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M René Armand Dreifuss

1964
A CONQUISTA
:

DOESTADO
ACAO
^MOZES
PODER E GOLPE DE CLASSE
POLÍTICA,
Este livro é o resultado de uma
pesquisa realizada entre 1976
d 1980 para uma tese de dou-
torado na Universidade de Gtas-
gow, Inglaterra, Um período
fundamentai da história brasi-
leira foi reconstituído em ba-
ses documentais. Os fatos e os
personagens foram indicados
a partir de registros concretos
e não de hipóteses ou suposi-
ções. O objetivo central desse
trabalho foi identificar as for*
ças sociais que emergiram na
sociedade brasileira com o pro-
cesso de internacionalização*
em sua etapa moderna e acom- H

panhar sua intervenção no Es-


tado e na sociedade brasileira.
Essa história passa pela media-
ção de atores concretos, de
pessoas ou instituições, que
respondem a vafores* objetivos
e estratégias das forças sociais
que atuam no cenário pofítJco*
em conjunturas determinadas.
Aqui o que interessa não é
tanto Identificar o ator, suas
intenções e características pes-
soais,mas descobrir no proces-
so histórico o papel e a fun-
ção das forças sociais e de
que formas concretas elas fa-
iem prevalecer seus interesses
e suas concepções no confron-
ta com as demais.

Nessa pesquisa, no entanto* foi


possível documentar a relação
entre os atores e as forças so-
ciais, em cenários públicos e
privados, através da reconsti-
tuição da história feita em gran-
de parte pelos próprios atores.
1964; A CONQUISTA DO
Apo W/i*., Poder
ESTADO
e Gol pe de CI„7e

V
''

cV
*

*
René Armand Dreifuss

1964: A CONQUISTA DO ESTADO


Ação Política, Poder e Golpe de Classe

Traduzido pelo Laboratório de


Tradução da Fatuidade de
Letras da UFMG por:
AYESKA BRANCA DE OLIVEIRA FARIAS
CERES RIBEIRO PIRES DE FREITAS
ELSE RIBEIRO PIRES VIEIRA (Supervisora)
GLORIA MARIA DE MELLO CARVALHO

Revisão Técnica:
RENÊ ARMAND DREIFUSS

3* edição

IvozaJ

Peirópolis
1981
® by Rcní Armand Dreifuss
Título do original inglês:
State, dass and the orgaitic elite:
lhe fomiaíion oí an enireprencurial
order in Bruzil 11961-1965)

Direitos sobre a traduçao e


publicação cm língua portuguesa:

Exutora Vozes Ltda.


Rua Frei luís. 100
25600 Petrôpolis Rí
Brasil

Di agra mação
Vaídeck Mello
Para minha mãe
e
a memória do meu pai

Para Aurea e Danny

Aos amigos, que o caminhar


da vida afasta, e
a lembrança reúne

Aos que, nao estudando seu passado,


estio fadados a repetir os mesmos
erros*
SUMARIO

Agradecimentos, II
Nula do Tradutor, 13
Lista de Abreviaturas, 15
Lista de Tabelas, 19

Capítulo I A FORMAÇAO DO FOPUUSMQ, 21


Notas bibliográficas* 38

Capítulo
II A ASCENDÊNCIA ECONÔMICA DO CAPITAL MULTINACIO-
NAL E ASSOCIADO, 49
Introdução, 49
Penetração multinacional e Integração dt indústria, 49
Outros aspectos do processo de concentração, 60
Conclusão, 65
Notas biblió gráficas, 66

Capítulo in A ESTRUTURA POLÍTICA DE PODER DO CAPITAL MUL-


TINACIONAL E SEUS INTERESSES ASSOCIADOS, 71
Introdução, 71
I- Os intelectuais orgânicos do novo bloco econômico, 71
Empresários e tecn&empresàrios, 71
A tectio-burocrncía, 73
Os oficiais militares, 77
2. À solidariedade de interesses do novo bloco econômico, 82
A. Escritórios de consultoria tecno-empresanai. 83
CONSULTEC: um estudo de caso de entrincheiramento burocrático-em-
presarial, 86
CONSULTEC; o escritório técnico, 86
CONSULTEC; o anel de poder burocrático-empresarial 90
B. Às associações de classe, 93
Apoio transnacíonal 100
3, Da solidariedade econômica ao alivismo político, 101
C. A formação de grupos de ação IBAD, 101
Conclusão, 104
Notas bibliográficas, 107
Capítulo IV A CRISE DO POPUUSMQ. 125
IntrtxJnçio, 125
L O período de ImBsiçio das titicas de lòbbying ao governo, 125
2. À ascensão de um Eietitivo nacional-reformista, 130
3. À crise político-econômica do populLsino, 132
4. A percepção da crbe de autoridade, 136
Caodmão, 144
Nota* bibliográfkas, 146

V A ELITE ORGÂNICA: RECRUTAMENTO, ESTRUTURA DE-


Capítulo
CISÓRIA E ORGANIZAÇÃO PARA A AÇÃO, 161
foMoção, 161
A formação do IfES, 162
Dtmcnsta nacionais e ínferruídcmoís, 162
A ectratan de iomada de decisão, 172
A estrutura formai de autoridade, 173
Organização para a ação, 184
Oi grupot de Esiudo t Ação do Instituto de Pesquisas r Estudos Sociais, 1 86
t. Grupo dt Levantamento da Conjuntura —
GLC, 186
2. Grupo de Assessoha Parlamentar — GAP, 190
3. Grupo de Opinião Púbítea —
GOP, 192
4. Grupo de Publicações / Editorial —
GPE, 194
5. Grupo de Estudo e Doutrina — GEDr 196 *

0 finaaciairieafo para a elite orgânica, 199


O Grupo de Integração —
de ação empresarial, 199
. setor
A “limpeza'’ das contribuições financeiras, 203
A questão do contribuição transnacional, 205
Condiuào, 208
Notas bibliográficas, 209

A AÇÃO DE CLASSE DA ELITE ORGÂNICA: A CAMPANHA


Capítulo Ví
IDEOLÓGICA DA BURGUESIA, 229
Introdução» 229
Doai modalidades de afio, 23
Ação ideológica t social 231 ,

Doutrinação geral, 232


Guerra psicológica através do rádio e televisão, 244
Guerra psicológica através de cartuns e filmes, 250
Doutrinação específica, 252
Conclusão, 259
Noias bibliográficas, 259

Capítulo Vil A AÇÃO DE CLASSE DA ELITE ORGÂNICA: A CAMPANHA


POLÍTICA DA BURGUESIA, 281
Introdução, 281
A ação no meio estudantil e cultural, 282
1

Mobilização das classes médias e apoio feminino, 291


A costeei ção doí camponeses, 299
A ação entre si classes trabalhadoras Indoslriiii, 305
 ação política sos partidos políticos e no ConpeMo, 319
Aí fontes de finanças, 329
Coadusio, 337
Notas bibliográficas, 338

VHI A AÇÀO DE CLASSE DA ELITE ORGÂNICA:


Capítulo O COMPLEXO
ÍPES/1BAD E OS MILITARES, 36!
Introdução, 36J
A presença do complexo IPE5/IBAD nas Forçai Armadas, 362
Os movimentos poirtico-mttítares, 368
O grupo IPES/ESG, 369
Os extremistas de direita, 370
Os frãdkiormtisfas; 371
UA maior conspiraçfto das Américas” do General Ohm pio Moorio Filho, 373
Conclusão, 396
Notas bibliográficas, 397

O COMPLEXO ÍPES/ÍBAD NO ESTADO


Capítulo IX A OCUPAÇAO DOS —
POSTOS ESTRATÉGICOS PELA ELITE ORGÂNICA, 417
Introdução, 417
A tomada do poder do Estado; o domínio político dos interesses financeiro

419
liidustri&k multinacionais e associados,

A elite orgânica no Estado, 42


Conclusão, 455
Nolas bibliográficas, 456

Capitulo X CONCLUSÃO, 481


Notas bibliográficas, 489

APÊNDICES, 497
APÊNDICE A — A composição dos acionistas da ADELA em 1972, 497
APÊNDICE B — Ligações econòmkas da liderança e associados proeminentes
do IPES, 501
FONTES DO APÊNDICE B» 574
APÊNDICE C — Correspondência do CBP com Eneas Fonseca, 577
APÊNDICE D — Lista dos colaboradores da APEC — 1970, 585
APÊNDICE E —American Chamber of Commerce— Lista dos membros em
de
janeiro 589
1964,
APÊNDICE F — Membros do CLA
corporativos tCouncil for Latiu America)
em 617
1971,
APÊNDICE G — Correspondência da CONSEMP com o IPES, 621
APÊNDICE H — Lista de contribuintes do IPES, 627
APÊNDICE Í — Lista dos associados, contribuintes ç colaboradores do IPES,
639
APÊNDICE — I da despesa do IPÊS
Relatórios parciais 1962* etn seus orça-
mentos para 1963 canas de Ivan
e a Arthuf Oscar Junqueira, 645
Hassloclter
APÊNDICE K — Comunista: Nomes
Infiltração Entidades, 651 e

APÊNDICE L — dos Titulo* de publicação


livros t revistas a c circulação
cargo do IPES, 653
APÊNDICE M — Correspondência de RogusVi com o IPESB. "Mt>- sobre a
btliraçáoAgrária do Paraná" de Pato Branco", 657
c a 'Carta
APÊNDICE N — Seleção de temas para os seminários patrocinados e organi-
zado* pelo IPES; corres pendência com Garrido Torres; atividades do grupo de
estudos. 669
APÊNDICE O — Correspondência de Sônia Seganfredo com o IPES, 689
APÊNDICE P — que participaram em cursos dc
Sindicalista* brasileiros trei-
namento nos Evades Unidos, orientados pela CIA, de 1961 a 1964, 707
APÊNDICE O —Voio de recusa do Congresso à designação de Santiago
Damas c podido o paper preparado pelo IPES-Rio, 711
APÊNDICE R — Carta dc Jorge Oscar de Mello Flores a Gtycon de Paiva, 721
APÊNDICE S — Caru de Hélio Gomide ao General Carlos Alberto Fontoura,
729
APÊNDICE T — Memorando de E. Físcblowttz a Paulo de Assis Ribeiro, 733
APÊNDICE V — "Lcvamaroemo da Ameaça Comunista" e carta à Coca-Cola
SA. 735
APÊNDICE V — Cana de Edgard Tetacira Leite à Confederação Rural Bn-
fileira, 743
APÊNDICE W— Lista dos associados e colaboradores do IPES ligados a
bancos, 745
APÊNDICE X — Carta do IPE5UL ao IPES c correspondência de associações
e represenrante* de classes ao IPES, 749
APÊNDICE Y — Minuta da carta do IPES a David Rockefcllcr e cartas do
CEO. 763
APÊNDICE Z *
Atas das reuniões do ÍPES de 23 de novembro de 1962,
de 2 2 de janeiro de 1963 e dc 8 de abril de 1963, 769

BIBLIOGRAFIA, 793
AGRADECIMENTOS

Este livro é Fruto de uma pesquisa cujo tento básico foi produzido ao longo
de três anos consecutivos. Ele encerra o percurso intelectual e acadêmico de uma
década de vivência como estudante universitário. Durante esse período, as mais
variadas pessoas me beneficiaram com seu diálogo c amizade. Lamentavelmente,
não posso expressar meu agradecimento a cada um em particular, pois a relação
seria extensa: entretanto, algumas pessoas merecem especial destaque. Àron Neu-
mann f in memoriam T foi modelo de persistência e dedicação, amigo nas horas
certas, O Prof. Àryeb Grabois, o Prof. Àbraham Yassour e o Prúf. Teodor Shanin
foram exemplos de seriedade acadêmica quando da minha passagem, como estu-
dante, pela Umvcrsity of Haifa, Jsrael. Tive o privilégio de participar, na Leeds
Líniversity, Inglaterra, do curso de mestrado sob a orientação do Prof, Ralph
Miliband e do Prof. Hamza Alavi; nesse fértil ambiente de discussão, expandiram-
se meus horizontes intelectuais e passei a esboçar muitas das questões e problemas
que levaram ã definição da temática da minha tese, agora transformada em livro.
Na realização deste trabalho, usufruí da boa vontade de muitos amigos e colegas
da Umversity oí Glasgow, Escócia, que devotaram tempo e esforço, fazendo
críticas às versões preliminares. Agradeço especialmente a Otávio Dulci, que me
brindou com sua acurada compreensão da realidade brasileira, a Régis de Castro
Andrade, pelo diálogo frutífero e profunda sensibilidade, a Herbert de Sousa,
que visualizou o alcance deste trabalho e me incentivou a realizá-lo, e a Galeno
de Freitas, cujo conhecimento da vida política do Brasil foi de grande ajuda.
Meu reconhecimento vai para o Prof, Emil Rado, conselheiro para pós-graduados
da Univcrsily of Giasgow, e para o Prof. Àndrew Skinner, diretor do Comitê de
Pós-Graduação, sem cuja equilibrada intervenção no conflito que motivou a
mudança de orientador de tese eu não teria tido a tranqüilidade para realizar
esle trabalho. Minha gratidão é imensa para com o Dr. Simon Mitchell, que
assumíü a meio caminho a orientação da tese e cuja extrema dedicação, sensibi-
lidade e críticas perspicazes foram fundamentais para concluir a tese. Brian Pollitt,
professor e amigo, me estimulou durante a elaboração do trabalho e me deu
pleno apoio moral para enfrentar as dificuldades extrínsecas ao mérito da pes-
quisa. David Stamficld. Francis Lambert, John Parker e Phíl CTBtien, professores
do Instifutc of Latin American Sludie* da Univcrsity of Glasgow, também me
encorajaram. Desejo registrar meu agradecimento ao Social Science Research
Counci] da Grã-Bretanha. Sob os auspícios de seu desinteressado apoio, realizei,
de 1976 a 1980. a pesquisa de campo no Brasil e nos Estados Unidos da qual
extraí fundamentos para este livro. Uma grande parte da versiõ original deste
trabalho foi datilografada com muito empenho c carinho por Ruth Rae, cm

11
,

Glasgow Também cooperaram May Towmky e Knnt Rca, secretárias do ILAS,


Yvonne Guerrero c as bibliotecárias do ILAS c da Uimcrsily of Glasgow. Fuí
afortunado cm ler Eive* Àyeska, Ceres t Glória na tradução do livro, o que fizeram
tom dedicação c sen^o profissional, corrigindo erros c ajudando a melhorar o
cMilo, Agradcço-lhcs, mesmo se nem sempre soube seguir os seus conselhos. Áureo,
a mmha mulher, me deu seu apoio constante, sua companhia de todas as horas,
fundamental para quem trabalha sob a pressão de realizar uma pesquisa desta
envergadura, mesmo cm detrimento dc seus próprios estudos, A ela, por tanto. ,
c por muito mais. , ,

Nenhuma das pessoas acima mencionadas tem responsabilidade alguma pelos


conceitos aqui emitidos, nem pelos dados t documentos apresentados, que é só
minha.

R. A. Drcífuss
NOTA DO TRADUTOR

O conteúdo histórico e a vasta documentação da tese State* class and the


organic elite: the formatlon of an entrepreneurial arder tn Brazit —
J9ÓM965,
da qual se originou a presente obra. levam nos a esclarecer que:
a} um confronto do texto original inglês com o atua] revela uma tradução
ampliada. É que o Autor, na qualidade também de orientador técnico, Vêlèu*se
da oportunidade para atualizar dados, fazer adendos e rever notas bibliográficas,
procurando, assim, melhor atender aos seus objetivos;
b) o livro comém citações originalmente em português que o próprio Autor
verteu para o inglês e que. poste ri ormente, traduzimos para o nosso vernáculo,
razão pela qual nos responsabilizamos peia equivalência semântica, m
as não **
seguramos ter havido uma tTaduçãc verbo ad verbum. Consequentemente, a fide-
dignidade de tais citações é de inteira responsabilidade do Autor.
Esclarecemos, oulroasim, que empenhamo-nos em traduzir com a máxima
fidelidade a tese original, em detrimento, algumas vezes, do estilo.

Pela equipe de tradução,


El se R,F. Vieira
Supervisora de Inglês do Laboratório de Tra-
dução da Faculdade de Letras da Universidade
Federal de Minas Gerais.

Belo Horizonte, janeiro 1981,

13
LISTA DE ABREVIATURAS

ÁBA — Associação Brasileira de Anun- A MAN — Academia Militar de Agulha»


ciciei Negras
ABC AR —Associação Brasileira de Cré AMES —
Associação Metropolitana de
dito e Assistência Rural FiludanleS Secundários
ABDÍB —
Associação Brasileira dai In- AMFORR American and Fo«ígn Po-
dustriai dc Base wer Cnmpany
A&IMAQ —
Associação Braftleira dc ln- ANMVAP — Associação Nacional de Má*
dústriai de Máquinas quinas. Veículos e Autopeças
AMM — Aiiociaçio Brasileira dc Muni:i- ANPFS — Associação Nacional de Pro-
pkx gramação Económica e Social
AÜLEESP — Associação dos Club» £j* AP —
Ação Popular
pofiivo» do Eu ado de São Pauto APEC — Analise e Perspectiva Econó-
ACM — Aiiociaçio Criiià de Moços mica
ACOPA — Associação Comercial do Pa- AFP — Associação Paulista de Propa-
raná ganda
ACREFE — Anociiçio de Crédito. Finar- ASAPEC — Corpo profisiiorrat de assei-
c ia mento e Investimentos sare» em aisumos económico» para em-
ACRJ “ Associação Comercial do Rio de presas privadas c agencias públicas
lanei ro AV8 — Açáo de Vigilantes do Brasil
ADCE —
Anotilçk» dos Dírígenit* Cri* BEG — Banco do Estado da Guanabara
tloa dc Empresas BGLA — Business Group for Latin Ame-
ADEC1F — Atsociaçío da» Empresas de rica
Crédito, Investimento t Financiamento BlR — Bureau of Inielligtnce and Re-
ADELA — Atlantic Corr.mumiy Develop- search {Departamento de Estado ameri-
mcnl Group for Luin America cano 1
ADEP — Açfo Democrática Popular BNÜE — Banco Nacional de Desenvolvi-
ADESG — Associação dos Diplomados mento Económico
dm ESG BNH —
Banco Nacional da Habitação
ÁDF — Associação Democritka Feminina BOLSA —
Bank oí London and South
ADIRES Associação dos Diplomado» America
do 1PE5 BPR — Bloco Parlamentar Revolucionário
ADP — Ação Democrática Parlamentar BRA5TEC —
Agência de Consultoria Téc-
ADR — Açáo Democrática Popular IRGS) nica
AER — American Economic Foundalion CAB — Curso de Atualidade? Brasileiro»
AFL CIO — American Fcderauon La- of CACB — Confederação das Associações
bor — Congreis of Organiza
Industrial Comerciei» do Brasil
ttom CACEX — Carteira de Comércio Exterior
AID — Agcncy for International Deve. do Braiil
lopment CACO — Centro Académico Cindido de
AIFLD — American Inilüutr for Ftte Oliveira
Labor Dcvelopment CAMDE — Campanha da Myiher pela
ALALC — Associação Latino-Americana Democracia
de Livre Comércio CAM1G — Companhia Agrkdi <k Minas
ALEF — Aliança Eleitoral da Família Gerai»
ALPRO ~ Aliança pira o Progresso CAS — Corpo de Auislencei Socitii

15
CBP — Consórcio Brasileira <Je Produtivi- CNCO — Confederação Nitcionnl dos Clr
dade culos Operários
CflTC — Confederação Brasileira dos Tra- CNE — Conselho Nacional dc Economia
halhadores CriiLiO* CNEC — Confederação Nacional dos Em-
CCC — Comando de Caça «04 ComumiU* pregados no Comércio
CD — Comité Diretor UPHSí CNI —
Con fede ração Nacional da índih-
CDFR — Cruuda Dcm«ritKi Feminina iria
do Rcofe CNLD —
Cruuda Naeion&l dt Liderança
CDM — Cruuda Democraika dai Mu- Dtnvocfilka
lheres CNP A —
Concelho Nacional de Reforma
CF — Comní Eiçoiiivc (IP ES 1 Agrária
CEAS — Centro <fe Estúdio* y Aecsón So- CNTC —
Confederação Nacional dos Tra-
cial JCoiòmhi* balhadora* rio Comércio
CfC — Campanha de Educação Cívica CNTFMA —
Coníèíkraçío Nacional dos
CED — Ctnutiiitec for Ecooomtc Dor- Trabalhadores Ferroviários. Mirí limos e
lopmnu Aéreos
CED — Come Lho de Entidade» Dcffwcrí- CNTí —
Confederação Nacional doí Tra-
I Kll balhadores na Indústria
Cf DIS — Centro de Documentação Eco- CNTT —
Confederação Nacional doi Tra-
nômica e Social balhadores cm Trinipodcs Tcfrcsires
CEMl A — Centro de Eamdim Monte iram CO — Conselho Orientador flPES)
íj naimcficanot
ti COBAL — Companhia Brasileira dc AH-
Cf \ — ConiciHo Eiecuiivo fracionai mentos
CFfrPf —Centro fracionai de Produtivi- COCAP — Comkê de Coçrdettsçlo da
dade jnduitnjj Aliança paca o Progresso
CEPAL — CoemudO Económica para a CODEPAR — Companhia de Desenvolvi-
Amérna Laitfia mento tio Paraná
CERES — Centro de Eitudht j Reformas CODERN — Companhia de Desenvolvi-
Ecí^ndemco kc íE^uadorj mento dq Rio Grande do None
CESB — Centro de Eiíudof Sociais Bn- COHAB —
Companhia de Habitação Po-
lilnm pular da Guanabara
CEXJM — Cartrtn át Exportação e Jm- CGMAP — Comiic da Aliança pari o
purlaçáo do Banco do BraSil Progresso
LfP — Cwfedenaçio dai Ftmfliu Cri* CON — Conidho Orientador Nacional
tè* (IPÊS)
(IR —
Ccutkü for FortijJi Rclilioni CÜNClN — Conselho de Coordenação In
C(it —
Comando Geral da Cftvc tcrdcpurlamcnta! (FIESP, CIESP)
i Hf VF — tompiflfu Hidroelétrica do CONCLAP — Conselho Nacional de Cias-
VaLe 4o São Franoseo
Cl — Curió de armação fESC> M lei
C0NE5P
Produtoras
— Companhia de Constmçòu
CIA — Central Jrveílrientt Afeney
CJAP — Ccauciho
Ewolarei do Estado de São Paulo
nttnmenuno da
Aliança para * ProcrsUC
J
CONSIR —
Comissão Nacional para a
C1CVP — (onufu niefamcncano de ü> SjndicaUuçáo Rural
nwfrcio y Pruduuidn
J
CONSPI.AN —
Conselho Consultivo do
CIEitf —
Centro 4c Indústria* do Estado Planejamento
do Riu de fjátiro CON5ULTEC —
Companhia Sul Ameri-
Cl ESP —
Centro de índúunai do Eitado ca na dc Administração c Eiludos Técnicos
de São Paulo CONTAC —
Confederação Nacional dos
ClüSL —
Confederação íntercmerkaiu Trabalhadores n* Agricultura
dai ürfiomçóci do* Srndjcaitj* Urro COM CP —
Confederação Nacional dos
CIA — Councd Latiu America
for Trabalhadorri em Comunicações e Publi-
CLMII — Crurada I.ihrnadur# Militar cidade
Demucrátk* CONTIC —
Confederação Nacional dos
CI.T ~ Con.au! dação dai i Leu do Trabalho Trabalhadores em Estabelecimento* de
CLÜSA —
Cooperante Leafue of lhe Uni- Crédito
ted America
States of COfrTEL —
Conselho Nacional dc Tele-
CMft —
Campanha da Mulher Rranktra comynLiaçòeft
CMN -* Conselho Monetário NatronaJ COS — Centra de Orkmaçfo Social
CNC —
Confederação fracionai do Co C OSI BA — Companhia Siderúrgica da
tnércíp Aafiti

16
COSiGtM — Companhia Siderúrgica da FCESP —
Federação dc Comércio éo Es-
Guanabara tado de São Paufô
COSÍ PA — Companhia $kkrar|jca Pau FCQ — Federação dos Círculos Operários
lis? E FCOF — Federação dos Círculos Operá-
CPA — Consdho dc Polldcn Alfandegária rios Fluminenses
CPDSP — Ccnlro de Pesquisa t Do- FRBRA5P —
Federação Brasileira de Pro-
eu menta çím Social c Política paganda
CPI — Comissão Parlamentar de Jnqué- FGTS — Fundo de Garantia de Tempo
rilo dc Serviço
CRB — Confederação Rural Brasileira FGV — Fundação Gctúliu Vargas
(CNA npé$ 966) i
FÍEGA —
Federação das Indústrias do
CREIA — Cnrldra de Credito Industrial Estado da Guanabara
c Agrícola FIESP —
Federação das Indústrias do Es-
CRF — Cruzada dn Rosário em Família iadg dc São Paulo
CSAB — Curso Superior de Atualidadci FINAME —
Agência Especial dc Finan-
Brasileiras cia monto Industrial
CSCí — Curso Superior de Guerra FJD — Frente da Juventude Democriitcn
CSN — Conselho de Segurança Nacional FMP — Frente de Mobilização Popular
CTB — Companhia Telefônica Brasileira FPN — Frente Parlamentar Nacionalista
CTB — Confederação dos Trabalhadores FSR Federação dos Sindicatos Rurais
do Brasil FUNDFXE — Fundo de Democratização
CTESP — Conselho Técnico de Econo- do Capila! das Empresas
mia, Sociologia c Política (FCESPJ GAP — Grupo de Ação Parlamentar
CURSEF —
Curso Superior de Estudos GAP — Grupo dc Aluação Patriótica
Financeiros GFa — Grupo de Estudos Ação e
CVRD —
Companhia Vale do Rio Doce CÈC — Grupo Especial dc Conjuntura
DA —
Diretório Acadêmico (São Paulo!
DASP — Departamento Administrativo do GED — Grupo dc Estudo c Doutrina
Serviço Público GEEAT — Grupo Executivo de Ensino t
DNEF — Departamento Nncional de Ei- Aperfeiçoarnenm Técnico

I rada s de Ferro GEIA Grupo Executivo da Indústria
DO PS — DcpnrtamtmLo de Ordem Poíí- Automobilística

Hea c Social G El MA PE Grupo Executivo da Indús-
EüASCO - EíectricUy Bond & Share Co + triaMeti mea
ECEME — Escola de Comando e Estado- GEMF —
Grupo Executivo <k Exporn-
Maior dc Exército ÇiO de Minero de Ferro
ECLá —
Economic Commissíon for La- CES —Grupo de Educação Sdctivt
tin America (CEPAL) GLC -* Grupo de Levantamento da Con-
EFL —
Fscola dc Formação de Líderes juntura

ELD —
Escola de Liderança Democrática OOP Grupo de Opinião Pública
ELO — Escola de Líderes Operários GPE — Grupo de Publicações/ Editorial
EMFà — Estado-Maior das Forças Ar GPMI — Grupo Permanente de Mobiliza-
ção IndusErial
mdw GTA — Grupo de Trabalho e Açio
EPEA — Escritório de Planejamento Eco- [ADB — Interamerican Devclopment Bank
nômico c Social 1APB — Imtiluto de Aposentadoria
ESG — Escola Superior de Guerra
e
Previdência doí Bancários
FACUR — Fraterna Amizade Cristí Ur- IBAD — tnitiluto Brasileiro de Açio De-
bana e Rural mocrática
FAP — Fundação Aliança para o Pro- IBRá — Instituto Brasileiro de Reforma
gresso Agrária
F A RE MG — Federação doj Associações )BC — Instituto Briiilciro do Café
fturois do Estado de Minas Gerais IBRD — interamerican Bank for Recont-
PÀRESP —
Federação das Associações truction and Dcvdopmcnt (BI RO)
Rurais do Estado de Sío Paulo 1BRE — Instituto Brasileirode Economia
FARSUL —
Federação dus Associações tCS — Instituto de Ciências Socíab (Univ»
Rurais do Rio Grunde do Sul Federal do Rio de íunciró)
FAS —
Fundo dc Açfio Socbí íorgantia- [CT — Instituto Cultural do Trabtího
çáo anticomunista dc Sno Paulo criada 1CFTU — IitíemaiionaS Confederalion of
por empresários assoe ia dos a multinacio- Free Trade Uniofts
nais) IDB — Instituto Democrático Brasileiro

17
IDF —
Inirmaiionat Devekjpment Foun- MPÍQ — Movimento Popular limo Qua-
dauon drai
IEPS -p> tnüiiiKo de Emu4m Públicos e MR5 — Movimento Renovador Sindical
Sociiii MSD - Movimenio Sindical Dtmocràiko
IFC —
Intcmitionii FmiiKc Cürpontk« MTR — Movimento Trabalhista Renova-
IF5 Iruntuto de Formação Social dor (facção dc direita do PT BI
INCRA —
Imiiiuio Norianai de Cclocu- MU D — Movimento Universitário de Dei-
uçb e Reforma Afririi favtUmcnlo
1NDA —
Imtimio National de Desenvol- MUI —
Movimento de Unificação do*
vimcniD Ajririo Trabalhadores
INPS —* IwUlulo Nadonil de Previdência NSF — National Secyriiy Files
Sociil OAS — * Organização do* Estados Ameri-
IP E —* Imiimto de Pesquisas Econâmkai canos
JPEÀ — Instituto de Planejamento Eco- Opus Dei — poderosa organização calfr-
nômico Social
e Ika, scmísccrtia e tradicionalista. fundada
1FFS — Instituto de Pesquisas e Estudo* em 1S2S peto padre espanhol losemaria
Sociais Escrtva de B&laguer
IPESUL — PES do Rio Grande do Sul
1 OPAC — Organização Paranaense Aníico
1PM _ fnquíntüS Policiais Militares muciistâ
l$EB — fnilituio Supcnúr de Estudos
» ORJT — Orgamzactón Regional [mera
Brasileiros merkana de Tr*ba>odoríl
ITS — Iniernational Trvdc Secrttariatj PAEG —
Plano de Ação Económica 4o
IUCSP — Instituía Universitário de Ciên- Governo
cias Sociais e Poliiicas PAM — Programa de Assistência Militar
1 UL — Imtimio Universitário do Lívto PCB — Partido Comunuta Brasileiro
|EC — Juventude Estudantil Católica PDC — Pirlído Democrata Cristão
JOC — Juventude Operária Católica PL — Partido Libenador
IUC — Juventude Universitária Católica PR — Partido Republicano
LA1C — Latiu America Infonnatioti Canv PRP — Pari ido de Representação Popu-
mil toe lar ide Plínio Salgado, ex líder inlegra-
LCCC — Cnslã contra o Comunismo
Líjçh jiftiaj

LOS — Legião de Defena Social PSB — Partido Socialista Brasileiro


Le-Ex —
Forma abreviada de se referir PSD — Par! ido Social Democrático
ao documento 'Lealdade ao Exército’* re- P5P — Partido Social Progressista
digido por oficiais contra fc-ão Goulart PTB — Partida Trabalhista Brasileiro
LÍDER —
Líga Democrática Radical PTN — Partido Trabalhista Nacicnal
UL —
Liga Independente para a Liber- fni — Post, Tekgraph and Tdephorte
dade Internai tonal
LJMDE —
Liga da Mulher pela Democra- PUA — Pacto de Unidade e Ação
cia PUC — Pontifícia Lmvtri idade Católica
MAC — Movimento Anticomunista REDETRAL — Resistência Democrática
MAE — Movimento de Àrregímcntação dos Trabalhadora
Feminina RFF — Rede Ferroviária Federal
MÁF — Milita rv Assislaote Prqgram RJ — Regimento de Infantaria
MA5TÊR — Movimento dos Agricultores SAR — Serviço de Assistência Rural
sem Tem SEI — âockdide de Estudos ImeramerL
MDB — Movimento Democrático Brasi- cana
leiro SENAC — Serviço Nacional Aprendi <fe
MDM — Mobilização Democrática Mi- zagem Comercial
neira SENAI — Serviço Nacional de Aprendi-
MEfl — Movimento de Educação de Base zagem Industrial
MEC — Ministério da Educação e Cultura SERFHAU — Serviço Federal de Habita-
MECOR — Ministério para Coordenação ção c Urbanização
Regional SESC — Serviço Social do Comércio
MED — Movimenio Estudantil Democrá- 5E5J — Serviço Social da Indústria
SFICI — Serviço Federa] de Inforniaçõc»
tico
MFC Movimenio Familiar Cristão e Contra Jnformaçóeí
MOBRAL — Movimenio Brasileiro de Al- SNI — Serviço Nacional de Informações
fabetização
MOS — Movimento de Orientação
50RPÈ — Serviço de Orientação Rural
Sindi* de Pernambuco
utiili SRB — Sociedade Rural Brasileira

18
SUDAM — Superintendi ncl* de Destn UDN — Uníiü Democríiica National
da Amazônia
vol vime fito ULTAB —Uhifio dos Lavradores c Tra*
SUDENE — Superintendência de Descri balhadore* Agrícolas do Brasil
volvi mento do Nordeste UME — Uniio Metropolitana de Estudan-
SUMOC — Superintendência da Moeda e tes
UNAF — Untio Na c tonal de Associações
do Crédito
SUNAB — Superintendência Nacional de
Femininas
UNE —Uniio Nacional dos Estudantes
Ábostcd mento
SUPRA — Superintendência da Reforma
UPES — União Paulista de Estudantes Sc*
cundâyêoi
A* ri ria USAI D —
Urúied Statti Agency for In*
UBE5 — União Brasileira de Estudantes tcrnaconal Developmenl
Secundários US1AC — United States Interamcrican
UCF — União Cívica Feminina Council

LISTA DE TABELAS

Tabcta I —
Classificação por valor de ca- Tabela 7 —
Crtu de controle do mercado
pital dói grupos bilíonàrios* 50 dos grupos mui tu acionais muEiibi lí unidos
I

Tabela 2 —
Distribuição pqr mcntanic de 56
cupílul c nacionalidade do* grupos nacio- Tabeía 8 —Oligopólio na indústria meta
nal» c multinacionais, 52 lúrgica de São Paulo, 56
Tnbdn 3 — Distribuição dos grupos segun-
Tibda 9 — Civis c militares nos cursos
do o setor di! atividade c nacionalidade,
da ESC, 6!
53
Tabela 4 —
Distribuição dos grupos mul-
TibeU 10 —Percentagens de votos obü-
dos pelos paTTidov mais importantes em
tibilbnãrios por ramo dc atividade princi-
três eleições ao legislativo no período de
pal, 54
Tabda 5 —
Distribuição dos grupos nacio-
1945 i 1962

119

nais e mui tí nacionais por setor do produ- Tabela 11 Distribuição do eleitorado cm


ção. 54 1962. 154

ii

T bela 6 * Relacionamento entre o núme- Tabelo 13 —
Variações no índice do custo
ro de empresas t o volume de capital dos de vida do Rio de Janeiro e de São Paulo
grupos multibílíonirioí. 55 entre 1954 t 1962. 158

19
CAPITULO I

A FORMAÇÃO DO POPULISMO

Até 1950, o Estado brasileiro foi liderado por uma oligarquia* agrO-comerciaL
na qual predominavam as elites rurais do nordeste, os plantadores de café de
2
São Paulo e os interesses comerciais exportadores.
Essa oligarquia formou um bloco de poder^ de interesses agrários, agro
exportadores e interesses comerciais importadores dentro de um contexto neo
colonial, bloco este que foi marcado pelas deformidades de uma classe que era
4
ao mesmo tempo ^cliente-dominante". Foi sob a tutela política e tdedçgics desse
bloco de poder oJigárqmco e também sob a influência da supremacia comercial
britânica nos últimos vinte e cinco anos do século XiX que se formou a burguesia
industrial.*
Durante a década de vinte, novos centros económicos regionais foram con-
solidados sob novas bases econômicas como, por exemplo, ura Rio Grande do
Sul agrário e um Rio de Janeiro e Sio Paulo industriais. O sistema bancário,
que havia emgrande parte sc desenvolvido a partir de interesses agrários, concen-
trou-se principalmente em Sio Pauíô, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Essas mu-
danças econômicas forçaram um deslocamento do poder político agrário c co-
merciai do nordeste para a região sudeste do país e das tradicionais elites agrárias
para novos grupos urbanos*
Essas mudanças sbrirom caminho para o surgimento de figuras políticas como
as de Ge túlio Vargas, João Daudt cfOHveira, Gswaldü Aranha (Rio Grande
do Sul)* Vicente GaJlíez, Valentím Bouças, Ary Frederico Torres (Rio de Janeiro),
Roberto Simonsen, Teodoro Quaritm Barbosa (São Paulo) e Evaldo Lédi (Minas
Gerais), empresários e políticos que marcarem uma eraJ
A urbanização e o desenvolvimento industrial exerceram efeitos desorga-
nizadores sobre a frágil estrutura do estado oligárquko. No final da década de
vinte, através de um delicado acordo entre os governos estaduais de Sio Paulo
e Minas Gerais (acordo este conhecido como “política café com leite", uma
1
modalidade de "Bonapartismo tivíl' * que deu nome ao período), o bloco de
poder oíígárquico tentou opor- se ao desafio da burguesia e vencer a crise da
oligarquia e dos setores cafeeiros cm particular. À crise do domínio olígárquico
permitiu que pressões esda vez maiores fossem exercidas pela fração industrial,
apoiada por outros gnipos sociais, principalmente pelas classes médias. À fração
industriai formou um bloco burguês que lutou por redefinir es relações <k podei
dentro do Estado brasileiro, tarefa esta que fc* facilitada por pressões sofridas
peia economia oligárquka em consequência da crise capitalista de 1929"

21
A burguesia emergente, pOTÓm, nSo destruiu, nem política nem cconomicn-
mente, is amigas ciasses agrárias dominantes para impor sua presença no Estado-
pelo contrário, aceitou em grande parte os valores tradicionais da dite rural.
£ irrelevante para efeitos da presente análise sabei se isso aconteceu por não
ser a burguesia força política ou econômica suficiente para desmiir os baluartes
políticos e a estrutura sóciMconômica da oligarquia, ou se foi por nlo querei
ou nao precisar fazê-lo, O
importante é que a burguesia industrial conseguiu
identidade política face ao bloco oligarquíco e* ao mesmo tempo, estabeleceu um
novo "compromisso de disse" no poder com os interesses agrários, particular*
mente com os setores agro^xport adores. E pred&ameote através dessa dupla açno
que o aparecimento e consolidação da burguesia devem ser entendidos, pois sua
ligação umbilical com importantes consequências históricas,
a oligarquia teria
originando o chamado "estado de compromisso"* institucionalizado pela cons-
1

tituição de 1954. O
governo de Gefúljo Vargas teve então de se movimentar
dentro de uma complicada trama de conciliações efêmeras entre interesses con-
flitantes.Nenhum dos grupos participantes dos mecanismos de poder — as classes
médias, op setores agro^xporudores. a indústria c os interesses bancários — foi
capaz de estabelecer sua hegemonia política e dt representar seus interesses par-
ticulares como sendo os interesses gerais da nação,
15
O
equilíbrio instável entre os
grupos dominantes e, mais ainda, a incapacidade de qualquer desses grupos de
assumir o controle do Estado em benefício próprio e, ao mesmo tempo, repre-
sentar o conjunto dos interesses econômicos privados, constituíram elementos
típicos da da década, expressando prerisamenie a crise da hegemonia
política
política oLígárquicá, a qual foi marcada pela revolução de 1950.

Apesar de a indústria e de os interesses agro-expo na dores haverem esta-


belecido um "estado de compromisso”, des tiveram uma coexistência difícil c o
período foi marcado por crises contínuas a partir tte 1952, o qm levou ao esta-
belecimento do Estado Novo em I937* 12 Para a burguesia industrial, que estava
então afirmando o seu poderio econômico, eram inaceitáveis as dissidências das
classes dominantes articuladas politicamente no seu interior, tais como se mani-
1
festaram na revolução de 1952 ou no, movimento fascista (integnalismo) * da
metade da década de trinta e que impregnou a ideologia nacionalista daquele
período. Além disso* reações organizadas por parte das d asses subordinadas como,
por exemplo, o levante comunista dc 1955, a formação de uma Frente Naciona-
14
lista Negra em meados da década dc trinta, ou a criaçlo da Aliança Nacional
19
Libertadora tinham de ser reprimidas, Os industriais perceberam que precisavam
de uma liderança forte para conseguir disciplinar o esforço nacional e para impor
t administrar sacrifícios regionais e de classe apropriados para a consolidação
da sociedade industrial,"
O "estado de compromisso”, forjado no processo sócio-político do início da
década de trinta, foi entio remodelado a partir das experiências de um novo
Estado traduzido peias formas corporatívisias dc assoe iação Jf e apoiado por formas
autoritárias dc domínio, '* O Estado Novo surgiu porque a burguesia industrial
se mostrou incapaz de liderar os componentes oligárquicos do “estado de com-
promisso" ou para impor se à nação através de meios consensuais, de maneira a
30
criar uma infra-estrutura sócío-cconômíca para o desenvolvimento industrial.
O Estado Novo garunhg a supremacia econômica da burguesia industrial c moldou
31
as bases de um bloco histórico burguês, concentrando us energias nacionais c
mobilizando recursos legitimados por noções militares de ordem nadonal e de

22
3*
progresso, cujos interesses pda industrialização mutusmente reforçavam os
interesses dos industriais. Sob a égide do Estado Novo, industriais t proprietários
de terra tornaram se aliados. Contudo, a convergência de interesses não se dis-
ls
solveu em Conflitos e tensões marcaram o seu relacio-
identidade de interesses
namento, e elemento de competição mútua que tomou possível, e até
foi esse
mesmo necessário, que o aparelho burocrático- militar do Estado Novo tivesse um
14
papel de intermediário O que favoreceu uma interferência contínua das Forças
,

Armadas na vida política da nação. A intervenção do aparelho burocrático-mi lí tar


na vida política assegurava a coesão do sistema, ao mesmo tempo em que se
tomava um fator de perturbação nas tentativas dc uma institucionalização po-
lítica a longo prazo.**

A interdependência dos setores industrial e agrário foi marcada por quatro


fenômenos. Primeira mente, a demanda dos produtos industriais originou-se em
parte dos setores agro-e xporta dores. Em segundo lugar, os m sumos necessários
à industrialização foram comprados, em sua grande maioria, de centros estran-
geiros, com receitas obtidas com exportações. Em terceiro lugar, os setores agrá-
rios eram produtores de matéria-prima para a incipiente indústria local, assim
como para empresas agroindustriais em desenvolvimento. E. por fim, houve um
certo grau út interpenetração entre os setores agrário e industrial, resultante de
laços familiares ou através de empresas interligadas. £ importante notar que o
bloco de poder empresarial operava no espaço econômico e político aberto pelo
dedfnio dos interesses comerciais e industriais britânicos face aos rivais interesses
americanos e alemães. Esse empenho de industrialização foi fortalecido pela re*
]ativa margmalizâção de interesses estrangeiros devido aos anos da depressão e
ao consequente envolvimento de tais interesses industriais no esforço bélico dá
Segunda Guerra Mundial 56 Á industrialização teve emão um caráter específico
,

de "substituição de importações".
Sob a égide do Estado Novo teve início o primeiro estégio da nacionalização
formal da economia com a criação de empresas estatais, autarquias mistas e o
estabelecimento do controle nacional sobre certas áreas de produção estratégicas,
como mineração, aço e petróleo. O
Estado tomou-se um importante produtor de
bens c serviços de infra estrutura e abriu caminho para o desenvolvimento mdus*
2T
trial privado do Brasil. O
Estado auxiliou também o capitai industriai com a
criação de uma série de mecanismos destinados a reorganizar a economia, dando
prioridade ao processo de expansão capitalista e transferindo recursos de outras
1
áreas para a indústria. * A industrialização foi também estimulada pela vital
transformação do consumo não produtivo dos proprietários de terra, através do
país, em capital de giro para os centros industriais.1® isso foi alcançado através
da estrutura bancária» que se expandiu cnormeraente no início da década de qua-
renta e que se ligou em parte aos setores agrários e à indústria através de laços
comerciais e familiares, reforçando assim a interdependência entre a oligarquia
e a indústria.

A reestruturação do sistema político durante o Estado Novo envolveu novas


formas de articulação e domínio de classe * O pensamento corporati vista, que
entendia a formação sócio-econõmica como uma rede de grupos económicos é
políticos "funcionais" resultantes de uma divisão de trabalho necessária e até
mesmo "natural", influenciou enormemente a ideologia e ação do bloco de poder
Tal bloco redefiniu os canais de acesso ao
11
industrial-financeiro dominante .

centro de poder» através do estabelecimento de uma série de mecanismos para a

23
formulação àc dircíriiej pol/lkái r dc tomada dc decisão. Hssn série de mecanis-
mo* equivali* na realidade a umi "mobilização dc biús n ínsliUicíomiliznda CGntm
'

o« irvtcrtuca agrános subsumidos,


u A indústria expressava suas demandas sem
intermediação política, introduzimiose dirclamcntc no aparelho estai aL' O E*c*
4

cutivc tomou-se um foco dos interesses que visavam a industrial iznçüo, aberto às
demandas da C cn fede ração Nacional da Indústria c da Confederação Nacional
do Comércio. 41 ao passo que os iniçrewes agrários, tendo perdido suu posição
privilegiada, conseguiam k comunicar com o aparelho do Estudo através dos
38
[mtitutov con velhos de representação dos produtores rurais, Foi criado um
Conselho Nacional dc Economia onde 05 industriais foram os primeiros, e até J946
Cn única*, gnipot ecupacioniis a tirar vantagem das oportunidades corpam-
tivutas
r
O Euade Novo também estimulou um processo "nacional" de formulação
dc dirarm pcJitiç**, na tentativa dc subordinar as lideranças regionais e intro-
duzir reformai administram as, objetivando modernizar o aparelho estatal e con-
44
trolar o capral estrangeire em fator dc empreendimentos locais. Mais ainda, o
uma reformulação drástica da burocracia estatal criando o
Exçcuti* c laneoo-sc a
DASP, Dcpamnvnio Administrativo do Serviço Público. Além de sua importân-
cia tio prtcevio de modernização e centralização da administração pública, a
enaçãu do DASP ie%c duit outras consequências, Ele afetava a prática do dien-
tdtmc c do patroniio. tirando a burocracia do controle da oligarquia. Contro-
lando * burocracia o DASP transferiu efetivamente, mas não dc maneira exclusiva,
a prática do patronato para o govemu central, dando margem u burguesia indus-
trial de lançar mio dc práticas paternalistas e cartoriais*”
O papel do Etudo Novo na industrialização permitiu e propiciou a parllci*
paçJo de prufÍMÍcnojs da? classes médias de militares, junlamcntc com os pró-
c
44
pno* empresário*. no aparelho administrativo do Estado. A participação do*
militam realçou o dncuno “nacionalista" que foi identificado com o dcsenvol-
vimerito industnal pmado da nação/ Contudo, apesar da importância da “so-
1

ciedade poJífiui " que compreendia a burocracia e os militares c a convergência


de interessei defcsei último* com oi industriais, o desenvolvimento industrial foi
guiado por direirut» polítkai iraçadai pelo bloco industrial-financeiro do centro-
sul do pait

Fm tv*rsc d* defev* da “paz social’*, o Estudo Nu vo intervinha também nu
**ngulBmenL»ção“ d* força de irübafho através da promulgação de "leis ira*
balhisui' cumpri ndc airim um requisito básico no processo de acumulação- O
,

eita be leti mcmr> de um satiriu mínimo em permitiu um nivelamento de sa-


lário par» i f rça dc trabalho urbana pdu grau mais hui xo possível da escala,
lilo é, a nível de tubsitiênu*. Dada a relativa escassez de mão-de uhru qualificada
e um salário mínimo impediu que as forças
lemiquibiicada. o estabelecimento de
dc mercado estabelecessem salário* dc equilíbrio a níveis mui* ulltís* o que ten-
deria a inibir um» rnp#nsão mais íáuf du induiinali/uçúo cupitulUlu/* Tal pulí-
lica apresentava aindi dt/H benefício* lignífteativo* quanto a acumulação capi-

talista: pnrrwiramemt, ou determinar o* lalárim irvstiiucíoíiulincnte, essu política


permitia um cikulu econômico efetivo, enquanto o uumcniu de produtividade
nâo era incorporado ao aumento dos salário* Fm segundo lugar, um efeito Im-
portante da imposição de um utário mínimo foi a coopiução da* cl asses iniba-
Ihttdorn, mostrando assim a "face admiufvel do corporativismo". O Estado então

24
foj projetado t percebido como protetor dos pobres, tendo à frente * figura pa-
ternalista de Gehjíío Vargaa.
Ao sc aproximar o fim da Segunda Guerra Mundial, mudanças substanciais
ocorreram, 11 A agitação nas classes irabalhadom, oriunda de condições mise-
ráveis de vída* atingia seu pomo máximo em meados da década de quarenta,
apesar da existência de sindicatos controlados, que haviam canalizado durante
anos as reivindicações da classe, Novos e independentes sindicatos Foram criados
nos Estados mais industrializados do país flanqueando » estrutura de controle
r

do Ministro do Trabalho c Justiça, Alexandre Marcondes Filho. Sindicatos na-


cionais vieram à tona como, por exemplo, o Movimento de Unifícaçio dos Tra-
balhadores e n Confederação dos Trabalhadores do Brasil (CTB), criada em 1944*
Na precária "socíedodc civil" 18 de meados da década de quarenta, o ressurgimento
da esquerda, que hnviit sido atingida víolentamente pelo Estado Novo, e, parti-
culurmcnlc, o crescimento do Partido Comunista junto a organizações incipientes
das classes trabalhadoras pareciam à burguesia uma séria ameaça fora de seu
controle. Foi nesse clima de incerteza que as associações empresariais convocaram
convenções e congressos nacionais, a fim de repensar o seu papel no período pós-
guerra, O ruais importante desses foi ã Primeira Conferência das Classes Produtoras
do Brasil, realizada cm Teresópülis em maio de 1945. A conferência foi convo-
cada pela Federação de Associações Comerciais do Brasil e pela Confederação
Nacional da Indústria, e foi presidida por Roberto Simonsen, Cerca de seiscentas
associações rurais, comerciais c industriais de todos os Estados do pais estiveram
presentes h conferência. Após cinco dias de reuniões, uma Caria Econômica foi
apresentada* a qual cautdosnmentc proclamava o desejo dos participantes de sc
unirem na cormruçáo dc uma sova ordem social. A "DccUiaçio dc Princípios"
dos empresários baseava-se na associação de liberdade e empresa privada, carac-
terizada por '"preceitos de justiça” e “limitações inevitáveis impostas pelos inte-
resses fundamentais da vida nacional”, e para cuja realização a burguesia reco-
nheceria como necessário um certo grau de interferência do Esudo. Além disso, a
resolução da conferência conclamava a um “desenvolvimento harmonioso de
todas as regiões”, a uma garantia para homens da cidade e do campo, de um salário
que lhes permitisse “viver com dignidade”,, a "necessidade de planejamento
econômico" e a recomendação de que o Estado tivesse papel mais ativo na
preservação do meio ambiente, no desenvolvimento da agricultura, na produção
de energia c expansão dos transportes, no protecionismo alfandegário, no desen-
volvimento de industrias básicas, no impedimento da formação de cartéis, no
controle da importação e, sobretudo* no estimulo a investimentos estrangeiros
que, oo término do esforço de guerra, haviam oportunamente renovado sua
47
participação na economia brasileira em da década de quarenta.
fins

£ necessário que alguns comentários sejam feitos sobre a chamada burguesia


“nacional", que tanto havia se desenvolvido sob a égide do Estado Novo, De
acordo com a crença intelectual popularizada, assumida pelo Pantdo Comunista
e abraçada mais lardc por intelectuais nacionalistas, principal mente os do Insti-
tuto Superior de Estudos Brasileiros* 1SEB* ’ havia “duas burguesias," Uma era
1

considerada enlreguistw* dircíomeme ligada a capital transoacionai* e a outra


nacionalista, oposta à ação de interesses estrangeiros. A burguesia "nacionalista”
cru procurada poliütnmcnic e considerada, teoricamente, pelos intelectuais nado-
ntilisfns curtiu uliadu potencial, sc não de fato, das classes trabalhadoras e dos
em
fcclurci das clavscs médias que se opunham ao imperialismo, em razão do que se

25
esperava fossem as diretrizes políticas dos industriais de reforçar os centros
locais de tomada de decisão, e de sua alegada vislo do Estado como instrumento
de oposição à penetração estrangeira. Os intelectuais nacionalistas atribuíam (anv
* 1 1

bém a esses setores "nacionais industriais e financeiros " objetivos progressistas' .

Em particular, acreditava-se que os setores industriais «tivessem interessados


em alguma forma de desenvolvimento nacional redistribulivo e em apoiar uma
atitude reformista contra estruturas agrárias arcaicas. Porém, a esperado confron-
tação nacional is taHenircguista baseava-se em avaliação errada, falando-sc em
antagonismos estruturais onde somente existiam conflitos conjunturais. A burgue-
sia industrial brasileira poderia ter mostrado uma dualidade de tendências em
seu crescimento, sendo uma de associação direta a interesses multinacionais e
40
a outra de ligações indiretas para obter o knowJtow estrangeiro . Mas a motiva-
ção da burguesia era uma só, o capital. Na medida cm que a burguesia brasileira
,l
se desenvolvia e.conseqüentemente. a economia do país. os industriais nacionais"
eram menos uma força vitaldo que agentes da integração do país no
do Brasil
*

é, O capitalismo. O “entreguísmú
1

sistema produtivo internacional dominante, isto


de um grupo ou de um setor da burguesia expôs a sua relação conjuntural com
um pólo de influência rransn acionai especifico, a saber, a subordinação à nação
hegemônica, os Estados Unidos, mas ocultou o compromisso estrutural sistema-
10
tico da burguesia .compromisso este que seria crítico. As premissas dos políticos
nacionalistas e intelectuais sobre uma pretensa posição nacional-reformista da
correspondi am mais à ideologia do nacionabpopulismo do
1

burguesia "nacional *

que aos interesses dos industriais. A burguesia brasileira era, com toda certeza,
nacional, apesar de não ser necessariamente nacionalista.

Em sua convenção nacional de 1945 os empresários adotaram várias de-


mandas populares como seus slogans políticos obviameme dirigidos às classes
médias e trabalhadoras, refletindo o sentimento crescente entre as ciasses
dominantes de que uma mudança era esperada, pelo menos nos centros urbanos.
Entre os stogms adotados estavam os apelos para a "luta contra a pobreza", o
"aumento da renda nacional”, o “desenvolvimento das forças produtoras", a
1
''democracia econômica" e a "justiça social," Estava se tomando claro para as
*

classes dominantes que novas formas de governo teriam de substituir as medidas


coercitivas do Estado Novo. O descon tentame mo popular deveria scr esvaziado,
absorvendo sua liderança e tentando conseguir uma burocralização de suas de-
mandas através de instrumentos de repressão pacífica como aqueles fornecidos
pelo Estado patrimonial e cartonai. 1* Além disso, o onda artlifascita trazia consigo
uma reação das classes médias contra o autoritarismo do Estado Novo, Isso
ficou pa rt ku la f mente claro no comportamento das Forças Armadas, governo O
brasileiro, que no período Inicial da guerra oscilava entre a neutralidade e uma
posição pró- Ei xo. ao mesmo tempo em que oficiais superiores como o General
Góes Monteiro e o General Eurico Gaspar Dutra manifestavam simpatia pela
Alemanha, dedarava-se a favor dos aliados enviando inclusive um contingente
I Europa, a Força Expedicionária Brasileira —
FEB, que participou da campanha
na Itália sob o comando dos americanos. O resultado dessa participação foi uma
aliança estreita entre oficiais brasileiros e americanos, quando uma série de
amizades pessoais se formaram e persistiram, até mesmo intensificai! do- $C nas
duas décadas seguintes. Vários desses oficiais foram enviados aos Estados Unidos
de onde voltaram com novas idéias sobre desenvolvimento industrial c organiza-
ção política do país. Os oficiais, decididamente opostos a Gaiilio Vargas, a quem

26
consideravam como chefe de um regime neofascista, conspiravam contra cie.*1
O pomo culminante dessa reação contra Getúlio Varga? foi a criação da Frente
Democrática que, abrangendo um amplo leque de posições ideológicas, apresenta-
va-se como uma convergência política alternativa ao regime vigente.
Getúlio Vargas também compreendeu a necessidade de mudança c tentou
desfocar a base sócio política do Estado Novo para um alinhamento formado
pelas cíasscs trabalhadoras e a burguesia industriai, na tentativa de constituir
um sistema político trabalhista de centro esquerda com tendências nacionalistas.
Eleições nacionais foram marcadas para dezembro de 1945, para as quats Getúlio
Vargas estimulou a criação dc dois partidos, o Partido Trabalhista Brasileiro
— PTB, baseado na máquina sindical de Marcondes Filho, c o Partido Social
Democrático —
PSD, que não possuía coisa alguma em comum com seus homô-
nimos europeus e se baseava nos interventores estaduais, nos industriais de São
34
Paulo e nos chefes políticos oíigãrquícas, os conhecidos coronéis. A oposição
de centro-dírcíta criou a União Democrática Nacional —
UDN, um conjunto
amplo de posições anticomunistas, aniinacionalisias e anii-Vargas (mais tarde
aniipopulistas). cuja base eleitoral encontrava-se principal mente nas classes médias
e que cra liderada por profissionais liberais, empresários e políticos. Getúlio
Vargas concedeu anistia política e tentou ganhar para o seu lado as classes
trabalhadoras urbanas e o Partido Comunista através dc medidas de reforma
sócío-econõmíca e participação política, temando organizar sua própria base de
poder. Mais importante ainda. Getúlio Vargas estava Lançando bases para a
constituição de uma nova forma de organização política do governo e de um'
novo regime/ Forças sócio-cconèmícas emergentes. assim como novas demandas
sód o-políticas, necessitavam ser acomodadas, A limitada convergência de classe
no poder, o corporativismo associativo t o autoritarismo do Estado Novo foram
integrados e sintetizados numa fórmula nacional de "desenvolvimento”, que,
sob o nome genérico de popultsmo, tentava estabelecer uma hegemonia burguesa
15
a partir de meados da década de quarenta. Através do popuUsmo, o Executivo
procurava estabelecer um esquema de limitada mobilização política nacional das
massas urbanas, baseado em uma estrutura sindicai controlada pelo Estado e no
apôio institucional do PSD e do PTB. Esses dois partidos, apesar de imprecisos
çm seus apelos programáticos, eram efetivas máquinas de domínio ideológico e
controle social, o primeiro deles operando como o partido do poder e o segundo
como o partido de legitimação da ordem vigente. Após anos de autoritarismo
e predominância do Executivo, o populísmo favorecia a reentrada em cena do
político profissional, jun lamente com a participação de industriais e banqueiros
cm atividades poiítico-par lidarias no então reativado Congresso. Contudo, a posi-
ção privilegiada que os industriais haviam conseguido no Executivo através de
uma estrutura eorporati vista de associação foi preservada, embora controlada pelo
Congresso.
A estratégia de Getúlio Vargas foi vista com alarme pelas classes dominantes
e com suspeita pelas classes médias, pois tal estratégia somente aumentaria o
apelo carismático do próprio Getúlio Vargas junto às classes trabalhadoras e real-
çaria o seu papel no comando do Estado como intermediário político. A mobiliza-
ção dns classes trabalhadoras, apesar de limitada, eia temida pelas classes
dominantes, pois poderia dar a Getúlio Vargas o apoio necessário para o esta-
belecimento dc um Executivo relativ&mente independente. Tal Executivo serio
um anátema tamo para os industriais quanto para a oligarquia, c colocaria

27
Getúlio Vargas acima do controle das Forças Armadas» Atém disso, a estratégia
de Getúlio Vargas vinculava o desenvolvimento da economia o um caminho
nacionalista e cstaiizantc-disiributÍYo, Todas essas reformas, porém, foram vistas
como rtmancscêndas de excessos indesejáveis do Estado Novo. Isso era prccisn-
mente o que os industriais e outros tentavam reprimir, pois efes estavam nesse
momento procurando fortalecer suas ligações com interesses multinacionais na
tentativa de conseguir capital e tecnologia.
Antes que Getúlio Vargas conseguisse consolidar sua estratégia e formar
um novo bloco de poder, o Exército, tendo como ponts-de-lanç* os oficiais
da FEB, entrou em ação e o depôs, apoiado por um alinhamento que compreendia
os industriais locais, a oligarquia, bs classes médias e* finalmcnte, as empresas
5*
multinacionais que haviam renovado seu interesse pelo Brasil.
Embon o próprio Getúlio Vargas e suas propostas políticas não tenham
os empresários adotaram o seu modelo político e o sistema partidário
sitio aceitos,

que ele havia fomentado, A passagem do Estado Novo para uma forma populista
de domínio c articulação de interesses foi atenuada pelo fato de que a mesma
elitepolítica e económica que havia comandado o regime deposto permaneceu
no poder após a destituição de Getúlio Vargas de seu cargo, e foi sob a direção
dessa elite que as primeiras eleições nacionais foram promovidas. Além disso, a
continuidade foi salientada pelo fato de a Constituição dc 1946 haver deixado
57
pritteamente intacto o mareo institucional do Estado Novo.
As eleições foram vencidas pelo Marechal Eurico Gaspar Dutra, MinUtro
da Guerra durante o governo de Getúlio Vargas, encabeçando 0 PSD c apoiado
pelo PTB, que. lendo sua candidatura endossada pelo próprio Getúlio Vargas,
competiu com o Brigadeiro Eduardo Gomes, candidato pela UDN. Para surpresa
geral, o Partido Comunista, que havia sido legalizado pouco antes e disputava
ai eleições índependenicmetue, teve a mesma porcentagem de votos que o PTB.
Sob o manto de democracia libera) que envolvia o regime do Marechal Eurico
Dutra, ficaram ainda muitas das características centrais do Estado Novo, princi-
palmcnie a posição privilegiada dos industriais dentro do Executivo e as relações
autoritárias das classes dominantes para com as classes trabalhadoras. Mas algu-
mai mudanças imponamev de fato aconteceram, príncipálmenie o restabelecimento
do Legislativo como foro de atuação políúce* Os membros eleitos para o Com
greiso. dentro dc certos limites, ocuparam suas tribunas para o debate político,
11
que atingia a sociedade em geral.
Embora o Marechal Eurico Dulra tivesse sido deito pelas máquinas políticas
do PSD cdo PTB e ii veste tido apoiado par Getúlio Vargas, ele mostrou logo
de início que tuas idéia* políticas diferiam grande meme das de seu predecessor
principilmeme no que dizia respeito às suas posições quanto 10 nacionalismo e
h participação da* classes trabalhadoras. A mudança do rumo do governo do
Marechal Eurico Dutra foi caracterizada pelo fato dc de haver levado para o
seu ministério figurai de deitaque da UDN como* por exemplo* o empresário
Raul Fernandes, que se tomou seu Ministro do Exterior, O governo do Marechal
Eurico Dulra foi foncmenie influenciado por empresários, os quais ocuparam de
maneira quase exclusiva os postos-chave na administração, O governo favoreceu
o tais&ez-fairc na área económica e, depois de tentar desenvolver, por um curto
período, um sistema dc participação pluralista, passou a defender um forte con-
1
trole político das classe» subordinadas, * A diretriz econômica do governo do
Marechal Eurico Dutra favorecia daramente a empresa privada. Organizações

2*
estatais fórum desativadas c a tendência para o nacionalismo e desenvolvimento cs-
tatízante sofreu um retrocesso. Tanto o governo do Marechal Eurico Dutra, quanto
a UDN em particular, examinavam dç travar um relacionamento
as possibilidades
especial com os Estados Unidos conscqüent emente, a economia íoi reaberta
e,

ao capital estrangeiro em condições muito favoráveis. Além disso, sob a égide


do Marechal Eurico Dutra, o governo estabeleceu a Escola Superior de Guerra
— ESG, para a qual acorreram oficiais antí-Vargas e pró-UDN. Estabeleceu tam*
bém a Comissão Mista Brasil -Es lados Unidos, com o objetivo de estudar a situação
brasileira e esboçar um programa de desenvolvimento econômico para o país.*
O bioco de poder olígérqmc<> empresarial, que apoiava o governo do Mu-
rechai Eurico Dutra e que tantava conseguir o consenti mento político das classes
subordinadas e impor consenso entre as frações subalternas das classes domi-
nantes, usou para esses fins, inicialmente, meios de dominação e táticas que se
caracterizavam sobretudo pelo paternalismo* Durante os agitados anos de 1945
e 1946, a Federação das Industrias do Estado de São Paulo FIESP, e o —
Centro de Indústrias do Estado de São Paulo —
CIESP, estiveram engajados no
apaziguamento das crescentes demandas dos trabalhadores através de dois esforçós
relacionados* 61 Á FIESP e o CIESP instaram seus membros a contribuir para p
estabelecimento de Comissões de Eficiência e Bem-Estar Social, com o objetivo
de prestar serviços de caráter paternalista, princi palme nte através da venda de
gêneros alimentícios e artigos de vestuário a preços de custo. A FIESP e o
CIESP formaram, também, a Comissão de Relações coro o Público, destinada
a modificar as demandas dos trabalhadores através de um serviço de relações
públicas e doutrinação, defendendo asrim os interesses da indústria privada pau-
lista, Para tanto, em junho de 1946 o Marechal Eurico Dutra, em resposta a pres-

sões pessoais de Roberto Simansen e Momo


Dias de Figueiredo, líderes da FÍESP
e da Confederação Nacional das Indústrias — CNL
assinou um decreto criando
o Serviço Social da Indústria —
SESI, com o objetivo, a longo prazo, de comba-
ter o reaparecimento de organizações autônomas entre as classes trabalhadoras
e de construir no seio do operariado urbano uma base ideológica e de comporta-
mento político em consonância com uma sociedade industrial capitalista.*1 Vários
meses depois, em consequência de esforços dos empresários, o industrial Morvan
át Figueiredo tomoti^sc Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio* reunindo,
por assim dizer, os mecanismos de controle do trabalhador c a expressão dos
interesses dos empresários sob um mesmo ministério cartonai, fazendo dele o
ministério capitalista por excelência, Porém, o ímpeto da organização das classes
trabalhadoras e a expansão de soa consciência política dificultaram esse tipo
dc manipulação. Os primeiros sintomas da "Guerra Fria" coincidiam com uma
nova demonstração ck força do Partido Comunista nas eleições estaduais de
janeiro de 1947, quando sus posição de quarto maior partido em termos de
voto popular foi reiterada. E, mais ainda, o Partido Comunista venceu a UDN,
tornando-se o terceiro partido em termos de voía popular no importante Estsdo
industrial de São Paulo; conseguiu também uma maioria dos membros nas
deiçoes pura n Câmara Municipal na própria Capital Federal. A frágil ''sociedade
civil", um
legado do Estado Novo, não era uma estrutura apropriada de contenção
das classes trabalhadoras, tornando difícil institucionalização do regime. Além
disso* o PTB demonstrava não ser páreo para u Partido Comunista* nem ideoló-
gica, num orgunizacíonulnientc, Naquele mesmo ano, a pedido do governo* o
1' 1

Pari ido Comunista foi declarado ilegal por decisão judicial. O Marechal Eurico

29
Dutra dissolveu também a Confederação dos Trabalhadores do Brasil —
CTB, e
interveio nas atividades de quatrocentos síndiçotos cm decorrência dc um-a suposta
figação desses eom o já ilegal Partido Comunista, além de promover um expurgo
no funcionalismo público. Essa renovada interrupção da expressão autônoma dss
classes trabalhadoras resultou em medidas autoritárias dentro do sistema político
e do regime populista. Mesmo assim, cra possível construir uma certa medida
dc consentimento 0 de consenso a partir da noção de igualdade democrática de
todos os cidadãos, exceto aqueles estigmatizados como “comunistas” —
os anal-
fabetos, que foram ioialmente excluídos do processo eleitoral, e os trabalhadores
rurais, cujo recrutamento para partidos de oposição era dificultado por estarem
sob a tuteia dos coronéis e de práticas clientdístas. Em resumo, o populísmo
sustentava uma igualdade democrática urbana, por sinal muito seletiva*
1
Um
sistema "cxdudente" havia sido criado*" E mais, o baluarte populista do Minis-
tério do Trabalho, o peleguismo c os partidos políticos populistas eram responsá-
veis pda incorporação ao Estado das forças sociais que haviam se desenvolvido
em decorrência da modernização. Eles eram simultaneamente responsáveis pela
8
desagregação e conformismo das classes trabalhadores* e pela legitimação da
sociedade capitalista
Em Í95Ü houve eleições com o Partido Comunisla ainda ilegal e os sindicatos
ainda sob intervenção. Ge túlio Vargas era o candidato dò PTB. aliado ao Partido
Social Progressista encabeçado por Ádhentar de Barras,®* protótipo do cheíc popu*
lista do industrial Estado de Sio Paulo, onde o PSP controlava os trabalhadores.

O candidato em oposição a Getúlio Vargas era o Brigadeiro Eduardo Gomes*


da UDN. que tinha o apoio ât Plínio Salgado, antigo líder integralista que
comandava o Partido de Representação Popdar — PRP, O PSD apresentou
candidato ã parte, Gciúlto Vargas fez uma campanha entusiástica através do
pais. Embora modificasse sua ênfase dependendo da platéia, Getúlio Vargas
apresentava várias posições básicas em seu programa. Ele prometia retomar a
campanha em favor da industrialização nacionalista com o apoio do Estado,
industrialização esta que havia sido negligenciada durante o regime do General
Enrico Dutra. Getúlio Vargas investiu contra a inflação e a falta de progresso
reaf nos salários dos trabalhadores urbanos, prometendo uma renovada campanha
de proteção do proletariado através de medidas dc bem-estar social. Apesar dc
enfatizar a reforma social, de silenciou quanto a assuntos rurais e fez referências
esparsas, quase insignificantes, à reforma agrária e ã sorte dos camponeses. Ele
agiu assim na esperança de conseguir votos dos chefes locais do PSD, os coronéis
rurais, Foi procurando os votos do PSD que Getúlio Vargas conseguiu fazer um
acordo em Minas Gerais, centro do pessedismo, com Juscellno Kubltsehek,
jovem político em ascensão e candidato a governador do Estado. Getúlio Vargas
apoiou a sua candidatura e, em troca, foi capaz dc fazer incursões no voto
pessedista.
Apesar de seu compromisso com a industrialização nacionalista e dc defender
o direito do Brasil de possuir e desenvolver seu petróleo t recursos minerais,
Getúlio Vargas deixou claro em sua campanha que aceitaria dc bom grado inves-
timentos estrangeiras* mostrando assim uma certa continuidade com as suas
atitudes passadas e manobrando dc maneira a não entrar cm atrito com interesses
que haviam sido fortalecidos no regime do Marechal Eurico Dutra, Getúlio Vargas
estendeu a mio ao governo americano c a investidores privados, numa tentativa
dc reconciliação e vjsartdo a um programa de desenvolvimento semelhante ao

30
Plino Marshall, deixando claro, ao mesmo tempo, que o pais nio apoiaria
os americanos cm seu envolvimento miíriar na Coréia, indo contra o apoio
que o Marechal Eurico Dutra havia insinuado.
Getúlio Vargas foi reconduzido ao governo, com uma ampla maioria de votos,
por um bloco populista que se estendia de norte a sul do país, reunindo políticos
dos mais diversos partidos abrangendo o tradicional alinhamento de empresários
locais, dc interesses agrários, principalmente do sul, e das classes trabalhadoras
urbanas. Getúlio Vargas formou um ministério heterogêneo, onde muitos dos
membros eram empresários e dc formação oligárquica, refletindo a composição
do bloco populista que o havia apoiado, e refletindo também o conjunto de
diretrizes políticas que ele pretendia implantar Contrariando as expectativas
*

populares, de deu ao PTB apenas uma cadeira no seu ministério, o crítico Minis-
tério do Trabalho, sublinhando tanto a posição central desse posto ministerial
para a manipulação das classes trabalhadoras quanto o papei de íegiiimador do
PTB, O PSD ficou com a maior parle dos ministérios, provando assim ser 0
partido do poder. Getúlio Vargas nomeou João Clcofas para Ministro da Agrjeuh
tura, um líder conservador da UDN dc Pernambuco. Estado onde a pobreza
rural era escandalosa e onde a UDN
se assemelhava ao PSD, retribuindo dessa
maneira o apoio que havia recebido da oligarquia rural. A marcante adesao ao
PSD e o aparente desprezo pelo PTB implicaram mo
apenas um conjunto de
diretrizes políticas mais conservadoras do que o prometido durante a campanha,
como também teve o efeito de alijar o receio que os militares tmhsm de uma
4 pr
república sindicalista
" do qual Perón parecia ser o protótipo, indicando que
havia uma disposição por pane dc Getúlio Vargas de trabalhar com a maioria
pessedista do Congresso.
Durante a segunda administração de Getúlio Vargas, o sistema político e O
regime sofreram mudanças significativas. O Congresso ficou mais forte e política*
mente mais importante, tomandt>se* lado a lado com o Executivo, um foco de
articulação de interesses. O Congresso representava o lugar onde as diferentes
frações das cíasses dominantes tinham a possibilidade de compartilhar do governo
junlo com o bioco de poder dominante. O Congresso tomou-se uma instituição
basicamente regulada por conciliações e alianças, pois exercia um certo grau de
controle sobre as medidas políticas adotadas pelo Executivo. As reivindicações
do eleitorado do presidente como um todo ecoavam através de aliança PSD/PTB
no Congresso, e os interesses de seus eleitores imediatos através de diretrizes
econômicas do Executivo.” No regime populista de convergência de classes, o
controle do Executivo tomava-se a questão política central e as lutas pela parti*
cipaçio no Executivo favoreciam uma intensa personalização da vida política*
personalização esta que se tomou um fator fundamental nas várias crises do
período. O Congresso tinha um papel duplo de representação. Por um lado,
através da aliança PSD/PTB, pressões populares eram agregadas e canalizadas.
Os partidos podiam pressionar o sistema* estruturar suas alianças e ganhar apoio
popular em suas tentativas de alcançar o poder através do Congresso. Por outro
lado, as classes de proprietários de terra, que não haviam sofrido muito durante
o governo de Getúlio Vargas, pois o sistema de autoridades e propriedade perma-
necia intacto nas áreas rurais, também apresentavam suas demandas políticas
através do Congresso, Apesar da consolidação das relações capitalistas de trabalho
e da proeminência econômica que os empresários haviam conseguido durante
a década de quarenta, a supremacia industrial-financeira nio se traduzia em

31
hegemonia Racional política e ideológica. O "general Café" ( que havia se diversi-
ficado em bancos e indústrias) e suas forças subalternas agro-comerciais estavam
ainda "no poder". Os interesses rurais permaneciam economicamente poderosos
e politicamente ativos com um papel crucial exercido atro vis do sistema bicorne
rsl manlendo a Câmara dos Deputados c o Senado como focos de rotmizaçfio

de demandas, ét agregação e institucionalização de pressões populares, refletindo


& crescente participação política das classes médias e trabalhadoras.
À segunda administração de Gcliilio Vargas foi dividida cm Irês períodos/*
A primeira fase foi caracterizada por uma forte presençu empresarial, uma poKtiea
a n til nfl acionária e uma procura entusiástica de ajuda econômica dos Estados
Unidos. Essa fase terminou em meados de 1953 sob a pressão conjunta de svndh
calos e diversos grupos nadonalisfai, Ü
governo fracassou em sua tentativa de
controlar a inflação, enquanto os benefícios da ajuda externa não se concretiza*
vam. Em meados át 1955 o ministério foi reorganizado C começou a segunda
fase, Apesar de manter ai suai opções abertas tanto em rdaçao ao bloco oligár-
quico-indusmal quanto aos Estados Unidos* ao nomear Oswaldo Aranha* Vicente
Rao e José Américo de Almeida, Getúíio Vargas recorreu imensameme às classes
trabalhadoras como um grupo de pressão. Ele substituiu o seu Ministro do
Trabalho por foão Gouíarí, um jovem militante do PTB do Rio Grande do
Sul* seu protegido político c que assumiu o seu cargo com uni enfoque muito
mais radical. Nesta segunda fase, a crescente polarização política t ideológica
em tomo de assuntos nacionalistas e trabalhistas andou passo a passo com uma
crescente oposição do Exército a Getúlío Vargas e, con se quente mente, a João
Goulart, culminando com o famoso memorando dos Coronéis assinado em feve-
reiro de 1954 por mais de oitenta oficiais influentes, o que levou à demissão de
foão Goulart e do Ministro da Guerra General Esttllac Leal nacionalista e getu-
lista. A terceira fase foi inaugurada sob considerável pressão militar, pressão esta

foriemente apoiada por empresários e pelo governo americano. Esta fase foi,
na verdade, uma longa sucessão de manobras getulístas defensivas e com propó-
sitos definidos t limitados, manobras que foram intensamente atacadas no Con-
11
gresso e na imprensa por políticos mordazes e agressivos, como Carlos Lacerda,
figura de proa da UDN do Rio de (aneiro; essa fase culminou com um golpe dc
71
Estado e suicídio de Getúlío em 1954,
Sob a presidência de Getúlio Vargar, a estratégia de acumulação de capital
e industrialização bascava-se principal mente em dois mecanismos de funcionamen-
to: amanutenção da poíítrca cambial e controle das taxas cambiais, transferindo-se
parte do excedente do setor agro-exportador para setor industrial, e uma
contenção relativa dos salários reais, abrandada em seus efeitos sobre os traba-
lhadores peta fato át as empresas estatais t privadas produzirem bens e serviços
subvencionados, transferindo assim parcialmcntc o poder de compra para os traba-
71
lhadores assalariados,
Getúlio Vargas tentava impor uma política nacionalista de desenvolvimento
capitalista* apoiado por uma combinação dc empresas industriais estatais e
privadas.*4 Essa política materiaíizou-se na criação altamcnte controvertida da
Petrobrás*5 e na formulação de uma política de desenvolvimento geral
diretriz
que tentava combinar o crescimento económico com a democracia social/ 0 E
mais ainda, o tipo de regime c sistema político almejado peta Executivo sob &$
rédeas de Getúlío Vargas, incluía a re apresentação de uma proposição que já
havia sido vencida uma vez. Essa proposição envolvia a consolidação dç um

32
aparelho administrativo de Estado e formulador de diretrizes políticas, rdatíva-
mentd Iívfc dl influencia exclusiva das classes dominantes, capaz de apoiar a
industrialização nncíünal e de limitar os interesses multinacionais Concomitante-
mente desenvolvia-se um esforço tendente a assegurar a implementação de um
bloco mdustrjaf-trabaíhisia apoiado pelo Estado e i acomodação de interesses
agrários- Porém, como já foi visto anteriormente, os empresários locais, longe
77
de serem hostis à penetração multinacional, até favorece ram -na* Os empresários
enfatizavam a campanha nacionalista muito mais em tomo da produção industrial
em solo brasileiro, do que em tomo da origem do capital ou da tecnologia envol-
vidos, Os empresários temiam também uma forma de desenvolvimento nacionsdis*
ta liderada pelo Estado. O processo de concentração de capita! desenvolver-seda

então Ííido a Jado com um processo de internacionalização da economia*


Àldm o arranjo político e econômico concebido por Getúlio Vargas
disso,
trazia ii Os interesses multinacionais que estavam rein-
tons outro sério problema*
gressando na economia brasileira após sua retração durante a Segunda Guerra
Mundial seriam deixados nesse arranjo sem adequada representação nos canais
formul adores de diretrizes políticas. Qs interesses multinacionais tentariam agres-
sívflmcnte mudar essa situação, juntarnente com interesses locais que temiam a as-
cendência política de Getúlio Vargas c com forças reacionárias acuadas com as
medidas sócio-democráticas com as quais Getúlio Vargas parecia ameaçá-las*
Derrotado por outro golpe militar em 1954, Getúlio Vargas recusou-se a renun-
ciar e suicidou-se. Agindo dessa forma, ele explicítamente condenou, na sua
carta-testamento, o que percebeu ser uma conspiração antmacional de forças
reacionárias upoíadas por interesses imperialistas, 73
Com em 1954 e a subsequente orientação das
o suicídio de Getúlio Vargas
diretrizes econômicas por Eugênio Gudin,™ Ministro das Finanças durante o
interstício presidencial de Café Filho, infciava-se um período radicalmente dife*
rente cm termos de política econômica* À diretriz política do governo explicita*
mente favorecia corporações multinacionais que concordassem em importar equi-
pamento industrial para a produção de bens considerados altamcnte prioritários
pela administração. Em 1955 0 governo de Café Filho apresentou a famosa Instru-
ção 113, de Superintendência da Moeda e do Crédito —
SUMOC, permitindo
que corporações multinacionais importassem equipamento por um preço 45%
abaixo das taxas e isentando-as da '‘cobertura cambial” necessária à importação
de maquinário, benefício este não desfrutado por firmas brasil eiras O breve
governo de Café Filho, apoiado por uma aliança informal de centro-direita entre
empresários, políticos da União Democrática Nacional (UDN) e do Partido
Social Progressista (PSP), visava à contenção das classes trabalhadoras e ao
estímulo da penetração de interesses multinacionais através de um entendimento
político com setores cafeeiros e financeiros* Apesar de todos os esforços, o que foi,
por pouco tempo, um bloco de poder liderado pda UDN, ele foi derrotado nas
eleições seguintes por uma aliança de políticos do PSD c do PTB, sindicalistas
e empresários. Essa aliança foi encatrèçada pela chapa Juscelino Kubitschek-
Joio Goulart. A aliança PSD/PTB correspondia em termos gerais à formação de
uma "frente necional” —
que era uma coligação de forças sociais expressando
o desejo de um processo de desenvolvimento nacional baseado na expansão da
indústria no Brasil* A aliança PSD/PTB incorporava a burguesia industrial, um
setor da burguesia comercial especializado no comércio de produtos industriais
locais e as classes médias progressistas (profissionais liberais, administradores)!

33
assim como políticos urbanos c sindicubslns/ |oúo Goulart, herdeiro aparente
1

de Gciúliü Vargas, bicava sua çampanhu m> que pureeia ser uniu continuação
doi aspectos mais estatinmics. nucionalísius c libertos n refomus das diretrizes
política* da segunda administração de Gefúlio Vargas. Ercqtmtio isso. fumdíno
Kubitschek fazia sua campanha em fa\or de um programa ambicioso dc plane-
ja mento e desenvolvimento. Porem a administração de Justdino Kubitschek. em-

bora aparentemente baseada na mesma correlação de forças políticas do regime


de Getúhti Vargas, implementou uma política dc desenvolvimento que resultou
em uma mudança drástica no modelo de acumulação- reforçando um padrão dc
“descm olv troai to associado eom a realização de seu chamado Plano de Meias
dc 1956 * 1461 w Alem disso, a estratégia dc desenvolvimento adotada por
luvcclino Kubit^hek levou a uma redefinição do papel e função da máquina
estatal t dc hmj relacionamento com a sociedade dvit acabando por esgotar as
+

possibilidades dc combinação das forças políticas que haviam sido sua base de
sustento original/*
Sob icobertura das políticas desemolvimernisias de |uscclino Kubitschek,
•ncdra»*-*ç um pacote tecnológico direcionado às indústrias de proa incipientes
como, por cvempkj. a indústria automobilística e construção naval, produtos
gu*micos c farmacêuticos, maquinaria e produtos elétricos, papd e celulose,
proporcionando a matriz econômica para o renovado desenvolvimento de uma
burguesia issociidi/* Espenva-se que o acesso à tecnologia e técnicas gerenciais
estrangeira*asnm como à ajuda financeira i rans nacional, fosse solução para o
,

problema di faha dc acumulação primitiva de capital c também um tratamento


dc choque para uma economia essencialmente agrOHísípüriadora que sofria umu
escassez rdaliva de muquimirio, equipa memo e fc/toWjoiM,"
0
A política de desen-
volvimento dt luscelmo Kubhsctak impulsionava as transformações que já sc
faziam sentir na estrutura sócio-económica do Brasil como, por exemplo. uma
maior sofisticação do mercado interno, o crescimento das empresas, uma produ-
ção mais completa a expansão das indústrias básicas,* 7 d tendência para urbaiti*
c concentração metropolitana, uma intensificação dc disparidades setoriais
c dc desigualdade* sociais c regionais/* Alem disso, a política de descnvolvimcm
lo de luvedino Kubtischck estabelecia as condições para a proeminência econô-
mica do capital yligopotau multinacional e associado. Às relações internas do
Brasil nesse momento eram o resultado de uma combinação "originar e mesmo
tut gmcrii, ã itbcr. a convergência de classe populista e sua forma dc domínio
interagindo com o capital monopolista iransnacional,
Porém surgiram prublema* a nível institucional, h medida que se tornavam
evidente» a» inadcquacôc» política* c administrativas a um modelo de desenvol-
vimento tão concentrado c centralizado, Ü
Congresso ímcialrneme apoiaria Jusce*
Itno Kubitschek através da aliança PSD/PTB, apoiando o seu programa de desen*
volvi mento "conduzjdu pelo Eiiadu", desde que o governo representasse os
interesse* da maioria parlamentar Porém, a medida que
, Executivo se envolvia
cm sua política de modernização, o Congresso consolidava a sua presença política
atrai és dç uma atitude conservadora em relação ao Executivo e interesses indus-
tri»liz»T»ies que ele representava, A presença conservadora du Congresso cristali-
za va-se cm decorrera iu da lógica du» uliuiiçu» c du necessidade de conciliiiçiíu, do
dienidbroo. do» interesse» tradicionais e da oligarquia rural que até então de
-
representava,* Astim, a» prátkas do ibkma político populista faziam do Coiv
grcvso um reduto conservador, que cru lento c impróprio puru iirlkuliiçfio
ti

34
dos imcrcsscs multinacionais e associados favorecidos pelo governo de Juscelino
Kubitschck. O
Congresso permití a também a denúncia da penetração multinacio-
nal c das condições especiais nas quais ela se dava e era, ao mesmo tempo,
o foro onde representantes das classes trabalhadoras se faziam Ouvir e participa-
vam de um certo controle sobre as diretrizes políticas do Executivo. Outro sério
efeito pdftico consistia na falta de habilidade básica do estado cartonai de funcio-
nar satisfatoriamente, em consequência da pequena burocracia firmemente esta-
belecida em seu interior t também de escalões mais altos da administração que
agiam de acordo com interesses tradicionais, junto a um grande número de “fun-
cionários reJotivamenle parasitas designados para postos públicos relativameníe
Inúteis"/ Qs interesses muhi nacionais c associados tiveram de procurar outros fa-
1
'

tores para produzir diretrizes que levassem à sua consolidação econômica. JusceH-
no Kubltschek proporcionou essa estrutura apropriada. Com efeito, com a implan-
tação do seu PI uno de Metas, e como pré-requisito para a sua realização, foi criada
uma uniphi gama de organismos de planejamento e consultoria e comissões de
trabalho, os Grupos Executivos / 1 Eles formavam uma “administração paralela"
coexistindo com o Executivo tradicional! e duplicando ou substituindo burocracias
velhas e inúteis, Essa administração paralela, composta de diretores de empresas
privadas e empresários com qualificações profissionais, os chamados técnicos, c
por oficiais militnres, permitia que os interesses mu Hi nacionais c associados igno-
rassem os canais tradicionais de formulação de diretrizes políticas e os centros
de tomada de decisão, contornando assim as estruturas de representação do regime
populista. Na realidade, isso significou incorporar ao sistema político c ao regi-
me populista canais exclusivos de formulação de diretrizes políticas industriais que
permitiriam a coexistência de capital local e multinacional. E mais ainda, os
novos interesses evitariam os mecanismos de controle e autoridade populistas,
como o Congresso e a critica pública que poderia ser dirigida aos interesses
multinacionais & associados por parlamentares da oposição. Isso ocorria pelo
faio de estarem as agendas que faziam parte da administração paralela nio so-
mente envolvidas em sigilo administrativo, assim como operarem sob a cobertura
1
ideológica de uma "racionalidade técnica ç “perícia apolítica" que supostamente
'

as tomava imunes a pressões partidárias ou privadas. Além disso, usando os


mecanismos de “mobilização de biai** t evitando a apuração pública, a adminis-
tração paralela conseguia favorecer ow bloquear, de acordo com sua vontade,
o acesso à ajuda financeira e tecnológica por pane de diferentes grupos t cor-
porações.
Havia, na entanto, uma falha no esquema. A eficiência da administração
paralela dependia amplamente da atitude positiva e da boa vontade que o
Executivo demonstrasse quanto a seu funcionamento. Tom a va- se necessário,
cniio, que os interesses multinacionais e associados conseguissem o comando do
Estado o a ocupação de postos burocráticos na administração.
Foi sob o Flano de Meias que ocorreu o que podemos chamar de segundo
estágio áü “nacionalização formar da economia; o Estado transformando-se em
produtor direto de bens e serviços estratégicos para a infra-cslmlura e tomando-
se controlador indireto de substanciais mecanismos da política econôsiiea. Po-
rém O papel do Estado como fator de desenvolvimento conseguiu dissimular o
domínio reul do capital. Apesar da expressiva presença do Estado na economia,
*4
ele não "orientava a novo estrutura tk produção. Pelo contrário, era o capital
iransnadonul que, lendo penetrado os setores dinâmicos da economia, controlava

35
0 processo de expansão capitalista* A intervenção do Estado nn economia no
que ultrapassava a alocação de recursos públicos para atividades privados era
amplamente desencorajada, se não condenada, pelos grandes empresários. À
figura de um Estado onipotente não fez porte da perspectiva ideológica dos em-
presários industriais nacionais/* Além disso, a já considerável influência cconó*
mica do Estado despenava o tradicional receio por parte do empresariado de uma
crescente interferência nos negócios,** Reafirmar a necessidade absoluta da posse
privada dos meios de produção tomava-se a bandeira de luta dos empresários
e até mesmo dos militares.**

À desenvolvimento de Juscelino Kubttschek acarretava também


política de
transformações na divisão social do trabalho, através da criação de enorme classe
trabalhadora industrial, de maior urbanização do país, da expansão de atividades
terciárias e da formação de novos segmentos de empregados assalariados. O popu-
liffiw, com suas características elienietistas, çartoriais e paternalistas, serviu,
por um breve periodo, para reproduzir ideologicamente c recriar politicamente
a idéia <k um Estado neutro e benevolente, mito que seria destruído cm princí-
pios da década de sessenta. ** Através do popüíismo, as classes dominantes visa-
vam lambem presenar a falta de diferenciação sócio-política que havia sido a
característica dos regimes anteriores, em uma tentativa de abafar o aparecimento
de organizações autónomas das classes trabalhadoras. A consecução de tais obje-
tivo» foi reforçada por medidas auloril árias como, por exemplo, a persistente
ilegalidade do Partido Comunista e as restrições sobre o sindicalismo autônomo.
Contudo, a arrancada industríalizante da administração de juscelino Kubitschck
com mui va. rapidamente, aumentando o número e a concentração das classes
trabalhadoras noj grandes centros urbanos, modificando dessa maneira os contor-
no» políticos e ideológicos do regime e estabelecendo as prê-condiçõcs para a
crise do pcpu:iíTr#c/ No final da década de cínqüenta, a luta de classes irrompia
dentro da corrupta estrutura política institucional que controlava as classes traba-
lhadora* com sua retórica de nacionalismo e sua atitude demagógica em relação
áo progresso económico.** 0 desenvolvimento industriai e a urbanização haviam
transformado a psicologia e a consciência coletiva das classes trabalhadoras, enfra-
quecendo o domínio ideológico que as classes dominantes tinham sobre as subor-
dinadas Além disso, ai Ligas Camponesas, que haviam aparecido cm meados Ó3
década de cinquenta, mobilizavam os trabalhadores rurais, e as primeiras tentati-
vas eram fruas no sentido de sindicalizar as massas trabalhadoras rurais. O final
da década dc cinquenta testemunhou o florescer êt atividades sindicais e de
organizações dc classe* trabalhadoras, assim como dc uma intensa mobilização
tstudantd e de debatei no interior das Forças Armadas* debates estes que pola-
rizavam as atitudes poJíiicai cm tomo da questão do nacionalismo com uma
tônica djitributívi. A massa dos trabalhadores industriais e mesmo os campo-
neses tiveram dc icr fínaJmente reconhecidos como contenedores políticos, apesar
de continuarem a não ser reconhecidos como forças políticas legítimas pelas
efasses dominantes, Não foí por acaso que durante o regime de fuvcefino Kubíls-
chek ts noções dc segurança militar interna se concretizaram; foi o próprio |us-
celifio Kubiischek quem, ao falar ã Escola Superior de Guerra, insistiu para que
essa se dedicasse ao estudo da potencial ameaça subversiva de forças sociais
desencadeadas pela modernização contra a ordem vigente, A ênfase no consenti-
mento levada adiante pela administração dc Juscdino Kubítschek não deve ser to-
mada como um sinal de passividade por parte da burguesia. Dc fato, o crescimento

36
cio aparelho repressivo do Es lado, sua reorganização e a crucial mudança ideoló-
gica c operacional na orientação das Forças Armadas, passando da defesa do
território nacional para uma estratégia de contra-insurreição e hostilidade internas,
assim como o uso intermí lente de medidas coercitivas, foram características desse
período. Não se deveria permitir à retórica pluralista e liberal de meados da
décnda de cinquenta obscurecer essas características.
No final da administração de Juscelíno Kubitschek ficou daro que o seu
1
''modelo de desenvolvimento ', apesar de soas realizações, havia se esgotado; o
próprio governo admitiu implicitamente esse faio. adotando ostensivamente uma
política de "adiamento de problemas,'** O adiamento tático era visível; visava
a transferir para a administração seguinte os problemas que se acumulavam sem
serem resolvidos, O adiamento estratégico consistia em ter conseguido uma
trégua com os setores rurais reacionários enquanto permitia um crescente dese-
quilíbrio entre os sistemas urbano-industrial e rural-agrícola, aumentando a desi-
gualdade regional com o fortalecimento econômico do centro-sul às expensas
do resto do país. O adiamento estratégico permitia também que as instituições
políticas continuassem a funcionar, principalmente através da política de cliente-
la, obscurecendo o próprio sentido dos partidos políticos e deixando-os inoperam
tes e incapazes de obter timo coerência em seus programas,

No da década de sessenta, a convergência de classes populistas no


início
poder e aforma populista de domínio foram desafiadas por duas forças sociais
divergentes, que haviam surgido durante u concentrada industrialização da década
de cinquenta, propiciada pelo governa juscelíno Kubitschek. Essas duas forças
sociais fundamentais eram os interesses multinacionais e associados e as classes
trabalhadoras industriais, cada vez mais in controláveis. As duas forças em com
junto, embora opostas, minaram, no princípio da década de sessenta, o mito
da existência de um Estado neutro desenvolvido pela administração de juscelino
Kubitschek. Os interesses multinacionais e associados achavam-se em proemínên*
cia econômica no final do período de juscelino Kubitschek e durante a adminis*
tração de Jânio Quadros, como será visto no Capítulo U. Para evitar os controles
do Congresso e a pressão popular, os interesses multinacionais e associados es*
límularam a criação de urmt administração paralela, a qual provia a representação
exclusive de tais interesses. Além disso, esses interesses foram endossados pelos
ideais anri populistas e amipopuhres da Escola Superior de Guerra, cujos valores
modcmiz antes eram, em linhas gerais, congruentes com os interesses multinacionais
c associados, como será visto pormenorizada mente no Capitulo 111 Enquanto .

isso, as classes trabalhadoras industriais, como pane das chamadas classes po-
100
pulares ,
fizeram do Congresso uma plataforma cada vez mais eficiente para a
expressão dos seus interesses em oposição direta ao bloco oiigârquieo industrial,
c contra os interesses multinacionais e associados. Com as crescentes demandas
nacionalistas c reformistas pressionando o Executivo c com o Congresso também
funcionando como um foco dc expressão dos interesses regionais e locais, tornava-
se imperativo para os interesses multinacionais c associados ter o comando político
da administração do Estado. Uso foi parciolmentc conseguido com a ascensão de
Janto Quadros ao poder. Sob grande pressão, de tentou resolver as contradições
do regime através de unia manobra “Bonaperfisla civil'*/0 após somente sete
*

meses no corgo, como mostra o Capítulo IV. A sub renúncia não teve a reper-
cussão desejada e loão Goulart tornou-se presidente inesperadamente, liderando
um bloco nacionphreformista / 04 Uma situação radical e altamente desfavorável

37
dttdübrüii-se para o bioco multinacional t associado qoe lançou uma csmpnnfoa (

apresentada nos capítulos V. VI. VH


t VHI. para conseguir um novo arranjo
político que expressasse os seus interesses então bloqueados. Essa campanha en-
globou a maioria das classes dominantes, incluindo a chamada burguesia "na-
cional", da qual tantos políticos e intelectuais e até mesmo oficiais militares
esperavam um posicionamento nacionalista e reformista. Contrariando tais expec-
tativas, a burguesia "nacional* assistiria passívamenie e até mesmo apoiaria a
1

queda de João Goulart, condenando na pratica a sua alternativa sócio- econômica


distributiva e nacionalista e ajudando, a despeito de sua própria condição* a
ancorar firmemente o Estado brasileiro à estratégia global das corporações mui*
rinarionií*.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

!. O termo oligarquia, da forma em que é ram de 600 em 1890 para H.QGO em 1920*
usado nesta análise* engloba capitalizas Peicr EVANS. Dependem dêvefopmetn;
com interesses comerciais exportadorci. la- tfte Mane* of muUinutionnlm slaie and lo-
tifundiários c elementos da burguesia agri- cal capital in Brazií. Príncetoo. PnnccíCn
ria. designando o círculo resinio das classes Unív. Press, 1979. P . 104.
dominantes da República Velha e que uin
Em 1930, cerca da me fade do capital
da ernm economicamente poderosos duran- estrangeiro existente no Brasil era briíã-
te a Segunda República.
nícp c ei quarta parte americano- Vjdç Ri-
Sobre o conceito de oligarquia e a ques- diard S. SiNEWFARMER
Wlllard F*
lio da legitimação oligirquka. vide Ahin MUELLER- Multinatbnal torporatiúns in
ROLO Ui £ Oligarquia o burguesia: el pro-
Brazit msd Metico: sirueiural sources of
blema de fot grupos dominantes en Amé- economic and non-ecóttúmic powtr. Wash-
rica Latina. Bidefeld* mar 1978. Mímeo- ington. U3 Government Priming Office,
grafado.
agosto 1975. p. 96. (Relatório para o Sub-
2 Para umi análise do período, vide ta] Committec on Forrign ReliiRms do Senado
Fernando H. CARDOSO & Ênao FALET- dos Estados Unidos).
TG- Dependência e desenvolvimento na
América Latina Rio dç Janeiro. Zahar,
6 A partir de 1920, > rtgiio sul respon-
$ihi|Í 43 va se per m*is dc 50% da produção
1970. Cb> Luciano MARTINS. Pouvoh et
industrial; e. a partir dc 1940, mais de 50%
dévehppêmtnf êcúnomique Paris. £d, An-
Thropos. 1976. Cap. I.
da produção agrária também
total cabia
èquda região. Enquanto o nordeste c
isso,
í. Sobre o conceito de bloco de poder, vi-
â região leste prodomm menos de 43%.
de Mj coa POULANTZAS. pofitkal power
Vide (á) Pauto de Assli RÍBEJRO. Quem
and sacial clones, london* NLEL 1975. p,
elege quem. Rio de Jane iro. IP ES, 1962.
141, 22M5>
p, 4 Mimtograíadp, (b) P, EVANS, op
Octavio lANNl
. .
4. çt alit, Processo político
cif Cip. 2 e 3. <c) Warrcn DEAN. The
e dcscnvdlvimemo econômico In- Política
industríõüzatkm of São Paulo í $801945-
r revolução social no Brúsü Rio dc Janei-
Ausiin, Univ. of Texas Preis. 1969.
ro, Civilização Brasileira, 1965. p 16*17*
5. Sobre
origem da indústria, vide Sérgio
a 7 . Sobre o papet desses empresários, vide
SILVA, Expansão cafeeiro e origens da In- íaj Eli DlNlZ. Empresário, Estado c capi*
dústria tto Brasil. Rí» de Janeiro, Ed. Alfa- toíismo no Brasil f95Üf94y Rio de fanei*
Gmcga, 1976* to, Piz e Terra, 1978. (b) Warrcii DEAN.
O cr ca cimento tf a indústria foi extraordi- op. cíf. (c) Luciano MARTINS, op, cif
nário. Oi csfabriccimejtfoi industriai* *ubL Cap, 2,

38
Uma grande
poric dcwes empresfiríos, brados em decorrência de tu tas faccioná-
scul outrüi pnrcn(c 3 cslürium na
filho* c rias.
Jjdcrançtt do golpe de í%4,
11. Sobre as condiçóes que levaram 6 for-
8. Oconceito dc 'Tkmapnrli&ffiti" é usado mação do "cs lado da compromisso'', vide
como um cânone de interpretação históri- luj )garez lírunddo LOPES. Desenvolvi-
ca e níki para se referir h combinação mi mento e mudança social: formação do so-
que tomou o poder
IMur-impcrial concreta çttácde urbano^méustrial no Brasil. São
na França, Vide Gucntin HOARE & Paulo, Compnnliía Editora Nacional» MEC,
Geoffrey NOWEU-SMITH. Sefections 1976, (b) Francisco WEPEORT. El popu-
from tlw prlson notebooks of Antonio lísmo eu ia política brasiíenn. in: BERNA-
Gramsci Lontlon, Lnwrcnce & Wishürt, DET, fcan Çlaudc ei alií. Brasil hoy> Méxi-
1973. p, 216-17» 227, termo "Bonapanis- O co, Siglo XXI, 1968. p. 64-71*
mo" é usqdo ecn rdaçfio à rccstahilizâção 12. Para uma análise dos vários grupos eco-
do equilíbrio político ameaçado, islo é, a nômicos conflitantes, dos choques entre as
supremacia das classes governantes através cl assei sociais c do sistema político do pe-
da intervenção política, a qual reprime o ríodo entre Revolução de 1930 e o Es-
a
movimenio político, O acordo entre as di- tado Novo, vide (a) Edgard CÁRÜNE. A
tes civis dos Estados de São Paulo c Mi' republico nova; 1 930 937. „Sio Paulo, Dí-
*

nas Cernis com o objetivo de se unirem FEL, 1976. p. 21-77, 8M5L 155*279* (b)
e controlarem a situação representou a Luiz Wcrncck V1ANNA. Liberalismo e sin-
iniervençâo repressora mencionada. Os go- dicalismo no Brasil. Rio de janeiro, Paz e
vernadores desses dois Estados agiram co- Terra, 1976. Gap, 3 4 e 5. (t) Momz BAN*
É
T
mo "partídos' ,
acima e além dos próprios DEI RA, Presença dos Estados Unidos nó
partidos. Brasil Rio de fane iro, Civilização BrasikL
9 (a) E. DINIZh op„ cit. p. 50-51. 'b> ra. 1973. Parte L (dl Glauco CARNEIRO.
Francisco de OLIVEIRA. À economia bra- História das revoluções brasileiras. Rio de
sileira: crítica à razão dualista. Seleções Uneiro. Ed. O
Cruzeiro. Í96S. V. 2, Cap*
CBHRAPj Sno Paulo, (1);9, Ed. Brasillen- 16, 17, 18 e 19* (e) Iw Maria BELLQ. A
se, CEBRAP, 1975, hfjfory 0/ modern Braztl t&&9 1964, $ian-
KL Getólto Vargas e a burguesia industrial ford, Siaiíford UruY. Press, 196B. p. 279-96.

abraçaramuma ideologia tutelar, visando, 13. Para a iucassão de conflitos político* e


porém uma transformação pardal da so-
t sociais,conspirações e tentativa* de golpe,
ciedade. Sobre o conceito de ideologia Ui- vide (a) leóncio BASBAUM. História sin-
folar, vide Samuel HUNTINGTGN & Ch> cera da repúbltco: de 1950 o 1960. Sio Pau-
ment H. MOORE. Amharitarum poUitcs lo. Ed. Fulgor Ltd»., 1968, p. 15-101. (b>

m modem society; the dynamics of etitiSii* Edgard CARONE, op. cit p. 283-578L
shed one-party systems. New York, Basic 14. Oi inicgraBstas foram a vetíão bnii-
Books, Í970. p. 510. leira dos fascistas. Vide <a> Hélgio TRIN-
Outra fOfTPa dc controle que desmentia DADE. A ação integralista brasileira: as-
a criação de iim Estado burpiês em 1930 pectos históricos e ideológicos. Dados, Rio
foi a recuso do sufrágio universal à po- de laneiro (IO|t2S-«a + IUPERJ, 1973* «b>
pulação brasileira. Até 1931, foram regis- Hétgio TRíNDADÊ. JisíegmiíisittO; o fas-
trados t 500.000 eleitores, aproximadamen- cismo brasileiro na década ée jfl. São Ptu-
te 4% da população total. Vide Paulo de lo, DÍFEL t 1974. <C> José CHAZ1N. O fn
AsíH RIBEIRO, op. cit , p> S. vegrafísmo de Plínio Salgada. Sio Paulo,
Até mesmo os Tenentes, que com seu Ed. Grtjalbo, 197 B. (d) E vai do Amaral
ímpe io modernizado? haviam sido os pon* VIEIRA. OUvtira Vianaa Sl o estado cor-

tas de lança da Revolução de I9JÍS, e que porativo. São Paulo* Ed, Grijalbo, 1976.

poderiam ter sido o fator ideológico e or- 15. Vide Eduardo de Oliveira t OLIVEI-
gommdomtl de coalizão na formação de RA. Movimentos políticos raegros no ínf-
um bloco srttiotigárquko c de classes mé- do do técub XX no Brasil e nos Estados
dias e Industriais no poder, foram rapida- Unidos. Caderno de estados sobre a cort-
mente absorvidos pda política regional ou irtbuiçáo do negro na formação social bra-
pela hierarquia militar, ou foram desmem- sileira. Rio de Janeiro, Umv, Federal Flu-

39
t I

míften$e f 1976, p* 6-SO (instimto dc Cili- subtil temoscm dccorrénda de sua capaci-
cia* Humanas e Filosofia). dade dc definir t manter os normas dc ex-
clusão soda! c política. Àsrinu a tradução
16. A Aliança Nacional libertador*, fun-
política da noção de bioco Histórico é dc
dada cm 1915 logo após * criação 4c f ren-

populares na Europa» abanç* «la que


hegemonia. No entanto» não se deve en-
tes
tender hegemonia como uma mera fcgilirrm
foi considerada ilegal no mesmo ano, tor-
çio ou aquiescência o um conjunto dc va-
nou-se a primeira organização política na-
lores. pob da envolve o cxcxdcio de di*
cional das classes populares. Vjdc Ronald
íerentes formas de coerção na própria de-
H. CHlLCQTE. The Braziíian cotnmunist
party — 1922-/972. Oxford. Oxford Unív* fintçiu das básicas relações cíassistss de
força Sobre hegemonia e bioco histórico,
Press, 1974.
vide <aj Hughes RQRTELLL GrtfffUrf y
(7. O. 1ANM1. op. cif. p» 49.
um estudo
el bfoque histórico. Móxico* Síglo XX É
16. Phitlípe C. Schfmtíer fez
1979, p. 70-91, 1 19 + (b| Maria Anfonictu
aprofundado do corporativismo associativo
MACCtOCHl. A fúvor de Gramsri. Rio
rnastrando-o como uma forma de articula-
de (andro, Foz t Terra* 1976, p, I4&-50.
ção e exclusão de interesses, o qual í cx-
cremam eme valioso para o entendimento O bioco Histórico é então auftehcbt
desse período. Vide interest , eonflict and (preservado e encoberto, anulado c icpro^
püUtiatl change in Br az d Califórnia, Stan duztdol pelo Estado, isto é. pela "socicda*

ford Univ t Press, 197 1. de rivil e política". Vide (a) Christine

um* completa de uma BÜCÍ GLUCKSMANN. Gramsd e h sffí-


19. Pari análise
to, Roma, Ed. Riuniii, 1976. p. 63-S8, 95-
ttipemsio politicamente autoritária do mo-
vimento trabalhista brasileiro e das d asses
Í40, (bl B, de GIOVANM, V. GERRATA-
trabalhadoras. vide Kenneth Paul ER1CK-
NA & L- PAGG1. Egemoniü. sM/0, ptfr/í«

lo Gramsei Roma, Ed, Riuniti, 1977.


iit
SON, The Bftxzdwrr corpúr ative State and
22 A burguesia industrial e os novos in-
vQtkm | doa poUficí. Berktley, Univ. oi
teresses ligados ao desenvolvimento empre*
,

Califórnia Press, 1977,

Rim de Câtíro ANDRADE. Pere-


sarial precisavam de uma força nova o —
20. Vide
ptíiivB in the study oí Brazilian popu-
"Novo Esíffdo'
1

independente de qual-
quer compromisso ou condição anteriores,
lism. LA RU Working Paper* Toronto,
força esta que se tomada o poder tutelar
(211:9-17, 1 . té . 1977,
dá nação. Não se esperava que o "Novo
21. O
conceilo de bloco Histórico ó tom*
Estado" fosse o **árbítro'* dst classes já
do António Gramsci Em linhas gerais,
a
mencionadas, m«
sim o supervisor dc um
um bloco histérico pode ser definido eo bloco histórico liderado pela burguesia, no
mo a "unidade de estrutura e superei rutu- qual os interesses agrários tradicionais c
ra, de demento* opostos e diitimoi" "ou
outros fatores dt pressão fossem acomoda-
teja, o conjunto complexo, contraditório
dos. O Fstido, flparentememe colocado aci-
e discordante das superestrutura» é a re-
ma e além das desses e diferenças regio*
flexão do conjunto das relações sociais da
na is, tornou- se o partido de lodo o bloco
produção*. Vide (*) O. HO A RE & C.
dominante, Contudo, o apeio burguês quan-
NÜWELUSMITH. op. ek. p. 117-36, 356-
57, 166, 376-77. ib) A. GRAMSCI. H mate-
to a uma solução burocrático- militar para

Hathmo os problemas sociais e econômico* dá in-


siorico, Roma* Ed. Riunili, 1971
p. 46-7.
dustrial jz ação não sígotftctva que os indus-

O conceito de bloco histórico é empre-


triais e banqueiros se voltariam para uma
gado como s "articulação interna de uma
apatLEL polftícfl. A burguesta não estava ia-

dada situação histórica", isto é, a integra- lisfrite com a exclusiva "dominação dc


ção e incorporação articulação] dc dife-I
seus interesses". Ela queria que seus pró-
tentei classes sociais (opostas] ç categorias prios cktncnios e idéias governassem. Con-
rociais sob i liderança de uma
[distintas] sequentemente, durante o Esiado Novo
ciasse domín&ntc chi bloco dc friçóer Em í 1937-19451 e mesmo apôs, figuras empre-
clttsse dominante ou bloco de poder conse- sarJáii tiveram posiçõcvehavc no Executi-
gue assegurar o conrenio e a con sentimos- vo, Somente após o quedo do Eitodo Novo
to dal classes ç grupos subordinados c é que os políticos tentaram generalizar n
40
,

propuitm parti cu íaristsis do empresariado. dependência. In: MAR, José Matos ed* La
À formo pelo qual o Eslndo Novo Foi apro* crisis det desarrollismo y ia nuém depen-
vndo pela burguesia pode ser vistfl em Ed- dência. Buenos Aires, Amairortu Ed., 1969.
gord CARONE, A terceira republicas 1937+ p, 64-3 de Estúdios Peruanas),
{Instituto
1945. Suo Paulo, Dl FEL, Í976, p. 349-97. (c) Nelson Mello de SOUZA, Subdesenvol-

Atcnçflo especial deve ser dada à carta aber- vimento industrial Cadernos Brasileiros*
ta a GctuUo Vargas publicado cm O Esísi- Rio cíe Janeiro, 1967, p. 2&34, (d) Maríi
do de São Pauh, etn 19 de abril de 1943, da Conceição TAVARES. Da substituição
assinada pela Federação das Indústrias, pe* de importações ao capitalismo financeiro.
In Associação Comercial de Soo Paulo e Rio de [aneiro, Zahar, 1975, p* 67-79, (e)
por um grande número de corporações dis- W. DEAN. op, cif. íf) P. EVANS, op. cit.

tintas, Vide também {a) Régia de Castro 27. Sobre o papel cambiante do Estado,
ANDRADE, op. cit p- IS c nota bihlio vide (a) P. EVANS. op. cit p. S3-9Ü. (b)
gráfica 23, (b) Eli DINIZ, op, cit, Cap. 2. E. DINIZ, op. cit. Cap. 6 e 7. (c) Oclavio
p. 94-109. 1ANNI. Estado y ptonifkación económica
23. O termo "convergência de classes'' *plí-
eti ttrasií: 1930-1970. Buenos Aires, Amor-

ca-ie a uma situação onde diferentes clas- rortu Ed., 1971. p. 18-70,

ses se acham reciproca mente acomodadas 28. Vide (a) Paulo SINGER. A política dm
no aparelho do Estado com um relaciona- classes dominantes, tn: Política e rtiVolu*
mento contraditório c competitivo. Elas são çào . . op. cit p, 86-90. (b) Francisco de
basicamente reconciliáveis em decorrência OLIVEIRA* op, cit , Essa nacionalk^çãa foi
de sua ligação estrutural. com domínio apoiada de fato e a tá mesmo candurida
político servindo de mediador. Sobre essa pelos próprios industriais. Vide E, DINIZ*
convergência de interesses, vide Hamza op. cit. p. 103-05*
ALAV[ The r State In post colonial socie- 29. ftégii de Castro ANDRADE* op. cit
liesí and Bungliidcsh, New Left
PakistEm
p. 9.
Review, London. (7+):59-82 # s.d, Este ca-
3Ü. E DINIZ. op. clt. p. 76-7.
pítulo foi fritrUtOr^do Wicaroenle a partir
da análise de Hamza Àlavl.
31. Vide (a) Evaldo Amaral VIEIRA, op,
df. Cap. 3 e 4. (b) E. DINIZ, op. cif. p.
Sobre a forma histórica concreta de ril
94-109.
convergência, vide L, MARTINS, op cit, ,

p. 114-20. Sobre a supremacia dos interes- 32. Sobre o conceito de ''mobilização de


sei industriais, vide E. DINIZ. op* cit Cip. .
frios", vide Peter BACHRACH & Morion
e 5. S- BARATZ- Two faces of power. The
American PoUticai Science Revier, s, 1,#
24.Par* interpretação do papel política e
56:63242, Dec, »%2*
económico úo Estado Novo, vide (>) E
CARO NE, A terceira . * op. crí. p. 134 33. Em
meados da década de trinta e ínF
ét paiçim. (b) BA5HÂUM. op.
L. cit. p* cb da década de quarenta, foram criadas
ÍG5-06. fc) E. CARONE, O Bifado Novo: ou reativadas quatro categorias dc órgios
1937-1945. São Paulo, D! FEL* 1976, (d) com o objetivo de apoiar a expansão in-
E. DINIZ. op, cín Gap. 5 e 6.k) L. MAR* dustrial:
TINS, op. cit. p. 302-66, 2S8-3Ü9. *1 os institutos desünados a regular o
35. Para interpretações do papel político consumo e a produçio nos setores agrários
das Forças Armadas durante esse período, e extrativos;
vide (*) Edmundo CAMPOS. Em busen de b) organismos destinados a aptiter me-
identidade: o exército e a política na so- didms de incentivo para a iadúflris pri-
ciedade brasileira, Río de Janeiro, Foren- vada, Comissão dc Similares, o
conto a
se Universitária, 1976. <b) E. DINIZ. op. Comtího Nacional de Política Industrial t
cit. p, 292-93, Comercial. o Conselho Técnico de Eeorto*
2B* Vide (a) Magdi FRITSCHER. Deur mia c Finanças, ao passo que industriais
rollo de Io política nacionalista tfi BraiiL dirigiam agências -ch* ve de tomada de de-
Latino América; anuário de estúdio* latino* cisão como. pOT exemplo, i Carteira dc Ex-
americanos, %. E (4): 135, 1971* fb) Teoík- pomçóo e Importação do Banco do Bra-

ti io dos SANTOS. Eí nucvo carácter âc is sil - CEXIM;

41
h

c) entidades que visavam a implemcfv logia de desenvolvimento de Roberto Sb


tar a expansão ou inspeção de servido* bá- monsen, ideologia esta fone mente influen-
sicos (to iníra-cslrucura para a ind usinai i- ciada por Mihníl Manoílcsco. Apesar de
7JiçflQ, como
o caso da Comissíiq do
cra haverem rejeitado a adoção de unm Ideo-
Vale do Rio Doce. Conselho de Aguns e logia explicito mente integralista ou f ronca-
Energia, Comisaáo Executiva do Plano Si- tncnle fascista em dçcorrôneta dc seus a»,
derúrgico Nacional, Comissão do Plnno Rõ- pectos dc mobilização c do elevada grau
dorilrk» N aciona
Comissão de Combus-
J, dc autonomia que ta] ideologia Jcgflvn ao
lívds c Conselho Nacional
Lubrificantes, aparelho burocrátíco*mílitar do Estado, os
de Ferrovias e Comissão Nacional de Ga- indust riais adotaram finitos dc seus prin*
EOfênio; cípíos econômicos t políticos, Porém è im*
d) organismo» destinados a participar di* pertame observar qut muitas empresários
39.
rclamente das ai ri' idades produtoras, iai$ e profissionais como Pupo Nogueira, Antô-
como mineração e siderurgia. nio Gaílotti* Conde Mai^raiío, Rodolfo
Vide Marta do Camo Campei lo át
{a>
Crespí c Miguel Reale era m integralista* e
SOUZA. Estado r partidos pòUticos no apoiavam essa ideologia.
Bmsil 19 10 a im. Sio Paulo, Ed. Alfa- O
DASP foi criado cm J938 c sua íf.
Omegfli 1976. p. 9^100. ( ) E. DINtZ. op. gura-chave era luís Simões Lopes, que se
cit, p. LSI, notas bibliográficas 1 t 2* tornaria um dos diretores da Hnnmi Mining

14. E. Pinto, op. cit * 10M7, Co. Vide o Capítula III deste livro. Para
p.
um relato sobre o DASP» vide {u) Maria
35. Entre 1930 c o final do Estado Novo
Campello de SOUZA, op, cif. p. 964. (b>
em 1945, várias organütjções de classe fo-
La^rence GRANAM, Civil strvke reform
ram criadas como. por exemplo* a Federa-
ção das Industria» do Estado de São Pay-
in BraziL Àustin, Univ. ©f Ttw Freis,

to —
FIESP, o Centro de Indústrias do Es*
196S. p. 27*30*

tado de Sio Paulo —


CIESP, o Centro In* 40* T. dos SANTOS, op. dt. p. 21, Sempra
dustrtol do Rio de Janeiro e as várias Ai- que figuras burocráticas ou mi li t ateseram
socioçôn Comerciais do Rio de janeiro, LüLOcadas cm posições dc liderança dentro

São Pauto, Paraná, Rio Grande do Sol, Mi* do novo aparelho do Estada, posições apa-
na Gerais e Pernambuco, asíím como a
ii rentemente dominantes, tais figuras se mos-
Confederação Industrial do Brasil t o CüR’ iravam na realidade "furce tonais" e em coti-
selha Nacional de Indústrias. Seus Jfderes sequência verdadeiramente subalternas, cra
eram Roberto Simonsm (CBi), Euvaldo Lo decorrência de seu Cümpromi&o com a or-
di (CND, João Daudi d 'Oliveira {Associa- dem c o progresso empresarial. Ao envob
ção ComercialL Ricardo Xavier da Silvei- ver o desenvolvimcm© industrial zm uma
ra {Centro Industrial do Rio de rafeiro} trama burocrático-militar, o Estado dava a
e Vicente de Paul* Gallitr impressão dc ser uma entidade onipresen-
«ses institutos ou conselhos de
te, considerado tanto como um adminis-
3õ. Entre
trador imparcial quanto «im franco benfei-
representação estavam 01 do açúcar c do
álcool, da mandioca, trigo, algodão, café, tor itof "classes produtoras” (os industriais)

fumo, sita], óleos vegetais, vinho, pinho, e d«i danes trabalhadoras. Vide {a) P.

csrtie e sal. Alguns produtores st faziam SCHMITTER. op. cit* p. 1&I-82. fb) E-
representar por Conselhos Regionais tais CARQNE, À fíJxtfíra.H, op. cu* p. 349-52.
como o Iruiiigin do Arroz, a Federação do* Obloco mdusirial financeiro em rinchei*
Produtores dc Lã, o Instituto da Carne âo rmi ic em torno da perícia da burocracia t
Rio Grande do Sul e o tnsliíuEo do Cacau do Exército, apoiado por um aparelho es-
da Bahia, tatal cujo quadro de funcionários provinha
37. {•) M- Campelkj de SOUZA. op. cif. dai classes médias, as quais agiam objeti-
p. 84, (hl Philippe SCHMITTER. op. ríí. vamente como classes auxiliares. O cresci*
p. HM4J. (c) E, DJNIZ. op. ctl. Cap. 4 e 6. mtniQ tnduitrial equiparado ao desenvol-
38. E. DJNIZ op. dr, p, 94-t09. Aí Jiga* vimento nacional reforçou o mito de um
çóes ideológicas e poifiteas entre ò nacío distanciamento ideai por parte do Estado.
'natiimn, o desenvolvimento industrial e Peto metma razão, a noção de construção
o auiOfiiirlsma foram engtobadu pd* ideo- nacional recebeu um conteúdo preciso e

42
E

define do de classe. O Estado, ocultando a vide (a) Raimundo FAORO. Os donos do


supremacia da burguesia, representou en- poder, Rio de Janeiro. Ed. Globo. 1958,
tão um papd nadcnslists enquanto desem- íb) Ríardün ROETT. Brazil: pofities m a
penhava uma função de ebíse empresa- patrimonial society. Boston, Allyn êe fia-
rial. Sobre o conceito de empresário, vide con* 1972. p, 27-32. Ce) Hélto fÁGÜAftí-
Fernando H CARDOSO. Empresário in- B£, The dyntmici of Rrerilian nstionji.
dustrie} c desenvolvimento econômico. São iíim- ín: VELIZ* Cláudio, ed. Obstades
Paulo. Dl FEL* 1972. Ca p. í( 3t 4. ta change in Latin America. Londgn, Ox-
41. Sobre o papel das Forças Armadas, vi- ford UmV + Press, 1965, p. I62A7.
de Maria Campello de Souza. op, cit
(a)
55. Sobre o papel da FEB* vide A, STE*
p. 101-04. ( b > E, DÍNIZ, op, dL p * 274.
PÀN* The militãry in põhtics; chmging
42. Sobre o conceito de "sociedade políti- patttrns in BtüeíL Frineetom Princeion
ca" vide {») Q. HOARE and G. NOWELb Ufiiv* Press, 1971. p. 87, 117, 128,
SMTTH. op. dL p* 12, 206-09, 26». (b) K,
Par* uma análise das atitudes «mbi en-
PGRTEiXJ, op. dL p. 27-44.
tes dos militares, vide (a) IL BOURNE*
43. Víde (fi> P. EVANS. op. dt. Gap, 1.
5eé op dL p, 14-ÍS. íb) 1 LoTirival CGUTL
(b) Ê, DINÍZ, op- dt Cap. 5 . ( {t) W, NHO. O General Goes depõe. Rio de Ja*
DEAN. op. dt. p. 209-39.
ncifQ, Ed. Coelho Branco, 1955. p* 395-
44. Para uma descrição da legisUçio tra-
469.
balhista brasileira* vide (a) José Atbcrtmo
54, L* MARTINS, op, dL p. 132, Ainda
RODRIGUES* Sindicato e deíenvo/vimen-
nlo existe uma analise histórica apropria*
t& m Brasil, São Paulo, Dl FEL, 1968. (b)
da do PSD e do PTB, Sobre a UDN. vkk
Kenneth ERICKSON. op. dt. p. 27-46.
Octívio DULCI. A Umão Democrática
45*Vide ía) Rtchttrd BOURNE. CfdúUo
jV adottal t o GniipopuHsmo no Brasil, Dis-
Vergas of Brozil 1881 1954. I.artdon, Chir*
serláção de menrado. Belo Horiionte,
Ics Kjiight & Co. Ltd-, 1974. Cap. 4 (b)
Univ. Federal de Minas Gerais, 1977,
L. MARTINS, op. crí, p. 309 20 (e) Monii
BANDETRÀ- Presença *. op. dt. Cap. 38. 55. O popuHsmo tem recebido viriis in-
terpretações, Para efeiio da presente aná*
46, Sobre o conceito de "sociedade civil"*
será considerado o populismo como
vide (a) Q. H0ARE Sc G. MOWELL- 3ise,

SM1TH, op, dt. p* 12-1 3, 235-58, 245. <b) o bloco hííiórico ctmsmiído pelas cltssei
H* PORTELLL op* dt 5-26, 3044. dominantes dentro das condições parti-
p. 1

E. D IN 12, op* dt. Cap. 6. th) P. culares do Brasil, isto é* a integração e ar-
47* ia)
ticuUção de diferentes classes sociais sob
SCHMITTER, op. crí* p. íS2^5.
a liderança de um bloco út poder oligir-
48, Vide Navarro de TOLEDO.
Caio
quico- itidustrt»1. Mesmo sendo a fornia
IS de ideologias: análise de
fábrica
que tentou encobrir a supremneia dc das-
uma instituição. Tese de doutorado- Fa*
st desse bloco de poder, o populismo per-
cu da de de Filosofia, Letras e Ciências de
3

Jiiltiti a exíslcndi espaço poUlico


de um
Asris. 1973. Mímeografado*
no quaí as d asses inbalbadom
foram ca-
49* Para um
enteodimCTiiQ da profunda li-
pares de expressar algumas de suas rtjvin-
gação a indústria IocbÍ e os interes-
erçJrç
dkaçõts e de desenvolver formes organi-
ses multinacionais em decorrência da de-
zacionais que te matam quebrar * camisa-
pendência tecnológica, vide Wcmer HAAS,
dcfqrça ideológica t política populista. Vi-
A contribuição do knowdtow estrangeiro à
de o Capítulo IV deste livro para maiores
indústria brasileira, São Paulo, Ed. BANAS,
discussões sobre o assunto. Pfira análises
1961*
sugestivas do populismo, vide (a) MkhacL
50. Sobre o papel ét liderança do indtis-
Lee CONNIFF. Rio de Janeiro dunng lhe
irial focal em sua associação com o capi- great deprmiú n 19281917: social reform
tal estrangeiro e seus esforços paia estimu- populum
and the emcrgencc af Tese de
laro investimento estrangeiro no Bfarih vi- doutorado, Stanford Urtiv., 1926* <bj Ré-
de E* DINIZ* op, cíí* p, 160-68. ANDRADE, op* dL
gis dc Custro íc}
51. P, SCHMITTER, op. dt. p. 18233. Transcriçõesda conferência ét 1978 na
52. Sobre o significado e u$o$ das noções Univ, de Toronto; Papultm and conçep-
dç estado cortorial e estado pslrimomal. LtaUtaiion of popular idedogies. LA RU

43
Studm. Toroiuo, t.é. Edição espe- va os Símitts dc uma doutrinação ema* Os
cial. fd) Ernesto LA CL AU* Poíifírs anâ trabalhadores deveriam ser também ins*

idcofogy in marxist theory ? capifíiíwn, /o*’ I quanto a "seus direitos dentro dpi
ruí dos

chm, populhm. Londou, NLB, 1977. p. leis trabalhistas e ria ínto da terem advo-

145-99- <el Fernando Henrique CARDO gados à sua disposição", tio passo que sç
SO- i
Ideologias éf ta burguesia industrial larnav a necessário ensinar técnicas organi^
rn soóídades depcndientts. México* Siglo z ac tonais aos líderes das classes trabalha-

XXÍ, 1972 {!) Francisco WEFFÜRT. El doras c apoiar financeiramente suas asso-
populitmo cn U política bra^lcua, Lu: ciações. Somente um movimento traba-

Brasil twy. op. crí* lhista Torta, bem organizado e bem in for-

56. A
deposição de GctúUo Vargâ$ foi uu* ni eds poderia assegurar o lípa dc paz so-

xiliâd» pelo embaixador »n*c rica no Adoíf cialimaginado por Simorucn como & base
Bcrle,qyc desencadeou i serie d t iconte* dc sociedade industrializada brasileira, A
cimentoi que te vole 1 derrubada do poder» estratégia empresarial envolvia também a

Vídc Artíuir SCHLESSTNGER. A ihou* cduc&çlo social dos empregadores* "expli-


jmd éays. Estados Unidos. Dell Faperbi- cando a eles a função social da proprie-
tk. 1967. p, 66. dade privada, lornandt>ús familiarizados
com as limitações necessárias do poder
57. M* CAMPELLO* op. cit. p, 64,
econômico c político para a realização do
5B. Régis de Castro ANDRADE, op. cit. 1

26-7.
uma democracia capitalista '.
F, SCHMIT-
p,
TER, op, cit. 1971, p, IflS^Sé. Entre os
59* Osvaldo Trigueiro do VALE- O Ga*
participantes desses cursos achavam um
nem! Dutra e a redamocratizüçâo da 45 r
jovem professor, Jânio Quadros, que se
62,
Rio de (aneiro. Civilização Brasilei;a P
tonmria presidente em 1961 como o can-
1979.
didato das grandes empresas. Vide o Ca-
60, Vide Octavio lANNI. Estado... op. pítulo ÍV deste livro,
cit. p. 84-97.Sobre a formação da ESG e
63. Alberto PasqualinL ideólogo expoen-
seu jignrfícado político, vide À, STEPAN,
te do FTTJ e um dos maiores colaborado-
op. cit. Cap. I,
res de Getútio Vargas na criação do par*
61- Sobre i FIESP e o Cl ESP. vide P*
tido no Rio Grande do Sul, Estado natal
SCMMITTER. op. cit. p 180-201.
dessas dues figuras políticas, explicou que:
Oi objetivo* específicos do SESI "Eu nio sou um homem de esquerda ou
erun "estudar, pUnejir e orientar» direi a dc direita. Ceriamemc não sou um socia-
ou mdíreiammie, n
meios que contribuem lista. Penso apenas que â burguesia deve*
p«ra o betumiat social dos irabalhidom ria dar uma certa contribuição. Há muito
1

industriais c objetivos semelhantes Em* ',


egoísmo entre os ricos, À mim me parece
hora a sua função imediiu fosse baixar o
que as burgueses estio se tornando cada
custo de vida concedendo vários bentff*
vez mais cegos c surdos*". Vide R. RO UR*
cio* *01 irabalh jdorev. o SESI procurou
NE. op. cit r p. 146.
também abafar o protesto político "atra-
vés da cmmuJaçio do semimento c espí- 64. F, C, CARDOSO* Ideologias , . * op.

rito de justiça social entre ai classe*". O cit. Cap T 2.

objetivo a longo pra m era lançar a "base 65. S* BUNTINGTON St C* MOORE.


ideológica c Hiiudina] para a sociedade úp. cit. p. 510.
capitalista"* O
industrial SESJ visava a 66. E. ERICKSON. op. dt. Cap, 2 , 3 e 4,
"educação social" dos trabalhadores divi-
didos em grupos pequenos, proporcionan-
A intensa migração interna de trabalha-

do “uma compreensão c ftTa de seus deve- dores sem tradiç&o política que vinham de
|

comunidade 1 áreaj rurais atrasadas para a dda4e, os


res frtnlt à '
t moiirando
íbes possibilidade éc uma melhoria quais eram rcipontivetj pda composição
profunda em suas condições cconfimkü*, "rural-urbuna" dus classes trabalhadoras^
sociais c sem que se lornmie
morais,,, explica cm grande parte a iiigc nu idade po-
necessária umi revolução ou uma ruptu- lítica da masia induvtrlal brasileira. Vide
ra du tradições d* nossa civilização crii- Oclfcvjo SANNL Crkh Jrr Bratli New
íü' * A concepção
1

de Simonscn ultrapassar York, Columbla Unlv, Frcii, 1970, p* 51,

44
67. Através do peleguísmo estabeleceram- emancipação. Rio de Janeiro, Pai e Ter-
se. entre outru, a Confederação Nacional ra, (975. (d) Mona BANDEIRA- op. cíí*
dos Trabalhadores no Indústria (CNTl) t a p; 323-65. íohn D. WERTH. The poli-
(e)
Confederação Nacional dos Trabalhadores tiç$ of Broiilittn drvelõpment, Stonford,
no Comércio (CNTC) em 1946, a Confe- Simford Univ. Press. 1970.
deração Nacional dos Trabalhadores cm 75. (*> R. BOURNE op. tíi. p. 161-64.
Trabalhadores em Transportes Fluviais, (b) G, COHN- úp, cit,
a Confederação Nacional de Trabalhado- 76. (a) Hélio AGUAR t BE. Poli ri til stra-
|

res em Empresas de Crédito (CONTEÇ) legiet oT nationil devdopmcnt in Braiil.


cm 1953. a Confederação Nacional dos Studies in Camparative International De-
Trabalhadores em Transportes Fluviais, vebpment , St LouU, Missouri. 3(2}:3l-2,
Marítimos e Aéreos ÍCNTFMAÍ e a Con- 1967/8. (Social Science Inuitufe. WaihF
federação Nacional dos Trabalhadores em ngton Univ*). (b) R. BOURNE. op. cit.
Comunicações e Publicidade (CONTCP) 77* Um*versão da competição e colibo
em 1960. ração desses interessei é apresentada em
Um controle maior foi exercido através P. EVANS. op. cit. p. J3ML
de um sistema de proteção política que 78. (a) M- BANDEIRA* op . eit. p. 363-65.
mantinha os sindicatos dependentes do {hl R. BOURNE* op . cit. p. 13S37.
Ministério do Trabalho pela administração 79. Eugênio Gudin era um dos diretores
dos recursos Financeiros. O, IANNL úp. da Companhia Força c Lui Nordeste da
crí. p. 5L Brasil, da Electric Bond Sc Share Co, —
66. Para uma análise da
de ideologia EB ASCO Empresai Elétricas
(I.T.T.), dos
Adhtmar de Barras, política e empresária firas:! eiras, da Cia. Paulista de Fürçi c
sagaz, proprietária da Carbonífera Brasi- Luz (AMFORPJ c da Standard OU* Ek
leira S.A„ vide Guíta Grin DEBERT. ide- era também um economista impertan-
ologia e populhmo, Sio Paulo, T A. Quei- te da Fundação Getülío Vargas*
roí E<L Lida,* 1979. Cap. 3. 80* (a) Frank ACKEAMAN. ledmtry and
69. Sobro as relações entre o Executivo imperialism in firaiil. Revier of Radical
e o Congresso, vide (a) Sérgio ABRàN* PoliticalEconomia, t, L« 1(41:17-21, Spnr.g
CHESi 0 processa hgislaiivo: conflito e 1971. (b) Nalhamet LEFF, Ecenomiç poli-
conciliação na política brasileira* Disserta- cy-mulcing and dtvtlopment in Braiil J 946-
ção de mestrado. Univ, de BrastUa. 1973. 1964, Estados Unidos, John Wiley St Saiu,
p. H5* Mimeograf&do. tb) Cdso LAFER. 19641* p, 5966. (c) R, NEWFàRMER &
O sistema política brasileiro, São Paulo, W- MUELLER, op. eif* p, 97* (d) M. BAN-
Ed. Perspectiva, 1975. p. 62-S, DEIRA. op. ciL p l 365-72.
70. Vide R. BOURNE. op. cit. p, 1604U 81. Hélio ÍAGUAKIBE, Problemas do de-
71. Sobre uma análise da ideologia de senvolvimento taitm^americano. Rio de
Carlos Locsrda, vide Guita GRIN* úp. cfl* janeiro. Cmlittçio Brasileira, 1967. p. 12.
Cap. 5 . 62, Para análises do modelo de desenvol-
72* Psra uma avaliação dessa fase e das vimento propiciado por ju sulino Kubits-
quesides-ehttve envolvidas* vide Moftifc chck c do seu período político, vide (a)
BANDEIRA* Presença... op. cit. Cip* O* IANNL Estado., op. cit . p, 124-64.
40-42, (b) LE5SA, Ouinre anos de polí-
Carlos
73* Francisco de OLIVEIRA. A econo- tica econômica. Cadernos do Instituto de
mia da dependência imperfeita. Rio de fa* Filosofia t Ciências Humanas. São Paulo p

nciro, Grani, 1977* p. 79-B0. UN1CAMP, Ed* Brasil icnse T 1976* (c) Ma-
14. Para uma discussão das tendências na Viciaria de Mesquita BENEV1DES. O
nacionalistas da segunda administração de goi erno Kubtischek: desenvolvimento etxh
Geiúlio Vargas, entre 1950 t 1954. vide (al nômico e estabilidade política 1956*1 %L
O* IANNL Estado... op. ciL p. 9S423. Rio de fane iro, Paz c Terra, 1976. p. 199-
Çb) Gabriel COHN. Petróleo e rtacionalis.' 240.

mo. São Paulo. Dl FEL. 1966. (c) Medeiros 83. Celso LAFER. The piamúng proctss
LfMA. Jaus Soares Pereira: petróleo, and the potiiical system tn Bratil: & siudy
energia elétrica, siderurgia* a fulo peta of Ktíbitsdiek's target plan — 1956-196/,

45
r

Ithiei, ComeU Univ.* Disse ríitron Seriei dúilria química proporcionava do


n+ Í6* 1970. ílaiin American Sludíci Pro- crescimento totui, scguldn pelo selor do
pimb transporte» com 14,4%, meiob com 11,)%*
M. F, dt OLIVEIRA. op. cit p SM industria ilgaçlo dc aí mentos com 108%
c pela indústria léxlil com 8,9%. A quota
85. Em 1959. havia mita dc 400 empre-
sas de origem americana operando no dc crescimcivio total do produção das em-

Brasil, Vide ESG. Documento n, Tg-l(M9,


presas multinacionais fof estimada cm
p. 17. Os interesses industriais locais mos- 33.5% duranle a cxpMiiâó momifalurcirn
travam uma tendência mareante a se liga- dc 1949 a 1962 c em 42% no que dtaio
respeito ao crescimento da indústria dc
rem a companhias oligopotisia» multina-
cionais. Vide Nelson de Mello c SOliZÀ. luòstiiuiçio dc importações Vide R. NEW-
op cit. p. 2B-9. N*o é de %t surpreender,
FARMER Sc VV. MüELLER. op. dL p.97,

por tinto, que « terça pirfe âu empre- U. Em 1955, Roberto Campos


sos multinacionais americanas entrou uri- mentãrios extraordinariamente írancos so-
ginalmenie no mercado brasileiro através bre o que seria a base lógica do período
da aquisição e não arriscando investi men- de Juscelino Kubilichek: "'Optar pelo de-
to novo. Além disso, entre 1960 c I9T2, a senvolvimento implica a aceitação da idéia
quiri a parte do aufncnio no atfivo das rir- de que 6 mais importante nuiximim o ím
mas americanas deveu-se ao fato de das dice dc desenvolvimento econômico do
haverem assumido o controle de ou Iras que corrigir desigualdades sociais. Sc o

Firmas. E mais ainda, houve uma mudirv ritmo dc desenvolvimento for rupido, a

ça na escolha setorial de peneiraçfio por desigualdade pode ser tolerada e contro-


parte do investimento americano direto. lada com o tempo. Se o rilmo dc desen-
Enquanio em 1929 o investimento ameri- volvimento cair em decorrência de incen-
cano era responsável por 64% do comér- tivos inadequados, praticar n justiça dis-

cio, uiilididei publicai e outro i e somente tributiva transforma-se cm parlicipaçio na

por 24% da minufalura, deixando 12% pobre**. Obviamcnie isso nào quer dizer
f

para os leiores extrativo e primário, em que sc deva deixar sem eonirole os instin-
1950 números eram* reipectivamente.
ot tos predatórios que âcfttiOftalmtnie te

19% + 44%
c 17%. sendo que o investi' acham presentes cm certo* setores capita-
mento em manul atura mostrava uma mar- hslai. Isso significa rncramenlt, dentro do
eada tendência para um crescimento con- nosso estagio de evolução cultural, que •
tínuo Em 1929 o valor contábil do inves- prcservição de incentivos para o cresci-
timento amçncftno d imo cr* de 194 mi- mento da produção deve ler prioridade so-
Ihútt de dóUrei e em 1946 esse valo* atim bre medidas que visem a sub redistribui-
fiu 525 milhòn dt dólares. Em 1950 o çio". Vide Th cm as SKIDMORE. Politics
valor cri de 644 rrulhóei dc dólares, cht in Btúnl 1930-1964: an etpcnmenl in dc-
gindo a 951 milhões dt dólares em 1960. mocracy. Oxford. Oxford Univ, Çreii,
Vide P- EVANS Cotuinuii? and contradic* 1947, p. 587. nota bibliográfica.

rioo in lhe cvoíuiioa oí Braíihao depen- W C- LAFER. op. df, p 89.


dente. Latin American PmprCíiVef r L,
I,
90 H, JAGUAR ÍEE. Polit.cal sirategiei...
Jtfj.44. Spnng 1976 op cü> Contrariamenic a argumen-
40.
p.
Ife. {a} F„ dt OLIVEIRA. Á economia * tos neowcberianos. o desenvolvimento de
op cit p, 65, UbIT ib) M BANDEIRA, burocracias governamentais nio apresen-
op. cif. p 575 (e> H ferreira LIMA- Ca- tava normas implícitas de rraiamenio uni-
pitais europeus no Branl Reviua Braii* venal para casos semelhantes de acordo
Itens*. Rio de Janeiro, (4L4V64, mar /ibí, com um código de regra» Ao contrário,
1956, ai burocracias governamentais incorpora-

87, O rciulíado das direlrizei políticas dt vam o antigo sistema dc nomeação pater-
Jusctlino KubítKhtie foi extraordinário. nihiia dc familiares e amigos. Vide C.
Indústrias que em 1949 importavam mais LAFER. op cif, p. 67*

da melÉtfc de seu «toque tornaram se 91. O


empresário Antônio Carlos do
ceptros-chave de crescimento pau oi se- Amaral Osório, que teria um papel muiío
tores industriai! EflIfC 1949 e 1962, a irv imporiamc nos acontecimento» que leva*

46
*

ri#m à queda de [uio Goulart, observou tendo "birakirr fsic) moral. 14 Palestra
poiteriormcntc que a induitriaU^Bçjú de proferida 'peío Marechal f, Veríssimo m
Juscdírso Kubifichek "gerou uma sitie de FÍESP, transcrita em O Estado de São
problemai dentro das estruturas econdml- Paufo dc 20 de fevereiro de I96J.
ças, sociais e políticas, Ho campo da ad-
% Uma análise do papel do ISEB —
ministração pública» [a industriaUiaçãQÍ le-
Instituto Superior de Estudos Brasileiros
ve repercussão com a criação de uma *é- no desenvolvimento dc tal idéia é aprese n-
ric organizações paralelas dentro 4o
tlt
fada em M. BENEV1DES. op* ríf p. 241-
Estado,,, com o propósito de satisfazer 41*
as necessidades que surgiam em eúnie-
97* Os trabalhadores industriais aumen-
qüÊncU de problemas econômicos e so-
taram de 45ÔOOO cm
1930 para 2.100.000
cliils que se acumulai vam”. Vide também
cm 1960, número esto que quase dobrou
L< MARTINS, op, cii. p, 136.
de 1950 até o final do período de Jusce-
Vide A, C. do Amaral OSÓRIO. O Ei- no Kubitschek. Vide Edmundo Macedo

lüdo revolucionário e o desenvolvimento SOARES. ESC. Documento n, C-23-63. p.


econômico. In: O procesío revolucionário 22-3,
hmikirü. Rio de Janeiro, ÀERP 1969, p, t

9B- Sobre a ideologia do desenvolvimento


114.
como consolidação de um processo hege-
92, Vide P, EVANS, Dependente, op. mónico, vide Míriam Limoeiro CARDO-
cii. Cnp, 4 c 5.
SO, La ideologia dominante. México, Sí<
91. F, de OLIVEIRA, op. clL p, 3ÍMü, glú XXI, 1975*
94. C. LE55A, op. cii . p. 65* 99* H, JAGUAR! BE* Poliikat Stmegits...
95, Em princípios da década de sessenia, op. crí* p, 3?.
os nllcmiilívas de um d esc» volvi mento na-
100. Sobre o conceito de cl uses popula-
cionalista liderado pdo Estudo ou dc as-
res, vide Francisco C. WÈFFGRT. Ciasses
sociaçSo com interesses estrangeiros e de-
popular ís e poViúca. Tese de doutorado.
senvolvimento integrado rcupareccram co-
Faculdade de Filosofia, Ciências e Leiras
mo um dilema crucial, A posição contra
da Untv, de São Paulo. )%B. p. I. Sobre
o Esl&do foiamplamcnte defendida por
a noçio de dastes, vide F C WEFFORT.
figuras militares influentes com* o Mare-
Política dc masus. In: JPoíífica e rtvoiu
chal Fgnãcio losé Veríssimo* que era en-
çâo sociat no Brmtl. p, 173-71,
tio um importante ativista aniipopulisia.
Durante uma reunião da FIESP* o Mare* 101. P>ra uma aniliK do "Bofupartísmo
chal Veríssimo advertiu que '‘Quando ianisu * ríde tal Hélio JAGUARIBE.
brasileiros presenciam, sem piscar os olhos, Fc onQmiç developmtM: a
and potúical

a ação do Estado para se tornar o chefe theorincaí approoch and a Brozdum caie
.
supremo do feiro através do com pleno de itudy Cambrídgc, Mtst.» Hirvard Univ.,
Volta Redonda e da Companhia Vale do Pms, l%8, p, 154, 4b) Culos Estevam
Rio Doce, o chefe supremo do transporte MARTINS. Brasil Fitada Unidos doí —
ferroviário através da Rede Ferroviária anos 60 aos 70. Lima. Instituto dc Estú-

Federal, o grande construtor de navios dios Peruanos, KL 1972 (trabalho pira o


Semi na r os Polítkal Relaiioru bctwctn
atravésdi Lóíde* ITA* Navegação do Pra-
fa Navegação da Amazônia, o chefe su- Latin America and USAI.
c
premo dc uma sérít completa de ativida- 102. O termo bltxo nacional rtformiil*
des econômicas através dos Institutos do designa a “frouxa" composição das forcas
Sth Pinho* Café. Açúcar c outros e* mais políticas representadas no círculo ao redor
ainda* para se tornar proprietário de esta- dc João Goulart e que favorecia ts dire-
ções dc rádio, jornais, apropriando-se de trízes políticas da industrítrltução nacio-
empresai tk energia elétrica c tornando-se nalista forremente apoiada pdo Estado, a
o produtor único de petróleo* possuindo rdorma agrária com distribuição de tem,
indústrias produtoras de álcalL automó- a nacionalização dcw recursos nttoraís,
veis, alimentos* calçados ctc* t quando bra- medidas para o bem-estir social, urra po-
sileiros presenciam lais acontecimentos lítica externa neül ralis ta ou alinhada ao
sem se perturbar, então des cst&Q come- Terceiro Mundo, um forte controle das

47
çdo dc dirciriKS polilicns que linvm t\áú
corpor*(6« multÍn*eion.ii
duo piop ri «çio
unte ob«rv« que
cm imiiu» ~
e

]o»o Coul.»
•!<
'E

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®
mujo por Gc túlio Vnrgos.
vou, poiieriormcniCi
folü Cwilwt depois
íi

de
Em
faio l e
própria queda dc
perder o «poio
,

de
dc* .no. tti.ís ur*. o das classes dominantes como um lodo,
compo»iíio <•« míniicíno e implementa-

46
CAPITULO II

A ASCENDÊNCIA ECONÔMICA
DO CAPITAL MULTINACIONAL E ASSOCIADO

Introdução

A Segunda Guerra Mundía! pode ser considerada um divisor de águas crucia]


que marcou o consolidação econômica e i supremacia política do capital mono-
polista nos centros industriais e financeiros/* As novas Formas de capitalismo,
que se real zavam a nível global através dc uma articulação complexa e contra-
i

ditória com as várias formações sociais nacionais, tiveram como expressão orga*
niz acionai básica as corporações multinacionais, O capitalismo brasileiro, tardio
2

c dependente, viria a ser tanto transn acionai quanto Qligopclisia e subordinado


aos centros de expansão capitalista. 0 capital " nacional", que fora predominante
nu governo de Getúüo Vargas, conseguiría coexistir de modo significativo somente
cm sua forma associada ou em empresas pertencentes ao Estado,* Mesmo nesse
Último caso, o capital t rans nacional teria ainda um papel central através de joífif
vdtfíures (empreendimentos conjuntos) entre o Estado e corporações multina-
cionais. além de exercer controle multinacional parcial das ações de empresas
estatais brasileiras.

Penetração multinacional e integração da industria 4

Às mudanças tia divisão internacional do trabalho 1 e a pcnetraçlo na eco-


nomia brasileira de um bloco multinacional liderado por interesses americano*
deram lugar a novas relações econômicas e políticas, tais como;
1
a) uma crescente concentração económica e centralização de capital com
a predominância de grandes unidades industriais e financeiras integradas;
bí um processo de controle oligopolUta do mercado/
O crescente peso econômico e a relativo importância política do bloco dc
poder multinacional e associado no Brasil em princípios da década de sessenta
foram clflra mente revelados através dos dndüs fornecidos por uma pesquisa se-
minai realizada np Instituto de Ciências Sociais 1CS — —
da Universidade Federal
do Rio de Janeiro/
Através da pesquisa foi feito um levantamento de dados dos grandes grupos
económicos c estimado um universo de 276 grupos bilíonénos. Desses grupos,
221 tinham um valor de capital mais reservas das empresas que se situavam na
fatxa de 900 milhões a 4 bilhões de cruzeiros, Foram idemiíkado* 55 grupo* cujo
capital próprio ultrapassava a cifra dos 4 bilhões de cmzdros; esses foram cha-
mados de ‘‘grupos multibilionirioi".

49
*

Ettw 55 grupos, que tinham um papei estratégico na economia brasileira,


ocupavam as posições de liderança nos setores principais onde operavam, con-
trolando uma parte substancial da produção e circulação de bens * Mais da
tade desses grupos tinha a soa sede cm São Paulo, aproximadamente um terço
deles no Rio de Janeiro e um pequeno número cm Minas Cerol*.

O estudo do ICS examinou 83 grupos bilionários escolhidos para integrarem


uma amostra aleatória de um universo estimado cm 221 unidades. Desses 83 grupos,
<f
54, Ou seja, 65%, eram nacionais" e 29 multinacionais. Vinte e cinco dos 54
grupos nacionais, ou seja, 46%, tinham ligações através úc empreendimento*
comuns eom grupos multinacionais. Se essas percentagens forem generalizadas
em relação ao universo de 221 grupos bilionários, elas mostrariam 144 '‘nacio-
nais" (65,19o) e 77 multinacionais (34,9%), dos quais 43 (55,291?) eram grupos
1#
multinacionais não-sme ri canos De um total de 144 grupos '‘nacionais", so
,

mente 78 não tinham ligações bem definidas com interesses multinacionais. A


classificação por valor de capital dos grupos bilionários permitiu compor i

Tabela l.

Tabela 1

Gnipoí Grupos
Valor do cipitil estrangeiros % hK ionus %

900 milhóei a 1 bilhão c 500 milhões 1» 653 15 27,7

1 btlhío e 500 milhões * 3 bilhões 10 34.5 34 &2 $

4 a 4 bilhões — — 5 9,4

Forne: T áo* 5*nu», 1%4, p 52 41


J, AflíãftMJ Fcuoi de Qucirot ICS. 1965. p. 152
(Em 1%?, o vi)or ÕodéUr lumcmou de Cr| 100 jOO para Cri 200.00 no fim do ano).

Apesar da superioridade numérica dos grupos nacionais na faixa dos grupos


bilionários, eles se ressentiamde uma menor capacidade de concorrência, com
sua atividade limitada por desvantagens tecnológicas, tendo dc operar dentro de
um mercado oligopolista controlado por companhias multinacionais. Além disso,
58% dos grupos bilionários transnadonais e 37,5% dos grupos nio-amer canos í

faliam parte do núcleo predominante do mercado de seu produto principal Dez


grupos de posição importante (8 americanos e 2 multinacionais) eram os maiores
produtores em seus respectivos mercados, 11 O capital transnadonal americano
era proeminente dentro dos grupos multinacionais bilionários. Oi americanos
representavam 13 grupos (48%) do total de 29 grupos multinacionais bilionários.
Os americanos representavam também 48% do total de interesses multinacionais
e 15,6% do total de grupos bilionários nacionais e multinacionais.

50
Dos 55 grupos no Brasil, 31 deles (56,4%)
mtiiliblítonáriôi encontrados
eram multinacionais 24 deles (43 6%) eram locais ou “nacionais" dos quais,
e +

por sua vez» 62,5% tinham ligações variadas com grupos íransnicionais. Dtsses
24, somente 9 grupos {3? *5%) não tinham ações nas mãos de corporações mul-
tinacionais, ao passo que 2 deles íinham diretorias interligadas com as de corpo-
rações multinacionais.
11
A
supremacia multinacional mostrava-se mais intensa fc

medida que eram comparações entre as diferenças do montante de capital


feitas
de grupos multinacionais c locais, Dezenove grupos "nacionais (79,0%) de um
1
*

total de 24 tinham capital entre 4 c 10 bilhões de cruzeiros, enquanto 18 grupos


multinacionais (58,0% do lotai) enquadravam-se nessa categoria. Em uma posição
intermediária, de 10 a 20 bilhões de cruzeiros, havia 3 grupos nacionais (14,0%)
e Í0 multinacionais (32,0%), No Hmíte mais alio, acima de 20 bilhões de cru-
zeiros, havia 2 grupos nacionais (10,8%) c 5 imihin acionais (10,0%). O capital
(ransnacional tendia a predominar na faixa mais alta de capUat próprio. Dentro
dos grupos multinacionais muUibilionários, os americanos mantinham uma po-
sição proeminente. Quinze de um total de 31 grupos eram americanos (dois desses
grupos eram americano-brasileiros e um canadense-americano). Os outros 16
compreendiam 4 akmães, 3 britânicos, 2 franceses, um canadense, um anglo-
holandês, um holandês, um argentino, um italiano, um suíço c um anglo-bdga-
americano. Qs 12 grupos americanos, mais os três que tinham ampla participação
de empresas dos Estados Unidos, representavam 48,0% dos grupos multinacionais
rmiítibiüonãrios e aproximadamente 30% do total de grupos mulribrlionários
11
nacionais e multinacionais.
A Tabela 2 mostra a distribuição por montante de capital c nacionalidade.
Oconjunto dos grupos econômicos multinacionais biÜQitirios e mulnbilioní-
rios somados aos grupos "nacionais" ligados ou associados a interesses multina-
cionais constituía 6$ ,4% do total, ou seja, 189 grupos de um toud de 276 grupos
econômicos com um ativo acima de CrJ 900 milhões. As coodusõea a que se
pode chegar são claras. As grandes empresas "nacionais” e 0$ grupos que as
controlavam eram predominante mente multinacionais, firmemente interligadas atra-
vés de urna dependência tecnológica oü financeiramente integrados a grupos
multinacionais. A grande corporação "nacional" era principaífrantt uma empresa
associada. Esse processo de internacionalização seria estendido ainda mais depois
de 1964.
O controle oligopo lista de mercado baseava-se principal mente na preferência
multinacional pela penetração setorial seletiva, especializada e concentrada, e na
integração tecnológica e financeira, Até a década de dnqüenta, o capital trans-
nacional havia se estabelecido em serviços, extração e comercialização de pro-
dutos agrícolas e em menor em
empresas industriais. Através do Plano de
grau»
Metas, os interesses multinacionais no Brasil redirecionaram seus investimentos
para outros setores e expandiram a economia local em direção â manufatura, no
14
que foi chamado de "segundo estagio de substituição de importação", Esse pro-
cesso pode ser visto claramente no padrio dos investimentos americanos. Em 1929,
a metade dos investimentos americanos ia para companhias de utilidade pública.
Mineração, petróleo e comércio representavam 26% do total No fim da guerra,
a manufatura achava-se no mesmo plano das companhias de utilidade pública,
cada uma com 39%, e o resto dividido entre o comércio, mineração c petróleo.

51
Tabcln 2

GrtipõJ rmdoiinifl liga-


Crupoi dos a grupos cilrjin- Outros grupüi
multinacionais gciroj ntrfw£s dc uçòcs n acionai i
I 11

Capital Número % Nutnoro % Número Toio! % de 1 e ti

fiiltonifira 900 mithõei

a 4 bilhões 77 34,9 66 29.9 78 35.2 221 64*

MuhifriEionÃrto* scima

dc 4 bilhões 31 56.4 15 273 9 16J 55 83*7

TOTAL ÍOS 39.1 BI 29,3 87 31,6 276 68,4


i

Ponte: T. dos Santos, 1969, p, 38


Em 1950 a manufatura já representava 44%, subindo a 54% em 1960 e atm*
findo 68,0% em 1966J 1
No início da década de sessenta, 78,1% dos grupos mulíibilíonários tinham
como atividade principal a indústria, sendo que nela eles estavam distribuídos
num número variado de ramos. Fm comparação com grupos multinacionais, o$
grupos multíbiliofiirios locais de st ac a vam- se nos setores de jmportaçao-exportaçlo,
nos bancos e na industria dc bens de consumo não^durávets. Eíes se equilibravam
com o$ interesses multinacionais no que dizia respeito ao setor de investimento e
na indústria dc base, onde o Estado tinha uma participação relevante, e aprojri-
mavaimse dos grupos multinacionais. Os grupos ’*nacionais“ levavam franca des-
vantagem em todos os demais setores: distribuição, serviços de utilidade pública,
bens duráveis e maquínirio pesado. * 1

Os grupos multinacionais íprincipalmcnte os americanos) preferiam clara*


mente o setor industrial. i: A distribuição dos 55 grupes mulfíbilionérios e dos
83 grupos biltanáríos, segundo o setor dc atividade e nacionalidade, pode ser
vista na Tabela 3,

Tabela 3

eiLtONARIOS MULTIB1UONARIOS

SETORES Estrangeiros Ntciomii Esirangeiroi Nacionais

N* % N.* % N." %. N.* %

'

Indústria 25 86,2 40 74,1 26 83.9 17 70,1

Comércio 2 6,9 m 18,5 4


1

12,9 3 123

Bancos 2 6,9 4 7,4 1 U 4 16,7

TOTAL 29 100,0 54 100,0 31 100.0 24 100,0

Fanlc: T. dos Santos, 1969. p. 54


M. Vinhas dt Queiroz, ICS, 1965. p. 65

A distribuição dos grupos por ramo de atividade principal em princípios di


década de sessenta é mostrada na Tabela 4,

53
*

Tabela 4

Setor dc Atividade Nacionaíi Multinacionais

hâfrmduimal
Eaporuçio importação t2 nae. 4- 2 muhm serviço* ia-
duiiriais (1 nac. 4 2 raultin >. bancos Q iwc)- inmtimen-
tos (1 naç. + 1 multm). distribuição (1 hk. 4 2 fnuHinJ 8 (J3JH) 7 (30.7%)

Industrial
Bcrtsde consumo niodurivti* 8 {JJJW 5 (1U%J
Bcru dc consumo dwrãvcu 1 (42 %) 7 (24.1%)
Maquinãrío pesado 1 (42 %1 * <IJJ%)
Indústrias básicas : 6 (25 %) B (24*1%)
TOTAL 24 (100%) 31

Fonte: M. Vinhas dç Queírot. ICS T 1965. p, 55


L. Martins. ICS. 1976 p 4J7
f H Cartlo». CEfiRAP N. «. p 59

A forte integração tecnológica do capital também teve relevância para a


postçlo de primazia transnacional ocupada no mercado pelas empresas mutlí-
nacionais- A integração tecnológica favorecia a tendência de concentração em
setores especializados de atividade, permitindo assim uma maior integração das
companhias multinacionais, as quais tendiam a dominar o mercado em sua concor-
rência com grupos econômicos "nacionais"* Em contraposição, a diversificação
e falia de unidade de caráter tecnológico eram mais acentuadas nos grupos eco-
nômicos ''nacionais”, como é mostrado na Tabda 5*

Tabela 5

MULTIBILIONARIOS BtUONAfUOS

Estrangeiros Nacionais Estrangeiros Nacionais

Eitrituueme «peciilUadai 5 * 11 —
Atividadei variadas rriseiorudaj hori-
ignialmenle c relativamente cipecíali-
zadat . , , 20 II 9 2

Atividades vcrtirtJmcnie relacionadas


com pouca divenif ieação * * S 5 4

Diversificadas I 5 5 —
Muito divcrsificadij ........ — 3 — 52

Fonte: M. Viflhii de Queiroz, ICS, 1961* o* 63


T* d oi Santo*. 1969* p> 54-56

54
Além da unidade tecnológica e da especialização da produção, outro índice
da integração dos grupos multinacionais comparados aos grupos "nacionais" é
o relacionamento entre o número de empresas c o volume do capital, ta! como
é visto na Tabela 6.

Tabela 6

NACIONAIS MULTINACIONAIS

Grupos Empreses Cspíiil Grupo* Empresaj Capital

24 506 Z18.9SÍ.9 31 234 305.737 .7

bilhSei bilhões

Média por empresa: 432 milhões Média por emprcin: 1.307 milhões

Os números são rcpresenlndos em cruzeiros


FeiUe: T. dos Santos, l%&> p* 44»
M. Vinhas de Queiroz, ICS„ 1965. p. 64

Entre a amostragem dos 83 gmpos bilionários, 10 multinacionais e somente


2 nacionais eram os principais ou únicos produtores nos setores onde exerciam
suas atividades principais. Dois grupos nacionais possuíam empresas ocupando o
segundo lugar no setor de sua atividade principal, 3 grupos possuíam empresas
entre aquelas em posição de controle do mercado onde operavam c um grupo
tinha monopólio efetivo em seu setor principal.' 1 Grupos nacionais bíHonários
também operavam numa estrutura de mercado oUgopolística ou num mercado
de concorrência imperfeita, apesar de não terem posição de liderança como os
seus cones pondentes multinacionais.
Quatorze dos 29 grupos mui ún acionais bilionários operavam numa estrutura
de mercado oligopolística; 4 grupos (todos americanos) funcionavam em condi-
ções de quase-monopólio e 9 operavam num mercado de competição imperfeita
(ou concorrência monopolística); 5 deles operavam em mercado dc concorrência
monopolística concentrada, isto é, onde um grupo controlava mais de 50% do
mercado, e 4 grupos operavam em concorrência monopolística sem concentração» * 1

O grau de controle do mercado por grupos multinacionais, muitibiltonários pode


ser aferido na Tabela 7.

Mais de 65% dos grupos multinacionais operavam em áreas de atividade


onde línham controle total, ou quase total, do mercado. Os grupos americanos
operavam em setores onde tinham controle total, ou quase total (92.4%), do
mercado» Nenhum dos grupos americanos agia em mercado de concorrência mo-
nopolística sem concentração ou em setores onde as multinacionais não tivessem
\m acentuado controle do mercado.

55
4

Tabela 7

Gnu <fe Grupos


contrate «tTMfeiros % AmetiMnoa % Outros %

Acima de 90%
CttTMIfCuO 10 345 6 46,2 4 25,0

Grande 9 MJ> 6 46,2 5 )8J


Medio 4 135 1 7.6 3 18,8

Pequeno 6 20,7 — — 6 37.4“

TOTAL 29 100.0 13 100,0 16 Toojo

Fonte: T. dos Santos. 1966- p. 448

Dezessete (58,6%) dos gnipos multinacionais (menos da quiniu parte do


lotai dos 83 grupos bilionários da amostragem) pertenciam ao núcleo produtivo
predominante do mercado c somente 12 grupos (41,6%) estavam fora dele, A
situação dos grupos bilionários locais era diferente. Somente 8 grupos (14,8%)
tinham posição de controle no mercado onde operavam, e 46 grupos (85,2%)
estavam fora dde, Mesmo assim, deve-se lembrar que cerca da metade dos grupos
“nacionais*' tinha Ligações relevantes com grupos multinacionais. Onze (84,6%)
dos americanos compunham o núcleo predominante como produtores únicos ou
como primeiros produtores na f«ÍKA dos grupos milionários/ - Evidência adicional
da tendência dos grupos multinacionais para o estabelecimento de um controle
oligopolíitico do mercado pode ser obtida na Tabela 8, que mostra o grau út mo
nopolizaçao no setor metalúrgico sediado cm São Paulo.11

Tabela 8

Parte da produção
Rim oi de iiivididc Número de cormpondeme *i
e-mpreimi 3 m ei orei
empresai (%)

Eatmiuni m-cliJicu .....'.•.fi**,..,,,,,***. 1 70


írucrumenrài tAficolii ^ ^ ,
9 At
97
And 01 17 TA
70
Motúrei r\éiwicM ,
9 86
R e fpyrfittófn 8 91
Miquinn tfc Jivir £ 62
Silinçu 1
74
Elevadores £ 99

Fonte; T, doí Sinto*, (969, p. 38

56
Grandes companhias multinacionais e mesmo "nicioniis" dominavam a
economia/ 1 interesses multinacionais predomina vam no setor secundário, O mais
dinâmico deles. Através de seu controle olígopolisia do mercado, 15 companhias
multinacionais ditavam 0 ritmo e a orientação da economia brasileira, Nos centros
capitalistas {Esfados Unidos e Europa), o capita] financeiro reinava supremo no
círculo de hegemonia americana. O capital americano, que detinha somente 2,0%
dos investimentos no exterior no primeiro quarto do século, passou a ocupar em
1960 uma posição proeminente, possuindo perto de 60% dos investimentos es*
trangdros. Enquanto isso, a participação da Grã-Bretanha, França e República
Federa! alemã caía para 30%.
21
Um
relatório do Bureau of Intellígence and Re*
do Departamento ét Estado americano, elaborado no inicio de 1963, apre-
se o re to
sentou uma importante visão gera! dos empreendimentos privados americanos no
Brasil Ao delinear o '"caráter dos grandes empreendimentos privados americanos
naquele país cm termos de seu amanho* localização e origem corporativa'*, o
1

relatório objetivava servir psra "situar no seu contexto esse fator signifl cativo na
economia do Brasil e no relacionamento Estados Unidos-Brasir*/* De acordo com
o relatório, os investi mentos estrangeiros privados no Brasil totalizavam cerca
de 3,5 bilhões de dólares. Os interesses americanos formavam 0 maior grupo
individual dc investidores estrangeiros, com aproximadamente a terça parte do total
do capital transnacional Come ari amente ao modelo de investimento dos Estados
Unidos cm muitos outros países latino-americanos as ações americanas em com-
*

panhias de utilidade pública e companhias de mineração m


Brasil eram relativa*
mente poucas em relação aos investimentos americanos na produção de maqui*
nário, automotores e utilidades domésticas. A maior pane dos investimentos no
Brasil cra feita por corporações americanas multinacionais de maior importância*
organizadas IrcfttmciUc tk acordo com a Ui brasileira de modo a usufruir van-
tagens administrativas e tributárias. Em alguns casos essas corporações eram or-
ganizadas sob um nome tal uue não as ligava, h primeira vista* i matriz, a fim
3
de ganhar identidade local. * Esses investimentos eram feitos em sua maior parte
em indústrias cuja produção ajustava-se a um mercado consumidor de classe
média e nâo tanto para a exportação, Foi «se altamcníc necessário mercado in-
terno que seria consolidado, depois de 1964* pelo fornecimento das camadas
médias em detrimento das classes trabalhadoras industriais e rurais,
O relatório do Departamento át Estado apresentava uma lista de quatro
categorias gerais de atividade econômica, nas quais era agrupado todo 0 capital
no Brasil. As quatro categorias eram; O indústria de base e indús-
transti acionai
triapesada, 2) indústria de base e industrialização dc alimentos, 3) atividades
não industriais c 4) serviços de utilidade pública. Os interesses americanos pre-
dominavam em três dessas categorias através de suas subsidiárias brasileiras. 0
relatório indicava também que 0 capital americano abrangia cerca de 40% do
investimento estrangeiro cm indústrias dc base, seguido da Ãkmanhe Federal com
15% e da Grã-Bretanha com 11 %. Na indústria leve brasileira. 38% dos invés*
tímercíos estrangeiros eram dc origem americana; 3 Argentina representava cerca
de 13% á® capital estrangeiro nesse setor e a Grã-Bretanha 12%, Oi Estados
Unidos haviam investido 40% do capital estrangeiro privado em financiamento e
3*
comércio, contra 10% da Grã-Bretanha e França*
O memorando da pesquiso mostrava um exame mais detalhado das áreas nas
quais os investimentos americanos predominavam entre 0 capital estrangeiro, Na
categoria de indústria de base ç indústria pesada que atraía cerca dc 40% de

57
todo o investimento multinacional privado (aproximadamente 1,4 bilhão de dó-
lares deum total de 3,5 bilhões de dólares), o$ investimentos americanos chega-
vam a cerca de 45% da total do capital transo acionai. 0$ setores mats impor-
tantes nos quais fundos americanos haviam sido investidos eram:
a) industria de automotores, de utilidades domésticas c outras indústrias de
máquinas, onde os investimentos americanos constituíam mais dn metade dos
investimentos estrangeiros de cerca de 830 milhões de dólares, Em seguida vinham
os interesses da Alemanha Federal e os britânicos. Ás indústrias de automotores
americanas no Brasil eram a General Motors, Ford Motor Co., Willys Motors e
International Harvester. Companhias importantes na fabricação de Iratorcs e
equipamento rodoviário eram a Caterpilíar. Fruchauf, Le Tourneau Westmghouse
e Hyster, As indústrias mais importantes em peças para automóveis indoíam a
Bendíx, Clark Equipmem e Armstead (ex-American Steel Foundries). Os maiores
investidores em maquínário e produção de utilidades domésticas eram a General
Electric, IBM, Singer Sewing Machírte, RCÁ, Tiroken Roller z Muncie Gear
Works;
o setor de industrias de aço e meia) era dominado por investimentos
b)
belgas, seguidos pdo Japão. O capital americano representava cerca de 15,0%
do total do capital transn acionai privado, estimado em 275 milhões de dólares,
À seguir vinham os interesses dú Canadá e da Alemanha Ocidental. As indústrias
metalúrgicas americanas incluíam, entre outras, a Gillette Co. e a Revere Cooper;
c) os maiores investidores americanos nos setores dc mineração e petróleo
eram a Bethkhcm Steel em mineração e as Standard Oil, Texaco e Atlantic
Refining na distribuição do petróleo. Os haviam inves-
investidores americanos
tido cerca de 65,0% do do capital estrangeiro privado que chegava a 200
Lüttl
milhões de dólares. Em seguida vinham os interesses britânicos c italianos;
d) nos setores de cimento e vidro a França tinha a primazia nos investi-
mentos, seguida pelos Estados Unidos e Suíça, A Pittsburgh Plate Glass, asso-
eram as indústrias americanas mais
ciada a interesses franceses, e a Corning Gliss
ímporiames na produção de vidro. A Lone Star Cernem e a Dolphín Shipping,
essa última associada a uma companhia italiana, eram importantes produtoras
americanas de cimento."
Na categoria de indústrias leves e industrialização de alimentos, cujos in-
vestimentos chegavam a cerca tk 1,1 bílhlo de dólares (um terço dos investi-
mentos trans nacionais), o capita) americano, que representava mais da terça
parte, distribuía-se da seguinte maneira;
a) produtos químicos, farmacêuticose plásticos com 420 milhões de dólares
de investimentos transnacionaís, 40% dos quais provinham de companhias ame-
ricanas. Entre as mais importantes estavam a Union Carbide, Cdancse Corporation
c a Eastman Kodak. Os outros ínvestímentoi transnacionais eram princípalmente
franceses, aíemaes e suíços;
h) na industrialização de alimentos, os interesses britânicos tinham prímazii
no volume dc seus investimentos, seguidos pelos Esiados Unidos e pela Argentina
{prinçípaJnieme Bunge 4 Born). De um total dc 240 milhões de dólares de capital
íransnacjonal, os Estados Unidos detinham aproximadamente a quarta parte dos
investimentos. As corporaçóes americanas mais importantes eram a Co rn Products
Company, International Packcrs e Andcrsun Cloyton;
c) os interesses transnaeíooaís investiam cerca de Ió5 milhões de dóíares na
área tfixtij» Esse setor era liderado por interesses britânicos c franceses, enquanto

58
0$ Estados Unidos tinham 12,0% do total. A). B. Martin e a Ranch Rí ver Wooí,
associada a interesses franceses,eram as corporações americanas proeminentes;
d) nos setores de borracha, madeira e couro, de um total de 150 milhões
de dólares de investimentos estrangeiros, os Estados Unidos responsabilizam -se
por 50,0 %, seguidos pela Itália c Gri -Bretanha. Os gigantes americanos eram
a Firestone, Goodyear c a B. F. Goodrich.
empresas industriais com interesses em múltiplos setores incluíam cor-
e)
porações engajadas em uma variedade dc atividades, tanto industriais quanto
comerciais. O grupo dc investimento Bunge & Borrt liderava esse setor, com as cor*
porações americanas responsáveis pela terça parte do total de 92 milhões de dó-
lares dc capital transnacional A Anderson Clayion era a maior entre os interesses
americanos, seguida pela United Shoe Machínery e pela Minnesota Mining and
Manufacturing;
f) o papeí e a celulose respondiam por cerca de 70 milhões de dólares do
investimento estrangeiro, com os Estados Unidos responsáveis por 70% deles.
As corporações mais importantes eram a Champion Papers e a International
Paper/*
Em atividades nao-manufatureíras, que incluíam finanças, comércio. publi-
cidade, imóveis e agricultura, cerca de 280 milhões de dólares foram investidos,
dos quais a terça parte, aproximadamente, provinha dos Estados Unidos, Nos
setores bancário e financeiro, os Estados
Unidos lideravam o investimento trans-
naciúnil com cerca de 25% de um total dc 152 milhões dc dólares. Canadá G
vinha em segundo lugar, seguido pela Grl-Bretanba. França e Alemanha Federal.
Os grandes interesses americanos incluíam o First Narional City Bank e o First
National Bank of Boston, ao passo que o número de corporações ma nu fature iras
estendiam suas atividades para as areas dc crédito e investimento como, por
exemplo, a General Electric. Beihkhem Steel e Eastman Kodak. No comércio
predominavam os interesses americanos com cerca de 55% do total dc 80 milhões
de dólares de investimento transnacional. A Gra-Bretanha vinha em segundo lugar.
Às maiores corporações americanas eram a Sears Roebuck, a Pimburgh Finte
2
Glass ®
e a Siuger Sewing Maehine. Nos setores de publicidade, imóveis e agri-
cultura, o total do capital transnacional era de cerca dc 50 milhões dc dólares,
dos quais 40% era americano. A Esteve Brothers e o King Ranch estavam entre
os maiores investidores americanos em agricultura, e a McCann Erickson em
90
publicidade.
No setor de utilidades públicas os investimentos
americanos privados detinham
somente uma pequena A
holding canadense Braxitian l.ight and Traction*
parte.
Brascan 31 responsabilizava -se por aproximadamente 85% do total dc investimentos
estrangeiros. Os interesses americanos de maior importância no setor de utili-
dades, a American and Foreign Power e a International Telephone and Telegraph*
respondiam por quase todo o restante do capital estrangeiro nesse setor.
O relatório do Departamento de Estado apresentava também uma lista das
maiores firmas americanas no Brasil total mente controladas ou com predominância
de capital americano Elas eram, em ordem decrescente de acordo com o volume
aproximado de capital e reservas, volume este que variava de 60 a 10 milhões
de dólares; General Motors do Brasil S.A„ Ford Motors do Brasil $A. Esso P

Brasileira de Petróleo $. A.*3 Willys Overland do Brasil S.A,, General Electric SA,,
Força e Luz de Minas Gerais —
EBASCO (Grupo Morgan) Indústria de Pneu-
máticos F ires tone SA„ Indústrias Reunidas Vidrobrás, Texaco do Brasil SA,»

59
International Harvester Máquinas SA, Champion Cdlulosc S.A., Union Carbide
do Brasil S.A.* Indústrias Andmon Clayton & Co. — ACCG. Bendix do Brasil
Ltda., Cio. Goodyear do Brasil. Cia, Paulista de Força c Luz (American & Forcign
Power), ITT, Caterpillar do Brasil S.A.. Refinações de Milho (Corn Products Co,),
IBM do Brasil, Cia. Energia Elétrica da Bahia (American & Forcign Power),
Sears Roebuck S.A.* Cia. Atlântica de Petróleo S,A, (Atlantic Refining Co,), B. F.
Goodrich do Brasil S.A. t Svriíl do Brasil.**
Deve-se ressaltar neste ponto que no esforço dc cunho ideológico, político e
militar organizado pela burguesia para derrubar o Executivo de João Goulart*
fariam parte empresários importantes, que nele ocupariam posições-chave, ligados
à maioria das corporações às quais o estudo do 1CS faria referência; também
participariam desse espaço a maioria das companhias mencionadas no relatório
do Departamento de Estado. Muitas dessas corporações, algumas através de suas
subsidiárias c outras dirttânientc ou através de associações dc classe, seriam tam-
bém importantes contribuintes financeiros para n campanha que levaria à queda
do regime populista.

Outros aspectos do processo de concentração

O processo de concentração industrial foi acompanhado por uma extrema


concentração de posse de terra. De 1950 a 1960 o número de grandes proprieda
des baixou dc 23 %do total de estabelecimentos agrícolas para 0,9 8%. Assim
Ji
mesmo, esses últimos controlavam itc 47.29% da terra, ao passo que 10.4%
dos estabelecimentos agrícolas controlavam 79*9% da terra. O comércio agrícola
estava ligado a uma grande parte da estrutura bancária.
No setor bancário, o processo de concentração determinou* entre 1958 e 1963,
o aumento do número de agências bancárias de 3.937 para 5.943, enquanto o
número de matrizes diminuiu de 391 para 324. Esses números ganham maior
significado se se considerar o alto grau de interpenetração entre as diretorias doí
grandes bancos-, as suas operações conjuntos e a parcela do fluxo de caixa c opc-
rações financeiras controladas por estabelecimentos individuais dentre os 30
maiores bancos. Esses tinham 1.563 agências de um lotai de 5.943. Eles adminis-
travam ainda depósitos dc 2.736.612 de cruzeiros dc um total de 3398.737 dc
cruzeiros. Vime e cinco crim privados c 5 pertenciam ao Estado. Dez eram se-
diados em São Paulo, 9 em Minas Gerais e 5 no Rio dc |aneiro w Os bancos
+

tornaram-se agentes centrais do processo de concentração c acumulação.


O processo geral de concentração c centralização econômicas internacionais
apresentava outro aspecto além do processo dc monopolização dc mercado. A
concentração econômica dava se também a nível financeiro, ç realizava-se através
dc um processo de integração entre as empresai c através do controle dc um
único grupo sobre virías em prezas. O processo de integração entre as empresas
dava-se principalmemc através dc Holding* t ram nacionais —organizações finan-
ceiras que mantinham c geriam o controle de açôci e as operações de um certo
grupo de empresas. Jã o mesmo não acontecia com os grupos nacionais. Neles
essa integração tinha características de uma organização inlerfamiliar. A família
ocupava um lugar tio significativo na es! rutura de controle c administração das
empresas que se pode falir de grupos nitidamente familiares, sejam eles uní
ou multifami liares. Foi esse o caso de grupos oligopolisias como os de Ermírio

60
dc Moraes, Bueno Vidígal, Quartim Barbosa,
Viííares, Mourão Guimarães t Ma-
ta razzo. entre outros. Os
grupos nacionais eram controlados por grupos familiares
que distribuíam as ações e as posições administrativas entre si, seus parentes, ou
entre grupos familiares menores, ligados às famílias nucleares, mas não necessa-
riamente aparentados, como era o caso do grupo Almeida Prado. Em princípio
da déctida de sessenta, somente 5 dos grupos nacionais multibilionáriôi não se-
guiriam essa estrutura familiar; 7 eram formados pda reunião dc empresários
isolados c somente 12 grupos podiam ser considerados como liderados por admi«
nisiradores. Dos 55 grupos, 28 (50,9%) possuíam holdings puros dentre as firmas
que os compunham, sendo que a maioria deles era de grupos nacionais de origem
local c não dc imigrante Os grupos multinacionais operavam através do controle
" 3
acionário majoritário dc suas empresas.
Os grupos multinacionais multibilíonários viam de 80 a 90% dc suas ações
em poder da matriz e somente 3 exerciam controle minoritário de suas empresas.
Os grupos multinacionais bilionários mostravam tendências semelhantes, ao passo
que ero mais acentuado o controle minoritário nos grupos multibílionários locais.
Nenhuma formação c mais representativa do processo de integração capita-
lista (internucionaliznçuo, centralização organizacional e fusão e interpretação
financeiro-industrial)que ocorria em meados da década dc cinquenta e princípios
du década dc sessenta do que a do gigantesco Atlantic Communíty Development
Group for Latín America, mais conhecida por sua sigla ADELA. A ADELA
foi formada em 1962 a partir de recomendações feitas por um think-tartk* enca-
beçado pelo vice-presidente da Standard Oil of New Jersey {grupo Rockefetler)
c pelo vice-presidente da FIAT (complexo Agnelli].
1
*
A ADELA íoi posta em
íição por parlamentares da OTAN s vtnaóores dos Estados Inidos, entre os quais
exerceram papel importante Hubcn Horatio Humphrey e !*cob Javíli. então
senadores e membros do Council for Foreígn Relatíons. À ADELA foi registrada
no Grão-Ducado de Luxemburgo em setembro de 1964. operando na América
Latina através de um escritório em Lima, Pem.
A organização consolidou-se no fim da década de sessenta e. cm fins de
1972. o$ acionistas da ADELA incluíam cerca de 240 companhias industriais,
bancos e interesses financeiros de 23 países, cuja lista é apresentada no Apêndice
À. A organização é financiada por alguns dos maiores complexos industriais e
financeiros internacionais, o que com que ela tenha consideráveis recursos
faz
e canais de informação. A ADELA também capaz de exercer forte pressão sobre
è
11
os governos dos países onde opera. As suas funções são explorar as opoituni*
dades de investimentos para as corporações multinacionais e criar um clima
favorável para investimentos usando sócios locais, um papel político que en
ameriormente exercido pelos governos dos países onde as matrizes destas com-
panhias estavam situadas. Alem disso, a ADELA objetiva o desenvolvimento de
uma estratégia de penetração através de investimentos diretos, assistência técnica
ç perícia administrativa, analise dc mercado e comunicações com focos locais
de poder. A ADELA se propõe também a realizar contratos com instituições

financeiras internacionais, estendendo suas atividades a praticimenie todos os


setores econômicos.

* NT: gmpo dc çipcrialiíías organizado por um» rmprtH, *|énd* govemiroentil etc

t comissionado pum realizar estudo* intensivo* ç pesquisa dc problerais csptdhcoi

61
À liM® de corporações multinacionais que faiem parte d® ADELA sugere
claramcnte o poder subjacente à organizaçõo. A ADELA é uma organização su-
pra nacional par* o marketing internacional. Mas isso não ó tudo, Além de set
uma organização de consultoria* a ADELA opera também como investidora e
está diretamente envolvida em atividades econômicas. No Brasil, a ADELA ope-
rava diretamente através das companhias apresentadas no Quadro 1.
A ADELA assumiu também o papel de mediadora entre instituições finan-
ceiras internacionais e os países latino-americanosno planejamento do desenvol-
vimento desses últimos. Relatório Anual de 1968 mostrou que a ADELA
O
tinha, em conjunto com a Imcmationa! Finança Corporation —
IFC e o Banco
Interamericano de Desenvotvtmento, “contacto contínuo e livre troca de infor-
mações* de maneira a evitar duplicidade de esforços nas éreas de desenvolvimento
conjunumente das análises de oportunidades para inves ti mentos "*
1

e participar
A ADELA rinha um grande número de projetos em comum com i IFC, incluindo
4
joini venturas(empreendimentos conjuntos) em grandes investimentos. ' A IFC
foi fundada em 1956 em bases semelhantes às da ADELA. A IFC investe isola-
da mente ou em conjunto com outras corporações multinacionais em alguns dos
grandes grupos associados e empresas públicas do Brasil. Ü Quadro 2 mostra
a sua rede operacional.

ê interessante notar que companhias participantes da ADELA


e ligadas
à IFC estariam à freme da campanha contra o governo de João Goulart, dando
apoio financeiro e agindo através de seus diretores que operariam como ativistas
políticos.

Q capital monopolista, mediado pela penetração de corporações multinacio-


nais, redefinia * divísio internacional do trabalho e estabelecia um novo centro
produtivo-chave e um bloco organizacional dentro da estrutura sócio-econõmíca
brasileira. A industrializaçãodo Brasil seria integrada e absorvida por corporações
multí nacionais de acordo com a estratégia ât expansão do capital global, subli-
nhando os novos graus de internacionalização, centralização e concentração de
capital. O ganhou uma posição estratégica na
capital monopolista transnacional
economia determinando o ritmo e a direção da industrialização e
brasileira,
estipulando a forma de expansão capitalista nacional.
A tendência para a desnacionalização, concentração e predominância em
setores industriais específicos das multinacionais aumentou funda mental mente
após 1964, uma vez que as condições políticas c econômicas para esse movimento
ascendente foram impostas. Nesse processo, o capital americano estabeleceu sua
supremacia entre os interesses multinacionais. Em 1969* a "apropriação" da
economia brasileira por interesses multinacionais era um fato consumado. Compa-
nhias multinacionais controlavam 37 ,7% da indústria do aço* 38% da indústria
metalúrgica, 75,9% dos produtos químicos e derivados de petróleo* 81,5% da
borracha, 60,9% das máquinas, motores e equipamentos industriais, 100% dos
automóveis e caminhões, 77,5% de peças e acessórios para veículos, 39,8% da
construção naval, 71*4% do material para construção de rodovias, 78,8% dô$
móveis de aço e equipamentos pars escritório, 49,1% dos aparelhos eletro-
domésticos, 37,1% do couro c peles, 55,1% dos produtos alimentícios, 47%
das bebidas, 90,6% do fumo* 94,1% dos produtos farmacêuticos, 41% dos
perfumes e cosméticos e 29,3% da indústria têxtil, 11

62
Quadro 1

fÃbEuTiWtftS^MiKf Cn St. LuCffW?!

ADÉLA ADWN'STfs*ÇÃO

A DE LA
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F SEHvriços

$A A$$ES&3?tPí>
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jSADÉVM SA
h ] *fMJWfRAÇAQ
00 SRAS4L
íNTifliX

I Aíf^cO Sliol Cíwp ú USA

Fonte: Guia Interinvest. Í973. p. 722,


Quadro 2

Fíoancièfe. Gfarès

Fonte: GuJa Interinvest, 1973, 723,


p
Em um estudo preparado para o Subeommitiee on Multinationa] Corpori-
lions do CommiUee on Foreign Rdations do Senado americano, Richard New*
farmer c Wiííard Mtieller mostraram que a imensa penetração de investimentos
multinacionais na economia brasileira c a sua concentração em setores económicos-
chave levaram 3 uma desnacionalização industrial significativa. Mencionaram
ainda que as tomadas de decisão empresariais nas indústrias dominadas por multi-
1
nacionais pareciam ter sido transferidas efetivamente para as matrizes no exterior.*
De acordo com a sua estimativa, aproximadamente 70,0% dos 1 bilhões de
dólares de investimentos estrangeiros no Brasil em 1972 iam para a manufatura,
com 3 indústrias principais —
transportes, produtos químicos e fnaqumário —
responsáveis por mais de 3/4 do ativo líquido americano t por mais de 2/3
f
das vendas das indústrias. *Aíém disso, poucas corporações multinacionais con-
trolam, cm cada setor industrial* a maior parte do ativo e das vendas. Firmas
americanos e de outros países respondem por 1SS das 500 maiores empresas
não-financeiras no Brasil em todos os setores. Na indústria, elas totalizam 147
das J00 maiores firmas, Mais importante ainda* corporações multinacionais
controlam 59 das 100 maiores corporações industriais (as 100 companhias do-
minantes possuem mois de 5/4 do ativo das 300 maiores)*V* Consequentemente.
Ncwf&rmer c Muclkr chamavam a atenção para o fato de que as empresas
privadas brasileiras gozavam uma posição semelhante de proeminência somente
cm três setores industriais: minerais não-metálicos, produtos de madeira e papel
e indústria alimentícia. Empresas estatais predominavam na produção de aço
c refinamento de petróleo (as empresas estatais associavam-se a multinacionais
nu produção de aço). Ncwfarmer e Mueller também salientavam que a "desna-
cionalização se interliga à concentração industrial já que as corporações multina-
cionais acham-se gcralmeme localizadas era mercados concentrados. A manufa-
tura é geralmente bastante concentrada: cm 17b de 302 indústrias, os 4 fábricas
dominantes produziam mais de 50% do valor da produção. Firmas estrangeiras
possuíam 3 ou 4 das fábricas dominantes em 32 indústrias, o que respondia
por 26% da produção industrial. Quando combinadas as indústrias nos quais
pelo menos 2 das 4 fábricas dominantes pertenciam a corporações multinacionais,
as firmas estrangeiras dominavam .66 indústrias, compreendendo 44% da
produção manufatureira. Às firmas estrangeiras mostravam uma concentração
mídia mais alta do que as firmas nacionais, pdo fato dç operarem mais
frequentemente em indúsirias oligopolislasV* Assim* com quase metade da
indústria sob controle multinacional, o relatório do Senado americano salientou
,+
que corporações mulli nacionais conduziam-se como um determinante critico
da performance econômica brasileira**, O relatório revelou ainda que "como
multas firmas estrangeiras são oligopolfstícas, a desnacionalização está ligada à
concentração de mercados de produtos, A concentração de mercado outorga poder
adicional às corporações multinacionais livres dos restrições do mercado competi-
tivo. Se a desnacionalização e a concentração de mercados de produtos continua-
rem a aumentar, a economia brasileira tornar-se-á cada vez m&is vulnerável ao
poder de decisão exercido por executivos nos sedes das corporações multi-
nacionais**.**

Conclusão

Q mero peso econômico de interesses multinacionais na economia brasileira


tomou-sc um fator político central no final da década de ctoqüenta. À fim de

65
impelir seus interesses específicos, o capital iransnadonu! apoiou-sc não somente
em seu poder econômico, mas também desenvolveu perícia organizacional e capa-
cidade política próprias para influenciar as diretrizes políticas no Brasil. Essa
perícia e capacidade foram incorporadas em uma intetligenlsia polflicn* imlitõr*
técnica e empresarial, isto é* nos intelectuais orgânicos dos interesses multinacio-
nais e associados e nos organizadores do capitalismo brasileiro, Eles formavam,
com efeito, a estrutura do poder político corporativo do capital íransrLBcUma],
que se desenvolveu durante o processo de inserção c consolidação das corporações
mui ti nacionais no Brasil, Como foi visto anteriormente, a partir de meados
da década de cinquenta os interesses multinacionais e associados cresceram e
se fortaleceram rapidamente* tomando-se* indubitavelmente, a força económica
dominante em princípios da década dc sessenta. Os intelectuais orgânicos do
bloco oligopoiisia que não tinham liderança política* pois essa estava nas mãos
de interesses populistas, e excluídos da representação associativa peb convergên-
cia de classe no poder* tentariam contornar os canais políticos e administrativos
tradicionais de articulação e agregação de demandas. Os interesses novos objeti-
vavam uma ruptura efetiva ou o esvaziamento do corporativismo associativo
populista, pdo estabelecimento de novos íoci e focos dc poder econômico no
interior do aparelho de Estado e de novas formas de comunicação dc classe com
centros de tomada de decisão.
Esse capítulo tentem mostrar 0 domínio económico do capital multinacional
na economia brasileira. O próximo capítulo tratará das agências c agentes
criados e utilizados pelos interesses multinacionais c associados* assim como da
formação de novos atores políticos que responderiam ao desenvolvimento da
sociedade brasileira.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

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íínsncuio dc Estúdios PcmaneO* Seoi autores sío Maurício Vinhas de
3. Vide Eti DINÍZ, Emprtidrb* Es- Queiroz, Luciano Morltni « foié Amónio
tado e capiíalhsno m
Brasil 1910-mi. Pessoa de Gucíroz, responsáveis pelos ar-
Rio dt Jwwim. Pm * Terw, 19?*. (b> EH tigos Grupo* mghíbJlioniríus, Grupos bl*

«
> „

15.

líohjfmot nacionais c Grupos bílionórioK R, NEWFARMER & W. MUELLER,


estrangeiros, respectiva mente. Eiki ariígui op, tít. p. IÜ3-4,
foram publicados na Revhía do Instituto ]6 Comidtr ando-se 1955 como ano base
de Cièttdas Sociais, Rio de fsíicrfo, (2), <195$ — 100). a ifldüsm* mais internacio-
196$, Essas duas primeiras cnifises pro- nalizada c sofisticada dc bens de consumo
porcionaram ínTor moção f atual par* um subiu para 323 em 1960, Vide 0. 1ANNL
número dc cs iodas explicativo* sobre o op. dl. p, 157*56.
processo econômico c político brasileiro 17 (a) F. H. CARDOSO, op. cit. 1966.
usados neste cupítub O terceiro trabalho 1Í44S. (b) F .H. CARDOSO. Muda*
p
6 o Research Mêmórúrtdum of tht floreou ças sociais no América Laiina. São Paulo
oi Inidhgence and Research, produzido DIFELp 1969. p, 170.
para o Departamento de Estado america-
Segundo NEWFARMER & MUELLER.
no em fevereiro dc 1963; uma cópia desse
op. cit p. 105» Os invesiimcnios manufa-

mem orando encontra-se nos Arquivos John lureirot americanos concentravam-se pri-
F. Kdnnedy em Boston MassachuseEs, ,
mordial mente em indústrias-chave: produ-
5. T. dos SANTOS, The moRittaiional
los químicos Transportei e mgquinirio
Corporation — ceií of contemporary eipt
É

Eisai rém sido inclusive as indúsirias mais


lali&m, LAMU ã. L 2(2):34-9 t Fcb. 1971
dinâmicas em termos de erescimenio no
6. Para a percepção do processo brasilei- Brasil Uma pesquisa do Departamento dc
ro de contcniraçlo e central iztçao. vide
Comércio americano revelou que cise*
Mana da Conceição TAVARES. Da stfbs- irés grupos industriais, de suma importân-
titvição dt importações gg capitalismo /t-
cia. compreendiam mais de 75% do total
nanctiro, RÍo t Zahar, 1975. p, 125-47, 173-
do uivo liquido investido no Brasil em
im. 197G por firmas americanas participantes
7. Pode-se obter informação sobre o con-
da pesquisa. O maquinirio elétrico e o
trole oligíipofisu do mercado por corpora- nfto-eiéirico combinados nspotisabil usa-
muHinaciannts c assoei adas na com-
ções
vam se por outros U% M “Dentro dt cada .

posição setorial da economia brasileira nos


uma dessas ires maiores indústrias que res-
guias BANAS, 1960-1965,
pondem pela grande maioria do lotai do
ft. Entre os autores que se valeram dessa ativo líquido americano c seu mercado,
importante pesquisa estão: <a> D, lANN!. menos de quinze firmas com rolam a parte
Crim in Branl. New York, Coíombla maior do ativo e das vendas'** À* mesmas
+,

Umv. Press, 197Ô. p 14SA9. (b) F. H. três indústrias de proa tio responsáveis
CARDOSO. As tradições do desenvolvi- por 7i% de iodo o ativo líquido e de todo
mento associado. Esíudos CEBRÂP, São 0 mercado americano no Brasil
14
,

Paulo, (3):43T3, CEBRAP, abrVjUíu 1974. 13. T. dos SANTOS, op. cit. 1969, p, 56.
(c) T. dos SANTOS, op. ciir 1969. p. 17-
19. (a) T. dos SANTOS, op. dt 1969. p,
fiO,
36-7, 56-7. <b> |oté Antônio Pessoa de
9. 0. lANNI, op. cit p- 157,
QUEIROZ, RfUVfta do Insfttuio de Ciên-
10. T. dos SANTOS, op, dt. 1969. p.
cias Sociais, Rio de Janeiro, 1965.
319.
11. H, CARDOSO* Hegemonia bur-
F.
20. T. do* SANTOS, op. dt 1969. p.
$8-9,
guesa y indcpoidencúi económica: nices
estrucíursles de k crísb política brasiíe-
21, T. dos SANTOS, op. cit 1969. p. 3S.
22, grupos bilionAiios que con-
Entre os
na. ín: FURTADO, Celso; JAGIÍARIBE,
1 roía vam a economia brasileira, 11 dos
Hélio & WEFFGR.T, Francisco C et aíiL
grupos americanos (84,69b) incluídos na
Brasií hoy, México, Sifilo XXI, Í96S. p.
nmo&iragcm estavam entre os 500 maiores
m> dos EiUdos Unidos; 6 grupos (46%) da
12, F, H. CARDOSO. 1966. íd.
amostragem estavam entre os 200 maiores
13, T* dos SANTOS, op. dl. 1969. p. 52. e cnlre esses achavam-se os 4 maiores pro-
14, {&} T. dos SANTOS, op. dt. 1969. p. dutores de seus respectivos setores. Quan-
53. íb] Francisco de OLIVEIRA. A eco- to aos grupos nio- americanos que faziam
nomia da dependência imperfeita. Rio de parte da amosirogem dos grupos biliona-
faceiro, Graal, 1977. iios t 41,6% estavam entre os 500 maiores

67
grupo* financeiro* fún da Eiiida Uni- 31. A
Biatillin TrtcUon ü|ht St —
do*. A mm
*cndo. a coninsk rmancetro *tr, que tinha a participação do grupo
da cconomi* btuiWi aii>i entregue Morra n (Kt% do ativo total), operava no
ÍjOOO pTincífuii inupoÉ «ortônucaa priva- Brml airavéi dc:
do* glofeati Tomix mdcntc que cases ** Rio Li|ht SA
número* pAJLMin i. itr vtgmfscaido diferen- — São Paulo Lighi SA.
te »c considrrsrmo* o grau át m i cr relação — Hidroelétrica Co,
Braziliati E.ld.
entre o* grupe» internacionais c
Çla em grupo* hoUm$. cen trado*. em
mi inser — Cia. Àdmlnistrndora
tírniikirn de
Serviços COBAST.
muito* caao*. em grupo* fam±li*m. como
é o c*K3 do* HjcLeíc‘iír, Morgan Mdlon,
— Cia. Ferrocarril Botânico. J.

Diipom. Wdknbtrg c Agftelh Vide T,


— Cia, Telefónica Brasileira,

do* SANTOS úp at 19*9 p 39


— Cia. Telefônica du Espírito Santo.
31 NLWFaRMER A MLELLER. op,
— Cia. Telefônica de Minas Gerais.
dl p \\ — Ci ty of San los improvemeni Co. Ltd.
2* Fitado* Lfda Dcpartmçni ef Slíií. — Força e Lu* de Ven. Crui.
Bureag ai InTéü^fCM aftd Rcscirch — — Listai Telefônicas Brasileiras.
RHR I ResreríA L.S- prh — Sio Pmla Electric Co. Ltd.
wife im-çsr^ienf
ArquH o* |ohn
ui 14 Feb. I96T — The São Paulo Gai Co. Ltd.
H F Kmicdy , Bo*ioa).
— Socíéié Ánonyme du Gai do Rio de
M —
Ekçwra! oí Suu \d. p. 5.
BIR
Janeiro.
Sobrerecon*7Kl*çãej q-oanto «o tom-
p^i«9Twvii« àm corpcnçõo muluiudofuU
— Cti. Carris Luz e Força do Rio de
Janeiro.
no* pnie* onde *t pularam, vide W,
BAFA it M H SIMONSEN Ammun — Oít Eieiricjdadç Sio Paula c Rio;
captfal and BrtgiLas naucmalum. KaJe Cia. Lur c Força Guaraimguetá, Força e
****** Faiado» Lnidot 51(3): 193-94,
Lm Norte de Sio Paulo, Força t Lui ft-
Winiít t%4, carel e Guitaremt, Empresa Lui e Força

24 KR — Dcptnsvfii of State tfrúf. p r


Jundiií. Empresa de Mclhonmenloi Porlo
Feliz, Empresa EJctriddadc Sio Paulo e
14
17 BIR — Ptpi n— Ft ol State ibtd p, 2,
Rio, Empresa Hidroelétrica Serra da Bo-

21 KR — Dcpvuaem of Suq «M. p. 1,


caina.

34 O impo Mdk» operava no BraaU A Lijht 5À. controlava 57% do consu-


alfAvéi du refumu* «*npafihia*7 mo e 54% da poièhcía.
— Gull Oii Oa Bfaa.kif* dc Petróleo
32. O grupo Rodtcfdlcr controlava» tnlrc
outras:
CMC
— WeMkJifhouir Lbtrnt WciimgHoU' — Standard Oil of New Jciscy: Esso
*4 EWrrita do BraatJ Trator» do MraiiL Briiilclra de Petróleo, Cia. Marítima Bra-
— lifeíra, Bratílmar Meridional dc Navega-
- Alumimurn tif America: Cu Alumí-
nio Poço* dc Caldar Alumínio do Bratií
ção, Cia. Bmileira de Gâs-GÁSBRAS, Cia.

SA Alumimum Limited. Sakv MctroquL


UUrigLi S A
.

mkj Bruildn SA LLÜU5A — Atlantic Rcfininc Co.: Atlantic RefL

— Pimburgh PUn O Um Cia. Vidraria ninf Co. of llraiil, Empresa Importadora


Carioca S A.
Santa Marina, Pittaburgc dc Vkjrw * Cna-
tiii Lida Vidro* CcfViunf do
i S A, Km I
— Socony Vacuum; Socony Vacuum
— Kuppcri Rrvtft Co Cia : Km feira
Scrvjçoi Tlenlcoi,

dc Eallfcno. Cia Bratilnra dc Pláiiito* — Standard OU QÍ Callfomln: AiíaltOf


Koppct SA* Kopper Comértio c Scn^oi Çalifóinla S A
Lida, — Teimi Co Ttaia Oií Co., Tranimar
:

— fone* and Laftfhfin Inirmationa! Co. S A * Cleot Galena Signa! S A


— ARMCO Steel Co InduvARMCO — Miiihifiu Ch**e National Raftlt: la
IfiaJ c Comereial SA ARMCO f tubo* leramertiana d* Financlamrntot t ínveiil-
K BIR — Department ol $4iü. op cú, menio*. Ini Buic Leofiomy GíouplBEC,
p. 4, Car|il| Af lícoU c Comerciat SA, Semtn-
Ics Agroccrci S.A. P
Empresa de Mecaniza- O grupo Morgan participava de:
ção Agrícola, *
— IBM World Trade Corp.
— DELTEC Corporation, —
Coca-Cola Esip, Corp. S-A. (grupo
O grupo RockefcHcr participava tamhém Rockcfelkr).
dás seguintes empresas; — Refrigerantes Bauru.
^ BORDEN Co, RCA Victor.
— Alho 5,A. Adesivos e Laclidnios — Sears, Roebuck & Co. (grupo Ro
Brasileiros. ckeCeller).
— Coca-Cola S,A* — Frigorífico Swífu
— Melro Goldwin Mayer, — Cia. Ultramar de Armazéns Gerais.
— 20 th Century Fox, — Fanamericana dt Material,
— Beihiehâm Sieel Cotp.-ICÜML
— Pan Am (grupo Rockefcller)*
33, O grupo Morgan era proprietário e
— Firestone & Tyre Rubber Co.
controlava:
— EBASCO Bond & Share Co,: Cia,
— Great Atlantic
-
êc. Pacific Tea Corp.
Auxiliar de Empresas Elétricas Brasileiras — American Coffee.
(Eugênio Gudm, P, Américo WcmedO P 34* BJR —Department of State, op, tíh
Cia, de Energia Elétrica (César
Brasileira p, b-7 Esses dados lorum usados concomi-
Rabelo), C!a, Central Brasileira de Força tnmcmcnte As informações apresentadas
Elétrica, Cia, Brasileira dc Força Elétrica, nos BANAS Rnvutment Guídes. Vide
Cin, Energia Elétrica da Bnhia, Cia. Ener- principal mente Roberto BÜRGEARD et
gia Elétrica ftio-gran denso. Cia. Força e aliL Quem controla o qui — o capital cy
Luz de Minas Geraii S.Á, (Mário Werncck trangtiro nõ Brasil Sio Paulo, Ed. BA-
À. Lima), Cia, Força e Luz Nordeste rio NAS. 1%!. V 2, p,
+ 35.
Brasil, Cia, Força c Luz do Paraná, Cia.
35. T. dos SANTOS op. eff. 1969. p. 4i,
Linha Circular dc Carris da Bahia, Cia.
de Força e Luz, Pernambuco
16. Vide [a) BANAS.
Bancos, boba* e in-
Paulista
vestimentos. São Paulo. 1966. p 44. {b\ T.
Tram^ay* and Power Co. Ltd_. Rio-gran-
doi SANTOS Foreigji investment and lhe
dcn.sc Light and Power Syndkate LltL,
large enterprises *n Latin America: the
Southern Erazíl Electric Co. Ud.. Telephü-
ne Co. of Pernambuco,
Braziliin case. In: PETRaS. (acne* &
ZEtTLlN.
— ITT: AU America Cables (Alberto
teform or rtvoluiion.
Maurice, ed.
New
Latm America:
York, Fawceit
Torres Filho), Cia, Internacional dc Imó-
Publicai ioni, 1966.
veis. Cia. Rádio Internacional do Brasil
(Alberto Torres Filho) p
Cia. Telefônica Fa- Segundo o Anu drio Estatístico do Bra-
ranaense, Standard Electric S J\. [Fernan- íif.de 1930 a 1%4 o numero de bancos e
do Machado Portela), Westrex Co, Brasil* agência* aumentou dc 2596 para 6S?g, ao

Cia, Telefónica Nacional.


pauo que o número de matrizes diminuiu

GE Co.: Electrícal Export Corp.. Fi- dc 413 para 32â.

nanciadora Comercial S-A., General Elec- 37. A» informações utilizadas sobre o re-

tric SA
(José Carlos de Assis Ribeiro). - lacionamento de grupos financeiro* A es-
— Druzaco S.A. (U.S. Steel). trutura agrücomcrtiil foram obtida* em
— Cia, Meridional de Mineração (lT-5. H- Ferreira LIMA Notas sobre a estrutu-
ra bancaria brasileira. Revista HrojiJrense.
Steel).
<
— First National City Bank of New Rio de Janeiro (g): 141*52, nov./dez. 1965.
York, 31 T. dos SANTOS, op. rif. 1966, p.

— Bales Valvc Bay Corporation (Siint


• 450-5L
Regi* Paper). 39. NEWFARMER & MUELLER op.
— Nabisco Brasileira de Biscoitos (Nat. cft. p. 97,
BÍi*) h 40. Luciano MARTINS. Naçüo e corpo
— Monsanto do Bruil — Produto* Quí- ração multinacional. Rio de laneiro. Paz
micos e Farmacêuticos. e Terra. 1975. 0. IÜ,

69
4L RclitúrÍQ anual da ADELA- Vide L, 44. NEWFARMER & MUELLER. op.
MARTINS, óp. cU. p. S3. cit. p, 117.
42. NEWFARMER & MU Et LER, ap- 45. NEWFARMER & MUELLER. op.
cit. p. 112. cif. p. 117.
43, NEWFARMER & MUELLER. pp. 46. NEWFARMER & MUELLER. op.
ciL p. 116. cit. p. 117.

70
,

CAPITULO III

A ESTRUTURA POLÍTICA DE PODER DO CAPITAL


MULTINACIONAL E SEUS INTERESSES ASSOCIADOS

iDtrodpçio

Os interesses multinacionais e associados cresceram rápida e estavelraeme,


estimulados pela política de desenvolvimento de Juscelino Kubítschek. Por volta
de 1960 tais interesses haviam se tomado a força sócio-ecoaômiea dominante.
Ao mesmo tempo em que esse processo ocorria, um novo conjunto de agentes
sócio-políticos aparecia na economia e na política brasileiras. Esses agentes
formara m um aparelho civil c militar modemizante responsável pelos assuntos
relativos à produção e administração política do bloco econômico multinacional
e associado,
Esta estrutura de poder político de classe do bloco multinacional e associado
era corpori ficada numa mttUi&ntsia empresarial l Esses agentes sociais modemi-
zante*conservadores/ todos eles verdadeiros intelectuais orgânicos 1 do novo bloco
em formação, eram:
a) diretores de corporações mulctn acionais e diretores e proprietários de
interesses associados, muitos dteies com qualificação profissional;*
b) administradores de empresas privadas, técnicos e executivos estatais que
faziam parte da tccnoburocrada;
c) oficiais militares.
Os interesses multinacionaisreceberam também o apoio político de $eui
próprios governos, assim como a assistência, dada às companhias multinacionais
e interesses associados no Brasil por organizações políticas das classes dominantes
dos países-base.

1. Qs infdectuab orgânicos do novo bloco econômico

Empresários e tecno^mpresârios

As do poder multinacional e associado encontravam-se, como


fontes óbvias
já foi visto, em
sua capacidade tecnológica e seu controle de capital. Porém,
0 processo de acumulação e anexação em escala mundial, o qual equivalia à
formação do "capital monopolístico global", significou não somente a concentra-
5
ção da produção e a centralização do capital, mas também a concentração de
.

poder político-corporativo. 1 Como observou Giovanni Agnelli, presidente da


FIAT e co-fundador da ADELA, "De certa maneira, a rede de companhias multi-

71
nacionais representa em forma embrionária o sistema nervoso central de uma
ordem econômica global emergente"/
A estrutura desse sistema nervoso central estivo estabelecida no interior
das formações sociais nacionais dos países onde as multinacionais operavam.
' 1

Essas criavam ou favoreciam a formação de 'elites locais ligadas organicamente


*

por laços sócio-culturais, padrão dc vida, aspirações profissionais, interesses decor-


rentes da sua condição ét acionistas e atitudes econômico- políticas. Estabelecia se
como resultado uma liderança internacional de empresários e membros das
diretorias das empresas, dependentes dos centros trans nacionais e afastados, por-
tanto, dos prementes problemas sociais de seus países dc origem e de suas solu-
ções básicas. "Como membros de uma burguesia internacional, eles se preocupa-
vam com crescimento, e não com independência nacional"/
Apesar de seu domínio econômico* a estratégia do capital monopoífstíco
transnacional no Brasil t dos interesses financeiro-induslriais locais para expressar
suas demandas a nível de Estado nacional não se limitava a uma mero imposição
económica. Dependia sobretudo de suas ações políticas* O
controle sobre as dire-
trizes econômicas das empresas era assegurado pela utilização dc diretores c pro-
fissionais brasileiros que acumulavam funções estatais influentes e proporciona-
vam apoio político dessas posições/ Suas atividades, relacionados ao
através
macromarketing, direcionavam-se de maneira a assegurar condições políticas favo-
ráveis para a produção e eram determinadas pelas diretrizes econômiço-pdíticas
de alcance nacional das companhias multinacionais. Esses profissionais c empre-
sários acumulavam também cargos de diretoria em diferentes companhias multina-
cionais e associadas, o que os tomou capazes de exercer considerável pressão econô-
mica nas administrações dc Juscelinn Kubitschek e fânio Quadros. Exemplos
politicamente importantes dessa acumulação dc cargos dc dfrtioria por empresá-
rios locais eram os diretores multinacionais Antônio Gallotti, João Baptista
Leopoldo Figueiredo e Paulo Reis Magalhães, que se tomariam os artículadores
políticos de sua classe contra o regime populista e as forças sociais populares,
e cuja atuação será tratada oportunamente (verificar também O Apêndice B
quanto seus relacionamentos e suas ligações). Outros empresários influentes
eram João Bapíista Pereira Almeida Filho, Joio Pedro Gouveia Vieira, 11 Manoel
1 *3

1
Ferreira Guimarães ’ e Jorge de Souza Rezende/ 1 diretores de várias companhias
que, no principio da década de sessenta, iriam dar apoio financeiro às operações
políticas do bloco multinacional e associado* ou cujos co-diretores seriam líderes
de tal ação política, A qualificação e perícia dos profissionais (denominados
técnicosou tecnocratas após 19W) como economistas, engenheiros, administrado-
res etc.não deveriam obscurecer o fato de que esses homens ocupavam cargos
nas diretorias das grandes companhias, Esses agentes sociais serio doravante
designados como tecno<mpresários para enfatizar suas funções empresariais nos
papéis "neutros" mas abrangentes que des desempenhavam. A presença desses
tecno-empresários nos aparelhos políticos e burocráticos do Estado era bastante
instrumental eo estabelecimento e desenvolvimento de um complexo Financeiro-
industrial estatal integradodc produção e domínio* Tal complexo fincou raím
em princípios da década de cmqíicnta e se expandiu enormemente durante a
administração de Juscclino Kubitíchek, Uma das funções iniciais dos tecno-cm pre-
cários foi organizar c estruturar suas próprias corporações, No entanto, eíes sc
tomariam também a vanguarda da classe capitalista, sistematizando interesses
particulares em termos gerais* isto É* tomando-os "nacionais"* Os tccoo-empre-

72
sírios formarem, com outros diretores e proprietários de interesses multinacionais
t associados, um bloco econômico burguês modem izame-conservador* o qual $e
opôs à estrutura econômica olígirqtiíco- industrial e ao regime político populista.
Esses lecno- empresários tornar-se-iam figuras centrais da reação burguesa ccmtrã
o renascimento das forças populares do inicio da décâda de sessenta, assim como
articul adores -chave de sua classe na luta pelo poder do Estado,

A tccno bürücrúcm

Obloco de poder multinacional e associado incluía não somente acionistas


influentes e diretores de empresas mas também seus executivos (administradores,
gerentes e técnicos)* e sua rede tecno-burocráiica de influencia dentro dos apare-
lhos do Estado, Os principais técnicos e administradores das companhias instaladas
no Brasileram responsáveis imediaios pela combinação dos fatores econômicos
e diretivos que afetavam a produção, Esses técnicos c administradores não pos-
suíam grau algum de autonomia e não eram propriamente parte da burguesia
oligopülisto multinacional —
mas des representavam-na. Eles eram os portadores
(Trdfier) e os legitimadores da internacionalização da economia.
Os interesses mu Ui nacionais
e associados formaram, com a estrutura tecno-
burocráiica, uma de poder burõçráticõ*mpresarim$ u objetiva n<Jo
sérte de anéis,
a articulação de seus próprios interesses. Esses anéis a princípio diminuiram c
mais tarde deslocaram a influência dos políticos tradicionais na formulação das
diretrizes económicas, Eles conseguiram promover uma verdadeira " administração
paralela” durante o governo de Juscelino Kubitschek, a qual era livre do escrth
tínio público e do controle populista (o que será examinado expUcítamente quando
do estudo dos escritórios de consultoria tec nenem presariais}*
Á rede tec no- burocrática dc influência dentro do aparelho estatal era forma-
da pelas camadas mafe altas da administração pública e pdos técnicos pertencen-
tes a agências e empresas estatais, os quais tinham ligações operacionais e inte-
resses dentro do bloco de poder multinacional e associado. Esses executivos
estatais asseguravam os canais de formulação de diretrizes políticas e de tomada
de decisão necessários aos interesses multinacionais e associados* organizando
a opinião pública. Eles aplicaram a racionalidade capitalista da empresa privada
às soluções dos problemas sócio-econômicos nacionais* proporcionando a contra-
partida pública do macro-marketing empresarial sob a forma de um planejamento
limitado e recomendações técnicas.^ Esta inteUigenisia técnica, es (rei tumente ligada
aos empresários em decorrência de interesses e congruência ât valores, enfatizava
o gerenciamento científico* a administração pública normativa* assim como a
formalização e rotmização de tarefas
14
,A rede lecno-buíocrática expressava o
aspecto duplo do processo de controle oligopolim do mercado* ou seja, uma
abordagem empresarial para os problemas de desenvolvimento e a colocação
propriamente dita dc tais problemas em termos capitalistas* o que era exemplifi-
cado pela conhecida política de desenvolvimento de Juscelino Kubiischek.
Ao que afetavam esse ritmo de desenvolvimento,
analisar OS "fatores básicos"
figuras públicasque influenciavam a sua corrente ideológica principal davam
grande importância â evolução da racionalidade empresarial e ao papel central
das empresas privadas no processo de crescimento. Para o lecno-emptesário Eugê-
nio Gudrn, mentor ideológico de toda uma geração de economistas político-

73
empresariais como Oetivio Gouveia de Bulhões, Roberto de Oliveira Campos,
Mário Henrique Simonsen e Amónio Delfim Netto, toda êníosc deveria ser dada
17
ás inovações organizacionais e técnicas quç, então, estavam sendo introduzidas
pelas corporações multinacionais. Aqueles valores eram disseminados c persistem
temente apurados pelos intelectuais orgânicos empresariais através de seminários
na Escola Superior dc Guerra, cm associações
1

e conferencias para as "elites*


comerciais e industriais, clubes sociais de prestígio e centros culturais c, fínalmen-
tc, através da criação dc organizações de açao que sc tornaram os focos de

suas atividades ideo lógicas/"


A concentração capitalista, por sua própria natureza, com sua produção
multinacional em grande escala, a qual era tanto diversificada quanto integrada
regionalmcnte, c que se utilizava da mobilização de enormes recursos de capital,
de perícia especializada c de equipamento complexo, fez com que o bloco de
poder oligopolista necessitasse de informação acurado pam um tnacro-marketing
eficiente. Em meados da década de cínqüenta, o planejamento havia resolvido
cora êxito problemas de produção e de comércio a nível de corporação. No final
daquela década, economistas influentes, militares, técnicos e empresários exigiram
um planejamento indicativo, o qual consideravam como um empreendimento
1
nacional necessário, *O planejamento indicativo foi apresentado como um fator
importante no desenvolvimento capitalista, um elemento de direcionamento da
sociedade e de supervisão das diretrizes macro-eco nòmícas, Os argumentos a
favor dc sua institucionalização foram debatidos acato rada me nfe em associações
de dasse empresariais, na Escola Superior dc Guerra c nos think tanks gover-
namentais/*
O planejamento era necessário ao capitalismo monopólico por outra impor-
tante razão, Ele deveria servir a dois propósitos imediatos: primei ramente, sele-
cionar lemas, tópicos t diretrizes; em segundo lugar, determinar o acesso de
frações ou setores nos centros burocráticos de tomada de dccisio/ 1 Esses obje-
tivos eram assegurados pelo aspecto alocativo do planejamento. No final da
década de cinquenta o então Coronel Golbery do Couto e Silva, q mais hábil
e preparado, teórica e politicamente, dos "guerreiros frios" que lutavam por um
desenvolvimento empresarial seguro dõ Brasil, expôs o problema de forma precisa.
Para ele, era "necessário cviiar, a todo custo, qualquer incoerência do conjunto,
de maneira a gaTantir a inexistência de conflito entre objetivos divergentes, o que
fjnalmente impediria o seu alcance simultâneo õu a sua preservação e destruiria
o sistema como UlV*
Atém do mais, a necessidade de planejamento foi defendida pelas classes
empresariais naquilo que de tinha de alocação calculada dc recursos/ 4 Á imple-
mentação de um planejamento indicativo e alocativo significava a intervenção
no processo dc acumulação do potencial dos interesses multinacionais e associados,
servindo princípalmcnle no* propósitos dc manter o complexo sistema social em
equilíbrio (política de estabilização) c de canalizar recursos Limitados c poupanças,
tanto paro potenciais obstáculos na indústria quanto para situações de crise.
Simultaneamente, o planejamento indicativo e alocativo servia para induzir novas
características de desempenho na economia através de modificações em suas
relações estruturais, os chamados "pontoa de gerniiniiçio 7 t Os tecno-empresirios
,

foram então capazes de controlar a "marcha evolutiva do processo' /® Ao 1

mesmo tempo, a projeção do planejamento como um recurso estatal, manejado


por lecnocritas supostamente desprovidos de interesses e de determinações das-

74
ajudou a eliminar as críticas e pressões por parte do bloco populista no
jíílfls.

poder e das classes subordi fiados. Al ém disso, o planejamento era necessário por
^
ser um recurso institucional que exultava do público as relações de interessas
Dc Íftío* o planejamento indicativo c aloçatívo, ou a racionalização empresarial
dos recursos humanos e materiais do pais (onde a nação seria o objeto, o Estado
seria o agente c o bbeo mui ti nacional associado, o sujeito "díptico" ou oculto),
seria um dos pilares do regime pÓs-1964. quando o planejamento tomar-se-ia uma
dimensão da "recíonafizflção dos interesses das classes dominantes e a expressão
P 4Í
de I a rs interesses como Objetivos N aciona is' .

Para realizar esse planejamento estatal indicativo o aíocativo* as diretrizes


políticas do governo tinham de se basear em uma raciona lidade empresarial
clara, tanto na formulação dessas diretrizes políticas quanto nas tomadas dc
decisão. Tais diretrizes tinham também de se afastar de considerações sócio-
econõmícas populistas, desprezando em grande parte as aspirações populares,
Obvi amente isso exigia um controle rígído do aparelho estatal e um planejamento
,

para o crescimento econômico que não fosse questionado, englobando mudança


institucional, orientação de ação e mobilização de recursos/ 4 Ma ausência de
planejamento indicativo a nível ministerial, a representação dos interesses econô-
micos predominantes em toda a administração paralela de Juscelino Kubitscbck
seria determinada a partir de meados da década de cinquenta pela mobilização
de òífls de cunho oligopôlíco, peia pesquisa direcionada e peía programação dc
agenda. 5 *
O objetivo de introduzir os conceitos modernos do planejamento indicativo
e dá racionalidade capitalista foi até certo pomo atingido, de 1951 a i953 T pela
Comissão Mista Brasil-Estados Unidos de Desenvolvimento Econômico (e&Ube te-
cida em dezembro de 1949) cujas recomendações e
T projetos foram publicados
em 17 volumesem 1953-1 9 54 A equipe brasileira
.
lfl
era composta pelos fecno*
empresários Roberto Campos (Assuntos Económicos), Ary Frederico Torres í Pre-
sidente) Lucas Lopes (Questões Técnicas), Glycon de Patva (Assuntos de Geo-
,

logia e Mineração) e Valentim Bouças (Assuntos Financeiros),4 ' Roberto Campos


e Glycon de Paiva eram também membros da comissão que redigiu o relatório,
junt amente com o técnico Paulo dg Assis Ribeiro c com o Coronel Mário Poppe
dc Figueiredo* da Escola Superior dç Guerra. Seguindo as recomendações da
Comissão Mista, foi estabelecida uma série de agências e órgãos públicos, dos
quais o mais importante parece ter sido o Banco Nacional de Desenvolvimento
— (BNDE)/- O BNDE foi criado para dar apoio financeiro a investidores priva-
dos, Os beneficiários dessa ajuda financeira foram, em sua maioria, companhias
multinacionais, para cujo estabelecimento no Brasil o banco providenciava o
apoio financeiro. O primeiro diretor econômico da BNDE foi Roberto Campos*
enquanto que Glycon de Paiva tomava-se diretor técnico. Roberto Campos foi
designado presidente do BNDE durante o governo de Juscelino Kubitschek.
Outros te c no- empresários que ocupavam posições-chave na estrutura formuladora
de diretrizes políticas do BNDE durante o período foram Octávio Gouveia de
Bulhões, Lucas Lopes* José Luiz Bulhões Pedreira e Hélio Beltrão. 41
O BNDE exerceu um papel importante na política económica de desenvol-
vimento industrial internacionalizado de Juscelino Kubitschek. O BNDE e outras
agências tecno-burocráticas c grupos executivos tornaram-se os novos focos de
poder dos interesses multinacionais e associados, Na realidade, foi a análise dos
think-tanks misto do BN DE/CEP AL e da Escola Superior de Guerra de

7S
1953-1954 que forneceu as diretrizes para o Plano de Metas de Jmcetino Kubí-
1
isebek.* Sob a cobertura do "Piano de Metas", incorporou-se a tentativa de sc
introduzir, na Formulação dc objetivos governamentais, o tipo de racionalidade
empresarial exigido pelas operações em grande escala do capitul tmnsnacionaL
Esse piano estabelecia prioridade para se investir os recursos públicos nacionais
cm cinco setores-chave: energia, transporte, alimentação, indústrias bdsicas e
educação, Os propósitos das diretrizes políticas dentro desses cinco setores foram
traduzidos em trinta objetivos ou “metas", enquanto que a fundação de Brasília
era concebida como o símbolo de uma nova época.
Os interesses multinacionais refratavam-seno processo decisório governamen-
tal através do Plano de Metas como necessidades cio desenvolvimento nacional- As-
sim, o poder de classe era internalizado no Estado sob a cobertura de racionali-
dade técnica, necessidade c perícia (todos eles com uma conotação neutra), c
legitimado por grupos executivos c pelos escritórios de consultoria lecnoempre-
sariaís* Além disso, sob a égide da “racionalidade" técnica, os empresários justifi-
cavam o seu processo de tomada de decisão subjacente, assim como a sua escolha
das diretrizes políticas referentes ao desenvolvimento* O slogan "50 anos em 5"
que Juscelino Kubitschek usou para exortar o povo brasileiro expressava o senso
de urgência dos tecno^mpresârios. Oficiais militares foram chamados a parti-
cipar de comissões de planejamento e think-tanks, assim como de recém-criados
corpos administrativos junto a tecno-empresáríos de proa. As Forças Armadas,
imbuídas da ideologia de ordem e progresso, foram agregadas ao esforço de cres-
cimento industrial, num processo de desenvolvimento inspirado por interesses
transnacíonais e direcionado pelo Estado, onde os militares forneciam a ação
orientada por critérios de eficiência c a muito necessária legitimação, ambas exigi-
das pela ideologia da "segurança nacional",1 *
Para que o planejamento estatal se realizasse, foi necessário o uso de pessoal
especializado, ou seja, os técnicos* Eles foram recrutados das fileiras de enge-
nheiros, economistas e advogados, profissionais que não eram, de modo geral,
orientados par considerações sociais mas sim por racionalidade empresarial,
eficiência c lucro privado. Esses técnicos prosperariam em um ambiente de dçsen-
vofvjmento industrial de inspiração empresarial, enquanto que reforçariam os
demandas e pressões para a implementação de marketing organizado sobre bases
nacionais* O planejamento para fins específicos estabeleceria uma “área de ação
independente" para o planejador naquela “zona nebulosa que separa o político
do burocrata". 11
A demanda de pessoa] qualificado estimulou a multiplicação de centros
técnicos durante a década de etnqüenta*” Dentrodo marco do Plano de Metas,
I educação compreendia a formação de uma camada de técnicos* Em 1959, foi
criado o Grupo Executivo de Ensino e Aperfeiçoamento Técnico GEEAT — —
como parte da administração paralela,
Como conseqüência de um posicionamento ideológico e político que consi-
derava ser necessário ao estágio de desenvolvimento atingido pelo Brasil o uso
de técnica, perfeia e krsow-how administrativo produzidos nos centros internacio-
nais do capitalismo, criaram-se virias escolas de administração pública c de
empresas e agências íecno-burocrá ricas governamentais* Taís eicolas e agências
tinham um duplo objetivo, o de preparar quadros para a admtnistraçlo pública
c privada e também sugestões pira diretrizes políticas, fornecendo uma análise
legítima da situação econômica e política, ou seja, funcionar como //tinJt-ronJts

76
empresariais ç governa mentais. Entre eías estavam a Escola de Administração de
Empresas (fundada em 1950), o Instituto Brasileiro de Administração de Empresas,
o Instituto Superior de Administração e Vendas, o Escritório de Planejamento Eco-
nómico c Soda! — EPEÂ # precursor do atual Insiiiuio de Planejamento
Econômico e Social — IPEA, os Centros para Treinamento Administrativo (esta-
belecidos no Rk> e em São Pau! o sob os auspícios da American Management Asso*
ctaiton}*' e, finalmeme, dois centros sdeoJógícos-chave: o Instituto Brasileiro de
Economia — IBRE - ea Fundação Getúlio Vargas — FGV — que haviam sido
criados ameriomtcnie.
O influente IBRE tinha Eugênio Gudin como presidente e Octivío Gouveia
de Bulhões como vice* presidente no início da década de sessenta. Em sua Comissão
Diretora estavam Roberto Campos c Alexandre Kafka. O Centro dc Análise de
Conjuntura do IBRE era dirigido por José Garrido Torres ao passo que a Equipe
de Estudos da Renda Nacional era supervisionada por fulían Magalhães ChaceL
No mesmo período, a FGV era presidida pelo empresário Luta Simões Lopes,
também chefe da Comissão Diretora, sendo vice-presidente Eugênio Gudin.e
diretores executivos Rafael da Silva Xavier e Alim Pedro. Os membros executivos
da FGV eram; Jorge Oscar de Mello Flores, João Carlos Vital, Alberto Sá Souza
de Brito Pereira Rubens cTÀlmada Horta Porto
(
— que servia também como exe-
cutivo no SESI, Serviço Social da Indústria e na Companhia Vale do Rio Doce
(CVRD), um joint venture (empreendimento conjunto) com a Cia. Sul América
Capitalização, ü qual Mello Flores era ligado, e José Joaquim Sá Freire Alvím,
que ern 1963 serviu também como presidente do Instituto Brasileiro dc Geografia
e Estatística (IBGE). Outros membros do conselho era m os tecoo-empresários
Brasílio Machado Neto (da Federação Nacional do Comércio e da Federação
Comcrciiil dc Sao Paulo), Ary Frederico Torres, César Reis Camanhedt e Al*
mcidfl e Carlos Alberto de Carvalho Pinto. À maioria desses tecno*empresirios
tínha importantes ligações oügopolistas em meados da década de cinquenta e
princípios da década de sessenta; simultaneamente, eles eram membros de vários
«critérios privados de consultoria tecn o-empresariais e de órgãos governamentais
como 0 BNDE. A FGV do Rio de Janeiro, em conjunto com o Instituto Brasileiro
de Economia e o Centro de Análise da Conjuntura, produzia a importante revista
mensal Conjuntura Econômica sobre assuntos econômicos. O diretor da publica-
,

ção era José Garrido Tones e Dénio Nogueira seu editor-chefe. Seu staff editorial
incluía Antônio Abreu Cominho, Eduardo S, Gomes, Alexandre Kafka, Basítio
Martins e Estanislau Fischlowitz.
Os interesses multinacionais e associados estavam fortemente representados na
estrutura dos think-tanks técnicos do início da década de sessenta. Em 19É2 a P

maioria dos tecno-empresãrios mencionados anteriormente, assim como os técnicos


do IBRE e FGV, constituíram parte da estrutura política dos aparelhos ideológi-
cos dos interesses multinacionais e associados em sua campanha contra a conver-
gência de classe populista e seu Executivo, ou então tomavam parte* de várias
maneiras, na ação política organizada da burguesia para derrubar o regime em
1964,

Os oficiais militares

Um pequeno número de oficiais dentro das Forças Armadas constituía uma


outra categoria que, após a Segunda Guerra Mundial, havia se tornado um grupo

77
modemiianíe-conservador dentro do processo de desenvolvimento* Algumas
das figuras de destaque desse grupo podem ser tragadas historicamente a partir
de sua experiência ideológica e militar comum durante a campanha na Iíálía,
experiência que mais tarde foi reformada pcía participação em cursos de Instrução
e treinamentos nos Estados Unidos. Essa experiência comum cstcndeu-se através
da afiliação posterior daqueles oficiais a certos partidos políticos* princípalmente
a UDN — União Democrática Nacional — e em menor escala ao PDC —
Pari ido Democrático Cristão — assim como peia sua orpanização num reduto
político e ideológico, a Escola Superior de Guerra — ESG — dn qual eram
os co-fundadores, Esse último grupo incluía, entre outros, os então oficiais de
escalão médio Golbcrv do Couto e Silva, Orlando Gctscl, Ernesto Gcisel, Àuré-
Ho de Lyra Tavares, lurandír Bizarria Mamede, Heitor Almeida Herrera, Edson
de Figueiredo, Geraldo de Menezes Cortes, Idállo Sordenbcrg, Belfort Bethlem,
João Eli na Machado. Liberato da Cunha Friedrich, Ademar de Queiroz e os gene-
rais Cordeiro de Farias e Juarez Távora.

Esses oficiais militares partilhavam de um alto grau de congruência dc valo-


res comos tecnOMímpresãrtos: muitos desses últimos eram conferencistas assíduos
m ESG, para onde levavam seus próprios valores desenvoívtmemistas. Entre
eles deve-se citar Lucas Lopes, Roberto Campos, Eugênio Gudín e Octávio
Gouveia dc Bulhões. Algumas figuras proeminentes das associações dc classe
empresariais lambem apresentavam e conseguiam a aceitação dc suas idéias cm
favor âc um desenvolvimento industriai capitalista através dc suas conferências
e publicações. Q grupo da ESG compartilhava com os interesses multinacionais
ç associados i&nto a perspectiva quanto o sentido de urgência em transformar
o ritmo e a orientado do processo dc crescimento em direção à criação de uma
sociedade industrial capitalista.
Entretanto* nlo era só a questão da congruência de valores que ligava as
posições dos empresários às de alguns oficiais militares. £ importante notar que já
em meados da década de cinquenta c mais ainda em princípios da década dc
sessenta, a participação militar na empresa privada era uma realidade* embora
esse fenômeno não fosse ião difundido quanto a sua participação em agências
tecno-burocr áticas estaiab ou sua presença nos conselhos de diretoria das corpora-
ções multinacionais c associadas após l%4. Alguns oficiais militares eram diretores
importantes cu acionistas dc corporações privadas»** como o General Riograndino
Krud c ç Generaf fames Masson Eletrônica Krud SA*) General Paulo Tasso de
í t

Resende {Moinhos Rio grandenses Samrtg S A. —


grupo Ürnig & Bom), Briga-
deiro Eduardo Gomes íKosmos Engenharia S,A*) General foaquim Ribeiro Mon-
P

teiro (Cia. Carbonos Coíoidais* C.C.C. —


grupo Wolney Attalla)» General Ed-
mundo Macedo Soares c Silva (Volkswagen* Mesbla S.A** Banco Mercantil de
Sio Paulo* Ughl 5A„ Mercedes Bcnz), General EucUdes dc Oliveira Figueiredo
(Indústrias Químicas e Farmacêutica* Schertng S.A, —
Schering Corporation t
grupo Assis Chateaubriand). General Müriul Moreira Lima {Máquinas Moreira
SJU c Almirante Álvaro Alberto da Motta e Silva íRupturita S.A, Explosivos
— Sociedade Financeira Portuguesa).
Aaproximação ideológica çmre os militares brasileiros c empresários C seus
pontos de vista em comum quanto aos caminhos e meios que levariam ao cres-
cimento industrial foram traduzidos no acordo militar de 1952 entre o Brasil
e os Estados Unidos. A seção 51 & da sua *Teí dc Segurança Mútua” expunha a
necessidade dc se encorajar +, a eliminação de barreiras c de su proporcionar inccn-

78
vos pura um aumento constante na participação da empresa privada no deseiv
ti

voívimento dos recursos dos países estrangeiros , . * (c) desencorajar, na


, * *

medida do possível e sem interferir na realização dos objetivos dessa lei, a prática
de monopólio e de cartel que prevalece em certos países. Tendo em mente
. .

as práticas olígopotístas do capital multinacional, as cláusulas do Acordo Militar


dirigidas contra o controle estatal de recursos estratégicos tinham, em fins da
década dc cinquenta, um toque irônico e mesmo cínico. O
Brasil estava se toman-
do rapidamente um "sistema e regime poíítico penetrado".”
Dois veículos foram cruciais no processo de educação e treinamento. Um
deles erfl a Escola Superior de Guerra —
ESG —
cujas turmas eram levadas
enualmcnte ao$ Estados Unidos em viagens minuciosa mente preparadas comple-
tando assim um ano dc informação dirigida, O òuiro era o complexo político de
acordos militares Brasil-EíUdos Unidos, entre os quais sobressaiam o Programa
de Assistência Militar — PAM —
e o Acordo de Assistência e Defesa Mútua.”
Através desses veículos a doutrinação polhico- ideológica concatenava-se perfeita-
mente & informação "técnica", combinando-se ambas em uma norma encapsula-
da que identificava a mente militar das Américas com o centro militar hegemô-
nico, assim como a uma forma específica de desenvolvimento sócioeconàmicõ. 41
Oficiais americanos ajudaram cm 1946-1947 na formação da ESG, que seria o
equivalente brasileiro do National War College americano. A ESG, que havia
começado a funcionar em I94B. foi ofidalmenie inaugurada em 1949. Oficiais
americanos permaneceram no staff regular da ESG até 1960 e até 1970. pelo
menos, os Estados Unidos mantiveram um oficial dc ligação com j/jíuj docente
dentro da escola, Os oficiais americanos, jumamente com o siaff dc oficiais
brasileiros, "propagaram a idéia de uma colaboração americana brasileira cernira
o comunismo". "Os oficiais americanos reforçaram essa orientação", e depois
dc 1947, simultaneamente com o contínuo martelar americano na América Latina
a todos os níveis, alertando contra os perigos do comunismo, eles podem ter apoia-
do uma definição mais abrangente de comunismo por parte dos militares brasilei-
ros, assim como a apreensão desses últimos onde quer que ek fosse percebido".
Após a Segunda Guerra Mundial, a posição dos oficiais americanos no Brasil foi
escorada pda transferência de equipamento militar pesado. Como foi observado
por Raymond Estep em seu estudo sobre os militares no Brasil, "os Estados
Unidos, porém, pcckm também ter aprofundado a cisão no meio militar entre
aqueles mais ligados â ESG e os nacionalistas, os quais buscavam uma política
15
extern a mais independente".
A ESG incorporou em solo brasileiro as idéias e as atitudes maniqueístis do-
minantes no cenário internacional da Guerra Fria, Como uma instituição, ESG
encorajou dentro das Forças Armadas normas de desenvolvimento associado
e valores empresariais, ou seja* um crescimento cujo curso industrial foi traçado
por multinacionais e um Estado guiado por razões técnicas c não "políticas".
Este Estado seria estável por intermédio do autoritarismo político incorporado
na doutrina de segurança nacional. Ideologias americanas de "construção nacional”
foram disseminadas entre as Forças Armadas Brasileiras e reforçadas pela doutri-
nação empresarial **
11
A ESG impulsionou e difundiu um sistema fechado dc idéias baseado na
aceitação de premissas sociais, econômicas t políticas que raramente se faziam
explícitas além da visão estática de uma sociedade eteroaroente dividida entre
elite e massas. Esse sistema de idéias, que se reproduziu no interior dc uma

79
formação sócio-cconômica específica, encem irava a sun "razno dq ser" em relações
supostamente permanentes e mesmo naturais de posse c "apropriação" privadas,
Essa linha dc pensamento excluía teoricamente c evitava pralictimenle qualquer
transformação estrutural/* permitindo no entanto uma modernização conservadora.
Tal abordagem cxdüía também a presença de representantes das classes trata*
Ihadoras. ou mesmo das camadas intermediárias, no quadro dc professores regu-
lares ou convidados da ESG. O argumento em prol do desenvolvimento eru apre-
sentado na Ê5G somente por empresários, lecno-em presa rios c, cm menor escola,
por políticos, assim como por convidados estrangeiros* tanto civis quanto militares,
A ESG, como centro nodular de doutrinação para os militares dc uma forma
específica de desenvolvimento c segurança nacional baseados m% premissas do
capitalismo hemisférico, era também um instrumento para o estabelecimento de
ligações orgânicas entre militares e ctvis, tanto no aparelho estatal quanto nas
1

empresas privadas. Os industriais t tecno-emprcsários ligados â estrutura multi*


nacional transmitiam c recebiam treinamento em administração política e objetivos
empresariais na ESG. Como observara Celso Furtado, a perspectiva desen-
volvida por tais industriais e teenoem presa rios era bastante diferente da orienta-
ção liberal ou populista dc grupos de elite que foram capazes de chegar ao poder
através de eleições. Compartilhando s ideologia de segurança nacional de seus
equivalentes, esses empresários viam a disciplina e a hierarquia como componen-
tes essenciais de um sistema industrial/
1

Examinando a composição da turma de 1965 da ESG, podemos observar a


extensão em que essa escola conseguia socializar oa mais variados atores políticos
dentro da ‘'sociedade civil t da sociedade política" brasileira. Os formandos
Honoris Causa do Curso Superior dc Guerra — CSG —foram, significativa-
mente, Roberto Campos e o General Orlando Geisel, ao passo que os Honoris
Causa do Curso de Informação foram o General Golbery do Couto e Silva, o
General Lindolpho Ferraz Filho, o Coronel Nevvton Faria Ferreira e o Coronel
Joio Baprísia Figueiredo. fiJhu do General Euclktes de Figueiredo. A turma
de 1965 contava 130 alunos. Trinta deles — iodos militares— participaram do
Curso de Comando e Estado-Maior das Forças Armadas. Oitenta e sete alunos
par tict param <fo CSG c 13 do Curso de Informação — Cl. Cerca de 62% dos
participantes eram militares/' A distribuição dos alunos provenientes de agencias
estatais civis e militares e de autarquias é apresentada na Tabela 9,
Até 1975, a ESG havia instruído 1294 civis e 1621 militares, ao passo
que a ADESG, a associação de ex-alunos da ESG, difundira sua doutrina entre
mais dc 25.000 civis c militares. 11 Além dísso, a ESG e a ADESG introduziram
seus textos como material básico de estudo em outros centros militares de treina-
mento c educação, assim como cm cursos civis, principalmente nos programas
universitários de educação cívica.
No que diz respeito ao Programa de Assistência Militar, este foi reconhecido
pelo embaixador Lmcaín Gordon como sendo "veículo da maior Importância
para se estabelecer um estreito relacionamento com os membros (das) Forças
Armadas" e como "um fator altamente importante (para) influenciar os militares
(brasileiros) a serem favoráveis aos Estados Unidos"/* 1 Visando a preservar "a
Orientação especificameme prú-amerícana do corpo de oficiais <dasj Forças Arma-
das brasileiras", o embaixador Gordon recomendava que o suprimento dc equi-
pamento militar fosse usado para aumentar a influência' que "os nossos amigos
nas Forças Armadas" tinham "para configurar o regime V* assim como pora

80
G

anúíar as chances âe ligações com oulros países. Além disso, o General Geoige
Robinson Ma ther,
comandante da delegação americana na Comissão Mísia Militar
Br&sil-Estados Unidos e chefe do Programa de Assistência Mútua, explicou em
sua palestre rca ESG, em princípios de 1964, que a principal ameaça a que o
Brasil estava exposto cru mais a da "subversão comunista e agressão indireta, do
Assim, de acordo com o
117
que a agressão direta víiuíd dc fora do Hemisfério",
f
11
General Miithcr, o PAM tinha o objetivo primordial de assegurar a existência
de forças nativas militares e paramilltares suficientes para combater a subversão
comunista, a espionagem, a insubordinação e outras ameaças & segurança interna,
sem que sc tomasse necessária uma intervenção militar direta dos Estados Unidos
e de outras forças do mundo livre". * Visto o cenário de intensa mobilização
11

político que ocorria no Brasil durante os primeiros meses de 1964, a conferência


do General Matlier Insínu&va-se carregada de intenções,

Tabela 9

Müitarcs Militares Civis Civis


provenientes provenientes provenientes provenientes
de ngCncipj de ügêncifis de agências dc agenrias
civis milhares militarei civis

Curtct

CS 13 30 — 44

CI — 6 5 —
Fome: List* de Estudantes — ESG, 1965

A influência direta sobre oficiais militares através da instrução foi também


urnmeio usado para formar e consolidar a atitude das Forças Armadas brasileiras.
Foi programado que, até o princípio de 1964, 4.000 oficiais e oficiais nao
comissionados deveriam receber treinamento em escolas selecionadas dentre um
circuito que chegava a 150 centros militares sediados nos Estados Unidos, em
acréscimo a outros enviados a centros de treinamento na zona do Canal de
Panamá,”
Um
dos resultados da íntima cooperação cmre civis e militares ç entre as
Forças Armadas dos Estados Unidos c do Brasil e seus serviços de segurança
foi a crescente convicção dentio do Exército de que eles deveriam desempenhar
um papel dc “ moderadores" nos conflitos entre facções das classes dominantes.
Esse mito do poder moderador societário do Exército foi aceito e legitimado por
muitos estudiosos dc política brasileira em seus escritos históricos, No entanto,
esse papel de poder moderador era conflitante com a identificação partidária de
oficiais militares, as Forças Armadas exibissem uma aparente unidade
Emborn
ç manifestassem o desejo de coibir atitudes políticas faccionarias em nome da
sobrevivência da corporação, a atividade política dos oficiais militares relegou

Sl
a segundo plano a coesão institucional, chegando mesmo a resultar em cotifran*
tações abertas no da organização militar. Os oficiais brasileiros dividiram*
interior
$e politicamente ao longo do espectro partidário de direita e das ideologias de
centnvdireiu numa identificação, num sentido amplo* com o **povo*\ No entan-
to, tal identificação era marcada por valores de classe média c normas burguesas
dominantes. A identificação partidária via-se tão difundida que muitas das figuras
centrais da conspiração militar de 196M964, assim como figuras da administra-
ção pós* 1964, eram líderes de partidos políticos, havendo sido candidatos ou
eleições para o Congresso Ou à Presidência, ou tendo se identificado publicamcme
rom certos partidos de centrodireità, principal mente com a UDN* o PDC e o
PSD (Partida Social Democrático). 1 *
Apesar dc a norma haver sido uma força militar politizada e heterogêneo, a
congruência de valores com o que pode ser chamado* em sentido amplo* de
"musa" no Brasil tem sido excluída ideologicamente pda educação ou conde-
nada politicamente pela hierarquia militar. Consequentemente, não sc permitiu
'
a todos os atores político-civis recorrer aos seus "correia tos militares em de*
corrência das "regras da jogo moderador**, O
Partido Trabalhista Brasileiro —
PTB, não tinha de cooptoção das Forças Armadas e nem
políticas importantes
conseguiu causar impacto significativo sobre os militares. Quando João Goulart,
líder do PTB, tornou se Presidente, ele seguiu as regras não-escritas das relações
pededstas e pessedistas, esforçando-se
civil-militares incentivadas pelos udenistas,
para estabelecer um com as Forças Armadas. Ele tentou
relacionamento semelhante
também reequilibrar a hierarquia militar, que tendia fortemente para a UDN
e a ala direita do PSD, uma bias estrutural consolidada em fins da década de cin-
qücnta e princípios da década de sessenta. Agindo assim, ele procurava constituir
um dispositivo militar que desse forte apoio a sua política de reformas, No en
tanto, contrariamcnie a Juscelíno. Kubitschek que havia feito o mesmo anterior-
mente mas com oficiais identificados eom a UDN e o PSD, João Goulart foi
severamente condenado por imiscuir-se ilegitimamente na hierarquia do Exército.
Na prãüca, o que aconteceu foi que João Goulart estava rompendo com os limites
estreitos e exclusivistas das relações dvil- militares, trazendo à tona o que elas
real mente representavam, ou seja, um Bonapartismo militar sancionado constitu-
cionalmente. Contudo, e apesar da evidência histórica, o mito do papel moderador
proporcionou a racionalização para o controle militar autoritário do sistema po
lítico depois de 1964.*'

2- Á solidariedade de interesses do novo bloco económico

As formas organizacionais básicas através das quais o bloco multinacional e


associado expressaria seus interesses comuns, quebraria ou esvaziaria o cor pura*
tívísmo associativo do sístema e regime populista e levaria adiante suas reivin-
dicações de mudança e participação, compreenderíam três diferentes estruturas
políticas. Estas eramí
A) Escritórios de consultoria tecno-empresarial, como o Consórcio Brasi-
leiro de Produtividade — CBP e a CQNSULTEC;
E) Associações de classe empresariais renovadas (FIESP, CIESP e as Ame-
rican Chatcbers of Comnierce), associações de classe que expressavam as novas
atividades setoriais da burguesia industriai brasileira (ABDIR) c novas associações
de classe empresariais de cunho mais abrangente (CGNCLAP);
C) Grupos de ação expressando os ím cresses empresariais modernízanle-
con serva d ores, sendo o ÍHAD o mais importante deles.
A, Escritórios de consultoria tccuC-empresariaí: Os escritórios privados de
consultoria lecno-empresariní foram criados paralelamente a muitas das institui-
ções tecno-burocrálicas do governo durante a década de einqiienra* Esses escri-
tóriosde consultoria tccno-cmpresaríal, doravante denominados escritórios téc-
nicos, surgiram como consequência lógica da consciência empresarial da neces-
sidade de planejamento, perícia técnica e administração eficiente, O que parecia
poder ser obtido através dessas agências especializadas. A suo função ostensiva
era providenciar a perícia técnica e orientação necessárias, executar os estudos
de viabilidades e dar consultoria legal. Os escritórios técnicas serviam também
como firmas de consultoria para os interesses multi nacionais c associados os quais*
penetrando cm um novo mercado, tinham de lidar com o que parecia ser uma
legislação populista complicada e uma burocracia difícil. Algumas das ngéneias
mais importantes são mencionadas a seguir:

Tecno-cmpresários Escritórios Técnicos

luíin Mlssirlian — T,0,C. — Técnica de Organização e Consul-


toria,

David iíeatly 1)1 — Técnica de Avaliações e Pesquisas VALIT


Ltdu. (Deliec S,A.).

Dl avio Pereira Lopes — JDORT — Instituto dc Organiíação Racional


Ldlio Toledo Pizza do Trabalho.
Paulo Ayrcs Filho — BORA —
Bureau de Organização Racional
Aplicada Ltda. (Instituto Farmacêutico Pinhei-
ros).

Augusto Frederico Schmidt — Estudos Técnicos Europa Brasil S.A,


l$»A. dei Chaux et Ccments de Lafargne et
du TeíK Sociéié des Gérances et Partidpations
Financières* Worms et Co.* Poiassc ei Produits
Chimíques S.A>* Soc. Généraíe Maritime* Fa-
brique de Produits Chimíqués de Tham et dc
Mufhouse* Sociélé des Produits Chtmiques des
Terres Rares).

Eduardo Caio da Silva Prado -— Teehnical Assistance & Ad ministra ti on


(Grace Mercantil Ltda ),
Mo Batista Isnard de Gouveia — EXA. — Estudos Técnicos ç Administra-
ção $<A*
(Cie. Finandère et Industridle Inlercominen-
íale COFíCG, Sociélé tTEtudes dc Participa-
lions et dlinJfcprises Indusiriclles SEPES,
N. V*Handd Industrie Transpor t Maaischafik
HTMÀ).
Ary Frederico Torres — LPX — Instituto de Pesquisas Tecnológicas*

83
Luís Simões Lopes — CETAP — Comp. át Estudos Técnicos* Admi-
Lucas Lopes nistração c Participações.
(Banque de rtndocbine — holding das Com*
4
panbias de Estanho Sâo foão d el Rei, Cia. Et*
tfltiho Minas do Brasil),

|oão Baylongue — ]. R. B, Administração e Organização,


Paulo Mário Cerne — Cia. Aliança Comerciai e Industrial e Serviços
Qswaldo Z anel li Técnicos.

|osé Carlos Leone — fojé Carlos Leone e Associados — Consulto res

Industriais,

Aníbal Vitlcla — BRASTEC —


Sociedade Brasileira dc Serviços
Técnicos e Econômicos Lida,
Escritório Técnico de Aplicação ao Brasil do
Pomo IV (Vega Engenharia e Comércio 5, A.,
investidor na Companhia Mineração de Amian*
to Sá.).
S.A. Brasil Europa Estudos c Participações
(Im, Bahamas* The Royal Bank of Canada).
Milton César — CONSEMP — Consultores de Empresas.
Eíraim Tomas Bo

Ao realizar as funções acima mencionadas* os escritórios técnicos participa-


ram do primeiro estágio de consciência empresarial coletiva durante o qual mem-
bros individuais da classe procuravam conseguir reformas no que se referia i
seus interesses privados. Mas os escritórios técnicos também serviram de ponte
entre a visão individual dos empresários e uma crescente solidariedade de inte-
resses no interior do incipiente bloco multinacional e associado. Assim eles ex-
pressavam o segundo estágio da consciência coletiva, no qual a solidariedade de
interesses era traduzida pda procura de reformas econômicas comuns através da
máquina do Estado e dentro dos limites do regime vigente.
Na realidade, o papel técnico dos tecn o-empresários abrangia uma função
política mais ampla, a de atuar como agentes do poder dentro da administração
paralela. Os escritórios técnicos proporcionam uma importante ligação na arti-
culação de interesses do bloco multinacional e associado. Foi através dos vários
escritórios que
técnicos bloco multinacional e associado estabeleceu em sua
interação com administração do Estado os já mencionados anéis burocrático-
a
empresariais, Através desses anéis, o bloco multinacional e associado conseguiu
promover seus interesses económicos concretos e assegurar reformas dentro dos
limites do bloco histórico populista existente* flanqueando as estruturas corpo-
Nessa forma de atividades destacou-sc o Consórcio Brasi-
ral i vis tas associativas.
leirode Produtividade —
CBP —
um dos escritórios técnicos mais interessantes
e politicamente importantes do período em questão, O
CBP era uma das agências
de maior autoridade e mais ativas a favor da introdução das técnicas de planeja-
mento nas empresas públicas t privadas, assim como na administração pública.
No final da década de cinquenta* o CBP interagia com o aparelho estatal e
a administração paralela através do BNDE, cujo presidente na época era Roberto
Campos. O CBP tinha oferecido seus serviços como uma agência de assessoria
1
técnica para estudos específicos,* Outras agências estatais interessavam-se também

84
pdos serviços do CBF .** Enire achavam-se agencias lio diversas como o
elas
Grupo Executivo da Indústria Automobilística —
GEIA. o Instituto Brasileiro
do Petróleo, a Carteira de Crédito Industria] t Agrícola do Banco do Brasil c a
Secretaria da Receita Federá], O CBP ofereda seus préstimos também a autori-
dade! municipais como, por exemplo, o Conselho de Desenvolvimento Econômico
do Município de Santo André, Outros usuários dos serviços do CBP eram as asso-
ciações de classe, como o Centro Nacional de Produtividade Industrial CENP1 —
(da Confederação Nacional da Indústria) c a Federação das Indústrias do Rio
de Janeiro, O CBP trabalhava também junto a governos estaduais, procurando
relacionar se com figuras políticas e burocráticas proeminentes dos Estados como
Cid Sampaio de Pernambuco, General furacy Magalhães dá Bahia. Carvalho
Pinto e |osé Bonifácio Coutinho Nogueira de São Paulo, Tancredo Neves e Enéas
Nábrcga Fonseca de Assis de Minas Gerais “ No estado de Minas Gerais o CBP
manteve relações de trabalho com a CAMJG —
Companhia Agrícola de Minas
Gerais, com o joiní-venturc nipo-brusileíro estatal US1 MINAS, a FR1MISA —
Frigoríficos át Minas Gerais, a Rede Mineiro de Vlaçlo e a FARFMG Fe- —
deração das Associações Rurais do Estado de Minas Gerais* O CBP procurou
também o apoio de indivíduos de prestígio em seus contactos com as companhias
e agências públicas e privadas como, por exemplo, o apoio do empresário e líder
da UDN Herbert Levy e do Coronel Macedo Soares, considerado por membros

do CBP como um grandc apologista da produtividade", No mesmo período, o
CBP estabeleceu relações de irabalho com empresas oligopol isias nacionais* como
a Votorantim S,À. (do grupo José Ermírio dc Moraes), com grupos comerciais
como a Casa José Silva e expandiu consideravelmente suas ligações com o bloco
multinacional,
O CBP agia também como um ttpo de limbrflla-orguítizdfíon* para um nú-
mero de escritórios técnicos, reunindo seus recursos. Alguns dos indivíduos e
agências que integravam o CBP eram:
— Alfredo Goulart de Castro Filho, da ORGAMEC 5,A.:
— Afonso Campigüa. diretor do Departamento de Produtividade da Federação
das Indústrias do Rio de arteiro;
— Álvaro
|

Porto Moitinho. da Racionalização —


Administração Auditoria* e —
lambém diretor do SENAC —
Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial;
— • César Cantanhede* da Organização Serviços Hollerith, onde era ligado • Va-
também presidente da Organização dc Engenharia S.À,
lentim Bouças; ele era
e executivo da FGV;
[oio Carios Vital e sua equipe de técnicos, à qual estava ligado o tccno-
empresário HéBo Beltrão, executivo da FGV;

-
Paulo de Assis Ribeiro t sua equipe de técnicos;
— Paulo Accioly de Sá, diretor da Organização —
-
Racionalização — Planeja-
mento, ORPLAN S.A. (ele foi em certa época presidente
do CBP);
— Rubem D'Àlmada H, Porto, executivo da FGV* membro do IDORT e co
fundador da Agir Editora, que foi um canal importante para os intelectuais
orgânicos em 1962-1964,

NT: doravante denominada "'organização guarda-chuva". O termo inglês, criado por


*

analogiacom a armaçio de um guarda-chuva, descreve urna eairuiura onde há um» orga-


ninçio ccnira] principal c outrai a ela ligadas. Á OTfamxaçtu guarda-chuva ou central rni-
croniia c dmgc as atividades c recursos das que Lhe lio periféricos.

85
Alím desses. as seguintes figuras cntn também membros da rede do CHPí
Roberto da Silva Porto. C, T* laves, Humberto Porto, Oswaldo Zoneíti, Paulo
Mlrío Cerne* Fernando Lacerda de Araújo, Mário Lorcnio Fernímdcz, Luiz do
Roeba Chaiaígnícr [osé Comes Coimbra Jr. e Pedro Velho Tavares de Lyra,
Seguindo uma sugestão de Paulo de Assis Ribeiro, tanto o perito em questões
agrarias Wanderbtk Duarte ôc Barres quanto Carlos de Assis Ribeiro (irmão de
Paulo de Assis RibeiroL diretor da General Electric do Brasil, foram incorporados
ao CBP, Procurou se também a integração de dois outros escritórios técnicos: t
Geoíoto, que lidava na área de pesquisa mineral, e o grupo técnico Hidrologia,
de Henry Macksoud"
O CBP contava de fato com alguns dos mais importantes e bem equipados
escritórios técnicos e uma poderosa rede de contactos políticos, burocráticos e
empresariais* Apesar da disseminação* dos valores capitalistas modem izante-con-
serradores no interior do regime populista, esse sistema continuava infenso a sua
consolidação, o que levava a consideráveis frustrações do bloco de poder que
procurava desenvolver a ‘‘racionalidade" capitalista. No início da década de ses-
senta a percepção burguesa das limitações sócio*polí ricas e das restrições ideoló-
gicas do populismo aringia uma nova dimensão. Os tccno-cmpresárics tiveram de
reconhecer que, para implementar uma forma particular de "planeja mento na-
cional**. eles precisavam assegurar a paz social e apodcrar-sc do comando político,
ou seja. controlar o Estado* Os tccno-empresBrios participariam entlo da ação
organizada da burguesia para quebrar o regime e o sistema populista e conquistar
o poder do Estado em 19õ4 +

CONSULTEC: um estudo de ca$o de entrincheiramento burccrático-em presariai

A Sociedade Civil de Planejamento e Consultas Técnicas Lida. CON- —


SULTEC. também conhecida como Companhia Sul-americana de Administração e
Estudos Técnicos, era, incontestavelmente, o mais importante e bem-sucedido
um anel burocrático-empresarial em si mesma, A CONSULTEC
escritório técnico* e
era importante em decorrência da qualidade profissional de seus membros; era
bem sucedida em razão de sua capacidade poltrica c de sua ativa "advocacia admi-
ni&trttlva*'. dc sua ampla penetração nos canais tecno-buracráricos c sua conexão
com o grupo de poder formado pelos interesses multinacionais c associados, aos
47
quais os seus membros pertenciam individualmente.

CONSULTEC: o escritório técnico

A' CONSULTEC proporcionou os canais para contornar tanto as agências


de articulação de interesses quanto o Con-
estatais corporativístai tradicionais
gresso Ao estabelecer contados diretos com agências estatais, ela evitou o escru-
tínio do público e a necessidade de responder às demandas populares ou ter de
levar em conta ourras pressões.
CONSULTEC se estendiam da consultoria dadfl a pedidos
As atividades da
de empréstimos feitos ao BNDE por companhias multinacionais até a redação de
discursos públicos, da preparação de projetos de lei. decretos e regulamentos
A CONSULTEC preparou inclusive o pro-
até a obtenção de acordoi comerciais.
grama apresentado ao Congresso cm 1962 pelo então Primeiro-Ministro Tancredo
4
Neves ' assim como o plano govcmamenial referente ao petróleo, que 0 Primeiro-
Ministro comissionou também a esse escritório técnico*"
A posição íecno-burocrátiea e as ligações econômicas de membros do CON-
SULTEC foram espeeialmcmc vantaíosas aos setores de mineração, petróleo, ener-
gia c transporte, aos quais a CONSULTEC serviu como consultora. EU exerceu
papei cruciai no complexo BNDE — .SUMOC — CACEX, agências chave para o
crescimento multinacional e industrial durante o governo de iusedino Kubit&chek.
Um levantamento dos empréstimos concedidos pdo BNDE e das recomendações e
estudos econômicos subjacentes a esses empréstimos mostrou que 50% de tais
pareceres havia sido fornecido pela CONSULTEC/*
Um exame dos componentes da CONSULTEC c de suas posições tecno-
burocráticas explica facilmente o êxito logrado pelos interesses empresariais ne-
gociados peia CONSULTEC/ 1

Alguns dos membros mais importantes da CONSULTEC eram:

Roberto Campos — Presidente do BNDE. membro do GEMF, Gru-


po de Exportação de Minério de Feno. mem-
bro do CDE, embaixador itinerante durante o
governo de Fãnto Quadros e embaixador nos
Estados Unidos durante o governo dc João
Goulart, conferencista na ESG. Durante sua
carreira política. Roberto Campos manteve li-
gações com a Hanna Mining, Bond & Share,
Camargo Correia Construtores, Mercedes Benz
e Banco de Desenvolvimento Comercial. 1 *

Vítor da Silva Alves Filho — Diretor do BNDE.


Miguel Osório Almeida — Minisiro nara Assuntos Econômicos da Embai-
xada do Brasil em Washington e membro do
quadro diplomático do Itamaraty.
|. O, Mello Flores — Executivo da FGV e diretor do Banco Hipote-
cário Lar Brasileiro, Sul-América Seguros, Me*
cã nica Pesada S,A. (Westinghouse). Compa-
nhia Siderúrgica Belgo-Mineíra. Schnetder et
Cie., S. A. de la Challeassiêre e Sulicap-

Frederico Helltr — Editor Econômico de O


Esfndo de S. Paulo
(o jornal paulista de circulação nacional de
fülio de Mesquita Filho).

Edmar de Souza — Chefe do setor administrativo do BNDE.


j + L* Bulhões Pedreira — Consultor do BNDE, diretor da COPLAN —
Comissão de Planejamento do governo, diretor
da Rede Ferroviária Federal —
RFF e do com-
plexo Hanna Mining.
Eduardo Silveira Gomes — Consultor da SUMOC e editor da Conjuntura
Econômica.
Almirante Aniceto Cru* Santos — Lloyde New York e Comissão da Marinha
Mercante.
Dênio Nogueira — FGV, Conjuntura Econômica e Chefe de Ga*
binete de Gouveia de Bulhões, conferencista
na ESG.

87
-

John Cot rim Diretor das Centrais Elétricas de Furnas*


Gabriel Ferreira Filho Advogado do BNDE.
Mário Henrique Símonsen Chefe do Conselho Econômico da Confedera-
ção Nudonal das Indõsirins (CNIh executivo
e professor da FGV,

Augusto Tilo de Oliveira Lima Parente de Roberto Campos,


Harold Cedi Polland Cia. Metropolitana de Construções, Banco Por-
tuguês do Brasil, Unitor S.A. Com. e Ind. de
Soldos Elétricas,

Jacinto Xavier Martins — RFF*


Teodoro O nega Instituto Nacional de Tecnologia, sediado no
Rio.

foão Batista Pinheiro Membro do corpo diplomático do Itaniaraiv,


GEMF e diretor do BNDE.
Mário Abrames da Silva Pinto Diretor do Departamento de Produção Mineral,
Assessor Técnico da CACEX e do GEMF, mem-
bro da comissão de Estudos e Projetos Admi-
nistrativos da Presidência*
Alexandre Kafka FGV, Fundo Monetário Internacional e Con-
selho Nacional de Economia, conferencista na
ESG,
José Garrido Torres — SUMOC, BNDE, FGV, Conjun ttira Econômica ,

Banco Interamcricano de Desenvolvimento e


Conselho Nacional de Economia, conferencista
na ESG, banqueiro.

Hélio Schlíttler Silva — Assessor da diretoria do BNDE.


João Alberto Leite Barbosa — » Editor do Boletim Cambial (um marca-passo
econômico), editor da seção económica de O
Globo (um dos mais influentes jornais de cir-
culação nacional sediado no Rio e pertencente
ao grupo Roberto Marinho), vice-presidente da
Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Gíycon de Paiva — Companhia Vale do Rio Docc — CVRD*
BNDE, conferencista na ESG* ADESG e dire-
tor de empresas multinacionais.

Mauro Thíbau — CEMIG —


Centrais Elétricas de Minas Gerais*
O* Gouveia dc Bulhões — SUMOC, GEMF, conferencista na ESG.
A. Abreu Cominho — GEMF, Conjuntura Econômica, Chefe de Di-
visão da SUMOC
encarregado do Setor da Ba-
lança dc Pagamentos.
Jorge Sçhillmg — Diretor àa Estrada dc Ferro Central do Brasil,
Lucas Lopes — CEMJG, CVRD* BNDE, Ministro dos Trans-
portes no governo de Café Filho e Ministro da
Faie rida no Governo de uscclino Kubítschclí,
j

conferencista na ESG e diretor da Hanna


Mining,
Rodrigo Pessoa Lopes — Filho Lucas
de Lopes t getiro de Juscelíno
Kubíuchek.
Aldo Franco Maciel — CACEX, chefe da SUMOC.

Outros membros que participaram da CONSULTEC eram Alfredo Pessoa,


Eduardo L. Gomes, José Cruz Santos, José Soares, Sarmento Barreto e Carlos
Moacyr Gomes dc Almeida.
Alguns outros elementos burocráticos t políticos estavam também ligados h
CONSULTEC como, por exemplo, Henrique Alves Capper de Souza (CACEX)
e Arnaldo Walter Blanc (CEXIM, Bethlchem Steel! /* As listas mencionadas re-
velam claramentc que a CONSULTEC era um exemplo clássico de entrincheira-
mento burocrático, uma vez que seu pessoal era iniercambiável com o de agências
c autarquias estatais, companhias multinacionais e think tanks públicos/ 4 A
CONSULTEC, que havia sido ião decisiva na articulação paralela de interesses
empresariais durante a década de cínqüentã, tornar-se-ia, em princípios da década
de sessenta, um fator central no esforço de derrubar o regime populista. Muitos
de seus membros-chave participariam dos órgãos centrais formuladorcs de dire-
trizes políticas e de tomada de decisão dos intelectuais orgânicos empresariais
com um dupío papel, o de revolucionários empresariais e o de defensores do
capitalismo dentro do aparelho do Estado,
O núcleo da CONSULTEC gerou uma importante organização teervo-empre-
stiríalc político- burocrática, a APEC —
Análise e Perspectiva Econômica. A
APEC era constituída de um grupa de economistas, administradores do governo e
empresários. A exemplo de outras agências técnicas, os três papéis dos membros
da APEC concatenavam-se. Esses lecno-emprcsários objetivavam a criação de
uma publicação especializada de alta qualidade técnica coro d “fira de defender
1
interesses públicos e privados [sicL Esta iniciativa justifica-se pelo que eles en-
*

tendiam e proclamavam como a “ameaça dc ideologias e ideólogos*' que tentavam


levar o Brasil por um caminho que eles acreditavam ser o de uma sociedade tota-
litária/ A APEC constituiu-se sob a direção e participação dc Roberto Campos,
1

Mário Henrique Siraonsen. Octávio Gouveia de Bulhões, J, Garrido Torres, Aldo


B. Franco, Almirante A. Cruz Santos, Gtycon de Paiva, Lucas Lopes (seu presi-
dente em 1964), F. Helkr. A. Kafka. V. A, da Silva Filho, D. Nogueira, T. Onega,
Edmar de Souza, Gabriel Ferreira Filho. A. Pessoa, f. O. Mello Flores, j. Batista
Pinheiro, 1_ L. Bulhões Pedreira, Carlos Moacyr Gomes de Almeida e Sérgio
Pinho Mellao, todos eles em posições de liderança dentro da organização em 1964.
No curso de seu desenvolvimento, a APEC recrutou e ligou-se a funcionários
públicos-chave e a importardes empresários, tornando-se assim uma modalidade
de instância superior dos economistas, ideólogos e tecno-bu roera las mode mirante-
conservadores. Entre esses inclufam-se Raul Fontes Cotia (BNDES, Emane Galvéus
(BNDE), Joio Paulo dos Reis Veltoso (EPEA), Iberê Gilson (diretor da COSI PA
Rede Ferroviária Federal) e Mircea Buescu.
e vice-presidente da

A estrutura econômica da APEC compunha-se de 200 acionistas/ 9 muitos


deles ligados entre si No auge de seu
através de suas atividades empresariais.
poder ela compunha-se de uma
equipe de mais de 150 técnicos e colaboradores
dc vários tipos, alguns dos qusis são enumerados no Apêndice D. Mais tarde,
ela organizaria o AS APEC, órgão profissional dc consultoria para assuntos eco-
nómicos visando a servir empresas privadas e agendas públicas.

89
A APEC uma fome de publicações impor* antes relativas b economia, em*
presas publicas c ao papel do capital privado no desenvolvimento do país, dis-
seminava seus pontos de vista entre empresários, configurando a posição ideoló*
gica destes. Dessa forma, a APEC exemplificou e resumiu outra faceta de esforços
classisias organizados de modo a vencer a batalha ideológico e político contra o
bloco de poder populista e O aparelho estatal em geral, bem como a dirigir os
seus esforços dc propaganda contra os intelectuais das classes subordinadas. Vá*
rios membros da APEC estavam diversamente ligados h ESG. como alunos, pro-
fessores ou oradores convidados esporadicamente* tendo assim uma vantagem
excepcional sobre outros grupos sociais em propagar os seus pontos dc vista
entre os militares. Os membros da APEC teriam ainda importância singular na
campanha ideológica e política que o bloco de poder multinacional associado
desenvolveria até abril de 1964, muitos deles participando da ação militante dos
intelectuais orgânicos das classes dominantes contra o Executivo de ]oão Goulart.
Em conjunto com membros da CONSULTEC e do CBP, a equipe da APEC teria
funções importantes no governo pós*1964, preparando estudos c sugestões de
diretrizes económicas e encarregando- se da reestruturação da economia política
do novo regime.

CONSULTEC : o anel de poder burocrático-empresarial

A CONSULTEC foi. enlrc outros, um Órgão crucial nas negociações da


Hanna Mining Co. no Brasil, importantes foram também a Braziliait
Clientes
Traction, Light and Power e a Bunge Sl Born.
í:
O seu papel "técnico*' e suas
funções político-econômicas seriam compreendidas a partir dos relatórios da Co*
missão Parlamentar de Inquérito CPI —
da Câmara dos Deputados, instau-
rada com o fim de investigar as atividades do complexo Hanna Mining no Brasil.
Através da CONSULTEC os restritos interesses econômicos desse complexo se*
diado em Gevcland. Estados Unidos, composto de cerca de trinta companhias
operando em mineração, metalurgia e atividades correlatas, foram articuladas
dtmro âo aparelho estatal no mais ampío sentido “técnico" possível.
Conforme o General Antônio Bastos, ex-membro do Conselho Nacional do
Petróleo c engenheiro coordenador da Hanna Mining Co., essa companhia pagou
à CONSULTEC 3 milhões de dólares por um dos mais importantes projetos dc
7
mineração, o de Águas Claras (35 reservas do Quadrilátero Fcrrífero de Minas
'

Gerais eram estimadas em 200 bilhões de dólares).


Visando a realização de projeto, contactos foram feitos com membros da
tal

CONSULTEC, Lucas Lopes, Mímsiro da Fazenda durante o go-


entre outras;
verno de (uscelíno Kubitschek e ele mesmo um dos diretores do complexo Hanna
Mining, Roberto Campos iBNDE), Mário da Silva Pinto, diretor geral do De-
partamento Nacional de Produção Mineral, e Mauro Thibau. do CEM1C* Em
caria enviada ao General Nelson de Mello, 0 então Chefe da Casa Militar do
governo do presidente Juscehno Kubftscbek, e Secretário do Conselho de Segu-
rança Nacional (mais tarde Ministro da Guerra)* Lucas Lopes comunicava que
M
um grupo de planejamento, do qual sou consultor, foi procurado por represen-
tantes da Hanna Co. a fim de obter orientação econômica c técnica para a exe*
cuçáo de um programa de exportação de minério de ferro*', J E acrescentou: “O
presidente (íuseclino Kubitschek) disse-me ficar graio por tudo que fosse feito
em favor dos minérios de Morro Velho* /* 1

90
A Hanna Mining associou-se h Cia* de Produtos Alimentícios Morro Velho
S.A, (dirigida por Fernando de Melfo Viana, do grupo Ferrostoal), para explorar
as minas de ouro c ferro de Morro Velho, formando a Mineração Mono Ve*
lho S.A, Quanto às minas de Águas Claras, o General Bastos explicou que o
Projeto Haima seria conduzido peia Mineração Águas Claras S.A., um consórcio
de siderúrgicas inglesas, alemãs e américa nas** Ele informou ainda que o Projeto
11

Hanna correspondia ipsis iitteris ao Documento n " IS do Conselho Nacional dc


Desenvolvimento, & altamente provável, na realidade, que O Documento n.® 18
ienha correspondida integraimente ao Projeto Hanna. Isto não parece mera coin-
cidência —a maioria daqueles que havia esboçado o Documento n* 18 pertencia
à CONSULTEC, sendo que membros d® CONSULTEC eram por sua vez dire*
tares da Hanna Mining-" 11

Como Documento n.“ 18? Em 25 de fevereiro de 1957, Juscellno


surgiu o
Kubitschek formou uma comissão com o propósito dc analisar o problema dos
incentivos às exportações do minério de ferro, A comissão, sob a presidência
do Ministro da Fazenda, incluía os Ministros da Viação e da Agricultura, o se-
cretário do Conselho dc Segurança Nacional, o secretário do Conselho de Desen-
volvimento, os diretores da Carteira de Câmbio e da Carteira de Comércio Ex-
terior — CÁCEX —do Banco do Brasil, o presidente da Companhia Vale do
Rio Doce e representantes dos minera dor es* A maioria absoluta dos membros dessa
comissão pertencia ao quadro da CONSULTEC* 0 documento ficou pronto em
8 de agosto de 1957. De acordo com esse documento, a Hanna Mining usufruiria,
além de outras vantagens, de:

a) taxas especiais dc cambio garantidas para suas operações sem confisco


cambial;
b) segurança satisfatória de juros e reembolso, não recebendo, em hipótese
alguma, menos do que os juros do capital investido;
c) o minério de ferro pelo menor preço em vigor no mercado internacional.

Q do Documento ji* 18 foi exatamente o membro da CONSULTEC


redator
e diretor geraldo Departamento Nacional de Produção Mineral, Mário da Silva
Pinto* Para dar andamento ao Documento n*° 18, José Maria AJkmim, Ministro
da Fazenda, submetêdo-ia à apreciação- do presidente Juscelino Kubitschek que
o assinou, transformando-o no Decreto n_° 42-020 de 10 de agosto de 1957, dois
dias após ier sido a ele submetido* Esse decreto criou também no Conselho de
Desenvolvimento o Grupo de Exportação de Minério de Ferro — GEMF —
que se tornou o órgão responsável pela coordenação de estudos, entendimentos t
negociações referentes ao minério de ferro* Não é de se surpreender que 0 GEMF
fosse constituído pelo Ministro da Fazenda, José Maria Alkmim, o Secretário do
Conselho de Segurança Nacional, General Nelson de Mello, a Secretário-Geral
do Conselho de Desenvolvimento, Lucas Lopes, o diretor da Carteira de Exportação
e Importação do Banco do Brasil —
CEXIM, J. L Tosta Filho, o diretor da
Carteira de Cambio do Banco do Brasil, P* À* Pook Correia, o diretor do Dcpar*
tamento da Produção Mineral, M. da Silva Pinto, diretor da Rede Ferroviária
Federal (a qual é responsável pela Estrada de Ferro Central do Brasil, da qual
foram diretores Geraldo Mascarenhas c os membros da CONSULTEC Jorge
Scfiilling e J L. Bulhões Pedreira) t o diretor do BNDE, Roberto Campos, Para
.

coordenador do GEMF foi indicado J, Batista Pinheiro, outro membro da CON-


SULTEC- Outros participantes do GEMF eram O, Gouveia de Bulhões e A. Abreu

91
1
Coutínho, ambos membros da CONSULTEC/ Além disso, o complexo da Mmm
Mining procurou a ajuda de indivíduos de reconhecida influência paru o desen-
volvimento de seus planos c projetos, O que poderia scr considerado o "Estado-
Maior" do complexo Hanna Mining no Brasil incluía'* |ohn W Fostcr Dulks,
h

filho do Secretário de Estado americano L \V, Fostcr Dullcs e sobrinho do diretor


da C1À Alten Duiks. Ele era membro da junta de diretores da Mineração Águas
Claras/'’ Outro nome influente e muito conhecido era o de Hcrbert Roover (r,,
filho do ex*presidenie americano e ex -Subsecretário dé Estado no governo do Ge-
neral D. D. Eisenhowcr. Ele veio para o Brasti em 1960 como acionista da Saint
John D‘E1 Rey, na mesma época cm que Foster Dullcs começava a estabelecer
contatos políticos pura as eleições que se aproximavam, às quais um dos candi-
datos era Jânio Quadros. Hoover tornar-se-ia logo depois diretor da Hanna
Mining Co/*
Dentre as figuras influentes, brasileiras ou que aqui viviam, com as quais a
Harma Mining podia cornar, achava-se, primdramente, Lucas Lopes, membro do
7
seu quadro de diretores e de várias outras corporações importantes/ Outros di-
retores eram: | L. Bulhões Pedreira, da Cia, Mineração Novalimense, Mineração
Hanna do Brasil Ltda., Mineração Curral d^EI Rey Lida. e Mineração Águas
Claras Ltda., Arthur Berrardes FÍlhú da Mineração Hannaco e presidente do
t
3
Parlido Republicano assim como diretor de outras empresas mui ti nacionais* e
Alberto Torres Filho, diretor da Cia, Mineração Novalimense, Mineração Hanna
do Brasil Ltda,, Pesquisas Minerais Meco Ltda., Mineração Curral d’El Rey Ltda.
e Mineração Águas Claris Lida, Alberto Torres Filho era também diretor de
9
várias poderosas corporações multinacionais e associadas/ Eram ainda ligados,
como executivos ou assessores, as seguintes figuras; E, M, living, Roben Clark
Wallace, H. C. Waison. Benedito Munhoz Carvalho, B, Novitt Weber, Pedro
Maciel, Antônio Falabdfa de Castro, Roberto Campos, Dario de Almeida Ma-
galhães. Mauro Thibau, M. da Silva Pinto, Vicente Rao (do Banco Francês e
Italiano para a América do Sul), o jurista Francisco Campos, o jurista Pontes de
Miranda e o jurista Qrozimbo Nonato, ministro da Suprema Corte Federal e um
10
dos quatro juristas consultados quando da formulação da Constituição de 1967.
Ademais, a Hanna tinha uma diretoria interligada a diretorias dos maiores com-
plexos financeiros, industriais e comerciais operando no Brasil, incluindo o grupo
Rockefeller, o grupo Mellon (ALCOA) e a Morgan Garanty Trust Co, (ITT e
General Electric),
Apesar da influência da Hanna Mining, em junho de 1962, Gabriel Passos.
Ministro das Minas c Energia do governo nacional —reformista de |oão Goulart,
determinou a paralisação das atividades da Novalimense, uma das subsidiárias
da Hanna Mining, como parte da tentativa de controlar o extraordinário poder
corporativo-político dessa companhia. Começava assim O "caso Hanna", que seria
o pivô das discussões sobre a política de minério durante todo o período da
administração de Joia Goulart, O caso lornou-se o símbolo da polarização "entre-
guistanadonaiista" da política brasileira, em conjunto com as tentativas do go-
vernador Leonel Brizzola de nacionalizar os interesses da Bond and Share no
Estado do Rio Grande do Sul.
A ação política do complexo Hanna Mining se faria sentir de muitas outras
formas além do tráfico de influência. Em 1963. por exemplo, a Hanna (junta-
mente com um Walter C. Lawson) promoveu uma conferencia sobre **A defesa
político-militar da América Latina** no Burcau of Governamental Research ds

92
Universidade Estadual do Ariíona, Um
dos participantes da conferência, o Te*
nenlc-Cüroncl Theodore Wychoíf, do Exército americano, advertiu que os comu-
nistas estavam "se preparando para atacar quando chegasse a hora" em toda a
f

América Latina, acrescentando que "umi contra-ofensiva anticomunista poderia


proporcionar uma melhor defesa dos povos e instituições livres do que qualquer
medida passiva '. Entre as contribuições da Hanna para essa contra-ofensiva es*
1

trulurada pela elite empresarial estava o fornecimento de caminhões para as tropas


"
de Minas Gerais que iniciaram a *' Revolução" de I * de abril de 1964

BI As assoe iaçõ ffs de ciasse; As novas condições de desenvolvimento durante a


década de rinqíienta c o faio de os empresários multinacionais e associados ha-
verem percebido os seus interesses comuns na modernização do país, assim como
a necessidade do estabelecimento de canais apropriados para sua crescente pene-
tração, estimularam a rápida expansão da estrutura associativa e a procura de
novas formas dc organização de interesses,-1 A recém descoberta solidariedade de
interesses no interior do bloco econômico multinacional c associado expressou-se
através de novas ou renovadas associações dc classe que orientavam os empre-
sários sobre assuntos referentes & produção e à administração, Além disso, essas
associações dassistas dc empresários e tecno-empresários modemizante -conserva
dom davam assisláncia a questões políticas mais amplas, funcionando, na ver-
dade, como agência de tobby/ng, alcançando sua mais alta expressão política em
suas tentativas de compartilhar do governo com forças sóci o-cconómicas tradi-
cionais durante a presidência de Jânio Quadros em 1961, A maioria das associa-
ções de classe existentes, como a Confederação Nacional das Industrias CNl, —
Associações Comerciais c Federações das Industrias de vários Estados, achavam-se
sob nova direção em meados da década de cinquenta, à medida que as oligarquias
dc antigos comerciantes, banqueiros comerciais e industriais locais viam-se subs-
tituídos por um grupo mais jovem e agressivo de empresários que não se achavam
-1
tão ligados a interesses de exportação e comércio exterior. Ao contririo, eles re-
presentavam es novas formas de interesses financeiro- industria is multinacionais e
associados ,*• E mais, a existência de tais associações de dasse expressava o alto
nível de consciência coletiva atingido pelos interesses empresariais. A proteção
corporativa de seus empreendimentos económicos deu lugar ao ativismo em prol
do avanço político de seus interesses econômicos.
Três dos mais importantes focos de pressão política onde predominavam oi
interesses multinacionais e associadoseram a então renovada Federação das In-
dústrias do Estado de São Paulo —
FIESP, t sua organização idêntica C1ESP,
Centro das Indústrias do Estado de São Paulo tis quais estava ligado o fórum de
debate Roberto Sítnomen), a Federation of the American Chambers of Commerce
do Brasil e o CGNCLAP, Conselho Nacional das Classes Produtoras*
No início da década de sessenta, a FIESP e o CIESP haviam se tomado
canais significativos de representação dos grandes industriais locais, a maioria
mesmo de certas empresas mul-
deles associados a corporações multinacionais, e
Entre ai corporações e indivíduos que se faxiam representar nc
tinacionais.**
FIESP/C IESP em 1964 estavem:

— Rafael Noschesc, presidente, Empresa de Mineração Esperança.


— José Ermírio de Moraes Filho, 1 “-vice-presidente, grupo Votoramim,

93
— Mário Toledo de Morais, &
2. -vice-pre$Ídente, Cia, Melhoramentos de Siô Paulo
Ind. de Papel. Cia. Universal de Fósforo Brilish Match,
— Lélio Toledo Piz2a e Almeida, VEMAG $A* Auto Union GmbH* Banco Novo
Mundo.
— Eduardo Garcia Reik Rossi, Refratários*
— Oscar Augusto de Camargo, Duratex grupo S.A.. Mfiliif.
— Jorge Duprat de Figueiredo, Nadir Figueiredo
- Com. SA* Ind, e
— Soares do Amaral Netto,
J. Centrais de Concreto do
secretário. Brasil.
— Nelson de Godoy Força Luz Santa Cruz.
Pereira, tesoureiro. Cia. e
— Daniel Machado de Campos, Associação Comercial de São Paulo.
— Egon Gomchalk, SA. Moinho
Fdíix Gerais.Santisia Ind.
— Georges Schnyder, de Construção
Cia. Bras. & Schwam-Hautmont.
Fichet
— Gilberto Wack
Bueno, Sociedade Técnica dc Materiais SA. — SOTEMA.
— Joaquim Gabriel Penteado, Ind. e Com. Dako do Brasil SA,
— ‘ Luiz Rodo vii Rossi, Autc^Comércio e Indústria, ACIL Lida.
— Humberto Reis Cosia, Cia. Fiação Pedreira.
— César Augusto de Camargo Pinto, Anderson Claytcm Co, — ACCQ,
— Petcr Murany, Murany índ. e Com. S.A,
P.
— Francisco de Paula Machado de Campos, SANBRA, Bunge Sc Born. Banco
Gera) dc Finanças.
— Muuro Lundberg Monteiro, Refinaria Nacional de Sal $.A.
— Hcrnani Azevedo Silva, Cía. Bras, de Estireno, Cia. Comercial Brasileira S.A.
— grupo Simonsen* Eletro Metalúrgica Abrasivos Salte SA,* Carborunáum
Internacional,
— Waldcmar Clemente, Walita S.A. Eletro Industrial.
— Francisco de Salles Vkeme de Azevedo. Porcelite S.A. Cerâmica Sanitária.
— Antènk) Carlos Pacheco e Silva* Armações de Aço Probel SA,
— Luiz Amónio da Gama e Silva, Cia, Prada Ind. e Com.
— Manoel da Costa Santos — Amo SA,
— Paulo Reis Magalhães. Cooperativa Central dos Produtores de Açúcar e
Álcool — COPER5UCAJL
Outras figuras centrais da FIESP eram: lorge de Souza Rezende, fosé Villela
Andrade Jr. Francisco da Silva Villela. Mário F. de Pierrô, Theobaldo de Nigris,
P

Ranjz Gattas, Mário Amato, Orlando Laviero, Fuad Haddad (representante do


CIESP, Araraquaraj e E. Pereira Lopes (representante do CIESP, São Carlos}.**
O CIESP, que compartilhava membros, funções e objetivos com a FIESP,
ípoiava-sc na capacidade de atuação de um número de destacados empresários:
— Presidente: Rafael Noschesc.
— Conselho Diretor: A. C. Pacheco eSilva, Lucas Nogueira Garcez, Luiz Dumont
Villares. Luiz EulãJío Bueno Vídígal, Olhon Alves Barcellos Corrêa, Paulo
Quartim Barbosa e Sebastião Paes dc Almeida.
— Diretoria: General Edmundo de Macedo Soares e Silva, Luiz António da
Gamo e Silva, Paulo N. Albrigbt, Paulo Ayrcs e Salim Abdalla Chamma,
— Presidentes Honorários: Humberto Reis Cotfi e losé Ermírio dc Morae:,
— DíretOTes Executivos: Rafael Noschesc, |osé Ermírio de Moraes, Manoel da
Costa Santos, Lélio Toledo Pizza e Almeida Filho, Oscar Augusto de Camargo,

94
Jorge de Souza Rezende, Jorge Duprat Figueiredo, Eduardo Garcia Rossí,
Theobaldo de Nigris e Joio Soares do Amara] Netto.
— Conselho Fiscal; Paulo Reis Magalhães.

O CÍESP e o FIESP tinham dois órgãos executivos: o Forum Roberto 5í-


monsen c OConselho de Coordenação Interdepartamental —
CONCIN, No pri*
meiro encontravam-se o presidente Rafael Noschese, o General Macedo Soares
e Silva e o secretlrio Luiz Washington Vila. Faziam parte do CGNCIN Eduardo
Garcia Rossi E. F* Gottschalk, Mário Amato, Mário Toledo de Moraes, Sérgio
p

Roberto Ugolim e Theobaldo de Nigris.* 1


Para dar assistência política, económica c mesmo técnica a seus associados,
as associações de classe estabeleceram suas próprias agências técnicas. Entre elas,
o Centro de Produtividade das Federações das Indústrias e a Assessoria Eco-
nómica e jurídica da Associação Comercial de São Paulo, dirigida por José Lins
Nogueira Porto (editor do Digesto Econômico ), e auxiliado por António Delfim
Netto. A Federação do Comércio do Estado de São Paulo estabeleceu o seu pró-
prio Conselho Técnico de Economia, Sociologia e Política, forum de debate da
organização empresarial. Em 1962 esse conselho da FCESP era formado por Ale-
xandre Marcondes Filho, Antônio Delfim Netto, Antônio Gontijo de Carvalho.
Ary F. Torres, Dorival Teixeira Vieira (também do Instituto de Pesquisas Eco-
nômicas — 1PE), Padre Felipe Nery Noschini, Flamínío Favero, Francisco Carlos
de Castro Neves, Francisco Malta Cardoso, Geraldo Barbury, Horácio Lafer.
José Frederico Marques, José Garibaldi Dantas, José Pedro Galvio de Souza*
José Vicente de Freitas Marcondes, José Luiz Anhaia Mello, Miguel Reale, Rui
Nogueira Martins, Ruy Aguiar da Silva Leme (da Pontifícia Universidade Católica
— PUC, e da Universidade Mackenzie de Sáo Paulo). Theotônio Monteiro de
Barres Filho, Vicente Marotta Rangel (da Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo) e Washington Barros Monteiro. O seu presidente era o tecno-empre-
3 1'

sério Brasílio Machado Neto da Fundação Getúlio Vargas.


Muitos desses intelectuais orgânicos do bloco mui ri nacional e associado, bem
como os mencionados na relaçao da FIESP e do CIESP, seriam em 1962 membros
dos órgãos políticos estabelecidos para promover tanto os interesses modemizante-
eonser viadores quanto a derrubada do governo nacional-reformista de joio Goulart
A Federation of the American Chambers of Commerce era o forum político
mm importante das corporações multinacionais, Além de diretores americanos,
muitos diretores de corporações européias estavam também representados nessa
federação, Os seguintes empresários e profissionais achavam- sc entre os seus
"membros ativos" em 1964:

— Paul Norton Albright (vice-presidente em 1963 e presidente etn 1964), Diretor


do Comitê de Assuntos Econômicos, E. R. Squibb & Sons,
—- Frank N. Aldrich, First National Bank of Boston,
— Ríchard Aldrich* Ind. Metal Forjaço
S, ÍBEC — Ga.
S.A., Brasileira de Par-
ticipações,
— G. Davld Monteiro, McCann Erickson Publicidade.
— Joio Nogueira Lotufo, Associação Cristã de Moços*
— Joio da Monteiro, COBAST, Light
Silva S,A*
— Trajano Puppo Neto* National
First City Bank of N. Y*

95
— Fernando Edward Lee, Cia. Química Duns Âncoras, S*A, Marvm-Ànaconda,
Fios c Catíos Plásticos do Brasil —
Ànacondo Co.. Goodrich do Brasil,
— Davtd Aügusio Monteiro, Multi Propaganda Soe, Ltda*

,

Humberto Monteiro, RCA Electrónica Bmilcira S.Á.* Cf BA S.A. Produtos


Químicos.
— Fábio Gâreía Bastos, Liquid Carbonic Ind. SA,, General Dynamtes*
— Hélio Cássio Kluniz, American Manciia S.A, Tintas,
— I, Bastos Thompson, Cia. Paiiz de Inversorcs, grupo Patino,
— Herman Moraes BarrOs, Banco Sub Ame rica no do Brasil $.À.
— G, E. Strickbnd, USABRA S.A. —
üquid Carbonic,
— Àudley Gammon, Bank of America.
— Luiz Biolchinb Banco Boavista.
— P. R Wdsskopf, Pneus General.
— Pnulo Barbosa, Esso Brasileira de Petróleo S,A,
— Vicente dc Paulo Ribeiro, Domlhlum S.A,, Cia. Patrimonial Serva Ribeiro.
— Américo Oswaldo Campíglia, Fiação Brasileira de Rayon, Cimento Santa Rita.
— lorge de Assumpção, Tecelagem Assumpção.
— Luiz de França Ribeiro. Cia, Brasileira de Caldeiras c Equipamentos Pesados.
— Manoel da Costa Santos, Àrno S.À. Ind. c Com.
«— Oswaldo Trigueiro, Viação Aérea Riograndunsc VARIG. —
— Edward Francis Munn. First National Bank of Boston.
— A, O. Bastos, Perfumes Dana do Brasil S.A.
— Gustavo W BorghofL Joseph Lucas do Brasil.
— Guilherme I* Borghoff, Remma S.A,
— Eldíno da Fonseca Brancante.
— fuan Clinton Ikrena, Moore McCormack.
— Nelson Monteiro de Carvalho, grupo Matarazzo.
— Henrique Bayma, Cia. Brasileira de Rolamentos SKF —
Suécia, Rupíurita
S.A. Explosivos.
— Odilon Egydio do Amaral Souza. São Paulo Alpargatas.
— Aldo Campos, Mobil Oil do Brasil.
— Carlos Augusto Botelho Junqueira. Procon Engenharia Ind, e Com, Lida.
— Júlio C B, de Queiroz. Procon Engenharia Ind. e Com. Ltda,
— Luden Marc Moser. CÍ8A S.A. Produtos Químicos, Swiss Bank Corporation.
— Luís Alberto Penteado, Esso Brasileira de Petróleo S.A.
— Fernando Alencar Pinto, F. A. Pinto S. A. Importação e Exportação, Wes-
tíiighouse Electric fnt.
— Geraldo Danneman. Banco da Bahia 5 A., Cia. Telefónica da Bahia S.A.
— Vítório Ferraz, Cia. Fuíter Equipamentos Industriais,
— Fernando Mbidli de Carvalho, Cia, Gas Esso-Standard Qíl.
— Mário Antunes Azevedo, AMF do Brasil S,A. Máquinas Automáticas.
— Willíam Monteiro de Barros, Cia. Federal dc Fundição, Psmons & Whíttemore.
— Borge Lundgren, Bates do Brasil S.A,

Além desses, os seguintes empresários, já mencionados anterlormentc, eram


também membros das American Chambcrs of Com mcrce: |. B, Pereira Almeida
Filho, José Carlos dc Assis Ribdro, Paulo Ayres Filho, David Bcatty 111, Luiz
Eduardo Campei lo, Leopoldo Figueiredo. Paulo Reis Magalhães, Üthon
J* B.
Barceílos Correia, José Maria Pinheiro Neto, Eduardo Caio da Silvo Prado. Ary

96
,

Frederico Torres, Alberto Byngton Ir,* Oscar Augusto de Caipargo, Alberto Torres
Filho & João Batista Isnard dt Gouveia
w
Des ires associações de classe mencionadas antciioimente, foi a CONCLAP
a expressão mais sofisticada da presença política da dominante po período
classe
anterior a 1964. O Conselho das Classes Produtoras foi estabelecido em 1955
como uma organização guarda-chuva nacional com o intuito de proporcionar ura
fórum militante para o bloco de poder empresaria! moderriízame-cõnservador,
Q CONCLAP era uma associação de pressão poderosa e expressiva na defesa dos
novos interesses sócíocconômicos durante a década de cinquenta, tomando-se
tspccialmcnic ativo a partir ét 1959 c durante a campanha prestdcnciaí de fini©
Quadros. A seção carioca do CONCLAP, a partir do momento de sua formação,
lançou uma série de manifestos públicos com violentos e explícitos ataques ao
regime populista. Liderado pelos empresários Gílbert Huber Ir., forge Behríiig
Mattos, forge Oscar de Mello Flores e Alberto Byngton |r., 1M o CONCLAP ata*
cava sem (régua o comunismo e apresentava uma defesa intransigente da empresa
privada, da estabilidade financeira e monetária e do capital estrangeiro. O
CONCLAP tornou pública também sua oposição implacável ao controle de preços,
ao direito de greve, à estabilidade dos empregos, negando ainda o direito ao
governo de possuir pratkamente qualquer bem. lfll Q CONCLAP do Rio englo-
bava a Associação Comercial do Rio de Janeiro e o Centro de Indústrias do Rio
de fancíro (dois órgãos que lhe davam expressivo apotoL o Centro de Seguros
e Estudos de Capitalização, a Associação dos Bancos do Estado da Guanabara, a
Associação Brasileira de Relações Públicas, a Associação Brasileira de Propa-
ganda, o Clube dos Diretores Lojistas do Rio de Janeiro, a Associação dos Em-
pregados de Comércio e a Associação dos Proprietários de Imóveis, entre outros.
Os membros do CONCLAP-Río viam-sc intimamente ligados k Escola Superior
de Guerra, muitos deles ex-alunos ou professores dessa instituição militar, forge
Behring de Mattos, presidente do CQNCLAP-Rio até 1961. foi também presi-
dente da ÀDF.SGp associação de Ex-Alunos da Escola Superior de Guerra.
Os militantes do CONCLAP e os líderes de associações de classe semelhantes
(por exemplo, das Associações Comerciais de Minas Gerais, Rio Grande do Sul,
Pernambuco e outros centros industriais, formaram, juntamente com a FIESP, o
Cl ESP e a Fedcraíion of the American Chambers of Commerce, um fórum im-
portante de interesses políticos c econômicos que proporcionou a infra-estrutura
para a ação dc classe do bloco de poder burguês no periodo de 1962 a 1964.
Reunidos para esses fins sob uma nova organização militante, eles estariam à
frente da luta ideológica, política e militar contra o Executivo de Joio Goulart
e as forças populares.
Descrevemos ariteríormeTile a forma pela qual os diretores de corporações
individuais interagiam ç ocupavam simultaneamente cargos nos escritórios téc-
nicos, formando anéis burocrático- empresar! a is. Porém, além dc afiliarem-se a
associações de classe de caráter geral, as corporações multinacionais estabeleceram
ainda associações setoriais cm meados da década de cinquenta como, por exem-
plo, a Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas — - ABIMAQ. a Associa-
ção de Máquinas Veículos e Autopartes —
AMVAP, e organizações guarda-
chuva como a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Indústrias Básicas
— ABDIB, A ABDIB, criado em 1955, agregou os principais produtores de equi-
pamentos industriais c material correlato. Em 1960. o capital total registrado das
28 corporações que participavam da ABDIB chegava a mais de 12 bilhões de

97
n

cruíeiros, variando de 20 milhões de cruzeiros (da companhia menor) a 2,25 bi-


lhões de cruzeiros (da companhia maior).
Os objetivos primordiais do ABDíB eram "orientar o planejamento e distrU
buição de serviços para as industrias associadas através de contactos com os
poderes estalais e empresas estrangeiras" c "manter urna seção dc estudos técnicos
11
para o exame de projetos nacionais e estrangeiros 101 Uma importante conquista
,

nas tentativas da ABDÍB de "manter contacto com os poderes estatais" c asse-


gurar serviços para os interesses que representava foi u sua indusio corno ugenlc
centrai do Grupo Executivíi da Industria Mecânica —
GEIMAPE, Esse grupo
executivo fot criado por Juscelinõ Kubitschek para planejar e programar as di-
versas linhas de produção relacionadas h indústria pesada. Através de sua parti-
cipação no CEÍMáPE, as corporações multinacionais e os interesses associados
foram capazes de contornar a estrutura populista de poder, estabelecendo- se como
uma associação de classe dentro do próprio aparelho do Estado. Além disso, con-
ta vam-sc entre os membros do GEIMAPE, além dos da ABDIB. o
represe la nl es
presidente do RNDE, o O diretor -executivo da
presidente da Comissão de Tarifas,
SUMOC, o diretor da CACEX e o diretor da Carteira de Câmbio do Banco do
Brasil.Todos esses burocratas eram também membros da CONSULTEC* Assim,
outro anel bu roera tko-em presa ri a havia sido formado* Através desse mecanismo,
I

uma das mais sensíveis da economia brasileira, fomm


as diretrizes nessa área*
implementadas por membros da CONSULTEC formuladas conjuntamente com
a ABDÍB*
Em 1964, eram os seguintes os membros da ABDIB^
— ARMCO Industrial ç Comercial 5.À. (ARMCO Steel Corporation) — Braz
Sérgio Olivier Camargo.
— ARNO SA. Indústria e Comércio (grupo ARNO) — Felipe Amo e Manoel
da Costa Santos.
— ÀSDOBRA instalações contra Incêndio.
— Babcock Sc Wilcox Caldeiras S,A. —
Alberto Torres Filho,
— Bardelh S.A. Indústrias Mecânicas (grupo Bardella, J. M. Voith Gmbh Mas-
chmenfabrtk Heidcnheirn) —
Antônio Bardella e Aldo Rossetii.
— Indústria Elétrica Brown Boveri (Brown Boveri Baden, Castor Investment
Ltd., Canadá) —
Amónio de Carvalho Aguiar.
— Indústria Meciníca Cavallari S,A. (grupo Cavaílarí)*
. — Cis, Brasileira de Material Ferroviário, CG8RASMA (S, A. Ind. Votoraniim*
Cia. Melhoramentos Norte do Paraná, American Steel Foundries, Kíabm Ir-
mãos Ltdâ,, Banco Paulistano S.Á., B&nco Mercantil de São Paulo) Luís —
Eulálro Bucno VtdigaJ, Luís Carlos Vidígal Pontes, Gastão de Mesquita Filho
e Gastão Eduardo Bueno Vidigal
— Equipamentos Pesados (Combustion Enginecring
Cia. Brasileira de Caldeiras e
l Thyssen Group, Alemanha)
nc. . —
Brigadeiro Franklin Antônio Rocha,
Ludwig Haupt, Luiz da Françi Ribeiro, Angus C. Uitlejohn,
— M. Dedini 5.A. Metalúrgica (grupo Dedini) —
Mário Dedini.
— Empresa Brasileira de Solda Elétrica Ltda*. EBSE —
Vidal Dias, Maria Cân-
dida Soares, Carlos da Rocha Soares, Álvaro Coelho da Rocha, |osé da Rocha
Soares,
— Fábrica Nacional de Vagões (Barcetlos & Cia. Ltda, Cochrane S.A. Adm.
l nd, e Com., Seitiavi S.A, Comercial) — Othon f

B arcei los À. Corrêa.

