, cfiquanio o estado-maior civil-militar comandado pelo General Menna lar-
reto progredia.
Mourio Filho era considerado há muito tempo peio Executivo utn conspirador
em potencial bastante conspícuo, apesar de ineficiente. Assim* a atenção que
sua personalidade e suas atividades atraíam permitia que outras figuras, como
o General Agostinho Cortes e o Tencme-coroneí Realcei» desenvolvessem e pros-
seguissem com mm ação discreta e eficiente em Sio Paulo sem serem moles-
tados c distante do serviço de contra informações de J Goulart. Pôr outro fedo*
sua transferência para um exército aquartelado em um local
cuja distância do
Rio era metade da distância de sua antiga base
a em São Paulo
e com mais tropas
sob seu comando, preocupava muito aos membros do complexo IPES/IBAÜ.
Uma marcha intempestiva do General Mourão Filho sobre a antiga capital poderia
criar sérios problemas para as tentativas do jrmpo PÊS/ESG de controlar os
I
393
Chegando a Minas Gerais, c imediata mente apôs assumir seu novo comando*
o General Mouiào Filho entrou cm contato com o General Guedes» a quem con-
fidenciou suas operações em São Paulo Em setembro de 1963» o General Guedes
e o General Moorio Filho tiveram uma reunião com o Governador Mngalhiei
Pinto, onde foi discutida a formação de um 'Estado-maior Revolucionário". Em
seguida, o General Mourão Filho e o General Guedes estabeleceram contatai
para cs operações com o Coronel José Geraldo de Oliveira, comandante d>
Polícia Militar de Minas Gerais e com o Coronel Afonso Barsanie dos Santoi,
chefe do Estado-maior da Policia Militar. Logo após suã chegada, o General
Mourão Filho teve uma reunião com o Coronel Antônio Carlos de Andrade
Serpa, recomendado a Mourão Filho pelo Coronel Rortdla, que pertencia ao
grupo do General Cosia e Silva e estava ligado aos extremistas de direita no
Rio e São Paulo. Quando o General Mourão Filho pediu seu conselho a respeito
dc quem integrar era seu novo Esudo-msior, o Coronel Serpa indicou o Tenente-
coronel Everaldo fosé da Silva, também ligado ao Coronel Portclla Alguns dias
depois. Tenente-coronel Everaldo indicou ao General Mourio Filho os nomes
de oito oficiais, que passaram a formar seu Estado-maior, m
Subitamente o Ge-
neral Mourio Filho estava sendo sustentado pelo Grupo do General Costa e
Silva, que tentou cocptá-Io. Entretanto, havia um Major, fosé Ramos de Alencar,
no Estado-maior do General Mourão Filho, O Major Alencar estava ligado ao
líder do IPES Augusto Frederico Sçhmidt, que assumiu a tarefa de solapar o
17
prestígio do General Mourão Filho junto aos jovens oficiais. * Estabeleceu-se
uma situação semelhante a de São Faulo. com os elementos do grupo IPES/ESG
tentando enfraquecer a autoridade do General Mourão Filho —
o que, no final,
foi inútil — c icniando tmbént incorporá-lo à conspiração do movimenta civil*
militar de Minas Gerais. Como foi visto anieriormíníe. esse movimento havia
sido organizado pelo ÍPESBdo Horizonte c fígado ao General Carlos Luís Guedes,
Ingenuamente, o General Mourão Filho acreditava que havia sido responsável
pela formação do movimento civil-militar cm Minas Gerais.
Em o General Mourio Filho entrou em férias, enquanto
janerro de 1964
o General Guedes assumiu a supervisão do desenvolvimento da conspiração.
No final de janeiro, o General Guedes compareceu a uma reunião, que
1
k
Tornou
vital entre os representantes das "classes con serva doras' fsrr] real irada no Edi-
fício Acaiflca, o complexo de escritórios mais importante de Beto Horizonte, onde
o ÍPES estava sediado, ” Entre os representantes dos empresários e profissionais
1
Antônio Mourão Guimarães (que também era diretor do Banco dc Minas Gerais
S/A c do Banco Mercantil da Guanabara) V ê Além destes, os seguintes empre-
sários influentes estavam presentes: Tosé Neto de Oliveira —
Banco Comércio
e Industrio de Minis Gerais S/A: Edwrn May —
Cia Siderúrgica Mimnçsminn,
Cia» Siderúrgica São Caetano, Manncx do Brasil S/A, Mannesman n Mineração
394
SM; Caetano Nascimento Mascarcnhas —
Cedro e Cachoeira Têxteis, Cia, In
de Estamparia; Antônio Mascarcnhas Barbosa, Alexandre Dmiz Masca-
difsirift!
renhas —
Cio* Iruluslriül de Estamparia; Décio Magalhães Mascarcnhas Cia. —
Industrial Bdo liorízonle; |oão Renô Moreira —
Cooperativa Central dos Pro-
dutores Rurais êt Minas Gerais Ltda. Mcialgráfica Mineira S/A; Avelino Me-
t
Aragão Víllor que, de acordo com o General Guedes, estimulou ação à margem
da lei e pediu intervenção militar.
Na reunião do Acuiaca, como ficou conhecida, os empresários e profissionais
liberais do IPF5 tentaram insistente mente aliciar o General Guedes pira que o
ofícinfcm comando c os militares de Minas Gerais se comprometessem firme e
ntivumcnti* com ttmit operação ofensiva contra o Governo. Provaram também
no General Guedes o forte apoio dos empresários pela sua presença « reunião
t por suas atitudes manifestasA resposta do General Guedes foi que os em-
deveriam “tomar as ruas de lango'* O General Guedes frisou que
presários
uma vez que a opinião publica estivesse mobilizada pelos empresários Contra o
governo, '"nÔs, os militares, como parte do povo. apesar de armados, nmples-
mente usaríamos nossas armas para o que fomos criados, a defesa da segurança
l *°
interna ameaçada pela esquerda
*
Este esquema era semelhante ao elaborado
em novembro de 1961 no Rio, t igual ao posto em prática cm São Paulo. Ainvés
de seu cornando civil c juntamente com a mídia de Minis Gerais, em particular
1,1
os Diários Associados, e várias organizações de ativistas femininas das classes
medias, especial mente a Liga de Mulheres Democráticas e o Morimento Familiar
Cristão, com as associações empresariais, a FAREMG
e a Federação das Indús-
395
o
maior do Rio dt Janeiro haviam s*do confirmados e assim, uma campanha condu*
,
zída com ordem c cuidado pelo complexo IPES/ESG com o fim de tomar o
poder de maneira organizada e completa foi prejudicada à medida em que atores
políticos inesperados foram colocados cm papéis centrais na disputa pelo poder
que seguiu à partida apressada do General Mourüo Filho dc Juiz de Fora. *
11
CibcImíi
396
•
Armadas poderia ser encarada por um grande número dc militares como uma
solução adequada para as contradições da sociedade e do governo brasileiros*
O complexo 1PES IBÀD c os oficiais da ESG organizaram a tomada do aparelho
do Estado e estabeleceram uma nova relação dc forças políticas no poder.
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neiro. Civilização 977 ihl lohn 1 eve niM e na comprccnyào de algtatvs fatfr
W f DLLLES tnrcu irt fírjziJ poltU&d nc» do proccijo que cylmmúu com o |o1pc»
mdttary rriJr» J955-J964 Auti ir*. Lni* of eJo poluem um importante pomo cunujrn,
Tct« Pmí. 1^70 (o John F DlLLES W Todo» ele» itidicam o» oficiai»* cmptciârtot
Ctíihlfo Branco thf nraÂMi of J c polmco» do completo IPES/tBAD como
ptettdent. Auifin, Lnn of Teta* Prev 0 centro da campanha que ocasionou o gol
I97B. (j) Jintinu Alm BASTOS £ne»n- pe Fm muito» ca»oi. p papel central do
iro eom o tempo Portq Alegre, Eduora IPES cm particular é cipliciiamtntr indica-
Globo. t%5 cl) Gcorge W BEMtS From do. em outro» caio» o Instituto não á men-
erigia to revolution. monlhly c aie iludi». cionado como ia!» embora oi alorc» políti-
Ifi: /niTrrpfiJffuflíiJ Puk/jc A dmiitíjffEffion Se- co»- lanto mllíiarc» eomo tmpreiino». en-
riei, Lo* Angdc». Un iv Southern Cáhfoi- soUídoí cm opcracoci-cha» c ou dc»ia^adoi
oin, 1964. n 1 (vn) Mauro BORGES O cOttlO personagens ccnlrrti». aejant lidere»
gotpi* cm {Joios- fmleWtf t/f uma grande c dtívlita» do complexo IPES/IBàD
traiçào Rio dc laneirp, Citilitação Brati
1 Articulação ú uma cxprcMão ampbmef»-
leira, 196-5. ínl Glauco CARNEIRO Hty
tc usadn para indicar ligoçúct t contado»
tdria tias re vohtçòci fyfaíttnrj* Rio, Cru
efeluados por indivíduos c grupo» a fim de
reiro, l%5 Albtno DtSLS ei
V. 2. (o*
estabelecer diretrites comum para »eu mo
nlii Üí fdoi d? março < a yueJj cm ahnl
vrmrnio conira um determinado advcmrio
Rio de Janeiro, Joit Akiro, 19W [pt Car-
comum,
io» CüMcUü BRANCO tntroJução a rfvo
íucüq de 19t*4 Rio dc Janeiro Artcnava, 4 À Fmbainada Americana limWm de
1971 V ] c 1 (q) 0]>jnpiü MOGRÀO F; scmpcnhou o papel "de tomar grupo» ci-
lho Memóritu Arakcn TA- tip cif
vi» e miTuare» dispare», porem i impai rtaft-
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Vlill Domftllt*. 19*4 Ankçfí TA- lealdade do governo". Riordan ROETT,
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VORA. Húw Broa! itoppcd amimaiipn Bi-jid lis íhe iran». Naihvillt, Vanderbilt
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red to o* cri hm* commuíii*t infcít pclj viMti ao DrosiL cm outubro ét
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ed fO»cmrnen| forume. EUA, (1| í*7.49 t
l%2 de uma equipe de pcvqujia. o Jnter
210^21. wpi I9M to C S HALL The unm- Agcrny Survcj Team r formada pot mem-
ír> lha t ii^cd itielf Readrf'$ Digett EUA» bro* dc vário* Órgão» amer^anos e chefia-
Novcmbcr-1964, p UM» Rcportafcm E*- da pelo Embamador Wiíliam Draper A H
pttiêl equipe de poquita rncluta o Majur Gene-
A% mformasiAei advim da tentativa de rat Douglas V fohnson (Dc par lamento dc
momenio não
rceunitüuir titasón que ale o Defesa). LudfeelJ L, Munijguc (CIA). Tho-
foram devidamente cidárccida* t que ad- mii* E. Naufhtor* íAíDl. C fd^atíf Wells
quirem maior importincia^ â medida que a fUSfAL Henr> J Constanru (Departimcn-
398
lo do Tcsoüro) c WilUam B. CpnneU Jr, Arquivos JFK + N$F Vide também f. POR-
(Departamento de Estado), Eks visitaram TE LL A, op. th p. 174-tSt.
o Rio. São Piulo e o Nordcsfc e recebe- 6. Em uma das reuniões realizadas pcli
ram tobenura pnro suas atividades petos equipe do General Draprr durante sua mis-
agentes dfptomátkos línseriamos no Brasil.
são dc investigação de ocorrências no Bra-
Essa equipe reutuu-sc cm Sõo Pauto, uti- sil. |ohn Rtchards. presidente da American
tilando-se de timo toríc de jantam e almo- Chomber of Commerce em Sio Pauto, ex-
ces çom a participação exclusiva dc homens, pressou sua grande preocupação a respei-
para fazer contactos pessoais. trafif das to do futuro polilico e econdimto do Bra-
questões do momento e trocar idéia» so- sil- Richards declarou "que ele eonsideriva
bre a conjuntura política. Os seguintes li- íoão Goulart pessoa exirernamente periga
derei do JPES estavam presentes Tcodo- ia c sugeriu que o Governo dos Estados
ro Quariim Barbosa, Gastâo E. Bueno Vi- Unidos deveria forçar o colapso económi-
diial. Paulo R Magalhães. Fernando E- T L« co do BrasiL cortando toda a ajuda à Ad-
Vicente dc Paulo Ribeiro, Paulo Ayres Fi- ministração de Joio Gcul&u e, dessa forma,
lho e Humberto Monteiro. causando a queda éo próprio leio Goulart.
Eles também se reuniram com Quiri no Quando isso ocorresse, espera va-se que os
Ferreira Neto (di mor -vicc-pre ridente da militarei interviessem e “corrigissem os
Falha dc São Paulo e diretor da Agua Fom- condições existentes \ Enfatizando sua »r-
ffflíis S/A), Bnicc S, Golbratfh (diretor da gunrentjÇDo Rich&rds acrescentou que "v*a
Alba £A,Í. Waticr H. Cussehoven (dire- muito poucas possibilidades dc colocação,
tor da General Motors do Brasil). Francis pelo* Estados Unidos, de assessores cm ins*
L Herbcrt (Cia,do ftrnsif). (oseph
S-wifi lituições financeiraschave no Bruil", Ae-
H Union Carbide do Bra-
fone» (diretor da rograma enviado ao Departamento de Ev
fUh íobft 5- Rkhards (presidente da RCA lado per Daniel M
Braddock. Câmul Ge-
Eletrónica Brasileira e presidente da Amt- rai Americano em São Paulo. 19 de puiu*
rfean Cftambcr oí Coromerce no Brasil. São bro de im> K
A-I09+ Arquivos JFK, NSF.
Paulo). Francisco dc Pnuto Vicente Aze- Os líderes dos JPES mantiveram comíc-
do Banco Comercial
vedo (vicc-prcsktcntc io com o governo americano em outros rtf*
do Estado dc São Pauto S.A.). Encontro- ve is. O Embaixador Lincoln Gonton ob-
rom-ie, ainda, com Adhemsr de Barras. |o servou que o líder do IP ES Alberto Byngton
ve ma dor eleito de 5 5o Paulo, o General {um americano- brasileiro da cidade pauTis-
to de AmcHcaiu) Foi enviado a Washington
Píry Bcvitocqua, comandante do II Exér-
cito: o General Aurélio de Lyra Tavares*
como emissário das forças anti foáo Gou-
comandante da 2/ Regtüü Militar do Bra-
lart. em março
de !%4. Antes de retomar
no Brasil, no daqude mês. eíe havia
dia 31
sil; Maria da Conceição da Costa Neves,
requisitado às autoridades americanas um
deputada por $<to Pauto e qtie mais tarde
plano de emergência e contingência para
virli a ie tornar uma
líder ostensiva da
garantir apoio logístico ao movimento con-
"Marcha da Família*'; Antônio de Barro* tra João Goulart. O plano de contingência
Ufhoa Cintra, reitor da Universidade de preparado peto governo americano tomou-
São Pauto, c Ruy Mesquita, filho dc |úllo se conhecido como ^Qperauon Broiher
ile Mesquita Filho, editor e proprietário do Sam" (Operação Imtio Sem). Para maio-
0 Eu ado th São Paulo s elo próprio di- res informações sobre a '"Operação Umào
retor Ú0 tornai. O
"Embaixador*' Drfipcr Sam" vide fa) Marcos Si CORRÊA.
era. na realidade, o General William H. t'fjío € comentado peta Casa Branca. Por-
Ora per (da reservo) do Exército dos Esta- to Alegre. L & PM. 19??, que reproduz uma
dos Unidos, viajando sob cobertura dipto série dc documentos importantes disponk
màúai O General Drapcr se manteve cm vejj m RíMtottca Lytiden lohmon em Aus-
coniDcío com o IP ES, visitando sua lide- lin* Tetas, {b) P. PARKER, op. <it. (e)
rança npós o golpe. Aerograma enviado ao Vcritoít WALTERS. Srient míjjioni- EUÀ*
Departamento dc Estado por Daniel M. Doublcday, 1978: {d) A. ). lANGGUTH.
HrudttocL Cônsul Geral Americano em S5o Hiédcn terror* New Vor k t Panthcon Bcoks,
Pauto, 19 de outubro dc 1963. N. A-109, 49-78; {e| forttai do Brasii, 18 i 2B de dc^
599
t ,
acusado de periencer ao MAC doe se de- NACLA Handhook. 77/c U.S, mitilary tfp
fender. Porém, cm sua defesa. nio óc\ crà partims. Bcrkelcy, Aug. 1972.
ponlivA ou rscgauvimcnie íuat a mininu 10. Conta los permanentes dc empresário*,
referência ao IPES ” A quesiâo foi noto* jomiliiiat simpatizantes c políticos ecm as
mente levantada uma vemana mais tarde. Forças Armadas foram estimulados peia
J3 de fevereiro dc 1962 por Peixoto ehte orgânica. Rui Gomes de Almeida, agin-
do Vaíe. que cuidava da imagem pübJica do como personagem de liderança empre-
do IPES como «jKOCWivo da Promoção e sarial, sem manter pubífcamcnte qualquer
Propaganda. £le «Uva preocupado com o ligação com o IPES ou suas atividades sub
fnló dc icr o General Golber? publicamen. vcnivos, foi um clemcnio-chnvc ncsicj com
te considerado um homem dc direita, 1i|* li cios Ruí Gamts de Almeida pòát rdo-
do àquetci elementos. Vide Abreu Plínio de lar a liderança do IP ES que bavii conver-
RAMOS Como tfgrm qi grupof de p/&- sado em um encontro casual, com o Gene-
wo Rio de foneiro, Gviloaçoc SntJtifi. ral Os vi no comandante do
Ferreira Alvts,
!%> p 434 I Exército c ren ornado nacJonaJiiia- R. G,
B Vários Outros grupos e orgjmtaçâei si- Almeida confidenciou ao General Osvinú
milares surgiram nos primeiros anos da que ele era um homem do ceniro ejquer-
14
década dc sessenta. tais cocno o Movimento diiante ''dinãmtcõ e nio esl Ético Êmre- .
rica —
CMD, o Çrjpo de Açio Patriótica Rio. 22 de maio de (962. (b> ÍPES CD. 4
CNLD. Arquivo* do IPES Rio de Janeh — beiro. Vide também Oaávio COSTA. A
rú + revolução que não tem dono. In: O pro-
400
tadi Americana no Rio observou que reza menos acadêmica do que aquelas nor*
campi raç ao contra o regime entre os mili- mifmeme creditadas ao IPES”* Vide (•>
lares brmiJcírcn inclui o II Exército, ou * Elmar BONÊS. Golhcry, poder e silêncio*
Segunda Regiáo Militar. mal náo se lími- Coojornal. Porío Alegre, setembro de 197*
ia a ciui unidade* A conspiração genera- p. 20. (bí James RQWE et *Jn Brastftan
Ilíada é tipicamente brasileira por não ser etecuon fact book s. |. September 1965. n*
unificada c por se ressentir da presença de 2* p 32*
ckminadoi possíveis Hderes Todos 03 gru* ES. Marechal Odílio Dcnyi, citado em:
poí que conhecemos, entre lanto. reconhece- foão Camilo de Oliveira TORKES. Razão
rim a ncceiiidadc de qualquer movimento e dciftno da revolução. Pcfròpolii. Editora
de tal urdem icr de âmbito nacional". Te- Vozes. 1964. p. 225-10.
legrama enviado pelo Embaixador Lincoln
Cordon 10 Secretário do Departamento de
19. E- BONES. op ctt p. 20.
de >|úsio de 196J. O Citada de São Pau- 22, Ocliyfo Marcondes Ferrai. Depoimen-
24 de agosto to prestado cm Sâo Paulo a 20 de ouiu*
to, de 1961,
bro de 1971. HACfl 862/1. Arquivos do
16 IPES CE, 20 de novembro de 1962* J.
Marechal Cm trilo Brinco: Coleção CPDOC-
0 Leopoldo Figueiredo Fundação Gelúlio Vargas Rio de Janeiro.
17 Segundo Glyton de Paiva, o General Mnrcondei Ferrai foi recompensado por
Golbery havia sido incumbido da direção seus esforços, Ele *c tornou um dos pou-
de uma “variedade de operações de nuJu- cos membros da elite orgânica dc Séo Pau*
401
.
doso. Dayl de Almeida Aíonso Arinos. Jo- ra o papel desempenhado pelo General Ma-
vc Eduardo Prado Kelly. Milion Campos. mede c para a importância da EGEME nos
Edmundo Falcão, Augusto de Lima Veto, eventos que conduziram a i
* dc abril dc
Pedro Alento. Assi» Chatea ubriand, Amé- 1964 Sob o comando do General Mamede
rico dc Souza, Hcrman de Moraes Barroi H
c do General |oaa Bma Machado na ECE-
Hcrbcrl Lcvy* Rondcn Pacheco. Ribeiro de
ME h encontravam-se em forno de 400 oíb
Andrade, Luiz Antônio Gama e Silva, Pau-
ciais, os quais, com raras efcccçôes* apoia-
lo Ayres Filho. Paulo Egydio Martins, Al-
vam os ativistas contra João Goulart En*
fredo Niíser. Emival Caiado, Coelho de ire os ativistas da ECEME estavam os Te-
Souza Marcondes Ferraz* Luiz
Octãviú
nentea-coronéfe Mo Baptista Figueiredo,
Cario* Prado, Carlos Eduardo D 'Álamo Octávto Medeiros, WaUer Pires de Carva-
Lousadi. Rodolfo de Freitas filho, Luiz lho e Albuquerque, os Majores Hélio Men-
Wemeck. Aristóteles Drummond. Frederi-
des, Hcrntní D'Agüiür t e Veoturiní, o Te-
co Viotii, Daniel Krítger, Eldino Brancan-
nente Mário Silva 0'Retíly Souza, que tram
te, foio Humberto
Adelino Prado Neto. personagens de prestígio entre os oficiais
Goíft, Silvio Lu cio no de Campos Arruda
do Vide f. PORTE LL A op cif.
Eiército.
Câmara. Murilo de Mefo Filho. Roberto Ma
p. bíMM. sobre o significado da ECEME
finho, Ricardo Marinho. Rogéno Marinho,
e os capítulos 4e 5 sobre o papel da ECE-
Hélio Fernandes. Sérgio Lacerda, Sebamiu
ME durante os acontecimentos que condu-
Lacerda, Arnaldo Vieira dc Carvalho, Sér-
ziram a 1/ de abril dc 1%4.
gio Brotei ro Junqueira, Guita vo Borghoff.
Adalberto Bucno Neto. João Baptiita Leo-
27* l W. ROWE. op. cit , p 15.
poldo Figueiredo, Antônio Carlos Pacheco 2B. faj Carlos Casiello BRANCO. Da
e Silva. Daniel Machado de Campos, Pau- Conspiração h revolução. In: DINES, À.
lo ReisMagalhães. Eduardo Levi Filho, |<* ei aliL Oj Idot. . < op. cit p, 217-506. th)
sé EJy Coutinho, Vicente Mammani Neto, |, W. RQWÊ. op. cit p. 14,
Marcelo Garcia. Rafael de Almeida Maga 29. Uj Entrevista com o General Albuquer-
Ihics, David Nasser c Joio Cafrnon. In: H. que Lima Rio dc Janeiro, maio de 1976.
D'AGUIAR. op. ciL p. f 07, fbj J , PORTELLA. op, cit. p. g4.
402
10. O Gcnerst dfi ESG Agrícola Bclhfím O Citado de Süo Ponto, 21 dc ouiubro de
cra ii ri% dei diretores da Codmco — Cm de 1961. M
Plínio dt Abreu RAMOS op. at.
Deicnvolvimcmo Ituíusirial Comercbl c
e p 76.
então Ministro da Guerra General Mir Para verificar os nomes 4c outros mem-
Damas Vide O Etfado de São
Ribeiro, bros da Cruiada Democrática^ vide (a>
ÍBAD entre os militares, vide ta) O Exiado Brisílciri, l%7. p. 136. (h) 1+ W F. UUU
dc Sm Pauh . í9, 20 c 26 de julho de 1963? LES. Vnmt ,, op rit. p. M, 3L
25 de outubro e 7 dt novembro de 1963, 47, Desde março de 1962, Ruy Gomei dc
Ibí Pedro Aleíxo, na CPÍ sobre o IBAD. Almridt avaliava os resultados do tribo-
403
lho ÚQ I P£S no ictor militar, esttbeJecen- dc conspirações militam", Vide também
do uma comparação cnirc a rc<!c 1PES/ tal R SCHNE1DER. op, dL p, 39-1&T
M Finarei e Igreja. R G. Almeida Afir-
Ji (bl |. 5TACCHFN1 op. dt, Cap, 34 ç
mou que n comunismo
contra -reforma ao prtncipalmemc 13. (c) H* SILVA. op. dt,
%à poderia ter rcalruda pelo IPES Com i parte 1
de garjnitr o apoio crocenlc entre 01 ntt< res do IPESh tais como G, J, fiorghofL J.
litarei tomou-te mais premente ao se per- Sehring dc Mattos, Eudcs dc Souza Leio,
ceber que I. Goulart catava "dia a dia Joio Nicolau MudiT Gonçalves c Glycon
consolidando iua ppfíçáo dentro du For» de Paiva,
Ç« Àrrnndai e do» imdicatot", enquanlo Relatos pardals sobre o papel desem-
51.
o apoio do público a Leonel Brizoli au>
mcniova
penhado pela ESG c seus ativistas na tony
IPF.S CD, 4 de setembro dc
pi ração cOtUrn foio GouUtt podem jer en-
1962. Augusto Trajam* de Àxrvedt* Àniu»
nec<
contrado» In; (a) L STACCH1N]. op. cú.
404
mtnQfiiAdo wbrt o verdadeiro papel dc- cessitava de um líder superior a rivalida-
ço de 1479 6-7
p ctt p (hl E 8RANCANTE In: Ct
5? Tudo o que fiz fui pedir lhes que rrCfu/ StQürúo op cit p 2ÚQ
dmiuem de apoiar o governo Ele* náo
60 Roberto de Abreu Sodré. Depoimen-
+
foram obrigados a se junior a n6i ‘. Ma-
to a Luii Viana Filho Sio Paulo. 38 de
rechal Cordeiro tk Farras Cmrcvísu a R
À. Dreifusf. Rio de janeiro. 1976*
agosto de 1971. HACB tȒ|/l. p 19 Ar*
qunos do Marechal Cairdlú Branco. Co
54 Lm rcbto de como o General CasteL levão CPDOC Fundação Geiútio Vargas.
lo Branco foi atraído parn a conspiração e
Rio dc laneiro.
a rttpcito das atividades do estado-maior
informal po de ser encontrado In; \ F. W 61. H D AGUIAR op ciL p 103
DULLES, Otitdh op m
p, 297461. 62. H SILVA op íir. p 414*15 O pró»
A afirmarão de que o General Cnstcllo prrio jornal Havia sido fundado, segundo
Brnnco era aiscciiido do IPES foi fclio pe- os registro; da PolicSn do Estado da Gua-
io líder ipcshno Hélio üunmk em carta nabarn, com
do American and
o aptsto
ao General Fontoura, chefe du SNI. cm FoTCign Power fBond and Shftre Group),
Jfl de outubro de 1%*) Arquivos do lí
1
40S
àúi en Brdjtt. Santiago. Chile, Prema La- Campo», que era um conspirador tú> o. N»
iinoimcncjni. l%5. p 1 20. mt*ma vizinhança moravam o Almirante
S. HecK c o Urigaddro Grun Mou. V«k
61 Para obter um rdaio dü iiivtdadti
H. STACCHINI op, at p 191
doi troupiers, vide J PORTE LUA, op
dl p. 5B- 1 73 . O general Portdla jmoíia 7L íal Telegrama da CIA Rei. N. —
oi troupiers aos eatrercúvtas dc direita c 66 659 Cópia pardalmtnit ccntujada. Rtw
relatavíu “entendimento** com * TSG N TDCS 1/542-506;
laióno Finitos dr **u.
, A. DfNES. Ot «doa op
do pelo Embanador L Gotdon Conirole
c il. p |4ê. rb| H D AGUA R op et#, p,
1S462. 25 dc maio de l%5 n 1 2271 Ar
147*
quívos JFK, NSF.
69 tal À STEPAN op ní p 227. fbí
7J. Marechal O Dcfiyi, c liado em- ] C
1 PORTELLA op ol p 129
de OHvçira TORRES ap ai p
70, E observar que Petrépo-
interessante
74. A campanha do General Mourio Fi-
lii foi um
pofilor^hnc para a ant-
doí
lho pode »« reconstruída e a imponiníia
(iil^áo do npntu rmliiar dl umpinhi,
Grande número de ofictmt) dc alia paten- dc mu atividades avaliada, reunmdoie
informaçóe* fomccidu (al MOlí-
te pouuia uui de naqucl* uram o as
RAü F.lho op <iY tb) I.
In:
PORTE LLA-
linda dc montanha, a uma hora de via-
op cif ic) 1 STACCHINI op al (d)
gem do Rio o que (Orfliia um tocai
r
H SILVA op a i it > C. L GUEDES.
perfeito para rçumòei Um ponto central
op cií 4f» 1 W. F DULLES. Unrest
dessas ramiõei era ca*a do Juif Antô-
op at p Wl 17,
nio Neder. onde o» Generais NcUon de
Mello. Cordeira dc Farias. o Marechal Dt
75 O enfoque cenlril da» alividada do
General Mourio Filho obedece a uma sé-
ny». ot Almiranlt* S Heclt. Radcmiker,
rie dc ntáti Sua campanha tem »ido im-
Vamprc, Mello Bapiula, Lcvy Anrao Rci» h
pfimemt diKOiida e documentada, um fa-
o Brigadeiro Márcio de Souza c Mcllu. o
tor muito impofiarile cm uma área ât
General Mourao Filho e muito* ouiro* co- pctquita muito diffcil. À campanha do Gc +
ordenavam sem esforço». neral MourAu Fitho, recomtllufda a par^
No onde o Juir Nedcr linha seu
edifício Cir de uma *érk de relato» individuair
apartamento, o Edifício Centenário, mora- fornece uma viilo vnhoia da forma obli-
vam o Marechal DcnVi. o Brigadeiro qua atravéi da qual o tumplcto IPP.S/
Eduardo Gome» e o juriiia Francisco 1DAD atuou entre o» mllliarea, Além dli
406
ia. 4 camponha do General Múufio Filho ministrado?* Ponta da Fraí*^ Cia. Comér-
apresento um perfil das interações entre* cio e Participações COPAR, Cia, Comer-
civH e militares e. mait que uso. do papel cial e Administradora Matuto, JNÚU5EG
proeminente desempenhado pelos líderes c íL. D, ViJIares).
ativistas do complexo IPE5/IBAD- forno! do Brasil
07. , 22 de dezembro de
76. (a) H SILVA, op cif. p 201 2Ü6, 1976. f 4.
<b> G MGÜRAO Filho, op at p, Kbil*
$8, Foi no final de 196
í, ou no infeto de
O General Penha Brasil havia sido mem-
que o Almirante Heck também tra-
1962,
bro da Comissão Misu Braid-Fsiados
vou conhecimento com o Embaixador
Unidos,
Gordofl. encontro esse planejado * pedido
77. O, MOliRAO Filho, op tii. p 116. do Almirante. Q Almirante Heck infor-
70. O. MOURÁO Filho op. cíj 70*31.
mou ao Embaixador L Gordcn que "um
p
grande número de civis e militares eslava
79 O, MOURAO Filho. op. cit. p. ItU organizando um golpe contra João Gou-
JJ5 lart**. O Almirante Hecfc disse ao Embai-
90- O- MQURÂO FÜho. op. cif. p 47r r
xador L, Gordo n que não estav* soljçt*
lando ajuda aos Estados Unidos, mas de-
01- E. BÜNÈS op, çit p T 20.
sejava mantê-lo informado. Ek acrescen-
52 Américo Oiwaldo Campiglia era dire+ tou que 'um día desses nds agmrmo*. e
iqr da Ci». Sul-Amerkana de fnveatimen- espero que quando isso acontecer, os Es-
ias. Créditos e Fi nanei amemos Marcos
(
lados Unidos não fiquem indiferentes** Ci-
CasparianL Ci*. Nacional de Equipamen- tação em P- PARKER, op dt p. 26-7. Vi-
103 Elétricos —
CGUlEL* Perfumaria San- de também |„ W. F DULLES. Unr*v.„
Dar $.A,, fmçao Brasileira de Raysn S A-
Op. efr. p. 324.
{ Mal a razio/Sfita- Viscos*
Francisco Jié —
lia/Len & CVj Bank Suiça), Indústria — 89 L STACCH1NL op cif. p. 15. A rej-
dc Bebidas Cinzano S.A. Cimento Sarna posta dc L Mesquita Filho pode ser en-
f
Rita £.A,
contrada tm f. 5TACCHÍNL op cit p.
f Príncipe Álvaro Qrlcuns Hour*
bon e Coburgo/Dolphm Shippmg Co. — 16-8 E íntereiiime observar que, entre »
Panamá) c do Banco Francês c Brasileiro afirmações de f. Meiquií* Filho, cie su-
geriu que oi nomes de Lucas Lopes, do
S A,. Ele cm também umu figura púhlica
da UDN. Senador Mcm de Sá. dê Milton Carnpoj,
Dario dc Almeida Magalhães, O. Marcon-
S3. H. SILVA. op. rif. p, 24B„ des Ferrar, General Macedo Soares, Ho-
84. (a) A. STEPAN. op. dt, p. 97 + (b) bcfio Campui e Prado Kelly deverhm ser
IPES CE, 8 dt junho dc 1%2 4, no mo- í
considera dos para o governo futuro. Exce-
mento da crise, o que fidlu gcrulmciite ú tuandohc L.ucns Lopes, diretor da Hnnn*
o apoio aos homens c ta bous ídéifls M Ha- .
Mining c Prado Kelly, todos esses empre-
rold PolJand c Glycon dc Paiva sários e tcchoemprcsártot ligados *0 com-
plexo IPES/fBAD iornartm-se membros
55. H- SILVA op. cíf, p. 249.
da administração pós- HM. f. Mesquita Fi-
56. Pauto Egydio Martins era diretor da lho preparou também com Vicenk Rao p
Cja. Geral de Minas (Família Byngton AL advogado ligado & Hannn Mining Co,, o
bcrio Torres Fo ). Union Carbide. Cia de rascunho de um Ato Institucional.
Dcienvolvimcnlo de Indústrias Minerais Os oficiai) que davam cobertura àque-
— CQDIM ( Union Carbide), Fiai c Ca- les que foram para Suo Paulo haviam pre-
bos Pltatiçus do Brasil (Anucondn Mi- parado um documento denominado Re/fe-
mlng/ ALCOA), Produtos Elétricos Brasi- xúo ou eontribuiVão por a oricntpr o con-
leiros 5 A (Família Byngtosi/Nigulb Ml- evptúo titratégica de uma repreuão efi-
liara foAo McÜuwell Leite dc Castro), Al- ciente r h
movimento subversivo qu^ esta-
c um mus — Cia.Alumínio Mineira dc va sendo preparado peh esquerdo no Bra-
(Alumlnium Co ), TictC S,A, de Crédito sil. Ncmc documento, o General Ulhoa
Imobiliário. Cia Federal do Comércio, Cintra, o General Cordeiro de Farias, o
407
menDriiadarncnte « características de um Tonei ro, I. Olympio, 1976, p 164. |b> O,
poufvtl movimento subversivo em 196Í c MOURAO Filho, op. cit. p, 20? r
Faranl Muito convenicn temente, o Gene* 107. O. MOURAO Filho, op cit. p. 140.
n] Ernesto Grbcl foi indicado para o poa-
108. A
projeção da Frente Patriótica CF
lo. Víde limbém í *) STACCHINI- op. víLMilitir, liderada pelo próprio Almiran-
ríf. p, 4V50. (b> T. SK1DMÜRE. op. at.
te Heck, rciuliou em outra manobra di
p. mji, veniofriita. A frente leniou se envolver no
90. A. TAVORÀ. f de abril. .. op. cit movimento subversivo ou pcío menos neu-
p, 95. iralirar os elementos nacionalistas das For
çu Armadas, Esses nacionalistas etim
91. (a) H. SILVA op at p. 251. (b> Às
phncipalmente oficiais mais jovem tujoi
pccto i da industrialização brasileira. São
pomos de vista nao coincidiam com a dou
Paulo, Instituto Roberto Simonsm, l%9.
inm sòcKXconõmiea da ESG e que nao
P 974.
*
aprovavam t “polmração" de certos ofi-
92. H. SILVA op eu. p. 252, Oi ofician mais jovem não confia-
ciais.
93. O. MOURAO Filho. op. ctt p ]M vam nos mihtarcs mais velhos que haviam
adquirido característica* 'demasiadamente
94 {*} H. SILVA. op. eii. p 250, 267
ctvij", aqueles denominados "híbridos" ou
fb) E DUARTE op, df p. 140, 1
Grande do Sul em 1962 Vide O* MOO- bro ativo tia Frente Patriótica. Vide tam-
RAO Filho. op. dt p. 164.
bém J. STACCHINI, op, rrf, p, 202, pa-
lOJ. Dutra dirigis i Eapinsul — Cia, dc ra conhecer o que a Frente Púfríólka eh#’
Ftnjficiijneftfo e Cri di to I Produção» po mavã dc "Gi Der Mandamcnioi' 1
,
o fun-
dema companhia de crídiio e mveaiimcn- damrnio de seu proframa.
to no Rio Grande do Sul. CARNEIRO, op
109. C. cit p. 162.
104 + u) D. KRIEGER. Deide as míj- MO, D, MOURAO FíJho, op, cit. p, IIP
J der . saudada, fatos, esperanças, Rio de 71.
4GB
.
111, |a) Ui» Cláudio CUNHA. O diário lofe*da Editora Gaieia Mercantil S A e
de M ou rio Cpõjorno/
Filho. Porto Alegre, de Paulista» SA„ José Ely Viana
Praias
abril dc 197». (b) O. MOURAO Filho op. Coutmho era um dos diretores da Orbil*-
Cit. p lll 87. gem de Pneus Monicap S.A.
112 O, MOURAO Filho op ciú p. 199. 1 22. E. DUARTE, op. cit. p 129,
111 O- MOURAO Filho, op, cit. p , 1 72. 123. E. BRANCANTE, op. dt. p, 215, O
114 H SILVA. op. cu. 228. Institutode Engenharia, sediado cm São
p
Paulo c representado por André Telles dc
115 H SILVA op at. p 252, 57»
Mattos, tmha outra função dentro da es-
Mb P SC HM ITT ER. tntcresl. conftict tratégia do General Agostinho Cortes, Os
ütui pahticat chan&c irt fírazd Stanford, engenheiros rccchcrarn a incumbência de
Califórnia Unãv. Press. 1971. p. 560. colocar pessoal nos serviços públicos dc
II? £ BRANCANTE
Relatório do ev Siu Paulo (abastecimento de água, eletri-
ladomaiür dc São Paulo. Ciiado rnv
civil cidade e gás), assumindo o comando da
0 MOURAO Filho op cit p, 200 Para administração Joio Goulart, assim que o
ubter uma dcicrição da açõo dos Ifdere» golpe fosse desfechado.
mudam is c éo* lidere» dos Trahalhadi> 124 W F DULLES. Unreif._ p. 258.
rei Católicos vide capítulos VI c VI J, O 121. O Jcnow-bow de 64 usado no Chile
Coronel Armando de Oliveira foi indica
em 71 iito £ (1211, 2 dc maio de 1979.
do para a posição de chefia da segurança
de S#o Paulo, pelo comando encarregado 126. Fmre is brochuras enviadas a D rum
d 04 do golpe. Vide Quem é
preparativos mond pela CIA, estavam: China,' romimr-
quem tto Brasil São Paulo, Sociedade Hm-
.
nisís rn perspective, dc A. Doak BAR-
nlctr* de Expansão Comercial l.tda., 196?. NETT t The political war; the erm of tn-
V. 9, p. 20. comniunUm de Suunnr La*
ternatiorral
BIN. UNE: instrumento dc subversão,
118, Na área dc São paulo o General
H
sendo todo» esse» livro» d umbu idos pe-
Barreto tinha o apoio dos Coronéis Sebas-
lo 1PES conforme o Apêndice L- A. f.
lião Amaral. |u»é Silva Prado. Octivio,
LANCGUTH op. cit . p. 89-90.
Adindo c de vários outro* oficiai» da
Forca Public* que já haviam tido comm-
127. H SILVA, op etl p 229.
409
pari upolar Lacerda,
di retorci, Mire 136. Segundo Paulo Sehilüng* o General
foi destacado para o policio do governa Pery BcviUequa foi "conquistado pnra n
4
dor C. Lacerda n* noite do desfecho do causa democrática' polo ISA D c o IPES.
golpe Seu grupo possuía submetrilhido Paulo SCHILLlNC, Conto se cotoço o df»
r*i, mu
oio paiiufa muniçoo »*é * che* feria no poder. São Paulo, Global Êd,
im
h
ri# ,
p. U5 I9G-97
especifico dc Abreu Sodré, ele st encon-
Em outras r egidc* do pari, particularmcn-
trava envolvido na conspiração contra J.
tc no Nordeste, empresários e Latifundii-
Goulart desde dezembro dc 1962.
rios mobilizaram exércitos particulares
Em Alagoas, sob a supervisão do Secreti- Ao final daquele ano, Abreu Sodré
rio de Segurança Coronel João Mendonça,
manteve um encontro sccrcto com Carlos
foi formada uma tropa de IQDOO homens,
Litcfdv no qual foi iniciado o plane ja-
treinados par» i a bui agem e guerrilha. Gr menio dc um movimento que culminaria
ganizaçôci íeflwlbanlci apareceram nas cm um golpe militar contra o governo Se-
demais íreai do Nordeitç e no Centro-sul gundo Abreu Sodré, o Marechal Dutra foi
do Estado de Goiás. Em Pernambuco, os pííjjcUdQ como íigurachave n* realização
conspiradores foram liderados pela Fe do golpe, comando com o apoio do Mb-
der ação dus Indústrias, onde o IPES es- rechií Teixeira LotU o cx<andidaio do
tabelecer* suai bases e onde Ctd Sampaio PSD k presidência da república, Telegra-
era espccialmente ativo. Entrevista com ma da Cl Ar "Prúvávcl tentativa dos ohv
Paulo Guerra, Brasília, julho dt I97fi aervadorei de promover golpe militar coo-
410
IrA Presidente Joflo Goulari". TDCS 1/ 149 O. MQURAG Filho. op. çit p, 86.
5Jf p 654 f 8 de dezembro de 1962. Arqui- H, SILVA. op. cit. p. 215-36.
vos |FK Cópio purcialmcntc censurada, 150. Nelson Abdo era um dos diretores
MO O fenômeno de individiHH possuí- da Darca Artigos para Cabeleireiros SA*
rem ligações com clubes sociais de elite c Azif Calfnt era dírelor da Têxtil Gabriel
com grupo» de consenso e interesse d« Calíat S A + Demétrio Cilfn era diretor
.
SONQUIST & Tom KOONJG Eximi- — 151 E BRANCANTE op. cit p. 2074.
ntng corjmraic intcrconnecttons through
intcrlocking dircctofates líi
r
HURNSh 152. Ia} Piana dt dementei cominado*
Tom R. ed Poner and control; iQCtal rc1 cm* t mdiUtftS pata derrubar a ad-
ffruçtitfcs and their iramformaiton Soge ministração fttèo Goulart $t o Congresso
Studict in Inicrnatiorcal Suciülogy, 1976. for ôbngado o fichar. Rcfjiòrio da CIA.
«. 6. p 5) ST TDCS 3/548, 655 24 de maio dç 1963. Ar
quilos |FK. íbF Rdatónc da CJA. TDCS
HL M E BRANCANTE. op. dí. p.