98
— CU. Brasileira de Construções Ficher Sc Schwam Hautmont —
Justo Pinheiro
do Fonseca, Carlos Schnyder.
— Bopp & Rcuther do Brasil Válvulas t Medidores Ltda.
— General Electric SA. ( ntemat tonal General Electric Ca, Banco Financiador
I

SA.) — José Carlos de Assis Ribeiro,


— CONFAB, Cia. Nacional de Forjagem dc Àço Brasileiro —
Antônio Carlos
de Bueno Vtdigal, Marcos Vidígal Xavier da Silveira.
— Ind. e Com. Metalúrgica Atlas S. A, (Comercial t Mineradora Santa Hetena
S.À., Intcrjame Administração, Cia. Bandeirantes de Terrenos e Construções)
*— Erroírio Pereira de Moraes.
— Material Ferroviário SA, MAFERSA (Grupos de Companhias de Seguros,
Cie Industrielle et Agricote de Vente a PEtranger —
Cl AVE, Sudaím Com*
merdalç SA ambos da Suíça)
T , —
Jacy do Prado Barbosa Júnior, Américo
Cury,
— Mecânica Jaraguá SA. (Thcodor Wtlle. São Paulo Comissária, Detfmann
Bergbãu Gmbh, Alemanha* Empreendimentos Ind, e Com. Hanseática $A.)
— Gunther Paul Kunze, Jurgeu Leisler Kiep,
— Lam inação Nadon&l de Metais —
Francisco PigtiatarL
— Mecânica Pesada 5. A, (CU. Siderúrgica Belgo-Míncira, SuhAmérica Capita-
lização S.A., Schneíder Westinghouse, França, Escher-Wyss Gmbh, Alemanha)

——
-
Jorge O. Mello Flores, João Pedro Gouveia Vieira.
S.A. White Martins (Union Carbide Corp. Electric Fumace Products) —
Joio Bapíista Pereira Almeida FUho Guilherme Bebiano Martins.

r

Sanson Vasconcellcs Com. e Ind. de Feno S.A. (Ajax Corretores de Seguros,


internacional de Seguros) —
Henrique Sanson.
— Nordon Indústrias Metalúrgicas S.A. (Etablmements Nordon Frères, França)
— Alfrcd Nordon, Raymond S. HaeneL
— Máquinas Piratlniiiga SA. (Clark Equipment) —
Jorge dc Souza Rezende,
Einor Kok, David Bcutty III, Luiz Carlos Moraes Rego.
— Máquinas Agrícolas Romi S.A. (Grupo Romi).
— CU. Industrial Santa Matilde —
José Luiz Pimentel Duarte-
— Cia. Siderúrgica Nacional —
Almirante Lúcio Melra.
— Sociedade Técnica de Fundições Gerais S.A., SOFUMGE (Fábrica Nacional
dc Vagões, SEMAW1 SA. Comercial c Agrícola, Cochtam S.A. Agricultura,
Adm. Com. e Jnd. Barcellos & Cia.)
T

Wilton Paes de Almeida, Eduardo
Simonsen, Eduardo Garcia Rossi, Frederico Luís Gaspari.
— Aços — Luiz Dumont
Villares Villares.
— Equipamentos Industriais Villares S.A. — Luiz Dumont Villares, Joao Baptista
Pereira Almeida Filho,
— IBBSA, Indústria Brasileira de Embalagens S.A. —
Luís Eulálio Bueno Vi-
dígal,Antônio Carlos de Bueno VídigaL
— SBE, Sociedade Brasileira de Eletrificação S.A. (Società Anónima Elletriíica-
zione SpA., S.A. Finanzlarta Holding, ambas do Itália) —
Demósthenes Ma-
durciro de Pinho.

Contudo, o enirincheirumente burocrático atingido por essas corporações foi


ameaçado pelo advento ao governo, cm 1961, de um Executivo oaetomal-refor*
mista. Como consequência, a maioria das companhias pertencentes à ABDIB,
isoladamente ou através de associações de classe sediadas em São Paulo, apare-

99
ceriam como contribuintes financeiros da ação de classe do bloco burguês multir
nacional-assocíado na campanha de i 962- 1964 para assuitúr o poder do Estado,
ao mesmo tempo que muitos dos tecno-em presa rios e administradores dessas cor-
porações seriam membros militantes da referida campanha.

Apoio trúnsnüáonal

Outro elemento na estrutura de poder das corporações multinacionais foi o


apoio recebido por parte do$ governos dos seus países de origem, os quais se
prontificaram para pressionar os relaiivamente frágeis governos e economias bra-
sileiras, através de imposição de acordos políticos atendendo seus próprios inte-
rtsscs. *' Houve marcante intervenção diplomática a favor de corporações sediadas
1

nos Estados Unidos no período imediatameme precedente ao golpe, como ficou


101
claro no que concernia osinteresses da Hanna Mining Co. e da ITT. No caso
particular da ITT-, Robert Kennedy, enviado especial de seu irmão ao Brasil em
1961, fez acompanhar suas pressões em favor dessa mui li nacional americana da
* ameaça de um corte na cooperação econômica, isso obrigou o regime brasileiro a
M
se render às demandas da I.T.T., dando-lhe uma tão alta soma por suas pro-
priedades que haviam sido nacionalizadas, as quais se achavam em precárias
condições, que se tomou piada, tanto no Senado quanto entre analistas da política
externa, discutir o que a simples menção de Kennedy de intervir diretamente na
vida política brasileira havia conseguido'
Entretanto, nem as companhias multinacionais nem os governos estrangeiros
dependiam de diplomacia para o progresso e consolidação de seus interesses, 104
Os empresários americanos, agindo juntamente com seu governo, tentavam in-
fluenciar e mobilizar a comunidade de empresários locais, bem como outros grupos
ativos, ou potencíaimenic ativos, dentro do processo político brasileiro, " Essa1

mobilização foi realizada principal me me através de associações de classe nos Es-


tados Unidos, tais como a American Economic Foundation —
AEF, o Committee
of Enterprises for the Implementation of the AIliance for Progress, ” o Latin
1

American Information Commitiee —


LA1C, o Business Group for Latin Amerita-
BGLA, " o Committee for Economic Dcvelopment
Í

CED (que fazia o hbbying
da comunidade empresarial sediada no Rio) —
e a Foundation for Economic
Educalion (que influenciou a comunidade empresarial sediada em Sio Paulo). 110
0 LAIC* o CED e o BGLA fundiram-se em 1964/1965 sob o nome de Council
of the Américas, que se tomou mais tarde o CLA-Council for Latin America,
sob a presidência e com os auspícios de David Rockefeller,
0 CED. partíeularmente importante em suas ligações com organizações em*
premiais no BrasiL conca te nava-sc com o Business Council, outra organização de
classe de meio empresaria! americano, que vinha operando como uma agência de
consultoria para o Departamento de Comércio Americano, c que, apesar de rara-
mente fazer declarações públicas, reunia regularmente os empresários mais impor-
tantes para debates extra-oficiais entre ü e com altos funcionários do governo. 111

O CED era intimamente ligado ao Council for Forcign Relations (Conselho


de Relações Exteriores) —
CFR. O presidente do CED, Alfred C. Neal, havia
sido também diretor do referido Conselho, assim como também o foram outros
membros. Além de ter um papel semelhante ao do Council for Forcign Relations
na formulação de opções políticas, o CED envolvía-se também cm assuntos inter-

100
nos americanos, chegando ao ponto de sc preocupar com minúcias dos currículos,
tais como os de economia, da escola secundária americana. O CFR estabeleceu-se
firmemente nos Estados Unidos como um elo central ligando as formulações da
política externa americana a classe empresarial alta,
m
Comiderando-se o padrão
de investimento no estrangeiro* concentrado em mãos de um limitado número de
firmas americanas (já em 1957, 45 firmas eram responsáveis por quase três
quintos dos investimentos americanos no estrangeiro), os grandes interesses re-
11 *
presentados pelo CFR ganham significado econômico e político ainda maior*
Uma proporção substancial dos formuladores da política externa americana
tem sido fornecida pela CFR. Esse tem lido também uma posição de liderança na
formulação de direções gerais e opções para a política externa. Através de seus
membros bem como de ligações mais formais, o CFR também estava vinculado
centralmente a organizações envolvidas na formação da opinião pública ameri-
114
cana quanto a assuntos relativos à poUtica externa* O CFR interligou-se a
outras organizações de classe nas duas últimas décadas como, por exemplo, ao
Atlantic Council, ao Frce Europe Commiuee, Middle East Insmute, National
Commitlee on U.S. —
China Reíatíons, African- American Instítvite e ao CLA
(Cóuncil for Latiu America) que, coibo já foi mencionado, compunha-se de cor-
porações multinacionais que originalmeme faziam parte do Business Group for
Latiu America, do Commíuee for Economíc Development e do Latin American
Information Commiitcc, 11 * O
CFR ligou-se também a influentes think-tanks ame*
ricanos, os quais tinham papel importante na formulação de diretrizes políticas
11 *
internas,
Ligações com o serviço de informação americano eram também muito fortes,
o que foiconfirmado pelo caso da CIA —
* Central Intelligence Agency (Agência

Central de Inteligência), Desde a sua criação em 1947, o cargo de diretor da


CIA vem sendo, na maioria das vezes, ocupado por algum membro importante
do Councíl for Foreign Relations, como pode ser observado pelas indicações de
Allcn W, Dulles, um dos diretores do CFR, t de ]ohn McCone, Rtchard Hetms,
William Colby e George Rusb. todos des membros do CFR* 117 O Council for
Foreign Kdations vem sendo há muito a principal circunscrição política dc apoio
c demandas da CIA junto ao público americano. Sempre que a CIA precisava de
fachadas adequadas para suas companhias que servissem dc cobertura para agentes
e operações ou para qualquer outro tipo especial de assísiência, ela apelava com
frequência a membros do Conselho. 118
Até 1962. algumas das mais poderosas corporações multinacionais membros
do CED, LAlC, 1GLA e CFR e que tinham imeresses diretos no Brasil, se acha-
riam envolvidas em outras formas de pressão sobre o governo brasileiro além de
diplomacia c tobbying. As companhias mui ri nacionais ofereceriam também apoio
financeiro à açio política organizada dos intelectuais orgânicos modernizaníe-
conserv adores. No caso do CED, LAIC, BGLA e AEF, em particular, elas ofe-
reciam nâo somente apoio financeiro mas uinbém ideológico e político às suas
congêneres brasileiras e* na verdade, interviriam d ire ta mente no sistema t regirae
político brasileiro através dc suas subsidiárias t seus interesses associados.

3, Da Solidariedade Econômica ao Alitismo Político

Cl Á Formação de Grupos de Ação 1BAD: Os imeresses multinaci onais e


associados consideraram Outras formas de representação de imeresses além do

101
controle da ad mi nisl ração paralela ou dg uso de íabhying sobre o Executivo.
Eles desejavam compartilhar do governo político e moldar n opinião pública,
assim o fazendo através da criarão de grupos dc ação política e ideológica, O
primeiro desses grupos a ter notoriedade nacional cm Fins du década de cinquenta
fõ* o IBAD —
Instituto Brasileiro dc Ação Democrática.
11 *

O ÍBAD, descrito peio embaixador americano Lincoln Gordon ,J " como um


"grupo moderados e conservadores", foi criado em fins da década
industrial de
de cinquenta parãlelamente à projeção política do CONCLAP-Rio. O IBAD Foi
instituído com o alegado e ambíguo propósito de 'defender a democracia", sendo
seus fundadores ostensivos Lauro Bcer, Banhetemy ftcer, Lauro Uarros, Odemir
Faria Barros e Aloísío Hanner. - Havia, porém, outra versão da fundação do
1 1

IBAD. Ao apoiar publicameme o IBAD. Carlos Lacerda, entoo governador da


Guanabara, lembrou que logo após foâo Goulart haver assumido o governo, ele
foi procurado no Palácio das Laranjeiras por um grupo dc representantes das
classes conservadoras. Eles eram Rui Gomes dc Almeida, da Associação Co-
merciai do Rio de Fanciro e das American Chambers oí Coinmcrce, Zulfo de
Freitas Mallman, da Federação das Indústrias do Estado da Guanabara, e forge
Behring dc Mattos, do CONCLAP e da ADESG. Esses representantes comunica-
ram a Carlos Lacerda que as forças econômicas brasileiras se organizariam ime-
diatamente para ‘defender a democracia, as instituições efetivas c o regime".
rj?
Assim nasceu o IBAD, conforme declarou o governador da Guanabara,
Membros do Conselho Superior das Classes Produtoras —
CONCLAP. das
American Chambers of Commerce e de outras associações de classe importantes*
foram participantes proeminentes das atividades do IBAD, assim como o foram
membros da ESG c figuras de proa das tradicionais associações de classe do Rio
e São Paulo. ÀlegQu-sc que a sede da Confederação Nacional do Comércio —
CNC, teria sido usada para as reuniões do IBAD, " E foi Já. precisameme. que
1 11

o grupo fundador se reuniu.


O grupo inicial constítuiu-se dü tx-integralista Marechal Inácio de Freitas
Rolim, instrutor da ESG. do empresário lorge Bchrtng de Mattos, presidente do
CONCLAP e da Associação empresarial Centro de Indústrias da Guanabara, do
empresário Alberto Byngton Jr,, presidente do CONCLAPem 1963, do empresário
G* Borghoff, da Associação Comercial do Rio de Janeiro e da Federation of the
American Chambers uf Commerce, t de Ivan Hasslocher, integralista, diretor-
geral do IBAD. e que foi apontado como sendo agente de ligação da ClA
fÀgêneía Central de Informações) dos Estados Unidos para o Brasil. Bolívia e
Equador. ” Além disso, o próprio IBAD foj denunciado como sendo uma das
1

principais operações políticas da CIA no Riu, sendo basicamente uma organiza-


"' 1
ção dc açlo anticomunista.
A princípio, o teve um impacto muito visível. Ele operava de modo
IBAD não
reservado, procurando apoio das mais diversas fontes para atingir seus objetivos,
preparando a infra-estrutura para ações futuras. Até outubro dc 1961, ele havia
estabelecido firmes contactos com |oao Mendes da Costa Filho, da Ação Demo-
crática Parlamentar —
ADP que se tornou um canal do IBAD no Congresso.
r

Através do IBAD, os intelectuais orgânicos das classes empresariais se mostraram


dinâmicos em estabelecer ligações com empresários, militares t detentores de altos
cargos públicos, bem como em mobilizar o público em geral* O IBAD influenciou
e penetrou no legislativo e nos governos estaduais, interveio em assuntos eleitorais
nacionais c regionais e apoiou alguns sindicatos em particular. Ele ajudou a pro-
mover ainda alguns líderes camponeses e sindicais, movimento!* estudantis c

102
organizações de pressão dentro das classes médías. O IBAD sincronizou suas
atividades às de organizações paramiUtares como o MAC — Movimento Anticomu-
nista, o Movimcmo Democrático Brasileiro (náo confundMo com o partido polí-
tico homônimo criado cm 1966), a OPAC — Organização Paranaense Anti-
comunista, c a CLMD —
Cruzada Libertadora Militar Democrática, com os quais
o IBAD compartilhava pessoal, técnicas e recursos,
1=4
O JBAD ligou-se também
a organização católica Centro Dom Vital, da qual Gustavo Corçáo, intelectual
católico de extremü-direiia, era líder importante g proporcionou um» Itguçio sig-
nificativa com ft organização tecno-clmcal de direita Opus Dei. Dc acordo com
José Arthur Rios, uni dos intelectuais do IBAD, esse último não agia isolada-
mente, mas sim como uma frente da qual participavam a ADP — Açao Demo-
crática Parlamentar (dirigida pelo proprietário rural e deputado udenista baiano
foio Mendes) e o IDB —
- Instituto Democrático Brasileiro, presidido pelo depu-
,1T
tado do PDC Gladstonc Chaves de Mello.
Ga interesses multinacionais e associados intervieram nas eleições presiden-
ciais de 1960 apoiando o candidato de sua escolha, o ex-govemador de São Paulo,
Jânio Quadros, apoio este dado ostensivamente através do CONCLAF t de outras
organizações de classe e veladomente através do IBAD. Hasslocher, líder do LBAD,
foi instado por Gladstone Chaves de Mello, assessor político do Movimento Po-
pular Jânio Quadros, 15 " a apoiar a campanha de Jinio Quadras, 15* o que foi feito
finálmente. No entanto, o IBAD conseguiu notoriedade ainda maior durante a
presidência de João Goulart, especial meu te durante a campanha eleitoral de
1962, quando serviu de conduto de fundos maciços para influenciar o processo
eleitoral e coordenou a ação política dc indivíduos, associações e organizações
ideologicamente compatíveis. 110 Até 1962, o IBAD já havia dado origem a doU
canais com propósitos diversos. Um deles foi a Ação Democrática Popular —
ADEP, uma ação poíítka patrocinada pela estação da CIA no Rio de Janeiro
que manejava campanhas eleitorais e lobbymg. O outro foi a Incremenl adora de
Vendas Promotion S.A., di qual o diretor-proprietário era Hasslocher. A Promo-
tion S.A. exercia a função de ageme publicitário do IBAD c da ADEP nas esta*
ÇÕcs dc rádio, jornab, revistas e canais de televisão em todo O Brasil. Sua função
era disseminar as idéias políticas do IBAD, além de ser uma agencia financiadora
para suas atividades discretas e encobertas. O IBAD, a ADEP e a Promotion $.A.
compartilhavam escritórios e funcionários administrativos. Q cotcgUdo nacional
da ADEP era composto de Ivan Hasslocher, Antônio Silveira Leopoldino (da
ADEP de Minas Gerais e ex-auxiliar de gabinete de Jânio Quadros), General
111
João Gentil Barbato, Vicente Barreto (diretor de Cadernos Brasiteir&s), Rab
mundo Fadilhp (da UDN —
Rio), General Edmundo Macedo Soares, Mário
Castorino dc Brito e Hélcio José Domingues França. O líder nacional da ADEP
era o presidente da ADP João Mendes, segundo a informação fornecida por seu
assessor Francisco Lampreia, administrador da Promotion S.A. e secretário re-
gional da ADEP — A ADEP agia no cenário nacional através de escri-
Brasília,
tórios espalhados pelo país, geralmente dirigidos pôr oficiais
bem equipados
reformados do Exército, a maioria deles generais e coronéis, cuja açio teve a co*
bertura da Ação Democrática Popular —
ADP no Congresso/ 15 Outros ativistas
civis importantes da rede IBAD/ADEP/Promotion S.A./ ADP eram:
115
Padre
Leopoldo Brentano —
um dos organizadores dos Círculos Operários e das Mar-
chas " religiosas’ 1964, Senador Padre CaUzans, UDN
çm —
Sao Fado, Padre
'

Vdloso, Fábio Alves Ribeiro, Fructuoso Osório Filho, Carlos Lavínio Reis —
103
Promofion S.A., Adeíldo Coutinho Beltrão, o sociólogo Luiz Carlos Mancint,
Gabriel Chaves de Mello — da Maquh, publicação de direito. Gludsioiu; Chaves
de Mello — irmão de Gabriel, diretor do Centro Dom Vital e deputado pelo
PDC, o economista e empresário Dénio Nogueira* o alivist* sindical Roriano da
Silveira Maciel, os empresários Fernando Mbielll de Carvalho, fosé Cândido Mo-
reira de Souza. Petcr Murany — secretário da ADEP* São Paulo* Nilo Ikrnardcs
— secretário da ADEP, São Paulo, Yukishiguc Tamura, Hamilton Prado —da
Cia, Antártica Cervejaria e Bebidas* Arruda Castanho* Angelo Zanim. Fúlvio
Gentil* Wanderbilt de Barros* J* Irineu Cabral —
da Federação Rural Brasileira*
Arthur Oscar Junqueira — presidente da Caixa Econômica Federal da Guanaba-
ra, o sociólogo losd Arthur Rios —
da Sociedade de Pesquisa e Planejamento
e professor da PUC, Eudes de Souza Leão —
da SANBRA* ADESG e ESG* Ar-
mando Fillardí* Cláudio Hasskxher —irmão de ivan e gerente da Promotion 3.À<
de São Paulo, Hcrculano Carneiro —advogado, Edgard Teixeira Lctte —do
Escritório Técnico Agrícola. Eugênio Gudin c o General Menezes Cortes, líder
da UDN na Câmara dos Deputados. 1 ^
Em julho de 1962, quando a ação política para as eleições cruciais de outu-
bro ao Congresso atingia o seu clímax, a ADEP reestruturou quase todas as suas
atribuições estatutárias, que foram transferidas para o Departamento de Ação
UI Nessa época,
Política do 1BÀD. o NIAD estava coordenando seus esforços com
outra organização importante, o Instituto de Pesquisa e Estudos Sociais IPES.
O próprio Hasslocher era membro do lPES. lJfl A duplicação e interligação de
pessoal, as fontes financeiras comuns c a ação simbiótica eram tão fortes que
levaram o líder do IPES. Jorge Oscar de Mello Flores, a comentar que o "IPES
havia meramente se aglutinado ao IBAO ?’* Ele deveria ter dito o mesmo a pro-
1

pósito da interação do IPES com os escritórios técnicos* cs militares da ESG e


os empresários multinacionais e associados.

Conclusão

O capital mono político transnackmal formou um novo bloco de poder ba*


seado não somente em seu volume, grau de concentração e integração de capital*
mas também na qualidade de sua administração e organização política* bem como
na sua infra-estrutura olígopolisu, ^ Com a proeminência econômica estabelecida
1

pelo capital monopolista* as diferenças entre os grandes complexos financciro-


índustriars de caráter nacional ou associado e o capital estrangeiro ficaram indís*
tintas. Os empreendimentos iransniei onais c nacionais de grande escala* agindo
como um bloco de poder, tentaram flanquear as restrições político-econômicas do
populísmo enquanto minavam o sistema político c o regime tradicional. Ao assu-
mir a liderança dos principais setores da economia, o bloco multinacional e asso-
ciado organizou grupos dt pressão e federações profissionais dc classe* escritórios
técnicos e anéis bu roerá! ico*em presa ri ais, com o objetivo de conseguir que seus
Interesses tivessem expressão a nível de governo* Contudo, a liderança econô-
mica do bloco de poder multinacional e associado era obviameme incompatível
com o domínio político da burguesia tradicional c setores oligárquicos. O
capital
monopolista, apesar de sua supremacia econômica* achava-se cm posição dc con-
fronto com interesses expressando estruturas mais arcaicas* os quais, mesmo ha-
vendo perdido sua marcante influencia sobre a economia* eram ainda poderosos

104
grupos econômicos. O poder desses grupos baseava-se em uma rede de ligações
articuladas pelos setores agro-ex portadores dentro dai desses dominantes, setores
estes que ainda eram os principais produtores de divisas. Além disso, o latifúndio
tradicional, em decorrência de seu controle sobre amplos setores da população
rural,continuava a ser um fator poderoso de contenção política, enquanto grupos
comerciais envolvidos em serviços ou em atividades especulativas prosperavam
dentro da economia inflacionária, A combinação desses grupos representava uma
grande força de limitação ao domínio do grande capital, a partir do momento
em que obstruía o esforço para a modernização e racionalização capitalista da
economia e do sistema político. AMm disso, os interesses tradicionais restringiam
a capacidade de tomada de decisão autônoma por parte do capital monopolista a
nível Executivo, ao basearem a sua liderança política, em parte, na mobilização
da massa trabalhista. Em contraste com os interesses tradicionais, os interesses
multinacionais e associados visualizavam o governo como uma questão de plane-
jamento, manipulação e controle popular. Someme lhes serviria um regime "téc-
nico", com uma tônica autoritária, em razio das fones demandas que o capital
trfinsnacionai faria sobre as classes trabalhadoras, bem como sobre os interesses
tradicionais.

Havia uma clara assimetria de poder entre a predominância econômica do


bloco multinacional e associado, que se consolidara durante os períodos de Jus-
celfno Kubitschek e jãnio Quadros, e sua falta de liderança política. Tal assimetria
forçou o Moco de poder multinacional e associado a procurar soluções políticas
extraconstituciúnais. Parafraseando Samuel Finer, o bloco de poder multinaeíonal-
associado procurou "maximizar sua satisfação" através de processos que não os
do mercado e tentou "manipular todo o meio ambiente, criando condições onde
1 *1
o mercado seria manobrado a seu favor".
O elemento decisivo em situações históricas críticas é. segundo Antônio
Gramsd, o poder de classe organizado em
suas fornias civis t militares. Tal poder
de ciasse é predisposto para a eventualidade de um período crítico, permití ndo
que ele avance quando a situação for considerada favorável e necessária. Uma
situação é favorável desde que existam tais agentes de domínio de Estado e de
1
ação de classe e que esses estejam fTiinuciosamente preparados.** E nesse sen-
tido q ue se pode entender o Estado como um construe to de ciasse resultante de um
processo nq qual valores específicos de classe tomem-se normas sociais, organi-
zações de classe políticas e ideológicas torna nvse autoridade c força orgânicas de
Estado, e é neste sentido que se pode falar de uma classe "vir a ser" Estado. Nesse
processo, os intelectuais orgânicos são cruciais, como a dite de uma classe poli-
ticamente organizada e ideologicamente estruturada, representando e iroplemcn-
tando uma preparação estratégica para a ação de uma classe, preparação esta que
permite àquela classe reduzir o imponderável a zero, O fato de que tais prepara-
ções são estrategicamente inspiradas fica cloro em decorrência das observações
de um arquétipo de conspirador histórico como foi o Marechal Cordeiro de Farias,
figura política proeminente nos eventos críticos de 1922, 1924, 1930, 1932, 1937,
1945, 1954, 1955, 1961 e, finalmente, át 1964. O
Marechal Cordeiro de Farias,
que havia chefiado a Missão Bmil-Es lados Unidos, declarou, ao
Militar Mista
se referir \ criação de um dos mais importantes aparelhos do Estado, a Escola
Superior de Guerra: "Em !94g nós plantamos carvalhos. Nao plantamos couve,
A couve floresce rapidamente, mas uma só vez, Os carvalhos demoram, mas são
111
sólidos. Quando chegou a hora, nós tínhamos os homens, as idéias e os meios".

105
Dois períodos podem ser destacados no processo poHrico e ideológico olravés
do qual os interesses multinacionais associados e seus intelectuais-empresários,
políticos e militares —
assumiram o controle do Estado, O primeiro período, usan-
1

do uma expressão de Cramsct. íoi dc “ironsfoitllUllftO molecular '. Foram criados


anéis burocrático-empresariais, escritórios técnicos e centros burocráticos e mili-
tares de doutrinação e disseminação ideológica, os quais se interligaram na sua
visão programática das reformas dc Estado necessárias formando os incipientes
intelectuais orgânicos do bloco de poder multinacional associado. Ao mesmo
tempo que isso acontecia, o bloco histórico populista dava sinais de exaustão po-
lítica,

O período de "transformismo molecular'* abarcou a criação da ESG (19481


até a renúncia de Tãnio Quadros, Esse período envolveu & preparação histérica e
orgamzac tonal do poder de classe, marcado por várias tentativas ntal sucedidas
e frustradas por pane do bloco modernizan te conservador de ter acesso ao poder
político, A primeira tentativa foi durante o interlúdio de Café Filho* político do
PSf*. que se tomara presidente após a morte dc Gelúlío Vargas, apoiado por uma
combinação udenisia-teeno^fnprcsarial, A tentativa seguinte foi durante a presh
denciâ de Juscdmo Kubiischek, através da formação de canais parapolííicos de
acesso aos centros de poder, como um mecanismo raeionaíízante para flanquear
os processos políticos e permitir que o bloco multinacional e associado se entrín*
cheirasse nos anéis burocráticocm presa ria is, sem quebrar o sistema e regime po-
pulista. Contudo, as deficiências da combinação tecno-empresaria! apoiada pela
UDN e nela ESG lomararmse logo evidentes, O período de "iransformisino mo-
lecular" finaliza quando a segunda tentativa de se tomar o poder através de meios
íegislativps/eleitorars e de generalizar as proposições mod e m izan te-con se rv adoras
foram finalmente frustradas pela renúncia de Jânio Quadros. Dessa época em
diante, os esforços derradeiros do bloco de poder multinacional emergente foram
no sentido de influenciar o Parlamento, ministros de Estado e os militares a agir.
dentro dos limites de um arranjo constitucional, impedindo que o Executivo de
João Goulart agisse por si próprio, Esse esquema já foi, no entanto* uma manobra
ampla de contenção dentro de uma campanha maior em direção a um golpe de
Estado,
PoFém, antes que o golpe se efetivasse, valores modemiz a nte-conserv adores,
germinados dentro de diferentes formas de poder de classe dominante, expres-
saram-se através dos vários organismos da sociedade civil: associações de classe
(CQNCLAP, FIESP, CIESP^ grupos de ação política (I8AD)* e vários escritórios
técnicos privados ÍCGM3ULTEC. CBP). A ideologia modernizante-conservadora
peneirou também a sociedade política através dc ihink-tanks fou roerá tico-empre-
sariais <FGV) e anéis burocráticos mpresari ais íBNDE, "Grupos Executivos”),
Por um período de quase dez anos* o bloco út poder emergente visou a uma
acomodação com o bloco de poder populista. Ele tentou também conseguir re-
formas parciais do aparelho de Estado* assegurar participação multinacional e as*
sodadfl na legislação e administração, assim como apoiou o domínio populista
sobre as classes subordinadas. Oi vários atores políticos que operavam nos orga*
nismos ç agências descritas até agora tinham em comum uma aversão a qualquer
intervenção substantiva popular na vida do Estado, bem como um compromisso
básico com um modelo sócioeconómico modem ízante-con serva dor associado de
desenvolvimento empresarial. O problema do Estado para os grupos económicos
mu Jií nacionais e associados dominantes eri visto em termos de se conseguir tguil-
-

dade político- jurídica com os grupos populistas no poder. Quando os canais po-
lí ti co-partidá rios c administrativos não obtiveram exilo em aftngir as reformas
necessárias prenunciadas pelo bloco modcmizante-canservador, e quando ps in-
teresses mu] ti nacionais c associados notaram as dificuldades crescentes em se
conseguir conter a massa popular dentro do sistema político populista, o bloco de
poder emergente teve de recorrer a outros meios* Ás várias organizações da so-
ciedade civil e política foram reconciliadas como expressão da consciência cole-
tiva de ciasse peio núcleo organizado do bloco multinacional e associado em seu
estágio militante, desenvolvendo conjuntamente formações ideológicas e políticas
capazes de alcançar teus objetivos estratégicos* traduzindo-os em açao política c
estabelecendo a próprias firmemente no poder, Essa foí a segunda fase* a do
si

de grupos inteiros da burguesia que se transferiram para o campo


'Mransfúfifiluiio’’
modernizan te -conservador militante. O segundo período abarca os três anos dc
foão Goulart no governo, de 1961 a 1964, período este em que as novas forças
sócio-econômic&s, em seu anseio dc poder político, tentaram destituir o Executivo
de sua autoridade e arrancar das forças populares o ponto de apoio que elas
haviam conseguido na condução dos assuntos estatais*

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

L O
termo empresário* >qwi usado gene^ qutj ay Brial Fim* Ed Anthropoi. 1976.
ricamente , inclui induiiriiis. banqueiros e ÍC> Fibra Windcfley REIS Solidariedade.
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queirós « comerciantes brasileiros empre* demos da Departamento dt Ciência Po-
garn-no para sc referir &$ suas uioctaçóes Htka Bílo Harizfmtt, Univ* Federal dc
de classe t seus membros. Paro um exame Minis Gerais, mar. 1974. n. L <d> Fábio
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3.
rio* Estado e capitalismo no Brasil Í9JÍL
multo apropriados para a percepção do
ÍÍN5. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1978.
processo através do qual se formaram os
(bj Eli DINIZ & Renato Raul BOSCHL
agentes do capitalismo mademizante bra-
Empresariado nacional e Estado no Bra
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í/f. Rio de Janeiro, Forense Universitária.
cia] que passa n existir no terreno Origi-
1978. (c) Lucíano MARTINS. Formação
nário dc uma função essencial no mundo
do empresariado industriai. Revista CrVL
dt produção econômica traz consigo, or-
liiação Brasileira, Rio dc fanei ro (|J):
ganicamente, uma ou mais camadas de in-
101-12, ntam J967, proporcionam homogenri-
telectuais que
+,
2, Sobre $ aplicação do concríeo dt tno- dade ao grupo, bem como a conscienUzt-
1
demizaçãocomervadora de Baningtoti '

çAo de sua própria função,, não somente


Moarc h situação brasil et ra, vide (a) no campo econômico mas também nos
Otávio Guilherme VELHO, Capitalismo campos social c político. O empresário cn-
autoritário e campesinato. São Paulo* DL pitAlhm cria consigo o técnico Industrial,
FEL, 1976. <b) Lucinno MARTINS. Pou* o especialista cm economia política, os or-
voir et développement écanomique: for ganizadores de uma nova cultura, de um
r

malion et évolution des siructure* politi- novo líiiemá legal, ctc.


'
Vide Qulntin

107
HOÀRE A Ccoífrcy NOWELWMITH, El nutvo carácter de la dependência. In:

Setecuani from tht priian wtehooks of MAA, Mato» cd, La erisís det desot*
\oié
Amanio Gramtei. Lortdoo, & rúHismo y la nueva dependendo. Argenta
Whishtri, 1975. p 5. Par* uma dimiitifi 10. AfiwTortoi Ed.
na, 1969. p. 50 (Instituto
f

sabre t função dos intekcmau orgânicos, de Estúdios Peruanos).


vide Mari* Anionieta MACOOCCHL
A Para ilustrar a acumulação de targoi
lavar de Cramsci. Rio de Janeira, Par e dc diretoria, deve-se examinar ai eonexõet
Terra* )976. p. 202. dos cmpresánOl envolvidos em tal fenôme-
4, & príiiti comum nu Brasil os mem* no. f. 8. Perciri Almeida Filho, por exem-
bruKhave dat diretorias dc importantes plo, era membro proeminente das direto-
muUmacioiiaii nerem também acionistas, rias das seguintes corporações:
tendo, conseqüeníemente* interesse direto — Union Carbide do Brasil (Union Car-
em tais empresai. Essas figuras estio em bide Corp, Electric Furítacc Produciion),
posição diferente dos gerentes que, mesmo — Kibon 5 A. IndüslTÍa dc Alimentos
vendendo perída e trabalho, nio possuem Gerais (General Foods),
os meios iic produção. —S.A. While Martins (Union Carbide),
5. Vide Hírbet de SOUZA, Note» ou —National Carbon do Brasil SA. Ind.
World capital. In; The mtemaiionaination e Com. (Union Carbide, Electric Furnact
of capital Toronto, LA RU, feb. 197B, V. Produetion),
2, n. 2. p 5144. — Bendm do Brasil,
Segundo Herbct de Soioji, +, A corpora* — Beeder Rootes.
çio multinacional é um microcosmo onde — Laboratório Lee do S.A. Brasil
a organização global para a produção eaíi- — Laboratórios Mites do Ltdi.Brasil
lc em seu mais aJto grau; os sfiiemas de (Mtles Lab. Panamcrican Inc.).
urpnização da foiça de trabalho, o» liste — Eletro metalúrgica Abrasivos Salto
mas de comunicações c iníormaçõei, os SA. (Carborundum Co. N,Y-).
sistemas financeiro, administrativo e de — Carbonindum S A. Indústria de
controle, existem todos em
função da ati- Abraiívos.
vidade global dg capital mundial' ,
1
— TrhSure SA, Ind. e Com. (American
6- Para um estudo teórico focal irando tais Flangc Manufactunng Deíawire, Grupo fi-

conjeturas, vide V. I, LENIR Imperia- nanceiro e Industrial Bueno Vidigall,


Irsm: the highesi itage of capiultam. In: —Cardo Brasil SA. Fibrtci dc Cardai
CaUtctrã Works. Urdún, Li^rencc êt lCom«|ri SA.),
Wishart. 1974, V. 22 p . 275, J22. —Equipamentos Ind. VílEara SA,
1. Giovaitm AGNELLI. Suraraary of the (Grupo financeiro industriai Villiro),
hearitigi frf/orí the Group of Emintnt — Indústria de Alimentos Gerais.
Pfn&ns to Study lhe fmpaçi of MulttnatKb — Indústria Lages Comercial e Acdeo
nal Corporation on Dcvdopment and on la (Olinkraft. Squibb).
International Re!atiotts da Organização
É — Dtstribúidara Pau Ima Lavadoras Au-
das Nações Unidas, audiência realizada tomáticas.
cm No vi York , em 1975 Citada em Her-
.
— ESBÍC,
hd de SOUZA, op çit. p, 55. — Cia. Agrícola da Fazenda Monte
8. Jan Kíiippers BLACK, United States Alto,
ptnetrathn of Brasil Manches ter* Man- — CU. Agrícola Rancho Queimado,
chester Univ. Press, 1977. p, 80.
— Fazenda do SuL
9, Essa técnica assegurava aos interesses
— John Poweíl SA.
oligopoliitas multinacionais condições
periores de competição em contraste
su-
com
— Adelaide.
Sta.

as proporcionadas a empresas locais, pois


— Sifco do BrasilSA. Ind. Melilúrfi-
ca (The Steel Improvemeni and Forge Co,
ncisu últimas predominavam ainda for-
mai de controle direto de propriedade, — Estados Unidos, American Brakc Shoe
bem como umi administração pessoal CoJ.
exercida por chefes de famílias e parentes — Tirnpko*
próximos. Vide Teotúnia dos SANTOS. — Atcovil SA. Automatic Swltth*
— RobeM Show Fullon Controlei do —
Cia. Produtora de Vidros Provídro
Brniil, (BouisoiVSouchon Neuvesscl/Coimbra S.A-
— OlJnkrori S A. Celulose e Papel (Lln* /Dicyfus Grouph Fernando A* Torres,
ion 5 A. Ind. c Com ,
Squibb Maihicsion Manoel P- Ayres,
Ifid. Corp,}, à qual o governador de Sinta —
Cimento Fortlond Batas 5A* (Empre-
Catarina e empresário Irineu Bprnhauien endimento! Brasileiros de Ca mento S.A./
cri ligado. Cia. Mineira de Cimento Portland CO-
— Luicher 5.A. Cduloic e Papel f k MINCI): Ceiar de Sabóia Ponies.
qual José Eugênio de Macedo Soares era Lafarguc do Brasil AltíiíÉrada Técní*
ligado,
ca Ind. e Comércio de Cimento Ltda.
—Rrasmac ImL c Com* SA. (Wkfcman — Ctô. Mineira de Cimento Porüand
Michine Toolt Lida» —
Cri -Bretanha).
5 A, COMINCI (Etabhne menta Citubn
Sherwm Williams do Brasil S.A* Tin-
Vaduz Liechtenstein Cimenu Lafargue
tai (The Sherwin Williams Co. Ckveland)
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Ideal Cotn. Ind. e
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ion Brothers).
— Mecânica Pesada SA* (SA. de
— Standard SA. [American
Ideal Stan-
Chaltassiêfe/Soc. Mi nitre de Droit
la
au
dard). Moni Bruville/Schncider et Ck. — Frarv
— AMF do Brasil SÁ. {American Ma- fa/ARBED Cia. Siderúrgica Belgo-Mmeí-
chine St Foundry Co*L ra/Weilinghome Inll/Sulrer Group —
— Fruehiuf do Brasil ( Fruehiuf Corpo- Suiça/MA.N. AG —
Akmanha/Reders
ratioa). Group — Suécia/Sociéié de Forget et Ate*
— Companhia de Molas NoSag (Lear lim Creunx/Akikbdaget
de KiUtads
Slegkr Inc.). Mekinisuu Wnkiud» K ALW /A kntbola-
— Iníekom Eletrônica 4 Motorola inc.). gct Kamyr t Dresser/Sul América Capita-

— Relógios Brasil S.A. (Tilley fndui liiiçáo) torge Otar de Mello Flores, f,

Eduardo Garcia Rossik


trios.
F. Ricorrard,

Squibb Indústria Química (E. R. — Refinaria de Petróleo Ipiranga SA.:


Squibb & Sons, S.A., BeechnuO. Francisco Martins B&sios, Carlos Fagundes
de Mello.
João Pedro Gouveia Vieira ern dire-
11.
tor de:
— Cia* Brasileira de Petróleo Ipiranga:
Pauto F. Geyer, F. Martins Bastos, Miguel
Companhia Brasileira de Fósforos
ÍBryant & May Lld. — British. Motdi Cúr-
Munieirú dc Barros Lins*

püralicm): |. P. Akõnlora, Eduardo G, — Moinho Fluminense S.À, (Bunge Sc

Ro&si. Dorn): L. Simões Lopes, João de Mello


— Indústrias Elétricas t Mui leais Franco.

ODEON SA, íColumbia GtfnophDM Co. — Berlitf do Brasil S.A. Ind. e Com,
/EMI Líd. Ftctricil Musteal Industries)* (Ind. Reunidos F* B de Maquinas e Amo-

Phocnix Brasileira de Seguros Gerais motores SA7Auto M. Berliel Lyon)* —
(Phoeni* Aüurnncc Co. London). liga* — — RHODÍA Ind. Química e Têxteis
da Match Corporation.
k British S.A*: Paulo Reis Magalhães, GclAvio Mnr^

Wilson Sons S.A, Comercio Ind, e condes FcrrnZk
Agência de Navegaçõo (Ocean Wllsqni — — TÜBEST Ind* de Tubos Elétricos
London). S.A. Reunidas Fronco-Bras fiei-
Indústrias
— Indusclet S.A. — Ind.
de Material Elé- ras de Máquinas c Automolores,

trico Charleroi de Construclions


(Alcliers Radiobrás Agrícola SA. (Compagnk
Eleclr. de Charkroi/Westinghousc Electric Ftançaise Thomson-Houston Hotchkiss-
Corporation), ligada a Ele t tomar S.A. c Brandt SA), ligada ã RCÀ USA, Engltsh
EMrocahos Ind. de Cabos Elétricos: Décio ElectricLondon, ltalctble — ll&Ua e Wes-
F. Novaes, J. M, Rousseau. tern Tekgraph London.

109
i L

— Estabelecimentos Ch* LorifEtux 5 A. sições buroc filie si, Em segundo lugar, e

Tiniu (LcriUeux-LsfraTiç SA.J. talvez o fator mais significativo, á


que es*
— Lautier Fib dü Brasil SA, (Rhone- srs anéis tendem a ser mais permanentes
PouJencí: Paulo Reis Magalhíes. do que o termo de Fernando Henrique
— Banco Francês SA,: Ro-
e Brasileiro Cardoso sugere, e favorecem, quase exclu-
berto Moreira, Américo Oswaldo Campi- s-ivaraente. a interesses empresariais espe-

glia, Jean Mtft Rouweau, A. A. Ferreira. cíficos contra outros seíores da sociedade

12, Mesmo
lendo grandes in ccrtsjcí ecn
civil,À base íõgica dos anéis burocrático-
empresar íbís é influenciada cm alio grau
Minn Geníi, M. Fe Guimarães eramim por suas conexões empresariais regubre* e
também um dos líderes da Associação Co-
não por normas burocrática* de comporta-
mercial do Rio de Janeiro. Fie pertencia
mento, ou por efêmeras c eventuais liga-
li seguintes diretorias Banco de Min&s
ções econômicas.
Gerais SA.* CU. Força c Lua de Minas
Gerais (Boftd &
Shire, Grupa Morgan), 15. Sobre as opiniões políticas e a Ideo-

Philips do Brasil, O rg uni rações Fcrtetr* logia dos técnicos, vide (a) Carlos Este vam
Gutm&rães, Cia. Estanho São Jala D’el MARTINS. Tentocracia c Capitalismo*
Rei, CU- Siderúrgica iklgoMineiri, Cia. São Paulo, Ed. Brasiltepse, 1974. p- 7S*I31,
Cruzeiro do Sul Capitalização, Pana ir do 1 16-56, 195-214, (b) Fernando Henrique
Br#sU T Banco Lomde*. Mesbla SA,. Cia. CARDOSO, Aspecros poííik&s do plane*
Imperial de Seguros, Cia, Tecelagem t já mento no Brasil. In: CARPOSQ. F. H,
Fiação Mineira, Cia. Tecelagem < Fiação ed, O modelo pailiico brasileiro. $ão Pau-
0&rhicenft, Siderúrgica Manne&mtnn. lo* D l FEL. B73. p. 95-103.
lí, Jorge de Souza Rezende pertenci* h 16. Arthur Gcrald JOHNSON. BrazíÜãn
FIESP e *o Conselho Niriona I de Econo- butvúucracy and politics: thc rise of o new
mia — CNE. Ele era também membro das professionaí class Tese de doutorado* Aus-
,

seguintes empresas: Cín. Brasileira de Ar- llfl, Univ. of Texas* 1977, p. 157,
mazéns Gerais (Sanbra. Bunge & Bom), Para coiirideraçâci metodológicas sobre
Serrana de Mineração SA,. Gulmbmil planejamento. Tohn FRJEDMANN.vide
SA. (Bunge & Bom), Cfcíborundum SA-, Rcíracking Am erice: a theory of trúnsaç-
Cia* de Máquinas Hobm-Dayton do Bra- tive pfmtung. New York. Anchor Press,
til Equipamentos Clark Firitininga SA, Douhleday, 1973.
(Clark Equipairtents Co., Máquinas Pirata
— 17. Eugênio GUDSN. Andíise de proble*
nhiga SA,), Linkbelt Piratininga Trans*
portadores IndustriaisLida, {Máq. Piratí-
mm brasileiros 1958-1 9^4 + Rio de Janeiro,
Agir, 1965, p, 22
ninp, Engenharia lnd. e Com.
Linkbelt
Lida ), Máquinas Piratininga +1 Auto- SA IS. Os icctto-emp resinas multinacional* «
matic Sprinklen S A (Joaquim H. Nasci- associados não estavam sozinhos em tcui
mento. A, Gama, Automatic Sprinklers da esforços Segundo Lin-
"ridonaliiantes".
Venezuela). Brinquedos Bandeirante SA.* coln Gordon, embaixador americano no
Asdobra Instalações Contra Incêndios Brasil durante a presidência dc Joüo Gou-

SA k Pírclli SA. Comp. In ri. Brasileira, lart, “a partir do famoso Tonto IV do

Henrv Símon do Braiil $A. Jnd- e Com. presidente Truman. em 1949 os Estados
(H. Si moo Holdings, Grã-Bretanha). Unidos empreenderam um programa maii
intenso de assUténcU técnica* Os concei-
H. 0 ttrtno anéis buroer&iko-tmprtia-
tos de assistência técnica bascavam-se *m-
riais mesma acepção dos
é usado quase n*
"anéis de Fe
burocráticos'
1

cio Hefiri+ mm plsmenie na experiência iniciada na Amé-


que Cardoso. Vide Fernando Henrique rica Latina peb presidente Franklin D,

CARDOSO, Ai/íõrr/íirJJmo e democratiza* Roosevdt e por Nelson Rockefdjcr em


çào , Rio de Janeiro. Paz e Terra, 1975, 1 939/* Lincoln GGRDOR ESG* Dc^
Cap. 5. Acrese catou- ie a qualificação át cumento n. C-4L62.
empresarial ao conceito de Fernando Hen- 19. Vide Roberto de Oliveira CAMPOS-
rique Cardoso por dois motivos; primçira- A experiência hraúletra de planejamento,
mente, os *' burocratas" em sut maior» ln: Mario H* S1MONSEN & Roberto
aram empresários, apesar de ocuparem po- CAMPOS, A novo economia brasileira.

no
Rio de Janeiro. \osé Olímpio. 1974, p (4): 36-9, outydcz. 1960. âmago do Ser- O
46-60. O lecno^empresárío Paulo Sá ejtpü viço Nacional de JnFormações SNI após —
cou, em cari* seu amigo e JídcT da UDN 1964 e sua futura ligação umbilical com
Hcrbert Lcvy. u atividade* de seu escri- o Ministério do Planejamento encerram se
tório de coniulloria tccnoempresariaL nas significai ivas palavras do General GoJ-
CBP; ri
na Rússia dpi Sovieis [ikl 01
Se bery: "Racionalização* intencionalidade,
planos pertencem I burocracia do Estado, decisões ou escolhas, escala hierárquica,
noi pifiel livres »c redil mos qy-i tnis pla- ludo dentro de um complexo de ações in-
noi Um
de ter confinadas no smem« ge- limamcnie relacionadas- é essa a essência
ral, itnvli do qual os quMlôes de gover- dc lodo e qualquer planejamento”. Vide
no devim ter molvidui por meio de um Cl) Golbery do Couto c SILVA, id, (b)
cohtvaio com
entidades particulares apro- Décio Palmeira ESCOBAR O planejamen-
priadas, cipicitidat e honestas, sob o com to da segurança nacional. ESG. Documen-
trote JndiípcrtiAvel do Estado. Gi escriió- to n. A-34-SI. (c) Colbery do Couto c Stl^
no Consórcio
rios ck consultoria incluídos VA. Planejamento da segurança nacional.
11
apresentam titi qualidades, Ca na de ESG Documento ei. C 65-54. (d) Colbeiy
Paulo Si a Herbcrt Lcvy. escrita no Rio do Couto c SILVA, Ptannamenio da t*
dc fancíro em 27 de janeiro de 1959. Ela gurença naciOnOl. ESG Documento n.
te enconiri no* arquivos de Paulo de At* C 1155 te} Coibo? de Couto c SILVA.
ui Ribeiro, no Rio de Janeiro. Planejamento da segurança nacional con- :

ceito* fundamentais. ESG. Documento n


20. O planeja men to indicativo, equivalen-
c-jaj*
*

te ao plane jamenEo incompleto, eofaiiuv*


i falta de planejamento nacional quanto a 22, ^AnOfnta ou totalitarismo terá esse —
verdade ira mente soei ai j. Vide
d rei rifei
í
o dilema imposio h sociedade de noss&t
(a) Roberto CAMPOS. Economia, plane- dias te nlo fonuo* capazes de formular,
jamento e nactanatismo Rio de Janeiro* .
em termos precisos e seguros, um planeja-
APEC* 1965. íbl Roberto CAMPOS. Pt* mento democrático que se torne síntese
1

nefamento do desenvoUfimenta rtonómko positiva de ui oposição dialética [sk|, '

dc países xubtkiCnvoividQs. E5G* Dt> Golbcry do Cpqto e SILVA. Pbntjomento


cu mento £c) Octávio Gouveia
Ui 1*16-53. estratégico. Rio de lanei ro* Cia, Ed. Ame-
de BULHÕES.
Problemas do desenvolvi- ricana. 1955, p. 24,
mento econômico ESG, Documento n.
l FRIEDMANN. <?f. cit< p. 52,
,
23*
1*60-54, (d) Amónio Carlos da Silva MU*
R1CY< Planejamento governamental. ESG, 24. Roberto CAMPOS. A experiência,**
Documento n. C-29-S6, te) José Smvi) M. op . cif * p. 55-5*

L1NDENBERG, Planejamento do fortale- 25. Vide 1PES/ADESG, Seminário paro


cimento do potencial nacional. ESG, Do- empresários . Fortalecimento do potencial
cumento fv. 0-29-59. nacional — s,L t a. d. Do-
planejamento.
cumento <Cuno: Doutrina da Segu-
n. I
7L A expressão planejamento dl Segu-
|É rança Nacional), Arquivos do EPES, Rio
rança Nacional i bem explicita, Planeja-
de Janeiro*
mento significa orientação, disposição e
racionalização do
conjunto de ações vi- 26. 0 General Golbery explica em iem
sando a delcrminados objetivos. Ele pres- trabalhos a maneira pela qual os ini cres-
supõe a existência de recursos ou meios a se* particulares são articulados e ic tor-
serem usados, bem coma o prognóstico de nam gerais. Segundo ele, utttilUli-ia um
obstáculos, quando não de antagonismos. siittemi dc objetivos de
maneira que tal

Por outro Indo, o planejamento implica "nenhum deles possa ser inferido dos ou-
uma busca orientada de conhecimento,,, tros, M-segurando assim o mais aLiu grau
e consiste, acima de tudo, em um sistema de independência lógica, mesmo rcconhe*
de escolhas ou decisões. sucessivas e Hie- tendo a inl er-rel ação resuHante de auat
rárquicas, entre alternativas distintas [li- origens comuns no que ac refere a concep-
nhas de ação Colbcry do Couto
positiva)*'* ção e formulação [mi cr de pendi nc ia gené-
e SILVA. Do píaiicjameuto para a segu- tica] c o propósito integrada geral que to-

rança nacional Cadernos Brasileiros, t»L; dos eles objetivam [interdependência telco-

111
,

I6|kir. Golbery do Coutg c SILVA. Do nhecido como Mi stio Abblrvk, de 1949.


planejamento .. op dr p. 19. Vide | A fÜHNSÜN. op. cit , p. 165 T3,

27, Mrkc &URGE5S & Daniel WOLFF. Ê interessante observar que o presidente
El concepto de poder en La Escuda Supe- brasileiro da Missão Abblnk era Üct&vtp
Gouveia de Bulhões, que parti cipiirln de
rior de Guerra. Cuadernos PoUhCòt, M6
aico (l)ioo. Edicione* Era. abr./jun.
muilas das experiências cm plnncjmnenio
1979 Vide também as pâginos 2 e 5 dg da década de cmqikiHn, No casü parti-
Documento de Trabalho n: 5, £*èw? de cular da Míssiío Ahbink. esUiduvom se oi
um programa de governo —
p sentido do
críticos pontos de estrangulamento da ceo

piünefamtnio nu mo ttonomt d democrática, nomii brasileira que determinaram a via-


apresentado n* Reunila Miniítcnl! de 4 bilidade do estabelecimento de um dml-

de jiõcird de 19W pelo Mimiirfl Eitnor< mico estado capitalista industrial. Vide Oç-
d inano pm
o Planejamento e Coordena- (avio IANNI. Estado jr pimificmMtê eco-
ção Económica. nómica en Braut 1 910*1970, Buenos A irei,
Arvorrortu Ed I97L p. 71-91,
p

29. I FRtEDMANN op cu p, 61-70,


31. E interessante observar as ligações
29 A partir do início da década de Cin- empresariais dos primeiros "tecnoempre’
quenta. um ml cresse* e valores da comu- sírio»"* cuja participação na vida publica
nidade empresarial evidenciam-se como era útil a suas atividades privadas, Ary
consequência da necessidade de mudan- Frederico Torrei ligou-ie na época aos gru-
ça do* canais de comunicação e da ne- pos financeiros c industriais Bueno VidigaT
gociação enire emprewios e governos. A e Souza Aranha, de São Paulo. Valentim
formação de "grupo* cjtccgrn ot" quando Bouças ligüu se. ao longo de sua carreira
dl administração de lutceEmo Kubiuchek política. Is companhias; US Bctblehem
e oi famotos “ bílhetinhoi “ de finto Qua- Steel. ITT, Fartai r* Cia. S*ift do Brasil*
dro* foram dou produtos e resultados dis- King Ranch do Brasil. American Bank No-
crepante» Segundo Alexandre de Birros, te Co.* Coca Cola, Cia. Brasileira de Mate-

"A velha burocracia nio «Lava preparada rial Ferroviário — COBRASMA, Serviços
para operar sob o noto (isitma, ma* ela Cash Rcgi&ter* Ga* Ni-
Hollerith. National
não poderia simplesmente ser de&conitdc cloiul de Máquinas Comercia is, Goodyear
rida. A opção «cdhida foi então conser- Tyre», FerroenamcL Imobiliária Santa
var a velha burocracia e estabelecer uma Cruz* Listas Telefônicas Brasileiras e Ad-
4
'nova para operar em uma bate diferen- dressograph Multigmph do Bros d. Roberto
te, esvaziando, por assim dizer, a velha bu- Campos manteve ligações com a llnmin.
rocracia cm
lermôi de poder, pelo menos Olivetti, 0ood and SKare, Camargo Cor-
no que se referisse ü
área* para as quais rera, Mercedes Bem t Banco de Doem
1
ft nova burocracia houvesse sido criada' * volvimemo Comercial. As ligações econô-
Vide Alexandre de Souza C«u BAKROS micas de Glycütt de Paiva ilo apresentadas
tt Angelina Maria Chcibob FIGUEIRE- no Apêndice B.
DO. The creation of twú social progrúm* 32, um
relato da experiência brail*
Para
met, the FGTS and the PtS ; a Draiilian
leira em
planejamento, vide (a) Robert 7*
cmr itiàdy on the distem íneríofi and risa DALAND. Braztiian ptanning: devehp-
of i ocial seifnces rtteúrch for iO^ernmen- menl, poiitics and adminisiration. Estado*
tal policy mctãing. Rio de f arteiro* Dtve-
Unido», The Univ. of North Corolína
fopmeni Center of lhe Organizaiion for Çap> O* IANNI. Esta-
Preit* 1967, 2. (b>
Hconomíc Coúperation and DcvelopmenL do op. cit. Ca p. 3 e 4, (c) tt, A. Ama-
1975. p. 6. ral VI Eftt A. Intetvencionismú e autorita-
30, Devem ser levadas cm coma ou Iras rismo no fírasii Sflo Paulo. Dl FEL, 1975,
tentativas feitas nas áreai de planejamento \h 15- LIO, Sobre o ponto dc vista de um

t de rado«tiBz4çio empresarial da produ- obscrvador-parncipantc da base lógica do


ção, ta» como a American TeehnkiL Com- planejamento* vide Roberto CAMPOS,
misaion (Miitiu Cooke] âe 1943, ú PLano Planejamento do desenvolvimento, . op, .

SALTE de 1949 t o programa da Comiuão dt- Uma anlljac crítica do píanefamento


Miita Braiji E$t*ò3t Unido*. Umbím co- braaiietro € apresentada por Lúcio KO-

112
WARÍCK. Estratégias do planejamento no The mãitary ín fírasílian poliiics* Tese da
Brasil. Cadernos CE&RAP, Sm Paulo, (1), doutorado. Illinois, Univ. of. Illinois, 1966
1970. (Department of Püti tical Science»)

33+ Héüo Ddtrlo ere direiof di COSI- 4L Gsny Duarte PEREIRA. A antinomia
GUA (joint venlure mddtl ria lidcrór-
fls do acordo militar Brasit-Esiados Unidos,
gico com a participação do Es indo tln Gua- Rio de Janeiro, Associação Brasileira de
nnhura c do setor privado), Mcshlo S.A, (a fu ris las Democráticos, 15 ab. l%3. p. 24.
gigantesca loja comercial) c da CREDE 42. " . . os países lmíno-a meti canos ano
BRAS Financeira do Brasil S.A, (tuja di-
lodos eles,, significativa mente, o que tem
retoria contava também com Witter Mo-
tido chamado de "sistemas penetrados*';
reira Selles* Augusto Frederico Schmidi, sistemas onde indivíduos não-membros de
Hélio Cássio Mvffjiz dc Sou ta, Henrique uma sociedade nacional participam díreii*
de Bouort, Tcodoro Quarüm Barbosa c Hé-
mente e com autoridade, por intermédio
lio Pires de Oliveira Dias),
de ações realizadas em conjunto com os
34. Vide (n> Ludnno MARTINS, Pou- membros da referida sociedade, da desíg*
voir , ,, oji. e/í, Cop. 7 c í, íb) Francisco nação de seus valores ou da mobilização
de OLIVEIRA, A economia da dependên- de apoio na defesa de seus objetivos", ín*
cia imperfeita- Rio de Janeiro. GraaL 1977. tcrprtlação dada por Gordon Connct-Smilh
?> S4, citando James N Roscnau em Carlos A.

35. Vjde Maria Vktcria de Mesquita BE- A ST 12, Latirí American iruerrtafbml po-
tiikst ambiüom capabiUtm and th t na-
NEV1DES, O governo Kubitschck: desen- .

fioníí México, Brasil and Ar-


inlercJí of
volvimento econômico e estabilidade poli*
gentina. Univ. of Notre D ame
Indiana,
Uca; 1956-1961. Rio de Janeiro, J*az e Ter-
Press, I%9. p. 10. Vide também James N.
ra, 976. p. 1B7-88, para lista de oficiais
1

miíiiorcs cm postos administrativos duran-


RüSENAU. Pre-lheories and ihcories of
foreign policy, )n: FARRELL, R, Rarry
ie o governo de fuseclino Kuhilschck.
ed. Appfoaches to comparativt misí inler*
36. j.FRIEDMANN, op. cif. p. l\, natcetal peütics. Evanjtoíi. Illinois, North-
37. Uma vcrsâo d» emergência e forma- Vresí em Ufliv. Press. 1966. p, 28.

çlo dos técnicos c instituições técniegs é 43. Vide George Robinson Mathet, As re-
apresentada em Naihanid LEFF. Econo- lações militares entre o Brasil t Os Esta-
mic poUcy moÀmg and developtnent m dos Unidos, ESG. Documento n_ C -02-64.
Brasil: í 946 1964 Estidos Unidos, John
44. Vide (i> I- Knípper BLACK. op. cií,
Wilcy êc Sons. 1%8. p. 143-53.
Cap, 8 t 9. (bí Gayk Hudgcns WATSON.
3ft, O. IàNNI. Estado.., op. cit cap. $, Brother Som and the Goulart golpe. Te-
xas, Umv. of Texas* 1977. p . W. Mimeo
39. J R. Whltftkcr PENTEADO, Prepara-
çio de executivos no puis. Boletim men- grafado.

sal IPES. Rto dc faneiro, juL 1964. Ano 1, 45. Vide {&> RsymonJ F.STEP. The milT
n. 3, p. 3. tory in Brarilmt politks t $2! -1970. Esta-

4 D; O que Manwaríng chamou de value- dos Unidos. Air Univ. f 197* p. 3, 4^45,
169. (Documeitíary Research Diviiíon. Ae-
inherertee, isto í, a ocupação por oficiab
militai e$ de postos administrativos cm cor mspTêcc Studics IniUtute, Air Univ., Mbx-
po rações mu] d nacionais e associadas e a wdl Air Force, Documeniary Research
identificação dos militares com os objeli* Study Á¥ 20410 ASI) + (bl Pauto Sérgio
vos e métodos dos empresas privadas, PINHEIRO. A ESG anos {co- faz trim*

mostrou, apó* 1%4. uma tendência para * mo São Paulo. {J40J:


está velha), /iío £.
20-1. 29 de agesto de 1979 (principal men-
consolidação dc um complexo militar in-
te o Documento n. I32J <k 23/05/1947 do
duiirial. onde inicrcsscs industriais, civis e
milnerCí buscaram uma
se associaram e
Departamento dc Estado dos Esiadõs Uni-
dos).
produção conjunta, c onde oficiais das
Força» Armadas foram empregados pelas 46. A ESG constituiu um dos principais
corporações como "placc meu*
privadas foros utilizados por empresários par* a

(homens-chave). Vide M. MANWARÍNG+ dout rí nação de oficiais das Forçai Arma-

113
.

dns c dc (étnicos selecionadosquanto h conservar a ordem poro que voefis. empre-


racionalidade de um modelo dc desenvol- sários* arriscando, produzindo ccriando»
vimento empresarial associado, doutrina- multiplicando, possam nos dar o progres-
ção csiq feita através de debates c do- so". Ocláviq COSTA* à& Forças Armadas
cumentos» em sua maioria confidenciais, A c as classes empresariais. Revista Militar
ídeologi* política da diie empresarial le- Brasileira, Rio de fanei ro. ÍÔ0JH6, O diy
vou pouco mais de dez anos para se dfr curso íoi proferido a J <k dezembro de
sen volver. A plataforma ESG/ADESG l%4*
serviu de laboratório de idéias c de cam- 49, A doutrino de Desenvolvimento c Se-
po de prova pata projetos, proporcionan- gurança Nacional desenvolvida peia ESG
do uma crucial contribuição para a forma- basecm-sc em um conjunto de julgamentos
ção d* referida ideologia. Às idéias deba- dc xâtor dentro do qual se desracava o dc
tidas por civis e militares foram melhor "neutral idade", No entanto. interesses po-
desenvolvidas e reforçadas cm centros for- líticos c econômicos, isto ê, instâncias e
mais e informais tais como as diferentes demandas £ttratcáricas É impuseram seus
associações de classe, sendo miii tarde re- problemas ç soluções I douiriná. Tais in-
estruturadas e buriladas no Jns titulo de teressei constituí ram então os reais (prá-
Pesquisa e Escudos Sociais — IPES (Ca- ticos) objetivos e limites da doutrina dc
pítulos V e VI n Além disso, a vanguar- Descmolvimetino e Segurança Nacional.
da empresarial dos interesses multinacio- Vide BÜRGESS & WGLFF, op. át. p.
nais e associados promoveria, durante um 98-100.
determinado número de anos, através da
50. As noções do desenvolvimento capita*
ADESG, uma séne dc ciclos de conferen- lista associado e planejado eram dissemina-
cias sobre o papel das empresas e empre-
das na ESG por tecnocmpresártos como
sários no processo dc desenvolvimento.
Roberto Campos, Eugênio Gudín* Lucas
Vide Vinda Maria Cosia ADERALOOv
Lopes e GSycon de Paiva, par empresários
ESG: um timão dt currículo* e progra-
tais como lorge Behrmg de Mattos. G, Bor
mai, Tese de mestrado. Rio» lUPERf,
gboíf, Eudes de Souia Ledo. A. C. Pache-
1978.
co e Silva e por oficiais milhares como
47, "As bases da douihna da ESG não Poppe dc Figueiredo, Heitor Herrera» GoF
estio cm discussão, aio como o dogma ã& bery dc Couto e Silvo e A + Bastos. Afi-
Igreja, antecedem a Instituição" (conversa nal* s ESG conseguiu sua legitimação pelo
com um membro permanente do quadro fato de ser uma Escola Superior de Guer-
de professores da ESG, nome resguarda- ra que ministrava um Curso Superior de
do a pedido, em wtemb.'o de J976. no Rio Guerra. Assim, seus valores só poderiam
de Janeiro?
ser disseminados nas Forças Armadas des-
4f. A interiofizaçio pode
de tais idéias de que envoltos cm propostas "neutras" ei
ser observada no importante discurso do Erítameníe militares. Depois de 1964, a
influente Tenente-Coronel Otiavio Costa ESC teve caria branes na disseminação dc
durante um encontro de empresários no seu material ideológico. Segundo o Teotn-
J
Rio Grande do Sul: "0 contraste entre te-Corortd Ocíávio Costa, o unidade de
empresários c militares é que aqueles di- pensameoEíj das Forças Armadas "fcsuíia-
recionam suas empresas c tuas preocupa- va ât' uma longa c lenia preparação dou-
ções pHncipalmenie para o desenvolvimen- trinaria qut.emanando da ESG. se tripar-
to» enquanto que nos [diredonames nossas tiana orientação das Escola* de Comando
preocLjpDçúrst para a questão da segurança e Estado Maior das Forças Singulares e se
nacional. Contudo, as preocupações ten- ramificava pelas escolas, bases* arsenais,
dem pira o mesmo ponto, qual seja a pro- Octávio CQS*
estabelecimento* e quartéis*
1
.

cura do bemciiir da nação brasileira, TA, Compreensão da revolução brasileira.


Nói* através de operações no círculo rev- Defe w NaãonoL Rio de fancim t59?):69.
trilo dai atividades do Estado e vocês, s. ed . let./out 1964. Vide também A. C,
operando no campo ilimitado da livre em- Pacheco e SJLVA. A segurança nacional
presa. a base de amigos e frutíferos erm c a guerra fria Dcjtiú NaciotiúL Rio de
prcendimeniQi Nói. soldados, procuramos Janeiro* 49{ 576/577) :2íh7* J962.

II*
L

51* J. Knippcr BLACK op dt. p* 80- ca Laiina. Vide James W, TOTTEN. Ai


reiaçÒei trufi farei entre 0 Braul e os Esia-
52, Eisct números correspondem *os apre-
em ku d&s Unidos. ESG, Ducumcnio n. 0-15-65.
sentados por Akxindre dc Barroí
nfudo lobíc composição da origem do
a 56. Telegrama n. 1261. p. (, de Lincoln
corpo dísccntc da ESG dc 1950 a 196#, Vi- Gordon Dcin Rusk, Secretário do De-
de The changing roíe of tht State in Br a* partamento de Estado, enviado do R» dc
di; lhe teehnoeratie nüUtaty alíümce, ira- Janeira a 15 de janeiro de 1963, Encomra-
bilho apresentado por Alexandre dc Gar- K nos Arquivos JFK, National Security
ros durante o Stitih AnnuaJ Meeting oí tbe Fiks (documento secreío até 1977).
Lalin American Studics Associai ron cm 57. G_ R, MATHER. op. cif p. 12. 16-17,
Ailania. Geórgia. de 25 a 28 de março dc Só o Brasil recebeu* (n 1963 e 1964. 75
1976. Mimcograíadô. milhões de dólares por intermédio do pro-
53, BtlAGESS & WOLFF+ op. dl. p 90. grama dt segurança pública. Vide P, PAR-
Apesar do grande número de civis urina- KER, op. dt. p. 122. O Brasil recebeu iam
dos na ESO. eles representaram uma força bém 206 milhões de dólares cm ajuda mi-
roUiivomenlc menor na administração pós- litar americana durante o ano de 1963. Vi-

1964. Virlr Alexandre dc Souxa RARRÜS, de Cari OGLESBY A Rkhard SHAULL,


The Braiitlan mílitary: professionaí socio- ContamtnerH and çhang* New York. Mac*
Hzotiftn, püíitkal performance and State MilJon, 1967. p. 83.
htTddittg. Tese de doutorado. Chicago, 58. G R, MATHER. op. e*t. p, 16^17, A
Uni v, oí Chicago, UJ7B. ajuda ã polícia na América ütuna cresceu
54, Phyllla R. PARKER. $964: o papel no princípio da década de sessenta, en-
do* finadas Unidos no gafpe de Estado de quanto que as Forças Armadas, sob o tom
lí de março. Rio de fanei ro, Civilização criio guarda-chuva do Treinamento dc Se-
Bmikira, 1977. p. 121, O fomd da flre- gurança Interna, desenvolviam sua capaci-
sd f 20 de dc lembra dc 1976, reproduziu e dade para a "ação cMci*', 0 Treinamento
traduzm um lekgramo confidencial, de de Segurança Interna incluía " treinamento
distribuição limitada, enviado a 4 dc mar- em peraçóes ç táticas de coniraguemlha,
ço dc 1964 a Thomis Mann pdo embai- contra-insurreição, iníomiaçóes c contra-
xador Lincoln Gordon. O texto reiava: informações, informação pública* guerra
M
0 nosso PAM [Programa de Assistência psicológica, assuntos civis e governo mili-
Militar) é um fator aUamente influente na tará too role de diiinrbios em manifesta-
i

adoção pelos militam de uma aliiude pró- ções públicas c guerrilha na seiva* * Em
1

Eslxdo* Unidos e pró-Geitíenie; a impor- acréscimo a esse treinamento, que em 1%Í


tlncia do PAM nesse setor é cada vez ie estendeu a 936 estudantes especializa-
maior. Em decotrcíida de tremamcnio c su-* dos da América Latina, equipes móveis de
prinwnio de material, o Programa de Asso» treinamento, financiadas pelo Programa de
téncía Militar torna-se veículo essencial no Assistência Militar, percorreram a Améri-
estabelecimento de um estreito relaciona- ca Latina em visitas previamente marca-
mento com os oficiais das Forças Annadas”. das, Essas equipes objetivavam propiciar

55 Telegrama n_ 0 214. p. 1, de Lincoln


ireírumemo em controle de distúrbios* po
Ncia militar* contraiu* trilha, guerra psico-
Gordon a Dean Rusk. Secretário do De-
lógica e osfuntGf ri via** Vide Summary
partamento de Estado, enviado do Rio de
Or ttdning for Latm Ametkons in US mi-
taneiro a 14 de janeiro de 1963. D telegra-
tiicry tchooU end mstdhiionü, p. 11, do-
ma cnconira-se nos Arquivos JFK. Natio-
cumento escrito em 1961 e que perdeu o
nal $eturiiy Files (documento secreto até
sigilo em 3 de setembro de 1971. Esse do-
1977). A ajuda econômica e militar no pe- cumento foi anexado ao Mtmorsndum for
ríodo de 1946 a 1%6 foi da ordem de 2.8 tht presidem apresentado por Roswcll L-
r

bilhões de dólares. aproxÍmadamcn(e T in- Gilpiirk, subsecretário de Defesa, a 11 de


cluindo empréstimos e doações. Conforme
o Ma^or- General James W. Totten. do
Exército americano, o Brasil recebia cerca * NT; grifo do autor,
da rnciadc da “assistência” dada I Améri- ** NT; grifo do autor.

115
scccmbro de 1963 c qiac perdeu o sigilo so- didato presidencial da oposição tUDNl
mente em M de outubro de 1977, 0 me* em 1950 contra Geiúlio Vargas, ó Gene»
morando enconíra-sc nos Arquivos }FK t ral luroey Magnlliâcs —
líder da UDN e
Notionnl Securiiy Filei. influente íipum polfiicndo Rio de Jancíro
59, Durante o atio de 1961, programou-se c da o General Menezes Cones
fhihia, —
que de 5 200 indivíduo* de países
certa
udcnrilú importou to. o General Juarcz Tâ-

da América Laltna pamtipariam de cursos v«i —


candidato presidencial da oposi-
em esto!** müitarcs americanas. num lo-
ção tPDC) cm 1955 conira fuicelino Kubb
lai aproximado de b 500 cursos Em l%2* tschck e mini tiro de Café Filho, c o Co-

os número* subiriam a S 600 alunos e ronel Nci Braga (PDC), cx-ebefe de Polí-
cia do Estado do Paraná. ex prefeito de
7000 cu nos £ interessante observar »
Curitiba, cx governador daquele Estado, e
importância da sequência profissional na
formulação das atitudes ideológicas ç po-
que estava direi ame ntc ligado ao banquei-
lirieis do corpo de oficiaú brasileiros, Es- ro e empresário paranaense Lcdnidis E.

sa sequência profissional incluía a partici"-


BorioT O General Cordeiro de Farias mot-
pifio na irava-se daratiicnrc simpático ao PSD, cóln
Força Espedicionãna Brasileira
— FEB na Itália Segunda Guerra Mun-
l
cujos chefes políticos do sul c do nordeste

dial}, a participação no quadro permanen- mantinha estreitas relações que datavam da


te d* Escola Superior de Guerra e cm seus
sua época como interventor naquela re-

cursos, o treinamento em escolas estran- gião, no década de irmti, e da época cm

geirai, principalmemc nos Eítados Unidos. que fora governador de Pernambuco, cm


t a permanente e inrenii interação entre meados da década de cinquenta.
oficiais americanos e brasileiros. Atitudes 61, Quando, cm princípios da década de
ampiomente reforçadas por essa sequência sessenta, os rindkaios e outras organiza-
profissional especifica, a qual correspondia ções populares principiaram a atrair mem-
I do grupo fundador da ESG + eram: a en- bros de baixo e médio escalão doa Forças
fare na associação hemisférica, principij- Armadas, tentando assim ampliar o cír-
mente em uma íntima relação cgm oi E* culo de interlocutores e civis cm meio m
lados Unidos, e a rejeição de um posicio- militares, tal ai ilude foi condenada como
namenta nacional rsta em favor de uma in- uma total subversão da hierarquia Por
tegração multinacional- A idcologi* da outro lado. >o atrair a sua contrapartida
ESG fomentou também • aceitação das di- militar de «fio rrealão, ação das classes
retrizes econõmkas que favoreciam * con< dominantes foi considerada defensora da
ccnirãçflo, bem como > idéia de que. com ordem conititueioniL. mesmo atuando tei-

o capitalismo, o Br uri h iram formaria em ma da posição legal do presidente, t o


uma nação poderosa tBriiil potência) golpe de Estado dc abril de 1964 foi de-
guiada por um estilo político lecnocriiico senvolvido como uma “ação salvadora",
e autoritário. Tal sequlftcia profissional
de Bonapirtismo
62. Sobre o conceito
tinha correlação com o papel dos militares
Constitucional, vide À. GRAMSCI. op.
que se encontravam no centro da campi 212. F observar que.
interessante
cif. p.
nh> política contra foio Coulan e tua
por volta de 1961, foi um Lecnoempresirio,
subsequente posição como núcleo miítiar
Eugênio Gudin, quem se manifestou a fa-
da administração pós- 1964: doses, 6Q% M
restabeleci mento'* do Poder Mo
vor do
era daFEB, 70 c é havia pcncncido ao gru- derador. sugerindo que tal papel, atribuí-
po permanente de membros da ESG: dea- do ao Imperador no século XIX. devesse
»« 70%, r totalidade frequentou escotai Kr retomado pelas Forças Armadas. Vide
militarei no estrangeiro, tendo que hQ*o £ GUDIN. op. cíf. p. 223,
recebeu seu treinamento nos Estados Uni' 63 Carta do CBP para Roberto Campos,
.

dói Vide Alfred 5TEPAN, Th* miUtvry em tJ dc abril de 1959, no Rio de f artei-
in poiitics: chüngtng pQtfcrflS in Brarit, ro, Eía sc encontra nai arquivos de Paulo
Princtton, Princeton Univ, Press, 197 1, dc Áiiíi Ribeiro (Río de Janeiro). Nfiu se
Cap. IL p. 23648. entendia mais o Estado como um simples
60. Enlre tises oficiais» deve-se mencio- distribuidor de favores. Para que o capita
nar o Brigadeiro Eduardo Gomes can- — li*mo ac desenvolvesse, era neceiairio que

116
D Estado k tornasse umi máquina xespon* vembro de )%4 e 18 de dcTçmbxo de 1964.

*ivel c voltada parei n eficiência. É óbvio 68. Vide Osnv Duarte PEREIRA. Quem
que os inttfetUiaU ©rginicos do bloco ca- foi as íeis no Brasil? Rio de lancha, Cs vi*
pitalista modcTmionic-cojiscrvBdor con*- lização Brasileira, 1963. p 53-6.
cbtíttVUMA dii falhas da adminisitaçio
69. Leòncio BASBAUM: op. eil. p. 161.
c do isstema poiftko populista. £ digno de
70. Leóncio BASBAUM: op, eit. p. 157.
mcnçfio que os arquivos de Pnulo de Anis
71. Üblcvt-ic informação de forues di
tal
Ribeiro ião MíFem&riHrnie ricos cm cofres
versai, princípalmcnie por intermédio dc
pondciicid scmclhnnle com outras agências
(a> L, BASBAUM. op cit. (b) Osny Duar-
estalais o Fimckmirioi, bem como cm cor
mpondência sobre projetos conjuntos en-
te PEREIRA- op. cit. (c) fornat do Brasil.

do Estado e as grifi* (d) Tribuna da tmprema. (c) publicações


tre a administração
des cmprmi locais e muítmickínJiv du vária? ijféncij? cstiiau it quai? os re-
membros da CONSULTEC perlem
ferido?
M, Vide (b> Cato do CBP a J. Mendes dam. Em meados da década de cinquenta,
de Sou», diretor da Carteira de Crédito um Eork Manny Eriith coairelivi a quin-
Afrkoli c Industrial, de 16 de março de ta pirte das oçdes da CONSULTEC c o
1959. lb) Carla de Paulo Si a Herbert Le- rcifantc estava na? mio? de sen conheci-
vy de 22 de janeiro de 1959. Ce) Boletim dos represem antes d# empresas america-

,

tuformalivo N, 51/ í CBP (circulação nas. Vide Wttutf HAAS. Jean BERNET
interna), de 11 de julho de 1959 (d) Bo- A Rol and BOSSA RT, Oi investimentos
letim Informotwo . N
58/2, de 17 dt juíbo estrangeiros no Brasil São Paulo, 1960.
de l95S, (e) Boletim Informativo N, 58/}, Depois de 1964. Roberto de Oliveira
72.
de 24 de julho de 1938 Todos esses do
Campos fundou a eompleao financeiro
cume ritos se encontram no? arquivos de
INVESTBANCO « INVESTCRED, Conta-
Paulo de Anis Ribeiro, no Rio de lanem?.
vim-se entre os itcmjemprrsiriQt que a
65. O CBP dependia somente da fór-
nfio cie se associaram: Sérgio Paulo Mcllio,
mula de intrínseca de seus
’*rac tonalidade'* fosé Bonifácio Coutinho Nogueira. Edmar
serviços, ma? procurava também conseguir de Souza. Francis Vemon Gucen* Aruòmo
"ajudai' por parte de burocratas do Esta- Abreu Coutinho. Emrnanuel WhitaLer*
do, oferecend olhes uma certa percentagem Plínio Couto, Sebastião Ferraz de
Salles
de parttcrpaçao nos lucros conseguidos Camargo Penteado e (aio BapUsU de Car
através da agência estatal, se rcalmente a? valho Alhayde.
negociAçocs se concretizassem, Vide, por 73. Vide Mário da Silva PINTO. O con-
exemplo, n correspondência entre Eijcüs trole dú comércio externo e o desenvolvi-
Fonseca, da Secretaria drt Fazendo de Ml- mento econômico do Brasil, Rio de janei-
nns Gerais, e o CBP
(Apêndice C), onde ro, CONSULTEC, 1962. Esse livro fei par-
ac ofereceu n Encus Fonseca 5% do valor te de um estudo preparado pela CONSUL-
de negoc ações realizadas,
i
TEC para a Universidade de Harvard.
66. A firme Hidrologia mudou o seu no- 74. Essa sjiuaçíic foi estudada por P Sch
me para Hídroservice. H. Maksoud é o mmer que a chamou de "fenômeno pan-
atual propric lírio da Visão, a mai? influen- tounage*'. Vide (d) P. SCHMVTTtTt ln-
te publicação de assuntos de atualidade t*ml, conflkt and pofitical change in Bra*
das ciastes empresariais (de circulação na- lil. Stanfprd, Sianford Univ, Presi. 197L p.
cional), cujo editor geral é OciâvLo Gou- 298, (b) P, SCHM1TTEÍL op. cit. C*p. 12,
veia dc Bulhões. O Apêndice B apresenta uma lista das
67. Vide (a) Lcdncio BASBAUM. Histó- ligações muHtauc [onais dc vftrioi de seu?
ria sincera do rtí pública de Jânio Qttudrns membros*
õ Costa e Silvo — J96/-/967, Süo Paulo, 75* Emane GAlVÊAS. Introdução- In:

Ed. Fulgor Lida , 1968. p. 151-66. (b) Osny AFEC 1962 1972. Rio de Janelfõ. 1972. Vi-
Duarte PEREIRA. Ferro e independência, de o Apêndice D para a lista dc colabth
RiO de janeiro, Civilização Brasileira, 1967. ri dom cm 1970.
(c) Jorna! do Brasil 2 de dezembro de
,
76, Um doí AcionitiaE mail importantes
1964. (d) Tribuna da Imprensa, 19 de no- era Oíwsldo Benjamin dc Aievedo, as? d*
tiado aú JPE5 e homem de frente de in- Chryskr, a quinta maior corporação ame-
teresses muStiotciocuis. ncana. Esse complexo industrial, um dos

77, G. M MATTEL Br^sí/ — jwuvoir et baluartes do poder político republicai» do


mcioeeiic, linha ligações com George
luttes de ekues* Paris* Ed, Cujas, 1966- p. 38.
Humphrty. Secreiir» do Tesouro duran-
7£. Vide {*> lonKd do Brasil, 14 de junho
te a administração de Eisenhowcr, o tutu
de 1960. ib) Osny D. PEREIRA. Feiro...
[ohn |. McCIoy, diretor do Chase Ma-
op. ót. p. 954*
nhatian Bank controlado pelo grupo Ro
79. Vide O fúrml do Brasil, 2 de dezem- ckefeller.
bro dt 1964. p. 13 para a cana enviada
87. Algumas das ligações econômicas de
por Lucm Lopw ao General Nelson de
Lucas Lopes eram:
Mdto (abril de 1960) e para o memorando.
B0* Osiiy D, PEREIRA. Ferro... op. ciL
— Alumínio do Brasil SA. ÍALUMI-
p. 105. 129. NIUM LTD. ALCAN): F. A. Síevart, J_R.
Fragoso. O. C. Fktcher, R, C. Machado,
fil Para a caria do General A. Bastos,,
T. V. da Cosia.
vide O Globo, 24 de junho de 1960.

82. Osny D. PEREIRA, Ferro. -op. riL


— Alumínio Minas Gerait SA. fALUMf-
111-12.
NIO DO BRASIL SA): F* A, Stevart, O.
p.
C. Ftetcher, R. C. Machado, T. V. da Costa-
8L Osny D. PEREIRA. Ferro,*, op. dl.
p. 128-29.
— Cia* dc Mineração Novilimensc: A,
Tottcs Filho, Benedito Munhoz Carvalho,
M. Víde la) Omy D. PEREIRA. Ferro...
Robírt Clark Walbce,
op. 48*90 (b>
cif. p. W
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86. R. F* MIKESELL. op, e/f. p. 353* A — ITT — Slindar Electric Cia, de
Hanna Mining fora Umbém um fator po- Cimento Nacjonsl de Minas: Octacílio
líticonos Esiadoi Unidos, onde o comple- GuaJberlu.
xo aediado em Cleveland incluía o tercei- 88. A. Bcmardci Filho, também diretor
ro maior produtor americano de minério da Eletromar IndúiiHa Elétrica Brasildri,
de feno {a HannaJ, a quinta maior side- tinha ligações com o Fint National City
rúrgica ( National Steel}, o maior produ- Bank of New York, o RoyaL Bank of Ca*
tor de carvão (Cônsul idation Coai) e o ter-
nada, a Cia. Empreendimentos Adminis-
ceiro maior fabricante de automotores, a
tração c Jnveitimeotoi, 1BEC, DELTEC,
Rurtco da Comérda e o Westrnghousfi peus e americanos (vide Apêndice B) Mu- r

Electric. corporaçoe* com papel importan- danças wrmeJh antes em liderança, viliüda*
te m s atividades financeiras, de caráltr ,
de organizacional c técnicas ocorre ram
subversivo, contra o governo de foio Gou- também em associação de classe de São
lart c o movimento popular. FjuIo, «o passo que, nos ano* seguintes,
novas organizações indusiriiii foram cria-
89. A. Torrei Filho fazia parte do quadro
das no Rio Grande do Sul, Paraní e Per-
dt d retorcí das seguintes corporações: AU
i

American Cabkt, Cia, Rádio Internacional nambuco- Quando a Coo federação dis Ás-
do Crandet Hotéis S.A.+ Traittu-
Brasil*
sodaçòei Comerciais do Brasil CACB —
foi fmaiincftte estabelecida* seu presidente
nion Americana Agendas $ A., Sabin St.
Gcrmúin IntcT America Inc. (iodai elas Rui Gomei
de Almeida declarou ser aque-
empresai do grupo Morgan sediado nos la maior rede entre íí*cxí*çõ*i «me-
a

Estados Unidoi). Cia Industrial 54o Pau EHanrcs no Brasil, agregando o$ interesses

lo e Rio — CI5PÉR (Owens Illinois Glasi de I 140 associações, total que se viu au-
CcJ, Cia. Geraí dc Minai (Grupo A, Byn mentado pda inelusio de um grande nú-
gron), Brazílian Bauxite Co. ( nc. & Sou- mero de associaçôci estrangeirai por inter-
thweitcrn Melais Inc., Cia. Meridional dc média da Federatkm of Forcjgn Ghambcre
Mineração (siderúrgica americana), Rab- oí Comincrce in Brazif, tujo presidente

cock & Wilcox Calrtcinis S A. (Grir Breta- era também Rui Games dc Abneidâ,
nha), Cia, Eletroquímtca Pun Americana 95 BOLETIM INFORMATIVO DO
(grupo Matarozío] e NaegcÜ S A, Ind. FJE5PCIESP. 51a Paulo, S fev. 1964. V,
Químicas {Marictta do Brasil. Martin Ma- 82. n. 748.
rietta Co. c Cornspa S A. do grupo Nae-
96. Vide o Apêndice B pira informações
gdi), A maior pane dessas corporações
m&is ponntnDnzad&s sobre suas ligações
dtu apoio financeiro hi atividades subver-
económicas.
sivas contra o governa de João Gmilnrt e
o movimento popular Vide Oany 0. PE- 97. Vide o Apêndice B pira informações
REIRA. op. tii p, 22241. mau pormenorizadas sobre suas ligações
económicas
90. Vide Osny D Rí RE IRA. Um desafio
à drgnrdade nacional. Rio d« Janeiro, Cbn* 98 Outros figuras de renome ligadas ao
Itzaçlo Brasileira, 1967* CTE5P nos anos seguintes foram: Alfredo
BuzalcL A. O. CampEgfii, A. C. Pacheco
31, K Knippm BLACK. op. dl. p, Sn.
e Silva, Aniónk> Gootijo Carvalho. Egon
92. Vide <aj P. SCHM1TTER. op. cit p, Fel ia Goitschalk, José Boucmhas, Lucas
194. 418. Cb) P. SCHMITTER. op, dt. p. Nogueira Garcez c Roberto Campos, mui-
150-2, sabre o processo de exparuio luo los deles membros militantes dt ação or-
daltvi c polUização* ganizada ás burgueiti contra o Executivo
91. P. SCHMITTER. op. cit p. 195, nacional-reformista. Vide Problemas Bra
rifrirtB, i. U. (8*1:2. SESC, 1970,
94 Zulfo dt Freitas MaJlmiíi, o novo pre-
side n te da Federação das Indústrias da O Digesto Econômico constituía o ór-

Guanabara (então Distrito Federal}, exem- gão o5dal da Associação Comercial de


plifica essa situação, pois ele próprio era Sio Paulo.
associado a interesses industriais europeus 99. Uma Eista abrangente dos membros
fvkk Apêndice 2ulfo dç Freitas Mal-
B). individuais c corporativos é apresentada
Imfln revigorou tnmfcém o Centro Indus-
no Apêndice E, À Federaiion of Ameri-
trial do Rio de laneíro. Quando ]oáo can C bambe rs of Commeree representava
Dutdf d 'Oliveira, antigo induitrial ç prt- bs corporações que faziom parte do Utin
sldtfiic da Associação Comercial do Rio
American Information Camiuittee* do Bu-
de Janeiro, tentou cm 1952 Impor um su- siness Group for Lüfn America c do Com-
cessor que ele próprio escolhera a dedo e mittee Economk Developmeni. Á
for
nlo o conseguiu, um novo grupo assumiu maioria dos membros da referida federa-
o controle de associação, giupo este diri- ção tinha mits ligações do que as meneio-
gido por Rui Gomes de Almeida, ligado a nados. Vide o Apêndice B pata informa-
interesses industriais t financeiros euro- ções adicionais sobre suas Ligações.

U9
100. o Apêndice B aprtscnia miloto in- Oil: 6) Manhaí Erdman: 7) Koppers Co.;
formações sobre as ligações econò micas. 8) UmvtrHty of Norlh Carolina; 9) Sears.
101- F. SCHMITTER. op . cit. p. 197. O Roebuck & Co.; 10) Wíllys Motors: 11»

CONCLAP São Paulo parece haver pmpb Ahjmimum Cu.; 12) Ford Motor Co.: 13)

ciado uma
cobertura para as atividades James C, Morelland & Son Co.; 14) Johns
ManviÜç International; 15) International
conspiradoras clandestinas contra o gover-
no de Toão Goulart, ao mesmo tempo em Minerais Chemical Corp/; 16) Food Ma-
S:

que « posicionava publicamenie a favor chincry; 17) General Foods Corp.; 18)

de instituições parlamentares, Whirlpool Corp.: 19) Chase Manhattan


Bank; 20) The Pillsbury Co.; 21) Pan Ame-
102. BANAS. Indústria brasileira de mi*
rican World Àinvays: 221 American Ma-
quinas. São Paulo, 1960. p. 13-17,
thine; 23) The First Boston Corp.; 24)
1Õ3- T* dos SANTOS. Ef nuero caràctef.»
First National CUy Bank. Vide (a) Revisto
op ai. p. 75. O
corte em empréstimos e
dos Classes Produtoras, jul. 1962. (b) Gsny
Crédito «o governo de Joio Goulart, bem
D. PEREIRA. O acordo sobre a garantia
como a política americana de ajuda seleti-
de investimentos privados entre o Brasil c
va € intensa a certos governadores e a dt-
os Estados Unidos, Revista Civilização Bnj-
rc trizes políticas de 1962 a
no período sihira. Rio de Janeiro (21; 1 maio l%5.
14-1 5+
1964. política que foi conhecida como l
Os diretores brasileiros dessas compa-
construção de “'ilhas de sanidade”* mai’
nhias participariam, cm 1962. dos órgioi
trarrm-se como exemplos claros da intro-
de lormulaçio de diretrizes da açio orga-
missão política de um governo estraneeiro
nizada de clai&e* ao paiso que muitas dai
nos assuntos internos do Brasil, auxiliada
companhias propriamente ditas se trans-
por corporações multinacionais,
formariam em entidades de apoio para sua
]Q4 r Vide o telegrama do embaixador campanha política contra o Executivo na-
Lincoln Gordon io Secrtúrio de Estado cional-reformista,
americano* n. 196*. cm 9 de abril de 1963* 109. Segundo o ex-embaixador americano
POF. Aro uivos JFK. no Edward Korry. quando o presi-
Chile,
101 1. Knippers BLACK, op, cit. p, 79. dente Kennedy e David Rockefeller par-
106, As organizações empresariais têm ticiparam. em 1963. de uma reunião do
maniido um eficaz lobbying em Assuntos Harvard Univcrsity Board of Oversecrs, o
referentes a política externa por Intermé- presidente Kennedy persuadiu David Ro-
dio de instituições comp o Coiincil orc Fí> tkcfdkr a organizar & grande emprese
rcign Kclfltions e semelhan-
organizações americana na cruzada antí Castro. David
tes. Oi da política externa
forniu! «dores RockcfrUcr recrutou cntfio trinta e sete
dos Esíadoi Unidos* por seu lado* têm *e multinacionais dcMaquc, formando o
dt
mostrado atemos à* demandai dai orgmi* Business Group for Latiu America. Robert
zações empreiariiii, Vide Rithad NEW* Kennedy + procurador gera! dos Estados
FARM ER Sc Wíllard MUELLER. Report Unidos, integrou membros do BOIA em
to th? subcúmmiítwt on muítirwtianüí cot* programas da CIA. Fara melhor persuadir
poraliom of th? committc? on forw re- Davtd Kodccfcller. o presidente Kennedy
loiions of th? US\ Sttíüte. Washington, ag. prometeu atender suas demandas dt garan-
1975+ p, 152-51, Fira uma análise das ope- tia quanto a qualquer investimento futuro
rações da Business Council of Lai in Am^ na América Latina, Vide Edward KOR-
rica+ pfincipaímentc no que concerne seu RY. The sell-oul of Chile and the Ameri-
desempenho no Chífe, vide Thomai PO- can raxpayer. PtnthoUM, |,L March 1978,
WERS. Insíde lhe deparlmefU of dírty iri- p. 72. Segundo LcvjnsoO e De Dms+ du-
ckf* Th? Atlantic, Boston, 244(2): 33-64, rante a maior parle do período da Aliam
Aug. 1979,
çê t oi íormuladorcs americanos de direlií-
!07, I*Knippers BLACK, op, cíL p. S0. iei foram informados pelo BGLA dos
108, É interessante recorrer à lista de cor- pontos de vista da comunidade empresa-
poriçõEs cujos diretores compunham ique* rial no que ic referia à Afiança para o
k Comiit. Elas eram: Grace Line: 2)
i) Progreno, Em 1965, o BGLA sc estendeu
Caterpífliír Tractor Co,; 3) Godfrcy L. Ca- formando o Councll for Lsiin America —
boi; 4} The Anacondo Co.; 5) Standard CLA, uma vez mais dirigido por David

120
Rockcfellcr c rcprc&cntamlu cerca dc 224 tional Assodation of Mantifucturers, ú Na*
corporações, aproxlmudamenie 15% do to- tíomil Foreign Trade Council, o National
tal dc companhia americanas operando Industrial ConfcrCnce Board e a Chamber
na America Loima, O CLA manlém con- of Commercc of lhe United States. Vide
taaos regulares com o Dcp. de Estudo, s SHOUP Sc MÍNTER. &p, cii, p. 110.
AID, o IBRD. IDB, CIAP c outras agéít-
í W. DOMHOFF, Foreword VÜ-VflL
12,
cias do governo cujos trabalhos possam
ln: SHOUT & MJNTÉR. op cU. A estru-
fetar os interessei empresariais americir
tura in cerna de poder do CFR expressava
nos na América Latim. O seu conselho de
i proeminência de grupos financeiros, par-
curadores reúne se dc duas a três vezes ao
ticularmente os da oligarquia financeira de
ano com representam et do governo ame-
Nova York, entre as classes dominantes
ricano em Washington para consultai. O no? Estados Unidos. A estrutura de poder
CLA compreende também lubcomitcs cor* dq CFR mostrava o papel de liderança
respondemos a escritórios do Dep, de Ei-
exercido inkíatmente pelo grupo Morgan
lado e da AíD responsáveis por áreas geo-
e nos últimos trima anos, o do grupo Ro-
grMicfls específicas —
Diasii, Peru c Equa-
K

ckcfeller, consoante um modelo dc cotirde-


dor, Bolívia e Chile, América Central. etc.
nação informal dentro de uma estrutura
Esses subcomitê* mantém reuniões infor-
geral de cooperação entre diferenies gru-
mais com seus congéneres no Dep. de Es-
pos, mais do que um modela definido de
tado e na AID duas a trci vezes ao ano,
comando. A central idade da oligarquia fi.
ccm o intuito de trocar ideias sobre as ten-
nanccíra de Nova York no CFR não im-
dências econômicas e pollhcas e sobre as
plicava. contudo, a total exclusão de ou-
condições para invesn mentos. Vide (a) Jc-
tros grupos financeiras ou mesmo i fdla
rome LEVINSON & Juan Dc ONtS. The
de contacto com eles. Pode-se observar no
úiHmtce íhat fúU its H-qyj a critk&i rtpúrl
trabalho de Shoup e Minier um quadro dc
0 tt tftc ALPRO Chicago, Ouadrangk
redes ligando entre si certas corporações
Books, 1970 p. 1 59. tb> Peter COLUER mais importantes, ob; clivando a coopera
Sc David HOROWIT2. The RockefctUn:
çao financeira. Tais ligações contiflitm
an American dy*mty. New York, Signet
em diretorias imer- relacionadas, posse de
fiüoki, 1976, p. 411-15.
ações, empréstimos e ou trai mais, bastante
IJO. Norman BLUME. Frestvre groupi variadas- Uma ou mais instituições finan-
á mi drrííJOn tiícLing irr Brsaíí. Saint Louij. ceiras gerabnente grandes bancos comer*
Washingion Univ^ 1967/ 1%S. p. 21 L &v
ciais, tinham papel imponame em cada
%&s organizações de classe permitiram que
grupo. Vide SHOUP & MINTER, op. dl.
a classe capitalista st estruturasse e deci-
p. ÍOOS Segundo os dois aulorti. u com-
disse sobre as linhas gerais dc uma apro- panhias intimamcnie ligadas ao CFR eram:
priada política externa Tais organizações o Chase Manhattan Bank, o Chemical
propiciaram lambém a incorporação de Bank. q Bank of New York, Eqmtablc Li-
outras figuras a essa operação dc constm- fe. Metropolitan Life, Mobil Oil. Kuhn*
ção de consenso, figurai como ífttckctuais, Loch. Deveboise, PJimpton, Lyon & Gatos.
militares,poluicos e burocratas, que se Milbank, Tweed, Hadly St MacCloy, Stan-
achavam fora da classe tapildisti propria- dard Oil New fírsey (grupo RockefeUerS,
mente diu e cujo atuação serio importan- I. Morgan and Cq.. Morgan Stanley,
P-
te para a implementação do política exter- New York Life, Mutual qf New York. Da-
na almejada. Vide L H. SHOUP & W vii, Polk. US Steel, General Electric e
MINTER. Imperial brain irust. New York, IBM {ligadas ao Firsi Niiinnal City
Momhly Review, 1977. p. BS- Groupi, First National
Bank, Sheat- Ciiy

111. O CED c c Business Council fém.


man & Sieriing, ITT
Morgan). (grupo
Browrt Brothers Hârriman and Co, (grupo
cada um. 200 membros c, em ambos os
Harnman), Lehman Brothers, General
casos. 22% dos membros pertence tombem
ao Couficil for Foreign Rclztions. Várias American Lnveston (grupo Lehman. GoL
outras organizações américa emprcMirims daman. SkHsL o grupo Sullivtn Sc Ctom-
nas rclücioriflm-sé, do diversas formas c well c El Dupom de Nemours fgmpo Du-
graus, no CFEL Entre dos contam-se a Na- pam) +

121
113. SHOUP * MINTER op. «f* p. 97- R. Kimbcrly; Thomat D. Lumpklrv; Au
9. Em uma liira ande rnojirivim u fír- guitine R, Marusi; Rodman RockfcUer;
mu com quarto ou mais diretores ou só- Dan Scymour; ]oié de Cubai, presidente
cio*pertencem» «o CFR. Shoup e Minter do CLA: Hcnry R, Gcyelln, vice presidem
demonstraram que, ms setor industrial. a te do CLA; David Rockcfcller, presidente
US Sied tlnh* Smembro. Mobil Oi! 7 honorário.
membros, iStandard Oil Ne*' leraey 6. Vide o Apêndice F para informações so-
a IBM 6, i JTT 1* i General Electric 4 e bre o Conselho de Curadores. Achavam-se
i El dc Nemours 4 membros. No
Dupnn i
no s ta ff do CLA: Enno Hobbing vice pre*
f

setor dc bancos comerciais, o Chase Ma- lidente; Dr. Estcban Ferrer* vke- presiden-
nhittan Bank tmh* 3 membros, a |. P. vice-presidente e
te; Rali Brent, assessor
Morgan and Co 8. u Fim National City principal; Jay Kmghain, assistente executi-
Bank q Chemical Bank 7. « Brown Brx>
7,
vo;lim Morse, diretor acadêmico e rela-
then Hunmin and Co, 6 e o Bank of ções institucionais; MichêeL D, Milkt, di-
New York 4. Entre as companhias de se- fetor em Washington; Humberto Cortina,
guro a Equiiable Life contava com 9 mem- Lima; Herbert Muller, em Bue^
diretor ren
bros pertencem» ao CFR. a New York nos Aires e )ack E. Wyant, diretor no Rio
Life com Metropolitan Life 4 e a Mu-
3, a
de Janeiro. Este último fora funcionário dn
tual of New York 4, Quanto aos bancos
embaixada americana duranie a gesi&o do
de investimento, o Morgan Stanley conta- embaixador Lincoln G ordem no período
va com 6 membro*. o Kuhn. Locb 4 e o que precedeu o golpe dc abril de 1964.
Lehman Brothers 4. Além disso, deve-se
116, Por volta de £%6. dos 22 curadores
ressaltar 200 firmas amerttanu *ao
que
da Brookmgi Enifiluiion» 7 pertenciam ao
responsáveis por 75% de todo o investi-
mento estrangeiro Vide NEWFàRMER St CFR (12%)* tendo que 2 deles eram dire-
lo rei; dos 20 curadores da Rand Corpora-
MUELLER. op. nt. p 14b.
tion, 9 eram do CFR (45%) t 2 deles di-
1 14. SHOUP* MISTER, op. dL p.JTM. retora; ji o Irmiiuie f Ddtnce Angly- m
115. O executivo do CLA contava com 20 sis íínha* por volta dc 1969, um total de
diretores, dos quais dat pertenciam ao
22 curadores, sendo 9 do CFR (41%) e
CFR, sendo um deles diretor. Vide quatro deles atuando como diretores; 0
SHOUP * MINTER. op. dl. p. 72-4. Por Hudson Instítute, Í4 curadores. B dtb no
volta de (972, o CLA incorporara ao seu
CFR (579b) mas nenhum atuando como di-
Comité Orientador, entre outras, u se retor, isso por volia de 1970. O Council
guinlei figuras- Rtchãrd S. Aldrich, fack for Foreígn Relations se interligava tam-
D. NeaL Esiebtn A. Frrrer, Ejuio Hob- bém k Forrign PcJícy Aisocíation (74 dire*
bing. Htrben K. May. Michaef D. Müler, tofés. 31 no CFR) à Naiional Planmng As*
h

Riíf Brent, José de Cubas e Willian E- sociifÉon (19 no CFR), ao


diretores,
fl

Bariow. as quais ruperv Uionavam suas American Urúversitie* Field Staff (12 dire-
operações diárias. O Comité Executivo pa- tores. I no CFT) e * American Assembty
ra 1972, eleito pelo Quadro de Curadores, <20 diretores. 12 rio CFR)
compunha-se dc: WjJIiam Barfow, presi- 117, SHOUP it MINTER, op «Ü. p. 62.
denic do Comitê Executivo; John F. GalU- Cinco dos oito memhrut da Roekefcller
gher, vice-presidente feral e vke-preii- Commiision. estabelecida em 1975 para m
dente regional pira o meioocstc; Capitão vestigar as atividades domésticas ikgaii da
fohn W* Clark, vice-prai dente regional CIA, pertenciam ao CFR,
ptra o sudoeste; Alfred W. Eames, vice- III, Vkior MARCHpTTÍ * J. MARKS.
pmidrnie regional para oesie; Charles The CfA ortã th* cuit of imeiUgemce. New
f Zwick, vke presidente regional para o York, Knopf, 1974. p. 267,
sudeste; Willlam M. Hicfcey, secreLÍrip; 119* Aerograma do cônsul americano em
Joicph W. Webh, tesoureiro; Àlphoftic 5io Paulo ao Departamento dc Estado
De Rot», te toureiro- assistente; W. H. americano* em 16 de agosto de 196L p, 4.
Confcn; Dofiatd M. Cox; H&rfow W. Ca- Rd,: Congen A 404. Redigido por Datus C.
ge; Maurice F. CrcnviDe; John D. Harper; Propcr, encontra se nos Arquivos |FK NSF, P

Gilbert E. Jonri; Edgar F* Kaiser; fohn 120. Telegrama do embaixador Lincoln

122
Gordon ao Secretário dc Eslado amcrica- do Conselho Político, f um i mente com o se-

no, cm 9 dc abril dc 1963* Controle 7279- nador Joaquim Parente. Contavam-vc entre
POI% noa Arquivos JFK+ os assessores: o Coronel Adit ét Qftveíra,

121. Sobre Ivan Hasslochcr c a CPI, vide


Amónio Lcopoldino, Àímirante Aurélio
Linhares, o deputado Brígido Tinoco. Jo-
O Estado de São Paulo, 27 de novembro
sé Aparecido dc Oliveira, Gladstofic Cha-
de 1963, Enfcíalmcnie, rccebcu-sc apoio de
ves de Mdlo, General João Gentil Barba-
fontes variadas, tais como de Dom Helder
to, Hélio Cáisio Mun \i de Souza, José
Câmara,, Sérgio Macedo, Carlos Reis t
Cindido Moreira de Souza, |osé Imt Mo-
Francisco Lampreia,
reira de Souí* + o Capitio José Chaves La-
122. O Estado de São Paula , 10 dc tgos-
meirão (ativista do fracassado golpe de
io de my Jic a rtacafigiL José da Cosia Porta, o mi-
123. P, SCHMITTER. op. cit p, 278. nistro \oié Pereira Lira* o Major Leopcl-

124. (a) JoBo DÓR1À. ISAD: alienação dtáo Freire. Peter Murany* Vantiik L. da
da soberania nacional. Política e Negócios Nóbrcgi e os coronéis Salvador Corrêa de
t

São Paulo, s, cd. 1963, (Primeira parte),


p
Si e Walt cr Petacchi Barçctlos, O Corüítei
(b) Robiuson ROJAS, Estados Unidos m Menezes Cortes ajudava com soa perícia
Brasil. Santiago, Chile, Prensa Latinoame- organizacional, a maioria desses milhares
ricann, 1965. p. HL e empresários» associados Is associações de
ciasse }ã mencionadas e políticos profissio-
125. Philip AGEE, fnside the company .
nais* participariam inicial mente da estru-
Londoti* Pcnguin, 1975. p. 321, 603. 129.
tura do IBAB mab
urde, do 1PES* co-
e,
126. J, Knippcrs BLACK, op, cit p, 72, mo será demonstrado oportunameute. Ví*
127. José Arthur RIOS. Os grupos de de Carlos Castilho CABRAL, Tempos de
pressão na Guanabara, ln: CAVALCAN- Jânfa e outras tempos Rio de Janeira, Ci-
TI* T. & DCBNIC, Rcisky ed. Comporta- vilização Brasileira, l%2 p + + 199, 279*61,
mento eleitora! no Brasil* Rio de I&neíro.
Depoimento de Carlos Castilho Ca-
FGVi im, p. J4M9. iQit Aíthur Rios,
bral prestadoà CPI em 29 de agosto dc
professor de sociologia na Pontifícia Unb
vmíd&de Católica* era também membro
1965. Vide O Estado de São Paulo, 30 de
agosto de 1963.
do Instituto Nacional de Estudos Superio-
res —
IN ES e da SPLAN* umi afènci* 150. Moniz BANDEIRA. O governo...
técnica. Gabriel Chave* de Mello, irimio op. dl. p. 67*74.

de Gludsíone Chaves de Mello, diretor da 13L Outras figuras que também partici-
Ação Democrática, o jornal do ISAD, co- pavam da direção de Cadernos Brasileiras
ordenava também sua rede de rádio. Vide eram: Tose Ganido Torres. Afrànio Cou-
Plínio de Abreu RAMOS. Como agem os linho. Nuno Valioso, Luii Orlando Car-
grupos de pressão. Rio dc Janeiro, Civili- neiro e Guimarães Padilha
zação Brasileira, 1963. p. 54. 6C-2, 132. Vide (D PolUka e Negócios, SSo
128. O Movimento Popular Jânio Qua- Pauto. 26 de agosto. 196L p. 20, <b) P,
dros foi um dos canais mais significativos AGEE op, cit. p. 611 (c) José Arthur
para agregar diversos setores e indivíduos RIOS. 0p. cif, p. 149.

no apoio 1 candidatura de Jânio Quadros, 153- A lista de ativistas ou pessess reli-


representando uma chapa unificada de cen- cisnadas. bem como dos beneficiários t
tro-direita. O MPJQ
proporcionava uma lv receptores das virias formas dc ajuda, foi
fiação também com o voto popular. O che- extraída de documentos do 1PES, do
fe do movbncnio era o General Juarez Tá- ISAD e da ADEP, encontrados no arquivo
voru* da ESG, e Carvalho Pimo seu pre- do IPES, Rio. Outras publicações consul-
sidente honorário,
João Ribeiro Dantas, tadas (a) Knipper BLACK, op, crf. (b)
T.

diretor do Diário de JVotfràu. atuava ct> Elojr DUTRA. IBAD sig/o da corrupção.
me presidente do movimento; Arthur Os- Rio de Janeiro, Civilização Brasileira,
c ar Junqueira, secretário executivo; José 1963. (cj Edmar MOREL. O golpe come-
Aparecido de OÜveixâ, secretário político; çou em Washington. Rro de Janeiro. CivL
Prudente de Morais Neto* vice-presidente iiuçio Brasileira* 1965. (d) P. ACER. op.

123
,

cí/ ( (ei Píínio de Abreu RAMOS- Coma 137. fonge Oscar dc Mdlo Flores, IPÊS
agem às grupas de pressão. Ris de Jnnci- CE, Rio* VI de insio âc l%2, Garrido Tor-
rô. Civilização Brasileira, |%i. (0 Monix ra, JPES CD Rio* II de maio dc 1962.
BANDEIRA, op. cit. (g) John F. DUL- Reuniões conjtmiai de executivos consti-
LFS, Vpmt ui 8razi(: poUticolmitiiary tuíam um canal regular para coordenar a
çrisis J955-/fõ4 Ausiifl. Univ. of Texas estratégia política c a açAo» Nessas oca-
P ft$s, 15=70. {h) Joseph A, PAGE, The re- siões, Um Hasslochcr encontrava sc com
voíation íhm
huj : norfhecst Brazií
rte ver Gíycon de Paiva, com o General Goíbery
Í$5$ t964 r New York, Grosímart Publi- do Couto c Silva. José Rubem Fonseca,
shers* 19 72- Foram também consultado* o Dario dc Almeida Magalhães» Harold C
lorftd do Bmstl, o Esiado de São Pauh Palkmd e Gtfbcrl Hufecr Jr* t entre outros,
IJ562 a 1964} e o PoUtiea e Negócios os quais formavam parte da liderança do
(irn-mi}. 1PES- Vide as atai das reuniões do IPES
134. EElzabeth Carneiro Campos testemu- CE, 30 dc agosto dc l%2. O IBAD fun-
nhou frente k CPI sobre as atividades do cionava no número 271, da rua Marechal
IBAD e do tPES que Menezes Cortes es- Câmara» eparíameoto 80l t Rio de Janei-
ro. A Pr&motiott SA, funcionava no mes-
tava Ivan Ha^slocher, como foi
ligado a
publicado em O
Estado de São Paulo. 30 mo prédio.

de agosto de 1963. O grupo IBAD/ADEP/ 138. C HÀSENBALG & C. BR IG AG AO.


Promotioít $A. cstabdcccu também um« Formação doempresário financeiro no
poderosa rede de apoio na área rurrtl e Brasil. Dados* Rio de Janeiro Í8):fi|4,
nas capitais do none, nordeste t centro MJPERJ, 1971,
sul- Contavam-se entre seus associados e 139. Samuel FINER. Prlvaie indusíry and
patrocinadores, Fernando Costa dire- — poli tical powec- In: Ramxay Atuir lecture.
tor do serviço médico do l&AD no nordes-
Gr a -B retanha, Paít Mall Pamphlel, 1946.
te„ Salvador da Grasia Porto Alegre, — p. 19,
Ezequicf Meneies, AJcio Borba, Milton
Mota Fernanda e Homem Pereira to — 140. À- GRAMSCI. op. dl. p, 185,

dos do Ceará, Geraldo Alonso. Wober Lo 141. Entrevista com o Marechal Cordeiro
pes Pinheiro, Augusto Alvo Rocha. JJo de Fano*. no Rio de fanei ro em J 6 de Ju-
Fernandes Cosia e Francisco Dantas Gue- nho de 1976- Vide Cordeiro de FARJAS.
des —
iodos do Rio Grande do Norte. Or A segurança nacional no panorama mun-
lando Parajm, Antônio Corrêa Oliveira e dial da atuúUdade. ESG- Documento n. C-
Adeildo Cominho Beltrão todos de Per- — 01-61 p. 19-20, Falando â ESG. o General
nambuco, lb Gano Falcão e Everaldo Ma- Cordeiro dc Farias declarou que "Lado a
cedo de Almeida — de Alagoas, José Grr-
* ledo com chefes e oficiais das três forças,

gório da Fonseca — vke-prefeiio de Tris encontramos aqui civis» vitoriosos em suas


diferentes atividades, os quais, após um
Rim, vital centro operacional para o golpe
militar de 1964, e diretor do jornal local,
ano de trabalho em comum, devem partir
juntos, tendo em mente uma idéia clara de
o Correio 77immse. Kerman Nunes de
sua missão, qual seja, a de soldados côns-
Matos. Àudájio Antônio Cindido e João
Batista Teixeira Filho todos de Três — cios desta cruzada que »c apresenta como
implanuçio em nosso país dos postula-
a
Rios, Murilo Dantas, José Teixeira Macha-
dos de Segurança Nacional"» Apesar de re-
do, Edson Brasil e Francisco Cosia G*r-
conhecer que a ESG, tm sua curta existên-
cez — de Sergipe, e foío Mendes Nelo, cia, não tivera tempo bittanlt para “tov
Germano Machado, Oscar Cerdoso e Epâ- rfaendir o Brasil”, o General Cordeiro tle
minondas Moncorvo — todos da Bahia» Farias eslavn "convencido dc que tempo
135. Depoimento de Oscar Junqueira no virá, e breve» quando a ESG, cm decorrên-
CPI sobre o complexo JFE5/IBÁD. Publi- cia dos estudos que realiza, sem distorções
cado cm O Estado de São Pauto, 14 de dogmáticas mas, antes dc ludo, como Um
outubro de 1963, centro para debutes, marcará sua existêm
136. O CPI do IBAD. O Estudo de São cia tomo o Impulsionador de nossq pro-
Paulo 1963. gresso".

124
CAPITULO IV

A CRISE DO POPULISMO

Introdução

1
Este capítulo diz respeito h percepção que as frações econômicas dominantes
tiveram da conjuntura crítica do início da década de sessenta* Ele descreve tam-
bém os interesses c demandas conflitantes que foram Impostos ao sistema político
e ao regime populista por duas forças sociais fundamentais: os interesses sócio
econômicos multinacionais associados e as classes trabalhadoras mobilizadas, li*
deradas por um Executivo nacional-reformistas
O objetivo inicial dos interesses multinacionais e associados era o de com-
partilhar o poder com a convergência de classe populista que controlava o Estado.
Durante a presidência de Juscelino Kubitschek as companhias multinacionais con-
seguiram contornar os canais corporativistas de articulação de interesses sob a
forma de uma administração paralela, bem como promover suas demandas gerais
através de novas associações de pressão classisla. Ao mesmo tempo, elas apoiavam
a contenção das classes populares através de formas de limitada mobilização po-
lítica. O governo de Juscelino Kubitsçhek também deixou um espaço político para

a integração de certos setores das classes trabalhadoras industriais urbanas e a


satisfação das camadas intermediárias, permitindo a continuidade do controle
total das massas trabalhadoras rurais. Tal "conciliação" múltipla de interesses e
pressões diversificadas, como a que foi alicerce e expressão da administração de
fuscelino Kubitsçhek, não se repetiria após seu governo. De certa forma, o pe*
ríodo configurou-se como a mais efetiva expressão sódo-econômica e política do
populfsmo. 3 Porem, ao final da década de cinquenta, as incoerências estruturais
da convergência de classe populista começaram a aflorar*

1, O período de transição das táticas de lobhying ao governo

O governo populista ât fustelino Kubitsçhek, conduzido pelo PSD, chegou ao


seu íim em 1960* A candidatura de Jânio Quadros representou » última tentativa
eleitoral civil do grande capital para conseguir compartilhar o poder de Estado
com o bloco populista vigente. Durante a presidência de Jânio Quadros, o pacto
populista foi levado a extremos, reduzindo o espaço para conciliar as diferenças
entre os grupos dominantes.* Os interesses multinacionais e associados constituí-
ram, jtiniamente com o setor de agro-exportação, um bloco modetnizante^onser-
vador que tentou ganhar a presidência por intermédio de um tipo de populismo

125
udcnista, apoiado pelo PDC,
característico do próprio |lnio Quadros, Esse alinha-
mento relacionava-se tantoà política externa aberta de Jânio Quadros quanto ao
esforço para arregimentar as massas populares e racionalizar a economia.*
A máquina da LJDN conseguiu uma vitória de Pírro” sobre as forças do
'

PSD nas eleições de 1960, não unto cm decorrência do desgaste natural do par-
tido do governo anterior ou pela ação dos grupos econômicos dominantes, como
pela fascinação popular pela impressionante demagogia janista.* O estado de
espírito foi inteligentemente preparado por cartazes mostrando o símbolo de Jânio
Quadros, a vassoura, e sua intenção declarada de “varrer" o país- Surgiu assim,
por um breve período, um elemento de “cesarismo*’ eleitoral dentro do cenário
político brasileiro, com a figura de Jínio Quadros como ditador do campo de
batalha eleitoral. Enquanto esse último era eleito com sua plataforma, Milton
Campos, seu companheiro de chapa c jurista de Minas Gerais, considerado a
expressão de forças tradicionais que haviam dominado o pais, era rejeitado pelo
voto popular para o cargo de vice presidente. Ao invés disso, a vice presidência
ficou com João Goulart, candidato de uma coalizão de forças liderada peto PTB,
herdeiro político aparente de Getúlio Vargas, eleito maciçamente por seu posi-
7
cionamento público distributivo e reformista.

Q companheiro de chapa de João Goulart, Marechal Henrique Teixeira Lotl,


candidato a presidência apoiado pele PSD, foi derrotado. Pela terceira vez conse-
cutiva desde a experiência com o Marechal Eurico Gaspar Dutra, que se tornara
presidente após a queda do Estado Novo, os brasileiros negavam a presidência u
um oficia! militar.' O veredicto das umas mostrava que a população brasileira,
quando consultada, apoiava uma combinação de reformas populares sociais, de
desenvolvimento nacionalista e de austeridade e eficiência administrai! vas. Essa
combinação de demandas estava longe da ordem econômica vislumbrada pcíoj
interesses empresariais multinacionais e associados e da noçio de “progresso'*
internalizada pela classe média alta.
Contudo, não tardou a se lomar evidente que outras forças e diretrizes polí-
ticas semovimentavam encobertas pef» retórica janista. Logo após sua eleição,
Jânio Quadros recebeu do CGNCLAP um importante documento. Sugestões pura
uma política nacionat de desenvolvimento? O documento exigia a reafirmação do
papel da empresa privada e do capital estrangeiro no planejamento do desenvol-
vi mento, o controle da mobilização popular e da intervenção estatal na economia,

a redefinição das funções do Estado, medidas contra a inflação e uma readequa-


ção da administração pública. O documento foi entregue ao presidente por Enêas
de Almeida Fontes e Jorge Behring de Mattos, líderes do CONCLAP, com o apoio
de J. A. Bezerra de Medeiros, Paulo Ferraz, Lair Bocaiuva Bessa, J, B. Leopoldo
Figueiredo, Lauro Carvalho, A. Xavier da Silva, Oscar de Oliveira, Hamilton
Ferreira, A. Ribeiro Neto, A. J. Ferreira Dias, M. Mitcíadcs Sá Freire de Souza
c Nei Lauda. As diretrizes políticas sugeridas pelo documento inspiraram o go-
governo de Jinio Quadros e seriam mais (arde princípios básicos do programa
das classes empresariais em sua campanha contra |oio Goulart.
Jânio Quadros compôs um Executivo que satisfez as forças sócio- econômicas
modemizante-conservadoras. Importantes grupos econômicos multinacionais c as-
sociados, influentes associações de classe empresariais, membros da CON5ULTEC
ç o núcleo da ESG foram incluídos cm seu ministério, na administração pública c
ocuparam os postos de comando dentro da hierarquia militar. A administração
paralela de juscelino KubUschck lomavasc governo com Jânio Quadros.

J26
Incluíam-se cm seu ministério: Cltmeme Mariani {Banco da Bahia, Light S,A.
— grupo Morgan), Ministro do Tesouro; Arihur Benwdes Filho (The Royal Bank
of Canada, Westtngbouse — grupo Mellon o Banco do Comércio), Ministro da
Indústria e Comércio; Waiier Moreira Salles (grupo financeiro-industrial Moreira
Sallcs* ligado ao grupo RcckefdlerL embaixador do Brasil nos Estados Unidos;
Oscar Pedroso Horta {grupo Mellon), Ministro da Justiça; Francisco Carlos de
Castro Neves {FIESP), Ministro do Trabalho, e Caio Mário da Siíva Pereira, cx-
advogado da Hanna Mining c que se tomou Consultor Geral da República. * 1

Também compunham a administração o empresário Joio Baptista Leopoldo Fi-


gueiredo (membro ativo das American Chambers of Commerce e líder do CON-
CLAP) designado para a presidência do Banco do Brasil, c o empresário Paulo
t

Ayrcs Filho (membro ativo dá FIESP e das American Chambers of Commerce),


para a direção do mesmo banco, A administração contou também com a experiên*
cia c ássessoria dos empresários e teerto empresários: Lucas Lopes, J. L. Bulhões
Pedreira (coordenador da Comissão de Asscssoria Técnica do presidente), Octávio
Gouveia de Bulhões, José Garrido Torres t Roberto de Oliveira Campos {que
atuou também como embaixador itinerante), iodos des membros da CÔNSUL-
TEC O governo de Jânio Quadros foi apoiado miUiarmente pelos fundadores e
t

ideólogos da ESG, Coronel Golbcry do Couto e Silva. Chefe de Gabinete da


Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional (auxiliado pela Tenente
Heiior de Aquino Ferreira, pelo Tenente-Coronel Mário Andreazza e pelo Tenente-
Coronel João Baptista Figueiredo, sobrinho do presidente do Banco do Brasil e
filho do General Euclides de Figueiredo), Tentmc-Coronel Walter Pires de Car-
valho c Albuquerque, do Serviço Federal de Informações c Contra-informações
— SFIC1, General Cordeiro da Farias, que presidiu ó Estado Maior das Forças
Armadas, auxiliado pelo Coronel Ernesto Geísel como chefe do Serviço de Infor-
mações do Exército e comandante da guarmçiCHchave sediada em Brasília, 11
[Jânio Quadros contou ainda com o apoio do General Orlando Gdsel* da ESG
e do LBAD, irmão dc Ernesto Geisei e que se tomou Chefe de Gabinete e Chefe
de Estado Maior do Ministro <!a Guerra, Marechal Gdílio Denys, do General
Idólio Sardenberg, presidente da Petrobrãs, e do General Ademar át Queiroz,
comandante da importante guarnição da Vila Militar do Rio de Janeiro, O General
Ademar dc Queiroz lomou-se também o subcomandanie do Estado Maior do
Exército Qutra característica desse período foi a colocação em postos<bave de
comando ou de formação de opinião de outros oficiais que apoiavam Os líderes
dc direita das Forças Armadas e favoreciam medidas fortes contra a organização
política das forças populares. Assim, o General Hugo Panasco Ãtvim tomou-se
assistente da E5G o General João Punaro Btey, do IBAD, tomou-se diretor do
f

Serviço Social do Exército, o General Siíeno Sarmento (lacerdista) foi indicado


Comandante da Polícia de São Paulo, o General Inácio Rülim, do IBAD, tomou-
se diretor do Clube Militar, o General Pedro Geraldo de Almeida» esguiano» foi
escolhido Chefe da Cüsa Militar do Presidente* o Brigadeiro Carlos Alberto Huel
de Oliveira (ESG), diretor da Escola da Aeronáutica, o Brigadeiro boiar Brasil
(IBAD), comandante do Estado Maior da Aeronáutica, ü Brigadeiro Cíóvis Tra-
vassos (ideólogo geopolítíco da E$G) diretor da Aviação Civil, t o General Décio
(

Paímeiro Escobar {IBAD) foi designado para o Departamento de Provisio do


Exércho. Ao indicar o Marechal Odílio Dcnys Ministro do Exército, o Almirante
Sílvio Hcck Ministro da Marinha t o Brigadeiro Gabriel Gmn Moss* do IBAD,

127
Ministro cia Aeronáutica, Jânio Quadros coiOOu seu apoio militar com os líderes
de direita das Forças Armadas.
O governo de Jânio Quadros expressou bem a nova relação das Corças sociais
c grupos econômicos de poder em asccmáo, ao passo que suas diretrizes políticas
compatibiliza vam-se com as recomendações de grupos de interesses empresariais. * 1

Não foi por acaso que ele se destacou posinv amente entre os governos eleitos de*
pois de 1945 na opinião dos oficiais da ESG. Ele se mostrou aos olhos do grupo
da ESC como "a negação da demagogia c\ consequentemente, do populismo;
apesar de ter sido ele mesmo um populista, arriscou suas oportunidades elcilOrais
contra os herdeiros da getulisma, contra a esquerda e a demagogia governamen-
14
tal *\ Essa visão correspondia à do iccno-cm presa rio Paulo Ayrcs Filho, para
quem "A eleição de Jânio Quadros para presidente, no fim de 1960. podería ter
fortalecido a posição democrática no Brasil em decorrência de sua visão correta
dos problemas brasileiro*. Ele se dispunha a estabelecer um regime dc austeridade
c autoridade na administração pública, a racionalizar as atividades governamentais
t lutar contra a inflação. Ainda mais. ele havia conseguido um apoio popular
sólido que lhe outorgava autoridade inquestionável sobre todos os grupos sociais
c políticos, apesar dc não haver sido apoiado em sua campanha pelo Partido
Comunista (que apeiara o Marechal Lon)*V'
Transcorridos os primeira* meses do governo de [inio Quadros, tornou-se
claro que seu "populiimo udenista" nao conseguiria produzir as medidas de
crescimento dismbytivo esperada» pelas forças populares. Jàruo Quadros havia
herdado tanto uma economia enfraquecida em parte pelas diretrizes políticas de
Jyseelino Kubitschek de promover um crescimento "acelerado”, quanto uma bu
rocrada c vícios administrativos populistas que se tornavam cada vez mais ina-
dequados â* necessidades do bloco multinacional e do grande capital local. Ura
relatório da Embaixada Americana que trazia uma analise dc Herberi K. May,
adido da Departamento de Finanças, concluía que o Banco do Brasil praticamente
não possuía dtvivas estrangeiras, ç que o governo dc ]usceUflQ Kubhsehek havia
‘“esgoiado todos os recursos 'éticos' e ‘não-élicos' de que dispunha para cobrir o
déficit da balança de pagamentos, permitindo que esse deixasse o cargo no dia 11
de janeiro com as finanças em aparente liquidez". " Um legado de problemas
1

aguardava Jânio Quadros incluindo a inflação que se tornava incontrolávd, a


estagnação agrária dificuldades na balança de pagamentos, bem como a exaustão
do mercado de consumo dc bens duráveis que beneficiava a cbsse média alta. ,?
O cenário económico complicou-se ainda mais em decorrência de aconteci-
mentos dc natureza política. Sob a presidência de Juscdino Kubibchefc, o complexo
sindical petebista havia sido uma parte ambígua da estrutura dc autoridade, já
que podia*sc dizer que o PIB havia sido criado pelo Estado c os sindicatos haviam
sofrido expurgos durante a administração do presidente Dutra. Mus, a partir da
11
revogação dos “atestados ideológicos dc 1951, u natureza da liderança dos sin-
dicatos começou a mudar, apesar dc ter-se passado algum tempo antes que essas
mudanças se expressassem em organizações nacionais, Por intermédio do patrocínio
ativo de João Goulvri, vice-presidente de juicdino Kubitichek, as novas forças
ideológicas começaram a obter expressão orgxm/acíonal. Em 1956 ê 1957 reali-
zaram» congressos trabalhistas nacionais em categoria» específicas. Em 1958,
realizaram- *e ccrca de doze encontros estaduais de trabalhadores, numero este
que subiu a quatorze em 1959 c dezesseis em 1960, Nessa época, congressos nacio-
nais de líderes sindicais já haviam recomeçado sua atuaçáu a partir dc onde haviam

128
parado treze anos untes, com a diferença de que agora os congressos se reorga-
nizavam cm meto a umu dasse trabalhadora industriai que havia se multiplicado
e que sc achava relatívameníe concentrada cm termos regionais/* O incipiente
movimento sindical começou a entrar em sírios atritos com certos aspectos da
estrutura síndica! vertical, reduzindo as condições que haviam permitido a mani-
pulação da massa,
O movimento sindical havia se tomado, aos olhos da comunidade empresa-
rial, um fator de desorganização no momento da ascensão de Jânio Quadros h
presidência, pois certos sindicatos e líderes sindicais exigí am uma mudança social.
Ademais, os rcpreseniamcs de interesses multinacionais associados e do comércio
agro-exportador que haviam apoiado Jânio Quadros, mas não Joio Goulart, acha-
vam-sc bloqueados em decorrência de m& involuntária coalkio governamental
com o PTB, a qual foram obrigados a aceitar por força do resultado das eleições,
Eles foram incapazes de formar um governo empresarial estável, coibidos pela
crescente participação popular na política. Além disso, Jânio Quadros sofreu uma
resistência ativa por parte dc setores oligárqnicos dentro do PSD e de outros par-
tidos menores, tendo também de enfrentar conflitos de poder dentro dos próprios
partidos que o apoiaram, o que gerou dificuldades para seu governo junto ao
Congresso. Q seu fracasso em corresponder às crescentes expectativas da classe
média, juntamente com inadequações burocráticas, também dificultou ao Executivo
a realização dm reformas exigidas pela grande comunidade industria!. Tik re-
formas envolviam sacrifícios das classes trabalhadoras e fortes limitações eco-
nômicas c políticas a setores oligárquicos tradicionais, bem como a interesses
industriais locais de porte médio.
Os interesses multinacionais e associados tornaram-se cientes da impossibili-
dade dc conseguirem o necessário reajuste extensivo da economia ç da administra-
ção demro de uma sociedade "p^f*hsta* e de um sistema polírico eleitoral. Tal
p

sistema, apesar de restrito, era aberto a interesses e pressões conflitantes que, se-
gundo a política comum do papulísmo, deviam ser parcialmeme conciliados”
fâirio Quadros tentou contornar a estrutura populista, primei ramente através dos
famosos "bilheiinhos" que visavam a minar os baluartes políticos e burocráticos
da ineficiência t os interesses tradicionais, e mais tarde através de uma audaciosa
e aventureira manobra político militar.

Em
agosto de I9ó( após um efêmero governo de sete meses, Jânio Quadros,
,

baseando-se mais em seu suposto carisma c menos numa efetiva autoridade, re*
nunciou, na esperança dc conseguir um mandato bonaparlista-civil por intermédio
de um retorno ao governo ouvindo os apelos das classes médias. Ele também es-
perava o respaldo de empresários e 0 apoio resoluto dc uma coalizão militar, que
o capacitariam a impor soluções econômicas e políticas às demandas conflitantes*
E acontecia enquanto seu vice- presidente sc achava conventememente em
isso
missão dc boa vontade e comercial na China. Nem s maioria dos empresários
nem seu próprio bloco partidário estava pronto a apoiá-lo. Nem mesmo seus pró-
prios mmi&tros-chavc, Denys, Heek e Grun Moss, estavam dispostos a assinar em
branco um tal cheque político para uma figura errática e excêntrica como a de
fanío Quadros/* Ele nao foi reconduzido ao governo. Houve, inclusive, uma ex-
trema indiferença popular quanto a seu destino político. Com sua renúncia, o
campo polílico encontrou-se mais uma vez amplamente aberto. Á contraditória
fórmula popuírsta-udenista do bloco modernizame-conservador desorganizou-se,
com os flancos do regime aparentemente abertos a um Executivo nacionalista-

129
reformista. Inesperada mente, João Goulart tomou-se presidente, contrariam ente
às expectativas dos empresários multinacionais e associados, bem como da es-
truture militar de direita.Com a ascensão de João Goulart ao governo, o bloco
multinacional associado, que estava na iminência de perder sua posição econô-
mica privilegiada, preparou-se paro restringir as demandas populares e reprimir os
interesses tradicionais pela imposição de meios extra políticos, 11 Os interesses
multinacionais e associados começaram a articular um bloco civil-militar de ten-
dências cesarUfas que, no fim. tanto subverteria a ordem política populista quanto
2
conteria as aspirações nacionahrefonrnísfas/

2. á Ascnuio de um Executivo nacional-reformista

Após a renúncia de Jânio Quadros, a ascensão de João Goulart à presidência


foiquase impedida por uma mal preparada manobra militará À tentativa de
evitar que Joio Goulart tomasse posse foi travada por um bloco de poder popular,
do qual participavam $ burguesia industrial de porte médio, os setores agrários do
sul do país t políticos tradicionais que se opunham às demandas dos militares da
ESG c aos interesses multinacionais e associados.' 4 Chegou-se a um acordo, fjxan-
do-se a presidência a um programa de inspiração pessedista e impondo-se um
regime parlamentar que, efetivamcnie, limitou o poder de João Goulart.
25
A es-
trutura populista logrou êxito em sua tentativa de refrear João Goulart e em con-
ter 0 bloco modemÍEanie-conservador! que começou a procurar outras soluções
para o impasse.
Apôs o fiasco do golpe de 1961 e favorecido pelos ressentimentos populares
expressados naquela conjuntura política, surgiu um novo equilíbrio de forças so-
ciais; • partir daí, o Executivo de João Goulart foi capaz de tomar um rumo na-
cional-reformista, apoiado pelas classes trabalhadoras mobilizadas contra o que
cada vez mais parecia ser a formação de um bloco de poder UDN-PSD. Joio
Goulart livrou-se da camisa-de-força parlamentar em janeiro de 1963, quando o
Brasil voltou ao regime presidencial, regime este liderado por um bloco de poder
que visava uma sociedade pluralista.'* Durante esse processo de volta ao regime
presidencial, a incipiente crise de hegemonia dentro das classes dominantes for-
nou-se nítida, refle* indo-se parcial mente na dificuldade sempre maior de se con-
seguir formar ministérios viáveis/*
Emsuas tentativas de levar o governo brasileiro a trilhar um caminho nacio-
nal -reformi st a, foão Goulart procurouum apoio mais abrangente do que o das
forças populares em geral. Q posicionamento nacionalista-reformista foi também
favorecido pela pequena e média burguesia industria] local que visava a atingir
mercados de baixo poder aquisitivo, bem como pelo setor agrário que produzia
gêneros alimentícios para o mercado interno* Esses setores temavam, por inter-
médio de um apelo nacionalista e reformista junto à massa, alargar suas bases
sociaispor razoes económicas próprias, Eles sentiam a pressão do caráeer con-
eerciraçiomstado processo de expansão capitalista no Brasil, o que estimulava a
deterioração dos salários reais das classes trabalhadoras urbanas. Por outro lado,
O consumo de bens duráveis produzidos pelos novos setores industriais (auto-
móveis. aparelhos eletrodomésticos), era assegurado por esse mesmo caráter con-
centracionísta da economia, assim como pela formação muito difundida das novas

130
ocupações tipicamente classe média que serviam à nova estrutura de produção,
ou seja, à burguesia tecnoprofíssional. 3-
Ao tentar reorganizar a correlação das forças econômicas dentro das classes
dominantes, os setores industriais e agrários já mencionados quebraram objetíva-
iraeníe a convergência de classe populista tradicional, assim como seu marco ideo-
lógico-institucional/* A tentativa de se reconstituir o sistema e regime político
brasileiro envolveu então a composição de um novo bloco de poder agrcnndustrial,
apoiado pelas dosses trabalhadoras urbanas e pdo campesinato mobilizado* Esses
interesses econômicos visavam a atingir o poder do capitai rans nacional e asso-
t

ciado, n controlar os empreendimentos agro-exportadores e os setores mais re-


calcitrantes da oligarquia ruraI.
M Esse bíoco modemizamc reíormísta de interesses
agro-industriais encontrou sua expressão política no Executivo pctebista de folo
Goulart. Ele ganhou ainda apoio de facções dissidentes da UDN* do PSD c do
PDC* Foi também apoiado por novas organizações nacional kgais, como a Frente
Parlamentar Nacionalista — FPN, assim como por um heterogêneo dispositivo
popular-militar nacionalista/ O bloco nacional-reformista encontrou expressão
1

tnmbém no apelo carismático e ideologicamente discrepante de figuras políticas


populares como Francisco JuliSo —líder das Ligas Camponesas do Nordeste*
Mauro Borges — governador do Estado tipicamente agrário dc Goiás* do jorna-
lista Neiva Moreira, Leonel Brizola —governador do Rio Grande tfo Sul* Sérgio
Magalhães — líder nacionalista das classes médias, Almino Afonso* Miguel Ar-
raes e Mnx da Costa Santos, O novo bloco de poder teve ainda o apoio de inte-
lectuais dc prestigio internacional como, por exemplo, do antropólogo Darci Ri-
beiro, do economista Celso Furtado* do pedagogo Paulo Freire e do sociólogo
Josué dc Castro, que foram de certo modo "comandantes" ideológicos, mas sem
um exército político efetivo subjacente suas declarações.
Algumas das medidas tomadas pelo governo de João Goulart, e que distin-
guiram o seu bloco de poder dos governos populistas anteriores* agitando vtü-
lentamente os interesses multinacionais t associados, foram/* a lei restringindo
a remessa de lucros pelas companhias multinacionais às suas matrizes* o que* de
certa forma, impedia a saída maciça do capital/* Essa medida implicou também
um controle mais rigoroso das atividades do capital fransnacional no Brasil, reti-
rando-lhes os extraordinários privilégios concedidos em grande parte durante a
administração de Juscelino Kubitschek e de Jãmo Quadros. A partir dessas cláu-
sulas, o capital estrangeiro e o capital nacional seriam tratados em igualdade de
condições. O capital estrangeiro foi definido como os bens* maquinário e equipa-
mentos que entrassem no Brasil destinados à produção de bens ou serviços sem
as despesas iniciais de cobertura cambial, bem cómo investimentos com dinheiro
em espécie introduzidos para atividades econômicas. Os novos regulamentos exi-
giam que todo capital estrangeiro que entrasse no país fosse registrado na SUMOC*
assim como toda repatriação de capital e remessa de lucros, dividendos* juros*
amortizações, royúlties e pagamentos por assistência técnica. O registro do capital
devia ser fetto em moeda corrente do país de origem. Qualquer depósito no ex-
terior devia serdeclarado sob pena de ser considerado ilegal, com processo cri*
minai instaurado imediatamente contra as partes inadimplentes. Foi outorgado à
SUMOC o poder de controlar as operações cambiais externas. Bancos pertencentes
a nações que impunham restrições a bancos brasileiros nio podiam deter mais de
30% das ações com direito a voto dos bancos nacionais. A remessa anui! de
lucros não podia exceder a 10% dos investimentos líquidos registradas. A ttr

131
messa que ultrapassasse essa percentagem seria considerada repatriação de capital,
num máximo permitido de 20°o anuais. Lucros acima desse limite seriam consi-
derados capital suplementar c não poderíam ser remetidos, devendo ser reinves-
tidos tio DrasiL

As limitações das remessas de royullies forçaram as companhias multinacio-


nais a fazer exataroente o que haviam evitado durante os períodos de fusceltno
Kubitschek c Jânio Quadros* ou seja, investir capital no país pelo fato de terem
de reinvestir seus próprios lucros* ' A administração de João Goulart tentou tam-
3

bém conseguir o monopólio estatal da importação de petróleo e desapropriar as


cinco refinarias privadas do Brasil, assim como rever as concessões de mineração
dadas às corporações multinacionais, Na frente trabalhista, ela tentou reajustar
os salários mínimos, reajustar o poder aquisitivo dos trabalhadores c empregados,
estabelecendo uma política de controle de preços e supervisionar a distribuição
dos bens básicos dc consumo. Foi decretado também o primeiro t tímido estágio áa
Reforma Agrária. Essa reforma visou a desapropriação, com compensação prévia
e de áreas não cultivadas localizadas a curta distância de ferrovias e
efetiva,
rodovias. Q
governo objetivou também controlar e limitar o redesconto bancário,
junto a outras medidas para combater a especulação financeira; quanto A dívida
externa o governo objetivou reescalonar o seu pagamento renegociado com os
países credores. Tais medidas forçaram a comunidade financeira dos Estados
Unidos a aceitar as mesmas condições que os credores europeus, Além disso, o
governo de Joio Goulart* seguindo as diretrizes iniciais de Jânio Quadros, fíxou
uma linha política independente para o Brasil dentro da Organização dos Estados
Americanoi, da* Nações Unidas e outros organismos internacionais. 3 Finalmente, *

João Goulart propôs uma reestruturação do sistema tributário baseado na taxação


da renda, uma reforma eleitoral dando a analfabetos e soldados o direito a veto
e concedendo novameme a sargentos a elegibilidade ao legislativo* bem como uma
reforma do sistema educacional estendendo seus benefícios às classes populares.
Em outras palavras, seu programa era sem dúvida reformista, favorecendo a par-
ticipação popular*

3. A crise político-econômica da papullsmo '

A industrialização capitalista, que fora financiada pelas políticas inter-rela-


cionadas de associação a capital estrangeiro* 4 e de aumento constante da explo-
ração da força de trabalho, viu-se imedralamenie ameaçada pelo Executivo nacio-
nal-reformista e seu programa de desenvolvimento.” Ademais* a política de
expansão que havia impelido o crescimento económico em fins da década de cin-
qiienta começou a titubear em princípios ds década de sessenta no marco de uma
capacidade extrativa decrescente. Ao mesmo tempo* a inflação, que havia sido
mecanismo importante para a industrialização, achavam fora de controle. Em
uma espira] dc preços que subiam, de inflação c de demandas salariais crescentes,
o que estimulou a especulação e investimentos a curto prazo em busca de altos e
imediatos retornos* o planejamento relevante a médio prazo e fl eficiência admi-
nistrativa foram prejudicados* E mais, a inflação teve um duplo efeito negativo
na renda das classes médias. A inflação diminuiu sua capacidade de consumir
bens duráveis, afetando princípalnttfiíe os interesses multinacionais e associados
que operavam nesse setor, A inflação prejudicou também 0 potencial de poupança

132
das classes médias, afetando recursos que esperava-se fossem captados por inter*
médio de bancos privados e agências estatais para o financiamento da industriali-
zação privada.
A forma existente de acumulação, que gerou extrema concentração dc ri-
queza, baixa capacidade de emprego e baixos salários, estabeleceu entio pontos
dc estrangulamento sócío-econômicos regionais. Esses fatores resultariam em uma
instabilidade política que reforçaria a atitude cautelosa da classe empresaria]
quanto a investimentos extraordinários ou h expansão de seus negócios. Essa ins-
tabilidade reforçou também entre as classes empresariais u sensação de que acordos
CÍvlMnstitucionaU eram insuficientes e incapazes de conter o nível crescente de
luta de classe. Além disso, os fortes golpes desferidos pelio governo contra os
privilégios do capital estrangeiro contribuíam para uma redução do já baixo
investimento multinacional e para uma atitude apreensiva por parte do grande
4
capital. * A situação agravou-se para o bloco multinacional t associado quando o
governo começou a se preocupar em melhorar as condições de vida das camadas
populares, bem como em implementar uma distribuição mais equitativa dos níveis
crescentes dc produtividade resultantes das mudanças tecnológicas do final da
década dc cinqüenta. Tentou-se uma distribuição de renda através de aumentos
salariais u, indiretamcnte, através da alocação de uma parte maior dos recursos
públicos para a educação gratuita, para os serviços de assistência médica gratuita,
para a habitação c transporte público. Q governo implementou também uma polí-
tica de controle de preços sobre bens de consumo, ao mesmo tempo que tentava
controlar os lucros desmedidos das companhias multinacionais em áreas vitais
como u de produtos farmacêuticos, Agindo contrariamente às diretrizes anteriores
dc industrialização, que beneficiava a expansão de corporações multinacionais
fornecedoras de um reduzido mercado de alto poder aquisitivo, o governo na-
cionabrefonnista objetivou redirecionar o tipo de produção, principalmente pro-
dutos alimentícios, vestuário e aparelhos eletrodomésticos básicos* Conseqüente-
mente, as indústrias de porte médio e os setores agrários, que produziam bens
básicos de consumo para um grande mercado de baixa renda, foram estimulados.
Parecia aos interesses multinacionais e à classe média alta que a fase política e
económica "fácil” do chamado processo de substituição de importações havia
esgotado tanto as suas possibilidades sódo-econômicas quanto as político-civis*
Em decorrência, a economia brasileira esíava-se tomando o que foi chamado por
analistas de direita um "sistema político preto ri ano" e uma economia de recursos

escassos", um eufemismo para as condições políticas t económicas adversas aos


J*
interesses multinacional -associados e às demandas das classes médias,
A relativa desaceleração do acentuado aquecimento econômico do período
dc Juscetino Kubitschek evidenciou-se por intermédio de vários fatores, como a
redução dc investimentos cm setores dc proa (bens duráveis de consumo)* i di-
minuição na demanda de bens intermediários e de capital, o enfraquecimento de
investimentos púbiícõs nos setores multinacionais e a desagregação do ciclo de
4*
demanda interindustrial,

Às empresas estatais responsáveis pela produção e administração de setores


de infra-estrutura, como petróleo, aço, eletricidade, portos, transporte e constru*
11
ção, foram as primeiras a decair. Assim, do Estado como em-
a "ineficiência
presário e empreiteiro tornou-se nítida a seus oponentes* Foitambém no setor
público que muitas greves foram feitas e onde algumas das demandas políticas
melhor articuladas vieram à tona. Imciou*sc uma espiral viciosa de greves das

133
classes trabalh adorai e de descontentamento das d asses médias. Ao diminuir "o
1
ritmo de desenvolvimento' tanto os dasses trabalhadoras quanto o governo viram-
,

se sob um forte ataque da mídta e da opinião pública definida a partir dos inte-
resse* das classe* médias, ataque este habilmente regido pelas classes dominantes.
Ideologicamente, as alternativas delineavam-se d aramente para o bloeo popular
e também para as classes dominantes; o estatismo nacional-reformista ou o capital
oligopolista multinacional- assoei ado, A estrutura sócio-econômieo e sua adminis-
tração populista e o Executivo nacional-reformista foram considerados fenômenos
equivalentes ou interligados c condenados publicamente pelo bloco de podei mul-
tinacional e associado. Diretrizes políticas redistributivas foram rotuladas de "ro-
mânticas", enquanto que a nacionalização, as medidas estatizantes e a produção
socialmente orientada foram taxadas de ineficientes.
0 grande capital exigiu a ''estabilização” da economia, compreendendo priti-
ci pai mente um controle rígido de salários, medidas para diminuir a inflação e
cortes nas despesas públicas pura serviços sociais. 0 grande capital requereu
também a reorientaçào de diretrizes econômicas favorecendo uma concentração
de renda, Essas medidas favoreciam o crescimento das classes médias como uma
faixa consumidora no ciclo de demanda interindustrial, ao invés de melhorar as
condições de vida das classes trabalhadoras. Tencíonou-se criar um dinâmico
mercado de capitais, possibilitando as companhias multinacionais a penetrar nas
carteiras de ações de companhias locais e a começar um novo estágio no processo
de absorção sob a denominação eufemística de ''democratização do capital", A
bolsa de valores tomar-setia também um meio eficiente de se conseguir recursos
das classes médias, que deveriam ser estimuladas a investir suas poupanças atra-
vés de mecanismos instituídos pelo governo. As indústrias de porte médio, favo*
recidas pelo governo de Joio Goulart, seriam excluídas em nome dos padrões
enunciados por tecno-empresários de "eficiência" do grande capital que conde-
navam não somente a* empresas menores como também o seu mercado de consumo
específico. Uma arrecadação compulsória sobre a renda das classes trabalhadoras
por meio das agências estatais seria também usada como fonte de acumulação de
recursos para a capitalização privada.

A industrialização capitalista, do ponto de vista dos interesse* multinacionais


e associados, só poderia prosperar sob a bandeira de uma ordem administrativa
de inspiração empresarial e de segurança política, Para as classes dominantes e
seus intelectuais orgânicos, a luta de classe dentro de um sistema de formulação
de diretrizes política* e tomada de decisão internacionalizadas deveria ser circuns-
41
crita a limites nacionais seguros,

Linhi* conhecidas dc argumentação enfatizaram a "crise econômica” do


período e a "exaustão” do estágio de substituição de importações da industriali-
zação, Ê interessante observar que, além desse* argumentos, as classes dominantes
perceberam a atuação de outro* fenômenos evidenciado por Ro-
sociais. Isso foi
berto Campos. Em uma análise preparada para a reunião ministerial de 4de junho
de 1964, ele explicou que, “cm particular, a paralisação do desenvolvimento em
1963 foi conseqiiéncifl de fatores climáticos e sócio- polí ticos"/ 7 Entre os fatores
político-institucionais, Roberto Campos apontou os seguintes;

a) "a tensão
política constante criada pela desarmonia entre o Executivo
Federal de um
lado e o Congresso Nacional c governos estaduais de outro, que
levantaram suspeitas quanto às intenções eonlínufelas do presidente João Goulart ;

134
b) a tendêrtcia estatizame que ameaçava investidores privados;
ç) a infiltração coíiiunisifl que ameaçava subverter a ordem social e eco-
nômica e
d) a paralisação sucessiva da produção pelos líderes grevistas, frequente*
mente com objetivos políticos dmos'7*

Era óbvio que, em meio a lais condições políticas, seria muito difícil asse*
gurar um planejamento econômico Yálida, bem como acuradas projeções da pro-
dução, e empregar a capacidade de acumulação e arbitragem do Estado cm favor
da comunidade empresarial.* Uma outra fase da “substituição de importações*'
4

estava em perspectiva. Com eía vieram as pressões para se substituir o governo


por um regime capaz dc impor um consenso entie o capital e obter o consenti*
mento dos trabalhadores/*
O
significado das reformas econômicas, sociais e políticas empreendidas pelo
bloco de poder Ót foio Goulart foi, primeiramente, indicar que o presidente e
seu Executivo estavam* objetivamente, desvencilha rcdo-se do passado populista
que reconciliara m
várias frações das classes dominantes e manipulara as classes
trabalhadoras. Havia um posicionamento claro contra várias frações e setores das
classes dominantes em favor da participação dos trabalhadores industriais urbanos,
bem cúmo em Em segundo lugar, o
favor da mobilização das massas rurais.
da esfera de influência do capital transnacional em de-
Brasil estava*sc afastando
corrência das medidas internas de controle das operações das corporações multi-
nacionais c dc uma política externa que se afastava do alinhamento hemisférico
automático, mais ainda do que nogovemo de Jânio Quadros, Em terceiro lugar,
houve um efeito digno de menção, 0 bloco de poder de Joio Goulart tentou
moldar um Estado que desempenhasse nao somente um papel nacionalista, papel
este que o Estado havia representado durante os governos anteriores tm disso-
nância com seu caráter real, mas também funções distributivas e desenvoMmen-
t Exatamente nas circunstâncias em que o aparelho estatal tinha de provar
is tas.

a realidade dc sua suposta autonomia relativa* o que se revelou, no entanto, foi


uma inerente ç encoberta sujeição ao capital, contra os trabalhadores, O caráter
át classe do Estado, em contraposição às concretas diretrizes nacional- reformistas
âú governo, nio podia mais ser dissimulado* Suas funções políticas e econômicas
ficaram a descoberto perante amplos setores do público. Ao forçar as instituições
políticas, militares e burocráticas do Estado a se alinharem com uma parte das
forças sociais conflitantes, a verdadeira natureza das relações sociais no interior
da forma de domínio populista ia tomando-se aparente. As relações de classe
perdiam o seu caráter não-político/* Após o marcado período de atritos do Es-
tado Novo, iniciava-se o primeiro confronto bem definido entre as classes traba-
lhadoras e o aparelho político das classes dominantes.
A mobilização popular autônoma começou exercer pressão sobre as estru-
toras ideológicas dominantes, revelando a crescente defasagem entre d discurso
1
nacional ist a-reformista e sua intemaiizaçlo peias classes trabalhadoras/ elevando
o nível da luta de classe/* Com a ruptura da forma populista de domínio** o
bloco oligárquíco-mdusirial compreendeu que estava perdendo politicamente o que
já havia perdido economicamente, isto é, a liderança dos acontecimentos. A in-
satisfação se espalhou no interior do bloco oligárquico- industrial, alienando o apoio
empresarial e político-militar que havia sido dado a Joio Goulart, debilitando
assim suas bases de poder, O resultado desse processo foi que e aspecto dc ínsu-

135
,

laridade do Executivo viu-se reforçado, deixando-o dependente dos trabalhadores


11
mobilizados, que permaneceram a única e incerta "massa de manobra polílica
do governo. À percepção da possibilidade de um Executivo relatwamcnlc autô-
nomo que fosse capaz de reunir sob seu comando os classes subordinadas ou*
pior ainda, que fosse influenciado por elas, propiciou uma reação política do
conjunto da classe dominante.

4. A percepção da crise de autoridade

O “normal" do domínio político na fase "clássica" do regime po-


exercício
pulista, de 194$ a 1960. caracterizou-se por uma combinação de pluralismo e li-
mitação, força e autoridade, coerção e consentimento, Esses elementos sc equili-
braram de várias fornias durante as sucessivas presidências, sem que a força
substituísse o consenso, como viria a acontecer no regime autoritário militar
pós- 964
i
v
Porém, até o início da década de sessenta não houve nem um con-

sentimento hegemônico nem um pluralismo democrático, já que as classes domi-


nantes proscreseram o Partido Comunista, intervieram c expurgaram os sindicatos,
deixando ainda maís de do eleitorado privado do direito dc sufrágio 'èní
decorrência do seu analfabetismo. Apesar dessas limitações políticas, o populísmo
foi incrementado de tal forma que a força das classes dominantes parecia em
geral apoiada pelo consenso da maioria do público com direito a expressão e
voto. de cenfro-díreiu foram capazes, por certo tempo, de expressar
Pari idos
demandas populares, enquanto o PTB apresentava algumas das reivindicações do
povo.
Entre o consenso t a força encontravam-se formas políticas comiptas e frau- ,

dulentas: o pekguismo, o coronelismo, o paternalismo, dientelismo, protecionismo


e o apadrinhamento. Essas relações políticas de domínio foram instrumentais
1

no rápido processo dc industrialização de Juscelino KubítscheJt e |ãnio Quadros,


período no qual o exercício da hegemonia foi difícil. Medidas restritivas e coerci-
tivas achavam se na base do que era de faio um regime político autoritário, apesar
dc ser liderado por civis, e que usava a força cautdossmcnte, Essas formas car-
tonais c patrimoniais de domínio expressavam as tentativas do bloco dc poder
dominante de desarticular as forças sociais antagônicas por intermédio da absor*
ção de seus líderes e da desagregação de suas bases populares, deixando os líderes
alienados da sociedade e as bases populares sem orientação.
Como já foi visto anlerionnente, durante o perfodo janista-janguista intensi-
ficaram-se as clivagens sócio-económicas e políticas no interior das classes domi-
nantes. A articulação de interesses dessas classes fragmentou-se e o exercício da
hegemonia tornou-se difícil, senão impossível, em lermos empresariais. As difi-
culdades foram traduzidas pela crise de autoridade e dissolução do regime presi-
dencial, pela crise de insubordinação populista e pela ascensão das "massas pera
3
si"? Mas, até João Goulart assumir a presidência, foram percebidas somente ma-
1

nifestações "teatrais do fenómeno. '

O significado c extensão da crise de autoridade e a desintegração dos canais


institucionais e ideológicos de controle, bem como a incapacidade do sistema
partidário existente de desviar o descontentamento popular não passavam desper-
cebidos aos modernízan te-con se rv adores. flascando-se em
intelectuais orgânicos
uma das pesquisas mais abrangentes da sociedade brasileira c seu processo eleitoral
coirelíitQ,bem como em uma minuciosa análise ún eleições nacionais de 1960,
usando dados comparativos de eleições anteriores, Paulo de Assis Ribeiro, do
escritório técnico CBP, e uma competente equípc de especialistas, observou que
os pré-requisitos funcionais dos partidos políticos deixavam de ser satisfeitos
cada vez meís ampla e frequentemente, que normas sociais enfraquecíamos e que
idéias políticas já há muito consolidadas achavam-se ámeaçadas* Á relevância
>

desse estudo foi que ele expressou a consciência cole ti va do bloco de poder multi-
nacional e associado quanto à situação trflica do início da década de sessenta.
Esse estudo não foi uma análise *x-po$l fado. Ao contrário, ele foi elaborado
coma sinal ât alarme indicando às classes dominantes que o sistema eleitoral e
institucional achava-se, a médio prazo, bloqueado para seus interesses.
Tal estudo sobre o comportamento dos partidos, alianças partidárias e sobre
a composição das chapas eleitorais revelou claramente aos intelectuais orgânicos
modemizante-conservadores que o número de partidos registrados nas eleições
1
de 1962 (13 partidos "nacionais* ), por eles considerado excessivo, anulava a
sua função de reunir o povo ao redor de uma nomeação, programa ou doutrina.
Os partidos de centro e de centro-direita, que haviam até então proporcionado
ao bloco de poder oligárquicoindustriil uma articulação semi competitiva de inte-
resses e uma agregação de pressões, falhavam naquilo que Roberto Campos havia
considerado como característica principal de uma associação política: "unir
aspirações, formar lealdades ao sistema, disciplinar o protesto e regularizar a
transferência de liderança".* A insuficiência do sistema partidário foi marcada
4

por sua composição setorial e faccionária com as alianças de somenos importância


e conflitos internos bizantinos que impossibilitavam qualquer açlo norteada por
uma visão global e • longo prazo, 1* Algumas vezes, o que havia sido coordenado
11
a nível nacional mostrava-se conflitante em âmbito local, Segundo o estudo de
Assis Ribeiro, que enfocou singularmeme os partidos de cenmxíiteitâ, não se
exigia jjcoerência de doutrina entre o candidato e o partido. Após sua escolha,
o candidato considera va- se livre de qualquer promessa prévia, tanto em relação
ao partido quanto ao eleitorado que o havia escolhido. Os mandatos eram consh
derados patrimônio pessoal. Alianças entre figuras importantes ou Facções dentro
dos partidos .não se formavam em decorrência de afinidades ideológicas. O motivo
que determinava alinhamentos partidários, alianças facckmírias e acordos de
grupos era de ordem pessoal ou baseava-se em cálculos contingentes de natureza
oportunista. Os candidutos
de certos partidos pertenciam u diretorias distritais
e mesmo Em eleições importantes, os candidatos prati-
regionais de outra partido*
camente não se relacionavam com o partido sob cuja legenda haviam feito sua
própria campanha. Os candidatos eram escolhidos c apoiados por uma variedade
de alinhamentos, cuja composição ligava-se h área estadual que eles formalmente
representavam (c que anulava efetivamente seu caráter nacional). Isso levava a
uma enorme confusão na propaganda eleitoral, assim como a contradições entre
os níveis municipais ou estaduais de representação e o nível fcderaU” Uso signi-

ficava ao mesmo tempo uma perda de expressão política em termos de partidos,


uma falta de programas partidários em âmbito nacional e uma falta de formulação
de diretrizes políticas n longo prazo- pelo contrário, o que se viu foram conflitos
regionais de poder que se expressavam em alinhamentos instrumentais de curto
aleimec, Além disso, o estudo de Assis Ribeiro mostrou que a prática vigente de
elinhü mentos corrompia o sentido de todo e qualquer programa partidário e, com
31
excessão do PSD, UDN
c PTB, negava a dimensão nacional de outros partidos.

137
Outro ponto significativo parn o bloco multinacional c associado para o qual
o estudo de Paulo de Assis Ribeiro chamou a atenção foi o fato de que mesmo
havendo crescimento acentuado do poder econômico das regiões do sul do país,
os centros financeiro-industriais urbanos permaneceram com uma representação
nio consoante com o seu poderio/* Estabelecendo suas premissas em uma espécie
de "raisort d'économie'\ a equipe de Assis Ribeiro concluiu, ao examinar as áreas
de concentração ao redor do Rio e São Paulo, que a população responsável por
mais de 2/3 da renda nacional não possuía poder político para escolher 1/5 dos
representantes, ao passo que cerca de 12% da população brasileira, responsável
por aproximadamente 40% do produto interno, não se achava representada nem
por 10% do Congresso,** Em contraposição ao domínio econômico do grande caph
tal,os interesses industriais locais de porte médio e os setores agrários controla-
vam uma parcela menor da economia em relação à época do Estado Novo* en-
quanto acumulavam uma maior liderança política, em notável assimetria com sua
base econômica.* 1 Os interesses olígárquico-industriais economicamente subal-
ternos conduziam o país. ao passo que o capitai transnacíonsl tentava traçar o
curso da economia (em 1963, São Paulo, centro dos grupos oligopoltslas finan-
ceiro-industriais, produziu 37,2% do ingresso da renda industrial da federação).
Tal sub-representação política dos interesses multinacionais e associados, bem
como sua incapacidade de direcionar o sistema político t de modelar, sem que fosse
questionado, o corso de desenvolvi me mo contribuíram para impelir uma ação
extra partidária do bloco multinacional c associado.
O estudo de Assis Ribeiro mostrou também a existência de um processo de
"pulverização de partidos" que, juntamente com candidatos que se afastavam dos
programas de seus partidos e a subsequente necessidade forçada de se formarem
3
alianças de conveniência e alinhamentos a curto prazo,* levavam à formação
de conglomerados políticos heterogéneos e instáveis» Nesses conglomerados preva-
leceu a linguagem crua das cifras esvaziando assim as tradicionais conversações
e conchavos de governadores e líderes partidários. Além disso, parecia crítico
o fato de que, junto a esse processo de decomposição partidária de centro-
direita, houvesse um crescimento consistente do PTB em detrimento do PSD e
da UDN, polarizando opiniões políticas pela introdução de questões ideológicas,
ao invés de assuntos mera mente convenientes à sobrevivência política do partido
11
e seu candidato.
O
estudo dc Assis Ribeiro chamou a atenção para a tendência existente entre
o eleitorado de aíastar-sc do espectro político. O
declínio e a insuficiência
dos partidos tradicionais como mecanismos de controle social e mobilização dirigi-
da tornavam-se evidentes** Essa tendência foi confirmada por uma análise da
percentagem de votos obtidos pelos partidos majoritários em três eleições para o
Congresso, o que é ilustrado na Tabela 10.
Assim, os três maiores partidos, que haviam obtido em 1945 78,7% dos
votos, receberam, dezessete anos mais tarde, somente 38,9% deles, enquanto
aüançes partidárias obtinham 41%. Por outro lado, o número de votos em branco
subm de 468.000 (4,8%) em 1954 para 2.149,111 (15%) cm 1962.**
Ainda segundo o estudo, a fragmentação ideológica partidária foi também
salientada peta divisão interna dos partidos de ccniro-direita, representando um
esforço frustrado de "adaptar tais partidos ou certos grupos dentro deles a novas
demandas do eleitorado”.**

13S
Tabela 10

% de votos % de votos % de votos


obtidos obtidos obtidos
prio PSD pela UDN pelq PT B

1945 424 264 1<M

1954 22.0 13,6 145

Í962 15,6 tu 124

Outra questão importante levantada no estudo foi que o complexo de varíi*


veis pesquisado apontava para uma oscilação relevante nos padrões de voto do
eleitorado em direção ao PTB, num primeiro estágio
*7
Num segundo estágio
observa-se um movimento do eleitorado para outras formações políticas com uma
definição mais nítida em direção à esquerda, Para esse eleitorado* os citiaís naturais
eram a recém-formada Frente Parlamentar Nacionalista” e o ainda ilegal Partido
Comunista.” O estudo mostrou ainda que as organizações políticas com tendências
nacionai*reformis!as causavam marcante impressão no eleitorado, com uraa pola-
rização concomitante da política* levando à formação de amplas frentes parlamen-
tares qtie rapidamente aumentavam seu prestígio e importinda. Dois blocos
interparüdários surgiram: a Frente Parlamentar Nacionalista —
FPN, e a Açio
Democrática Parlamentar —ADF. Tíí À formação desses conglomerados de repre-
sentantes de vários partidos era um indício do enfi aquecimento ideológico de
alguns deles e concomitatitemente uma redístribuição e «orientação politico-ideo*
lõgícas de importantes figuras públicas e grupos. A formação dessas duas frentes
revelou nio somente o declínio do alinhamento PSD/PTB (e o pacto de domínio
do Qüal faziam parte), mas também o eclipse da oposição udemsta e a impossibi-
lidade de uma aliança P3D/UDN ser bem sucedida por si própria.

Oque parecia ainda perturbador à oligarquia rural. aos empreendi mentos


agro-exportadores e aos interesses multinacionais t associados era a capacidade
demonstrada pelo bioco nacional-reformista de alcançar formações mais complexas,
politizadas e definidas ideoíogiça mente sofrendo um ataque da direita em escala
nacional* confirmando assim as tendências expostas no estudo 4t Assis Ribeiro.
A Frente de Mobilização Popular —
FMP foi estabelecida como um bloco extra-
par lamentar organizado a nível nacional, dirigida contra o abuso econômico trans-
nacional, as restritivas estruturas cHgárquicas rurais e a organização administrati-
va, cultural e social populista. A FMP* embora pareça paradoxal* baseou sua seio
em alguns dos tradicionais mecanismos de autoridade, tais como as arraigadas
lealdades locais e regionais e a política personalizada. A intensidade do imnacto
da FMP decorria de sua composição como o mais amplo leque nacional de forças
políticas dç orientação ponular atingidas alé então, A FMP incluía a Frente Parla-
mentar Nacionalista, as Ligas Camponesas e os sindicatos rurais, o Comando
Gerai dos Trabalhadores —CGT, o Pacto de União e a Açao Sindical PUA, —
a União Nacional dos Estudantes —
UNE # a Ação Popular —
AP, de orientação

139
1

católica, lendo ainda o apoio de oficiais militares nacional-reformistas c do ilegal


1
Partido Comunista/ Para as forças dominantes tomar-se-ia imperativo bloquear
a consolidação da FMP.
Ootra observação significativa do estudo de Assis Ribeiro referia-se a orna
consistente perda de controle sobre o voto rural, minando assim o baluarte
pessedísta/ Demonstrou também que um voto potencial dos analfabetos tendería
firmemente para a esquerda, observando que a concessão do direito de voto
aos analfabetos representava uma séria ameaça aos partidos do ccmro,
:>
O estudo
assinalou que os analfabetos ou pessoas recém- alfabetizadas votariam com a
esquerda, reforçando a tendência geral do eleitorado de se afastar dos grandes
partidos de centrei Ficou claro que a possibilidade de uma rápida alfabetização
dc um grande número de pessoas, apesar de ser um fato discutível do ponto cie
vista de planejamento educacional permanente, poderia ter consequências políticas
imediatas, O estudo observou também que se o método Paulo Freire fosse adotado
cm larga escala no nordeste, o aumento na percentagem de eleitores politizados,
apesar de superFiciaimente alfabetizados, perturbaria scmmcnlc as relações parti-
7
dárias existentes.
Ai conclusões políticas globais a serem extraídas do exaustivo estudo de Assis
Ribeiro eram bem óbvias, O sistema político imperante c as classes dominantes
em seu conjumo enfreniavam uma crise básica. As dasses subordinadas conseguiam
flanquear a estrutura autoritário-corporaiivista/ Mas em razão da natureza de
1

sues atividades, expressadas antes de mais nada em termos sindicalistas, as classes


subordinadas não foram capazes de fomentar uma crise orgânica das estruturas
4

de domínio/ Cornudo, foi justameme essa irrupção de atividade política no inie-


rior das classes subordinadas que impeliu o embaixador Lincoln Gordon a
denunciar a agressão interna" de maiorias organizadas cm sua palestra na ESG
'
fl 1
'

em 1962; '"Não existem provas em todas as partes dc uma sistemática infiltração


comunista nas universidades e nos grnpos estudantis, nos sindicatos e nos meios
dc comunicação, no serviço público t nos partidos políticos?”"
A fragilidade política e ideológica da sociedade civil oUgárquicG-industrial
populista'* parecia ião intensa que as classes dominantes atribuíram, ao que era
relativamente um baixo grau de participação e mobilização política/* um sério
potencial de ameaça, rufiei eniemcnte severo para reunir a burguesia numa ação
agressiva,ou no que foi por das qualificado de golpe deFensívo. Esse sentimento
dc insegurança das classes dominantes foi externado per José Ulpiano de Almeida
Prado, membro da grande burguesia agroindústria] integrante do Conselho vde
Associações Comerciais do Estado de São Paulo e militante representativo dos
em sua campanha contra o governo de
intelectuais modernizante-conservadores
João Goulart. Almeida Prado preveniu que '*o Brasil está atravessando um mo-
mento dc profunda gravidade, no qual a aceleração de seu desenvolvimento eco-
nômico está sendo travada por poderosas forças de desorganização 1 ’.^
A mobilização de massa era basicamente '"inorgânica", No entanto, a passa-
gem dc anonimato para a identidade, do estágio econômico corporativo para
um estado de consciência polítka de classe, embora mediado por pdegos e somen-
te em forma incipiente através dos intelectuais orgânicos das classes trabalhadoras,

já apresentava os "problemas do papel do sindicato perante o Estado e o Partido,


os problemas da relação entre o sindicalismo e & sociedade política”,* Ademais, 1

os novos níveis de mobilização popular coincidí ram com a falta dc consenso


no seio dss classes dominantes, onde o bloco muitinacional-assocíado agia poliu-

HO
cimente contr* as classes governamentais tradicionais para destituída* de seu
1
poder de Estado.'* Esse ataque bifrontal* contra a estrutura política e sócio-
econômica populista favoreceu a in sul aridade em expansão do Executivo petebisia-
reformista, uma autonomia que as classes dominantes brasileiras nunca haviam
14
permitido antes e nao permitiriam novamente nesse específico momento histórico,
O que estava se tomando a questão política crucial era o fato de que o popu*
listnõ cra transformado em meio a essa luta de classe, passando de uma forma
de manipulação (articulação de consentimento) para uma forma de participação
(expressão de demandas), para a qual os novos centros de ação política, atém dos
partidos tradicionais, podiam apelar.** Ademais, foi através da própria estrutura
política e do tegumento social-populista que as forças sociaii trabalhadoras urba-
nas lutaram para se tomar uma classe política. Foi no curso desse processo que
vieram i tona os limites históricos e deficiências políticas, ou u posições necessa-
1
riamente "economicmas" * das classes trabalhadoras e sua liderança estabelecida.
Foi somente quando o populísmo se tomou uma forma de participação que
deflagrou a crise. Tal ocorria à medida que o populismo perdia uma parte subs-
tancial de seu caráter manipulador e os político* tradicionais perdiam o controle
dos sentimentos populares. As premissas ideológicas do pacto de domínio que
assumiam o povo como ator central começavam a ser cobradas política mente e e
discurso ideológico dominante começava a ser implementado pela pràxis política
das classes subordinadas. Tal ruptura político-ideológica continha em si a ameaça
de subversão denunciada pelo conjunto das classes dominantes e suas camada?
1

auxiliares.A esses acontecimentos relacionava-se a denuncia da ‘irresponsabilida-


de" de loão Goulart. Ele, o grande proprietário de terra e político formado dentro
dá trádíçlo populista, fot condenado peU burguesia como traidor de sua classe.
Iniciou-se um amplo ataque ao popuJismo, 0 emeente descontentamento
político quanto às condições sócio econômicas dás classes trabalhadoras, bem
como as novas demandas do grande capital, forçaram-nas à ação política, exacer-
bando a luto por sua vez, tornando-sc um importante fator na
dc elusse c,
" recessão" de 1%V' A
T
que se desencadeou foi travada a nível das relações
Luta
de produção da base industrial urbana e dos serviços públicos, repercutindo na
estruiura das relações sociais de domínio, As massas trabalhadoras urbanas de-
nunciaram o pacto populista; elas nao participavam dos lucros que advinham do
aumento de p^odutjvidüde c sentiam também a deterioração dc seu nível anterior
,li,

dc participação na renda nacional global ” O efeito dt tal deterioração havío


sido obscurecido pclu intensa migração da massa rural pura áreas de trabalho
e para ocupações urbanas que proporcionassem uma melhoria relativa em suas
condições de vida ™ O uumentü da taxa de exploração só foi detido quando os
1
trabalhadores começaram a se valer de seu poder político.* As lutas reivindicató*
rias unificaram as classes trabalhadoras. Empregados públicos e privados e traba-
lhadores rurais uniram suas demandas ás dos trabalhadores industriais.

À pequena e média burguesia condenava o pacto social populista por ter-se


"esgotado" e por seu clima dc desorganização. A burguesia profissional, os qua-
dros médio e superior das Forças Armadas e a tecnoburocracia condenavam*no
em decorrência de uma relativa depreciação em seus salários c uma crescente inse-
gurança em seu status* que eles consideravam ameaçado pelo crescente
1

movimento dc massa c a incipiente agitação nos baixos escalões de suas respecti-


vas hierarquias, Umo grande parte dessa agitação era fomentada por agentes
provocadores de direito, agindo com o intuito de causar um confronto decisivo

141
1
entre o governo e as forças populares* A
oligarquia rural temia uma mobilização
das massas camponesas e se sentia aterrorizada pelo fantasma da reforma agrária;
a burguesia agrária registrava o impacto das pressões sobre o comércio c temia
que seus rendimentos fossem utilizados como subsídios para a industrialização
local que necessitava de capital A burguesia financeiro- industrial sentia a ameaça
lançada pdas classes trabalhadoras, cada vez mais inquietas c organizadas, «
1
seus entrincheirados privilégios/ Ás várias frações e setores das classes domi-
nantes mo ve ram- se em direção a uma reconciliação política quanto a suas deman-
das conflitantes, reagindo firmemente e de forma unificada â "emergência da so-
ciedade de massa", o que a totalidade das classes dominantes percebia como sendo
13
a erosão da ordem capitalista, Os políticos não chegaram a rejeitar as regras
do pacto populista que proporcionava o terreno no qual eles existiam, mas corv
denavam o governo por ter inutilizado a ação política de rotinízação c conciliação
dos partidos ao permitir que as classes trabalhadoras fossem mobilizadas além
de seus meios tradicionais de controle, A radicalização da crise, isto é, sua (rans*
fomaçao em uma crise de domínio, provocou significativas mudanças no universo
ideológico das Forças Armadas em direção a uma atitude intervencionista respon-
dendo a disposições constitucionais e, consequentemente, dentro do que era con*
siderado um marco "legal"- Oabandono de posições leais ao governo e ao próprio
presidente por parte dos oficiais militares, bem como a generalização da atitude
intervencionista** dentro dos altos e médios escalões, dependiam de vários fatores.
A intervenção raükar dependia do grau de manipulação e controle que os oficiais
exerciam sobre os escalões inferiores e sua capacidade de manter uma unidade
políticooperarional quando em ação. A
maior parte dos militares das Forças
Armadas, que amerionneate só contemplava a disputa político-ideológica entre
as facções nacional refonoísla e desenvoIvímeiitisto-aHoejadA, agora proem-
va aíiyamènte ou em sua maioria aprovava a formação de um Estado Maior
aníipopulisia, a do momento cm que suas prerrogativas c seus valores
partir
organizacionais eram atacados, O estímulo imediato para a ação veio de sus
percepção do nível de "deterioração" corporativa t organizacional c de um declí-
nio em seu próprio padrão de vida material. A intervenção militar foi descrita,
conduzida e percebida como uma "açio salvadonista" legitimada pela doutrina de
segurança nacional disseminada em grande parte pela ESG/ E mais ainda, uma
1

grande parcela dos militares sentia que o governo deixara de se comportar ade*
qu ada mente, em termos constitucionais ** justificando sua própria intervenção
como sendo "dentro dos limites da lei".
Com do bloco histórico populista, outro problema
a desagregação política
significativo apareceu: a convergência de dasse que havia controlado o Estado
e dominado a sociedade teve de reconhecer a sua perda de poder, ou ser conven-
cida de que não mais possuía o controle. Classes, frações e blocos nao conseguem
ser homogêneos por um tempo indefinido e sua queda constitui mais do que
um problema de "decadência política ', O estabelecimento de um novo bloco de
1

poder multinacional dentro do Estado não foi um fenômeno mecânico. Nio foi
também uma mera "reflexão” de uma situação econômica, mas uma verdadeira
iniciativa de classe.” O golpe final contra o popylismo foi descarregado por uma
política de desestabílízação, pela açao em grande parte encoberte da burguesia
contra o Executivo e comra as organizadas classes subordinados, A ação delibera-
da da burguesia envolvia a resolução de uma dualidade problemática; a constitui-
ção de um novo sistema hegemônico ou dominante (um Estado em formação),

142
capai de liderar economicamente* mas não de governar* junta-
inicial mente
mente tom a edosio de uma triw de domínio político, d«d obrando-se assim
uma situação favorável para a afirmação política de novai forças sociais. O bloco
de poder multinacional-associado emergente afirmar-se-ia. inicitlmeTiie. criticando
'cicntificamente ' as diretrizes políticas dó bloco histórico populista e envolvendo
1

• opinião publica em uma cruzada contra o "caos e estagnação, corrupção e sub*


versão*?*
A vanguarda da poderosa coalizão burguesa antípopulista e aniipcpular*
localizada nos vários escritórios de consultoria, anéis burocrático-empresariais,
associações de classe dominantes c militares ideologicamente congruentes, bendi-
ciando-se do apoio logístico das forças transnacionais, transformou-se num eçniro
estratégico de ação política, o complexo IPES/EBAD. funtamente com fundadores
1
'** representando o
e diplomados da ESG* ele estabeleceu a "crítica das armas
momento político- militar da ação burguesa de classe. As classes capitalistas se "uni-
ficariam" sob uma única liderança —
o complexo IPES/1BAD —
no Estado
-

Maior da burguesia, como também agiriam sob a bandeira de um único partido


de ordem* as Forças Armadas. A crise de autoridade orgânica e de hegemonia
política seria resolvida por um golpe preventivo empresariaimililar que visava*
nas palavras de um dos líderes, "a golpear o dispositivo adverso antes it seu
desembarque"* 1 **
Guando a intervenção militar se efetivou, em resposta à incapacidade civil
de resolver a crise que destruía o regime político tal como havia sido definido
pda constituição de 1946, o que aparentemente se deu foi um momento histórico
dc Bonapartismo clássico, Mas seria somente um momento* e como tal enganador,
nu desdobrar dc um procedo determinado pe\a disposição das forças política»
em seu conjunto As forças que impeliram o que midalmenic parecia ser um»
ação Bonaparmta eram muito mais complexas e consolidadas do que era aparente
de imediato c sua razão dc ser ia bem mais além dos chamados modelos novos
de organização militar e mobilização ideológica, ou do folclore de manobras
políticas de elementos civis de importância competindo pda presidência, O fato
dc muitos civis e militares considerarem o golpe apenas como uma efêmera
intervenção das Forças Armadas nas atividades do governo e não como a tomada
política da máquina do Estado assinalava a extraordinária capacidade do bloco
multinacional e associado de articular frações e facções variadas acima de suas
diferenças específicas* bem como acima e além de sua própria compreensão do
processo, intervenção militar assumia sua função ideológica de arbitragem
numa sociedade apresentada como "infestada" pelo "caos e a corrupção’', de fato
escondendo seu duplo significado: um de movimento de classe, estrategicamente
preparado c cuidadosamente desenvolvido em direção a uma contenção das forças
populares* e o outro de ser uma manobra política de uma fração dominante ten-
lando subjugar as forças sócio*econômicas populistas e seu bloco dominante clU
gãrquico. Por intermédio da intervenção militar, o bloco dc poder multinacional-
associado emergente elevava o nível c a qualidade da luta de classes* impondo
soluções próprias para a crise* controlando o sociedade política e produzindo um
realinhflmento nas relações de domínio através dc uma forma de governo militar
'*
auloriiáim Ao proteger a burguesia através de sua ação moderadora' \ os militares
mostraram a sua própria essência: o poder dc classe preparado previomente no
interior do Estado. O '‘Bonapartismo comiilucionar " dava lugar a um “poder
11

dirigente" á paisana.

143
Conclusão

f
A interação entre os interesses contraditórios e as demandas simultâneas do
capital trBiwntcionai e classes trabalhadoras subordinadas produziu o crítico
cenário político do início da década de sessenta, levando à perda de coesão do
bloco histórico populista, 101 Sua crise sc expressava em dois momentos inter-
relacionados no encadeamento de grupos sociais dominantes, subalternos e subor-
dinados, O primeiro momento consistia na incapacidade do bloco do poder gover-
nante de manter a correlação existente entre as classes dominantes e subordinadas
dentro dc condições dc relativa estabilidade, Nâo sendo capaz de promover mu-
dança social isto é de fixar limites sócio-econÔmicOs e realinhar parâmetros
, t

político-ideológicos, o bloco de poder governante permitia que uma crise político-


institucional sc desenvolvesse, o que afetava a economia brasileira. O segundo
momento consistia na incapacidade do bloco populista governante de perpetuar
sua posição hegemônica dentro do conjunto das classes dominantes, isto é, os
interesses oligárquico-industriais eram incapazes de derrotar ou controlar as tenta-
tivas das forças sócio-económicas multinacionais e associadas de levar a efeito
uma reanículaçío de poder, Essa situação equivalia a um impasse cconÔmico-
10
produiívo, marcado por uma crise de domínio político, * Tal crise se tornou
orgânica 1 * 1
quando os efeitos de mudanças econÓmíco-produ toras que ocorriam
com intensidade crescente a partir de meados da década de cinqüenta foram
traduzidos pira a política por duas forças sócio-económicas fundamentais, os
interessej multinacional -associados e as classes trabalhadoras que passavam por
um processo de intensa polítizaçlo, Essas mudanças levaram a uma confrontação
ideológica e política das classes, tomando-se a crise da forma populista de domínio
em princípios da década de sessenta.
A crise de domínio polirico aconteceu como a combinação de:
o ritmo cambiante de luta de desse e os novos níveis da organização
a)
política dei classes subordinadas. Tais acontecimentos precipitaram uma crise
institucional que induziu e formação de uma frente burguesa movendo-se rapida-
mente e objetivando esvaziar de forma decisiva o incipiente movimento das
classes trabalhadoras-
b) o desafio ativo ao sistema 'e regime político-populistas, ao Executivo
nacional-reformista e ao emergente movimento das classes trabalhadoras, desafio
este proveniente do bloco de poder multinacional e associado. A crise do domínio
político foi então realizada pda açlo vigorosa e deliberada do bloco de poder
multinacional, da qual nem a estrutura populista governante, nem o Executivo
nacional-reformista e nem aj classes trabalhadoras puderam defender-se
A crise do poputismo originou-se e desdobrou-se no âmago do conflito de
classe e da luta de classe, afetando i integração da sociedade e desafiando a auto-
ridade dos classes dominantes etn seu conjunto. A
incapacidade do regime popu-
lista de Impor sua direção ideológica (ético-política) era, em última instância, a

incapacidade da aliança no poder dc superar por sí mesma suas próprias contra-


dições exacerbadas. Chegou -se uma conjuntura histórica onde um conflito
triádico tomou-se um conflito díídico, Este conflito triádico compunha-se de:

1) um bloco histórico populista versus um bloco de poder multinacional


e associado emergente;

144
2) um bloco hislÓríco populista versus classes subordinadas c um bloco
pOpulartrabalhísta;

5) um bloco de poder muliinaeional-assodado versus classes subordinadas.

Q resultante confronto dládico entre a classe dominante como um todo t


as classes subordinadas foi entendido como uma confrontação somarem entre
a elite e a massa, capaz de transbordar os Limites sistêmicos precisamente porque
1511
as classes dominantes se achavam bifurcadas. As classes política e economica-
mente dominantes possuíam somente uma aspiração em comum, quase um truísmo,
qual seja a de permanecerem dominantes. Confrontadas peta militância das classe»
trabalhadoras urbanas c rurais, cias se viram nos tentáculos do dilema populistas
reforma social ou acumulação privada. A comunidade dos interesses dominantes
sentiu &c ameaçada pda ação de setores da burguesia industrial que caminhavam
cm direção a uma reformulação do pacto populista, tendo de enfrentar a crescente
autonomia relativa do Executivo nacional-reformista apoiado por seu bloco popu
lar-trabalhista Incapaz dc encontrar expressão administrativa e soeiil adequada
.

para seu crescimento, a burguesia multinacional e associada procurou novas formas


de ação política e contenção sociaL Ás frações mais esclarecidas da burguesia
previram a necessidade de conter i&nto o despertar popular quanto o que equivalia
a um “fnmilísma imoral" por parte de grupos ühgérqiiieos e o incipiente bloco
agmíndustrial, considerados grupos de demandos restritas e que egomica mente
desorganizavam a comunidade de interesses da burguesia Como foi observado
pelo líder empresarial Paulo Áyres Filho, "Os capitalistas da América Latina
demoraram multo a entender que estavam mortalmente ameaçados em duas
10 1

frentes. Uma vez que o fizeram, porém, sua reiçio foi forte e eficaz' ?

A crise política deu origem a uma critica sócio-histórica fação político-


ideológica c militar) bem como
ao estudo do período, tendo como objeto de
análise grupamentos sociais mais amplos do que meras figuras polítkas de proa
e personalidades públicas, A crise política levou também ã compreensão das
irredutíveis contradições estruturais do Estado capitalista cm sua forma populista
pela vanguarda civil c militar do bloco empresarial modernizante -conservador.
Isso significava que as ideologias empresariais e a doutrinação política conver-
giam para o ponto no qual o entendimento das necessidades de mudança seria
traduzido cm ação política, enquanto que forças políticas tradicionais tentavam
ainda sohreporse aos conflitos básicos, mantendo-os dentro de certos limites
históricos que haviam sc esgotado. À cúpula dirigente do bloco histórico populista
tentou ultrapassar esses limites, não entendendo que se aproximava dos períme-
tros políticos do sistema existente ao contrário de recomeçar a agir dentro de
áreas aceitas dc manobra, confundindo as dores do nascimento do capital mono-
polista com os derradeiros espasmos do populísmo oligérquico- industrial. Assim
cia abriu os flancos para a coerente e viável estratégia de domínio político-militar
do Complexo IPES/IBAD, que, como Estado-Maior da burguesia multinacional-
associada desenvolveu uma ação medida, planejada e calculada que a conduziu oo
poder,

O complexo IPES/IBAD, assunto dos próximos capítulos, marcou a passa-


gem da supremacia económica multinacionahassociada so seu posicionamento dç
força política de liderança. Ele significou também a passagem de antigas tentativas
de reformo dentro da lei para um golpe de Estado que mudaria a constituição.
Não cra somente a expressão organizacional e doutrinária dos intelectuais orgini*

145
ço$ éo bloco de poder mui ti nacional -associado, mas sua supremacia política de
fato. Essa supremacia ficou aquém de obter o comando político do governo, pois
111
faltava a da se nio o apelo idcológieo^prográmtuico, pelo menos a estrutura
cÜemelisU de apoio popular,
Essa dite, ligada organicamente ao bloco multinacional e associado, «cabana
com as incoerências e indecisões do Estado populista, indicando daramenie ao
capitalismo brasileiro O caminho a seguir, a despeito da oposição da direito c da
esquerda dentro de suas próprias fileiras, O empresário do IPES, Antônio Carlos
do Amaral Osório, da American Chambers of Commetce sediada no Rio de
lanelro, resumiu a situação ao observar que, " Antes de 31 de março de 1964, as
classes empresariais lutavam pela criação de condições indispensáveis ao desen*
volvimento econômico, que havia até então dependido de um Estado preso
a demagogia e vícios orginários do passado*'. "Somente uma Revolução poderia
enfrentar a tarefa múltipla de modernizar o Estado brasileiro, que envolvia di-
mensões da mais variada natureza.,/' [era] não somente uma questão
11 4I
de reformular a administração pública, mas... [era] ... necessário agir
em tampos de m«íor profundidade* na realidade aqueles da organização política,
111 1
modificando aspectos das estruturas econômicas e sociais' ,

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

f. Sobre pcixepçõci, «mseíÉiid* nibfefívâ transformação — em outras palavra*, nos


e eapecuúvas, vide Martin KOLINSKY* possibilita verificar o grau de realismo e
Ídcotogicíd ambtgwim and paUiical move praticabilidade das vária* ideologias surgi*
rnenfj w *ntem Eutope. LiverpooL 1977* das em *eu próprio terrena. terreno e*te
p. 14. Minwogníido (texto apresentado de contridiçãci geradas durante o curso
na Poli tical Science Àuociation}, Sobre do referido desenvolvi mento**. Vide Quire
lupofíçòei, vide Richord LITTLE. Inler* \m HOARE St C, HOWELE-SMLTH. Se*

Vtníiort: externei invoivement wt eivif Uctíons from the prh&n noiebooki of An^
wtin. Londoo, Martin Robeu$oa 1975. p + r
tonb GnumcL I.ondon, Lawrence Sc Wis-
36 .
hart, 1973- p. tBfrlI.

2. Euu noYu forças sócio-econômicii 3. Francisco de OLIVEIRA. A economia


induijrmm um ptoceso dc diferenciação da dependência imperfeita. Rio de Janeiro,
deniffldo bloca hinórico popuíiiia e con* Craal, 1977. p. J18. Coniraditorjimcme* o
iiiufram,em dccorrêndi de rua interação populismo significou • conciliação possí-
eccrsãmk* e política. timi “nova relação vel de interesses do tola! das friçâes do-
de força* sociais" a partir doa novot ní- minantes, bem como uma trégua social es-

Ycif de doenvolviroemo <Lu forçai mate- pecífica com setores das classe* domina-
rial* de produção. Segundo Grimoci, <É o d ti, conseguindo assim a acumulação ne-
gr tu de ducnvolvimeftiD das força t mate- cessária ao desenvolvimento de uma iocíp-
filil de produção proporciona s bue para dade industrial empresarial. Tal esforço
• emcrgéneíi dai virias ctaisei saciai i, ca paradoxilmentc. foi ilivado pelai forças
da uma dtlii tom umt função e urna po populares. Vide (a) Paul SINQEfL A po
sífiu espccífíct dentro da própria produ lítíca det ciastes dominantes. In: 51 N-
çio... O
«iludo de$Mi informaçóei fun GER, P-; IANNI, 0-í WEFFORT, F. &
dameniiij not possibilita descobrir ie, em COHN. G. Política r revolução toe ia! no
determinada sociedade. existem as condi- UroitL Rio de Janeiro, Civilização Brasilei*
Çóo necessária* e suficiente* para a tua ra, 1965. p. Í014. < b) Fernando H, CAft*

146
DOSO Sc Emo FÁLETTO. Dependência teúdo ético éc sua política e, «ima dc tu-
t desenvolvimento na América Latina. Rio do. na qualidade ética de ma perionaJlda*
de Janeiro, Zahar, 1970. p. 1 23. (c) Míriam dc" que levou a UDN I viiórifl. Vide Max
Umocíro CARDOSO. La ideologia domt* WEBER r Et político y d científico Ma-
mate, México, Siglo X X í, 1975, Cd) Maria drid, Alianz* Ed„ 1967. p. 135.
Victoria de Mesquita BENEVIDE5 O #o-
7. O sistema eleitoral permitia, niquela
verno Kubitschek; desenvolvimento tea
época* que ie elegei sem pira presidente *
tiômico c estabilidade política: 1916/ t 96 t.
vioe-prçièdente candidatos de partidos dí-
Rio dc Janeiro, Pax c Terra, 1976.
f crentes. Vide (») Menix BANDEIRA. O
4, (a) Francisco WEFFORT+ Estado e gavemo Joàõ Goulart: as tuias sociais no
massas no Brasil. Revista Civil tração Bra -
Brasií }%tí9&4 Rjo de Janeiro, Civitsza-
sifrüu Rio dc Janeiro, (7); 156, Civilíxaçio çw Brasileira, 1977. Cap. 2. tb> Maria do
Brasileira, 1966. (b) BERNADET. Jean Carmo Cafliptlio dc SOUZA, Estado *
Cliudc et *lit> popultimo tn la poUUcj
El panidos polimos no Brasil IW19G4, São
brtsilefta. Brasil hoy. Mínicó, Siglo XXI, Paulo, Ed. Alfa Omegi, 1976. Cap. 5 < 6,
1968. p, 7W4. Sobre noção de “cesariu»** e kui vá-
a

5, O papel do CONCLAR fo* vital na es-


rios usos* vide António GRAMSCI. op*
colha de Jânio Quadros pata cit* p* 219-31, 227 28.
candidato
das d asses empresariais às eleições nacio- 8. Às outras ocasiões foram u eleições de
nais de 1960, escolha esta feita tendo em 1950 {o Brigadeiro Eduardo G «uei da
vista os compromissos ideológicos e o po- ESG concorrendo com Gttúlio Vargas} t
sicionamento político do candidato quinto *s eleições de 19$$ (o Brigadeiro Jumrez
a questões fácio-econÓmica* cruciais. A Tãvora da ESG contra J
mee tino Kubits-
decisão tomou se clara para o CGNCLAP chek),
após terem seus membros apresentado ao
9. Para uma tmerpreiaç lo das questões
então candidato Jânio Quadros um que*-
abordada* pelo questionário e du rtapoa-
tionârío, tentando iníe irar-se de suas opi-
ui dc ] liiiú Quadros, vide Mino V1D
niões. O apoio que JAnío Quadros recebe-
TQR. 5 anos que abalaram o Brasil: de
riu dii classe umpraurial durante sua eam-
Jânio Quadros ao Marechal Casieío Bran-
punha pura as eleições presidenciais de
co. Rio dc Janeiro, Civilização Brasileira.
1960 e mesmo pesteriormeme foi condicio-
1965, p. 129-33. À mensagem da Jinro
nado li respostas positivas que ele daria
Quadros ao Cosgrtsso Nacional demons-
ao questionário, Vide os arquivos êo IPFS,
irou sua posição favorável ao capital es-
Rfo de Janeiro. Sãlvio dc Almeida Prado,
líder d» FARESP —
Federação das Asso-
trangeiro c
de
ÉÉ
descnvolvimenfo
a subordinação deste à noção
e segurança nacio-
ctições Rurais do Estado de São Paulo, foi
nal 'l Vide Octmo IÀNNL Criíis ín Bra-
um dos capitalistas responsáveis pelo le*
:ií* New York, Columbi* Univ, Press,
vanr«mento de fundos para a campanha
1970. p. 65.
de Vide Monii BANDEI-
Jlnio Quadros.
RA. Prcunça dos Estadas Unidos no Brfr 10+ Vide Monix BANDEIRA. Presm*
í«)

sií.Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, ça_,„ op p. 405, <b) M. BANDEIRA.


* cit.

1973. p< 403. Ajuda financeira par* a cam- O 24 de agosto de fmio Quadros. Rki de
panha veio também do grupo Matarazzo, Janeiro. Ed. Mello, t%J p. 16, Clemente
da indóiim lutomobííística de Sio Paulo, Mariarn era também diretor da Pan Ame-
dc José ErmCrío de Moraes |do grupo Vo- rican Airways, Mobil Otl do Brasil e DEU

torantimh d* Moinho 5 a ruís ta, da Associa- TEC


ção Comercial de São Paulo e da Federa- 11. Vide faj Correio da Manhã. Rio de
ção dai Indústrias de São Paulo, Vide Gi- Jandro, 22 de abril 1961. (,bj Vf/s, 8 de
leno cit CÀRLí. Anatomia do renúncia. agosto, 1979- p. 31
Rio dc Janeiro, Ed. O Cruzeiro, 1%2. p. 12. Os íoTntis de 1961 forneceram lais in-
17L formações. Vide O Eií ado de Sòo Pauto,
6, Tomando minhas as palavras dc Mas IB de jtneim. 16 de fevereiro, 22 de fe-

Weber, foi "i fé cega das massas no con- veteiro* 24 dc íevereiro. 2 de março* 3 de

147
março, 23 de março e 11 <k abril. Verifi- Inflathn and ecotwmic devehpmeut iti

car também a Folha dc São Paulo, 20 de Brazil 1 946-1963. Oxford* Clorcndon Freis,
janeiro, 1379. 1973, p. 334.

13. Jânio Quadros prometeu iiicnder h$ 18 . Survey of th* Alliance for Pro&ress.
reivindicações da oligarquia financeira* Labor policies and programs. 91 st Con-
dos interesses cafeeiros e da indústria dc gress, US senaic, April 29, 1969. (estudo
São Paulo. Vide Mom BANDEIRA* Pnr- preparado pelo Committee t>n Foreign Re»
sençü ^ op. ciL p. 403. Os dilemas que se
,
Utions do senado americano e relatório do
apresem rum a Jânio Quadros quanto a
ii ComptroHcr General [Fiscal Geral da Na-
sua política externa demonstram d aramem ção] em 13 de julho de 1968)+
te oi diiemai das climcs brasileiros no po- A força trabalhadora brasileira, de acor-
der, Vide (a) O, IANNI. Criris... op, dt< do com estatísticas do próprio governo* to-
p, 1 19, (b) Mâgda FRJTSCHER, Desarrob talizava, em 1960* menos de 24 milhões de
lo de la política nacionalista cn lírasil. La trabalhadores, dos quais 50% trabalhavam
tino América: Anuano Estúdios Latino* em agricultura* 32% cm serviços dc utill*
americanos. s*L, 14):134, 1971, dflde pública e os 18% restantes na indús-
tria. Dos trabalhadores na indústria someis
14. OHveiros 5, FERREIRA. La geopolF
te l r5 milhões eram membros organizados
tico y d ejército brasilenn. In: Et papei po-
de sindicatos, conforme estatísticas publi-
y social de ias fucrzas armadas ett
ttíico
América Latina, Caracas, Monte A vila EtL r
cadas em 1965.
u
1970. p 1&6. 19. Sobre a noção do populísmo como a
apresentação de interpelações popular-de-
13. Paulo ÁYRES FILHO. The Brazilian
mocráticas cm forma dc um complexo iín+
revulution. BÀILEY, N, cd,
Jnf Latin
túticoantagoniâta no que concerne I idto-
America; pedi fies, economia and hetnfa
íogia dominante"', vide Ernesto LACLAU*
pheric security. New York, Praegerj 1963.
Polítjcs and ideofogp in marxist theory;
p. 211,
capiloíim, foscism, populimu Londoo,
16,Vide o telegrama enviado por Herbert NLB, 1977. p. 158-76, Sobre coilirio c
K. May, da Emhauuda American* no Rio conciliação, vide Eldon KENWORTHY,
de Janeiro, ao Departamento dc Estado, em Çoalitiom in the poliiical dcvclopraeni of
23 de janeiro de 1961* em Fhyllis PAR- Latin America. In; CRENN1NGS, LE1R-
KER. i%4: o papel dos Estados Unidos SON & KELLY td. The study of coaiiiion
no golpe de Estado de lt de março. Rio bthaviour. New York, HolL Reínhart &
de Janeiro, Civilização Brmjdcira, 1977. p. WmsEon, 1970.
JL Hcrbert JC May tomou-se posterior-
mente assessor do CounciJ ol the Améri- 20+ Sobre o* motivos da renúncia de Jâ-
nio Quadros, vide Hélio JAGUÀRIBE. A
cas.
renúncia do presidente Quadros c a crise
17. Vide M
Richard NEWFARMER & política brasileira. Revista Brasileira de
Willard MUELIER,
Report to the Suk Ciências Sociais, Brasil. 1(1):20O, nov.
commtftee on Muhinniionat Corporations 1961. Para uma
versão doí acontecimento!
of the Cammitsee an Foretgn Relaüons of que cercaram a renúncia dc Jânio Qua-
the United States Semte. Washington, ag. dros, vide (á) M. BANDEIRA. 24 de O
1975. p, 9B, (b) Francisco de OLIVEIRA. agosto op. cit. (b) Giltno de CARLI.
A eeonorpía brasileira: crítica I razão dua- op. cit. Dcve-ie ressaltar que, pouco de-
lista. CEBRAP, São Paulo,
Seleções (11:36, pois da renúncia dc Jlnio Quadros, o em
Ed. Brasil ítnsc* CEBRAP, f9?5 + tão Coronel Goíbery renunciou a sua pa-
A inflação, que vinha sendo usada hi tente e deixou o serviço ativo do Exército,
muitos anos como um mecanismo de con- enquanto que um grupo dc empresários,
centração, estava se tomando tacoittroiá- seguindo os passos do 1BAD, procurava
vd, Vlát (a) Maria da Conceição TAVA- outros meios dc conseguir o poder.

RES. Da substituição de importações ao 21. Para uma interpretação do comporta-


capitai hmo financeiro. Rio de Janeiro, Za- mento anltatitèmito dos empresários face
bar. 1975, p, 14M2- (b) Riouí KAHIL. h prtifio sobre normas e valores, vide F*

148
G. CA5TLES Buiincn and govcrninenti a forma de um ulrimitum. Vide Veja, (496);
typdogy of preasufc group ottivity. Foti- 24-5,22 de março de 1978*
ticaí Swdics. Oxford. Oxford
26, ‘'Através de uma lérit de intrincados
Univ. Pfttt* June 1969,
t brilhantes
compromissos políticos*,
22. Segundo Davjd RocktFtlfer. durante João Goulart retomou ao riitema presiden-
Tua palestra frente i uma platéia militar cial Ci durante esse processo, destruiu
c acadêmica em W«t Poini, no de
final da a trama de forças de reforma que ha-
1964, "fort decidido desde o infcio que viam eleito Quadros'". Vide An American
Goulart nio era bem vindo I comunidade m Brasil- Prendem Goulart in Btaxil. An*
financeira americana e que ele teria de liocti Review* Eirados Unidos, 2J(3);5 J4 (

«ir". Vide ]m
Knippcrs BLACK. United Amioch Press. Fali 1963. O presidencialis-
Sfatfs penetratíon of Brasil Munchcster, mo foi apoiado pda$ mais diversas corren-
Minchestcr Univ. Press, 1977. p. 76. onde tes partidárias e figuras polftkai. Entre
t autora apresenta um relato dc suas con- cisas enumeravam-se o ex-presidente Jy*.
versas com Edwin Licuvifcn. Deve-se rts* celíno Kubitschek, que irrbicionava vol-
i altarque Niles Bond, ageme diplomático tar ao cenário político, os governadores da
dos Estados Unidos no Brasil, declarou Guanabara, Carlos L&cerdi: de Mina Ge-
"que os opoiiiores de Joio Goulart, bem rais, José de Magalhães
de Sio Pinto;
como cs membros da comunidade empre- Paulo, Àdhenur de do Paraná.
Bartos:
sarial americana que os apoiavam, tenta- Nei Bragm; t dê Pernambuco, Miguel Ar-
ram conseguir a pârticipaçio da embaixa- raet. iodos des disputando um cargo pre-
da em um movimento para negar a Gou- sidencial prestes a vagar, diiputi cila que
lart a presidência". Niles Bond afirmava, se estendia a várias outras figuras polui,
no entanto, que “os Estados Unidos nio se cai poderosas. Vide; A conversa entre Ju*
envolveram. Contudo* outras fontes indi- edino Kubiuchch, o embaixador Se«e Ci~
cam que Washington apoiou a Um ilação mar*, o embaixador e banqueiro Moreira
do poder de Joio Goulart naquela época " SaHa. o proprietário de O Cbbo. Rober-
Vide J. Knippcrs BLACK, op, efr* p. 4õ t to Marinho, o embaixador, empresário e
para a entrevista com Niles Bond em poeta Augusto F. Schmjdí e Lincoln Cor-
Washington a 17 de maio de 1976. dou,, embaixador americano, no telegrama
cn vindo por este so Departamento de Fi-
25* O Marechal Denys deu um ultima tum
ao Congresso no sentido tfe que descobris- tado americano, em 4 de agosto* 1962* N.

sem recursos constitucionais para impedir 297, NSF, que se encontra nos Arquivos

a ascensão dc Jouo Goulart no poder. Se JFK, Boston, t interessante aalientar que,

ta] providência não fosse tomadn, o Mare- ao tentar reverter ao regime presidencial,

chal Dcnys c o General Cordeiro de Fa- João Goulart recebeu o apoio aparente-
formariam uma junta milítor. Telegra- mente paradoxal do bloco modernizam*-
rias
ma de Del gado/ A rias ao Departamento de conservador. Um dos mais importantes ar-

tíeul adores c a poi adores financeiros dessa


Estado, 27 de agosto de 196 1. telegrama
operação foi José Luís de Magalhães Pinto,
n/ 271 127 Z que se encontra nos Arqui-
t

associado ao IPES, sobrinho ê homem-cha-


vos JFKt Boston, Massachuseli.
ve de José Magalhã» Pinto, de próprio
24, Para umii descrição dm tentativas de una candidato presidencial para 1965.
impedir que João Goulart se tornasse pre>
siderite c sua posterior subida ao poder, 27. A instabilidade do governo e da lide-

Mirto V1CTOR. op. rança que sé fariu sentir no parlamento


Vide (a) cii. p. 520-
408. {b) Thumas E, SKIDMURE. Politks achava -^e também presente dentro de cada
in l93Ú-/.9Ó4. a
an experimeftt in de-
partido. Tais operações u ume muram m di-

ficuldades encontradas pelo bloco oligár-


mocrúçy. Oxford, Oxford Uruv. Press*
quicoíndUiUlal tradicional para formar
1967. p. 200-18.
uma expressão ideológica ostenrivamerUe
25, Oficiais militara impu&crmn certas ídcquada c poderoso qm
pudesse «cr tra-
condições pnrn que João Goulart assumis- duzida em um modela político durável e,
se a presidência* condições estas entregues vlce-versia, um modelo político que refor-

p«fo General GefscJ a Ttmcrcdo Neves na çasse os valores relevam», salientando m

149
diferençaieconÔemcai ob)ctívu etutcnies fioni. New fersey, Frenike-HiJL ItK., 1170,

dcnirg do bloco hui6ncopopului*. V»de p 201-5,


Alberi WE.ISBGRD. Las m dmrnofln ar 33. Um relatório da Cofivíisáo Míila Bta-
tuality. New Yorit. The Citadd Ph*i s
tt)Esiado* Unidos demonstrou que "cnírc
1964 p 276-27, Sobre t mulupltcaçAo do* oa pnoi 1919-1952, o valor dos retornos
parlidoa parltmcniimiâj. a cnsc imcrfia transferido» para as matrizes no ciinuigd-
da maioria dela t t polaniaçâo di poli ro era 60 vezes maior do que a renda lí-
tki. vide Mana do Carmo Campeio de quida do capiial. Entre 1955 e 195B oi ín-
SOUZA op. ní Cap 6, vcjumcnloi estrangeiros totalizaram 1,095
?l- F de OLIVEIRA, A trdnomía.. úp, milhões de dólares enquanto as remessas
Ói p 44-50 chegaram a 2,020 milhões efe dófam. En-
tre 1939 c 1955, a renda efetiva do capi-
W O foven» foi incipy de agregar o*
Ui] {oi da ordem de 173 milhões de dóla-
nu h um e iiiidtwci pof Ln-
di vüTuL f icsdui
res mas foram enviados para o eaterior um
Mmddio d» jAMttuiçòa políticas exiiien
total dc 1,112 milhões de dólar». No pe-
m £*s* Bfua^lo Irtoo a uma doaveoça
ríodo de 1939 a 1952, os investimento» o
com o* setor» miliiara qwr cooiideravam
trangciroí a longo prazo no Briiii tottlh
a mdõpückdade de parado* e grupo* po
taram 97,1 milhões de dólar» enquanto a
líücotcomo gs f«apr de enfraquecimento
remessa de rendi totalizava 806,9 milhões
da estrutura do loirma politico brasileiro
de dólarçf. Vide A. WEISBORD op at,
— tuna came^ué^t du
múltiplas dlVV
M
p, 227, For volli de 1959. a SUMOC ^
ada do proccsao político, da
irfmcT.tfedai
formou que, no período de 1947 a 195B+ a
articulação purazDcnLe irponal de inieirs»
renda do capital estsangeíro no Bruil
•o sótu-esocifriijcoa da sutérlrii dt
atingiu a casa dos 1,5 58 milhões de dóla-
uau dane poimcamcnit organizada. uio
res, ao passo que a entrada efetiva do ca-
i orfanfcasKBie ooeu cm iodo o lerriió-
pital atingiu 498 milhões de dólares. As-
rio UdoMT. Vide CHiw» S FERREL
RA op ot p
sim, i economia brasileira teve uma perdi
177.
líquidi dc IJ060 milhões dc dólar». Vkfe
30. Havia uma tendência bastante clara E5G. Documcmo n. TCM0-59. p. 17 et
do §o*rmc de ayiTkcnux o controle sobre
p assim.
interna» ffluiüJUcioaaii e minotir smj
pnvLkfjoa extracetLnincn
34, Ot limites do nacíonaitimo populista
Vide a Lei n*
foram rfaramente definido» anteriorments
4 1)1 de 3 de membro. 1962, a Instrução
por Caio Prado |únior, binoriador brail-
n* 21! de 24 de ouiubro, J%2 íSUMQCh leíro. not seguintes termos: fo nacionalis-
a fniiraçJü n.- 232 íSUMOCl a Ui n.*
n mo brasileiro], * , "não é do upo xenófo-
4 154 dc de novembro. 1962 ta UJ n*
4239 dc 27 de junho 1963 In: E5G Do bo ,* Como pemamento pofftKO, ele ».
oumcntg o TTl 3073. Vide lambém p. pressa apenu consciência adquirida por

PAftKFR op cil p 61. uma parecia significativa d» opinião pú-


blica brasileira da situação subordinada e
11 Apóto dc *éno do dúpo-
tua estudo dependem e cm que o pais se achava cm
litivij popu lar -militar ainda
nacionalista relação aos grandes ccmros financeiros do
«Ao roiiif pode-te consegun il|umu m-
t
mundo contemporâneo". Citado em H.
fortnavún em (> Nelson Wrrrock 50- Ferreira LIMA
Balanço da índu sinalização
DRf Iftatóeug miSttor do Brsuit Rjo de fa- hfaiifcira Reviita BrtsjilifM, Rio dc |a-
nei tt3, Brasileira, 1965 rbj Nel- neira janyfev. 1956, Vide lambêra
son W SOPRE HrMdrios d# um hcAda- N. Wcmcck SODR£, Raíict Amdrkttf do
do Rio de Janeiro. Civilização Brasileira, na£ to na/ii mo brasileira Rio de faneiro.
1967 fel Mmii BANDEIRA Tmcmunh» Instituto Superior de Eitudoi Brudaroí,
de militares nacional i*iaa In; povcrnç 1956 .

cp. cíf
35 Essa tinha dc política calema mde-
O. Eduardo GALEANO The ambivaJea- prodeme Khiiri-tc em consonância com a
et of |i*fo Goulart la IUhii4 F FA opinião civil. Fm 1961, foi feita uma pes-
CEN dc Wrrr* A CORNtLIUS Foiíii- quisa dc Qpifiiio entre 100 membros do
«1 po^fr ifl America 7 coflfnmfa Congresso, pesquisa esta que visava "hv

150
qulrlr snbic um posicionamento rniii in- de distribuição de renda, pelos altos pa-
dependente do Brasil em relação a aisun drões do espírito empresarial e da mobi-
M
los e st range iros A pergunta '"deveria o
. lidade social, senda ainda reforçado por
Brasil tomar o partido dos EsJadoi Unldus, empréstimos ejtrangejrua e capitais de ris-
da Rúíjitii ou de nenhum dos doii?" obte- co, No que concerne a uma maior rriaçio
ve 15 seguintes mposlsS: 19% do PTB* capitai/ produto, agiram a seu favor fa- u
+5% do PSD e 50% da UDN eram a fa- cittdadci naturais para expansão da pro-
vor dos Estados Unidos, Entre ot desfa- dução africctla, a concentração dos investi-
voráveis aambos os lados, contivim-se mentos cm rodovias no que se referia a
46% do PTB, 16% do PSD e 45% da transportes, a continuação do processo de
ODNh Além dbso, 10% favorecia o esta- substituição de importações e a absorção
belecimento de rckçfres diplomática» com de tecnologia estrangeira. O segundo pio
a 63% era
União Soviética* enquanto que nõ o que foram recentemtnte relegados os
a fovor de umn de comér-
intensificação investimentos em habitação r outros servi-
cio e 74% favorecia as relações diplomá- ços públicos também contribuiu de modo ,

ticas com a China, Vide Uoyd A, FREE- pariícütójrmenií cruel na éreo jocicif, porá
Some iníetnational impiicatíom of th* po- o pragr*$$o da relação capitai/ produto *

litfcat psychotogy of Brasilians. Prtnceion, Vide u Documenio de Trabalho n? y p.


Fmtcctofi Instituié for International So- 1-2, esboço que lançou bises pira o cata-
cial 196 L p, 16.
Research, rtferido es- O bded mento do Banco Nacional dc Habi-
tudo foi desenvolvido pelo Instituto de Es-
tudos Sociais c Econômicos 1NESE. — tação — BNH em 1964,

um centro brasileiro de pesquisa que tra-


18, Celso FURTADO, óp, dt. p. 32, O
balhava com o IP ES. investimento estrangeiro diminuiu semi*
velmente. sendo da urdem de 9 milhões de
36, Sobre a associação com capital cstnn
dólares em 1962, ao passo que a média nos
jeifo, o que envolvia o inflo to de equipa-
mento e perícia administrativa» bem como quatro anos anteriora fura de 1 10 mÜhóes
us condições excepcionais
proporcionadas dc dólara. Mesmo utitn, u firmas ameri-

pelo Estado brasileiro I pcneiraçao de cor- canii pi recém ter m amido bastante alto o
porações multinacionais como parte de seu retomo de lucros durante o período
uma estratégia dc indostrializaçio, vide de crise. Esses retornos, que importavam
{&} Celso FURTADO. Anélisis dei mede- em 8% no período de ] 96(3 962. i caíram
io Buenos Aires* Centro Editor
brasil cn o para SJ% cm 1963-1964 e alcançaram
América Latina, 1972, p. 25-28. (b) Wer- 94% em 1965-1967, Vide NÉWFARMER
ner BA ER. O financiamento da industria- dc MUELLER, op* cif, p, 98. 105,
lização brasileira: fonte dc fundos e pa^tl
39. Vide {a) A, ST E PAR The mititary
dc inflação. In: Á industrialização e o de-
in polities: changtng poiterm in BraxiL
se nv oi vi mento econômico do Brasil. Rio
de fanciro, FGV, 19=75. Cop. 5. <c) F, de
Prmcetón, Pnnceton Umv Í97L
k Pras,
OLI VEIRA. Crítica. . . op. cit. p. 3MB, Cip 6. (b) Rortftld M. 5CHNE1DER. The
37. Sobre o constante aumento no ínàfct
pohtiatl system of BroziI. New York, Co*

de exploração da força de trabalho, pro- lumbti Univ. Press, 1971. Cip. 1.

vendo assim o «cedeme tftíemo para a 40, Segundo Francisco dc Oliveira, o índi-
acumulação, uma economia inflacionária ce de invesfímeniqs caiu não por nio po-
que subsidiava a inserção multinacional e derem ter realizados eeonomteimeoR mu
a d etc rio raç Io das condições de vida do por não poderem ser rt aluado» íoshnjcio
jhivOj vide de OLIVEIRA. Critica***
F, nalmenie, F. dc OLIVEIRA, Critica + . op.
op, cif. p. Um documento preparado
4050. cif p 57. Vide (a) Maria da Concfíçio
pelo Miniiiério do Planejamento após n TAVARES & [os* SERRA. Além da e*
golpe de 1964 afirmava, entre outra* ques- Ugniçfto In: M, C, TAVARES, th tubs*
tõci, que "o grau de formação do capital tiiuição de importações, op cit. p, 72 f 170-
parece ter aido sustentado principilmente
pelpi , , estímulos I industrialização por
lubitituiçáo dc importações, pela estrutura * NT; Grifo do mior.

151
I

+
75. ib) Documento de Trabalhe n.* / Mi- 44* Vide P, PARKER* op. cit p 60 Klo
nistério cio Pluvcj«mcmo BraiiUa. l%4. p.
4 *c proporcionou k Iniciativa privada qual-
54 * quer tipo de orientação no que w referia
às tntençòes do governo; ao mesmo tempo,
4L O Cflicnl Cordeiro de Faria* deu Ên- oa investimento* públicos achavam^e em
fase « ttJts pomo* ESC Documento n. completa indisciplinai ütvuiíienfo de Tra-
C.QI41, p. 17*18. balho n* 7. op ciL 1964. p- 1. Ministério
do Planejamento,
42* O primeiro, cm decorrência de seu im-
pacto imediato. representou ccrtamcflic um 41, U) Octavio JANNl. Crisi» m BroiíL
papei muito importante na queda do índi- Nev York, Columbia Univ. Press. (970,
ce de cracimemo registrado durante o Cip. 9. (b) A, STEPAR op ciL p I3M42,
ano: a produção agrícola foi gr ande mente 147*152,
ê/etad* peJü rcu em virití regiões pelai
enchentes em outras c por fogo c geada 46. Francisco WEFFÜRT. Fitado e manai
no Paraná, A produção caiu em vários se- no Brasil, Revista Civilização Brasileira,
tores da indústria como resultado de um Rio de Janeiro, <7):ÍH, 1966 Para sobre
levero racionamento de energia elétrica na viver como uma forma de dominação e tt>
irt* —
Rio São Paulo cauudo pela seta. mo um regime de convergência dc dam,
Deve-K deter ainda que o baixo crescimen- o popuiitmo teria de desenvolver um ^dis-
to do produto real fot. em parle, udlucn curso de tiberiçlo''. isto í um programa h

ciado pela redução da safra do café no de reforma De teria maneira, foâo Gou-
Paraná, em cocucquêacis dc fatores climá- lart foi colocado, a dei peito dc si próprio,
tico* Sendo RKiao conveniente em caio no centro de uma complexa situação hiiió-

de superprodução, uma redução na safra rica. onde os limites do Estado nacional

não € tio drucáüco como, ã primeira vis- — reformista alternativo confundiram-se


ta» ai rstaiíiücas globiri deixam transpa- com o tegumento corrupto do pcleguiuno*
recer.Roberto Campos acraccncou que *'è
do corondrimo c do alado canorial* btr
dados dc um governo ehliitt que durara
do conhecimento òe iodos que o ano dc
virias décadas Vide Guita Grin DÉBERT.
1961 representou um penodo de intranqui-
Ideologia § poputismo , Sio Paulo* TA*
lidade fenJ c de tim* cmccnic deteriora-
Ouciroí Ed. 1979*
fio dc expectativas O procwo inflacioná-
p

rio faiopanle, ai grrv« meessívaa, as imtt 47. A forma dc politiiaçAo dcsie período
1

Çâi dc confisco da propriedade privada, a determinou o "bloqueio à ideologia soda-'

aprovação da lei de remessa de lucro* ele,, lista. Um nacional imo deienvolvimentida

.
tomaramse focos de redução da produção empresarial fubitiluíu o marxismo. Vide
e J «cima de tudo, doa mvdtrimcruot. Algum Leôncio MARTINS, Conflito industrial e
d enes fatores certamenie contribuíram pi- sindicalismo no Brasil. Sio Paulo, Dl FEL,
ra o declínio do produto real per capita 1966. p. O
nacionalismo se viu re-
191*92,

em 1965 Tau iàformaçõc* nos mostram


". vigorado nessa conjuntura onde "a* manas
a opinião de Roberto Campos sobre oa fa- populares pressionam o Filado com o intuir

Lares "econômicos" da enae de 1965- 1964 to de estabelecerem uma polftka refor-

Documrniío de Trabalhe n* 5. Reunião Mi- mista que ie proponha lanlo a dciorgani-


nisterial de 4 de junho, 1964, prrparado p& xar a* bases políticas dot setores conser-
Jo Ministro do Planejamento. vi dores (reforma agrária) quanlo i com-
bater o» interessei estrangeiros (exemplos
41. Documento de Trabalho it.' f* de Ho desse combate tio asencampações c a na-
berao Cmmpca, Mimitro do Planejamento cioniltffãn)" Vide Flieier Ríxxo de OLI-
e Coordenação EconÒnut* para o Presi- VEIRA. Ag Forças Armadas : política
.

e
dente da Republica e MiniMrw dc Faiado, ideologia no Brattíé 1964-1969. Rio dt [a-
«n 23 de abril de 1964 Exposição ftiu na ndro, Ed, Vou», 1976
primeira reunião do ministério m Bruílía:
p, 50.

A crise brasileira e as diretrizes de recupe 41. Francisco Weííoft Política de mami.


ração econômica. In: potlucQ e revolução op cif. p. 165,

J52
Valendo-se do* argumento* dc Welfori, av th* United States: th e changing poUticoi
sinalou Aioo de Oliveira que "Ai »çâci realities. Califórnia, Stanford Univ, Pm,
politizai do» setores populam puitrtm a 1974 p. 295.
w orientar pela id^ii de um 'Eitido de
mocfáiico do povo cm gcraV capaz de *n 55. L. MARTINS, op. rí#, p 132-11.
írtnlar açlo tlc grupo* reacionário*. F.»
lei últimoi. por tua ver, vÉcm o Estado
56. Em decorrência de suai cincteríiticit
organizacionais e históricas. bem como da
como revolucionário e »c tornam radicat-
fl formação sócioeconúmici onde operavam,
mcnle opostos u clt , Vide Riiio de OLI-
os partidos tendiam e perpetuar a ente de
VEIRA, op, cit. p. 51,
hegemonia dú período pós Eitadn Novo,
49. QHveiros 5. FERREIRA, A caracteri- Toda vez em que eram po»1o» a prova pe
zação do ililema O
L» tudo de São Pauto, la conjuntura histórica, ele» se mostravam
17 dc outubro» 1465, íncapaic* de reagir. Foi o que aconteceu,
por exemplo, quando o Manifesto do* Co-
50, A» dificuldades encontrada* pelas cia» ronéis, do então Tenente-Coronel Golbcry
Kt dominante» pora governar com conien do Couto c Silva, apresentado cm feverei-
Llmcnto c comento, príncipalmente no pe- ro de 1954 com mais de 00 assinatura*. for-
ríodo pós 1946 levou a uma ense que afe-
.
çou João Goulart, então Ministro do Tra-
tou a sociedade cm geral em tuas relaçõc» balho. a renunciar. Outros momento* crí-
múltipla» de dominação, situação que foi tico* em que o» partido* se moi iraram co-
definida por um estudo do Instituto dc mo ineficazes máquinas políticas ímam o*
Pesquisai c FMtido» Sociais

- — 1PES como aeontecimemos que levaram to suicídio de
uma permanente do conitituciona-
crise Cciúlio Varga* em 1954 c o impasse polí-
liimo que, mesmo *e manifestando inter* tico em que se viu o interlúdio dc Café
mitentemente, não perde ruas cnrattcríilí- Filho; o manifesto do Coronel Jurandir B,
cai", Vide JPES Documento sobre a re- Mamedc contra o populitmo e o* poUticos,
forma constitucional Rio dc Janeiro, 10 de apresentado ao público em 1955 e a subse-
janeiro. l%2 No» arquivo* do IP ES no quente tentativa do alinhamento esguiano/
Rio de Janeiro. O primeiro vnal evidente Ice iKxmpres anal de bloquear a posse do
da <n*c dentro da* cllua dominantes Foi presidente deito, lus^elmo Kubitjcbek e
o Mamfesto do* Coronéis, em 1954. do en- do vice presidente, João Goulart, a revolta
tio Tencmc-Coronel Golbcry do Couto e da Base Aérea de Jacarcatanga em 1456; a
Silva. Vide O Estado de São Pauto, 19 de conspiração da Marinha em !95S. liderada
janeiro de 1979 pelo Almirante Pena Boto, peto Brigadeiro
55.
57.
Gucdc* Munn c pelo Coronel |a>mc Por-
II, O
coronel e o pclego tinham a "fun-
tela; a* tentativa* de revolta da Marinha
ção de filtrar u
aspirações cziitcmes na
em Pernambuco, no final dc 195*. lidera-
tociedadc dc forma que umcnle algumas
da peto Almirante StUvo H«k; a revolta
delas ie transformassem em demandai, ou
da Base Aérea de Armgarças em 1959; a
•aja. compatíveis COCT1
aquela* esiniiu- u renúncia dc linio Quadro* em agosto de
ra* de dominação". Lucuno MARTINS, 196 c a imediata tentativa dc impedir que
1

PoÊévoir rf déiçioppément éevrurrmque. João Goulart assumisse o poder. Vide ia)


Pari». Ed. ÀnihrOpos. 1976. p. 134-35. M BFNEVIDES. op ett p ItVW, (b}
Glauco CARNEIRO. Niifdriú dos riiofu-
52. Sobre a «pressão "m pari tf, vi-MM fdes Rio de |anciro. Ed. O Cruzeiro. 1965.
de Hélio JACUARIBE. op. cit p. 212 511,
V. 2.
Paulo de Assis RIBEIRO. O pforrua
P. A, RIBEIRO Op ci# 14.
p
Heitorol brasileiro Rio de Janeiro, |?ES t

1962 51 P A. RIBEIRO, op cil, p 16.

54 Campos, citado tm Fslcvan


Roberto 59 Por volta de 1962. o número de *ki-
MARTINS Hravd and lhe United States tom atingia o* 18 500 000. representando
4
from lhe l%ü“i to lhe I970 i: ln: COTLER, 25% da população brasileira A Tabela H
|, A FACFN. R. ed. Amrfico and mostra a distribuição do eleitor ido.

153
I

TtbtU U

Sul Uatc Nordeste Centro Oeste Notie

% da popuJaçio
regional 5fl^ 113 185 4 1

% do eleitorado
br&ukiro 26 26 21 24 JM

Fonte Paulo de Atais RIBEIRO. op, cil. p. 5

OFilidõ d» Gtanjbin e o de São Fau- (4) a polarização da sociedade entre doir


lo mostravam centrasses mairinTfcs: com partidos antagónicos, sem umi terceira fw
mtnoi de ^
dâ c*tens*Q tem tonal do ça capaz de conter os excessos, colocando
o
pilt. ccoctniriniie ncues dois Eiudos *e contra agressor;
mau 21% da popolsção brasileira e
de adesão dc intelectuais 6 nova dite-
(5) 1
cmJ de 15% do çlc dorido cm potencial, popularizando as idéias revolucionárias e
ubhnhando uma rtpida urbarrizaçío; mo mostrando que elas merecem ser defendi*
Rtrtmc icmpc. M rrfiio *ul se rcSponsabiJí- d ei pelo povo,
lava por 60% d* rcnd* industria] em opo 16) a velha elite perde a fé em si mes-
ftiçio 5% do nocte nordeste e centro- ma aceitando as novii idéias e demando
«*ie P A. RIBEIRO op cis, p- II. de usar o poder pin defender a ordem es-

60 Par» tmborti drtaJbcs do desequilíbrio tabelecida *'


Vide luracy MAGALHÃES.
crtlrc poder polrtra t u níugãft iócío- ESG Documento n €25 56 p 179 lur*
Mcanòfmom. vide P À RIBEIRO Op. ctl. zy M A| a! hãet baseou se em Oistp K
p IH4. FLETCHTHEIM FundameniúU o\ pofUstaf
tcitnct- p, 152-65
61 jl t& 1*56, o Gencril |u/tg Mifi
ihktt. di ESC, chamava * atenção pira « 62, O estudo enfatizou também a crescer
tkibffitci cenaMuinta de um conflito m- te influencia dc alianças na política briit
o qual podtnam conduzir *
traclâsaitiâ, leira- À partir de 1950, o número de valos
umi eme do Bloco hutóoco, *o eibofir dados a legendas dc alinhamenlos subiu de
m problema* pcJíõco* decorrentes di **w 20% para 44% em 1962, ao passo que a
itietnamtrr 0 bkxo de poder que detinha soma tola! das legendas dos tris mnõrtl
M liderança enonònnca e o bJâto de poder partidos (PSD, UDN e PTB) diminuiu de
puJltKô dem mnie fm uni paJeitra ru 60% em 1950 para 41% em 1962, Estai
ESC o General |u rMcy enume- alianças enfraqueceram a influência partí
rou niri ckmentot trinca diria, principalmente nas eleiçóci federais.

(1) '• diicrrpfcfKiA entre i diUnbuiçk F-A. RIBEIRO, op. ciL p 17, Uma descri-
de poder no Lit*do c i dumbu^io dc po- ção dai 12 alianças eleitorais para m ele*-
der no mio di tot^ctiade, dc ml forma çóe* de l%7 pode ser encontrada em Brú-
que a clauc um nutor poder çuinòmico *tl rlfítiori faetbook Washington. Imlittí-
t social ne (qmidóUK com mcnpt poder U for lhe Comparai ve Study of Rol ilical
i

político do que ]he é de direito; Sjfitèfm. sepi. 1965, n. í. p. 61 1.

fedÉ n porta» 6 nova


(2) • velha elite 6V Caderno* I„ ( 1 >:76. ano
Braittwtro*,
i

elite, nlo permitindo deslocamento* verti 1. 196 1. Como crescimento persistente de


cu» atrivéa do atraio individual dc novos um tclor ideológico dentro do FTH, as das*
lidem, ot quait. frustrados. adquirem umi aei dum manter «
sentiram forlcmcnle
'conte üficii de «Une': ameaçadas pclu vulo popular O que fura
(11 m rttuii di velha dile cm aceitar um "apoio ao regime" c um mciafhtmo
qualquer rtÍMru almejada pela nova elite; para generalização dc propostas da classe

154
, s

dominante através do reforço eleitoral do 67. Ironicamente, o PTB íoi criticado por
modelo InslHucionol pósT946 tornava-se Wilson Figueiredo, editor do farnal dú Bra-
Um mecanismo de demandas para mudanças sil c influente propagandista polílien du
através do sistema político- ranie a campanha contra João Gçulnrl; ele
4,

de se admirar que políticos


criticou o PTB por nio conseguir ie tor-
éi4. Niío en
nar importante no Estado mais industria-
cm geral e candidatos à presidência em
lizado do Brasil O PTB continua a ter um
particular se sentissem com "o direito e o
‘saco de gatos' em Sio Paulo* incapaz de
dever de npcUr dírctamente ao eleitorado,
desconsiderando as direções dos partidos'
1

,
conquistar a liderança política em um Es-
tado de enormes mossas trabalhadoras. Eles
o que causou grandes prejuízos à politiza-
perdem a dispuia com outros forças popu-
ção do povo- Cadernos Brasileiros s. 1,, 1

lares' . W. Figueiredo ressaltou ainda, com


0):B1 ano 2, 1960.
¥

precisão* que "como a UDN nio te iden*


65< Tornava-se evidente que a burguesia ficava com at aspirações nacionais
ti das
muliinudonnl c associada era incapaz de classes empresariais paulistas e o PTB não
unir o povo ao seu redor, o que causou a conseguia empolgar os trabalhadores do
sua derrota em 1954 e o compromisso de mníor complexo industrial da América La-
1961* bem como estimulou os aconiccímen- tina. mo
explicaria em parte a razão pela
tos de 1964. A burguesia não conseguiu qual São Paulo, que comanda a vida eco-
criar um i is lema partidário manejávej e viá- nômica do Brasil, nio possui o domínio
vel cm si mesmo, assim como não conse- Wilson FIGUEIREDO. A smkíi
político'*-
guiu criar um pm lido próprio. Ela usouos niçic dos grandes partidos. Cadernos Bra-
a no princípio da década de
todos e sc viu* sileiro t
s. 1. fl):3-7, ano 2, 1960.
sessenta, somente com as Forças Armadas.
68. A FPN, presidida por Bento Gonçal-
O PSD* máquina oljgárquica, não tinha ves e dirigida por Sérgio Magalhães, reu-
capacidade para agregar as novas pressões nia deputados federais do Partido Sociaii*
das clnsscs trabalhadoras mobilizadas* ru- ta F5B (77jl%), do PTB
Brasileiro —
rais c urbanas O PSD. ligado ainda a in- m%l do PSD (41J*) t mesmo d* UDN
teresses rurais c induslriais tradicionais, nio (28 j6^L sob uma plataforma uciúflilisLi
conseguia executar uma articulação mais que condenava o abuso multinacional e al-
mpli de interessei, como o exigia o Capi- mejava reformas estruturai* semelhantes às
tal multinacional. ao mumo
Já a UDN, linhas da governo de João Goulart
66.
tempo cm que projetava uma imagem d t 69. P. À RIBEIRO, op. dl. p. 114, Essa
modernidade, i de "um partido que fazia análise era coerente com a apresentada pe-
um certo grau
de oposição ao regime,** la São Paulo. A análise
rtviiia Visão, de
fora lambéfn virtualmenfc um participante da Vísõo demonstrava que, em 19#3 o fe

70,
do regime" e pior ainda* como partido a PSD e a UDN juntos contavam com 96.4%

UDN era praticamente impermeável às mu- do eleitorado. Em 1956, no enlanlg, a per


tas. Vide Otávio DULCI. Veja. 7 de se- cen ligem cn de 52.2, baixando 1962 m
tembro, 1977. Sohre a oposição do Coronel para 45*9 Acrescentava ainda que "Parece
Golbery I UDN, vide Carlos LACERDA. haver evidente correlação entre o derijmo
Depoimento. Rio de Janeiro, Ed. Nova dos partidos do centro c o êxodo rural O*
Fronteira, 1977* p. I5S. eleitores rurais que sào urbanizados rapi-

damente. pnmcirimerne votam no PTB e


P. A. RIBEIRO, ap. cit. p, 17, O depois tendem para o PCB." Visão* 30 de
PSD dividiu se entre oi "caciques" c a "ala
setembro, 1960* cindo cm Oto? D. PEREI-
moça" A UDN linha a sua "Banda de
RA. Quem Júi as Itu no Brasil. Rio de
Música”, grupo de políticos que apoiava
Janeiro, Civilização Brasileira* 1963. p 50.
o golpe, formado por Alíomar Baleeiro. Co-
ronel Menezes Cortes. Carlos Lacerda* Bi- A ADP. critd* em março de 1961, er*
lac Finto* Joio Agrípino e outros, e o gru- dirigida por Joio Mendes da Costa Filho*
po "Bana Nova”* com tendência* mais li- deputado udenisia da Bahia, grande pro-

berais, Vide M, BENEVIDES. op cit. p . ,


prietário de lerras e advogado. A ADP reu-

117-3* nia grupo* reacionários e conserva dorea,

155
mui un ddti ntlviilüs pró-gol pe> Concrcti* incorporar os camponeses a sua htse dc
de forma ad hoc um nlinhomeiiio
7-fivji, v
poder, bem como tendeu a colocar a oh
através da» Jinhai partidárias, criado basi- garquia fu rol e a burguesia agi&ria denlro
camente com um aglomerado P5DUDN- do bloco político multinacional associado,
PSP t com a adesão de um sclor impor Para uma descrição do cenário político do
tinte do Par lido Democrático Crí i tio — nordeste c uma avaliação do significada
PDC. de membros do Partido Republicano das ligas camponesas, dos sindicatos rurais
— PR, do Partido Libertador PL, do — c das organizações rurais dc direita, vide (a)

Partido dc Representação Popular PRP» — Jajcph A. PAGE. The rtvohthn that ne-
do Movi mento Trabalhista Renovador — ver was: northeast fírazit 1955*1964* New
MTR c dc outros grupos dc menor impor York, Grassman FubHshen» 1972. {h\ Pau-
tãncia, recebendo inclusive o apoio da ala lo CAVALCANTI. Da coluna Preslüi A
da direita do PTB. A ADP reuniu o setor queda de Arrues, São Paulo» Ed. Alfa Q me-
centrtMftreíti do espectro político, cerca de gi. 1978. Cap. 1HJ, (c> Grcgório BEZER-

160 membros do Congrcuo c cerca de 40 RA. O frio e sanguinário Gregário Bezer-


outros apoia dores eventuais numa aposição ra. O
Pasquim, Río de Taneiro. 26 dc |a<
coerente contra o Executivo de Toio Gou- L íd) Clodomtr
neiro de 1979, p. 19-2 MG
lart. o bloco nicional-reformbla e a mobi- RAES. Peasant lesgues in BrariL In; StA*
lização das d asm trabalhadoras. Inicial* VENHAGEM, Rodolfo cd, Agrartan prty
mente, a ADP associou** 1 militante pt> btems and peasant movements in Laíín

lição conservadorado CONCLAP, ajudan- Amtrka New York, Doubleday. 1970. p.


,

do a incitar a opinüo pública contra o 497-9S- fe) M, CEHELSKY- The poliçy


Executivo, No entanto, tomou-se em pou process ín Brazil: iand refom J96M960,
co lempo um canal parlamentar coordena- Dissertação de Dourado. Colurobia Umv^
do c uma fachada política para forças vy 1974. p. 235-30. (D Ant&nio CALLÀ*
ciais t grupos de ação da direita mais so- DO, Tempo de Arrues: padres € como
fisikfldus. A ADP leve em 1362 o seu pe- nijlflj m revofufáo sem violência. Rio de
ríodo de atividade máxima» com uma rede lane iro, losé Álvaro E4^ 1964. (g) Motiit
nacional ADP/ADEP. Vide (a) Brazil: dec- BANDEIRA O governo^ op. dt. p< 54*
tlon fattbook. op, cit< p. 37> íb) M. V. BE- 63,
NBVIDES. op, cti, p. 138,39. {c) O Estado
73. U MARTINS, op , cit. p. 131. Em unt
de Sòo Paufa. 20 de junho, 1963.
país onde somente t minoria votava íentrt
71. Para uma descrição sucinta de ca da 1945 e 19*3, maia da metade da popula-
uma dessas organizações, vide BraxU: elec- ção acima de 18 anos de idade eslava ien
fiort laetbook. op. dí. p. 37-50, possibilitada de votar devido is rcitriçto
importai um analfabetos), a política de
72. A profunda desagregação social no
Joia Goulart de conceder o díreilo dc voto
nordesic e no centTO-sul, sob a forma de
a todos os cidadãos brasileiros foi reconhe-
mobilizoçio dos camponeses através de li-
cida como uma clara tentativa de quebrar
gas e da lándicalizaçio rural, parecia indi-
o frágil equilíbrio eleitoral em favor de rt-
car que a classe camponesa eslava final
formu populares sociais c econ&mitaL
racnie encontrando uma expressão coorde-
nada c sufícícn te mente móvel pira suas as-
Além Joio Goulart garantira direi-
disso.
tos políticos plenos a mi N lares dc baixo
pirações c direitos, superando ai falhas da
escalão que não gozavam mais de eligibi-
organização burocrático- piriidár ia e atin-
Udade parlamentar. Eles se tomaram assim
gindo o indivíduo isolado no interior do
uma nova fonte de poder, provendo ai das-
Brasil, locíiLmcntc complexo c regional
se* trabalhadoras de um dispositivo militar
mente diferenciado. À
redução do controle
em potencial.
exercido pdo 7 5D e o aumenio na mo-
bilização camponesa afetaram a própria ba- 74. P, A. RIBEIRO, op dl * p. 18*9,

se do pacto populista de dominação. A mo* 75. A concepção inicial do sistema auto-


biliaaçio dos camponeses atingiu nfveii crí- ritário corporativo era unílateriL com o
ticos em decorrência das expectativas cria* objetivo de incorporar as classes trabalha-
das em tomo do projeto de reforma agrá- doras ao Estado. Poste riocmenle, com Os
ria dc João Goulart e suas tentativas de crescentes índices de urbanização c moder-

156
nízação c 1 eofttci cmizaçlo ideológica e £2. Não devem oi m>í esquecer que, i pesar

política dos trabalhadores, o caráter não da lustadft de orgamuçfcs revolucionária*


funcional do populismo tomou-se claro. I capazes de ameaçar o Estado capilalhl» bra-
medida que de se lomava um sistema bila- sileiro. o princípio da década de laucnli

teral. enfraquecendo a $ua capacidade dc lomouse um periodo critico cm decorrên-


controle social e conicnção política. Ncise cia dq multiplicidade de demandu confli-
momento, um bloco popular trabalhista ha- tantes das classes dominadas c em decor*
via atingido o palanque do Executivo. *ub rência dai virias friçòci di classe domi-
a égide de João Goulart, e "penetrado" o nante, que, como um todo. comii ruíram
•parelho do Estado. Em fins da década de uma critica pressão contra a estabilidade do
cinqUcnta t princípios da década de ses- regime. Vide F- WEFFORT. fí papuiis
senta desenrolou se um período de mobili- mo.,, op. àt p. S4.
dade ideológica e participação popular.
BI. João QUARTIM. Oictatorship and
A pon ta <k lança do movimento da$ clas- armed m Lcndcn,
struggle BréttL NLB.
ses trabalhadoras organizadas posicionou-
1971, p. 39-57*
se ao lado de João Goulart, não se colocan-
do. contudo, sob seu comando. Vide (a) 64. Fernando H, CARDOSO. Auiprítarii

Wcrneck VIANA. tÀbenUsma t sindical is ^ mo e democratização. Rio de Janeiro. Paz

mo oo 8rmiL Rio de Janeiro, Paz e Terra* e Terra, Í975. p J7I-7B, 1B1-B5* 1BT-213. A
1976. p. II 140. (b) Veja, 12 de outubro, autonomia relativa do Estado níg se cons-
1977. p. 6. Entrevista com L. Wemcck Vii* tituía em um projeto social para as clas-
na* ses dominantes. Os "dispositivos” políticos,

76* Vide U> Wflfi™ R. KITNER, The militares e burocráticos» uma característica

politicaJUiiion of strategy. In:AB5HIRE. geral do sistema político brasileiro, restrin-

D. áe ALLEN, R. V, ed. Nationat srciÂrity: giam-se às classes dominantes.


potüicúl, mihtary and economic stratégiêj 15. As práticas populistas, que haviam
in the decade aheúd. New York, Hoover permitido Is classes d mure antes preservar
Inslitutlon on War, Revoloiíon and Pcace, g base de sua dominação real, estavam sem
Praeger, 1963. ?. 3B54U. Cb) W. R KFF« do destruídas por pliiiformas polir^cHcko
NER & H, STORES. Discmsion em Laiin lógicas de cunho reformista* desorganizan-
America, fn: ABSH1RE, D. ALLÊM» R. & do assim a "função controladora do liste-
V, op. cit p. 44440, ,,
.
ma corpof6livo J Kenncth P. ER1CK5QN.
77. Lincoln GORDON. ESG. Documento Cofporatísm and labour in developitient. In:
*.04142. p. 32. R0SENBÀUR John H. & TYLER, Wll-
78. O termo Sociedade Civil 6 usado aqui liain G, de Contemporary tfrarií issues in
no sentido gramschno, ou seja. como o me- econotnk and political dcvdopment, New
canismo pura a hegemonia de um grupo York, Praeger* 1973, p, 151.
social sobre toda a sociedade, hegemonia h>
B6. Sobre a noção dc "necessidade e "ne-
obtida através das chamadas organizações
cessário” neste trabalho, vide A. GRAMS-
privadas, como a Igreja, as escolas» sindica-
CI, op. dt. p* 412-13.
tos, etc. A. GRAM5CI. op, cif. p, 56*
67., F. de OLIVEIRA, Crítica „,* op. cÍL
79. 0 caso será justamente esse se com*
p, 50.
pararmos a mobilização política brasileira
BB. F. dc OLIVEIRA, Crítica.,, op, dt
âm classes trabalhadoras com o nível de
participação popular e organização política p* 40-1, 444* A média de cctscimento do

do Chile, 1970-1973 e do Uruguai, 1970- produto real, que no período dc 1953-1957


1973, era dc B,l%, aumentou para 11,2% duran-
te a administração de Juscelino Kubitschek,
BR Sétima Convenção, setembro, 1962. Int
IPÊS. Noticiário JV. 4. 89, F. de OLIVEIRA. Crteo.,. op. cíl.
BL OJiveiros S* FERREIRA. A caracteri- p. 4S* Tomando 1953 como ano base
zação do sistema. O
Es/ado de São Pauto, (1953 = 100), podemos observar as varia-
17 dc outubro, 1965. (baseado em grande çóeit do índice do custo de vida no Rio t
porte em Gramsci). em Suo Paulo na Tabela 12*

157
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0 i^^vnoi^úoavo^rM Reunião

c Fonte: Citado

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[

90, Tomando como base o ano de 1944 jndu&trJtis do final da década de dnqEJetiu
(= iQCL o salário mínimo real diminuiu de ç principio da década de scssefif** bloco O
161.6 em 1961 para 128.6 cm 1961 (Rio) multinacional e associado ton siderava um-
e de 1462 cm 1%l para 14,5 em 1961 (Sio ] bém que atingira o mírimo de sua capa-
Piulo), «o passoque de 1958 a 1959. • ren- cidade eatratlva dentro dos limitei poüii-
da real de uma Família baixou em 10%. cm e sòrioeconômícoi do regime populis-

Deve-se reuatlar que São Raulo, 0 Estado ta. Vide (a) Rizuo de OLIVEIRA, op cii.
mais industrializado, tinha índices mais bai- p 27-56 ib) Hélio ÍACUARIBÊ. Crise e
xos do que o Rio, enquanto que a produti- aífernativoi. Rio de fanciro. Záhar, 1974.
vidade mantinha uma média de crescimen- p RV7.
to anua) de no período de 1957 a
1Ü,J
95 F- WEFFORT. PoíUko de mcssai op,
1962; ie tomarmos como base o *no de 1954. Sobre as condições para 0 conv
ci7, p.
1949 {—IOOK alé o princípio de 1961 a porEjmcnto violento <k empiesírio* contra
produtividade havia atingido o índice de
o governo, vide F + G. CASTLES. op, cif*
312,4. Nttte ano, porém, da obteve um me-
p. 162 7,
ro aumento de 0.2, cm decorrência das gre-
ves, interrupções e desacelerações no ritmo 96. Sobre a noção e objetivos de uma
de produção r conduzindo a uma interrup- intervenção, vide (a) J. N ROSENMJ. The
+

concept of intervcnlion. Journal of Iníer-


ção pol e i ci , e nio econômica, da produti-
Em naüonal Afiam , V I, (211:167, 1967 (b)
vidade. í%4, com o restabelecimento
da ardem empresarial, o índice subiu rapi-
R. LiTTLE. op. cal. p* 33.

damente para $X F. de OLIVEIRA. Crlü* 97. Vide A. 5TEPAN. op. cíl p. 9-20, 57-
cú. op, ciL p. 45-6, 48. 12* sobre a forma pela qual 1 intervenção
9i + F. de OLIVEIRA, op, cíl p. 42. militar foi racionalizada e sobre sua legi-

timação como uma intervenção moderado-


92, Desenvolveu-se toue os oficiais mili-
ra,
tara « idéia de que o governo encorajava
*s greves e de que 05 enormes aumentos
98. À polarização intraiuifenle % a lotai

contribuíam para a inflação, a vio-


sali riais
rejeição do ^Sistema" ictn sido somente t

lência c0 desgaste em seus próprios sali-


resposta dç uma minoria daa "classes pro-
dutoras" e dos militares. Vide ff? C,
nos c Malta. Til idéia, limitada e sem al-
cance naciona), seria convenlcntcmenic in-
SCHM1TTER, fmeresi, cmftkt and polj-
sultada. O político dm reação
significado
tivai change m Bnxvl Sianford, Sttfdotd
dos oficiais milharei contra a inHação foi
Umv. Pmt I97L íb) A. STÊPAN. op, elt
f

p- 97. Somente um encontro de forçai para


pirticularfTKfric importante, pois des grsda-
Uvtmeme passaram a identificar os sindica-
a sobrevivência de dam, isto é, um cená-
rio som a-zero, a St a m t n t e manipulador
tos t a política de mobilização de massas
e int amamente arquitetado socialmente, po-
como oi fatores mais d ire ta mente respon-
sáveis pelo problema. Vide Aífied STE-
deria estabelecer um pomo de uníio pari
PAN. op. cil 71, 79.
uma smpti frentedt ação militir-emprtía*
p
riaí q«e lí tomasse capaz de mobilizar tfr
91, 0
miíi famoso dos referidos agít ado- tores abrangentes ia opinião pública a
rei profissionais foi o cabo Ainda» que,
cauiar a inEtrver-çio dirigida das FcrÇãJ
apoiado peta CIA* “liderem" revolta dos Armadas,
marinheiros, desencadeando assim a ação
milhar contra Joio Goulart. Vide <a) Mo-
99. F, de OLIVEIRA. A fcortomía,,, op<

níz BANDEIRA. O gOiwiü**. op. cif. p.


cif* p, 115-16. Vide oa capítulos V*Víil deV
tc livro.
169- |b) /l/o E, (II2 )tí 7, 4 de julho, 1969.
94, 0 populiimo foi condenado peio blo-
100. Vide 0 capítulo VS <k*1c Hvro.
co de poder multinacional e associado por 101. Segundo um puikiptnie militir cha-

haver sido considerado inapto pua desem- ve nos acontecimentos dc 1964, "No Bra-

penhar toa função de contenção social, por sil todo mundo ctmsp trava; r»s souberam
seu conteúdo de mobilização e por basear- como fazõlo" (Rio de Janeiro, 1976, cm
se em uma admimjfraçio indluz, qual entrtvim concedida a RA, Dreifuss. A pc~

nlo correspondeu às cambiantes condições dido do entrevistado, teu nome nlo foi

159
(

revelado), Esse ponto de visía é reforçado Lua Is orgânicos de direita, aconselhava, cm


pela análise de RcmaM Schncíder. que + por uma cúria ao estado-maior clandestino, í+
o
ma Basbaum: '“Durante
vez* céu Leônelo qual dava início à primeira orlícufaç&o mi-
o ano de 1963* todo mundo no Brasil cons- litar objetivando a derrubada do governo
4

pirava. . Não havia uma conspiração. Ha- de Goulart t que era "necessário agir com
via um» porçio de conspiraçõezmhas. * absoluta segurança, definindo# antes de t»

LeAncio BASBAUM. História sincera da unidades mili ímes entrarem cm ação, os


ttpüMica: 1930 a 1960. Sáo Paulo, Ed. Ful- objetivos e o que deveria ser feito", Rotei-
gor Lida., 1968 + V. 4, p. 41, citado em Ro ro da revolução. O Estado de São Pauto,
fiald M, 5CHNEIDER. The Politizai . „ op, 12 de abril, l%4„ Vide lambém o capitulo
cit. p. 75. VIII.

102. GEycon de PAIVA. 1PES CD Rio, 4 109, Sobre oi atores sociais "bifurcadas'
1

de abril, È963L e a transição dc um conflito triádico para


conflito diidico, assim como sobre a delí*
103. A abrangente coalizão formada pelas
mção de estímulo de intervenção, vide R.
frações multinacionais e associadas deu ao
LITTLE. op. ciL c op. 3.
movimento de 1964 sua individualidade. A
excessiva sobredetcrminaçÃo político-estru- 110. N. BA1LEY- Organization and opera-
tural de Uts frações nlo foi revelada a mui- tion of nroJiberalism in Latir. America. In:
tos dos participantes dessa ampla frente BAILEY, N. çd. Laiin America: potities*
burguesa. Entretanto, o desenrolar de um cconomics and kemispherk security# New
estado autoritário assodado iria em pouco York, Prieger* 1965.
tempo abalar suas ilusões. Vide F. H. CAíL
1L L O
Estado era, defini ti vametue* o ter-
DOSO, Autoritarismo . . . op. ck. p. 187.
reno político da mais alta burguesia. O
104. Para & compreensão teórica da ques- consenso entre a burguesia e o consenti-
tão do Bonaparttsrao Constitucional, vide mento das classes trabalhadoras foram ex-
A. GRAMSCL Op. cit p. 21046, ,
cluídos, Confibu-se na autoridade da força.

105. F* de OLIVEIRA. A teonomio^. op.


Em concordância com ewa mesma linha de
pensamento, a autoridade foi destituída de
cit. p, Ü0,
seus mecanismos legitima dores prévios. Tor-
Sc olharmos o processo como um
4t
HM. noie até mesmo irónico que o planejador
lodo, poderiamos dizer que as contradições das forças vitoriosas de 1964, o então Co-
internos da classe dominante subordinam- ronel Golbcry do Couto e Silva, do IPES*
se I contradição existente entre esu última nio fosse capai de seguir suas próprias re-
e o sis lema lotai, bem como à contradição comendações: "A formulação, a expressio
que uisic entre a classe dominante e os dos GbjeiUoi Nacionais sía e devem ser
setores médios do capital". El nuevo ca- con liderados como uma obra de arte,
riei cr de la dependência- ln: MAR, José obrai de arte promovem um sen-
pois. .

Mitos ed. La crisis dei desarrolliimo y ta tido de identificação. E não é indispensá-


nueva dependência. Argentina, Amorrortu vel que todos se sintam facilmente identifi-
Ed, 1969. p. 70, (Instituto de Estudos Pe- cados com os Objetivos estabelecidos? So-
manos). mente tal identificação derí ao plano a
107. Sobre o sentido de crise orgânica, vi* selo autêntico de autoridade inquestioná-
de A. GRAMSCL op, eíL p, 210. vel," Golbery do Couto e SILVA. Do pla-

nejamento para a segurança nacional. Ctt


108. Tomou-se óbvio que a campanha do
golpe foi um acontecimento elaborado. As- dernos Brasileiros, Rio de Janeiro, (4):37-

sim* Júlio de Mesquita Filho, proprietário 8, out/der. 19M.


de O Estado de Sãú Paulo e da citação 112. António Carlos do Amaral OSÓRIO.
de rádio El d ora d o de São Paulo, bem co- O estado revolucionário e o desenvolvi-
mo das Indústrias de Papel Guararema S A mento económico. In: O processo reuoft^
(Parsons & Whittmore Inc. Panhit Ltd. ciúnáriú brasileiro. R>o de Janeiro, AERP,
Suiça), membro proeminente dos inteleo 1969. p. 115-16.

160
CAPÍTULO V

A ELITE ORGÂNICA: RECRUTAMENTO,


ESTRUTURA DECISÓRIA E ORGANIZAÇÃO PARA A AÇÃO

Introdução

Este copítulü aborda o processo pelo qual os intelectuais orgânicos de inte-


resseseconómicos multinacionais e associados formaram um complexo polílico-
mílitar,o IPES/IDAD, cujo objetivo era agir contra o governo nacional-refoimmi
de Joio Goulart c contra o alinhamento de forças sociais que apoiavam a sua
administração, Concomituntemente^ é feita a descrição da organização interna-
cional desses intelectuais orgânicos, sua formulação de diretrizes políticas* seus
canais de tomada de decisão e suas estratégias de ação pública e reservada,
direta e indireta.
O complexo IPES/IBAD represetilava a fase política dos interesses empre-
sariais. Com base no argumento de Gramsci, se não todos os íecno-emprcsários. *

11
empresários c militares, pelo menos uma elite entre eles tinha a capacidade de
1
ser os organizadores de seus interesses e da sociedade". Essa clife dos intelectuais
3
orgânicos {doravante denominada elite orgânica do bloco econômico multina-
cional e associado) passou a constituir uma força social, cônscia de que seus
"próprios interesses corporativos, no seu presente e futuro desenvolvimento»
transcendem os Hmites corporativos da classe puramente econômica e podem e
devem também se tornar interesses de outros grupos subordinados". Essa 6 a
fase mais genuinamente política e marca a passagem decisiva da estrutura para
a esfera da complexa superestrutura; essa é a fase na qual ideologias previimente
1
desenvolvidas sc tomam "partido".
Para entender como os interesses multinacionais e associados estabeleceram
sua supremacia sobre o bloco populista oligárquícoindustriil no poder e como des
contiveram as classes trabalhadoras emergentes, é necessário compreender o pro-
cesso pelo qual os intelectuais orgânicos das frações economicamente predomi-
nantes foram capazes de se envolver com êxito na luta poülica da década de
sessenta. Ê também necessário compreender o "grau de homogeneidade, cons-
ciência e organização" atingido pelos intelectuais orgânicos dos interesses eco-
nômicos multinacionais e associados, Esse momento de homogeneidade, cons-
ciência ê organizaçãono processo traduziu-se pela formação de uma elite orgânica
centrada na frente de açio do- complexo IPES/IBAD/
A história do complexo IPE5/1BAD relata o modo pelo qual elite orgânica
de burguesia multinacional e associada evoluiu de um limitado grupo de pressio
para uma organização de classe capaz de uma ação política sofisticada, bem como
o modo pelo qual ela evolveu da fase de projetar uma reforma para o estágio

161
dc articular um golpe de Esudo. O
comp íexo dc interesses multinacionais ç
associados procuraria liderar os grupos profissionais C funcionais como também
visaria i neutralizar o bloco dc poder tradicional. na certeza dc que ú elttç
orgânica poderia sair vitoriosa c dinamizar o processo dc modernização capita*
lista, somente se ela assegurasse q apoio c a aquiescência da maioria da população

participante, A elite orgânica centrada no IPES se revelaria errlão como o


"amadurecimento da disposição para agir dentro de um programa capaz dc mobi-
lizar os de empresa *, e como um todo oferecer soluções aos problemas
homens
do pais Nesse processo, a elite orgânica modelada as forças sociais burgueui
*

em uma classe, processe este que culminaria com a transposição do poder privado
do* interesses multinacionais e associados para o governo público do Brasil. Para
isso, o bloco econômico dominante teria de vir a ser o Estado autoritário em que
çfetivameme se triru formaria.*

A fonuaçao do IP ES

Dimttuèa rwàonais e int emocionais

As sementes do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais — IPES, como


também do JrMjíuIo Brasileiro de Açio Democrática
a» — IBAD, e do Conselho
Supenor das Claue* Produiom — CONCLAP. foram lançadas ao final da
administração de luscebno Kubitschek 7 (cujos excessos inflacionários e estilo
populiiti geraram o descon tenta mento entre os membros do complexo IPE5/
ÍBADi' c durante i presidência dc Jânio Quadros, cm cujo zelo moralista des
depositavam grande) esperanças. Embora interesses multinacionais c associados,
individuais ou mesmo «lomis fossem devidamente articulados através da admi-
nistração paralela, não havia nenhuma liderança política reconhecida e organizada
ao final dc 1%Ü. cxurio as associações dc classe dc cunho menos abrangente,
Foi então que. conforme Paulo Ayres Filho, empresário e cjodiretor do llimco do
Brasil no governo dc Jânio Quadros, “alguns franco-atiradores de São Pauto
c do Rio dc Janeiro st reuniram pela primeira vez. Todos eles (lalvcz dez ou
doze no máximo) eram rdaiivamente jovens excculivos da geração nascido duramie
a Primeír» Guerra Mundial ou pouco depois dela 11 / De acordo com a versão
conhecida, o contato com Paulo Àyrc* Filho foi feito pelo empresário de origem
americana Gilberl Huber Jr residente no Rio, a quem foi dada a incumbência
,

de recmiar homens de negócio dc Sao Paulo,™ Paulo Ayres Filho, por sua vez,
recrutou foáo Batina Leopoldo Figueiredo, importante empresário mulii nacional
e ex-presidente do Banco do Draiil no governo dc fánio Quadros. J. B Leopoldo
+

Figueiredo se lomoy Jider do 1PF,S dc São Paulo. Com a súbita renúncia de Jâníü
Quadros, cm agosto dc 1%I, decidiu-sc ativar o grupo. 11
Contudo. Paulo Ayres fdho, dedicado anticomunista,' 1 já havia, parece, feito
algum trabalho de base nessa esfera, antes dc ver chamado por Gilberl Huber fi\
No príncfpío da década de cinquenta, Paulo Ayres Filho estivera visivelmente
preocupado com a mobilização políuta que então ocorria em todo o país, atra-
vessando at barrei m* dc classe*. Tendo tomado conhecimento do trabalho da
Foundation of Economu Fdtication, organização sediada em Nova York, "defen-
sora da causa de uma limitada participação do governo na economia c da livre

162
empresa”, como um antídoto para a filosofia de que “nlo se consegue algo cm
troca de rada”, ele iniciou a tradução e distribuição de seus- panfletos entre
11
amigos.
no Rio* Cilberi Huber Jr, 0 empresário multinacional Antônio
Enquanto isso,

Gallottí, os tccno-empresários Gtycon de Paiva c José Garrido Torres e o empre-


sário Augusto Trajano Azevedo Antunes, entre outros, estavam engajados cm
sua próspera campanha de recrutamento e também envolvidoi na obtenção dos
serviços de diversos oficiais da reserva, tais como o General Gotbery do Couto
e Silva, que foi indicado ao IPES pelo General Heitor Herrera Uma série de
reuniões informais lideradas por empresários nas casas de proeminentes homens
de negócio dc São Paulo e do Rio iniciou abmamenie um estágio no processo
onde diferentes organizações de dasse e órgãos do governo começaram a pregar
mudanças fundamentais na economia e no sistema político Desses encontros pla-
nejados c discussões preliminares com um constante e crescente número dt indi-
víduos de destaque, surgiu a idéia de se estimular em lodo o pais uma reação
empresarial ao que foi percebido como a tendência esquerdista da vida política.
Tal reação empresarial precisaria contar com representação setorial para ser eficaz
e deveria ter um sentido “popular” mais abrangente, de uma forma que já estava
sendo estimulada em Recife, Belo Horizonte, São Paulo e Rio pelo primeiro grupo
organizado de ação empresarial, o IBAD, e já sendo desenvolvida pela militante
associação de cltSK, O CONCLAP.
O IPES passou a existir Os fundadores do IPES do Rio e de São Paulo,
o núcleo do que se tornana uma rede nacional de militantes grupos de açio,
vieram de diferentes backgrounds ideológicos. O
que os unificava, no entanto,
eram suas relações econômicas multinacionais c associadas, o seu posicionamento
anticomunista t a sua ambição dc readequar e reformular o Estado. Esses empre-
sários visavam a uma liderança política cümpalívet com sua supremacia econô-
f,
mica e ascendência tccnoburocrãtica, pois, como foi observado. a direção do
país não podia mais ser deixada somente nas mãos dos político*'*.
14
O IPES
passou ã existir, oficialmente, no dia 29 de novembro dc 1961, Seu lançamento
foi recebido favoravelmente pelos diversos órgãos da imprensa, mis como o
/ornai do Brasil, O G/obo o Correio da Manhã c a Ultima Hora** Contou tam-
,

bém com o beneplácito do conservador Arcebispo do Rio Dom Jayme de Barros


Câmara, enquanto outras figuras políticas, eclesiásticas c intelectuais aplaudiram
da mesma forma o seu aparecimento. Rapidamente o IPES se expandiu até Porto
14
Alegre, Santos, Belo Horizonte, Curitiba, Manaus c outros centros menores.
D IPES desenvolveu uma dupla vida o seu início. Aos olhos
política desde
de simpatizantes e defensores, a sua face publica mostrava uma organização de
“respeitáveis homens de negócio” e intelectuais* com um número de técnicos de
destaque, que advogavam “participação nos acontecimentos políticos e sociais c
que apoiavam a reforma moderada das instituições políticas e econômicas titis*
17 É,
temes**. Seu objetivo ostensivo era estudar as reformas básicas propostas por
*
João Goulart c a esquerda, sob o ponto dc vista de um tecno-cmprcsÉrio liberar*.
1

Conforme uma versão dc seu documento básico, “A responsabilidade democrática


do empresário**, distribuído entre recrutas potenciais, o IPES foi instituído como
uma “agremiação ap&rlidiria com objetivos csscncialmcrvlc educacionais e cívi-
1
cos* Além disso, segundo o documento, o IPES seria orientado por “dirigente*
,

dc empresas c profissionais liberais que participam com convicção democrática,

163

como patriotas e não como representantes de alguma classe ou de interesses pri-


vados. Elci se reúnem para analisar a situação e contribuir paru a solução dos
problemas sociais que surgem coimantementc na vida brasileira. Por isso» a
direção do IP ES coma com a colaboração de professores universitários, técnicos
c peritos, que, de acordo com seus postulados, estejam dispostos n trabalhar no
estudo c na equação dos problemas nacionais”. Seus objetivos professados eram
"promover « educação cultural, moral e cívica dos indivíduos'*» ‘'desenvolver e
coordenar estudos c atividade* de caráter social” c* "por meto de pesquisa obje-
tiva c discussão livre. tirar conclusões c fazer recomendações que irão contribuir
para o progresso econômico, o bem-estar social e fortificar o regime democrático
do Brasil' * Para realçar ainda mais a sua fachada* o 1PES era apresentado (por
1
1
*

sua liderança) entre o grande público, como uma organização educacional, que
fim doaçòct par* reduzir o analfabetismo das crianças pobres e como um —
centro de discussões acadêmicas.
O lado encoberto coordenava uma sofisticada e muMfacética campanha polí-
tica. ideológica c militar Os fundadores do IPES* avidamente dedicados & "ma-
nipulação de opiniões e guerra psicológica, organizavam e recrutavam um núcleo
de W) membros, cada um encarregado de trazer cinco outros, e eles, por sua vez,
outro* cinco Eles concordavam cm conduzir (unto us operações públlciis, quanto
as encoberta* '.** Algumas pessoas do grupo de Fundadores consideravam que o
IPES devena ser uma organização imeiramente clandestina, mus foi argumen-
tado que. cm
função da natureza* da* Urcfai por vír, teria mais sensato operar
tamtxm com o conheci mento do público.31 As operações secretas e discretas da
burguesia inuirrciciuttal eram ctccutadas por forças tarefa especializadas, uni-
dades de açic. grupos com codcnomes c subsidiários.
O IBAD agra ccmo uma unidade tática e o IPES operava como centro estra-
tégico. sendo que o IBAD e outra* organizações subsidiárias e paralelas tomavam

* si a maícr pine do insucesso (ou glória) por atividades secretas, espondo-se


muito o IPES O equilíbrio entre atividades a longo c curto prazo
mah de que
era delicado em bera o padrão que parecia ter surgido era aquele de grupos
paralelos eperande no* doii níveis* escorando grupos c organizações contingentes
c com objetivos específicos c hm nados, quando se fizesse necessário." 1 Astucio-
samente, Raul PiJIa. líder do Partido Libertador, observou que "duas instituições
muito úteis foram organizadas* uma visando estudos doutrinários para disseminar
idéias e esclarecer os cidadãos* a outra para a ação política, levando-os a cumprir
4
seus deveres patrióticos”*
A orgimea se empenhava na fusão dos militantes grupos antigo vemistas
elite

que te encontravam dupenot Ela instituiu organizações de cobertura para ope-


rações encobertas (penetração c contenção) dentro dos movimentos estudantis e
operários c desencorajou i mobilização do* camponeses. Estabeleceu ainda uma
bem organizada presença no Congresso e coordenou esforços de todas
política as
facções de centrcndimia em upoiiçóo ao governo e à esquerda trabalhista. A
elite orgânica também estabeleceu o que pode ser considerado como efetivo
controle da mídia audiovisual c da imprensa de todo o pais. No curso de sui
oposição 1* estrutura* populíilat* so Executivo nacional-reformista e às forçts
sociais populares, o completo ÍPES/IBAD se tornava o verdadeiro partido da
burguesia e seu csudo-maior para a açio ideológica* política c militar.

164
Segundo Paulo Àyre* Filho, os resultados alcançados pelo IPHS não forim
extraordinários nos estágios iniciais de sua existência como organização; porém,
graças q colaboração dada por suas subsidiárias e outras entidades e grupos de
açao existentes, graduíilmenlt a cliie orgânica logrou êxito infundindo nas classes
dominantes, bem como nas camadas sociais intermediárias e militares, primeiro
a idéia de resistência contra o governo, depois o consenso c a urgência quanto
a sua derrubada, Para essa última operação o complexo IPES/1BAD leria dc ser
bem sucedido em influenciar e mobilizar um grande número de oficiais militares.
E isso foi alcançado.** Assim, um grupo conhecido de civis e militares viajou
por todo o Brasil, identificando movimentos locais, grupos e indivíduos antigover-
nistas ç antiirabulhisias de esquerda, que estivessem dispostos a recorrer a medidas
de cunho militar, caso fosse necessário. 31 Além disso, o complexo IPE5/1BAD
se defrontou com problemas de doutrinação e organização de um bloco de poder
burguês e de como induzido à açlo política com um mínimo de legitimação
popular, A primeira tarefa da elite orgânica seria convencer a maioria dos pró-
prios empresários de suas imediatas c reais necessidades, que extrapolavam os
seus mesquinhos ganhos comerciais, e da necessidade dc sc envolverem em novos
níveis e formas diferentes de ação. Ela teria também dc quebrar a fidelidade dc
alguns c o passivo alinhamento de outros com o Executivo nacional-reformista
Nessa tarefa, a elite orgânica lbadiana c Ipesiana demonstrou extraordinária habí-
lidade c desenvoltura.
Em janeiro dc 1962, o coordenador geral do 1BÀD Ivan Hasslocher publicou
seu trabalho As ciasses produtoras diante do comunismo, uma tentativa de explicai
âs classes dominantes o seu próprio posidonamcnio Ele alerta vi o grande público
empresarial quattlô à necessidade de uma disso domi-
militância diferente das
nantes, o vinha sendo disseminado entre indivíduos escolhidos, ainda cm
que já
caráter reservado, pelos ativistas do ÍBAD. Em seu trabalho, Hasslocher expunha
41
que no momento há no Brasil numerosas entidades c órgãos das classes produ-
toras dedicados ao combate ao comunismo. Todos foram fundados por democratas
conscientes . , , a elite, sob todos os pontos de vista, das classes produtoras. Mas
nenhum deles, até hoje, realizou nada de útir'5T Isso se devia, conforme o tra-
balho, à ênfase depositada no número de membros reunidos em tan entidades e
órgãos, muito mais que à qualidade dc seus membros, pois os fundadores dessas
organizações entendiam que elas deveriam ser verdadeiramente representativas.
E, de fato, o eram. Segundo o ponto de vista de Hasslochcr. essa era. cemmente,
a razlo de sua inoperância. Ele tentava mostrar que nenhum “empresário com
senso prático jamais sonharia em ter sua empresa administrada por um conselho
cujos componentes tivessem poderes iguais e ponto dc vista inieiramentc diver-
gentes". E essa, enfatizava Ivan Hasslochcr, ero precisomente a forma pela qual
as organizações das “classes produtoras" haviam sido constituídas. A necessidade
de se criar uma organização de escol e sigilosa da elite orgânica estava se tomando
imperativa,
Como a elite orgânica estruturada no IBAD via as classes empresariais?
Hassíocher as dividiu nas seguintes categorias:

o) os comunistas, que perfaziam 1% do total;

b) os criminosos. 3%:
c) os inocentes úteis, 10%;
d) os reacionários, 12%;

165
e) os inconscientes* 70%; e

6 os elementos conscientes* 4%.


Os "comunistas * eram aqueles empresários que foram seduzidos por uma
1

doutrina e ambição política para apoiarem e organizarem atividades contra sua


própria classe. Dentro das classes empresariais eram considerados elementos des-
trutivos e de desagregação, Os "criminosos" constituíam os que ujuduvam ou
eram simplesmente passivos diante da ação das classes opostas. Eles ernm o setor
que tendia a maximizar seus retornos a qualquer custo c, por sua própria cobiça
comercial P
a negligenciar os interesses mais amplos de toda a classe empresarial.
Formavam a categoria de " inocentes úteis"* os empresários liberais que apoiavam
projetos sóciMConõ micos rotulados dc progressistas, devidu ã sua ingenuidade
e boa intenção* Os "reacionários" eram aqueles setores das classes dominantes
que identificavam como “comunistas" todas as causas modernizantes. Eles ten-
tavam fossilizar a sociedade, recusando-se a aceitar mudanças, a fim de preservar
11
seus pequenos interesses* Os "inconscientes eram constituídos pelos membros
das classes dominantes que não se tomaram militantes classistas. Eles pertenciam
às classes dominantes não por ação política ou posição ideológica, mas por sua
própria situação econômica objetiva. Por último* Hasslocher identificou os "ele-
mentos conscientes"* Esse pequeno grupo compreendia aqueles que tinham a
capacidade e a disposição para liderar as classes empresariais na luta que deve-
riam travar contra a "ameaça comunista". Com o que somente poderia ser um
toque de ironia* Ivan Hasslocher observou que* em 1896. o autor H. G, Wells
escrevera um livro no qual ele expôs sua própria visão de um mundo futuro,
onde as massas seriam escravizadas por um grupo de poderosos capitalistas bem
organizados c Km
escrúpulos* Vime e três anos depois* Wells escreveu um nove
prefácio para o seu livro* no qual chegou à conclusão de que a espécie humana
"nunca chegará a essa imensa e deprimente condição de escravidão", pois "a
tese de uma escravização gradativa e sistemática das massas trabalhadoras pres-
supõe uma inielígéncia, um poder de combinação e um maquiavelismo por parte
da classe dos financistas e Industriais que esta classe certamente não possui e
31
provavelmente não pode possuir"* Contudo* enfatizou Hasslocher* os elementos
conscientes eram "muito mais esclarecidos do que pensava H G* Wells", embora
não sejam numerosos. Sio homens cuja visão ultrapassa o terreno de seus negócios
imediatos c com uma compreensão apreciável de política". Enfatizando sua abor-
4l
dagem elitista, acrescentou que as grandes reformas da história do mundo têm
sido apresentadas por minorias às maiorias. A democracia mais aperfeiçoada não
só tolera, como estimula a ação de Kderes. Nao há motivo doutrinário nem prático
para que as classes produtoras do Brasil só possam- agir en masse E ele acres*
centou que "Um grupo minoritário, coeso em torno de ideais construtivos e soli-
damente a)i cercados muito poderá fazer e à medida que se forem verificando os
resultados do seu trabalho* enião, novos elementos serio atraídos a colaborar
e O grupo se tomará mais representativo. À admissão desses novos elementos,
contudo* deveria ser condicionada à sua adesão formal — não só à linha ideológica
como à tinha de ação definida pelo grupo fundador* Organizando-se como minoria
atuante,sem o peso morro dos inconsciente* e sem a oposição bem ou mal-inten-
cionada das outras categorias, os democratas conscientes poderão delinear e exe-
cutar um plano de ação em defesa da sua pátria* da liberdade c dc si mesmos.
A nosso ver* a esfera principal de ação desse grupo deveria ser interna, isto é,
leriao objetivo dc pór em ordem a própria casa das ciasses produtoras"** En
reaímentc síto o grau de consciência de classe dentro do IBAD.
Com a cobertura do IBAD, o elite orgânica» feroz e publicsmcnlc, fazia
campanha através da mídia, bem como tomava medidas econômicas contra o
"desviantc ou irresponsável comportamento político” de empresários individuais
que não se ajustavam à exigida oposição ao governo de João Goulart, Nessa
atividade especifica, a Ação Democrática Popular do IBAD (ADEP) desempenhou
papel significativo. A ADEP desenvolveu duas campanhas básicas sob a bastante
inócua denominação de "Ação Socíai". Uma consistia na pressão económica sobre
us empresas privadas e entidades sociais que náo se identificavam com os seus
ideais políticos ou que rcalmenie davam apoio a diretrizes governamentais, A
outra era o direcionamento político da opinião pública c empresaria! contra o
30
governo nacionalista e contra determinadas figuras públicas À campanha através
.

da mídio muito útil às tentativas da elite orgânica de consolidar uma frente


foi

conservadora de opinião pública com objetivos modcmiiantes, em consonância


com meias empresariais e em oposição fes tentativas naçionaWefonnisias dc Joio
Goulart.
Um exemplo claro de "queimação" de uma pessoa foram as criticas severas
que |osc Ermírio de Moraes, do grupo industrial Votorantím. recebeu por seu
apoio ostensivo 00 candidato reformista à cadeira governamental de Pernambuco.
0 Estádo chiive cio Nordeste, José Ermírio de Moraes havia sido Ministro da
Indústria e do Comércio na gestão do Primeiro-Ministro Francisco Brochado di
Rocha, em HÓ 2 A
. principio, a pressão sobre José Ermírio de Moraes foi prtp»
rada no IP ES do Rio* embora tenha sido o IBAD que ostensiva mente desenvolveu
a campanha. Quando a questão Ermírio de Moraes foi levantada em uma reunião
da Comissão Diretora do IPES. ficou decidido que Rui Gomes de Almeida e
J. B. Leopoldo Figueiredo "conversariam com ele" e, negando-se a aquiescer,
seria aiacado. ji que o consideravam incapaz de resistir
*
O IBAD também 1

censurava grupos cconòmicoi tais como 0 Grupo Ducal pertencente a José Luís
Moreira de Souza, cunhado do General Affonso A. de Albuquerque Lima. da
ESG. por manter propagandas comerciais na Ultima Hora jornal populista de t

circulação nacional. O IBAD. além disso, criticava severamente a deliberada ati-


,
s,
tude moderada do / ornai do Brasil, na luta conir* o "esque^dismo \ Tais
campanhas contra José Luís Moreira dç Souza e fosé Ermírio de Moraes serviram
de cortina de fumaça para a elite orgânica, fosé Ermírio de Moraes Filho, sócio
de seu pai no gigantesco grupo Votoranlím, era membro proeminente do coroíte
do IPES de São Paulo, José Luís Moreira de Souia era uma figura-chave
diretor
do comitê diretor do IPES do Rio e seu irmão e sócio no Grupo Ducal» losé
Cândido Moreira de Souia, ex membro do Clube da Lanterna [grupo antigetulma
de conspiradores liderado por Carlos Lacerda, bastante ativo na década de cin-
,J
quenta) era ligado ao IBAD, Sendo ostensivamente a meados pela "direita ,
eles

conseguiam manter sues comunicações abertas com 0 centro e uma parte da


esquerda do espectro político e era no suposto apoio de tais setores da "burguesia
nacional” que a malfadada estratégia de reformismo nacional se baseava. Além
disso, 0 Jornal dô Brasil, por tris de sua fachada de órgão informativo, era
usado como imporlontc canal de divuLgação para a campanha ideológica da elite
orgânica.”

167
Como jA foi elite orgânica, o mais imporlnnle problema
observado, para a
político inicial em
termos de Organização era aquele dc despojar as dasses empre-
14
sariais dc quaisquer demandas particularijUs ou preconceitos populistas, Du-
rime o período inicia! do ÍPES. a dite orgânica disseminou entre ã$ diferente*
frações das classes dominantes a necessidade de semovimentar em torno da for
mação do burguês de classe, embora cônscia dc que o IPE5 estivesse
espírito
penas 'preparado para estudos, não para a ação", como enfatizou o tider Ipcsiana
t empresário Antônio Gallottt

Uma publicação interessante, visando a infundir sentido de consciência de
classe em relação às tarefas que as classes empresariais doravante teriam, foi tim
trabalho elaborado pelo líder do ÍPES [esc Garrido Torres, sobre a "Responsa-
bilidade democrática do empresário*’, amplamenic disseminado cm versões revisa-
3
das por imemtédío dos canais do complexo IPES/IBÀD. * Garrido Torres cha*
roa va a atenção das classes dominantes para o gradual descrédito da empresa
privada aos olhos do público. Tal processo nem se devia somente ao intervém
cionismo do Estâdo, como era defendido por muitos empresários, nem meramente
à propaganda de adversários ideológicos, á qual o grupo dc ação do ÍPES
chefiado por Garrido Torres tentava se opor. Ao contrário, enfatizava de que a
imagem negativa das classes empresariais advinha de alguns aspectos negativos
do comportamento das próprias empresas privadas” Observava ainda que esta-
vam rendo ouvidos novos argumentos que fazíam çrílica às "virtudes intrínsecas"
da empresa privada, tão bem como os argumentos já conhecidos sobre a falta
de iniciativa atribuída a ela. Extremamente alarmante, sob o ponto de vista de
Garrido Torres, era que a empresa privada estava rendo alvo de ataques abertos
por ser tomada como a raiz do atraso económico do Brasil Ressaltava que crescia
o número daqudes que pregavam que, dado o estágio de evolução que o Brasil
travessava, os ideais de desenvolvimento econômico e justiça social só seriam
alcançados num ritmo acelerado, caso a economia lotai fosse socializada. Ademais,
e Ôe fato alarmante, (aís convicções eram compartilhadas por amplos segmentos
da burocracia, estudantes, jornalistas, políticos c alé oficiais militares, para os
quais o principal fator responsável pelo subdesen volví mento brasileiro era o
imperialismo econômico c a cobiça das classes "produtoras". A discussão em meto
a esres segmentos era, segundo Garrido Torres, de que uma revolução social se
fazia necessária, como alternativa inevitável para a açio anti social dos "grupos
econômicos" e a incapacidade das "classes dirigentes". Ele alertava, então, as
classes dominantes quanto à campanha nacionalista c lrabalbista*esquerdista que,
embora na aparência se dirigisse espectaímente às empresas estrangeiras ípor
razões táticas, em sua opinião), atingiría, em termos concretos, lambém as nacio-
nais. Ele atacava ainda os empresários preudonaetonalisias, que desempenhavam
o papel nacionalista a fim dc favorecerem reus próprios e restritos inlcrçsses, em
detrimento daqueles mais amplos da comunidade empresarial como um todo,
Girrído Torres, emlo. instou as classes empresariais a que evoluíssem não apenas
para a prática da "democracia econômica”, mas larobém para assumirem respon-
sabilidades públicas e sociais que correspondessem a esse posicionamento. Tal
evolução leria de ser favorecida pelos que de considerava como líderes aulenlicos
das dasres empresariais, os quais estavam preparados para a necessidade de reno-
vação da empresa privada, bem como para a busca ativa dc soluções aos pro-
blemas políticos e sociais do país, Mas para alcançar desenvolvimento económico

168
t t
continuava de, pensar t agir politicamente, com
t progresso social, era necessário,
um claro senso de premência. Ero preciso fortalecer o regime, faiendo reformas
institucionais que modelassem a estrutura para a modernização. Para Garrido
Torres, o sobrevivência da democracia, identificada com a empresa privudtt.
dependia do comportamento político dos empresários c da demonstração de sua
função social ao grande público,
Em foce dc problemas semelhantes, o empresário e líder do JPES e da UDN,
Rafael Noschcse, presidente da Fcderaçio das Indústrias dc São Paulo, observou
que "fá se passou q tempo em que empresários se preocupavam apenas com os
problemas económicos e financeiros de suas empresas. Kojc des não podem se
alienar da responsabilidade social contida nas empresas que des dirigem”.^
Todavia. nm> era suficiente transpor a fase que Gramsci chamava dc corporativo-
profissional, uma vez que a consciência de seus interesses comuns de classe
tivessem sido alcançados. Seria necessário agir como uma classe e ser capaz de
liderar politicamente uma reação burguesa contra o Executivo. rcstiluifldtM) a
seu controle. Nesse respeito, para o presidente do 1PF.S |. 8- Leopoldo Figueiredo,
quando discursava para a Associação Brasileira de Relações Públicas, cm neces-
sário "despertar entre nós a consciência generalizada do bem estar comum, em
úposiçio ã busca de vantagens por indivíduos, grupos ou classes, uma fornia
ilegítima usada por alguns para transpor a fronteira de liberdade de outros,
violando o direito dc todos, è mais do que urgente estimular o senso de respon-
sabilidade de cada um'\ E de acrescentava "G IPES surge com o objetivo de
i

esclarecerprimordiatmeme a classe empresarial que, diga-se de passagem, precisa


mais âo que qualquer outra classe saber realmenlc quais são os limites ideais
do regime dê livre iniciativa no campo econômico,'' *
4

A campanha dc conscientização de classe liderada pelo complexo IPES/


JBAD começou a surtir efeitos, Gradativamente, os empresários lideres de cerca
dc SOO corporações multinacionais e associadas, sediadas no ftio e em São Paulo,
responderam ao chamado de sua dite orgânica c começaram a suprir o IPES
(já então a reconhecida estrutura de vanguarda da classe) dos meios necessários
para desenvolver seu trabalho. 11
Ames disposição da elite orgânica e sua
.da discussão sobre os recursos à
estrutura interna, de ser feita, O processo brasileiro nào foi
uma observação há
único. Ao fim da década de cinquenta, por ioda a América Latina, havia um
substancial desenvolvimento de organizações dedicadas a manter % 'liberdade
*'
política e económica" Uic} Tais entidades eram apoiadas por relatsvamentc
novos setores profissionais e empresariais de suas respectivas sociedades. Essas
virias organizações, que surgiram principalmentc depois de 1955, as semelhavam- se
cm 0
seu objetivo final e na composição dc seus patrocinadores c recrutas, embora
os métodos de operação utilizados fossem extremamente variados c, cm alguns
11
casos, talvez contraditórios. Apesar disso, ou precisamenic cm decorrência da
riqueza de experiências variadas, era comum a troca de informações, perícia e
indivíduos militantes, assim como a concomitância de membros em diferentes
organizações nacionais, Uma lista de «lecionadas organizações latino-americanas
que formavam uma elite orgânico empresarial a nível de hemisfério dá uma
vísío de sua importância política nesse período e dos fortes interesses e vastos
recursos que forçavam uma mudança modcrnizame-coivservsdofa no continente.
Estavam entre as congéneres do IPES, no sentido de que elas compartilhavam

169
ptrkja e fundos, cooperavam em esforços conjuntos e tinham, em certo» casos,
concomitância de membros individuais e corporativos; o Instituto de Investiga-
clones Sodales y Económicas, o Centro de Estúdios Monetários Litmoamericonos
— CEMLA, aos quais o associado do complexo 1PES/IRAD, Dento Nogueira
era ligado, e o Centro Nacional de Estúdios Socialcs (todos três no México), o
Centro de Estúdios Económico-Socialcs {Guatemala), o Instituto de Estúdios So-
ei oecóTiómíc os (El Salvador), o Instituto Venezuelano dc Análísis Econômico
Social c o Instituto Venezuelano de Acción Comunitária (Venezuela), o Instituto
de Estúdios Socíales y Económicos e o Centro dc Estúdios y Aceiôn Social —
CEAS, que era controlado pela estação de Bogotá da CIA Agencia Central —
de Inteligência dos Estados Unidos (Colômbia), o Centro dc Estúdios y Reformas
Económico Socialcs —
CERES, controlado pda agência dc Quito da CIA ame*
45
rjeana (Equador), o Instituto dc Acción Social e 0 Centro de Qricntación
Económico- Social (Peru), o Instituto Privado dc Invesligaciones Económico So-
ei ales (Chile), o Centro dc Estúdios sobre la Libertad, o Foro de la Libre Empresa

e a Acción Coordinadom de las Instituiciones Empresimlc* Libres (Argentina), a


Sociedade dc Estudos Imeramericanos —
SEI c a Fundação Aliança para 0 Pro-
gresso (Brasil). Outro indicio da importância dessa rede de organizações pode
ser dado pelas relacionada», congêneres e equivalentes nos Estados Unidos, Europa
c Ásia dos IPES e SEI brasileiros. Algumas delas eram: The United States ln-
ieramcrican Council, fundado pelo escritório latino-americano de Nelson Rocke-
felkr, o Latin American Iníormation Contrnittec * LAIC, fundado em 1961, e 0
Coramiltec for Economic Dcvdopment — CED, que posreriormeme fundiram se
ao Business Group for Utin America — BGLA, sob a liderança de David Rocke-
fellcr,tomando-se 0 Councíl for Latin America —
CL A (Estados Unidos). 0
CommiUce for Economíc Devclcpmenl of Australia —
CEDA (Austóia), o Euro*
paishe Vereinigung für die Wirtschaftlíche und Soziale Emwicklung CEPES —
(Alemanha), o Cômiíé Européen pour le Progrès Êconomrquc e* Social —
CEPES, cujos diretores eram Remard de Marjeric do Banque de Paris et des
Pays Bas, Jaçques Metliri do Crèdít Commerdd de France e Jean Deplasseui do
Crídit Lyonnais (França), o Comitato Europeo per if Progresso Economico e
Soeiule — CEPES, que tinha como diretores C. Gastaldí* dò complexo financeiro
NECCI, e Paolo Succi (Itália), 0 Keizai Deyukai —
KD, cujos diretores eram
Y. Ewasa, do Fuji Bank, e $. Nakayama, do Industrial Bank of fapan (Japão),
0 Politicaí and Economic Planning —
PÊP (Grã-Bretanha), 0 Seminários de
ínvesngiciones Económicas — $ÍE (Espanha), o Sludídurbundet Naringsliv och
Samhaile, dirigido por Rtme Hoglund, do Swenska Handclsbonkcrt, L. Erik
Thunhofm, do Skandtnaviska Bank, é Erik Dahmcn, do Enskilda Bank (Suécia).
Havia também uma séríc de órgãos de estrutura internacional , entre os quais se
díílactm na América Lvtim o Laíin American Developmcm Commiilce, 0
Business Councíl for Jnttroilional Underslanding, o Conscjo Imeramertcano de
Comércio y Producción —
CICYP* sediados no UruguaL O CICYP contava com
b direção de Gcorge S. Moore, do First National City Bank, c do engenheiro

peruano Rómufo A, Ferre ro, do Economic PoJicy Committcc. Na Europa havia


lambérn uma CEPES internacional* sediada na Itália. A CEPES internacional era
presidida por Vittorio Valetta da FIAT e Charles Buzzi 4t

O LA1C e o CED, em particular, davam coordenação internacional c apoio


logístico ao IPES c organizações congêneres. Nao foi por acaso que, bem no

17Õ
principio de 1962. AlfFcd C. Ncal {que mm tarde se tornou presidente do Couneil
for uma carta jq líder do IPE3*
Foreign Rdatíons, nos Estado* Unidos) enviaria
Ctlberi Huber Jr„ oferecendo a de uma "operação C£D de apoio" e fornecendo,
47
para esse efeito, uma lista pormenorizada de vime e seis pessoas de destaque.
E interessante observar que esses empresários e intelectuais orgânicos escolhidos*
na maior parte, vieram a ser membros centrais do 1PE5, assumindo postos de
liderança no escritório de São Paulo. Alguns deles, sem se tomarem membros
formais ou participantes da estrutura de ação política do IPE5. sine ionizavam
seus próprios esforços políticos com a elite orgânica, através das associações de
classe empresarial, Fmalmente* muitos de seus nomes devem ser encontrados
entre os empresários e companhias que prove ram a infra-estrutura administra'
liva e econômica paia as aiividfides declaradas t encobertas do IPES.

O PES do Rio dc Janeiro era também intt mamente ligado á American


í

Economic Foundation —
AEF, para a qual o IPES se tomou o canal de difusão
brasileiro. Os líderes |üsé Garrido Torres, J R. Whinaker Penteado, Gtycon de
+

Paiva e Harold Ceeil Poliam), entre outros, eram os contatos do í PES com o
CED e a AEF. Por intermédio de Garrido Torres, o presidente da AEf autorizou
o I PES gratuitamente, qualquer propaganda ou material de pesquisa da-
a usar,
quefa instituição, 1 * O Líiiin American Information Conunitiee LAfC, com —
sede em Nova York, patrocinado e financiado por corporações dos Estados Uní-
doy companhias aos grupos escolhidos para receberem
distribuía fundos dessas
colaboração, aos quais proporcionava certo grau dc coordenação internacional.
0 LÀIC patrocinou pelo menos duas reuniões gerais desses grnpos* realizadas em
4J
Nassa u (nas Bahamas), em 1962 e l9bl. Gílbert Huber Ir, Garrido Torres t
Harold Polland, iodos membros fundadores tio IPÊS do Rio. estavam entre
aqueles que, representando a organização, viajaram do Brasil para Nassau.
Nessas reuniões* discutiam sc assuntos vários, que afetavam os interesses
multinacionais e associados* tais conto o planejamento governamental e privado,
o Mercado Comum Latino-Americano, o papel político e social da empresa pri-

vada e o combate ao "comunismo". Abordavam-se também* em Nmau* os pro-


blemas comuns ao (PES e âs várias instituições congêneres representadas no en-
contro, tendo em vista que prenunciava em toda a América Latina um período
0
de distúrbios e agitação política/
O grupo do
IP£S prosseguiu para os Estados Unidos, proveniente da
reunião de Na&situ dc 1962, entrando em contato com o presidente do Senado
americano, para dar a ele uma idéia da imagem dos Estados Unidos no Brasil,
imagem esta for mnda através do comportamento das empresas americanas pri-
vadas c de capital fechado sediadas no solo brasileiro/
1
A linha de argumeruiçâo
do IPE5 era de que as empresas americanas de capital fechado deveriam abrir
seus quadros de diretoria c ações aos brasileiros e, quando possível, associar se.^
Os líderes do IPES também tiveram uma reunião no Departamento de Comércio,
onde Gílbert Huber fr. falou para um grupo de oito peritos sobre o Brasil e
companhias americanas.* O grupo se reuniu, ainda, com o embaixador Tcodoro
1

Moscoso e uma equipe de conselheiros do Departamento de Estado, onde deba-


34
leram-se as situações políticas e económicas brasileiras e chilenas.
Dois meses depois, em uma de suas viagens periódicas sos Estados Unidos,
Gílbert Huber Ir. acolheria bem 0 apelo de Nelson Roekefdkr aos presidentes
1
das grandes companhias norte-americanas,* das quais se esperava apoio para a
campanha, Oi contactos n&o mm
limitados aos latino-americanos que inm aos
Estudos Unidoi e ás Bahamas. Entre outros, Esteban Fisrttr, Enno Hobbing c
seus colega* do LAIC 14 Frsnk Brandenburg, EmeM W. Gross, Herberi Slcin e
.

A, C. NcjI do CEO, bem como um grande número de cientistas políticos, sociólo-


go*, antropólogos, funcionário* de ÓTgãos estatais c de empresas privadas e execu-
tivos de corporações tran* nacionais viajavam constante mente, mantendo contacto
de rotina e dando apoio especial às suas aliadas e congéneres da América Latina 47 .

Til transação internacional ilustra uma outra forma pela qual se pode falar do
Brasil como um sistema político informalmentc penetrado, onde membros de um
paíi entram em comacto com pessoas de outros países, num esforço de alcançar
acus objetivo* “
A elite orglnica recebia também estimulo de outras fontes. Com a ascensão
de Lsmdort lohnson ao poder, a elite orgânica brasileira, assim como as congéne-
res da America Latina, receberam apoio ainda maior, 4* John Kcnncdy já havia, no
entanto, dado oi passos iniciai* , Quando o Coronel Vernon A. Walters, eficiente
homem de informações que se tomaria mais tarde vícedirelor da CIA, M voltava
da Itália em direção ao Brasil, para, ostensivamente, tomar-se adido militar, foi
informado de que o Presidente Kennedy "não se oporia ã deposição do govemü
de Joio Goulart tc fosse substituído por um estável governo anticomunista que
ficasse ao lado do mundo 'livre" ocidental .* 1 Quando o movimento civil-militar
contra loio Goulart já ie encontrava bem encaminhado, Embaixada Americana
1
"Mteguravfe ao* conspiradores que os Estados Unidos estavam ao lado deles ".*

A ertntmra dr tomada de declsio

A elite orgânica centralizada no Rio dc Janeiro e São Paulo formava o Comi-


tê Nacional conjunto, coordenando outro* Estados onde o IPES havia estabele-
cido centros líimlaret uii como o fPESUL (Río Grande do Sul), o IPES Pernam-
r

buco, o IPES Belo Horizonte, o IPES Paraná, o IPES Manaus, o IPES Santos e
outros centros menores. A instituição cra dirigida por um Conselho Orientador
— CQ, um Comité Diretor —
CD e um Comitê Executivo —
CE / 1 cada um
dele* estruturado noi diferente» centro* regionais. A principal unidade política
ficava na* dua*«ções mais importantes do Río e de São Paulo, com um reduzido
CE (quatro a oito membro* no máximo) ve reunindo pelo menos uma vez aoN dia
e frequentemente cm caráter extraordinário, sempre que exigências política* ou
orgamudonai* assim o ditassem. Formal mente, o CE tinha como seu principal
papel a "suprem* direção administrativa'* e a "execução das decisões tomada*
pelos CQ c CD", O CE também tinha a função de estudar, elaborar c submeter ao
CD o* programo* de atividade* que o JPES tivesse cm mente desenvolver, bem
como preparar o* respectivos orçamento*. Ele tinha, ainda, de "executar todat
que não foitcm específica» ao CD e ao CQ '. O CE
1

a» atividades administrativa*
realizava as lomodu dc decisão e programação da* linhas gerai* de ação dos obje*
li vos do IPES. assim como a diicuiüo e aprovação de projeto* e orçamento*. De-

sempenhava também o pape! de coniroUdoT de diretrizes política*, tendo parte


do comitê cciUTil politico-milhar, atuando atravfi de tuas unidade* operacionais
ideológicas, políticas e militares, o* Grupo* dc Estudo —
GE c os Grupo* de
Trabalho e Ação —GTA. Um cálculo da impoftãnda do CE pode «r feita pela

172
dc nomes que compunham esse nível organizacional, tanto do Rio de Janeiro
lista

quanto de São Paulo, bem como do Comitê Executivo Nacional —


CEN (suas
económicas e conexões ião examinadas no Apêndice Bj.
ligações políticas,
O mais importante órgão institucional de formulação de diretrizes políticas
situava-se no Comitê Diretor regional, que se reunia pelo menos uma vçt a cada
semana e, se necessário, mais frequente mente. O CD foi estruturado com base em
um plano elaborado por Harold C. Polland. Era composto de vinte membros
fixos, sendo 10 do Rio e 10 de São Paulo, com mais outros dez escolhidos entre
os ativos na supervisão de grupos de estudo e açao. Os CDs locais também ve reu-
niam scmanalmeme. Membros dos comitês executivos locais conslan temente via-
javam para Os diversos centros do IPES, proporcionando uma preciosa interliga-
ção operacional. Formal mente, os CDs eram responsáveis pela escolha de membros
do CE ê programação das atividades dos GE$ e GTAs (doravante denominados
Grupos de Estudo e Açaoh O CD de cada cidade englobava os líderes dos Grupos
de Estudo e Açio.
O Conselho Orientador se reunia vírils vezes ao ano, cotno o órgão fomtil
para "elaborar as linhas de orientação, ratificar as diretrizes políticas vigentes,
eleger o CD e estabelecer a estrutura institucionais Composto de quarenta mem*
bros, atuava como uma rede básica de levantamento de fundos e como a espinha
dorsal da organização. Era também q fórum de representação setorial, associativa,
profissional e ideológica. Vários de seus membros compunham o Conselho Orien-
tador Nacional — CON. O CO membros para fazerem parle
escolhia doze de seus
dos vinte ativistas que compunham o CD regional. Desses doze, sairiam escolhidos
o presidente nacional do IPES e dois více-presídentes, um para o Rio e outro
para San Pauto.**
Havia também um
Conselho Fiscal para assuntos processuais e controle de
contas. Seus contadores oficiaiseram José da Cosfa Boucinhasc Eduardo Sampaio
Campos, ambos membros corporativos das American Chombere of Commerce
c contadores públicos de algumas das maiores corporações do Brasil,

Por volta de Í963, o IPES havia crescido de 80 membros iniciais para 500
associados/ * Os três principais órgãos de tomada de decisão compreendiam 27
1

dos 36 líderes da Federação das Indústrias de São Paulo já mencionados (75%),


T

21 dos 24 lideres do Centro de Indústrias de São Paulo (87,5%); além disso,


o IPES incluía um grande número de membros das American Chambers of Conv
meree relacionados como "ativos", bem eomo o núcleo militante do CONCLAP
c dos principais escritórios dc consultoria unteriormente citados.

A estrutura formai de autoridade

Os postos oíicíaís no Conselho Orientador, no Comitê Diretor c no Comitê


Executiva eram, na maioria, ocupados por proprietários, acionistas, presidentes
c direlores dos interesses multinacionais e associados operando no Brasil. Nem
sempre eram empresários os membros da estrutura formal de autoridade, uma
vez que do inclufn oficiais militares de prestigio, alguns dos quais trabalhavam
em empresas privadas. c renomodos profissionais, jornalistas, acadêmicos e tecno-
empresáríos. Nito faziam parte do estrutura formal de autoridade diversos dos
agentes-chave dtis unidades operacionais, das quais muitos eram os próprios
empresários, Influentes associados c colaboradores, como Luiz Viana Filho, Ro-

173
berto Campe». Qcíávio Gouveia de Bulhões e Luif Gonzaga Nascimento Silva,
bem como diversos ativistas empresariaisque ofereciam sua cooperação* como
Mírio Alves Lími, Walier Lorch* Waldcmír Paula Santos Freitas e Modesto
Scaglíiui também não faziam parte da es rutura formal de autoridade.
£ interessante observar que a estrutura de representação dos diferentes agen-
tes sóc io- políticos das cíasses dominantes dentro da organização formal do com-

pleto — IPES/IBAD reunia os vários agentes sociais discutidos no Capítulo Hl


(vide Quadro 3).
Os postos eram amplamente distribuídos entre os vários associados mili-
tantes e ativistas seguindo padrões de representação ideológica e político, assim
como critérios de eficiência e capacidade. A disseminação de responsabilidades
também servia de meio para evitar concentração indevida de poder, possibilitando
o exercido de um sistema dc equilíbrio dc poder pelas diferentes organizações*
grupos t indivíduo* dentro da estrutura do IPE$. No entanto, alguns ativistas
ocupavam postos de maior destaque que outros, o que era um certo reconhe-
cimento da hegemonia dos grandes empresários dentro do IPE$. Os indivíduo*
componenies da estrutura formal de autoridade do IPES fizeram da liderança
formal do bloco de poder das multinacionais e associadas a mais poderosa assem
bléia política c econômica das classes dominantes durante a administração dc Joio
Goulart* como se pode verificar nas listas abaixo e, mais porm en ori za dameme,
por tuas conexões* no Apêndice B

A tu rutura forma! de autoridade — fito de f arteiro

Alexandre Kafka — CO, GEÀ


Al vam Americano — CO. CON
Américo Lacombe CO —
Ângelo Mário Cerne CO —
António Carlos do Amaral Osório —
CO, GEÀ, CD, CE, CEN
António Ga lio ui —
CO* GEA. CD* CON
Augmio Triiino de Azevedo Antunes —
CO GEA, CON (

foté Bento Ribeiro Dantas —


CO. CON
Dario de Almeida Magalhães —
CO, GEA
Cindido Cuinle de Paula Machado —
CO* GEA, CD* CON
Fernando Machado Portei* —
CO, CON. GEA
Gilbcrt J. Huber Junior —
CO. GEA, CD, CON
Glycon dc Paiva Teixeira —
CO* GEA. CD. CE CON, CEN t

Harold Cedi PoJIind —


CO, GEA* CD* CON
Israel Klabin — CO* CD, GEA
Torge Oscar de Mello Flores — CO, GEA, CD, CON
José LuísMoreira de Souza —
CO, GEÂ CD, CON

P

losé Rubem Fonseca CO. GTA. CP, CE, CON, CEN


Maurício Villela —
CO, CON, CF
Miguel Lins —CO, CD, CON. CF
Oilandy Rubem Correia —
CO* CON
Osvaldo Tavares Ferreira —
CO, GEA. CD. CE. CON* CEN
General Golbery do Couto e Siiva —
GEA* CD, CE, CON
General Heitor Almeida Herrera —
GEA. CD, CE. CON, CEN
lovianõ Rodrigues de Moraes Jardim —
GEA, CD, CON

174
Quadro 3

ORGANIZAÇÕES PÚBLICO GERAL APARELHO 00 ESTADO CONSPIRAÇÃO


DE CLASSE £ GOVERNO POUTICO-MtLITAR
General Liberato da Cunha Friedrich CEA, CD* — CON
General João José Baprista Tubino CD, GEA —
Guilherme Júlio Borghoff CD, GEA —
José Ignicio Caldeira Versiani
— CON
Dénlo Chagas Nogueira GEA, CON —
Edmundo Falcão da Silva CON —
João Baylcmgue CON —
Joáo M. Madcr Gonçalves CON —
Jorge Frank Geyer —
CON, CF
fosé Garrido Torres —
CON GEA
Luiz Figueiredo Júnior — CON
T

Mauro Ribeiro Viegas — CON


Rui Gomes de Almeida — CO, GEA, CD
Zulfo de Mallman — CO
Freitas
Guilherme da Filho — CO
Silveira
Haroldo Junqueira — CO, CD
Euclides Aranha — CO
Guilherme Lcvy — CO
Haroldo Graça Como — CO -

Joaquim Rocha Santos — CO


João da Monteiro — CO
Silva
Jorge Behring Mattos — CO, CON, CF
de
Jorge de Carvalho — CO
José Luiz Magalhães Lins — CO
Odylo Cosia — CO CON
Filho
Temí odes Marcondez
sí — CO r

Ferreira
José Duvivier Goulart — CO, GEA, CON
Joaquim Carneiro — CO, CF
Nelson Parente Ribeiro — CO, CON
Oscar de — CO, GEA, CON
Oliveira
Abelardo Coimbra Bueno — CO, CON
Hélio Gomide — CO, GEA, CON
Eurico Moraes Castanheira — CO, CON
Alberto Moreira — CO, CON
Lélio
Caríos Henrique Schneider — CO, CF
Décio de Abreu — CO, CF
Aurélio de Carvalho — CO, CON
Cláudia de Almeida Rossi — CO -

Domício Veloso — CO
Edgard Rocha Miranda — CO
Tony Bahia — CF *

Fernando — CF
Ilher
Oscar de Carvalho — CF
Murilo Coulinho Gouveia — CO,

A formal de autoridade — São Pauto


estrutura

A- C.Pacheco — CO, CD, GEA


e Silva
Ary Frederico Torres — CO

176

— CO CO
Ga s ião Eduardo Bucno Vtdigal
Gistào Mesquita Filho
Gustavo Borghofí — CO, GE A, CD
Hélio Muniz dç Souza — CO* CD
Humberto Monteiro — CO, CD
Jiyme Torres — CO
Joio Soares do Amaral NeMo — CO, CD, GEA
JoséErmfrio de Moraes — CO, CD
Filho
Joio Baptisti Leopoldo Figueiredo — CO, CD, CE, CEN
José Júlio dc Azevedo Sá — CO
José Pires de Dias — CO
Oliveira
José Almeida Souza — CO
Létio Toledo Pizza Almeida — CO Filho
Lucas Nogueira Garcez — CO
Luiz Dumom — CO
Villares
Luiz Morais Barros — CO, CD
Mirio Toledo dc Morais — CO, CD, CE
Mauro Líndenbcrg Monteiro — CO
Octavio Pereira Lopes — CO, CD, CE
Octavio Marcondes Ferraz — GO, GEA
José Ely Coutinho Viana — CD, GEA
Luiz Cássio dos Santos Wcrneck CD, GEA, —
CEN CON,
Oswaldo de Breync Silveira CD, GEA —
Chamma
Sníiiri CD, GTA — — CD,
Thomaz Pompeu Borges Magaíhães GEA
Manoel José de Carvalho CF —
Paulo Sérgio Coutinho Galvão — CF
Luís de Moraes CF —
Oswaldo Mariz Maia CF —
Ernesto Teixeira de Almeida — CF
Paulo Ferraz — GEA

Paulo Edmur de Souza Queiroz GEA
Luiz Mascarenhas Neto — GEA
André Árantes — GFA
Oscar Augusto de Camargo — CG
Othon Corrêa — CO, CE, CD
Barcelos
Paulo Almeida Barbosa — CO, CD
Paulo Ayrcs Filho — CO, CD, CEN* GEA
Paulo Magalhães — CO, CD, CE, CON, CEN,
Reis GEA
Theodoro Quarnm Barbosa — CO
Vicente dc Paula Ribeiro — CO
Heinning — CO
Boilesscn
EuláHo Pontes — CO
Vtdigal
Aldo Mortari — CO -

João Baptista Ismird — CO


Eudoro — CO
Villelfl
Rafael Nosehese — CO, GEA
Octavio Uchoa da Veiga — CO, CD,
GEA
Décio Fernandes Vasconcdíos — CO
Ernesto Leme — CO
Basílío — CO, GEA
Machado Neto
Adalberto Bueno Neto — CO, CD. CON, CEN
Roberto Pinto de Souza — CO. GEA *

Gilberto Wack Bueno — CO *


\. R. Whittaker Penteado — CO
Paulo Lacerda Guanim Barbosa — CO. GEA
Felipe Amo — CO
Fuad LulfaLla — CO
Iost Martins Pinheiro Neto — CO
Daniel Machado de Campos — CO
Fernando Alencar Pinto — CO

Domingos Pires de Oliveira Dias CO
Eduardo Garcia Rossi — CO. GEA, CD
Geraldo Alonso — CO. GEA
Jorge Queiroz de Moraes — CO
José Bastos Thompson — CO
José Luiz Anhaia Mello — CO, GEA
Luiz Emannud Bíanchi — CO
Nivaldo Ulhoa Cintra —
CO, GEA, CD
J. L* Nogueira Porto

GEA
Rubem da Fraga Rogério CON —
Júlio Arames — GEA
Frans Machado — GEA
Paulo Galvlo Filho — GEA
Apesar da ascendência dos interesses multinacionais e associados, o IPES
não era um mcnolito ideológico e polítko, havendo várias razões para isso. A
primeira é que, sendo uma organização guarda-chuva para as classes dominantes,
bem como a unidade ‘‘coordenadora" de um número de entidades políticas, não
poderia deixar de ter em seu meio uma variedade de perspectivas cuja unidade
era mantida em decorrência do período critico pelo qual passavam. Ademais,
por ser uma organização política de classe, que visava reunir amplos segmentos
da população em tomo de seus objetivos e envolver classes e grupos subordinados
na sua ação político- ideológica, o IPÊS teria ât agregar setores e facções proce-
dentes das classes médias t mesmo das classes trabalhadoras industriais. Esses
motivos causaram o enfraquecimento de algumas posições do IPES, mais na
aparência que em essência, ou. pelo menos, forçaram a elite orgânica a atender
pró-forma no seu plano de ação e a incluir, simbolicamente, dentre suas práticas,
demandas regionais de frações das classes dominantes e das próprias classes
médias, com o intuito de estabelecer um certo consenso para a ação e dessa forma
parecer realmente “representativa''. As propostas para a "democratização do
capital" e a reforma agrária evidenciaram ainda mais o problema. À existência
de divergências também estimulou o estabelecimento de diferentes níveis de to-
mada de decisão, assim como canais e órgãos de ação, cuja existência ou relação
com o ÍPES eram desconhecidas por muitos dc seus participantes de menor
atuação, não envolvidos na hierarquia. 4*

178
,

Uma divagem ideológico lümbém se expressava na divergência de perspecti-


vas políiicas nacionais entre empresários do Rio e de Sáo Paulo. Sob o ponto de
vista do General Heitor Herrera do IPES, era claro que "os homens do Rio de
[unciro tinham mais visüg que os de São PbüIo'\ acusados de raciocinarem
ÜT
icmpre cm termos regionais Além do mais, segundo o militamc Coronel vü 1
}

Perdigão do IPES assistente do General Golbery do Couto e Silva, alguns desen-


p

tendimentos se desenvolveram em consequência dos "diferentes papeis desempe


rthados pelos dois grupos, Quase todas as idéias c programas eram produto da
iniciativa do Rio; sua execução e implementação eram mais da responsabilidade
9
de São Paulo"/" o que refletiu na sua infra-estrutura organizacional. À liderança
política e os grupos de estudo partiam do Rio, )á em São Paulo se concentravam

os grupos de ação encarregados da maioria das operações encobertas nos vários


campos de atuação do IPES. üulra diferença jazia no fato dc que São Paulo
se envolvia profundamente nas áreas de operação secreta, ao passo que o Rio

era mais participante no debüic público, embora alguns de seus membros, tais
como os empresários Cândido Guiníe de Paula Machado, Jorge Oscar dü Mello
Flores, Harold Ceei! Polland, José Rubem Fonseca, Gilberi Hubcr [r. os Ge* f

ncrais Golbery, Liberaio da Cunha Friedrich e Heitor Almeida Hcrrera. o Capitão


Heitor de Aqui nu Ferreira e seus contatos no corpo oficial militar, especial mente
os Generais Cordeiro de Farias, Ernesto Gcíscl, fu rand ir 0. Mamedc, Nelson de
Mello e José Pinheiro de Ulhüti Cintra, o Almirante Heck, o Marechal Dcnys
e os Generais Ademar de Queiroz e Riogrnndina Kniel estivessem envolvidos
tanto cm atividades secretas, como na icniutiva de influenciar 03 militarei a
agirem contra 0 governo.
Conflitos pessoais aumentavam na orgamzaçao com a adesío de novos mem-
bros que traziam consigo suas antigas rixas. Assim, atritos entre os presidentes
do PES do Rio, Rui Gomes de Almeida, e do IPES de São Paulo, lolo Bíptista
I

Leopoldo Figueiredo, não se traduziam unicamente pelai disergéncías regionais


ou expressavam confrontos ideológicos de frações diferentes. Neí Peixoto do Valíe.
líder úq IPES do Rio e ativista das American Chambers of Commcrce, observou
que poder-se-ia definiro problema em termos de uma disputa pel* liderança*
No Qswatdo Tavares* líder do IPES do Rio, concluiu que "uma insti-
entanto,
tuição pode prescindir de um líder, mas não (de> uma diitção plena em
. .
1

efetiva ordem de funcionamento e 0 IPES a tinha, sem dúvida* não obstante


*

4
as rixas pessoais/ A existência de facções manifesta vaie vez ou outra em
decorrência das diferenças étnicas ou rivalidades entre gerações, qu mesmo stotas
social. As mais extremas diferenças se refletiam na composição dos clubes sociais
paulistas e instituições de prestígio ftão importantes m articulação potiticomíQlar
do movimento antigovernisla) estabelecidos dc aeoido com as clivagens sociais,
culturais e étnicas/ 1 Os fatores de diferenciação mencionados eram também vistos
pela clitt orgânica como parte de um problema político mais abrangente, espe-
cialmente crítico no momento em que a unificação c a cooperação de iodos os
recursos disponíveis se faziam necessárias*

0 IPES reuniu as mais diversas associações de ciasse, sindicatos comerciais


e industriais/* grupos de pressão, escritórios de consultoria e anéis teenoburo
crálicos t
n militares e facções políticas de ceniro-direita. Coniíderou-se
ativistas
até a necessidade de atrair organizações privadas tão diversas como 0 Rotary ou
0 Lyom Clube e 0 Centro Dom Vital/4 dc leigos católicos, com o intuito de

179
generalizara específica mensagem multinacional e associada impregnada no núcleo
do IPES e também de proporcionar um ponto de encontro ideológico para u
mobilização das classes dominantes.™ Para a liderança do IPES, a estrutura de
autoridade teria de representar "as várias correntes, não permitindo que nenhuma
71
ficasse de fora'’. Nào obstante sua estrutura aparentemente global, o IPES
evitou tornar-se heterogêneo demais para nâo solapar a efetiva ação dc classe.
Havendo estabelecido e consolidado o seu núcleo, o IPES conformou um movi-
mento abrangente sob sua égide* evitando, assím* aqueles perigos de diluição
ideológica e jnoperancia política contra os quais Ivan Hasslocher havia feito
advertência, como já foi visto.

Apesar das diferenças ideológicas e pessoais, havia várias razões pelas quais
o PES tinha de mobilizar o maior conjunto possível dc frações c setores eco*
I

nÔmícos. escritórios dc consultoria, centros culturais, facções militares e grupos


políticos, não sendo das menos importantes a tentativa de desagregar as bases
77
de apoio nas quais o executivo de João Goulart acha va- se ancorado* A arti-
culação das diversas expressões associativas, políticas e intelectuais do poder dc
classe dominante permitiu ao PES, por voltu de 1963, representar q conjunto
]

mais expressivo da burguesia brasileira, capuz de agir política e mlUturmenle


com efetiva autoridade.™

Um resultado conveniente foi que a amplu articulação alcançada pelo IPES


proporcionou também um grande campo de recrutamento e uma rica fonte de
habilidade técnica e recursos materiais para desenvolver n infra-estrutura dc suas
unidades de ação. Outra razão para a premência de se coordenar ta) espectro
era claramente financeira* já que um esforço político à iltura do IPES precisaria

de vastos recursos. 7*
Embora tivesse exilo na coordenação dos setores industriais e financeiros,
bem como nas áreas intelectuais* militares e profissionais* em um determinado
setor* o IPES encontrava sérias dificuldades* Éra o setor rural. problema era O
que as associações rurais englobavam tanto a oligarquia tradicional, ainda pode-
rosa. quanto a burguesia rural mais moderna, bem como as crescentes agroirv
dústrias muhinadonais c associadas. Tal influência política tripartidária nas asso-
ciações rurais constituíaum dilema para o complexo IPES/IBÁD. Por um lado*
ele havia sido levado a empreender uma Aguerra ideológica contra as propostas de
reforma agrária feius pelo govemg c setores trabalhista-esquerdistas. Por outro
lado, tinha de reconhecer que o problema da reforma agrária havia captado a
imaginação de grandes segmentos da população a tal ponto que era impossível
não tomar uma posição política a favor dela, O IPES tinha de se posicionar
quanto Is suas divergências com o governo e as forças trabalhistas e de esquerda
sobre# modalidade de reforma agrária por ele desejada, sem* no entanto* rejeitá-la
totalmente. A elite orgânica empresarial era obrigada â adotar uma posição refor-
mista que alienaria a oligarquia rural, enquanto que, favorecendo a transformação
empresarial do campo* beneficiaria a burguesia rural moderna e os empreendi-
mento» agromdusiriais multinacionais e associados, Contudo, o IPES* ao mesmo
tempo, precisava obter o apoio da oligarquia* por sua influência política no Con-
gresso, onde dc esperava bloquear as propostas do Executivo nos mais variados
assuntos. Ademais, a elite orgânica precisava esvaziar a base rural de apoio que
o Executivo tinham entre os proprietários de terra
e as forças políticas populistas
e as classe* médias mais. Os grandes proprietários dc terra* significava fonte dc

ISO
suporte financeiro, fazíam-sc também necessários na contenção dos camponeses
e no apoioque davam às autoridades regionais* em particular aoi governadores
dos Estados que, por sua vez* opunham se ao governo central. Ouira razão para
li dificuldades de coordenar o setor rural era a bizantina desavença que ocorna
entre e dentro das associações de classes dominantes rurais. Considerando o deli-
cado equilíbrio que o IPES precisava encontrar, era claro que a dite orgânica
40
nio se ‘‘interessava cm desavir-se com nenhuma delas". O IPES teria de agir
em tom conciliatório, «o menos pubhcamente. Muitos dos posicionamentos polí-
ticos mais definidos da dite orgânica cm favor da modernização capitalista «
racionalização das áreas rurais foram adotados sem serem atribuídos ao IPES.
Finalmenie. um numero dc associações rurais e importantes líderes rurais de
disse, a maior parte do setor moderno de café e gado e o seior agroindústria!,
operariam sob a égide do IPES, (aís como Ostoja B. Roguski* um líder do Paraná,
dl Confederação Rural Brasileira — CRB. Wanderbill Duarte de Barros (CRBL
Silvio de Almeida Prado, da Sociedade Rural Brasileira —
SRB* fosé Ulpiano
de Almeida Prado, da Federação das Associações Rurais do Estado de São Pauto
— FARESP. Herbcrt Lcvy* Edgar Teixeira Leite, Eudes de Souza Leão (CRB)
e L Irtneu Cabral, da Associação Brasileira dc Crédito c Assistência Rural —
ABCAR*
Em novembro de 1962* numa Reuniio Geral dos representantes de São
Paulo e do Rio, estabeleceu-se* fínaímenic. o quadro principal do IPES. Assim*
at virias formas associativas burguesas haviam sido integradas em uma efetiva
liderança política. 41 As classes dominantes se amparavam na firme liderança
de sua cJrfe orgânica. O
JPES devia finalmente funcionar como o guarda-chuva
político dc organização de classe. Como
observou o seu líder. Abelardo Coimbra
Biíeno, o IPES "tinha de planejar muiio mais que executar". O
a articulação*
IPES linha de ser o "estado maior".* 1 Alguns dos membros represem mi vos de
organizações empresariais* associações de classe c grupos de pressão que perten-
ciam ao IPES estão relacionados a seguir. Essa lista não inclui as associações
regionais, como a Associação Comercial de Londrina, a Federação das Associações
Rurais do Estado de Minas Gerais ou a Associação Comercial de Pernambuco.
EJa compreende, no entanto* algumas das organizações nacionais e regionais
sediadas no Rio e em São Paulo. Muilos dos membros do IPES eram também
representantes das associações que operavam no setor da indústria pesada* prin
cipalxncnte aquelas de maqmmmo, acessórios e implementos agrícolas* as de
ferramentas* bem como as indústrias têxteis brasileiros e diversas outras. (Infor-
mações mais pormenorizadas sobre a relação associativa dos membros do IPES
podem ser encontradas no Capítulo Hl e no Apêndice B).

Proeminentes figuras de Associações de Ctasse do IPES-Rio e ÍPESSão Paulo


— A. C. Pacheco c Silva — Centro de Indústrias do Estado de Sao Paulo —
CIESP
— Rafael Noschesc — Federação das Indústrias do Estado de São Paulo —
FIESP
— Paulo Almeida Barbosa — Associação Comercial do Estado Sao Paulo —
de
ACESP
— Gilberl Htiber Jr* — Conselho das produtoras — CONCLAP
Classes

181
— José Ignácio Caldeira Versiam —
Federação das Indústrias do Estado di
Guanabara F1EGA—
— Oswaldo Tavares Ferreira —
Clube de Lojistas do Rio de Janeiro CLR) —
— —
Rui Gomes de Almeida —
Associação Comercial do Rio de Janeiro AC RJ
— —
Zulfo de Freitas Mallman Centro de Indústrias da Guanabara
— —
Paul Norton Álbright Fcderaiion oí American Chambcrs of Cõmmerce
— —
Bento Ribeiro Damas —
Centro de Indústrias do Rto dc Janeiro Cl RJ
— —
Sálvio Pacheco út Almeida Prado Federação das Associações Rurais do

Estado de São Paulo F A RE SP
— —
Eiides de Souza Leão —
Confederação Rural Brasileira CRB
— —
José Luís Moreira de Souza Assoe, dc Crédito» Investimento c Financia*

mento ADECIF
— —
Humberto Reis Costa —
Serviço Social da Indústria SESI
—*

José Irineu Cabral Associação Brasileira de Crédito c Assistência Rural
- ABCAR
— Paulo Mário Cerne — Sindicato Nacional da Indústria de Cimento
— Gustavo Borghoü — Associação Nacional de Máquinas, Veículos c Peças
— ANVAP
— Luiz Emanuel Biandii — Associação Paulista de Avicultores
— Mário Henrique Simonsen — Confederação Nacional das Indústrias — CNI
— Machado Neto — Confederação Nacional do Comércio — CNC
Basílio
— Nivaldo Ulhoa Cintra — Câmara de Comércio Sueco-Brasileira
— Orlandy Rubem Correia — Sindicato dos Bancários da Guanabara
— Cláudio Almeida — Sindicato de Companhias de Seguros
Rossi
— Miguel Rçale — Federação de Comércio do Estado dc São Paulo — FCESP
— Guilherme da Silveira Filho — Sindicato de indústria de Fiação e Tecelagem
do Rio
— Jayme Torres — Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos
— Trsjano Puppo Neto — Sindicato dos Bancos do Estado da Guanabara
— Toledo Pizza — Assoe. Nac. de Fabricantes de Veículos Automotores
Lélio
— Nelson Parente Ribeiro — Associação dos Bancos do Estado da Guanabara
— Nelson Parente Ribeiro — * Associação de Dirigentes Cristãos de Empresa
— ADCE
— W Poyares — Associação Brasileira de
alter Propaganda
— Eduardo Garcia Rossi — Sindicato dc fnd. de Artefatos de Ferro e Metais
em Geral
— O. de Carvalho — Federação das Indústrias do Rio de Janeiro — FIRJ
— Luiz Rodo — Sindicato de Indústria de Autopeças
vil Rossi
— Vasconcelos de Carvalho — Sindicato dos
José do Rio de Janeiro
Lojistas
— ~ Lucas Nogueira Garcez —* Federação dos Bancos do Estado de São Paulo
— Luiz Dumont Villares — Associação Brasileira para o Desenvolvimento de
— ABDIB
Indústrias Básicas
— Fernando Edward Lee — Câmara de Comércio Teuto-Brasileíra
— Monteiro Lindenbcrg — Associação de Fabricantes de Lata
Brasileira
— Nkolai — Sindicato das Industrias dc Balanças, Pesos e Medidas
Filizzola
— Frank Geyer — Sindicato de
forge c Relógios Jóias
— Mário Leio Ludolf — Serviço Nacional do Comércio — SENAC
— Ulpíano dc Almeida Prado — Bolsa dc Mercadorias dc São Paulo
José

182
— Joio Baylongue — Sindicato das Indústrias Mecânicas e Material Elétrico
— Eiianislau Fischlowiiz — Serviço Nacional da Indústria — SENAI
— Pado Mário Cerne — Sindicato das Indústrias Hidro-tcrmoe do Rio
tétricas
— Ary Frederico Torres — Instituto de Pesquisas Tecnológicas — IPT
— Joio Batista ísnard de Gouveia — Estudos Técnicos e Administração — ETA
— Frederico Augusto Schmidt — Estudos Técnicos Europa-Brasil Lida.
— Joio Baylongue — JRB Administração e Organização
— Alexandre Kafka — CONSULTEC
— Paulo de Assis Ribeiro — Conselho Brasileiro da Produtividade — CEP
— José Arthur Rios — Sociedade de Pesquisa c Planejamento — SPLAN
— Paulo Ayres Filho — Bureau de Organização Racional Apticada — BÜRA
— Juan Missirtjan — Técnica de Organização e Consultoria — TOC
— David Bcalty III — Técnica de Avaliações e Pesquisas — VAUT
— Octávio Pereira Lopes — Instituto de Organização Racional do Trabatbo
— I0ÜRT
— Jorge Behríng de Manos — ÀDE5G, CONCLAP
— Luis Simões Lopes — Companhia de Estudos Técnicos, Administração c
Participações — CETAP.
A liderança regional do [PE5 no Rio Grande do Sul, conhecido por IPESUL,
compreendia os empresários Cândido José Bezerra Godoy, João Antônio O. Mar-
fins, Don Charles Bi rd, Carlos Gastand Gonçalves, Fábio Araújo Santos (diretor
da J, H. Santos Comércio e Indústria e líder da Associação Comercial de Porto
Alegre), José de Abreu Fraga, Álvaro Coelho Borges, Harry Burger, diretor do
Grupo Gerdau, Emílio 0 Kaminski, Carlos Lopes Osório, Amadeu da Rocha
+

Freitas, Itacyr Pinto Schilling, Oudtnot Villardino, José Zampregna e Paulo


Barbosa Lessa. A liderança do 1PESUL incluía também o Coronel Ycddo J.
Blauth e Paulo do Couto c Silva.
No Paraná, a estrutura PES/IBAD/ADEP era baseada no quadro de mero*
1

broa da Associação Comercial do Paraná —


ÀCOPA. Alguns de seus membros
ativistaseram Asdrúbal Bellcgard, Carlos Alberto de Oliveira, Oscar Schrappe
Sobrinho c o consultor jurídico da ACOPA, Aguinaldo Bezerra. Outros militantes
de destaque eram Ostoja Roguski, do Conselho Nacional para a Reforma Agrária
do Paraná c da Confederação Rural Brasileira, c Manuel Linhares de Lacerda.
Em Minas Gerais, o IPES contava com os empresários fonas Barcelos
Correia, do Centro de Indústrias de Minas Gerais, Rui de Castro Magalhães, do
Sindicato doa Bancos, Josafá Macedo, da Federação das Associações Rurais do
Estado de Minas Gerais — FAREMG, Oscar Nicolai, Laércio Garcia Nogueira
c Aluíiio Aragão Vilar,

Em Pernambuco, foi o próprio General Golbery que, tendo ido a Recife,


estudou a situação política n toco e fundou o centro do IPES para o Nordeste,
j

em abril de 1962.” A figura de maior projeção do IPES de Pernambuco era


Antônio Galvão, presidente da Associação Comercial desse Estado. Era o IBAD,
no entanto, que realmeme aparecia como o mais importante catalisador político
no caso especifico do Nordeste, que mantinha um perfil fraco, já que lá muitas
das atividades eram altamente subversivas.
O IPES também se estabeleceu em Belém do Pará, onde Frederico Mara-
gliano do IPES do Rio fez contato com Dr. Vidigal, diretor da Associação Co-
mcrrial do Pará e presidente da Comissão Nacional Coordenadora das Classes
Produtoras.”
Em mtidoi de 1962, quando o tPES preparava para a sua primeira prova
se
crucial de ação política, ao Legislativo c ao governo estadual
isto é. as eleições
daquele ano, ele havia se tomado a organização de cúpula regional e nacional
de classe para a açio política.

Organização para a ação

Com o intuito de preparar sua estratégia c tática para a ação, a elite orgâ-
nica do I PLS era estruturada através de uma cadeia de unidades operacionais.
Tais unidades tinham um duplo objetivo, Elas supriam s organização tanto do
seus jhjriA-fgftb quanto de seus grupos de ação, para desenvolver e realizar suas
Os Grupos de Estudo e Ação também doutrinavam suas pró-
diretrizes políticas.
priasfile™, ao mesmo tempo influenciando novos elementos, envolvendo e
comprometendo-os nas atividades do IPES, reforçando, assim, uma interação de
papéis e funções.”

No infeto de 1962, uma estrutura organizacional de Grupos de Estudo e


Ação sc encontrava estabelecida, de acordo com o Plano de Ação daquele ano.
Forni almente eles visavam:

1* Publicação e Divulgação, Tentativa de caracterizar o IPES como uma


instituição que reunia a moderna elite empresarial do Brasil e expressava sua
nova mentalidade. O IPES disseminava através da mídia discursos e entrevistas
defendendo a empresa privada, a livre iniciativa e a "democracia como a melhor
forma de govemo e demonstrando os sérios riscos de soluções extremas, tanto
1

da direita, quanto da esquerda *,

2* Educação. O IPES estimulava o desenvolvimento de convicções demo-


cráticas e cristãs e a disseminação de noções econômicas e sociais básicas, indis-

pensáveis à continuidade dos princípios democráticos, considerados simbióticos


com os dogmas da empresa privada.

3. Trabalho sindical. O IPES visava a promoção de um "verdadeiro sindi*

calismo democrático e dinâmico, estimulando o desenvolvimento de uma estrutura


sindical correspondente".

4. Assistência Social. Nesse campo ele recorria à promoção da "Assistência


social para a solyçio de tensões c conflitos nas áreas-chave".

5. Atividades econômicas. 0 IPES buscava promover o '‘neocapitalismo


liberal em cada empresa e na totalidade dó sistema".

6* Levantamento da Conjuntura. O IPES procurava acompanhar de perto


t analisar a evolução dos assuntos políticos, tanto nacionais quanto internacio-
nais, em todos os setores que eram de relevância para suis múltiplas atividades.
Ele também visava desenvolver pesquisa sistemática e avaliações minuciosa*,
relacionadas com os setores econômicoi, político* e sociais.

1 84
7* Estudos. O
IPES empenha va-st cm examinar as reformas tftstitucíocuii
e estruturaisnecessárias ao desenvolvimento econômico t ao progresso social do
Brasil dcniro de um regime democrático.

8. Editorial, Ele tentava a publicação c a promoção de livros, bem como


estimular a realização de peças teatrais t filmes.

9. Escritório de Brasília, Ele procurava estabelecer ligações com os órgíoi


de governo e contatos com entidades políticas por intermédio de seu escritório
em Brasília..

JG- Integração* O !PE5 buscava aumentar seu número de membros e obter


recursos para as atividades do instituto, já mencionadas. 14

Para alcançar seus fins, esses grupos de estudo e ação aos poucos se envol-
viam em influencia parlamentar, tentando persuadir legisladores,
atividades de
manipulando opinião pública e integrando as diferentes frações econômicas
n
e facções políticas da burguesia em uma ampla frente antigovemo. Tentavam
também romper e penetrar ideologicamente as organizações de classes trabalha-
doras e o movimento cstudimiil e influenciar a Igreja e as Forças Armadas. Pre-
pararam um corpo de doutrina e recomendações políticas com a intenção de que
ele viesse a ser um programa para o governo. Esses grupos operavam em dtz
principais áreas de açio política e ideológica: nas Forças Armadas, Congresso,
Encculivü* classe empresarial, sindicatos, classe camponesa, igreja, partidos polí-
ticos, mídia c nas camadas intermediárias.

0 IPES não era com certeza, como freqüentcmentc e descrito, um movi'


mento amador dc empresários com inclinações românticas ou um mero dissemi-
nadoF de limitada propaganda anticomunista; era, ao contrario, um grupo dc
7
ação sofisticado, bem equipado e preparado;* era o núcleo de uma elite orgânica
empresarial de grande visão, uma força-tarefa estrategicamente informada, agindo
41
como vanguarda das classes dominantes A frequência e imensidade de suts
reuniões eram surpreendentes se comparadas com os padrões de dedicada mili-
tância partidária. Não constituía fato incomum encontrar associados trabalhando
arduamente noite adentro em .seus locais dc reunião, quando necessário. A possi-
bilidade de um membro se desvincular de uma atividade específica ou de uma
comissão rinha de contar com a aprovação e sofrer a contrapressão de seus iguais
e superiores hierárquicos, no que era uma cadeia de comando esiriiamentc ver-
tical.* Organizou-se um serviço de monitoria de indivíduos (bem como de ativi-
1

dades) e eslabeleceu-se um whip*™ O General Heitor Hcrrera e Nei Peixoto do


Valle, da Rio, e o General Moziul Moreira Lima e Luiz Cássio dos Santos
Wemeck, de São Paulo ficavam encarregados de formalizar os encontros, Eles
P

também estimulavam os associados a participar de todo ripo de acontecimento,


tanto de natureza interna quanta pública. Formou-se também urat equipe de
coordenação com plano de açio próprio, uma necessidade em uma organização
1
com tanta reduplicação de pessoal e tão variado número de atividades.* Tomava-
se tio absorvente esso atividade constante, na qual tantos empresários, tecno-

* NT; Original me Me em orgimz*ç«» partidárias, elemento encarregado de aueiurar o


compareci mento dos milítintei às reuniões, votações ele.

185
empresários. jomiUsUí. profissionais c militaresestavam engajados, que se impu-
nha pagar racnsilmenie a alguns deles visando a compensar os prejuízos soíridoi,
resultantes do afastamento dc suas ocupações regulares c ordenados ® Membro*
profissionais dos diferentes grupos de estudo e ação eram pagos pelas tarefai
especificas nas quais des estavam envolvidos bem como recebiam je/ons. m
seja. remuneração por presença, reforçando, assim, sua dedieeção. ,, A comurn-

cação interna era assegurada por eficientes métodos, quase militares, como o
Sistema Permanente para Comunicações Telefônicas, visto no Quadro 4,

Os Grupos de Estudo e Ação do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais

1. Grupo de Levantamento da Conjuntura —


GLC: Esse grupo também se cha-
mava Grupo de Pesquisa, pan assim projetar uma imagem externa mais neutra.
A tarefa imediata do GLC eri acompanhar todos os acontecimentos políticos era
todas &s areis t setores, avaliando, apurando e Fazendo estimativas quanto a seu
impacto político e esboçando mudanças táticas para acompanhar a evolução de
qualquer situação e influenciar seu processo. Ele indicava áreas de preocupação
para os Grupos de Estudo e Grupos de Doutrina, levantava informações no*
campo* político c social t fixava diretrizes para as manobras dos Grupos dc Açío
que operavam no Congresso e junto aos partidos políticos, sindicatos, aos estu-
dantes, i Igreja, aos camponeses, às Forças Armadas c à mídia. Nessas áreas,
o GLC
coordenava i ição encoberta desenvolvida pela elite orgânica através dc
sua politíco-militar” Em suma, ete era responsável pelo planejamento
esi rutura

estratégico e informações c por preparar a elite orgânica para ação, Especifici-


roente, encarregava-se do Setor de Exército ê Informação, sendo suas principais
áreas de operação, os e UI Exércitos, com quartéis-generais rcspectivamente nu
1

cidades do Rio dc Janeiro e de Porto Alegre e cobrindo os Estados da Guanabara,


Minis Gerais, Goiás. Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Espirito Santo
e Rio de Janeiro. Segundo 0 General Golbery do Couto c Silvo, o líder nacional

desse grupo de açlo, o GLC estabelecia os objetivos do IPES dc longo e curto


1
alcance,* Consequentemente, em torno de junho de 1962, o General Golbery
preparava um trabalho estratégico sobre o assalto ao poder, ** Em novembro do
mesmo ano. um plino definindo campos de ação, prioridades e cronogromas foi
apresentado por Gilberi Huber |r o General Golbery c o General Li bento da
,

Cunha Friedridi* A equipe do General Golbery produzia os trabalhos táticos


e estratégicos c fornecia as Diretrizes, doutrina e projetos, o que ficou conhecido

Dw
[
como a "'ordem de serviço com calendário 1

Seus documentos eram de ctrcu-


laçüo limitada c especial, doze no máximo, dependendo da seriedade do assunto.
Dc modo geral, não sc registrava nas atas de reuniões do IPES esses trabalhos
e teses,”

Até junho de 1964. o GLC do Rio foi liderado pelo General Golbery, res~

ponsávcl pela perícia em informações e contra-informações, condução estratégia


e ligações com uma íntima rede de militares eficientes, o Capiláo Heitor dc Aquino
Ferreira, o Tenente-coronel Rubens RestccJ, o Tenente -coronel Gustavo Moraes
Rego, o Tenente-coronel |gáo Baptista Figueiredo e o Coronel Ivü Perdigão. Outros
membros militares residentes no Rio eram os Generais Liberato da Cunha Frie*
drich, João Batista Tubino, Octavio Gomes dc Abreu, [mil Pires de Castro,
Heitor Almeida Hcrrera, os Coronéis Montagna Meireles, ÒcIüvIü Velho, Vicior

1 HG
d'Àrim>s Silva, Estes t muitos outros proporcionavam a estruturo organizacional
e de planejamento político da elite orgânica, bem como suo rede de informa»
çóes.^ O General Herrera. um associado nos negócios de Gilbcrt |r c diretor
de empresas multinacionais, fazia parte daqueles que recrutariam os primeiros
membros ds equipe e. "'já que a ênfase era colocado no recrutamento de pessots
de confiança competentes e possuidoras de diploma de curso superior, os ex^lunos
18
da Escola Superior de Guerra eram preferidos", * Tat relação foi realçada pelo
fato de que muitos dos membros civis-chave, fundadores do 1PES* haviam fre-
103
quentado a ESG, muitos como professores, mas também como alunos. Esse
reservatório comum de pessoal contribuía para desenvolver uma tmcrpcnetraçlo
necessãm $ campanha do golpe. De forma especial, o General Hcr-
civil-militar
rera t o General Golben proporcionaram também a conexão com um grupo
íntimo de oficiais de alia patente, alguns dos quais se tornaram verdadeiros cola-
boradores declarados do PES e que seriam encontrados no comando do golpe
]

de 1964. Dentre des. é válido mencionar o$ Generais Judandír 0. Mamcde,


Ernesto Geisel, Ademar de Queiroz, Idálio Sardenberg, Cordeiro de Fartas c
Ulhoa Cintra, grupo de oficiais que já atuava em conjunto por mais de trioti
1 *1
anos,

O GLC produzia relatórios semanais de suas ações e as dc outros grupos


de ação do f PES c fornecia avaliações semanais da situação política, Á respon-
sabilidade de tirar o ‘'sentido prático" desses relatórios era do Comitê Diretor,
que o corpo de formulação de diretrizes políticas. No entanto,
$c lürnou, de faio*
nao de uma tomada de decisão informal por
se deveria eliminar a possibilidade
uma "camada interna" que compreendia outros membros além daqueles do CD
e dirdameníe ligados ao GLC, em vista da natureza secreta do grupo de ação
do General Colbery, Entre os civis do Rio que operavam no GLC estavam GiJbert
Huber fr., Harold C. PoIJand, Cândido Guinle de Pauta Machado e Hélio
Gomide. 16*
Com a colaboração de seus oficiais militares, o I PES estabeleceu de 1962
a 1964 um sistema de informação para controlar a influência "comunista
'
no
1

governo e para distribuir suas descoberta* de forma regular aos oficiais militares-
chave demais pessoas por todo o Brasil, Conforme seus próprios cálculos, o
i!

IPÊS gastava entre 200 e 300 mil dólares por ano nessa operação de levanta-
mento dc informações e rede de distribuição. 11*
Q GLC distribuía entre os militares uma circular bimestral mímeografada t

sem idenlificHção dc fonte, que descrevia c analisava a atividade "comunista"


por lodo o país ™ e que incitava a opinião militar contra o Executivo e contra
1

a mobilização popular. Com o mesmo zelo que ele preparava os relatórios sema*

na is* a partir de material impresso, o GLC compilava dossiês dos indivíduos e


grupos "comunistas", bem como distribuía um mapa que identificava a estru-
107
tura e pessoas -eh ave Para ser possível
das suposta* organizações subversivas.
obter um conhecimemo acurado da situação política, o PES se valia
t eficiente I

dc uma amplamente distribuída rede dc informação denlro das Forças Armadas,


da administração pública, das classes empresariais, da dite política, das organi*
zações esludamis, dos movimentos de camponeses, do clero, da mídia e dos
grupos culturais. O GLC teria grampeado, só nu Rio, cerca de três míl tele-
íos
fones. O GLC
do Rio ocupava quatro das treze salas que o IPF.S havia alugado
no vtgésimo-sctimo andar do Edifício Avenida Central, onde também funcionava
o escritório do CONCLAP c onde ativistas da direita paramiUtar haviam alugado
para suas operações* Nessas quatro salas, o GLC mantinha arquivos
ífllas com
11*
informações sobre dezenas de milhares de pessoas.
Para receber uma imagem
política precisa da situação nacional e captar ú
esiado de espirito da população para as suas atividades dc propaganda, t equipe
do Rio escrutinava a produção diária da imprensa do país {um coral de 14.000
unidades anuais), permitindo* assim, um sistemático acompanhamento da conjurv
tura política e econômica.
110
O GLC também pesquisava um certo número de
revistas nacionais c produzia meu sal mente uma média de quinhentos artigos de
uso prático para serem disseminados na imprensa nacional ou divulgados em
forma de palestras, panfletos e outro material *'dúbio'\ ,,É A equipe do GLC
fâzitt o levantamento dc um espectro bem amplo de livro e outras publicações

nacionais c estrangeiras; de muitas delas o IPES recebia material e, a eUs. a


estrutura política c dc mídia do IPES proporcionava um muito importante canai
dc disseminação. Para executar o que se considerava tarefas centrais do IPES,
o GLC fazia uso das habilidades de diversos especialistas de grande competência,
nos vários campos de ação e organizações. As agências de publicidade filiadas ao
IPES ê os escritórios de consultoria, bem como certas universidades eram reser-
vatórios de suma importando de experiência tccníca e política. 112

Em $ão Paulo foi formado o Grupo Especial de Conjuntura GEC, baseado —


no modelo do GLC organizado no Rio* O
GEC era orientada para a ação direta
e se encarregava do Setor de Exército e Informação dü IPES dc São Paulo. Era
encabeçado pelo General Agostinho Cones, O GEC supria a liderança e os Grupos
dc Estudo e Ação do IPES dc São Paulo c também organizações paralelas como
u SEI, cuja uçâo era coordenada pdo IPES, com os contínuos estudos da con-
juntura cm quatro áreas principais de ação: a política, a psicológica, a económica
e â de relações exteriores. GEC não visava apenas a coordenar a ação direta
entre os militares, mas também a penetrar nos sindicatos, nas organizações estu-
dantis, movimentos camponeses. Igreja e mídia* O GEC estabelecera contato
com as mais variadas correntes ideológicas, em virtude de suas atividades de
informação, por conseguinte, a maior parte de seus membros nunca era publica*
mente relacionada com o IPES. Mostrava-se fundamental na harmonização geral
dos atividades do IPES e na coordenação das várias conspirações
encobertas
faccionais militaresna área do II Exército, cujo quartel-general era cm São Paulo
c que cobria os Estados de São Paulo e Mato Grosso. O GEC recebia a sua orien-
tação do Grupo de Doutrina e Estudo de São Paulo c sincronizava diariamente
com o GLC do Rio, em função do aspecto operacional e de informação de suas
atividades. Formal mente ele se reunia duas vezes por semana c extra-oficial mente
uma vez por dia c funcionava nos endereços oficiais do IPES de São Paulo, assim
114
como na própria casa do General Agostinho Cortes c em diversos outros lugares.
O grupo de oficiais militares que colaborava com o General Agostinho Cortes
na ação militar e etn informação compreendia, entre outros-, os Generais Souza
Carvalho e Moacyr Gaya, os Coronéis Jorge Saraiva, Caio Kichl c Francisco
Ramalho. o Tenente-coronel Rubens Resieel (que servia de oficial de ligação com
lí 1
os ativistas do Rio] e o Major Geraldo Franco. Os civis que operavam nessa
arca eram os empresários: Herman de Morais Barros. Oelavio Marcondes Ferraz,
Eduardo Lcvy, Flávio Galváú, Antônio Carlos Pacheco e Silva* Roberto levy,
Quartim Barbosa, Ffans Machado, Vitorio Ferraz, |. Soares Amurai Netto. Adal-

m
berto Bucno Neto c muitos outros que compunham a liderança do IPES de Sio
Piulo O grupo do General Agostinho Cortes incluía também ativistas do Insti-
tuto i/e Engenharia de $lo Paulo, um centro conspirador-chave, através da mcdii-
11
çfio de André Teííes de Mattos/

Além de receber o apoio do Grupo de Doutrina e Estudos c do IPES do Rio,


0 GEC se valia do material arquivado e classificado pelo Centro de Documentação
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo que era ligada ao IPES por seus
diretores Dr. Saníanché e Álvaro Milheiros. IT 1

Vinculada ao GEC Unidade de Planejamento. Tal unidade surgiu


estava a
por ter se tomado imprescindível que um grupo se especializasse em orientação t
desenvolvesse um plano para a ação. Essa exigência partira de João Baptisia
Leopoldo Figueiredo e o grupo foi projetado para funcionar como uma “unidade
de estido-maior'* do presidente do IPES* Era encabeçado pelo General Agostinho
Cortes que também era ativo na Sociedade de Estudos Interamericanos SEI, —
umt das jí mencionadas congêneres do IPES. Delineou- se a unidade de planeja-
mento com o intuito de fornecer a diretriz básica aos diferentes grupos dc estudo
< ação, que tinham, mitiilmcatc, inteira autonomia para cumprir seu objetivo.
Dessa forma, o executivo do IPES de São Paulo exercia controle direto dc sua
«Çio política ignorando cm muitos casos os líderes formais dos grupos de estudo
c ação. Num estágio mais avançado, em que o IPES de São Paulo já estivesse
em plena atividade conspirativa, a unidade de planejamento controlaria, então,
* execução dos planos dos diferentes grupas. EU contava com a perícia de outros
oficiais militares como o General Moziut Moreira Lime e o General Moacyr
Gaya, ambos operando em São Paulo.
Mais significativo de todos, talvez, o complexo GLC/GEC, juntamente com
o grupo de Doutrina e Estudo de São Paulo, encarregava-se da coordenação de
atividades e envolvimento direto do ÍPES nos movimentos camponês, sindicai
e estudantil, nas Forças Armados c na mobilização das ciasses médias. (Essas
atividades serão examinadas mais pormenorizadameme nos Capítulos VI 1 e VII I >.

2. Grupo de Asmsona Parlamentar —


GAP: Ao fim de 1962, a liderança do
IPES recomendava: "Toda menção ao Grupo de Assessoria Parlamentar deve ser
íuprimida. Talvez deva*se falar em termos út Escritório de Brasília*", $em mais
explicações. Hsvju uma boa razão para apreensão. O
“Escritório de Brasília",
como alcunhado, era o canal de financiamento do IPES para a sua rede
seria
parlamentar dc beneficiários e receptores dc ajuda. O
GAP também fornecia b
coordenação política da campanha antí-folo Goulart cm Brasília, estabelecendo
ligações com órgãos do governo e contatos com grupos políticos. A ÀDP, Ação
Democrática Parlamentar, liderada por joio Mendes, deputado udcnistu apoiado
pelo IBAD, era o mais importante canal do IPES no Congresso, llfl Enquanto o
ÍPES mantinha um silêncio tático e uma apagada imagem, a rede IBAD/ÁDEP
atraía as atenções do publico, como o “bicho-papão" do processo político.

A idéia geral em torno do GAP havia rido daramente exposta pelo líder
Ipesiano Miguel Lins, quando incitou a organização a “aconselhar o Congresso,
estar dentro dele, ter um homem do IPES dentro dde“. Ele sugeriu que o IPES
oferecesse "assessoria técnica** ao líder do PSD, Amaral Peixoto, paru “Irabalhnr
dentro da Câmara*'. Antônio GuHottí apoiou a proposta, argumentando, além
disso, a favor da necessidade dc se ter um “deputado atuante em codu uma das

190
Gam do Congresso",”* Por outro lado, o líder Ipesíano Uncl Klabin achava
que, para o JP£5 o melhor seria estabelecer cinco " áreas de choque" com
f

jrupos paralelos. Segundo ele, o ideal seria "ter elementos na Câmara, fora
deli, na imprensa etc, O IPES ficaria por irás deles, dando apoio e suge-
rindo soluções", A partir desses primeiros e bastante modestos passos, a presença
do IPES no Congresso cresceu a proporções nunca vistas. Ao final de 1962,
praticimeme controlava a Câmara dos Deputados e o Senado, principalmenie
por intermédio da A DP. Assim, ele se encontrava em condições dc coordenar
oi esforços do Legislativo cm bloquear a açâo executiva e parlamentar de Joio
Goulart. 0 IPES (com a cobertura da rede IBAD/ADEP/Promotioei S.A,),
itrivés da ADP, forçava a um "beco sem saída parlamentar", bem como a um
"ponto morto" executivo, que só poderia ser solucionado pelo poder "moderador"
das íntensamente aliciadas Forças Armadas.
0 chefe do GAP e pagador geral da rede da ADP era o banqueiro Jorge
Oscar de Mello Flores, assessorado por Paulo Watzel e Francisco Nobre de
Lacerda em Brasília e, no Rio, pelo escritor José Rubem Fonseca. O GAP tinha
a função de arregimentar apoio para os projetos patrocinados pelo IPES. Ope-

rava também como uma força-tarefa, entrando em ação em forma contínua contra
o governo e seu apoio parlamentar, assim como possibilitando a preparação para
manobras mais amplas, ganhando tempo para que outras forças se preparassem
c para que grupos do IPES desenvolvessem suas próprias atividades Ele era
lambétn muito importante para antever as táticas políticas da oposição c esvaziar
luas manobras.” 1
J. O, de Mello Flores decidia, imediatamente, a ordem dc
prioridades das atividades do GAP e indicava linhas de ação a outros setores e
125
grupos dc acordo com sua percepção c análise da situação .

Cada seção. Rio e Sao Paulo, linha suas próprias "engrenagens no Con-
gresso" ícomo o líder Jorge Behring dc Matos a elas se referi aj, preparadas para
atividades dc pressão, lobbyi^g, petições e para a cooptaçio de indivíduos, grupos
111
e figuras do governo. Mello Flores coordenava as duas. Alguns empresários,
como Augusto Trajano de Azevedo Antunes, tinham suai próprias e indepen-
dentes máquinas de lobbying no Congresso, colocadas à disposição do IPES.
0 GAP mantinha um escritório político que incluía assessores formais, es-
critório este conjuntamente ocupado pela Federação das Industrias de São Paulo
— FIESP — que fornecia certa parcela dc cobertura e assistência material. 12*
O IPES do Rio proporcionava recursos humanos e apoio material (escritores
especializados, equipamento de escritório c mobiliário) para a agencia de Brasília
e, inicialmcmc. cerca de 4 milhões de cruzei ros* mensais para despesas adminis*
irativas c dc pessoal, levantados por seus líderes Paulo A, Barbosa, da Esso
Brasileira dc Petróleo, e Rafael Noschese, da FIESP. O IPES de São Paulo provia
a maior parte do dinheiro necessário para a ação política, Nesse aspecto eles
contavam com a adesão do IPESUL, outra importante fonte de apoio financeiro
111
para atividades clandestinas.
A liderança nacional do IPES conferiu liberdade tática ao GAP. 0 Grupo
de Levantamento da Conjuntura, auxiliado pelo Grupo de Estudo e Doutrina,
analisava os assuntos importantes e sincronizavais com as atividades dc outros

* Pm 1%2, um dólar americano oscilou entrt Cri 200,00 c Cr! 473,00; em 1463, e ntre
Crf 47SJDO t Ct| 600,00.

191
grupo» e unidades. Isso favorecia o 1PES no desenvolvimento de açâo política
mais abrangente, 11* Tal sincronização era posta cm prática nos anteprojeto» de
lei do governo, o» quais exigiam reparos político» para serem implementado!
pelos contatos parlamentares do IPES. Os próprios anteprojetos propostos pelo
IPÊS* a nível estadual ou federal, também contavam com a colaboração dos dife-
rentes grupos de estudo e ação. 1*
1.

Grupo dt Opinião Públtcú —


OOP: Formal mente, as metas do grupo com-
titufam na "disseminação dos objetivos e atividades do 1PES por meio da im-
prensa falada c escrita", levando "à opinião pública os resultados de sua pesquisa
€ estudos". 11* A sua função manifesta era a manipulação da opinião pública por
todos os meios disponíveis. Para dissimular o seu verdadeiro propósito, evitava se
o uso dos termos "opinião pública". Ao contrário, os ativistas do complexo
IPES/JBAD falavam de "divulgação" e "promoção", sendo o último o nome de
uma das "subsidiárias" do 1BAD. a Promotion S.A., encarregada de propaganda
Era tão importante o Grupo de Opinião Pública, que o General Herrera o con-
siderava como ”a base de ioda a engrenagem"* !>a mesma forma, para o líder
José Luiz Moreira de Souza, "conquistar a opinião pública" era a essência da
ação politica. m
Dentre algumas figuras desse grupo no Rio destacavam se Nei Peixoto do
VaIJe. losé Luiz Moreira de Souza (proprietário da Dçnisson Propaganda!, Glauco
Cimeiro (escritor, jornalista), José Rubem Fonseca (que lidava cspecificamenie
com editoriais de jornal e filmes), Hélio Comi de e o General Golbery. De São
Paulo, sobressaiam Pauto Ayres Filho, que trabalhava em educação, "escolas
sociais" (doutrinação política) c propaganda geral c o associado do complexo
110
IPES/JBAD, Geraldo Alonio. proprietário da Norton Propaganda. Eles eon
lavam com a colaboração de Ennio Pcsce, Flávio Galváo de O
Estudo i/r 5 Pauto
e Luiz Cássio dos Santos Wcrncck Entre outros associados e pessoal ligado ao
IPES que também aderiram a essa máquina de propaganda, distinguiram íc
S ilveira Lobo (Denisson Propaganda), 111 Evaldo Pereira Simas, que viria a ser
editor da revista da ACRJ (ligado a Augusto Trajano de Azevedo Antunes),
Jorge Sampaio e Alves de Castro, do "Repórter Esso para lodo o Brasil" da
TV Tupi (o mais importante c vasto noticiário de televisão, que fazia cobertura
diária dos acontecimentos nacionais e internacionais, patrocinado pela Esso do
Brasil). Esse grupo de pessoas trabalhava no rádio e na televisão, jumamçntc
com Aridcs Visconti e António Peixoto do Valle e que, também, com Wilson
Figueiredo (editor do fornai do Brasil ) havia formado uma equipe algum tempo
antes do aparecimento formal do IPES. Essa equipe foi incorporada as unidades
de doutrinação c propaganda do IPES e cobria as atividades da elite orgânica, 113
Para desenvolver suai atividades, o OOP sc incumbiu de quatro linhas de
ação mais importantes;

a) resguardar a segurança do IPES;


b) disseminar declarações feitas pelo Grupo dc Estudo c Doutrina do Rio
ç o Grupo de Doutrina e Estudo dc São Paulo;
ç) "projetar doutrina", o que envolvia a realização de princípios c objetivos
básicos do !PES entre os diferentes setores da população considerados como
r

alvos adequados para as atividades, c, finalmentc,

192
d) rctroalímemar com avaliações e dados o Grupo de Levantamento da
Conjuntura,

A projeção de doutrina tinha de ser alcançada em três formas diferentes:

aparecer primeiro com o nome do IPES, segundo sem o nome do IPES e em


terceira opção como “doutrina democrática"* Esse programa teve seu esquema
preparado pelo General Golbery, o dissimulado Chefe Geral de Opinião Pú-
blica,
**
1
A projeção dc doutrina também implicava numa guerra psicológica e
ideológica que o GQP desenvolvia como uma atividade-suporte para as uni-

dades responsáveis pela ação nos sindicatos e entre os camponeses* pelo mobili-
lM
zação milhar e das classes médias *

da população ou "publico" para a ação dc propa-


Entre os setores “alvo"
gnnda do OOP estavam os próprios associados do IPES, patrocinadores c o
pessoal relacionado, para os quais o OOP publicava noticias* editava um boletim
mensal, divulgava matéria através da mídia e preparava um boletim político
para limitado consumo interno, Além disso* elaborava material adequado paia
recrutas cm potencial. Disseminava também uma variedade de material cuja forma
o conteúdo eram compatíveis com os diferentes segmentos culturais, políticos e
sociais da opmião publica, a saber, as ciasses médias, trabalhadores dc indústria,
estudantes, militares, donas-de-casa e profissionais*
D OOP enviavamilhares de cartas e telegramas e faria chamadas telefônicas,
incitando à opinião publica e fortalecendo a mensagem do complexo IPES/1BAD.
Durânle os estágios iniciais do governo de foão Goulart, o grupo realizou o que
se considerava como “operações de treinamento" de escopo limitado, lançando

as bases para o desenvolvimento, que culminaria na crise de Estado de 1964,


bem como para a intensa campanha de imprensa c a mobilização das classes
1
médias conduzidas pdo ÍPES pouco antes do Golpe. ** Desenvolver a penetração
ideológica, neutralizar u oposição, protelar a organização política dos classes
trabalhadoras industriais e impedir a consolidação da posição nacional reformista
dentro das Forças Armadas, assim como a formação de favoráveis clivagens
apoio ativo dentre o amplo público das classes médias eram parte da
políticas e
campanha do GOF. Ele visava realizar os objetivos básicos c estratégicos do
IPES, preparando o campo para ações públicas e encobertas e conferindo à cam-
panha continuidade e “repercussão ampla", a tão necessitada caixa de ressonãu-
tia <
m
O General Golbrry assegurava que a falta de preparo ideológico do povo
137
impediu o êxito do golpe de 1961 e não se esqueceu da lição. Km agosto de
1962, criou -se uma unidade com a tarefa específica de preparar o público ideolo-
gicamente para uma tomada do governo, Essa unidade teve o seu primeiro teste
na preparação do clima político para as cruciais deiçdes ao Legislativo de outubro
de 1962* Em novembro do mesmo ano, aproximava de três mil a lista das orga-
nizações que trabalhavam cm Opinião Pública c Mobilização (rádio c televisão),
segundo Hélio Gouúdc, do IPES, responsável pela instituição de “estações de
revezamento" para a mensagem modcrmzantc-conservadDra, 1:I,,
Hélio Gomide se
encarregou também de estabelecer ligações com indivíduos e grupos que esti-
vessem desenvolvendo sua própria ação* congruente com 0 IPES e contra o Exe-
cutivo (vide Apêndice G).
O OOP para estabelecer sua hegemonia entre a bur-
IPES também usava o
Tornou-se evidente, a partir dc uma tese ventilada por sua liderança em
guesia,
meados de 1963, que unta hegemonia de classe entre os empresários era um

193
projeto p«a o IPES. O líder Hélio Gomide. em sua tese "Diretrizes básicas para
um Programa de Àçáo Longo Prazo", recomendava iflitialmcnte a expansão
das bases do IPES na frente doméstica, juntameme com um plano de formação
de opinião pública que a dite orgânica seguiría. Depois, o IPES devería tentar
alcançar outros objetivos. Dentro tais objetivos estava a expansão de seus quadros,
a fim de colocar pelo menos um membro em cada e toda associação de classe
empresarial, fosse ela sindical, recreativa, cultural ou política. Deveria também
manter permanentes ligações entre os seus membros por meio de uma doutrina-
ção contínua e constante, julgada necessária para proporcionar uma segura e
firme linha de ação ideológica, de forma que os membros agissem sempre em
uníssono, em qualquer circunstância. Ademais, tendo o IPES desenvolvido na
classe patrona! t idéia de que o empresário era qualquer pessoa que trabalhava
minu Empresa'* e. assim, eliminando as distinções de status entre patrão e em-
pregado na empresa, ele deveria tentar ligar-se financeiramente ás firmas, Pos-
leriormtnie. os patrões ç empregados seriam persuadidos a apoiar partidos polí-
ticos de centro. Depois de um período de dois a quatro anos* esclarecia ainda
a tese, provavelmente haveria um número substancial de membros do IPES
nos partidos de centro que formariam uma massa dc manobra suficiente par»
constituir o esqueleto de um novo Partido e. assim, dar força suficiente m IPES
para influenciar o pensamento e a ação política do novo Partido in .

4. Grupo de Publicações Editorial —


GFE Operacional me me relacionado com
o Grupo de Opinião Pública estava o Grupo de Publicações/ Editorial GPE. —
Embora já exiitisse há quase um ano como um* unidade de trabalho ao lado
dc outros grupos, o GPE foi formalizado cm agosto dc l%2. Ele organizou um»
cadeia de canais de expressão para o seu material, o que se chamava "cadeia
de vdeulos de divulgação". Tentava também estimular c, quando possível, sin-
cronizar os esforços de propaganda por parte dc indivíduos c grupos, cujos obje-
tivos coincidiam com os do IPES, ou cuja atividade cra útil às metas da elite
orgânica. Disseminava material impresso e visual com a mensagem ideológica
"apropriada' pelos quatro cantos do país. funtamente com. o Grupo de Levanta-
1

mento da Conjuntura e o Grupo de Opinião Pública, o GPE conduzia de fato


uma campanha de guerra psicológica organizada pelo IPES.
O do IPES, romancista José Rubem Fonseca, supervisionava as ativi-
Ifder
dades do e se encarregava da Unidade de Editorial. O General Liberaio da
GPE
Cunha Friedrích se responsabilizava pelas publicações e era assistido por uma
comissão dc escolha e publicação de livros, composta por fosé Garrido Torres,
o General Heitor Á. Herrera e o General Golbery, Mfl a quem o Capitão Heitor
de Àquino Ferreira auxiliava. Formaram esse grupo os profissionais da mídia,
do mundo literário c de agenciai de publicidade. Entre des, distinguiam se José
Francisco Coelho (ex-jornalista do f ornai do Comércio ) convidado por Glycon
r

dft Paiva para colaborar com o grupo, Wilson Figueiredo (editor do lornal do
Brasil) e os poetas e romancistas* Augusto Frederico Schmidt, Odylo Coita
Filho e Raquel de Queiroz.

O GPE escrevia* traduzia e distribuía material impresso anticomunista* anti-


trabalhista e anlipopuliita, bem como publicava, traduzia c reimprimia livros*
artigos e panfletos encolhidos. Através da Unidade de Editorial* inseria comen-
tários, debates c opiniões na imprensa e elaborava editoriais, divulgava noticiai

194
\

t artigos fcilos cie antemão por agências especializadas. 141 A "disseminação de


Kiicratyro democrática" Is/rJ era uma das crudais funções do GPE, em um esforço
conjunto com o Grupo de Opinião Pública e apoiado pelo Grupo de Estudo e
Doutrina, Em seu relatório escrito no início dc 1962 para o Comitê Diretor, Gar*
rido Torres advertia: "A abundância dc literatura marxista nas mmii livrarias
é óbvia a qualquer observador atento. Quase despercebido é o esforço dc contra-
balançar seus cícíios com a correspondente divulgação de livros, panfletos t
artigos que 'promovam' o regime democrático e alertem os leitores de todas
41
as camadas sociais contra os males e os mitos da doutrina soctafriatUe".* Ele,
nessa oportunidnde, npresentou um programa de ação esquematizado pelo Selar
de Lcvantiimcnios. Hm suma, o programa tencionava lançar três formai dc publi-
cações. Seriam, primcirnmcnte (os muis fáceis c menos dispendiosos ), os '‘artigos
'feitos* para os jornais e revistas do país, que lidam com atualidade numa lingua-

gem acessível ao grande público' ,4a A segunda fornis de ação de propaganda


consistiria na publicação dc panfletos "para divulgação entre estuda ncey militares,
trabalhadores de indústrias e pessoal administrativo em geral".** 4 Ji a terceira
forma dc ação se basearia na publicação de livros "dentro do que o IPÊS consí
dcrnvu ser uma linha democrática moderna". Essa linha equiparava "democracia"
e empresa privada, o que geraria benefícios sociais; assim seria o marco ideoló-
gico brasileiro do "ncocapiiaiismo^. Muitos livros estrangeiros mereceram atenção
especial. A idéia seria escolher um certo número de títulos, por cuja publicação
o IP ES levaria alguns editores a se interessar. Se surgisse o caso desses editores
levantarem dúvidas quanto ao êxito comercial das publicações, de se responsa-
bilizaria por adquirir certa quantidade das edições, ajudando, assim. 0 editor i

decidir dc forma positiva. Encarregou-se do programa dc traduções o alivisti


Ipcsiano Coronel Oclavio Alves Velho, diretor da Mesbla S,A. ,4Í
O modelo de circulação do GPE objetivava cobrir todo o país. O IPES
tomava com associados e pessoal ligado nas varias cidades-chave como Belém,
Curitiba, São Paulo. Brasília. Salvador, Porto Alegre, Bdo Horizonte, Fortaleza,
Joinville e Campo Grande. Essas pessoas se responsabilizavam por levar lite-

ratura às mios dos responsáveis pelos processos decisórios e pela formação de


opinião, locais e regionais. 144

Alguns dós associados do IPES eram proprietários* diretores ou intimamente


ligados â diversas empresas de publicação c companhias editoras Em decorrenaa
disso, colocavam a disposição do IPES a sua infra-esí rutura comercial e técnica,
equipamento, pessoal e perícia. Emre as editoras do Rio. é válido mencionar a
Editora Agir. de Cândido Giiiníe de Paula Machado, G Cruzeiro, de Assis Cha-
teaubriand, e a Gráfica Gomes de Souza, de Gilbcrt Huber fr> O Coronel Victor
{TArinos Silva assegurava ajuda técnica par* a Grifica que o IPES opermva, com
o apoio de Renafo Americano, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
— IBGE.* 41 O
IPES também procurava apoio junto ao programa do livro, da
Embaixada americana. Auxílio suplementar vinha de formas indiretas, principal-
mente como serviços gratuitos ou subsidiados. Em São Paulo, o setor de publica-
ções recebeu impulso considerável com a proposta da importante Editora Saraiva,
transmitida pelo jurista integralista e ativista do IPES Adíb Casse b a Paulo Edmur
dc Souza Queiroz, do Grupo de Publicações do IPES de Sio Paulo. À proposta
consistia em um plana dc publicações, através do qual a Editora Saraiva daria
ao Grupo de Doutrina de São Paulo a oportunidade dc examinar os trabalhos que

195
u

cia ediliiie,podendo, a qualquer hora, publicar os panfleto*» c traduções do IPES.


A Editora Saraiva, por intermédio de seus contactos, imha lambem condições
de oferecer ao IPES espaço gratuito na televisão. * A Cia, Editora Nacional, de
1

Octale» Marcondes Ferreira, oferecia também seus préstimos pura publicar os


livros do IPES. ** Da mesma forma, a ti. R D. Editora, chefiada por Gumeteindo
1

Rocha Dórca. desempenhava papel Mgmficaino na edição dos livros subsidiados


do IPE$, lia Com isso. o IPES conseguia uma posição de destaque na supervisão
do que ve publicava no pais e, conxqiienicmentc, do que se lia e discutia Provava
ser uma eficaz forma de atingir intelectual c cmocionalmcnte a população, muito
mus ainda se se considerar a vasta rede de apoio estabelecido pelo complexo
IPES ÍBAO entre os mais importantes jornais c revistas, companhias de televisão
e estações de rádios nacionais.

Mais tarde, o GPE criou o Centro de Bibliotecnia. objetivando estimular a


publicação brasileira de livros mfanti*. e a disseminação de livros selecionados
ajudado nessa tentativa pelo Franklin Book Program. um centro de divulgação
para os editores americanos que. assim, tinham seus livros distribuídos na Bra-
*d. m O Centro de Bibliotecnia incluía cm seu quadro Cândido Guinle de Paula
Machado, Dccio Guimarães, fosé Alberto Gutiros. Fernando Bastos de Souza.
Pedro facques Kapdlcr. Propicio Machado Alves, Oscar de Oliveira e Tilo Leite,
diretor da Readcrs Digcst Publications do Brasil.

5. Grupo de Estudo e Doutrina —


GED: O GED era constituído de um agru-
pamento de unidades de pesquisa de diretrizes, que forneciam material para o
Grupo de Levantamento da Conjuntura e o Grupo de Publicações. Os trabalhos
produzidos pelo Grupo de Estudo e Doutrina do Rio. por exemplo, eram básicos
para a “formação da Opinião Pilbliei f, ,u
. O GED preparava estudos que se tor
na vam a base para teses c diretrizes a longo prazo, assim como projetos de lei
c emendas apresentados no Congresso por parlamentares amigos. Fornecia também
a análise crítica dc projetos c pesquisa de backgrounü para a frente políiicu orga
nizado pelo IPES no Congresso, legislaturas c governos estaduais, através do
Grupo dç Ação Parlamentar que, por sua vez, patrocinava o seu canal dc difusão,
a Ação Democrática Parlamentar O GED produziu, ainda, analises com obje-
tivos definidos, limitados e táticos, visando obter resultados a curto prazo. * 1
1

As prioridades políticas para os estudos do GED eram estabelecidas pelo Grupo


dc Levantamento da Conjuntura, em composição com o Grupo dc Ação Parla-
mentar, o executivo e comilét diretores do IPES.
O Grupo dc Estudo c Doutrina constituía 0 "csluía ideológica" do IPES.
Por sua natureza simples, poder-sc ia distinguir a ideologia política do IPFS a
partir de três dc suas publicações: Que é o tPES?, Declarações de princípios e
Reformas de base Grande parte dos diretrizes mais comuns encontradas nesses
,

trabalhos era apresentada na linguagem ideológica tl« "Aliança para o Progresso".


Além disso, o próprio líder do IPES, Humberto Reis Costa, tornou-se presidente
de uma comissão preparatória da seção brasileira dti Aliança para o Progresso,
criada pelo decreto do governador de São Paulo. Àdhcmar dc Burros, de 22 de
fevereiro dc I963. 15* Considerando o vasto eleitorado católico, a mensagem do
IPES também utilizava a linguagem ideológica do "Mater et Magisira". Ambas
favoreciam o objetivo de aggiornamento do bloco dc poder burguês e eram úteis
para a sua legitimação diante das classes subordinadas. m Finalmcnlc, o IPES

96
jnaitrou também sua argumentação com os postulados da modernização antíco-
murnsia da Carta de Punia dei Leste. Ele endossava c disseminava o principio '

de que os regimes que não reconhecem a propriedade privada e a produção priva


da de bens c serviços suo culpados de oprimir e sufocar a liberdade pessoal"*
bem como u idéia de aumenta a tensão social que.
que "o desequilíbrio social
por sua vez* gera um campo fértil O IPES enfatizava a ucces
para a demagogia".
sufflde de estabilidade monetária* p promoção de poupança pessoal t a punição

aos sonegadores de impostos. Fazia seus os postulados da Aliança para o Progrci-


so que urgiam reformas agrárias, habitacionais, de saúde e sanitárias. Endossava
"o direito ã negociação eoktivu sindical, condições dc trabalho adequadas e alfa
betizitçüü e expressava a convicção de que homem possuidor de terra própria
l?4
se torna o melhor fiador dc sua própria libcrdade".

O IPES incitava os empresários a se envolverem politicamente. cumprindo


suas responsabilidades públicas e proclamava que "as necessidades básicas do
homem, (ais como alimentação* abrigo c saúde, podem ser satisfeitas de melhor
íorma em um sistema de empresa privada. Quando o governo entra no deminio
económico» deve usar métodos indiretos, como controle fiscal e de crédito Se
ele estabelece uma empresa, de espécie pioneira ou estabelecida
eia deve ser
somente quando o capitai privado íor insuficiente. Neste último case* deve-se
1Jlí
cventualmente passada para mãos privadas \ Esse dispositivo geralmemç não
contava, segundo o líder Ipesiano (osé Rubem Fonseca, com a aprovação dos
membros do Rio, mns foi produzido para satisfazer a ala de São Paulo. Na opi-
nião do JPLS, o "Estado devería intervir na economia apenas para preservar o
mercado livre do monopólio, promover desenvolvimento económico e contribuir
11
piira ii pnz iocíal". * Instava
lambém a reformulação dos cmpitcndimcnioa brasi*
leirtJs, do esubdee uncnio dc soucJjJo anónimas de capital aberto, tais
iiti.ives

como as frftii* chips r,t Como o hder Rui Comes de Almeida observou, o IPES
"admitiria liberalismo no campo económico, mas não aceitá-lo-ia na área politi-
çVV“* Nesse tampo o IPES compartilhava a abordagem de segurança nacional
desenvolvida na Escola Superior tíe Guerra c era um convicto dmemtnador da
doutrina da ESC. Além dtsso, instava políticas de estabilização monetária e advo-
gava reformas educacionais, tributárias» de credito, de ^aúde» bancárias, de mer-
ca<fü. de transporte e agrárias de natureza modeniiznnte-conservadara e recomen-
dava o desenvolvimento regional parlicuíarmentc daquelas áreas ptóxtmas aos
161
grandes centros. Propunha também a colonização de áreas desabitadas»'
O Grupo de Estado e Doutrina incluía grande parte dos tecno-em presa rios e
lecnoburocralns citados no Capitulo HL Trabalhando tempo integral» o GED do
Rio contava com íosé Ganido Torres como coordenador geral das diversas unida-
des dc estudo* dirigidas por diferentes associados do IPES A designação de um ou
outro ativista para dirigir as várias unidades dc estudo dependia da especialização
e capacidade pessoal e profissional do* elementos envohidos A coordenação ge-
ral das atividades do GED
era desenvolvida pelo Grupo de Levantamento da Con-
juntura Além dos teenoempresários e técnicos já mencionados anteriormente, as
am com a campanha do IPES através dc sua participa-
seguintes pessoas cooperas
ção nas unidades de estudo e como assessores do PES ou colaborando eom indi-
I

víduos da IPES te não necessariamente fazenda parte da euganização); Mário


Henrique Simonscn* Antônio Dias Leite» (orge KoíurL Knaaek (que foi aprc>I

sentado no IPES por Gilbert Huber |r) t Mircca Bueseu. Alexandre Kafka.
(essé Muntcllo. EstauisJuu Eischlowilz* José Carlos Barbosa Moreira*

197
S

A. Umy Filho* Afiãnio de Carvalho. Frederico Ccsor


,ti
Cardoso Maraglíano. Og
Leme c Hélio Sehlittkr Silva, Cooperaram himbcm cuin o IPES no desenvolvi-
mento de soai ideiam Roberto Campos iqti c havtu sido professor no* cursos oíc*
recados pelo IPES c participante nos *eu* debates) c Ocinvio Gouveia de Bulhões
*
Iqiâc também participou de seus debates!. O Grupo de Estudo e Doutrina do
1 1

Rio conijvti micidfmaitc com vime economistas profissionais, mos* itcaiímdo a


1 '* 1

sugestão de Amónio Gallotti. o IPES tccruiou outros profissionais de prestigio,


Em acréscimo á cooperação de profissionais inttmamcnic ligados ou associados íto
IPES, estudos também eram feitos por técnicos, convidados por sua experiòm.ia
profmion.il, como Antbal Villeli c seu escritório técnico, o RRASTEC
líiV
O GE D
Áimla procurava c recebia a cooperação de intelectuais ligados ao clero e à esiru
lura edesiasiitj leiga, Certos associado* do IPES, bem relacionados com a Igreja,
encarregai jm-sc de estabelecer uma rede de ligações, como era o caso de Harold
PoltamL Paulo de Assis Ribeiro, Igsé Garrido Torres e José Arthtir Rios. O apoio
-

‘'externo' era lambem procurado para determinados aspectos dos projetos tio
IPES e pura *ua implementação. Tal fato era ilustrado pela presença de um "ev*
pericmc*' padre italiano, trazido para ajudar a unidade de Estudo e Doutrina
dirigida por Cândido Guiníe de Paula Machado, que lidava com problemas estu*
'*
díinii&p dc camponeses e de trabalhadores,
1

São Paulo oGFD vc chamava Grvipo dc Doutrina e Estudos, enfaí irando,


Em
com u troca de nome, o ponto onde o peso de sua ação rçciíi. ísí grupo de São O
Paulo fixava linha* de doutrinação que definiam a filosofia do IPES c preparava
o maiemil para as váríus unidades seioriais de ação que operavam naquele ev
,fl
tado. " A aceiijçàu cunjunia de positiort puper s (trabalhos de posicionamento! t
IM*
análises pelos dois grupos os transformava na diretriz final do IPES. O Grupo
de Doutrina c Estudos lambem recebia os subsídios ideológicos e polilkos dos
centros regionais do IPES concernentes a itens de importância capilal. JPES O
de São Paulo procurava atrases dessa diretriz estabelecer um consenso empresa-
rial sobre os maii sanados problemas e suas soluções- * O Grupo de Doutrina
17

c Estudo era coordenade pur Nogueira Porto e incluía, entre outros. Paulo
J, L.
Edmyr dc Souza Queiroz, Miguel Rcale, A C. Pacheco e Silva, Adib Casseb.
171
Flavip Gabão. L A. Gama e Siha, f L. Anhaia Mello e António Dcllim Neto
.

Como era o caso de seu congénere no Rio, o grupo de São Paulo recebia o apoio
de agencias técnicas dc várias associações de classe comerciais e industriais Para
assuntos específico* contava ainda com a colaboração, tanto financeira, quanto
técnica de influentes empresários, como H. Wcissflogg 17*

Encarregava' sc da campanha de levar a mensagem ideológica do IPES aos


vários setores do público c dc converrer trabalhos que fixavam posições c dire-
trizesem ação polilics. supervisionando e coordenando a ação politi CO- ideológica
nas várias popufaçôes-alvo' trabalhadores de indústria, funcionários públicos e
privados, camponeses, estudantes, mulheres das classes médias e a Igreja.
Cooperavam com a "projeção de duuirin* Igreja" m
EU Coulínho. Paulo ]

Galvão Filho c Paulo Ferraz. Os dois últimos, bem como Luiz Cássia dos Santos
Wcrneck. davam a sua assisicncia a Oswaldo Hrcyne da Silveira na ação do P t 1

dentro dos movimentos estudantis c vindicais. Ü Grupo de Doutrina c Estuda tam-


bém apoiava uma unidade encarregada de educação sdeliva. da administração dc
cursos para empresários, gerentes e profissionais, assim como da preparação
de ativistas sindicai* c estudantis, Osualdo Rreyne da Silveira era o responsável

m
por essa unidflde*
m
O Grupo de Doutrina e Estudo coordenava, ainda, as ativi-
dades dos membros do IPES em conferências, seminários, congressos profissionais
t oaipaeíonais t em mesas-redondas onde se debatiam assuntos tio variados como
174
i sonegação de impostos e a segurança nacional, Supervisionava linda a ação
do IPES na mídia, preparando os argumentos para exposição e discussão* forne*
cernia linhas ideológicas e, de fato, coordenando o material de propaganda relati-
vo a figuras políticas importantes, sindicalistas, empresários e personalidades artís-
ticas ou literárias a ser usado nas apresentações de televisão e programas regula-
171
res de rádio. A realização da projeção de doutrina do complexo IPES/IBAD
era também alcançada através da publicação, pelos grupos de estudo, dc um núme-
ro surpreendente de estudos sobre diretrizes políticas, artigos, panfletos c outros
trabalhos funcionais. Alguns desses estudos e trabalhos circulavam na época* ou
como nome áo complexo JPES/1BAD ou, muito comumente, como as “propos-
tas" de alguns parlamentares amigos, diplomatas, profissionais e académicos. Apa-
reciam também como material básico para artigos na imprensa nacional, como
textos para conferências, monografias c mesmo livros, lançados por indivíduos ou
grupos sígiiosameme relocíonados com a rede IPES/IBAD. Uma unidade especial,

dirigida por José Garrido Torres c o General Heitor Herrera/ se responsabilizava
pela publicação de fivretos, panfletos e livros, bem como a aquisição de relevante
material impresso,

Comojá foi visto, havia um alto grau de redupltcaçio e intercâmbio de pes-


soal entre o complexo JPES/IBAD e a ADESG* a ESG e os escritórios de con-
1
sultoria e os órgios técnicos das associações industriais e comerciais" Conse
qúenlcmente, cuidado especial era tomado para nio se redobrarem esforços. Sem-
pre que possível, faiíam-se estudos com outras instituições, grupos, organizações t
indivíduos de capacidade e prestígio, pois isto reduzia os custos, economizava
tempo c abrangia amplos círculos de apoio para a causa defendida pelo IPES. 171
Á elite orgânica estudava o matéria! preparado por outras pessoas ou grupos,
depois o passava pelo seu próprio filtro político e ideológico, modelando o$ estu-
dos de modo que eles "atendessem os interesses nacionais" com o raciocínio de
T, ,í,
que “outros projetos refletiam interesses se^oriais .

O financiamento p*n a elite orgânica

O Grupo de Integração — Setor de Ação Empresarial


O Grupo de Integração tinha como objetivo "imegrar pessoas e corporações
dentro do espírito democrático do IPES e ao mesmo tempo angariar contribuições
190
financeiras para as atividades do Instituto, Na realidade, constituía uma rede
de unidades para a mobilização econômica dos empresários em apoio ao IPES.
Os empresários eram aliciados a participar da açio liderada pelo IPES com imen-
sidade variável de engajamento político-econômico. O Grupo de Integração recru-
tava associados e patrocinadores das diferentes frações empresariais e, dessa forma,
virias equipes foram colocadas em campo, capazes de operar com facilidade nos
muitos níveis e emre diversos setores da desse dominante. Conduiiam-sc as ativi-
dades de recrutamento, tendo em mente o potencial econômico c as possibilidades

m
poJíEtca* dos recrutis*'*
1
O
grupo servia também ao objetivo geral do 1PES dc
estabelecer sua hegemonia polniea c ideológica no blueo butguêy*

As equipes de integração no Rio* vários momentos, consistiam dos seguim


cm
tev militantes: ÜiwaJdo Taurüs Fduurdo Gallkv* José Duvivicr Goubti.
Ferreira,
Júlio fvnard* Tom Bahia* Rubem da Fraga Rogério, luun Mmirliun, Décio de
Abreu* Emento Pereira Carneiro* Carlos Henrique Sihneider. Joaquim Carneiro*
Abrão Yaíigi Seio. Fernando da Silva Si* Maurício Vilela. Miguel Guerra, o Curo*
twl Jorge Augusto Yidal. Au rd to de Carvalho* EsiO Alves Ferreira. Jorge Duprat
de Brito Pereira. Mauro Ribeiro Vkgai. XVahkmar Mamnsen* José Maria de
Araújo Co>ta. Claudomiru Gomo de Azevedo e o General Uberato da Cunha
Friedrich Esses ativistas do IPÊS operavam principal mente nu região Rio Gua- —
ndbarj Em Sao Paulo Nivaldo Llhoa Cintra, Lélio Toledo Piz/a e SaLim Chammo
dirigiam virias unidades de recrutamento e levantamento dc fundos Além disso*
cm Sao Paulo funcionava uma tesouraria, como uma subdivisão da rede dc inte-
gração fmancas. seb j responsabilidade de Frans Machado e Viclor Bouças, No
11
Rio de lane iro havia uma caixinha * mantida para assuntos administrativos da
qual lovíano Rodrigues Moraes Jardim se encarrega va*

As atividades de recrutamento eram conduzidas nível pessoal e de uma


forma sis temi uca. empregando-se diversas técnicas. O Ctupo funcionava através
de uma senc dc reuniões, mesas de integração, onde recrutas potenciais e patro-
cinadores participavam de debites, conferências e também por meio dc um nume
lha
ro de encontra informai» e dc pequenos grupos,
1

Nessas reuniões, a situação


corrente lazòcs p* ra a existência do IPÊS c as Urdas futuras eram analisadas
por jqude» que úz'-m ojxmçio a situação do momento Alguns membros do
IPLS cMmiu jvjm Jcbaro com recrutas potenciais c pairoctnadores financeiros,
r

1 "1
estabelecendo u>*im um relacionamento envolvente.
Aksetembro de Hò2, o IPÊS organizou 3 b mesas de integração”, convi-
p

dando I uma média de 38 companhias por "mesa". Para


36 empresas c registrando
suas reuniões* o Grupo de Integração convidou 476 empresas, incluindo tis 136
participante* das "mesas de integração". Depois de estabelecer 1.000 contactos
pessoais e mais de 3.00Ü pur telefone, ele obtinha o apoio de mais de 30% das
I irmãs que faziam parte do IFES cm torno dc setembro dc I962. ^ Oswaldo 1

Tavares, chdc do Grupo do Rio, organizava, semíinalmente, de três a quatru


almoços 'informativos" tom empresários, objetivando levantar fundos. Para
almoços com banqueiros c diretores de empresas maiores, Osxvaldü Tavares pedia
a cooperação dc empresários cunhcddus, como Augusto Trajano dc Azevedo Am
nines e António Gaílotii. que tinham peso económico c prestígio nos círculos hun
Glycon de Paiva também se envolvia nlivamente nesses esfor-
cá rios c industriais,
ços.
l-J
üswaldo Tavares e |uan Míssirlian eram encarregado* de oferecer um curso
que visava "expandir a penetração du IPbS em meio ao grande comércio e á
,llw
grande indústria através de seu * diretores e líderes, e aumentar as contribuições.
O Grupo de Integração também incorporava uma serie dc indivíduos, pura
missões específicas e tarefas que dependiam de ligações pcxsüüis, exercício de auto-
ridade ou meios próprio* de persuasão dos militantes em questão. Certos militares
também davam sua contribuição ás atividades de levantamento de fundo* c recru-
tamento. respaldando com seu prestígio o* esforços empresariais, General Nel O
son ReymiJdo de Carvalhu, por exemplo, encarregou-*e do levantamento de fundos
na região de Campos, no Estudo do Rio dc Janeiro, entre os usineiros. "" ürupu 1

200
de Integração também esiruturou "unidade» moveis", cujos objetivos eram levar o
pedidq de colaboração paia tom o projeto político du JPf t aos empresário* de
fora dai áreas centrai* do Rio c de São Paulo e dai outras cidades maiores otiáè o
IPÊS mantinha escritório. Pm dado momento, u possibilidade de coordenação de
1

“comandos rurais* pelo Grupo de Integração se faziu nccessárb. " Uma outra
1

fornia de incorporar pessoas mais relutantes »


fileiras do ÍPES para associadas e

tazê-las contribuir financeiramente consistia na integração através de envolvimento


em tarefas. Esse era um processo pdo qual recrutas cm potencial eram designa-
dos a realizar uma atividade especifica c imitada e eram gradaiivameiile envol-
f

vidos em decorrência de sua cuidadosa c crescente participação em operações de


diversa* espécies Como resultado dessa campanha intensiva, o IP£S recebeu o
jpoío de 500 membros corporal vos em meado» de 196* c de um número ainda
11,1
maior em 1964.
Reuniu-se também apoio financeiro das aparentemente menores fontes de
renda, tais como o trabalho voluntário desenvolvido peia "alta sociedade*' da
Rio de lanei ro e dc Sfio Paulo, cujas contribuições acobertavam indivíduos ou
mesmo corporações que não queriam seus nomes envolvidos e poderíam assim
njudur sem levantarem suspeita indevida. A atividade de angariar fundos por inter-
médio dtis mulheres de classe média ah a também servia para comprometê-las e a
seus maridos com o esforço político do fPES. Muito ativo nessas operações era
Roberto Levy. filho do deputado udcnisia e banqueiro Herbert Lev*.*'*
As contribuições individuais mostravam-se também importantes, muito mais
por seu significado político, como uma forma intrínseca de participação, do que
pela sonui de faio recebida. Elas representavam uma conveniente cobertura para
1" 1

a empresa calaboríidora já que poderiam ser consideradas como comribuiçõrs


*

de "Família", principal mente quando partiam de proprietários de tompíeios finan-


ceiros e industriais Al leia vam- se firmas menores também. Sa maioria dos casos,
essas empresas pequenas não eram significativas como contribuintes financeiras,
mas seu compromisso se mostrava relevante de duas formas; primeiro, das eram
mobilizadas sob a liderança do IPES. reduzindo a possibilidade desses interesses
daicm seu apoio a um bloco econômico pró João Goulart. Segundo, que. mobi-
lizando os pequenos industriais c varejistas, o IPÊS eviorti a indescpda projeção
dc mui li nacionais e associadas como sendo o núcleo do movimento anti-foio
Goulart
Através dc arrecadações especiais, faziam-se contribuições em alta escala,
contribuições estasque não constavam dos orçamentos regulares Esse era obvia
mente o caso da campanha de angariação de fundos extraordinários para apoia
rem as atividades do complexo JPES 1RAD relacionadas com as deições ao legis-
lativo de outubro dc \9ò2 VH O trabalho íeilo com firmas brasileiras havia sido
intensificado no segundo trimestre de 1962 e. graças a de. o ÍPES de São Paulo,
isoladamente, já conseguia levantar de quinze u vinte milhões de cru/ciros men-
saispara as atividades especificas c mais quinze milhões a serem depositado* como
reservas para ocasiões especiais. Havia a possibilidade dc se apurarem ainda mais
cinco a dez milhões de cruzeiros para propagandas que o ÍPES tencionasse fazer.
1

Em meados de 1962, o IPES de São Paulo já levantava quarenta milhões


mensais, bem mais do que estipulavam as despesas orçamentárias oficiais c do
que a renda publicamente conhecida.
1 **
Mas nem somas iáo grandes assim bavta-

201
vam para as necessidades dc uma rede política de ião rápido crescimento. Grandes
contribuintes que já apoiavam o IPÊS de ide seu aparecimento tiveram dc dobrar
suat ji fio altas contribuições empresariais, para sen irem como exemplo.
l,í
Em
setembro de 1962. Gswaldo Tavares instou a liderança do IPES a se valer das
grandes firmas que colaboravam com a campanha eleitoral c as organizasse como
contribuintes também para o periodo após as eleições, ** Em São Paulo, uma ve*
1

terminadas as eleições ao legislai ivo* |oáo Batista Leopoldo figueiredo chamava


• atenção dos líderes tperianos para o fato de que as obrigações financeiras da
maior parte dos contribuintes terminaria cm dezembro daquele ano. Ele enfatiza-
va a necessidade de se tomarem medidos preventivas objetivando assegurar um
"orçamento permanente que permitiria ao IPES fazer compromissos permanen-
tes 7* Propunha, então, manter doii discretos encontros semanais com grupei
de vinte a trinta pessoas, definidas como grandes contribuintes em potcnciaL Tais
pessoas seriam convidadas a comparecer às casas de selecionados membros do
IPES cm "grupos menores, para reuniões mais íntimas e de maior profundidade”.
Empresários importantes ofereciam suai casos para essas reuniões de levantamento
dc fundos, como era o caso do próprio |. B. Leopoldo Figueiredo, Salim Cbamrna.
Adalberto Bucno Neto, Üswaldo Breync da Silveira, Nivaldo Ulhoa Cintra, Fuad
Luifalla, Nícolau Filizota Geraldo Quartím Barbosa, Paulo Ayres Filho e muitos
r

outros.*** Nesses encontros, a liderança do IPES procurava obter o compromisso


ideológico de Ui* empresários vinculado com promessas de apoio financeiro. Flávio
Giilváo era responsável pela organização de um esquema de trabalho que serviría
para todas as reuniões, nas quais os vários dirigentes dus grupos dc ação da IPES
fariam um sumário de suas atividades políticas aos patrocinadores cm potencial/01
A primeira reunião de vime associados c qumie contribuintes potenciais rcalizou-
sc na caia de f. B, Leopoldo Figueiredo, no dia 12 de dezembro de 1962. Entre
os vários oradcrei do Grupo de Integração do Rio, nas reuniões especiais priva*
das e sigilosas destacavam se: Cíycon de Paiva. Harold C. Polland, Dénio Noguei-
ra, José Garrido Torres, Augusto Trajano Azcvfdo Antunes, Paulo de Assis Ribei-
ro, Jorge Oscar de Mello Flores, Òilbcrt Hubcr Ir., Oscar dc Oliveira, Luiz
Carlos Mancmí* José Luiz Moreira de Souza, Hélio Gomide, Guilherme Borghoff
c Nci Peixoto do Valle/** Até mesmo o General Golbery se envolveu pessoalmente
na campanha de angariação de fundos, através de seus numerosos contactos c em
seui esforços conjuntos com dirigentes empresariais, como o líder do IPES. Jorge
Behring de Mattos. m No Rio* uma dessas reuniões especiais contou com a par-
ticipação de Fernando Machado Portela (diretor do Banco Boa vi sol. Olavo Catia-
varro Pereira {diretor do Banco Português)* Cláudio de Almeida Rossi (presidente
do Sindicato de Companhias de Seguros)* Manoel Ferreira Guimarães (diretor do
Banco de Minas Gerais)* Homero Souza c Silva (diretor do Warrant c do grupo
financeiro Moreira Salles) ç Versiani Caldeira (diretor do Centro Industrial do
Fósforo), Os ativistas do IPES presentes a esse encontro eram G Borghoff* H. C,
Polland, Glycon de Paiva* J. R. Fonseca, os Generais Golbery* Hcrrerae Libe rato,
bem como Augusto Trajano dc Azevedo Antunes,
Em janeiro de 196J a demanda dc recursos
# financeiros se tornou tio signi-
ficativa que as corporações foram pressionadas para um substancial incremento
cm tuas contribuições* Em uma reunião conjunta dos Comités Executivos do
Rio e de São Paulo* João Batista Leopoldo Figueiredo propôs que se chegasse a
um acordo "na fórmula ât 1/2% do capital por ano", que já havia sido a norma
202
para grandes contribuintes. Argumentava também a favor de aumentado» esfor-
ços para assegurar a expansão do quadro de membros do IPES Ek gostaria de
poder ''dizer aos grandes contribuintes que reduiiisem um pouco »ua participação,
uma vez tendo sido aumentado o número de membro*" 1* Em dois anos, ji te
®
haviam recolhido quatro milhões de dólares1 3 e até 1964. essa toma muita* veze*
t

muldplicada já havia sido despendida pela dite orgânica.

A “limpeza" das contribuições financeiras

Q Grupo de Integração enfrentava dois problemas de envergadura. Um era


como consolidar aumentar as contribuições individuais e corporativas t sua
e
participação nas sempre crescentes atividades do complexo IPES/JBAD, man-
tendo o ímpeto que Jorge Behring de Mattos chamava de "fogo sagrida".** Ou,
como se expressava Jorge Geyer, “o problema seria achar uma fórmula para
manter os contribuintes integrados", pois ele entendia que os patrocinadores e
os que apoiavam o IPES possivelmente nio seriam tio entusiastas das suas ativi-
dades como o próprio Comitê Diretor. 2*1 O outro problema era como "limpar"
e disfarçar as contribuições financeiras feitas ãs atividades do IPES por firma»,
indivíduos e outras fontes. Ambos, os doadores c o IPES, tinham de se proteger
do conhecimento público. Haroid C. Poííand resumia o problema- "as firmas
1
grandes precisam de tratamento especial' Na opinião de Cândido Guiníe de
.

Paula Machado, a questão era "delicada para o Instituto e para as firmas". 1 *


As contribuições disfarçadas também favoreciam o atendimento de certas despe-
sas que obviamentc não poderiam ser contabilizadas nas folhas do IPES, espe*

riatmeme aquelas referentes á ação secreta no Congresso, nas Forças Armadas,


sindicatos, mídia e movimento estudantil*

Muitas das doações eram tramitadas através de Associações de Classe, o que


permitia que nio se revelasse identidade de companhias isoladas. Contribuindo
por indo das diferentes associações de classe, podia se justificar grandes aloca-
ções de somas em
termos de atividades institucionais —
despesas nio computadas
nas folhas de balanço do IPES, nem nas das empresas, Esse en o caso dos asso-
ciados da Federação das Indústrias que se responsabilizavam por dar uma grande
participação mensal através de sua associação de classe* Mais doações chegavam
ao IPES por intermédio da Associação dos Banqueiros, do Centro de Indústrias,
do Sindicato das Companhias de Seguros, do CONCLAP e das Associações Comer
ciais. Os banqueiros participavam através do Sindicato dos Bancos, com o intuito
501
dc "disfarçar sua contribuição ao IPES".
A criação dc "Ipcsinhos" favorecia outras contribuições camufladas. A idéia
consistia em organizar " seminários" para as firmas contribuintes e para os mem-
bros individuais. Dez mês eram convidadas a
a vinte firmas por participar desses
"seminários”, aos quais pagavam taxa dc comparte imento. As firmas estariam
"pagando" pelos "serviços técnicos" prestados através de sua participação nos
seminários. Esse engenhoso recurso foi experimentado pela primeira vez em Fri*
burgo. À "agência" de Friburgo tornou-se, ctuío, uma unidade permanente Út
116
«mini rio/ recebí me nio de fundos.
Outra forma dc "limpar" contribuições estiva contida na idéia lançada por
Oscar de Oliveira.O IPES deveria montar escritórios át consultoria ou agir âlrt-
203
vés dos já estabelecidos. Esses escritórios seriam procurados por corporações pri-
vadas por "precisarem” de estudos de viabilidade e outros p roje los. Os escritórios
então receberiam “pagamentos" por cises projetos e estudos, que seriam entregues
«O IPES cru seriam usados para subsidiar diretamente as atividades dele/ 11
Um meio muito eficaz de cobrir os fundos e seus doadores /receptores seria
emitir recibos através de "associações democráticas subsidiadas pelo IPES do
Aio, que tivessem condições de emitir recibos a serem lançados para cobrir as
contribuições de São Paulo para onde convergiam as grandes contribuições
das multinacionais, c que tinha vultosas despesas, pois financiava os atividades
secretas O IPES t firmas privadas estariam, então, fazendo doações "filantró-
1
picas' pelas quais des obteriam recibos que, na verdade, liberariam 0 dinheiro
*

para outros objetivos que nao os oficialmeme conhecidos. Faziam-sc também con-
tribuições por meio de “subscrições públicas", sem fatura, como era o caso da
Light S A. e através da Pontifícia Universidade Católica/ 13 Outro recurso ainda
utilizado para disfarçar contribuições era por intermédio das esposas de proprie-
tários ou diretores de empresas, que participavam a nível pessoal, ou canalizavam
fundos para organizações filantrópicas e centros sociais que, eniáo, retomavam
o dinheiro ao IPES.
A medida que os fundos cresciam, bem como o número de fontes, novos
meios de "desembaraçar" as contribuições teriam de ser encontrados. Uma forma
muito importante de camuflar doações era através de empresas de relações públi-
cas e de propaganda que controlavam os chamados "orçamentos invisíveis" de
grandes corporações, orçamentos estes que representavam vultosas somas de di
íiheiro*
14
O que as companhias poderiam fazer seria canalizar suas participações
através de fundos assinalados como orçamentos para propaganda comercial e rela-
ções públicas por meio das agências que apoiavam o IPES. Outra alternativa seria
as grandes empresas pagarem antecipadamente os seus contratos de áozt meses
com as agências de relações públicas, que daí canalizariam os fundos, bem como
2IG
contribuiriam financeiramente com suas próprias fonles. Tal operação não seria
muito complexa, já que muitos dos associados do IPES eram proprietários ou
diretores de agências dc publicidade e manipulavam as contas de corporações
multinacionais e associadas, cujos donos e dirigentes também eram associados do
IPES. 21 * Em uma reunião cm que compareceram Augusto Trajano de Azevedo
Antunes, o General Golbcry, Hélio Gomide Glycon dc Paiva c Harold Polland,
p

e na qual essas questões foram debatidas, fo&é Luiz Moreira dc Souza, proprie-
tário da Denisson Propaganda, ofereceu seus préstimos para operar como um con-
duto para a "limpeza do dinheiro". Não sentiría o "menor constrangimento'* cm
receber somas através de sua Agência de Propaganda c depois devolve-las ao
lPES. m Além da Denisson Propaganda, dcstaçaranvse as seguintes agências que
iniernlmcnie se envolveram com o esforço de propagando t financeiro do IPES:
Gallas Propaganda, Norton Propaganda c Mulli Propaganda.2 311

O apoio financeiro direto nuo era a única forma de contribuição para a efi-

ciência do clile orgânica. Serviços c equipamentos diversos também faziam parle


importante dos esforços paru supri-lo das exigências necessárias. Assim, Bento
Ribeiro Dantas, presidente dos Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul S.À,, dechrava
que qualquer necessidade de transporte seria imediolamente atendida, fosse por
sua companhia ou qualquer outra. Quanto ao pagamento, "o IPES non deveria
sc preocupar"
m
Rubem Reno. presidente da Varig S.A ofcrcccti também os
,

204
serviços de au a companhia, O IPES estabeleceu um modas faáenâi com os dois,
bem como com Vnlcntim Bouças, diretor da Panuir do Brasil/” Os serviços
iércos seriam de incalculável valor na coordenação do movimento militar para a
derrubada de [oão Goulart. Era de fato muilg importante para uma elite cons-
piradora ter U sua disposição as grandes companhias de transporte udreo para
viajar inconspicuamenie petos quatro cantos do Brasil,

Era também importante ter o apoio de companhias privadas de telefone c


telégrafo que proporcionassem um serviço vital, bem como o devido sigilo nas
comunicações da elite orgânica, e ainda a possibilidade de interceptar ii diam*
1
das e controlar n comunicação de outros grupos políticos." Outras formas de
transporte, serviços da mídia, comunicações, equipamento c material dc escritório,
serviços dc impressão etc. eram fornecidos a preços simbólicos ou graUiítamcn^
,J
tc/ Outra alternativa dc contribuição era se responsabilizar pelo pagamento do
pessoal técnico que trabalhava paru o IPES, ou os grandes corporações "empres*
tarem" seus próprios peritos paru u campanha política da dite orgânica,
3 ”

A questão da contribuição transnaciortat

Apesar dc os membros do 1PÍ15 haverem negado publicâmente â existência


de fundos "estrangeiros", o entáo Cônsul dos Estados Unidos, Niles Bond dizia P ter

certeza de que fundos americanos chegavam às operações do 1PE5. embora ga-


rantisse que não eram canalizados alravés de seu escritório. No tocante a "fundos
americanos"* Niles Bond não fazia distinção entre os públicos e os privados. Suge-
ria, no caso, que Àlberl Byngton* formado em Harvard c diretor de várias firmas

americanas no Brasil* "provavelmente" recebesse fundos americanos e os passasse


para o IPES/” Alhert Bynglon, o presidente da CQNCIÁP* era também membro
do IPES de São Pauto.
Uma substancial assistência privada por parte dos Estados Unidos e de
outros países realmcme chegava ao complexo IPES/IBAD.3 ** O Embaixador Lin-
coln Gordon era especialmente importante na obtenção dc apoio multinacional
para as ações desse complexo. Em um relatório ao Comitê Executiva no início
de 1962. Gilbert Hubcr Jr. afirmava que, no tocante a contribuições de firmas
dos Estados Unidos, “a Câmara Americana (American Chamber) consultou o seu
embaixador que optou pela contribuição"* Gilbert Huber Jr. acrescentava que
havia "mais política na Câmara Americana que na Câmara dos Deputados", Mas
parecia a ele estar-se chegando a uma solução não apenas quanto a volumes dc
dinheiro c outro ripo de apoio, mas também quanto às formas in conspícuas de
contribuição. Foi ainda informado em São Paulo "de que o Embaixador ameri-
cano havia pedido ao Departamento de Estado e ao Departamento de Comércio
para concordarem*'* Observava também que. embora "somente as matrizes deci-
dam, é importante convencer Lincoln Gordon"/” Não chegavam i elite orgânica
apenas fundos dc empresas privadas. Dinheiro da CIA americana também era
canalizado para o IBAD.
Os estudiosos do período de Joio Goulart esforçaram-se por laber a extetv
sio do conhecimento que o Embaixador Lincoln Gordon linha das virias ativi-
dades da CIA. "Cert amente Gordon conhecia tudo sobre o IBAD. Ele estava
ciente não ió dc que o IBAD era o meio da CIA canalizar dinheiro para as cam-

205
pinhii políiici* tocws, nus timbém que tais contribuições cUndestln» ert®
uma absoluta violação da lei brasileira". 11 *
Em março de 1962. em Sio Paulo, o Fundo dc Açio Social FAS foi cri* —
do, na certeza de que *‘o Brasil era um dos cenários estratégicos da guerra fria t
que a empresa privada não poderia permanecer ociosa e verse destruída pdi
demagogia e ignorância". Estabelecesse o FAS com o objetivo de obier umi
"maior cooperação da comunidade empresarial estrangeira com suas congéneres
brasileiras"."* Ele foi criado por umas cinquenta empresas privadas que miii
tarde se aglutinariam na formação do CIA (Council for Latín America!, como
"uma organização para promover projetos cívicos fora da esfera normal di»
operações da Chamber of Commerce", Suas atividades incluíam "estudos lobre
os problemas básicos do Brasil, trabalho com grupos sindicais democráticos, esfor-
ços de comunicação com pupos nacionais chave".”* D FAS era um dos maíore»
contribuintes do IPES. Afirmava- sc também que dentre os patrocinadores estran-
geiros, a DELTEC. cujo diretor brasileiro era o líder Ipcsiano David Beaty III.
havia feito contribuições de sua caixinha’' dc 7 milhões de dólares, contribuições

estas procedentes de Nassau, que era o fórum das convenções das organizações
congêneres daquela da elite orgânica.
1 *
Duzentas ç noventa c sete corporações americanas deram apoio financeiro
ao IPES Cento e uma empresas de outras proveniências deram contribuição adi-
cíortaL” Uma relação parcial dos contribuintes corporativos do IPES é feita
1

no Apêndice H. Os contribuintes individuais aparecem em lista no Apêndice 1.


Em maio de 1962. J B. Leopoldo Figueiredo informava o Comitê Diretor das
receitas ordináriasde São Paulo, que naquela época montavam a 9.5 milhões*
aproximadamente. TUlaiiv* também sobre o trabalho desenvolvido com ílrmtt
britânicas e americanas. As americanas contribuiriam com mais ou menos sele
milhões anuais, eom expectativa de alcançar quinze milhões. As britânicas parti-
ciparam com 3,5 milhCes. A perspectiva seria cerca de 20 milhões mensais e po
alcançar índices mais altos,” Ao final de 1962, cm uma reuni io
1
deria alé mesmo
conjunta do do CD de São Paulo, o líder Nivaldo Ulhoa Cintra sugeria que
CE e

"os três ou quatro homens responsáveis por todas as firmas suecas existentes no
Brasil" deveriam ser procurados para que se obtivesse "o apoio daquelas firmas"
A Paulo Reis Magalhães foi dada a responsabilidade de organizar um piano de
•ção para uma campanha dc angariação dc fundos entre as firmas estrangeiras
Ainda outra fome de cooperação financeira rans nacional era a Konrad Adcnauer
t

Srifiung, órgãos do Partido Democrático Cristão da Alemanha, que contribuía


por intermédio do gigantesco complexo siderúrgico Mannesmanu. e da Mercedes
1M Devido
Bertí à delicadeza do problema, deixa va-se o levantamento de fundo*
de empresas multinacional* a critério dc alguns membros do Grupo de Integração,
como era o caro da Mannomann e outras firmas similares.
114
O General Herrera
foi indicado para estabelecer contato com Antônio GaJJotti sobre as contribuições
da Ci». Siderúrgica BelgoMineira — ARBED,
Harold C. Polland se encarregaria
3
da Andntòn Clayion e fteminglott Rand do BrasiL* * Até mesmo o General
Golbery tomaria pane e. da mesma forma, apresentaria um plano ao presidente
da Mercedes Bcnz.™

HT: Nio há «pesificaç*® orifind vc i cruzeiro, dóí*r ou outra moeda


Grande parle dn participação das firmas estrangeiras eri canalizada para
1
a seção de São Paulo, privando o Rio de agir com poderoso suporte financeiro.^
Com o intuito de contornar a situação, realizou se um importante encontro de
umericanos cm São Paulo, em janeiro de I%3, com a presença dos do Rro, par*
decidirem sobre fundos pata a seção carioca. Tal reunião aconteceu em cisa de
John Cltnlon Llcrcna, empresário e líder do IPES, Compareceram sessenta e
cinco contribuintes do Fundo de Ação Social de São Paulo, que receberam um
"relatório sobre o emprego do dinheiro contribuído pelo FAS" Muitos doi ame-
ricanos eram da indústria farmacêutica e "estavam preocupados com a nova lei

que criava a Superintendência Nacional de Abastecimento — SUNAB ',


uma das
medidas de foão Goulart destinada a assegurar o suprimento regular de gêneros
básicos t remédios a um preço razoável ao consumidor Na oportunidade, Harold
Polland fez uma análise política da situação, 2 ”
O próprio 1BAD era um canal financeiro
de fundos multinacionais pari o
IPES. Des tacavam-se entre as corporações que faziam depósitos nas contas da
rede ÍBAD/ADEP/Promoíion SA, a Texaco, Shell, Esso Brasileira, Standard
Oi! of New fcr&ey, Texas Oil Co. Gulf OU, Bayer, Enila, Shering, Cíba, Gross,
#

General Electric, IBM, Remingion Rand, AEG, Coty, Coca-Cola, Standard Brands,
de Cigarros Souza Cruz, BelgQ-Mineira, ü. 3. Steel, Hanna Mining Corp.,
Cia,-,

Bcthlehem Steel, General Motors, Wiliys Overland e o IBEC145


Em decorrência da natureza de suas fontes de renda e canais financeiros e
a variedade de atividades patrocinadas pelo IPES, o$ orçamentos da organização
nio refletiam suas condições financeiras reais. Podia se encontrar umi série de
incoerências ao examinar os orçamentos consolidados e os virias somas recebidas
341 41
e gastas, "Contabilidade paralela , vários níveis de "responsabilidíde", "des-
pesas ordinárias e especiais" eram a norma, Obviimeme todas as operações ilegais
1
c ilegítimas não tinham suas despesas contabilizadas nos orçamentos "oficiais'
e nos balanços.
Uma das mais importantes atividades do IPES era ceder "subsídios
11
, modo
bastante neutro de se referir aos fundos ilegais lançados nos partidos políticos,
na mídia, nas Forças Armadas, sindicatos e organizações rurais, movimento estu-
dantil e projetos eorganizações do clero, bem como em indivíduos escolhidos.
Muitas dessas contribuições eram feitas pelo IPES através de instituições subsi-
diárias ou por intermédio de indivíduos (membros do IPES) como doações
M Jií
"pessoais (osé da Costa Boucinhas e Eduardo Sampaio Campos, membros
.

corporativos das American Chambers of Commcrce e conhecidos contadores


públicos das maiores corporações do Brasil, prepararam uma "prestação de comas*
padrão" para as somas contribuídas ^
O envolvimento do capital estrangeiro, cm
particular* c o da empresa pri-
vada, em tamanho significado no contexto da
geral, nos assuntos políticos foi de
época que induziu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito CPI —
para investigar o problema. A CPI fez sindicância no modo de o IRAD proceder
t sua suposta intromissão nos assuntos políticos através dt meios ilegais, especial-
mente nas eleições de outubro de 1962 para o Congresso. Investigou-se também
o IPÊS. O IBAD foi fechado por haver sido considerado culpado de corrupção
política, O IPES foi absolvido com base no fato de que nio havia sido realizada
pelo Instituto nenhuma atividade incomum que infringisse os seus objetivos
publicamente declarados, objetivos estes relacionados cm sua Carta, A CPI tam-

207
bém não conseguiu encontrar nenhuma ligação entre o IPES c o IBAD. Quando
a CPI pressionou o complexo JPES 1BAD, dceidiu-»c a favor de várias medidas,
em uma reunião especial do IPES que contou com a presença dc II. Leopoldo
|

Figueiredo, Hàrofd Cectl Polbnd, Cândido Guinlc de Paula Machado, Luiz CisstQ
dos Santos Wemcck. o General Golbery, Adib Casseb. Flãvio Galvão, José
Pubcm Fonseca, Ghcon de Paiva, |orgc Oscar de Mello Flores, Gilbcrt Hübci
|r*€ Jorge Morais Gueiros. As decisões sigilosas tomadas pela liderança do IPES
compreendiam: procurar os seus contribuintes e explicar a cies a situação, bem
como assegurados de que seus nomes não seriam revelados ã CPI; eliminar dos
arquivos e estantes do IPES documentos que pudessem incriminá-lo; tomar uma
série de medidas cautclares cm relação aos componentes dc '"órgãos secretos" c
"órgãos velados " (mormente indivíduos operando nos setores estudantis, da mídia,
trabalhistas, de camponeses, partidários, militares e de informação); tomar me
didas visando a proteger aqueles funcionários e empregados do IPES que eram
publicamente por ele contratados/ 14
À decisão do JPES para o público foi, de certa forma, diferente. Depois
dc discutir os ofícios n/* 2ft 63 c 29 63 da referida CPI, o Comité Executivo
chegou às seguintes decisões por unanimidade dc votos: qttundo da exigência pela
CPI de obter a lista de firmas dc capital estrangeiro ou pane dc capital estrangeiro
que colaboraram com o IPES, o Instituto deveria responder que “nenhuma em-
presa estrangeira fai pane de seu corpo de associados". Além disso, o IPES não
pode na aquiescer â segunda parte da exigência da CPJ, isto é, entregar a luta
das firmas com parte de capital estrangeiro que colaboravam com o Instituto,
porque "ele ignorava a estrutura do capilal da empresa
'*
O IPES, é bem
claro, levava uma vida dupla, tanto políiico quanto financeiramente*

CokIiím

Com formação do ÍPES como uma organização politiccwniliiar a elite


a
orgânica dos interesse» multinacionais e associados alcançava o que Gramsci
chamava de "a fase mais genuinamente política", quando "ideologias previamente
34
desenvolvida» »e tomam partido". * A elite orgânica, como o "partido" do»
novo» interesses, organizava atividade» pública» e encoberta» nas área» civis c
militarei, até que o complexo ESC /Força» Armadas (como poder dc classe
pre

disposto no aparelho do Estado) eclipsaram o complexo IPES burguesia e dissi-


mularam a» imediatas característica» de classe do movimento. Eslc seria então
reconhecido apenas por sua feição militar e paramiliiar* Em lai momento, o Ge
ncial Golbery do Couto e Silva se afirmava como o chefe de estado maior do
bloco de poder multinacional c associado, fá então, o problema do Estado havia
itdo colocado em seu mais alto nivel para o bloco dc poder multinacional c

associado, no senlido de não somenie ganhar o domínio político-militar sobre a»


classes subordinadas como um todo, ma» também dc subjugar o bloco histórico-
populista e obter efetivo comando político do aparelho do Estado.
Paia a elite orgânica, o controle do Estado obviamente consistia no resul-
tado de um processo cuja característica essencial era a deliberada c determinada
ção de classe do bloco de poder multinacional e associado, na qual a preparação
estratégica visava a reduzir a zero toda» as
imponderabilidades. No complexo

208
IPE5/1BAD. a clífc orgânica se conslilufa cm um poderoso aparelho de cIíik.
Como tal, cta era ta paz tlc cxcrcer ações estrategicamente planejadas e
manobrai
(áticas através úc uma campanha
cuidadoxa e elaborada que vitonosamente opunha
ieu organizado poder de classe ao poder do Estado do bloco histórico populista
c h formação militante das classes trabalhadoras. Por intermédio de
incipiente
grupos dc ação e usando todos os meios disponíveis, o com*
seus especializados
plexo IPES IRA D conseguiu estabelecer a presença política, ideológica e militar
do bloco de poder multinacional e associado em toda relevante área social dc
conflito c disputa.

Às atividades polÉlico-míIitares da elite orgânica, cm sua maior parte, eram


altamente controvertidas, mantidas cm segredo cm alio grau e por longo tempo
devido a razões óbvias, c informações sobre das eram escassas^ Nos próximos
capítulos scriü examinadas algumas das atividades organizadas de disse do bloco
dc poder multinacional c associado, que levaram à desesiibUiuçio do jistem*
político brasileiro.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

2.
I Sobre o pipd de um» elne empresarial sobre *f Etífldo moderno. Buenos Àím,
corrto organizadora de sua própria classe Ed Liuuro. 1962- p. 67. 12J
e da sociedade. * t Je Qymtm HO ARE A bíesit caso jMTtiruUr, erLfeadem-se por
Ctofírc jf* N OW£IL*SMtTH.
P

SWeíJioni ílire orgânica os iídem e mtnibft» que fa-

jm\ ihft priwn noitíóoaJíi of Antomo ziim pane da «rcutur* formal do tompír
Gromici Loruhm, Lawrcncc & Wí&hnrt, ao IPES/IBAD, bem como associados, atr-
IS73. p S-b, 260, H4, Sobre a iihordngcm vjsiús, indivíduos < grupos ligados > esse

mclodológicn usada entender t»ü eli- pum complexo, dc tal forma que seus esforços e
te como a orgunizndom de sim d as se, vide aqueles das organir^ôct n que pcrienctom
Antonlo GUAM SCI. Ef materialismo hi$* eram sincronizado* e coordenados pelo
ttkica y to ithnútia de Bertedctto Croce . IPES ou apoiaram direi amente a sua cam-
Buerioi Aires, Ed Nucvu Visióíi, 1971, p. panha.
iS7.
3, Vide Q. HOARE Sl G. NOWELl^
Sobre o abordagem metodológica usada SMITH. op. cif p 53 ( 13740, lbO^B p
tBl,

pari entender o popcl da elite orgânica co- 196 200


- .

mo o núcleo militante dos intelectuais or- 4, A fim de compreender o proccaio, po-


gânicos, formados através c fora dos tradi- de- sc em cslègio* que, embo-
desenvolvê-lo
cionais canais pnriktâricis c associativos dê ra não es trilam eme separados nn realida-
aniculnção, ngrcgii^ão c representação do de polí tico- ideológica, correspondam ios vá-
classe dominante a ntunndo como a varv rios momtnios de consciência política co-
guarda da classe sodaL vide (a) Q. HÜA- letiva de uma classe, Esses estágios princi-
RE & G. NQWELLSMim op. át. p+ piam com a "tomada de consciência rega-
3H ib) A GRAMSCL Gli mtelleuvali t tivi”. £ nesses momentos inicia» que os in-

Vortpni;míoi*£ detta cultura. Torino. Ecl. telectuais orgânicos do emergente bioco eco-

Riumri, 197$. p. 3*22. (c> Ralph MlLI- nómico sc tomam conscientes dt sua dife-
BAND Et Estado tn tú tociedad capita -
re ndaçio com reapeito às torças iodais tfr

frrfo Méaico, Ed. Siglo XX t. 1970. Cap. 2. icrkrcs c visualizam a necessidade dc mu-

(d) A, GRAM5CJ. // risofj(tJig?ma Torino* dança, embora ainda no regime caUteme.


Nos chegando “tomida
p TL it} A. GRAMSCÍ.
estígiof finais, i
EmawJj, 19S4
Notiu sobre Maquiuveio, sobre política y de consciência positiva ', oi ínidectuaii or

209
gÜTiicoi. estruturados em uma, organiraçAo inflai ion and ecQttomic dcvelopment in
A procura do poder, concebem um modelo tfrtíiíT: 1 946-1963. Oxford. CUrendon Pre»,
aócioceonflmico e político dc sociedade c 1971. p. 314,
governo diferente daquele já existente c
9. Pnulo AYRES Filho. The Bmzüian le-
agem adcqusdimeme pera imptcmcníAÍo.
volution. In; BAILEY, N. cd. laiin Amtti*
D. HO A RE & G. NOWÊLL-SMtTH. op.
ca: potities . economy and hemhphtric s«w
cit p, 181-83*
rity New York, Pracger. tm. p. 249.
5. Que é 0 ÍPE5- Boletim meruat, Rio de 10. À da fundação do IPES sutfb
idéia
fanei ro n. 25. p 2.
entre os empresários do Rio. npccialineiiU
6, A ttipenc de força pcrmancmcnieme Gilbert Huber Jr. e Gíyccn dc Paiva, e no
úrganizada c previaroente preparada, como Rio foi exaustivamente elaborada O Imit-

cm toda ntuaçio, vide


o elemento decisivo iu to foi emêo estabelecido cm Slo Pouta

Q HOARE & G SOWELL-SMITH. ep. por razões económicas c táticas, la) Cífli

rif* p IBS. do IPES a OswaLdo Tavares. 04 de dejem-


bro de 1962, fb) Relatório do ÍPES de 17
7 Foi também ao final da administração
de maio de 1962 que incluía trabalho de
de f. Kubiischek que um tetnoempresirio
critica sobre o esboço do documento de
muito influente, cx-Múiistro de Estado* in-
IPES. A te%pomabi\iéade democrática do
timamente ligado a escritórios de consul-
empteiâtio, Vkle também P. S1EKMAN.
toria ç corporações multinacionais, tm con-
When tiecutives lurned revolutíonnria.
versa
8.
com o Secretário dc Estado ameri-
Fortune, sept. 1964. p. 148. Gilbert Huber
cano. [ohn Fqiict Ehilla traasmiiiu sua
Jr. seria também um dos contactos raail
opimio de que o BruH nio a índia fos- e
ativo* com as congénciei estrangeiras dô
se a "última oportunidade de contrapor um
rt

1P F.S . principalmcnte na Colômbia c nos


modela tapitilnu de desenvolvimento A
Estados tinidos. Vide IPES CD. 16 de ju-
tmcrnte China socialista ''Algo", insistia
lho dc 1963.
ele* "leria Anos depois, refle-
de vrr feiicT.

linda wbrr os stomcetmemof daquela épo- IU K BLUME, FrtWWí groupí e*d de-

ca. ele icnüa.paralnueando í>ean Acheson. cisiOtt-mohing ín BraziL Saini' Louii. Mis»
que dc estivera "presente na criaçao" En- ioori. Washington Umv„ 1967-68, 3. V. a,

trevista com R A. Drttffus. Rio de Janeiro. 11. p, 211 (»*rk dc monografias).


1976. (Nome resguardado a pedido). 12. O líder do ÍPES, Pauto Ayrei FilliO.

Vide (a> Mário Henrique SÍMONSEN, observou que a partir de 19S0 os empre-
and
Braxilisn índaiion, pott-frsr experience sários que "foram detpenados por alpir
Qutcome of lhe 1%4 reformi- In; Eroitpmic mas voret corajoiai começaram a perceber
àevríopmctu isiues —
Latm America. New que uma das mais importantes batalhas de
York. CFD Praeget, 196?. (b) Trabalho
,
guerra fria eH*va se passando na Améri*
suplementar ednadq pelo Reveareh and Po- ca Laiina t especíaímeme no Brasil. Essa
Iky Commiucc do CED O presidente do nova consciência dc realidades niciomii t
CED naquela época era Alíred C Neal. c mundiais traduziu se em esforços individuiu
o IPES operava como ^congénere cu ran- para divulgar um grande volume de litera-
gei rtT do CEO. Cc> Mirio Henrique SI- tura sobre liberdade c democracia". P. AY-
MONSEN A experiência tnfíaeionÁria br a RêS Filho, op, cti. p. 249.
líírira. lio de Unciro. IPES, 1964. (d)
13. P. SÍFKMAN. op. cll. p* 148, Paulo
MH SÍMONSEN. A púUtka antlinfiaei^
Ayrti Filho apresentou esses amigos ao Em-
ndria, tm CAMPOS. Roberto de Oliveín baixador Lincoln Cordon, que havia che-
ed. A Nova economia RJ o de
btaiileira.
gado ao Brasil em meados de outubro dc
Janeiro. Tosl Olímpio, 1974. Paia Oelávío
1961. O conhecimento de L. Gordon e Pau-
Gouveia de Bulhões, o pomtxhtvc era a
lo Áyrei Filho datava de 1959, quando este
"inflação desenfreada c galopante". Oti* cri o presidente do Centro Cultura! BraiiJ-
vb Gouveia de Bulhões, associado do JPES, Eitadot Unidos em Sio Paulo. "Em boa
tornarieis Ministro da Fazenda em 1964. hora. F Ayrti descreveu para G ordem unja
Entrevista com JLA. Dreifusa. Rb de
organização política que ele estava patjç-
fltlre. 1976. Vide ainda. ÍUouf KAHIL. dnmndo com o desajeitado, mas inócuo no

210
RK òc Instituto dc Pciqiiiiii e Fnudcri So- parlidáría” O
artigo 4 declarava que "it
dau — IPES". A, h LANCCUTH- Hid- das as atividades do Instituto serão desen-
dtn ffrfwj Kcw York. Pamliton Bookt» volvidas em conformidade com a Consti-
1911 p 16 tuição e as leu do paíi. ot princípios de-
mocráücoa* a ordem social, as normas da
14. Oircnte 5. HALL, The
couniry «Hat
civilização crina e a obediência devida às
iJVcd ifielf ftcaderi Dlgeit. Eiiiúqi Uflh
autoridades kgalmcmc comiilutdai"". Es-
do» Novcmbcf p. 157 (reportagem
tatutos do IPES» 1961, p, 1-2,
pectil),
16 U) I ROWE, The "revotuiion" an ã
15. Edrç&ei dc, rtípecitvimenie,
vereiro, 0*4dc fevereiro, 05 de fevereiro» Ôl
07 dc fe-
the lyi/rm*’
' —
notet on Breiihan pohticj.
Estados Unidos. American Univ. Field Síaff*
de fevereiro, IPES CE Rio, 05 de fevereiro
de !%I 1966. p 12. (bl M CEHELSKY. The po
16. No Rio dc Janeiro, o IPES funciona-
liey process w
Brazit laná reform J96Í*
J969. Dissertação de doutorado. New York»
va no 27 andar do Edifício Avenida Cen-
tral, ni Avenida Rio Branco» 156, no cen-
Columbii Univ.. 1974 p. 129,
rro da adade Ele ocupava 13 salas do 19, IPES A reiponsabitídade democrática
indar Utiva também talai no mesmo an- do empreiàrtú. Rio de Janeiro, p. 4, José
dar, ptricncefltfi i tua ntociida. a Confe- Garrido Torrei popularizaria uma versão
rência de Fretei Brastl- Estados Unidoi-Ca- homónima para os Caderttot Brastletros, a,
fttdÉ. E que as ton-
interessante observar 1*. (3): 3-5, julho/se lembro 1962. ano 4. Ele
ta* ceam faturadas cm nome de
telefônicas preparou também um resumo em lingua-
Henrique Gene), General da Reserva do gem popular para o jomal do IBAD Ação
Eiértiio, irmiü do General Fmcsio Gcisel Democrática .

t importante empresário. Em Sào Paula, a


20, f, RONE. op. cif p, 17*
etcntdno principal localizava tc na Aveni-
da Brigadeiro Lute Antônio, 154 [&.• — 21, P, SlEKMAN. op. cit. p. 149.

imhr, Havia um outro na Rua Bahia. 131» 22. Em


verdadeiro estilo militar, ai ope-
Em Belo Horizonte, o IPES operava na rações coordenada* pelo IPES recebiam co-
Avenida Afonso Pena, 66 7 II.* andar» — dmomci, como por exemplo ‘'Operação
Em Porto Alegre» funcionava no Edifício Brado de Alerta'** 'Trojtio Gammon" c
Palácio
17. do Comércio* 4.* andar. Já em outros,
Curúibi a rede I PES/IBAD/MAC/OPAC
23. N BA1I.EY Organiiation and opera-
fazia sou reumôet no Edifício Asa. na Rua
tion of neoliberalism in Latiti America. In;
Voluntários da Pátria. Além disso, o com-
Latm America: poliria, economias and he
plexo IPES/IBAD realizava reuniões na
mtipheriç iecurity, New York* Procgcr,
sede do 5EMAC-SESC. no

Círculo de Es- 1965. 234.
p
tudos not escritórios do
Bandeirantes",,
SESI, na Associação Comercial do Paraná 24. Raul PlLLA A influência do dinheiro,
< nas iaUs do PKP, o antigo partido inlt- O Gfofjo* Rio de Janeiro, 24 de agosto de
1963*
ITilUt». Política e Ncgóctoi, Sio Paulo, 19
de agosto, 1963. p* 10* 25* Paulo AYRES Filho op cii p. 249.
N. BLUME. 213. Os objeti-
op, cif p, 26 td p 251.
vos do IPES. conforme o capítulo i de sua 27* Ivan H ASSt.OCHER Ai dastes pro-
carta institucional, constituíam dc; promo- dutoras diante do comunismo Ação Demo*
ver « numular educação cultural, moral t cr ática, s 1., fevereiro dç 1962. p* 14-15
cívica doi indivíduos c desenvolver e co- (edição especial).
ordenar eiludos e atividades dc caráter w> 2B 1 HASSLOCHER. op cit p. 5*
ciai e obter, por meio dc pesquisa, reco-
29* Id. p, 14-13.
mendaçòci que contribuíssem para o pro-
gresso econômico* a bem-estar wcíil c o 30. At sombras do IBAD. Vr;d, 16 de mar-
fot falecimento do regime democrático do ço de 1977* p 4.
Drtiil O aittgo 2 rezavaque o "IPES não 31* "Ele não resiste, é meio bom. Estão
pankipurá de nenhuma atividade politico- dispostos? Vamos a ele’'. Rui Gomei de

211
Almeida t 1 B Leopoldo Figucircdo^ IPES cluiu que: “O processo dc dcscnvolvimtrv
CD Rio, 22 de m*n> de i%2 to económico c social tem uma relação In-
tima com o aperfeiçoamento político Um
32 O LBÀD divulga*» meriMlmentc uma pais sem elite* dirigentes é uma lubnaçio,
lista denunciando u companhias "que fi-
incapai de se conduzir c impor fcípcito
tem contribuições para o» comunistas externo t necessário, portanto, que oi di-
lerem fio Rio a Çflina um jornal rigcnics dirijam .
***

populuia Acào Qemoçraitca julho de


19. Conferência da FIESP, no ffoíefim do
|96í p 1 É inieressame observar que pram
de pane dii companhia* mencionada* na*
IPES Rio. setembro de 1962.
luiii uru encontrada entre « eonmbuin- 40, IPES Noiíctuno. Rio. Í4):3, wri, 1962,
tci do IPES Seus diretor» poderiam tam- Essa» palavras siü evaiamcnte a» mesmas
bém ter encontrado* tu lista do* líderes encontrada* cm um documento dt um Cur-
do IPES so dc Problemas Nacionais: Planejamento,
p. I» ministrado cm associações de classe
11. Vide declarações dos líderes do IPES,
e clubes sociais dc São Paulo. O apelo no
Ermfrío dc MORAES Fdho e I L. Moreira
sentido da evolução dii identidade corpo-
dc SOUZA Cotng industriai* rovens veem
niiíva para solidariedade de dssie e dc<
a Situação \ acionai f ornai da Brasit. 29 dc
pois p,irn a ação político foi insiilcnlttnçiv
abril de 1962 Citado em O IANNI. Criss*
te culocodu
ín Brazit. Nc«” York, Columbia Univ 4

Press. 1970. p. 166. 41, P. AYRES Filho, op cit. p> 248^9,

42, N. BLUME op- cif. p. 211. A vilôria


14. Um
marco importante* nesse sentido»
de Fidel Ca* iro sobre o regime de DauiH
aparece no documento de J96L do IPES:
foi percebida como o principal ckmcnlo
A empresa privada cama comunidade de
catalisador no desrnvolvinicnio dessa* or-
trabalho, que apresentava o* pontos de vii*
ganitaçõci, Dada a inevitável redisfribuição
ta do bloco cmpneunal m ode mirante -con-
dc poder enlre as váruis frações de capital
te rvadüf.
que ocorria na América Latina, era impro-
31,IPES CE Rio. 05 dc fevereiro dc 1%2 vável que o aparecimento da» unidades de
Devido m sua compreensão da conjuntura ação modernizan te -conservadora* fosse por
política e a percepção de seu próprio nível muito tempo retardado Fsse era o caso tí-
de organização interna, preparo e capaci- pico do Brasil, onde diferenciações estrutu-
dade pira a ação, o líder Amónio Gallotti rai» cm sua formação sóçiocconõmici fa-
recomendou ao executivo político da elite voreciam a organização dc interesses oli-

orgânica que k
“estabilizasse primeiro, pa- gopolisias multinacionais c associado*. Vi-
ra poitenonnrnte passar para a sçgund* de N. BA1LEY. op . cif* p. 191.
fase". A Gallotti mitcu cn rmprcsãríoi a
avançarem "no icniido da formulação da*
43, Vide N. BLUME. op cit p. 213.

pindci leset subjacentes a todo* nói**. 44 Vide N, BAILEY. op* Cif. p, 194.

16. O ongjnal fazia parte de um livreto <5. Phillip AGFE. Inside the comperrj:
dc apresentação destinado a recrutas cm Cl A diary Lcndon. Pengum Booki. 1975.
potencial como foi
P
mencionado. Presta'
jí p. 604 O Dr. Carlos Urcnda era ligado ao
va te também para
a preparação de traba* I PI ES chileno*
lho* pira circulação rcitrita entre empre-
46. Carla de A C Neal ao General Gomei
sários Fmalmcnfç. servia de diretriz básica
dc Abreu. IPES, Rio* 22 de agosto de 1946.
para um número dc trabalho* e artigos di-
vulgados pela imprensa nacional ou em pu 47. Caria a Gilbcrt Hubcr jr. Arquivo do
blicaçõei c panfletos partidário», em mui- IPES Rio, 28 dc fevereiro de 1962, N«*«
to* casos, assinado* por intelectuais c po- carta oficial do CEI), A C. Ncil escreveu 1
lítico» conhecidos, Gilberi Mubcr |r.i “Prezado Luke: a Usia
anexa dc pessoa* dc São Paulo foi prepa-
17. Ação Democrática, Rio, março dc 1%1
rada por um associado da confiança do Sr.
30. Em seu documento O Brasil quer tran- Robcrt KUbtrg. um dc nossos curador»
quilidade, de julho de 1962, o IPES con- (unç of our trance»}. A lista é dc pessoa»

212
que poimm rs Ur ínlcrtiitichii numa opera- À maioria dcisei empresários era vincula-
ção CED ,h
À liísto de nomes, que continha da a ouirui corpuTaçâes e as ligações dos
endereços c números de telefone. incluía; que se lornaium líderes do IPES cncontram-
Paulo Magalhães (Ciu. Jiaíjueril In-
Reis ie pormenorizadas fio Aptndiec U. Ouiroí

dusiiial e AgTÍtub) são mencionados no dccortcr do livro e


Luií Dtimom Viütircj (IfnJ. Vilfarcs S.A) no Apêndice E.
fosi Ermffk> de Moí ac s (Vutoranitm S.A.) 4B IPES CE Rio. 20 dr fev. dc 1964
(a)
Itsío de Motaes Barro» (Cu. Cafear* do (b) IPES CE c Grupo de Estudo. 27 dc
Rio Feio) julho dc 1964 (c) IPES CE. 10 dc março
FranciscoMauarazzu Sobrinho {Metalürgí’ dc 1964 O endereço da AEF era: 295 Ma
ca Maucrazza S A.) dison Avenue, Novi York
Caio de Paranaguá Moniz (Frigorifico Cru-
Kíío SAI 49 N BAJLEY op cu p 201 Esperiva-

Seicro Fagundes Gomes (Tecelagem Pa*


k que caia coordenação fojse melhorada
através da formação de um Comitê Exeeulh
rah)fcaS A,f
vo Conjunto do Lann American Informa-
Paulo Ayrís Filho (Instituto Pinheiros)
Lion Cómmittec, o Umud States Inter-
fok Bapiisia Leopoldo F igueiredo (L. Fi-
Amerjcan Cüuntil USIAC c o Business
gueiredo S A.)
Council for Jmcrnationa) Undcrstandmg
Justo Pinheiro dst Fonseca (Banco do Co*
míftJo e Indústria de São Paulo S A. e
lo USIAC ch CiCYP
a seçúu americana do
lambem adiado em Montevidéu) So dê
diretor da Fabrica de Caldeiras a Vapor
Cyclope — Grupo Pignaiari — e da Cía,
cimo encontro anual do CICYP, realizado
em SarUMgo no de li
Chile a IS de mar-
Flmrileiu de Fkhct Construções
e

Sehwaríz —
Hammcint, Aços Sandvik ço dc 1%4. um grupo de ddegêdo* da Ar

5 A 1 nd c Com. Sandvikens Jern* — gemina. Brasil, Chitc. Colombo. Peru e Ve-


nezuela sc rcumu com o iniuito de lormar
vrrki À R. Swucden)
Gasiáü Eduardo dc Bucno Vidigal {Banco um comitê visando a coordenação das ati-
vidades ttoa varto* países para promover
Mercantil de São Pauto S.A )

Júlio dc Mesquita Filho (O Fsfodo da S


i ditícmmaçia de um si^enu
Paulo)
democrático e sólido dc Cisre empresa". N
large dc Souza Rezende (Máquinas FiraiL
BAILEY. op cri p lU
tiifvga S.A) 50. Ata do IPES Rio. 12 de fevereiro de
Hélio Munia dc Souza {Cãssiu Mumi S A 1962.
Itnp, t Exp.)
51. Segundo o relatório dos lideres do
forge Alve* de Lima (Sociedade Comercial
IPES. o presidente do Senado montou sc
c Comi mtora)
muito imprestion^do com a exposição íei
Ftof- Noé Azevedo (Faculdade de Direito
ta por des e lhes pediu a opmiio sobre Icjo
do Largo de São Francisco)
Ftaneiico Pignaiarí (Pign&iart Administra-
G oulart, quem o IPES dcKreveu "como
a

Com S.Ad um homem de cemro e um poliiíco epot


ção Intf
turrisu, que muda conforme os scui inte-
Amónio Devisate (Cia.Calçados Deviute)
resses e a direção de ventos favoráveis".
Rogério Grorgi (Coionifkio Guilherme
Giotgií 52. O fito de as empresai americanas se
Adhrmar de Almeida Prado (Banco de Sio rem "fechada» ' foi percebido como um
Paulo SAj ubtfãculo poluico e um problema etonó^
António Caetano Alvares (Cia, Siderúrgica desejou de
mico para uma burguesia loca)
Paulista - COS! PA>
associar seus interesses e obter acesso I
Olavo do Amaral Ferraz (Farcndai Nclú-
tecnologia e ao capnaL ro pa»«J que se
|.r 5 A > h

1 ornava negativo pira aj 'bíue thipi ’


que
Joio de Seantimhurgo (Correio PuuUtiano}
procuravam ampLar os mercados finarv*
Thcodoío Quartim Barbosa (Btmco do Co
ntfrcio e Indústria de São Paulo S A ) ceifo e dc capitais, bem tomo a sua pa tu

Benedito M Lobo Rosa iMartmdl) Comer* çipaçúo ndes, Além divsO, ai "empresas
11

ciai SJW (echadas criavam uma aímosfcía negati-

Carnifo Áníürüh (Cia, Nncíorml de Tecidos) va em termo» de opinião pública e rtlacio-

213
ü

na mento cmprciariAÍ Vide M H StMON- Penetração" aplicada» «o contexto frraiIM-


SIN e W. BAER American capital and ro. vide lan Knippcra BLACK. Umteá Sra
BfUiban nitionilum. YüU flesie* Eata- rrj penrfniNün of Bruiif, Manehciter Univ,

do» Unido». JJ iiy Winier l%4. mn. Press, 1977. Prefãçio p Xld a XX
II Ncjw rrurnAo ouvi presente um Sf. 59 N. BAILEY op dl p. 252 tb>
tal

Morgan. que requisitou um memorando. L>ndon fotmson citado cm E LIEUWEN


Ata do (PE S, Rio, 12 de fevereiro de l%2 GenrroJ» v» President* New York, Pracftr.
1964. p 14241. Thoma» C. Mann, Sícrcti-
54 "No Dcpirumento de Estado, o» lide-
no de Estado para emunto» da América
re» do IPES k reuniram com o Embatia-
dor Moscoto Ele prestoa muita iirn^iOi
I. atina, fci uma declararão sobre política
externa, a porias fechada», cm março de
ouvindo tudo Achou o» brasileiro* muito
1964 faf declaração asnniUsa a aprova-
desenvolvidos. Ele convocou dou issisten
ção poT patte da administração do» Esta*
ict e pedíu explicações pormenorizada» de
do» Unido» dc governo» militares n» Amé-
modo que eles ouvissem também Nó* rt>
rica Latina Vide lambém (aí Ted SZCLC
pcnmos tudo para eles. O Fmhmadúr Mos-
co» declarou ver o Brasil de falo um alia-
US may ahandon cffort (o deter Latin dit-

laiorv The YarA Times, N. Y Martb


,

do do» Estado» Unido»**. A conjuntura po-


lítica brasileira tinha pnondade e ao mev
16, l%4.Joieph A. (b> PAGE. The m*
Íuftotí never ivoj.
íhüt NorthtOU flra:
mo tempo dcctdtu-ic investigar 01 casos do»
/95S-/9fr4. New York, ürossmnn Rublr
palrei di Anxnt-a do Sul O» lidere» do
ihe rs, 1972 p. 1«9
IRES tomaram como exemplo o ca»o do
Chile. “Os americano» p rumei eram enviar 60 Sobre o antigo rdacionamcnto entre
delegado» Rara o Riú também, lendo um Vernon Walters c os militares brasileiro» +

de let almofado boje com H. C. Rollind* desde a época em que era oficial de liga^
|m seguida parumo* pura Porto Rico, en- çio entre a Força Expedictooàna Hrnilet
quanto Gdben Hubcr \* foi para Wash- ra na Itália t o 5* Eiército do» Estado»
U«udo». durante a II Guerra Mundial, vide
1

ington' Ala do PES


. I h Rio. 12 de feverei-
ro de 1%2 Vide amda S. BAILEY. op, dt John Fojter DULl.l S Cotteíio Btencú tht
p. 250*sebre o» problemas dc coordenação making of q Braiiitan Freadcnt Àuiun.
tniemacional dai d ales orgânicas dos dife- Unív. of Texat Pre»», 1971 Sobre o papd
rentes palies do Coronel Vernon Walicrs no principio
55. IRES CE Rio. 01 de julho de 1962. da década de lencnta no Bra»iL vide U)
Neua reunião Gtlbert Hubcr Ir. pòde reli' Monit BANUEIHA O governe foào Gou
iãtl: as lutai soou» no Brasil. Rio de 1#^
Ur um importante avanço em relação u
Na mesma neiro. Civilização Hrasileira, 1977. <b> Ver-
iraninacíonait reunião, o CE
considerou a proposta de Harold C. PoU non WALTERS, Sifent mmfatti. New
land de que “o IPES d«es* lançar um York, Doubkday, 1971
programa de governo"* 61. Phylln PARKER, op at p. 19 Quan-

15. Enno Hobbinf tomar-se-ii diretor do do V* Walicrs foi apresentado ao t.mbu


Councd of America cm í?70. O comité di- sador L- Gordon, cite lhe disse: "De vocl
retor do Ccnincil cm 1971 incluía Enno eu quero tris coisas: primeiro, saber o que
Hobbmg, Jatk D. Neal (da ITT) e Richard está se panando nas Forças Armadas; se-
5 Àldrich, que fora diretor do JBEC no gundo. quero* de certa forma. influcnciA-
Braail no princípio di década de sciicnia. Jai através de vocé; terceiro c mau Impor
57. Vide Carta» do General Olívio Gome» lanie de todos, nio quero ser surpreenda
de Abreu ao CED de 24 dt março de I%5, do*
#
* V WALTERS op cit p, 174. Mais
r .

01 de abril de 1965, 19 dc abril de 1965. 20 tarde* Walicrs diria: "Ele nunca se sur
de abril de 1965, 03 de junho de 1965. 22 preendeu". P. PARKER, op* cit, p. 41. De
de junho de 1965, 12 de julho de i%$. fato o tiiicmi funcionou tio bem que du-
SI. Víde André* M. SCOTT. The revoiu. rante a madrugada em que Auro dc Moura
fícm iti t tatee raft: informüí ptnriraiiofi. Andrade declarou estar vaga a presidência,
New YorSt, Random Hotise Ed 1965. „ Pa- jã que fuio Goulart deiaara Brasília, alguns
ra uma diftuiião sobre as “Política» de parlamentares »e dirigiram para o Palácio
do FbntliOp que eslava toialmente escuro Neto, Gustavo Borghoff, Nivaldo Ulhoa
drpoti de um
corte de energia Eles acoij^ Cinira.Osvaldo Bregne dl Silveira, o Ge*
pflnKsrim o no que reconhecia Ranieri ncral Agosrinho Corlei, Octavío Uchoa da
Miwilt como preifdeole c, depois que al- Veiga, Saiim Chamrni, Thomas Rompeu &,
gum íòríoroí foram acesos, o Deputado Magalhães, Paulo Ferrai. Paulo Edmur de
Luit Viana Filho reconheceu a seu lado Souza Queiroz, ]oU Luiz Anhaia Mello,
ftobítt Bcmlcy, o jovem secretário da Env Rafael Nojchcse, Luiz Miscarenhas Neto.
binada Americana, Luiz VIANA Filho, O A. C. Pacheco Silva, fúlio Arames. Frani
Gorffflo {Tajfdío Brvnco. Rio* José Olym- Machado. Paulo Galvão filho. Geraldo
pio. WS p. 46. Alonso, André Arantei e f. L Nogurire
Porto Lideravam o IPES do Rio Harold
62 f PAGE* op~ cit. p. 190.
C. GEycon de Paiva, o General
Poli and,
65, Rclitôrio do IPFS — s.d, p. 6T. Heitor o General Liberam da
Herreea,
64. 0 Nacional cra composto
Eaecutivo Cunha FHedrteb* Gilbert Hubcr Jr. f Augus-
dc fato Bapfista Leopoldo Figueiredo, Gly- to Trajano dc Azevedo Antunes, Cindido

toií tfe Paiva. Adalberto Bueno Neto, José Guinlc de Paula Mijado. Oiwaldo Tavares
Rubem Fonseca, Luiz Cãs si o dos Santos José Duvivier Goulart, Antônio
Ftfieira,

WcroecL testes dois últimos desempenha- o General Golfecry èa Couto t Sil-


Galloili,

vam o papel de secretários), o General Hei- va c Rui Gomes de Almeida,


tor Hêrrcra* António Carlos do Amoral 67. Ata do IPES. 27 de março de 1962.
Otôrio, Oswtido To vares Ferreira e Paulo
Ajtes Filha {oí quatro últimos eram co-
68. N BLUME op cit. p. 211,

ordenadorei) c Faulo Reis Magalhães, o 69. Ata do IPES* Rio* II de fevereiro de


tesoureiro. 1962. Ru* Gomes de Almeida não acolhia
« liderança de Joio Bapluia Leopoldo Ff
65. R BL1/ME. op cit. p. 214.
gueiredo, ao passo que Antônio G *11 oiti
6É. Uma leitura minuciosa dc suas alas, re* era muito Ciuidústi em relação aos empro-
bfórroj c documentos classificados sugere lirio* deSão Paulo. íruto da im típcn
I exhtendi de diversos níveis de confian- éncia com as companhias de eíctn cidade.
ía, stgilu t responsabilidade dentro da oi-
76. Ata do IPES Rio. 12 de fevereiro <k
finização. os quais ultrapassam a estrutura
fornia] de tomada de decisão A distribui*
1967. f L Moreira dc Souza c 0. Tava-
res
çio c arranjo desses níveis parece indicar
que. através de cslruturus formais, uma re- 71, Reunião do IPES dc lí de fevereiro
de dc rcdupficaçDü c membros selecionados dc 1962 Antônio Carlos do Amaral Otô*
compunha um burciiu político verdadeira- no reconhecia que São Paulo citava cri-

mente secreto As razões pura uma estrutu- vada de “qunioi. grupos. Quiri im Barbo
ra tio sigilosa decumam tanto da conve- ta, Vidigal, todos desunidos'', de grupos
niência organizacional quanto da natureza separados *‘dc imígTimts (libaneses, italia-
da ação potílica da etite orgúnka. Era tam- nos. poriugucses eic.) em um momento em
F

Wm uma forma efidcnie de contornar in- que se nccessilava dc união. Era eaata*
teresses específicos que por qualquer moti-
roenie netia época que oi "'quatrocentõe*'*
vo pudessem colidir com as diretrizes da
estavam Formando um clube fechado par*
eliif orgânica Os Órgâos-ohave de tomada
ipcnai 500 sócios. Essa atirutk segregado
de decisão compunham-se dc um pequeno
nista, em relação a csUló c siaim, eòtulL
número de membros, grande pane deles
empresários que. como lorge Berhing de
tufa, aos olhos de A, C A. Osório, um
desperdício do dinheiro al lamente necessá-
Mattos observava. constituía "um grupo
+
funcionando 24 horas por dí* \ no rio para a campanha política do IPES. E
central
Rio e em Sío Paulo. IPFS CD Rio, 12 dc mais ainda, por serem os clubes sociais de
fevereiro de 962. Em São Paulo, o núcleo
1
São Paulo vitais pira a ação dc classe da

dos membros se concentrava no CE e tV dite orgânica como fórum para roõbtlb

guni deki no CD. dcsiacando-se Luiz Cáa- zaçlo das d assa média e alta. Vide iam*
iio dos Samot Wcmecfc. José E\y Coutinbo, bém o capítulo VI 1 1 sobro a função po-
Eduardo Garcia Roi*i Adalberto Buena
r Li li ca dos clubes rociaii.

21S
72- IPES CE. Rio. S de ícv dc 1%Í. Ne* ções do IPES. Gilbcri II uber jr- sc encar-
» citjgio mtcul. KLABIN1 obierviti regou dc elaborar o* entendimento* com
que ‘
no IPES filimm õrgáot rtiímíntc R de Almeida. IPES Rio. 5 dc fevereiro
representativo* da mdüMrii c âo comer- dc 1962 Fernando Cícero Vcloso era dlre*
cio" Em me*do* dc cki já ftíufn lor da ParLe Davi* Lida., da Elevadores
ptne da IPES Oiti 5, A. e da companhia de produtos
cosméticos Helena ftuhmsicin. junumcrite
Tl |«i IPES CD 21 de iwembro de
r

19b2 ib) Au do IPES. 5*° Paulo, 28 de


com Wilüam Monteiro de Barro*.
ifaiiQ dc 1962 80. Reunião Geral do IPES São Paulo.
25 dc setembro dc 1962. tnicialmente o
74 IPES CD R*>, I dc m*k» de 1962
IPES não linha *"cm seu meio nenhum rç>
71 IPES Ch CR
S*o Paulo. 28 dc *gc^ prcscntanic das classes rurais", ji que ele
lo de 1902 Segundo Paulo A)m Eilho, a não tencionava *e imiscuir ou patikipir
compondo fmal do* quadra* dirigentes do das hoililidades mesquinhas da* associa-
IPES dependia Vu< cylagio. do* "últimol çóe* rurati dc classe.
entendimento* com a federação da* Indui
tnat'’.
81- Reunião Geral do IPES, 9 dc outu-
bro dt 1962.
76 Cal Ala do IPES. Rio. 21 de março de
l%2. Rui Gome* de Almeida e Antônio 82. IPES CD, 27 de novembro de 1962

Galloiti |b) IPES CD. 27 de março de 83 IPES CD, 10 de abril de 1962 O


1962. IPES de São Paulo cr* encarregada dc
pôr em funcionamento e orientar ai aliti
77. IPE$ Rio. 05 dc fevereiro de 1962. Se-
dades. Em meado* de 1962, o IPES cors
gundo [ü*c Loif Moreira dc Souxa, para
alcançar uii
objetito* bastariam duas ou
Uva com o* lideres das associações de
Irti te*c* de choque, que atingiríam o pon-
cUtse do Amazonas, e lambem com os vã
fo crucial, a uber rios dirigentes da* empre*** operando na
'Por que razôet as u-
área. Reunião Geral do IPES. 16 de outu-
aociaçdc» de cluic citão presa* *0 guver
bro de 1962.
no?*
78. Vide Afrmbrai Prx&rmnenieí dt Auo *4. IPES CE Sio Paulo, 21 de março dc

citfçúci de Cfaise IPES Rio c São Paulo 1%Í


p 281, No dia 10 dc dezembro de 1%2, 85. IPES Ch. Gr. São Paulo, 28 de i|Ctv
o Comité Eictutiio recebeu o Dr. Calafa- to dc 1962. A equipe dos vário* grupos de
te. prcitdcnic do CONCLAP que preicn* estudo e ação não era Tormada por um
dia nireirar u ligaçòc* com o IPES £k número fixo de participantes Sempre que
também informou ao Cormté Executivo u> â situação exigia, agregava-se, a cada gru-
bre a* atividades pinídai do Centro de umdades orientadas para a tarefa
po, t
Esludoi Sociaii Brasil erro*. que opera** unidades móveis. O IPES aos poucos se
na 9 ala ) JQI do mcimo prédio em que oi mostrava uma organização dc rápida ex-
IPES mantinham o «eu escrítóno, Vide
pansão e oi novos associado* oo piiroci
ainda a Ata do JPES dc 27 de fevereiro
nadores envolviam-se cotistaritemcncc num
de t%2 tobre a uiíhzaçáo da Associação
crescente espectro de atividade*.
Comercial do Rio dc Janeiro pelo IPES.
86, Vide o documento do IPES: 4
79 O IPES precita va de viiros rttursoí
ffj-

fmancciroí Afinal, argumentava f L. Mo- ponwbtfodadc drtnocrática op, . cii.

reira dc Souza. ic o SESI contava com 87 O IPES se beneficiava de vasto apoio


aproximadamente 6 bilhóe» de cruzeiro* k logístico ç mitcriil, incluindo a disponibi-
*ua diiposiçio c oulro* dirigeme» dc cla*- lidade de trnniportc gratuito proporciona
se. torno R de Almeida. Hugo de Faria* da pelai difercniei Linhas aéreas nacionais,
t Cícero Veloio também mobilizavam re-
empresai de Òmbui e oulro* recursos dei'
curto* lulioto» através dat associações na
*a naiureza Uma grande frota dc vdculoi
ciofiiii de empresário*. naiuralmcnte po-
de todos os Lipoi, saU* bem equipadas (çom
deriam reunir icui esforço* Jsso com ter
telex, bancos dc dados, chave binciru
tez* facilitaria o financiamento da* opera-
privada, ftiiiema PABX de telefone, máqui

2Ió
iu dc cndcfcçamcnio poiíií), oricmiçio no desse problema cm várias ocasiões. Cer-
técnica e Apoio dc especialistas dc primei» ta vez, esse fato levou Cilbm Huber |f-
ra Unha para m
iuas vária» atividade*, a observar que losé Garrido Torres deve-
vaito ipoio financeiro c a contribuição, ria ser convidado para as reunióei sem re-
por parle de diferente* empresas, para a ceber nenhuma remuneração. Gilbert Hu-
real nação dc serviços ah ame Me necessá- ber tf gostaria que ele "puseste a sua al-
rias porém dispendiosos proporcionavam ma c não a sua bolsa no negócio Eu es-
1 elite orgânica do com pleno IPES/ERáD tou tom a minha alma"*. IPES CE 6 de +

wma extraordinária infra estrutura rnaie- junho dc 1962 Na ocasião. Garrido Torre*
n*1 e técnica,que faziam outros grupos recebia 100 000 cruzeiros por mèi e [ti-
político* parecerem amadorisíai ton» dc presença, IPES CE* 15 dc maio de
1962 e Relatório Gerai do IPES CE, 17
M. O projeto político a que se compro-
meteu um grupo tão selecionado c podero-
de maio dc 1962. F-injImeme. exigiu-te de
ícenobu roera ta» e Garrido Torrei prestação d tina dc servi-
so de empresários* de
+

dc mdjtares envolvia um ritmo de traba-


ços e não dedicação restrita *Nio com-
lho extremamente incenso, com reuniões
preendo os 500 000 cruzeiros i Garrido
diárias e participação na opc racionaliza Torres, dc quem sou amigo Não presido
ção de seus planos, atividade que exigia um organismo nos moldes á< uma repar-
4

extraordinária dedicação de pessoal em tição pública, de 'sinecura*' \ Rui Gomes


campos dc ação altamente diversificados. dc Almeida IPES CD, 10 dc abnl de
Os chefes dos grupos de estudo c ação, 1962. Vide lambem (a} Reunião Geral do
por exemplo, rcali/avnm urna reunião se- IPES, 50 de novembro de 196? íb> IPES
manal conjunta com a unidade de eoonle- CE, 21 dc março dc 1965 I C Moreira
naçiti do CE. tanto no Rio quanto em Barbosa recebi* 100 OQO cruzeiro* mensais
Sio Paulo, unidade evía que, de fato. com e I L- Anhaia Mello recebeu 120 000 cru-
punha o CD, Se necessário, cies se reu- zeiros por seu estudo sobre o referendo
niam extraordinariamente Enfio os diri- Remuneração tambem er* conferida a I.

gentes do* grupos participavam das rru Árfhur Rios,


niàcs regulares com suas próprias unida- 91. Em novembro dc 1961. certos ‘'servi-
des dc açúo c também mantinham* sepa
h ços extraordinários" efetuados por Paulo
ndjsmcntc, sessões com CE. Havia ainda dc Assis Ribeiro com respeito a seu R&
q envolvimento tlirctu com a operação e ieiro da Reforma Agréna foram remune*
realização de tarefas. K?uniòr% dc Infra- rodos com 400 000 cruzeiro* Memo inter^
tUruturü Ata do IP ES de 25 de maio dc m> 61/04 R7 u Tesouraria, 1 de novembro
l%2 Ch* GH. IPES Ch, Gr. c CC; IPES dc 1963. Os membros do Grupo de Estu-
Ch. Gr. c CD de 25 dc muio de 1962. dos* por exemplo, contavam com um sali-
19 Para os membros militantes deixarem ruvhasc dc 100 000 cruzeiro* mensais t
iuai bases operacionais* ler-se-ia de conce- seus vencimento* eram complementados
der a permissão. IPES CE, 27 de ugosto para cobrir imposto* c ouiro» encargos
A possibilidade de alguém se des- exigidos pelo governo Comunicação 63/
dc 1962.
vincular de uma atividade ou umn comis-
04M 5 de novembro de 1961. Isso repre-
V

de receber n aprovação
íáu especifica teria
sentava vultosas dopei**, ja que o Grupo
de iguais lUperiures hierárquicos cm
c
de Estudo* do Rio contava tom vária* dú-
uma citruiurn que ao final de 1%2. era zias de membros efetivos O» participan
t

uma cadeia vertical de comando.


te» Unidades de Estudo recebiam
dai
10 000 cruzeiros por reunião, como Iciton
90 Ata do IPES, 1H dc setembro dc 1962.
de presença c os resptmiàveís pela apre-
Gilbcrl Huber Ir.
sentação de trabalhos durante a reunião
91 Ala do IPES Sèo Paulo, !2 dc abril recebiam 15 000 cruzeiros.
de 1%2.
94 A fim de *e criar a necessidade de
92. A remuneração a alguns dos membros coordenação dos diferentes órgãos, preci-
mal* ttlivo» ccriamcnic provocou um certo sava de certa pressão externa Conforme
se
malcifar e Atrito cnlrc alguns dos mais de- |o*é Luiz Moreira dc Souza, o IPES ci-
dicado* militante*. Surgiram rixas cm tor teci* dc um "Plano político capaz de mo*

217
T

bilizar iniimmcnicw ciiitcmct t f«^


os quite todos os diii: fontal de Hoje (AU
lot funcionar i curto pmo, par* o bene- ftoai). jornal dos Sports. A Noticia /.uiq ,

fício do todo. ou icji, da obra. Fortíle- Democrática (Rio). Dccírio de São PaiíFo,
W o 1PES deve «r * fncii Assim* £ ne- Didfco ii d Norre A Gazeia Eiporfiva, A
P

Gazeta. O Dia, Notícias Populares, Üfrintd


cenário constituir um Grupo que tenha *
autoridade par* criticar u
falhas estrutu- Hora, Diário Popular {Sào Paulo), A Tn*
rais. no seu aípccio de Ação PaUlici"* buno (Santos), /ornaí do Dia Diáno dt t

Al* do IPES Rio, 5 de kvcwro de 1962. Notícias, Correio do Povo, Tribuna da


O General Herrtr* cuidaria desse uptcfo Ceará Unitário Correio dú Ceará (C«-
. ,

da organização, ri), Diário de Mituts, O Estada de Mina,


* Diário do Tarde, O Diária (Minai C
95 1PES CD. 27 de março de
raisL Diário da Noite (Pernambuco), 0
% IPES CD. 12 de puni» de 1962, Gly- f itado da Bahia. Diário de Nüffdoj, A
con de Piiva. Tarde (Bahia), Diário do Paraná, O Eí-
97. UI IPES CD, 16 de DUl de
IPES CD. 17 de out de 1962.
1962. W i ada do Paraná, As revislns iiiicrnpciomLi
que o grupo de pesquisa examinava in-
(ç) IPES
CE. 22 de oul de 1962 cluíam: Este e Oeste. Les Informetiòni
Púíitiques et Saciai*j, tiuHetin oj the fm
9** IPES CE. Rio. 4 de junho de 1962.
titute for the Siudy of the U$SH. Monthlj
99. IPES CE. Rio. 4 de abril de 1961. Bulíetin of the United Naiions e várias ou-
100 IPES CE c CD. São Paulo. 20 de tras publicações similares.
nov. de 1962. III. As revistas eram Cruzeiro Maa- O .

101- N. BLUME op cií p> 215, chele t Fatos e Fotos, Gutas Banas. Vilão.
Contunlura Econômica Boletim Cambial,
A. 5TEPAN* Th* military in pofi*
,
102.
Desenvolvimento e Conjuntura, APEC,
titt: changtng pajrrrai in Brazit Prince-
lon. PrírKcton Lniv. Press, 1971. p, 186,
Guanabara industrial . Peirobràs, Mimáno
Estatístico e ou trai de menot impotilrKia.
101 Elmar BONES Golbery. poder e ú-
lincio Coofomoi Porto Alegre setembro, KI2. Por volta de maio de 1962, o GLC
197*. do Rio gastava aproximadamente 12 mi-
lhões de cruzeiros com material básko t
!CW IPES CE R». 2S de frr de 196J,
Adalberto Bueno Seio operava como co- pessoal IPES CE Rio. 17 ik maio de 1962
ordenador da umdade de planejamento. III. IPES CE SAo Paulo. II de dei de
IPES C£ c Cti Gr. Sáo Paulo, IS de de- 1962,
zembro de l%2
114, IPES CE e Ch. Cr Sio Paulo, II de
ÍOS. A- 5TÊPAN, op tii. p 154, março de 1961.
106. N, BLUME op cií p 215 115, () Eldino BRANCANTE RtlaiÒrw
107. Vide quadro no Apêndice E- do Estado Maior Civil de São Paulo In:

108. E, BONES op. cií.


Oíympio MOUKAO Filho. Memórtos' «
p. 20,
verdade de um revolucionário. Rio de )*
109. Martiie SIMON5 Whoac Coup? neiro, L & PM
Ed 197* p, 220-22 (In-
Braztluin informai ion Bvlletm, Eitadoa trodução t Pesquisa de Hélio Silva), (b)
Umdot d Califórnia. (12) 0. Winter 1974. Hélio SILVA 1964; o $otpe ou contragol-
110. Vide Relatório 1964, Grupo de Pev pe? Rio de Janeiro* Civilização Brasskiri,
qulia. O GLC taaminava os seguintes jor- 1975. p. 171
itiifi jornal do Briud, jornal do Comér- 116, E. BRANCANTE. op. çit 217,
p.
cio. Q /ornai, Diárto d* Noticiai. Diário
Coridria. Correio da Manhã. O Globo, O 1 17, O GEC linha
orçamento adm* um
Dw Tribuna da imprensa. Gazeta d* Na»
t
nistraiivo dc quase 21 milhões de çruzet*
fiem. Vitima Hora (todos do Rio de |a« ros por ano para ser gasto com pessoal *
nciroh / ornaí da Comércio (Pernambuco). materiais b&iicot() IPES CE -e Ch Cr*
fornat da Bahia, O
Euado d* 5 Pauto. São Paulo, 18 de der de 1962 t b) Ürçi
FolAd dt São Pauto O GLC examinava mcnio do IPES, 1961

2in
MS CirU do 1PES a Oiwáldo Tavarw, Opinião Pública, a «nHi*e feita pelo GLC
4 dc dezembro d* 1*2, coniíderando t doí iiem envolvido* era entio oferecida
iprciemaçco dc um livrcíu sobre o 1 P ES ao Grupo de Ação Parlamentar e wtr«
iendo produzido peEo seu grupo de Inic seçõei do IPES na forma de trabalhos de
trtçlo diretrizes, posimn jwpm. recomendaçõe*

linhas dc orientação para a ação públi-


119. Ati do IPCS 17 de maio de 1962. O c

íwntór o do GAP cm Brasília foi citabc- ca ê encoberta, bem como transformada


Iccido com o objetivo explícito dc "ligar* em artigos para a rede dc mídia e o Gru-
sc principal mente h seção da A DP". po de Publicações. IPES CE Rio, 15 dc

120. IPES CE, Rio, 5 de fevereiro de maio dc 1962


ma. 127. Alguns assuntos mereciam multipli-

121 Essas ofívidndes envolviam uma ope- cado número de estudos com diferenças in-
rirçío dc coleto de informações, com o in- signdficantcs, que tcnim então "confronta-
4

tuito dc antever ai manobras do Exccuti- do* '


no Congresso por diferentes parla-
vo e lUúi forças ulinhndus c simpatizantes mentarei da A DP, como, por exemplo, os
ao Condeno Paru essa finalidade, o gru- esiudoi dc bu*e comum sobre os Princí-
po do General Golbcry crfl fundamental, pios Bisícot da Reforma Agrária e li Di-
177. Cirfi dc O. de Mello Flores u Gly- retrizes para a Implementação da Refor*
f.

íon dc Paiva , 7 de dezembro de 1961. Ar- ma Agrária. Muito* dessa* unidade* de es-
quivo* do IPES, tudo e suai tese* se transformaram, de ft*
to, na infra-estrutura para o* Reforma* dc
171. IPES CD. Rio, U dc dezembro dc
Base proposta* pelo IPES. IPES CE Rio*
1962
8 de janeiro de 196*. Glycon de Ptiva,
174, IPES Rio, 20 de fevereiro de l%2,
sé Rubem Fonseca t o General Golbcry
Dc acordo com forge Behnng de Mattos, a
nfcenidudc de umi coordenação mais 128 Ata do IPES Rio. 17 de ma» dc
próxima cnlre os Grupo* de Filuido e ft
1*2.
ação no Congresso foi tenlidi pela* indús- 119, IPES CE, 12 de fevereiro de 1*2.
trias Era também "mais barato reunir es- Para Glycon de Paiva, “o piai lo pública
forços*. AU do 1FE5 Rio, 5 de fevereiro significava dinheiro”.
de 1962. A comumcjçao segura era garan
tkta pelo difundido uso de telegrama* iHL IPES CE e Ch, Cr S« Paulo, 25

através dç agência* telegráficas discreii* e de maio de 1*2.


irriga*, malotes de grande* empresas, cujos 131. IPES CE. 30 de maio de ]*2.
direto**! estivessem envolvido* na* ativi-
132.AU do IPES. 27 dc maío de 1*2,
dadei do complexo IPES/IBAD, sobretudo
Nei Peixoto do Valle, A. Visconit triba-
no eixo RioSáo Paulo (como is Refinaria*
Ihava para a* American Chamben of Com-
Caputva. o Banco Lar Brasileiro c a Con-
merce juniamente coro Mirccllo Porto e
federaçlo Nacional dc Indústrias). IPES
Nei Peixoto do ViUe.
CE. 19 dc junho de 1962.
131. fa) IPES CE Rfo. 3 de julho de 1*2.
125- IPES CE Rio, IS de outubro de
Glycon de Paiva, (b) IPES CE Rio, 23 de
[967, Agguno Trajano de Azevedo Antu-
nes. tal soma não incluía oi volume* bem
mik> de 1*2, General Golbcry.
maiores (mios em açõts política* especifi- 134. IPES CD, 27 de novembro de í»2,
cai, nem o* maciço* gastos com
recursos
113, Relatório do IPES, LC* 1*2. p. 5.
i* eleições de 1962 para o Congresso.

126 A atuação a nível de campanha li*


116 O General Hemrt recomendava que
o IPES deveria continuar a usar a impren-
nhi que ser coordenada com outras ativi-
sa seguindo o ponto de unilo produzido
dades, tais como a manipulação da opi-
nião setorial {Forças Armadas, tlassct mé- pelo documento lançado por ele O Bruií

diti, intelectuais, sindicatos c estudante*). çurr tranquilsdode que recebeu extraordi-


Com t colaboração doí Grupo* de Estudo nária cobertura da mídia. IPES CE, 6 de

c apõ* ser 'processada" pelo Grupo de junho de 1*2.

219
117. A. STEPÀN. op. cit p 97.8, 189 P* AFL-CIO. Por exemplo, da Organização
rccii dam pJffl a dite orgânica que, sem dos E* todos Americanos, o IPES rcccbtu
o Yiiívd apoio popular, * *Ui ação enco- o trabalho da Spcçiil Consuliatíve Com-
berta dentro das Forças Armadas e Outros mission of Security agaínst lho Subratm
icEorcs da sociedade tomar-se-ia diíicif. Actiçm of fnicrnatkmai tommunjsm — rc.

Àdcmnii. os militam não seriam levados latõríü geral imetaf, 1962. Myosotis <k Aí-
a favorecer uma posição golpbti sem 0 buquetque Costa executava a função dc
palpável apoio publico. contatocom este centro de inpwfs. A pe-
dido de Glycon de Paiva, dc forneceu
138. IPES CD. 2? de nov-embro de 1962-
também World Communist Movcmciu,
119. Hélio GOM1DH. Roteiro básico pa-
Sdccíhc Chrünúhgy, 18 de agosto «fe
ra am programa
dt açòo a longo prazo. 1957, preparado pdo Legisiatsve Rcferen*
ESC. Documento, b de junho de 1963- ce Service of ibe Library oí Congicss c
140. IPES CE. 8 de junho de 1962- impresso peto Committee on AnínAmeri'
cin Acttvities ÍAAA). IPES CE. £ de out,
141 Publicavam ^e c d istnbu íam-st iam- HJ
de 1962. Segundo Paulo Ayres Filho, *
bém artipos de mistas americanas. Nei
maior parte das matérias sobre a Rússia
Peixoto do Valle sugeriu a Garrido Tor-
dc, advinham dos Esutdos Unidos* envia-
rei. que era “leitor de revistas américa*
das pdas agências norte-americanas dc no-
que "vendesse os artigos ínlMssaii»
h tícias'", Reuniáo Plenária do IPES, CE, 8
les \ Este respondeu que ji estava proce-
,K de abril út 1963,
dendo dewa forma ç acrescentou que Se
a embaixada já tem franquia para repro- 145. Para as necessidades pessoais e ad-

duzir, melhor*
6

IPES CE. 26 dc julho


, íal ministrativas grupo jnaniinha
básicas, o
de 1962. (b| IPES CE Rio, 14 de junho de um orçamento de 6.000 00Q de cruzeiros
1962. anuais. IPES CE, 31 de agosto de 1962.
Outros 6 milhões seriam gastos com ma-
142. Relatório ao IPES CD Rio. maio de
IPES ÇE. 17 de
terial impresso básico.
1962.
maio de J%2. Existiam* também* fundos
143. Dessa matéria, muitas seriam tradu- para projetos específicos* fornecidos por
ções de urligoi de aulorci conhecido» que diferentes empresas e outras fontes. Rela-
apreciam em revistas estrangeiras, como tório dc ]q$6 Garrido Torres ao CD, Rio,
Horpvrs, Atlantic hionihly, Fonign Aj- maio de 1962.
fam New York Times MagauW. f* Gar*
e
rido Torrei enfatizava também que
<r
Re-
146. N. BLÜME, op. cit. p, 211 Em 1963,
182 144 livros foram distribuídos.
ccntcmenEc a edição espanhola da revista
Life publicou trÉs colaborações excelentes 147. IPES CE Rio. 7 de março de 1963,
dg professor Jcuup. que poderiam vir a Glycon dc Paiva,
ser um de propaganda
eficiente panfleto
148* IPES CE São Paulo, 11 de dezembro
unlJcorminitUi, Há
dc evitar necessidade
dc 1%3, Paulo Edrnur de Souza Queiroz,
morosidade na obtenção do direito de
144,
vulgnçOo desiei trabalhos, preferenriaF 149, IPES CE São Paulo, 16 dc abril dc

mente sem despesas p&ra os jornais e re- 1963.

vistas, liso poderia ser alcançado usando |30. A G.R-D. Editora tra chefiada por
ü» bon* serviços das embaixadas, que ay Gumcrcmdo Rocha Dóreu, o presidente
segurariam a boa vontade dm editoras da Confederação dc Centros Culturais da
previumente selecionadas e que veriam Juventude, que era o núcleo central ffos
aqutUs cm que gcralmente aparecem ai dívenas órgãos de doutrinação integral eu !

colaborações que nos inlcresiam". Relató- dc joveiH c è qual João Paulo doí Rd 3
rio dc Garrido Tortos #o CD f Rio, maio Veüoso já foi vice-presidente*

de 1962. 15L N- 8LUME. op. clf, p. 216,

Para o preparo de material de dou* 132. At* do ÍPHS Rio, 5 de fcv, do !%2.
[ri nação específica e geral, clilc orglnka Gdbcri Huber Jr,
se valia de uma série de ittputs estrangei- 1 33. IPES CD Rio, 3 de março dc 1963,
ros, coma o CED. n ALPRO, a AEF a T Glycon de Puí va. O GED preparava üs

220
vários anteprojetos dc lei sobre "Reme ui São Paulo Esquema do Planefomento. Sio
f
de ^Reforma Agrina',
Royalifes". Re- Paulo. )%!. No campo poEjiico, o IPES
11

forna Tf (buiária* c "Híibuaçüo Popular", cDmp-srijfhavà os pcnf&i de viiia de que


que er»m apresentados pelos paftnmc^afçi a tcIdiiyd democracia do populismo teria
íta ADT Ato do ÍPES Rio. J7 de miio de dar lugnr ao relativo ouiorltaríimo de
de 1961. um regime tecnocràiico.
1)4 Oi vime membros da comkiào ic- 161 íj> N, BLUME. op dt , p. 214, íb)
friffl sdcclonndfls drt seguinte forma: G, BEM1S, op , ctL p. 59-M.
I) Os SçLTfitArioi Estnduuji de lustlça»
162. ín) JPES CD, 5 dc março de 1965
de P&icnân, Agricu liiirti, EducnçAü t ÍPES CD, 24 dc agosto de
Eh) 1964. {t\
Saúde;
(Pis CD. 1 de outubro dc Í964 tá) ÍPES
h Dez membros escolhidos respectiva-
CD. 26 de outubro de l%4„ (ç) JpÊS CE,
mtn\c pelas scgumies orgtunifoçôes-
4 dc novembro dc 1964.
il Asíueíttçúo Esiadmii dos Banqueiros
de São Pauto, ác Efigerihorfj
b) Institui# 165. N, BLUME, op cit.
p 217 19.

>
lê Sàu auJo c) Federação dus Imlmlrtns 2S dc agosio
P
; 164, ÍPES CE, tic 1962.
de São Paulo; d) Centro de Indú&tmi úc
Sio Paulo; e) Associação Comurciul de 165. ÍPES CE. 7 de março d< 1965.
íftí

São Piiub: 0 Fede raç üo díis Aiftocúiçôcv tb) C£ 21 dc novembro dc 196 J


f
(cl

flurntj de $nu FtouJo; g) Sociedade Rural


fPE$ 22 dc abril de 1965 D ÍPES com
f

Brasileira; h) Federação dos Trabalhadores fiou à equipe dc Arribai Vdlda da BRA5-

de Sio Paulo, i) Fundação Geiuho Var TEC por 2 496 000 cruzeiros de honorá-
rios, um aprofundado estudo a reiptiio do
papel das empresas cnaiais na economia
i) Cinco pessoas escolhidas pelo gover-
a níveis federal, estadual e municipal A
nador entre nqucln*dav arcas úc ciências,
pcsqutsã Lcniaria eniender e avaliar a par
economia, administração c imprenso. Gcor-
ticipjçao das empresas estatais nt forma
fe W, BF.MIS. From ensis lo revoluhon.
çüo du produto nacional, o tcmpofii men-
monthly cose stirdieí, fn frucrnattoMl
to econoimto do governo c sua parírcrp^
Public Aftoiímjfrt/fiou Seriei, 1 os Ange-
ção setorial, uma revisão econômica dm
les* Untv. of Southern Califórnia. 1964, n_
uliirnos quinze ano* e uma avaliação da
I. p- 70-71-
tendência do paptl do Estado n« eccno*
155. Vide J. L Moreira de Souza fa> Fi-
um
cikulo das despesas de tnvesti
mia,
losofia da sele fundamentos
revolução e
mento dai emprtsas do governo pessoal
basícos nos campos económico, social c po- empregado, níveis de talãno c produüvv
lírico. In: Glauco CARNEIRO. Hntónú
d ade. uma comparação com empresas si*
das rcioluçõcs brasileiras. Rio de anuro, í
rmlares do setor pnvado. uma comparv
O Cruzeiro. l%5. V. 2. p. S95-9G.
ção dos periodos de Getúlio Vargas. Eu*
156. N. BLUME. op. cif. P- 2 13. rko Dutra e 1, Kubiischeck. uma comp*^
157. N, BLUME. op. cif p, 221. ração do Brasil com a índia. Paquistão,
Indonésia c Argentina Vide UI Carta do
151. N. BLUME op. cif. p. 214.
IPES* 11 dc junho de 1%J de J. fl. Leo-
1 59- Ê iniertssâíSie observar que das 78
poldo Figueiredo a lose Rubem Fonseca
corporações bhie chips relacionadas pelo
lb) Proposta dc pesquisa de 15 de abril
BANAS em 1%4, pdo menos 61 eram con-
dc l%L (c) Carta ao General Liberato de
tribuintes financeira* da elite orgânica c
Aníbal Viilda, de i de janeiro dc 1%4.
seus eram membros dos órgãos
diretores
(d) Memorando sobrt EstãUzaçòo de Gl p
dc tomada dc decisão do PES» Vide la)
ccn dc Paiva ao Dr. Torrei GUcon <k
I

BANAS Bancos, investimentos c bolsas.


Paiva proporcionou Á> Vilkla o ipoto
I%4 Sio Paulo. BANAS Ed 1964 p 112- .

da rede nacional do I PES no levantamen-


142. b> Àliumar BALEEIRO. Democriti
|
to de dados, engajando oi próprtos espe-
utçto do Capital Ação Oemáciúr«rp. Rio
cialistas do IPES na análise dc medidas,
dc fanrirUp outubro dc 1962 M +
kii, projeto* «ita<Íwnt« ' e esquerdistas
JbO la) IPES CO Rio. 10 de abril de e a ação do Estado em cada rcgiio do
1961, Rur Gomes de Almeida (bl 1 P ES pais que sc julgas a coibissem a industria

221
_ »

privada A Aiuc^k! CmiW de fw H Villahúifn. o !tder íprtianõ M Toledo


rv+ - AC0P4 o FtS J * fttb Hme* Jí Mceaft t WaHcr Vieitsflopp.
ç o IPES Óe Pfrwnbu
lí, o ÍPEiLL
lT| O Grüpa umNm ptovit a infri<v
•nprm* « IPLS do In <k I^rr * M» tntmn
r

para Grupo
#** dr aLifiUtic <"•* ira rwpet' E> m Of
m
Public* de curiós
rralifacâo peta
tupcrinte níjvpt
de

ladbs Vide cana a Gívcop noLfc lema* de econanua [>arJ


df F»r»l p*r Ankttaa? Gtivàj X (íx a te ntHMii»comporem mt unidade. Ata da
CofKTiiií dr Pm*rhu.£ laa* V iti íAí
IPES R*o„ 2$ de maio de 1962
^ E*íftór<íD li I «A
1*4 (aV Gr Sáo Paulo.
1PFS Ch. 5 dc
CMcTvflí de fi*au
lo-

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junhe de
lo. 21
\%2IPÊS Ch- Cr São
de atoiío dc 1%2.
lb^ Pati-

lefíi ilíffi nadai p*ra a pn^jn


de *** *» 175 Reunião Geral do IPÊS. 16 de Oti-
m pnr*>d! aír^n %íi£dói. tscdhídoa [ Libro de 1962.
f puMicadn wnGin^c ai ct--<—5»ji dn-
PQa*ua pelo CcfwtiI Lbcnu IPES CÊ. 176 A unidade uperúvn tom um orçi-
12 át irvertoro d< j%l mente bájico de 25 000 000 por ano e re-
dc fonles privadas
M IPES CD. II dr tu ée 1*1
cebia
para
Pju J.i
pro]eio»
adicional
específicos Êmbora ns or-
117 IPLS Cl. 2* <k mw to I *62 çamcnioi não rcí|elij>em o fluxo financeb
lia Todo 4or*tPM jrrparak pdc ro real nem oi recursos verdadeiros do

Gtvjh> dr Earvfe f Ooutniá umunha^ IPES nesse selar dc ülívidodtíS H


e em lodos

Anrrird .Jh^fnrâkat, 2) ch seiorci, á iniercifantc considerar algu<


M rtpotiçá«
(hed-das priiKa pprt "Hmia Ltmpn) t mas dc suai dcipeaas declaradas. Ai dev
II paMtMrtf."' IPLS Sbt ;t dc afO*- pesai idmíniilralivM básicus mensais do

lo át i%J (jtmtré Goíber), Grupo dc biuüü e Doutrina aljnftíam


6,80ü Ü00 cru^elroí Cqnlava cea-m 2 000 0Ü0
Ifrt PtrcíbtiMM de ranlc a diXe-
mensais a sua disposição para ajuda *dmi^
rm^ii mrt « fi^poi ú. fc* c de Síú
nniraliva t de «cfÉlitU Hjvi«, em iCtís-
P-*jL> hm área de 1 1 üdu t D^r u b- tirno gm wÇimento menjj I à ptfle de
iaa drfnr%a ptJtor* fwr o
ioda 2 ÜÜC 000 át crueeirot por unidade de es*
pnirtffc? prmrpc & Gamdto tudo (alIPES CE. 5 dt fevereiro dc
T«™ iam*** 0 Gnipç de D» m ma ihiIPES CD Rio 22 de ma>o de +

ra> %a+m <t re^jM- t« «a 0*ffe> l%2 U} IPES CE. 6 dc junho de 1962-
d. «mw^ pat Poradc aÉibda Clycon dc Pliv»
m do IP1S dc Vfc PM Dt*« Sttic
171 Vide up III.

pAaffco q%* da^rdr** 4 m ritav dr wm |7i IP£S CD. n de maio dc 1962 Al-
bm
t Dovmiu do im
M do
Cíwpq friÉ>
ta IPES CE 16
*t pimAi iczti cr*
EftCia Em abril
um t questão de convtni-
de 1962, o IPES contactou
» AfioLLtç&o dc Advogados DemocriikM
dr narço dc 19M
LQtfik o migito dc estudo sobre
solicitar um
|10 C*ft* de Anliirer G*Sko ft Qfsnq cp tfrpcctoi jurídicos da queslio P^fhmen-
át Pur* jofen W<raa licw* ÍPtS /*f. j-*hí r PftutfrruriahsmO' tendo em vislg

I Pernambuco». JO de abnl dr l*M o ttfrrtndum tofcrc o assumo quç a quib

|Tf Vidr Moiinmip 5da Pauk ftVI). quer momento devolvería o pleno podef
Mfai ^r '4 pfrudefK jfll • f oão Goulart f interessais
U ttm/n. Antànu? »nfe*
li observar que um do« principal» drfçn
Ihirv foen Cirrilho PmUi- 0 Governado*
di SAo Paulo
im 4* volta *o iiilema preitdencialiila
era o líder Jo*í de Magalhàe- 1 ms Vide
|?1 IPES CE, 2 dc abril dc 19». H (») lota CamÜD de UIimIí* TORRES. O
Wfiuíluw m dfJT*Df da Cu Mt?Kur^ ptmJrnrutlnjnG no Btaut Rio. O Crufíi-
meorot át $fa M» ímlúnru dr Papel ro ml rbj f € Oh vt ira FORRES fV-
Eiifroptr Pifiie ip*^iVi ComrrüLiJ* e J^dua- rdAg do fmrUmtniamrno Heto HiKÍ£onlf h

{fUil S-A I Srui Ukk* ri empena mm Itauar* I j ml


221
)Jf- 0 ctcmpío clássico é o dm questão conduziu a discuitio Como parle desse
da Reforma Agrária. O IPES Itrou em programa, muito* fuiura* ministro* e al-
consideração 0* estudo* preliminar» fei- guns miniiiroí em exercício, tait como Ro-
lot pelo Centro Dom VitaL o CONCLAp* berto Campo*, Luiz Gonzaga dó Nasci-
ESG c o Conselho Nacional de Econo mento c Silva. Mauro Thibau. Delfim Net-
mia. Ata do IPES* Rio. 5 de fevereiro de to, Mírio Henrique Simomen. Hélio Bel-

196? Em seguida, os projeto*, emendas, trão e Octávio Gouveia de Bulhõe* fite-


anieprojclo* e material impresso dc propa- ram palestrai para o* assoei adoi do IPES
ganda etam preparados após uma minueio- N- BLUME. op. cu. p 2(6. Para levar a
*a elaboração por uma equipe de «ludo sua meniagcm, o Grupo de Integração
do complexo 1PE5/IBAD Vide Cap. VL usava toftstreadt» recurso* audiovisuais
Estas instituições contribuíam também (quadro*. írlme*. relatório*} que eram da-
com projetos preliminares em ouirai áreas lribufdo* ame* da* reuniões, para consu-
e sobre outros assuntos. mo restrito Ao fmal de 1962. O IPES já

110. tPES. Boletim Mensal 1964.


manimha uma seção de Mme* duas ve- +
n. 23,
zes ao di», pan oa contnbumie*. IPES
UI. Em reunião do dia J2 de dezembro Ch. Gr 29 dc setembro dc 1962.
dc l9fet. uma dm primeiras a serem rtjtv
tradii. a de Sào
seção Paulo convocou
189 IPES- Boicum Metmtf Rio. Ktemh
bro de 1969. n. 4.
um encontro com Paulo Aym Filho, Ol-
ton Barccllos, íosé Ülpiano de Almeida 106 Ata do IPES. Rio. S de frvmiró de
Prado, Paulo Reis Magalhães e o Profes* 1962.
sor França, da Escola dc Sociologia e Po-
107. Não constituía problema para Glycort
lítica Faziam parte da liiia do* convida-
dc Paivt leviniar Dienulmcnte o equiva-
do* que portavam envelopes contendo ma
lente a 20 000 dólares. A. f LANGGLTH
renal do IPES para a reunião e ducussfto;
op cií. p. 86.
Fernando Alencar Pinto. Eudoro Villcla,
repreunondo Luís Rcid, HmH Levy, 188.
1962-
Notai minuacntia do IPES. mato dc
O custo foi dc 100 000 crureiro*
Rogério Giorgi, Paulo C. Suphcy, Sslim
Chammo. lúlio Cruz Lima, Luiz Eduardo mensais, além do* honoriho* dc Juan Mi t*
Campello c Fernando E. Lee. Grande par- iirtian. IPES CE Rio. 21 de maio de 1962.

te deles viriam a ser membros de destaque 189. O General Rrynaldo Nelson de Car
da organização. valho apresentou o relatório de iua$ ati-
182. IPES, Boletim Mensal Setembro de vidade* a toviano Jardim. o tesoureiro, fa-
1962. n, 41. Informava que 20 empresários zendo a entrega de nove nota* de inscri-
compunham y Grupo dc integração. Vide ção para cobrança medi ente recibos por
ainda IPES CE Rio, 17 de maio de 1962. bancos. Os coniribuíntes eram- Dr Ru<
D IPES mantinha contas no Banco do Es- bem Motl (Usina Novo Horizonte). Agtu
lado da Guanabara. Bnmcrindu* t no Ban- Macafou e Cia * Jones Walicr Alvim, Vaia-
co Prado Vasconccilos, entre outros. O di- da* Cobogó S-A., luliÂo Nogueira < Cia.
nheiro da ADEP do ISA D e da Promo
r lUsina de Queimado). Dr. Luís Sense
tkm 5 A- era movimentado nas agenciai (Usina Vtctcr Sense S AI Distribuidora
brasileira* do Fim National City Bank of Mercamil S-A Dr Nelson Vctoso Borge»
.

New York. do Roytl Bank of Canada e (Cia. Usina do Outeiro 1. Fernando Ribeiro
do Bank of Boston.
Gomes (Cia, Usina Cambaíba SA.h Indús-
181. IPES CE e CD, São Paulo-Rio. I de Iria de Drbidis foaquim Tomai dc Aqutno
abril dc 1961. Filho, Cia. Cima dc Açúcar Sio Joio
1M- Nctsa operação, demonstravam gran- (Cristóvão LisandroL IPES CE* 24 dc
de valor a* produçõe* do Grupo de Estu- «gosto de 1962.
do c Doutrina, do Grupo dc Doutrina e 190 tPES CE. 21 de maio de 1961.
Etiudu e do de Opinião Public a. O* mem-
I9L N. BLUME. op. cií. p. 214.
bro* corporativo* par liei param também de
uma série de debatei c conferências. na* 192. TPES CD e CE* São Paulo, 19 dt
quaii um administrador -chave do governo janeiro de 1961.

223
195. IPES Cb, Cr. 25 de «lembro de ativo do General Heitor Hctrcra e do Co-
1962, ronel Maurício
I9L Um desse» projeto» dc angariação de 204. (o) IPES CE Sio PaulcrHIo, 22 de
Tundas em a Projeta Gammon, Ui Ati da jancifo dc 1961, <b> IPES CP Rio, 12 de
IPES CE. 51 dc julho dc 1962. General fevereirode |962. (c) O Ei todo de &
Golbery (bl IPES CL 12 dc fevereiro dc Pauto, 26 de julho de 1%1, onde hri a dc*
1%1. (c) Caria dc Gl)ccm de Paiv* a A djração dc ]. \\ Leopoldo Figueiredo dc
Byngion explicando o Caso G*mmon + dc que o rcceiia do IPES para 196? foi de
fevereiro dc 1962 200 milhões dc cruzeiros, td) IPES CD +
12 de janeiro de 1962. Nei Pcivcio do
195. IPES CO Rio. 22 de tn*-o de L%2
Ville.
1% u] Au do IPES Sio Paulo, 13 dc
junho dc |%2 tb> IPES Ch Gr 15 dc 205, E. BQNFS.
Golbery. poder e silêncio.
janeiro de I%1 Coo)úrt\Ql Porio Alegre, setembro dc 19TB.
,

A* contribuíres eram dc soma» futai ou


197, IPES CO 20 dc dezembro de 1962.
variada», IPES CE, 12 de abril dc 1961
fnclufsm« entre os grande» empresária*
Elas se de&tmavnni Ou ao Inslituio ou ii
Augusto Traja no dc Atcvcdú Antunes da
suas nçôea específica*. Algumas compi-
ICOMI í&cihkhfm Sieell c Amònío Gol'
nhioí participavam lucnsalmcntc; ji ou-
lotti da Lt|hi S A7BRASCAN
tras faziam doaçào anual dc um volume
19a IPES CE, 19 dc «lembro dc 1962. maior Umas empresas cornributam ainvéi
de sui» varias subsidiária» como era o
199 CD e CE Sio Patdo.
IPES 20 de no- .

vembm dc %2 Taâc Biptuia


1 Leopoldo caso da Light SA/BKASCAN ou L-stos

Figueiredo fez a apmenfaeio e comcnlá


Tdrfònkas Brasileiras Fm algum ca*es.

rio dc um dcmoroiratno financeiro cobrin-


urna empresa fazia « dc canal de contri-

do o período de dezembro de 1961 « se- buição para um grupo inteiro e geralmciv

tembro dc 1962 Era d* rcsponiabilidadc


(r a» companhias menores dem» grupos

da General Heitor Htircra apresentar um


eram a» escolhidas como cana) Em outro*

plano de açio para o período de ? me


cajoi. cifias empresa» de um grupe foziim
contribuições ao Instituto, ao passo que
ici, aprovado pd* Udcranç# conjunta do
outras do mesmo grupo
faziam suis dot-
Rio c de Soo PauJo* que incluí* novoi mé-
coe» a atividades especificas.
todo» de levantamento de fundos e dc au- «

mento das amtnbuiçã» IPES CO. 27 dc 206 Ata da JPES Rio* 5 de fevereiro dc
1962.
novembro dc 1962.
CD 207. "Os homens de fora nio vibiwn co-
200 IPES c CE. 4 dc dezembro de
1962.
mo esta meu -
'.
IPES CD, 27 de novcfly
bro de 1962. Vários recursos forim cofr
2QI* IPES CE Sio Paulo. I! de dezembro siderados, como stssdcs para a projeçto
dc 1962. dc filmes, debotes, conferencias c seminá-
202. Vide IPES: Conferenchíat do Inte- rio»- (. Carneiro considerou «té mtimo o
Instituto de Educação Democrática {um
gra fúp. Liiti do IPES */d. Rio.
projeto patrocinado pelo ÍPESí, como uma
205. IPES CE. 15 de ira. o de 1962 Um forma dc manter cs contiibuinics ligado*
melado muito importante de « conscpurr do IPES-
ás atividades
novo» contribuintes c manter o» pi troei-
2ÜS. IPES Rio. 27 de março dc 1962.
nadam cumhirj na criação dc
relutantes
"campanhas de pinica" para o* prapnui 209. (> Ata do IPES Rio, 5 dc feverei-

empresária», Ápõ» a tomada do poder em ro de 1962, A. Galloui, (bl Ata do JPES

1964. o IPES continuou a preparar cir-


Rro, 27 dc março de JS62. (ç) Reunião Ge»
culares sobre a "futura subversão comu- ral do IPES CE, 21 de outubro de 1962
ni»r*" c relatórios sobre ti suai ouvida 210. IPES CD f 27 de novembro dc 1962.

dei do passado, circularei calai enviado* f. Carneiro observava


que o ideal «ri*
a dnisrtiEtám» específico» c tteolhidos "um IPES cm cada empreu Tódu» o» o*r
Ene eíforço contava com a partiupiiçóo iroí aspecto» do JPLS sio fundamentais

2U
M*i em cada companhia deveria haver um 2! 6. Tal era a caso d« Wiliys Overíand,

IFESlNHü". Maurício Villcla enfatizava que linha como um <k seus diretores Eu-
que "qu&ndo (o IPES) não inlegTa&se fi- elides Aranha, líder do IPES. A conta di
nanceiramente teria de integrar a pev Wiliys era manipulada pela Motfi Propa-
soa”, f. Gcyír achava magnífica a idéia ganda. de propriedade de Divid Monteiro
de um IPES cm cada empresa. Ressaltava (subsidiária da Morgan Frantij McDo-
também a necessidade â curto prazo de nough r Merrick, N.Y.). e pela Norton Pro-
uma "boa educação' e enfatizava ser ne- paganda, do líder Epeiiano Geraldo Alon-
ccssiric estimular as “ações paralelas", cir so. Outro caso era o da Ncstlé (que tinha

tatido como exemplo a Associação dos Di- como um de seus czecutivos o associado
rigentes Cristãos dc Empresas ÀDCE. — do IPE5 Gualter Mino)* cujas contas
eram manipuladas pela Norton Propagan-
21 L IPES CD* 27 de novembro de I%2,
da c a McCann-Erickson Propaganda.
212. IPES CE
Rio, 14 de janeiro de 1963,
Á por exemplo* “trocar os futu-
idéia era,
2J7. IPES CD Rio. 19 de março de 1965
ros recibos do Podre Velíoso pelos recibos 21S. O IPES também contava com a van
de Giycon de Paiva e o Dr* Rubem trotar rogem de sc valer do apoio dos dirigeniri
com Marinho”. IPES CE, 4 de março dc dc associações de classe. David Monteiro
1963, Vide ainda a oferta de São Paulo t Geraldo Alonso se alternavam no cargo
de 3 milhões de cruzeiros mensais com de presidente da Àssocuçãc Paulista de
M
"fúturns legais para cobór o apoio finan- Propaganda. Co Ajuntam ente des funda-
ceiro. Vide comunicação do General Libe- rem a Federação Brasileira de Propaganda
ra to da Cunha Frlcdrich J, Raptísta Leo- ci
— FEBRASP. em 1961. da qual eles tam-
poldo Figueiredo, cm IPES Memorando, bém eram presidentes. D Monteiro se en-
12 de março dc 1963. carregava de organizar, pira o IPES. o
apoio das companhas de publicidade, pro-
213. IPES Rio, 27 de março de I§62.
curando. para eiu operação, a ajuda de
214. A pariir des investigações da Comis- Emil Farhit, da McCann-Ertekson Publich
são Pnrlamentiir dc Inquérito de 1965, que
dade (a) Ata do IPES* 23 dc omubio de
averiguou envolvimento corpora-
o ilegal
1962. (b) IPES CE Rio* 22 de maia de
tivo-iransf>ac!cnal nas eleições de outubro 1962. Genival RABELO. Agendas dc
(cl
de 1962 para o Congresso, tomou se claro publicidade e 13AD. Política g Negócios.
que, das 300 agências dc publicidade íun São Paulo. 2 de setembro de 1965.
cionando no Brasil, S companhias esiran-
geiras ou representantes de interesses
219. IPES CE e CD São Paulo. 20 de no
vembro de 1962.
transnacicnais faturavam oproximadamen*
le 35 bilhões de cruzeiros por ano, de um 220. IPES CE. 7 de agosto de 1962. Cly
lolil de 120 bilhões de cruzeiros. Isso sig+ con de Paiv*.
nífiCBvi que menos de das agências
221. O apoio des agências telegráfica*
de publicidade controlavam quase 45*u do
mestra va-se importantíssimo, ji que, no
lotai (outro txtmplo
de concentração e principio dc 1962. i conta de telegramas
centralização econômica). A partir dessas jã alcançava a marca de 1-2Ü0JQQ0 cruzei-
somas mencionadas, tornava-se imiiiO fàeil ros por ono e b um em» va progressivifficnte.
canalizar recursos — es famosas "receitas
IPES CE Rio-São Paulo. 14 de m*r
invisíveis
1
'
— para relações públicas, ío6-
222.
ço de 1963-
bying ou campanhas políticas- Representa-
223. António Gomes da Costa, um econo-
va uma forma sigilosa dc contribuição por
mista que trabalhava para as empresas T
parte das corporações, com a ajuda desve-
lancr ç que produziu um trabalho que
lada das agencias de publicidade que em
causou interesse ao IPES, deveria ser "em-
muitos casos eram as próprias associadas
prestado" i elite orgânica. IPÊS CE Rio,
do IPES. Genival RABELO. O capitai cs-
14 de março dc 1961 Para suavizar s pres-
írúngeiraRio de Janeiro. Civilização Bra-
são sobre os recursos financeiros do IPES,
sileira. 1966. p. 115*
alguns economistas e outros profissionais
215. C S. HALL op . ríí. p. 143. eram colocados nas folhas de pagamentos

225
da» grandes companhias enquanto esfivea* 235. Ata do IPES Rio, 5 de fcvmrro de
itm trabalhando par* o IPF5 Além de di- 1962.
minuir as dificuldade* rd a [i vai nos rccur-
236. (nl IPES CD, 18 de agoilo de 1961
Ku para pagamento*, e*ie procedimento IPES CE* 17 de maio de IM2, 0. Hu-
ib)
prfcpordonadâ um* cfiCM cobertura pari
ber ír. aprcaentotí relatório ao CE a res-
st Atividades desses indivíduos.
peito da contribuição de companhias cs
124. |. Kfiippcn BLACK, op, ciL p. 63. Iringeirts.

125.N. BAíLEY. op çii p 22S. Entre- 257. IPES CE Rio* 14 de maio de 1962,
viu» com T Moscoso. E. Ferrer t ou-
+
238. Relatório do IPES, 17 dc mato dc
tro*.
Í962.
226. ÍPE5 CE Rio, 27 de março de 1962.
227. "O regulamento dl agência, exigia 259. fa)IPES CE Rto, 14 de janeiro dc
mini crum embata idor com volumes ade- 1963. o General Golbcry, Glycon de Pi;u
quado* ét informação, de acordo com a c Garrido Torres, <b> Comunicação en-
J*

sua disposição para reçebc-las. Algum» tre Glycan dc Paiva


e Harold C. Poíiind

operações nio poderiam através de chim ada telefónica feita do


ser disfarçadas;
durante esse período, o* Estados Unidos
IPES de Sio Paulo* 16 de poeiro de 196L
lumematam o número de seus consulado* 240. (a) M. BANDEIRA. í»p. cit. p. 11
em iodo o Brasil pari proporcionar cober- (b) Knippen
|, BLACK op. cit* p. 72. (t)
tura para u Qpemçüei xnpLiadai da Cia/* R, ROJAS, op, cit , p, 73.
(a) A. 1, UNGGUTH. op. ar. p. 90. (b)
Knippcrs BLACK. 76.
24 L Ca) N* BLUME. óp. Cit , p, 216* 222.
|, op. c/í* p,
íb) IPES Ch. Gr. Sio Paulo* 12 de feve-
2 26. fi) do f AS, S&o Paulo, ou*
Circular reiro de
Segundo o\ documentos
1963, d«
íubro de l%5. íb) Femand Edward Lee, tesouraria do IPES do Ruo. de 17 dc ja-

em entrevlsla com ], Foster Dullcs. São neiro dc 1963* 7.92*415 enueiro* it r*


Paulo, novembro de Í965, dtida cm fohn ceiTu mensal advinham de um lotai de
Foiier DULLES. Unrest m Brazil: poli ti upcrtúã 33 indivíduo* c 134 corpcteçôci
mihtary
cal crisis 1955/J964. Austin, Unív. que contribuíam para » finanças da orga-
o/ Texas Press, 1970 p, J89. m ração. IPES- Documento da Comissão
229, Intercâmbio, New York. Jí4):l, de Planejamento —
Si/biíifurtvo Qrç&mr
CLA, Twíy 1965. Acrescem* a explicação tàrio para 1965. Iniciais: FG/mlog. O o:
èt que: “Netu ire*. a última a receber çamenlo ordinário dc 1962 do IPES pttt
«poio de grupo é a Associação Umvemlá- ce ter sido de aproximadamente 10 mi-
rii 1 n lera me n cana. cujo vasto programa
lhões dc cruzeiro* por mt* para a seçic do
de orientação eiiudamíl leva antiaJmcntc
Rio (aproximadamente 3O0COQ doltro).
ICO cxafunoí e estudantes aos Estados
lima d» prõpostai orçamentiriu pan
Unidos para um* de um mès de du-
visita
Sio Paulo era de cerca de 20 milbães de
ração. O objetivo: concentrada rx posição
peuoaí de líderes e$tudartíts brasileiros o
cruzeiros menrai* para o mo de 1963, pa-
ra despesas formais c ordinárias Não tt
iodai ta facetas da vida americana".
co-n labí liza vam os gastos com orfink*
250. I Kmppert BLACK- op, cif. p. IL çõe$ ou atividades sigilos» ou encober-
231, R.ROÍAS. op. ctV. p. 71. tas.

232. fPES CD Rio, 22 de maio de 1962. 242, IPES Ch. Gr. Sio Piul-O, 11 de it

253, IPES CD c CE Sio P*ufo, 20 de rn> tem br o de I%2- Nio obstante sertro in-

veuibro de 1962. Paulo Àym Filho suge- completas essas contas, i iniereutnie ob-
ria a criação dc um grupo especial de tra- servar um txemplo de despes» secreus e
balho dniinado npeciíicamenle ao (evan- sigilosas fetta* pelo IPES. Vide Apémfr
lamenio de fundos. A liderança do IPES « b
considerava anegimentaçlo de
241. (a) IPES CD
eotllri-
c CE Sio Paulo, 27 de
buintes individuais,
novembro de l%2 íb) IPES Sio PíbJo,

234, M. BANDEIRA, op. cit. p. 67 11 dc setembro de 1962,

226
244, IRES CD. 7 cJc maio dc A do contra a segurança das inititutçóes pú-
prciiúo ui ada era "funcionários realizei* blicas t possivelmente contra * própria i>>
4
ic de lei* , berani* nacional. A medida tomada pelo
Í45. (a) I TFS CE, reuni A® extraordinária,
Presidente b*$eoti-se nas recomendações
Rio, 27 de agonio de I96X (b) 1PES CE de seus assessorei imediatos, incluindo os
descobertas de um inquérito policial-militar
São Paulo, 16 de setembro de 1%1. (c}
1PES CD São Paulo. B de outubro de especial, bem como na informação obtida
1961 (dl IPI-S CD Rio, 6 de outubro de
por umcomité de inquérito do Congresso
1

1961, D IflAD foi acusndo por icr se cm


que estivera investigando a questão Geor- '.

Bojado em "um amplo espectro de 'ques- ge W. BEM 15. op. p,clt. CPÍ con-
133. A
seguiu descobrir que recursos do IBAI>
lionAvcl*' atividades polftlcai, sem regu
lamento c controle do governo Citundo al
eram de origem ironsnadonjil. que nai elei-
gumas icçüei pertinentes ita Constituição ções de outubro de l%3 haviam sido gas-
orgcniíuçuei tos não menos de S t mesmo até 20 bi-
Federal, es foram definidas
como tendo agido lhões de cruzeiros e que o tBAD, a ADEP,
ao re-
'contrariamenic
a ADF « a Promoiion S.A., sem a meoor
gime democrático. baseado em uma plura-
liiindc de pari idos políticos e nos direitos
sombra de dúvida, eram interligadas. Po/f-
tico e Negàrwi 5io Paulo, 02 de setembro
fundamentais do indivíduo". As organJife-
ções envolvidas ficaram caracterizada* ct> dc l%S. p. 11. Mai a CPI não foi copaz
mo: I) associações engajadas cm ativida- de evidenciar a (igaçio entre o TFES e o

des político eleitorais que interferem com 1BAD. Como comeqiiãocio dai investiga-
ções, o governo determinou a dissolução do
n escolha de represem ao {es políticos
livre
ISA IX Ivan Hanfochet foi para Genebra,
c que tentnm chegar uo poder por meio de
deixando o Brasil.
corrupçflo eleitora] ,
c 2) assodaçées que,
por usar vastas somas de dinheiro cuja 246. A. CRAMSCL op. rii. p. lll.

origem até agora se desconhece, enio agin- 247. N. BA1LEY. o* ciL p, 211.

227
CAPITULO VI

A AÇÃO DE CLASSE DA ELITE ORGÂNICA:


A CAMPANHA IDEOLÓGICA DA BURGUESIA

Introdução

O capítulo V descreveu a estrutura decisória da elite orgânica e sua organi-


zação para a ação. Mostrou, de lato, a existência dc um aparelho de classe que
era capaz de desenvolver operações de natureza pública, bem como atividades
vedadas ao alcance público.
Os capítulos VI, VII c Ví II tratam das atividades específicas, públicas e
encobertas, tanto táticas quanto estratégicas. que eram desenvolvidas pela elite
orgânica. Essas atividades objetivavam conter as forças populares, desagregar o
bloco histórico-populista e levar o$ interesses multinacionais e associados ao
governo político através de um golpe ât Estado d vil -militar.
A conquista do poder político pela elite orgânica não foi simplesmente um
resultado da crise político-econômica do período eo imediato colapso do regime,
levando a uma subseqüente queda do governo,* Nessas criticas condições, jí
resumidas no capítulo IV, a elite orgânica tentou levar adiante uma campanha
para dominar o sistema tanto em termos políticos, quanto ideológicos. A quebra
5

da convergência dc classe vígenie e a ruptura da forma populista de dominação


foram alcançadas pelo bloco de poder multinacional e associado através do
3
exercício de sua influencio em todos os níveis políticos.
O período de ação de classe organizada, que será visto neste capítulo,
cstendeu-se de 1962 a 1964, Politicamente, significou uma mobilização conjun-
tural para o golpe, quando estratégia se converteu em política e atividades polí-
tico-partidárias finalmcnte se transformaram em ação militar. Esse foi o estágio
do "esforço positivo" em que vários escritórios de consultoria e anéis burocrático-
empresariais, associações de classe e grupos de ação formaram um centro político
estratégico, o complexo IPES/IBAD. Uma vez unificadas as várias oposições
pl
sob uma liderança sincronizada comum, formulando um piano gerar a elite
1

orgânica lançava n campanha político-militar que mobilizaria o conjunto da btir


guesia, convencería os segmentos relevantes das Forças Armadas da justiça dc
sua causa, neutralizaria a dissensão e obteria o apoio dos tradicionais setores
empresariais, bem como a odesSo ou passividade das camadas sociais subalternas,
Mos antes dc se iniciarem hostilidades a nível político-militar, desenvolveu uma
campanha ideológica mulUfflcetada contra o bloco histórico-populbta. Tal uçuo
compreendia a desagregação dos quadros populistas, assim como aqueles de
imaturas grupos reformistas, adiando as ações do Executivo e tentando conter o
desenvolvimento da organiiaçfio nacional de classes trabalhadoras. O seu fratatio

229
eoi reprimir a conscientização das classes trabalhadoras c n surpreen-
política
dente cipaüdodc do Executivo de nao apenas sobreviver, mas, na verdade, de
4
consolidar e obter novas posições fortaleceu sua determinação de tomar de
MiJãJro a sociedade política estabelecida
A elite orgânica empresarial se fez defensora c pcrta*voz dos pomos de vista

moderados do centro, ampliando M perspectivas elitistas c consumistas das classes


médias e fomentando o temor às massas. Revigorava a percepção solipsista das
classes médias quanto â realidade social brasileira e as influenciava contra o
sistema político populista.

Frcparava se para operar em toda área da vida social visando a competir


com predominantes, interesses políticos, o trabalhismo e a esquerda pelo con-
trole do Estado* Uma vez cm ação. fazia uso de todo recurso disponível, legal
1
üu ilegal, Segundo o líder ipesiano Glycon de Paiva, essas atividades que beira
vam a ilegalidade podiam ser resumidas como a preparação de civis para asse-
gurar um clima político apropriado para a intervenção militar. Em sua opinião,
a ação política tinha de ser sigilosa.* Suas recomendações envolviam a "criação
de \m caos económico e político, o fomento a insatisfação e profundo temor ac
comunismo por patrões empregados, o bloqueio de esforços da esquerda nc
e
Congresso, a organização de demonstrações de massa t comícios e até mesmo
aios de terrorismo, se necessário'*/ As áreas alvo para a doutrinação especifica
e pressão política direta eram os sindicatos, o movimento estudantil c a classe
camponesa mobilizada, as camadas sociais intermediárias e a hierarquia da Jgreji,
d Legjslôtivo e as Forças Armadas*

A ação da elite orgânica empresarial deve ser considerada como a praxe

de ilffl Mmg burguéi de poder, premeditada euidadosamente amadurecida


e
durante vários anõs. Trazendo â tona a dimensão orgânica e a dinâmica envol-
vidas (situação, posição c ação de classe), pode-se
perceber c revelar a evidência
históricado emergente bfoco de poder multinacional c associado forjando i sua
própria forma de Estado, O
que ocorreu em abril de 1964 não foi um golpe
militar conspirativo,* mu
sim o resultado de uma campanha política, ideológica
e militar travada pela elite orgânica centrada no complexo 1PES/IBAD. Tal
campinha culminou em abril éc 1964 com a ação militar, que se fez necessária
pira derrubar o Executivo e conter daí para a freme a participação da missa 1
0 1PES* por sua própria natureza e por ser um catalisador
diretrizes e
estratégico bem maii do que uma não colheu os louros pela
visível força motriz,

maiorii das conquistas políticas da elite orgânica que foram atribuídas a outras
orgi n ilações e agentes, presumindo-se serem independentes d de. Mesmo embora
muitas organizações fossem na verdade sincronizadas pelo complexo IPES/IBAD
nío se deve desprezar as atividades de órgios paralelos, cujos objetivos e meios,
de modo generalizado, coincidiam com os do complexo JPES/IBAD. Sempre
que possível, o IPE5 procurava ser discreto em suas atividades e se manter fon
da noioriedide polí rica, Por exemplo, quando os seus líderes voltaram de uma
das reuniões de Nassau em 1962, eles procuraram manter essa atitude* com a
dan infençio de minimizar a significancía da instituição* A proposta de Gtyeon
de Paiva, em abril de 1962, dc publicar um trabalho elaborado pelo General
GoJbery do Couto e Silv*. que propunha diretrizes contra o bloco nacional-
vetada pdo líder ipesíano fosé Luiz Moreira dç Souza. A sua
reformista, foi
aposição se baseava na hipótese de que o trabalho revelaria o que até eniãc

230
foru evitado, mais uspccificftmeme»um movimento político organizado; ao mesmo
tempo, o General Heitor Herrera ressaltava o perigo ét se expor a ação ilegal*
Essa necessidade át manter a imagem inconspfcua da elite orgânica foi enfatizada
por Hurold C, Polland no inicio de 1962, Ressaltava também à liderança
do IPES que outros países tinham instituições similares à sua e que a expe-
riência política provara que uma única organização náo bastava. Dava o exemplo
do Colômbia, onde o IPES local consistia de um organismo com vários órgãos
disseminados por todo o interior do país. Essas instituições eram consLan temente
atacadas, porém sempre servindo de escudo para o verdadeiro centro de ação.
H. Polland reafirmava a necessidade de o IPES nunca aparecer direta e aberta-
mente e de adotar uma posição de completa inatacabilidade 11 durante a sua
campanha política e agir "por Irás dos bastidores Afinal, ponderava ele, dentro
-
'.

do IPES havia empresários. 13 Os órgãos que apareciam publicamente ou se res-


ponsabilizariam pelo desenvolvimento da campanha da dite orgânica seriam,
naturalmente, a ADEP, o IBAD, a ADP, a Promoiíon S.A. e o SEI, entre as
mais significativas agências civis e c ivibmí li tares ,J bem como os conhecidos órgãos
.

políticos que operavam lado a iado com o IPES, como a Associação dos Diri-
gentes Cristãos de Empresa —
ADCE. U Além disso, a ação do IPES não se
restringiria a organizações de classe t grupos políticos de ação, mas, ao contrário,
alcançaria todo segmento organizado da sociedade. Suas ráricas serviriam de
modelo para os acontecimentos de quase dez anos depois no Chile.

Duns modalidades de ação

Às tático® do elite orgânica compreendiam desde atividades que objetivavam


efeitos a longo prazo na orientação global das perspectivas sociais, econômicas
e pol í ti co-mili tares, até táticas defensivas planejadas objetivando ganhar tempo
suficiente para a ação estratégica política è militar lograr efeito. Duas modali-
dades de ação devem ser consideradas; 1) açio ideológica e social; e 2) ação
político-mililar*

Ação ideológica e social

Às atividades ideológicas e sociais combinadas cía elite orgânica consistiam


em doutrinação geral c doutrinação específica, ambas coordenadas com ativida-
des político-ideológicas mais amplas no Congresso, sindicatos, movimento estu-
dantil e clero.
Á doutrinação geral visava a apresentar as abordagens da elite orgânica
aos responsáveis por tomadas de decisão políticas e ao público em geral, assim
como causar um impacto ideológico em públicos selecionados e no aparelho do
Estado. Adoutrinação geral através da mídia era realizada pela ação encoberta
e ostensiva, de forma defensiva e áeftnsivoofensiva. Constituía-se basicamente
numa medida ncutralizadora. Visava infundir ou fortalecer atitudes e pontos dê
visla tradicionais de direita e estimular percepções negativas do bioco popular
1 fi
nedonal - rc íormísta
A orgânica atacava ú comunismo, o socialismo, a oligarquia rural e a
elite
corrupção do populismo. No aspecto positivo* argumentava que a prosperidade

231
do país e a melhoria dos padrões de vida do povo se deviam & iniciativa privada
e não se deviam, cerlamente, a métodos socialistas ou b intervenção do Es tado
Por outro lado. a sua abordagem negativo podia ser vista na sua
,T
na economia.
utilização dc uma mesdagem de técnicas sofisticadas c uma grosseira propa-
ganda anticomunista, constituindo uma pressão ideológica, que explorava o "en-
* 1
curral >men to pdo pinico organizado'*.

Através da doutrinação específica, a elite orgânica tencionava moldar a cons-


ciência e a organização dos setores dominantes c cnvolvc-los na ação como uma
das frações multina»
"classe para si”, enquanto consolidava a liderança política
ciomis e associadas dentro da classe dominante. Tomava tal atitude, objetivando
unir o emergente bloco de poder em tomo de um programa especifico dc moder-
nização económica e conservado rismo sócio- político. exemplo extremo deUm
Uis ações o Congresso pdas Reformas de Base. realizado em janeiro de 1963,
foi

c a campanha mantida através da mídia, que também tentava desarticular o


l,
tradicional bloco histórico oligárquicO'indust^iah A doutrinação específica íjun-
tamenre com a doutrinação geral) também lidava com a formação política e ideo
lógica, coopiaçio c mobilização de ativistas sindicais, lideres camponeses e mili-
tante* rurais, estudantes e líderes militares, Além disso, o objetivo geral da dou-
trinação especifica era modelar as varias frações das classes dominantes e dife-
remes grupos sociais das classes médias em um movimento de opinião com
objetivos a curto prazo amplamerne compartilhados, qual seja, a destituição de
João Goulart da presidência e a contenção da mobilização popular.

Doutrinação geral

Os canais dc persuasão c as técnicas mais comumente empregadas compre-


endiam a divulgação de publicações, pdestm, simpósios, conferências de perso-
nalidades famosas por meio da imprensa, debates públicos, filmes, peças teatrais,
desenhos animados* entrevistas c propaganda no rádio e na televisão, A elite

orgânica do complexo IPE3/JBAD também publicava, dirctamentc ou através


de acordo com varias editoras, uma série extensa de trabalhos, incluindo livros,
panfletos, periódicos, jornais, revistas c folhetos,39 Saturava o rádio e a televisão
com suas mensagens políticas e ideológicas. Os jornais publicavam *etis artigos
e informações. Para alcançar essa extensão de atividades variadas, o IPES alistava
um grande número de escritores profissionais, jornalistas, artistas de cinema e
út teatro, relações públicas, peritos da mídia c dc publicidade, O complexo IPES/
JÜÁD também era capaz de articular c canalizar o apoio de algumas das maiores
companhias internacionais de publicidade c propaganda, criando, assim, uma ex-
traordinária equipe para o manipulação da opinião publica. Jornalistas profissio-
nais sc integravam ng esforço geral como "manipuladores de notícias" c prep^
findfetil, trabalhando sobretudo através das unidades operacionais dos grupos
de Qoiniio Pública. Esludoe Doutrina e Publicações, Certas empresas financeiras
e industriais ligadas ao comulexo IPES/IBAD sc incumbiam dos arranjos finan-
ceiros,induindo-os em suas folhas de pagamemo, propiciando, assim* outra forma
de financiamento indireto da ação da dite orgânica. Escritores, ensaístas, perso-
nalidades literárias e outros intelectuais emprestavam o seu prestigio* escrevendo

232
f

e assinando, eles próprios, artigos produzidos nas "estufas políticas e ideológkai"


31
do complexo 1PES/IBAD.
0 IPES conseguiu estabelecer um sincronizado assalto à opinião pública,
airavís de seu rd acionamento especial com os mais importantes jornais, rádios
e televisões nacionais, como: os Diários Associados (poderosa rede dc jornais*
radio e lelevísão de Assis Chateaubríand* por intermédio de Edmundo Monteiro*
*cu direlorgcral e líder do íPESh a Folha de São Paulo (do grupo de Qciíyíq
Frtfis. associado do PHS)* o Estado de 5, Paulo c o forna! da Tarde (do Grupo
f

Mesquita* ligado ao IPES, que também possuía a prestigiosa Rádio Eldorado de


São Paufoi Diversos jornalistas influentes c editores de O Estado de 5. Pauto
estavam direiamente envolvidos no Cnjpo de Opinião Pública do IPÊS Emrt
os demais participantes da campanha ínclu iam-se: |- Dantas, do D\ano de No-
ticias a TV Record e a TV Paulista, ligadas ao IPES através de seu líder Paulo
t

fliirbosa Lessa, o ativista ipesiano Wilson Figueiredo do fornal do Brasil, o


Correio do Povo do Rio Grande do Sul t O Globo, das Organizações Globo
T

do grupo Roberto Marinho, que também detínha o controle da influente Rádio


Globo* de alcance nacional. Eram também "feitas" cm O Globo noticias sem
mriburção de fonte ou indicação de pagamento c reproduzidas como informação
fmuaL Dessas notícias, uma que provocou um grande impacto na opinião pública
foi que a União Soviética imporia a instalação de um Gabinçle Comunista no

Brasil, exercendo iodas as formas de pressões internas c externas pira aquele Fim/*

Outros jornais do país se puseram a serviço do IPES. Rafael de Almeida


Magalhães, filho do líder tpesiano Dario de Almeida Magalhães, colocou à sua
disposição, para que qualquer artigo saísse não assinado ou em forma de editorial,
a Tribuna da Imprensa, o militante jorna! antHoão Goulart e antipopulísia do
Rio, que também era de propriedade de Carlos Lacerda e do qual participava o
jornalistaHélio Fernandes/ 1 E em São Paulo* o deputado federal Herbert Levy f

empresário e líder udenista ligado ao IPES e cujos fiíhos eram também ativistas
spesianos em operações encobertas, lançou as Noticias Populares jornal militante,

que visava compelir com a imprensa popular na tentativa de atingir intelectual


e emocional mente as classes trabalhadoras industriais c a classe média baixa
daquele Estado. O complexo IPES/IRAD também mantinha o controle de alguns
jornais de menor importância cm lodo o país. A prestigiada coluna política "Seção
Uvrc*' assinada por Pedro Dantas (pseudônimo usado por Prudente dc Morais
t

Neío), proporcionava uma análise da conjuntura política e procurava moldar a


opinião pública, Essa coluna saía publicada na seção de anúncios de O Eiiatf®
de$. Paulo c operava dentro da corrente ideológica do IPES. Outro companheiro
de jornada era João de Scanlimburgo, óo Correio Paulistano (que fon apontado
por Alfred Ncal, do Cummiitcc for Economic Developincnt. cm sua carta n Gilbert
como um dos elementos possíveis paro uma operação CEO dc apoio)/
4
Huber |r + ,

4t
Em prol da mesma causa, no Nordeste* Paulo Malta* através de sua coluna Pe-

riwópio", no influente Dtàrio de Pernambuco, promovia uma série de “denunciai


1
anticomunistas** c acusações do filoeomunismo de Miguel Arrats/ Àrlindo Pav
das Empresas Caldas Júnior (o importante complexo empresarial
qu&liiiT* diretor

do seior dc mídia do sul do país)* foi procurado por José Luiz Moreira de Souza
p«ira produzir uma série de artigos atacando Leonel Rrizola t sua crescente in-

fluencia popular c comando da estruturo do PTB. O próprio Arlindo (jrmlo do

233
falecido Alberto PasquaHni, ideólogo do PTB), assim como os políticos do Rto
Grande do Sul, Paulo Brossard e Kos Chcrmom dc Brilto* eram considerados
pelo íPES como candidatos desejáveis para se promovei contra Brizola/* No
paraná, o complexo 1PES IBAD era ativo nessa área por intermédio de Roberto
Novaes, dos Diários Associados e Diárto do Paraná Ubaldo Siqueira, du tmprom ,

Sova c BtcilU Neto* o correspondente paranaense de 0 Bsuido de S\ Puuío Jí


D diplomata de carreira losé Set te Câmara emprestava seu nome para colunas
políticas em O Globo* e o líder do IPES, Augusto Frederico Sehnndt, empre-
sário, poeta t embaixador, mantinha ativa participação no Grupo dc Opinião

Publica do IPES/* Trabalho* produzidos para consumo empresarial e político


eram reescritos cm '‘linguagem de dona-de-casa" por pessoas tão variadas, como
Wilson figueiredo* editor de jornal do Brasil e a romancista Raquel dc Queiroz."
A escritor# Nélida Pihon. que se prestava como secretária do 1PES do Rio* aju-
dava também nos esforços de propaganda.
Todos esses jornais também mantinham sua própria c acirrada campanha
que beneficiada a elite orgânica/ 1 Tudo isso era ajudado pelo controle
editorial,
que o complexo IPÊS IBAD tinha sobre as agências de notícia e canais de in*
formações em todo o país e o seu rd aciona mento especial com companhias de
publicidade < anunciantes O 1PES se certificava dç
que os editares dos mais
importantes jornais do país dirigissem seus próprios jornais de fato e em nome,
conforme a linha da elite orgânica/2
Através da Promoiion S.A
a elite orgânica alugava as páginas editoriais
,

de A um
dos jornais vespertinos do Rio, uma manobra inicial mente pro-
Noite,
posta pelo seu próprio diretor Nelson Nobre. 33 O
IBAD estava também por tris
da revista Repórter Sindical, dedicada ã disseminação de informação ideológica,
bem como ã obtenção dc dado? 0 líder do IPES José Rubem Fonseca, roman-
cista engajado cm atividades dc opinião pública, colocou sucintamente o fato:

O em / 1 O objetivo era
1

Instituto publica jornais artigos, editoriais c opiniões'


ocupar "o centro dc discussão ideológica c política
11
.
33
O IBAD também publicava,
mcnsalmeme, a sua Ação Democrática, com uma circulação de 250.000 exempla*
res, para isso contando com a colaboração de Gabriel Choves Mello, Eugênio

Gudin. losé Gamdo Turres, Dénio Nogueira, o deputado e líder udenista Áliomar
Baleeiro e outros influentes empresários e políiicos: cra distribuída gratuitamente
t não continha anúncios.
O Grupo de Opinião Pública da elite orgânica, através do Líder ipesrarto
Nej Peixoto do Valle, ajudou também
preparar o "Levantamento da Infiltra*
a
çap Comunista na Imprensa",*1 que circulou amplamente entre empresários, mi-
É,
lhares e outros formuladorti" de opinião* como parte de uma campanha que
expunha vírips imelectuais e jornalistas como culpados por adotarem pontos de
vista esquerdistas. Esses jornalistas eram acusados dc manipular a opinião pública,
exatamente as atividades nas quais o complexo IPES/IBAD estava, em verdade*
envolvido.
Para mostrar aos empresários, profissionais e aos membros das Forças Arma*
da$ a imediata ameaça a que estavam sujeitos, a elite orgânica fez intenso uso
1
d< um
quadro que denunciava a "infiltração comunista' quadro este que obteve *

vasta divulgação e pareceu ter causado foiic impacto. Preparado pelo Coronel
A. da Fonioura, enquanto o chefe do Estado-maior da 6/ Divitío no Rio Grande
do Sul, linha o quadro o sentido de dar uma vitio panorâmica da ameaça às

234
I

elisses dominantes. Em 1962, a equipe do General Gotbery destacou 200 mili-


tares das três Forças, enquanto Glyccm de Paiva ofereceu uma lista de 200 polí-
ticos (do Congresso governadores de Estado), 200 estudantes. ISO profissio-
c
nais, 50 jornalistas, 50 empresários, 5Q professores universitários e 100 associados
do IPES de São Paulo, todos influentes "forniu! adores" de opinião, para receber
e participar vitalmenle da disseminação de material ideológico fornecido pela elite
orgânica. Tomou se a decisão de que o nome do IPES nao devem aparecer em
17
muitas das publicações que fossem dísiribuidas.
Uma forma diferente de ação cr* o apoie e p patrocínio de manifestos, pro-
duzidos por associações e categorias funcionais e profissionais, manifestos estes
que inundavam a imprensa entre 1962 e 1964. Entre des, deve-se mencionar o
"Manifesto das Classes Produtoras", por seu impacto emocional, que marcava a
posição política dos empresários brasileiros c a publicação no Rio e em Sio
M
Paulo, no início de 1965, dc um Manifesto ã Nação". Assinado por mais de
500 profissionais de prestigio em lodo o pais, esse Manifesco foi publicado no
Ivmal do Brasil e Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, e em O Estado de 5,
Paulo, pelo Centro Democrático dc Engenheiros» sediado em São Paulo e coorde-
nado pelo IPES.
Deve-setambém mencionar o " Manifesto das Enfermeiras às Forças Arma-
das”, de meados de 1965, no qual pediam aos militares que interviessem direta-
mente no processo político contra o governo dc loão Goulart. 14 Distinguiram se
ainda o "Manifesto e Cana de Princípios Democráticos do Patena”, de abril de
L%3, e o "Manifesto dos Estudantes de Direito da Universidade Mackenzie"
em maio de 1963 w bem como o manifesto "Para o Brasil, para o seu Progresso
l

e para a Feífcrdadc de seu Povo, comra a desordem, a irresponsabilidade t a


dcmngogíji”, um apelo de página inteira em O
Estado de S, Paulo, apresentado
pclns associações empresariais, federações, sindicatos de empregadores e o Lyons
Clube. 40

Lsscs artigos» anúncios c transcrições eram então reproduzidos em outros


jornais dc todo o país, por meio da rede de transmissão à disposição do complexo
JPES/IBAD, 41 Uma outra forma de moldar a opinião públka consumia da repro-
dução de discursos, exposições c pronunciamentos públicos por indivíduos de
destaque, tais como nquulu, em Belo Horizonte, do General Punaro Btey do IBÀD,
um ex-integralista, discurso este que induziu Glycon de Paiva a procurar a coope-
ração de Nei Peixoto do Vatie para reproduzi-lo em outras cidades e através
dos diversos recursos da mídia. 45 Os canais para a disseminação de material ideo-
lógico e político produzido ou reproduzido pelo IPES eram as agências dc notí-
cias, como li Planalto, administrada pdo próprio IPES, que fomeda material a
800 jornais ç emissoras de rádio por todo o Brasil com várias remessas semanais
de material noticioso constituído de informação e análise, serviço este inteiri-
meme gratuito, Prcstava-sc à mesma função a Asa-Press, pertencente t Fernando
Marrey* cujo diretor, Ari indo Glympio dos Santos, era ligado ao IPES,43
Á fuce política c ideológica encoberta do IPES inundava o país com a pro-
paganda anticomunista do dite orgânica, cm forma de livros, folhetos ou pan-
fletos, Como já foi observado ante rio rmenie, em termos de doutrina, de se nu
41
expressando os objetivos ç ideais da Aliança para o Progresso. Foram inseridos
41
nos jornais de domingo cm todo o Brasil mais de um milhão dc cópias da
Cartitha para o Progresso feita pdo IPES, e que apresentava os pretensos htm-
,

m
íícios que a Aliança pan o Progresso proporcionaria. O folheto da ALPMO íoi
também como um suplemento na Fatos e Fotos, a revista líder do Grupo
inserido
BJoch do Rio, ampiameme consumida pelas classes médias, 44 Nossos males c seus
remédios, um ardiloso Livicto produzido por "André Gama"* (pseudônimo de
um smcncanOp ligado à área financeira que residia cm PcirépofisV, teve também
um i publicação dc um milhão de cópias. 47 Uma outra cdtção que atingiu também
o monitme de um milhão dc distribuição íoi "O que é o IPE$'\ um encarte
que circulou conjtmiamente com a promoção da ALPRG. Um material sobre a
Mate/ et Mogrifra também foi preparado pelo IPES de uma forma acessível ao
4
grande público. * As publicações que promoviam a Aliança para o Progresso ç
w Mate/ et Sfaghtra (pro fundamente apoiadas na imagem projetada por j. F.
Kennedy e o Papa João XXHU serviam a dois objetivos: proporcionar à opinião
pública uma mensagem sufkkn temente ampla para favorecer a ° modernização"
do regime c resinu o bastante para indispor o público contra o socialismo, o
tomunismo c o na cíonil- reformismo. Permitiam lambem ao complc\o IPES/IBAD
engajar uma série dc imckcEujts católicos (leigos e clérigos) na discussão c até
nas atividades catalisadas pela dite orgânica e subtraí-los ao campo popular*
reformista.

0 IPES publicava e financiava, editava, traduzia c distribuía livros» livre tos,


revistas e folhetos de produção própria, como lambem aquelas dc fontes afins.
Atingia, ainda, as massas com a edição de panfletos, cujo papd c tipo dc inferior
4*
qualidade disfarça vam a origem "Comprava" grande parte dc determinadas
publicações, tomando**, assim, comercial mente viáveis. Além disso, por meio de
tua poderosa rede dc publicação, distribuição c dc venda, o IPES subsidiava
ouiras publicações timo financeiramente, quanto através de facilidades de im-
pressão c outro» serviços, e agia como um
canal para centros de formação de
14
upimio pública. do PT8, de socialistas, comunistas ou
Opiniões de radicais
nicionalulas eram confrontadas com maienal de propaganda dc variados graus
tk sofisticação, que sc estendiam desde as publicações sensacionalistas c vulgares
ilé a prosa acadêmica "veria”.

Algumas da» publicações produzidas peio complexo 1PES/18AD tinham um


1

caráter depropaganda 'deturpadora ', ou seja. eram basicamente fatuais e conti-


nham informação cuidadosameme selecionada à qual adicionava se uma certa
"iurção ]i uutrot trabalhos eram mentiras declaradas ou ficção. Entre as revistas

Subsidiadas c um público rdativamente mais inie*


distribuídas para satisfazer a
Ictivaliudo. como campanha que o IPÊS chamava de "fertilização
parte da
cruzada" ideológica r a criação de barreiras intelectuais no marxismo, destaca*
vim k os Cadernos Brasileiros, Conyieium e Síntese, sendo as duas últimas
5
dirigidas i hierarquia da Igreja c a fntMgentsiú católica leiga. * Produzia e dis-

tribui* lambem uma série de livretos que atacavam assuntos da atualidade numa

forma temível ao grande público, embora com um estilo e uma aparência que
acentuavam »eu picudo-acaderni ritmo Temas da Hora Presente e Cadernos Na-
dondism eram alguns desses livre tos.
Um cHvnco exemplo de um modo mais vil dc guerra psicológica era &
publicação rtgulir de O Gorila, distribuído dentro das Forças Armadas. Em
üífii das tdiçócs, depois de apresentarem o quç consideravam osdogmas búskos
do mirrismo, os autores comentavam que o programa parecia ser bom. No
enunto, tudo nlo piuaria de uma isca, pois, "Atráv da aparcnic bckza. estão

216
r
os (tssittinetof em
massa, a abolição da dignidade, o» campos de trabalho for-
çado, a rejeição de toda a noção de liberdade e fraternidade". Caracterizavam,
então, o comunista: *'Eíc é aparentemente inofensivo . nunca se trai, sempre
. *

trairá outros, E lt fala de paz e amor fraterna]", "fcle será o seu mais querido
amigo, o mais sincero, o mais leal até o dia em que ele o assassinará petos
, , «

costas, friamente Eles matam frades, violam freiras, destroem igrejas** * O


, , ,

General Moacyr Gaya se encarregava dos planos para a distribuição de patifieios


e outros materiais similares produzidos ou divulgados pelo IPES* Em 1963,
os Grupos de Optntao Púbítca/ Publicações já haviam editado mais de 2&Q0QQ
livros e imprimido 36 GGO boletins mensais. Por essa época, o IPES havia distri-
buído ao todo 2.500 000 unidades impressas 14 e diversos milhões de cópia* dos
panfletos mencionados acima. Excetuando aquelas consideradas como publicações
legítimas, condizentes com um

Instituto de Pesquisas", não se podia idcntiftctr
nenhuma das reedições como sendo patrocinadas pelo IPES 1* Os escritores
que, a título individual, lançavam
a imagem daqui to que o complexo IPES/
1BAD considerava n “correta
1

opinião e o "correto" posicionimemo ideológico


'

ti político recchiam o seu apoio, estímulo e projeção. Os seus livros, quando


julgados de maior importância para a formação de opinião pública, de classe ou
institucional, crain "comprados** pela IPE5 para assegurar ao editor uma venda
inicial. Esse foi o caso do seu líder, jurista e empresário, Miguel Reale, cujo

livro, Pluralismo e liberdade, teve sua publicação patrocinada pelo IPES em


1
1963, através da Editora Snraíva, *

Outros líderes, como Rafael Noschcsc* da Federação dai Indústrias de Sío


Paulo e Paulo Almeida Barbosa, da Associação Comercial de Slo Paulo e das
American Chambers of Commerce, apoiavam de forma indireta, por intermédio
4*
de suas respectivas instituições, comprando parte da circulação de livros e sub-
sidiando as atividades do IPES,
Os eram aplicados a casos específicos na forma de sub-
princípios ipesianes
sídios Grupo de Ação Parlamentar e ao de Opinião Pública, bem como atra-
so
vés da elaboração de vinte c três propostas conhecidas como as Reformas de
Base* Esses pormenorizados projetos de reforma ultrapassaram aqueles sugeri-
dos na Escola Superior de Guerra, que tem sido tradicional meu te reconhecida
como a fonte intelectual de mudança nacional* em favor do bloco tnodernuanté-
conservador. O
complexo IPES/tBAD fora firmemente arrastado para a batalha
ideológica travada no princípio da década de sessenta. Como foi mencionado artte-
rionnente, os Grupos de Estudo e Doutrina preparavam critica sistemática das
propostas de reforma do governo enquanto o Grupo de Aça© Pariamentar se
encarregava do bloqueio do Executivo, suprindo a rede ADEP. IBAD ADE de
apoio logístico material e político. A pedido do líder Mello Flores, as unidades de
estudo do Rro examinavam as questões em pauta no Congresso- Ele estabelecia
as prioridades c permanecia cm Brasília durante a discussão dos referidos proje-
tos, coordenando as operações. Assim, os grupes de estudo preparavam emendas

aos projetos t leis do governo nas áreas económicas, sociais e políticas, que sc
csiendtfim desde as propostas de controle de greve até uma das mais importantes
preocupações do IRES, a Lei de Remessa de Lucros, bem como da lei do Código
Eleitoral até a Legislação das Telecomunicações .• 1
Aíém disso* os grupos de
estudo se responsabilizavam pela triagem de projetos vindos de fomes diversas
sintetizando os vários subsídios c indivíduos c instituições em um únko projeto

237
do ÍPES * Os grupo 5 de estudo cncimgavam-se também das parles tegblttivtt
c processuais dos projetos no Congresso.
Exemplificando lais atividades do grupo* pode-se citar o anteprojeto de lei

sobre o conjectura do Código de Telecomunicações, um


dos estudos de alia priori*
d ide para O IPÊS, sob a responsabilidade do General Luiz A Medeiros, di ftecft
.

Globo. Cabia* lhe preparar o anteprojeto sobre o assunto, sendo também requjsi*
M
tádo para elaborar uma declaração preliminar e um esboço da necessária Açio
dos Bastidores'*^ Uma vez pronto, o estudo do General Luiz A, Medeiros lerit
burilado pelos grupos de estudo do IPES c o Grupo de Levantamento da Conjun-
tura e o de Ação Parlamentar sincronizariam a ação dc apoio
*
Algum dos mais significativos grupos de estudo eram aqueles referentes &
Remessa de Lucms* Reforma Tributária. Habitação Popular, Reforma Eleitoral,
Inflação, Refertna Constitucional, Reforma Agrária e Planejamento, todos eles
questões políticas polémicas naquela época. O
grupo da Remessa de Lucros com>
preendía fosé Garrido Torres* Mário Henrique Simonícti (coordenador e relator)*
Dénio Nogueira, o General Heitor Herrera, Jorge Oscar de Mello Flores, |o$é Luiz
Moreira de Souza, Gilbert Hubcrt fr* Harold p C
Polland, Glycon de Paiva e s
04
panic paçáo aà hoc e anônima de burocratas do governo.
i
Q projeto c justifica*
ti va das emendas relativas à lei dc Remessa de Lucros em discussão no Congresso
naquela época foram preparados, para o IPES, pdo Conselho Econômico d»
Confederação Nacional das Indústrias, onde Simonsen era membro executivo. Tal
operação nio onerou o IPÊSem um centavo, que pagou apenas jeitons de presença
a Mário Henrique Simonsen, Hélio SchHtiler da Silva e a Dêõio Nogueira, que
preparou um substitutivo para tal projeto, apresentado petu senador Daniel
1
fíríeger.*

Quanto à Reforma Tributária e Política Fiscal, o IPES produziu um apro-


fundado estudo* contratado a Mário Henrique Simonsen. Ele elaboraria os seguin-
tes anteprojeto» de lei, com suas respectivas justificativas;

a) imposto dc renda,
b\ imposto dc consumo,
c) impoito de seb,
d) taxa única dc gasolina e óleos,
e) (iu única de energia elétrica*
D contribuições de melhoria.

Uma unidade de estudo elaborou todo esse trabalho e a integravam, enlre


outros, Dénio Nogueira e um burocrata do governo, o contador Balduíno, cuji
41
presença foi mantida anónima.
Sobre a Habitação Popular, a unidade de estudo também preparou um ante-
projeto e sua correspondente justificativa parlamentar. Tal anteprojeto foi finan-
ciado e planejado por urna equipe do IBAD, que envolvia a participação de Ivan
4
Hasslochcr.* Logo após concluído, o anteprojeto foi passado ao IPES para o sen
vmdiclo. seguindo o mesmo processo de outros casos similares, tal como 0
estudo sobre a Reforma Agrária.** A correligionária do governador Carlos Lacerda,
Sandra Cavalcanti, da Hosken Construtora fgrande firma de engenharia c cons-
trução, sediada no Rio)* serviu dc consultora para essa unidade. No IPES, dl
era lambem conferencista Havia outros estudo* produzidos a respeito da Habita*
ção Popular, como 'Política Habitacional'*, de José Arthur Rios, que eram divul*
gados por intermédio do Grupo de Opinião Pública, contribuindo para o debate
10
geral,
O estudo da Reforma Eleitoral contou com a participação de Thcmístodes
Cavalcanti, jurista e ciemísia político da Fundação Ge túlio Vargas* Dario de
Almeida Magalhães e Paulo dc Assis Ribeiro, Outras pessoas escolhidas como os
juristas Afránio Carvalho, Alfredo Lnmy Filho e Homero Pinho, 71 foram convo-
cadas pnra dar sua orientação competente nos diversos assuntos. Sobre 0 Código
Eleitoral* convocou*se Oswaldo Trigueiro* 73
OIPES pesquisou também o problema da "Democratização do Capita!". Os
posifion papers sobre essa questão ciam elaborados coojuntamcntc com o Grupo
dc Integração. Além das razões econômicas para a "democratização do capita \ )
4

isto c, colocar ações de companhias locais no mercado e a capitalização através


dc investidores menores. Cal diretriz tinha um claro efeito de propaganda, Ela
realçava os positivos "efeitos sociais" do sistema econômico que permitiam aos
pequenos acionistas ter um interesse na manutenção desse sistema; os trabalha-
dores e empregados poderiam ser eo- proprietários das suas empresas. 31 A equipe,
formada com a finalidade dc supervisionar a pesquisa a ser conduzida cm empre-
sas privadas e cujas descobertas serviriam de diretrizes para a preparação de nor-
mas voltadas h democratização do capital cm interesses privados* compreendia
Paulo dc Assis Ribeiro* Alberto Vcnãncio Filho c fuan Missirlian.
Com respeito ã Inflação e suas causas. Dénio Nogueira trabalhava com a
cooperação do congressista da ADEP, Ray mundo Padilha, entre outros.
Guamo ao Planejamento* o IPES se mostrava particularmeme empenhado*
já que era um iiem de preocupação maior da elite orgânica* exatamente como
fora com 0 Remessa dc Lucros, Guando Celso Furtado fançou o seu Plano Trienaí,
um "grupo técnico" do IPES preparou um número de estudos críticos, tanto para
informação quanto para a ação política. Algumas das análises, como as dc Dénio
Nogueira, eram transfonnadas em position papers para serem publicadas no bole-
tim mensal do IPES; outras, como os estudos dc fulian Chacel, Mário Henrique
Stmonsen e Paulo de Assis Ribeiro, eram usadas como diretrizes para a ação
política e ideológica do IPES, especialmente no Congresso.

Dênio Nogueira e William Embry encarregavam da produção de uma tese


sobre a Lei Ànti-Trust, Antes de sua apresentação, Mello Flores utilizou a Sua
mensagem básica para a sua ação 00 Senado cm 1963. Foi preparada como um
anteprojeto de lei, com correspondente justificativa parlamentar/4
Sobre a Participação de Empregados nos lucros de Empresas, conjceturou s«
um projeto de lei e conFtou-se o trabalho básico a Paulo Novais, da Pontifícia
73
Universidade Católica do Rio,
A
elaboração da Reforma Judiciária envolveu Celestino Basílio, Carlos de
Assis Ribeiro, Homero Pinho. Miguel Scabra Fagundes e outros. Paulo de Assis
Ribeiro preparou o trabalho.
11
Um
estudo sobre a Reforma do Legislativo e da
Administração Pública também foi efetuado fi* paro a sua produção, 0 I PFS rece-
beu intenso apoio.17
A respeito da ReForma Constitucional, através de Paulo de Assis Ribeiro e
seu grupo de estudo, o IPES tinha o seguinte a declarar no inicio de 1962:
"0
IPES julga seu dever contribuir pnra o estudo e debate que devem preceder á
opresemeção de modificações na Magna Carta" [tkh Dentre os vários aspectos
que chamariam a atenção dos legisladores estaria o de "segurança nacional"* con-

239
I

ceilG que, na visão do IPES. não poderia ser restrito á* exfero* de defesa militar
do pais. Em sua opmião, ‘ú fenómeno generalizado dn toiali/açao de guerra c o
reconhecimento da indhpcnsabi lidado de Mina oiraic^ii* integrada para a guerra
4

c para a pa; exigiam uma verdadeira polntca de íCguriiiWii nacional Essa política '

acarretava *‘a concepção e realização de ações apropriadamente coordenada» ttu»


Ciínipp> poluiu*. económicos. psicossociais l\ sem dúvida alguma, nos militar
Assim. o conceito de segurança nacional não é da cxelusiv» responsabilidade
'

dOs- mililarcv Tudo* 05 órgão» da administração pública são, portumo. conclama-

do» j colaborar no respectivo plane jamen lo“ ula segurança nacional)/* |ó5C Carlos
k Assis Ribeiro desenvolveu um estudo sobre a Reforma Constitucional. que
1

compreendia a reformulação de pomo* "obsoletos "desajustados" £*se (raba-


*
e
Ihu acentuar u mudança* indispensáveis em tomo planejamento. o
áreas delicadas,
direito dc greve jOs trabalhadores, a mobilização política c o aumento de poderes
para o Evccutivo c o governo federal, E interessante ressaltar que a noção de
*cgufança nacional exposta pela ESG é incorporada aqui, pelo IPES. como sua
propo>U para a reforma da Constituição. Tal noção passou a ter peso, não apenas
com respeito a assunto* militares, mas também aos civis, (amo na paz quanto na
guerra.

Quanto à Reforma Rjncáriao IPES encontrava algumas dificuldades dentro


de suai próprias fileiras Ate meados de 1962, os estudos do PES eram produ- I

íidoi, segundo Cândido Gmnlc de Paula Machado, “Éndependerucinentc de inte


fe*»c* pessoaisou de grupos Entreumo, em relação h Reforma Bancaria. Gilheri
Huhcf |r teve de relatar ao Comitê Executivo do Rio que da estava em anda-
mento não pelo IPES de São Paulo mas pdo* próprios banqueiros que. conforme
ülyiun de Piúva, ccnvídcmam a qucitão de tal imporiãnna, "que ele* queripm
,,
estar presente» c defender seus íwíksío Apesar da força dos banqueiro». Cly-
1

con de Paiva julgava que o IPES não deveria interromper o trabalho a ser feito
c Gilbcft Jiuber Jr opinava que, au >urgir uma divergência de opiniões, o poú
Ciunamefuu do IPES seria aquele de "não temer os banqueiros"/ De qualquer '

furara, a maioria do» grande* banqueiros fazia parte do IPES, O que a liderança

ipcsiana queria evitar era que infere**?» rest ritos de setores c facções prevalece»-
*em sobre direiHzç» classisia» du Insiituto, como parecia a intenção dos banquei-
ros de São Paulo. Prevaleceram a* opiniões do Instituto. Por volta de marco k
1% o IPES havia submetido vinte e quatro projetos de lei através de seu Grupo
j.

de Ação Parlamentar e dui deputado» da ADP que ele patrocinava c controlava.^

Um objetivo importante, dentru do» limites de luta ideológica do começo


4P M
da década de sessenta, era civaxtar o da» proposias de Governo,
valor reformista
do trabalhtsmu da esquerda e drisoem o» empresário* modernizameconserva-
c
dores do sistema poíiiko oltgãrquku Di*cerniu-*c ela tumente tal estratégia na
manobra da dite orgânica de minar a base de poder da direita tradicional, centra*
11
da no* interesies oügárqurco» agráriui tf achar uma forma dc lidar com o catfr

pcsmaio mobilizado, que começara a insurgi r**c contra a estrutura populista tf

mais imporísniâ labw. cuja fula panava a exercer uma forte atração emocional
na» classes médias. Nesse esforço, o IHaD constituía a primeira linha de combate
da dite orgânica empresarial. Ele se lançava no cerne da confrontação, adequando
e encampando símbolos, temas e linguagem que, na época, eram bandeiras de lula
1
da» forças popularreformiil3> + disputando o "centro ideológico *, na leni ativa de
representar um grande projeto social de classe média.

240
V

Através do seu jornal Ação Democrática o IB AD frisava que a sua Reforma


,

Agí iria de modo algum, a intenção de servir aos objetivos dos ccmu
nfão tinha,

nijiií, nem de manter o injusto e imoral estado de coisas sustentado petos gran-
r

des ^latifundiários Para o intelectual do complexo I PES iBAD José Arthur


Riqs, era O "dever do democrata combater a frente única formada pelos iwity
ná rios c 05 comunistas" contra o que ele chamava de "verdadeira Reforma Agrá-
ria'*.* 0 IBAD organizava as classes dominantes em torno do problema* estudava
1

o assunto e publicava material impresso propondo uma modernização agrária


orientada por padrões de eficiência capitalista, onde a industria e a agroindústria
seriam integradas e que tentaria anular as demandas populistas e socialistas. Em
abril de 1961 de realizou o seu Simpósio sobre a Reforma Agrária, que deu
f

origem a um livro amplamente divulgado e bem impresso: Recomendações sobre


a reforma agrária.
Participaram do Simpósio trinta e quatro indivíduos: Álvaro Ribeiro, fkrtha
Koífman Becktr, Celestino Sá Freire Basilio, Charles Hogenboom, D^Almeída
Guerra Filho, Dénio Nogueira, Dirceu Lino de Matos. Edgard Teixeira Leite, Ed-
son Cesar de Carvalho* Estanislau Fischlowitz. Everaldo Macedo de Oliveira* Pa-
dre Fernando Bastos D 'Ávila, o General Frederico Augusto Rondon, GUdstone
Chaves de Mello. Gustavo Corção, Hilgard 0'ReiUy Stemberg, Ivan Hasslocher,
Jairo de Moura, Jan Liljens, João Camilo de Oliveira Torres, José Arthur Rios,
José Augusto Bezerra de Medeiros, Josc Bonifácio Coutinbo Nogueira, José Carlos
Barbosa Moreira, José Gomes da Silva, José Irineu Cabral, José Vicente Freitas
Marcondes, o General Juarez Távora, Marcelo Lavener Machado. Mtlciades Sá
Freire, Moysés Rosenlhal, Odegar Franco Vieira, Thomas Lynn Smith e Wanderbiít

Duarte de Burros, A coordenação geraf do$ éehBm estava nas mios de Dénio
Nogueira, Ivnn Husslcchor, Gustavo Corção, Hilgnrd O Reilly Stemberg t Giadí-
tone Chaves de Mello, 0 General Juarez Távora presidiu o simpósio, * Os
1

par-
ticipanteseram, nu maior parte, uma coleção de ibudianos, advogados e teeno-em-
presários especializados cm questões agrários e relações trabalhistas c intelectuais
dc centro direita, Eles concordavam com a rans formação da economia rural, man-
í

tendo um curso médio dc modernização que incluía a quebra do controle oligár*


quico da terra, o aumento da produtividade, a racionalização da produção, a
mecanização c a transformação de relações dc trabalho.
Como os acontecimentos políticos se desenvolviam no meio rural onde 0
campesinato se organizava cm números crescentes e como a luta ideológica nas
cidades atingia novos níveis de veemência, o I PES foi forçado a encarar o pro-
blema da reforma agrária de uma forma bastante diferente da que fizera ante-
rlormenie. Tal problema leria de snir do ‘HerrcriO demagógico'* de debate. 0
I PES seria compelido a coloeã-lo em termos por ek considerados "rigorosãmente
4
científicos A questão da reforma agrária quase provocou uma grande crise
entre as seções do ÍPHS do Rio e do PES dc Sim Paulo, já que o projeto almejado
I

pela liderança política do Rio satisfaria os agroindusiriais e, no enfamo. parecia

drástico demais para os interesses dos paulistas proprietários de terras que faziam
parte do 1PE5, 0 proiólipo do programa do 1PES sobre a Reforma Agrária ba-
seou-sc nas conclusões do simpósio organizado pelo IBAD, do qual um projclo
e justificativas para o Congresso foram preparados por José Anhur Rios e Edgard
Teixeira Leite, O JMD financiou o trabalho dos tecno-cmpresârios e empresários
envolvidos na elaboração do programa. Devido ti medidas operacionais acertadas

24 ]
çortt o IPES t o IBAD, o programa teria de ser discutido pelas unidades de
estudo do JPES, que se compunham de tecmxmprcsános c empresários.** O IBAD
foi oficiilmcntc representado no comité conjunto encarregado de ajustar as pro-
postas por Ivan Haislocher, íosé Arthur Rios e Démo Nogueira e contou com a
participação de outro* membros, quando as circunstancias o ditaram.
Seguindo a sugestão de Wandetbili Duarte de Barros, concordou-se que nem
o IPES. nem o IBAD * manifestaria publicamente como patrocinador ou defen-
sor do projeto no Parlamento ou atrases da imprensa, O
projeto teria de tramitar
rt
sigjlos*mentç. O plano geral do complexo IPES IBAD era produzir primeiro
um projeto que seria parte substancial do trabalho, contendo princípios c normas
que serviriam para definir a posição do IPES cm relação h Reforma Agrária. Em
segundo lugar, ele elaboraria um trabalho paralelo visando a "preparar* a opinião
publica para receber ai idéias contidas no projeto, sem nenhuma referencia às
suas origens no complexo IPES IBAD. Para fulian Chacel, tudo envolveria uma
visão dinâmica do setor agrário* cuja idéia essencial seria a de que os beneficiários
do acesso à propriedade rural a ser criada pela Reforma deveriam ser indivíduos
dotados de capacidade empresarial e que deveria haver uma necessária interde-
pendência entre os setores rurais e o setor industrial, em decorrência da qual as
industriai passariam a investir e operar no campo. 14

O grupo de estudos sobre a Reforma Agrária compreendi* Harold


inicial
Cectl Polland, Cindido Cuinlc de Paula Machado, Antônio Carlos do Amaral
Osório, Tulian Chacel, Paulo de Assis Ribeiro, fosé Garrido Torres. José Rubem
Fonseca, Lufi Carlos Maneini, Ivan Hasilocher. José Arthur Rios. Dénio Nogüct-
ri, Winderbitt Duarte de Barros, Fernando Mbiellt de Carvalho. Irineu Cabral
11
e Edgard Teixeira Leite, uma equipe mista de empresários e tecnc-empresários
BronisTau Ostoja Roguski, como membro da Confederação Rural Brasileira c do
Conselho de Reforma Agrária dü Paraná, era uma presença ad hoc às reuniões
fVide Apêndice ML O projeto foi laboriosa mente desenvolvido a tim custo de
pelo menos 50 000 dólares. 40 A unidade dc estudo teve trinta c duas reuniões
em um período dc seis meses, de maio a novembro dc 1962,* com1
Julian Chacel.
Irineu Cabral. Dênio Nogueira. Paulo de Assis Ribeiro. Luís Carlos Maneini*
[osé Garrido Torres e Wanderbilt Duarte de Barros, compondo a unidade central
de trabalho, Sígnificarivamenfe, a última reunião foi no próprio escritório do
IBAD no Rio, com fosé Arthur Rios, Ivan Hasslother c Edgard Teixeira Leite,
Com eles Paulo dc Assis Ribeiro discutiu o reexame do anteprojeto de lei sobre
a Reforma Agrária, preparado pelo Grupo de Estudo do IPES e os quatro elabo-
raram os últimos detalhes, cm vista de sua futura apresentação no Congresso, 0
que envolvia a sincronização de apoio necessário da Ação Democrática Parla-
mentar, patrocinada peta complexo IPES/ÍBAD **
O
segundo trabalho produzido pda unidade dt estudo foi cmregue ao Grupo
de Opinião Pública para ser transformado cm material apropriado para propa-
ganda e ação pública, sem envolver o nome do IPES ou do IIIAD."
11
A
publicação das recomendações dos vários poutton papem como traba-
11
lhos sérios fazia-se também necessária para legitimar argumentos dc um ponio
de vista "teciio-cíenlífico", Foi feita em forma de livro e como apostilas pseudo-
acadêmicas e livretos. Do estudo básico produzido pelo Grupo dc Estudo, fi/e
ram-se vários poiition papem e artigos para disseminação através da mídia, canais
acadêmicos e por parlamentares. 4*

242
Apesar de todos os seus esforços e a dedicação com a qual se lançou ao
caloroso debote, o 1PES nlo logrou Êxito cm impedir Joio Goulart de panar o seu
Decrem da Reformo Agrária e dc estabelecer a Superintendência para a Reforma
Agrária — 1
SUPRA, o órgão encarregado de desenvolver a direi rir política do
Executivo* Com tal manobra, o governo de foâo Goulart reforçaria o apob que
ele tinha da classe camponesa e dos setores nacional reformistas da opinião públi-
ca. Ademais, as atividades da SUPRA levariam os mais recalcitrantes elementos
da oligarquia rural a apoiarem a sempre ampliada frente de forças sociais anti-
populistas e amipo pulares.
O Primeiro Congresso Brasileiro para a definição de Reformas de Base* foi
o fórum individual mais elaborado para a apresentação de demandas empresariais,
visando uma modernização conservadora, assim como para a expressão pública
da sua oposição às reformas de cunho trabalhista, ambas afirmadas como um
projeto nacional para o Brasil. O Congresso para as Reformas dc Base realizou-se
na Faculdade de Direito de São Paulo, em janeiro de 1963, em uma atmosfera
carregada cm termos emocionais, com um público estimado em vime c duas mil
pessoas, durante sele dias dc sessões. Presidido pelo General Edmundo Macedo
Soam da o Congresso constituiu o fórum no qual um abrangente conjunto
ADEP,
de recomendações de d ire mm,
estudos aprofundados e posiit&n paprn foram
apresentados, publicamentc definindo a orientação da elite orgânica em rtfaçio ás
reformai institucionais e estruturais, Com a aura de formulação teenoeriúcâ de
diretrizes políticas, o Congresso propiciou a base lógica para a intervenção empre-
sarial direta e pública na política brasileira, um verdadeiro programa de governo
em potencial Embora os tens iva mente promovido por dois jornais do país, o
Correio da Manha (do Rio de Janeiro) e a bolha de São Pauto, o Congresso das
Reformas de Base representou um esforço conjunto dos Grupos de Estudo e
Doutrina do IPES de São Paulo e 1PES do Rb, sincronizados com o apoio de
urgimizaçõcs subsidiárias, grupos e indivíduos aliados. Garrido Torres. Dênío
Nogueira c Paulo de Assis Ribeiro deslocaram-se como figuras vitais na elabora-
ção dos projetos, a qual envolveu trezentos participantes c a discussão de mais
de dnqiicnia tópicos, bem corno a apresentação de oitenta propostas de diretrizes
políticas,* O Grupo de Estudo e Doutrina preparou uma linha de ação básica
que serviria para orientar os iptsianos presentes ao Congresso. A linha gera] seria
aquela incluída nos documentos já publicados. 97 As recomendações de diretrizes
políticas eram liberadas regularmente através de publicações periódicas, entre
outras, no jornal do Brasil, na forma de Declarações Síntese* Responsáveis por
essa operação, Paulo de Assis Ribeiro e Demo Nogueira revisavam os positton
papen e os colocavam em dia * O Influente senador Mcm de Sá dava orientação
quanto à forma de publicação dos vinte e tres Documentos Síntese que surgiam
como conclusões do Congresso para a Reforma de Base. 1 *
Às propostas de dírelrizes políticas do Congresso cobriam três das principais
áreas de interesse, a saber:

1) ordem política, que compreendia as Reformas Eleitoral, legislativa, Àd-

minisliativã, da Estruturo Política, do Judiciário e da Política Exterior;


2) ordem social , compreendendo n Reforma Agrária, a da Legislação Traba-
lhista, da PíirHcipnçSu dos Lucros das Empresas, da Distribuição de Renda, da
política do Dem--Eslar c Previdência Social da Educação, a Habitacional a Sani-
tária c dc Saúde Pública;

243
I) ordem econômica qu t induíii as Reformas Monetária c Bancária, Tri*
*

buílria, Orçamentária. da Legislação AntiTrusl* da Política dc Comércio Exterior,


de Serviços de Utilidade Pública, da Política do Uso de Recursos Naturais, como
lfr|
larabém a Reforma da Empresa Privada .

Entre as equipes de discussão, coordenadores t aqueles responsáveis pth


exposição de teses apresentadas nas seçòes dc plenário, distínguiam-se Wanderbilt
Duarte de Barra, Luii Tofedo Pizza Sobrinho. Manuel dos Reis Araújo e o
General Frederico Rondcn ^PUticjimcntq Regional e Nacional —Medidas Agra*
1 *1
riash Themístoçles Cavalcanti i Legislação Trabalhista), Valentim Bouças (Plano
Quinquenal contra a Inflação), Fuad Buchain, Olympío Guilherme* Alírio dc
10J
Salles, Luiz Cabral dc Menezes. Manoel Linhares dc Lacerda, Décio Toledo
Leíre, A, F Cesarioo Tunicr c Maurício dc Carvalho (Treinamento Profissional),
Jorge Oscar de Mclle Fleres tEstatíMçIo dos Seguros no Brasil), Rafael Noschcse
(Participação dos Empregados nos Lucros das Empresas), Joaquim Ferreira Mangia
(Defesa Permanente dos Prçços de Produtos dc Exportação), J. FL Meircllcs Tei-
xeira Reformas Constitucional. Partidária e Eleitoral). Pedro Brando (Marinha
{

Mercante e Construção Naval). Antônio Pereira Magaldi (Reformas Sindicai e


Saliriíl).Rubens Gemes dc Souza (Reforma Tributária), José Costa Bouctnhas
Regulamento de Investimentos e Sociedades Financeiras). Rubens Rodrigues dos
(

Santa» (Organização do Tráfego Costeiro c Frota Mercante de Alto- Mar), Marcelo


Daroy dc Souza Santos «Programa para a Produção de Energia Atômica), ]. V.
Freitas Marcondes (Reforma Agrária), Dorival Teixeira Vieira (Inflação Brasileira
e setí Controle). Padre Felipe Sery Mosehini (Reforma Agrária), joaquim Peixoto
Rocha {Reforma Bancária l. Rui de Azevedo Sodré (Participação dos Empregados
nos Lucros das Empresas í, A. F, Cesaríno Júnior (A Participação nos Lucros
dentro dc um Programa dc Reformas Básicas), Otfo GH (Reformas Básicas em
Assuntos Tributários), Renato Costa Lima e Walter J. Santos í Au ío-Sufi ciência
dc Alimentos). Pela abrangência e qualidade das teses apresentadas, mosírava-sc
cloramenie que a dite orgânica empresarial desenvolvia não só uma campanha
estruturada para alcançar o poder, mas também um programa de Governo. Eis
visava a reforma do Estado c havia preparado um coerente conjunto de diretrizes
alternativa» para as propostas do Executivo Nacional-reformista, Na encruzilhada
histórica de f 963 a elite orgânica centrada no complexo ÍPES/1BAD constituía
.

a única força social cnirc as classes dominantes que possuía um projeto c um


modelo coerentes e coesos para o país. Em abril de 1964, tinha também o meto
político* técnkc c mifitar de reafízá-fo. Depois de 1964, ú cerne das propostas do
Congresso para as Reformas de Base preparadas nos grupos dc estudo do com-
plexo JFES/1BAD. foi adotado como as diretrizes para inúmeras reformas admi-
nistrativas, constitucionais e sócio-económicas, implementadas pelo novo governo
militar,

Guerra psicológica através do rádio e televisão: A elite orgânica, por meio dc seu
Grupo de Opinião Púbfka c o Grupo de Douírina c fisíudo de São Paulo* mostra-
va-sc bem dinâmica no Rádio e Televisão, onde a máxima coberium cru díidú a
seus militantes, bem como apoio às suas atividades e idéias. Através da mídia
audiovisual organizava um
extraordinário bombardeio ideológico e político contra
0 Executivo. Procurava também moldar opiniões dentro das Forças Armadaí,
infundindo o senso de iminente destruição da ‘“hierarquia, instituições c da na*

244
,,w umi reação quase histérico das classes médies que, por
çio c estimulando
sua vez, fortaleciam a racionalização militar para a intervenção. Final mente, visa-
va a contrabalançar a sua própria mensagem social, económica e política com o
impacto da ideologia nacional -reformista do governo dentro das classes trabalha-
doras. Nessas atividades o IPES procurava manter*sc afastado da notoriedade,
deixando para o 1BAD t a ADEP/Ffomotron 5,À. um papel relatívamcnte
publico.

A dite orgânica montou, de fato* uma eficiente e poderosa rede de relações


públicas e perícia profissional nos campos da comunicação e propaganda O .
1

IPES fez. amplo uso da televisão cm sua campanha contra o governo* a esquerda
c o tratai hismo. apresentando programas semanais na maioria dos canais a ntvd
regional e nacional.

À medida que se aproximavam as eleições dc outubro de 1%2 para o legis-

lativo, tornavam-se elas uma preocupação central para a elite orgânica do com-
plexo iPES/lUAD, que desenvolvia planos para influenciar a opinião pública.
Esforços foram concentrados através da mídia audiovisual de forma jamais vista
no Brasil até então,
Visando a modelar a opinião pública a se u favor alé as eleições* o IPES
produziu quinze programas dc televisão para tres canais diferentes, o que lhe
custou 10 milhões dc cruzeiros. Oilbert Hubcr Jr. se incumbiu de levantar os
fundos, embora insistisse que sem transmissões de "assuntos políticos" ficaria
impossibilitado dc motivar os possíveis patrocinadores. O General Golbcry retru-
cava que nas utuais circunstâncias não havia assunto relevante que não fosse
político* A "premência" da situação política teria de ser levada aos futuros coa-
iríbuintes por meio de uma bem organizada campanha dos Grupos dc OpinJIo
Pública c Integração.

José Luiz Moreira de Souza propôs entrevistas à serem realizadas por jorna-
listasselecionados de Recife* Paraná, Rio, São Paulo e outros centros-chave e
cobrir os quatro cantos do país com as mensagens políticas de orientação ipesiana.
Os entrevistados teriam de ser pessoas escolhidas de renome nacional Os jorna-
listas então submeteríam um questionário fornecido pelo IPES sobre problemas*
como o "Custo de Vida", a “Aliança para o Progresso", “Educação** e "O que
vocc pensa sobre uma posição de centro?", cujas respostas, em linhas gerais, eram
preparadascom antecedência. O senador Mcm de Sá e outras quatorze figuras
públicasforam escolhidas para participar. Os jornalistas vinculados ao IPES
também procurariam engajar os jornais a que eram ligados, a fim de propiciarem
** Compunham 1
a cobertura dos eventos e a necessária ressonância, a reserva de
oradores com
qual o IPES esperava contar para essa operação: Carlos Lacerda,
a
Carvalho Pinto (o então governador de São Paulo), o General luracy Magalhães
(governador da Bahia), Mem de Sá, Egydio Michaelsen (candidato ao governo do
Rio Grande do Sul), Daniel Faraco (Deputado pelo Rio Grande do Sul)* Loureiro
da Silva (prefeito de Porto Alegre), Lopg Coelho (presidente da Assembléia Legis-
lativa da Guanabara), Raul Pilla (Deputado Federal pelo Rio Grande do Sul)*
Milton Csmpos (Senador por Minas Gerais)* Gilberto Frcyw (historiador t dire-
tor do Instituto Joaquim Nahuco, dc Pernambuco), Raquel de Queiroz (escritora).
Guilherme Boighoff (presidente da COPEGV, Lélio Toledo Pizza (empresário de
São Paulo), Miguel Vila (empresárto-Fratclli Vita, dü Bahia)* Octavio Marcondes
Ferraz (empresário dc São Paulo), Clemente Mariani (banqueiro da Bahia t Minis*

245
iro do governo de Jânio Quadros), o Deputado Tolo Mendes (líder da ADPL
Ernesto teme { Reitor da Universidade de São Paulo), Dom Hddct Cumara í Bis-
po do Rio de Janeiro), Dom Vicente Schcrcr (Arcebispo de Porto Alegre). Dotn
Fernando Gomes dos Santos (Arcebispo de Goiás), Dom José Távora (Bispo
de Aracaju), o Padre D "Ávila (vicerejçor da Pontifícia Universidade Católica),
leão Camilo de Oliveira Torres icseruor t historiador). Fernando Sablno te&eri*
tor). Hélio Beltrão Uecno-empresária do Rio dc lanetroL Álvaro Americano (em-

presário do Rio de Janeiro). Ociásio Gouveia de Bulhões (tec no empresário do


Rio dc lareira). Edgard Teixeira Leite (rice-presidente do Conselho Nacional para
a Reforma Agrária). Júlio de Mesquita Filho (proprietário de O Estndo dc São
Pauh\. Frederico Hellcr (da Consultei), Rubem Berta (presidente da Vsrig),
Raymundo Padílha Deputado Federal
i — ADP), Flexa Ribeiro (UDN), Sérgio
Marinho íScruador), Miguel Reale (Jurista e Empresário), Aluísio Alves (gover
nsdor do Rio Grande do Sorte). Euclides Aranha (empresário). Conceição Neves
(Deputada Estadual dc Sào Paulo). Fernando Ferrari (líder do Movimento Tra-
balhista Renovador, uma facção direitista do PTB) e Edgard Santos (RcilOr da
1'mvmtdadc da Bahia). Depois dc uma avaliação tática do conjunto dos nomes,
uma Usta reduzida fei emregue a Ghcon de Paiva, em uma reunião do Comité
Executivo do Rio. lncluíam*se nela Lacerda. Carvalho Pinto. Afuísio Alves, [ura-
çy Magalhães. Mcm de Si. Milton Campos. Daniel Faraco, Lopo Coelho. Raquel
de Queíror, Lclio Toledo Pizza. Eudides Aranha. Luís Carlos Mancíni, João
Mendes. Dom Vicente Scherer Hélio Beltrão. Álvaro Americano, Ottãvio Gou
vçia de Bulhões, Rubem Bcrta. Raymundo Padílba, Miguel Reale c J, Marinho
Os programas, conforme o General Goíbery, teriam que seguir uma linha mista
"tendo um denominador comum — a democracia"',
107
que ersi entendida como uma
ampla pjalaíorma capitalista oposta a |oão Goulart, ao posicionamento populista
e ao da esquerda.
Em julho de 1962, já havia um esquema mamado para o que se denominou
o Encontro dc Democratas com a Nação. Ele relatava seus objetivos fundamen-
tais como sendo aqueles de fortalecer o que o ÍPE5 chamava de "Convicções

Democráticas do FovcT, princípalmente em relação ãs já próximas eleições para t>


legislativo em outybro de 1962, para dar força ã voz dos "moderados'* em meio
io confronto entre extremas direita t esquerda, orientando a escolha eleitoral
"no sentido dc conter o contínuo processo de crescente radicalização tía vida polí-
tica brasileira". Alguns dos temas a serem tratados eram:

I) que se poderiam resolver iodos os atuais problemas do pais dentro de


um marco democrático;
b) que a radicalização do processo político interessava apenas a elementos
aventureiros, irresponsáveis uu antidemocráticos a "serviço de ideologias alheias
00 sentimento cristio do nosso povo", bem como
permanência de um rcgjme de iniciativa privada e livre empresa
c) a como a
condição ítVie que nún para a solução dos problemas que afetavam o país.

Decidiu-se por quatorze sessões semanais, dc trinta minutos cada, atro ves da
rede nacional dc televisão. Os programas receberíam ampla cobertura do rádio
t da imprertsi. Entrevistas seriam feitas tom elementos dos maia diversos seg-

mentos da sociedade, "iodo* com aceitação previa dos fundamentais objetivos do


programa c total acordo com as idéias gerais mencionadas acima*'. Escolher- se-

246
iam jornalistas das vúrias regiões do país. Em cada sessão havería um debite
em linguagem acessível ao grande público e sem detalhes técnicos que pudessem
obscurecer a mensagem política; o debate versaria sobre dois ou mais dos prin-
cipais problemas já em discussão através da campanha orientada pelo Grupo
de Opinião Pública, [nclutam-sc entre esses temas: a Reforma Agrária. Desenvol-
vimento c Inflação* Reforma Tributária, Participação dos Empregados nas Em-
presas, a Aliança para o Progresso. Capital Estrangeiro, Papel da Universidade na
Vida Nacional. Planejamento do Estado versus Livre Iniciativa, Democracia e
Comunismo, Parlamentarismo versus Presidencialismo. Reforma Eleitoral c Sín*
101
dicalizaçáo Rural e Urbana.
A orgânico mantinha uma série de programas políticos em São Paulo,
eiitc
que contava com a participação de figuras proeminentes nacionais e regionais
para expressar suas opiniões sobre os acontecimentos da época. Esses programas
foram especíalmente intensificados nos críticos meses das eleições c põs-eíeições,
isto é* outubro e novembro de 1962. Alguns de seus participantes eram: Jamíl
Munhoz Baílão (sobre Democratização do Capital e Reformas Básicas). Padre
Godifiho, deputado da UDNCarmen Prudente, diversos líderes da Ordem dos
t

Advogados, josé Roíía, pclcgo dç sindicato, Francisco Campos, jurista e mentor


do Estado Novo (sobre um Panorama da Situação Brasileira). Pedro Aleixo. depu-
tado da UDN (sobre as Eícições dc outubro e A Crise de Autoridade), o Senador
Mem dc Sá (sobre Remessa de Lucros, Inflação e Custo de Vidal. loão Mendes
{sobre Resistência às Pressões Demagógicas}, Padre D*Ávila (sobre “Solidarismo
Cristão" — doutrina ât solidariedade social cristã, da qual era ideólogo e —
também sobre Ordem Social), o General furacy Magalhães (sobre os Problemas
Polfiicos do Nordeste), Milton Campos (Parlamentarismo), W. Menezes (sobre
Problemas do Trabalhador), Alberto Betarcyc (sobre Soluções para os Problemas
des Trabalhadores dentro do sistema capitalista). Raquel dc Queiroz (sobre “Fal-
sa Nacionalismo"), Sandra Cavalcanti (sobre o Eleitorado da Guanabara e Dema-
gogia) e Leda ColSor de Mello (Cooperação da Empresa Privada na Previdência
Social). Os Grupos de Estudo e Doutrina do 1PES preparavam i linha de argu-
mentação.
103
Outra série de programas, na TV Cultura, despertava interesse espe-
cial, onde personalidade^ dos mais diversos setores da sociedade, cujas opiniões
"'harmonizavam-se aos objetivos do IP ES”* eram entrevistadas sobre assuntos de
interesses populares e das clas&es médias, assim como assuntos da atualidade.
Segundo Flávío Galvúo, a liderança do IPES de São Paulo pretendia trazer perio-
dicamente a esses programas figuras públicas do Rio c de Sòo Paulo. Visando a
elaborar a argumentação, o Grupo de Doutrina c Estudo esquematizava uma
Jista de temas. Enire as personalidades do Rio destaca vam-se: o General Golbery
ir
do Couto c Silva ( Nacionalismo Democrático**), Luiz Carlos Manei ni (Progresso
Econômico e Justiça Socrní), o General Jtirandír Bizarria Mamede (sobre as For-
ças Armadas e Democracia). José Garrido Torres (sobre a Livre Iniciativa) e
Raymundo Padilha (sobre investigação Parlamentar na União Nacional dos Es-
tudantes), 13 * Foi tambem levado em consideração o General Lyr#.
l|i

Juntamente com o IUAD, o IPES patrocinava também várias outras séries


dc transmissões na televisão, tais como “Frenie a Frente'* e apresentações indi-
Ti
viduais dc questões polêmicas, entre elas Gue Pensa Você sobre a Reforma
Agrária?**, na TV Cultura, n avaliação de Carvalho Pinto pelo rádio e televisão
,tíf
do siiuaçfuj política, a Rcformti da Constituição e a Defesa da Democracia* por

247
Hcrbert Lcvy, na Tupi* 113 a discussão dos Problemas Nacionais, por foão
TV
Cflímon, na TV apdo c discurso público do Almirante
Cultura, o importantíssimo
Silvio Heckp através da TV 4 ât São Paulo, lançando a Frenle Patriótica Civil
c o discurso de Mem de Sá depois da realização do Congresso dc Refor-
111
Militar
lia
mas dc Base.
O ISAD mostrava-se muito amo no sul do País. especj a Imentc por meio
da TV Paraná, onde ele mantinha dois programas políticos chave. dite orgâ-
nica. princípaímente por intermédio do 1PES, conferia ajuda, patrocinava e coor-
denava uma maciça campanha na televisão em prol da Aliança paro o Progresso,
coordenada com suplementos de jornal e distribuição de panfletos. Patrocinava,
também, o programa de Giíson Amado, "TV Escola*', 117 e a série "Capitães do
Progresso", írínta semanas de programas em 8do Horizonte, São Paulo» Recife,
9
Salvador e Brasília,
À rede de propaganda geraf e doutrinação do fPES se incumbia dc fazer
circular c retransmitir por todo o país material para televisão que se produzia no
Rio e em São Paulo, fazendo um bom uso das linhas aéreas, estações de televisão
118
e outras agências amigas. Objetivando coordenar atividades de análise da con-
*

juntura e manter uma presença constante junto ã opinião pública sobre os assun-
tos da atualidade, o 1PES momou um "bureau de oradores”, No Rio, essa ação
era liderada por Harold Polland, Nd Peixoto do Vaile, Oswaldo Tavares e Rui
Gomes de Almeida, enquanto que, em São Paulo, Flávio Galvio dirigia tais
*
operações. 13

De julho a setembro de 1962, antes das eleições de outubro para o Congres-


so, a Promoiiori 5 A. patrocinou programas etn nome da ADEP, em treze estações
de idevisão em todo o país, muitos dos quais eram retransmitidos por várias
emissoras de rádio, num total de 312 estações. Nesses programas, conhecidas figu-
ras públicas da direita discutiam os assuntos de atualidade. As estações colabo-
radoras cobravam 450 mil cruzeiros por programa de trinta minutos de duração*
com duas apresentações semanais, perfazendo um total de 140 milhões de cruzei-
ros. Os programas apresentados eram: ”Esta é a Notícia”, "Assim ê a Demoera-
cia”, "Democracia em Marcha”, ''Julgue Você Mesmo”, "Estado do Rio em
Foco” ç "Conheça seu Candidato''. 131
Em ''Assim é a Democracia", a ADEP patrocinava e promovia a apresenta-
ção de políticos da ADP e empresários como o Padre Godínho, Antônio Fe1iciano t

AJfpio Corrêa Nttto. Araripe Serpa, Paulo Lauro, Hamilton Prado, Anil Badra,
Arnaldo Cerdeíra, Agenor Ltno de Mattos, Mcnotlt dei Picchia, Jamil Gadía,
Yukisbique Tanura, fosé Henrique Turner, Scaíamandré Sobrinho, Abreu Sodré,
Mário Covas. Cunha Bueno, fosé Menck, Tufíc Nassíf, Hcrbcrt Levy. Homero
Silva* Antônio Magaldi, Valério Giuli, Chaves do Amarante, Dante Pem e
Mirio Bcni. ,K
Á elite orgânica se aproximou de inúmeros produtores, atores e diretores
famosos de programas de televisão, tais como Gilson Arruda e Batista do Amaral.
Favorecia o uso de programas cômicos, quando possível. Rui Gomes de Almeida
observava que uma piada contra um político provocaria um "dano enorme".
Negava, ao contrário, o apoio aos atores que não cooperassem ou agissem contra
os programas, as linhas dc raciocínio c as pessoas que o IPES patrocinava. Tal
foi O caso do humorista Chico Anisto, sagaz observador da realidade social. Outra
vílima desse tipo de pressão foi Arapuá, o colunista amplamentc fido da ÚUitna

248
Hora que mantinha uma seção na qual havia frequentes criticas humorísticas 1
dos Estados Unidos. Ele foi forçado a deixar o jornal em 1962 m
diretriz política .'

Finalmente, a eííle orgânica era capaz dc bloquear indivíduos t programas


indesejáveis c desfavoráveis. Era compreensível que ela não encontrasse moira?
dificuldades em Em
outubro de 1959. a poderosa Associação Brasileira
fazer isso.
de Anunciantes — ABA havia
sido fundada com o objetivo de reunir os princi-
pais anunciantes, estabelecer entre eles condições para a defesa mutua de seus
interesses, bem como a discussão de assuntos relacionados á publicidade e promo-
151
ção de vendas, Os treze membros fundadores da ABA, assim tomo as compa-
nhias que se reuniram a ela mais tarde, eram relacionados ao IPES como contri-
buintes financeiros diretos e através da participação de seus diretores cm níveis
135
executivos do IPES. Foi precisamente com o intuito específico de coordenar
suas atividades e produzir uma diretriz comum que se realizou no IPES, em
12*
meados de 1962, uma reunião dos grandes anunciantes da lelevbio,
0 rádio era um poderoso meio de doutrinação geral e um valioso foco para
se montar ações ofensivas contra o Executivo, principalmente em um país com
massas de pessoas pobres, sem condições de terem televisões, Além disso, sendo
analfabeta uma grande proporção da população e consequentemente, não atingida
+

pelas atividades doutrinantej da imprensa escrita, rádio transístor, relativa-


mente barato e acessível nos mais recônditos cantos do pais, representava urna
ajuds considerável para a elite orgânica. Como acontecia com a televisão, o IPES
nio patrocinava abertaraenie os programas de rádio. No entanto, suas ligações
com o rádio não eram apenas em forma de apoio financeiro aos progiamas sema-
nais anticomunistas, dirigidos a um público de classe? trabalhadores, como os
T
da Rádio Tupi dc São Paulo/* mas Também de patrocínio de uma variedade de
programas c figuras públicas, conferências e discussões,
grande parte da propaganda da dite orgânica peio rádio, com o
Fuzia-sc
ostensivo ou encoberto patrocínio da ADEP e do Promolíon S.A Em 1961, o r

IftAD apresentava programas de rádio em trinta c quatro das principais cidades.


Em julho de 1962, cie tinha einqüenta e um programas em horários nobres duran-
te a semana e transmissões especiais nos fins de semana. No uuge de suas ativida-
des, dispunha de mais de oitenta apresentações semanais no rádio, para todo o
país, nos horários especiais, No apogeu da campanha anterior às eleições, finan-
ciava mais de trezentos programas diários pratícamente controlando o horário
nobre das estações de rádio do país, IiB Através de 82 estações, transmitia progra-
mas como " Congresso em Revista" e "À Semana em Revista ,Jit Produzidas em
,H
,

linguagem popular, tais apresentações levavam aos ouvintes os pontos de vista


da elite orgânica que, por sua vez* também formava sua própria “Cadeia de De-
mocracia", compreendendo mais de cem estações de rádio em todo q Brasil. De
outubro de 1963 alé o golpe de abril de 1964, as estações de rádio dessa rede
organizada por foão Calmem (dos Diários Associados), entre outros, entravam no
nr exatnmente no mesmo horário em que as da líder trabalhista Leonel Brizola*
interferindo nssini efetívamente na sua transmissão e desfechando fortes ataques
h esquerda c irabalhismo. ™
m 1

O IPES também procurava a ajuda dc Raul Brunini da Rádio Mundial do


Rio de [imeíro, emissora de grande audiência, c d de Alziro Zarnr, político popir
lista cristão de direita, que causava grande impacto nas favelaâ urbanas e com
penei raçfio nos setores dc Umbanda. 131 Políticos profissionais serviam de Fontes

249
de avaliação e de assessores na eficiência e relevância da campanha de propagam
da do IPES, relatando ao Comitê Execuóvo suas próprias impressões e as que
haviam coletado entre o público em geral. Nesse respeito, o Senador Mcm ât Sá
sobrtssaki-*c + em decorrência de sua capacidade c influência. ® Ele representava
1

umt dat miis importantes ligações encobertas que o IPES mantinha no Com
gresso. Como parle de sua função de assessoria, Mem de Sá conclamou a lide-
rança do IPES a enfatizar que o '‘desenvolvimento*' só poderia ser alcançado
tLravts de mais segurança c da liberdade de ação da empresa privada,
A% personalidades de teatro c de televisão conferiram uma ajuda representa*
iiv* como Carlos Lagc. ligado ao líder ipesiano Gílbert Huber |r.
IM Isso pro-
t

poreioMva uma forma íüí generts de intervenção "cultural", O IPES apoiava o


Teatro S A E de Sio Paulo, incumbindc^se da folha de pagamento do seu pessoal. Ift
|

O líder Luis Cissio dos Santos Wemeck era responsável petos contactos nessa
área O Grupo de
Opinião Pública também tomou parte ativa no preparo t distri-
buição de filmes de propaganda.

Gutrfú pncoíópca mravés de cartuns e filmes: O


IPES procurava atingir um vasto
público alfabetizado pelo uso de cartuns e ebarges, O
"Diálogo Democratieus"
era publicado cm quatro jornais bastante vendidos nos setores
populares e di
pequena burguesia (O Dus. a Luta Democrática, a Última Horú t Ò
Globo), enfa-
li/ando vaiorrs como a iniciativa privada, a produtividade c a pluralidade política,
assim como a rejeição dc diretrizes políticas "esta filantes" ou socialistas. A im- m
portância dos cartuns mostrava-se bem grande em um onde
grande seg-
país um
mento da população rinha limitada capacidade de leitura. Esse fato. devidamente
percebido pela elite orgânica, incentivou a vasta divulgação de livreros, revistas,
canunj na imprensa e folhetos que popularizavam a mesma linha de argumentação
desenvolvida pcío complexo IPES 10AD cm outros setores da mídia, embora
dirigidos a outras seções do público.
Para alíngir um uma série de filmes
publico grande, o IPES dependia de
extremamente eficazes, produzidos por de
próprio e de outras fitas ãs quais obte-
ve acesso. £íe$ eram apresentados em todos 0 s cinemas pelos quatro cantos do
país, tanto em seções regulares quanto especiais. Eram passados em um "sistema
de cadeia", por arranjo frito com empresas de distribuição e donos de cinemas
ligados ao IPES Organizações subsidiárias e relacionadas, como o Serviço Social
do Indústria —
SESI, circulavam filmes feitos pelo IPES. A televisão também os
exibia, como era o caso do programa de atualidades populares dc Silveira
Mf
Sampaio,
Objetivando atingir aqueles que não tinham condições financeiras para ad-
quirir uma entrada de cinema, o IFES montava projetores em caminhões abertos e
6nibus com mostrando os filmes não só nas favelas e bairros
chassis especiais,
urbanos mais pobres das maiores cidades do Brasil, mas também por todo o inte-
11
rior dos Estados. * Esse projeto seguia a idéia lançada por Oswaldo Tavares, dç

um "cinema ambulante" para as seções mais pobres do Rio. Algumas das grandes
companhias supriam o IPES da infra-e si rutura técnica necessária, como a Mcs*
bla SA-, que contribuía com equipamento de projeção e outras exigências. À
Mercedes Ikfiz e a CAIO, uma das maiores montadoras de carroccrías dc ônibus
139
c caminhões do Brasil, ajudavam com transporte. Com o apoio dc gerentes e
proprietários, passavam-se filmes também para consumo dos trabalhadores nas

250
nos centros industriais dai cidades grandes. A fita principal
fábricas localizadas
era, geralmcnie, um
faroeste americano, enxertada com uma tuna metragem do
IPES, que variava de um apelo para i harmonia social entre as classes a um
comentário sobre a exploração de estudantes com fins políticos. 111
fean Manzon. o maior produtor de documentários comerciais do Brasil, fez
alguns dos filmes para o PES* bem como ajudou a divulgá-los. 111 Entre esses
I

filmes induíam-se: "O IPES é o seguinte", "O Que é o IPE$?‘\ "História de um


Maquinista", "Nordeste Problema n * l'\ "Criando Homens Livres". Outros apre-
sentados por intermédio dessa cadeia de propaganda eram: "Que é a Dc moera
cia?", "Vida Marítima", "Portos Paralíticos", "Asas d* Democracia", "Conceito
de Empresa", "A Boa Empresa"," Deixem o Estudante Estudar", "Uma Economia
Estrangulada", "Papel da Livre Empresa". 14* Responsabilizaram-se por essas ope-
rações José Rubem Fonseca c Luís Cássio dos Santos Wcrneck. 1 * 1

O IRES de São Paulo, por iniciativa própria, produziu alguns filmes, assim
como uma série sobre problemas brasileiros, tais como "Reforma Eleitoral ", "Re-
forma Agrária", "Estatísmo" e "Livre Empresa". Patrocinou "Filhos da Dema-
gogia", feito pelo senador Auro de Moura Andrade, um dos maiores proprietários
de terras de São Pauto* " O CONCLAP também produziu algum filmes e a
1

organização Rearmamento Moral, sediada nos Estados Unidos, com qual o conv
plexo IPES/1BAD mantinha um estreito relacionamento, forneceu vários outros.
As copias desses filmes ficavam sob a custódia de Luiz Severiano Ribeiro, o maior
111
proprietário de cinemas e distribuidor de filmes do Brasil, cujo apoio foi de
1 **
fato muito úriL
Companhias de publicidade contribuíam financeiramente para a produção de
filmes que trírnsmíiírtarn específicas do IPES c a ideologia emproarial-
Essa operação foi discutida por J, B. Leopoldo Figueiredo e o publicitário David
Monteiro que, para essa tarefa* colaboraria com Emil Farah. da McCann Enckson
i4í
Publicidade e a revista Visão.
0$ não visavam apenas o consumo do operariado industrial, trabalha-
filmes
dores rurais ou o Uimpen- proletariado. Aqueles produzidos em São Paulo eram
apresentados em lugares tão exclusivos como o Monte Líbano e outros clubes
sociais paulistas, o Lyons Clube e a Escola de Polícia dc Sio Paulo.'** Ricardo
1&
Cavalcanti de Albuquerque* se encarregou da exibição de fitas paru a industria
e o comércio c algumas outias entidades. Filmes eram também mostrados cm
universidades, através da penetração do IPES nos Grémios Estudantis, como no
caso da Faculdade dc Medicina de Sao Paulo e a Faculdade dc Direito da Uni*
mskfade Mackenzie. A, C. Pacheco da Silva * tomou a si a responsabilidade
1

dessas operações.
Fmalmcnte. o IPES também produziu um# série dc filmes com um duplo
apelo às Forças Armadas e ao público em geral, difundindo e legitimando o papel
de "construção nacional" dos militares, Elaboravam -se filmes sobre a Marinha
Mercante, a Força Aérea, a Marinha de Guerra e o Exército. Conforme Luís
Cissío dos Santos Werneck, algumas das fitas deveriam ser feitas pelo Canil
100. de Cartas Ntemeyer, produtor de eu nas* metragens c de filmes de atualida-
151
des. José Rubem Fonseca foi incumbido dc estudar os roteiros com o próprio
CarlosNkmcyer,
O
IPES recebia, ainda, o apoio dc fomes estrangeiras prinapaimtnte di
embaixada americano. Nei Peixoto do Vallc monfjnha contactos com Harry Sfone.

251
o representante da Mouon Piciurev» o qual lambem fazia u fornecimento de tn •-

1 '1
lerfal basteo .

Dütiírinüçúo e$ peei fica

Esta seção descreve as atividade* que pretendiam moldar o setor empresarial


cm uma classe "para si” e impeli-la para a ação. apoiando c participando dir*
lamente do esforço geral liderado pcTa elite orgânica.
Como Ghcon de P*ma expressou, o lema do IPES para os empresários deve-
ria ver: "se você náo abandona os wus negócios por uma hora hoje, amanha não
teri negócio algum para ve pneocupar‘V A doutrinação específica desenvolvida
,v1

pelo IPÊS visava lambem uma mobilização do sempre crescente número de


inklcciuai». jornalistas* estudantes universitários c de militares das Forças Arma
das em direção j uma ‘vontade comum ", definida pelo emergente bloco dc poder
O resultado da* atividades ipeiuanas foi dissimular as demandas específicas do
bloco multinacional c associado no conjunto das várias pressões dc um espectro
mais amplo dc mtcrvsws c ação de classe. Concomiiaiuemenie* isolava se o Et*
cülivo dc foáoGoulan e neutraliza vam-se as posições de caráter reformisia-div
Ifibuiivo. no interior das classes dominantes. Os Grupos dc Doutrina, Estudo,
Integração, Opinião Pública <Jo Rio e os grupos encobertos do ÍPES de São Paulo
desenvolviam a maior pane dessas atividades.
Os Grupos de Doutrina proviam instrução ideológica para ser disseminada
entre os associados do complexo IPÊS IBAD. fufgou se necessária essa doutrina-
ção pura que houvesse um denominador comum entre os associados do IPES
quundo participassem dc reuniões privadas, simpósios* conferencias, entrevistas.
üu qualquer outra forma de manifestação pública, quer palanca, quer ídeotófka
A formação dc&ia consciência de classe e poifeionnmcnto político comum era
Lonsiderada de suma importância, tanto para u ação do IPES sobre o sistema polí-
*1
quanto para o desenvolvimento da organização como um todo.
1

tico

O complexo IPES IBAD não apenas desenvolvia uma campanha ideológica


visando suas próprias fileiras de empresários, militares e categorias funcionais,
mus também doutrinava o bloco burguês em geral, em uma operação que dentro
do IPES sc conhecia por ‘projeção de doutrina". A elite orgânica patrocinava c
orguniinva conferências, discussões c simpósios em escolus, faculdades, residên-
cias. dubes sociais e esportivos, associações estudantis e profissionais c nos pró-

prios escritóriosdo IPES. Muitos dos participantes eram então recrutados pelas
unidades políticas do Grupo de Integração. G General Heitor Herrera manípuliva
Os detalhes, A mensagem que a dite organíca disseminava de marcante tom anii-
eomumsla e objetivos sócio-cconómicos modernízantes, envoltos em uma aura
profíssionahrecnocrata, exercíu uma grande atração sobre novos recrutas entre os
empresários, militares e av dast.es médias. Ela servia ao propósito dc suslcnUr e
íomentur u legitimidade do envolvimento anligovcrnist.il das Forçüs Armada na
polílicu.

Umu medido de êxito da maquina de propaganda da elite orgânica fui mov


trncla em tneudos de quando atitudes política* puptilisius e nacíonal-rcfof
1961,
mistas (ornm reveladas pelo IPES e reconhecidas pehis classes médias, as Forças
Armada* e empresários como fenómenos interligados, forlíilecendu, assim, tanto
a sua rejeição no regime quanto aos seus críticos do irahallusmo e da esqücfíto
Objetivando sublinhar repetidamente a mensagem do complexo IPES/IBAD,
ftfrseuso de vários métodos, de si ac ando-se como muito populares os cursos polí*
ttco-ccoiiÒmicos. Esses cursos eram administrados por membros civis e militares
da elite orgânica, que disseminavam entre a intelectualidade orgânica empresarial
os conceitos c as preocupações com segurança e desenvolvimento calcados em
premissas empresariais. Frequentavam as sessões os industriais, banqueiros, téc*
4*
nicos e militares/

Sem um grupo de seus diretores para cada


vinculá-los ao 1PES, este indicava
lugar onde houvesse um seminário, em um numero taí que os permitisse estabe-
lecer o tom e os objetivos da discussão posterior à conferência, assegurando assim
4
sua influência/* Esses diretores se reuniam antes dos seminários, a fim de fixar
as normas gerais de orientação dos referidos seminários e conferências, que de
modo geral se realizavam com a cobertura de uma associação ée interesse s das-
sisias, como as Associações Comerciais e Federações Industriais, assim como as

Sociedades Rurais* entidades culturais* profissionais e esportivas* Os temas trata-


dos naqueles seminários patrocinados c organizados pdo IPES
o sofis- refletiam
11
ticado nível da elite orgânica/ Além disso, valcndo-se da coincidência de alguns
de seus líderes e associados com os da ESC c da ADESG, o IPE5 organizava e
participava de cursos para empresários c igualmenie para militares. ÀO final de
1962, o líder (osé Eh- Cou linho Informava à liderança do IPE5 sobre a organi-
zação de um Curso de Defesa Nacional na Sociedade Harmonia de Tênis, o clube
>ocial e esportivo paulista, curso este modelado a partir de um anteriormenie
dado no jóquei Clube* sob o patrocínio da ADESG/ 11 Dos ipcsiinos, participaram
Pacheco e Silva ç Luí$ Císsio dos Santos Wemecfc/
M
No Clube de Engenharia de Sàô Paulô. centro para discussão profissional
c articulação política, foi estabelecido um ciclo de conferências sobre as '
Causas
do Inquietação Social no BrasiJ"/“ Um outro centro de disseminação ideológica
era a Fundação Lowndes, forma! mente instituída em dezembro de 1963, nc Rio

de [aneíro, Sua patrona era Vivian Lowndes, uma contribuinte do 1PES e


esposa do líder Donald Lowndes, que era o presidente. A Fundação oferecia cur-
sos ideológicos c proporcionava os pontos de referência aos empresários e seus
executivos, Contava como seus professores os associados do IPÉS ou pessoal a
1 '"
ele ligado.

0 complexo IPES/IBAD não confiava apenas nos intelectuais orgânicos


locais para disseminar suas Alguns europeus e americanos também
opiniões.
participavam, O 1PES trouxe da França a militante escritora de direita Suzanne
Labin, Cujos livros ele distribuiu. A escritora francesa proferiu conferências sobre
as Táticas de ínfilt ração comunista e a Guerra política para as mais variadas
platéias, cm tão diversificados lugares áo Rio e de São Paulo como a ADESG,
a ESG, o Centro de Indústrias do Rio de Janeiro, o Sindicato dos Armadores, o
Colégio Santo Inácio, o Teatro Municipal, o Instituto de Educação do próprio
1
II ES, o Automóvel Clube e o Colégio Mackcnzie. Houve conferências e reuniões
165
em outras cidades, como Porto Alegre. Belo Horizonte c Curitiba,
A elite orgânica promovia conferências e seus membros faziam palestras na
Federação dos indústrias de Sao Paulo, no CGNCLAP, no Forum Roberto Simom
sen, na Associação Comercial do Rio de Janeiro e em outras associações de classe
por todo O país. Nesse processo, o 1PES não sc limitava a condicionar apenas
civis n iLceímrem e defenderem uma determinada orientação de desenvolvimento.

253
Ek coftvidjn oftriatt militam par* csm> conferências c cursos. eipandooi ij
dímiíiéii initmici frtiptmníi». perxrahiado* t«rtó "necessidades induilriait
c

nacion*ít cfcr*çk t» nublares ituritMÍiavim a ibwTÇÃo dc valores civil-
r

íinpttMfmi A lúfifrwrKii 4c iilefn ja ciubclfttdi nmò


do rclacionimcnio
com « ESC sc foffaktcu c as Forcas Armadas passaram a ser projetadas como
túciai enspresanai* c pdifKAi ‘naturais" par* cm
determinada fgrma de desen*
toliimemc *
A Igreja te tomou outro campo de batalha ideológica no governo dc Joio
Goulari e tal ver ym do» mas* influente* canais para doutrinação. Ào final di
década <k 50 t iftkw da de oC, c esforço para a mudança social permeou o clero
c cónfltu* toe tétano* mm
ref ratados nas divagem ideológicas mais recente-
mrnic formada* V*»t
per,-rjvàe* e posicionamentos pelos níveis mais baixo* da
por figuras esclarecidas, como o Frei Tomás Cardondl. domi-
litcrar^uia dc clero e
iiuano francèi t o Padtt Hennqje de Uma Víz professor de filosofia, começa-
vam • dcialW a atitude ^r*d»caovul da hierarquia e mesmo as posições dc direita
dc figurai de centro «.«*c [Xtri Heídcr Câmara e Dom Eugcnío Salles, BUpo de
Natal
Ai poftçòr* reformiita» cnstal liavam-sc cm organizações populares, como
§ Operar* Cau4»ca a [uvçntudc Estudantil Católica, a luventudt
luvefiiude
Lmtrrtri* n* Cai^Ka e a Açác Popular* uma frente política multíssetoria). A Igre-
ja te mostra va fendamctital par» a elite orgânica, já que o clero proporcionava
4 lho neceMuada camu*.acaçáo com »* bases sociais populares, consliiuindo-sc na
üniti estrutura nanoei*! verdadeira além das Forças Armadas, Eia representava
õ órgão ideal para *? r*ir ** t lasse* médias, das quais os estudantes, intelectuais,
tit movimrnioi feminino* organizados e os militares obviumente faliam parte f

itnm como para agir por teu intermédio 50 seio das classes camponesas c *f tra-

balhador** urbanas
Cena pressão tobrt a 1 grcji foi txmida pelos associados do complexo PES I

Ui A D ligado* *t toas t*trjiur*i eclesiásticas e leigas, c lambem através da Oput


Dei. organização que na América Latina, como na Espanha, apoiava o liberalismo
econômico e uiieAM pofincoi letnutt iiicos tm contraste com outro* segmentos d»
fgnrja daquela épuca ** Esaat atividades do complexo ÍPES/ffiAD tentavam incof*
purar o mauampk. espectro punível dos intelectuais católicos c figuras publicai
também caiótkai que nao eram aliado* do governo ou que faziam oposição «ele,
Anim. punçóct de certa forma discordante* eram reunidas por meio de urni
mensagem não estruturada de Solidariedade Suciil-Criilá, que sc mesclava com
» visão irajdt m i/anu <oriicr* adora da ehle orgânica Desta forma, tio discreptrv
lei figurai como Akru Amottüo l ima e o extrema direita Gustavo Corçáo entra
im
rarn para u ‘rebanho político do IFF\ Adib Catteb. do Grupo dc Doutrina
t Estudo de São Paulo, e*it*i efivdvido cm um programa de conferenciai e
debatei, que icniava convencer o público da " incompatibilidade do Soci.ít n mu e
d* Doutrina Social da Igreja '* Muito* dos mtelccluaiii católiLOs voltados à refor-

ma foram assim subtraído* do campo popular de fuáo Goulart.