3/546, 07a + de 29 de abnl de 1963. Ar-
302 íb) J W F DULLFS f/nrrií op
quivos 1FK 1 cópia pareiatmeníe ceníura-
dí. p 2-iJ. Ce} Entrevista com os líderes
da>. Nesse relatório* stnbuiu-ie «o Gene-
do IPE5 Luíe Wemcck e Flivio Galvio.
ral Mourãd Filho a afirmação de que o
ambos colunistas de O Estado dr São
golpe era inevitável por não haver ne-
Potdo.
nhum indício de que a siiuiçio política
ÍI2. Wad* Melou, corno moiioi dos diri- meífiorana. e mesmo que nãg
houvesse ne-
gentes de ctubes do Rio São Paulo c Belo r nhuma providência de Joio Goulart para
Horízonie. era ele próprio um empresário. fechar o Congresso* o planejamento do
Êle era diretor de Chocolates Diitolí S A. golpe continuar a sem data prevista,
i
H7. O General
Ivnnhné Martins foi o
rante Hcck e o Marechal Dcnys Soas + li-
gaçòet com
os iiivisias do Rio foram tam-
responsável recrutamento de curros
pelo
bém mantidas através de Carlos Eduardo
oficiais na região de São Paulo juntamen-
te eorn o General Ramiro Correia Jt.., co-
D AIomo Lousada* que trabalhava como
secrelãrlu do grupo do Almirante Hcek.
mandante da 2/ Divisão de Artilharia de
São Pauto, Vide M, BANDEIRA. O Go- 154. Unidades mililares das cidades do
verno . * op. cti, p. 328. Eslmio dc São Pnulo ciladas a seguir
apoíansm o golpe na medida indicada:
148. H. SILVA, op, cit. p. 250 Com Jú-
apoio total de ufiidadtâ de ml ilha ria em
lio de Mesquita Fíthú. ugia um grupo de
fundinC, dos oficiais excelo o comandante
eoluninlas de O Estado de São Pauh t en- de unidades de ianques leves cm Campi-
tre eles Fliívlo Galvio Luiz Wcrncck, |oão nas, de unidades anliaéreos c de artilharia
Adelino Prado Neto, Cantão Mesquita c em Quinlaúna. de unidades de cavalaria
Olíveiro» S. F-erreira da Frenie Patriótica, mccaníiadu cm Pkassununga apoio do 1
Vide lambdm P- SfEKMAN. op. cit , o J, hnu!hiU> único em Lins, dic oficiais da Ae-
STACCHINJ op. dL p. 12. ronáutica na Base Aérea de Cumbica, c
411
«poio de baterias costeiras cm Santos Ao Cândido Moreira de Souza, teu n-Sftit-
comandante do II Exército, Pcry Bevílne- tirio da Agricultura e antigo companhei
qui. nio hana lido solicitado apoiar o m de conipuação do Clube da Lantema.
plano Relatório d* CIA, TDCS 1/VU. 1 ve Cindido Moreira de Souza era. akm
655. de 27 de maio de 1961* Arquivo* disso,irmão do líder do 1FES. José Lun
IFK, Moreira dc Souzo, cujo cunhado, o Gene-
ral Affonso dc Albuquerque Lima, era
155. No setor etvil r o% seguintes grupos,
iiHiiUiiçãcs c orgamzjçòe» eram amou também ligado a C. Lacerda desde os lem-
pos dc conspiração do Clube da Lanicrtii.
dubct dcsponivoi, camdimes de Direito
e Engenharia, eonueio» no* |cm*u O Ej^
O líder do PSD. Armando Fakio, tam-
todo de Soo Psulo. FdHiq de Soo PjuJo c
bém ativista do IPE5. irabalhou como do
DíüVio de São PmJo
grupo* democrático*
entre a ala direita de «u partido e C La-
cerda. que era personagem de proeminên-
trabalhistas. tais como o* Circulo» Operá-
rio» Católico». a Federação d as Enduimas
cia UDN. C. Lacerda ligou-se
nacional da
lambem fuscelmo Kubitvthck c à «o*
a
de São Paulo, a Asioesaçio Comercial de
troesquerda do PSD. através de Mino
São Paulo a associarão Rural FARESP e
„
157. Relatório da CIA TDCS 3/541. 655, 163. O. MOURAO Filho, op. cri. P * 19&
de 24 dc maio de 1963, Arquivos JFK. Ev 9L
sc relalúrio observava que Faltavam deta- 164. E. BRANCANTE, op. cit. p, 222 23.
lhei eomplcLOf sobre a situação no [ Eaér-
cilú. uma ve/ que os organizadores na
165. O Tenenlc-coroncl Reitetl ligou-se
também Abreu Sodré e Hrfbert Levy,
a
Guanabara nio sc encontravam sob a ju-
(a) Cláudio Mello e SOUZA op. cit. p.
risdição de São Paulo, como estavam o*
demais Estados acima mencionado».
169. íb) Herbcrt LEW O
Ctobú 17 de f
dere* e aúviitas do completo 1PE5/IBAD. para o gabinete do Estado Maior das For-
Guilherme Borghoff, Dario de Almeida ças Armadas Fte tornou se então o dc
Magalhães, Sandra Cavalcanti, Armando menro dc ligação entre ai articulações nvllj.
Falcão e Júlio de Mesquita Filho. €- La- um no Rio c Sio Paulo organizada* pd A
cerda era também aliado potitko de losé rede 1PES/ESG*
412
m . E BRANCANTE. op. cif. p. 221-26 tro era bem relacionado. Na geitio do
Pressente Café Fiíhp, ele era a contripir
162, Ai unidades do Tcmmie-corooet R«
tida civil do General ]. Ta vera. chefe dt
teeí deviam, entre ou irei tarefas, fornecer
Casa Milhar, cujo subordinado imediato
informações pormenor iaada* ío estado-
era o Coronel Ernesto Gene!- Migelhiei
motor miítiar sobre a região e preparo do
Pinto mantinha, além desses contatos atra-
terreno par* ação ofensiva e defensiva,
vés de intermediários, ligações diretas com
Eles «itiTifli à procura de esconder ijot e
o Marechal Dcnys e o Brigadeiro Oó vi*
de locai» propício* para o montagem de
Travassos, um dos ideólogo* gcopôlJ ticos
depósito* secretos dc munição, uniformei
da FSG. Pedro GOMES. Do diálogo ao
e alimento*Um desse* local* era » Fa
írcmt. In: A Dl NFS. Qt láot op. cit.
jtenda Noscheic. pet tencenie ao líder do
p 67-99, 106-1 17.
t PES de São PauIo, Rafael Noschcse. Vi-
Entretanto, o represem ante direto de
de f PORTELLA op. cií. P 72.
Magalhães no Centro de tisunios
pinto
lõS. Quando
a erupção do golpe foi fr políticos era o eaeciitivo do JPES fusé
na! mente Anunciada e pubhc amçnic apoia- Lute de Magalhães Lios, *eu sobrinho c
da peío governador de São Paulo Adfoc- braço direito, que era também genro do
mar de Barros, etc tinha a teu lado o* CC' industrial José Thomas Nabisco, diretor de
neraí* Cordeiro de Farias t Nelson de alguns contribuinte* corporativo* do fPE5*
Mello, que acompanhavam de perlo Os Thcófilo Àícrtdo Santos, outro sobrinho
acontecimentos. Sobre o envolvimento do de Magalhães pmio e membro da ADESG,
General Krucl vide J. PORTELLA, op.
F
era também influente no movimento civil'
dl. p. 127-29.
miliur |o*é Lutr de Magalhães Lins de-
169. H. SILVA. op. cif p. J7MI. sempenhou um p » ptl significativo como
171.
170. Telegrama ds Cl A: AconíCeimenfos intermediário entre figuras proeminentes
puíteriorcx no planejamento do güípi* do da campanha, como 0 General Castello
General Mourãa Filho TDCS 3/555-7 «4 — Branco, o Marechal Dutra e o General Jo-
— ReL 95836 —
8 de SfiüJlo de 1%3. Ar- sé Pinheiro de Ulhoa Cintra, o Marechal
413
4
DE D, cujo direior no Rio dc janctro havia Pinio Coelho e Nise Palma Tenuu C L
tido Oclivio Gouveia dc Bulhde» Ànidnio GUEDES ojp. ut p. i^íí.
Chnpj» Diniz era direior de Refratário*
1*0 c Lh GUEDES
p }2 ljh op, «rãi.
A, M jynoiia 5.À. è Induslna
.
ItoUnlct S
de Cúkmaçáo — 1CAL. loicph Hcin era IS! b(o foi rvbtivamenic
tíntplct, comi-
de A^u S A. —
A ASA. da Cia. Ferro Bra- Chnle*ubmnd de H rádio, TV ç Jornais que
ilkiiu A da S \ Mineração Tnndade
5» ,
cm Sâu Paulo era dirigido pelo líder do
Hrar.il WarraniL da Cm. Siderúrgica Bei
IPFS, Edmundo Monteiro loié Luiz de
1
(ÈBC —
Emprccndimenioi Braiilriroí «k epcraçto em Mina* Gctin. *egundo O co
Cimento SAI; Liclmo Martin*, Fernando mandu geral inJormal. era o General Mu
rwjr, da ESG,
Povoa Júnior. Angelo Scavasa. Paulo
Rolrcn de Mello, Joié Auguito de f Bnn 1M £ diffc.il wkr. no eilápip atual, ir o
co, foié Mendo, MJttcl de Souza. Joaquim General Moyiáu Filho fui fiiiaJmenL* for-
Silveira. Clóvi» Gonçalves de Souza. Célío çado a agir pelo Governador MagalhSc*
Andrade (Cia Tekfônka de Passai. Socie- pmlo. como parte dc uma ciiraH|ia pou
dade de VefeuJoi. Máquinas c Rcpreienia eo ortodoxa p*ra atingir n pmnlénctB. ie
çòe* Some nr L Robcrio de ConlL Luíi ele foi coagidu por oulitn grujmr
^
4 1
foi devido 6 jun próprli dccisoo. Esie é um Mfnlsiro da Guerra. Vide J. PORTELLA.
aaiunlo para pesqulsni mnís üprúfundadps. op, dt p- 14344,
1 H7. Uitifl vez prccípííndoi os aconteci- 189. A reipeílú da tenta li vi vitoriosa do
mentos pelo General Mouniu Filho não h
General Costa c Silva de auumir o co-
retlova nenhuma opção
ao «lado- maior
mando dó Minsilérío da Cu cm, vide J.
Informal dos Generais
Golhcry, Casldlo
PORTELLA, Op. cif. princlpilmcníe p.
Branco, Erncsio Gcíscl c Adhcmar de
HS44.
Queiroz, semlo apoiá-lo ou então enfrentar
a reação do governo. Vide | W, F. DUU 190. "O bom bocado nío ê para quem o
LliS. ÜMtcflo . op. dt Ctp I.
fu e sim para qutm o corne'*, Wilson FI-
188 Houve uma teniativamfn/iíícm, por GUEIREDO. A margem esquerda. In; A.
parte do General Ernesto GcocJ. de íazer DINES. Os idos . . op. dt. p r Í9J.
do General Humberto Cnildlo Brinco o Í9L A. STEPÀNL op. oit. p. M.
415
CAPITULO IX
Inlrodifi*
417
do comportamento militar, político e ideológico que favoreceu a intervenção
militar emÍ964 c que equipou os militares para o governo.* Outros que exami-
naram a administração militar desde l%4, observando o lipo de pessoal recru-
ta do para s administração, assinalam que os grupos principais que %ém coniribu-
indo para a elite política brasileira desde 1964 são: (O o corpo <k oficiais das
4
trés Armas, (2) os tecnocratas e (3) os políticos civis, Essas análises concluem
alé que "há pouca dúvida de que os oficiais de alto nível do Exército, Marinha
e Aeronáutica (cm termo* de poder relativo, provavelmente nessa ordem) asse-
guraram o controle da pane mais importante no sistema político brasileiro desde
I964V
Apesar dessa crença generalizada, os fatos parecem sugerir 0 contrário no
período em questão, A concepção das Forças Armadas agindo como um Poder
Moderador tem sido superestimada, ao passo que 0 papel desempenhado pelos
empresários e tecnchempresários tem sido fortemenie subestimado. Um cuidadoso
exame dos ocupantes das posições do poder revela que os empresários e tecno-
empresinos do IPES ecrurcísvam os mecanismos e processos de formulação de
diretrizes t tomada dc decisão no aparelho do Estado.
e if classes empresariais"
”
419
de seu trabalho anticomunista", conversavam com o General Heitor Hertera,
um dos seus elos-chave com os oficiais da ESG* "sobre as qualidades que deseja-
vam ver no próximo presidente do Brasil". u Os empresários do IPES decidiram
que de nio deveria estar associado a nenhum dos três governadores civis mais
importantes —
Carlos Lacerda. Magalhães Pinto c Adhemor de Barros e—
fadam objeções às ligações do Marechal Dutra. Eram a favor do General Casicllo
Branco, chefe do estadó-maior informal, e apoiaram otivamente sua candidatura/*
A intensa campanha através da mídia e a mobilização das classes medias que,
em seguida a essa reunião, foi desencadeada petos quatro cantos do país para
estimular a candidatura do General Castello Branco tinha a marca inconfundível
4
da açfio de Opinião pública do IPES/
No uma reunião da liderança do IPES do Rio r
dia seguinte foi realizada
de Sio Paulo com a participação de Harold C. Polland, João Baptista Leopoldo
Figueiredo, Tose Rubem Fonseca, Paulo Ayres Filho, Paulo Reis Magalhães, José
Roberto Witaker Penteado, Gíibert Huber Jr., General Heitor Hcrrera, José
Duvivier Goulart, General Golbery do Couto e Silva, Glycon de Paiva, General
Joio José Batisia Tubino, Joviano Jardim, General Liberato da Cunha Friedrich,
Hélio Gomide, Oswaldo Tavares. Augusto TrijiftO de Azevedo Antunes, Dcnio
Nogueira e José Garrido Torres. Polland, presidente da sessão, cumprimentou
"os militares do fPES pela vitória" e alertou-os sobre os problemas futuros, fazen-
do um paralelo com o período instável na Argentina que seguiu à queda dc
Perõn, Polland pediu que a liderança do IPES reavaliasse seu papel e se adaptas-
se I nov* situação, mantendo-o em condições de funcionamento. Frisou que " nosso
7
trabalho tem de ser sempre o de um estado-maior"/ T B. Leopoldo Figueiredo,
que fora à reunião com os (rês líderes do IPES de São Paulo oue haviam parti-
cipado do movimento desde o início, em coordenação com o IPES do Rio, cum
primentou os presentes pelo resultado vitorioso da campanha, Porem, Leopoldo
Figueiredo c Paulo Ayres Filho chamaram sua atençáú puni o fato dc que o IPES
‘‘ainda estava longe da vitória" c que a "estrada a seguir poderia lhes trazer
dificuldades' Isto estava se tomando perceptível tendo cm vista o posicionamento
1
.
420
Hüiold Follartd afirmou que. após a reunião centra! de 2 de abril de 1964 na
sede do Rio, alguns ativistas do IPÊS
jd começaram seus trabalhos em relação
1
oportunas' , Viam-se tumbêm como o "governo privado’* [sir]
11
que deveria
apoiar o "governo público** que eles próprios inspirariam e equiparariam com
seu pessoal.
,k
sob intensa supervisão, O General Golbery e o General Gcísel, que também era
amigo pessoal de outro líder militar do IPES, o General Herrera, atuaram como
filtros para a seleção de líderes, associados e colaboradores do IPES para postos-
chave no governo. - O General Castello Branco que fora indicado para a presidên-
3
cia pelo Congresso no dia 1 dc abril estava orotüTanâü uma couipe competente
1
para formar seu governo e sua administração. Na qualidade de militar, não conhe-
cia o mundo empresarial e tecnoempresarial e tinha grande necessidade de sei
aconselhado a respeito de quem escolher e indicar* Muito co nve me n temente, foi
apresentado e travou conhecimento com candidatos potenciais aprovados pelo?
ativistas do Gmpo IPES/E5G que o rodeavam/
1
421
desenvolvido no IPES até aquela data. apesar de serem agora gnindemente "am-
24
pliados em recursos e meios", Os arquivos completos de informações do IPES,
reunidos pelo Grupo de Levantamento da Conjuntura chefiado pelo General
Gdbery e onde haviam sido compilados dados sobre 400.000 brasileiros foram
»
levados por dc para Brasília como a base para a rede do 5NÍ/ Levou consigo
T
422
dc linho dura* porque uma ação Armadas em assuntos não
eficiente das Forças
militares exigia a manutenção ou um
maior aprofundamento dos aspectos milita-
res de organização política, O sistema de informações poderia superar a rigidez
das Forças Armadas sem recorrer a atitudes severas* sem reforçar o extremismo
de direita c talvez* mais importante com o decorrer do tempo, sem permitir
p
Final mente, o $N! poderia funcionar mesmo depois que as Forças Armadas
voltassem aos quartéis parai el a mente, ainda, à vida normal dos partidos políticos,
,
423
tarts m
Irei do II Exército, que incluía o cinturão industrial de São Paulo,
assumindo também a responsabilidade de investigar as atividades de indivíduos e
grupos de esquerda.' Enquanto is$o, o General Dalisio Menna Barreto estava
1
Poste rio rtneme. alguns lideres do IPES também se envolveram no lado mais
sórdido das operações dc informação. O
seu líder e empresário Henníng Buibien
íncluk-se entre os responsáveis pda consolidação de um esquema dc apoio finan-
ceiro para o aparelho repressivo da polícia e das Forças Armadas. H. lloikssen
reuniu um grupo de empresários que contribuía financeiramente c fornecia equi-
pamentos para as organizações de segurança/* Esse apoio mostrava uma outra
dimensão da coordenação entre empresários e militares.
do IPÊS íínalmente exportavam para países vizinhos a perícia
Líderes
adquirida na campanha para depor lolo Goulart, envolvendo-sc cm operações
internacionais de deses tabilização de seus regimes, O golpe que colocou a lide-
rança do IPES no poder no Brasil parece ler sido usado como modelo para o
golpe militar chileno. Em 1970. o Senador Salvador AUende foi eleito para a pre-
sidência do Chile, liderando um* frente dc união popular de tendência socialista.
Membros do IPES trabalharam dc perto com associações empresariais t profis-
sionais chilenas, dando-lhes apoio financeiro e assessoria para amobilização das
díisscs mtdías t atuação cm diversos setores da opinião pública. Entre os Udcres
do IPES envolvidos nessas atividades c no a^sessoramemo aos empresários chi-
lenos sobre a preparação das condições para a intervenção militar e ã derrubada
de Alknde encanir»vam-*e Gilbert Huber fr, e Glycon de Paiva. Como este afirmou
após o golpe vitorioso, "a receita existe, e o bolo pode ser assado a qualquer
Pí<
hora. Vimos como ela funcionou no Brasil, e agora novamenle no Chile, " O
grupo paramílitar de direita. Movimento Ami-Comunista —
MAC. forneceu armas
e dinheiro a grupos semelhantes no Chile, Faustíno Porto —
militante do MAC,
e Aristóteles Drummond —
chefe do Grupo de Ação Patriótica —
GAP (uma
das linhis auxiliares do IPES) e ativista do MAC, serviram de elementos de liga-
ção entre Brasil e o Chile, levando até mesmo dinheiro para atividades pclílicas
Annas foram entregues ã organização extremista de direita Patría y Liberiad e ao
PROTEGO. o$ comitês dc bairro dc direita Os chilenos que receberam apoio
do IPES e do MAC foram decisivos para o êxito das táticas de desestabilização
que derrubaram o governo socialista de Allende/*
Líderes do IPES também atuaram na preparação da campanha que depôs
o Presidente Juan Torres, da Bolívia, em 1971. Quando o General fuan Torres
tornou-se presidente em 970, um grupo de empresários e militares brasikiros e
1
424
Ifdcr do IPES Herming Boilessen, Mário Busch — ex^íicial da Wehrmacht e
ex-agente do Servtço de Controle Político boliviano, o General Hugo Bethlem p-
ex-adido militar na Bolívia, e orna série de oficiais e grandes empresários boli-
vianos. Boíkssen e o empresário boliviano Ugarle eraro os financistas do Centro,
enquanto Barrienios estava encarregado de manter contactos com oficiais do H
Exército do Brasil (que, sediado em Sio Paulo, comandava os territórios na fron-
teiracom a Bolívia) e com o SNI* Em agosto de 1971 o General Hugo Banzer
tomou o poder, e muitos dos bolivianos envolvidos
41
m
centro (ornaram-se mem-
bros do novo governo.
O
SNI teve uma ligação muito próxima com outro “supervninbtérkT criado
pelo novo governo, o Ministério do Planejamento e Coordenação Económica. O
sonho de planejamento governamental, alimentado há tatuo tempo pela dite or-
gânica, flnalmerue se concretizara,
A de março de 1964, no dia do desencadeamento do golpe* um gnipo dc
31
diretores de grandes bancos c indústrias criou, em Sio Paulo, a Associação Na*
cional dc Planejamento Económico e Social —ANPES, como parte de um es-
quema para tornar o associado do IPES t tecnoemprísãno Roberto de Oliveira
Campos o Ministro do Planejamento do novo governo. Roberto Campos, uma
figura central da CQNSULTEC, professor da Escoli Superior de Guerra c ex-
embaixador nos Estados Unidos foi eleito secretário geral da ANPES. 11 O bam
queiró Tcodoro Quariim Barbosa era o presidente* e um de seus membros mais
ativos era o líder do IPES télio Toledo Piza* também banqueiro. Outras figuras
centrais do ANPES eram António Delfim Netío, do grupo de Doutrina e Estudo
do IPES-São Paulo que passou a secretário geral depois que Roberto Campos
T
4
se tornou Ministro do Planejamento/ e Mário Henrique Simonsen.
Eudcs dc Souza Leio Paulo dc Assis Ribeiro* Carlos J. de Assis Ribeiro, Frcde-
t
425
rico Maragliano Cardoso, Edgord Teixeira Leite, Dínio Nogueirn, José Gnrrldo
Torres* WamJcrbiH Ditanc de Barrou* Eduardo da Silveira Gomes, José Piquei
Carneiro, Alexandre Kafka* Og Leme, E st mi Mau FUehlowili, Mário Henrique
Simtmscn* Luu Bulhões Pedreira, Oswaldo Trigueiro. Antônio Casimira Ribeiro*
Willcr Lorch, H arai d Cedi Polland, Cláudio Cedi Poíland* Carlos Moacyr
Gomes de Almeida* Glycon de Paiva, Luiz Gonzaga Nascimento Silvo íque se
tomou o Assessor Jurídico do Ministério) e Gilberto Ulhoa Canto. Sebastião
SanfAnna e Silva, um dos diretores da US1MINAS que gozava da confiança pes-
soal de Roberto Campos, foi indicado secretário geral do Ministério. Tdmar de
Souza, do grupo de Estudo e Doutrina do IPES e companheiro de equipe de
Roberto Campos na CONSULTEC. tomou-se Diretor Administrativo do Ministério,
Foi estabelecido em i%5 um Conselho Consultivo de Planejamento —
CONSPLAN, lendo Roberto Campos como secretário executivo e que se trans-
formou em importante centro de formulação de diretrizes políticas e um íomm
destinado a "cokiar sugestões, ouvir criticas e obter contribuições dos partici-
pantes da vida econômica nacíonaL'/* Novamente, este órgão central destinado a
assegurar a participação privada no processo de planejamento era comporto, em
iua maioria, dc associados t colaboradores do IPES* Strtao sensu * o CONSPLAN
não constituía um órgão dc representação* Todos os seus membros ctam indicados
pelo presidente por iniciativa própria ou a partir de listas apresentadas por setores
reíicíonadov, Dos setores empresarial e lecno-ctnpresariaJ* os seguintes elementos
estivam envolvidos no CONSPLAN: o industrial e banqueiro General Edmundo
Macedo Soares, Saturnino de Briio Filho, João de Piciro - —Banco do Estado de
São Paulo, Padre Fernando Bastos D"Ávtla —
ADCE* Lindolfo Martins Ferreira
— ADLSG, Antônio Delfim Netto* Antônio Dias Leite —católico militante que
acabou discordando do CONSPLAN* sendo a favor de políticas empresariais di-
ferente*. Mauro Ramos. Frederico Heller —CONSULTEC. encarregado dq Setor
de Promoção como representante da imprensa, Glycon de Paiva e seu suplente
Harold Cecil Polland. Dos Escritórios Regionais foram indicados Víior Cradin
— SUDENE. Pauto CamilÍG de Oliveira Pefina —
Banco de Desenvolvimento dc
Minas Gerais, e Karios Ricschbieier —da CGDEPAR, Companhia de Desenvol
ví mento do Paraná, indicado por Nci Braga c pelo banqueiro Leômdav Bério,
Entjc os pclegos dos sindicatos foram escolhidos: Arv Campista, )osé Rotla, Paulo
Cabral c Odiío Nascimento Gama. O ativista do IPES Mario Leão Ludolf repre-
sentava as associações da dasse empresarial. Foi criada uma Comissão Especial
do CONSPLAN* que funcionava como uma agência para avaliação de projetos
governamentais* Seus membros eram: Lindolfo Martins Ferreira — presidente:
José Rotia, NyUon Vdloso —
empresário e execulívo da Associação Comercial
dc Minas Gerais; Padre Fernando Basios D Ávilla, Armando de Oliveira Assis,
f
foao Paulo dos Reis Vclloso, Oswaldo lúrío, Paulo dc Assis Ribeiro c Eudcs de
Souza Leão/*
Hélio BeHrio, outro importante rcen o-empresário c associado do IPES, com
o apoio de Roberto Campo* e cm conjunto com uma equipe do grupo IPES/
CONSULTEC, foi responsável pdo esboço da Lei n.' 200 que englobava a Re-
forma Administrativa Federal, dc longo alcance, executada durante d presidência
do General Casirilo Branco/* José Nazaré Teixeira Dias, secretário cxcculivo da
Comissão Especial de Estudo da Reforma Administrativa. estava dirctamcnte ligado
ao Ministro do Planejamento/" O planejamento foi transformado em regra abso-
luta da administração c, daí cm diante, todas as atividades tinham dc
sc coqufl-
4ZÓ
dr*r a um programa que cobria vários anos, abrangendo os planos nacionais, re-
gionais c setoriais, Foi estabelecida uma Inspeloriã Gerai 4& Finanças para con-
trolar os gastos e o Brigadeiro Roberto Brandjní, militante ativo do estado-maior
civil-militar de São Paulo, foi nomeado diretor.
427
No governo do Marechal Casrdlo Brnnco, a Casa Civil funcionou ampla-
mente como uma a meçam ara polí Uca do presidente* absorvendo pressões dos
partidos, bem como de outras fontes, A maioria das tentativas do Executivo de
manipular a política partidária foi executada através da Casa Civil que foi de
r
construir a
pécie dc agência de hbbying para a qual os militares poderíam apelar para re-
solver seus problemas institucionais no contexto mais amplo da política nacional*
umi prática destinada a criação de um apoio muito necessário ao governo entre
os Forças Armadas. Deste modo. e sob a égide dos ativistas do grupo 1PE5/ESG,
espema-s t que a Case Militar esvaziasse, ou peta menos diminuísse* as possibi
lidades dc o Ministério da Guerra atuar como um agente intermediário de poder.
Mas a Caso Milhar não logrou êxito em uma dc suas tarefas* que demonstrou sei
critica, isio é, esvaziar a crescente projeção da candidatura do General Costa t
Silva* apoiada por um alinhamento de forças que reunia os froupiers, os extre-
mistas de direita e um grupo de dissidentes dc dentro do próprio grupo de es-
goianos. Esse alinhamento final mente lcvou*o ã presidência, para desespero dos
ativistas do grupo ÍPES/ESG.
42fl
canismos dc controle das diretrizes políticas do Executivo sob as presidências do
General Médid c do General Ernesto Geisel e, particularmentc, no governo atual
do General Touo Oaptista Figueiredo, sendo chefes das Casas Civil e Militar o pró-
prio General Golbery e o General Danilo Venturini, 41 respectívamente. O grupo
IPES/ ESG e, prineipalmente, o SNI descreveram um círculo completo.
429
Quadro 5
Mmisiêno do Mimsterig
Plartejâmefito da Fajenda ,
Banco Centrai
r*i suuoci
Barco do
Brasil
0NOF
Instituições financeiras
Publica» Privada»
431
jisiu Fernando Gasparian, José Augusto Bezerra de Medeiros, Pcreírn Dtrtiz t
Paulo Fçnder, ex-senador por Santa Catarina, todas eles membros do CNE no
governo anterior. presidente do CNE era Antônio Horácío Pereira c o vkç*
O
1
presidente, Fernando Gasparian.*
Por volta de março dc 196G a liderança do IPES havia conseguido remover
o espinho representado pelas aspirações nacionalistas de F, Gasparian e recons-
tituiu o CNE. O presidente era Harold Ceei) Polland e os assessores Glycon dc
Paiva, Antônio Delfim Netto* Obregon de Car\alho, losc Bonifácio Coutitiho No-
gueira, Humberto Bastos, Paulo Fender, Antônio Horácio Pereira, Amónio Carlos
Carneiro Leão (secretário). O associado do IPES Rüy Aguiar da Silva Leme, do
Grupo dc Doutrina c Estudos de São Paulo, ligou-se ao Conselho, como Uimbdm
Hélio Beltrão que foi para a Comissão de Planejamento, Para a chefia da Seçao
de Câmbio e Divulgação do CNE foi designado o associado do IPES Marngliano
Cardoso.
No final dc 1 96 S criou-se um Conselho Monetário Nacional — CMN* en-
carregado de formular 3 política financeira, coroando assim o recém remodelado
Sistema Financeiro com uma equipe de empresários e tecno-emprcsários do IPES.
O CMN reunia o Ministro da Fazenda Gouveia de Bulhões — presidente; Ro-
berto Campos — Planejamento: Dênio Nogueira — Banco Central: Luiz de Mo-
raes Burros — Banco do Brasil: Garrido Torres — BNDE; Casimiro Antônio
Ribeira, Luiz Biolchini e Aldo Faraco — diretores do Banco Centra!, e Daniel
Earaco —Ministro da indústria e do Comercio. Os líderes do IPES e banqueiros
Castão Eduardo dc Bueno Vidipal e Ruí dc Castro Magalhães foram incluídos como
representantes das instituições bancárias privadas, dando-lhes assim acesso direto
á elaboração dc direirizci. O
a*sccVado do IPES e empresário losé Maria dc Araújo
Costa tomou-se diretor da influente Comissão Consultiva para Crédito Industrial
do CMN, que controlava a alocação de recursos para a indústria.*- O membro
do IPES José Luiz Bulhões Pedreira, etc pnópno um empresário importante, du-
rante sua passagem pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento foi respon-
sável, juntamente ccm uma equipe do grupo IPES/CONSULTEC, pela maior
parte da legislação financeira do período t. em particular, pela Lei dos Mercados
de Capital. Essa lei, promulgada sob o n “ 4.72® em 1965, regulava o mercado
financeiro lançando as bases para proteger os compradores de ações e acionistas
minoritários, tentando também dar uma divulgação adequada da estrutura finan-
ceira corporativa e outras informações necessárias ao investidor em potencial. À
lei rembémestabeleceu princípios para a reformulação das operações de câmbio
e do mercado financeiro, que eram dirigidas por financistas relacionados com o
IPES. t novas bases para fundos mutuários e bancos de investimento. Vários ar-
tigos da Lei linham como objetivo a "Democratização do Capital"* isto é* o es-
tímulo os companhias de capital aberto e a crescente participação no controle
acionário de sociedades anônimos, um grande "cavalo de batalha" do IPES antes
de 1964. Fifialmenie* a deu io Conselho Monetário e ao Banco Central funções
Lei
432
Financeiro Nacional O
Apêndice W
mostre que os associados t colaboradores do
IPES tinham grande representação nos bancos privados c públicos e em instituições
1
financeiras* que faziam parte do Sistema Financeiro Nacional.
Os associados c colaboradores do IPÊS, eles próprios industriais e banquei-
ros, também foram importantes na administração dos maiores bancos públicos
estaduais, que controlavam recursos imensos, disponíveis para projetos regionais
de empresas privadas. Entre des, vale a pena mencionar; Banco do Estado do
Paraná —André Arames; Banco do Estado da Guanabara —
João Augusto Maia
Peoído, Dario de Almeida Magalhães; Banco do Estado de Santa Catarina —
iiincu Bomhauscm Banco do Estado de São Paulo —
Lélío Toledo Piza Almeida
Filho, Paulo Almeida Barbosa, Henrique Bastos Thompson. G. E Bueno Vtdigal,
Ruy Aguiar da Silva Leme {diretor da Carteira de Expansão Econômica), Teodoro
Guartim Barbosa, Píiuíq Reis Magalhães; Banco do Estado do Rio —
Mtfcfades
Mário Sá Freire de Souza, César Guinle, Francisco de Assis Monerat, Carlos
Alberto Melloni; Banco do Amazonas —
Nelson Ribeiro; Banco do Estado de
Minas Gerais —
losé Alcino Bicalho, Geraldo ILdcíonso Mascarenhas, Celso Lige*
|oré Pereira de Faria; Banco do Estado da Bahia —Edmat de Souza.
Além os associados e colabojadores do IPES foram colocados em po-
disso,
sições chave nas associações de classe e nas agências privadas relacionadas com
ú setor financeiro, José Luiz Moreira de Souza tomou-se presidente da ADEClF
— Associação das Empresas de Crédito, Investimento e Financiamento. A Os-
wildo Campiglía tornou-se presidente da ACREFI —
Associação de Crédilo, Fi-
nanciamento e Investimentos. Luiz Cabral dc Menezes tornou-se presidente da
Bolsa dc Valores do Rio de Janeiro. Ernesto Barbosa Tomamk foi designado
dc Valores dc São Paulo, E. Tomanik foi também responsável
presidente du floísu
pela modernização da Bolsa de Valores* por cujo projeto ele havia sido respon-
sável na época do Congresso de Reformas úc Base patrocinado pelo IPÊS. A
"democratização do capital", um dos princípios ideológicos do IPES. referentes
ao desenvolvimento da Bolsa de Valores Nacional* enquanto assegurava o inves-
timento das economias da classe media e dos trabalhadores mais qualificados e a
expansão do mmero dc empresas Blue Chip> estava sendo de fato implementada
ts
sob a supervisão dos ativistas do IPES,
Final mente, os ativistas do IPES se apoderaram das posições-chave nos bantcí
de empréstimo do Estado. O ex-tesoureiro do IPES e banqueiro Jovianü Rodrigues
Moraes Jardim foi nomeado presidente da Caixa Económica Federal — CEF* se-
diada no Rio de íaneiro. Além do mais, Antônio Viana de Souza foi indicado
para a CEF-Rio, c Arnaldo Blank tomou-se presidente da CEF Guanabara.
Para a diretoria da Carteira de Consignações da CEF fot nomeado Humberto Es-
1
mcraldo Barreto, sobrinho do General Adauto Esmeraldo* Para o Conselho Su-
perior das Caixas Econômicas Federais foi o banqueiro dc Minas Gerais Üswafdu
Picmcetti* como presidente, e o Marechal A. Magessi Pereira, do ItíAD, como
diretor. Carlos José de Assis Ribeiro tornou-se assessor jurídico da CEF do Rio
dc faneiro. Paulo Salím Maíuf, ligado no grupe económico do líder do IPES
Fuad Lu t filia e diretor da Eueatcx S/A tornou-se o diretor da CEF em São Paulo
f
em 1967,
A acumulação de pos tos-chave dentro do sistema financeiro pelos associados
c colaboradores do IPES foi verdadeira mente nalável* destacando, ao contrário
do que se acredita, o grau extraordinariamente alto dc participação direta de pro-
prietários c diretores de bancos particulares na política. Outro importante obser-
433
:
Torres, José Arthur Rios, Dênio Nogueira, Carlos fose de Assis Ribeiro, Edgard
Teixeira Leite, Julian Châcel, Luís Carlos Mancini, J. Irineu Cabral» Wanderbílt
D. de Barros c Nilo Bcmarde*. Outros que participaram do estudo inicial foram
enumerados no Capítulo VL Basicamente os mesmos empresários e tecnoempre-
sérios participaram da formulação e implantação final do Estatuto da Terra."
A equipe dc Paulo de Assis Ribeiro recebeu ajuda do Ministério do Planejamento
através de um grupo formado basicamente por associados e colaboradores do
IPES."* A hegemonia do IPES também era visível na composição das varias
equipes-tarefa que participaram da preparação técnica do Estatuto da Terra. Os
chefes dessas várias equipes de profissionais libereis c burocratas da SUPRA
70
c do DATE-Sáo Paulo (um órgão técnico c de consultoria) eram Dênio No-
gueira —
SUMOC, Mário Henrique Simonsen —Ministério do Planejamento, c
Julían M. Chaccl —
FGV, todos eles lidando com problemas econômicos; Win-
derbilt Duarte de Bartos — Ministério do Planejamento —Problemas Agionõ-
mícos; André Martins Andrade —
Problemas Fiscais; José Arthur Rios e Luís
Carlos Mancini —
Problemas Sociológicos' Nilo Bemardes —
Problemas Geo-
giáficoi; José Tocantins e fosé Pires dc Almeida —
Banco Nacional de Crédito
Cooperativo —
Problemas Coopera lí vistas; c o General Golbery —
SNI* Cândido
Guínle dc Paula Machado» Hurold CccíJ Poli and —
CNE, José Ratia —
Federação
dos Trabalhadores Rurais do Estado dc São Paulo; e Glycon de Paiva CNE, —
sem designações especiais, lidando com a írca denominada Problemas Diversos.
Da Confederação Brasileira Rural —CBR, os seguintes empresários rurais
tiveram acesso ao Projeto de Lei sobre a reforma agrária c puderam propor emen-
das ao núcleo do grupo que trabalhava com o Estatuto da Terra: Irb Membcrg,
434
Hdprd Teixeira Leite, |osé Rezende Peres, Durval Garcia Menezes* Lingard
Milte-r Paiva, Al Neto, Batista Luzardo e |o$aíá Macedo, Do Banco do Brasil
foram consultados os empresários Severo Gomes c Cláudio Pacheco, À ausência
dc representantes dos Interesses agrários tradicionais foi notória, apesar de figura*
dos partidos políticos haverem sido consultadas sobre suas opiniões a respeito do
projeto de lei {somente depois eíe esboçado). Estava claro que a responsabilidade
poi trás da formulação do projeto recata sobre as pessoas mencionadas anterior-
mente todas associadas c colaboradoras do complexo IPES/ÍBAD.
,
{representante da ABCAR —
Santa Catarina, a Associação Brasileira de Crédito e
Assistência Rural), o empresário Fiávio da Cosia Brito (representando o movi-
mento cooperativista) c Edvaldo de Oliveira Flores/ 5
O chçfe da equipe de trabalho sobre o Programa Específico de Cooperativas
Açucareiras do Ministério do Planejamento, coordenada pelo IBRA, era o Ipestano
José Garrido Torres,
Juntameme com o IBRA foi criado outro órgão, o !NDÀ —
Instituto Nacional
do Desenvolvimento Agrário, que deveria lidar com a "colonização" c o desen-
volvimento agrlcgfa do país, Para presidente do INDA foi designado o ativista do
ÍPES e empresário rural Kudcs de Souza Leio. Ele era também assessor para
assuntos agrários do Ministério do Planejamento, Nesse cargo. Eu des de Souza
435
Leão tornou-se coordenador do Planejamento da Agricultura Nacional pelo qual,
muito conveniente mente* o INDÀ cri responsável,
Paulo de Assis Ribeiro lambam viría a st tornar, púucriormcnte, o coorde-
nador do projeto de lei do Plano Geral de Estarisrieas do INCRA — Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que substituiu o IBRA e o [NDA,
Para assessores do INCRA foram indicados Wanderbílt Duarte de Barro*, Jullan
Chocei c José Àrthur Rios. iodos associados c ativistas do IPES»
Conforme foi mencionado anteriormente* o Ministério da Agricultura perma-
neceu cm nível secundário de importância durante a administração, obscurecido
pelo IRRA. hso se refletia nâo só nas nomeações feitas para o Ministério* mas
também em suas funções diminuídas/ 4 Inicialmenre o Ministro dá Agricultura
T
Geisel ao Presidente Castello Branco, Nei Braga era também conhecido como
ii
píaa man íhomem-châvcí da KUbin, ucrm vez que esse grupo tinha enormes
1
:
interesses no Paraná.* Neí Braga conseguiu assegurar a indicação do ex-diretor
da CODEPÀR fa quem «tava ligado politicamente), o banqueiro Leõnídis
Bórío. para » presidência do Instituto Brasileiro do Café I8C. BÓrío levou
consigo Karlos Rischbícier. da CODEPÀR. Quando Nci Braga se demitiu do
po*io seu lugar foi ocupado pelo empresário Severo Gomes, ativista d» ADCE
É
436
governo de João Gotilari. Outras propostas éz diretrizes políticas haviam sido
apresentadas ao público cm gernl por esses mesmas ministros e administradores
e por slg ms dos ckmcntos que integravam o novo governo, como propostas de
reforma no Congresso dc Reformas dc fi.isc, patrocinado pelo JRÊS, em 196
4
V
O Ministério da Indústria c Comércio manteve suas fimçõei pré-1964, t foí
ocupado por diversos associados e colaboradores do IPES. Daniel Faraco* o
deputado da ADP que havia desempenhado um papel importante m
estratégia do
Grupo de Ação Pnrltmentar do IPES na Câmara dos Deputados, foi nomeado
Ministra da Indústria e Comércio Foi posteriormente substituído pelo industrbl
ê banqueiro Paub Egydio Martins* que havia participado do estadomaior civil-
milit 0 r sediado cm Sno Paulo, liderado pela IPES. O industrial banqueiro Hélio
Beltrão foi nomeado diretor do influente Comitê de Assessor ja de Política Indus-
triai e Comercial do Ministério. Guuos colaboradores e empresários do IPÊS
foram designadas paru órgãos que funciona vam sob a égide do Ministério da
Indústria e Comércio, Entre cies encontravam-se Sylvio Fróes Abreu —
Instituto
Nacional de Tecnologia; Paulo Accioly de Sá —
Instituto Nacional dc Pesos t
Medidas; e Joaquim Xnvíer da Silveira, que foi para a reeqm-críada EMBRATUR
— Empresa Brasileira de Turismo. I: Para a Superintendência Nacional de Abas-
leciraento —
SUN AR, criada pelo regime anterior para controlar os preços e o
abastecimento dc produtos básicos, fórum indicados o líder do IPES Guilherme
Borghüff e o Coronel Maurício Cibu lares, que havia trabalhada anteriormente
na COFAP, a antecessora da SUNAB. A Superintendência Nacional de Abasteci-
mento foi posteriormente substituída por um novo órgão, a Companhia Brasileira
dc Alimentação — CORAL, pnru a qual foi nomeado a General Carlos de Castro
Torres, do IPES. A COBAL preocupou-se mais com o fornecimento ordenado
de produtos para o mercado do que com a flscôlíiação de preços t o fornecimento
dc artigos e serviços básicos não-lucrativos.
Outro ministério que não sofreu mudanças drásticas em sua estrutura, mas
que expandiu seu papel, foi o da fusliça- Esse ministério era, demro do sistema
político brasileiro* um ministério político chave e não apenas a estrutura admi-
nistrativa do Poder fudiciãrio. Seu titular está geralmenie presente nas decisões
políticas mais importantes tomadas pelo governo, absorvendo, junta mente com
a Casa Civil, as pressões oriundas dos partidos políticos, da mídia t de fontes
académicas, lidando também com a oposição política e intelectual ao governo.
O Ministério da Justiça aluava também como um canal para a expressão de
pressócs dc "linha dura" partindo dos militares cm sua oposição à corrupção
civil e k esquerda.
437
da fegisíaçio por decreto, que esvaziou o papel do Congresso, O Mirmiário da
Justiça não só revestia dc "autoridade jurídica" as decisões políticas contra
membros da oposição, mas também exercia a intervenção judiclil com um caráter
pclrcico bastante claro, da qual foram testemunhas, muitos doi mais dc 6,000
Decretos, 700 Leis, 312 Decretos Lei, 2 Atos Institucionais e !7 Atos Comple*
mcniarcs promulgados ou baixados pda administração de Castello Branco.
0 espirito deste número extraordinariamente grande dc leb elaboradas pelo Exe-
cutivo posteríomiçme permeou a nova Constituição. A comissão de proeminentes
jurista* encarregada do projeto pau a Reforma da Constituição, que eles esboça-
ram e que passou a vigorar em l%7* compunha-se
de quatro associados e colabo-
radores do ÍPES: Thcmistocíes Citakanti. Scabra Fagundes. Omzinbo Nonato
t Levi Carneiro. Além da direção do Ministério da Justiça e da responsabilidade
pela reforma da Constituição (para a qual Carlos dc Assis Ribeiro havia preparado
um esboço e uma filosofia básica ames dc 1964), os ativistas do ÍPES também
1*
asseguraram uma série dc posições-chave dentro da estrutura judiciária.