Paulo de Asm Ribeiro e fok Cimdv Torres, doii associados ípesiano* com
sigmÍKimai na hierarquia caiõbca, organizaram
ligações um «muní rio pira o
principio de Hbl, *obre a* "'Reforma* dcmocrâiitat par* um Kraiil em tmc' „

que «n* patnxmadu conjumirocnte Pcmitffcu L Vmríi idade talólki C *


pela
Anmaçèo dos Dirigente* Cristão* de Fmpre^ Af>(
f,í
ih scminlMo* pro
1
punhnm ofcrcccr a “rcípasía crhiã à crise" em oposição às soluções socialisus
que eram apresentadas. Üs parifdpunles dus mesas-redondas eram todos nomes
conhecidos, compondo uma diversificada, c em certos casos até mesmo discrepan-
te coleção de empresários, fecno empresários. políticos e acadêmicos. Gs membros
desses mesas compreendiam; Octavio Marcondes Ferrai, João Carlos Vital, Gui-
lherme líorgho/L Clemente Mariani. Padre Velloso. Joáo F^ulo de Almeida Maga-
lhães, Paulo Ayres Filho. ThemÍMocks Cavalcanti, J. B Leopoldo Figueiredo,
Lucas Lopes, Oswaldo Tavares, Eugênio Gudín, Pauío Lacerda, Miguel Refi/e,
lúlio Barata, o General [uarez Távora, Gustavo Corçío U. Qirdim. E. Fischlo- r

ivírz, Gílberl Huber |r., Augusto F, Schmidi. Gilberto Marinho, Konder Reis h

Eudes de Souza Leão, o General Beiémio Guimarães* Dçmervul Trigueiro, ri- I

neu Cabral, WanderbiJt D. de Barros, fohn Cotrim, H, Fenício. Álvaro Alvim.


Raimundo Moniz Aragão o General L, A. Medeiros, Glycort de Paiva.
1
alter R W
Poyares, Suzuna Gonçalves, Tarcísio Padílha, o Padre Ó'Àvila, Condido Mendes
de Almeida, JoSo Camilo de Oliveira Torres. Edgar da Mola Machado, Raimundo
Padilha, )oiiquim Ferreira Mangía, Mem de Sá, Mário Henrique Simonsen e Mário
da Silva Pinto, Faziam parte da comissão coordenadora; Celestino Basílio, |osé
Cnrlos Barbosa Moreira, Daniel Faraco, José Garrido Torres, Paulo de Assís Ri-
beiro e os padres Laércio, D 'Ávila c Beltrão. A Deriisson Propaganda, de propric
ótiôc do líder ípesíuno José Luiz Moreira de Souza e os fornais O Chho farnal ,

do Brasil, I ornai do Comércio e O f ornai cuidariam da promoção do evento,


O IPES também patrocinava um Ceniro e Documentação Social
para Pesquisa
e Política na Pontifícia Universidade Católica, bem como o estabelecimento de
um curso sobre ciência políticae social na Faculdade de Filosofia. Ciências <

Ldm de Cotnpínas. Ele dktríbuía aos responsáveis por " tomadas de decisão”
*' 1

um conjunto de estudos e trabalhos sobre uma variedade de assuntos, grande


parte dclts incluída nas propostas das Reformas Básicas do IPES e do Congresso
de Reformas dc Base. Organizava ainda, através da PUC e dos Diretórios Acadê-
micos. uma série de seminários* conferências e trabalhos de discussão com vistas
nu corpo estudantil em geral.
As suas ligações com a Pontifícia
Universidade Católica PLC eram muito —
o IPES de apoio intelectual
significativas. Eta supria um campo de ação em—
virtude dc sua população estudantil c académica —
e agia como um canal para a
penetração nas classes médias. Funciona vu também como um canal de contribui-
ções financeiras.
O IPES dava assistência revistas apoiadas pela Igreja ou de
a diversas
orientação eclesiástica Ponte Pitmeira e uma outra mais inicleciua*
como u Revista
lízada, Ccmvfvffrm. dedicada aos acontecimentos culturais e políticos" c ao "estudo
'

t defesa du> valores de nossa civilkução cristã ocidental". *"* Como nos outros
casos o IPES "comprava" um considerável númcTo de revistas para distribuição
entre contribuintes e patrocintidures. A Conenium era escrita principalmente
por professures unvveivdãrios e intelectuais relacionados com a Igreja c publicada
pela Avsuciução dc Cultura Brasileira Convívio, dirigida pelo padre Adolpho
Crippa. teólogo e professor da PUC U "Convívio", também assistido financeira-
mente pelo ||*l'S. toi iuiuludo em I%1 por um grupo de ativistas paulistas para
funcionar como núcleo Je elaboração idcoLógtui e de doutrinação política, Mi-
litares de mi lí! antes passaram petos curvos de lornwçiio política do Convívio "

Como .1 V St i o f.irui entre os militares, o próprio II* LS entre os empresários*

255
e intelectuais e no meio partidário, o “Convívio", agindo na área da Igreja,
ADP
dirigia seus esforços contra os inimigos comuns. Os empresários contribuíam
para o “Convívio" por meio da UNAP —
União Nacional de Amparo à Pesquisa,
uma espécie de fundação, criada em 1963, c que dissimulava a presença do 1PES.
Essa organização agia por meio do instituto de Formação dc Lideres, uma agencia
de notícias e um Centro de Pesquisa. O Instituto oferecia cursos básicos aos
estudantes, sindicalistas e outros setores do público, preparando -os para a mili-
tância ideológica e política em suas áreas específicas dc atividade, oferecendo
como também visando a ampla disseminação da mensagem do 1PES.
orientação,
Os "melhores" alunos eram escolhidos para participar dc cursos especializados
para ativistas, tendo em mente, em especial, a organização estudantil e sindical.
O Instituto preparava também ciclos dc conferências destinados a doutrinar a
opinião pública.
1

Apoiava, ainda, outros projetos do Padre Crippa, tais como
a Escola Superior de Liderança t a organização de um seminário político, que
viria a ser o centro de estudes do desenvolvimento, foão Baptisu Leopoldo
Figueiredo indicou Paulo Edmur de Queiroz como o homem de contato e assessor
dos projetos do Padre Crippa. í?l A agência através da qual es se centro operava
era a Planalto, porta-voz do IPES, e hoje conhecida como Plana. Com rclaçao
ao Centro de Pesquisa, ele fornecia o molde para as atividades dos intelectuais
de direita dedicados à análise da situação política. Esse trabalho era subsidiário
do Grupo Doutrina e Estudo e ao do Grupo de Levantamento da Conjuntura
do IPES de São Paulo. Essa seção publicava a revista Canvivium. 17*
Procurando legitimar o seu posicionamento publico, o IPES também inter-
vinha em grupos aparentemente inofensivos. A Associação Cristã de Moços foi
173
um deles Apesar de sua aparência e suas declaradas atividades esportivas e
,

culturais, aACM se envolvia profundamente em assuntos políticos. O apareci-


mento dos jovens da ACM e suas mães em passeata pelos ruas de São Paulo,
expressando o seu temor pela "comunizaçio" do país* representou uma forma
eficaz dc propaganda. À ACM
se envolvia bastante na mobilização popular contra
o governo, especialmente nas marchas de rui e comícios públicos, juntamente
com organizações de mulheres das classes médias c outros grupos e movimentos
patrocinados pelo IPES. Como foi relatado à liderança do IPES, “a ACM julgava
conveniente manter a unidade do grupo que organizou o Comício Democrático
na Praça Roosevelt em Sâo Paulo". 174 Para conferir continuidade a seus esforços,
ela procurou o auxilio do IPES, Era também um importante recurso para a infra-
estrutura dó IPES, jã que ela proporcionava uma ampla rede de centros para
reuniões, discussões, conferências e seminários. Seus arquivos, cuidadosamente
organizados, supriam a elite orgânica de uma população alvo identificável, para
a disseminação de idéias nos vários bairros. EU propiciava um valioso perfil das
classes médias, reunindo pessoas de tipos de vida diversificados e faixas etárias
diferentes. Valendo-se de sua imagem pública, a ACM conferia legitimidade insti-
tucional às atividades que não eram muíto apropriadas ao lema da associação de
jovens; ao mesmo tempo ela poderia também operar como uma unidade para
1

"[impar *
contribuições especiais.
Algumas das abordagens e temas dos seminários e conferências organizados
pelo IPES que se realizaram nas sedes da ACM eram: "Executivos de Empresas
e a Preservação da Livre Iniciativa ', "A Responsabilidade da Empresa Privada
1

diante da Sociedade", "Cooperação Econômica entre o Brasil e os Estados Unidos"

256
e "0 Papel do Governo”. Como um subproduto de suas tentativas de formar
solidariedade de classe e elevar a consciência política entre empresários, exe-
cutivos e gerentes, o IPES também disseminava nessas conferências a sua men-
sagem ideológica aos sócios classe média da ACM. Ressaltava, entre Os organi-
171
zadores de tais eventos, o empresário ipesiano Décio Fernandes Vasconcellos,
A União dos Escoteiros do Brasil, liderada pelo Frei Daniel, também recebia
assistência do IPES, através do Frei Metódio de Haas, que fora indicado pelo
Arcebispo Dom ]aime de Barros Câmara. * O contato miciaJmente se estabeleceu
17

através de Eugênio E, Píister com Paulo Ayres Filho, Guilherme Martins, da


companhia Philips, foi procurado como um candidato k contribuição, por suas
177
''ligações com as atividades de escotismo", As contribuições aos escoteiros
serviam para manter a imagem pública do IPES e o supriam de faturas legítimas
por "despesas" feitas, bem como outro meio ambiente de classe média no qual
operar.

O IPES também desenvolvia suas atividades de doutrinação através da


Fraterna Amizade Cristã Urbana e Rural —
FACUR, que fazia uso das sedes
da Sociedade Rural Brasileira para os seus seminários e cursos. Nessas atividades
estavam envolvidos os ipesianos José ULpiano de Almeida Prado, Paulo Edrtmr
de Souza Queiroz, José Pedro Galvão de Souza, da Faculdade Paulista de Direito,
171
o Padre Rapkad Llano, da Opus Dei. Adib Casseb e o Padre Domingos Crippa,
A FACUR também se envolveu iniensamente na mobilização das classes medias
contra o Executivo e específicamente na mobilização política das mulheres, orga-
nizada pelo IPES, o que será discutido detalhadamente no Capítulo VII.
Outro meio sistemático utilizado para levar a ideologia do IPES a recrutas
c também para moldar a força social empresarial em um bloco burguês de poder
era através de uma unidade especial, Grupo de Educação Seletiva GES *
e através do Instituto de Formação Social. Q GES administrava dois cursos
básicos, o Curso de Atualidades Brasileiras —
CAB e o Curso Superior de Atua-
lidades Brasileiras —
CSAB, que continuaram a operar depois de 1964. Sob a
responsabilidade de Oswaldo Breyne da Silveira, em São Paulo o IPES também
organizava seminários, conferências e cursos especi aluados, ^
Conferia "bolsas
de estudo" a estudantes, líderes sindicais urbanos e rurais e outros ativistas dos
Círculos Operários da Universidade Católica dc Campinas, do "Convívio", do Mo-
vimento Universitário de Des favela mento e do Instituto Universitário do Livro, a
fim de possibilitá-los a participar daqueles cursos,
Qs cursos eram oferecidos a platéias diversificadas e em lugares diferentes*
levando consideração as suas diferenças culturais t intelectuais, assim como
em
05 seus papéis funcionais. Entretanto estimulava-se o intercâmbio entre os grupos,
para assim "atenuar as barreiras de classe",
0 programa de "educação seletiva" consistia em uma forma stif-generis de
cooptar membros do aparelho do Estado e de outras classes EU começou com
a intenção inicial de aproximar segmentos diferentes da classe empresarial e
4
grupos funcionais de modo a "conviverem' intelectual mente. Um
segundo estágio
foi, eu tão, apresentar-lhes o IPES t torná-los associados,

0 IPES considerava a composição de uma unidade de educação seletiva como


ideal se formada por dez empresários, quatro profissionais liberais, dois sindica-
listas das ciasses trabalhadoras, dois estudantes, dois jornalistas, cinco ipesianos

257
ltl
c t convidados especiais ".
' Ele reservava dois lugares para candidatos evcn-

ruais que pudessem usufruir ou contribuir especial mente para qualquer curso espe-

cifico.

Jmciaknente os seminários seriam enxertados nas organizações existentes


que tinham a sua disposição facilidades próprias, como a Associação Comercial,
a Federação das Indústrias, o Clube dos Diretores Lojistas, o Centro de Enge-
nheiros, a Reitoria da Universidade de São Paulo, a PUC, convidando para a
direção de cada seminário um membro da respectiva organização onde o curso
se realizava. Os ativistas dos Grupos de Doutrina e Estudo de São Paulo e os
membros do Grupo de Integração c do Grupo de Estudo c Doutrina do Rio
proveriam o apoio de infra-estrutura, assim como seriam os seus beneficiários.
Gs objetivos dos cursos seriam '"informar" os empresários, profissionais,
tanto civis quanto militares, e os responsáveis pela formação de opinião pública,
como de sindicatos (as "diferentes classes
jornalistas, lideres estudantis, militantes
da elite nacional", conforme o General |oio Batista Tubino, líder do IPES)
114
sobre os problemas brasileiros dentro das perspectivas ideológicas do IPES.
E!e também cultivava esse solo fértil como uma fonte de novos recrutas. Formos
se posteriormente a Associação de Diplomados do IPES ADIPES, uma orga- —
nização de seus ex-alunos que visava manlé-los ligados ao IPES e com importantes
funções depois de 1964. A ADIPES era estruturada no modelo da Associação
de Diplomados da Escola Superior de Guerra ADESG. com funções sem* —
Jhantcs, compartilhadas também com o "Convívio". Conforme o associado ip«it-
no, o Coronel VidaJ, a ADIPES era integrada ao Curso de Atualidades
Brasileiras, servindo de um reservatório de ativistas 1 ** para a ação política e a
pesquisa de diretrizes políticas.

Os eram organizados em três ciclos


cursos tinham a duração de três meses e
diferentes, destinados, segundo o General Tubino, a revisar "conceitos básicos
1

nos campos de economia, sociologia e política e a estudar os “aspectos prin-


'

1*4
cipais da conjuntura nacional", assim como pesquisar e estipular o referencial
para a solução dos principais problemas da situação brasileira e a apresentar
111
pesquisas feiias pelos grupos de trabalho de variados participantes- Os confe-
rencistas nas atividades do CAB consistiam, como sempre, em nomes conhecidos
111

e a estrutura desses cursos compartilhava semelhanças com os dos grupos de


estudo e cursos da ESG. O CAB servia a outros objetivos também. Os cursos
eram unidades de desenvolvimento de idéias, bem como dc pesquisa em assun-
*7
tos de interesse empresarial ou político. planejamento dos cursos visava
1
O
constituir um esforço antj-JSEB. uma tentativa de se colocar uma alternativa
para o Instituto Superior de Estudos Brasileiros, o centro nacional-reformista de
pesquisas e de formulação de opções políticas, que atraía académicos, militares,
111
jornalistas e estudantes.

Finalmente, o Instituto de Formação Social IF3, estabelecido em 1963, —


dcditavtsc ao recrutamento de seguidores "cm todos os níveis da sociedade bra-
sileira" e à disseminação da ideologia do IPES. Representava uma conveniente
cobertura para cursos de doutrinação entre as classes trabalhadoras c para o
desenvolvimento de alivtsmo sindical. O IFS oferecia cursos para empresários,
executivos c gerentes, assim como estudantes e ativistas femininas. Ele encarre-
gava-se lambém de cursos especiais para ativismü de sindicatos c de camponeses.

258
CüTKÍüliü

ê óbvio que è extensão de operações desenvolvidas e alcançadas pelo com-


plexo IFES/IBÀD em tantas áreas envolvia extraordinária perícia profissional
e política, assim como surpreendentes recursos financeiros que ui tra passa vam
bastante o que o 1PES oficiai mente declarava como sendo suas despesas,
O bloco multinacional e associado, através de soa elite orgânica, era capaz
de englobar o apoio de amplos círculos das classes dominantes, na sua tentativa
de formar um novo bioco histórico, A elite orgânica não confiava unicamente na
força material que o seu domínio económico lhe conferia para exercitar uma
efetiva liderança das classes dominantes.
Tornava-se claro que, a partir de suas diretrizes políticas e de sua ação,
a elite orgânica centrada no complexo IPES/IBÀD sentia a necessidade de uma
atividade ideológica que levasse ao estabelecimento de sua hegemonia dentro da
classe dominante, como um meio de subir ao poder À íormação de um bloco
burguês militante e sua liderança político- militar pela dite orgânica mostrava se
uma condição necessária na luta do emergente bloco de poder para harmonizar
suo predominância no campo económico com a sua autoridade política c a sua
influencia no aparelho do Estado, A formação de um bloco burguês militante
sob a liderança da dite orgânica era também necessária para alcançar a contenção
das classes subordinadas t a exclusão dos interesses tradicionais,
Embora o bíoco modemizante conservador fosse incapaz de se impor por
consenso m
sociedade brasileira, ele* no emamo, era capaz, através de sua cam-
panha ideológica, de esvaziar uma boa parte do apoio ao Executivo existente e
reunir as classes médias contra o governo. Ademais, os efeitos das atividades do
complexo IPES/ÍBAD acarretavam consequências sobre a capacidade do Exe-
cutivo e da esquerda trabalhista de compor um alinhamento exequível para rea-
lizar suas reformas distributivas e medidas nacionalistas. Porém, a contenção
ideológica das classes populares e a mobilização ideológica das classes médias por
si próprias não eram suficientes paia levar a uma troca de regime. A contenção

ideológica era suplementada e coordenada com outras atividades nos campos poli*
ticos c militares.
A ação político-militar do bloco multinacional e associado seria vital para o
desenrolar da crise do bloco histórico populista e fundamental para levar ã
instituição de um novo bloco de poder no Estado,

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Quanto a. c$sa argumentação. Finar füt % Em termos da regra de maximizar a sa-

uma observação ao afirmar que lodo Inte- tisfação de uma classe, fração nu um blo-
resse econômico icm uma dirclrht básica: co, essa diretriz "é complciamtnic racional
"imobilizar o restante da economia, perma-
e, além disso, somente será alcançada pela
necendo, ele próprio, tão Livre qunnlo an-
ação política". F. 0, CASTLES, Búsincis
tes." Samuel FINER. Frivaic índustry and
and gavtrnmeni: n Lypology of pressure
poliiLcal power, ln; Ramsay Muir lecture.
Grã-Bretanha, Pall Mall Pamphlcl» 1938, p. group activity. Pofítícaf $|w<íí«. Oxford,
1712): til, Oxford Univ, Frcw, Juno, l%9 +

259
3. Ê inleratflnlc que jc aplic* a
ressaltar don, 06 de julho dc 1967, NSF, not Arqui-
OK caso i observação fciii
por Rtthard vos |FK, (No mesmo telegrama, Lincoln
Bmcl, tmáirttor d*í Gperaçoti Secretas d« Gordon menciona * volta de fttaiflla ip
CIA Americana Eíe mencionava a rede Rio de um deputado do PSD que ctti che-
Jfiíerdcpíndrníc de meros tf órgãos que ír- gando para organizar oi miJiiares contra
v«m o um* mudança social. Deixou t«t loAo Goulartl, Em 1963, Lincoln Gordon
faro bem claro em uma reunião do Coun voltava a nfirmnr que Joio Goutari u mot-
cllcm Forca (*n ReFjtiom. quando enfatuou trara "um eslraicgista políMco excepcional-
que "A intervenção secreta ê.,, mais dí- mrnie perspicaz, cujo desempenho em n*
car cm litiiaçócs onde « empreende um conquistar o pleno poder atingiria n mui*
ciforço ahrangcnic com um mímtro de ope- alia uvolíaçüu em termos dc política pura,"
rações Isulada», projetadas para ipoUr c Memorando de Lincoln Gurdoti u MeGeor-
complementar umas ài ou trai c obicr um gc flundy, Casa Branco, Departamento dc
e feiro cumulai! vamcfitç significa Li\g”. Ci* Eirado. 07 dc março de |%1.
lado em Fred HJRSCH £ Richard FLET- í. Sobre as atitudes políticas dat cUites
ÇHIR, TKe libour moem ent pcneiration empresariais em relação I elite dumimiritt,
point for US imdlifeiKtf and iraninationaU.
quando esta é lomada como ilegítima, vide
In: CÍÂ and tht tebovr mgrewrtf Grã*
F. G, CASTLES, op cit p 167 «7.
Bretanha. SpoLevnin BooLi, 1177, p 10,
6, Para GLycon de Paiva “Ação Política é
4. O
\tâa do IPt5 Giytoft de Paiva ev
igual
11

a ação discreta *. IPÊS CD, Rio, 32


lava cdnKÍo do problema Em uma reu- de maio de 1967.
nião da Cominão Diretora do fPES. no dia
0J de ibnl dc 1967. ele obienou que " 7. Gíycon de PAIVA, tilado cm Matlitc

volla do Pftiidrnle. sen grande demora SIMONS. Whoic coup? BrtítiUên tnlormt-
no* Enados Cmdoa. **i dar muito o que tion Bvtlttm, Estudos Unidos, Califórnia.
filar O nii aprendendo a go-
Preiidenie C I2> d Winter 1974. lambém A
Vide 1

vernar, Mesmo Tancrede Neves apeur de LáNGGUTH. Hiddtn Ttrron New York.
I» um mau aluno, umbétn aprende Se PiMhcon Books^ if7B. cip* J*
Joio GouJ*ri trouxer consigo alguma fór- 1, A
percepção dot acomecimcnioi que k-
mula, cie pudera gerar grandes couis". Ha- varam ao golpe dtf 1964 como «ndo uma
via avaliaçón similares dc mari ou trai fon- conspiração milíiir pode ter encontrada dt
sobre a capacidade de João Goularr uma forma extrema cm Atbêrico Barroso
manobrar dentre do sistema 0 embataado t ALVES. O romance éa re votufêo? como
Lincoln Gordon tambóm acreditava que c por qu r oconttccu a rcvotuçãQ ét iw-
*|nto Goulart provou ter fumj político in- ço Rio de Janeiro. Anencrva. 1974 Tem-
teligente. capa t c dncjúte fdc] vencer uma ie dado cqniíderávd atenção ao compkzo
oposição a longo prazo com base {emf ob- mecamimo miltiar do goíptf c I micrprcti'
Jtfilvoi moderador, dt aparência respon- çlo dos Aconrtcimtmoi que levarant a tk
sável. enquanto ainda reivindicando leal- em abril de 1964. como tendo sido o muh
dade I tua base pdftki popular For lado da açio de um aparelho militar au-
bem ou por maL foão Goulart mi pre* tónomo, ou um subsistema militar. Tal apa-
vindo ter [o] único líder no ernino aluai, relho militar autónomo, embora aliciado
cm tomo do qual pode ter formada fuma| por cívii e com des mierigmdo, revdou
eíicai coalizão de forçai política* ecnim- Como
se instado o intervir devido a sua
tt-i . .*\ Telegrama dc Efrasítia ao Depar- "predisposição institucional para moderar
tamento de Cnado. Lmcofn Gordon 27 de o liitema, bem como a sua ideologia dc
março de 1%J, KSF, nos Arquivos |FK. coniirução de nação aprendida na Escola
Alfuni me«i depois* Lincoln Gordon re- Superior dc Guerra"* Sobre esse asiunio,
conhecia que; "O Congresso kiiil comple- vide faj Fernando PEDREIRA AfurfO Jf:
lamente desmoralizado pda demonstração cmi r mitiwti no prócnio da ctil* bnr-
[da] habilidade de Joio Goulart (dej or- ««Trino Río de laneiro, I Álvaro, I9b4 (b)
ganiiar o* irabalNadore* em teu apoio (na] Alfred STE.PAN. Tht mtftUtty m poUtia;
forma [dej grete geral/' Telegrama do Rio c/mngMg patterm in Brar ií. Príncctoit, Prin-
ao Departamento de Esiado, Lincoln Gor+ ccton Univ. Fksv J97I (Alfred Sicpan ado-

260
íqu vasta mente i análise de F- Pedreira), iegorkamente ostenrivarnentè poiítivamen-
Dob trabalhos lefilicam * ênfase dada por le contra." Telegrama do IPES* 25 dc mar*

esse* referidos autorxs; {a} Elicicr Riuo ço da í%3, Giycon de Paiva, Av* Rio Bran-
de OLIVEIRA. As Forças Armadas: polí- co, J56, 27." andar. Via Jtalcabte, Ref. 44)0,
tica e ideologia no Brasil, /964/96P. pç- Agência n. 4* Rio, Joio Biptisia Leopoldo
itòpoUs, Vozes, 1976. (b) Edmundo Coelho Figueiredo* Rua Álvares Penteado. 65, Sio
CAMPOS, Em busca de ht entidade: o PfiUlO.
Exército c a politka na sociedade brasitei-
1 1, Q IPES leria de se resguardar de qual-
ta* Rio, Forense Universitária, 1976. Se se
quer prejuízo à sua capacidade para a açêo
acompanhar uma análise que desiaca a A ou
eficaz. identificação a suspeiia <te li-
ação burguesa de das», pode- te ullrapav* gações entre grupos ilegais paramiji tares ou
iftr a bus cd dc causas imediatas isoladas,
políticosdeveriam forçosa mente set evita*
l*ii como os molins militares» «t passeatas
das cu negadas a qualquer preço* Por exenv
dc ebisc rriêtíio, discursos provocadores ou
píe, em fevereiro de í962* dois membros
açõci arbitrárias do Executivo instigando a do IPES, Gitbert Muber
o General Jr. e
açio dn direita. Finalmente, pode-ic põr em Golfeery do Couto e Silva estavam sendo
perspectiva a contingente cipinsüo de tro-
apontados como comprometidos com o Mo-
pas estrangeiros na área, o apoio logístico vimento AmiMCormimjti MAC* uma or* —
por elas conferido c o envolvimento sigilo-
ganização paramilitar de direita muito ati-
so direto dc agentes especializados e gover-
va peia promoção de tumulto organizado e
nos estrangeiros. Vide (a) Monte BANDEI-
mensageira na conspiração contra o gover-
RA, Presença dos Estados Unidos no ffw*
na e trapas de choque contra a mobilizo*
jjV; dois séculos de história. Rio de Janei-
ção dt estudantes e sindicatos. Seria eíti-
ro, Civilização Brasileira, 1971, (b) J.
mtnte ao IPES que essa ligação
prejudicial
Kulppers BLACK. U>S . penetration vf Bra-
viesse ao conhecimento público. Paro Gly
xil. Manches ler, Manches ter Uíiíy, Press,
MÜREL. O golpe começou con de Paiva, "i equoçio IPES-MAC cr»
1971, (c) E. em
dc letal" c Antônio Gilloui ressaltava que
PKtffMngfo/r, Rio Uftttio, Civilização
Brasileira, 1965. (d) Fhyííís PARKER. /9&f. '"Todo membro do IPES acusado dc per-
O papel dos Estados Unidos no golpe de tencer no MAC de sc defender. Con-
teria
51 de março. Rí o de ] asneiro* Civilização tudo, em sua defesa, nem de forma poiL
BrasíJeir», 1977. ttva nem negativa, ele deveria fazer i mb
9. Foi realizada a sçio iritíiíar pelas ej*^
mm* referenda ao IPES." Gílbert Hubcr |r.
ses dominantes* preeísimefite devido à acrescentava que Alfredo Nosser. por set o
consciência por parle do Estado Maior da Ministro da Justiça de joio Goulart e ser
burguesia da necessidade de impedir a or- responsável por comomar o problema, sen-
1
ganização polfika do bloco popular e ela tia se "apavorado t embromado '
pelas acu-
búr&r uma manobra preventiva ou, como sações. IPES CE Rio, G5 de fcvntma dc
foi descrita, um "golpe defensivo'’, pari 1967 .

conter e abafar a atividade das massas su-


bordinadas e sua incipiente liderança or*
12, “O IPES iem de adniar uma posição

gánica política.
de completa inatacabilidade. Dou um exem-
plo: um levante nos portos O IPES jamiii
JO. TPES CD Rio. 03 de abril de 1962. In*
deve aparecer nesses assuntos ou simila-
sisiiâ-sc muito na questão de agir eneobtr-
res. Temos que agir por trás dos bastido-
tamente, bem corno colocava-se bastante
res. Hã empresários dentro dn IPES." O
ênfase na necessidade de ampla participaçio
motivo para não aparecer diretamente se-
de classe. Em um telegrama enviado por
ria que nos futuras tentativas por parte do
Glycon de Paiva a João Baptisti Leopoldo
IPES dc reeleger deputados amigos para o
Figueiredo, «te último foi relembrado de
que "Confirmando ic 1c fonema hoje verbi Congresso, ele deveria se manter "
fora da

grafia somos contrários ação ostensiva no- «na. com os outros organismos agindo com
1

me IPES caso Congresso Cuba pt Relem- funções definidas. "


Ata do IPES, 12 de ft-

bro camarada necessidade fazer iodas n vereiro de 1962.

associações de classe $= manifestarem ca- 13, IPES Cta. Gr., 21 de agosto de 1962.

261
14 A ADCE cr "um* entidade recémíuiv pânico" A campanha da "ameaça verme*
dadi, modelada cm um érgio francês sími- lha" empreendida pcío IPES mostrou-se
le Demonstra va impressionante ideologia
r. rrmíío útil na melhoria dc sua situação fi*
socíaJ crârí que enfatizava o característico ntnodr*. ji qot atraiu contribuições çje
[tms brasileiro dc paz socUl com um* nç> empresaria* tomados de pinico e profis-
va roupagem c oferecia um pre grama abran- sionais que temiam o futuro. Desde os pti-
gente de curso* de treinamento gerencial. mòrdíos de 1962. havia tida confiada a
P. SCHM1TTER, Interest. conflict and po Dano dc Almeida Magalhães a urefa de
íiticaí eftangr m Braztl. Califórnia, Stanford recrutar 30 pessoas bem conhecidas para
Univ. Press, 1971. formar uma equipe inicial que escreveria
artigos para amplos setores da opinião pú-
1$. Sobre as cs ficas do pressão c a ado
orgânica e a necessidade
blica sobre assuntas determinados pelo
direta pel* eliic
IPES. Dependendo da circunstância, po
de atividades a curto prazo para assegurar
der-sc^ia ou não atribuir ao IPES os arti-
os objetivos longo prazo, vide N. BAI-
gos publicados A remuneração seria cm
LEY. Orgaotiatíon and operatioo oí neoli-
base de 5 0ÜQ cruzeiros por artigo, tima
brralivm in Latin America. In: Laiin Âm&
série de artigot foi produzida sob a coor*
rica: póUtks, economia and hemispheric
denação geral dc Darto de Almeida Maga-
iccurity. New York, Praeger, 1965.
lhães e Net Peixoto do Vaite, pagamen- O
16, Como fkou destacado em uma db* to era efetuado pela gigantesca companhia
cuuão entre a liderança do IPES de São de refrigerantes e cervejaria Antártica. Dc-
Paulo é o General Modul Moreira lima: signou-se o líder Miguel him para fazer
'
O perigo no Brasil nio c o comunismo, no e***s combinações- IPÊS CD Rio, 19 de
momento. mas o movimento popular de fevereiro de 1962.
subversão da ordem que seri dirigido e
encampado pelos extremistas- Os culpados
22, Cana de |* B. Leopoldo Figueiredo,
mostrada perante a Comissão Parlamentar
do processo es poli* li vo aos olhos do povo
$ão as classes produtoras, muizo mais do
de Inquérito —
CPI, instaurada para in*
ves ligar ai denunciadas atividades irregu-
que o governo/' IPES CD e CE. Sio Pau*
lares do complexo IPE5/1BA D. Nesse
lo, 27 dc novembro de V962-
cana estava mencionada a compra de es*
17. N. BAILEY op. cii. p. 215. A resis- paço editorial em O Qloho < o apoio a
tência ao populíimo fora também o urro ser conferido a um jornal dc direita • ser
chefe da ESC. John KOHL * | r LITT. Ur* Eonçadq em breve. (a} Política e Negócios,
bon guirrilla warfore in Laiin America. 2 de setembro de 1963. p, 1 L íbl Plínio de
Cimbridgc, MiU. MIT P™. 1974. p. 39. Abreu RAMOS. Como agem os grupos de
I*. Vide (*) O Euado de São Paulo . 19
prtisãa. Rio de Janeiro, Civilização Brasi-

de julho de Estado de São


1963. (b| O leira. 1963. p* 63.

Paulo, 20 de julho de 1963, sobre a ação 23. IPES CE Rlo f 27 dc julho dt Í962,
do IPES e do I B AO. Gíycon de Paiva. IPES CD Rio e CD Sio
19. IPES CÊ Rio, 12 de junho de 1962. Paulo, 20 de novembro de 1962,

O do IPES Gilbcrt Kuber |r. enít


líder 24, Conforme foi mencionado no cip. V.
tirava que u reformai proporcionaram **â
25. Telegrama ao Departamento dc Esta-
munição pari o Grupo de Opinião Públi-
ca",
do de Delgado/Árias, em Recife, 427, R
29 dc junho de S962> Noi National SecuH'
20. IPES — Retatérb Anual, 1963, p - 7, ty Filei, John F, Kennedy Libriiry.

21. IPES CE Rio. 8 dc junho de 1962, 26- IPES CD Rio, 4 dc (tlcmbro de 1962,
Glycon de Paiva, O IPES organizava L* Moreira de Souza,
equipes de " manipula d Ores de noticiai"
27. Pülltha t Negóciút , 19 de n gaito dc
que preparavam c compilavam material
iob i coordenação geral do General Gol*
f%3 + p * 30-
brry do Coulo e Silva, especialista em 28, (a) Ai Sombras do JBAD, Veja, 16 de

guerra psicológica, Esses "manipuladores" março de 1977* p. 4 (Alá da CPI)- (b)


ic responsabilizavam pelas "campanhas de Flãvio Gilvlo a Glycoti de Paiva» ReUló-
do di CPI, Câmara doi Deputado»* Bn ríes, EUA. American Unív, Fíeld Staff,
iilii, 1961. p, 3 74, (c) Plínio de Abreu íunc 1964. v. 11, n. 4. p. 1M2*
RAMOS, d p. cit. p. 78-
33. fa) O
Estada de Sàa Paulo, 11 de ju-
29. EnUe Schmtdt produfla
outra», A. F, lho de 1963. (b) Eloy DUTRA. /B4£3; »<
4 u o influente iéde Coluna por Um em fia da corrupção. Rio de Janeiro, Civjlí ia-
0 Globo Ele *e faiin extremamente útil çlo Brasileira, 1963. p 1 7-S. complexo O
por iua influência e prestigio entre o pú* ÍPES/IBAD pagava ao Jornal A Noite
bltco cQióltco de classe média. Ai lun de- 2 000000 de cruzeiros mensais (c) Plínio
núndtft em rd ação i postei onamen tu» de de Abreu RAMOS, ap cit. p. 65.
ecnim e centro- esquerda dentro de hierir 34. IPES. Reístófio Especial, 6 de junho
qui* (Ia igreja, portando o cunho mora- de 196T
lista de severo paeu e escritor profissio-
35. IPES CE, 11 de setembro de 1962.
nal, causavam um impacto altamcnle no-
eivo. Atd mesmo o bispo do Rio. Dom 36. Ata do IPES, 25 de maio dc 1962,
Heí der Câmara, da centro-direita, era um General Gotbery.
êivo especial pira os ataques de À. F. 37. (a) IPES CE, 21 de agosto dc 1967.
Sehmrdt, Ái suas ásperas observações so- (b> IPES CE. 29 de novembro de 1962.
bre o vigor populista de Dom Helder Ci-
íc) IPES CE Rio. 5 de março dc 1963.
ntara c is preocupações com i situação Á em
idéia seria "colocar a bola jogo. mat
dos favelados do Rio {' essa conversão sú- tem n
a etiqueta mude h% lPES.
bita voltada ao pobre está longe do me-
reeimenlo di consideração do* católicos
18. UI IPES Rio, 17 de mato dt 1962. íb]
mais lúcidos'") ou seus ataques mordam
O Estado de São Páuh* 20 de junho de
1963.
sobre os líderes centro-esqutrdislas do
PDC C agentes do comunismo disfarçados 39. Eldínu BRANCANTE. Relatório do
em católicos”) Itgaramíhe um lugar espe- Enado Maior Civil de São Pauto, In
cial no esforço de propaganda do comple- Olympío MOURÂO Ftlho — Memórias;
xo IPES/IBÀD. Vide A, F. SCHM1DT. a verdade de um revolucionário. Rio de
Prelúdio ü uiiw revolução. Rio de Janeiro, laneifo, L & PM, 1978. p. 212 (inlroduçáo
1 tl do Vul, l%4. Um* sckçáO de suai e pesquisa dc Hélio Silva).
ôbr*s política» foi publicada cm O Globo ,
40. Pelo Brasil, pelo icu prugresso e pe*
10. IPES CE Rio, 29 de novembro de la felicidade do teu povo. cormo a dtsoc

1963* Glycon de Paiva. dem, a irresponsabilidade e a demagogia


O Estado de São Paufo. 21 dc janeiro dc
31. Clarcnce HALL. The eounlry ihaí s*
1962
vd ítself. Readers Ehfof. Eitados linl-

dm, Novcmber, I9b4, p. 141 {reportagem


41- O IPES pntkteiriiu controlar* ou
recebia o apoio direto da imprensa mais
eípcciaí).
r a tç gsx irada dos principais centros urba-

32. Um
fluxo constante de dcmtoeias diá- nos do p*£s, como fot visto no cap. V e
rias era mitnumentado pelo Grupo de Opi- por iodo o cap. VI. bem como o apoio
niio Pública. Através de associações de internacional da imprensa amiga-
idéia, fatit-tc uma miscelânea de condena* *2. IPES CE. 11 de junho de 1962. Vide
ções a oao Goulart, ao Partido Comunis-
|
também sobre o espaço comprado pelo
ta. Tito. Moo, Khnithow. Cuba. unida cv !PE$ no Correio da Manhã pare que o r

tudiiuii, sindicatos, â reforma agrária, à jornal publicasse uma entrevista feita com
citJtiioçlo, ao Partido Trabalhista Brasi- Mario Brant, mencionado no IPES CE, U
leiro. à corrupção, ineficiência e socialis- dc setembro de 1962. Ao final de 1961,
mo Vide () Júlio de MESQUITA Filho, Joio Punaro Bky, comandante d* 4* Di’
A democracia e o fenómeno brasileiro- O vsão do I Exérctio,tm Minas Gerai», fet
Estado rff São Pauto. 14 de agosto dc 1963 um discurso cm Bdo Horucmlc na audi-
(b) James W. ROWE Revohstion ce eoun tório da Assoe jação Comercial do Estado,
Icr-revoftilicHt m Ekaiit: in ínterim aues- O encontro fora patrocinado peia rede do»
imem. fui Eair Coari South America Sf Diàrm Assolados, cujo editor *otin

263
itndo financiado pela CIA p*rm promover exemplo, que 0 1PES organizaria as gran-
ú aniicomuniimo. Como nio poderia icr des empresas multinacionais c associadas
àt outra forma, Punaro Bíey proferiu um para apoiar a edição espcdal dc G!úho O
discurso antkomvobu. - + Punaro Bley dc 26 dc fevereiro dc t%2 sobre o Pro-
clamava que os comunuUJ haviam peno- grama da Aliança para o Progresso. Dia
trado cm todos os níveis da sodedude bra- tinguiam-se entre as corporações contribu-
sileira c punham uma séria ameaça è de- intes: Urnniff InL, Lcon Isrnd Agrícola c
mocracia". A. f. LANGOUTH. Htddea ExporiaçãOp IBM, Vick Farmacêutica, Esso
Urrort. New York, Pamhton Boõks, 1978. Brasileira de Petróleo, Durroughs do Bra-
p, ?7 Sobre os inridenlcs que sucederam
0
sil. The Home Insurance Co,, American
ao discurso c a sua rcpemmio* vide A, ). Insurance Co., St. Paul Fire and Marlnc
LANGCUTH. op, ril, 1976. p. 7640, Ensorancc Co*. Remingion Rand, ITT,
Atlantic, Liquid Carbonic, General Elcc-
41. Reunião Geral do JPES* São Paulo,
tríc, GiTettc Safety Razor. Vidç também
21 de outubro de 1962.
Plínio dc Abreu RAMOS, op. ci(. p, 67-8.
44. O
Comité da Aliança para o Progres-
no Rio a II de novembro
so* estabelecido
45, 1PES CD Rio. 19 de fevereiro de
de 1962, compunha-se de Luiz Simões Lo- 1962, Essa operação foi feita a um custo
de 8000,000 de cruzeiros. Vide também
pes (da Cia. Fiação Tecidos São Hemo.
Banque de ['Indochine, Société Co lonière N.BLUME, Pressure groups and decisbtt-
Frníicocéanique); João Caímon (Dídrioi
makmg in Brazii; $ tudies in comparai ve i

Associados), Thcmísiocles Cavalcanti. Dam


iníernationaf devdopment^ Saíól Louis,
Missouri. Washington Univ, 196748. V, 1,
lon fobim e o pdega Ary Campbta. Gil-
Nh p. 217, Siríe de monografias (So-
II.
bert Huber Jr. e Paulo Ayrei Filho fre*
cial Science fnsriíute), £ interessante citar
qücntemenUr rsiavam em contato com fun-
extratos de uma das reuniões em que a
cionários di ALPRO americana, empresá-
Aliança para o Progresso foi debatida, já
rios e executivo* dos Ei-ífldos Unidos liga-
dos nos objetivos gerais da Aliança, bem que eia esclarece o procedimento geral e
as atitudes. Para José Luiz Moreira dc
corno Figuras de povemo. Dessa fornis, de
Souza, "À idéia é a ação política. Falta
volta ao Draiil em maio de 1962. Gílbert
colocar o problema em sua grande pers-
Huber pódc relatar k liderança do IP ES
lr.

assunios da Aliança, seus comaiot com


pectiva. Aos pouco v, tudo gira em tomo
Teoduro Moscoio. o porto-riquenho exe- do grande eixo Oriente/Ocidcntc Pode*
cutivo da ALPRO c uma reunião especial mos direr aié que, boje cm dia» o Pasta das

sobre problemas de mineração, reaíoada


Relações Exteriores i b principal, faoio

nos L&iados Unidos, (a) Relatório 1PES


Quadros sentiu essa perspectiva c conce-
H
GE. maio de 1962, (b) Vide s*u relatório beu uma fórmula de Açáó Polílíca,.,
"antes das eleições» seria necessário, por
sobre a viagem aos Estados Unidoi em ju-
lho. IPES CE Rio, 3 de julho de I%2, ící
exemplo* editar « difundir a Ata da Ali-
Vide as declarações de Paulo Àyres Filho ança pora o Progresso, transformando cm
sobre d sua participação no enconiró de documenio acessívd a todo mundo, «o al-
empresários com o Presidente [ohn F,
cance dc qualquer brasileiro. Ainda antes
das cfeíçõti: Uma vísíla dcvidamcnic pre-
Kcnnedy. O Estado de São Paub, 6 de
março de 1961 Esse estreito com aio enire parada dc Kenricdy ao Brasil (vide Vene-
o fPES c as elites político-cmpresariaii doí zuela e Colômbia). 'Remember' visita de

Estados Unidos por intermédio da AL* RooieveJt. Ora» os políticos tem antenas,

PRQ, bem como através de canais priva- sentem onde está o lado da interesse, das
dos, favoreciam grandes oporlunidadet de vantagem, da vitória. Sentem o que é po-
desenvoltura e apoio emsua campanha de pular, em suma”. J. L. Moreira dc Soviza
encurralar e isolar Executivo brasileiro. acrcftccnlavu que "assim conduzida a
Nesse aspecto o IRES era ajudado pela queitâa, nfio seria negócio para os políti-

American Ghamber of Commerce for Bra* co* profissionais passarem a ser Ou conti-
*11» através de Pedro Freire Cury e pelo nuarem a ser anti-oci dentais Também ae-

CommtUct for AmcricflO-flraziíian ftda ríi necessário penetrar na área dos eslu-
íions* Foi por meto desses órgãos* por dimci* conquistá-los. Tudo junto* somado*

264
daria uma espécie de Plano de Saivaçio 4fi. IPES CD Rio» 19 de fevereiro de
éu Bfajd e da Àmériea Latina. Co/í/üfcn- 1967.
rirfmHTfcr; Jií csfáo dados os primeiros
49. John Foster DtJLLES. üttresi in fira
passos ppm q vísitn de ( K. ao Brasil, com
J rif: poíitictíimilifüry crises, /9JJ-Í964.
fncklc c tudo" 1, Klohin: ‘uido eslá bem,
Aoslin, Univ. oí Texas Piess, 1970- p, 16®.
mas impede de pensarmos cm lermos
ilida
iihediilç^. G+ Huber Jr*: "os primeiros 50. IPES, Rdatórrn aos patrocinadores Fi-
passos já foram dados. P sério, alguém de nanceiros, 6 de junho de í%5, José Ru-
ve ptibltcíiT a Aín da Aliança para o P ro- bem Fonseca,
grtsso, Ra exalai Porque o hamurajy nfio
51. A Cadernos Brasileiras de
revista
patecc muito disposto a íiiô-lo". A. Gil- Eduardo Portela se envolveu em um es-
lotei: "Em t cito íicfl. *ob a forma de cif’ cindilo poíífico em J%7, sendo acusada
lilhi ou em quadrinhos". Alguém que não por ligações com i revista Encoutuer pa-
foi indicado na ata, observou, cntlo, que trocinada pda CIA, folha de São Pauto
M ,

ü instituto BrAsjl-Esiftdos Unidos vai pu- 20 de janeiro dc 1979. A Cadernos Bra-


bffci]o junto com: Carta de Juscclmo e sileiros tinha como diretores José Garrido
Au de Bogotá. Tudo terá publicado em Torm, Vicente Barreto, Afrinio Coutinho
itxlo exelo'\ EPES CE Rio, 5 de feverei- e Nu no VeIJoso.
ro de l%2*
52. Foram adquiridas mil e duztnUi uni-
46, Em uma reunia a posterior + presidida dades por edição IPES CE, 3J de janeiro
por ]. O. MdÜo Flores, com as presenças de 1961, |osé Garrido Torrei.
de Hatold C. PoLland. G. Mubcr Jr.. do
General Herrcra f. Rubem Fonseca, A C.
f
53. O Gorila* julho de 1963. Além disso,
Amarai Osório, O. Tavares t f. L, Morei-
foi um impressos 50.000 pòiiem com car-
tuns mostrando Fídei Castro chicoteando
ra de Sousa, foi rd atado que o panfleto ,+

havia sido preparado, juotauicnte com o povo cubano c a legenda Vocé quer
viver sob o chicote do comunismo?” C, S,
ume campanha sobre o assunto na iclevi
são. Decidiu-se por colocar os panfletos
HALL. op r cit. p. 142.

como um J, Luiz Mo-


encarte nos jornais. 54. IPES CE São Paulo. 14 dc nato de
reirade Souiü sogertu que os encartes de- 1963.
vessem aparecer "domingo próximo, an-
55. Vide Apêndice L* onde consta uma
tes da ida do Prcs, fungo Goulart aos Sta-
lista de algumas de&sas publicações*
tes, ForiÜr# lhe a ia* cia e preocupa-o, DL
versos querem o encarte. Saindo
jornais 56. Depob de abril de í%4, o IPES con-
primeiro na Guanabara, depois nos de- tinuou a publicar e e patrocinar livros

mais Estados'*, A. CnUoMt informava que panfletos. Em


pubíkou Historio
1967, ele

o encarte já estava "na mesa da Embai- éo Desenvolvimento Ecónàmko de Mir-


xada Americana". "Os Diár iot Associados cea Bucícu e Vicente Tapajós. O Cownril
publicarãono exterior, Fim: F«er b pro- for Lstin America colaborou no f manei a
pugnndu da democmchi, Vinda de j, Ken- mento da edição de 5-0ÜQ cópias. O IPFS
ncdy ao Brasíl f antes das eleições, Onda publicou também O Imposto de serviços
de democracia crescendo antes da deiçio* — dúvidas e e$d<treâmtnfo$ sobre Sun ín-

Política fsz-se por ondas. Projeto Dan- ddèndo de Arthur E. V. Aymoré. N.


tas: Empresários preparados parn discutir BLUME. op. df. p. 213,
com todos", IPES CE Rio. 27 de março
de 1962,
57. G Estado de São Paulo, 17 de mar-
ço dc 1979.
47. O lívreto de André Gama foi distri-
56, IPES CE Slo Piulo t 11 de deierubro
buído pelos empresários e gerentes entre
de 1962.
os seus empregados, Ê significativo men-
cionar que a execução da edição imediata 59, Os antecedente* dessas propostas
desse livre to ficou sob a responsabilidade constituíam de uma Ihla prdtmíner de te
do General Colher? c Wilson Figueiredo mas para estudos* esboçada pri* liderança
se encarregou do orçamento. IPES CÊ, J9 do complexo IPES/lBÁD tm janeiro de
de novembro dc 1962. 1962 e classificada de acordo eom txigên

265
cíts I "curto* e '*
médio pfãzo'\ Par* 61 Reforma da Legislação Trabalhista:
csd* lema» designava -te um indivíduo, 7) Reforma da Legislação de Previdên-
grupo ou instituição, responsável pela ma cia Social;
cone retteaçto 0 grau de ju to ri d ade para SI Reforma Educacional;
a rcatriaçào dciuesestudos era determina-
9) Reforma do Código dc Minas;
do pelas necessidade» da Grupo de Açio
UH Política Comercial Externa (ALAlC*
Parlamentar c a ação política coordenada
ECC< Cortina de Ferro);
pelu Grupo de Levantamento da Conjun-
111 Poliiica de Transportes;
tura. À lista de grupoi de estudos compre*
12) Política Energética;
endJi:
Bemeisa de lucros (ou a definição de
1) 1 31 PoHíica dc Saúde Pública;
uma dtrctri* de investimento, de suma pre- 14) Reforma e»trü lurai ç me teológica
mência em vista du medidas restritivas ao da sdmtnbiração pública;
capital estrangeiroobjetivadas por |oâo das. Sociedades Anônimas.
15} Lei
Goulart) Seu coordenador era Mário Hen- — O
documento rezava ainda que la-
*

rique Símonseiíí
dos enes temas (e outros que viessem a
Reforma Agrária* losé Àrthtir Rios;
2) ser acrescentados) seriam desenvolvidos
Reforma Fiscal e Orçamentária, Má*
3) sob a orientação da doutrina apresentada
rio Henrique SímOfuen; na Encíclica Mofes et Monstra e modeta-
4) Reforma Mpnriim (incluindo refor- da no programa de açao correspondente,
mi bancária e a criação de um Baa-co Ccn- representado pela Aliança para o Progfts
rra)L Cassxniro Ribeiro,
só. O tPES os popularizaria, mesmo em
Repressão ao abuso do poder econô-
51 forma dc comentários para a sua tese. ten*
mico. Denio Nogueira; d* José Garrido Torres como coordenador
6} Reforma do Código Eleitoral. The dos estudos (Plano de estudo de temas.
místoclrt Cavalcanti {é interessante obser-
Ata do 1PES, 19 de janeiro dc 1962. Vide
var que iniciafmcme Orfraldo Trigueiro inda Ata do IPE5* 79 de maio de 1962,
havia sido designado pari csae lema); Comunicação At José Garrido Torres
7) Participação dos empregados no» lu-
Giíbm Huber Jír # >*

cros dai empresai,. Nélio Reis;


Funcionalidade do
8) pbnejamcmó só-
60. A. STEPAK The mititaty op,
cit . p. Iftô-H?.
do-econâmicq. Objetivos métodos
e apli-
cável» ao Brasil. Gcnivai Suuos; 61. Em uma carta do CE a José Garrida
9) Problemas da habitação popular pe- Torres, chefe do Grupo
de Estudo do dia
lo IBAD, Luiz Cario» Manciní; 5 de junho de J%2* enfatírouse que:
10) SifldicaJjxaçio rural; — *
M
Após detida análise do relatório
H) Telecomunkaçdei, General Luiz A. apresentado pelo Chefe do Grupo de Es-
Medeiros, de O Chbo „ tudos e
— Os remas “a médio praao" compre- *— considerando a necessidade de «fir-
endiam: mar. junto I Opinião Pública, a orienta-
1} Função econômica c social da empre- ção do ÍPES, rrimivameme oos problemas
sa moderna; nacionais mais cm focó;
Expansão do mercado de capitais
2) — considerando o ritmo provável cm
(medidas complementarei propostas nas que Caía assuntos serão discutidos no Con-
reformas tributária e bancária, assim como grciio;
aquelas referentes ao mercado de ações t
—considerando os compromissos iuu*
Is sociedades anônimas);
midut pelo Chefe do Grupo, cm decorrên<
J) Discriminação de receíui para o for- cia de decisão anterior;
LAltcImento do sistema federativo;
— considerando, finalmcnte, a justa ob-
4) Dinâmica do
desenvolvimento eco-
servação do mesmo Chefe, de que 'uma
nômico. Papel da iniciativa privada e da
das maiores dificuldades encontradas até
iniciativa estatal;
agora no funcionamento do Órgio (em si
Revisão da Constituição- Federal e do do a falta dc comando e a de eniroiamen-
Siitcma Parlamentarista;
(o no* setores do IPES';

266
-

o Comliê Executivo resolve solicitar ao 67. (*} Carta de Mário Henrique Simon-
Chefe àú Grupo de Estudas seguintes » ten a L Gamdo Torm* Rio, 23 de feve-
providências: reiro de 1962, (b> fosé Garrido Torres ao

Coordenar as atividades de seu Gni-


l)
CD IP£S + 29 de maio de 1962. estudo O
pOh de moda que cada um dos trabalhos foi orçado em 800000 cruzeiros « serem
encomendados seji objeto de dob estudos: pogoi a SifiTOnscn.
a) O prime ir o, rntis urgente, fixando a 68. Comunicação de |õié Garrido Torres
orieniuçúd do PES quanto is linhas ge-
*
ao IPES II de maio de l%2 + O
CD R io,
rais que convêm sepm observadas na eh- de consultoria de Paulo dc As-
esc ri só rio
bótãçfio ao nnicprojeio; bs conclusões do sis Ribeiro: José Arthur Rios mmcu »
Grupo dc Estudos, discutidas e aprovadas cr il brio estavam também envolvidos no
pelo Cormlê Executivo, scráo encaminha- estudo da Reforma Ur bani, um a pesquisa
das «o Grupo de Opinião Pública* não e trabalho de diretrizes para os quais Gly-
epcniis com víitiis s uma campanha de cv COn dc Paiva contactou Sandra Cavalcanti
durtdmcmo c conquiste de apoio, mas c Borghoff (ambos correi íponi rios po-
Cj
também pare afirmar a presença do IPES; de Carlos Lacerda). Foi íosé Gani-
líticos
b) O segundo — necessariamente mais de- do Tones que procurou o apoio de Car-
morado — visando a elaboração do ante- los Lacerda, A conclusão desse trabalho
projeto de lei e respectiva jusiificação, levaria seis meses e seu custo foi estimado
com todos os suas m junções tfc ordem ííc- em 3 600.000 cruzeiros, Fc3 orçado como
*!
nlcL despesa ordinária do Grupo de Estudo"
Programar estas duas categorias de
2} f EOtfHKHÇ o m «terral básico pitA ft$ pio
estudos, de modo que em cada reunião se- posias do IPES para a Refomti Habita
manai do Grupo com o Comité Executivo c tonal. iPES CE Rk>, 20 dc fevereiro de
*f4am apreciadas as conclusões a que se l%4, I. Arthur Rios,
refere a Íeíra (a) acima cobrindo inicial
<

69. CorounkaçSo dc I, Garrido Torres ao


mente os seguintes títulos: Reforma Agrá-
IPES CD, 29 de maio dc 1962. "conforme
ria, Legislação ÀntitrUít, Reforma Tribu*
0 que Foi combinado Com Harotd C, Pol-
lária, Reforma EkUoraL Participação nos
land".
Lucros, Te \t comunicações. Reforma Orça*
mcniátin, Reforma bancária. 70. IPES CE, 25 dc maio de I96L
3) Apresentar o orçamento mensal dc
71. {) IPES CE
Rio. 28 de agosto de
despesas do Grupo para atender aos encar- 1962, Glycoo dc Pt*vt+ (b> IPES CE» 27
gos solk irados acima T dc dezembro de 1962. A PUC desenvolveu
62. Ata do IPES, 5 de fcvcteko dc 1962, parti o IPES uma análise das eleições dc
fosé Garrido Torres, Clycon dc Paiva* |* 1962 para o Congresso e outros estudos
Cehrtng de Mattos e 1. Kbbin. No CE do importantes pira os quais eh contava
IPES. dc 2 dc maio dc J963. dccidJuse com infra<st rutura acadêmica apropriada,
"publkar todos os trabalhos dc estudos (cJ IPES CD Rio, 20 dç dezembro de
técnicos sob s responsabilidade do IPES'* 1962* Glycoo dc Paiva. O Grupo de Eattn
c "'entregar nos deputados c senadores to- do contratou também o escritório de con-
dos os anteprojetos dc kl para o apresen sultoria dc Paulo de Assis Ribeiro para fa-
taçia'\ zer um trabalho sobre o processo rieito
63. IPES CE. 28 de junho de 1962. ruL o padrão dc conduta dos eleitores e

64. IPES Rio {a) Comunicação dc T. Gar- comportamento político, um estudo que
conhecido por sua forma popular
rido Torres ao CD r 29 de maio de 1962. ficou

(b) Comunicação de J. Garrido Torres oo Quem ekge guriri. {d} IPES CE Rio, 5 dc

General L. A. Medeiros, CE» 20 de junho novembro dc 1963, Assis Ribeiro recebeu


de 1962. também 400.000 emieiroí como pagamen-
65. Ata do sessão de trabalho do Grupo, to por 'berviços extraordinários" pelo Le*

16 dc mnrço dc 1962, varUanwriW do Roteiro da Reformo A$râ*


ria ,

66. Ala do ÍPES 20 dc março de 1962,


a

Josd Garrido Torres ao General Hertera. 72. IPES CE Rio, 5 dc fevereiro de ]962.

267
n. U) Garrido TORRES A dcmotr*.
f.
%\ \oU Arihnr RIOS cl allL Art-nmmdfl-
linção da Einprew no Hrp**l Cudtrnoi iobrí d Pf/orirrii Agrdrrú. Hlo dc fa^

Urauíam. i- 1 (4|:t4$6, jul/4f (b\ |or- nciw, Fd do 1RAD, I%1 p. XXXV.


gc Oscar de Mello H.ÜRF-5 e Gilbtrt KU-
M. IXnro Nopjeirfl, Dirccti Llno dc Ma-
DER | r. Democnlir^iâti do t*pi i*l O f i
d
to* Padre Fernando Ravto* D' A Vila + Gui-
fado de SJo Paulo. (Q de outubro de t^bl t**o Confio, lo^é Iriocu Cabral c Moyí^i
(Irabalhú para *4* C onfertocn de Rei*' Roracnthml aprocrtt*r*m trabathos. Cl- O
çóri FühliqjifL
iado de Sãc PjuIq. n
de junho dc 1961,
74 ÍMn*o Nogueira e VMLiam Eiakf fo- T Lynn Smrth era um armlÍM* agrícola
ram contratado* por JÜO 000 cn^re^oi O temor do Departamento dc Eirado ame*
fitfprujfHí dc lei e *u* ju¥nfiC*nt4 custa- nc*no Ele pertencia também ao Instituto
ram 300 000 truroro* Ccmum^açáo de I ( dc E*íudo* SraiiEeiroí, a Universidade dc
Gamdn Torro CD do IPES 24 de m Vandcrbili ç a Universidade da Flórida, J(h
mtict de |%6|j focam prçp***de>* m*o *é Bonifácio Cou linho Nogueira era o pro-
dol* cttudo* O pnfviro oofui-iw de pnciiro da Usina Açucareira Ester, Cia.
um* aftáJtir e cmni do **(*«111711*0 tpre AgWcol* Sio Quiriro, Comercial Açu:a-
•cniado pelo *m*4úf Se^e Marmta pa- ror* e Cflfceira e Ci*. dc Administração e
re o pet^rto 1 S! dl Ci-*v*r* do» Depu- Rcproentaçáo Ester.
rado*O trfuwlu foi d *_í^*dc no Aoir- 11 IPES CE. 25 de julho de 1965.
tlm Mrnvd do ÍPF5. drf * “ndc o pe**dfr
nemenlo do Inirifu&Q uuatHc ac awunio êé Ai* do IPES, 20 de março dc 1962.
O (uor4er«4or t relator deiac grupo tft 67 Ata do IPES. 16 de maio de 1962. O
ÍWmo N aguei r* CGNCLAP estava cmre o* que te minh
n U» Ff S CF de *s*ho de 1«2 foi* rim puhlicjmrnlc fivor de uma rc-
Comunkaçáo óe
General Hcnrr*
I

Garrido Torro ao
29 de mato de 1%Í
W
5 íb>
form* «erána como aquela pMtrocinada
pdo IPES O Eiiado dc São Pau/a. 14 de
Gilbcrt Kuhcr 1 1 t tfMutm ipc^a frnao- /unho de i%3. Vide umbém Paulo de
vtlra piri u p* 0 )tia t d Grupo dc Doutri- Almetda Barbosa. A Gazeta, g de mato de
na * I *iudo de S*e Paulo rjwbfn confe- 1961: relatório da Feder^çitQ: das Tndú^
riu o *eu apoio irias de São Paulo na Folha de São Paulo t

16 de maio dc l%3. Ou iro projeio foi


76. |PtS CE, 27 de ácijzmhrv ík 1962
p» isado no início dc 1963, upureçundu
77 f Pi Si Cf, 21 de «rfembro ót 1 962. também tem o nome do IPES, IPES CE,
Harold C IPFS rcccbeu
Polland "cn- O r
5 dc março dc 1%!, í. Garrido Torres.
%a coliíxinw, Ao p*r« o »tud& * Pr- kM Mf Juíiíin Chaeel, CNJ/Consciho Econô-
fürma do r a A4*n*niuratòo
Públivã Dom Iftldn Cimar* propurt m* mico, pOíhiorl preparado para o
ptípvr
,c

nou * H Poiíand um* aftjJitr reabre ca Grupo dc Piiodo sobre o substUutivo


J

mecmnpffno* do CcmgreMO. prrpifad* pfjt Afránío L*ge para a ld d* Rcform a

Nelson Mola. filho do em integral»'* r pu* Ag/ ária.


(CTtormenle liberal CAndtdo Mc Am PH i ssei «cnhorci eram, rcspettivameivlc.
7A 1PFS Documento de JD de jannro de d^reiore* do Banco Poriojtucs du Brasil, do
1967. grupo financeiro t industrial Bu* Vista,
Bethlrhcm Steel c Cornp*tiliii* Braiileira
79 IPF5 CD
faf 3 de abril dc 1962 fbj
dc I KpfotiYOt, f uoda^tü Gctijfjo Vargas,
KtUrórkj do CE
beri Huher Ir,
Rio, abril de 1962 üíl
fonsórtífj Brasileiro dc ProduEj vidade —
í HP t fmilincnic d* C GNSUETFC, Ughl
(Hl M CEHELSKY The ptthry pwccu %A IBAD, SP LAN, CUP, ESSOh
in tand reform IVôt J9&9. Dit*er-
Reazií ÀBf AR U S Steel ( orpuraliort l.sves
1*4 Íú dc doutor edo. New York. CoJumbrt i«normprri4ncn Ufado* * g/andes grupos
Um* 1974. p MO, pclroqu ímitoi induilntis, eonilrutorei t
61 N 0AREY. op rí/ p 120 dc rmncr«Mi,4tt, eram intenamenlc a favor
*7 Ardo DrmoíTdfrrt. Rio dc Janeiro, d* inírfdepcndémi* entre o* wtorn ní-

fevereiro de l%2. p. 12. r*l e m <Ju*fn*L

268
90. I W ROWE ap. dr p. 82. função di queilio agrária c no aliciamen-
Mns do IPES de íaí M de to de apoio enlrc danes dc proprieiA-
91. Vide
ríos de larra airavêi detiit organiiaçòo
moía dc 1962. ( b 25 ik moto de 1962. (c)
]

í de junho de 1962. {dJ 4 de junho de


pohticjs, um a ver rendo a» suas proposta*
sido aecilaiAssim, para a convenção da
1962. íc] B de junho de 1962. <f) IS de
junho de 1962. {g> 22 de junho de 1962.
UDN 1963 no Paraná, convocada para
de
debater assunto* agrários, compareceu
<h> 2? de junho de 1962. (i) 29 de junho
dt (962. (j> 4 dc julho de t%2. (I) II de uma delegação de políticos e empresários
de São Paulo, que iraria consigo uma pro-
julho de 1962. (ml 1B de julho de 1962.
(nj 25 de julho de 1962. (o) 25 de julho
posta polmco^conòmkà compleia. In-
cluíam-se enire os pontos mais ímporlarv
de 1962. {p> 27 de julho de 1962, <q> 51
de julho dc 19*2, {r> 5 de agosio de 1962. t« a rejeição ao proposto CGT — Coman-
do Geraí dos Trabalhadores, a regulamem
($) li dc agosto de l%2, (0 II de agosto
de 1962. (u) 15 de agosto de 1962. (v) 17 laçio do direito de greve, uma reforma
de agosto de 1962* (*} 3 de outubro de
agrária modemiunre-coMervwlcr*, uma
reforma eleitoral, a cnaçào de um banco
1962. (i) 11 de outubro de 1962. (») 13
central, acarretando uma reforma bancá-
de outubro de l%2. (f) 9 de novembro
ria frnalmmte, o estabelecimento de
e„
dc 1962,
uma política econômica dc estímulo pelo
92. IPES CE, 25 de julho dc 1961 Air* govemo para atividades de exportação,
vês do Grupo de Açiü Parlamentar, o controle da inflação e patrocínio de aus-
94,
IPES procurava seus anúgtii no Congresso teridade. A delegação, presidida pelo polí*
e aqueles indivíduos que ciciem penha vam
líco-cmpreiirio udenisia Robe no de Abreu
papel impor tanisr na articulação, Como O Sodré* compreendia umbém os ativistas
Deputado Padre Godinho. eram colocados ipesianosHerman de Morais Birros. Os-
(íe sobreaviso, já que dtie sc lançava em
tt
waldo Breynt da Silveira e Ariovaldo dc
uma ofensiva contra a reforma agrária p*; Carvalho O Estado de Sõo PúuIq. 28 de
trednadn peto tritbalhrimp. G IPES pre- brtl de 1963. As i«es foram adotadas
parou o material para o anteprojeto do
deputado Ânre B«dra que poria va 212 assi- Carlos íosd dc Assis Ribeiro preparou
nai yiras e tradc natureza abrangente, ín+ um projeto de emenda constitucional para
ctuindo 79 artigos que tratavam de um
a lustiça Agrária e José Arthur Rim pro-
amplo eiperlro de assuntos relacionados à duziu um
trabalho de análise do Projeto
aniiiência agrícola, reforma da Icrra c vi*
n 95 de 1963 do Senado, discorrendo so-
bre Estatuto da Ferro, IPES CE + 21 de
da rural. Sobre o texto da tei* da forma
que foi apresentada, vide Correio da Ma -
maio dc (962, Outros estudas preparados
fíhã. Rio de Tancjro, 7 dc agosto dc 1963. peto (FES incluíam; A Estrutura A gr círio
da ftrostí, preparado por uma equipe com-
93. U) IPES Grupo dc Estudo ao CD, 29
de maio de 1962. íbi Súmula dc Àlivtda-
posta de Paulo dc Assis Ribeiro. 1- dc C
Assis Ribeiro. í. A, Rios + Josc Garrido
des Desenvolvidas pelo Crupo dc Estudos
Torres, íultan Chaed e Wanderbili D. Sar-
no período compreendido entre março dc
ros Ghcoit dc Paiva o apresentaria por
1962 a fevereiro dc J%3. M
Ata do IPES. ocasião do Congresso dc Reformas de Ba-
18 dc maio dc 1962. Os militantes ipesía- se, cm janeiro de 1 %
3 Gfyton de PAIVA, .

nos viajaram por toda a zona ru ral parti- tnlroduyào In: Estrutura Agrária do Bra-
cipando dc uma variado série dc ocontccu s*f. IPES. 5 dc novembro de 1965. Um ou-
roemos e organizando os dnssct dominan- tro trabalho muito impor t ante por seu lm
tes polí iku mente e
rurais ideologicamente, pacto sobre o governo pds-64* preparado
de ou trai formo v Um
exemplo de taí* aii- peU equipe do complexo IPES/ÍSÀD, coit*
vidadet foi a reunião tk Pelos, no dia 23 si st ia em um estudo que veio a se tomar
dc afoito dc 1962, da qual participaram o livro A reformo agraria: problemas —
Paulo de Àiiii Ribeiro e uma equipe dc bóies — lotuçôfi. Compunham essu equi-
inihtdtiici do IPES* 1 »sc* militante* mov pe os seguimes indivíduos: Glyeoft dc Pai-
iravam ic multo ativo* lomhém na molda va, Harold C Políund. Paulo dc Assis Ri-
gem de potiçòc» partidárias de dírctia em beiro, Garrido Torres* Josê Arthur Rios,

269
100.
Dêrio C. Nogueira* Ciríoi foié d* Assis IPES CE, 29 de novembro de 1962,
Ribcíro. Edgard Teixeira Letlc* fifítm Chi* Telegrama de Glyeon de Paiva ao icnpdor
ceL Lut» Caríoi Mincinf, I- Inneu Co- Mcm dc Sá.
brai* WinderbiH D. de Barro*
+ Nilo Ber* 1Ü| . Á reforma da política do uto dc te-
fiardesParticiparam também 01 Generais cursos naturais foi preparada pof Pauto de
Golbeiy e Berrara, Caria de P* A- Ribct- Assis Glycort de Paiva. Vide
Ribeiro e
ro a Luú Viana Fiího cm Sotas sobre a também do; (a) CE, Í4 de agosto
as alas
implantação do reforma agrária, 5- d » 00 de 1962, {b\ CE, 16 dc agosto de 1962, <e>
arquivo de Paoío de A**if Ribeiro, Vide CE + 17 de agasto dc 1962. (d) CE. 20 de
Umbém (*> [osé J. de Si Fttir* ALVIM, •gosto dc 1962. (e> CE. 27 de agosto dc
Oi número* revelam a necessidade de n> 1962. (f) CE, 2fi de agosto dc 1962. í&\
forma agrária, A Deftsa V aciono/, Rio de (
CE, 5 dc Ntenbni de 1962. (h) CE, 6 dc
J afiaru
I587)r3l-é, jol. 1961. íb) Estuda setembro dc 1962. (i) CE* 10 de setembro
jobre a reforma agrária, lanado em janei* dc |%2. (j) CE, 11 de setembro de $%2,
ro de $964 em cinco Jínguai, conforme a <11 CE # 12 de actembfo de 1962. {m) CE.
caria de H. C, Poltand t Goulart em Mo í3 de setembro de 1962. (n) CE* 17 dc se*
O Estado de São Paula, 10 de janeiro dc Lembro de 1962 <o) CE, 18 de setembro
Í964. fc> I* A. RIOS O que I e o que nâo de (962. íp) C£. $9 dc setembro de 1962.
é reforma agrária. Cadernos Brastíeiros. <q) CE. 20 dc setembro de 1962. (r) CE.
Rio, Í4M5-5G, jul7«|- 1963. (d) M, DlE* 24 de setembro dc 1962. ( 1 } CE. 25 dc se-
GÜE5 fcr. Antecedente* da reforma agrária tembro de 1962. (0 CE. 27 de setembro
00 Cadernos Brasdetrot. Rio. <4>:
Brasil de 1962. (u) CE. 20 de setembro dc 1962.
51-4* p. V. Freitas MAR-
jul7ag + 1961. (f) (v) CE, il de dezembro de 1962. (k) CE,
CONDES. O Esiatuio do trabalhador ru (9 de dezembro de 1962* ftj CE, 20 de
rd e o problema da tetra. Cadernos Bra- dezembro dc 1962, (am) CE, 27 de dezem-
sileiras. Rio. (4J* M7ag 1963. lí) C. Guin- bro de 1962.
le de Paula MACHADO, Reforma agrá-
]02, Valenüm Bouças era diretor das sc-
ria, Cadernos Brasileiros. Rto, (l):72-7*
fuintet corparaçoes multinacionais e asso-
jnnVfcv, 1963.
ciadas: Swift do Brasil, ITT, Cia. Brasi-
95. "O JPES* icçio do Río de Janeiro, leira de Matéria! ferroviário COBRAS* —
vem mesmo realizando um movimento de MA, Serviços Noflcrith, National Cash Re-
epdaredmcnlo em tomo das chamadas n- gister, Pannir, Lísias Telcfünicas Brasilei-
fornias de base, lançando manifesto; com ras. Addrcssograph-Multígraph do Brüsif*
princípios expurgados do "vírus totalitário U. S. Bcihkhcm, American Bank Noie Co.,
e comunista". João Baptisia Leopoldo Fi- Coca-Cola. CU. Nncionnl de Máquinas Co-
gueiredo, citado em O Estado de São Pau- merciais, Goodyear, Kcrrocnamd e Cia.

ío 7 de março de Í963, Vide também Gt


t
Imobiliária Ssnia Cruz. O seu filho, Jorge

urge N. BEM ÍS. op. cil. p. 5ÍL9.


Bouças, ero também diretor da Addresso-
graph-Mufligraph, Serviços Hollerith e Cia.
96. Edmundo Macedo SOARES, interpre-
Imobiliária Santa Cruz S.A,
tação dos interesses e das aspirações do
103, Corta de Manuel Linhares dc Lacer-
povo brasileiro: attéfise teonòmka* ESG,
da, Brasília. 30 de abril de 1964. "Motivo:
Documento n. C-25-63* p. 29-36.
Audiência com o Presidente. Assunto; So-
97. JPES CE, B dc janeiro de 1963. licitar solução paro 0 conteúdo do dossier

98. Elas foram programadas para comc- encaminhado à Presidência du República


.çar no dia 9 de dezembro de 1962. Eíos por intermédio do General Ernesto Gei-
foram publicadas todos os domingos a sd". Vide os documentos de Humber-
partir de une iro. IPES memorando, 21 dc
j
to Alencar Cairdlo Branco, Arquivos
novembro de 1962. CPDOC, Jtio dc faneíro.

99. Carta de P. Assis Ribeiro a J. Garrido J04, Adyr Fiúza de CA 5 TRO O 4 fim de
Torres, 5 dc fevereiro dc 1963, Rio de Ja- um exército, Á
NadOtwi Rio,
Defesa
neiro, no arquivo de Paulo de Assis Ri- {SB6J;3'J6, juL 1963, O mesmo artigo foi
beiro. Río de Janeiro. basicamente reproduzido mais tarde cm O

270
Eitado de São Pauío t 17 de setembro de Sio Pitih, 29 de agosto de 1962. (d) IPES.
1963 . Reunião Geral. São Paulo, 21 de outubro
dc 1962.
lOS- Mire van der Wcld, líder estu-
Jenn
dantil cposição em meados de J%0,
da 110. Carta oficial do IPES-Sio Paulo
lembrava sc de que »e rttlima em *u* ca- íFUvio Gilvão} ao IPES-Ric, 16 de no-
saem 1961 uma reunião com vírios re vembro de 1962, PtococoIo N, 667. 1962,
pmeniamci da rede de comunicações t 111. E imermanie observar alguns co-
de indústria publicitáriai incluindo o pre-
me nti ri os feitos em função de cada nome.
lidenie da segunda maior companhia de
A participação do General Golfcery cn
publicidade do Rki de Janeiro (McCirm*
considerada como não "conveniente"* O
Errikscm) e um gereole da American Líght
General Mimcde "nie linha condições pa-
and Power, O objetive da reunião consis-
tia em discutir os meios de participação re pariicipar". Herbert Levy f Mem de SA*

na do complexo IPES/IBAD
campanha Carlos Lacerda, Armando Falcão e Carva-
contra Goulart e a esquerda traba-
íoio lho Pinto estavam profundamente envolvi-

lhista. O tio de Van der Weid. o deputado dos na campanha de leleviiio do [PES,
Fibk> Sodrí. que em o assessor legal da ÍPÊ5 CD, 19 de junho de 1962.
American Líght and Power e grande ami- 112. Houve esse programa no dia 25 de
go de Níles Bond, o adido cultural da Em- outubro de 1963.
baixada Americana, envolvesse também
ha campo n ha. Fan Knippers BLACK, op.
113. Foi apresentada nu dia 2 de julho
dl. p- SL de 1965.

m . IPES CD Rio, 29 de maio de 1962, 114. A mensagem


de agosto de 1963.
foi

O
proferida no dia 4
Almirante Heck
O IBAD preparou 50 pergunias e respos* fui

tas esiereoü padas que seriam reproduzidas acompanhado e esperado no aeroporto de


cm iodos os Estados e em todas as emis* Congonhas, onde ele desceu, por diversos
sorns de rádio e de televisão. Por exem- associados do complexo IPES/IBAD.
plo, respondendo n pcrgunln do entrevia Apresentado no dia 10 de fevereiro
ÍJS.
indor sobre a crescente ameaça comunista de I%1.
no Brasil, o entrevistado teria de dizer que
"A ameaça comunista está crescendo, pritv 116. PoHtkü t N*gétãosw 19 de agotio de

dpíilmenic devido à omissão das autori- 1961, p. J&,

dades. Etc devería então citar os casos da 117. IRES CD* 27 de novembro de 1962,
XJNE, dai Ligas Cnmponesas c dus pro Contratado por M. ViUele.
nunciantenioi públicos do governador
118. IPES CE, 20 de março dc 1962 Pa
Brizola. Deveria também falar da açlo dos
[rocinado financeiramente pela F 4b rí ca de
sindicatos, controlados pelos comunistas c
Geladeiras Cônsul * por Coco Scrigy, en-
dft infiltração vermelha em iodos os prin-
1 tre outros.
cipais setores de atividade do pata* , foão
S. DORIÀ. 1BAD conspiração internacio- 119. IPES* Comunicação interna do Ge*
109,
nal contra as reformas, Poiítkü Nt$á- € nerel Liberalo da Cunha Friedrkh a Ftk
cíos. São Paulo, Gcnival Rabelo Ed + , 4 de via Galvão* de São Paulo, 29 de abril de

novembro* 1961, p. IQ, 1963* Segundo o General Libe raio, por to-
lermédto da colaboração da VASP, foi
107. IP ES CE Rio* 10 dc maio de 1962*
enviado pare Sio Paula o video ;opr do
Uma linha mista de "Dogmatismo com
discurso de Armando Falcão na TV Rio-
ProbleifiÊt Poíftko»"
Canal D. no dia 19 de abril de 1961. A
10B. 1PES CE Rio, 4 de junho de 1962- Dcnisson Propaga nda + que se encarregoy
Dírclrtiespara o programa de ieleviiiOt da gravação* pediu ao secretário do IPES
"Encontro de Democratas com a Nação”, de São Paulo que entraste em contato, ur*
(a) IPES CE Rio, 3 de julho dc 1962, gen temente, com a Rádio Rio Lida. (dai
íb) CE Memorando com iista dc "Nomes Emissoras Unidas) para que se fimie
lembrados para TV". Cc) IPES Ch* Gr* uma copia da gravação, a fim dc revezA-U

271
para Brasília o prof«mi "Frente « 129. O Estado de Sw Paulo, 18 de outu*
Frente", no dia 1 de maio de l^* 1 bro de 1963.

120 N. BI. UME. op. cit p. 21* 110. (a) C. S, HALL. Op, tíf. p 142- (b)

121 Vejo, 16 de março de 1977 + |443|:6,


.
Vide Cap. sobre as atividades do com-
111
plexo IPES/IBAD dentro das Forças Ar-
122. (a) Q Es/edo de Sõo Paulo, 7 de no-
madas.
vembro de 1963 (b> [oio DOR IA op CU
p 10. 111, IPES CD* 24 de julho de 1962* D*
|2| IPES CD. 22 de maio de 19*2. Ao
r
no de Almeida Magalhães c H
C, Pol-
land Foram pagos 30QIXX) erujeíroi am
argumentar 1 f**ur da retirada do patro-
cínio de i«i programa. Rui Comei de Al dou para "despesas",
mride observou que "O revólver é noivo 1 32. Nesse relatório do CD do IPES, dn
JMA* permitiremos que ou iro o anuncie e
dia 13 de novembro de )%2, aucisorado
«tirem em n*%?" Vide ainda Neiwm Wcr*
por Hélio Gomide, ele comentou os suun
neek SOPRf A Hntória da imprmsJ no (ot que eram o foco pira a campanha do
0wd. Rio de (aneiro. Civilização Braiilci bloco nacional reformista (inflação, capital
r«, 196*. P 460
estrangeiro, processo de exploração, vanta-
124.Gcnivtl RABELO. O copera/ mm- gens para os portuários, etc.) Recomendou
§€irú Rio de Janeiro. Civilização Brasiki que se pradumse malária contra esses >
r«* 196*. p 219. 1

sumos para as "estações locais' e fez uma


123 Da treie fundadores da ABA foram avaliação das vantagem do rádio em rela-
ARNO 5-A B Atlantic Rcflning Co of Br» ção * imprensa escrita.
ul, Burrought do Braid, Cia. Gói) Induv
trial. Elerro Indiíiini Walilâ S^A Ford , 133. Ala do IPES. 25 dc maio de 19*2,
Motor do Bratil S General Electric A * General Colbery,
S.A., Philip* do Brasd S Shell do Br* A ,

134. IPES Reunião Geral, São Paulo* 9


il Lida Triito Iac, (Brtiit), The Coc*
.

Cola Expor! Corporation e a WiJly» Over de outubro de 1962,


land do Brasil a maior parte delas relacio-
Ijy N. BLUME. op
.

rif. p. 217.
nadas com o IPES, como contribuinte* ou
por meio de seus diretores. Iflfre ooiraj 13*. intercâmbio, a publicação do Cogrv
companhias que se ligaram i ABA desta- cil for Lalin America, chamava a atenção
ca vam- se Alumínio do Brasil. Mobil Oil de suas ktiorat —
a* companhia? que
do Brasil. Frigorifico Wilson do Brasil, icgravam o Fundo de Ação Social, tm
Mercedes Benz do Brasil. PtreJl» 5.A., Cia.
Swifi do Brasil, Andenon Clayton Ac Cia
Sko Paulo —
que "Companhias perspica-
zes estão usando cartuns para atingir os
Armações de Aço Probel S_A Pneus Fi- f
trabalhadores e ai populações rurais de li-
mtonc, Cia. Goodyear do Brasil, São Pau- capacidade de leitura. Caso em
mitada
lo Alpargatas S,A. Bendix do Brasil Lf da ,*
f
quesião: Et comino hacia ei futura a co-
Vemag S.A„ VoJi*iir*ffen do Brasil* Philco f

média de 16 páginas da Caterpillar Trac-


Rádio e Televisão, Avon Cosméticos* Ir-
tor* que contava a estória dos esforços
mãos Lcver S A Srastemp Aparelhos Do- .

mésticos Lida, e FaHoc do Brasil S.A. no- +


conjuntos de uma construção de estrada
vjmcntc uma longa lista de membros c pelo governo e camponescí cm um vila
contribuintes do ÍPE5+ Vide RABELO» rejo da América Latina. Aproveitando a
op cit. p. 218-19. oportunidade, ela inseria os objetivos da
Aliança para o Progresso e fana a propa
12*, IPES CE* 8 de /unho de 19*2.
ganda da Caterpillar fapcnap através óa
j27. (a) IPES. Rtfatório das atividades do logótipo desenhado no equipamento de
tPES Sio + Paulo, 1963. (b) N. BLUME, ccjmtruçãoh Um milhão de cópiai em por-
op. cif p- 2í7, tuguês e espanhol foram distribuídas* até
128 RobJnsofi ROJAS. Estados Vmdot cila data, pela USÍA (U S frrfomurkM
tn tlfüui Santiago, Chile* Prensa Latino* Agenc?}. cm H
pa hei —
geralmc nít com
m encano, 1963, p. 153. i cooperação dos rrpresentaniri locai) da

272
Caterpillar".“À reação? Exiremomeme va seca c árida região Nordeste do Br»
íivúrivd segundo uma pesquisa subst sil em um
abundante pomar) c Esta é a ‘

queniemcnie conduiida através dos postos Mmha Vkíj” (a estória do progresso a!


di USIA'\ InienâmbiQ. Eslodo* Ün:dcs, tançado por um trabalhador sob a égide
n«i i. m> i%5. da empresa privada). O CLA proporcio-
nou modelos para discursos públicos e
1 17. JPE3 Ch- Gr„ Sáo Paulo, I de ja
material para a imprensa e o rádio, como
«iro de 1*63. o seguinte;
138. IPÊS, Reunião Geral, 9 de outubro CLA — CRC — Circular 52/65
de 1962, Rei: EMRflCA ÜE COMENTÁRIOS
PAR A O RÁDIO E A IMPRENSA
119, JP£S CE e CD São Paulo, 20 de no-
vembro de 1962. íoio Bapiiua Leopoldo lunto a csU circular temos o prazer de
Figueiredo. remeter-lhes Os seguintes artigos:

1) O PAPA E A PAZ INTERíGFL


L40- N. BLUME ap r ciL p. 217.
2) A CENOURA E A VARA.
14L JPES CE e Ch Gr Sào Paulo, 8 de 3) SUKARNO NO OCASO.
janeiro de J%3.
4) SERA ISTO AINDA COMUN1S-
142. Gilbcrl Huber Jr se encarregaria das
MO?
despesas de um filme sobre ”as modifica- 5) SERA 0 TERRORISMO UMA
ções no conceito de homem de empresa", FORÇA PARA O PROGRESSO SO
orçado em 2 milhões de cruzeiros. 1PES C1AL?
CE 53o Paulo, 2 de abril de l%3. Lembramos queeste material pode ser
usado, editandoo ou sem rditar + com a
1 41. De vez em quando, os filmes sofriam uriflifuri du autor e preferivelmente
readaptações e alualtz ações para serem adapiado ao estilo local.
coadunados com as novas circunstâncias,
M Recordamos novamente a necessidade
À regríivnçBo de Porlos Paralíticos
1
'
e de
de receber seus recortes, impressões e con-
“Economia Estrangulada" custou ao 1P£S
selhos. Muito obrigado.
750.000 cruzeiros. 1PES- Reunião gcruL
SSo Paulo, lb de outubro de l962> NOTA- E íavor usar esta mesma folha
para OS seus comentários que serão bem
144, 1PES CD, 7 de ages o de 1962-
p
recebidos.

145, IPES CD, 28 de agosto de 1962,


COMENTÁRIOS:
8 de outubro de 1965.
|46. Apds o golpe de l%4, o Counçil for
Tudts semana o CIA mandava etneo ou
Latin America fez o acompanhamento da
novos para certa ét |Ç0 pori*-
seis artigos
cooperação de fontes externas Em seu re*
vozes do rádio e da imprensa na América
t&rôrio de outubro de l%5 foi decUrado
Loitraa. O objetivo bisjco desses artigos
que “ Assistência diária aos grupos locais
era fortalecer ait iodes que fomeniavafii o
se estende de ide fornecer a novos grupos
que era concebido como ” desenvolvimento
idéias sobre projetos iniciais, rdaúvamente
democrático”. Um intercâmbio foi estabe-
simples c baratos, míi propiciar grupos
lecido entre os serviços de imprensa SIB
já estabelecido* informações c recursos pa-
e o CLA. através do qual o SIB usaria
ra atividades impor comes'*, O Coun-
material dc rádio e tmprensâ do* CLA e
cil for Latin America posiciiormente pn-
este distribuiría msierml do Sl& para os
írocinou alguns filmes, entre des o conhe-
países de língua espanhola. Foram também
cido “Sermão de Campinas'* Ique foi a$siv
oferecidas novelas de fádio fuma série de
tido por cerco dc 11.000.000 de brasilei-
ros}, “O Preço da Vida
M
(que documen- 50 ou b0 capítulo» de meia hqra de durv-

tava as contribuições da indústria farma- çioL Essas novelas de rádio continham


cêutica Intcrnftciunol cm prol da saúde ç uma mensagem pró-capitalista em meio uo

do bem-cimr), “Terra Proibida'* (que mos^ entretenimento» fomentando a mobilida-

trava como o capital prlvudo transforma- de c escolha social”* Vide Cotimrií oi Eú'

m
. .

füi
M*
Amtticê fitpúrf Ne» York. OuL WH- reira dc Sotiu José Rubem Fonseca,
UI pia no de Almeida Prado. Maurício Víl-
M
P
lela. Miguel Lins, Oswaído Tavares, Olhou
UT. Ala do IPES. 21 de outubro de l%2. Htrcclloi Corrêa. FiuJo Ayret Filho, Paulo
Reii Magalhães, Rui Gomo de Almeida e
141 Reunião geral do IPES Sio Paulo. 25
Zulfn de Freitas Millnnn* lendo sido dc-
dt setembro de l%2 Relatório de Ricardo
tignado coordenador geral António C A.
Cavalcanti de Albuquerque sobre a uidixa-
Osõeio.
çào de KÍi documentário*,
157, O Apêndice N apresenta uma sele-
Reunião genl do IPES São Paulo, 9
149.
ção de temas para o* seminários orgiaua-
de outubro de 1962.
do* t patrocinado* pelo IPES, (emaa «-
IM CK Cr Sào Paulo. 25 dc setembro ia que refUiem o uivei sofisticado da dite
de 1962 orgânica em tua campanha para tonqtáa-
lar o bloco burguês e desarticular acus *4
III, Oi fifme» foram orçado» em acfiiiui,
1 .700 DOG crureiros cada fPES Memoran-
do. 21 dt novembro dc 1962. T51. Por tradição, os clubci sociaii e es-

m IPES CÊ
portivo* eram os centros dc comunicação

1962.
<*)
ib) Momx BANDEIRA Q
toào Goulart ; OI /(iW SOCIOU nf írAjí/
Rio. 14 de junho
pm de informal
políticos.
ram
mire empresários, burocratas
Nesses toca», já se esquematiza-
articulações dc diretrizes, uniões dc
c

f 96 1796# Rio dc faneiro, Civilização Br*- intereues e contptraçõei polftjco-mdium


lilelra, 1977. p r 74- Dc acordo com m i A composição social, regional e étnica dt
íonit. Sionc leria sido agente da CtA. srui membros sempre refletiu e determi-
III IPES CE Rio, I de junho dc 1962, nou divisões de classe e itaiui. bem como
fortaleceu ruas identidades. Sobre a verda-
154. Todo* ot meio* pouíveii de como*
dtíra participação deuci clubes sociais e
ttkêçèo e pffíiic í^úmau, confcrénciai
aporitvõi no movimento civil miliur, vide
artigos, simpósios rruniàc* privadas, pfes-
r
Cap, VIII- Os militares linbam também
lio económica e profissional} foram iniit-
os seus clubes "políticos". 0 Clube MsJi-
£4(1(91 para moldar ot empresários racional
iar e o Clube Naval constituíram significa
< emot lonalmentc, Esperava-se que env m tivoc centros de discussão de diretrim t
pieiirtos, por sua ver. levassem "às suai
bases conspirativas até 1964. A tua impor-
companhias a mensagem democrática do tância como centra de
M discussão livre so-
IPlS JPE5 CÊ Rio, 29 de novembro de freu viiJvet declínio depois do golpe
1962, Central Libcrato. Vide lambém Ala
do IPES, 27 dt novembro de 1962, sobre 159. Ata do IPES, 20 de novembro dc
as de org* mii-lo como o teto
renlntivai 1962. Uma idéia do cipo dc funniçio Ideo-
dai niociaçócs comerciais, A idéia da lógica que k desenvolvia é sugerida ao
criarão de um IPES "em cada empresa" considerar ói lubiltulot de um dos traba-
começou a tomar vulto t também o esti- lhos distribuído* nessa* conferências em
mulo li ações paralelas. como as da
lais um do* clubes da sociedade pauírtta, que,
Aiacxiação dos Di rifem a Cmcão* de Em- dig ne de passagem, não 4 de k esperar
presa —
ADCE. que. segundo Jorge Frank que fosse o lugar pari tal conferência. O
Ceyer. já era “um lipo dc !P£5" IPES trabalho chamava-se ForipIeeimtntQ do
CD Rio. 27 de novembro <k 1962. PofendS Soctonoí —
PtanziamertlQ e Iro-
155, S<TTunéfÍQt éo fFES Rio* i. d p. 1, lava de: I) O sigmficado/tenhdú da pro-
blemática di Segurança Nacional a* —
156 td. p. 4. Os segumtts morri do
d i
'Geraçôtt Conscientes", 2) Poder e Poitn-
IPES oneniiriim os seminérioií Amónio ciai Nacional —
duas perspectivas diferen-
Cario* do Amaral Oaõrio, Augusto Traja- te* da mesma realidade, J) Esferas de pio
no de Aievcdo Antunes, Cindido Cumle nejimenio no campo da Segurança Nacío
dt Paula Machado, Clycon dc Paiva, Ha ml, 4> A dinâmica natural do furialec*-
rold C. Folland r Jsratl Klabin. Joio Bap- menio do potencial, 5j A intervenção
ilsta Leopoldo Figueiredo, fosé Luii Mo- consciente no processo, 6J O dlrígiimo lo

274
u c

talitárioc planejamento democrático e Francisco Leme Lopes (Sf). Paulo dc As>


7) Fortalecimento do potencial econômico c ais Ribeiro, Vicente Barreto, Gilbert Hu*
dcsemoWimcnto Doe me n lo N, I, Forta- ber U* Gilberto de Ulhoa Couto* João
lecimento dü Potencial N acionai Pfané- — Cario* Moreira Bessa, ]. Garrido Torro
jamettfo , i. d. Preparado peio General Gol* (sobre a ÀnÀl Diagnóstico da Reali-
bery* dade Brasileira),

160, O ciclo de conferências rcnlizou-ic 1 62, (a) IPES CE, 6 de junho de I9M*
entre de agosto e 23 de setembro de
13 (b) O Estado de São Pauto, 2 dc agosto
1965. Os oradores foram Alceu Vicente dc 1963.
WigHtman de Carvalho ( sobre Implicações
163* À orgânica conseguiu acompa-
elite
Econômicas e Sociais da Explosão Demo- nhar essas com publicações
discussões
gráfica); Sandra Cavalcanti (Problemas que causaram um forte impacto na comu-
Habitacionais), AchiLíes Scorzcili Júnior
nidade empresarial e entre os militares,
(Problemas de Saúde); José Arihur Rios Uma dessas publicações de tamanha in-
(Diferenças Sociais ): Paulo de Assis Ribei-
fluíncia foi a livro Segurança Nacional,
ro (Acesso d Educação); Odylo Costa Fi-
publicado pelo Foram Roberto Simrncn-
lho (Assistência Social à Infância ê fu\en-
sen, da FIESP* em 1963* Ele continha ar-
tude); Moacyr Vdloso Cardoso M Verda -
tigos escritos por Otávio Marcondes Fer-
de sobre a Assistência Social); Fábio Ma-
rai, A, C. Picheco e Silva e pelos Gene-
cedo Soares (De&cquittbrios Regionais); rais Edmundo Macedo Soares, Lyra Tava-
Mirio Simonsen (As Implica-
Henrique res e Humberto de Alencar CastcUo
ções Sociais, Políticas eEconômicas da In- Branco,
flação); Nério Rnttenríiery (A Questão Su*
lartúl); Jorge Duprut de ílríto Pereira (De* 164, N, BAILEY. op, cit. p, 220.
setnprcgo t 5 Mb emprega ); fuyme Magras-
li de Si (Subcatisurno); Wanderbilt Duar- 165* IPES CE Rio, 19 de junho dc 1962.
te de Barroí (Tensões Decorrentej do Uso Para Dario de Almeida Magalhães, "A Tá-
da Terra) c Benedito Silvi (Inadequação
tica é fazer a açao cxucmiita, com mu
da Estrutura Governamental J. uma porção de biombos fM. Sallts. D, H.
C. p Alceu Lima ete.J* O Cardeal eslá fir-
16L Oi cursos tratavam de "Democracia me"*
,(
Política e Democracia Econômica", Em-
166. O Estado de São Paulo. || de outu-
pre sinos e a Dinâmica das Estruturas do
bro de 1961.
Estado", "O Significado Político e Econô-
mico da Democratização do Capital**, 16T, Foi feito com
a intenção de Hcar co-
"Ações como Expressão e Instrumento do nhecido como "Resposta Crista para um
a
Capital"* "Estratégia de Grupos dc Pres-
Brasil em Crise", (a) IPES CE Rio* 19 de
são contra o Capitalismo Democrático” e
1
dezembro de 1962. (b) Carta de Glycori
"Planejamento e Capitar . Entre os con- dc Paiva I Pontifícia Universidade Cató-
ferencistas, destacaram-se Carlos José de
lica. IPES W/1716 de 20 de dezembro dc
Assis Ribeiro. Demo Nogueira. Luiz Ct^
1962. Uma Usta de participantes c temu
bral de Meneies, Octivio Gouveia de Bu-
mostra aquelas pessoas e aqueles assuntos
lhões e Themístocle* Brandão Cavalcanti
que. a essa altura, devem ser familiares ao
(para seminário sobre a Democratização
leitor: Alceu Amoroso Lima (Análise do
dõ Capital)-, [cão Baptiila Viatma. Ç. f.
Crise Nacional); Oswaido Trigueira fOp-
de Assis Ribeiro. Eu d cs dc Soul* Leio*
Paulo Mário Freire, F. Mbielli de Carva- çõrs r Oíjjrtrvoí das Reformas de Base);
lho, Ary Campista, o General Anapio Go- Sucupira (Evolução TVnuu
Histórica de
mes. o Brigadeiro Toio Mendes da Silva, Socwis). Oswaldo Trigueiro ( Refomta da
Milton Monteiro* Almino Affonso (para o Estrutura Política); loU Muna Ribeiro
feminino sobre A Empresa Privada e d (Reforma Judiciária); Lucas Lopes (Re-
Segurança Nacional); C. dc Asiii Ribti forma dos Scnrifoj de Utilidade Pú b U ca);
ro, Almiro Affonso, o General Poppc de Paulo de A«it Ribeiro Ff forma Admmu- (

Figueiredo, Clycon dc Paiva* o Padre tratna); José Garrido Torres tO Homem

275
f 4 Ordem iítitrnotipnai); Diu Carneiro Crippa apresentou um plano de açlo pari
(Púünca Externa); faio Ciimlo de Olivti- I9ô3, que foi «-studida por Paulo Edmur
n Torrei (Poíitic*a dt Çométao Exímor); dc Queiroz Esse plano incluía o ctiabc-
Alexandre Kafka e foío Haptiilt Pinhei- leomento de uma Escola Superior de Li-
ro (Capital Estrangeiro*; Dsntcl Farató íP derança, a expansão do instituto de For-
Homem r o Economust; Mano Henrique mação de Lideres e a Agência de Noticias
Simgnicn í Pt r for ma Tributária t: Cario* Planalto, assim como cnaçio de um se-
Jotí de Aiijt Ribeiro (Reforma Orçamen- minário político e ideológico. B Leo-
J.
tária); Aníbal VilIrJa /Reforma Antitrust t;
poldo Figueiredo pediu a Paulo Edmur dc
Ouir (Reforma do Merca-
Barreio Filho Quoroz para ser o contato com o Padre
da de Capitou); Qciávio Gouveia de Bu
Crippa. dc forma que o Padre aprcicniu-
IhAcft t [oiè Lu» Moreira de Soou (Em-
se seu orçamento c finasse as prioridade*,
preta Pnvadat; | Queiroz Filho fParua*
1FE5 CE c Ch. Gr,, L6 de dezembro de
paçãn nos Lucro* /, Frederico Rar.pel rLe
[%2. para o projeto que acabou sendo es-
itãfaçâo C*rk» \cm de
Trabalhista); Ai-
m Ribeiro fpmsdènctã SocudH losd Ar*
truturado.

ihur Rio* íFírmfurji Socí^oíi,- Paulo ác 172. IPES São Paulo. Relatório das Ati-
Atui Ribeiro (A Dignificação do Homcmt; vidades 1963. p. 2.
Jultan Chieel (Estrutura Agrária!* Luií
Cario* Mincmi tQuejião Habituo*vaD; I7J. IPES CE e Ch. Ge, Sáo Paulo, 31
Dum Mc Ide r e Luiz Àlbmo Bahia (O Di- de janeiro de 1965.
reito de Ewprrtuto e sua Fanção S&czah;
Sflvro Fróei de Abreu tConscn^açâo dos 1 74. foiC Ely Coutinho, que sucedeu
Recurso* Naturais Outro* temas eram; Adalberto Bueno Neto nos contato* que o
Reforma Eleitor* L Reforma Lcgislairva* IPES estabeleceu com a ACM. ligado a

Educação como um Fator na Formação do João Nogueira Loiufo, como membro da


Homem c também Saúde c Samtammo Q ACM. que também era membro ativo da
seminário realizou «
com 0 patrofimo American Oiamber úf Commerce IPES
conjunto da Pomtffci* Universidade Cató- São Paulo, Reunião Gemi, a 16 de outu
lica do Rio dc Janeiro, que parlitipou do* bro dc 1962.
cuilo», Vrde IPÊS CE, 29 de novembro dc
175. O Ei fado de Suo Paulo 20 de ouii*
1967 O IPES também pLnc?ou um «mi- ,

nirio com o Eitudot p ara o


Instituto dc bro de 1963»
Dcienvolvimento Social Económico, dc
176 Caria do IPES 64/01 28 a Frei Metó>
Jotí Arthur Rioi e do Padre Lebrri IPE5
dio, de 18 dc fevereiro de 1964, pelo Ge-
CE Rio, 38 dc março de !%1 Paulo dc
neral Liberaio.
Anil Ribeiro procurou também a tolabo
raçio de Raquel de Quctroz. para que ela 177 (> ÍPF.S CE e Ch. Gr. São Paulo,
elaborai» uma caritlh* sobre a* reformai 18 dedezembro dc 1962, {b> IPES CE, 21
fundamenlaíi nccciiánat ao paíi Carta de de maio dc 1963,
P A. Ribeiro a j Garrido Torrei, 5 de
fevereiro dc l%3, no Arquivo de Paulo 178 Ciclo dc Conferências O Estado de
de Attil Ribeiro, São Pauto, 12 dc dezembro de 1961,

166. N. BLUME. op , cít ft 216. 179 Conforme foi enfatizado pelo Gene-
ral |oáo fJapiHti Tubíno: "O IPES, entre
169 Embora o Padre Crippa tenha lido
icu* maíi alioi objetivos declarado» deve-
removido dc Sio Paulo» pelo Cardeal Mo
ria vnar ao aperfeiçoamento da consciên-
(a, e mondado para Campina», ele voltava
cia cívica t democrática das diferentes
com regularidade para continuar o teu tra
Do
danei da sociedade
11

brasileira '.
IPES.
balho no Convivium.
cumenío Curto de Atualidades Briudei'

170. Vide Capítulo VIL «tf, P 2-

171 . IPCS CE e CD» 4 dc dezembro de 180 Ala do IPES, 28 de novembro de


1962 Em dezembro de 1962, o Padre 1962.

276
101. IPE$. Documcnio n r 3* Vagat £>is- fim Neito (Progresso Económico e Pro-
potiiveis, Rio tfc Jane iro, 6 dc junho de gresso Socijl), Carlos de Assis Ribeiro
1963 . (Planos para o Desenvolvimento), Mino
Henrique Simonscrv (Reforma T rlbuidria.
162,iPE$ CB Rio, 29 de novembro de Implicações Políticas, Soda is e Económi-
M
(962. Nio concebo finito para qualquer cas da tnlliçlo). Dtnio Nogueira (Refor-
açio que mlvnguardç regime democráti- ma Bancária, Objetivos c Implicações re-
co sç nãq for apoiada cm idéias, Uma sultantes da Reforma Monetária), J, L.
Idéia só sc combate cfetlvamenie com ou- Moreira de S(iU£â í Reforma Empresarial,
irn idéia “Por que íulo se cria
melhor
ff
.
Dc moera ii zuçijo do Capital), fosé Arthur
mm instituição paru pregação dos ideais
Rios (Refíjmui Reforma da Polí-
Agrária,
democráticos". J. Garrido Torres no CD, tica HabimcionnF), Paulo Sá (Leis Traba-
29 dc maio dt J%2,
lhistas e Empresas). Paulo de Assis Ribei-
ro (Processo de Reformas), João Camilo
183, IPES Grupo dc integração, relatório
de Oliveira Torrei (Democracia e oi Re-
de 10 de novembro dc 1964. A idéia dc
formalização da cxijtcrtcia da APJPE5 gimes TmalitáriosL üetávio Gouveia de
Bulhões (O Desenvolvimento do País t
surgiu em
virtude do necessidade dc pre-
Política Externa), Roberto Campas (Polí-
encher novomente os quadros do IPES,
tica Externa e Desenvolvimento da
que ic encontravam desfalcados pelo inte-
País), Hélio Drago. Fábio Macsdo Seara
gração dc seus membros no governo, de-
pois do golpe dc abriJ dc 1964. Em agosto
Guimarães (Aspcctoi Fisiogrificos do Bra-
sil), fosé Garrido Tottes. Moicyr Vetoso
de I%4, a diretoria da ADJPES tomprccn
dia Harold C. Polland. Leopoldo Figueire-
Cardoso de Oliveira e Wanderbilt Duarte
do fr forge Frnnk Geyer, Alberto Venãn-
r ,
de Barrçn Luta eompofta a panir dos N.
cio Filho ç Nárzy Maia. Relatório da ADI-
19 a 39 do Boletim Mensal, IPES.
PfJÍ H Rio de Tantiro. 21 de janeiro da Enconiravifn se entre os confereneistai
1963, por Ormy Rosalem. t tem ii dos c ursos minUtr*do3 depois de
abril dt 19M' Amónio Saturnino Brafi
184, JPESh Documcnio n, 4. Tcttm a (Aspirações do Povo Brasileiro); Luiz AL
Considerar, Rio de Janeiro, t do junho de berlo Bahia (Co mexi o Fc lírico e Modelos
1963. Esse documento fornece uma lista da Econômicos); Hélio Bditio (Política da
temas disponíveis para esses cursos: Realh Reforma Administrativa do Governo); o
dade Brasileira. Democracia e os Regimes Coronel Hélio Gomes do Amaral (Política
Totalitários,Democracia e n Igreja, De- O Nacional de Telecomunicações); o Cano
senvolvimento do País e a Política Estar- nel Wilson Moreira Bandeira dc Mello
nn, Progresso Económico c Progresso So* (Ciência, Pesquisa, Tecnologia e Dcscnvoh
ciai, Democratização do Capital, A Legis- vimento); Glycon tle Paiva (Püpglnção c
lação TrabalhistaHrasilctra t a Empresa, Desenvolvimento, Produção Mineral); Eu-
Planos o Desenvolvimento, O Pro-
para des de Souza Leão (Produção Vegetal c
cesso de Reformas de Base no Brasil. Re- 187.
Políticas Agrárias); Durval Garcia Mene-
forma Tributária, Reforma Bancária. Re- ies (Gado de Corta); o Coronel Antunino
forma Empresarial c Reforma Agrária. Dó ria Machado (Produção Industrial, In*

dústrlM Siderúrgicas); John Cotrim (Fon-


185, Cr) IP ES. RehtÓrio p, 3. (li)
tes Energéticas). Ã. Trafano Antunes (Pou-
JPE3. Documento N, l Rio de janeiro, 6
t

pança Interna, Investimentos); Wallcr


de junho de J9&1*
Loreh (Política de Transportes); Sérgio
186, Objclivoi do Curso* Entre outros, Paulo Rouanett (Política dc Comértlo E*
lüriorjí Aehílles Sconellí fr. (PoUticas de
destacavam -sc como professores dos cursos
Saúde) e Geraldo Dunernmnnm
(alguns deles ministrados mesmo após
1%4): Horold C, Polland (Signifiefmeia do £ válido observar como são conco
CAB), Alceu Amoroso Lima (Realidade mitantea posição na hierarquia militar c
Brasileira), Thcmfsloelcs Cavalcanti (Dc- ocupação de cargo em empresas. À ilus-
mocrada e os Regimes Totalitários), Gus tração seguir mostra n composição dc
ei

tavo Cütçiiü (Democracia c a Igreja), Del- Um desses grupe*:

277
4

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£
OradL? FÜhlXQA 5«rjlo FLrJiBirP
í 5- — 7*nrfiJi - ÍISSO)
1SI JPES CE. 29 dc novembro de l%2, Dímotrálico); o General Jurandir Mame-
)osé Rubem Fornece No princípio dc de (Ai Forças Arfnadat t Democracia); o
l%l o General Tubino recebeu dg Ge-
n
General Macedo Soarei (Democracia. Se-
f
neral Gdbcty umi cópia dc um plino ge- gurança Nacional e Indústria); Dom Hel-
rs) para o primeiro Curso ò^pcf/úr ét Es der Câmara e
Democraã*); José
(Igreja
mdoJ de A/ud/idadri Itourfrtras, O seu Luiz Moreira de Souza e Gilbert Huber
modelo foi um curso ministrado duas ve- Jr, (Democmixaçáo do Capita) J; Luiz
iei por semana. de julhg a novembro de Carlos Mancini e José Anhur ftkn (pro-
1962. em um total de 34 aulas. Vide tam- gresso Econômico e lustiça SociiJL Hélio
bém o Plano do General Golbçry para o (aguaribe e Gilberto Frcyre {Nordeste t
General Tubino no IPES b/5/63* Desenvolvimento), o Padre D 'Ávila Ogr*
O curvo teria realizado no Sindicato da ja c Progresso Econômico); Cindido Guin-

Indústria Farmacêutica, nos lermos de le de Paula Machado. Eii«*r Burli c Ody-

uni acordo feiro por ViUela. A equipe com- lo Costa Filho (<H Empresários * Opinião

preendia Nd Peixoto do Valle. J* Garri- Publica); Cândido Mendes, Mário Henri-

do Torm e José Rubem Fonseca, que re- que Simonwn e Hélio Bei irão (Pesquisa t
cebeu o apoio do Grupo de Estudo e Dou- Planejamento Econômico); Edgard Teix*í+
trina Ai despesas fixas de secretaria fo- ra Leite (Capital Esinngtm}; Nehemiai

ram calculadas em torno de 600.006 cru Cueiros e Daniel Faraco (Sociedades Anô-
iciros mentais, não incluindo o material nimas): |osé Garrido Torra (Lucros Ex-

que te necessitava para o curso. Quarenta traordinários. Mercado Comum Latino*

t cinco estudantes participaram, da primei* Americano); Haraíd C. Pollaod c Paulo


n turma- Entre eles. havia 10 do IRES, Ferrar t Transporte); o Major Maurício Ci-

3 tfo Estado Maior das Forças Armadas — bularci (Medidas para Suprimento, Ener-
gia); Glycan de Paiva (Minerais t Subso-
EMPA* 3 de sindicatos,da hderança do
3

IRES. um do Conselho dc Segurança Ni* lo); J Carlos Viril e Lúcio Costa (Trto
áünal — CSN, um do Ministério di Iív porte c UrbimzjçÂoL Daniel Faraco (Lr-
dústriu e Comércio. 1 do Ministério da grilaçáo Inadequada). Paulo dt Aisn Rs-
Educação. 4 dc associtiçocs empresariois, 3 beiro (Reforma Agrária, Reforma Tr^mi-
profissional» e 4 estudantes,
Reforma Bancária,
fia 4 Leis Anri-Truit);
Mário Gibson Barbosa e Carlos Chagas
O
IPES compôs o lista do corpo dc pro-
Filho (Intercâmbio CuRoril); Oriando de
fessores do curso com &* seguimes pessoas:
Carvalho, Fie» Ribeiro c Herberi Cha-
Alçey Amoroso Lima e Dimom íobtm
mou n {Problemas Universitários) e o Em-
(Socialismo « Democracia); Érico Verftil- baixador Araújo Castro (PcUtica Ext em ah,
mo t J. Garrido Torres* Joio Baptists Leo- A partir dessa lista de nomes* lom-i ie ób-
poldo Figueiredo c Joio Pinheiro Bápiiita vioque era extraordinária a capacidade do
(Capitalismo c Democracia}; o General IPES dc articular, nessa fase. uma pciL
4
Golbery e Hélio Jaguar Ibe í Nacionalismo çlo poUricoioicíeciual de "centro' ;

279
CAPÍTULO VÍI

A AÇÁO DE CLASSE DA ELITE ORGÂNICA:


A CAMPANHA POLÍTICA DA BURGUESIA

Introdução

Algumas das ações vitais da dite orgânica em diferentes áreas dc atividade


política e alguns eventos considerados aparentemente desconexos ou como "rea-
ções espontâneas" de segmentos da população tinham, de fato, coordenação da
1
elite orgânica centrada no complexo JPES/1BAD,

As atividades políticas da dite orgânica eram extraordínariametiie variadas


em natureza c omptes em escopo, cobrindo um número de operações distintas,
projetadas para um apoio mútuo e para uma imcrcompleroeniaçiio, produzindo
um importante efeito cumulativo. O
alvo estratégico da elite orgânica consistia
um se estabelecerno poder do Estado t realizar mudanças econômicas, idtsú-
nislrmiviis c políticas que os interesses representados no IPES exigiam- Tatica-
mente, o complexo ÍPES/iBAD estava engajado em uma vasta campanha que
procurava nmiiipulíir u opinião pública c doutrinar « forças sociais empresariais,
modulando esses Interesses em uma classe "para si". Além disso, ele estava envol-
vido cm uma abrangente campanha que visava impedir a solidariedade das dasses
trabalhadoras, conter a sindicíilização e mobilização dos camponeses, apoiar os
clivagem ideológicas dc direita na estrutura eclesiástica, desagregar o movimento
estudantil e bloquear as forças nacional-reformistas no Congresso e. ao mesmo
1
tempo* mobilizar as classes médias como a "massa de manobra' da própria
dite orgânica. Ainda, m
manobras táticas Faziam-se necessárias por uma outra
razão fundamental conduzir a estrutura social a um ponto de crisc onde as
:

Forças Armadas, cujo apoio fora simultaneamente e imensivamerue aliciado,


seriam levadas a intervir sob uma liderança coordenada. Durante o presidência
de João Goulart, "conspiradores históricos" se esforçavam para organizar seus
comandos e, em muiios casos, cmrosã-los a fim de. com êxito, desfecharem um
golpe. Des taca vonvsc entre eles os Generais Cordeiro de Farias, Golbcry do
Couio e Silva, Jurandir Bizarria Mamcdc, Heitor Herrera. Libcraio da Cunha
Friedrích, Nelson dc Mdlo os Almirantes Silvio Hcck e Augusto Rademakcr
f

Gruncwald c os Brigadeiros Eduardo Gomes c Fleiuss, bem como um crescente


número de novos aliados, dentre os quais estavam os Generais Qlympio Mourão
Filho, Carlos Lui* Guedes e Amauri Krud. Contudo, enquanto os vários grupos
conspiradores ugium como unidades isoladas, absorvidas tm pequenas rixas, a
içáu não poderia *er contemplada, ou falharia novamcnic. como aconteceu
díretti
tm 1%l evento que* nus palavras do General Golbcry* constituíra um
deiiiire pira o Exercito.* A ação direta não poderio se efetivar enquanto a situa

281
çlo envolvesse vários líderes em potencial disputando a chefia e respondendo
a pressões regionais* setoriais e oiílras, Ainda, enquanto os militares acei* Mo
ussem cm messa o movimento de golpe ecmira lolo Goulart e enquanto sen-
tissem que a sua intervenção Mo estivesse legitimada por civis* dever sc-iam
empregar táticas de adiamento contra o Executivo* a$ organizações populares
das classes trabalhadoras, as tradicionais forças populistas e, fmalmente, contra
os oficiais impulsivos amigovemistas c a ação dc pequenas facções conspiradoras /
As táticas de adiamento, visando
criar tensão política e a condenação pelas
classes médias de diretrizes políticas do Executivo e dos projetos dos militares
da esquerda e do trabalhismo* recaiam em duas categorias: aquelas com carac-
terísticas ideológicas e as com fortes repercussões políticas ou militares* Todas
eram de natureza encoberta e axé mesmo secreta, Para essas atividades de&envol-
vidas na população de estudantes, de trabalhadores rurais c urbanos t das classes
médias* o JPES cornava com uma estrutura de ação composta por 4.000 ativistas
estudantis e sindicais* profissionais* donas-de-çasa das classes médias e funcio-
1
nários públicos/ Pira as suas atividades no Legislativo e junto h classe míliisr
o complexo IPE5/IBAD confiava em suas redes dentro das Forças Armadas
h

e nos políticos retinidos sob o '*teto político da ADP, na liderança dos partidos
*

de ccmrodireita c do envolvimento direto de empresários de destaque *

A ação no meio estudantil e cullund

Aó da década de cinquenta* estudantes, intelectuais, políticos e mili-


final
desenvolveram um movimenta geral para
tantes de partidos, clérigos e militares
infundir entre as massas algumas noções de interesses de grupo ou de classe,
alguns ideais sobre o papel do Estado e o caráter positivo e necessário de certos
objetivos nacionais. Esse racional e planejado esforço de conscientização das
massas visava a despertar cm seu meio um senso de consciência de seu verdadeiro
e potencial valor a fim de prepará-las como participantes c beneficiárias da mu-
dança social, 1 Várias organizações se envolveram no processo: A Ação Popular
— AP* que era unu ramificação da fuventude Universitária Católica JUC* —
e setores radicais da Igreja, através do Movimento de Educação de Base MEB, —
a União Nacional de Estudantes —
UNE, por meto de seu Centro Popular de
Cultura, que levava a arte e a música militantes às favelas e subúrbios dc classes
trabalhadoras e também mantinha uma editora para publicar material de conteúdo
critico* social e político* bem como o Ministério da Educação e as Secretarias
de Educação dos Estados, por intermédio de sua Comissão de Cultura Popular
e ainda uma variedade de programas de alfabetização que basicamente usavam
0 método de Paulo Freire jumamente com a conscientização política.*
No princípio da década de sessenta, a UNE apresentou um abrangente con-
junto de demandas que cobria itens como a reforma universitária c educacional,
inflação* capital estrangeiro, imperialismo* política exterior independente, apoio
a Cuba, solidariedade a campanhas de alfabetização, reforma
grevistas* agrária
e assistência técnica ao movimento de sindicajizição rural. Em 1961, a UNE
lomou-se uma parte integrante do bloco nacional-reformista e eventualmentc um
importante componente da Frente de Mobilização Popular* que reunia todas ai
organizações e instituições políticas e culturais da esquerda trabalhista/ Esses

m
desenvolvimentos coincidiam com o crescimento d» Ação Popular dentro do
movimento estudantil, a partir da eíeíçio para a presidência da UNE cm 1961
de Aldo Arames* um estudante goiano e líder da AP, Akjo Arames foi sucedido
por um ouíro líder da AP, o mineiro Vinícius Caldeira Bram* em S962* e em *
1
1963* José Serra* também líder da AP; foi eleito presidente da UNE,
A Declaração da Bahia, uma conclusão político-ideológica do I Seminário
Nacional da Reforma Universitária, realizado em 1960 cm Salvador, representou
um importante marco no desenvolvimento político do movimento estudantil
Peias conclusõesda Declaração* o Brasil era visto como '"uma nação capitalista
em fase de desenvolvimento", com "uma iníra-estrmura agrária sob com role de
poderosos grupos estrangeiros" e um "Estado oligárquico" crivado por contra-
dições que "indicavam a falência da estrutura liberal burguesa" A solução que
ú documento propunha para tal estado de coisas era a ''socialização dos setores
fundamentais da economia", um fim à alienação do proletariado, a "efetiva par*
ticÊpação dos trabalhadores nos órgãos do góvemo" e a "criação pelo governo
de condições para o completo desenvolvi mento das organizações do proletariado’'/
Esses constituíam os alvos estratégicos do movimento estudantil Contudo, eles
reconheciam a falta de uma perspectiva tática que os ajudasse a realizar os seus
objetivos. Em virtude disso, em 1962 foi convocado em Curitiba o U Seminário
Nacional de Reforma Universitária. A Carta do Paraná reuniu todas as conclu-
sões políticas e ideológicas do encontro, Ela tornou-se um dos mais importantes
documentos do movimento estudantil Significai iva meti te, a reforma universitária
foi incluída na parte da Carta que tratava do "esquema tático dc luta"* como

parte das Reformas Básicas, que começavam a dar ampla margem de discussão
ao b/oca nacbml-refQrmhia, ao governo e mais tarde até mesmo ao bloco moder-
nlzame conscrvndor, Essii proposta representava um ponto de panida para uma
eventual aliança política de trabalhadores, estudantes e camponeses* vinculando

o movimento para reforma universitária a outras reivindicações popularesJ*


a
Ai organizações estudantis tencionavam criar uma "aliança de trabalhadores,
camponeses, intelectuais progressistas, os militares democratas e outros setores
da vida nacional" de modo u unir suas reivindicações e Fortalecê-las. Elas fizeram
(ta reforma agrária i\ bandeira dc luta dos estudantes. Por outro lado, esperavam

que as transformações no sistema de ensino se tornassem as "aspirações objetivas


i! subjetivas dos trabalhadores e dos camponeses". Essa idéia foi tão disseminada
que a UNE procurou sintetizar aquelas reivindicações em seu programa de luta
universitária como n necessidade de "expandir a aliança Estudante-GperérkhCam-
punés’'.
11
Visando a contrariar os esforços da AP e da UNE. a elite orgânica
desenvolveu uma difícil c dura campanha de contenção e desagregação dirigida
especialmentc contra a UNE e também contra q sua congênere mais nova, a
União Brasileira de Estudantes Secundários —
UBES, bem como contra outras
organizações estudantis dc cunho popular, como Juventude Estudantil Católica
— JEC, a Juventude Universitária Católica — JUC e a União Metropolitana de
Esludimtca — UME, 11
O IPES apoiava essas ações por meio dc assistências financeiros, técnicas
e administrativas, que sc estendiam desde o envolvimento nas eleições estudantis,
fundos pura publicações e atividades até subsídios para atividades específicas,
projetos c indivíduos e o patrocínio de viagem aos Estados Unidos para eslu*
dantes.
11
Contudo, o líder ipesiano Antônio Gallotti havia Imaginado desde o

283
.

que a ação do IPES no movimento estudantil não seria somente cn\ termos
loteio
de apoio financeiro. Percebera também a necessidade de infiltrar "elementos de-
moerá ticos" dentro da população estudantil militante, uma atividade que se
14
entendia como vital. Atem do mais, o lidar Duvivier Goulart destacava a neces-
sidade de também se desenvolver a ação política através de professores, já quç
eles constituíam os elementos permanentes da estrutura educacional Nesse ponto
ele era contestado pelo líder Cândido Guínle de Pauta Machado, um dos maiores
ativistas em assuntos estudantis, que enfatizava que a açio só sem eficaz se eia
emanasse dos próprios estudantes. O máximo que o IPES poderia fazer seria
orientá-los, Ele Lería de proporcionar apoio logístico aos militantes estudantis
e evitar reações espontâneas de lideres e grupos. O
problema foi posto ms mios
de Cândido Guinle de Paula Machado. Em termos práticos* o complexo ÍPES/
ÍBAD agia, át acordo com as circunstâncias, através de estudantes e de docentes*
como sus tentadores da ação organizada e como realizador direto em áreas limi-
tadas,* O IPES fazia sentir a sua influência mesmo rtos mais altos escalões aca-
1

dêmicos e administrativos da Universidade do Brasil, principal mente através das


importantes conexões do seu líder Oscar de Oliveira, 11 em seus esforços para
desorganizar o movimento estudantil
Como chefe do Grupo de Levantamento da Conjuntura, o General Golbtry
encarregava^ sc pessoalmeme da supervisão da campanha da elite orgânica na
população estudantil, alvo para assuntos que exigiam um abrangente planeja-
mento estratégico. Ilustravam esse fato as eleições universitárias em São Paulo. 1 ’
onde o IPES trabalhava com uma associação ât exdídcres estudantis, na qual
Paulo Egydio Martins desempenhava papel proeminente e emprestava sua grande
experiência de antigo líder estudantil dc direita, de Sio Paulo t a nível nacional
lfc
na tcntaií va de influenciar q público universitário. No Rio de fandro, o IPES
estava envolvido na ação universitária através do Centro Acadêmico Machado*
do Pontifícia Universidade Católica, t por intermédio do líder estudantil Manoel
da Rocha, do Ceniro Académico Cindido dc Oliveira -

CACO, da Faculdade
dc Direito. Manoel da Rocha se aproximou do IPES visando angariar apoie
financeiro para vencer as eleições (as quais e!c finaímenie perdeu). O empresário
Maurício Vilda instou o IPÊS a providenciar colaboração, argumentando que o
CACO representaria um dos mais importantes centros de ação para a elite orgâ-
nica. * O líder foviano Rodrigues de Morais Jardim* o encarregado da "caixinha'’,
1

aprovou as contribuições. * 0 IPES também tentou influenciar as eleições da


5

União Metropolitana de Estudantes, assim como as deições universitárias em


Pernambuco (Estado no qual houve necessidade de se neutralizar o apõio ao
41
futuro candidato a governador* Miguel Arraes, e às Ligas Camponesas), quando
se elegeu o anticomunista Marco Amónio Maciel Operando com a cobertura
do IBAD* a elite orgânica também penetrava no movimento estudantil Com
muito exilo* ela entrou cm açao contra a UNE, através do Movimento Estudantil
Democrático — MED. fundado e patrocinado pdo complexo JPES/ÍBAD/ 0 11

IBÁD também sc embrenhou no movimento estudantil por meio da Frente da


Juventude Democrática — FID patrocinada pelo IPES e dirigida pelos ativistas
(

estudantis de direita. Duval Viarma e Alain Araújo ” O JPES patrocinava, ainda,


o Gmpo de Ação Patriótica — GAP, liderado por Aristóteles Drummond c
composto por estudantes da classe média c alta que, juntamenic com a FJD,
o Movimento Anti-Comunista —
MAC e o MED, operava como intimidador

284
contra simpatizantes da UNE c UBES* assi m como contra oí propagadora daí
nacional -reformistas dentro do movimento estudantil
posições complexo O
JRE5/IBAD nao apenas conferia apoio financeiro às atividades eleitorais* mas
1
também provia experiência política* e cobertura através da mídia* produzia e
distribuía miitcrtaf de propaganda adverso aos da liderança da UNE e do bloco
nacional reformista, bem como treinava ativbtas estudantis, O IPES também enco-
rajava a contribuição empresarial direta, através de anúncios cm jornais estudantis
amigos. como fuvettutde Universitária, c apoiando o fortmt Universitário, da FJD*
ou o direitista Correio Acadêmico (contrapartida ào Correio Smdkat do IBAD),
assim como publicando “material profissional" pela Editora Agir, dc propriedade
de Cândido Guínlc de Paula Machado, ^ A idéia de se patrocinar e fundar jornais
estudantis surgiu em abril dc 1962, decorrente de uma análise da situação dos
estudantes rio pais, feita pelo Grupo de levantamento da Conjuntura, que for-
neceu as diretrizes para nçÃo.
37
O líder do 1PES Álvaro Americano tornou se
;i

0 encnrregãdo de fazer o orçamento para o ação de jornais estudantis no Rio. 24


Em Recife, o pedido de ajuda financeira de um desses jornais foi passado peía
direção do IPES do Rio paru os cuidados dos empresários A, C. Menezes e Bezerra
20
de Menezes, No entanto, apesar dos vastos recursos e meios à disposição do
ÍPES, as suas atividades alcançaram relativo êxito, até as cruciais eleições para
a liderança nacional da UNE em 1967,
w
Em meados de 1967, o movimento universitário entusiasticamente se voltava
para a esquerda c o trabalhismo e passava a gow uma ascensão política. A UNE
sc engajava cm um amplo espectro de atividades políticas* tomando posição em
Ioda questão que desde as diretrizes políticas segrcgacionistas
aparecesse,
{apartlmd) da África do Sul oté u necessidade de reforma agrária* Atém disso,
os estudantes secomprometiam ativamente cm campanhas nacionais de ilfabeti-
zação dc adultos c participavam cm massa das campanhas sanitárias no campo,
promovidas pelo Departamento Nacional dc Endemias Rurais do Ministério da
Saúde, Taís campanhas tornavam verdadeiros os princípios teóricos e alvos ideo-
lógicos da UNE. qual seja, a grande aliança O perário-Estu d ante- Camponês, E
amda, através da UNE- Volante* o Centro Popular de Cultura desenvolvia uma
forte campanha política dentro das classes trabalhadoras pelos quatro cantos
do país, Foi no contexto desta mobilização estudantil que o próprio General
Goiberv se ofereceu parft tomar a direção da contracampanba para as eleições
nacionais â liderança da UNE/
11

O XXII! Congresso anual da UNE transcorreu entre 22 e 28 de julho de


1967 em Santo André, no Estado dc São Paulo. O seu resultado determinaria
a linha dc ação política da UNE em um período critico. Não se mediram esforços
para aproveitar-se da propalada cisão Pequim /Moscou e desviar os estudantes
de sua própria discussão política sobre a Universidade e as Reformas Básicas,
porém eles fracassaram, 32 A reação da imprensa foi exiremamente desfavorável
1 liderança da UNE em particular c ao congresso em geral, O Estado de 5. Paulo

c a Folha de São Paulo especial mente deram ao congresso intensa cobertura e


muito comentário editorial negativo, O
mais importante elemento de oposição
uos representantes do trabalhismo e do esquerda nas eleições dos novos diri-

gentes da UNE era a Frente dc Juventude Democrática* patrocinada pelo IPES,


que o Cônsul dos Estados Unidos em São Paulo, Daniel M. Braddock» descreveu
como "um grupo direitista ao extremo. Os líderes inclinados para a violência

285
da FfD haviam feito todos os tipos de planos de arrepiar os cabelos"- De acordo
com Daniel Braddock, "Eles foram impedidos dc bombardear e metralhar o
congresso, mais por revisu feila pela polida do que por bom senso, Ainda bem
que foram refreados, poí$ uma ação violenta só (cria atraído â simpatia do
público pdos ocupantes dc cargos oficiais ida UNE), prmdpalrnente se houvesse
mártires, Os líderes mais responsáveis da oposição evitaram deliberadamente o
contato com a FfD* O jornal O Estado de $. Paulo, posto que nlo defendesse
ã organização, deu destacada cobertura noticiaria a seus vários manifestos que
denunciavam o controle comunista dos estudantes". 11
Encabeçava a chapa da oposição Luiz Fernando Ferreira, o candidato da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, chapa esta pubHcametitç
rotulada de ibadiana, Um importante organizador dessa chapa era não outro senão
Luiz Fernando Levy, filho do líder udenisia Herbert Levy, e ativista juntamente
com seus irmãos nos grupos de ação, organizados pelo IPES* para os setores
estudantis, sindicais e militares de São Paulo. 1* Luiz Fernando Ferreira, cora muita
«me. receberia os votos de até duzentos delegados. Para tanto, tornar-se-ia neces-
sário receber o apoio dos delegados de
Pernambuco, cujo presidente da Uniio
dos Estudantes do Estado. Marco Antônio Maciel, transformar a se na maior
incógnita do congresso aos olhos dos observadores americanos. Embora se mos-
Irasse publicamente como um anticomunista, ele nio parecia se comprometera um
grau esperado. Ademais, a obtenção de 200 votos implicaria também a mobilização
dc diversas delegações que nem mesmo apareceram na convenção. Havia muitos
delegados qualificados de 5ãú Paulo, por exemplo, que, na última hora, optaram
pelas praias de Guarujá. depois de haverem prometido cumprir com a sua parte,
E ainda, uma delegação de uns quarenta membros, do Rio Grande do Sul, ficou
impedida de comparecer, em decorrência de um desentendimento, também de
úllima hora, com o ÍPESUL que pagaria as suas passagens aéreas. 35 Depois de
todos esses contratempos, quando apuraram-se os votos, Luiz Fernando Ferreira
obteve apenas cinquenta e cinco, que pareciam insignificantes se comparados com
os seiscentos c setenta e nove a favor do representante da chapa nacional-refor-
11
mista, Unidade*'. Os estudantes haviam deixado claro com qual lado simpatiza-
vam. José Serra, o candidato paulista da ÁP, elegeu-se presidente e o complexo
IPES/IBÀD perdera uma batalha crucial.
A açao
estudantil do fPES não sc limitava à manipulação de ativistas uni-
versitários ou à interferência em suas eleições* O IPE3 também interveio nas
eleições da aliamente combativa Associação Metropolitana de Estudantes Secun-
dários —
- AMES, Ele auiorizüu o seu líder Héíío Gomíde. pagador gera! das
atividades estudantis nesse campo vital, a conferir somas de até 100 míl cmzeiros
de cada vez. tanto para os militantes de direita da AMES* quartio da UME, M
Em São Paulo, através da União Cívica Feminina, a organização das ativistas de
classe média, o IRES auxiliou o Congresso da União Paulista de Estudantes Secun-
dários —
UPES e a Convenção Cristã e Democrática de Estudantes Secundários,* 7
Como Já foi visto anteriormcnic* outras formas de ação pelo IPES envolviam
o patrocínio e o endosso de atividades culturais e grupos universitários e o apoio
que tivessem relevância ideológica ou polí-
às instituições culturais estabelecidas
tica. Paulo Ecfmur de Souza Queiroz, líder do ÍPES, encarregava- se de tais
34
operações* Dentre esses grupos t instituições distinguia m-se a já mencionada
Associação de Cultura Brasileira —
Convívio (que reunia professores de divçrsoí

286
níveis, universitários c profissionais liberais e publicava a revista Co/ivjVíüw),
o instituto Universitário do Livro —
IUL, o Movimento Universitário de Desfa-
ve Lamento — MUD. a revista intelectual moderada Cadernos Brasileiros* o Insti-
tuto de Estudos Políticos e Sociais —
IEPS. da Pontifícia Universidade Católica
do Rio de Janeiro* que publicava a Siniese : Política Econômica Social, t * Cam-
panha de Educação Cívica —
CÊC®
O IPES mantinha relacionamento com a Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo por intermédio c apoio de Marota Rangel e Manoel Ferreira,
embora o Padre Corazza 40 fizesse rigorosa objeção is suas atividades e presença
nessa universidade. A comissão que estabelecia o convênio com a Universidade
Católica compreendia o General GoJbcry, José Luiz Nogueira Porto e Paulo
Galvão. A elite orgânica iimbém contava com José Ely Viana Coutinho e o
General Agostinho Cortes para a coordenação entre ela e as entidades que rece-
biam o ku apoio 41 Com a PUC de São Paulo, o IPES estabeleceu o Centro de
.

Documentação e Pesquisa Política e Social 41 O IPFS lutava para expandir esse


.

o Instituto Universitário de Ciências Sociais, que consistia


projeto, criando, assim,
em dois departamentos principais; a Escola Superior de Ciências Políticas e
Sociais t a Escola de Formação de Líderes —
EFL, A EFL era uro projeto a
ser desenvolvido pelo Monsenhor Enro Gusso, sob os auspícios do IPES." O
Centro de Documentação supriu o EPES de um banco de dados e, cm particular,
desempenhava um papel subsidiário para as atividades políticas e ideológicas do
Grupo de Doutrina c Estudo* através da manutenção de uma biblioteca espe-
cializada, e um arquivo de filmes* fotografias, fitas, vídeo tape 5 e microfilmes.

O PES
E mantinha também ligações com a Universidade Católica de Cam-
pinas.onde estabeleceram em 1963 o Curso de Ciências Políticas e Sociais da
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras. O curso se empenhava em auxiliar o
preparo c a organização de professores de ciência» sociais e políticas, que toma-
riam pane nas atividades políticas e "cívicas*
1

O
IPES organizou também semi-
.

nários sobre assuntos da atualidade, onde houve a discussão de vários tópicos,


como: "O Nordeste de Hoje e Amanhã'', "A Mulher na Conjuntura Brasileira'*,
*' Analfabetismo no Brasil t no Mundo", "Crescimento e Progresso Económico"
e "A Influência do Dinamismo Humano na Economia", Em Campinas, ek orga-
nizou. ainda, cursos noturnos de alfabetização de adultos, com fortes conotações
políticas, nos quais disseminavam se os valores da dite orgânica*
O IPES mantinha ligações especiais com outro centro cultural e político,
o CESB —Centro de Estudo» Sociais Brasileiros* Um* privilegiada localização
geográfica favoreciatal ligação, jâ que o CESB operava no mesmo edifício onde

o IPES do Rio mantinha o seu escritório. Servia de contato o t>r Calafate, um +

dos diretores do CONCLAP, que também ocupava salas no mesmo prédio 44 .

A Associação Brasileira do Congresso de Liberdade da Cultura recebí* tam-


bém o apoio do IPES. Através dessa organização, que tinha ramificações inter-
nacionais, ele disseminava suas próprias idéias sobre o Movimento Estudantil t
a natureza da Universidade. Responsabilizavam-se pelo desenvolvimento dessa
operação os líderes ipesianos A. Vcnãncio Filho, José Du vi vier Goulart e Oscar
dc Oliveira, que trabalhavam como uma equipe do Grupo de Estudo e Doutrina,
na unidade de "Problemas Universitários 'Vo
Como já foi mencionado, o IPES criou cm 1962 o Instituto Universitário
do Livro — IUL. O IUL servia de canal para a distribuição de livros púlíticof

287
,

a preços baixos, para a promoção e publicação de livros “didáticos", o que o


IPES julgava serde “real interesse universitário", c para a impressão de folhetos
c apostilas. Desempenhava também o papel de instituição que “distribuía" bolsas
#i
de estudo para cursos especiais" c servia dç foro para a promoção de estudos da
conjuntura política em forma de seminários, séries de conferências e palestras
de interesse da “classe universitária", Na irca de impressão c distribuição de
fofhctos, panfletos c apostilas, o lUL coordenava esforços, entre outros, com a
Faculdade Paulista de Direito, a Faculdade de Direito Mackenzie, a Escola Téc-
nica de Química Industrial de Ribeirão Preto, a Faculdade de Economia São
Luiz, a Faculdade de Filosofia Sedes Sapirntiac e a Faculdade de Engenharia
Mauã. 14 A diretoria do ÍLL compreendia José Ely Viana Coutinho, Paulo Egydio
Martins, Carlos Eduardo Cürbctt, Eduardo Figueiredo e Maria Lúcia Coutinho
Galvio.4f
Q IPES propiciava a interação direta de empresários e universitários, através
da instituição do Departamento de Estágios, que apresentava e expunha estu-
dantes universitários às práticas do mundo dc negócios dc São Paulo e ao seu
universo de valores comerciais e ideológicos, O IPES patrocinava feiras de livros
que serviam de canais de distribuição para as publicações que queria ver divul-
gadas 44 Incluía-se também entre aqueles sob o auspicio do IPES o Centro para
Documentação Econômica e Social — CEDES,4 * Para essas atividades, o ÍPES
contava com o envolvimento de José Ely Coutinho e Eduardo Figueiredo.*0
A doutrinação dos mais jovens também preocupava ao IPES e ele se empe*
nhava em marcar sua presença ideológica na escola de 2* grau, bem como na de
educação primária. Através das crianças da classe média, ele poderia atingir seus
pais, mobilizando também, neise processo, o "estabelecimento escolar**, na ten-
tativa de neutralizar ou, se possível, integrar a equipe de professores na sua
cairmanha política mais abrangente de manipulação da opinião pública. O IPES
de SIo Paulo patrocinava a distribuição, por todo o sistema escolar, de material
impresso como, por exemplo. Uma Escola Social produzido por Dom Emílio
(ordan, que se ligou ao IPES por intermédio de Paulo Ferraz. Dom Emílio ]or-
dan responsabilizou-se também pela elaboração dc um plano para a criação
dc uma escola dc formação de "líderes", plano este devidamente encaminhado e
adotado pelo Grupo de Doutrina c Estudo do IPES de São Pauto. 51 Q plano
envolvia também a implantação de instrução cívica c religiosa cm escolas leigas. u
Havia a intervenção do IPES na área dc educação dc trabalhadores c de
influenciou a idéia da criação da Universidade do Trabalho em Campinas. 53 Vi-
sando desenvolver esse projeto* o Monsenhor Satím, rcítor da Universidade
a
Católica dc Campinas, já ligado ao IPES por José Ety Coutinho, e o Padre
Narciso pediram à elite orgânica subsídios que os permitissem funcionar durante
o primeiro ano. 54
Q TPES influenciou até mesmo a constituição do Instituto dc Formação
Social —
IFS cm l%3. O 1FS linha como objetivos oferecer cursos dc doutri-
nação básica paro todos os setores do público. Ele organizava cursos a nível
executivo para gerentes empresariais, a nível médio para funcionários, pessoal dc
vendas, estudantes c mulheres da classe média* hem como cursos noturnos para
operários dc indústria. Organizava, ainda, cursos especiais dc doutrinação chama-
dos Liderança c Administração Sindical, assim como Sindicalização Rural,

2S8
O IPES era também interligado h Fuodaçâ o Coimbra Bueno" que se dedicava
a ações sociais, cívico-culturais c a atividades filantrópicas. Essa Fundação cons-
tituía um conveniente canal para atingir as classes médias mab baixas e as classes
trabalhadoras, um público no qual o IPES linha um óbvio interesse.
Final mente, representou um marco
ímportanie na lula ideológica contra o
movimento estudantil nacional* reformista* que leve serias repercussões nos meios
intelectuais, políticos t miliiarcs, o lançamento do famoso livro UNE — instru-
mento de subversão, uma sombria exposição tíc atividades esquerdistas nas uni-
versidades em geral e. em particular, na Faculdade Nacional de Filosofia do Rio
de Janeiro, e cujo sensacional ismo explicava grande parte do impacto causado
peío livro. 54 No período dc 1960 a 1964. a Faculdade Nacional de Filosofia
assumia papd de liderança no movimento estudantil, ponta de lança de politízição
e conscientização e o for um para intelectuais como Jean Paul Sôrire t para
políticos como Leonel Ekizoht e Miguel Arraes levarem ao movimento estudantil
suas idéias e atividades. O que se passava na FNF causava óbvias repercussões
no país, dado o seu papel de diapasão das atividades estudantis e dado também
o faio de qtie o diretório dos estudantes era controlado por um dm
mais ativos
blocos esquerdistas-trabalhistas, liderado por Enylion de SÓ Rege?. O livro tornava-
se, assim, bastante útil para desabonar os ativistas envolvidos e sua atuação.
E isso ele se propôs fazer pknamemc.
Sônia Seganfredo escreveu o livro, sendo ela estudante em 1962 no Rio de
Janeiro. Ela frequentara o Curso Pré -Vestibular da Faculdade Nacional de Filo-
sofia em 95 S onde desde o início posicionou se como implacável anticomunista.
! t

Em 1962, numa série de entrevistas publicadas em O


Gtobo. ela denunciava as
atividades da UNE e do ISEB, Instituto Superior de Estudos Brasileiros, O IPES
procurou-a nessa época, mais precisamente em novembro de 1962. quando o
do General Golbery, Tenente Heitor de Aquino Ferreira, estabeleceu os
assistente
primeiros contatos enviando a ela livros e outras publicações que analisavam
n situação política e o movimento csiudarUiL 17 Depois disso, o Tenente Aquino
deddíu sc apresentar por carta e explicara ela a razão pela qual fora contactá-la.
O Tenente Aquino assegurava a Sônia Seganfredo que ambos se engajaram na
mesma luta c posiciona vam-se do mesmo lado. Ele continuava em sua explicação
que "Nosso grupo no exército —
que a esquerda insiste sempre em chamar de
golpista continua a existir, embora se nsivd mente enfraquecido, entre outros
motivos, pela í&lta de liderança, depois que nossos chefes de maior valor e
projeção passaram para a reserva: alguns até pela excelente razão dé que, fora
do exército, poderiam irabalhar com maior rendimento. Digo isso porque o faio
tem ligação com o problema que desejo iraiar com [você]. Temos imprimido
nós mesmos e encaminhado para editores omieos várias obras de grande valor
como propaganda democrática anticomunista".1* Mencionava então algumas dessas
publicações, cuja maioria seria lançada em breve, como por exemplo Conversai kw
míh Staün, de M. Djiias, "que será publicado na minha terra pda Editora Globo"
a cuio diretor ligam-mc laços de amizade". The protracted confiict de Strausz ,

Hupé; f! esf moins cinq, de Suzannc Labin: Crônicas engajadas, de Raquel de


Queiroz: Animal Iam, de George Orwell, c varias outras, 6*
O Tenente Aquino convidou, então. Sônia Seganfrcdõ para cooperar com
o IPES através da publicação de um livro baseado nos artigos que cia escrevera

2S9
para oi jornais nacionais» denunciando > "esquerda'** o nacionalista 15EB e a
UNE. IPES financiou ú livro c a G, R. D Editora» dc São Paulo, publicou-o.
O
Esst editora, que publicara tantos outros livros distribuídos pelo IPES* venderia
o UNE — intirumento âe subversão a preço módico, (traços aos subsídios confe-
ridos pelo IPES, que também "conseguiu receber ajuda americana paro a sua
publicação*
-1
O
IPES pediu a Sônia Sepanfredo que mantivesse segredo sobre
.

o seu desempenho na publicação, já que ele não poílcría se envolver publica*


mente nessas atividades * Distribuído gratuitamenic nos milhares* vendido nas
livrarias por preço módico c com ampla cobertura da imprensa coordenada pelo
ÍPES o livro de Sônia Seganfredo foi parte importante na tentativa úò IPES de
t

conter o movimento estudantil, denegrir a reputação da UNE e criar um clima


de suspeita e rejeição h União Nacional dos Estudantes, principal mente entre
aqueles "moderados"** suas famílias e* sobretudo* os fmlitares, i,
Todavia, apesar desse esforço e numerosas ações como as }A mencionadas,
o movimento estudantil continuava inclinado para a esquerda trabalhista. A
avaliação de taf tendência foi feira pela dite orgânica* quando a UNE» a UME,
a UBE5, a AMES e os Diretórios Acadêmicos de várias Faculdades apareceram
entre os patrocinadores c organizadores do Comício pelas Reform»** de Base»
dc 13 de março dc 196A a mobilização de massa que o bloco nacional-reformista
arquitetara para pressionar a favor de suas demandas» Na qualidade dc uni dos
oradores do comício fose Sem. o presidente da UNE. apareceu ao lado do
próprio Presidente João Goulart, que se dirigiu a massa de participantes acusando
o latifúndio e o imperialismo ccmo dois dos mais importantes íatores para os
males do Brasil. Delegados estudantis de todos os Estados brasileiros, mntarncnic
com representações das dum trabalhadoras e sindicatos» pudetsm. então, ouvir
o Presidente anunciar a assinatura dc dois decretos presidenciais da mais alta
importância: um desapropriaria, num limite de dez quilómetros» terras frcniciriçai
a rodovias, ferrovias, represas, açudes federais e áreas beneficiadas por serviços
feitos pelo governo federa) —
áreas estas consideradas dc interesse social. O
outro decreto levaria à nacionalização das refinarias privadas dc petróleo* inten-
sificando o monopólio estatal nesse setor. Â UNE víu esses decretos como a

realização dc algumas de suas demandas c o comício público como tendo efetiva-


mente fortalecido a abanca Camponés-Estudante-Opcrário. No dia 28 ác marco,
estimulados por esses acontecimentos* o Diretório Acadêmico da Faculdade Na-
cional dc Direito* o Diretório Acadêmico da Faculdade de Filosofia da Univer-
sidade do Brasil e mesmo o Diretório Acadêmico da Faculdade dc Sociologia
da PUC. assim como a AMES, lançaram um manifesto simultâneo eru apoio aos
"militares que lutam para a realização das transformações estruturais necessárias
h sociedade brasileira".

A elite orgânica teve dc procurar outro meio para lidar com o movimenta
estudantil. Três dias depois* a intervenção militar, a destituição do Presidente
João Goulart* a prisão dos líderes estudantil* a invasão às universidades c a
interdição da UNE destruíram as ilusões dos estudantes com respeito ao poder
de sua aliança.

* NT; No originai middte úf rAe roaé. que descreve um meitMrmio

290
Mobilização das classes médias c apoio ícJnímno

A rciiiis do 1PES no campo dn mobilização política c


significativa conqui&ia
como a nova clientela política
ideológica consistia na utilização dai classes médias
e o desenvolvimento de meios paia mobílízã-las, com êxito, como uma massa de
manobre* efeito que os panidos c frentes tradicionais não se dispuseram ou se
capacitaram a alcançar. À mobilização das classes medias conferia a aparência
de amplo apoio popular a elite orgânica c a mídia coordenada pelo IPES propor-
cionava grande cobertura às atividades dessas classes médias mobilizadas. Na
atmosfera elitista do Brasil, as demandas das classes médias eram vistas como o
ponto de referência para a identificação da legítima expressão popular. Em con*
traste» o apoio popular das classes trabalhadoras ao governo ou aos grupos e
indivíduos políticos da esquerda e do trabalhismo era representado como o resul-
tado do Incitamento subversivo das massas pelo Executivo c o bloco nacional-
reformista. Mas a mobilização das classes medias era sobretudo uma campanha
ofensiva, projetada para acentuar o clima de inquietação c insegurança t dar a
aparência de um apelo popular às Forças Armadas para uma intervenção militar.
Árlindü Lopes Corrêa preparou para o Comitê Executivo do IPÊS um positim
paper que relatava daramente as preocupações e objetivos da dite orgânica»
trabalho este muito apropriadamente chamado de Conquista das Ciasses Médias
64
para a Ação Política em Grupo. Descreveu, nesse documento, a existência de
uma gradual tendência estaiízante do país» que se supunha fosse o "objetivo final
1

da corrente mais forte do comunismo do Brasil '* Diversos fatores contribuíam


para a tendência tstatízante, entre des a militância mostrada pelos ativistas comu-
nistas. Para Arlindo Corrêa, o "prestígio dos comunistas em meio às classes
trabalhadoras derivava sobretudo da capacidade de liderança comprovada nas
demandas desses militantes por melhorias salariais". Tais demandas* argumentava
de* mostravam-se "exacerbadas sob o pretexto real ou artificial da alta do custo
1

dc vida Tanto a mditâttda dos comunistas quanto as manifestações causais de


'

seu êxito teriam de ser contidas. Dentre as razões para esse êxito destacava-se t
inflação» que lhes serviu de justificativa para a luta Arllndo Corrêa detectava nas
classes médias o dique político contra as demandas comunistas. Ele argumentava

que 0$ componentes da classe média, oulrora bem remunerados, testemunhavam
a deterioração generalizada do valor real de sua renda e um constante declínio de
seu status social Esse fato seria "fácil de comprovarão o argumento lógico oara a
".

questão, segundo Ariindo Corrêa, seria "comparar as rendas dos funcionários pú-
blicos* civis e militares, administradores e empregados do comércio com as rendas
dos trabalhadores da Marinha Mercante. Portos c Rede Ferroviária* considerados
segmentos privilegiados das ciasses trabalhadoras, assim como agitadores", Argu-
mentava ainda que "uma camada da sociedade, sofrendo um processo dt empo-
breciijiento como a classe medis* pode facilmente se reunir em torno de ideais
democráticos". As classes médias "nunca haviam pressionado decisivamenle e
coletivamente" no sentido de obter as vantagens salariais alcançadas pelos "seg-
mentos privilegiados das classes trabalhadores brasileiras: ferroviário*, operários
marítimos e portuários» porque elas nunca haviam se organizado como uma clas-
71
se". Cornudo» "a insatisfação enfatizava de* "gera os grandes movimentos so
,

ciais". Continuando, observava que era "fácil também provar que a transformação
do Srasll em uma "República Sindicalista ** correi acionava- se com o empobreci-
1

291
mento das classes médias c sua compressão pelos níveis de salários mais baixos.
Ainda, "demonstrar a identidade entre a sindicaliiação da república c o progresso
do comunismo não é difícil", Então ele enfatizava que o "ponto dc encontro para
a agregação das classes médias deve ser. consequentemente, a questão salarial. O
objetivo tático seria o combate & inflação e o objetivo final, o combale ã csquerdi*
/ação do país. Ele observava que a 'liderança das cUsscs médias podia parecer
difícil ou mesmo impossível, como consequência da consciência individualizada de
cada um de seus membros. Pensamos, todavia, que nâo é difícil. Consideramos*
simplesmente, que esse segmento da sociedade nunca sentiu n necessidade dc se
unir Agora o momento é difícil para seus membros c os motivos surgiram../'
Argumcniava, além disso, que. sendo a ciasse média a menor dc Iodas* cm termos
eleitorais, "os políticos brasileiros nunca poderiam se chamar dc campeões da sub
defesa, porque, agindo dessa forma, eles estariam cometendo suicídio eleitoral.
Contudo, a ciasse média rçalmenlc identificou, dentre os vários candidatos a poi-
tos eletivos, aqueles que melhor responderiam às suas reivindicações". Salientava
também que numa avaliação errónea, "o político brasileiro considera a classe mé-
dia como impenetrável às argumentações emocionais e apenas aceita teve» racio-
nais", io passo que em relação às massas, 05 políticos brasileiros achavam que seria
condição mequa non apresentar teses ilógicas para se alcançar êxito político,
sob uma aparência dc lógica ou baseadas em termos emocionais. "Fdizmenie",
continuava. ”a classe média nào fica totalmenie infensa às emoções sodo-políticis.
sc elas contiverem um demento de aparente racionatismo." Em resumo, deduzia
Àrlíndo Corrêa, "a conquista da classe media tem dc ser feita através de uma
atividade de propaganda que mescle argumentos racionais com argumentos emo-
cionais Dessa forma 1 liderança dessa classe será alcançada".

Segundo Arlindo Corrêa, o "próximo passo será eon vencer a classe média
de que se doerá alcançar a qualquer preço a contenção dos salários dos setores
das cfajscs trabalhadoras, infiltrados por comunistas, e igualmentc ter se -á de
identificar a inflaçãocomo sua grande inimiga. Finalmetne, a classe média deve
ser usada como um instrumento de pressão política do mesmo modo e pelo
mesmo meio que as classes trabalhadoras: operários, marítimos, portuários* ferro-
viários cie " Para ele, 0 melhor modo dc "ganhar partidários para a causa é e
conquista individual dos membros da classe média* através de panfletos* propa-
gando peln mídío e depois, num estágio cronológico mais avançado, por meio dç
comícios públicos", Fmaímentc, cie recomendava que as "classes" a ser jnicial-
mente "trabalhadas" deveriam compreender "a dos militares e a dos profissionais
1
4*
liberais em postos públicos /
A argumentação de Arlindo Corrêa não ficou perdida para a liderança do
1PES. Á imprensa manipulou imensamente o lema da República Sindicalista,
O uuc era visto como o comportamento rebelde dos ferroviários* operários
marítimos e portuários c suas "exorbitantes" re vi ndi cações salariais incitaram a
i

Opinião das classes médias. A queda do sfa/us sócio -econômico constituía um


poderoso argumento entre os militares, uo passo qoe as classes médias, "assistidas"
em sua ídcnlífícaçfio dos candidatos "certos"* fínuJmcnle foram unidas, formando
uma massa de manobra dc importância,
À organização de tais atividades não seria difícil para a elite orgftnica, Os
ativistas c associados do complexo ÍPES^HJAD também pertenciam a muitas
organizações de classe C instituições sociais que faziam campanha através da

292
mídia, cm conferência c por panfletigem. como parcc da campanha anticomunista
do período da "guerra fria". A sua mensagem apelava precjsameme para as classes
médias alfabetizadas. O IPES também obtivera êxito na coordenação dos conhe-
cidos movimentos paralelos* qual seja* organizações sociais, instituições culturais
47
e associações de classe que compartilhavam algum dos seus valores e táticas.
O líder ipcsiüfiü Hélio Gornidc responsabilizou-se pela coordenação dos movi*
mentos paralelos, que no seu auge chegaram a 5,000, e através ddes canal izou-se
e retransmitiu se a grande investida da opinião pública ^democ^áitca*^

Merece mençlo o fato de que entre as organizações de ‘“guerra frte‘\ cuja


campanha de propaganda coincidia com a do IPES. destaca vam-se a Associação
dos Amigos das Nações Cativas e o Rearmamento Moral. Â Associação era uma
organização ‘"guarda*chuva \ fortememe anticomunista, com órgãos similares nos
,

Estados Unidos* cuja liderança no Brasí! compreendia Gustavo Corção (presi-


dente)* Glycon de Paiva (vice- presidente) ç C. B Wcínschenk* diretor da Cia,
Docas de Santos (tesoureiro). Um número de associados e ativistas do completo
IPES/IBAD fazta parte do seu conselho diretor. Dario de Almeida Magalhães,
Eugênio Gudin, Monsenhor F. Bcssa (S) o Padre F. Leme Lopes ($Jh |oão
p

Camilo de Oliveira Torres, Raul Fernandes. Prudente de Morais Neto. Carlos


Povinâ Cavalcanti, Carlos Guinle, Alberto Barreto de Mdlo. Manuel de Azevedo
Leão e Gladslone Chaves de Mello eram alguns desses diretores. A associação
representava um canal para a propaganda anticomunista produzida cm outros
países e no Brasil.

A outra instituição, o Rearmamento Moral* organização mtemKknul de


1

Aguerra fria' sediada nos Estados Unidos, muito podei *a no inicio da década
,

de sessenta, juntou o seu esforço ã campanha de pânico anticomunista. O Rear-


mamento Moral, que atingia um amplo espectro da opinião publica das classes
médias* engajou em suas atividades alguns oficiais militares assaz proeminentes
daquela época. O General Tuarez Távora fazia campanha em prol da causa do
Rearmamento Moral, tomando-a sua. Em 1962. antes das eleições, o General
fuzrez Távora compareceu a diversos compromissos públicos em vários centros
urbanos, em nome do Rearmamento Moral Em PetrópoUs, onde estava se reali-
zando uma conferência al lamente propagada do Rearma meu to Moral, esse mesmo
general assinou uma declaração ds apoio e adesão, juntamenlc com o Marechal
Henrique Teixeira Lott. o ex-Ministro da Guem
e candidato do PSD ã presi-
dência da República nas eleições de 1960. Em Ibirapuera, o General ]. Távora
,!l
apresentou o Rearmamento Moral a São Paulo, ao lado do General Hugo Bethlem.
primo do Coronel Belfort Bethlem íque pertencia ao grupo de oficiais do General
Ernesto Geísel) e do General da Reserva Agrícola Bethlem (associado do IPES).
O Rearmamento Moral mantinha também um programa de treinamento ideológico
que enviava aos Estados Unidos oficiais militares e outros responsáveis pela
formulação de opinião para um período de orientação ideológica e preparação
política. O então Coronel da Força Aérea Moreira Bumier, antigo líder das revoltas
militares de facareacanga § Áragarças, indum-ie entre os enviados ao exterior
43
nesse programa. O Rearmamento Moral também fornecia ao IPES material de
propaganda, desde filmes até panfletos voltados aos diferentes setores da opinião
pública; sua eficácia cm modelm a consciência de classe se fez sentir mesmo
nas classes dominantes, A equipe do Rearmamento Moral que operava na Brasil
(cujo representante, um certoZinunerman* ligado ao IPES por José Rubem

293
Fonseca) linha como objetivo infundir, entre os empresários ainda relutantes em
cooperar com a elite orgânica, as necessidades c a urgência do momento/ O
4

!F£S de São Paulo canalizava fundos para o Rearmamento Moral, como uma
operação independente do IPES do Rio/
1

Os "movimentos paralelos", tão ativos nas campanhas antipopulistas c anlí*


populares,compreendiam a União Nacional de Associações Femininas/1 a já
mencionada ACM —
Associação Cristã de Moços —ca Associação dos Diri*
gentes Cristãos de Empresas —ADCE, que, conforme o líder ipesiano Jorge
Frank Gcyer, "já era uma espécie de IPES"/ 1 Distinguiam-se como figuras in-
fluentes da ADCE os empresários Paulo Egydio Martins. Severo Gomes e Murilo
Macedo. A ADCE contava como seu assistente eclesiástico o Padre Fernando
Bastos D 'Ávila, professor da PUC e da ESG, ideólogo da "Doutrina de Solida*
riedade Cristã" (Solidarismo) e também ligado aos IPES. A ADCE fazia*sc im-
portante na mobilização dos empresários menores e dis classes médias através
da organização de conferências e palestras e no apoio k campanha do IPES,
Mas o que o IPES viu como uma de suas conquistas de maior êxito foi t
"descoberta” dos grupos femininos de pressão, tão ampla e eficazmentc usados
dez anos mais tarde contra o governo constitucional de Salvador Allende. no
Chile, e para os quais a experiência brasileira forneceu o modelo.
A escolha da dona-de-casa da classe média como potencial ponta de lança
para o contra-ataque a João Goulart foi de especial importância. Ao fazer tal
escolha, o IPES visava diretamente às esposas, irmãs e mies dos militares, pro-
fissionais, eomereiários e teenoburocratas. Era voz corrente que o IPFS teria
importado antropólogos e sociólogos, que o orientavam sobre a grande influência
exercida pela; mie; e avós na sociedade brasileira. Parece que os empresários
levaram um ano para aprender como usar «técnicas de mobilização das classes
médias, mas Uma vez aprendidas, elas se tomaram "um rolo compressor que não
parava". Glycon de Paívi a considerava como exemplo perfeito de uma "Idéia*
1
Força* que dispunha de organização, dinheiro e slogans**
,

A mobilização das mulheres asseguraria parte significativa da Caixa de Res-


sonância, uma máquina poderosa e de grande alcance. As organizações femininas
(geralmente com um corpo masculino de assessores políticos e organizacionais) 71
mostravam-se instrumentais na campanha conduzida pela elite orgânica para
infundir o temor à "ameaça vermelha", ao mesmo tempo que elas eram o seu
T#
próprio aJvo. No decorrer dos primeiros meses de 1964, as organizações femi-
ninas e grupos católicos proporcionavam a mais visível ação cívica contra Joio
Goulart e contra as forças nocionaf- reformistas, especlilmente em Minas Gerais,
Sio Paulo c Guanabara,
O IPES custeava, organizava e orientava politicamente as três organizações
femininas mais m porta ntesr a Campanha da Mulher pela Democracia
i
— CAMDE.
do Rio de Janeiro, a União Cívica Feminina — UCF, de São Paulo, e a Campanha
pare Educação Cívica — CEC. Ele também assistia financeiramente, provia expe-
riência organizacional e orientação política a esses grupos conservadores cató-
licos e de cunho familiar, como a Campanha da Mulher Brasileira, o Movimento
de Arrcgimcntaçõo Feminina — MAF (liderado por Àntometi Pellegrini), a Liga
Independente para a Liberdade (dirigida por Maria Pacheco Chaves)/* o Movi*
mento Familiar Cristão — MFC, a Confederação das Famílias Cristãs — CFC,
a Liga Cristã Contrt o Comunismo/* a Cruzada do Rosário em Família — CRF,
294
o Lcgiio dc Defesa Social* a Cruzada Democrática Feminina âo Recife CDFR* —
li Assotttrçüo Democrática Feminina —
A DF fde Porio Alegre) e a Liga de
Mulheres Democráticas —
LIMDE (de Minas Gerais),™
Embora o Movimento de Ar regímen ação Feminina tenha iniciado, em 1954,
I

como uma organização que protestava contra a alta do custo de vida e a falta
de instrução cívica nas escolas públicas, sen manifesto papel político se desen-
volveu no princípio da década de sessenta* Em um clima político cada vez mais
radie nt o MAP devotava crescentes esforços para '‘combater o comunismo e a
H

corrupção'* airavds de panfletagem* comícios públicos, petições e propaganda de


porta em porta, A diretoria do MAF compreendia membros exdusivamente de
siatas bem atto, das tradicionais famílias paulistas, e sua ação se restringia a
Sno Pauto, Sua presidente, Àmonicta Pelkgrini, era irmã de fólio de Mesquita
Filho, proprietário de O Estado de $. Paulo, e muitos dos ativistas ipesianos,
ligados ao jornal, trabalhavam como orientadores do MAF. O MAF contava com
8*
6,000 mtmbros e seus fundos vinham do ÍPES de São Paulo.
A União Cívica Feminina foi organizada em São Paulo* era 1962, visando o
11
"esclarecimento" da opinião pública, a "defesa do Regime Democrático e a "des-
pertar a consciência cívica das mulheres'*. À UCF dissemina suas idéias principal-
meníc através de palestras* conferências c corsos de doutrinação básica, oferecidos
às dünâs-dc-casa e trabalhadores, sobre assuntos tão variados como a Política,
Doutrina Social da Igreja» assim como Problemas da Economia Brasileira*
A UCF des tacava sc também em extraordinárias atividades para promover
tumulto sua ação tinha pouco a ver com as decantadas atitudes da dona-d&casj
e
brasileira Ela representava a face tíc propaganda da máquina liderada pelo 1PES,
a outra face aendo constituída de atividades paramiíiiares organizadas, gover- O
nador Àdhemar de Barros apoiava a UCF nessas atividades, auxiliado pela rigo-
rosa polícia estadual* disfarçada em estudantes,* Paulo de Tarso, Miguei Artaes*
1

Leonel Brizola* Almino Afonso, Joio Pinheiro Neto e Eloy Dutra representavam
alvos especiais das violentas atividades desses grupos organizados. 19 À UCF
mostrou-se útil ao proporcionar a parte vocal agressiva das demonstrações de
massa contra a visita do Presidente Ti ío da Iugoslávia, bem como contra inúmeras
t

medidas governamentais, Ela irrompia nas estações de televisão cora: o intuito


de levar a sua mensagem t mandava ônibus lotados de "estudantes" e íntimi-
datfores anticomunistas para participarem das eleições dc diretórios estudantis. 88
Prestava-se também como um canal de tectirsós financeiros e uma fonte de apoio
político para outros grupos e organizações» como a União de Estudantes Secun-
dários de São Paulo* Através da UCF organizaram-se conferências de promoção
e relações públicas a favor do governo do Rio Grande do Norte. Estas atividades
relaciona vam-se com a eriaçíío do plano de desenvolvimento (orientado pelo IPES)
daquele Estado, Por coincidência o Rio Grande do Norte era um dos Estados-
ehave escolhidos como "vitrine*' para a promoção das "ilhas de sanidade"* deno-
minação dada peio embaixador Lincoln Gordon aos Estados cujos governadores
eram confiáveis sob o ponto de vista américa no. Através de um maciço influxo
de recursos financeiros para projetos do impacto e outros meios* essas ilhas *

de Sanidade em um mar conturbado" visavam a frustrar a crescente mobilização


trabalhista e de esquerda t escorar as imagens dos vários governadores do proble*
mâtico Nordeste* Por coincidência, também AUilsio Alves» governador do Rio
Grande do Norte, era associado t parente do líder dc ÍPES fó$é Luiz Moreira

295
de Souza. O pfsno projetado peio IPES consistia em tornar o Estado do Rio
Grande do Norte cm um exemplo do que
a empresa privada poderia fazer pelo
Nordeste, tentando solucionar os problemas da região através do estabelecimento
da Companhia de Desenvolvimento do Rio Grande do Norte CODERN,—
Estabelecida com 500 sócios, a companhia destinava-se a avaliar as possibilidades
económicas do Estado para investidores industriais c financeiros do centro-sut.
As Atividades promocionais da UCF tinham também um efeito fortalecedor rech
**
proco
A UCF comova com menor número de mcmbrai do que o MAF, mas uma
rede mais ampla de núcleos de ação. que se estendia até o Estado do Paraná.
Ê interessante observar que. depois de 1964. a UCF se ocupou com serviço social
em favelas e proteção ao consumidor. Ela também manteve um Arquivo de Polí-
1
ticos, com dados como seus antecedentes
bibliográficos pessoais, assim eleitorais,*

Em 1963, o IPES organizou a Campanha dç Educaçòo Cívica


CEC, de —
âmbito nacional, cujo programa envolvia o ‘'despertar da consciência cívica da
nação" c o "estímulo patriótico a grande massa, principaímcnle a classe média,
os trabalhadores c a juventude", A UCF e outras organizações orientadas pelo
IPES eram patrocinadoras conjuntas da CEC. Um
comité central coordenava oi
atividadesda CEC, comité este formado por professores universitários, jorna-
listas, profissionais, como também incorporava membros dos grupos femininos

de ação. trabalhadores e estudantes selecionados das unidades e movimentos


patrocinados pelos ÍPES A CEC se envolvia na mobilização c propaganda dai
classes médias, assim como na organização e doutrinação dos ativistas estudantis
c operários. Suas atividades coincidiam, na maior parte, com as da Campanha
du Mulher pela Democracia, o mais proeminente de todos os grupos femininos,
A Campanha
da Mulher peia Democracia, presidida por Amélia Molina
do General Amónio dc Mendonça Molina, devia a sua sígnifícància
Bastos, irmã
a seus muito ative* programas promocionais, realizados desde a sua criação em
1962 ao golpe de 1964, a sua harmonia com importantes elites políticas e mili-
tares c com a imprensa nacional, principal mente O Globo c a seu papel especial
,

na agitação pública nos dias que precederam o golpe.


A idéia de se criar a CAMPE pouco ames das eleições de 1962 partiu
declaradamente de três indivíduos: Leovigiído Balestíeri, vigário franciscano do
bairro de Ipanema, Glvcon de Paiva e do General Golbery do Couto e Silva.
'
Eles convincemememe argumentavam que o Exército fora minado pelo ‘vício
dc íegaíismo'. que só mudaria se legitimado' por alguma força civil, c que as
mulheres da classe média e alia representavam o mais facilmente mobilizado t
interessado grupo de civis."** À ra/ao imediata para a criação da CAMDE con-
sistia na necessidade de se formar um efetivo "coro popular" para impedir a
posse de Santiago Dantas como Primeiro-Ministro, através do estímulo a reper-
cussões desfavorável! á sua nomeação c organizou-se contra ele a "Caravana a
Sintomaticamente, a primeira reunião da CAMDE realizou-se no audi-
1
Brasília".*
tório de O Globo, no Rro, cuja rede de jornal c rádio assegurava a manutenção
da CAMDE cm evidência daí para adiante.
A CAMDE desenvolvia uma sólida campanha de "esclarecimento". A orga-
nização. cficazmcnte usada durante a campanha para as eleições de 1962, patro-
cinava conferências para os seus membros sobre o perigo da "subversão comu-
risia‘\ realizava reuniões públicas, distribuía panfletos c colecionava assinaturas

296
cm petições de protesto. Eía erguia faixas agre salva mente anticomunistas e pôsteres
bastante sugestivos. Umdeles mostrava uma criança conclamando os cidadãos
a votarem "em um Democrata para que amanhã eu possa ainda aer livre". As
ativistas da CAMDE apareciam também na televisão endossando um grande núme*
ro de personalidades políticas, religiosas c sociais que o IPES promovia otravés
do seu "bureau de oradores".
A CAMDE organizava reuniões de protesto, escrevia milhares cíe carias aos
deputados da mesma forma que
e. IBAD, pressionava firmas comerciais para
retirarem scgs anúncios dos jornais pró- João Goulart ou orientados pela esquerda
e o trflbalhismo. Distribuía milhões de circulares e livretes preparados principal*
mente pelo complexo IPES/IBAD e produzia sua literatura própria visando às
preocupações da dona-de casa. Esses panfletos circulavam aos milhares por edição.
ConcÊnlravam*se os esforços nas esposas dc militares, dos membros dos sindicatos
-
controlados pelo trabalhismo e de servidores públicos. ’ Usou-sc também a
CAMDE no fomento gradativo da pressão pública sobre o Ministério das Relações
Exteriores, por ocasiao da crise dos mísseis em Cuba, na tentativa de descarac-
terizar as feições neutralhtas da política externa do Brasil.

A CAMDE trabalhava com a cooperação dc associações congêneres, de São


Paulo e dc outras partes, como a CEC, a UCF. o MAF, a L1MDE, a CDFR e a
ADF, entre oulrus, e com diversas linhas auxiliares do complexo IPES/IBAD,
como o Movimento Estudantil Democrático, o Movimento Sindical Democrático
e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Cristãos. Ela recebia a colaboração
direta do IPES do Rio, através de um dc seus líderes, Oscar de Oliveira, dz
Associação Comercial do Rio e da Associação Brasileira dc Municípios ABM, —
que também funcionava como linha auxiliar do IPES. A CAMDE motiravasc
útil também na apreensão de material de alfabetização supostamente "subversivo",
usado pelo Movimento de Educação de Base —
ME8 e no fomento de reações
histéricas em tonto disso. Ela se responsabilizou, ainda, pela demonstração que
concentrou um milhão de pessoas no Rio, favor da intervenção militar contra
o governo c a favor da supressão d» esquerda. Quando o Presidente João Goulart
esteve no Rio no dia 13 de março de t9b+ para proferir o seu famoso discurso
no comício para as reformas básicas, a CAMDE se engajou numa campanha por
telefone, pedindo às pessoas para não participarem do referido comício, incitando
as mulheres a permanecerem em casa e acenderem vetas em suas janelas, como
sina] dc protesto e fé cmii, campanha esta que teve excelentes resultados.

O auge dos esforços das associações femininas orientadas pele IPES se deu
seis dias depois,no dia de São lesé, o padroeiro da família, com a coordenação
da "Marcha da Família com Deus pela Liberdade", em São Paulo. Aproximada*
mente 500.000 pessoas compareceram para protestar contra o comício de Joio
Goulart do dia 13 de março. A idéia da organização da marcha fora defendida
pelo Deputado Federal Antônio Sílvio Cunha Bueno (rico proprietário de terras
e diretor da Willys do Brasill* pela Deputada Conceição da Costa Neves, fosé
Carlos Pereira de Souza (alio funcionário da Confederação Nacional do Co*
mérctoj. Irmi Ana de Lourdes e Oscar Thotnpson Filho (Secretário da Agricul-
tura do Esudo de Sào Paulo, político do PSD e homem de confiança do Gover*
tiador Adhemar de Barras). De falo, a organização da marcha se realizou no
prédio da Sociedade Rural Brasileira —
SRB, sob a supervisão de ipesianos, que
eram membros da Associação Comercial, da Federação das Indústrias, da Fe-

297
de ração das Associações Rurais, do Clube dos Diretores Lojistas c do estado-maior
1
cívil miliUr do 1PES. * Outra instituição importante que auxiliou na promoção
da rrurch*. o Conselho de Entidades Democráticas, funcionava coitiu oigumzação
máxima para uma variedade de associações paralelas ''democráticas” com base
profissional especializada* O Secretário Geral do CED era o lider do I PES
Osvaldo Breync da Silveira. A marcha contou com o apoio adicional c a partí*
cipaçio da CEC. da ACM local, da FACLR, da Federação dos Círculos Operários,
da Federação das Associações de Pais e Mestres e da pcrúia cm propaganda da
Mae Cann Ericsson, companhia multinacional de publicidade.* 1

Nos escritórios da SRB


que também alojava a Liga Independente pela
Liberdade, fizeram-sí pôsteres. cartazes c bandeiras.*1 Alguns continham os ape-
1
los: "Abaixo a imperialismo Vermelho *» "Renuncia ou /mpeoç/fmrnl", "Refor-
mas sim. com Russos, não": outros lembravam o público que "Getúlio prendia
os comunistas, lango premia Os traidores comunistas*'. O governador de São
Paulo Adhcmar de Barres aliou-se a esse esforço c proporcionou recursos. A elite
orgânica assegurou a participação das companhias aéreas e de ônibus que ofere-
ceram transporte gratuito para os representantes de todos os municípios de São
Paulo e de outros Estados, preposição não muiio difícil, jã que muitos dos
próprios executivos das companhias de transporte eram membros e financiadores
do P ES. Entre os principais participantes da marcha distinguiam-se Àuro de
S

Moura Andrade, o ernâo presidente do Congresso, o governador Carlos Lacerda,


da Guanabara, t o General Nelson de Mello, Ex-Ministro da Guerra de fofta
Goulart c participante da Articulação Civil-Militar. Ele se dirigiu k multidão:
"Nós estamos presentes nesta demonstração a favor da consciência cristã do
Brasil, Este c um dia cfccimo pára a existência do Brasil Nós temos fé na*
Forças Armadas; nós emw fé na Democracia",** A marcha foi ostensivamente
t

uma manifcMação da classe alia e classe média alta e. cm decorrência disso, muito
restrita, pois de uma cidade de cerca de 6. 000 000 de pessoas, apenas 500.000
dela participaram. O Embaixador Lincoln Gordon observou em sua carta de 2
de abril de N64 para Dean Rusk, o Secretário de Estado americano: "A única
nula destoa nce foi a evidente limitada participação das classes mais baixas na
marcha/"** As marchas do Rio c São Paulo foram seguidas de outras menores
cm Belo Horizonte. Curitiba, Porto Alegre e Santos. 1 Conforme o líder do IPES
1*

c da SRB, Sálvíu de Almeida Prado, um dos organizadores, a marcha Foi aclamada


como "um milagre de fé".®* embora, como já visto, houvesse, de antemão, uma
causa mais terrena,*7
De tudo isso, o mais importante íoi que "O Exército, como á do consenso
geral teria hesitado em agir se não houvesse fortes indicações dc que a opinião
pública era favorável e é bem possível que demonstrações espetaculares, tais
cgjtld a de 19 de março, a 'Marcha da Família com Deus pela Liberdade*, em
São Paulo, fossem decisivas para convencer o setor estritamente militar do
Movimento Revolucionário' de que havia chegado o momento propício". * O 11

Coronel Vcrnon Walters, do Serviço Americano de Informações, corroborou tol


avaliação observando; "Até as marchas se realizarem, havia um receto de que o
1

movimento paro depor foio Goulart não obtivesse êxito/ ** Ainda é discutível
se os setores golpistas das Forças Armadas intervieram senti ndo*w justificada*
pelo apelo das marchas ou sc os militares tiveram de intervir por aniccipHçóD,
em face do que se poderia facilmente argumentar ler sido o fraco apoio popular

298
recebido por eles* dcpob de tanso trabalho árduo. Menos de duas semanas depois,
11
em resposta aos ‘"anseios do povo , João Goulart foi deposto/*

A contenção dos camponeses

O tem uma longa história de inquietação rural, mas o aumento das


Brasil
tensões no campo
foi rápido durante a década de cinqüenta. Ao contrário do
setor industrial urbano, o setor agrário não fizera parte do esforço de sindica
lização corporativa durante o Estado Novo e mesmo durante a segunda presi-
dência de Gelúlio Vargas. A sindícalização rural permaneceu ilegal durante a
década dc cinquenta c todos os tipos de trabalhadores rurais continuaram sob
o indiscutível controle dos grandes proprietários de terra até os meados da década
de cinquenta .
m
As raízes do movimento para se organizar os camponeses podem
ser encontradas durante a década de quarenta, no trabalho do Partido Comunista
Brasileiro, que inicíalmente estabeleceu a rede de Ligas Camponesas, as quais
não se deve confundir com as Ligas Camponesas mais tarde associadas a Fran-
cisco lulíão. A atividade organizacional entre os camponeses ressurgiu nos meados
da década de cinquenta em Galiíáia, primeiro, com o estabeleci me nio da Sacie*
dade Agriculto ral de Pf amadores e Criadores de Gado de Pernambuco, assistida
por um ex-membro do Partido Comunista, José dos Prazeres, e, depois, com a
formação dc sociedades de direito civis e legais que rapidamente se desenvolve-
ram por todo o Nordeste, sob a liderança de fulião, passando a uma rede dc
Ligas Camponesas —
como os proprietários de terra as chamavam, numa tenta-
Uva dc confundi-las com as exumas ligas de inspiração comunista.
* 1

No final da década de cinquenta c princípios da dc sessenta, à medida que


se ampliavam os círculos de discussão sobre a reforma agrária e, como o clima
político para a mobilização rural se tornava mais favorável, outras organizações
agrárias passaram a funcionar cu foram reativadas. Entre as mais importantes*
distinguiam se a ULTAfl* União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do
Comunista em 1957, e o MASTER, Mo-
Brasil, original mente criada pelo Partido
vimento dos Agricultores sem Terra* criado por Rui Ramos e endossado por
Leonel Brizola, no Rio Grande do SuL Com o intuito de combater a influência
dos dois movimentos* a Igreja Católica passou a patrocinar e organizar sindicatos
rurais em oposição às ligas *'atéias em várias parles do Nordeste e do SuL 105
f

O movimento dos trabalhadores ruraís demonstrava impressionante vitalidade,


crescendo cm regiões onde nenhuma organização havia pratlcameme existido
poucos anos antes. As demandas dos camponeses se estendiam desde a abolição
do cambão —
a obrigação de se trabalhar para o dono dç propriedade por
um número de dias por semana ou por mês a um salário mais baixo que o
normal —m nlé melhorias snlariais e exigências de serviços sociais e utilidades
públicos — escolas, água, esgoto, habitação e estradas. A demanda para a reforma
da terra mostrava-sc incipiente, No entanto, em novembro de 1961, o Primeiro
Congresso Nacional de Trabalhadores e Agricultores realizou-se em Belo Hori*
z.onlc, ocasião cm que se reuniram 1,400 delegados c mais dc 2.000 outros par-

ticipantes que endossnvmn o apelo de luliao para uma radical reforma da terra.
Às propostas do congresso incluíam: “a total transformação do estrutura agrária
existente eom a eliminação da posse latifundiária dc terra, prindpalmente através
f

299
dá desapropriação, pelo governo federal* de extensas terras* substituindo a posse
monopolísiicá por posse do camponês, cm forma individual ou societária, e como
101
propriedade estalar*, e a distribuição gratuita da terra desocupada c laxas
moderadas de arrendamento daquela desapropriada dos latifundiários. Exigia-se
ainda o direito de organização independente dos camponeses em suas associações
de cíasse, a efetiva aplicação da legislação trabalhista já existente, até então
aplicada apenas aos trabalhadores urbanos, assim como o de sen volvi menio dc
uma legislação irabaíhísia adequada aos trabalhadores do campo, o reconheci*
memo imediato dos sindicatos rurais e efetiva c também imediata assistência a
todos os tipos de economia camponesa. Contra esse 6ocJ:ground no principio k

de 1965, a administração de foão Goulart passou u pressionar a favor de uma


reforma da terra e apoiou ativa e oficia Imcntc o movimento trabalhista rural,
legalizando, íinalmente. a sua sindical ização* através do estatuto do trabalhador
rural.

Todavia* cm 1961. iniciou-se o período de atividade mais intensa na área


de organização camponesa, quando a elite orgânica decidiu desafiar as ligas, por
meio da promoção de sindicatos rurais organizados por um segmento do clero
católico* esforço que coincidiu com aqude dc setores conservadores da ígreja.
Em princípios da década de sessenta, o complexo IPES/lDAD viu o contexto
camponês como um barril de pólvora político t ideológico e, da mesma forma,
a atenção do resto do país, naquela época, voltou-se para o progresso do movi-
mento dos trabalhadores rurais, cspecialmcntc aquele que se desenvolvia há
muitos anos em Pernambuco, sob a liderança de folião, bem como para os esforços
dc sindícafízação realizados pelo Partido Comunista, O objetivo específico da
elite orgânica era se opor ao que ela considerava como atividades subversivas
dás Ligas Camponesas, principalmente as de Pernambuco, o Estado-chave do
Nordeste, Obviamente, a visão de uma massa de quarenta milhões de campo-
neses mobilizados, líbertando-se do jugo niral c tomando de assalto as cidades*
representava uma perspectiva atemorizante para os proprietários de terra e a
burguesia também/” Como consequência* a elite orgânica lutou para conter a
politizaçao rural e desorganizar a incipiente mobilização camponesa, nlo apenas
no Nordeste, onde de se fazia mais premente, mas também no Sul e Centro
do país.

Para o TBAD, a revolução que se assomava no Nordeste seria impedida


11
somente petas "reformas cristãs e democráticas do eslatuto da terra contidas ,

no modelo proposto no seu Simpósio sobre Reforma Agrária, dc abril de 1961.


Contudo, enquanto a reforma exigida não fosse implementada, o complexo 1PES/
1BAD tentaria conter o despertar do povo e ganhar tempo para que outros acon-
tecimentos tomassem o seu curso.
O
complexo IPES/IBAD nio poderia ignorar o anseio do povo pela reforma
agrária c outras mudanças sociais exigidas pelos camponeses, pelo movimento
estudantil, intelectuais e políticos do bloco nacional-reformista. A questão da
reforma agrária teria de se tornar uma bandeira, pelo menos pró- forma, para o
complexo IPES/IBAD conquistar emocional e racionalmcntc os camponeses, No
entanto, mesmo uma reforma agrária limitada criaria sérios problemas para
elite orgânica no seu difícil relacionamento com os proprietários de terra e suas

associações de classe. Os mais recalcitrantes segmentos da oligarquia agrária


condenoriam até os moderados esforços do complexo IPES/IBAD como sendo

300
de inspiração ^comunisia". Ademais, o complexo IPES/IBAD dUIdbwiitE poderia
dar-sc fu» luxo de antagonizar os proprietários de ima, pois a força política
deslcs no Congresso continuava maciça. Nío parecia fácil trilhar a senda correia
entre o bioco dos proprietários de terra c os camponeses mobilizados, Apesar
de tudo, a elite orgânica tentou resolver o seu dilema e decidiu 'lançar-se na
arena da guerra política". Uma das formas de luta consistia na indicação, pelo
IBAD, hpopulação rural, de sua escolha dc políticos para as eleições regionais
18
e nacionais* * Nessas atividades, o complexo IPES/iBAD contava com o auxilio
de membros simpatizantes das associações de classe rurais representadas no IP ES
e com o estímulo dado pelo forte controle que os proprietários de terra exerciam
109
sobre os seus trabalhadores e empregados* o que favorecia o voto dc cabresto*
Outra forma de interferência cra a intromissão direta nos problemas dos cam-
poneses, através da competição com as organizações de esquerda para atingir a
mente do camponês. Tal açao, que envolvia ceno grau de sindicalízaçlo —
anátema para os proprietários de terra* de um modo geral —desenvolvia se por
vias indiretas, na maioria das veies, através das organizações camponesas esta-
belecidas pelo clero católico de direita* que proporcionavam um conveniente
canal e assim ocultavam a ação do complexo IPES/tBAD do público, em geral*
e, em particular* dos reacionários proprietários de terra.

A violenta contenção das ligas camponesas foi deixada per conta dc outras
organizações e da ação individual por parle de proprietários de terra que não
mantinham ligações ostensivas com o complexo 1PES/IBAD,
Para organizar o seu trabalho, dois ativistas do IBAD* os advogados Frutuoso
Osório Filho e Herctdaoo Carneiro, foram a Recife íscu principal escritório da
região nordeste)* e* canjuntameme com o pessoal civi! t militar local, pertencentes
às unidades da ADEP e ao 1PES, 110 prepararam a desorganÍ2adara ação de classe
da dite organíca* fomentando a formação de clivagens ideológicas e e nela ves
políticos de direita dentro do movimento camponês, Paraklajnente a sua fachada
de agência de serviço social que oferecia assistência médica e alimentos, bem como
distribuía sementes t ferramentas de trabalho, o IBAD operava como um cemro
de propaganda e unidade de ação política no campo* coletando informação sobre
a organização camponesa e sobre as pessoas envolvidas como ativistas, partici-
pando dc campanhas intimídadoras contra os militantes de esquerda e estimulando
o temor ao "comunismo'*. Com o seu próprio sistema de Cursos de Porra açao
111
Democrática para camponeses e líderes rurais, o IBAD procurava contrapor-se
ao método Paulo Freire de alfabetização e àquele do Movimento dc Educação
de Base* patrocinado pdo Ministério da Educação.
O IBAD desenvolvia também a sm atividade moldado naquela do Serviço
de Orientação Rural de Pernambuco —
SGRFE* que servia de canal para a estra-
tégia de contenção e deiração da mobilização camponesa pela chie orgânica*
O SORPE havia sido fundado numa reunião dc aproximadamente vinte e seis
padres da zona rural promovida por Dom Eugênio Saks, Bispo de Natal, c
alguns outros bispos de Pernambuco, incluindo Dom Carlos Coelho c Dom Manuel
Pereira, Estabeleceu-se o SORPE sob a direção do Padre Paulo Crespo, o prin-
cipal estrategista do movimento, c do Padre Antônio Melo* de próprio filho
de senhor de engenho. A tarefa principal dg SORPE consistia em se ocupar com
o treinamento de líderes camponeses em potencial* capazes de combater orgam*
zações políticas revolucionárias e ideólogos, enquanto mantinha as massas ruraU

301
“dentro da Igreja "V * Encorajava também a formação dc cooperativas e oferecia
1

cursos dc aifabe tição que se opunham ao MEB e a outros grupos que usavam
*’ 1
o método Paulo Freire.
O SORPE entrou na arena da política reivmdicatária cm competição direta
com as Ligas |u)iio e contra o embrionário movimemo sindical
Camponesas de
dos trabalhadores rurais e urbanos, considerado, a médio prazo, mais importante
que as ligas. Entre 1961 e I9b4. ele criou dez sindicatos rurais e mais doze em
Pernambuco, através do Padre Melo.
Advogados e do sul. bem como empresários rurais,
profissionais locais e
auxiliavam e apoiavam o Ele era também um dos maiores beneficiários
SORPE.
(fa CLUSA. a Liga Cooperativa dos Estados Unidos. Por sua vez a CLUSA

era parcialmeme finandada por contribuintes das instituições que serviam de


receptoras dos fundos da CÍA americana. Entre 1963 e 1965, a CLUSA recebeu
mais de meio milhão de dólares dessas instituições. 1 li Muitos dos seus perilos,
que atuavam diretamenre nç campo, auxiliavam o SORPE como conselheiros,
to passo que agentes da CEA trabalhavam sob a sua cobertura, Fazia parle da
folha de pagamento da CIA 114 o jovem perito da CLUSA que advertiu o SORPE
de que “ao convencer o camponês dc que a miséria de sua condição é desne-
cessária deve-se tomar o cuidado para não empolgado ao extremo t levá-ÍO à
.

revolta contra as autoridades e interesses criados que causaram o seu estado


presente".
Embora as ligações entre o complexo IPES/IBAD e o SORPE tivessem
permanecido encobertas ao máximo, ao final de 1963. o Padre Melo já aceitava
abenamente financiamento* e demais tipos de assistência do IBAD, denunciando
Miguel Arraes, o governador nacional 'reformista de Pernambuco, e publicamente
apoiando candidatos da uliradireita a postos públicos, o mesmo que o SORPE
fizera nas eleições dc 1962 para o Legislativo, O IRES também participava ativa-
mente através da sua poderosa rede de comunicação, com a qual tle dava a
necessária cobertura para as operações do SORPE e outros, assim como para a
exposição negativa dc lulião, Arraes e as Ligas Camponesas.
J,#
O líder ipesiano
Nei Peixoto do Vaífe. do Grupo de Opinião Pública, encarrcgava-se da cobertura
jornalística ao Padre Melo.
” 1

A influência exercida pelo Padre Crespo e o Padre Melo mostrava-se, pelo


menos curto prazo, efetiva c clarameme contra-revolucionária, fato devidamemt
a
1t#
percebido pelos funcionários da informação em Washington. Não foi por acaso
que o contingente da CIA triplicou-se, ao passo que O número de vice-cónsules
chegou a quatorze, Inúmeros conselheiros especiais se estabeleceram em Recife,
que se tornou a maior operação sub regional da USAI D —
American Agcncy
for International Dcvelopmcnl, enquanto o Nordeste se tornava alvo de suma
importância para o AIFLD —
American Institui? for Free Labour PevclopmenL
À CÍA de fato obteve algum êxito nu contenção c guerra da mobilização campo-
nesa por intermédio da ação dc organi/açOcs de direita que operavam no Nordeste
1,1
e, em particular, através do SORPE, Serafino Romualdi. o representante iníe-
ramericano da American Fedcration of Labor, que também esteve envolvido nos
134
problemas sindicais rurais e urbanos brasileiros. pagou o seu tributo às ativi-
dades desces organizadores de direita. Para Romualdí* o principal agente do CIA
>ai
para a Organização Sindical na América Latina, o movimento sindico! brasi-
leiro de direita teria de se sentir “proíundamcme grato a Frei Celso, capuchinho

302
de Sio Paulo, ao Padre Velloso, do Rio de Janeiro, e ao Reverendo fshr] Padre
Crespo* do Nordeste''* assim como a outros que também se responsabiliza rim
pelo avanço decisivo nas áreas rurais onde sindicatos de orientação católica obtl*
ve ra m êxito* apesar das dificuldades na organização dos trabalhadores agrícolas-
111

O 1PES patrocinava e auxiliava as operações de Frei Celso, do Padre \. Velloso


121
c do Padre Crespo* que funcionavam como os seus organizadores.
Como já foi visto anienormente, os setores conservadores da Igreja também
se envolviam cm suas próprias tentativas de conter a mobilização no campo c
de fazer oposição às atividades das Ligas Camponesas. Muitas vezes, esses esforços
coincidiam ou eram mesmo coordenados com os do complexo IPES/IBAD e os
sindicatos por ele patrocinados- Historicamente, a Igreja havia confiado picita-
mente na sua influencia sobre as massas rurais, mas* com a formação das ligas
e sua subscqíicmc expansão rápida, a influência da Igreja não se mostrava mais
ISq segura. Parejalmcnte como uma reação e principalmenie como a continuação
de seus próprios esforços* o envolvimento da Igreja na sindicaíização rural prin-
cipiou em 1959, quando Dom Eugênio Sales lhe deu o seu total apoio através
de seu Serviço de Assistência Rural —
SÀR* organização de assistência essencial*
mente paternalista e que desde 1949 fora ativa na promoção de limitada mu-
dança social a nível local no Estado do Rio Grande do Norte, Iniciado em Natal,
o movimento se firmou e cm 1961 já havia se estabelecido em Pernambuco,
onde houvera a reunião dc párocos rurais* a qual deu origem ao SOR PE. Em
torno de 1964, havia movimentos sindicais da Igreja em cerca da metade dos
Estados do Brasil* inclusive todos os do Nordeste. Esses sindicatos incluíam o
SAR no Rio Grande do Norte* o SORRE em Pernambuco, a FARG no Rio
Grnndc da Sal (em direis oposição ao MASTER, sindicato patrocinado por
Brizola)* aFAP cm São Paulo e a FAG em Goiás. Setores radicais também esta-
beleceram seus próprios sindicatos rurais* como o MEB no Maranhão e Minas
2*
Gerais c vartaçdcs do MEB t da Ação Popular nos diversos outros Estados**
No maior parle, m
sindicatos da Igreja não eram "revolucionários"; quase
sempre tentavam fazer cumprir as leis existentes* mais do que lançar mão de
12
estrategifts mais polarizadas e radicais. * Uma questão importante na sindical*-
zaçao rural era 0 reconhecimento legal dos direi tos dos trabalhadores, assim
como dos sindicatos que lutavam para fazer cumprir as leis existentes. Todavia*
um determinado sindicato teria de ser reconhecido pelo governo para se tomar
legal, A legalidade asseguraria privilégios no que diz respeito a contribuições, em
ultima instância possibilitaria o controle sobre organizações maiores* na medida
cm que do âmbito locai para se tomarem entidades de
os sindicatos evoluíssem
nível cslodual,passando a federações* que* por sua vez, motivariam as tentativas
de criação de confederações de caráter nacional. De acorde com a lei* uma con-
federação só poderia ser constituída quando três federações tivessem sido esta*
beleeidas t reconhecidas pelo Ministériodo Trabalho.
Em torno de I%2, a Igreja havia organizado cerca de cínqücnta sindicatos*
mas nenhum deles havia sido reconhecido pelo governo. Em maio daquele ano*
esses sindicatos se reuniram no 1 Congresso de Trabalhadores Rurais e Lavra-
dores do Norte c Nordeste que se realizou em Itabuna* na Bahia. Gs represen-
tantes daqueles controlados pela Igreja dominaram o encontro que foi patrocinado
c financiado por grandes empresários rurais e alguns dos proprietários de terr»
mab í# modçmos*\ Depois de considerável negociação e pressão, o Ministro do

303

Trabalho Franco Montoro, figura importante do Partido Democrata Cristão, con*


vedado também a participar do Congresso, concordou em reconhecer cerca ét
vinte e dois sindicatos da Igreja,
Por voíta de 1963, a Igreja já competia aberta mente na fundação dessas
entidades com vários outros grupos políticos, mesmo com o Presidente Joio
Goulart, o governador Artaes e o Partido Comunista, enquanto em junho daquele
ano um grupo de sindicatos de Pernambuco se coligou pura formar uma Federa*
çlo de Sindicatos Rurais de âmbito estadual, O Padre Crespo, juntameme com
os seus associados do SOR PE, detinha firmemente o controle da Federação, que
era assistida pelo mesmo grupo de advogados que orientava o SORPE, 1 ** Por
essa época, Joao Goulart, que inirialmeme se mostrara cauteloso para nio anta-
gonizar o bloco de proprietários de terra, perdeu com p!e lamente o seu apoio e
viu-se em confronto aberto com os seus representantes no Congresso, que faziam
parte da engrenagem da ADP, engrenagem esta movida pelo complexo IPE5/
IBAD. O apoio que João Goulart dava ã smdicaltzaçio favorecia diversos obje-
tivos: equilibrava a crescente influência do Partido Comunista entre os campo-
neses e supria o Presidente de sua própria massa de manobra rural, com a qual
ele podería pressionar e controlar os proprietários de terra e seus representantes
políticos. Tal apoio também determinou o ponto crítico para a ascendência dos
sindicatos nacional-refonnislas.
Em meados de 1963, em consonância com os objetivos de João Goulart
de mobilizar os camponeses e apresentar reformas sociais nas áreas rurais, o
Ministério do Trabalho estabeleceu a Comissão Nacional para a Sindicalízação
Rural — CONSIR. composta de três representantes do Ministério, três da Supe-
rintendência da Reforma Agrária, e um camponês indicado por cada um dos
órgãos. Em julho de 1963, ji havia cinco federações: (rês católicas conservadoras
no Nordeste (inclusive o SOR PE), a Federação dos Círculos Operários de Slo
Paulo, patrocinada pelo IPES e de orientação católica (cuja concepção do papel
de um movimento sindical era, em grande escala, calcada no modelo üa AFL-
CIO, • confederação dos sindicatos dos Estados Unidos e no de sua ramificação
da América Latina, a Organízación Regional Imeramcricana de Trabajadores <

ORIT) e íinalmcnte, uma federação dirigida pela ULTAB, a União de Lavra*


+

dores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil, influenciada pelo Partido Comunista,


no Paraná. A ULTAB. no çnianio. linha outras oito federações em estágio de
preparação. A área rural se tomava um verdadeiro campo de batalha para essas
federações c* cm todo sentido, o problema-chave consistia no reconhecimento
legal pelo governo, reconhecimento este recusado ou conferido de acordo com
os seus próprios cálculos políticos.
Em meados de 1963. as quatro federações cristãs —
prontas para ganhar o
grande prémio, qual seja. o estabelecimento de uma confederação nacional —
reuníram-se em Recife e fundaram a Confederação Nacional dos Trabalhadores
na Agricultura — CGNTAG, num encontro para o qual a confederação do
Paraná nio fora convidada a tempo de participar. A legalidade da reunião fun-
dadora e as deíções que se seguiram foram impugnadas peta ULTAB, cujas
demandas recebiam o apoio da CQNSÍR, Houve recusa dg governo em aceitar
os resultados, o qual declarou que o Paraná nio fora convidado a tempo c que
muitas federações estavam* nessa época, cm processo de reconhecimento, fato
que levantou suspeitas de que o encontro se realizaria precisamente para esvaziar

304
a provável dominação do movimento de trabalhadores rurais pelas forçai nacíonal-
reformisiai. Em dezembro de 1963, houve um segundo encontro, para o qual
foram convidadas todas as federações existentes, Até o dia 51 dt dezembro, o
Ministério do Trabalho reconheceu 256 sindicatos t dez federações, enquanto
557 outros sindicatos c 35 outras federações aguardavam o uru reconhecimento.
Esses números contrastavam acentuadamcnte com a situiçáo anterior à década
de sessenta, quando havia apenas seis candidatos rurais em iodo o Brasil; esses
números também proporcionavam uma medida clara da ampla mobilização cam-
ponesa e o intenso processo de poUtização que ocorria no campo- A CONSIR
convidou* finalmente, vinte e quatro federações para o encontro de dezembro,
A ULTAB controlava o maior grupo de delegados (dez federações). SeLi tinham
uma orientação católica, entre moderada e conservadora, ao passo que oito se
inclinavam para a Ação Popular —
ÀP t o MEB- A AP e grande pane do MEB
acabaram por formar uma frente com a ULTAB. Com isso, a Confederação dos
Trabalhadores na Agricultura sohava^se sob o controle do bloco nacional' refor-
mista. Os grupos da Igreja incluindo o SORPE, a FAG* o SAR, os Círculos
dos Trabalhadores e alguns mais moderados do MEB não alcançaram nenhum
controle sobre a CONTAG.
aT

Não sc podt dizer que o movimento camponês e sobretudo o processo de


smdicafização rural tenham sido comidos por volta de 1963* apesar de todo o
tempo e energia gastos pela liderança nacionaLrefonnisti em rechaçar as táticas
diversionistas do complexo 1PES/IBA0 e ô êxito inicial da eliit orgânica em
perturbar as atividades das Ligas Camponesas, Em 1964, os camponeses pareciam
trilhar firmemente o caminho da unificação sob o comando de uma liderança

orientada para a reforma, que recebeu até apoio legal c financeiro do governo
de joio Goulart* 12 * Com a ULTAB controlando a presidência da CONTAG e
aAP o secretariado geral, 0 complexo IPES/IBAD teria de achar outras soluções
em um marco político mais abrangente para comer a mobilização camponesa*
jÂque as organizações rurais de direita se mostravam incapazes de ganhar muito
mais tempo para a elite orgânica,

A ação entre as dtsses trabalhadoras industriais

As estruturas corporativos estabelecidas na década de trinta para proporcio-


nar às elites vigentes um controle institucionalizado sobre as classes trabalhadoras
começaram a enfraquecer no principio da década de sessenta e a perder sua
eficácia no governo de João Goulart. A significativa expansio industrial pós-
guerra e o consequente desenvolvimento econômico no Brasil levaram à extensa
modernização na década de sessenta* o que favoreceu a mobilização política, A
amorfa e individualizada clientela, até então unida por contato pessoal t patro-
nato, evoluiu para grupos com contornos políticos definidos* organizados em
torno dc setores sociais e classes ciara mente definíveis. Embora o número de
trabalhadores sindicalizados fosse pequeno, etes alcançaram uma medida de capa-
cidade dc ação política bem maior do que o modelo populista até então permitira,
isso dificultou muito mais aos de temores do poder manipularem esses grupos
simplesmente pela distribuição de modestos favores dienteiístkcs a seus líderes.
O operariado organizado começou a procurar q implementação de diretrizes polí'
305
liças redistribui! vas, isto é, mudanças na alocação de recursos entre o$ grupos
e classes sociais,
Para os líderes trabalhistas, por volta de 1960 a força política advinha de
suas principais fomes: as posições alocadas a eles nm instituições corporativas
oficiais, onde des se beneficiavam da proteção do Estado, c cargos nos sindi*
Catos, onde des conduziam greves de importância, cujo impacto político e eco-
nômico aumentava o seu poder de negociação com o presidente o outros atorci
políticos, * No principio da década de sessenta, a frequência das greves se
15

multiplicou, indicando a força crescente e a combatividade das classes trabalha-


doras e da sua liderança. * Razões econômicas predomina vam
1 1
espccialmente
-

ó defesa do poder aquisitivo de seu salário —
entre os motivos alegados para
o afloramento dos mo vime n tos de greve. Raramente as greves iniciavam por
razôcs políticas;porém outros atores políticos procuravam dar a elas uma cono-
tação mais abrangente. Durante a administração de João Goulart, as greves
passaram u portar um deliberado cunho político, como a greve geral de julho
de 1962, considerada um marco significativo mesmo embora não estivesse livre de
imediatos t explícitos objetivos econômicos. As demandas que uniam um vasto
número de diferentes grupos e organizações das classes trabalhadoras compre-
endiam; a luta contra a inflação e a falta de produtos básicos, a implementação
de uma radical c imediata reforma agrária, com o reconhecimento dos sindicatos
rurais. a introdução da reforma urbana como a única solução possível para o
problema de habitação, a reforma bancária e a nacionalização de depósitos, a
reforma eleitoral, conferindo o direito de voto aos analfabetos e aos soldados
das Forças Armadas, a reforma universitária e a participação dos estudantes
em assembléias e em conselhos universitários e ds departamentos, a continuação
c expansão dn política exterior neutraíista c orientada para o Terceiro Mundo,

o repúdio à política financeira do Fundo Monetário internacional, a aprovação


da lei que garantia o direito de greve, a desapropriação de todas as empresas
estrangeiras que exploravam utilidades públicas, o controle da entrada dc capita!
estrangeiro no pa/s c a restrição k remessa dc lucros, a participação do empregado
nos lucros, a revogação de lodos c quaisquer acordos nocivos aos interesses
nacionais, o fortalecimento da Petrobrás como um monopólio estatal responsável
pela importação de óleo cru a distribuição dos derivados da Indústria petroquí-
T

mica c a desapropriação de refinarias privadas, medidas efetivas para a imple-


mentação dü Eleirobrãs e a criação da Aerobrás, instituindo daí por diante um
monopólio estatal de energia elétrica c aviação comercial, o transporte marítimo
de pelo menos 50% de todas as importações e exportações por navios da marinha
mercante nacional e a aprovação da lei que instituiria o décimo terceiro salário.
Unidas cm uma úníca plataforma encontravam-se as demandas do bloco naclonab
reformista, englobando as reivindicações dos sindicatos, do movimento camponês,
do movimento estudantil, dos políticos e mesmo de alguns militares nacionalistas,
O que lornava a greve geral inteira mente política era que ela foi lançada parti

pressionar a formação de um ministério que apoiasse tais medidas* À greve


habilitava os líderes sindicais do bloco nacional-reformista a expandir o seu já

crescente poder político, fortalecido pela greve geral dc se lembro de I962.


w
O movimento trabalhista organizado, embora ainda respondesse a líderes popu-
listas, cada vez mais desvencilhava-^ da repressão política e ideológica dos
estruturas corporativas.

306
Perante u (áo crítica situação, o complexo IPES/IBAD se lançou numa cam-
panha objetivada h contenção da mobilização popular c à desorganização do
incipiente consciência e militância de classe que as massas trabalhadoras aos
poucos adquiriam, A ação entre as classes trabalhadoras industriais se desenvolveu
através de meios ideológicos c políticos. As atividades ideológicas englobavam
propaganda geral, esquemas de assistência c mesmo manipulação díentelisU. As
políticas envolviam a criação de organizações de direita ou apoio às já existentes
dentro do movimento trabalhista. Nessas atividades o complexo IPES/IBAD
atuava autonomamente ou como um canal para outras organizações, mesmo as
dc fora do Brasil.
As atividades sócio' ideológicas do complexo IPES/IBAD enfatizavam a
13
“função social do capital*'. * Esse representava um esforço calculado de propa*
gandn para dar ãs massas trabalhadoras um proveito claramente visível no sistema
econômico, u idéia de participação nos lucros, propriedade social indireta e co-
rcsponsabilidiide administrativa. Tnl ação tinha dois objetivos: melhorar a imagem
publica da empresa privada, equipará' La com a democracia, e retardar um
violento levante nté que se pudesse desenvolver uma ação política apropriada. ** 1

Nesse sentido as atividades ideológicas empregadas pela dite orgânica mostra-


vam-se forte mente contra a mobilização. O complexo de medidos ideológicas
era jtilgado necessário para conter os elementos das classes trabalhadoras e os
trabalhadores rurais mais diretamente conscientes da realidade social, a fim de
evitar o que n dite orgânica via como o caos social iminente. 13* Numa reunião
da liderança do IPES dc Sio Paulo, o General Moziul Moreira Lima, um dos
ativistas do complexo IPES/IBAD, declarou ser o problema:
,4
aos olhos do povo
OS culpados do processo dc exploração são as classes empresariais, muito mais
do que o governo ”. 154
A ação ideológica desenvolvia -se através de campanhas de alfabetização, de
treinamento de líderes sindicais, do estabelecimento dc escolas dc doutrinação
política para setores empresariais e populares c d* projeção de um modelo imi*
titivo dc desenvolvimento, basicamente moldado no dos Estados Unidos, cuja
imagem era refletida nas ações da Aliança para o Progresso. A campanha do
complexo IPES/IBAD incluía também a distribuição de material de propaganda
em forma de livros, panfletos, filmes, livretos t o estabelecimento de centros de
treinamento de equipe administrativa intermediária, assim como a disseminação
de material de leitura através de bibliotecas móveis e o emprego da mídia
audiovisual para divulgar a sua mensagem. O Grupo de Doutrina e Estudo de
Sao Paulo e os Grupos de Opinião Pública do Rio e dc São Paulo responsabi-
lizavam-se por essas operações. A idéia de que demandas económicas restritas
eram permitidas, mas um questionomenio do sistema social não o era, foi instilada
através dc uma meticulosa campanha de doutrinação.
As áreas de propaganda preferidas pela elite orgânica constituíam aquelas,
nas quais as forças nacional rcformistas haviam íncursionado com a sua luta
política para mudar as condições básicas de vida das mossas trabalhadoras, lais
como habitação, saúde e outros serviços comunitários. As atividades que o dite
orgânica desenvolvia para contrabalançar o impacto do bloco nacional -reformista
eram englobadas sob a denominação geral dc ação comunitária, que incluía o
Setor de Trabalho Social c o Grupo de Atividades Sociais do IPES, e se
desenvolvia basicamente como esquemas dc assistência e filantropia social, Enno

501
Hobhing. diretor di orgtnizaçio congênere, o Commtitce for Ectmomic Develop-
metu, sediada rios Estados Unidos, ofereceu ao IPE$ assistência direta para essaa
atividades* através dos serviços especiais de Gabriel Kaplan do CED e sua unidade
de Ação Comunitária, 11 * Os serviços comunitários eram operados principal mente
em Pernambuco, onde o IBAD havia desenvolvido ao máximo o seu programa de
assistência social e nas grandes concentrações urbanas das classes trabalhadoras
do Cemro-$uU ÍH
À ei itc orgânica desenvolvia vários c diferentes esquemas de assistência social,
todos visando a criação das " ilhas de contentamento” entre as classes trabalha-
doras. Essas ilhas serviam para retardar a solidariedade ideológica de classe e a
organização política das classes trabalhadoras. O ÍPES criou o Corpo de Assis-
tentes Sociais— CAS, que patemalisticamentc fornecia recursos materiais e hu*
manos cm favor das Limitadas reivindicações populares de serviços comunitários.***
As atividades do CAS cresciam juntamente com o trabalho desenvolvido por
outras unidades de ação patrocinadas pelo IPES, tais como o Movimento Uni-
versitário de Desfa velamento — MUD. O MUD tentava competir com um projeto
que havia sido desenvolvido em Sio Paulo por estudantes universitários visando
prover os serviços básicos às favelas c estimular a consciência social do favelado*
de modo a organizá-los em grupos de pressão c ensiná-los a reivindicar seus
direitos. Q MUD tentava contrabalançar essa ação através da arregimecUação
de vários grupos universitários de diFeiia sob a sua égide* desenvolvendo a sua
própria forma de ação cívica, os ampíamenie propagados serviços comunitários.
Eles promoviam uma imagem de possibilidade de ascensão econômica individual
como uma alternativa para a luta social enquanto abafavam as tentativas dc
politizar a condição do favelado. As favelas do Vergueiro, da Mooca e doTatuapé
— em uma amostragem que compreendia 600 famílias ao todo
1 0
— foram sele-
cionadas como "vitrine de exposição”. *
Através de esquemas de assistência social* o TPES também dava ajuda ma-
de propaganda a lideres sindicais amigos e potenciais elementos de apoio,
terial e
de modo a assegurar o seu prestígio e a fortalecer suas posições políticas. 1*1
Para contrabalançar a crescente motivação política pela mobilização das
classes trabalhadoras, o IPES se concentrava em problemas sódo-econô micos
limitados, claramente destinados ao consumo da massa. Tal política tomou-se
óbvia depois da volta de uma delegação do IPES de um desses encontras de
Nassau, realizados periodicamente para coordenar as diretrizes c trocar infor-
mações entre as organizações congéneres. Em sua volta, o líder do IPES Harold
C. Poli and enfatizou a necessidade de o IPES passar para a ofensiva e não
permanecer na esfera de princípios abstratos, apresentados através dc jornais,
declarações e panfletos. O IPES teria de se concentrar em objetivos materiais,
mais ao alcance da massa* que o próprio povo sentisse como verdadeiros, Para
essa operação, Harold Políand contava certo com o apoio americano. Além disso,
o IPES teria de tirar proveito do fato de que as pessoas no próprio governo
estariam objetivamente interessadas em projetos tão delicados como a habitação
popular* assunto sempre preseme como um problema político, dado o grande
contingente da população urbana sem casa e daqueles vivendo em condições
miseráveis. Harold Polland recomendava que o IPES estabelecesse contatos com
a rede bancária* com um certo Frias de Porto Rico c com o Embaixador Teodoro
Moscoso* representante da ALPRO nascido em Porto Rico, para que a diretriz

30S
c implementados c (estadas na ilha do Caribe pudessem ser estendidas
técnicos
ao Brasil. disso, H. Polland observava que se deveria atribuir ao IPES o
Além
pnpd de criador da idéia, O IPES teria, então, de ser apresentado pela engre-
nagem da mfdio de sua própria organização c ctmfian temente ser visto conto
um porta-bandeira de metas reais c objetivas, * O IPES percebia também que
1
1

a elite com problemas concretos e ganhar a simpatia de


orgânica precisava lidar
setores da opinião pública antes que de pudesse se lançar em debate público
referente a problemas delicados, tais como a defesa do direito à livre remessa
de lucros pelas corporações multinacionais ãs suas matrizes, que era certamente
considerado urn assunto explosivo, Era claro para a liderança da elite orgânica
que, no principio de 1962, o IPES não tinha ainda ''cancha"* para lidar com
esses problemas em vista dos argumentos nacionahrdormistas e o «tado de
espírito da opinião pública.
141
O
1PES não levaria muito tempo para dominar a
arte da manipulação da opinião pública c atacar não apenas os problemas
maiores, mas abalar o posicionamento ideológico das classes médias e provocar
significativo impacto político entre determinada parte das classes trabalhadoras,
A ação política da elite orgânica entre as classes trabalhadoras e os sindi-
catos desenvolviam grandemente através de organizações "fantoches" ç movi-
mentos oriemudos pelo clero, que compeliam com sindicatos dc esquerda pelo
upoio das classes trabalhadoras. As atividades das organizações criadas ou apoia-
das financeira e tecnicamente pelo complexo IPES/TBÀD eram cxire mamente
variadas. Essas atividades compreendiam a doutrinação dos fileiras do movimento
operário e o treinamento de liderança para militantes, a organização de seminários,
conferencias e congressos para sindicatos dc diteiia, a dissolução de greves c
organização dc coniradcm^nst rações e outras contra-atividades em relação à lide-
rança esquerdista e ao Executivo. Através desses meios, o complexo IPE5ÍBAD
tentaria solapar as raízes do movimento sindical nacion ai-reformista. Os sindicatos
dc direita sob a égide do complexo IPES/IBAD eram também mobilizados em
conjunção com outras organizações estudantis e de classe média controladas pela
elite orgânica. Em sua açâo entre as classes trabalhadoras, o complexo IPES/
fBAD não constituía apertas a força motriz, mas também servia como canais
para a ação de outras organizações políticas, mesmo as estrangeiras e as intep
nacionais.
Uma realização importante para o IPES foi apoiar e inspirar a açâo política
da Federação de Círculos Trabalhadores Cristãos, federação esia de direita, fun-
dada pelo Padre Leopoldo Brentano. As Federações de Círculos de Trabalhadores
foram estabelecidas em dezessete dos vinle e dois Estados do Brasil e no princípio
da década de sessenta elas chegavam a quatrocentas por toda a extensão do país.
De icordo com seus próprios cálculos, das contavam com 435 000 membros. " 1

O Centro-Sul, onde se localizava o cinturão industrial, era dc suma importância


para a elite orgânica. Da mesma forma, o IPES patrocinava e orientava politica-

mente a Federação dos Círculos Operários de São Paulo — FCO, uma organi-
zação guarda-chuva para cerca de oitenta círculos e que reunia aproximadamente
250,000 associados. Liderava s FCO José RolU. dirigente do Sindicato dos
Alfaiates c Costureiras, envolvido cm ação política de&estabílizadüra bem tomo

* NT: lermo usado cm português tio original

309
na cooptiçlo ideológica de trabalhadores. José Roua era também ativista na
CONTA G. Outra Federação de Círculos Operários que recebia b atenção especial
do IPÊS era a Federação dos Círculos Operários Fluminenses —
FCOF. Ela
executava uma série de tarefas significativas nu campo dc doutrinação ideológica
e treinamento pohlico, ambos apoiados financeiramente pelo IPES. A liderança
da FCOF, cm uma carta ao IPES de Niterói, explicava que havia comprado uma
pequena propriedade em Cachoeiras de Maçacu, com a ajuda da Cooperativa Agrí-
cola de Cotia.* 4 * A propriedade foi designada para servir dc centro de reuniões,
cursos c outras atividades para os líderes sindicais de direita do Estado. O
Padre Amónio da Costa Carvalho, um de seus mentores, arranjou para que Dom
Altivo Pacheco, o Bispo dc Barra do Pirai, dirigisse os cursos e aliciasse apoio
dentre a população urbana c rural das classes trabalhadoras para a defesa da
democracia, que era identificada com o sistema de empresa privada. Os líderes
da FCOF consideravam Dom Altivo como um "padre de grande tarimba" síndica],
que nio se deixava ser "embrulhado pdas manobras comunistas". Ele tornava-se
importante para a elite orgânica, porque a sua diocese incluía Volta Redonda, o
maior complexo siderúrgico do Brasil c o centro regional de uma série de comu-
nidades de classes trabalhadoras, ”
1

Com a ajuda do Padre Leopoldo Brentano, a elite orgânica, sob a cobertura


do IBÀD, organizou a Confederação Nacional dos Círculos Operários CNCO* —
Nessa atividade, o IBAD recebeu o apoio de Frei Celso (jã mencionado por suas
atividades entre os camponeses), que sc encarregava dc um projeto sobre a pene-
tração cm sindicatos, bem como do Padre Vclloso, antigo reitor da Pontifícia
Universidade Católica do Rio de faneíro, e do Padre Pancrácio Dutra. O IPES
lambém apoiava a CNCOfinanceira e tecnicamente *
1 7
Através dela. a
. elite
orgânica participava da formação de Sideres e ativistas sindicais de direita 141 .

Àíém disso, cm ações cívicas, cuja intenção era realçar o seu prestígio, os
Círculos Operários ofereciam assistência jurídica, médica, dentária t hospitalar,
bem como cooperativas de consumo, de crédito e habitacionais. Eles ofereciam,
ainda, cursos variados como datilografia, desenhos industrial, artístico, publici-
tário e arquitetónico, mim como prática comercial, química industrial, corte e
costura, economia doméstica e um curso ds agronomia para iniciantes.
O IPES patrocinava congressos nacionais para os Círculos Operários. Um
dos resultados do VI f Congresso Nacional dos Círculos Operários foi o lançamento
da Escola de Lideres Operários —
ELO em doze diferentes capitais de Estado.
O Padre Vclloso, do IBAD, co focou- a em funcionamento e Gilberto Machado
a dirigiu, A ELO oferecia dois tipos de cursos: os Cursos Populares para a Pre-

paração Sindical nos distritos de classes trabalhadoras e os Cursos Intensivos


de Formação de Líderes. Os dois preparavam o indivíduo para as contra-ativi-
dades de direita no combate ã esquerda e ao trabalhismo e visavam a modelar as
membros selecionados das classes trabalhadoras. Os Cursos
atitudes políticas de
Populares tinham como objetivo neutralizar o potencial de participação das classes
trabalhadoras quanto ao seu apoio às propostas t teses nacional-reformistas* Os
Cursos Intensivos visavam a formação de militantes capazes de desviar da mobi-
lização nacíonabreformista, se não todo o movimento das classes trabalhadoras,
pelo menos grupos e setores dentro delas 149 Segundo o porta-voz do IBAD. i
.

Ação Democrática, a ELO se encarregaria de fazer um teste de extraordinária


importância, qual seja, verificar a receptividade entre as classes trabalhadoras da

310
143
Doutrina Social Cristã. Cândido Guinle de Paula Machado, ativo também em
assuntos es tu d a mis, coordenava o projeto do Padre VeUoso para a formação de
1

"líderes populares* , projeto este que vjsava a interferir no setor sindical e ao


qual o IPES se referia como um Aplano para modelar aii tudes”.
1411

C
Guink
P, Machado, fimi Ficando a necessidade de apoio continuado a íoL grupos como
us Círculos Operários, explicava que o plano consistia em um movimento ativo
que preparava líderes em um curso de seis meses, para a sua carreira política
sindical, Não há dúvidas de que pcíegos sindicais foram preparados. C. Guink
de P. Mochado os caracterizou de forma simples: '‘homens que respondem o
nosso favor".
113
Uma ou ira organização foi produto da ELO, financiada também
pelos empresários: o Movimento de Orientação Sindicalista —
MOS, que foi
estabelecido para agir diretamente dentro do movimento sindical, na forma de
"quinta -colunistas" e "orientadores" de ação e opinião sindical. O seu pape! era
semelhante ao Movimento Renovador Sindical —MR$, apoiado pelo complexa
IPES/ IBAD. que tinha também orientação religiosa. A filial em São Paulo da
Promotion S,A, do IBAD dirigida por Cláudio Hasslocher. irmão de Ivan, presi-
P
+

dente do IBAD, contava como uma de suas "clientes" sindicais a seção tocai do
MRS, administrada por Geraldo Meyer, um ex-jornalisia de O Estado de S*
Pattfa.*** Geraldo Meyer também administrava uma revista chamada Correio
Sindicai, sustentada Financeiramente por anúncios de 0 Estado de S. Paulo e
pelo Açúcar Esther.o complexo industrial açucareiro pertencente a ]osé Bonifácio
Cominho Nogueira, candidato do IBAD a governador de Sãó Paulo. 144
O IPES também apoiava a Confederação Brasileira dos Trabalhadores Cris-
tãos — CBTC, do Padre Veltoso, que era o seu assistente eclesiástico. A parti-

da CBTC cresceu a tal pomo que eJa se tornou indistinguível


cipaçeiu política
da Confederação dos Círculos Operários c finalmcnte elas se aglutinaram em uma
só organização.

Seguindo o mesmo padrão adotado pelo complexo IPES/ IBAD de estimulo


às atividades dos membros do clero no movimento sindical, o General Gdbcry
e o General Libcruto endossavam a assistência ao Padre Carvalho para o seu
programa de "formação de líderes" em Campos c Pe tropo lis,
144
O IPÊS também
financiava a Escola de Líderes da Pontifícia Universidade Católica,
* 1

O IPES de São Paulo apoiava regularmente as atividades sindicais rurais


urbanas e a formação de militantes sindicais. ” canalizando fundos à SEI,
1
é
sua congênere, para a manutenção de um Centro de Formação de Lideres, que
111
produzia trezentos c cinquenta militantes por ano; Fundos eram também cana-
lizados e orientações transmitidas pelo ativista ipesiano Wladimir Lodygenski,
que mencontrava em contato com sindicatos alemães e de quem o Comité Exe-
cutivo do IPES recebia regularmente relatórios sobre a ação velada nas atividades
sindicais.

Outra organização com a qual o IPES sc ligava era o Movimento Demo-


crático Brasileiro —
MDB, de Sâo Paulo, também relacionado com a SEI. O
MDB mantinha um síIhmekoU em São Paulo* onde $c administravam cursos
de quatro meses para militantes sindicais t das classes trabalhadoras. A sua
linha ideológica cra basicamente "antiçomuitbla "; Conforme uru relatório do
1

IPES, o movimento se originou da necessidade por parte de Macedo Soares, do


Itamaraty. de ter uma informação acurada sobre os movimentos sindicais. Os
ativistas do IPES que mantinham contatos com o MDB ficavam perplexos com

311
ii volume de recursos à sua disposição, Rui Gomes de Almeida,
eficiência e o
líder do IPES, conhecia pelo menos doze firmas sediadas cm São Paulo que
contribuíam intensa e anonimamente. O MDB lomou*sc um canal para atividades
ideológicas e políticas do 1PES (distribuição de material de propaganda, pressão
sobre ativistas sindicais, intimidação), que por sua vez também escrevia artigos
para os jornais e boletins patrocinados pelo MDB para circulação entre os cl asses

irabalhadom. O MDB também recebia apoio através do iBAD


l4í
f

Uma outra Operação patrocinada pelo I PES era o Centro de Orientação


Social — COS, formalmente constituído cm 1965, com o objetivo de: a) analisar
problemas sindicais e sócio- políticos em geral: b) penetrar ideologicamente nos
sindicatos através de publicações, cursos, conferencias e outros meios; c) esti-
mular a melhoria das relações empregadopatrão. o aumento da produtividade,
o progresso da consciência cívica o social, "tendo em mente os interesses supe-
riores de desenvolvimento nacional*'. O
COS operava nos meios urbanos e rurais.
Ele coletava informação sobre ativistas sindicais t o movimento das classes tra-
balhadoras e publicava uma circular semanal sobre a atividade sindical para
consumo de massa, que era distribuída tanto a indivíduos como a centenas de
organizações.
1 "
A elite orgânica também controlava virias organizações trabalhistas fora da
esfera direta de influencia da Igreja. O complezo IPES/I8AD controlava o Mo-
vimento Sindical Democrático — MSD, movimento este anticomunista e extrema-
mcnlc radical, que operava como um *' mascote político de Adhemar de Barres,
1
'

governador de São Paulo, de Herbert Levy, líder da UDN, e dos empresários de


São Paulo. O MSD também proporcionava a base de apoio de Carlos Lacerda
entre as classes trabalhadoras; o Governador ajudara a estabelecer a agência
1 *1
do sindicato no Rio de Janeiro,
Q MSD, liderado por António Pereira Magaldi, mostrava-se partícula rmente
forte entre os camerdárim. António Magaldi, também dirigente do Sindicato
dos Farmacêuticos, e ainda presidente em exercício da Confederação Nacional
dos Trabalhadores no Comércio —
CNTC, usava a Confederação para favorecer
as meias do seu Movimento Sindical Democrático anticomunista.
O MSD gozava de facilidades extraordinárias junto a mídia audiovisual para
transmitir seus objetivos ao público em geral* graças ã cobertura do IPES, O MSD
disseminava a sua posição política por iodo o movimento sindical através de
Imensa distribuição de panfletos e publicações próprias, como também de outras
fontes. Servia como um foco de propaganda anti-foio Goulart e an ti -soei alista,
visando «peeíalmente aos militares e habilmente jogando com os receios da
classe média. UDN; Antônio Pereira Magaldi, junta-
Recebia intenso apoio da
mente com Levy ç outros líderes sindicais patrocinados pcío IP ES,
Herbcrt
conto José Rot ta, aparecia em programas políticos sob os auspícios do "burcau
de oradores*’ do IPES. O MSD se responsabilizava por divulgar entre as classes
médias cm geral e os militares cm particular o temor às pretensas tentativas de
|oão Goulart de estabelecer uma República Sindicalista, um regime de estrutura
neocorporativa ç dc feições calcadas no Peronismo, que manipulasse as classes
trabalhadoras e abafasse as classes médias**” Tal idéia desmoralizava muitos dos
apoiado res das classes trabalhadoras aliados a João Goulart, ao passo que farte-
leda o antagonismo militar*
0 MSD organizava, ainda, conferências pan sindicatos e Cursos de Orien-
tação Sindical, que preparavam ideologicamenie c treinavam politicamente ati-
vtsias sindicais. Esses cursos orientados pelo completo 1PES/IBAD constituíam
o marco prítico no qual se desenvolvia a doutrinação "ncocapitaJísta" dos tra-

balhadores.
O completo IPES/IBAD também controlava a REDETRAL, Residência De-
mocrática dos Trabalhadores Livres, lançada por Deodectano de HoHanda c diri-
gida por Floriano da Silveira Maciel. Pertenciam a REDETRAL da Guanabara,
entre outros, Ary Campista, protótipo de um pclegú, t José Campei lo A agência
no Rio da Promotjon S.A. do IBAD produzia a cobertura publicitária da
**
REDETRAL. 1

O mensagem ideológica que o complexo IPES/tBAD, com êxito,


ripo de
instilava ou fomentava na luta política travada através das classes trabalhadoras
era bem caracterizado na declaração final do prolífico VI Congresso Nacional l

dos Círculos Operários em uma das questões fundamentais: propriedade privada


41
dos meios dc produção, A declaração rezava: A propriedade é baseada no
direito natural do homem e é necessária ao seu desenvolvimento integral. A
propriedade tem uma função social, assim como os bens que ela produz. A
facilidade dc acesso de iodos os homens à propriedade é um imperativo da
democracia* Não todos proletários, mas todos proprietários. O desenvolvimento
da personalidade, a ampliação da capacidade individual e a segurança das liber-
dades fundamentais requerem a defesa da propriedade privada, inclusive aquela
dos mebs de produção/" *• Quanto ao papel do Estado na economia, devia-se
reduzir a um "papel supletivo" em função do capital privado.

Q apoio interfliiciímal para o MSD. controlado pelo complexo TFE5/I1AD,


vinha da QIUT, Organización Regional In ter a me rica tia de Trabajadorts. A ORST
era ii associada regional da ICFTU, Imemational Coo fede ration of Fite Trade
Ifnions, Tanto na ideologia, quanto na prática, a OR1T era o reflexo da American
Federation of Labor-Congrcss of Industrial Organizaiions, popularmente conhe-
cida por sua sigla AFL CIO.
1 *1
O
objetivo principal da ÜRIT foi sempre "lutar
contra o comunismo e promover o sindicalismo democrático"* Ela pregava "a
reforma no sistema capitalista existente, negando a existência dc antagonismos
de classe", aõ mesmo tempo destacando os Estados Unidos como um exemplo
das recompensas que o sistema poderia conferir às classes trabalhadoras e ao
trabalho organizado.
A ORIT, 1951 por Serafino Romualdi, contava como suas
organizada em
principais fomes financeiras a AFL-CIO* o International
Solidarity Fund da
ICFTU c outras agências americanas. 16* Além disso, a ORIT operava como um
1 *7
dos principais mecanismos para as operações trabalhistas da CIA, que man-
tinha considerável controle sobre eía.
,M

Além do MSD. a ORIT fora uma organização guarda-chuva para outros


sindicatos, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Industria —
CNTI, Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
a CNTC (auxi- —
liada em sua criaçao cm 1955 pela Confederação Nacional do Comércio uma
associação empresarial), c a Confederação Nacional dos Trabalhadores cm Trans-
porte Terrestre —
CNTT, dirigida por Mário Lopes de Oliveira. * Este, junta*
11

mente com forge Coelho Monteiro, da Federação Nacional dos Trabalhadores


cm Companhias Telefônicas, folm Sriyder* representante da Postal, Telegraph

513
and Telephone Intematiorwü. Samuel Powell, chefe da missão CtQSL-ORlT no
Brasil e joaquim Oiere», da International Federoiion of Transporl Workers (Fe*
deraçio Internacional dos Trabalhadores em Transporte) formavam O Movimento
Sindical Democrático Livre —
MSDL. O Movimento Sindical cra importante na
coordenação das atividades contra o governo c no penetração, com sua ideologia
direitista, em classes trabalhadoras urbanas.

Entre outras figuras sindicais que reuniam seus esforços e apoio para a luta
de sesta biíízadora da elite orgânica encontravam-se Raymundo Nonato Costa Ro-
cha* líder smdieal no ramo de hotelaria e turismo, Ary Campista* da Federação
Interestadual dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas c Farmacêuticas da
Guanabara e do Rio de faneiro e V. Orlando, da Federação dos Trabalhadores
da Indústria da Construção Civil da Guanabara.
O 1BAD mostrava-se panícu armem e ativo no movimento sindical do Paraná*
I

Estado-chave em
termos políticos, onde levantava apoio para o governador Nci
Braga e onde patrocinava diversos sindicatos e seus líderes* O
Paraná era im-
portante por sua proximidade geográfica de São Paulo, e* embora nao se achasse
entre os centro; industriais mais importantes do país* ele linha uma grande popu-
lação das classes trabalhadoras nas áreas nirais e das indústrias de porte médio
c do sistema de pmtaçao de serviços do Estado,

O I8AD também organizou o I Encontro de Trabalhadores Democráticos


do Paraná, com a presença de mais de duzentos representantes de sindicatos*
Presidiram a mesa os líderes sindicais ibadíanos Marconi Pedroso, presidente
do Sindicato dos Empregados no Comércio do Paraná* Jorge de Matos, presi-
dente da Federação dos Trabalhadores da Indústria Alimentícia do Paraná, Sa-
lomaô Pamplona, da Frente Sindica] do Paraná, Atderico Reis Petra, presidente
do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Artefatos de Couro do Paraná*
Miguel Krug, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas Mecâ-
nicas e de Material Elétrico* foio Wagner* da Confederação Nacional dos Traba-
lhadores na Indústria, e Astrogildo Souza. Muito apropriadamente, o sbgan do
encontro era " anticomunistas sempre* reacionários nunca*** que apelava para os
trabalhadores do setor comercial c serviços* as camadas mais altas das classes tra-
balhadoras industriais* as classes médias e as fileiras das Forças Armadas. O pro-
grama do encontro enfatizava a sua oposição aos "totalitarismos de direita e de
esquerda" e inefufa reivindicações relativas â segurança e à rentabilidade do
capitai estrangeiro* i completa integraçãodo Brasil na Associação Latí no* ameri-
cana de COmérdo m
Organização dos Estados Americanos e na Aliança
Livre,
pari o Progresso e à necessidade de lutar pela "disseminação da propriedade
privada junta mente com assistência educacional e financeira' 1
*

O IÜAD também organizou os tão propagados "Encontros Interestaduais de


Sindicsiisfno Democrático", Para o seu tão importante encontro na Guanabara
(a "caixa de ressonância" da nação) em 1962* anterior às eleições para o Legis-
lativo, contoucom a presença t apoio do governador Carlos Lacerda, do líder
sííidícilde direita Amonio Pereira Magaldi, de Rego Monteiro* do deputado
Joâo Mendes, ibadíano da ÀDP* do governador e General luracy Magalhães, do
deputado Eiiripides Cardoso de Menezes* udenista da ADEP* do Padre Velloso
e do ativista sindical do IPES, Floriam) da Silveira Maciel* tendo todos presidido
o acontecimento* 1 ^

314
Dc extrema importância, esses congressos, simpósios e conferências regionais
e nacionais, organizados pelo IRÁD
para líderes trabalhistas, cornavam com a
presença dc políticos profissionais representantes das associações sindicais
e
empresariais e das Forças Armadas. O
seu objetivo consistia em projetar a soa
militante atividade sindical do cotidiano com acontecimentos que causassem um
forte impacto junto à opinião pública e que fossem dc peso entre as classes
médios c os militares que se mostrassem receptivos âs bem propagadas denúncias
ao governo c ao bloco nacional reformista. Os congressos e conferências também
serviam de pontos de união para uma renovada ação organizada com o movi-
mento sindical e fortalecia a disposição dos grupos trabalhistas apoiadas pdo
complexo 1PES/IBAD para disputar o terreno político com organizações do
esquerda,
O Rearmamento Moral também apoiava o IPES, que lhe servia dc canil de
propaganda,* 11 Embora secundária, não se deve menosprezar a forma de ação
dc propaganda desenvolvida diretamente pelos próprios empresários do IP ES.
Dirigentes de empresas e indústrias convocavam regularmente reuniões dc seus
empregados, onde se discutia o significado do que ocorria no Brasil e onde os
patrões "emp urravam" nas mãos de seus empregados panfleios "informativos",
que equiparavam a sííuação do Brasil daquela época ã da Hungria de 1956 e,
ainda, onde se explicavam os aspectos negativos da situação política em termos
de um iminente golpe comunista de influência estrangeira, de uma ilegítima
expansão do Estado em áreas era que a empresa privada deveria comandar a
171
economia e as barreiras irracionais ao capital estrangeiro,
Finalmente, a ação dentro dos sindicatos advinha de uma variedade de outras
organizações políticas âs quata o complexo 1PE5/IBAD era ligado c que portava
uma dimensão internacional c estrangeira.
O complexo 1PES/IBAD ligouse em particular a um eenlrcKhive de apoio,
o American Institulc for Frce Labor Developmcnl —
ÀIFLD, uma organização
estrei lamente ligada ao sindicalismo, aos empresários americanos c às agências
governamentais como a AID e a C1À. O ÀIFLD passou oficialmcntc a funcionar
nos Estados Unidos em outubro de 1961, pouco antes da criação do IPES no
Brasil, como uma ramificação do ÂFL-CIO a quem, desde então, deveu orien*
tação política. Conforme Serufino Romualdi, primeiro diretor executivo cm tempo
11
integral do AÍFLD até 1966, ele era uma auspiciosa instituição com um orça*
mento dc muitos milhões dc dólares e ramificações em praticamente todos os
11 *
países da América Latina e da região do Caribe*'.

O AÍFLD, desde o seu aparecimento, contava com o patrocínio de empresas


e tinha cssencíalmente "consciência ocupacional, muito mais que consciência dc
1
classe’*. ** Cerca dc sessenta gigantescas corporações americanas, inclusive a
Anaconda Co,, a Pan American Airways, a I.T.T +l a EBASC0 e a Merck & Co.,
contribuíam para o orçamento do ÀIFLD. O seu diretor*presidente era J. Peter
Grace, presidente da W, R. ürace Corporation, ” membro de destaque do
1

Committcc for Economic Devclopinent e chefe do influente Committee on the


Àliance for Progrcss — COM
AP do Departamento de Comércio dos Estados
,

Unidos, com quera os líderes do IPES eram relacionados e o visitavam em suas


viagens a Washington, Pctcr Groce, Ukãlizador e fundador do ÀIFLD e homem
dc coberturo para as operações trabalhistas da CIA, fora apadrinhado para o
posto no COM AP pelo seu amigo John F. Kennedy.
ITa
Uma das tarefas do

315
C0MAP consistia em avaliar u Aliança para o Progresso c estabelecer recomen-
dações para o seu futuro pqpeL líT Ele também concentrava-se em formas de
aumentar o fluxo de investimento privado a curto prazo na América Latina.
Compunha-se de presidentes e vice- presidentes dc vime e cinco interesses ameri*
canos da maior importância* proporcionava membros executivos para o AIFLD, 171
e foi substituído pelo Business Group for Latin America
quando BGLA, —
foi que forneceu os representantes para o Conselho de Curadores do
este
17*
AIFLD, £ relevante se observar que muitos dos empresários proeminentes
do IPES eram diretores de subsidiárias das corporações multinacionais americanas
que compunham primeiramente o COM AP e depois o BGLA, ou de companhias
locais associadas a des. A maioria das corporações do COM
AP e do BGLA no
Brasil integravam as contribuintes financeiras do complexo 1PE5/IBAD,
Além de Serafino Romualdi e ]. P. Graee, outros membros do Conselho
Diretor do AIFLD incluíam o chefe do AFL-CIO, George Menny (presidente),
Berent Friele, uma “raposa velha" em assuntos relacionados com o Brasil, asso-
ciado a Nelson Rockefeller e vice-preri deme da American Imematíonul Asso-
cmtíon for Economic and Social Developmem, Joseph Brime, presidente àn
Comunication Workcrs üí America e colaborador nas operações trabalhistas da
CIA Posu Telegraph and Teíephone Workers International (secretário-
através da
tesoureiro) e C. Doherty [r.* da Post, Telegraph md Telephone
WílHam
Workers International (administrador). induíam-se entre outros empresirios ame*
rieanos que ocupavam posições executivas no AIFLD Charles Brinekerhoof,,
diretor-presidente da Anaconda Co. Wiíliam M. Hiekcy* presidente da United
t

Corporation* R. C. HilL diretor da Merck and Co*, foan C. Tríppe* diretor*


presidenie da Pan American World Airways e Henry S Woodbridgc, diretor- +

presidente da Tni-Tempcr Copper Corporation.


” 1

A associação do AIFLD com o Departamento de Estado, a Àgency for loter*


nalional Developmem
11 *
— AID e a CIA completava o tripé de sindicatos, empresa
privada e governo, Através de contratos da AID* o AIFLD tornou-se o instru-
mento principal do governo americano para o fornecimento de assistência técnica
dô$ sindicatos latino-americanos (educação política e treinamento de ativistas sin-
dicais, bem como o desenvolvimento de projetos sociais)* que na linguagem da
14
época encobria-se com o rõiulo de “ação cívica”. * Além disso, o AIFLD era
um centro trabalhista controlado pela CIA e financiado pelo AID, O grau de
envolvimento do AIFLD com a CIA culminava com o fato de que Serafino
Romualdi* enquanto no AIFLD, acumulava ainda o cargo dc agente da Divisão
das Organizações Internacionais da CIA. Através dessa divisão, Serafino Ro
1,3
mualcfi c Wiíliam Doheríy Jr. exerciam controle diário do AIFLD para a CIA,

Era conferido de fato ao pessoal do AIFLD um status quase oficial na for*


mação e implementação da política trabalhista dos Estados Unidos para a Amé-
*
rica Latina. 4
1
O
AÍFLD cnvolvia-se em uma variedade de atividades no campo
de propaganda geral, os chamados “projetos sociais'\ que se estendiam de edu-
cação até projetos habitacionais de baixo custo, cooperativas de crédito, c serviços
comunitários, 1 ** Todavia a tarefa principal do AIFLD, semelhante á da ORIT,
havia sido organizar sindicatos anlicomunístas na América Latina. Para esse fim*
o AIFLD estabeleceu institutos de treinamento que continuavam o ensino de
cursos dados pelos seus membros e, embora o controle administrativo dos instí*

tutos de treinamento em Washington se mantivesse nas suas mãos, cra de se

316
n

esperar que os próprios institutos fossem dirigidos por agentes pagos peí» CIA
11
sob o controle operacional da estação local da «ferida agencia. * Ainda o AIFLD
financiava encontros educacionais periódicos a nível hemisférico e publicava
livres epanfletos c envolvia se no campo de atividades sociais c comunitário*,
os chamados projetos de impacto. Porém ele dcdicava-st especial mente ao que
7
To* denominado " educação trabalhista"/*

O AIFLD operava com base em ires princípios. Prime ir* mente, "dividir
as classes trabalhadoras na tentativa de se criar uma aristocracia trabalhista
privilegiada c sindicalizada, que defenderia ganhos materiais contra pessoas desem-
pregadas e trabalhadores não-si ndj cal izados. Em segundo lugar, fizer oposição
1
ã militância operária» por meto da luta contra trabalhadores militantes* , evitar a
infiltraçãocomunista e onde th já existisse, livrar-se dela". E ímilmente, negar
r

a íuia de cl asse obtendo um "consenso” entre empresário « trabalhador baseado


P

na implementação de maior produtividade. O AIFLD era também emitiememcme


apropriado para servir como uma sutil rede de coleta de informação devido à
sua posição dentro dos movimentos trabalhistas da América Latina"/ 41
Gcorge Meany expés com precisão os horizontes ideológicos do AIFLD em
sua palestra de 1965ao Couneil of America que sucedeu o Business Group for
Latín America, Meany disse; "Nós cremos no sistema capitalista e somos membros
da sociedade capitalista. Somos dedicados à preservação deste sistema, que traz
recompensas aos trabalhadores. . * . Não estamos dispostos a pemutar o nosso
sistema por nenhum outro/' **
1

Para minar o apoio a João Goulart através do movimento sindicai organi*


zadOp o SCFTU, a ORÍT, O AIFLD e a Embaixada dos Estados Unidos inba^
lliarnmarduamente para apoiar os sindicatos de direita e opor ao Comando Geral
dos Trabalhadores —
CGT, dominado pdi esquerda, e que havia se tomado
maior e principal confederação de sindicatos dó BrasíL Movimento Sindical O
Democrático —
MSD, controlado pelo complexo IPES/IBAP, com seu Lema
"Deus. propriedade privada e livre empresa", era um dos receptores da ajuda
e da orientação do AIFLD para o patrocínio de reuniões e o estabelecimento de
seus cursos sindicais/** Além disso, os esforços do AIFLD se concretizaram no
HJ Congresso Nacional do Trabalho, de 1962. quando especialistas sindicais ame-
ricanos. que vieram ao Brasil especialmente para o acontecimento, conseguiram
11
minar as tentativas do CGT de unificar o Movimento Trabalhista. *

Os programas do AIFLD no Brasil foram conduzidos principal mente através


de seu associado local, o Instituto Cultural do Trabalho —* ICT. sediado em São

Paulo e patrocinado pelo 1PE5, O AIFLD financiava o ICF em 80^b de seus


fundos / !

O ICT treinava ativistas sindicais e disseminava propaganda antico-


munista por todo o movimento trabalhista, imprensa c o publico em geral. Man-
tinha também uma agência em Recife para o treinamento de líderes rurais. Em
resposta aos populares na área niral do Nordeste, o
crescentes movimentos
AÍFLD iniciou uma série de programas de treinamemo e assessoria para os
ativistas camponeses de direita e líderes dos trabalhadores rurais De acordo .
m
com o membro executivo do AIFLD, William C. Doherty, quando em 1964 o
ICT operava por pouco mais de dois anos. cie ü havia treinado, com êxito,
mais de 12.000 líderes sindicais c ativistas brasileiros de proveniências as mais
11*
variadas c em todos os sindicatos.

317
OInstituto oferecia cursos regionais, variando de uinu semana a um me*
de estudo para lideres sindicais c camponeses. conforme o primeiro diretor do
ICT, J. V, Freios Marcondes, do Conselho Técnico da Federação do Comércio
de Sio Paulo Dos cursos regionais, selecionavam-se novamente os melhores
alunos (que prometiam por suas qualidades de liderança sindical)» aos quais
eram» então, oferecida a oportunidade de frequentar um curso intensivo de lrc$
meses, de oito horas diárias, sobre liderança sindical» cm São Paulo, ** Os que
1

se sobressaíam mais seguiam para os Estados Unidos para frequentar um curso


avançado de ires meses, onde o AlFLD operava uma escola de treinamento de
tempo integral, o renomado Frünt Rosal Institute. na Virgínia, m Ao final de
seus cursos, os formados peto AIFLD soltavam ao Brasil e eram pagos para
participarem de um programa de nose meses como organizadores em tempo
integral, o que permitia aos ativistas sindicais se envolverem como profissionais
tm atividades políticas. lah (Lma lista dos formados nesses cursos está apresentada
no Apêndice P). Os ex-alunos c treinados pelo AlFLD desempenharam um papel
significativo no golpe que derrubou o governo de Joâo Goulart, 1 ** No princípio
de 1963, o AlFLD fez o treinamento de utna classe especial de trinta e três
participantes, iodos brasileiros, no seu instituto sediado na Virgínia* Quando
eles voltaram para o Brasil, alguns foram enviados para a zona rural a fim de
organizar i açlo política e a conduzir atividades de doutrinação, ao passo que
outros serviam cm seus sindicatos no Rio de Janeiro, São Paulo» Santos e outros
Lm
centros industriais. ** desses instrutores* o pelcgo ligado ao PDC* Rômulo
Marinho* secretário da Federação Sindical. 501 organizou seminários "anticomu-
nista*" para telegrafistas, prevenindo os irabalhadoreschave do problema imi*
nenlç c os preparando para uma situação de crise. Quando o golpe de Estado
foi final mente
desferido, os sindicatos nacionaLrc forni isras e a esquerda traba-
lhista convocaram uma greve geral. Para o seu desalento, a coordenação dos
sindicatos se tomou impossível* já que o telégrafo tinha sido bloqueado enquanto
o Exército conseguiu coordenar facilmente o desempenho das tropas através de
sua própria rede dc comunicação além do mais, muitos líderes sindicais haviam
sido presos antecipadamente na famosa "operação gaiola". Wílliam C. Doherty

.

)r.,da Post. Telegmph and Tdephonc International PTTl. do AlFLD e dõ


Froni Hoynl Jnstiiuie. fazia alarde do papel de seu instituto pouco depois do
golpe: 'alguns dos (treinados brasileiros] foram ião ativos que st tornaram ínti-
mamcnic envolvidos em algumas das operações clandestinas da revolução antes
de seu icuntccimcnio em 1,“ dc abril. O que houve em I.4 de abril não ocorreu
por acaso —foi planejado— e planejado com meses dc antecedência. Muitos
dos ífdcrcs sindicais, alguns deles em verdade treinados em nosso instituto* esta-
vam envolvidos na revolução e na derrubada do regime de João Goulart".**®
As atividades do complexo IPE5/JBAD lograram relativo êxito, Elas conse-
guiram criar c patrocinar grande número de variadas agências c organizações
pohtícis que se engajavam cm táticas dc adiamento paru evitar u consolidação
da consciência e solidariedade das classes trabalhadoras. Através dc sua plurali-
dade de organizações que aliciavam o apoio das classes trabalhadora** cias conse-
guiram um forte impacto político dentro das classes trabalhadoras como também
obrigar os sindicatos nacional-reformistas a se engajarem nu mu estrénua luta
pela supremacia, que desviava energia e recursos de outros objetivos. Todavia*
apesar dc seus esforços* outros sindicatos mudaram para a esquerda cm apoio
ei um programa nacional -reformista. Nas eleições nacionais da CNTI, em janeiro
dc 1964, 9 dispa conservadora composta por João Wagner, Ari Campista, Dio*
c leda no de Hollands, Mário Dopazo t Adauto Bezerra foi esfrondesaraente
derrotado. 0$ sindicatos, gradual e firmemente, consolidavam o seu apoio à
eriaçlo da Central Única dos Trabalhadores, a organização guarda-chuva, orien-
(ada para a esquerda trabalhista, que na realidade advinha do Comando Geral
de Greve* constituído inicia) mcrtlc com o intuito de mobilizar a opinião publica
para assegurar a subida de Joao Goulart ao poder depois da renúncia de Jânio
Quadros c que se encontrava em vtas dc transforma rsc no Comando Geral do®
Trabalhadores .
1

No entanto* quando essa tendência para a esquerda foi efetiva-


já havia tido tempo de
mente percebida, o movimento militar contra João Goulan
As organizações patrocinadas pelo com-
se organizar, estando prestes a intervir,
plexo IPES/JBÁD haviam conseguido ganhar tempo para desfechai, com êxito,
c golpe de Estado.

A açío polfttca nos partidos políticos e no Congresso

Q sistema político populista passava por um


processo de desagregação, que
refletiu nss dissensões internas entre os partidos políticosdc centro-direita e na
polarização de posições dentro do Congresso* levando â formação de blocos de
centro-esquerda e à tendência esquerdista do eleitorado. O
Congresso, embora
fosse um foco de representação oligáiquíca, transformava-se no fórum onde
reivindicações populares ganhavam expressão. O
controle do Congresso se fazia
essencial para o bloco nacional -reformista e* cm particular, para o Executivo* a
fim de implementar o seu ambicioso programa de reformas. Porém as forças
políticas conservadoras e reacionárias tentavam manter o controle do Senado e
da Câmara de Deputados pata bloquear a aprovação de legislação conducente
a substanciais reformas nacionais, O
congresso «e transformou em um crucial campo
de batalha. Como o fonsm política nacional de maior importância, o parlamento
foi trnnsformado em um foco de propaganda pela Frente Parlamentar Naciona-

lista c pela Ação Democrática Parlamentar, que apresentavam seus casos não
apenas pelo mérito da questão, mas também visavam a ganhar a simpatia t o
apoio ativo dos vários setores da opinião pública. De certa forma partidos, grupos
e indivíduos, como nunca, aliciavam suas respectivas bases sociais de apoio através
dc sua atuação no Congresso, qüe era divulgada ao público através da mídia
audiovisual. Tomavam-se críticos a cobertura e o tratamento pela mídia dos
acontecimentos e personagens políticos,
Conlra esse background t
do complexo IPES/IBAD
o objetivo estratégico
era levar a estrutura política a um ponto dc
no qual os civis apoiariam
crise,
soluções extraconstítutionais t os militares se sentiriam compelido® a intervir
como moderadores no que em 1962 cru um sistema político altamente polarizado,
As táticas da elite orgânica objetivavam influenciar decisões políticas através
do bloqueio das diretrizes reformistas do governo e daquelas do bloco trabalhista
de esquerda no Congresso, fomentando o isolamento do Executivo do apoio da
eliissc média e estimulando b retirada do suporte institucional às diretrizes polí-

ticas da administração. Ao impedir o Executivo de legislar através do Congresso,


a elite orgânica obrigaria o governo n apelar para a mobilização popular com

319
o intuito dc apoiar jli iutt prcpoHi», que pitâ «refti transformada* cm dircinic*

leríam de xrr impltmcnUslai por decreto Contudo. a im>bihiaçáo popular j partir


du Executivo alienaria o apoio* Jc um am pio espectro dc opimao dcnlro das
Armada» e estimulam o desome nu me mo da O pi mão "publio' dc classe
-

Forçaa
média comeniçnicmemc iranunitiii* pda rede de mídia do complexo PES I

í BA D A* classe* médias, ao mesmo tempo que mobili/dda» pelo complexa


IPE5 IBAD »iim ameavad^. o seu *umt* sõckvccofiófriieo. Alem do mais* cli*
*c con run taxam .. t í^-j w; p^;-^ 2 que >e hjvum dvsKdstu-
mado devido a muito* anos de política elitista
O
complexo IPES IBAD aot poucos patentea* 2 um amplo leque de meios
dc presvonar ó sistema fiftttiKc 5 ua açã*? principal no Congresso e nos partido*
poluiu» era de*<m»Sí* da airaxes Jj Acâo Democrática Parlamentar ADP„ —
que opera* a como a frente política c o canal ideológico da dite orgãmca no
Parlamcnio e diante da opitiiãv pública .*"* Como tá foi visto no Capítulo lll. *
A DP era um blocc multtpanidirío. de senadores c deputados federais consenâ-
dom e rtacicnirwi. na Tiet pane da LD\ e do PSD, c organi/ado* através
de uma rede. em iodo o pau. de grupos de Açlo Democrática Popular ADEP —
t que linha até mesmo congêneres cm muitos legislativos esiaduai* e camiras
munuipaii '
O IPES e o IBaD chegaram a decisão de se cstabcliter no Con-
grego.*** e a ettmqgia combinada para a tua ação seria coordenar os esforços
do BAÜ com aqjeies dc Gnipc de Ação Parlamentar du IPES, 00 seja, «1*
1 '

bcfccer o eito DmHtodothcr Medo Flore* na Câmara dos Deputados e no


Senado". O mais rmportanic canal para tal '"eixo" çr» a Ação Democrática Par-
lamentar através da qLLal 0 IPES c o IBAD *c tornaram tima única urgjhi/*uàu
cm aiÃu entuben* ^A ADP liderada pcJu deputado udcniMa loão Mcndft.
estabeleceu a pfr^^v# fvhlita do complexo IPES IBAD no Congresso e assim
permitia a cíilt dc bUóUJ multinacional e associado a imiscuir se na publica na-
cional e a nv>ldar a upinião pública através de mais um importante canal Por
meio da AUP o bloco econômico dominante expressava ^uas reivindicações, ira-
duríndo icu pt*J:r econômico cm autoridade ideológica c política ' Em 1

Hrnvdia. o líder dki IPES furge Oscar dc Mello Flgrc^ encarrega va se du que era
coftstderadu i\á dn^rcla na Câmara dos Deputados c nc* Senado, dessa ferma
1
"tteniandu o IPf b dc re*pum*bfl idade* pública ** ** 11
A ADI tinffta um duplo desempenho. Tanto da funcionava como um foco
1

hti Cohgrttto pata * ação du Grupo de Ação Parlamentar t o Grupo de Leviiv


tarrieniu da Conjuntura umiu o Liaulivo, quiiytu serviu de um canal importante
para »\ atividades d< Grupo de Estudo c Doutrina que. tom u cobertura do
Grupo de üpmlia Pública. íaitam da A DP uma dicar "(aiu de ressonância \
nhmuUndu o apoio do público para a* tática» c proposta» dc direi rim polmeai
vum orientação do complexo IPE!s ÍHAD O* membros da ADP apresentavam
ou Congresso mfucrimcnlut anteprojeto» de lei e emendas preparados pdu Grupo
de E iludo» c Doutrina du ÍPJ S A ADP ía/ia, ainda, etílicas aos projeto» du
governo c au* do bloco nacional rcfurrmtU, cujas tinha* básica» craoi preparada*
no complexo IPES IBAD Adotando a técnica de Volu cm hluvo, a ADP lambem
« habilitava a derrotar pmpu>u» dc dircfmc* guvçi nalneritais T,J ( oiirasa com
aproxiitiadameriie du/ertlos jcpie*enUntç» em dt/embio de l^ti? (quase a me
1

lide da Cãmura dus Deputados) v maúvo híue(í dc parUitienlarci amigos da ADP


patrxKtnadu» pHu complexo IPfb IBAD e habilmente M#uidt*iiai|u* fn.-lu í,iiàpo

i:t>
de Ação Parlamentar A ADP mostrava-se vital no esforço de bloquear u
tenta-
tivas de Iodo Goulart quanto à implementação de reformas através dó Legis-
lativo, forçando o Executivo a usar decretos presidenciais, o que retardava seus
planos, eigeufido-o nas longas batalhas processuais e criando uma atmosfera de
Impasse no Congresso; além disso, criava-se um clima de íngavetnabilidade geral
o que estimulava a busca e legitimação de soluções extracoiistitudonais, para
pendente crise do regime.
As influentes figuras políticas a seguir constituíam o bloco da ADP no
Congresso e nas Assembléias Estaduais: 114

—— Amilcar
Alagoas José Maria (PTN)
Amapé Ferreira{PSD)
Amazonas — Jaime Araújo (UDN), Djalma Passos (PL)
Bahia — Àloísío de Castro (PSD), Antônio Carlos Magalhães (UDN), João Men-
des (UDN). Luiz Viana Filho (PL) # Miguel Calmou (PSD). Rubem No-
gueira (PSD)
Ceará — Adolfo Gemil (PSD)* 14 Costa Lima (UDN), Dias Macedo (PSD)
Espírito Santo — Álvaro Castelo (PSD). Dirceu Cardoso (PSD), Oswaldo Zando
(PftF)
Goiás — Anísio Rocha (PSD), Benedito Vaz (PSD). Emiva) Caiado (UDN)
Guanabara — Gladstone Chaves de Mello
(PDC), Coronel Danilo Nunes (UDN),
Aguinaldo Costa (UDN), Hamilton Nogueira (UDN), Nelson Carneiro (PSD),
Marechal Mendes de Morais (PSD), Maurício Toppert (UDN). General Me-
nezes Cortes (UDN), Amaral Neto (UDN), Adauto Lúcio Cardoso (UDN).
Lopo Coelho (PSD). Raul Bruninj (UDN). General Juracy Magalhães (UDN),
Gabriel Chaves êe MeJlo ÍPDC), Raimundo dc Brito (UDN), Eurípides
Cardoso de Menezes (UDN).
Maranhão —
Cid Sampaio (PSD)
Mato Grosso —
Rnchid Mnmcd (PSD)
Minas Gerais —
Elias dc Souza Carmo (UDN). Feliciano Pena (PR), Geraldo
Freire (UDN), lusé Humberto (UDN), Leopoldo Maciel (UDN). Monteiro
de Castro (UDN), Nogueira Rezende (PR), Padre Vidigal (PSD), Pedro
Aleíxo (UDN), Pinheiro Chogas (PSD), Último de Carvalho (PSD). Rondou
Pacheco (UDN), Bi as Fortes (PSD), Gustavo Capanema (PSD). José Boní*
fácto (UDN)
Pãrâ —Dcodoro dc Mendonça (PSP), |oao Menezes (PSD)
Paraíba —
(anduHy Carneiro (PSD). Plínio Lemos (PL), Emãni Sátiro (UDN).
João Àgripino (UDN). Abelardo lurema IPSD)
Paraná — Mário Gomes(P5P) Otbon Madcr tUDN), Munhoz da Rocha (PR)*
t

Plínio Salgado(PRP)
Pernambuco —
Dias Lima (UDN). Gileno de Carli (PSD), Padre Amida Câmara
(PDC), Akfc Sumpaiu (UDN), AJerbul Jurema (PSD)
Rio dc Janeiro —
Pereira Pimo (UDN). Raymundo Pudilha (UDN), Saturnino
Braga (PSD), Moncyr Azevedo (PSD)
Rio Grande dó Norte —
Jessé Pinto Freire (PSD), Djalma Marinho (UDN)
Rio Grande do Sul —
Alberto Hoífmann (PRP). Daniel Faraco (PSD), Joaquim
Duval (PSD). Raul Pitti (PU. Tara? Dutra (PSD)
Santa Catarina —
António Carlos Konder Reis (UDN), Carneiro Loyola (UDN)*
Celso Franco (UDN), Lacrie Vieira (UDN)

321
iião Paulo —
Carvalho Sobrinho iPSPh Cunha Rucmi (PSD)* Ferreira Marfim
(RSPh Alrànro de Oh* eira (PSBí, Hatnilion Prado (PTNI* Horário Laíer
íRSDL Mirio Beni (RSPE Olavo Fontoura (PSD), Herbert levy (UDN),
Arnaldo Cerdeirj (PSPí
Sergtpe — Lou rival Bativia (UDN)
A Eísli de pari amem ares que formavam o bloco mullipartidírio
mencionada
evidenciao fato de que a ADR reunia membros tradicionais conservadores c
mede rnizame^onsen adore* a maior parle do PSD c da UDN. Para compor a
A DP, algum** das mais influentes figuras políticas de cada Estado tiveram de
solucionar antiga conflitos regionais c pessoais c ate mesmo rixas familiares.
Evsc faio ilustra a medida óc que re punha cm jogo,
A íntcrconeiÂo áz 1 PE S . 1B4D c ADP no Congresso se fa explícita numa
carta altamenic sígnificaiiva de lorgc Oscar de Mello Flores, chefe do Grupo
de Ação Parlamrnur c pagador geral do IPES. ao líder Glycofl de Paiva. Nesü
carta, Meflo Flore* estabelecia ** diretrizes para medidas a serem tomadas pelos
apropriados grupos de ação c estudo do IPES do Rio em relação aos itens
previamcnit discutido» pela liderança do IPES. Ele enfatizava que se a organi-
zação cm Brasf 12 m«x de xr fortalecida, ele podería, então, ativar a apresen-
tação do» anteprojeto* de Congresso* Mello Flores instava Glycon de Paív»
lei ikj

a apmsar a preparação da» propostas de reformas básicas sobre assuntos que


"cs esquerdistas pcicbntu e demagogos considerassem vitais pura o nosso país"
[lie], tiboçadc.4 no» reformai que o IPES havia preparado como o cerne do
Congresso de Reformas de B»k. realizado em janeiro de 1961, esses projetos
foram oportufumeme aprrxnudos por deputados da ADP. S| * Mello Flores via
como UTftnit i apmcntaçãL m Câmara doí Deputados ADR de
c através da
1
vítile c frêt anteprojetos desestilizantes e ”an ti demagógicos 'alguns deles
fsje),

já preparado» pdu JPE5. Segundo efe, os mais importantes anlcprojeios dentre


aquele* preparador pelo IPES seriam lambem apresentados no Senado pela ADP f
t>r
abrindo, aMim, nova» írcnict de açi0.
Tendu-sc discutido o» icxios finais no IPES, os anteprojeto seriam então
dciiínado» â ADR para a tua iniroduçuo no Congresso. A sua apresentação
deveria aparecer como criação én ADR, de modo a acentuar o seu prestígio. De
acordo com Mello Flore», diversa» vantagens adviriam dessü ''tática”; os "projetos
técnicos” do complexo IPFS JBAf) seriam contrapostos aos projetos "detmigÔ*
"
gieus” do* agi! adore fiír). Além disso, o grande número de reformas básicas

produzidas pelo complexo P f S IHAD, maior do que o oferecido pelo bloco


í

nacional- reformista, ajuduría a colocar os empresários e a AÍ)P em uma posição


mais favorável diante da opinílu pública. Seria, ainda, demonstrado ahcrlumentc
que não havia objeçôc» a realização de reformas básicas por parte dos empre-
vários, ü parlamentar assinalava também que tais titicas du complexo IPES/
IBAD auxiliariam a "contrabalançar o» cfeíios da apresentação de leis antidema-
gógicús c detculatízantci” pdo bloco du ADR no Congresso, que fossem 'Susce-
tíveis à alcunha de ação reacionária” [untamenie com a apresentação das "refor-
mas básicas”, essa» lálícai "definiriam h posição das clirnei produtoras c da
ADP, como defensoras do» princípio» democráticos em um xiilído desenvolvido
ç progressista”, Final mente,enfatizava de, as táiieas recomendadas "colocariam
os esquerdistas, pelebistas c demagogos na defensiva, rcdu/indtJ iuüs pcmibjjf
d ades de formular c introduzir seus próprios projcios tom êxito" e "nudiriiim a

m
força dos esquerdistas, pctebístas c demagogos, tanto na Câmara dos Deputados,
quanto no Seriado". Concluía a sua carta incitando a liderança do IPES a ajudar
a estabelecer "comités investigadores" no Congresso e a formular, para os parla
mcniares da ADP, petições de iníonnaçao a serem levantadas na Câmara dos
Deputados. Tais petições visavam obter “respostas já preparadas a perguntas
previamenlc feitas “para corroborar os pontos de vista contidos nas propostas
do IPES quando expressadas peta ADP sobre as necessárias reformas a serem
aplicadas no país. Além de acentuar o prestigio da ADP, Uis propostas objeti-
vavam colocar o bioco nacional- reformista na defensiva*
A ação dentro do Congresso também significava a "necessidade de antecipar
as intenções dos legisladores nacional -reformistas, retirando todos os elementos de
surpresa de seus anteprojetos de Para esvaziar qualquer efeito que viesse
lei**.
M
a surpreender tal ação seria montada uma estrutura de "coJeçio de dados r de
ação preventiva de penetração, A equipe do General Golbcry asseguraria o
acesso dc Mello Flores às propostas de emendas e projetos a serem introduzidos
do Congresso pdo bloco nacional- reformista bem antes de soa definitiva apre-
1 *
sentação."
Houve do mais alto significado político no qual a ADP mos-
dois eventos
trou-se útil* coordenando a oposição ao governo e ao bloco nacional reformista.
Um deles foi levar a Câmara dos Deputados a rejeitar a nomeação de Santiago
Dantas, empresário e político do PTB, para o posto de Primeiro-Ministro. O
ou iro importante evento para o qual a ADP serviu de canal do complexo (PES/
JBAD foram as cruciais eleições de 1962 para o Legislativo, Nessas eleições,
o elite orgânica lançou toda a sua legitima e ilegal força política c econômica por
trás da investida para assegurar a eleiçio de um bloco de governadores, senadores
e deputados conservadores e* se possível, modemLzantes. Esperava se que esse
bloco operasse como a espinha dorsal política para a ação futura da ADP no
restante do governo de foão Goulart.
ArejetçEo a Santiago Dantas, figura política capacitada, representante no
PTB dos empresários industriais e presença respeitada na centro-esquerda do
espectro político brasileiro, forçou Joio Goulart a um constante remanejamenta
de seu ministério. Por outro lado, esse remanejamemo foi intensificado peias
continuas composições feitas pelo Executivo para sobreviver às pressões de um
bloco conservador comandado pela ADP e que arrastou o governo a um período
cheio dc crises, responsáveis por seu declínio político, declínio este que culminou
cm um golpe de Estado, Santiago Dantas representava a última possibilidade de
511
formação de um governo consensual liderado pela burguesia. A rejeição a
Samiago Dantas foi* dê fato, o rejeição pelas classes dominantes de umi compo-
sição com o traboihismo. Sendo contrária à nomeação de Santiago Dantas, a ADP
se mostrou capaz de alinhar um amplo espectro de parlamentares para derrotar
ív
a sua candidatura, o que O IBAD aclamou como « grande vitória conduzida
pela ADP”
«*
Até então, a forma mais eficaz dc influenciar o Congresso e de exercer pressão
sobre o governo consistia, para o complexo IPES/lBAD.em assegurar aq bloco da
ADP a maioria na Cimaro dos Deputados c no Senado t a elite orgânica passou
a se movimentar disso, O que se poderia considerar como a mais
em função
abrangente operação jamais empreendida pda elite orgânica no campo de açío
eleitoral, operação esta que envolvia iodos os recursos do complexo IPES/IBAD

323
t

& organizações paralelas, foi a intervenção simultaneamente encoberta e pública


nas eleições de outubro de 1962. 511 Nessas eleições» a dite orgânica alcançou
algumas de suas roais significativas vitórias, bem como algumas fragorosss
derrotas," 1
Nessas eleições, via-se contestada a totalidade das cadeiras da Câmara dos
Deputados (409), pane do Senado (45) e onze governos de Est&do, E ainda
nessas eleições, estava cm jogo a composição essencial da engrenagem do Com
gresso que legislaria por todo o governo de João Goulart até 1965 c que levaria
à falência ou ao sucesso qualquer tentativa de reformas básicas pelo bloco
nadon aí- reformista. As eleições decidiriam também se foão Goulart teria ou não
apoio poli co-íiis tituciona em seu governo. Decidiriam, ainda, se o bloco moder
í l

n zan te-con servador se valeria de uma maioria operacional» suficiente para conter
t

o Executivo durante o tempo necessário para possibiíitar-lhc desenvolver sua


campanha até que as Forças Armadas e a atmosfera política conduzissem o
medidas raais drásticas.

A elite orgânica já havia interferido em eleições O IBAD,


anteriores.
2ía

como já se pôde observar» havia se dedicado à organização de um


movimento
nacional para apoiar candidatos de centro-dimía, e a sua presença no processo
eleitoral já fora sentida nas eleições nacionais de 1960, Depois da renúncia de
fãnio Quadros, o IBAD tentou "comprar os direitos do Movimento Popular |ámo
Quadros, de Castilho Cabral '» para capitalizar em tomo de seu nome e prestígio,
1

podendo aí sim agír sob sua cobertura. Conforme Castilho Cabral, o líder íbadíanc
Ivan Hasslocher, que conduziu as negociações, contou com John W. Foster Dulles
como o seu intermediário nos contatos, Fosfer Dulles, como já foi visto anterior'
mente» era um executivo da Hanna Mining naquela época. Castilho Cabral per-
guntou Hassfocher de que recursos financeiros eles disporiam, e o diretor do
IBAD lhe confiou que ele podería contar com "sessenta a setenta financiadores
das 'classes produtoras' de São Paulo e do Rio, prontos para angariar um bilhão
4
de cruzeiros”.** Essa soma seria, entào, oferecida a Castilho Cabral com a con-
dição de que* em troca, Ivan Hasslocher pudesse "escolher a dedo" os candi-
7* 1
datos ao Senado e è Câmara dos Deputados.
Nas eleições de outubro de 1962, o complexo IPES/IBAD patrocinou can-
didatos, formulando os seus programas eleitorais em troca de assistência financei-
ra. De acordo com José Aríhur Rios, ativista do complexo IPES/tBÀD, a Ação

Democrática Popular ADEP— —


preparou a sua lista de candidatos e assumiu
a responsabilidade de financiar a propaganda eleitoral desses candidatos, A lista»
que nunca foi publicada, oferecia a relação dos "democratas convictos e anti-
comunistas de primeira ordem", como eram vistos pela elite orgânica. Qs critérios
para a seleção de beneficiários da rede IPES/JBAD/ADEP nlo levam cm conta
as afiliações partidárias, mas sim a orientação ideológica, que transpunha as linhas
de partidos. Os candidatos eram declaradamente compelidos a assinar um com-
promisso ideológico, através do qual des prometiam sua lealdade ao IBAD acima
da lealdade a seu partido e que os comprometia a lutar contra o comunismo e
defender o investimento eslrangeiro. ^?, Além disso, os candidatos apoiados pela
rtde IPES/JBAD/ADEP assinavam um compromisso prometendo ligar-se à Ação
Democrática Parlamentar —
ADP, liderada pdo deputado udenista João Men-
des. " O complexo IPES/IBAD mobilizava a opinião pública na seleção dc can-
2

didatos e usava modernas e dispendiosas técnicas de pesquisa de opinião paro,

324
conduzir a estratégia de campanha, ™ estimulando maior participaçgo
3
assim,
política das classes médias, cm geral, c o voto c envolvimento das mulheres, em
particular, valendo-se das organizações sob seu controle. Ele estimulava também
a atividade eleitoral mais direta do clero, através de suas organizações políticas
leigas e de influentes personalidades de direita,
A orgânica também patrocinava e formava organizações "específica-
elite
mente criadas para intervirem e terem peso nos eleições", estendendo-se da Alian-
ça Eleitoral da Família (conhecida antcriormenlc como Líga Eleitoral, onde se.
destacava a atuação de Plínio Correia de QJiveira), até o Movimento Adulto da
Ação Católica e vários outros institutos c movimentos paralelos/^* A ALEF, li*
derada pelo Comandante Moura, da Marinha, compreendia os seguintes membros
dentre as suas figuras proeminentes: Rui Santos (UDN —
Bahia), Joio Mendes
da Costa Filho (UDM —
Bahia), Regis Pacheco (PSD —
Bahia), Heitor Dias
(UDN), Theodulo Albuquerque c Oscar Curdoso, A ALEF, endossada pelo Con-
selho Nacional dos Bispos do Brasil"* estudava os candidatos quanto a seu po-
sicionamento e possibilidades eleitorais e indicava um número selecionado como
merecedores do apoio católico, bem como provava ser um eficiente meio legíti-
mador para a "aprovação" de candidatos de direita patrocinados pela rede
331
IPES/IBAD/ADEP
Além disso, o complexo IPES/1BÀD mobilizava oi setores do movimento
das classes trabalhadoras (que ele controlava) e as organizações orientadas pelo
clero, assim como outros grupos menores de açio paralela numa lemsüva de
criar uma atmosfera favorável a uma reação de direita, o que poderia influenciar
213
o resultado das eleições.
Porém os empresários que agiam através do complexo 1PE5/JBAD não eram
os únicos que interferiam no processo eleitoral utilizando meios ilegítimos e ile-
gais, Para começar, as eleições brasileiras de outubro de 1962 foram consideradas
o nuge de uma das maiores operações políticas, jamais empreendidas pela Divisão
Ocidental da CIA americana. Durante graade parte do ano de 1*302. a estação
do Rio de Janeiro c suas muitas bases nos consulados distribuídos pelo país, que
muito oportmi amente haviam sido aumentados em número, eneontrav&m-se com-
prometidas numa campanha de milhões de dólares para financiar a eleição de
candidatos anticomunistas aos disputados postos federais, estaduais c munici-
pais, CIA n5o se achava só nos esforços do governo americano de intervir
no processo eleitoral brasileiro, Outras formas de intervenção eram as "ações
contextuais", que recebiam significativo apoio direto do governo americano e
através dela* dcsenvolviam-sc projetos sociais de propaganda de grande impacto
para impressionar a população. A organização das "ações contextuuU” visava
criar condições favoráveis para os candidatos de centro-direita ou pessoas em
cargos políticos operarem em suas bases eleitorais de apoio e de criarem uma
imagem positiva de si próprios e de seus programas, bem independentes do
governo central ou de sua liderança partidária. Segundo Philip R, Schwab, in-
formante du Agency for International Dcvclopment —
AID, a Embaixada Ame-
ricana "começava n procurar os lugares no cenário político brasileiro onde
convicções de habilidade, estabilidade e democracia Apresentavam dimensões su-
ficientes para permitir a realização de empreendimentos conjuntos. Tais lugares
(ou pessoas) representavam nos mares escuros e tempestuosos do Brasil democrá-
21*
ticas "ilhas dc sanidade", Essa política seguia as amplas diretrizes que o

325
Presidente Keniiedv expusera em fevereiro de 1962* em uma mensagem n Fowler
Hamilton, administrador da AIO,' 35 A política das "ilhas de sanidade" (expres-
são cunhada pelo Embaixador Gordon) favorecia a assistência direta, através da
AÍD, aos Estados brasileiras dirigidos por governadores amigos, ao invés do go-
verno centraL Dentre os apoiados por tal política achavam se Carlos Lacerda {da
Guanabara), Adhemar de Barras (de São Paulo), Cid Sampaio (de Pernambuco),
Aluísío Alves (do Rio Grande do Norte) e losê de Magalhães Pinto (de Minas
Gerais),*™ Dessa forma, a AID se tomou um canal para c governo americano
colocar grandes somas à disposição desses escolhidos atores políticos, somas estos
que poderiam ser usadas para financiar "projetos de impacto" que influenciassem
a opinião pública.
O significado das eleições de outubro foi obviamente percebido pelo Em-
baixador Lincoln Gordon. Em um telegrama ao De parí ame n to de Estado, ele en-
fatizava "Como as autoridades de Washington devem certamente estar cons-
:

cientes. está ocorrendo neste país uma guerra política de grande importância, que
determinará sua orientação doméstica e externa e* com ela, a maior parte do
continente. Temos grande interesse no resultado t estamos tentando usar nossa
influência destramcnic para levar a um resultado favorável. Todos os elementos
dessa nossa Equipe Nacional tém sido vigorosameme instruídos pelo Presidente e
todos os órgãos centrais para contribuírem a favor desse processo. Em qualquer
forma de guerra, a escolha estratégica e táiíca do momento político para a ação
pode facilmente ser decisiva. Esta semana dc pré-cleiçáo é um momento estraté-
gico único Os elementos da "Equipe Nacional" a que se referia o Embaixador
Lincoln Gordon seguiam as linhas de ação que haviam sido esboçadas nos Estados
Unidos. Para a sua reunião de 12 de julho dc 1962, um " Memorando para o
Comitê Latino-americano de Diretrizes Políticas" fornecia um "Plano de Ação
para o periodo até 07 de outubro de 1962". Seus objetivos eram fortalecer ele-
mentos de centro e moderados do Brasil O Plano de Açao recomendava, entre
oultos itens na área económica, a concentração de assistência financeira ameri-
cana em "sólidos projetos econômicos e sociais de alta visibilidade, muito mais
que em assistência a balanças de pagamentos ou apoio financeira de medidas êt
estabilização". O Plano de Ação recomendava também o apoio a elementos "que
trabalhavam para veiar ou modificar a lei passada pela Câmara brasileira limi-
tando ô remessa de lucros e, com isso, restringindo os investimentos estrangeiros".
Visava ainda, na área de Assuntos Públicos, "aumentar substaíicialmentc o pro-
grama de tradução de livros para o português e sua distribuição no Brasil". Na
área militar dc ação, ele recomendava "manter um nível adequado de assistência
militar para proporcionar equipamento e material de segurança interna, apoio a
batalhões sapadores e equipamento para atividades de ação cívica, bem como
apoto para combate aníi-submarino". Era ainda recomendada a utilização "nesse
esforço da moeda local disponível sob a cláusula do "fundo do irigo", ou seja,
0 PL 480 seção 1Ü4C". 23 * Além disso, o Piano aconseíbava "manter c aumentar
na medida do possível os cornados entre os militares americanos e brasileiros,
com ênfase na Escola Superior dc Guerra do domemos do Exér-
Brasil, entre os
cito brasileiro conhecidos como Unidos e anticomunistas è entre
pró*Eslados
aqueles pró-reforma, suscetíveis de serem ganhos para posições pró-Estsdos Uni-
dos e anticomunistas”. Fínalmeme, o Piano sugeria que, através da Missão Militar
Americana* se deveria continuar as tentatiyas de "persuadir os militares brasileí-

m
3*
ros s íc concentrarem mais de perto cm contra-ifísumiçio c segurança interna*
Depois das eleições ele outubro át 1962* no Comité Executivo do Conselho dc Se-
gurança Nacional dos Estados Unidos decidisse por uma dlreirix política a curto
prato que incluía "continuar a encorajar elementos democráticos moderados bra-
sileiros no Congresso* nas Forças Armadas e cm outros lugares, que defendam
políticos democráticas e externas fquej nós possamos apoiar". Além disso* a
decisão realçava o papd dos militares* observando que "Em deconência de soa
organização c posse (dc] força física, [as] Forças Armadas (são] obviamenEe
lo] clcmento chavc que* n[o] caso brasileiro iem marcante tradição [de] com-
portamento moderado como censores políticos superiores c guardiães d [o] siste-
40
ma constitucional"/
é interessante observar a conduta imema do IFES em sua preparação para
as eleições de outubro t como ele desenvolveu o potencial de seu grupo de Ação
Parlamentar. Suas reuniões dc liderança revelaram a intensa manobra política t
negociações íimmcdras nas quais se envolveu e que, até hoje* haviam sido atri-
buídas cxdusiYamerUe à ação isolada do 1RAD. Em meados de maio de 1962*
houve um encontro do Comitê Executivo a fím de se discutir os problemas do
suprimento das necessidades materiais e financeiras e o preparo de recursos hu-
manos da ação orientada pelo complexo IPES/IBAD para as próximas eleições
ao Congresso /
11
A reunião contou com a$ presenças dc Gíycon de Paiva, fosé
Rubem Fonseca, Joviano Jardim Moraes* Gtlberi Huber Jr. do chefe do Grupo
É

de Ação Parlamentar* Jorge Oscar de Mello Flores e dos Generais Golbery, Her-
rera e Liberato. Como parte dos preparativos para 9 campanha eleitoral, Mello
Flores informou aos presentes que se fazia necessário contactar João Mendes, o
ativista da UDN na Câmara dos Deputados, t elaborar uroa estratégia e estrutura
definitivas para a Açau Democrática Parlamentar —
ADP. Ele pedia ainda aos
presentes para outorgar autoridade de convocar reuniões a Paulo Watzel* fun-
cionário da Camnru dos Deputados, que agia como um intermediário pAra a ÀDF
e 1 PES. Outro problema levantado por Mello Flores constituíaa escolha c in-
dicação, para pelo complexo IPES/
posiçoes chave, dc candidatos favorecidos
IBM) que* por um motivo ou outro* não estivessem disponíveis. Ele deu o exem-
plo dc Mendes Gonçalves, do Paraná, que como segundo da lista não foro teeldto,
criando assim a situação inesperada dc ter de escolher um substituto à altura*
entre Raymundo Padilbu, Mader Gonçalves e Dirceu Cardoso. Para todas essas
operações, Mello Flores precisaria de dinheiro e $e queixava de nlo contar com
v suficiente para realizadas. Precisaria também de recursos materiais t humanos
para estabelecer o Grupo dc Analise que trabalharia com ele em Brasília, Essa
unidade estudaria a conjuntura política e casos específicos de potenciais recep-
tores de ajuda que exigissem promoção dc imagem pública. Mello Flores preten-
dia, ainda, usar os serviços de Rui Santos, representante baíano no Congresso,
que* conforme esse relatório* recebeu apoio financeiro de duas fontes: da Usimi-
nas, loint+venture nipobrasllcira c da American Chamber of Commeree. Mello
Flores acrescentava que» para a sua ida para Brasília, tornava-se necessária uma
grande quantia e sugeria que Gilbert Huber Jr. pudesse completar os pagamentos
por meia dc suas próprias fontes paralelas. Ele exigia também um passe livre da
Pnnnir, que deveria ser obtido através dos serviços do seu diretor Celso Rocha
Miranda, Mello Flores queria uma pessoa em caráter permanente em Brasília
de chamava de "trubalho preventivo". Toda vez que saísse uma
para fazer 0 que

327
emenda, ctia peisaa colaboraria com a Nova Press, agencia de notícias controla'
da pelo ÍPES para a distribuição de material relevante aos jornais mais expressi-
vos Para a parte inicial de seu projeto dc ação política, çlc exigia uma soma
báaicii dc Irêi milhde» dc cruzeiros, outra mensal para os salários dn equipe per-
manente c fundai para equipar salas que serviriam de centros dc operação, bem
como ncunoi para transporte * 41
Quanta ao financiamento c fornecimento dc experiência política, considerava
Lomo uma que» lio dc lidar dirrtaiTKnie com as cúpulas do PSD c da sobre UDN
feep* c outra» forma* dc ajuda material c técnica. Havia, segundo dc, dezessete
fcenadom favoráveis, co«n os quais de pretendia formar "uma resistência demo-
crática", Para tal. novamente seriam necessários recursos para as cúpulas dos
partido», tle dava o exemplo de Amaral Peixoto, presidente do PSD. que preci-
sava de *cn lecpt, em termos financeiros favoráveis, ou simplesmente por doação.
Para completar a operoçõc precisava-se de dinheiro cm espécie para o período
dc cada mé* c fundo* extraordinários deveriam estar k disposição, se necessário.
Quanto aoi subridio* para deputados federais, Glycon de Paiva recomendava a
reeleição de 'indivíduo* dc caráter, bons anticomunistas". Mello Flores explicava
o processo para lubuchar candidatos, "Em geral, fazem-se acordos com deputados
federai» conforme o coeficiente eleitoral" ou a capacidade de angariar votos,
faziam « também ti leu tos tendo em mente resíduos eleitorais e margens de se-
gurança Quanto *o diõhdrc dc que se precisava, salientava que havia pensado
cm tc aproximar imc»aimenic de cinquenta deputados, com um total dc 300 mi-
Ibóc* dc truxeiro*, amando cada deputado" 6 milhões, Glycon de Paiva gosta-
'

ria dc ter um» idéia ciar» sobre o dinheiro de que se precisava e perguntou se
lf
Mello Flores *e ajeitaria com sei» milhões por pessoa", ao que Mello Flores
respondeu *cr ove o preço do» candidatos da Paraíba c dós outros Estados me-
nores, la no Cear» o preço cr» mai* alto e na Bahia mais alto ainda. Destacava
41
que o» candidato» dc Soo Piulo c do Rio eram muito mais caros/ portanto, a
média mai* semaia *ern dc 15 milhões per capita, Tornava-sc necessária uma
ajuda financeira d* escala dc 000.000 de dólares."** Gilbcrt Hubcr [r, observava
1

que efe lena de "irítcmwr mais pessoas dc fora".


Mello Flore* explicava ainda o processo dc pagamento desta operação, cujos
eram calculado» em cem milhões dc cruzeiros por mês. Dc um modo gera!,.
jE*t|ttt

o assunto envolvia tré* ctiigiot. G a^uvam-st, Ínicialmcntc 40 a 459b das somas


t

para cobrir a» necessidade* imediatas Subsequentemente, quotas menores eram


.

consumidas até o dia da* eleições. Nesse dia, uma soma teria de estar disponível
para transportes e alimentação do* ativista* c eleitores nos "currais eleitorais"
(lugares dc concentração da popyjaçõo votante, praticamente cativa, o que era a
prática no interior c periferia» do» grande* centro» urbanosf. Mello Flores come-
çaria o projielo com Rui Santo* e aparecería rm Brasília nos períodos de prontidão.
Q General Golbery recomendava que dever ve ia procurar |orgc Bchring dc
Muitos, n deveria scr explicado o uiso de Fernambuco, onde a elite orgâ-
quem
nica sc reforçava para a eleição crucial
^ O
próprio General Golhcry deveria
viíitaro Centro Indmtríal dü Rio de (anciro para arikular com Jorge Bchring dc
Mattos, o snj presidente, uma campanha objetivando criar c impingir um senti-
mento de urgência nos contribuinte» cm potencial com o Intuito dc tiumentur a
cooperação financeira do* industriais.* 4 * Outra dccUão tomado em Mil encontro
consistia na projeção dc Hélio Gomíde como o demento oilcntívu envolvido nesuti

328
operações, dc modo a resguardar outras Figurai de posições mais delicadas. Gly-
con de Paiva e o General Herrera asseguravam aos presentes que tomariam todas
os providências em sua próxima viagem a Sao Paulo, que seria dentro de poucos
dias, onde teriam uma reunião importante na sede do IPE5 daquele Estado, o
principal receptor dc ajuda financeira das grandes corporações multinacionais e
associadas.

As fontes de finanças

A campanha de outubro de 1962 foi mais afetada


política para as eleições
do que financiamento c patrocínio cm alta escala.
as anteriores pela influência de
Os grandes interesses, através do complexo IPES/IBàD, conferiam assistência
maciça aos candidatos da direita e csnirú-direiia. Um relatório do Departamento
de Estado americano observava que os "Grupos empresariais e organizações de
produtores, não alinhados com um determinado partido. Foram sempre influentes
1

"per trás dos bastidores e este ano estão abertamente mobilizando seus recursos
'

para apoiar os seus candidatos e combater os esquerdistas de extrema. A maior


parte dessa ação política direta ocorre por meio de “frentes* recém-formadas,
como o Instituto de Estudos Políticos e Sociais —
1PES [siel, mais do que através
das próprias organizações há tempo já estabelecidas */ 47 As formas diretas de
1

contribuição se estenderiam desde ajuda financeira imediata ao candidato ou par-


tido até o fornecimento de outras necessidades materiais dispendiosas, como trans-
porte, tempo de rádio e televisão, espaço de jornal e material de propaganda
(cartazes, panfletos), Indireta mente a elite orgânica contribuía para a campanha
de seus candidatos, criando um clima político Favorável da mídia, proporcionan-
do des e suas idéias extraordinária projeção. bem como suprimindooi de ajuda
ii

inlelcctual, Isto é, modelos de discursos bem preparados para pronunciamentos


públicos c outras formas de intervenção no Congresso, Esse conjunto dc ativida-
des era resultado de um esforço coordenado das equipes do$ Grupos de Opinião
Pública, de Ação Parlamentar, de Estudo e Doutrina, de Levantamento da Con-
juntura e do Grupo de Integração.
O IPES e o tBAD foram denunciados por se valerem de trâ importantes
fontes dc renda para financiar a intervenção dos grupos de ação da eliic orgânica
no processo eleitoral c em outras atividades. Essas Fontes crum a "caixinha" man-
11
tida por empresas estrangeiras c nacionais/ * agências governamentais estran-
geiras e o “fundo do trigo".
<, ,f
Anos mais tarde, referindo-se à denúncia da existência de uma caixinha
para subvencionar & corrupção político-partidária, o ex-cmhaixador americano
Lincoln Gordon assinalou que de não poderia refutar a existência de financia
mento de fontes americanas nas eieiçôcs de 1962, Hão poderia também negar a
existência dc "um ou dois dólares americanos" cm 1964. quando final mente
aconteceu o golpe. 24* O embaixador enfatizava que nessas cruciais eleições “mui-
tas pessoas tentavam conseguir dinheiro. Elas pediam a todes a que tivessem
acesso. EIus certamente procuravam todos os empresários c funcionários ameri-
canos dos quais elas pudessem se aproximar. Portanto, a idéia de lançar mao
dessa "caixinha" para despesas políticas surgiu c se desenvolveu, como ficou
claro cm outros casos, como por exemplo o do Chile. Era usual que a CIA
tivesse fundos políticos, Tal fato se originou na Itália, em 1948, quando fundos

329
americanos ajudaram a revigorar o Democracia Cri$ta*~
5fl
O Embaixador Lincoln
Gord ütí afirmava então que. deiç oes de 1962. empresas c altos funcionários
fiai

americanos contribuíram com uma soma que variava de um a 5 milhões de dó-


lares pars campanha* de candidatos adversários «o governo de foão Goulart e
7* 1
seu Programa de Reformas Básicas. Niles Bond. ex-ene a rregado de negócios
americanos, ao ser indagado se o JBAD fora financiado pela ClA + respondeu que
**nio sabia quem mais o estaria financiando**, ” Além do mais, a Embaixada
1

Americana foi denunciada por usar na campanha eleitoral somas destinadas ao


'fundo do trigo". Esse fundo, depositado em contas do BNDE operadas pda
Embaixada Americana, do qual 40^ não era contabilizado, consistia do supe-
ravit em cruzeiros acumulado pela venda do trigo americano ao Brasil, feita
iiI
através da cláusula PL 480. do qual a Embaixada lançava mão dt altas somai
da moeda local para seu uso particular. (Como já foi observado anteriormente,
o uso dc fundos dc fonte do PL 480 já havia sido recomendado pelo Plano âe
Ação do governo americano para o período até 07 de outubro de Í962 com o f

intuito de escorar cs militara brasileiros em atividades de ação cívica),

Ivan Hasilocher. o 1BAD. a ADEP


Promoíton S.A. mantinham contas e
e a
sacavam dinheiro das agencias brasileira* de ires bancos estrangeiros: o Bank of
Boston, o Fírsi Naricnal City Bank of New York c o Royal Bank of Canada, bem
como daqueles brasífcirüS. como o Banco Mineiro da Produção, Banco da Lavoura
de Minas Gerais, Banco de Crédito Real dc Minas Gerais, Banco Nacional dc Minas
Gerais e o Banco Andrade Amaud Acreditava-se também que os Bancos Novo
Mundo, Irmãos Guimarães e Nacional do Norte serviam de canais para a rede
IBAD/ADEP, O tPES mantinha contas cm muitos desses bancos. Diversos deles
eram, por sua ver. contribuintes do complexo IPES/IBAD e diretores ou pro-
31
prietários deste* bancos eram seus associados e ativistas." Tanto o ex-secretário
geral, quanto o ex-tesoureiro da ADEP afirmaram que nos cento e cinquenta dias
precedentes às eleições de 1962. só a ADEP fez uso de mais de um bilhão de
cruzeiros. ” (Segundo os índice* de inflação da Fundação Getúlio Vargas, cal-
1

culados em 1977, tal soma era, nessa época, o equivalente a cerca de 02 milhões
de cruzeiros, ou aproximadamente 5 milhões de dólares).
Para o financiamento de duzentos e cinquenta deputados e candidatos a
o ÍBAD despendeu mata de cinco bilhões de cruzeiros,
esse cargo, líder ipesia* O
no Dario de Almeida Magalhães e Arthur lunqueir*. tesoureiro da ADEP, admi*
134
nistravam o* orçamento*/ Ivan Hasslocber afirmava que sua* operações no
ÍBÂD eram financiada* por noventa e oito firma* industriais e comerciais, prim
cípalmcnte do Rio de Janeiro c São Paulo Ele se recusava a enumerar os coniri*
buinles que depositavam cius soma* no Royal Bank of Canada (ao qual João
Bayfonguc* líder do ÍPE5, eri ligado j ou em quaisquer outros bancos citados
íintcriormerie, Embora nenhuma firma ou associação empresarial nacional reco-
nhecesse contribuições feita* ao* fundo* da rede IBAD/ADEP/Promouon S.A./
ÍPES t Ivan Hasslocher afirmava que cento c vime e seis corporações e indivíduos
abastados do Rio dc Janeiro, São Paulo, Guanabara, Santa Catarina e Rio Grande
do Sul contribuíam com uma soma básica de 950 milhões de cruzeiros à ADEP.
Dentre essas cento c vinte e seis firmai, havi* oitenu e seis ou oitenta e oito fsk]
patrocinadoras do ÍBAD. m
Nao obstante a cortina de fumaça lançada sobre as fontes financeiras da
campanha eleitoral, alguma* das empresas identificadas como contribuintes que

330
depositavam nas contas do TBAD, da ADEP
da Promotion S.A. eram: a Stan-
e

dard Oí! of New lersey, U S. Steel, Tem


Gulf OiL Hanna Corporation,
Oil,
Beihlehcm Steel. General Motors e Willys Gverland. O JBÀD também teria corv
1

lato com d IBEC como um de seus principais benfeitores, "poma de lança co '

1*
merclat do grupo Rockefeller no Bü»!/
Quando final mente houve de outubro de 1962» a elite orgânica,
as eleições
por intermédio da rede IPES/IBAD/ADEP/ADP/PromoUon S.A. havia finam
ciado 250 candidatos a deputado federal, 600 i deputado estadual, 8 a governos
estaduais e vários senadores, prefeitos c vereadores. Mais de um terço da Câmara
dos deputados veio u ser beneficiado com tal apoio. Dc um lota! de 110 parla-
mentares, cujo mandato dependia de financiamento da rede (PES/IBAD/ADEP
que, em troca, comprava a posição de cad* um contra as reformas estruturais
reivindicadas pelo Executivo nacional-reformista, 46 pertenciam k UÜN, 57 ao
PSD* 5 ao PRP, 5 ao PTB, 4 ao PTN, 4 ao PSP, 1 ao PDC, 3 ao PR, um ao
PL, um ao PRT e um ao MTR/** Em algum Estados sem candidato único da
direita, a riste orgânica foi obrigada a apoiar mais de um candidato contra as
forças nacional-reformistas. Dos muitos candidatos apoiados aos governos esta-
duais* vários foram derrotados pelas forças nacional reformistas» apesar de todo o
esforço da dite orgânica. Os derrotados foram Paulo Ncri (AmasonasL Leandro
Maciel (Sergipe), o General Edmundo Macedo Soares (Rio de Janeiro), José Boni-
fácio Couimho Nogueira (São Paulo), Fernando Ferrari Rio Grande do Sul, que
í

perdeu para lido Meneghettt, candidato também apoiado peto IPESUL) e Joio
Cleofas (Pernambuco), Os beneficiários eleitos foram Virgílio Távora, do Ceará.
ck Ministro dos Transportes na gestão dc |oio Goulart, apoiado pda coalizão
PSDUDN, Antônio Lomanto Júnior, da Bahta, e lido Menegheltí, do R» Grande
do SuL cw
Dentre iodas as campanhas, a de maior repercussão, pela publicidade que
recebeu e pelos altos interesses em jogo, foi a de Pernambuco, na qual João
Cleofas, candidato conservador ligado ao consórcio de urânio, Orquínw S/A.
concorda contra a candidatura de Miguel Arraes, líder regional nacionahrefomiis-
(a de considerável projeção nacional e candidato em potencial, em 1965* à presi-
dência da República. Nos círculos conservadores, con siderava-se a derrota dc
Arraes como dc suma importância. Os elementos de direita do centro sul do Bra-
sil perceberam clarimente os perigos apresentados por Arraes e seu movimento

e tentaram afabálo desde o início. A sua arma era o 1BAD. que desde o prin
cipio da campanha estabeleceu comitê deiioral em Recife. Coronel Àstrogildo O
Corrêa, do 1BAD c líder da Frente Patriótica Civil-Militar, coordenava a Promo-
liem S.A, de Pernambuco e sc encarregava da campanha do candidato da direi-
3*
ta.
1
Cid Sampaio, o governador em exercício, que orientava a campanha de [cão
Cleofas, designou um de seus cunhados para atuar como intermediário entre o
ÍBAD e as forçií nnti-Arraes, prõ-Cleofis. O apoio a Cleofas^5 foi subvencionado
pelos fundos provenientes das companhias dc petróleo Texaco e Shell, dos grupos
farmacêuticos Pfizer* Cíbn, Gross» Shering. Enila e Haver, dos bancos Nacional do
Norte, Irmãos Guimarães e Novo Mundo* das instituições e companhias comer-
ciaisHcrmin Slolz e Lojas Americanos, do grupo têxtil Tecidos Lundgren, das
companhias alimentícias Coca-Cola e Stândar Brands e ainda da General Electric
Co., da IBM, dos Perfumes Coty, da Rcmlngton Rand, da Companhia Siderúr-
gica Belgo-Mlneira (dc suma importfinciu mia operações do golpe no Estado dc

331
Minas Geraíi), d* Companhia AEG dc Eletricidade t da Federação Comercial do
34*
Recife
A investida decisiva na estratégia pira neutralizar Arrue* seria jogar Com
1

o lemor ao "comunismo arcu' ahmcniado por mui los católicos das classes médias
,

c baixas, que como ji foi visto, era a marca da açlo de propaganda do complexo
+

IPES/ÍBAD, Um grupo a>nbcddo como Movimento Adulto de Ação Católica


coloca yh u fiúncicn diários na pnmeira pagina dc um dos jornais de Recife, bra-
dando contra a "ameaça \cnnciha" tradição, família c propriedade^ João
a.

Clcofav rcccbtu também apoio para a sua campanha de mídia, feita através
das emissoras íocab dc ridíc tRádio Tamandaré c Rádío Clube), da TV Canal 6
c do Diário de Pernambuco?** ainda o apoio dc intelectuais ik direita, como
c
Gilberto Freire, que denunciou Ames
por ter aceitado apoio comunista, Outras
técnicas menos lutn eram usados, jogando com o arraigado icmor ao comunismo,
t)i apoiadom dc Clecfo» fizeram i montagem de uma réplica do Muro de Berlim
no Edifício Sulacap inc centro comercial de Recife), com a finalidade de sugerir
o que o futuro aguardava i população se Arraes fosse deito. Distribuíram-se
gravuras que montra vam Arraci ajoelhado, rezando çom um terço na mão, de
que, em lugar da tnu. caiam dependurados um martelo e uma foice, O Diário
de Pernambuco divulgou um artigo revelando que Arrscs fora convidado para
almoçar na cava dc prefato de Tombe. Quando entrava na casa do prefeito,
'miitenovamenic caiu um quadro do Sagrado Coração dc Jesus c quebrou-se
tm pedaçm O coJuniiia, então, publicou um poema que sc referia a Armes
como ü 'orni-Crmo^ t o artigo dizia ao leitor sobre os esforços dos residentes
dc També para cxorcuar o espírito do mal A campanha atingiu o seu auge no
dia das dctçõei, quando o üiârio dc Pernambuco reproduziu cm página inteira
11
uma charle que mostrava Amei construindo 0 ieu próprio "muro de Berlim ,

com Fidel Castro segurando o projeto do muro, Krustichcv empurrando o car-


rinho de mão cheio de e canhões t que continha & inscrição “acordos
comerciais”. e q «trrUno-fcraJ do Partido Comtmisia, Luís Carlos Prestes,
cmpjlhindc ot ti/cloi. Elct estavam todot sendo inspecionado* pelo empresário
#,
foié Ermírio dt Moran que empurrava um barril com a inscrição $ cimenta"*
O industrial Ermírio de Moran, pai do líder do IPES, dcstacava-sc, paradoxal
menie, como um dex majorei contribuinte* em favor da campanha de Àrraes,
cm troei do apoio deite a ma candidatura para o Senado. Suai propriedades
no Nordeste compreendiam minai de açócar, terras, b única fábrica dc cimento
de Pernambuco, cerâmicas e pedreira de calcino. À legenda abaixo da charge
1*3
dizia: "O preço da liberdade é a ticma vigilância/' Para completar o aspecto
religioso da campanha, o Padre Pairick Pcyton, da internacional "Cruzada do
Rmáno cm Família"* partiu para uma operação junio à\ família*, cm forma
de precei diárias, tendo feito um comício público pouco antes da votação. 7 *4 Se-
gundo um rclilóno du Coniuladu Americana em Recife, as atividades desse padre
se mostraram "exirernsmenic eficazes para eliminar a confusão e para desviar
muito* católico* de qualquer tendência favorável a Arriei, agora mais dara-
mente identificado com o Comunismo'**** Atém du atívismu do Fadte Pcyton,
• campanha contra Arriei incluía uma caria paiioral redigida pelo Arcebispo
loca! sobre o dever cristio de todos ot cidadão* que, sem mencionar numes,
pregavam a proteção di família t a defesa doi perigo* que a ameaçavam/ 44 juãu
Cleofai pediu também a ajuda do Consulado Americano quanto a material anil

332
comunista e muito especificam ente alguns filmes que mostrissem condições na
,J
Cuba de Fidel Castro, material este que efe muíto eficaimcnte poderia us*r"
Os funcionários do Consulado Americano prometeram a Joio Cíeofas "Fazer o
possível para encontrar qualquer desse material disponível" e des fizeram enfá-
ticas recomendações ao Departamento de Estado americano de que tais filmes,
possivelmente montados a partir de noticiários e sem atribuições de fomes, bem
como os desenhas animados [deveriam] ser enviados dc imediato [para] Recife
para uso na campanha". Enquanto isso, os Funcionários do Consulado estavam
Fazendo chegar à organização de Clecfas "substanciais quantidades [de? desenhos
animados anticomunistas, livros sobre Cuba e panfletos a respeito de Berlim*'.
11
"Contudo des chamavam a atenção do Departamento de Estado para o fato
,
2 **
de que "nada tem o apelo popular imediato dos Filmes."
A campanha ami-Arracs teria talvez chegado ao fim vitoriosa, nio fosse o
candidato adversário, o desprestigiado Cleofas. que se permitiu ser fotografado
durante a sua campanha, assentado na varanda da sede da sua fazenda de piam
tação de cana, usando botas e mostrando- se ao mundo como um antigo dono
57
de escravos. ** Ele nio tinha nada de construtivo para dizer além de sua linha
anii-Àrraese anticomunista c, pior ainda, sob o pomo de vista político, era
popularmente identificado como o candidato apoiado pelos Estados Unidos e o
4
representante do reacionário e corrupto sistema de ‘coronéis". Não obstante
parecessem intermináveis os Fundos disponíveis a Cleoías t o apoio da mídia
porde recebido, Arraes conseguiu assegurar a sua importante vitória, por pouca
margem de votos, Ermírio de Morais obteve a suã cadeira no Senado e Francisco
fuííão. o líder das Ligas Camponesas, Foi deito deputado federaf 0 bloco na-
ciomd reformista de Pernambuco alcançara significativo triunfo, 0 tBAD fechou
o seu escritório em Recife, porém o cunhado de Cid Sampaio c os empresários
ligados iio IP ES por intermédio da Associação Comercial de Pernambuco manti-
veram as Forças an li- Arraes intactas em termos organizacionais." 71
Devc*sc ainda mencionar entre os influentes beneficiários do apoio financeiro
da orgânica c os receptores dc assistência técnica e administrativa, com
elite
os quais foi estabelecida ação política coordenada antes e depois da eleição; 775
no Estado da Guanabara, os deputados Hamilton Nogueira (UDN), Eurípidts
Cardoso de Menezes (UDN)< Aliomar Baleeiro (UDN), F. Santos do Amarai Neuo
ÍÜDN), o General Menezes Cortes (líder da UDN na Câmara dos Deputados
durante a gestão de [ãnio Quadros até o finai de l%2, quando faleceu), Arnaldo
Nogueira (UDN), Maurício Joppcrí (UDN), o General furãey Magalhães ( candi-
dato udenísía ao Senado), Lopo Coelho (PSD), o Coronel Danilo Nunes (UDN),
o General fuarez Tâvora (PDC). Raul Brunim (UDNh o governador Carlos La-
57
cerda (UDN) e Theófilo de Andrade ’ Em Minas Gerais, dos quarenta e õito
depurados eleitos, 14 foram apoiados e suas atividades políticas articuladas
através da rede ÀDEP/ÀDP, Receberam assistência os seguintes políticos: TcÓfjlo
Pires (PR), Abd Rafael (PRP), Celso Murta (PR). AéciO Cunha (PR), Elias
de Souza Carmo (UDN), Guílhermino de Oliveira (PS D)/ 74 [osé Bonifácio
(UDN), Mattod Taveira (UDN), Gemido Freire (UDN), Nogueira de Rezende
(PR), Qrmeu Botelho (UDN). Oscar Dias Correu (UDN), fosé Humberto (UDN),
o Padre Nobre (PTB), o Padre Vidigal (PSD) 7n Foi voz corrente que Francelino
Pereira (UDN) c Gzanmt Coelho (PSD) tenham sido receptores de fundos do
complexo IPES/IBAD/ 7 * Além disso, a ADEP entregou & Aríhur Bemardes Filho

333
(clt próprio importante contribuinte do IPES c presidente do Partido Republicano)
1 ”
i soma de milhões de cruzeiros para a campanha eleitoral do seu partido.
3
Ademais, tvan Hasslocher assinalou que mantivera "entendimentos” sobre a cam-
panha eleitoral com o governador de Minas Gerais José de Magalhães Pinto,
irm dos líderes da UDN*
ÍTl
Em Pernambuco, a clíte orgânica ajudou sete candi-
datos a deputado federal e trinta é um a deputado estadual, O
IBAD assistiu
os deputados federais Costa Cavalcanti, Augusto Novais, Aíde Sampaio (irmão de
Cid Sampaio), Monsenhor Arruda Câmara c Aurino Vaíots, degendo-se todos.
Apoiados, ainda, foram ]osé Lopes dc Siqueira Samos (da Usina Ribeirão Estre-
JEana,que nio conseguiu se deger), Nilo Coelho, Dias Lins e os deputados esta-
duais eleitos Amónio Corrêa Oliveira. Felipe Coelho, Suetone Alencar, Olímpio
Ferraz, Francisco Sampaio Antônio Luiz Filho, Dreiton Nejaím, Olímpio
Filho,
Mendonça, Antônio Barreto Sampaio, Elias Libánio, Adauto José de Mello, An-
tônio Firiii e Audomar Ferraz^ No Rio Grande do Sul, segundo o senador
Daniel Krieger. nas eleições de 1962, a centro-direita constituía uma coalizão
que recebia i abreviatura de ADP (Ação Democrática Popular). Ela com-
preendia o PSD, a UDN, o PL, o PDC e o PRP™ lido Meneghetti, que se
tornou o governador do Estado, enfatizava que a indústria e o comércio locais,
sob a égide do IPESUL, contribuíram para a vitoriosa campanha/-'* 1 Encontravam-
se entre outras figuras políticas apoiadas nesse Estado; Clóvis Pestana (ex-Mítmiro
do Transporte de Jânio Quadros), Raul Pilla. líder do Partido Libertador, o depu-
tado federa! Daniel Faraco (PSD), o Coronel Peracchí Barcdlos (PSD), Euclídcs
Triches (PDC), Cid Furtado, Luciano Machado e Rubem Bcnío Alv«.
Entre os demais políticos de outros Estados, que também receberam o apoio
dft dtte orgânica, athavam-SC:

Piauí — Souza Santos


Paraíba — Emini Sátiro, Flaviano Ribeiro, Janduí Carneiro, Luiz Bronzeadô P

Lemos, Raul Goes


Plínio
Alagoas —
Medeiros Neto, Ozeas Cardoso, Segísmundo Andrade
Dúbia —Aluisio de Castro, João Mendes, Oscar Cardoso, Régis Pacheco, Vasco
Filho, Rubem Nogueira
Espírito Santo —
Dirceu Cardoso, Floriano Rubim, Oswaldo Zando
Pará — G abri tl Hermes
Amazonas —
Abrahão Saba, Leopoldo Pcres
Rio Grande do Norte —* Djalma Marinho, Xavier Fernandes, Aristôfines Fer-
nandes
Ceará —
Armando Falcão, Paulo Sarazate, Furtado Leite, Leão Sampaio, Martins
Rodrigues, Üsslan Áraripe, Wilson Roríz
Maranhão —
Luiz Coelho, Pedro Braga. Líitcr Caldas, Eurtco Ribeiro, Alberto
Aboud
Mato Grosso — Correia da Cosia, Saldanha Dení, Rachid Mamed
Goiás — Anísio Rocha, Benedito Vaz, Castro Costa, E mi vai Caiado, Alfredo
N«*eiJÍT
Santa Catarina —
Laerie Vieira (UDN), Albino Zcni, Amónio Almeida. Orlando
BcrloHL Pedro Zímmerman, Domício Freitas, o Gcfieraí Gcmil Birbalü, Gil
Vcloso, Afonso Anschad (UDN)
Paraná — Munhoz da Rocha (PR), Ivan Luz (PRP) t Qthon Mader (UDN), Plínio
Salgado e Neí Braga (PDC e governador do Eliado)

334
No Rio de Janeiro, a$ seguintes figuras políticas bene fiei aram -sc desse apoio:
o cxdnlegralíslu Roymundo Padflhu, Duso Coimbra, Edilberto Castre, Napoleao
FontentiU? c Amoral Peixolo, presidenie do PSD. Foram ainda denunciados pelo
mesmo motivo Chagas Freitas, político clienEdUta do PSD da Guanabara e pro-
prietário do complexo O DiuA Noitela, c Ndson Carneiro (PSD)* M Em São
Paulo encontravam-se entre os beneficiários: Àníz Üadru. Arnaldo Cerddra, Her-
N

bert levy (presidente da UDN), Mário Cüvíu, o Padre A, Godinho. fosá Mcnck f
Antônio Felidano* Carvalho Sobrinho, Celso Amaral. Cunha Bueno, Dias Menezes.
Dcrville Alegrei li. Hamilton Piado (diretor da Cia. Antártica de Bebidas). HékíO
Maghenzani. José Henrique Ttirner (diretor <la MAFERSA), Lauro Cruz* Nícolau
Toma. Tufic Nassií. Yukiãhiguç Tumura c Ranieri Mizziti» presidente da Câmara
dos Deputados.
Em termos concretos, Orgânica sc mostrou capaz de reunir a centro-
a eliic
direita do país, Muito embora houvesse recebido apoio maciço do
a centro-direita
bioco de poder empresarial e a interna campanha ideológica exercida junto h
opinião pública, quando a poeira eleitoral se assentou, evidenciou ^se que o equi-
líbrio político oscilava a favor das forças populares nacional-reformistas.

Em São Paulo, a elite orgânica sofreu uma derrota estrondosa de seu pro
grama rfiodernizanie-conscrvador* quando o candidato populista Âdhcmar de
Barros se elegeu governador do Estado contra as candidaturas de Jânio Quadros
e José Bonifácio Coutinho Nogueira. O Esiatfo do Rio de Janeiro elegeu para
seu governo um candidato do PTB Batfger da Silveira. Leonel Brizola, apesar
r

de vir de outro Estado e tecnicamente ainda governador do Rio Grande do Sul,


ao disputar uma cadeira de deputado federal pela Guanabara tomou-se o centro
das atenções do cenário político, recebendo votação jamais vii ta, seis v«u
maior que o quociente eleitoral necessário e quase dois terços da votação total
recebida por toda a chapa do PTB/PSB. Eíoy Dutra, candidato apoiado pelo
PTB e PSB e figura especial mente desagradável à elite do complexo IPES/IBAD,
por ele constan temente denunciado, venceu a vice-govemança da Guanabara,
podendo, assim, controlar o governador, ainda em exercício, Carlos Lacerda. Em
Sergipe, João Seixas Dória se elegeu numa plataforma nacional -reformista, dando
força às vitórias nordestinas de Àrraes e Jutião em Pernambuco.
No Senado, que possuía ao todo 66 cadeiras, os senadores udenistas foram
reduzidos a 15, o PSD ficou com 21 cadeiras e o PTB subiu para IS A proporção
de votos populares para cada candidato dos partidos principais ao Congresso
sofreu variação em relação acs resultados anteriores. O
PSD decaiu de 11.6%
em 1954 para 28,8% em 1952. A UDN se devou de 20,9% em 1954 para 212%
em 1962 e o PTB subiu de 18,9% para 24%. O PSP decaiu de 112% para
4,7% e o PDC subiu de 2,1% para 5.7%. £ interessante verificar que ambos,
a UDN e o PDC, tinham em suas fileiras uma significativa tendência que se
alinhiva com as forças populares nacional -reformistas.'* A percentagem dos
1

votos lotais válidos, obtidos pelos partidos mais importantes, ilustrava a queda
das posições de centro-direita. PSD reduziu-se de 22% em 1954 para 15*6%
G
em 1*62, a UDN
decaiu de !> para 11,2% e até mesmo o PTB sofreu
r 6%
redução de 14,9% paia 12,1%. Alianças partidárias cresceram de 25*7% para
41% e os votos em branco se elevaram de 4 8% para 15*1%**** Em termos
t

da distribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados* o PTB tornou-se o segundo


maior partido, com 104 cadeiras, das quais 41 foram conquistadas através de

335
alianças. O PSD recebeu 119, das quais 40 foram ganhas por meio de alianças
c a UDN recebeu 97, das quais 42 também obtidas através de alianças.***
O IPES conferiu às eleições seu devido valor. Em novembro de 1962, o
General Golbery procurou iodos os meios de fazer uma análise acurada dos
7
resultados,** Da conclusão, o mais importante foi o fato de que, não obstante
us esforços maciços da elite orgânica, havia uma constante tendência esquerdista*
trabalhista do eleitorado, ao passo que o Executivo, a fim de levar à frente suas
reformas, tentava um direto ando à$ massas para contornar o efetivo bloqueio
do Congresso pelas forças modemízautê-eonservadoras. Se mudanças no Estado
que satisfariam o bloco empresarial tivessem de ser feitas, elas feriam de ser
Impostas, Uma solução militar raroava-se inevitável para os interesses multina-
cionais t associados.
As enormes somas* jamais vistas, gastas pela rede IPES/IBAB/ÀDEP/Pro-
niotion S.A., pelo menos o equivalente a uns 12,5 milhões de dólares, possivel-
mente a tá vinte milhões* levantaram suspeita geral concernente à nacionalidade
e aos objetivos políticos dessas contribuições e licitaram demandas de inquérito
em suas atividades,*** Além do IBAD, publicamente denurt-
disso. as tentativas
dadas, de alterar o cursq das eleições de 1962, em forma de apoio financeiro
ilegítimo ao General Magessi. de direita, contra outros candidatos para a presi-
dência do Clube Militar forçou o Ministro da Guerra General f air Dantas Ri-
beiro a se reunir aos parlameniares do Congresso que exigiam uma investigação
das atividades do complexo IPE5/IBAD.
UÍ Uma Comissão Parlamentar de Inqué-
rito foi instaurada em 1963 para averiguar as atividades e fontes de fundos da
rede TPES/ÍBAD/ADEP e investigar as alegadas irregularidades nas eleições
de 1962, O presidente do IPES, João Batista Leopoldo Figueiredo, quando cha*
medo para depor diante da Comissão Parlamentar dt Inquérito, declarou: "Elei-
ções sao uma manifestação do pqvo que assume o seu mais sagrado direito de
escolher os seus representantes. Tá dissemos e voltamos a afirmar que ú ÍPES
£ firmemente contra a pressão do poder econômico privado ou do governo, A
compra de votos, a pressão económica sobre os eleitores ou candidatos* o mono
3
pólio de meios de informação etc. são práticas antidemocráticas." **
De certa forma, desde o seu princípio, a CPI demonstrava irregularidades,
pois pdo menos cinco de seus novç membros haviam sido beneficiários desses
fundos secretos/ 11 Apesar de (aís irregularidades, as investigações puderam revelar
que o IBAD haviam rido responsáveis por um processo
e suas linhas auxiliares
dc corrupção CPI fracassou em estabelecer ligações entre
eleitoral. Entretanto, a
O IBAD e o IPES por tréi motivos: por fontes financeiras comuns, pela partici*
pação de um mesmo membio nas duas organizações ou mesmo por ação com
junta/* Em setembro dc í9Ó3, o Presidente Toão Gouíart assinou um decreto
1

suspendendo as atividades do IBAD c da ADEP por comportamento inconstitu-


cional. Dois dias depois, o deputado udenista ligado ao IBAD, Amaral Netto,
estabeleceu o Comité Nacional de Defesa da Democracia. Os membros da A DP
acorreram a dc. Jncluiam-se entre os primeiros membros: Raul pjfln, os deputados
Flores Soares (UDN-RS), Eurípides Cardoso dc Menezes (UPN-GB), Abel Rafael
(PRP-MG), Qswaldo Zanelo íPRP-ESK Costa Cavalcanti f UDN- PE), Plínio Lemos
fPL-PS), Olavo Cosia íPSDdVSG), Lserte Vieira (UDN-SC), Leão Sampaio <UDN-
CE)* Elias de Souza Carmo (UDN-MG), Régis Pacheco (PSD- BA), rloriano
Rubim (PTB-8S), Ezequms Costa íPR-ALh Moura Santos c Afonso Ànscfind
(UDN-SC). O comité adotou as bandeiras políticas e ideológicas que o complexo

336
1BAD/ÀDEP havia conduzido alé o período da investigação. Um decreto dc
outubro dc 1965 finalmcnte fechou o* seus escritórios. Dc qualquer forma, por
essa ocasião, grande parte dc seus ativísias estavam integrados ã rede do PES. I

O Executivo conseguira atingir o complexo IBAD ADEP em geral e» em


particular, fvpn Hasslochcr, mas mostrou-se impotente para averiguar assuntos
mais profundos. 0 1PES foi isentado de acusação formal,** Alguns anos depois,
1

insurgindo-se contra a inclusão de apenas Hasslocher no delito eleitoral invés*


tigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito, o deputado João Mendes, líder
da ADP. declarou que sc se cometera algum crime, dever-se-ia processar quatro
ministros da gestão de Castello Branco, entre eles o General juarez Távora t
Daniel Faraco. Ncrbcrt Lcvy, presidente da UDN, e Amaral Peixoto, presidente
do PSD, bem como 87 deputados e 9 senadores, pois todos des foram benefi-
ciários dos recursos proporcionados pelo IBAD.***

Conclusão

Apesar de sua rica ação política nos vários setores de opinião pública e
de suas tentativas de reunir os classes dominantes iob seu comando, o complexo
IPES/IBAD mostrou-se incapaz dc, por consenso, ímpor*se na sociedade brasi-
leira. Logrou êxito, entrei anto, através de sua campanha ideológica e política,
em esvaziar o apoio homogéneo ao Executivo c foi capai de estimular uma reação
generalizada contra o bloco nacional-reformista.
As atividades realizadas por grande número de membros t ativistas ligados
ao complexo IPES'IBAD pelos quatro cantos do país foram estrategicamente
coordenadas no Rio de Janeiro, Os vários Grupos de Estudo e Ação do IPES
desempenharam papel fundamental na preparação, coordenação e implementação
das diferentes atividades ideológicas e políticas (Vide Apêndice á), complexo O
IPES/IBAD agiu isoladamente e em associação t tom a colaboração de um
grande número de organizações e grupos paralelos locais. Ele também colaborou
e recebeu o apoio de organizações, agendas e indivíduos estrangeiros.

Como foi visto, os esforços da elite orgânica alcançaram resuí lados mistos
com a exceção de sua influência entre as
nas diversas áreas de ação e, classes
médias, o complexo IPES/IBAD sofreu forte resistência e até mesmo derrota
cm outros setores. Essas derrotas ou êxitos pardais ficaram evidentes no movb
mento estudantil* onde ele estimulou a formação de organizações e grupos para-
militares de direita. mas mostrou-se incapaz de deter as tendências esquerdistas
na União Nacional de Estudantes.
No setor camponês e entre as classes trabalhadoras industriais, o complexo
IPES/IBAD conseguiu estimular as organizações e sindicatos de direita existentes
c mesmo criar novos grupos úteis a campanha para adiar a solidariedade e
consciência de classe. Contudo, cm
última análise, ele foi incapaz de bloquear
a constituição de organizações de purie nacional, de orientação esquerdista entre
os camponeses e as classes trabalhadoras industriais e a consolidação dc uma
liderança nacional da esquerda trabalhista.
Alcançou sucesso pardal no campa eleitoral, com a eleição de um grande
número de políticos conservadores pertencentes aos partidos de centro- direita para
as disputadas cadeiras da Câmara dos Deputados e do Senado^ como também

337
:* a

pera o governo de alguns Estados. Contudo, não foi capaz de conter a ascensão
dc polui cos pertencentes à Frente Nacional Parlamentar, bem como não conseguiu
tmpedir a deiçso de algumas figuras muito influentes do bloco nacionabrefor-
mista. Ademais, o complexo IPES ÍBAD não logrou êxito em impedir que ê
integração das várias forças da esquerda trabalhista dentro do movimento esfu-
dantil, da classe camponesa, das classes trabalhadoras industriais e de políticos
nacional -reformistas chegassem auma Frente de Mobilização Popular, cujas inci-
pientes atividades foram ãbruptamente interrompidas pelo golpe de 31 de março
dt 1964,
No entanto, as atividades políticas do complexo IPES/ÍBAD foram de sumo
importância na realização da crise do bloco histórko-popu lista. Elas estimularam
uma aunos/era de inquietação política e obtiveram êxito em levar it intervenção
das Forças Armadas contra o "caos, a corrupção populista e n ameaça comu-
nista". Como
será visto, o IPES conseguiu coordenar t integrar os vários grupos
militares,conspirando contra o governo, c* dc certa forma, proporcionar o exigido
raciocínio estratégico para o golpe,

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

I» Este capitulo não é um i revisão histd- Nm A. I. LANGGUTH. Hiddtn tttron,


ricj do período l'mi descnçio de Lodo o Ne* York, Parjthcon Bocki, t97fi. p. B4-5,
proccito político e social «ti além do ev 10 J.
copo deite livro. Rtlíicrt desw período po-
4. Robrmon ROf AS. Estados Unidos en
dem ter cnconirado* cm umi variedade de
Brasil. Santiago, CMÍe, Prensa Latínoain^
temei, tliumai d*> qtun çncomnrn-íe 1U-
Ud u
n* bibliografia, tpcw <te nenhuma
ricifi r 1965* p 71.

deliu jitlolnr um enfoque semelhante *0 5. Leonard D. THERRY, Dorninunt pn-


cncoriirmlo aqui. wtr componente in *ht Brarílían unJversi-
iy ítudent movement prior to upril 1964.
2. À 5TEPAN, Thr mihtory in pofities
fottrnaí of IftUr-A mertean Studie s, Coral
çhúttpng patttrnj in Brszii. Prineeioit,
Gablcsj Florida, Univ* oí Miami,
Priittcion Umv Pitu. S£9 Ho-
1 9f7 1 ,
p.
1965.
rold rullund e Glyton de Paiva concorda-
vam que "na hora da crite, o que gerah 6. ta} P. SCNMITTEÍt Interest, eonflkí
mente filia í o apoio aos homem and pofitiço! changt in BfasiL St ante rd,
ç às
bois ídéiu — i caixa dc ressonância — Califórnia Umv. Press, 1971. p. 65-6. (b)

para evitar os erros do crise de agosio de Paulo FREIRE, Ptidagôgy of ihú Qpprt*
mr. JPE5 CE, * dc junho de 1562. j cd. Grã Bretanha, Pcnguin Btioks, 175,
ícj Paulo FREIRE, Cultural actfan fot
5. Tdcgrifni do Embaixador Lincoln
frteéam Grã-Bretanha, Peitguin Books,
Gordo n *o Departamento de Estado, 22 dc J972, ídj Paulo FREIRE, Extensiôn o co>
maio dc (961, n. 2275 "Conspiração aiutl mvMcadâit? fa convicnliiuciàn an c/ titfr
í li pica mente buxUtiri» nlo sendo unifí-
dio rural México. Síglo XXL 1979*
cada e lendo a prcsmçs dt um cxccito de
poiíívcíi jjdcrtr EnlicLorHç, lücjov 01 gHJ- 7. Sobre u parllcipução política tlpj estu-

PQs dc que sabemos reconhecem n necessi- dantes c Uma tmióríu do movimento eslu-
dade dt qualquer movimento abranger to- damií, ride: ta> AriJiur José P0F-RNER.
do o piíi" Eu dbvio que o Embaixador O podar jovem: hhtârla da participação
Lincoln Cordon estava dente dor esforço* polUtCü tíot rifu dantes brasíVciros- RSt> dt
para depor ). Goulart i força. Vide iam- Janeiro, Civilização BroiJcíft, 1963. (b)

m
MflrâKtc M FORAtHL O estudante t s que o IPES supunha confuso». em face da
transformação da toe iedede brasileira São dcsestnituraçio de grupo i estudantis de
Paulo. Companhia Edilcrp Nacional. 1965. direita no Rio de Janeiro. Lo amou- te
(c) hrytft WEDGE- Problems in dialcgue; também a quertão de que o movimenlo
BrasÜhn umversity itudents and íht Uni- eontri a UNE, que tiver* multados mlv
ted Stattt Princeíon, New Jereey, Insiilu- los nas eleições regionais e nacionais, bem
it for the Sludy of Nmicnnl Behavioor* como a campanha de denúncia através da
1964. td) Leonsjrd D, THÊRRY* Op> cií. mídia, nid poderia morrer após as elfi-
ê Apemr de 01 estudante* da UNE e da
iões JPES CD * 21 de agosio de 1962,
AP promoverem
reformas uni versii árias !6 + IPES CD, 27 de novembro de 1962-
porque era que Estavam seus interesses,
14
17. FPE5 CD. 3 de abril de 1962* Gilbert
des compreendiam os limiles da ''situação
Huber Jr*
universitária'" e das possibilidades abertas
ppf et a. Compreendiam que ã« relações so- IS. Sobre d papel anterior de Paulo Egy-
eiais e políticas eapeciTicas no ambiente 4)0 Martins no movimento estudantil, vide
universitário eram também manifest ações A L FOERNER.
+ op, cií. p. 190.

de relações poííiicés e sociais mais amplas 19. IPES CD* 27 de novembro dc í%2,
na sociedjide nacional, estabelecendo assim Maurício VjlJda,
ligações reais eníre a reforma universitária
20, IPES CE. 31 de julho de J962,
C a irftns formação gerai da sociedade, tk*
fflwo 1ANNI. Crisis in Brmil. New York. 2L IPES CE. 12 de junho de l%2. Ha-
Columbia Univ, Press. Í97G, p, 108, rold C. Polland.

9 A í, POERNER, op ctf. p, 200-1, 22. ía> R ROJAS. op. cii. p, 74. <b> P.

SCHMITTER* <?R cií. p. 2IS, <c> Jin


10, Afovjmcftfp* Rio de JanetfQ, (I2):24.
1%} (mivti da UNE),
Knippers m BLACK-
pmêíràíion of US
Bwii ManehesteT
Manches ter, Untv.
11, Unifio Nneiortal dos Estudantes. Com* Press, I97X. p T 75. O MED participou da
iííüiçãa. Rb de Janeiro. 1961. p, 3. organização da imensa "Concentração De-
lí- P. SCHMÍTTER, op. di. p. m pelas
1

mocrática contra Joio Goulart, realizada


'

várias orgam rações do complexo


13. R. ROJAS. op. cíi. p, 71*
IPES/IBAD. a 1B de junho de 1963*
M. IRES CD, 27 d* março de ml. O lí-
ty (a) N. BLUME. Prtssure greupt and
der do IPES José Lute Moreira de Souza
decmort-múkin# m Bruztl: studips in com-
era a favor de contatos diretos com esíu*
porztivs inmnamnfú dçvetopmení. Saint
dantes ali vistas mas. como o ípesiana Cân- 19õ7/
Lcuis, Missouri. Washington. Uitfv + ,

dido Guín-le de Pauis Machado observou, BLACK,


68, p 2H t 233. (b> J + Knippcrs
os estudantes nio iriam k sede do IP£S. 73.
op, cii* p
Portanto» esses contatos linham de ser
tos cm Cândido Ma-
“território neutro'
1
.
fei-
24. Maiores informações sobre o GAP m
Cap, VIII.
chado argumentou Íoríernenle que o com-
plexo IPES/IBAD nco deveria ser vtelo 25. Para a açflo política cipeci atirada* o
,+

se imiscuindo cm assuntos estudantis, o IPES ae envolveu na imporíaçio de estu*

que fôt aceito pela liderança do IRES. O duiltt do Equador^* porque Quito* como
íoi visto anicfiormeme, era a base dc uma
líderCoimbra Bucno enfatizou a necessi-
organteaçia congênere do IPES. {a> Ata
dade dc o IPES assumir n Função de co^
do IPES,de novembro de l%2. (bj
21
ordena dar. mas oâo fazer excesso de coisas
IPES CD* 27 dc março de 1962*
de forma direta. IPES CD, 21 de agosto
do í%2* 26 (a> IPES CD, 13 de março de l%2*
(h) Robert Q« MYHR. Broztt. In: EMER-
IV No final de agosto de 1 %2, focrifaQu-
SON, Doiinld K ed. Siudents and potiiks
sc a discussão cm torno da proposto de
tu dtívthpin& nattons. London. Fali Mall
Huruld Potlondí n organização de um co
Press. I%8. P- 276.
mntido de professores c estudantes pura o
,r
reorien(ução"
f
política dos universitário** 27, IPES CD, 3 de abril dc 1%2 +

339
2t IPES CE* 26 dc julho dc ml* 36. IPE5 CD. 22 de outubro de 1962 Slo
Paulo, por sua vei. gastouum mínimo de
29. JPES CE, 31 ík julHo dc 1962, Towí
500000 cruzrira por mes no setor uni-
Rubem Fonseca Alberto Cario* Mcntro
versitário: para a formação de liderei
mo proprieliro do Céloniíírio Moreno
tudanlis, pelo menoí mais 1. 100 000 cruzei-
30. Apoar dc 0 General Cdbcr> raptei ras por mês. O IPES guiaria no "setor
ur onmumo cm lua visão d» situação em universitário*** até agosio do mesmo ano,
Slo Paulo, uma %<t que reruliadcs positi- pelo menos mais 1 1.000.000 de cruEcitoi-
vos haviam udo obtido* no üier nfuditi- Eascs valores nâo incluem as quannas des-
4 1 1 . no ímal de 1962. Cindido Cumk de tinadas para atividades estudantis cm orça-
Paula Machado foi obnfado a concluir me mos paralelos, nem contribuições para
que a íirujvão feral era grave, pnncipal- metas específicas. IPE5 CD. 22 de maio
mente no Rio de Janeiro, coftsíderando-se de 1963, fcào Ba p tis ta Leopoldo Figueire-
as dníitori^cu c resultado*
tendências do.
daj eleições na PUC-Río e em Outrc* lo-
37 . Rtbiófio das alividadm do IPESSãO
ciei IPES CQ „ 27 de novembro de Í96X
Paula, 1963,
It IPES CE I de outubro de 1962.
>8. IP ES CE. Slo Paulo. 03 de janeiro de
32. Telegrama ao Departamento dc Eita- 1, Ely Cou linho.
do, enviado do Rio dc laneiro c dc Era
tília, por DinicJ M Braddock. Cônsul du 39. (a) Ata do ÍPES. 15 dc novembro de

Estados Unidos cm São Paulo Rascunha- 1962, íb) JPES CD, 19 de novembro de
do pelo funciona no da Embaixada Dilua 1963 (c> IPES CE, 31 de janeiro dc 1963-
C. Propcr 16 dc acosto dc 1963. p ? Ar- iâ\ N- BLUME. op, cií p 2}? t 233. O
quivo* JFK. NSF O telegrama iipniricaii- IPES apoiava a revista Sintne do Dr Ru-
vamcnie tinha o cabeçalho. estudam es de

bem Porto, número, e
subsidiando cada
renetântíaa comunicai vencem tkições na- fornecia uma de pessoas para quem a
lista

eionaii". revivia deveria ser enviada Essai alivida

13, Daniel M. BRaDDOCK. id des (ambém proporcionavam canais íiceis


p. 6.
para a "limpeza dc dinheiro", atribuindo
34 O Cônruí do* Emdoi Unido* infor-
“contribuições” c "paga mentos" a organl
mou nuc "apoar dai lemtiivas por parte
zações que poderiam, então. dar ao IPES
dos líderes ainda cm exercício, de caracte-
e a seus contribuintes particulares justifi-
rizar chapa Ferreira como reacionária e
tbndiana. o* líderes da chipa apreteniarjini cativas para despesas. A inrçfa foi torna-

um rcirilo convincente deles próprio* co- da mais suave pelo falo dc muitas dessas
mo sendo dç tendência centrista, reformi*- organizações serem operações dirigidas pe
ta c fcnu mamente democrática. Tiveram lo IPES. Um recibo dc 390.000 eruietroí
muita dificuldade em conseguir um voto por 3.500 revistas i mencionado no IPES
icquer, apesar de um grande numero doa CE, 19 de novembro de 1962-
dc kg ides presente! ínío a maioria} possi-
40. IPES Ch Gr Sio Paulo. 04 de ouur
velmente ter umpilLíamc deles Mui [os
bro de 1962. Discutiram ie na reunião "ir-
não ousar am votar para a chapa chi minar
regularidades" no acordo com a Universi-
um requerimento para a sua apreseniação.
dade Católica. Qs presentes foram também
Legal mente. eram nrecuíriu cinquenta
ai u na lurai para que ela pudesse ver ofi-
informados pefo Dr SantinchE de que o
Instituto ao qual o Centro de Documenta-
dtlmenlG aprete ntida Os organizadores
conseguiram apcnai cerca de quarenta ção pertencia já havia sido criado Com rt-

Forjaram o rtiio, coRKfgmndo que a cha- Itçio ao* ireimembros da Comissão pro~
pa fosse aceita airflvíi dc artifícios" (*} posfof pda Universidade, Manoel Ferreira
Daniel M. BRADDOCK ibid t p, | {h) |.
e Marola Rangel já haviam irabalhido com

W. Fofllef DULLES Ufwctt ín Brazi!: po o JPES


iitiadmdmry mm 1 95 5/964, Aonin, 4t fa) JPES Ch. Gr. S*o Paulo. 04 de «
Ufíiv. of T«m Press, 1970. p. 21». tembro dc 1962 íb) IPES Ch. Gr. Sio
35- Daniel M. BRADDOCK. ibid p. 7*8. Paulo, 12 dc fevereiro dc 1961.

340
42. IP ES CE t Sêo Paulo, II de dezembro fredo. Rio de Janeira, 25 de outubro de
dt 1962, Pfluío Afta Filho, 1962. Vide Apènákc 0.

43. 3PE5 CE e th. Cr. São PatíK 08 de 58 . Carla dc Heitor dc Aquino Ferreira.
janeiro de 3961, PaüÍo Edmur de Souto íd.
Queiroz.
59. A Editora Globo era a maior cm «ru
44 - IPES CE, Rio, ÍO de dezembro de género no Rio Grande éo Sut. sediada em
1962. O IP ES também üsLavo ligado a ou- Porto Alegre.
tro centro profissionaL o lRE$i t qt*e fazia
60. Carta de Heitor de Aquino Ferreira,
pesquisas para de,
ibid
45 + CprÉB ao IPES de A. Vcnijicto Fi-
[4)
6í- N- BLUME. Cp «í. p. 215.
lho. 11 de dezembro de I%2, tb> IPES CE.
Rio. 06 de dezembro dc 1962. 62 Sônia Scganfrtdc rttlmiBria, mais tar-
de, de iey recebido apenas 420.000 cruzei-
46 Relaióno do IPES 196 J. p. 2*
ros como pjpamtmo- Cana de Sônia Se-
47k IPES CE. São Paulo e Ch. Cr. 31 dc ganíredo ao SNI Rio de Janeiro, 19 de no-
janeiro de 1963. Alé a mobília pertenci* vembro de 1965 p 1-2* Arquivo do IPES*
ao IPES, Rio de íanetro,
48* IPES CÊ, São Paulo e Ch Cr 31 de 63. J. Knippcr* BLACK. op. eir p. 99.
janeiro de 1963 0 ÍPES gastava mait de
64. Aflmdo Lopes CORREIA- A tenquiv
600000 cruzeiros por mç$ nem atividade,
ta daj ciasses médios pera a ação pQÍiíi
49. IPES CE, 21 de maio de 1965, ctt tm grupa. Posíthm paper para dbcvs-
30. Reunião Gera) do IPES. Sio Paulo, são em reuniões do CE e do CD. Rio de
04 ât outubro de 1962. Janeiro, 1962. Arquivos do IPES, Rio de
Janeiro.
31. ÍPES Ch- Gr São Paulo, 05 de junho
de l%2. 65. Uma obscura do que
fioçio bastante
se pensava o regime e o Partido
ter sido
52. IPES CE e CD, São Paulo* 20 de no-
lustkialuta dê Perõn e do qual leão Gou-
vembro dc 1962, Para este plano, a subven-
tart fera retratado, inkialmeme. por Car-
ção exigida era de 1 ,200.000 cruzeiros
los Lacerda, como a sua verslo brasileira-
53* Ai a do IPES. Sio Paulo, 20 de no- Jcãc Goulart foi acurado pelos itivütss do
vembro de I962 J. Ely Coutinhü,h complexo 1PES/IBAD de conduzir o país
54, ÍPÊS CD c CE. São Paulo. 20 de purt uma "República Sindicalista".
nfr
vembro de T9&2, 66. Arlmdo L CORREIA op. <iL p. M.
55- IPES CE. 19 de novembro de 1962. 67. A
questão dos movimentas paralelos
Pira manter as aparências, pediu se ao lí- era importante para o IPES Em abril de
der do IPES. Coimbra Bueno, quê se ms* 1963. Hélio Gomide. Hardd C. Polhnd e
CTtvejsc formal mente no IPES para parti- f. Rubem Fonseca discutiram q assunto,
do trabalho da FundoçiO- abordando o significado abrangente da m
J
cipar

56. Pira uma visão geral do papel da tegração" deniro do IPÊS e enfatizando os
FNR, vide A. J. PGERNÊR. op. eis. etp- voqugtns de se organizar certos categorias
9. sociais, cerno as associações de paia e mes
trts tão necessárias na formação de uma
h

57. '‘Como especialista que é". escreveu o


"cadeia de te verbe ração' ' de opinião pú-
Tenente Aquino, "notará certa debilidade
blica. que ampliava a influência do IPES
na parte refcrcniç ac campo estudanlil. De
em áreas onde o interesse nêo era espeá-
íiio. E até bom que vocè note. Talvez
ficamente dc natureza financeira- A meta
poisa mesmo auxiliar na nova montagem
do JPES era criar o que se denominava "a
fuiura. Mosirc-o a quem achar imeretsan* grande opmiio democrática permanente"*
tc. i vontade. deixe copiar, inclusive Só em um trabalho quotidiano, o que possibi-
não convem publicar e peço que não men* litaria ao IPÊS coordenar cerca de 3.000
clone a origem do rccebimenio." Cana de assocíacòes e grupo* ia regisirados, para a

Heitor dc Aquino Ferreira a Sônia Segam ação da dite Orjâflka. IPES CD. Rio. 27

341
entre Oscar de Oliveira, Eurico
ouiroí,
de novembro de 1962 Hélio Gomide. Hé- ,

Casianheira, Nelson Parente Ribeiro o


lio Comi de deu o exemplo do Sindicato de

Hotéii do Rio de Janeiro [lie]. Os hotéii Coimbra Bocno. Oscar dc Oliveira tomou
do Rio poftfuiim um movimento diário de parte na disseminação dc material antico-
II OQO pcifOii que poderiam Kr o *Wo de munista, como as Corfilhau Brasileiro*,

Cempinhu do IPE5 um* veí que K * op*- Nosso* Moto e Set/í Remédios, ni publi-

raçlc foiie lécqudMKMe


coordenada cações Suiannc Labim c Um Engc-
de
üuiro exemplo foi o Clube das Professa nhetro Brasileiro na Rússia, dc John Co-
rai Primárias da Guinabara. IPES CD Rio, trim, nas organizações femininas, cnite 01
21 de abril de 1961. militares c a administração do Estado, em
particular, t entre aa classes médias. cm
61 O Estado de 5. Pauto, â de janeiro
de 1962 O General Hugo Beihlem. « geral. Em Sao Paulo, Sálvio dc
Prado c os ativistas respunsãyeis peta ''mo-
Almeida

Embai («dor na Bolívia (19S2-19S4), IttbOU


bilização setorial^ (Igreja* estudantes, clas-
ve envolvendo na conspiração que depôs
se* médíu) desempenharam operações se-
fuan Carlúi Torres, prrsidcntc d* Bolivti,
melhantes, Oscar dc Oliveira forneceu a
em 19T1 ,
juníameme com outro lider do
Frederico César Maragliano, do IPES de
IPES, H BoiJctscn. Naquele moo. Bcihletn 76.
São Pauta, 04 nomes de 100 pessoas da
fora pmú em Santa Crm de !a Siem e
Aliança para a Campanha da
Família e da
expulso di Bolívia, sob a acusação de ten-
Mulher Brasileirapara que se emanem 1

tar induur rmliiares bolivianos (com psgx


alvos e disscminadorcs des Cartilhas Bra-
mento em dólares) a se rebdarem contra
sileiras, IPES CE t Rio + Í2 de outubro de
|. C. Turrei. tojo, (575):40« 12 de setem-
1962.
bro de 1979.
José Luiz Moreira de Souzu eníolíza-
69. Isto i, Oi de março de 1971. p. 9. O ra uma vez o aspecto dramático de que as
Coronel Bumitr transformar-se-ia em uma
causas da elite orgânica não recebiam
dai figurai maii importantes do grupo de
acompanhamento adequado, nem cobertu-
linha dura depoii de 1964.
ra pública eficiente e repercussão pata
tB IPES CE, Rio. 0« de junho de 1962. suai ações. O
que faltava, de acordo com
J, L Moreira de Souza, era a íormaçic de
Eilr cri um plane gerai drbneado pela
equipe de General Gedbery. nos que não um "coro popular com imtiiutoi, jfitdi-
1
'

K encontra pormenorizado na Áia caioi, e a certeza de que. uma vez que

TI. IPES CE, Rio, fl de junho de 1962 uma questão fosse levantada através da
O Rearmamento Moral não era uma pno- mídia, seriam recebidas milhares de cartas

rifide do IPES do Rio para lubstdio# t de censura ou de apoio. f. L Moreira de


dupesâA. O
General Goibery era a ftw Souza era de opinião dc que 0 IPES pre-
da publicação e díitnbujçio do livro da cisava de 2.000 a 3 00Ü pessoas que es-
JBAD Audio ao Parlamento, mo tnvli de crevessem ao Ministro da Guerra e a ou*
trai figurai púbJkat, formando o que ele
prover fundai para cenat atividade* a it

rtm desempenhada* pelo Rearmamento chamava de ''Cadeia da Democracia"* Do-


Moral. tado de coordenação c controle, 0 coro ti-
nha de ser fabricado como autêntico, em
72. iê IPES CE, II de agoito de 1961.
um iiMcmi semelhante ao posto em pri-
ib) IPES CE 20 de agoiio de 1961
tica por Dom HeJdcr Càmaia para encher
71 IPES CD, 17 de novembro de 1962 o Eitidio do Maracanã. 1. Moreira de I

74. lamet ROWE. cmmtrr-


ftevolution or Souza anumiu a organização dessas ativi-
rtvoluliofi in Brazií: an ínterim aiieumcni dades, afirmando ler até 0 dinheiro para
Cosi Cõast South Amfnca Oetirt. i«»o. JPFS CD. Rjo. 5 de junho de 1962.
In:
EUA., American UfmtniLres Field Staff, 77 Sob a íupcrvisão do c*tsdo-maÍor d-
)yne 1964. ||. n. 4 p. 4 . , vihmiliiar do IPES de São PbuIq, a Uga
75, Pira a mobilização das camidai inter- Independente par* * Liberdade foi insta*
med lriai e. em particular das dcntidr Jada na Sociedade Rural Brasileira, onde
casa. q IPES montou uma unidade especial •4 organuaçôe* femininas patrexi nadai
de opinião pública Esta unidade reunia, pelo IPES escavam íediadai sob a respon-

342
Mlbjljdmlc do plívisla Sáívío de Aímeida p. 219. ih) P. SCHMITTER, op. df. p
PfíidOr Um semelhante operava em
sçtcr 447. fel Hélio SILVA, 19Ò4: Goípe ou
Sfiü Paul o através de Bfondina Mtirdle$ eottfrú^oípf? Rio dc Janeiro, CiviSiwçio
Olynvpio MOURAO FÍLHO. Memórias: a Brasileira p im p + 319 +
virdinh th um revoiuãonàrio. Rio de Ja- 9L J. Kntppe» BLACK. op. df, p, 81.
neiro, L.&PM, 11376 p. m, 20) (intro-

dução e pesquisa de Hélio Siíva).


92. Olympio MOURAO FILHO. op. dl
p. 183.
78h A Comunismo ct
Liga Cristã contra o
tnvn sob a direção de Josd Lemos. Lm Ri- 93. L W F. DULLES. op df. p. 276.

beirão Preto, utu cerlo Major Fleury lide- 94. Phyms PARKER J964; o papei dos
rnvji uma organijaçuo paralela, enquanto Estados Unido s no goípe de es todo de Jf
uuiro grupo, o FÀC h
estava sob n direção dc março, ftfo dc Janeira, Civilização Br»
du S>1vio Marques MGURAG FILHO, sileira, 1977. p. 109-
oyi. ch p. 219,
95. Santos uma fortaleza 4o Comanda
h

79. A 17 dc julho dc 1962 a questão de Girral dos Trabalhadores — CGT + o prin-

se providenciar n liderança para a Campa- cipal porto de exportação de café c iam-

nha da Mulher Brasileira foi discutida na bem uma base significativa do JPES, foi

CL do JPE$-Rlo, Lima semana depois, ouiro local escolhido pst* a rncemçio dc


Glycün de Pnivn levou dois cheques de uma murcha. Dc acordo com Wíaifimir
IOÜ.000 c 4S.0D0 cruzeiros para a CAM- Lodygcnskh « ativista áú IPES em assun-

DF, (a) ÍFFS CE 26 dc julho de 1962. (b) tos sindicais, Maria Paula Caeítno c S\l
I. Kníppcrs BLACK, op. cit p. 72, {cj Mi- Va, uma líder de efkiênçía extraordiná-
guel Arracs Depoimento na CPI sobre o ria. foi a Santos para orgamzjf a mobili-
complexo JBAD/IFEÍL O Estado de S. zação popular. L W. F. DULLES, op* cit ,

Pauto, 25 de agosio de 1963, p, 277* Entrevista cem W. Lodygemkl,


80. À pesar dc scr uma organização femi- membro da Àmedcifi Chamber of Cora-
havia um grupo dc assessores mas- mcfêc t associado dc SEI c Umbém dift
nina.
culinos.
20.
P. SCHMITTER, op df. p m tor
Lida
da
5
.
A lUet Sociedade Técnico CqtncrciaJ
que trabalhava com propaganda
técnica
81. f. W. F. DULLES, op. ciL p, 258

W. DULLES. 96. I. W. F. DULLES. op. cit. p. 275.


12. I. F, op. df. p. 257-60.
Entteviiu de ], W. F. Dulla com Sálvio
13. J, W, F. DULLES op. ciL p. 119.
de Almeida Prado
84. taí TPES Ch. Gr. Sàü Paulo, 2J de
97. Confomw foi relatado, '«npmírioa
agosto de 1962. (b) João Bjpiisu Leopol-
amerkanoi residentes no Brasil, que man-
do Figueiredo. O Estado de S. Pavio. 11
de dezembro de 1963. tinham contai os estreitos eom representam
les da CIA de seu pais, ajudaram a orga-
85, F, SCHMITTER. op. cit. p 220.
nizar e financiar essas demonstrações". Je-
*6 P. SCHMITTER. op. df. P- +47. rome LEVtNSOH é fuan de ONIS. The
17. U) 1PES CE, dc junho de i%2, [2 otlitínce thãt lost tis o trincai report
(b) Relaidrio da General Golbcry sobrt a em th* ALPRO . ChkagO, Gu^dranglc
UNE Pclrobtás c a Caravana a Brasí-
k
Books. 1970, p. 89.
lia. dc 26 de junho de 1962. Arquivos do
98. I VV, RDWE, pp. cU. p 82.
.

IPÊS, Rio dc fanciro.


99. Vide Philip SIEKMAN. When exe~
88. C. S, HALL. The counlry thai saved
cu ti ves turncd revolúttonarks — a story
ilfcir. Render*! DigcsL EUA. Nov + 1964
hiiherio unield: how São Paulo busínet
p. 14445. Reportagem EspecilL
smen contpired io overihrüw BrasiPs cora-
89. (a) P. SCHMITTER. op. df. p. 220- munisl irtfeiled govemmenL Forfime, EUA
21- (b> I W. F. DULLES, op, df, p. 189. 131:1*749. 210-21. 1964,
90. () Depoimento dc Etdino Brontamc. É posifvd discutir se o golpe civíl-iní-

tn Olympiü MOURAO FILHO. op. cit. Ular iminente provocou a marcha ao m

343
véi da oposta. P SCHM1TTER. op cit- lhora armai par* i guerra política defla-
221.
grada eonir* * democracia no Brasil- Li.
p
enste a miséria, a corrupção, a explora-
100. Dc qualquer forma, coma um dos li‘
ção do homem pelo homem, a sórdida e
dera druu associações comcfiiou. "ek
cserasiiante distribuição da leira. 0 anal-
for* enlutado foialmeme par da conipi
fabetismo e uma iCr ic dc outros faiora
racaa mditaf trâ mera anies do fala
'
F
que faiorccem o uio da tragédia do Kor-
SCHMITTER op p at *47
dcfic pcU prppAganda eomumsta. As for-
101 Mirta CEHELSKY UnJ *etC rm m tjj comunistas estio em um jogo decisivo
Hrazü lhe manjfrment of fOciài chance pela sua sobrevivência no Nordeste"’,
Bouldcr. Colorada Westvk* Pras, 1979 li^ci rkm&çruttca* fevereiro dc 1962. p.
P 23-42, 12.

102 Mar> t WILKIE 4 rrpoti e>n ne Rjr j o escriior Antônio Callado. Per-
rul symfiearei in Pernambuco Rio de la ojmbuco. no início da década dc sessem
nerro Ccnira dc Pesquisai cm Ciências ia. vra "o melhor laboratório pnra expe-
Sociah. 1%* p *4 Vimeografjdo Pa- rkncib soci*m « o mcíhor produtor dc
ta sana* inirrptxtaçócs da ofgamúçiq idcíav no Btavil'\ Anionio CA H. ADO
nffal sidi tal Podc^rr MORAES P*a- Tempo de At toe*' padres C lOnjtinntás na
ioni Icapra m Braírl fn STAVfNHA- nwahtçüo vem %-fafimiu Rio de fane iro.
GEV Rodolfo ed 4jrrerw*r proèkr*íí and |oiê Aharu. 196* p 20-
peuwnt fMmffírfflíf m Latm Amtnta IfMt Ação fTemoítatictí. f tfwseíi* dç l%2
New Yoi4 Doukkda* 1970 p 4*272 p. II.
lb) Ctmhia HEWITT BrwíJ tbe pcauni
movemcni of Pernambuco íni LANDS 109. M. CEHELSKY. op dL p 44,

BFRGFR A
llrnry ed Latin American 110. V^dc M BANDEIRA O governo
pensam movtmrnn, lihaca, New York, op úL p. 7073. Vide também a Üita dc
Cornclí Univ Press, 1969. p. 37A9S ativistas complexo IP ES /
mil Liares do
103 Ai Fcdcraçòd paimtmadij pela TBAD para o Nordciie, no cap VI 11.
Igreja tinham 2(10000 membros. n ügii 1U. fl ínlcressaníe notar que havia» nos
Cnmpoiteiat tmham 30 000 e o* sindica- argumentos contraditórm do ÍBAD. um
tos cam mclinaçÕÈí para o
Partido Comu- reconhecimento prematuro das falhas bá-
niitt 50000 Cymfüa N, HEWJTT. op. cif. sicas da elite orgânica cm obter resulta-
p. 57*. O» números variam Em 1962. dc dos "poutivoi" na frente ideológica, isto
acorda com ai ligu e com a LLTAB cal- é. conquistar o movimento cnmponcs. A
culava- ic q ioul de fncmbroí m aproxí- Ação Democttíiica escreveu que ‘"quando
madamenic 550000, a LLTAB afirmando lai fundado o núcleo do I B A D os campo-
,

acrem 500 000. Outras fonto «usavam


neses não acctlarâm suai ofertai, o que
apenas 200 OüG membro* dc sindicatos e a
prova que “nem
de pio vívc o ho-

Igreja afirmava icr *5000 trabalhadora Jt
mcrcTV o trabalho abnegado*
Entretanto,
lindiçali xados na Nordest e c no Rio Gran-
corajoso t leal do nosso companheiro F.
de do Sul M
CEHELSKY op OL p 2*7-
*9 psúrio Filho pouco a pouco superou *
barreira ideológica Iniraniponfvel criada
J04 + Francisco fULJÀO Cambâ&the ya-
por Francisco Juliao entre as democratas
kct the htdden fúte of tíraxtt, London,
Penguin looki. 1972,
c w camponeses que, ííflalmenlc. forçados
pela necessidade, sceitiram a ajuda demo-
105 Declararão de Jkío Horiionle In;
cririça c humana que lhes foi oferecida,
Fuftçiíto JLÍLÍAO Que ião as tifas cam Ele* a aceitaram mas* como homens livres
ponesas Rio de fane ira. Civilização Ir*-
que lio, não abjuraram tuas convicções
«Um. I%2. p, S*J.
ídeológkas. Nçjic aspecto, eram rapeiia-
106 C, HEWtTT, iâ. p. 39 J P
doí pçío íIAD Ação Democrática, feve-
J,
107. O IIAP que o Nor*
considerava reiro dc ]%2 p- 13.
deite é aié grande fonte onde *
agora Vide também P. SCHMITTER. op , eif>

propaganda comunista procura suas ma P. 2ÍI.

344
-

112. Pari um rtliio pormenorizado de planeja mtn to do itinerário de Romualdi",


sues atividade* e do cenário em que Hut< Em: Labour policies and programs, Es-
vam, vide la) jfoicph A» PAGE. The re- tudo preparado pela equipe do Comm*«-
voíuiiou thvf ttever was: northrost Brasil tee on Foreign Rdaitons* U.$ Senaie e Re-
/955-/96^, New York, Grossmtm PublF port of tlie Comptroííer General, july 15,
fihcrs. 1972. cnp, 1 1
.
p, 1 46-69. (b) Ema- 1968, ín; Survcy of the Aiüancú for Pro*
nuel dc KADT, Cathofk radlçah in Dra- gress. op, ai, p. 580,
zii Loridon, üxíord Univ. Press. 1970. p. 121. Philip AGEE, tnside the ccmpany:
m, (c) ThomM C. BRUNEAU. T7i4r Bra*
CíÀ diary. London, Pcnguin Rooks, 1975,
Catliolit church. Gríi-RrcUmha, Cam*
zitiftn
p 620,
brídgc Univ. Freis, 1974. p. 70 71, 89.
\22< Senflno RÜMUÀLDI. Preside m*
11 3. H. SfLVA, op, efí, p, 281.
and peútíSr EÜA P
Funk tk Wngnalh, J967-
1H. (a> J. A. PAGE op. di. p. 129. f b) p. 40B.
Co-op group goi CIA oonduil *id. The
123. Outras áreas em que * elite orgàtií
Ne w York Times, May 16* 1967. p 17,
ca do complexo ÈPE5/IBAD peneirou m-
1 15. |. A, PÀGE + op. cit. p. 169*
icnsamcttie no temiório camponês, pairo-
1 16. {*3 | + Knippers BLACK. op. cii. p+ cinando ativistas ijndicaíi. c obtendo i Co-
134. (b) Glauco CARNEIRO. A outra fa- laborâçào át grupos poliiico^ foram o Va
ce de Julião. O Cruzeiro, Rio dc janeiro. le do Farafbi*» no Rio de Janeiro, o ime
14 nbr. 1962. p. 20,
rior de Sáo Pauto e os Estados do Rio
117. IPE5 CD t il de rouio de 1962. De Grande do Novie, Pirtmá. Minas Gerais c
acordo com Nd Peixoto do Vale* o Pa Bahia. N* regiào cenir o-sul. o IPES atuou
dre Mdo "saiu satisfeito com & cobertu- entre oi trabalhadores rurais através da
ra". Confederação Brasileira dc Trabalhadores
118. J. A, PAGE. op* di. p. 153. Cròtftos ™ CBTC A CBTC também
+ fora

m. Knippm BLACK. op. tíh p, 1J3.


1*
imputURLc cm ação política entte traba-

Pum um rclalo sobre a rede CLDSACIA- lhadores de indústrias. Enquanto Tentava


1DAD SORPE AID AIPLD cm nçâo no Organizar os iindicitos dos trabalhadores
Nordeste, vide ln) J. A. PAGE, op< cii rurais, a CBTC uniu suas forças ao ativis-

eap r 8-Í2. (b) Paulo CAVALCANTI. Da ta de direita dc Sao Paulo José Rotta, da
c ohtna Pmtei ú queda dc Armes Slo Confederação Nacional de Trabalhadores
Paulo, Edllora Alfa Orticga, 1978. p. 299, no Agricultura — CONTAG üma H alian-
Em 1963, u AID assinou um eemiratu com ça financiada pelo IPES. la) LPES CE,
a CLUSA estabelecendo escritórios eom Rio, 15 dc janeiro de 1963, (b) J. F. DDL-
fundos regionais. Em: Survcy oj the Adi- LES, op. cit. p. 221.
atice for Ptogress Labor policies and —
programs. 91 st. Congress. US Scniile, 124. T. BRUNEAU. op. cif. p. 8H-9L

April 29, 1969. p. 520 (estudo preparado 125. "Simples aplicação das leis existen-
peto Committce on Forcign Rdatíotis, sfr tes modificaria completamente fl istuação
nado americano c relatório do Comptrolkr de miséria na zona niraV. SORPE, Peque-
General) >
no resumo do movimento sindical ruml em
1 20. Romualdi era um emigrante ilsliano Pernambuco, p. 11. Ciudo ln: T. BRU*
que huviu trabalhado para o Office of In- NEAU, op, cit. p. 92.
tcr-American Àffairs dc Nehon Rcckdul* PAGE.
126. I, A. op. cit. p. 156.
ler durnnle a Segunda Guerra Mundial.
DcsUcoU‘ 50 em sua tarefa dc solucionar 127. Para um rdato do pen'odo + do cená-

problemas e era agente na ltâlin. no ini-


rio c dos alorcs* vide (a) T- BRUNEAU.
cio da década de quarenta, Argcnimá, m op, cif, p 85-94 (b) E, de KADT, op, cit
H

p, 107-121, tc) M. BANDEIRA, O tf>v*r


durante q governo de Juan Domingo
uq , . . op. cif. cap. 4, 5, íd) C. HEWITT.
Peráü c fio Uruguai no início da dé
op, cii, p, 574-398.
cada de cinqüento, "O Departamento
de Estudo inicrussou-ie dite lamente peio 128. C. HEWITT, úp . cit. p. 395,

345
129 A respeite di íorf* e das frmitiii rai Mor tu achava que i pior síiuaçio
l
era

do irifcaltijsme otgantudo nrac período, a do Estado dc S3o Paulo, por ter um Es-

vide |a> Jcver TELLES- O mowmio un tado desenvolvido cm um país subdesen-


éttaí no Brasil- Rio dc Jaoeifo. Vitória, voHido. "Isso dá a São Paulo uma eufo-
MIGLIOLC. Como extremamente perigosa' , JPES CD t
1
1962, (b) |orge sõo ria

ta t ju greves rKJ flmrLÍ. Rio de fane iro Ci- k CE, São Paulo, 27 dc novembro de 1962.
ViJiuçio Brasileira. 1 96 > lei Krnneth Paul
Í37 Cartas {a> de Flivio Gilvóo Enno
ERÍCK5ÜN. The Brvzjftan corporasivt
Hobbing São Paulo. 4 de fevereiro de
iwr and norktng BerLelesdau pofrriei
1*63 (b) De F Gatvio para Gabrid lia-
tlniv, cf Cap. 6_
Califórnia Press. E977,
plan, São Paulo. 4 de fevereiro de 1*63,
i4\ Leónoo Martins RODRIGUES. Con-
(cl Telegrama de João Baptisti Leopoldo
flito mduUftoi e sinjica* Ljmo no §rasif.
Figueiredo a Enno Hobbini, 5 éc feverei-
São Paub, DIFEL E966. (cl Leôneio Mir-
ro de 1963 A correspondência do IPE5
im RODRIGUES. Tfábúihadom r ju%di*
para Gabriel Kipbo era enviada x» cui-
fittoi e tndujtnah^pçõc São Paulo, Bresi-
dados do Sr. John Diefcndcrfcr, no Con-
IknK. 1*74.
sulado dos Estados tinidos cm Recife.
HO Em 1961. wmeme em São Piglo. 0 John Dicfcnderfct havia sido Diretor de
número de greves pratícimentc ifuaJou o Planejamento e Programas na mifsio da
número Eotal de fmo
cm todo o Bruil USAfD no Rio de Janeiro c era, cm 1961,
dtt iroí antes, O, lANNl Cruo op. chefe da missão da USAID cm Recife. A
ci* p *4-6. respeito das atividades dc Diefecrderfcr,

m O. JASNL op. crí p 97-9 vide |. A, PAGE, op. cif. p. 12444.

132. Para um relato dai greves gerais e


136 A ação do IBAD no
respeito dá
uma avaliação dc seu impacto. v*de K P Nordeste, A. PAGE. op. cif,
vide (a) J.

ERICKSON. op cu p 107-11, p. 113-16, 151. Cbl Eksy DUTRA- l8A0 t

jigfo da corrupção. Rio de finciro, Civili-


155 do consenso env
limifei iniciais
Hção fifjjilcm. 1963. íc) Adirson dc
prciDiíd cm lornc do JPE£ para a «çio H
BARROS. Ascensão € queda dt Migurí
cm meio 4 classe trabalhadora, bem como
Arract Rio dc fantiro. Editora Equador,
em Outros «(Ores. foram expmudot por l%5 1PES CD e CE. Sio Paulo, 13 de
(d)
]o*d LuIe Moreira de Souza quando este
janeiro dc 1961, íc) Carta de Enno Hob*
afirmou que a ação potuici deveria con-
bing a Joio Baptista Leopoldo Figueiredo.
quistar a opmiáo pública, e náõ substituir
o Estado IPES CD. Rio, 12 dc fevereiro 119, IPÊS CD, 27 de novembro Út 1962.
dc 1962.
Mfl. Depot i do golpe de 1964. e«e lipo úe
134, N. BA ELE Y Orgamutíon and opc- operaçio foi assumido peb Afio Comuni-
roliüFi of ncoiibcraljjm in Latin América, tária uma organÍMcio apoiada por empre-

fn: Ltititl America, poiitict, economia and Gemrrol Juracy Ma-


sários t chefiada pelo
htmitphtric secuntj New York. Praegcr, galhân. Seu Conselho Diretor e Comti£
1965. p 2B2. Executivo eram formados, na maior parte,
por homem dc negócios que haviam sido
III N BAILÊY, «f. p. 203-207
associados ao JPES Entre tks, vale a pena
136. Gatvio concordou, adiando
FTivio mencionar Fernando Mbietfi dc Carvalho,
essencial modificar a "ifluicffl* dn cias-
1

Cilberi Huber ff.. Jorge dc Mello Rores*


*C* empresaria* Segundo o líder do 1PE5, |oií Tbomas Nabuco, Lars Jancr, Rober-
I- B Leopoldo Figueiredo, nrm úJiima ati- to de Oliveira Campos, Victor Bouças, Ed-
vidade. ét formação de imagem e legíii- mundo P Barbosa da Silva. AhJo B. Fran-
maçlo d» daws empresariais frente à co c Joio d« Silva Monteiro. A maioria
socredadc no processo de conjinjçfo na- d<n tomribuimes do campkxo
primeiros
cional, a Associação dos Dirigcnica Cri a- ÍPES/ÍBAD enconirava-se na extensa Hiti
tioi de Empresas — ADCE haveria dc ser dc empretas que apoíav&m essa operação.
útil. 0 General Mozjul acrescentou que Vide /ornoí do Brunir 2B de janeiro de
cafllidcMvi "o líoiuj qtio insuiiemãvd". 1976. "Es minitíra se vi na Ação Co mu
Tendo viajado ps» iodo o Br»*!, o Gtat- nitirU como esmoler1 '.

34Ó
j4L Guando uma comissão tlc rcprcscii- 146. Carla da Federação dos Círculos
tome» do Sindicoio do* Tnbathidm na Operários Fluminense* iq IPES de Nite-
IndúaUSa de Açúw
de Oricfiíc velo ao rói, 26 de fevereiro dt 1964 4
IPES o fim àt conseguir a entrega ímc- 147. Até 1963, o apoio dado peio IPES
dintíi de um furgão que eles queriam atingia 2.0QQDQÜ de cruzeiros mensais. Dc-
transformar em nmbulünda porn ser usa-
poi* n CNCÜ recebia quantias ainda
da na íorni rurnl, Leopoldo Figueiredo au- maiores, (a) IPES CE/QOl, 2 de abril de
IoHzüU-qí n procurar o chefe de relações 1962. (b) Carta de José Rubem Fonseca
públicas da cm seu nome,
Vollísivggen,
ao Padre VeJioío. £c) O Bifada de S.
[PKS CD e CE, 4 de dezembro de >962, Paulo, 18 de julho de 1962.
Flávio Gfttváo.
143. ía> IPES CE t Rio, 3 <k faitdro <fc
M2 + O ii «ema qlâe Polí and recomendava ÍS63, Josí Rubem Fonseca, (b) IPES CE
para construção de cases populares foi
a Rio de Janeiro, 15 de janeiro dc 1963 Em
aquele desenvolvido pela organízaçAâ Rch janeiro de 1963, Cindido Gmnk de Paula
ckcíellcr c o contacto no governo para Machado, encarregado de um grupo de
esse projeto era, adequadatneme, o potfti- ação para assunto* sindicais, autorizou o
co do PI3C Ftsmco Montoro. então Minis- pagamento mensal de 2.GÜQ-OOG de cruzei-
tro do Trabalho. No inicia de í%2 Moo- ros. Essa contribuição foi aumentada para
toro havia inundado. em um almoço ofe- 23GG.C00 cruzeiros no mesmo mês.
recido pdi Companhia Antártica Paulista,
149* Ação Üemocfúttcú, Rio dc Janeira,
um dos importante* coniiibuimes do IPÊS,
set. 1962, p, 10,
o programa da Casa Própria ísia ocorreu
na 1." Convenção Nacional dos Delegados 150. Açdo Deffíoczfffícff. id r

Regionais do Trabalho. Àlóm disso. ao re-


151. Ata do IPES, 27 dc fevereiro de
tomar de uma viagem aos Eirados Unidos, 1962.
pouco tempo depois. F- Montoro anuncia-
ria d construção de 1.000 000 dç casas 131 Ala do IPES, 27 de março de 1962.
através da Aliança píini o Progresso, O Cindido Guink de Paula Machado O pn>
IPES hwviu aberto o campo para a dis- jeio do Padre Veííosa linha una orçamento

cussão dc diretrizes t eslava colhendo os mensal de 3.D00 QÚ0 de cruzeiros, aos quais
tcsuhndus positivos do impacto público tinham de ser adicionadas as atividades no
desse sonho popular. Na campanha das Rio dc Janeiro- cm Sèo Paulo- Pematnbm
casas populares, a unidade de Opinião co c nutra* duas chefias regionais sustem
1

todas por seus próprios fundos "regionais ',

Público, chefiada por Nei Peisoto do Vül-


le. preparou material escrito, organizou cn
O IPES de São Paulo contribuía através
da Confederação PouliiU, Q Padre VeUo-
Itcvistas para Palland e seus colaborado-
50 recebeu do IPES um lotai de 47395,000
res, na televisão e na imprensa escrita,
cruzeiros, a maior parte no período de
niQsirando que o IPES estava cuidando
1962-1963, para a Confederação de Traba-
de forma concreta c imediata de assuntos
lhadores Cristãos* Carta do IPES ao Padre
prementes, no contrario das promessas va
Vdlasa. Sec* 65/0280, Rio de Janeiro* IÊ
das para a ação a longo prazo vindas de
de maio de 1965.
outras fontes, IPES CD, 12 de fevereiro
de 1962, \
153, P, SCHMITTERh op» dl. p. 192. So-

bre o Movimento Renovador Sindical, vi-


143, IPES CE^Rio. 27 de março de 1962,
de Carlos Renato Coala Neto. Revíjffl Em-
144, P, SCHMITTER. op< cií. p. 190-95, siliense f Sbo Paulo, (3); 59-37, na v ./dez,
1960.
145, A Cooperativa Agrícola dc CotU, no
sul de Sio Paulo* regfSo dc grande concen- Í54. José Bonifácio Couühho Nogueira,
tração dc imigrantes japoneses, era a base membro do simpósio sobre * Reforma
política econômica de Fábio Yas$uda
e h Agriría, ofgatúíBdo pelo 1BAD em 1961*

seu diretor, no início da dêcnda de sei* foi Secretário da Agricultora e candidato

senta, itodo-se tornado Ministro da Indús- » governo de Sao Paulo em 1961, perden*
tria c do Comércio em 1967, do para Adhcmar de Birros. Era ligado

347
comzrc iuf mente ao Banco Comercial de loú. IPES. fle/tifdrio de Atividades* 19&3
São Pa ií Io S A-j entre outros I6t. P SCHMíTTER. op> cíl 437,
p
*55. IPES CE. 2 de outubro de mi, ib) J W. F DULLFS ojr cií, p. 20b,

iSfr. Uma ver tendo o IPES cmbeíeeí- k 162. M.S. D, A República


sindicalista da
do tomo tuna fonte de aposu mate ri aL *d- ftrasd. São Paulo, J963, Arquivo* do IPES.
mímitrativo e técnico, passou a «r pro- N, P,
curado por diversos ativistas do clero c *61. fa) toy DUTRA, op, cit 15,
I p. fcfe)
grupos religioso* O Padre Be Ho veio pe- R ROIAS op cü. p. 74 t tej Plfnio dc
dir autiléndi c íoí encaminhado a Aoiõ- Abreu RAMOS, Corno úgem os grupos de
raio Carlos Meneies. As atividades do Pa-
presto Rto de lancho, Civilização Bros**
dre Bclto receberam íntenso apoio fioai*. Seira* 1963. p. 65,
ceirü do IPÊS, uma tarefa deixada sob 4
Declaração final do 1 * Congresso
164.
rcipoftstbdidadc da divisão de Si o Pauto,
Nacional de Operários, sob os auspícios
!P£5 CE + *7 de maio de 1962. A II de
julho dt 1962* Glyeoo de Paiva informou
da CNCO. O
Estado de 5. Pauto. 22 de
julho de 1962,
ao CE a de 500 .000 cruzeiros
retpeíro
iprovtdos pira o Padre Etelto. Outro mem- 165- Lenny SíEGEL. “ÀFL-CIG'\ In:

bro do itero, apoiado e patrocinado peto WEISSMAN. Sieve ed. T!ie Trajan horse.
IPES. erao Cónego VandcrfuUcn. do Co* Califórnia, Ramparis Press Reader, 1975.
JégioSáo Norberto de Tiú. também ligado p. Hf.
I rede do IPES- G Cónego Vandernallen "Além disso, a QRtT. íu realidade, for*
fez um resumo comentado da Marer et ma apenas um do em uma vasto cadeia
Sfüfiuro reviudo por Pauto Edmur de de agências c organizações que compõem
Suuu Queiroz e mtmcpgratodo no IPES- a rede imperialista que lenia controlar e
O rCiumo, que parecia fcniiio eficiente co- manipular o irabalhismo latino-americano.
mo propaganda, foi diwmmado entre u Seu* métodos variam e, às vt2ts. parecem
cam *d« mais simples da população O trabalhar pari finalidades contrárias, mas
ÍFES também deu ajudi Financeira ao Pa- o objetivo central continua senda a abato-
dre A quino dimor do projeto do Po-
(ST), mento de movimentos da classe trabalha-
dre Sabóia. IPES CE e Ch Cr., Sào Pau- dora míliiante dc esquerda, e a promoçio
lo, B de janeiro de 1963. Flávto Ciívio e do sindicalismo no estilo norte-americano
José Ely Coutínho O JPES também finan- ou. no mínimo, dc formas crístái amenas
ciava o Padre José Coelho de Souza Set- ou socíaf-da» acrílicas dele, A rede t vasta
to ÍSI), presidente de Àlqijianum, sob 3 c engloba dígitos n,ic tonais c internacio-
forma dc "balsas dc c-siudo", de 50G-000 nais. Uma lista parcial deles Inclui a Ali-
cruzeiros por ano IPES CE, 30 de maio ança para o Progresso c a USAID t a Gr*
èt 1963* ganizjção dos Eslados Americanos [OEA)
e o Baoco Snfcramerieapo de Desenvolvi-
I5Í- Em mato dc 1962. O ÍPES eslav*
mento iBíDí. Internaiiofial Trodc Secreta-
contribuindo com 2QQQXJQQ de írozdrot
riais (ITS)* a AFL*C10, at seçõci traba-
mentóis para ''atividade* trabalhistas" |o
lltbías de todas os embaixadas americanas
rití.
no hemisfério, fundações particulares co-
J5B O
IPES canalizou 1500 000 cruzei- mo a ínfemattonaE Devclopmcnt Founda-
ros pari o SEI. IPES CD SSo Paulo, 22 tion CíDF). o Council on Lotin Amcrko*
de maio dc 1962. João Bspriita Leopoldo ínc, e finalmcmc a CÍA'V Uobmí A.
Figueiredo^ SPÀI.OíNü fr U S. and Lalin American
ísbof: ihe dvnamics of impcrtolist controt.
Í59. No mínimo 500 000 cniiCtros men-
tais para cada iiivídstfe. A informação foi
Im NASH rd * ídcoíogy and social
|.

fomecída por Whdimír lodygensky * dtürtgc in Lutift America, New York* Gor-

Wtodimif Pereira, fa> |p£S CE, 2 de fu dow and Rrcoch, 1977,


lho dc m2, fb) IPES CD. 27 de março 166 A AFL-CfO gatio 2J% dc leu orça-
de Í9G2. íc) IPES CD* 2B dc agosío dc mento anual com uoftto» n terna cfonoii c 1

*962, <d) IPES CD* Í6 de outubro dc é o maior contribuinte du ORIT, onde in-
1962. icia até 2 mifKõci de dàlarci nrund menic

348
em um fundo pata projetos cfpceiií#* pi' 177 A* mcíM tssenriaíi d* ÀLPRO eram
,

r« complementar o mííhao que cnlra cm o setor capitalista na América


for t * Lee tf
su-qs camas du úlividadcri inlernncícnais. Latina. Procurava controlar o grau de con-
SPALDING, op, dt. p. 65* flito de classe com reformas sociais íimi*
radás, enquanto as forças militar e poíi-
167. P. AGEE. op, dt. p. 611.
ciai eram preparadas para a possibilidade
16». P. AGÉE, op. dt. p- 237. de Insurrciçio popular. Vide Gregário
m . P. SCHMJTTER. o P dt. p. . 189, 437. SELSEK. AUúntã para d Prúgreso: ia irtúl
170. £>íftjocríííicí3p Rio de Janeiro, noáda Buenos Aires, Edícionts Iguazu,
Cop. 2 3,
out 1962+ p. 9> ,

171 p O líder do IPEÊ G, Borghoff uprc j


I 7 fl, O COMAP era também a arena pa-
sentou, em uim
reunião especial da Co- ra disputas entre as redes de interesse Gra-
itiíssão D irei oro, uma unidade dc oçüo do CC e RockcTeller, que parccjnni girar em
Rearmnínento Moral composta dc sele lorno da quesito de quem doba hegemo-
«
membros. Eles forneceram üo IPES livros, nia para estabelecer diretrizes econômicas
revislus c oulrôS materiais impressos- Um paru a Amérkn mina A posição pfoçnib I

ex-ofkinE inglês deu cxplknçtks cm sua nente dos Roekefellcr Jogo se manifestou,
língua c aprese níou Da ri o Morais, um fer- enquanlo o COMAP caiu em obscuridade
roviário Mugia na c ex-ativista comu-
da com a monc
dc Kenncdy. Davi d RockefeL
nisia na área de Campinas, Estado de São ler intensificou sua ofensiva e em 1%1 foi
Paulo, que, na ocasião, atuava no Rear- formado o Business Group for Latiu Ame-
mamento Moral como vice-presidente de rica — BGLA, sob a sua presidência- As-
seu sindicato. A experiência pessoal de sim. o BOLA substituiu o COMAP e R>
Dario Morais e os fatos c experiências do tkffcllrr substituiu Graee. Como foi visto
ativismo político de direita na área de no Capítulo II* Jogo em seguida o BGLA
Campinas foram discutidos. Um membro ampliou-se como o Councíl oí America
norte-americano da equipe do Keannamcn* COA, c, püsteriümitnie, o Council for La-
to Moral explicou as qutilóes referentes à lÊn America * CL + que também incorpo-
propaganda, inclusive material impresso * rava CEO
membros 4o e do LA 1 C. Tanto
filmes. que foram mtrtgucs ao distribuí’ o COÀ quanto O CLA eram liderados por
dor Lm
Scvcriano Ribeiro* Um certo Ge- David Roclcefelfer. Em meados da década
neral H.Gh limUm participou da dis- de stsscma» o Council representava mais
cussão Seguiu um período de perguntes e de 225 corporações. aproximadamente
respostas sobre assuntos políticos. IPE5 85 *ÍÍ dc todíi *1 corporações tom negôetos
CD r 28 de agosto de í%2. na América Latíoa. mais de 8596 de e lo-
dos os investimentos americanos na
172+ C S. HALL. op. €íL p KL giío- Ca} NA CLA fteporL 1976 . op. cif.
re*

p.
175. (i) L Knippm BLACK* op* ciL p. 1 M2 Yanqui Oofforr The cantribu*
. íb)
256 + íb> Marcelo BERABA & Ricardo tion oí U S prUote itwtstmtni to unúer-
.

LE55A- Infiltração imperialista no sindica- devehptnfnt m ínün Américo, Bcrkdey*


lismo, Em Tempo. Bdõ Horitanie, IS a 24 NACLA. 1971 . p. 19 .

de setembro de 1978. p. 6-7. (c) S. ROMtL


ALDL op. dt 4I5 +
179 . Quando o BGLA foi finalmente su-
p*
cedido pelo COA e postfrriormtnte peto
h f

174- Roberi F. HQXíE, Trãde umemism CLA, P. Grace mameve uma posiçlo im-
in thc United States. New York* Russdl por* otite dentro do Counc 3 t que continuou
and Rtmcll. 1966. p 45* r
a fornecer os representantes comerciais pa-

175.Rara a percepção econômica e poK- ra o Conselho Curador do À 1 FLD, Surwy


do surpreendente império Gracc. vide
íica o} lhe AlUonce íot Pragress. op, eíc p.

NACLA (Norih American Congrsss on 562


Latlo America} W. R, Corporation — Lm- ISO. Executivo* da Gulf OLÍ Imemttb-
Hn American and Em pire Hcpcrt. March iiftL fohnson & Johnson taltmatiasuL
1976. V. iü t n. y Owm ^ Illinois* bem tomo membros dq
176- P. AGEE. op. dt. p- 610, Inuituiç of internai ionfll Educa tion e do

349
,

Fundi for Ifticmiisonil Social and Econo 1*9 S ROMUALDI. úp. dt p, 141, I,

mie Educaiion í« dõU ínoftridoj pela Ptltr Grfece, no papel dc presidente da


CIA) r*m ou tiverem altos cargos no diretoria do AlFLD, teria pouco a diacr
AlFLD. Vrtfe () Ronald RODOSH Ame* tonira cises princípios, "O AlFLD"* aeen
riean hbor ond Umltd States foreign pck tu ou, "estimulava a cooperação entre irabcL-
N e* York, Rindom Houie, l%9. p T lhadorei e direção e a fim da luta de das
4W (fe) Pt«r GIBBON- BraíU and CIA. te'*. NACLA, op. dt, 1976 p. 13, l Pctef
Cmmttnpy* aJ„ J(4>:13, apciL/may 1979, Grace enfatizou que a AlFLD deveria
(c) SPALDING, op cjf+ p- 67. '"trabalharem direção a uma meto comum
1*3, Süfvry of fh* AthenCc fflr Progrm. na América Latina* isto é apoiar d forma r

op. cif. p. SSL De faio, a AID foi criada rtemocriiica êt governo, o stsiema capita-
lista e o bem-estar geral do indivíduo"*.
quase paralriamemc ao ÀlFLD, a 5 de no
Vem br o de 1961. A USAlD havia sido cri*, Continuou d rendo que o AIFLD "é um
í

da pck> Forejgn Auiiianct Àct (Aio de As- exemplo proeminente do consenso nacio-
nal trabalhando dc forma efetiva para o
sistência Enema} dc 1961 e aproada pc-
n r rose dos Estado* Unidos e para cs me-
to Congrao Americano rtn setembro dc
i i

lhores interesses do povo da América La


196),
fift»", FL SPALDING. op. dt, p, 67, ci-
Ifl7 P AGEE op ai p. 600. fntre 1%( tando a Survcy of lhe Aífiancc for Pro-
t 1963, uma fome afirma que o ÀlFLD ftrtts. Labor politics and programs. 90 th
recebeu aproximadamente um mtlhio dc Congrets, 2 nd Smton, US Seoite. july 15*
dói arei de canaii d* CIA. 5PALD1NG. 1961 (Com mi Mee on Foreign Rclattom,
op cit. p. 67, citando cifrai de Jon NEL Sub-Commitiec on American Republicíh
LEN. Lcaders íut labor ma de ín America,
ín: Nofth Atnertcan Congmi att Lalin 190. H. SPALDING. op, cit. p. 70-7L
America — New Chüc, Bcrkeley, NACLA, 191. P. GIBBON. op. dt p, 66-8.
(971 p 55.

m (a) P. AGEE. op. at p. 2*4, (b) P.


192.
grafia
V, J, Frtitas
do Udcrotiço tmdicol
MARCONDES.
pjyjúffo,
Radio*
Sèó
GIBBON. úp. dl. p . 13,
Paulo, Instituto Culiural do Trabalho,
IM (a) Sutvry of thê Alhtmet for Pto- 1964.
g/r «- op. dL p. SEI (b) Lenny SI EGEU 191, H. SPALDING, op dt p 70*1,
op. cit, p. 122-25 sobre a inlef-relaçAo en-
tre o AIFLDà. * AID e da ALPRO. 194. Survcy of th e Alliance for Progrns ...
op. ciV. p. 5S6. Ao iodo, aprosimadamtnte
115. Um relato parcial da AIFLO ê en-
24.000 membros dc lindicalos receberam
contrado In: ROMUALDI op. cit Cap. tretnamenio rdacionBdo com o ÀlFLD.
24.
In; H. SPALDING. op. cm
p 71, citando
IS6 (*) P AGEE op. cir p 245 CU ? AfFLD Repofl, Mareh 1972, V, *0 n, 5. P

GIBBON, op dl, p 14, P


117 Etigeae H- METHVIN LaboCi new m. Até 1966. o AlFLD havia treinado
W rapem for demgcTatx Rtodtrt Digetí, mari dc 49QP0 pessoat diretamente envol-
vidas ru vida cultural e política das clair
EUA, Oclober, 1966, USA. p. 214.
«et iribilhadom, através de seus pregri
III, NACLA, 1976. op. dt. p II *Em mal de campo e, até 197 J, JO 000 otivtsias
itfflKH direto*, ai furtçbet principais do lindicaii foram treinados no Brasil. ER!
ÀlFLD consistem em combater influênciai CK50N. op. cit. p. 169, Oi membros bra*
lh CÉpiflfl—— nas
do tribaJhismo
fileiras do Quadro da Diretoria do AlFLD
tireiroí
la tino americano . e fonafeeu a influên- eram josé Barbou de Almeida, do ECT
cia do trabalhismo nortç americano e a (patrocinado pelo IPESJ, tendo udo seu
Imagem empresarial, * fim dt drren volver preiidente desde 1963, bem como presi-
tíndiCiUto pró^capitaliiCas reformistas* ao dente do Instituto dos Advogados de Sió
mesmo tempo mantendo * America Latim Paulo —
t Héido Mathmai, também di*
como campo de Énmti<&ecitoaF SP AL .
retof do ICT; |. Knippere BLACK. òp.
OING op df. p «, + di, p. 122.

350
196, V. J, Frcilas MARCONDES, The rc- cisco Lida,, 1965, p. 10-13* 47, 57, 76-7 e
voluiíon of Inbour Icgislnlion Sn Bra7.il, In: 121
SAUNDGRS, |ohn, cd, Mmkm BratiU 203. E. METHVJN. op. ClL p, 28.
neir paitvnts and dcvdopmmt* fLU.A.,
Univ. üT Floridn Press* 19/1. p, 152,
203, W r
C. DOHERTY, Citado Ini L
SÍEGEL. op . cif. p. 1 31-32. A respeito de
197 + Opcrnvn (ambém 11 centros sindi- outras atividades do ÀJFLD depois de
cais cm cnpJtuis lullno americanas,
<f
tervSn* 1964, vide Emest GARVEY Mcddling fn
1

d '
19 países. Oraiih rhe CÍA bunglcs cm, tn: Common-
|^R h R. RODÜSH, o/J. cft. p. 421,
wcqL s. I. February 9, 1965, p, 553-54,

399. Lenny SÍEGEL, <?/?. cír p. 13 1. Fi-


204 Para um relato da tendência esquer-
dista das classes trabalhadoras a da míli-
guras do estavam bem n par da
AÍFLD
conspiração contra loüo G ou In ri, pelo
landa cmccntc dos sindicatos, bem como
menos por volu do final de 1963. Naquií’
das rtvalidndes e conflitos dentro do bloco
ln épocíi. Ser a fmo Romualdi, acompanha’
nacional- reformista, víde K. ERICKSOR
op, ciL Cnp. 7
do por líerent Friele, uma "raposa vdhn"
cm questões referentes no Brasil, o quftl 205. A respeito de técnicas de pressão, vi-
visilou o governador Adhcmar de Barros. de N. BAllEY, op. cit. p 22Q, Entre as h

O próprio Romualdi, além de sua» outra» formas de se estabelecer a influência da


funções. fora fígado a Nelson Roekefeller, elite ürgãntça no processo político, encon-

trabalhando no In ter American Affairs Of- travam-se as pressões exercidas sobre os

fice (Escritório de Assuntos Inter AnierU partidos políticos através do» membros de

canos] durante n guerra, AtJhcmar do Bar- sua liderança regional c nacional que. em
res falou-lhes de planos que estavam "cm muitos casos, eram filiado» u ativistas do
andamento paro mobilizar contingentes complexo IPES/IBAD. O IPES também
militares o policiais contra qualquer tenta- organizou um
encontro de par lime ni im,
tiva de João Goulart dc estabelecer um cm marco de 1962 no Hotel Quitandinhi.
controle ditatorial o través da força", Fric- em Peirópolíl, que serviu para coordenar
lo 0 Uomuddi
resolveram informar o cm- os tiíorçQ» da bloco m cd emitais te^conser-
v fedor Estavam encarregados de organizar
baíxador americano Lincoln Gordos i *«-
pcilo tf o que disse Adhetnar de Barrov
reunião oa ativista* do IPES Àngdo Mo
raii Cerne e Mader Gonçalves.
Romuaidí também escreveu algumas notai
para ü Adido para Assuntos Trabalhistas, 206 . O complexo IPES/IBAD também
fòhn Físhbum. Outros contactos regula- uiilixou sc de influencia pessoal em rela-

rei mantidos por Rcmuddi ítesse período


ções com agências do governo e com anéis

foram com o governador Cario* Lacerda e


burúCTÍtico-cmprn anais que eram, em
muitos casos, fortalezas políticas de alivis-
com o$ pckgos Ary Campista t Dcode-
tat da elite orginica, conforme foi mencky
dano de Hüllunda Cavakantí. foi muito
tempo na chefüa da Confederação dos Tra-
nado no Capítulo 11 1. O IPES remou con-
seguir cargos importantes cm órgãos go
baJhadores na Indúsiria e membro do Exe-
vemumcntais. miniíiériat e comissões
cutiva Board of ifoe Internet tonal Corif^
lamentares, lutando por cargos dentro da
dcraííon qf Free Trôde Umons ICFTU — « t futura govemamenlaí. forge Oscar éc
(Confederação Internacional de Sindicatoi Mello Flores rdatou seo conta lo com o
Livres), S + ROMÜALDI, op, rií. p, 226,
mm itamaraíy a respeito de política externa,
tendo sido convidado por Renato Archer.
200. S, ROMCALBI. op, clL p. 289. De acordo com Mdk> Flores, o IPES se-

201. Quirc pclego apoiado pelos Es lados ria trazido pera o cenário de elaboração
Unidos era Hélio Arnújo, líder sindical em de diretrizes como observador ç rtptcsen-
tantedo Grupo de Planejamento, Ata do
Recife. Á de Ró mu-
respeito das atividades
IPES, 27 de março de 1962,
to Teixeira Marinho e de oüIíoj* vJdc Wifo
to n fuvenoío REIS. Notas de (rm dirígeu- 207. Brazi!: dectbn . , . op. cií, p. 37,

fe sindical: conquistas dos trabalhadores 208. <a) M. CEHELSKY, op. cit. p. I».
IfUgráfletB. Río de Janeiro, Ed. São Fran- ih} IPES CE, 12 de março de 1963,

351
mtb)
M
(P£$ CE, 12 de março de 1963.
IPES CE. Rio» 2 dt fevereiro de l%2
socíadoiincógnitos do complexo IPES/
IBADp tendo participado na preparação do
{cí Ara do JPES Rio, 20 de fevereiro de
«nicprojcio. A outro sugestão foi encami-
1%2, fdj Ala do fPES, 1? de maio de nhar o anteprojeto à Câmara dos Depu-
Í962 (e) fPES CD. Rio* dc dezembro ! I
tados através da Asscssorin Parlamentar
de Í962. do complexo 1PF.S/1BAD. Uma semaun
mais tarde, a 21 de agosto, cm urna reu-
210 .
exem-
£ mlereuanle considera? um
nião do Comité Executivo» Paulo de Assis
plo dc como funcionava a organização da
Ribeiro levantou novamente a qucttio* íé-
rede JPlS/JBAD/ADEP. Em mctdoi de
ferindo^se a um anteprojeto que seria en-
março de 1961. Ghcon de Pana. I- Ru-
caminhado ao Consdho Monetária Nacio-
bem Fonseca, o General Golbery e 1. Cai-
nal para ser transformado em Decreto-lei.
ndo Torrei reuniram -ne com 1 Nasslochtt
apresentado por Wanderbili de Barro*, do
para discutir a estratégia de apresentação
do projeto da Reforma Agrána çue o com*
CNRA. Vide também fPES CE. 9 dc mato
dc 1963, a respeito da discussão sobre as
ptcio 1PES/IBAD havia preparado. Deci-
anteprojeto? dos Reforma? Agrária c Ban-
diu k
que o projeto sen* apresentado com
cária e sobre a recomendação dc GEycoíi
o nome de um deputado da ADP. levando
de Paiva para se estudar o úMtpr©|cto de
em toniiderição Armando Falcão do PSD,
Milton Campos a fim dt se introduzir
), Mendes da LDN e Raimundo PadÜha
emendas através dc pâT lamentares amigos
da UDN. O General Golhcry apoiou
Entre os envolvidos nessas manobras, en-
idéia da apresentação simultânea do pro-
contravam-se: o Senador Mem de Sá, líder
jeto na Câmara e no Senado por um Gru-
po de senadores e deputados, de preferém do PL e figura muito influente, o Dcpu
tado Armando Fiíclo. o Depuiido Herbert
eia dc diycnw panidoi pari camuflar a
Levy, presidente da UDN. o Deputado Da
.

fonlc do prajcíg c peneralírar sua mensa


nid Faraco e o Deputado Aníz Badti (que
gem, uma cácica que foi fínalmcnle segui-
da. Enquanto prosseguiam eisas opera-
apresentou um anteprojeto sobre a Rcfor

çütf , o pessoal dos Grupos dc Eiiudc pre-


ma Agraria, a M de agosto de 19611»
parou uma criuca às propostas do governo Através do Deputado Jeitd Pinto Frei-
e foi lançado, através da mídia audiovi* re» líder da Confederação Nacional do Co*
su*J. um ataque contra O Executivo e o mércio, a dite orgânica apresentou um an-

bloco hacionaJ+ttíormista oe suas propos- teprojeto para a venda aos ms cresses pri-
tas dc reforma agrária IPES CE. 12 dc vado* dti ações do governo em tmpmii
março de 1963, esuiais. até mesmo da petrobrio. A Con-
federação Nacional do Comércio fo; mo-
711 IPES CD. Rio. 22 de maio de 1962.
bilizada para apoiar essas, propostas, pe-
C1>con de Paiva Vide também cap V so-
dindo também que as mesmas medidas
bre o CAP.
fossem aplicadas i Companhia Vafc do Rio
212. A que i tão de se encaminhar proje- Doce —
CVRD. oo Banco do Brasil e I
lôi de lei, emendas e discutsúcs ferais ao Companhia Siderúrgica Nacional CSN, —
Congresso era delicada e variava em for- Vide R, ROJAS. op dt. p. TM* r

ma, de acordo com as circunstâncias c te-


mas. tendo iprtsen tados ao público de vá-
21 V IPES CE. Rio» 10 de dezembro de
1962.
rias maneiras. Em uma reunião do Comi
lê Eaceutivo do IPES do Rj©» a 16 de 214. fa) Osny Duarte PEREIRA. Quem
agosto de 1962. Garrido Torres, chefe do faz tn leii no Brasil? Rio dc fanciro, Ci
Grupo dc Estudo Doutrina» discutiu vilirjção Brasileira, 1961. p. 102. I1H (b)
c a
opção aberto ao IPES para a "apresenta- Ação Demaçrótica, números dc julho n de
ção" do anteprojeto de lei da Reformo zemhro de 1962, ic) Ncliori Wcrncek 50-
Agrária, Gnrridü Torres falou da idéia dc DRE» A hhtúríã da Imprtntü no Brasil.
introduzir © anteprojeto do complexo Rio de fnneiro. Civilização Brasileiro,
1PES/JBAD por mdo dg Conselho Nucio- im p, 494-91. (dj Píínío do Abreu RA-
nnl dn Reforma Agrária CNRA. com a — MOS. op. dt p. 76.
a|udi doí conidhcírot Edgard Teixeira 215, Adolfo GcnÜL era Ironia do genro de
Leito t WindcrblH de Sarros, ambos iv Ellswanh Bunker, Telegrama para o Dc*

352
partamcnlo dc TiiEndo do Embaixador ,
dos pelo IFES. para que pudessem ser
Lincoln Cordon. Conird n, 9447 f 2 dt apresentadas à Câmera dos Deputado? en-
agosto dc i%2. Arquivos |FK, quanto as questões estivessem sendo dis-
cutidas.
216, Cana de lortfc Oscar dc Mello Ftty
rei pata Glycon dc Po iva. Rio, 15 dc abril 218 A 21 de mato de 1962, Mello Rores
dc 1963. Emnta em papel dc corrcspon' conseguiu enviar ao Rio de Janeiro um
íléncía com q logotipo da 5ULACAP, Uma anteprojeto e prOpOiU de dírttrit política
cópia des sã cario* que retrata a atmosfera que Sérgio Magalhães, um dos membros
o o estilo político dii época, encontra-sc mais importantes do bloco nle tonal -refor-
no Apéntlicc Q. mâU* epresenEirii em breve, sobre « re-
forma urbana («pecííkamenlt sobre De-
217. Bssca ome projetos de lei eram so-
sapropriação de ímóveís) Esse projeto ha-
bre a Refonnn Agrária (que já estava pre-
via sido eniregue h equipe do General
parada e nas mãos da ÀPAP), sobre a Re-
Golbery para que o GLC e o Grupo de
forma DnncárJa (que Mello Flores considc*
Estudo pudessem preparar uma comra-es-
rnva fácil de preparar basenrtdosc nos
Iratégia eficiente, (a) Ara do IPES, 22 de
prajdOfl da comissão Indicada pelo Mines*
maio de l%2, <b) IPES CE, 15 dê maio
tro Miguel Calmon c no Congresso para
de 1962. A oçio política da IPES também
Reformas dc Base em Sao Paulo) t sobre a
era forte na "‘preparação de eventos'*. Em
Reforma Urhami (fundumentalmentc res-
trita au problema da tinsft própria, já em
uma reunião do CD, a 31 de julho de
1962; discutiu-se a ‘linha de ação cm re-
tsiágio uvnnçndo de estudos pelo IBAD
lação à crise dê 8 de agosto", definida por
com a colaboração do Deputado Álvaro
Glycon dc Paiva como o problema n* 1.
Catão, da A DP), A. Catão, o parlamentar
udcnfsta ligado ü ADEP, era também liga-
À 8 de agosto, o General Nelson de Mello,
Ministro da Cucrrft, fea um discurso enér-
do a Irincu Rornhnuaen. um dos chefes po-
gico na Câmara dos Deputados, fazendo
líticos do Estado de Santa Catarina, go-
pressões militares. Considerou se que o dis-
vernador e sócio comercial do líder do ,J
curso teve origtm devido a prt**óes e
J P ES António GallotiL Bomba usen era r!

também da Elciro Aço Altorin 5.Á.


direlor
equívocos, «náo4 preitòcs equÍvoc*i .

(Adminbtradora Rcjc S.A Wamow S,A, *


Jrt: Carlos Caslelio BRANCO, /mrodução
,

è twoluçõò de J9éhL Rio dc Janeiro, Ar-


Agricultura* Comércio c indústria, Admi-
fenova. 1975. v, I» p. 3M- Para dar mais
nistradora Hlumfnau), Á, Cotio e Bor
ênfase i sua campanha para onemação da
nhnuien eram sócios na Cia, Bmi leira
opinião pública, a liderança do IPES de-
Carbonífera Arananguá, A Catáo foi tam-
cidiu publicar cm 0 Dia, A Noticia e Lu-
bém responsável pela iprcscniaçlo do an-
ra Dfm&cràlfca um manifesto para insu-
te projeto sobre a Reforma Urbana.
flar a opinião pública, pelo qual um carta
Ouirot anteprojetos eram para a Refor-
LFM pagaria 200 COO cruzeiros. GloboO
ma Administrativa c a Reforma Tributá-
um manifesto semelhante. IPES
publicou
ria, que Ji estavam sendo eiludadai na
Fundação Gctúlio Vargas [que havta se
CD. M dc julho dc 1962, José Rubem Fom
seca.
transformado, como foi visto tio Capítulo
III t na fortaleza ideológica e política de
219. O lançamento da candidatura de
Santiago Dantas para o cargo dc Primeiro-
um grande número de associados do com
plexo IPÊS/ IBAD). sobre 0 Reforma Elei-
Ministro foi recebido pelo IBAD com for-

toral, que Mello Flore* pensava poder ser


tes ataques, como símbolo dc demagogia
c como a essência tanto das relações dc
preparada cotn base nas dirciriiei estabe-
amizade do Brasil com Cuba e com a
lecidaspdo iPES e reafirmadas no Con-
gresso para Reformas de Base dc São V nu-
União Soviética* consideradas como um
anátema pelo IBAD, quanto dc uma oli-
lo, sendo que alguns pontos teriam de ser
garquia corrupia qut havia governado o
revtsíos,como o voto dos analfabetos, que
puís* Ação Democrática, julho 1%2> p. 6-
Mello Flores recomendara ser restringido a
cfríçõcs municipais. Mello Flores também 220. A lista dos 174 dcptmdo* que vota-
apressou a caneta são de lodos os outros ram contra a indicação de Saniiago Dm*
anteprojetos que estavam sendo prepara- tas êíiconíra-ic na Afifo Dcmoerdtrco, ju-

353
lho 1962. p. 67 A ctndufituri dc Sérgio a nfvd estadual no Rio de [andro, Per
M^ilhiei, o líder nicioAiírefonniiii. à cumbuca e Rki Grande do Sul, Acrescen-
vice jKn»déiKtt d« Clmin dai Deputados* tou que e tipo de açio desenvolvida na-
(•mhéoi foi njoiidi quelas eleições estaduais teve d? ter mo-
dificado c adaptado para as c+cições se-
211. Pira «i diiut dominantes. políri-
guintes, a nível nacional. IPE5 CE, 27 dc
c« cleíioral havia k lomido umi questão
março de 1962.
de luloprescrvação da cliuc Método» an-
(1104 dc apeio ftíú coordenado a ífidrrC- 224. Cabral, O, Junqueira. De-
Castilho
duos foram considerados otnoícios e auto poimento à Comissão Parlamentar dc In-
Schmúier lafrcntou que. pela
destrutivo*. quérito Sessão de 29 de agosto dc l%3,
primei» vcrT todas u
iuúcjhoq mixipui O Ejfcdò dt Sr Poufo, 14 de novembro
(de empregadores], civU t sindicaii, publi- de 1963.
caram um manifesto conjunio. anunciando
225. No início dc 1962 I. Hasslocher pro- H

o patrodnio de uma "campanha de eset curou Casnlho Cabral para dirigir um mo-
rccrmcnio**, cm apoio aos candidatos que
vimento. para o qual I. HüssEoeher assegu-
preserva ri a m ‘'nossa herança crisii c man-
raria um orçamento de l bilhão de craici*
teriam m lacrai as instiiurçócs que signifi
cim a continuidade de nossa vida nacional
m Posttnormcnie, Fofitr Duliei e Ivan
Haulocher foram vê-lo, Mítica e Ntgd-
e a defesa de noná soberania^ P. 5CH*
cios. S£o Paulo, 26 de agosto de 1963. p.
MITTER, op eií, p, 27*.
21 Foster Dulles também queria que Cas-
222, De qualqurr forma, esta foi a açio tilho Jevassc pira Jânio Quadros, que na
do compíeio IPES/IRAD que rceebtu época estava em Londres, um rcíaiõrio so-
mais publicidade. Como 0 fPES lutou pa bre a Hanna* já que cie temia medidas
r n esconder cuida dosam eme o seu envolvi» contra a corporação. Vide também (aí Ed-
mento, essa açio é considerada como uma mar MU A EL O Golpe começou rm |Vo-
realização isolada do IfiAD. uma espécie shington Rio de Janeiro, Civilização Rra*
.

de ttoire " das eleições de 1962, ao silnra. I%3 p 52. íb) Castilho Cabral
iftvdi de uma açio de classe ampla t Depoimento à Comissão Parlamentar dc
abrangente, cujo centro estava
dentro do CPE5 Ai numerosas unidades,
localizado fnauérito de 29 de agosto de 1963, O
todo dt 5. Paulo, 30 de agosto de 1961,
&
frentes e organizações para a açio envol-
226. fosé Artbuf RIOS. Os grupos de
vidas na campanha eleitoral da direita,
pressãona Guanabara. In: CAVALCAN-
twm como ot elementos comprometidos
TI, T. & Dl! B NIC, R, ed. Comportamento
com sua plataforma. «fiam em público co-
eleitoral no Brasil Rio dç Janeiro. FGV>
mo te fossem afentn políticos autônomos
[964. p. 149.
apesar de lerem posicionamentos políticos
coincidente*, tmi
vrr que o envolvimen- 227. (i) J. Knippcrs BLACK. op. ctl. p
to e a interferência empresariais no pm- 73, tb) João DORIA, IBAD* conspiração
tesw eleitoral te tomaram do conheci- internacional contra reformai PoíUka u
mento público. Oi esforços se dirigiram t Negâdos, São Paulo, (4) Gemval Rabe-
para encobrir o centro de ação da elite
lo Ed., 4 de novembro de 1961. Foi de-
orgânica, o 1PE5.bem como para ameni-
nunciado que o tBAD gastava, diariamen-
zar a impressão de que havia uma açJo
te* pela menos 600 000 000 de cruzeiros no
oremizada das classes empresariais Aa
Rio dc faneiro para propaganda do cin-
inalituJçõct periféricas foram ucrificadu
didiío através 4t Jornais, rádio e televisão.
c, fjnaf mente, o IBAD tomou-se o bode
A rede 1BAD/ADEP imha mais de 10
oplatário, Nio «e comprovaram ligaçõc*
programas de rádio semanais, pairotina-
entre as organizações estratégica* e táticas
dos pdo IBAD f via P/omotion S.A, Oi re-
da elite orgânica empresarial Vide P. dt 1
cursos vinham
de "contas abertas no '

Abreu RAMOS, op, tiL p. 72,


Rapai Bank of Canada, The Bank of Bos-
221. O líder do 1FES Rui Gomes de Ab ton e no National Citjr Bank. Vide Política
me ida *c referiu a tris casos específicos t Negádm, Sio PmJo, 26 de agoilo de
de açio do ÍPE5 em eleições brasileiras. 1963. p.

354
228. 0 ibidiano A. Uüpoldinn em teu grupo enrori iraram patrocinadores em vá-
dcpcirncnlo perante a Comissão P aríi- rios segmento* da sociedade brasileira.
mentir de Inquérito. O Euaào de S. Pau- Atraíram jornalistas c são de falo a mspi-
lo, LI de novembro de l%3. Vide também raçi o principal para D Globo* o pernil
N, BAILEY. opt etí. p- 2M* vespertino do Rio de Janeiro. Entre os p&
líikov contam com a adesão de Carlos La-
229. Em uma reunião da liderança do
cerda. governador da Guanabara, e da Li-
]PES. Héüo Gomide apresentou o do*
derança da União Democrática Nacional
enmcnlo Du eonvtniincta de um tonwndo
unificado ps/a o luta ét açõo democrática,
— UDN. no Rio dc Janeiro" Vide PoliiL
cal lystcrn* siudjr-Brâiil. In: Sfemütúmj um
que visava coordenar esforços paralelos c
to ihe Whilc Houic |Mr, Schtumger). Dc*
congruentes de outros agentes políticos,
parlamento de Estado 1NR/RÀR. lohn N,
Gomide sugeriu que I. A. Leite Barbosa*
Pknk. 28 dc março. 1963. p, 6^1 Versão
dirrlnr do Boletim Cambia! ficasse encar- .

ce murada.
regado da porte material de seu plano Ele
escrevería pequenos artigos e conferencias 731. P AGEE. op. cit. p. 254.
sobre democracia, liberdade, educação e 234. Thwnai Mann. Secretário Assistente
vida doméstica, assuntos que poderíam dos Estados Unidos para Assuntos Iniera-
contribuir para o voto correto dos cida- merkanos. declarou que íiio demos dh
,H

dãos IRES CD Rio de Janeiro. 21 dc agos- nheiro algum para apoiar a balança de pa-
to dc 1963, gamentos ou como apoio orçamentário,
210, Brszd: sltort term action paper { pla- coisas desse género, que beneficiam díre-
no de açÈe para o período desta data até tamcnlc o governo central do Brasil". Ao
1 dc outubro —
eJeiçõís brasileiras). Pa- mvds disso, i AID ajudava "Estados diri*
ra o veredicto do Latin America PoÜcy grdos por bom governadores que julgamos
Commítiee. 12 de julho de 1962. Nos ar fortalecer a democracia*'. Citado Jn: C#r*
quivos JFK. NSF. los Dias ALEJANDRO- Some aípecti oí
ihe BraiiVian espcrknee i*Hh foragir aíd
23 L (aj José Artbur RIOS. 0$ Gtupos.. r

op. th H4. Po AGEE op ctl.


Dtí 1969, p, II. Monuicríro nio publico-
p fbí í>.

1962. Anu- do. Citado por Peter BeJ) cm Riordtn


363. £e) PõSItieal tynthcsij Tn^
ário APEC. Rio dc Janeiro, APEC 1963.
ROETT. Ara;ÍÍ m ihe iúíifj. Nasbvillc,
Vemdcrbili Univ. Press, 1972- p. 69. At*
(d) P. SCHM1TTER.
op cif, p, 279. Sobre
fred Siepan enfatizou que "a diretriz ofi-
do papel da ÁLEF, vide Nebon
detalhes
Souza SAMPAIO. Annlysis of Bahia
cial dos Estados Unidos —
ccoaémico, po-
dc
clcctions. ín: CAVALCANTI & DUBNtC. lítica e militar —
crs enfroquecer o gover-
no de Goulart, prirtcipaSmernc nos
3ÍMQ, (b) Jo&é Ari hm J- til-
op. cit, p, 26-27,
limos nove meses ." meados de
RIOS Os Grupos de pres^üo. In; CAVAL-
1963, o governo americano, temeroso da
CANTI & DÜBNia op. di. p. 143*149,
rudicalizaçüú crescente do governo de | +
232, Os principais componentes dos gru-
Goulart, mudou dc uma posição de apoio
pos de exircma-dirciia no clero “encontra- moderado para opoilçlo*\ o que envolveu
vam-se riu Tfitm alta hierarquia d» Igreja. poli ticos agindo contra o
apoio a setores
Alguns de seus membros mnla proeminen-
Executivo brasileiro. "Essa política dt au-
tessão os Arcebispos do Rio de Innciro.
xílio às forças de oposíçio era conhecida
Diamantina, Uahh e Curitiba. Esses líde-
pelos functonãríos do Departamerno de
res demonstram uma prcdispuslçâo natu-
Estado como fortalecimento de 'ilhas de
ral para apoiar o iradleionalísino porque u
sanidade' no Bnsíl . A. STEPAN. op. tii.
tão provenientes dc íamülns antigas c coiv
p. 124*125.
icrvadom devem
teu apoio finan-
c lhes
ceiro",
M
A
ideoldgka defendida
po&içflo 235. A mensagem do presidente Kcmeây
por esse grupo é violtnliificatt antrcomU’ era: “Acho que deveríamos fazer alguma
“Dentro do pflfi t acusam serem de coisa de natureza favorável para o Brasil
1

iilsta' .

rlgcm comunista qualquer manifestação antes da eleíçáo neste outono, que será vi-
contra investi mentos citrangeiro* e qual- tal, Talvez um projeto para alimentos»
quer reforma agrária". "Membros desse águo T ou qualquer outro eoiss pudesse ser

355
proposto Converse com Ted Moicoao da Reforma Bane iria. preparada pelo
hnt iito. c drpoi* discuta o «sunlo comr- IPES. exigiam dinheiro. Utn deles chega-
go" F, PARKER, op. ctf p. 46. ra a enviar uma caria pedindo um em-
préstimo miras ds da Sul América» a com-
216, Thqmái Minn foi citado pOf O Es
panhia dc seguros da qual Mello RorCX
todo d 5, Poido. a 19 de junta de 19W
era diretor. Mello Flores explicou ao CD
afirmando que mc*mo ames de se eitabe-
que pediam b milhões de cruzeiros os
lecer no cargo que então ocupava. ji havia
deputados dc Eslados menos importante*
uma política de fortalecimento da posição
c que um dcpuiado de Sio Paulo pedia
de certos |ovemadorei contra o governo
muito m*i*. Disse que preeisavm de até
central. atravdi de ajuda econòcmea sele-
300 milhões dc cruzeiro* para 30 depu-
tiva.Vide Octavio fanni Procesio poliõee
e desenvolvimento etotaf&*£0 In 3VÊF-
iido» Mello Dom
também Levantou um
problema títkp. Achava que leria de te
FORT, SISGER. ÍANNi A Po- COHV dc*ligar da IPÊS. uma vez que tua posi-
lítica € rnohiçúo . . op. ni p 61
ção estava st tomando muilo ostensiva.
217. Telegrama do Embaixador Lincoln Acrescentou que precisava de uma sala fo-
Gordon jú Departamento de Erudo. n. ra do Congresso, que seria alugada pelo
751* 3 de outubro de L%2- Na arquivo* Centro de Seguros, dando-lhe um local dix-
]FK. NSF. rrelo para suas operações.
231 Sobre o PL 4*0, s-ide (a) As fomes 242 Mello Rores já havia explicado ao
de finanças, ncsie capitulo <b> M. BAN- CE do IPES do Rio, na primeira parle da
DEIRA Framfo op €ÍI p 429. reunião, as "medida* a serem tomadas em
23 9. Memorando para a reunião do La- Brasília com a instalação da sede e a con
lin American Pofity Com/misee. de 12 de iraiaçao dc pessoal bem como a conitiia-
julho de t%2 Flano de Ação para o pe- çio dc serviço* da agencia de publicidade
ríodo nié 7 de outubro de 1962 Arquivo* Nova Press". Previu despesas mentais dc
JFK. Venlo parçialmcnie censurada aproximadamente 3 milhões de cruiciros.
G'y*an oe Paiva* endossado pelo General
240. f d> Memorando para a reunião do
Hmera. afirmou que I milhões "não tí
Nhlíonal Srturity Councíl Exccutivc Com-
rínm problema"
mitUtv dc II dc dezembro de 1962. U- S
Arquivos
ihorl term policy to*' a rd» Braul Í43 Â medido que at elcEçõCi «c nproxí-
IfK (h| Telegrama da Embaixada Amcri- rtiüiain, a orçjimcnlo dc um candidato
1

uinu no Rio de fanciro para o Dcparta- lornidcrado "npugailo lilo ú, pouco a> .

mcntti Jc f itado, n. 1315, H de janeiro nhcLítío c de limitada "agressividade" dei*


de l%3 Versão parcial mente censurada. tufai era de D. 000 .000 dc cruzeiros. liso
I

mdufa: equipamento dc som. 40 0Ü0 car-


241 [PES CE.de maío de 1%2 [Sk
15
Iwíci. 600 faixas, fotografias. promoção
fura rcülifniJn umo reunião no dia 11 de
pcisují. espaço cm jornais, discos com mú-
mnÍo na qual Mello Dores te dirigiu É
h

c propaganda, mensagens no rádio c


Comissão Diretora t reclamou doi fraco i
mr televisão, ginallnn, corrcipondCnda*,
reeunus k sua disposição para financiar
ajudantes etc 10 000.000 dc cruzeiro*
deputadoi. que Pernambuco
Enfatizou
cru o cqüknknte no salário diário de
onde. efe acordo com o General Golbcry*
7U Ux> irubalhudore».
Arroes assumiría o poder, era o problema
mais sério. Acrescentou que viera ã reu- 744 A maio de )%2, na reunião do
15 de

nião a pedido dc Cid Sampaio. Etle era o CE da Mello Flores explicou o


IPES,
governador, ainda cm exercício, dc Per- “prohlerm dc wpoiur a eleição ou redei-
nambuco, tendo endossado a candidalura u dc 15 deputados "aprovado*", preven-
de João Cleofas. Mello Flores lambérn co- do um gasto loinl de 100 milhões dc cru-
mentou que 11 todos os políticos me pro- zeiros para aquele fim, dividindo o paga-
coraram c ludo o que pude fazer foi ofe- mento cm Irés prcilaçôes".
recer almoços" ao ínvé* de poder ofere- 245, IPES CE, 15 de maio dc 1962. AU
cer apoio material Todos os deputados manuscrita. Md to Florci explicou à lide-
que estavam trabalhando com a Emenda rança do IFESdUo sua* aiivídade* cm

356
Brasília através da ADP que. de acordo mir carines. e você pode e*t*r certo de
.

com ete, controlava !5& depulados. Rela- que eram recebidos muito maii pedidos do
tou que, por estarem cm dispula as cadei- que podíamos «tender Roberto GAR-
.

ras da Câmara dos Deputados, constituía CIA. op cti. p. 6.


um grande problema, dhheíro paro a cam- 252. J. Knippers BLACK. op. <r*L p. 76.
panha dos membros da ADP. Segundo
253. (a) Moniz BANDEIRA. Pmenç$.„
Mello Rores- a situação no Senado não
uma vez que 21 tíe seus
era tão premente,
op. cu p. 429. íb) P. SCHMtTTER. op,
membros com uma maioria cstensivanicn-
cif. p 446. (cl L Knippers BLACK. op. cit.

p. 41. Na Gordon 1»-


noia enviada por L.
lç conservadora, leriam mais quatro anos
tando ai despeus feitas pela Embaixada
de mandato Explicou também que a ADP
precisava de assistência administrativa,
com o orçamento do Fundo do Trigo (PL
460). ekse referiu apenas aos 70% para
mais do que Aso do
assistência técnica.
o de representação diplomática dc
custo
1PES CD. 22 de maio dc l%2. Era junho
seus pais. esquece ndo-sc dos ou troa 20%
de 1962. 150 milhões de cruzeiros para as
que lhe foram eniregues para distribuir co-
atividades de Mello Fiares na ADP em
Brasília cncoíitravanvsc no 1PES k sua dis-
mo doações a serem feitas de acordo com
posição. IPES CE, 8 de junho de J9&2,
seus próprios critérios. L. Gordon também
não especificou despesas que fizera. Qas-
246, TPES CE, dc maio de 1962. Sir
15
sLíicou-as como itens genéricos: despesas
mirio datilografado da ata. com médico, viagens, suprimentos e equi-
247, Dc RogCr Hislm&n, Diretor do Intel- pamentos diversos etc. Mesmo assim, dei-
ligence and Research do Departamento de xou claro que entre maia e agosto de 1962.
Estado paru Martin Charnmpns, do Latiu blo é, no auge da campanha ckitoral e no
American Policy Committee* II de julho petiodú m*is imenso de atividadci do
de mi. Arquivos ÍFK. 1BAD. gastou dóis bilhões de cruzeiros com
impressões, assinaturas de jornais e perió-
248, Cílndo cm Moníz BANDEIRA. Ú
dicos, material de escritório dc. No item
governo,., op. cit, p, 75,
"suprimentos diversos" foi gasta a quan-
249- Roberto GARCIA. Casicllo perdeu a tia de 725.600 000 cruzeiro*. As viagem
batalha.Vejo, (444):6. 9 de mirto. 1977. custaram ] )9 milhões de cruzeiros e traiu-
ClojEncc W. Hall, que recebia informa porte mais de 75 milhões. Comunicações
ções.cm primeira mão, de militantes da (correspondência, remessas, telefonemas e
JPES, afirmou cm sua amp lamente divuh telegramas) consumi ram 291 milhões dc
gada reportagem especial do ReadWt Di* cruzeiro* Mas. com intercâmbio educacio-
f«i, The country that saved ilself, que nal suas despesas foram mais austeros ape-
"oi fuiuros historiadores podem registrar nas 10 milhões de cruzeiro*. O ÕVmmdrjo,
a revolução brasileira como a maior e Rio (349), 1( de setembro de 1967.
mais decisiva vitoria pela liberdade, em
meados do século XX. Foi uma revolução
254. CPI da rede IBAD/ADEP/IPES. (a)
interna, feita em casa tanto na concepção
4
O Estado de 5, Pouh, 17 de outubro de
1961. (b) J. Knippcrs BLACK. op. dl. p.
quanto na execução Nem um dólar ame-
74.
ricano ou célula cerebral foram envolvi-
dos,™" In: Clerence HALL. op. dl. p. 137* 215. O
ativista ibadiano Frutuoso Osório
Filho forneceu para a campanha de joio
250. Roberto GARCIA, op. cit p. 6.
Cleofas. entre 3Ú de maio e L‘ dc outubro,
251. O
Embaixador L. Gordon lembrou quantia de 3OÊ.Q57.1Ü0 cruzeiro;. O Co-
w
que, scm dúvida, íoi muito mais do que ronel Aslrogildo Correia, coordenador geral
um milhão dc dólares» e eu não me sur+ da Promotion 5A. t membro da Frente
preenderia st fossem cinco milhões de dó- Patriótica Civil Militar, que estava entre
lares, Mas náo foi uma soma exorbitante, os h ti vista; do tBAD Ligados aos oficiais de
não foram dezenas dc milhões dc dóla- direito do IV Exército retirou do Banco
res". L Gordon ainda enfatizou que ^ha- Mineiro da Produção, em Recife, durante
via um leio por candidato.., o dinheiro o períeda da disputa eleitora), a quantia
era pnn comprar tempo no rádio. impri- de 63 J59-247.60 de cruzeiros. Outro repre-

357
senlantc de Ivan HsssJocHct em Perntüv P 77. fb) MAIA Neto flesrif: puerta quen-
buco, AdeiJdo Coutrnho Beltrão. fei tr*i> te na Américo Latino Rio de InrrcÍTO, C*VÍ«
itções no Banco Mineiro que atingiram li nação Brasileira. J%5. p. 307- OS (e) P. ]

26 720000 cruzeiras par» iiíyisiii rrlacio* AC EB, op. cif p, 32.


nidos com a campanha eleitoral Vide PH' 2W Vejo. 16 de março dc 1977. p, 3Õ.
nio de Abreu RAMOS- op dt, p 79. Mui-
ta* da 5 grandes quantias, divididas em cern 261- "Umi
da* pressões mais fone* » h
la vos. poderíam possivelmente indicar con-
vor de I* Cleofas vem do 1BAD, que apa
versões de moeda estrangeira. uma va que rcntemeníc condicionou uma oferta de n
sisEcncia &o governador ÍCtd Sompa+ol. in-
em uma economia inflacionária como a
do Brasil em 1%2-1%3, era comum arre-
que Cleofas fosse o candidato"'
sistindo

dondar oi números. Tekprama ao Departamento de Estado do


— ^ Em uma carta oficia] de 15 de apos-
Consulado Americano em Rccíle. Delgado
Árias. n. 427. 29 de junho de 1962. Not
to de Í962, endereçada a A O, Junqueira,
arquivos JFK NSF*
ieiourciru do IBAD. Ivan Hassiother in-
f

cluiu 40 milhões de cruzeiros para opera-


— O '"comitê técnico" do Coronel Av
çõc* da ADEP Em 21 de aposto de 1962, íropído Comia era fornindo por Vicente
foi anexado um cheque de 16 milhões de Silva.Fernando Luiz da € Imita Cascudo
cruzeiros para operações da ADEP e um e Cato de Souza Leão. O Estado de S.
outro de 34050 QOÚ cruzeiros, Ao todo* Pauto, 0í dt setembro de 1963.

Cunqueira manipulou I bilhão e 40 milhões 262. Plínio de Abreu Ramos. op. cit. p.
de cruzeiro*. Vide Plínio de Abreu RA- 79-S0. De acordo com o governador Miguel
MOS. op. dt . p. 77. Ames, em seu depoimento na CPI. em
— A 4 dt lelcmbro de 1962. 0 Coronel 1963. o superintendente do IBAO em Per
Cnictm recebeu de Ivan Hosslocher a oambueo era Frutuoso Osório Filho Tendo
quantia de 10 milhões de cruzeiros para amplos poderes delegados por Ivan H asilo*
operações da ADEP no Amazonas, seu Es- cher. Osório Filho, juntamenie com Car-
tado natal Salvador da Grasii. da ADEP los üvíniQ Rch t Bcridçmy Bcer. dire-
do Paraná, recebeu 15 milhões de cruzei- votes do Prqmoiion S A., operou em Per-
ros. Osório Filho recebeu a 10 de seirrrv nambuco entre 30 de maio e outubro dt
bro de 1962, pira as operações do 1BAD í%2 com aproximadamente 500 milhões
no Nordeste, a soma de 25 milhões de cru- de cruzeiros Liei Sampaio irmio do go-
zeiros. Documentos. In E. DUTRA op. r vernador Cid Sampaio, recebeu 5 milhõe*
dt. p + lí 91, de cruzeiro* através de um cheque do Ban-
co Mineiro da Produção Vide Adirson de
216. Nelson W*me*k SODRE. op dt p
494-95.
SARROS op, etr, p, 173,
— No momo
* período, l. Hasdocher ea-
257, (•> 0 Eirorfo de $ Paulo, 12 de nalizou 350 milhões de cruzeiros para Osó-
dezembro de 1961 CUudio HaisJochcr de-
rio Filho. » serem d imbuídos para as te*
i

pondo perante a CP] afirmou que w ú di- des regionais do I8AD- Veja )6 de março
nheiro do 1BAD vem de fonte* nebulosas"
de 1977. p- 6. De acordo com Frutuoso
(b) Veta. 16 de março de 1977. p. 4. te)
Osório Filho* em *eu depoimento na CPI.
EfOjr DUTRA. op. dJL p. 62 (d) H. Wer-
o fluxo bancário do IBAD no nordeste era
nctk SODRE. op, crí. p. 496.
feito através do Banco Nacional de Minas
251. )» Knippers BLACK, op ai p. 76 Gerai*, enquanto o da ADEP era feilo
através do Banco Mineiro da ProdiiÇ&O-
259. já) Hélcio França depondo perante
do complexo IPES/IBAD. Veia. Vide O F- tf ado de 5. Pauto, II de agosto
t CPI
de J96) c 2 de novembro de 1963.
Í44S). 16de março de 1977. (b) Ivan Hat»-
loehcr. Depoimento k CPI do complexo 263 Outro suposto canal de contribuição
IPES/IBAD. O Estod o de 5. Poufo, 27 foi denunciado na época cm que o gover-
de dezembro de 1%J. (c) PotUica r Ntgô* no americano concedeu alies lubsfdlo* pa-
croí São Paulo, 26 de agosto de l%3 p_ ra o funcionamento da Companhia Pernam-
20.Cada um ginhou tOÜO.OOO de cédulas. bucana de Bonachã Sin(£ticH-COFEfU)O t

Vide (*> Plínio de Abreu ttAMOS. op, dL uma empresa destinada a usar açúcar na

358
produção de borracha iifn4ifca + Cíú Sarcv se ckger oi dois senadores [Gilberto Mari-
ps it> poluiu p^rtjcipuçDO substancial na nho e Lopo Coelho Y\ enquanto Miguel
CÜPERBG. D Eiubaimdor Lincoln Gordon Lios acrescentou que " vamos precisar de
posteriornicnto admitiu que o processo dc muito dinheiro para as eleições"'. IPES CD*
plçjiejamErstq
e o pfovação da CIOPERBO 10 de abril de 1963.
nBo fora cuidado somente estudado devido
274 Cunhado do General Ooíbery e di-
nos íttpecío! políticos envolvidos. A CO- retor da Cimento Puritand de Mina* Ge-
PCRflO recebeu 6.7 milhões de dõbres.
rais 5 A, Depois de 1964. «omar*sc-ia cie*
Vide P, PARKER, Op. c/i. p, 47.
cu ti vo junto ao Banco do Estado de Sarda
264. O Estado de S, Pauta. 3 de se- Catarina,
lembro <fe 1963.
275. A. Leopoldmo. Depoimento na CPI,
265. (a> Adirsoo de SARROS op- cif. p. O Estadõ ét S Faufo, 10 de oulüfero de
.

83. (h) l PAGE, op r cit. p, m, 117 1963.

266. I PAGE op. cíl p. 1 56. 276. Em seu depoimento na CPI, A. Uo


267. Telegrama de Delgado/ Arias ao De*
poldíno. o militante da ADEP de Minas Ge-
rais, declarou que náo tinha certcia se
parlamento de íisiado. Recife, 25 de agos-
Frincelmo Pereira ítJDN) t Ozanari Coe-
to dc 1962. n. 105. Nos arquivos 1FK*
lho çPSDl foram ^auxiliados" A. Lcgpol-
NSF*
dino Depoimento na CPI. O Estado de
268. "Comfcio Arrees anunciado para $, Pauto. 10 de outubro de 1%3,
2Üfi. Ontem bairro Casa Forle Recife esta-
277. A. leopoldíno- Depoimento na CPL
va praíicíirnenie deserto quando padre lo-

cal programou filme, txifc indo- mesmo


O Estado de S. Pauto, 10 de outubro dc
1963.
horário no outro lado da praça*\ Tetegre-
ma Delgado/ Aries* n. 105. id, 278. O Estado de S. Paufo. 21 de deí*m-
fero de 1963.
269. 'Telegrama Delg ado/ Afias, n. 105.
ibid. 279. Apesar do apoio que receberam do
JBAD, o* seguinies candidatos não foram
270. J, PAGE. op. ciir p. 117,
eleitos: Aderval Torres. Agripino Almeida,
27 f, PAGE. op. ciL p, I IS, Luís Oliveira, Álvaro da Coita Ltma Ch> K

272. A lista dc nomes foi reconstituída a dornir Moreira. Arnaldo P. Oliveira, Joié

partir das seguintes publicações.’ (a) Plínio Emídio Lima. Justino Alves Bcierra, Ctò-
vii Correio, Anrómo Pínto Ramalho. Fran
de Abreu RAMOS. op. cit. p. 18-9. {bJ Mo*
cisco de Assis Barros, íurandir Barroi. Dí-
niz BANDEIRA. Presença op. cit. (c) . . ,

Montz BANDEIRA. O governo,.. op cif.


dimo Guerra, Constãncio Maranhio * Frati-
-

ctsco Fakão,
Çdl Adirson dc BAR ROS- op, cit fe) Ed-
mar MOREL, op. cif. íf) Oso* D. FERREI- 280. Daniel KRTEGER. Desde as mis-

RA. Quem fa:, op cif. íg> j. Knippers


.
sôes ,. sm/ííodw, ta, esperanças. Rio de
Janeiro, José Olympio, 1976. p. íSS-39.
BLáCICh op. cif. (hl Eloy Dutra. op. dí+ (il

Diversos números de O Estado de S. 2SL A análise das eleições do Rio Gran-

Pmh dc I963 t cspccíalmenie os de 13 dc de do Sul é apresentada em Comportamen-


junho, 01 de agosto, 08 de agosto, 09 de to eleitoral no Bmtí. In: CAVALCANTI*

agosto. 10 dc «gosto* 31 de agosto e 01 T. ic DUBNIC* R, op. cit. p, 268,

de novembro. íjí Arquivos do IPES no 2S2. como MintsTro da Justiça


A. Nasser,
Rio dc Jaitdro. dc Joio Goulart, foi quem o calmou O fu-

273* M
IPES CD* 10 de abril de 1963, ror público devido èt iu postas hgaçócs do
Movimento AntlComunista-MAC com o
(b) A, Lcopoldtrm. Depoimento na CPI. O
Estado de S< Pauh t 10 de outubro de IBAD Vide O Estada de 5. Paulo, I de
julho dc 1963 e de 06 a 16 de julho de
1963. (c) José Arthur RIOS, op* cit. p,
1961.
149, Em uma referência & eleição de sena-
dores no Rio dc janeiro. Rui Gomes de 283. Oscar Junqueira, ei -secretário di
Almeida afirmou que ‘*é do nosso folerci’ ADEP t depondo perante a CPL declarou

3S9
que nio te lembrava dê Cl « lerem rece- $*dü « |u*é de Mopulh ães Pinto, foi demjn-
bido apoio ou ajuda financeira O tilado nítido pJu l>L-pi»tudo Alho» Vícira dc re-

de S Pauto. 14 de outubro de 19*1. vtfber npuío do tBAD Pedro Aleiso, pre-


stdentr da Comissão, que viria o ser o vl-
2f4 r Vide Brazih tiecUon op ctt p 53
^previdente do General Costa c Silva, ere
2S5 té p. tõ, surcutumeme articulado com o rede 1BAO/
2té. Ibtd p- W-&. ADEP
2B7. No mesmo mò, em um* rrumlo do 292, No que w refere ao IPES, o potw
CE do Rio, oi líder» do PI S estudaram I \Qt enfaltiou que cra "umi sodedade ci-
um orçamento pera uma pcsquna vobre a* vilper íei t a mente legal, cujos esiatulos se
eleições * serem lotas pelo Departamento enquadram na lei e proíbem atlvldodci po-
dc Sociologia da PLC, uraiéi do Padre Hiico*parlidáríti” Q relatório continuou
Ávila. Adcuiniuse a
pesquisa discernir a fmando que "não Foram encon irados v«
"vontade do povo”, bem çorac a csiabcle- ttgios da participação do IPES no pleito,
ctr tendências de opinião cm meio a se- seja cuiieando dcpuiadoi, seja em quais-
tores geográficos Fot lambém procurado quer atividades nao previam em seus esta-
um especialista europeu. O estudo Foi or- totós", Pedro Alciao. Relatório Final da
lado em 900000 cruzeiros IPES CE, 39 CPI. Ciiado em O Eíiado de S Pauto,
de outubro de 19*2 O Grupo de Estudo c M de novembro dc Í9&J. conteúdo O
Dcutnnj do Rio umbém preparou divcnos tal do Relaiôrio Final foi resguardado do

eimdos sobre a conjuntura e "estudos apro- alcance público.


fundados" d* utuacao póvelciçõci Lm cv
293, (, B, Leopoldo Figueiredo, em seu
ludo importante íei o de Paulo de Atsii
depoimento perante a CPL declarou que
Ribeiro, que foi mencionado no C jp IV.
“não hi Ugaçio entre o IPES e o !BAD \
2fifl. íiij P, AGEE. op. cit p. 321 - th) O atribuindo A *'má fé'* a confusão feita tom
I iludo de Sr Púutot JJ + 20, 30 de junho; ai duas instituições, (a) O Eitado dc 5.
21, 28 de agosto; 2B de setembro dc 1961, Pauto. 26 dc julho de 1963, (b) IPES
{c> Çotrrio da Manhã 01, 0S 4 09, 22. 23, fefim Mtmot, julho de 1963, p, 53, Edi-
30 de agosto dc 1961 a respeito do óeren- torití
tgUt dot Faio* na CPI 294, (a) DtOrio de Notktai. 06 dc junho
219 f Kníppen BLACK op dí p 7S de conforme ê citado pela Revida
1965,
Na verdade, foi o ÍPES que contributo pa- Çirdnaçào Broâdetrm, H) 23 tb| fornol do
re a campanha do General Magnu Braid, 06 de relembro de i%5 O General
Jium Tãvora cambem recebeu do IBA&
290 (a) I B Leopoldo Figueiredo Cor* equipamenio dc transporte Além disso, fa-
feio da Manhã, Rjo dc Janeiro. 23 de m*r- em
lou diversaa ocasiões, em programu dc
ço de Osny Duarte PEREIRA
1962 tbl eelrviião financiados para o FDC pela Sra.
Quem faz op. cit, p |t9 ( B LcopoL Pérola 8>nflon. mãe de Alberto Byngion.
do Figueiredo afirmou perante a CPI que outro candidato do FDC pela Guanabara.
O IPES nunca ie envolvera cm poJiuça pa r . B>n|ioft também era líder do IPES, presi-
lidiria ou contribuíra, direta ou indireta* denic do CONCLAP e prestavare como
4
mente, para campanha* eleitorais partidá- '
corroo financeiro ' entre fontes dot Ei-
ria* dc nenhum candidato («1 ÍPES Bole- tidos Lmdot e o IPES Juarc* Tivoea tam
iim Mcnsai Julho dc 1963 3-7. ibJ N. bém recebeu tempo de rádio na Ridio El
p
BLUME op d*. p 221
r
doeado. de propriedade dc Júlio de Mct-
quita Filho, dc O Estado dc S, Pauto Vi-
29L Até meamo José Aparecido de OJi de Juarez TÀVORA. Voltando ã planície.
veira, membro da ala fkma Nova da UDN, Jn Uma sida c maiías luta i. memtVfOf
braço direito de JAnio Quadro* c mm lo !- Rio de Janeiro, José Olympio, 1973, v, 1.

3GD
CAPÍTULO VIII

A AÇÃO DE CLASSE DA ELITE ORGÂNICA:


O COMPLEXO IPES/IBAD E OS MILITARES

Introdução

Este capítulo refere-se à ação do complexo IPES/IBAD entre os militares.


Apesar das dificuldades óbvias em se obter informações pormenorizadas sobre
suas atividades, devido à sua natureza secreta, surgem algumas evidencias em
documentos do 1PES. Essas informações, juntamente com o rico material que
pode ser obtido em memórias recém-publicadas de oficiais de alta graduação c 1

com as Informações colhidas por historiadores que estudam este período', tornam
possível n reconstituição de muitos dos principais acontecimentos militares em
que os ativistas do complexo IPES/IBAD estiveram envolvidos. Uma reconsti-
tuição histórica plena das diversas conspirações faccionadas da campanha civil-
milhar que derrubou João Goulart extrapola o escopo deste capítulo, embora
constitua um íéc til campo de pesquisa. Apesar dos numerosos relatos parciais
desses fatos, ainda ha a necessidade dcuma ampla descrição e análise das ativi-
dades políticas da$ Forças Armadas e da fnieraçio de ambições pessoais. do
envolvimento ideológico, de alinhamentos política* e limitações institucionais que
moldaram o curso de ação de determinados oficiais assim como o de grandes
segmentos da corporação militar.
Este capítulo também descreve o envolvimento de civis e dc oficiais das
Forças Armadas pertencentes ao complexo IPES/IBAD ou ligados aos vários
grupos da dite orgânica na estratégia militar contra q Executivo e as forças
populares. Houve referência anterior ao fato de que ativistas do complexo IPES/
IBâD estavam no centro dos acontecimentos em outras áreas da opinião pública.
O que se tomou claro nesta pesquisa é que os ativistas do complexo IPES/IBAD
também estavam liderando e organizando um movimento civil-militar próprio,
baseado numa infra-estrutura de oficiais da ESG, que se colocava no centro da
campanha político-militar contra J. Goulart. Além disso, os aliciais do complexo
IPES/íBAD também eram responsáveis pela articulação 3 que integrou os vários
4
grupos conspiradores dentro da campanha geral poli tico-militar da elite orgânica.
Este capítulo tenta chamar a atenção, particu Larmente, pira o fato de que a queda
do governo ocorreu como a culminância dc um movimento civil-militar e nlo
como um golpe das Forças Armadas contra lolo Goulart. Â rede militar do
complexo IPES/ÍBAD, assim como oficiais pertencentes a outros grupos que
foram atívamente aliciados, operava em sistema de intensa cooperação com civis,
apoiando e reforçando algumas das atividades políticas mencionadas em capí-
tulas anteriores. A ação do complexo IPES/IBAD entre os militares visava, prin-

361
cipaimente, envolver o maior número de oficiais na mobilização popular contra
o govcmo. O
golpe propriamente dito consistiu tia organização c disposição
estratégica *de forças militares comandadas por oficiais envolvidos olivomcntc na
conspiração, de acordo com um plano que, em termos militares, não passou de
um jogo de guerra simulado cm escala nacionaL As operações militares, como
dcstinarâflMC principalmeme a prender ativistas camponeses e dc smtiiearos
íris,

c a deter políticos, intelectuais e lideres estudantis.


Os do IPES também nunrinham contatos estreitos com figuras pú-
líderes
blicas americanas* durante sua campanha e cóm o governo americano, objetivando
assegurar apoio logístico para o golpe/
elite orgânica também estava envolvida em ação paramilitar’ apesar de
À
muito preocupada cm que não fosse feita públiça sua ligação a quaisquer
estar
grupos encobertos dc ação/
Alem disso, o completo IPES IBAD procurou o apoio de figuras nacionais
de partidos políticos e dos governadores dos Estados-chave de São Paulo, Minas
Gerais, Paraná, Aio Grande do Sul c Guanabara. Gs governadores foram úteis
ao colocarem » força policial de seus Estados à disposição do movimento civil*
militar contra foáo Goulart > medida da maior importância, tendo em vista a
localização estratégica dis milícias estaduais nas áreas urbanas, treinadas especial*
mente para lidar com civis c com um tal potencial bélico que as transformava
em exércitos dc fato/ Em muitos aspectos, as milícias estaduais estavam muito
melhor equipadas para miervenção direta do que os próprios militares. Os govet*
nadores também foram importantes pelo acobertamento que puderam dar §o
movimento subversivo militar. Em muitos casos, os governadores eram líderes
níteionois de seus respectivos partidos, ao mesmo tempo representando a política
partidária c reforçando atitudes dos membros do partido a favor do movimento
cívifrnilitarEram ainda figuras centrais na agregação dc interesses sócio-eco-
nómico* regionais ao* interesses setoriais c dc classe já representados no IPES,
Finalmenle, suas máquinas panidirias foram elementos-chave na campanha de
mobilização política que o IPES havia lançado através de seu grupo de Opinião
Pública.

A Presença do Completo IPE5JBAD nos Forças Armadas

A ação do complexo IPES/IBAD dentro das Forças Armadas visava a neu-


tralização do dispositivo populnr de João Goulart e a minímização do apoio mi-
litar à diretrizes políticas socialistas ou populistas.
A
elite orgânica foi também responsável por estimular, entre os militares,

grupos fnvoráveis ao golpe. Sua ação foí sincronizada dentro dc um plano geral,
cujo alcance nem sempre cra dc total conhecimento de seus vários membros c
purticipanlcs. Isto demonstrava, obviamente, a existência de elementos dc maior
c menor acesso ao sigilo da organização c, conseqüen temente, dc níveis diferentes
dc confiança e envolvimento.
A elite orgânica tentou agir como unidade coordenadora da campanho anlf
foão Goulart e aniipopular, fazendo com que as conspirações fuedonárias c 01
movimentos isolados soubessem da existência um do outro / 5 Esforçou-se pura
colocar seus homens dentro das diversas conspirações faccíonárias, grupos eub-

362
vtrsivos c movimentos civil-militares, algumas vezes simpíesmentç para se manter
informada sobre os acontecimentos, para comer c controlar esses grupos específicos
e outras vezes, até para coordenar seus esforços, assegurando a articulação de
É

atores políticos separados, embora com idéias congruentes.* 1

Os escritórios do IPES-São Paulo, assim como os do IPES-Rio, proporcio-


navam locais sigilosos para articulações cml+milHares* 13 Muitos oficiais, tanto
da reserva quanto da ativa, compareciam regularmente as reuniões executivas
do IPES, fornecendo uma fonte importante de aVaüação política e 4e informa-
ções sobre a siuiaçfio, assim como um fíutfo permanente de comunicação com
os militares pelos quatro cantos do país,** Esses contatos se intensificaram pelo
Itnal de 1963, A presença dc pessoal militar nessas reuniões recebia, gcralmente,.
a menor publicidade possível 14 e* de qualquer forma, muitos dos oficiais mais
ativos usavam codinomcs para seus contatos. O scobertamemo dessas ligações
11
era de necessidade vital para o movimento anti popular liderado por empresários.
Entretanto, havia uma interação civil-militar mais sistemática do que a resultante
do mero estabelecimento dc contatos esporádicos ou de laços familiares, muito
significativos em uma estrutura de parentesco tão fechada como a das Forças
Armadas brasileiras, em que tantos oficiais vêm de famílias com forte presença
militar. O 1PES também formou um grupo de ação que operou no setor das
Forças Armadas e de Informação. Esse grnpo de ação, operando no Rio e em
São Paulo sob o nome de Gmpo de Levantamento da Conjuntura e a Unidade
de Planejamento, com seções em outras capitais, foi responsável pela preparação
estratégica e ações táticas da elite orgânica. Como foi visto anitriormente, o
General Gctbery estava encarregado da coordenação gerai das Operações Mili-
tares e de Informação do IPES, e seu grupo civil -militar era consultado em todas
115 questões militares c políticas. O General Golbcry não em simplesmente o
Ifi

chefe nacional do setor encarregado du preparação estratégica do lFES para h

o qual havia sido contratado pelos empresários em fins de 96 1 ir Ele desempe-


1 ,

nhava também um papel central na campanha militar paru u deposição de Joio


Goulart como coordenador da articulação encoberta entre os vários líderes do
113
movimento. De acordo com Glycun de Paiva, ú General Golbery foi quem
realizou a parte cerebral do golpe, Glycon dc Pui va chegou a enfatizar que "sem
,a
seu trabalho, a Revolução de Março não tctla sido possível”,

Houve referencia anterior ao fato de que o Grupo de Levantamento da


Conjuntura era formado por um grande numero dc ativistas civis, na maioria
empresários, no Rio e em São Paulo, cujas atividades tinham a finalidade de
2
cooptar oficiais influentes para o movimento contra João Goulart * e a propor-
cionar-lhes o infra-estrutura material e econômica para este fim. Os líderes
[pusianos Herman de Moraes Barros, Teodoro Quartim Barbosa, Gastão Bueno
Vídigal, üctávio Marcondes Ferraz e Adalberto Bueno Neto, como membros do
Grupo de Levantamento da Conjuntura dc São Paulo, liderado pelo General
Agostinho Teixeira Cortes, e Gilbert Huber Ir., Antônio Gallotti, Harold C>
Polland, Glycon de Paiva e Cândido Guinle de Paulo Machado no Rio de Janeiro,
21
agiram otivomente no articulação dos civis com os elementos militares, Teve
importância especial nessas atividades Marcondes Ferraz, cuja residência eta um
centro de coordenação e que sincronizava suas atividades com as do General José
Pinheiro de Ulhoa Cíntrn (genro do ex-Fresidente General Dutra), General
Cordeiro de Farias, General Menezes Cortes* General José Canavarro* Marechal

363
Dcnys, Almirante Pcnn q Boto, Brigadeiro Grun Mo&s e outros oficiais de alto
escalão da ativa e da reserva, Marcondes Ferrai também for uma íigura-cjiave
na coordenação política de oficiais mais jovens* como o Tenenie-coroncl Fer*
nando Cerque ira Lima, o Tenente-coronel Rubens Restecl e o Major Boxon.
Outros civis que trabalharam com Marcondes Ferraz a fim de obter apoio entre
oi militares foram Júlio dc Mesquita Filho, proprietário do jornal O
Estado ât
S. Pauto Herbcrt Levy, líder da UDN, Armando Falcio. líder do PSD, o in*
,

fluente advogado e jornalista Prudente de Moraes Neto, mais conhecido por seu
pseudónimo Pedro Dantas, e Eldino Brancame da American Chamber of Conunerce
de SÃo Paulo** tendo, todos des. participação significativa na campanha para
1
derrubar João Goulart. *
O comando rivü-míHlar umbém teve um papel importante na criação de
elos com o meio militar para essa finalidade. Um
dos grupos mais ativos era
liderado por E. Adalberto Bueno Neto, Herbcrt Levy e Joio de
Branconte,
Almeida Prado {do Banco de Sõo Paulo S À) que foram incansáveis em seus
contatos com os militares, O líder do IPES Hcrman dt Moraes Barres lembra
que foi através de seu “uabajho competente e persistente que se estabeleceu
um clima de amizade e confiança*' entre civis e dezenas de oficiais de médio e
baixo escalão, entre os quais o Corond José Thomay o Tenente-coronel Buitron,
o Coronel Erasmo Dias, o Major Adalberto, o Mijor Geraldo Franco, o Major
Lauro Faria, o Capiião Herbis Franco, o Major Ismael Armond, o Tenente Rui
Machado, o Tenente Forjar, o Tenente Queiroz, todos do II Exército. Na Aero-
náutica, ligaram-se ao comandante da [V Zona Aérea, Brigadeiro Márcio de Souza
c Melo e com os Brigadeiros Roberto Brandini e Paulo Vítor (um dos partici-
pantes da revolta dc Jaeareâcanga, juntamente com o então Coronel Bumier e o
Coronel Veííoso, e também com o Coronel-A viador Luiz Maciel Filho, o Coronel
2*
Valente e o Major Meto. Na Marinha, ligaram-se ao Comandante Sá Bierrcnbach.
Além dos ativistas civis o General Golbery rodeou-se de um
dd IFES t

grupo dc jovens o Capitão Heitor de Aquino


e talentosos oficiais, entre os quais
Ferreira, o$ Tenenics-coronéís Gustavo Moraes Rego, Rubens Restecl, Joio Baptista
Figueiredo (primo dó líder do ÍPE$ João Baptista Leopoldo Figueiredo e irmão
do Tenente -coronel Diogo e do Tenente-coronel EuclidesL os Majores Leonidas
Pires Gonçalves, Danilo Vcniurini, Ociávio Medeiros* Coronel Ivfi Perdigão e
outros oficiais que trabalhavam na administração csiadual, ou da reserva, como
o Tenente-Coronel Odívio Alves Velho e o General Agostinho Cortei.*1 Esses
jovens oficiais que, depois de 1964. ocuparam postos importantes na estrutura
militar e ti* administração pública, foram de grande importância na campanha
coordenada pelo General Golbery contra o governo. Dos grupos que rodeavam
o General Golbery. o Tenente-coronel João Baptísta Figueiredo foi instrumental
ns liderança de um amplo círculo de oficiais de médio escalão. Esses oficiais
faziam parte do comando operacional da campanha para o golpe e permitiram
que o General Jurandir Bizarria Mamede, da ESG, um conspirador histórico e
chefe da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército — ECEME, agisse
como um verdadeiro ehefe das operações fornecendo-lhe as bases hierárquicas e
operacionais necessários.** Esses oficiais dc médio escalão também foram úteis
no desmantelamento do dispositivo militar do governo, Eles pressionaram oficiais
da mesma faixa rtária e maii velhos pira agirem contra o Executivo c infiltraram
os grupos políticos dc escalões maU baixos envolvidos cm "conspirações" antb

364
17
govemíuas faccionarias c limitadas. Deram ainda o «poio necessário para o
conspirador itinerante General Cordeiro de Farias em sua tenar articulação polí
tico-militar das várias conspirações faceíonárias no Exército, sendo encarregado
de resolver situações difíceis,
O núcleo desses oficiais de médio escalão era formado, entre outros, pelos
Coronéis Edson de Figueiredo e Anel Paeca da Fonseca. Tenentes-coronéis Àmi-
zaut de Mattos. Antônio Ferreira Marques, Hélio Galdino. Boaventura Cavalcanti
(irmão do Coronel Costa Cavalcanti) e Heitor Caracas Linhares, e o Major Hélio
Mendes.1* Esses homens estavam ligados ao Coronel Mário David Andreazza.
da ESG. amigo do Tenente-coronel foão Bapnsta Figueiredo, e ao jovem General
Affonso de Albuquerque Lima, cunhado do líder do 1 PES José Luiz Mortira
1
de Souza que servia no III Exército * Esta ação também era coordenada com
as dos Generais Ernesto Geisel e Antônio Carlos Muricy, que serviam em coman-
dos-chave de tropas no Paraná e em Minas Gerais.
Como foi visto amerionnente. muitos oficiais já trabalhavam dentro da estru-
tura do complexo iPES/lBAD, alguns em horário isitegraL Além disso, o complexo
1PES/IBAD foi capaz de formar uma rede de apoio poderosa e ampla dentro
das Forças Armadas, os chamados Jpesianos e Ibadiaiws Entre os oficiais in*
fluentes ligados ao IPES como ativistas anhgovcrno, c alguns deles aié contri-
buindo financeiramente, encontravarnse os seguintes Generais Pedro Geraldo
de Almeida (ex Chefe da Casa Militar de Jàmo Quadros), Agrícola Beihlem^. íosé
de Campos Barros Goes. Moacyr Gaya, Arthur Levy. Ademar de Queiroz, Moziul
Moreira Lima, Luís A. Medeiros. Fernando Meirdles Momagna, Joio Batista
Pcixoro, |*ud ât Castro Pires, Carlos de Caitro Torres, João Batista Tubino. loáo
Punarc Bley. Arisióhulo Codevilha Rocha, Arthur Napokão Momagna de Souza, 11
Sílvio Walter Xavier. Ernesto GeiseL Henrique Geisel/-' Octávio Gomes de Abreu,
Admito Esmcraldo;^ General Nelson Reynaldo de Carvalho; Brigadeiros fosino
Maia de Assis, Henrique Fleiuss 3< João Eduardo Magalhães Moita Paulo Emílio
, .

de Câmara Oncgaí, Major-brigadeiro [erõnimo Batista Bastos; Almirantes Máimlio


Augusto SüvB M Milton Pereira Monteiro, José Cláudio Beltrão Frederico. Àmaury
f

Costa Azevedo Osório, Leoncio Martins, Comandante Aoiccto Cniz Santos;


34
Coronéis Jorge Augusto Vídal, Luiz Vietor D'Arinos Silva. Wtifrído |. A. de
Azevedo, Ha rol do Pereira Soares; Tenente-coronel An to nino Machado Dótia;”
e Major Maurício Cíbuíates (Superintendente da SUNAB no governo foao Gou-
3*
lart t cx-assísteme do General fuarez Távora).

£ possível depreender, da lisia de oficiais acima, que militares das três Armas
trabalhavam com o IPES. Muitos deles haviam deixado a ativa. Entretanto. eram
figuras de prestígio entre os militares c sua opinião era de peso. Muitos desses
oficiais, como se poderia esperar, eram formados pela Escola Superior de Guerra,
mas outros militares influentes que não receberam treinamento tti ESG também
faziam parte da rede ÍPES/IBAD. que incluía oficiais de rodos os escalões, desde
generais de quatro estreias até jovens tenentes, Muitos desses oficiais eram conhe-
cidos oponentes do regime de João Goulart, fazendo parte do gropo de coronéis
e majores que publícoü o manifesto anlí Gctúlío Vargas em 1954 e sendo tam-
bém membros da Cruzada Democrática, o agrupamento político de oficiais de
centro-direita que disputou eleições no Clube Militar. Outros oflcitii, entretanto,

ocupavam posios-chavc durante a administração de !oão Goulart e não se suspei-

365
6 y
1

tava que myiiQS deies pcrknresjcm ao completo IPES/ IBAD ou que estivessem
envolvidos em conspiração ativa contra o governo.
Não somente através da cobertura do IPES que a elite orgânica tentou
foi
influenciar as Forças
Armadas. Oficiais da reserva foram contratados c militares
da ativa foram utilizado* para influenciar membros das Forças Armadas e formar
uma rede de militares do completo EH A D ADFP, Os Ibadianos foram úteis «o
estabelecimento de Células importantes nas Forças Armadas, especialmentc no
quartel-general da 4,* Região Militar c na Escola Superior de Guerra, ” Jimti-
mente com os militares do IPES, formavam uma imprcssioriame rede de iv\OuéiicSu
e um poderoso grupo para açflo. Os seguintes oficiais eram "pessoal de Vfingmir-
dâ" da rede IPES/IBAO/ADEP^
1

General Nefson de Mefu —


ex Chefe da Casa Civil do Presidente Juseelmo Kubi-
tschek e Ministro di Guerra de João Goulart; 41
General foâú Segadas Viena —
ex-Chtfe do DPC e Ministro da Guerra de Joio
Goulart;
General Décio Patmeiro Escabar
*

cunhado do General Pery Bevilacqua, que
se tomou comandanie da 2 Região Militar no Governo de João Goulart;
General foão Gentil Barbato —
Chefe do Depariamcnio de Ação Política da
ADEP-Guanabare c Secretário-Geral do IBAD para o* Estados do Espirito Santo
e Guanabara;

General foào Punaro Bfi —


Secretário do IBAD Minas Gerais, ex-interventor
no Espírito Santo e Comandante da AD/I —
Guarnição da Vila Militar em
1962* e comandante da 4,* Divisão de Infantaria em Belo Horizonte em 1963;
General Vietor Moreira Maia —
Representante do IBAD na Região Central»
colaborador da áçúq Democrática publicação mensal do IBAD;
t

Central Moziut Moreira Uma —


Secretário do IBAD-Sio Paulo. Secretário do
Diretório Regional do Partido Libertador em Sio Paulo e secretário do IPES-Slo
Paulo;
General Estêvão Taurino dt Rezende —
diretor do IBAD- Amazonas e coman-
dante do qoariehgenera] da 8.* Região Militar em Belém. Pará;
General Moniz de Aragão —
seçrçíário-geraJ da A DE P -Guanabara e. posterior*
mente. Chefe de Gabinete do General Cascelk» Branco no Ministério do Exército;
General Mendes de Morais — secretário da ADEP-Gtranabira c também depu*
tado federal pelo PSD;
General fosé M — ADE Pará;
Ferreira Coelho P-

General Artur Teixeira Carvalho — ÍBAD-MaranhíO:


General Francisco de Assis Almeida e Souza — da ADEP- secretário Piauí;
General Humberto Elítry —
Ferreira do IBAD-Ceará c tesoureiro secretário da
ADEP-Ceará;
General Epaminondos Moncorvo — IBAD-Bahia;
General Ermelindo Ramos Filho — ADEP- Paraná;
General Pedro Pauto Vieira da Rosa — secretário do fBAD e da ADEP em Santa
Catarina;
General Plínio Lehman de Figueiredo — JBAD-Rio Grande do Sul;
General Walter M. Pereira de Andrade — Serviço de Jmpcção do complexo
IBAD/ADEP:
General Afonso Emílio — Serviço de Inspeção do complexo ÍBAD/ADEPj

36
General Antônio Faustino da Costa — Serviço de Inspeção do complexo IBAD/
ADEP;
General Nemo Çanavarro Lucas —
IBAD/ADEP;
General tgnâcio de Freitas Rolim
1

um dos eo-fundadorts da IBAD, encarregado
das finanças, ex-comandante da I. Região Militar, professor da ESG;
General Emílio Maurell Filho —
subchefe do Estado-Maior do Exárcito e coman-
dante da 1/ Região Militar, foi ligado ao Ministério da Guerra em 1962;
General Orlando Geisei —
irmão do General Henrique e do General Ernesto;
General Moacyr Araújo Lopes —
IBAD/ADEP;
Brigadeiro Antônio Guedes Muniz — líder do Movimento And -Comunista —
MAC (paramilitar) e membro da ADESG;
Brigadeiro Adilde Oliveira —
MAC, envolvido na investigação do famoso inei*
dente do Aeroporto do Galeão e comandante da 2** Região da Aeronáutica do
Recife;
Brigadeiro Ismar Brasil — - ex-presidente do Clube da Aeronáutica;
Brigadeiro GrunMoss — ex*Mmistro da Aeronáutica- no governo
- de Jânio Quadros;
Coronel Jurandir Barbado- —
IBAD/ADEP;
Coronel Temistodes Trigueiro —
diretor da ADEP-Aroaronxs;
Coronel Adalberto Albuquerque Cavalcanti —
diretor do IBAD- Amazonas;
Coronel Cascais —
encarregado do IBAD-Araaionas;
Coronel Artur Frederico C, Kemp —
IBAD-Pará;
Coronel Sabino Guimarães —
ADEF-Ceará;
Coronel Murilo Borges Moreira — IBAD-Ceara;
Coronel Carlos Almeida Nascimento — IBAD-Paraná;
Coronel jurandir Palma Cabral — administrador do IBAD Guanabara e chefe
do da ADEP;
setor sul
— IBAEKGuanabara membro do Cdégio
Corúrtel Osnellí Martinetfi , da Militar
Guanabara chefe da
ç de LIDFR;
facção ccnspiratária militar direita
Tenente-coronel Àrdovino Barbosa — IBÁDCu&nabara do polkUmento
e chefe
ostensivo da Guanabara, acusado de ser sublocatário das salas 1120 e 1908 do
Edifício Avenida Central, usadas como depósito de material explosivo c onde
teria sído preparada a bomba que explodiu na exposição soviética dc 1962;
Comandante da Marinha Júlio de Sâ Bknenbach —
1BAJ> Guanabara:
Major Raimurnío Cavalcanti da Silva IBAD*Pará; —
Capitão T. Ramos Viam —
IBAD -Guanabara;
Tenente Heitor de Aquino Ferreiro*

Como se torna evidente nesta extensa lista* algumas das figuras mais influen-
tes das Forças Armadas* em particular, pertenciam à rede 1BAD/ADEP/IPES.
Mutfos deles ocupavam posiçõe^chave de comando de tropas no governo de foão
Goulart, mas mantiveram-se ativamente envolvidos no movimento para derrubar
o presidente, Novamenie* como no caso dos Ipeslanos, muitos desses oficiais eram
ex-abnos da ESG*
Como parte da tentativa de coordenação dos vários agrupamentos, formou-se
um Comando Geral Democrático dentro do Exército, composto de oficiais de
médio escalão, de majores á coronéis. Estavam encarregados de controlar ss ati-
vidades de seus próprios pares que não estivessem envolvidos no movimento antt-
Goulori, e dos tenentes t capitães* O
Comando Geral era centralizado no Rio dc
Janeiro, coordenando o movimento e colhendo informações para a preparação

3Ó7
estratégica para a ação. Uma operação importante do Grupo do General Golberv
no IPES convencer vários jovens oficiais do Exército, coronéis c tenentes-
foi
coronéis, na maioria, a deixarem a ativa para que pudessem ser colocados cm
posições-chave na ind usina e nas comunkaçòti c, portanto, peneirarem na admi^
nisiraçáo do Euado, obtendo assim "o máximo dc infiltração nas instituições
atuais da República". Consequentemente, o Comando Geral transmitiu uma ordem
+,
para que todos os envolvidos se abslistswm de debates ou pronunciamentos
públicos. que
, tornariam
.
seus nomes conhecidos e os transformariam em alvos,
prejudicando os objetivos do movimento". 41 Os oficiais envolvidos na campanha
IPES ersm constam emente apoiados e protegidos dc forma a torná-
dtrigida pelo
loscapazes de atingirem posições-chave também dentro das Forças Armadas.
Todos os esforços foram feitos para alenar es ws jovens oficiais contra possíveis
fitosdc indisciplina que podenam justificar sua transferencia para periferias geo-
gráficas ou administram as.
Uma vez organizada, a rede dc Ipesiatios e Ibadíanos serviu para coletar
um volume coerente e amplo de informações políticas, cspectalmeme no que
dizia respeito a lealdades e posições dentro do estabüshtnem mtütar, nas empre-
sas do governo e na administração pública Além dissô. serviu para disseminar
deniro das Forças Armadas relatórios anõmmos sobre desenvolvimento político
publicado pelo JPE5, M O material político e u disseminação de mensagens ideo-
lógicas visavam os oficiai» de médio escalão, desacreditando o governo e foca-
lizando uma 'tomada comunista" do Brasil.41
suposta O
complexo IPES/IBAD
também interveio na vida interna política e cultural dos oficiais, interferindo nas
eleições de suas instituições influentes de debate, particularmente o Clube Militar,
CUileando a campanha do Ibadiano Genml Magessi, que «
colocava como cin-
44
dldilo para a chapa de direita "Cruzada Democrática”, que reunia oficiais anti-
comunistas e da ESG- O complexo IPES TBAD também exerceu pressão sobre o
corpo de oficiais estimulando, ccmo já foi visto, um harmonioso relacionamento
ideológico t polirico entre os militares c os empresários e. através da mídia, pre*
parando o clima para a intervenção militar. Entretanto, o papel fundamental que
o complexo IPES/IBAD teria no seior militar erà o de fazer dav Forças Armadas
um instrumento c liderar um mesimenro cívil-flkiliiar que final mente causou a
destituição do presidente João Goulart, 47

O» Movimento* Polilko-Miliiim

G que foi considerado por alguns historiadores c cientistas políticos como


1
atividades políiico-milium separados c ficou ninas, ou como ações paralelas*
que finaTmente acabaram se unindo contra um inimigo comum tem de ser revisto.
Muitas das ações eram, na realidade, movimentos interligados em que as figuras
centrais eram ativistas civis e militares do complexo IPES/IBAD, Isso não quer
dizer que todas as facções civil-militares foram criadas ou iolalmenic dirigidas
pda liderança do complexo IPES IBAD Em muitos casos, seus objetivos a
médio e curto prazo e suas táticas eram congruentes com as da elite orgânica.
Em outros casos, os ativistas do complexo JPES IBAD peneiravam em grupqi
formados ou estimulavam outro» já existentes a continuarem sua ação O que sc
pode dizer, entretanto, í que os ativistas do complexo IPES TBAD participaram
diretamente na maior parte dos planejamentos sccrtio» para derrubar o governo

368
e limam presença ativa nas questões de muitas facções militares. Os váriõi
movimentos civil-miiitnres identificáveis c ativos contra o governo de Joio
Goulart no início da década de sessenta poderiam ser agrupados, a grasso modo t

em trüs tendências convergentes que possuíam ramificações nacionais. Esses mo-


vimentos, coordenados no Rio e em Sao Pauto, estavam centrado* no complexo
IPES/ESG, ao qual estavam ligados os militares de linha dura e os conspiradores
históricos os extremistas de direita e os tradicionalistas:1 *
.

O Grupo IPES/ESG
Houve menção anterior ao falo de que o núcleo do grupo da ESG « ttvi
integrado ao complexo 1PE3/JBAD e seus membros principais eram ao mesmo
tempo lideres e ativistas do 1PES.*° Relatos sobre as atividades, a organização
e a ideologia do grupo IPES/ESG já foram feitos por estudiosos de política

brasileira, No capítulo JI I também fez-se uma breve referenda a esses aspectos,


portaniQ não será dada continuidade ao assunto além dos pontos abordados sobre
a íígação IPES/ESG SJ Entretanto* serão enumerados alguns de seus membros
.

principais.

G grupo da ESG dentro do IPES, conduzido pdo General Golbery, General


Herrera e General Uberato* estava ligado ao movimento maior que reunia os
Generais jurandír Bizarria Mamede* Cordeiro de Farias, Nelson de Mello, Ademar
de Queiroz, Orlando G cisei, Ernesto Gcisd, Augusto César de Castro Moniz de
Aragão, José Pinheiro de Uthoa Cintra, Idálio Sardenberg. foSo Bina Machado
t Antônio Carlos da Silva Muriey: o* coronéis Anel Pacca da Fonseca. Ltpiane,
Ernâni Ayrosa da Silva, Mário David Andreazaa e Edson de Figueiredo; os
Tenentes-coronéis Heitor Caracas Linhares, Walter Pires de Carvalho e Albu-
querque —
do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra Joio Bapiisia —
Figueiredo, Antônio Carlos de Andrade Serpa, Rubens Restcet e Carlos de Meir»
1*
MuttOS, De acordo com os moldes do comportamento organizacional militar,
muitos desses oficiais* especialmente o$ da ativa* traziam a lealdade dos oficiais
mais Jovens que serviam sob seu comando ou que haviam servido no passado*
ampliando efeiivamente o movimento militar. Os generais Cordeiro de Farias*
Herrera e Nelson de Mello foram íiguras<have na coordenação do grupo ESG
com outros grupos, principalmenie com o dos conspiradores históricos que incluía
o Almirante Heck* Marechal Dcnys, Almirante Pena Boto, Almirante Augusto
Rademakcr. Brigadeiro Gnm Moss, Almirante Melo Batista. Almirante Vampré
e Almirante Levi Aarlo Reis, Os generais do grupo IPES/ESG constituíam tam-
bém as Hgações-chave com outros grupos. O general Cordeiro de Farias* que se
destacava como
articulador político dos militares, rinha outras funções impor-
tantes dentro da estratégia geral deste grupo de oficiais, Foi amplamenie respon-
sável pela desarticulação do dispositivo de João Goulart no l Exército e pela
neutralização de seus oficiais profissionais que não estavam inclinados a apoiar
um golpe. 41 O General Cordeiro de Farias também executou manobras díver-
sionistas. Aparentando estar intensamente envolvido na conspiração* atraiu a

atenção do sistema de segurança de Jobo Goulart* que tentou seguir seus passos.
Surgindo ínesperadamente nas cidades mais diversas, graças ao grande apoio
logístico que seu grupo recebia, e entrando em contato com is miis variadas

369
ficçõci com pira tá ri as, foi capaz de desviar a ftiertçio do governo do movimento
civÜ t militar do gwpo IPES/ESG*
Um do grupo IPES/E5G quando orgi«
passo crucial foi dado pelo núcleo
niiou-se o quechamou de ''estado-maior informai" do movimento. O estado-
se
maior informal era chefiado peio General Humberto de Alencar Castcllo Branco,
que se havia ligado aos militantes do IPES.** O estado-maior era formado pelos
generais Ernesto Gcíscl, Ademar de Queiroz e Golbcry do Couto c Silva, O
General Ademar de Queiroz executou a tarefa de reunir o General Castello
Branco e o grupo IPESESG dos General Golbcry* General fursmdir B. Mamrde,
Ji
General Heitor Hcrrtra c General Ernesto QeiscL A finalidade desse estudo
maior informal era a consolidação de uma rtde de militares em todo o Brasil e,
numa ação militar para depor Joio Goulart. O
etapa posterior, coordenar a
estado-maior informal também como órgão coordenador que asse-
deveria atuar
guraria uma ação rápida e simultânea e evitaria ações pardais e isoladas de
facções, grupos ou indivíduos, que poderíam correr o risco de serem facilmente
reprimidas pelo governo. * O General Golbcry, auxiliado por seu amigo de longa
1

data General Hcrrcra, exerceu as funções de coordenação geral. estado-mator D


da operação militar chefiada pdo General Casidlo Branco foi finalmente am-
1
pliado cem a integração dos Generais Ernesto Geisel, Ulhoa Cintra e Mairndc/
A presença do complexo 1PES/IBAD não movimentos
se cornou óbvia nos
o complexo IPKS/IBAD
paralelos de extremistas e tradicionalistas. Entretanto,
estava dccisivameme envolvido em suas conspirações e movimentos*

Oi Extremista* de Djreiía

Os ex tremi f tu dc direita eram, basicamente, um grupo marginal, com posi-


ções fanáticas anti comunistas c inti populistas, a favor da modernização industriai
conservadora, um ponto que tinham em comum com a corrente central do movi-
mento civil c militar anti -Goulart. A pessoa que pode ser considerada como
representante dessa tendência é O Brigadeiro (Coronel, na época) João Paulo
Moreira Bumier* que participou doi cursos do Rearmamento Moral e que che-
fiara a malfadada rcbeJíio dc Aragarças, Seu grupo consistia principalmcnte de
oficiais da Aeronáutica, esparsos contatos no Exército como o Coronel |ayme
1
Poftdla e. em grau menor* até na Marinha. * Esse grupo foi descrito como agentes
isolados tendo contatos incidentais com outros grupos, mas os indícios sugerem
outra coisa, Esses oficiais, na realidade, estavam ligados a alguns dos mim agres-
sivos membros do JPES-São Paulo de Mesquita Filho, diretor do jomil
e a fúlio
O Estada de S . Pauíõ.
H O grupo paulista de *' linha dura", que pregava ume
forte mensagem aitieomipçâo anticomunismo, era formado, de acordo com
e
Roberto de Abreu Sodné, UDN cm
Sio Paulo e presidente da Assembléia
líder da
Legislativa Esladual, pelo Tcoenic-coroncl Rcsled, Júlio de McsquíU Filho, Ruy
Mesquita, Brigadeiro Brartdiní, Flávío Galvao, Paulo Quartim Barbosa* Paula
Egydio Martins, Luiz Carlos Mesquita, Sérgio Barbosa, Ferrez e Herman de Mo-
19
raes Barrús, entre outros. Entre os civis que trabalhavam com os extremistas de
direita estavam Charles Herbi, Lufs Mendes Morai* Neto, Roberto Sayão, Edmun-
do Windericy e Fernando Wandefley.* funiamcnte com o Coronel Haroído Vçí-
1

loso, o Brigadeiro Bumier desempenhou um papel importante na articulação da

370
conspiração na Aeronáutica, e coroo organizador da “rcsisiêncía civir" de grupos
eivilmllliarcs no Guanabara. Organizou grupos civil-miliiarei dc defesa que pro-
tegeram o Palácio Guonaborn (sede do governo dc Carloi Lacerda), onde %c
refugiaram, no dia do golpe, muitas figuras conhecidas envolvidas na conspiração
e cm atividades contra o governo. Entre eles estavam o Brigadeiro Eduardo Gomes,
dn ESG, a família Nnbueo, os empresários Demúsíhencs Mndureira dc Pinho
(Mcsbla S/A, Companhia Frnnco-Brasileira dc Anilinas, Cia. de Supcrfosfatos c
Produtos Químicos, Olivetti S/A) u Maurício Bebianno, o jornalista e homem dc
TV Flávio Cnvjilcnnti c o jornalista Hélio Fernandes, diretor do jornal lacerdista
Tribuna da Imprensai

Os Tradicionalistas

Sob este título estão incluídos os oficiais que não receberam treinamento na
ESG e que não compartilhavam de uma proposta de mudança social, política e
econômica para o Brasil tão elaborada e ampla quanto a da elite orgânica do grupo
JPES/ESG. Eram contra o comunismo em sentido amplo e queriam susiar a po-
líticade mobilização, ao invés de se oporem às atitudes populistas propriamente
ditas,dc cujo tecido ideológico c político eles eram parte integrante- Os oficiais
desse segmento não eram modernizanies, mas possuíam o mesmo conservadoris-
mo do complexo IPES/IBÁD tó
e ESG, daí seu " l radie ionalú fflo ",
Dois desses oficiais 'tradicionalistas" estavam em comando direto de exér-
citos, Portanto, havia uma necessidade básica de ganhar seu apoio para qualquer

ação militar contra o govemo. Também era necessário observar de perto suas
manobras políticas, para manlê-los de acordo com a orientação do complexo
IPES/ÍBAD. Um desses ofkiaís era o General fustino Alves Bastos, comandante
do IV Exército, sediado em Recife* responsável pdas regiões Nordeste e Norte
do país. G Nordeste, conforme foi visto anteriormente, era urna rcgiioehave do
ponto de vista político. O firme apoio militar na região era necessário ao grupo
1PES/ESG paru neutralizar as Ligas Camponesas, os sindicatos rurais e o Go-
vernador Miguei Arrues, bem como para contê-los uma vez que o golpe fosse de-
sencadeado. Portanto, o General Bastos foi logo atraído pira o feixe conspiraiório
e coordenou seus esforços com a liderança do complexo IFES/IBAD após suceder
o General Castcjio Branco no comando do IV Exército. O General Bastos, que
14
tinha orgulho de se dizer o "mais duro" dos oficiais de Unha dura, tomou como
assessores para seu dispositivo político-militar alguns "ativistas encobertos" in-
fluentes do IBAD. Estes eram o General Antônio Carlos di Silva Muricy, da
ESG {comandante das unidades do Estado do Riõ Grande do Norte), o Coronel
Hélio íbiapma ç Coronel António Bandeira, que lambem era o chefe de informa-
ções do General ftasíos** e que estava fortemente ligado às forças reacionárias em
Pernambuco. Aluísio Aí ves, Governador do Rio Grande do Norte e sócio comer-
cial do líder do IPES José Luiz Moreira de Souza, e Paulo Guena, vice-govema-

dor dc Pernambuco, também estavam ligados ao IPES e deram seu apoio ã


campanha militar contra foâo Goulart. A adesão de Paulo Guerra, vice-govma-
dor de Miguel Arracs, tinha importância especial pntu o IPES, uma vez que deu
4
à ciilc orgânica um ponto de apoio no própriu palácio do governo. * Outros ele-
mentos militares importantes do IBAD em Pernambuco eram: o General António
Sarmento (secretário geral da ADSEP para o Nordeste), o Coronel Astrogildo Cor-

371
rei* [chefe da Promotion
$ M
e um dos líderes da pseudonac km alista Frente
o Capitão Emanuel Pereirt Lima (secretário executivo
Patriótica Civil-Militar),
do TBAD para Pernambuco) e o Capitão Atanásio, Gerente administrativo do
IBAD.
Os oficiais do complexo IPES/IBAD formaram uma rede de informações que
enviava dados sobre a organização e ação das ligas camponesas e dos sindicatos.
Foram também importantes ao apoiar as atividades que o complexo IPES/IBAD
desenvolveu no Nordeste entre os camponeses, os sindicatos urbanos e a classe
média. Mas a sua tarefa pnncipal foi imobilizar a resistência ao golpe de março
dc 1964, espceialmente dentro das próprias Forças Armadas, enquanto o pape!
básico do exértito do General Bastos durante a campanha era manter-se alerta
quanto a acontecimentos políticos regionais e desempenhar a função de polícia
durtntc a eclosão do golpe, neutralizando as ligas camponesas, o Partido Comu-
níst* e Miguel Arracs”
O outro oficial tradicionalista no cornando de um exército regional era o
ex-Miniriro da Guerra General Àroaury Kruel, que estava a frente do poderoso
tí Eaércho. responsivd pelo esiadonchave de São Paulo e áreas adjacentes. O
General Àmaury Krud era irmão do General Riograndino, que também estava
ligado ao General Cordeiro de Farías e ao General Gotbery em suas atividades no
sul do pat\ desde m
primeiros estágios do movimento contra João Goulart, O
General Riograndino e seu sobrinho. Major Vinícius Kruel* eram elememos de
ligoçio entre o I e o II Exércitos e a sede do Comando Geral no Rio “ O Gene-
ral Amaury KmcJ foi descrito como “uma adesão de última hora, rdtitamc mas

decisiva para a revolução de 1964“,® devido ã sua proclamada amizade com


|oau Goulart. Entretanto, de acordo com um relatório da CIA enviado do Rio de
fandro em março de 1963, a posição do General Kruel era diferente. Na verda-
de, o relatório dizia que a 11 de março de 1965 um grupo de líderes militar»
que já estava conspirando, dirigido pelo General Nelson de Mello. General Kruel
(que era então Ministro da Guerra do Presidente Joio Goulart), Marechal Denyv
Marechal Dutra e Almirante Heofc, planejava reunir-se cm Pcirópolis™ oaia dis-
cutir planos para um golpe contra o governo do Presidente Goulart n Estava
ligado a este grupo de conspiradores o General O1>mpio Mourão Filho/* cuja
"conspiração" será examinada mais pormenoriza d a mente neste capitulo. Essas
"conversas" em Pctrópolu serviram para eliminar as diferenças entre os vários
grupos e foram úteis ao promoverem um entendimento entre os ativistas di ESG
t os de linha dura. extremistas de direita e tradicionalistas, sob a discreta *uper
79
visão do General Golbcry, que foi uma figura-chave em sua articulação .

Dm "sem meias- me d idas" no comando de tro-


terceiro oficial tradicional hia
pas era o General Olvmpio Mourão Filho, que conduzia o que parecia ser uma
campanha personalizada entre o governo de (cio Goulart e foi quem terminou
desencadeando o golpe dc março de 1964, O General Mourão Filho, um itoupler
que demonstrava desprezo pela E5G. era a personificação do militar menos pas-
sível de ter sido arregimentado pelo complexo IPES/IBAD. Entretanto, estiva

no centro dos acontecimentos e. em grande pane, a despeito de si próprio. Foi


contactado e articulado aos ativistas c liderei do complexo IPES/IBAD desde ós
primeiros estigioi de suas atividades contra o governo. No entanto, como aicstam
suas recentes memórias t as do General Carlos Luiz Guedes, companheiro de
conspiração e co-desencadeador do golpe de março de 1964, lurpreendentemente

372
o Central Mourão Filho parecía desconhecer o aíctncc dessi ligação com o com*
plexo IPES/IBAD que, na realidade, passou pela trama de sua "conspiração'
quede chamava dc a maior das América»”. O General Mourão Filho, que veio
* P

â simbolizar o troupivr cm ação. fora mantido sob cuidadosa observação pdos


alivbiís do complexo IPES/10AD. Na verdade, poderiamos até dtzer que seu
"movimento'' foi fomentado e controlado, em todo o seu desenrolar, pela lideran-
ça do completo IPES/IBAD. Entretanto, somente em duas ocasiões o General
Mourão Filho reconheceu contactos formais com elementos do completo 1PES/
IBAD e foi desencorajado por eles. Pouco demonstrava saber, ou pelo menos admi-
tir, que a rede dc civis c militares com quem entrou em contato no Rio Grande

do Sul, Sfio Paulo e Minas Gerais —


Estados em que ocupou postos durante o
período de 1*161 a I9ó4 —
era composta dc associados e ativistas do complexo
IPES/IBAO, 71 Além disso^ parece que ele náõ percebeu que os contactos que
fez nesses Estados c liunbém nas frcqüenlcs viagens ao Rio de Janeiro, assim
como a rede organizada que encontrou em São Paulo e Minas Gerais e da qual
se tornou comandante ostensivo, eram, na realidade, as estruturas montadas c
coordenadas pelos grupos dc nçáo do complexo JPES/ÍBAD e, cm particular, pelo
Grupo de Levantamento da Conjuntura sob a coordenação geral do Estado-Maior
Informal, Apesar dc o Gcnernl Mourão Filho não perceber a presença dos líderes
c ativistas do complexo IPES/IBAD dentro da organização t da campanha cons-
piralóría que tentou dirigir, vale a pena registrar que cm todas as suas atividades
principais c nas do General Guedes, atividades estas que serão analisadas nas
próximas páginas, a elite orgânica era parte central do processo, 7*

U A Maior Conspiração
das America** do
General Qlwnpio Mourão Filho

Há duas fases distinta* nas atividades conspíratórias do General Mourão


Filho. Uma compreende sua experiência no Rio Grande do Sul, onde serviu em
1961-1962. Outra começa com sua transferencia para São Pauto em março de
1963 e termina com o desencadeamento do golpe em março de 1964. em Minas
Gerais, para onde havia sido transferido em agosto de 1963. Enquanto esteve no
Rio Grande do Suí. o General Mourão
Filho fora utilizado limitada mente pelos
conspiradores anti feão Goulart. A
impressão que se tem. a partir de suas me-
mórias, & que de. enquanto serviu no Rio Grande do SuL nlo oartirinou das
manobras-chave da campanha ami-João Goulart, do complexo ÍPES/IBÀD. Foi
sondado inicialmente a respeito de sua posição e os companheiros de conspiração
dele suspeitaram devido ao seu estilo exuberante t atitudes pattonescas. Foi fi-
nalmente tolerado como conspirador ativo em decorrência de seu posto no EH
Exército, onde foi útil aos conspiradores e, posteriormente, «té estimulado em
suas atividades como elemento desorgenizador do dispositivo militar do Executi-
vo no Rio Grande do Sul, Suas atividades também foram encorajadas na medida
em que chamavam a atenção da rede de informações do governo sobre sua pe«oa
permitindo assim uma certa facilidade de operação a outros elementos no Ria
em São Paulo c em Belo Horizonte. O General Mourão Filho estabeleceu contar
tos com outros oficiais dc alto escalão nas cidades do Rio de Janeiro e de São
Paulo. Nesses contactos* era muito mais um informante de suas próprias ativida-
des do que um receptor de informações sobre qualquer movimento estruturado

373
contra foío Goulart, Os altos oficiais com quem $e encontrava mio faziam púbít*
cãs suas posições e guardavam consigo as informações sobre suas atividades, ÁUm
dos conspiradores do complexo IPES/IBAD estavam
disso, os esforços principais
concentrados no Rio de Janeiro. São Paulo, Guanabara o Minas Gerais, que eram
áreas de operação do I ç do II Exércitos. Apesar de o UI Exército ser o maior
cm número e em potencial bélico devido a sua localização na f romeira com a
Argentina, Uruguai e Paraguai, de tinha menos peso político do que ]J oleo
Exércitos, para os quais estava principalmcnte dirigida a companha do complexo
IPES/IBAD, Além disso, o UT Exército estava sediado no Rio Grande do Sul,
» base de poder político da família Vargas, de João Goulart e de Brizoln, o que
restringia as atividades subversivas contra o governo pefebistu.

No final de l%1 o General Mourão Pilho era comandnmc do 3." Regimento


,

dc infantaria em Santa Maria, O comandante do MI Exército era então o Gene*


ral Neslor Penha Brasil, ligado ao JBàD e cunhado do General Justíno Alves

Bastos, ^ Em dezembro de 1961. o General Mourão Filho recebeu um telegrama


do General Penha Brasil pedindo que hospedasse e auxiliasse cerca dc 400 mem-
bros da FARSUL, a poderosa Federação de Associações Rurais do Rio Grande do
Sul, que iam a Santa Maria para uma reunião política de sua organização. Nesta
ocasião o IPESUL o IPES do Rio Grande do Su], já estava agindo como guarda-
chuva político de várias associações empresariais do Estado, A pés a convenção,
realizada no início de janeiro de Í962 o General Moijfío Filho, que havia sido
(

aliciado pelos membros da FARSUL, teve suas primeiras conversas con&piratórias


com o Coronel Romão Mcna Barreto, seu Chefe dc Gabinete. O Coronel Mena
Barreto aconselhou o General Mourão Filho a entrar em contacto com o Ministro
da Guerra General Joio Segadas Viana, 77 Jipdo ao IBAD, Alguns dias depois o
General Mourão Rlbo Porto Alegre, sede do III Exército, e pediu que
foi a
o General Penha Brasil marcasse uma reunião com Saint Pastoux, presidente da
FARSUL, para meados de janeiro. De acordo com o General Mourão Filho, o
General Penha flrasif estava, então, "maís a par" do que ele dos problemas do
país, daí o apoio que o General Penha Brasil vinha dando à FARSUL.™
O
General Mourío Filho discutiu com Pastoux e com o General Penha Bra*
sií m
Jmhis de ação para uma Juta contra o governo. Concordaram que precisa-
vam agir por fases, A primeira fase duraria até as eleições do Legislativo, de 1962*
que precisavam ser ganhas, assegurando a eleição do maior número possível
de deputados, mobilizando também outras forças contra o governo, O comércio
c a indústria tinham de angariar os recursos financeiros para apoiar as dclçÕes,
por um lado* c o movimento com ra- revolucionário* por outro, e um comitê fi-
nanceiro precisa va ser formado, O
pessoal militar ficaria encarregado das arti-
culações no campo das operações militares propriamente ditas. As táticas combi-
nadas entre o General Penha Brasil, do JBÁD, o General Mourão Filho e Pas-
toux sem surpresa alguma se adequavam às linhas de acão do complexo IPES/
ÍBAD,™ Dc acordo com o General Mourão Filho, esta foi "a primeira reunião
civil-militar, o infero da conspiração conira o governo de João Goulart',*®

Mal que ouírjs forças estavam operando. Em novembro de 1961


sabia ele
havia sido realizada uma reunião no Edifício Avenida Central, sede do IPES-Rio.
onde a rede de Exército e Informações do General Golbcry funcionava cm 4 dos
13 escritórios alugados pela elite orgânica.11 Heirman dc Moraes Barro** o General
Reinaído Saldanha da Gama e Américo ÜswaJdo Campíglía vieram de Suo Paulo

374
píirfl essa reunião Ef a foi presidida pelo Almirante Sílvio Heck e o secretario
foi Carlos Eduardo DWJamo Lousada (que posterí o rmente atuou como comacto
eom o General Emílio Garrastazu Médici que, em 1964. era comandante da Aca-
demia Militar das Agulhas Negras-AMAN). Nessa reunião díseufiu-se a necessi-
dade de derrubar o governo. Entretanto, para sc evitar um fiasco semelhante ao
de 1961, havia uma opinião unânime de que, sem manifestações inequívocas da
opinião pública, as Forças Armadas não se sentiriam autorizadas a intervir.* Este 1

era um ponto central no argumento do General Golbery para a mobilização mili-


tar contra o governo e o regime desde o fracasso do golpe anterior contra a posse

de f. Goulart, que o levaria a deixar tempos depois a carreira militar.* A mobili-


1

zação da opinião pública em todos os setores da população foi uma tarefa entre-
gue â coordenação do IPES, o que ele fez, e muito eficientemente em alguns
casos, conforme descrições nos capítulos anteriores,

Imediatamente apes esse encontro no Rio, os representantes dos paulistas


reuniram-se com Júlio de Mesquita Filho, proprietário de O Estado de São Pauto,
c com Antônio Carlos Pacheco e Silva. Octávio Marcondes Ferraz, Tcodoro Quan
tim Barbosa, Luiz Antônio da Gama e Silva, Paulo de Almeida Barbosa, Rafael
Nosctiese e Waldemar Ferreira, que formavam a liderança militante do IPÊS-São
Paulo. Além disso, também asseguraram o apoio de Francisco Mesquita, Hcrbert
Levy, Senador João Arruda e muitos outros* 6 * Os líderes do IPES, Teodoro Ouar-
tím Barbosa c Gastâo Bucno Vidigal, seriam identificados mais larde pelo em-
presário Paulo Egydto Martins** (sócio do líder do IPES Alberto Byngton) como
a liderança civil do movimento subversivo empresarial-militar ao qual ele próprio
17
estava ligado. Além do mais. oficiais das Forças Armadas representando os
conspiradores históricosAlmirante Heck, Marechal Dtnys e Brigadeiro Grun
Musa foram a São Paulo, encontraram-se com JúJlo de Mesquita Filho e lhe entre-
garam um documento no qual expunham suas opiniões a respeito das normas que
posleriormente deveriam orientar o governo a ser instalado pelas Forças Armadas
8
após a deposição de J. Goulart.* Esse grupo de oficiais de direita que também
incluía os Generais Cordeiro de Farias, Nelson de Mello, José Pinheiro de Ulhoa
Cinira, Punaro Bley Orlando Geisel, entre outros, era de opinião que um regime
e
63
discricionário teria ser instalado por pele menos cinco anos
de Neste período,
e durante essas reuniões, os ativistas do complexo IPES/IBAD juntamente com
os conspiradores históricos e os oficiais da ESG iniciaram a preparação ativa pam
0 movimento civil-militar para depor J- Goulart.
O mílitanle do IPES Herman de Moraes B atros e seus companheiros for*
maram um “comitê revoluciona rio" que foi depois articulado com o movimento
que estava sendo coordenado entre os militares pelo General Cordeiro de Farias,
no Rio de Janeiro e em São Paulo, sob a supervisão geral do General Golbery.
Como resultado de uma reunião na casa do
do IPES Paulo Quartim Bar
líder
bosa, Herman de Moraes Barros, juntomente com o
Coronel Cid Osório e o Te-
nente-Coronel Rubens Resteel, formou um Estado-Maior Civil-Militar que cuida-
ria do planejamento da mobilização de São Paulo» A tomada de decisões Foi dei-

xada nas mãos de uma equipe Formada por fúlio de Mesquita Filho, Octávio
Marcondes Ferraz. Tcodoro Quartim Barbosa e Antônio Carlos Pacheco c Silva.
Esse estado muior tinha várias tarefas: formular uma linha de ação para realizar
operações sucessivas, levantar recursos financeiros necessários para a campanha

375
conspiratóna e coordenar a mobilização industrial necessária para sua rcaliiaçio.
O esiido*maior era estruturada c composto conforme a descrição abaixo:
Logiuica (Comissão de Mobilização Industrial responsável por transporte, comu-
nicações e alimentos): João Soares doAmaral Neto —
IPES-Sâo Paulo; Coronel
Paulo lobo Peçanha —
II Exército, chefe do grupo; Vicário ariano Ferrai M —
IPESSão Paulo, coordenação; Paulo Egsdio Martins —
líder da ADCE ligado
ao IPES e Ròscio Castro Prado.
Açàú: General Ivinboé Gonçahes Martins —
conhecido por seu codinome "Dr.
Ivan Teixeira". supostamente um médico da UNESCO e representante pessoal do
General Cordeiro dc Fanas. cu|o codinome para tais operações era "Jardim";*
General Sousa Carvalho 1PES — —
e Sílvio Toledo Pila IPESSão Paulo. —
Promoção e Propaganda; André de Faria Pereira Filho ligado ao IPES-SSo —
Paulo e Flávio Galvão —
(PES-São Paulo,
informações: General Agostinho Cortes — IPES-Sio Paulo* que também coorde-
nou a ação das organizações d vil.
Executivo: Herüian de Moraes BamM. Daniel Machado dc Campos e Gustavo
Borjtfioíl todos do IPESSão Paulo*
Em questões financeiras. 04 líderes do JPES e banqueiros Herman de Moraes
Barro* — da Banco — Castão Eduardo Bueno Vidigal — do Banco Mer-
Itaü
cantilde São Paulo — e Aloysio Rsmalho For — do Banco do Estado de 5*0
Paulo — asseguraram ajuda financeira dos outros bancos do Estado. Contribui-
a
ções importantes vieram umbém de ourras fontes graças aq trabalho, entre outros,
de AntÔnío Cândido Comes. Marcelo Amaral e José de Souza Queiroz Filho *
Herman de Moraes Burros também arraiu Âdhemar de Barros. Governador
dc São Paulo e líder do PSP, ao movimento articulado pelo 1PE$. Moraes Bairos
chegou impor a condição, para participar na formação de um "comitê revolu-
a
cionário", deque este organismo fosse aceito por Adhcmar de Barros.*5 A coope-
ração do governador de São Paulo era considerada essencial, prindpalmenie no
setor de Segurança Pública, pdo qual 0 General Aldévio Barbosa de Lemos era
responsável como Secretário de Segurança do Estado. Não se deve esquecer que
0 governador Àdhemar dc Birros linha à sua disposição, somente em São Paulo*
uma Força Pública dc 15.000 homens c uma Guarda Civil de 10.000 homens, o
que igualava o número de soídados em todo o II Exército. É interessante observar
que foi o General Aldévio quem organizou 0 sistema dc escuta das chamadas te-
lefônicas de J. Goulart para São Paulo* Além disso* a Rede da Democracia, 0
centro da cadeia dc estações de rádio patrocinada pelo IPE5 e coordenada por
seu Grupo de Opinião Pública, veio a scr instalada no Gabinete do Secretário
de Segurança, sob a supervisão do próprio General Aldévio Barbosa dc lemos,
que tinha enllo seus trabalhos coordenados com os do estado-maior civil-militar
organizado pelo IPES em Sio Pauío.
K
Na época em que 0 General Mourão Filho iniciou "sua conspiração"* # rede
ÍPE5/IBAD cm
pleno funcionamento. Entretanto, cie parecia saber muiio
estava
pouco a respeito ddã, apesar dc scr ciia a estrutura que viría a encontrar cm
1

São Paulo e até 1 "liderar' Depois dessa breve c necessária digressão, a


. história
da conspiração do General Mourão Filho pode ser retomada.
No início de 1962, 0 General Mourão Filho foi contactado pelo jornalista
Tfidcu Onar que linha ligações com os empresários de Porto Alegre T. Onar
tornou sc um importante homem dc contacto para o General Mourão Filho. Foi

376
através deleque esle se comunicou com Coelho de Souza, do Partido Libertador
do Rio Grande do Sul. T. Onar foi também seu contacto com o líder do IPES
Edmundo Monteiro, uma figura chavc no fornecimento de recursos e meios para
iuai frequentes viagens, Era E Monteiro quem providenciava transporte aéreo
para o General Mourão Filho viajar à vontade dando prosseguimento a sua cons-
piraçin.
No de janeiro de 1962 o General Mourão Filho foi a Sio Paulo. Li,
final
deveria fer reunião com "um grupo de industriais importantes", que fora
uma
organizada pelos lideres do IPES Edmundo Monteiro e Othon Barcelos Correia
A reunião foi realizada em uma casa que eíe ingenuamente admitiu "não saber
onde era". Estava presente um grande número de empresários, entre os quais de
reconheceu o lider do ÍPFS João Baptista Leopoldo Figueiredo,** De Sio Paulo,
0 General Mourão Filho foi ao Rio de Janeiro, onde conversou com o Ministro
da Guerra General João Segadas Viana, do IRAD. Entrou também em contacto
<om o Almirante Hctk, Marechal Dcnys e o General Cordeiro de Farias a respeito
de seus esforços conspiratórios. Tanto a reunião de São Paulo quanto a do Rio
deixaram no General Mourão Filho a impressão dc que não havia grande movi-
mentação em torno de uma conspiração ativa contra o presidente, O General
Mourão Filho, nessa época, estava obviameme desacreditado em termos políticos
e puramenie operacionais a ponto de ser até considerado por alguns como ogení

provocQttur de ). Goulart. De qualquer forma, não recebeu informações * respeito


dc qualquer atividade dc maior envergadura organizada pela liderança do com*
plexo IPES/IBAD, Seu diário ainda registra outra passagem por Sio Paulo em
março de 1962. Lã, conheceu o General Nelson de Mello que* na época, era uma
figura de proa na articulação do grupo IPE5/JBAD/ESG. O General Mourão
Filho informou o sobre suas ligações no sul, A observação não comprometida do
General Ndion de Mello foi* como era de sc esperar* que ambos "estavam no
mesmo barco".**
Depoii de conversar com os empresários em Sio Paulo e dos contactos com
os líderes militares no Rio, o General Mourão Filho retomou a Porto Alegre onde
$e manteve ocupndo tentando fortalecer sua rede dc oficiais a favor do golpe.
0 cjtado-maior revolucionário do General Mourão Filho, enquanto esteve no Rio
Grande do Sul, era formado por jovens oficiais, o então Coronel Romão Mena
flarrefo (chefe de gabinete). Tenente -coronel Athos Teixeira, Tenente-coronel Pau-
lo Braga (irmão do Govcrnadur do Paraná c conspirador Coronel Nd Braga), Te-
nente coronel Xavier, Tenente-coronel Ivan (sobrinho do General Mourão Filho)
t Tenente-coronel Freitas.** Obviamente, as figuras militares do 1 1 1 Exército que
postulam peso político e prestigio pessoal dentro das Forças Armadas e que esta-
vam no comando de tropas cm poiiçòes-chave. como os Generais Poppc dc Fi-
gueiredo, Hugo Garrastazu, Ernesto Gciscl (que estava agindo junto ao governa-
dor Nci Braga), ÀJvaro Tavares do Carmo, Adalberto dos Santos, Cunha Garcia,
Mendes Pereira, Jair Acioly Borges, Franklin Rodrigues de Morais e muitos outros
oficiais de alto escalão, não faziam parte de seu estado-maior* apesar dc o Gene-
ral Mourão Filho manter contactos com eles.** Esses oficiais estavam ligados a
colegas no Rio e em São Pauto fazendo parte, na época, da rede de células cons-
piradoras que operavam cm conjunto com os estados-maiores civis c militares de
Sio Paulo e do Rio* descritos ameriormente.

377
com líderes do IPES foram Ircqii^nlcs no decorrer dt 1962, espe-
Contactos
ciiímentc com Edmundo Monteiro e Othon Barccllos Comia. Em junho dt 1962*
o General Mourão Filho teve uma reunião com o Hder do IPES Edmundo Mon-
teiro t com Am$ Chaieaubriand. proprietário dos Otários Associados, a quem pe-
diu apoio pira as forças políticas de centro-direita nas eleições de outubro que se

aproximavam. Ele também manteve conversas com o líder do PES Olhon fíarcel-
1

los Correis, que prometeu apoio financeiro para a ação no Nordeste, uma área
1 ®®
cuja sítuaçio política preocupava profunda mente o General Mourão Filho,

Auxiliado por Onsr que desenvolveu um trabalho importante dc articulação


,

entre militares c civis durante dois anos, o General Mourão Filho ligou-se ao

presidente da Federação das Associações Comerciais* Articulou-se também ac po-


01
lítico do PSD t empresário lido MetKghetti/ o candidato apoiado peio compíe-
xo IPES/ÍBAD to Governo do Rio Grande do Sul» e ao Deputado Federal Coronel
103
Peracchi Barcellos, também ligado ao IBAD. De volta a Sarna Maria, sede de
uma importante base da Aeronáutica c o centro dc uma rede dc unidades do Exér-
cito, o General Mourão Filho ligou-se ao prefeito da cidade, Miguel Sevi Vieira,
c ao Bispo Dom Vítor José Sartori, por quem foi convidado para uma reunião
cm sua casa* Esse encontro, que ocorreu em setembro de 1962* foi de grande
importância porque estiveram presentes o influente Senador Mem de Sã PL,—
ligado ao IPES, o Senador Daniel Krieger — UDN* assim como o Deputado Fe-
derai Ph Bifcellos
tra.
11
1’
—PSD, e o empresário e Deputado Federal do PSD Tarso Du-
Compareceram também Se vi Vieira e o advogado Joao Dentice, secretário da
campanha eleitoral de Meneghetti, que na época estava envolvido com o IPESUL e
FARSUL Essa reunião, ocorrendo um mês antes das eleições de outubro de 1962
para o Congresso, serviu pora reunir e coordenar a ação de importantes Figuras
políticas da coalizão antipopulista c ann-FTB do Rio Grande do Sul, que vinham
operando como uma “frente democrática" hi quase 10 anos. ** Seguindo a norma
1

de que a liderança do complexo IPES/ÍBAD não deveria colocar dinheiro direta-


mente nas mios dos candidatos, o General Mourão Filho recebeu do líder do PES 1

Gthon Bifcellctt 30 milhões de cruzeiros para serem usados na campanha para


ms eleições ao Congresso e Governos Estaduais de outubro de l%2* m
Em
novembro de 1962 o General Mourão Filho foi ao Rio, restabelecendo
seus contactos com o General Nelson de Mello, Marechal Dcnys, General Cor-
deiro dc Farias e com o Almirante Heclt. Quando esteve no Rio foi a Pctrópclis,
h

um dos centros da coordenação do movimento de militares de "linha dura" com


o grupo ESG/ PES. Li, o General Mourão Filho conheceu o General da ESG
1

Affonso dc Albuquerque Lima, de linha dura, que se encontrava na casa do líder


do 1PES José Luiz Moreira de Souza, seu cunhado* O General Mourão Filho
também compareceu a uma reunião cm casa do General Segadas Viana, onde en-
controu sc com o General Ndson de Mello e com o General Penha Brasil. *1 Nada 1

de extraordinário resultou desses enconiroi. O General Mourão Filho informou-os


dc suas atividades, mas nio foi posto a par do movimento militar desses oficiais
contra Goulart. Suas viagens continuaram regularmente, de forma discreta, até
fevereiro do ano seguinte,
" 1

Então, subitamente,em março de 1963, o General Mourão Filho foi trans-


ferido para Soo Paulo, para o comando de um importante posto do Exército, a
2‘ Região Militar do II Exército, substituindo o General Lyra Tavares, da ESG,
e, consequentemente, sendo lançado no centro do movimento empresarial-militar»

378
1

Fira o grupo IPES/ESG, era necessário tirar o maior proveito de uma situação
inesperada. Apesar das críticas, o General Mourio Filho possuía qualidades re-
conhecidas. Ele era descrito como um dínamo* cuja energia tinha de ser captada
e bem utilizada, da mesma forma que seu novo posto deveria ser aproveitado para

o acobertamento das articulações central ilidas pelo IPES entre os militares em


Slo Paulo, Por outro lado, seu temperamento impulsivo e suas opiniões divergen-
tes daquelas do complexo IPES/ ESG precisavam ser neutralizadas. Alêra disso,

daí em diante, as atenções do governo estariam voltadas para as atividades do


General Mourão Filho em São Paulo, permitindo que os outros agissem com
tranquilidade. Parece que o General Mourio Filho se transformou, de maneira
involuntária, cm uma manobra diversíomita. *1 Neste ponto tk conse-
parte de 1

guiu, a despcilo mesmo* o que outros, como o General Cordeiro de Farias*


de si

estavam tentando* isto é, chamar atenção para st deixando livres os colegas de


101
articulação.

Ao General Mourio Filho seria permitido um papel compiuiório ativo e


eficaz, na medida em que contribuísse para o esforço geral de insuflar sentimentos
intigov enristas entre os militares, sem prejudicar o impulso principal do movi-
mento empresa ri a Lm Mi ta r. Suas atividades, portanto, teriam de ser rigorosamente
controladas pelo IPES.
Sugestões para a formação do seu Estado-maior começaram a ser enviadas
tssim que de se pôs a caminho de Sao Paulo. O General Lyra Tavares, da
ESG, membro do Estado-maior do General Pery Beviíacqua, que eri entlu o co-
mandante do II Exército. sugeriu que Mourio Filho indicasse o Coronel de Ca-
vaiaria Ramiro Tavares, que iria passar ã chefia de seu estado-maior eenspira-
tário.
U0
Também foi sugerido ao General Mourão Filho o Major Figueiredo, irroío
mais novo do Tenente-coronel Joio Bapitsta Figueiredo* que pertencia I equipe
do General Gnlbcry e era sobrinho de |oão Bapíista Leopoldo Figueiredo* presi-
dente do IPES-Sáü Paulo. No final dc março de 1963. o General Mourio Filho
solicitou que o Major Figueiredo passasse 2 ser seu ''secretário tiiiítente", O
círculo em tomo do General Mourio Filho fora fechado. 11
Logo após sua chegada a São Paulo* o
Este controle estendcu-se ainda mais.
General Mourão Filho convidado para ir â casa de Antenor Edmundo Horta,
foi
um homem público mineiro da pequena cidade de Diamantina (terra natal do
General Mourão Filho), onde novamente foi posto em comacto com empresários
e militares paulistas de destaque. Entre os presentes estavam Eldino da Fonseca
Brancante da American Chamber of Commerce que, de acordo com o General
Mourão Filho* "prestou imensos serviços à conspiração de São Paulo". Brigadeiro
Neto dos Re»s, Sálvio de Almeida Prado, Jorge Alves Lima* Eugênio do$ Samos
Neves e Emini Bessa. 11 * O General Mourão Filho estava se entrosando com o
centro do movimento IPES/ESG. Foi também colocado em contacto com 0 Ge-
neral da Reserva Sebastião Dalísio Menna Barreto, que estava ligado ao estado-
maior dos empresários e militares do IPES em São Paulo, chefiando uma seção
do movimento CtvtLmriítar, O General Menna Barreto* uma "raposa velha" cm
assuntos conspiratórios e políticos desde os tempos da revolta paulista de 1932,
C tendo sido chefe do Departamento de Segurança Pública de Sío Paulo, logo
tomou- se o chefe âo que o General Mourão Filho pensava ser seu recímdonnftdo
mas que já havia sido estruturado pelo General
grupo conspirador civil-militar,
Menna Barreto como componente do estado-maior formado em novembro de 1961

379
e descrito anteriormcnte. 11 * Apesar de o General Mcmrão Filho ter sc transfor-
mado no chefe ostensivo da conspirarão civil-militar, o General Mcnna Barreto
era seu substituto de fato cm assuntos relacionados com o seu setor do movimento
civil -militar. O faio de o movimento ser basicamente civil-militar foi realçado

pela estrutura para ação do esiadfrmiior do General Mcnna Barreto, pelos campos
de ação delimitados e pelas próprias operações.
A estrutura para ação sob o comando direto do General Mcnna Barreto,
que sc apoiou nos recursos materiais c humanos dos Grupos de Ação c de Estudo
do IPES em Sâo Pauto* compreendia quatro setores. Esses setores, que englobavam
o modelo de ação do IPES, eram os Departamentos de Preparação Psicológica das
Massas. Informações. Mobilização- c Finanças. O Departamento de Preparação
Psicológica das Massas compreendia as seguintes sub-seções: (a) Imprensa (b) Rá-
dio; CO Televisão: Cd) Propaganda (cartazes, produção e distribuição de manifestos*
foíhelos e panfletos! c (e) Organizações Femininas. O Departamento dc Informa-
ções tinha as seguintes sub-seções: (a) coleta de informações; (b) contra- informa-
ção; (c) sabotagem. O Dcpartimemo de Mobilização estava dividido cm quatro
sub- seções: (a) mobilização propriamente dita, (b) organização, (c) comando e (d)
transporte. As operações do Departamento de Mobilização eram executadas pelo
Grupo de Agentes Especiais, responsável por intercomunicações e transporte es-
í|#
pccial. Durante o golpe propriamente dito, clubes sociais c associações dc classe
*erviraitide sede para comunicações e mobilização. O
centro para transporte es-
pecial foi estabelecido na Escola de Liderança Democrática, mantida pelo IPES,
organizada por Paulo Quartim e sob a direção de Frederico Àhranches Víott]
que* como oportunameme, também tinha outras funções 115 Apoio ma-
será visto
icrial t financeiro foi dado pelos líderes do IPES Fernando Lee e Juan C, Uerena

Além disso, executivos da Federação das Industrias dc São Paulo e da Federação


das Indústrias de Minas Gerais* que eram integradas ao lP£$-Sio Paulo e IPES-
Belo Horizonte* arrecadaram um bilhão c meio de cruzeiros (mais dc 1 milhão
dc dólares na época) para a causa, tendo fornecido também grandes quantidades
de alimentos, roupas e transporte para as forças militares. 11 ®
O General Mcnna Barreto coordenou suas atividades com as do General
Reynaldo Saldanha da Gama, que estava dirigindo outra seção do movimento
civil militar e liderando um grupo armado de 80 homens selecionados, O General

Reynaldo Saldanha da Gama foi um dos três representantes paulistas na reunião


de novembro de 1961 no Rb com o Almirante Hcck* descrita anieríormcnie. O
esiadcHnsbr civil-militar do General Menna Barreto era diretamentê ligado ao
Almirante Heek através de Carlos D^amo Lousada. Entre os ativistas envolvidos
na seção liderada pelo General Saldanha da Gama encontravam-se o Coronel
Armando de Figueiredo* Dr, Paulo Murgei, Benedito Lobo Rosa —
vice-presidente
da American Cfoambcr of Commtrcc de São Paulo —
que chefiava uma unidade
especi/icamcntc envolvida em operações de finalidade mobtiizackmal c em guerra
psicológica; Nemésb Bailio —
médico da família do governador Adhcmar de
Berros: Andn Tetlcs dc Mattos —
que representava o Instituto dc Engenharia
sediado em Suo Paulo, Hcrman Fickel —
ex-oficial da Polícia Naval, Wcrncr
Gõlts* Joio Ravachc c numerosos líderes estudantis e dc trabalhadores católicos
pertencentes aos grupos c organizações descritas no capítulo anterior. 11 * O
esta*
do-maior civí|-mililar do General Menna Barreto era coordenado pelo General
Souza Carvalho que* além dc liderar um grupo de civis c um contingente de

380
oficiais da reicrv* da FEB, era um dos co-lfderci do Setor de Àçõe* do estado*
maior geral civil-militar comandado pelo IFES e fornido logo após a reunião
l,B
de novembro dc 1961 no Río.
Além disso, o estado-maior civil-militar do General Datíiio Menna Barreio
eraapoiado por outras unidades de ação, lideradas peio Deputado Federal Juve-
ml Sayüo, Paulo Cardoso de Mello, Eldi.no Brancanfc, B M. Lobo Rosa, Paulo
Yazbeü e António Vicente de Azevedo (cuja residência havia $c transformado no
chamava éc antecâmara cojispiratória}. 0 Deputado (uYcni! Sayio
que Braticartle
envolver-se através dc Alberto Badra» diretor do dobe social Monte Líbano e
parente do Deputado Federal Aniz Badra, patrocinado pdo IPES, Participa vam
da unidade de ação dc |. Sayão, os líderes do 1PES Ernesto Leme e Luiz António

da Gama Desse grupo veio a ''sugestão” feita ao General Mourio Filho


c Silvo,
de que o General Rcynatdo Saldanha da Gama (que participava secreumente do
grupo de Braneantcl deveria ser o comandante da Guarda Civil que coordenada
os civis c fomecerira proteção policiai aos conspiradores. Através do líder do IFES
Luiz Amónio da Gama c Silva, outro pedido foi enviado ao Governador Adhemir
dc Berros, pera que fuvcnal Sayãü passasse a fazer parte do Departamento dc
Ordem Política c Social —
DOPS, a fim de controlar o movimento dos adverti*
118
rios c salvaguardar os conspiradores.
Paulo Cerdoso de Mello fazia publicidade do movimento e era encarregado
dc escrever panfletos e folhetos, Era também, juntaitieníe com Antenor Horlt,
ume fonte de finanças para a compra de armas. O estado-maior civil-militar
também assegurou a cooperação do Desembargador Persivaí de OUveiri, que não
ern membro do estado-maior civil, e de seu genro Ricardo Capote Valente, que
trabalhava em contacto direto com o General Dalísio Metina Barreto. 1 *

A liderança c apoio operacional para «i atividades no setor de Forças Ar-


madas Informações vieram do General do IPES Agostinho Cones, que eri
e
da ativa. Ele coordenou o aspecto militar da ação através de seu
ligado a oficiais
grupo Especial da Conjuntura. Um atíviiti de grande importância neste setor foi
o Tenente-coronel Resteei que, em colaboração com o General Nelson de Mello
e o General Agostinho Cortes, estava organizando o movimento subversivo dentro
do II Exército. O
General Agostinho Cortes também estava envolvido no campo
de "opinião pública", isto é. organização, coordenação e estimulo à ação paralela
de tropas dc choque voltadas para titicas de intimidação contra estudantes de
centro-esquerda, lideres sindicais e ativistas, bem como para executar operações
para tulmmuar o bom andamento de encontros públicos, conferências e comícios
Essas unidades de ação estavam sob a liderança dc |osé Ely Víanna Cominho.
Eduardo Levy t Sérgio Barbosa Ferraz do IPES, entre outros, c recebia colabora-
ção de Luiz Carlos Prado, Arnaldo Vieira de Carvalho, Sérgio Broteiro Junqueira*
Vicente Maminana Neto, Luís Pinni Neto, Rodolfo de Freitas Filho. Humberto
Golfi e Sílvio Luciano Campos. A organização dessas tropas de choque, forma-
das principal mente por jovens das classes médias, estava sob a supervisão de
Paulo Quartim, que também coordenava suas atividades com as de outras forma-
ções de ação. Entre essas estava a Escola de Liderança Democrática —
ELD, diri-
gida por Frederico Àbranches Viotti. A ELD estava envolvida na preparação c
doutrinação de (umultuadores e agents provocateurs para que participassem de
tkbaics públicos, conferencias, reuniões c comícios* bem como na preparação de
ativistas sindicais* camponeses e estudantis. As tropas dc choque também tinham
i finalidade de proteger esses ativistas e de perturbar violentamenie as atividades
nacional rtformistas-
,jil
Uma série de açoes planejadas sob a direção dc Frederico
Viotti deslinavam^c a neulnUtar a presença do governo federal cm São Paulo.
Dc acordo com o do IP ES Hcrfnan de Moraes Birros, em alguns casoí,
líder
figuras políticas conhecidas e “até ministros dc estado foram incsperadomenit
amedrontados", João Pinheiro Neto. diretor da Super intendência da Reformi
Agrária, e Mario Dcnaio. seu representante etn Sào Paulo, foram alguns dos po-
15
líticos atacados. - Para essas atividades dcscstabilizadom, o General Agostinho
Cortes recebia o apoio do setor de Opinião Pública do IPES-São Paulo c, de ma
ncira especial» de Fernando e Rcbeno Levy. filhos do líder da UDN c empresário
*3
Hcrbert Levy. *«im corno do Instituto de Engenharia sediado em Sio Paulo e
1

da política de AdJvraar de Bairos Policiais, is veies disfarçados de estudarviei,


participavam dc "recepções tempestuosas" oferecidas a figuras do governo. Uma
dessas ocasioes que recebeu muiu publicidade foi o impedimento, por oinxemos
desses “estudantes da realização do discurso que Pauto de Tarso. Ministro
di Educação, pretendia fazer na Universidade Mackenzie dc São Paulo.
Um dos grupos mais ativos formados em 1962. em consequência da pregação
do ÍPES. foi o Grupo de Atuação Patriótica — GAP — que atuava na Rio de
lantiro. em Minas Gerais e em São Paulo. Suis fileiras eram formadas por Jo-

vens estudantes entre 17 e 26 anos, em sua maioria das classes média-alta e


111
alta. Seu programa de ação visava a combater as reformas propostas por Bri-
zola e J. Goulart, a legalização do Pari ido Comunista, o sistema de representação
estudantil e a UNE e LBES. o cneampamento das refinarias particulares, o preen-
chimento de posios-chave da administração com elementos considerados comu-
nistas, a influencia de liderei sindicai & nos assuntos do país, a suposta censura

aos discursos dc líderes pd/ticos da oposição {Amaral Netto, Carlos Lacerda e


4
Ray mundo Padilha) no rádio e na televisão, e "vista grossa do governo para *

greves e agitações de caráter político c subversivo. O GAP era beneficiado com


ampla cobertura da imprensa, principalmente de O Globo c dos Diártos Aiso-
ciúdos.

Certo dia, Aristóteles Dmmmand, líder do GAP* foi entrevistado cm um


programa dc rádio onde expôs determinação do GAP em defender a liberdade e
a
a propriedade, bem como a convicção de que isto só podería ser garantido pelos
militares. A "Voz da América" retransmitiu a entrevista. Em seguida A. Drum-
mond uma chamada tefefómca da Embaixada Americana solicitando uma
recebeu
reunião. Dois homens foram ao seu apartamento, onde foi meticulosa mente son-
dado * respeito de suas idéias políticas. Voltaram alguns dias mais tarde e ofere-
cera cn fui ajuda A. Drummond, o que o líder do GAP aceitou. Algumas
semanas depois, um caminhão descarregou cinquenta mil livros c panfletos dc
propaganda anticomunista no apartamento dc A. Drummond. A CIA havia feito
-
o conticio t A. Drummofld faria o resioJ*
De acordo com A. Dmmmorjd, o GAP destinava-se a transmitir & população
estudantil a mensagem dos Jovem nío ligados à UNE. e a colaborar formação m
de uma corrente de opinião pública que estaria ciente doa "rumos comunistas
e anarquistas" pelos quais o governo estava conduzindo o país. Através dos "Co-
mícios para a Democracia", realizados pelo Deputado Amaral Netto com i pre
«nça dc parlamentares da ADP de todas ai parles do país. o líder do GAP
pregava, em nome dos estudantes, % necessidade de reagir contra o governo; A*

382
"

Drummond também tomou parte na "Rede da Democracia", a atividade de


propaganda patrocinada pelo complexo IPES/IBAD que fazia oposição à "Cadeia
da Legalidade" organizada por Emola contra o golpe iminente. Através da "Rede
da Democracia", A- Drummond pregava a mobilização armada contra os cam-
poneses de Francisco Julião c os Grupos dos Onze de Leond ErizoJa,

A ação do GAP
estava ligada de perto a da unidade de ação do Almirante
Heck, A. outros membros do GAP transportavam armas e serviam
Drummond c
de mensageiros entre São Paulo, Rio de Janeiro c Belo Horizonte, A sede do
GAP foi "estourada" uma vez pda Policia Militar, mas A, Diummond ç dois
umigos conseguiram escapar, apesar de ler sido encontrado material Incrimina-
Em consequência desse incidente, foi ordenada pejo governo uma repres-
tório.

gemí contra grupos parami li tares. A rede da organização paralela "Ação de


são
Vigilantes do Brnsi!" no Rio de Janeiro foi invadida pela polida dc foao Goulart
e armas foram apreendidas. A Açio de Vigilantes era liderada por Paulo Galvão,

um dos homens mais importantes do Almirante Heck. que rumbem estava en-
carregado do aspecto operacional de grupos paramíliiares ligados à Ação de
Vlgllimei c a Carlos Lacerda, Paulo Gatvão também estava ligado ao grupo
mi litur de informações de São Paulo liderado pelo General Agostinho Cortes e
l:tT
ligado ao próprio Carlos Lacerda, Outra de stias bases, que foi tomada de as*
solto, era localizada em Jacarepaguá, na periferia do Rio, onde armas também

foram encontradas. Em uma fazenda em Sítio Alegre, onde um certo Major Lopes
de So 7 u trabalhava como encarregado de suprimentos para o Almirante Heck,
ti

também encoiilraranvsc armas, Quando a policia chegou. Pauto Galváo conseguiu


111
fugir com três caminhões. * Depósitos dc armas, uniformes e outros materiais
necessários, assim como locais para trcmãRKntg militar foram espalhados pçi
todo o país, escondidos cm propriedades rurais ou igrejas, bera como em locais
adquiridos especialmcnte para este fim, como o Edueindário Nossa Senhora de
Fátima em Niterói, ou a Fazenda Arizona, que pertencia ao Grupo Ação de Vi-
t?
gilantes do Brasil. * Depois desses ataques às suas bases, À. Drummond observou
qut fcliimeme o Inquérito Policial Militar determinado pelo Ministro da Guerra
foi confiado ao General Idálio Sardcnbcrg [membro do grupo de núcleo militar

que havia fundado a ESG), A. Drummond foi falar com o General Sardenberg.
diante do fato de a ímptensa ler revelado a ligação do GAP com o caso e com
is atividades do Almirante Heck. Depois de ouvir as explicações de Dnjmmond,

o General Sardenberg lhe disse que sabia que "as coisas não Foram esatamenie
como você diz, mas eu louvo suas atitudes cívicas e peço-lhe que leve ao Almi-
,Sf
rante Heck minha reação tranquila. Vocês nlo serão importunados, Amçs que
0 incidente de Jacarepaguá fosse abafado, outros cinco elementos foram envot*
vidoi: Cccil Borer —
ex^chefe do Departamento de Ordem Política e Social da
Guanabara seu irmão, oficial êt polícia Charles Borer, o Coronel Gustavo Bor-
,

ges — Secretário de Segurança do Estado da Guanabara, e o Inspetor José Pe-


reira de Vasconceüos. Cccil Borer participou de atividades do movimento c cr a
colaborador do empresário Alberto Pereira da Silva, ligado a Lacerda, e *o líder
do 1PES Alberto Byngton que T jumamente como Coronel Vemon Walten, euava
envolvido no fornecimento de armas. 1,1 A deputada laeerdisía Sandra Cavalcanti
e Nina ftibdra lambem foram implicados pela investigação feita pelo Serviço
Federal dc informações c Contra-Informações — SFÈCL ® 1
Além disso, ilcgou-se

na época que a companhia de transportes marítimos do líder do IRES João

383
Baptista Leopoldo Figueiredo —
Leopoldo Figueiredo Navegação sediada em —
Nova Yoríí, transportavaequipimcmof para os conspiradores. Algum dos equi-
pimento* encontrado* no càcht de irmu do Rjo traziam o símbolo da Aliança
para o Progresso. O cochê continha submciralh adoras. munição, gás lacrimogéneo,
equipamento de coonimcições c recipientes. As armas eram de fabneaçãu ameri-
cana. 0$ u Mit'túlkits foram identificados como oriundos de um estoque desti-
m

nado â Polícia do Rio a ser entregue no final de !963. iaí


As armas c equipamentos não eram apenas para uso dos militares: eram tam-
bém para uso dos empresários. Após a exortação pública do líder do IPLS Jorge
Belmng de Mattos de que os empresários em geral "deveriam armar-se uns aos
outros, porque nos ji estames armados", os ativistas ligados ao Almirante Heck
distribuíram arenas nos Esudos do Rio de janeiro, Espírito Samo e Minas Gerais,
enquanto unidade* dirigidas pelo Marechal Denys armaram os proprietários de
terras no sul do pau
lU Algumas dessas armas foram obtidas através
da mediação
do governador dc São Paulo Àdhemar de Banos* de Túlio de Mesquita Filho t
do líder do IPLS Alberto Byngron
A seção civil -militar chefiada pelo General Menna Barreto desempenhou
duas outras tarefas mutto importantes no campo de preparação psicológica das
massas. Sua seção era responsável pelo engajamento dos diretórios de partidos
políticos do Estado de São Paulo e das diretorias de clubes sociais, culturais e
esportivos.

Durante o pnmeíro semestre de 1963, no final das reuniões de rotina do



Comité de Relações BnjiJ Estados Unidos da American Chamber of Commerce,
seu vice-presTdcfitc. B M Lobc Rosa, analisava a conjuntura política. Um relatório
da citação diCÍA no Rjo anciou suis dedançoei a rtipeitú das aitvididei de
um» unidade de ação dc empresários c oficiais em que ele estava envolvido De
acordo com Lobo Rota, a unidade dc ação havia sido formada para programar ç
executar um plano que envolvia armas, forças mililures c finanças para apoiar
jMiviüudç* que v lia vam um M, Lobo Ruêü comentou que o grupo que
golpe. B.
havia sido inícíalmenrc formado no Rio de [aneiro tinha agora um forte midro
funcionando também cm São Paulo, gozando do apoio dos governadures Carlos
Lacerda e Àdhemar dc Barros Quando lhe perguntaram sc o General Pery Be-
vilacqua havia dado seu apoio ao grupo dc ação, Lobo Rosa rccusou-sc a respon-
1JU
der. Explicou que o grupo era dividido em muitos departamentos, sendo cada
um responsável por determinados campos dc ação. Ele próprio eslava envolvido
com uma unidade responsável pelo que era chamado dc comando civil, Entre
outras coisas, essa unidade tinha como objetivo a formação de ** unidades de con-
trole dc bairros*', subdividida* em unidades de controle de quarteirão nos moldes
das Já exisfcmci no Rio Cada lubunidade dc controle fazia contactos com apro-
ximadamente cinco pessoas cm cada quarteirão de seu bairro com cujo apoio
poderiam tomar para uma ação geral conlra q governo. No Rio, esses grupos
já haviam sído treinados para o uso de pequenas anms dc fogo t o manuseio de
bombas dc plástico. c csiavam bem ã frente dos grupos dc Súo Puulo. Eles eram
importantes eomq "unidades de retransmissão" para campanhas de propaganda
antígovemista e fizeram a maior parte dai chamadas demonstrações "populares"
contra o Executivo de João Goulart, A unidade de ação de Lobo Rosa estava
interessada em assegurar que os líderes da comunidade empresarial americano e
figuras do governo dos Estados Unidos estivessem informados a icspeiio dc qual

384
icfio ciLiva planejada e por quê. Ele achava fundamental que os Estados Unidos
reconhecessem um governo provisório que assumiria o poder no casq da ação con-
tra o governo federal lograr êxito» apesar de ainda estar indefinida, naquele está-
gio» s questão da época adequada para essa ação. O
chefe do movimento civil do
qual » unidade de B.M. Lobo Rosa fazia parte era o General Dalísio Menna
Barreto,
1 *
A sede conspiratória de Mcnna Barreto havia sido estabelecida nas instala-
ções de uma companhia imobiliária-SELA, localizada no Largo de 5ao Bento, em
São Paulo. No início de 1963 Foi realizada uma reunião nesse escritório enrre
Antenor Edmundo Horta, Eldino Brancame. Coronel José Canavú FUbo — ei-
comindanie da Força Pública de São Paulo» José Freire da Silva e vários outros
empresários que estiveram presentes à já mencionada reunião onde o General
Maurio Filho veio conhecer paulistas civis e militares importantes, 11* Nessa
a
itunüo, os empresários fizeram a proposta, que fot aceita, de que paia conse-
guirem uras mobilização ampla e eficiente e uma boa preparação psicológica das
missas* o estado-maior civil-militar teria de entrar em contacto não só com
139
diretórios de partidos, mas também com qualquer instituição já existente, clubes
sociais e esportivos, associações de classe e empresas privadas, onde o IPES já
vinha desenvolvendo atividades intensas desde o início de 1962. A vantagem da
integração dessas organizações ao movimento civil militar, argumento u-se. era
que elas possuíam arquivos organizados de seus membros e numerosos associados
t filiados. Elas contavam com recursos materiais, financeiros e humanos para a
içio da dite orgânica, e poderiam se transformar em centros muito úteis para
a mobilização das forças de direita. Como eram espalhados por toda a cidade de
Süq Paulo, os clubes e associações também poderiam transformai «o pomos w
paro reuniões, concentração c depósito dc material, bem como quartéis-generais
ímprovisndos dc suas vizinhanças de classe média c alta, Os diretórios dos parti-
dos, agindo através dc seus comitês de bairro, poderiam se transformar em eficazes
meios de mobilização c criar rapidamente O clima propício, prinupalmcntc porque
possuíam bons oradores» experientes em campanhas políticas, que poderíam con-
vencer os companheiros de partido e seguidores de que, para fazer freme b
tf
ameaçi" iminente colocada pelo Executivo e pelas forças nacional-reformistas,
era necessário um movimento civíí-miíílar contra o governo. Da mesma forma,
os diretores de clubes sociais, associações culturais e esportivas tinham capacidade
t autoridade para expor os problemas t arregimentar pessoal para as diversas

tarefas exigidas peto estado-maior civil-militar* Além disso* esses clubes e asso-
eitções de elite untam, muito convenientemente» a classe dominante e a classe
médía-alta paulistas, que foram então facilmente coordenadas e mobilizadas. 144
0 estado-maior civil-militar esperava que, agindo através das cúpulas dos partidos
políticos* clubes sociais c associações, as bases das classes médias seriam atingidas
com facilidade c segurança e forma que seu envolvimento na campanha
de tal

contra o Executivo seria assegurado de maneira rápida e estável. Entre os ele-


mentos rmls ativos na mobilização das classes médias encomtavam-se Eldino
Brancante, o Coronel Canovó, Benedito M, Lobo Rosa, Antônio Vicente de Aze-
vedo, Antenor Edmundo Horta c José Freire da Silvo» que coordenou o envolvi-
141
mento dos Maçons dc São Pado*
O envolvimento dos clubes sociais na rede dc açio polfiico-mi fitar do IPES
foi rd et i v ume n te fácil, uma vez que muitos de seus líderes eram também diretores

385
oü membros importantes dessas instituições soeiiis, culturais c esportivas de elite.
Entretanto. s rede do IPES também envolveu os clubes esportivos cujos sócios
eram. na maioria, das classes médias, e com uma grande massa de seguidores
das classes populares, apesar de sua liderança ainda ser ditista. Entre elas estavam
os clubes dc futebol profissional Portuguesa de Desportos, Palmeiras, São Paulo
e o mais popular de todos, o Esperte Clube Corinthiani cujo presidente. Wadi
Hclou, fora contactado por |oâo Batista Silva Azevedo, vereador pelo Partido
Libertador e artieulador do movimento dentro do Clube de Regatas Tietê e leva-
do por Carlos Brancante ao General Menna Barreto. 1 ” Vicente Azevedo assegurou
a participação, na campanha Liderada pelo IPES, de Paulo Yazbek, diretor do
Sanatório Àvictn» e presidente da Associação Atlética de São Paulo c do Clube
de Regatas Ponte Grande, Paulo Yazbek tomou -se uma figura-chave no setor de
Comunicações de Rádio do movimento rivíLmilítar. Sendo o fundador e conse-
lheiro permanente da Liga Amadora Brasileira dc Rádio Emissão — LABRE, pôde
fornecer ao estado-maior do General Dalisio Menna Barreto c a outros partici-
pantes do movimento civil-militar uma poderosa rede dc comunicações que prev
cindiu tanto dos meios comerciais de comunicação quanto dos meios normais
das Forças Armadas. O Coronel Cid Camargo Osório* agindo na área militar,
tomou a iniciativa de desenvolver um sistema codificado dc comunicações por
rádio com os grupos em operação em outros Estados, Paulo Yazbek também
viris a scr uma figura central na campanha de mobilização das classes medias,
por scr o presidente da Assodaçao de Clubes Esportivos do Estado de Sio Pau-
1
lo-ACLEESP, que reunia 56 ctubes de esporte amador. ** Foi Paulo Yazbek quem
apresentou aos conspiradores tanto Michd Nahas quanto Alberto Brada, pneii-
demes do Clube Atlético Monte Líbano c Clube Sírio, respcctivamente.
Outro contado foi no Banco Sul Americano S.A, P onde procuraram seu
vice prciidcnie, o líder do JPES Manoel de Carvalho, que era também vice-presi-
dente do São Paulo Futebol Clube. Compareceu ã reunião o líder do IPES Her-
man de Moraes do Clube Atlético Paulistano. Mais
Barros, ele próprio diretor
tarde, entraram em contacto com João do Amaral, presidente do Clube Paulista-
no, e com outro diretor, Pedro Padilha, sendo ambos apresentados pessoalmente
ao General Dalísío Menna Barreto,
Levando a extremos a campanha da *'ameaça vermelha" fizeram sentir aos
diretores de clube que havia uma necessidade real de criarem galerias subterrâ-
neas de liro cm seus clubes sociais para o treinamento de sócios. Formaram-se
grupos dc ação de diretores de clubes c sócios selecionados para serem submetidos
a treinamentos mais especializados. A unidade de E. Brancanie forneceria o ins-
trutor; que treinaria setretamente os chefes dos vários grupos, em fazendas pró-
ximas a São Paulo, no uso de armas de fogo e em técnicas dc guerrilha, ,H Outros
diretores influentes dc clubes que estiveram ligados a rede que se iniciava
c que foram levados ao estado-maior civil-militar para receberem instruções
foram- Luiz Nardi —
Clube de Golfe Sio Fernando- Ferreira da Rosa —
Clube de Campo- Angelo Dediics c Delí mo Facchina —
Sociedade Esportiva
Falmeins; Jaymc Loureiro Filho t Milton Nascimento —
Sociedade Hípica
Paulistana. Também foi mantido contacto com Àdhemar de Campos* presidente
da Sociedade Harmonia de Ténis, à qual Milton Nascimento também pertenci*
e onde o JPES ministrava cursos para empresários, profissionais liberais e mili-
tantes, Muitos membro* de várias organizações que haviam passado pelo Curso

386
de Prcporiçõo dn Escola Supcríof de Guerra também estiveram ligados â unidade
chefiada por E. Brançimic c B.M, Lobo Rosa, entre os quais o empresário Lito
Coutinho (que era líder de uma unidade de ação) c Francisco de Barros Campos,
diretor da Sociedade Harmonia de lenis. Além disso, os seguintes diretores de
clubes estiveram integrados ao movimento civíL-mJJltar: Honorino Gasparmc —
presidente do Esporte Clube Pinheiros, que se transformou cm um centro impor-
tante para coordenação dc manobras durante o golpe; Antônio CqÍussÍ —presi-
dente do Floresto Clube; Douglas Michaíany — diretor do Ypc* Clube de Vila
Moriana. O São Paulo Country Clube foi integrado através de seu presidente, 0
,#i
líder éo IPES 1 úTio Cruz Lima c de Plínio Monteiro Garcia.

Nu segunda quinzena dc abril de 1963, o esisdo-maíor civil-militar em SIo


Paulo enviou um convite a figuras importantes envolvidas no movimento civil-
militar contra o Executivo para um encontro no Estádio do Pacacmhu, Foi uma
chamada "público". Cerca dc 400 pessoas estavam envolvidas nesta demonstra-
ção de participação c dedicação. Os organizadores e coordenadores d essa ação
foram o General Daltsio Merina Barreto c o General Agostinho Cortes. Estavam
presentes vários presidentes de bancos pertencentes ao JPES e paremes de Hcr-
beri Levy, bem como empresários conhecidos, oficiais da reserva e profissionais
liberais ligados ao IPES. 14 *
Depois da demonstração no Facaembu foí realizada outra reunião com menor
número de pessoas, desta vez no apartamento dc Júlio de Mesquita Filho. Estavam
,4T
presentes os Generais Mourão Filho. Ramiro Gorrcta c Ivanhoe Martins k
com
urn representante do General Cordeiro de Farias, para coordenar as atividades do
grupo civil-militar de São Paulo com o centro militar do Rio. Foi decidido, na^
qutla reunião, que Júlio de Mesquita Filho ficaria encarregado do grupo que
tomaria conta dc assuntos políticos e orientações ideológicas. Como chefe de um
Importante complexo dc imprensa c com o apoio logístico do Grupo de Opinião
Pública do JPES. Júlio de Mesquita Filho deveria manter apoio para os ativistas
do golpe através da mídia, 14 *
Após a reunião do Pacuembu cm abril dc 1963, o estado-maior civil -mi li lar
realizou outra em junho, H * Como as atividades do IPES fossem amplamentc
encobertas 2 seus participantes mantivessem sigilo quanto às atividades, a reunião
serviu para que os presentes se conhecessem c para reforçar sua disposição de
agir. Muitos empresários do IPES, diretores de clubes sociais, profissionais libe-
rais e outros membros do estado-maior civil-militar compareceram à reunião.
Entre algumas das figuras influentes que foram ao Pacaembu em junho para
um encontro face a face de simpatizantes e participantes do movimento civil-
militar estavam: os líderes do IPES Herman dc Moraes Barros. Manoel de
Carvalho, Paulo Reis Magalhães, Sérgio Barbosa Ferraz, Roberto Levy e Sálvio
de Almeida Prado: os ativistas do IPES Eduardo Levy e seus irmãos (que
trabalhavam na unidade do General Agostinho Cortes), Carlos D' Al amo Lo usa da
t Luiz Alberto Aliilio (que eram os elos com a unidade do Almirante HecK);
diretores de clubes esportivos c sociais pertencentes h seção de “mobilização e
preparação psicológica das massas** do estado-maior do General Menna Barreto,
como Guilherme dc Almeida —
Clube Piratininga, Celso Corrêa Dias — Socie-
dade Hípica e Instituto Histórico dc Guarujá c Beriioga, Milton Nascimento,
Paulo Yazbclt, Antônio Colussi, Adbemar de Campos e Pedro Padilha. Além
desses, os seguintes empresários de influência também estiveram na reunião:

387
Christíui Hcins « d* Witlys, Mário SavclIL da Lighí and Power
Lite Coutinho.
S-A. e membro do de Engenharia, Péricles Senna. da Material Ferro-
Instituto
viário S.A. —
MAFERSA, o financista |c$é Roberto de Oliveira, parente de
Roberto Campos. Heroilano de Almetda Pires, do Banco da América. Caio de
Pauta Machado e Fábio Fasano. diretor do famoso Restaurante Fasano. Ds se-
guintes membros do Movimento Civil de Defesa Nacional, uma linha auxiliar do
íPES c trabalhando nq campo de opinião pública t mobilização das massas,
também compareceram à reunião do Pacaembu: [o sé de Oliveira Pinho, Darey
dAlvear, procurador do Tribunal de Alçada, José Pedro Gâlvão de Souza, Eva-
rtsio Veiga dos Santos, o advogado Ruy de Arruda Camargo, Celso Guimarães
c Plínio Costa César, bem como Luiz Felipe de Souza Queiroz e Eduardo Sousa
Queiroz, lideres estaduais da LDN Final mente, os seguintes ativistas c simpa-
tizantes do movimento civil-militar também estiveram na reunião no Pacaembu:
Àufcliano Leite, presidente do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo,
o Deputado Federal Juvenal Savão, Nemério Bailio, Benedito Lobo Bizarro.
Hcrman FickeL Carlos Brancaníc, Paulo Cardoso de Mello* Maria Aparecida
Cardoso dc Mello* Paulo Cardoso de Mello Filho. Nelson Abdo, Lygia Aguiar
Fasano, Sérgio Lemos Tomes. Rubens e Esther Guaglieraetii, Azte Calfat, De-
mélrio Calíit, Ruy Bulíer Souto, Cosmo Guamícri e divenos estudantes arivisus
15
c representantes de associações religiosas. * As varias “reuniões públicas" desses
membros influentes da elite de São Paulo serviram para estimular os ativistas
militares do II Exercito a continuarem com seus preparativos para um golpe
contra João Goulart; des se sentiram confiantes c fortalecidos pelo comprometi-
mento dos civis.
QuiiÉ no final de junho o «íado-maior eivíl militar organizou um comido
conhecido como Convenção do Pacacmbu, realizado no dia 22, A convenção foi
oiiemivamenie liderada pelo Movimento Sindical Democrático c pelo Movimento
Democrático Estudantil, ambos patrocinados pelu IPFS. Foi uma tentativa da
elite orgânica dc contrapor seu próprio bloco estudantil trabalhador de direita

ao crcscenie bom relacionamento entre as organizações estudantis nacional-refor-


mistas e os sindicatos das dasses trabalhadoras,
Representantes dos Estados de
Guanabara. Parafba* Ceará. Bahia, Amazonas, Rio Grande do Sul, Rio Grande
do Norte, Paraná, Pará, Santa Catarina e São Paulo foram trazidos ao estádio
do Pacaembu. 4 000 pessoas ao todo. Os governadores Carlos Lacerda e Adhemai
dc Bairos, os Deputados Federais Armando Falcão e Herbert Levy, Júlio dc
Mesquita Filho, o líder do IPES Miguel Reale, vetie dc Carvalho* Alexandre
E

Husne, Luiz Carlos Batista, o líder do MSD António Pereira Magaídí, o líder
dos trabalhadores cristãos, Frei Celso e Francisco Rama lho presidiram o en-
contro.
111
A convenção foi um marco significativo na campanha do complexo
IPES/IBAD João Goulart, as propostas nacionalistas c reformistas e a
contra
esquerda operária. Ela se beneficiou da vasta rede de retransmissão organizada
pelo IPES e leve um profundo efeito sobre os militares que* além de receberem
o apoio das elites* viram-se também abertamente apoiadas pelo que aparentava
ser um amplo bloco de irabalhodores* estudantes c classe média. Em meados át
1961, o mesmo modelo desenvolvido no Estado de Suo Paulo, de civis c militares
Interagindo contra o Executivo e sendo organizados para derrubar o governo
nacional, era comum aos Estados da Guanabara, Minas Gerais, Paraná, Santo
15
Catarina e Rio Grande do Sul. Em cada um desses Estados o movimento civil-
'
militar scbaseava na rede regional do complexo IPES/IBAD, apçsar de o General
Mourlo Filho acreditar que isso se devia, em grande pune, sos seus esforços,
uma vei que de havia remado insuflar oposição ao regime nos Estados vizinhos.
Os contatos do General Mourão Filho com os Estados do sol foram feitos partial-
menic através do líder estadual da UDN Luiz Fdjpc de Souza Queiroz e dt
1M
Aurélio Stievanl. Em São Paulo, o General Mourio Filho era o organizador
ostensivo do setor militar do movimento, 114 enquanto o General Menna Barreto
era o principal coordenador dos civfo, * 1 O movimento teve o pleno apoio do
1

governador Adhcmar de Sarros. No Paraná, o principal organizador míUtir foi


o General Ernesto Geisel que comandava a 5.* Divisão do III Exército. O aspecto
civil do movimento era liderado por José Manoel Unhares de Lacerda, que coor-

denava unidades consistindo basicamente de grandes proprietários de terras, jun-


tonienlc com os lideres do IPES da Associação Comercial do Paraná e Paulo
da Rocha Chueri que formava um importante elo com a força policial do Esiado,
O Coronel Nci Braga, governador do Paraná, era disoretameme a favor do plano,
preferindo nio dar apoio aberta mente lw No Rio Grande do Su| podia se contar
+ t

com dois terços dos oficiais do 111 Exército, com a Polícia Civil e cora s Forç*
Pública. O Coronel Barcelíos agiu ativamente na subversão das forças policiais
do Rio Grande do SuL O General da reserva Armand Catrani estava encarregado
da organização dos proprietários de terras nas zonas rurais em unidades para-
mililarcs, que agiriam como um grupo coordenado na época do golpe. O plano
reve o apoio total de lido Mcneghctti, governador do Rio Grande do Sul, que
era ligado à FARSUL t ao JPESUL Em Santa Catarina os proprietários de terras
estavam sendo organizados pura ajudar os militares a favor do plano pira o
golpe, O Gunuruí Pedro paufç ViçUa da Rosa íoi um elemento exiremimcfiie
ativo na mobilização de pessoal militar. Na Guanabara, a Marinha apoiou o plano
compleiamenle, como também alguns elementos^ ha ve do I Exército. * 1 A orga-
1

nização civil, que tinha todo o peso da estrutura do IPES apoiando-a, estava,
conforme foi avaliado pela CIA, bem mais adiantada do que a de São Pauto.
O movimento tinha o apoio total de Carlos Lacerda *1 que, por sua v«, eri
1

apoiado peto IPES. Em Minas Gerais o General Carias Luís Guedes chefiava o
setor militar e o General Bragança chefiava o civil, apoiados pela Mobilização
Democrática Mineira, 11* patrocinada pelo IPES. Os empresários, profissionais
liberais c militares que formavam o que o General Guedes descrevia como o
"atuante grupo revolucionário" que, a seu ver* se colocava na vanguarda da
opinião pública em Minas Gerais, eram líderes e ativistas do IPES-Bdo Hori-
zonte. Através de seus contatos c ligações com os militares dc Minas e outros
Estados» os líderes e ativistas do IPES "propiciaram as condições psicológicas
e materiais indispensáveis pura a eclosão do movimento dt 11 de março, julgado
1
necessário para justificar a ação militar Entre os líderes do IPES mencionados
’.

pelo General Guedes podem ser citados: o empresário Altiísio Araglo Villar,
Josafá Macedo, grande proprietário de terras, banqueiro, presidente da Federação
dc Associações Rurais do Estado de Minas Gerai* —
FAREMG e médkõ. mem-
bro da influente Associação Médica de Minas Gerais (que não ocultava sua
oposição ao governo de João Goulart), o banqueiro e industrial Ruy dc Castro
Magalhães, Angelo Scavazza, diretor da Sul América Cia. de Seguros, General
Eldno Lopes Bragança. General Lopes Bragança, comandante da IEM e Gabriel
Bernarda Filho, proprietário de terras e diretor da Cia. Força e luz de Minas

m
subverter as afiei ms mais jovens. muitos deles no com ando dc tf opas do II
Exército. Nesse esforço, apoiava-se no trabalho do Major Ner A, Pereira e do
Mijar A, Nakashíma. O primeiro era o homem de confiança do General Mourão
Filho c sua ligação com a Coronel José Canavó Filho que T sendo vizinho do
Major Ner Pereira, mantinha soa casa como um das quartéis-generais secretas
do estado-maior civil onde se reuniam oficiais da Policia, Marinha c Aeronáutica*
O Major Pereira e o Major Nakashima formaram uma ampla rede de «poio entre
Os oficiais de escalio mais baixo. As reuniões eram feitas na caso dc |u venal
IU
Sayio. Gnúcleo do grupo chegava a aproximadamente setenta oficiais Para**

fclsmeme o essa ação. o Jpcsíano Agostinho Cortes, como chefe do eslado maior
militar do General Dalísio Mcrnia Barreto e coordenador da ação militar dc
ÍPES em São Paulo, lambem estava praticando subversão entre os oficiais mais
jovem do ff Exercito. Um efcmcnto-chave era o Tcnente*corond ReSlecl, 1 ** que
chefiava uma unidade de ação formada pelo Coronel Cld Osório, os Tenentes*
coronéis Buitvom e Àvrton Cartaxo, os Majores Ismael Artnond, Geraldo Franco
e Rtiy Machado, os Capitães Rubens Franco e Hcrbes Franco e os Tenentes Ruy
Arruda e Queiroz. A unidade do Tenente-coronel Resteel recebeu o apoio de
uma unidade dc civis liderada peio ativista do PES Eduardo Levy c pelo empre-
1

sário do ÍPES Josc Carlos da Cosia Marques (diretor da Wyíiis e membro d»


unidade dc açao dc Paulo Quartím). 1 **
O Major Pereira contactado pelo Major Geraldo Franco, da unidade do
foi
Tenente-coronel Resieel. O
major Franco sugeriu ao Major Pereira que o Tenente-
coronel Resítel c seu grupo se unissem à ação conspiraiória dos homens do
General Mourão Filho Os líderes do 1PES Antônio Carlos Pacheco e Silva e
Octávio Marcondes Ferraz já haviam sugerido o Tenente-coronel Restcd como
homem dc eoniato enire os membros do estado-maior civil devido ao seu desem-
penho como tal unidade do líder do IPES Roberto Levy e também
junto ã
junto a Júlio de Mesquita Filho e Herbeti Levy. Com o Tenente-coronel RestecI
fazendo parte do grupo, as reuniões semanais nas noites de sexta-feira, que eram
realizadas na casa de Juvenal 5a vão. Jogo passaram a ser feitas na casa de Eldino
0faneamc onde os conspiradores se encontravam juntamenie com membros da
H

Força Pública de Sio Paulo. O Ttn eme-coronel Resteel trouxe para o grupo
novas ideias sobre liderança e formas de ação. bem como seus próprios homens.
Ele se opas 3 formação dc um Conselho, Comissão ou Junta, idéias ventiladas
pelo Major Ner Pereira e apoiadas pelo General Mourão Filho, sendo a favor
do estabelecimento de um Comando Central* Ao invés de apoiar atitudes Impul-
sivas, apoiava o planejamento melódico e a inserção dc suas atividades, coorde-
nadas em São Paula, no plana estratégico geral coordenado no Rio, do qual o
Tcncnte^orond Resteel tomou-se o do. Após paciente trabalho do Tenente-coronel
Resteel e $ua unidade, seu ponto de vista conquistou os oficiais e o Major Ner
Pereira foi retirado da liderança, deixando o grupo para conspirar isoladamente. 117

Em ogoslo de (963, o General Mourão Filho foi deixado sem qualquer


comanda efetivo nüs escalões médio c baixo do corpo dc oficiais. Os militares
do íí Exército, comandado pelo General Knjel. ,M estavam envolvidos no movi-
mento articulado pelo Tentnie -coronel Resteel, General Cordeiro de Farias e
General Nelson de Mello. Esse movimento era coordenado pdo General Agos-
tinho Cortes, líder do grupo de a tio do ÍPES, sediado em São Paulo, oue operava
no setor de Forças Armadas e Informação c chefe da seção de informação e

m
contra- informação do estado-maior civil-militar paulista* formado após t já men-
cionada reunião de novembro de 1961 no Ríq. A casa do General Agostinho
Cortei era um centro de informação e contra-informação apoiado pela rede de
civis e milHares do complexo 1PES/IBAD. Através dele eram coordenados os
esforços t atividadesdo Marechal Igoãcio Rolim* do IBAD, Coronel AntÓnjo
Cs rios de Andrade Serpa e Coronel Cid Augusto Osório {ambos homens de
ligação com o Corond Uymz Porte Ua), General Aldévio Barbosa de Lemos. Ge-
neral Reynaídü Saldanha da Gama, Tenente -coronel Rcstcd, General Ivanhoí
Gonçalves Martins {que na época estava atuando como representante permanente
do General Cordeiro de Farias) e do Coronel Lauro Rocei Diegues* chde da
Seção de Informação do II Exército. *® Apesar de todos os seus esforços, era
1

óbvio que o General Mourão Fíího permanecia isolado em sua conspiração mi-
litar, cfiquanio o estado-maior civil-militar comandado pelo General Menna lar-
reto progredia.

No de agosto de 1965, o General Mourão Filho foi wesperidamenfe


final
transferido para o comando da 4. 1 Região Militar e da 4.* Divisão de Infantaria
do I Exército, sediados em Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais Essa trans- .
m
ferência foi um golpe para os conspiradores cm São Paulo e em outras partes
do país, inclusive Minas Gerais, püi dois motivos. Em primeiro lugar, o General

Mourio Filho era considerado há muito tempo peio Executivo utn conspirador
em potencial bastante conspícuo, apesar de ineficiente. Assim* a atenção que
sua personalidade e suas atividades atraíam permitia que outras figuras, como
o General Agostinho Cortes e o Tencme-coroneí Realcei» desenvolvessem e pros-
seguissem com mm ação discreta e eficiente em Sio Paulo sem serem moles-
tados c distante do serviço de contra informações de J Goulart. Pôr outro fedo*
sua transferência para um exército aquartelado em um local
cuja distância do
Rio era metade da distância de sua antiga base
a em São Paulo
e com mais tropas
sob seu comando, preocupava muito aos membros do complexo IPES/IBAÜ.
Uma marcha intempestiva do General Mourão Filho sobre a antiga capital poderia
criar sérios problemas para as tentativas do jrmpo PÊS/ESG de controlar os
I

acontecimentos e executar um golpe vitorioso m


As consequências de uma ação
tão impulsiva poderiam ser desastrosas, destruindo a estratégia cuidadosamente
desenvòlvida pdo grupo 1PES/ESG. Além disso, em Juiz de Fora o General
Mourio Filho estava dentro da esfera de influencia nio só do Governador de
Minas Gerais José de Magalhães Pinto, que. como candidato em potencial i pre-
sidência da República em 1965* ganhou assim um aliado fortuito e um tnmfo
para descartar no jogo regional de poder, mas também próximo aos oficiais
favoráveis ao General Costa e Silva, um tròupier m
importante, que nlo compar
tilhava de identidade de posições com o grupo IPES/ESG. A mudança do General
Mourão Filho para Minas Gerais também poderia danificar as ligações cuidado-
samente elaboradas que os ativista; do IPES Belo Horizonte haviam estabelecido
com outros militares no Estado, principal mente com o General Bragança e com
o General Carlos Luís Gucdcs ,n que* além de su« ligações diretas com os IfHcras
do IPES-Belo Horizonte* também estava ligado ao estado-maior do IPES-São
Paulo por intermédio de André Tclles dc Mattos, membro do grupo do General
Agostinho Cortes* e também através de Nemésio Bailio e Carlos Eduardo D Alamo
Lousada,
1 ”

393
Chegando a Minas Gerais, c imediata mente apôs assumir seu novo comando*
o General Mouiào Filho entrou cm contato com o General Guedes» a quem con-
fidenciou suas operações em São Paulo Em setembro de 1963» o General Guedes
e o General Moorio Filho tiveram uma reunião com o Governador Mngalhiei
Pinto, onde foi discutida a formação de um 'Estado-maior Revolucionário". Em
seguida, o General Mourão Filho e o General Guedes estabeleceram contatai
para cs operações com o Coronel José Geraldo de Oliveira, comandante d>
Polícia Militar de Minas Gerais e com o Coronel Afonso Barsanie dos Santoi,
chefe do Estado-maior da Policia Militar. Logo após suã chegada, o General
Mourão Filho teve uma reunião com o Coronel Antônio Carlos de Andrade
Serpa, recomendado a Mourão Filho pelo Coronel Rortdla, que pertencia ao
grupo do General Cosia e Silva e estava ligado aos extremistas de direita no
Rio e São Paulo. Quando o General Mourão Filho pediu seu conselho a respeito
dc quem integrar era seu novo Esudo-msior, o Coronel Serpa indicou o Tenente-
coronel Everaldo fosé da Silva, também ligado ao Coronel Portclla Alguns dias
depois. Tenente-coronel Everaldo indicou ao General Mourio Filho os nomes
de oito oficiais, que passaram a formar seu Estado-maior, m
Subitamente o Ge-
neral Mourio Filho estava sendo sustentado pelo Grupo do General Costa e
Silva, que tentou cocptá-Io. Entretanto, havia um Major, fosé Ramos de Alencar,
no Estado-maior do General Mourão Filho, O Major Alencar estava ligado ao
líder do IPES Augusto Frederico Sçhmidt, que assumiu a tarefa de solapar o
17
prestígio do General Mourão Filho junto aos jovens oficiais. * Estabeleceu-se
uma situação semelhante a de São Faulo. com os elementos do grupo IPES/ESG
tentando enfraquecer a autoridade do General Mourão Filho —
o que, no final,
foi inútil — c icniando tmbént incorporá-lo à conspiração do movimenta civil*
militar de Minas Gerais. Como foi visto anieriormíníe. esse movimento havia
sido organizado pelo ÍPESBdo Horizonte c fígado ao General Carlos Luís Guedes,
Ingenuamente, o General Mourão Filho acreditava que havia sido responsável
pela formação do movimento civil-militar cm Minas Gerais.
Em o General Mourio Filho entrou em férias, enquanto
janerro de 1964
o General Guedes assumiu a supervisão do desenvolvimento da conspiração.
No final de janeiro, o General Guedes compareceu a uma reunião, que
1
k
Tornou
vital entre os representantes das "classes con serva doras' fsrr] real irada no Edi-
fício Acaiflca, o complexo de escritórios mais importante de Beto Horizonte, onde
o ÍPES estava sediado, ” Entre os representantes dos empresários e profissionais
1

liberais presentes a esta reunião estava toda a liderança executiva do tFES c

vários ativistas, psrte do ''atuante grupo revolucionário" mencionado «n teria r-


mente, isto é; [onas Barcellos Corrêa, Josafá Macedo, Ruy dc Castro Magalhães,
Aíuísio Aragão Vi liar* Laércio Garcia Nogueira c toda a diretoria clã Cia. Side-
rúrgico Bdgo-Míneira e suas subsidiárias, ou seja: Joscph Hcin, Francisco Pinto
dc Souza, Elmo Alves Nogueira, Henrique Guarimozín, Geraldo Parreira,. An-
tônio Chagas Diníz (também diretor da Cia. Fiação Tecidos Santa Rosa, Comer-
cia) Santa Rita 5/A, Fundição Santa Ff c Máquinas Agrícolas Altivo S/A) e

Antônio Mourão Guimarães (que também era diretor do Banco dc Minas Gerais
S/A c do Banco Mercantil da Guanabara) V ê Além destes, os seguintes empre-
sários influentes estavam presentes: Tosé Neto de Oliveira —
Banco Comércio
e Industrio de Minis Gerais S/A: Edwrn May —
Cia Siderúrgica Mimnçsminn,
Cia» Siderúrgica São Caetano, Manncx do Brasil S/A, Mannesman n Mineração

394
SM; Caetano Nascimento Mascarcnhas —
Cedro e Cachoeira Têxteis, Cia, In
de Estamparia; Antônio Mascarcnhas Barbosa, Alexandre Dmiz Masca-
difsirift!

renhas —
Cio* Iruluslriül de Estamparia; Décio Magalhães Mascarcnhas Cia. —
Industrial Bdo liorízonle; |oão Renô Moreira —
Cooperativa Central dos Pro-
dutores Rurais êt Minas Gerais Ltda. Mcialgráfica Mineira S/A; Avelino Me-
t

neies — Frigorífico SIPA S/A; Francisco Meneies Filho — Frigorífico SIPA


S/A; Américo R. Gianttctti e Muríllo Giannetti —
Fabrica de Papel Cmzeiro
S/A; ínvóbiliarífl Mitwira S/A, Celulose c Papel Minas Gerais $'À: Oswaldo
Pierucetti —
Banco de Crédito Real de Minas Gerais S/A e intimo colaborador
político do governador Magalhães Pinto; Da rio Gonçalves de Souia Cia. In- —
dustrial Itaunense: Romuaido Conçado Neto —
Casa Comercial Romualdo Can-
çado S/A, Associação Comercial de Minas Gerais; Nansen de Araújo Cia. —
Brasileira de Instrumentos Científicos, Associação Comercial de Minas Gerais;
Paulo Souza Lima, do ramo dc construções; Rui Lage Sociedade Corretora —
de Títulos: os advogados Bento Romeiro e foão Romeiro; Padre fosé Cândido
de Castro: General LI anu Bragança; Gabriel Bemardes Filho Cia. Força e —
Luz de Minas Gerais; advogado Rúbio Ferreira de Souza e José Luiz Andrade
— Fundo Crescinco. ** A reunião foi presidida pelo líder do IPES Aluísio
1

Aragão Víllor que, de acordo com o General Guedes, estimulou ação à margem
da lei e pediu intervenção militar.
Na reunião do Acuiaca, como ficou conhecida, os empresários e profissionais
liberais do IPF5 tentaram insistente mente aliciar o General Guedes pira que o
ofícinfcm comando c os militares de Minas Gerais se comprometessem firme e
ntivumcnti* com ttmit operação ofensiva contra o Governo. Provaram também
no General Guedes o forte apoio dos empresários pela sua presença « reunião
t por suas atitudes manifestasA resposta do General Guedes foi que os em-
deveriam “tomar as ruas de lango'* O General Guedes frisou que
presários
uma vez que a opinião publica estivesse mobilizada pelos empresários Contra o
governo, '"nÔs, os militares, como parte do povo. apesar de armados, nmples-
mente usaríamos nossas armas para o que fomos criados, a defesa da segurança
l *°
interna ameaçada pela esquerda
*
Este esquema era semelhante ao elaborado
em novembro de 1961 no Rio, t igual ao posto em prática cm São Paulo. Ainvés
de seu cornando civil c juntamente com a mídia de Minis Gerais, em particular
1,1
os Diários Associados, e várias organizações de ativistas femininas das classes
medias, especial mente a Liga de Mulheres Democráticas e o Morimento Familiar
Cristão, com as associações empresariais, a FAREMG
e a Federação das Indús-

trias, a Liga Anti-Comunista, organizações estudantis e grupos paramilitârcs como


a UDN Estudantil e oGAP. a liderança do IPES realizou operações semelhantes
às desenvolvidas no Rio e em São Paulo e descritas anterior mente, A campanha
de propaganda que custeavo a publicação de manifestos de associações dc pro-
fissionais liberais —
cspeciolmcntc advogados e médicos na imprensa, te'e- —
vísão programas de radio, comícios c marchas organizadas pelo IPESBelo
e
Horizonte c suas associnçõcs paralelas culminou, cm fevereiro de 1964. com a
Marcha do Terço organizada pelo Padre Pe>ton, pelo Padre foio Botelho e por
*5
várias organizações femininas patrocinadas pelo IPES. A marcha, que condenou 1

Leonel Briíola publicamcntc como antí-Cristo, também condenou o governo de


João Goulart e pediu uma intervenção militor, O apelo da Marcha do Terço foi
reforçado pelo lançamento, cm março de 1964, da Marcha da Família com Pcoi

395
o

pcí» Liberdade* num* operação semelhante la executadas em São Paulo c no


Rio de Janeiro* Signíficaiivamente* entre os militares que lideraram & marcha
encontra vam-se o Central |osé Lopes Brag inça* ®* o próprio Gene rui Guedes* o
1

Coronel fosé Geraldo de Oliveira* o Coronel Dióscoro Valle c o Tenente coronel


Joaquim Clemente ,N O díma políEko em Minas Gerais estava pronto par* que
fosse desencadeado um movimento militar contra O governo central.

Foi de fui? de Fora que o General Mourão Filho lançou c precipitou o


golpe de -Si dc março de 1964, demando seu quartel de uma formo que parecia
ser uma repentina mudança de apoiada pelo General Guedes, apesar da
idéia
cuidadosa supervisão a que havia sido submetido. ** Os maiores receios do estado-
1

maior do Rio dt Janeiro haviam s*do confirmados e assim, uma campanha condu*
,

zída com ordem c cuidado pelo complexo IPES/ESG com o fim de tomar o
poder de maneira organizada e completa foi prejudicada à medida em que atores
políticos inesperados foram colocados cm papéis centrais na disputa pelo poder
que seguiu à partida apressada do General Mourüo Filho dc Juiz de Fora. *
11

O estado-maior informal no Rio foi imediatamente informado da partida do


General Mourão Filho e resolveu com rapidez apoiar a iniciativa para impedir
o intervenção militar do governo centra), esmagando a insurreição que se iniciava
t tilvíf usando o fato como um prtiexto para agir também contra o grupo
JI
IPES ESG. Além disso* o estado maior informal tinha de agir rapidamente
para evitar convrquinçias indcsciavcis da atitude do General Mourão Filho,
especificam ente a projeção de políticos c militares que, ao mesmo tempo que
se opunham o |oio Goulart, não compartilhavam dos valores e metas do grupo
IPES/ESG Entretanto, o dano h*via sido causado* O
domínio completo da ESG
dentro da hierarquia de Ejírctio o irow^rr GertcnJ
havia sido derrotado, ç
Coita e Silva* apoiado por um
grande número de oficiais de médio escalão t
extremistas de direita, icmou-w Ministro da Guerra, um posto para o qual o
General Jurandir S Mamede ha™ 11
sido preparado * A tomada do Ministério
da Guelra pelo General Co*ta e Silva tomou se um fato político da maior impor
linda contra o I PFS e a ESG '** Mas apesar desse revés, a elite orgânica do
complexo JPE5/IBAD conseguiu colocar-» n a direção do Estado e ocupar os
pos tos-chave da burocracia civil c da administração íecrxxrátici. enquanto a ESG
lentamenre, mas com segurança, conseguiu suplantar um grande número de seus
oponentes longo prazo* controlar uma boi parte dos postos milit*re*<hive
e, a

bem como obter uma posição de supremacia no ensino e na doutrinação das


Forçai Armadas, onde sua ideologia de segurança t desenvolvimento passou a
dominar. De qualquer forma, de acordo com o propagandista do IPES Wilson
*4
Figueiredo, editor do lomat do Brasil, o bom bocado não é para quem o faz*
e sím para quem o come'?* e apesar de o General Mourio Filho haver desen-
cadeado o golpe* sem dúvida foi a elite orgânica do complexo IPES/1BAD quem
colheu os frutos da vitória* como o capitulo seguinte tenta mostrar*

CibcImíi

Tentou-se descrever a imp!* rede de apoio que o complexo IPES/IBAD


conieguiu dentro das Forçai Armadas c também de militares da reserva. Algum
do* oficiai* mais influentes eram Epcsiarm e Ibidianos* e desempenharam um

396

papel significativo na preparação c na consumação do movimento civil-militar

que depôi Joâo Goulart,


AWm icntousc descrever a parlicipaçio de civis t oficiais do cem-
disso,
pliívo IFES IBAD no movimento ei víl-m litor que rei irou o Presidente ífole
Goulart do pucter e marcou o fim do regime populisia, A articulação de lantos
M
c lao diversos ülores e facções como o grupo de "linha dura da ESG, os extre-
comuns
mistas de direita c os tradicionalistas conscientizados de seus interesses
do IRES foi conseguida, ao que parece, sem que os diferentes
pelos ativista*
grupos participantes soubessem ou compreendessem plcnumente as implicações
nacionais mais amplas e o total significado político c econômico que o papel do
complexo IRES/IIJAD impo* sobre os fatos. O complexo IRES/fBAD estava
no centro dos acontecimentos como homens de ligação e como organizadores do
movimento eívíl-militur, dando apoio material e preparando o clima para a inter-
vençãú militar, E este é o último ponto que se tentou enfatizar, isto c, que o
ocorrido em II de março de 1964 não foi um mero golpe militar. Foi. conforme
mencionado unter!ormentt\ uru movimento civil-militar. Discutiu-se e tentou-se
mostrar nos capítulos anteriores, bem como
neste capítulo, o que o prúprio Ge-
neral Cordeiro de Farias reconheceu, que o movimento vitorioso de 1964 foi
"ai lamente político e civil em sua formação e execução 'V 0 A elite orgânica, *

durante a presidência dc João Goulart, havia ajudado a conduzir o Estado bra-


sileiro para uma situação em que uma intervenção protobon aparas ta pelas Forças

Armadas poderia ser encarada por um grande número dc militares como uma
solução adequada para as contradições da sociedade e do governo brasileiros*
O complexo 1PES IBÀD c os oficiais da ESG organizaram a tomada do aparelho
do Estado e estabeleceram uma nova relação dc forças políticas no poder.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

I As rnnnohrri» nrepflríirdriai pari o ifite*rr Rio dç laneiro FdíTOra No-


(Hí p^ü n ri mente dita a consmracno ffllre
.1 va Frpnicrira. 1979 M
Tavme PÜRTEU-A.
oi dderentes numerosos oTicmis envolvido» Â mvrtittàv t o |wvftno Cosia e Sifva Rio
e flcimii He inHcí mui» hgnçúcs tom o lcjttí 1
dc (anciru. GuiVíra, 19 ? 9 _

PÊS/IMD, tinham um cardicr ei*


I
2. tnformucâes fragmentadas sobre os eoni-
pecinlmeniLí secreto Essas liyiicúcs fu rum c algum
plriidore; rriaios a respeito dos
periodicrmicnte dcmmcmdni pur ndvmd* movimento» cmpreinml-militflfcs podem
nú* (lufftícos no* primeiros Jinus dii décudu ser enuuntrudüs em: fp> MOMIZ BANDEL
de ^ti^enui e têm sido revelada* em rrnbn«
RA, ü jtoiwiu íotla Goulart: as füftij jq-
lhos recentes Cm documento» do IP F.S. o* crais rui Hrtfsti Km dc hmeiro, Civilização
uNrifHs tTftm. na mniurlo dos cosas, ídentL
Jiresilclra, 1977. |b> MüNIZ BANDEIRA.
Ficndoi por sumi inidmv
Prctemw dos Estados Vrtidvs no Brasil Rio
Üimtre os memdrins recentes dc ofleinis.
de luneiro CivilEtiçin Brasileira 1913. (eJ
aquelas que fornecem infomiacõc-i entrem^
Hélio SILVA JVíhL jtolpe ou cotitfQ-jtol
mcnle óteís c que serão CKUUiUvumcnle u li
pó* Riu dc Janeiro. Civilizarão Brasileira.
li/udus nesLc capítulo sAü: (a) Olympió
MOURAO Filho Memóriastt vvntmtv do WS. Id) |o»é S1ACCHINI Março 64r
tu» mtihtLioftttrio Rio de í une iro. I- A nwbihztiCfío riu tíudikrm, São Paulo. Cosn<
FM I97B {Introdução v pçtinmn de Hf- pimhin Etl Nuriünul, 1%5. (e) Murnant
P AGUIAR, A
1

lio Silvai lb} CutIüí Luís GUI D ES, 7'Wm rvvoluçíio par dvtiiro, Rio

397
ót lantiro Àrtcnovj, 1976 (f) Alfred STE- filiação do» participante» do compkao
PAH The mtUiary m p&tttc* ihongitg iPES/IflAO »e lema conheüda. Ev»a lcfi‘
pyirrm» in IProril Prtnmon. Frinceton talixa foifeiH a parlir dc rebtoi parviau
Univ, Prm. Phyllu PARKER
1971 (g) c de informacòc* adicionai». pro»enicntci
1964 O papet Jo* Lifadut t ntJoi no g<d- d<M aroui»o» do IPFS Ainda que c»ie$ re-
p* rfr i i tujo de Tí de rnurfu Riq de Ja- lato» seja m conflitante» na dcicriçào do»
neiro. Civilização 977 ihl lohn 1 eve niM e na comprccnyào de algtatvs fatfr
W f DLLLES tnrcu irt fírjziJ poltU&d nc» do proccijo que cylmmúu com o |o1pc»
mdttary rriJr» J955-J964 Auti ir*. Lni* of eJo poluem um importante pomo cunujrn,
Tct« Pmí. 1^70 (o John F DlLLES W Todo» ele» itidicam o» oficiai»* cmptciârtot
Ctíihlfo Branco thf nraÂMi of J c polmco» do completo IPES/tBAD como
ptettdent. Auifin, Lnn of Teta* Prev 0 centro da campanha que ocasionou o gol
I97B. (j) Jintinu Alm BASTOS £ne»n- pe Fm muito» ca»oi. p papel central do
iro eom o tempo Portq Alegre, Eduora IPES cm particular é cipliciiamtntr indica-
Globo. t%5 cl) Gcorge W BEMtS From do. em outro» caio» o Instituto não á men-
erigia to revolution. monlhly c aie iludi». cionado como ia!» embora oi alorc» políti-
Ifi: /niTrrpfiJffuflíiJ Puk/jc A dmiitíjffEffion Se- co»- lanto mllíiarc» eomo tmpreiino». en-
riei, Lo* Angdc». Un iv Southern Cáhfoi- soUídoí cm opcracoci-cha» c ou dc»ia^adoi
oin, 1964. n 1 (vn) Mauro BORGES O cOttlO personagens ccnlrrti». aejant lidere»
gotpi* cm {Joios- fmleWtf t/f uma grande c dtívlita» do complexo IPES/IBàD
traiçào Rio dc laneirp, Citilitação Brati
1 Articulação ú uma cxprcMão ampbmef»-
leira, 196-5. ínl Glauco CARNEIRO Hty
tc usadn para indicar ligoçúct t contado»
tdria tias re vohtçòci fyfaíttnrj* Rio, Cru
efeluados por indivíduos c grupo» a fim de
reiro, l%5 Albtno DtSLS ei
V. 2. (o*
estabelecer diretrites comum para »eu mo
nlii Üí fdoi d? março < a yueJj cm ahnl
vrmrnio conira um determinado advcmrio
Rio de Janeiro, Joit Akiro, 19W [pt Car-
comum,
io» CüMcUü BRANCO tntroJução a rfvo
íucüq de 19t*4 Rio dc Janeiro Artcnava, 4 À Fmbainada Americana limWm de
1971 V ] c 1 (q) 0]>jnpiü MOGRÀO F; scmpcnhou o papel "de tomar grupo» ci-
lho Memóritu Arakcn TA- tip cif
vi» e miTuare» dispare», porem i impai rtaft-
ír)
VORA flrtm/ Rio dc fifwtro
t '
de abrd to conhecedor» um det outro» e da de*
Vlill Domftllt*. 19*4 Ankçfí TA- lealdade do governo". Riordan ROETT,
r»l
VORA. Húw Broa! itoppcd amimaiipn Bi-jid lis íhe iran». Naihvillt, Vanderbilt
Rfo dc Janeiro. Vida Doméstica. 196* <0 Uoiv Pre»» p 90^7 Nctiü oper^
P
I9J2.

Odíl-o OENVS Denji conta rudo feuoj eõei o Coronel Vemon WiT
drviacou ie
f Fofo* 02 dc maio dc 1964 (u) Edmuftdti ten. adido militar da Fmbj xada America-

MONIZ O goJpe de afrrif Rio dc lancira. na que coordenou opcraçòc» de informa*


Gviluição Bmil cif a, 1965 fv) fatiei W (ào no Braiil Lm relaióno do SFJCE* O
ROWE Tfir rrrofij/iOJi and fAc icrvico de contra informação do FiircíiO.

íiUdoi Lmdoi American Lnnr Fícld Suff, cnfatrcou o envolvimento do Cororvef WaL
íulho/a^oiio Relatório XII, V J 4 ten In M BANDEIRA O governo Op
5. H> Philip SIEKMAN. When caç4Utivei cif p T2B29 N'o«a bibliográfica (.

turned rctoluiionjnrt A story hiihcrio un FORT EU A op. err p. 175.

lold: hoi* Sao Paulo busmestmen eoniph 4 O* contactos cMemo» foram cnfaóza-
red to o* cri hm* commuíii*t infcít pclj viMti ao DrosiL cm outubro ét
du*
ed fO»cmrnen| forume. EUA, (1| í*7.49 t
l%2 de uma equipe de pcvqujia. o Jnter
210^21. wpi I9M to C S HALL The unm- Agcrny Survcj Team r formada pot mem-
ír> lha t ii^cd itielf Readrf'$ Digett EUA» bro* dc vário* Órgão» amer^anos e chefia-
Novcmbcr-1964, p UM» Rcportafcm E*- da pelo Embamador Wiíliam Draper A H
pttiêl equipe de poquita rncluta o Majur Gene-
A% mformasiAei advim da tentativa de rat Douglas V fohnson (Dc par lamento dc
momenio não
rceunitüuir titasón que ale o Defesa). LudfeelJ L, Munijguc (CIA). Tho-
foram devidamente cidárccida* t que ad- mii* E. Naufhtor* íAíDl. C fd^atíf Wells
quirem maior importincia^ â medida que a fUSfAL Henr> J Constanru (Departimcn-

398
lo do Tcsoüro) c WilUam B. CpnneU Jr, Arquivos JFK + N$F Vide também f. POR-
(Departamento de Estado), Eks visitaram TE LL A, op. th p. 174-tSt.
o Rio. São Piulo e o Nordcsfc e recebe- 6. Em uma das reuniões realizadas pcli
ram tobenura pnro suas atividades petos equipe do General Draprr durante sua mis-
agentes dfptomátkos línseriamos no Brasil.
são dc investigação de ocorrências no Bra-
Essa equipe reutuu-sc cm Sõo Pauto, uti- sil. |ohn Rtchards. presidente da American
tilando-se de timo toríc de jantam e almo- Chomber of Commerce em Sio Pauto, ex-
ces çom a participação exclusiva dc homens, pressou sua grande preocupação a respei-
para fazer contactos pessoais. trafif das to do futuro polilico e econdimto do Bra-
questões do momento e trocar idéia» so- sil- Richards declarou "que ele eonsideriva

bre a conjuntura política. Os seguintes li- íoão Goulart pessoa exirernamente periga
derei do JPES estavam presentes Tcodo- ia c sugeriu que o Governo dos Estados
ro Quariim Barbosa, Gastâo E. Bueno Vi- Unidos deveria forçar o colapso económi-
diial. Paulo R Magalhães. Fernando E- T L« co do BrasiL cortando toda a ajuda à Ad-
Vicente dc Paulo Ribeiro, Paulo Ayres Fi- ministração de Joio Gcul&u e, dessa forma,
lho e Humberto Monteiro. causando a queda éo próprio leio Goulart.
Eles também se reuniram com Quiri no Quando isso ocorresse, espera va-se que os
Ferreira Neto (di mor -vicc-pre ridente da militarei interviessem e “corrigissem os
Falha dc São Paulo e diretor da Agua Fom- condições existentes \ Enfatizando sua »r-
ffflíis S/A), Bnicc S, Golbratfh (diretor da gunrentjÇDo Rich&rds acrescentou que "v*a
Alba £A,Í. Waticr H. Cussehoven (dire- muito poucas possibilidades dc colocação,
tor da General Motors do Brasil). Francis pelo* Estados Unidos, de assessores cm ins*
L Herbcrt (Cia,do ftrnsif). (oseph
S-wifi lituições financeiraschave no Bruil", Ae-
H Union Carbide do Bra-
fone» (diretor da rograma enviado ao Departamento de Ev
fUh íobft 5- Rkhards (presidente da RCA lado per Daniel M
Braddock. Câmul Ge-
Eletrónica Brasileira e presidente da Amt- rai Americano em São Paulo. 19 de puiu*
rfean Cftambcr oí Coromerce no Brasil. São bro de im> K
A-I09+ Arquivos JFK, NSF.
Paulo). Francisco dc Pnuto Vicente Aze- Os líderes dos JPES mantiveram comíc-
do Banco Comercial
vedo (vicc-prcsktcntc io com o governo americano em outros rtf*

do Estado dc São Pauto S.A.). Encontro- ve is. O Embaixador Lincoln Gonton ob-

rom-ie, ainda, com Adhemsr de Barras. |o servou que o líder do IP ES Alberto Byngton
ve ma dor eleito de 5 5o Paulo, o General {um americano- brasileiro da cidade pauTis-
to de AmcHcaiu) Foi enviado a Washington
Píry Bcvitocqua, comandante do II Exér-
cito: o General Aurélio de Lyra Tavares*
como emissário das forças anti foáo Gou-
comandante da 2/ Regtüü Militar do Bra-
lart. em março
de !%4. Antes de retomar
no Brasil, no daqude mês. eíe havia
dia 31
sil; Maria da Conceição da Costa Neves,
requisitado às autoridades americanas um
deputada por $<to Pauto e qtie mais tarde
plano de emergência e contingência para
virli a ie tornar uma
líder ostensiva da
garantir apoio logístico ao movimento con-
"Marcha da Família*'; Antônio de Barro* tra João Goulart. O plano de contingência
Ufhoa Cintra, reitor da Universidade de preparado peto governo americano tomou-
São Pauto, c Ruy Mesquita, filho dc |úllo se conhecido como ^Qperauon Broiher
ile Mesquita Filho, editor e proprietário do Sam" (Operação Imtio Sem). Para maio-
0 Eu ado th São Paulo s elo próprio di- res informações sobre a '"Operação Umào
retor Ú0 tornai. O
"Embaixador*' Drfipcr Sam" vide fa) Marcos Si CORRÊA.
era. na realidade, o General William H. t'fjío € comentado peta Casa Branca. Por-
Ora per (da reservo) do Exército dos Esta- to Alegre. L & PM. 19??, que reproduz uma
dos Unidos, viajando sob cobertura dipto série dc documentos importantes disponk
màúai O General Drapcr se manteve cm vejj m RíMtottca Lytiden lohmon em Aus-
coniDcío com o IP ES, visitando sua lide- lin* Tetas, {b) P. PARKER, op. <it. (e)
rança npós o golpe. Aerograma enviado ao Vcritoít WALTERS. Srient míjjioni- EUÀ*
Departamento dc Estado por Daniel M. Doublcday, 1978: {d) A. ). lANGGUTH.
HrudttocL Cônsul Geral Americano em S5o Hiédcn terror* New Vor k t Panthcon Bcoks,
Pauto, 19 de outubro dc 1963. N. A-109, 49-78; {e| forttai do Brasii, 18 i 2B de dc^

599
t ,

zombro« 1976. (0 Lincoln Gordcin. Enir* SESC/SENAC, no Círculo dc Estudos Baiv


vís(a Rohcrlo Garcia Veia, 9 dc março
i dctranies, no SESK na sede do PRP c ni
de 1977, íg> <J*>le Hiidjen* WATSON. Associação Cotncfíial do Paraná. Vide U}
Õroihrr Sor^rr and lhe Goulart ftolpt Te- MÜNIZ BANDEIRA, Fr ejcítf u op, df+ . .

xas, LMiv, o! Tcxiu, 1977. Mimcogrxfado. p. m, ib) O


Semanário {37$}, 12 b lô de
7, A 5 de fevereiro de 1962. durante um março p. S. M
Ata do IPES* 27 dc mar-
ço de 1962. (dl I P E S CD, 23 dc agonio de
reunião da Comissão Dmtora do IPES.
1962 (c> IPES CD. (6 de outubro dc 1962.
Glycon dc Paha C |o*é Rubem Forne ca
ipreiemirim o problema da equação le-
{H Poiíticó e Segóçiot. 19 de agosto dc
1963
tal tPESMAC" teceram comentinas i
e
fnpnlof dai prcivòc» impúniu a seu amigo 9 A respeito do treinamento especial re-
A Niucr. Mmitrro da ]u*riçi. desde que cebido pelos militares e pela poffeú para
• queifio ie loenarj putiln# Todos « & Mar çom ej civb* *tdc <*) A. LANG
forço* deveriam «r rmidados para nitir GLTN üp eit princi palmcnt e os capita
O conhttimchlo pelo publico, da associa- los 2 5 ibí fan Knippcts BLACK. Uniled
ção JPESMAC Amónio GiHotti relembrou Sr me i penetrai for r of flruziL Mnnchesier.
rtol mrsenlei oue "Cada membro do IPE5 Minchcsier Univ. Press. 1977. Cap. 9. (c)

acusado de periencer ao MAC doe se de- NACLA Handhook. 77/c U.S, mitilary tfp
fender. Porém, cm sua defesa. nio óc\ crà partims. Bcrkelcy, Aug. 1972.
ponlivA ou rscgauvimcnie íuat a mininu 10. Conta los permanentes dc empresário*,
referência ao IPES ” A quesiâo foi noto* jomiliiiat simpatizantes c políticos ecm as
mente levantada uma vemana mais tarde. Forças Armadas foram estimulados peia
J3 de fevereiro dc 1962 por Peixoto ehte orgânica. Rui Gomes de Almeida, agin-
do Vaíe. que cuidava da imagem pübJica do como personagem de liderança empre-
do IPES como «jKOCWivo da Promoção e sarial, sem manter pubífcamcnte qualquer
Propaganda. £le «Uva preocupado com o ligação com o IPES ou suas atividades sub
fnló dc icr o General Golber? publicamen. vcnivos, foi um clemcnio-chnvc ncsicj com
te considerado um homem dc direita, 1i|* li cios Ruí Gamts de Almeida pòát rdo-
do àquetci elementos. Vide Abreu Plínio de lar a liderança do IP ES que bavii conver-
RAMOS Como tfgrm qi grupof de p/&- sado em um encontro casual, com o Gene-
wo Rio de foneiro, Gviloaçoc SntJtifi. ral Os vi no comandante do
Ferreira Alvts,
!%> p 434 I Exército c ren ornado nacJonaJiiia- R. G,
B Vários Outros grupos e orgjmtaçâei si- Almeida confidenciou ao General Osvinú
milares surgiram nos primeiros anos da que ele era um homem do ceniro ejquer-
14

década dc sessenta. tais cocno o Movimento diiante ''dinãmtcõ e nio esl Ético Êmre- .

Anu Comuiiiifa — MAC, o Movimento Qt tanio. R G Almeida enfatizou que "ama-


mocritico Brasiklro — MD8. a Ação Vi- nhã fos militares) teriam provavelmente
gilante* do Brasil — AVfL i Fiirulhi da que escolher, mas para o Executivo eles
4

Democracia, a Organização Paranaense deverão admitir apenas homens dc ceniro ".

Anij Comunísia OPAC, « — Mobiíifação R G Almeida acrcsccnlOU que 4i *e eu tiver


Democrática de Minai Gerais MDM, a — de escolher entre o comunismo c a ditadu-
4
Cruzada Saciam] de Liderança Dcmotrí ra, eu ficarei com a direria' (*í IPES CD

rica —
CMD, o Çrjpo de Açio Patriótica Rio. 22 de maio de (962. (b> ÍPES CD. 4

GAP e LIDER A CNLO imha como de setembro de 1%2.


objetivo a doutrinação das “ebíset tLngen- Segundo António Garfo* do Amaral Osó-
tti Cipitslillit

. enquanto que. ao mtimo rio,foram também mantidos comactos Com
tempo, preiendia penetrar nu classes tra- outroí oficuis influentes tais como o Ge-
balhadoras Vide documento aifinado da nera) Criiamu e o General jair Dantas Ri-

CNLD. Arquivo* do IPES Rio de Janeh — beiro. Vide também Oaávio COSTA. A
rú + revolução que não tem dono. In: O pro-

— Oi grupoi da rede OFAC/JRàD/ cetw revoiuctanàfío


neíro, AERP,
óroii/rrro
J969. p, 60-L
Rio dc ft

IP ES/M AC se reuniam em Cuntibi, no Edt


ffçio ASA (onde Broniikw Rofuakl da 1L Houve um certo número de conipir*
CBR mantinha seu tscriiórtú) na tede do çõet faedonárjfei. Um relatório d« Embaí

400
tadi Americana no Rio observou que reza menos acadêmica do que aquelas nor*
campi raç ao contra o regime entre os mili- mifmeme creditadas ao IPES”* Vide (•>
lares brmiJcírcn inclui o II Exército, ou * Elmar BONÊS. Golhcry, poder e silêncio*
Segunda Regiáo Militar. mal náo se lími- Coojornal. Porío Alegre, setembro de 197*
ia a ciui unidade* A conspiração genera- p. 20. (bí James RQWE et *Jn Brastftan
Ilíada é tipicamente brasileira por não ser etecuon fact book s. |. September 1965. n*
unificada c por se ressentir da presença de 2* p 32*
ckminadoi possíveis Hderes Todos 03 gru* ES. Marechal Odílio Dcnyi, citado em:
poí que conhecemos, entre lanto. reconhece- foão Camilo de Oliveira TORKES. Razão
rim a ncceiiidadc de qualquer movimento e dciftno da revolução. Pcfròpolii. Editora
de tal urdem icr de âmbito nacional". Te- Vozes. 1964. p. 225-10.
legrama enviado pelo Embaixador Lincoln
Cordon 10 Secretário do Departamento de
19. E- BONES. op ctt p. 20.

Eiíitio Controle 18462, N 2275, 22 de maio 20 O íPES incentivava o bom entendi-


de 1%I Arquivos IFK, NSF mento entre empresários atra-
militares c
vés de cursos políticos ministrados em clu-
E? P. SCHM1TTER initreit, conftici and
bes sociais e culturais de prestigio e em
potiltcal ckühgf in BratiL Staníord, Univ.
outros locais, conforme foi visto no* Ca-
of Ciliforma p 160
Press. 1971
pítulos V e Vf,
El. 26 de junho de 1962.
tPES CD. Rio t
Os empfciárioi do complexo IPE5/IBAD
Reuütão realizada com a presença do Ge- forneciam 01 meios para os miltfiret via-
neral Golbery do Couto e Silva* General jarem, hem como dotavam o* oficiais envol-
Hcitof Herrera, Augusto Trajano de Aze- vidos no movimento mci João Goulart de
vedo Antunes. Harold Cecti Polia nd, for* apoio material c cobertura financeira, con-
fc Oscar de Mello Flores. Glycon de Pai- forme é vitio neste capítulo.
va, Miguel Lins, José Rubem Fonseca, Os-
«aldo Tavares Ferreira, Cândido Guinfe de 21* A inieraçio entre 01 empresário* c
Piufa Machado. António Carlos do Ama- ot militam era Eío imensa que até mesmo
11 Osório e Durío de Almeida Magalhães
I
q influente documento LEEX —* t^aldade
00 Caérciro. um texto que pretendia har-
14. A
maioria dos rcgiitro» de reuniões do
monizar m% diversas facções, foi mimeogra-
PES procurou evitar mencionar a parlici-
I
fado nus escritórios da Cruzeiro do Sul.
ptçií* de milharei e a naturcia de suas
uma das companhias aéreas do piii, sob a
atividades Além disso, quando ie fazia iniciativa de seu diretor, o líder ipenano
menção 0 atividade 1 nas quais militares es* Bento Ribeiro Dantas. Para umi análise do
lavam envolvidos, a sua presença era indi- conteúdo e do impacto do LEEX. vide )<
cada por ium inkíais Asitm* cm 28 de STÁCCHINL op <it p 806, £ interessan-
tfasto de 1962, iim certo general H é G te observar que o autor desse documento
mencionada como estando presente a uma foi o General Ulhoa Cintra, e que o Gene-
d*\ reuniões executivas do IP ES pura for- ral Cordeiro de Farias conferiu seu rascu-
necer informes sobre a situação Vide 1PES nho Olympio MOURAO Filho, op, cii * p.
CD Rio, 07 de agosto de 1962. 411-12 O
General Cistcllo Brinco também
15. filo M
pmcniendo a partir de evidên- conferiu o esboço básico c introduiiu tlfU*
mas modificações Entrevista do Marechal
cia á Comissão Parlamentar de
apresenuda
Cordeiro de Fnrioi n R. A, Dreifun. Rio de
Inquérito de 1961 que mvesiigou a com*
janeiro. 1976 Vide também M. BANDEI-
plcio IPES/IBAD Curta do coronel As-
frogdda Correia I CPI. apresentada em
2J
RA, O
Governo op ctL p. 161,

de >|úsio de 196J. O Citada de São Pau- 22, Ocliyfo Marcondes Ferrai. Depoimen-
24 de agosto to prestado cm Sâo Paulo a 20 de ouiu*
to, de 1961,
bro de 1971. HACfl 862/1. Arquivos do
16 IPES CE, 20 de novembro de 1962* J.
Marechal Cm trilo Brinco: Coleção CPDOC-
0 Leopoldo Figueiredo Fundação Gelúlio Vargas Rio de Janeiro.
17 Segundo Glyton de Paiva, o General Mnrcondei Ferrai foi recompensado por
Golbery havia sido incumbido da direção seus esforços, Ele *c tornou um dos pou-
de uma “variedade de operações de nuJu- cos membros da elite orgânica dc Séo Pau*

401
.

h i cie li vi mente ocupar cifgo de cúpula A presença da liderança do tPES é ób-

dufiftlc t administração de 1964 a 1967 via, bem como


dc muitos ativistas dos
ê
setores de Opinião Pública t assuntos Sin-
25, O CowkI Hemani DAgviir. partici-
dicais c Estudantis. Muitos desses nomes
pante arivo da conspiração contra loáo
já foram mencionados nos capítulos mie*
Goulart* como membro da ECEME c do
Corpo Permanente da ESG de*de 1910*
rrores A maioria deles será novamcnir
mencionada neste capítulo
apontou es icgurmei civis “que participa-
ram cm diferentes estágio* da conspiração**: 24. H SILVA op cif p. 250
Oswftfdo Preructm, Monteiro de CiMfô. Jo-
25. O
Coronel Ociivio Velho fot indicado
sé Luís de Magalhães Lini. Antônio Nedcr,
para o Serviço Noticio» da Agência Na-
Amónio Balbmo. Camilo Avchar. José Mi- cional. Ele havia pertencido no Ministério
na Alimiro. irmã Ana de Lourdes. Laudo da Justiça durante o governo Jânio Qua-
NateL Lucas Nogueira G arcei, lúlio de
dros, era membro da Comissão Técnica do
McsqoiU Armando Faleêo, Roberto
Filho.
Rádio c diretor da Mcsbla S A, a gigan-
de Abreu Sodrc, Ahomar Baleeiro. Luiz
icsci loja dc varejo do Rio de fanei ra que
Carlos de Oliveira, Amaral \eiio Paulo financiava o ÍPFS. O Coronel Ociivio Ve*
Quartim flarbms. Tc odoro Guaiiim Bar
lho era timbcm membro dc grupos de es-
boji, Hugo Lcyjr* Robcrt Isnard. loõo de tudo do IPES.
Almeida Prado. Sérgio Barbou Ferra*. Luti
Q general Agostinho Cortes foi um dos
Pinni Neto, Cláudio Soares. FUvio Galváo.
André de Faria Pereira Filho. Eugênio Gu- oficiais que sc reformaram premamrafnem
te. c passou a liderar as ojicrações civiLrti-
din |oté Prudente de Morais Neto, lou
h

litares do IPES Sio Paulo.


Zobcran Filho, Sandra Cavalcanti, o Padre
Cilaiaiw Arnaldo Ccrdtin. Adauto Car- 2b. Deve-se chamar a atenção do leitor pa-

doso. Dayl de Almeida Aíonso Arinos. Jo- ra o papel desempenhado pelo General Ma-
vc Eduardo Prado Kelly. Milion Campos. mede c para a importância da EGEME nos
Edmundo Falcão, Augusto de Lima Veto, eventos que conduziram a i
* dc abril dc
Pedro Alento. Assi» Chatea ubriand, Amé- 1964 Sob o comando do General Mamede
rico dc Souza, Hcrman de Moraes Barroi H
c do General |oaa Bma Machado na ECE-
Hcrbcrl Lcvy* Rondcn Pacheco. Ribeiro de
ME h encontravam-se em forno de 400 oíb
Andrade, Luiz Antônio Gama e Silva, Pau-
ciais, os quais, com raras efcccçôes* apoia-
lo Ayres Filho. Paulo Egydio Martins, Al-
vam os ativistas contra João Goulart En*
fredo Niíser. Emival Caiado, Coelho de ire os ativistas da ECEME estavam os Te-
Souza Marcondes Ferraz* Luiz
Octãviú
nentea-coronéfe Mo Baptista Figueiredo,
Cario* Prado, Carlos Eduardo D 'Álamo Octávto Medeiros, WaUer Pires de Carva-
Lousadi. Rodolfo de Freitas filho, Luiz lho e Albuquerque, os Majores Hélio Men-
Wemeck. Aristóteles Drummond. Frederi-
des, Hcrntní D'Agüiür t e Veoturiní, o Te-
co Viotii, Daniel Krítger, Eldino Brancan-
nente Mário Silva 0'Retíly Souza, que tram
te, foio Humberto
Adelino Prado Neto. personagens de prestígio entre os oficiais
Goíft, Silvio Lu cio no de Campos Arruda
do Vide f. PORTE LL A op cif.
Eiército.
Câmara. Murilo de Mefo Filho. Roberto Ma
p. bíMM. sobre o significado da ECEME
finho, Ricardo Marinho. Rogéno Marinho,
e os capítulos 4e 5 sobre o papel da ECE-
Hélio Fernandes. Sérgio Lacerda, Sebamiu
ME durante os acontecimentos que condu-
Lacerda, Arnaldo Vieira dc Carvalho, Sér-
ziram a 1/ de abril dc 1%4.
gio Brotei ro Junqueira, Guita vo Borghoff.
Adalberto Bucno Neto. João Baptiita Leo-
27* l W. ROWE. op. cit , p 15.

poldo Figueiredo, Antônio Carlos Pacheco 2B. faj Carlos Casiello BRANCO. Da
e Silva. Daniel Machado de Campos, Pau- Conspiração h revolução. In: DINES, À.
lo ReisMagalhães. Eduardo Levi Filho, |<* ei aliL Oj Idot. . < op. cit p, 217-506. th)
sé EJy Coutinho, Vicente Mammani Neto, |, W. RQWÊ. op. cit p. 14,

Marcelo Garcia. Rafael de Almeida Maga 29. Uj Entrevista com o General Albuquer-
Ihics, David Nasser c Joio Cafrnon. In: H. que Lima Rio dc Janeiro, maio de 1976.
D'AGUIAR. op. ciL p. f 07, fbj J , PORTELLA. op, cit. p. g4.

402
10. O Gcnerst dfi ESG Agrícola Bclhfím O Citado de Süo Ponto, 21 dc ouiubro de
cra ii ri% dei diretores da Codmco — Cm de 1961. M
Plínio dt Abreu RAMOS op. at.
Deicnvolvimcmo Ituíusirial Comercbl c
e p 76.

da Cia Àllinliça de Investimentos. Cifn 41 Após 1964 . o General McJson de Md-


$A. Cola $A. r e Consomü Atlântica de
fo tornou-se membro do grupe financeiro
investimentos* Ele era também gm rncrn*
SAFRA SA e diretor da Brksson do Bra-
bro proeminente da ADECI F, nssodação de sil.
classe dai empresas de crédito, financt&iltcn*
42. Gulros membros desta rude eram oi
ler e investimento.
Tencnlcj-coroneis Soares de Sou ta. Hud-
j 1 .
Q gencraí Mom^na era um executivo *on. Vai da e Cunha; os Capitães Lamar-
da Willjfft Ovcdind, linc (secretário-assistente da ADEP-Gua-
32.Oftando Ceivcl. morreu o condenável nabarah jcaquim Afamo* laime Antunes
do regíme ISTO t, 1 23>. 6 de junho de 1 Lamir. Heitor Lopes Caminha. SirLienbcrg
|®H As contai de tckloac do JPE5 do (aobrmho do General da ESG Fdilio Sar
Rio eram í» luradas cm nome do General denberg, outro conspirador ativo), os Te-
Henrique Geiül. que se dedicava, n.i épo- nentes foit Carlos Amazonas. tlodoaldo
ca. a negócios privados c Borda Alguns desses jovens tenente»
passaram: a pertencer a Imha dura apôs
33. O Esmeraldo era ião de Vi-
General
1964.
cerne Barreio Esmeralda que se (ornou
amigo intime do General Ernesto G cisei, Outros oficiais ligados ã rede IftAP/
ascendendo rapidamente através da 2 dm.r- ADEP eram o Marechal |o*é fgnácio Ve-
ríssimo. o Coronel Üfrfnpio Ferrai Ida
nistração pública t se tornando um buro
Policia MiEiiar de Pernambuco) e o Tcoern
crats de cúpula depois de 1974,
te-coroncí Reinddo Saldanha da Gama,
TL brigadeiro H Fkioss tornou-se di-
O que se adiava profundamerue envolvido
retor do grupo financeiro SAFRA 5 A. e no trafego de armas para a conipitaçio
da Scfpofl Teíjin Ind Brasileira de Fibras çoiíira Joác Goulart. Vide M. BANDEF*
iTcifin Ltíí/Marubení Cerp. /SAFRA S.A.T RA. O governo op. dt p. Uft t te
35. Tanto o Brigadeiro Batista Bastos co- tino Alves BASTOS, op cu. p. J1B-4I,
mo o Almirante Augusto Silva eram exe- 43. O Et todo de São Podo, 9 ãt novem-
cutivos da ESSO Brasileira ele Petróleo.
bro de 1963+
36. O Cofónel Vid&l era um dos diretores 44- (a) l W. ROWE op dL V. II. p.
da COMA O. IM2. (b) W. R DÜLLES. Cautlh...
| v

37. O Tenentexortffiel Machado Do ria u op ciL p 309.


rbs (igaçóes com n Acesita c a Companhia 43. A destruiçãoForças Armadas das
Siikrwgka Nacional Ação março dc 2962, Edito-
Dettiocrwiica,
)§ Outros oficiais eram o Coronel Souza, rial, que tsiabeketu um padráo para mui-

da Cia Leste Mineira c o Coronel Valente, tos apelos s«mclh*mês,


dos pira-quedlstas.
46. Alguns do* oficiais dc destaque da
39 \. JCroppers BLACK, op, dt p + 73 76. Cru rada Democrática eram os Generais
4§. Ko dia 9 de setembro de 1963 o Co-
r Mamcdc. Gofber>. Tãvora. fosc Sm vai
ronel Humberto Freire de Andrade, Se- Monteiro Lundenbtrg. Sardcnbcrg, Sizcno
crciãrio de Segurança Público de Pernam- Sarmento. Ademar de Queiroz, Castelk)
buco, denunciou 70 oficiais, cm caria ao Branco, Ernesto G eiveie Orlando Gersd.

então Ministro da Guerra General Mir Para verificar os nomes 4c outros mem-
Damas Vide O Etfado de São
Ribeiro, bros da Cruiada Democrática^ vide (a>

Pauto. 6 de novembro dc é%3h Para maio- Nelson Wcrnccl; SODRE. htcmórm de


rei informuções sobre o compkvo IPES/
rmt soModo, Rio de janeiro, CiviWçoo

ÍBAD entre os militares, vide ta) O Exiado Brisílciri, l%7. p. 136. (h) 1+ W F. UUU
dc Sm Pauh . í9, 20 c 26 de julho de 1963? LES. Vnmt ,, op rit. p. M, 3L
25 de outubro e 7 dt novembro de 1963, 47, Desde março de 1962, Ruy Gomei dc
Ibí Pedro Aleíxo, na CPÍ sobre o IBAD. Almridt avaliava os resultados do tribo-

403
lho ÚQ I P£S no ictor militar, esttbeJecen- dc conspirações militam", Vide também
do uma comparação cnirc a rc<!c 1PES/ tal R SCHNE1DER. op, dL p, 39-1&T
M Finarei e Igreja. R G. Almeida Afir-
Ji (bl |. 5TACCHFN1 op. dt, Cap, 34 ç
mou que n comunismo
contra -reforma ao prtncipalmemc 13. (c) H* SILVA. op. dt,
%à poderia ter rcalruda pelo IPES Com i parte 1

participação do Exército, o quat de«mpc-


49 Hcmani D 'Aguiar fornece uma lista
nhana um papel análogo «o da "Compa- de mai» dc
530 oficiais do Exército, de
nhü de Ictui" que posiuii duas fachadai. maiores a generais dc quatro estrelai» iii
uma procurando pro* ditos e ou ira eleti- vos na conspiração contra f Goulart e
va ti c ru c carvduijnda "'inquisição", O pertencentes a essas três tendências prin-
11*E5 devidu li üu 4 natureza. podem ape-
cipais. Ele fornece também de ofi-
listas
nai fazer proselitismo. rnquanip que de-
+,
ciai» áú Marinha e du Aeronáutica que
momtraçáo dc força l a fogueira*! %á po- par Liei param ativo mente do golpe* Herim-
deria X3clv Ele obsertou que
do» militares
rir
ni D 'AGUIAR, op. dt. p. 103-106,
que trabalhavam com o ÍPES
oi militarei
A lista referentç ao EtôMljfr »c aiitinr
eram "aproximadamente o» mesmos desde
lha + particutormcnic, a um "quem é quem"
o começo", uma situação que mudaria ra
dos militares que ocuparam poitQschivt
pídomemç medida que o trabalho do
ê
na estrutura do Exército apó» 1964 c per-
tompkio IPES/IB^d enme ot militam
manecem «té os dia» de hoje.
começaste a produzir multado* IPES CD,
Rio, 27 dc março de 1962 À necessidade 50, E*-p residentes da ADE5G eram lide-

de garjnitr o apoio crocenlc entre 01 ntt< res do IPESh tais como G, J, fiorghofL J.

litarei tomou-te mais premente ao se per- Sehring dc Mattos, Eudcs dc Souza Leio,
ceber que I. Goulart catava "dia a dia Joio Nicolau MudiT Gonçalves c Glycon
consolidando iua ppfíçáo dentro du For» de Paiva,
Ç« Àrrnndai e do» imdicatot", enquanlo Relatos pardals sobre o papel desem-
51.
o apoio do público a Leonel Brizoli au>
mcniova
penhado pela ESG c seus ativistas na tony
IPF.S CD, 4 de setembro dc
pi ração cOtUrn foio GouUtt podem jer en-
1962. Augusto Trajam* de Àxrvedt* Àniu»
nec<
contrado» In; (a) L STACCH1N]. op. cú.

cap. 13, (b) H. SILVA, op, dt. psrla 1,


Em «gosto de 1962. o aspecto militar
da campanha do IPES foi analisado Cân-
4, 5. tc) A. STEPAN. Op. <ff>. principal*

mcnlc o capítulo 3, que é granderneníe


dido Cmnle de Faula Machado *e referiu
responsável pela atenção extraordinária
a "um novo fato, lai como o dispositivo
militar*, PES CO, 7 de agosto de l%2,
1
dedicada pelos cientistas políticos à ESG.
Ê ímeixuAnEe notar que o General Gol Cd} Elirter Rizio de OLIVEIRA Aj F&
bery. que não citava p reverte * esta tctj çoí Armadas; política c ideologia nõ Bro-
nlfio. justificou iua ausência por eiiar stí, Í9$4*Í969< Pettépdii, Editora Vúxes,
M
ocupniiu com ot preparativos para a cri- 1976, Cap. h M J, W- F. DULLES, Un-
ar dc H de agosto de J962'\ quando a can- toit „ op t ciL p> 303-30, (f) )+ W. F,
didatura de Santiago Dantas ao cargo de DUU, ES, Castclto,. op. dt. p. 263 354.
Primeiro Ministro seria rejeitada pelo blo- No easo de J, W. F. Dulfes, seus relatos
co dn A DP no Cungrcsio, Pouco tempo são forlcmente solidário» ooa indivíduos e
depois. Augtislu Trajario dc Azevedo Am gmpoi que faziam parle du rede IPES/
umes «r rc feriu "Atitude das Forças Ar-
h
ESG. o» quais formaram a maioria dos
madna", e ès "jogadas políticas prcpara<
acus enifevkifidoi. EnlreLafUa* sem traba-
das" Ata do IPES. 2 dc outubro dc 1962,
lho» fornecem grande parle do material
Ne»ia rritiü. o General Golbery tipan-
necessário uma apreciação meno* pis-
diu suai obiervaç&ci sobre os preparativos
» tonal dai queitòci e problemas envolvi-
do IPES para a* eleições de 3 de outu-
do», umi veí que de se baieou foríemen-
bro de Í942, bem como sobre o pròiumo
te em uma série de mírcviiiai com Impor-
plebiscito em janeiro de 1963.
tantes atores pdfticos rto Qraiil, em tua
4íL T, 5KIDMORE, op, cif. p. 271-26, makuía envolvidos nõ complexo IP ES/
264-65. de Kn volve a idéia de uma "rede JBAD. Todavia, falta ainda um rdato por-

404
mtnQfiiAdo wbrt o verdadeiro papel dc- cessitava de um líder superior a rivalida-

icmpcnhudo peta ESC no golpe de l%4 des faccionãriis r pjriidifut respeiudo


dentro da hierarquia do Eiérciu*. utfkien»
U A maioria dfikt |ü*cm ofiviait fan*
emente moderado c legalista para acal-
P-cipíc mmbém da 1 Cf MF conforme foi
i

mar a ansiedade do* civts perante a cpn*


mouradu anleriurmcfilc Os Coronéis Le*
linuidade do Exército no poder,
plane. A>fo;ci, l> M
Andeeiili e oi Te» c que pu-
desse resistir, devidu a seu prestigio, a di>
ncniçs-COtpnéís Wnlrct P^res e Caracas Li-
nliure* nr ticutúr mente, erum
j) hgudos no
f ci I n c aos iradiciünalisui entre os mik
lares
General A C Murícy. O General A C.
Muricy çitnva titmbdm ipude aos Gcnc- ] 50 I
W. F. DULLES Cmtib op
rnii Cordeiro. Nelson de Mello e Ulhoa df. p 150 Deve s« observado que O pólo
Cirna. de concentração e o primeiro Quartel Ge-
Segundo o Gcnerol Murky, o mkko ds neral desse grupo cm 1 de ibril de t%4
conjpÍríu,Jlo Ineluta os Generms Costdto (ocalirava-sc. segundo informiÇÒtt. no
ftrnncô. chefe do Estado-maior do Exérci- apartamento do ativista do IPES Edmun-
to. pertencente no Departa-
c Silva, do Falcão, no Rio de Janeiro. H. SILVA.
mento de Produção e Obras, Cordeiro de op Kit p. 377
Farias e Ademar Ovciror ambos *‘de
rfc 57. Ou: roí oficiais que aderiram ao esta-
pijama", Orlando Gcisd, da diretoria do do-maior foram o General Morna de Ara-
Departamento de Material de Engenharia gão O General Lundenberg. o Coronel
Ch mais ainda, ot Generais Ernesto Cessei, Munlo Ferreira e o Tenente-coronel Ivan
Augusto César ik C nitro Mpmi de Ara» Mendes
gâo. Mu mede c Aífrtdo Souto Malan. Esse
58 Entre os membros desse grupo «la-
grupo cila va segundo o General
ligado,
Murícy, ao
1

Gencrol Golhcry c seu gru-


vam os Coronéis da Aeronáutica H aro Ido
po o qual rcalizav.il no IPES, associado o
VcMoiOi Teixeira Pinto, Lebre. Lcniinfer.
ndi. um ira ba llm intenso entre os empre- ps Maiores fosé Chaves Lameirão e Piu-

sários do Rio e de São Paulô”. loVltw» c oí Mijorvs do Exército


lutitiando-tt o General Costa e Sika, LuiiMendes C Tireiiio Ferreira H
MKt rfioiii estas am ligados ao estada DAGUIAR op nr p 103 Para obter
matar informal liderado pelo General Cas- um relato pormenorizado das atividades
tcllo Brinco Vtde Antônio Carlos da Silva dos extremistas de direita a partt? de
MUftiCY O destacamento Tíradentet o e J954, vide \ PORTELLA op cu p. 9-174.
}f de marco de 1964. O Cbbo. 25 de mar- 59 íaJ W F DULLES Lfnreji op.
m
I .