Um ministério que mudeu chrameme o seu papel foi o do Trabalho e
d* Previdência Social, Através ddc as administrações anteriores haviam asse-
gurado a mobilização limitada das classes trabalhadoras urbanas c tentado mani-
pular os sindicatos. Sch o novo governo, a mobilização popular através do
Ministério foi interrompida apesar de ele manter sua função de controle dos
trabalhadores.
Os atores políticos do IPES exerceram influencia também no Ministério do
Trabalho e Previdência Social, f mediai amenie após o golpe a junta nomeou
Arnaldo Lopes Sussekind, que manteve sua função no governo Castello Branco.
Sussekínd havia ajudado na elaboração dos controles corpor ativistas diretos t
indiretos estabelecido* na Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, que foram
a pedra angular da política trabalhista do Estado Novo. Suíiekind foi substituído
por Wfiítcr Pcracchi Barcellos. o deputado da ADP do Rio Grande do Sul. Wal*
ter Barcellos foi, por sua vez, substituído em meados de 1966 pelo advogado e
empresário Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva, conferencista no IP ES, quando
aquele decidiu candidatar-se a governador do Rio Grande do Sul, tendo sido
0
deito,* Pari advogado do Ministério do Trabalho for indicado luarez do Nasci-
mento Fernandes Tãvora, filho do codundador da ESG Marechal Junrez Távora
e Ministro dos Transportes do novo governo. As novas direções sindicais provi-
nham dos sindicatos que, de 1961 h 1964, fortim instrumentalizadas pelo complexo
IPES/IBAD* cm particular do M5R do* círculos operários c do MSD, Muitos
r
o pdego Rómub Marinho, formado pdu ICT e pela AÍFLD. tornou-se diretor
do Departamento Nacional do Trabalho durante o mandato do Presidente Mediei,
Os Grupos dc Estudo c Doutrina do ÍPES, em colaboração com outros
membros que haviam trabalhado no Setor Sindical de Ação do ÍPES. prepararam
uma sérte dc reformas destinadas a conter o movimento da dasse trabalhadora,
bem como a quebrar a manipulação populista que foro ir adicional mento estabe-
lecida através do Ministério do Trabalho. Lm» reforma* foram incorporadas
ao Ministério, moldando, assim, os acontecimentos do* anu* seguinte*, refinando
t complementando as tecnicu* do Estado Novo. A nova legislação trabalhista do
governo serviu u três finalidades piincipaí*. Primçiramentc, aumentou o controle
436
direto dos sindicatos, impedindo-os de fornecer uma base organizacional para
ataques da classe trabalhadora a políticas governa mentais específicas, ao novo
ffctoma político c contro as condições sociais que o sistema veio a preservar
A novo legislação trabalhista também procurou fortalecer os aspectos corporativo*
da estrutura sindicalista pelo seu pupel no construção nacional e na manutenção
da coesão social. Fínol mente, sob o pretexto do controle da inflação, tentou trans-
ferir recursos para a indüslrín submetendo a classe trabalhadora a diversos tipos
dc programas de poupança forçada/ 1
439
Frederico César Cardoso Maragliano
.**
legislação que estabeleceu o FGTS extin*
A
guiu diversos programas de assistência aos trabalhadores, pagos por empregadores,
e eliminou a contribuição estatutária destes para outros programas» reduzindo
assim os serviços anteriormenlc disponíveis para a classe trabalhadora c baixando
ainda mais o seu padrão dc sida, O
FGTS teve um grande impacto na vida dos
mMhadore* aumentando sua insegurança econômica c estimulando um alto
índice de rotatividade da forca de trabalho nas áreas industriais do Brasil (cm
1470» 15 5*0 da Torça dc trabalho em São Paulo estava há menos de um ano
no trabalho. 55.6 r è ainda não havia atingido dois anos, c 74,2 p ó não havia
itingido três anos). Â instabilidade também fazia com que os trabalhadores hesi-
tassem em reclamar contra seus empregadores na Justiça do Trabalhe, enquanto
a grande relatividade de trabalhadores» empregados por qualquer empresa, favo-
recia salários mais baixes. comparados aos empregados que ficavam na mesma
companhia por muíio tempo, uma ver que os trabalhadores eram sempre admiti*
dos. por outra empresa, na escala mais baixa de sua categoria
O FGTS foi criado por uma equipe
de icentxmprcsários liderada por Robcr
to Camoos. Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva c Mário Trindade, um amigo
do Ministro do Planejamento X equipe envolvida no proíetú compreendia Mário
Henrique Simonscn, Tose Américo León dc Sá (eslatíMÍco do Banco Boizano
Simonsen. pericnccnte a Mário H Simonsenh o associado do IPES e emuresario
Müacyr Gomes de Almeida Ja>me da Silva Menezes (burocrata do Instituto de
Resseguros do Brasil), o advogado Sérgio Coelho e João José de Souza Mendes,
o secretário»
Finalmcnte, a administração brasileira recorreria a um importante mccanis-
mo para Financiar o crescimento econômico depois dc 1464 a redução absoluta
de salários. Como reconheceria o Ministro do Planejamento, Roberto Campos,
"a disciplina salarial do Brasil parecia socialmente cruel, mas era o preço a ser
pngo a fim de restaurar o Dctencial de investimentos, tanto no setor público
quanto no setor empresarial *. M
Conforme foi visio ameriormenie. q% ativistas do IPES haviam desemoenha-
do um papel significativo na desesiabilização da organização política dos trabalha
d ore* rurais Intervinham agera na legislação que visava a determinar o itatus
pclfiico dos trabalhadores rurais c esvaziar sua mobilização. O comitê estabe*
lecido pefo Ministério do Planejamento e indicado para estudar o projeto dc um
Esiaiuio do Trabalhador Rural, uma modalidade de código de comportamento
político e sindical, cra formado per Paulo de Assis Ribeiro (presidenre). Eudes
de Souza Leão. Armando dc Oliveira Assis. General Adyr Maia c Carlos Ferreira
dc Souza A escolha desses nomes não foi difícil, uma vez que a comissão especial
do CO NS Pl AN. que os selecionou» era Formada por vários ativistas e colabora*
dores do IPES. ou seja: Lmdolfo Martins Ferreira. José Rotia, Nvlion Vclloso.
Padre Fernando Bastos 0'Avila. Armando dc Oliveira Assis, João Paulo dos
Reis Velloso, OswaTdo lófio. Paulo de Assis Ribeiro. Eudes dc Souza Leão, Ge-
neral Adyr Maia e Carlos Alberto ferreira dc Souza/'
Enlre os camponeses. Padre Melo» o ativista do complexo IPES/IBAD do
Nordeste, tomou-sc, depois do golpe, um "ditador extra-oficial, guiando o Exército
e a Polícia na inlervcnçáo de praticamente todos os sindicatos rurais e indi-
cando novos direi ore 5 para substituir os líderes por ele afastados".*1 Guatro ele
menios formados pelo ÀEFLD foram indicados para intervir nos sindica Eus a fim
de livrá-los da influência trabalhista de esquerda/ enquanlo José tloiLa, eola-
7
440
borador do IPES* foi eleito presidente da Confederação de Trabalhadores Agrv
tolas,
que é bom para os Estados Unidos é bom paro o Brasil", parafraseando o eonhe-
eido dito sobre a General Motors e os Estados Unidos.
441
píemcntar uma política externa que alguns autores caracterizaram como subimpc-
riu li Essu política externa* que visava a segurança cokiiva das Américas
smo." :
O
plane jafficnio educacional tomou-se parte integrante do planejamento
“globar (econômicol c, convem tnicmemc. 3 reforma foi coordenada pelo Minis-
tério do Planejamento* dentro do marco do PAEG. A equipe que estudou essas
k
reformas era chefiada por Luiz Viciar D Arinos Silva e Paulo dc Assis Ribeiro,
membros do Grupo dc Btudo < Doutrina do IPES-Río,**
À nova política educacional tomou-sc a expressão da "reordenação das for
mas dc controle social e político", funcional para as exigências dos interesses
econôm icos que torra rum nccessJria a reformulação do sistema político e da
economia, em primeiro lugar a educação superior era rdatívamenie favorecida
cm oposição educação popular, rodando a preocupação com a mãode-ebra
<j
442
Tinto o dignóstíco quanto o plano falam dc técnicas de produção, fatores de
produção* custos dc produção, estudos comparativos de produção regionais e
1
internacionais e todos des se referem u "produção dc professores e alunos e à
'
443
100
apesar de retirar delas sen conteúdo filosófico c política A doutrinação cívica»
através do sistema escolar, foi um trabalho que teve» no planejamento do novo
"
programa, 1 1 a colaboração da Liga de Defesa Nacional —
patrocinada pelo
IPES — da Campanha de Educação Cívica e da Escola Superior de Guerra,
Finalmente, a União Nacional dos Estudantes, cuja sede fora tomada pda
polícia e pelos milhares, leve suas atividades severamente restringidas dai em
diante pela Lei 4 464* conhcdda como "Lei Suplícy de Lacerda", o nome do
Ministro da Educação. A UNE foi, pcsicriormentc, extinta sob a presidência dc
Cosia e Silva, '**
Passando para um ministério de menor destaque* o da Saúde» repetiu-se nele
o modelo dc colaboradores do IPES ocupando as posições -eh ave e implementando
as diretrizes ’Foram interrompidos os planos para a nacionalização das cor-
porações farmacêuticas (muitas delas contribuintes do IPES), a socialização da
medicina, as investigações sobre suas práticas tecnocientíficas, económicas e sobre
a qualidade de seus produtos. Recursos mmimos foram alocados para a saúde pú-
orçamentos do governo. * O grupo de trabalho que preparou o programa
3
blica noi
na irca de Saúde Pública na estrutura do PAEG era chefiado por Paulo de Assis
Ribeiro.
Mudanças também foram executadas no Ministério dos Transportes e Obras
que foi cctocado sob a responsabilidade do Marechal Juarez Távora, da
Públicas,
ESG, o evpolítieo do PDC. apoiado pelo 1BAD e candidato à Presidência da
República.
Durame os oito anos, de 1955 a 1961. havia ocorrido um aumento sensível
no uso de veículos moloniados. Dos 9> bilhões de toneladas/ quilómetro transpor
tados em 1961, o transporte rodoviário aumentou sua parcela para bb% do total
(de 55% cm 19551 enquanto o transporte marítimo baixou para 17% íde 26%
em 1955)* Uma projeção do crescimento da demanda de cada meio de transporte*
executada pdo Mini&tcriü. a fim de decidir sobre uma política de investimento
pata o sistema nacional de transportes. calculou que, por volta dc 1970, o trans-
porte de mercadorias íe passageiros > em veículos automotores representaria 78,!%
do total, ao passo que o transporte m&rilímo cairía para 12*7% c O transporte fer-
roviário representaria merameme 8.7% do total/ 01 Á política de desenvolvimento
do modelo de 1964. com a extraordinária expansão das indústrias
brasileiro, depois
multinacionais de automóveis e caminhões, reforçou a tendência para o transporte
rodoviário. Não sc fez nada para modificar o prognóstico do declínio no transporte
ferroviário c marítimo, enquanto quase 1% do Produto Nacional Bruto foi apli-
cado* em 1965.cm um ambicioso programa dc expansão da rede rodoviária Além
disso» tendo uma grunde população tem condições de adquirir um veículo para
uso individual,a pequena menção dedicada ao desenvolvimento do sistema fer-
roviário.que era o meio menos dispendioso de transporte público, era bem es-
clarecedora das prioridades sociais do novo regime.
Medidas austeras foram impostas ao sistema ferroviário. Enfatizou-se o fun-
cionamento mais eficiente possível dos serviços existentes, muitos dos quais eram
vitais para o transporte nas minerações particulares e de icint ve/ttures, mantendo
o fornecimento de peças de reposição c selecionando, para eliminar. linhas dlifun*
ciOfiais c não o desenvolvimento do sistema ferroviário, que exigia medidas em
profundidade, comparáveis ás que vinham favorecendo a indústria automobi-
lística, ay longo dos anos. Mesmo assim» os associados c colaboradores do IPES
ocuparam posições-chave no sistema ferroviário. "1 1
444
Sob a égide do Ministério dos Transportes, foi executado um prcgiamii de
445
A administração pés- 1964 não modificou, substaricialjnente, a estrutura ou a
função do Ministério das Minas c Energia, ma* inverteu a orientação nacionalista
de suas diretrizes políticas, que datavam da época de Gctúlio Vargas. Ao final
de 1964. o governo lançou um apelo para 0 setor privado, basicamente multina-
cional, convidando-o a participar da exploração intensiva da riqueza subterrânea
do Brasil O Ministério deu também aos estrangeiros o direito de adquirir ações em
companhias brasileiras que operavam nesse setor
Inicialmeiitc. o então General Costa e Silva, como membro da funta Militar
que assumiu o poder em \* de abril de 1%4. fez sua própria indicação para o
Ministério das Mírias e Enereia. Foi substituído por Mauro Thibau. que cm ligado
11
à equipe da CQNSULTEC. * Foi Mauro Thibau que, com a colaboração do Ro-
berto Campos e de Octavio Gouveia de Bulhões, veio a liderar o ataque no mo-
nopólio público para a exploração de petroquímicos, abrindo assim as portas para
a participação privada, espectalmeme multinacional, nesse setor vital da economia,
Foi estabelecida uma comissão do Conselho Nacional de Petróleo para estudar o
caso particular da indústria petroquímica, que decidiu a favor da participação da
empresa privada para Idamente â das empresas públicas, no desenvolvimento dessa
indústria. A comissão era formada pelos empresários Paulo Figueiredo. Kurl
Politzer, Ivo dç Souza Ribeiro. íosé Batista Pereira e Paulo Ribeiro,
111
O Ma-
rechal luarez Tivera. Ministro dos Transportes, liderou o voto do Conselho de
Segurança contra a nacionalização das refinarias de petróleo, invertendo o processo
iniciado, mas não concluído, por f. Goulart, Uma comissão ruermíms teria! for*
í ,
muda por Mauro Thibau. Gouveia de Bulhões (Fazenda), Roberto Campos (PU*
nejarncnio), Daniel Faraco Indústria e Comércio), Marechal fuarez Távora (Trans-
f
portes), e Ernesto GeiscI (Casa Militar), pressionava por uma legislação que
rezava, como princípio, que as reservas minerais só seriam valiosas se exploradas.
Conseguiu levar o ''Código de Minas" s uma revisão efetiva, limitando o Estado
a um papel supletivo, abrindo as portas à exploração dos recursos naturais peta
iniciativa privada (multinacionais e associadas). Na segunda administração mil lar,
i
446
proporcionar habitação e crédito para a grande população scm casa própria e mal
abrigada, acabou sendo um instrumento para financiar a comtniçio dc casas para
a classe média, que reagiu favoravelmente aos recursos oferecidos. O BNH iim-
bém desempenhou um papei significativo no fomento da indústria de construção,
onde tantos associados e contribuintes do IPES tinham interesses. Finalmente, o
BNH também sc transformou cm uma fonte influente de patronato político, Jün-
timente com cie foram instituídos o Serviço Federal de Habitação e Urbanização
— SERFHAU, e o Plano Nacional dc Habitação, iodos baseados cm projetos do
114
IPES elaborados antcríormenic .
breve período, Sandra Cavalcanti deixou o BNH. numa época cm que seu protetor
político, Carlos Lacerda, desentendeu- se, dc vez, com o governo. Apesar de Ha-
rold PúEland e Glycon dc Paiva terem sido considerados candidatos para o posto,
este finalmente foi entregue ao colaborador do IPES Mário Trindade, que foi
sucedido por Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva. Este, que eslava trabalhando
no Ministério do Planejamento, haviu desempenhado, junt&menie com o lidcr do
IPES Mário Leio Ludolf, um papel importante na discussão do problema habita-
cional. Também participou d as medidas subsequentes que o governo tomou em
relação aos decretos de regulamentação de aluguéis, bem como da que
Legislação
regulamentou os direitos dos inquilinos e proprietários e os aluguéis, enquanto
estabelecia critérios diferenciais de correção, a Fim de tomar possível a lecupe-
11
riçio gradual da defasagem nos preços de antigos contratos de aluguéis. * Para
membros do Conselho Administrativo do BNH foram indicados os empresários
Mário Henrique Simonsen. Fernando Machado Portela e Hélio Beltrão Para Su-
perintendente foi indicado o empresário Arnaldo Walter Blank, enquanto o Ge-
neral Libe raro da Cunha Friedrich* na época um executivo na área empresarial
dt construções, tomou-se o diretor.
Ativistas e colaboradores do IPES, na maioria industriais, mas também ban-
queiros — e não técnicos
111
— assumiram o comando de
11
toda a estrutura industrial
de aço-mineração e petroquímica * do EstodOn Eles também asseguraram postos
nas companhias públicas que forneciam energia elétrica para as grandes corpo-
rações privadas de serviços dc eletricidade —
pertencentes ou dirigidos por líderes
do IPES — 11
e que proviam o consumo doméstico t industrial * Os industriais e
empresários do IPES estavam, doravante, nas posições mais favoráveis paia im-
piememar diretrizes políticas estabelecidas pelos Ministérios do Planejamento, da
Fazenda, das Minas e Energia e da Indústria e Comércio, aos quais os grandes
empresários c banqueiros tinham acesso privilegiado. A coincidência de seus in-
teresses particulares com o papel especifico desempenhado pelos empresários
na administração pública era notável
Foi neste contexto que o comunicado de que o governo iria readquirir a
maior companhia de serviços públicos pertence me a uma multinacional, a
447
AMFORP (American and Foreign Power Urility CompanyU criou uma acalorada
controvérsia política. A administração foi aiacada, até mesmo pela direita, sob a
bandeira óc Carlos Lacerda, pela compra da AMFORP pelo que era considerado
um preço enorbítame para equipamento obsoleto. Tal oposição havia provocado
exasperação declarada nos Estados Unido* onde a AMFORP havia sido um dos
principais objetos dc disputa entre os Etados Unidos e o Brasil. O governo brasi-
leiro. preocupado em nio ferir as suscetibilidades de investidores em potencial,
deu continuidade à compra pdo preço estipulado, e a AMFORP tornou sc o
núcleo de uma nova companhia nacionalizada, a ELETROBRÁS, uma companhia
estatal que, apesar de fundada em 1962, só agora passou a funcionar.
^ 1
dos líderes do 1PES, a CTB foi encampada pelo Estado, passando a fazer parte da
EMI1RATEL da qual. posteriorrrtenie, o ativista jpesiano Jovíano lardím seria
diretor. Os empresários sofreram oposição às suas demandas dc pressões surgidas
dentro das Forças Armadas, um conflito dc opiniões que não seria o último entre
“
5
a elite orgânica liderada pdo 1PE5 c aqueles militares desinteressados.
j
44B
{lo dc umi série de canais e mios de assegurar a fácil comunicação entre os
empresários como um lodo* representados pelo IPES, os empresários do IP RS e
administração pública. E nítido que os empresários do IPES (iravam proveito
do relacionamento informal e bastante próximo que tinham com os ocupantes de
cargos públicos, Mos o IPES também desenvolveu uma outra rede elaborada de
interpenetração entre o Estado c os setores dominantes da sociedade civil. No
entanto o íocui para o exercício desta influência estava fora do Estado c dentro
do IPES, o que levou ao desenvolvi me ntg de uma estrutura exdurbomrmr neo
çvrpçrativiita dc articulação de interesses. Esse foi outro nível em que ocorreu a
interpenetração objetiva do Estado com a estrutura oligopoU&ta do capitalismo
moderno industrial e financeiro, garantindo a previsibilidade de sua atitude re-
ciproca futura. ** A consolidação dessas ligações fora do Estado, não institucio-
1
449
zónia), GeneralEdmundo Macedo Soares e Silva, Hélio Belirio c Mário Henrique
Simon^tn A estrutura deises debate; era planejada pelo General Golbery. Por
voJi* de 1967, todos os ministros e burocratas dç alto escalão cm órgãos-chave
de formulação de diretrizes e de tomada de decisão da administração pós- 1964
haviam participado desses encontros"'
O IPES também organizava seminários c cursos para a preparação ideológica
não só dc empresários e burocratas importantes, como também de militares in-
fluentes na formação dc opinião e m
tomada de decisões, Esses cursos eram or-
ganizados através de sçu ínstitmo de Educação Democrática —
lED* que funcio-
nava como fundação desvinculada" do IPES."' Eram também ministrados Cursos
'
de Atualidades Brasileiras —
CAB. e outros cursos superiores lançados antes de
1964, organizados pelo Grupo de Estudo e Doutrina. i;í Entretanto* o IPES adi-
cionou 9 fttós cursos umt nova versão dos Grupos de Trabalho e Estudos que p
fesse lançado um serviço dc pesquisa junto aos empresários sobre suas necessi-
dades e problemas e^secificos, que seriam então trazidos para o Instituto "para
discussão c análise", transformando as preocupações e demandas empresaria is em
estudos de diretrizes. O plano* que foi adotado* serviria para transmitir aos Ifâo-
ciados c colaboradores do IPES em postos governamentais os problemas e neces-
sidades não só daqueles ligados ao IPES. como tw de setores empresariais mais
130
amplos, permitindo a&rim uma ação mais abrangente,
O IPES manteve seu papel como centro de debate de reformas, bem como
o de fornecer diretrizes básicas para a administração pós- 1964, não sá em decor-
rência da ábvii coTKOtmuncU de ocupação de cargos por parte dc seu pessoal,
descrita antenormtntc. da adoção petos administradores do programa de reformas
vislumbrado por dc no Congresso de Reformas de Base, mas também devido aos
151
esforços explícitos para elaborar diretrizes c anteprojetos de lei.
4S0
.
451
Outro papcf desenvolvido pelo IPES foi o de lotnar-sc b "voz da revolução"
$ nível tanto nacional quanto internacional. No âmbito nacional, ndmilio ser sun
tarefa a de orientar n opinião pública através da mídia aiidiü-visuíil c de publica
ções, moldando assim a reação do público a medidas governamentais, 141 Paru
tnl, devería assumir o papel de um órgão independente, ocultando do público
1 *2
Decidiu sc por agir como cao dc guarda
' 1 ’
452
Uma medida do reconhecimento internacional do IPES foi o convite para par-
do Banco Internacional dc Reconsiruç&o e Desenvol-
ticipar das reuniões anuais
vimento — BIRD, c do Fundo Monetário internacional em 1966. junlamentc com
os congéneres do IPES. Estimulando a participação do IPES nessas reuniões
achava-se o CED. ,R1
O IPES também aluou como uma ponte entre civis c os militares da ESG,
continuando assim a cooperação bcm-sucedido que se desenvolvera com esses ofi-
ciais para conseguir a mudança de regime em L° de abril de 1964, Manteve sua
função como elo entre civis e as Forças Armadas, a fim de engajar círculos mais
amplos dc oficiais fora da esfera de influencia direta da ESG c com os quais o
IPES nio tinha ligações firmes ou estáveis. Convidava oficiais selecionados, no
comando dc tropas c cm postos adminislrativos. para seus cursos, seminários e
conferências; manteve também sua política dc cooptação de militares.
Foram também organizadas conferências e debates sobre assuntos de inte-
de políiica de desenvol-
resse espedfico para os militares, principalmente questões
vimento que poderiam ser justificadas em termos dc segurança nacional ou que
poderiam estar a elas ligadas lais como transporte, mineração. petroquímicos
e a industrialização do país, a fim de desenvolver seu potencial c transformar o
Brasil em ume superpotência. Nessas conferências e debates, os militares eram
,ia
colocados em contacto com uma audiência dc empresários e tecnO'empresários.
Dessa forma, industriais e banqueiros reforçavam sua posição privilegiada trans-
mitindo seus pontos dc vista sobre desenvolvimento e apresentando suas soluções
para problemas sõcio-cconômicos e políiicos.
O intercâmbio mais profícuo talvez tenha sido o que os líderes do IPES
conseguiram desenvolver com as Forças Armadas através do estabelecimento do
complexo militnr industrial brasileiro, que posteriormente se transformou em um
demcnto-chave na economia do país e em um fator político de influência, 111 Um
ag eme significativo na constituição do complexo militar industrial foi o Grupo
permanente de Mobilização Industrial. O GPMÍ. cuja estrutura e obietivos ha-
viam sido desenvolvidos pelos empresários do IPES com militares da Escola Su-
perior de Guen-a. foi importante aspecto na evolução de ligações entre o poder
político e econômico, por um lado, e o poder militir. por outro* O líder do IPES
Rafael Noschese. em pronunciamento quando da inauguração do GPMI. enfa-
tizou que a criação do Grupo Permanente de Mobilização Industrial representava
Ir
a continuidade da colaboração, vista através dos anos, entre as desses pro-
dutoras e as Forcas Armadas, seia em períodos de ação militar ou na vida normal
de nosso país", O líder do IPES Viiòrio Ferraz, presidente do GPMI. acrescentou
que "a vívida experiência dos primeiros dias" (quando as tronas intervieram
para depor folo Goulart) "mostrou a necessidade imperativa de as indústrias
reconhecerem as exigências mínimas dos militares e de estes saberem em quem
podem confiar na indústria". Era essencial para Ferraz criar um grupo civil e
militar, de caráter permanente, que atendesse eos anseios dos empresários, para
agir cm épocas de perigo. De acordo com Ferraz, o Grupo Permanente dc Mobi-
lização Industrial “tentará alcançar a adequação dos padrões industriais às ne-
cessidades das Forças Armadas. Dará incentivo è pesquisa industrial no campo
militar. Ajustará a indústria h fabricação de equipamentos, máquinas e acessórios
para as Forças Armadas. Indicará as firmas que estiverem melhor adaptadas à
execução do serviço ou fabricação dc equipamentos militares. Aconselhará e re-
comendará a adoção dc padrões para itens que possam ser usados em uma emer-
453
gentia paru beneficiar a segurança nacional* dando às forças Armadas a rcsposia
à equaçio principal da vida militar moderna: onde obter material? Quando obtet
134
material? Como receber o material necessário?"
Q da política, apoiado pelo IPE5, restringiu o papel dos
estilo autoritário
*4
políticos tradicionais
1
A
articulação de interesses era realizada através dos tecno
empresários c empresários nas pcsiçóes-chave de poder, aos quais os grandes
interesses industriais c financeiros tinham fácil acesso. O Congresso viu minado
seu valor como local de elaboração de diretrizes e diminuída sua importância
como fórum político para a agregação dc pressões e demandas populares. Nesse
quadro político residiam os aspectos "tecnocriiicos" do regime?** Entretanto, o
ÍPES tentou estabelecer sua permanência no sistema político-partidário, talvez
com o intuito de controlá-lo para neutralizar sua possível interferência no pro-
cesso "tecnocr ático" de elaboração de diretrizes, O
Congresso foi expurgado. Os
Ibadianos tiveram sua posição mais reforçada do que quando blooiiearam os es-
forços legislativos de foào Goulart. A maioria dos membros da ADP associou-se
ao recém-criado Bloco Parlamentar Revolucionário —
BPR, formado em março
de 1965 por 206 membros da Câmara dos Deputados e consolidado após enten-
dimentos entre o General Gqlbery. General Cordeiro dc Farias e Nilo Coelho* do
PSD O BPR era liderado per Ad?uro Lúcio Cardoso e t>elo presidente da Câmara
dos Deputados, fiilac Pinto. O núcleo do BPR era formado por deputados do
PSD (48), do PTB (23) e per aproximadamente 90 membros da UDN?"
Esses deputados tomaram-se o baluarte da ARENA —
Aliança Renovadora
Nncional, que foi transformada no partido oficial do governo após a dissolução de
"" 1
todos os partido* tradicionais existentes. Encontravam -se no Diretório Nacional
úa ARENA além Ho* nrlíiícos tradicionais de direita oue haviam colaborado
eom o complexo IPES/IBAD, o General Edmundo Macedo Soares* Brasil io Ma
chntfo Neto, General Punarü Bley. Brigadeiro Antônio Barbosa. A* Pacheco €
e Silva, Raquel dc Queiroz. Paulo Almeida Barbosa, Hélio Beltrão, Luiz Gonzaga
do Nascimento c Silva, General Golberv do Couto c Silva c muitos outros* Ray*
mundo Padilha tornou-se o líder da ARENA na Câmara dos Deputados?**
À exclusão total das classes trabalhadoras t a posição periférica em que os
interesses sócio-eco nõmicos sem representação no IPES foram colocados tornou
difícil para a elite orgânica governar por consenso e consentimento. Em decor-
rência dessas dificuldades objetivas, a preocupação com a institucionalização e
legitimação do novo regime era vital. Em uma série dc debates organizados pelo
IPES para examinar meios de institucionalizar o regime*
as potabilidades c os
o jornalista Luiz Alberto Bahia estimulou a liderança a "examinar as formas u
nossa disposição e as que podemos criar, no semido de assegurar a continuidade
do ciclo de autoridade democrática, autoridade controlada, sem riscos de enganar-
mo-nos t sem arriscara degradação ou degeneração cm um regime de caráter auto-
ritário e in controlado. Uto somente será possível por meio da elaboração de novos
contratos políticos* que irão assegurar o funcionamento democrático do sistema
de autoridade, controlado por órgãos intermediários como o IRES* onde a política
é feita com o sentido dc participação c intervenção aut6r^oma* ?*
, 1,
4S4
ler perdido sus hegemonia, Entretanto, os ativistas do complexo IPES/IBAD
conseguiram restabelecer sua predom inunda no governo do Prestdcnie Geisel ™
*'
írônico" é o mínimo que se pode dizer do fato de que o IPES, que em
havia passado por uma Investigação Parlamentar por atividades supostamente
criminosas, foi, a 7 de novembro dc 1966, declarado um órgão de "uttNdade
14-3
pública" por decreto preside nc ia
Conclusão
455
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
456
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Brasil . seus problemas e seus atores 1979, 16. IPES CE P rd
457
riicunHo da carta a Ltfii Viiíii Filho* 27. Isto É. 2 de mab de 1979.
cnvjidi por Paulo de Aiiíi Ribeiro. * d- 28. O misterioso Heitor, V>/o P 8 de agos-
Ejic rascunhe dcstmivasc preparação éc
* to dc 1979.
uma rripínta ao pedido de informações
29. O Coronel Joio Bapisste Figueiredo
fdlo por Luii Viana Filho para o seu li*
tomou je diretor do Serviço Nacional dt
vro sobre o gmcrno de Cistrllo Branco,
Informação durante a presidência do Gc
o qual fornecia uma dtscnçio valiou do
neral Emílio G arrostai: u Médirf» de l%9
peto eairaordinirip que meram oi aiivis-
a tcsie thefo do SNI sob a presidiu-
Cai 4a IRES de 1*6* a 1967 Anjuno de
cra de Cosia c Sih a. dc 1967 a 1969}. cn-
Paulo de Àms Rtbeiru. Rio de I*iwltu
quanio o General Carlos Alberio da Fon^
21 [ W f r DULLE5 CdiieJio ... op cu loura (autor de infiltração Comunista, do
P 4» cume mo que contribuíra para a campanha
23. N- BLUME Pressurc |toupi and de- da "ameaça vermelha"! foi Feito Ministra
cuion makjnf in Bracil Sf-J et m Cc-ipo Chefe do SNI. O Coronel João Bapiína
raüvt /rtftrnjfionai Dtitlopmtnt Sainl Figueiredo tornou tc chefe do SNI na pre-
Louti, Mluouh, inil 2 T Wuhingiofi 1 d sidência do General Ernesto Geisel, de
Univ.. (%7/6Í íSéne de monografias) 1974 a 197S, quando foi promovido a Gc-
ncral enquanto o General Fontoura foi
23 De acordo com I W F DuLíe*. Cai-
d
451
J $
1964,
.
459
com mu no* senadores americano* c ÇIÀ guindo oi pauos do IPES» oi cmpresárioi,
Não foi permitido mencionar 0 Í*t0 de profissionais liberais, proprietários de ter*
460
doí pjépúot empresário* di|feno&p E Ú* Cesrdfo Brinco, vide fi) Georfes-Andrã
wtrds, eníre oulroí, ligados to Councal e FIECHTBR. op eit Cap 10. 11 e JS. (b)
à CIA. Dwi "relaçòo públicas” da ITT, ELUS. H S ed- The teonomy ôf Brauí
Robcrt BercEEex e H iroíd Hcndrix É trabt- Bcrkclcy, Un*v. of Califórnia Press, 1969,
Ihovíim cm Santiago üO lado de agcnies Este livro é parri tuia nitente tmeressaiUr,
dc Edwards que, por tua v« man linha r uma vez que a maioria dos indivíduos torv
eontaios diário; com a ClA como
h manti- iri.buir.tcs era associada ao JPES. Celso Z,
vera de 1965 a 1964, MARTONE. do plano de ação
Análise
Vide (a) Marliie SIMOMS. op. cit p. econômica governo do PAEG 1964- —
9, Edward KORRV op. cif.
(b) p. 114, (c) 1966. fn; LAfF.R. Jktty Mtodíto ed. p/ ff .
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direior do CEP c omnl direto? do Coum 1975. p. 218. O livro dc L. Viana Filho
c!J for Latln Amcrícn, que havia trabalha- proporciona uma pcaioa de
o relato de
do de perto com o IPFS c estava envolvi- dentro da administração de Caitello Bran-
do na campanha conun S. Allende havia p
co. £ importa me observar que a maioria
tido também agente da CfA. p. 247. dos atores políttcos citados por tuia Via-
42. Para maiores informações sobre
na Filho era de associados e colaborado-
o
Centro q as Atividade; dc seu grupo, bem resdo IPES. Vide cambem Roberto CAM-
Como obre ,ideposição do presidentt Tor-
n POS- A retros peei ovtr Brarilian devetop-
res, Vtdc (a) Alberto D1NES Brasil. Ban- meni piam. In: ELL1S. Ho^ard S. ed.
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bro dc 1979.
48. Nylton Vdkno era diretor da Demi-
47, Rei rato de um super-homem sem sa-Deuu Minai Gentis S A, Fábrica de
pnncfpios hfowmenta, 12 a 18 de feve- Trarom tDEMIG Desenvolvimento de —
reiro de 1979, p 17. Minas GeraU/Kloeckner Kumboldt Druu
44. O sucessor dc Roberto Campos foi
AG), Economia S A- Cfédito, Finaneiamcfi'
outro recnoempresário. o conferencista do io c Inveitimentos-
JPES Hélio Beltrão. Este foi sucedido, em 49 Vide L, VIANA FiLHO. op. cif. p.
1968. por foio Paulo dos Reis Velloio, 4804U- O lexto da Lei n.
m
200, que tem 17
que permaneceu no cargo por um período Capítulos e 215 Artigos, constituiu uma
de LO anos. Em 1974, o Ministério trans- remodelação fundamental dos procedimen-
formog-sc cm uma Secretaria diretamente tos da a dmíni (tração pública no Brasil. Vi<
ligada A Republce Em
Presidência da de (a) Georges-Àndfé FIECHTER. op. df.
1979. Mário H. Simonscn lomouse Minis- p. 117-18- lb> Discussão sobre reforma
tro do Planejamento, com o ministério re- da admlnutração federal. Ata do IP E5 P 20
tornando complctamcnte ã sua posição an- de outubro de 1964.
terior. Foi sucedido por Antônio Delfim
50. L VIANA FILHO, op, df. p. 13L
Neto após um curto período dc trabalhü-
51. f. B- dc Carvalho era da In-
diretor
45. Edgard Tcritcira LEITE. Carta a íris vesicred SA. — Crédito, Financiamento e
Meinberg Rio dc Janeiro, agosto dc 1964. Investimento e Banco de Investimento e
Arquivo do JPES. Vide Apêndice V, Desenvolvimento Industrial SA, Invest- —
46 A respeito da importância c do sifitb banco. Harry Cole era diretor dc Luxor
ficado do PÀEC para a administração Motéis Tufiimo SA.
461
52 Para matore* informações sobre o pa lítica Àduandro. O CPA lornou-sc um ór-
ptl das Casas Civil e Mililif ç observa- gão importante na época de Delfim Nctto,
çfic» espccialmcnlc aturadas lobrc o fun- no inicio dc seu íorlcmcntc estimulado ci*
cionamtniü daí administrações. vide Wal forço dc exportação. O
representante da
der de GOES D flruid do Gff- índmiria “nacional" no CPA, indicado pe-
Jfí Rio Ót lincíro, Editora Navi Fronlei- lo Ministro da Fazenda, cra fúlio Snurbron
r*. 1970 p. 17 M. dc Toledo, diretor do Grupo Uhodia, ao
53. O arquivo de Lui* Viana Filha no qual pertenciam Gctavio Marcondes Fer-
Ria de faneiro é CMrtmimçnie únl para o raz t Paulo Reis de Magalhães. sucessor O
estudo dcfvc knómtnt), porque contém dc Delfim Nctto, como Ministro da Fazen-
milharei de cartas c bilhetes enviado» ao da de 1 97-1 a 1979, nào foi outro senão o
vindicações O arquivo contém ainda muh 56- Emane Galvéns foi nomeado Presiden-
las da» ro|iõMfli dadas peto foserno a te do Saneo Central cm 1968, posto ao qunl
essas reivindicações. retornou em 1979 tornando SC cm seguida
,
nd laymc Portela e o da Cau Cml Rondon Vianna c. H- Burgcr foram indicados díre*
Pjchcto Nq governo do Prendrnte Medi- tores do Saneo Central Eduardo da Silvei'
ei. aCasa Militif cra chefiada peto Coronel ra Gomes foi mantido como Chefe do De-
João fiaphsta Figueiredo, c LcjUo de Abreu, partamento Económico. Dos outros dire-
cunhado do General Lyri Tasarti, chefia- tores do Saneo Centra], António Ribeiro
va a Cau O
Coronel Figueiredo
Civil, era diretordo Banco Brasileiro de Desen-
tuntamcTite com o General Orlando GeiscI, volvimento S.A., FINÀSA e Amo S.À- In-
Ministro da Guerra, foi figura-chavt do dústria e Comércio, pertencente ao líder
governo Médici na eofisoUdaçio d* "cuv do IPES Frlipe Amo: Àldo Franco di- m
didatora" do General Erncj'o Geúd par* reler e acionista de Melil Leve 5-A índús-
a presidência O General GcjicI nomeou o t b e Comércio, pertencente ao Grupo La
General Golbtry Chefe da Cau Cml e o fer/Klabin/Mmdlm: Liiir Bigkhiní çta di
General Hugo de Abreu, Chefe d* Casa retor da Cia. Indústrias dc Papel Pirahy c
Milrur O General Hugo de Abreu fot su- Cie- Docas tlc Santos, pertencente eo líder
cedido pelo General BciFort Bcih!rm r um do IPES. Cândido Gtirnlc dc Paula Ma-
"homem de Grue]'". após acu pedido de chado.
demissão cm virtude da eme que se de- 57. Garrido Torres foi sucedido tm 1967,
senvolveu durante Leniam u vitortosai
as coma Preside me do BNDE. peto tecnoem
pelot grupo» do P rS c da ESC de arqui-
I
previno fayme Magras si dc Si, conferem
tetarem a "candidatura" à presidência do ciifa e participante do» debates organiza-
emio Coronel João Bipmu Figueiredo dos pelo IPES Pira diretor dô BNDE foi
55. O
Gouveia de Buthõet foi sucedido todkado o associado do IPES Hélio ScWit-
pelo do JPF.S Amónio Delfim
associado tler Silva. Nessa época o Conselho dc Ad-
462
L
ceiro do 1PES- Depois de i%4. ocupou pos- vesitmcntciOs referidos apêndice» tamr
los-chavc no Conselho Monetário Nacional* bém ajudam a mosnar o altíssimo grau de
no Ministério da Fozcrtda, na FJNAME, concentração financeira £ Q entremeado de
FLTNDECE e ALALC. diretora* do qual os aimtiai do com pino
IPES/IBAD eram membros. Informam ain-
59. JPE5 CD t 7 dc julho de !%4, l G.
Torres.
da sobre o alto nJvet de integração das em
presa» industriai» a financeiras através das
60. Moraes Barras foi sucedido por Nes- diretorias interligadas^ joint veníu/ej t par
tor [osí, participante das mês as-redonda J ridpaçio aciona ri .
GASPAR lAN. Em dtftsa dü cranomia na- reto travou ufn relacionamento peasoaJ bis
cional Rio de Janeiro, Editora Saga, 1966.
tartíepróximo com o Cliefe da Can MLlt-
(h5 Fernando G AS PARÍ AN. Capital csiran- tar do presidente, o General Ernesto GeL
463
ra empré^mo*. com » mação á Ob/if*- elaboraram na prrparaçAo geral do Ena
çfes Reajwti*crt ^ Commfvm / iArejo tu lo da Terra + que m (ornou a feaw da po-
um mài-mo dc W diaa par* *i duplicatas* huca afrâria dc Caticllo Hranco Eram elet,
O crudo foi k-vado ao governo *o«W *u- íoie Gamdo Torrei. Dènio Nogueira, Car-
fnik} p*n u»
nora direma fi"A.-verra ba lo«é d* Aant Ribeiro. Mano H. Si-
c ao Banco Cnfm para aer e**và*óo ess moftsrn. ío*é Anhur Rioi. o General Gol
Mttf aspectof oprrac*)ft*4 JPES CO. 25 ber> Harold Cecil Polland, ]<né Rolta.
df outubro dc IW c JPE5 CO, I de oo- Glycofi dc Paiva, fria Mcinbefi ípreti den-
Par» um-i rip’ caçie *oÈrt
vcmbro de \**é te da Confederação Rural Brau leira —
4 satiMçío io* bttcA o mer- «rwc«. CRB i, Edgard Teixeira Le»le (vke-presidrn-
cado de «rédito i Mto
prua e o tgndi- te da CRfiV Cindido Gumlc de Paula Ma
udo da* Mdm^at ride Mino ci^^v chado. o Padre Mdío (da SÜRPE Pcí —
S ÍM V S i S O
Ir/Wxx Lhe nambu goL Al Neto (repmcntanle dos it%>
mmf} ukd ;ir ^ wwLesi of Aru_L Inj icre^ei agrícola* moderno* de Santa Cat*
Ho**rd S EILíS op. nr r HfrUS. A rinaV, Mário Lacerda dc lo (Secretário Md
rçepcito d*i ahr g ações «ide da Agricultura de PemambucoL Assts Bra
M H SfMÜNSES j: JD? fil Corrêa (pmidente da Aitodaçao dr
eqv:pc de C/bcrt H _Scr ír Lanbéra
A Cnadorn de Gado do sul do Maio Crmjo),
preparo j 0 anteprojeto ác ki aobre TimkM Salvador Díniz. Paula Ignácto de Almeida
dç Crédulo qve foi aceso pdc Governo. ( rcprcien ian(e do Mínitlérío da Agrkuhu-
ÍPES CO 11 de tkicr^hnQ de 19W Além ril e faio Ciímon (do grupo Aim Cha-
464
*
CéiBr bchiírio Viana (Ministério do Pla- nimbucol e Fábio Yiixuda Outros ele-
nejamento) Frederico Maragliano iMiníité- mentos considerados na curta Lista eram
rio do Planejamento). Cupéffúeo de Arruda o Padre Gregory, rcpreicnianic da Jfrcja,
Cordeiro Ministério da Agricultura), Eu-
l João Napolflo. de Minai Gerai», c Cindi-
des dc Souiq Leio (Minitiório do Planeja- do Gumlt dc Paula Machado.
mcnlo), Munias runquctra h Fernando Pc A A BC AR era uma organizaria de assít-
reirn Sndcru e Carlos Loicna (SUPRA). Mi- léncia rural c consultoria nos moldei da
ntaiérlo do Planc}omento, MtmwruHd® pu- Firmenf Home Auuciatrona dos Estados
ra q reu rirão tio gaòirnfíe. ltl de setembro Unido* Começando por Mina* Gerais em
de |%4 Arquivo PAR. Ápcsm* dui diversos 19*18. havia ardo csUbelccida peta American
rcluios sobre quem fpl "responsável^ pelo Inlcrnflticmal Associaiion (Associação Ame-
plnno da reforma agrária, ern evidente a rira naInternacional), uma organização do
prctÈonimaiicin de Miiodndos do 1PES ein grupo Kockcfeller, junlafncnle com diversos
cuiJji grupo. governos eiladuais. Em 1966 a ABCAR lor*
70. Ministério do Píanejamenlo. Mtmoron- nuu sc o principal instrumento de o»sm£n-
do tío $abineie. JC de se embro de 1969. l
eia mral e consultoria em 16 dos 2i Es-
Rio de Janeiro Arquivo PAR A| JorÇAS- tados do BrajiL nb»i rindo efeitos sigmfi-
tarefu eram Buni-túidai por profistionais cativos no índice de adoção de novas téc-
ge Soma e Mello de Oliveira (SUPRA), Má 1950-1 967. Inr Ho^ard S. ELUS. op ai.
Castro Àr«HO (SUPRA)* José Cario» Coi- 7i Luta Vtana Filho, a-Chde da Cas»
ta (SUPRA), Fernando Amónio
Marlin» Civtl, rfigrnuamínie admitiu que es canais
Ccruho* (SUPRA), Manoel de Souza Bar dc Içmwliçáo de diretmes p^im a agrkul
rui (SUPRA), LyiUm Leite Guimarães tura eram mantidos aberios para Saíiio de
(SUPRA). Angelo Moraes Neves (SUPRA), Almeida Prado, da SRB. Luil Emanuel
Paulo Aguiar Godoy (SUPRA), Mário La* Bianchi* ds FARESP, Pauto Ayrti Filho e
cerda de Mello (Secretário da Âgrkuhura Amudor Aguiar, presidente do BRADE3-
de Pernambuco). Nelson Couíinbo íFGV). CO, que se Eornou o maior baiKO Comer-
cial privada do ImtL Er» também comum
71. ta) M CEHELSKL op. cit. p. 20S-Í5*
(b) JuJtnn CMACEL. The o fata de Gouveia de ãulhóci. Roberio
principal charac-
leristies uí lhe agrarían slruclure and agrb
Campos, Hugo Leme. Severo Gomes. G
Rorghofr, Dê mu Nogueira c Luiz dc Moraii
culluraJ produclfon rn Brozil. In: Howard
Burros, lodos ligados ao IRES, viajarem pe-
S- ELUS. op ciL p. 103 29
riodicamente i $ào Paulo para discutirem
72 Relatório ao Ministério do Planejamen-
assuntos agrários e solucionarem divergên-
to, *5 de maso de 1965. Arquivo PAR. cias com represem ames de ini cresses trsdi-
71. FJávioAlmeida Brito era diretor da
tlc cionais Vide L. VIA NA FILHO, op cil.
Cia de Seguros Concórdia Maia tarde, Syl- p
vio VVonicL Ribeiro. tiisiiicmc de lulian 75. V rde depoimento do Senador Sicgfndo
Chaed. foi indicado diretor O Conselho Rachccü furritíf Jo RrJsiL 16 dc janeiro dc
Técnico era formado por Edgard ickeira 1977 Na mcimi ocaiiao. indicou Octivio
Leiic. Myfiucf üiegucv Imiior, José Agosti- como sendo o homem-
Goiiici» de Bulhóci
nho Trigo Drummood Gonçalve» (Sâo Pju- thii^c n» Siderúrgica Relgo Mineiro,
lo), lo»é Nazaré Teíldm Di*i (MlNi
76- Vide Cap. VI e VII desíe livro.
Pl.ANj, Pedro Luiz Pearc (vier reitor da
PUO* Milcfwfc» de Sá Freire (MG). losé 77. O engenheiro Mário de Silva Cunha,
que haviu trabalhado na General Electric,
de Subí si Suares <H(iS), Renutu Gonçalves
Mnrlms (lljihiii) ou Juim üoltçnlvci (SUDO Aceiifu c l etro c Aço dc Vitória aié 1964,
NI' — Ceará), JuAii du Cmin Porlu (Per foi indicado parn o Mirmiéflo como "'tec-
46S
teü 4» SNI, foi indicado par* o Tri-
Kiad de Coriaa Ja Uniâcr Atvaru A mm
catei í* batia mJo indicado para O Tribunal
de Conta*, lendo lambem a# tornado Sc
ereta™ da Adnuioa[ra<ao do tilado da
fr**.4* àt »WNa tn j Cm- Guanabara. Para direi 01 do Scrviyo de Ei-
mni f 4tejiv4u Vktik la«m Ará 4* taiiiiioa Ckmofriíica + Moral c Pohiica* que
Mui l t àái flêat Vi4à*%*prft Imv Wflíifr hiteurtavi *ob * égide do Mmuiério dt
Til
14
k \ào Prnmkr L«hi !v M MaMi Iuujv*. foi nomcido Rubem Almada
CRP dm
t A44J» 4*Mü|m 14 0 General Horla Potro, membro da equipe
fida pelo jtiviiEa do IPES Paulo de Aim
CNI t wrauvu ifl CiÉSF ME5 P e do Rtbciro Ouiro Ifder do IPES, 0 ttmícfra
fontw 1 *ma 5-**4 4 c k b*ri* Mo k luta Miguel HcaTe, tomou *e StcrclArio di
A# ^< 4nvfKi loftia RrtkMa e fkrrer- fuiliça no Eatadtxhavc de SAo Paulo
a*4ur 4o fjf*4u ia Rjo 4c l«m WÚ Ltiu Gonaafi do Naieimcnld € Sdva
*i O tetra# 4# Tiuii r Um à Si M fc* da Cia. Fiaçio t Tecidoí Mi-
diretor
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4a lu*»iç*.
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nai Gerai* (Àluirio Aragjo Vitlar A dm
c Empreendi me nlu Lugotia S A. d* Admi
mtiração c Empreendimenia» J.Ufuna 5 A.},
da Standard Electric (Fernando Machado
^rHhf,fMci ào C
wiiif - CCC
— Cv —m
a 4g 3* Caç*
«*a r~rr
Co PoitcUj. InirrnaiionaE Standard Eltdric
Corp), d* I.TT.i da Cia, Ferro Rratilf^ro
*u# eporat* i MAC
raaraa ck.
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importam* ** n *tyf{ 1 de
IPLSMlAD a* Coe#«Q « cita
um
mrri^M
feèe ^
Içrja ale nco
Pàrtttipmçòc* SA/Cia Bruikira de Parti
eipaçóct c Comércio/Caranf ola A dm
Cm SA /Purof Adm. *
ra F.ato Adm e Com. 5 A
(irtuirvc do BNQE
S /Ribei-
Fo cambén
*
Cm A
anfet de E9M
mandada poc lira 4c 14 Fm» po*tcr**
M*f>U a^Kai midei cm u^m fmtfxt por II O JPES te lançou em um «forço vu
Cario* Medn** Sth* premo par* e«t*bdceer o* pftndpioa d#
Faca Pntu**lor d# MipuNva f« *^r*- uma nuwâ kfitlaçio mbilhnH A fim de
do o cOfffdfw Qtvaldu Tnf*«»rv AM^ dar ao fOaemo a informação biitca rvecrv
nio hiedrf, cm cuja cm cm Feirdpoéai. c* tàtn ek amimiu a larefa de reunir míor
pUci*>* dm vànii fac^fici dai loiçai Arpa- iiMçdca ftobre *1 leia irabaHmtmi dot diver-
da* coec4ctL|*aJB acu* rr*b* 1 *KJ* per 1 aua paíict da América Latina, com « cola
pirar centra I Goulan f« tndaada Fu * do bur«|ia do* crbuiidum faraiilriroa na
Stiprtmg Tribunal Feder*] 0 dcfxiiada ^win palaca Cart* de Haeofd Ceeil Pol
lodo Mcn4n líder 4* À?JP,. ocupou pum* Urvd membai ãador no Urgfuai, Manoel
no Suprnw Tribunal Militar, jKintimcmc Pio Correia.Rso de faneiro, tW de letcm-
com fraldo Outiroe parente do iUiliii do bro de l%5 Ar^uj^o* do IPES Pura uma
IPES ( ÜWTnrr, f et Procurador da fu* afftUm dm reforma» inbdKiiu r uma a*
I4f* MiTitat CM
D General PfTj Ac> J*c ak daa rríjçâc* mtre o Lttadu c o Movi
411#.«iCcnifidf^ic do II Et/mlo cm SAo mento Opcráno r Sindical drpo«i de
Ftulo, f 0 General Ülpnpio Meu* Ao hlfo. *hk Kcnneib P ERICKSON Th* B/«ii/i#*r
0 General Gdbery. apót ivi pw^ta u> Wfweww Hat* «f aorit^dw pcdificj.
Üerkçtey, Untv. oí Californii P«ii, I9H, um ifriclecto*! e*i6lito de dircil* f filho
o JV Exército confiava, rcccbcu controle 91, Vilão, outubro dc 1965, conforme Toi
de foto do movimento trabalhista rural. citado por Carku Esiísam MARTINS, id
Çom a ajuda do Exército e du Polícia, cíc
substituiu a liderança dc vlrtualmcnic ler-
92 Ruy Mauro M AR INI BraliEan sub-
dos os sindicflioi rurais. Vide [an Knippers impcrinliim, MonthUy Revie* Feb 1972
PlecIrÍL — ITT, onde ligou-se aos lideres dénein. Gama e Silva foi substituído por
do IPFSj Fernando Machado Portda e Lul z Flávlu Suplicy dc Lacerda, mmr da Uní-
Gonzaga do Nua cimento c Silva Vasco Lei- vcnldade do Paraná e parente de Manüd
táo da Cuníu lambém tornou-se diretor do dc Linhares de L ncerda, u aiivnia do EPFS
Banco Mercantil dc Silo Pnulo. dc proprie- do estado-maior civil-militur do Paraná F,
dade do líder ipesiflíiu Gaslâo liucno Viilt- Suplicy dc Lacerda kgo fui íubslitmdo pe-
K*l. Váríui ativistas c colaboradores do lo político udenístü da ADP c empresário
ÍPFS c da CUN.SU L ocuparam poploi
I [íC Pedro Alcíxo, após um período provbúrlu
dlplum6|icoii depois de I9M. Entre dc* em cm que u colaborador do 1PF.S, Raymundo
iiimra vi>m %e Rayinundo Mclrclles Padilhn, Monií dc Arugáo, ucupou u posto como
40
miniiiro Interino Pedro Aleiso, lídcT d* Dias Moura, Mãrb Henrique Simoflscn f
UÜN em M inai
Gerais c ligado oo com- Paulo dc Assis Ribeiro, Kaymundo Monír
plexo dc mídia dc Assis Chaleaubríand. fi- de Aragio, Wanderbill Duarte de Barrot,
nalmentc dc*iou o posto dc Ministro da Amónio Cauceiro, Ana Amélia Carneiro de
Educação para se (ornar ü vice-presidente Mendonça, He Um nino Austregésilo de
do General Cosia e Silva Raymundo Mo- Áthsyde, Carlos Chagas lilho, L>rgc Kafu
n\T de Aragão guumiu o poslú peto resio rí, Emolo Luiz de Oliveira Judo^ Carlos
quando comunicou aos Secretirioi de Edu- em um certo momento hiílóríco por seto-
res empresariais estratégico* c pela intelec-
cação de iodai 01 ínadcn da federação que
a mela do governo sem 'rrntaktcrcr a
tualidade orgânica bresiJcIri*' (sic). A edu-
cação que nos convem EPES, Rio dc Ja-
ordem e a tranquilidade entre os cjiudin-
tes, irahalhidorCE e militarei"* (a) O Esta-
neiro, APEC Editora, I%9,
do de Súo Paulo. junho de I%4. |b>
10 de Mauro Ribeiro Vieps h ouiro associado
Bárbara í RTITAG
EscoL, Estado r mie* do ÍPES. tornou se membro da Direipría
dade. Sio Paulo, EDART São Paulo Li- Superior do MEC c membro da Comisiio
dc Planejamento dc Formação de Arqui-
vraiin e Edilora, 1977 p 67-71 Pari B.
Frtmtg tetos
nova fcgitlbção educacional len-
donava. de fato, criar instrumentos de con- 97. A respeito da funcionalidade da refor-
trole sobre os esiudames e trabalhadores. ma educacional para os grandes corpora-
Etn 1965. uma conuisão de tuseo npccit- çAes, cm fetal, c para as empresas multi-
lisias amencoAot e dou brasileiros. consti- nacionais. em particular, vide {*) Luiz An*
tuída dentro dos moldes do Acordo MEC lômo Rodrigues da CUNHA. Educação e
USAI D. elaborou um rrlatomo aprofunda- desenvolvimento social no Braiit Rio d*
do sobre política educacional Ew relatd- fanetro, Livraria Francisco ÀÍvei Editora
rio inspirou a Lei da Reforma UnrvcnrCi* 5 A.. 1975. (b) B , FREJTAC. op. cis, p.
tia de Í968. de longo alcance, produuda por 9*7.
uma força rareia de dei membros, que con-
98 B- FREJTAG. op, rif, p, 67-82, 92-1,
solidou os aipeclos lecnocrátito* da educa-
949. I2Ú-2L
ção supencr A. J. POERNER O poder tO
vem- da participação poli fica dot
história 99 fajThofflai G, SAUNDERS The Paulo
estudantes brasileiros Rio de Janeiro, Ci- Freire mcthod liierúcy trmnittg and com
vilização Brasileira 1%|. cicntiZúçào. EUA, American Univ FieM
Staff junho. 1968. (West Caafi South Ame-
96 A equipe também inclui» Raymundo
rica Series. v. 15) p. 14. Eb) Phdippe C
Monrf de Aragão, Carlos Pucoali, Cândi-
do Peim. Joaquim Fana. Goe* Filho e Perj
SCHM1TTER The "parrugaliiaiion" of
Potio
BtaiiL? Ifi: STEPAN, AJfred td . Authorita-
rum Rratil. originj, policies and future
Em novembro de 1964, seguinte equi-
New
.
46 &
TAO üp. Sdrirf MOBfML
cit. p *1 9, íc) iro comunitário pira educiçAo vocacional
í Íríit dc luta peh alfa
Brfljjfr seie aíiíí* e clvie# n# Favela da Rocinha, u maior úa
batiação Rn) do laiieiro, Guüvlra IIJiio- Rio A finalidade desse gesto ern "deimmi*
m RdutòHo do MOMUL
I9?7 Minluê< P irar o apoio da empresa americana ã clas-
na dft Educação e Cultura se mídia dei fumro”. Vide Rdntònu do
SCHM1TTER intértth conflui
Couned for America, Rcuniáo
Ljiin de
101 F
m Chicago B de outubro de l%5.
mJ poUitcoi cbúngc tírojil Stanford.
Slanfmd Lfmv, Press. 1971. p 416 í€í Fica# Ri berro correligionário pobtico
DfpcH da golpe foi eatahrfcdda cm Siú dr Ctflos Uccrdi, que hama colaborado
Ptufu um# umdadc dn OPUS Dfl ç cm com o IPFS. tomou se Scirctáno da Edu
1966 havia tté» centros umvetutárioi fun- eoçlo do polimamem? probicmalieo Eiia
cionando fumai da ttraul. 11 dc julho de do da Guanabara onde a LNt tiver# iu«
f%6 Conforma «firmou GJyeon de P*»v* (
tede. Fica# Ribfitu vtri«tomar pre- t se
H sidente da Comisiio de Educação e Cultu-
fiícr um# revolução è um* cotia. nui
soiltnii la 4 outr* Q pengo «flor* 4 que, ra d# Cimira doi Deputada»-
nôi, qu t iniciamos es*« revolta, podcrta 10F Eram membros do grupo de traba-
mos rfliMir"- Para evitar c**e perigo. o lho Manoel Jové Fmciri. Emlni Briga,
1PES continuou * patrocinar cursos c trei- Wiltcr Ribeito bãmbri. Eduardo Sccadei
nar ativitloi» especial mente d«i chssei mê e Cario* Leopoldo FbÜRmkl,
dai c duj undtcatúi, continuando também Tmediatamcnte após o golpe de 1964. Ar-
a doutrinação do* prcprios empresários Vi-
naldo Stittchnd, Mirmiro do Trabalho, íoi
de CÉaienee S- HALL. The couniry lh«L nomeado Mmiilrq d# Saúde. Durante a
iflvcd ittelf Rcadcri Digeir EUA. nov
prtsidcnoi de Cniclb Branco, fo* substi-
1964 p tSi t Reportagem eipeciall
tuído pelo pohutó di ADR Raymondo de
Com * aprovaçio das autoridade» fe Brito. Seu sucessor Leonel Tas ares Miran-
derair brasileiras. |e*n Aflhur Re Mc Lee e
da era um dos prmupaii «ciqemus do Bm
nander, pesquisadores de opiniío publica co Mercaniil dc Sõo Paulo, de propnedo-
c ckntlslm pdjlicoj dc Nova Vo:k, fiieram de do do IRES. Gtsiio Bueno Vidi-
líder
conferências sobre pesquisa dc opinião pú- g#i, e do Banco Econômico do Rio dc Ja-
blica c a pjriictpji^iu) doí cidadãos na po-
Mattos Rabcllo,
neiro, cujo presidente era
lítica no Centro InduvirioL do Rio de Já’
clm Comlrulufa Rabello. çontribumie do
neiro, na Secretaria de Opinião PúbLca da 1PES t. Miranda cti lambí m proprietário
Conferência Nacional do» Bispos do Bra- de uma das maiores dinkas do paii, O
sil.no Centro dc Engenheiros Democráti- Hospital e Casa de Saúde Dr. Eím que,
cos cm São PhuIq t na Liga da Mulher De- por vdln dc 1%9, era a 311.* so^iedide
mocrático, cm Belo Horizonic. O Councíl inánima, segundo a FGV. Vide Cpn/uní ir-
for Lotin America organizou, supervisionou ra Eroiidmifti, v, Í4, n 197Ç.
9,
e pagou a viagem dos conferencistas. A
469
C— 4*1 GertMt u áo áo fuvetiw» pifi • lorinula^lo de dlrelrl
u
mmm d tfciuar 4t
,i » Sk hub 1«* ^Ka- no fifui da d^éda de leisenlal t An
4b 4 jt«v 1« L***ad* í a F«™ N?»v#it Al lOotq Aufui'^ Rei* V<Uo*o lAPFO O tm*
Írw4, lufei Swn d* Aauni Nmo tOr* pre^ano Luii R Roa«i ntaií tarde, recebeu k
fanndra
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r- d UmurfeiM Sn fen k> 4a O* tSandm St ¥onct\. LSEMINAS. Vidraria
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O C jiili
~~ F*iAa n tfn áa Fn> índú^maj Fifueirai QUveira $ A. — VI FD-
14 Otç*K-~t fca^ DtAa L<*4. SA Cie Samt Gobamt c mau tarde d*
Petroquímica Lnuo Como íüciiot do Mi>
Mc * * w faTwi fen á iw 4o Ucyd ruueriQ foi nomeado Antônio Cario» Fev
jrraaiVifn » ^jri«iA.k j *x xai 4c oavej»- rmra de Queiroz, economista que fana par-
,k> O AtnwM **üflefc3 CitH Sxrtoa, fe do Grupo de Ejludo e Doutrina do
iirafck.ro* Safei fei 4Plf !*o 4c Soura Riboro e Jo»# Batuta Pereira foram
Taneirc. 1945 a t d rtiorei da Pçtrobrit.
I0i p»r» a DOONAVE • tamp*«i*a 4t 112. A Hanna Mining Co. achou intertv
nuffjçk 4a Tia V»k Jk> Pio lixe. dc lantc aa*OLiar-*c à CALMt. empreta perten-
veifi A dNrrçio fífaj do DcpaiiamrMG do IPF b, Àugmto Trajano dc Are Vedo Àn-
NarfcmaJ d? Porto* "- Via» Ni*rp4tV-i Fui Uincí, aaiocjado h Ikihkhem Steel Dotia
toflfiada i Ferrando V inalo Mtrtnd* C#r tifvSnt natceu a iJg^inleica Minerac6e» lira
470
114. Fm julho dr J9M, depois que Mário jtdcrúrgiLM t*t*i*i« t rtusias Era prendem
Henrique Simonien c José Luu fiulhfc* çe da Cu Vak do Aio Dote. um* /cn*tf
Pedreira. cujo auxilio for* wliriiado por ventou rtsponiavrJ peja raoaçio r (rans*
Roberto ÇamjHn. haviam tcrmmádo a rrik- poete dc rmnérKj dc feno de Munas Gtraia
nuiA Kibrc o I*n^ National de Hibiia Üieat dc Glivcira fot vffu-ík. pebp General
çio t 0 plano habitacional. foi apresentado da ESG UM
Sm**) MonUmo Lundenbctf e
*0 Congresso u projeto que criou o BNH por fo*e Hugo dc Car%aJho. também di*t
A StKíííAU c o Flano Nacional dc Ha lar úi F lorrsta* Rio Dtxc Oscar de Dlm»
bitaçáo Acentuando importância mercn ra tomou-se amda pnrsidcnu da Cia Sidt-
te «o programa Habitat ionaU o próprio Pju rurgiçi V aiu t diretor da Cu dc f ema e
to de Áuh Ribeiro vc tomou mpontSvf] Aço tk Vitoria joncainciMc com o empre-
pela dclcsa da Reforma Habitacional no sário Barão *oa ^aiadorT Lmc
Vollrai
Congresso VRte C, André FIECHTER op lambém cr* útcio*
da loieriraiica 5 Má- A
cif p 60. quinas ltitpres;oras e da f mosiai! dc Bra
115 Sandra Cavalcanti havia sido Seercil »i1 Amaro Lanan «m^itu»nic dc- IPES e
ria do Serviço Social na administração dc #óc*i de Lucas Lopei d reior ptT*i da
Carlos Lacerda (posto dcpok ocupado por HanriiMm mg foi nomeado prendem* da
Jo*é Arlhur Rmj e estivera envolvida n« LSlviivaS Tinham pari;ipa^ãc oa LSI
experiência da Companhia de Habitaçio Po- MIN AS a Ncppoe tCabishik Muha a \a-
pular do Estado dà Guanabara COHAÜ — mau JfCrti and Siet' Co a Fu Irpr. md
lho do membro da ADF e líder da UDN nio Reis Camanhcde e Hélio Cairo Munu
Acftuto Cardoso. Dr Suasekind. primo do de Souia foram nomeadoí dietlorci íCan
Ministro do Trabalho Arnaldo Simehmd. lanhede foi também designado diretor da
gados ao fPES para postos chave continuou derúrgica da Rahia — US1BA Foi tam-
com o presidente Gcbel. O lldcr do IPES bém nomeado ehefe do Departiimciilo tlc
471
n& D Marechal Ademir de Queíroí ptr> Centrais Elétricas de Slõ Paulo A polónio
fpin-eítu íeuno Presideme da Petrobrãsu Salles, presidente do Danço Aménca do Sul
para a qual havia udo indicado peta lum S A. t diretor da Cia, Eletricidade Cariri —
fj Militar t Silvio dc Froci Abreu e o em- CELCA htomou-se Presidente d* Compi'
presário Manoel d* CosU Santos (da nhi* Hidroelétrica do 5io Francisco —
A SE A t ARNO SAI foram mais (arde CHESF.
nome ido* conselheiros. Após tut gestão na 130 Sobre o barágroiuid cí*ô do
*f
Peirobri*. ü Marechal Que roí auumui ili- AMFORP". vide <•) Morna SaNDEÍRA
> idades na irucísuw pnvada. dirigindo >
fhrrseítfu op. cit p 42V34 tb) Mooia
r
472
e pnvntíziiçio c contra i cncm^io dt 1977.íDocumenio CEDES/CLàSSO ti 9h
CTB pelo Èilfrdo Arquivo Luit Viana Fi- Mtmcufrãíâdo (ei Phihppe C, SCHMIT*
lho, Rio dc JançirO- TER The "pormgiiliizIiQn'
1
of Brixil? In:
Desen vol vi meo to íDELTÊÇ). M ornei i o cas e sociais c lomaòa de decisão durante
esse período
Aranha Engenharia, Comercio e Indústria
Cia Industrial SIo Paulo * Rio C1SPÊR I2E, ftl IPES CD. Lb de juoho de i%4.
tCasper-O^en llUnoit}» Etilcno de Aratu (b) IPES CD, 21 de junbo de 1964.
SA. Metalúrgica Mutarazzo SA, Miranda
129 Uma idéia do ecníunto de persona-
Estêntk S,A. Agropecuária
lidades, funçòei poUrkai c papéü lociiis
Ames de 1954, q General Tunscy Maga-
ríunidos pdo CAI i fornecida pela lista
Mci hnvin sido Tigado h (CVRD) e à Pe*
dc participantes do 4 4 curso do ÍPES-Rto
Etobrík. l m também Adido Militar nos Es-
em 1965 De um total dc 56 partícipanícs,
todas tinidos de 1953 a 1954
Tomou-íc Go-
IS eram empresários: Beniamin Rohert
vernador do Estado da Bahia no furai is
Fye (diretor da Comércio t Ind Stik
década de cinquenta. Depois dc 1964, par-
S AI Carlos da Silva (presidente da ÊN-
ticipou do Fundo Crcíeinco como diretor
GEFUSAí. Celso dc Almeida Campos (di-
C mas também fora ligado ao IPES, O
Si
124, retor da Cia de Laticínios Alberto Boekç
Comandante EudÈdes Guondt de Oliveira
S-A.K Edcr Accorsi (executivo da SA,
lOtedeu C. Si ma? como Ministro das Co*
Manrín). Elic LaurCncel idiretor dl Eiwh
munkscórs ítmn tendo seu posto a tf o final
Francisco Correia Bordale G atei * (eaceuti-
da gesflo do presidente Geiscl. Wz$sb oca
vo da McsbU S A Geraldo Gayoso
síâo + de já havia sido* durante anos* dire-
ves (executivo da ENGENFUSA1, Gualter
tor da Sienscnj do Brasil, que era presi-
Mano (executivo da NestléV Homero Luiz
dida pelo Embaixador Mnn&cl Pio Correia,
Sanios (executivo da tCGMU. Israel Hirsh
ex-íecretário geral do Itamaraty na época
Coílovsky (executivo da IC0MI) + Leonar-
de jur&cy Magalhães,
do Musofir (diretor de L, a f ir Arqiu Mm
Aí noçõeí sobre a estruture ncocor- teüjfo e Construções}, Luii de Miranda Fi-
porativista efe firikuJeçio tlt mtemses gueiredo (executivo da Essok Luís Mela
bases a-jeemr (a) Guilícrmo CDQNNEL. ne Júnior (executivo da Brafor SA,}. Os-
Corporal ism and the quotion of lhe staíe. mar Gomes da Silva (extcuUvo da Nor-
t rt: MALLOY, James M, AuthoritíiriaflisM bfssal. Osvaído Ceiam (executivo do
and cofporúihm in LaUn A tnúrira- Pitlí- Lloyd Brasileiro). Oito Frenset (prosi dente
buTgh. Urciv ôí Pittsburgh Press, 1977 da Assoei nç#o Bmdeifa de L^eticimimJ.
íb) Gtílifcrmo 0'DONNFl Apu/iíes pum Vicente Alves de Carvalho (presidente do
ma (tona det modo Buenos Àrres, nov Banco Nacional do Espírüo Ssnio) Víní- h
473
eiuí Co* ii {exeeutivo óm Cia. Casimiras das dificuldades que estava encontrando
Aurora) Outros participantes er»m 0 tm- no novo trabalho. IPES CD. 1 dc dezetu-
preiintí Alberto Lélio Moreira, DÍÕgeneí hro de 1%4. Antes de Borghoff, foi a ves
ESG). Eduardo de
Vieira Silva loficio) da de Mauro Thibuu. Minlsiro dos Minas c
Almeida Marlias e tbefe dc
(sociólogo Energia, discutir seus problemas com a l|-
Divisão do 1NDAV, Epitãcio Elhot MjT’ derança do IPES, Reunião do lPES t 9 de
tiru Mcdriro* (chefe do Àdmimjinçio dc leiembro de 1964.
Propriedade* da Cana Económica). Fran UJ. Carta dc Hsrold C Pollsnd a Jç«é
cisco dc Assis Gonçalves íofitul do Lvér Pinto Freire Rio de Jpnciro. 14 dc março
eito), Conforto («sessor dc pia-
Gilberto
de 1966. Tai* contatos obviimcme nào
ncjarnrnlo di Secretaria dc Economia da eram difíceis comi der ando se a Força com
Guanabara), Hiní AHrcd Rappel {erige* que os associados c mililanles do complc
nhciro agrônomo do IN DAL Jorge dc Oli- xo IPES/JBAD seguravam as rédeas do
veira Castro (oficial da Marinha Merca n- governo. Vide (n) caria do Coronel Yeddo
teí, Nair Sodré Gomes t Juro
enfermeira),
Blant ao IPES-Rio. 1PE5UL H de maio dc P
ímipeior dc segurança da PttrobrüJ, Pau- Carta dc Hélio Com ide a Glycon dc Pai*
lo Emílio d« Cintara Ortegal (Brigadeiro
va, 17 de novembro de 1966. Vide Apên-
da Aerunàmitil. Paulo Lene Ribeiro (di- X.
dice
retor da DivUio dc Planejamento da Co-
mifaào de Marinha Mcntamcl. Pauto Ro U4 + O IPES também exerceu sua íníluíiv
ram António Delfim Wetio, Eugcoio Cu- formado por Américo Cury. Àntòtuo Vei-
din, Glycon de Paiva, Geraldo Dann-c- ga de Freiiai, Agncola de Souia Beihlem.
mann, José Pinio Antunes, Lacrie Almci Aurélio Chaves. Bell mi Cunha. Carlos
da de Moraes, Mero de Si e Roberto
Henrique Froei Genan Arantes. Condor*
Campos, do Brasil. Etlüre Lollí Lflilii). ctl Pereira de Rezende, Fernando Strach-
Ingvar Svennilson (Suécia)* Mário R Ml- mann. Henrique Flanzer, HeTnu'anq Bür-
ceie (Argentina} c Pi erre -Berna rd Couite |ei da Fonseca, Gary S. Schieneman, Gus-
JFrifrça) foram os convidados iniernacío- tavo Watsted. lan Benedkt, 1»aac Sirost-
Humberto Martins, Humberto Reis Cosia* landy Rubem Coné*. Ricardo Céuf Pe-
Adolfo da Silva Gordo, fosé UI piano de Silva Atvet F*lho. Victor H Russomano,
Almeida Trado, Luiz António da Gama c Wildyr Santos e Wfllirti Barctltai Vidç
Silva, Luís C lista dos Santos Wemcck. Relatório de IPES GB, 1%8,
Atividades.
Luiz Fmmanuel Biinchi. Modesto Scagliu> Introdução Arquivos do IPES, Rio de fi-
neito.
iL Paul Albdghi, Pauta Ayre* Filho, Pauta
de Almeida Barbosa, Pauta Reis Maga- 139, IPES CO Rio, 12 de dezembro de
Jhlei. Rafael de Souza Noschcsc, Silvio (966, General Montagna e Almirante Man
Pacheco de Almeida Prado, Roberto Pin- Um.
475
D IPES mantinha seu próprio Grupo de M6 E^tre ns pessoas contactadas pelos lí-
lotei de £4| participam» Desses pamet- nomy Corp William Barlnw (presidente
p.mlej. é5 f f eram estudantes universitá- da Vision Jnt ), Hcnry Borden (presiden-
rio*. O IPES lambím miniitriva o PERT te da Lighi and Power Co.j. fnhn Bu- W
— Cutío de Analise de Cuslo de Projetos, Ford (vice-p residente da Hanna Mmmj
para empresas privadas Em 1967 houic Oompanyh Norman Carigimn (vice-presi-
200 panicipantev na maioria profissionais dentedo Latin American Group, W. R.
liberais c cDudanlei universitário* RWa- Graco Coh Sam Carpenter (diretor do
tàriú de Atividade* do IPES *967. p + — Departamento internacional de f 1. du 7
476
íicoi da cconomin brasileira, fPES CD i \b Jr. um
grupo de homens para tra-
sugeriu
dc wtcrobro dc i%4. tar do atsuntoEstados Unidos com ui
Tiui
mércio e no turismo O IPES também es- ção DelmíTü Gouveia, uma Instituição que,
tava por trás dn projeção du CICYP, Con- apesar de ter o nome do famoso empresá
selho [nicnmicrkano dc Comércio e Pro- rio nacionalista que foi assassinado. cola-
dução, que operava como congénere do borou com o IPES- 0 General Otvmpío Si
instituía e ao qual as empresas que (or Tavares, o Coronel Ne»ton Cipriina Lei
mivam o CED, e mais urde o per- CU, lio. que se tomou chefe de gabinete do
tenciam, inclusive os interesses menciona General Gdberjf ido Ministério da Farert
dos acima. da, onde funcionava a agencia Rio do SN ti,
E interessante observar que, depois de c o General Ido Bina Machado, Comin
iui gestão como Ministro do Plancjamen dance di Escola de Comando e Estado
to. Roberto Campei foi designado para o Maior do Exército ECE.ME. foram con* —
CfCYF, O
General Pedro de Almeida ior- vidados Vide ta) Carta do General Octá*
149
nou-se do CICYP em 1961.
sccrttánú vio Gumes de Abreu ao General Olympiu
Além disso, seria com 01 diretores do Sa Tavares. Rw> de Janeiro. 16 de agosto
CED À, A. Neal ç Frank Brandenburg que de 1966 IPES rt/0221- tbl Canas ao Ct>
t» executivos do IPES Harold Follind e
Cipnano Leitão c ao General hm a
roncl
Huber |r
Gilbert vmtm a discutir sobre
Machado, com a momi data Arquivos do
como "rftmin&r os obstáculos colocado*
IPES. Rio dc lane iro.
freme ao eomérem interno entre oi paí-
IPES lambém colaborou com a Fun-
ses americanos"
sul IPES CE, 21 de M O
dação Coimbra Bueno, dirigida pelo
Ge-
«goto de 1%4. ih) IPES CD. 21 dc agos
to de !%4. M
IPES CD. 18 de agosto de neral Humberto Pertgrmo. nos trabalhos
preliminares visando a criação de um Sis
f%4 (dl Ata do IPES, 24 de agosto dc
í%*. Vide também Apêndice Y + tema Interamtrieiiío <lc Segurança Civil
477
i
Humbcriü Peregrino. Rio de fanetro, 3 de rançfi. Amónio GnlloUl — Light S.A,. CU*
agoslo de l%e IPES bfi/tJUH Arquivos berí Hiibcr Ir. — Tclcíúniciu Brn*
l.isifls
478
liutaoa tícTikJ auxiliar"* ^in o Gonr SM E BONÉS Golbery. poder t %Mn
nnócft do Rio de Eanciro Cana dt 1 Du elo.Coej amai Porto Afepe, açiembro dc
twki Goulart c Pjylo dc Ayiii Ribeiro 1976 Por rolia dc IfW. dot MJO peai»
Rio dc [arteiro, 1 de mato dc I9?L Arqut tbave da a dm mu tração
federal umbilical
¥õ FAft, Rio dc Janeiro rflcmr *o £teculívo* pelo mcrtoi
tifado*
Í00 eram ocupado* por pessoas dc con-
Para coordenru o PJnmu de Dtytttvofvi-
f«nçj do Gtncial Golbcrv.
mcnlo da Governador Fmíilbji. foi indica-
do Paufo dc A «44 Ribeiro que lambam
ctsava encarregado do planeamento da Ibi IPES CO ft de fto%ctnbnj dc I9bb #
administração, apoiado por uma forçai* General Hcrteri
rcí* do IPRS Vide "1 | ncaniro Gúvtmg
fadiJh# Empreta' Arquivo* do tPES Rio
". 161 OtJObíMLt Corpoj-amm op
dc Janeiro. fir p 61 -í
479
i
1
CAPÍTULO X
CONCLUSÃO
gime brasileiro em 1%4 e com a consequente imposição rfc um novo Eslado, Ge-
5
nera \h ações sobre esses estados exigem pesquisa comparativa.
Entre as observações a serem feitas há duas que acarretam consequências
para a historiografia recente do Brasil. A primeira referç+se ao envolvimento político
dos empresários e à qualidade de sua orgamtação e ação* que foram ambos, in-
çOfiltfltvelmcniCt muito notáveis, A segunda concentra-se na tomada, petos em-
presários e tecno-cmpresários do 1FES da administração do Estado e do aparelho
S
de formulação de diretrizes.
Uniu suposkãp errônea que permda a literatura político-histórica brasileira,
pelo menos nos óltimos 20 mo$ 6 a da tradicional falta de interesse político dos
t
1
empresários e sua submissão aos desígnios dos políticos profissionais c burocra-
11
tas, Pensava-se str isso uma das características do Estado populista rdat ivamente
1
autônomo* Afirmava sç que os empresários não ocupavam os postos no governo*
,
4S1
e setores-chave de formulação e tomada dc decisões cconfimíco-políticns, do Esta-
do, e que essa tendência foi bastante intensificada com a criação da "iidmínis-
4
tração paratda' durante o governo dc Tuscclino Kuhítschek c pdii existência de
anéis burocrático-empresariais. PárAlclamente, a produção induslrml priviidn e os
assuntos gerenciais dos empresários vêm sendo dirigidos por peritos administra-
tivos c técnicos, que são os executivos do capitalismo no Brasil. Para os empre-
4
sários brasileiros, a político continua sendu parte intrínseca de seus negócios.
As análises tradicionais do período cm questão enfatizam a "exaustão” das
«(ágios “fáceis", dc "substituição de importação", d "decadência política" do
sistema ç a desmlegraçio dc consenso público a fim dc explicar a crise do início
da década de sessenta/ São considerados fatores que contribuírem para essa ins-
tabilidade o surgimento na ESC de um grupu modtirni/anie de oficiais c a "vio-
Iiçio" por pane de foão Goulart do seu papel moderador, sendo de identificado
com a vanguarda dc um segmento da população, enquanto o restante do corpo
social "sentía-se ameaçado". Tais análises interpretaram a intervenção militar de
abril dc 1964 como uma resposta ao tmpasse criado pela crise estrutural e pela
decadência política, uma intervenção que foi estimulada pela adoção da doutrina
de Segurança Nacional c Desenvolvimento da ESG, pelas Forças Armadas e pelo
seu desgosto com a política populista. Nesta modalidade de análise foi negligen-
ciado o papel dos empresários c tecno-empresários na liderança política dos acon-
tecimentos, na definição de diretrizes políticas c táticas, empregadas para enfren-
tar a crise dc insubordinação das classes dominadas contra o regime imposto e
o desejo de controlar o Estado por parte dos industriais e banqueiros do bloco
de poder multinacional e associado.
Tentou-se, portanto, delinear o estabelecimento no Brasil de um novo bloco
4
dc poder multinacional e associado, salientando as transformações que ocorreram
na esfera d» produção econômica. Constatou-se que sua influência sobre a socie-
dade brasileira e o Estado não foi um mero reflexo da supremacia econômica de
que gorava quando do inicio da década de sessenta, mas o resultado de uma
luta política empreendida peia vanguarda desses novos interesses. Com efeito,
o novo bloco de poder deu ongem a uma elite orgânica, cujos diversos estágios
de organização para s ação e seus esforços para moldar tanto a economia quanto
n sistema político, a fim de favorecer seus interesses e consolidar sua expansão,
foram descri tos.
Deu-se ênfase as pnraeiras tentativas desses novos interesses de sc libertarem
do controle ité ali exercido pelo sistema político populista, de fizer reivindicações
de caráter limitado, através da formação dc agências lecno-cmpresariais de con-
sultoria c de um* administração paralela. Focalizaram-se também as novas orga-
nizações como o CQNCLAP e o IBAD que consolidaram a autonomia do rtcém-
formado bloco multinacional e associado, apesar de ainda operarem dentro do
contexto populista. Elas foram substituídas cm seu papel poli tico pda formação
do IPES, uma organização de daisc que reunia a elite orgânica do novo bloco
de poder p que expressava, integralmeme, a ideologia subjacente aos interesses
financeiro-industriais multinacionais t associados/ Fmalmente. foi descrita a ação
através da qual a elite orgânica do novo bloco de poder dcwstniturou o regime
estabelecido fura assumir o controle do Estado. Em outras palavras, tentou-se
mostrar « organização para a ação e as praticas poHtjcii do que, na realidade,
era o bloco de poder dirigente das classes dominantci. À capacidade de liderança
dos interesses multinacionais e associados foi demonstrada através de iua ha-
bilidade p*n incitar uma grande variedade de setores contra o regime e at classes
412
subordinada*, tanto encoberta quanto aberiamcnlc. Através do IPES, <5 novo bloco
de poder mobilizou as classe* domínanlcs pura a ação e servir como cio para as
várias conspirações civil-militares contra )oão Goulart. A ação da dite orgânica
diferencia o movimento de classe que levou ú> intervenção de I * dc abril, de
um mero golpe mífirar,
O envolvimento político dos empresário* multinacionais e associados foi
exemplificado por seu êxito cm obrer o apoio de frações economicamente subal-
ternas que eram parte do bloco populista cligárquico industrial. A necessidade dc
os interesses multinacionais c associados abarcarem o bloco oligárquico-índustrial
era premente sob dois nspcctos básicos, Em primeiro lugar* o bloco oligárquico-
industrial ainda era politicamente predominante, airuvth de sua influência sobre
os partidos nacionais e regionais, n mídia e os governos de Estado. Políticos e go-
vernadores mostraram-se exlrcmamenlc úteis niio somente na contenção das classes
trnb olhadoras mobilizadas pdo trabalhismo, a esquerda ç o Executivo, mas tam-
bém na contramcbilização das classes medias e de segmentos das classes traba-
lhadoras. Os pariídos políticos c govcrrui dores foram eficazes ao bloquear dire-
trizes do Executivo através do Congresso c dos legislativos estaduais. Final mente,
políticos e governadores também foram influentes pdo seu contacto com membros
da oposição militar a João Goulart que estavam fora da influência da ESG
Um outro motivo para atrair a participação dc interesses econômicos subal-
ternos era diluir o que teria sido uma presença mais que óbvia de interesses mui
linacionais na campanha contra Iüâo Goulart c seu governo nacional-reformista.
Tal situação os teria deixado extremamente vulneráveis a ataques da esquerda,
Tentariam portanto, diluir a presença multinacional c associada inserindo suas
p
,
10
483
tu* hegemonia, apesar de não terem controle total sobre elas. Entre essas institui*
çõet e Órgãos da '“sociedade civil", onde era exercido e lambem contestado o
poder das classes dominantes, encontravam-se o sistema educacional, clubes cul-
tunit. sociais e esportivos, a Iftreja Católica, as associações de profissionais e os
sindicatos. O IPES penetrou com eficácia em diversos níveis e setores do aparelho
estatal, lais como oficiais de médio c alio escalão das Forças Armadas, a Polícia
Militar e os anéis burocrático-empresariais, obtendo o apoio de pessoas influentes
da administração do Estado que toào Goulart herdara de governos anteriores.
Conseguiu também exercer sua influencia sobre membros das burocracias políticas
do Estado, como os pelegos. O IPES. na realidade, acirrou a luta política das clas-
ses dominantes e elevou a luta dc classe ao estágio de confronto militar, para o
qual as ciasses trabalhadoras c seus aliados não estavam preparados. O IPES
"pagou para ver o blefe" do dispositivo militar do governo, dos "Grupos dos Onze"
de Brizola e a suposta forca política da Frente de Mobilização Popular por meio
da insirumemaliução inteligente das Forças Armadas. O dano causado pela cam-
panha de “alarme c desânimo" instigada pelo IPES, juntamente com a ajuda re
cebida dos profissionais autônomos, agindo no setor privado e nu aparelho estatal,
criou sérios problemas ao regime e resultou cm um vasto empreendimento coletivo
de desestruturação e desorganização, o que foi vital para permitir que os mili-
tares agissem como restauradores da ordem. Finalmcnte. o IPES serviu como um
canal par» a intervenção das corporações privadas multinacionais, tanto como
companhias isoladas, quanto através dc suas associações de classe, fora e dentro
do O IPES serviu também como "grupo dc ligação" para governos estran-
Brasil
geiros.pirticularmemc o dos Estados Unidos." As pressões de corporações multi-
nacionais e as do governo norte-americano, junlamcnic com os efeitos acumulados
da intervenção externa conservadora (como as várias equipes brasileiro-americanas
para programar o desenvolvimento), tiveram um efeito devastador sobre o governo
brasileiro.
A autonomia política e a iniciativa demonstradas pelos empresários provam
que ciesnão eram meros suportes ( Traeçer ) do processo de dominação, mas, sim,
forçai politizadas que fizeram da conquista do poder estatal a finalidade de seu
planejamento político e dc sua ação.* 1 Deve-se observar que as oções de uma
intensidade sem precedentes, por parte dos empresários, foram real iradas princi-
palmente através do exercício de seu poder de classe,'* apesar de a ação de classe
ter sido finalmcnte realizada e sancionada por força do aparelho estalai coercivo."
A idéia da existência de uma classe dominante "amorfa", sem consciência de
seus próprios interesses que, consequentemente, deveria ser "orientada" pelo Es-
tado, na conjuntura critica do inicio da década dc sessenta, não resiste ò evidência
de um cslitdo cuidadoso da ação política empresarial. Também fica abalada a visão
de uma classe empresarial "subdesenvolvida" que. na ausência dc uma classe
governante esclarecida, linha dc ser dirigida por uma força militar tecnicamente
preparada ou por uma eficiente "elite" tccnobu roerá uca, acopladas à classe do-
minante.