ço de 1479 6-7
p ctt p (hl E 8RANCANTE In: Ct
5? Tudo o que fiz fui pedir lhes que rrCfu/ StQürúo op cit p 2ÚQ
dmiuem de apoiar o governo Ele* náo
60 Roberto de Abreu Sodré. Depoimen-
+
foram obrigados a se junior a n6i ‘. Ma-
to a Luii Viana Filho Sio Paulo. 38 de
rechal Cordeiro tk Farras Cmrcvísu a R
À. Dreifusf. Rio de janeiro. 1976*
agosto de 1971. HACB tȒ|/l. p 19 Ar*
qunos do Marechal Cairdlú Branco. Co
54 Lm rcbto de como o General CasteL levão CPDOC Fundação Geiútio Vargas.
lo Branco foi atraído parn a conspiração e
Rio dc laneiro.
a rttpcito das atividades do estado-maior
informal po de ser encontrado In; \ F. W 61. H D AGUIAR op ciL p 103

DULLES, Otitdh op m
p, 297461. 62. H SILVA op íir. p 414*15 O pró»
A afirmarão de que o General Cnstcllo prrio jornal Havia sido fundado, segundo
Brnnco era aiscciiido do IPES foi fclio pe- os registro; da PolicSn do Estado da Gua-
io líder ipcshno Hélio üunmk em carta nabarn, com
do American and
o aptsto
ao General Fontoura, chefe du SNI. cm FoTCign Power fBond and Shftre Group),
Jfl de outubro de 1%*) Arquivos do lí
1

ES, do qual o intelectual do IBAD FugèniO


Rb Vide Apêndice S Gudm cra dnetor c das Listas Ttlcíónír
35 J W F DULLES, Casitllo op cos Brasileiras, do líder do IPES Gilbert
dl p, A rede PFS/FSG/I MA D ne
I
Huber lr Vide R. RQjAS tiíadoi Um

40S
àúi en Brdjtt. Santiago. Chile, Prema La- Campo», que era um conspirador tú> o. N»
iinoimcncjni. l%5. p 1 20. mt*ma vizinhança moravam o Almirante
S. HecK c o Urigaddro Grun Mou. V«k
61 Para obter um rdaio dü iiivtdadti
H. STACCHINI op, at p 191
doi troupiers, vide J PORTE LUA, op
dl p. 5B- 1 73 . O general Portdla jmoíia 7L íal Telegrama da CIA Rei. N. —
oi troupiers aos eatrercúvtas dc direita c 66 659 Cópia pardalmtnit ccntujada. Rtw
relatavíu “entendimento** com * TSG N TDCS 1/542-506;
laióno Finitos dr **u.

Vide também U) 1 STACCHINI op *'if. pá mthiom dirigidos pdo Gcncrd A meti


ib) H. DAGUIAR op. ctt U) A BAS I
rt Krucí, Mimuro áa Guerra, o Mürcchêí
TOS op dt fdl C. L GUEDES, op, m. OáiUo o General Nelson de Mcth
Detryí.
(çí O MOURAQ Filho op. nr e ousrQi, parj discutir pftinctt mando a

64 <a) A STFFAN. op cir. p JJ7, ib\


um golpe contra o governo, 15 de março
dc 19 &1 Arquivos |FK. NSF. Nesse %m-
FcMrcviM» dc Paulo Guerra a R A Dm-
fuii. Bras.fl?a. julho dc 1976. Para obter
po estavam também um almirante c doti
generais da Força Aérea Iíf»»ilesra nlo
um relato do papel desempenhado pelo
mencionado» no relatório
General f. A- Ba^os, vide luitmo AHe*
BASTOS op c ti Vide também f PAGÊ 12 Telegrama da CIA -TDCS J/MS.W
The rerülvlwn ihoi jirirr norfhrosí 50 de abril de 1961 Ucf 2M 65. Arquivo»
fíruitt 1955-1964 N. York. Grpuman Pu- |FK. NSE, O General Mourào Filho con-
bliihcrv, 1972 p. 190-97, vidou o Almirante Itcck para coligar u
forças, com que o último coneordou Dl
61 H. SILVA, op nr p. 29W09
Almirame» S. Hcck e Mino Cavaíçanci
66 Enircvíita de Paulo Guerra a ft. A, procuraram um grupo de capítici para se
Drtifim, flraiília, juTho dc 1976. unirem âo General Mourio Filho
67. Vide J. A BASTOS, op as p. 111 Outro telegrama observa qüc "eu» i
41 uma das viriat conspiraçòc» anii-Cculan
que parecem estar »e dc«nvblvendo“- Tt-
6H. (aí Eu rico DUARTE 12 mau 12,
Infama ao Departamento âo Eirado envia-
i|UiL a M- In
1

, A. DfNES. Ot «doa op
do pelo Embanador L Gotdon Conirole
c il. p |4ê. rb| H D AGUA R op et#, p,
1S462. 25 dc maio de l%5 n 1 2271 Ar
147*
quívos JFK, NSF.
69 tal À STEPAN op ní p 227. fbí
7J. Marechal O Dcfiyi, c liado em- ] C
1 PORTELLA op ol p 129
de OHvçira TORRES ap ai p
70, E observar que Petrépo-
interessante
74. A campanha do General Mourio Fi-
lii foi um
pofilor^hnc para a ant-
doí
lho pode »« reconstruída e a imponiníia
(iil^áo do npntu rmliiar dl umpinhi,
Grande número de ofictmt) dc alia paten- dc mu atividades avaliada, reunmdoie
informaçóe* fomccidu (al MOlí-
te pouuia uui de naqucl* uram o as
RAü F.lho op <iY tb) I.
In:
PORTE LLA-
linda dc montanha, a uma hora de via-
op cif ic) 1 STACCHINI op al (d)
gem do Rio o que (Orfliia um tocai
r
H SILVA op a i it > C. L GUEDES.
perfeito para rçumòei Um ponto central
op cií 4f» 1 W. F DULLES. Unrest
dessas ramiõei era ca*a do Juif Antô-
op at p Wl 17,
nio Neder. onde o» Generais NcUon de
Mello. Cordeira dc Farias. o Marechal Dt
75 O enfoque cenlril da» alividada do
General Mourio Filho obedece a uma sé-
ny». ot Almiranlt* S Heclt. Radcmiker,
rie dc ntáti Sua campanha tem »ido im-
Vamprc, Mello Bapiula, Lcvy Anrao Rci» h
pfimemt diKOiida e documentada, um fa-
o Brigadeiro Márcio de Souza c Mcllu. o
tor muito impofiarile cm uma área ât
General Mourao Filho e muito* ouiro* co- pctquita muito diffcil. À campanha do Gc +
ordenavam sem esforço». neral MourAu Fitho, recomtllufda a par^
No onde o Juir Nedcr linha seu
edifício Cir de uma *érk de relato» individuair
apartamento, o Edifício Centenário, mora- fornece uma viilo vnhoia da forma obli-
vam o Marechal DcnVi. o Brigadeiro qua atravéi da qual o tumplcto IPP.S/
Eduardo Gome» e o juriiia Francisco 1DAD atuou entre o» mllliarea, Além dli

406
ia. 4 camponha do General Múufio Filho ministrado?* Ponta da Fraí*^ Cia. Comér-
apresento um perfil das interações entre* cio e Participações COPAR, Cia, Comer-
civH e militares e. mait que uso. do papel cial e Administradora Matuto, JNÚU5EG
proeminente desempenhado pelos líderes c íL. D, ViJIares).
ativistas do complexo IPE5/IBAD- forno! do Brasil
07. , 22 de dezembro de
76. (a) H SILVA, op cif. p 201 2Ü6, 1976. f 4.
<b> G MGÜRAO Filho, op at p, Kbil*
$8, Foi no final de 196
í, ou no infeto de
O General Penha Brasil havia sido mem-
que o Almirante Heck também tra-
1962,
bro da Comissão Misu Braid-Fsiados
vou conhecimento com o Embaixador
Unidos,
Gordofl. encontro esse planejado * pedido
77. O, MOliRAO Filho, op tii. p 116. do Almirante. Q Almirante Heck infor-
70. O. MOURÁO Filho op. cíj 70*31.
mou ao Embaixador L Gordcn que "um
p
grande número de civis e militares eslava
79 O, MOURAO Filho. op. cit. p. ItU organizando um golpe contra João Gou-
JJ5 lart**. O Almirante Hecfc disse ao Embai-
90- O- MQURÂO FÜho. op. cif. p 47r r
xador L, Gordo n que não estav* soljçt*
lando ajuda aos Estados Unidos, mas de-
01- E. BÜNÈS op, çit p T 20.
sejava mantê-lo informado. Ek acrescen-
52 Américo Oiwaldo Campiglia era dire+ tou que 'um día desses nds agmrmo*. e
iqr da Ci». Sul-Amerkana de fnveatimen- espero que quando isso acontecer, os Es-
ias. Créditos e Fi nanei amemos Marcos
(
lados Unidos não fiquem indiferentes** Ci-
CasparianL Ci*. Nacional de Equipamen- tação em P- PARKER, op dt p. 26-7. Vi-
103 Elétricos —
CGUlEL* Perfumaria San- de também |„ W. F DULLES. Unr*v.„
Dar $.A,, fmçao Brasileira de Raysn S A-
Op. efr. p. 324.
{ Mal a razio/Sfita- Viscos*
Francisco Jié —
lia/Len & CVj Bank Suiça), Indústria — 89 L STACCH1NL op cif. p. 15. A rej-

dc Bebidas Cinzano S.A. Cimento Sarna posta dc L Mesquita Filho pode ser en-
f

Rita £.A,
contrada tm f. 5TACCHÍNL op cit p.
f Príncipe Álvaro Qrlcuns Hour*
bon e Coburgo/Dolphm Shippmg Co. — 16-8 E íntereiiime observar que, entre »
Panamá) c do Banco Francês c Brasileiro afirmações de f. Meiquií* Filho, cie su-
geriu que oi nomes de Lucas Lopes, do
S A,. Ele cm também umu figura púhlica
da UDN. Senador Mcm de Sá. dê Milton Carnpoj,
Dario dc Almeida Magalhães, O. Marcon-
S3. H. SILVA. op. rif. p, 24B„ des Ferrar, General Macedo Soares, Ho-
84. (a) A. STEPAN. op. dt, p. 97 + (b) bcfio Campui e Prado Kelly deverhm ser
IPES CE, 8 dt junho dc 1%2 4, no mo- í
considera dos para o governo futuro. Exce-
mento da crise, o que fidlu gcrulmciite ú tuandohc L.ucns Lopes, diretor da Hnnn*
o apoio aos homens c ta bous ídéifls M Ha- .
Mining c Prado Kelly, todos esses empre-
rold PolJand c Glycon dc Paiva sários e tcchoemprcsártot ligados *0 com-
plexo IPES/fBAD iornartm-se membros
55. H- SILVA op. cíf, p. 249.
da administração pós- HM. f. Mesquita Fi-
56. Pauto Egydio Martins era diretor da lho preparou também com Vicenk Rao p

Cja. Geral de Minas (Família Byngton AL advogado ligado & Hannn Mining Co,, o
bcrio Torres Fo ). Union Carbide. Cia de rascunho de um Ato Institucional.
Dcienvolvimcnlo de Indústrias Minerais Os oficiai) que davam cobertura àque-
— CQDIM ( Union Carbide), Fiai c Ca- les que foram para Suo Paulo haviam pre-
bos Pltatiçus do Brasil (Anucondn Mi- parado um documento denominado Re/fe-
mlng/ ALCOA), Produtos Elétricos Brasi- xúo ou eontribuiVão por a oricntpr o con-
leiros 5 A (Família Byngtosi/Nigulb Ml- evptúo titratégica de uma repreuão efi-
liara foAo McÜuwell Leite dc Castro), Al- ciente r h
movimento subversivo qu^ esta-
c um mus — Cia.Alumínio Mineira dc va sendo preparado peh esquerdo no Bra-
(Alumlnium Co ), TictC S,A, de Crédito sil. Ncmc documento, o General Ulhoa
Imobiliário. Cia Federal do Comércio, Cintra, o General Cordeiro de Farias, o

Indústria c Engenharia. Cia. Comtreial


Ad Marechal Dcnyi e outros delinearam por*

407
menDriiadarncnte « características de um Tonei ro, I. Olympio, 1976, p 164. |b> O,
poufvtl movimento subversivo em 196Í c MOURAO Filho, op. cit. p, 20? r

recomendaram umi estratégia geral ptia lü|. 0» MOURAO Filho, op cii . in


' p f
firer oposição a ele. Entre cuai medidâj 333,
«r*vi « síguinte: a indicação de um
"chefe enérgico" pata comandar 5* Re- 10b. O. MOURAO Filho op. cit, n. jjj.
52,
gião Militas, região-chave com b«ei fia

Faranl Muito convenicn temente, o Gene* 107. O. MOURAO Filho, op cit. p. 140.
n] Ernesto Grbcl foi indicado para o poa-
108. A
projeção da Frente Patriótica CF
lo. Víde limbém í *) STACCHINI- op. víLMilitir, liderada pelo próprio Almiran-
ríf. p, 4V50. (b> T. SK1DMÜRE. op. at.
te Heck, rciuliou em outra manobra di
p. mji, veniofriita. A frente leniou se envolver no
90. A. TAVORÀ. f de abril. .. op. cit movimento subversivo ou pcío menos neu-
p, 95. iralirar os elementos nacionalistas das For
çu Armadas, Esses nacionalistas etim
91. (a) H. SILVA op at p. 251. (b> Às
phncipalmente oficiais mais jovem tujoi
pccto i da industrialização brasileira. São
pomos de vista nao coincidiam com a dou
Paulo, Instituto Roberto Simonsm, l%9.
inm sòcKXconõmiea da ESG e que nao
P 974.
*
aprovavam t “polmração" de certos ofi-
92. H. SILVA op eu. p. 252, Oi ofician mais jovem não confia-
ciais.

93. O. MOURAO Filho. op. ctt p ]M vam nos mihtarcs mais velhos que haviam
adquirido característica* 'demasiadamente
94 {*} H. SILVA. op. eii. p 250, 267
ctvij", aqueles denominados "híbridos" ou
fb) E DUARTE op, df p. 140, 1

'"anfíbios*com sua dualidade de papéis


*

95. E. DUARTE op áL p. l<9. como militares ç políticos ou emprminoí.


96. ta) H. SflVA op di. p. 21M*. th) £ fato altamcniç significativo o hder do
l STACCHINI. op, du p. 29, JFES Ociivio Marcondes Ferrai hiver w
aliado ao Almirante HECK e ao seu te
97. ia) H. SILVA op cu p 220-71 fby . .

neote* Coronel A-strogüdo Comia, do


1. FORTELLA. op, cif p, 47, (c) C. L
GUEDES op cif, MO,
IBAD. dirigente dt Pramotion S.A., no Ae-
p.
roporto de Congonhas cm São Paulo* a 7
9S. O. MOURAO Filho op. cif p. 126. H
de agosto de 1963» pira o lançamento dn
99. Q. MOURAO Filho, op cu p, 130. Frente, Vieram também com o Almiram
164. te Heck o Almirante Edtr Dias de Carva-
lho Rocha, o Coronel José Aruhielta Pai.
100 O MOURAO Filho op dt. p. 125.
o Capitão Carvalho Cot ta.
eK-infegrahsta t
101, lido MencgheRi era o propnttiho
e o Tenente Pedro Lcamur. UI O Estada
da Fábríei de Celulose * Paptl SA dc Sêo Paulo, 8 de agosto de 1963. (h)
ÍÜ2. |, W. F, DULLES. Cõsteífa.. op. Ohveiros S FERREIRA. Às forças arma-
ól. p 153, das e o desafio da revolução Rio de Ja-
O Coronel Dftrfdo» viHa a coordenar, neiro» GRD + 1964 O, S. Ferreira, profev
mtii Urde, 0 movimento iub verti vo dem íOf de política da Universidade de São
Ira di B rifada de Polícia. de Jldo Menc* Paulo e um doí mais procminentei colu-
ihciii, que % (ornou governador do Rio nistas de O Estado de Sâo Pauto era mem- ,

Grande do Sul em 1962 Vide O* MOO- bro ativo tia Frente Patriótica. Vide tam-
RAO Filho. op. dt p. 164.
bém J. STACCHINI, op, rrf, p, 202, pa-
lOJ. Dutra dirigis i Eapinsul — Cia, dc ra conhecer o que a Frente Púfríólka eh#’
Ftnjficiijneftfo e Cri di to I Produção» po mavã dc "Gi Der Mandamcnioi' 1

,
o fun-
dema companhia de crídiio e mveaiimcn- damrnio de seu proframa.
to no Rio Grande do Sul. CARNEIRO, op
109. C. cit p. 162.
104 + u) D. KRIEGER. Deide as míj- MO, D, MOURAO FíJho, op, cit. p, IIP
J der . saudada, fatos, esperanças, Rio de 71.

4GB
.

111, |a) Ui» Cláudio CUNHA. O diário lofe*da Editora Gaieia Mercantil S A e
de M ou rio Cpõjorno/
Filho. Porto Alegre, de Paulista» SA„ José Ely Viana
Praias
abril dc 197». (b) O. MOURAO Filho op. Coutmho era um dos diretores da Orbil*-
Cit. p lll 87. gem de Pneus Monicap S.A.
112 O, MOURAO Filho op ciú p. 199. 1 22. E. DUARTE, op. cit. p 129,

111 O- MOURAO Filho, op, cit. p , 1 72. 123. E. BRANCANTE, op. dt. p, 215, O
114 H SILVA. op. cu. 228. Institutode Engenharia, sediado cm São
p
Paulo c representado por André Telles dc
115 H SILVA op at. p 252, 57»
Mattos, tmha outra função dentro da es-
Mb P SC HM ITT ER. tntcresl. conftict tratégia do General Agostinho Cortes, Os
ütui pahticat chan&c irt fírazd Stanford, engenheiros rccchcrarn a incumbência de
Califórnia Unãv. Press. 1971. p. 560. colocar pessoal nos serviços públicos dc
II? £ BRANCANTE
Relatório do ev Siu Paulo (abastecimento de água, eletri-
ladomaiür dc São Paulo. Ciiado rnv
civil cidade e gás), assumindo o comando da
0 MOURAO Filho op cit p, 200 Para administração Joio Goulart, assim que o
ubter uma dcicrição da açõo dos Ifdere» golpe fosse desfechado.
mudam is c éo* lidere» dos Trahalhadi> 124 W F DULLES. Unreif._ p. 258.
rei Católicos vide capítulos VI c VI J, O 121. O Jcnow-bow de 64 usado no Chile
Coronel Armando de Oliveira foi indica
em 71 iito £ (1211, 2 dc maio de 1979.
do para a posição de chefia da segurança
de S#o Paulo, pelo comando encarregado 126. Fmre is brochuras enviadas a D rum
d 04 do golpe. Vide Quem é
preparativos mond pela CIA, estavam: China,' romimr-
quem tto Brasil São Paulo, Sociedade Hm-
.
nisís rn perspective, dc A. Doak BAR-
nlctr* de Expansão Comercial l.tda., 196?. NETT t The political war; the erm of tn-
V. 9, p. 20. comniunUm de Suunnr La*
ternatiorral
BIN. UNE: instrumento dc subversão,
118, Na área dc São paulo o General
H
sendo todo» esse» livro» d umbu idos pe-
Barreto tinha o apoio dos Coronéis Sebas-
lo 1PES conforme o Apêndice L- A. f.
lião Amaral. |u»é Silva Prado. Octivio,
LANCGUTH op. cit . p. 89-90.
Adindo c de vários outro* oficiai» da
Forca Public* que já haviam tido comm-
127. H SILVA, op etl p 229.

dados por ele O


General Mcnna Barreto 128 tropa» atingissem o Sí
Antes que a»
tiííibém assegurou o apoio do Comandan- uo Alegre, três caminhões carregados de
te dl Força Publica de Slo Paulo General arma» escaparam* sob o comando dc Paulo
lõio Franco Ponte» (i) E BRANCANTE. Galvlo Jornal do Brasil. 6 dc novembro
op cit. p. 700-701. (b) Relatório da CIA de 1977 (Caderno especial).
Mawpi do General Oíympto Atourão Ftfho A caçada aos depósitos de armas, ao
para derrubar a admmhtroçào do Pr tu* contrabando dc armas c a campo» dc ttti-
121.tr Goulart, 79 de abril de 1965
êen TDCS nimeniD dc civis no manejo dc armas dc
1/546074 Documento parcialrnentc censu- fogo serviu também par* desviar a aten-
rado Arquivo» JFJC, NSF. ção dos serviço» de informação e do dis-
po* itivo militar dc ? Goulart, enquanto a
119. I BRANCANTE. op, cit p 205 6.
ameaça real provinha de dentro das pró-
IM E. BRANCANTE, op
cit p 202, Ê pria» Forças Armadas-
imrmismc observar que Pcrtival dç Oli* 129. M. BANDEIRA. Presença... op..
wira c Ricardo Valente se envolveram cm dt 126-28
p
raxiú de "seu conhecimento especializado
150 H. SILVA op cit. p 257-58.
de técnica» comunista»**.
Jeau Marc Von der Weíd, que mais
131.
H. SILVA op. at. p, 252 Vicemc tarde »c tornou previdente da Unilo Na-
Mammana Neto era diretorda CIMA — cional dos Estudantes, relembrou que em
Cia Industrial de Material AulomobiUtli- 1904, ainda adolescente, havia *ido recru-
co Sérgio Barbosa Ferraz era diretor da tado para servir cm um dos vários grupos
INDU5VAL SA Corretora dc Titulo» e armado», organizado» pela administração
Valores. Eduardo Levy era um dos dire- da Light S A„ da qual seu lio era um do»

409
pari upolar Lacerda,
di retorci, Mire 136. Segundo Paulo Sehilüng* o General
foi destacado para o policio do governa Pery BcviUequa foi "conquistado pnra n
4
dor C. Lacerda n* noite do desfecho do causa democrática' polo ISA D c o IPES.
golpe Seu grupo possuía submetrilhido Paulo SCHILLlNC, Conto se cotoço o df»
r*i, mu
oio paiiufa muniçoo »*é * che* feria no poder. São Paulo, Global Êd,
im
h

|*di de umi limusine ntgn. assento O p. 2JB,


irtvira hivia udo removido e em seu lu- Relatório d» CIA. Fhnos do se-
137. Ul
jir cstavim embalagem que pareciam de Suo Paulo no morrmenro pura
tor et vii
Caixões,cheias de munições O homem dmufxír a edmitust ração foão Goulort.
que desembarcou e começou a dutnbuir TDC5 3/S4S. 654 24 de maio de 196J. Ar
a munição falava inglb- Entrevista de ).
quis os 1FK. NSF. Cópia parcialmentc cen-
M Von der Wetd a R. À Drtifuss em surada. (b) Jornal do Brasil, 6 dc noventr
Pam. setembro de 1971. J, Kjitppcn
bro de 1977 l Caderno «pctialh
BLACK, op oi. p 68-9
1Í$, E. BRANCANTE. op, cir p. I9t. O
112, [»} M- BANDEIRA. Ogoverno Coronel José Canavó filho, ex -comandan-
op til p 12D-29 (bl 0 Estado de Sáo
te da Força Pública, a milícia esiadual de
Pauto, 7 de novembro de 19frj. Albcno
São Paulo, afirmou que através dc finan-
Pereira da Silva era sicoprcsidente d* Ci*. ciamtnio clandestino pela indústria priva
<JeCimento PortLnd Barra», da Cia. de
da. a milkia estadual recebeu verbas e »v
Cimento Ponland Mouorú. da Cia de Çi-
liitènciâ técmca pua fabricar tuas pró-
«nenio Portlind Paraíso e era ligado I prias armas antj tanque, granadas dc mão.
Cia Nacional de Ettampiri* e à Empre- A
eiploiivos e alguns pequenos foguetes.
ta Granja Paraíso O
líder do IPES, Paulo
STEPAN. The mdtfüry.** op cif p- 200-
Mino Freire, et* diretor dessaa empitUL
JJ9. O governador dc São Paulo Adhe-
III. Telegrama enviado ao Departa-
<*)
mar de Birros, também líder do PSP- ev
mento de Estado pelo Embaixador Lin- uva. conforme menção anterior, profunda-
coln Gordun. N, AID SW-NDS* 12 dc
mente envolvido n* oompifãçáo. O apOJO
tubro dc 1961. (b) Telegrama enviado ió
dó líder da UDN Roberto de Abreu Sodré
Departamento de Ettado por G ordem fora também garantido. Ele possuía fortes
Mein, 19 de letembro dc l%I Arquivos UDN
Cor*
r
laços políticos com o* líderes da
JFK. NSF, Versão pardilmtnie ectuura- Filho e
foi Lacerda e Júlio dc Mesquita
<Ja. Gordort Mein foi roorlo, w>o* maii
era presidente Assembléia Legislativa
da
tarde. nas guerrilhas na Guatemala.
do Litado de São Paulo Através do apoio
\14. M BANDEIRA Preiença op. de Abreu Sodré, dó líder do IPES Rafael
cif p. ÍÒL Notchese, de Herbcrl Levy c coiros líde-
res da UDN, os diretórios disiriioí e me-
II5 + UI M BANDEIRA Fttsenço op.
tropolitano da UDN
ciL 124-25 Kmppeei BLACK. op. foram coordenados
ih) I
com o movimento civil-militar No caso
(c> f. PAGE op eit p

ri# ,
p. U5 I9G-97
especifico dc Abreu Sodré, ele st encon-
Em outras r egidc* do pari, particularmcn-
trava envolvido na conspiração contra J.
tc no Nordeste, empresários e Latifundii-
Goulart desde dezembro dc 1962.
rios mobilizaram exércitos particulares
Em Alagoas, sob a supervisão do Secreti- Ao final daquele ano, Abreu Sodré
rio de Segurança Coronel João Mendonça,
manteve um encontro sccrcto com Carlos
foi formada uma tropa de IQDOO homens,
Litcfdv no qual foi iniciado o plane ja-
treinados par» i a bui agem e guerrilha. Gr menio dc um movimento que culminaria
ganizaçôci íeflwlbanlci apareceram nas cm um golpe militar contra o governo Se-
demais íreai do Nordeitç e no Centro-sul gundo Abreu Sodré, o Marechal Dutra foi
do Estado de Goiás. Em Pernambuco, os pííjjcUdQ como íigurachave n* realização
conspiradores foram liderados pela Fe do golpe, comando com o apoio do Mb-
der ação dus Indústrias, onde o IPES es- rechií Teixeira LotU o cx<andidaio do
tabelecer* suai bases e onde Ctd Sampaio PSD k presidência da república, Telegra-
era espccialmente ativo. Entrevista com ma da Cl Ar "Prúvávcl tentativa dos ohv
Paulo Guerra, Brasília, julho dt I97fi aervadorei de promover golpe militar coo-

410
IrA Presidente Joflo Goulari". TDCS 1/ 149 O. MQURAG Filho. op. çit p, 86.
5Jf p 654 f 8 de dezembro de 1962. Arqui- H, SILVA. op. cit. p. 215-36.
vos |FK Cópio purcialmcntc censurada, 150. Nelson Abdo era um dos diretores
MO O fenômeno de individiHH possuí- da Darca Artigos para Cabeleireiros SA*
rem ligações com clubes sociais de elite c Azif Calfnt era dírelor da Têxtil Gabriel
com grupo» de consenso e interesse d« Calíat S A + Demétrio Cilfn era diretor
.

çlasse «ifti. como parte da trama da he- do CODFCa —


Coicnifkio Demétrio C*l
gemonia de classe* foi esíudado por fobn íat S-A,

SONQUIST & Tom KOONJG Eximi- — 151 E BRANCANTE op. cit p. 2074.
ntng corjmraic intcrconnecttons through
intcrlocking dircctofates líi
r
HURNSh 152. Ia} Piana dt dementei cominado*
Tom R. ed Poner and control; iQCtal rc1 cm* t mdiUtftS pata derrubar a ad-
ffruçtitfcs and their iramformaiton Soge ministração fttèo Goulart $t o Congresso
Studict in Inicrnatiorcal Suciülogy, 1976. for ôbngado o fichar. Rcfjiòrio da CIA.
«. 6. p 5) ST TDCS 3/548, 655 24 de maio dç 1963. Ar
quilos |FK. íbF Rdatónc da CJA. TDCS
HL M E BRANCANTE. op. dí. p.
3/546, 07a + de 29 de abnl de 1963. Ar-
302 íb) J W F DULLFS f/nrrií op
quivos 1FK 1 cópia pareiatmeníe ceníura-
dí. p 2-iJ. Ce} Entrevista com os líderes
da>. Nesse relatório* stnbuiu-ie «o Gene-
do IPE5 Luíe Wemcck e Flivio Galvio.
ral Mourãd Filho a afirmação de que o
ambos colunistas de O Estado dr São
golpe era inevitável por não haver ne-
Potdo.
nhum indício de que a siiuiçio política
ÍI2. Wad* Melou, corno moiioi dos diri- meífiorana. e mesmo que nãg
houvesse ne-
gentes de ctubes do Rio São Paulo c Belo r nhuma providência de Joio Goulart para
Horízonie. era ele próprio um empresário. fechar o Congresso* o planejamento do
Êle era diretor de Chocolates Diitolí S A. golpe continuar a sem data prevista,
i

H3h E. BRANCANTE, op cif. p H 206 . m. (*> ¥ BRANCANTE op df p 200


144. E. BRANCA NTE. or (h) Ü MOURÃG Filho, op Ui p 190 O
,
cit. p. 203,
General Mourão Filho eslava lambem es*
141 BRANCANTE, op dí
E, p. 204*5. tabefecendo ligações eom Os eons pirado rei
Luiz, Nnrtii era um dos diretores
da Mcyer da Bahia o través do Coronel Anehieil»
Chemical Co, do Brasil f nd- Farmaecutica.
Pai. da Freme Patriótica, e ilnvà de
faymc Loureiro F* era diretor da Casa
João Rflv&çhe. Desde abril de l%L as li’
Martins Costa SA. Tecidos, do Banco Co-
gaçócs do General Mourio Filho no Para-
mercial do Esiedõ de Sòo Paulo c tfa Cia.
ná colocaram -no em cgntacio com o Ge-
Agrícola e MercaniU Jaymc Loureiro F*. neral Ernesto Gciiel e através de frcqüen-
146, (u) J, W. F. OULLES, Efamt ... üp, ici viagens ao Rio* com os Generais Cor-
cít p. 224. (b) H, SÍLVÀh op. ui. p 249. . deito de Faria». Nelson de Mello, o Almi-

H7. O General
Ivnnhné Martins foi o
rante Hcck e o Marechal Dcnys Soas + li-

gaçòet com
os iiivisias do Rio foram tam-
responsável recrutamento de curros
pelo
bém mantidas através de Carlos Eduardo
oficiais na região de São Paulo juntamen-
te eorn o General Ramiro Correia Jt.., co-
D AIomo Lousada* que trabalhava como
secrelãrlu do grupo do Almirante Hcek.
mandante da 2/ Divisão de Artilharia de
São Pauto, Vide M, BANDEIRA. O Go- 154. Unidades mililares das cidades do
verno . * op. cti, p. 328. Eslmio dc São Pnulo ciladas a seguir
apoíansm o golpe na medida indicada:
148. H. SILVA, op, cit. p. 250 Com Jú-
apoio total de ufiidadtâ de ml ilha ria em
lio de Mesquita Fíthú. ugia um grupo de
fundinC, dos oficiais excelo o comandante
eoluninlas de O Estado de São Pauh t en- de unidades de ianques leves cm Campi-
tre eles Fliívlo Galvio Luiz Wcrncck, |oão nas, de unidades anliaéreos c de artilharia
Adelino Prado Neto, Cantão Mesquita c em Quinlaúna. de unidades de cavalaria
Olíveiro» S. F-erreira da Frenie Patriótica, mccaníiadu cm Pkassununga apoio do 1

Vide lambdm P- SfEKMAN. op. cit , o J, hnu!hiU> único em Lins, dic oficiais da Ae-
STACCHINJ op. dL p. 12. ronáutica na Base Aérea de Cumbica, c

411
«poio de baterias costeiras cm Santos Ao Cândido Moreira de Souza, teu n-Sftit-
comandante do II Exército, Pcry Bevílne- tirio da Agricultura e antigo companhei
qui. nio hana lido solicitado apoiar o m de conipuação do Clube da Lantema.
plano Relatório d* CIA, TDCS 1/VU. 1 ve Cindido Moreira de Souza era. akm
655. de 27 de maio de 1961* Arquivo* disso,irmão do líder do 1FES. José Lun
IFK, Moreira dc Souzo, cujo cunhado, o Gene-
ral Affonso dc Albuquerque Lima, era
155. No setor etvil r o% seguintes grupos,
iiHiiUiiçãcs c orgamzjçòe» eram amou também ligado a C. Lacerda desde os lem-
pos dc conspiração do Clube da Lanicrtii.
dubct dcsponivoi, camdimes de Direito
e Engenharia, eonueio» no* |cm*u O Ej^
O líder do PSD. Armando Fakio, tam-
todo de Soo Psulo. FdHiq de Soo PjuJo c
bém ativista do IPE5. irabalhou como do
DíüVio de São PmJo
grupo* democrático*
entre a ala direita de «u partido e C La-
cerda. que era personagem de proeminên-
trabalhistas. tais como o* Circulo» Operá-
rio» Católico». a Federação d as Enduimas
cia UDN. C. Lacerda ligou-se
nacional da
lambem fuscelmo Kubitvthck c à «o*
a
de São Paulo, a Asioesaçio Comercial de
troesquerda do PSD. através de Mino
São Paulo a associarão Rural FARESP e

a Federação da» Associações dg Estado de


Carneiro O
prdpno Kubicsçhck linha co-
São Paulo Além d me. uma rede de radio- mo seus homens dc ligação no IPE& O em
previno e poeta Augusto Frederico Seh
amadores estava sendo organizada. uum
mídi c Oswildo Maia Penido, seu ct-cKdt
como unidades eivis parsmiliurej em io
da Casa Civil, bem como u General Nel-
nai rurais Sim ainda, tifasim sendo ado-
son de Mello, seu cx<hefe da Casa Mili-
tadas medidas de conira sabotagem para
tar e o General Cordeiro de Farias, o
ocupar c proteger utilidades publicas e
qual era ligado ao próprio PSD. Vide
privadas no caso de o movimento golpista
Cláudio Mello e SOUZA, O vm-nho do
Ser deflagrado Ao mesmo tempo dentro
presidente. In: A. Dl NFS Oi ido op
da c kl ade de Sao Paulo, eram realizado»
etL p. 169.
rtcruramrnft» de viunhança. em uma ten-
laliva dc organizar forças em bairros da 159. 0 MOURÀO Fjlho. op. dl. P 217,
cidade A do JPES de São
infra-cn rutura 281 .

Paulo ic achava totalmemc envolvida, 160. (a) C. L GUEDES op cn p, 1)2-


1)6. Carla de Manoel Linhares de Lacer- 53. (b) IPES CE, Rio, lí de junho dc
da, BritMii, 10 dc abril de 1964. solici- 1962, Ce) IPE5 Cfc, Rio, 2 de outubro de
tando audiência com o Presidente Cailello 1962.
Branco. Caiai 42P-L Lisu N.é, liem 2165,
Arquivo de Luiz Viana pilho. Rio de fa-
161. C L. GUEDES op. cit p 147-52.

nei rOn 162. O. MOURAO Filho. op. cil, p. 186.

157. Relatório da CIA TDCS 3/541. 655, 163. O. MOURAO Filho, op. cri. P * 19&
de 24 dc maio de 1963, Arquivos JFK. Ev 9L
sc relalúrio observava que Faltavam deta- 164. E. BRANCANTE, op. cit. p, 222 23.
lhei eomplcLOf sobre a situação no [ Eaér-
cilú. uma ve/ que os organizadores na
165. O Tenenlc-coroncl Reitetl ligou-se
também Abreu Sodré e Hrfbert Levy,
a
Guanabara nio sc encontravam sob a ju-
(a) Cláudio Mello e SOUZA op. cit. p.
risdição de São Paulo, como estavam o*
demais Estados acima mencionado».
169. íb) Herbcrt LEW O
Ctobú 17 de f

janeiro de 1977 Após o afastamento do


151. C. Lacerda estivera envolvido pele General Pcry BcvílaCqua do comando do
ciiralégia do 1PES desde os primeiros dia» li Eiércho e sua substituição pelo Gene-
da campanha eleitoral dc !%2 t. além dis ral Amaury Kruel, o Tenente-Coronel Rei
(o. através da seus ahedos políticos, os II’ icei foi transferido para o Kio dc fâneiro,

dere* e aúviitas do completo 1PE5/IBAD. para o gabinete do Estado Maior das For-
Guilherme Borghoff, Dario de Almeida ças Armadas Fte tornou se então o dc
Magalhães, Sandra Cavalcanti, Armando menro dc ligação entre ai articulações nvllj.
Falcão e Júlio de Mesquita Filho. €- La- um no Rio c Sio Paulo organizada* pd A
cerda era também aliado potitko de losé rede 1PES/ESG*

412
m . E BRANCANTE. op. cif. p. 221-26 tro era bem relacionado. Na geitio do
Pressente Café Fiíhp, ele era a contripir
162, Ai unidades do Tcmmie-corooet R«
tida civil do General ]. Ta vera. chefe dt
teeí deviam, entre ou irei tarefas, fornecer
Casa Milhar, cujo subordinado imediato
informações pormenor iaada* ío estado-
era o Coronel Ernesto Gene!- Migelhiei
motor miítiar sobre a região e preparo do
Pinto mantinha, além desses contatos atra-
terreno par* ação ofensiva e defensiva,
vés de intermediários, ligações diretas com
Eles «itiTifli à procura de esconder ijot e
o Marechal Dcnys e o Brigadeiro Oó vi*
de locai» propício* para o montagem de
Travassos, um dos ideólogo* gcopôlJ ticos
depósito* secretos dc munição, uniformei
da FSG. Pedro GOMES. Do diálogo ao
e alimento*Um desse* local* era » Fa
írcmt. In: A Dl NFS. Qt láot op. cit.
jtenda Noscheic. pet tencenie ao líder do
p 67-99, 106-1 17.
t PES de São PauIo, Rafael Noschcse. Vi-
Entretanto, o represem ante direto de
de f PORTELLA op. cií. P 72.
Magalhães no Centro de tisunios
pinto
lõS. Quando
a erupção do golpe foi fr políticos era o eaeciitivo do JPES fusé
na! mente Anunciada e pubhc amçnic apoia- Lute de Magalhães Lios, *eu sobrinho c
da peío governador de São Paulo Adfoc- braço direito, que era também genro do
mar de Barros, etc tinha a teu lado o* CC' industrial José Thomas Nabisco, diretor de
neraí* Cordeiro de Farias t Nelson de alguns contribuinte* corporativo* do fPE5*
Mello, que acompanhavam de perlo Os Thcófilo Àícrtdo Santos, outro sobrinho
acontecimentos. Sobre o envolvimento do de Magalhães pmio e membro da ADESG,
General Krucl vide J. PORTELLA, op.
F
era também influente no movimento civil'
dl. p. 127-29.
miliur |o*é Lutr de Magalhães Lins de-
169. H. SILVA. op. cif p. J7MI. sempenhou um p » ptl significativo como
171.
170. Telegrama ds Cl A: AconíCeimenfos intermediário entre figuras proeminentes
puíteriorcx no planejamento do güípi* do da campanha, como 0 General Castello
General Mourãa Filho TDCS 3/555-7 «4 — Branco, o Marechal Dutra e o General Jo-
— ReL 95836 —
8 de SfiüJlo de 1%3. Ar- sé Pinheiro de Ulhoa Cintra, o Marechal

quivo* JFK, NSF. Denyi, o General Cordeiro de Farias e o


Juit Antônio Ncder.
171. J, PORTELLA op. cif. p. 129
Sobre as tentativa* de poiicíonir o
172. O líder da UDN \mé de Magalhães
General Cosia e Silva como o líder dc
Pinto estivera ligado I conspiração desde
OS primeiro* estágios, ç apesar dc ser o
uma '

'conspiração"* vide J* PORTELLA


Op cif. Cap. 2. 4. 5,
proprietáriodo Banco Nacional de Mi'
nas Gerais, não pertencia ao núcleo in- 174. O
mediador e coordenador indicado
dustrial-financeiro que liderava o IPES. pelo General Guedes para esses encontro*,
Magalhães Pinto linha ambições políticas bem como a pessoa encarregada de forne-
cer apoio material para as operações, era
pessoais, o que o tornava desagradável a
muito* líderes do IRES. Entretanto, por
o itivjiEa do IPES dc Belo Horiioittc Luí*
Aragào Villar. A informação sobre o pa-
ser personagem político de ta manha in-
pel dc L, Aragào V tilar foi confirmada em
fluência. como governador de um Estado
conversa com Ociávio DulcL a 25 dc no-
dotado de Uma mitfcia estadual
estratégico
vembro de 1977, Vide a crítica sobre a*
de tS.000 homens, devia ser atraído para memórias do General Guedes em O Er-
o reduto da elite orgânica. O líder do fado dc São Paulo. 29 de julho de 1979-
1PE5 lonas ck próprio
um
Barcelos Correia,
banqueiro, havia *ido, em 1962. o in-
175. M E BRANCANTE. op. cit. p, 217.
<hl C. L. GUEDES op cif p. , 1K5.
termediário dc Magalhães Pmio em *eu*
contatos com o General Pery Beviltequa, 176. (a) C- L- GUEDES, op, cu. p. HJ-
enquanto |o*é Monteiro de Castro. <** H IbJ l PORTELLA. op. rif. p 69. M
O MO UR AO Filho, op, rir. p. 232. 287.
chefe éa Cosa Civil do Presidente Café Fl*
Sho, foi intermediário dç Magalhães Pin- 1 W. C. L- GUEDES, op dr p. 12MU
to iunto ao* Generais Cordeiro de Faria* 178. A Cia. Siderúrgica Bclgo-Mineira
e Nelion de Mello. fo$í Monteiro de Cas- aindi pertence ao con*õrek> europeu AR’

413
4

DE D, cujo direior no Rio dc janctro havia Pinio Coelho e Nise Palma Tenuu C L
tido Oclivio Gouveia dc Bulhde» Ànidnio GUEDES ojp. ut p. i^íí.
Chnpj» Diniz era direior de Refratário*
1*0 c Lh GUEDES
p }2 ljh op, «rãi.
A, M jynoiia 5.À. è Induslna
.

ItoUnlct S
de Cúkmaçáo — 1CAL. loicph Hcin era IS! b(o foi rvbtivamenic
tíntplct, comi-

diretor da Cm, Jnilminal c Mercantil de derando que o eompteao de mídia mata


Arlefaioi de Feriu ClMAF, da Aricfatoi tkrtiio de Minns Gcra.ii pcrlcnein a Anis

de A^u S A. —
A ASA. da Cia. Ferro Bra- Chnle*ubmnd de H rádio, TV ç Jornais que
ilkiiu A da S \ Mineração Tnndade
5» ,
cm Sâu Paulo era dirigido pelo líder do
Hrar.il WarraniL da Cm. Siderúrgica Bei
IPFS, Edmundo Monteiro loié Luiz de
1

goMineira. da Central de Administrado t Mapjlhâei l.ini cviavn envolvido na ação


PurLkipjiçútv, da Cio Âgn>Pa>tonl Riü de Opiniüu Pública liderada pelo IPES,
D oce S.A ç da Serrana Sania Helena S A. ethmulando oi diiclorev de jornaii de Mi'

Souza era um dos di-


Fraftuíicu hnlii de nai Ger^iv e sugerindo o tratamcnlo de
relorci da Magnctila S A. c da S.A Mine* icmai viniontudoi ãs direinzei da campa-
riçãü Trindade Elmo Alvet \ofucira cr* nha civit-mdiur P GOMES- o/r. eií. p.
diretor da S A. Mineração Trindade Hen- 939.
rique GuJiimozm cn diretor da S A Mi- \$2 r C- L, GUEDRSr op cit, p. 132 51.
ncraçúu Trindade Amónio Mourão Guk
181 General Bragança, cm
O depoi- ieu
maràc* era dircior da Migftç*iu S t da A EjfcíiííJ de reprodurido
Ind de Cakmaçio —
(CAL Geraldo Par
mento ao
no forrwl do Braut de 9 de janeiro de
rcirai era diretor da Cia. 1 mobiliada Santo
1977. enfatizou que, ic |oão Goulart nlo
Èlói. da Siderúrgica 1 tiniu c da Cia. 5i-
Livusc iido deposto, leria vido vítima de
derúrpíLa BcIgoMincin.
uma tentativa de aiiaiiinálo no méi de
179. Atém dmo. eiuvam presente* h reu- abriL durante sua visila pUnejada a Mi
nião as irguimc* peitou Wildir Socjro nas Gerai* (O gfMnl Bragança havi* li-

Emerich (Cia Siderúrgica Manneimino.


do colocado no Centro de Informaç*0
Cii
Antúniu
Siderúrgica $io
Piclua
CacUnoL Paaio Cúu.
OcfflcniiDQ t U ijçntfthü
Eaéreito —
ClEX-L Raul RYFF. O jêttn
dftro /dngo no governo Rio. Avenir. 1979
Barbgva — Rmeoc S-A Ltt(cth*r.i e Co-
p 29.
mércio); Caclano SaKimoiLo. Luiz Antô-
nio Goniif • (Par tope ba Ir-duiinal SA J; f |4 r C L GUEDES, üp tii p. 177 2H.
Citar Rudnguci JMtialürfka Triàr.fulo 111. daia do golpe hivii ndo
A skiertm-
S Aí; Raimundo FoniencJ.t de Araújo. nada para o dia 2 de abril pelo nlado-
Luea* Gonraf a (Ind e Com. S*o Loa);
maior informal t nio paM o dia I* de
Ezalnno M arquei de Andrade (Tecido*
abril,considerado inconveniente por nr o
Eudiiic» Andrade 5A T Aniiidev M ft
Ferreira (Banco Comércio e tnddiim de
j
Dia da Menüra^ no Braul. General Cut- O
át* indivíduo lupcrtlkioiOt apoiou a de*
f
Afinai Gentil: Chmliano F T Gutma-
eitkr impuliiva do General Muuráo Filho
rie> (CiaCachoeira* de Macacu);
Têetil
por julgar que "a* cilrdai eilavam íovori-
Américo de Souza. A G. de Souza íCta
vei* em 51 de março'*. (*J C. L. GUEDES
Mercantil de Adminiiiriçio}. Cílio K *«/.
lábio Couiinho Brandáp. Aniclmo Vatum op tíi p, 202. 21 1, 2W (b) I, PORTEI-
eell (H Filho, Carloi Patrício de À Cardo LA. <*p ei I . p 107. v

ao, lldcu de C&stro, y Vieira do Prado


O ofreial deugnado para comandar «

(ÈBC —
Emprccndimenioi Braiilriroí «k epcraçto em Mina* Gctin. *egundo O co
Cimento SAI; Liclmo Martin*, Fernando mandu geral inJormal. era o General Mu
rwjr, da ESG,
Povoa Júnior. Angelo Scavasa. Paulo
Rolrcn de Mello, Joié Auguito de f Bnn 1M £ diffc.il wkr. no eilápip atual, ir o
co, foié Mendo, MJttcl de Souza. Joaquim General Moyiáu Filho fui fiiiaJmenL* for-
Silveira. Clóvi» Gonçalves de Souza. Célío çado a agir pelo Governador MagalhSc*
Andrade (Cia Tekfônka de Passai. Socie- pmlo. como parte dc uma ciiraH|ia pou
dade de VefeuJoi. Máquinas c Rcpreienia eo ortodoxa p*ra atingir n pmnlénctB. ie
çòe* Some nr L Robcrio de ConlL Luíi ele foi coagidu por oulitn grujmr
^
4 1
foi devido 6 jun próprli dccisoo. Esie é um Mfnlsiro da Guerra. Vide J. PORTELLA.
aaiunlo para pesqulsni mnís üprúfundadps. op, dt p- 14344,
1 H7. Uitifl vez prccípííndoi os aconteci- 189. A reipeílú da tenta li vi vitoriosa do
mentos pelo General Mouniu Filho não h
General Costa c Silva de auumir o co-
retlova nenhuma opção
ao «lado- maior
mando dó Minsilérío da Cu cm, vide J.
Informal dos Generais
Golhcry, Casldlo
PORTELLA, Op. cif. princlpilmcníe p.
Branco, Erncsio Gcíscl c Adhcmar de
HS44.
Queiroz, semlo apoiá-lo ou então enfrentar
a reação do governo. Vide | W, F. DUU 190. "O bom bocado nío ê para quem o
LliS. ÜMtcflo . op. dt Ctp I.
fu e sim para qutm o corne'*, Wilson FI-
188 Houve uma teniativamfn/iíícm, por GUEIREDO. A margem esquerda. In; A.
parte do General Ernesto GcocJ. de íazer DINES. Os idos . . op. dt. p r Í9J.
do General Humberto Cnildlo Brinco o Í9L A. STEPÀNL op. oit. p. M.

415
CAPITULO IX

O COMPLEXO IPES/1BAD NO ESTADO — A OCUPAÇÃO


DOS POSTOS ESTRATÉGICOS PELA ELITE ORGÂNICA

Inlrodifi*

Eslc capitulo lenia esclarecer suposições aceitas e não questionadas a respei-


to da forma do regime pós-1964, suposições estas que superestimam seu aspecto
milhar e subestimam a papel político dos industriais t banqueiros, Apesar de a
administração pós- 1964 ser rotulada de "militar" por muitos estudiosos de política
brasileira* u predominância contínua de cívb, os chamados técnicos nos ministé-
rios e órgsign administrativos tradicíonalmenic nào- militares, é bastanie notável.*
Entretanto, um aspecto a ser imcdíatamcnte considerado é que atribuir o rótulo
dc teenaeratas eus novos ocupantes das posições de poder i erróneo* como este
capítulo tenta mostrar. Umexame mais cuidadoso desses civis indica que a maioria
esmagado™ dos principais técnicos em cargos burocráticos deveria tem decorrem
cia dc suas fortes ligações industriais e bancárias) ser chamada mais prccisamcníe
dc empresários ou, na melhor dns hipóteses, de tecno-empresárioS- : Além disso,
este capítulo objetiva fornecer evidência de que os empresários e lecno-empresários
que ocuparam os setores-chave da administração do Estado t os Ministérios eram
ativistas do complexo IPES/JRÀD ou industriais e banqueiros, que compartilha-
vam das metas daqueles e que haviam contribuído para os esforços dirigidos
pelo I PES para dermbar \ Goulart, Em muitos casos, sócios e empregados de
líderes do IPES foram indicados para órgÜos administrativos e ministérios,

também a evidenciar a congruência dai reformas adminis-


Este capítulo visa
trativas,económicas e políticas pós- 1964 çom as propostas de reformas aventados
peloi grupos de Estude t Doutrina do IPES, que forneceu as diretrizes e a orien-
tação para as reformas estruturais e mudanças organizacionais da administração
pós- 1964, c muitas dessas diretrizes políticas haviam sido desenvolvidas pela
J
dite orgânica empresarial durante sua vitoriosa campanha dc 1961 a 19Õ4. Os
tecno-empresários c empresários puderam assegurar, através de seus cargos públi-
cos, o rumo do Estado brasileiro ao longo de uma via capitalista, servindo aos
interesses gerais dos mdusiriajs c banqueiros multinacionais c associados.
Finalmenie, este capítulo também tem» descrever alguns dos novos papéis
assumidos pelo JPE5 após a deposição de João Goulart, cm vista das posições-
chave ocupadas por lautos de seus membros no ministério e na administração.
As iniltoes e interpretações tradicionais do golpe de 1964 enfatizam s
presença das Forças Armadas na administração do Estado c no governo e a
influência da Escola Superior dc Guerra nas diretrizes económicas implementadas
peio governo militar p6s-!964. Alguns autores falam até de um padrão cambiante

417
do comportamento militar, político e ideológico que favoreceu a intervenção
militar emÍ964 c que equipou os militares para o governo.* Outros que exami-
naram a administração militar desde l%4, observando o lipo de pessoal recru-
ta do para s administração, assinalam que os grupos principais que %ém coniribu-

indo para a elite política brasileira desde 1964 são: (O o corpo <k oficiais das
4
trés Armas, (2) os tecnocratas e (3) os políticos civis, Essas análises concluem
alé que "há pouca dúvida de que os oficiais de alto nível do Exército, Marinha
e Aeronáutica (cm termo* de poder relativo, provavelmente nessa ordem) asse-
guraram o controle da pane mais importante no sistema político brasileiro desde
I964V
Apesar dessa crença generalizada, os fatos parecem sugerir 0 contrário no
período em questão, A concepção das Forças Armadas agindo como um Poder
Moderador tem sido superestimada, ao passo que 0 papel desempenhado pelos
empresários e tecnchempresários tem sido fortemenie subestimado. Um cuidadoso
exame dos ocupantes das posições do poder revela que os empresários e tecno-
empresinos do IPES ecrurcísvam os mecanismos e processos de formulação de
diretrizes t tomada dc decisão no aparelho do Estado.

Não « pretende negar a influencia dos membros da ESG, mesmo porque


muitos deles foram incorporados ao complexo IPES/ÍBAD. Além do mais. após
1964, a ESG conseguiu doutrinar um mimsro cada vez maior de oficiais de
médio c alto escalão do Exército, e a ideologia da Segurança Nacional permeou
tanto is Forças Armadas quanto o governo.' moldando as suas atitudes em relação
a um modelo socio-cconómico e político alternativo e às classes operárias. No
entanto, seria útil no governo dos oficiais da ESG, cm parti-
situar a presença
cular, e dos militares, em Levando em consideração o pessoal civil e militar
geral ,
recrutado para os postos-chave civis do governo, tonu-se claro que, enquanto
* formulação de diretrizes políticas e a tomada de decisões estavam nas mãos
de civis do complexo ÍPES/IBAD —
na maioria grandes empresários a con —
duçào das diretrizes políticas nacionais estava parcialmente nas mãos dos milita-
res politizados formados pela ESG. Esses oficiais, juruameme com políticos per-
tencentes à ADP, eram apoiados por um segundo escalão admínísimiivo, cada
vez mais influenciado pelas Associações de Ex-Alunos do IPES e da ESG. ris-
pectivamente ADIPES e ADESG* Os tetno^empresários e empresários do IPES
vjam nos militares a fome dc apoio político e de autoridade que aqueles não
poderiam obler através dc apelo político à população como um todo. tendo cm
vista seu programa de governo moderniza me -conservador niiidameme impopular,
Além disso, a tentativa de aumentar o prestígio da ESG fortalecendo sua imagem
como a berço do movimento que derrubou João Goulart e como a íonte das dire-
trizes políticas implementadas pelo governo também serviu para outras Finalida-
des. Por um fado, serviu para fazer oposição a facções militares rivais da ESG
que, em 1964, haviam assegurado posições importantes dentro da hierarquia das
Forças Armadas, principal mente recrutando troupiers c extremistas de direita.
Serviu tetnbém para neutralizar gnipos de empresários rivais que foram reduzi-
dos i uma posição subalterna frente aos representados no complexo IPES/iBAD,
uma vez que este era o único grupo empresarial a ler ligações orgânicas com um
dispositivo militar* influente c de proporções consideráveis. A projeção de elemeiv
tos da rede ESG/ADESG serviu para Legitimar a "neutralidade * do regime,
1

enfatizando seu caráter "tcenocrático” pela interação "natural” dos chamados


técnicos com o$ militares, reforçando o sentimento dc que a abordagem dos
problemas do Brasil e a natureza das diretrizes políticas implementadas pelo
governo eram "científicos*' e "nacionais" ao invés dc "políticos". Um efeito
colateral desse esquema foi conter demandas nacionalistas que partiam dc oficiais
de médio escalão dominados pela hierarquia do Exército e condicionados pelo
ideologia que emanava da ESC, De falo» o ESG veio a funcionar como um filtro
político c ideológico para a promoção dentro da hieraquia do Exército e cm
postos administrativos do Esiado» bem como um instrumento de cooptaçõo e
doutrinação dc novos recrutas civis c militares que jã estavam ocupando cargos
no aparelho do Estado.
Depois de abril dc 1964 as posições dc poder foram ocupadas por um grande
número de Ipesíanos c Ibadianos e por pessoas que as apoiavam, t que haviam
participado da campanha para depor João Goulart e para conter a esquerda
c o trabnlhismo, A dite orgânica dos interesses financeiro- industria is multinacb*
naís c associados foi capaz de assegurar poder económico e administrativo,
objetiva mente transformando o aparelho do Estado em pane integrante dos ínte-
se sses monopolistas que controlavam a economia.™ Os interesses multinacionais e
associados foram capazes de controlar a vida política do Estado e de forjar suã
máquina dc acordo com as necessidades do capital monopolista, ocupando os
cargos centrais de poder e determinando suas metas, procedimentos e meios,
O poder dc classe dos interesses multinacionais c associados foi expressado, de-
pois de abril dc 1964, através da hegemonia por eks estabelecida dentro do
aparelho do Estado, do controle direto das agencias de formulação dc diretrizes
polflicas e de lomada de decisão c da presença pessoal dos representantes desses
11
interesses econômicos na administração em geral.
O controle direto do aparelho do Estado, através át\c t dos outros setores
das ciasses dominantes e das classes dominadas da sociedade foi, se nlo a fonn*
mais completa de levar ã frente os interesses do grande capital, pelo menos •
forma mais eficiente e segura à disposição dos interesses financeiro mdustrijh
multinacionais e associados, 1 - Resumindo, após 1964 o poder estatal direto trans-
formou-se na mais alia expressão do poder econômico da burguesia financeiro*
industrial multinacional e associada. Como afirmou o líder do IFE5 António
Carlos do Amaral Osório, "uma das grandes realizações da revolução de 1964
foj f sem duvido, a de reforçar uma nova concepção das relações entre o Estado

e if classes empresariais"

À Tomada do Poder do Estado:

O domínio político ddi interesses íinanceiro-iiidiistríils


multinacionais c associados

A 2 de abril de 1964, a burguesia comemorou a deposição do Presidente


joio Goulart com uma gigantesca marcha de famílias pelas ruas do Rio de
janeiro, um acontecimento cujos organizadores aguardavam com ansiedade há
maü de uma semana, Na hora marcada para o inicio da marcha, a Avenida Rio
Branco continha um mar de faixas contra o comunismo, carregadas por uma
multidão calculada cm oitocentas mil pessoas. Enquanto as multidões percorriam
a Avenida Rb Branco, a sucessão presidencial era extensivamente discutida.
Os empresários que assistiam â Marcha do escritório do IPES no Rio, "comentei
com as aclamações e entusiasmo nas ruas e muito satisfeitos com o resultado

419
de seu trabalho anticomunista", conversavam com o General Heitor Hertera,
um dos seus elos-chave com os oficiais da ESG* "sobre as qualidades que deseja-
vam ver no próximo presidente do Brasil". u Os empresários do IPES decidiram
que de nio deveria estar associado a nenhum dos três governadores civis mais
importantes —
Carlos Lacerda. Magalhães Pinto c Adhemor de Barros e—
fadam objeções às ligações do Marechal Dutra. Eram a favor do General Casicllo
Branco, chefe do estadó-maior informal, e apoiaram otivamente sua candidatura/*
A intensa campanha através da mídia e a mobilização das classes medias que,
em seguida a essa reunião, foi desencadeada petos quatro cantos do país para
estimular a candidatura do General Castello Branco tinha a marca inconfundível
4
da açfio de Opinião pública do IPES/
No uma reunião da liderança do IPES do Rio r
dia seguinte foi realizada
de Sio Paulo com a participação de Harold C. Polland, João Baptista Leopoldo
Figueiredo, Tose Rubem Fonseca, Paulo Ayres Filho, Paulo Reis Magalhães, José
Roberto Witaker Penteado, Gíibert Huber Jr., General Heitor Hcrrera, José
Duvivier Goulart, General Golbery do Couto e Silva, Glycon de Paiva, General
Joio José Batisia Tubino, Joviano Jardim, General Liberato da Cunha Friedrich,
Hélio Gomide, Oswaldo Tavares. Augusto TrijiftO de Azevedo Antunes, Dcnio
Nogueira e José Garrido Torres. Polland, presidente da sessão, cumprimentou
"os militares do fPES pela vitória" e alertou-os sobre os problemas futuros, fazen-
do um paralelo com o período instável na Argentina que seguiu à queda dc
Perõn, Polland pediu que a liderança do IPES reavaliasse seu papel e se adaptas-
se I nov* situação, mantendo-o em condições de funcionamento. Frisou que " nosso
7
trabalho tem de ser sempre o de um estado-maior"/ T B. Leopoldo Figueiredo,
que fora à reunião com os (rês líderes do IPES de São Paulo oue haviam parti-
cipado do movimento desde o início, em coordenação com o IPES do Rio, cum
primentou os presentes pelo resultado vitorioso da campanha, Porem, Leopoldo
Figueiredo c Paulo Ayres Filho chamaram sua atençáú puni o fato dc que o IPES
‘‘ainda estava longe da vitória" c que a "estrada a seguir poderia lhes trazer
dificuldades' Isto estava se tomando perceptível tendo cm vista o posicionamento
1
.

de certos grupos económicos, basicamente cm São Paulo, que, apesar de contrários


d João Coulort e seu governo e de haverem apoiado sua deslituição do poder,
nio compartilhavam toialmentc com as meias do 1PE5. Além disso, militares que
não tinham os mesmos objetivos da ESG haviam conseguido cargos de influência
na disputa pelo poder que ocorreu após a saída precipitada de Minas do General
Mourio Filho, J, B. Leopoldo Figueiredo acrescentou que ludo exigia u dedicaçao
e contribuição contínuas do IPES, porque agora talvez viesse "a parte mais im-
11
portante c mais difícil isto é, assumir a administração c conter os grupos econô-
,

micos e militares c facções políticas dissidentes c recalcitrantes, Paulo Àvres


Filho também observou que "sem medidas dc segurança u cobertura imediata,
as Forças Armadas perderiam rapidamente o controle da siluação", lançando
mais que uma sombra dc dúvida sobre a habilidade e a prontidão dos militares
para controlar o sistema político c dirigir a administração, Esta situação mostrava-
se bem crítica uma vez que os militares mais próximos aos empresários do IPES,
os oficiais da ESG, ainda estavam longe dc ter um domínio efetivo sobre as Forças
Armadas, ao passo que os troupien e extremistas de direita encontraram um canal
dc expressão apropriado através do Ministro da Guerra —
General Cosia e
Silva, e através do Ministro da Marinha — Almirante Radcmakcr t membros
importantes da Junta Militar que assumiu o comando da situação após
o golpe.

420
Hüiold Follartd afirmou que. após a reunião centra! de 2 de abril de 1964 na
sede do Rio, alguns ativistas do IPÊS
jd começaram seus trabalhos em relação

à situação cconõmico-financeira c política, Formou-se trnia comissão que reunia


GJycon de Paiva, |üão Ifiiplista Leopoldo Figueiredo, o General Golbery, losí
Garrido Torres e Whítaker Penteado n fim de preparar um " plano dc ação para
gs próximos 30 dias" que seria decisivo para dar forma ao regime c formar
o staj} do novo governo. A decisão final foí a permanência do 1PHS em seu
papel tradicional como estudo-maior,
H
Os líderes do IPES percebiam sua organização como "o fórum adequado
para os empresários. lomando decisões de caráter político bem orientadas e
.

1
oportunas' , Viam-se tumbêm como o "governo privado’* [sir]
11
que deveria
apoiar o "governo público** que eles próprios inspirariam e equiparariam com
seu pessoal.
,k

O tipo de arivídades políticas que se exigia dos empresários requeria


discrição c o ÍPES continuava sendo uma cobertura e um cana! convenientes
para expressarem suus demandas c exercerem sua ação de forma velada, Os líderes
do IPÊS assumiram a formulação dns diretrizes básicas do novo governo, bem
como a deliberação sobre as pessoas que deveriam ocupar os postos-chavc na nova
administração, Os Generais Golbery, Adhemur dc Queiroz e Ernesto Geisd iam
diariamente h case do General Castello branco, preservando de fato o funciona-
3
mento da liderança do estado maior informal e mantendo o futuro presidente
'

sob intensa supervisão, O General Golbery e o General Gcísel, que também era
amigo pessoal de outro líder militar do IPES, o General Herrera, atuaram como
filtros para a seleção de líderes, associados e colaboradores do IPES para postos-

chave no governo. - O General Castello Branco que fora indicado para a presidên-
3

cia pelo Congresso no dia 1 dc abril estava orotüTanâü uma couipe competente
1

para formar seu governo e sua administração. Na qualidade de militar, não conhe-
cia o mundo empresarial e tecnoempresarial e tinha grande necessidade de sei
aconselhado a respeito de quem escolher e indicar* Muito co nve me n temente, foi
apresentado e travou conhecimento com candidatos potenciais aprovados pelo?
ativistas do Gmpo IPES/E5G que o rodeavam/
1

A Elíle Orgânica no Estado

O que se poderia considerar uma inovação fundamental introduzida pela


administração pós- 1964 c a criação do Serviço Nacional dç Informações. SNI O
combinou as funções de uma agência central de informações com as de um
conselho de assessoria para formulação de diretrizes políticos nacionais/* O
fundador e primeiro chefe nacional do SNI não foi outro senão o General Golbery
do Coqto e Silva que T por algum tempo, continuou servindo às duas organizações,
mantendo também negócios particulares em seu estado natal, o Rk> Grande do
5u[/ s O General Golbery deixou forni almente seu posto no IPES em julho de
1964* sem romper seus laços com a organização, onde continuou como membro
do Conselho Orientador e na qual voltou a ser atuante quando da nomeaçio do
General Costa e Silva para a presidência, para preparar desde já a ascensão do
General Ernesto Geisel ao poder* é muito significativo que* quando Glycon de
Paiva agradeceu ao General Golbery, em nome do IPES, por seu trabalho e
cumprimentou-o pelo novo cargo como chefe do SNI, este afirmou que, em sua
nova função* continuaria a desempenhar o mesmo tipo de atividades que havia

421
desenvolvido no IPES até aquela data. apesar de serem agora gnindemente "am-
24
pliados em recursos e meios", Os arquivos completos de informações do IPES,
reunidos pelo Grupo de Levantamento da Conjuntura chefiado pelo General
Gdbery e onde haviam sido compilados dados sobre 400.000 brasileiros foram
»

levados por dc para Brasília como a base para a rede do 5NÍ/ Levou consigo
T

não só os arquivos do IPES, mas também seus companheiras c colaboradores


mtkh próximos na rede militar e de informações (que o IPES estabelecera de 1961
a 1964 sob as denominações de Grupo de Levantamento da Conjuntura c Grupo
Especial da Conjuntura) c que passaram a integrar a nova estrutura de informa-
ções. Encontra vam-se no núcleo de oficiais que estavam envolvidos, juntamenie
com o General Gulbcr> na crtaçio do SNI o General Ernesto Geiscl, General
t

Agostinho Cones, Tenente-coronel Danilo Venturint, Coronel Juao Baptista Fi-


gueiredo. Tenente-coronel Ociávío de Aguiar Medeiros. Coronel Ivã Vidra Per-
5
digão e o Capitão Heitor de Aquino Ferreira, ' Outros oficiais recrutados para o
emergente SNi foram o General Emílio Garrostazu Médici c o General Carlos
Alberto da Fontoura. O Coronel João Baptista Figueiredo tornou-se o chefe
do centro do SNI do Rio de Janeiro, o mais importante depois de Brasília, cuja
sede era localizada no Ministério da Fazenda, Poste ri o rm ente veio a ser secretá-
rio geral do Conselho de Segurança Nacional, posto que o próprio General Gol-
bery havia ocupado no governo de íãnío Quadros/* O General Agostinho Cortes,
chefe do Grupo Especial da Conjuntura, foi indicado para a chefia do SNI de São
Paulo, O Capitão Heitor dc Aquino Ferreira tornou-se secretário pessoal do
General Golbcry.
1
O General Riograndino fíruel, irmão do General Amaury,
tomou-se chefe do Depammemo Federal dç Segurança Pública» colaborando
de perto com o novo serviço de informações,”
— —
O SNÍ sc propôs a tomar-se e de fato tomou-se um centro influente na
formulação èc diretrizes em rodas as áreas da vida social» política e militar bra-
sileira Estabeleceu uma rede de informações dentro dos ministérios, autarquias e

órgãos administrativos do governo, bem corno no movimento militar, no movimen


to da classe operária, no movimento estudantil e em outros segmentos escolhidos
da população, trifisformandckse em um "superministériú” intocado c intocável
pelo Legislativo c pelo Judiciário e não subordinado às Forças Armadas. Em
termos imediatos a criação do SNI serviu para esvaziar algumas das funções
do Serviço Federal de Informações que havia funcionado, até alí* como substituto
de u ma agência central de informações. A necessidade de uma instituição capaz
de flanquear o Serviço Federal romou-se premente não só pelo fato de este ser
um produto do regime anterior, mas principal mente porque o troupkr General
Cosu t Silva, como o novo Ministro da Guerra, havia indicado seu homem de
cari fiança, o Coronel Forttlta, para secretário do Conselho Nacional de Segu rança

que supervisionava o Serviço Federal, numa tentativa de transformá-lo em sua


base de manobra e poder. A médio e longo prazo, uma agencia central de infor-
mações foi exigida pdos miUtares, uma vez que ela leria de desempenhar um
papeLchaYe na implantação da doutrina de Segurança Nacional disseminada pela
ESG, Além disso, a comunidade dc informações poderia dar ao regime alguns
tributos políticos que ts Forças Amadas, com sua rigidez natural, não pos-
suíam. O comportamento institucional, a hierarquia e normas corporativas nio
dotavam as Forças Armadas do nível de íkxjbilkbdc neec&sário para sc envoL
vetem em política. O envolvimento direto das Forças Armadas na vida política
da nação, quando concretizado, reforçava as posições de extremistas dc dírdia

422
dc linho dura* porque uma ação Armadas em assuntos não
eficiente das Forças
militares exigia a manutenção ou um
maior aprofundamento dos aspectos milita-
res de organização política, O sistema de informações poderia superar a rigidez
das Forças Armadas sem recorrer a atitudes severas* sem reforçar o extremismo
de direita c talvez* mais importante com o decorrer do tempo, sem permitir
p

que facções nacionalistas dissidentes, com projetos sociais reformistas dentro


delas, estabelecessem uma posiçio dc autoridade no comando do sistema político
c da economia.

Final mente, o $N! poderia funcionar mesmo depois que as Forças Armadas
voltassem aos quartéis parai el a mente, ainda, à vida normal dos partidos políticos,
,

t até mesmo manter a política em funcionamento na ausência de reais c efetivos


partidos. Poderia*na verdade, agir como um partido político* sendo talvez o único
órgão militar capaz dc fazcíü* funcionando como um foco dc apoio e dc infor-
mações do regime* e como um agente da manipulação da organização política da
sociedade.
Os dos do IPES com o SNI permaneceram tão fechados e fortes que o
Coronel Ivã Perdigão, sucessor do General Golbcry como chefe do Grupo de
Levantamento da Conjuntura* sentiu a necessidade de reconsiderar o funciona-
mento de certos grupos dc açio do IPES uma vei que o SNI havia sido formado,
No campo das informações* o IPES permaneceu como uma fonte independente
para o SNI, e como suo ligação imediata com a comunidade empresarial. Em
53
troca* o IPES recebia informações para a ação do SNL

Os ativistas do IPES sc envolveram em várias operações, funcionando como


um centro de distribuição de informações e propaganda anticomunista. O IPES
de SSq Paulo, juntamenle com o SNI, foi responsável pela iniciativa de se criar
o de Estudos Científicos sobre Comunismo*" que seria chefiado por
Instituto
Estanislau Fischlowitz* do Grupo de Estudo e Doutrina do IPES-Rio, Finalmenie,
tendo em vista a fragilidade política dos partidos criados por decreto presidencial
depois de 1964, para substituir aqueles formados durante o regime populista,"
o IPES foi responsável pelas tentativas de se criar um Poder Político baseado nos
próprios empresários e não nos políticos dos partidos." Esperava-se que esse
"Poder Político" se f rans formasse na “estrutura básica da Nação"* ligado a ura
"PodCF Militar"* baseado na estrutura de informações. Pare atingir tal objetivo,
Hélio Gcmíds recomendou ao General Fontoura a “aproximação do Poder Militar*
representando a Liderança Política e a Administração Pública do pais* com certos
grupos empresariais"* dentre os quais o IPES era considerado o mais adequado
devido a sua experiência* à qualidade de sua organização e aos indivíduos que
reunia.
Tendo funcionado como uma agência de coleta e distribuição de informações
anticomunistas para outros grupos, as Forças Armadas e os empresários, o IPES
estava em condições de canalizar informações para os Inquéritos Policiais Mtlt*
tares — ÍPM* instaurados apôs o golpe a fim de investigar atividades supostamente
subversivas, dentro do novo quadro poKlico-mi fitar de "segurança nacional". Ha-
rold Pclland enviou material aú Tcfienie-coroncl L. G. Andrade Serpn. cucam-
gado do IPM na Confederação Nacional dc Trabalhadores na Indústria* na es-
perança de que servisse como uma “contribuição para o trabalho em que o Exér-
cito está envolvido a fim de investigar, com justiça* os verdadeiros responsáveis
58
pefo estado dc calamidade das coisas no regime anterior". Outro ativista do
IPES* o Coronel Rubens Resteel, foi indicado chefe dos Inquéritos Policial-MUi-

423
tarts m
Irei do II Exército, que incluía o cinturão industrial de São Paulo,
assumindo também a responsabilidade de investigar as atividades de indivíduos e
grupos de esquerda.' Enquanto is$o, o General Dalisio Menna Barreto estava
1

encarregado do IPM sobre corrupção em São Paulo, que atingiu fortemente os


políticos e a burocracia.

0 IPÊS continuou atuando, como uma unidade de coleta


entre outras coisas,
dc informações (o que havia sido uma
dc suas funções anteriores) preparando
,

relatórios regulares sobre a “pressão comunista" para círculos empresariais, rnili-


terei e administrativos, Esses relatórios justificavam a atitude de “linha dura“
cuja adoção os líderes do IPES afirmavam ser necessária, por parte dos empre-
sários e militares, contra a “subversão" do país. Consequentemente, esses rela-
1 '
tórios também justificavam o continuo levantamento de fundos para o IPES.

Poste rio rtneme. alguns lideres do IPES também se envolveram no lado mais
sórdido das operações dc informação. O
seu líder e empresário Henníng Buibien
íncluk-se entre os responsáveis pda consolidação de um esquema dc apoio finan-
ceiro para o aparelho repressivo da polícia e das Forças Armadas. H. lloikssen
reuniu um grupo de empresários que contribuía financeiramente c fornecia equi-
pamentos para as organizações de segurança/* Esse apoio mostrava uma outra
dimensão da coordenação entre empresários e militares.
do IPÊS íínalmente exportavam para países vizinhos a perícia
Líderes
adquirida na campanha para depor lolo Goulart, envolvendo-sc cm operações
internacionais de deses tabilização de seus regimes, O golpe que colocou a lide-
rança do IPES no poder no Brasil parece ler sido usado como modelo para o
golpe militar chileno. Em 1970. o Senador Salvador AUende foi eleito para a pre-
sidência do Chile, liderando um* frente dc união popular de tendência socialista.
Membros do IPES trabalharam dc perto com associações empresariais t profis-
sionais chilenas, dando-lhes apoio financeiro e assessoria para amobilização das
díisscs mtdías t atuação cm diversos setores da opinião pública. Entre os Udcres
do IPES envolvidos nessas atividades c no a^sessoramemo aos empresários chi-
lenos sobre a preparação das condições para a intervenção militar e ã derrubada
de Alknde encanir»vam-*e Gilbert Huber fr, e Glycon de Paiva. Como este afirmou
após o golpe vitorioso, "a receita existe, e o bolo pode ser assado a qualquer
Pí<
hora. Vimos como ela funcionou no Brasil, e agora novamenle no Chile, " O
grupo paramílitar de direita. Movimento Ami-Comunista —
MAC. forneceu armas
e dinheiro a grupos semelhantes no Chile, Faustíno Porto —
militante do MAC,
e Aristóteles Drummond —
chefe do Grupo de Ação Patriótica —
GAP (uma
das linhis auxiliares do IPES) e ativista do MAC, serviram de elementos de liga-
ção entre Brasil e o Chile, levando até mesmo dinheiro para atividades pclílicas
Annas foram entregues ã organização extremista de direita Patría y Liberiad e ao
PROTEGO. o$ comitês dc bairro dc direita Os chilenos que receberam apoio
do IPES e do MAC foram decisivos para o êxito das táticas de desestabilização
que derrubaram o governo socialista de Allende/*
Líderes do IPES também atuaram na preparação da campanha que depôs
o Presidente Juan Torres, da Bolívia, em 1971. Quando o General fuan Torres
tornou-se presidente em 970, um grupo de empresários e militares brasikiros e
1

bolivianos criaram cm SIo Paulo um "Centro dc Estudos Latino-Americanos",


seguindo o modelo estabelecido pelo IPES, Entre os participantes do Centro,
localizado nas imediações do Paeaembu, encontravam-se Oscar Barrienios advo- —
gado e primo do ex-presídcnte boliviano General René Barrientos Ortuno* o

424
Ifdcr do IPES Herming Boilessen, Mário Busch — ex^íicial da Wehrmacht e
ex-agente do Servtço de Controle Político boliviano, o General Hugo Bethlem p-
ex-adido militar na Bolívia, e orna série de oficiais e grandes empresários boli-
vianos. Boíkssen e o empresário boliviano Ugarle eraro os financistas do Centro,
enquanto Barrienios estava encarregado de manter contactos com oficiais do H
Exército do Brasil (que, sediado em Sio Paulo, comandava os territórios na fron-
teiracom a Bolívia) e com o SNI* Em agosto de 1971 o General Hugo Banzer
tomou o poder, e muitos dos bolivianos envolvidos
41
m
centro (ornaram-se mem-
bros do novo governo.
O
SNI teve uma ligação muito próxima com outro “supervninbtérkT criado
pelo novo governo, o Ministério do Planejamento e Coordenação Económica. O
sonho de planejamento governamental, alimentado há tatuo tempo pela dite or-
gânica, flnalmerue se concretizara,
A de março de 1964, no dia do desencadeamento do golpe* um gnipo dc
31
diretores de grandes bancos c indústrias criou, em Sio Paulo, a Associação Na*
cional dc Planejamento Económico e Social —ANPES, como parte de um es-
quema para tornar o associado do IPES t tecnoemprísãno Roberto de Oliveira
Campos o Ministro do Planejamento do novo governo. Roberto Campos, uma
figura central da CQNSULTEC, professor da Escoli Superior de Guerra c ex-
embaixador nos Estados Unidos foi eleito secretário geral da ANPES. 11 O bam
queiró Tcodoro Quariim Barbosa era o presidente* e um de seus membros mais
ativos era o líder do IPES télio Toledo Piza* também banqueiro. Outras figuras
centrais do ANPES eram António Delfim Netío, do grupo de Doutrina e Estudo
do IPES-São Paulo que passou a secretário geral depois que Roberto Campos
T
4
se tornou Ministro do Planejamento/ e Mário Henrique Simonsen.

O Ministério do Planejamento transformou-se nú ministério civil mais im-


portante da primeira administração depois do golpe de 1964, opinando nas ques-
tões dc todosos outros ministérios, excelo no SNI* com o qual coordenava seus
trabalhos.Roberto Campos era o civil mais importante do grupo ministerial e,
Como ministro, o mais favorecido pelo presidente, uma figura central na formação
do pensamento "econômico'* da administração dc CaMdlo Branco/ 1
Robe rio Campos rodeou-se èt uma equipe ét assessores* quase lodos do
IPES, o que mostrava a hegemonia conquistada pela elite orgânica. Soa eouipe
expressara q grande peso que tinham os membros do grupo CONSULTEC/APEC
no Grupo de Estudo ç Doutrina do IPES-Rio de Janeiro, uma ves que a maior
parle dc seus colaboradores pertencia às duas organizações. Foi a equipe IPES/
CONSULTEC dc Roberto Campos que elaborou o Plano de Açio Econômica do
governo —
PAEG, um programa que coordenava a atividade do governo na es-
fera econômica e que se transformou no plano geral para as reformas económicas
e sociais implantadas de 1964 a 1967. Deve-se notar que. apesar do nome* o
PAEG linha mais a vqr com o diagnóstico e formulações de diretrizes políticas
gerais do que com a verdadeira realização pormenorizada de um plano de ação.
Entretanto, a implantação do PAEG teve um efeito particularmente importante.
Permitiu que us companhias multinacionais, utilizando sunâ subsidiárias no Brasil,
comprassem a preços baixíssimos as empresas brasileiras estranguladas pelos res-
trições de crédito impostas, provocando o fenômeno conhecido como desnacio-
nalização/ A equipe dc Roberto Campos compreendia o seguinte núcleo de mem-
4

bros úq grupo PÉS/CO NSLPLTEC/ A PEC: os tecnoempresáriús c empresários


í

Eudcs dc Souza Leio Paulo dc Assis Ribeiro* Carlos J. de Assis Ribeiro, Frcde-
t

425
rico Maragliano Cardoso, Edgord Teixeira Leite, Dínio Nogueirn, José Gnrrldo
Torres* WamJcrbiH Ditanc de Barrou* Eduardo da Silveira Gomes, José Piquei
Carneiro, Alexandre Kafka* Og Leme, E st mi Mau FUehlowili, Mário Henrique
Simtmscn* Luu Bulhões Pedreira, Oswaldo Trigueiro. Antônio Casimira Ribeiro*
Willcr Lorch, H arai d Cedi Polland, Cláudio Cedi Poíland* Carlos Moacyr
Gomes de Almeida* Glycon de Paiva, Luiz Gonzaga Nascimento Silvo íque se
tomou o Assessor Jurídico do Ministério) e Gilberto Ulhoa Canto. Sebastião
SanfAnna e Silva, um dos diretores da US1MINAS que gozava da confiança pes-
soal de Roberto Campos, foi indicado secretário geral do Ministério. Tdmar de
Souza, do grupo de Estudo e Doutrina do IPES e companheiro de equipe de
Roberto Campos na CONSULTEC. tomou-se Diretor Administrativo do Ministério,
Foi estabelecido em i%5 um Conselho Consultivo de Planejamento —
CONSPLAN, lendo Roberto Campos como secretário executivo e que se trans-
formou em importante centro de formulação de diretrizes políticas e um íomm
destinado a "cokiar sugestões, ouvir criticas e obter contribuições dos partici-
pantes da vida econômica nacíonaL'/* Novamente, este órgão central destinado a
assegurar a participação privada no processo de planejamento era comporto, em
iua maioria, dc associados t colaboradores do IPES* Strtao sensu * o CONSPLAN
não constituía um órgão dc representação* Todos os seus membros ctam indicados
pelo presidente por iniciativa própria ou a partir de listas apresentadas por setores
reíicíonadov, Dos setores empresarial e lecno-ctnpresariaJ* os seguintes elementos
estivam envolvidos no CONSPLAN: o industrial e banqueiro General Edmundo
Macedo Soares, Saturnino de Briio Filho, João de Piciro - —Banco do Estado de
São Paulo, Padre Fernando Bastos D"Ávtla —
ADCE* Lindolfo Martins Ferreira
— ADLSG, Antônio Delfim Netto* Antônio Dias Leite —católico militante que
acabou discordando do CONSPLAN* sendo a favor de políticas empresariais di-
ferente*. Mauro Ramos. Frederico Heller —CONSULTEC. encarregado dq Setor
de Promoção como representante da imprensa, Glycon de Paiva e seu suplente
Harold Cecil Polland. Dos Escritórios Regionais foram indicados Víior Cradin
— SUDENE. Pauto CamilÍG de Oliveira Pefina —
Banco de Desenvolvimento dc
Minas Gerais, e Karios Ricschbieier —da CGDEPAR, Companhia de Desenvol
ví mento do Paraná, indicado por Nci Braga c pelo banqueiro Leômdav Bério,

Entjc os pclegos dos sindicatos foram escolhidos: Arv Campista, )osé Rotla, Paulo
Cabral c Odiío Nascimento Gama. O ativista do IPES Mario Leão Ludolf repre-
sentava as associações da dasse empresarial. Foi criada uma Comissão Especial
do CONSPLAN* que funcionava como uma agência para avaliação de projetos
governamentais* Seus membros eram: Lindolfo Martins Ferreira — presidente:
José Rotia, NyUon Vdloso —
empresário e execulívo da Associação Comercial
dc Minas Gerais; Padre Fernando Basios D Ávilla, Armando de Oliveira Assis,
f

foao Paulo dos Reis Vclloso, Oswaldo lúrío, Paulo dc Assis Ribeiro c Eudcs de
Souza Leão/*
Hélio BeHrio, outro importante rcen o-empresário c associado do IPES, com
o apoio de Roberto Campo* e cm conjunto com uma equipe do grupo IPES/
CONSULTEC, foi responsável pdo esboço da Lei n.' 200 que englobava a Re-
forma Administrativa Federal, dc longo alcance, executada durante d presidência
do General Casirilo Branco/* José Nazaré Teixeira Dias, secretário cxcculivo da
Comissão Especial de Estudo da Reforma Administrativa. estava dirctamcnte ligado
ao Ministro do Planejamento/" O planejamento foi transformado em regra abso-
luta da administração c, daí cm diante, todas as atividades tinham dc
sc coqufl-

4ZÓ
dr*r a um programa que cobria vários anos, abrangendo os planos nacionais, re-
gionais c setoriais, Foi estabelecida uma Inspeloriã Gerai 4& Finanças para con-
trolar os gastos e o Brigadeiro Roberto Brandjní, militante ativo do estado-maior
civil-militar de São Paulo, foi nomeado diretor.

Pnra coordenadores dos Grupos Setoriais do Ministério do Planejamento,


Roberto Campos indicou companheiros e colaboradores do grupo 1PES/
CONSULTEC, os tecno-empresirios c empresários Henrique Capper Alves de
Souza, lesus Bello Galváo, foão Baplísta de Carvalho Athayde, Milcíades Mário
Sã Freire de Souza. Waltcr Lorch c Harry lames Cole. Foi indicado por Roberto
Campos para chefe do influente Comitê dc Coordenação da Aliança para o Pro-
gresso —
CüCAP* ligado ao Ministério do Planejamento, Francisco de Assis
Gfiet©^*
EPEA. o Escritório de Planejamento Econômico e Social do Estado, para o
qual Vietor da Silva Alves Filho foi indicado secretário geral e onde trabalhavam
os ativistasdo grupo f PES/CONSULTEC Mircea Bucscu eo Coronel Luiz Víeror
f
D Avino$ transformado no Instituto de Planejamento Económico e So-
Silva, foi
cial Aplicado —
JPEA, sob a supervisão de Mário Henrique Simonsen, e o cola-
borador do 1PES Maurício Vilella foí designado para fazer pane do mesmo. O
IPEA foi estabelecido para realizar estudos, pesquisas e análises nas esferas eco
Ftòmiea e social solicitados pelo Ministério do Planejamento. Foí criada a
DATAM EC. uniu agencia federal dc processamento de dados, para a qual foi
designado o General AHaulo Esmeraldo, ligado ao IPES.
Associados e ativistas do IPES tornaram-se, com efeito, o nódeo do Minis-
do Plane jumento, Alem dc fazerem parte do IPES, os componentes da equipe
tério

dc Roberto Campos eram também membros de escritórios dc consultoria, em


geral, e da CONSULTEC/aPÊC, cm particular, refletindo assim a antiga com-
posição dos Grupos do Estudo c Doutrina do JPES-Rio e do IPES-São
Paulo, Mas, sobretudo, o que deve ser enfatizado é que, contrariando a crença
já estabelecida, q$ membros stgni fiem vos do Ministério do Planejamento não eram
técnicos, mas tecno- empresários, se não simplesmente industriais t banqueiros,
O Ministério do Planejamento recebia apoio efetivo de dois organismos que
operavam diretamente ligados 5 presidência e que desempenhavam para o Mare
chal Casldlo Branco ns funções de filtrar informações políticas tamo da área
civil quanto da militar, bem como n de servir dc centros de comunicação. Esses

organismos eram a Ousa Civil e a Casa Militar.


As Casas Civil e Militar eram órgãos eminente mente políticos, ao invés dc
sdfomisiralívGS. Encarregavam' se dos aspectos processuais das dècisóes executivas,
examinando e opinando sobre a pertinência t adequação das decisões tomadas ou
a serem tomadas peio presidente e pelos vários ministérios. Examinavam também
o alcance das implicações que us decisões tomadas, ou a serem tomadas, pelos
ministros terium sobre cada ministério e órgãos administrativos e sobre o conjunto
ministerial como um todo. Nesse aspecto, controlavam diretrizes políticas e for-
neciam informações volkssns ao Ministério do Planejamento e ao presidente, com
referenda à política nacional. Suas funções tem variado através das diferentes
administrações, cada presidente lentando moldá-las às suas necessidades e às de
11
seu governo.
du Casa Civil o associado do IPES Luiz Viana Filho,
Foí designado chefe
do Punido Libertador da Bahia e membro da ADP e como
escritor e político +

ehcíe da poderosa Casa Miliiur foí designado o General Ernesto Geisel.

427
No governo do Marechal Casrdlo Brnnco, a Casa Civil funcionou ampla-
mente como uma a meçam ara polí Uca do presidente* absorvendo pressões dos
partidos, bem como de outras fontes, A maioria das tentativas do Executivo de
manipular a política partidária foi executada através da Casa Civil que foi de
r

importância vital nas prolongadas negociações c manobras do governo com a


finalidade ele levar a cabo a reforma radical da vida político-partidária arquitetada
pdo Executivo, Através da reforma político* partidária* o governo temou uma re-
composição da vida política, destinada a neutralizar pressões regionais e cliente
listas que obstruíam o planejamento eficiente, criando uni partido oficial do go-

verno, a A&ENA. baseado no alinhamento da força que vinha operando sob a


égide da Ação Democrática Parlamentar —
ADP. Tomando parte ativa na refor-
ma. a Casa Civil protegia a imagem pública do presidente* permitindo que este
reservasse suas intervenções para momentos escolhidos c críticos, apoiado pela
autoridade dc seu cargo c peta poder dos militares.
A Casa Civil também servia comoum canal de comunicação do presidente
com a opinião pública em os meios acadêmicos e culturais em parti-
geral, e com
cular, uma vez que estava encarregada da preservação da imagem pública do
governo, tendo participação na preparação da agenda diária do presidente. Além
disso, encarrega va- se de um grande número de demandas individuais, atuando
como um centra informal de fobbyíng para grupos econômicos e absorvendo pres-
o governo dc imertsses empresariais, que não tinham canais de co-
sões contra
municação adequados com os órgãos administrativos mais importantes ou repre-
sentação eficaz junto aos ministérios, sendo assim excluídos da articulação dc in-
1
teresses a nível dc cúpula,
Durante o governo dc CuieJío Branco, a Casa Militar era fortemente apoiada
peta grupo tPES/ESG e destinava-se a servir de contrapartida do Ministério da
Guerra, onde Costa e Silva mamtnha o controle, Áiravés da Casa Militar o grupo
fPES/ESG se comunicava cem a área militar, tentando absorver as pressões que
surgiam dos vários setores de opinião dentro das Forças Armadas t desativando
crises poliiico-milítarei dirtgídss contra a governo. Havia também a lenuuiva dc
imagem da Casa Militar como o "Ministério dos Militares '* uma es-
1

construir a
pécie dc agência de hbbying para a qual os militares poderíam apelar para re-
solver seus problemas institucionais no contexto mais amplo da política nacional*
umi prática destinada a criação de um apoio muito necessário ao governo entre
os Forças Armadas. Deste modo. e sob a égide dos ativistas do grupo 1PE5/ESG,
espema-s t que a Case Militar esvaziasse, ou peta menos diminuísse* as possibi
lidades dc o Ministério da Guerra atuar como um agente intermediário de poder.
Mas a Caso Milhar não logrou êxito em uma dc suas tarefas* que demonstrou sei
critica, isio é, esvaziar a crescente projeção da candidatura do General Costa t
Silva* apoiada por um alinhamento de forças que reunia os froupiers, os extre-
mistas de direita e um grupo de dissidentes dc dentro do próprio grupo de es-
goianos. Esse alinhamento final mente lcvou*o ã presidência, para desespero dos
ativistas do grupo ÍPES/ESG.

Apesar dc serem guiadas peio pensamento estratégico do Executivo, a Casa


Civil e a Militar eram dirigidas peía conveniência e pcías restrições impostas pelai
exigências imediatas c pressões contingentes. Dc certa forma, os chefes das Casas
Civil e Militar atuavam como $olucionadore> de problema» do presidente. Entre-
tanto, cm administrações posteriores, o seu papel variou grandemente, £1cs adqui-
riram cada vez mais uma qualidade estratégica e desenvolveram a função de mí:-

42fl
canismos dc controle das diretrizes políticas do Executivo sob as presidências do
General Médid c do General Ernesto Geisel e, particularmentc, no governo atual
do General Touo Oaptista Figueiredo, sendo chefes das Casas Civil e Militar o pró-
prio General Golbery e o General Danilo Venturini, 41 respectívamente. O grupo
IPES/ ESG e, prineipalmente, o SNI descreveram um círculo completo.

Sem duvido, o desenvolvimento mais importante em assuntos económicos foi


o esíabdeddo, pelos associados c colaboradores do IPES, de sua hegemonia den-
tro da rede financeira do Estado, controlando assim a alqcaçào dos vastos recursos
no seu dispor. Alem disso, os ativistas do IPÊS controlaram os principais escri-
tórios de elaboração de política financeira e todos os mecanismos decisórios, mol-
dando assim a economia. A Lei 4.595 de 1964 reestruturou o sistema financeiro
que, por volta de 1966, compreendia os órgãos apresentados no Quadro 5.
Os cargos-chave nessa estrutura foram ocupados por cK-membros e ativistas
dos grupos de Estudo e Doutrina do IPES. Eram, na maioria, empresários c tecno
empresários c muitos deles haviam lidado, no IPES, com posithn papers* pro-
postas dc reformas e programas para o governo relacionados com suas funções
c cargos posteriores na administração de Castello Branca,
Como Ministro da Fazenda manteve-se o associado do IPES Getávio Gouveia
de Bulhões que forn designado, imediatamente depois dc 1,* de abril de 1964,
pela junta Mílitor de Ministros autodesignados das Forços Armadas. Gouveia de
Bulhões e Roberto Campos tornaram-se os modeladores da nova economia brasi-
leira,
M Álvaro Carvalho Cesárío Al vim foi nomeado Procurador do Ministério, e
Madcr Gonçalves foi indicado assessor da administração. Ernane Galvças, cola-
borador do IPES c amigo de Delfim Netto, foi indicado assistente de Gouveia dc
Bulhões.
A Superintendência da Moeda e do Crédito SUMOC — mima. em í%5 +

os seguintes emprmriose tecn o-empresários, todos associados e colaboradores


do IPES’ Octávio Gouveia de Bulhões —
presidente, Luiz de Moraes Barrús —
vtee-presi dente, e um conselho formado por Benío Nogueira. Luiz Bidehini —
Carteira dc Câmbio, Aldo Franco *
CACEX. Casimira António Ribeiro —
Carteira dc Redescontos do Banco do -Brasil, Daniel Farzco —
Ministério da
Indústria c do Comércio, Roberto de Oliveira Campos —
Ministério do Plane-
jamento, João Gonçalves de Souza —
SUDENE, e José Garrido Torres BNDE, —
0 diretor de Assuntos Exteriores da SUMOC era tambéra seu diretor geral, o
líder do IPES Dênio Nogueira. Fábio António da Silva Reis foi desipado chefe
da Divisão de Assuntos Internacionais, O secretário géral da SUMOC e chefe
da Inspetoria Geral de Bancos era o empresário Hélio Marques Vianna* membro
do think tank da Federação das Indústrias da Guanabara e colaborador do IPES
sendo também parente do Marechal Castelto Branco. O Departamento Econômico
da SUMOC era chefiado por Eduardo tia Silveira Gomes t a Divisão ât Estudos
Financeiros e Monetários era chefiada por Basílio Martins. Como assessores de
Eduardo Silveira Gomes foram nomeados (osé Luiz Silveira Miranda c Emane
GalvCas,
A SUMOC foi fmalmente substituída peto estabelecimento do Binco Central,
recomendado pelo IPES, — um banco paia o governo, um banco para esbaoces
t um banco de emissão — e por um recém-criado Conselho Monetário Nacional,
encarregado da chboraçao da política económico-financeira. À antiga proposta
dq IPÊS, a criação de um Banco Central como um órgão responsável pela admi-
nistração das políticas bancárias e de credito e encarregado do controle do capital
estrangeiro, fora finalmcnte implementada. Seu primeiro presidente t fundador

429
Quadro 5

Sistema Financeiro Naoonal

Mmisiêno do Mimsterig
Plartejâmefito da Fajenda ,

Conselho Conselho Comitê de Assessona


N*c*on*i de Vonetano Sistema Bancano. Mercados de
EconomaCSE \*c-or»at-CMN Capital. Credito Rural
Credito InduMHdl

Banco Centrai
r*i suuoci

Barco do
Brasil
0NOF

Instituições financeiras

Publica» Privada»

— Caiíjs Econômicas Fcderan — Bancos Comereis


e Estaduais — Bancos Industriais
— Bancos Federa** e Estaduais — Companhias de Crédito,
de Crédito Fmaoctsmento e Investimento
— Bancos Regionais — Companhjas de Crédito Imchd+ário
dê Desenvolvimento — Companhias de Poupança
— Banco Nacional e Empréstimos
da Habitação — Companhias de Seguros
— Aüiarqulni í Companhias
i e Capdaluação
de Econornta Mista — Bolsas de Valores
— Bancos Ghci&n Estaduais — Fundos de Crédito
— Banco Nacional de Credito — Pessoas e Companhias Selecionadas
Cooperativo operando no Mercado de Capitais
foi Dcnio Nogueira, que havia sido responsável ptb projeto de estudo para a
criação de um Bnncú Centra! custeado pelo IPES no Grupo de Estudo t Dou-
trina no Rk>. Para direlorcs do Banco Central foram designados os lecnoempre-
ãdrios Carimiro Antônio Ribeiro, Luiz Biolchini e Aldo Franco;" José Luiz Bulhões
Pedreira foi nomeado assessor do Banco, enquanto Eduardo da Silveira Gomes
foi indicado chefe do Departamento Econômico. Dénio Nogueira foi sucedido,
como presidente do Banco Central, pelo tecnoempresário Euy Aguiar da Silva
Leme, o líder <!o Grupo de Doutrina e Estudo do IPES São Paulo,
O Banco Nacional do Desenvolvimento Económico —
BNDE. com seus
enormes recursos, tendo alocado, em 1966, 200 bilhões de cruzeiros pira a indús-
tria e com sua função dc financiamento a longo prazo de capita) fixo para sciores

básicos, tornou-se outra reserva do IPES. O tecnoempresário fosc Garrido Torres


foi nomeado presidente.'" O
tccno-empresário ç colaborador do IPES Jaytne Ma-
grassi de Sá fo* nomeado diretor." Outras figuras influentes na estrutura do BNDE
eram os economistas, associados e colaboradores do IPES (orge Duprat de Brito
Pereira, Jessé Montello, Raul Fontes Cotia, João Batista Pinheiro, Álvaro Ameri-
cano e Alberto Léiio Moreira, que ocupavam postos administrativos, Para diretor
do Conselho Administrativo do BNDE foi designado o associado do IPES Edmundo
Falcão da Süva, que também se tomou o representante do Banco no Conselho
Administrativo dc um fundo de financiamento para & aquisição de maquínário e
equipamento industrial —
o FINAME, um novo órgão-chave do Estado no pro-
cesso áe industrialização. O FINAME usava recursos da Aliança para o Progresso,
do Banco Interamericano de Desenvolvimento —
B!D* c do Fundo Akmão de
Desenvolvimento. A reduplicação e o intercâmbio de pessoal eram tão intensos que
José Garrido Torres, cm vista da grande carga imposta sobre o IPES, chegou a
sugerir que os economistas do BNDE ajudassem o Grupo dc Estudo e Doutrina/*
que continuava a preparar recomendações para a modernização econômica depois
át abril ele 1964 e permaneceu como um órgão que avaliava a atuação do governo
na política financeira e industrial.
O Banco do Brasil perdeu muitas de suas atribuições para o recém-criado
Banco Central, mas ainda continuou sendo o agente financeiro do tesouro, encar-
regado de receber as rendas federais. Acumulava as operações de um banco co-
merda! com as de um banco agrícola, entrando até em algumas linhas de investí*
mento bancário. O
seu controle deu aos empresários do IPES uma posição inve-
jável na alocaçao de recursos para a agricultura. O líder do IPES e banqueiro
Luiz dc Moraes Borres Foi indicado presidente do Banco do Brasil “ substituindo
o empresário Arnaldo Blank, que havia sido indicado pela Junta Militar. Luiz
Biolchini foi nomeado chefe da Carteira de Câmbio do banco. A Carteira dc Co-

mércb Exterior * CACEX (cx*CEXÍM> era chefiada pelo tecno-empresário Aldo
Franco, e Emane Galvêas foi nomeado diretor cm i%6. A Carteira de Redes-
contos era chefiada pelo tecno-empresário Castmiro Antônio Ribeiro. O diretor da
Carteira Agrícola crã o executivo da ADCE Severo Gomes, industrial e proprie-
tário de terras. Herculano Borges da Fonseca era advogado do Banco do Brasil
e da CACEX.
Associados e colaboradores do IPES logo controlaram o Conselho Nacional
de Economja que, durante algum tempo, permaneceu como uma composição va-
riada dc interesses empresariais.Em 1965, o CNE tinha como assessores os em*
presárbs c tec nó-empresários Harold Pollpntl, Paulo de Assis Ribeiro, Glycon de
Paivn ç Humberto Bustos, Do CNE também faziam parte o empresário nadou*

431
jisiu Fernando Gasparian, José Augusto Bezerra de Medeiros, Pcreírn Dtrtiz t
Paulo Fçnder, ex-senador por Santa Catarina, todas eles membros do CNE no
governo anterior. presidente do CNE era Antônio Horácío Pereira c o vkç*
O
1
presidente, Fernando Gasparian.*
Por volta de março dc 196G a liderança do IPES havia conseguido remover
o espinho representado pelas aspirações nacionalistas de F, Gasparian e recons-
tituiu o CNE. O presidente era Harold Ceei) Polland e os assessores Glycon dc
Paiva, Antônio Delfim Netto* Obregon de Car\alho, losc Bonifácio Coutitiho No-
gueira, Humberto Bastos, Paulo Fender, Antônio Horácio Pereira, Amónio Carlos
Carneiro Leão (secretário). O associado do IPES Rüy Aguiar da Silva Leme, do
Grupo dc Doutrina c Estudos de São Paulo, ligou-se ao Conselho, como Uimbdm
Hélio Beltrão que foi para a Comissão de Planejamento, Para a chefia da Seçao
de Câmbio e Divulgação do CNE foi designado o associado do IPES Marngliano
Cardoso.
No final dc 1 96 S criou-se um Conselho Monetário Nacional — CMN* en-
carregado de formular 3 política financeira, coroando assim o recém remodelado
Sistema Financeiro com uma equipe de empresários e tecno-emprcsários do IPES.
O CMN reunia o Ministro da Fazenda Gouveia de Bulhões — presidente; Ro-
berto Campos — Planejamento: Dênio Nogueira — Banco Central: Luiz de Mo-
raes Burros — Banco do Brasil: Garrido Torres — BNDE; Casimiro Antônio
Ribeira, Luiz Biolchini e Aldo Faraco — diretores do Banco Centra!, e Daniel
Earaco —Ministro da indústria e do Comercio. Os líderes do IPES e banqueiros
Castão Eduardo dc Bueno Vidipal e Ruí dc Castro Magalhães foram incluídos como
representantes das instituições bancárias privadas, dando-lhes assim acesso direto
á elaboração dc direirizci. O
a*sccVado do IPES e empresário losé Maria dc Araújo
Costa tomou-se diretor da influente Comissão Consultiva para Crédito Industrial
do CMN, que controlava a alocação de recursos para a indústria.*- O membro
do IPES José Luiz Bulhões Pedreira, etc pnópno um empresário importante, du-
rante sua passagem pelos Ministérios da Fazenda e do Planejamento foi respon-
sável, juntamente ccm uma equipe do grupo IPES/CONSULTEC, pela maior
parte da legislação financeira do período t. em particular, pela Lei dos Mercados
de Capital. Essa lei, promulgada sob o n “ 4.72® em 1965, regulava o mercado
financeiro lançando as bases para proteger os compradores de ações e acionistas
minoritários, tentando também dar uma divulgação adequada da estrutura finan-
ceira corporativa e outras informações necessárias ao investidor em potencial. À
lei rembémestabeleceu princípios para a reformulação das operações de câmbio
e do mercado financeiro, que eram dirigidas por financistas relacionados com o
IPES. t novas bases para fundos mutuários e bancos de investimento. Vários ar-
tigos da Lei linham como objetivo a "Democratização do Capital"* isto é* o es-
tímulo os companhias de capital aberto e a crescente participação no controle
acionário de sociedades anônimos, um grande "cavalo de batalha" do IPES antes
de 1964. Fifialmenie* a deu io Conselho Monetário e ao Banco Central funções
Lei

comparáveis às da Securities Exchang r CommtMton nos Estados Unidos. 54


que os associados e colaboradores do IPES, na maioria ban-
Já foi mostrado
queiros e industriais te não técnicos), ocupavam os postoi-chave do CNE. do
CMN* do Banco do Brasil* do Banco Central* dos Ministérios do Planejamento e
da Fazenda e do BNDE. Entretanto, a lei que reformulou o sistema financeiro
também envolveu uma decisão da máxima importância* ou seja* a inclusão de
bancos e instituições financeiras privadas como componentes formais do Sistema

432
Financeiro Nacional O
Apêndice W
mostre que os associados t colaboradores do
IPES tinham grande representação nos bancos privados c públicos e em instituições
1
financeiras* que faziam parte do Sistema Financeiro Nacional.
Os associados c colaboradores do IPÊS, eles próprios industriais e banquei-
ros, também foram importantes na administração dos maiores bancos públicos
estaduais, que controlavam recursos imensos, disponíveis para projetos regionais
de empresas privadas. Entre des, vale a pena mencionar; Banco do Estado do
Paraná —André Arames; Banco do Estado da Guanabara —
João Augusto Maia
Peoído, Dario de Almeida Magalhães; Banco do Estado de Santa Catarina —
iiincu Bomhauscm Banco do Estado de São Paulo —
Lélío Toledo Piza Almeida
Filho, Paulo Almeida Barbosa, Henrique Bastos Thompson. G. E Bueno Vtdigal,
Ruy Aguiar da Silva Leme {diretor da Carteira de Expansão Econômica), Teodoro
Guartim Barbosa, Píiuíq Reis Magalhães; Banco do Estado do Rio —
Mtfcfades
Mário Sá Freire de Souza, César Guinle, Francisco de Assis Monerat, Carlos
Alberto Melloni; Banco do Amazonas —
Nelson Ribeiro; Banco do Estado de
Minas Gerais —
losé Alcino Bicalho, Geraldo ILdcíonso Mascarenhas, Celso Lige*
|oré Pereira de Faria; Banco do Estado da Bahia —Edmat de Souza.
Além os associados e colabojadores do IPES foram colocados em po-
disso,
sições chave nas associações de classe e nas agências privadas relacionadas com
ú setor financeiro, José Luiz Moreira de Souza tomou-se presidente da ADEClF
— Associação das Empresas de Crédito, Investimento e Financiamento. A Os-
wildo Campiglía tornou-se presidente da ACREFI —
Associação de Crédilo, Fi-
nanciamento e Investimentos. Luiz Cabral dc Menezes tornou-se presidente da
Bolsa dc Valores do Rio de Janeiro. Ernesto Barbosa Tomamk foi designado
dc Valores dc São Paulo, E. Tomanik foi também responsável
presidente du floísu
pela modernização da Bolsa de Valores* por cujo projeto ele havia sido respon-
sável na época do Congresso de Reformas úc Base patrocinado pelo IPÊS. A
"democratização do capital", um dos princípios ideológicos do IPES. referentes
ao desenvolvimento da Bolsa de Valores Nacional* enquanto assegurava o inves-
timento das economias da classe media e dos trabalhadores mais qualificados e a
expansão do mmero dc empresas Blue Chip> estava sendo de fato implementada
ts
sob a supervisão dos ativistas do IPES,
Final mente, os ativistas do IPES se apoderaram das posições-chave nos bantcí
de empréstimo do Estado. O ex-tesoureiro do IPES e banqueiro Jovianü Rodrigues
Moraes Jardim foi nomeado presidente da Caixa Económica Federal — CEF* se-
diada no Rio de íaneiro. Além do mais, Antônio Viana de Souza foi indicado
para a CEF-Rio, c Arnaldo Blank tomou-se presidente da CEF Guanabara.
Para a diretoria da Carteira de Consignações da CEF fot nomeado Humberto Es-
1
mcraldo Barreto, sobrinho do General Adauto Esmeraldo* Para o Conselho Su-
perior das Caixas Econômicas Federais foi o banqueiro dc Minas Gerais Üswafdu
Picmcetti* como presidente, e o Marechal A. Magessi Pereira, do ItíAD, como
diretor. Carlos José de Assis Ribeiro tornou-se assessor jurídico da CEF do Rio
dc faneiro. Paulo Salím Maíuf, ligado no grupe económico do líder do IPES
Fuad Lu t filia e diretor da Eueatcx S/A tornou-se o diretor da CEF em São Paulo
f

em 1967,
A acumulação de pos tos-chave dentro do sistema financeiro pelos associados
c colaboradores do IPES foi verdadeira mente nalável* destacando, ao contrário
do que se acredita, o grau extraordinariamente alto dc participação direta de pro-
prietários c diretores de bancos particulares na política. Outro importante obser-

433
:

vtç4õ ser feita 6 o número relacivameiue baixo de ativista? do IPES ocupando


tantas posições-chave» devido i sua extraordinária acumulação de funções. Além
disso,o que é partícula rmente importante enfatizar é que esses associados do
IPES nào eram apenas proprietários c diretores de instituições financeiras, mis
acionistas e diretores deuma grande concentração dc corporações industriais» tanto
quanto multinacionais, Muitos dos bancos eram, des próprios, ligados
brasileiras
por controle acionário ou por joint vtntute a grandes corporações industriais,
expressando o estágio avançado de integração e concentração de interesses ban-
cários e industriais, Toda essa interligação económica c acúmulo de funções são
pormenoniadamenie mostrado* nós Apêndices B, E e L
Além da reforma do sistema financeiro c da ocupação dc suas posições
chave, que o IPES considerava necessárias e que foram implementadas, sob a
*7
supervisão de seus líderes c associados havia outra questão importante política
c ideologicamente que teve um serio efeito sobre a economia e o sistema político
brasileiro. Essa questão,emocional mente carregada, era a Lei da Reforma Agrária»
que. como foi visto anlcriormcntc. fora estudada cm minúcias no complexo IPES/
IBAD. As diretrizes para a Lei bisica da Reforma Agrária* que sc tornou conhe-
cida como o Estatuto da Terra» foram baseadas nas recomendações feitas pelo
IPES. Essas propostas de reforma, apoiadas em uma complexa tributação progres-
siva para forçar grandes proprietários a adotarem técnicas de modernização ou
venderem suas tenas, foram tomadas públicas em um livro lançado pelo IPES
em
t4
1964 intitulado A Reforma Agrária: Problemas, Bases, Soluções'*. estudo O
havia sido coordenado por Pauto de Assis Ribeiro» sob a supervisão de Glycon
dc Paiva, do General Golbery. do General Eleitor Herrcra c de Harotd Poli and.
A equipe do complexo PE5/J RAD que trabalhou no estudo incluía José Garrido
f

Torres, José Arthur Rios, Dênio Nogueira, Carlos fose de Assis Ribeiro, Edgard
Teixeira Leite, Julian Châcel, Luís Carlos Mancini, J. Irineu Cabral» Wanderbílt
D. de Barros c Nilo Bcmarde*. Outros que participaram do estudo inicial foram
enumerados no Capítulo VL Basicamente os mesmos empresários e tecnoempre-
sérios participaram da formulação e implantação final do Estatuto da Terra."
A equipe dc Paulo de Assis Ribeiro recebeu ajuda do Ministério do Planejamento
através de um grupo formado basicamente por associados e colaboradores do
IPES."* A hegemonia do IPES também era visível na composição das varias
equipes-tarefa que participaram da preparação técnica do Estatuto da Terra. Os
chefes dessas várias equipes de profissionais libereis c burocratas da SUPRA
70
c do DATE-Sáo Paulo (um órgão técnico c de consultoria) eram Dênio No-
gueira —
SUMOC, Mário Henrique Simonsen —Ministério do Planejamento, c
Julían M. Chaccl —
FGV, todos eles lidando com problemas econômicos; Win-
derbilt Duarte de Bartos — Ministério do Planejamento —Problemas Agionõ-
mícos; André Martins Andrade —
Problemas Fiscais; José Arthur Rios e Luís
Carlos Mancini —
Problemas Sociológicos' Nilo Bemardes —
Problemas Geo-
giáficoi; José Tocantins e fosé Pires dc Almeida —
Banco Nacional de Crédito
Cooperativo —
Problemas Coopera lí vistas; c o General Golbery —
SNI* Cândido
Guínle dc Paula Machado» Hurold CccíJ Poli and —
CNE, José Ratia —
Federação
dos Trabalhadores Rurais do Estado dc São Paulo; e Glycon de Paiva CNE, —
sem designações especiais, lidando com a írca denominada Problemas Diversos.
Da Confederação Brasileira Rural —CBR, os seguintes empresários rurais
tiveram acesso ao Projeto de Lei sobre a reforma agrária c puderam propor emen-
das ao núcleo do grupo que trabalhava com o Estatuto da Terra: Irb Membcrg,

434
Hdprd Teixeira Leite, |osé Rezende Peres, Durval Garcia Menezes* Lingard
Milte-r Paiva, Al Neto, Batista Luzardo e |o$aíá Macedo, Do Banco do Brasil
foram consultados os empresários Severo Gomes c Cláudio Pacheco, À ausência
dc representantes dos Interesses agrários tradicionais foi notória, apesar de figura*
dos partidos políticos haverem sido consultadas sobre suas opiniões a respeito do
projeto de lei {somente depois eíe esboçado). Estava claro que a responsabilidade
poi trás da formulação do projeto recata sobre as pessoas mencionadas anterior-
mente todas associadas c colaboradoras do complexo IPES/ÍBAD.
,

O tccno-empresário Josd Gomes da Silva foi designado superintendente da


SUPRA, a Superintendência da Reforma Agiária. Era também membro do IBRA,
o Instituto Brasileiro de Reforma Agraria, que, posteriormente, substituiu a SUPRA.
Para a implantação do Estatuto da Terra e da reforma da propriedade de
terras, foi criado o IBRA, que recebera status de Supcmiinistérío, gozando de
prioridade entre os departamentos ministeriais, servindo para flanquear, em termos
de criação de diretrizes políticas, o Ministério da Agricultura onde os interesses
agrários tradicionais ainda tinham um ponto de apoio, O IBRA foi útil ao esvaziar
o controle que a oligarquia e a burguesia cafeeira tinham sobre as políticas agrá-
rias mudando o local (k elaboração da política nesta área vital para outro órgão,
composto de tccn o- empresários e empresários, Estes estimularam políticos que ten-
tavam integrar o setor agrário dentro dos planos mais amplos de desenvolvimento
da grande modernização industrial/* O
cerne da análise do Estatuto da terra era
a ineficiência constatado na relação homem/terra, tanto nos latifúndios tradicio-
nais quanto no grande número de minifúndios, Pomos de estrangulamento na
agricultura tinham de ser eliminados por uma melhor distribuição dos fatores de
produção, modificando formas arcaicas de posse de terra. Foram enfatizados o
aumento doa recursos agrícolas, a mecanização c o desenvolvimento de redes de
distríbuiçiio adequadas para os produtos, o que. consequentemente, envolvia o
Ministério dos Transportes em uma política de constmçic de estradas e os grandes
interesses industriais em mecanizar a lavoura e fornecer transporte para os mer-
cados rurah,
Novamcme, o do IRRA era composto, na maioria, de ativistas do com-
siúff
plexo 1PHS/IBAD. O
presidente do IBRA era Paulo de Assis Ribeiro e os dire*
tores Wanderbilt D. de Sarros. César CanUnhede (companheiro de equipe de
Paulo de Assis Ribeiro no CBP), Hclío de Almeida Brtim ÍADESG) e n General
laul Pires de Castro do IPES/
:
O
Conselho Técnico reuma Cláudio Cecit Poíiand,
Julian Magalhães ChaceL Edgard Teixeira Leite, José Agostinho Trigo Drummond
Gonçalves, João Quintiliano de Avelar Marques (diretor da CAMIG e rcDresen-
liiníe da Indústria de Maquinaria Agrícola de Minas Gerais), Glauco Olrnger

{representante da ABCAR —
Santa Catarina, a Associação Brasileira de Crédito e
Assistência Rural), o empresário Fiávio da Cosia Brito (representando o movi-
mento cooperativista) c Edvaldo de Oliveira Flores/ 5
O chçfe da equipe de trabalho sobre o Programa Específico de Cooperativas
Açucareiras do Ministério do Planejamento, coordenada pelo IBRA, era o Ipestano
José Garrido Torres,
Juntameme com o IBRA foi criado outro órgão, o !NDÀ —
Instituto Nacional
do Desenvolvimento Agrário, que deveria lidar com a "colonização" c o desen-
volvimento agrlcgfa do país, Para presidente do INDA foi designado o ativista do
ÍPES e empresário rural Kudcs de Souza Leio. Ele era também assessor para
assuntos agrários do Ministério do Planejamento, Nesse cargo. Eu des de Souza

435
Leão tornou-se coordenador do Planejamento da Agricultura Nacional pelo qual,
muito conveniente mente* o INDÀ cri responsável,
Paulo de Assis Ribeiro lambam viría a st tornar, púucriormcnte, o coorde-
nador do projeto de lei do Plano Geral de Estarisrieas do INCRA — Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária, que substituiu o IBRA e o [NDA,
Para assessores do INCRA foram indicados Wanderbílt Duarte de Barro*, Jullan
Chocei c José Àrthur Rios. iodos associados c ativistas do IPES»
Conforme foi mencionado anteriormente* o Ministério da Agricultura perma-
neceu cm nível secundário de importância durante a administração, obscurecido
pelo IRRA. hso se refletia nâo só nas nomeações feitas para o Ministério* mas
também em suas funções diminuídas/ 4 Inicialmenre o Ministro dá Agricultura
T

era um represem ante dos interesses agrários tradicionais c o Ministério servia


para absorver pressões vindas dessa área. O novo Ministro, Oscar Thompson
Filho, havia sido secretário da Agricultura do Estado de São Paulo no governo
de Adhcmar de Bano* e participado da mobilização política de mulheres da
classç media organizada pelo IPES. Logo Oscar Thompson Filho se demitiu*
devido a sua mcompaiibil idade com as novas diretrizes políticas que estavam
sendo implantadas pda administração de Castello Branco através do IRRA e A
ineficácia de seus esforços. Seu lugar foi ocupado por Hugo Leme. também de
Siü Paulo. Alem dc ser agrónomo e professor da Escola Superior dc Agricultura
dc Piracicaba. Hugo Leme era também sócio comerciai do líder do IPES e
empresário Nivaldo Coimbra de Ulhoa Cintra, que se tomou assessor de destaque
do Ministério da Agricultura, juntamente com Edgar Teixeira Leite, Hugo Leme
foi sucedido por Neí Braga, ex-governador do Paraná, muito ligado ao General

Geisel ao Presidente Castello Branco, Nei Braga era também conhecido como
ii

píaa man íhomem-châvcí da KUbin, ucrm vez que esse grupo tinha enormes
1

:
interesses no Paraná.* Neí Braga conseguiu assegurar a indicação do ex-diretor
da CODEPÀR fa quem «tava ligado politicamente), o banqueiro Leõnídis
Bórío. para » presidência do Instituto Brasileiro do Café I8C. BÓrío levou
consigo Karlos Rischbícier. da CODEPÀR. Quando Nci Braga se demitiu do
po*io seu lugar foi ocupado pelo empresário Severo Gomes, ativista d» ADCE
É

como Ministro- tampão,


O Ministério da Agricultura desempenhou um papel subalterno depois de
1964, nada fazendo de grande destaque. Até os créditos para a agricultura
estavam fora de sua «fera de influencia, porque eram manejados c atocados
pelo Banco do Brasil sob a supervisão de seu piesidenie, o lider do IPES Luiz
dc Moraes Birros, e através dos serviço* do empresário rural Scveto Gomei»
como chefe da Carteira Agrícola c Industrial.
Além dos ministérios-chave dirctamenic envolvidos na elaboração da política
econômica mencionados acima, os associados do IPES ocuparam os postos cen-
trai* de umi série de outros ministério* e órgãos administrativos do governo
pós 1964. Em muitos casos, esses ministério* c órgãos administrativos permanece-
ram com suas funções pré- 1964, tendo sido apenas ocupados pelos ativistas do
complexo IPES/IBAD que asseguraram, assim, a homogeneidade na elaboração
de diretrizes políticas. Esse* ministérios c órgãos estavam implementando dirclri*
ZCi que. em grande parte, já haviam sido desenvolvidas como um programa át
governo pelos Grupos de Estudo c Doutrina do JPES, c coordenadas pdo Minis-
tério do Planejamento, A maioria das reformas implementadas pelos mmblros c
administradores ipcãianos já haviam sido apresentadas ao Congresso pelos parla-
mentires da ADP, em muito* casos sem êxito, como projetos dc lei, ainda no

436
governo de João Gotilari. Outras propostas éz diretrizes políticas haviam sido
apresentadas ao público cm gernl por esses mesmas ministros e administradores
e por slg ms dos ckmcntos que integravam o novo governo, como propostas de
reforma no Congresso dc Reformas dc fi.isc, patrocinado pelo JRÊS, em 196
4
V
O Ministério da Indústria c Comércio manteve suas fimçõei pré-1964, t foí
ocupado por diversos associados e colaboradores do IPES. Daniel Faraco* o
deputado da ADP que havia desempenhado um papel importante m
estratégia do
Grupo de Ação Pnrltmentar do IPES na Câmara dos Deputados, foi nomeado
Ministra da Indústria e Comércio Foi posteriormente substituído pelo industrbl
ê banqueiro Paub Egydio Martins* que havia participado do estadomaior civil-
milit 0 r sediado cm Sno Paulo, liderado pela IPES. O industrial banqueiro Hélio
Beltrão foi nomeado diretor do influente Comitê de Assessor ja de Política Indus-
triai e Comercial do Ministério. Guuos colaboradores e empresários do IPÊS

foram designadas paru órgãos que funciona vam sob a égide do Ministério da
Indústria e Comércio, Entre cies encontravam-se Sylvio Fróes Abreu —
Instituto
Nacional de Tecnologia; Paulo Accioly de Sá —
Instituto Nacional dc Pesos t
Medidas; e Joaquim Xnvíer da Silveira, que foi para a reeqm-críada EMBRATUR
— Empresa Brasileira de Turismo. I: Para a Superintendência Nacional de Abas-
leciraento —
SUN AR, criada pelo regime anterior para controlar os preços e o
abastecimento dc produtos básicos, fórum indicados o líder do IPES Guilherme
Borghüff e o Coronel Maurício Cibu lares, que havia trabalhada anteriormente
na COFAP, a antecessora da SUNAB. A Superintendência Nacional de Abasteci-
mento foi posteriormente substituída por um novo órgão, a Companhia Brasileira
dc Alimentação — CORAL, pnru a qual foi nomeado a General Carlos de Castro
Torres, do IPES. A COBAL preocupou-se mais com o fornecimento ordenado
de produtos para o mercado do que com a flscôlíiação de preços t o fornecimento
dc artigos e serviços básicos não-lucrativos.
Outro ministério que não sofreu mudanças drásticas em sua estrutura, mas
que expandiu seu papel, foi o da fusliça- Esse ministério era, demro do sistema
político brasileiro* um ministério político chave e não apenas a estrutura admi-
nistrativa do Poder fudiciãrio. Seu titular está geralmenie presente nas decisões
políticas mais importantes tomadas pelo governo, absorvendo, junta mente com
a Casa Civil, as pressões oriundas dos partidos políticos, da mídia t de fontes
académicas, lidando também com a oposição política e intelectual ao governo.
O Ministério da Justiça aluava também como um canal para a expressão de
pressócs dc "linha dura" partindo dos militares cm sua oposição à corrupção
civil e k esquerda.

fjiicialmentc o líder do IPES Luiz Amónio Gama e Silva foi designado


Ministro da Justiça* lego após t * dc abril dc 1964. pela Junta Militar. Com a
ascensão do Marechal Castcllo Branco ao poder, houve a queda de Gama e Silva
e outro jurista, o político Milton Campos, da UDN, o malsucedido companheiro
de chapa de Jânio Quadros nas eleições de 1960. substimiu-0. Milton Campos,
que pertencia h corrente "mais legalista ” da UDN
c que* neste aspecto, estava
próximo do Marechal Castcllo Branco foi logo substituído provisoriamente pelo
General Juracy Magalhães da ADP
t da ADESG. Esto. por sua vez. fot substituído
pelo senador Mcm
dc Só, do Partido Libertador* que havia desempenhado um
6
papel tão importante na estratégia do complexo IPES/1BAD no Congresso/
Apesar de mnnter suas funções anteriores* o Ministério da lusriça desem-
penhou um papel muito alivo devido h natureza autoritária do regime, imposto
t

depois de 1964, servindo de apoio ao Executivo em seu intempestivo aumento

437
da fegisíaçio por decreto, que esvaziou o papel do Congresso, O Mirmiário da
Justiça não só revestia dc "autoridade jurídica" as decisões políticas contra
membros da oposição, mas também exercia a intervenção judiclil com um caráter
pclrcico bastante claro, da qual foram testemunhas, muitos doi mais dc 6,000
Decretos, 700 Leis, 312 Decretos Lei, 2 Atos Institucionais e !7 Atos Comple*
mcniarcs promulgados ou baixados pda administração de Castello Branco.
0 espirito deste número extraordinariamente grande dc leb elaboradas pelo Exe-
cutivo posteríomiçme permeou a nova Constituição. A comissão de proeminentes
jurista* encarregada do projeto pau a Reforma da Constituição, que eles esboça-
ram e que passou a vigorar em l%7* compunha-se
de quatro associados e colabo-
radores do ÍPES: Thcmistocíes Citakanti. Scabra Fagundes. Omzinbo Nonato
t Levi Carneiro. Além da direção do Ministério da Justiça e da responsabilidade
pela reforma da Constituição (para a qual Carlos dc Assis Ribeiro havia preparado
um esboço e uma filosofia básica ames dc 1964), os ativistas do ÍPES também
1*
asseguraram uma série dc posições-chave dentro da estrutura judiciária.
Um ministério que mudeu chrameme o seu papel foi o do Trabalho e
d* Previdência Social, Através ddc as administrações anteriores haviam asse-
gurado a mobilização limitada das classes trabalhadoras urbanas c tentado mani-
pular os sindicatos. Sch o novo governo, a mobilização popular através do
Ministério foi interrompida apesar de ele manter sua função de controle dos
trabalhadores.
Os atores políticos do IPES exerceram influencia também no Ministério do
Trabalho e Previdência Social, f mediai amenie após o golpe a junta nomeou
Arnaldo Lopes Sussekind, que manteve sua função no governo Castello Branco.
Sussekínd havia ajudado na elaboração dos controles corpor ativistas diretos t
indiretos estabelecido* na Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, que foram
a pedra angular da política trabalhista do Estado Novo. Suíiekind foi substituído
por Wfiítcr Pcracchi Barcellos. o deputado da ADP do Rio Grande do Sul. Wal*
ter Barcellos foi, por sua vez, substituído em meados de 1966 pelo advogado e
empresário Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva, conferencista no IP ES, quando
aquele decidiu candidatar-se a governador do Rio Grande do Sul, tendo sido
0
deito,* Pari advogado do Ministério do Trabalho for indicado luarez do Nasci-
mento Fernandes Tãvora, filho do codundador da ESG Marechal Junrez Távora
e Ministro dos Transportes do novo governo. As novas direções sindicais provi-
nham dos sindicatos que, de 1961 h 1964, fortim instrumentalizadas pelo complexo
IPES/IBAD* cm particular do M5R do* círculos operários c do MSD, Muitos
r

deste* mi Ui umes de sindicato* direitista* foram nomeados como interventores pelo


Ministério do Trabalho, foão Wagner, Áry Campista c Mário Üopazo foram con-
duzidos b direção do CNTÍ Como membros do Tribunal Superior do Trabalho
for nomeudo o arquipclego Ary Campista, líjjado ao AIFLD e a GR!T cnauontú
+

o pdego Rómub Marinho, formado pdu ICT e pela AÍFLD. tornou-se diretor
do Departamento Nacional do Trabalho durante o mandato do Presidente Mediei,
Os Grupos dc Estudo c Doutrina do ÍPES, em colaboração com outros
membros que haviam trabalhado no Setor Sindical de Ação do ÍPES. prepararam
uma sérte dc reformas destinadas a conter o movimento da dasse trabalhadora,
bem como a quebrar a manipulação populista que foro ir adicional mento estabe-
lecida através do Ministério do Trabalho. Lm» reforma* foram incorporadas
ao Ministério, moldando, assim, os acontecimentos do* anu* seguinte*, refinando
t complementando as tecnicu* do Estado Novo. A nova legislação trabalhista do
governo serviu u três finalidades piincipaí*. Primçiramentc, aumentou o controle

436
direto dos sindicatos, impedindo-os de fornecer uma base organizacional para
ataques da classe trabalhadora a políticas governa mentais específicas, ao novo
ffctoma político c contro as condições sociais que o sistema veio a preservar
A novo legislação trabalhista também procurou fortalecer os aspectos corporativo*
da estrutura sindicalista pelo seu pupel no construção nacional e na manutenção
da coesão social. Fínol mente, sob o pretexto do controle da inflação, tentou trans-
ferir recursos para a indüslrín submetendo a classe trabalhadora a diversos tipos
dc programas de poupança forçada/ 1

O governo interveio em 67% das confederações de sindicatos e tm 42%


das federações, procurando expurgá-las, ideológica e politicamente. Organ ilações
dc bancánou c trabalhadores ele transportes Figuravam de maneira proeminente
nas greves políilcus entre 1960 e 1964 e foram as mais foriemente atingidas tm
proporção n outros setores. O General Líberato foi nomeado Delegado junto ao
inslituto de Aposentadoria c Pensões dos Bancários — IAPB — da Guanabara,
dondo assim no sistema um poderoso instrumento de pressão sobre os bancários.
0 General Moacyr Gaya tornou-se Delegado Regional do Trabnlho na problemá
ticfl éren de ísão Paulo, sendo também indicado para a comissão encarregada da

reforma do Ministério do Trabalho na mesma área. Os grandes sindicatos foram


mais atingidos que os pequenos. Houve intervenção em 7l>% dos sindicatos com
5.Ü0Q ou mais membros; em 38% dos que possuíam de LOGO a S.ÜOO membros
e em apenas 19% dos sindicatos com menos de 1.000 sindicalizados. Ela simples-
mente destruiu o movimento sindicalista radical
A legislação governamental proibiu, expressamente, as greves políticas e de
solidariedade e tornou ntc ns greves econômicas extremamente difíceis. O governo
também reestruturou fundamentalrnente o sistema de segurança social para impedir
os ativistas dos sindicatos de usarem sjcüs imensos recursos contra o esutáfrshmiflr.
Em 1966 uma nova lei reuniu quase todos os Institutos de Aposentadoria e
Pensões cm um só. o Instituto Nacional de Previdência Social — INPS, que foi
poste ríornvenie colocado sob a responsabilidade de um desdobramento do Mini*
lírio do Trabalho, o Ministério da Previdência Social assegurando assim um
controle "apclídco" sobre as atividades de previdência social. Luii Gonzaga do
Nascimento e Silva foi nomeado Ministro c o ativista do 1PES EsiamsKau Fish-
íowilz foi indicado assessor dc Ministério*
Os associados do IPE5 também foram úteis no estabelecimento do Fundo de
Garantia por Tcmpç dc Serviço — FGTS. Um dos maiores benefícios para os
irabalh aderes brasileiros, anterior à deposição de ]olo Goulart, havia sido a
estabilidade por tempo de serviço, isto é, garantia contra a demissão uma vei
que um trabalhador atingisse dez anos de serviço com um empregador, exceto
em casos devidamente comprovados de falta grave. Os investidores estrangeiros
faziam forte objeção à lei da estabilidade/* e a nova administração aquiesceu a
essas objeções, Em 1966 foi submetido m presidente um anteprojeto de lei
abolindo a forma anterior de estabilidade, substituindo-a por um fundo para
pagamento de rescisão dc contrato, o FGTS. A lei que criou o FGTS exigia que
os empregadores abrissem uma conta bancaria cm neme de cada empregado e que
nela dcposttussen* todo mês o equivalente i S% do salário do empregado — 0
Crédito por Tempo dc Serviço. Os empregados poderiam retirar o seu saldo
ipenai cm caso de demissão, aposentadoria ou sob outras condições especificadas.
O anteprojeto de lei que instituía o Crédiic por Tempo de Serviço foi preparado
por uma equipe dc membros do FPES que compreendia os empresários João
BayJofiguc, | osá Duvivicr Goulart e José Marques, o General Heitor Herrtra e

439
Frederico César Cardoso Maragliano
.**
legislação que estabeleceu o FGTS extin*
A
guiu diversos programas de assistência aos trabalhadores, pagos por empregadores,
e eliminou a contribuição estatutária destes para outros programas» reduzindo
assim os serviços anteriormenlc disponíveis para a classe trabalhadora c baixando
ainda mais o seu padrão dc sida, O
FGTS teve um grande impacto na vida dos
mMhadore* aumentando sua insegurança econômica c estimulando um alto
índice de rotatividade da forca de trabalho nas áreas industriais do Brasil (cm
1470» 15 5*0 da Torça dc trabalho em São Paulo estava há menos de um ano
no trabalho. 55.6 r è ainda não havia atingido dois anos, c 74,2 p ó não havia
itingido três anos). Â instabilidade também fazia com que os trabalhadores hesi-
tassem em reclamar contra seus empregadores na Justiça do Trabalhe, enquanto
a grande relatividade de trabalhadores» empregados por qualquer empresa, favo-
recia salários mais baixes. comparados aos empregados que ficavam na mesma
companhia por muíio tempo, uma ver que os trabalhadores eram sempre admiti*
dos. por outra empresa, na escala mais baixa de sua categoria
O FGTS foi criado por uma equipe
de icentxmprcsários liderada por Robcr
to Camoos. Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva c Mário Trindade, um amigo
do Ministro do Planejamento X equipe envolvida no proíetú compreendia Mário
Henrique Simonscn, Tose Américo León dc Sá (eslatíMÍco do Banco Boizano
Simonsen. pericnccnte a Mário H Simonsenh o associado do IPES e emuresario
Müacyr Gomes de Almeida Ja>me da Silva Menezes (burocrata do Instituto de
Resseguros do Brasil), o advogado Sérgio Coelho e João José de Souza Mendes,
o secretário»
Finalmcnte, a administração brasileira recorreria a um importante mccanis-
mo para Financiar o crescimento econômico depois dc 1464 a redução absoluta
de salários. Como reconheceria o Ministro do Planejamento, Roberto Campos,
"a disciplina salarial do Brasil parecia socialmente cruel, mas era o preço a ser
pngo a fim de restaurar o Dctencial de investimentos, tanto no setor público
quanto no setor empresarial *. M
Conforme foi visio ameriormenie. q% ativistas do IPES haviam desemoenha-
do um papel significativo na desesiabilização da organização política dos trabalha
d ore* rurais Intervinham agera na legislação que visava a determinar o itatus
pclfiico dos trabalhadores rurais c esvaziar sua mobilização. O comitê estabe*
lecido pefo Ministério do Planejamento e indicado para estudar o projeto dc um
Esiaiuio do Trabalhador Rural, uma modalidade de código de comportamento
político e sindical, cra formado per Paulo de Assis Ribeiro (presidenre). Eudes
de Souza Leão. Armando dc Oliveira Assis. General Adyr Maia c Carlos Ferreira
dc Souza A escolha desses nomes não foi difícil, uma vez que a comissão especial
do CO NS Pl AN. que os selecionou» era Formada por vários ativistas e colabora*
dores do IPES. ou seja: Lmdolfo Martins Ferreira. José Rotia, Nvlion Vclloso.
Padre Fernando Bastos 0'Avila. Armando dc Oliveira Assis, João Paulo dos
Reis Velloso, OswaTdo lófio. Paulo de Assis Ribeiro. Eudes dc Souza Leão, Ge-
neral Adyr Maia e Carlos Alberto ferreira dc Souza/'
Enlre os camponeses. Padre Melo» o ativista do complexo IPES/IBAD do
Nordeste, tomou-sc, depois do golpe, um "ditador extra-oficial, guiando o Exército
e a Polícia na inlervcnçáo de praticamente todos os sindicatos rurais e indi-
cando novos direi ore 5 para substituir os líderes por ele afastados".*1 Guatro ele
menios formados pelo ÀEFLD foram indicados para intervir nos sindica Eus a fim
de livrá-los da influência trabalhista de esquerda/ enquanlo José tloiLa, eola-
7

440
borador do IPES* foi eleito presidente da Confederação de Trabalhadores Agrv
tolas,

O lambém sedreu mudanças. Os ativistas do IPES, General Lr-


Itümnríiíi
bcroio Thcmísiodes Cavalcanti, junttmenlc com o Embaixador Camilo ie
e
Oliveira, formavam Comissão (Id Jnve&ligações de Alto Nível, responsável pela
il

observância do Aio institucional n" dentro do Jtamarati. Estavam assim efe-


I

ttvoinenUí nu controle ideológico da ‘limpeza do Ministério, Foi mantido como


'

Ministro do Exicríor Vasco Leilão du Cunha, formado pela ESG c ligado ao


IPES, que Ittivia sido indicado pela Junta Milhar e cuja esposa estivera envolvida
na camparrlia de mobilização da classe média liderada pelo IPES. Ele logo se apo-
sentou, indo trabalhar em negócios particulares, c Foi substituído por furacy
Magalhães, que deixou o cargo de Embaixador nos Estados Unidos, onde foi suce-
dido por Jgüo Batista Pinheiro, da equipe da CONSULTEC.”
O Ministério do Exterior sofreu mudanças drásticas em sua orientação, dei-
xando suas políticas neutralistfts e favoráveis ao Terceiro Mundo por um alinha-
mento quiue automático com os Estados Unidos, A mudança na política externa
traduziu nn declaração do Ministro Vasco Leilão da Cunha sobre o "reenqua-
dramenlu do Brasil nú esquema de relações prioritárias com o Mundo Ocidental ",

sobre n disposição do Brasil em defender "n segurança do Continente contra a


subversão e a opressão externas e internas" e sobre a "consolidação de laços de
todos os lipos com os Estudos Unidos da América*'/* A mudança também foi
enfaiiztidfl pela afirmação do Ministro do Exterior furacy Magalhães dc que "o

que é bom para os Estados Unidos é bom paro o Brasil", parafraseando o eonhe-
eido dito sobre a General Motors e os Estados Unidos.

O princípio da soberania nacional teve o mesmo destina dos interesses indus-


triais comerciais não envolvidos na internacionalização do mercado Como
e
afirmara o Presidente Castdlo Branco em um discurso no Itamaraú em agosto de
1964. "... a expressão política da independência foi desfigurado e perdeu sua
utilidade descritiva. . O
conceito de independência i operacional somente sob
certas condições Na esfera econômica, o reconhecimento da inter-
práticas. . .

dependência é inevitável, não só no comércio, mas esperialnutme em assuntos


de investimento. A política externa brasileira tem. frequentemente, mostrado
indecisão como resultado da natureza duvidosa de certos dilemas: nacionalismo
versus interdependência, negociações unilaterais versus mgliilarcraís, socialismo
vénus livre empresa. Mais recentemente. o nacionalismo foi distorcido ao
pomo de parecer favorável aos sistemas scdalisias, cujas possibilidades de comér-
cio conosco e capacidade de investimento na América Latina foram superestima-
das O Brasil procura seguir uma política de livre empresa e de recebimento
regular de capital estrangeiro/*
3
Um ano depois, o Ministro do Exterior resumiria
essas mesmas idéias da seguinte maneira: "do ponto dc vista operacional da polí-
tica externa, a independência e o nacionalismo devem dar lugar à independência
econômica ou cultural.** O epitome
1
internacional, seja na esfera militar, política,
das mudanças nas direi rizes políticas foi um acordo fortemente criticado, assi-
nado cm princípios de 1965, concedendo garantias especiais ao investimento
norte americano no Drosil, enquanto quaisquer restrições impostas por governos
anteriores sobre o remessa de capital c <ie lucros normais ou extraordinários foram
suspensos, A pari ir do momento cm que as premissas dc desenvolvímemo depen-
dente na enfara económica e de hegemonia norte-americana não questionada no
campo político foram aceitas pelo ítamnrnti e pelo governo, tornou-se possível im*

441
píemcntar uma política externa que alguns autores caracterizaram como subimpc-
riu li Essu política externa* que visava a segurança cokiiva das Américas
smo." :

exiema c Iniemamente, envolveu uma divisão de funções (econômica, política,


ideológica e militar) entre os Estados Unido* e o Brasil, como aliado privilegiado
no contesto do sistema imeramcncano. Mas. a fim de se implementar a nova
divisão internacional de funções, que a ideologia oficial apresentava como se fosse
um plano baseado cm alguma visão supranacional, era necessário, senão o sacri-
fício loial dos clássicos princípios de autodeterminação e de não intervenção, pelo
menos que fossem taticamente posto; de hdo em determinadas circunstâncias,
1

Foi “em nome da segurança coletiva * que o Brasil interveio mUitormente na


Republica Dominicana em 1965, ao lado dos Estados Unidos, sob a aparência
da Força Irvicramericana de Paz
*
Uma irei pela qual o ÍPES m
interessou particularmente e onde mus filia
1
dos c colaboradores também ocuparam pestos-chave foi a de Educação t Cultura*
A nova administração reformulou o sistema educacional t estabeleceu novas
melas*
-

O
plane jafficnio educacional tomou-se parte integrante do planejamento
“globar (econômicol c, convem tnicmemc. 3 reforma foi coordenada pelo Minis-
tério do Planejamento* dentro do marco do PAEG. A equipe que estudou essas
k

reformas era chefiada por Luiz Viciar D Arinos Silva e Paulo dc Assis Ribeiro,
membros do Grupo dc Btudo < Doutrina do IPES-Río,**
À nova política educacional tomou-sc a expressão da "reordenação das for
mas dc controle social e político", funcional para as exigências dos interesses
econôm icos que torra rum nccessJria a reformulação do sistema político e da
economia, em primeiro lugar a educação superior era rdatívamenie favorecida
cm oposição educação popular, rodando a preocupação com a mãode-ebra
<j

mais qualificada para m escalões mais alio* da adminisi ração c dm indústria.


À Constituição de 196? incentivou as escolas particulares em detrimento das
universidades publicas c gratuitas.
O
associado do IPÊS Victor ri nos DA
chefiou a Comissão do Plano para
Melhoramento e Expansão do Ensino Superior. O General Heitor Hcrrera, um
dos lideres do IPES, foi mdttado para o Ministério da Educação c tornou-se

diretor do programa responsivd pdi Coordenação c Aperfeiçoamento do Pessoal


de Ensino Superior — CAPES, presidida por Suzana Gonçalves. O órgão sc
ocupava de dar ajuda financeira a estudantes que desejassem continuar os estudos
de especialização a nível superior.
A tendência do planejamento educacional de ser rdativamente favorável à
especialização* tm oposição aos outros níveis, deve ser vista no contexto da
especificidade da economia brasileira. Esta c dotada de um pequeno núcleo* tima-
mente produtivo* cujo funcionamento calcado numa tecnologia sofisticada, impor-
tnda c que produz bens de consumo duráveis pum umu minoria da população.
Esse setor da economia requer recursos humanos especializados c qualificados,
mas em pequenos números. A; univerridades se transformaram em fábricas desse
produto refinado, cnquunio 0 planejamento cdutacion.il foi 0 mecanismo, através
do quof 0 output do sistema educacional era ajustado ao input das necessidades
do mercado de trabalho, regulado pela teí da oferta e da procura.** O ensino
superior era visto como um insumo económico para o crescimento industrial, c
foi definido dessa forma no Plano Decenal preparado pulo Ministério do Phine-
jumento em 1967. 0 ensino* no Brasil, deveria “eomolidur capital humano dc
formo a acelerar 0 processo dc desenvolvimento econômico*'. Até o jargáo, no
diagnóstico preliminar no próprio Plano Decenal, era de natureza “económica".

442
Tinto o dignóstíco quanto o plano falam dc técnicas de produção, fatores de
produção* custos dc produção, estudos comparativos de produção regionais e
1
internacionais e todos des se referem u "produção dc professores e alunos e à
'

estrutura dc produção do sistema dc ensino. Planos posteriores falam até de "pro-


dutividade de ensino, expansão ou contração de oferta e demanda de ensino supe-
rior. c de transformar a população cm um "fator cie produção através dos efeitos
do ensino sobre a produção dc recursos**.
0 conceito de educação muda substaneialmeme. Transforma-se em capital
humano que. devidamente investido, pode produzir lucro social e individual.
Entretanto, a educação é vista como investimento apenas quando prepara indi-
víduos para o trabalho, Não é mais um processa dc transmissão da cultura geral
da humanidade, do conhecimento universal. £ instrumentalizada para o trabalho,
9'
de maneira que o indivíduo se torne mais produtivo na empresa que o contrata.
O Plano Decenal determinou para o sistema educacional o número de pro-
fissionais que deveria ser produzido a cada ano, considerando a produção atual
u projetada. Além disso* a prognosc dos recursos humanos necessários até 1976
levou k formulação dc quatro planos setoriais específicos, ou seja. para a formação
de mão de obra industrial, de máo-de-obra rural, dc profissionais cm ciências mé-
dicas t formação e treinamento de professoras primárias. Esses planos setoriais
foram importantes pelo fato de mostrarem a preocupação com a educação básica
c com a saúde, a fim de preparar mSo-de^obra alfabetizada e semi*
primária e
especializada,bem como especializada. Para as empresas privadas expandircm-sc
ou diminuírem sua produção, com base na lei da oferta c da procura e na maxi-
mização do lucro, elas precisavam ler uma reserva de onde pudessem tirar c para
onde pudessem devolver o fnao-de*obra ociosa. O Esrado, já sendo o mediador
da empresa privada no processo de internacionalização da economia, assumiu o
ónus da formação dessa mão-dc-obra disponível, contribuindo, assim, diretamenle,
para a formação dc um exército industrial dc reserva, tanto de oessoal executivo
t de profissionais qualificados, quanto dc mao-dc-obra industrial especializada,
através das instituições de ensino superior e através do MÜBRAL —Movimento
Brasileiro de Alfabetização.
A criativa experiência de Paulo Freire c 0 Movimento de Educacao Básica
foFom concluídos. Aa invés destes, por algum tempo, a Cruzada ABC. dirigida
por um pastor protestante norte-americano e euidndosamente planejada para rc:
frear expectativas e para restringir a formação de uma perspectiva crítica, foi im-
plantada, príncipalmenie, no Nordeste.” Concomitanlementc, uma modalidade di-
ferente dc campanha de alfabetização foi traçada, vindo a público como um pro-
jeto do governo no final da administração de Castdlo Branco e implementada
posieríormente sob o nome de MO BR AL — Movimento Brasileiro de Alfabeti-
zação, O MOBRAL foi instituído sob a égide de Mário Henrique Simonsen, tor-
iwndo-te seu dirigertfc Arlindo Lopes Corrêa, que havia delineado um dos planos
tic mobilização dn classe média, empregados pelo 1FES* a fim de criar a atmos-

fera política c emocional propícia pura o golpe de abril de 1964. O MOBRAL


destinava-se a cooptar c conter o trabalhador urbano, visando a faixa etária de
15 a 35 anos. Através dele* niítudcs cívicos c morais foram inculcadas, n nfvçl
político, como educação c bom senso. O governo impôs uma campanha de alfa-
betização dc caráter cxplicimmcmc ideológico* destinada n instilar nas classes
trabalhadoras urbanas os valores do capitalismo autoritário, £ interessante notar
que o MOBRAL utilizou muitas das técnicas dc alfabetização de Paulo Freire,

443
100
apesar de retirar delas sen conteúdo filosófico c política A doutrinação cívica»
através do sistema escolar, foi um trabalho que teve» no planejamento do novo
"
programa, 1 1 a colaboração da Liga de Defesa Nacional —
patrocinada pelo
IPES — da Campanha de Educação Cívica e da Escola Superior de Guerra,
Finalmente, a União Nacional dos Estudantes, cuja sede fora tomada pda
polícia e pelos milhares, leve suas atividades severamente restringidas dai em
diante pela Lei 4 464* conhcdda como "Lei Suplícy de Lacerda", o nome do
Ministro da Educação. A UNE foi, pcsicriormentc, extinta sob a presidência dc
Cosia e Silva, '**
Passando para um ministério de menor destaque* o da Saúde» repetiu-se nele
o modelo dc colaboradores do IPES ocupando as posições -eh ave e implementando
as diretrizes ’Foram interrompidos os planos para a nacionalização das cor-
porações farmacêuticas (muitas delas contribuintes do IPES), a socialização da
medicina, as investigações sobre suas práticas tecnocientíficas, económicas e sobre
a qualidade de seus produtos. Recursos mmimos foram alocados para a saúde pú-
orçamentos do governo. * O grupo de trabalho que preparou o programa
3

blica noi
na irca de Saúde Pública na estrutura do PAEG era chefiado por Paulo de Assis
Ribeiro.
Mudanças também foram executadas no Ministério dos Transportes e Obras
que foi cctocado sob a responsabilidade do Marechal Juarez Távora, da
Públicas,
ESG, o evpolítieo do PDC. apoiado pelo 1BAD e candidato à Presidência da
República.
Durame os oito anos, de 1955 a 1961. havia ocorrido um aumento sensível
no uso de veículos moloniados. Dos 9> bilhões de toneladas/ quilómetro transpor
tados em 1961, o transporte rodoviário aumentou sua parcela para bb% do total
(de 55% cm 19551 enquanto o transporte marítimo baixou para 17% íde 26%
em 1955)* Uma projeção do crescimento da demanda de cada meio de transporte*
executada pdo Mini&tcriü. a fim de decidir sobre uma política de investimento
pata o sistema nacional de transportes. calculou que, por volta dc 1970, o trans-
porte de mercadorias íe passageiros > em veículos automotores representaria 78,!%
do total, ao passo que o transporte m&rilímo cairía para 12*7% c O transporte fer-
roviário representaria merameme 8.7% do total/ 01 Á política de desenvolvimento
do modelo de 1964. com a extraordinária expansão das indústrias
brasileiro, depois
multinacionais de automóveis e caminhões, reforçou a tendência para o transporte
rodoviário. Não sc fez nada para modificar o prognóstico do declínio no transporte
ferroviário c marítimo, enquanto quase 1% do Produto Nacional Bruto foi apli-
cado* em 1965.cm um ambicioso programa dc expansão da rede rodoviária Além
disso» tendo uma grunde população tem condições de adquirir um veículo para
uso individual,a pequena menção dedicada ao desenvolvimento do sistema fer-
roviário.que era o meio menos dispendioso de transporte público, era bem es-
clarecedora das prioridades sociais do novo regime.
Medidas austeras foram impostas ao sistema ferroviário. Enfatizou-se o fun-
cionamento mais eficiente possível dos serviços existentes, muitos dos quais eram
vitais para o transporte nas minerações particulares e de icint ve/ttures, mantendo
o fornecimento de peças de reposição c selecionando, para eliminar. linhas dlifun*
ciOfiais c não o desenvolvimento do sistema ferroviário, que exigia medidas em
profundidade, comparáveis ás que vinham favorecendo a indústria automobi-
lística, ay longo dos anos. Mesmo assim» os associados c colaboradores do IPES
ocuparam posições-chave no sistema ferroviário. "1 1

444
Sob a égide do Ministério dos Transportes, foi executado um prcgiamii de

ktfigo Alcance dc desestatização e desnacionalização da frota marítima mercante.


Uma série de associados do ÍPES e diretores de corporações miiHinarionais de
transporte marítimo foi indicada para a Comissão da Marinha Mercante, muito
1 oí
influente na tomada de decisão que definiu o processo de desnacionalização.
Os associados colaboradores do IPES também ocuparam os cargos-chave ha
e
administração das vbs e serviços dc navegação, 1 ** Quando a EM8RAER (a em-
presa do governo encarregada Úo desenvolvimento de uma tecnologia nacional
para a construção dc aviões para uso civil e militarl foi, finalmcntc. criada cm
1969, vários empresários e lecno-empresários do IPES assumiram o seu controle.
Os a&socíüdos e colaboradores do IPES também mantiveram posições influentes
*'
cm ouíras companhias dc transporte aéreo.
1

Crjou-se o Ministério Extraordinário para Coordenação dos órgãos Regionais


— MECOR, c para o qual foi indicado o General Cordeiro de Farias, da ESG,
0 MECOR dispensava atenção especial h SUDENE —
Superinicndéiicía dc De-
senvolvimento dc Nordeste, e à SUDAM - Superintendência do Desenvolvimento

da Amazônia, O MECOR dava ao governo central um instrumento eficiente para


flanquear os governadores c implementar suas diretrizes políticas, bem como
para desviar pressões locais. Tornou-se também um canal eficiente para interesses
empresariais dc São Paulo e do Rio de Janeiro investirem no norte e nordeste do
Brasil e se beneficiarem dos recursos destinados ao desenvolvimento que eram
alocados paia os bancos estaduais regionais ou para os órgãos regionais de desen*
voivimeíito.
A SUDENE era chefiada por Toao Gonçalves de Souza, agrônomo e sociólogo
rural. Gonçalves dc Souza era também um dos organizadores da Associação Bru
sileira de Crédito & Assistência Rural -

ABC AR çstabeledda pelos interesses
,

RockefeJIer em agricultura e chefiada pelo associado do IPEá ]. Irineu Cabral,


uma força importante na elaboração do projeto de reforma agrária do complexo
IPES/IBAD* O empresário Arthur Ámorim recebeu a tarda de reorganizar a
SUDAM t o Banco da Amazônia, chefiado pelo empresário Nelson Ribeiro.
A morim tornou-se chefe do Grupo Executivo para o Desenvolvimento da Ama-
zônia, que incluía os empresários Harry James Cole e Nelscn Ribeiro, o Coman-
dante Geraldo Maia e Luís Carlos Andrade. O Grupo executivo planejou uma
política que objetivava atrair investimentos multinacionais em agricultura, mine-
ração e indústrias. Ámorim foi também uma Rgura-chave no estabelecimento da
Zona Franca de Manaus, muito útil para a importação de peças para linhas de
montagem de indústrias multinacionais e para a importação barata de maquinaria
e equipamentos. Em suas operações, a equipe de Ámorim tinha o endosso do
Executivo através do Coronel Gustavo Moraes Rego —
da Casa Militar da Pre-
lide nc ia da República — e através do General Mamedc, Comandante da Região
Militar da Amazónia, ambos ex-membros do estado-maior informal.
O General Cordeiro de Farias demitiu-se do posto quando a candidatura do
General Costa c Silva, a que ele se opunha frontal mente, foi consolidada entre
importantes segmentos das Forças Armadas, Após sua demissão o Ministério
Extraordinário para Coordenação de Orglos Regionais foi assumido, como me-
dida dc emergência, por João Gonçalves de Souza, que dividia essa novo funçáo
com a diretoria do SUDENE, Esse Ministério foi substituído, durante mandato
do Marechal Costa c Silva como presidente, pelo Ministério do Interior, que seria
ocupado pelo General Albuquerque Lima, da ESG, cunhado do líder do IPES
jesé Luiz Moreira dc Souza.

445
A administração pés- 1964 não modificou, substaricialjnente, a estrutura ou a
função do Ministério das Minas c Energia, ma* inverteu a orientação nacionalista
de suas diretrizes políticas, que datavam da época de Gctúlio Vargas. Ao final
de 1964. o governo lançou um apelo para 0 setor privado, basicamente multina-
cional, convidando-o a participar da exploração intensiva da riqueza subterrânea
do Brasil O Ministério deu também aos estrangeiros o direito de adquirir ações em
companhias brasileiras que operavam nesse setor
Inicialmeiitc. o então General Costa e Silva, como membro da funta Militar
que assumiu o poder em \* de abril de 1%4. fez sua própria indicação para o
Ministério das Mírias e Enereia. Foi substituído por Mauro Thibau. que cm ligado
11
à equipe da CQNSULTEC. * Foi Mauro Thibau que, com a colaboração do Ro-
berto Campos e de Octavio Gouveia de Bulhões, veio a liderar o ataque no mo-
nopólio público para a exploração de petroquímicos, abrindo assim as portas para
a participação privada, espectalmeme multinacional, nesse setor vital da economia,
Foi estabelecida uma comissão do Conselho Nacional de Petróleo para estudar o
caso particular da indústria petroquímica, que decidiu a favor da participação da
empresa privada para Idamente â das empresas públicas, no desenvolvimento dessa
indústria. A comissão era formada pelos empresários Paulo Figueiredo. Kurl
Politzer, Ivo dç Souza Ribeiro. íosé Batista Pereira e Paulo Ribeiro,
111
O Ma-
rechal luarez Tivera. Ministro dos Transportes, liderou o voto do Conselho de
Segurança contra a nacionalização das refinarias de petróleo, invertendo o processo
iniciado, mas não concluído, por f. Goulart, Uma comissão ruermíms teria! for*
í ,

muda por Mauro Thibau. Gouveia de Bulhões (Fazenda), Roberto Campos (PU*
nejarncnio), Daniel Faraco Indústria e Comércio), Marechal fuarez Távora (Trans-
f

portes), e Ernesto GeiscI (Casa Militar), pressionava por uma legislação que
rezava, como princípio, que as reservas minerais só seriam valiosas se exploradas.
Conseguiu levar o ''Código de Minas" s uma revisão efetiva, limitando o Estado
a um papel supletivo, abrindo as portas à exploração dos recursos naturais peta
iniciativa privada (multinacionais e associadas). Na segunda administração mil lar,
i

a do Marechal Costa e Silva, o controvertido decreto de Gabriel Passos, que havia


suspendido as concessões ã Hanna Mining Co., foi anulado. 11 *
Conforme descrição anterior, os associados e colaboradores do IPES, na
maioria empresários, foram colocados em posiçôevchave nos ministérios. Entre-
tanto, os [pesiinos e JbadUno* não se limitaram a ocupar posiçõcs-chave nos
gabinetes, Para assegurar a continuidade da elite orgânica, foi elaborado um plano
no IPES visando a colocar seus membros e colaboradores permanen temente em
111
certas empresas públicas. Eles também assumiram cargos de comando dentro
das autarquias e órgãos admifmirativoy, alguns dos quais até criados com base
em propostas inspiradas ou preparadas pelo IPES.
Um desses órgãos foi o Banco Nacional de Habitação — BNH. que viría a
desempenhar um papel crucial na indústria de construção. O BNH estava enear*
regado de implementar políticas governamentais de habitação e de regular e refi-
nancíar o crédito habitacional, Foi importante em decorrência dos imensos re-
cursos financeiros oo seu dispor, grande pane deles vindos do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço. Sendo uma fonte de poupança* e um fator determinante
de ínvestimenios, o Banco, cm seus estágios iniciais, foi fundamental por sua con-
tribuição para cobrir o déficit orçamentário federal, através da
compra de títulos
do govemo, A importância do BNH também estava nas implicações sociais de
suu diretrizes porque, apesar de ter sido criado com a pretensa finalidade de

446
proporcionar habitação e crédito para a grande população scm casa própria e mal
abrigada, acabou sendo um instrumento para financiar a comtniçio dc casas para
a classe média, que reagiu favoravelmente aos recursos oferecidos. O BNH iim-
bém desempenhou um papei significativo no fomento da indústria de construção,
onde tantos associados e contribuintes do IPES tinham interesses. Finalmente, o
BNH também sc transformou cm uma fonte influente de patronato político, Jün-
timente com cie foram instituídos o Serviço Federal de Habitação e Urbanização
— SERFHAU, e o Plano Nacional dc Habitação, iodos baseados cm projetos do
114
IPES elaborados antcríormenic .

Muito oportunamentCp a conferencista do IPES, Sandra Cavalcanti, que es-


tivera ligada & unidade dç Reforma Habitacional (Estudo Econômico c Legai sobre
Casas Populares) c tendo conheci mento, de primeira mito, rio assumo, uma vez
que ela própria estava ligada a importante empresa construtora, tomou-w a
primeira presidente do BNH. O empresário Hasry J. Cole foi para o SERFHAU,
e o associado do IPES Carlos Moacyr Gomes de Almeida, proprietário de uma
gigantesca construtora, foi colocada à frente do Programa de Cooperativa Ha-
bitacional do Estado da Guanabara —
um projeto-piloto desenvolvido pdo BNH,
pera temer resolver a falta de casos, atribuindo um papel ativo à empresa pri-
vado na construção de habitações —
em detrimento do governo 111 Após um .

breve período, Sandra Cavalcanti deixou o BNH. numa época cm que seu protetor
político, Carlos Lacerda, desentendeu- se, dc vez, com o governo. Apesar de Ha-
rold PúEland e Glycon dc Paiva terem sido considerados candidatos para o posto,
este finalmente foi entregue ao colaborador do IPES Mário Trindade, que foi
sucedido por Luiz Gonzaga do Nascimento e Silva. Este, que eslava trabalhando
no Ministério do Planejamento, haviu desempenhado, junt&menie com o lidcr do
IPES Mário Leio Ludolf, um papel importante na discussão do problema habita-
cional. Também participou d as medidas subsequentes que o governo tomou em
relação aos decretos de regulamentação de aluguéis, bem como da que
Legislação
regulamentou os direitos dos inquilinos e proprietários e os aluguéis, enquanto
estabelecia critérios diferenciais de correção, a Fim de tomar possível a lecupe-
11
riçio gradual da defasagem nos preços de antigos contratos de aluguéis. * Para
membros do Conselho Administrativo do BNH foram indicados os empresários
Mário Henrique Simonsen. Fernando Machado Portela e Hélio Beltrão Para Su-
perintendente foi indicado o empresário Arnaldo Walter Blank, enquanto o Ge-
neral Libe raro da Cunha Friedrich* na época um executivo na área empresarial
dt construções, tomou-se o diretor.
Ativistas e colaboradores do IPES, na maioria industriais, mas também ban-
queiros — e não técnicos
111
— assumiram o comando de
11
toda a estrutura industrial
de aço-mineração e petroquímica * do EstodOn Eles também asseguraram postos
nas companhias públicas que forneciam energia elétrica para as grandes corpo-
rações privadas de serviços dc eletricidade —
pertencentes ou dirigidos por líderes
do IPES — 11
e que proviam o consumo doméstico t industrial * Os industriais e
empresários do IPES estavam, doravante, nas posições mais favoráveis paia im-
piememar diretrizes políticas estabelecidas pelos Ministérios do Planejamento, da
Fazenda, das Minas e Energia e da Indústria e Comércio, aos quais os grandes
empresários c banqueiros tinham acesso privilegiado. A coincidência de seus in-
teresses particulares com o papel especifico desempenhado pelos empresários
na administração pública era notável
Foi neste contexto que o comunicado de que o governo iria readquirir a
maior companhia de serviços públicos pertence me a uma multinacional, a

447
AMFORP (American and Foreign Power Urility CompanyU criou uma acalorada
controvérsia política. A administração foi aiacada, até mesmo pela direita, sob a
bandeira óc Carlos Lacerda, pela compra da AMFORP pelo que era considerado
um preço enorbítame para equipamento obsoleto. Tal oposição havia provocado
exasperação declarada nos Estados Unido* onde a AMFORP havia sido um dos
principais objetos dc disputa entre os Etados Unidos e o Brasil. O governo brasi-
leiro. preocupado em nio ferir as suscetibilidades de investidores em potencial,
deu continuidade à compra pdo preço estipulado, e a AMFORP tornou sc o
núcleo de uma nova companhia nacionalizada, a ELETROBRÁS, uma companhia
estatal que, apesar de fundada em 1962, só agora passou a funcionar.
^ 1

Entretanto, nem tudo parecia funcionar segundo as expectativas do 1PE5.


Nos primeiros dias de abril de 1964. o problema dos telefones na área de operação
da CTB —
Companhia Telefônica Brasileira, isto é. Minas Gerais. Guanabara,
Soo Paulo, Rto de Janeiro e Espírito Santo, foi debatido por um grupo de em-
presários e autoridades federais. Os empresários argumentaram que a iniciativa
privada linha de asromir o controle da CTB. que pertencia à Bmilian Traction
fdo líder do IPE5 Amónio GallcniT. o grupo canadense interessado na negociação
da companhia. Os empresários queriam o apoto do Estado para levantar fundos
para i transação, calculada basicamente em 100 milhões de dólares. O grupo de
empresários era formado pelos líderes do tPES Augusto Azevedo Trajano Antunes.
Gílbert Huber fr., Harold C Pclbnd. Eurico Castanheira. Ernesto Pereira Car-
neiro e Maurício Libànto Vtlkla_ Esie grupo havia conseguido o apoio da Confe-
deração Nacional do Comercio, da Confederação Nacional das Indústrias e da
Confederação Rural Brasileira. Em junho de 1965 foi feita uma reunião para
discutir o assunto com os minisrroí Gctávio Gouveia de Bulhões e Roberto Cam*
pos Nessa época o prupo dc empresários também reunia 0. Marcondes Ferraz,
f. B Leopoldo Figueiredo. Mello Flores e Paulo Ayrcs Filho m Apesar da pressão
.

dos líderes do 1PES, a CTB foi encampada pelo Estado, passando a fazer parte da
EMI1RATEL da qual. posteriorrrtenie, o ativista jpesiano Jovíano lardím seria
diretor. Os empresários sofreram oposição às suas demandas dc pressões surgidas
dentro das Forças Armadas, um conflito dc opiniões que não seria o último entre

5
a elite orgânica liderada pdo 1PE5 c aqueles militares desinteressados.
j

Apesar de os líderes do Í PES não terem conseguido dominar a transação da


CTB, um deles, Qciãvio Marcondes Ferraz, tomou-se o presidente da ELETRO-
BRÀS, que foi estabelecida como holding, funcionando como órgão executivo en-
carregado dc conduzir c impkmeniar a política de energia do governo. A ELE'
TROBRÁS era tanto o órgão coordenador efetivo das Empresas Elétricas de pro
priedade do governo federal, em cujo s tu}} sc destacavam diretores do IPES,
quanto a fonte financeira para as empresas pertencentes aos Estados e às auto-
ridades municipais. Os líderes do IPF,S Amónio Gallctlí e Lucas Nogueira Garcez,
ambos diretores de empresas de fornecimento da energia, foram indicados direto-
res da ELETROBRÁS. Finalmente* o ativista do JPES. Almirante fosé Cláudio
Beltrão Frederico, tornou-se presidente da CQNTEL, o órgão estaía! dc comunica-
111
ções telefónicas, e foi sucedido pdo Comandante Eudides Ouandt de Oliveira,
Conforme foi vislu nus páginas anteriores, os associados e colaboradores do
IFES assumiram posições-chave não só nos ministérios, mas lambém na adminis-
irflção pública em geral. Enquanto issu, os que assumiram o controle du urgíinh
zaçâo em lugar dos que foram para cargos públicos desenvolveram, depois de
l%4, uma série de novas funções paru o IFES. Essus funções envolviam a cría-

44B
{lo dc umi série de canais e mios de assegurar a fácil comunicação entre os
empresários como um lodo* representados pelo IPES, os empresários do IP RS e
administração pública. E nítido que os empresários do IPES (iravam proveito
do relacionamento informal e bastante próximo que tinham com os ocupantes de
cargos públicos, Mos o IPES também desenvolveu uma outra rede elaborada de
interpenetração entre o Estado c os setores dominantes da sociedade civil. No
entanto o íocui para o exercício desta influência estava fora do Estado c dentro
do IPES, o que levou ao desenvolvi me ntg de uma estrutura exdurbomrmr neo
çvrpçrativiita dc articulação de interesses. Esse foi outro nível em que ocorreu a
interpenetração objetiva do Estado com a estrutura oligopoU&ta do capitalismo
moderno industrial e financeiro, garantindo a previsibilidade de sua atitude re-
ciproca futura. ** A consolidação dessas ligações fora do Estado, não institucio-
1

nalizadas e. portanto, menos visíveis, não forneceram os únicos mecanismos de


controle empresarial srbre o Governo, Os mecanismos mais significativos foram,
como ficou óbvio, profundamenre enraizados dentro do Estado devido 6 presença
do IPES no aparelho estatal.
Depois de abril de !%4 o IPES foi transformado em um eficaz "érglo in-
r
1

termediário* para a elaboração de diretrizes políticas. Operava como um media*


dor entre o Estado, onde tinha seus homens-chavc em cargos vitais, e os grandes
interesses privados, dos quais seus ativistas eram figuras de destaque Atuava
.

como um fórum pira as discussões de empresários, ministros e altos burocratas,


com a função explícita de "promover contacto intimo" entre eles. 111 Além disso,
o IPES agia como fórum para o foòbying de associações t representantes de classe
de diversos setores industriais, Empresários, vinculados ou não ao IPES, eram
estimulados íi enumerar seus problemas t demandas que eram então trazido para
comitês que, agindo como um centro dc coleta e distribuição de informações,
transforma vam-nos em estudos dc viabilidade e recomendações operacionais que
deveriam scr comunicadas àqueles ativista* que tomavam as decisões na adminis-
1 "*
tração do Estado. Ministros e diretores de órgãos governamentais çde autarquias
também eram convidados para reuniões planejadas de empresários selecionados.
As reuniões eram geralmcnte realizadas na sede do IPES e* em alguns casos, nas
sedes dc associações dc classe empresariais, Os empresários cujas atividades eram
relacionadas com s área de interesse do Ministro eram convidados para essas
reuniões. O grupo selecionado de empresários sempre incluía vjma maioria dc
associados c colaboradores do IPES. acentuando e moldando, desta forma, o ca-
ráter exclusivista da articulação de Interesses, O Ministro explicava seu ponto de
vhta sobre um determinado assunto ou diretriz política. Os empresários entio
levantavam suas dúvidas* questões e demandai, que haviam rido preparadas ante-
cipadamente c estudadas pelos assessores dos Ministros em questão, bem como
pdo Grupo de Estudo t Doutrina do IPES. Após a discussão dessas questões,
seguia-se um período dc debate livre.

Entre os participantes desses debates, que forneciam informações em primeira


mão pora empresários selecionados, encontravam-se ministros como Octívio Gou-
veia de Bulhões, Paulo Egydio Martins, Roberto Campos. Daniel Faraco, Luiz
Gonzaga do Nascimento e Silva, Marechal Juarez Távora» Mauro Thibau, muitos
outros administradores de alto escalão e dirigentes dc autarquias ou de comissões
governamentais, tais como José Garrido Torres, Dénio Nogueira, Comandante
Saldanha da Gama, John Cotrim, Sérgio Paula Rooanet (do itamataty), Arthur
Cczar Ferreira Reis (encarregado das diretrizes de desenvolvimento para a Àma-

449
zónia), GeneralEdmundo Macedo Soares e Silva, Hélio Belirio c Mário Henrique
Simon^tn A estrutura deises debate; era planejada pelo General Golbery. Por
voJi* de 1967, todos os ministros e burocratas dç alto escalão cm órgãos-chave
de formulação de diretrizes e de tomada de decisão da administração pós- 1964
haviam participado desses encontros"'
O IPES também organizava seminários c cursos para a preparação ideológica
não só dc empresários e burocratas importantes, como também de militares in-
fluentes na formação dc opinião e m
tomada de decisões, Esses cursos eram or-
ganizados através de sçu ínstitmo de Educação Democrática —
lED* que funcio-
nava como fundação desvinculada" do IPES."' Eram também ministrados Cursos
'

de Atualidades Brasileiras —
CAB. e outros cursos superiores lançados antes de
1964, organizados pelo Grupo de Estudo e Doutrina. i;í Entretanto* o IPES adi-
cionou 9 fttós cursos umt nova versão dos Grupos de Trabalho e Estudos que p

na verdade, se aprofundavam cm pesquisa de diretrizes econômicas, sociais e po-


líticas. O líder do IPES, Duvriícr Goulart, foi ainda mais longe e sugeriu que

fesse lançado um serviço dc pesquisa junto aos empresários sobre suas necessi-
dades e problemas e^secificos, que seriam então trazidos para o Instituto "para
discussão c análise", transformando as preocupações e demandas empresaria is em
estudos de diretrizes. O plano* que foi adotado* serviria para transmitir aos Ifâo-
ciados c colaboradores do IPES em postos governamentais os problemas e neces-
sidades não só daqueles ligados ao IPES. como tw de setores empresariais mais
130
amplos, permitindo a&rim uma ação mais abrangente,
O IPES manteve seu papel como centro de debate de reformas, bem como
o de fornecer diretrizes básicas para a administração pós- 1964, não sá em decor-
rência da ábvii coTKOtmuncU de ocupação de cargos por parte dc seu pessoal,
descrita antenormtntc. da adoção petos administradores do programa de reformas
vislumbrado por dc no Congresso de Reformas de Base, mas também devido aos
151
esforços explícitos para elaborar diretrizes c anteprojetos de lei.

Agia também como um reservatório dc idéias e como uma estrutura dc con-


sultoria nos quais os associados t colaboradores do IPES no governo poderiam
se apoiar * fím de receberem ajuda com relação a questões específicas. Nesse
papel, o IPES atuava como uril thlnkionk informal t de múltiplas finalidades,
capar de aconselhar, tomar iniciativa* na elaboração dc diretrizes t de predispor
favoravelmente o Ministro cm qoestio. bem como de mobilizar a opinião pú-
1 *1
blica. Não há dúvida de que o IPES era uma organização central da classe do»
mifunte, Harold PoHand.tm carta a fessé Pinto Freire, presidente da Confederação
Nacional do Comércio, acentuava que o IPES considerava "dc importância fun-
damental t de interesse imediato fornecer, sempre que possível, contactos para a
classe que congregamos com representantes do governo, Esses contactos não só
permitiriam uma melhor compreensão dos problemas que sobrecarregam o meio
empresaria), mas também ajudariam o governo a sondar os pontos dc viíla c os
11
anseios dessa classe laboriosa"/ Esse sentimento não se restringia ao pessoal
do IPES: os líderes de associações da classe empresarial* des próprios associa»
dos do IPES em tantos casos, reconheci am-no como o órgão de fato intermediário
entre des e o governo.
Após 1964 o IPES ainda continuou a moldar visão dos setores empresariais
sobre assuntos económicos c questões políticas. Além de sua campanha pari
asseverar seus pontos de vista entre os empresários, o IPES lutou para moldar a*
atitudes e os sentimentos do público em geral. Isso foi feito poc intermédio da

4S0
.

mividnde dos profissionais liberais a des ligados c envolvidos cm questões eco-


nômicas, através da mídia. Esses ativistas e colaboradores estavam encarregados
das p Agirías econômicas de O
Gtabo> do Jorna/ do ttrasif c do Estado de S. Pauto
bem como das publicações da Fundação CeíúIío Vargas, do EPEA e do íBRE,
11
iodos eles influentes moldadores de opinião, *
Fora formar o ponto de visto dos empresários a respeito ât assuntos eco-
nômicos € também suas atitudes políticas, o íPES organizava seminários com a
Intenção explícita de "preencher a falta de iníonnuçio econômica" que se supunha
existir entre os empresários. O temo de um desses seminários foi "Governo e
Empresa Privado no Processo de Desenvolvimento". 1 ” As teses apresentadas e os
dcbíMcs que sc seguiram íJcssinarain-st a "esclarecer o verdadeiro papel do Estado
frente às necessidades de desenvolvimento do pais e o papel do Estado na cria-
çiío de condições c estímulos para a livre iniciai iva, a fim de que as empresas
privadas pudessem se transformar na força criativa e vlvjíicadora da economia
brasileiro".^* Um dos pontos importantes que o IPES esperava transmitir era o
que o Estado deveria ter um papel supletivo e regulador diante da empresa pri-
vada ao invés do pape] "paternalista" que assumiu durante o período populista.
O IPES também estimulou firmas locais a se associarem a companhias multina-
cionais, argumentando que eram óbvias a falta de capital e as necessidades de
aperfeiçoamento tecnológico das empresas locais. Com o papel do Estado bas-
tante reduzido, restaram poucas opções para essas firmas a nlo ser se associarem
137
a companhias multinacionais a fim de sobreviverem à forte concorrência.
Outra forma de superar o que o IPES chamava de "analfabetismo econômico"
entre os empresários e profissionais liberais foi ministrar cursos técnicos e ge-
renciais que visavam íundamenistmefite a racionalizar procedimentos, simplificar
operações, reduzir custos e diminur t ineficiência nas empresas privadas a Fira
de "acelerar o processo de capitalização" do pifs, e de introduzir métodos e obje-
tivos de racionalização e modernização na empresa. Neste contexto, o IPES e as
Listas Telefônicas Brasileiras, de Gtlbert Huber fr., criaram em 1967 o Curso
Superior dc Estudos Financeiros —
CURSEF. O
CURSEF linha como objetivo
a formação e o aperfeiçoamento de pessoal de nível superior t executivo através
de cursos de pós-grãduaçao* tapadtando-ôs para o exercício de funções especia-
lizadas nos setores administrativo c financeiro das grandes empresas, Ü IPES
logrou significativo êxito quando o CUR5EF foi final mente reconhecido como
um curso regular na Fimdsçfio GctdHo Vargos, no Rio de janeiro. 1 ”
Além disso* cm seus esforços paru Introduzir noções de racionalidade eco*
nôrntca em setores cada vez mais amplos das classes empresariais, o IPES lançou
o Curso de Planejamento Global das Empresas, que objetivava dar relevo k%
vantagens do planejamento para as empresas privadas. O curso, sob a responsa-
bilidade dos ativistas do IPES Brigadeiro Gi legal, General Montagna, Almirante
Leôncio Martins, deveria ser implementado sob os auspícios tonjumos do IPES
c dn Pontifícia Universidade Católica, A responsabilidade financeira pelo investi-
mento foi entregue à PUC, com apoio do RNDE c do Ministério da Educação e
Cultura, 1 ”
Finalmente, o IPES também tentou continuar a doutrinação política dos em-
presários c administradores. Para isso, nlém dc manter cm funcionamento seus
cursos tradicionais, lançou, em conjunto com o Centro de Estudos, da Boletim
Cambial, dirigido por josc Alberto Leite Barbosa, o Curso de FortnaçSo Política
e Atualização* coordenado pelo associado do IPES Themfsiodes Cavalcanti, pro-
*0 1
fessor dc política da Fundação Gctúlio Vorgas.

451
Outro papcf desenvolvido pelo IPES foi o de lotnar-sc b "voz da revolução"
$ nível tanto nacional quanto internacional. No âmbito nacional, ndmilio ser sun
tarefa a de orientar n opinião pública através da mídia aiidiü-visuíil c de publica
ções, moldando assim a reação do público a medidas governamentais, 141 Paru
tnl, devería assumir o papel de um órgão independente, ocultando do público
1 *2
Decidiu sc por agir como cao dc guarda
' 1 ’

suas ligações com a administração,


k

do perfil democrático do governo, o que também envolvia tentai ivas de refrear


dissidências militares e a expansão do papel do Estado na economia. Ocupou-sc
da imagem que a administração projetava e da promoção de indivíduos dentro
dela, ** tentando também desativar críticas ao governo oriundas dos setores social,
1

econômico e político que foram alienados da nova estrutura de poder. Em outro


nfvci o IPES apoiou a produção de filmes de propaganda em curía^metrflgcm
para serem apresentados na televisão, nos circuitos comerciais de cinema, em fá-
bricas e escolas, atuando assim como um órgão privado informal de relações
1**
públicas do governo
No ceoãrío (item acionai, o IPES desempenhava um ptipel apologético do
i

regime, tanto a nível privado quanto a nível público. Um


passo fundamental dado
petos líderes do TPE5 para i consolidação dos dos internacionais entre as várias
corporações multinacionais c organizações semelhantes ao IPES ocorreu em 1964.
Logo após o golpe, uma delegação de lideres tpesianos viajou para os Estados
Unidos "a íim de negociar com os empresários do país e de explicar a eles. bem
como ã opinião pública americana, o que era na realidade & Revolução Brasl-
leira”.
113,
Eles estabeleceram contactos com os diretores de corporações perten-
centes to Committce for Economic DevefQpmem —
CED (Comitê de Desenvol-
vimento Económico! que. cm muito* casos, eram executivos das matrizes das
companhias que operavam no Brasil, tendo contribuído financeiramente para o
1 #
IPES e cujos diretores eram seus associados e colabora dores. * Entretanto, elci
extrapolaram os meras atividades de relações públicas. Participaram ativamente no
desenvolvimento de elos econômicos e políticos entre corporações multinacionais
que operavam na América Latina, as associações da classe empresarial dos países
aúno americanos c dos Estados Unidos —
sendo muitas delas suas congéneres

|

oficiais t ot governos dos países Utino americanos, O


IPES. juntamente com
seu congênere norte americano, o CED. e com outras organizações, dedicou-se a
pesquisas econômico- políticas no Brasil, em particular, c na América Lai ma, em
geral. ** Es forçou- se seriameme para promover a integração do comércio entre
1

os países lilino- americanos e empenhou-se para estimular a consolidação do As*


soriaçio Latino Americana do Livre Comércio —
ALALC, 14 * Além disso, líderes
do IPES participaram de negociações, governamental* entre o Brasil e os
a nível
14
Estados Unidos. * Personalidades Jigadas ao IPES foram lambérn escolhidas para
tratar com credores csi range iros. O embaixador Sctic Camará, que havia par liei*
pado dn atividades da grupo de Opinião Pública do IPES. chefiou a delegação
que foi negociar com o "Clube de Hague", levando comigo, cnire outros, Antônio
Azeredo Couiinho. Para negociar com os credores americanos. Gouveia de Bu-
lhões escolheu o associado do IPES e empresário Trajano Puppo Neto. que havia
sido assessor do Ministério da Indústria e Comércio. A estratégia para lidar com
o» credores foi estobeleeida em uma reunião no Ministério da Fazenda, da qual
participaram, enire ouiios. Denio Nogueira, Roberto Campos, Gouveia de Bulhões*
Seltc Câmara, Puppo Neto. Casiimro Amónio Ribeiro e António Azeredo Cou-
tinha.***

452
Uma medida do reconhecimento internacional do IPES foi o convite para par-
do Banco Internacional dc Reconsiruç&o e Desenvol-
ticipar das reuniões anuais
vimento — BIRD, c do Fundo Monetário internacional em 1966. junlamentc com
os congéneres do IPES. Estimulando a participação do IPES nessas reuniões
achava-se o CED. ,R1
O IPES também aluou como uma ponte entre civis c os militares da ESG,
continuando assim a cooperação bcm-sucedido que se desenvolvera com esses ofi-
ciais para conseguir a mudança de regime em L° de abril de 1964, Manteve sua
função como elo entre civis e as Forças Armadas, a fim de engajar círculos mais
amplos dc oficiais fora da esfera de influencia direta da ESG c com os quais o
IPES nio tinha ligações firmes ou estáveis. Convidava oficiais selecionados, no
comando dc tropas c cm postos adminislrativos. para seus cursos, seminários e
conferências; manteve também sua política dc cooptação de militares.
Foram também organizadas conferências e debates sobre assuntos de inte-
de políiica de desenvol-
resse espedfico para os militares, principalmente questões
vimento que poderiam ser justificadas em termos dc segurança nacional ou que
poderiam estar a elas ligadas lais como transporte, mineração. petroquímicos
e a industrialização do país, a fim de desenvolver seu potencial c transformar o
Brasil em ume superpotência. Nessas conferências e debates, os militares eram
,ia
colocados em contacto com uma audiência dc empresários e tecnO'empresários.
Dessa forma, industriais e banqueiros reforçavam sua posição privilegiada trans-
mitindo seus pontos dc vista sobre desenvolvimento e apresentando suas soluções
para problemas sõcio-cconômicos e políiicos.
O intercâmbio mais profícuo talvez tenha sido o que os líderes do IPES
conseguiram desenvolver com as Forças Armadas através do estabelecimento do
complexo militnr industrial brasileiro, que posteriormente se transformou em um
demcnto-chave na economia do país e em um fator político de influência, 111 Um
ag eme significativo na constituição do complexo militar industrial foi o Grupo
permanente de Mobilização Industrial. O GPMÍ. cuja estrutura e obietivos ha-
viam sido desenvolvidos pelos empresários do IPES com militares da Escola Su-
perior de Guen-a. foi importante aspecto na evolução de ligações entre o poder
político e econômico, por um lado, e o poder militir. por outro* O líder do IPES
Rafael Noschese. em pronunciamento quando da inauguração do GPMI. enfa-
tizou que a criação do Grupo Permanente de Mobilização Industrial representava
Ir
a continuidade da colaboração, vista através dos anos, entre as desses pro-
dutoras e as Forcas Armadas, seia em períodos de ação militar ou na vida normal
de nosso país", O líder do IPES Viiòrio Ferraz, presidente do GPMI. acrescentou
que "a vívida experiência dos primeiros dias" (quando as tronas intervieram
para depor folo Goulart) "mostrou a necessidade imperativa de as indústrias
reconhecerem as exigências mínimas dos militares e de estes saberem em quem
podem confiar na indústria". Era essencial para Ferraz criar um grupo civil e
militar, de caráter permanente, que atendesse eos anseios dos empresários, para
agir cm épocas de perigo. De acordo com Ferraz, o Grupo Permanente dc Mobi-
lização Industrial “tentará alcançar a adequação dos padrões industriais às ne-
cessidades das Forças Armadas. Dará incentivo è pesquisa industrial no campo
militar. Ajustará a indústria h fabricação de equipamentos, máquinas e acessórios
para as Forças Armadas. Indicará as firmas que estiverem melhor adaptadas à
execução do serviço ou fabricação dc equipamentos militares. Aconselhará e re-
comendará a adoção dc padrões para itens que possam ser usados em uma emer-

453
gentia paru beneficiar a segurança nacional* dando às forças Armadas a rcsposia
à equaçio principal da vida militar moderna: onde obter material? Quando obtet
134
material? Como receber o material necessário?"
Q da política, apoiado pelo IPE5, restringiu o papel dos
estilo autoritário
*4
políticos tradicionais
1
A
articulação de interesses era realizada através dos tecno
empresários c empresários nas pcsiçóes-chave de poder, aos quais os grandes
interesses industriais c financeiros tinham fácil acesso. O Congresso viu minado
seu valor como local de elaboração de diretrizes e diminuída sua importância
como fórum político para a agregação dc pressões e demandas populares. Nesse
quadro político residiam os aspectos "tecnocriiicos" do regime?** Entretanto, o
ÍPES tentou estabelecer sua permanência no sistema político-partidário, talvez
com o intuito de controlá-lo para neutralizar sua possível interferência no pro-
cesso "tecnocr ático" de elaboração de diretrizes, O
Congresso foi expurgado. Os
Ibadianos tiveram sua posição mais reforçada do que quando blooiiearam os es-
forços legislativos de foào Goulart. A maioria dos membros da ADP associou-se
ao recém-criado Bloco Parlamentar Revolucionário —
BPR, formado em março
de 1965 por 206 membros da Câmara dos Deputados e consolidado após enten-
dimentos entre o General Gqlbery. General Cordeiro dc Farias e Nilo Coelho* do
PSD O BPR era liderado per Ad?uro Lúcio Cardoso e t>elo presidente da Câmara
dos Deputados, fiilac Pinto. O núcleo do BPR era formado por deputados do
PSD (48), do PTB (23) e per aproximadamente 90 membros da UDN?"
Esses deputados tomaram-se o baluarte da ARENA —
Aliança Renovadora
Nncional, que foi transformada no partido oficial do governo após a dissolução de
"" 1
todos os partido* tradicionais existentes. Encontravam -se no Diretório Nacional
úa ARENA além Ho* nrlíiícos tradicionais de direita oue haviam colaborado
eom o complexo IPES/IBAD, o General Edmundo Macedo Soares* Brasil io Ma
chntfo Neto, General Punarü Bley. Brigadeiro Antônio Barbosa. A* Pacheco €
e Silva, Raquel dc Queiroz. Paulo Almeida Barbosa, Hélio Beltrão, Luiz Gonzaga
do Nascimento c Silva, General Golberv do Couto c Silva c muitos outros* Ray*
mundo Padilha tornou-se o líder da ARENA na Câmara dos Deputados?**
À exclusão total das classes trabalhadoras t a posição periférica em que os
interesses sócio-eco nõmicos sem representação no IPES foram colocados tornou
difícil para a elite orgânica governar por consenso e consentimento. Em decor-
rência dessas dificuldades objetivas, a preocupação com a institucionalização e
legitimação do novo regime era vital. Em uma série dc debates organizados pelo
IPES para examinar meios de institucionalizar o regime*
as potabilidades c os
o jornalista Luiz Alberto Bahia estimulou a liderança a "examinar as formas u
nossa disposição e as que podemos criar, no semido de assegurar a continuidade
do ciclo de autoridade democrática, autoridade controlada, sem riscos de enganar-
mo-nos t sem arriscara degradação ou degeneração cm um regime de caráter auto-
ritário e in controlado. Uto somente será possível por meio da elaboração de novos
contratos políticos* que irão assegurar o funcionamento democrático do sistema
de autoridade, controlado por órgãos intermediários como o IRES* onde a política
é feita com o sentido dc participação c intervenção aut6r^oma* ?*
, 1,

Apesar dessas advertências bem intencionadas* o sistema brasileiro enveredou


por uma ditadura declarada, consolidada pelo Ato Institucional n? 5. de 1968.
Apesar de o Ato ter sido esboçado c implementado pelo líder do ÍPES e Ministro
da luitiçB Luíi Antônio Gama e Silva, o que ocorreu durante a presidência dü
Marechal Costa c Silva, o IPES* apesar de ainda integrar a administração, parecia

4S4
ler perdido sus hegemonia, Entretanto, os ativistas do complexo IPES/IBAD
conseguiram restabelecer sua predom inunda no governo do Prestdcnie Geisel ™
*'
írônico" é o mínimo que se pode dizer do fato de que o IPES, que em
havia passado por uma Investigação Parlamentar por atividades supostamente
criminosas, foi, a 7 de novembro dc 1966, declarado um órgão de "uttNdade
14-3
pública" por decreto preside nc ia

Conclusão

O IPES foi cap&í de terminar sua campanha complexa ç cuidadosamente


elaborada para depor loão Goulart com a ocupação vitoriosa de posições -chave
da política e da administração, realizando uma profunda mudança do regime
Entretanto ao contrário do que se pensava, essas posiçâcs-chavç nio foram
,

ocupadas por técnicos. mas. em muitos casos, por industriais e banqueiros. Ao


invés de serem elaboradores de diretmes sddoeconòmteas e políticas imparciais
e a partidários, a característica mais marcante da nova administração foi o acúmulo
de vários postos ocupados por hcmem-chavc dos grandes empreendimentos In-
dustriais c financeiros e de interesses multinacionais. Outro aspecto digno de
ênfase é que a maioria dos empresários que ocupava cargos-chave estava envob
vida em atividades comerciais privadas, relacionadas de perto com suas funções
púbírcas, O extraordinário acúmulo de uma série de cargos administrativos por
um número relativamcrne pequeno dc indivíduos e o fato de que cada um desses
empresários e tecn o-empresários também acumulava vários postos na direção de
grandes companhias demonstrava o grau crescente de concentração de poder
econômico e político.

Os do IPES controlaram o processo de formulação de diretrizes e


ativistas
constituíram os figuras centrais nas túmidas de decisão. O
fato dc que o IPES
mantinha uma estrutura de consulta de diretrizes e fornecia canais adequados
paro umbbbyittg exaustivo só enfatiza a predominância de grandes interesses em-
presariais no orientação da nova administração, À aliança dc dependência mútua
entre o Estado t as empresas privadas nio tinha raízes apenas no aprofundamento
do processo capitalista nins, cm termos bem concretos, na presença desses inte-
resses no Estado, assegurando assim os garantias políticas Indispensáveis h reor-
ganização c ao controle da sociedade e da econaniia.,u
Os associados e colaboradores do IPES moldaram o sistema financeiro e con-
trolaram os ministérios c os principais órgãos da administração pública, perma-
necendo em cargos privilegiados durante o governo de Costello Branco, exercendo
sua mediação de poder. Com um programa dc governo que emergira da direita
do espectro político c social, os ativistas do IPES impuseram uma modernização
da estrutura sócio econômica c urna reformulação do aparelho do Estado que
beneficiou, de maneira ampla, as classes empresariais c os setores médios da
sociedade, cm detrimento da massa, O
golpe de abril dc t%4 desdobrou-sc numa
transformação do Estado; o programa do IPES trazia em seu bojo uma regenera-
ção capiíallsiaJ**

455
NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

]. Entre oi que cníatimm o pa


aulores 8. A influência da ADESG no segundo
pel dos militarei depois de l%4 cm lugar «calão da administração pública fot cv
dos empresários, devem scr mcnçiOE>adQj plicada pdo professor Francisco de Souza
ial Alfred STEPAN. TJu? mlitaty in po Brasil, figura eminente da ESG e da
tifics; çhonging pallerns n Brazü. Pnncc*i ADESG. Conversa com ú professor Fraiv
lon. PrinccEon Un iv. Press, 197 I fb* Ro cisco de Souza BrniiL. Abril de 1976, Rio
nald SCHNE1DER Th? poético/ jyjtrni of de fanciro.
fírazit Nc* York. Columbu Umv Press, A influência da ADIRES é evidente
1571 (C) ROETT, ftiordan Bfdíil in rAc através do número dc burocratas que par
JÚlíei Nashvillc. Vandcrbth Univ. Press, licipavam de seus ctmos c do número de
1572, burocratas que se associaram ao IP ES. Vi.
2, Vide Apêndices B t E, wbrç a ligação de também Adesguianos no governo. Bo-
econâmicü líqj elemento* que ocupavam letim da ADESG, n, 103. p. IMl
cargos adminiitrjuisoí Algumas dosas li* 9. Vide (a> Cap. 1 1 E „
V c VIII. (b) A.
gaçõts ji foram indicadas em capitulo* an- STEPAN. op. cit p. 186.
leríorcs como noiai htbliGgrtócu h respei- A autoridade dos oficiais do ESG frern
to dctei ou fTKimo no teiio. te h sociedade cm geral rcauluvo do po-
1. Muílai eram lemdhamei às d*
idéias der das Forças Armadas c os oficiais da
UPN prowiii de reforma foram
e mui ta* ESG inferiam sua Icghimidade dentro das
produzida* nu CONSULTE C e na FCV. Forças Armadas da ímporilneia dada l
expressadas como um lodo no Congresso ESG pelos miliiares c da sua crença em
dos Reformas de Base. em 1%1 seu preparo para guiar o desenvolvimento
4, ParEmulfl imente, cita fssí linha de A. do Rftsri Essas convicções acarretavam
STEPAN 0p crí Aíciundre de Barro» nrzesstdadc de Os oficiais da ESG piojel*
pormenorizou e fez acréscimos a essa afir- rem rua imagem como a fonte independen-
mação, brm como ii infermaçòei recebi- te de mudança,
das a do papel de liderança da
respciio 10. Alguma» dai iupo$iç5t» bisicas para
unrjo ESC/Forçis Armadas depois de tisas condusoct sio encontradas em: ta)
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6 RONNJNG d KEJTH. h# Ctofagití Orcgon. í(1>, Spriog 1975.


p. 238.

1 Vide () Elieier Rizzo dr OLIVEIRA. 11 A qucuio da influência dos mi li iam


Ai Torças Armadas- política e ideologia em deciaòes de governos anteriores, bem
no Brasil. 1964-1969 Fciropolii, Ed Vo* tomu da diiiribuição precisa de poder en-
ie*. Í976. (bl JoitpH COMBLIN. The n* tre civis e militares c entre ai diversas íra
tionii secgniy docirme ln The represji'. 0f» dos empresário* nas adminisiraç6es
ve i U/te thc BraziUart nauonat security depoti de Çaitello Branco exigem muito
dúctrmt and Letm America Toronto. LA- mais pesquisa e. pbviamenlc, estão além
RU, 1976. (c) Mikc BURGES 5 St Daniel do cttopu deite Jivro fi se fez alguma
VVOLFF contepto dc poder en la E>
El pesquisa sobre cisai questões, bem como
cucla Superior de Guerra. Cuadernos Po- respeito de quem se beneficiou dirctàmen-
líticos Míiico. Uh Ed. ÊftA* abr/jüix tc das direlrues Implementadas, mas as in-
1979 ,
formações carecem de mai» tiiudo. Vide

456
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excelente do espírito e dos pontos de vi na
nutva dependenefa Argtnlinl* Amorrof-
prevaleníe» em sua liderança. ApÕs dis-
tis. 1969. p. 72 (ínjitculo dc EiTudíoi Pe-
ruanos).
euiir as formas
as atividades da como
ADIRES deveram execuudai na rra* ser
U. Amónio Cadot do Aminl OSÚ1UO- nilfralmoçc no Jockey Club do Rio, mea-
O estada revolucionário t 0 desenvolvi donande experiências do "Dr. Duvtvier no
mento econâtnko. In: O processo wi^u- Cenuo Industriar, o memorando traça um
cianário brasileiro. Hio 4e Jane» o, AEftP*
programa de açio p«ra influeodaf a for-
1969. p r 1 17.
mulaçto de direirim: "Eiic é o progra-
14. John W. F. DULLES- Ctotelfa Bran- ma que apresentamos para ser julgado O
co: the mffáírrg o/ u Brazikán preuécnt. Dr, PoEand seria a pessoa que uanímitj-
Auitin* Univ. o! Tex« Press, i97$. p, Ml. ria inf«ma^et do Conseibo Nacional
fConselho Nacional de Economia]. „ um
15, [aymc PORTELLA* A revolução
(ai
teniro dc decisões, com instruções pttra de-
e o governo Costa e Sth a. Rio de Janeiro*
Gimvlra, íb) Gctávio S.
1979, p. 136-37.
cidir mediai mente.
i O JPES 4 o 6t-
ís , ,

LMJLCI ehange m Brasil


Poliiicaí — glo adequado para os empresários.-
nindo empresários, icrnartdo decisões de
mu- -

/ 964-66. Te te dc douiorado em preparo.


ciritír político bem õiicriEtdu c oportu
ILAS, Univ. of Glasffow. Cip. 5, Üctávio
nas somos o governo privado'** Ea-
Dulci conseguiu reunir um grande núme-
qtiinto o governo "público** atuava, en o
ro de pronunciamentos c declaraçõci pú- +
IPES 'quc comritmín para manter o go-
blicas dc lideres de associações da classe
empresarial —
todos eles do IPES a fa- — verno púbticc^ Mas, cuntinuave a mcniu-
rando, porque
lh
e*ctuumtu uma série da
vor da candidatura dn General Castello
ações que permanecem meiaée entre qua»
Uranc o, Futre ciei encontravim-ic Silvio
tro paredes, o IPES é o canal para retlrí-
dc Almeida Prado (SRB), Rui Gomes de
lis dessas quatro paredeí". de certa forma
Almeida ÍACRJ), Amónio Galvio (A. C.
propor cion indo em primeiro Jugffr* «3 di-
Pernambuco) c Jorge Behring de Mattos
rctrltcs para a governo pública e, cm se-
(Centro Industrial do Rio dc JtmcJro).
gundo, n$ dlretriies paru o gavenio pri-
JG, Georgcs André FlECHTER, Brasil vado de cada um" (dos membros do
since 1964: modtrnhation under a milita-
tFESI- Memorando anexo I Ata
». d. —
ry regime. Lomion, The Macmillan Prtn, Executivo do IPES. abril d«
du Comitê
1975. p, 722, nota bibliográfica 23. A cun 1964.
panha também cuidou de desabonar ou-
20. Fnnlo de Assis Ribeiro rnlatixou que
tros concorrentes d vi* c mlIS lares.
divergentes complementarei a tnaiorio das Rcformaj de
Base reallrii-
Relatos c
pela presidência encontram-se dns pelo governo Branco coincl Castdlo
sobre a lula
em (I) Carlos LACERDA. Depoimento diam com as planejadas pelo IPES. Vida

457
riicunHo da carta a Ltfii Viiíii Filho* 27. Isto É. 2 de mab de 1979.
cnvjidi por Paulo de Aiiíi Ribeiro. * d- 28. O misterioso Heitor, V>/o P 8 de agos-
Ejic rascunhe dcstmivasc preparação éc
* to dc 1979.
uma rripínta ao pedido de informações
29. O Coronel Joio Bapisste Figueiredo
fdlo por Luii Viana Filho para o seu li*
tomou je diretor do Serviço Nacional dt
vro sobre o gmcrno de Cistrllo Branco,
Informação durante a presidência do Gc
o qual fornecia uma dtscnçio valiou do
neral Emílio G arrostai: u Médirf» de l%9
peto eairaordinirip que meram oi aiivis-
a tcsie thefo do SNI sob a presidiu-
Cai 4a IRES de 1*6* a 1967 Anjuno de
cra de Cosia c Sih a. dc 1967 a 1969}. cn-
Paulo de Àms Rtbeiru. Rio de I*iwltu
quanio o General Carlos Alberio da Fon^
21 [ W f r DULLE5 CdiieJio ... op cu loura (autor de infiltração Comunista, do
P 4» cume mo que contribuíra para a campanha
23. N- BLUME Pressurc |toupi and de- da "ameaça vermelha"! foi Feito Ministra
cuion makjnf in Bracil Sf-J et m Cc-ipo Chefe do SNI. O Coronel João Bapiína
raüvt /rtftrnjfionai Dtitlopmtnt Sainl Figueiredo tornou tc chefe do SNI na pre-
Louti, Mluouh, inil 2 T Wuhingiofi 1 d sidência do General Ernesto Geisel, de
Univ.. (%7/6Í íSéne de monografias) 1974 a 197S, quando foi promovido a Gc-
ncral enquanto o General Fontoura foi
23 De acordo com I W F DuLíe*. Cai-
d

indicada para o cargo de embaitador em


ídlo Branco 'aprendeu a rtiptito dos Kt>
Portugal Em 1979. o General loio Bap-
mem que nào conhecia, com o» homen»
lista Figueiredo rornou-sc o quinto presi-
em quem confiava" ( W F DLLLES
dente militar do Brasil (desde abril de
Cmiitfa op cit p 479 Vjde turbem
(%4). O General Golbery, que fora o che-
L Ví ANA MLHO ap tíi Cip 4. par*
fe da Casa Civíl no governo do General
um relato «obre « molha do gabmete.
Geisel* continuou ro posto depois d* pos-
71. fi) Mo Raptiita FIGUEIREDO O te do novo presidente. Como chefe do
serviço naçtonal de informofõ** E5G. Do- $NÍ foi indicado o General Octávio de
cumcnio n CI-69-6V (b| Mario D AN- Medeiros c pjrj chefe da Casa Militar, o
DREAZZA O i truço notional dt tnfor* General Danilo Venlurini. Devesc desta-
maçôts. ESG, Documento n. Cí-òO-b*. car que os três últimos presidentes milha-
21 DÀUCHERTY, Charlei ei ata. tâ res do Braul vieram da "Comunidade de
fíroitl rkçlíon laçtbook n 2 Washington loformaçàcs" e que, dos nove oficiais mi-
b-C., ümhlute for lhe Cemparaiue Stu- litarei em postos formais no Gabinete n*

dy of Pohtical 196V p 32, administraçio atua!, peta menos sete tam-


Em 1967. em vitta do í+nal do governo bém vierem d* “Comunidade de Jníorma-
do Marechal CasltUo Branco t da prútv çães" que te lornou o rsieio político das
ma tomada de poitc do General Cotia e forçai Armada»,
Silva e da coaltilo civhrnj fitar que o 10 Nu período entre as presidências do
apoiava, o General Gotbcry voltou à ativa M»rech»> Cattello Branco í 19671 c do Ge
no IP ES onde permaneceria até o inkio neraí Gclsel H974I, o Capitão Heitor de
da década de 70* trabalhando para a con Aquino Ferreira c o General João Batista
ioJidftção di candidatura do General Gçi Tubino do IFLS foram empregados como
itl para presidência. Na verdade, » parte do itafl geral do multimilionário
maior parte dos primeirot auviiLai do
Fmil Lud*if. em seu gigantesco império
IPES apoiou a manobra para tomar o Ge-
mineração no norte do
igro-indoitrta) c de
neral Gtihd pmidcrue cm J97a Vide
Brasil, juntamente cum o Coronel Jorge
também a caria de |oãa Gonçalves de Sou-
ta para Luit Viana filho* a 2? de vetem
Aregio e o Almirante José Lufs á Silva.
Para um estudo de caio dai atividades da
bro de 1972. enviada da icde da ÜrgaflL-
NBC. a corporação mulcinadonal de pro-
^Ç» dei Estados Amcncanot em Wa*h-
priedade de Eml] Lud^ig, vide Marco»
iniion. D-C. Arquivo HACB, no CPDOC.
Rb de Janeiro
ARRUDA Caie iiudy n 2. Daniel Keíth
Ludwjg Jn ARRUDA* Marcos; SOUZA,
2*. ÍPES CE, 21 dc junho de 1964 He bei cl allL Molttntittonal and Hraid

451
J $

tfie inipaet 0/ multinatlúnoi Corporation parú a contra revolução a ter dtiencadto-


m contem porary ftrotit, Toronto, LARU. dti em 1974,
1575, p, 130*307, Para maiores
19 informações sobre as
O Cnpiino Heitor Aquíno tornou se tt atividade* executada* pelos empresários
listcnlc pessoal do presidente Gciscl c pet- em geral e o envolvimento direto de H,
manoceu ria função com o presidente Jodo Boilcsscn, em particular, vide {*} Descem
Q aptiita Figueiredo, do aos poróc* Ve/e, 31 de fevereiro dc
31, lirazil — vleeshít , op, cir. p. 33. 1979. p. 60-4. (bj Um poder na sombra.
Ve/o. 21 dc fevereiro de 1979 p 61-8,
12. IRES CP, 7 de Julho de 1964 GilbeH
Hnber [r tnmbém concluiu em uma rcu A suspeita âc que o líder
do IPES, H.
BoHcssen* era íambím "ageme da CIA
nlfio liderança do IPES que, em vísla
lJ i

cresceu qumdo ele começou a solicitar


dn situação, era necessário "rever O papel
du 1PE5 m IPES CD Rio. 14 de abril de fundos para uma nova organiijçío «

1964,
.

ser chamada Operação iamkirantei —


OBAN H
Bodesten ç jeus companhei-
..
33. Vide Apêndice T. ros pressionavam fortemente os colegas
34« O líder do IPES, losé Luiz Moreira empresários para contribuírem e par»
de Souza, chefiou uma força a ref* do i apoiarem GSAN" Vide A. J. LANGGO
IPES pnm n prtpernçüü de um estudo so- TH Hidden terrors. New York, Panthcon
bre a rc forrou eleitoral, que submetido
foi flooki. I97Í. p. 123-60. O
General f. Ca-
ao Grupo de Etiudo c Doutrina Entre navarro Pereira foi o fundador ostensivo
suas propostas, estava o estabelecimento da OftAN. Vide ltío £. (921:32, 27 de ie
di cédula única. O Grupo de Estudo t lembro de 1978 O General Mcnna Barre-
Doutrina elaborou urna proposta própria, to foi. supostamente, o criador do DOÍ
que tema va integrar as reçomcndaçdei das CODt. Departamento dc Operações de In-
virías forçai tarefa que haviam trabalha- formação —
Centro de Operações de De-
do com o reforma ckilOfal, u fim de sub- fesa Inicma que, em 19T0. substituiu
mete la ao governo. IPES CD, 4 de agosto OBAN.
de l%4 40 Citado por Martin 5IMONS Whose
15 Vide Apêndice S. As teniativí* de C0up7 In; Bwüimt Snfúrmahpn BuUettrt,
criação dc um Poder Poliíseo baseado em EUA, Califórnia. Wmier 1974, n. 12, p,
empresário* c não cm políticos de parti- 7-9. t importante que algumas
observar
dos coincidiram com a disseminação. na da* tática* da “ameaça vcrmdhi", empre-
ESG c em
outros centros de debate d e o i
gadas pera preparar uma n irr o*ícra favo-
Idgíco, inclusive no píóprió Cungrciio, das rável à inlervençio militar contra Sál vi-
noç&es da "cxamiãç da democracia libe* dos Aücjide, já haviam sido uiihiadai em
fnJ" c da “ineficiência do parlamento", 1964. na época da eleição presidencial chi-
lena. quando foi daroiido por Eduardo
36. Cana de HarofrJ C Potland ao Tenen-
te Coro oeí l G. Andrade Scrpa — SEC Frei. De acordo com Edward Korry* em-

65/0716. Documento secreto do IPES. 28 bat^ador americano no Chile, havia, "es-


de outubro dc 1965. Rio de Janeiro. Vide condida do escruimio público, uma rede
também corresponde nc ia secreta de d de dc transações por irii dos bastidores"* rc
outubro dc 1965, QHcfa Secreto n.' 377, fflUvas ás aiividftdcs do governo americano

IS dc outubro dc 1965 e Ofício Secreto de e dc corporações multinacionais, primeiro


22 dc outubro dc 1965, n. 470. Arquivos para derrotar 5 Allcnde em í%4, t de-
do IPES, Rio dt janeiro. pois paro deies tabilizar o regtmc de S,
Allende em 1970 e provocar sua queda em
37. fifo £, 9 de maio de 1979. p. 13,
Í973* o que "farlu Wiucrgaíe parecer cs-
38 Dois exemplos desses relatórios, que lófiu da carochinha", Dc acordo com Kor-
se encontrem nu Apêndice U + são & Carla ry* foè varrida paro debaixo do tapete" a
Mcmat th IPES Sôo Paulo, preparada em cumplicidade da ITT, de seu presidente
4

ie lembro de 1968. denunciando a 'escalada Gcncen. dos Rockcfdtars e de chilenos, co-


lybvtriJva no BrasiP c o trabalho wbrt mo o editor Fdwards do El Mercúrio, com
Ação comumsttí na ímprema como frose oi presidentes Kcnncdy, Johnson e Niaon.

459
com mu no* senadores americano* c ÇIÀ guindo oi pauos do IPES» oi cmpresárioi,
Não foi permitido mencionar 0 Í*t0 de profissionais liberais, proprietários de ter*

q üc Edwards e outro chileno


haviam com* r*s e militares chilenos csiabclcccram acu
parecido a uma reunião de ciiratégia anii- Centro dc Estudos de Opinião PübUdQ,
Allcnde, de alto» executivos de multina- com um Gtupo dc Ação dc Informações
cionais, no escritório de Daiíd Rockdcl- dc acordio com o modelo do IPES, lomnn-
íer, Patk Avenue *W, cm Vo*** Iorque A dosc um dos principais laboratórios de
reuruão convocada pot Thomat Mann,
foi campmhas. como e mobilização das du-
Subsecretário de Estado. o Homem de re* médias (das mulheres, em particular),
Ichnion pata inunioi d* Amínu Latina promovendo greves contra o governo,
Ele falou ioi presentes da importância da prirteipatrneme dos moflorístu de cami-
derreia de 5 Affcride para a Caia Bran nhão. as campanhas malévolas e tenden-
ca O* homens da ClA que csiavam pne- o uso de
ciosas da imprensa, boatos t ntí
fcnicj aitumirim o comando a psrtiir dali tropas de choque durante demonstrações
Em pequena* mimoei de «ompafihimciv de rua O Centro c o Grupo dc Ação de
io. deram uigtilõcs de como is multina- informações também estavam ativam ente
cionais poderiam fazer "sua pane’* para envolvidos no aliciamento do apoio dos
Oi interessei n ac tonais. comnhuinda com oficiais militares contra S. Allende. Fo-
dinheiro cm apécic, material e influencia ram usadas enormes quantias para a de-
para eleger Eduardo Frei e não um direi- posição de Àllfnde e empresários c «c-
S-
titi*. egmo de* prtfenam culivoi de grandes corporações do Brasil
Segundo E. Korry, Th ornai Minn foi ã deram apoio financeiro. O
Centro irab*
reunião logo tpói teu mau hrnpomme Ihavi Udo a lado com a Companhia de
"íxito” A 31 de março, oi Generais bra- Estudos Sociais* Econômicos e Culturais
liteiro* haviam derrubado o governo de — CODESEC* que «mbem se envolveu
João Goulart Eduard Korry tilicniúg que na mobilização das dasses médias e tm
"a dcrruhida do esqucrduia J Goulart — outras campanhas anii AlEcndc A CODE
dc pireda muiio com AISendc, e tua
ic SEC era manlida com contribuições lo
deposição pode ser interpretada como um cais c também íaeia uso dc fundos do
emito mmiicioio pira a retirada do chile- Partido Democrata Crisuo alemão e do
no idi nnoi mau tarde envolveu a — italiano Quem maior êxito em
obtinha
CíA, mtmbros-chikf mui ti raciona is do conseguir fundos mire
conservadores
os
grupo RockefeUcr e o Pentágono O Seerc chilenos era Orlando Sieni, o então pre-
tlrio dê Dctcvi era Robert McNamira sidente da poderosa assocaçâo chilena de
(itudeiHule Presidente do B Mtmdiaff c industriais —
SOFOFA. Depois do golpe,
seu represem anlc era Cyrus V*nce quan- r
Síenr tomou-sc O assessor financeiro do
do o PcnlífOfw ordenou que uma força- novo governo militar. Importante também
ttncfa uvil com pí rjqueduiu fone para na atividade de angariar recursos era o Se-
o Rio de íanciro a fim de elimmar qual-
a
nador Pedro Ibãntz. do Partido Nacional,
quer rciíücnciQ à ckpovtção de Joio Gou- o governo americano t a CIA (ambém e^
lart. John Mc Cone Chefiava a CIA na épo- t«v*m foriemenic envolvidos. McCone, cx-
ca, lendo HeSms tomo representante. chefe da CÍA e executivo da ITT, pro*
Guando McCone se demitiu em 1965, pis- curoo Rcchard Helms* diretor da CIA no
sou para a diretoria da ITT. Permaneceu Chile, na época, em nome do prcíidetiie da
umbéfn como aiscsior remunerado de ITT, Hirgld Geneen* por volta de abril de
HtlmT Edward KORRY, The vtllour of 1970 Jiso ocorreu poucas semanas depois
CJdle and thc American taxpayer Pen- dc E. Korry* embaixador americano no
ihoüte, EUA MarT mè r p. »!H, Chile, velar a proposta «creta do Coundf
AÍ. Logo após A c Eriça o de Salvador AT of the America* para um programa con
lende em um empresirto chileno, funto de det estabilização CÍA-gr andes em-
Luiz Puentali Ja. velo ao Btasili c anociou- presaihm pouioi dias, a ITT lançou
se ao líder do IPE5 Gilben Huber fr, em uma campanha mlcniiva na Cuia Rrumu
seus negócio*. Ao mesmo lempo^ Fucnia- pera anular a decisão dt E. Korry. Esse
lida foi treinado cm técnicas do IRES, Se- hhbyh rg foi coordenado com os uiivldudei

460
doí pjépúot empresário* di|feno&p E Ú* Cesrdfo Brinco, vide fi) Georfes-Andrã
wtrds, eníre oulroí, ligados to Councal e FIECHTBR. op eit Cap 10. 11 e JS. (b)
à CIA. Dwi "relaçòo públicas” da ITT, ELUS. H S ed- The teonomy ôf Brauí
Robcrt BercEEex e H iroíd Hcndrix É trabt- Bcrkclcy, Un*v. of Califórnia Press, 1969,
Ihovíim cm Santiago üO lado de agcnies Este livro é parri tuia nitente tmeressaiUr,
dc Edwards que, por tua v« man linha r uma vez que a maioria dos indivíduos torv
eontaios diário; com a ClA como
h manti- iri.buir.tcs era associada ao JPES. Celso Z,
vera de 1965 a 1964, MARTONE. do plano de ação
Análise
Vide (a) Marliie SIMOMS. op. cit p. econômica governo do PAEG 1964- —
9, Edward KORRV op. cif.
(b) p. 114, (c) 1966. fn; LAfF.R. Jktty Mtodíto ed. p/ ff .

áêmud BAILEY. The United Stútes and w/Offlftfto no Brasil. Sio Paulo, Editora
í/ie drvetapment o/ Stiúfft America, W5- Perspectiva. 1970, p. 69 90. Deveu men-
W5. New York* New Vicwpoinu, 1976. cionar que Mirto H. Stmoasen, membro
p. 157-58. (d) O Icnow-how de 64 usado no do Grupo de Estudo e Douirina do iPES
Cfiife cm 73. htv £ 2 de maio de 1979, p do Rio, f « o rascunho do capítulo sobre
p. 56*7. (e) Aníhony SAMPSON The u> a Redistribuição da Renda do PAEG*
uereígit State: the sccrvt hisfory oj ITT ,

London, Cnronct Books. 1974. Çap. iL 47. Luit V(ANA Filho O governo Coj-
Sampson alirma que Enno Hobhing, cs- uUo Branco Rio de Janeiro, José Oíympio,
direior do CEP c omnl direto? do Coum 1975. p. 218. O livro dc L. Viana Filho
c!J for Latln Amcrícn, que havia trabalha- proporciona uma pcaioa de
o relato de
do de perto com o IPFS c estava envolvi- dentro da administração de Caitello Bran-
do na campanha conun S. Allende havia p
co. £ importa me observar que a maioria
tido também agente da CfA. p. 247. dos atores políttcos citados por tuia Via-
42. Para maiores informações sobre
na Filho era de associados e colaborado-
o
Centro q as Atividade; dc seu grupo, bem resdo IPES. Vide cambem Roberto CAM-
Como obre ,ideposição do presidentt Tor-
n POS- A retros peei ovtr Brarilian devetop-
res, Vtdc (a) Alberto D1NES Brasil. Ban- meni piam. In: ELL1S. Ho^ard S. ed.
kc? c BuiVi F&tha de São Pauto, 11 de no- The economy oj flraetf. op. crí, Cap. il t
vembro de 1979, (b) Vejo, 12 de setem- e&pedabnenic p 356-37.
bro dc 1979.
48. Nylton Vdkno era diretor da Demi-
47, Rei rato de um super-homem sem sa-Deuu Minai Gentis S A, Fábrica de
pnncfpios hfowmenta, 12 a 18 de feve- Trarom tDEMIG Desenvolvimento de —
reiro de 1979, p 17. Minas GeraU/Kloeckner Kumboldt Druu
44. O sucessor dc Roberto Campos foi
AG), Economia S A- Cfédito, Finaneiamcfi'
outro recnoempresário. o conferencista do io c Inveitimentos-

JPES Hélio Beltrão. Este foi sucedido, em 49 Vide L, VIANA FiLHO. op. cif. p.
1968. por foio Paulo dos Reis Velloio, 4804U- O lexto da Lei n.
m
200, que tem 17
que permaneceu no cargo por um período Capítulos e 215 Artigos, constituiu uma
de LO anos. Em 1974, o Ministério trans- remodelação fundamental dos procedimen-
formog-sc cm uma Secretaria diretamente tos da a dmíni (tração pública no Brasil. Vi<
ligada A Republce Em
Presidência da de (a) Georges-Àndfé FIECHTER. op. df.
1979. Mário H. Simonscn lomouse Minis- p. 117-18- lb> Discussão sobre reforma
tro do Planejamento, com o ministério re- da admlnutração federal. Ata do IP E5 P 20
tornando complctamcnte ã sua posição an- de outubro de 1964.
terior. Foi sucedido por Antônio Delfim
50. L VIANA FILHO, op, df. p. 13L
Neto após um curto período dc trabalhü-
51. f. B- dc Carvalho era da In-
diretor
45. Edgard Tcritcira LEITE. Carta a íris vesicred SA. — Crédito, Financiamento e
Meinberg Rio dc Janeiro, agosto dc 1964. Investimento e Banco de Investimento e
Arquivo do JPES. Vide Apêndice V, Desenvolvimento Industrial SA, Invest- —
46 A respeito da importância c do sifitb banco. Harry Cole era diretor dc Luxor
ficado do PÀEC para a administração Motéis Tufiimo SA.

461
52 Para matore* informações sobre o pa lítica Àduandro. O CPA lornou-sc um ór-

ptl das Casas Civil e Mililif ç observa- gão importante na época de Delfim Nctto,
çfic» espccialmcnlc aturadas lobrc o fun- no inicio dc seu íorlcmcntc estimulado ci*
cionamtniü daí administrações. vide Wal forço dc exportação. O
representante da
der de GOES D flruid do Gff- índmiria “nacional" no CPA, indicado pe-
Jfí Rio Ót lincíro, Editora Navi Fronlei- lo Ministro da Fazenda, cra fúlio Snurbron
r*. 1970 p. 17 M. dc Toledo, diretor do Grupo Uhodia, ao
53. O arquivo de Lui* Viana Filha no qual pertenciam Gctavio Marcondes Fer-

Ria de faneiro é CMrtmimçnie únl para o raz t Paulo Reis de Magalhães. sucessor O
estudo dcfvc knómtnt), porque contém dc Delfim Nctto, como Ministro da Fazen-
milharei de cartas c bilhetes enviado» ao da de 1 97-1 a 1979, nào foi outro senão o

presidente ou ito Chefe da Cau Civil so-


líder do SP ES Mário Henrique Símomcn.
licitando favores pessoa ii. comerei a it c
A equipe do JPES havia completado o cir-
profisvionaif c figendo iodo iipo de rei- culo.

vindicações O arquivo contém ainda muh 56- Emane Galvéns foi nomeado Presiden-
las da» ro|iõMfli dadas peto foserno a te do Saneo Central cm 1968, posto ao qunl
essas reivindicações. retornou em 1979 tornando SC cm seguida
,

54. Na adminmrição do General Costa c Ministro da Fazenda. Na época, era dire-


Silva, o Chtfc di Cava Militar cr* o Coro tor da Áracruz Celulose. fólio Marquei I

nd laymc Portela e o da Cau Cml Rondon Vianna c. H- Burgcr foram indicados díre*
Pjchcto Nq governo do Prendrnte Medi- tores do Saneo Central Eduardo da Silvei'
ei. aCasa Militif cra chefiada peto Coronel ra Gomes foi mantido como Chefe do De-

João fiaphsta Figueiredo, c LcjUo de Abreu, partamento Económico. Dos outros dire-
cunhado do General Lyri Tasarti, chefia- tores do Saneo Centra], António Ribeiro
va a Cau O
Coronel Figueiredo
Civil, era diretordo Banco Brasileiro de Desen-
tuntamcTite com o General Orlando GeiscI, volvimento S.A., FINÀSA e Amo S.À- In-
Ministro da Guerra, foi figura-chavt do dústria e Comércio, pertencente ao líder
governo Médici na eofisoUdaçio d* "cuv do IPES Frlipe Amo: Àldo Franco di- m
didatora" do General Erncj'o Geúd par* reler e acionista de Melil Leve 5-A índús-
a presidência O General GcjicI nomeou o t b e Comércio, pertencente ao Grupo La
General Golbtry Chefe da Cau Cml e o fer/Klabin/Mmdlm: Liiir Bigkhiní çta di
General Hugo de Abreu, Chefe d* Casa retor da Cia. Indústrias dc Papel Pirahy c
Milrur O General Hugo de Abreu fot su- Cie- Docas tlc Santos, pertencente eo líder
cedido pelo General BciFort Bcih!rm r um do IPES. Cândido Gtirnlc dc Paula Ma-
"homem de Grue]'". após acu pedido de chado.
demissão cm virtude da eme que se de- 57. Garrido Torres foi sucedido tm 1967,
senvolveu durante Leniam u vitortosai
as coma Preside me do BNDE. peto tecnoem
pelot grupo» do P rS c da ESC de arqui-
I
previno fayme Magras si dc Si, conferem
tetarem a "candidatura" à presidência do ciifa e participante do» debates organiza-
emio Coronel João Bipmu Figueiredo dos pelo IPES Pira diretor dô BNDE foi
55. O
Gouveia de Buthõet foi sucedido todkado o associado do IPES Hélio ScWit-
pelo do JPF.S Amónio Delfim
associado tler Silva. Nessa época o Conselho dc Ad-

Nctto. que se tornou á figurrchave em mirmt riflo du bunco mcluja o» lidem e


assuntos econômico» nus governos do Ge aiiociudo» do IPFS Álvaro Americano,
nctal Coslo c Silva c do General Garraste Raul Fontes Cotia c António Boston Para
io Mediei, cobrindo oi tu ano» de política o Departamento dc Estudos Económicos
econômica c re formulação du npardho do foi o aivoeiado du JFF.S Luiz dc Magalhães

Estado Dclftrn Netla uimbéin sc tomou Botelho. Mugrauí dc Só foi substituído em


presidente dr poderosa Comiisio de Invçs- 1974 pdu teeno-cmpresórlo Marços Pereira
timcnlo do Mmítiéno da Fazenda Com Viflnn H cz-diretor da Açoi Anhangüera SA^
Delfim Nctto no Ministério da Fazenda, ÍÍCOMJ, CAEML Bcthfeliem Steel Corp.
vieram sua equipe peiioal dc colaborado- e AKT Stvenika Kullagcr Fabrtkcn}, A
tcí e Joaquim Ferreiro M ungia, que foi in- JCGMI c a CA FMI crurn du propriedade
dicado para a diretoria do Conselho de Po- conjunta do líder do IPES Augusto Trtji*

462
L

na dc A» vedo Antunes e da Beihlcbein 65. G endosso do conceito dc " dem ocra lL

Steel Corp. ração do capitar pelo governo foi conçie-


lizjdo através d* mação do Fundo de De-
58. fayme Magraisi de Sí + formado pda —
mocratização do Capital das Empresa»
E5Ç em 1955* havia sido mtrmbrü do CNF,
do BNDE da SUMOC
da COFAP, do Mi
FUNDECE j*yme Migram de Sâ foi in-
r

dicado para o FUNDECE


nittério das Rdaçôe» Exteriores c dj Co-
missão Misto Br*isiE-EUÂ. t ligado ao Cwn- 64. O» Apêndices B e W tomam claro
plezo de eletrônica Ericsson, i Cia Nado- qm do complexo IPFS/EBAD
os associados
ml de Álcalis, k Argo Distribuidor* aos ,
estavam eompleiamente representados den-
Tecidos Qangu c é diretor do Banco da tro da comunidade empresarial dos interes-
Bahia, um importante contribuinte finan- ses privados, financeiros, de crédito e itv

ceiro do 1PES- Depois de i%4. ocupou pos- vesitmcntciOs referidos apêndice» tamr
los-chavc no Conselho Monetário Nacional* bém ajudam a mosnar o altíssimo grau de
no Ministério da Fozcrtda, na FJNAME, concentração financeira £ Q entremeado de
FLTNDECE e ALALC. diretora* do qual os aimtiai do com pino
IPES/IBAD eram membros. Informam ain-
59. JPE5 CD t 7 dc julho de !%4, l G.
Torres.
da sobre o alto nJvet de integração das em
presa» industriai» a financeiras através das
60. Moraes Barras foi sucedido por Nes- diretorias interligadas^ joint veníu/ej t par
tor [osí, participante das mês as-redonda J ridpaçio aciona ri .

do 1PES e conferencista, sendo também di-


65. Por voíta de 1964, havia 76 corpora-
retor da Corretora Cocenlro e do Grupo
ções bluc chip; a maioria de ia» contribuin-
Denua.
tes do JPES e cujo» diretores eram associa-
61 íemando Gasparian Augusto Be-
e José
dos do JPÊS. Vide (a) BANAS. Bancos, in-
zerra de .Medeiros eram diretores da Cia,
vestimentos c bolsas. São Paulo, 1964. p,
América Fabrif Pereira Diniz era diretor 112-44. (b> BANAS. Bancos, Bolsa» c invea-
da Pereira Dinjz Comércio e Indústria SA .
Lmcnioi. Sio PiuJo. 196c Cip. 4.
Para n percepção dos ponto» de visia ceo-
nâmicoí de Gnsparian* vide (a) Fernando 66. Durante rsse período . Humberto Bar-

GASPAR lAN. Em dtftsa dü cranomia na- reto travou ufn relacionamento peasoaJ bis
cional Rio de Janeiro, Editora Saga, 1966.
tartíepróximo com o Cliefe da Can MLlt-
(h5 Fernando G AS PARÍ AN. Capital csiran- tar do presidente, o General Ernesto GeL

itiro e átsmvatvimento da América Lati-


seL amigo íntimo de «u tio Humberto Bar-
reto tomou k vice-presidente do Con telho
na Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
Superior das Cai* a» Econômicas a, como
1975,
protegí d o do General GetseL pTtiidente da
62. G CMN tornou-se o ponto-chave de CEF em 1974,
elaboração de diretrizes econômicas na ad-
67 + A» mudanças na eitiutura do Minl»té-
minis ir ação seguinte. Durante a presidên-
rio e do »l»icma Tminceira foram analisar
cia do General Costa e Silva, o Conselho
da». Houve diversa» mudança» em dire tri-
Monetário Nacional era formado por Deí-
zes preparadas no IPES t impicmentadu
fím Ne Ho* o General Edmundo de Macedo depois de 1964, Uma dessas mudanças foi
Soarçj, Hélio Beltrão, Emane Galvêas. Nes- ú Acordo sobre Garantia» para ínvestimen^
tor foil,Jayme Mograssi de Sá, H. Burgcr, to Estrangeiro c o projeto de lei sobre
Hélio Marques Viana, Germano de Brito
Remesit dc Lucros* IPES CD* 4 de agot-
Lyra. Gavião Eduardo de Bueno Vidigal t to de 1964, fosé Luiz Moreira dc Souza,
Rui dc Casiro Magalhães. 0 ÍPES ainda Harofd Cecil Pofland* Glycon de Paiva t
tinha influènda tta política financeira, ipe- Augusto Tcajano Azevedo Antunes. 1PFS O
ar de os membros do 1PES pertence mes à continuou a preparar trabalhos de diretri-
ESG lerem perdido o conirok dos milita- zes. Gilhcrt Huber com umi equipe
rei e da situação política À respeito da de aisessorts. entre o» quais Humberto Go-
Lei do Mercado de Capiiaii p
vide H. $. gliati. preparou um trabalho sobre Crédi-
ELLI5 Correclive inflarioa jji Brizil. 1964- tos e Prazos Commlaís O» trabalhe» au|*
1966. In: H. 5. ELL1S. úp ái p . 209-21
r riam um novo sistema de prazos cumo* pa-

463
ra empré^mo*. com » mação á Ob/if*- elaboraram na prrparaçAo geral do Ena
çfes Reajwti*crt ^ Commfvm / iArejo tu lo da Terra + que m (ornou a feaw da po-

um mài-mo dc W diaa par* *i duplicatas* huca afrâria dc Caticllo Hranco Eram elet,
O crudo foi k-vado ao governo *o«W *u- íoie Gamdo Torrei. Dènio Nogueira, Car-
fnik} p*n u»
nora direma fi"A.-verra ba lo«é d* Aant Ribeiro. Mano H. Si-
c ao Banco Cnfm para aer e**và*óo ess moftsrn. ío*é Anhur Rioi. o General Gol
Mttf aspectof oprrac*)ft*4 JPES CO. 25 ber> Harold Cecil Polland, ]<né Rolta.
df outubro dc IW c JPE5 CO, I de oo- Glycofi dc Paiva, fria Mcinbefi ípreti den-
Par» um-i rip’ caçie *oÈrt
vcmbro de \**é te da Confederação Rural Brau leira —
4 satiMçío io* bttcA o mer- «rwc«. CRB i, Edgard Teixeira Le»le (vke-presidrn-
cado de «rédito i Mto
prua e o tgndi- te da CRfiV Cindido Gumlc de Paula Ma

udo da* Mdm^at ride Mino ci^^v chado. o Padre Mdío (da SÜRPE Pcí —
S ÍM V S i S O
Ir/Wxx Lhe nambu goL Al Neto (repmcntanle dos it%>
mmf} ukd ;ir ^ wwLesi of Aru_L Inj icre^ei agrícola* moderno* de Santa Cat*
Ho**rd S EILíS op. nr r HfrUS. A rinaV, Mário Lacerda dc lo (Secretário Md
rçepcito d*i ahr g ações «ide da Agricultura de PemambucoL Assts Bra
M H SfMÜNSES j: JD? fil Corrêa (pmidente da Aitodaçao dr
eqv:pc de C/bcrt H _Scr ír Lanbéra
A Cnadorn de Gado do sul do Maio Crmjo),
preparo j 0 anteprojeto ác ki aobre TimkM Salvador Díniz. Paula Ignácto de Almeida
dç Crédulo qve foi aceso pdc Governo. ( rcprcien ian(e do Mínitlérío da Agrkuhu-
ÍPES CO 11 de tkicr^hnQ de 19W Além ril e faio Ciímon (do grupo Aim Cha-

dwbo C H-hrr Ir prrp*ro»j om acu* tv leaubrtindV. NQvemcnte + a equipe do com


nüm Paulo Roberto dc ^bf» 1 Eduardo plexo IPES/ttíAD tinha a hegemonia. Oi
VhijiHt-rj c Per LaiEKVicroS wfl trabalho de n Qtno deuci empresários c lecno-empreii'
íflrrtri/ai aohr* e*tah
+
eí4Ç it> de preço* rio* obviBirientc 1 c sobrepunham com 0* dq*
para o Comdho Nacional dc Eitab.^zação amttla* que pirdclparam do projeto dc
de Crr^o* —
COSE P qwe era d r;g>do por reforma agrária patrocinado pcío iPtS
lo»é Lobo Fcmifukx f)'iri d irttr da Ci- Carta dc Paulo áç A«ís Ribeiro ao Geive-
va* % A Mãqunai t VdCtfkjt e de Lute ral Golbcry. Outubro de t%4 r Arqmvof
E fraga Cutnêihtto t leduam* O trabalho PAR
fatahxav* a Poetana Tl JPf.S CO. 20 de 69 A equipe do Ministério do Píane/amem
Ktemhro de 1^* V «de também H 5 lo mcJuía ot empreiAriot Luiz Gonzaga do
ELLÍS cp ctf r XCM>* O *rLrpro*c*ü de Nascimento e Sitva, lo*é Garrida Toircx.
lei sobre a ti ms *?.«*, ão de Air*» u*r bén
Miriu Mennque Simcmsen. Eudc* dc Sou-
ím DteniadD pelo JP£5 IPÊS CO. 4 de fa Leio. Jo*í Gomei da Silva, José Trigo
afoito de l^€4 F forpr Oku de MrJla Ho JJrummoftd, Cario* fo*é de A«ít Ribeiro.
m. Aufuaio Trajano de Amedo Anfuna. Frederico MaragJiano Cardoso ç ÍÓlío
Ghxufi de Puta e Harold C*mI Puflud. »r Ikliiário Viana. A hegemonia do 1PES
O IPF5 colaborou com D penerro no tait- era evidente.
çtmenlü d«i Otiergatâe* Rr»;ut'áici* 60
Em um mr mor ando ao gabinete, o Gru-
Tetcuro Nacional fPES CO, Ji dc dezem-
po de T rabalho que participou da elabo-
bro dt l%4 ração du J ifituEQ da Terra foi oficialmrnte
Na admimsrraçãu áo Pmidrnlt Gckd reconhecido pelo Ministério do PJaneja-
fpl Implrníen cada a lei re fuJanvniAFu|i j , ,

mroio como tendu formado por Roberto


Sotiedadei Ar>6nimai ( nire wui Icmuda Campo* Ministério do PlanciamenioL Hu-
t

d orei fflíenítiu-K Icwé Luie Bufhòri Fe


fo dc Almada Leme fMmiitétio da Agrt-
drnra t A Lamj filhij
culiuraj, Paulo dr Assis Ribeiro (Ministé-
hfl dc Ajtii RfBElRÜ Pavunho
1'tulo rio do Plane jimrntoL fosé Gumca da Sil
de Carrt a luie Viana filho, para a pre va (SUPRA r J y*é A Trigo Orummoml
pi rn*o do li>ru dene M>br* a idayniitr» Gonçalves íMin iténo do PUncfamentoL
(IhQ de Catltlfo SraiKO Arquítüt PAH t/d loaé Garrido Tueres iBNDlJi, CarUsi fmé
Pauld de Awt Ribcjnp, em sua carta ao de Alui Ribnro íMimiiériii du Pisaria
GctieraL G oíbery, em ouluhro Je l%4, deu mento], Gomaga do Nascimento c
Luiz
infurmav^ 1 adktonali reipeilo doí que Silva iMinuténo do PLaiscjamrniüL fúlio

464
*

CéiBr bchiírio Viana (Ministério do Pla- nimbucol e Fábio Yiixuda Outros ele-
nejamento) Frederico Maragliano iMiníité- mentos considerados na curta Lista eram
rio do Planejamento). Cupéffúeo de Arruda o Padre Gregory, rcpreicnianic da Jfrcja,
Cordeiro Ministério da Agricultura), Eu-
l João Napolflo. de Minai Gerai», c Cindi-
des dc Souiq Leio (Minitiório do Planeja- do Gumlt dc Paula Machado.
mcnlo), Munias runquctra h Fernando Pc A A BC AR era uma organizaria de assít-
reirn Sndcru e Carlos Loicna (SUPRA). Mi- léncia rural c consultoria nos moldei da
ntaiérlo do Planc}omento, MtmwruHd® pu- Firmenf Home Auuciatrona dos Estados
ra q reu rirão tio gaòirnfíe. ltl de setembro Unido* Começando por Mina* Gerais em
de |%4 Arquivo PAR. Ápcsm* dui diversos 19*18. havia ardo csUbelccida peta American

rcluios sobre quem fpl "responsável^ pelo Inlcrnflticmal Associaiion (Associação Ame-
plnno da reforma agrária, ern evidente a rira naInternacional), uma organização do
prctÈonimaiicin de Miiodndos do 1PES ein grupo Kockcfeller, junlafncnle com diversos
cuiJji grupo. governos eiladuais. Em 1966 a ABCAR lor*
70. Ministério do Píanejamenlo. Mtmoron- nuu sc o principal instrumento de o»sm£n-
do tío $abineie. JC de se embro de 1969. l
eia mral e consultoria em 16 dos 2i Es-
Rio de Janeiro Arquivo PAR A| JorÇAS- tados do BrajiL nb»i rindo efeitos sigmfi-
tarefu eram Buni-túidai por profistionais cativos no índice de adoção de novas téc-

da SUPRA c da DATE Sio Paulo, um» — nicas c em produtividade Em T9Ó5 quaáe


agência técmot c de consultoria. Entre ele» 127 000 pessoas participavam dai reimiãe»

cncofitrevam^c Paulo F. Cidade iDATEh da A BCAR e havia mu> dc 51 ÔCO mcmbtoi


Pedra Morai» (DATE). Mário Borgonovi cm sua» vá nas urfuiraçQei Vtde Gordon
(Instituto Agronômico de Campinas), lo t-
S. SM I TH. Bi-azilian agncultur»! policy,

ge Soma e Mello de Oliveira (SUPRA), Má 1950-1 967. Inr Ho^ard S. ELUS. op ai.

mo Nogueira d» Silva (SUPRA), Dryden de Cap. 6. em especial p. 217-218.

Castro Àr«HO (SUPRA)* José Cario» Coi- 7i Luta Vtana Filho, a-Chde da Cas»
ta (SUPRA), Fernando Amónio
Marlin» Civtl, rfigrnuamínie admitiu que es canais
Ccruho* (SUPRA), Manoel de Souza Bar dc Içmwliçáo de diretmes p^im a agrkul
rui (SUPRA), LyiUm Leite Guimarães tura eram mantidos aberios para Saíiio de
(SUPRA). Angelo Moraes Neves (SUPRA), Almeida Prado, da SRB. Luil Emanuel
Paulo Aguiar Godoy (SUPRA), Mário La* Bianchi* ds FARESP, Pauto Ayrti Filho e
cerda de Mello (Secretário da Âgrkuhura Amudor Aguiar, presidente do BRADE3-
de Pernambuco). Nelson Couíinbo íFGV). CO, que se Eornou o maior baiKO Comer-
cial privada do ImtL Er» também comum
71. ta) M CEHELSKL op. cit. p. 20S-Í5*
(b) JuJtnn CMACEL. The o fata de Gouveia de ãulhóci. Roberio
principal charac-
leristies uí lhe agrarían slruclure and agrb
Campos, Hugo Leme. Severo Gomes. G
Rorghofr, Dê mu Nogueira c Luiz dc Moraii
culluraJ produclfon rn Brozil. In: Howard
Burros, lodos ligados ao IRES, viajarem pe-
S- ELUS. op ciL p. 103 29
riodicamente i $ào Paulo para discutirem
72 Relatório ao Ministério do Planejamen-
assuntos agrários e solucionarem divergên-
to, *5 de maso de 1965. Arquivo PAR. cias com represem ames de ini cresses trsdi-
71. FJávioAlmeida Brito era diretor da
tlc cionais Vide L. VIA NA FILHO, op cil.
Cia de Seguros Concórdia Maia tarde, Syl- p
vio VVonicL Ribeiro. tiisiiicmc de lulian 75. V rde depoimento do Senador Sicgfndo
Chaed. foi indicado diretor O Conselho Rachccü furritíf Jo RrJsiL 16 dc janeiro dc
Técnico era formado por Edgard ickeira 1977 Na mcimi ocaiiao. indicou Octivio
Leiic. Myfiucf üiegucv Imiior, José Agosti- como sendo o homem-
Goiiici» de Bulhóci
nho Trigo Drummood Gonçalve» (Sâo Pju- thii^c n» Siderúrgica Relgo Mineiro,
lo), lo»é Nazaré Teíldm Di*i (MlNi
76- Vide Cap. VI e VII desíe livro.
Pl.ANj, Pedro Luiz Pearc (vier reitor da
PUO* Milcfwfc» de Sá Freire (MG). losé 77. O engenheiro Mário de Silva Cunha,
que haviu trabalhado na General Electric,
de Subí si Suares <H(iS), Renutu Gonçalves
Mnrlms (lljihiii) ou Juim üoltçnlvci (SUDO Aceiifu c l etro c Aço dc Vitória aié 1964,

NI' — Ceará), JuAii du Cmin Porlu (Per foi indicado parn o Mirmiéflo como "'tec-

46S
teü 4» SNI, foi indicado par* o Tri-
Kiad de Coriaa Ja Uniâcr Atvaru A mm
catei í* batia mJo indicado para O Tribunal
de Conta*, lendo lambem a# tornado Sc
ereta™ da Adnuioa[ra<ao do tilado da
fr**.4* àt »WNa tn j Cm- Guanabara. Para direi 01 do Scrviyo de Ei-
mni f 4tejiv4u Vktik la«m Ará 4* taiiiiioa Ckmofriíica + Moral c Pohiica* que
Mui l t àái flêat Vi4à*%*prft Imv Wflíifr hiteurtavi *ob * égide do Mmuiério dt
Til

14
k \ào Prnmkr L«hi !v M MaMi Iuujv*. foi nomcido Rubem Almada
CRP dm
t A44J» 4*Mü|m 14 0 General Horla Potro, membro da equipe
fida pelo jtiviiEa do IPES Paulo de Aim
CNI t wrauvu ifl CiÉSF ME5 P e do Rtbciro Ouiro Ifder do IPES, 0 ttmícfra
fontw 1 *ma 5-**4 4 c k b*ri* Mo k luta Miguel HcaTe, tomou *e StcrclArio di
A# ^< 4nvfKi loftia RrtkMa e fkrrer- fuiliça no Eatadtxhavc de SAo Paulo
a*4ur 4o fjf*4u ia Rjo 4c l«m WÚ Ltiu Gonaafi do Naieimcnld € Sdva
*i O tetra# 4# Tiuii r Um à Si M fc* da Cia. Fiaçio t Tecidoí Mi-
diretor

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4a lu*»iç*.
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nai Gerai* (Àluirio Aragjo Vitlar A dm
c Empreendi me nlu Lugotia S A. d* Admi
mtiração c Empreendimenia» J.Ufuna 5 A.},
da Standard Electric (Fernando Machado
^rHhf,fMci ào C
wiiif - CCC
— Cv —m
a 4g 3* Caç*
«*a r~rr
Co PoitcUj. InirrnaiionaE Standard Eltdric
Corp), d* I.TT.i da Cia, Ferro Rratilf^ro
*u# eporat* i MAC
raaraa ck.
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e 4o íloaeph Hem. L 11 U Lodi —


Siderurfica Bei
G\F I Jt La poder a# iriiibii 1 ^ r< 71
jD-Mmeira), da Cia. Braitleira de Uiinai
4* de ItT1! Metalúrgicai —
CBUM (C«il IIInw Mer- K

Gam* SN* vjri Hime. Fnncii Hime, Fmnatco de P*u-


f foi tvbat ?u*do áiwte o
potemo Ml i^1 ti pt# Agrade toja*4 la Pinto K da FJAT-Alf* RomtO, d* Hime
coo
«uiior i^rkJaco 4m I4tt do IFB f Comércio c Indúiirit (Cwl Mime, Mcr^>n
lul
fa/1 a O M mu
4c Imí^i 4o Frti^ic Htme, Franci» Hime), d* Cia d< Admmia
iraçlo t Comércio Rio Grande d*
GtvttJ ff* Armando Fikk |tt totec m» ,

íMcmo* Mf*» ár 14 Kc* a óim**p&*h+ Acompir —


Admirmiraçéo. Coinércto t
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importam* ** n *tyf{ 1 de
IPLSMlAD a* Coe#«Q « cita
um
mrri^M
feèe ^
Içrja ale nco
Pàrtttipmçòc* SA/Cia Bruikira de Parti
eipaçóct c Comércio/Caranf ola A dm
Cm SA /Purof Adm. *
ra F.ato Adm e Com. 5 A
(irtuirvc do BNQE
S /Ribei-
Fo cambén
*

Cm A
anfet de E9M
mandada poc lira 4c 14 Fm» po*tcr**
M*f>U a^Kai midei cm u^m fmtfxt por II O JPES te lançou em um «forço vu
Cario* Medn** Sth* premo par* e«t*bdceer o* pftndpioa d#
Faca Pntu**lor d# MipuNva f« *^r*- uma nuwâ kfitlaçio mbilhnH A fim de
do o cOfffdfw Qtvaldu Tnf*«»rv AM^ dar ao fOaemo a informação biitca rvecrv
nio hiedrf, cm cuja cm cm Feirdpoéai. c* tàtn ek amimiu a larefa de reunir míor
pUci*>* dm vànii fac^fici dai loiçai Arpa- iiMçdca ftobre *1 leia irabaHmtmi dot diver-

da* coec4ctL|*aJB acu* rr*b* 1 *KJ* per 1 aua paíict da América Latina, com « cola
pirar centra I Goulan f« tndaada Fu * do bur«|ia do* crbuiidum faraiilriroa na
Stiprtmg Tribunal Feder*] 0 dcfxiiada ^win palaca Cart* de Haeofd Ceeil Pol
lodo Mcn4n líder 4* À?JP,. ocupou pum* Urvd membai ãador no Urgfuai, Manoel
no Suprnw Tribunal Militar, jKintimcmc Pio Correia.Rso de faneiro, tW de letcm-
com fraldo Outiroe parente do iUiliii do bro de l%5 Ar^uj^o* do IPES Pura uma
IPES ( ÜWTnrr, f et Procurador da fu* afftUm dm reforma» inbdKiiu r uma a*
I4f* MiTitat CM
D General PfTj Ac> J*c ak daa rríjçâc* mtre o Lttadu c o Movi
411#.«iCcnifidf^ic do II Et/mlo cm SAo mento Opcráno r Sindical drpo«i de
Ftulo, f 0 General Ülpnpio Meu* Ao hlfo. *hk Kcnneib P ERICKSON Th* B/«ii/i#*r
0 General Gdbery. apót ivi pw^ta u> Wfweww Hat* «f aorit^dw pcdificj.
Üerkçtey, Untv. oí Californii P«ii, I9H, um ifriclecto*! e*i6lito de dircil* f filho

Cip, fi e 9 . do ptrfimefHir d* rede ADP/AOtP


«2, Vi<fc K F.RíCKSON, op cif 161-67 mundo Pidlh*. tn*t*do p*fi Hom*. Luij:
p
dc Almcid# ^oguctr* Porto fe< Sofu.
81 IFt'5 CE Rio, fó dc fevereiro de í%6, Oríos Ü Ai orno LoujjJj c &jI*l Pmlo p*r
Vide também Rascunho S92, do Cuntdho Jumthiar udcjilito da ADP furam enviados
Nacional de Economia CNF Rio de íu— pira a Frinçfln o úlnmo tomo embaixador
neíro, 1966. Arquivos do IPE-S, Entre os •
ucessorc* de Bdai: Pm to cncon-
Para mnlorcs informuçdcs sobre o FGTS, tram-se o General T uvarn Anturjio
Ljra F

vide o utilíssimo estuda de Alexandre de Delfim Neilü e Luif Gonu^á do Nascimen-


Souza BARROS c Argelina Mnriu Chdub to c Silva. Roberto Campos tornou-se em-
FIGUEIREDO. TVifl cteaíbn of iko Aonu/ baixador na Grà Brernnht,
prúgfiitm: the FGTS muí the PIS a /Jru- —
zilitui case study on lhe dissomination and
89 (Dl O EsfüJo dr Siio Paulo. 4 dc ju-

use úf socitíl Sciences res eanl\ for govern


lho dc 1964. [bi Ü
de Sào Pauh,
f.uiido
15 de agmo dc 1964. (BdLictitJ) (c) ]un*
mtnt púticy making Rio de Janeiro, Deve
c> MAGALHÃES 4í(nhu exptnêncià dt-
iopmenl Csnier of lhe Orgonizaiion for Eco-
píomttttCii Rn? de Janeiro. Livnna lo*é
nomic Coopcrfiiioa and Dcvelppment, 1975,
OfympsQ Edil ora. 19?]; em espcciftl o seu
<Tfaba!hoF
discurso para a Confornct* de administra-
84. ft- CAMPOS, A geografia louca O dores dc Empresai John Hoptins Lm-m
Estado de Sqq PaitÍQ, $ de dezembro de veniiy, ELA. 22 dc janeiro de l%5
p
137 L IM-W,
85. Vtdc Caria enviada a PíuIo de As*
Ea> 90 O Eirado de Sc0 PtíkJo. 1 de agoslc
sis Rtbctro por Lmdalfp Martins Ferreira, dc 1%4, citado em Orlos Eaicvim MAR-
membro do conselho e presidente da Co* TINS Sritil and ihe Lnitrd Sraies írom
miuâo Especial do CONSPLAN. 21 de the 1%0i to Lhe irOi In. CGTLER. Iü +
agosto de i%6. Arquivos PAR (bl Mctno lio 8c FACES Richard cd Lãtut America
rando CONSPLAN. «posto de l%6 anexo s
and the United States ehanpnf potiiiçoá
a cnria Arquivos PAR, fftslittfi Câlifomn. Sunfóid Unis Previ.
86. O Padre Mello, único líder em quem 1974 p. 277-78,

o JV Exército confiava, rcccbcu controle 91, Vilão, outubro dc 1965, conforme Toi
de foto do movimento trabalhista rural. citado por Carku Esiísam MARTINS, id
Çom a ajuda do Exército e du Polícia, cíc
substituiu a liderança dc vlrtualmcnic ler-
92 Ruy Mauro M AR INI BraliEan sub-

dos os sindicflioi rurais. Vide [an Knippers impcrinliim, MonthUy Revie* Feb 1972

BLACKk United Stales pvnetration of Bra- 91 Vide luraey MAGALMAES op at


e/f, Manchestcr, Manchcster Univ, Press, üiscuno na Õrganl2En;ilo do* Estados Ame-
1977, p. 116, ricanos, 15 dc iciembro dc 1%6 p 64-8.
87. Eugcric METHV1N. Lobor's ncw ^cr- 94. In leia! mente, Luií Arvtúnio da Gama e
pon for dcmoçracy. Reader*s Digc$t f s, I . Sílva havia tido indicado pela Junla Mili-
OcL, l%6, p. 28. tar pnríi Ministro da LductçJo c Cultura»
88. Va ico Lcllio da Cunha dcdícou-sc b acumulando ensa funçúo eom n de Mmittro
iniciativa prlvtidu como diretor da Standard da luítiça, Com Casídlo Branco na preti-

PlecIrÍL — ITT, onde ligou-se aos lideres dénein. Gama e Silva foi substituído por
do IPFSj Fernando Machado Portda e Lul z Flávlu Suplicy dc Lacerda, mmr da Uní-
Gonzaga do Nua cimento c Silva Vasco Lei- vcnldade do Paraná e parente de Manüd
táo da Cuníu lambém tornou-se diretor do dc Linhares de L ncerda, u aiivnia do EPFS
Banco Mercantil dc Silo Pnulo. dc proprie- do estado-maior civil-militur do Paraná F,

dade do líder ipesiflíiu Gaslâo liucno Viilt- Suplicy dc Lacerda kgo fui íubslitmdo pe-
K*l. Váríui ativistas c colaboradores do lo político udenístü da ADP c empresário
ÍPFS c da CUN.SU L ocuparam poploi
I [íC Pedro Alcíxo, após um período provbúrlu
dlplum6|icoii depois de I9M. Entre dc* em cm que u colaborador do 1PF.S, Raymundo
iiimra vi>m %e Rayinundo Mclrclles Padilhn, Monií dc Arugáo, ucupou u posto como

40
miniiiro Interino Pedro Aleiso, lídcT d* Dias Moura, Mãrb Henrique Simoflscn f

UÜN em M inai
Gerais c ligado oo com- Paulo dc Assis Ribeiro, Kaymundo Monír
plexo dc mídia dc Assis Chaleaubríand. fi- de Aragio, Wanderbill Duarte de Barrot,
nalmentc dc*iou o posto dc Ministro da Amónio Cauceiro, Ana Amélia Carneiro de
Educação para se (ornar ü vice-presidente Mendonça, He Um nino Austregésilo de
do General Cosia e Silva Raymundo Mo- Áthsyde, Carlos Chagas lilho, L>rgc Kafu
n\T de Aragão guumiu o poslú peto resio rí, Emolo Luiz de Oliveira Judo^ Carlos

da nd minis tração. O empresário e político Otávio f lrxfl Rihciro {direlur dn Promulo


da ÁDP Tarso Dutra foi indicado Ministro ra de Educação S.A l Luis Cínira do Pra- f

di E ducação no governo de Costa c Silva, do tdireior da Lu ferreira S A Comercial,


sendo sucedido por Jatbis Passarinho que, Agrícola c ÀdmimsirndonO e Sutnita Gon-
por ura vez. foi substituído por Nei Braga çalves. 1PES fkdetim Mensal n. 26/27,
Na administração dc foão Baptisla Figuei- set /ou t. I%4. Rio de JancirO-
redo, Eduardo Portela, edilor dos Caderno j O
1PFS finnlmente apresenUría seus
Braiiteiras, i ornou ic Ministro da Educação. pomos dc vista em uma publícaçio chama-
95 Direhtirri para a mudança da política da A Educação que not convém Ai idéias
educacional também foram fixadas pelo prc* contidas no estudo foram aprcscnindai co-

sidcnle Castcllo Branco etn meados de 1964. mo representantes da "lumada dc posição

quando comunicou aos Secretirioi de Edu- em um certo momento hiílóríco por seto-
res empresariais estratégico* c pela intelec-
cação de iodai 01 ínadcn da federação que
a mela do governo sem 'rrntaktcrcr a
tualidade orgânica bresiJcIri*' (sic). A edu-
cação que nos convem EPES, Rio dc Ja-
ordem e a tranquilidade entre os cjiudin-
tes, irahalhidorCE e militarei"* (a) O Esta-
neiro, APEC Editora, I%9,
do de Súo Paulo. junho de I%4. |b>
10 de Mauro Ribeiro Vieps h ouiro associado
Bárbara í RTITAG
EscoL, Estado r mie* do ÍPES. tornou se membro da Direipría
dade. Sio Paulo, EDART São Paulo Li- Superior do MEC c membro da Comisiio
dc Planejamento dc Formação de Arqui-
vraiin e Edilora, 1977 p 67-71 Pari B.
Frtmtg tetos
nova fcgitlbção educacional len-
donava. de fato, criar instrumentos de con- 97. A respeito da funcionalidade da refor-
trole sobre os esiudames e trabalhadores. ma educacional para os grandes corpora-
Etn 1965. uma conuisão de tuseo npccit- çAes, cm fetal, c para as empresas multi-
lisias amencoAot e dou brasileiros. consti- nacionais. em particular, vide {*) Luiz An*
tuída dentro dos moldes do Acordo MEC lômo Rodrigues da CUNHA. Educação e
USAI D. elaborou um rrlatomo aprofunda- desenvolvimento social no Braiit Rio d*
do sobre política educacional Ew relatd- fanetro, Livraria Francisco ÀÍvei Editora
rio inspirou a Lei da Reforma UnrvcnrCi* 5 A.. 1975. (b) B , FREJTAC. op. cis, p.
tia de Í968. de longo alcance, produuda por 9*7.
uma força rareia de dei membros, que con-
98 B- FREJTAG. op, rif, p, 67-82, 92-1,
solidou os aipeclos lecnocrátito* da educa-
949. I2Ú-2L
ção supencr A. J. POERNER O poder tO
vem- da participação poli fica dot
história 99 fajThofflai G, SAUNDERS The Paulo
estudantes brasileiros Rio de Janeiro, Ci- Freire mcthod liierúcy trmnittg and com
vilização Brasileira 1%|. cicntiZúçào. EUA, American Univ FieM
Staff junho. 1968. (West Caafi South Ame-
96 A equipe também inclui» Raymundo
rica Series. v. 15) p. 14. Eb) Phdippe C
Monrf de Aragão, Carlos Pucoali, Cândi-
do Peim. Joaquim Fana. Goe* Filho e Perj
SCHM1TTER The "parrugaliiaiion" of

Potio
BtaiiL? Ifi: STEPAN, AJfred td . Authorita-
rum Rratil. originj, policies and future
Em novembro de 1964, seguinte equi-
New
.

Haven. Yale Univ. Press, 197 J. p


pe dc ativistai e cola Esc redores do 1PES ha-
215-19,
via sido reunida pira discutir os proble-
mas da reforma educacional: Augusto Fre- :0Ü ía) Gilberta .Marrino JANNUZZI.
derico Schmidr. o General Edmundo Mace- Confronto pedagógico; Pauto freire t MO-
do Soares e Silva. |iyme Abreu, José Ar» BRAL Sio Paulo. Cofiez e Moraes, 1979.
ihur Rio*. Lucas Lopes, o Padre Liéicro Gap. 4, especialmente p, 74-9. (b) 11 FRE1-

46 &
TAO üp. Sdrirf MOBfML
cit. p *1 9, íc) iro comunitário pira educiçAo vocacional
í Íríit dc luta peh alfa
Brfljjfr seie aíiíí* e clvie# n# Favela da Rocinha, u maior úa
batiação Rn) do laiieiro, Guüvlra IIJiio- Rio A finalidade desse gesto ern "deimmi*
m RdutòHo do MOMUL
I9?7 Minluê< P irar o apoio da empresa americana ã clas-
na dft Educação e Cultura se mídia dei fumro”. Vide Rdntònu do
SCHM1TTER intértth conflui
Couned for America, Rcuniáo
Ljiin de
101 F
m Chicago B de outubro de l%5.
mJ poUitcoi cbúngc tírojil Stanford.
Slanfmd Lfmv, Press. 1971. p 416 í€í Fica# Ri berro correligionário pobtico
DfpcH da golpe foi eatahrfcdda cm Siú dr Ctflos Uccrdi, que hama colaborado
Ptufu um# umdadc dn OPUS Dfl ç cm com o IPFS. tomou se Scirctáno da Edu
1966 havia tté» centros umvetutárioi fun- eoçlo do polimamem? probicmalieo Eiia
cionando fumai da ttraul. 11 dc julho de do da Guanabara onde a LNt tiver# iu«
f%6 Conforma «firmou GJyeon de P*»v* (
tede. Fica# Ribfitu vtri«tomar pre- t se
H sidente da Comisiio de Educação e Cultu-
fiícr um# revolução è um* cotia. nui
soiltnii la 4 outr* Q pengo «flor* 4 que, ra d# Cimira doi Deputada»-

nôi, qu t iniciamos es*« revolta, podcrta 10F Eram membros do grupo de traba-
mos rfliMir"- Para evitar c**e perigo. o lho Manoel Jové Fmciri. Emlni Briga,
1PES continuou * patrocinar cursos c trei- Wiltcr Ribeito bãmbri. Eduardo Sccadei
nar ativitloi» especial mente d«i chssei mê e Cario* Leopoldo FbÜRmkl,
dai c duj undtcatúi, continuando também Tmediatamcnte após o golpe de 1964. Ar-
a doutrinação do* prcprios empresários Vi-
naldo Stittchnd, Mirmiro do Trabalho, íoi
de CÉaienee S- HALL. The couniry lh«L nomeado Mmiilrq d# Saúde. Durante a
iflvcd ittelf Rcadcri Digeir EUA. nov
prtsidcnoi de Cniclb Branco, fo* substi-
1964 p tSi t Reportagem eipeciall
tuído pelo pohutó di ADR Raymondo de
Com * aprovaçio das autoridade» fe Brito. Seu sucessor Leonel Tas ares Miran-
derair brasileiras. |e*n Aflhur Re Mc Lee e
da era um dos prmupaii «ciqemus do Bm
nander, pesquisadores de opiniío publica co Mercaniil dc Sõo Paulo, de propnedo-
c ckntlslm pdjlicoj dc Nova Vo:k, fiieram de do do IRES. Gtsiio Bueno Vidi-
líder
conferências sobre pesquisa dc opinião pú- g#i, e do Banco Econômico do Rio dc Ja-
blica c a pjriictpji^iu) doí cidadãos na po-
Mattos Rabcllo,
neiro, cujo presidente era
lítica no Centro InduvirioL do Rio de Já’
clm Comlrulufa Rabello. çontribumie do
neiro, na Secretaria de Opinião PúbLca da 1PES t. Miranda cti lambí m proprietário
Conferência Nacional do» Bispos do Bra- de uma das maiores dinkas do paii, O
sil.no Centro dc Engenheiros Democráti- Hospital e Casa de Saúde Dr. Eím que,
cos cm São PhuIq t na Liga da Mulher De- por vdln dc 1%9, era a 311.* so^iedide
mocrático, cm Belo Horizonic. O Councíl inánima, segundo a FGV. Vide Cpn/uní ir-
for Lotin America organizou, supervisionou ra Eroiidmifti, v, Í4, n 197Ç.
9,
e pagou a viagem dos conferencistas. A

finalidade dessa viagem era '"ajudar os bra-


im U) Unlfíú MACHADO. A indútim
sileiros ampliar * bnse dc sua demoem*
n farmacêutica Ho Brtnit drsnadúndfi^fda,
cia". Apoiou-se um programa dc bolsas dc preço, iimifarrs, froudei Rio dc faneiro, i.

esludo para o segundo grau paro os filhos cd CPF íofíre a dewaçtpnalita-


1961. tbl
de membros dp Federação dc Trabalhado fiío tia mdihina farmacêutica íio firoiií —
res Cristãos no Rio, O comitê de seleção S%í Arquivos do IPES. Mimeograíado,
era formado por trabalhadores, emprega 10 L VIANA Eli HO op. cit. p. 426417,
dores c membros da CAMDE. O objetivo |d> Moiíií BANDEIRA. CVféij e deirtúciv-
dessa atividade era "prestigiar os membros naUiaçúü Rio de Janeiro, Civilização Bm
dc sindicatos democratas t melhorar a com- lilcira, 1971 Cap. I.
preensão enire os irabnlhudorts» n direção
IQÍ BANAS. Invcftímeiito pira o Bniil.
das empresai e as mulheres de mentalidade
Sio Paulo, l%6 p. 11741.
cfvka"
Também foram tom adas providências 106 Emáni Mazza Weitemitk íomou-w
{unto áAmerican Soctety no Rio, pari uma Diretor de PUncjarncmo do Deptria mento

doação em prol da comiruçio de um cem Nacional de l urada* de Ferto — DNEF O

469
C— 4*1 GertMt u áo áo fuvetiw» pifi • lorinula^lo de dlrelrl
u
mmm d tfciuar 4t
,i » Sk hub 1«* ^Ka- no fifui da d^éda de leisenlal t An
4b 4 jt«v 1« L***ad* í a F«™ N?»v#it Al lOotq Aufui'^ Rei* V<Uo*o lAPFO O tm*

Írw4, lufei Swn d* Aauni Nmo tOr* pre^ano Luii R Roa«i ntaií tarde, recebeu k

uutl diliBI 4* P*iJk*4A d* a para nrr o diretor d* Via^io


E uriilaA d* Em paf* a qttaJ o iToronfe n Aérta 5*o Paulo —
VASP A VARIG f>cr
Watfr Jo da Ç*r*fefco lai mjnífcu Kíb # Jircv^o do colaborador do
ftcmMa 1PES, Rubem Ben*. *ié a $ua morte Luix
Romi também tomoo *e pOIltrkttiMlHi dh
Í07 Pwa i C»*-**» 4* MjmJi* Vlctva*- reior do meiid de 5, Paulo,
(«VA CiP*—J— M F™C* 4
lt

fanndra
* Cu*

W &«AM. %****&~* 4 «*t


Wm t # Itof» MO
TEC M
Além dc
Tbibau
membro da COMSLG
icr
dimor da SFLTEC
foi

— J
r- d UmurfeiM Sn fen k> 4a O* tSandm St ¥onct\. LSEMINAS. Vidraria
jl

9»4
j i

O C jiili
~~ F*iAa n tfn áa Fn> índú^maj Fifueirai QUveira $ A. — VI FD-
14 Otç*K-~t fca^ DtAa L<*4. SA Cie Samt Gobamt c mau tarde d*
Petroquímica Lnuo Como íüciiot do Mi>
Mc * * w faTwi fen á iw 4o Ucyd ruueriQ foi nomeado Antônio Cario» Fev

jrraaiVifn » ^jri«iA.k j *x xai 4c oavej»- rmra de Queiroz, economista que fana par-
,k> O AtnwM **üflefc3 CitH Sxrtoa, fe do Grupo de Ejludo e Doutrina do

4* CÜNSLL7IC era d<rctv* 4a iPESRio


íih U*i ^ a jiiajwfe de
III- (a> L VIANA FILHO, op rrf p. IW
liçiü r ferrhjf 4a J*fc f
jaf Cfuj S*fv íbj Resoluvio N * 5/4^ do Comclho Na-
ío* tn i» CüWULTtC O Abiú- eionaJ do Pctrôfeo BrJiíl, l%5 Arquivo*
***** yfeA^A da e-a da Vt- do IPÊS tc M BANDEIRA, fdrlfei
)

tvlme Fjii..f # * tM^fcvw 4c ÍPES lofc> op cu Cap tl Para ú GEJOUJM Gru- *


fduàf4> Ma|»Jfc#« M BKt aáú do ^ po ÈXfcuhvu da fndúilria Ouimica foram;
ÍPtS ffe M«.*du p*r* * LW>4 ÇW! lTf2
PauJo Rjbtiru. Juvenal Osdrjg Gome», Pau-
Vide Víutkmi BAtíl AR Tm/nuponfi u- fi
lo Ikllofti e Franciieo Mello Franco
ni.mut p 72"* T2 }mi A ca- Ow W*« Paulo Figueiredo foi diretor da UnfoA
bou#e-n p JÍÍ42 Wfe*eT LOICK Trin*
Carbide do Bravil c Kurl Poliixer, da Gua
portei em 1414 p H*S2 (jon^i^ci '

POMI5 S+fuatfc ie* porta* bm <r rg*


nabara Ouímka Induiinal S A e dat In

p 2SVA0 u#p lad» em Eatudoa F&onfe düftnai Oufmkai Taubaté S A ho de

iirafck.ro* Safei fei 4Plf !*o 4c Soura Riboro e Jo»# Batuta Pereira foram
Taneirc. 1945 a t d rtiorei da Pçtrobrit.

I0i p»r» a DOONAVE • tamp*«i*a 4t 112. A Hanna Mining Co. achou intertv

nuffjçk 4a Tia V»k Jk> Pio lixe. dc lantc aa*OLiar-*c à CALMt. empreta perten-

propriedade du J irado, to* Ota dc CH» cente a JCOML át propriedade do líder

veifi A dNrrçio fífaj do DcpaiiamrMG do IPF b, Àugmto Trajano dc Are Vedo Àn-
NarfcmaJ d? Porto* "- Via» Ni*rp4tV-i Fui Uincí, aaiocjado h Ikihkhem Steel Dotia
toflfiada i Ferrando V inalo Mtrtnd* C#r tifvSnt natceu a iJg^inleica Minerac6e» lira

valbp, enquanto o Abvnranie L#Òtro Ma* tllcaii Kmiuda* — MfiR DeiMram de


lini lufrrirtj «f ihretur d» Companhu Brui entdr it campanha» nac lonalkra* contra a
kir« de Dragagem Hanna e a MBR p*i*ou a controlar urra
Í09 O let nu-rrnprriArio A Ido Francq fo* parcela «ubi^amial do meri adii de mini
nome aefo pmideitif Pira i^pertmendmic tMo Vide l VIANA NLlfO op cít p
d* FMRR^IR íü* iktigrudu Uiil timo no Para um* MUo porniengnrida da» ll-
Santo* Wrme^i. t tomo difetijref, o* etn giçAti ia \\m vide |can BARNET, Cuh
pnriáfJof f levnorcmpmirioi Vitdno Frf ln/#rm»rtf /V71 o W/qnf t o i apuai tunut
rae. lo»# Low de Almeida Btfiío, da COTFC gerro Riu dc larwtro. fnlermveal, 1971 p
— Contullofia T#co»ta $A* tque *c tornou IWi. lÈO. 4?7 tPeiquLial
«ecretinü e eiecutivo do Conaetho de De *11 IPES CD, 7 dc Julho dc l%4. I «
ienvol>imemo Induitnal, um átfkKhm MiH>rae» lardim

470
114. Fm julho dr J9M, depois que Mário jtdcrúrgiLM t*t*i*i« t rtusias Era prendem
Henrique Simonien c José Luu fiulhfc* çe da Cu Vak do Aio Dote. um* /cn*tf
Pedreira. cujo auxilio for* wliriiado por ventou rtsponiavrJ peja raoaçio r (rans*
Roberto ÇamjHn. haviam tcrmmádo a rrik- poete dc rmnérKj dc feno de Munas Gtraia
nuiA Kibrc o I*n^ National de Hibiia Üieat dc Glivcira fot vffu-ík. pebp General
çio t 0 plano habitacional. foi apresentado da ESG UM
Sm**) MonUmo Lundenbctf e
*0 Congresso u projeto que criou o BNH por fo*e Hugo dc Car%aJho. também di*t
A StKíííAU c o Flano Nacional dc Ha lar úi F lorrsta* Rio Dtxc Oscar de Dlm»
bitaçáo Acentuando importância mercn ra tomou-se amda pnrsidcnu da Cia Sidt-
te «o programa Habitat ionaU o próprio Pju rurgiçi V aiu t diretor da Cu dc f ema e
to de Áuh Ribeiro vc tomou mpontSvf] Aço tk Vitoria joncainciMc com o empre-
pela dclcsa da Reforma Habitacional no sário Barão *oa ^aiadorT Lmc
Vollrai
Congresso VRte C, André FIECHTER op lambém cr* útcio*
da loieriraiica 5 Má- A
cif p 60. quinas ltitpres;oras e da f mosiai! dc Bra
115 Sandra Cavalcanti havia sido Seercil »i1 Amaro Lanan «m^itu»nic dc- IPES e
ria do Serviço Social na administração dc #óc*i de Lucas Lopei d reior ptT*i da
Carlos Lacerda (posto dcpok ocupado por HanriiMm mg foi nomeado prendem* da
Jo*é Arlhur Rmj e estivera envolvida n« LSlviivaS Tinham pari;ipa^ãc oa LSI
experiência da Companhia de Habitaçio Po- MIN AS a Ncppoe tCabishik Muha a \a-
pular do Estado dà Guanabara COHAÜ — mau JfCrti and Siet' Co a Fu Irpr. md

Durante sua geilio como Pmidenir do Sieel Co e a !*F» tbrre Gilacm


BNH. equipe de jovens assessores ic
sua Foi indicado prendrnie da Cea S>derürgvca
parecia muito com uma rede de favor mi- PauliiLa — COS1PA, enouartto m indua
mo, porque seus auxiliares eram o advo ifiais t banqueiros. Luu Dumeni Villtm.
gado Carlos Eduardo Paladini Cardoso, ff- Francisco de Paula Viecntç Azevedo, Plí-

lho do membro da ADF e líder da UDN nio Reis Camanhcde e Hélio Cairo Munu
Acftuto Cardoso. Dr Suasekind. primo do de Souia foram nomeadoí dietlorci íCan
Ministro do Trabalho Arnaldo Simehmd. lanhede foi também designado diretor da

Dr Bu?h6ca sobrinho dc üclávio Gouveia


,
Cu Siderúrgica Man urde o
Nat^sna 1
!

de BuThóes. Ministro da F*7cndq Dr Jorge h


empresário Auguiro dc Címargo
Üscat
Tedcico, tenro do Mlniitro da Saúde, Ray- umbérn tomou-se diretor da COSIPA O
mundo dc Brito, o advogado foÂo Cláudio Tcnenle-eorond António Maíhadc Dòna.
Dantas Campem, filho do Ministro da fui’ diretor comercial da CÔNSUL c tt direi ar

liça Milton Cumpoi. e Henrique Cápper da Siderúrjtiea Volta Redonda, da ACE5L-


Alves dc Souza, sócio da CON5ULTEC TA c da Companhia Siderúrgica Nacional,
A tendência de n orno nr empresários 11* foi indicado para a dLiclona da Usina Si-

gados ao fPES para postos chave continuou derúrgica da Rahia — US1BA Foi tam-

com o presidente Gcbel. O lldcr do IPES bém nomeado ehefe do Departiimciilo tlc

Promoçio Vendai da Naiicmal Steel Cot*


c
Gilberto Wnnck Bucno foi designado dire-
pornliun. Os empresários Fernando Macha-
tor da Companhia de Construções Escola-
— do Porlela. Hélio ReEtrâo, Fdmundo Falcão
rei do tilado de Sbq Paulo CONESP,
enquanto Mbuto Ribeiro Vsegqs da Silva c Fábio Garcia Rastos foram nt>
foi íciio
diretor da Companhia de Habiiaç&o Popo* meadoi diretores COSIGUÀ. dl
da. qual o

— BrigadeíTo Amónio Guedes Mumi tornou-


lar do Estado da Guanabara COHAB
se prciidente O Brigadeiro Guedes Munir
llfi Vide (ui Harr* J. COLE, Uma poli-
também tomou -k preside me da Cu Side-
Ika dc desenvolvimento urbano. Fiiurfo*
rúrgica Naeion#/ fõsé Erntiriu de Moraes
econAmkoi bratileimi. StitçÔei APEC. Rio foi design ido membro do seu Come lho
de Janeiro. APEC, 1966. p, 1S41, tb? BA* Consultivo, enquanto lolo dc Ctiiru Mo»
NAS. Investimento para o Brasil op. cít
teira foi indicado para diretor financeiro,
p mit fc) G. A, FIECHTER op. cif. p.
O General Cordeiro de Farm depois de
Wh como Mímtlro da Coordenação
sua gesllo
117 G lldcr dn fPES, Oscar íle ÜRvcrra, Regional, lomouse dircior dl Aços Espe-
«Cumulou dlverm targot dc tomando das ciais Itabín — ACESLTA

471
n& D Marechal Ademir de Queíroí ptr> Centrais Elétricas de Slõ Paulo A polónio
fpin-eítu íeuno Presideme da Petrobrãsu Salles, presidente do Danço Aménca do Sul
para a qual havia udo indicado peta lum S A. t diretor da Cia, Eletricidade Cariri —
fj Militar t Silvio dc Froci Abreu e o em- CELCA htomou-se Presidente d* Compi'
presário Manoel d* CosU Santos (da nhi* Hidroelétrica do 5io Francisco —
A SE A t ARNO SAI foram mais (arde CHESF.
nome ido* conselheiros. Após tut gestão na 130 Sobre o barágroiuid cí*ô do
*f

Peirobri*. ü Marechal Que roí auumui ili- AMFORP". vide <•) Morna SaNDEÍRA
> idades na irucísuw pnvada. dirigindo >
fhrrseítfu op. cit p 42V34 tb) Mooia
r

Bjkol S A (CrveVoJ S_A h juniaroenlt com BANDEIRA. O


governo op, rir p 49-
Ralph Roscnhtrf o mator acionuli indi- SÍ. (£) Aerograma n 710 da Embaixada
vidual da PeiTOhrií Para o Concelho N*- Americana no Rio de I anoto para o De-
ckm*í do Petrofeo foi indicado Plínio Reis partamento dc Estado, (dl Ala das Conver-
Caminhtde O do I minuto Brasi-
diretor
sas entre O presidente fuào Goulart e o
leirodq Petróleo era o empresário José Procurador Geral Robcrt Kennedy a |7 de
Marques, Jorge Pereira dt Rn to Duprat foi dezembro dc 1962, datado 19 de deztrtr
detifnado paia a Companhia Nacional de
bro de l%2. Depart amento de Eu ado
Alcalis.
NLK 76-9 J. Perdeu o sigilo. (Cl Télegriina
O General Gcisel tomeu+se Presidente de Ralpb Dungan, assiste me especial do
da Peirohris no gcnrrno do General Mê Prí ridente Kcntiedy, para Harold S. Cc-
di ti e levou comigo vário* colaboradores, neen. presidente da ITT, 3 dc março iíe
quais sejam, o CipniO Heitor de Aqtiínq 1962, (f| Memorando para o Sr. McGeorgt
Ferreira, o Coronel Gustavo Moraes Rego. Bundy. de L D. Batik, secretário eaecuii
Humberto Barreio e 5h;gr*ki Utfci, duriot vo do Departamento de Estado, em respos-
<fi Indústria dc Limpadas Sadokin SA, # ta ao telegrama ao presidente, relativo à
ficado i Rilph Roscnbtrg G* trè* primei- desapropriação de bens da ITT no Braiil,
ros participaram púv ieriprmente d* equ pc ?B de fevereiro de 1962, anexando o ick-
do General GcikI no Urgo da Misericór- gfimi de Geneen + de ] 7 de fevereiro de
dia. o local de reoniio no Rio de laatito
1962, ao Presidem* Kennedy, a resposta do
e sede da equipe do jrupo IPES/ESG cn- seçreiirio Ruik. de 22 dc fevereiro de 1962,
carreada de planejas e ímplemetiur a cs- ao telegrama de Geneen, de 17 de feverei-
intégia em 1974 Shifealu Lelü tomou-se ro de l%2, ao secretário Rusk e os tek-
Minntro das Minai e Energia no governo gramai da Embaixada no Rio de fanciro +
Geiscl e Pftsidenic da Pcirobris no gover- de 23 a 25 de fevereiro dc |%2, (g> Tele-
no do General Jclc Biptíiia Figueiredo, grama do Departamento de Estado ao Em-
119 Ruy de C«itro Magalhães foi desíg- baixador L. Gordon, Rio de Janeiro. 7 de
pedo Presidente da ÇEMJG John Coinm março de J9Ê2, n. 2454 Todos esses docu-
era éircior di Centrais Eíêlricu de Fumas mentos encontram-se nos Arquivos JFK.
Ele Eambém participou dos entendimentos National Security Files, Boston. Mais,
« nível govcmamemal com as autoridades 121* João CALMGN. O livro negro da
do Paraguai, preparando o terreno para a invaièo branca Rio de Janeiro, o Cruieiro.
criação de um* tomi venfarv, objetivando 1966, csptcialmentc p, 37*8,
o uso de energia hidroelétrica a ser obti- bobre os negócios possuídos pdft Light
da das quedas do Rio Paraná, através da SA./BRASCAN de À Gaflotli, vide Mar-
construção dc uma represa gigantesca A cos ARRUDA el alrii, Mulímottonuh unã
rlelncídade gerida pela Represa de Jlaipu ÕtatS íhe impact of multitiationúi corpo-
abasteceria a área de São Paulo e o sul do rútiom m contemporary Sraiil. Toronto,
Brasil. A Represa de ilaipu seria construí- LàRU* 1975. p. 9M29.
da por urna companhia bmacional dirigida
122, Vide caru de Paulo Ayzes Filho, de
pelo Coronel da reserva Cosia Civakanli,
5 de agosio de 1965, para "Prezado Niso"
que se tomou Mmisiro dai Minai e Ener-
e tdegram&i anexos de Paulo Áyrcs Filho t
gia e do Interior nos governo* do Central Antônio Gaílotti (em nome do presidente
Cotia e Silva c do General MédkJ. Lucas da GLA55COJ para Roberto Campos, fi-
Nogueira G arcei foi nomeado diretor da zendo bbbymg em favor da nacioflalüjçfu

472
e pnvntíziiçio c contra i cncm^io dt 1977.íDocumenio CEDES/CLàSSO ti 9h
CTB pelo Èilfrdo Arquivo Luit Viana Fi- Mtmcufrãíâdo (ei Phihppe C, SCHMIT*
lho, Rio dc JançirO- TER The "pormgiiliizIiQn'
1

of Brixil? In:

12], Imi reícnnaj introduzida* pela


dai
STEPAN, Alfred cd. Auihoritormn Brçtil:

administração de Casteüo Branco. ma» im


arigmf. potKits and fu lure. Ne* Ha vem
Vale llniv. Press, 1971 p. 179-212. (dl
plefneMnáa somente no governo do Gene-
Fernando Henrique CARDOSO. La cuts
ral Cosn c Silva* foi a criíçaó dc um novo

ministério. pira supervisionar ai diversas


ttón def atado tn Braui 1974, Miineogta-
fado
aiividndes e órgãos na áru de comunica-
ções O primeiro Ministro das Corri u ruí* 125. IPES CO Rio, 19 de dezembro de
çõc» foi Carlos Furtado Simai. ex-diretor 1966, Hélio Com ide
da Companhia Telerõnka da Bahia e assa
126. IPES CD Rio, 21 de obn) de t%4.
ciado íurnty Magalhães. diretor dl
Ericsson do Brasil- O General Juricjr M* 127 A luta compkia ciienu dos cotv
e

galhocs lambem foi diretordas seguintes ferenCifias c participantes da administra-


corporações ção e do setor empresarial, bera comq dos
General Luií Cabral dc Mcnczr* — temas que discutiam, d» qucitõcs kvarh
Ericsson do Brasil (Enskilda Bank). DEL- lidas c dai resposeas dadu encontram-se

TEC S/A Pin, (Chase Manhat-


Inv. Cred, nos Arquivos do IPES, Rio dc Janeiro.
un Bank), (Bungc & Bom),
SANBRA W Este grande volume de ínformiçóes con*
R Grace; Aniòníe Galloiü São Paulo — Mui o pesquisador
material cxcefcme para

SA Rio Light S A, Cia, Com. de sobre a elaboração dc díretnzcs económi-


l ighi

Desen vol vi meo to íDELTÊÇ). M ornei i o cas e sociais c lomaòa de decisão durante
esse período
Aranha Engenharia, Comercio e Indústria
Cia Industrial SIo Paulo * Rio C1SPÊR I2E, ftl IPES CD. Lb de juoho de i%4.
tCasper-O^en llUnoit}» Etilcno de Aratu (b) IPES CD, 21 de junbo de 1964.
SA. Metalúrgica Mutarazzo SA, Miranda
129 Uma idéia do ecníunto de persona-
Estêntk S,A. Agropecuária
lidades, funçòei poUrkai c papéü lociiis
Ames de 1954, q General Tunscy Maga-
ríunidos pdo CAI i fornecida pela lista
Mci hnvin sido Tigado h (CVRD) e à Pe*
dc participantes do 4 4 curso do ÍPES-Rto
Etobrík. l m também Adido Militar nos Es-
em 1965 De um total dc 56 partícipanícs,
todas tinidos de 1953 a 1954
Tomou-íc Go-
IS eram empresários: Beniamin Rohert
vernador do Estado da Bahia no furai is
Fye (diretor da Comércio t Ind Stik
década de cinquenta. Depois dc 1964, par-
S AI Carlos da Silva (presidente da ÊN-
ticipou do Fundo Crcíeinco como diretor
GEFUSAí. Celso dc Almeida Campos (di-
C mas também fora ligado ao IPES, O
Si
124, retor da Cia de Laticínios Alberto Boekç
Comandante EudÈdes Guondt de Oliveira
S-A.K Edcr Accorsi (executivo da SA,
lOtedeu C. Si ma? como Ministro das Co*
Manrín). Elic LaurCncel idiretor dl Eiwh
munkscórs ítmn tendo seu posto a tf o final
Francisco Correia Bordale G atei * (eaceuti-
da gesflo do presidente Geiscl. Wz$sb oca
vo da McsbU S A Geraldo Gayoso
síâo + de já havia sido* durante anos* dire-
ves (executivo da ENGENFUSA1, Gualter
tor da Sienscnj do Brasil, que era presi-
Mano (executivo da NestléV Homero Luiz
dida pelo Embaixador Mnn&cl Pio Correia,
Sanios (executivo da tCGMU. Israel Hirsh
ex-íecretário geral do Itamaraty na época
Coílovsky (executivo da IC0MI) + Leonar-
de jur&cy Magalhães,
do Musofir (diretor de L, a f ir Arqiu Mm
Aí noçõeí sobre a estruture ncocor- teüjfo e Construções}, Luii de Miranda Fi-
porativista efe firikuJeçio tlt mtemses gueiredo (executivo da Essok Luís Mela
bases a-jeemr (a) Guilícrmo CDQNNEL. ne Júnior (executivo da Brafor SA,}. Os-
Corporal ism and the quotion of lhe staíe. mar Gomes da Silva (extcuUvo da Nor-
t rt: MALLOY, James M, AuthoritíiriaflisM bfssal. Osvaído Ceiam (executivo do
and cofporúihm in LaUn A tnúrira- Pitlí- Lloyd Brasileiro). Oito Frenset (prosi dente
buTgh. Urciv ôí Pittsburgh Press, 1977 da Assoei nç#o Bmdeifa de L^eticimimJ.
íb) Gtílifcrmo 0'DONNFl Apu/iíes pum Vicente Alves de Carvalho (presidente do
ma (tona det modo Buenos Àrres, nov Banco Nacional do Espírüo Ssnio) Víní- h

473
eiuí Co* ii {exeeutivo óm Cia. Casimiras das dificuldades que estava encontrando
Aurora) Outros participantes er»m 0 tm- no novo trabalho. IPES CD. 1 dc dezetu-
preiintí Alberto Lélio Moreira, DÍÕgeneí hro de 1%4. Antes de Borghoff, foi a ves
ESG). Eduardo de
Vieira Silva loficio) da de Mauro Thibuu. Minlsiro dos Minas c
Almeida Marlias e tbefe dc
(sociólogo Energia, discutir seus problemas com a l|-
Divisão do 1NDAV, Epitãcio Elhot MjT’ derança do IPES, Reunião do lPES t 9 de
tiru Mcdriro* (chefe do Àdmimjinçio dc leiembro de 1964.
Propriedade* da Cana Económica). Fran UJ. Carta dc Hsrold C Pollsnd a Jç«é
cisco dc Assis Gonçalves íofitul do Lvér Pinto Freire Rio de Jpnciro. 14 dc março
eito), Conforto («sessor dc pia-
Gilberto
de 1966. Tai* contatos obviimcme nào
ncjarnrnlo di Secretaria dc Economia da eram difíceis comi der ando se a Força com
Guanabara), Hiní AHrcd Rappel {erige* que os associados c mililanles do complc
nhciro agrônomo do IN DAL Jorge dc Oli- xo IPES/JBAD seguravam as rédeas do
veira Castro (oficial da Marinha Merca n- governo. Vide (n) caria do Coronel Yeddo
teí, Nair Sodré Gomes t Juro
enfermeira),
Blant ao IPES-Rio. 1PE5UL H de maio dc P

Araújo Rdgis (editor dc econorrüi do Dtã-


1%9. (b> Corta dc }. F. Caldeira Vcrsiani
fto Carioca), Pauto César Xavier Aguiar ao JPE5~ftíü 5 de janeiro de I%6. (c)
h

ímipeior dc segurança da PttrobrüJ, Pau- Carta dc Hélio Com ide a Glycon dc Pai*
lo Emílio d« Cintara Ortegal (Brigadeiro
va, 17 de novembro de 1966. Vide Apên-
da Aerunàmitil. Paulo Lene Ribeiro (di- X.
dice
retor da DivUio dc Planejamento da Co-
mifaào de Marinha Mcntamcl. Pauto Ro U4 + O IPES também exerceu sua íníluíiv

cia através da AP£C. a agência especiali-


herto Tavares Airvcíkj (funcionário da
emifTDçãoL Pedro lacinio de Mallct fuu zada criada pelo CGNSULTEC Ai publi-
bjm (oficial do Exército), Sòma Lúcia caedes dn APEC eram distribuídas pelo
IPES aos seus associados. seiorcs iele*
Abud Icstudante). Waidir Gonçalves de
cconados do público e a responsáveis pela
Carvalho (assuteme da Corrcfcdoria de
[uiiiçaJ e ZeniJdo Qmi dc Araújo (id
formação de opinião, Alé 1970 t equipe da
vogado). APEC viria organizar e escrever a edi-
ção anud da Rfvíiía Erofidmica éo for-
110 IPES CD. 21 de abri] de 1964.
ftüí do Brasil, bem como escrever Pano-
(II, Reunião do IPES, 9 de junho de rama Econômica e oi Cadernos Econômh
1964, com Glycon de Paiva. Àugu&io Tra- cos de O
Globo de 1970 em diante. Fre-
jano de Azevedo Àniunes, o General Hei* derico Heller continuou encarregado da
lor Herrerij Jorge Oscar de Melto Flores, Scçjo Económica de O Estado dc Soo
(PC o General Li*
José Duvivíer üuulart. Paub Os associados do IPES controla-
berilo e o General Golbcry Nessa rcu* vam tanto pmios-chave na Fundação
os
nlão foram dtKuiidat dirctrizei «iratégj- Gctúlio Vargas, que cra dingtda peio lí-
cu wbre o que eles consideravam ser o der Julian ChaceL quanto as tuas publica-
conceito adequado de governo para o çócKhave. como a Con/unfuríi Ecortõmi-
DruiL focalizando o aspecio se deveria ter ca Os ecniros dc dados do governo iinh
uma república unitária ou fedemiva Dia bém ficaram sob d influência dos associa-
cu li ram também qual seria a conccituaçáo dos e colaboradores do IPES, Em I9T9
mínima dc democracia ("qual é a notu Jcné Monldlo tornou sc presidente do Jns-
democracia ’) e concluíram que um demo-
1

lituío Brasileiro de Geografia e Estatística


+
craia nlo é aquele que noo admiic pru* *- IBGE.
priedade privada'*, Depois, focalizaram «
IH. O significado do seminário estava
qucslfio dn liberdade, prubTcmai de ioda>
nos patrocinadores, bem como noi partici-
Ifcaçio do lucro e a íívrc fmciaiíva tanto
pantes e nai leses discutidas, Ema reunião
nacional quanto estrangeira,
mltrnnçJonnl foi organizada pelo I PI: S em
1 32. Guilherme que se lurnou
Borghoff» São Paulo entre 21 e 27 de novembro de
Superintendente da SIÍNAB, pediu ajuda 1964, sendo realizada no For um Robcrlo
ao executivo do IPES na preparação de Simonscn, Foi patrocinada pela Univerti
um eiiudo sobre preços, propagandas c dade de São Paulo e c&pairodnada pela
diretrizes para levar ao governo, em vista Associação Comercial dc 5áo Paulo —
474
ACSP. Associação Nacional de Programa to de Souza e José Roberto Wtaukcr Pm
çiüEcondmk* é Social, Bolsa de Merca- itadu Com t&ccçio dc Harold PoSland, II
donu de São Pauta. Bois* QMcial de Va- der do IPES-Rio. os membros das váriai
lorci.Federação das Associações Ruim do tsso< lições icionai* e dc classe menciona*
Emdo de Sio Pauta —
FARESF, Ftdcra- das acima faziam parte da liderança do
ÇÍo do Comércio do Blindo dc Sio Paulo FPFSSáo Paulo Relaiôno dg IPES. O
— FCESP, Federação d» Indústrias do irmo * a rmprfta pnmd* no p/ocrlto
Estado de Sao Pauta — FIESP. Ordem do* dc drsrmtWvimmlo Sao Paulo. 23/27 dk
Economistas de São Paulo, Secretaria de nov I9M
Economia e Planejamento do Eitado de Hb UI Rtlaiòng do IPES (d p 3 (b>
São Pauta, Sindicato doí Bancai do Esta Discurso de Roberto Campos na Federa-
do dc Sao Pauta c Sociedade Rural Br a ção do Cúmému do Estado de Sao Paulo,
iDetr* — 5RB. Ai discussões principais 29 de janeiro dc 1961
f ir aram em tomo de
estudos sobre o pa-
137 Sobre dnnaooriiltuçãa T vide tal
pel do governo e da em preta privada em
Rubem MEDTNA f><- cn
paliei desenvolvidos. o papel do governo
em em me o Bronl* Rio de Janeiro.
Cüfttro Ed
c da empresa privada paisei dc*en-
Safi. 1970 lbi Oro* Duarte PEREIRA
volvi mento, a neccss idade de uma teoria
MutanociOftaij no 0r«i/ aíptcioi lOcwu
dl forma a dos limite* de intervenção do
r pdíJifOj Rio de firtcira, Civilização
Eitado em países em desenvolvi mento, os
problemas das empresas csiaiaíi e de » Brasileira,
CARDOSO
1973
As
fel
do desenvolvi-
irtdiçôei
Fernando Henrique

cledadct de economia mista e os obstá-


mento auociidc Cííudoi CEBRAP Sao
culos è empresa privada- A relação da
Paufo (IJ.41-76, CE BR AP Abr/Jun
empresa privada com
r
concorrência ex-
1974. Idl Fetnando GASPAR (AN op cif.
terna, bem como a cooperação pnvada ev
(eí Peter EVANS op cif (f> Gus* tal#
lema também foram discutidas A pânica
rmmt. op c« (|l Sílvio HECK op ai
piçto no Congresso foi limitada a econo-
mista*. professores universitários, profissio- 138 O diretoT do CURSEF era o Coro-
nais libcrniín empresários t diretores e re-
nel Luiz Vklor D Armoi Silva, e Pierre

presentantes de entidades pübfica* e pii Lúuíj Laporiç. da Françi. foi designado


vadas. Os conferencistas do Congresso fo- drreror de ensino O corpo docente era

ram António Delfim Wetio, Eugcoio Cu- formado por Américo Cury. Àntòtuo Vei-
din, Glycon de Paiva, Geraldo Dann-c- ga de Freiiai, Agncola de Souia Beihlem.
mann, José Pinio Antunes, Lacrie Almci Aurélio Chaves. Bell mi Cunha. Carlos
da de Moraes, Mero de Si e Roberto
Henrique Froei Genan Arantes. Condor*
Campos, do Brasil. Etlüre Lollí Lflilii). ctl Pereira de Rezende, Fernando Strach-
Ingvar Svennilson (Suécia)* Mário R Ml- mann. Henrique Flanzer, HeTnu'anq Bür-
ceie (Argentina} c Pi erre -Berna rd Couite |ei da Fonseca, Gary S. Schieneman, Gus-

JFrifrça) foram os convidados iniernacío- tavo Watsted. lan Benedkt, 1»aac Sirost-

ub. kf, ísaac Kentersetiky* 1 Brito Alvev, Ja

O* organizadores foram: Amónio Cirloi mev de Souza foáu Batuta de Alhayde,


Pacheco e Silva, Bresüia Machado Ne no, fúão Eduardo Magalhães Moita, loseph A.
David Beatly III. Ernesto Barbosa "Fomi- Ciltagiront, Luíe Zottmann. Ly^all Sat

nik Fcmand Edward Lee, Gasião Eduar-


p
les, Natalino Agostinho Pereira dc Souza*
do Bueno Vidígal, Harold Cccit Polbnd, Og Francisco Leme, Oliveira Penni, Of.