As ciastes dominantes eram lideradas por uma vanguarda composta, basica-
mente, de seus próprios membros, a elite orgânica, que operava através do IPF.S.
Eles constituíam a liderança organizada da classe, aqueles que faiiam do "aper-
feiçoamento das ilusões da classe sobre si mesma" uma atividade central, ao
mesmo tempo, fornecendo ao bloco dc poder dominante uma estratégia e lálicoi
para a ação. Eram parte integTante e orgânica do bloco de poder emergente, até
mesmo peto tilo de “eles próprios pertencerem ccunomics mente ás classes domi-
464
nantw: eram intelectuais e organizadores político* e ao mesmo tempo, diretores
P
central,
485
ff
A racional idade lecnacrátici'* na elaboração de diretrizes excluía, por defí-
mçio considerações
t
políticas, q ut eram igualadas aos interesses menores c prey
soes destituídas de altruísmo. Os aspectos "'lecn ocra ticos" do regime* que abran-
giam a ausenaa de discussão abena c responsabilidade pública dos que tomavam
as decisões, funciona vam, eíeiivamente. contra as frações das classes dominantes
não ligadas ao IPÊS. De maneira semelhante, a natureza "lecnocritíca" du tomada
de decisões do Esudo era coerente com a exclusão total dos setores populares.
O cara ter iccnocrátíco correspondia à imagem dos dois elementos **racianats ,a
na formulação de diretrizes entre o$ civts e os militares. Esses elementos eram
os chamados técnicos ibuircraias supostamente com preparo técnico) que traça-
vam o desenvolvi mento econômico com seus equivalentes nas Forças Armadas,
isto c. os oficiais da ESG conduzindo o leme político do Estado e proporcionando
segurança. "Segurança Nacional e Desenvolvimento**, o lema da ESG. tornou st
também o tema do novo Estado. Os técnicos e os oficiais da ESG estavam, pre-
lensamente, unidos no governo devido aos seus supostos talentos e è sua ideologia
il
nãoemocionaL a política e apartidáiia.
21
A imagem tecnocrática** teve o mesmo
papej de legitimação c generalização de demandas e interesses particulares que a
idéia de "dtsefivdvjnrsenio'' tivera durante o período de Juscelirao Kubítschck. 14
aa
Tanto o desenvolvimento" quanto o "lecnocratismo" respondiam as expectativas
sociais* embora os dois rótulos servissem para ofuscar a identificação dos princi-
pais beneficiários do processo, tendo sido nos dois casos os interesses rnulth
nacionais c associados. A diferença* entretanto* era que a idéia de "desenvolvy
1
mento no governo de Juscelino Kufeitschek serviu para nutrir aspirações hege-
’
mento 0 *iecnocr»ljinK)' por outro lado, não se referia a uma meta, mas aos
l
meios pelos quati eram tomadas as decisões sobre objetivos sócio-económicos que
não sc encontravam abertos a discussões r* O
ia ,
4g6
o dn ínlcrvençãü bonupartisia dos mllilares/* O Estado de exceção pós- 1964 foi
vialn como um aparelho mílitflr-burocrálico que tomou o poder diante da inquie-
tação popular c que foi apoiado pelo temor das classes medias, uo invés de agir
4
"rcpresenlqmlo" os camponeses, como ocorreu no Estado bcmapnrtisUi original/
O que se supôs haver de comum entre o caso do Brasil c o Estado bonapartisia
original foi o falo de O aparelho militar-burocrático tomar o poder, a despeito das
elavica dominantes, a fim de comandar o Estado, para que os inieresses desses
classes pudessem prevalecer, À visílo do Estado póvl%4 como bonnpartisia foi
1
JPES que reorganizou o Estado e, sob o controle da elite orgânica, lenlou conso-
lidar sua posição. Com as classes dominantes "tomadas Estado" e por este enco-
btrlas e dissimuladas (aufgehoben), o aparelho estatal passou a ser o objeto de
pesquisa, em detrimento de industriais e banqueiros supostamente "ausentes do
Estado", O Eslodo e as classes dominantes eram vistos como entidades empare-
1
lhadas e externai umas as outras. " Os vários grupos sociais, aparentemente, tinham
de competir para obicr os favores do aparelho estatal burocrático* autoritário, os-
11
leusivamente dirigido por técnicos e conduzido por militares. Como assinalou
Fernando Henrique Cardoso, os cientistas sociais lançaram-se “o la recherchú de
,,
exercendo um papel de
,1
1'ótat perda " um típu dc Estado tecnoburoco5trensel
487
A frújj 4c classe 4o Estado brasileiro depois de 1964 foi estudada cm virtude
de haver preenchido os requisitos políticos c econômicos para o desenvolvimento
do modo de produção capitalista ç em decorrência da força e da influência que
os interesses económicos dominantes são capam de exercer, por possuírem e
4
por sua sujeição ao controle pessoal de um bloco liderado pelo IPES. o Estado
se encontrava fora da esfera de influência das classes dominantes cm geral, ao
mesmo tempo que gozava de autonomia total em relação is classes dominadas,
enfatizando, assim a necessidade de qualificar as afirmações a respeito da autono-
mia relativa do Estado no Brasil Em suma, o IPES representava, dc forma orgâ-
nica, o poder dos imemsev multinacionais e associados com uma visão estralé
gica que transcendia interesses restriios de companhias específicas ou grupos so-
ciais e capaz de formular diretrizes políticas que beneficiavam todo o bloco. £
importante salientar que as capacidades organizacionais desempenham um papel
fundamental na compreensão da luta de classe e da mudança social, porque i
uma luta pelo próprio "vir j-scr*' de classes organizadas, e não entre classes or
r>
ganizadas. Na medida em que as classes dominantes conseguiram atingir a trans-
formação do que Olin Wright chama de suas ''capacidades estruturais" cm capa-
cidades organizacionais, o bloco dc poder multinacional e associado foi capaz dc
conter as contradições que permeavam o Estado brasileiro e de conquistá-lo. 0
que ocorreu no Brasil em * de abnl dc 1964 revelou que o fato mais óbvio c, no
1
fito de que a esquerda tende para uma perspectiva pda qual a luta dc classes
é travada pelos trabalhadores e pelai classes subordinadas comra as dominantes.
Claro que é isso*. Mas a luta de classe também significa c, sempre significou.
IPES na "sociedade eWH” de acordo com uma estratégia determinada, com focos
de açao específicos e deliberados e com liderança e organização elaboradas. O fato
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS
489
I,Supwib*-*e * mekna do* itidui- Brasil, lã eram banqueiros, bem como 22
(rt«u * binqueiroí ejíiicut pttKgpult do* 14 earcuiivof d* SUMQC e íuncioni
oa «bvúfit cm kui probknw comcroaii no* do Banco Central Vide C. HÀSEN
imediato* mourando A&im pouta Liaclm* BALG & C BR IG AG AO Formação do
^ki mtrlectuaf cu praíic* fwn nr dedicar empresário financeiro no Brasil Düdoi.
a ijrefa* que partcnm aíhci» Ou poamcF Rio dc lenciro, 1**79 103, lUPERL tm
mrnlr rüt^MI ti iuM mel» ffflffW 5 Há ne<m>dade de mau «tudo* sobre
ntrt 4 crença tia piuu idade pohuci doa interação entre empresário* empreaá-
a ç
ffApmâriOi braiüüerno* foi dc*cmc4vidi cm rioí pohiicoi e entre clet c o* poUturen pro-
particular por Riwdan RQfTT Iwif; Fitnonaii na elaboração de diretrim poli-
polmci m * jumfionioi joort> BoíIchv tkai ante* dc 1964 Sobre o papel político
Alíjn & Ra«m. 1972 P ISA do* empresário*, vide Üuintm HOARE k
4 k furado,
Ai diiKi eznpmanai) têm Geçfírcy NÜWELL^SMITH. Stiedknt
de icut fucnano* intelectual) or
atravéi frvm tht prison noitbooks of AnJomo
jlnxof »
rWeu do podei com pjndc Crámut. London, Lawrence 4 Wiahart.
força política e tdeolofKL* Sempre que 1971. p. 260.
unta nova cooTifuraçao dc telaçác* át po-
6. Vide A. STEPAhf Th* mtltivy m
Cal
der tadbcava o pe*u*d nuèelivtfflfnifl de poiitict Fnncelon. Ptinceion Untv ?re\\
um E liado reljuitracme mi&nomo como |47> C*p. 6^7 tbt T SKIDMORE Pot*
em 19*5, I9H ou 1964. a ordem tmpm* tk$ tn Braid. J9J0-J9N m rxpfnmtní in
rtaí imeneio. de uira ferou ou dc outra, drmpçracy. Qiford Umv Pre». 1967. Cap
para restaurar
mãquíft* política
m firme controle sobre a
de autoridade e força
74 ití R SCHNEIDER Th* pütaicá
ty* ttm úf Btssii Ne» York, Columbii
Mctmo fok Goulart não drtpemou, mi Unir. Rrew, I97| + Ctp L
dalmenre. ftpurar eirprtuniu importjn
te*. como o banqueiro Momn bailei Uu 7. CcoricirAndré FIECHTER Bwil d»
rr 1964; modtrmzation undtr a miiiteuy
potlimenlt imposto • foio Goulart, como
rtgime London+ The Maemillan Prew,
parte do cgroprpftiiuo de í%L quando
titc Diiumiu i Gaívío,
pretidificiah Nd 1975. p. % 20, 29.
490
dc renhí ar snií interesses de modo geral, lhe eapilalitl siale. Ne™ L*)i Rttí>»,
de ttma forma que pouuA Fenrç as gerai). London f*2t, 1971 p Sò <h) N POU
iCKiiSmcnic cocreiv**" Vide Karl MARX LANTZÀS. The eapUaíisí itilc d fcpljr lo
Carla a Bolie, em 21 de nuv * 187], refe- Mrtibxnd and Laclauu Lrft Rcview.
rente no Gol ha Frogr.vm nu., conforme ci- London Í95L 1979 p 72^6
la dó pohr N POUtANTZAS op. dl. p 15 (a) A, GRAMSCI Aniotogtã. México.
107.
Sígío XXI, 1970 p 71 Cb) A GRAMSO
33 Pira U. Milihand, poder dc cla&ic é o jVoíüí itibfà Sí aqmoYtÍQ, iobre pohiéca y
poder icrãl c pcnetranic que uma cbitt a obre cl atado moderno. Buenos Airtt*
domrnnnlc (oitumiNo-K. pita fira* dc cx> Ed Lautafu, 1962- p Síl.
pfkação* que HA lomcmc uma) exerce a G DDDNNEU. op
16- cif p. 4*, 64.
fim de manter c dc defender a sua predo-
minância na "nxiedade d vil" poder b« 1 7 Um dos indicadores
do processo de
miçgração foi a l%7 a núme-
que de 1%2
dc claut é exercido fliravés dc muiias mv
ttloiçâei e agcnçii** Algumas delas mu ro dt diftlorcs dt indústriss cm lodo o
destinada* principal mente a eáia Brlail Gárn dc 4P OÜÜ para 40.000. enquan-
finaJtda
de, por exemplo, partidos políticos da to o número dc empresa* individuais, de
daste dominante, grupos de interesse c faio. treueu em váriai milharei Vide BA-
presto ete Outras peidem oi o ser espE- NAS 40000 nú comando âa ecanqniia
cificantcntc destinadas essa fin«! idade, liTHilcirA. V. I. 19bJ-t%9 ilniroduçio).
a
como w
mas podem servir a ela, igreja*, ev 18 Sobre "poliiiei de exdti5io vide F-
colúi t a famltía. Mas destinadas ou nio PARKlN Matxísir ind cí*i£J sheory Lon-
i csii sio as instituições e
finalidade, doft. TivbiOtt 1979.
agencias das quais a dasse domi-
a traves
19. A ameaça apresentada Às ctuici do-
nante procura assegurar sua "hegemonia",
minarues pd* mobiliTAçio das dissei lm
R. MtLJBAND Afu/jníwi and pofifi-rs. Qx
b a] h adoras urbanti e rurais resultou no
ford, Oxford Uíiiy Press, 1977 p IMS.
resiabclecimenio. depois de I* de xbnl
Par* N + POtjLANTZAS. PoÜík*
de J96+, de Fories elo» de controle com os
op. aí. p, 104-7, poder é "a capacidade"
setores populares, reforçando o caráicr ^g-
dc umn classe social dc reoEhur seuf ime
(oritàrioda novo Estado c umi penetra
11
491
equação "eli irmanas" At demandas e nr ciooconÒitikâi t políticas mal» imporia*
ccssidadei d«i (nftuu, ne*ia doutrina. « te»c tuas soluções, Neasc aspecto, o IPF.5
fiam inlírpitiidai peU "cJite"\ atribuindo desenvolveu funções que G. William Dom
ài rtfcndai massai um mlermediárw pçr- hofí chamou dt "busca do consento na
mm eme na forma do talado Sobre o íorv formulação dt djretritci * para o bloco d«
1
sionar a» difrrenici funcho do aparelho 5HOUP. Shaping ihc potl-^ar world, iht
do Esiado, eitabdeceiido dirrimct sócio- CounetE on Foreign Rclattont and (He Um-
económicas para o governo pó* 1964 Fm led Staies war iims during Worfd War
sob a of tentação do Mimiiéno do Plane T*vo, ln: DOMHOFF, G. William ed. rd
jamrnto que k rtetuiou a reformulação p M2
da etmrrura produtiva t administrativa do 22. Como foi vislo no capitulo IX, o
M
Eií ido Fria natureza do plane; ame ma in- I PES foi moldado em um eficienie 6r-
492
trlal c financeiro garantindo muluamtnle chave do governo e da administração do
• previsibilidade de hu comportamento Estado e da implementação de direirizti
fu luro. No cumprimento das íunçòc* de poliueat restrita* t ciclutívas Limitou d
ttiabiliiàfão e previsibilidade, o SNI de- espaço da política. Além disso, as resiri-
sempenhou um papel importante. afaiian- çõcí poli lie as imposta* sobre u classe* su-
di>4C da repressão ostensiva t coerção e bordinadas c grupo* sócio-econõmicm su-
a prox im and o- se da manipulação prtvcnií- baliemo* dcilruiram a aparência de ^au-
va e de conl roles sociais menos viifvçii. toridade pública" defendendo interesses
Sobre o papel do SM, vide Wilirr dc geram. Km
falar nas necessidades comuns.
COES. O Brasil do General Genrl Rio Ao conirlho, a Esiodo autoritãjio com
dc Taneiro. Edilora Nova Fronteira. 197 B Sua bdi ciTipreimil tomou-se o instru-
Ü papel do SNI na formulário de dirctri menio verdadeiro da* ciasses dominantes,
m políticas constitui uma área ainda ta- excluindo loialmenic mirre**» subordina-
renle de pesquisas, Vide iimbàn (ai O' do* e moldando o caráter d&i novas rela-
DONNELL op cU p 49. 61-64 e tua no ções dc cliite, afastando as esperança* de
çào de "corporativismo bi frontal (b)
1
4M
. *
ruí
nwni do descnsidvimenrj nacianal
vua obr* Pofríiod drtvtapmrmí
iÀrar> índ e
a
ísm
— ^cm
rfi#
1975. íc) C- FURTADO. De la rtpübHca
ofigãnqiiiça ai
DET r í- C. et
otadd
Mkko,
ilii
militar,
ed. Brasil
fn:
hay
BERNA-
rhonufiin refime thc euc of &nuil Itv cl aiii, op, cit p. 44-W. (g) Guy HERMET
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494
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dom (93), 197* torade Cornefl Univ r Press* 197#. (c) Re-
O
debale eiíimulou outros «+ apciir dc nato Raul ROSCHT. jYdfiow/ inJuítriaf
Ecr acalmado uai últimos inça, a Qucitio círfri and the Mate m peai 1964 Orazd:
e a "pfobkmilica" ainda persistem, mau iftSMvtianat mtdtúJCtom and pohíicof rhan
do longe dc u
esgotarem, ta) Ernesto LA #e Tíw de doutorado. Miehifan, Univ. of
CLAU. The spceifieity oí lhe polmcal Mkhifan. 19M
iht Poulantu^MilibaAd debate Eronoinj 41. Vide N. FOULAVTZAS The pro-
and Soricry. ü,
j<l), 1975. t Laclau foi bhm. . op. cif p- 70-4
gin dou acnbcimcrs mais influente* tb)
Àmy Beth BftíDGES, Niccn Foulmuit 42. Seria um rmdcado miemtanie o &
tudo da» nizei hitidricaA do que parece
«nd ihe marxisl theory of lhe «tale Foíi-
Kr o enraordinífio backgrovné c ori-
írcf dfld Socírfj, *J. +<21. 1974, (c)P ).,
que compu-
dal. <d) A. WOLFE, Ne* dircctioni in
nham o tPES-
thc marxíst iheory of pohtici. Fohfiri and
Socieíy* i. Up +(2). 1974, 43 Sobrt nmjttiru dc cliiae, luta de
Lewii C<ner. um dos oponemei maia
daue r intemiei de cliuc e capacidades
39.
importantes da noção de classe |o»tmm
dc dauc. vide (a) Olm WRIGHT. op. cir
495
APÊNDICES
APÊNDICE A
A composição dos acionistas da ADE LA trn 1972
497
J
49 »
França Oiwnorca
Rinque <JcI 'Union Europécnne Ciíkfeerg Rrygierwrna (Dc ForePede
Pari ba* Imcrnut bnal Bryggcner A/S)
Dnion ÀLudliaíre de Finflncemcn-t,
H#
UNt- Dcn Danikç Landmandfbartk Aktieaebkat
MAR* The £ast Aúêik Compjny Lld.
Àklttfelskab-ci Kjobcnha%ni Handelsbank
ttàtui
A P MoRcr
Bnrica d'Àmc*rca c dltiihn Pmatbanken i Kjobenhavri AkncKlikab
Rança NadonaEc dcl La varo F- L. Smídtfr A COh A/S
Fm S. p. A,
1 a. i i Liilo Mobil! are Italiano Erjunftt
Múnlc dei Pi^dii de Sicna
Banco dt Bilbao
Pirelh S. p A,
" Banco Central 5 A.
Uiiihione Adrialtca de Sietrtcà '
R.A S
Banco E>pan©1 de Credito
Hoianda Banco Exlertor dc Eipana
Banco Hispano Americano
Algcmenc Bank NcdcrUnd N.V, Banco tbccico S A.
Anistcrdam-Rollcrdarn Bank N. V.
Banco Popular Espanai
N.V + Philips Oloeilampenfabneken
Banco Urquijo S A
Shell Petroleum N>V.
Unilever N. V* Banco de Vncaya
Sieenkolcn^-jnndehvcrceniging N. V. Sooedad dc Invcrrionet Mobiliaria* en d
ttiffrôf S-A
Pmiamà [minuto dc Crédito a Medio y Largo
Plaio
Equiiy limsuncnis Inc.
FlMndla
Câittidá
A Àhbtrdm Oçakeyhtio
Akan Aluniínium Lld
Ab Nordtski Fõrentngsbankcn
Bank of Montreal
The Bank oí Nova ScíSlia
Km lalhvOsa ke-Pankki
The Bata Shoc Org&nísalion Riuma Rcpúlá Qy
Braican Lld. Dy Stromberg Ab
Canadi&n Imperial ft&nk of Ccfnmerce Oy Tampe lia Ab
Comincc Lld. ViLmet Oy
The Royal Bank of Canada Oy Wírtiíla Ah
The Taron lo-Doni inion Bank
Norutta
ÁííStrié
Chmiiania Bank og Kreditkaste
Ocitcrrrichische Lande rbank A. C Elkcm-SpigerwcrkA/$
Vereim|k- Os [errei chischc Eiscn-und Stã-
Den Norske Crcditbank
hlwcrke A. G +
Waigfier Biro À. G.
A/genfmo
499
,
Tcthtní
0KHÍÍ
5, A. I. C.
Emctta Torequiit y Cia- Lrd* Banco de fnveatímenlo índuttrial S A, —
invejtbanco
Coiâmbia
Banco Real de Invemmcnio 5_A
CorponcRòn Fínancim Colombiana Cia AmáMica Paulma
Çcrpcrjción Financrttm de CaJdai Cob rapar Cia. Brasileira dc Pirlkipaçfco
Mabín jfmias Ac Csa
Corporacián Financicra dc? Sant
Monteiro Aranha Engenharia. Comercio e
ÇorpQrmL*ón ímantier* dW VjjJe
Indústria £ A*
Cüfj>orac*dn Finanocra Nacional
Banco Saíra dc Desenvolvi menio S. A.
Cia, Nacional êt Tecidoi
México
Vtnetiátla
Arrendadora Intçm^ional 5 4,
S. A.
Casajut, Trigucroí y Cia
Banco Nacional dc Descuento C, À.
Compinii Fundjdora de hmo y Aeçrp de InduâErfiLs Lícecjl* de Perij* C.A.
Monlcirry S A
tnversiones Dosco. S A.
Ingenicroa CimIh As^auado* S A. C- A, 'La Seguridad"
MraiCana d t Fomenco 5, A
Odiri S A FONTES: Guia lntcrinvcai 197i-Rio,
500
APÊNDICE B
Ligações econômicas da liderança e associados proeminentes do IPES.
SOI
Ctéwho tfowi d* AímwtJa — 1PES SiO Pauto Conselho Orientador
Prí’1%4; Smdicaio Cia*, de Segura
UU0 ToUdo Pi:a r Atmridú fo — IPE5 São PsuloXCon Of/SctOf Obra* Econômica*
Pr*l«4: CJE5P
FIESP
Sindrcaiu de flanco* do Eriado de Sio Paulo
ANFAVEA
ANPES
IDORT
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORFS E/OU ACIONISTAS
- VEMAG SM Aufuiio dc Camargo
Auto Union GBL D. F. Átomo
502
Fffcti Mufkt Prtucnf^rilc
Qrupo Nm
Mundo
— Agropecuária PhrviYCf a
* Mâwy do Brasil S/A lad. c IoW M Pinheiro Neto
Com,
— Mercedes Ben*
— Saneo Novo Mundo Ccúf|t da Silva Ftmimfa
— Fiberteo Andfé Àrantet
— Novo Mundo Cia. de Seguro»
— UamaTiiy Cia. de Seguro»
n F Novo Mundo
— Cia. Mcrcontil e Industrial Arapuá
— F1NASA S/A Ckruenic Manam
I. KJabtn
— Cia Construtora Novo Mundo Iríneti Bomhâuwn
II . Financial Novo Mundo l W- Simonseit
L. de Moraes Barras
— Volkiwagcí} do Brasil |a*o Neve*
— Miramar Cia. de Seguros HeTCulano dc Almeida Pirtj
Banco Fin. Novo Mundo Amador Aguiar
— E.L.IX Indústria e Tranipoile Lida,
Gtrüiífú Ahmo —
*
1FES Sio PauJo/Con. Or,/Chefe Grupo dc Opinião Pública
Pré-J9&4: American Chambcr of Cotnmeree
Assueinçáo Brasileira dc Propaganda
COMPANHIAS E GRUPOS (
DIRETORES F/OU ACIONISTAS
namá
— CONCRETEX - SanliiLa Uiína de
Conete ip
— Tecnoconcreto Paulista S.A.
— Pa nameti cana de Concreto — Pa-
namá
501
IfU ft«\' Of
ÍRIS RwC«l Of
- Crw^
- SKHxAd
Ac w
A. A. Cíuf Ancunei
- Cm MitttArpt-* AmIwí
— ITA — lm*An Ttemcm e Ad- Otário B*ito* <k Olivcifj
nuMtncJc VA
— FW | OlíVKT
fcj&rarra A#fb*ri Fo
— COFÍCOCÍE F«mM»v rf lv
- Cü FffMfcjtrr 4 l*,crd
— ICOMINAS VA f^m Ac
0»
.
Mm
- ÍCOMJ A nuJ do Rltnk
- feikfchm SMd Cflcf Pmto C A Atiiuna
A A d* Alítedô Sodré
- CAFMI
— CU Mm» dm i*f**áà
ÍJkwI O Sydtniiric k£n
504
- waiyt S/A AfitÜfliu Curthi d# SUri Surro
— Dana Corp
— E. w m**i Co, P L Üvirum fiarboM.
D Ikair, 111
— Vulean Mm. Píiiiko S/A Norbtri Ijtdcrer
fiinco da» Indústria* S/A
Friipf Arrw —
1PES Slq Paulo/Con Of-
Pfí l%4; Sindicato d* Indúttm d t Apiítlhoi Elétrico», Lleirómtut t SmijUm da Liiaòq
de Sio Paulo
American. Chamber ol Gommerce
505
TtJfTy Bahia — IPES Rio/Con. Ür_/Gmpo Integração
506
— So/iu —
Soc, Financiadora S/A dc Souia Gudm* Fq,
— Banco do Eítftdo úc São Paulo S/A
— Banco Françés ç Brasileiro S/A
— Crcdibrii Financeira do Brasil S/A Manoel Ferreira Guimarães
HéJia Pires dc Ghvtifi Diu
WaUer Moreira Sal lei
A. F, Schmidi
Hélio Bei trio
Héíjo Cissto Munir de Soma
Hennquc de Bciion
Sérgio Pinho MçHão
D. Madure ira Pmbo
]. Brii Ventura
— Brucin Expansão e Inveslimemo Antônio GaUotii
^ WiLiy* OverUnd
— Indústria Produlos Químicos R- Neve? Figueiredo
Alca Ltda. J. Quarlim Barbou
Paulo Quartim Barbosa
— Companhia Siderúrgica Paulista — Sebastião Paes de Almeida
COSIPA Ga! Edmundo Macedo Soares
— dc Comer, e tnJ. de Fh
Cii- Fiducial fojé de Souia Guerró* Fo.
ftindimcmo, Créd. e Inven. Antonio C
Fagundes Como
tuíz Carlos ViUires Barbou
— Maxímu* Comercial e Administradora
VA
Cfà. Brasileira dc Conimrçôcs Luii Durrtqcit Ví] lares
Fichei Schwarl; Hauimoni \ Souu Queirós Fo.
— Comínd — Camp. CoroerrigS C«míi£4- Fimilii Pfido
ria ç Administradora Grupo Votorsnum
fintiui Comercial Italiana Paulo Efvdio Martins
Josd de Sousa Queirós
“ Cia, Hoteleira Paulista Vakntitn Bouças
Pa na ir do Brasil
Panam
I* A de A Prado
507
— Banca do Eatado dc Sfeo Pauto S/A J W Sjmonmn
HtrtuUno dc Almeida Pinei
W. Paci dc Almeida
— Binco Sul Americano do Braiil S/A íornc Lcflo Ludolí
— Panair do Bratil Paulo Sampaiu
— Durilra S/À E + ViJkla
Lacrtc Scidbnl Filho
—* Fínau SM 1 Khihin
W. Paca <k Almeida
|. A. Almeida Prado
A. Aguiar
CS cm eme Manam
Irineu Bomhititen
KcrcuJano dc Almeida Pires
foio Nevei
L4Eio Toledo Pua
1 W. Simpnten
— Banco llaú
508
D*ad BMif III — IPE5 54o Paulo
N’1%4: Amínçtn Chimbcr oí Cixnrrwrte
509
Campo* Saflet 5.A. Iftddiírii e Co- Eduardo de Campo* Saltei
t- Wattacc Simonien
Âtdrúbat Bdlctard —
IPE5 Cunriba
Pfí'1564: Assoe Comercia) do Plrani
râfli
510
rifluífuiltíft flermu - IPFS Ciirillbi
PrfNM FARESP
IBC
ESG
ADESG
liteiro — CONFAB
Chicago Bndge A iron Co, Luiz Benedito Naicimento
Krupp Group
Brown Bovert Antônio Benedito Machido Florcrue
Foiier Whcctet
Retro Chenn
Koch Engmeering
Tink Co.
Hélio BeJtrio
— Uhrigif — Sio Paulo
— UltriUr
*
Coleia de Sangue
511
GustúVü Wilíy Borghoff — I PES Sio Paulo /Cem, Or/Conv Dir.
Pré* 1964: AssorfaçJo Nacional de Máquinai, Veículos, Acessórios t Peças
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— Rancu Mercantil de Sòo Paulo V. Lertáo da Cunho
— Ideal Sl JiEicidiircI S/A Ind- e Com, João B P. Almuda fo,
American Slnndurd Inc du Brasil Trajano Puppo No.
— WcilinKhauH
— AÇük du Urajil S/A
Whcílinp PIujburfih Steel Corp.
— Jnduilrbi Sul- Americana de Melais SM Nicübu Morse* Bairos Fo,
— Ligada Hrvcrc da Hrfliit Corri dr
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Brasa — USA)
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— Melai bfíi Indúsirta e Comércio S/A
— Ga. Elétrica Cauji
— Banco do Com. e Ind. de São Paulo
— LI a n cu Feder ni de ínvçitimcn.io
— Oíuícü TG*1il SM Fernando Sahina de Oli^cm
— Lojlüa SM
Crédito. Financ. c 1 n ves (i mento
— Ura» Va| S/A
— Banco liuú Sul Amgrktíiio
— EIctrindüjLrl* Lida.
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— ndllürk l-xprciaào e Cultura — TASÊC
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— Mciü[on Imí. t Com. S/A
— Fi|in»i Amarelai S/A
— Líilm Tclcífrnk«i Braiilcift*
— Injerimcficam — * Cm, de Sefuroa Go-
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— Emprttt Gdbe Jmjh e Exp- S/A
— IPV Indúitrii de para Veículo*
S/A
— Rirma do Ortill ]nd. Rcunidu Máqui-
na* í Adminiitriçlo S/À
Serviço* Técnicos
517
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— Soltma S/A
— Syíunge S/A
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— ConüTüvüci C Cqmdfíto Carougo
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— Cochrane S/A
— Bnrber Grcene do 0f«il Ind. c
Com. S/A
— Participações c Admmitt. Itd*.
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— Bromswcrk do Flraill
— Veminigle Muu hincn Fabrik
— — Slork Wiliun N V,
— M A-N — de Méq Motor»
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Diesel
— M.A,N. MftscKincn FúbrSk Augiburg
— Nürcmhcrg Ag
— Ck. Comércio e Nivcgiçio Braitlcin A, A. Rodrigues Gumtmna
A. Sííbíi á* Siív* Veiga
joio da SiJv*
— Piquadrias Pidfio S/A
— Eitâkiro Mauà
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— Eknmtte Iw^tnm Pláfbta* VA
— Sohtf ct Ci*. — Ind Quíitik*
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— Cu SamiMa de Rcíreaaw
— Indtuinj Guumcj EJctro-Cloro Edmundo P. B da Silva
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— Darnvohmnto Enduii. f Comer.
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— AJlfmctnc Elkkm&tõii GocÜihaJi
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— Tmorrt FE*DT VA
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Nrdrrkidtitlm AfliJks índuiLnel
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— Minuti f Rom
— CibaOtíp QuLmic* S/A
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— Eloaih Sic&mihip Co, — Livtrpooí
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*— AlJâj Copco InduitnaJ Faulitt* S/A Cétar Kicffer
A(Im Copco AktifboUf Amónio Piai Lcile |r,
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Fré~t%4: American Chamber of Commtrte
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COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— CU, Metalúrgica t íriduilrtiL 1NGA
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d'lnvcjfiisememi — Paris
— COBANISA — Comp. dt Bonoi, A> J, M, Alkrmn Sobrinho
cione* A Negócios Enduitnalei — Fa-
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— Banco Novo Rio CarLoi Lacerda
Alberto Braga Lee
Mirto Lúttnu Fernandes
Alberto Ferreira da C«ta
Carlos Eduardo Coma
— Moinho Àtllntico
COMPANHIAS E GRUPOS I
DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Llfhl S/A Hemy Borden
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— Biikv Inveitlmcniot
— PhlUdctphia Nit. Bank
MíquínM Rtttntnn S/A dc Sâo Ptulo
527
— Fáfanc* de MAquinti Ritminn SM Irineu Domhausen
Ff «ficitco Clfffoiw» Paulo Konder Bomhiusco
Stnu a|ú OiTitfti
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Hans Martma Sdvnm
(Ligada a Banco Iniiiiimi t Comér^
cio deSimt Ciiarina S/A
Elem>Aço Àltooi S/À)
— Cu Paoluta de Séniftt de Gfa ímâ Marque*
SraLiJjaíiIriclKHi William Roberto
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A Cailoi Marinho Nunes
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Joio dc Silva Monieiro Fo>
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— BfiKin tcpiniÃc e iflvonitrtsmos S/À
— Cia de Vfitcnau e Obras Fucfr
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— Ci* Tdefònjv* Braitlcira São —
Paulo
— Cia. Tefefòn*c* de Mina* GcriU J. í Al vario Al vim
— Banco da Lavoura de Mtftu
Cenii
— Banco de Crédito Real de Mi-
nai Gerai
flanco Hjpoiccírio e Agrícola
do Estado de Minas Gerai*
— Banco Financial da Produçio
— Barco Crèdiio e Comercio de
Mmii Gerais
— Banco de Minai Grrtii $/À
— Cti Braideirv de Mc ui urgi a e Mine- Da rio de Almeida Magathici
ração
— Em preta Técnica de Grganixaçio e
Fariicipaçòti S/À — TOP
ÀfUÓnb Galvâo —
JPE5 Recife
Pré- 1964: Auocisçio Comercial de Pernambuco
528
— AVJP — Avícoli Ciifio Franco Bueno
Jmi Piracicaba
— Motocnnn A. S. Maquinaria Inv
pkmcfiLúi Agrícola*
— Supermercado* PcgPogl
— Lu de Dos In de
— IndüilriftS Üdtmtüfnmicèülki* Rm-
nldu S.A JORSÀ Jmé Aíonto Gir#y
— Garay amily — USA F
529
— Eirmh À. G. —
Swítreriaod (li- Ànron vtm Sallj
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SwiíxcfUftd
— Aenet Corp. ínc Paiuaoá
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S/À Ercmit Bclgium
— lohm Mmtille Corp — USA
— SPA Eicmii Piair* Art Itália
— Riunct^rt Belge de Abule* L'
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— Morgan Cuarant? Trust
— Banco Mercantil de São Paulo Frandsco Prestes Maia
Caildi de Moraes Barras
Fábio da Silva Prado
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Gutáo Mesquita Fo.
P. Aym Fo.
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— Ck Ftnanctèrf Eícmit
— Saini Gúènn Pont a-Mowoa Lucai Lopci
— S/A Mineração de Amianto
— Cia.Cimcrno NacrooaJ de Minai Locai Lopes
— Holdcrbank Finaix kix Glanii Swifcm-
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— Cu. City Piuhfta de Terrenos e Mc
Ihor amemos
—* Dcttec S/A
— City São Paulo 1 mproreroen ta
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— Olivetti do Brasil Roberto Campos
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— FINA5A — FLnancíadofa Nacional
f Morgan Guarani/ TruitJ
— Ff NASA Paraná — Sta, Cataruta Gaitio E. B Vidigai
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— CAPIN Oi Agrícola Pecuim Jndua-
tvM 5/A
— CA|G —* Fnduiiríal Guarani
— Banco Brasileiro de Desenvolvimento
S/A
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— Reímarii c Explotifto de PelnMco Mijuel Monteiro de Bamn LLn»
Unita S/A Cifloi Eduardo Paei Barreio
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— petroquímica Uníío S/A Lu)i Simãea Loprs
— Banco Investimento Fábio G.
— Banco Ultramarino Bruiletro S/Á À Mircundci Fú.
Biiilcu d* Cosi* Gomei
— General Dynamics — St Lüuli
Liquid Carbcnic
— SceaI Koppers Engenh e Moniagetij In- Hemani A» vedo Silva
dustriai» S/A S Whnehow
Koppcrt Coro. e Serviço» Tétnkoi Cario» Eduardo
Md*. P*et Barreio
Alberto Simpuo
— Cl*. Cimento Vale do Paraíba TtmliKxlt» Marcondes Ferreira
Cerne filia Holding Ag Suíiie Manoel Aícvcdo Ijêío
— Ctl. Brasileira de Petróleo Ipiranga }. P. Güuvci V itera
— Banco de Investimento do BraiiJ S/A f. A. Silva Gordo
P. Reis Magalhàci
531
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— Ccrlmici S*e fo*é Guaru SM — f, B, Sjocco No.
CODINCO — Com. Dt*erw. Ind c Ncwton Marques Lagoa
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— Chemk do Bmí! Tecelagem c CooTtc
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— Cia. Oííímka Duas Ancoras Corirado Êkhrotf
— Equi pá mentoi Clark
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— Cia. Construtora Penado Souia
— Wierión Sicel Co. tVa&
— Soe Ano Marvin Lrnáni Pi|S*
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—. Geoprosco do Brasil S/A
— Cciucnljiilon Brasil
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— Àsitat. Sondagens índ. c Com*
Proirnnas Brasil S/À
— I). Goodrich do Brasil S/A
F. Eduardo Caio da Silva Prado
— Filtros Frarn do Brasil S/A
Chcmícab Ittc,
— Resana S/A Jnd Química Krblían Orberg
— RekhokJ Chemical tnc< Gimhcr Qrbrrg
— Kriitisn Orfoerg
— Guapôré S/A Com^ tnifusirtal e
Agrfcoli
— Indúit Nac, dc Fltailtcn GaUte S/À
537
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COMPANHIAS t GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— lorff di Silvi Fagundes
Batwj d* América S/A
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— EPSA — FmprtrcKÍimcfilM de Produ-
to S/A
— Eicniotifl Levy Ltda Roberto Levy
Eduardo Levy
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Coiuirurori C amargo P*d»co
— íbritçi S/A
— SANDRA — Soc Alfcdoora do Nl |. Kugelmu
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— Cia Lubeca E- Humberg
— Djlíou
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— SunbexiD dg Bnsú OthCoiTDiÁQi S/A 1- 1, Lorani
Ruy Maxiini
— Panamcurg S/A
— Editora Gazeta Mtrctnli! Haroíd Levy
— nâr Brauleira Químico
I Ltda. TíjéiiJ íoicph John Lorânt
5. F. Faria
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— Linhas Corrente S/A
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— Metalúrgica Gtorgí S/A — Rogério Giorgí
— Grupo Guiihermc Ciarpi
— Rei muni Ntdomü de $*J S/A
— M*trrj*i) par* CortiQçio Porto Ri-
beiro
— E$SO do Brasil
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COMPANHIAS E C1LFOS DIRETORES e/ou acionistas
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— ÀnhVno Mcrjj-í* Guimarlei
— Manoel Ferreira Guimarlea
— |c*4 Ot*ildú de Araújo
Ffioci^co de A»ií Castro
— Fljvitj Peniagn? Guimirtu
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— Mmeraçèo Paia do Bra»i]
— COBRAS A Com F*n S A a
— SOI RE Q S A.
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— Paio Cofuchdaird
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— Emprtendifhcntcü Ufh*n« S.A*
— EiibÜootKfti LiiaA
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— Bmco Hlpoieelrio Agrkoía d* Mínu
Geral»
— Comptüir D tvcpmpic Bank HoVii rt
— Comrncree Bank
— Brwtin
— Phitadetphia Naiional Bank
— Hinm Mining
— Banco Invciiimeníü
— Banco do Eatido d* Gumahin — 8EG
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Sindicato da Indúitria de Aptrtlbpi Elétricos, Ekirúmto» t SnmUm do Luadc
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Thamat Pompcu Borges Magaíftâes — [PE5 5 Piulo/Cooi. Dir/C.E.
Fré-1%4: Centro tniegriçòo Emprcn EicoIrCFtE 5P
Refinaria Mangutnhoi
Peírobris
Cia. Fcma e Aço de Vitória
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— Derek Herbert
— Montreal Empreendimentos S/À — Lawell Parker
— A. Azeredo Silveira
— DH- Lowril Pufcer
— Frifipyço de Assil
— Montreal — Montagem t Rcprcsetilfr — Coimbra de Magalhães Castro
çó« Tndust- S/A — Geraldo Ltn*
José
Momrcai Group — George Reid
— Coronel Haroldo Correi de Matíüs
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COMPANHIAS E GRUPOS I
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diretores e/ou acionistas
— Cá Rcttnof SA. Sonedadc Aíáva-
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DiJripi ÀiMKiodoM
Grupo Francisco de Aiaii Chateai
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— Uborttàrw Sthcríng Ind- Guím. e — GaL Euc lides de Oliveira Figueiredo
Farm Schcnug Coepomwn
Grupo Chatcaubnaõd
— Sir }ima Murra y do Irtul SA. — Kélio Bcluâo
Grupo Outeaubnand
— Laboratório bw de Cacau Xavier
S/A
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Edmundo Monteiro
João hapolcãu de Cwalbo
— Áíbinji SA.
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548
— Llghc ShA, — Amónio Gilloiti
— Brflscan
— Central Elítricn de Fumas S,A. — John Reginald Cotrím
— CEMJG/BNDE/Sflo Pauta Ught/
Cia. Paulista de Gái e Lui
— Bernardo GéíkI
— Cio, Agrie. Ind. Igarassu — Aroldo Bário
— Banco Mercantil de São Paulo S/A
— Banco Auxiliar de Slo Pauta S/A
— Cia. Brasileira de Alumínio CBA — Alberto Levy
— A. EnruEfio de Morais
— Manufatura Nackmal de Plíiuec* S/A — Augusto F. Schmidc
— Orgânico S/A Cia. Ind, e Com.
Couraçado
— Orglníco S/A (Frtnçal — Augusto K Schmidt
— Siderurgia Barra Mania S/A
— G>mp, Co me rei h Indujr.
1 Couraçado
S/A
Comp* Nkro-QuJmica Brasileira — Horário Lafer
— [, Ê- de Morais
— lacob KJabin
— Indn e Com Àtías Metalúrgica
— Cia. Mineração Slo Maicui — Antônio E. de Morais
— Voíorantim
— Alfredo Moreira cfc Souza
— BEI S/A Com, e Repr.
— Cia, Catarinense de Cimento Portland — C. Rodrigues
— ' Cia, Cimento Brasileiro — Idio Prado
— Cia. Cimento Porltand Sergipe — Pumpolio C. Fernandes Roía
— Cia. Cimento Portland Potjr — | B. dc Souza Menezes Faício
.
549
— a* PortJind Rio Brwico — P-F, de Quciiu
— Jnd- Com Metalibfk* Àtiii S/À
— Cia. Sidtr &*m Miftta
— Companhia Mjiwir* de Meua
—• Compmhii de Cimento Portlind Gié*
cho
— CompJinhiB Níquel Tocafltfni
— Indi, Brmlerras de ArtifOi Relniárioi
S/A 1BAR
— Companhia de Papd c Pipdão Pedm
BmxM
— Companhli Uiina Tiuma
— IhinM Sio ít*é S/A
— S/A de Teòd® Votei
— Hrjoauu AdnuBistreçio Lida.
— Ccrimice IfrCDptbi S/À
— ÇíTimacj de Gtumlbç* S/A
— Companhia Aij^zcli Santa Hekna
— Companhia Bindctrmniei de Terreno*
e Comirucóes
— Mamiqueira-Àgro-FloreiIiJ S/Â
— Maraiaf Ijaóveii e Comércio Udi.
— MicaJ Minén» Catanaetuea S/A
— Mmençk Salbrtuloii S/A
— Sidcrvrj^i Samo Aave S A
— Nylon Brutlafo Votonntiin
— Orgânico S/A - Fruçi
— Grupe Votormtim — Bento Eduardo Pites Ribeiro
— - Mário Ameia
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Brigadeiro foòa Eduardo Mç$dhòn Moita — IPES Rki/Cçm Of
Ftpersnça Ltdo,
Com- e tnd. Souza Noschtse S/A — |oté Noscheie
— Armando Nowheje
— Mculürgiça Fírrotil S/A
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DAtiio Nogueira 1 PES Rio/Con., Or,
Pré- 19 &4 ; ESG
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BNDE
CQNSULTEC
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COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Banco Geral de Investi mentos S/A
— - Banco Gtnl do Brasil S/A
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•
Banco Moreira Gomes S/A
— Distribuidora de Titulo* e Valorei
Imobiliários
552
— ICOMI A.T„ Azevedo An, tu fie*
— Grupo Boa Visía
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n~ Cmrnm fa»» - IP€5 fcteCi*** te lw«r«çWCaa, Or
Mtw Coteate^te 4* la**?*
CDM^HIU 1 OllfOl DIRETORES E/OU ACIONISTAS
CWafo
— Hvu Ctew. Ftel « — Hvnfon Gordop Hult (r,
mãos Pinto
— Disnuco 5A,
— A. Pinto Importação e Expor*
F.
raçio
— Fernando Alencar Pinto Importação e
Exportação S A
— Dismaeo S A, ConiErtitôni t Distribui-
dora de Máquinas
— Bomdimi S.A. Industria de Aparelhos
Doméstico*
— Cima pinto Cf a. Importadora de Má-
quinas
556
A
5S7
— Cl*. Vidraria SanU Marin* — Angus LitÜejahn
— G Eduardo Bueno Vidigaf
— E» Caio da Silva Prado
— Corning Gtau
— Banco Desenvolvimento e Investimento
do Comércio e Indúítrii Fiducsal
— Argos F3 um mente Insurance Co,
— Ideal Standard S/A Jrod e Com.
— Almeida Fo +
(U
— American Standard do Brasil —
t.
L £, Campclio
— Saruiirio5 Products. Canada
+
558
— Cm. Sul americana dg Investimento* — América Or^iidc Campi gk*
— Iiflco AjkHku S/A — Adotfa de Campefcs Gtrtú
— H«íko Financwfof S/A — Durla BoívKiaí
559
Eduardo Carda Ra$si — IPES S- Paulo/Còn. Or/Com. Dír,
PrMSM: Sindicato Jntfúttnts de ArnMaioi de Ferro e Meuri em Geral
CIESP
(JX>RT
560
Comandante A nktlo Crus Santos — 1 PES Rio
Pré- 1964: CONSULTEC
APEC
Lloyd H. York
56 !
— CredibrH Fminain óo Bruü S/A — WiJicr Moreira St lo 3
— D. Mtdurcira Pinho
— Hélio Pires dc Oliveira
— Hélio Beltrão
— Héiio Cáuio Muniz
— Henrique de Bciton
— T, Guartim Barbosa
— Sérgio Pinho Me] lio
— Homero Souza e Silva
— SA.
DISCO DialnbuidQra de Cofwüvni
— Cia <k P ofasu c Adube» Quinncot
— Farloe do SA lod e Com — Gabriel R. Webet
— Wjj-rxT íknrx Ço/ 0f| d? Em-
pTwrdfiitictn^ Gemi S-A-
— Banco do Comcmo S-A — Walfer Moreira Sallei
— Linho de Sèo Borj*
— COMACO S A
— Soe ítpmmào Com Üdt, 5EPA
— Meridional Cia. dc Sc furo*
— SidcrjrgKj M*nm#m*nn — Edmundo Macedo Soares
— Mazuiotmann A G. — Alemanha — Manoel Ferreira Guimarães
— Sigmund Weiss
— Jorge Setpa Fo.
— Mannnsmanjt dc Irrigação
— Mannciutumi AG. —
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— Ind Téviei* Bifboro SA.
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— SCI PA Soe <k Comércio e Importação
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— Eiiudo» Técnkos Eu repa- Brasil S/A
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COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Banco Mercnmíl Industrie! do Pero»
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— Impressora Paranaense S,A,
— Pnnoruma Magazine
— Sociedade; Comercial e Represem ações
Gráficas Ltda.
COMPANHIAS E GRUPOS J
DIRETORES E/OU ACIONISTAS
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— L. Figueiredo Nategaçao S/A —L Figueiredo Júnior
— L- Figueiredo Arm*iéns Gcnis
— L. Figueiredo Adm de Seguros
— Comerei*] < Coramani S P*ulo Lida
— Sociedade Liporudort Lida.
564
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— M. H- Simomen
— Vicente Rao
— Dl* S/A
— Decata Utilidade» S/Â
— Cia. Paul iia de Roupa*
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— Diviffi S/A
— Demcr Cu de Comércio Exlerlov Pau lo Nevei de Soura Guirtim
José Cindido Mordra de Souta
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— Patino Group holding
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Mtguel Cal moo de Pin e Almeida
— Cia. Petrolífera Bruikira Ângela Catmofl de Si
Clemente Mtriam
— Indibtnai Grmmer do Bruil
— Ross Gear A Toll Co. Inc. H- M. Etchcnique
Muftibrái Ind de Aparelhai P A Newman
Domésticos
— Angico América
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— Trio Inc.
— Lcandfu Duprí Construtora Lida.
— AngloAfflérka Intf. Imp. e Exp, 5.A.
— Putíflp Group/Braskel SAVRcus
Cemmcr Gear do BrasiL/Brasmo-
tor S.A. Imí. e Com.
— Cw- Agrícola Comenda
— Braikd S.A.
Cia. Sorocaba no de Material Ferroviá- Paulo Ferraz
rio SOMA Viíório Ferraz
— General American Trausport Co.
— Eífhólio de M- I- Marcondes Fcnríra
— Mtoeraçto Bm modinha
— Njm tonal Uad Industries Co.
— Figmrnfg* Minerais
— National Lesd Induitrits Co.
— Mtiltibris líid. de Aparelho* DoméstT
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— Banco de Crédito Int. Bihanv —
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— Cia. Máfiana de Eiuadaf de Ferro
— Cia Pelroquimica firajilcira Ed Caio da Silva Prado
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— Columbian Carbon Im Panamá
— Colutnbian Carbon USA Angu* Liltlcjohn
— Cclinnc Corp of America -USA Suniiugo Damas
— Celaiino S/A — Panamá
— Ferro e Aço de Viíéna
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Embâ/ifent 51o Paulo. 1963
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laneiro, Crown Editora ínlerifoencioi, ei*! Lida,. I9SI.
Í 970 . — 1912. v. í.
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contribuição
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V. 3.
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BARNCT,
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investimentos
1960.
BOSSART,
estrangeiros
Ró-
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p II
íeis nü Brasii, Rio de ] arteiro* Civilização WHO'5 who m ihe Bmzdian econumíe li-
—Brasileira.
Fttro
neiro, Civilização
1963,
e independência.
Brasileira,
Rio de
1967*
Ja-
fe? São Paulo, Sociedade Brmlein de
Publicação Cutturiu c
196B-
Ecanòimcu*
575
APÊNDICE C
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APÊNDICE D
Lista dos Colaboradores da ÁPEC —
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1970
586
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588
APÊNDICE E
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MEMBROS HONORÁRIOS
MEMBROS ATIVOS
PESSOAS IURID1CAS E PESSOAS FÍSICAS
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Porter Civil de Corretagem
ABRAHAMS. MAU R ICE MARTIN de SejurtM Lida.
ABRASIVOS NORTON MEYER SA IN- ALTMANN. MARTIN R. — Audilom e
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CULTURA S/A. -
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Pinto, |.B Venteeg. Joio Zardclto de ANDERSEN, POVE — Córwul Dinamar
Toledo, Cario* Eduirdo Quertim Bar- quíl
bou. António Cario» Quertim Barbou ANDERSON, DOLE A. — Eacola de Ai-
A|AX, CORRETORES DE SEGUROS mininrifío de Empreus
S.A. ANDERSON, CLAYTON í CO. S A. IN-
ALAMEDA. CLARENCE JOSEPH — DUSTRIA E COMERCIO - Trajai»
Cle. Goodgreer do Braiil Puppo Neto
A LBA S/A - INDUSTRIAS QUÍMI- ANSPACH. HANS — Corretagem de
CAS — 8 5 Gilbraíth Câmbio
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Squibb !t Sont SA. Brandi of Bruil. Inc.
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ALL AMERICA CABLES & RADIO INC Paulo R. Robell
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rio de Advocacia Demereii A Almeida AR NO S/A. E COMERCIO
INDUSTRIA
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fim Curretorej Aitoc. de Scfuroe ARTHUK ANDERSEN & CO — Audi-
ALMEIDA. RENATO DARCV DE - Ee lorei e Co ni adore*
critério de advocacia Nardy. Almeida & ARTHUR G MCKEE & CO. DO BRA-
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Ul W Strrtonscn, Leo W Cochranc, Aniò-
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ASSIS RIREI Uü. rOSR DF — General Kochn Pilho
Ekcifíc BANCO SUDAMERJCANO DO BRASIL
AUTO ESTRADAS S/A, — Louli ft. S/A — Dr Hermenn út Moraet Bar
Santo* roí
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Duetic V«r Pacheco do Caniu c Caiirci, fihriro Químico
HerbcM H Moti BANK OF LOr.DON á SOUTH AMÉ-
AYLETT, KENNETH C — Arou Co* RICA LTD — B S Wtim f
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RASTOS FILHO. DR A O - Ad^õ
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SAO PAULO S.A. — Joid Morta Whl- 11EATTIE, EDMOND P — Cia. Calç*
iaker Franciicg de Paula Vttenie de do» CIbtL
Aicvedo, Emmanud Whilakcr. layme BEATY III. DAVIÜ - D<h« S/A.
Loureiro Filho, José U Cominho No BELL ÍRm JAMES MCKIM - 5èo Pauto
guelra, Marte Uo Pereira Ferrar. Lijihi, S A.
BANCO DQ COMÉRCIO E INDUSTRIA AKLOIT UO BRASIL COM E INt). DE
DE SAO PAULO S/A MAQUINAS LTDA - Waíler Ciampa
BANCO LAR BRASILEIRO S A, — Paul BELTRÃO, PR INCE - AMF do Br«.L
Likcti. Rkardo dc Luca, Roberm h
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Blacfcer Fuler de Armjfo Abreu RENDIX DO BRASIL INDUSTRIA E
BANCO NACIONAL DE MINAS GE COMERCIO LTÜA — Funk Parkm
KAIS S.A. ê&n
BEND1X HOME APPLIANCES DO BRANTLEY. ABNER — Kellogg Compa
BRASIL S/A INDÚSTRIA E COMÉR a» do Btittl
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BENNÊTT, HAROLD C — Viln Empre- Eulalio de Bucno Vtdigal
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BENSU5SAN, Dditc S>. TB— BRASÍLIA SA. — CuJUoilon* de Ne-
BFRGNIR, STEPHÊN H — General - jòc ioí
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b*> e Segure» BtLASmCA S/A INDÚSTRIA NA —
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CAHILL. |
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À.M. Cloie do Braiit
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THUR SIEVERS — AMhur Sitrcn SA £mp de Artniita Gcrut
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BRASILEIRA DE PRODUTOS AU CONSELHO IMOBILIÁRIO DE SAO
MENTARÉS — N«,H Oivildo M.F. PAULO
Ballarin construmag CONSTRUTORA £ co
COMPANHIA INDUSTRIAL E MER MFRCEAL LTDA
CANTIL DE ARTEFATOS DE FERRO CONSTRUTORA ALBERTO NAGI»
"Cl MAE" — Rrutff RIZKALLAH ltda.
CIA. ITAQUERÊ.INDUSTRIAL E AGRÍ- CONSTRUTORA COMERCIAL E IM
COLA — Paulo Rm de M*|ilhã» portadora mètropole ltda
CIA. DE MAQUINAS HOBART DAY- — Mim Ouinf Marif» Fernanda
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5.R Nule CONTROLES AUTOMÁTICOS SER
COMPANHIA METALÚRGICA PRADA MAR LTDA, — Eduardo Serena. Wfl-
— Afoiiinho Pr ida him G. Winslo». WaJier L I Sentia.
COMPANHIA PAULISTA DE EXPAN- A rifeio L Zippiroii. InA A Ti«l«ro
SÃO ECONÔMICA - Di lol» Paulo COOK êt CIA SM - COMCRCIO DE
Arruda. Dr. Arruda, Dr Joií
Ricardo ALGODAQ — Edtianta Flpohtun
Luü de Freilai Valle, Dr. lorjc Arruda COOK. FRASK E- — Minnesou Manuíi
CIA. PAULISTA DE FORÇA E LUZ — tumr ira c Mercantil Lida.
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DQIfiAM NATAN Doiban & — Cl*. EICHSTAEDT, H- H. — Ford Moior do
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DOÍAM. R1CHARD fOHN CU. — Swift EU LILLY DO BRASIL LTDA. - Kfiu
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DOMINA. S, JOSEPH — Fim Nuionil EMPRESA BRASILEIRA DE RELÓGIOS
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Ribeira Serva, Eduardo Cumk Ft> , Ál- EMPRESA BRASILEIRA DE ENGE-
varo Cq;éíJu <Jg Olheira* Om Lun Ri- NHARIA SA — Líndolfo Kgiler Afl-
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DREW, E.F. & CIA. LTDA. — Fred L GA SA. — Ricardo Fonseca
Him EQUIPAMENTOS PARA ESCRITÓRIO
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filmes EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS "‘EI-
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Kajacr Irtòuamc» Corporabsn Smith Klmc A French Ovcrscas Co.
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ORGANIZAÇÕES-MEMBROS
Jnc.;
retoria, Dow
Chemical Company;
Harold S. Gencen, Presidente, Internatio-
Glenn C. Bossett Ir., Presidente, Wells
nal Telephone & Telegraph Corpora-
Fargo Inll. Invcsiment Corp.;
tion;
Flctchcr L. Byron. Presidente da Direto-
Rodncy C. Gott. Presidente da Diretoria
ria. Koppers Company. Inc.;
e Exccutivo-Chcfe. AMF lncorporated,
Captain lohn W. Clark, Presidente, Delta
Edwin H. Gott. Presidente da Diretona,
Stcamship Lines. Inc.;
United Steel Corp
W. H. Conzcn. Presidente, Schering-Plough Donald M Graham. Presidente da Direto-
Corporation;
ria. Continental Illinois National Bank
C. W. Cook, Presidente da Diretoria. Ge- and Trusl Co. of Chicago;
neral Foods Corporation; Maurice F. Granvitle. Presidente da Dire-
Donald M. Cox, Diretor c Vice-Presidente, toria. Texaco. Inc.;
Standard OH Company (N. (.);
Najceb E. Halaby. Presidente da Direto-
lost de Cubas. Vice-Presidente. Wcsting- ria. Pan American World Airways;
housc Electric Corp.;
John D. Harpcr, Presidente da Diretoria
Alfred W. Eames. Presidente da Diretoria e Executivo-Chefe. Aluminum Company
e Executivo Chefe, Del Monte Corpora- of America;
tion;
A. S. Hart. Vice-Presidente Executivo.
fohn Dicbold. Presidente da Diretoria, The Quaker Oats Company;
Diebold Group. Inc.;
Frcd L. Hartlcy. Presidente. Union Oil
lohn Duncan. Presidente. Sl. |oc Minerais Company of Califórnia;
Corporation; Gabriel Hauge. Presidente da Diretoria.
Lcwii W. Foy, Presidente, Bcthlchcm Steel Manufacture» Hanovcr Trust Co.;
Corporation. William Hewiit, Presidente da Diretoria.
Ilarlow W üage. Gerente Geral. General Deere êc Company;
Motors Ovencas Operai ion»; William M. Hickey. Presidente da Direto-
fohn F Gallagher. Vice Presidente- Inter- ria. Canadian Intl Power Company,
nacional. Sears. Roebuck and Co.; Inc.;
619
M%Narl W Pcrcopo. Presidente. Squibb
\Anwm Hernispherr, Middle Eait and
África.
RudoJph A. Pcterson. do Co Presidente
uté Exeouno, Bank of America;
C. | Pilliod. Presidente. Goodyear Imer
loàm t hcj 4» C«Mt naiional Corp
As } mm AmAci* Cw4 corpcrv loKn |.
;
leum Corporation;
C W Robmson. Presidente. Marcona Cor-
poration:
Datid Rockefellcr. Presidente da Diretoria.
The Chase Manhattan Bank.
Rodman Rockefellcr. Presidente. Interna-
CLRADORKS ASSOCIADOS
620
APÊNDICE C
Correspondência da CONSEMP com o ÍPES
COMI
Rl* do J ano Iro, 2h dm oalo do l$ii
ÜM«8nr #
Dr, Mo Baptlota L.Plruolrodo
At, Ri* Branco, 156 - 27« andar
hiU
Trotado Senhor,
I c<* praaor que lho aprooento e Sr. Glon» Cfaar, mn. partloalar
aal(o f dl rotor do Lab. Pkyoatoaaa, para quoa poço o obacqulo do
«oo atonçfo.
AtonoloM
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fata tiparltatU fclatOriaa aa rapa ta alallaaaaata Oa .
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Um. te.
Dr. Joio Baptlata L.Pl**olrodo
Arte. tio teoaco, 15* - 27» aador
t a
Prosado SaaAcri
Atooclaooaasto
/ / %->
trov
APENDÍCE H
Lista de contribuintes do IPES
Algum dos contribuintes sediados no Rio ou os que contribuíam através dos canais do
RJo neste período e também após 1964 eram:
Aliança da Bahia Capitalização S/A — José Luiz Adami, Alberto Lélio Morei-
Banco Econômico da Bahia (Miguel Cal- ra), acionista da Hallcs Investimentos
mon de Pin e Almeida, Angelo Calmon S/A.
de Sá). Banco Boavista (Cândido Guinle de Paula
Auxiliadora Predial (Carlos Henrique Sch- Machado, Fernando Machado Portella,
neider). Luiz Biolchini), acionista da Codival —
Banco Aliança do Rio dc Janeiro S/A — Comp. Distribuidora de Valores 1BEC)
Trlnitas VermocgcnGmbH Deutsche Richard Aldrich.
Bank AG Ribeiro Coutinho Fo.,
(João Banco Português do Brasil S/A Socie- —
Flávio Coutinho Fo., Virgínio
Ribeiro dade Financeira Portuguesa (J.A. Silva
Vclloso Borges, Cláudio Vclloso Borges. Gordo, Harold Cecil Polland, Olavo
Ernsl T. Ewes, Richard Bamberger). Canavarro Pereiro, T. Marcondes Fer-
Banco Operador S.A. (Adolfo Gentil). reira), iharcholder in Fidelidade S/A
Banco dc Crédito Mercantil S/A (Oscar Cred , Fin.. Invcsl.. Banco Português dc
G. SantWnna, Alberto de Castro Mene- Investimento, Cia. Sul Brasil dc Segu-
zes, Raul Oscar SanFAnna). ros Terrestres c Marítimos, Cia. Nac. de
Banco Itaú (dc Sio Paulo) (José Balbino Seguros Ipiranga, Cia. Cimento Vale Jo
de Siqueira). Paraíba. Codival, Banco Boavista, Banco
Banco Hallci Investimento (Francisco Pin- Moreira Saltes. Banco Com. A Ind. de
627
é» Crêèto Tnmscnal VA ánhur mOathencs M de Pmlo Walttf Mortin
UvN |r 4 Moreira Pmh. Salka Auguslo F. Schmidt. Hélio EkV
|K9
Mw
lr«4i
da
C
Sshwa
!* VA DavaJ An-
Gi^aráea Geraldo
Investimento* Ipiranga
do Canadá), Ruyal Bank oí Cinadi
Bank oí America Corp General Eltc-
(ex-Banco
.
Real
626
Insurance Co.) (ligada à Commerce and Sagre». Cia. de Seguro» The Londur —
Induitry Insurance Co. — Canadá), acio- and ljmc»»hirc Insurance Co Lo»ndc>
nistasda A.I.U., Interomcritana Cia. de St Sons Ltd. —
OB The London Assu
Seguros Gerais, Ocidental Com de Se* rance (acionistas da Royal Asiurancc
Seguros Gerais) Eurico Castanheira, Co Ltd.. Secunlas S/A, Lowndcs
Odilon de Dcauclair. Group, Sun Alliance and London In» ),
Cia. dc Seguros Aliança da Bahia (Banco ligada à Royal Insurance Co.. London
Cidade do Rio de janeiro. Banco Eco- Lancashire Iru. Co . Liverpoo! & Lon-
nômico da Bahia), acionistas da Cigar- don St Globc Ins Co , Comp dc Segu
ro* Souza Cruz) Pàmphilo Pedreira Frei- ros Río Branco (Alfredo Vieira. Herbert
ra).
berto Levy. Arthur Soares Amonm. An-
629
tônio A P Guimaries. Isaac Banayon Inc.. Usines Chimiques des Lab. Frui-
Sabba). çais. Lab. Roussel S/A (Lab Tones)
Cia. Química Merck do Brasil Merck — (Phillips Joscph Eticnne Bcraut, Zulío
Untcrnchmungcn AG.. Merck Co. USA. Mallman Freitas, Mader Gonçalves).
ESSO Brasileira de Petróleo — Standard Contribufram através do Centro Indus-
trial.
Oil (ligada a Asfaltas Califórnia. Cia.
Petróleo Califórnia, acionistas da Comp. Laboran-Franco V. Ind. Químicas e Fu-
de Gás ESSO) George William PolU. macéuticas S/A (Darrow Lab.) Nelson
Allen Walkcr Martin. Paulo Carvalho Torres Duarte, J. Carlos Mayrinck. Age-
Barbosa. Carlos Nabuco de Araúio. Fcr nor Miranda Araújo Fo.. Adroaldo V.
nando Mbielli de Carvalho. Morvan de Barboza dos Santos.
Figueiredo. Olavo Aranha, Joéo D Audl Liquid Carbonic Indústrias S/A (Liquld
de Oliveira. Daniel de Carvalho. |osé Carbonic Inc., Liq. Carbonic Corp) li-
Thorr.ai Nabuco. gadas a Walter Kidde & Co. Inc Arte
Cia. Fletroquirnica Fluminense — Pluss fatos de Metais. Aço Metais S/A.
.
Ga
Stauífcr AG — Alemanha Pluss Stauf- ses and Chemicals International Ac»o
Íct — Suiça. Pluss Síauffer — EUA. Jo- nistas de Walter Kidde S/A Ind e Com
sé Alves da Mexia, Antônio Marques Ri- Liquid Carbonic do Brasil) losé Wil
beiro. Guatav Adolf Baumann (ligada a Jcmscn. Paulo F. Geycr. Fabio G. Bss
Hoeschit (Suiça). ONDA (França). tos.
Pluu Staufíer (Amencana) (Vicente de
Laboratórios Enila S/A (François Iran
Paulo Galbez. |a>me No. Vasconcellos.
Marc Rousseau, Gertrud D Hcymann,
Gustav Adolf Bavmann. Arthur Mullcr.
PhilippcGucdon. Carlos Paulo Bclla
Antônio Marques Ribeiro. José Alves da
che).
Motla).
Hoechst do Bratd. Ouitmca e Farmacêu-
Cia. Merck do Brasil — Holding Aklien-
Merck Untemchmungcn.
tica —
Trani American Chemicals Ltd.
gesellschaft für
Merck & Co. fnc. EUA
— EUA. Farbneite Hoechst AG — Ale- Suíça.
Merck Akliengesellschaft
(E
Alemanha), —
manha
acionista da Merck Maranhio. Palmiri
Indústria e Comércio de Minéno» ICOMI-
Administradora, Merck Sharp Se Dohmc
CAEM1. Bcthlehem Steel Corp EUA.
S/A Ind. Químicas e Farm. (Rusvel Ti-
Bcthstecl do BrasiJ S/A. Panamá. Bcth-
noco Pinto, Clemente Augusto Martins
Ichem Steel Export Corp. (EUA), Bcth-
da Gama, Karl Erik von Davidson. R
lehcm Steel Export Co (Canadá), Bcth-
Tinoco Pinto, Dcwey Slollard). Amrn-
Brai Corp. (Augusto Trajano de Aze-
can Chambers of Commerce. Contribuí-
vedo Antunes. Francisco Viríato de Mi-
ram através do Centro Industrial.
randa Carvalho. Francisco de Paula c
Carvalho). Cia. Estanífera do Brasil (Phillips Corpo-
Laboratório Grow —
Manoel Gonçalves
ration, Cie. Française
Metallurgiqucs
d*En»reprises Mi-
dTnvestis-
nières, et
de Miranda (Renato Glech Grou, Mer-
cedes Grots Miranda), ligado ao Labo-
aments COFFREMI, W. R. Grace, P*
ratório Bras de Chimioterapia Produtos
lifto Mining Corp.), Consolidated Tin
630
Pcirominas — Petróleo Minas Gerais (Ed- Pollund, Tlbério Vasconccllos de
mir Gomes, Armando de Paiva Abreu). Aboim, Jorge Gabízo dc Faria.
Quimüra Com. Ind. Químicas S/À EI- — Cia. Uliragás S/A Região Rio — Socony
motran A. G. Merck Holding Suíça. — Vocuum Oil Co. (Standard Oil Co.),
(Merck USA, E. Merck À.G.). Contri- Bromberg. S/A Magalhães, Cia. Brasi-
buíram através do Centro Industrial. leira dc Participações Cobrapar (Grupo
Refinaria c Exploração de Petróleo União Igel) (Mate Laranjeira, J. Thomas Na-
— Grupo Soares Sampaio, Comp. Super- buco Araújo. Chanceler Joio Neves da
fosfatos e Produtos Químicos. Êtablis- Fontoura).
sernent Kuhlmann (Demósthenes M. de Cia. Ultragás S/A — Região São Paulo —
Pinho, F. J. M. Rousseau, Paulo Famai- Phillips Petroleum (Henning Boilessen,
nha Geyer. Miguel Monteiro de Barros Peri igel. Hélio Beltrão, Rubem da Bra-
Lins, Helenauro Soares Sampaio, Carlos ga Rogério).
Eduardo Paes Barreto).
— Vitrofarma Ind. Com. de Vidros S/A —
Reichotd Química S/A Reichold Che-
Sociedade Mercantil Cainca Ltd Shot- .
Lojas Americanos (Carloa Hue Jr., John Casa José Silva Tecidos (Antônio Ceppos.
Dovies, Thomas Othon Leonardo, Raul Franklin Bcbbiano Ceppas, F.F. Leal,
Freitas Mase Laudesmann,
dc Oliveira,
José Gomes da Silva).
Franklin Gcmmcl, Donuld C. Best).
Cia. Agrícola e Industrial Magalhães
Braíor Brasileira Fornecedora Escolar S.À.
(John Gregory Sobrinho. Charles Toor-
(Francisco Mcllone, Sílvio Mcllone, Luiz
sen, Paulo Oliveira Rodrigues. José dc
Mellone Júnior, Oswnldo Mcllone).
Almeida Resende) (S/A Irmãos Maga-
Cássio Muniz S.A. — Importação c Expor-
lhães,S/A Magalhães Com. e Ind ).
tação (Hélio Cássio Muniz de Souza).
Tecelagem Assumpção (An- Cia. Usina do Oiteiro (Hugo Aquino, Her*
CU, Fiação c
Décio Assumpção No- culano Aquino) (Inds. de Bebidas J. To-
tônio Calvão,
vaes). más de Aquino S.A.).
631
Cm. I am CaMa 5 A t M«4» Cesuro Ja Indústria Brasileira de Fósforos
Gomm. Lada da K+Hrmt Coam. Far de Madeira de Segurança (O Ceniro da
aaado B bau\> Gammi. Industria Brasileira de Fósloros de Ma-
Cm.
Pftffer)
|r .
SaiaaJ
| I DonMa.
ér M Vlavcia
<C*cel Hube»
Feno. t
bem contribuiu para o IPtS São Paulo)
(Eduardo Garcia Rosai, |oào Bapnsu
Leopoldo Figueiredo, |osé Ignácio Cal-
P C Sokmà^« deira Versiani).
kc*ti W
Urras*** Maérrai S/A Sn/**M»a ‘Bethle
U*p *r.7 w«l V V., JCO-
Ml Serheria^i» lr»cm bmz k for Doe
,
(Jorge F. Geyer).
Moinho Fluminense S/A (Bunge
—
&. Bom)
Soe Anón Inversiones Indústrias In-
lopmg CowMrmi jgada ao Rso Tiniu I
teramcricanas,Yapcyú S/A, Enia S/A,
Zík Lundon hrvTfwxrl HUlaad Au Agania S/A, Milla Cura S/A. Arizona
gtest 1 ra>ao ér Azevedo A»una Ac«>
S/A, (Jüra S/A, Vega S/A. Ligadst a
u»*iâ da ICOMI. Cm Mnw ér Jangada.
Credil Lyonnais, Sanbra, Grande» Moi-
KüMISAS faf lm é Msiseruçáo,
nho» do Brasil, Moinho Saniitta Acio-
C A fc M I M-nrravão Cabe Orar**. Beth-
nista do Banco Francês e Brasileiro,
Jchern Bear Corp •
Banco Geral de Finança» c Comércio
Coca-Cola lndú»>na e Coaé M ti Lséa A
S/A, Tatuapé Fabrica Tecidos, laragui.
CocaCola F ip.fl Corp f ligada à Mal
Vera Cruz Seguros, Grandes Moinhos,
lana e Cervejaria Londrina S/A Acio- Ouimbrasil, Coral Tinia» S/A. Sonac.
nista da Rríngerarues BAL HL S/A) Serrana Mineração, Moinho Panucchi,
(Carlos Eduardo Lyra) SonabrÜ Alanj*, Comi», Moinhos Rio-
Confecções Sparta (Vkertlc Apa|. grandenses. Santo André, Cia Brasileira
Josd Silva Confecções (António Ccppaa, de Arma/Zn» Gerais, Tilclalioi e Teci-
FrsnkJm B. Ccppaa). dos S/A, Agénua Marflima Intermares,
Chcnilc do Braail Tecei Confec (Gilbcrt Cia. Lubera Prod Agrícolas, Dakota
MubeT Ir.. Paulo Lacerda. Ouanim Bar- S/A (Antonio Chaves Ilanclot, lorge
bosa Família Mahfuz. Frneaio Abdulla) Souza Resende, J. C Machado de Sou
(Del ice, Cobra, Sears, Roebuck 4c Co 1. za, Alfredo Augusto Ferreira, Alberto
632
Bandeira de Melo. Eugênio Belolti, Ar- Litográfica Ferreira Pinto (Elpídio Fer-
gemiro Hungria Machado. Cario* Pcry raz Andrade. Pedro Asais dc Oliveira.
de Lemoi, Octávio Andrade Queiroz. Fernando Almeida Machado, CsAí
João de Melo Franco, Jorge Americano. vakanti. Carlos Guimaráes Pinte <k Al-
Herbert Levy, Luí* Simões Lopes. Er- meida. Armando Rocha Ismael Caval-
nesto Leme, Egon F. Gottschalk. Bene- canti Albuquerque. Guilherme Gumlc
dito Manhães Barreto. General Juracy Herbert Mosea Harold laroes Renda 11
Magalhães, General Paulo Tasso de Re- Gibbons. Hugh Maxwell Miei. Momaguc
zende, Joio Pedro Gouv&a Vieira). Con- Johnson Jay. Mauricio Nabucot
tribuíram através do Centro Industrial. Société Sucrencs Brésiliennes —
Socieda-
Sagres, Phoenix Assuroncc Co., London Usina Victor Sence S/A (Reoée Vicio»
& Lancnshire Co. Inc. Ligadas ao Bun- Sence. Luiz Victor Sence, Renato Mo-
gç 4c Bom, Yardley Co., Wiggin* Teape reira Ramos. Rosa Sence).
Sc Co., Momy Ltd., Gcrmonc Montcil. Cia. Usina Açúcar S. loio Grupo —
Acionista da Cia. Industrial de Papel Pi- Omclto. Acionistas da Usina Iracema,
rahy, Cia. Brnstlciro de Fumo em Folha, Usina Boa Vista, Usina da Barra. Usina
Cia. de Cigarros Castelões. Cia. Investi- Santa Helena, Usina Modelo. Usina Sta.
mentos e Empreendimentos Piruhy, Cia. Lúcia. Usina Costa Pinto
(Castão de Mesquita Filho. Herman de •cph Lucas Ind. — G JL) (Guilherme Jú-
633
ft» C—o* B* 0** Mecânica Fr» ada 5/A
C*a. Ferro Brasileiro.
Br a *l lana Tino*
pMb âa v»-— Va Ha
Serraria
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Agropasiortl
Mineras Ao Trindade Cia
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perava Ltda Soe Agropecuária de Par
licipaçòet c
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Administração Apa l ld
H4a U* Imm LaiHáa F redo. Com Adm c Part |apura Ltda (Lucas
lÉiaéi C Km Mm* C &hi A» Lopes.
Lanan. Joaquim R
Amaro Lanan, Cássio Lmberto
Lanan)
piaW« V C«nA* kMo F Gouvtu
Van Uéa P Akâaaaaa) Laniíioo Lealtc — UFITEC S/ A -Union Fr
Oa faneca ár TKda Dum ca bei — nancitrc cl Tethnique (Suíça). Dono
Wo
I
M4
tuita dos Armiz/n» Gerais T W S/A. Cia T laocr Comércio c Indústria (Octi
Tubos Gusrarapes. Empreendimentos vio Gabi/jo dc fan*. Enk Svcdclius).
Industriais e Comerciais Hansciuca American ChambcT oí Commcrcc
S/A. Soe. Agrícola de Comercial. Mecá M Agoatim Comércio c Industria S/A —
nica Jaraguá S/A, São Paulo Comissana Aladdin Industries S/A (M Agostmi.
S/A. Ind. de Artefatos de Tecidos Pi Raul O da Sdva)
naquara. Diederichscn T. W. Comércio Probal Comércio e Industria S/A (Hugo
c Indústria S/A. Argos Industrial. Lani- Forman. AntonicU Rangei Formar)
fício Argos. Usropa S/A Expor e Im- H. Stem Com c Ind (L GABRIEL BA
port., Têxtil Química S/A. Asbrasd-As- CHER)
pereSo do Brasil S/A. (Murilo de Bar Com c
Cia. Fábio Bastos lod (LAERCIO
ros Guimarães. Jaymc Drummond dos GARCIA NOGUEIRA)
Reis. Pedro de Orleans e Bragança). Abreu Loureiro Tecei Coo/ 5 A.
Contribuíram através do Centro Indus- Auto Mark SA.
trial. Rodngues d' Almeida Com. e Ind.
Cia PROPAC Com. e Ind. Valentine — Comércio e Indústria Alves Peixoto SA.
Pring Torres e Cia. Ltda.
AG — Suíça. Saiam. Hardoll Com. e Forlab-Maténas-Primas e Embalagens Ltda.
Ind. de Equipamentos Sadoll S/A (Al-
Fábnca Young Ltda.
licd Dcvclopments International Inc.).
Cia. Brasileirade Velas Marchai S/A — Julian Nogueira e Cia.
Eton Exportação e Importação.
Hardoll Lld. (GB). Atlied Dcvelopment
Sotel Tecidos.
Int Inc. (EUA). (José Lampreia. Oswal
Algodoeira Fernandes SA.
do Bcnjamin dc Azevedo. Luiz Wallace
Distinção S.A. Móveis e Utilidades Domés-
Simonscn. f. E. de Seixas Corrêa. F. |.
ticas
Bsrccllo» Dias.
Tecidos Salvador Esperança SA.
Penauto S/A Ind. c Com. — Sospc Trading Usina Sapucaia SA.
Esiabliihmcnt (Liechtenstein) (Amira-Ad-
A Esplanada Roupas SA
mifiiitradoro dc Negócios S/A). A. Villcla Café SA.
Remington do Brasil S/A
Rand R. — Agro-Madcircira Pcres Ltda.
Rand Ovcrseos, Remington Rand Inc. Barki Tecidos Ltda
NY. (Spcrry Rand, Fernando Cícero Vcl- Bcl Fil Tecidos Ltda.
loso. Tcréncio Cattlcy, Ernüni Plllo, C. Barbosa Freitas Modas SA.
E. Araújo, Alberto Leilão Coimbra, A. A. Big Lar Utilidades SA.
Miyer. Wllliam P. Jones, Carlos Paes Casa Garson.
Leux CangBçu. Fernando Cícero Vclloso, Cosa Milton Pianos Ltda.
Terênclo Cattley). Cia. Agrícola Baixa Grande.
Indústrias Sinimbu S/A — Pctann Corp. Cia. Comercial Marítima.
Acionista dos Loboratórios Antipiol, Corrêa Prata e |òias SA.
Impor. Export. Pinabra, üib. Farmacêu- Dorex Aparelhos Domésticos S.A .
tica Vicente Amuto, Ind Alumínio Rey- Del Rio Modas Ltda.
bra (Eugênio Veiga Giruldcz), Maquip. Distinção S A.
Com. de Máq. e Equipumentos (L. W. Fxponsio Mercantil Importadora e Expor-
Stricklnnd ), Prod. f armacêutico» Usuíur iadorn SA.
m*. Mineração Cacté-Mirim. Usabra Iml. Gávea S. A. Veículos e Máquinas.
t Com. Madcmoiselle Modas Confec. SA.
5*lng Indústria c Comércio Ltda. (louquirn Seda Moderno S.A
Carlos Vlanna Carneiro, Hélio Vinnna Cia. dc Calçados Presidente.
Carneiro, Angelina Vianna Carneiro). Malkcs Jóias Ltda.
Tinturaria c Estamparia Pctropolllana S.A. Cia. Calçados D.N.B.
(Breno de Nardt). Usina Santa Cruz.
635
Cia. Agropec. !nd. Campinas. Irmãos Cnnclti S.A. Bebidas Refrigerantes.
Cia. Sio [oào Armazéns Gerais. Rafael Gospari Tecidos c Coní.
Distribuidora Mercantil S.A. Ind. Bebidas J. Barros Aquino.
Granja Sanhaua fulop Import. c Export.
Granja Piranema. Carlos Carneiro c Cia.
Irmios Otuka Agropecuária. Empresa Participação Lagoa S.A.
c
Indústrias Klabin Celulose. Luiz XV
Aparelhos Elétricos Lida.
Magazin Segadaes. Cotonifício Gávea Sudamtcx do Brasil
Usina Novo Horizonte. (United Merchnnls and Manufacturem
Usina Poço Gordo. New York).
Vaiados Coboco. Clínica São Gabriel S.A.
Usabra Ind. e Com. S.A. Abreu Loureiro Confecções SA.
636
7. Serviços ferais e de utilidade pública; transporte
ril do Jardim Botânico, Cia. Puulista dc São Paulo Listas Telefônicas Brasileiras
Serviço de Gás, Companhia Tclcfônku (Gilbert Huber Jr.).
Artes Gráficas Gomes dc Souza S/A. Fundação Coimbra Bueno (Abelardo Coim-
(L.T.B. S/A.) (Gilbcrt Huber Jr., |oȎ bra Bueno. General Humberto Peregri-
Cindido Moreira de Souza). no).
Ediloro dc Guias LTB S/A.
(Clarence Dau- Papelaria Dom Pedro II S/A. (Manoel da
phinot, Eurico Castanheira, Hamilton Pa- Cruz. Manoel Alberto Pereira Dias).
raíso, Morccllo Rangel Porto, J. J. Dor- Agir Livraria e Editora (Artes Gráficas In-
nellci). dústrias Reunidas S/A. Agir). (Alceu
637
Amoroso Lima. CAndido Guinle de Pau- Kosmos Editora.
Machado).
la Almeida Mello Publicidudc Lida.
Importadora Gráfica Arthur Sicvers. Instituto Educação c Cultura |acarcpagu&,
Editora Vecchi Lida. Papelaria Maslcr S/A.
Editora Globo. Editora Montcrrcy Ltda.
Seleções Readers Digest Empresa Jornalistica Notícias da Indústria
Editora Paulo de Attesedo. Ltda.
Livraria Francisco Alves. |osé Olympio Editora.
638
APÊNDICE I
Olavo dos Anjos — Cia. CamaacialJi Ind. Wanderbilt Duarte de Barros — IBAD. Gru-
e Com. po de Estudos IPES— — CBP.
T ibério Vasconcellos de Aboim —
Cia. Es- Domfcio Barreto — Cia. Industrial e Mer-
trada de Ferro e Minas Sío Jerônimo. cantil INGÁ.
Roberto C. Andrews —
Conferência de Procópio Gomes de Oliveira Carme —
Fretes Brasil — EUA —
Canadá. S/A. de Máquinas Sc Material Elétrico.
José Ulpiano Almeida Prado —
Campos Arthur de Valle Bastos —
Cia. Fornecedo-
Salles Ind. e Com. Refrigeração, L!oyd’s ra de Materiais.
Almeida Prado Ltda., Irmãos Almeida Glauco Carneiro —
Setor Opinião Pública
Prado Cia., VASP. Cotton Farms. Bolsa — O Cruzeiro.
dc Mercadorias de Sio Paulo; A.C.S.P.; Aurélio dc Carvalho — Grupo de Integra-
Caixa de LiquidaçAo de Mercadorias de ção.
SAo Paulo S/A.
André Arantes — Banco Novo Mundo (G.
Henrique Alves Capper — CONSULTEC,
CACEX.
da Silva Fernandes. Lélio Toledo).
— Arthur Levy —
Empresa de Construções
Oswaldo Benjamim de Azevedo Cia. e Pavimentação S/A. ECOPA. —
Propac Com. e Ind. (José Lamprea, Per-
cy Murray. Luiz W. Simonsen). Cia. Bra-
Alves de Castro — Repórter Esso, Setor
Divulgação.
sileira de Velas Marchai (Banco Noroes-
te do Estado de Sio Paulo. Valentine
Fernando Viriato Miranda Carvalho —
S/A. — Suíça, SC AME —
Societé Cons-
Aços Anhangúera S/A. (A. Lamy
Daniel Sydcnstricker), 1COMI
Fo.,
639
Wahcv Laidl - Cm Fièrxiàn dc P* lo*é Montcilo — Cmpo de Inicfra^do
Vrpc pa^c Mv#*. - CWt. lad S A foaé Arthur Rio* — Grupo* de Euudoi
<Dr^»mn Madurara Nki Sio l.
S P LAN., IN ES
Pado AfriM VA Cario* Rei» — Promoiion S/A
DaMcio «a C«a CtndA Moreira — Lauro Salaxar Regueira — Credibri» Fr
(«fo dv lAututaí — IPES nanceira do Brasil S/A . Banco lltrama
l-fl Maud Pm Mocft* - Engenheiro» nno Bratilciro
(ofMuiVjm drn *a» VA Fernando da Silva Sá Grupo de — Inie
MO
Minério» (Saint Gobain Point A. Mouv oilctroS A Banco Aymoré òc lascaá*-
.
de Carvalho —
Agricola c In-
Cia.
fer AG — Suíça
Jorge
dustrial Santa Lúcia. Minérios c Fertili-
José Alberto Cueiros — Grupo de Biblio-
zantes do Brasil —
MIFERT, Simoniz. do tccnia —IPES.
641
Milton Whalely de Auumpçio Paulo Roberto Tavares de Azevedo
Manoel Gomo de Almeida Cdcr Accorsi
Antonio Padua Borges de Castilho Newton Argucllo
Mana Cristina de Almeida Bclleza Aramis Barbosa de Mello
fim Barbosa Fernando D'Olne S. de Barros
Paulo Cícero Lima Batuta Aníbal Ferreira Baptista
Evandro de Oliveira Bastos Sílvio deSouza Branco
Antonio Barbosa Mauricc Juan Baptista Bouyassou
Manoel Barcelos Romário Boscardini
losé de Barros Pinto Marcial da Silva Barbosa
Pendes Lu cena Costa Vianna
Túlio César Belisário
S)lvio DanielCommeiti Mora Renato ítalo Rodrigues Canteiro
Oscar Huc de Carvalho foaquim da Costa Carvalho Fo.