Humberto Martins, Humberto Reis Cosia* landy Rubem Coné*. Ricardo Céuf Pe-

Joio Leopoldo Figueiredo, José


Bapiista reira Lira, Ruy Flaki Sehneider. Viciar da

Adolfo da Silva Gordo, fosé UI piano de Silva Atvet F*lho. Victor H Russomano,
Almeida Trado, Luiz António da Gama c Wildyr Santos e Wfllirti Barctltai Vidç

Silva, Luís C lista dos Santos Wemcck. Relatório de IPES GB, 1%8,
Atividades.

Luiz Fmmanuel Biinchi. Modesto Scagliu> Introdução Arquivos do IPES, Rio de fi-
neito.
iL Paul Albdghi, Pauta Ayre* Filho, Pauta
de Almeida Barbosa, Pauta Reis Maga- 139, IPES CO Rio, 12 de dezembro de
Jhlei. Rafael de Souza Noschcsc, Silvio (966, General Montagna e Almirante Man
Pacheco de Almeida Prado, Roberto Pin- Um.

475
D IPES mantinha seu próprio Grupo de M6 E^tre ns pessoas contactadas pelos lí-

Educ*ç&0 que recebi» apoio do Mimsié-


P
deres do IPES encontra vam-se: Hubcrl Ab
rio dc Educação í Cultura. atiavé* de seu dnch (vice- presidente do Chemical Bmk
programa do Departamento Industrial Em New York Trusl Co), Ríchard Aldrith
1967, o IPES realizou 3S curso*, tom um (v kc presidente da International Basic Eeo-

lotei de £4| participam» Desses pamet- nomy Corp William Barlnw (presidente
p.mlej. é5 f f eram estudantes universitá- da Vision Jnt ), Hcnry Borden (presiden-
rio*. O IPES lambím miniitriva o PERT te da Lighi and Power Co.j. fnhn Bu- W
— Cutío de Analise de Cuslo de Projetos, Ford (vice-p residente da Hanna Mmmj
para empresas privadas Em 1967 houic Oompanyh Norman Carigimn (vice-presi-
200 panicipantev na maioria profissionais dentedo Latin American Group, W. R.
liberais c cDudanlei universitário* RWa- Graco Coh Sam Carpenter (diretor do
tàriú de Atividade* do IPES *967. p + — Departamento internacional de f 1. du 7

15*7. Arquivos do IPES. Rio dc laneira Pont dc Nemours Co.), Robcri C Kr Ui o-


phcf (editor chefe da Newsweek Magazine
140. Jornal do Brasil 19 dc maio de 1966.
Inlemaúonai). John T. Connor (presiden-
14 J. IPES CD. J de novembro de 1964 + í« de Merck & Co.), Harry Canover Uv
Hélio Gomide si Dente executivo do presidente do Cl-
142 IPES CD, 26 de mno de 1964. CYPk Aíphonse de Rosso (coordenador
Úuandti Philip Swkman publicou seu latino-americano da Standard Qil Co). Rt-
arhgo nobre o papel dos em previ rios rtt chi rd Fenton (presidente da Píiícr Intep
derrubada do governo de Goufan. a lide- nslional). Leo Fernandes (vice-presidente
rança do ÍPES Riu considerou -o "uma di Merck & Ca). íames R, Greene (vice-
questão muno séna" e 'prejudicai so presidente da Manufacture rs Hartovet
ÍPES e a algum dc smi membros" e en- Trtiit Co), Francss G rimes (vrce-presiden-
viou um telegrama co JPES-Sio Paulo on- te do Chase Manhattan Bank). Ctarenee
de que "fomoi desagradaveb
enfatizava Halt (ediíor chefe da Rcader'* Digcii As-
mente surpreendidos [pelo] artigo [da] sociition). Philip Hoímann (prciidcnre da
Fortune sobre [a] Revolução. eompromele- Johnson &
Johnson International). Edgar
doramenie comentado pela Tribuno da lm Kaiser (presidente da Kaiser Industriei),
prrnw e Lhtma Hora" Tetegrama para Üqnald Kendâll (preiideme da Pepsí Cola
Íoíd BapriiU Leopoldo Figueiredo, de Hm- Co), Franett Mason (vice-presidente do
iQld C Polland (IPES CD. 21 de setembro Chase Manhattan Bank), 5 Maurice Me-
de 1964) Vide lambam Philip S1Í.KMAN Aihan Jr, presidente da Anátnon Clay
Wben eaecutivci furncd rcvoluticmanei — ton —
I

ACCOí. McCullough (presidente da


A *tor> hitbe/to umold: huw Sío Paulo
Gene tal Electric do Brasil) + Gcorges Moorc
busineismen conapircd to ovtrihrow Br a
í presidente do First National City Bank}
lír* communj»t4níet(ed lovemment. For-
e David Rocbeletfer.
ttítit, EUA. 2 iajj, 1964
NI. () IPES CD. 21 de julho de !%4
] 47. Em setembro dc Í964, em uma reu-
tiiáo da liderança do JPE5 da qual Mário
(bj IPES CD de dezembro de |%4.
W I

H Shnomcn participou, foram considerft-


144 IPES CD, 5 de novembro de 1%4 doi os recursos materiais e humanos fc sua
NS A delegação eia eompoiia de Hirufd diiposr(£o para os estudos a serem deve rv
Polhnd, Jo« tuii Bulhões Pedreira, Luir volvidos em acordo tom o CED. Paulo de
Dumom Joio Rcgmaldo Cotrim.
Vjlíare*. Anis Ribeiro e Mário Henrique Simonsen
Paulo Ayrcs Filho e frrael Klibin Brasil- foram designados diretores do programa.
EUA: encontro de empresários Boiettm do JPES CD, 6 de Ktembro de l%4. Um doí
IPES, abnl/ma o, *964, p. 24-5 resultados dessas reuniões foi a dedrfio dc
Imediaifimenlc após o golpe, r comuní* »c ÍAzcr um esludo sobre a fnflaçio no
dtdç empresarial demonstrou sua lofidarre Braid, entregue a Simtmicn Foi amtli de-
dade, oferecendo ao novo governo um env cidido que Paulo de Aitii Ribeiro
e M. H.
préstimo de um bdhio dc dólares
Simonsen deveriam estudar os fatores po-
York Herald Tribuna April J< 1964.
I
sitivos e negativos nos vários eidos hliió*

476
íicoi da cconomin brasileira, fPES CD i \b Jr. um
grupo de homens para tra-
sugeriu
dc wtcrobro dc i%4. tar do atsuntoEstados Unidos com ui
Tiui

Almeida Antunes foi \nâi li asicsiores do Presidente Johnson G.


Hl Lcõcidio
fUtlit pum n ÂLAl.C, como também faymc Huber Jr enfatuou ser de bom alvitre a
escolha de “um homem que seja o cmiv
M nnrji t^i dc Sá apds sua gestão como ptc-
lidenic do I1 NDE, sino pessoar do P tendente Cmstello firan
sgoíTo de l%4, Gilberi Hubcr co junto ao Prcstdemc lohnson. Um indi^
trn Jr,
víduo cuja presença ncisa missão era com
hi um r cinto sabre os seus entendimentos
siderada essencial cri Álhcrt Byngion. Co-
tios Unidos com Alfrcd C Ncnl,
Estados
CED Naquela ocasião, a agenda dc mo resultado da reunião, decidiu-te que o
do
IPES concentraria esforços na prepa^
utrift futuru discussão entre o IPES* n Pun-
ração da equipe de aisesiores a fim dc
dnçfto Ford c os membros do CED estava
"nbürdar o problema Com o gOVimo".
preparada. Os objetivos prioritários visa-
IPES CD, 6 dc outubro de 1964, Vide tntri’
vam eliminar os obstáculos impmtos ao
a
comércio interno entre pníics Intino-ome
bém Apêndice Y
ricanos Parn tomar essa proposta o per»' 150 Luiz VIANA Filho, op rit- p, 112-
ribnàl, dual metas foram discutida* a pes 11 .

quita do comércio potencial dentro da 151 Cart» de Alfrcd C Neal. do CED to e

América do Sul. até mesmo a ponto de General Gomes de Abreu, Secretário do


complementar as economias dos diversos IPES. 22 dc agosto de 19bb.
países, e o desenvolvimento dç hgaçôes
roduvJ árias entreos vir os sistemas nado- i
H2. Entre «s« tonlerèncias. destacou-se

nfliide transporte dos países sul america-


uma jobre "Planejamento ç Projetos de In-
1
teresse Nacional' preparada pela Funda-
nos. vistas como um incentivo-chave ao co- ,

mércio e no turismo O IPES também es- ção DelmíTü Gouveia, uma Instituição que,
tava por trás dn projeção du CICYP, Con- apesar de ter o nome do famoso empresá
selho [nicnmicrkano dc Comércio e Pro- rio nacionalista que foi assassinado. cola-
dução, que operava como congénere do borou com o IPES- 0 General Otvmpío Si
instituía e ao qual as empresas que (or Tavares, o Coronel Ne»ton Cipriina Lei
mivam o CED, e mais urde o per- CU, lio. que se tomou chefe de gabinete do
tenciam, inclusive os interesses menciona General Gdberjf ido Ministério da Farert
dos acima. da, onde funcionava a agencia Rio do SN ti,
E interessante observar que, depois de c o General Ido Bina Machado, Comin
iui gestão como Ministro do Plancjamen dance di Escola de Comando e Estado
to. Roberto Campei foi designado para o Maior do Exército ECE.ME. foram con* —
CfCYF, O
General Pedro de Almeida ior- vidados Vide ta) Carta do General Octá*
149
nou-se do CICYP em 1961.
sccrttánú vio Gumes de Abreu ao General Olympiu
Além disso, seria com 01 diretores do Sa Tavares. Rw> de Janeiro. 16 de agosto
CED À, A. Neal ç Frank Brandenburg que de 1966 IPES rt/0221- tbl Canas ao Ct>
t» executivos do IPES Harold Follind e
Cipnano Leitão c ao General hm a
roncl
Huber |r
Gilbert vmtm a discutir sobre
Machado, com a momi data Arquivos do
como "rftmin&r os obstáculos colocado*
IPES. Rio dc lane iro.
freme ao eomérem interno entre oi paí-
IPES lambém colaborou com a Fun-
ses americanos"
sul IPES CE, 21 de M O
dação Coimbra Bueno, dirigida pelo
Ge-
«goto de 1%4. ih) IPES CD. 21 dc agos
to de !%4. M
IPES CD. 18 de agosto de neral Humberto Pertgrmo. nos trabalhos
preliminares visando a criação de um Sis
f%4 (dl Ata do IPES, 24 de agosto dc
í%*. Vide também Apêndice Y + tema Interamtrieiiío <lc Segurança Civil

como cão dc guarda do desenvolvimento


Em outubro de 1%4* Gilbert Huber no fctto da
político e tòcio econômico
|r fei um relatório dc outra viagem e seus
comitoi noi Estados Unidos. Propôs uma
America télini O General Heitor Hefft-
pelo IPES para partici-
ra foi deti fitado
solução ao problema de relações « nívd
par da equipe de trabalho conapondente
governamental enire Brasil « Estados Uni-
dos. Em termos gcocconâmtcos, G. Huber Cm» de Htroid c. Pollwd » G«w*l

477
i

Humbcriü Peregrino. Rio de fanetro, 3 de rançfi. Amónio GnlloUl — Light S.A,. CU*
agoslo de l%e IPES bfi/tJUH Arquivos berí Hiibcr Ir. — Tclcíúniciu Brn*
l.isifls

do IPES, Rio dc Lineins. siltim* lorge Gcyer-Mn.vsou, Çoca-Coli^

153. O complexo milhar-industrial tem Amónio Sánchcz Ga Idea na — Cia. Eítaní*

um significado duplo Envolve lamo a as-


fera do Braiil. Augusto Trajnno de Azeve-
JOdlçlo de empr™rio* T oficiai* c insihui-
do Amunes —
ICOML Attcs Gráficos Go-
çiks éii^ Forças Armadas para a produto mes dc Sou eh, Pnuto Gcyer Refinaria —
cmprcén Exploração Petróleo Untóo. CA n d Ido Guin-
de equipamento rmliiAr c ouiro<
dímentos, cotno também o grande e ctes*
le de P&uU Machado Cin, Docas de “
Santos, Mclalon S.A. Arquivos do IPES.
cenlc número de oí ícs^us cm cargos CXC-
tiiUvta de empreso* Paru maior Rio de landro.
clareia. o primeiro caso deve ver referido 15& Como afirmou K Erickson, o Aio
como completo miltiarindtwtnal e o se- Insihucionat “não dciiou dúvidas a respei
gundo caso como ccmpkio emprtsarial- io da baixa eslima que os oficiais viíorio-
nuGlir so5 tinham pelos representantes etc los da
Em mito de 1961* um penodo cmico Naçio ou sobre o relacionamento que pre^
ou de inquktaçio social c política.
BriiiJ. tendí im miníer com o Congresso". K.
Rui Gomes dc Almeida orgAniiou uma ER1CKSON. op cif,, p. 153,
rrurtiió dç empresários r-i qjaü \ A Leife
157. {) Kmpperi BLACK- op. cit.
I. p.
Barbou Ru o “Manifesto do Complexo
76-7. fb) Btqzü: ctcciion facibook. úp< aí.
Mifítar Industnar" Alacaodo estudantes. a
p 37 +
Igreja c outro* elcmemos “mbvcnttm'* c
apelando par a a ação conjunta dc milita- J5fl O*
governos csiaduais continuaram
rei ç empresários pari uivar o pais Pelo
sendo um
foco dé poder tradicional, En>
iretamo, os associados do IPES fizeram
fjftftf cio ano o Congrtsw havia sido fe-
incursões também nessa área, enquanto o
chado. alguru doi pahYicof mais rnfluen.-
govemo centraL através do citsbctccira to-
fei íivennt icui mandatos c direitos poliu-
lo de uma república federativa centralize-
cos lUipenwv, estudante*. trabalhadores t
da que substituiu o sistema federal aníe-
Intelectuais se inseriram em marginai! e
a força dos governadores, pe-
rror, retirou
militantes orgarrizaçõe? de guerrilha c uma lo menos durante algum tempo. Vide Win-
jiBli ds* Forças Armadas
governava o
derley Guilherme do$ SANTOS. Governa-
país apor ada pefo Ato Inimucjpnaj n* 5,
dores-polfticos, govemi dores- lécnfeos, go-
O Manifesto foi elaborado sob encomenda vemadores-miJitares, Doãas, Instituto Uní-
di Câmara de Comércio, Vide Movimento,
versíiirto de Pesquisas do Rio de janeiro*
12 a \B de fevereiro de 1979, p. |7,
(Bh 123-28, Í97L
154. O. JANNJ. Crim in Bratií. New 159- Os membros âo IPES também arqui-
York* Columbia Univ. Preu f 1 970^ p. I&7*
le luramo esquema de transformar os Es+
m lados do Rio de Janeiro c da Guanabara
155, O
IPES «limukrtí um* supcrtonscl- tm um “supe restado'* «invés da fusão de
1
ênci* existente* na mobila
dos "perigos «u as Administrações. Um Grupo dc Traba-
uçáo política. Na época cm que foi bai- lho “Riu JaneÍn>GyAnabara foí cria*
de
,+

xado o Alo Immucional n* 5* o IPES k do peío ÍPES. O ÍP£S teve o "prazer ác


ocupava em incitar o temor à mobiíizaçlo ver teu» estudos t trabalho preliminar uib
política levando ao “eonhecimtmo pes liudoe como uma contribuiçio pira o pU-
wd" de dírçiores de companhia* iplici nejimenio básico das meus dc governo da
t ando-lhes que mm
tivessem em seus arqui- Administração Raymtincfo P*dilhi'\ do Es-
vos um "romário da atui! con juntou tado do Rio de laoeiro, O Grupo de Tra-
de pmsio comunista entre nós" ela-
ifriea balho e seu chcfe r Joio DuvWícr Goulart,
borado pelo IPES. As carias, usinada* foram colocado* á dhpoiiçio das autori’
por Ctycon de Paiva* eram enviadas, entre da d cs murtkipiis, regionait c esraduats pa-
outras* pani Lojas Americanas. Centro !u- ra seus respectivos Esse Grupo
projeto* .

dúimi de Fósforos de Madeira de Segu- de Trabalho permaneceria como uma "ai-

478
liutaoa tícTikJ auxiliar"* ^in o Gonr SM E BONÉS Golbery. poder t %Mn
nnócft do Rio de Eanciro Cana dt 1 Du elo.Coej amai Porto Afepe, açiembro dc
twki Goulart c Pjylo dc Ayiii Ribeiro 1976 Por rolia dc IfW. dot MJO peai»
Rio dc [arteiro, 1 de mato dc I9?L Arqut tbave da a dm mu tração
federal umbilical
¥õ FAft, Rio dc Janeiro rflcmr *o £teculívo* pelo mcrtoi
tifado*
Í00 eram ocupado* por pessoas dc con-
Para coordenru o PJnmu de Dtytttvofvi-
f«nçj do Gtncial Golbcrv.
mcnlo da Governador Fmíilbji. foi indica-
do Paufo dc A «44 Ribeiro que lambam
ctsava encarregado do planeamento da Ibi IPES CO ft de fto%ctnbnj dc I9bb #
administração, apoiado por uma forçai* General Hcrteri
rcí* do IPRS Vide "1 | ncaniro Gúvtmg
fadiJh# Empreta' Arquivo* do tPES Rio
". 161 OtJObíMLt Corpoj-amm op
dc Janeiro. fir p 61 -í

160. I.uirAlberto BAHIA. Çpnttxio po-


Wfico e moddpi cçonomiCDS Confcftnua* 164 ODONNELL. Corpttfülism op
Arquivo» do 1 P£S. çif p 57 60 ,

479
i

1
CAPÍTULO X

CONCLUSÃO

Há virias observações a serem feitas sobre a evidencia empírica aqui apre


sentada, bem como algumas implicações metodológicas, teóricas c políticas dignas
dc breve menção* Tais observações não se relacionam com os chamados "Estados
burocrático’ autoritários*’ cm geral, mas principal mente com a mudança do re-
1

gime brasileiro em 1%4 e com a consequente imposição rfc um novo Eslado, Ge-
5
nera \h ações sobre esses estados exigem pesquisa comparativa.
Entre as observações a serem feitas há duas que acarretam consequências
para a historiografia recente do Brasil. A primeira referç+se ao envolvimento político
dos empresários e à qualidade de sua orgamtação e ação* que foram ambos, in-
çOfiltfltvelmcniCt muito notáveis, A segunda concentra-se na tomada, petos em-
presários e tecno-cmpresários do 1FES da administração do Estado e do aparelho
S

de formulação de diretrizes.
Uniu suposkãp errônea que permda a literatura político-histórica brasileira,
pelo menos nos óltimos 20 mo$ 6 a da tradicional falta de interesse político dos
t

1
empresários e sua submissão aos desígnios dos políticos profissionais c burocra-
11
tas, Pensava-se str isso uma das características do Estado populista rdat ivamente
1
autônomo* Afirmava sç que os empresários não ocupavam os postos no governo*
,

apesar de esperarem que seus interesses fossem atendidos. Imaginava-se que o


poder de classe dos industriais c banqueiros fosse mediado principal mente pela
ação de políticos e burocratas e viesse a $er traduzido em autoridade civil por
vtas indu-etas. Conscoüente mente as atenções políticas e acadêmicas focalizavam-se
nos políticos* em detrimento do estudo do envolvimento dircio dos emoresários.
Essb desatenção às práticas políticas dos empresários, por sua vçz, reforçou o
mito pre valente de que industriais e banqueiros tinham um hortor "natural"
ao envolvimento nesses assuntos.
Tal suposição errônea requer revisão. Os políticos eram* com toda certeza,
os mediadores de poder ernte a sociedade c o Estado no sistema político anterior
a 1964. Entretanto* apesar do seu papel óbvio no sistema político populista e
quôse-pluraüsta, há vários aspectos que foram regularmente negligenciados, Um
deles é que muitos dos polítkos mais influentes, lideres de partidos e governado-
res de Estado eram des próprios empresários* sendo a influencia empresarial um
dos principais trampolins para sc tornarem políticos. Outra revisão a ser fetia c
que* apesar de tantos políticos profissionais terem ocupado postos de importância
no período populista, os círculos internos dos várias administrações a partir da
4
de Getúlio Vargas eram predommantemcmc formados de industriais e banqueiros
ovt políticos com fortes ligações empresariais. Pode-sc até argumentar* a partir da

evidência empírica, que os empresários vêm ocupando regularmente os centros

4S1
e setores-chave de formulação e tomada dc decisões cconfimíco-políticns, do Esta-
do, e que essa tendência foi bastante intensificada com a criação da "iidmínis-
4
tração paratda' durante o governo dc Tuscclino Kuhítschek c pdii existência de
anéis burocrático-empresariais. PárAlclamente, a produção induslrml priviidn e os
assuntos gerenciais dos empresários vêm sendo dirigidos por peritos administra-
tivos c técnicos, que são os executivos do capitalismo no Brasil. Para os empre-
4
sários brasileiros, a político continua sendu parte intrínseca de seus negócios.
As análises tradicionais do período cm questão enfatizam a "exaustão” das
«(ágios “fáceis", dc "substituição de importação", d "decadência política" do
sistema ç a desmlegraçio dc consenso público a fim dc explicar a crise do início
da década de sessenta/ São considerados fatores que contribuírem para essa ins-
tabilidade o surgimento na ESC de um grupu modtirni/anie de oficiais c a "vio-
Iiçio" por pane de foão Goulart do seu papel moderador, sendo de identificado
com a vanguarda dc um segmento da população, enquanto o restante do corpo
social "sentía-se ameaçado". Tais análises interpretaram a intervenção militar de
abril dc 1964 como uma resposta ao tmpasse criado pela crise estrutural e pela
decadência política, uma intervenção que foi estimulada pela adoção da doutrina
de Segurança Nacional c Desenvolvimento da ESG, pelas Forças Armadas e pelo
seu desgosto com a política populista. Nesta modalidade de análise foi negligen-
ciado o papel dos empresários c tecno-empresários na liderança política dos acon-
tecimentos, na definição de diretrizes políticas c táticas, empregadas para enfren-
tar a crise dc insubordinação das classes dominadas contra o regime imposto e
o desejo de controlar o Estado por parte dos industriais e banqueiros do bloco
de poder multinacional e associado.
Tentou-se, portanto, delinear o estabelecimento no Brasil de um novo bloco
4
dc poder multinacional e associado, salientando as transformações que ocorreram
na esfera d» produção econômica. Constatou-se que sua influência sobre a socie-
dade brasileira e o Estado não foi um mero reflexo da supremacia econômica de
que gorava quando do inicio da década de sessenta, mas o resultado de uma
luta política empreendida peia vanguarda desses novos interesses. Com efeito,
o novo bloco de poder deu ongem a uma elite orgânica, cujos diversos estágios
de organização para s ação e seus esforços para moldar tanto a economia quanto
n sistema político, a fim de favorecer seus interesses e consolidar sua expansão,
foram descri tos.
Deu-se ênfase as pnraeiras tentativas desses novos interesses de sc libertarem
do controle ité ali exercido pelo sistema político populista, de fizer reivindicações
de caráter limitado, através da formação dc agências lecno-cmpresariais de con-
sultoria c de um* administração paralela. Focalizaram-se também as novas orga-
nizações como o CQNCLAP e o IBAD que consolidaram a autonomia do rtcém-
formado bloco multinacional e associado, apesar de ainda operarem dentro do
contexto populista. Elas foram substituídas cm seu papel poli tico pda formação
do IPES, uma organização de daisc que reunia a elite orgânica do novo bloco
de poder p que expressava, integralmeme, a ideologia subjacente aos interesses
financeiro-industriais multinacionais t associados/ Fmalmente. foi descrita a ação
através da qual a elite orgânica do novo bloco de poder dcwstniturou o regime
estabelecido fura assumir o controle do Estado. Em outras palavras, tentou-se
mostrar « organização para a ação e as praticas poHtjcii do que, na realidade,
era o bloco de poder dirigente das classes dominantci. À capacidade de liderança
dos interesses multinacionais e associados foi demonstrada através de iua ha-
bilidade p*n incitar uma grande variedade de setores contra o regime e at classes

412
subordinada*, tanto encoberta quanto aberiamcnlc. Através do IPES, <5 novo bloco
de poder mobilizou as classe* domínanlcs pura a ação e servir como cio para as
várias conspirações civil-militares contra )oão Goulart. A ação da dite orgânica
diferencia o movimento de classe que levou ú> intervenção de I * dc abril, de
um mero golpe mífirar,
O envolvimento político dos empresário* multinacionais e associados foi
exemplificado por seu êxito cm obrer o apoio de frações economicamente subal-
ternas que eram parte do bloco populista cligárquico industrial. A necessidade dc
os interesses multinacionais c associados abarcarem o bloco oligárquico-índustrial
era premente sob dois nspcctos básicos, Em primeiro lugar* o bloco oligárquico-
industrial ainda era politicamente predominante, airuvth de sua influência sobre
os partidos nacionais e regionais, n mídia e os governos de Estado. Políticos e go-
vernadores mostraram-se exlrcmamenlc úteis niio somente na contenção das classes
trnb olhadoras mobilizadas pdo trabalhismo, a esquerda ç o Executivo, mas tam-
bém na contramcbilização das classes medias e de segmentos das classes traba-
lhadoras. Os pariídos políticos c govcrrui dores foram eficazes ao bloquear dire-
trizes do Executivo através do Congresso c dos legislativos estaduais. Final mente,
políticos e governadores também foram influentes pdo seu contacto com membros
da oposição militar a João Goulart que estavam fora da influência da ESG
Um outro motivo para atrair a participação dc interesses econômicos subal-
ternos era diluir o que teria sido uma presença mais que óbvia de interesses mui
linacionais na campanha contra Iüâo Goulart c seu governo nacional-reformista.
Tal situação os teria deixado extremamente vulneráveis a ataques da esquerda,
Tentariam portanto, diluir a presença multinacional c associada inserindo suas
p

demandas cm um programa modcmízante-conscrvador mais amplo, apoiado pela


maior parle possível das classes dominantes Uio sena teforv^do urti algum apoio
"populnr" fornecido pelas classes médias mobilizadas, principalmentc através dç
organizações femininas e grupos operários maleáveis como o MSD e o MSR.
Asstm a esquerda trabalhista perdeu seu objeto de oposição clarameiUc definido,
Ccmcomit a n temente, isto significava que a intervenção militar poderia ser então
legitimada em nome do "povo".
Entretanto, a forma dt açào política mais importante exercida pelos empre-
sários e tecno-cmpresirio* e que sempre foi pouco enfatizada em estudos ante-
riores da conjuntura política do inicio da década de sessenta foi a campanha
dirigida pdo IPES contra o Executivo, a esquerda e o trabalhismo. A elite orgâ-
nica. sob a cobertura do IPES. enfrentava o Executivo em constantes batalhas
políticas, hostil izandoo e conseguindo reduzir o espaço político do governo para
manobras, enquanto preparava um golpe estratégico militar dirigido ao ccniro de
equilíbrio do regime. Tanto o Estado quanto a sociedade foram transformados
em campo de batalha. As táticas e as técnicas políticas utilizadas na campanha
para inviabilizar o regime dc |oão Goulart e intervir militarmente assemelhavam*
« muito às que se tomaram conhecidas após a experiência do Chile em 1973
pelo célebre eufemismo — M d «estabilização* 1

,
10

As classes dominantes, sob a liderança do bloco multinacional e associado,


empreenderam uma campanha ideológica t politíco*militar em frentes diversas,
através de uma série dc instituições e organizações dc classe, muitas das quais
eram parle integrante do sistema político populista. Algumas dessas instituições e
organizações eram controladas e ocupadas exclusivamenie pelas classes domi-
nantes, tais como as associações da classe empresarial. Outras, no entanto, eram
órgãos e instituições através dos quais as classes dominantes procuravam assegurar

483
tu* hegemonia, apesar de não terem controle total sobre elas. Entre essas institui*
çõet e Órgãos da '“sociedade civil", onde era exercido e lambem contestado o
poder das classes dominantes, encontravam-se o sistema educacional, clubes cul-
tunit. sociais e esportivos, a Iftreja Católica, as associações de profissionais e os
sindicatos. O IPES penetrou com eficácia em diversos níveis e setores do aparelho
estatal, lais como oficiais de médio c alio escalão das Forças Armadas, a Polícia
Militar e os anéis burocrático-empresariais, obtendo o apoio de pessoas influentes
da administração do Estado que toào Goulart herdara de governos anteriores.
Conseguiu também exercer sua influencia sobre membros das burocracias políticas
do Estado, como os pelegos. O IPES. na realidade, acirrou a luta política das clas-
ses dominantes e elevou a luta dc classe ao estágio de confronto militar, para o
qual as ciasses trabalhadoras c seus aliados não estavam preparados. O IPES
"pagou para ver o blefe" do dispositivo militar do governo, dos "Grupos dos Onze"
de Brizola e a suposta forca política da Frente de Mobilização Popular por meio
da insirumemaliução inteligente das Forças Armadas. O dano causado pela cam-
panha de “alarme c desânimo" instigada pelo IPES, juntamente com a ajuda re
cebida dos profissionais autônomos, agindo no setor privado e nu aparelho estatal,
criou sérios problemas ao regime e resultou cm um vasto empreendimento coletivo
de desestruturação e desorganização, o que foi vital para permitir que os mili-
tares agissem como restauradores da ordem. Finalmcnte. o IPES serviu como um
canal par» a intervenção das corporações privadas multinacionais, tanto como
companhias isoladas, quanto através dc suas associações de classe, fora e dentro
do O IPES serviu também como "grupo dc ligação" para governos estran-
Brasil
geiros.pirticularmemc o dos Estados Unidos." As pressões de corporações multi-
nacionais e as do governo norte-americano, junlamcnic com os efeitos acumulados
da intervenção externa conservadora (como as várias equipes brasileiro-americanas
para programar o desenvolvimento), tiveram um efeito devastador sobre o governo
brasileiro.
A autonomia política e a iniciativa demonstradas pelos empresários provam
que ciesnão eram meros suportes ( Traeçer ) do processo de dominação, mas, sim,
forçai politizadas que fizeram da conquista do poder estatal a finalidade de seu
planejamento político e dc sua ação.* 1 Deve-se observar que as oções de uma
intensidade sem precedentes, por parte dos empresários, foram real iradas princi-
palmente através do exercício de seu poder de classe,'* apesar de a ação de classe
ter sido finalmcnte realizada e sancionada por força do aparelho estalai coercivo."
A idéia da existência de uma classe dominante "amorfa", sem consciência de
seus próprios interesses que, consequentemente, deveria ser "orientada" pelo Es-
tado, na conjuntura critica do inicio da década dc sessenta, não resiste ò evidência
de um cslitdo cuidadoso da ação política empresarial. Também fica abalada a visão
de uma classe empresarial "subdesenvolvida" que. na ausência dc uma classe
governante esclarecida, linha dc ser dirigida por uma força militar tecnicamente
preparada ou por uma eficiente "elite" tccnobu roerá uca, acopladas à classe do-
minante.
As ciastes dominantes eram lideradas por uma vanguarda composta, basica-
mente, de seus próprios membros, a elite orgânica, que operava através do IPF.S.
Eles constituíam a liderança organizada da classe, aqueles que faiiam do "aper-
feiçoamento das ilusões da classe sobre si mesma" uma atividade central, ao
mesmo tempo, fornecendo ao bloco dc poder dominante uma estratégia e lálicoi
para a ação. Eram parte integTante e orgânica do bloco de poder emergente, até
mesmo peto tilo de “eles próprios pertencerem ccunomics mente ás classes domi-

464
nantw: eram intelectuais e organizadores político* e ao mesmo tempo, diretores
P

de empresas, grandes proprietários de lenas ou administradores de grandes pro-


priedades, empresários comerciais e industriais". 1 *
Essa verdadeira elite das classes dominantes se encarregou dos affaires d Via f
mais gerais. Preservou a natureza capitalista do Estado, uma urefa que envolvia
sérias restrições I organização autónoma das classes trabalhadoras c a consoli-
dação de um tnodrio de crescimento denominado profundhúeión'* isto é, o de-
senvolvimento dc um tipo dc capitalismo tardio, dependente, desigual, mas tam-
bém CKtensameme industrializado, com uma economia principal mente dirigida
para um alto grau de concentração de propriedade na indústria c integração com
o sistema bancário.
1
O duplo objetivo do IPES, dc assegurar a ptofundiiación e
de restringir a força operária, cra concomitante com outro objetivo que se
constituía em um requisito para o desenvolvimento dc interesses multinacionais
t associados e para a exclusão do bloco oligárquico- industrial populista. Tal ofeje*
ti vo era a «adequação da estrutura burocrática do Estado c a imposiçlo de res-

trições especificas sobre a vida política em geral.


Uma vez no poder, o bloco financeiro- industrial multinacional c associado,
ao procurar uma redefinição dos critérios dc inclusàoy exclusão no sistema polí-
1
tico/ nio limitou sua atenção somente às classes trabalhadoras. *
1
O bloco de
poder multinacional c associado impôs uma nova relação entre o Estado, as clas-
ses d Gin intimes c de próprio, que implicava i rejeição do bloco oltgãrquico-indus-
trvnl populista c dc seus mecanismos de representação e controle dc classe. O
novo bloco de poder rejeitou n ordem política anterior e procurou estabelecer um
regime Lee no-em presa ri &1. protegido c apoiado pelas Forças Armadas, um regime
tal que OS políticos se tornariam ancilares e, no processo, perderiam seu papel

central,

À nova relação entre o Estado, as classes dominantes e o bloco de poder


multinacional e associado permitiu ao IPÊS moldar o processo de modernização
económica, 2 Os anéis burocrático-empresariais foram consolidados. Os grupos eco-
''

nômicos que não pertenciam ao bloco de poder financeiro-industrial multinacional


e associado foram excluídos dos processos principais de formulação de diretrizes. n
O Fato de industriais e banqueiros, como membros do IPÊS ou fortemente
relacionados a ele, ocuparem os postos-chave de formulação de uma política eco-
nómica e de exercerem cargos públicos como ministros e burocratas de alto es-
calão, permitiu que o IPES agisse como um verdadeiro mediador de poder, pois
era um agente polltko c ideológico que Fazia parte tanto das ciasses dominantes
quanto do Estado/- A ocupação dos órgãos de formulação de política econômica
por empresários e tecnexmpresários do IPES resultava, de fato. na "privatização
das instituições do Estado". 24 Tal ocupação abriu as áreas institucionais do Estado
à exclusiva representação de certos interesses privados organizados. Tanto a “‘pri-
1

valização’ quanto a exclusividade de interesses representados tinham dc ser le-


gitimadas dc uma forma ou dc outra. Nem mesmo uma elite orgânica preparada
e poderosa como a do IPES, com o apoio dos oficiais da ESG, poderia operar
um sistema econômico tão declaradamente a Favor das frações multinacionais e
associadas, sem apresentar uma posição política c ideológica vulnerável, que
poderia ser prontamenic explorada pelas vozes cm desacordo, entre as classes
dominantes e os militares. A fórmula que legitimou o controle da elaboração da
política económica pelo IPES foi a do regime "tecnocrático", baseado cm toma-
das dc decisões aparentemente racionais.

485
ff
A racional idade lecnacrátici'* na elaboração de diretrizes excluía, por defí-
mçio considerações
t
políticas, q ut eram igualadas aos interesses menores c prey
soes destituídas de altruísmo. Os aspectos "'lecn ocra ticos" do regime* que abran-
giam a ausenaa de discussão abena c responsabilidade pública dos que tomavam
as decisões, funciona vam, eíeiivamente. contra as frações das classes dominantes
não ligadas ao IPÊS. De maneira semelhante, a natureza "lecnocritíca" du tomada
de decisões do Esudo era coerente com a exclusão total dos setores populares.
O cara ter iccnocrátíco correspondia à imagem dos dois elementos **racianats ,a
na formulação de diretrizes entre o$ civts e os militares. Esses elementos eram
os chamados técnicos ibuircraias supostamente com preparo técnico) que traça-
vam o desenvolvi mento econômico com seus equivalentes nas Forças Armadas,
isto c. os oficiais da ESG conduzindo o leme político do Estado e proporcionando
segurança. "Segurança Nacional e Desenvolvimento**, o lema da ESG. tornou st
também o tema do novo Estado. Os técnicos e os oficiais da ESG estavam, pre-
lensamente, unidos no governo devido aos seus supostos talentos e è sua ideologia
il
nãoemocionaL a política e apartidáiia.
21
A imagem tecnocrática** teve o mesmo
papej de legitimação c generalização de demandas e interesses particulares que a
idéia de "dtsefivdvjnrsenio'' tivera durante o período de Juscelirao Kubítschck. 14
aa
Tanto o desenvolvimento" quanto o "lecnocratismo" respondiam as expectativas
sociais* embora os dois rótulos servissem para ofuscar a identificação dos princi-
pais beneficiários do processo, tendo sido nos dois casos os interesses rnulth
nacionais c associados. A diferença* entretanto* era que a idéia de "desenvolvy
1
mento no governo de Juscelino Kufeitschek serviu para nutrir aspirações hege-

mônicas das classes dominantes em relação ãs classes dominadas, isto é, envolvia


vida política ativa no empenho de se chegar a uma meta nacional de descnvotvi-
,

mento 0 *iecnocr»ljinK)' por outro lado, não se referia a uma meta, mas aos
l

meios pelos quati eram tomadas as decisões sobre objetivos sócio-económicos que
não sc encontravam abertos a discussões r* O
ia ,

lccnocratiíino* + que foi assu-


mido como um véu ideológico pdo novo Estado estabelecido cm 1964, ratificou
um aspecto importante da realidade, isto é, as restrições impostas sobre i vida
política peío novo bloco de poder dominante."
Apesar de ser a formulação de diretrizes controlada pelos empresários e
fecno-cmpresários* alguns autores tendem a retratar os ocupantes dos cargos de
poder no Estado como técnicos* enfatizando sua ausência dc interesses econô-
micos e sua pretensa neutralidade no processo de formulação de diretrizes e de
tomada dc decisões. A dicotomia analítica entre empresários (ou tecno-empresiriosl
t técnicos parece ter surgido dc uma simples insuficiência de pesquisa empírica
sobre as fones ligações dos técnicos com interesses privados, bem como de supo-
sições que. afoita mente* atribuíram q título bastante arbitrário de "tecnocráia”
aos empresários* em decorrência de suas atividades econômicas específicas.’* O
#,
estudo das classes dominantes pir» n‘\ em ação. exercendo seu poder de classe,
mostrando sua vontade política e sua consciência de classe foi scríamente negli-
genciado. com exceções dignas de nota/’ Por ourro fado, as Forças Armadas e,
em particular, a ESG, como suposto centro ideológico* foram focalizados como
agentes de mudança, enquanto a burocracia* arravés de um núcleo de técnicos, foi
apontada como o agente de construção nacional.** Ademais, projeção do Estado
e a mínimizaçlo do pape! dos industriais e banqueiros poderiam ser consideradas
um dos resultados da ênfase i natureza autônoma ou subsistêmtca das Forças
Armadas e da tecnoburocrada,’ Além do mais. como modelo básico para a inter-
1

pretação dos golpes na América latina e* panicularmcnie. o do Brasil, fu»


tomado

4g6
o dn ínlcrvençãü bonupartisia dos mllilares/* O Estado de exceção pós- 1964 foi
vialn como um aparelho mílitflr-burocrálico que tomou o poder diante da inquie-
tação popular c que foi apoiado pelo temor das classes medias, uo invés de agir
4
"rcpresenlqmlo" os camponeses, como ocorreu no Estado bcmapnrtisUi original/
O que se supôs haver de comum entre o caso do Brasil c o Estado bonapartisia
original foi o falo de O aparelho militar-burocrático tomar o poder, a despeito das
elavica dominantes, a fim de comandar o Estado, para que os inieresses desses
classes pudessem prevalecer, À visílo do Estado póvl%4 como bonnpartisia foi
1

reforçada pchi crença na nutonomln " relativa' do Estado de exceção que, de


acordo com Micos Pcw Ionizas, requer autonomia relativa para " reorganizar u he-
1

gemonia e o bloçq dc poder' 11 No realidade, foi o bloco dc poder liderado pelo


.

JPES que reorganizou o Estado e, sob o controle da elite orgânica, lenlou conso-
lidar sua posição. Com as classes dominantes "tomadas Estado" e por este enco-
btrlas e dissimuladas (aufgehoben), o aparelho estatal passou a ser o objeto de
pesquisa, em detrimento de industriais e banqueiros supostamente "ausentes do
Estado", O Eslodo e as classes dominantes eram vistos como entidades empare-
1
lhadas e externai umas as outras. " Os vários grupos sociais, aparentemente, tinham
de competir para obicr os favores do aparelho estatal burocrático* autoritário, os-
11
leusivamente dirigido por técnicos e conduzido por militares. Como assinalou
Fernando Henrique Cardoso, os cientistas sociais lançaram-se “o la recherchú de
,,
exercendo um papel de
,1
1'ótat perda " um típu dc Estado tecnoburoco5trensel

supervisão sobre as dasses dominantes, agindo também em ücu próprio benefício/


7

Com a super valorização em geral do papd dirigente das Forças Armadas e da


função cstraiégicH da "tecnoburocrnci&'\ em detrimento da presença c das ativi-
dades dos empresários na política nacional, diversos problemas c questões, como
a noção dc uma classe ou de um bloco de poder governante foram postos dc lado.
.

Enquanto isso, outras dificuldades foram levantadas em tentativas dc compreender


problemas de articulação de interesses e de representação de classe no Estado. O
próprio Estado foi envolto na aura de uma "autonomia relativa" metafísica, na
qual o autoritarismo eximia o Estado dos responsabilidades sociais e da prestação
de contas aos cidadãos. Concomitante mente, os aspectos tecnocrá ticos do regime
legitimaram o controle exercido pelo IPE5 sobre o aparelho estatal económico-
administrativo e asseguraram a exclusão do bloco oligârquico- industrial,
O Estado expressava então a supremacia e unidade política do bloco de poder
dominante liderado pelo IPES/' Do ponto dc vista estrutural, ú Estado brasileiro
era o verdadeiro "condensado de relações de poder", entre classes em conflito t
entre frações rivais, de que fala N Poutamias. O nível de luta de classe no Brasil,
na conjuntura política especifica do início da década de sessenta, explicava a na-
tureza "tecnocrítica" c autoritária da ‘'condensado" dc relações de poder. O Es-
tado representava tanto a relação de força entre os excluídos da participação
política tout*court c as classes dominantes — dai seu autoritarismo —quanto a
reliçao de força entre os Interesses olígárquicchindustriais excluídos da represen-
tação junto ã cúpula c ao bloco de poder, liderado peto 1PES —daí seu tecno-
cniismo. A presença generalizada que o 1PES impôs ao aparelho estatal, sua
posição privilegiada na sociedade civil, seu controle sobre uma parte predomi-
nante dos meios dc produção material e sua atitude repressiva levam I reflexão
diante da noção e da realidade política dc uma dasse governante. Também levam
a modificar as visões cdikas • respeito das possibilidades de realmeme se verificar
a sua existência 1* (ou, nesic coso, dc um bloco de poder ou de uma fração go-
vernante).

487
A frújj 4c classe 4o Estado brasileiro depois de 1964 foi estudada cm virtude
de haver preenchido os requisitos políticos c econômicos para o desenvolvimento
do modo de produção capitalista ç em decorrência da força e da influência que
os interesses económicos dominantes são capam de exercer, por possuírem e
4

controlarem uma ampla gama de recursosJ Entretanto, esses interesses financeiro-


industriais multinacionais e associados não Foram obrigados a exercer pressão,
como se estivessem **de fora'\ sobre as ações c diretrizes políticas do Estado. Os
processos de formulação 4e poíític* econômica e dc tomada de decisão eram exe-
cutados, dentro e fora do Estado, pelo bloco de poder dominante liderado pelo
IPES que não necessitava dc intermediários porque era o próprio mediador dc
poder. Em outras palavras, a bios de classe do Estado foi determinada não só
pelif limitações estruturais que. por si sós, eram equivalentes a uma dimensão
41
objetiva e impessoal dc instrumentalização dc classe. Também foi determinada
pelo recrutamento do pessoal tocado na cúpula de comando do Estado, que era,
em grande parle, da mesma dasse dos empresários e tecno^mpresários que co-
mandavam o sei cr privado da vida econômica do Brasil. 15 O Estado prendia-se aos
desígnios dos ativistas do IPES, que cuidavam dos problemas dc coesão dos dire-
trizes. Apesar de haver divergências táticas, elas ocorreram demro de um espectro
específico e bastame restrito, permitindo, assim, ao IPES exercer sua influência
através da década de setenta Mas ainda há campo para pesquisa sobre o papel
do IPES depois de 1964. sobre a distribuição de poder entre as diferentes frações
C subgrupos que compreendem o bloco de poder por de liderado.
O novo Estado estabelecido em 1964 agiu, nno só cm nome do bloco dc poder
financeiro-industrial multinacional e associado, mas também sob o comando do
bloco dc poder vigente organizado pelo IPES. O Estado de 1964 era de fato um
Estado clasmta e acima de rudo governado por um bloco de poder, JustemetiTe
f T

por sua sujeição ao controle pessoal de um bloco liderado pelo IPES. o Estado
se encontrava fora da esfera de influência das classes dominantes cm geral, ao
mesmo tempo que gozava de autonomia total em relação is classes dominadas,
enfatizando, assim a necessidade de qualificar as afirmações a respeito da autono-
mia relativa do Estado no Brasil Em suma, o IPES representava, dc forma orgâ-
nica, o poder dos imemsev multinacionais e associados com uma visão estralé
gica que transcendia interesses restriios de companhias específicas ou grupos so-
ciais e capaz de formular diretrizes políticas que beneficiavam todo o bloco. £
importante salientar que as capacidades organizacionais desempenham um papel
fundamental na compreensão da luta de classe e da mudança social, porque i
uma luta pelo próprio "vir j-scr*' de classes organizadas, e não entre classes or
r>
ganizadas. Na medida em que as classes dominantes conseguiram atingir a trans-
formação do que Olin Wright chama de suas ''capacidades estruturais" cm capa-
cidades organizacionais, o bloco dc poder multinacional e associado foi capaz dc
conter as contradições que permeavam o Estado brasileiro e de conquistá-lo. 0
que ocorreu no Brasil em * de abnl dc 1964 revelou que o fato mais óbvio c, no
1

entanto, talvez o mais negligenciado, diz respeito ã noção dc )uu de classes. De


acordo com Ralph Miliband, "'supondo-se que seja ignorada a concepção de que
1
luta de classe é o resultado de propaganda e agitação 'extremistas permanece o ,

fito de que a esquerda tende para uma perspectiva pda qual a luta dc classes
é travada pelos trabalhadores e pelai classes subordinadas comra as dominantes.
Claro que é isso*. Mas a luta de classe também significa c, sempre significou.

* NT- Comtmçía eííptici também n* citação do original.


antes áe mais nada ,
a luta trivsdi pda desse dominante, e pelo Estado agindo
em seu nome, contra os trabalhadores e as classei subordinadas. Por deímiçao,
a luta nlo é um processo unilateral mas convém enfatizar que da é ativamente
travada pcli disse ou classes dominantes e, sob muitos aspectos, com mais efi-
41
ciência do que a travada pelas classes dominadas". Pelo que foi visto no de*
correr dos capítulos, ii observações de R. MiUband procedem. Entretanto, uma
observiçlo vital a ser feita, contrária I outra generalização de Miliband, é que a

tuia de claiKS promovida pelo bloco multinacional e associado liderado pelo


foi

IPES na "sociedade eWH” de acordo com uma estratégia determinada, com focos
de açao específicos e deliberados e com liderança e organização elaboradas. O fato

dc se ier + finalmente, recorrido à intervenção militar para desferir o golpe final


contra o governo de joáo Goulart apenas enfatizou que “a classe dominante, sob
1 proteção do Eitadõ, possuía vastos recursos, jncomensuravelmenie maiores que
1
os das classes dominidti, para impor seu peso sobre a sociedade civil"/
11
Concluindo, pode se dizer que a "pré-história política e ideológica dos grin*
des interessei financeiro-industriais multinacionais e associados estava entrelaçada
com l dç bloco histórico populista e com a convergência de classes dominantes
deste bloco. A do bloco de poder multinacional e associado começou a
história

1/ de abril de 1W4, quando os novos interesses realmente "tornaram-sc Estado”,


rcadequando o regime e o sistema político e reformulando a economia a serviço de
seus objetivos. Agindo dessa forma, levaram o Brasil e, poder se-ia conjecturar,
todo o cone sul da América Latina ao estágio mundial de desenvolvimento capi-
talista monopolista.

NOTAS BIBLIOGRÁFICAS

1. Pm |entralÍEJÇõe3 sobre o eiitdo bu leira. O Embaixador Korry. que serviu no


rocrátioiutoritário vide GuíIJermo O* Chile, chegou a afirmar que as técnicas

DONNELL. Corporalism and lhe question empregadas no Brasil foram utilizadas no


o( ihf une In: MALLOY* lames M. Au- Chile dez anos mau urde, com efeito de-

thàrttjTiútuim and corporatiim m Laim vuisdot. Empresário» locais e estrangeiros


Ammcü Fimburgh, Fiusburjh Umv. pertencentes ao Council for Lttin Ameri-

Preii, 1977. ca foram engajados, por volta de 1970, no

2 Até que ponto t experiência brasileira


Uruguai, cm atividades scmelhames às we
cuiadãt no Brasil, ou seja, uma “campa-
é relevante pira outros países laiíno-ame-
nha publftrlin» apoiada por cmprciis con-
rícinos? São encontrados em ouirai parte»
tra os eitremiuai” Empresário# faziam
modelos semelhantes dc açio de claiic em-
parle de "um comité uruguião-americano
presarial? Primeiro, o IPES tinha organi-
dc homens de negóçioi que atuava como
zações idênlka* c congéneres por ioda a
assessor voluntária do presidente Pacheco
América Latina c ntd nos Es aden Unidos
l

Areco*/ Um ano depois liderei do IPES


Como visto anleriormcnlt, há também in-
foram envolvidos na queda do presidente
1

dicações dc que o “modelo brasileiro' foi


Torres da Bolívia, enquanio "acionista»"
empregado cm outras países O caso da do Council for Laiin America tortm ezh
queda tk Alfende e o clima de drasttt volvidos rtn campanha» de 'publicidade"
económico t de convulsão social titimu- na Argentina. Vide COUNCIL for Laiin
lado durante sua presidência ceriamcnie America. Repor t to stockholdcn, Nr*
df bem semelhantes I ciperiéncía bratí York, jan 1970. v. b. n 2 p 1.

489
I,Supwib*-*e * mekna do* itidui- Brasil, lã eram banqueiros, bem como 22
(rt«u * binqueiroí ejíiicut pttKgpult do* 14 earcuiivof d* SUMQC e íuncioni
oa «bvúfit cm kui probknw comcroaii no* do Banco Central Vide C. HÀSEN
imediato* mourando A&im pouta Liaclm* BALG & C BR IG AG AO Formação do
^ki mtrlectuaf cu praíic* fwn nr dedicar empresário financeiro no Brasil Düdoi.
a ijrefa* que partcnm aíhci» Ou poamcF Rio dc lenciro, 1**79 103, lUPERL tm
mrnlr rüt^MI ti iuM mel» ffflffW 5 Há ne<m>dade de mau «tudo* sobre
ntrt 4 crença tia piuu idade pohuci doa interação entre empresário* empreaá-
a ç
ffApmâriOi braiüüerno* foi dc*cmc4vidi cm rioí pohiicoi e entre clet c o* poUturen pro-
particular por Riwdan RQfTT Iwif; Fitnonaii na elaboração de diretrim poli-
polmci m * jumfionioi joort> BoíIchv tkai ante* dc 1964 Sobre o papel político
Alíjn & Ra«m. 1972 P ISA do* empresário*, vide Üuintm HOARE k
4 k furado,
Ai diiKi eznpmanai) têm Geçfírcy NÜWELL^SMITH. Stiedknt
de icut fucnano* intelectual) or
atravéi frvm tht prison noitbooks of AnJomo
jlnxof »
rWeu do podei com pjndc Crámut. London, Lawrence 4 Wiahart.
força política e tdeolofKL* Sempre que 1971. p. 260.
unta nova cooTifuraçao dc telaçác* át po-
6. Vide A. STEPAhf Th* mtltivy m
Cal
der tadbcava o pe*u*d nuèelivtfflfnifl de poiitict Fnncelon. Ptinceion Untv ?re\\
um E liado reljuitracme mi&nomo como |47> C*p. 6^7 tbt T SKIDMORE Pot*
em 19*5, I9H ou 1964. a ordem tmpm* tk$ tn Braid. J9J0-J9N m rxpfnmtní in
rtaí imeneio. de uira ferou ou dc outra, drmpçracy. Qiford Umv Pre». 1967. Cap
para restaurar
mãquíft* política
m firme controle sobre a
de autoridade e força
74 ití R SCHNEIDER Th* pütaicá
ty* ttm úf Btssii Ne» York, Columbii
Mctmo fok Goulart não drtpemou, mi Unir. Rrew, I97| + Ctp L
dalmenre. ftpurar eirprtuniu importjn
te*. como o banqueiro Momn bailei Uu 7. CcoricirAndré FIECHTER Bwil d»
rr 1964; modtrmzation undtr a miiiteuy
potlimenlt imposto • foio Goulart, como
rtgime London+ The Maemillan Prew,
parte do cgroprpftiiuo de í%L quando
titc Diiumiu i Gaívío,
pretidificiah Nd 1975. p. % 20, 29.

banqueiro e induimaJ, Carvalho Pmio* I. Sobre o conceito de bloco de poder,

banqueiro, Sanuago Daoiaa. mduimal da vide N POULANT2A5 Potincot po*fr


Copebri* ÍÀ. F Tonrt, E, Caio da Sdva md ÈOcml dastri London. NLB and 5 4
Prado. Aftftii C. Uukjohn — da Cotam*
W. 197]. p. 24142
bilfi Carboo Co — LSA/Ceiaiifto $A. 9 O artumemo é bateado n« critério*
Panaml/Cclanctc Corp oí Amenu/Tra melodolóficda dc A, Granvsci. conforme
dert Jnc * Pinimil, lorpc Serpa, diretor foi apresentado em (i) Qüíntin HOARE

da Mannetmann e Renato Cotca Lima, re-


.
4 Gcoffmr NOWELDSM1TH op cü p
pmmtanft do» inlereiiei do teu* cafeei-
17563 ib) AniÒruo GRAMSCI, Afnquio
i*f, a ppilíica r o Estado moderno. Rio de
ro. para mencionar alfun* Hi. certamente,
Janeiro, Civilização Brasileira, 1961. p 61,
neceuididc de k pesqunar mau «obre ai
opçAci polfiKM aberta) aos imereiae* muí 10 Vide Godfrey HODGSON 4 WjlJiani

rinaounaii e aiiocSadot, airavét da pasoa SHAWCROSS De*tabifiiation Thr Stt*


dc Santiago Danui do» motivo* para aua day Times. October 74, 1971. p, 15-16
e
“rejrtçlo
1
'
Além disso, cm peaquiia reali- 11 A noção de "grupo* de li|açia" co-
tada por Cario* Haaenbdi e Cfóvti Brv mo é empregada por Karl Dcutsch refere
laflo a rspcito da participação política te a grupo* dcmro do miem a político na-
da burguesia entre 1955 e 196*, descobriu- cionalque tém bflaçãci parhcultret com
K que dc um lotai de 112 carpe» público* o meio inlemacional. Vide fan Knippen
importante* ocupado* por cmpmirioi, gn BLACK. United States peneirotion út Bro
baoqueim tinham 56 posto* contra 46 doa fd Minch éster p MancheiiCf üniv. Pn** p

industriai* t 27do* comerciantei. De om 1977. p. 59l63


lotai de 9 Ministra* da Fazenda, 6 eram 12. um movimenio poUlko.., fl]
banqueira. Dc 36 d morei do Banco do i
um movimento da daaac, coto o objetivo

490
dc renhí ar snií interesses de modo geral, lhe eapilalitl siale. Ne™ L*)i Rttí>»,
de ttma forma que pouuA Fenrç as gerai). London f*2t, 1971 p Sò <h) N POU
iCKiiSmcnic cocreiv**" Vide Karl MARX LANTZÀS. The eapUaíisí itilc d fcpljr lo
Carla a Bolie, em 21 de nuv * 187], refe- Mrtibxnd and Laclauu Lrft Rcview.
rente no Gol ha Frogr.vm nu., conforme ci- London Í95L 1979 p 72^6
la dó pohr N POUtANTZAS op. dl. p 15 (a) A, GRAMSCI Aniotogtã. México.
107.
Sígío XXI, 1970 p 71 Cb) A GRAMSO
33 Pira U. Milihand, poder dc cla&ic é o jVoíüí itibfà Sí aqmoYtÍQ, iobre pohiéca y
poder icrãl c pcnetranic que uma cbitt a obre cl atado moderno. Buenos Airtt*
domrnnnlc (oitumiNo-K. pita fira* dc cx> Ed Lautafu, 1962- p Síl.
pfkação* que HA lomcmc uma) exerce a G DDDNNEU. op
16- cif p. 4*, 64.
fim de manter c dc defender a sua predo-
minância na "nxiedade d vil" poder b« 1 7 Um dos indicadores
do processo de
miçgração foi a l%7 a núme-
que de 1%2
dc claut é exercido fliravés dc muiias mv
ttloiçâei e agcnçii** Algumas delas mu ro dt diftlorcs dt indústriss cm lodo o
destinada* principal mente a eáia Brlail Gárn dc 4P OÜÜ para 40.000. enquan-
finaJtda
de, por exemplo, partidos políticos da to o número dc empresa* individuais, de

daste dominante, grupos de interesse c faio. treueu em váriai milharei Vide BA-

presto ete Outras peidem oi o ser espE- NAS 40000 nú comando âa ecanqniia
cificantcntc destinadas essa fin«! idade, liTHilcirA. V. I. 19bJ-t%9 ilniroduçio).
a
como w
mas podem servir a ela, igreja*, ev 18 Sobre "poliiiei de exdti5io vide F-
colúi t a famltía. Mas destinadas ou nio PARKlN Matxísir ind cí*i£J sheory Lon-
i csii sio as instituições e
finalidade, doft. TivbiOtt 1979.
agencias das quais a dasse domi-
a traves
19. A ameaça apresentada Às ctuici do-
nante procura assegurar sua "hegemonia",
minarues pd* mobiliTAçio das dissei lm
R. MtLJBAND Afu/jníwi and pofifi-rs. Qx
b a] h adoras urbanti e rurais resultou no
ford, Oxford Uíiiy Press, 1977 p IMS.
resiabclecimenio. depois de I* de xbnl
Par* N + POtjLANTZAS. PoÜík*
de J96+, de Fories elo» de controle com os
op. aí. p, 104-7, poder é "a capacidade"
setores populares, reforçando o caráicr ^g-
dc umn classe social dc reoEhur seuf ime
(oritàrioda novo Estado c umi penetra
11

retses uhiclivüs específicos, A noção dc


çtio" matur do Est*do na sociedade civil.
poder catá rdadonèda com o campo de
,h
Sobre a noção de "penetração' e a noção
prútkas dc *'doíse tendo uma referencia ,
dc Estados burwràtico-aülontírios* vide:
Cipcdílca u análise dc organizações dc
QTSONNELL op dt p *ê.
clrijsc. Seu quadro de referência é o campo
Entretanto, a reJcção quase^corporativisn
da luta de clnsie dc um» sociedade divi-
th das dusscâ dominantes com os setores
dida cin cUíscs, Púra u noção de "intcrei-
p,
popuhces através do novo Estado burocrú-
ics + "inftresiai objetivos"' c "interessas
ticfrnutorifãrionão resuliou na incorpora'
de classo" vldú (a) N. POULANTZAS, hl
ção oü m rolada das classes trabalhadoras
p r 109-13. th) Erik Qliii WRIGHT Ciou
urbanas, como fizeram Oe túlio Vargas t
çrhis and the ^icjfr London, NLB, 197B. p.
seus sucessores, mas na exclusão política
B78.
e econômica íouf-çotfrf dos setores popu-
14. Com essa nçfto, o aparelho do Estudo lares. O abafamento do expressão corpo*
agiu como um puder dc dnssc cãtmLégicu rnfivn c polhica das clnsmi trabalhadoras
c historicamente prepar&do. Para a noção industriais e rurais foi 0 alicerce da "no-
dc Balado como poder dc classe predispos- va ordem" c da "paz (oclal", c um pré-
to (previumente preparado c romolídndül, requisito para n "segurança e o desenvol-
vide Q HO ARE & G. NOWELLSMITH. vimento nacionais", O novo bloco dc po^
úp. dt. p. 2t7, der implemèiHüu uma estral-égía de domi-
Devesse lembrnr, entretanto, que o po nação das classes subordinadas de acordo
14
der do Estado meio principal c bá-4 o com a doutrina da Segurança Nacional c
sico, mos hftu o únku, airavés do qual o o Desenvolvimento da Escola Superior de
Guerra, que tinha como um dc seus prin-
11
poder de classe 4 assegurado c mantido .

Vide (a) R, MlUBÀND, Poulimiziis and cípios básicos o Inevitável renovação da

491
equação "eli irmanas" At demandas e nr ciooconÒitikâi t políticas mal» imporia*
ccssidadei d«i (nftuu, ne*ia doutrina. « te»c tuas soluções, Neasc aspecto, o IPF.5
fiam inlírpitiidai peU "cJite"\ atribuindo desenvolveu funções que G. William Dom
ài rtfcndai massai um mlermediárw pçr- hofí chamou dt "busca do consento na
mm eme na forma do talado Sobre o íorv formulação dt djretritci * para o bloco d«
1

(rola dai cJaatct trabalhadora* dtpoii dc poder dominante, muito temclhanlt a or


1904. vide Kenneth S. MERICLE. Corpo finiuçòes americanas como o Councll un
ratiit corttroi of ihe workuif tias*. avthcv Fortifo Rclations, o Bunncis Coumil e o
ndnin BtíiII MAL1-0Y.,
imcc 1904. In; Commiuce for Economic Develnpmeni
)ame* M ed Authoriiariariwn and c&rpo- que, como foi visto «llcriormenle, era na
rptim m Laün Àmtriçú Putjhurfh, Utiiv., strdade uma das congénem amencanu
of Filtiburgh Prcu. (97? p 30VJã do IPES. Vide in) G. William DOMHOFF.
20. Como foi viilo no capitulo IX, no Social clubs» policy-plnnntag fitou pi, nnd
centro da cidutio insiirurjooal irada dot corporaiiomr a nttwork of ruling clnji co
ímermci ecooúffncoa subalterno* citava o hesivenes*. In: Domhoff, G. William ed.
Mimiiérm do Planejamento. uma vtrda New dírectiom in power ttruclure reteir
Jcira rcterva do 1PE5, Ei*e ministério tv eh, Tht fnsurgent Sodobgiãt OrtfOQ, 3 ,

tav a efteaitirfado de coordenar e supervi- O): 173, Sprint LiurencÉ H.


1975.. (b)

sionar a» difrrenici funcho do aparelho 5HOUP. Shaping ihc potl-^ar world, iht
do Esiado, eitabdeceiido dirrimct sócio- CounetE on Foreign Rclattont and (He Um-
económicas para o governo pó* 1964 Fm led Staies war iims during Worfd War
sob a of tentação do Mimiiéno do Plane T*vo, ln: DOMHOFF, G. William ed. rd
jamrnto que k rtetuiou a reformulação p M2
da etmrrura produtiva t administrativa do 22. Como foi vislo no capitulo IX, o
M
Eií ido Fria natureza do plane; ame ma in- I PES foi moldado em um eficienie 6r-

dicativo que circulava, o Mmisléno do jtâo miermediário" para elaboração dc di-


Planejamento tr*ni formou o Eaiado em rcErifei políticas, desenvolvendo uma

um fator gigante de acumulação de capi* ne de canais t meios de assegurar comu-


la], o que beneficiou o bloco multinacio- nicação ficil entre oi empresários como
nal e auodado Sob nu
aspecto, o Minta- um iodo, represem adoi pelo ÍPES, os em-
tino do Planejamento (eve papel funda- presários quê fatiam parte do IPFS e da
me mal no procCM® de “ocg anmçào de administração pública £ óbvio que os em-
agenda" t roobJixaçio de buo para u prcsãnos do (P£S (iraram partido do rt
polriicaj de fnúdmuaaçJv, na medida em lacionamrnio informal e bastante próiímo
que u cotucqofacia* dc roa ação (fm dc que íiflham com os ocupante* de cargos
*rr ariliKÍu não *ó em ierro dú que pubhcos. Em virtude da rcdtipficação de
realizou e favoncai poaiuvamente. mac papéis públicos c de seus cargos parti
iimbém em tfflBOt do que evitou que cvlvn em iftdútiiias t banem, bem ca
acometesse mo do bacãgrmmd comum no 1PES, ocor-
21 Alfih da* mecanismos catatau de ca- reu uma túmunjcjçio dtrtii e informal
ckiAèo, rito é, doa rwoi matjtuciooaia da entre o govttno t a fração dirigente mui
amculaçéo de ini ereaaea repmcfitadot pe- ttoacíonal c associada. O 1 PE 5 também
ka ministérios órgácn do governo, ha-
e desenvolveu uma rede complexa de inte-
via ou Ir oi elo* informais entre o* empre- ração entre a Estado c ot setoret domi-
sidos do ÍPE5 r a administração do E* nantes da sociedade eivil T constituindo,
lado. O próprio JPE5, que havia udo cria- assim, uma esiruiwa oeocorpori ci vista ca-
do, financiado e dmgido por membro» doa clua iva dc arirculaçio de inieresict, cujo
H
Inlcitite* multmarioftaii t auocradoi. a tocui não k encontrava dentro da socie-
fim d* aiiumíf o controle do Esudo. tor dade política ', como ocorrera nas estru lu-
noute, depois dc 1964, um dot meio* rai torporadviitas do Estado Novo t nas
mais impor Unte*, através do* quais 04 estruturai popultsfaa de associação dc m-
membroí do Moco de poder vigente pude- tereuc*, mu na "aodedade civil', Este
ram pnquitar a respeito de diretnxei ca era outro ofvcJ em que ocorria a mícrpç
perificas t discutirdiretrizes feriu cbe r nc tração objetiva do Eslado e da estrutura
fndo a um acordo sobre as questões só- oUgopoCisu do eapUallimo moderno mdui-

492
trlal c financeiro garantindo muluamtnle chave do governo e da administração do
• previsibilidade de hu comportamento Estado e da implementação de direirizti
fu luro. No cumprimento das íunçòc* de poliueat restrita* t ciclutívas Limitou d
ttiabiliiàfão e previsibilidade, o SNI de- espaço da política. Além disso, as resiri-
sempenhou um papel importante. afaiian- çõcí poli lie as imposta* sobre u classe* su-
di>4C da repressão ostensiva t coerção e bordinadas c grupo* sócio-econõmicm su-
a prox im and o- se da manipulação prtvcnií- baliemo* dcilruiram a aparência de ^au-
va e de conl roles sociais menos viifvçii. toridade pública" defendendo interesses
Sobre o papel do SM, vide Wilirr dc geram. Km
falar nas necessidades comuns.
COES. O Brasil do General Genrl Rio Ao conirlho, a Esiodo autoritãjio com
dc Taneiro. Edilora Nova Fronteira. 197 B Sua bdi ciTipreimil tomou-se o instru-
Ü papel do SNI na formulário de dirctri menio verdadeiro da* ciasses dominantes,
m políticas constitui uma área ainda ta- excluindo loialmenic mirre**» subordina-
renle de pesquisas, Vide iimbàn (ai O' do* e moldando o caráter d&i novas rela-
DONNELL op cU p 49. 61-64 e tua no ções dc cliite, afastando as esperança* de
çào de "corporativismo bi frontal (b)
1

'. G. A. Fiechier para que fowe o contrário.


Philippe C. SCHMITTER. Siill ihc ctniu- Vide G. A. F1ECHTER op. eis. P . xü-xfii,
ry of corporal ism 7 Revier o f Pplitias, 1. |„ 34. 212.
Tóí l):&5 !3l, jxn. 1974. A vitória esmagadora que O IPES, «n
25, Sobrenoção de "príveiiuçio' do
a
1 particular, e a* tlitici dom mamei, como
Estado, vide OtJQNNELL, op cit. p, 4ê. um iodo, obtiveram contra i» classci su-
bordinada* tanto no Esiado quanto na so-
24. Flynn, em um livro recente que repe- ciedade também ugmfkou que o Filado
te o argumento de tantos brasil ianistas. re- não era mai* a "arena' de luti dc classe
1

fle ie csie argumento ideológico sobre a


Ja N que havia tido durante o período populb-
união ESO-lécnico como o Toco de ela-
ti. Ào invés disto, o Estado tornou *e o
boração de diretrizes políticas e a falta
palco onde frações drvcrgrniri da* claiKS
de força política dos homens de negéçio*
dom mames, excluídas do bloco governan-
irenie a esses técnicos c burocratas. Vide te. i] un* vam suas própnas divergência* e
P. FLYNN. Bnxzit; a potiikdi analyüs,
WU relicionimento com ele.
London. Erneii Iknn, 1376, p, 531. J«,
372, 2â. Vide ti) G. A FIECHTER.
+ op. oiL
p. 225, 250. (b) N. LEFF. Eamomk poIL
24. Sobre i idéia de de sen volvi meu lo ço
cy-makin$ and dtvefopmtnt in BrazlL
mo fonte de hegemonia. vide Miríum Li- 1947 1964* EUA, Fahn Wiky £ Sons. Inc,
moeiro CARDOSO. La ideologia domi
19&6, Cip, 11.
nanie. México, Sigío XXL 1974, p, 277*96.
29. Entre essas exceções, encontra vam-te
2b. O
cxerddo da hegemonia por uma
(a) EU DlNLZ. Empresário* Estado e co*
classe,bloco dc poder ou frnç&o depende
pitdismo no Brasil: 1930 1945. Rio de Ja-
de sun capacidade dc manter normas de n neiro, Faz c Terra, 197S* íb> Fernando
exclusão política õj assim, de uma certa
Henrique CARDOSO. Empresário indus-
formn, exercer umn medida de repressão.
trial edcseRvoíviiíicnm económico no
O caráier hegemónico c coctuivo do go-
flrtmí. São Paulo, Dl FEL, 19T2 (c) Fer- r

verno de urna classe é determinado pelo


nando Henrique CARDOSO. O modrftj
faio dessa exclusão scr imposta c renova-
político brasileiro. Sio Paulo» Dl FEL.
da pela força pura e simples ou de ser
1973- td) Femându Henrique CARDOSO.
citabelecídn —
ou pelo menos renovada
Autoritarismo e ãemocratUação Rio de
— agrupamento do npn relho ideoló-
pelo
gico do Escudo e da sociedade. Vide F H, Janeiro, Paz e Terra. 1975.
CARDOSO. Escudo c sociedade no Bru 30. HÃ vários exemplos de init Linhas de
iil CARDOSO, F. H. ed. AuFürifiiirtsiiiíí e argumentação. Alírcd STEPAN em teu
ttQWQcraiíiaçÕQ, Rio de J&ndtOj Paz e Ter- The miíitory in poíities *— diaiiging pai-
ra, 1971 p, 193 96, terns in Braxil procurou e explicação da
27* A imposição direta dos interesses cm mudança nn Intervenção milhar, es-
social

premiai* aimvés da ocupação dos cargos- tando os motivo* resumidos em diferencia-

4M
. *

tács ideotáfitaj e oTiw ociomj». Natfia- iatinoamcncono. Saniiago, Chile. Prenu


md LEFF propôs u» motivo tecjtótraiKO LaimoameHcana. cap 0-9 (dl AUin
pui cJiÍ(^*cAj da n^«o cm su* cbtt ftOUQLJE L1t)poihèse bonaparüiie et
Lctwwmv poitey —
«Mái* f cii irrrlop- Iemergence des f>nímes pohtiquea lemi-
wni m |*f? J9N Heho PACLA eompefiiiÍL Rc\ue f rançais* dc Stirncr
R BI tm no Faiado uma importante for
I
Avir^uf. Franea. 25l6}: 1077-J i L det
ça

ruí
nwni do descnsidvimenrj nacianal
vua obr* Pofríiod drtvtapmrmí
iÀrar> índ e
a
ísm
— ^cm

rfi#
1975. íc) C- FURTADO. De la rtpübHca
ofigãnqiiiça ai
DET r í- C. et
otadd
Mkko,
ilii
militar,
ed. Brasil
fn:
hay
BERNA-

dv luan I LlNZ cStfi i construir seu Siglo XXL i%8,fACUA p- 21-4. (0 H.


aifumcTiio sobre a auiarksmjJ dkn milita- RlBE Brasil — eatabilidad social por ü
rei lua* f LlSZ The fumte oí ag m colonial fascismo, In: BERNADET, C f

rhonufiin refime thc euc of &nuil Itv cl aiii, op, cit p. 44-W. (g) Guy HERMET
STFP4V A. rd- 4itfJbiKinn Itrujii, orr D ré ta core bourgeoiiie et modem isatoon
ÍTO. palutn o*d fuiure St» H jvcn, Ya- («ucmtíice: probFémes fneihodülúgtqon
k Uni* Prru, 1973. p, 2K. dc ranalyàe des liluaiions aulorjlaiftl-

A Miio do Luado brasileiro


idtokVgTnii Revu* Françúfsc dc Science Pohliqm*
iKupiJkj por léoiicoi durante O pedodo de França. 25ÍGLÍ02ML dec, 1975 +
I9&4 a J%L apotado por moinara lóenL 14. POULANTZAS. Fosciim or
Nkos
to* e não jpenu por burocratas armado* dictatonhip? London, NLB. 1971. p. 111
arudou a coratrutr uma iflupcm dc pe
culiirididt para a» Força* A mudai br*
35, N, POULANTZAS. The capitúUtí
i taf* ~.
r op. cii p. 74,
ulcirav rm particular, t para o Fitado ,

braijlaro, em gerai, p que iwnWfn ajudou 1G. (a) C. O'D0NNELL Corporatiim


a Irgilimar o no* o rtfimc Lu imagem op. cit. p. 54. (b> T, SKIDMORF Poli-

de qua*e projetou 0 regime


vififLiíarrdadc lies and cconomtc polícy maktng in autho-
híatifcirg para além do domínio da» tíém ritarian Braii| h
f917-J97| In STEPAN* A
uai uxlaii c pública* tradicionais c rei- cd. Aiithoriifirian Brasil ongini, poltcm
ficgu o Estado dí um modo geral. ape and futurç, New Htvtn. Yak Unir. Piw
út tk. tom o íeinpo, a realidade poTinca 1970
fltatfiç lonjii amflitn dc tlaiSe e lutai io
17. Vide (a) Cario* Eitcvam MARTINS
ti*u) ter *e encarregado de destruir o mi- Tecnocracia e captialnmo San Paulo, F.d
to d* peculiaridade braiileir*. Braiilirnfç, 1974 (b> L, C. Bresser PE-
31- Eiemplo* dessa ênfite sobre * Vecno- REIRA. Estado e subdesenvolvimento av
burocracia e o* miL-tam ião. rrvpeciiva- dusirtalizado: etboço de uma ecúnomta pt>
mente (! Lutz Cario* Brcuer PEREIRA ItiicQ periférica São Paulo. Ed. Branlícn-
0rs*nvWi*Jitrma r ímr no B/usJ São *c. 1977,

Paulo.Cd Brasil teme. 971. fbj Edmundo1 1# A respeito de difkuídâdei em tomo


Campo* COELHO Em buses éc (dmiidc- da noção de ^clatsc vigente" ou H b1ocn
de: o t.Mércuo e a pohitca na iocudadr dc poder vigente ^ vide (a) A. MIUBAND
bmdetra Rio de Panei ro, Formie L nivrr Matxitm op dê. p. 67-74. (b) Nieoi
sitária. 197b POULANTZAS Poltiical . op. cit p
12. Vide P FLY3W op. cit p 52ü.
100-14. 117-19. 100-501 . (C) N. POULANT-
ZAS, The tapitalnt op cii , p, 73.
11 O golpe bonjpariiit# em nome dai
A natureza do Enado tem sido 0 pomo
daiKi médias foi estudado por (a) Jo*é
da discórdia da anlliie política por mui-
NUS The middlc cia** miliUfy coup Pm to* tnoi, e foi o auunto do famoso e í
Vf UZ. C 74e fHtíiim of contormuy
ed
cundo "dehut Mihband-Poulaniras". 0
tn Lsttn America
Oiíord. Oiford Lniv
debate csii comido pnnctpalmcnie em
Preii. 1967 p S9 92. 112 (bj !rvm| Louu
uma série de irlifos^ a íflber. fa> N POU
HOROWlTi The mditarr dito ín £fr- LàNTZAS The problem of the capiialul
fet tn Lat»n America. Üiford. Oaford itate. New Left Revtew, London. (5IL
Univ. Pmi, 1%7 p 146-09 T doa
(c) J%9 íbl R MIUBAND. Replv io Nicm
SANTOS- Sorre/i imo õ fiücuma ttttrma PodiniM» SLR, London. («), 1970 (O

494
R- MSLIBAND. Pwianiias and the ctpl- Frinceuin liniv, Press* 1979. |b> Sérgio
tiliiftliír NLRt Londom (82), 197 J. (d) Hudion aBRANCHES The dWided U
N. POUl.ANTZAS, The capital ist siate a viathon itúfe and ecorwmtç pottçy forma*
reply lo Mitiband and Ladau. NLR Lom tfún in mtthoritotiún Bra;ii Teie dc dou
dom (93), 197* torade Cornefl Univ r Press* 197#. (c) Re-
O
debale eiíimulou outros «+ apciir dc nato Raul ROSCHT. jYdfiow/ inJuítriaf
Ecr acalmado uai últimos inça, a Qucitio círfri and the Mate m peai 1964 Orazd:
e a "pfobkmilica" ainda persistem, mau iftSMvtianat mtdtúJCtom and pohíicof rhan
do longe dc u
esgotarem, ta) Ernesto LA #e Tíw de doutorado. Miehifan, Univ. of
CLAU. The spceifieity oí lhe polmcal Mkhifan. 19M
iht Poulantu^MilibaAd debate Eronoinj 41. Vide N. FOULAVTZAS The pro-
and Soricry. ü,
j<l), 1975. t Laclau foi bhm. . op. cif p- 70-4
gin dou acnbcimcrs mais influente* tb)
Àmy Beth BftíDGES, Niccn Foulmuit 42. Seria um rmdcado miemtanie o &
tudo da» nizei hitidricaA do que parece
«nd ihe marxisl theory of lhe «tale Foíi-
Kr o enraordinífio backgrovné c ori-
írcf dfld Socírfj, *J. +<21. 1974, (c)P ).,

gem. educação e afinidade», amuade e Ji-


MOLLENKOPF. Thcorie* 0-f lhe itaíe and
laçãci. aiiluiki c lupoaiçâct ideolágicai e
power uructurc rwearch. The Imurgant
poUtkai compartilhada* comum dos em-
Socmíogist. i l 5<S). 1975. Número «pe-
prcfárioi « tecnocmprciâfioa
p

que compu-
dal. <d) A. WOLFE, Ne* dircctioni in
nham o tPES-
thc marxíst iheory of pohtici. Fohfiri and
Socieíy* i. Up +(2). 1974, 43 Sobrt nmjttiru dc cliiae, luta de
Lewii C<ner. um dos oponemei maia
daue r intemiei de cliuc e capacidades
39.
importantes da noção de classe |o»tmm
dc dauc. vide (a) Olm WRIGHT. op. cir

te ou bloco de poder governante, afirma


p. 91.10# <b) Nic» POLLANT2AS. P*
Íiíicof power and soc vai dosara Lotidon,
que '
proponemey da tese da elite de po-
NLB, 1975. e noçdes de "pte tença
uiai
der nio foram compk lamente convincen- 1 J+
especifica' c "“efeito» pertmente» nas p
tes, nào icndo eap«es dc mosirar que
aquele* que dizem ísíftr cm po$içúe* es-
7S44 t rua vmo de dauet lociait con-
cebi d ai como práticas de ctatse existem cs
trulurnta dc puder tém. dc falo. a capaci-
cm oposições, nas p. #3-97 (c) Fernando
dade organizacional e ideológica paru eglr
Henrique CARDOSO. I.a cuestión dcl es-
em comum ne procura dc inicresaes super
tado cn Brasil. In: ALr/orííommO- + * op.
individuais”. Lcwii COSER. The noiion oí
cif.
power: theorehcal develupmenti Ameri-
can SoeiologícaL Aasociitiom Mcetíngi, 44. R. MILIBAND. The coup m Chüe.
1973. Citado cm O. Williim DOMHOFR In: BLÀCKBURN, Robin ed. Rívelution
Sociaf tiub* op cif. p. 173. and ctass siruggle, Lotidon. Fontana, 1977.
p. 412-U.
4CL Vide (a) ? EVANS. Drptttdtni dr-
i réfapmtrtt: iht atfiancc of niulitríatiomi. 43 R. M1LIBAND. Marxum .. op. ói
State and local capital in Dru+H- Princcton, p. 54-5.

495
APÊNDICES

APÊNDICE A
A composição dos acionistas da ADE LA trn 1972

E.UJl. Interna üonal Hinrntn Company


International Syiittni and Controla Coe
Aluminium Compariy of America putaliuct
The Batlelle Devclopraiem Corporation tntenu üonal Telephone and Tclegriph
Brookdale Inc Ccrpürahon {Irying Truai Company)
Burroughi Corporation íCaíKT Aiumimum £ Chemical Corpora-
Caterpillar Tractor Co tion
Chcmjoal Internacional Finai»™ Ud_ tÇhe» Kaiser Industriei Corporation
miçal Bank) Kopperi Company Inc.
Chryiler Corporation Kuhn Uxb i Co.
The Coca-Cola Company Loeb. Rhoadei 4 Co.
Continental Grain Co. Manuficfujm-DeiiTMt Inlematioiial Cat-
Continental Illinois Nattonal Bank A Truji
pofiiiôo (Mmufaciurm National Bank
Co, of Chicago of Detroít)
Crocker-Cjlizcns International Curpurallon Cari Marks & Co, Inc.
Deere êc Company Mellon Bank International (Mellon Natio-
The Dow Chemical Company nal Bank and Tnm Co,)
E. 1, du Pont de Nemours & Company Inc. Northwtii International Bank (Northwtil
Exxon Corporation U incorpora lion)
The Fidelity International Corporation Fhelps Podge Corporal íon
(The Fidelity Bank) Pullman incorporaicd
The Fireitone Tyre &. Rubber Company Shawmut íntematíonal Corporation (Na*
First Chicago International Fin atice Corpo- Shawmut Bank)
tional
ration (Firtl National Bank of Chicago)
)ottph E, Seagram St Sonr Inc.
Firit National City Ovmeai Inyeiimetn Company
Standard Fiuil and Sleiimhip
Corporation (First National City Bank)
Tenneco International Itw,
Flnt Penniylvanía Overteas Fínancc Cor- Train, Cibot and A»ociaiea
poration (The First Pentuyl vania Ban-
United Fmit Company
king and Truit Company)
United Stales Sirt) Corporation
Ford Molor Company Corpora-
Wells Fargo Bank International
General Molon Corporation
tion (Wells Fargo Bank)
GuJ! Oll Corporation
WhUe, Wdd di Co.
H. |. Hdni Company
IBM World Trade Corporation Atrmanha
INA Corporal lo n
International Bank of Detrolt (National ComrncTxbank A C.
Bank of Dctroii) Deutsche Hank A.G*

497
J

Deutsche Geitllfrchifi fur «nrlpchaftliche Oerlikon fluchrlc Holding A. G.


£ufimmcnarbcit Soocií Généralc pour llndusiric
Dçutiche (jbtncciiík Bank A. G. Sulicr Dralhcn Lid.
Drcttlncr Bank A, O Buhler Bfothcr*
Farb^crie Hocíclui A- G, Swiss Bank Corpormlon
FcmHtaal A, C. S^iss Crcdii Bank
Klotkncr Humbddi Deuu AG SwiiS Reimurance Cumpnny
Fried, Krupp GmbH Union Bank of SwitmUnd
Mciallgcsellichift A G Robcrc Ho*ch [nlernalionalc BcLciligungcn

SchrocdeTp Munehmcytr, Henfit & Co, A. G,


Dr August Oclitr
Wtsidcuücíic Lindeshink Giruicnirale Japão
W uri tem burgi u he Larideikom mn un a bú nt- I
The Bank ol Tukyo Ltd.
Girarmifflk
The Diidehi Kangyn Bank Ltd.
The Fuji Bank Lid.
Suécia
Nippcm Steel
AGA AkiiebolNg Hilflchi Lld.

Alia LavtJ AR The industrial Bank of [apjn Ltd.

Allmánna Svtmkj ElekrmLa Akuebola|e( JshíkawDjjma-Harírna Hcavy Industries Co,


ÁÜAff-CoptO AH Ltd,

AB Bonnjeríilftiafrn The Mitsubishi Bank Ltd.


A B Ekctroiui Nippqn Kokim Kabunshiki Kaísha
GAieborgs Bank The long-Tírm Credit Bank of ]apin
A |ohmon A Co HAB ,
Ltd,
KocLmu MekumiLa Vetkttadj AB Kiiaan Motor Co Ltd.
Redcriaktjcbolagei Nordi^cnua llohnson The Sanwa Bank Ltd
Líne) The Sumi tomo Bank Ltd,
SAndvikem Icrnvírtj Á B.
*uil>Sc*rua A B. Luxemburgo
SLarxJinji i»k>Fr^ir!di Bank
Femu Sociéié Fínancière et dti Breveij
btcnik* Handelibanken
S.A
Sicnçu KuIllftffahnLtfl
Aklicbcfjgft
K/edaçtbank S- A. LuaçmbourgroiK
The 5»cdi*h M*iíh ComptAy
Pciroíina Holding Luiembourg S A.
Telefonakticbolajtci t.M Erkaaofl
Banca Comine rd ale Italiana Holding S.A
C rangei AB
Aklitbolafcf Volvo
Grã-Bretanha

Suíça Lluyds 3lBolsa Jniernaiionil Bank Ltd.


Bank D C. O
André 3c. Ck SA Barclay*

Vplkari Broihcn Banng Brolhen êc Co Ltd,


Bntifth- American Tobacco Company Ltd.
Ciba -Gtigy À. G.
Coimoi Bank Bntiih Mauh Corporation Ltd

Diethelm Holding Lrd, DunJop Ltd.


Ekcln^Walt Enpnccring Sc meta Ltd Hitl. Samuel Ét to l l

F, Hoífmann-La Rpche 3c Co. A. G Imperial Chemical Industrie* Lid.

"Holdcrbanfc" Firuncíèrc Glenit A G laurd Brothcri êt Cd Ltd


Induiirifel *nd Commercial Bank ZittkJt Mrdtand Bank Lid
Ltd. The Rio Tmto Zmc Corporation Ltd
LilLon Intcrniiaonal $_ A, N M Ruihuhild & Som
Motor-Columbui Elcctrical ManagemenE Schroder Invcitmcnt Compariy Ltd.
Çompany Ltd Sandvcll Lrd. r&crmuda)
Nesilé ÂJimcniana S. A, The Shell PciroJeum Co. Ltd

49 »
França Oiwnorca
Rinque <JcI 'Union Europécnne Ciíkfeerg Rrygierwrna (Dc ForePede
Pari ba* Imcrnut bnal Bryggcner A/S)
Dnion ÀLudliaíre de Finflncemcn-t,
H#
UNt- Dcn Danikç Landmandfbartk Aktieaebkat
MAR* The £ast Aúêik Compjny Lld.
Àklttfelskab-ci Kjobcnha%ni Handelsbank
ttàtui
A P MoRcr
Bnrica d'Àmc*rca c dltiihn Pmatbanken i Kjobenhavri AkncKlikab
Rança NadonaEc dcl La varo F- L. Smídtfr A COh A/S
Fm S. p. A,
1 a. i i Liilo Mobil! are Italiano Erjunftt
Múnlc dei Pi^dii de Sicna
Banco dt Bilbao
Pirelh S. p A,
" Banco Central 5 A.
Uiiihione Adrialtca de Sietrtcà '
R.A S
Banco E>pan©1 de Credito
Hoianda Banco Exlertor dc Eipana
Banco Hispano Americano
Algcmenc Bank NcdcrUnd N.V, Banco tbccico S A.
Anistcrdam-Rollcrdarn Bank N. V.
Banco Popular Espanai
N.V + Philips Oloeilampenfabneken
Banco Urquijo S A
Shell Petroleum N>V.
Unilever N. V* Banco de Vncaya
Sieenkolcn^-jnndehvcrceniging N. V. Sooedad dc Invcrrionet Mobiliaria* en d
ttiffrôf S-A
Pmiamà [minuto dc Crédito a Medio y Largo
Plaio
Equiiy limsuncnis Inc.

FlMndla
Câittidá
A Àhbtrdm Oçakeyhtio
Akan Aluniínium Lld
Ab Nordtski Fõrentngsbankcn
Bank of Montreal
The Bank oí Nova ScíSlia
Km lalhvOsa ke-Pankki
The Bata Shoc Org&nísalion Riuma Rcpúlá Qy
Braican Lld. Dy Stromberg Ab
Canadi&n Imperial ft&nk of Ccfnmerce Oy Tampe lia Ab
Comincc Lld. ViLmet Oy
The Royal Bank of Canada Oy Wírtiíla Ah
The Taron lo-Doni inion Bank
Norutta
ÁííStrié
Chmiiania Bank og Kreditkaste
Ocitcrrrichische Lande rbank A. C Elkcm-SpigerwcrkA/$
Vereim|k- Os [errei chischc Eiscn-und Stã-
Den Norske Crcditbank
hlwcrke A. G +

Waigfier Biro À. G.
A/genfmo

Bélgica Atira Campania Argentina dc Petróleo S A.


Loma Negra Compania lndusmal Àrgcnti
Compagmc Financifcre ct Induslridlc (CO
na 5. Â.
FJNJNDUS)
Sol H y & Cie- £A Banco <kl Interior y Buenos Aires SA
SyndlCit Brige dTnt reprises à FEtranger Compama Navíera Pénrt Compano S.A.
S A, -SYBETRA" Bunge y Bom Lida S A
SoctiU de Tfsction et dÉlccirteiiÉ Celulosa Argentina S. A

499
,

Tcthtní
0KHÍÍ
5, A. I. C.
Emctta Torequiit y Cia- Lrd* Banco de fnveatímenlo índuttrial S A, —
invejtbanco
Coiâmbia
Banco Real de Invemmcnio 5_A
CorponcRòn Fínancim Colombiana Cia AmáMica Paulma
Çcrpcrjción Financrttm de CaJdai Cob rapar Cia. Brasileira dc Pirlkipaçfco
Mabín jfmias Ac Csa
Corporacián Financicra dc? Sant
Monteiro Aranha Engenharia. Comercio e
ÇorpQrmL*ón ímantier* dW VjjJe
Indústria £ A*
Cüfj>orac*dn Finanocra Nacional
Banco Saíra dc Desenvolvi menio S. A.
Cia, Nacional êt Tecidoi
México
Vtnetiátla
Arrendadora Intçm^ional 5 4,
S. A.
Casajut, Trigucroí y Cia
Banco Nacional dc Descuento C, À.
Compinii Fundjdora de hmo y Aeçrp de InduâErfiLs Lícecjl* de Perij* C.A.
Monlcirry S A
tnversiones Dosco. S A.
Ingenicroa CimIh As^auado* S A. C- A, 'La Seguridad"
MraiCana d t Fomenco 5, A
Odiri S A FONTES: Guia lntcrinvcai 197i-Rio,

500
APÊNDICE B
Ligações econômicas da liderança e associados proeminentes do IPES.

Décio Guimoràci de Abreu — JPES Rks

COMPANHIAS E GRUPOS diretores ê/ou acionistas


— Diilribuidora Recotd S/A Alfredo Machado
— Publicidade Erwin W«ey de Sêo Paulo Eduardo Ciio di Sdva Prado

Àlmiro Affõn$o — IPES Rio

Pré-1964: Caixa de Àmorliuçõe* do Míniitétio da Fiarftda


Serviço Estatística EeonCmiica * Financeira
Diretor Gera] Fazenda Nacional
ESG
ADESG
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Nordeilina S/À Vivian Lowndes
Banco Lowndc* Donald Ijownda
— Finco S/A Mattos Gwpariiti
— Finco investimento S/A

P$ul Norton Athri&hi — IPES Sio Paulo

Prt 1964: CIESP


American Chambcr of Commcrcc

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


E. Rh Squibb & Sou» Tolo Batista Pereira dc Almeida Filho
Produto» Químico* FarmacAuLko» t
Blolójicoi Edward Munn
E, R, Squibb & Sons M W Pereopos
Squibb Malhicason Inl. Corp.
— Ülln MaiMciiun Chemical Corp.
- Olinkmft S/A
Morflin Group

SOI
Ctéwho tfowi d* AímwtJa — 1PES SiO Pauto Conselho Orientador
Prí’1%4; Smdicaio Cia*, de Segura

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Terral S/A — Miqum** Àgneol» C V. Orberg
— Sprmfrvif S/A Cqqi. c Ind. Roberto Teixeira Boa vi 5 ta
— Ayrtl S/A Pari Çoa c Ind.
— SA SQAiKnni
— Lu» S/A Adto c Empf
— Ci* Boa*)tta de Scfurqi Mercamil
— Cu Nacional de Scfun»

£meffu Ttixfifti áâ Aim&da — IPES São Pxuto/Con. Fia^al

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— L Ftfueiredú S.À Admimut^éo
Dcspaçho* e Repfn«t*çõ«

to»# Solt±£ A/midd — IP ES Sio PauWCon Qr.

COMPANHIAS E GRUPOS I DIRETORES E/OU ACIONISTAS

IteJ Gòmr* de Almeida — IPES Rio


Pré-1%4: Confed Ajaotiaçúc» Cofittitiâj* do Rio de Janeiro
Auoeuaçio Conaercrál de R*o de Janeiro
American Chain ber üf Commerec
Federação du A**ociat6c^ Comércio e Indústria do Fitado da Guanabara
Mi não Abbink
ESG
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/ÜÜ ACIONISTAS
— Maciel Gomei t Cia S/A
Anabetiii Ga 5RL Bu*n« — Àjret
Luar de Armuént Geriu
Cia.
— Rrímana União de Petróleo P. F- Gcyct
-* Cia. Eiianifera do DrauJ A. Sinchee Galdeano
— Rh» Lifhi S/A À. Gjltoui
*— flanco do Comércio S/A
— Banco Delia S/A
— América Fabril S/À

UU0 ToUdo Pi:a r Atmridú fo — IPE5 São PsuloXCon Of/SctOf Obra* Econômica*
Pr*l«4: CJE5P
FIESP
Sindrcaiu de flanco* do Eriado de Sio Paulo
ANFAVEA
ANPES
IDORT
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORFS E/OU ACIONISTAS
- VEMAG SM Aufuiio dc Camargo
Auto Union GBL D. F. Átomo

502
Fffcti Mufkt Prtucnf^rilc

Qrupo Nm
Mundo
— Agropecuária PhrviYCf a
* Mâwy do Brasil S/A lad. c IoW M Pinheiro Neto
Com,
— Mercedes Ben*
— Saneo Novo Mundo Ccúf|t da Silva Ftmimfa
— Fiberteo Andfé Àrantet
— Novo Mundo Cia. de Seguro»
— UamaTiiy Cia. de Seguro»
n F Novo Mundo
— Cia. Mcrcontil e Industrial Arapuá
— F1NASA S/A Ckruenic Manam
I. KJabtn
— Cia Construtora Novo Mundo Iríneti Bomhâuwn
II . Financial Novo Mundo l W- Simonseit
L. de Moraes Barras
— Volkiwagcí} do Brasil |a*o Neve*
— Miramar Cia. de Seguros HeTCulano dc Almeida Pirtj
Banco Fin. Novo Mundo Amador Aguiar
— E.L.IX Indústria e Tranipoile Lida,

Gtrüiífú Ahmo —
*
1FES Sio PauJo/Con. Or,/Chefe Grupo dc Opinião Pública
Pré-J9&4: American Chambcr of Cotnmeree
Assueinçáo Brasileira dc Propaganda

COMPANHIAS 1- GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Standard Publicidade
— Norlon Publicidade
— Perfumei Dana
— Ester fteawth Jnveii menti

£tfo Ferrtira Aivts — IPES/Con. OrVCAB/Grupo íntegraçlo

COMPANHIAS E GRUPOS (
DIRETORES F/OU ACIONISTAS

fvào Swrrs do Amarai N*to — IPES Sio Pauíc/Com Or/Con. Dir<


Fré-1964: CJÊSP

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


«— PROA — Projeto» e Assei tona 5. A*
— Divcriun A. G + — Zurtch
— Aços Villaret S«A.
— Centrar» de Concreto do Briiií S.A, Manoel Gudíe de Momcvetde
CONCRETEX
Pan americana de Concreto — Pa- Renato Marque» Silvei r*

namá
— CONCRETEX - SanliiLa Uiína de
Conete ip
— Tecnoconcreto Paulista S.A.
— Pa nameti cana de Concreto — Pa-
namá

501
IfU ft«\' Of

COMKHH145 I GtLPQl DIRETORES l/OL ACIONISTAS


AncfKww
%0tert< Fipre

ÍRIS RwC«l Of

COtflfASHlAS I OftLfOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


O CM» Rúbotú Minnho

4«m — IFES Rjo/Coa Or/Com. Dir/CE

COUPAVH145 I CRtfOtt DIRETORES E/OU ACIONISTAS


CAI Ml — Cm Ai Ei pmw lotquim R. C, Freire
Ai 1, C Schnttdtr
Dino Afmcr de Mona
OrUndó Ciltkin
Fernando I Unifuit

- Crw^
- SKHxAd
Ac w
A. A. Cíuf Ancunei
- Cm MitttArpt-* AmIwí
— ITA — lm*An Ttemcm e Ad- Otário B*ito* <k Olivcifj
nuMtncJc VA
— FW | OlíVKT
fcj&rarra A#fb*ri Fo
— COFÍCOCÍE F«mM»v rf lv

- Cü FffMfcjtrr 4 l*,crd
— ICOMINAS VA f^m Ac

.

Mm
- ÍCOMJ A nuJ do Rltnk
- feikfchm SMd Cflcf Pmto C A Atiiuna
A A d* Alítedô Sodré
- CAFMI
— CU Mm» dm i*f**áà
ÍJkwI O Sydtniiric k£n

EíÊ€ÍtJ*t At+*hm — IPFS Hn/Cn Of


RH IAM Am* MUn de Cnwkfa 4c G*4u Oxàtwmrr
COMPANHIAS F GRUPOS DJRf TORES F/OU ACIONISTAS
** CM dc Stfum Cmwtbifi
— At*kufíUíofK GeoenU de Ttmif t V*
neiic
— Sofftd — Impttft A tipon de Mne
tiú»S/A
* Gurel 5/A

504
- waiyt S/A AfitÜfliu Curthi d# SUri Surro
— Dana Corp
— E. w m**i Co, P L Üvirum fiarboM.
D Ikair, 111
— Vulean Mm. Píiiiko S/A Norbtri Ijtdcrer
fiinco da» Indústria* S/A

Friipf Arrw —
1PES Slq Paulo/Con Of-
Pfí l%4; Sindicato d* Indúttm d t Apiítlhoi Elétrico», Lleirómtut t SmijUm da Liiaòq
de Sio Paulo
American. Chamber ol Gommerce

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


* Amo SJL indúslrii e Comércio Manoel da Cõfta Santo»
António Ctsituirp Ribeiro
— Meeana índújiria PauLiiu c Ad-
ministração
— IBEC Cift Empreendimento», Adm

c ínveMimçntOf (Richard Aldrich,


Diretor)
— ASEA Elé frita Manoel da Co»U Santo»
P atilo Reii Magalhães
— ASEA AUmana Sweitika EktrUka Ak
licnboUifct Eduardo Caio da Sdv» Prado

Pauh Aytei Fo IPES Si o F«ulfl/Coa, Or/Com Dir/C-E^G 0 P^Setot Social Setot


Educaçlo
Prf-1%4: Banco do Braiil
Cl ESP
American Chamber oí Commerce

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— * IfiMhutQ Farmacèutko Pinheiro» — Üswaldo Mar ii Maia
Ptudufoi Terapêuticos iChcrmc GrU- Humberto Monteiro
ncnihall
— IMPA SM — Ind ri Metalúrgica Dtnii I Lacahamve
— Caio Paranaguá Muniz
— Anvcr S/A — Admiimiraçio de
Jknt
— Pradinia S/A (Denii lacab atine)
— Banco Mercanlti de Slo Paulo G E Bueno Vidigal
— Fundição Progresso S/A Mdlon A>re»
— Unlpol S/A — Com c Represem
(Alfredo Cor top um, IgneK Mari-
nho A>íc», foté \u\t StUcira)
— Laboratório Paulista dc Biologia S/A O Marti Maia
— Irnf Pifihclroí
— Progresso MctilfrU S/A litd, C
Com.

505
TtJfTy Bahia — IPES Rio/Con. Ür_/Gmpo Integração

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cl*. Progresso de Vatença Júlio Pcfilign» Guimiritei

/oW Geraldo Quorum Borbota — IPES Rio


"
Pré-1 ANVaP
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Cí* + Ccrámie* Vaíe do Piraib*
— - lnâ> eCom. de Adub» e Forragem
— Ind de Pnodpicn Quimkoa Àka Leda.
— Thda Comerciai

Paulo Afmeufú Barbosa —


IPES São Paulo/Cont. Dir/Con. Or
Pr<-I9M: Auocij^Ao Comercia! de 5áo Pauto

companhias ê grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Eito do Brasil
RockltJler Group
— MopJaií S/A [ndúatri* e Comércio A, Toledo Lara Fo.
), A, C. Amaral Gufget
— Banco dd Estado dt São Paulo S/A

Paulo Lacrrda Quortim Barbosa — IP£S Sio PauLo/Con. Or,


Prí=l9W: CorucJbo NacionaJ d* Ecowni*
CIESP

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


™ Chende do Br«iJ — Tecelagens
* Deltec
— Sears Roebuck dc Co,
— Guanim Group
— Willy» S/A Antônio S. da Cunha Buenú
— Dana Corp
— JftFA — Ind Reunida* de ferro
Aço S/A
t Fuc lidei Aranha, No.
—Wfllya Ove rí and do Brasil íjymc Guimarãct
— FINASA S/A
— Liqui|ãi do Brasi! S/A Frandicq Maiara/zo Sobrinho
—Liquifàa S/A
— llaly Lloyd Mediterrancan

Ttodoro Quorum Barbouj —


IPES Slo P*u fa/Cofi. Or.
Prd-1%4: Setreiirb da Fazenda do Enado de Slo Pauto

COMPANHIAS E GRUPOS OIRETÜRFS E/OU ACIONISTAS


Baoco do Comércio e Indústria de SP S/A Heitor Por lufaJ
Caio de Paranafuã Munir
|oaé AdoJpho da Silva Gordo
fmio Pinheiro da I oneaca
— Frigorifico Cnuciro

506
— So/iu —
Soc, Financiadora S/A dc Souia Gudm* Fq,
— Banco do Eítftdo úc São Paulo S/A
— Banco Françés ç Brasileiro S/A
— Crcdibrii Financeira do Brasil S/A Manoel Ferreira Guimarães
HéJia Pires dc Ghvtifi Diu
WaUer Moreira Sal lei
A. F, Schmidi
Hélio Bei trio
Héíjo Cissto Munir de Soma
Hennquc de Bciion
Sérgio Pinho MçHão
D. Madure ira Pmbo
]. Brii Ventura
— Brucin Expansão e Inveslimemo Antônio GaUotii
^ WiLiy* OverUnd
— Indústria Produlos Químicos R- Neve? Figueiredo
Alca Ltda. J. Quarlim Barbou
Paulo Quartim Barbosa
— Companhia Siderúrgica Paulista — Sebastião Paes de Almeida
COSIPA Ga! Edmundo Macedo Soares
— dc Comer, e tnJ. de Fh
Cii- Fiducial fojé de Souia Guerró* Fo.
ftindimcmo, Créd. e Inven. Antonio C
Fagundes Como
tuíz Carlos ViUires Barbou
— Maxímu* Comercial e Administradora
VA
Cfà. Brasileira dc Conimrçôcs Luii Durrtqcit Ví] lares
Fichei Schwarl; Hauimoni \ Souu Queirós Fo.
— Comínd — Camp. CoroerrigS C«míi£4- Fimilii Pfido
ria ç Administradora Grupo Votorsnum
fintiui Comercial Italiana Paulo Efvdio Martins
Josd de Sousa Queirós
“ Cia, Hoteleira Paulista Vakntitn Bouças
Pa na ir do Brasil
Panam

Herman M&raes Barros !PES São Fattío


Fré‘3%4: American ChJtmbcr of Commerce

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco ítaü Ê. Viileli
— Fínamears — Financiamento, Crédito Eduardo Caio da Silva Prado
e Investimento Eduardo Campo* Salles
— Banco Sul Americano do Brasil S/À Qenésio Pires
Joio Batista L Figueiredo
L Moraes Barro*
— Cia. Melhoramentos Norte do Paraná l Leão Ludolf

/. Luís Afows Bãrrot — 1 PES São Paulo/Coh. Or/Com Dír.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


A. Aguiar
F Whiíiker
+

I* A de A Prado

507
— Banca do Eatado dc Sfeo Pauto S/A J W Sjmonmn
HtrtuUno dc Almeida Pinei
W. Paci dc Almeida
— Binco Sul Americano do Braiil S/A íornc Lcflo Ludolí
— Panair do Bratil Paulo Sampaiu
— Durilra S/À E + ViJkla
Lacrtc Scidbnl Filho
—* Fínau SM 1 Khihin
W. Paca <k Almeida
|. A. Almeida Prado
A. Aguiar
CS cm eme Manam
Irineu Bomhititen
KcrcuJano dc Almeida Pires
foio Nevei
L4Eio Toledo Pua
1 W. Simpnten
— Banco llaú

Fábio Gama hawt — IPES Rio

COMPANHIAS B GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


Cu, Fibie Buioa Ind e Com.
Utjuid Carbonic Indiiatriu SA.
General Dynamiti-LSA
Cia. National dc Rtíkrrctlamenlo

Jvào Bfytongu* IFE5 Rio —


Fre I9b4 Fed dai Indú^uiaj do Ltimdo da Guanabara
Sindiçjto ImJimru* Mnimcji e Material Feudo

COMPANHIAS Ê GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco du Rio S A AniAnío Bmo*
— * Y piranga S A íntniimento»
Banco Real do tanada/Rofât
Bank ef Canada
Bank of Amenca
Gcneril EJcctrk
l C- dc Souza c Silva
Ngé Ribeiro
— Phiííj» do BranJ $A Manoel Feireirj Cuimuíet
Hcrberi Moiea
— PANAIR do Brasil
— Banco da Capitai S A, Leonardo Una
Heinz HoUncftMtr
— NORBRASA METALÚRGICA S A Itmael Coelho de Souza
Sociedade Parlieipaçõc* Induairtaii e Erlmfl Luremzcn
Loremzen
1. E. H.y Chríiiían Thum Pau (sen
L R. Adm. e Or|.
B
— ]» R, B Orfaniu^o e A dm mis tf>í*o

508
D*ad BMif III — IPE5 54o Paulo
N’1%4: Amínçtn Chimbcr oí Cixnrrwrte

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— DELTEC S. A. lav. Cttú c Fin«e Amorno GiMotti
Irineu Bcmhiuifn
— Valeria L* temiiiMttifli Ru y dc C. Migai hic*
— Valeria 2.' inveiiirncni&i Paufo Neve* dc Soou Quartím
— Vikm 1* Ifiveatimcnroí
*— Valeria 4,* InvesUmemoi CJarcncc Diuphinot Ji

Egydjq de Sovu Aranha


— DELTEC S A. /Soe. Ànpn. Françaisc |. M- Pinheira Neto
de Rc^urance
— Hyncr do Brasil

Nysier Co, PortEan-d
« Ferodo S.A. Lonas Freios F. Hífold Wcin
ÜF.LTEC/Tumer & Newalt Lid.
— Jehnsgn & Higgíns Corretagens e Sc’ Clarcncc OauptunoL
|UI01
— DELTEC S,A.
— CO0RA Comp. Brasileira Valorizadqra
de Empreendimentos
— DELTEC S.A.
— Comp- Melhoramentos de Os amo Cario* Moraes Birro*
DELTEC S.A,
— City of São Paulo Improvemerns &
Prtchold Land Co.
— Banco Investimento
— Miq, PirMininga lerge de Soul* Reiende
— DELTEC SJi/hX Naifonat City Etnmftr Kok
Bank/ÍBEC/Valeria L\ 2/ p V\
1
4. fRichard Àldneh}
— Chenile do Brasil Tecelagem Gilbtrt Huber Ir,
— DELTEC 5.AJCOBRÀ/
— Willys Overtand do BraiiJ Eucíydei Aranha
“ Descomp S.A. Com. e Participações Paulo Lacerda Ouirttm Barbosa
*— Empm* Técnica de Avaliações e Pev
qüili
— The American Àppmsal Co.
— Amafoco S.A. Máq Adlomáticas
— Manufuturn dc Brinquedos hlrda S/A L Àdter
— Mara S> A. Consultoria e Administra A. Sarai va
fAo/SuTaico 5. A. Admin. c Com /Vale- H. MoU
ría 1,\ Valeria 2/ r Valería V, Valc-
til A*
— AMF do Briiit S.A. Máquinas Automã- Eduardo Caio da Silva Prado
ikn
— American Machlnc and Foundry Lymin 0. Tuçktt
Corp,
A MB Invcatmenl Curp. Swiizcr-

IÜEC Cmdnco/Detlte $ A/ NcUon P, Torre*


Va]orC(|ji S.A,
— CiM Vflllt S.A.

509
Campo* Saflet 5.A. Iftddiírii e Co- Eduardo de Campo* Saltei

min KJ Luiz Gonzaga de Souza Figueiredo


— Sio Joaquim SA, Yalorts Com e
Hyppdlito Machado Romano
Rcprctefilaçôcm/E, de Campo*
Sillci/O R. tk Moraes e Silva/
H. Machado Romano Paulo Neve» de Souza Quanim
hibin SA, Financiamento, CtédHO e
Paulo Nevei de Souza Quirtim
Ihvnü mento
ViknTfj SA. nvcitiJTKtstos
I
Luc« Nogueira arcer G
Clcmcoie Manam
Ftnau $A. FimrK. Cred- £ Invon.
Gaslão Eduardo de Bueno Vidigtl
|. A. de Almeida Prado

t- Wattacc Simonien

Âtdrúbat Bdlctard —
IPE5 Cunriba
Pfí'1564: Assoe Comercia) do Plrani

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


* Dirtnbuidorei Cummjtu Diesel do Fa*
I

râfli

Mtfia Btltrãc — JPES ftio/Grupo de Eitudo*


Pré,] 964: BSDE
ÍPASE
PETROBRAS
ConscUa Sa^ictil do Petróleo
Secrttár» Planejamento da Guanabara

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACÍONISTAS


— M cabia S/A |oio Baylonguc
FiabliMcmenii Mestre cl Blatge Dcrnóithenet Madure ira Pinho
Banco do Rio H, de Bo Um
— PhiJhpi Petroleum
— J. T. T>
— Morgan Group
— Cobrapar Hcinnjnf fVgileisen
— LJira Group/IGEL Rubem da Fraga Rogério
Pery Jfél
Crcdibris Financeira do Braail S/A W. Moreira S aliei
A, P r Schmidt
— Cobrapar — Cia. Bwikvt dc Parlici*
paçõci S/A
— Peiroleum
PhLllipi
— UI Group ira
— Uliragáa Helrmlng Dotlesien
— Cobrapar Rubem da Fraga Rogério
— Ullralaj Pery Igeí
— Cobrapar
— ÊKTiióno de Coniuhorie
|oáo Cario* Vital
— UhfafértiJ Heinning Boilewen
— Cobrapar Pery Igd
— Ukravâl Rubem da Fraga Rogério
— Cobrapar

510
rifluífuiltíft flermu - IPFS Ciirillbi

Pré HM: Consultor (itrldlco dti Aíjociiçío Comercial do Pirini

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORFS E/OU ACIONISTAS


|

Fui» Emonorf BtdficAi — IPES Sío Piuio/Con. Or.

PrfNM FARESP
IBC

Amociiçío Piuliiti de Avicultores

ESG
ADESG

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


- Cia de Armaiíns Gerais do Estado de

$ào Paulo - CAGESP


- Fazenda Parai»

- Ci» Nacional dc Forjagem de Aço Br*

liteiro — CONFAB
Chicago Bndge A iron Co, Luiz Benedito Naicimento

Columbia Steel Antônio Carlos de Bueno Vidifil

Krupp Group
Brown Bovert Antônio Benedito Machido Florcrue

Foiier Whcctet

Retro Chenn

Koch Engmeering
Tink Co.

Doí CMn 8<rrf - IPESUL

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— loaquim Oliwira S.A Com. c Ind. Quí- Lauro Oliveira

mica Urbano Oliveira

//íiwilng Doiifism — IPES Sío Paulo/Con. Or.

Pré-1%4: CIEE (Centro dw Indústrias Elétrica e Eletrônica)

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


- Ultragáa - Rio Pery !gcl

Rubem di Fri|a Rogério

Hélio BeJtrio
— Uhrigif — Sio Paulo
— UltriUr
*

- COLSAN - Sociedade Beneficente de

Coleia de Sangue

AlvflfO Coei/io Borgej — IPESUL

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Fundição Minuina S A. — FUMISA
— |oté Beni SA. Esport e tmpori.

— Comercial Técnica Eaport e Import,


- COTEXi S A.
— Moinhoi Riogrindcnsci S.A.
— Bunjt dc Bom

511
GustúVü Wilíy Borghoff — I PES Sio Paulo /Cem, Or/Conv Dir.
Pré* 1964: AssorfaçJo Nacional de Máquinai, Veículos, Acessórios t Peças
AiAociífção Comem ai de 51o Paulo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— remma S/A
— LuC&t do Brasil
fotepfa Lucas GB
— Borghoíf S/A Guilherme I Borghoff
Paulo Nem de Souza Quartim
— Sharp la do Brasil In d- e Com,
Sharp!» Corp. Fhíladelphia Cyro E* O* Hcmsano
Centrifugai U± — Nassau

Guilherme Júlio Borfhoff —IPE5 Rio/Con. Of./CcnlV Dir.


Pré-1964: Assoctaçao ComercUI do Rio de Janeiro
ESG
ADESG
Secretário de Eçooomi* do Estado da Guanabara

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


BORGHOFF S/A Com. t Técnica de Paulo Neves de Souza Guariím
*
Máquinas. Motores e Equipamemoi
REMMA S/A Representações Gustavo Wilíy Borghofí
Joieph Lucji do Brasil
foseph Lucas Industries — GB

Henrique á* Botton — IPES Ríü/Coq. Or*

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Mesbla SA. Hélio Beltrão
ÉtabJiucmeni Mestre et Blatge Luií flioEchiíii
— COGEO — Geral de Administra*
Cia,
çlo t OrfaniraçJo
— Banco Francês e Ilaliino para a Amé- Rodrigo Otávio Fo.
rica do Sul S.A. Viccnie Rao
Danquc Française ei Julicmnt Rogério Gtorgi
— APA AdmimitraçJo e Pankjpaçlo SA.
— Brer fabril S A. Ind, e Com.
— Administradora Santa Amélia
— Administradora Sio Joio de Icaral
— PADQRGA — Cia. PauUila de Admi-
nistração e Organização
— Credibri? Financeira do Brasil S/A Augusto F. Schmidt
Hélio Beltrão
Banque de Paris et de Payi Bu Manoel F. Guimarães
J. Bm
Ventura
Teodoro Quiri ím Barbosa
Sérgio Pinho McÜio
WaJter Moreira SaJJcs
Hélio Pires dc Oliveira
Hélio Cáasio 5, Mumi

512
Yicíot Bouça,s —
PÉS São Paulo
I

Pfé-1%4. CcnirCí Industriai» do Rio de Janeiro


COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Çía. ConMnBt S/A
— Cm. Imabíliirii Sarna Cruz
— Cifl IATRA Imobiliária c Agrícola E*
ira S/A

Abelardo Coimbra Buíno — IPES Rio/Con. Or,


COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU AtfONJSTAS
— Coimbra Bucno t Cia. Lida. Jorge Alberto de Souza Brasil
— Agrobrasil S.A.
Bntislv American Tobatco
— Fundnçãa Coimbra Boa no General Humberto Peregrino

Cdberlo Wack Buena — I PES São Paulo/Con Or.


Pré-1%*: FIESP
OESP
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
- SOTEMA — Sociedade TêCIdci de
Mutuais S.A*

Adatberto Bütno No — IP ES Sto Paulo/Con. Qr /Com. Dir,

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— litffiisltLa Metalúrgica Termal S/A
|

I Oihon Alves ÕartcHoi Coma

Qciãvio Goufcíd do Bulhões — tPES Rio


Pré-1%4; SUMOC
CNE
GEMF
FMt
FCV
IBRE
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Mercedes Bcnz Gal- Edmundo Macedo Soarei
— Daimkr Bcnz — Alemanha
— União de Bancos — Brasileiros UBB W alter Moreira Sal es
I

— Hanna Mining Co. Luc« Lopes


— Cia. Siderúrgica Bdgo~Mmeita Pedro Gallotti
— Àrbcd
— CONSULTEC
— APÊC
Harry Bur ffr —
IPESUL
Prí-1%4: 1 miiluto Rio-frandenjc do Arroí
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Cíjl Rto-graodtme de Adubos
— Cii. Nord Africainê de Ihrpcrphoipha
teRenoFrance
— Grupo Gczdüu

513
im sè»
h«l%« CWiCLAf
COUr^Htii F GilfUS DIRETORES t/OU ACIONISTAS
— PhAlb rtf IrAatte*» V\ Jtve Aufuiiu M^DoiacU Leite de Cutro
— AjK^T^a t Ci*
— V^flh MjLJJP* PnJp tpdx> Miftiru
* i«ü^ lÜtrâK* ÜA
— Muimii Iml
— J«W* G™#
— Cm (M «r M m Alberto Torrei Fa
PiuJo Eg>dLO Mdrtíns
rotquím ScrverA

Omr Afa*clo ir C — irtS Sic PmJü/Cün Or.


Pttrtb* ciesp
M£sr
COMPANHIAS E OtlFOS diretores e/ou acionistas
— VcMf 1/4 \u4ti c M^paii AfTV L. Toledo Piia
Mota
— [XtrMTL %/M |o*quím Cdrncíro
— »nu I4e?t*vil <k Iwil &H — Obrcgon de Carvalho
— FmM t lk> Ptufe VA Edmundo Maluf
r tiémi
— CKi r«n VA Roberto KiUd Maluf
E. Vilkli
— IsiMfna 4* 5*d« VA O, E Setúbal
t ma»— N C Llhoi Cincr*

— JPE5 54c Pfcjk/O» Or

íOMFASMIAS t GtLKA DIRETORES E/OU ACIONISTAS


- r^t i^iin Im* f M S/A
Fifttbtary* PWt CiM
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Lk^d 4 Hüfkn ftm
—* CBI — COAfiMÉM Irailcn 4c í#r» Eduardo Guirüc Fo-

— &•» J i *ü
— ferodo Ceem *
— fb-ntuniS/Á át
Ford Hoior Ca
— Rcndu Bom N Hoim* Bmfroi Fo.
Àppbfervn do Rraftii 5/A
Rup>dy Corp
Phiko Corp
Fhí McFii
Sf*d VA - 5ae P-ul*M de Ap»
DombdcOv
rcibo*
Donnwr S/A A dm de ftcni
lucwn S/A
1irado S/A
Hei lua a S/A

su
— Buhdy Tuhlng SM índ. c Cumértlo N. Moraçi Harro- f-u
Btmd y TubiJiK Ca USA — Sérgio de M&frathSci
— Rancu Mercantil de Sòo Paulo V. Lertáo da Cunho
— Ideal Sl JiEicidiircI S/A Ind- e Com, João B P. Almuda fo,
American Slnndurd Inc du Brasil Trajano Puppo No.
— WcilinKhauH
— AÇük du Urajil S/A
Whcílinp PIujburfih Steel Corp.
— Jnduilrbi Sul- Americana de Melais SM Nicübu Morse* Bairos Fo,
— Ligada Hrvcrc da Hrfliit Corri dr
ií Décio Gacla
cio e Jodüilrla (Rcvcrc Copptr & L Thomaz Nabuto
Brasa — USA)

Daniel M achada de Campos 1PES Sao Paulo/ Con. Gr, —


Pré-1%4: AuQclução Comercial de São Paulo
CIESP
FIESP
Feder tu; Ro Anodiçúçs Comerciais de Sao FiuEo
IDQRT

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Comp«n. Federal tk Comércio c Ind ús-
e Engenhai ti»
1

iria
— Melai bfíi Indúsirta e Comércio S/A
— Ga. Elétrica Cauji
— Banco do Com. e Ind. de São Paulo
— LI a n cu Feder ni de ínvçitimcn.io
— Oíuícü TG*1il SM Fernando Sahina de Oli^cm
— Lojlüa SM
Crédito. Financ. c 1 n ves (i mento
— Ura» Va| S/A
— Banco liuú Sul Amgrktíiio
— EIctrindüjLrl* Lida.

Joaquim Carneiro — JPES Rio/Comelho Fiscal

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Sivíni — Ind, c Comércio Lida

fúiê Piquei ÇarnelrQ — JPE5 Rb/Coti- Ot.

COMPANHIAS !: GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— S/A EiíumpnrU Colombo Raul Lisboa
— Armuiéni Kcunidui Goiiutai.es S/A Scvcrlno Mrtrii Fo.

Erne*to ftfff/jfl Carneiro $v — IP ES Rb


COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Cia. Nucluriul de Papel Gjlberl Hubcr |r.

Marcelo Cnrloi Rangel Porto

515
C0*4P4Sril43 í G*iPOA DIRf TORtS E/OU ACIONISTAS
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DIRETORES E/OU ACIONISTAS

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— A f M.^«» VA Cl*rm.« Diuphmoi
— Ca ir» à iP Hf I I Luií Murfiri Scnjzj

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COMMVÜAl I UtLPÍJS DmfTüRTS r/QU ACIONISTAS


— Ammn MrtfT^d If t MrvfittTf U I rcirff
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* Sm» Imp í#t %f V# Yuffc G Hdbtt |f

— A | U IM OAil*ü AcmcImt
* IiH * f if»*» léMl s/a
— TASIE - IfcWJ AáRfffiiM* A
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Ci» 4t nrmind*'"p*nhi I MwmI ff

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— Cii Cn^i Ac WfMtüÉ Cít*íi
, IEF — I tnwén t*
pântam
— CftfçflHjtL* & Wiwi ff AiíKrtu^áG
VA
— Editor Liceu SM
— ndllürk l-xprciaào e Cultura — TASÊC
S/A
— Mciü[on Imí. t Com. S/A
— Fi|in»i Amarelai S/A
— Líilm Tclcífrnk«i Braiilcift*
— Injerimcficam — * Cm, de Sefuroa Go-
rai*
— Emprttt Gdbe Jmjh e Exp- S/A
— IPV Indúitrii de para Veículo*
S/A
— Rirma do Ortill ]nd. Rcunidu Máqui-
na* í Adminiitriçlo S/À

Jhemtáíactei fl Ciivcrkoriri — IPÊS Rio


Pré*Í964i ESG
FGV

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Fundição Gctútio V*rfaí

Mário Ângelo Morou Cerne — IPES Rio/Con. Or,

companhias e grupos DIRETORES E^QL ACIONISTAS


— Cio. Iiucrnaclariil tle Se&uioi Ccko de Rocha Miriadi
Jorge Eduardo Guialc

Paula Mário Cerne — IPES Rio


Pr^JSM: REGA
SESI
ESG

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— CU. TÉxiil Àlituiçft Induiirml
— Cm Aliança Comcrcul Industrial c

Serviço* Técnicos

fiíliim Chacel — JPES Rio


Pré- 1164; ESG
CNI
FGV
1BHB

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES F/OU ACIONISTAS



|!

— Cid. ilt Ptiquun» d Luviut Minerai* Ivo de Magalhác*


COPE LM EHai úq Am«n1 Sooti

517
IPIS Sko Puto/Co» Dir/Sftw át A«èo fmprviutèl
«14 LUS*
£ otlPOS DIRETORES Í/QV ACIONISTAS
0*1 fílIM

tmm yi i

— íPES *Aü huWCcrm Dir/CE


r Sàc Paifelü

COHMVHtU I ClLKJS DIRETORES E/OU ACIONISTAS

E ViUcJj
O Ef>diC‘ Scrübal
Ctapcmno
].

Dm*« V4 O A dc Camar|©
Paulo Lahud
L Setúbal Fo
C Jfpta«r • 4c Dfe^wüvB CMtrvJ Pau Paulo Aufuiro de Limo
S/A
)*tfa

ld«*n Jc Inflpl 5/4 S*d c Cm dt Hu|o Leme


TnUrti
— VctmriOt f.^aütf
C B 94 t *»F«r&** IrMkiri dc Mi-
IJ4 r nm t
Dcm CJfte* Tm 4* SavCobHrpi
I

Wmidr^mf € lrmr*tr —
IPÉS Séc Fwk/Qm F«*l
ptí l«4 1* f*d--a*rj dc AparrihCH í /lfKOi
V*»; s 4t5 1 Eletrônico* e Similarct do E>
lado dc Sée fméú

COMPANHIA* f L-iLPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


^ flrtru Induifna ialrta IA Àntôrí» CltmrMe
Lúcio NkoltHi
H W Woicro*
WAP1A Autopeça» 5 A

/urui» Wofí r/liH Conêa — IPÍ* Belo Horliontí


P ríl%í Cffiifü dc ffidútttia* dc Mina* Cirraèi

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETOR S l/OU ACIONISTAS


I

— ftançu df Cfddoo Real dc Mtna* Grrpli Ot*aUú Pkruc«ui


Ivl dc Pai» a Curitt
Damct dc Cunlhõ
l-mllio t oimbra da Lui
— Miiwííiçlo Morro Velho S/A
— CU- Sjdcr\ir|ica EkJfü-Mincrra

5IB
Õihaii Ah >n ftatctílõt Corrêa — ÍPES Sio Ptulo/Con Or /Com [Hr.
Pré 1964: CiÈSP
American Chain ber of Commef«

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Rçn-O Ma» tnd. Eíeíromecânic* Lida. M S Kiwm
-O A B Cofréa
M-S K**ierfi
— Francctco Mitiidieri
Ligada a

*
jtug Swjtzerl&iid
— Federal Pacific Electric Qver*
teu
— Ncwird USA
— indústria MeíHiúrgica Tctgú S/A Gilberto Molíta Ne.
Adalberto Buí na No.
Ernint Andrade Fotucca

— F. N. V + — FábHct Nacional de V*go« Francisco de Paula Amií Fífueíredo


S/A
“ Semani S/A toU Buriamiqui
— Borlamiqui Participações

— Soltma S/A

— Syíunge S/A
Ligada a
— ConüTüvüci C Cqmdfíto Carougo
Correia
— Cochrane S/A
— Bnrber Grcene do 0f«il Ind. c
Com. S/A
— Participações c Admmitt. Itd*.
— BafteHo» e Cta,

— Banco Auxiliar dc SIo Paulo S/A

— Banco Auxiliar dc Sâo Paulo S/A

— Mercedes BcfW do BfWÍl S/A Anlõnio Almeida Leite

* Cia. dc Ferro Ligas da Bnhii S/A — loté de Carvalho Fo.


Ferbai* Dedo Antunes de Souza
—Josí «lc Carvalho Fo.
—]üÁo Marambyra
— Robe nu f, Gonçaltei
— V. Viana dc Andrade

— ttuiem* S/A — Sociedade Tícnlc* do Roberto Simoíiseo Fo.


Material» Tatuo Rarcdfos Cotréa
— Cuchrafte & Cta Lida.
—* liafceHot c Cia- Ltda

— Frmctu Iquipamemo Induklriat Lida, T, B. Corrí*


G. B Corrí* So.

519
I

Offandy flu bem Correio IPE5 Ria/C<m Or —


Pr<M9tM: Smdi^atu dos Bancários do Rit) de jflncjm

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco PortUfoèi dú Dra^il T. Marcondft Ferreira
— Harrco Auxiliar de Credito SA, Eduardu Xavier da Silveira
— lioTg^ard do Brasil SA. Olavo Conavarro Pereira
T Marcondes ferreira
— flanco Aüãmico

Humberto Reü Costa IPES Sào Paulo—


Pre-1%4 C ESP 1

FIESP
Fórum Roberto Simomen
SCSI

companhias e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Fitam S/A Adem ot Domingos Frugal
— Cia haçtú Pedreira

Odv/o Cotia fo . — IPES Rio/Con Or


COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Ughi S/A António Gftllmti
— Rraunn
— A Voi/r —
Diano de NotiCÚts
O Çrvtnrv Aíits Chateflübriand
— üiirute Aiuxiadoi L Gondim de Oliveira

lot é Ely Viana Cauttnho — IPfS Sio Píulo/Com. Drr,


Prí- 1 964 LDN
COMPANHIAS E GRUPOS 1 DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Ofbiliftm de pf.eui Monitip SA

Murilo Gouvta Cmitmho — IPES Rio/C on Or

COMPANHIAS F GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Saneo de Crédifo Njeioful SA
«* Fifiancüaf Cta de Crédito ImobiUirto
— Ritjue S/A Credito Jrctobthirio

Haraldo Grtiça Couto — I PES Rid/Coti. Or


Pré l%4 Câmara BrauleM dt Fndüiin* da ComlruçÉO
Ceniro Fndútiriai do Eftado do Rio de Janeiro

COMPANHIAS £ ORLPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Jnduit I3r«iiciras A À,
— Comtruçúfi c MroiJfCfu Htbútcb
nau — MONTHAB S/A
— Graç* Couto S/A Ind. t Com.

520
fúiê ílenta Ribeiro Dantas — IPES Ata/ Cor. Or.
PrélW: FIBH.I
Sindicato National dhi tmprrtii Acrtos

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cmieiro do Sul 1

Ítatiiifiimí Pirei dt Qíivcira Dias — IpES Sío Pauta/Cpn Or.

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Liboncriptaj BrUtol 5 A, Edmundo Pito dt OU v tira Dias
Bmiol LáborUóf tes
Bmiol Me^cre Co. USA F. H. Weiti
— Brijtol fAcycn tta Biaril SÀ.
— * Com. Agrícola Ind Hchomar
— * Bfiiiol Lab In /fimiol Co,
Joiam S A Com Agrícola c Industrial
— Britiol Mrycit Co.

Hélio fo\é Pirei de Ültvftra Dias — 1PES Sío Pauta/Con Ot

COMPANHIAS t GRUPOS DIRETORES E/OU ACtONISTAS


— Crddibrdn Financeira do Hratil S/A
Banco Morelrn Soltei S/À Wjlltr Moreira Salta»
Bunco Com, c hui. üe Sío Paulo En#m Feder
Cflin ÀngloBra fileira S/A Dcmó>tbnns Madurtira da Pinho
íoié Brúi Ventura
lléHo Canto Mutua
Hdlio Betarão
T. Quamm Barbosa
Sérgio Pinho Meílio
Henrique dc BoUon
A F. Schmidi
Homero Souza e Silva
— Heliomar
— Labor BrbíOÍ
— Bmiol Meyerc do Broiil S/A Produloi
Químicas de Toucador
— Banco Brasui de SP Sérgio Mdláo
Àrgemiro Couto de Bams
|aáo da Cruz Mdlão
— Lobortcr&pica Brislol

forge Pereira Brífo Dttprat - IP ES Rio


Pró' |9&4 : Cia, NflCionfll de Alcnlii
ESG
ESGMAR
BNDE
ONE

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Verolmc Biükirtis
Verolnie USRoltcrdam |

521
Gr%à\m
ftéVto* M Fmi — IMS
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cqmf anhias e Gmtros DIRETORÍ5 E/OU ACIONISTAS


- Cjrkviv Uitu V 4 k«0 M Atli Roüucaü
I M PifífK(to Nciô
L.gw P Rm Mifiihicf
- R*ud * r«4 OteM» r TrtJffi. S/A | PGwau Vicir*
- C«* Ihcto* ^ U» S % ftabcrio Morei ri
fump A Lju - Cl
1*4 U Hçnn Harthicr
Int4i 4 fmHi €» — CM, Louu Dubois
Sff te 4 «ut Siuhé VA
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V» kMi^ rti
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* V<*4j i VA — FaÉnc* te Anríirt»

Qfc » l^rrtà -
C-uteM *i™l C» USA
Roh. Morcin
Emil Blcnc
Se*. te* V-í -írt P, Avril
í M. Rumino
— Ltet A F;HHf Ahiosiiu üüHdlfi
— 34* Pteí 1 Jf4r CJiudr MitJlclm
— 0%jj§**h4 te Bmd S/A Ciaudc (c»fl Maíhdlfi
fcoc^* te L *ar Ug^ute Amddu Olimo Jluiioi í o.

Anpi^ A f l

- ViárM
CmítJ M I tM VA
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i/A ~ V IfOSA R M«tin
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Arihur Soèfft A morim
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MuhcTtQ Lcvy
Ancúflüo P Guimria
luic Sabbi

PnWo fm«j — IPfS te F*áte/V«jr Vn^diul — Formafta dt Liderei Stndkftll


Pf4 1fb4 4mr> m Cte è tr erf í jjbuíiu
COMPANHIAS l G«tPOS UERLTONtS L/OU ACJONJS1ÀS
— SOMA tqyipffnm*
ütfirril AfWittó Tniwpcjn — USA
— Naiei**io PtiruJjJcra Lite
SHeíl BrRitl
— Cl* Imubihin* Nwi V» te Pn%K*
— AdminuerB^io r P*ir lupagáu Cvmei
cUJ
— Ct* Fglhf EdWip#fn«UQa Induiir
Fulkr Co - Mtfbof ViFcr VHteio frrUí
Cia. Sor%ite te Méí LifTvuánO | À Pnl* Soou

512
— Bromswcrk do Flraill
— Veminigle Muu hincn Fabrik
— — Slork Wiliun N V,
— M A-N — de Méq Motor»
Fáhrinii c
Diesel
— M.A,N. MftscKincn FúbrSk Augiburg
— Nürcmhcrg Ag
— Ck. Comércio e Nivcgiçio Braitlcin A, A. Rodrigues Gumtmna
A. Sííbíi á* Siív* Veiga
joio da SiJv*
— Piquadrias Pidfio S/A
— Eitâkiro Mauà

Ojwofcfc Tai-tfm Ftrrtm — IPE5 ftio/Con. Or/Com. Dir /C.E.


Pré- 1964; CQNCLAP
Oufcc doí Lojiiifli úo Rio de fane iro

COMPANHIAS E GRUPOS DTRETORES E/OU ACIONISTA


— C*M T* Virei Roupas
I

TmJitotto Afammto fífffiw — IPES Río/Con. Or.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Barco Ponuguâ» do Brasil S/A fahn Ganfner Williams
O Ca na varro Pereira
— Pneu* General S/A E. N. fafre
General Tyrc 4 Rubber Co. USA — Erauii Teixeira Fo.
General DiüfibuUng Co. USA —
— Borgward do Braail Jnd C OTO Motor
Ciri O and y Rubem CõnxU
Cari FH Borjtward Gmbh
Ado El Mar co j

— Cia Cimento Vale do Pmafbi Jmé Machado Coelho de Castro


Ce mentia Holding AG-Suisse Emery Kann
P. Fontamhi Geyer
— Banco Auxiliar de Comércio S/A Duriftl S, Torrei Monteiro
Henrique doi Santoi Malhiu

foco Bafttíu LropoUtü Flguriredo — IPES Süo Paulo/Con Or /Com Dir/C.E.


Pfé »%4: CONCLAP
Buiuo do Ikdiil
American Chamber oí Comrncreo

COMPANHIAS I: GRUPOS DIRETORES E70U ACIONISTAS


Lr Figueiredo Tffmspurkí 1-crrovUtriua Hélio Cáaiio Muni*
|L Figueiredo S/A New VorM
L. Figueiredo Niivvgmflo Luii F. B Ribeiro
í L-igivdu k LEuulh SltNimihip Co J.lver*
poul)
I.ijihi S/A - SP IIU A SCAN
Cm NüJonuI de Fdifgro» de Segurança
Profeta Prudutot Peitado S/A

523
— Eknmtte Iw^tnm Pláfbta* VA
— Sohtf ct Ci*. — Ind Quíitik*
*

Ektrwkw
Copm Ud* íB«7*r> EmMi Pilti
liwbtUni i Temionaí Santo Amaro
— Cu SamiMa de Rcíreaaw
— Indtuinj Guumcj EJctro-Cloro Edmundo P. B da Silva
iLifada 1 Cu Briubn ét Cit^tlo
dc CákK»
— Cibm
— Darnvohmnto Enduii. f Comer.
E4xka VA
— AJlfmctnc Elkkm&tõii GocÜihaJi
M«ui VA — BH
(Ufad* â Oicara do V*n]
TddtmLst de Brudi
— SAÍS —
Soe Co* Imobüdm * Afrt-
coli Lid*
— Tmorrt FE*DT VA
— Sufui - SmH do
F ml i M t Imà Suécia Eduardo C da S. Prado
Nrdrrkidtitlm AfliJks índuiLnel
tc HoWui*
— Minuti f Rom
— CibaOtíp QuLmic* S/A
Cibi Ofitf âud
— Eloaih Sic&mihip Co, — Livtrpooí
-* ÍUnco luú
*— AlJâj Copco InduitnaJ Faulitt* S/A Cétar Kicffer
A(Im Copco AktifboUf Amónio Piai Lcile |r,

(Eiukilda Bank Suécia) —


— Bioco Sul Àntnçaoo do Bffeid S/A Luia dc Muract Bino*
Manoel |o*é Carvalho
Hermann Mouci Barro*
\vrgt Leio t.udulf
Manoel C, Aranha
A ISA — Alumímu fíduilni S/À
Sch*eiierwhe Aluminium A. C» Lucicn Marc Moaer
— SiiJçi M** Vemicf
A Warner
Thcodur Sc I ler

— PircIJi S/A — Comp Induiiri*) E)r>n Jorge dc Souia ftticndc


leira jLijida d Sociedade Anónima de tgldio Gavaiei
MitPÍéi
FAixrktm 5 A ME Edmundo Barbo** da Silva
Haroldu [.tvy
Fábio Monitiro de Birra
C- Mtiaruio)
— Edíco —
Emprtu dc Deieimdvinien'
to índuitrul w Comercial
AtC — Cl* Sul Artrfnc* dc EktTv
cldad*

524
L Figueiredo /r —
IPES Rio/Con Or,
Fré~t%4: American Chamber of Commtrte

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES l/OU ACIONISTAS


— L Figueiredo Amiuén* Gerais S/A leio Raima L Figueiredo
— L. Figueiredo Navegaria fulo Raima L Figueiredo
— Booih Síeamíhip
Luii França Ribeiro

Nicpiüu Filitotú — ÍPES Sio Pauto


Pr*1%4; FIESP
Sindicato d« Indu* Criar de Balança ,
Petos e Medidat
C| ESP
IDORT
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Ituiútlriat Filuol* S/A Pedro FíUzüIj»
Fibio Decourl H. Md Lo
Cariei Wanzo

forgt OiCQr Mtifo Fiorts — ÍPES Rio/Con Qr/Com. Dir/G A P.


Pr*IW*: FCV
CONSULTEC
APEC

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ranço Ch$%e ManhaUan
— Sul «mérica Seguros
— Termoeléiricq de Charquead**
— SulbClp
— Banco Hipotecário Lar Brasileiro S/A Ruy Carneiro
Rockcfdter Group Paulo Af-onio Pook Corrêa
— Rrxfccfdfcr Group
Mery Comércio e EftporUçla S/A H.M.A, Pereira
— MccAntca Pesada SM João Pedro Gouvea Vieira

S/A de Ib Challeaijiifç
Schneider el Cie. de Mstírid Elettriquc Joio Gmlavo Haentl
SW í- Rieommard
— Weitinghousc
— Sul américa €apudU#ç*4)
*— Cia. Did- Belgo-Mintífa S/A
— Sut américa Terrestre Midi imo* t Aci- Amador Aguiar
dentes

Herçufano Búrge5 da Fonseca —


ÍPES Rio
Pré- [964: Centro Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
ComÍÈsio Mis' d Btatii- Bttdoi Unidos
FMI
BIRD
PUC
SUMOC
COMPANHIAS E GRUPOS I DIRETORES E/O U ACIONISTAS
— General Eírcirjc S/A I
Carlos ]oté de Amd Ribeiro

S2S
foié Rubem Fonstra — IPES TWCon Or^Com Divulgaçio/Seerelirio C.E

companhias E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Liflit S/A Amónio Galloui
«BRASCANI

Zutfo êt Fníf4j Métmm — IPES Rio/Con. Gr*


Prtlte* PE EGA
ACRf
A^fhctn Oiarubtr of Comroerce
SEsr

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Laboratório Araújo Rtxracl PhiEippe J> E. Beraul
Sockfic de LTwtinit de SémHfrtpk Frederic R. Kemper
Htmccpauque
(ligada *
Lcs Labortioim Françan de Chi-
miothérapie
Lcs Lab Gobey
L*b. Bfjtout
Lab, Foumier Frèm
Lab. Rouísd
Uiinei Chimfqua dei Lab. França ii
— Ci* Continental de Seguro*
Union ie Aieurancct de Paria
— Ouimio Produto* Químieoi Com, índ, J. Nieoliu Mider Cone alva
S/A
Lab SiUg-Araujo Rouiad S/A
Ln Lab Chiituính^rapie Français F, R Kefnper
— ftoiel M*imfbçío
— Perfumei Rochv
— Oe FmancíÈre Ottmjo rHocthiiJ
— Soeiéié Elcirom uJ urgiq ue dAnglc
Fort
— Cie, Imobiliirii Independência

FaiIte Mário Fteirt - IPES Rio


Pt*J964: CBP
Sindicato Nacional da industria de Cimento
Avtodaçao BranJeira de Cimento Porilind
Sindicato IndüHria Hidfó Efílnc* do Rio
Centro de Indiitmai do Litadu da Guanabara

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cia. Ponjand Moitorâ Ricardo Xavier da Silveira
— Cia Sul mineira de Llet rí t idade
— Cia, Cimento PcrtJand Parafio
— Cia. Cimento Portland Alvorada $. P d» Silva
— Cia, Cimento Portlind Grife
Cia Cimento Par ai vo
Cia. Cimento Barroto
— Grupo Paraíso
Cimento Granja

526
i

— Cl* Cimento Fort [and Barroto Sc v cri no Pcrcin da Silva


CU. Nk. de Estamparia
CU. Cimento Paraíso C, A. Moura Pereira da Silva
Emp. Granja Paraíso
Grupo Hclderbank Finunclot
GlaHi

OclAvio Friat —ÍPES São Paulo


Pró- 1964: CL ESP

COMPANHIAS E GRUPOS 1 DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Toiha át Sm Pauto

General Liberato da Cunha Fritdrith — JPES R Fo/C. E. /Grupo Editorial/ Grupo Doutrina/
Con. Or
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— CU, Metalúrgica t íriduilrtiL 1NGA
|
Dom/cio G cindiu B insto

Antônio Sánchçz Gtddeano — IPES Rio

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


CU Eslinífera do Brasil Rui Gomo de Almeida
— Pitifto Group 1. B«ios Thwpwi
— CAD1F — Coa#* Admmiiiridfr Hugo Couthter
ro (Ligado a VV, R. Gz&tt)
- COFftEML — Cie. Fnnçilio dVnter* 1

C. Lacerda McArlhur
ptinci Minerièrcs McialLurgiquet et
d'lnvcjfiisememi — Paris
— COBANISA — Comp. dt Bonoi, A> J, M, Alkrmn Sobrinho
cione* A Negócios Enduitnalei — Fa-
Fumi
— Banco Novo Rio CarLoi Lacerda
Alberto Braga Lee
Mirto Lúttnu Fernandes
Alberto Ferreira da C«ta
Carlos Eduardo Coma
— Moinho Àtllntico

Antônio ColtoUi — IPES RWCon. OrJCom. Oir.


Prí- 1964: ESG

COMPANHIAS E GRUPOS I
DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Llfhl S/A Hemy Borden
BRASCAN/COBAST PetífGrace
« ATT
tLlfid* |. Grani Glauco
ITT)
— Biikv Inveitlmcniot
— PhlUdctphia Nit. Bank
MíquínM Rtttntnn S/A dc Sâo Ptulo

527
— Fáfanc* de MAquinti Ritminn SM Irineu Domhausen
Ff «ficitco Clfffoiw» Paulo Konder Bomhiusco
Stnu a|ú OiTitfti
Hdi* Vlafim
Oitir H Genmtr
luim Pmio
M Junqueira
Hans Martma Sdvnm
(Ligada a Banco Iniiiiimi t Comér^
cio deSimt Ciiarina S/A
Elem>Aço Àltooi S/À)
— Cu Paoluta de Séniftt de Gfa ímâ Marque*
SraLiJjaíiIriclKHi William Roberto
üfhi d Po*er Ma renho Lulx L
A Cailoi Marinho Nunes
fohn Grani Glasico
Joio dc Silva Monieiro Fo>
A lano L. da Silveira
— BfiKin tcpiniÃc e iflvonitrtsmos S/À
— Cia de Vfitcnau e Obras Fucfr
di di Pai —
Rio de f anciro
— Ci* Tdefònjv* Braitlcira São —
Paulo
— Cia. Tefefòn*c* de Mina* GcriU J. í Al vario Al vim
— Banco da Lavoura de Mtftu
Cenii
— Banco de Crédito Real de Mi-
nai Gerai
flanco Hjpoiccírio e Agrícola
do Estado de Minas Gerai*
— Banco Financial da Produçio
— Barco Crèdiio e Comercio de
Mmii Gerais
— Banco de Minai Grrtii $/À
— Cti Braideirv de Mc ui urgi a e Mine- Da rio de Almeida Magathici
ração
— Em preta Técnica de Grganixaçio e
Fariicipaçòti S/À — TOP

ÀfUÓnb Galvâo —
JPE5 Recife
Pré- 1964: Auocisçio Comercial de Pernambuco

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cia Fiação c Tecelagem Auumpção Décio fernu Novata
— Cotgmfkio Oihon Bezerra de
Md to
— Henry Rogcn & Sons Lid. — GB

loié Duvivitr Goulart — IPES Rio/ Com. DhJCpa Or.

COMPANHIAS £ GRUPOS I DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Sociéié Sucrerie BrailÊcnitc Carlot Paca de Barro*
(Ligada a

528
— AVJP — Avícoli Ciifio Franco Bueno
Jmi Piracicaba
— Motocnnn A. S. Maquinaria Inv
pkmcfiLúi Agrícola*
— Supermercado* PcgPogl
— Lu de Dos In de
— IndüilriftS Üdtmtüfnmicèülki* Rm-
nldu S.A JORSÀ Jmé Aíonto Gir#y
— Garay amily — USA F

— RcprCicnlaçòci Fnn BmiH


— Jndútlrto Paulista de Áteool
Cio> Uno Morgan ii

— SoCÍété Sucrcrie Brcíilíonnc


— Instituiu de Fisiologia Aplicada S A - ] JL Oi^rio Almeida

NA Camila Procápio de Soou Ir,


— Odunato

Ftdvio Gahàa — IPES $. Piulo/Grupo de Opiniio PubTki

CQMPANHFAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ú Estado dc Sào Paulo
Júlio dc Mciquita Filho
Ruy Mctquila

Paulo Sérgio Coutiflho Galvâo — IPÊS S. Pauto/Ct m Fík*1

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


-* Valeria 1.» Divid tkatiy 111

Valería 2,* Sílvia C de TtUo


Valeria 3,* Adelino Coa ta Machado
Valeria 4 *
— Administração Àrbes*
— Sociedade Agrícola pena I tu
— Cia. Comércio Admintsi. c Indústria
StB, Carolina


Banco Mercantil dc Sio Paulo

Paub Galvãa Fo. — IPÊS Sio Paulo


Pt«»1964: ACRJ

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Credibrás
— União de Bancos Brasileiros — UBB
— Grupo Moreira Sailcs

Lucas Nogueira Gúrccz —


IPES $ Piulo/Con. Oi.
Pré-1%4: Governador de Sio Paulo
Presidente Ftdtraçno dc Banco* dc Sio Pauto

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Elernii do Braiil Amianto Cimento S/A
|

Wihon dc Soüia Batalha


I Mu Gral

529
— Eirmh À. G. —
Swítreriaod (li- Ànron vtm Sallj
gada a Holderbank Financiere Lucas Lopes
Glirnj A G, —
SwiíxcfUftd
— Aenet Corp. ínc Paiuaoá
“ —
S/À Ercmit Bclgium
— lohm Mmtille Corp — USA
— SPA Eicmii Piair* Art Itália
— Riunct^rt Belge de Abule* L'

crimcnl S/A Betgiuxa)


— Cofnértk) Aepmcntaçdes e Engenh*
ria Tielf S/A
— Li|ht São Paulo AntAnio Gallotti
Leitão da Cunha
— Prmivil S/A Vilorn Mobiliirioa e Ifv

vniimcmot
— Morgan Cuarant? Trust
— Banco Mercantil de São Paulo Frandsco Prestes Maia
Caildi de Moraes Barras
Fábio da Silva Prado
S
Gutáo Mesquita Fo.
P. Aym Fo.
G ateio E. B. Vidígal
I Klibin
— Ck Ftnanctèrf Eícmit
— Saini Gúènn Pont a-Mowoa Lucai Lopci
— S/A Mineração de Amianto
— Cia.Cimcrno NacrooaJ de Minai Locai Lopes
— Holdcrbank Finaix kix Glanii Swifcm-
Iind
— ET- T,
— Cu. City Piuhfta de Terrenos e Mc
Ihor amemos
—* Dcttec S/A
— City São Paulo 1 mproreroen ta
of
and Frtehdd Co. LuL London —
— Olivetti do Brasil Roberto Campos
S. F M
cílio
— FINA5A — FLnancíadofa Nacional
f Morgan Guarani/ TruitJ
— Ff NASA Paraná — Sta, Cataruta Gaitio E. B Vidigai
Raphad Papa
— CAPIN Oi Agrícola Pecuim Jndua-
tvM 5/A
— CA|G —* Fnduiiríal Guarani
— Banco Brasileiro de Desenvolvimento
S/A
— FfNASA

Pmdo Fonuttnhú Cryer - IPE5 ftio/Con Di.

companhias e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Fosfand S/A SupcTÍoalatos Anilinas e
Produtos Químicos (Ligada üimn
leie do BraiiO

530
UlilK-KuhltDNll) |. P Gouveia Vidra
Èrnlru Pilli
— Reímarii c Explotifto de PelnMco Mijuel Monteiro de Bamn LLn»
Unita S/A Cifloi Eduardo Paei Barreio
Lutas Lopes
— petroquímica Uníío S/A Lu)i Simãea Loprs
— Banco Investimento Fábio G.
— Banco Ultramarino Bruiletro S/Á À Mircundci Fú.
Biiilcu d* Cosi* Gomei
— General Dynamics — St Lüuli
Liquid Carbcnic
— SceaI Koppers Engenh e Moniagetij In- Hemani A» vedo Silva
dustriai» S/A S Whnehow
Koppcrt Coro. e Serviço» Tétnkoi Cario» Eduardo
Md*. P*et Barreio
Alberto Simpuo
— Cl*. Cimento Vale do Paraíba TtmliKxlt» Marcondes Ferreira
Cerne filia Holding Ag Suíiie Manoel Aícvcdo Ijêío
— Ctl. Brasileira de Petróleo Ipiranga }. P. Güuvci V itera
— Banco de Investimento do BraiiJ S/A f. A. Silva Gordo
P. Reis Magalhàci

Iqtgf Frank G<ytr —


IPES Rio/Con, Or7Grupc de Integração
PrM9b4; Sindicato de Pói*i e Relógios
Clube de Lojistas
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Cai* Masson Joia» e Rdógtoi
j

™ Cia. Usinn$ de Sergipe

Rogério Giór&i — IPÊS S, Paulo

COMPANHIAS e GRUPOS '


DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Banco Francês e Italiano par* a Amé- Rodrigo Otávio Fo.
rica do Sul — Sudameru Hcnnquc dc Botton
Cie Fieunciêre de Paris ei do P*y* Vkente Rao
Bit Renato Morganú
— Cotonlfklo Guilherme Giorgi S/A
— Banco Auxiliar de São Paulo S/A
— Meiolgriíki Giorgi S/À Mauro Lindbcrg Monteiro
Grupo Guilherme Giorgi
— Pibifas do Brasil
Rifftnaxioni e Oiti
Mmerafi $/A —
Saroiti
— Uniio Industrial e Mercantil Brasíki-
r* S/A
— Materiais par* CominK&Câ Porto Ri-
beiro
— Br«ll Viscoise S/A
— Embalagens American* S/A
— Usina Açucareira Paredio S/Á
— Metalúrgica Aiicinduv* S/A
— Cf* Labor de Serviço* Gerai»
— Refinaria Nacional de Sal S/A
— Lanifício Minerva S/A

531
HéU, 4* An*m - MA Or/C« D*,

CCMfANHtA* £ ü»LPOS Dl RI f ORES E/OU ACIONISTAS


— CÜMAÜ - ç<m l«F * U«*»«a* Immnirtl Crrti* d* Mofaei
SWÉnfl V4

— Li

— Cia P»cm* 4» v *j*«vi* i l-^juama filham IJw^rd Embry


Jv Uh».u CQM*Q
Ci* Jwfwr**^* J* —
COMAQ - tàmaàv F*MK*raáO
O Aicwnta;

ftjmb) \^^am ÚjmxMm — ÍTtS IWC oft Of.


PttiW AWSG
ASV4F
tOUfUVHlAS Ê CILPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
* Nvú4ri S/A — L*A c Cd* dí Sfr C. Uvy
E. Levjr
— O<jém Prpátordt Om/íh* Er, Kcmpcf
r r^ri VA L M P. Raul!
- LA H I^aad
<“ In IjÍMWirti r^unçHi
DauIMt^K

M Aéotpét* dm Urm G*rém — IPÜ Séo Pialo

COMPANHIAS r GÍLPÜÍ DIRETORES E/OU ACIONISTAS


Iam, Pijrr^f^t
ÉU-V , áe |rrn£w*4w òc iraaJ S/A Pauto Rí ii Mtjalhlci
P ftmlamh* Gcycr
Da \K4Ail Al icpmi Jfmw
IU^íj dor CoMtt/u r JadMríJ <fc S lutfu Pinheiro d* funseca
P*«ki 7 Cjujrlirri IJarboi*
f f.S ASA VA L M ba rrtrt
(Cl#«n«v MutiAiJ 0 t B Vjdigal
| Woll-Lt Sl&iomrti
L S C/B ILtÉ
D Bcmuy Hl
Cl*. Segurador* Brai, V^i# Ota vu I Setúbal
J E <Jc Mur#o
Mmn;ji Cpmvx^iJ t Adm.n.iirid>(ri
S/A
Labor *n>ritj Pi^hm d* II*.
!^f .i S/A Ac}0*ihj R jdrjgticv Alvct Na.
— S/A Rratilcira Indl f AfNioti
Dr«Éilijra RoHcrljj P«k^uv4iP»l
— IHEC — Ci* l.iTfpricndi-nritlut t j Man.cibrii
Adminihlravio
— Cfnçino — lundu Bruikirv d*
Parlicipaçúca

532
u

tolo Dettita Itnatd d* Gouve — IPES S Pàutc/Con Or

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETOR rs VOU ACIONISTAS


— ' S/Â Tubo» ttratilit 1 CHj >Jtf
ETA 5/À H hlliOi
Société dTtudet PartícipatioQS ti

(jTnlcrpritct índi-LisrkLleí ISEPEJ


Ligadi 1 Poini-a Mmu&on Cie. Fi-
nanoère ti InduiLnclte Imertonú-
fiem*! (COFÍCOí
— ET A — Éitudüjí Técnicas * Ádminisr
tração S/À
COFJCO
SEPEI
N. V HàNDEL INDUSTRIE
Transport Ma&Êshaírig-HlTMA
— SEPEI

Frederico Htlhr — 1PES Rio


Pré- 1964: CONSÜLTEC
APEC
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
—O Eiltídü de São Paulo
(Túlio de Meiquiífl Po.)

Gtnrrei Heitor Almeida Herrera — IPES Rio/C. E,


Pií lSM, ESG
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Carborundum S/A
Union Carbide
Mellon Group
— Cia Cimento Porlland Conimbi lorfc Diat de QUm
Cil Cimento Portland Dincu Souia Coelho
ITAU/Banvo ITAÜ Olavo de Queiroí Guimarlei Fo,
10 tC —
Fundo CrcKtnco
Cib. ETÀÚ de Fertilizantes
— Swenika — ÀSl Â
— Bergen Engenharia
I.
— Fazenda Pecu ria/ Alegria k Corumbí

Gltberl Ituber Ir - IPES Rio/Con- Or/Com. Dir/C.E.


Pré l%l: CONCLAP
COMPANHIAS lí GRUPOS DIRFTORPS E/OU ACIONISTAS
— * LiJlai Teldúnkat Ihiinltlro* — FutÍcu CaiUuhetra
Ligada a — Clarcficc Dauphinot
— American ílghl A Power
-* kF St 14 AN kriliicnctBi Moder-
na* (Stanley Work* USA/ KOF
RS Cü USAI PI
—* Crane Cu Chuago
— Editora de Guia* Lm
Hm Niiiuflal Ciijr Bank

533
— Ccrlmici S*e fo*é Guaru SM — f, B, Sjocco No.
CODINCO — Com. Dt*erw. Ind c Ncwton Marques Lagoa
Com
EEE Êmpwddiincoioí * Estudos — Haroldo Anhaia Lciie
EcCíOÒffl<CH
Au Bmí Dei dc Outubro
— Chemk do Bmí! Tecelagem c CooTtc
ÇÕfr — Marcei lo C.
COBRA Rangel Porto
SEARS
DELTFC
ClircncT Diuphinoi |f.

— Cll N»C'Oful dí Pipcl — Ernesto Pereira


Bank of London SA Ud Carneiro Sobrinho
Cia Md c DcuíivpIfKienio — Martello Carlos
Cii Guaaaban dí Crédito Rangel Porto
— Clóvis Malhe iro
— Francisco Paula
— R A^ C Carvalho
— COBRA — Cómp \'*kmí*lort dc
EmpTHU
OELTÈC S/A
— tohru Man vil le Toe. Piltt
Boi MjnuFiccunnp Co, Pimfeliríh —
— RH Donndcí Corp, of Philaddphia
— Tnflci Sifcty GIo*» Co.
— Eupcd ttpiniio Editorial S/A
Ligida h
— Ediioij Eipmiiâ c Cultura Lid
— TASEC — Tcchnital 4 Advcriíiijig
4 Sa 3 ei Enginccring Co, (EUhtmàJj
— MruJon Ind c Com S/A
Empreendimentos. c Estudos Econômi-
co*
LTB
AGGSA
Empresa GeíHe Importadora e Ex-
portadora S/A
Nylok S/A Ferragem e Fcrrtmcfiiat
Si km oto S/A Equipamcnioi pari
ÀuiomóvcJí
l tapicuru S/A Empreendimentos Co*
mcrciiít ç JndutirJaii
ÍPU Indústria dc Peç« para Vef-
eulos S/A
Cia. dc Deienvolvimenta Induiirial
c Comercial
— EEE Empreendimento! Eiludai Eco-
ftÚJtlfCOl
— Aric* Crifjcii Gomes dc Souza S/A
Páginas Ama rd ai
Guanabara de Crédito Financiamen-
to e ínvcsiimenio*
Cia. Piratininga do Segura Geral*

534
Lart lanrt —
IPES Rio
Pté I9W: American Chamber of Commerce

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACÍONJSTAS


— Cia T. laner Comíreto e Indihtna — Efik Svtdclmt
— Ovtávio G. de faria
— IBIC/Ocscinío — Mfechad S itje*
— Fundo Brjs de Pankipaçws Ind.
e Comer
— APEC — Cii. Adm, c Pari.
— Cu. Mercantil Polarii
» Emp r fantr S/A

Huroido funqutira — - TPES Rio/Con. GryCofn Dir

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Açúcar União — Eduardo Comei
íLigada a Grupo Soares Sarnpalp)
— Banco Ribeiro Junqueira — Moreira Sallo
Corrêa e Canro
— Cavalcanti junqucin S/A

Ahxmiee Kafka — IPES Rio/Con. Or /Grupo Eitvda» c Doutrina


Prc J964- FMI
FGV
I0RE
CNE
COMPANHIAS E GRUPOS 1
I DIRETORES E/OU ACIONISTAS
- CONSULTEC
- APEC 1

Ewfffo 0. Kaminski — 1PESUL

COMPANHIAS e GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Agrícola Mercantil S.A. Egydío MídiacHeu
— Kurt Wemheimer

hmt Kíahin — IPES Rio/Com Ou/Com. Dlu


Pré- 1964: American Chamber of Comnictcc
UDN
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— finasa S/A L. de Morae» Rarros
lobo Neves
Herculano de Almeida Pire*
A. Aguiar
C, Mariaul
trmeu Bornhausen
). W. Simonjcn

535
— . Cp* Ca aríncme de Celulose
I

— IndujErüt KJabtn do Piraoa 4e Ceíulfr Samuel Klabin


11 S/A Olavo íg)d:o dc Souia Aranha
À. |*tob Lafer
D M Klabin
— Cit^ ^ifTO-Ouífnici Brasileira H orício La for
— S/A FndiuinAi toioraniim f Elimino dc Morais
— Banco Comercio InJ dc 5 Paulo lacob Klabin
— KUbm \tmioA c Cu
«- Rilun UrjjilcirJ S/A Ermirio P. de Morais
— Voior-ncim
— Sfd Bjfra Mansa
- KJabm
— NiirEyQüimicí Bruildr*
— MrUl Leve S/A
— Klibpn Irmãos I.tda. S Klabin
— Grupo KiabnvUiíer Horáeb Lafer
— Banco Mercantil de São Paulo S/À G, E B- Vidigfll
D R. Fonseca
G Mesquita Fo,
L. fogueira Careez
Paufo Ayrcs Po.
— Companhu Universal dc Fósforo»
— Match Co. LSA
CfljversjJ
* fnduiinn KUbn do Puma
— Cia Fabncjdora de Papel
— Ptpçl A CdüJíHC Cüürlncmí SM
— Arfda líuçítimenCDS
h — Moniciro À ranha
— I oiemaiiaui Fmmto Co

Aitténçõ /ocobtna LscGmbr — IPES RWCon Or*

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cata Rui fijrbot*
I

CtmandQ Ed^arif Lee —* IPF5 S Paulo


Pré*í9bT American Chambcr of Coffimcrtc Fundo de Ação Social —
tâmara de Comércio Teut&Bruilem

COMPANHIAS Ê GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Fios c Cjfeoi Pfãiiicw do BrasiJ S/A Alberto B Lee
À, Soares Sampaio Alberto Soarei Sampaio
Àfberto B Lee S/A Imp e Eip.
{Ligada à Anaconda Co-USÀ)
— Industria Brasileira de Aço S/A E. Braga Lee
Mobg Sucden
— Àdminut Particular dc Bens — IBÀSA
Lid
— Chniiimni Nidaen Engenheiros
Chriftian & Nidsen

J36
— Cia. Oííímka Duas Ancoras Corirado Êkhrotf
— Equi pá mentoi Clark
Clark Equipfncnt
— Cia. Construtora Penado Souia
— Wierión Sicel Co. tVa&
— Soe Ano Marvin Lrnáni Pi|S*
ANACOMDA
—. Geoprosco do Brasil S/A
— Cciucnljiilon Brasil
Eng CIvJl cm Geral
The Ccnicnlatlon Co. Lid. GD,
— Àsitat. Sondagens índ. c Com*
Proirnnas Brasil S/À
— I). Goodrich do Brasil S/A
F. Eduardo Caio da Silva Prado
— Filtros Frarn do Brasil S/A

Ernesto Eflnie — fPOS S. Paulo/Con. Qr,

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Moinho Scmtbtn
Bunge & Bom

Paub ftúrbostt Lessa — JPESUL

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Didrio de Noílciua
— Tctevliio Rtcofd
— TckviJüo Paulista
— Barbeia Lena Produções Artfsiieis
— W. Thompson Publicidade
\

— Cia. Cine Vera Crui

GuUherme Levy — IPES/Rio/Cofl Or

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


Nuodci S/A Indústria cCcmmio de R. Lcvy
Secantes R, Kocstcr
— Nuodex Products S/Á I. NicoUti Madcr Gonçalves
-* Eiablmcmcm fdr Indmtridlc
Verkehrcn
— Hcitkti Chemical Corp.
— | N* Mnder Gonçalves
— Reichold*
.

Chcmícab Ittc,
— Resana S/A Jnd Química Krblían Orberg
— RekhokJ Chemical tnc< Gimhcr Qrbrrg
— Kriitisn Orfoerg
— Guapôré S/A Com^ tnifusirtal e

Agrfcoli
— Indúit Nac, dc Fltailtcn GaUte S/À

537
Hcrbtri VkW UiT — IPÊS 5. Piuki
Pré-i964 LDN
COMPANHIAS t GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— lorff di Silvi Fagundes
Batwj d* América S/A
|
Mrir* VascOnctflos
He rc ufano de Almeida Pirei
— EPSA — FmprtrcKÍimcfilM de Produ-
to S/A
— Eicniotifl Levy Ltda Roberto Levy
Eduardo Levy
Harald Levy
Coiuirurori C amargo P*d»co
— íbritçi S/A
— SANDRA — Soc Alfcdoora do Nl |. Kugelmu
Sfisikiro E G- Goiiichalk
— Cia Lubeca E- Humberg
— Djlíou
— Vk|í
— SunbexiD dg Bnsú OthCoiTDiÁQi S/A 1- 1, Lorani
Ruy Maxiini
— Panamcurg S/A
— Editora Gazeta Mtrctnli! Haroíd Levy
— nâr Brauleira Químico
I Ltda. TíjéiiJ íoicph John Lorânt
5. F. Faria

— Cia. Iiaü de Fertilizante* A, Georp Foídei


Ary Basto* Siqueira
— Jndüiiru BraJikva dc Mcui S/A

Robtriü Le\y — IPBS S Paukj

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Robe no Levy t Cia. lid*-
— Uuntu da América Hcrbert Levy
— huJ de Mciai
Hrüi Hrrberl Levy
— Emprecfidimenio* dc Produção S/A Herbert Levy
EPSA
— Pacwmeuro S/A Herberr Levy
— Fwnidriü Levy Ltda. Herberl Levy
— Conslrulüft» Camargo Pochcu» Hcrbert Levy
— Seraic* S/A
— Cia Peiróteo da Amazónia Arihur Soaret A morim
Octivlo Marccndci Ferraz
Hargldü Levy
António P, Gurmarlci

Júth Ctuz Uma — JPES S. PbuIo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES P/OU ACIONISTAS


— Cúmpünhiü Paulista de Energia Nu- Paufo (Jchofl de Oliveira
clear (COPEN)
Cia. Internacional do Seguroí

538
A MC Lcan Eniínteríng Cwp. Paulo da Olivtlri Sampaio
WriUce-SimoiucR
SA& 5 A. Brasileira át Com, ç Rc-
pfOCAtiçúa
Celso da Rocha Miranda
— Linhas Corrente S/A
Coai» — UK

Gamai Atotiul Müretrã Lima — IPES S. Paulo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— M&qiiihrts Moreira S.A.
]

fosê Luiz de Magalhães Lim — IF £5 Rio

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


«* Banco Nacional de Minas Gerais S/À José de Magalhães Pinto
A mútuo Fãdut Rocha Dinu
— Saneo do Triângulo Mineiro 5.A.
*- Banco Comerciai át Minas Gerais S.A+
— Banco de Brasília S.A.
— Bmco Soito Maior S,A.
— Sinal S.A. Soc. Coireiora de V atores
— Empreendimentos e Participações
Lt S.A.
— Sinal S.A. Empreendimentos e Partici-
pações
— Sinal S.A Soe Nacional de Crédito*
Financiamento e Inveiltmcmoi
— Decrecf S<À. [ò$£ Luii Moreira de Souza
Mádo Henrique Simonscn

Miguel Lins — IPES Rio/Con. Or./Com. Dtr,

COMPANHIAS t GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Refinaria e Exploração de Feliálcü Á. Soares Sampaio
Uniio P. F- Gcycr
— ).P. Gouveia Vjdn
— P F. Geyer
— Cia, Brasileira de Petróleo Y piranga Francisco Mar hm Bastos
— Francisco de P R
Alves da Cosia Carvalho
— Crcdibfás Financeira do Brasil S.A.

M&urú Monteiro Lindtnherg — IPES S. Paulo/Coit. Gr.


Prt)%4: FIESP
CÍESP
Associação Brasileira de Fabricantes de Latas

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— i Banco Mercantil de São Paulo — Ciisino Butno Vidigul
— Wllmn Paes de Almeida
— * Vasco Leilão da Cunha

539
— Metalúrgica Gtorgí S/A — Rogério Giorgí
— Grupo Guiihermc Ciarpi
— Rei muni Ntdomü de $*J S/A
— M*trrj*i) par* CortiQçio Porto Ri-
beiro

/uen Cliníon Urrtnd — IPES Rio/Con Or.


Pré-1964, American Chambe* <d Dxruntrct

COMPANHIAS E GRUPOS diretores e/ou acionistas


— Moore McCormack Lioes — CurJoj Minadt
(Ligada k City lnvcMÍn| Ca, New
York)
— Moore McCortnack Administradora

Octàvin FereirQ Loptt — IPES S. Pado/Con, Or/Com, DjryC.E,

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Gráfica Corrêa ck Sáo Cari» S/A
— PtlllJcaf Sko CarSoi S/A
— índdiriai Pereira Lopn Refrigerado * Mário Pereira Lopci
rei — SCHWABACH & Co. — USA — Üflwaldo de Brito
— Máquins* Cü^-Triii>m — Emesio Pereira Lopes
—C ia. Brtiildra de Tntore»

índ. P. Lope» S/A


MabU S/A
Ipck S/A — lad Coca c A d minis-
Iriçio
— Indcpcndéncu S/A — Rjiadciíib«i£oí — António Círios de Paul* Machado
C rédit» c tnvotiíDCOUia
— Octávio Pcirir* Lopes — Jo*é Roberto C utro Oliveir*
— Emejic Pereira Lopct
— Emaio Pereira Lope* Fo. — Alberto Emmonuel Whitaker
— Caie de Paul* Machado
— ACPM CiT/f i! io e Rfprcsçm*-
çõc* — AdàJberto Guimariet Queiroz
— Gr*nde Hoid Municipal S/A
— PílopLoi S/A índ, Com. e Serviç»
— Sdari I

Domíâ A xambuja Lawndêi — IPES RJo


PrAl 9 M: ESG
ADE5G

COMPANHIAS E GRUFGS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Lowndeí S.À. — Marcoi Ompirian
— Àlmiro Affomo
— Vívian Lcwndci
— Cí*. de Serros Cruzeiro do $d
— Ci*. de Seguro» Imperial
— Cia* d* Seguro# Sagres Ncator Riba* Cambo
— Lcndon ãí Lâficashirí Insurance
— Londan Atainnce
— Cruzeiro úq Sul t Capíieliioçlo S/A.
— Càa. de Seguros Porto Alegrense
— Fsíheô S.A. Consórcio Financeiro — Lucas Lopes
Finao, Crí dito c Investimentos — Wmlier Suitofl
— Almtro Aífamo
— Ofwaldo Benjastim de Àrcvtdo

— Carlas Augusto Niemeyer


— NordejiJna Financia menta e Invés Es*
mentos
— Lowndes Ttiriima 5*À-
— Fundação Lowndss
— Lowndes Co. Ltd. êí
— Sccuritas S-À,
— Administradora Àngrcnse S.A.
— Agro-Comcídsl Rlcaraar S.A.
— Cia. Ger&l de Impor tações e Adminis-
1 ração

Mmq Ui5o ludclf IPES Rio—


Pré-1%4: Centro de Indústrias do Estado da Guanabara

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cia. Cerâmica Brasileira — forge Leio LudoU
— Emcric Ktmn
— Mucció Parikip, Com. e Reprea.
— Mário de Souza Leão LudoLf
— Jorge Leão Ludolf
— Mário Leão luddí

— E$SO do Brasil

— Indústria Paulista de Porcelana — Ar*


gilex SM
— lorge Leão Ludolf
— Américo de Carvalho Ramos

Fuad lutftúfc — IPES S Paulc/Con* Or,


+

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— * S/A FJftçin e Tecelagem Lutítll*
{ligados a Alfredo Buzaid ç Paulo Sa-
lím Maluíl

— Faíenda Boa Vblá S/A Agrícola e Pe-


cuária

Lu ms ver S/A Empreendimentos

541
Umméa — )PE3 »
Pr*l*%4 F 4JC EMC
COMPANHIAS E C1LFOS DIRETORES e/ou acionistas
- «*^ü J- M**a* Cm» S 4
— ÀnhVno Mcrjj-í* Guimarlei
— Manoel Ferreira Guimarlea
— |c*4 Ot*ildú de Araújo
Ffioci^co de A»ií Castro
— Fljvitj Peniagn? Guimirtu

r-^-' és
1
C fc -%r ir - W^i^n — |p£S Rio/Cw Or/Coríi. Dir/Grupc Smdicaj

COMPANHIAS f G1LPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS



-
Du 4t te* — Guilherme B Weinachenk
— Fernandes
ftjul
— Eduardo do Prado Kelly
\o*é
— Coelho de Souza
I.

— Fernando Machado Portela


— Luiz fiíolchini
* 4pr — Alceu Arnorwo Lima
- Gfite OteGéte»
— N
* 0 ra nd Ao
* Me*b«i S/A — Frmncítco Eduardo
Paula Machado
— 1 WiJLemicn Jr
* JfttfMn* Betem áf M«M< d< — Cíaar Gujnlt
Oku S/A
— Cm laémi * a#ué te Cidlu — Guilherme B Weinachenk

Dar Kj dé Alwwfc Wwrtiii — IFB BmJCm Or/Com. Dir/Chefe de Grupo

COMPANHIAS E GPLPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Dl MA Dmnbvdofi t üp<Ji <fc M*
nlnw r Adube* SA
— Imrmatu^jJ Ga
—M Wah Lhary C#
nrr«cJbii
— Trkd^ne fnr
— Cu fcauletr* ót Metalurgia e

Mmefa^io
Ll|idi i
— Mmeraçèo Paia do Bra»i]
— COBRAS A Com F*n S A a
— SOI RE Q S A.
MoJyhidcnuffl Corpoe of America
— Paio Cofuchdaird
CoTd Drcdfinf Lid — Canadá
Patino Group
— Emprtendifhcntcü Ufh*n« S.A*
— EiibÜootKfti LiiaA

541
— Bmco Hlpoieelrio Agrkoía d* Mínu
Geral»
— Comptüir D tvcpmpic Bank HoVii rt

— Comrncree Bank
— Brwtin
— Phitadetphia Naiional Bank
— Hinm Mining
— Banco Invciiimeníü
— Banco do Eatido d* Gumahin — 8EG

Paulo Rtii Magaíh&ti — 1PES S. Faulo/Con. Or/Coiu. Dir/Cm. Ex/Ftiunçti


Pré I%4 FíESP
:

Cl ESP
Sindicato da Indúitria de Aptrtlbpi Elétricos, Ekirúmto» t SnmUm do Luadc
de Sio Piüío

COMPANHIAS E GRUPOS diretores ê/ou acionistas


Rhodi» Ind, Químicas e Téateu S/A O, Marcondes Ferrai
Cia flhodoti de Rayon
Valnère S/A —* Fábrica» de Anetalof Joio P, G Vim
de Tecido»
Rhodifi —
Prod, Veterinário*
Rhont Foulrnc S/A
Tinturaria Brasileira de Tecidos S/A
Vícratc» Com S/A
End. e

[ r B S/A Manufatura de VeU*


Miriltt
dcn RhonrDolHim
Imobiliária Santo Amaro S/A
Dunlo-p do Srasil S/A
F «rendi I la que rí

Cia. Itaqucré Ind. c Agrícola


Tecelagem Teatiiia S/A
Melalgrifki Cinco, — Humberio Mofiuiro
American: Cafl Co. — Frank Hirotd »«*
Morgan Group — * Geõegc Wilbur lámaemao
Díaie 5/
Champion Papel e Celulose
8ANESPA —
Banco Estado de Sio
Paulo
Champion Int.
ASEA Elétrica S/A — Eduardo Cato da Silira Prado
ASE A do Brasil
Canadun Aica Electric — fan JqHiwhl
Allmana Swenika Elekirilka
Aktirnbolaget — ASEA
k
Arno S/A Ifld — Felipe Amo
— Muml da Cotia Sanioa
* Indutt Braallriíai Regmdai Philip* S/A
- IBftAPE — End Brái de Prodmoa Elé-
irwot c Lktrònkot S/A
tfidipi N V. — Holland
5*3
— Fomíu — Fomento Industrie S/A
Crtit Bjv Inc
Philhpi Stuyves&anl
— Fiidhim S/A —
Mtneraçio
BdJtlOn MaatSdup N*V,
— Liubincü — WaJier Moreira Sntfes
— Fucrida Bodoque ma S/A — Luis Simões Lopes
Divid RotifcefeHçf — J o sé A. de Camargo
— COPERSUCAR — Cüopífativí Cen- — Mareio Gotíieb
tral dm Produrcrei de Açúcar e ÁkDcl
(Grupo Ornei 10 )
— Rolibcc S/A
Corretagem de Seguro* e Partirip,
tetc
Roilms Burdiçlc H um et Co.
— Sio Paulo Alpirjtiiu S/A — MtlHo
Sirgio P.
Fab. Argentina de Alpargatas — Hugo Ecchsnique
ADELA S/A
— SABJM — S/A Brasileira de ImJ. Mfr
díírtira
— flanco de Iflveati mento do Brasil SA. — J.A. Silva Gordo
— Fontamha Geyer
P.
Parana AdmirujíraÇÕes Empreendi-
tnemw S/A
— Benfjitx Be ncfioi adora Fibras Têxteis
S/A
— Fiação e Cardoatit Ipiranga

flup df Caitre M$&alhâ** —


IPES B. Horizonte
Prí-|9W; Sindicato dos Bancos de Minai Gerais

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Comércio c Indústria de Minai — José de Almeida Barbosa Mello
Gereis S.A — Bernardo Cândido Masoarenhas
— CusEédjo dc SüU2& Oliveira
— José dc Oliveira Neto
— DELTEC SÁ, investimentos., Crédito
c Financiamentos — Carlos de Moraes Borras
— Paulo Neves de Souza Quartim
— David Beatly III
— Irineu Bornhauscn
— António GeHottf
— Lgydio de Souza Aranha
— Çia. de Seguros Minas Brasil
— DEMÍSA S.A.
— Tela Diversões $A>
— Minai Tratores S,Á,
— FiNASA SA * — Clemente Ma riam
^ G ai tão Eduardo de Bueno Vldigal
Lucas Nogueira G arcei

544
Thamat Pompcu Borges Magaíftâes — [PE5 5 Piulo/Cooi. Dir/C.E.
Fré-1%4: Centro tniegriçòo Emprcn EicoIrCFtE 5P
Refinaria Mangutnhoi
Peírobris
Cia. Fcma e Aço de Vitória
adce
companhias e GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Derek Herbert
— Montreal Empreendimentos S/À — Lawell Parker
— A. Azeredo Silveira
— DH- Lowril Pufcer
— Frifipyço de Assil
— Montreal — Montagem t Rcprcsetilfr — Coimbra de Magalhães Castro
çó« Tndust- S/A — Geraldo Ltn*
José
Momrcai Group — George Reid
— Coronel Haroldo Correi de Matíüs

-* Proroon Engenharia S/A


Pioeon Engenharia Ind. e Com, Lida
Montreal Montagem S/A
^ MM Comercial S/A
— indústria Química Mantiqueira S/A — Eduardo Caio da Silva Prado

}úãO Augusto Penido Maca — 1PES Rio

companhias e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


«- Standard Electric S/A — F. Machado Portela
Morgan Group — Füttísí H. Funwr
— J. Sarmento Barata
— RefinaJd Gardner

Moriz Osvaldo Maio — IFES 5. Paulo/Con. Fiical

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Instituto Pinheiros — Nisc Viana
— Paulo Artes Fo.
— Romilda Newton Miranda
— Laboratório Pnditta de Bblogla

Luít Cúrío i Afflncpni — IPE5 Rto/Con. Or.


Pré-ltóli IBAD
Cia. Hidroelétrica úo Vate do Sío Francisco

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


- Light S/A — Antônio Csllotii
— Forço eLuz de Vera Cruz
Brite an —
Br az. Tractioft Glauco
Alumínio Comércio e Indústria S/Á
Praia S/A Administração e Pantcl*
paçõc*

545
Frwdrrk* Céar Mm
FIESP
[PE5 S. Paulo/Gntpo de Ettuda

foÊi Mmqua — IPES Rio

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


* Cobu l — \oào da Silva Monteiro
— Hrmciil — Antônio Gdloiti
— Red Indian S-A liid, e Cool — Coropd MaJvino Reh Neito
— Odylot) E&ydio do Aiwa] So**í*
— Divid Monteiro
— Afbcno Mõniciro

Wmíàrmar Mrniut*rt — IPES/Gropg de IntcgraçJo

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— LLDE DOX
— Cá Mvmfávn de Gnu» AMA |

/orff ftc%vyf A Mn» — IP£5 Río/Qxi. Or+


WsI«4t ESG
ADE5G
CONCLAP
CENTRO INDUSTRIAI. DO RIO DE fANEERO

COMPANHIAS E GRUPOS I
i
diretores e/ou acionistas
— Cá Rcttnof SA. Sonedadc Aíáva-
ikii

loti Ltox dr AnAm Weflu — IPES S. Pwki/CoO Or 7 Grupo Doulnna

COMPANHIAS E GRUPOS DmrroRES t/ou acionistas


— Cu. Aaurbu Pwiluu — Theòphifo Nogueira Fo,
—* HamilUrt Prado
— Nirtbuu Prado


> M
i
Pcieiri da Silva
o&o Pciiqi de Ooclroí So.
— WaJter ficJian

Coàíãa Mmjiitta Fo, — fP£5 S. Paulo/Ccn. Or.


Pré tW AmOcmçIb Cp^míI de SAo P>u(o
Auocitçio Commiií de Undru»

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— L Ntjfuür* Garcez
— G«i4o Bueno VidigaJ
— Paulo Aym fo
— flanco Mercaíúif de Slo Pwk» — Nbio di Siíva Prado
|
« I Kítbin

546
b

Cobrai maS/À — Indüitrii e Comércio — CtiO de Ál cintara Machado


— I8£C «- Crcicmo
— American Steel Faundriu — ¥ti>
-
— L Eulãlio Bucno Vidigil
duto* de AÇO Bra*cíXôr
(Liffidfl i

— NorOí Ámerken* Rockwell


Co.)
— Monteiro Aranha — Enf. — Alberto Pereira de Castro
— üenee Mercantil de São Paulo
— KLsbin irmãos — Paulo Meirelles Rei»
— Volorantim. S/À — P.À- Flcury de Silveira
À Marítima Cia. de Scguroí Geraii
Cia. Marítima de Seguro i S/À — KEebin Irmim
Cf*. Melhoramentos Norte do Pino* — Gasiío Vidixal
— Cia. dc Terra* Sio Paulo Pa- —
nitá
Oi, tue e Força Santa Cn*i —

Nelson de Codoy Pereita
Cia Agricob Usina Jacartxmho
Empresa Elétrica de Londrina — F. Motaei Barras
Cia. Cinwnío Portíand Mtringi — Céaiio da Costa Vídigaj
— Cis. Mdhoraitiefiiqj Norte do
Paraná
— Cia. Àgncob Caiuá — Gaiilo Eduardo Buwo Vidifal
Coísrasm&RockweU Eixos (Ur ida *
Forjas Nacionais S/À — Eomfcia) — Luii Eulilio Bueno Vidiga)
— Cührasma
— Rocfcweü U5A

Edgar d Bocha Miranda — IPES Rto/Con. Or,

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cia. Imobiliária Guanabara
— Cia. Predial

fuan Mhsiriim — IPES Rio/Grupo de Integração

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— T.O.Ci Técnica de OrganÍEnçúo e Con-
sultoria

Edmundo Munfciro — IPES S. Piulo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— A Naçè
— {ornai de {alnvltU
— DMriú da Noite
— Reviilo O Cruzeiro
— Rádio Difusora
— TUPI TV Paulo/TUPI TV Rio
Srto
— Rádio TUPAN/Rádlo TUPI Rio/ftdd,
TUPI SP
— Diário de Súq Pauto
— Didrío NffdoriúJ

547
DiJripi ÀiMKiodoM
Grupo Francisco de Aiaii Chateai
btW
— Uborttàrw Sthcríng Ind- Guím. e — GaL Euc lides de Oliveira Figueiredo
Farm Schcnug Coepomwn
Grupo Chatcaubnaõd
— Sir }ima Murra y do Irtul SA. — Kélio Bcluâo
Grupo Outeaubnand
— Laboratório bw de Cacau Xavier
S/A
Awii Cblieaubfiatíd
Edmundo Monteiro
João hapolcãu de Cwalbo
— Áíbinji SA.
Dana Coep

Humberto Woníevo — IPES £. PauJo/Con. OrVCom. Dír


Fv£l96f: SmdüCaio da Icduiitrii de Aparelhos Elétricos, Eleirúnko* c Simllaret do Eu ado
de São Paulo
American Chamber oí Commercr

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Produtos Guinucot CfflA — Lucten Mart Moser
— Wtlier Benz
— futry Leal
— Eric Ha cg ter
— - Refrigerantes CRU5H
— Cia, de Miquinai Hobart Dayton do — Jorge de Souza Rezende
Brasil — Kobari Minufacruring Co.
“ Metalúrgica Canto SA. — Paulo Reii MagaEhiei
American Ctn IntemaL Corp.
— R CA S/A Ekiróoita — John Samuel Rkhirdi
RCA. Corporation — Ruy Dias Penna
— RCA TrhiiEemu — Alberto M orlara
R,CA Corporation
— CU. EmpreendsnieniOf Administração
« Inveit inventos — JBEC
I AEC/ASCAL
Brant Wirrani
— Arbame Mafíory SA, Comp Eletrôni- — ÀJvaro Borges Coelho
co* —
Ind e Com. — José Martins Costa
Arbame Mallory Corp,
Apollo Adm Pan. e Represe mações
S/A
— Equipamentos |«eph Locas do SraiiJ
Ud. * Charlei Sharpslon
Joseph Lucas — G. Bretanha
— Ford Motor do Brasil

foüo da Silva MotUtira — IPE5 Rlo/Con Of,


Pré’1964: CtÊRI

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cobaít — Antônio CalJoiti
— Bmcan

548
— Llghc ShA, — Amónio Gilloiti
— Brflscan
— Central Elítricn de Fumas S,A. — John Reginald Cotrím
— CEMJG/BNDE/Sflo Pauta Ught/
Cia. Paulista de Gái e Lui

Mário Toiéào dn Moraes — IPE3 S, Poulo/Con. Or^Com, Dir*


Vi±[%4: C1ESP

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cia. Melhoramentos de São Paulo In- —R Villabuim
dustrialdo Pppd — HlJWO WciaiNog
Gntpo Roberto Simonsm
— Cia, Universal de Fóiforus
— Rrítlsh Matcb Corp,
— INCQFAK PartícipoçOti Comerciais e
Industriais S.A.

[osé Ermirio dt Morm Po. — IPES S. Pado/Coã. Qr/Com DLr*


Prí4964; Cl ESP
FIESP

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


S A. Indústrias Voioramim J E. de Morais
f

— Bernardo GéíkI
— Cio, Agrie. Ind. Igarassu — Aroldo Bário
— Banco Mercantil de São Paulo S/A
— Banco Auxiliar de Slo Pauta S/A
— Cia. Brasileira de Alumínio CBA — Alberto Levy
— A. EnruEfio de Morais
— Manufatura Nackmal de Plíiuec* S/A — Augusto F. Schmidc
— Orgânico S/A Cia. Ind, e Com.
Couraçado
— Orglníco S/A (Frtnçal — Augusto K Schmidt
— Siderurgia Barra Mania S/A
— G>mp, Co me rei h Indujr.
1 Couraçado
S/A
Comp* Nkro-QuJmica Brasileira — Horário Lafer
— [, Ê- de Morais
— lacob KJabin
— Indn e Com Àtías Metalúrgica
— Cia. Mineração Slo Maicui — Antônio E. de Morais
— Voíorantim
— Alfredo Moreira cfc Souza
— BEI S/A Com, e Repr.
— Cia, Catarinense de Cimento Portland — C. Rodrigues
— ' Cia, Cimento Brasileiro — Idio Prado
— Cia. Cimento Porltand Sergipe — Pumpolio C. Fernandes Roía
— Cia. Cimento Portland Potjr — | B. dc Souza Menezes Faício
.

— Camilo Antunes Sleimr

549
— a* PortJind Rio Brwico — P-F, de Quciiu
— Jnd- Com Metalibfk* Àtiii S/À
— Cia. Sidtr &*m Miftta
— Companhia Mjiwir* de Meua
—• Compmhii de Cimento Portlind Gié*
cho
— CompJinhiB Níquel Tocafltfni
— Indi, Brmlerras de ArtifOi Relniárioi
S/A 1BAR
— Companhia de Papd c Pipdão Pedm
BmxM
— Companhli Uiina Tiuma
— IhinM Sio ít*é S/A
— S/A de Teòd® Votei
— Hrjoauu AdnuBistreçio Lida.
— Ccrimice IfrCDptbi S/À
— ÇíTimacj de Gtumlbç* S/A
— Companhia Aij^zcli Santa Hekna
— Companhia Bindctrmniei de Terreno*
e Comirucóes
— Mamiqueira-Àgro-FloreiIiJ S/Â
— Maraiaf Ijaóveii e Comércio Udi.
— MicaJ Minén» Catanaetuea S/A
— Mmençk Salbrtuloii S/A
— Sidcrvrj^i Samo Aave S A
— Nylon Brutlafo Votonntiin
— Orgânico S/A - Fruçi
— Grupe Votormtim — Bento Eduardo Pites Ribeiro
— - Mário Ameia

faviane Jatdim Rodnfurt Motoit IPES Rio/Con. Or/Com. Dlr

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Dinco Hipotecário Agrícola de Minai
CeraJi
— COMAF Comércio t Duíríbuiçáo de
Petróleo S/À

Aibtrio UÜq Morrira - IPES Rk/Cog. Or


Pré- 1964; BNDE
COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Banco HiJEes
Grupo Htllci
— Cia. Bmifctra de Ujanlca Hldráulkoa

Aldo Mmori - IPES S Paute/Coo. Or,

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Leme Ferreira S/À — TarquEmo Marquei Ferreira
— Hllfo Kamoj Ferreira
— Horkio Ferreira d* SiWa Jr
— Mercadora S/A Ind, e Conv
— Cia. Pumex de Concreto Cduiar

550
Brigadeiro foòa Eduardo Mç$dhòn Moita — IPES Rki/Cçm Of

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


Ci* Navegação Lloyde Brasileiro
Lanifício ideal S/A — Carlos Albino Mauro
Ci* Tecido* Aurora-D'0!ne — )osé Hermano de Vucooodlos
— Carlos Emesio Fontoura
Nasci men lo Silva

BaríUó Machado Neto —


!PES 5- Paulo/Con. Qr.
Pré-HNH: Ceniro e Federação Comercial de São Paulo
Asíaciaçio Comertul de São Paulo
Confederação Nacional do Comércio
SENAC
SESC
TOV
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Estamparia Sabatá de TcchJõs
— Indústria c Comércio Assumpção S/A — Luiz Antônio Corrêa Gilvío
— Ilaneo Auxiliar de S. Paulo S/A
— Banco Mercantil de São Pauto — Severo Gomes
— E- Caio da Silva Prado
— Cia. Fiaçáft e Tecelagem — AiiumpçãO

Oscar Nicdai — IPES Mo Horizonte

COMPANHIAS E GRUPOS \ DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Livraria e Editora Oscar Niedai

Laércio Garcia Nogueira — IPES Belo Horizonte

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ci*. Fábio Bastos Comércio e Industria
Ceres Indústria e Comércio de Mi’
quinas

Rafael Ncsehesc — IPES S. Paulo


Pt±IW: CONCLAP
CIESP
FIESP

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Empreia de Mineração — Carlos Roberto Ne * landi
1

Ftpersnça Ltdo,
Com- e tnd. Souza Noschtse S/A — |oté Noscheie
— Armando Nowheje
— Mculürgiça Fírrotil S/A

SSl
DAtiio Nogueira 1 PES Rio/Con., Or,
Pré- 19 &4 ; ESG
1BAD
ADESG
5UMOC
BNDE
CQNSULTEC
FGV
APEC
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Banco Geral de Investi mentos S/A
— - Banco Gtnl do Brasil S/A


Banco Moreira Gomes S/A
— Distribuidora de Titulo* e Valorei
Imobiliários

Garfo# Albfrio de Oliveira — IP ES Curitiba


P Assoeiaçia Comercial do Paraná

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— CIPAR Da. Paruiacnac dr Rfpresen-
Uçdo

Oscar de Qtiveira — IPES Rio/Con, Ür/CotiL Dir.


Pré-1964; £SG
CVRD
FGV
Siodicaio d* lodúima de Exinçio de Ferro e Metais Básicos

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Lifht SA. — Rio António Gaílotli
— RnKin
— Cí* Ferro e Aço de Vitória
— * Cia. Auxiliar de Empresa de Minera- Aufotto Trajano de Azevedo Antunes
ção - CAEMI
— JCOMl/Bethltheni Síed
— Socitlí Anon>me du Gaz
ES50
— Ferro c Carvio
— Consórcio Brasiliana
— Wm H. Meller

Antânfa Carb f do Amarai Osório — IFE5 Rio/ Con. Or-ZCom. Dín/C-E.


Pré- 1964: ACR)

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Rupiutiia SA.
— Fmanerin Portuguo*
Soe.
— Banco Português do Brasil Hardd C. Poli and
— Soc Financeira Portuguesa
— Banco Português de Investimentos
— Soc. Financeira Portuguesa

552
— ICOMI A.T„ Azevedo An, tu fie*
— Grupo Boa Visía
-

— Cia. Seguros 5 agre*


- Imperial
— Sun AÈLiance and London
Imurtnce Co,
— Cobre ji —Comp. Brasileira de Explo-
sivos
— Explosivos da Trtfiri* SA,
— EBAM — Empretndimenio* Brasileiros
de AJÉm-Mflr
• Cie Nacional de Seguros Gerais
— Tecidos Casa Salaihe 5.A, i
Glycon de Paiva —
IFES Rio/Con Ot./C.L
Pré I9M: Comissão Mista Brasil USA
CONSULTEC
APEC
BIRD
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— * Mercedes Benz — G*l- Edmundo Macedo Soares
Kaiser Alumínio * Roberto Campos
*** Mário Henrique Simonten
— C apuava Refinaria de Petróleo — Oclivio Gouveia de Bdhòes
— Emp, Minfirios
— Üniãc de Bancos Brasileiros
Grupo Moreira Salles
— ICOMÍ — A,T. A levedo Antunes
— Union Carbide
— Clevihnd Cliffi
— Radio S/A Pcrhmiçâes ConioUdaçôes — A mo n io vem Salií
— OfK S, oiivier Camargo
Holding Radio S/A — Suíça

l03i Luiz iiuiftõctt Pedreira — ÍPES Rio 1


Pré-1%4; BNDE
CSN
APEC
CONSÍDER
Rede Ferroviária Federal
CONSULTEC
CNE
MVOP
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Hanna Mining — Lucas Lopes
— Cia, Mineração Novnlimcnse
Sl. John D'cl Rcy Mining Co,
“ União de Bancos Brasileiros
Grupo Moreira Snlles

/, Cp jjro Peixoto — TPES Rio/Com. Dtr.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Oa, Bras, de Produtos de Aço

553
n~ Cmrnm fa»» - IP€5 fcteCi*** te lw«r«çWCaa, Or
Mtw Coteate^te 4* la**?*
CDM^HIU 1 OllfOl DIRETORES E/OU ACIONISTAS

DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— T. Mircondn Ferrem
— H G. Timm,
— Girdncr
— Ndwo Velnco
— MinAH Marcondes Ferra Fo-

tmé Mmnm ftatev — IFES 5 Fiato/Cot Or,

COW**HIAS E CilWI DIRETORES E/OU ACIONISTAS


* tmâumr* rr-T"rr Intel S/A
^ Hwtete CM - iMiiei - Joaquim R. C Freire
Ajku Umtufa C-arp
- [olo Ç.G fenleado
- J*jme Gabriel
^TW ILotrna fhrt-4 Cf
Crrup& Taupte GtefiEl
— Cia ^mrte-a te Mftful Ftm> — Paulo Fermt

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SOMA Mmu l«d-
ViAâno Fataz

CWafo
— Hvu Ctew. Ftel « — Hvnfon Gordop Hult (r,

Lida — F dc Abreu Ribeiro


— Wn. VtrpPNi Fidf 4 Paper Cf
«ate *
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— t«f Grifira ÍM dft te*te — lote t M de Sarna


— MrtakjrfK* M*è4«
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Heoteff OrnmmM Omp
fedcBUi h inteu
— Eutljtev Aranha Nd.
* Nürtertè Ledenr
— CiAof&LtnM S/A — Carim R G Uvf
L g’Tw KuMmAfl — O Maundci Ferraz
— SttOf do BntiJ VA — Juio CG. penteado
Scruçai te
Srjnf fu* CaTihaMf
— Rüctm te} Bruil
Rofwn Cotp
— Lucu do Brmtil — G W Borfhulf
loftph Liua — G ftorfhteí
r

— Cia dwiktrft te Ct-euíruçte* te Aço — ( 4>hj P Cgma Fu


— 5AE
- Andtrwn Coruifutikm Corpo- — Imuta R_ C. Freire
raüon — USA
Primeira Irifjgii Brasil de Feltro Uo- R C Freire
Ur* S/A — Cuiiú P- Gomes Fu,
Huyck Corporation — USA
CAVU SM Pisirlbuidüf* d* Avrôea
toa Aircrift
7 UP do Ur**il hiniQi d* Bebida* S/A
— 7 Up Eupofl Corp*
Dunlop do Br«í1 — P Reit Mifithiea
Dunlgp Rubber
CíN — Ci*. de Incremento* de Negâ-
cioi — Leo Bumtt Co.
— Ch iciga
Sctger* do Brtiil S/A
— Brink-s SM
Piitston Co/Br tsc*n
CtPAC — Com + e Ind- de Produtos
Agrfcolti Caurinenra
Ceíitnir & Co.
Morgan ue do Briítt índ*] SM
The Morgan CrucibJe Co.
Hyiter do Brasil
Inlernadonil Htrmter Michincs SM Arnaldo O Sinto Bulo* Fo
« I M Co E-G- Hiutrenroeder
Motores Rolli Royce Fairpieve
Rol tiRoyce S/A
Fácil S/A
Firil A.B Aividiberg
Ounkcr Oate Co.
ADELA S/A
Lflboraiúrío Hrandvn S/A End. Quími-
ca e FarmacGuliça
Baker Perkina MoJlnoi do Brasil S/A — Samuel de Souza
Jnd e Com. Leio Gracia
Molíni Machinc Co, Uâ, — Inglaterra — JrE, Monteiro de Berros
Molorei Pefklni S/A " Paulo Ulhoa de Oliveíri
F, Perktni Uid. — Inglaterra — Bcrnard Colin Bdl
Mamy Fcrguíon Ltd, Manoel Gardl Fo.
— |obn W. Srniotuen
— loseph Mauss
Èmp. GrAflc* Tlmei do Brasil. SM
ATE Telefonei Auumálíco* do ttrtitE — K Finncy
S/A -* F.Mortímer Smilh
Automatic Tdephone A Electric Co — B Hurlcmberg
Lld
Maucy Ferguson do Braili S/A Ind. e — Libo Almeida Toledo Piiea
Com.
Ancora Indústria c Comercio Lida,
j- «itern Ard CHaftcr* Truit
Jmbaok Nomlnni Lid,
Üver*í«s MimufaclUriiiy Co.
Udyliie tio Ür44hhl S/A Ind e Com.
Udylhc Curp USA
Eudes dt Souza Leão PinSo — IPES Rio
Pré-l9é4; ESG
ADE5G
CBR
jbad

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


“ Nordestina 5 .A, Cré d Fin*rk e Invest-
— SÀNBRA
— Norpel SA Ind. de + Papéis do Nor-
deite
— Geral Brasileira de úleoi SA.
— Guara rapes Distribuidora de Títulos e
Valores Mobiliários

Fernando Alencar Pinto IPES Paulo/Coíi, Ot.


Pré-J9W: American Chamber of Commerce

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Wcstingbrás SA. lodúiUia de Apare-
lhos
— Wcsitnghousc Electric Co. Int,
— SFAM Tonquaio de Telia
— Cia Importadora dt Máquinas Ir-

mãos Pinto
— Disnuco 5A,
— A. Pinto Importação e Expor*
F.
raçio
— Fernando Alencar Pinto Importação e
Exportação S A
— Dismaeo S A, ConiErtitôni t Distribui-
dora de Máquinas
— Bomdimi S.A. Industria de Aparelhos
Doméstico*
— Cima pinto Cf a. Importadora de Má-
quinas

tíaroid Cecil Poíbnd — IPES Río/Coji. Or/GE


COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— UNITOR 5/À — Comércio e fndástría
dc Soldas Eli irieas
Cfa. Metropolitana de ComÉiuções
Nbreno S/A
H.C. Poli and
— Cia. Metropolitana de Constnjfdei
— Banco Português do BnsjJ
— Cia. Estradas de Ferro de São Jerfníroo
Ligada 1
Aços Fino* Piralíni S/À
(Bernardo Gcisef)
— Cia. Carbonífera Minas de Butia

556
A

— Grupo Cepclmi — Ci** dt Fesqulsa e — ívo de Mnglihin


Lavras Minerais Roberto Gabiio
— Julian Chacel

Fernando Sf achado Fort eh — 1PES Río/Con. Or./C.IL

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES É/OU ACTONÍSTAS


— Luii Gonzaga do Nasci mento t Stlvl
«— S Landa rd E£léc trica — Jorge Lemgrubtr
ITT — Joio Auguiio Mata Fenido
loter. St and. Electric Corp,
— Vi etário Fama
— Cia. Força e Lm Minas Gerafe
— Banco Boaristo 5/ — Luir RÈokhtni

-
Cândido Gumlc
— Rádio Internacional do — Brasil ITT — Alberto Torrts Fo.
— ITT — Comunicações Mundiais
— Cia. Palmares Hotéis e Turismo ííTT)
— Saneo de Crédito Municipal 5/À — do$ Santos Lyra
— Aliança Comercia! de Anil tuas
Baycr Foreign Invesi. Lid.
Farben Fabrifctrc Bayer A/G
-« Banco Boimsta de Sio Paulo S/À

Ffivfo Oalvào de Aímeidn Proâo — IRES S, Piulo/Cfupo de Trabalho

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— ÀnmttJiéns Gerais UCCà S/A
— Armazém Geriu Santa Crvi
— McUdúrtiCA Orlindia S/A

Tfújeno Puppo Seio — IPES $. Paulo


Fré'1964: Missão Bm de Reestruturação do Débito Exterior
(Setor Privado d 01 USAI
Consultor Assuntos Com. MIC
Cl ESP
Uhiio Cult BrauMJSA
Ass. Com. RI
American Chsmbcr of Commert*
Associação Com. SP
Sindic. Bancários GB
Mov, Bra*. Ewotíimo
FCV SP
À.P.PX — Aiaoc. Internet pour la Promoiion et la Protcctkm des Invoiuse-
íinersti Prieés en Territoirra Ei rangi ferts, Gtnévc

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ánderson Clayton & Co. S/A — Cfsar Augusio de Camargo Pinto
~ ACCO USA losé de Moraes Aranha
— * Vidros Corning Brasil
—* 1 11 National City Bank of N. York
(Grupo Morgan)

5S7
— Cl*. Vidraria SanU Marin* — Angus LitÜejahn
— G Eduardo Bueno Vidigaf
— E» Caio da Silva Prado
— Corning Gtau
— Banco Desenvolvimento e Investimento
do Comércio e Indúítrii Fiducsal
— Argos F3 um mente Insurance Co,
— Ideal Standard S/A Jrod e Com.
— Almeida Fo +
(U
— American Standard do Brasil —
t.

L £, Campclio
— Saruiirio5 Products. Canada
+

— American FUdiator dt Standard


Saniury Co, USA

lorft de Merçi* Oueiro: — IPES S. P*ylo/Con. Or./Seiet de Serviços Soei*»

COMPANHIAS e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Emprcu Elíinca Bragamin» SM 1

Migue/ Resíe — IPÊS S Pado


Prá J9W: ESC
FCESP
LSP — Faculdade de Direito
Escpta de Sociologia e Poíííic*

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


Banco Fina* de rnv&umemo
(Grupo Morgtn/Drtidiwrl
— Indusa S/A — Ugo Rédielli
IndiiAirí* Mculúrgk»
— Kardap AG Suiik
— Radaclli Group

Ltiii L fíttd — IPES S. Pauto (faleceu «n l«J)

companhias e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco da América — Herbert Levy
— Hercuiano de Almeida Pire#
— Jorge di Síív* Fagundes
— CIPRÀ S/A
— SESPA S/A
— R£íD Cafliiruçõet
— RFACHUELO S/A - Crld. Rflan.
Inmi.

Corlos foté de Aita Ribeiro — IPES Rto/Grupo de Eiitid»


Pri-1%4: Cfl.P
lm titulo Mickffizie
Amíficifi Chamber oí GonuitCTce

COMPANHIAS £ GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— General Electric S/A — Joio Bipiisu Pfotnçi Rot*
Grupo Mor gin — Chirlcs Bobchini
— H. F. MtCuLIough

558
— Cm. Sul americana dg Investimento* — América Or^iidc Campi gk*
— Iiflco AjkHku S/A — Adotfa de Campefcs Gtrtú
— H«íko Financwfof S/A — Durla BoívKiaí

Arrfjon Patemt Rttxiro — IPES Rió/Con. Or.


P rí- 1964: ESC
ADCE
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— — Dmvid
|

Banca Frmio* Guinurití S/A Anrunq de QLmtn Gyuurle*


— loio Alvei dc Moura
— Fíde* S/A Crédito, FinaiwiimeTUQ c — C Cardoso
Inratimroiat — Leiie Pemu
E.
— Leopoldo Ftrtir* dc Si

Pauh d* Auij Ribetro — IPES Rio/Grupo de Eatudas


Pré' 1964: Comissão Mista Brasil — USA
P.U.C.
ARN 5oc. Çonsiru rores Lida,
Scrviç&i Técnico* de Engenharia. Admimstrtçio e Cocrubdidadt

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— ConiArcio Brasileiro da Produtividade I

Victntt dw P&utú Ribtiro — IPES S. Paulo/Coo. Oi.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— D L R. Plfcii«* do Brasil SA
— Sociedade Técnica c Comercial Servi
Ribeiro — Engenharia e Comércio
* Domimum S.A. End. e Com.
— Delbtucr* SA, Ind, t Com.

Rübfn da F«<b Rogério — IPES S. Paulo/ Rio/ Grupo de Inlcfrtçio

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


_ CU. Ulltagi* S/A — Per* l§d
— Henmng A- Boilessen
— Ptone*i
— Granel Gli S/A — ES. Lorentien

— CU Uhragái — [. Thomii Ngbuco àtmjO


Brahocú S/À Paruvi
— Cfi. HtUogás S/A
— CU Brasileira d* Gia

559
Eduardo Carda Ra$si — IPES S- Paulo/Còn. Or/Com. Dír,
PrMSM: Sindicato Jntfúttnts de ArnMaioi de Ferro e Meuri em Geral
CIESP
(JX>RT

COMPANHIAS E GRLPOS DIRETORES E/QU ACIONISTAS

— Sooedftdc Técnica de Fundiçée* Gcnii — Octivio Gouveia de Bulhões


SOFUNGE it-ifad* a flanco — * Wllton Paes de Almeida
roeste do EMado dc S Pinto)
— Group Dumkr Btnx
— Semi S/A Coctl
vi e Agrícola
— Cochrjnç S/A — Eduardo Simonsen
— (Urcello» e Cia — Fredenco Luiz Gaspari
— FiarLu* de Foiforoí dc Segurança
— flntiih Match Co (Ligada a
S^emka Tandjiktá A.fl \
— Lyrô Lid Ind de ferro
— Rflòftci Brsi-I S/A — João B. P. Almeida
— Tafley industriei A mona
— Cia, LTíiivenai de Fòdofoi e Embai*
fem
— flr>»nr £ HUy Ltd (Ligada a
5 *eruki Tandtiftclj AS.)
— BnritJh Mauh Cofp.
— Ouimiu S/A — Chiinuc* Industrial — Gilberto Pirei de Oliveira Dilt
Santo Amaro
—* Ub S/A
Bnatof — Ne/ Galvio
— Ato era
Broíoí
— UborLcfípjçj Bíiílo] S/A
Indústria OuímJca e Farmacêutica

I-uit Rarfo vii Rüiii — SP£S S. Paulo


Prt-1964: FÍESP
CIESP
Sind ícaro Jndüsinaf Àuro-Peçai
ADESG

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— EJdfnbotfi S/A Màq Hldráuhçai r t E\&
tricas
— FarníJh BambozzJ
— Massas Alimentícias SemoJeite Ltda,
— Aulü Comércio e Indnairlm ACIL S/A

José Júlio Azevedo Sá — IRES S. Paulo/Cori, Or


COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— A Sensação Modas 5A. — Lauro de Souza Carvalho
— Famdia Souza Carvalho
— A Exposição Modas SA. — Aíbcrio Gama
— Cyro Gama

560
Comandante A nktlo Crus Santos — 1 PES Rio
Pré- 1964: CONSULTEC
APEC
Lloyd H. York

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— do Brasil
1ihik*wii)iifio — Estskiroí — Ájrrtji Pinto da Fonseca Cosia
— tahikawijima Heavy Imf* — QrUndo Barbosa
— fihikawajima do Brasil S/À Eng. Com. — Rubens de Noronha
e índ,
“ Cit. Meifllürgiía Barbará — Ay juii o César A. Amuftei
— COFICO — Cfc. FEnanciÉre et
índtniriettt Intcrcontinentale
-* Cia, Finandèfc â& Bayard
— Ri*. Bniharà
— A.T. Aieytdo Antunes

Pâbfa Ataúfo Santos — EPESUt


Pré *964: Atsocwçdo Comerei «1 de Porto Alegre

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/Otl ACIONISTAS


— H. StlííOS Ircdihlrta e Comércio S/A
|

joaquim flúcfoi Sántot — IP ES Rio/Coo. Or-

companhias E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Sâo Cartos Minérios S/A
— lniitl — Comércio t Scrviçoi Gctííi

Augusío Frtderko Schmidt — IPES Rb


Pré 1964 : ACRJ
llnuiiiy

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— SANBRÁ — Eudei de Soma Leio ftnlo
— Rilsan Bmilaira S.Á, — S. KltWn
™ NUroquímba/Klobin lrmflos/SI- — fosd Ermírio dc Moraes
Munsn/Bãnco Co-
derúrgícn Barra — A. M» Motta
tnércío c Indústthi do SAo Paulo/
Vvtomntim S,A>
— TCOM 1
— Augusto Trsjano de Azevedo Antunes
— Dtthkhem Stecl/CAEMÍ
— Orqulnu S.À* índúsui&s Reunidas — Negrão de üm*
— loão Ckofas
— Klein & Saks — H urino Lafcr
— )õóo Nem dü Fontoura
*— Etwín Fçdcr

Monufalura Nacional do PLfciicos S/K “ J. Ermlrio de Mornca


— Orgrtnito 5,Á./Cm. Jnd c Com.
Couraçado

56 !
— CredibrH Fminain óo Bruü S/A — WiJicr Moreira St lo 3

— D. Mtdurcira Pinho
— Hélio Pires dc Oliveira
— Hélio Beltrão
— Héiio Cáuio Muniz
— Henrique de Bciton
— T, Guartim Barbosa
— Sérgio Pinho Me] lio
— Homero Souza e Silva
— SA.
DISCO DialnbuidQra de Cofwüvni
— Cia <k P ofasu c Adube» Quinncot
— Farloe do SA lod e Com — Gabriel R. Webet
— Wjj-rxT íknrx Ço/ 0f| d? Em-
pTwrdfiitictn^ Gemi S-A-
— Banco do Comcmo S-A — Walfer Moreira Sallei
— Linho de Sèo Borj*
— COMACO S A
— Soe ítpmmào Com Üdt, 5EPA
— Meridional Cia. dc Sc furo*
— SidcrjrgKj M*nm#m*nn — Edmundo Macedo Soares
— Mazuiotmann A G. — Alemanha — Manoel Ferreira Guimarães
— Sigmund Weiss
— Jorge Setpa Fo.
— Mannnsmanjt dc Irrigação
— Mannciutumi AG. —
Almafih»
/5 i*hl Industrie und Muchrncn
h*u A C/Com- íod. Minncic do
braiiJ/Briiii^Cajuda Com. c índ
$A
— Berço Jftd Química
— AR LA Lida Arquiiectun La uno ame
rkm
— Ind Téviei* Bifboro SA.
* (amei Matkie A Scma —R Unido
— SCI PA Soe <k Comércio e Importação
ProduUH Amcmanoa
— Sidapar dc Sia Paulo — Lima Side-
rvrfFti dc Kot«* Senhora dc A pi re-
tida
— Eiiudo» Técnkos Eu repa- Brasil S/A

Cãffot Henrlqu* Schnetd*r ^ JPE5 Riu/ Coa Or*

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Auailiadôra PredUI 5/A — Pedro Bruno Djtchmgcr
— Cta. Avdagus Comércio « fndüilria — Charles Vokhef
— Cia Sol de Seguros

562
Oscar Schrappti Sobrinha — IPES Curitiba
Pré- 1964: fUAD
ADEP
ACDPA
COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS
— Banco Mercnmíl Industrie! do Pero»
c — Olhem Mfldçr
ni (Rede Nacional Bamerindus S.A.) — Avelino A r Vieira
— Impressora Paranaense S,A,
— Pnnoruma Magazine
— Sociedade; Comercial e Represem ações
Gráficas Ltda.

A Carlos Pacheco c Silva — * IPES S, Paulo/Com Or /Com. D It 7 Grupo Doutrina


Pré- 1964; Cl ESP

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— MOLAS NO SAG do Brasil S/A
SAQ-No Comércio de Molas Lida.
No Sag Spring Co USA —
StSBEL Adm. e Serviços S/A

bdmmdo Falcão da Silva — IPES Rio/Con> Or.


Préd964: lINDE

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Industrio* Reunidas Cacique
— Atrevia* Brasil
— CoRipr Ferro e Aço de Viidria
— Ferros iaaJ AG

Eduardo Pacheco e Silva —


IPES S, Paulo
Frf- 1964 Associação TéxUl de 5 . Paulo
:

Sindicato Industrial Fiação e Tecelagem


Instituto de Engenharia ce Sio Paulo
Sociedade Harmonia de Ténis

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— S/A Fibrica de Tecidos Sio Luh
— Cerâmica Rosário Cem. e Ind, S/À
— Consi tutora Rosário S/A
— Visoflex S/A Produtos Plásticos — Luíc da Silva Pndo
Co. Vidraria Sta, Marina — Roberto L da Silva Prado
Co, Prado Chaves Expor

Central Calbtry do Couto e Siíva — IPES Rio/Con. Or.


Pré 1964: ESG
Conselho de Segurança Nacional

COMPANHIAS E GRUPOS J
DIRETORES E/OU ACIONISTAS

563
{.ui; António da Gama t Silva — IPES $. Piulo/Grupo Doutrina
Prf-1%4: Cl ESP

COMPANHIAS E GRUPOS I DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ci« Pndi Indúifn* e Comércio

Oi*atio Brtynt ia Sihnra — IPES S. Piulo/Com. Dir/C E./Setor Educiçio Srlefivi

COMPANHIAS E GRIPGS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— L — LSA
Figueiredo Corp
— L. Figueiredo Sul Rio Grande — [oio Batista Leopoldo Figueiredo
— Ci* Brasileira Mcreaniil Industrial

— Cu Ptiuacncana de Admmiunçio
— L. Figueiredo Nategaçao S/A —L Figueiredo Júnior
— L- Figueiredo Arm*iéns Gcnis
— L. Figueiredo Adm de Seguros
— Comerei*] < Coramani S P*ulo Lida
— Sociedade Liporudort Lida.

Guilherme da SiJvetra Ta. — IPES Rio/Con. Or.


Prí- 1 %4 '
Sindicato Indústrias de R*(io e Teeeligem
CIER1
CEN

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Gt Progresso Industrial do Brial —
T«ido» Bangu — Machado
}o*é Vieira
— Mie Brau Cotifec^Aei — M. Guilherme d* Silveira Filho
Gnipo Btngu
Mickmiwh Conftciie N. V.

Mário Htnriqut Stmonttn — IPES Rjo


Ptó. 1964 : CONSULTEC
APEC
FGV
ANPES
CNI

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Boiano-Simonien
(Ligado a Lloydi lnt >

— Dected S A. — foté Luii Moreira de Souu


— |o*Í Garrido Torrei
— Creduan — Crédito Financiamento c — Vicente Rio
Investimento SA. — Mircelinl M. doi Santoi
— Souu Cnii
— Britlsh American Tobacco
— Mcrccdci Bem

564
Edmar Út Souto !PÊS — S. Paulo
PrèL%4: CONSULTEC
APEC
SNDE
Banco do Braiil

companhias e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco de InvesLimcmo c Oe«nvoJvik
memo Ind uunal
— Banco do Eiiado da Bahia 5A,

tWíQ Cãiiio biurtiz de Sousa — IPES S. Pauto

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cícdibrii Financeira do Braid S/K — Walicr Murem SaUcs
— Hélio Pirei de Oliveira Dia*
— Augiuto y SchmidL
— Hélio Beltrão
«— Hentiquí dt Sotitro
— Teodetro Quaiiim B ai boia
— Sérgio Pinho McJJio
— D- Madumr* de Pinho
— To*é Brai Veouira
— Ca iro Mkiiúz S.A- I mp e Com.
(Lifada a Cetifta Àircraít Cd )
C«iio Munix Vefculoi
— Ca tilo Munir Adminiiiradora
— American MeriUi* S A. Tüuai e Lacu — Ca; lot Cueva
— Martin Mariciu Corp.
— Marieüa do Braail
— Ca^io Montz 5À,
— Cia. Suburbana dc Admmi(traçlo

fosé Luiz Martira d# Souza — IPES Rio/Con Ür/Coni Dir.

Pré 1964: ACRJ


Coníed. Nacional da Indúiíria

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— UE B Group
— Ccnfecçõei Sparia
— Cm Bancário DeUa S/À — G«L A Albuquerque Uma
— Cia, Br 13- de Roupat
— ).L. Magalhàet Um
— José de Carvalho
— Cândido Moreira
1
de Souxa
— * Financeira Dccrtd S/Â — AJumo Aím
— Ganido Torre*
J.

— M. H- Simomen
— Vicente Rao
— Dl* S/A
— Decata Utilidade» S/Â
— Cia. Paul iia de Roupa*
i

— Cia. Mineira de Roupat


— DefiniíuHi Propajanda S/À
— Deder S/A

565
i— Ducal J. Cindido Moreira de Sour*
— Diviffi S/A
— Demcr Cu de Comércio Exlerlov Pau lo Nevei de Soura Guirtim
José Cindido Mordra de Souta
|osé Cindido Vaiconcellai Çarvilho
Sérgki Hoffbanner Antunt* Kailnip

ft aberto Pwtú de Souza — IPES S, Pauío/Con. Ot.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


ÜRCtCA SA. Crédito# FmaneiamenW* « Antônio Augusio Monteiro de Parrói
Inveihmentoi
NcUon Afioiiinho de Cápui Pereira
Gilberto Leite de Barrai
Cifloj Augusto dc Resende lunqueiri
— Nuvq Mundo Imeflimenltu $.À, A, A. Monteiro de Barroí
Nelson A. dc Copup Pereira
Gilberto L dc Barroí
C.A. de p Junqueira
t

Pauto € Supttcy —
íPES S Paulo
Pré-1%4: American thamber oí Commercc

COMPANHIAS E GRUPOS I DIRETORES E/OU ACIONISTAS


Eicritõrio Suplicjf |
Luii Supliey No.

mi õotto$ Thompson — IPES S- Paulo/Coft. Qr.


Pré l%á; Srndtcato da |ndú*irji de Aparelhos Elétricos e Eletrúnícot c Símilarci do E*
ladp dc São Paulo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Indújm» Ooclher do Rra*il SA Luiz F Ribeiro
— Niliooil Lead Industriei Inc. —
USA
— Cia InduitnaJ c ComcrcuJ Bmmolor

— Crtdn Suiuc/CadirPanamá/Pa-
Mo
MUiinf Corp /Banco Económico
da Bibia
— Cia. Patn de Invenôe* Panamá — Amónio S inchei GaJdeano
— Patino Group holding
— Jdjmiii S.A. —
Panamá
— Sociedade Geral ImobMn*
— flanco Ecpnômko da Bahia SA, Francisco de Si
Mtguel Cal moo de Pin e Almeida
— Cia. Petrolífera Bruikira Ângela Catmofl de Si
Clemente Mtriam
— Indibtnai Grmmer do Bruil
— Ross Gear A Toll Co. Inc. H- M. Etchcnique
Muftibrái Ind de Aparelhai P A Newman
Domésticos
— Angico América

566

—* FiaçSo Ul mg* S A.
— Trio Inc.
— Lcandfu Duprí Construtora Lida.
— AngloAfflérka Intf. Imp. e Exp, 5.A.
— Putíflp Group/Braskel SAVRcus
Cemmcr Gear do BrasiL/Brasmo-
tor S.A. Imí. e Com.
— Cw- Agrícola Comenda
— Braikd S.A.
Cia. Sorocaba no de Material Ferroviá- Paulo Ferraz
rio SOMA Viíório Ferraz
— General American Trausport Co.
— Eífhólio de M- I- Marcondes Fcnríra
— Mtoeraçto Bm modinha
— Njm tonal Uad Industries Co.
— Figmrnfg* Minerais
— National Lesd Induitrits Co.
— Mtiltibris líid. de Aparelho* DoméstT
cos Eduardo Caio da Silva Prado
— Brasitmp S.A t
— Barsmoior S-A.
*— Whirlpool Ijh. Bahamas —
— Banco de Crédito Int. Bihanv —
— Patino Group

tmníQ Bar bom Tomanik — ÍPES S. Paulo

COMPANHIAS E GRUPOS I DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Corretor da Boísa de Valorei de Sio
Paufo

Ary Frederico Torre* — IPES 5. Pauto/Con, Or.


Pré- 1964; MVOP
Cia. Siderúrgica Nacional
Comi» lo Mina Braiit-USÂ
American Chamber of Commercc
FGV

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


fitmiMcr S/A Jnd. t Com. Vicente Chimriní
— Cia- Draiildra de Material Elétri- |o sé Roberto Torrei
co— COBRE L
— Comp, Fabrjcadori de Peçii —
COFAP
Perfeci Cirde Monroe Auto
Equlp.
— Cra* Cleinemlna de Àdmhittrtçlo Santiago Dantas
— Francisco Metftrtzzo
Cia. Briillcira de Material Ferroviário
— American Steel Fíwndriea
COFAP 1

Cia, Febricadora de Pcí»i Abr atuam Kisimkl


H, Pae* de Al incido

567
— COftRASMA Ha roído de Siqueira
GcOtgc Hanna Khfllfl
— Cia. Máfiana de Eiuadaf de Ferro
— Cia Pelroquimica firajilcira Ed Caio da Silva Prado
CÜP1 HRAS
— Columbian Carbon Im Panamá
— Colutnbian Carbon USA Angu* Liltlcjohn
— Cclinnc Corp of America -USA Suniiugo Damas
— Celaiino S/A — Panamá
— Ferro e Aço de Viíéna

/oyme Torres IPES— S. Paulo/Con. Or


Pfé l%4‘ FIESP
Sindicado áa Indúiiria de Produtos Farmacêuticos
Aiiociiçào Comercial de São Paulo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Laborilúno Torro 5-A Tarquino f. B. de Oliveira
— A C T AtfcnmiKrftção Pirltcípa-
çâet Propaganda e Comércio 5-A
/Laboratório Silva Araújo Rouj-
«I
— Jiutiiuio Organoterápico Brasileiro 5 A

SoU Garrido Torrfí ÍPES Rio/C.E.


Pfi l%4 BNDE CONSULTEC ESC
BIO APEC TBRE
SUMOC fGV Escniório Comercial * Nna York
CÊPAL CED
PUC

COMPANHIAS E CRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Banco Lc* ndci
— Btneo Imcramencafio
|
L Moreira de 5âuu
| . L M»i*IKin Liru
— Deere d SM Mário H- Simonien
Vicente Rio
— Conjuntura Econômica
— Cfi de Sefiiraa Cruzeiro do SuJ

General Íqâo Boihto Tubino — IPES Rio

Net Petxotv do Vote — JPE5 Riu/Grupo de Opinião Pública

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— American Chamber of Commerce
Comiiiio de Publicação
— Liilii Telefônicas Braiilcirai S/A GHberr Huber Jjv
— Páginai Amarelai G ilberf Huber Jr-

568
Bêçlo Fernanda Vííjc onctths IPES S. PíuIo/Coüh ÜrVSetor de Avio Empitítriil
Pr*)%4: FIESP
American Chambcr aí Commcrçe

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ü>F. VoKoncelloi 5. A. Optioa c Mc*
cflníçi cie Alm Precisão
— Administrador n Veíconcellot

Domleio Vrloto — IPES Rio/Cort. Or

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Ouro S A. Indústria e Comércio
— JikJ TíjuíI Campina Grande S.A.

Alb*no Vtnàmio Fa. — IPES Rio

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Cia. Comércio e Navegação
— E «tetro Miuá
st

— Cia. Ay more de Indústrias Geraii


Driuc
IntcrniUonal Packer* Ltd,

fOii f$nàçÍQ Catdara Vmiani — IPES Rk»


Prí l%4: FIECA
SESI GB
CIESP
Sindicato Nacional das Jndúitnoi dc Fósforos

companhias e grupos DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Centro Industrial dc Fósforos
— Cii Brasileiro de Fósforos Fill-Luí
J lohn Mister» & COr Lid. — GB
Bryant St May — GB
— Florestai c Madeiras Brasileira* S/A —
Bryani d May — GB

Luláifo Pflflfr* Vidigat — IPES S Foulo/Cofl. O r.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Sodril S/A Corretora de Título* c
lom
— Cunilrufora dc ImóveU Sio Paulo S/A
— Dell cl S/A
— Cobri — Comp ViL
* dc Emp.
— Vldigal Ponte» S/A Admimitroção dc
Bem
— Tcldunkcn do Bra*il S/A
— Bineo Piuüitnno

569
PlRITORfS f/OU ACIONISTAS
CKiímo 4c Si Momn
AU ato A 4
Ruim) ViJigd
1*1*10 ftmaod
I
AivfuiLmkfúhA
Mac Hucf
Kiit|

Uu Hofucin Giftíi
Kiphccl fip*
Gcimuú 4t MiruKÜ Lm

Fduardo Ci» d* SiKi Prido

Caio AldLnEâjra Machado


P*uk> Ajm fo
Ikracl Klabiõ
Lutai Nogueira Gircrt
Caatâo de Mcwjuicj fo
Eduardo Cl» da SiUa Prado
— Cm Gude de Mnquiu Fõ
Cáuig 4a Coala Vidijal
4c Pwj*
A C Buo» Vfdigal

LrtUo da Cunha

^
íMl»!
Htfp* ítLAí iMáái iMà
I

Lmt EoiAlto ds Buo» Vjdifal


— feiniif ftro fW?
— Cu Lttl « Poria l«M Cru
^ Ch PnJ«i« 4 W*vn*
— Sâu F.*lu I «fci S A Ajm4*hj OaBuitl
^ Cu Mfílh»*4c*iin Vqrr« ^ Pm*nà Mv» de Bmíw Vèdifal
— I Vidifkl Céaa» d« üau V*d«al
— f»f?uTf* Mc^fiuta
— €* Faminta 4 MfdiUe Mrrman M .«riãt
f hftrrm
— Cu AfK C/uWiU Lip I Inp (jaiÉl ck Mvtt|üili lo.
— Cu Affivdt C i wi

5TO
Mnvo Ribfiro Viffiaa — IPES Rio/Ce*. Or.
PrM%a: Conutho Regional ét Engenham, Mcckfuca t Aiqv^ttiura

COMPANHIAS E GRUPOS 1 DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— tONCREMÀT — Sociedade CM de
Comiote de C onere lo e Ensaioi de Ma
teriaii 1

AUcIho Arflfào VUor — IPES B. Horiíoflt*

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


^Mttahirtica M.ui $.À« MEMASA —
— AC ES LT A —
Aço* Ejpecfiii Itabsra
— Ci a. Fli;ão e Tecido* de Mín« Geraíi Luii Gomi|i do Nwito e Sihri
— Adm. e EmpreendiTticnEQí Lggona

Eult Dumoni Vilfczres —


IPES S. Piulo/Con. Ot.
Prfd»4: CíESP
FIESP
American Chamber oí Comrneree
Sindicato d» Industria de Aparelhos Elétricos, Ele trâ ruces e Simdara do Eimfo
de Sio Paulo

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Àçot Villm» SA- TNeodore Nicrw>er
— Villarcs S-À. Participações Indúv Á ]cué Soares Amora
liWIBEC/forf de Soo ti Quei- pMichoal Ard/io
rdi F o J V ater a I ."/SubAmÉnca
i Andrt Mumeto
CapltiÂiuçW Sul Amé nc a C a.
Nacional de de Vida/
Seguro*
Conmbaia $ A Emprte ndimtmot
Comerciais/ Angra S/A Com e
Adm y Banco Com/rtio é Incfúi
lHa de São Faulo/DELTEC/
Cradnco
* Mania SA Ind t Com, I L WKirütr R-, beira
— The DcviHLu Co. Emanuel ftlutaàce
— MapJ SA, Ind. e Com.
— Theodorc Seilcf/Lafam Admmb- Mm Wmk*
Inçlo Lid. Frkdrich Fltck KG/
Mercedes Benx/Erneit Mahte
— Cotioo AdcJint SA.
^ Zihsnd Fabnk Frícdríccfohafea do
ÈrwB
— Àr|M Industrial
— Ekvadort* Alia»
w Fundo Zeppthn
— FnedruA Ritk/Mifal S A
— V*btr Ind * Com
- DtLTFC/Goliwarla Fnedmh
GT A G /Codiv«l/Cmcinoo
— Ind Br» út Oleo*
— Woofca Mlfl
— ArpH Lida

5 ?)
>

— Eíjuiptmcnicii Ind Vjlliffl Knírinn Orberg


B.
— HtrniHrli Fe|tr Tntcmilíonal Corp, I Batista Pereira
Almeida Fo«
— Mnimuí Com <r líid S/A Thcijdoro Quattim Barbosa
— FnduvcfCil Nkíobi) de Sefurt» do PiuIq Egydio Maruru
Comércio c Induitnt
— Labonfòno Andròmaco
— Indúunti Villarci S/A Borgt K Ofberg
— ViUara S/A —
PiTtítip. Ind, Roberto Raiio
- IBEC II Morac» Guerra
— Banco Com. t Ind de Sio Pauto Manoel Serra Negra
— Angra S/A Frtderíek D + F. Pirío
— Fundo Creictoco

EuJora VttlfU - IPES S P.ulo/Con. Ot.


Pré I%a AfvncM Chambcr of Commerce

COMPANHIAS E GRUPOS diretores e/ou acionistas


— Banco Federal de Creduo SA. Olavo Fgydto Setúbal
J C* Moraes Abreu

Aloyjio Remai hu For


— Sociedade Anônima Bruitit
— Sairrt Cofciui/FotAt A MoutíOC
— Banco liad
— Ga Srfuradora Braiikira ErmfriO de Moraes
Olavo E. Setúbal
** Wrfln SA
Lu ir Mõrae» de Barroí
— Duntei SA. índ- « Coul Olavo £ Sciubal
— Banco Federal de Crédito SA / Nivaldo UI boa Cintra
Olavo E Setúbal Engenharia/ 0. A. dc Camargo
Adm e Com. SA/Oa. Bancredit Lacrtc Setúbal Filho
dc Ãdm_ dc Bem
— CBM Cia. BnaJíçtr* dc Màquiju» e Nivaldo C dc Ulhoa Cintra
Mitenú Dom Cario» Tauo de Saxc-Coburgo t
Bragança

Mlirtiio Libimo Vüitta - IPES Rio/Can Of.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETOR ES E/OU ACIONISTAS


— Dieta 5/A Froduioi Alimentícios
— Química e Farmacêutica Mauritio Vll- Eu rico Liblnio VifJcli
Ida S/A fotí Shcinkmm
— * VILCO S/A Produto* Químico* Eürito VillcU
— Empreendimento» Vilkla S/A A dm. «
Paríicipaçiks

Ltíli Cásslú dos Santo* Wêrnêck — IPE5 S. Faulo/Com. Dir.

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— Poliptat indústria e Comércio SA. R. Cunha Bucno
G. Ferrari

5

|0ji Zampragna — ÍPE5UL

COMPANHIAS E GRUPOS DIRETORES E/OU ACIONISTAS


— | Z*mpfOfni SA Adfninmr*çIo t
CMcb
— ! tfaffip rogna S A„ )^port*çiO a Co-
mércio e Indústria

OUTROS LÍDERES DO IPESUL; Coronel Yeddo \ Rlaulh


Cindido loíé ftíjfjTt Godey
|oio AniOniü 0. Martins
Carlos G**tand Gonçalves
ÍOiê de Abreu Fraga
Coronel Paulo Couto e 5d*i
Cértos Lopes Osóno
Amadeu da Rocha Frtilis
liacyr Pjrtio Scbilling
Qudinot Villardino

S73
FONTES DO APÊNDICE B

AUAilD*
w* u
W át /dtftn f - . Slo PM* 1%6
I <y Wf b. IW . Comt niçáo Sio Pauto, 1961
——
4ÍQtiV01 0€ PALIO DE ASSIS
M iHü Is » liae;
AiQUVOs DG iru i E dc |m
*1
——
-
Papel e plimcoi Siu Pauto. l%1
Embâ/ifent 51o Paulo. 1963
Britil 1964 A marcha doí ntffc&t

tfe PM NM —

em l%3 Sio Pauto.
tnvbilt|en> Sio Paulo, 1964
j «d Sfe M. IMO
——
. Conitmçio Sio Paulo, 1964
4 léM|« K &THIÍ 1*66196* Banco», mrcitimenioi e boliaj Sio
Uu tm*» MA
T ™ — Pauto, 1964.
Mmtfaçio, ndefurfii. meuJurji*
UNMI * «4 IAb Ftafc. 2 V Sio Paulo. 1961
A «4< inMuc* k 6r*iJ Cofiitruçâo Sâo Pauto, I9fe!

PM. mi BmiJ mS
Slo Paulo
— Sél

.

- Invcjundo para o Braa.it. Slo Paute


A»fciánt dl Éd 4n* ÒC
J
papel t tfr -

hiim Uk Fm Jttll
1966
Mâquinaa e ferra menu». 1964
A adicem* dc **Aq*iH* f ferra Sio

hmA Sèt. Fm i9ti


*—
Paulo. I%6
Bancot. bohat e tomhmcniot Sio
«rJ4 dui CM 1961
PM j«U Paulo 19*6
— 3Jb
A
«Irtròvutti Mc FM. M£2
de Tnticfiâl ddtnut c Branl 1967 Sio Piülo.
Braikl mduiiriaL 1967/ 1960 Sio

——
-
Sdrnirt»* Mo Favk, Í9U,
(umiru^k 1làéj Paulo. 1962
— Paulo
4OÚO0 no comando da ecotiofflji
,

braultirj Sio Paulo, 1961/69 v 12


A quilMHL* nu br**l| 1956

— (MlPMtw
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Bra^l mduKnal W/69 Sio Paute
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Guio fnUrimtU 197 J 0

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1461 4
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(affeciro, |ntenn*eií, 1471 (Pc^mtir
Ja n Kinppcn bmiwé òtaln pt-

#ta*»l JMI A m*n.â* ám twitutkin íjJ fíraiit Maruheittr Urut


Mu FM. IM1 Preá* 1977
— tm M*J
Ahmrtàm bcb^du Mc BPA/IUAN IKFOPMATIÜN ®ÜUE

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IMtvfee « flftrèitaa Mo PaUo
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Sidmirfi* Mv Fiuly, 3%) UM. t%| V 12

574
FONSECA, HnruliH Borf» da Ai ijij QLfLM é qvem no ftrud Séo P*ulc. 5o
firuifdfj fituM+trax da Broxtl. Rio éc cmdèdt Brmlcifa dc tipauio Comer-
laneiro, Crown Editora ínlerifoencioi, ei*! Lida,. I9SI.
Í 970 . — 1912. v. í.
v. 1.

HAAS, Wcmct 4
how
Hh
tsltangfito
SÍO Paulo, Ed. Bi nu. l%l
contribuição
á indústria
do “kno*-
brasileira, —— im
-
.

- 1955, v
1%3. v +
V. 3.
5.

— . 9-

Itnd.
BARNCT,
Oíí
Brasil Sío Paulo,
Jean Sl
investimentos
1960.
BOSSART,
estrangeiros
Ró-
no —
RO[À5„
.

.
1964.
1967.
Kobm$oa £#fado* Unidos m
MOURA, Aristóteles. Capita! estrangeiro Brasil Sifiíiagu (k Quk* Prema L*ti-
no Brasil* 2 ed. Sfto Paulo, Ed. Brusilieiv noiratncana, 1965.
*e, 19», TOLMANj fohn M. A. F. Scfcnidí. t. L,
PEREIRA, Otny Duarte. Quem fat as Hdicõcs QuirOíi, MEC, 1976 .
p II
íeis nü Brasii, Rio de ] arteiro* Civilização WHO'5 who m ihe Bmzdian econumíe li-

—Brasileira.
Fttro
neiro, Civilização
1963,
e independência.
Brasileira,
Rio de
1967*
Ja-
fe? São Paulo, Sociedade Brmlein de
Publicação Cutturiu c
196B-
Ecanòimcu*

575
APÊNDICE C
Correspondência do CBP com Eneas Fonseca

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1L m, 9M*
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«Mlli «•** U «ikf», Kit 1**1 Ml # CU. TêMM» '

H|f|i « UM «I* » Mi. 4*1 IliM*,

íp Minai *4 t«ruVif li* M itf 4| w««1 il atffvi** l «t«*if*


MimiÚiK 4 1f|lfíiíl*lc *4*4 * 4f | ifeU i* lliMl Ml H* *#**Ü1*

ivitA^a
i a

Belo HoriioBt*, 14 de loiMbro 4« 1958


^
ao ^4, ^£# /v£i^
* ** k****^^/
CoMdrcio firaftilei** da Frodutividmda
Suã Kfilco» 119 * 16 1 Aüdar - Grupo 1602
RIO ££ J^SIAO - W

SiBbort*

£ eoi rtal aatiafaçio qut ranto Agradarar-rOA * dfc*-


tinçao «
oon «Xoluaif idada
qua « honra* ta a* atribuindo- &* « rApriaaãtãçio do £•!***
r.fnu Capital, noa Um»
da vo aa «itisaAa oarta
,

dt 10 do oorronttt hojo racablda.


Èatou planamanta *b acflrdo çoa a# condlflõaa iatipul*
du» paio voaao Ccmatlftô DlratoF, pab b&sen d« (clnoo por 0*nto) *
1 tt 3fí (un d troo por canto)* para o& cp*oa oapeclf ioadOi na auprmoi.

tada carta,
DamJo, mvta oportunldAdo, aaeiiraeAMo» qüi «atou
oonaidarando ob pagdaloa sm and matuto na Sadrataria dao Fimoaçai oo-
taoHnqumdradoo da condição do 5l6 pór iar nagdolo com o I*t*de a *0-
p

d» r
taodáatia h parta p
conto ooa cario prtitiflo* uh acho auim, ca
GQntAtao a trab*V. oi para recablcantca aio dificílimo*.
Aprovai to «ata vnaajo a informo

*) C«n*t|ul» omta^qu* Br» tu/ FaIobo *iotii*aa* o


ofícic m A«r dirigido ptlo Sorvar SãCretério ao Cowdrelo, autorisan
do a apresentarão da prcpojtas parai laoladimeRta ou no fomintOr #ar
«xcoutado o lAvuiatmiÉtrito C4o-£coaAaltoi *t4 o pré* landi* 18 tal ofi P

o lo ac rd AnoaAlnbudo a £a»« G*l*>*j

b) Tanta! telefonar mo Dr, Paulo Sá» quondo fui ofca-


amdo ftün não coraegul li^açao; o kaaso mocnttctu boje por volta da»
r

lí ,00 horm agora, 11*00 faorai nmdm obtiv* dt Ugaçio»


a uti
Haittro xeuo íigradecirjtnto» I borcroia dcmlgoãçmo com
qua cia dlatlngylAta» a apr»L.*ntn

AtoDoloana SüudmçBafi

attj Snlaa VnrãfS t'anato*


V/ V t »
4 ,r»l- l* .

S* **• tini- 1

tr*t f
Balo Horliaata, 20 4* Igiroabro 4* 1950

f Milrf I BruUtiro 4* Fro4uU*tdad#


rr

frua Mfzlw, 119 * 141 ardax * Grupo 1602


m £± amaa - w

Fr«iêãof Stt^erti

T^rxbcp irtrorad-io# d* q u « o ofício a **r tntlada


F*3 o Sa&hor 3*cr*t4no doa Finaoça* o «»
Comércio, o raapil-
to do frmLDtfcMflto Gdo-EcoitOalco, já foi ouhnttlúo ao r»f*rido*
3tcr*tárlo pff lo tlretor 4a Rtcaiio.
Eatou, dlurloAanti i to contato acu o Ooblbtta,
ttá intv «ontntOp Br, Tancrodo nio autorizou a tapadlgiô,
° 4ut tatá proottidc para br ata.
B«10 UoriKXit«, ZB 4* MQrmmtTo A* 195S

Ao
Coaiórolo Bnil l*iro <J* Produtt*ld»d«
Rua wísieo, 119 - lí* * Crnpo %éoz
htq jájrei ao - cr

tr*£idOi Itníiofll

For Incrível rj* pareça, ti ml* bo]a T nic «ar t penà-


tido eiiculnliiV-TOj O ofício do Senhor Secretário das Fimoçu, ve-
ta rliando -tos t apresentar t olmita do contrato d* ^nruçio 4o Lm|
tamento Geo-econõnleo do Sstado,
Cerca d* 13 horae, d* h^it ,
«itlT* no Cablmete «o %
crotaPlOjK instalado no tdlf íclo-sade do Saftco *tn«Aro da Frcdaçío ,

and* prcaenelei t entre§* do referido oficie reàiíido pelo Diretor 4i


Rb cal ta - Br- Buy Vaiou - to contador íeral do £st*da - Sr, Joeá %
dure ire Morta , Pfldlu o Dr* "entrado Meres qua o Sr* Kidurrln íqo*
e achava ausente do a ta. cidade há tima senan*} exaxlnata* as umi
do dito ofício a informasse sobra * disponibilidade de recurso* par* *

o pigmento do estudo a ser executado pelo C,B,P,


TÂs se raodo, sòwent* na práxlM eeziana espero nctb*r
o ofício a encaminhá-lo a essa Consorcio*
Haia Uma vet - já que o Sr, ‘Roberto Porto QUritt en-
te riormen ta - ouvi a recom&rtdaçio do Dr* 'íeneredo ao Sr* Haduralr* *
de que, logo no início do próximo ano, «tjm reirti^ul^doa eütandLep
tos com o C,B*P, cora o flit de s?rem postei êm efetiva execução o*
planos restantes da rcoreanizaçio da Secretaria e reforua tributária,
completando, riu ta, a aceitarão da proposta àe íí*t-^ro t*cdo-
Em atcnçlo ao pedido telefônico do ^r* Paulo ií, J-Q
t> vos remato algumas páginas dc K nai Gerata, que publicou 01 prtfe
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APÊNDICE D
Lista dos Colaboradores da ÁPEC —
-
1970

Aty Burger Álvaro BarceUoi Fi|\m<Jcu


Afíonsü Celso Paitorc
Amónio Delfim N e no Bcoedicio F«u«a Moreira
Alexandre Kilkã Bruno Slainver
Arlihdo L Qpti Corrêa
Amónio Augutio doí Reis Vdraa Casimira Ribeiro
Arihur Chagas Dínii Celso Luiz Rocha Sem
Affonso Armando de Lima Vilulc Carlot Alberto Wandcrky
Amaro lan »n Júnior Carlos Motor Comes dc Aiiaeida
Antànjo Abreu Co tenho Carlos Geraldo Langam
Aécio Pereira dc Scuia Charles Hinsen
Aivirc Milinci Carioi von Doílín|cr
Aryê Carneiro Carlos Aufutro Rodngues Costa
Amónio Chaga* Mc irei lei Carlos Amorno Roeca
Arnaldo Wnld Caio Aurélio Dorrungues
Almir Guimarães de Ohvciri Cid Neves
Alfredo Ellis Nelto Carlos Alberlo de Camargo e Almeida
AJdo BaptLalõ Franco Carlos ViucÈiivi
Arnaldo dc Oliveira Werneck Cláudio dc Moura Castro
Augusto Jeífcrson Lemos
Arthur César Ferreira Rdi Demo Nogueira
A Ivan ir Bezerra dc Carvalho David Carneiro [r

Angelo Sanibbi Netto Daniel Faraco


Arjldo Araré de Brito Dirteu Mathiás Rota
Alberto Timer
Adelino da Sttva Rocha Emane Galviai
Alberlo Tnngari Eu^rmo Gudin
Amónio FvjiIüü [nojoso dc Andrade Elíseu Rr/.cnde
Atilou Coentro Edson César dc Carvalho
Alberto Machado de Oliveira Enaldú Cravo PeJsolo
AlberloS. Furuguen Éden Gonçalves de Oliveira
André ZabUidotvsWí Edmar de SoüTa
Aníbal Vílfinova VífJda Ems Robcrio Grau
AmònJo Otárto Edgar Rihl
Amónio Carlos Pí mente! Lobo Estifiiliú FÍKhhj»it£

Ati Cordeiro Ernesto Cláudio Cimiilo


Alberto de Mello c Souza Eimir Àvilet
André Toteílo Edmar BacH»
Edgar Monto de Md o Filho
3
haac Akcdrad
Eduardo Sdvein Gomes Ivo Carvalho

Floriano Ftçanh* dos Sanios loaoMadcr Gonçilvci


Francisco Assts Grteco fo« Maria Pinheiro
Fabianç Pegunei forge Vnnna Monteiro
Ron ano Cavalcante da Silva Martins lraé Luii Bulhóei Pedreira
Fe ma c do Petneido Cardoso Jayme MagTissi de Sá
Fumando Antôn» ítexende da SÜn Jorge Paulo Lemann
Fernando Machado Porfdli José Ribamar Santos Lima
Fátima Gafo Coutlnho José Gonçalves Fonlu
Ffrdenco Hdler José Crui Santos
Francisco de Paula de Castro Lima João BapcisTi dc Carvalho Aihayde
FlonanO Vtraocdos íufiiof Tolo Gusiivú Hacnel
Francisco de Araújo San tu* j til to Cés ar Bclisário Vianna
Francisco de Paula da Rocha Lagoa loão de Oliveira Samoa
FauiiO Guimarãa Ca perimo loão Paulo doí Reis VcUoao
Fibift A d* Súv* Re« João L, Almeida Bello
FelicsaBtWti João Ferreira Bcniei
Frinçhpco Almada fiiaito José Guilherme Pinheiro Curtes
Fortune Maunce Ferprguen José E, Mindlin
Francisco José de Souza loão Fernando Sebastião Chim bui Sena
fosé Brito Alves
Grartano SI foio Gonçalves Borgas
Gilbert Huber (r_ Joel Bergsman
Glycon de Paiva José Gomes de Almeida
Gilberto Freitas Borgra, foao Drumond Gonçalves
Gilbeno Paim Jo*é Marta Villar <k Quhroí
Golbcry Couto e Silva losé Paulo dos Santos
Gregário Lawc Stukirt JuliânMagalhães Chace]
Gustavo Sl leȎ Montello
G «tio Nunes dos Santos Bruna Joio Francisco de Azevedo Mitanez Nctto
Gtlbeno M achado de Oliveira (ay me Ramaciotti
Glauco Carvalho José Carlos 5 u cear Farah
Goaldo Francisco Maidoaado loio Paulo de Ahneida Neuo
lohn Regmaldo Cotrin
Hamilton Pequeno losé Garrido Torrei
Herculano Borges da Fonseca Junot Alencar dc Moura Àkncaimj
Hélio Schlitiler Silva Jayme da Silva
Harry Cole foão Paulo de Almeida Magalhães
Herbtrt Lo*e Stukart losé Costa Cavalcanti
Hindcmburgü Pereira Diniz José flãvip Pécora
Henrique Flanier IpkÍ Eirat
Hugo Antônio Alvarenga de Oliveira losé Eduardo dc Oliveira Penna
Humberlo Cogliati losé Lafayetic Prado
Hamilton Tofoza João Guy dc Oliveira
Harold Ceeii PoJIend I. Tariccu
Hélio Delgado Júnior Jorge Gabizo de Faria
Jorge Hilário Gouvèa Vieira
Ivi Santana e Silva José Artur RJoc
haao Kerstenetsky livjer Fucnultda Àsmuuen
ívo Sarmento Curan
Israel KJabin Knack de Souza
Ítalo Ramos
Tsrsd Vainbotm Luiz Zotmacto

586
t

Luiz Gonzaga Nticimento Silva Oiwildo fório


Luc«i Lopes Ofcluno de Almeida
Lui* Vjctor ci Armoi Silva Osvaldo Miguel Frederico Bailar In
Lauro Sodré Netio Og Francisco Leme
Luiz A tobii M*r tlnt Oswaldo Benjamln de Azevedo
Llttcu KlUppcl Orlando Rangel
Luclan Z«jdtni|dcr
Lycio Farta Paulo de Assis Ribeiro
Luiz Fernando Carneiro Paulo Goes
Luiz Fernando Cirna Lima Paulo dc Castra Moreira da Silva
Leonardo César Rocha Neve* Paulo Magalhães
Leo da Rochn Ferreira Paulo de Assis
Limarimc Pereira dn Cosia Pedro S, Malan
Luiz Sérgio Coelho Sampaio Pedro Auguiio CybrAo
Luiz Muccdo Paulo Yokots
Llicloue H. Ornellai Paulo Amonioli
Paulo Monteiro de Araújo
Mário Henrique Simonsen Paulo Cícero Lima Batista
Mário Trindade Paulo Roberto Vianna
Mfktidci Mário Sá Freire de Souza
Manoel Fernando Thompson Moita Roberto de Oliveira Campos
Maurício Rangel Reis Rodrigo Páduft Lopes
Manoel Augusto Costa Roberto Teixeira da Coala
Marcelo Pimemel Renato Brito Bezerra de Mello
Marco Antônio Campos Martin* Rubens de Mattos Pereira
M Couhnho dui Santos Rubens Vaz da Costa
Maria Ciem* Alves Garcia Raul Fontes Cofia
Maurício Ferreira Bacellar Roberto de Oliveira Campos (únlor
Mauro Thlbau Raphacl Vale mino Sobrinho
Mtrcea Bueicu Raul de Sinton Portelta
Miehael YVylcs R cardo
1 M
a r que*
Marcos Vianna Regina Ido Ferreira Pereira
Milton de Carvalho Cabral Ruy Millcr Paiva
Marcos Vinícius Pratlni de Moraes Raul Romero de Oliveira
Mário Antônio Wyllls Fonseca Rui Maurício de Lima e Silva Ne tio
Miguel Fontes Leal Ferreira
Marcos de Carvalho Cendau Sebastião Marcos Vital
Maria Helena de Castro Silva Siahis Panagides
Maurício Fonseca Stezio Cuittort
Maria Aparecida Pouchet Campo*
Mário Penteado Teodoro Onlga
Mário fosé de Bittencourt Sampaio Teõphilo de Azevedo Santos
Theôphílo de Andrade
Ney Peixoto do Vale
Nahum Sirotskf Ubirajara Paulo Machado
Nestor |osi
Ncwion Sacramento Vicente Lfnter de Almeida
Naianael Ferreira Lima Vende Lage Magalhães
Noênlo Splnola Vladtmir Jedenov
Vlclor da Silva
Oclávfo G ou ve a de Bulhões Valdiki Moura
Omer MonCAIeg rc Virgílio HorácioSamuel Glbbort
Olio Wadsied Vânia Porto Tavares
Ramos
Olavo Cabral Vicente Giovlnazjo
Odandy Rubem Corrêa
WíJaon Figueiredo W*Jlcr Mon
Wilier Lorrii IViJícr fúaquim Sinfoi
Wdter Fem
Windscn Nâtâi Zuleidc Pe&soa

OBSERVAÇÃO: A lista foi transcrita na íntegra* Nem lodos os nomes


men
cionados são de relevância para t época em estudo*

588
APÊNDICE E
AMERICAN CHAMBER OF COMMERCE

Lista dos membros em janeiro de 1964

MEMBROS HONORÁRIOS

ANDREWS. F.L KIBITSCHEK DE OLIVEIRA. Dr |m-


BENNETT, ARTHUR — American Chim- celirto

ber ol Commette L1NDSAY, WS. - Com Producn Com-


braddock. cônsul daniel m. — P*“}f
Departamento de Estado Americano LONG. E.E.
HROOKS, CLARENCE C. MUS5ER. C. R.
BUTRICK, R1CHARD P. OWEN, ROBERTO.
COCHRAN JR., WILLIAM P, — Ameri- POXSON, E.O.
can Imtllutc For Foreign Trnde QUADROS, Dr. IANIO DA SILVA
CROSS. CEC1L M.P, RICMARDS. IOHN S.
D'ALMEIDA. F, ), — Moore, Cross A Co, ROMANACH, THOMAS - General Elec-
D1THMER. SVEN E. — C. M. Oversea* tric SA.
Opera lions RUST. DONALD H.
DRIVER, ROBERT B. — Ceo. H. McFad- ZERBST. J.R. — Union Carbide Int. Co.
A Bro.
den
DUN & BRADSTRF.ET LTDA. — Josí MEMBROS VITALÍCIOS
Hrury Silveira
CREENUP, IUL1AN C. MACIEL. EUGENE F.
HUGHES, R.K. SWEET, RALPH LEWIS
IACOUSEN, E.R. — U.S. Steel Corp. WADDEIL, C. EMMETT

MEMBROS ATIVOS
PESSOAS IURID1CAS E PESSOAS FÍSICAS

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BAUSCH LO,MB S/A
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Loureiro Filho, José U Cominho No BELL ÍRm JAMES MCKIM - 5èo Pauto
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BANCO DQ COMÉRCIO E INDUSTRIA AKLOIT UO BRASIL COM E INt). DE
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CARLOS UPPENHEIMER COMÉRCIO CHAMPION CELULOSE S/A - Jato

E REPRESENTAÇÕES S/A. Goaçifre*


CHASE |R STEPHEN — Ouflipioci Ç* |ian 4 Tosé Pereira da Silva, Emi Werfti-
liékMc SA dorfi Emílio Bacthi, Dr. Teóptiilo Pupo
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CHATWJN, CARL GORDON Nofueira Filho, íorge Biliar, Dr. HamiJ
WaítrhouK Peai & Co, ton Prado, Dr, Mirabcau Prado* Qwlrn
CHAVES, ARTHtíR OSWALDÜ — Mc* S tanto CoKtn*x Guilherme Heller Bauei,
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R. C. SylnA. K VaiKknbwk,
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COMPANHIA BRASILEIRA DE INVES
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Brasil. Coraírac c Joáiiatm L(di_
Filho, Árihur Kos, Eduardo Guirifc N
CKRISTIANI-MELSEN engenheiros Mário Jacobina Lacembe
E CONSTRUTORES S/A- — Enc
to,

CIA. BRASILEIRA DE MATERIAL EU


Cfarístimf
CHRISTI AM, ERÍC Chmtiaai-Nielíen — TRICO —
Àry F. Torro
Enje*beira t C om. &/A
CIA. BRASILEIRA DE MATERIAL
CHRJSTNER. JL EDWaRD B R. Co — FERROVIÁRIO " COBRA SM A - f'

Gaitio de Mesquita Filho, Lu ia EuI&Jio


odrith do Bruul SA
CINTRA O IOÀO DÊ DEUS — IdtaL
de Bucno Vidigd, Alberto Pereira de
Catiro, Vkior Rease de Gouvêa, Pedra
Standard SA ItktLuuu c Comércio
CLEEVES. lOHN 0 — Gcômí Elcctnc
ÀüfUMo Fleury da Silveira, Paulo Mn
rellea Reis
S/A.
CLENDENEN. WOODROW BENSON — CIA BRASILEIRA DE PLÁSTICOS
AJb* $ A- — Jnd Ouímicai "KOPPERS" —
Geonei Aimé Co^
CLOSAS, MARIO ( - W«tmgbrae SA. neau. Kubcri W. Bauer
Jnd de Aparrthof Doméstico» CIA, DE MATÉRIAS- PRI-
BRASÍLIA
CLOSÊ. AlBERT MAUAlCE Cvbo MAS
rundgio SA c Eleiro Mculúrpca Abf*- CIA. CALÇADO CLARK — E B too*
úym S«lu) SA, CIA. COMERCIAL BRASILEIRA - ML
COCHRANE, IEO W —
BUíxo Notwtfe rio W. Sirnonwen. Dr. Hemani Azevedo
dq Eiiado <k Sáo Paulo Silva, Luiz W. Simonien, Alceu B To
COFAP —
CIA FABRICADORA DE PE- ledo, Sidnry R. Murray. Amando t
CAS —
H Khãhl
Gcorfci Miranda, Paulo U. de Oliveira
COLGATE PA LMOLI VE S/A, — Antô- CIA. DISTRIBUIDORA DE VALORES
nio Bcriran "CODIVAL" — A H Foral, Ma«k
COMÊRCJO E INDUSTRIAS BRASILEI- Lubominki
RAS "COIMBRA" S/A — MM Coo CIA. EMPREENDIMENTOS, ADMINIS-
jaud TRAÇÃO E INVESTIMENTOS 10EC
COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES Ra ' —
Marek Lubominki
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LTDA. —
Mino Lsoiay menio induiírial, Serviço» Mariiimoi.
COMISSÁRIA DE DESPACHOS CEN- Seguro»
TRAL PAULISTA SA. — Dr Paulo +
CIA. EXPRESSO MERCANTIL — $rm
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Batielle Memorial Institute Diebold Group International, Inc.
Bechtcl Corporation The Dow Chemical Company
Beiço Petroleum Corporation Dun &. Bradstreel International
Beihlehcm Steel Corporation E. I. du Ponto de Nemours & Company.
Borden Inc. Inc.
Braniff Airways Incorporaled Eastman Kodak Company
Bristol-Myers Company Eaton Yale & Towne. Inc.
Brown & Root, Inc. Ebasco International Corporation
Burroughs Corporation Emst &. Ernst
Canadian International Power Co., Inc. Firestonc Tyre & Rubber Co.
CaterpillarAméricos Co. The Boston Corp.
First
Celanesc Corporation The First National Bank of Boston
Cerro Corporation First National City Bank
The Chase Manholtan Bank Ford Motor Company
Chemical Bank The Fresnillo Company
Chrysler Corporation General Electric Company

617
Gane— Food* Coeparanv»
i
Norim Industrie*. Inc.
G*«*rd Mom LScn —a Opmuem Sofih American Rockwell Corporation
Cmmnl f rd»» m, A TV Sonhem Trust Company
omwL l« TV Norton Company
Ou» Eles ator Company
GerVr PruVcis Cumg«*y 0»en» Illinois, Inc.
TW Cilfcnc C wipti Pacific Car and Foundry Co
TV Goodrvk r.apwy
1 F Pan American Life Insurance Company
L,Oo4>c*r latfcriAnc*» Corporará Pan American World Airways
W R Grwx A Ca lat Pcat. Marwtck. MitcheU A Co.
O. Lor^jrtttgm PepsiCo International
TV Hm« M «m* C
Cor*c—»«•
MT Pfirer
Phelps
International
Dodgc
Inc.
International Corporation
Harra Tr« A Vaà aí CVcafO Philip Morris International
Ha»à«* A Mh PPG Industries, Inc
H I

IBM H’ah4
Hmi l
T
fnCrponlKB
mk
Price Paper Corporation
Pnce Watcrhousc A Co.
l"M«u ai m j d VjrtH C Ajnrnca The Quaker Oats Company
Imemaoucx» Kt^ Uo*ua*y Corporation Ralston Purina Company
I Mar» «ner Co RCA Corporation
Ifwaanoad Hmng Corporation The Reader s Digcst
The IntnatMd N^id Cotrpaay. Inc. Rhecm Manufacturing Co.
Imr—anonU P»prr Co*cp*n> Richardson-Merrcll Inc.
Inc—««*4 Tctephonr A Teicgni* Cor- Robcrl» and Holland
pon—ja Rohm and Haas Company
TV Imrrpvfefac G»wp of Couyme* . Inc. Schcring Plough Corporation
futmaoa A H.gp*v* foKph I. Scagram A Som, Inc.
fokme* A » aaon Itcr—auoaal Sears,Roebuck and Co.
Kajacr Irtòuamc» Corporabsn Smith Klmc A French Ovcrscas Co.
Kc Ct—» a* i Southcasi Bancorporaiion. Inc.
Kcamcut? Clipper Corperatian
Southern Peru Copper Corporation
K.»Vr>-Oart Carparauoa
KV B-Mch Inc E R Lquibb A Sons. Inc.

Kopprn Cump^j. St foe Minerais Corporation


lac.
Lehmaa Brtehen Standard Fruit and Steamihlp Company
bpnd CarhwiK Corp Standard Oil Company of Califórnia
Arthur D Lm te. Inc Standard Oil Company (N. ?.)

Loeb k Sonde» A Company Sterling Products International, Inc.


Lane Star l^àutírta Inc Tcthini Incorporatcd
L)hrand Rm* Bru» A Mcmtputry
Teaacu. Inc
Mamru Imc—aticmal Inòudnc* Inc
Tcaa* Gulf Sulphur Company
1 M
(ofnpoif
Miftu/aiurtn Huiortr Tmd Co I Walter Thompson Company
Mar 1 00a CurporaUun
.
Time, Inc
Mirih A Mtl.cn/uui Inc TV Time* of The Américas
Mrrck Sharp A DuF.rac latarnaftond Lmofi Carbide International Co
Mobil Oil Corporation ÜnioA Oil Company of Califórnia
Modcl. Roland A Co. (at LfUtad Brandt Company
Monsanto Company 1'SM Corporation
Moor* McCormack Line*. Inc. Lpyohn International Inc
Morjan Guarani) Tnut Compaoy oí Nr* U.S Strel International, Ltd
York Vissem. Inc.
The National Caah Rcfutrr Co Warner Lambert International
NL Industries, Inc. Weila Fargo Bank

618
:

Westlnghouse Electric International Co. Xerox Corporation


Whirlpool Corporation Arthur Young & Company
Whitney National Bank of New Orleans Young & Rubicam. Inc.

ORGANIZAÇÕES-MEMBROS

Chatnbcr of Commcrce of the United Sta- National Foreign Trade Council


tea Pan American Society of the United Sta-
CICYP tes

Commiitee for Economic Dcvelopment Port of New York Authocity


The Confcrence Board Inc. United States Council of lhe lotematiooal
National Association of Manufactures Chamber of Commcrce

Board of Trustees (Conselho de Curadores)

Robcrt O. Anderson, Presidente da Dire- G.H. Galiaway. Presidente, Crow Zeller-


toria (Chairman), Atlantic Richfield Co.; bach International Inc.;
Charles F. Barber. Presidente do Direto- General James M. Gavin. Presidente da
ria, American Smclting & Refining Co.; Diretoria. Arthur D. Litte. Inc..

William E. Barlow, Presidente, Vision. Dr. Cari A. Gerstacker, Presidente da Di-

Jnc.;
retoria, Dow
Chemical Company;
Harold S. Gencen, Presidente, Internatio-
Glenn C. Bossett Ir., Presidente, Wells
nal Telephone & Telegraph Corpora-
Fargo Inll. Invcsiment Corp.;
tion;
Flctchcr L. Byron. Presidente da Direto-
Rodncy C. Gott. Presidente da Diretoria
ria. Koppers Company. Inc.;
e Exccutivo-Chcfe. AMF lncorporated,
Captain lohn W. Clark, Presidente, Delta
Edwin H. Gott. Presidente da Diretona,
Stcamship Lines. Inc.;
United Steel Corp
W. H. Conzcn. Presidente, Schering-Plough Donald M Graham. Presidente da Direto-
Corporation;
ria. Continental Illinois National Bank
C. W. Cook, Presidente da Diretoria. Ge- and Trusl Co. of Chicago;
neral Foods Corporation; Maurice F. Granvitle. Presidente da Dire-
Donald M. Cox, Diretor c Vice-Presidente, toria. Texaco. Inc.;
Standard OH Company (N. (.);
Najceb E. Halaby. Presidente da Direto-
lost de Cubas. Vice-Presidente. Wcsting- ria. Pan American World Airways;
housc Electric Corp.;
John D. Harpcr, Presidente da Diretoria
Alfred W. Eames. Presidente da Diretoria e Executivo-Chefe. Aluminum Company
e Executivo Chefe, Del Monte Corpora- of America;
tion;
A. S. Hart. Vice-Presidente Executivo.
fohn Dicbold. Presidente da Diretoria, The Quaker Oats Company;
Diebold Group. Inc.;
Frcd L. Hartlcy. Presidente. Union Oil
lohn Duncan. Presidente. Sl. |oc Minerais Company of Califórnia;
Corporation; Gabriel Hauge. Presidente da Diretoria.
Lcwii W. Foy, Presidente, Bcthlchcm Steel Manufacture» Hanovcr Trust Co.;
Corporation. William Hewiit, Presidente da Diretoria.
Ilarlow W üage. Gerente Geral. General Deere êc Company;
Motors Ovencas Operai ion»; William M. Hickey. Presidente da Direto-
fohn F Gallagher. Vice Presidente- Inter- ria. Canadian Intl Power Company,
nacional. Sears. Roebuck and Co.; Inc.;

619
M%Narl W Pcrcopo. Presidente. Squibb
\Anwm Hernispherr, Middle Eait and
África.
RudoJph A. Pcterson. do Co Presidente
uté Exeouno, Bank of America;
C. | Pilliod. Presidente. Goodyear Imer
loàm t hcj 4» C«Mt naiional Corp
As } mm AmAci* Cw4 corpcrv loKn |.
;

Powerv Presidente da Diretoru


toe.;

|ay R Reist. Presidente. Celancsc Interna-


tional Co.;

f D Riichic. Presidente. Asiatic Petro-

leum Corporation;
C W Robmson. Presidente. Marcona Cor-
poration:
Datid Rockefellcr. Presidente da Diretoria.
The Chase Manhattan Bank.
Rodman Rockefellcr. Presidente. Interna-

tional Economy Corp ;


Basic
r ArcW Mm P»wi drair AFIA Willard F. Rockwell |r . Presidente da Dt
CJ UcCas FW Amt (1 Dopoat áe rrtona. North American Rockwell Corp..
A C*. Dan Scymour. Presidente. |. Walier

Imi W U.Aar lr NrMinK CPC Ifv Thompson Company.


irrncKaaai Jac .
A Thomas Taylor. Prcaidcnle da Direto-

Onwèd Ur«Ai ria, Dcltec Securitica. Inc


I \ ks Frr».dmie E iccuti
;

« »—rtrC f^iry cV Sorüi Ame-


Lynrt A Towtcnd. Presidente da Direto

na ha. Chrysler Corporation;

N>Ai Rawlcifh Warner |r Pmidente da Dire


O V
WHM*t
.
d« Diretoria.
loria. Mobil Oil Corporation.
CM Coapw, o/ CaiVorma;
Geoffe C Wells, Vice Presidente, liuoa
Carbide Corporation;
t mvfm («pui I B Wilson. Presidente. Caterpillar Ame
I R Vm Em áiar Rrfiio Pa-
MJim rica* Co.,
* Am« t Aaòui Latasa for d
da Hcnry S. Wingate, Presidente da Direto
} Motor CurftfT ha. Iniemational Nickel Co Inc ;

»Wr R U«4d E ie da Lhmuria. mAm Walier B Wriston, Presidente da Direto


Cypo* Man IwyiraiMi. ha. First National City Bank;
Ra 7 mond H UtfMcad t rymàiM* da Dl Charles |. Zwick, Presidente, Soulheasf
mona OmlBum. las . Bancorporatton. Inc.

CLRADORKS ASSOCIADOS

Gene E. Bradley Presidente. fiHerna(«maf Robrri M Norhs. Presidente, National


Management and Oetrlopnscar Inttrtu f omgn 7 rade Council,
te.
Frmk Paca |r ,
Preaidcnte. International
Hrrbvrt Browndl, Sòcto. Lord De? A laacsttive Smnc ( orps.
Usd;
Emílio G CiVI ado, Curador. CuMlIM Desid % bouüi. bócio Baker A McKca
for Enmoaik Dociopsncnt.
W P Gullander. Prrs«dente. National Aa Akxaader B Trowbrid#*. Pmidmie The
suciar km of Manufacturrrs; Coaícrcoce Buwrd. Inc

620
APÊNDICE C
Correspondência da CONSEMP com o ÍPES

COMI
Rl* do J ano Iro, 2h dm oalo do l$ii

ÜM«8nr #
Dr, Mo Baptlota L.Plruolrodo
At, Ri* Branco, 156 - 27« andar
hiU
Trotado Senhor,

I c<* praaor que lho aprooento e Sr. Glon» Cfaar, mn. partloalar
aal(o f dl rotor do Lab. Pkyoatoaaa, para quoa poço o obacqulo do
«oo atonçfo.

0 Cfzar faz parto doata oqulpo nora do lnriuotrlala coo acantoada


oapírlto pdbllco o quo oulto far í polo ooaao pai*.

Arradoço a aua atonçfo o aprooolto a oportunldado para gobaere»e£


o coo oatlro o oonaldoraçlo.

AtonoloM

(aa) OotaTío fria#


li* *• i*»i», U 4a JulM U 19(2

H ni w » » èa
rw-TTTT: a rmuu hcuo
*•• Ha irwM. 1)4
« » « H

3 aaaaata OitiM 4o tiiUw 4——r4»|— M imIhU,


* «^i**i**i •• «*U*»M m(«a 4* or&ul* M Ultmi
**»• »t •«•*« rri«*ii, »U • raptara total

Í*u# • iuMt, «oa I|«u «MaalkiU klitlrlM 41a


•U*
t*u4«
a*« tlaii
• i

i
»a4rt:a 4 Va tal «atra •• «lta4â«a, «i«id« a opoalfãa ij
aaa ‘“"
a oi —loa . a ala ar
i
- - -
figa (a EaU4o
- —
lf«i * parta a »saalat4aaU, po4ar 4a açao a, aaaaa. aaatlgôaa 4a onVrj
f <

»14mU.
fata tiparltatU fclatOriaa aa rapa ta alallaaaaata Oa .

»*«1aa~U.a .iaaalaaataa, rlaaa, InloUUaota lntrodaalr a faarra 14aalJ


f*m *• *•“ -« aatlaiaéa. 0 aoaaukloso ntataa aoaaatoa aaaohra, para
%aa «a aaatala aa ntrtcu^fa, para qua a eona0r4ia« («a aarla
aaaUa,*4 u fia* tiMMUIi, alnt* t“« 4l*»rrln4o 4oa aaíoa, aaja rubj
tilai ta pu*la«4r*:a aatra aa gntyoo a alaaaaa aoolala.

Oa Urataraa a Coaaaltoraa 4a COfeni, «oa vaaU ati-


af«a«a o* tala «aa aa;riaae a 4a atai nl atração pdtllw, não podaa tal*
lar ta iiiImIU aa raa»ltat*a 4a ava aiparlinala a oa aaa o oonclaaoaa,
aa |a« aa r 'm
aa aaapa aaatal. * >arpla«l4a4a araaaaata a o parti 4*
naai irract v^al patas aa»«aalr a aalaa lrra«*4i4vala, par falta 4a aaa
lUUfofs i *»« aa ;*a ta4«a aa aatae«aa.
f 4* aaapa ta a4at alai ra,ãa çaa ruf« aaaaa 41a^4alJ^
aa a -aaaa ***** aaaaa tarará ear aplltata a tarapOatlaa. faro e r- —
Mia* la «.«#»•* llaa, • atauí «traj,ip foorlt laa 4 é~MafWl«4«
fitaca ’* *»1«a «(#.,* atoa I J »•<!,« a**lal. fã"ta «laaOf o oarTãaã 4*
aa»ra«a4* a-tailamaa, la fanatoairlt* ptUlUoa qw« oa aantaa Injaatl-
ta 4 «* a a- a» » ta «vafaa, <aa «a». o. faa.ão aaproaarlal , ••
pvaaoa Mia, 4, ta.Ua, aaa alia alaaãa aaaia). 0 ( ruUa «apratirlo •!
áarno, o at_lai atratar aaaaalanto aiapra»a4a Vaa aau pa^al 4a oarrií®
aoMalUri' o ««aaja aanaarrar aa ralaraa 4a Hvar4a4a, 4a 41^14a4a •
aoat.
.

CO*SO»-TO«ES EMFWfcSAS

íi*. u/l/i 962 n.-a-

da JutiÇA, aordadalroa (lw M ação pAllu.


á COfSEMF •• propõ* « «iNiralm m
trabalho tntn
dlat* oooo*i to. Itcmltuoi, iciclalasnl*, ruUWltcn o dl Alaga •»-
tr* todo* aqutl** qu* o teilU* dtcocrktlo«Mit*i qua *atr* patrão « *g
pragado « «tira oa dlvcrao* grupoa ^olítlsoa, aaja absrtc a dobat* ho-
aoato, para qua a* buaquaa a Moontraa oa aaloa Juato* da açlo, •* oos-
•ordtnela c« oa fina oollBadoa da praaarvar oa valoro* áaaoerdtlooa -
dtntro do trabalho orlador, da Juatlça aoclal a éa raapa lto à p*rson*lj,
dada husanc

I . - Fara aatabalaoar aar.a coasnleaçâo, Caaa d# bata livra,


doa ,ua diacovdac quanto aos saloa, a COVCChP raaliiard — ejoárloa par^
fidlcoa as a vi* Sal* da Confcrlaelaa, para * dabatcras junto aoa k«aau
do rs-.rtsa a dlzifcvntaa da adalnlatrt *o odbllc*, noa aatdraa «contai -
coa, a rcsktr Jturação d*.»_aoran* adeins itriUm, a f lzaçãe, as tdrmo*
rcallatca, da paouliar o;ãc do latadc. barão dabatldoa, taabda.o* p«ç
doa tosaa adcio-aooabaleo* da ooaaoa dlaa caso a aoeoaltaaçao «o luare,
a sua fuaqâo o'Ci*»l, oaw oontido aacloaal, ao aaoasaldadaa da aapltal
prdprlo a a colabora, «o aliaofgan*, «•# dwar** a dl rol toa do capital *j
tiac.airo, * agricultura a lnddatrla, s rafaras agrJrla a • raforsola -
fã» acoial 4o aantido da proprlsdada do ponto do «lst* da sovua «il<da-
aiaa aoclal*. Acraditaaoa oa* dota dl d logo fr*nco ,_llvra , oada « dabs-
ta iija o*q reatrl ,?#*, paraltlrA a edtu* eacprsteaãe da aspradárla* a
oorraataa políticas, a>r*atas«ot* laeonolliAvala aoa saias, asa a*ar>
doa ao* alto* fina da aoaiodad* dasoorltiea.

II* - Santiaoa profandaa«nta , ao daoorror da soaao trabalho


ao saio jt> **., rbaaa * adal latra.ão pdblloa, qoa a* astd adiado aadlaa-
,

t* conc* i tu* ”v anaorhaica do quo d boja ac dia a_asprt*a oa a Latada,


á política a lalnlatrallv* davarl aar pro»r*a*<U aâo polo qu* foi setas,
sulto pouco ,*lo «u# d agora, o, tia, paio qu* aard a raalidada aasabã.
A taeoologla, o aovlaaato da saasaa, a Ju*tl|* asalal, a digsldada da
poaaoa hua*na salgas a sudanfa ns eoncsl tuaqao d* adsislatração para -
qu* aaja ua lootrusanto poaitlvo da oatabl lidada do raglaa * da pai ad>
alai.

A COibLXP organltard, ssdlant* oo labora pão doa dirl -


f-n.laa pa Irooalo, aasiairloa lotaaalsoa antr* cl>*faa da aapztsaa, garag
ta», f unol onlr loa dirtgantoa * dirigido.;, # laabda operário* tosando
do« oa gTJuoa aaparadaaanta, 41 fur» lindo oonooltoa olatoa d* qu* I iU»)
4aU saiu u atlvl J«da fia, daa vantagaaa do aoaaao doaoordtiao aoa o*r-
foa da dira.ão, *a todo* o* aatbroa, ofaraoldoa pala aoolodad* ooidan -
1*1 livra, *j iontr*io*lção d «etratlf loação buroorátlo* "a aov* olaa-
Qoat.
consuctowcs oe ev^ísas

Rio. 12/6/19*9 F1..J.

- KftlUíU 4o do***tl**a ia param* o** «ocladade* aorldtlaa*. Ctj


mom ém B*la;5«a Rtuiiiâii *z*aplo* da non conoaituação
latada* Caldo*, OrI-l>r*t*a*a, Al***aha, Canadá,
MprtwUl m
C*t*a ourioi, prbria * alnuolo*aa*nt* preparado*, a*.
r*o dtrlcido* por p***o«* coapetaotaa, d* acreditada reputação daeocrd-
ti**, aob a aal* catrelt* ooo^eração doa árfão* dlrlfcotea da COimp,

l*dÍMíit* ooordnlo financeiro d» duração pelo *** ** ««


— aao . * caisoiy podaria chorar coa aau pro rr* »»* a üa» franjiT?» dl
Opinião' - oa~fcoed%a~íe eFprtaa e aeua funolonJrlo* - •alãõloBafloa qual^
tatlvaaeat*, pera que por aua ria, poaaaa ea*ro#r a lldaraaça deaoarálj
•* ao a *aaa eirouloa da ação, Paralelaaonte , a C0R3EMP, podaria vlaea.
Lar atrevia do debato Urra, aatOre* contrário* oo* r**p*lto a aaloa, .
aa* aeordea qaacto ao* t ln* aaaanclal* rlaado* pela poaltlv» açle pdblj

Ao latelro dl* pôr da T.S**. t

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**•» 30 <s« Jmlho te 19Í2

Um. te.
Dr. Joio Baptlata L.Pl**olrodo
Arte. tio teoaco, 15* - 27» aador
t a

Prosado SaaAcri

l%ooo o rnwr te Joator á prosonto • corto


foo o te. Ootorlo Prloa lfeo ondaroço a prosoataada-aoo o Y.8.

teo ooooo daasja ostroci-L* posaoalaonto. A-


cootooo, porte, roo mo too horlte dLflcultedo te oaaoatrrf
lo ao a ta eltete, alte te ala a Ira aa 9
roço, oatoaos mIííO-
te taahte a T.J. capioa teo cortas qoa dirl|iaoa ao Xaotlta
to te feoquloas toe Lola o da qoo ra ao to ao a ao te. Clark Qoox
(o Eaotlor.

0000 dosojo 4 qua Y.8. fonao jnlm doa ab-


JotlrOi a 900 o Ccwp ao propte 00a a dlrmljoçío doo prlj
alploo doaocritlcoa da Urro lalclatlra.

Coloeando-ooa a dlapoalçfo do T.8. pmr*


qjlaquor oatroa oscUroclaoatao qoo 00 flaoroa aocossirloo,
eao alo rate aproço, flfii 00a BBl

Atooclaooaasto

(aa.) Ml 1 toa Cooor - Dir.

I Pt» — .... WOTtelA INTTMNA N.»


»lo«l«i|M(ia |
MtiiNO
• C .C. Casar l* lOUt j
— I«d - RIO —....
*** teiToiorlo •«-‘“-dr.Oircon do 1 itVP
.

teria trabalho da CCHiteP - Cm rol toros da

(« ar* «o «o dr. Paalo Iter 4o Imu ÇutlrM, oatoaos


•rcultente, aaoss, dlrrraaa cartas aé* rr a COHB9 - Consultoras do
teprlaas, qoo nos forma siwoolahaioa polo dr. OoUrlo Prloa, a quoa
mpocdaasa d:iodo po Irlaaoo oa«tar o intaUo ao Uo por ao tro-
tar do irupo 4a pasaoas qoa trabalha 0 roslte ao Rio.
IrndaranOo a atonçls dlaponaada, oobscrarsao-ooa

/ / %->

trov
APENDÍCE H
Lista de contribuintes do IPES

Os industriais e banqueiros que eram líderes e ativistas do IPES (vide apêndices B e O


eram também contribuintes, representando uma substancial fonte de apoio ecooôraicc-

As corporações e bancos multinacionais associados sediados em Sáo Paulo contribuíam


de suas associações de classe, em especial as federações da indústria
principalrr.ente através

c do comércio, as câmaras e as associações de bancos, bem como através de contribuições


pessoais, dissimuladas sob as formas enumeradas acima, e também através do Fundo de
Açâo Social. A maioria dos seus nomes foi mencionada quando da descrição da composição
das diversas associações de classes.

Algum dos contribuintes sediados no Rio ou os que contribuíam através dos canais do
RJo neste período e também após 1964 eram:

1. Bancos e selor financeiro

Aliança da Bahia Capitalização S/A — José Luiz Adami, Alberto Lélio Morei-
Banco Econômico da Bahia (Miguel Cal- ra), acionista da Hallcs Investimentos
mon de Pin e Almeida, Angelo Calmon S/A.
de Sá). Banco Boavista (Cândido Guinle de Paula
Auxiliadora Predial (Carlos Henrique Sch- Machado, Fernando Machado Portella,
neider). Luiz Biolchini), acionista da Codival —
Banco Aliança do Rio dc Janeiro S/A — Comp. Distribuidora de Valores 1BEC)
Trlnitas VermocgcnGmbH Deutsche Richard Aldrich.
Bank AG Ribeiro Coutinho Fo.,
(João Banco Português do Brasil S/A Socie- —
Flávio Coutinho Fo., Virgínio
Ribeiro dade Financeira Portuguesa (J.A. Silva
Vclloso Borges, Cláudio Vclloso Borges. Gordo, Harold Cecil Polland, Olavo
Ernsl T. Ewes, Richard Bamberger). Canavarro Pereiro, T. Marcondes Fer-
Banco Operador S.A. (Adolfo Gentil). reira), iharcholder in Fidelidade S/A
Banco dc Crédito Mercantil S/A (Oscar Cred , Fin.. Invcsl.. Banco Português dc
G. SantWnna, Alberto de Castro Mene- Investimento, Cia. Sul Brasil dc Segu-
zes, Raul Oscar SanFAnna). ros Terrestres c Marítimos, Cia. Nac. de
Banco Itaú (dc Sio Paulo) (José Balbino Seguros Ipiranga, Cia. Cimento Vale Jo
de Siqueira). Paraíba. Codival, Banco Boavista, Banco
Banco Hallci Investimento (Francisco Pin- Moreira Saltes. Banco Com. A Ind. de

to Jr., José Firmlno da Silva, Henrique Minas Gerais).

627
é» Crêèto Tnmscnal VA ánhur mOathencs M de Pmlo Walttf Mortin
UvN |r 4 Moreira Pmh. Salka Auguslo F. Schmidt. Hélio EkV

—Ny« -• Hcruasaul l»i


N((«aw. âr>W
Rm Jr
UMn
lanem? S \
Nc ) trào. T Quartim Barbeia. M Ferrtvi
Guimarães. José Brás Ventura)
- tr^o 1— r Ji. OlSuai M-dcr Hallc* Financeira S/A Crédito. Financia
ArcMV V \ «ar»- , Baas. J Menacu l c mento e Investimentos — Sio PiuJo

ladwa»nd 4u Pnd Bmco C jM cn:val e (Francisco Pinto Jr . |osé Firmino di


laám A» Brmd. » M e lad. Ac São Silva. Henrique José Luiz Adami).
Pa*e B M « tmà M Smu Cmiouí. Ipiranga S/A Invcsiimentos. Crédito e Fi-

4wvr« VA — U afr— a Crédtsoa nanciamento Rio — Banco Branleiro d

|K9
Mw
lr«4i
da
C
Sshwa
!* VA DavaJ An-
Gi^aráea Geraldo
Investimento* Ipiranga
do Canadá), Ruyal Bank oí Cinadi
Bank oí America Corp General Eltc-
(ex-Banco

.
Real

N«iaoa Pa- tnc Co . USA (acionista da SA Brasil-

rrnm RAcmi Europa dc Estudos e Participações)


Bam *mmr% VA Tw Amuspçáo. Joio Baylongue. Orlando Rodrigues dc
Cmm K mmm,kk B abano Asau ra pç io. Medeiros, Haroid Rudolph Walter Nj-

I Ume V«mwi gaard.
f Lar lf ! — Omk Mnahatuan Sul-América Capitalização Grupo Sai —
Iff* '«a*u m Owpo Smi Aménca. América, ligado ao Chase Manhatua
ÍBFC if O Mrfto Flores). *uamn» da Bank. Mecânica Pesada S/A (|oáo Pc
dro Gouvéa Vieira, Jorge Oscar de Mel
Fmmxi Lar BnaiSrirr. Banco de IlV Jacquca Pilón), Assoe Brade*
lo Flores,
co (Jorge Oscar de Mello Florei, Luiz
Birn Radnit Araaad 'Raul Pinto de da Rocha Miranda, Amador Aguur.
Carafec B«kaur òl Praòo Lme Dé I^udo Natel).
ao da fawBci Rad Lua An
Bsisaca Renda S/A Nacional Distribuidora dc

éraér Br Carvarifee. Oriawdo Tomaao Ações (Luiz Carlos Nunes dc Mattos)


CeBoi Banco Nacional dc Crédito S/A (Sady U
Bamo Prado Vacoaccloa VA íNdaon borne Vallc, José Alves Motta, A. dc
Bauiiu d* VaacoacjeUeoi Freitas Alves).
B— r.Q ÍL B» Va lado ' Baylonpue. An- Ad valor — Asscssona em Assuntos Fins*
Iòtuo Mip^in Baatosi ceiroa
B—co Lmc P —ri
Lme Poncnid. VA ' Crefinan SA. Crédito. Financiamento, I»
lo* Cáad«4o Aimnda 4m Rn*. Lua veattmento.
Bra#kdAu Coota) Handra S A. Crédito. Financiamento c In-

CrW>rài Faokm do Braari S/A — vestimentos


B— co Morr/i Wki VA
Baaqur dr Centro de Fstudos Seguros e Capitaliza
Pam M dea P»?i hm. Caaa Ang*>Braaí çAo (CONCLAP)
fera VA. (iuad 4a Botachild. Cia Segundo Rui Gomes de Almeida, outros
AdStftfM An*fca Santa 'Ld».n feder. bancos contribuíram através do Sindicsto
Hélio Joaé da Oiieewa p«m Diaa. lM dos Bancos da Guanabara.

American International Uisdcrunien Re Atlântica Cia Nacional de Seguros —


prcseniaçórt VA — Anrrvan Home Borgward do Brasil (T Marcondes Fcr
Aaaurirvc Co (ligada â fimnrnt Iisms ftws, R Orlandy Corrêa)
rance Co Nraark. lotrramericaaa Cia American Home Assurance Co (American
de Seguros Gerais) (Odilon de Beau Iniemaiional Group N Y A I Rnruu ,

clalr, A RaJa Gsbaglia. Hé-


Fu rico dc rance Co. Inc American Life Insuran
.

Ito Soarra Barbosa. Eursco Morais Cas-


or. Group. Ameruan Home Gruop. N*
tanheiro)
tional Insurance Co.. New llemupbm

626
Insurance Co.) (ligada à Commerce and Sagre». Cia. de Seguro» The Londur —
Induitry Insurance Co. — Canadá), acio- and ljmc»»hirc Insurance Co Lo»ndc>
nistasda A.I.U., Interomcritana Cia. de St Sons Ltd. —
OB The London Assu
Seguros Gerais, Ocidental Com de Se* rance (acionistas da Royal Asiurancc
Seguros Gerais) Eurico Castanheira, Co Ltd.. Secunlas S/A, Lowndcs
Odilon de Dcauclair. Group, Sun Alliance and London In» ),
Cia. dc Seguros Aliança da Bahia (Banco ligada à Royal Insurance Co.. London

Cidade do Rio de janeiro. Banco Eco- Lancashire Iru. Co . Liverpoo! & Lon-
nômico da Bahia), acionistas da Cigar- don St Globc Ins Co , Comp dc Segu
ro* Souza Cruz) Pàmphilo Pedreira Frei- ros Río Branco (Alfredo Vieira. Herbert

re de Carvalho. Couto fr.. Ncator Ribas Carneiro, V|-

Cia Seguros Argos Fluminense (Trajano vian Lowndcs, Donald Lowndes)


Puppo No.) Transatlântica Cia. Nacional dc Seguros

Cia. Hemisférica de Seguros (Plínio Silva).


— Borgward (Themiatocles Marcondes

Cio. Seguros Cruzeiro do Sul — Grupo


Ferreira).
Ultramar Cia. Brasileira de Seguros —
Lowndcs.
Firemcn ’5 Insurance
Co. —
Continental
Cia. Cimento Vale do Paraíba (T. Mar-
condes Ferreira).
Insurance Co., FiremetTs Insurance of
Sul-América Cia. Nac. dc Seguros de Vi-
Ncwark. ligada h Phocnix Assurance Co.
London, Diner s Club.
da —Grupo Sul-Aménca
Interamericana de Seguros Gerais
Cia.
Sul- America Terrestre e Man uma de Se-

A.l U. Ovcrsess Inc. (Odilon Bcauclair,


guros — Grupo Sul América,

Hélio Sonrcs Barbosa). Boavista Cia. Seguros de Vida.

Cia. Internacional dc Seguros, acionista da Cia. de Seguros Bclavista

CopcnNucleor Energy Lince de Seguros Gerais.


(J. Cruz Lima).
Ilamaraty Cia. Nacional Seguros Gerais Mercantil Cia. Nac Seguros.
(Lélio Toledo Pizza c Almeida Fo.). Oceânica Cil. Bros de Seguros
Imperial Cia. dc Seguros Sun Alliance— Ocidental Cia dc Seguros Gerai»
Sc London Insurance (London), ligada à Sul América Terrestre, Mirinma e Aci-
Cia. dc Seguros Sagres (Vivian Lown- dentes.
des). Sica Seguros Portoalegrense.
Miramar Cia. Nac. Seg. Gerais (Lélio To- Cia. Seguros Urnio Nacional Gerai».
ledo Pizza c Almeida Fo.). Cia Seguradora Brasileira
Novo Mundo Cia. Nac. Seg. Gerais (Lélio Centro Estudos. Seguros e Capitalização
Toledo Pizza e Almeida Fo.). (CONCLAP)
Cia. Seguros Cruzeiro do Sul — Grupo Outras contribuiram através do Sindi-
Lowndcs. cato dc Companhias dc Seguros c I Ü
Cia. Seguros Porto Alcgrcnse — Grupo Mello Flores canalizava suas contribui-
Lowndes. ções.

3. Indústrias petroquímicas, farmacêuticas e de minérios

Alumínio Com. e Ind. S/A (Aluminium CADAL — Cia. Industrial e Comercial de


Industrie AG — Fconomlquc
Société Sabão c Adubos — Companhia Admi
pour 1’tnduiiric rAluminium. Soe
ilc nislraçâo c Representações l ida. CAL-
Técnica c Comcrcíul de Melais S/A SO- VAL (Álvaro dc Soura Carvalho. Nor-
TF.COM). Iheoilur Sellcr, l.uiz Cario. dnu Rothier Duarte. Geraldo Marins
Mantinl. Ourivio, Roberto Zuarte Ramos).

Cario» Pereira Indústrias Química» S/A Cia dc Petróleo da Amazônia — Octávio


Marcondes Ferraz. Haroldo Levy. Ro-
(Carloa Pereira, Vcnuztna Lopes Perei-

ra).
berto Levy. Arthur Soares Amonm. An-

629
tônio A P Guimaries. Isaac Banayon Inc.. Usines Chimiques des Lab. Frui-
Sabba). çais. Lab. Roussel S/A (Lab Tones)
Cia. Química Merck do Brasil Merck — (Phillips Joscph Eticnne Bcraut, Zulío
Untcrnchmungcn AG.. Merck Co. USA. Mallman Freitas, Mader Gonçalves).
ESSO Brasileira de Petróleo — Standard Contribufram através do Centro Indus-
trial.
Oil (ligada a Asfaltas Califórnia. Cia.
Petróleo Califórnia, acionistas da Comp. Laboran-Franco V. Ind. Químicas e Fu-
de Gás ESSO) George William PolU. macéuticas S/A (Darrow Lab.) Nelson
Allen Walkcr Martin. Paulo Carvalho Torres Duarte, J. Carlos Mayrinck. Age-
Barbosa. Carlos Nabuco de Araúio. Fcr nor Miranda Araújo Fo.. Adroaldo V.
nando Mbielli de Carvalho. Morvan de Barboza dos Santos.
Figueiredo. Olavo Aranha, Joéo D Audl Liquid Carbonic Indústrias S/A (Liquld
de Oliveira. Daniel de Carvalho. |osé Carbonic Inc., Liq. Carbonic Corp) li-
Thorr.ai Nabuco. gadas a Walter Kidde & Co. Inc Arte
Cia. Fletroquirnica Fluminense — Pluss fatos de Metais. Aço Metais S/A.
.

Ga
Stauífcr AG — Alemanha Pluss Stauf- ses and Chemicals International Ac»o
Íct — Suiça. Pluss Síauffer — EUA. Jo- nistas de Walter Kidde S/A Ind e Com
sé Alves da Mexia, Antônio Marques Ri- Liquid Carbonic do Brasil) losé Wil
beiro. Guatav Adolf Baumann (ligada a Jcmscn. Paulo F. Geycr. Fabio G. Bss
Hoeschit (Suiça). ONDA (França). tos.
Pluu Staufíer (Amencana) (Vicente de
Laboratórios Enila S/A (François Iran
Paulo Galbez. |a>me No. Vasconcellos.
Marc Rousseau, Gertrud D Hcymann,
Gustav Adolf Bavmann. Arthur Mullcr.
PhilippcGucdon. Carlos Paulo Bclla
Antônio Marques Ribeiro. José Alves da
che).
Motla).
Hoechst do Bratd. Ouitmca e Farmacêu-
Cia. Merck do Brasil — Holding Aklien-
Merck Untemchmungcn.
tica —
Trani American Chemicals Ltd.
gesellschaft für
Merck & Co. fnc. EUA
— EUA. Farbneite Hoechst AG — Ale- Suíça.
Merck Akliengesellschaft
(E
Alemanha), —
manha
acionista da Merck Maranhio. Palmiri
Indústria e Comércio de Minéno» ICOMI-
Administradora, Merck Sharp Se Dohmc
CAEM1. Bcthlehem Steel Corp EUA.
S/A Ind. Químicas e Farm. (Rusvel Ti-
Bcthstecl do BrasiJ S/A. Panamá. Bcth-
noco Pinto, Clemente Augusto Martins
Ichem Steel Export Corp. (EUA), Bcth-
da Gama, Karl Erik von Davidson. R
lehcm Steel Export Co (Canadá), Bcth-
Tinoco Pinto, Dcwey Slollard). Amrn-
Brai Corp. (Augusto Trajano de Aze-
can Chambers of Commerce. Contribuí-
vedo Antunes. Francisco Viríato de Mi-
ram através do Centro Industrial.
randa Carvalho. Francisco de Paula c
Carvalho). Cia. Estanífera do Brasil (Phillips Corpo-

Laboratório Grow —
Manoel Gonçalves
ration, Cie. Française
Metallurgiqucs
d*En»reprises Mi-
dTnvestis-
nières, et
de Miranda (Renato Glech Grou, Mer-
cedes Grots Miranda), ligado ao Labo-
aments COFFREMI, W. R. Grace, P*
ratório Bras de Chimioterapia Produtos
lifto Mining Corp.), Consolidated Tin

Labrapia S/A. Shclters, Cadif, Cia. dc Bonos Aaiones

Laboratório Químico-Fármjco VOROS — Negocios Industrialcs Cobanisa (Pana


Scverino P. Silva (Renato Palhares,
má). Acionista da Pctrobal, Cia. Espí-

Hcmrelmann, Olavo Canavarro Perei- rito Santo de MíneraçJo, Prodclei S/A


ra). Contribuiram através do Centro In- Reiificadores Somina, Tamarandina Mt-
dustrial. vale, Somico Brasiemp, Brasmolor, M»
Laboratório Silva Araújo Roussel — So- ncr. Vale do Roosevclt Minai D‘E1 Rey
ciété de L'lnstitui de Sérothérapic He- Dom Pedro, Hugo Gouthicr (Antônio
mop. Les Labo nioirct França» de Chi- Rodrfguez Fo., Antonio Sánchez Galde-
miotherapie S/A, Les Laboratoires Go ano. Octávio Guerrero, Rafael Sinchex
bey. Laboratoires Beyroui, Lab. Four- Galdeano). Contribuíram através do
nicr Frèrcs, Schlube Pharmaccu tical Centro Industrial.

630
Pcirominas — Petróleo Minas Gerais (Ed- Pollund, Tlbério Vasconccllos de
mir Gomes, Armando de Paiva Abreu). Aboim, Jorge Gabízo dc Faria.

Quimüra Com. Ind. Químicas S/À EI- — Cia. Uliragás S/A Região Rio — Socony
motran A. G. Merck Holding Suíça. — Vocuum Oil Co. (Standard Oil Co.),
(Merck USA, E. Merck À.G.). Contri- Bromberg. S/A Magalhães, Cia. Brasi-
buíram através do Centro Industrial. leira dc Participações Cobrapar (Grupo
Refinaria c Exploração de Petróleo União Igel) (Mate Laranjeira, J. Thomas Na-
— Grupo Soares Sampaio, Comp. Super- buco Araújo. Chanceler Joio Neves da
fosfatos e Produtos Químicos. Êtablis- Fontoura).
sernent Kuhlmann (Demósthenes M. de Cia. Ultragás S/A — Região São Paulo —
Pinho, F. J. M. Rousseau, Paulo Famai- Phillips Petroleum (Henning Boilessen,
nha Geyer. Miguel Monteiro de Barros Peri igel. Hélio Beltrão, Rubem da Bra-
Lins, Helenauro Soares Sampaio, Carlos ga Rogério).
Eduardo Paes Barreto).
— Vitrofarma Ind. Com. de Vidros S/A —
Reichotd Química S/A Reichold Che-
Sociedade Mercantil Cainca Ltd Shot- .

micals Inc. NY (Resana S/A Ind. Quí-


tbras Ind. de Vidros (Shoot GmbH Ale-
micas) (Guilherme Levy). Contribuíram
manha), Vidraria Santa Marina (Pitls-
através do Centro Industrial.
burgh Plate Glass-EUA). Deutsche Ge-
Sika S/A Produtos Químicos para Constru- sellschaft für wirtschaftliche Zusamme-
ção — Schenker Winkler (Suíça),
Frita narbeit (Deutsche Entwicklungsgesells-
Sika Holding A. G. —
Suisse, Anton chaft).Lagoa Administradora Comercial.
von Salis, Montana S/A Engenharia. Li- A dm. Ipanema (ligada à Pittsburgo de
gada a Brastac S/A. Geigy do Brasil, Vidros e Cristais Ltda.. Corning Glass
Brasbeton Engenharia, Albula Financ. Ubrks —
EUA. Jenner Glass Work).
de Inversiones S/A (Uruguai). Braz Oli- Acionista da Siboral Vidros Técnicos e
vier de Camargo, Anton von Salis. Científicos, Vidros Santa Marina, Mine-
Química Farmacêutica Maurício VHkla ração Cormibra. (Eduardo
Antártica
S/A - M. L. Villela, E. L. ViHela (Mau- Caio di Silva Prado. Jorge Americano.
rício Libânio Villela, Eurico L. Villela). Laurence King).
Cia. Estrado de Ferro e Minas Sfio Jcrôni- Cia. Carioca Indústrias Plásticas.
mo (Grupo Copclmi — Cia. dc Pesqui-
Cia. Ind. e Mineradora do Camclão.
sas e Lavras Minerais). Acionistas da
Cia. Carbonífera Minas dc Bulia. Aços O Centro Industrial do Rio dc Janeiro
Finos Piratini (Bernardo Geisel). (Julian constituía um dos principais canais para
Chacel, Ivo de Magalhães, Luiz H. Reis, a contribuição dos setores petroquímico,
Roberto Gtibizo de Faria, Harold C. farmacêutico c dc minério.