Paulo Magalhães Couto Fo. Oswaldo Cezani
Celso de Almeida Campos Gilberto Conforto
Octivio Campos José Pinheiro Campos
Luso Soares da Costa Uriel de Carvalho
Hdtoa Carlos Dooola Dor aula)
i Bruno Dilio Dante
A. G. R Dorea (editor) loel Dantas Fo.
Arcadio Fernandes Gal. Adauto Esmcraldo
Carlos Paiva de Oliveira Freitas Fernando llher
Alhos de Freitas Fiávio L. Figueiredo
Bdrruro Fernandes Sérgio Augusto Fragoso
Mane Pederneiras de Faria José Ruis Fontes
losé Mana de Barro* Faria Octivio Salgado Ferreira
Álvaro Portilho de Sá Freire (CIERf) Luís de Miranda Figueiredo
Orlando Fana Domício Moreira da Gama
Joaé Miguel Guerra Sylvestrc Gallo
Stcfíndo Rosoct Gottschalk (ADIPES) António Gaviio Gonzaga
Fláno Wencnsla* Feneira Caspari Fernanda Pires Gurjan
Edgar d Duane Gonçalves da Rocha Humberto Gogliati
Ovídio G lotem Emílio Gonçalves
Pedro lacioto Mal] et |obim Arlette Moreira Garcia
Nestor lost Fcrnondo Otávio lardim
Samir Hadad João G. W. Hohn
PauJa WaJtcr Kr • use Walter Kanitz
Konrsd Aleionder Ko»aleski ). Knack
Robcrlo Nuse» Lopes Hélio Lomba Lopes
Ariithcu de Medeiros Lopes J.Lúcio dc Souza Coelho
AJvaro Ávila LcaJ Sebastião B. Ribeiro da Luz
Antônio Borges da Silveira Lobo Manoel Arthur dc Souza Leio Neto
Paulo de Tarso Mello José Carlos Lconc
lúlio Diógenet Corrêa Martins Cássio dc Souza Mello
Manoel Soam Mata Mozza Wctternick (DMEF)
Ernfini
Unem Maria Omcllas Humberto Martins
Paulo Vítor da Costa Monoeral Antônio Lcol de Magalhães
Antônio Corrêa Marques Joio Pedro Gouveia Vieira
Ubaltino Casicl Ruiz de Azevedo Lino Maschcrpa
Urbano de Albuquerque Wilson Joaquim de Mattos
Octivio Ribeiro de Almeida Edgard James McLaren
Luiz Roberto Apa João Alfredo Montes
Anielo Lyrio Alves de Almeida Aloysio Manhfics Costa Vax
Ricardo Cavalcanti de Albuquerque Ageu Mocabu
An na Akxuo Luiz Fernando Machado
642
Ronaldo Mathiesen Monteiro Altomar Hemínio Pereira
Narzi Maia Abrio Yazigi Neto
Fran» Machado Cyro Moura Pimenta
Francisco dc Castro Nevei José Edmundo Campo* Pereira
643
1
.
APÊNDICE J
IPES
SEÇAO RIO
O saldo acima está empenhado para atender ao pagamento, ainda no mês de maio. das
seguintes despesas:
645
Principau dei pesas
O* orçamentos ordinários tentativos para 1963 do Rio de Janeiro e Sio Paulo (1:1000
cruzeiros) eram os seguintes:
1962 1963
(mensal) (mensal)
646
1962 1963
(mensal) (mensal)
Um outro orçamento para 1963 mencionava algumas categorias que não foram consi
derados no orçamento anterior:
Obras Económicas —
200 (Rio);
Obras Sociais— 200 (Rio);
—
Setor Sindical 4000 (Rio);
Estudantes — 1000 (Rio);
Educacional — 6000 (Rio);
Fontes; Orçamento de SP para 1963 enviado à Secretaria do Rio com substituições; prepa
ração a corgo da Comissio de Planejamento.
Orçamento para 1963 — Sio Pauto e Rio
(Todos noa arquivos do 1PES. Rio de laneiro).
647
Açao IPemocrática
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r—ckidoc a i cnrid— te q—
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aa fia de jurke.
t. Neo-lAc que, —
pnín— tcUiwctc, 4 « 28/4/1*2 iJc aejea cpra-
»— ladea quentlaa Uo aprecUveli c—o t» lULao «ju cctinde diicolerUi,.*
fuLce dc *e<ili/itajMQlea', a— c racpeeUva dcaerLelae^a da dccpeacc efetuq^ae.
At—eiace—**.»•
•áfiMii Oeeerel par to te a ar, Truf twuJU
1
APÊNDICE K
Infiltração Comunista: Nomes e Entidades
LISTA 01 INTIDADKS
(A) UNIA O NACIONAL DOS ESTUDANTES
(D) CEDPEN
(C) PACTO DF UNIDADE E AÇAO
(D) COMISSÃO F ERMA N ENTE DAS OROANIZAÇOEI SINDICAIS
(E) O METROPOLITANO
tri ASSOCIAÇAO IXXS DIPLOMADOS DO I3EB
lO) UNIÃO NACIONAL DOS SERVIDORES PUDL100B
<K) LIOA FEMININA DA OUANARARA
(I) MOVIMENTO BRASILEIRO DOS PARTIDARtOS DA PAZ
|J| ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE SOLIDARIEDADE AO POVO
PARAOUAIO
(L| COMISSÃO FEMININA DE INTERCÂMBIO E AMIZADE
APÊNDICE L
Títulos dos livros e revistas de publicação e circulação a cargo do IPES
Uma lista dos títulos de algumas publicações bem como de seus autores dará uma idéia
nítida do tremendo impacto que a campanha ideológica do IPES exerceu sobre as diversas
populaçócs-alvo escolhidas:
A guerra política —
Suzanne Labin (publi- Cuba: nação independente ou satélite? —
cado pelo IPES. 28000 cópias); Michel Aubry (5 000 cópias, publicado
Amostra da infiltração comunista no Bra- pela GRD Editora):
sit (2 edições); // esl moms cmq — S. Labin (distnbuído
Aliança para o progresso — O.E.A. (29.000 entre estudantes universitários);
cópias); Mater et Magistra;
Democracia e comunismo — "A defesa na- Reforma tributária —
Mário Henrique Si-
653
;
654
Presidencialismo e parlamentarismo J. — uma constituição presidencialista, ambos
Camilo Torres (com um orçamento de para após 6.1.63);
2)0000 cruzeiros, lançado como uma Á OEA — John C. Dreier (G.R.D. Edi-
"contribuição doutrinária” ao plebiscito tora);
655
APENDICE M
Correspondência de B. Roguski com o IPES sobre a
"
“Mobilização Agrária do Paraná “ e a " Carta de Paio Branco
W 0 M » a in-ppnifi^-a
ficaConda da Ita^uei. 23
t*. HUciadaa Mario SÓ Pralra d* Sousa Tal. i 27-6533 23-7171 1. 237
4t -koro
Dr. Dânio ’*ocuelra f Rua Sr nadar Drnle», 7i - 15»
Tal.: 42-6188 — JV44o{~
«d*T
Vt-faço - 1?6
Ga túlio Tarr* • "
Tal. i 46-1210
da
»el.« MO
Dr. Jnaó Tutor» fonve* L/
arou iflidnu
soo*
1
‘ a«la
-
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Prof.Lvd» Gerloa Nrnolnl
- Dr. Vpnderhilt D. do Borro
Ag.JC ríL
Tc - L do «irAo da 1962
- f da lunlv> da lOfr
Nu
a Nacional a Usembleia LrgtalaUva da Catada r a* to dr CrihnDw agncoÉ
t amara* Municipal» para a vitoria 4aa altos lalrrêa
•e» da lavoura r da pecuaru. na elahoraçao dr Iru c »• cr» uma JUSTIÇA RLTLAL e
4r posturas munxipau r na voiaçáo doa rrsprctiTu* roda . f Ksce* Unia.
orçamento», (. — pra.- il
«' - propugnar para que a lavoura « a pecuina ta do horner. V» caw
lanham rrpr* unlaçao modigna p»«r inlennedvo dc -
rtrlor a 4rsapropr.açio dr itm» Ina^isP
•eut dekgadn» aulortiadoa. nos orgao» rstataii, para
í
txlas an mirrem» «*»af e d
* * ~
e»UUi» autarquuoa r dc rconouu mula do Estado iiUnionaia sigenuo
c 'la tniao »\-dcral cu>a» finalidades vejam as de a*- bi — Ir*» u fa***j>» rviata • t
tUllr v auiilur ao homem rura> nu fomentar a agro- vidrucaa rducanunal rstnnfaaL taatUfla t lCr* Co
pecuária paranaense, firaiuri. a vuarato n aumento da produtividade de
dl —
apruvar e traçar normas rm rctarao .» Be- mi.iv pmprKdadrs e a m.-Lhon» du bem^atar |cnl
forma Agrária", I» - garaoU rrmum-raçio justa e adequada pan
•I —
doutrtnaitainente. adotar o* principio* bá*l uê produtos .ígro-pecutno', coibindo, por outro lado.
roa referente* ao ruralismo, consuhsi a miados nas ia! i (lrs> ao inoderxU r rscorchante dai uülldadct.
Umas IncklltM Papa*». maquinas IrmncaUí IrrtiinaBies loarUndas cedi
(I — telar pelo loruieci mento oo regime d« moera ( a uentoa rte dc qvr neersata o honro da rtepo,
tko prla digmftraçao da função publna e prta mo j —
prupaoc o oorcai earoames*te das safra» agrt
ralldade administrativa rnlss jinvrs de Mu
nas dr transporte c proor n r
dimtoria oa produtos da lavoura contra » ddenoaçio da iua
qualidade » de srua preçua. mediante fila gs ta e arca
N*m
opoetwniéaéo Ul •U.t, uma O rs Varia Pr» <
• .* Visa: G»rlb»l4i Raala. !.• Vlco Om«r Ma cr»* Gut peratm>mo rural, como okkm iads«peuavtta para o
mariat; 3.* Visa RlvadSvIs Manarlm, Sfçrstário G«r»i |irognrw> das iso jmdades afhcoU»
JtS*»*»Uy OsloU BoRysbL ' * Soerotdrlo VvmU.ía i» i» - proteja a dignidade e v Uberdade i'o ror»
Ormla Lara. J« l» craiírTa Rwban» Supllcy 4* Amaral. iria iuf» qur potva afluir, com a nu clarlhddncla
i
«*•4)0
•itvd‘. da hora cm o<ir se drliilc a NAÇAO. queiram
• \ »ua fr iiishaljvi ••*<• alto* ilrvtiiio» da
1 I
- t.iai » ornrntr rrso\ adora defendida pelo nraA»-
i
Pilha num iltma di* amplas liUnlailts .Irnmtrati mn i‘iuiisuive pnijiugnando pela «tWvna d» tetu
ra< a»»»iruraila* prla» IrulllulçAr* slgentrs que con «k r do mu piogrsoia dr K^> cu» prdl do aperfrl-
aanhrtlrm» nle rier. idi* garanti m a nntrre a p»'' e mu .a o d..* meirvVx r dor irocevaro polUioo idmt
• pn»*|»rni1adr a thd.»* as rlasae» «miaU drntrn da li. i.jtiMis d* >t. L' >no r do RRASIL’
mati prrfrlla hirmor»»»
Curitiba. 77 és (vnNa éi l«4V
rnnrnCço r»U coRhnronDtocrA «n»a» C.
< L
Mal* >OS S5Í0 por tari dt ca ff exporUdoi e salvando 10» - Recomendar ao earlarecido eleitorado ra/aJ
da rala* r da aisena milhares de famílias paranaenses do Paraná como garanti» de vigiaria da democracia re-
presentativa no Brasil, manutencáo daa r osmi mala ta-
— Apeia.* aoa lavradores para que num festo de res tradiçur» de povo nUUo ordeiro e progreaaMto
*“'*? *'
erttto aoa brasileiro» das classes media dignidade probidade e Indepmdincto no eaertlcto da
um doa mau dl* nsandatos Irgtalausos e inUanslgente defesa doa poetai*-
i mataria de abai* dos conl.Ooa na -Cart* de Prtaa^tm do AaciNmi Pa-
«e]aai promovidas rsasraw* - A ric cao em 7 de oMbbvo p viodoara. daa
legumtao»*» •fcijko arrou.
( seguinte» candi&atoa que pelo seu paaaado petoa Mas
Kja. trtfo centeio etc para •« r*oa
i
IrabeINts em prol da agricultura paranaense, peto *»s
t ano» nao falte alimentação ao sacrtfV patriotismo pela tua comprovada rfKliorU no
ptnhu de funçòea )» exercidas, pela tua cullufa • caráter
ja porto» em prova, merecendo o honrado e o coMCleoto
1.* —
Apetor ao icHm federal para qoe determine
«cio do agro pecuarista do Paraná
ao Barro do Rrasil e ao» demau estabelecimentos de
e» «*»to —
oOciaii t pariirwixm a tr.aU rApida » efl* — Par* araadov BCNTO MUNHOZ OA BOCHA NTTOi
omu CJtnpuicao d» trrdito sgropecuanc. a ComJtaAo — lOiSSKS FIUOU CCIBAMB
Pvdral At ftoaactamrr.to da Pruduçio a firscáo de pre Para vupseau
qoa maumxn do* prodwtoa da lavoura antes do Inicio dai
ruprrtteaj »frs» era n/rrü «ar estimulem a produçio
dt cerrai* leguaninomt labereuios fibra» irpUb e nleo- II CABIBALOI RTALP
gssoraa _
04,-ç ; Jfi* «s- fVarnvolvknento Económico
^r» •*aprtm» » wlumv oa rtnanc lamentos prua<a.~^na tl JilAO RIBEIRO JCNIOH.
para a conxtraçao de tilas armaxeru r frtgoriflro» e
paro a etrtnriracào rural e Induatnal neste Kit. ido II SILIIO ALDICHERI:
0* —
Apelar para o Ooteroo federal e o CongriaáO «I la aer Indicado prla regUe Sal áo EM ado).
NarltmaJ para qoe tomem mrdtdai ur«rnlea e drásticas,
T.-ando o eraUibr» orçaincnlsno A conlcrvçáo dai iles- Para depotado» rtiidoaU
publicas o itairme da produção nacional t o fo- II AUTOCX CAETANO:
onOo das m»r*açfT j fim de r.unrar a aan«ria Infla-
rmos na que rOl levando o pau ao dewspcro r * fslincl* II EDGARD RIBEIRO MENEIES.
> —
Apela/ ao Ooverno do Estado r a Assembleia II HAROLDO LCON IXHES;
LeguMbea estadual para que amparem o pequeno r O
medio produtor p*ran**nor rm toda» as suas maU ve- 4) JOSC MARIO JVNQVEIRA;
rmenlea (utessaisdi Dnarvrlrai rrrd II ictas rdura-
elrnala aanitortas e lecniro atmolas - abolindo todoa
SI JUSTINn ALVES;
os gravames que prejudicam r perturbam > teu árduo •I NILSON RIBAS:
trabalho em prol do aumento da i>eodulivldade de suai
lirraa e a normal ramree lalltagio d> suas saíras 71 JOSS APONSO;
«• —
Apelar os demaU r lasse» prudu toras Comir- II •) III II
t * 11) (A serem Indicada, peto rvgtfo Ba
ck e industria - para que ne-U grave » dramática Oetle r Sudsrvte do Estado).
CTtor etr q-ie se debate a naMonabdide rarrçam eficiente
rentroáe Janto igr -eus componentes inertot larrupukMos II* AuU rltar a Comitván Executiva EsUdsal a cam-
e mau gananrtow no areiiido de evitar pr»r l udot os pi* lar a lista dos candidatos a serem apoiado* p*to Mo-
n 'Moa o tcjustifwavel r dr btUxsçio Agrária do Paraná.
'*eado aumento do* preço*
de bens de coe.» jmo de < necewJU i Issuura para o 17* Testemunhar ao rompanhelro rural lata Hs- m
Incremento da pruducao ssro-prt usm» lonlrlbuindu, nlstau Oala Ja RogusAI rx deputado federal aa doas
AMlm. para o desej.do rquUibriu -eial r r. tx m estar leglslatursi diretor da CvnledrraçAo Rural Brasil rira *
nos campos r nas ndsdrs r pondo barreira 4 erescente
vice-presidente da PederaçAo das Associações RuraU do
IrfiltraçAo do romunlrmo ‘marxismo leninlsmoi no seli»
Ptrana - « reconhcxlmenlo da agropecuária panuiaenai
dc roletlvldade paranaense
fulo seu sbnrgjdo « eficiente trabalhona fase e erg*-
7* —
Dar pleno * deslUido apulo às reivindicardes niuçáo «a Moblllracio Agrária do Paráná e apular parm
•°* RUBMiro» meeuta P»r< Mroa e assalariados ruraU oo seus oenllmcnlos cívicos a fim de qur, nesta quadra
qae sejam justai # legau no arnhdo «a melhoria «as ssmbru por qo* atravessa a democracia bruaileir*. acqi-
•<B*r*up*rtir*s sitaacAr» evonoenira» b*m estar * Iras Is em disputar uma cadeira na Câmara das Depot adas
qSnltdade de saas famílias dHrs* de seus legítimos dl tem# representante da lavoura da regUo Bstl do PsraoA
reftoa adequada rvmunevacAo do » u trsbsihsi e a r«.
lensAo dos benefícios da ai.uMncta oeisl atravvs do» NOTA - O D- Oatoja RogusAI acaba «s t Un ds» m
orgaiuaino» estatais Já eaiitmies «»• que náu funcionam da "MobiiltacAo Agraria do Par«aA~
a ps lo
sendu incluído na luta dos Candidatos a De-
rnneenimtCBiestf
•«-— — rasas qur drvrm funrluvssr a rasa pulado Federal da Callgagáo PJDC. DDE —
- sofredora r lasse
toctsl
CNDCMÇ0 FARA COtMSPONDINCIA Praga Zataria* M - 10* arvd - cov.| 1*01 7009
UM. «la Macia - Ca. Patfal, 171 - CURITIBA - Fr.
mi*
UMUMII
A MbOILUAgr. ACR^IA £K) PARAft/, r« OCAIlfo
C «CCUARISTAS RCkllAOA CM PATO OfcAiKO, * 19 K
M
coxc«T«Ac/r
AAOfTu RC l»,(«
M
* «rrticimc/v kkfocacs ba C*UZ>ja jOAjcR/TICA uc EJTauo JO pufe* i m
DCUTUTj wt PC3CUI jAj C £*TUa~ ^CUI.. (IPÊ*), nciocrcv, por MnM<Wi
,
AfROVAA A HtuSAOCM CO.lTIOA iA CARTA ÚL LjIUPÍNA C, RATinaXH. As RCAIsfcs
*cu tomadas cm KNirfjo m :um, d:uc«jw, cm <.mc m
siRUiiru a*
CC TIO-CCSTC oo Param/, DISIOIR AO* LAVRAOORCS PAaA 4f «SCI A PMttKTC CAAtA
JC F*Tj BRAXu c oiru of-u :m tooo o Lstaoo
WSJCTITAí C IICOIATAS OUA ATCmuCM O rÍTMu | /UC t»X» I A, KM O RUC SoJo M*-
r*AT l/vC 10 AR nrmitM IKITITUOOMII C CiTRuTUAAIs SCCtAMABM MUMMk -
«JkVIMCkTi SOCtAL C tCOvflUTCO RO «*ís, KOlMt CISAS AuC , C »*1« lAUCNTC, *1*
S(MI A* CBVlkÍRRIO OS^AJUWtAí 10 - UM «LA MflAM OA ASTRWTtMA TRIAUTJbIA,
UM AC LA RCDWyXo m/sTICA 0A3 APLICA^Ccs IMPA OUTIVAS J AR A UM «TO 0* SBB*
IVIITIOAX i*0 MT(R ARROfCCu/siO) C AO fCNC <TQ, BITUSIflCAÇ/o c
00* .1*03 MARCADOS CKTCAmOI.
CB II «ff*.
M*
II o. fitar.
Dr. Paulo da Aiili Ri ba Iro
IlO fll JiMlT? - OB.
limo. Snr.
Dr. Paulo da Aaala Ribeiro
Elo da JancLro - GB.
ShA-
Bronlslsu OstojlRafós*!"
Secretário oãfal.
TtUfoMM rMwbldo dia UU V às 19 ha., paio Oan. O.C.V.
laçad o 4o Dr. locusfcl.
dual. A preparação dos políticos para o pel do Estado neste problema. Subdivisão
poder. O voto e seu significado. O pro- do trabalho no regime capitalista. A remu-
blema da escolha de representantes. Qua- neração do trabalho. Escalas de remune-
lidades de um bom representante. ração do conhecimento profissional. Redis-
tribuição da riqueza através da tributação.
2. Intcr relacionamento da liberdade in- Caracterização do espirito de inkiativa da
dividual com o regime político-ideológico. liberdade individual Risco. Realizações do
669
ropéia do Carvão c do Aço. O Mercado ca. Os falsos alcoviteiros da opinião públi-
Comum Europeu Realizações desta enti- ca. O papel da imprensa na formação da
dade supranacional. Possibilidades de uma opinião pública.
entidade supranacional sul americana. Su-
prmnacionalidade. liberdade c soberania. 10 A relação da população com o sub-
desenvolvimento. Caracterização do subde-
7. Estudo objetivo da imprensa no Bra- senvolvimento. O
conflito entre o índice
sil. Funcionamento de um jornal. A em- de crescimento demográfico e a taxa de
presa jornalística. Caracterizaçãodo jorna- crescimento econômico. O caso brasileiro.
lista brasileiro. A função do jornalista co- Recomendações
mo um condutor da opinião pública. In-
fluência da educação e da situação finan- 11. Satclização de nações. As duas gran-
ceira na formação de opinião de seu jor- des potências mundiais. Relações do saté-
nal. Obrigações do público cm relação ao lite com a respectiva potência. Obrigações
seu jornal e vice-versa. da potência para com o satélite. A revolu-
ção cubana c seu significado. O destino de
8. Estudo dos valores humanos e das Cuba c sua influência no hemisfério.
virtudes cívicas A intensificação da práti-
ca destes valores em períodos de crise na- 12. As leis básicas. Estatuto da terra. A
cional. Princípios morais e a pobreza eco- reforma bancária Abuso do poder econô-
nômica. O aperfeiçoamento moral do mico Destmação dos lucros Tributos.
povo. Fluxo de capital. Código dc investimentos.
Sistema financeiro. Resumo dos projetos
9. A demografia brasileira. A população que por acaso existam na Câmara dos
adulta e a população jovem. A população Deputados. Breve resumo dc legislação se-
urbana e a população rural. Caracteriza- melhante em países de natureza semelhan-
ção da fração politizada do povo brasilei- te, tais como fndia. Austrália, Canadá e
ro. Geografia da população politizada. Os México. Caracterização das condições bra-
mecanismos de formação de opinião pú- sileiraspara a orientação do sentido de
blica no Brasil. Autenticidade da opinião leis necessárias. Leis básicas e ideologia.
pública. Os falscadores da opinião públi- Sugestões e recomendações.
670
Rio de Janeiro» 23 d» fevereiro d* 1^62,
IlAO.sr.
JOSi GARRIDO T&RHE3
Conselho Racional d* Economia
Rua Senador Daotaa, 7U - U+s
Rio d» Janeiro - OB.
Do Corrido Terras
> dlapoaoa da propoata <1# Praf. Joaá Artur Rio» qu# aaria aatrcgn
anta r« aarça (trõf tccnlcoa ã rocio da Cri 1C. 000,00 por cabof* te
da varã aar falta taibéa pera a rafonaa agrária, rafara* tributária • bt-
bltação popilir, cuja wor. tanta ( difícil an taci par 140ra. içado qw te
Estudos aa c\s-so -
2.
RfTlsI? da Con»tU^U»P
“ r*d*r|^ f mlflfr-
uriiuj
aeforma da lerlsla;ao trabalhista :
SlfcrmaTda
neforaa educacional ;
Ãefçrai io Cojí^o 3« Minta ;
Folltlca d» comercio extTrjor (ALAIX, Mareado Com
turopeu, Cortina da Itrrd;
Política da transporte» ;
roHtlca de ererria;
política da saude ruMici ; m
rtfor-aa ^ia er rutura .e^õFtgdos do ffelnUirecãg públjga;
Lai da Sociedades ir.onimat.
te, m,s acredito que sepá possíve], levantar recursos coa destinaçao
especifica e vinculada a realização dessa o^/ra. os quala talvez sejam
ais facilmente levsntados do que pura o proprlo IP_S.
'
« un 1 c a con juntas dos setores do TP7S -
Do Conltõ Executivo
- Reforma agrária
- Legislação antitrust
- Reforma tributária
- Reforça eleitoral
- Telecomunicações
- Reforna orçacentária
- Reforça bancária
(Umin,
Ap4* Ml AMA CMCOADA DC SXo PAULO, TIVC UMA s6tlC DC MAZCLAS OUC T0M MC
MA am/r IA.
A MiMMA ida a jXo Paulo, tomou-mc ma scmana ocssa ouinitma, o ouc mXo
ma OOlt-LOS,
CSMOCJ.
MAMTCA 0 í/tmO C a OISOODIOICIDADC OM ATt ACOBA TI MAS TCD MAOTIDO,
7
sflnru m invirtr-.s p- ivuviim \‘í'Q cnvro de
ES 196J .
I - r>\?AT1»S LF .rJ^S
2) I - l«l%:-o Antl-trust
4) P«forri Constitucional
II-
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->/.CÃO
1) n*forom Afrírla
2) Reforça Tribuvlrlm
5) Remsesa da Lucros
3-
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P'Oio ciitld teb o
•So Paulo, U da jufca 4a 190.
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IF*3 - DI5TIT0T0 OS PE3QCTI313 B ESTUDOS BOCllIS
At. Joa4 Kuboa Pooaaca
Av. Hlo Branco, 156 - a/2737
Rio DE JASTFSO
laf . Q1 - 61/0157
Prealdanta
I
APÊNDICE 0
Correspondência de Sônia Seganjredo com o IPES
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"doaoor tae" quo r loavaa, apooao, encontrar porta-roxa* para daí lado raa # não
or idee;* da uaa áaaoonc xa,ata acua interoaaao part lculajrca, pola auaa
pr-prlo idee, poaiçôaa, «te. , aa tarma «a»*;aiaa.
Aaaia, fui oonvid-da polo IPJS(jr(âo quo m titulo do defender a
Da-ocrar la, não pastava da uo» indãetrl* randoea do mntl-coammieao ) o pu-
blicar ut livro baooado naa roportnfeoao que fl t orm oa Jorml. Procurou- ao
o Grnor Golberjr do Coute - Silva. O XFKS rocoblo dinheiro do várias foiw
.
to- par- difundir a dvoocr tclfe,fe\c a aalor parto do dinheiro ara aoliaada
1 * aa orda idofe pol pu doa qua dama aala baa-oetmr a general* da rsaam • a
outron acantoo qua aa nndn oa arrlaoaraa na dafõoa do aaocraela.
.
- 1 -
. J f
• t •
t 4Mo 4o ar. Padro Orlaoo.lita não fôrm ouhío a.aatão.praolara •« n>
.6 r 4a quaa âurmnt* taca o oa ba tara a ana corrupção ba CalTaraltala 4a bv
fcll, Da pai n aouba qua a aepòaa 4o ilnlatro 4 prlaa 4a aapôaa 4o Olaos.
t4ri u do Flnna Jncento, r°** ordon do ar. Zdaar la Sctua a 'fofccta* da r*a-
»*l4ria.fafitla
bin< ta.praoei a sar paraagulda. rrlaalro.aa T»***
;« 2a.
fn- I • hunllhtdit por H«nta aa* nanhua* qu^l IfiORÇRb acnl ou rofleelo-
nn . Cuao au ll“u "orlrraa crao' t rui afrntnla do > lnl* *4^1o t HB•ae^Tlço
,
Ida para li, porque ' ou rim ooaentirioa no Oablnets" (da 2daar t i claro).
Cobaldorel-M aoralaanta laptdlda da tmbalhir no EfBA ati que «eu dire-
tor fosse aacl vrecldo. 0 ar. Idaor de Souxa, evldenteaenta, achou alnha »xl-
gâneit UB ibturâo e desllgou-n* do kinietirlo, een nenhua aviso. Atitude
erbftriria a lndacoroaa, típica do nr. an queotão.
Ve jaaoa, agora, porque nãç posso aar do Klnistirlo do Plonejs-
aento.C ainletirio foi crl-do, toabán, para favoracar parentes e amlgoe da
alALr troa .gente import <nta a saua amlgoe (uma Irmandade). Aa aeaaae »1L-
taa qua aaapre ae iirvlna dãata paia contlnuaa li rapreaentadaa a o ar.
2ío»r na exemplo. Supõe ãata ar. aar o dono do feudo Planejamento. Co-
<
ba • ãla.rca ver o competência ou não do peaaoal.acelti-lo ou denltí-lo.
0 bliietirlo nãc ofereça nenhum* segurança aoa aaua funcionários. Dora,
por -egulaaenie, aceitar pessoal pera grupoe d# trabalho •elo eeoaço do
sele naaea. 1 i,ruiUa o paaso&l ati o 41a que reeolve dlanessi-lo. A pá a
fâe eoa ua funcion£ric a-le da ua ano, não taa nenhuan obrigação pam ooa
i-
3tl. Moaaa que idor» intrigna, fs» de aau gabinete uai fábrica de *« *- —
çô«a a ctlúni' a. Zr 1 por informe de jenta ligada ao r.abineta, qua o ar.
,
tdmr aaapr» ae quis /ar pelaa coatsa, porque sou, no ssu endantar, "agOM
ta do SHI-. Sus oedloorid'-'!# stpõe lato porque fui apraaantada a ãla por
a broa do sfll. v/identeumta, dava haver - 1 ruuai oolaa,pola quea aí* «rn
não toaa... i> aau povor ao 311 f* is Aa ala ua alaiMnto indaaajival. Sua
• 4 -
htitmds t »ilto eatranh». Ce Uabe • tlala* nlifío coa o >wml te te»
blnat». Conheço poUquíealxa (iot« do IÜnlat4rl0 • tenho anla o 74 • fuo,
iorof oito o mu tospo lendo, tendo aula», estu tente e não *f««odo *fofooM'
o* gabinete» ou for» delee. Tudo que tenho » dixer.dlgo frsete » frente
• ooe Inteire responsabilidade de aeue atoe.
Declaro, no final deota exposição, que, nêste p»íe pode berer f»a.
te moralmente igual • alm,aao euperlor nr. a. Rã 0 aceito bumllheçio t per.
eeguçõe» política» te eleoantot que, pelo eeu próprio penteio, derarlu •
ter bani doa da Tida naolonal. .Ve ledo d* alnh* fonação ao rd poito acre»,
oeotnr.een »or pedante, ooapet anela profissional e eoragea nfiolente jara
denunciar pCkbllonaente, ee neosa» 4 rlo fõr,o que considero fraudnlsnt» e la>
beoll* 2 x1 Jo eer tmtedn coa 0 dárldo reepeito. teu neeeado atestam hoiu#-
tldnde coragem auflclentaa.
e
*êo dou autoridade fiàà o rr. Z 4a\r de Souza por» ** deeltlr
de Jugmr nenhua porqur 0 atuo não tea condições wr* ftzê-lo. íle não 4
dono do Flanejnxento • teiito zeooa pessoa captclta&e rara Jilgtr cospetiiy.
elo e ação da outna peaaoas deavlnculitea de cei-ea i^e llr.has. C seu
ondlor defeito pera êeie tipo de pereoe 4 não eer eleeentoa de ftechlcoa.
Assumo inteira responsabilidade do «ree digo. Rio erecleo entre-
gar deraineiaa aea assinatura porque não sou i*tn:e de inforaaçõee (o ar.
Devi #
havjn podido lnforaeo 10 Planejamento sob isaiontura). Wlnh» pra-
flasão 4 outra. O que r.ai,coa os r» spactlvoa noa*» • sltuiçõe# só S«r4
utilizado publl comente ou nua pr-coeeo ous -odersl eover contra eleeem.
tos do Oiblnute do inlatro do Plmejaaonto.eaao poralste r perseguição
i
polítioa que 00 faz cantn osLn, baseada »s atitude de neu pasaodo. Vore-
dito e tenho certeza, mesmo, que o er. Linletro são sabe o ooe et fie ta
Sônia Vorle S.
i
Ao Conselho do 2T£S
var ao eliter ccaçad/is. vas, por quanto tempo tais elites poderão, ain-
da, dormir tranquilas? O que contece quando umn olasoe média oomeça a
eer arfixlrlr. e empurrada p/ ra b<ixo,nlóm de ser marginalizada de qual-
ça de fine do rcculo X/III, taoibóm, loto par* citar 00 exemplos mais 09-
nheoidos.
Apó* Mt« preãpbulo.paeso aos fato* da anta*
te re-
volução relacionados ooa a alnha peesoa.
X - Ao antrmr na Faculdade lUoional da 9lIooofla(a
odolao unltareiUrlo qua aal* d#a*nvolv#u * ainda desenvolva um ação
aab
varelva ), dav^do aa alnha# ldãlas a racuaa ao portloipar da jartoa *pl*6-~
dioa.pnaaal a aar perseguida paio ar. ílvnro Tiairm Pinto, oatadrátlco da
Matéria da Filosofia, dlrator do 1S2B a hoaaa d* influi nela Ao* daatlnoa
da Paouldada.
2 - Ca 1962, J< conhecida antarioraanta por ertlgoa
a reportagens no Jornal Universitário a ea coluna no Jornal do Brasíl ia
coluna durou troo aaaaa,pola fui dl apensa da aa Julho d* 1962 por artigo
qu* não chegou a aar publiondo a no qual razia um rnílls* aõbra o# ob-
jetivos políticos da greve a linha do J o mal , então, era favorãeal a t^
|
daa aa agitações polí tioaa. fui convidada paio 0 Jornal pum publioar
uaa aãrla da reportagens aõbra a UNE. Aa raportagana, aob o título da
"U1IE, V.*nina doa Olhos do PC M ,*a núaero de 14, forma feita* oh*** grutul-
taa*nte, pois raoebí 0$ 2. OCO (doie all oruxelros) por report^gca.Bua
total da Crt 28.000 (vlnta oito all cruxalros) qua o Jornal lavou a*aaa
para aa pngar.
3 - quelas reportagens lntaraasaraa so IF7.3. Con-
.*.
qua a autora receberia 10.» (uez por cento) do valor de oada exaaplar,
oonforoe rerr* ea qualquer edição. Diase-ae o Cener 1 Tolbery que depois
tratarla.coBicOfUD p-ig-taento suplementar por parte do IPS3. Ar6 boje não
raoebí o pignasnto e o assunto nunca ml* foi tratado. Devido ao asu
eonetrrngioento, J-r.ale voltei nc aaarunto.o que faço niete aorento.
5 - Outro assunto relacionado coa o livro refera»
-so »o mhioro «rito Jo oxer.pl- ras public idos. •*.
-é hoje nno sei quantos
plaret.k* n.nneanr Jo nvmço d” o lênc ia , nunc'i tlvo notícia que livro dee
so cria. ’»lo nu« nel, toao o >r sll o recebeu ea quantidades da 500 pa-
?
ção da uc coronal rtnlgo aau. A qua a tio principal ara a do au ter uaa ra
poração c.or»l . O Coronal Plgue Irado deu-ae tida a ratão a indicou- aa aa
kinlatário do Planejamento. Caí nua reduto onda ora boa tanta oonheolda
da nota. A mS vontade ooaaçou no dia aa qua ooloqual oo p4e no Mlnlatá»
rio. Oa ” t4cniooe H da lá aão oa aasaoa do Governo da João Goulart a, ao
aau eetor, edüoação, impem o grupo da taíelo Teixeira, cuja ação 4 ou A+-
varia aar b«e**nte oonhecida polos qua aeouaea o ooaando da uaa rerolu»
ção. 0 reorutoaanto d ’ eatudantoa da Boonoala ,pere iirvlrat oono aata*
glárloey 4 falto entra oa alunoa qua aaapra desenvolveram aa agitaçòoa
aa «uaa fnouldaden. Qunlquer paaaoa da lntallgâncla razoável a conhece-
dora daa tácnleae da tala eleaentos.pode «upor o qua ãlee não farlM pa
ra prajudlcar paaaoaa •aaroadaa* ooao Tadlcala",raaolonárlaa" l "laperlg
,
to no or. Bdmar de Souza, devido n uaa aárla da poeaivale irra guiar Ida da a
qua chegava» a oau oonhaolaento. Maa,o ar. 3daar conseguiu o qua queria,
I nunoa Mia o Coronal figueiredo quis falar ooalgo. Mandai ao ar. Jeaá
Davi a or ta qua aagua anexa. Hão cal o qua rcontaeau dapola dlaae.
• ar. Bdm*r da Souza prosou, r.pHronteoant«,n aa tratar aulto baa a fã*
axotlantaa referência» a nau repeito ro :>r. -nando Murgol,da SUHAB.
- 4 -
0 uT, Edmar d# Souza, oontudo, tem um oompanhelro do Bnnco do Brnoll no
SU»AB,sr. Lauro Martins Paria, a qura encomendou minha said* da SURAB,
Sol do cn*o por avioo do uma pessoa do próprio Gabinote ,oomo sol tam-
bém, segundo comentários, que o or. Lauro já orlou multoc. proVloaaa o nua*
relações com o Dr. Murgal não são doo melhoras.
£c<
Sonic lisria Saraiva Seganfrêddo
<
nacomm. oo *i*rr»OM«NTO
aoaa te te rarolupão.
•
í/ íi^s Lu cu* -J.
%u- 21/tija
,m cdxoo.oa
«LâTdHP
22 13 6G
a
Ao Coneolho do I*“*S
Sato Consolho onc' «rogou o flonoral Heitor Horror* yira ua
oonveraa coalco,- fl* do '•"clc^ooo«'-no . Dovo dlgor quo a* nada
, ,,
qual oaclnxocida.
1») O Geneivl Horrom nreocurou-i e, <penno,et do'cndor>oo $
dofondor *tir»doe âo IP3S,ntrev4* de u»» edrio do oof loaato.no ou
pooto ldlia do oot*. r ‘xMrndo eor uta peaao- ingênun o Ignorante.
2t) C Oenorel Hen-a*** não oo explicou o porquo do oigllo
pj
dldo r pelo Geneí-l Golbery, quando do rubi tenção do nau livro
r .As,
30) Parei tudo laao per foi tonante à vontade, pole anntendo a
(Tuoatão coo o rrzs.ebeolut- aento.nno oatarei aendo oontr* o "ovêmo,
-ecundo o exp* lerçÇa- do Gana rei ^errara,
APÊNDICE P
Sindicalistas brasileiros
que participaram em cursos de treinamento
nos Estados Unidos, orientados pela CIA, de 1961 a 1964
707
DE SILVA. Manoel Francisco (15/11/62 a MACHADO FILHO, Antônio Rodngucz
15/12/62); (15/06/63 a 15/10/61);
DIAS. Inncu Francisco (15/04/61 a . .. MAGNANI. Fábio (15/06/61 a 15/10/63)
15/07/61); MALUF. Edmundo Amin* (15/01/63 a
DIMBARRE. Alfredo (15/07/63 • ... 15/03/63);
15/10/65): MANZONI. Antenor (15/07/63 a
Dl OCO Nelson (15/06/61 a 15/06/63). 15/10/63);
FARACO DE MOR MS. Hcrmcncgildo MARCASSA. Joio* (15/01/63 a
(15/01/61 a 15/10/61); 15/05/63);
FARIA. Geraldo P» de* (15/01/63 a ...
MARINHO, Dominiciano de Souza ...
15/01/61);
(15/06/62 a 15/09/62);
FERREIRA. Alodes* (15/01/63 a ....
15/01/631.
MARQUES. Ivo Bento* (15/01/63 a ...
15/01/63);
FERREIRA, lo* Uhx (15/10/63 a ....
15/12/61);
MELLO JR.. Theodorc Narciso (15/05/63
a 15/07/63);
FERREIRA Sôcua Apparecida (15/05/63
a 15/11/61). MELLO. |o* Gabriel de (15/06/61 a
FLORENTINO Pnmo Beno (15/10/63 a 15/10/61);
15/12/63); MOREIRA, foáo Batbino Gonçalves . . .
708
PAULA COMES, Viccnic de (15/10/63 a SILVA. Alvimar Macedo (15/09/61 a
15/12/61); 15/12/61);
PEREIRA, Antenor (15/07/63 15/10/63) SILVA, Avelino da (15/08/61 a 15/10/61);
PEREIRA, Vilulino Alexandre (15/10/63 SILVA, Edir Inácio da (15/10/62 a ....
a 15/12/63); 15/12/62);
PINTO, Geraldo Sérvulo (15/10/62 a SILVA, Francisco Narciso da (15/09/61 a
15/12/62); 15/12/61);
PRIESS, Carloi Fernando (15/09/61 a SILVA, Hélio losé Nunes da (15/06/63 a
15/12/61); 15/09/63);
PROVENSI, Mário |o sé (15/08/61 a SILVA. Horácio Arantes (15/06/62 a . .
15/10/61); 15/09/62);
QUEIROZ, Martinho Martins (15/07/61 a SILVA. Humberto Ferreira (15/09/61 a
15/11/61); 15/12/61);
RECO, Ormilo Moraes (15/08/63 a . SILVA, Ivan (15/06/63 a 15/09/63);
15/10/63); SILVA. )oáo Baptista Raimundo da ...
REIMER, Gctúlio (15/08/62 a 15/10/62); (15/07/61 a 15/09/61);
REINALDO. Bemardino da Silva SILVA, |ulio Trajano da* (15/01/63 a
(15/07/63 o 15/10/63); 15/03/63);
REIS. Leopoldo Miguel dos (15/07/61 a SILVA. Paulo da Crui (15/07/63 a ....
15/09/61); 15/10/63);
REZENDE, Osvaldo Comes (15/08/62 a SILVA. Waldomiro Luiz da (15/09/61 a
15/10/62); 15/12/61);
RIBEIRO, Adair (15/07/61 a 15/09/61); SILVEIRA, losé Bcrnardino da (15/08/61
RIBEIRO. Nélio de Carvalho (15/08/63 a a 15/11/61);
15/10/63); SILVEIRA JR . Norberto Cândido ....
RIBEIRO, Ubaldino Fontoura* (15/01/63 (15/09/61 o 15/12/61);
a 15/03/63); SOUSA BARBOSA. Onéssimo de .
709
APÊNDICE Q
Volo de recusa do Congresso à designação de Santiago Dantas e position paper
preparado pelo IPES-Rio
711
MINAS GERAIS: Alde Sampaio — UDN
Abel Rafael — PRP Arruda Câmara — PDC
Badaró Júnior — PSD Clélio Lemos — PSD
Bias Forte» — PSD Dias Lins — UDN
Carlos Murilo — PSD Etelvino Lins — PSD
Celso Murta — PSD Geraldo Guedes — PL
Clarimundo Chapadeiro — PSD Giteno de Carli — PSD
Geraldo Vasconcelos — PSD José Lopes — PTB
Guilherme Machado — UDN Nilo Coelho — PSD
Gustavo Capanema — PSD Pctronilho Santa Cruz — PSD
José Alkmin — PSD
José Bonifácio — UDN PIAUÍ:
José Humberto — UDN Dirno Pires — PSD
Manoel de Almeida — PSD Ezequias Costa — UDN
Monteiro de Castro — UDN Heitor Cavalcanti — UDN
Nogueira de Resende — PR Laurentino Pereira — PSD
Oscar Correia — UDN Lustosa Sobrinho — UDN
Ovídio dc Abreu — PSD Milton Brandão — PSP
Ozanam Coelho — PSD
Padre Nobre — PTB RIO BRANCO:
Padre Vidigal — PSD Valério Magalhães — PSD
Pedro Aleixo — UDN
Pinheiro Chagas — PSD RIO DE JANEIRO:
Rondon Pacheco — UDN Edilberto de Castro — UDN
Souza Carmo — PR José Pedroso — PSD
Ultimo de Carvalho — PSD Mário Tamborindeguy — PSD
Uriel Alvim — PSD Moacir Azevedo PSD —
Pereira Pinto — UDN
PARA: Raimundo Padilha — UDN
Armando Correia— PSD Saturnino Braga — PSD
Epílogo de Campos — UDN
Gabriel Hermes — UDN RIO GRANDE DO NORTE:
|oáo Menezes — PSD Djalma Marinho — UDN
Océlio de Medeiros — PSD Jcssé Freire — PSD
Olavo Galvio — UDN
PARAÍBA: Raimundo Soares — UDN
Abelardo Jurema — PSD Teodorico Bezerra — PSD
Drault Emani — PSD Xavier Fernandes — PSP
Emani Sátiro —UDN
Humberto Luccna —PSD RIO GRANDE DO SUL:
João Agripino — UDN Alberto Hofíman— PRP
Janduí Carneiro — PSD Coelho de Souza— PL
Luiz Bronzeado — UDN Daniel Dipp — MTR
Plínio Lemos — PL Daniel Faraco— PSD
Hermes dc Souza — PSD
PARANA: Joaquim Duval — PSD
— PDC
Estefano Mikilita Raimundo Chaves — PSD
Mário Gomes —PSD Willy Froelich
Munhoz da Rocha — PR
Othon Mader — UDN RONDÔNIA:
Plínio Salgado — PRP —
Aluísio Ferreira PTB
Rafael Resende — PSD
SANTA CATARINA:
PERNAMBUCO:
— Antdnio Carlos — UDN
Aderbal Jurema PSD Aroldo Carvalho — UDN
712
Atílio Fontana— PSD Horácio Lafer - PSD
— (JDN
Carneiro Loiola
Hugo Borghi — PRT
loaquim Ramos — PSD |o4o Abdala — PSD
Lcnoir Vargas— PSD lo* Menck — PDC
Osmar Cunha — PSD
Wilmar Dias — PSD
Lauro Crui — UDN
Máno Bem — PSP
Mcnotti Picchia — PTB
dcl
SAO PAULO
— Nicolau Tuma — UDN
Aíránio de Oliveira PSB
— Olavo Fontoura — PSD
Amaral Furlan PSD
Antônio Fclicíano — PSD Paulo Lauro — PSD
Arnaldo Ccrdeira — PSP Pereira Lopes — UDN
aiaaoa a quaae
—
jmm poiiUaa aãr da toa? satisfatórias
Cato, a? qua l oa
paio anoa abortaram da
ã eoooretijeção daqualae ebjetlma
aapuvsnta daalalToa^ dataraimodo «a
mio «41
Inaotaata
derrota Ca ata crirwa da &ntid«-toc"itlca«
a virtude da a;~oe —
maoto dafmslrvo Anua • a travão da d anáft
eia anteelpada a oortom dos t*»ma arquitetadas, da preparação te
roinlão publlaa m juni a robillzeân da acua satoraa «Lia iafla*
ootaa t a tono too, da ooooom;ão ao0 dlapooltivoa da raprmaõo unj
codoraa da eanfU/»;a, do nuild^s viaondo a tainorer 0 i/anoto daa
proaaõca Lica^caudvulaa ísiL ttui a ,«jxxil&a;a>> doa tramarias aa
oaiar oor.tr la nla) - oaeloUu-o n
j fmme>
da duas aoriaa ior
titifis a xvt* orai, p ado a vista da lodoa aa reais povrtoj trmr
G a 0 «lis /-ÍUvj sobverilvo 0 !ibartr/oi tn njytu api ociAvei aa
tajaao Lr* oi hiato c u tjuu «»tio ua i wTojçu uap*rÍA da
1
an lato 1 1 11
a rolo oa.
Ika do pia isso oõo acrii 00 ív« 1, Ju qual quer firui, sam nix—j
m faaa do a olo oflolii <* tôda 1 r* ro^a 0 100 -v íuiuxio 3 oral te
íivra oat naivacscata digwn. oõ utisi oppi.. ( j j/> #>
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• folfaoto -0 4VI t 0 lA&\
PtwogSo 4o Vüfigi poro o Pneroooo"!
• mm rto (1 «iUõo do oaaoplnroo)|
• distribuirão do crottv;õ«\|
• plonojananto do oo *S«oooo do Vltooço" m
Golínlau
rVoao.nn doo Coomtdoo do -lonconXiao (lança» ato 0 aotriQ* do prãoioo)*
Boletim Xnoi l (4 oj» roo oam o tira^au do 2.000 oxMpiaroo).
Difooõo do arti^OO «s defoon da doaoenoU (notória poc^ oa nõo) 9 m
JoroU do Rio 0 do interior (lneluaifo oo naotrírio tndugõoo)
hUwoèlo coa a iai»rennu do 1 U0 0 4o interior*
i lone J gaento do oaupanhost
• ílt/ooío du rmdai
• ir; 00 to _’o cTuroj
• ia ooto c aôlo 0 aíino;
i
Uigãa a diftmãoi
• "Voosaa UbI'.« a ^Kdlos - • 95-000 exonpl&raa
• 9 K v3borra í\>lítloa"* 'uaunt; I/ibln» 8,000 auapluai
• • aoctr\ da Infiltra ;* xnniota no Br^il* •
(2 udlçjas da 500 axi»l-vras aada),
Ecil;ã.< au Tronarei
- w
1.000 oacLT laroa i
- Jraall - 100 cx.r lira.
4, dn
11 .TTf?l-.
1 ) >vrl.o matldiat «cpci da 2,500
* *
2 ) Cirtta l ooeblámi ^30
3) a unrWoot*
7 wiu rx/. 270
4) 'jntoctis tolofwÍ 3 <at * 315
3) itiii
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C) iir-s.r - •
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• Corso ds sani torso aõVrs o nam nt — •ltUorml
6. AaMüadâ üalaauüag
• £ BraaílU
7 . âgii^a dâ fltasm
\poio 100 SÍroolos Opcnrlot Citolioss
• Gmnabart
• bst. do Mo do Janeiro.
— —
APÊNDICE R
Carta de Jorge Oscar de Mello Flores
a Clycon de Paiva
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**»* IF-3 do S.Piulo • »•
u'.~j Seoftiariâ
1
a.i-.qok g, ÇçJy-Io w c*<>
|
~'*rc
f ideo- tapo da palestra do Sr» Armado Falcão
Exmo. Sr.
Cal de Brigada
Carlos Alberto Fontoura
Diretor do
Serviço Nacional de Informações
Minulérto da Fazenda
A desencadeada com a doença que afligiu o Presidente Costa e Silva forçou um»
crise
solução política para um problema político que ameaçava tomar-se com o tempo em crise
contínua, sem uma solução adequada, ou pelo menos exequível, dentro daqueles postulados
Democráticos que todos nós defendemos. Mas ic leve este márilo com a conseqücntc eleição
o posse do atual Governo, trouxe em seu bojo alguns aspectos que me parece pmdcnla
analisar.
A primeira consideração que nos ocorre é o fato de que o tipo de Governo que forço-
lamente a Revolução teve que criar para corrigir os erro» e danos da Estrutura Social e
Política do País funda sc principal c necessariamente no prestígio c no potencial militar
c cívico dai Forças Armndiis.
A exisiênein dc um sistema político baseado num bipartidarismo que nio representa
as verdadeiros forças politicas do País e que nio i senio a representação de um esforço
tenaz, poróm improfícuo do Governo Castelo Branco, para a criação dc um espirito demo-
crático,que infelizmente ainda falto is clilcs políticas do País. nio oferece um suporte de-
729
icnio uma resultante da própria vida. isto é, um acidente que impediu o Presidente da
República de exercer a sua autoridade c ocupar o seu posto, evidencio, meu caro General,
que basicamente o sistema atual fundado no prestigio c na força militar com umn pequena
fração pscudo-dcmocrática, representada por uma estrutura política obsoleta inadequada e,
sobretudo falsa, representa um sério perigo para a continuidade c o futuro de nossa Pátria,
agora ameaçada pela imidia da Guerra Revolucionária tio presente em seus vários aspectos.
Parece-nos difícil, tahcx mesmo impossível, que as Forças Armadas cncouraçadas, em-
bora pelo seu patriotismo e sentido de unidade, consigam resistir ao desgaste contínuo de
uma segunda crise como a que acabamos de passar.
Acontecimentos como esses geram, de forma espontânea e natural, ambiçdes que são
legitimas mas que produzem um desgaste na autoridade e na unidade das mesmas, c sem
as quais o Poder Militar não sobreexiste.
Urge. portanto, meu caro General, uma análise mais profunda, e, sobretudo, uma re-
forma mais completa da estrutura política do País, sem a qual nenhuma reforma social,
política ou econômica criará raizes.
Sou daqueles que acreditam que a estruturação |ur(dica e Política do País são a base
da organização da Sociedade, por
prioritária isso esta me parece a prioridade número um
do novo Governo.
Nào escondo, por outro lado. meu ceticismo cm relação ás supostas e decantadas lide-
730
Sèo homcn» de negócios, peniadoret. economislm. homens de vinu profiuóes e que
apenci gostariam de continuar a fazer aquilo que tem tido o escopo maior <k tuas ndaa.
serem úteis a tua Pátria e ao seu Povo. tem pleitear quaisquer favores ou potifócs PoJiuco
Administrativas
Não lhe parece, meu caro General, que teria útil utiluar-se o talento a csparfacia c o
patriotismo desses homens e de lantot outros grupos semelhantes a essa que cintem pelo
no» to Pais? Perdoe me nâo ler :ido mau concito, talvez veya uma ddocntu atinha. ou
DO MINtaTWO tXTIUOAOMLmo
|I4M - M 1^.
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CW0M0L0SIA KTSTOtlCA
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auto -11 itari, ae
*rço ter oelUo, antJa, a «ttenar-
do vil q.j w lAuaçjvi 0 Brv il. Julgou quj, ea ''ouco tino, rer to s il*c 4-
rl 1 0 orl i»ido lo de iocnclo, oilv^nlo a* llbvrliíoa lo aoçobro. Paro -
0» li Ijr.i ia revolução trlun r »rtj. bMtorio uo 00 :co 1 tc-oo, o fic «?
dj 00. al. tire- asso obro. Contro t * « 0 n< :rt 5 nclo hi**torieo, i‘*.ab«-
l *
locj^Ta u"t 'roto rri a r;voluçõo. Sveo Uoac 0 *\l»»t;tro Roborto Cia -
aon, «briu elo o loente m
.?si, imolou 0 intervenção c obanlonou - 0
bintcriaa.
u*. n io, » i 'orlo 0 lotntc aujtito *o onatogi •» •
2
12ÉS
25.3» - ConHlto 00 Pio entra grunoa revolucior.irioe abanioe oomun^a-
taa quo lietribulia xjnl'j?t9S de "intelootuiis" no Lirgo Suo
Pranoisoo.
26 a 29.3# - Pracieeo da intentono llrlgiJa melo ex-coroocl Jo r ereon -
Coriio, eob 0 chofii Jo Ieonel Brlaole, no Rio Omni# do Sol,
Amde oeeoltor duoe oequenoe cididee de TrSe Poseoa 0 Tenente
Portelo, 40 r.voltoeoa ajguoa oiro 0 Porond, ondo eõo oeroa -
doe e bitidoa. Morre ei ooibite, trovido ni looiiidade de Coa-
cavél, 0 uj rganto Corloo Argamiro Oomorgo, do 13« Reg. do In-
fantaria.
22,4, - Atentodo ô bouM oontro 0 Jornal "0 Eatodo de S.Poulo".
./3
p o -
»>lioa.1a8.
9.
d
.
./7
1
20» - 0 Mlgiatro lo ?oz*nio, mfüM
r Delfio Reta, laelora qu« w
agltoçoe* d* Junho acorratarva oo oaf* uc ore Juízo oviliado ao
0 ollbooe !e cruz oiro# o oro*.
- Pequena* loolfivtoçoe# no Fio • a-o São Poulo orocuroo, va
raoareasBÕo, oogirior ao5io 1 ailogriij grave d* 0*o*eo.
1, 0. - Mu* doi* o**ilto* o ojtrolh Jiora contra bonco*, *a São
lo. R?ubo dc 80.000 cruzalri* novo*.
2, 8. - 0 oresident# Coato a Silvo racab* grondc couiaaoo 1* ostu .
donta* oirtidirlo* Jj lidlogo ia clot** coa o governo.
3, 8. - Pr!»aa, ciauolunt ». lo -elrugolo, vo Cooocobaoa, o oroalían
t* ia Uniio Kuniciool ie Eatudoot.:*, ia Guoaabaro, FLodialr Z
Paloclro, icuaolo .o vdrlo* iuqucrito*.
5. 0. - A**olto a São ^lulo, 3 agência banelrio ia Av. *õo Gibrivl.
»
cruz.íiroe n-vo*.
14 8. - Soo '•mio, froc:'fi-a o:vaa tontirlvo* ia 'Otaaita ia ORE,
ante a indiferença -.íaviçi lo ao^ulaçoo * gasto* fraquaota* do
reoulan.
19. 8. - S>4 São Poalo, d* aoirugilo, 3 axoloeõ** *i;.alt)n.M* « froo
te io IXPS, « n
Joi* aii r Icio* do Juctiço E«tadual.
0 o 0 o 0 o 0
*
Rio do Jnilro» 5 Ao difhro do 1966
Uno o* Sr s*
Diro taros d&
COC ÍNCOLA Industrio o Conóralo Ltdo*
AT* Ulo Poçonbo* 151 - 6*
Mosto
dlyoon do Poiro
Vlco~Presldonto
APÊNDICE V
Caria de Edgard Teixeira Leite à Confederação Rural Brasileira
Por aí so ví que quem deveria renunciar não era eu. mas o Sr. Peres.
743
Em um ponto estou de pleno acordo com o Sr. Peres.
£ necessário que a nova Diretoria seja dc homens com trânsito no atual governo. Nestaj
condições o Sr. Peres é o menos indicado.
£ fácil demonstrar:
O Ministro Civil mais privilegiado pelo Pte. Caslello Branco 6 o Dr. Roberto Campos.
Reuniu em tomo de si excelente assessoria, quase toda do 1PES, que tem sido continua-
damente atacada pelo Sr. Peres.
Vou citar exemplos:
O Dr. Assis Ribeiro, assessor do M.T. Roberto Campos e agora nomeado para o Con-
selho Nacional dc Economia.
O Dr. Garrido Torres —
idem, idem, nomeado Presidente do Banco Nacional de Desen-
volvimento Econômico (BNDE).
O Dr. José Gomes da Silva, assessor do Dr. Roberto Campos e nomeado agora supe-
rintendente da SUPRA e certamente o futuro superintendente do IBRA.
E atacando o IPES, considerando como órgão esquerdista, ficou em má posição perante
o General Golbery. até há pouco Secretária Executivo daquele órgão e que hoje dirige o po-
deroso Serviço de Informação da Presidência da República, um dos postos de maior impor-
tância do Governo, homem de alto prestígio na Revolução.
Não é por isso de estranhar que o nome do Sr. Peres tivesse sido posto à margem na
lista tríplice onde figurava (aliás por indicação minha há tempos atrás) sendo escolhido o
Devemos na verdade escolher gente com bom trânsito no atual Governo. A CRB e as
Federações tèm na área oficial importantes problemas, como o retomo do Serviço Social
Rural para a classe rural, a Sindicalização Rural e os problemas relativos à Reforma Agrária
(Estatuto da Terra, do Trabalhador Rural etc.).
Nada direi entretanto sobre este assunto, o que foi, pela carta renúncia (escrita há vários
meses) entregue à orientação do Dr. íris Meinberg.
Qualquer gestão neste sentido representará não apenas descortesia para com o nosso
Presidente declarada pelo Sr. Peres, “o maior ruralista brasileiro".
Não apenas uma descortesia: uma deslealdade.
£ constrangido que sou levado a dar a V.Sa. e aosseus companheiros de Diretoria estes
esclarecimentos, pois a carta de 10 de julho exarou afirmações que estavam longe de repre-
sentar a verdade dos fatos.
Creia-me seu
Edgar Teixeira Leite
Al* Adm. Obr.*
744
apêndice w
Lista dos associados e colaboradores do IPES ligados a bancos
Banco Mercantil de São Paulo — General Banco Novo Rio de Intercâmbio Nacional
Edmundo de Macedo Soares e Silva, Cas- — Carlos Lacerda, Alberto Braga Lee,
tão Eduardo de Bueno Vidigal, Gastão António Sánchez Galdeano.
de Mesquita Filho. Paulo Ayres Filho, Banco Português do Brasil —
José Adolpho
Lucas Nogueira Garcez, Nicolau Moraes da Silva Gordo. Orlandy Rubem Correia,
Barros, Severo Fagundes Gomes. Vasco Olavo Canavano Pereira. António Car-
Leitão da Cunha, Nicolau Moraes Bar- los do Amaral Osório, Theraístocles Mar-
ros Filho, Luiz Eduardo Campello, Ba- condes Ferreira. Harold Cecil Pclland.
sflio Machado Neto, Mauro Monteiro Banco Auxiliar da Produção —
Fernando
Lindenberg, Paulo Sérgio Coutinho Gal- MbieJli de Carvalho.
vio, Israel Klabin. Banco Geral do Brasil — Dénio Nogueira.
Banco Itaú- América —
(formado pela união Banco Geral de Investimento — Dénio No-
do Banco Itaú e Banco da América) — gueira.
Luiz de Moraes Barros, Herbert Levy.
Aloysio Ramalho Foz, Eudoro Villela,
Banco Moreira Gomes S-A. — Dénio No-
gueira.
Olavo Egydio Setúbal, João Baptista
Leopoldo Figueiredo, Herman dc Moraes
Banco Boavista de São Paulo — Fernan-
do Machado Portella.
Barros, Luiz Eduardo Campello, Rober-
to Levy. Banco Brasileiro de Desenvolvimento S/A.
745
Banco Operador — Adolfo Gentil. Bcnito Banco do Comércio SA. —
Rui Gomes
Derizans. de Almeida, Augusto Frederico Schmidt,
Banco Itaú —
Eudoro Villela. Waltcr Moreira Salles.
Banco do Comércio S.A. Arlhur Ber-— Banco Comercial de Minas Gerais SA. —
nardo Filho. Demósthenes Madurcira de José Luiz de Magalhães Lins.
Pinho.
Banco Sotto Maior SA. —
José Luiz de
Magalhães Lins.
Banco Comercial do Estado de Sâo Paulo
— Francisco de Paula Vicente de Aze-
Banco Comércio e Indústria de Minas Ge-
—
rais SA. Ruy de Castro Magalhies,
vedo
Almeida Barbosa Mello.
Banco América do Sid — A polónio Salles.
José de
Banco de Minas Gerais S A. Josafá Ma-—
Credibrás Financeira do Brasil — Waller
cedo. Pedro Paulo Ribeiro Gonçalves.
Moreira Salles. Hélio losé Pires de Oli-
Banco de Crédito Real de Minas Gerais
Dias. Manoel Ferreira Guimarães.
veira
SA. — Jonas Barccllos Corrêa.
Rui Gomes de Almeida. Albino Arruda
Marinho. |ocl de Paiva Cortes. Paulo
Banco Mercantil e Industrial de Paraná —
Bamerindus —- Oscar Schrappe Sobri-
Galváo Fo.. Miguel Lins. Hélio Cissio
nho. Othon Mader.
Muntz. Ismael Coelho de Souza. Hélio
Banco Comercial e Industrial do Brasil SA.
Beltrão.Teodoro Quartim Barbosa, Sér-
— Othon Mader.
gio Pinho Melláo. Henrique de Botton.
Augusto Frederico Schmidt, Demósthe-
Banco do Rio SA. —
João Baylongue.
za e Silva.
Banco Mercantil do Brasil —
Obregón de
Carvalho, Oscar Augusto de Camargo,
Banco Anchieta S.A. — Carlos José de As- Getúlio José da Silva.
Ribeiro. Adolfo Gentil.
sis
746
Banco Brosul de Sào Paulo — Sérgio Mel- Banco Irmàos Guimarães —
Nelson Pa-
lio. José Pire» de Oliveira Dia», |oão da rente Ribeiro, David Antunes de Oliveira
Cruz Mellio. Guimarães.
Banco Boavisia — Cindido Cuinle de Pau- Banco Investimento Industrial — Invest-
la Machado. Fernando Machado Portcl- banco —
Roberto Campos. Sérgio Pau-
la. Luiz Biolchini. lo Mellio. Edmar de Souza. |osé Boni-
Banco de Crédito Municipal SA. — Fer- fácio Coutinho Nogueira, Sebastião Fer-
raz de Camargo Penteado. Emanuel Whi-
nando Machado Poriella.
faker.
Banco Comércio e Indústria de Sào Paulo
Sw4. —Teodoro Quartim Barbosa. Jo-
Banco Federal de Crédito S.A. Eudoro —
Villela, Olavo Egydio Setúbal, José Bo-
sé Adolpho da Silva Gordo. Jusio Pi-
nifácio Coutinho Nogueira, José Ermírio
nheiro da Fonseca, Caio dc Paranaguá
de Moraes.
Moniz. Daniel Machado de Campos.
Banco Francês e Brasileiro S A. — Teodo-
Decred S.A. —
José Luiz Moreira de
Souza. Cândido Moreira de Souza, José
ro Quartim Barbosa.
Gatrido Torres, Mário Henrique Sirrvon-
Umào de Bancos Brasileiros— Grupo Mo sen, Vicente Rao. José Luiz de Maga-
reira Sallcs —Arthur Bernardes Filho, lhães Lins.
Egydio Michaclscn, Paulo Fontainha
Octávio Gouveia de Bulhões,
FIBENCO — Financiamento, Investimen-
Gcyer.
Glycon dc Paiva. Rui Gome» de Almei-
to e Crédito —
Roberto Campos. Lélio
Toledo Piza Almeida Filho. Américo Os-
da. Alberto Soares Sampaio. Waltcr Mo-
valdo Campiglia. Theobaldo de Nigris,
reira Salles, Nehemias Gueiros, Hélio
Fábio Monteiro de Barros, André Arantes.
José Pires de Oliveira Dias. Hélio Mar-
ques Vianna. José Luiz Bulhões Pedreira,
Finco Investimento SA. —
Almino Afonso.
Lucas Lopes.
Paulo Galváo Filho.
Grupo Financeiro Ipiranga — Ary Burger.
Finco S.A. —
Consórcio Financeiro Lu- —
cas Lopes, D. Lüwndes. O. Benjamim de
Banco de Desenvolvimento e Investimento Azevedo. Almino Afonso.
Brascan —
Antonio Gallotti. Pedro Lei- Ypiranga Investimentos SA. —
foio Bay-
tio da Cunha. Dario de Almeida Ma-
longue.
galhies.
IBEC Empreendimentos. Administração e
Banco Fmasa de Investimento —
Gastio Investimentos — Nelson Parente Ribei-
Eduardo de Bueno Vidigal. Jorge Walla- ro.
ce Sirnonscn. Wilton Paes de Almeida Independência SA. Financiamentos, Crédi-
Filho, Casimiro Antônio Ribeiro. Eduar-
do Caio da Silva Prado. Fernando Ma-
tos e Investimentos —
Otávio Pereira
Lopes. Ernesto Pereira Lopes, Caio de
chado Poriella. José Maria Pinheiro Ne- Paula Machado. Emanuel Whitakcr.
to, Joio Pedro Gouveia Vieira. Leôni-
das Lopes Bório. Lucas Nogueira Gar-
BRASCAN Expansão e Investimento —
António Teodoro Quartim Bar-
Gallotti,
cez, Lucien More Moser, Miguel Rcale. bosa.
Nicolau Moraes Bairos Filho. Clemente Cio. Sul-Americana de Investimentos —
Mariani. Israel Klabin, Irineu Bornhau- Carlos José de Assis Ribeiro, Américo
sen, Luiz dc Moraes Barros, Amador Oswaldo Campiglia.
Aguiar. Joio Neves. Paulo Lacerda Orcica SA. Créditos. Financiamentos e In-
Quartim Barbosa. vestimentos —
Roberto Pinto de Souza.
Banco de Investimentos do Brasil S.A. — À. A. Monteiro de Barros.
Waltcr Moreira Salles. Augusto Trajano Novo Mundo Investimentos SA. Ro- —
dc Azevedo Antunes. David Beatty I tl, berto Pinto de Souza. A. A. Monteiro de
Antonio Gallotti. Paulo Fontainha Geyer. Barros.
fosé Adolpho da Silva Gordo. Paulo Rei» DELTEC S A. —
David Beatty UI. Eulá-
de Magalhães, José Luiz Bulhões Pedrei- lio Pontes Vidigal. Irineu Bomhatucn,
ra. Carlos dc Moraes Barros. Irineu Born- Antônio Gallotti. Paulo Neves de Souza
hauscn, Dario de Almeida Magalhães. Quartim.
747
1
Cie. Financiére Elemil — Lucas Nogueira FiVtojfl SA. Finan. Cred. Invesl. do Para-
Garccz, Lucas Lopes. ná —
Gnsiôo Eduardo dc Ducno Vidigal,
Lucas Nogueira Garccz. Rophoc) Papa.
Crédito ComercialSA. Sociedade de Cré- Finasa SA. Finan. Crcd. Invcst. de Santa
dito.Financiamento e Investimentos — Catarina —
G. E. Bucno Vidigal, Lucas
David Antunes Guimarães. Nogueira Garccz, Rophacl Pnpa.
— Brasval —
Gnstuo E. Bucno Vidigal.
Mercaminas S A. Crédito. Financiamen-
— Barings flro//im —
G. E. Bucno Vidigal.
to e investimento Obregón de Car-
IBEC Cia. Empreendimentos Adm. c Inves-
valho.
timentos — Humberto Monteiro.
Cio. Carioca de Corretagens — Raul Pinto Cia. de Crédito e Financiamento do Comér-
de Carvalho. cio — Francisco Pinto Jr.
748
• 9
APÊNDICE X
Carla do IPESUL ao IPES e correspondência de associações e representantes
de classes ao IPES.
£9
-Ra
ii m imiaii
*9
(Dt*
4* Mmt, g 9 1*
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^• ITm-PIO posmol fortss tínwiaçÍH ••• wIm
*•«/ psétmso fw imo oua tnjiuêno Is pmrm t rmisfor
mmr • ^*<1 • «ngucito # (poiM ua projeto és projeto às lst
mm* m*s cmU e*a o y«|i d« Soí. Ma 4o 3m, smJso conAocImsntss és
Mt moais orno Iwfíwd, « cm • Jsmml és Csmsrots és Pu (m j**-
bltotnr-s mm tntsfrs, ssm contar asm o TTMSUL s nuas roo mm ou t ram psa-
ssos. mt smttéséss és a«ur Importmwla.
Tmws s IPB
consegui ns tentmUs ws élsJsgo esm s Mtntmtro
Mslphla ou esm s Dr. CoJutas, asm ersts fus ss Ministros dm MsssJu -
pms fJorbos Passarinho, Costa Cavalcanti , And rsas mm s Owwm s Silos )
ficariam ssnslèl 1 1 modos, s s]ss sim , satãs sa condições és roscar a
•ssrttnm és sllfnslo s és éss informação" hobtlmmnte asntaém pslo Mmj
•s Central»
1
Ê cloro quo tol dUomo exclui a possibilidade da aacionallsa -
ção progressiva ds Inúmsros produtos com gravos projulsos paro a
ocociomio do Pa Cs.
/...
2
j
EiUmoa convencidos de que eàmente mim regime de liber-
I da de de Comércio Exterior, sem licenças de Importação e sujeito ape-
I
nas a um código tarlíário moderado, poderá o Governo dinamizar o
^desenvolvimento do País.
PDV/Evas
.
Exxno. Snr
Dr. Mauro Thibau
M.D. Mini atro daa Mina a • Energia
PERGUNTAMOS:
na». Sr
Pr. DJsIbs Uirt*
DD.Prot. do Sindloato Nacional do
Construções, Eitredae, Pootee, Fortoe,
Aeroportos, Rerra£«ia, fturiaentagõee.
Rcm Debret, 2V1205
H IA
"enhor Presidente,
fitenciosv^nte,
cT
DIUHTOl TIMlFtO PO» D 1 B A T I «(jj
ao i p i f - Q »
• Por exemplos
- Pergunta no i (Presidente)
- pergunta n*> 13 série Dr. Fulano
- * nfl m » »
- Pargunta n» 27 série Dr. Beltrano
- " * " " "
30
^ r
1 .Ct € fr * • •'
/v .
Rzlio Goxinc
•0
j||r t.lO GOMIDE
2
Por quo o to ooto doto não formm oprorodoo por AoarAto ProolAonolol
oa org acantoa doo Autorquloo quo, do ooôrdo coo o Lai, oõo aaaaacUla
ao fupoloo a— n to Aoquoloo Autorquloo roopoaoóroio poloo aaloroa iarroo
tlaaatoo Ao lutado oo «atar Ao fc.V.O.p.f *
| ,
Kxlio Gonidl
0 itrm«a Mia aâe aa, lato á, Mia aao oo aiapi laiuto dos te raU.
Vl waia U
a pequaoo requlelto, trouxa a oaotiisúa traaendo oorjl^n
*oie transtornos aoa setores ee^reaer tal a depeadantea deetee Lares.
tl—i Voe. alá* da cauUtulr daaraapalto ao Da ara to a? .
ZBQS. OOP W
ta_aa «doa totãla publloadoe ooao or^iaaitoa a tamtlMtai de
a outrae Autarqulaa quala aao rnl—rta oa ralaroa oar
reepoxleotea àa aafulotaa rubrloas i
âtaaeloaaaaata
JLj
Bailo Ooadda /
B/ada
PERGÜTTTA NO. . #
- Pop que ate esta data não foram aprovadas pop decreto
Presidencial os orçamentos das Autarquias que, de acSr-
do coa a Lei, são essenciais ao funcionamento daquelas
autarquias responsáveis pelos aalores investimentos do
Estado no setor do K.V.O.P, ?
pergunta no
PERGTNTA
canos e brasileiros, documentaram, à margem dos resultados obtidos, o quanto sio precário*
os conhecimentos que temos do panorama económico, social c político doa países da América
Latina.
Posteriormente, essa conclusão se robusteceu, através do admirável trabalho de levanta
mento procedido pelo Committcc Cor Economic Dcvelopment. cujos representantes Mr —
A. C. Ncal c Mr. F. Brandenburg —
nos deram a honra de cometer ao IPES o encargo de
realizar, quanto ao Brasil, os estudos que ora se processam noa demais países latinoamcri
canoi, relàtivamenle a aspectos de sua estrutura económica.
2. Uma vez que sio indiscutíveis as vantagens que decorrerio de tais cs tu doa. ocorreu
a) manter um
corpo permanente, coordenador de suas atividades;
b) estabelecer estreito intercâmbiocom órgãos governamentais e associações dos países
americanos, buscando a maior c melhor coleta de dados possíveis;
c) promover levantamentos, pesquisas c inquéritos técnicos para a complemcntaçio
desses dados;
d) organizar grupos dc trabalho, integrado cada um pelos representantes dos países
Interessados, com vistas ao estudo c solução de problemas específicos;
c) realizar cursos com duração, finalidade c nível variados, para aprese n tação c
discussão de problemas comuns aos países americanos.
763
b) a adesão inicial dc elementos de projeção —
pesiooi físicas c jurídicas no —
cenário da iniciativa privada dos principais países do continente;
c) a mobilização dc recursos humanos e financeiros que permitam a organização de
um ndcleo cm tomo do qual se aglutine posteriormento n cooperação de» nume-
rosas entidades privados que, em cada país americano, se preocupam com oa rca
pecüvos problemas econômicos c sociais.
764
. a
V
Jaauary 20, 1M«
Slncoraly youra,
Thaodora Boakovlc
Sacratary to Alíred C. Raal
Hnc.
í
t
Au«u*t a, 1N4
Dmt C*Mf»l Co — :
Si*c*r*ly your* /
Rio de Janeiro,
30 de agosto, 1966
II mo. Sr.
General Octávio Come* de Abreu
Secretário Geral Executivo
Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais
Di»i<
Avenida Rio Branco 156, 279 andar
Rio de Janeiro
]/iCt
Jllff P*f»rfW
No ínterim, peço por obséquio que V. Sa.
(rna Mob&inq me informe, detalhadamente e por escrito, sôbre o pro;c-
to em lide, isto é, quantas cópia s serão im pressas t se o
0*P<*r I um Owie Conselho para a America Latina r»reherá~algnnx ãxemola-
[tMifiítoit re»7^e” cõrnB serf arnrfida a importância qu# será contn-
bimhi, de Cr$2. 000.000.
The Secretary,
Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais,
Avenida Rio Branco, 156,
Rio de Janeiro . BRAZIL
Dear Sir,
Grey
Director of Research
APÊNDICE Z
comuto Milton
( 2301 Jtf* )
vU. t
: - Atoalasota ,*stiOi faaa da mooU^m a oaça "la Kalaco do la
r.ulxt* qua a um
paça m
qua aparoc# o ’iuro do Derlla, #«
ta oorrsdar da r>v*m para oa oarcdorts do EarlúB Qrlantal*
InfacBa, ainda, qua a Balaria doa ntoiaa • intaciada por dft
A/TW.IU - Bça aíya não ccaporta van IPÊS. nas ôsto dava aatar prsaanta
la. Ha Carretado a qua aflnnn ÍOO£ o anoso o. Nln seria o aaao
da atral-lGs T Ja tanho \m hoase do cou (rrvipo, i —~it 1
3 ») naemaa oauia m uU
OS - Rxp2a o Plano para oa próxlaos Zh naaaa*
JBCP • Quanto aos aatorra social a aoonnrico, aeho qua oa dasraBoa “Ifl
ear* o cala ráplâaoant* possível. 11 lõi trazia a« nanta tssaa
dois t^aaa s folqo oq a no outra- lo» aqui.
Cita •-.ria» açOaa, ja larada» a cabo ca São Paulo, alia da «l~
traa m
astudo*
• Acho goa d MM
n < faoer «e rvisalrt, 900
Introduçlo, explicando que o 1PÍS t*ri apnu o papel
1
S
liia,
pr«BMf
• oovllçju da
Iklou
Mia fáoolf d* (GftAttf.
futura*.
tiaiinilt « m
^afaa uoa m dar* dalnr JBU oaa lntalr* Ubandada
Uol&ir 4a opartaildado das i»hll«g%i.
pm
cm opLna pala
*
publicação da \m panfloto para
.
M
aárla 4a r
wM»
B POMAKD - InUlraiaita da aoàrdo ooa o« qua aa daf inlrtvir pala puM^
•agftOt t pala nfanolsm^
O.TGRHXS - "Tala afanai t» lufllif " i
00 «í n lan, xm folhaW*
B POL-A» -
oíiantaçín*do IFÍ8 4 pdblloar aa daolarcg&M «£>»
f ta
2*) A taõâlha doa doauaer.toa a iaf aa pn laado* flaa a M
arltarlo da JBIF a OCX.
5>) 0 Lm; «santo afri praoadldo a ooboorto, por aa> at
ponha publicitaria.
h») l dlTulpaglo oi ajaaandara t«b«
a dlatrlbolçSo 44
panflotoa.
5«) 6 «xanr—anto da oasponha taabda a carpo c a joia»
da JHZ7 a OUT.
C.OÜIPLB - Acha Cjua, serrando P .Ayraa, nio fltnaot dar fcxfaaa & pala»
TT* mT9fcrtm m .
O.TOPJiis - Aaha qua a - lntroaoçlo* podari aobrlx a dltiaa i tww yla
McroiunA a amnlQ
ocmh* maJTif
AAflniTOfi nm^Tjpqp
&) Ia tudo qua astá aando raalliedo pala TOC aôbra aa enreaquántlaa a tl
nr daa alalçSaa da 1 , 10 , 62 *
$•> Inflação.
9«) Oarrjdo Torres - Dis.quo nos MJAT ast* m toda m eurao Aa "inlalaçfts
Moncoloa", nas «irosas.
10«) Dr. JBIP - Pala na organização da xzs C<mitâ da FUoe^aoanto paia
«tar a C<a. DtroioTa o o Ca . Exacutlro noa plano# • linhas da açlo.
Pada qua Oolbary Couto o Silva arranja xr hatcan pari Sao Paulo
tamanto)
Hl*) CLTCC* - Aprova lte para lãr a llate doa nanas indloadoa vara fta»
.Tu a testa doa difarmtaa Qrupoo, *ua «lo acpxl xaprote^
doai
Ojtinllo PÚbltoa • Harold Oaell Pollfloá
StfuoaçZo de Baea • Ha Li o Oonite
Idueaçlo te latira Heitor Karrara
Sindical Cmvjldo Ouinla da FJtahoáa
Estudantil - Joaa Durivtar Goulart
Obras Sociais — Gi.berto fu bar
!
A. 3
- «n «-
ROCA »
aIQUIVO DA SCCICTAJtU
Jdfnt IXX-UTIYO (PLCTO) Rio / 5K0 PiWA
DrtCIOt I0y40 a.
msrrrwvt. jblt.
0— pá* m RU t
fi SSo Paulo foi falte VI M^çaaaiito, Mp&iud»-«i 4 i
OU - Jolgp fmdaoental m
contoroa can JCU7, para tanqps ;
VOALTãO •Aorssosnta que, quanto a São Paulo, aa estiai ti vas era ftlha.
Agora, o voslo da Sã Panlo aotà »«ndo topado.
4.
Jltf Tom tosbÁ o oaao da üuplioidada d» tmfu «teoutadaa por I.
Paulo o Rio.
Por&ntot 16) Qual o fonon do ao evitar tal duplioidad» T
26) Qbd« dero aer looalisodo o Centro T
36) Qual o aepeoto daa lif^çõss cot Brasília I
Acho necessário conversar eaupre cam GCS, para que o aerviçe aoja
oentralixado no Rio.
JBU -
Já peoaaaoe mrr. coluna do IP*3 em al&n jornal.
iki valeria a p:r.r colocar o nane do Ií£s ou seria melhor • d»
algas jorrr.liata ?
T&mbói peneauoo nun carentário diário, ras abandonam a idéia
por cauaa do areço.
OU «
Cha coluna diária, cot r.térln fornecida por nó», Uoatra, doto
exemplo, \m "? jr.ec^quo dov ria te?* sido publicado na última 6*.
feira.
esm JCKJy
jour - Expõe seu» trabalhos t sua mano ira de agir, ditando que todos as
ou» eeforçoe, durante c ano e 19Ú2, fõram m
Brasília,
lfcstra como os traUilhoc da Cúcma e paiiicularnonte o de sua
Cotísboss precita «cr aoaipanhvio c<n o rnrlnoo de atenção*
E não são nmnoree ae proorjpa.õoe quanto k Arteinle tração daquela
5.
ição. Hu para o Rio • São Paulo cuapra tmha aaia raouraaa, mio
ta redator, ato,
Sf,
OOTR*
M&UBl Uu JCMBIàCIfl
Dlacute-ae a data para que São Pm lo envie a matárla para
lixai ta
nmnHm»n»n aflj »
r
fl
lpfíClQi 15
Che^a HCP e Joaé CLÍ Coutlnho (Chefe do Seicr Estudantil do Soo Paulo) Jk
cm tamr pojrte na rmMúlo,
OLY - Fks una pqrrjunta o JB17 ree-cnde que oo patrões não terna canhsql
nonto, LfÇiormm m oono a quootõo aindiaal.
Uaio quo i&iorâncla, «xiot* «atro oo soprsaárlos aosónola aoaplo-
ta de dlepoeição para sequer ootudar o problem,
Kr tro tanto, acha GLY quo drvemoo agir sobro oo patrõoo,
BCP • Keclareoo "couaao práticas"!
"caixinha* presidencial, dinheiro - na oopóolo do podaipçla paru
oãoo: ôooo para oo quo aoorUa, cxoti^B para oo quo ama.
“T-vrioo proa id entoo do o indica to ootão m
folhão do pojpuaitn",
JBU - .Ach* ' -2 o Jilco não devo ser o único caio; tal vai coa meroo o
prl- oiro. Opta pela irr: rcnai, —tdio e T7.
::cp - Acha ^jo oe haucrm juc dirigas oe "ovin entoe pódtn eer uobiliiodos.
JBU - ?_naa que coda vez mia dev«ooe ter o Comitê de Plane janento, para
utilizar força» tulo corsè o üovLnonto Foriinino, o Ifovinonto Sindi-
cal Ja .«crítico, etc.
cia ara quo todo# nó# sojanoo prop: ietárioo. üitão devamos noe antA
cii/jjr noa conceenõõe, isto e, "dar antes".
HH - Mi oêbre o Coritõ c Pioro janento. \ emerirreia noo ton raoetra-
do q'ie, er.qiunbo não sc encontra o "ruerrilhoiro" pim a ação, ea-
ta não tar vida, i *o arda. 0 proòlan c o
Pcj-oce-liie que c Icr.J tc do Plcnejunento sori- ruis una coaieeão,
apenso. 'Aaa e oc !*o '»v»a q j« *lo70.ão ,~}r ?
A.ÜX.C - aclirece ac dúvit-.-i *.e ?CÍ, n<* io é n oca lado por JBU, achando
i
.<
HJ1 e JV e*j v’ •
**«-iiiiaT.tc coritr o -lil* « vicnto.
JBU, A.1fr»-* o erru são r. varáreis.
mT.A flj. ia ià a
JBLF - F.aol&roo, • r«forç» ar&iaontcM dfl S2P. Fali eôbr* ns projito â»
lfeCate Eriaksaatx, da vn filne do 20 ninutos pala importância da
3 a 4 milhões do Cr$ - aerjuodo Jsanlfcnroo,
Mostra » ordeo da graodoza do probloA.
acLsm PQiélxicQ
ii) çQirmiamflss
OLT - É pola aórle de artigoe do Prof. ftçonio Ouàin. Sen in "paper* para
aor diecutido e publicado, nada feito, 0 problema é de monografia
e não do tose,
Nossa inflação já dura. 17 anos.
4)OM&tfSJJSLüUiflfi
TEM • 0 ooBxportaria ma encontro nenional.
OU - Fropcnhoi
“Geografia do eetatlmeo no Bruil".
H.GOÜIDE.
asmjuss glt.
JBU - Poda sobre a Agenda da São Riulo, que não foi discutida no
dia 30-3» por falta do tospo.
Ifi PROnr;::.U? São Paulo e Rio dispõmn de poucoa hcmcns para muito tr*
bolhe. Caoo nas entidade* da classe, tambmn 0 «forço
mterial é de poucoa. A mi orla apenas dá dinheiro.
A eeasão de São P->.ulo foi praticrvrwnte consunida com
tal assunto.
HCP dl x que nóe chegimoe, no Rio» as rr.eamas conclusõm.
Sxpõe 0 problena, vioto pelo ângulo do Rio. Foi iro re-
trospecto ou apanhado da situação política. Ca»o doe
"cruzadoe’, pam t<nu« conta, da* ’rc fornas*, t oeceg
C) PflGlTI(B.;APSH3
D) SfrTnfi T?mTYID!lAI3
K) ÇQm £ JflRILÜ.
F) jQL-TMLv^i •
:: resfries
JDL? • Não ao cliât *ou a fizer mdu «n 8ão Pm lo. Peneou-
30 <n iTm Ilação cxi a Veajcií^ão doo Dirigentee Crie-
tãcs do ünprêoôJB* 0 Grupo do Doutrina encontrou alo»»*
discrepâncias. Procurou un encontro ma/a ainda não foi
conseguido, lòcplica a t-.rofa doo Diri(jentea Criat&oa,
eimi Rc] acõcn hirrn: ii .
J3LF - Continua o problam de doutrinar o sapreonrio,
G1Y peicinta a fLG. cono yÔ o pr^blecxu
H.GOl-IíE acha nuo dovar.ioa ir aca cnprooárioe. Abandonou'/
as cúpulas e raznoe noo a indica, too pi tronais.
Devasoa ter 3 ou 4 tipoa de pale3tras,canaonnte o meio.
Doutrinar o (rcprooario irra
• antes de mia nada, convoncô-lo de quo ten una missão
ool/tica a «nrTprir; tor ixn nonai^en para êle;
- necoaa idade da «sprõna reproaontar una força ai pról
da oociodade;
- f iminente, o IPÊS # ca“ccific\nente para oonscncer o
onr.rcaário que cicie ¥cr não nnana o dinheiro e oin a
pooooo*
ILGCIIT - Priooiro a no tirado,
H,’I, - 0 problana 6 o corpo dinconte.
JRF discorda de Gonide o HH,
P.AYP23 - Fex apoloa a «cprcsárioe, no dia 30*3 • oufiu
que não tão tanpo para tratar do assunto,
fs^mas: iicp.
í» Anr.urro í assessorh eh br^ú.ia
JOÜF - O probloca princ 1 jjul © AsBooeoria AdminiatratiTa
e não técnica. Aproroitar ex-deputados • aot-aarularea.
So do J* Tendes.
JBLF - Examinará can R. Noechcio 0 P. Barbosa a difisao
do tarefas coo 0 Ir£s,
•
São Paul 0 cora 1 milhão • Asooc. Comeroiol - 1 tnilhao
00
Rio: 1 milhão - A Fodora;ão dia índio trios fioará coa
encargo© administritivos.
6.
2a .A&UuZQt
GCS • Ma sobra a CGT s operação Brado do Alerta»
Antunes a OGFU fal aau
GLY pergunta se há recurso jurídioo oontra a Portaria
de Aleiino Afonso»
P» AYRf-S soha que o Uorlmento Sindical Deoocrãtioo poderá
agir.
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Arqu.to NkioíuI. Rto de lenem} moranda Da biblioteca prctidcncial dc
Arthur Schlcainfcr Documento» pcsaoai» I F. Kcnncd) . Boston, Man.
da biblioteca pmidcnoal dc F Kcn PRESIDFNTIAL Olíicc Files — Stoíf Mc-
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814
Eu* livro foi composto na LIaoIIvto S/C.
Rua Corrêa Vasgues. 25, RJ-
e Impresao nas oficinas da
Editora Voaea Limitada
Petrópolls • RJ • Brasil
Fltlala:
)
0 livro de René Armand Dreifuss
deve ser lido como a reconstituição
de um passado que, no entanto,
está presente, sob outras formas,
na realidade de hoje e, em grande
parte, determinando ainda os rumos
de nosso futuro.
Foi pensando no futuro e nos possíveis
construtores de uma sociedade
democrática que este livro foi escrito.
13 »?