4. Industrialização de alimentos e produtos agrícolas; comércio

Lojas Americanos (Carloa Hue Jr., John Casa José Silva Tecidos (Antônio Ceppos.
Dovies, Thomas Othon Leonardo, Raul Franklin Bcbbiano Ceppas, F.F. Leal,
Freitas Mase Laudesmann,
dc Oliveira,
José Gomes da Silva).
Franklin Gcmmcl, Donuld C. Best).
Cia. Agrícola e Industrial Magalhães
Braíor Brasileira Fornecedora Escolar S.À.
(John Gregory Sobrinho. Charles Toor-
(Francisco Mcllone, Sílvio Mcllone, Luiz
sen, Paulo Oliveira Rodrigues. José dc
Mellone Júnior, Oswnldo Mcllone).
Almeida Resende) (S/A Irmãos Maga-
Cássio Muniz S.A. — Importação c Expor-
lhães,S/A Magalhães Com. e Ind ).
tação (Hélio Cássio Muniz de Souza).
Tecelagem Assumpção (An- Cia. Usina do Oiteiro (Hugo Aquino, Her*
CU, Fiação c
Décio Assumpção No- culano Aquino) (Inds. de Bebidas J. To-
tônio Calvão,
vaes). más de Aquino S.A.).

631
Cm. I am CaMa 5 A t M«4» Cesuro Ja Indústria Brasileira de Fósforos
Gomm. Lada da K+Hrmt Coam. Far de Madeira de Segurança (O Ceniro da
aaado B bau\> Gammi. Industria Brasileira de Fósloros de Ma-

Cm 4* Pm* « Cafckmt lUoa deira de Segurança de São Paulo tam

Cm.
Pftffer)

|r .
SaiaaJ
| I DonMa.
ér M Vlavcia
<C*cel Hube»
Feno. t
bem contribuiu para o IPtS São Paulo)
(Eduardo Garcia Rosai, |oào Bapnsu
Leopoldo Figueiredo, |osé Ignácio Cal-
P C Sokmà^« deira Versiani).

Cm Dwr-.oMtM] ÜMmaí • ladua- Coca-Cola Refrescos S A. (Carlos Lyra).

maé .tmm Canmma Perora) Companhia de Desenvolvimento Comer-

Cm A««tm Papaia — ladttini V» cial e Industrial (Eurico Cutanhcira)

* tr^CM r Uana iknd Pe- Celulose e Papel Fluminense S/A (Lino

ma da W*a TM<4 Pm Vaf^r» i Morganti. Hélio Morganti, Gonzalo de


F Jm. Mrn *«ur PraJe Mi- HmM la Rive). Ligada à Refinadora Paulista
ntam P M Lmo Pmu <k Ouciroz (Família Morganti). Bracco Novoihe-
SoèrmJte- F mulas in \m!m c H cie- ripica Laboratórios
ma Zrrrmm tem Símil de Be- Dtas Garcia Importador SA. (loaquim
ar* k4m a- Dias Garcia, Jorge Bandeira Dias Gar-
Cm iriun
mra da Mm
ér km
ioM Càmàtóu
b*é Luiz Mo-
Morrsn de
cia).

Danks Flama S.A. Instituto de Fisiologia


w»t.Lan ér Soa» C ar* alho. ) C. Aplicada (José Duvivier Goulart, Luiz
Vautoia Candtec Pfcúo Voes de Arnaldo Rodríguez).
0m*«
Calca Harcdòo » acon- Indústria de Papel Leon Pfeffer SA.
ixaoa V V PtsM Cataicmui. (Leon Pfeffer).
Cm Caxiaa kaMa Idune Heinnch Kibon S/A —
General Foods Corp Ban- ,

Kwimnj. l*ávé CnwmLi Ahrm. Lmesl co Boavisia S/A (|oáo B P Almeida,


SchaeMrr Peier Erde Smmacn. Emest Octávio Frias. Oswaldo Cruz Fo lobo ,

«afeer (i*a Uspmkx/1, W*)icr Prug Keeni Lutery). American Chamben of


frr. rdfar Pvver K Brahma contribuiu Commerce.
•trrvC* éü C»«ro ladaatnaii
Llobcra S.A. Primeira Ind. Bras. Feltro»
Amtfiá* »i Jr»pur.açJ© ( Comércio S/A (Moisés Llobcra Guies).
(Aurélwi de Canafhol
Casa Masson Rio S/A Jóia» c Relógio»

kc*ti W
Urras*** Maérrai S/A Sn/**M»a ‘Bethle
U*p *r.7 w«l V V., JCO-
Ml Serheria^i» lr»cm bmz k for Doe
,
(Jorge F. Geyer).
Moinho Fluminense S/A (Bunge

&. Bom)
Soe Anón Inversiones Indústrias In-
lopmg CowMrmi jgada ao Rso Tiniu I
teramcricanas,Yapcyú S/A, Enia S/A,
Zík Lundon hrvTfwxrl HUlaad Au Agania S/A, Milla Cura S/A. Arizona
gtest 1 ra>ao ér Azevedo A»una Ac«>
S/A, (Jüra S/A, Vega S/A. Ligadst a
u»*iâ da ICOMI. Cm Mnw ér Jangada.
Credil Lyonnais, Sanbra, Grande» Moi-
KüMISAS faf lm é Msiseruçáo,
nho» do Brasil, Moinho Saniitta Acio-
C A fc M I M-nrravão Cabe Orar**. Beth-
nista do Banco Francês e Brasileiro,
Jchern Bear Corp •
Banco Geral de Finança» c Comércio
Coca-Cola lndú»>na e Coaé M ti Lséa A
S/A, Tatuapé Fabrica Tecidos, laragui.
CocaCola F ip.fl Corp f ligada à Mal
Vera Cruz Seguros, Grandes Moinhos,
lana e Cervejaria Londrina S/A Acio- Ouimbrasil, Coral Tinia» S/A. Sonac.
nista da Rríngerarues BAL HL S/A) Serrana Mineração, Moinho Panucchi,
(Carlos Eduardo Lyra) SonabrÜ Alanj*, Comi», Moinhos Rio-
Confecções Sparta (Vkertlc Apa|. grandenses. Santo André, Cia Brasileira
Josd Silva Confecções (António Ccppaa, de Arma/Zn» Gerais, Tilclalioi e Teci-
FrsnkJm B. Ccppaa). dos S/A, Agénua Marflima Intermares,
Chcnilc do Braail Tecei Confec (Gilbcrt Cia. Lubera Prod Agrícolas, Dakota
MubeT Ir.. Paulo Lacerda. Ouanim Bar- S/A (Antonio Chaves Ilanclot, lorge
bosa Família Mahfuz. Frneaio Abdulla) Souza Resende, J. C Machado de Sou
(Del ice, Cobra, Sears, Roebuck 4c Co 1. za, Alfredo Augusto Ferreira, Alberto

632
Bandeira de Melo. Eugênio Belolti, Ar- Litográfica Ferreira Pinto (Elpídio Fer-
gemiro Hungria Machado. Cario* Pcry raz Andrade. Pedro Asais dc Oliveira.
de Lemoi, Octávio Andrade Queiroz. Fernando Almeida Machado, CsAí
João de Melo Franco, Jorge Americano. vakanti. Carlos Guimaráes Pinte <k Al-
Herbert Levy, Luí* Simões Lopes. Er- meida. Armando Rocha Ismael Caval-
nesto Leme, Egon F. Gottschalk. Bene- canti Albuquerque. Guilherme Gumlc
dito Manhães Barreto. General Juracy Herbert Mosea Harold laroes Renda 11
Magalhães, General Paulo Tasso de Re- Gibbons. Hugh Maxwell Miei. Momaguc
zende, Joio Pedro Gouv&a Vieira). Con- Johnson Jay. Mauricio Nabucot
tribuíram através do Centro Industrial. Société Sucrencs Brésiliennes —
Socieda-

Mesbla S/A — Cia. Import. e Distribuido-


de de Uainas Brasileiras dc Açúcar.

Promcca S/A Progresso Acionistas da Usinas Raffard. Usinas Pi


ra Cidix S/A,
Mecânico do Brasil (A. Bulow. Demós- racicaba. Cia Ind Paultsu do Álcool.

thenes Madureira de Pinho). Brasimpex


Moiocana S/A. Supermercados Peg Pag.
Imp. e Exp. (D. M. de Pinho). Banco do Usinas Porto Feliz- (George Delataulc.
Rio S/A (Hélio Beltrão, General Octá- Paul Baudon. J. Duvmer Goulart, Ge-

vio Henrique de Botton. João


Velho. rard George Valemun Eu gene Gasion.
Baylongue, Homero Souza e Silva. De- Françots Beraut. Raul ]orge Pinto Bor-

mósihcncs Madureira de Pinho, Silvano ges. Fernando Vax Pacheco C e Castro


Fo.. Jean Gallois).
Santos Cardoso). American Chamber of
Commerce. Tavares Carvalho Roupas SA (Osvaldo

Cio. de Cigarros Souza Cruz —


Cia. Con-
Tavares).
Tecidos Casa Salathé (António Carlos do
tinental de Cigarros Ltda. (Londres).
Amaral Osório).
Myddleton Investmcnt Co. Ltd. (Lon-
dres). Fonseca &. Pires Ltd. Londres— Usina S. José SA. —
Raymundo Ottoni
(Brllish American Tobacco). Imperial de Castro Maia (Cia. Carioca Industrial.
Tobacco. Cia. Docas de Santos, Aliança Cia. Carioca de Administração c Comér-

di Bahia Capitalização, Cia. de Seguros cio).

Sagres, Phoenix Assuroncc Co., London Usina Victor Sence S/A (Reoée Vicio»

& Lancnshire Co. Inc. Ligadas ao Bun- Sence. Luiz Victor Sence, Renato Mo-
gç 4c Bom, Yardley Co., Wiggin* Teape reira Ramos. Rosa Sence).
Sc Co., Momy Ltd., Gcrmonc Montcil. Cia. Usina Açúcar S. loio Grupo —
Acionista da Cia. Industrial de Papel Pi- Omclto. Acionistas da Usina Iracema,
rahy, Cia. Brnstlciro de Fumo em Folha, Usina Boa Vista, Usina da Barra. Usina
Cia. de Cigarros Castelões. Cia. Investi- Santa Helena, Usina Modelo. Usina Sta.
mentos e Empreendimentos Piruhy, Cia. Lúcia. Usina Costa Pinto

5. Eletrónica, maquinário, indústria têxtil

Muitas companhias contribuíram através do Centro Industrial do Rio de Janeiro, que


comliluía uma das mais importantes fontes financeiras, deita forma mantendo teu anoni-
mato. Eslas lio algumas das companhias identificadas:

Cia. Valcnça (Tony Bahia,


Progresso de Moraes Barros, Cássio da Costa Vidigal,
Júlio Mourio Guimarães, Júlio Penlag- Sílvio de Bucno Vidigal).
na Cuimarics, Luiz Paulo Dias Duurlc). Cia. Progresso Industrial do Brasil (Ma-
Cia Melhoramentos de São Paulo Indús noel Guilherme da Silveira Filho. Gui-
irias dc Papel (Henrique Villaboim. Has- lherme da Silveira Filho, Joaquim Gui-
to Wcisaíílog. Mário Toledo dc Mo- lherme da Silveira, José Vieira Macha-
rata). do)
CU Melhoramento* Norte do Paraná Borghoff SA. (loseph Lucas do Brasil, Jo-

(Castão de Mesquita Filho. Herman de •cph Lucas Ind. — G JL) (Guilherme Jú-

633
ft» C—o* B* 0** Mecânica Fr» ada 5/A
C*a. Ferro Brasileiro.
Br a *l lana Tino*
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Serraria

-f
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Agropasiortl
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Anhur Bemardes Alves de Soura. Ar
thur Bemardes Fo Fauno Bebbiano
MA V* Ji tXrxJ^t ' «"* .

Martin». Daniel Miguel Klabm. Antônio


C ât Lacarâa Mana LWà Ho«m Ribeiro de Moraes) A Elctrumar coo
W^« H«« i>ae Me—* *ahcr Oaut
Hapr tnbuiu através do Centro Industrial
L 4í«m,« f ~±Já Mc .nrr*. h
1 jmrfér fc«ri Mn*' Companhia Mercantil e Industriai INCA
(Domicio Gondim Barreto).
Fabrica Nacional de Vagòet S/A — FNV
f i* a S»mv lOthon Alves Barcrllos Corria).
Cia Importadora de Máquinas — CD
U TwéwilIi 4 ft VMt» M«icn A
MAQ (contribuiu lambem atrtih da
Ca Uá \ * «ss» PVjm.* l-uuraoce
IM <1. aMm Bana *í I oesdun and COM AQ Sáo Paulo) (Hibo Gomidc.
— Adúuiu da William Embry)
JgMd AMrxi
(o Lam At fosiorua d* Segurai**.
» ar Lanan S/A Ind c Com Cavaia S/A —
|«« W4 R a p* cm *A''*r iMjinu de Administraçio e Participação. Soe Co
• Coatei» C ofti n Flore* > fc
mcrcial Agropecuária Part c Adm to . I

C(«*na C
Dlpni f
IttdgSVA
i
perava Ltda Soe Agropecuária de Par
licipaçòet c
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Administração Apa l ld
H4a U* Imm LaiHáa F redo. Com Adm c Part |apura Ltda (Lucas
lÉiaéi C Km Mm* C &hi A» Lopes.
Lanan. Joaquim R
Amaro Lanan, Cássio Lmberto
Lanan)
piaW« V C«nA* kMo F Gouvtu
Van Uéa P Akâaaaaa) Laniíioo Lealtc — UFITEC S/ A -Union Fr
Oa faneca ár TKda Dum ca bei — nancitrc cl Tethnique (Suíça). Dono
Wo
I

nton Tcsiilc Co (Canada). Schamma


PWm UW)« AG Aoocara di
tW«rufM*i FVmmH OtTtlòO I
Group (t/r • Utlic SchifBnj. lou
G%?w Bruna Wser> Fernandes Machado).
IWHAMf IMafra fManca lr»t.lrtra Linotypc do Brasil S/A — Ellr» Corpor*

S/A — » wm»hm* Ltcctnc l««ema téon.

ImmI Co A4a,»And«i ( arauna Metalon S/A Com e Ind (Gilbert Huber


A*» jfa Lwu I |r Funco Castanheira) (Codinco. E E.
laa| Idand Ca .

AaAfr Tia Ro?W lai tá (afiada (W I Standard Trtumph)


.

N fraail ( «a (*•*» da Aáavmyr» Mecânica CBV ltda Indústna Mecámca


(A* i Farra f i^/iw Alll Di Valero I, S/A —
Barbosa Vianna Ligada a Smiib
Valr*<a II. Vdm« III Vaáma IV. Aid Tool* Califórnia. Smith Int Nruport.
rw Vn.ua* Jt B—AasA t n K Daá^p Gil Cenier Tool Co Tesa» Acionista da
(ARMÍ)t TW In# NaduOaJ C #> Sul Indústria Mecânica S/A Cl M Cia.
Banà tUabi* Irniw IKK I ando f m- fquipamrnto* Macânkoa) (Adauto Pes-
(«no Coa da M.naa
lance M U lo* de Oliveira. Comandante Paulo Vir-
ra*t S A •
Ba~fcOL«d famdon and gílio. Antônio Cartoa Didicr Barbota
South Aatrtri Kuha l«* Sê Co. Viana. ( umsndanic Ar* Maurell lobo
Brvmbrrg S/A CaAt aad Minrta^éw c Pereira Comandante Berne io ds loa
|

Mcialarr* M***4a VA. Delia*. VA ma (uRiandsflU He r mano *on S>ikm.


I j|tdi a fadado* Thiaw» « Aio •«» Aniômo D C Vuru)
travfc» VAITA AiMoali do Banco Càa Dirodor Wille Com Ind Repr (The
(idade do Kk» de lancito Atg<akx*ra odor Wilta Hsmbuigu), Usropa S/A
Ltulo òo Brac-I. IrxutpSoí Brai de (Pedro Orlrans e Bragança). Dcilmart
Co« c Rep VcitU Cuiootdrr lUlfc
.
Montan ( mbll (Alemanha), fohann la
Irtnl. 1. bar li ( IMAF ber S/A Bofsig AC#. SAo Paulo ( omit
Cia Indus Menanitl de Artefatos de sana. Dl (# Deutsche Gcsell*. hall fuv
ferro . C»a Shíerúrgita Bdp>Miadfi. mrtschaf ilube /usammenarbeil Ack>

M4
tuita dos Armiz/n» Gerais T W S/A. Cia T laocr Comércio c Indústria (Octi
Tubos Gusrarapes. Empreendimentos vio Gabi/jo dc fan*. Enk Svcdclius).
Industriais e Comerciais Hansciuca American ChambcT oí Commcrcc
S/A. Soe. Agrícola de Comercial. Mecá M Agoatim Comércio c Industria S/A —
nica Jaraguá S/A, São Paulo Comissana Aladdin Industries S/A (M Agostmi.
S/A. Ind. de Artefatos de Tecidos Pi Raul O da Sdva)
naquara. Diederichscn T. W. Comércio Probal Comércio e Industria S/A (Hugo
c Indústria S/A. Argos Industrial. Lani- Forman. AntonicU Rangei Formar)
fício Argos. Usropa S/A Expor e Im- H. Stem Com c Ind (L GABRIEL BA
port., Têxtil Química S/A. Asbrasd-As- CHER)
pereSo do Brasil S/A. (Murilo de Bar Com c
Cia. Fábio Bastos lod (LAERCIO
ros Guimarães. Jaymc Drummond dos GARCIA NOGUEIRA)
Reis. Pedro de Orleans e Bragança). Abreu Loureiro Tecei Coo/ 5 A.
Contribuíram através do Centro Indus- Auto Mark SA.
trial. Rodngues d' Almeida Com. e Ind.

Pfaíf do Bruil — Comércio e Ind. de Seal Rio SA.


Máq. de Costura Ltda. — Pfaff Inter. Usabra Ind e Com. SA
Superball Cia. Bros Equr? Esp
Corp.

Cia PROPAC Com. e Ind. Valentine — Comércio e Indústria Alves Peixoto SA.
Pring Torres e Cia. Ltda.
AG — Suíça. Saiam. Hardoll Com. e Forlab-Maténas-Primas e Embalagens Ltda.
Ind. de Equipamentos Sadoll S/A (Al-
Fábnca Young Ltda.
licd Dcvclopments International Inc.).
Cia. Brasileirade Velas Marchai S/A — Julian Nogueira e Cia.
Eton Exportação e Importação.
Hardoll Lld. (GB). Atlied Dcvelopment
Sotel Tecidos.
Int Inc. (EUA). (José Lampreia. Oswal
Algodoeira Fernandes SA.
do Bcnjamin dc Azevedo. Luiz Wallace
Distinção S.A. Móveis e Utilidades Domés-
Simonscn. f. E. de Seixas Corrêa. F. |.
ticas
Bsrccllo» Dias.
Tecidos Salvador Esperança SA.
Penauto S/A Ind. c Com. — Sospc Trading Usina Sapucaia SA.
Esiabliihmcnt (Liechtenstein) (Amira-Ad-
A Esplanada Roupas SA
mifiiitradoro dc Negócios S/A). A. Villcla Café SA.
Remington do Brasil S/A
Rand R. — Agro-Madcircira Pcres Ltda.
Rand Ovcrseos, Remington Rand Inc. Barki Tecidos Ltda
NY. (Spcrry Rand, Fernando Cícero Vcl- Bcl Fil Tecidos Ltda.
loso. Tcréncio Cattlcy, Ernüni Plllo, C. Barbosa Freitas Modas SA.
E. Araújo, Alberto Leilão Coimbra, A. A. Big Lar Utilidades SA.
Miyer. Wllliam P. Jones, Carlos Paes Casa Garson.
Leux CangBçu. Fernando Cícero Vclloso, Cosa Milton Pianos Ltda.
Terênclo Cattley). Cia. Agrícola Baixa Grande.
Indústrias Sinimbu S/A — Pctann Corp. Cia. Comercial Marítima.
Acionista dos Loboratórios Antipiol, Corrêa Prata e |òias SA.
Impor. Export. Pinabra, üib. Farmacêu- Dorex Aparelhos Domésticos S.A .

tica Vicente Amuto, Ind Alumínio Rey- Del Rio Modas Ltda.
bra (Eugênio Veiga Giruldcz), Maquip. Distinção S A.
Com. de Máq. e Equipumentos (L. W. Fxponsio Mercantil Importadora e Expor-
Stricklnnd ), Prod. f armacêutico» Usuíur iadorn SA.
m*. Mineração Cacté-Mirim. Usabra Iml. Gávea S. A. Veículos e Máquinas.
t Com. Madcmoiselle Modas Confec. SA.
5*lng Indústria c Comércio Ltda. (louquirn Seda Moderno S.A
Carlos Vlanna Carneiro, Hélio Vinnna Cia. dc Calçados Presidente.
Carneiro, Angelina Vianna Carneiro). Malkcs Jóias Ltda.
Tinturaria c Estamparia Pctropolllana S.A. Cia. Calçados D.N.B.
(Breno de Nardt). Usina Santa Cruz.

635
Cia. Agropec. !nd. Campinas. Irmãos Cnnclti S.A. Bebidas Refrigerantes.
Cia. Sio [oào Armazéns Gerais. Rafael Gospari Tecidos c Coní.
Distribuidora Mercantil S.A. Ind. Bebidas J. Barros Aquino.
Granja Sanhaua fulop Import. c Export.
Granja Piranema. Carlos Carneiro c Cia.
Irmios Otuka Agropecuária. Empresa Participação Lagoa S.A.
c
Indústrias Klabin Celulose. Luiz XV
Aparelhos Elétricos Lida.
Magazin Segadaes. Cotonifício Gávea Sudamtcx do Brasil
Usina Novo Horizonte. (United Merchnnls and Manufacturem
Usina Poço Gordo. New York).
Vaiados Coboco. Clínica São Gabriel S.A.
Usabra Ind. e Com. S.A. Abreu Loureiro Confecções SA.

6. Engenharia, consfrução, consultoria

Ceibrtsii — Cia. de Engenharia c Indústria Sociedade Civil de Controle de Concreto c


— Wonhington Corp. Nf, Fila Junquei- Ensaios de Materiais —
Concremat (Mau-
ra Botelho (Nioio Junqueira Botelho, ro Ribeiro Vicgas).
Eduardo Baker Andrade Botelho). Cia. Cimcnios Vale Paraíba —
Cementis

Construtora Rabcllo S.A. (Marco Paulo Ra-


Holding AGG-Suissc, Associated Portland
bello. Milton José Mitidieri).
Cemcnt Monufacturcrs Ltd-Londres, T.
Marcondes Ferreira. Ligada à Union dc
Cimento Portland Barroso Paulo Mário — Banques Suisses. Banco Português, Ocei
Freire (Grupo Severino Pereira da Silva,
nica Cia. dc Seguros, Cia. Incentivado»
Grupo Holdcrbank Fmancière Claris).
de Atividades Agrícolas e Industriais
EEE — Empreendimento e Estudos Econô- Acionistas da Cia. Cimento Salvador. Cia
micos (Giibcn Huber Ir. Eurico Casta- Cimento Portland itaú. (João M. S Cas-
nhtira). tro. Jean Koranyi, Manoel Azevedo
Empreendimentos Vilkla S/A Administra- Leão. T. Marcondes Ferreira, Paulo Foo
ção e Participação (Maurício Líbánio tainha Gcyer).
ViUela) Cia. dc Cimentos Portland Paraíso — (Cia

Engenfusa Engenharia de Fundações S/A. Nacional dc Estamparia). (Severino Pe-

(losé Soares Sarmento Barata, Raymundo reira da Silva. Carlos A. M. Pereira da

José D Araújo Coara. Carios da Silva, Silva. Paulo Mário Freire).


Lauro Rios Rodrigues) Escritóriosde Engenharia Antônio Alves

Cia. Metropolitana de Construções (H. C. de Noronha.


Polland). Indústria de Cimento Armado Ltda.

Meuninas S/A. Engenheiros Consultores Gomes dc Almeida Fernandes Engenham


(Amvnthas Iaques de Moraes) e Construções Lida.

Montreal Engenharia S/A. (T. Pompeu Urbanizadora dc Parques e Jardins.

Borges Magalhães. Brigadeiro Eduardo Campo Cia. Auxiliar de Melhoramentos,


Gomo. A. Azevedo Silveira, Coronel Ha- Produção e Obras.
roldo Corria de Mattos). Geovia Com. e Engenharia S.A.
R. J. Oakim Engenharia S/A. (Roberto Jor-
Construtora Lemos S.A.
ge Oikim). Sisal Imobiliária Sto Afonso
Parquet Paulista S/A (Manuel Garcia Cruz, Auxiliadora Predial SA
Oscar Figueiredo. Luiz Lima da Costa Imobiliária Zirtacb Lida.
Luiz Manuel da Cruz, Gilberto Garcia Doradim Administração e Participações.
Cruz). losé Carlos Leonc c Associados Consulto
Servience Cia. Serviços de Engenharia res Industriais.
(Amynthas Jaqucs de Moraes). Leonc Consultoria e Planejamento Ltda.

636
7. Serviços ferais e de utilidade pública; transporte

Cia. Telefônica Brasileira (Roberto Carlos ra Machado, Marcos de Souza Dantas, ].


Sussekind, |osé Joaquim de Sá Alvim, Peter Grace, João do Silva Monteiro Fo..
L Sales Gonçalves). Odilon Egydio Amaral Souza, Coronel
Conferência Fretes Brasil-EUA. Canadá-Bra- Malvino Reis Netto, |osé Marques Fo.,
iil US Canndn Freighl Confcrcnccs NY Beverly Matthcws, Walker Cislcr, Major
(Comandante Carlos Bezerra de Miranda, McCummons, E. G. Burton. Wiltiam R
Robert Carlos Andrews, Nils Veng Pe- Marinho Lutz, Pereira Lira, José Ermírio
tersen). de Morais (S. P Light), Aluno L. da
Cia. Docas de Santos (Cândido Guinle de Silveira, Waltcr Moreira Sales (S. P.
Paula Machado, Guilherme B. Weins- Light), Lucas Nogueira Gorcez (São Pau-
chenk, Ismael Coelho de Souza, Raul lo Light), Waldemar Pires. Anísio Fer-
Fernandes). nandes Coelho, C. Abel de Almeida. Má-
L. Figueiredo Transporte Rodoviário (João rio Pires, José Sampaio de Freitas). Ser-
B. Leopoldo Figueiredo). viços Elétricos. Rio Light S/A. (Brascan.
L. Figueiredo S/A. (Joio Baplista Leopol- Brazilian Traction Light & Power). Lú-
do Figueiredo, Luís Figueiredo |r.). Ame- cio Costa Antônio Taveira (CACEX). Ge-
ricon Chamber Commerce.
of neral Edmundo Macedo Soares, Clemen-
Light Serviços de Eletricidade S/A. Região te Mariani. Antônio Almeida Neves, em-
Sio Paulo (Antônio Gallotti. José Mar- baixador Carlos Martins, A. Gallotti.
ques, Alberto do Amaral Osório, José Listas Telefônicas Bras. S/A. Rio — Cia.
da Silva Monteiro. José Rubem Fonseca, Telefónica Brasileira Hamilton Frisco Pa-
Antônio Augusto de Azevedo Sodré, Jo- raíso, Oswaldo Cruz Fo.. Clarence Dau-
sé Sampaio de Freitas). phinol Jr.. João B P. Almeida. Eurico
Light Serviços de Eletricidade S/A. Região Castanheira. |ayme B. Pinto, Hého Ti-
Rio — Brazilian Traction Light & Power búrcio Dias. Haroldo Anhaia Leite. Mar-
Co,, Broscon. Acionistas da Brascan — celo C. Rangel Porto. Gilbcrt Hubcr Ir.

F.xpunsno c Investimento S/A., SAo Pau- contribuíram através do Centro Indus-


lo Elclric. C. Ltd.. Cobost, Cia. Fcrrocor- trial.

ril do Jardim Botânico, Cia. Puulista dc São Paulo Listas Telefônicas Brasileiras
Serviço de Gás, Companhia Tclcfônku (Gilbert Huber Jr.).

de Minas Gerais. (José S& Freire Al-


J. Sio Paulo Light S/A. Serviços Elétricos (A.
vim), Socíélé Anonyme du Gaz, Compa- Gallotti).
nhia Telefônica Brasilciru, Componhiu Verolme Estaleiros Reunidos do Brasil —
Telefônica do Espírito Santo, Serviços Cornelis Verolme — Rotterdam (Vcrol-
Elétricos e Gás, Cia. Carris Luz c Força mc Eletra do Brasil. Verolme Engenha-
do Rio dc Janeiro, Cidade do Santos ria do Brasil, Jacuanga Adm. e Imobiliá-
S/A., Cia. Elétrica de São Paulo c Rio, ria) iPaulo D. R. Ferreira, Almirante Ar-
Cl». Fluminense de Energia Hidroelétrica, thur Oscar Saldanha da Gama, Jorge Pe-
Rio Light S/A. (E. C. Fox, Hcnry Bor- reira Duprat Brito).
den, ). Grant GUsso, Paul Manhcim, A. SPEED — Serviço de Processamento Ele-
Gallotti, T. Quortim Barbosa, José Viei- trônico Estatística Dados.

8. Publicidade, imprensa, gráficas, jornais; fundações

Artes Gráficas Gomes dc Souza S/A. Fundação Coimbra Bueno (Abelardo Coim-
(L.T.B. S/A.) (Gilbcrt Huber Jr., |oȎ bra Bueno. General Humberto Peregri-
Cindido Moreira de Souza). no).
Ediloro dc Guias LTB S/A.
(Clarence Dau- Papelaria Dom Pedro II S/A. (Manoel da
phinot, Eurico Castanheira, Hamilton Pa- Cruz. Manoel Alberto Pereira Dias).
raíso, Morccllo Rangel Porto, J. J. Dor- Agir Livraria e Editora (Artes Gráficas In-
nellci). dústrias Reunidas S/A. Agir). (Alceu

637
Amoroso Lima. CAndido Guinle de Pau- Kosmos Editora.
Machado).
la Almeida Mello Publicidudc Lida.
Importadora Gráfica Arthur Sicvers. Instituto Educação c Cultura |acarcpagu&,
Editora Vecchi Lida. Papelaria Maslcr S/A.
Editora Globo. Editora Montcrrcy Ltda.
Seleções Readers Digest Empresa Jornalistica Notícias da Indústria
Editora Paulo de Attesedo. Ltda.
Livraria Francisco Alves. |osé Olympio Editora.

Fonia Lista dos Contribuintes —


em 1963 1PES Rio

Lista dos Contribuintes em 1964 1PES Rio dos Arquivos do IPES — Rio de lanciro
Luta dos Contribuintes em 1965— IPES Rio
IPES SP CD & CE. 27 nov. 1962.

638
APÊNDICE I

Lista dos Associados. Contribuintes e Colaboradores do IPES

Olavo dos Anjos — Cia. CamaacialJi Ind. Wanderbilt Duarte de Barros — IBAD. Gru-
e Com. po de Estudos IPES— — CBP.
T ibério Vasconcellos de Aboim —
Cia. Es- Domfcio Barreto — Cia. Industrial e Mer-
trada de Ferro e Minas Sío Jerônimo. cantil INGÁ.
Roberto C. Andrews —
Conferência de Procópio Gomes de Oliveira Carme —
Fretes Brasil — EUA —
Canadá. S/A. de Máquinas Sc Material Elétrico.
José Ulpiano Almeida Prado —
Campos Arthur de Valle Bastos —
Cia. Fornecedo-
Salles Ind. e Com. Refrigeração, L!oyd’s ra de Materiais.
Almeida Prado Ltda., Irmãos Almeida Glauco Carneiro —
Setor Opinião Pública
Prado Cia., VASP. Cotton Farms. Bolsa — O Cruzeiro.
dc Mercadorias de Sio Paulo; A.C.S.P.; Aurélio dc Carvalho — Grupo de Integra-
Caixa de LiquidaçAo de Mercadorias de ção.
SAo Paulo S/A.
André Arantes — Banco Novo Mundo (G.
Henrique Alves Capper — CONSULTEC,
CACEX.
da Silva Fernandes. Lélio Toledo).
— Arthur Levy —
Empresa de Construções
Oswaldo Benjamim de Azevedo Cia. e Pavimentação S/A. ECOPA. —
Propac Com. e Ind. (José Lamprea, Per-
cy Murray. Luiz W. Simonsen). Cia. Bra-
Alves de Castro — Repórter Esso, Setor
Divulgação.
sileira de Velas Marchai (Banco Noroes-
te do Estado de Sio Paulo. Valentine
Fernando Viriato Miranda Carvalho —
S/A. — Suíça, SC AME —
Societé Cons-
Aços Anhangúera S/A. (A. Lamy
Daniel Sydcnstricker), 1COMI
Fo.,

truction d'Aparcils Mécaniques — Franço (Antunes, Bcthlchem Steel).


(A.T.A.

Sc Cia.Propac). Finco S/A. Consórcio


Financeiro (Lucas Lopes. I. D. Lowndcs,
Otto Frensel —
A B. Lacticínios.

Al mino Affonso); APEC. Josué Spina Franca —


Fundação Escola dc
Paulo C. Antunes —
ICOM1 (A. T. A. An- Sociologia Sc Política dc São Paulo.
Estanislau Fischlowilz —
Pontifícia Univer-
tunes).
Silvio Pacheco de Almeida Prado — Fa-
sidade Católica (Rio). Assessor Técnico
— Ministério do Trabalho; O.I.T.; SE-
zendas de Café; CRB. FARESP. SRB NAI.
losé PintoAntunes —
Faculdade dc Direi- Iberé Gilson — APEC. CONSULTEC.
to de SAo Paulo. COSIPA.
Carlos Moacyr Gomes de Almeida — Júlio Isnard —
Société d’£tudes. Participa-
APEC. tions et d‘Entrcprises Industriclles —
Carlos Botkay — Cln. Agrocomercial Santa SEPES.
Mônlca, Atmos Aparelhos dc Precisão Geraldo lordio Pereira — Centro de Bi-
S/A. bliotecnia —
IPES

639
Wahcv Laidl - Cm Fièrxiàn dc P* lo*é Montcilo — Cmpo de Inicfra^do

H llfeU* RU*** LJ<« Samuel KIaNa BNDE


A lacuè * 4»i — Tn —>ot Heitor da Cunha Pctaoa — Delia Lwe. Ir*

(EiaJvdai Sr— ha Sc I SiU \ eng Pctencn — Conferência de Frt

Pléu la^uo K*fcJkt - Getfcoi IVxlt Bra»tl — EGA — Canadá


te»

s a K±A~ lut Cmm to Iibiwto* Sérgio Pinheiro — E5S0 Braiilcira dr Pr


«* - ipes tròico

!« IM> Rcj^rn 0«M C«m to W alter Po>are» — Propaganda Po)arti


frèmeM - iPU Lida.. Caairo Poyarc» lida . Revuta Pu
Dfc» C—m*m to Ab*e» — DmchW bitcidadc c Negócio». Auociaçào Br*u
Jun IrcjrJ «I Wr*\ji de Imgirenae leira de Propaganda. Aasoctaçào jorna
VA. Lmm LU-»áe Eé*r% SA fu- luus Católico».
^<«Mi Fn»« %m» to Sác NulO Alfredo luii Penteado — ESSO Bmfan
Laán La«4c Cm ia V»i Nado). de Petróleo. American Chamber of Com
r«m to - IPES rocrce
Bom — Caftodti GrW*u» do Bra-
F Pire» — Grupo de Ettudo» — IPES
d % A F fcun Trad^tn Cmtro to Bi
Gcndno Pire»— Banco Sul-Amencano S/A
|ayme Pinto — American Chamber of
f*vfK « Ku liada A*o — fr—Alt* BocAj
Commcrce
PntpM 6-v— d» IdíMaa — IPES
|ame» Cobb Sinckland — Destilaria Me
Ck Lamd — Cm» e laduatn*
dcllín S/A (A. Pirei. Donald Lee Moort*
ImM S/A iwárl (X Sc» Icnp
Cia Téaiil N S ' da Gr*a S/A Fab
Em Ifaáaa %árr**u—l
.

de Tecido» Marta Cândida. Indutiriai


Kbmo d^ala — Cnedibrit Fi
Arrada
Si-

uum éa VW VA nimbu S/A. (Pctaam Coep — Canada)

Vrpc pa^c Mv#*. - CWt. lad S A foaé Arthur Rio* — Grupo* de Euudoi
<Dr^»mn Madurara Nki Sio l.
S P LAN., IN ES
Pado AfriM VA Cario* Rei» — Promoiion S/A
DaMcio «a C«a CtndA Moreira — Lauro Salaxar Regueira — Credibri» Fr
(«fo dv lAututaí — IPES nanceira do Brasil S/A . Banco lltrama
l-fl Maud Pm Mocft* - Engenheiro» nno Bratilciro
(ofMuiVjm drn *a» VA Fernando da Silva Sá Grupo de — Inie

Fimandu f#*d* to Soma Myrgd Cei — gravão -


IPES. Renda S/A
VaaJ Cia F*#r^Kara * Indúatna Homero Sou/a e Silva — Braul Warrani
UW> Maia — ütadar VA AJvenana ( Crrdibrái Financeira do Braul (Grupo
B**r»i ^<T«»ca Ouartauiif VA Indúttna Moreira Sallci).
« Ua(n« iPrecua VA Participaç**»
Bruno Suiter — Cia Metropolitana de Crt
lafre^ i (jadnic c ladua^-J,
dito c Financiamenio. Fábrica de Tccr
Lm U C MagaKfcn F B* - CONCLAP du» Dona Isabel (Geraldo Guycri —
Imanud C*r»u <k Mixw - Ccaa aq Comp P1u»»Siauffrr AG. SuKa
to |HifL«iavAu ir Mau«- **»
Wddcmir Paulo Santo* Freitai — CHibe
cttom Murara - Ud—na dr LamU* dr Lojtstaa do Rio de janeiro

VA Ricardo X«*icr da SiUeira — Banco Au


G.aJier Mano - SrvW
ailiar de Crédito S/A (Orlandy Rubem
Albiau to Fana Naguora — Fatuidade da
Correia). Cia Sul Minara de FleifKida
AdmiAKr^ii c * .nar^aa da I atado da
to tpaulo Mano Freire), Cia de Scfu
Cuuibtfi Poaii*^ Caiimdad» Ca
ro» AiiánfKa
lòtua. Andr» S/A lavotimcfitua. I»
prevaa Bmk Getúlio |uaé da Silva —
Banco Mmaniil

MannK) Nunr» — Cia Maa largada do Branl VA fíuclrdn Carvalho de


PubriM ik Oli«c*ra - Grupo to Op«fuda OImwiI
PuWk* Banto do Braad
iditn&t lorpc Sampaio - Rrpòvtvr fSSÜ
lodo Adrlmo Prado S*io Maau I» — Da»»d O Srdmvirv. krr — Mina da
Cia
dann# Mcc軫.a Ptuluta Couperativa langada tRivardo Nanu jalcn K UMI
M.*ta jockr) Clube. AOESG SOPtMI — Pca^uiM c I k| tofa>Ao de

MO
Minério» (Saint Gobain Point A. Mouv oilctroS A Banco Aymoré òc lascaá*-
.

KMl). mento Cia Carioca de Corretagem


Fernando Bastos de Souza 1.1 H <G — Vicente Alves de Carvalho —
Banco Na
Huber |r.) cional do Es pinto Santo S A
limar Coelho de Souza
I Norbrá* Mela — Décio Captsiranu —
Cia Nacional de Sc
lúrfKA S/A (f Baylonguc). Cia Docai gu roa Gerais
òc (C. Cuinlc de P
Santos Machado. Mcl/iaòo Bcli.niani — Editonol Sol Ame
Raul Femandez). Credibras Financeira rscana S A
do Brasil (Grupo Moreira Sallcs). Amofuo Alves Ferreira Fo — Trarvspon»
Yoilrat von Watzdorf —
Furrcstacl do Bra dor a Noroeste SA.
ii
I Com. e Ind. (Fcrrosiacl A.G. Esaen). Orlando de Fana — Gado da Amazóru*
Comp Ferro de Avo de Vitória (Ferros- SA
taci do Brasil). Sebastião Loures —
Exportadora òc Ga-
Carlos Alberto Werneck —
Federas áo Na- fe» Suaves
cional de Estabelecimentos de Ensino Milton Pereira Monteiro —
Saiperna Indus-
Hasso Wcissflogg — Cia. Melhoramentoa triasQuitmcas SA
de Sáo Paulo Indústria de Papel. I neo- William Gonçalves Rodrigues R 1 Oo- —
par — Participações Comerciais e Indus- kim Engenharia
triais S/A. (M. Toledo de Morais. Wol Elias do AmaraJ Souza —
Cia Pesquiso» c
ter Weissflogg). Grupo de Doutrina Lavras Minerais COPELMI
Victor Luiz D Am, os Silva — ESG/ECE- Breno de Nardi — Tmturana e Estampa
ME/APEC na Pctropolitana
Caiba Bóteoli — Engenharia Civil c Por- Osmar Marques da Rocha —
Cia Exporta-
tuária EMAQ
S/A.. —
Engenharia e Má dor» de Cafés Suaves
qumas S/A Homero Luu dos Somos —
Cu Brasileira
|o«é Gomes da Silva —
Fábrica de Rou- de Empreendimentos Publicitanoa COBEP
pas Epsom S/A (Casa fosé Silva). Eduardo Gallicz —
Morro do Níquel SA.
Márcio Lemos de Azevedo Laboratórios — Mineração. Industna c Comércio (Lu-
Maurício Villcla S/A. cas Lopes). Brasunct Com c Ind SA,
Edgard Mário Berger —
ELC S/A. Ind. e Cia Fiação do Rio de lanciro
Comércio. SENASA —
Segurança de Pedro Paulo Ribeiro Gonçalves Ban- —
Saúde S A. co de Minas Gerais S A
Márcio Braga —
Carvathaes Pinheiro S/A. Fernando Gracll —
CONCLAP.
Ind. e Com. Audtcy A Cammon —
Bank oí Aménea.
Amílcar Campos Fo. Laboratório Clínico Geraldo Guycr —
Fábnea de Tecidos Do-
Silva Araújo S.A
na Isabel (Bruno Sutter) —
Pluas St»u

de Carvalho —
Agricola c In-
Cia.
fer AG — Suíça
Jorge
dustrial Santa Lúcia. Minérios c Fertili-
José Alberto Cueiros — Grupo de Biblio-

zantes do Brasil —
MIFERT, Simoniz. do tccnia —IPES.

Brasil S.A Cnrbocloro Indústrias Qul-


,
David Antunes Guimarães —
Banco Irmãos
Guimarães (Nelson Parente Ribeiro).
micas.
Crédito Comercial S A Soe. de Crédito.
Fkuiérto de Matos Ferrão Galante — Grá
.

Financiamento e Investimento» tlosé Coe-


fica Editora Lord S A (Américo Geno- lho de Castro, loão Alves de Moura).
vese Chinaglia)
Cia Comercial São Domingo» SA
Amorno Gomes da Costa Astúnas Em — Edmundo Lin» Neto iLm». Tostes A Wal-
preendimcnios c Administração S A Ca- .
tcv. advogados)
ruaru Industrial S A Cooperativa de
.
|ulto Arames
Consumo fancr Rio I tda Hibernta Ad .
Victor Castcl Ruiz de Azevedo
ministraçáo c Comércio S A Vera Moraes Azambuja
Vicente Apa —
Coníevçôcs Sparta |o»e Octavio Acioly
Flávm Monteiro Amaral Chmiiani Nlcl — Nelly Ayres Guimarães de Abreu
»cn Fngenheiros c Construtores I ida Claudcmiro Gomes de Azevedo
Raul Pinto de Carvalho — Banco Andra- losino Maia de Assis
de Arruud SA, Banco Ultramarino Bra A de Carvalho Cesarto Alvini

641
Milton Whalely de Auumpçio Paulo Roberto Tavares de Azevedo
Manoel Gomo de Almeida Cdcr Accorsi
Antonio Padua Borges de Castilho Newton Argucllo
Mana Cristina de Almeida Bclleza Aramis Barbosa de Mello
fim Barbosa Fernando D'Olne S. de Barros
Paulo Cícero Lima Batuta Aníbal Ferreira Baptista
Evandro de Oliveira Bastos Sílvio deSouza Branco
Antonio Barbosa Mauricc Juan Baptista Bouyassou
Manoel Barcelos Romário Boscardini
losé de Barros Pinto Marcial da Silva Barbosa
Pendes Lu cena Costa Vianna
Túlio César Belisário
S)lvio DanielCommeiti Mora Renato ítalo Rodrigues Canteiro
Oscar Huc de Carvalho foaquim da Costa Carvalho Fo.
Paulo Magalhães Couto Fo. Oswaldo Cezani
Celso de Almeida Campos Gilberto Conforto
Octivio Campos José Pinheiro Campos
Luso Soares da Costa Uriel de Carvalho
Hdtoa Carlos Dooola Dor aula)
i Bruno Dilio Dante
A. G. R Dorea (editor) loel Dantas Fo.
Arcadio Fernandes Gal. Adauto Esmcraldo
Carlos Paiva de Oliveira Freitas Fernando llher
Alhos de Freitas Fiávio L. Figueiredo
Bdrruro Fernandes Sérgio Augusto Fragoso
Mane Pederneiras de Faria José Ruis Fontes
losé Mana de Barro* Faria Octivio Salgado Ferreira
Álvaro Portilho de Sá Freire (CIERf) Luís de Miranda Figueiredo
Orlando Fana Domício Moreira da Gama
Joaé Miguel Guerra Sylvestrc Gallo
Stcfíndo Rosoct Gottschalk (ADIPES) António Gaviio Gonzaga
Fláno Wencnsla* Feneira Caspari Fernanda Pires Gurjan
Edgar d Duane Gonçalves da Rocha Humberto Gogliati
Ovídio G lotem Emílio Gonçalves
Pedro lacioto Mal] et |obim Arlette Moreira Garcia
Nestor lost Fcrnondo Otávio lardim
Samir Hadad João G. W. Hohn
PauJa WaJtcr Kr • use Walter Kanitz
Konrsd Aleionder Ko»aleski ). Knack
Robcrlo Nuse» Lopes Hélio Lomba Lopes
Ariithcu de Medeiros Lopes J.Lúcio dc Souza Coelho
AJvaro Ávila LcaJ Sebastião B. Ribeiro da Luz
Antônio Borges da Silveira Lobo Manoel Arthur dc Souza Leio Neto
Paulo de Tarso Mello José Carlos Lconc
lúlio Diógenet Corrêa Martins Cássio dc Souza Mello
Manoel Soam Mata Mozza Wctternick (DMEF)
Ernfini
Unem Maria Omcllas Humberto Martins
Paulo Vítor da Costa Monoeral Antônio Lcol de Magalhães
Antônio Corrêa Marques Joio Pedro Gouveia Vieira
Ubaltino Casicl Ruiz de Azevedo Lino Maschcrpa
Urbano de Albuquerque Wilson Joaquim de Mattos
Octivio Ribeiro de Almeida Edgard James McLaren
Luiz Roberto Apa João Alfredo Montes
Anielo Lyrio Alves de Almeida Aloysio Manhfics Costa Vax
Ricardo Cavalcanti de Albuquerque Ageu Mocabu
An na Akxuo Luiz Fernando Machado

642
Ronaldo Mathiesen Monteiro Altomar Hemínio Pereira
Narzi Maia Abrio Yazigi Neto
Fran» Machado Cyro Moura Pimenta
Francisco dc Castro Nevei José Edmundo Campo* Pereira

Alberto Sinay Neves Carlos Alberto Protásio

Maurício Ribeiro de Nascimento Rogério Rubens


W alter de Noronha Luir Arnaldo Rodrigues
Sérgio Oldenburg Heloísa Mana Cardoso da Silva
Lila Rosa dc Oliveira Luiz | Rodrigues
Adolfo Perelman O Geraldo Ramos
|osé Francisco Bauet Perrout Carlos Alberto Besta de Souza
Mário Pacheco Jr. Lourenço Aragonez da Silva

Ennio Pesce (O Estado de Sio Paulo) Luiz Carvalho de Souza


Antonio Carlos Pereira de Queiroz Filon Macedo dc Santana Fo.

Paolo Manoel Protasio loáo Eduardo de Miranda Santo*


Gcorgc Rousselet )ayme de Oliveira Santoa
Paulo Rodrigues Osmar Gomes da Sdva
Carlos da Rocha Walier Silva
Ormy Rosolcm Modesto Scagliusi

Manoel Gonçalves e Silva José Edmundo Campos da Silva

Família Soares Charles T Tooraen


Zcnildo Costa de Araújo SQva Os«a!do Tngueiro
Fausto Scabcllo Dcolmdo Domingos Vicente
Carlos Schaeffer Wilson José Virgmio
Hélcio dos Santos Linen Maria Vieira
Maurício Féli* da Silva Almtc Amaury Costa Azevedo Osório
Manuel David de Samson Ernesto Pereira Carneira
Roberto G. Salgado Nestor Ahrends
Ary Rodrigues Ornctlas Raul Moreira
Hélio Thompson Jayme de Oliveira Santos
Hélio Salema Coimbra T&bosa Cel Haraldo Pereira Soaies
José Augusto Moreno Uzeda Oclavio Ribeiro d'Almeida
Gitohy da Silva Valente Luiz da Rocha Miranda
|osé Anastácio Vieira (CRB) Manoel da Cruz
O. de Carvalho João Alfredo Monies
Danillo Merquior Geraldo de Avellar Torres
Ivo Jacques dc Melo Osmar Marques da Rocha
Luiz Murgcl Ingo Ncuiig
Antônio Pereira Magaldi Luiz Carvalho dc Souza
foáo dc Castro Moreira Wilson Augusto dc Figueiredo
Loris Midi ls»a Abrao
Carlos Frederico Maciel
José Maria de Araújo Costa
Fernando Luiz B Marques
Helcio dos Santos
Antonio Alves dc Noronha Fo.
Manuel Artur de Souza Leio No
Sidônio Cardoso Nnve
Gcn. Arislóbulo Codcvilla Rochi
Geraldo Cayoso Neves
Maria Helena dc Carvalho Pcrdigio
Pedro H. C. Nacthe
Maurício Ribeiro do Nascimento
Antenor Novaes
Milton Pereira Monteiro
Juvenal Osório (BNDE)
Maria Magdalcna Vieira Pinto Oscar Werkhauscr

643
1
.

APÊNDICE J

Relatórios parciais da despesa do IPES em 1962, seus orçamentos para J96J


e cartas de Ivan Hasslocher a Arthur Oscar Junqueira

IPES
SEÇAO RIO

Total da» contribuições mensais correspondentes aos meses de dexcmbro/61


a maio/62 ... 35 277 04300
Contribuição da Seção- São Paulo *000 00000

Total da receita 38 277 04300

Despesas pagai durante o mesmo período:

Propaganda 11.303 034.00


Administração 1 404 915.00
Grupos de Trabalho .
7 968 260.00
Aluguéis 1.156 542 .20
Móveis c Utensílio» , .
2587.958.70
Despesas dc inslalaçlo 266 880.10
Despesas Gerais 191 . 148.50

Material dc expediente 99 170.00


Objetos de escritório .
30 43600
Impostos 95 050.00
Atividades sociais 100 000.00
Cauções 1.441 49300 26.724.88700

Saldo nesta data 11.552 15540

O saldo acima está empenhado para atender ao pagamento, ainda no mês de maio. das
seguintes despesas:

I ncarle "Aliança para o Progresso" 7 000 000.00


Grupos dc Administração (cslimaitva) 4 000 000.00

645
Principau dei pesas

Manifesto dai classe* produtoras (coleta de assinaturas e


publicação) 9 5% 719.60
Encarte “ Aliança para o Progresso" 7 420 000.00
Confederarão dos Círculos Operários Católicos 1.745 000,00 (m)
Federarão dot Círculos Operários Fluminense 200 000,00
Liga da Defesa Nacional 463 688,00
Contribuição para o Clube Militar (eleições) 300 000,00
Resista "Síntese" da PUC 350 000,00
Escola de lideres da PUC 120 000,00
Grupo Levantamento I 000 000,00 (m)
Grupo Opinião Pública I 500 000.00 (m)
Grupo dc Estudos 2 000 000,00 (m)
Grupo Asaessona Parlamentar 150 000.00 (m)
Administração (Sccrctana e Tesouraria) 500 000,00 (m)

Observação: (m) indica previsão de despesa menutl

O* orçamentos ordinários tentativos para 1963 do Rio de Janeiro e Sio Paulo (1:1000
cruzeiros) eram os seguintes:

1962 1963
(mensal) (mensal)

Administração São Paulo São Paulo Rio

Secretaria 402 990


Pessoal
Mstrrial e diversos 300
Tesouraria
Pessoal 203 300
Material e drversos 45 1900
Doutrina e estudo*
Pessoal 640 900
Matcnal e diversos 60 1000
Publicações 1000
Levantamento do conjuntura
Pessoal 340 490
Matcnal e diversos 100 1300
Divulgação
Pessoal 220 320
Programas de televisão 300
Matcnal e diversos 10 500
Rádio. Imprensa 300
Setor eitudoniil e cultural
Pessoal 300
190 220
Material. Diversos. Passagens
100
Inst. Universitário do Livro 580
Mov Univ. Desfavetamcnio
450 450
Soc. Aitist |uv. Estudantil
300 100
Filmes
1900 2900

646
1962 1963
(mensal) (mensal)

Administroçõo São Paulo Sõo Paulo Rio

Convivium 1350 1800


Univ. Católica Campinas 170
Eventuais 330
Outros setores
Centro de Documentação (PUC) 3500 3500
Mov. Sindical Democrático 1000 1000
Feder açio Círculos Operários 1000 1500 2500
SEI —
Escola São Jorge 850 1800
SEI —
Organização RIT 500
SEI —
Outros Cursos —
Seminário 500
SEI —
Partic. Dcsp. Adm. Pública 700
Uniio Cívica Feminina 150 250
Eventuais nesses setores 1000
Padre Carvalho 250
Irmão Cristiano 15
Setores em instalação
Grupo de Ação Social 1500 200
Grupo de Integração-expansão (Grupo de Educação) 150
Insi. Estudos Democráticos — Rio 1000 1000
Grupo de Ação Empresarial 150 150
Reservas para açócs diversas 1000 1000
G. Assessona Brasília 1000
Setor Sindicei 1000

Um outro orçamento para 1963 mencionava algumas categorias que não foram consi
derados no orçamento anterior:

Movimento Universitário — 350 (São Paulo);


SEI — Escola Sio Jorge — 1800 (Sio Paulo);
SEI — Organização R1T — 500 (São Paulo);
SEI — Outros Cunos-Seminirios — 500 (Sio Paulo);
SEI — Particip. Dcsp. Adm. Pública —
700 (Sio Paulo);

Este segundo orçamento mostrava lamMm algumas cifras diferentes:

Obras Económicas —
200 (Rio);
Obras Sociais— 200 (Rio);

Setor Sindical 4000 (Rio);
Estudantes — 1000 (Rio);
Educacional — 6000 (Rio);

Fontes; Orçamento de SP para 1963 enviado à Secretaria do Rio com substituições; prepa
ração a corgo da Comissio de Planejamento.
Orçamento para 1963 — Sio Pauto e Rio
(Todos noa arquivos do 1PES. Rio de laneiro).

647
Açao IPemocrática
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4. lli«p«t t 0*tu r»loío, n hnUA 1*4 *do 4 a Ollralr*, HÍUa


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pr— cdldoc aa 24/4 a 24/7/1*2.

4. Cha m
a— ilacla c ac—
ate pare c feU 4c «ca cc accocc
•— Ui irtio ep>r— t—
te aceda faltac a— bmUmc raCer—ele 1 rccU4»4a 4—

feVaei lata í, 0 cc — pr—
c4«r c '•L—qa catre ilafcelras rctchl4— , dlaPelraa
«atoe c dlAhtlrcc —
ccíjm cu —
benca. Ictau ccru Clice, mm cee »— te- —
la— etc de AflEf procedida —
24/7/1962 ele hcrle ncnhwM açfo 4c JCTca keactrUc —
r—ckidoc a i cnrid— te q—
» ta—o deva ter eredlud» • eonU coa aa aa —cm m—
aa fia de jurke.

t. Neo-lAc que, —
pnín— tcUiwctc, 4 « 28/4/1*2 iJc aejea cpra-
»— ladea quentlaa Uo aprecUveli c—o t» lULao «ju cctinde diicolerUi,.*
fuLce dc *e<ili/itajMQlea', a— c racpeeUva dcaerLelae^a da dccpeacc efetuq^ae.

At—eiace—**.»•
•áfiMii Oeeerel par to te a ar, Truf twuJU
1

APÊNDICE K
Infiltração Comunista: Nomes e Entidades

«n ai-» DOf NOMES

0) Lua Cartas Pmles (32) Dai Ouve* Rela


(2) l«an Ribeiro i»l Huoerto Meneaaa PMtelre
2) Roberto Morena • 341 Pauto Motia Luaa
(«I AgmUnbo de Qüve.ra L>) Ana Mon imigro
(3) Cartas Uartghcia • 3C| Abel Cbciamnt
(•1 Aatroglldo Pereira iJIl Ebon Casta
(7| Oavaiòo Pacheco tia Silva •Ml H«oa Ticach
(•> J«cob Ooernder • ») Ra. mundo Carteio 4e kun
1») Joèo Amaronaa • 40) Fehcúumo Cardam
> 10) Lincoln Orat • 41) Leandro Kooder
m» Maurício Oribou )42i Raíae MaruneUi
(12) Pedro Pomar (43) FeUpr Ramo» Rodnguej
OJ) Bened to Cerquetra >44) Ne ion Wrrerck Sodrl
C»4| Armando 7‘llfT (43) Serg« uui
0»> Nrvton E de Oliveira .«» C.hoet Caaedo Laçts
0*1 Hárcule» Correta dm Rrl» (€7) V alerto Kondcr
€17) Jaaé Lacerda (401 Eneida
O») Franclaco JuUAo • 401 Zuladn DAirmftrrt
•10) Mário Alrca |30| Paulo de San lana Machado
(20) rragmon C. Borfea jsn WiUcn Rru
(21) Orlando Bonfim Jr. (52) <>ny Duarte Prrrlra
(22) Nllaon Aaevedo (33) Neljon Alve»
(21) Rui Pac6 (34) Geraldo Silnno de Oüvetra
(24) Antônio Petcira FUho (331 Jaibut Santana
(25) Mana A Tibtnça Miranda (MH JoúoSanUna
(20) Henrique Miranda • 37) Ora Soam Ribnio
131) Lucia Mulholand
127) Lula Bayardo da Silva
1 39 He loba Uni
(20) Oacar Oonçalves Bailo* 100) Joaè de Almeida Barreto
{20) Ltndollo Silva («D Lula Vlegaa da MoU Uma
(30) Nritor Vera (62) Danle Prlbcanl
(31) Aldo Aranta i«3> DemulôcUdu Dabita

LISTA 01 INTIDADKS
(A) UNIA O NACIONAL DOS ESTUDANTES
(D) CEDPEN
(C) PACTO DF UNIDADE E AÇAO
(D) COMISSÃO F ERMA N ENTE DAS OROANIZAÇOEI SINDICAIS
(E) O METROPOLITANO
tri ASSOCIAÇAO IXXS DIPLOMADOS DO I3EB
lO) UNIÃO NACIONAL DOS SERVIDORES PUDL100B
<K) LIOA FEMININA DA OUANARARA
(I) MOVIMENTO BRASILEIRO DOS PARTIDARtOS DA PAZ
|J| ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE SOLIDARIEDADE AO POVO
PARAOUAIO
(L| COMISSÃO FEMININA DE INTERCÂMBIO E AMIZADE
APÊNDICE L
Títulos dos livros e revistas de publicação e circulação a cargo do IPES

Uma lista dos títulos de algumas publicações bem como de seus autores dará uma idéia

nítida do tremendo impacto que a campanha ideológica do IPES exerceu sobre as diversas
populaçócs-alvo escolhidas:

A guerra política —
Suzanne Labin (publi- Cuba: nação independente ou satélite? —
cado pelo IPES. 28000 cópias); Michel Aubry (5 000 cópias, publicado
Amostra da infiltração comunista no Bra- pela GRD Editora):
sit (2 edições); // esl moms cmq — S. Labin (distnbuído
Aliança para o progresso — O.E.A. (29.000 entre estudantes universitários);
cópias); Mater et Magistra;
Democracia e comunismo — "A defesa na- Reforma tributária —
Mário Henrique Si-

cional" (18.000 cópias); monsen (publicado pelo IPES);


Assalto ao parlamento — IBAD/Jan Kos- A inflação: suas causas e consequências —
sok 000 cópias — para esta pubiica-
(5
Glauco Carneiro (publicado pelo IPES);
çáo específica. O Clobo recebeu 714 000
Democratização do Capital Konrad —
cruzeiros — subsidiada pelo IPES);
foi
Aleksander Ko«aIcsk.i (publicado pelo
IPES):
O discurso secreto de Krushow
O nome secreto — Lyn Yutang
Reforma constitucional — Carlos f. de As-
sis Ribeiro (publicado pelo IPES):
Um engenheiro brasileiro na Rússia — E.
Começa o julgamento — Abram Terti;
Cotrim (14 000 cópias, das quais 1000
Krushow e a cultura — Walter Lazuer
foram enviadas para distribuição no Cia.
("Cadernos Brasileiros");
Hidrelétrica de Fumas pelo Dr. Emer-
son);
A sétima questão — Robcrt R. A. Lee;

O presidencialismo que nos convém — Car- A rebelião da luventude na URSS — Ba


lashnr et alii;
los Lacerda c Carlos Henrique Frocs
(para o quol C H. Frocs recebeu 200.000
Armas, democracia e algemas — Theófilo
de Andrade;
cruzeiros do IPES);
O grande despertar — fohn Stratchey; A reforma agrária — Afrânio de Carvalho;
A China Comunista em perspectiva A. — As vésperas da 5' república — Thomas
Doak Borncit (publicado pda G.R.D. Leonardos;

Editora); Voei e a democracia — panfleto do IPES;


Anatomia do comunismo — Margarct Dor- A crise da previdência social — A. G. Cos-
var,Walter Kolarz et alil (publicada pela ta (publicado pelo IPES);

G.R.D. Editora); Reformas de base — IPES;

653
;

A agricultura sob o comunismo Gcorgc — Notas em função do referendum — )osé


Benson (publicado pela G.R.D. Editora); Luiz Anhaio Mello;
A América vermelha —
Danilo Nunes; Do comunismo de Karl Marx ao muro de
As condições de trabalho em Cuba Jo- — Berlim — Editora Abril;
sé R. Alvares Dias; Os mais graves focos de inflação — Ma-
A reforma agrária: problemas, bases, so- noel Azevedo Leão;
luções —
1PES; A revolução dos bichos G. Orwell (em—
Os festivais da juventude VIII Congres- — setembro de 1964, o General Hcrrcra co-
so da União Internacional de Estudan- municou-se com Henrique Bcrtaso cm
tes —
luan Manuel Salvai; Porto Alegre para obter I 000 cópias a
O árduo caminho da reforma agrária — 200 cruzeiros cada da Livraria O Globo,
José Seizer; as quais seriam distribuídos gratuita-
As forças econômicas sociais que influem mente);
no clima de administração Enrique — A revolução de Fidel Castro Thcodorc —
Sánchez; Drapcr (G R D. Editora);
A burguesia Roberto —
Pinto de Souza e A prova da coexistência;
|osé de Barros Pinto; Política monetária;
O problema da demagogia nos paises sub- Programa de ação do governo;
desenvolvidos —
Olavo Baptista Filho; O que você deve saber sobre o comunismo ;
Por que os salários compram cada vez Relatório sobre o comunismo (5.000 có-
menos? pias);
Educação popular, fator primordial do de- O retraio — Oswaldo Peralva;
senvolvimento e da paz social; 1984 — G. Orwcll;
Pleno emprego, interx-encionismo e inflação Anatomia do comunismo (5.000 cópias);
—F. A. Hayek; A Rússia de Slalin;
Política monetária;
A realidade era outra;
A propriedade: fator imprescindível do
Guia do
progresso — Alberto B. Lynch;
eleitor (5.000 cópias);

Assistência social e a alegria de viver;


Teoria e prática de gerência nas nações
em desenvolvimento M. Mead; — Discurso do ministro Roberto Campos;

As defesas da democracia Gustavo Cor — O sindicato no mundo moderno — Frank


Ç*>; Tannenbaum (G R D. Editora);

Como o* vermelhos preparam uma arruaça Em cima da hora — S. Labin (traduzido


— Eufene H. Mcthvin; por Carlos Lacerda);
Reforma universitária — A. C. Pacheco e Ideologia e poder na política soviética —
Silva; Z. Brzezinsky (G.R.D. Editora);
Como lidar com os comunistas — Wilhelm A prova da coexistência — Willy Brandi
Roepke (G.R.D. Editora);
Se voei fosse um trabalhador soviético Teorias do colonialismo — Vários auto-
n. I; res;
Se voei fosse um trabalhador soviético Você pode confiar nos comunistas (...eles
n. 2;
são comunistas mesmo) Frcd Schwarz —
Cartilha do comunismo : teoria e prática O livro branco sobre a guerra revolucio-
— M. Decter; nária noBrasil —
Pedro Brasil;
Duas vidas — André Gama (uma réplica A Iugoslávia de Tito — Drago Ivanovic;
cômica a um panfleto atacando o siste- Métodos de Trabalho do IPES;
ma capitalista);

A experiência inflacionária no Brasil
Estratégia e tática comunistas para a Amé- Mário Henrique Simonsen (patrocinado
rica Latina — Eudócio Ravies; pelo IPES);
Conlinulsmo e comunismo — Glycon de Diplomacia na América Latina — Adolph
Paiva;
Bcrlc Jr. (para cuja publicação I. Kla-
Governo: empreendedores de comunismo; bin arrecadou 500.000 cruzeiros);
Monopólio e concorrência; A conduta soviética nas relações interna-
A mão-de-obra do Estado de São Paulo: cionais —
(G.R.D. Editora);

654
Presidencialismo e parlamentarismo J. — uma constituição presidencialista, ambos
Camilo Torres (com um orçamento de para após 6.1.63);
2)0000 cruzeiros, lançado como uma Á OEA — John C. Dreier (G.R.D. Edi-
"contribuição doutrinária” ao plebiscito tora);

de janeiro de 1963. Em 1962. Glycon de Países subdesenvolvidos — (Editora Sarai-


va);
Paiva explicou a H.C. Polland numa
reunião do C.E. a idéia de dois livros
O IPES também propiciou a publicação
de uma série de artigos de E. Gudm atra-
após os eleições: I) Parlamentarismo no
vés da Agir, a editora de Guinle dc Paula
mundo e no Brasil. Projeto de uma cons- Machado, c distribuiu Realidades Chinas
tituição parlamentar, c 2) Presidencialis- de Hong-Kong. Seu contato cm São Paulo
mo no mundo e no Brasil — projeto de era o Rev. P. Vicente G. Cutro (S J).

Fontes: Glycon de Paiva —


Lembrete a São Paulo 17 dez. 1963. —
IPES Rio CE 2 out. I9b2
IPES Rio CE 19 out. 1963
IPES Rio CD 21 set. 1964
IPES Rio CE 7 mar. 1963
IPES Rio CD 12 mar. 1963
Carta ao IPES do Rev. Fernando Mattos Bacos, editor de Realidades Chinas —
Hong-Kong. 2 dez. 1966
Carta do General Octávio Gomes de Abreu SEC/66/0086 — 4 abr. 1966 —
Carta do General Octávio Gomes de Abreu SEC/66/0151 —12 jul. 1966 —

655
APENDICE M
Correspondência de B. Roguski com o IPES sobre a
"
“Mobilização Agrária do Paraná “ e a " Carta de Paio Branco

HXLAC1A DOS KDHU» C0TT7I DA DOfl PIRA UTUPCfl Di •mCKÁ g^SSLT

W 0 M » a in-ppnifi^-a
ficaConda da Ita^uei. 23
t*. HUciadaa Mario SÓ Pralra d* Sousa Tal. i 27-6533 23-7171 1. 237

Dr. FUrold 0. Poli and Sua doa Ardradas, 96 - U» mAai


Tal.: ly&Cl

Dr. Cândido Oulnla da Paul»* Machado ^ At. P!o fiasco, 135 - *•


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At. Jíarechal Cnrara, 271 - Gr. 801


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Dr. Jom Ar tinir Rios ^ Rca !%'=!«, 31 - Gr. l*tt


Tal.: 22-7CT0 - psla aa&hi 52-Í391

4t -koro
Dr. Dânio ’*ocuelra f Rua Sr nadar Drnle», 7i - 15»
Tal.: 42-6188 — JV44o{~
«d*T

Prof. Luis Carlos Maneie!


^ At. Pt»». Tfrpl, 6í2 */l409
Tal.: 4>-4?AP Rasai

Dr. Juliw Cteaoal / r\rvl*ç« '

Vt-faço - 1?6
Ga túlio Tarr* • "
Tal. i 46-1210
da

Dr. l-n-torbilt D. da Berros t>ir -írinha '.uHiv rã na, £6 apto. 402

Dr. F-m-ndo .liMolU da Carrel.io At. Pr-i. vHr'i, 11?


el.j - Ornais «2 • ?3«

Dr. Pmilo Aa lia Mb* Iro •va» 'Irni Vr-rto, lí)


Tel. : 26-720)

Dr. .'<urf IrW-i T*fcr*l At. Go-i. Tuato, 171-7» «dv


Tal.t Í2-6C50 .

Aa. 3a*. lusto, 171


D», Hg* r ?«lnlr i
< lal‘4 %,
- 42-7050
7a 1. « ’.2-yn\

Dr. rj“rrl lo Torrai i


Tal. 4’-61?8

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Dr. Jnaó Tutor» fonve* L/
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Dr. Grrrido Torrea

Dr. Joaa Rubaa For

3r, Ir?*n Heaalooher


Dr. Daaio roqueira
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Prof.Lvd» Gerloa Nrnolnl
- Dr. Vpnderhilt D. do Borro

Dr. Àaaia Riboiro

Dr. .Joa© Irtneu Crbral

gt rojrlgp - ia Bftln da 1962

Dr. Garrido Torra* - Dr. AaUa Ribeiro


!fc. Ir-n !*«aalochor - Dr, Edg^r T. Loita

Dr. Darüc üocuairp - Dr. Joaé Arthur Rioa

Prcf.Luix Orlo* »ncini - Dr. Cnndido G. Pnulr llrehrdo

Dr. 'V‘ndorbilt D, do D»*rroa - Dr. Julim Ch?ral


Dr. 0 *tcj- RocuJ* - Vica Proiidonte do Conf. Rurrl "rpailoiro o

norbro do Consolho do Ra forno /gr^rir do P4


rrmr.

» ra«i- Q - 1* da lniha da 1<*2

I*. C-rrido Toma - Dr. U^rvdarbilt D. da Borro a

Ir-n )!*aaXoehar - Dr. 'saia Ribeiro


Dr. D$»úo rojwlra - Dr. José Irinou Crbrnl

Prof. Luir Cr -loa !>rcini - Dr, Edgnr T. lai ta

>. Tulim Ghroal

Ag.JC ríL
Tc - L do «irAo da 1962

Dr. ^-rrido Totto* - Dr. 'f-ndorbilt D. do Dorroa


Dr. Dfaío Ropjalrs - Dr, /.-cia Ribnlro

Prof. Luis C-rlan ;>i«lni - Dr. .Tulirn Chreal

- f da lunlv> da lOfr

• Gsrrid* ?©rr»*n - Dr. "'ni^rbil t D, do r-*Tos


Dr. I r-n R-oalo-.Vr - Dr. Vcln "Ihrlro
Dr. Dônlo ''oçuolrr - >*. Jnll-n CVccl
Prof. LaJ z 3-rlnp *>roioi
RETOMA AOMlXlA

RESUMO DOS TRABA7KOS DA 9 a R>Xlf LAO DO GRUPO DE ESTUDOS Dá REFOR-


MA AGRARIA, REALIZADA OI 29 DE JUWBO DE 1962.

Xa quinze horas a trinta «douto» do dia 2$ da junho


da 1962 a aob a preeldêncla do Senhor Joad Garrido Torra» rtu -
nlu-oa nujta daa salas do IPÊS, o Grupo do Estudos da Raforma Agrá
ria. Comparecera® oo Senhores Jullan Chacal, Daolo Chagas Eogutira,
Paulo Asais Ribeiro a Joad Irlneu Cabral. Dalxaraa d» coaparacar oa
Senhoras Luiz Carloa Xanclnl, Joad Arthur Rio», Edgar TelxtSr* Del-
ta, Wanderbllt do Barroa, Cândido de Paula Machado, Ivan Hasalochor,
Mllcíades Sá Frolro dc Souza, Haroldo Pelland, Antcnlo do Aaaral 0-
sdrlo, Farnando Mlbiolll da Carvalho o Joad Rúbea Poneáca. Proseo -
guindo no sxume do ante^projáto do lai, referente ao assunto aa
pauta, concluiu a Conlasao paio ssguinte:

Artigo 50 - Aprovado se*. ccdif lcwçõcs.


Artigo M - Aprovado sem modlf lcnçôts.

Artigo 52 Pfil emendado pasagndo a figurar coa a seguinte rada-


cao: "A colonização oficial d aquele aa que o Podar
Piiblico tema a iniciativa da recrutar e selecionar
indlviduoa ou famílias, dantro ou fora do tarrltdrlo
nacional, reunlndo-oo aa mlcloos agrícolas ou agrola
duatriyln, a enc-irregando-ae ainda do seu trapaports,
recepção, hospedagem, encaminhamento, colocaçao, lnte
graçao noe reapsôtivos nvlclêoa*.
Artigo 5J A colonização oficial deverá ser realizada aa terras
de propriedade pábllca ou que venham a ser desaproprl^
ada-, prefercncialrentex
a) naa áreaa ociosas ou mal aproveltadaa cm que preva
laca o siatera de monocultura e ec terras desses •£
tabelada entos, a proporção sejam liberadas pe-
le ausento de proou tividade, tendo ec vista a flxa-
çao e o progresso do trabalhador rural;
b) nua proxir idades de grandes centros urbanos • de mer
cados de fácil acesso, tendo eç vista os problemas
de abastecimento e a icplantaçao de práticas íntensi^
vü 3 para obtenção ue altos índices de produtividade.
c) n*»e '[ 'ai da êxodo, es locais dv fácil acesso e coai
nicaçeo, de acordo cor cs planos nacionais • regio -
nais de vias de transporte, buscando a coneçao daa
cuu is que o detemnam;
d) er. áreas despovoadas, ou de fraca Jtnsiddf craográ-
flca, coa o sentide pioneiro de sua ocupeçao «cenôd
ca;
e) nas áreas de cclonizaçao estrangeira, .ttndo em tlf*
facilitar o processo de lr tereul turaçao e Integração
do elemento alienígena.
Artigo 54
Fvi arrov«do coa menda de redação, juprimlrdo-ce ro -eu
ítes "d" a palavra "agiícola*.
Artigo as - Po 1 er«rdndo p»S’-»r.do a figurar coa a seguinte rsdaçuo:
"0 ergão competente puder! criar núcleu» coloriais vi -
unrdo n ílnj e.jecíficcs e jgvilcente ertrai e» erten:i^
tontos coe os Viristário iilitiret, para *.o» >uo "
e^ is
tência criai colônias, n.-_ f«i*4S >le ironteir* .
Artigo 96 - Aprovado aaa altoraçÕaa.

Artlgo 97 - Foi aaandado, aprovando- # a radação qua aa aaguai

Aa Mpriaf a da oolonlsação floaa obrigadas a raala


tro oo orgao ogapatanta, aujaitaa 4 fiaoallaaçao a"
prévia aprovaçao da aaua prograaas".

Artigo 96 - Tara aua radação aprovada, aa prlnoíplo. astabalaoan


do-aa, ou tro a «La, aua o artigo atrd daaíocado, opor-
tunaaaota para capitulo onda aalhor aa anquadra.

Artigo 99 - Aprovado aaa aodlfloaçõss.

Artigo 60 - Davará tar aua radação altarada, a paaaar a intagrar


o artigo 97 na foraa da aau parágrafo 2*.

Artigo 61 - Aprovado aaa aodif lcaçÕaa.

A raunião foi anctrrada 4a daeoito horas, narcando-oa


a próxiaa para o dia 4 da julho.
/<- 'J>

MobiKzaçao Agrária do Paraná


Fundsçio ta Cvitíb • Urta de Priadpias
m A»m**Iíi« Gsral preoMftaoníO c#n«*ca4* •
pram***» és \trtt»4o'9* • ém •*» •
tom • •

r»wl MIMK («M A 4a ~MOVU4f*


TO ACRARtO MASltf '»a . ca-» — » U» P«**a.
ta* WW. CacH*« -m a-*v4aés 4a #»
**•"»• <M a (ormaçaa cnaU • pacfica tea popuiaçoaa
llh»n paranacnt* «ab • tnamiN(M 4a "MORI- prawaa do Ptrui.
111/ 40 AGR/.*A DO PARANA". *-*•*: Rnabé*. I• — 0 wu irrsatma apom i ‘MFORMA AGIU.
4a«. wfv>4e a« diiiute» t • » jw«nftr IUA" ro*pm*ed»4a esta como inslrumeaU lepl que
a)- ii ngrav» ium mwvtou ntu politunalettoral, a) fadljit a ludot oa ifncttUom o arome 1 pe»
•riaqiutqui r ao »!»• ra\a dr rcliposa m prsdadc de rrrv
au 4r fiitaçáo poliluo partidária tamdoraa • pecua- b» - ne radacal r dc fl MQ .amsoti oa o»
rWUa iKrkot em tf >< ullura e praícaaom f* du IfeUo 4e lai ir 4*rt»ia entrr a Luta frdrral o
(•Ui 4r Agronomia » \ rtmnjna rmdenles ao EJta*
4a 4a Piruti t (in. 4c »• r ledo» par « aew
ru(j4u« par i U
pin • ciesçio Iffilinai nyn- ms . a efme ptanoa dr rC iniii Mra^
wfiUnlry nu* iirgos Icf itUIu da l mjo do Emi -- Cvk»' der».uj prrtrocenirs ao Lata
lado e òos Municípios. acure como aa cwolha e u > I «Wr«J para a rfetna hzacao 4v çoa
eWlçko doa candidatos a Governador do Calado • doa
Prefeitos Municipais.
(Wijtnnrair oa tarridorii qoo
bl —
eicKrí influência paUUca junto ao Cofigm-
dtaupbwndo a loagÉn p»
a
r

Nu
a Nacional a Usembleia LrgtalaUva da Catada r a* to dr CrihnDw agncoÉ
t amara* Municipal» para a vitoria 4aa altos lalrrêa
•e» da lavoura r da pecuaru. na elahoraçao dr Iru c »• cr» uma JUSTIÇA RLTLAL e
4r posturas munxipau r na voiaçáo doa rrsprctiTu* roda . f Ksce* Unia.
orçamento», (. — pra.- il
«' - propugnar para que a lavoura « a pecuina ta do horner. V» caw
lanham rrpr* unlaçao modigna p»«r inlennedvo dc -
rtrlor a 4rsapropr.açio dr itm» Ina^isP
•eut dekgadn» aulortiadoa. nos orgao» rstataii, para
í
txlas an mirrem» «*»af e d
* * ~
e»UUi» autarquuoa r dc rconouu mula do Estado iiUnionaia sigenuo
c 'la tniao »\-dcral cu>a» finalidades vejam as de a*- bi — Ir*» u fa***j>» rviata • t
tUllr v auiilur ao homem rura> nu fomentar a agro- vidrucaa rducanunal rstnnfaaL taatUfla t lCr* Co
pecuária paranaense, firaiuri. a vuarato n aumento da produtividade de
dl —
apruvar e traçar normas rm rctarao .» Be- mi.iv pmprKdadrs e a m.-Lhon» du bem^atar |cnl
forma Agrária", I» - garaoU rrmum-raçio justa e adequada pan
•I —
doutrtnaitainente. adotar o* principio* bá*l uê produtos .ígro-pecutno', coibindo, por outro lado.
roa referente* ao ruralismo, consuhsi a miados nas ia! i (lrs> ao inoderxU r rscorchante dai uülldadct.
Umas IncklltM Papa*». maquinas IrmncaUí IrrtiinaBies loarUndas cedi
(I — telar pelo loruieci mento oo regime d« moera ( a uentoa rte dc qvr neersata o honro da rtepo,
tko prla digmftraçao da função publna e prta mo j —
prupaoc o oorcai earoames*te das safra» agrt
ralldade administrativa rnlss jinvrs de Mu
nas dr transporte c proor n r
dimtoria oa produtos da lavoura contra » ddenoaçio da iua
qualidade » de srua preçua. mediante fila gs ta e arca
N*m
opoetwniéaéo Ul •U.t, uma O rs Varia Pr» <

vkdrla, canslitwléa dos saquintat ruralistaa:


Presléanta: PratMitea Palialo 4* Lacaréa Wamodr; b r^imule c a apare a asodaMMi e o 000 >

• .* Visa: G»rlb»l4i Raala. !.• Vlco Om«r Ma cr»* Gut peratm>mo rural, como okkm iads«peuavtta para o
mariat; 3.* Visa RlvadSvIs Manarlm, Sfçrstário G«r»i |irognrw> das iso jmdades afhcoU»
JtS*»*»Uy OsloU BoRysbL ' * Soerotdrlo VvmU.ía i» i» - proteja a dignidade e v Uberdade i'o ror»
Ormla Lara. J« l» craiírTa Rwban» Supllcy 4* Amaral. iria iuf» qur potva afluir, com a nu clarlhddncla
i

Tesou ra » r» Oaesl Corsstantino Santos. I * jisits. Tm .i „*j ntunM no deatino pnUtictKadMn(strai>«« do


Ranaia Pavai*. J * Ttsavraira D.< i* Siquoira Tintim. »d>» > da Naçáo
Procurador floral. Mano Montanha Tsiaolra, I,* Pro O seu repudao (ormal a» mlrradai trnta
4 •
curador Ad|onle: Akidst Pavan. 7 • Pracutador A4 lisa» dr desvirtua mento da noau maia cara tradlçio
(unto: Oiwsldo Glacdlo. de nslao r ordeiro.
isivo i inctlgaçio dirigida pa

CARTA Dl PRINCÍPIOS • j tii'« ,lr cLua» - a drmagogia, i Inrasponja- —


btlidsd* nn tratn da roua pub1<a - i deaoaevtSdadc
PtflJlmeotc apiotovsr sob aplauioa gerais a - *c abutr do poder aroodoOco —
ufm «tstratos
CARTA DE l‘RIN< tl*HK 1)0 RCHAI.KMt) PARA rnflm a (odot oa —
an vih/wmi r a roacin |<n|iticav
NAPVSF conrrbot ,<»>% têrrnov uc wgurci
>

Os LWRXOOltrs r PEt C \RPCT AN .In Param


<
(
nM tov'<H «u
o* c sntid Hiwriliroa que delutpam e
Ma d« n •* *-t|»atr ao Rr.**!
reunidos cm Curitiba com nhfetiso *k imihIj- j MO.
»•
\ ° \ u.i snlidahedade s todoi os bomeisa pubA-
IIIU/AÇAO A0RAU1A DO I* NRANA" naflrmam. lo « «a d« Parana qur, roinprcend<‘ivdo eirrprlonat gn .i

«*•4)0
•itvd‘. da hora cm o<ir se drliilc a NAÇAO. queiram
• \ »ua fr iiishaljvi ••*<• alto* ilrvtiiio» da
1 I
- t.iai » ornrntr rrso\ adora defendida pelo nraA»-
i

Pilha num iltma di* amplas liUnlailts .Irnmtrati mn i‘iuiisuive pnijiugnando pela «tWvna d» tetu
ra< a»»»iruraila* prla» IrulllulçAr* slgentrs que con «k r do mu piogrsoia dr K^> cu» prdl do aperfrl-
aanhrtlrm» nle rier. idi* garanti m a nntrre a p»'' e mu .a o d..* meirvVx r dor irocevaro polUioo idmt
• pn»*|»rni1adr a thd.»* as rlasae» «miaU drntrn da li. i.jtiMis d* >t. L' >no r do RRASIL’
mati prrfrlla hirmor»»»
Curitiba. 77 és (vnNa éi l«4V
rnnrnCço r»U coRhnronDtocrA «n»a» C.
< L

Mobilização Agrária do Paraná (rtaoidatiiLoWrin)


unifica a classe e escolhe candidatos
DECISÕES TOMARAS «M BENEFICIO PA CLASSE _
K5COLHA DO* CANDIDATOS r ASA AS rSâXIMAS
KUIÇOCS - CASTA DE LONDRINA
A Mobtltxaçâo Afrtrti do Fwini, pw nr*Mio d» m» ** — Manifestar
AmmbLMU aoUdariedade a apréço ao abnefada
Ocral
Extrai rtUoar la La rm Umôrtna ml tiero paranarnae na sua dudlrlnaçto * noa acua trabalhas
1« t 9
dc Julho de IN) —
i coai c-oenparrrru grande d« ordem rsptitlual. moral e educacional, rcncreqaftda
númrro d* raralutas da reg.ào Norte do Ejtado - re-
•^TT*. “
u nio' Wm4' aprovar a seguinte mensagem
lavradores csUMkoa na PYente Agrári» Paranasnaa «
estimulando a aindlcaltuçto rural aaaidea demos rá m
=£8?» S Uros , rrliUoa
t* — Aplaudir a eflclec.U r patriótica atvagdo par-
L» —
Oaeusgnar na ato doa M-u trabalho* tun roto lamentar na C Amara doa Drputadoa. doa ataaia rs pes
cstoa U
«aidanedafl* ao» cafeicultores paranaenses
voara» toras atingida*. pardal ou totaimcntr
sentar les do Parar», m
Maaboa da Istkt t Otbea
Msder r notodamrnte as tuas corajosa* poOçAu to-
prtoa aluma; geada*. soUcJtafido ás autoridades IrderaU
madas no* últimos rpUOdiot desenrolado» no Côn grua*»
comprtertos para çw l otara rápida*
«Iéiihim ib inrrdtaciu para o
eceuArtas r In-
amparo aplicando
para UI Qa oa racanea provenientes do "confisco ram
m . Nanor.al dr fendendo tntran»l«entemente a totagrl dadl
dst Inlitulçôex demoerAlIcaa vi«rntaa no pala.

Mal* >OS S5Í0 por tari dt ca ff exporUdoi e salvando 10» - Recomendar ao earlarecido eleitorado ra/aJ
da rala* r da aisena milhares de famílias paranaenses do Paraná como garanti» de vigiaria da democracia re-
presentativa no Brasil, manutencáo daa r osmi mala ta-
— Apeia.* aoa lavradores para que num festo de res tradiçur» de povo nUUo ordeiro e progreaaMto
*“'*? *'
erttto aoa brasileiro» das classes media dignidade probidade e Indepmdincto no eaertlcto da
um doa mau dl* nsandatos Irgtalausos e inUanslgente defesa doa poetai*-
i mataria de abai* dos conl.Ooa na -Cart* de Prtaa^tm do AaciNmi Pa-
«e]aai promovidas rsasraw* - A ric cao em 7 de oMbbvo p viodoara. daa
legumtao»*» •fcijko arrou.
( seguinte» candi&atoa que pelo seu paaaado petoa Mas
Kja. trtfo centeio etc para •« r*oa
i
IrabeINts em prol da agricultura paranaense, peto *»s
t ano» nao falte alimentação ao sacrtfV patriotismo pela tua comprovada rfKliorU no
ptnhu de funçòea )» exercidas, pela tua cullufa • caráter
ja porto» em prova, merecendo o honrado e o coMCleoto
1.* —
Apetor ao icHm federal para qoe determine
«cio do agro pecuarista do Paraná
ao Barro do Rrasil e ao» demau estabelecimentos de
e» «*»to —
oOciaii t pariirwixm a tr.aU rApida » efl* — Par* araadov BCNTO MUNHOZ OA BOCHA NTTOi
omu CJtnpuicao d» trrdito sgropecuanc. a ComJtaAo — lOiSSKS FIUOU CCIBAMB
Pvdral At ftoaactamrr.to da Pruduçio a firscáo de pre Para vupseau
qoa maumxn do* prodwtoa da lavoura antes do Inicio dai
ruprrtteaj »frs» era n/rrü «ar estimulem a produçio
dt cerrai* leguaninomt labereuios fibra» irpUb e nleo- II CABIBALOI RTALP
gssoraa _
04,-ç ; Jfi* «s- fVarnvolvknento Económico
^r» •*aprtm» » wlumv oa rtnanc lamentos prua<a.~^na tl JilAO RIBEIRO JCNIOH.
para a conxtraçao de tilas armaxeru r frtgoriflro» e
paro a etrtnriracào rural e Induatnal neste Kit. ido II SILIIO ALDICHERI:
0* —
Apelar para o Ooteroo federal e o CongriaáO «I la aer Indicado prla regUe Sal áo EM ado).
NarltmaJ para qoe tomem mrdtdai ur«rnlea e drásticas,
T.-ando o eraUibr» orçaincnlsno A conlcrvçáo dai iles- Para depotado» rtiidoaU
publicas o itairme da produção nacional t o fo- II AUTOCX CAETANO:
onOo das m»r*açfT j fim de r.unrar a aan«ria Infla-
rmos na que rOl levando o pau ao dewspcro r * fslincl* II EDGARD RIBEIRO MENEIES.
> —
Apela/ ao Ooverno do Estado r a Assembleia II HAROLDO LCON IXHES;
LeguMbea estadual para que amparem o pequeno r O
medio produtor p*ran**nor rm toda» as suas maU ve- 4) JOSC MARIO JVNQVEIRA;
rmenlea (utessaisdi Dnarvrlrai rrrd II ictas rdura-
elrnala aanitortas e lecniro atmolas - abolindo todoa
SI JUSTINn ALVES;
os gravames que prejudicam r perturbam > teu árduo •I NILSON RIBAS:
trabalho em prol do aumento da i>eodulivldade de suai
lirraa e a normal ramree lalltagio d> suas saíras 71 JOSS APONSO;
«• —
Apelar os demaU r lasse» prudu toras Comir- II •) III II
t * 11) (A serem Indicada, peto rvgtfo Ba
ck e industria - para que ne-U grave » dramática Oetle r Sudsrvte do Estado).
CTtor etr q-ie se debate a naMonabdide rarrçam eficiente
rentroáe Janto igr -eus componentes inertot larrupukMos II* AuU rltar a Comitván Executiva EsUdsal a cam-
e mau gananrtow no areiiido de evitar pr»r l udot os pi* lar a lista dos candidatos a serem apoiado* p*to Mo-
n 'Moa o tcjustifwavel r dr btUxsçio Agrária do Paraná.
'*eado aumento do* preço*
de bens de coe.» jmo de < necewJU i Issuura para o 17* Testemunhar ao rompanhelro rural lata Hs- m
Incremento da pruducao ssro-prt usm» lonlrlbuindu, nlstau Oala Ja RogusAI rx deputado federal aa doas
AMlm. para o desej.do rquUibriu -eial r r. tx m estar leglslatursi diretor da CvnledrraçAo Rural Brasil rira *
nos campos r nas ndsdrs r pondo barreira 4 erescente
vice-presidente da PederaçAo das Associações RuraU do
IrfiltraçAo do romunlrmo ‘marxismo leninlsmoi no seli»
Ptrana - « reconhcxlmenlo da agropecuária panuiaenai
dc roletlvldade paranaense
fulo seu sbnrgjdo « eficiente trabalhona fase e erg*-
7* —
Dar pleno * deslUido apulo às reivindicardes niuçáo «a Moblllracio Agrária do Paráná e apular parm
•°* RUBMiro» meeuta P»r< Mroa e assalariados ruraU oo seus oenllmcnlos cívicos a fim de qur, nesta quadra
qae sejam justai # legau no arnhdo «a melhoria «as ssmbru por qo* atravessa a democracia bruaileir*. acqi-
•<B*r*up*rtir*s sitaacAr» evonoenira» b*m estar * Iras Is em disputar uma cadeira na Câmara das Depot adas
qSnltdade de saas famílias dHrs* de seus legítimos dl tem# representante da lavoura da regUo Bstl do PsraoA
reftoa adequada rvmunevacAo do » u trsbsihsi e a r«.
lensAo dos benefícios da ai.uMncta oeisl atravvs do» NOTA - O D- Oatoja RogusAI acaba «s t Un ds» m
orgaiuaino» estatais Já eaiitmies «»• que náu funcionam da "MobiiltacAo Agraria do Par«aA~
a ps lo
sendu incluído na luta dos Candidatos a De-
rnneenimtCBiestf
•«-— — rasas qur drvrm funrluvssr a rasa pulado Federal da Callgagáo PJDC. DDE —
- sofredora r lasse
toctsl

CNDCMÇ0 FARA COtMSPONDINCIA Praga Zataria* M - 10* arvd - cov.| 1*01 7009
UM. «la Macia - Ca. Patfal, 171 - CURITIBA - Fr.
mi*

UMUMII
A MbOILUAgr. ACR^IA £K) PARAft/, r« OCAIlfo
C «CCUARISTAS RCkllAOA CM PATO OfcAiKO, * 19 K
M
coxc«T«Ac/r
AAOfTu RC l»,(«
M
* «rrticimc/v kkfocacs ba C*UZ>ja jOAjcR/TICA uc EJTauo JO pufe* i m
DCUTUTj wt PC3CUI jAj C £*TUa~ ^CUI.. (IPÊ*), nciocrcv, por MnM<Wi
,
AfROVAA A HtuSAOCM CO.lTIOA iA CARTA ÚL LjIUPÍNA C, RATinaXH. As RCAIsfcs
*cu tomadas cm KNirfjo m :um, d:uc«jw, cm <.mc m
siRUiiru a*
CC TIO-CCSTC oo Param/, DISIOIR AO* LAVRAOORCS PAaA 4f «SCI A PMttKTC CAAtA
JC F*Tj BRAXu c oiru of-u :m tooo o Lstaoo

1 ' iCATIRMA* A COMVICvfO BA MUIIIMM IMPCTIO** RK «RIRAS

WSJCTITAí C IICOIATAS OUA ATCmuCM O rÍTMu | /UC t»X» I A, KM O RUC SoJo M*-
r*AT l/vC 10 AR nrmitM IKITITUOOMII C CiTRuTUAAIs SCCtAMABM MUMMk -
«JkVIMCkTi SOCtAL C tCOvflUTCO RO «*ís, KOlMt CISAS AuC , C »*1« lAUCNTC, *1*
S(MI A* CBVlkÍRRIO OS^AJUWtAí 10 - UM «LA MflAM OA ASTRWTtMA TRIAUTJbIA,
UM AC LA RCDWyXo m/sTICA 0A3 APLICA^Ccs IMPA OUTIVAS J AR A UM «TO 0* SBB*
IVIITIOAX i*0 MT(R ARROfCCu/siO) C AO fCNC <TQ, BITUSIflCAÇ/o c
00* .1*03 MARCADOS CKTCAmOI.

2 - «CuJRCOJ» A I uAD |/VC k (CCAS IRABC RC AlUklâfJw C «kJMRlA


t

00* «10* AMOUAOO* M PROTCç/a, AMRUMMU, MMflílAMIH C HIHIIvl'/<


AO* CCrfTt** COHJUMIDOMCS RA XOOocTo AM-PCcUClIA, TOBXXO OtCBTVtoA, Ut^i.
VA f RCAk A CARASTIA DOS ROCIOS Ml» IMO*, ATRAvft DA CMCAi ATUA^AR *03 Mi
hISMO* R( CR/RITO CAPCCIAklZARO I «MkllTlVAUlO 6 ACUJTCC l*«T0 0A*XkAA «»*
TROR, MINOAAXO, ASSIM, A AKÉUSTIAnTC SITUAffo BAS CAAMCS m*U C W£ *" * W
j/ atimcioas «at um csTadu cr9«ico dc ion* c oÒiica.

3 MtHirUTA* SCO OlClDIOO ARÜIí* I StAklIAcXo IHfDIATA uai ac-


rORMAS Ir STITUClonAlt l CiTAUTv*A I» CLARORAOAA AM uCCOICMC IA A MIMÍPld
RUC «AAAkTAM C rORTAkAÇAM * 0 CMOC*ACIa, BCSPCITAM* R* PCI TUkARO* «UC PU*â
HCvTAM A ROVTRlHA SOC lAkCR ISft.

A HIFkTECAJ» irscstr ita rOAIRAAICBAM I CARTA JL PtlCfPlUk UO


-

«UUUJMO PWUWÜfc*, CM CRPCCIAk I UTJn* U*M IA, MAS RAIC1 RCriMOAS «•


MO frtM 3 *, OC1 0RMA A OOC C kA UM OrTTrUIOA <Jo CCMC IIMPVCS SlITltRUI -
Çfo, RCRIITRIRVIVXO Oo lUROIVIsXc OA MOMICMM, Ml CR* Ui COsmmTu RA
KOIOAR «Mi, MSRirmCAJUwTf ARTICWkARAR COM A| RC RUMI SCrOMSI RC MM ,
VI 30* I CRIAçXu BC UMA CLASBC o/oiA SUN AC C I SARAnTU 00 USO ADtROARO B*
TtRAAJ RA MCkMORlA OA BCuOA " Pt* -CARfTA " C BO AUMCmTí BO MKI ARUISITIV*
BA POTUCAçIo RUAAkJ cu «lmoria oas accA{Bls &*m a aaaicuatuu a A !*••-
TUA; ba MA I SM JUSTIÇA UAI RCkA^Bcs BA rSRRACRR Mifc«U C MA KMMM(|l
Oftll TRARAkMO A TRAVES B t kCIS CSKcfrlCAl BC SCSURIOABA ROCIAkJ S# MMI*
VRAVIXnTc o* SK«ICAklIA«ro AUAAkJ 00 AMCRTC ICOâ«HTR M MÍTORRR SC TRI-
BVTAÇXo RA TCRRA C 003 SltUMAI OC CSÍOIT<- ARArcOkA I OA UfAust* Ml MM'
NllA^Tts COAttJUTlVASJ C RA AMMIA^I Uá MSISTÍcCIA CRUCAdUMAk 1 M'llll*
RIA RAA /bUl RUUIS.

5 - CLMLLAÍM AO* MRUd púbtuos A IRRA «TC SlBCIKIsAflfc BB


flMMA^Po OAS OVA* VX.IJAOCS AOR fc OCA J »V ^UROCaTt OU PSRAMÍ, MRá CROSi.1%
%Jto AST/VCk RO* MIQHA TAS MOX|ROS URUkSOS rCkO* MlllirtflUlN M SC f«-
MARAM kO Rio GmAmOC 00 Jük, A f IM OC «UC SC RARA «TA MICA ICOlff*, OC PORMA
BlSIARoaiA AU* ATUAIS «0**1 IR 01, MAAlBOS, MUICURUS I ARRAUUIAR*# Ml||‘
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UMftlIUI, ISCrtTA 4>0 -A OA AMARGA IMl A.U 000 MSkAS M Ml«lftf«RIR.

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MR ACfMA CNOMCIARO, CwNCRCTI IA RO OR OaXTIVOS C RA I MAÇOS C «BSISTCHTt -
HCmTI BCrCNBIBO*, «A CÂMARA F LRCRAk, « CO Curió JCniTARU CRTBAA R ARMAI, t-
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BC BM AtfTtvTICA MitFCBTAçff* <0* MCITBB «LCITMUII, K BA BC IWB I B | A I BBBC
BC UM ACUVABA CJBCOLMA X BCMMCKTAtfTf V«A* AnCMl/lAa UBIBOOM* CABA-

ao BC. MB CaCBCÍCIC BC km NUBATM» MAKTCBCH-KC fl/lB t I«TBAk*IBC4T1S BB


BOXJB m CABIA X Mlfcfttoa J0 MALISMl MftAMCJflt, A cuivffo, CM 7 ac
I 1^1 aatuan ftlBMMi BB* ICBBIMtt* CAMIBATO*, cu. O MIBAM t «BI MMBM
c MM MAim.
MoMIlzaçáo Agrária áa Paraná
(Integrad* na Cruzada Democrática)
CARTA DE PATO BRAACO
A MOWLttAÇAO AGRARIA 1)0 PARAVA por • — APELAR poro aa r* . „
•OMÜo a fonreotroçio das lavradora r Roruanrias Grupo rsecBtivB para a* Urra áa S
.

l«|nÉ em Pato Branco. * II dv agóxto d* IMZ


M i narl W poçáo do lidera Am CRI ZADA DEVO-
DO PARARA DO INSTITUTO DE
miái no uralido de prog/s*au a cota*
W de dlsaâca e fhopim. òeatra d* n
Mm
CRAtICA
POQCBAS e ESTUDOS SOCIAIS «IPCSk. moWru.
milim krados de preRriMdada cafc a
rKlo dt tem r ahaerrtnda áo prioripáa toma aMh-
par dnnwaaidade. «provar a mensagem -nnUòa rtado conmriianÒB aa abpttvm cabnaòo* « pan
aa CARTA DE LONDRINA c ratifica**') m temem mu defendida* m
Ornar* Fedanl pai* **-
áocUi a* nrU tomada» em beneficio da cLts«r d»U- táo Deputado Oaloja topa* eOonU a Hr—ánri
fcarau. cm oocoe doa ruratlsu» do SvmVkMi do Par» áelenanr da rlasae rurabata
aà, 4lri«ár noa lavradora paranaenses a prrwnlr 7 - UTAX
pelo ooogrKtmenlo áa UdM a»
CARTA DE PATO BRANCO e difiuidl la em todo a rlames produtoras para a proenoçáo de uou Cnoada
Maio. Dernomiica que vtie a um deoenvohrtmeflo kormó-
I — REAFIRMAR « convicçào
da necemidadc tm- nko e equilibrado do pala, pora a obico U da alta*
parioaa de medidas objellvaa r Imediata» que atenuem indica òc bem-eaUr ic» irm urbanas v maU, pra
• ritmo Inflacionário sem o que aerão impraticáveis servindo » paz iodai r defradeodo a» dUtorçàm lòao
aa reforma» institucionais r estrutural» reelamadai lógicas malrarus ao raptnU damocritko t I tabas
pelo devenvolvlmento social e económico do Pai» me- rriataa da naclonalJdsdt
dida» «va» que. tsamcial mente, risem: ao equilíbrio I -CONGRATULAR-SE coa o deodJd* * I»
orçamentário — aeja pela reforma da estrutura Iri penla «afárço dó cUto u
abra dr eodarrcuoroto da
buliria, sc)a pela rrduçáo drástica das aplicações Im- oplnláo pública a trai ta de a»ui trabalha* de ordem
produtiva* »o aumento da produtividade no setor rcplrilu/ 1. morsl e educacional, capaauadc pon s
agropecuário, e ao fotnenlo. riiversifjcaçào e amplia- rida nirzi o* trabalhadoras da Frente Agriri* Para-
ç*0 dos nonot mercados externos naense. promovendo a tomado de coosdéorla dia
1 -
RETONHEUER a inadiável necessidade de massas e desenvolvendo a amdlcaliiaçio rural e
uapUaçlo e melhoria dos meios adequados de pro- aa comunidades de Inbalho. na forma do lotidirinM
taçáo, annurnageni beneficia mento c dUlribulçâo rriatáo
»o* eeniioa consumidom da produção agropecuária I- APLAUDIR a viglUote r efidente ituaçáo
lanunde oportuna, efettva e real a garantia dos pre- nos Deputado* Frdmu pelo Paraná. Sis- M uaboa da
ço* mínimos, através da eflcas aluaçao dos organis- Rocha e na defru daa Mria*
Olhou Mader
mo* da crédito especializado e objetivando o abas- vacócs òa* rtasaei rurau e na hiu pela prrtemçá#
tecimento daquélrs centros, minorando assim, a az> da» msn* ulçoet denwcrauca» hnbletm
guaUantc (Ituaç&o da« rla&sea média e operátu )a :0 -
RETCMENDAR ao emionás rarsJ da Po
•tingidas por um «atado crónico òe tom» endémica
g — MANITESTAH seu decidido apòao a raai»-
açàe Lnedula da» reformas tnsmucionai» e i-u rutu-
ra* ekNjrada» em obediência a pnocip*o» que gara» uma areriada eaotka At rc-
tam e (ortaieçam a democracia reip-ilsdo* <*« po««u prearauates na» Aj««blei*» LefisUtrras. capam dr
lado* que fundamentam a douinoa tocuJ-cnslá no eacTTsoo de seus m and a tos maotrrrmoe tas e
4 —
HIPOTECAR irrestrita lol-òarvdjòe a •ntrsiui^' ate» na defesa da CARTA DC PRXNClFlOá
CARTA DE PRINCÍPIOS DO T.l R.AUSMO PARA 1)0 RI RALISMO PARaN ADtSE. a ririçao em 7 dr
NAENSE em especial * REFORMA AGRAKLA nas •oitubro uroom
boaea definidas no seu item 3 ode forma a que ela da Refiáo Sul
a»)» ««tendida n*o como simples di-4nbuH*> rr-di» todo
triMçio ou subdivisão da propriedade mas como MMTO MUWH02 DA ROCHA NCTO
a* conjunto de medida» que ha rrnomea rwfl r arii 1
SupUotr Uh nu taraara Ouamm èoa
coladas com as de outras reformas òe ba«* itarni a OCPUTADOS FIDIUH
crioçáo òe uma ciasse media rural e a garantia òo
VMONtO RAPY P T i.
aa adequado da terra da mcthona da r- nda per- ARXMB AtHAIDE .’ I P
e*N u « òo aumento cio poder aquisitivo da pvpu BR» \tSLAl UbTOIA ROCIAM t D N
iaçáo rural da melhoria das retaçõc* entre - agracul
nra « a Industria, da nuior justiça na» rvbç are de
WH.SOS CHEl>IO PTB
DEPUTADOS ESTADUAIS
tr? bolha agrícola c na retnuiK-raçao dose trabalho
AMiLTAR SVPOMm P 5 P
Aravés de kb especificas de ieguroUd- <uul do
\NTvUOO LOTES JR P IP
deacnvo vtmento da 'tndKaluaçao rural riu aprrivt
çoamenlo doa uietodv» de Inbutaçan da terra o do»
CASTOLANO NCTO P R P.
l ALia»* II NUUElRA BORGES M T »
rirtemas òe credito agncola da c tparuao da» orgn
*Dt XRIt TAVOR.A P R P
ntaaçàn cooperativas e da ampbaçso da ssatatcnvu
rdocactonal e samlana das ara-»» ruraiv
illVOgTt 1>RA\K\ UON
5 - tOM
LAMMl ao» poririt-» publico* j ur-
RUO nr MATTOS 1XA0 PSD
peolc d<*ctphn*ç«o da furmaçao da» novas unidades
t.l .. UwBLRTO DAIi*AN VLLX PTB
05* IR MVXFTLUT P D.f
agriroU* no Swdorstr òo Pararv pa'a lorsKraçjo OVUm» t.SSPARITTO P.OC
eaUvel do* migrante* ptonetros captibo* prkot rm
ni(ui4t.»t que »r lormaram no Rio C.rarxlr rio Sul ?
P.UTJM \MVRCO PR
R tl L COMES PEREIRA P S P
fim de ifwc *e garanta moa
rego» dt forev* Urj walffr rtrofís P T
doura m» atuai* posieinv. nteriro» junviro» * I onfere
aaaalanado* rural» - o u*o econômico da terra A, mm ( «ntm* M de «gORo de IM3
daa aua» prcuIsrtdaJc» coiogniv e gcmcvoadmicat
.

r*o La Mo a d* amraaa Iminente dna mate» dn mini


Lacaeda WrM
(bMq pm cumpodáacn fou itens. 1 W mi • lfll \m • W Jü i»« ti M. 91 •
MHi
i

mo biliz ação agraria do parana


.••AçÍ^XACAÍIA». M . CONJ 1001 »OMI, 4-Mtfl
CMIlTI»* **»*"A

*• *1/12 Curitiba ,1 da wtoabro da 1962

II o. fitar.
Dr. Paulo da Aiili Ri ba Iro
IlO fll JiMlT? - OB.

Prexadlaslmo Dr. Paulo

Xocobl , coa troado setlsfeçso, a sua aatiaada ado oi-


ro da 27 da acosto p.p., ossln cooo a uLnoto da " CARTA DC
PA 1C SfUHCt " v qua mereceras a alnba melhor atenção.
Agradeço, ponho rodo, pala sua valicelèalaa oooparoçio
a - cxeusado ditar - qua o • carta ", redigida paio Amigo,
oereceu o nossa unanime aprovação, assia coao do dap. Munhoa
da Rocha.

Amanha - do-lnco - deverá sor publicada aa Curitiba


a logo ma.s. 9a Jacarezlnho. subaatida a apraclacio da H.A.P« y
qua sa reunira naquela cidade.

Telefonei ontem ao Rio. a fim do aa entender coo o


Sal. Solbery sobre a oosslbllldade da vinda da xm tácnloo
do IP-S pr ra a concentrarão da Jacaretloho. Infel imante a
Sal. ao o se encctrave na sede e fui inforaado que, ape-
ar da za lor boa vcitade, no o foi posalval desfocar too ela-
mento do Sruoo da rrahalho Sobre a Reforma Agrária para o
Parana.
aa nassas —
ncentracoea^antar ore* obtivera» pleno
axlto. confo— « nrova o noticiário da lrpransa da Curitiba,
qua lha envio, em anexo.

Co -o lhe adverti, porèn, oa noaaoa recursoa eatao _


cada ver nols escassos e, caso foasa possível obter o refor-
ço, sobra o nual tlvenos a ooo*-Çunldade de conversar, - se-
ria, para nós, una vardsdelra dadiva, calda do oáu.

A c a n penha doa nossos candidatos vai Indo u\plto baa


- ooesar das i-aenscs dificuldades que se antepõe» a noaaa
prera-ao, coao o Senhor te» tido a oportunidade do consta-
tar p-ssoal -ente - a tacos grande esperança na vltórlt elei-
toral do dep. $unhoz da Rocha.
3u»to à irJia cordldetura - aó depois do dia 3 do
corrente, noando rerresssr do Rorte - tarei oportunidade da
da d'r.anlza-la pesroolmento. Ato agora, so tenho tratato
da condldetura do dep. Munhoz da Rocha e da estruturação
definitiva da H.A.P. o rue, t«« parece, graça a Deus, jâ foi
conseguido.
A.ftarda do suaa novas noticias, renovo meus cordtalie-
SLoos «braços.
Atanclosaaanto
MjobiUZAÇAO agraria do parawà

Curitiba , 6 da seteabro da 1962

limo. Snr.
Dr. Paulo da Aaala Ribeiro
Elo da JancLro - GB.

Presadlaslso Dr. Paulo*


t coa cr anda satlafeçao qua Tolto à presença do ona

ro Amigo, a ria da lha enviar elgunj exeaplerea da Ca»-


ta da Pato Branco * - qua obteve a aalhor repeacusião
no aaloa ruraia do Sudoeste a Oáata do Paraná - a foi
alvo da un an l aa aprovação mm Zacaraztnho.
Env lo-lha , igualmente, o noticiário referente àquala
concentração - oua foi a aalhor da todaa, quanto ao nó-
sero da part icipantaa - a consolidou, da aanaira 4efl_nl-
tira, o nos 50 movimento.
Para flnalisar âasa ciclo da concentrações, já pro-
gramamos a resllssçao da saia três* Oua r a pua va — dia 20 (
Toledo — dia 21 a Castro - dia 23.
Nesta altura doa aconteclseotoa, tenho plana carteia
da que a Mobiliiação Agrária do Paraná suplantou, as atua-
çio, aa deasls olássas, reunidas na Cruxada Dasocrátioa
do Paraná, sendo, atualsante, a aalor força eleitoral do
Estado, a se opor a demagogia esquerdisente de dlveraoa
setcres do P.T.B., do P.D.C. a do P.S.B. ( comunista )•

Renovando saus protestos de alto apreço, envio cor-


Slela e a:etuosas saudações.
Ate nc lo? emente

ShA-
Bronlslsu OstojlRafós*!"
Secretário oãfal.
TtUfoMM rMwbldo dia UU V às 19 ha., paio Oan. O.C.V.
laçad o 4o Dr. locusfcl.

1) Dara agtar m Curitiba do dia Yf t apartaaanto rasarrado


do lotai Ifuací. K
r .

Llcar-oa laadiataaanta eaa o Dr.TOUírfa^IUfo - Prasldanta


da Podaração do Caaárclo ou na própria Fodaraçlo ou «tua
rasldâccla, paio talafoua iiO-3^7.

2) Vo próprio dia da chocada, aa posslval falará duranta 25


alnctoa na T7. s&bra R«fonu dgrárla a IPlS.

3) dábado - Tlacas da avião para Pato Branoo.


Raunlóas no gabado a donlnco.

U) lacraaso a Curitiba no mmo dla t à tarda.

5) bcruio ao Rio na aanhã do 2*. falra.


APÊNDICE N
Seleção de temas para os seminários patrocinados e organizados pelo IPES;
correspondência com Garrido Torres; atividades do grupo de estudos

Em documento de junho de 1962, o Comitê Executivo enumerou 12 grupos de temas


c lópicos para debate:

1. Prática da democracia pelo povo. divíduo. Mecanismos de individualização


Distinção entre democracia e demagogia. do rico e do pobre. Riqueza ou pobreza
Análise da prática política brasileira. Es- individuais. A idéia da distribuição pari-

tudo sucinto dos partidos políticos do táriada riqueza. O grupo familiar e o


Brasil. Político como uma carreira indivi- problema da riqueza, lustiça social 0 pa-

dual. A preparação dos políticos para o pel do Estado neste problema. Subdivisão
poder. O voto e seu significado. O pro- do trabalho no regime capitalista. A remu-
blema da escolha de representantes. Qua- neração do trabalho. Escalas de remune-
lidades de um bom representante. ração do conhecimento profissional. Redis-
tribuição da riqueza através da tributação.
2. Intcr relacionamento da liberdade in- Caracterização do espirito de inkiativa da
dividual com o regime político-ideológico. liberdade individual Risco. Realizações do

Caracterização das aspirações humaoas e regime capitalista no mundo e no BrasQ.


da liberdade individual. Liberdades essen- Vantagens e desvantagens do regime capi-
ciais. Estudo da personalidade do brasilei- talista. Aperfeiçoamento necessário do re-
ro à luz deste tema. Sobrevivência da li- gime capitalista.
berdade individual em um regime repre-
sentativo democrático. O
problema das li- 5. Comunismo. Essência do sistema co-
berdades individuais sob o regime ditato- munista. Seus aspectos económicos e polí-
rial. Moral, religião e regime político. ticos. Socialismo e comunismo. O regime
comunista e o indivíduo. Comunismo e
Avaliação social e política da situação
3.
planejamento. Vantagens e desvantagens
brasileira atual. Interpretação da situação
financeira c econômica, da conjuntura in-
do regime comunista A vida sob o regi-

ternacional e do política externa do go-


me comunista. Incompatibilidade ou não
do temperamento brasileiro com o regime
verno. Caracterização dos aspectos críticos
da situação brasileira, exigindo soluções a comunista.

curto prazo. .Listagem das possíveis solu-


ções a curto, médio e longo prazo. 6. Autodeterminação e dependência do
exterior. A noção de supranacionilidade
Obrigações do indivíduo para com a
4. para a complementação das deficiências
sociedade c da sociedade para com o in- individuais das nações. A Comunidade Eu-

669
ropéia do Carvão c do Aço. O Mercado ca. Os falsos alcoviteiros da opinião públi-
Comum Europeu Realizações desta enti- ca. O papel da imprensa na formação da
dade supranacional. Possibilidades de uma opinião pública.
entidade supranacional sul americana. Su-
prmnacionalidade. liberdade c soberania. 10 A relação da população com o sub-
desenvolvimento. Caracterização do subde-
7. Estudo objetivo da imprensa no Bra- senvolvimento. O
conflito entre o índice
sil. Funcionamento de um jornal. A em- de crescimento demográfico e a taxa de
presa jornalística. Caracterizaçãodo jorna- crescimento econômico. O caso brasileiro.
lista brasileiro. A função do jornalista co- Recomendações
mo um condutor da opinião pública. In-
fluência da educação e da situação finan- 11. Satclização de nações. As duas gran-
ceira na formação de opinião de seu jor- des potências mundiais. Relações do saté-
nal. Obrigações do público cm relação ao lite com a respectiva potência. Obrigações
seu jornal e vice-versa. da potência para com o satélite. A revolu-
ção cubana c seu significado. O destino de
8. Estudo dos valores humanos e das Cuba c sua influência no hemisfério.
virtudes cívicas A intensificação da práti-
ca destes valores em períodos de crise na- 12. As leis básicas. Estatuto da terra. A
cional. Princípios morais e a pobreza eco- reforma bancária Abuso do poder econô-
nômica. O aperfeiçoamento moral do mico Destmação dos lucros Tributos.
povo. Fluxo de capital. Código dc investimentos.
Sistema financeiro. Resumo dos projetos
9. A demografia brasileira. A população que por acaso existam na Câmara dos
adulta e a população jovem. A população Deputados. Breve resumo dc legislação se-
urbana e a população rural. Caracteriza- melhante em países de natureza semelhan-
ção da fração politizada do povo brasilei- te, tais como fndia. Austrália, Canadá e
ro. Geografia da população politizada. Os México. Caracterização das condições bra-
mecanismos de formação de opinião pú- sileiraspara a orientação do sentido de
blica no Brasil. Autenticidade da opinião leis necessárias. Leis básicas e ideologia.
pública. Os falscadores da opinião públi- Sugestões e recomendações.

670
Rio de Janeiro» 23 d» fevereiro d* 1^62,

IlAO.sr.
JOSi GARRIDO T&RHE3
Conselho Racional d* Economia
Rua Senador Daotaa, 7U - U+s
Rio d» Janeiro - OB.

Prezado Dr. Garrido Terras:

Çkj acÔrdo cota nossa entendimentos


verbais venho por sou intermédio apresentar ao IF33 une pro--
posta para realização de estudos sobre 0 problena fiscal no
Brasil a a reforma tributária.
Conforme tive oportunidade de lhe
expor verbalmente parece-me mais adequado dividir Ôsse estudo
em duas etapas. A primeira» da necessidade mais imediata tra
taria doe impostos federais que deverão ser modificados nã
próxima reforma tributária. A segunda» para aer feita num
prazo mais longo envolveria o estudo completo dos atuais maca
nlsaoe de elaboração do orçamento federal» uma proposta de
~
lai orçamentária e um axame meticuloso dos tributos e das fi-
nanças estaduais.
parece-me oportuno» no mGB»nto»ll
mltar a presenta proposta à primeira etapa do sstudo que» ea-
peclf lcaaente compre© d do ria a_elabcração de projetos de lei
com as respectivas Justif i cações sôbr* os seguintes impostos!
a- impôs to de renda
b- impôsto de consumo
c- imposto do sôlo e afins
d. imposto único sôbre combustível e lubrificantes
e- impôs to único sôbre energia elétrica
f- contribuição do melhoria

fisses estudos seriam realizados


por um grupo de técnicos aob minha coordenação, ficando todo*
nós â disposição do IPS3 para qualaquer debates e esclareci-
mentos. 0 prazo do eatudo seria de 1*5 dias contados a partir
da acaltaçao da preaenta proposta e o preço cr$ 000.000,00
(oitocentos mil cruzelroa) a serem pagos contra a entrega do
trabalho reito.
Aguardando o seu pronunciamento»
subscrevo-me
r 9

Rio 4o Janeiro, 20 do oarço da 1962

Do Corrido Terras

foro Cooorol Borroro

lIMld 1 CqtttmI a— flnaocairoo do Sstor do Estudo*

Doo sstados eocsidaradoa prioritários polo Caolssão Dira to-

ro for— c onero to do a coo Canis Ho^alr* o V. Kobry, polo laportônclo do

Crt 20C.000.00, o ralatlvo ò loi ontl-trust o o rafararto à rafo roo tr^

X a io coo Maria «oorl.ua Sioooaaa paio quantia do Cr# #00.000,00.


Bo ona ato, arei sendo da bati do oo l?Z. o trabalho aôbra rf

ao— do locrso, cujo pro/^to o Juatlfleativn não lo porto a oo acua poro

• lootltoto, ás TM qua foros pr aparados paio Cooaalho Iconôoleo da Cll.

â doapooo cootvpLada oará do Cr# 10.000,00, cooo "Jaton* paio cooparo-

doaoto às runalõos doo tácalcos convocados t Mario Hanrlqus Slósossa

(ralatorl, Bali» 9. da Jllva o Dônio Koguolra. Hasta var so o ra La t ar

fas Jos a qaalqatr roouBaração o oals.

t oosaa latanção jrocadar do oaoso oodo — ralação • r«fo£

oo ocrorla o oo prohlaos da caos popular, tosas dois projstoo astãa

oando floaocladoa paio Instituto Brasllalro do Ação D— ocrátlca a, tn


a
fso oo moám ríwmâl • canbd na do, sarão discutidos por aqulpas do «o-
proaárlos o tócnicofl oo IPJ.

O artuds aôbra participação doo —pra^adoo noa lucroo dos


•prôsao s U B oãs não foi a iodo contratado por antandar-sa qua cabo
procodor, prolioloaroonto, o uoa pesquisa qua lnfonanaaa qua tipos ds

bOBSlicto ssciol ss voprãsas já confsrao so rsspoctlvs psssool. Atoo-


tldpação praticado* par 1 ai c lati TC daa auprcaa*. Para tal

> dlapoaoa da propoata <1# Praf. Joaá Artur Rio» qu# aaria aatrcgn

ao praao da 120 dlaa, a contar da data da contrata, cootra a pi|n^


ta pare «la do «a trea atapaa da Cr# 1.010.000,00, aando Cr| 700.000,00

aa aaalaatura, Cr# 600.000,00 apóa 60 dlaa a Cr# 510.000,00 aa ata te

•atra t* do relatório final* £att eoaprsalaaa alada aã» foi unalte


a aatá aa aa^ctatíva da ua antjadl-Mnto cai a Coa la alo Kcocutlva.

’J03 tcaaa prioritária» alnla tão foraa coa tratado» •• rafa-

raotor ã raferu crça untaria, reforoa bancária, raferaa alalural a tf

laooaunlcaçõaa, pira oa r4 vo 1 » a Ioda não fai poialfil aacaatrar tacai toa

capar* a a ilaporívcia a i,u<hi oa «neoaandar.

la ala, taooa cea© doapoaa carta para abril * (a ato cao a

trabalho aõbra a 1*1 antl-truct (Cr# 200.000,00). Para abril, a aaaaa

ac orrerá coa o pa-asnnto da rofbrte tributária (Cr# 000.000,00). Alta

diaao, daror-ae-á provar o oorr«apendaata aaa "Jataaa” dacarrauc te

dlacuiaao da itntasa da lucroa, qua davorá a«r doaaabolaada poaalvai.

anta r« aarça (trõf tccnlcoa ã rocio da Cri 1C. 000,00 por cabof* te

aa total provável da ctnyo saccõaa). A provisão do pa4a.ua t« Aa "Jataaa*

da varã aar falta taibéa pera a rafonaa agrária, rafara* tributária • bt-

bltação popilir, cuja wor. tanta ( difícil an taci par 140ra. içado qw te

contrata a paarrulaa ac laa rafa rida, tar-aa-á d* progrmsar igaalaaat* a

daapaaa do Cr# 1.610.000,00 * attedor durteta aa parlada d* 120 dlaa.

tofavaralro, a única daapaaa afatoada corrocpoadac a


Cr| 300.000,00, flcanda • 3«tor da «iatudoa coa aa aaldo da Cr#

2*300.000,00. daria • ca ao da crcriltar-aa o 3ator por aaaa lapartia-


clâ coa aplicação difarlda para aaia adlaot*.

dá, ainda, • ca ao te » aacratário par» • Solte, cuja aaa-


•urao, inicia La «ota aa ttepa parcial, podaria La parlar wm dla p ia fl a

teual da Cr# 50.000,00.


Rio, 29 de saio de 1962

De Garrido Tgrree (Sator da Estudos)


Fara o Coaite Diretor

Estudos aa c\s-so -

.Ea confiraaçao ao qua ja lnforaai ç da acgrdo coa a daclaão


da Comissão Diratora. o Sator da Estudos, alaa da ja haver aprasanta-
dg um.priaeiro trabalho constando do projeto a raapactlaa Justifica-
ção sobra o problcaa da raaassa da lucros para o exterior, asta atu-
aloenta procedendo ao axaaa da reforaa ar.rarla . ua dos toaaa priorltá
rios.

v Q grupo aisto da anprasarlos a tçcnicoa qua estuda assa «f


taria coapoe-se da foraa eeguigte: eapreaarioe: Drs. xilçladea Sa
Freira, H^rold Cecil Poland. Cândido C. Faula tachado, Antonio C. do
.ux-rai Lsorio, Ferçar.do Klblelll dj> Carvalho a Ldr.ard Teixeira Leite;
técnicos: Lrs. Jose Arthur Lios, benio Fogueira, Luix Carlos Mancini,
Jylian Chacel, ..anderbilt Duarte de Barros, Paulo Assis.Ribeiro a Jo-
ae Jrlneu Cabral. 0 docuaento_de trabalho, ,alnda de acordo coa orͣQ
taçao estabelecida pela CoalssSo Diretora,,# o projeto a justlficacao
financiado pelç Instituto Brasileiro de Açao Deaocratica o elaborado
pelg Fr of. Jose *rthur Hlos e pelo br. Ldgard Teixeira Leite. 0 IBáD
eat« t vpreser.tado no gnj po nisto poç seu diretor, Dr. Ivan Hasslocher,
relo,Frof. Mos e pelo ecçnoxista .enlo Nogueira. 0 plano da, traba-
lho e o de produzir não ao o aelhor projeto possível a&s t«nbea um
documento paralelo, contendo prlQcípigs e noraaa que sirvaa para de-
finir a posiçÔç do IF13 en relaçao a essa aoxentosç assunto e para
^vender" as ideias nele contidas Jugto à opinião publica. Este sçgun
do docuser.to s era entregue pira aquela fia ao Setor da Opinião PublJ
ca.
C trabalho enegaendado ao ecoç.oalsta Genlo Nogueira e ao
advogado -illiam labry sobre a lerlslaçao antl-trust teve a sua entr$
ga atrasada e antes de que fosse apresentado foi objeto da eprovaita-
aento pelo Cr. Melo Flores, dada a urgência que o assunto assualu re-
r.tina.mer. te co Sen. do. No agmrnto, estou de possa do ante-projeto da
f ei qua resultou dessa providencia, o nual possIveLsenta deveria ser
aprecladg pelo IF-â, se nao para encaminhasento de us texto corrigido
w relaçao a qua! j uer laproprledadf s, pelo oenos para o fia de propi
ciar uaa declarjçao pública quanto as ideias e princípios qua favore-
ce es una lei desse tipo. Çon esse objetivo, deverei receber dentro
da poucos dias a justifica “o do projeto acima nencionado. tsse tra
balho custara ao IFL3 Cr; 00.000,00.

0 trabalJjo básico sobra a reforma tributária foi encoaerjda-


do ao economista .!arlg Henri ue Slaor.sen, cujo prazo de,entrega Ja sa
esgotou, á t.refa a ele atribuída consiste na elaboração dos seguin-
tes ante-projetos de lei * r« -p<-ctiv«.3 Justlflcf çõos: a) imposto da
r«nd •
,;
b) i/aposto de consmo; c) inposto do selo e afins;, d) if-
po.it o único sojf re coxbustível e lubr^i icantes; e) imposto único ao-
bra energia eletrlca; f) contribuição de melhoria. 0 trabalho aa a-
praço foi proaetldo rs 23 da fevereiro do corrtfite,ano para ser entra
ue dentro de (.5 dias, a contar da data da aceitaçao da proposta, que
Íoi coavinicuda ao Lr. áinonsen na, aesaa semana. 0 1PLS devera pagar
e
'.rO £‘s.0JC,00 contn a entraga desse estudo, qua aa vea sendo proae
tida para futuro aulto breve.
. a

2.

,Un outro ejtudo, leapre cooilftlndo do inte-prajeto t Jueti-


f^€âtlva o o qut ooU sendo ulçimado sobre a ceia popular polo IBAD.
t

Tao logo esteja prontg merecera o exa/je do IfET njíorma do procedíaeg


to observado en relaçao a reforaa agraria o de acordo coa o coablnado
coa o Dr. Hsroldo Cecil Poland.

0 teaa da reforaa eleitoral foi objeto de entendimento coa


o Professor Thealstocles Cavalcanti, quj proaeteu apresent|r um rotei-
ro do estudo para nossa previa aprovaçeo* Coao o aesao nao foi até
agora entregue , estou tentando entrar ea contato coa o referido Profeg
eor para confirmar ou não o seu Interesse a respeito.

0 tfabalho referente » participação dos empregados nos lu -


cros das eapresas devera ser precedido de usa pequena pãsaulaa sobre
o que ja se pratica no Rio e en Sao Paujo por iniciativa g* alguaas
firmas. .Nesse sentido, o Professor Jose,Arthur Rios propoe qut a ig
vestigação fosse atribuída ao seu escrltorlo técnico para aer entre-
gue no prazo de 120 djas, a contar da data do contrato, contra o paga
mento parcjlado ea tres etqpas, nua total da Cr$ 1.610.000,00* tesa
Investigação cobriria também todos e quaisquer benefícios sociais de
que ja gozam os empregados. Contudo, o montante foi considerado aul
to ajto e resolveu-se tentar a alternativa de realizar • peequisa a-
traves da Escola de, Empresas de Sao Paulo • do setof correspondente
pa Universidade Católica do Rio, apenas no tocante a parte relativa
a particlpaçao dos lucros, guando de alnha recente viagem a Sao Paulo,
discuti o assuntg coa o diretor daquela Escola e mt foi dito quq eata
nao teria condlçoes para realizar o trabalho ea prazo curto. Ja o «es
mo não acontece com a Universidade Católica do Rio, havendo o Dr. Paulo*
Novais, encarregado do departamento competente, assegurado o interessa
que o assunto lhe desperta e a pofslbllldade que haveria de a pesquisa
ser feita com rapidez e a custo yodlco, sobretudo se a amostra utiliza
da fosse restrita a m
pequeno numero de çasoe representativos* Aguar
do que me seja entrçgue uma prçposta por estej dias para resolver ea
definitivo. Restara decidir sobre o que convém fazer em Sao Paulo.

Relativamente ao tema telecomunicações , depois de alguaa he-


sitação quanto ag técnico a quem se deveria pedir o ante-pro jeto, foi
feito pela direção do IPtS convite ao General Medeiros, da Radio Globo*
Estou informado de que aceitou.

Dos assuntos aprovados peia Coais são Direçora njío tiveraa a-


ijjdâ encaminhamento os relaplvos a reforaa orçamentaria, a reforaa ban -
economlco.ee íal e a slndlcaii 2 açãc rural
c aria . ao plane lamento pela
,

dificuldade encontrada ea interessar os técnicos mais capacitados pa r


ra tal. Valeria a pena reexaminar esta parte do programa coo vistes a
conveniência de confirmar. ou nao a decisão de obter a preparação de
eqte-projetos. A Exposição Anual òo Cçnselho Nacional de Economia cog
te* ua canítulo sobre reforaa orçamentaria e outro sobre.refonaa bancg
ria, que poderiam talves servir de base para uaa definição de atitude,
seja no tocante ao jreparo de declarações seja para efeito de orientar,
quaisquer ante-pro ietos a elaborar*

Os temas que se estudariam a seguir seriam:

Função econcmlco-sooial da empresa modera :

Expansão do mercada decapitais l completando me-


dldas propostas nas reformas tributaria e banca-
ria, como as referentes a bolsas de valoree e so
cledades anpniaas);
Discriminação de rendas para fortalecimento do
sistema federativo:
Slnã-níca do desenvolvimento econômico . Papej
Ja iniciativa particular e da iniciativa e» tataj
<

RfTlsI? da Con»tU^U»P
“ r*d*r|^ f mlflfr-
uriiuj
aeforma da lerlsla;ao trabalhista :
SlfcrmaTda
neforaa educacional ;
Ãefçrai io Cojí^o 3« Minta ;
Folltlca d» comercio extTrjor (ALAIX, Mareado Com
turopeu, Cortina da Itrrd;
Política da transporte» ;
roHtlca de ererria;
política da saude ruMici ; m
rtfor-aa ^ia er rutura .e^õFtgdos do ffelnUirecãg públjga;
Lai da Sociedades ir.onimat.

QrxaqliaglQ bloa_do Setor da bstydo» -

0 Setor nlo dispõe ajá hoje da organização, ten do aa vista


o oua foi decidido pala Coalssao Diretora, a qual preferiu que oa es.
tuooa fosses encaminhados e pagos oa base de tarefa a qya a ajuda de
secretaria fosse^^restada pelo serviço administrativo Ja existente
cootra una dedução de 2C> da dotaçao atribuída ao Setor, ao aontmnte
de Cr# 2.000.0QU.00.

Já se amte. não çbstante, a necessidade de estruturar o Se


tur coa un quadro mínimo, técnico e administrativo, para o cuapriaeoto
de suas responsabilidades. t possível quj al c uns dos estudos apoota-
d9» actea possam ser fjritos,aais sati sfatoria jer.te quanto a prazos por
técnicos a^ nosso dispor alea de a presw.ça desses eleaantos facilitar
a reali xaçao de ostras tarefas aborJ.de» oais adianta. De ta foras,
su b erlria contratássemos tres ou quatro aconoalatas afdlanto isa aalf-
rio compensador* Igual procjdiaento gostaria da propor pera a função
da secreL«rlo Jo Grupo, í\i£Ç«o essa oue deveria ser exercida por pes-
soa cuallflcada, da preferencia coa^Joraação universitária. Tal alf-
aento terlj a sey cargo a organização da secretaria, daria a necessá-
ria assistência a organizado * funcionamanto .doa grupos da estudos»
<

çedlglria aa atag das sessões, faria convtcaçoea, ate.. Daria tambaa


u;ll a contrat^.uo de ux« datilografa que aa incumbisse dos trabalhos
dessa tifo. al***» lr> »r:ulvo •» demais tarrfas iue lha fossem atribuídas.
C secretario poderia ser adslUdo em teipg parcial e a # datl ló b rafa cm
tfapo jnte^ral. Ao contrario da orlmtaçuo s£ 0 ulda ats a b ora em rela-
çao a este 5eto r, o grupo correspondente de Jao Faulo esta sendo orga-
nizado em bases permanentes, coo pessoal» arquivos, bibliot ic.

^rMculsrão c^m úãn f*ulo «


\eputo importante o entros^oento coo a secçfo paulista do
IF--S, l-*nto no tocarte a representação da seus ejp-esarios ei) grupos
de estudos esmo no ue diz respeito a jvirt icl pacoo jja seus técnicos,
•ntref rto, os lr.t oQvonientej ocasionados pela distancia pareceu rf-
comendar a ço*bln^jao yrovt morla ue ass*»£tei coo o Dr. tyo c uelra Por-
(

to, responsável p*lo Grup*- Jr Doutrina, teta, cooo 9 proprio noras


lncica, coglts no mofr.çnto da fixár os pgntos doutrinários que defini-
riam o pensaiento do orgag. Terminado esta trabalho, (de que se nos
daria vista) gretende poyela Grupo estudar objetivamenta probluraae
coao os içue aao atribuição do üctor de Lsludos do Rio. £ fia da evitar
gupllcaçao de esfgrços e despesas, ficou assentado que, a aedida que
essem trabalhos fossem sendo encetadas» ura Grupo enviaria ao outro^o
documento de trabalho para s sugestões <|ue coubessem, e a expressão
final do nao seria aprovada sei que o gcapactlvo texto aereços-
s* a aceitaçao ao rae-go tempo do Rio = dc 3ao Paulo, o que poderá o-
correr. medi ante reuniões conjuntas se houver necessidade de contornar
dlver c enclaa.
-

Cur.« r.ra lormllst-o »

dlro ao do aetor de cplnião híbllci recomenda a çeallzação


a ;

d* pequenos cursos. que serviste i par* dar nocÕes de Ceais básicos de


Lconomia aos Jornalistas o deseja o concurso do Jetor de estudos pira
til inlclstlva. a acs-na se iniciaria em beneficio direto dos Jorralljj
tas me runcl.0n.v3 na mele Setor. Jul co multo utll o ide|a e acredito
•iue sua realizarão pudesse s«r facilitada coo a utilização dos tres ou
quatro técnicos que pudeasemos admitir, a srços que se deseje tentar a
possiKl 11 Jade dr «ncarra b ir alguma instituirão de o fazer.

Dl vulrMcão de literatura dcocrítlca -

A qv ti ;uer observador atento é sonifesta 0 abundãnci» de li-


teratura a.irxista ea nossas livrarias si n quo se note fmpenho de con-
trabalançar seus efeitos coa a correspondente dlfulgaçao de livros, fo
lhctss e npttgos que ''procjovan” 0 regímen democrático e alertem os lej
tores de todas as ceadas contra os sales e os silos da doutrina socl-
aliznnt*. l.ostç sentido, caberia dar andnm«-nto, na medida do possível,
a U7 programa Ja acordado no nível 4* lní ra-estrutura do XP.j, que de-
vera ter sido redigido pelo responsável pelo Setor de Levantamentos.

síntese, esse pro L rana S£ resua* x um esforço dividido


e-jtrês tipos de veículos de divulgação, ua prixolro lu t ar lo sais
fácil e x* nos dispendioso) tratar-se-ia de 'plantar’' nos Jornais e re-
vistas do país artigos que # tratassefli # de tenjs de atualidade cs lingua-
ja accesslvel ao c rande público. Vários desses artigos serias tradu-
ções d« trabalhos de grandes autores estrangeiros que aparecem es rovls
tas tais coso Harc-r'a. Atlantic Uont^ly, lor.-j/n ..ffalrs e Kow Tork
IneT gtravos do detor de úplnlao rubTIcâ acredito que seja
possível atingir esse objetivo.
>' 0 segundo consistiria na publicação da folhetos (tipo digej-
to ou A^C) para divulgado Çarta junto a estudantes, silitarcs, operá-
rios e enpregados de escrltorio ea gyral. hecentenente, a jevista
Life , edição espanhola, publicou trem excelentes colaboraçoes do Pnjf.
Jessup que dirias um eficaz folheto do propaganda anti-comunista. Ha
pecessi Jade de evitar as dflon^as da^obtençuo do direito de divulgar
esses trabalhos, de preferencia sea onus paro os jornais a revistas.
Isto poderia ser feito utilizando-se os bons ofícios das esbuixadas,
uue pcde^lam assegurar a boa vontade das firmas editoras que fosses
de ante-cio ojlecionidas e que serias aquelas onde habltualsente surges
as colaioraçoas ue nos interessas.

0 úíMao ponto dis reapeito a conveniência dç se promover


a publ ic aç.to de bons livros dentro de uma linha deaoçratica sodema,
que conceba a de-.ocracla taatc* sob # os aspectos econoaico e social,
f.o quo toca a livros estranhei ros, ha suito a aproveitar. Cumpriria,
ijjicl il*i ntc, escolher us certo nuaero de títulos, em cuja publica-
ção 9 IP d procuraria intçressar alguns eJ^tores. guando fosse o £a-
so dc-tcs ultimes terex duvlsas quanto ac exito comercial $as edicoes,
o IF - ps teria assumir o compromisso de adeulrir o numero síniso de e
xeaplares que levasse o editor a decisão que se deseja. Um exonplo con
ereto, alem üacuoles em poder do ^ctor dc.Lcvunta-nentos, e a aatlr*
Animal r >rr. . de Geor b e Orvell, ate hoje nao publicada^no Brasil, bs-
tou infor u Jo de que já dispomos da respectiva traduçao, a qual, se
correspondesse, poderia ser desde lo w o objeço de entendimento coo al-
guxa^casa «.ditara. CuttSas obras ha que Ja foram publicadas ea por-
tuguês, sl^umas das quais estão esgotadas e outras ate lnfelizmentc
encalharam e sao vrndidas a preços populares, talves pela falta da ne
cessaria publicidade ouando de seu lançamento. Os livros esgotados,
que ainda tivessem atualidade, poderios ser objeto de nova ed^çao,
revcndo-sc naturalmente os textos para obter- lhes boa aceitaçao, ajes
de atentar-se para os preçof a que serias vtndida$, 05 quais deverão
ser accesoívcls 00 b rande publico. Tal programa e viável —
« sais
r

£o nu* ^sto lr.dl »pt£sív*l -- urjir. 3o que a* lhe d* começo. J« o levei


a atençao da Comissão Diretor* que, ca principio, o aprovou, exigindo
•pena* u* se encontrasse * pessoa ..capa z de **, Incumbir de tal progra-
<

a. ussa pessoa foi er.con^rada e e o Cel. Cctavlo Álves Velho, coa


grande tirocínio de tra$ .çoes e excelente conhecimento do aelo edito»
rlal. C Cel. Velho esta interessado e disponível.

Instituto de cuHu * dr-ioerátlca -

!«o cor.ce* g êx^to para qualqueç ação au* salvaguarde o regi-


me democrático se nso for s.olada ts Ideias, laa ideia so se coabat*
efetivrteente com outra idéia aelhor. Assim coso no caso da literatura,
a iniciativa :n s. do. deixada aos lni«i c os da democracl^. Por que nao
se cria ust instituição para pre^açao dos ideais democráticos?

Creio ue entre as atividades do IIES deveria figurar a inl-


eletiva de promover o estabelecimento de uma tal instituição. Esta s*
deetln^ria a j*r curses regalares, no estilo da Escola de Guerra ou do
2 is, «.ue dissemina ssorq noçots do qu* e a de-tocracia moderna em sentl-
-

d l.to, isto c, r£a so r.o ponto de vista poljtlco, propriamente d^to,


coro ijebá: seb o sr. cwlo das implicações ecqncaicis e sociais, Ale*
des cuprcs ue s*r«-»m dedos r.s sede, presumivelmente no Rio, essa ins-
titui *.o # d..ri « círio esr*clalm«nte destinados a determinados tlpof
de audltcrlos e os podaria dar inclusive, fora de sua sede. Seria esçe
o c-~>, ,por r-.-cplu, ae çursos para operários, pata estudantes de grau
eacoundário ou uni vepsltwrlo. pura militares, p«ra jornalistas, etc.
lor o-tro isdo, a a. -o exercida na sede dj Instituto poderia e dfverla
s*r duclicidi et outros centros do territorig brasileiro, estrategica-
mente selecionados, crtebdon jo-a a Recífo. Porto *legre, Sao Paulo,
etc.. pr 9 lvelj.-nie, surgira aeul o problema da despesa corresponden-
-.

te, m,s acredito que sepá possíve], levantar recursos coa destinaçao
especifica e vinculada a realização dessa o^/ra. os quala talvez sejam
ais facilmente levsntados do que pura o proprlo IP_S.
'
« un 1 c a con juntas dos setores do TP7S -

Uma ^js.aaloree dificuldades encontradas até agora no fun-


ciommrnto do or.uo tea sido * falta de comando, e a de entrosamento
•ln*„s»* r%r*s -o Ir. . ^ore que o problema de cupula parccc resolvido,
impoe-ae, a seu ver, o estabelecimento de una £otlna administrativa
.ue importe na realq-açao se nanai de uma reunião çonjunta das diferen-
tes div^:o* s, roo so p.ra efeito do debate dis ideias que surgirem co-
mo t .-ilt-m pua assegurar uma artlculaçoo efetiva que penr.ita a plenlty
de íon resultados nuo se Lusca.a.
m

filo do J/xr.eiro, 5 de JurJo de 19£2

Do Conltõ Executivo

/.o Chefo do Grupo do Estudo*

Após detida análise do relatório apresentado pelo Chf


fc do Crupo de Estudos e

- cor.sldcrar.1o a r.rc^ssldade de aflmar, Junto à Opi-


nião Pública, a orientação do Jj£s, rclatlvacente •
proUecas nacionais cais cs foco;

- cor.sl lerando 0 rltro provável cr rut tais assuntos


rão discutidos ne Congresso;

- cor.íildhr.nndn os corproclssos assixldos pelo Chafa do


Grupo, cr dccorr*ncla do decisão anterior,

- cor.silorar.do, flnalrcntc, a Justa observação do «as-


no Chefe, do que "ura das ralares dificuldades «ncofl
trados ate .acorn no fur.clonarcnta do óreão tea sido
a falta de corando e a de entrosarento nos setores
do ir^,

o Corltõ Etecutivo resolve solicitar ao Chefe do Grupo


Ce Estudos as scculr.tes providências *

1. Coordenar as atlvldados do reu Grupo, do nodo que


cal.* x. dos trabr.ll.os cncerc:;dados seja objeto de dois estudos t

a) 0 prlroiro, rals ur cento, fixando a orientação do


IPic quarta às linhas gorais rue convóm sojari obsex
vadnc r.a el .bora;ão do anteprojeto; as conclusões
do Gruro dc Estudos, discutidas 0 aprovadas polo C$
ntô executivo, sorao cr.c.aninhadas ao Grupo de Opi-
r.lão rública, não apenas con vistas a una cor.panho
2 ,

de esclareclconto e conquista da apoio, mas tirtcc


para aflraar a prosença do IPÊS;

b) o sacando - necessariamente mais decorado - visan-


do à elaboração do anteprojeto de lei e respectiva
Justificação, com tôdas as suas lnjunçõcs do ordes
técnica*

2* Programar estas duas categorias de estudos, de codo


que em cada reunião seranal do Grupo com o Comitê Executivo sejam
apreciadas as conclusões a que se refere a letra a acima, cobrindo
inlclalrentè os seguintes títulos :

- Reforma agrária

- Legislação antitrust

- Reforma tributária

- Reforça eleitoral

- Participação nos lucros

- Telecomunicações

- Reforna orçacentária

- Reforça bancária

3. Apresentar o orçamento mensal de despesas do Grupo

para atender aos encargos solicitados acima*


sstor n k- tos

TRABALHOS 31 ARDAH2ÍT0 (/r- i-<4)

AS5UWT0 RESPORSim Hl TREPA

Lei Anti-Trust Denlo Fogueira

Reforma Tributária Kárlo Slaonseo

Reforma Eleitoral Tealatoolea Ceralcaoti

Reformas de^baee Denlo Vogue ira-Aae ia Bibe iro


(declaração)

Re forna Agrária Grupo da letudoa


IKWTDmO T^CWCO Rio oc Janciro,
Paulo oc a««is mi»C»mo M
5 ii rcvcRcio* 1963.

(Umin,

PtOUCI, LCVANTC I ATÍ A ALTlMA 0O$ PUTO», liXo ARUCNTL I


, AARICI ...

Ap4* Ml AMA CMCOADA DC SXo PAULO, TIVC UMA s6tlC DC MAZCLAS OUC T0M MC

ARATIOO OC um rORMA KA DA MAO TUA L C0MIQ0. JUSTAMCNTC, NIR PCRÍOOO, CM «UC


I

o* ccwoomisros ouc oc vm ia satispazcr sXo, nXo Ȓ volumosos, como mocn *

trs. Com o IftS, cspccialmcnU, tihha cu, s&mcmtc A 2a. •uinicka oo

MC S PASSADO RUC ATCNOCR l MOUlDAçXo 005 SCOUINTCO COMPROMI 5>OS

1 - Rcvislo OC TrEs DOS "pOSITION PAPCRs" OAl RCrORMAS OC OAOK.

2 - IhSTRU(BcS AOS CNCARRC&A 005 DA OISTRlRUlçXo 00 OUCSTIOm/rIO PARA A

DCMOCRAT IZAçJo DAS CMPofsAS.

3 - Cola* ORA* com o cwuro dc trasalho ha rcoaçIc mnal ba ui oc Rcroa-

MA am/r IA.

4 - rORMCCCA MOTAS, PARA A PUSLICAçto NO JOMKAL OO BRASIL, |BmC *r 8»

DOS OOCUMC- -01 oc acroRM OC MSC •

5 - Fazc» um rclat 4rio crítico s 8 orc o Plano Tricmal.

6 - ArrcmATAR, AINDA ouc OC rORMA INCOMPICTA 0 RCLAtAmO sÔmC 0 CSTV«0

SÍC TO-POLÍTICO OA S 8lí IMAS CL(I(BCS NO 0RASIL, CLAOÓRANOO UMA SÍ*T£

SC OC UMAS TRINTA P/filRAS.

7 - Articular com a Rcitoria oa WC, os traoalnos para a rcalhaçXo oo

ScMIn/rIO iSeiC RCfORMAs OC RAlC.

e - ArticuLAR-mc COM o Alccu para ootcr of lc a colasoraçXo na introow -

(Xo oo oocimcmto a scr publicado com os "pooitiom papcrs".

9 - Articular-mc com a Raoucl dc Quciroz PARA A CLADORA(Xo da CARTILHA

• 8 orC AS RCfORMAS t UNOAMC MTA 1 1 00 PAÍS.

A MiMMA ida a jXo Paulo, tomou-mc ma scmana ocssa ouinitma, o ouc mXo

• CRIA NORMALNKITC UM MANOC IMPfCILHZ PARA MIM, SC CONTASSC COM A SA<JoC CM


(«MITO»'' *tC«iCO

f~«A. I« o». rA,mo ,, ,s. t *uco t4 r4kU „ r*


l,lM ‘" WU,UI •* •**" *“ (• '«ITI, rut A CMtLnlt
•°* TOAOAl«»OS » M M( NilCXI. »| Jo C0*1«0’JI ilttt • COMTATO CM
• Ctus»iM '«* n»«i«u • m-.umc^o i‘m.( * «cr «mm ao jvicli-

m«i »to fOOAN A I MA OClIOAADOS «I liMltl S-< KA I MS TA U f»OS «'


AA O TOCTASO DAI IMTOUçVcs sSsoc 0 OUClTIOvfrl» ALUOIOO} 0 CmACCL MC
OfAVA caamihanoo coniso o PIaho ToiCiAi rrr»«u cm rt* ia, c foi taoa ftt -

taItomi; o Alcku TAMOÍM COhTINUA CM rl...dv»LIS VI MO CSTOtlolCANCNTC AO

RIO cm homas mTo tmíviakmti miacas; os c«c»'toos com a Raoucc succuiva

M*mTC MCOCAOOS li* MNMC AO ADO» DOA MOTIVOS


I
K VIAJCMJ C, TOA f I M| A C$.

LASONAçXo DO PSOAC *VILA c 00 OClSOAL DA nr ac AOOAlTA CM IMCIiIu OM


MC IMTCDCN OC ACCCCAAA MAIS o • f TVO AAJLA A OCALI tâçlo DO SCMIkAlO.

OC ãOAsfkIA riCAAAM OC MC UWa OS tfcTlMOS DADOS M COAM IMOISK»'

s/vcis TAAA 0 AO C A AMO DA SÍNTCSC A M« oCfCM f M ITCM I ACIMA C MADA

roi-Mc cmtacouc atí muJC* « tm « ooaioa a ma mova viajcn a Brasília oft.

ma OOlt-LOS,

Tuoo ISTO CAIOU CM MIM U* «UBC OCofalMO C, lOOMCTUMC sA*« MA*0« Ml


ocuaaçIo CM occaçTo A sua mosiçZo Jjmr • AO Como e coo oo IlO oois J* u«
CAOC OCSOOMSAOlUDADC MOO CSSAS Ml «MAS ATtAIS LIM|TA{SCS M |A*ISA%A1
TAMC»'C, mm MOmCoTD CM sue S Ifâ TtS MSofoCIA CM TOMOS OS«AOAU*« O*
h«0 C]lt« AfCTOS.

A VISTA OO CSMOSTO, SCM SCIOSOIDAA-W 00 C»*MIMC*TO NMW ^


•*
AOSífvCL ICAllUAi OC ATOO DAS OCTCOIOAS AIMI»»t*U OUCOO OCSO«IOA-CO

OUALOJCS COMAMOMISSO 00 1^5 A ASA COMIDO, ji olo AOOOS, HO MMCMTO

CSMOCJ.
MAMTCA 0 í/tmO C a OISOODIOICIDADC OM ATt ACOBA TI MAS TCD MAOTIDO,

OMMOCWO AO «UC COA cfOTO CSTCAAA OC HlMA A»MAÇfO.

CsTtAO COMTimMA A MAMTCO 0 MAIO VIVO COOTATO CMS VOcf C «MB


ffcTC

OOA«C AflMlOAOC »"***


OO 00 1*3 OMOC SCMOOC COCOMTOri <M AMOICMTC OC

TVMC c OC OOMTQS OC VIOTA A OAO 00 MAIS AOOAOAVU COMvfviO.

7
sflnru m invirtr-.s p- ivuviim \‘í'Q cnvro de

E^TirpOS HO FP?OM CvTTPS "OIDO g»T3£ VAIO DE 196? E FEVr^~rr O

ES 196J .

I - r>\?AT1»S LF .rJ^S

1) Arerfsiçoereato do Anteprojeto ds ltl relativo A rc-carn do luciop

2) I - l«l%:-o Antl-trust

Persa elaborados dois estudos. O primeiro do onúllse a orltlca do


&«.*tltatlvo apresentado paio StnaCor Zér & io L.rlnho sobra o projeto
’-55 da C! ira doa Ecputndoa a o ae^ur.do divu2/;:do no bolatla ocnzal
da IntiÂada, ca qaa aa procurou definir o pentaronto do IPt3 cobra o
esrjnto. O relator da oatdrla for o Sr. Eênlo Chras Koguelra.

3) *3*fom» da ?na'. potlsão do IPt-S

Abordando citlrla política, tconôclca a social, o doevusanto aa


czuoa, procura fixar a posição do IFlS aa faca do probla&a daa choca-
das reforças da bosa.

0 trabalho, que carecau aatudos exaustivos a arplo debata coa o


Cru; o da Doutrina da S.Paulo, f »»a da sar divulgado através da publl,
caçoes periódicas no Jornal do Brasil^ serA iapreaso em folheto^.

4) P«forri Constitucional

0 astudo formulado pelo Dr.Carloa José Assis Ribeiro o qua dovurtl


ser divulgado no boletla aanaal da Entidade, vlaa atualizar a coadu»
nar a Constituição & realidade da vida nacicnol. Reíoreule, outros-
sis, determinados pontos a& qua o tsxto constitucional aa aprsoanta
ultrapassado ou desajustado As necessidades presentee S futuras dl ao
Clsdsds brasileira.

5) Palestrie a ConferAnclat no Ridlo, TV s Aenoolacões do Clama

6) Congresso das Beforsu da Ease

0 Congresso recentexente realizado S. Paul o a promovido paio Cor

raio da Kanhã a folhe da lanhã, ccntou coa a ntlva participação dos


rr*broa do Cniro da Estudos» Senhores José 'Garrido Tõrros, Ecnlo ClJ.t-
fil Nogueira s Paulo Assis Ribeiro.
2 ,

II-
~ ^ y
->/.CÃO

1) n*forom Afrírla

0 Grupo do Irol .U.o encarregado do est-ido do a-tárle * oon«tituf.


da poloo Senhoroo Zdgard Teixeira Lolto, Dínlo Chefie Kogueira, Pau-
lo Assis Ribeiro, José Irlnou Cabral, Luiz Cjrloa lanclnl, Vanderbllt
D. Burros, Julion Chacal, Cândido Paulo tachado, C^wr ~ . j 6i | ^
Arthar Rio 5 , realizou 31 reuniões, achaodo-ao coa atua trabalhos pri-
tlcuaente concluídos.

s=§Ci elaborado novo lato -


projeto de lei que, acompanhado da cor.petante exposição da motivos, eji

tá aa encaalnhado ao exame do Coaltê Executivo.

Conpl atentando a proposição ee apreço e consoante estudo apresen-


tado pelo Senhor Carlos Josá Assle Ribeiro, foi forsula » Anteproje-
to de Qnenda Constitucional versando sobra "Justiça Agriirla".

2) Reforça Tribuvlrlm

A proposição elaborada pelo Senhor Vário Henrique Slaoneeo foi


discutida e aprovada pelo Comitê Executivo, Per l o —
vi sSe que -pe—
qaenfh Uter a ções fera ja^ e i 1 de
-
fW
^trabalha, (fautor procedia eu a
revisão final.

3) Imuárlto scbre e Svtru t»r*v «g :a ^?r»M *

0 trabalho se desenvolve as colaboração coa o Grupo de Integração,


üa Grupo de Trabalho, integrado pelos Senhores Paulo Asele Ribeiro, .

Alberto Tenlncio o Juan Mieeirllan, foi constituído a fia ds

4) Causas ds/lnflacQO na Hunrrla, Grécia s Alcunha /

0 trabalho aa causa, que v« sepdo slaborado pslo Senhor Dãnlo Cha


(ti Roguara, está esr-vfêeT âb Ar &fodufde, dependendo apenas da da-
dos finais, a atraa fornacldo# paio Deputado Kslaundo Ped<\fca»

5) Remsesa da Lucros

0 probleaa está sendo reexaainedo pelo Senhor Dênlo Charme Roguei


ra qua prepara ua substitutivo ao projeto da lei do Senador Daniel
Krlsger apresentado Qo Congreseo Racional aa fins da Legislatura pe*
•ada»
a

3-

XXI- TRABA1H03 PH0JmtX>3


1

1 ) TI oro frlaral (Aw^llaa)

pr irf r* d«- uutorl» ào Senhor/


formilodoa dola ««tudo». «O
/ ^
*^to^e-*&g'pS£T^S2T?^í2víW^;t: ''trftif/i d
latia uníliaa ninuoloaa do réícrldo, PÍ ono * **

KW fj wt H M * Vn wií^tuA ç aa
i r da UB Grupo ,**^í
- y y- '«Who/L»

2 ) Saatoirlo aS»ra aa laforaat da Ba#

3 ) yaajula* aSttra o Crfn


da hUtlMjlo daa apriwa
J^ j/tC4^UA*M#A
j

11'lís .

t r . 3
P'Oio ciitld teb o
•So Paulo, U da jufca 4a 190.
"•/s/r

Ao
IF*3 - DI5TIT0T0 OS PE3QCTI313 B ESTUDOS BOCllIS
At. Joa4 Kuboa Pooaaca
Av. Hlo Branco, 156 - a/2737
Rio DE JASTFSO

laf . Q1 - 61/0157

fretado Jood Ibibaa,

te raapoata i iqj carta 4a 3 4a aaia


dltlao, daeejaaoa aiguna aeclçracUaotooi

a) ficou coolí içado qua a BSlSTBC fa-


ria para o IPlS aa aetudo aôbrat * A participação da a «3
prdaaa goverracaotole aa foraação 4o produto oaclooal a |
aatlaa tira doa caatoa da isvaatlaantoa daa aaprftaâa go -
varnaaaotaiat aoállaa do balanço oparaclonal daa oaprf -
aaai paaaoal aapr. gado ;ní rala da aeldrla; produtiridada
c os pa ração coo aa aaprfaa a congtcarae 4o aatdr privado |

corpa. ação coo a ínoia, Paquiatão, Iudondala a Argaartl -

A noasa participação no cuato daaaa


paaqulaa a# ria da ordar 4a 0’S1.248.000 ( 00(tna allhio.du-
«antoa a quaranta a oito ail cnittiroe).

Eatavaaoa cartoa do qua aaaa paaqul-


aa aarla realizado latalroroata pala BtASTiC a abranga -
ria oa caapoa nacional, aatadual a aunlclpal a alguna -
doa prlnelpaia cantroa do paia.

Bo antrataoto, pala carta da 3 da -


alo, varlficaaoa qua aa pratenda dalogar a aata atcçãa
un« parta da paaqulaa. Ora, aa dlaiuaaaaaaoa da pesaoal
auflclanta pa>a aaaa paaqulaa obaiaeoeta não lrlasca -
encarregar dola outra antldada.
lida dlaao a carta não aaoiaraca a qua
anpraaaa aa apraaantarla o quaatlonirlo raaatldo.

Subaatldo o aaauato ao gxupo da traba-


lho reapeetlvo, concluiu lia pala lapoaalbllldada aatarial
da azccução da paaqulaa, ooncluaão aaaa aprovada a» reu -
alão raglonal do Coaltl Exacutlvo.

Prealdanta
I
APÊNDICE 0
Correspondência de Sônia Seganjredo com o IPES

D.

J&o << t/tfó+o

jífjaJ* ±c<x/cmJÍ

Sucede* ic ccukts z^aU Iw & p*a


UMc/Za e eu
ecu CMCfSUce* &k ccccu/e, y**** afcoUSm. -
ICC&3 JK.cC* O&^ctj/un -CdCX* í^ty^Cí
Ck jC&ys I A'c£&> 9<<JU+<*cu jfckjCt.

fZcLc SCt &> ^cí '/^ (jucá 66 Ucct+cU


CljjcjLc Jcl )4cJnx> cXusayo a fuM* ~tcc&*-> .

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y*i r* a*Áj+i x*u tí/^u **< , jud^rjuitc o-> etc jcc*s*Á
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Jr<ct tf ^c^dxx/o - o ^Uu ^óA
eLC&A.&cCCeUJuf £ ^y>tO^0 — <y4«6iX44 **/ A4< 4«-
HUXt A i^Aun íjuc«/ C&se* íc
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A/Í^/ê +4 &^44+ 'j4t^f 4 i^Ct CU^ -

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y^c A/v
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ftxte to o«rt« «vrUto •• 3Jri,no uno paiuto,


Mataáo te Oman* bara, 19/11/19*9

«9 ir. Joai a»vl • fe quaa «la poae* latiraaatr


Aplm anlto penear rmaolvo doUar.por auorlto,* que 9*000 feêbra
o ailnlattfrlo do Hao*|««*nto • aLaha FO«l(âa diante dolo. Acro dl to «fe*
nte pol-.aTPfe.oo ao pamamáa rolou algvo eelae. «ererã, mlnte hoje, vaiar fel**,
polo dõo ondel. lteltfefe ooiooo podo» tor aedo de, ma contlmo oanio o oaaaa
pooooo.ctoo o ai — o ldilaa.
Tenho falado «altfeo ooiooo poro oa que poaouoa o torça * o f*-
•« « lo«*W,oo troo o, palavreo # aala pvLovrmo.ooa naahom raol ldo^
do objotlvm. Pio tiro a* do d« onfrontor o ação c canal; to * eorroptíral **•
tampo* io João loolart. Pão tarai a*do,t«on,t« eacaosárlo for, to aafrao-
tor o Itnnolar • *rmndo traição pol 1 tlea quo oa faz 000 ldoalo do orna *>•-
aoorvclm «ailfe. Eloaantoa é* poaoado, prastlfladoe polo Governo «evoluo Ife"
nXrlo, prociiroa, inclua iva, i«s*orxlli*r ajltoi doo quo dtlnna aro* ammma
o .roa doa polo lute que onfrontiru contra o coamluo o o corrupção. Polo
«•noa, por lavor d* gnHdão.âatoo de ve rima oor mie roapoltodoo.
au 0000 4 tlpioo, ezoc.pl lf ic* o traição. Procurara 1 «a poucoa
,

piltvrv (o quo 4 boetonte difícil) rala ti- lo,


2m 1958 ontra i pari o CUrao Prã- Vaatlbular to teculdado fí acionai
ca 'll.-.ofla, Procurada, polo ffrupo coauolaU o aaoral do prof. Vlolrfe Fli>*
to. na #r Ti-feo a participar d* badamao. Por laeo.ful poraegfelda * leoaoro-
llrodn •--lo rrupo. Entondf quo, por oan queotâo do prlncípioa o fã doaoori-
tlcn, dc veria coabatô— lo. Uaa,ôl* não afia mó. Parr c oaba tã-lo ara pracldo
CombTtar o cojruniofeo aa auno cauaooi corrupção, oofeOdlaao,Ofelaaio,cofelrõfe>
cia o * itea datontoraa do podar pol i tico, oconôaico o intalootual do pai*,
rrlnclr xo reoponoãvei* do todo o arro oa quo viríajeoa.
£a 196?, uata grovm pol ít loa, doera toda polo tTPS.fol acoita polaa
uni-vora &odoo coa a eonlrônclo do rvltoroe o dlrotoroo. üopola do aul to lu

t*r,r,ol - 1 1 ando fe feouo cologna qua não partlcipaaaoa da (r «to, õl o a, coagi-


do*. não «e ou v lr«a. ?i/o quo 'furã-lo* aòxlntao. Sofri norma peraeffulçõeo,
prlnoip Imanto par qua rol«t*l,miac aãrie da roportn^ano,* ação nafaata te
ONJ a dc IScB. Então, dapoio d iaeo ooaaçou a exploração eórdldn do -lo^oo
,

"doaoor tae" quo r loavaa, apooao, encontrar porta-roxa* para daí lado raa # não
or idee;* da uaa áaaoonc xa,ata acua interoaaao part lculajrca, pola auaa
pr-prlo idee, poaiçôaa, «te. , aa tarma «a»*;aiaa.
Aaaia, fui oonvid-da polo IPJS(jr(âo quo m titulo do defender a
Da-ocrar la, não pastava da uo» indãetrl* randoea do mntl-coammieao ) o pu-
blicar ut livro baooado naa roportnfeoao que fl t orm oa Jorml. Procurou- ao
o Grnor Golberjr do Coute - Silva. O XFKS rocoblo dinheiro do várias foiw
.

to- par- difundir a dvoocr tclfe,fe\c a aalor parto do dinheiro ara aoliaada
1 * aa orda idofe pol pu doa qua dama aala baa-oetmr a general* da rsaam • a
outron acantoo qua aa nndn oa arrlaoaraa na dafõoa do aaocraela.
.

O aau livro - 0H2, Inatrua-nto da SUtvaraão - roeabeu f inano ia-


Mnto ITSS. Mou oditor foi pvgo para aditar o livro a,eonoaquantaaanto
ven lê-: aal.T biruto. At 4 hoja nãtj^ai quxnto* osooplaroo rec*» pabllomdoe

- 1 -
. J f

f,rM e Iruil • ronh»tw. te ÜbMí* racaM «paiMM*


I f4a4» ••• *! •« |«lM« BÜ tiM|lârfi l nÍMni qua ponho
41 «drlte.0 n
Um foi ««Ulla t IH VO « rMtU.RiN^i,^ 420.000, dlnhtlro piQ^tlo oo
Ot 7D.X0 por o»*, o ( *s im
eoatrXrlo da que foaio coa ou* roo ,00 o na in
••toro oa quar s p4U.a* «Ifllo quanto » buo participação no o41çSo,
po&o aôa pooorlo *•« t i Bpri nur*. Po **u entender um atitude ohaon-oo
•aploroçôo o fn»4»
I*t»n CUB tâdoe *a portoo fechcdoa, prejudicado polo MinlatX-
rlo «a Bteooçôo ao olona oro Ma aôo. Recorrí mo 0*1. Golberv pedlndo-lbe
poro rabalOar oa D
J. flO* £u nôo podaria tnbolhar ao ITT5 porque *e-
'«ai 'II* reate* o o boa mm do I TZS seria prejudicado... For isgô-
mm imoííbmb te* da fa portai a ei ta rtt o>ii unhi Tida aa ftoarnove preju-
Hl».
te decorrência "do ll»o, füi depor bo CPI sôbra a U5J ( ao
lio. «rente t ria ddaa relatei, coz rrorna eufielentee. toda o hlatdrio •
ofôa a rtt. Safrí sifa*>;õaa d« »1 -un* deputados que ecueovn^-tea da *lte
trate 1 , IxoaraoV* •
, etc. tet? e,, 'cihei de mm enterrar, Diaaa oaito o o ia* par
lafar -apâ* da aro. IieluM *altão da Cunho que ooblo rendar a eu corro te
boeoe - a* oaa* para lr v*»l*. Zr, oua o*aa aulton coounlctao ae reuni na o
ela f.e«n eabet.de de *»tti colaa. Dlrlo-ae • pedla-oe, pelo mor de teua,
•mm S tela ara noa* areeeeee to "Irur-* eolao. CUaprí, f leLoenta.o
O *1 te I Halla o...
feia a“rrvoluç?o? Unt aaperrnç" n-iroaj •* a La. for incrível
«»* j roç*,a Rrelufit* procurou pou-r • prnUfUr alaoantoa altAjaaata
rae-pc tmimmlm par têda
- • dec*. !Íncla Isata p.íe. alttaa po ero*ea, m
ia m
» m '
*laa ‘ i—- * - l* tC.paas .ra* aar ‘isecutoroe do “revolução*. Taaoa,
»av a, a aa irlt ir lo d* Educação: o aaaao Cbitael *o fade ml
'

t e* éí.e* aaaoae dlmtoree de ivlecea a Jlretorlnefque parai Urae te


ff»!
U
oôa te* ooieervél »##,? ária fovn.o* greaoa, e*0.),0a aeeooe
*•*• tm or^aoBLta.e ejjlv»le dlser,a aaaao a*ntolllede retrdqrmdo o
ec-rr >1» «*a ter»' t* auiboe ’ ot*a utinils coo i educação do pois. 0 prr-
* ra
. .^je»*-** parrwe aa mIo! a^ do*v«e do ensino tvo Bmsll , forooa ua feu-
e* # uh» tea oiUr v<» aann,a «leaanto nóteo paoatra ta buo lroeadoda.
w
«a e Tae ala feara.i Irlae. Tamisa necesrXrlo leab-nr oue o Bmall d na
•N (* ve çacie Javte a a J.flfitute u»» iar aui ve*. A únleo Juventude pra£
tl(i ia polo Vovêrno /•«!*• - pre santo a mim
aantolldods doa slitao
u. 1/ «*•*** f»rrae aéa »»U* ». : e» ?we serves da “pistolão* «oa poucM
Jaee * f*e •atras a» iift/r fl.i,
Vai o li. k - w aa c.esei pj i f ,eo o cus diaaa ecla*. Convidado
a* 4* i *ro»al*t“o“ p r . inietro dupl ioy da ae-vir
teoerdo, tu* Isoioata <lo

ftei ar 4«te reeo*»* *» oon/ervnola nn Uni rersl-


p m lr ao hnná,ru*r
te's I uva tdM“
••nttç«e,ea»lnada paio klnlftro). «ir-
*a » ta da ii<r

rl 'la 7aa aa foleaee V tos ta renovação .o ala te ao odMoelaaol


ha» ra Cito'.,, I - rdor r» vo jo ion^rli doa hotesno p4»
o ée *nr l-aee » rr. !

hl |r a pae» v n* lí *• NW* .a )?44 ( dio


si qua 0 povo, satarrao ido,oSv
«ha- u 0 dl»!»* Ut 1 ’- de a»a»->;ít . Jv dia 16 ds Junho, o ar. Vloiatra te-
plte i a*a *•«•*» aaci rea • *r. ta, *** r ein>* :>olsa«o. Afio aaaLte por

• t •
t 4Mo 4o ar. Padro Orlaoo.lita não fôrm ouhío a.aatão.praolara •« n>
.6 r 4a quaa âurmnt* taca o oa ba tara a ana corrupção ba CalTaraltala 4a bv
fcll, Da pai n aouba qua a aepòaa 4o ilnlatro 4 prlaa 4a aapôaa 4o Olaos.

Tudo os 'uallin. Agro antro aslfloa.,,

Procurai oa 4onoa laUavolugso - . fo IR8 raoabí tóda a ai na>


tada pooaíval. Plnh/i ralvindloaçâo ara pouca, Hrvu «Ido coftltrd* j^rt La-
olonnr na Paouldada Racional 4a rilotofla.axauaanta nr c* da Ira deibcupada
p«Lo ar. Vlalra. rinto. tia atira, aaa a rua <i«al' tentes eoaur.lstte (as 4
•opóorv 4a Guilharaa Vandarlaj doa Saatoa.do I3ÍD) eont Imana. 3a nitte aL»

guna profaaaôraa "fual^oa davarlr aeparcr.poia «atava 'isniVi*. ÜB esta-


Ir^tloo do Curvo rugarlu-at , antão,ua.n outra fórrala. Pedia ao bolar paa
paaqulaaa(CrS 70.000). Rão a obtlva , spds tar recorrido ao Coronal Perdigão
qua.dumnta aaeaa Iludiu- ar, uaindo o noa* 4o 'acerai ‘olbery. C fT. Palra
Oalmon não na darlr a bolaa. Znquanto ireo.r» «a*an í-oca.sl-ir.o» eorunla-
taa o rgitadcraa do Curao da Clânelaa Soclaia da *,R.rl. t rao«blta bolaaa
aaloraa.
Plnalrenta, fui apraaantada ao Coronal Pl/ualrado. late dro-ta
toda a ratão ca rtlução roa evui rtar^ntlrtotot . Pai pcrt a llnl«*4ric da
Plnr «Jnaento. Lc/ bro-aa que *o aar epreaenteSa no *r. Jt»*r 4* 3ou«a,')t-
Cal.
rator Adalnl«tr»tlVQ do lnlrt4rlo,o Cal. Fl,rutir*4c diaea-lhai* •
I

Golbery padlu qua ou fôaae trntrda coao da ri* frailU*. C mt*a*ot©


a«tr»r*4iate • ri-
qu« ttva no blnlvtlrU foi lnftrlor ao 4lsp*t»%ío t u=?
rlor oltaantOB do SM 9 *blu* dleao.pcli râriae vataa aimn-w ^ alter-

Ç* 0 * Sa Junolro da 19A5,trâa ceaaa lapola da tar anmio ao Unla-

t4ri u do Flnna Jncento, r°** ordon do ar. Zdaar la Sctua a 'fofccta* da r*a-
»*l4ria.fafitla
bin< ta.praoei a sar paraagulda. rrlaalro.aa T»***
;« 2a.

ta odoo os runcloti4rloa for** *uaan'«2aa.a«ao4 au. Tapei* ** mlta lau,


*

ooo aguí,o4 Ott carço, recabar o uaantc. Tapo*-».** ral*ç«c % *«*»


elaevl-
ave tinha ate»
flo gno. Sou prolaonôru a funciemvr» no aa*or 4« 4tec»c o.
oif o ação ani da sacratíírln. Pargunial 4rtc* porqu* o reb*lxuanto a

não a elasaifierção eonditonta coa r profiaaão. Por te* dnM


aatrv»

ol* aiflcada coro taaiatar ta, 1 -uU tc- au- rd»’


cm julho dârta no ua novo er.a!a «prr*«*u no aa*or (ua aator
qu« oliaontn ptmaltaa, pola nine . «trecactou u» tnbrlPc aaquvr) - prof.
Jar ta Bala O«lv'o “ <jua *cóo « rè* aicao no üTSA.nrdt f^tendo 'aegunrto cona
ta lo ralat 'tio), racabau o p-àa*o 4a Uriatr o «a or da aducação do Gabl-
ae* (« 0 ar. Jaaua.4 boa aacl irac«r, pitttcivcu da *{rl\e ccci»*oaa dba «o-

vâi toa Juacal lno *• >n+-.o.

Bouba - da culto bo \ íonla - qua o ar» 7dr-*r la Souta encaaerw


ao no ar. Jaaua Ulvúo qu« au fôara hoaUlitrdrtroln em nacaaaárlo
•ei lar ua c«ao*. iu dava-la aar Oa».ltld«. ttr nta »ro« aaeaa fui lnaul-

fn- I • hunllhtdit por H«nta aa* nanhua* qu^l IfiORÇRb acnl ou rofleelo-

nn . Cuao au ll“u "orlrraa crao' t rui afrntnla do > lnl* *4^1o t HB•ae^Tlço
,

ot arno. fn «« rito ««tm «uaanto do linl táno. r^aou-ca « nicha darnw •

a. Ua dlR.Coa auarr^aa, anountra; iv'a n*'oo do or. Tdarr da ^msR,uaa


<
V
4 la da danúnni'* foltua * ala, ineluaiva ( • d* •»*butef;aa da earvlço*.
~

Batranho.o mu abafa ]iotii dirigira » i.a pira fOser qualquer roei*»


mçío. Mm. todo a Ülnletirio "eabla" que eu ara sleaanto “nocivo*.
faal-M coa o ar. BAmr da Souia o dia»»- lhe qua erigiria u* inquíribo a
(roeaaaarla o autor doa Aeoánalea,pola m
m«hi não ama aoarprovadaa. 0
«ator õas Aanimolas envolvem paaaoaa eatmnhne ao Mlniatirlo. Procurai
aqualM paaaoaa a obtive a negativa da qualquer reolaaação falta a alafaa
paoaoa. Piraca qua o ar. Kdaor aantiu aã do. Da fato, não podaria eer arbi-
trário, W««« do aà acusações ata prova. Aa "Aenánolaa " forna arquivadas
a paaaal o ficar a Alepoalçào do Çnblnete, 0 ar. Zdaar nada fê* para re-
porer-aa aorala-nhe a, «o contrário, acham a situação bastante oôaoda r paà»
tarla aaloe para afastarias futuremant».
2a prlncíploa dãata aêa fui ohoaada ao Uablnata. Minha reaoção
para o SPXA «atava pronta. Ao apresentaria* ao nôvo chefe, Dr. Ari Indo Lo-
paa, aouba por âata.qua o Diretor do 3P2A não aoatmva agrado coa a ainhs
,

Ida para li, porque ' ou rim ooaentirioa no Oablnets" (da 2daar t i claro).
Cobaldorel-M aoralaanta laptdlda da tmbalhir no EfBA ati que «eu dire-
tor fosse aacl vrecldo. 0 ar. Idaor de Souxa, evldenteaenta, achou alnha »xl-
gâneit UB ibturâo e desllgou-n* do kinietirlo, een nenhua aviso. Atitude
erbftriria a lndacoroaa, típica do nr. an queotão.
Ve jaaoa, agora, porque nãç posso aar do Klnistirlo do Plonejs-
aento.C ainletirio foi crl-do, toabán, para favoracar parentes e amlgoe da
alALr troa .gente import <nta a saua amlgoe (uma Irmandade). Aa aeaaae »1L-
taa qua aaapre ae iirvlna dãata paia contlnuaa li rapreaentadaa a o ar.
2ío»r na exemplo. Supõe ãata ar. aar o dono do feudo Planejamento. Co-
<
ba • ãla.rca ver o competência ou não do peaaoal.acelti-lo ou denltí-lo.
0 bliietirlo nãc ofereça nenhum* segurança aoa aaua funcionários. Dora,
por -egulaaenie, aceitar pessoal pera grupoe d# trabalho •elo eeoaço do
sele naaea. 1 i,ruiUa o paaso&l ati o 41a que reeolve dlanessi-lo. A pá a
fâe eoa ua funcion£ric a-le da ua ano, não taa nenhuan obrigação pam ooa
i-

âla. ‘viac právi.o l lDdenix«çr o,aeguro contra aoldente da trabalho, direito


r

a trlaa.eada dieao existe. Lais tmbelhletae aào aSo conhecida» oo MnJLe-


tv lo. kss oi funcionários tia horário a cuaprlr.
Oa aalinoe »erlia coa o "p'atolâo“ do adaltido. Há caaoa aa
qu« oa eletjentoa tidos coco participante» doa grupoe da trabalho, sé apo-
rac a no fim do ase pr>n< recpbarea o ordenado, ftlnguéa poás nrovar a a ta
A* 'inala porque o ! inistárlo n*o é efetivo, não está sujeito a lai a naa
há onto prim o •
eseoil técnico.
i Aasr Aa Souza âÍBse-ae,êle mes-
di-Jito à r*-rta política, o ar.
ao.qge fixam o corptnhs Ao ar. Hlgr~o -•» Llan dantro do linlstérlo ( ua
4r 'o do Oovêrno prcao/endo contra- revo uçio. .. ). Sle taa mito Medo do
1

3tl. Moaaa que idor» intrigna, fs» de aau gabinete uai fábrica de *« *- —
çô«a a ctlúni' a. Zr 1 por informe de jenta ligada ao r.abineta, qua o ar.
,

tdmr aaapr» ae quis /ar pelaa coatsa, porque sou, no ssu endantar, "agOM
ta do SHI-. Sus oedloorid'-'!# stpõe lato porque fui apraaantada a ãla por
a broa do sfll. v/identeumta, dava haver - 1 ruuai oolaa,pola quea aí* «rn
não toaa... i> aau povor ao 311 f* is Aa ala ua alaiMnto indaaajival. Sua

• 4 -
htitmds t »ilto eatranh». Ce Uabe • tlala* nlifío coa o >wml te te»
blnat». Conheço poUquíealxa (iot« do IÜnlat4rl0 • tenho anla o 74 • fuo,
iorof oito o mu tospo lendo, tendo aula», estu tente e não *f««odo *fofooM'
o* gabinete» ou for» delee. Tudo que tenho » dixer.dlgo frsete » frente
• ooe Inteire responsabilidade de aeue atoe.
Declaro, no final deota exposição, que, nêste p»íe pode berer f»a.
te moralmente igual • alm,aao euperlor nr. a. Rã 0 aceito bumllheçio t per.
eeguçõe» política» te eleoantot que, pelo eeu próprio penteio, derarlu •
ter bani doa da Tida naolonal. .Ve ledo d* alnh* fonação ao rd poito acre»,
oeotnr.een »or pedante, ooapet anela profissional e eoragea nfiolente jara
denunciar pCkbllonaente, ee neosa» 4 rlo fõr,o que considero fraudnlsnt» e la>
beoll* 2 x1 Jo eer tmtedn coa 0 dárldo reepeito. teu neeeado atestam hoiu#-
tldnde coragem auflclentaa.
e
*êo dou autoridade fiàà o rr. Z 4a\r de Souza por» ** deeltlr
de Jugmr nenhua porqur 0 atuo não tea condições wr* ftzê-lo. íle não 4
dono do Flanejnxento • teiito zeooa pessoa captclta&e rara Jilgtr cospetiiy.
elo e ação da outna peaaoas deavlnculitea de cei-ea i^e llr.has. C seu
ondlor defeito pera êeie tipo de pereoe 4 não eer eleeentoa de ftechlcoa.
Assumo inteira responsabilidade do «ree digo. Rio erecleo entre-
gar deraineiaa aea assinatura porque não sou i*tn:e de inforaaçõee (o ar.
Devi #
havjn podido lnforaeo 10 Planejamento sob isaiontura). Wlnh» pra-
flasão 4 outra. O que r.ai,coa os r» spactlvoa noa*» • sltuiçõe# só S«r4
utilizado publl comente ou nua pr-coeeo ous -odersl eover contra eleeem.
tos do Oiblnute do inlatro do Plmejaaonto.eaao poralste r perseguição
i

polítioa que 00 faz cantn osLn, baseada »s atitude de neu pasaodo. Vore-
dito e tenho certeza, mesmo, que o er. Linletro são sabe o ooe et fie ta

aeu lnlstórlo. Seria conveniente o># o zeseo »etlveeee a par.


"4 muito termo, diaae n "revolução* ,que rct *en.v o atividade

po ítioa.pró ou contr- nlruet colrn, 3uero continuar a não r er nenhum»


aii.Udude pol ítlea, pola .ier» »ito qu# oa hon ml» decisiva dei ainV. co>
ln^ornção, li.sentnvelnente p ra ficar “JOTcadn*. ten,se necceairlo fôr,
alterai lutar pelo» aeua direitos de cidadã insultada, caluniada e preju-
dicada por olenentoa coapror Jtldoa con governo* Jenocton. Che*ou a alshe
vê- de exigir raroo ito e con iocriçâo. Se eu tiver que continuar "marcada
mu ta gente "boazlnhn' íie-.r/ t-tbisu
1

Ssp'ro que ent« «aposição, nulto resumid' possa servir de aedi-


taçao. Gostaria de fln-ll%ar src.recendo oub não considero ainh* ida pn-
r»'o Vinintóriu 1I0 V' n^jimento um sseola. Pelo que fui e pelo que eou,
acredito ner um dever dn jujriça.

Sônia Vorle S.
i

Rio de Janeiro, ?0 do novembro dê 1966

Ao Conselho do 2T£S

Apóe decorrido « tree anoa de publicação de meu li-


vro, 01TB. Instrumento de Subveraio . edição financiada pelo IF1S3, venho 09»
lioitar o pagamento a que tenho direito e até boje eequeoido.
Poderá parecer estranha eeta minha atitude de eó
agora exibir uma definição , por parte do IPSS,o que há multo deveria ter
eido feito por mim. 3xplico a a itude que ora assumo porque oheguol a
oonolueão de que oe ingênuos idealistas nada valem do conceito e no rea
peito daqueles que dêlea efc aproveitam. Tudo que 4 de graça não tem va-
lor, ao contrário , desprezado e esquecido.
Para melhor erclarecer a situação, ouapre^me faiar
um histérico de minha posição rntes e depole da revolução, aeairn o ono a
participação do IP2S nos acontecimentos.
'.ntes da revolução, ua IPE3 reoeoeo, recebendo dl -
nhelro de várias fontea a título de "preservar a Democracia", recorria
para tal enenrgo ->o trabalho de idealistas que deveriam comprometer -
-ee a J-rci» pro amolar o noac do órgão da a uno oampanhae. Setes ele-
mento», entre os quais me incluo, não receberam um centavo sequer pelo
trabalho oesenvolvldo t.-iind*», custearam despesas de seu próprio bolso.
Depois de revolução, cuja pregação poucos tiveram
m coragem do fuzê-la etert*inonte,o IPE3 tornou-se o *ánioo" responsá-
vel pela. nessa revolução, conforme podd-se deduzir de publloação pagA,
pelo próprio IEZS.à revíntn S£L?Ç02S. Hoje, em liga com o Kinistárlo do
Flanej acento, Saneo Kaciontl d-* Habitação, SUNAB, IBRA, Uf DA, BHDE e outros
órgãoe do Governo Federal, aí» 9 ume o IPES a tarefa de dirigir a Haçãp
recrutando elementos do neccio paansdo corrupto e irresponsável, elemen-
tos que, inclusive r.nti-revolucionários, perseguem, Btaoam, prejudicam e
desmoralizam aqueles que no prosado tiveram seus nomee conhecidos po-
la açno revolucionária (é precieo eopeclflosr bem: nãç uma ação revolu
cionámi» de er.querda,mrio a ação revoluolonária que determinou a queda
do govêrro ptieeado). 0 maio lamentável 4 que tais perseguições' são fel
tas abertnK«nte,cou » puollrmimidade própria dos cientes de que suas
ações amorais ou imor ie fícnrão impunes, pole o Governo que a partir
de 1964 ee instalou no Frr.eil lavn cs mãos como Pilatoe na oruxifica-
ção de Orloto e, 'tinia, continua s prestigiar 00 mesmos elementoe da um
pasanuo oue deveria ner oequecldé e renovado. A principal oaraoterle-
ticft f 11 oi)óf te- , fiiotórlca e cooiológioa de u£a revolução ó a renovação.
Bsta n“o foi nt izn la no tJr-ail. 0 que houve foi um movimento para sal
:

var ao eliter ccaçad/is. vas, por quanto tempo tais elites poderão, ain-
da, dormir tranquilas? O que contece quando umn olasoe média oomeça a
eer arfixlrlr. e empurrada p/ ra b<ixo,nlóm de ser marginalizada de qual-

quer procooeo po í tico? A Ingl terra de 16^/8, dou-nos o exemplo} a Tran-


* i

ça de fine do rcculo X/III, taoibóm, loto par* citar 00 exemplos mais 09-
nheoidos.
Apó* Mt« preãpbulo.paeso aos fato* da anta*
te re-
volução relacionados ooa a alnha peesoa.
X - Ao antrmr na Faculdade lUoional da 9lIooofla(a
odolao unltareiUrlo qua aal* d#a*nvolv#u * ainda desenvolva um ação
aab
varelva ), dav^do aa alnha# ldãlas a racuaa ao portloipar da jartoa *pl*6-~
dioa.pnaaal a aar perseguida paio ar. ílvnro Tiairm Pinto, oatadrátlco da
Matéria da Filosofia, dlrator do 1S2B a hoaaa d* influi nela Ao* daatlnoa
da Paouldada.
2 - Ca 1962, J< conhecida antarioraanta por ertlgoa
a reportagens no Jornal Universitário a ea coluna no Jornal do Brasíl ia
coluna durou troo aaaaa,pola fui dl apensa da aa Julho d* 1962 por artigo
qu* não chegou a aar publiondo a no qual razia um rnílls* aõbra o# ob-
jetivos políticos da greve a linha do J o mal , então, era favorãeal a t^
|

daa aa agitações polí tioaa. fui convidada paio 0 Jornal pum publioar
uaa aãrla da reportagens aõbra a UNE. Aa raportagana, aob o título da
"U1IE, V.*nina doa Olhos do PC M ,*a núaero de 14, forma feita* oh*** grutul-
taa*nte, pois raoebí 0$ 2. OCO (doie all oruxelros) por report^gca.Bua
total da Crt 28.000 (vlnta oito all cruxalros) qua o Jornal lavou a*aaa
para aa pngar.
3 - quelas reportagens lntaraasaraa so IF7.3. Con-
.*.

foras onrta datada da 2) da outubro da 1962, assinada paio antio tenente


Haitor farra irv. , secretário do "tninl Solbary do Couto a Silva a ouja
fotooópín autenticada segue r.nexn a aata exposição, fica caractarlsate a
participação do IPíS na publicação d* aau livro, OEZ. Instrumento da teb-
veraão .saaln coto a participação ativa, da alnha p-rte,*n outra* st i vi da-
da*.
4 - H* oerln.- 3 da carta ao C*p. Haitor Parra Ira
há o trecho:' ?ol antão que ale a* dísae qu* trataria passoalaaat* da
e->oaalr\h\c*nto da publior.çno, pois âl* 6 da reserva * eu não*. De fato,
fttl ohanaAa pelo Oeneral *5 o 1 be ry e o nrocesao da publioação foi tratado.
O editor <vuerc indo dn Tocha Tórea publiciria o livro que eerle finan-
ciado e, portanto, venlldo por preço bea mís inferior so seu custo real.
Para ofeito de "l*(jíillsaçrio' ,n*ein#i contrato ea que ficava estlpila&o
,

qua a autora receberia 10.» (uez por cento) do valor de oada exaaplar,
oonforoe rerr* ea qualquer edição. Diase-ae o Cener 1 Tolbery que depois
tratarla.coBicOfUD p-ig-taento suplementar por parte do IPS3. Ar6 boje não
raoebí o pignasnto e o assunto nunca ml* foi tratado. Devido ao asu
eonetrrngioento, J-r.ale voltei nc aaarunto.o que faço niete aorento.
5 - Outro assunto relacionado coa o livro refera»
-so »o mhioro «rito Jo oxer.pl- ras public idos. •*.
-é hoje nno sei quantos

fornir,, ulooe-m* o r*\Jl*.or o consta no contrato, 1S.0C0 (ouinze all) *xea-

plaret.k* n.nneanr Jo nvmço d” o lênc ia , nunc'i tlvo notícia que livro dee
so cria. ’»lo nu« nel, toao o >r sll o recebeu ea quantidades da 500 pa-
?

n fááZL* Jncolr. . lMt.r,*xln i.lUrr,b-ia«a ^Ultr.ras.entUadoa olvís


receber a- no eu. rr ndea ou- ntid»n*n. lalo tu# sei, no Par ná,por exaarplo.
2.CCC (dois mil) exemplar#» forifl eoloc^dooi em S“o P>*ulo,Rnls de 9.000
(nov« ail). T nos outros luares? 'ind. depois d;» revolução, soube que 0
IPKS pra.-nv» u conferencie no Rotnry Club, onde mau livro foi distribuído
e neo jcquar houve t gentileza, por pvrte do lTSS.em me convidar pare a«
•lstlr v t*il confe rebele. Situação muito cômoda, nole a prejudicada e oat
ca di sou eu e, c~.de ve z mais inimigos rranjo rem nenhum apoio moral de~
quêlen que poderiam e deverias me “redimir-,
6 - C-iuaa-me estranheza a * • itude do IP2S em rela-
ção % nxnha pessoa, pois sei oue outras publicações fora* règiamente pe-
gas. Sen lo o IFiS ujl órgão que recebe dinheiro de váriaa féntee para
• trabalhar pele Democracia ", evidentenente is pessoas que, de qualquer mo

do,col' toran com êste trabalho deveriam raoaber a remuneração devida,ao


menos r*»m uai ajuda de cuetae.
Logo .pós a publicação do libro, em 1963, estive ea Brasília a fim de
depor nr. CPI pera apurar responsabilidades da UNS (meu depoimento durou
três da-e,Coa sessões pela manhã, à tarde e a ti à noite). Tive passagens
e e e te ia pagas pela Cês.xra doa Deputados, mae todas as outras deepesas f£
ram fei* s por mim. Paguei de meu bolso, mais de 50 cópias fotostáticas,
,

autenticações em cartório e ainda a compra de algumas publicações neces-


sárias. 2 rvsquela época, já formada pela Faculdade, eu encontrava todas as
portes techr dee para o trabalho, porque o grupo dominante no Vinlstérlo
da 2 duc' ç~o ';os im o exigia, devido a minha ação. 0 General Golbery s ou-
,

tros çene-Tiia do IF2S sabiam de tudo. Ao pedir paru trabalhar no TP2S,


a resposta foi evasiva s soube depois que "eu estava muito marcada para
pertencer ao IP2S". quanto ao pagamento que deveria tar sido feito s mim,
nuace mr.is foi falado', kesmo aseln,com tolas estas dificuldades, ainda pro
nunciei confer Anciãs em são Faulo,por várias vezes (Inclusive no Ina tltu-
to Tecnológico da Aeronáutica) • em outros lugares. As viagens a estadas
eram pagas pelos que me convidavam, mas tôdse es outras despesas eram pa-
gas por mim.
Até ar.ui falei do poesedo,do antes dm revolução. Rio
escreveria esta carts, deixaria o passado esquecido, não fossem se conse-
quências que enirento, movidas pela vingança, pelo ódio, pela falta de oa-
rnter de muitos que eotão em lugares errados. Aoredlto que um Governo
que tenha como cabeça o IP£3 deveria, por questão de respeito humano, ho-
nestldade e até cavalheirismo, porque afinal de contao sou mulher, ter um
pouco oe is de consideração para comigo. Tenho sofrido ae pipres persa-
guições e so redorrer a peeeoae que ntjbonhecem e que tê£m a zórça a o
podar nas nãoe,«indm ouço orí tlcae: "vooê é afobada, está nervosa, imagi-
nando coisas, etc.". G fato é que se antes da revolução oo*ria ataques
dos que tinham posição política contrária a minha, agora a situação é
bem pior. 2u tenho o direito de viver Am paz. Ai tenho o direito de tr|
bmlhnr, Ju tenho o direito de eer respeita In. Iara uma idéia do que tem
•ido n mlnhi vida tfepoie dseta oh/unadu revolução, relato alguns fatos e
envio, taabáa, o texto de um
onrxa que « néii oo ol ao 91 mIm yrrlt.j
poo* aa que prooleei MH çtrpara sor ua pouoo ro* peitada. Ouapre-M fw
•ar um ratlfloação aa relação àquela oartas o Govêrne Ao ar. Vegrte éa
lia apresenta gente coa reaponaabll ldade,decanola • huaaaiaao.eolea m
pouoo dlfioll Ao aor encontrada no governo revolucionário, pelo MQO« aa
ralação ao paaaoaa ooa quua tontoo tlAo rolaçÕaa funolonale. Mae, vou aa*
fato*.
1 - Logo ap6m a revolução, o aatão Mlaletro «a Ma.
oaçío.a*. Flávio Supllop A* Lacerda, ohaaoo-M para aau gablaete.Sealare.
ça que não fia nonlaiM reivindicação polo trabalho paaaaAo. Pai eoanrl Aa^
de, dopo ia oouba porque, pare servir A* • acudo provleórlo àa lAtençõeeVa»
voluo lonárlae " Ao alnlatro,ne.quêle aoaanto oarto do quo ui revolução oa
têntloa *»tingiria a '*Sáucação. Peeeel ua bh bo Minletárlo. O poaooal 4a
paaaado ao ta va todo lá a não oocogou enquanto nio oonaogula noa afarta»
aonto etrsváa do Mnobrao doo Mia eórdldae poeeívele. 0 próprio Klnle-
tro, atacado polo projeto da lai Supllcy, declarou aoa eatudanteo da ÜB
o um, quando orltlcado por õataa.quo o projato ora do minha lnoplraçio.
Pol UM etltude,4 ol aro, soa quallf looção. Jaaale fui perguntada oôbra
qualquor pcoição a aor tomado en ralação à OIE. Al 4a Ao aala,tanho au-
toorítlc* auflolanta para reconhecer qua cou ua pouco aala Inteligente
Ao qua o autor do o roje to, qua aliás,*' á hoja não aol quo* 4.
2 - ipóe « attusçic »o crua fui colocada no ÍM, ro-
oorrí to 3NI na pessoa do Coronal Jo '0 Batista ?1 --atirado, per apraaaota
,

ção da uc coronal rtnlgo aau. A qua a tio principal ara a do au ter uaa ra
poração c.or»l . O Coronal Plgue Irado deu-ae tida a ratão a indicou- aa aa
kinlatário do Planejamento. Caí nua reduto onda ora boa tanta oonheolda
da nota. A mS vontade ooaaçou no dia aa qua ooloqual oo p4e no Mlnlatá»
rio. Oa ” t4cniooe H da lá aão oa aasaoa do Governo da João Goulart a, ao
aau eetor, edüoação, impem o grupo da taíelo Teixeira, cuja ação 4 ou A+-
varia aar b«e**nte oonhecida polos qua aeouaea o ooaando da uaa rerolu»
ção. 0 reorutoaanto d ’ eatudantoa da Boonoala ,pere iirvlrat oono aata*
glárloey 4 falto entra oa alunoa qua aaapra desenvolveram aa agitaçòoa
aa «uaa fnouldaden. Qunlquer paaaoa da lntallgâncla razoável a conhece-
dora daa tácnleae da tala eleaentos.pode «upor o qua ãlee não farlM pa
ra prajudlcar paaaoaa •aaroadaa* ooao Tadlcala",raaolonárlaa" l "laperlg
,

llataa", "ibadennae • tc.


Houve várlaa tentativa® para a alnha aalda do Ulniatárlo. Por fi»
rlai vâcaa oonvaroai a obra o aaaunto ooa o Coronal figueiredo a outros
Ao SAI . O ooronol ?igua Irado Inclua Iva, ohagou a aanlfaatar dd video quan
,

to no or. Bdmar de Souza, devido n uaa aárla da poeaivale irra guiar Ida da a
qua chegava» a oau oonhaolaento. Maa,o ar. 3daar conseguiu o qua queria,
I nunoa Mia o Coronal figueiredo quis falar ooalgo. Mandai ao ar. Jeaá
Davi a or ta qua aagua anexa. Hão cal o qua rcontaeau dapola dlaae.
• ar. Bdm*r da Souza prosou, r.pHronteoant«,n aa tratar aulto baa a fã*
axotlantaa referência» a nau repeito ro :>r. -nando Murgol,da SUHAB.
- 4 -
0 uT, Edmar d# Souza, oontudo, tem um oompanhelro do Bnnco do Brnoll no
SU»AB,sr. Lauro Martins Paria, a qura encomendou minha said* da SURAB,
Sol do cn*o por avioo do uma pessoa do próprio Gabinote ,oomo sol tam-
bém, segundo comentários, que o or. Lauro já orlou multoc. proVloaaa o nua*
relações com o Dr. Murgal não são doo melhoras.

3-0 ar. Lauro, a quem não conheço peseo&lmente, te£


tou em Julho, por encomenda do Planejamento, demltir-ae da STJflAB,aprovet-
tando-se de hm alagam de meu chefe imediato e ató agora satisfeito oom
mou trabalho. Rão o conseguiu, porém. 0 er. Lauro,ontão,aohou uma fórmula
mesquinha para mo prejudicar. Sem nenhuma base Juríálos, enviou memoran-
dos o ofícios ao Secretário de Admi.nl a tração do Eetado da Guanabara, acu-
aundo-se de acumular cargos. 0 processo ó sigiloso e oorrs desde Julho.
Soube ás sua existência no dia 16 de jjovembro por informação oficiosa
de um amigo da Secretária de Educação, onde foi bater o prooeeeo,apóa paa
aar por lS (dezoito) lugares dlfersntss. 0 objetivo do ohefe de gabinete
da SUKAJ3, er. Lauro Martins Faria, ó, evidentemente, levantar uma questão na
Administração ào Es ta do, querendo caracterizar uma acumulação de oargoa,
o que na re&lidade nao existe. Afirma em seus oflcioa,o referido sr. Lau
ro,que "soube por informações" da irregularidade. Ora, a informação foi
dada por aix ceBznA ao Diretor Executivo da SURAB, Dr. Fernando kurgel,que
afirmou nEo ter importa no ia reu contrato no Estado s que havia vários oa
sos desta naturezt. na 50RAB. 0 importante, nesta história, ó o problema
oue possivelmente terei que enfrentar no Estado, caso a Secretaria de A<W
mini e tração resolva abrir processo.

Em resumo, esta á a última que aturo. Tenho o direito


de exigir um basta, keu passado pode ter ficado esquecido para aquêlea
que dêle se aproveitaram, mae cão ficou esquecido para aquêlea que contra
êle lutaram. Rão xe arriequei, nem recebi ameaças, nem assumí atitudes com
o fito de receber vantagens futuras, Se assim fosse, minha conduta teria
aldo outra desde o Inicio. kas,ee eu pudesse ter previsto o nue aconte-
ceria futurev.en te, naquela época, Jemale teria consentido em servir a in-
teresses alheios. Hoje vejo que foi para iseo que serví.
Este minha cartc poderá parecer violenta, mas é fei-
ta com a indignação própria doe responsáveis. Após o movimonto de 1964,
abetive-me de fazer política (não é esta a minha profisaâo e nem preten-
do que eeja) ou tecer comentários sobre a situação brasileira. Ro mo men-
ta mais incerto e perigoeo,não fugí ao dever, enfrontando o comodismo • o
medo de muitos. Tenho caráter e honestidade sufiolentes pnra levar meu
próteato, dlre temente, a quem deve e pode ouví-lo. Por iseo esorevl ao
SRI com rovoltn e, talvez, irreverências e agora, escrevo no IPE9,
Depois de multo pensar, resolví, viat.o ter sido ape-
nsB usada um golpe dé ellte,oobrnr o meu trabalho. Embora não sen-
prirn
do de enquerda e, por t auto, não unndo roue chavões, um vou usar nêote me-
mento: s ou contra e exploração do homem pelo homem e quando a oxploreção
4 de homona por mulher (em qualquer c lrcunstâncla) , o fato 4 s.ala triat*.
Por constrangimento, atá agora não cobrei o <me ao
4 devido pelo IPKS eu relação ao meu livro (Já não falo de outro» treW
lhos), coisa que faço coneoientomeQte,eeperendo que o IPES cumpra avu ooa
promleao e Juetlflquo a alta posição que tem no Braell. Wão 4 de meu 1 t>-
terêeee, dada a rinha proflamão de profe»»ôra,levor o caso a publ toldada .*
Mae, poderei entrar na Justiça, invocando o documento que tenho aeelnada
pelo Capitão Heitor Ferreira. Pode aer que na Juatlça nada coneiga,pole
nossa Justiça, além de oege,está surda f ou da e paralítica. O meu proteeto,
porém, fica.
Lamento, profundamente, ter chegado a êate extremo.
Sinto um certo desenoanto, decepção , náusea mesmo, porque sefado moça te-
nho .que enfrentar a maldade e a mesquinharia de pessoa» bem maio velhas,
que já fizeram nua a vidas e impedem que oa mais novos possas trabeJLhar.
Paciência, tolerância e boa vontade têep limites, A, primeira, aceitei; a
segunda, também; a terceira, nroj Coxo boa gaúcha, descendente de homens
de fibra que deixaram seu jangue no solo do 31o Grande do Sul e ainda
perderur. fortunas em defesa de seus ideais, dêles acredito ter herdado
um pouco daquela fibra, da dignidade e do espírito de luta.
Obrigada pela atenção.

£c<
Sonic lisria Saraiva Seganfrêddo
<

nacomm. oo *i*rr»OM«NTO

te iteKlo à octi te 2C/U/1966

teute> ao m lo«ar aa SUmf.aop wo ccirW lo ati aarfe.

te — « aio poaaofpor qaaatõaa n**3>o«£xaa,pv4ar o qoa r*<*

te. Caoo aa «>mU« i^aa ricaça (ato aarU • Frtaalrt) •


M teo taota o aocôr» aaoaa^rlo a Jiato,Wr*l qoa l—dtf *4
te caate,alUM0t« «api atolada, qua aoyoKila teta ala, ila«alaoBt*,
,

tela • aU trá* oarfoa ptblicoo. Cowçarla paio wt».! te

tebltegte a pala pruria SmiU.

(te ocdj» ter* •mrt\x par* aadiUçfo. 8a •* a ootro# aoM


porwcmitea per ctefa nhaj f*lUa ao paaaa*, a rfc palaa — rrr
préprtea paaateo, orltent «uU o. qua porMfaae terra fuc o«4-

teJ ba afrUa • ati eoaapirar ooctra m tomo qaa diU «a

aoaa te te rarolupão.


í/ íi^s Lu cu* -J.

%u- 21/tija

,m cdxoo.oa
«LâTdHP

Ooofom delagtqao 4a Dl rata ria. eatodel o » dooumentos enemas


• ouvi passoalnaota a Srta 9ÕV1A SArtUPIDOO.

Sabor» a missivista declare, IcfO no prialfo perárrato 4a ia


carta 4a 20 4a movembro da 1~0C, que solicita "o p^enanto a qua tacho 4^
rei te" pala adlçao 4o livro >1, Instrumento da Subversão*
4
,
«ao objeti-
vo paracar «ar baa outro Ooa aí al to, ao invés da especificar a quantia
supostamente davlda - aaaao quando Interpelada d ira taranta por ala - pre-
feriu alagar atritos para fina da obtar ou conservar amprefos w oifi 03
governamental a, inclusiva ameaçando coa una carta particular 4o então Tac
Heitor Forrai ra

Di faca das acmaçoos caluniosas rolstlvananta ao ipês a anta


o aotado oooclonal 4a ílrie nônia doniuaâa por uu avidacla complexo 4a
persaçuiçeo - tantal tasâ-la compreeudar a total iuprocedãncle 4a sua pra
tensão, a estranha naturosa dos calos utillaados a a lucorrância da mlaal
vista ar crime capitulado do Oodlgo Panai

liao sabarai disar ata qu# ponto naus arzumeatoj a convoca -


ra*. aas terminamos a entreviste coa minha declaraçm da qua n^a lha r
viemos; sa Jul 5 a-.se acertado, rocorrassa à Justiça - oomo ameaçou an i
carta onda de-erla provar nao aponac o qua pleiteia,
lúntas qua sa permitiu escre er. contra o Ipâe
ms também as f
Oou base no exposto, sugiro o arqui atento da doctnaenta^M
*

para somente voltaxnoc ao assunto sa a clsslvlsta recorra r a ou«


troa meios.

22 13 6G
a

Rio do J’' no Iro, 30/12A966

Ao Coneolho do I*“*S
Sato Consolho onc' «rogou o flonoral Heitor Horror* yira ua
oonveraa coalco,- fl* do '•"clc^ooo«'-no . Dovo dlgor quo a* nada
, ,,

qual oaclnxocida.
1») O Geneivl Horrom nreocurou-i e, <penno,et do'cndor>oo $
dofondor *tir»doe âo IP3S,ntrev4* de u»» edrio do oof loaato.no ou
pooto ldlia do oot*. r ‘xMrndo eor uta peaao- ingênun o Ignorante.
2t) C Oenorel Hen-a*** não oo explicou o porquo do oigllo
pj
dldo r pelo Geneí-l Golbery, quando do rubi tenção do nau livro
r .As,

por ía*.orô'’-« do 'FÜS. 'Nlvez.bcuveo-e o n oaç“o do "protogoxv-aa*.


Maa, pergunto , n~o orl? eido *o oortrsrio?
3*) Hco fiqual sabendo, t^&báa, o oroua do envol vlsento do
ftobolxodo aerlcana e * preocupação da a ta ao fe*ar ».ltar*çõeo no 1^
ro.
) M
Aflroou o ienenl que o IT2S, ab»olutt*ente,n?o too o oi
nloo rosron-iabilidrrte qutnto n edição do livro a quo a oorto do en-
•o >nante feitor 3erretm n- Jn prova. .

5*) C G»nercl Merrer* "oaol^rooou”, que IP33 a Oovôr


no duxa cole- o ino e po n dentas. C IPZS r/.d» teo n ver coo o Govôr
no * -Hoa-veren.

Apée oaaitar aôbro noeao oonvaroo, pro* ando agir do eeguinto


Modoí
lt> iolotor pàbllVcento (o há oulta gente lntereoa^da no o*
•o , ’.i rm*idaiO,a p^rtloipeção do IPES eo relação
dan* o dna Põrçio
oo nau livro, docl »r: ndo, inc JOiva,n convoraa quo ua eleaento da fia-
1

baixnii •erlcena i/-.nteve oor.Vgo.


29) Prover a par* lo lpnçSo do I'2 G o oeu ^roveiteoento coo
a divulgação df€ corta de Heitor Porreiro , perguntando, a lndc, o porque
do podido da oigllo falto polo General Oolbery. , f

30) Parei tudo laao per foi tonante à vontade, pole anntendo a
(Tuoatão coo o rrzs.ebeolut- aento.nno oatarei aendo oontr* o "ovêmo,
-ecundo o exp* lerçÇa- do Gana rei ^errara,

3u>nto eo oonoalto quo poaaaa fezer de aia - uan decep-


ção yim o GenarU Rerrem - não tea e alnlai Icrorfnncla. 2u,<aabda,
tenho oa aoua conoeltoa eôbre oor*nn ouloie e cartee pesaoao. Talvâa
aa*e dèclu-e;*o públlc» banaflelo-^a latltíaelno.poie todoe aeborão
que U “aaroade", “ranolon^ria", "flnaaelidn paloe '\x.eric «noa ", etc. , foi
ba a ente ospiortda o c* -regou tudo eòslnha.aea tor, aceuor,0 apoia ao
rol que -ie/erl'» ter J iquêlen -ma nourirui uod-ln. rorvanto.orelo que
ao r4 •albor uj entendlsento -olival, poio do eont^rlo, gritarei aoa
quatro ve-itoa uan porção da colaoo. Emaro reoeler alrua* notíoiajfeu
telefona á 42-0/19 (na yr to di tardo). *<e/o oaolerocor,*\indo, quo ua
odvog-ido (aulto lxpor t'iBt> ) J< eeti a pe- do onoo o rronto para agir.
Ioto.evldenteaen-.o, oo for noooaa^rlo.
% â i
.

APÊNDICE P
Sindicalistas brasileiros
que participaram em cursos de treinamento
nos Estados Unidos, orientados pela CIA, de 1961 a 1964

ABATE. Hugo (nos EUA de 15/09/61 BRANCO. Eliseu Castelo* (15/01/63 a


15/12/61); 15/03/63);
ABBUD. José (15/07/61 a 15/09/61); BRASIEL. Wanderley Pimenta* (15/01/63
ABRITA. Antônio (15/08/63 • 15/10/63); a 15/03/63);
ABRITTA. Emane Souza (15/08/61 a BUSSE. Ralf (15/08/62 a 15/10/62);
15/11/61); CARVALHO. Antônio Nelson (15/10/62
ALMEIDA. GUson Dias de (15/06/63 a a 15/12/62);
15/09/63); CARVALHO. Aureo* (15/01/63 a ....
ALMEIDA. José Gomes de* (15/01/63 a 15/03/63);
15/03/63); CASTANHEIRA. Bento* (15/01/63 a
AMANTE, Francisco Hegfdio (15/07/61 a 15/03/63);
15/09/61); CERQUEIRA. José de Arimatéia
ARAÚJO, Paulo Henrique* (15/01/63 a (15/07/61 a 15/09/61);
15/03/63); CESAR. José Oliveira (15/03/61 a
BARBOSA. José Sebastiio (15/07/63 a 15/11/61);
15/09/63); CONTESINO. Erico Antonio (15/07/61 a
BARBOSA, Onofre Martins (15/08/62 a 15/09/61);
15/10/62); CORRÊA, José Benedicto (15/07/63 a . .

BARETA, Nelson (15/07/63 a 15/10/63); 15/10/63);


BARRETO. Benjamim Bittencourt COSTA, Fortunato Batista de (15/06/63
(15/09/61 a 15/12/61); a 15/09/63);
BARRETO. Vincente de Paulo (15/05/63 COSTA. José Alives da (15/07/63 a ....
o 15/07/63); 15/10/63);
BARROS, Luiz Capitolino (15/07/63 a CROCETTI, Mírio Domingos* (15/01/63
15/10/63); a 15/03/63);
BASTOS. Corlindo Martins (15/01/63 a CRUZ, Serafim Ferreira da (15/11/62 a
15/03/63); 15/12/62);
BASTOS, Thodiano Conceição da Silva* CUNHA. Euclides Viriato da (15/07/63 a
(15/01/63 a 15/03/63); 15/10/63);
BAYER. Wilfrcdo Marcos (15/09/61 a CUNHA, João Manoel (15/07/63 a ....
15/12/61); 15/10/63);
BOTTEGA, Abílio (15/06/62 15/09/62) DA SILVA. Pedro Guedes (15/07/60 a
BRAGA. Nelson (15/05/63 a 15/07/63); 15/10/60);
BRANCO. Aparfcio de Ccrqucira DANTAS. Antônio Cavalcanti (15/06/63
(15/07/62 a 15/10/62); a 15/09/63);

707
DE SILVA. Manoel Francisco (15/11/62 a MACHADO FILHO, Antônio Rodngucz
15/12/62); (15/06/63 a 15/10/61);
DIAS. Inncu Francisco (15/04/61 a . .. MAGNANI. Fábio (15/06/61 a 15/10/63)
15/07/61); MALUF. Edmundo Amin* (15/01/63 a
DIMBARRE. Alfredo (15/07/63 • ... 15/03/63);
15/10/65): MANZONI. Antenor (15/07/63 a
Dl OCO Nelson (15/06/61 a 15/06/63). 15/10/63);
FARACO DE MOR MS. Hcrmcncgildo MARCASSA. Joio* (15/01/63 a
(15/01/61 a 15/10/61); 15/05/63);
FARIA. Geraldo P» de* (15/01/63 a ...
MARINHO, Dominiciano de Souza ...
15/01/61);
(15/06/62 a 15/09/62);
FERREIRA. Alodes* (15/01/63 a ....
15/01/631.
MARQUES. Ivo Bento* (15/01/63 a ...
15/01/63);
FERREIRA, lo* Uhx (15/10/63 a ....
15/12/61);
MELLO JR.. Theodorc Narciso (15/05/63
a 15/07/63);
FERREIRA Sôcua Apparecida (15/05/63
a 15/11/61). MELLO. |o* Gabriel de (15/06/61 a
FLORENTINO Pnmo Beno (15/10/63 a 15/10/61);
15/12/63); MOREIRA, foáo Batbino Gonçalves . . .

FONSECA FILHO. Trótáo Pereira da (15/06/62 a 15/09/62);


(15/06/62 a 15/09/62); MOREIRA. Pedro Martins (15/06/61 a
FONSECA Valdrnor Flore» da (15/07/63 15/10/61);
a 15/10/63). MUELLER. César Francisco (15/09/61 a
FRANCISCO. Alviae* (15/01/63 a ... 15/12/61);
15/03/43), NASCIMENTO. Luiz (15/06/61 a ....
FREITAS, lo* Reia (15/10/63 a .... 15/03/62);
15/12/61). NASCIMENTO. Zôx.roo Gomes*
GFNAERD Cezio. Jo** (15/01/63 a (15/01/63 a 15/01/63);
15/01/61);
NASCIMENTO. Djalma Paiva do*
GIL Waldomtro (15/06/62 a 15/10/62);
(15/01/63 a 15/03/63);
GIRO. Guilherme <15/06/62 a 15/09/62);
NEVES. Jo* Ferreira (15/08/61 a
GOMES. S«1 «k> (15/10/62 a 15/12/62);
15/11/61);
GONÇALVES. Daru Manoel (15/06/63 a
13/09/41).
NINA. Celso Afonso (15/06/63 a
15/10/63);
GONÇALVES. Oamar H (15/07/61 a
15/09/41); NOGUEIRA. Paulo* (15/01/61 a ....

GUIMARÃES. Benedito Luiz (15/06/61 15/03/63);


a 15/1 1/61); OLIVEIRA. Deodato (15/07/61 a
HAUC Mclmufh (15/06/63 a 13/10/63); 15/09/61);
MELFENSTREIN, Werno (15/06/61 a OLIVEIRA, Edward Ximenes de ...

15/10/61); (15/08/61 a 15/11/61);


LEITE. Antôruo Pcmra (15/07/63 a .... OLIVEIRA. Elieser da Silva* (15/01/63 a
15/10/63), 15/03/63);
LEITE. Floriano Gomo (13/06/61 a .
OLIVEIRA, |o* Luiz de (15/07/63 a
15/10/61); 15/10/63);
LENZI. Cario* Alberto Silveira (15/05/63 OLIVEIRA. Solon de* (15/01/63 a ....
a 15/07/63); 15/03/61);
LIMA. |o* Bezerra de* (15/01/63 a OLIVEIRA, Ubirajara Ferreira de . ...
15/03/63), (15/07/61 a 15/10/63);
LIMA. Manoel Barbosa (15/06/62 a PAIVA, Cario* de* (15/01/61 a 15/03/63)
15/09/621. PAIXAO, Miguel Santos de (15/01/61 a
LIRANI, lulio (13/06/61 a 15/10/61), 15/04/61).
LUIZ. |o* Marti nho (15/09/61 a PAULA. Edison Galdino de* (15/01/61 a
15/12/61); 15/03/63);

708
PAULA COMES, Viccnic de (15/10/63 a SILVA. Alvimar Macedo (15/09/61 a
15/12/61); 15/12/61);
PEREIRA, Antenor (15/07/63 15/10/63) SILVA, Avelino da (15/08/61 a 15/10/61);
PEREIRA, Vilulino Alexandre (15/10/63 SILVA, Edir Inácio da (15/10/62 a ....
a 15/12/63); 15/12/62);
PINTO, Geraldo Sérvulo (15/10/62 a SILVA, Francisco Narciso da (15/09/61 a
15/12/62); 15/12/61);
PRIESS, Carloi Fernando (15/09/61 a SILVA, Hélio losé Nunes da (15/06/63 a
15/12/61); 15/09/63);
PROVENSI, Mário |o sé (15/08/61 a SILVA. Horácio Arantes (15/06/62 a . .

15/10/61); 15/09/62);
QUEIROZ, Martinho Martins (15/07/61 a SILVA. Humberto Ferreira (15/09/61 a
15/11/61); 15/12/61);
RECO, Ormilo Moraes (15/08/63 a . SILVA, Ivan (15/06/63 a 15/09/63);
15/10/63); SILVA. )oáo Baptista Raimundo da ...
REIMER, Gctúlio (15/08/62 a 15/10/62); (15/07/61 a 15/09/61);
REINALDO. Bemardino da Silva SILVA, |ulio Trajano da* (15/01/63 a
(15/07/63 o 15/10/63); 15/03/63);
REIS. Leopoldo Miguel dos (15/07/61 a SILVA. Paulo da Crui (15/07/63 a ....
15/09/61); 15/10/63);
REZENDE, Osvaldo Comes (15/08/62 a SILVA. Waldomiro Luiz da (15/09/61 a
15/10/62); 15/12/61);
RIBEIRO, Adair (15/07/61 a 15/09/61); SILVEIRA, losé Bcrnardino da (15/08/61
RIBEIRO. Nélio de Carvalho (15/08/63 a a 15/11/61);
15/10/63); SILVEIRA JR . Norberto Cândido ....
RIBEIRO, Ubaldino Fontoura* (15/01/63 (15/09/61 o 15/12/61);
a 15/03/63); SOUSA BARBOSA. Onéssimo de .

ROCHA. Hildcbrando Pinheiro (15/06/63 (15/10/63 a 15/12/63);


n 15/09/63);
SOUTO. Carlos Ferreira (15/07/61 a ..
ROQUE NETTO. Sebastião losé
15/09/61);
(15/08/61 a 15/10/61);
SANTOS. Etavaldo Dantas dos (15/06/63 SOUZA. Adelino Rodrigues de (15/06/62*
a 15/09/62);
a 15/09/63).
SANTOS. Reinai do dos (15/09/61 TORREKO DA COSTA. Carlos Coqueijo

15/12/61); (15/03/62 a 15/05/62);


SCOZ. Elzide (15/10/63 a 15/12/63); VIANNA. Gilberto Luiz (15/07/63 a .

SILVA SOBRINHO, José Domíngues 15/10/63);


(15/08/62 a 15/10/62); WA1DT. Nik> (15/08/61 a 15/10/61).

(* Designa a participação na sessão de treinamento da AIFLD em Washington D.C. nos


três primeiros meses de 1963).

Fome Coumenpy. EUA.


: Apríl. May 1979. (3):16>I8. n.4.

709
APÊNDICE Q
Volo de recusa do Congresso à designação de Santiago Dantas e position paper
preparado pelo IPES-Rio

ALAGOAS: Leio Sampaio — UDN


Carlos Gomes —
UDN Martins Rodrigues — PSD
losé Mana — PTN Paulo Sarazatc — UDN
Medeiros Nelo —
PSD
ESPIRITO SANTO:
AMAZONAS: Álvaro Castelo —
PSD
faime Araújo — UDN Dirccu Cardoso — PSD
Pereira da Silva— PSD Osvaldo Zanelo —
PRP
Wilson Calmon - PSP
GOIAS:
BAHIA: Aníiio Rocha — PSD
Aloísio de Castro— PSD Armando Siomi PSD—
Alves Macedo — UDN
Benedito Vaz —PSD
Castro Costa — PSD
Antônio Carlos Magalhães — UDN
Edgard Pereira — PSD Emival Caiado — UDN
Edvaldo Flores — UDN
Hélio Cabral — PSD
GUANABARA:
Hélio Machado - PDC
Adauto Cardoso — UDN
João Mendes — UDN
Aguinaldo Costa —UDN
Luiz Viana — PL
Cardoso de Menezes — UDN
Régis Pacheco — PSD
Hamilton Nogueira —UDN
Rubem Nogueira —
PSD
Mendes de Morais —PSD
— UDN Maurício foppcrt —UDN
Vasco Filho
Menezes Cortes —
UDN
CEARA:
Nelson Carneiro —PSD
Adolfo Gentil— PSD MARANHÃO:
Álvaro Lins — PSP Cid Carvalho — PSD
Coelho Maicarenhas — PSD Eurico Ribeiro — PSD
Dim Macedo — PSD
Edilson Tãvora — UDN MATO GROSSO:
Euclides Wicar — PSD Correia da Costa — UDN
Fernando Ribeiro — UDN
CEARA: FiladeUo Garcia — PSD
Expedito Machado —
PSD Mendes Gonçalves PSD—
Furtado Leite —UDN Rachid Maroed —
PSD

711
MINAS GERAIS: Alde Sampaio — UDN
Abel Rafael — PRP Arruda Câmara — PDC
Badaró Júnior — PSD Clélio Lemos — PSD
Bias Forte» — PSD Dias Lins — UDN
Carlos Murilo — PSD Etelvino Lins — PSD
Celso Murta — PSD Geraldo Guedes — PL
Clarimundo Chapadeiro — PSD Giteno de Carli — PSD
Geraldo Vasconcelos — PSD José Lopes — PTB
Guilherme Machado — UDN Nilo Coelho — PSD
Gustavo Capanema — PSD Pctronilho Santa Cruz — PSD
José Alkmin — PSD
José Bonifácio — UDN PIAUÍ:
José Humberto — UDN Dirno Pires — PSD
Manoel de Almeida — PSD Ezequias Costa — UDN
Monteiro de Castro — UDN Heitor Cavalcanti — UDN
Nogueira de Resende — PR Laurentino Pereira — PSD
Oscar Correia — UDN Lustosa Sobrinho — UDN
Ovídio dc Abreu — PSD Milton Brandão — PSP
Ozanam Coelho — PSD
Padre Nobre — PTB RIO BRANCO:
Padre Vidigal — PSD Valério Magalhães — PSD
Pedro Aleixo — UDN
Pinheiro Chagas — PSD RIO DE JANEIRO:
Rondon Pacheco — UDN Edilberto de Castro — UDN
Souza Carmo — PR José Pedroso — PSD
Ultimo de Carvalho — PSD Mário Tamborindeguy — PSD
Uriel Alvim — PSD Moacir Azevedo PSD —
Pereira Pinto — UDN
PARA: Raimundo Padilha — UDN
Armando Correia— PSD Saturnino Braga — PSD
Epílogo de Campos — UDN
Gabriel Hermes — UDN RIO GRANDE DO NORTE:
|oáo Menezes — PSD Djalma Marinho — UDN
Océlio de Medeiros — PSD Jcssé Freire — PSD
Olavo Galvio — UDN
PARAÍBA: Raimundo Soares — UDN
Abelardo Jurema — PSD Teodorico Bezerra — PSD
Drault Emani — PSD Xavier Fernandes — PSP
Emani Sátiro —UDN
Humberto Luccna —PSD RIO GRANDE DO SUL:
João Agripino — UDN Alberto Hofíman— PRP
Janduí Carneiro — PSD Coelho de Souza— PL
Luiz Bronzeado — UDN Daniel Dipp — MTR
Plínio Lemos — PL Daniel Faraco— PSD
Hermes dc Souza — PSD
PARANA: Joaquim Duval — PSD
— PDC
Estefano Mikilita Raimundo Chaves — PSD
Mário Gomes —PSD Willy Froelich
Munhoz da Rocha — PR
Othon Mader — UDN RONDÔNIA:
Plínio Salgado — PRP —
Aluísio Ferreira PTB
Rafael Resende — PSD
SANTA CATARINA:
PERNAMBUCO:
— Antdnio Carlos — UDN
Aderbal Jurema PSD Aroldo Carvalho — UDN
712
Atílio Fontana— PSD Horácio Lafer - PSD
— (JDN
Carneiro Loiola
Hugo Borghi — PRT
loaquim Ramos — PSD |o4o Abdala — PSD
Lcnoir Vargas— PSD lo* Menck — PDC
Osmar Cunha — PSD
Wilmar Dias — PSD
Lauro Crui — UDN
Máno Bem — PSP
Mcnotti Picchia — PTB
dcl
SAO PAULO
— Nicolau Tuma — UDN
Aíránio de Oliveira PSB
— Olavo Fontoura — PSD
Amaral Furlan PSD
Antônio Fclicíano — PSD Paulo Lauro — PSD
Arnaldo Ccrdeira — PSP Pereira Lopes — UDN

Carvalho Sobrinho — PSP Waldcmar Pessoa — MTR


Cunha Bueno — PSD Yukisigpe Ternura — PSD
Dagobeno Sallei —PSD
Ferreira Martins —PSP SERGIPE:
Geraldo Carvalho -PDC G arcei — PSD
Vieira
Hamilton Prado —PTN Humberto — UDN
Ferreira
Harry Normanton —PTN Leite Neto — PSD
Herberi Uvy — UDN Matos Teles - UDN
t • oom
1 - Um \ lirr tejattve dom mlMmm mmmm paraao 4 r Itei , aa prl» m —
iro ^Ím, 4« «a tpr«k}M que anni
s) da «
i Ioda, a denontegn da mnmIt&i i>im <p* |in Uai tar
U«át % —pwii do ragiaa doonoratloo • ao adlaanta a* par»
i
— 1

Mação tea aleiqiaai


b) 4a «rtn lado, • prãprln pmaoaoLanmto doa arma na pItitM
fUroia # «taAmla.

te MGPote fcagar» oabaré aatlnr 3a rjpa wSaa»


aaja da ffcao 4a
preparação, m> doa ranlUdoa flm-le daa aluâçõaa, na aetaraa «la
ai^maai&Toa - a 4a opinião publlm m gml, • alaáiaal a a aa%
dootUL

2 «te qaa aa rafaro à teaa prá-oleitoral


fte
(In Ira a aolaa), rmte dl
da qua, a par daa objativoe aala raairlioa (flsaçãa aatiaai yte
w
4a data do plafaiaolto) da na poataríval ala aditada, aánrlaa arfa
«graaaivaa (omuüatoa alladoa a oportmietaa) rlaaras, daada l<aP»
a oaapleta oobfaraòo do nç}*** om a loplanta^a da fornia at n
«inata, a pcoaoqãa do reforma radiaaia aa aatruton aammiaa
a 000 la 1 da paia • o oála ecto daa alai;Õao da 7 Aa ccrbtero.
Besta qua aa o naldara 0 olkn da daaãnlns a daaemQa sarais n*
j*— x ooa raflexoa ladioantivois ató nano «ztarlar, iodo a n
ídiata naolmal » raia_rdvr*l 0 ato ir iaoípiaa da aatadbra a doeaaaao
daaaaoto, «a aoa ^Imitada, da prrria oaapanha alaltoral* K» m*
aomlvea arisca pri-fkbrioed a, Jntro do aaipi já a l áaniaa 4a —
*onfom tahaoa* • aa inrfwlna, mm aaba, a aalogãaa 4a tomador

aiaaoa a quaae

jmm poiiUaa aãr da toa? satisfatórias
Cato, a? qua l oa
paio anoa abortaram da
ã eoooretijeção daqualae ebjetlma
aapuvsnta daalalToa^ dataraimodo «a
mio «41
Inaotaata
derrota Ca ata crirwa da &ntid«-toc"itlca«
a virtude da a;~oe —
maoto dafmslrvo Anua • a travão da d anáft
eia anteelpada a oortom dos t*»ma arquitetadas, da preparação te
roinlão publlaa m juni a robillzeân da acua satoraa «Lia iafla*
ootaa t a tono too, da ooooom;ão ao0 dlapooltivoa da raprmaõo unj
codoraa da eanfU/»;a, do nuild^s viaondo a tainorer 0 i/anoto daa
proaaõca Lica^caudvulaa ísiL ttui a ,«jxxil&a;a>> doa tramarias aa
oaiar oor.tr la nla) - oaeloUu-o n
j fmme>
da duas aoriaa ior
titifis a xvt* orai, p ado a vista da lodoa aa reais povrtoj trmr
G a 0 «lis /-ÍUvj sobverilvo 0 !ibartr/oi tn njytu api ociAvei aa
tajaao Lr* oi hiato c u tjuu «»tio ua i wTojçu uap*rÍA da
1
an lato 1 1 11

a rolo oa.
Ika do pia isso oõo acrii 00 ív« 1, Ju qual quer firui, sam nix—j
m faaa do a olo oflolii <* tôda 1 r* ro^a 0 100 -v íuiuxio 3 oral te
íivra oat naivacscata digwn. oõ utisi oppi.. ( j j/> #>
ria 1 • Upaosárel vorcor o nt o j, n r*iln cí. ,jo a
>mmm mU
raw*~ a‘vol* a vlôüvit*«v H*
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éê h» MlU) i-lrtialo t fmnlalmxim
i 4 vl4
1W*jXo orrmLrtl
Mi«l,
M £ • —
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do iMftj
»
t a yuakr rwlUáM e*i %
•rlagão 4a «M» 4a alarta im1«b1« e partir 4o wjaia da af

i
u alUgaaa 4a iniMbra,
(lato* 4), avartate m úaa «faiyai
r+**m 4o pala, aa tt> frim kmi 9 > aat»
iffálàtol—la pa^álda, a a ryrti R&a 4a Ja •
»

miãrn (OMMbaim a UWa 4a Rio), a* pri iTi cnltlf» a a^»


Mb* bataria, alada, faa ma p«W 4a rlik a HMébáa éa •
Mal r a, aa aaátda 4a -wtairtl, «?>Ur a 4« finta wm
4«aü a bi a faimUnt, abjatlvando i
l

ba «a jmtUa 4a *»aU rtgJ^iU a


wllòjja aa — i

*4 acsUlaigã*, ao C«(T«^ ** w eólld^ blaoa duatUa fM»


allM^uMa» ilaarla arpn a aUaU,
mrfcU vtrU t aar ata paooaa - a tarefa de couniaatr acfóryaa a
ajaetar iaiartaaaa 4oe m\* dlvaralfiaUoa, ebrl^audi LaaHt
ta a apgàa aaa latprt 4aa aaiâorta a a «
Mhd lã) «ma
acvuatita torta, par talr» iab, a 4d âa
4aa tMolanWbji ao dtaiaiw ftui «rol, aa dtaawft aAra aa paa»
eikilldadoa da vitória a na lóviár -parti à n tprla r aa lf ai jã i Ma
claigõva. Alva diat-, a Xmt"> ara -»r dar La aurU.
i andLta 4ta»at tefór;«a rotatlW aaa raaulM» ji p li i aaa ii M
Laigõ «, pariladv 4a mrpi-»an-fcU %I Irrnfiê MaatUai
« •
t*cnaèao t ü» \f-aUaato, no -abd> io 7 lo, 4a alt «atina Mia
parleax. a 4a i* Uaitlnl, por naia qae Unia in«fl*WBt* Mfr
aa 4aa forgaa do wtn
4ataaȋUao aaa atado aiUado asa a 4a Ml

oaba aqui aaallaa vüi d- tido da airU fitada raal <

taaVval vitória da deaoeraeU dia fôrjv> do contra,


c

oa tanto x33LTal'r y e, fa^a ela, eontiituiran porta, a ta m jMi


tLailo a aralo y* obtiver» aa fVr-t polí Una, cooi, aãa «a,
a aaaltraal »mt i «portn 4
•pinlóo rC H«u
4 - Sta Juvlüa, adio dlfloli eerLi irülu o l-?«ta raal 4oa <aftr;ot
ivall^d t ca prt ~ar\r: a aecl^rvol mto úi ofLrvió- úbll», aUnr
váa 4a iiMlen.õea wímLa», do ror too odi t z T7, 4a *atLv
la a to*'** ot ra-oa -'a nroarm itmnt i •: nnl 4-» d«oo«raelv,
ono 4a oataquaaa bíbll da noa w inflna toa.
MUa doia tootoaaohot jí c t*o ba % viat. da taloa. a cr> Lula, a
proioupi;* ui pa.e siiorb da mviiíUtna on ta \“>r antar* M'
mo Ua.ocntat eu v lo toa, r noai;ne ben icflnltU cxitri vi Jtrjaw A
4aoio Lu asrtralat .3. , 4e 1* o, ' r.tenl. da pu* ta%
114vdt da lapnati c eoaa lirihn aa ;nU<n, e ctra priipMd M*
3

t rolpaa.

k al') alndloal* aaolitlo-ti ao rsrigonneoto üm>


parti, oulax, m.
gával da TÍnaioi autãcrticn. «nto datxxjrntiooe, ocbrotudo aa 3a*
Phü» v Rio da JvmItd a Paraná, cxa abrvçã:» .jontcnvcl noa «piaádka
das arar— p-iU, l, as —
úLhoroa não —
apreasotana os resulta
das* foi paryosj mm dorida* ao (pmdro do sLnriioaliaao tniillhi
ião Jm&ào a Maquina da adulais Unção fsdonl* qaaltquer asf sujas
ÊÊtimamm msantm pala frmts obstáouloa qurvaa Lompaxávais.

6» ia Mkr astartanill * a raaçâo va ítlvldaiiss axlrOTlotAs da OPTi pm


i

da aar ban avaliada çalo dssUgaoocto da zúaoro crasosnts da Qm -


troa iaadmlcos «a mrloa Eatorioa* ban aaoba oam pala oooqtiista ap
o da diragão «a al^oau ontldodes eotr.daals,
kl tboa da vasta sona da raoamoa qoa ora sctõo sendo mnipnliuiaa M
la oopu la aotudontil oaraalstm* vlnlral aobratndo aUmvia da aaqc
a prolifaração da oeua Jornais* revistos o adirçõoa outras* üqpo*»
aa atribuir a naia alta al^dflaação à rsnção d moerá ti aa <(aa*a d <4
palio da 'ada Laao, já h
fki sentir noa mios miTanitárioa a am
Mdarittaa»
7*4 o-ocloano <~a miar piso qoa rasanlta* poria* da toda iaU bil aapa
atárlo, dere aar 1 da ^ua mito* mia precisa aar falta* a oaa v»
r^Dok* palas fõrqaa dmocráUaaa antâatioaa* aprovai tando a 000^4
aa da aapara qaa poxoos rlal^ferar-e# a '.ora* a fLn do bem alloerpar
mfea ais a danocraclo* Icnisoola-a ooatra aa imraotldaa da cpal*
qnar oolarido que ssjtu
para tmto* kySa aa mo aá m trabalho* aa pro ftairi liada, da aaolm»
raoiaoto c cduoaçãa do povo* nos nula diversos aetoroa, uos tmbm
a prmocão* aar tudança* doa raforans iadlspmaávals a iwplantaçãa*
jjtra oaa* da ta olkm eadlo da joati^a aooiol* arrabatands-sa* par
fk* aoa «rtrandstoA* aa banriolrua progreaslst&s ua qua tão Bodas
a Utlfioedyr a^rãro ván f-isando.

•OOOOOO
U - fflBMB li , aUM
>. oinfti íAiim
Tu fmmin do IpTj (Rio • !UWo)
PToongío 4o lAi
- «otrorioUs flooowimi
• MBtorloa 4o l^mii
• folfaoto -0 4VI t 0 lA&\
PtwogSo 4o Vüfigi poro o Pneroooo"!
• mm rto (1 «iUõo do oaaoplnroo)|
• distribuirão do crottv;õ«\|
• plonojananto do oo *S«oooo do Vltooço" m
Golínlau
rVoao.nn doo Coomtdoo do -lonconXiao (lança» ato 0 aotriQ* do prãoioo)*
Boletim Xnoi l (4 oj» roo oam o tira^au do 2.000 oxMpiaroo).
Difooõo do arti^OO «s defoon da doaoenoU (notória poc^ oa nõo) 9 m
JoroU do Rio 0 do interior (lneluaifo oo naotrírio tndugõoo)
hUwoèlo coa a iai»rennu do 1 U0 0 4o interior*
i lone J gaento do oaupanhost

• oantra a mol ^ão J*. larootoe*


. paia bohitA^o popular.
lotudoo tvth ui ouroo eôbre itoaliuVoo üm- iltirvo

laboraçõo do 23 dooomtoo - líntnooo, definindo o pooigô fl 4o


£'*3 m faoo da* ohixula» “aforam do dcno.
Sotodoo eôbre 0 nrohltta da ra-oojn do luoroo.
Q' .bor~ 7 w» do Tntoar jwto cac* loto
, »n
a H Farm tprcrio#
Amllet crí ti» de d io -nojctoo de Uciolagoa jrtitrooto.
SXaborVrãí- ’o -ntcnroj too oôbro finai Tributaria («o «xliaooto)|

• ílt/ooío du rmdai
• ir; 00 to _’o cTuroj
• ia ooto c aôlo 0 aíino;
i

• ir 100 to »*tnlc ' oôbr^ oer±ua tírcl c i brifioastoit


• li aoto wiico oibrv «nor la cl " trioa;
- oor.triHul;v» to ?«lhoria.

rw « oloMoifi<n;úo da. orvori- fl-vn objvto dc 2 ean Mrooo roell» •


doo (totudantco 0 jonvvliotao)
AxnJioo doo rotuitaH.oe dia wi.i;õo3 (ai «jvtv . nto)
d

Uigãa a diftmãoi
• "Voosaa UbI'.« a ^Kdlos - • 95-000 exonpl&raa
• 9 K v3borra í\>lítloa"* 'uaunt; I/ibln» 8,000 auapluai
• • aoctr\ da Infiltra ;* xnniota no Br^il* •
(2 udlçjas da 500 axi»l-vras aada),

DlfiKBO da puhlio&gSaa albaina|


• *Uiaa^x Tora o rYacrooao" - edição da GEi •
10,000 acarr laraci
• "iVnocnicla e C-ianIa a* • odlgõo da *\ Dofaoa fW*
cíxkU • 8,000 azarr Iaras |
• "Assaltu a3 • adi?"o uo X2AD *
2,500 ezoj laruii
• *0 r«jc ioaroto* da 'An Yutan - odl;õo Itatiaia -
200 czar luraa;
• " Tirano loorata da Kruachor* - 445 ozcmlaraai
• üi \nronboir3 rolleiro m Itassia* • *Y> ^ otria

Ecil;ã.< au Tronarei
- w
1.000 oacLT laroa i
- Jraall - 100 cx.r lira.

• Juta, da . ióol • par . rx.Jpo*’*

• IX aut Tolrvj olcq • 'tomo \ibint


(“33 )|
• d x -auuniaa • cito aos
\ir-tonia
- Tha >raat \wakanhç • '•ineliaj
K «lo c (llAaã< dc tfictoat
• Jadonoa Lnuill lroa • bl ustrol • L.0CC zar loraa

4, dn

11 .TTf?l-.
1 ) >vrl.o matldiat «cpci da 2,500
* *
2 ) Cirtta l ooeblámi ^30
3) a unrWoot*
7 wiu rx/. 270
4) 'jntoctis tolofwÍ 3 <at * 315

3) itiii
f
10 ué i j lo õ« X/S
C) iir-s.r - •
l.
• o Ottail - 2
- Uni • 1
prm>m mc“A Sm
• Corso ds sani torso aõVrs o nam nt — •ltUorml

6. AaMüadâ üalaauüag
• £ BraaílU
7 . âgii^a dâ fltasm
\poio 100 SÍroolos Opcnrlot Citolioss

8. WzmioZn do lkcr— disnvt

Apoio à Fsdsrs.^0 dos círculos Opsrx. los Cr.tólioos

9. iBflifl a flrl.il ina.ictoÕM • gnmna itomnraUa—

10 . Tniam^ln (anplisçâo do qoodro loolai)

• Gmnabart
• bst. do Mo do Janeiro.
— —
APÊNDICE R
Carta de Jorge Oscar de Mello Flores
a Clycon de Paiva

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^ Í?^Õ 3 ^-
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e a/e /«/ a/e sej /» 77.
/ej & oi^i /v’c/tf
Vs-ncl yo p ,

/f/J Co/c C d/- o> ^ j* -

etar>**yypo* j 4o ^ ao~,. <~e-


<4, /'”?* ''*'/* ec/-\. '
‘-''oi. .

f.viAí/ e*?J*_i
U««f<l O* ( NUÚCOI

DIJ/DAP/SAP/Proc. 53 230-65 22 '*7


JM3T1VJTO DE > CS ,013A3 g E3HJDOS SOCIAIS
Awnldâ Rio Branco, n« I 56 - j,., 2737
latido da Oo«Aâb«ra
*>y—

SoxDior Press ldente:

Conunlcr -lhe n.uc o Senhor Prcaident* da HepúbU*


ca asolno.i o dtcrctu out concedeu a eaea entidade o recooBeci —
mento do utilidade p*Sbllcn.

Entretanto, o decreto a* »crd nunerado c publica


do no Diáric Oíici*\l opy$ o pa*anei*to dc taxa de expediente no
Deportancnlo dc Iapxtnaa Nacional, en BrnníMa, onde V.Sa. pro-
curará cunprir *oea formalidade indicando n>oc exato da asso-
ciação. a fiei de que > ato possa produzir jr efeita* legais.

Atenciosas saudações

t
'CS- NOTtClA IKTCENA
'

\ "TaoviNitNCiA pi s 7<no~^
« Scott.Gcnl I 29»d*63 |
**»* IF-3 do S.Piulo • »•

u'.~j Seoftiariâ
1
a.i-.qok g, ÇçJy-Io w c*<>
|

~'*rc
f ideo- tapo da palestra do Sr» Armado Falcão

1 • Pola Taflp, conhecimento n« ÍGJHO» foi errri-do hoje o


vldoo-tapo da polo 3 Ira. do Sr* Armndo Falcão na TT-IUc-Coml 13»
na nolta do 19 p.poooado*
2 - Dorido à axiatir apenaa m
gravador» na T7-13, • Fxr®>
quo o IPÊS não fôoflO prejudicado» aprovcitou-oo o noc:o "tapo"
para grarar taflbom a pricoira parto da pole atra» quo não noa
intaoraooa àlrt tenente,
3 - Uu a pricoira parto doro otr poaoada en Brasília» a
pT&daa quarta-feira, dia l®/5, no programa 'Frente a frmto*.
4 * Asais» a DadUB Prcpogmda • quo oanor^uin a graTaç"0»
poda quo a Seorotarla de São Paulo Antro ur^an taranta om llgição
1
cao a Rádio Rio lida* • da* EoienoraJ Unida*, a Praga Raaoo do
ixrrodo» 206 - oaU 420, telefono 35-1006, a fia do faaor um
j
APÊNDICE S

Carta de Hélio Comide ao General Carlos Alberto Fontoura

Rio de Janeiro, 25 de outubro de

Exmo. Sr.
Cal de Brigada
Carlos Alberto Fontoura
Diretor do
Serviço Nacional de Informações
Minulérto da Fazenda

Meu Prezado General:


À rápida sucessão dos acontecimentos dessas últimas semanas tomaram pouco oportuna
ou. talvez mesmo, sem objetividade as notas cujo envio havia lhe prometido, versando sobre
a situação político do nosso Pais, enfatizando uma possível colaboração que os meus amigo*
c cu, cvcntualmcnle, teremos prazer u honra cm dar ao Governo da Revoluçüo, que todos
nó» nos esforçamos cm estabelecer c manter no nosso atribulado Brasil.

A desencadeada com a doença que afligiu o Presidente Costa e Silva forçou um»
crise
solução política para um problema político que ameaçava tomar-se com o tempo em crise
contínua, sem uma solução adequada, ou pelo menos exequível, dentro daqueles postulados
Democráticos que todos nós defendemos. Mas ic leve este márilo com a conseqücntc eleição
o posse do atual Governo, trouxe em seu bojo alguns aspectos que me parece pmdcnla
analisar.
A primeira consideração que nos ocorre é o fato de que o tipo de Governo que forço-
lamente a Revolução teve que criar para corrigir os erro» e danos da Estrutura Social e
Política do País funda sc principal c necessariamente no prestígio c no potencial militar
c cívico dai Forças Armndiis.
A exisiênein dc um sistema político baseado num bipartidarismo que nio representa
as verdadeiros forças politicas do País e que nio i senio a representação de um esforço
tenaz, poróm improfícuo do Governo Castelo Branco, para a criação dc um espirito demo-
crático,que infelizmente ainda falto is clilcs políticas do País. nio oferece um suporte de-

mocrático estável nem uma fundação segura para um Estado Democrático.


Esta invcrsAu dn ordem natural das coisas cm umo Sociedade Democrática sujeita a
noção a crises, cuju periodicidade além dc penosa para lodos t profundamenle perigosa
para a Segurança c o Desenvolvimento da Noção.
A último crise, que mostrou sobretudo o fragilidade do sistema que não pode resistir
cm suo estrutura a um fato que embora lastimável para nossos coraçóes brasileiros não é

729
icnio uma resultante da própria vida. isto é, um acidente que impediu o Presidente da
República de exercer a sua autoridade c ocupar o seu posto, evidencio, meu caro General,
que basicamente o sistema atual fundado no prestigio c na força militar com umn pequena
fração pscudo-dcmocrática, representada por uma estrutura política obsoleta inadequada e,
sobretudo falsa, representa um sério perigo para a continuidade c o futuro de nossa Pátria,
agora ameaçada pela imidia da Guerra Revolucionária tio presente em seus vários aspectos.
Parece-nos difícil, tahcx mesmo impossível, que as Forças Armadas cncouraçadas, em-
bora pelo seu patriotismo e sentido de unidade, consigam resistir ao desgaste contínuo de
uma segunda crise como a que acabamos de passar.
Acontecimentos como esses geram, de forma espontânea e natural, ambiçdes que são
legitimas mas que produzem um desgaste na autoridade e na unidade das mesmas, c sem
as quais o Poder Militar não sobreexiste.
Urge. portanto, meu caro General, uma análise mais profunda, e, sobretudo, uma re-
forma mais completa da estrutura política do País, sem a qual nenhuma reforma social,
política ou econômica criará raizes.
Sou daqueles que acreditam que a estruturação |ur(dica e Política do País são a base
da organização da Sociedade, por
prioritária isso esta me parece a prioridade número um
do novo Governo.
Nào escondo, por outro lado. meu ceticismo cm relação ás supostas e decantadas lide-

ranças políticas do País.


Creio que o seu divórcio da realidade nacional é total e irrecuperável. Não creio noi
homens já passados e não creio nos profissionais da intriga política da profissionalização do
cargo eleüvo e dos que se servem da Nação em vez de servir ao Povo. O
quadro político
atual é desolador, embora escoimado de seus elementos mais ogressivos e perniciosos.
£ necessário buscar uma outra solução política para criar um Poder Político, que se
constitua na estrutura básica da Nação c que, associoda ao Poder Militar, venha dar a este
Povo e a esta Nação a tranquilidade e a Paz que trazem o desenvolvimento e o grandeza
de que somos careccdores e merecedores.
Não tenho essa fórmula, porém ousaria indicar-lhe alguns caminhos, entre eles a apro-
ximação do Poder Militar, hoje representando a Liderança Política e a Administração Pú-
blica do Pais com certos grupos empresariais, que procurando dar a seu País o melhor
que possuem, sem a tónica da troca de favores ou a perseguição a postos ou posições polí-
lico-admioistrauvas. possam validamente ajudar com o seu empenho patriótico, seu desin-
teresse. resultando sobretudo da sua sólida formação moral e posição financeira acima das
ambições mais comuns, trazer um contingente válido de vivência dos problemas econômico-
aociais e políticos para aliar-se a essa Força Militar, a qual, cm certas medidas, carece dessa
vivência.
Creio firmemente que esta união é essencial, se bem que tenha razões sérias dc expe-
riência pessoal em não acreditar no carrcirismo fácil dos profissionais da representação das
classes económicas Acredito, Sr. General, que há por este País organizações e contingentes
de homens dc empresas —
e o presente Ministério é um bom exemplo disso, que deveriam
•cr incorporados às fileiras daqueles que desejam dar algo dc si ao Brasil.
Desse grupo, aquele a que sou mais apegado é o IPES —
Instituto de Pesquisas c
Estudos Sociais, composto por homens civis e militares, que conseguiram criar um espirito
de equipe, uma ação firme e decidida em prol da Revolução que todos nós desejávamos
e que num momento dc g/ave perigo para nossa Pátria se constituiu num baluarte de inteli-
gência, açio e ajuda às Forças Armadas. Pode-se dizer sem sombra dc erro que até mesmo
o Presidente Castelo Brinco, quatro de seus Ministros, Presidente do Banco Central e vários
outros elementos graduados da Administração, inclusive o criador do S.N.I., saíram do grupo
de homens que criaram e conduziram o IPES.
Muitos dos que o originaram e outros que a eles se juntaram lá estão, prontos a servir,
entre outros citaria Harold Polland. Augusto Antunes, Cândido Guinlc de Paula Machado,
Heitor Herrtra, José Duvivier Goulart, Edmundo Falcio, Oscar Oliveira e muitos outros,
que seria enfadonho enumerar, para não alijar maia cala já alentada carta.

730
Sèo homcn» de negócios, peniadoret. economislm. homens de vinu profiuóes e que
apenci gostariam de continuar a fazer aquilo que tem tido o escopo maior <k tuas ndaa.
serem úteis a tua Pátria e ao seu Povo. tem pleitear quaisquer favores ou potifócs PoJiuco
Administrativas
Não lhe parece, meu caro General, que teria útil utiluar-se o talento a csparfacia c o
patriotismo desses homens e de lantot outros grupos semelhantes a essa que cintem pelo
no» to Pais? Perdoe me nâo ler :ido mau concito, talvez veya uma ddocntu atinha. ou

talvez o reflexo da paixão com que encaro essas cotias


Creia na admiração e simpatia de
HELIO GOM1DE
APÊNDICE T
Memorando de E. Fischlomtz a Paulo de Assis Ribeiro

DO MINtaTWO tXTIUOAOMLmo

URGENTE CONFI DEKCT ãt

Ixa 1 Sanhar Canaalhaira,Pi af . P»ula Asais Ribeira,

Dapais do tontos ceisas, para mim suma monta desagradável


que aconteceram are nn. raladas nassas últisas •«anMtfl
ista par reativas que ignara...) .prefira dlrigir-me
•a Ereinanta professar sab farrea da prasanta bilhata.

Dava arebarcar care dastina *as EE UU, dentre das próxima*


10 Bias para participar ,Cfma única canvidada afipacial
f

latino-americana da Conferencia da reais alta nlvel,des


tinada a submetei à analisa ciantí ficadas rairi antas
1

r avaluci anár ias internacieia pai ecasiSe da centenoirle


,

(1964-1964) da Internaciaial canur.ista a socialista


a -a qua impar ta muita mais!- 4 cardar as detalhes da
ceepar açaa das antidadas governaríeis. acadêmica? a
várias fundações ema
INSTITITÜ DE EStUÜOS CIKN7ÍFIC0S
0OBRE 0 COMUNISMO? a sar criada sab as auspíciêa da IPÊS
alista a da üarv. Nac. da Inferr.., a sar, aa qua paraca
lidarada çe> asta s, humilda sarvidar.
Ora, n«a e impossível qua oegressande , dapais das
aulâs que darai na- Universidades da GTANFCRD.C ALIFCRHIl
a C0LU2IIA, terei a enseje da dar um pulinha a Móxica,
para participar da CONGRESSO DE oOCIOLOGlA DE REFORMA
AGR^fT A.
Rap^tf, Q»is uma vaz, pala 5. vez, qua cansidrra a parti
cipaçaa do Ilustre Conselhxeii o no rçfere rida COgq^rts
asa, surunente importante, sob i duplo aspecta: técnica
• p a 1 1 t i c o.
Ork, goit*rii x nuito saber, se
Upodenos dont*r* ccn a s. presença pessoal naquela
Carcl*;ve; e
2) se pcJnroi lev*r, daqui a 10(dez) dias o n*;çnifice ,

trabalho , # de s, âutoti sobre o 5STWBC L)n TERRA?


.
t
(pi^jeto já mais au rn*nos *provitdo pelo r. Gafirn* )
N* esper-* de ss. nctíciag, eeit^ro as pr etestos de
nu n-is profunJa fcdnf.r4ç«.o,
s \t screvendo-r-
t> tenciod^nenle.

FE Lembco <• rti* de início do refer ido Conjresáo:


19 cie Cutu hro de 1964
riV: Vf J-neTn , en 1/, d Cetenfcrc de
APÊNDICE U
"Levantamento da Ameaça Comunista " e carta à Coca-Cola S.A.

mau no m rtsonui i Mm do» «ocu» IPfi8 lio Pino - •

|I4M - M 1^.
i

•m Mm. 111 •U* I’ -« >Nt*. 1 IA. tl-M47 .


_T

***** alo now - sraao/me . .n*


A ESCALADA SOBVEIGITA 10 MLL3H

CW0M0L0SIA KTSTOtlCA

Ba 26 3* au-ho - < 19§3 a rAvlati carlooi •Kar.chet*", oubllcaja


treviati do •-eoiitso Luiz C»rloa
ao
coatvodo rjvalaçoaa «atar
*
raoeloraa: oa coounltoa • * canal 1 irava? loattlidoa oo ooler, raboiV
oinda não tW<im
o governo ma uâoa. 0 «vcr.tlno 4o ?.C.B. llsla-a
aes^rabuçoa, c.Tto doa qu* cv-tu eo * o l-.iar.l 1 -de, i 0 'azara» Ivcls-
nç**a la til gravllili. Tlnbi, o ii-entt» lulx Cario» ?r«a-
tv», ao aenoa, a *'r. t oj 4i alr*«rllaU. 0* ersociata» «atavia na •
;

lnlnlooli 1c ítrelar o 9ri»ll ia carro soviltieo, «otroganlo io l«pé~


rto ««molho u loa 1
mi
vaMoso» truofaa 4a aja vvtrstlgl» o ira
canqulats lo -unlo. !>0'-.toalo que fJ«aj o Atlântico aul, oa te ri noa -
«

uaa guerp «a naaao tvrrttdrlo, nela entranla oa £ataloa Uollaa • oa.


tn« niçota, c“to i Argertira, r.*rataraaa a tateou, ou toobari* o «a
*»*ço f«ogr1'ler auj .>«ti:o»,/'b a looinio aoaaolati. Gio-ooli tlcã
aeoti, oao oolario hiv.r altuiçao aata clin. 0 govSrno JoÔo Gaulirt*
colaborava o »ra trar.afjrlr > Wtirn oalftio lo Brioil oiro o p artl-
lo Coeunista, aib-i.tenio-a.!, ifaabJ,lo»Bt*, b lanurneia bolebartata ,
41 ontlewjn»: vltorloai n» liraçao loa -*aoa nijiefia iat.noa a
«xtaraoa.
Aa írticql açõ js, 1-j ou‘1» roa 1 * **no 0 eovl .oto r?valueiooJrlo d« 31
da mrço 1 j 1964, nroculti’; 4; long;, 01 a ac «calrir»-. 00 s ?unio aa
oaatra da 1963, Ôutnlo, iguil*:ir.i í, ot co.utlati* ; aeua 1 'iodoa da
# lool.
virloa cinzas, leria-a.* *rc»«) e. aircb^r o*.ra 0 0 ara
alljnta Joao Goulirt a. or.-V.in 1 tMoa ->* Jogoa loa tnlloroa, veo-
5o 01 a oulançoe qj« ai 00 rarir: ca evtw aolítica lo ooaao ai(a. <

0 ooortuni liie, * -unlo t$lis aa eviiênei '.a aui c oluta aoaaoli, da


aau loaajo, a lo U *alir ao Brasil ua rJ*..i «oci al-alnliealiats, -
orlando 0 ajgunia ro^dbllca ooanl *r A rica. tibari J-.bro dia cli£

.

«va Qon?cnri lor is v o«t ineielro c^litcíoulo io fileeilo arjslder.tj Vsr~



gaa v 0 nraelleoto Joio Coul irt não ercanlia auia lacltnaçooa jaqucr
distas, a arJla aoblção, mra 1 .ori.tr novoa nitoa b noasa oolltl-
oi, £ra u-ai traiçoo, a quj oro^ariva^a gov?roo. P»ri l»’vndar Ivli o
noaao aovo t rol ooginlnii a revolução 1e 31 1< -nrço 1« 1964 0 r»a- .

to 1 hlatírli^r canto. 0 ooYi^or.to acibou vvtorlaao. avnlo ioaSato 0


oroallarto J-ão Goulart, quj fugiu uri 0 Uruguil. Sjua co.oinhJlroa ,
oa flõle s *.* # ilr*J inlgoa, taibéa fu^rao,
Maa nâo «e oaeornu, coo oaai vitoria, 1 luto loa alootoa la 4.* .acra-
cia 9 loa lib.ri s oantn os «'ootof lo aoolilirao ooounlata * la tl
I

rar.la totilitlrii. Oa oocunlatoa oão vo lu«van?c.ri", mo aul’r»“ lJT


ldool^gi i, não ao convjncAran la lorrota. 3htraraa a»! roceano, . too
lo^o 3 ^ lhoa onroacntou rituaçâo ooortuni igirjo, voltano vn 1

tuar, no» .‘ioo 'oaia^aanatvols b or^g ção axtroaiata. Oa «atudant^a, -l

• anguirli la revolução oraunista, '**ra oa oriailroa ooMliziloa. Cos


Sloa, lntalectuilE 0 oaeulo-int jÍ ectu ila. Aaoanu 1 alguna 0 r an '‘a o,
• outroa fruatroçõo ajon ilci, ooHtloa 0 «oclal. ^Jtooarau a
1 *12 .• *•

do, oontro 13 lnotltulço oolltloíF broalloina, A revolução vl^ rio-


»

•0 «t 31 Io ae
auto -11 itari, ae
*rço ter oelUo, antJa, a «ttenar-
do vil q.j w lAuaçjvi 0 Brv il. Julgou quj, ea ''ouco tino, rer to s il*c 4-
rl 1 0 orl i»ido lo de iocnclo, oilv^nlo a* llbvrliíoa lo aoçobro. Paro -
0» li Ijr.i ia revolução trlun r »rtj. bMtorio uo 00 :co 1 tc-oo, o fic «?

dj 00. al. tire- asso obro. Contro t * « 0 n< :rt 5 nclo hi**torieo, i‘*.ab«-
l *

locj^Ta u"t 'roto rri a r;voluçõo. Sveo Uoac 0 *\l»»t;tro Roborto Cia -
aon, «briu elo o loente m
.?si, imolou 0 intervenção c obanlonou - 0
bintcriaa.
u*. n io, » i 'orlo 0 lotntc aujtito *o onatogi •» •
2

Proauimmoe fitir ouvir « noeeo tos» oontr* «ets abeurde_»Joeir3 de «a


einr 9 feoêoeoo revolucionário • o d'ev#r quo • revolução triuofonte
oontrmlrm coa 3 oaçâo. Poi iodtil. Prevaleceu a liaitaçao. o prtto oy
to. o dia mrevtsto o ira encerrar o movimanto revoluoionirio, oco o* .
poderea^de que dienunhe o gcvârno. Sarlo loogp retnoer o fio da* ao,!,
•ao rozÕea * os fundioentoe doe eeforçoe que deaenvolveaoe, poro eue-
tentor 3 noeeo teae. Oe fotoe estivoo conoego. Oe ocooteoisoato* oon.
firoavom tudo o que vinhonoe dizendo. Mee oeo fomoe ouvido*. Hole, eo
eofreotirmoe, de novo, eituiçoo de gravidade teo grande quente i de
1963, não ooucoa coocordia coe noaeoa orguoeotoa. Mia, ae não defioi-
tlvooeote, 3o menoe extaneimaote terda Ji é, pire coneoliderooe a rf
voluçoo, on que ouzeaoe oio ad 9 ideei iemo, coso eo rleoo ia noaeea -
videa, oa noeaoe beoa e e aorte doa noeaoa filho*. Ainda lutoooa. Alada
toeoa lutar «ulto. Todoo oe inimigos dia liberdedee dccocrdticoa, ou}*
trodiçoo monto S Crecla, e toeei 02*3 eodllo o Ocidente euroneu, ea
Bstoloa Onidoe c, 09 Oriento, o Jonoo, eatão otlviaaiuoa. Preparam •
eaceloda io retSrno, aegundo a llçoo de mestres no aubvjraõo, e rh .
raallzoodo taee objetivo coo ri gomei obadilnciJ 10 a olonoa troçidoa -
oiro e eoooecneaòo de aeue objetivo*.
Um d* noaeoa oerlto* em guorn revolucionário aloborou uma orooologia
da eacalede, o oortlr de agosto de 1964 - portento do início dl feae.
la revolução ie aip<3, - ité igooto de 1968. E lmore^aloninte eeaa
coleta de didoo. Convldaaoa ooeooa cocmenheiroa, liltorea a enigma *
ae deterem oeeae eumario. Se tiverem eeoaibilidode - e acreditoaoa que
a tenbom, - oir» ae oooife tições. articulações, ioollcaçõoe da guerre
revolucionirla, ficirio aet ir ecidce, a, eemeromoe, fonej eoooaoo
?
00
c embota que.nío teri tréguoe, enquanto a* ogenoiaa aubverelvoa de Surg
pi, do Aeie e do Coribe oao forem ailenclidia. 0 quodro cronológico *
que oferecemoa diz por *1 aeeoo da gnvidode do aituoçao ea que noa ao
oontromoe.
1964
23.8 - Truatrodo <ra ^orto Alegre olmo torrorlato d* ítentodo* contra
quarteia, eoieeoraa, Jorniia e edlfíoioe pdbllcos.
25.8 - Lido no Congraaao Nocionol men-featc contro-revoluoionorio do
ex-oretl Jentc Goulort, melo denutido Doutel de Andrede.
23.8 - T ru*trido em Soo Paulo ml 100 torroriata. Aoroendilo firto mota
rlal de gu jrro.
26.8 - Ezploeio ii •Jbrico dj Munições Preeldanto Virgoa, coo 7 opord
rloa jortoa.
1. 9 - Ebrploaõo no dique )o llhm Vlins, m
Guinibiro, 3 aortoa.
24.9 - M ovo exmloeõo nPiquete(S.P iulo) , no flbrice da muniçoee. 4 -
mortoa. Sete tonvliioe do molvoro ~orom meloa droa.
novrabro - Daeboritado 0 quodrilho que mlmejovi dinoultir 0 "Troo da
Esoeronço", onde a-íguirio an mromigondo 0 governador Cirloa La
carda.
12.11._Ejroloaão do mequeno bombo no Cin^-Bruni Pluango, no Pio, 1 morto.

12ÉS
25.3» - ConHlto 00 Pio entra grunoa revolucior.irioe abanioe oomun^a-
taa quo lietribulia xjnl'j?t9S de "intelootuiis" no Lirgo Suo
Pranoisoo.
26 a 29.3# - Pracieeo da intentono llrlgiJa melo ex-coroocl Jo r ereon -
Coriio, eob 0 chofii Jo Ieonel Brlaole, no Rio Omni# do Sol,
Amde oeeoltor duoe oequenoe cididee de TrSe Poseoa 0 Tenente
Portelo, 40 r.voltoeoa ajguoa oiro 0 Porond, ondo eõo oeroa -
doe e bitidoa. Morre ei ooibite, trovido ni looiiidade de Coa-
cavél, 0 uj rganto Corloo Argamiro Oomorgo, do 13« Reg. do In-
fantaria.
22,4, - Atentodo ô bouM oontro 0 Jornal "0 Eatodo de S.Poulo".

./3
p o -

Ju lho-Aaoeta - Paoe-tate* eubvjreivae na Ouooabir*, oab^a oreterta de


a 5 1 õ a cr ii '•'-.ara da gjnjrel Teixeira Latt, S euoeoeàa io gavaruodar
Lacerda. A tnn oaounlete oigo j oaovenqia ia Partido Trabalha*» «a
lançamento daquele condiintori, ioeeoiiaola «a» aroí «1# eocreçea • pij
aveoda "quebra-quebra" aa lacil. Ioo.Ude pelo frlbuoil Slettaral e
referlde oaniliitur», de eirater oravacilar, oaatra ae Mrçee Armndae.
A oavpenM alei tarai eeeuoe araectae aotl-revaluolaoirlao e aequeriie.
tu.
1966
3 e 15.1 - Canforlncla Tri- 02 Qtinint»l nHivao*. ProgT»o*d3, oabll-
oaoente, a taplantaçaa de guerrllbee oa A* * rica Latia* loel» ,

•Ivo oa Bneli. Dtecureaoia oa eocerriaeota ia Caoferloele


ditador cibar.o orega "dali au treo Tlat-oiao oe Aairlao Lati
no".
6. 4. Na Cangraeea da 9 .C. eavlitlca, ro Maeooa, orege-ee a l*
-
vante oantro a gav3roa braelleira,
25.7. - Atontida 1 bomba na loraaarta (Juinnui, w
*ecife riea^
da a Marochil Caeta e Silve, 4 uartae e 14 forldae. Erolaeoe»
tiabfa na canaulaio narte-aoericaoa e oa U518.
1.8. - Ba'.bi na clnj Iiajubi, a
Saotaa. Bãa houve vitloio.
Julha-Agast-* .ritaçâoo oetjltntie ao vtrlao aaotae ia cale. Reellia.
-

oe w. Pela Horizonte, oaa a etinte a oraibiçío, a ilegal 28*


Cangrcasa de UNE. CarHlta* na Bihii, ca* 20 aaltciaio "eri-
dae. Chaauee e-.i Oalanla, caa a ;arte ia^sallida da oallcli ,
Cibo Rainunda, Nuavraeae lnoaniiae ea Sàa Paula buocUte gr*
ve euoaeiçãa.
26.8. - Eralaeâa na Tcitra Guiira, ea Curitiba. Itâa houve vitioie.
27.9. - Inciientoe oa \iculiadc iu Tlrjlto, ea Saa '‘aula, 5 aeque-
nae ba r-bao oa ealaa nobre.
13.10. - Poquona exnlatãa oo Pilicia Caoraa* Klioeae, *ede da gavfr*
oa aauliste.
15.11. - *>» o oleita* nuKraea* extr«*>i»tjs ose ebiaae ii oaaelçaa .
Na cj .ajnha elcitaral grudas -xtrc.xetie u*v largaaeota, par
60 diae, a* baririos gntuitae da -roatgaod* oa rliia e oe T7.
naveubra - °rjDJr»tWai de ijolantiçao guerrilheira o‘ eerra d* C»oe-
rei.
1967
Janeira - Exolaela oa Cia5uetr> ie Sar.tao, caa *uoa:it» farte di *ab2
tacun. 245 forldae.
1* . 4. - Liquiiíçãa fintl la Mea guerrilheira de Caoar*d, oi divloa
dao Zetadaa do Minaa e Seairita ^anta. Preeae alta guerrilhei
rao (octs iao >uaie, ol^ientae exaulsae dip Mrçae Araadae) ,
por um jeat^cioonta ia 11* Bitolhoo ia Pàrça ‘‘aliciai Minei-
ra, caaandada nela Caranol Jacinto Amaral. T$i* a tona «*teva
corcidí nela Zterclta.
*
12,7. - ,
rie?o ia JarnUirta ^livia T)viroo. mtifa «ecretlria jle
Loanel Brioals. craniota r>a'ltiea da *Ultiae K^ra", Extinção
da pravo guorrllhcira da '"riingula Miooira, cao oède «o Ubar-
landie chofioJa aar Cuanoy Cuarnlora, cai arieaa i« 15 ia -
,

»>lioa.1a8.

3l/7 o 10/8-Can"jr5ocla li 01 A5, ea Hwana. Lançada aanl*Vta aela ia ..


nlanf*çãa lo *aca« lubveroivae na c nttooote, leta. 4, "Vlet .
nonn m
Avorlca LitVna". 0 ev-caba Anaolaa, Ciriae Kirlghele
e Aluiria Falheno, lolJfliiae braelleira*, arogau » luta aroa
do lr.oJiit*. Ni Smri Peierel, ea Broeiliti 0 |oautida Clavia
Stenzol 1 cl ira que "a Braoll aceite a dccleraçao io guerra 4a
caaunisna cubana, ^.«lta »'ravde da OL*S"
2. 8. - Baoba na oíie lo "Corpo da ?it" na Ria ie Janeiro, PerlJa 1
funcianlria. .
.4

Agosto - Aossar Jo proibição, realiza-se o 29* Coograeeo da U5B, ra


Vinhedo, São ^lulo. O gruao llrlgente, foruaio Tala "Ação ro-
tular", trotetquietae ta "'>010'*" o elouontos da linha oblates,
lança aani '“esto Tregsndo a aubveraâo a roa da,
Seteubro- Prisão do uc gnno terrorista aa Balo Horizonte.
Deztnbra- 6* Congresso do Partido Comunista da linha eovlitica. O oi.
Qlfaato publicado no "Jornal do Brasil" de 31.12.67, aorova a
tátloa subversiva aula violência armada,
1966
14, 1, - Pequena manifestação oro-rcat3urante do Calabouço, dlaoorea_
da oala nolieis na Guanabara.
14, 3. - O **-alnlatro Alaioo Afonso arege a luta araoda oo «animas
to olaniestlno.
15. 3. - Booba no Conaulito nortc-a «.ericsno, ev São Paulo. *eridos 2
estudantes.
26. 3. - 46* anW.rsdrio da 'undeção lo ^CB. A oasocata orognaala ,
que sí lnicl 3 va no Restaurante do Calabouço, d disi_raida -'e-
la Policia Hllltar do Estado la Guanabara, _u, do consequente
cbooue irialo ocorrido ao circunatdncias noo suficiente jjnte
esclareci las, eÔo 'cridos 16 ooldados e sete estudantes. Mor-
to, casuj\ junte, ^ bola o or.nar9tori.ano Edson Luiz Ilua Scu-
to, lurinte o tiroteio, orovocado e eneojado neloe agitadores.
0 raoaz 'requentava o "Instituto Pudagdgico", ane.oo ao restou
rante, e oretenlia ingressar no curso sooundírlo. Tendo on
maoe a vítiuo de que or -cls iv'iu, talv_z orc-f abricada , a oxem
olo de lnuoerdveis eoied lios íuuelhant js ±2 subvorsao Interna
cional, os ogltaloros leflogr u a eroloração emocional da trl
gi co ocorríncil, em aecola nocional, cou largo aoêio eu cer-
tos drgãos infor-atlvos. Iniciavi.ee aeeia a execuçoo lo ola-
no de ogltação, arhvlvuota conhaciio e anunciado oelae auto-
ridades.
29. 3. - Os funerais do Jovea -.orto itraei consl .rdvel uultldão ,

que eoguo a oé, do velorlo instalado no Aseeablelo Legislati-


va sstadunl, ao ccultérlo le Soo João Batlsto, oo Botafogo ,

coo bandeiras e cirtazes eubv.rsivos. 0» agltaioree tiram o


osrtllo ,1xioo la® ceri onl as fdnebres, oaoree t ando-lbes sen-
tido 1: nrosooiçao ^olitlca.
30. 3. - Manliul olo ainorlis ntulantis, co.ao trcoi is choque e in£
truaento lo desígnios Jltii^s !as centrais subversivas estran
geiras, os co*. mios jrtrr.lst is consegue- contar vaets agití
ção ea nauarosoe ->ontos lo oaís. Greves e -nsecatas eo llver-
sas cllal.e. E*. Brasília, hd reormsao ea conflito; o "ouoous"
anlvarsit irl- í ccuoado e convurtido ea drea abcrtoo.cn te suble
rada.
t. 4. - Grandes ani Jc^tações le rua, conflitos e deare dações no Rio
de Janeiro. ?p*e boros le guerrilha urbana tloica. 0 ntl-iero -
de *asol'estaço >s é calcula lo eu tres mil. A balerns ed turoi-
oou qemlo, ds 20: GO horas, fêrças lo Exdrclto ocuoaroo as
ruas c.ntralr. Ocorreu raovjj.ntj choques ca Brasília, Belo Ho
rir ar. te, B*hi i outros oontoe.

2, 4 , - Manifestações, conditas e lleturbios e-j r -*rtaleza, Goionie


e Sjl/itor, r Bahia.
.

4. 4. - Ho !iio, ruorur-jo aollcial íiojJj oaescotas nós a oissa


a
le 7* i a
* lo roa ti >rto no Calabouço. ”nrto eons aclonalleao -
.

publicitário, lanlo cob.rtun 5 subvurs“o na ilquina tolo-jojr


nalietici e r*vietas llustralis. Hale conflitos o Recife .
,
Joao ?.». a. Belo Horizonte.
*
3. 4. - °i»sr*. 3uc/?r»lva 3ão , ouio. 3.000 usnlfaetantee. Aos-
drcjalo o "0 Estado le S^aulo".
,/5
j -

9.

9. • Bo*ba eooontrada oo -arddlo is °oliola Pal>ral, n


9ío Paulo.
10. 4. - Xroloaão • dloauita oo Quartel Oeajnl 4o Wrça Publioa, aa
Bi-> Paulo.

19. 4. - Atenda boobo do dlaaaite ao ^uirtel Oooonl do XI Ixlroito,


m Soo Paulo, rua Coneelhelro Orlrolaiiao. 2 forldoo.
20. 4. - Ixuloalo do boobo oo oartv u.ttaroí • Toatlbulo do *0 Balado
do 3 .Paulo" .Orondee orejulzoo o Pariioaatoa oo tolador ooturoo
do oortarla.
1. 9. - CaVaa ibaoluta n todo o oiia. Va Guanabara o cojlolo o oca»
oorotlvo do Dia do Trabalho oo Kotddlo do 5ao CriatoTao oooae
gue loange algucns oeotao ij do aaalat jot<>a. fraciaaaodo totej
oonto. Rio obataota, jj Sao p »ulo o coolcio orogn^ado paio
Oorlroo do Satado, oo:a aodlo ia alguna dirlgaataa alodioaia,
é dloaolrido T>or gruooa coauolataa lao llobaa cubana o obioe-
•a f qu-) ionloiu a Praça da 34, arpula-tu do palaoaua o Cot roa
dor Abruu 3oer4 a dooala outorldadea, todoo agradldoa o pau ã
padraa, e 'orçadoa a orocarar rafdgio daotro da Citídral. Ao4a
o conflito, oanteooa da oonularaa, coc oartaaaa aubTerairoa, -
retro to a da Ouevara, oroaovaai oaaaaataa pulia ruaa oaotrala.
4. 9. - Paoaaata aubraralra oo Santo Andrd, aoolada o^lo biaoo Doo
Jorga Merooa da Oliveira. Agredido ga joroillota aatl-ooauoif
ta.
15. 9. -JBxoloeão da boaba oa oarts extern» da Bolaa da Valoraa do
Sao ^oulo, 4a 22i30 ba. Dola tarrorletaa, aobora vi a toe, coo-
aoguai i acenar.
18. 5. - 3oaba oo QO da PÇrça ”*dbllca m São °aulo a ao Coaaulado -
7 nnoi«. Pooaaata aetudintil ra São Paulo.

20 . 5 . - 'Raoraaoào oollcial faz <aalograr oaaaaata oa Guanabara.


21 . 5. - Ocuiação di Reitoria da Uolvaraldida da São Paulo a detaca,
todo' o Roltor. Criada oaeaeite oo Klo. Choque» a daoradiçoaa.
Dola oortos, 80 farldoa leva» o olroa da all oaoifaataotea -
praaoa.
30. 3. - Aaailto a ‘oatnlbodori eontro agdocli baooSrla. Roubo da 60.
all cruzjlroa aovoa.
19. 4. - Agitação ao Rio. Reoretaão da paaaaitaa aubreraiva».-
20 . 6. - Aeeaabléla da 2 t 000 aatudiotaa oa Reitoria da Praia Varae -
lha, oo Blo. Prlaoaa.
21 . 6. - Sjxta-feira - Vlalentaa jaotvaetiçoas oo Rio, oo*rantadaa -
oela oollcla estolual. 4 oortoa. Invadida a daoredoda a Bolaa
ia Valores, na troça 15 da Roveobro. Rova boroa da guerrilha
urbini. Horto o aoldado Ralaoo la Barroa. D» afile eo Braeilia,
coa 6.000 aanlfeetaatee, cai astllo vLatooof, coa ratntoa da
Guev iro.
22 . 6. - Ba Tão Paulo, ocuoiçõo da Paculdalj j« 'lloao*! atoada aao
argui Jaa b3rrlcodoa, logo es ajguila do gecarollsoçao do oo
vloento i outros edin.oloa uai vorsltfrlo».
23. 6. - Algo no lacaoia da ootudaataa ocuoaa a Faculd-du da Dlgelto,
da Soo ^aulo, oou barrtod»» oa oorta contrai do lirgo Sao
^ranelsoo. Eb Braalllo, 300 ustudootpa iovMcm o Coograaao Ra
eior.il, onda deoorrto o 3* SoroinJrlo •Iotur-oarlooaotir Latioo
-ooarloano.
24. 6. - Paaaaata aubrarelva ao São Paulo. Foveeente ataoido apa -
drajido o edifício do Joroil "0 latido do S.^mlo*. fc forta-
leza, oo-íoio 4 dlsaolvlio 5 bala, baveolo 4 ferldoa.
26. 6. - ao Sio 3 aulo, assalto a dinuitu, iu oadrugids, oontro o oo
to edlfleio lo QO do II Bzdrcito. Torto o aoldado Mario Goael
Pilho, furiioa
f.* ri doa aais 3 aaatlaaias.
aeotioelae.
- Ro Rio ia J melro cul.ioao a# oaol'a
,
‘faftaçoas das sacanaa atj
tarlorea, oou a aarcba da euroa de 50.0 1.000 uooif ataotsa pala
./6

d
.

aventia Rio Brcneo. 0 citai peicológico, orodusldo ceio quaee


ooaooliio lie couunlooçõee celoe ogitiioroe osquerdietee, lova
&e oonoequSncies mtunl*, imitindo fce ruoe poro eolllarleda
le ooe "ooltolinhoe ioe oetudoatee injuetononte eaioanoadoe" 7
fiulliaree loe Jovone, toree lo oloaae nôdia, e at 6 norte -
do cloro. Huca oooitol, onle o ocoelçõo jl venoera oe elolçÔoe
de 1966, cor quaso 80< !oe votoe, o excloraçõo, tècoioacivnte -
orgonlsoia lo eenti .entolieco o o topório doe "elogme" de nle
tiftc íção colttico, obrigo rcn o prócrlo govâmo o perolttr ü
Toete ororrcaçeo contido nele a^orelbo oubvuraivo.
27. 6. - 3c Sõo ^aulo, oe terrcriétoe oeealti"; uca cedreiro.no quilo,
cetro 15 1» di Poooeo Tivoroe o ooneogueu rouber, tronqulle -
uontj, ucti tooJlolo le diniuito. X torle, eu conflito no Lar-
go Soo "reocieco. o ogitilor coaunleto Oeee: B:rboeo do Silva
aeeoteiae o oceririo Noel^le Oliveira Rooos, aonlo crêeo e«
flagrante, eoo'e cereegulçào coloe nna cantroie.
26. 6. - Rovo caeaeita, oouo oe ontorioroe, coroitilo a.i 95o ^oulo,
1. 7. - Po^eeite tn Broetlta. Da ^ronte oo edifício do Congraeeo. o
decutado Dovid Lerer cirregn uu grande cirtaz onde ee lí: * De
uunolacoe oo uuodo o regl.oe la terror iuceronte no Braell". Bi
Sâo ^oulo novo oeeilto o banco, eueouito de llgaçao eubverelva.
3. 7. - Da Sao ?oulo, novo coaeeato do UR2. 3.000 nani feetontee voei
fem aatrlbilboe orovoc «loree. Creeceu o indiferanço a o re -
rulea lo oovo coulieta onte oa crovocolorae. Segundo aeeolto e
roubo do 60.000 cruzeiros novoe, ea Moul.
4. 7. - Marcho eubvfreiva no Rio, de ooretor obertoaente cnunlets ,
•oa 10.000 jidfostontee, oti o Suorojo Trlbjnol liilitir, onde
realizou ‘coaioio contn o govímo, rSoldocente dlscortido pela
elvolee noticie de que ee onroxiaovac vijturoe certilae do líi-
oletórlo lo Exército.
Julho - 0 Mioietro da Justiço, re noto oflglel, orolbe oe coeeootae
sabversivos e foz o devido eoauaxcoçao ooe govarosdoroe d^e Ee
tedoe.
6. 7. - Boobs exolode no edifício doe Correios, eu Caaolnse,
7. 7. - to Sõo ^oulo exclMza quaee eloultaneioonte clnoo arte"itoe
le dloicite, en eateçoes o entronc ouentoe femVldriiei - Z~CB,
oerto^de Eogenholro Ooul:rt , na gore da Santoe-Junilaí , na
eatoçoo do toca e certo de uo oleoduto 1c Sontoe-Jundlai
11. 7. - 3* seeolto c cetrolbadora contri iglocio bancorla. Roubo de
43 oil eruzolroe novoe.
12. 7. - Peuoc-ea oo Ri£ o Coneclbo lo 8egunnçe Roolonil, adiando de
- eleoee coro bísboo ulterior.

16. 7. - 0 Cooaclbo da Segunnça Paolonal, nde longo reunião, eclte


ode* ec quo nconhoce "o o toque cieelço oo regi .í e insti-
tuições devocrlticie**, cujo ogrovauunto, »c curso, "oaricturt-
za, nitldi .ante, uc octolo oontn-revoluolooirlo quo deve ser
ejeb-j tido cor tolos oe celoe, eob oono de fruetror.ee e Revolu
çoo le 31 1« Morço le 1964".
17. 7. - Crave llegol coraliea 6 ^Ibrloae ec Oeieco, São ^aulo. Jlgu-
c-e Jaioe oeucolje n fõrço, co eoquoetro de ol JlQletraloree e
.

tdcnlcoe. 0 eurto eubv-relvo, ortlculodo ceio "Açao Pooular ",


e outros gru->oe ooeunletae j brlzzolletoe o fulain ontenente
debelodo, oeloe fôrçoe ool.clole lo Estalo. A DRE lanço mnl -
festo de apílo 3 greve, toblllzinlo oqulcos do crovoooção.
16. 7. - Reocuooção lo v oeull:W le Direito, en Sõo 'sulo. onle eõo -
encontrolo ecanas 43 olmntoe, ofdrc 20 ortlstie de toitro e
TV que ee nraeuntj-. *caro eure creeoa Juotoe" *>oe logo ljea-
.

-íoreoac. E oesln cu:nrlJ« ceio colide o "oandoto de reintegra


çao le coeeo" requori »c \ Justiço colo Congrogaçoo da Paoullir
de.

./7
1
20» - 0 Mlgiatro lo ?oz*nio, mfüM
r Delfio Reta, laelora qu« w
agltoçoe* d* Junho acorratarva oo oaf* uc ore Juízo oviliado ao
0 ollbooe !e cruz oiro# o oro*.
- Pequena* loolfivtoçoe# no Fio • a-o São Poulo orocuroo, va
raoareasBÕo, oogirior ao5io 1 ailogriij grave d* 0*o*eo.
1, 0. - Mu* doi* o**ilto* o ojtrolh Jiora contra bonco*, *a São
lo. R?ubo dc 80.000 cruzalri* novo*.
2, 8. - 0 oresident# Coato a Silvo racab* grondc couiaaoo 1* ostu .
donta* oirtidirlo* Jj lidlogo ia clot** coa o governo.
3, 8. - Pr!»aa, ciauolunt ». lo -elrugolo, vo Cooocobaoa, o oroalían
t* ia Uniio Kuniciool ie Eatudoot.:*, ia Guoaabaro, FLodialr Z
Paloclro, icuaolo .o vdrlo* iuqucrito*.
5. 0. - A**olto a São ^lulo, 3 agência banelrio ia Av. *õo Gibrivl.
»

Roubo 1«* 32 Til cruzeiro* novo*. Ro Rio, nequeoa* llrturbio**


aocícioa-rjlãzaigo*.
6, 0. - Ab-»rtiia o onuociala uni*::*tac*o aat iartil da orotesto -
oootro o "o ri aõo ia "1 U -ir ^ »l 'cir-.. 0 c antro 4 cidaio
i do
Rio ê icum '•» aor \stic:j:of* !o 2xcrcito t Hirinho « ^aro -
nlu^ico. Manchete 'o vaaoartino avallfto ""Vlba do Torde"t "0»
gri to* *d no Rio ocuoido: aoltez TI 'dl ir",
0, 8. - àn Solva :or, Bahio, a UTü orovoco c~oflito co* 9 oolieia. 7
feri to*.
10. 8» - Aeaalto oniio ao t r mjolor ia Sintoe-Junll jí , coa fort*
Busn.ito ia ligiçoo co o gruoo turroriato. lioubo le 110 oil
.

cruz.íiroe n-vo*.
14 8. - Soo '•mio, froc:'fi-a o:vaa tontirlvo* ia 'Otaaita ia ORE,
ante a indiferença -.íaviçi lo ao^ulaçoo * gasto* fraquaota* do
reoulan.
19. 8. - S>4 São Poalo, d* aoirugilo, 3 axoloeõ** *i;.alt)n.M* « froo
te io IXPS, « n
Joi* aii r Icio* do Juctiço E«tadual.

Ba fico da ESCaI.OA D.» SUBVISSSO, erooologie 'nanta ie-oratrado aciea ,


asauoa.i e«rto, idaqu3do ,
t orm-*a argento revidar S 3uo eznoeãi,
co •

oViciz. la mturcsn ie^onaiva a la noturezo ooaitivo, 1o«fcebonio-?c -


uói *ÇAO PSICOWGICA O^aíSIVA, ura denuncio, i .**2 iac «n ento * ieola-
cinto io* gruioo lnvoigo* la* liberiiio* de -orític *. Xila oiod3, 4
urgonta reiniciar a r.irobo revolucionário, oorcioloentu interroooiio.
0 o 0 o 0 o 0
OBSBRVAÇ.ãO Boio a -.r*-?neta io tezoo, eato edição d^ S^C.IADA
.*
BA
SUBVERSÍO 5 llstriLuii aiooofro^oio.
i
Eato.os opvi Icncünlo uoa adiçao
laoraaaa, iluatrodo, coo ^tagrims, co iorobotdrio» lo ilguna io* otoo
todo*, eon*tante* do rol^çoo.
0 o 0 o 0 o 0
COLABORE OOV 0 IPÊE-SXO “*AUI0, mra o ie^a*a do* llborioie* ios-oeriti-
eo*, io* iireito* bu .ano* a li ecanoolo 1# aercodo.

0 o 0 o 0 o 0

*
Rio do Jnilro» 5 Ao difhro do 1966

Uno o* Sr s*
Diro taros d&
COC ÍNCOLA Industrio o Conóralo Ltdo*
AT* Ulo Poçonbo* 151 - 6*
Mosto

Pro modos Sonhoros

Tonho troxor 00 oou ooohoalnonto possool, podia


<3 o- lho quo o rotonho on oous orquiros, o T+mmo sooxd do 00^
jantar o otuol do prosoõo oonunlsto outro nó», oonfomo lona»

Uaonto prooo dldo*

A tonal o sos soudoçõos

dlyoon do Poiro
Vlco~Presldonto
APÊNDICE V
Caria de Edgard Teixeira Leite à Confederação Rural Brasileira

CONFEDERAÇÃO RURAL BRASILEIRA


Orgáo Nocionol Representativo da Agricultura e Consultivo do Governo
Rio de Janeiro, de agosto de 1964

Senhor Presidente e demais Diretores


Saudações atenciosas
Tive conhecimento, pela lealdade de um dos nossos companheiros, da caria, enviada
k\ Federações, com n data de 10 de julho, pelo Sr. José Resende Pcres, 1 ‘^Secretário da CRB.
Encerra um rosário de falsidades, o que me leva a lhes enviar estes esclarecimentos.
Assim a divergência que ele alega ter surgido entre nós nio tem a origem indicada. Resultou
tio- somente de haver eu defendido a reputação da CRB que o Sr Peres reduzira à expressão
mais simples num dos seus folhetins agrícolas, do *'0 GLOBO".
A minha contestação foi publicada com grande destaque, na sua própria seção. Enfure-
cido investiu através de um sórdido documento, lido na Diretoria coetra raun. exigindo
da CRB duas coisas:
a) renúncia coletiva da Diretoria;
b) carta ao "O GLOBO"
procurando minorar o impacto sofrido pela minha carta;
a primeira exigência foi repelida in linune. Era infantil. Nada tem a ver com ela. a renúncia
coletiva,como aliás esclarece o próprio J. Resende Pero na carta-circular já mencionada.
Quanto è carta de reparação — espécie de atestado de boa conduta, tendo tido a Direto-
ria dificuldade em eu
redigi-la. mesmo a escrevi. Subordinei cntrrtaoio a sua entrega ao
compromisso soiene, de que com ela a questão seria dada como encerrada.
Deste compromisso solene, foi fiador o Dr Hercflio Luz Colaço e assumido perante o
Dr. íris Meinbcrg De posse do documento —
faltando à fé turada deixando muito mal —
o seu fiador Dr. Hercflio — publicou a curta por mun redigida, com comentário* desairosos
j minha pessoa.

A Diretoria reunida, e por decisão quase unânime, condenou o procedimento desleal


do mandou ao GLOBO a seguinte nota. que foi publicada naquele jornal:
Sr. Pcres e
"À dos comentários do Sr. Resende Peres. sobre a carta que esta Confederação
vista
dirigiu ao GLOBO, relativas ãs declarações do Sr. Edgard Teixeira Leite sobre o Estatuto
da Terra cabe ficar bem explicita que o propósito foi dar uma solução honrosa para o
assunto sem descer à apreciação do mesmo e nunca desprestigiar o nosso VicePrtvdenie.
Tendo sido deturpado o nosso pensamento voltamos a presença de V. Sa. pedindo a
N
publicação destas linhas cic. .

Por aí so ví que quem deveria renunciar não era eu. mas o Sr. Peres.

743
Em um ponto estou de pleno acordo com o Sr. Peres.
£ necessário que a nova Diretoria seja dc homens com trânsito no atual governo. Nestaj
condições o Sr. Peres é o menos indicado.
£ fácil demonstrar:
O Ministro Civil mais privilegiado pelo Pte. Caslello Branco 6 o Dr. Roberto Campos.
Reuniu em tomo de si excelente assessoria, quase toda do 1PES, que tem sido continua-
damente atacada pelo Sr. Peres.
Vou citar exemplos:
O Dr. Assis Ribeiro, assessor do M.T. Roberto Campos e agora nomeado para o Con-
selho Nacional dc Economia.
O Dr. Garrido Torres —
idem, idem, nomeado Presidente do Banco Nacional de Desen-
volvimento Econômico (BNDE).
O Dr. José Gomes da Silva, assessor do Dr. Roberto Campos e nomeado agora supe-
rintendente da SUPRA e certamente o futuro superintendente do IBRA.
E atacando o IPES, considerando como órgão esquerdista, ficou em má posição perante
o General Golbery. até há pouco Secretária Executivo daquele órgão e que hoje dirige o po-
deroso Serviço de Informação da Presidência da República, um dos postos de maior impor-
tância do Governo, homem de alto prestígio na Revolução.
Não é por isso de estranhar que o nome do Sr. Peres tivesse sido posto à margem na
lista tríplice onde figurava (aliás por indicação minha há tempos atrás) sendo escolhido o

Dr. Kurt Reps (ilegível).


. .
.

Devemos na verdade escolher gente com bom trânsito no atual Governo. A CRB e as
Federações tèm na área oficial importantes problemas, como o retomo do Serviço Social
Rural para a classe rural, a Sindicalização Rural e os problemas relativos à Reforma Agrária
(Estatuto da Terra, do Trabalhador Rural etc.).
Nada direi entretanto sobre este assunto, o que foi, pela carta renúncia (escrita há vários
meses) entregue à orientação do Dr. íris Meinberg.
Qualquer gestão neste sentido representará não apenas descortesia para com o nosso
Presidente declarada pelo Sr. Peres, “o maior ruralista brasileiro".
Não apenas uma descortesia: uma deslealdade.
£ constrangido que sou levado a dar a V.Sa. e aosseus companheiros de Diretoria estes
esclarecimentos, pois a carta de 10 de julho exarou afirmações que estavam longe de repre-
sentar a verdade dos fatos.
Creia-me seu
Edgar Teixeira Leite
Al* Adm. Obr.*

744
apêndice w
Lista dos associados e colaboradores do IPES ligados a bancos

Ot associados e colaboradores do Complexo IPES/IBAD que ocupavam cargos-chave


na administração estavam vinculados aos bancos particulares e instituições financeiras mais
importantes do Brasil, revelando uma marcante interligação de diretorias. Estes são alguns
dos bancos e seus diretores ligados ao IPES:

Banco Mercantil de São Paulo — General Banco Novo Rio de Intercâmbio Nacional
Edmundo de Macedo Soares e Silva, Cas- — Carlos Lacerda, Alberto Braga Lee,
tão Eduardo de Bueno Vidigal, Gastão António Sánchez Galdeano.
de Mesquita Filho. Paulo Ayres Filho, Banco Português do Brasil —
José Adolpho
Lucas Nogueira Garcez, Nicolau Moraes da Silva Gordo. Orlandy Rubem Correia,
Barros, Severo Fagundes Gomes. Vasco Olavo Canavano Pereira. António Car-
Leitão da Cunha, Nicolau Moraes Bar- los do Amaral Osório, Theraístocles Mar-
ros Filho, Luiz Eduardo Campello, Ba- condes Ferreira. Harold Cecil Pclland.
sflio Machado Neto, Mauro Monteiro Banco Auxiliar da Produção —
Fernando
Lindenberg, Paulo Sérgio Coutinho Gal- MbieJli de Carvalho.
vio, Israel Klabin. Banco Geral do Brasil — Dénio Nogueira.
Banco Itaú- América —
(formado pela união Banco Geral de Investimento — Dénio No-
do Banco Itaú e Banco da América) — gueira.
Luiz de Moraes Barros, Herbert Levy.
Aloysio Ramalho Foz, Eudoro Villela,
Banco Moreira Gomes S-A. — Dénio No-
gueira.
Olavo Egydio Setúbal, João Baptista
Leopoldo Figueiredo, Herman dc Moraes
Banco Boavista de São Paulo — Fernan-
do Machado Portella.
Barros, Luiz Eduardo Campello, Rober-
to Levy. Banco Brasileiro de Desenvolvimento S/A.

Banco Francês e Italiano para A América Finasa — Antônio Casimiro Ribeiro.


do Sul —Rogério Giorgi, Henrique de Banco Andrade Arnaud Sj4. — Raul Pin-
Botton, Vicente Rao. to de Carvalho.
Banco Lowndes —José Garrido Torres, Banco Ultramarino Brasileiro S.A. — Raul
Almino Afonso, Oswaldo Benjamim de Pinto de Carvalho. Alexandre Marcon-
Azevedo, Raul Gomes de Mattos, Donald dei Fo.. Paulo Fontainha Geyer
Lowndes. Vivian Lowndes. Banco Aymoré de Investimento Raul —
Banco Cidade de São Paulo (Dow Chemi- Pinto de Carvalho.
cal) — General Golbery do Couto e Banco Nacional do Espirito Santo S-A. —
Silva. Vicente Alva de Carvalho. Milton Viei-
Banco Novo Mundo —
Lélio Toledo Pixa ra Pinto, Francisco Farias. Messias Ro
e Almeida Filho, André Arantes. d arte.

745
Banco Operador — Adolfo Gentil. Bcnito Banco do Comércio SA. —
Rui Gomes
Derizans. de Almeida, Augusto Frederico Schmidt,
Banco Itaú —
Eudoro Villela. Waltcr Moreira Salles.

Banco Agrícola Mercantil S A. — Emílio Banco Atlântico — Orlandy Rubem Cor-


Kaminski. Egydio Michaclsen. reia.Themístocles Marcondes Ferreira.
Banco da América SA. — Herberl Levy. Banco de Brasília SA. —
José Luiz de Ma-
Banco Bozanno Simonsen — Mário Henri- galhães Lins.
que Simonscn. Banco Nacional de Minas Gerais SA. —
Banco —
Geraldo Danemann.
da Bahia José Luiz de Magalhães Lins.

Banco do Comércio S.A. Arlhur Ber-— Banco Comercial de Minas Gerais SA. —
nardo Filho. Demósthenes Madurcira de José Luiz de Magalhães Lins.

Pinho.
Banco Sotto Maior SA. —
José Luiz de
Magalhães Lins.
Banco Comercial do Estado de Sâo Paulo
— Francisco de Paula Vicente de Aze-
Banco Comércio e Indústria de Minas Ge-

rais SA. Ruy de Castro Magalhies,
vedo
Almeida Barbosa Mello.
Banco América do Sid — A polónio Salles.
José de
Banco de Minas Gerais S A. Josafá Ma-—
Credibrás Financeira do Brasil — Waller
cedo. Pedro Paulo Ribeiro Gonçalves.
Moreira Salles. Hélio losé Pires de Oli-
Banco de Crédito Real de Minas Gerais
Dias. Manoel Ferreira Guimarães.
veira
SA. — Jonas Barccllos Corrêa.
Rui Gomes de Almeida. Albino Arruda
Marinho. |ocl de Paiva Cortes. Paulo
Banco Mercantil e Industrial de Paraná —
Bamerindus —- Oscar Schrappe Sobri-
Galváo Fo.. Miguel Lins. Hélio Cissio
nho. Othon Mader.
Muntz. Ismael Coelho de Souza. Hélio
Banco Comercial e Industrial do Brasil SA.
Beltrão.Teodoro Quartim Barbosa, Sér-
— Othon Mader.
gio Pinho Melláo. Henrique de Botton.
Augusto Frederico Schmidt, Demósthe-
Banco do Rio SA. —
João Baylongue.

nes Madurcira de Pinho. Homero Sou-


Banco da Capital S A. —
Joio Baylongue.

za e Silva.
Banco Mercantil do Brasil —
Obregón de
Carvalho, Oscar Augusto de Camargo,
Banco Anchieta S.A. — Carlos José de As- Getúlio José da Silva.
Ribeiro. Adolfo Gentil.
sis

Banco Financiador SA. — Carlos José de


Banco Paulistano — Eulálio Pontes Vidi-
gal.
Assis Ribeiro
Banco Sul Americano do Brasil — Manoel
Banco Auxiliadora Predial SA. — Carlos José de Carvalho, João Baptista Leopol-
Henrique Schneider. do Figueiredo, Luiz de Moraes Barros,
Banco Auxiliar de Crédito SA. — Orion- Herman Moraes Barros, Jorge Leio Lu-
dy Rubem Correia, Ricardo Xavier da dolí, Genésio Pires.
Silveira. Banco Investimento — Fábio Garcia Bas-
Banco Económico da Bahia José Bas- — tos.
tos Thompson. Angelo Calmon de Sá.
Banco Hipotecário e Agrícola de Minas
Banco Federal de Crédito S A. Eudoro — Gerais —
Dario de Almeida Magalhães,
Villela. Olavo Egydio Setúbal. Aloysio Joviano Jardim Rodrigues Morais, Obre-
Ramalho Foz. gon de Carvalho.
Banco Hipotecário Lar Brasileiro SA. — Banco Auxiliar de São Paulo S.A. — Ro-
(Chase Manhattan Bank) —
Jorge Oscar Machado Neto, José
gério Giorgi, Basílio
de Mello Flores. Ermírio de Moraes, Othon Barcellos Cor-
Ist National City Bank o} New York — reia.
Trajano Puppo Neto Banco de Crédito Nacional S.A. — Murilo
Banco de Desenvolvimento e Investimen- Gouvéa Coulinho.
to Comércio e Indústria —
Trajano Pup- Banco Halles —
Alberto Lelio Moreira.
po Neto.
Banco Leme Ferreira SA. —
Bahco Federal de Investimento Daniel —
Aldo Mortari. Machado de Campos.
Banco Delta SA. —
Rui Gomes de Al- Banco Auxiliar de Comércio SA. The- —
meida.
mfstoclei Marcondes Ferreira.

746
Banco Brosul de Sào Paulo — Sérgio Mel- Banco Irmàos Guimarães —
Nelson Pa-
lio. José Pire» de Oliveira Dia», |oão da rente Ribeiro, David Antunes de Oliveira
Cruz Mellio. Guimarães.
Banco Boavisia — Cindido Cuinle de Pau- Banco Investimento Industrial — Invest-
la Machado. Fernando Machado Portcl- banco —
Roberto Campos. Sérgio Pau-
la. Luiz Biolchini. lo Mellio. Edmar de Souza. |osé Boni-
Banco de Crédito Municipal SA. — Fer- fácio Coutinho Nogueira, Sebastião Fer-
raz de Camargo Penteado. Emanuel Whi-
nando Machado Poriella.
faker.
Banco Comércio e Indústria de Sào Paulo
Sw4. —Teodoro Quartim Barbosa. Jo-
Banco Federal de Crédito S.A. Eudoro —
Villela, Olavo Egydio Setúbal, José Bo-
sé Adolpho da Silva Gordo. Jusio Pi-
nifácio Coutinho Nogueira, José Ermírio
nheiro da Fonseca, Caio dc Paranaguá
de Moraes.
Moniz. Daniel Machado de Campos.
Banco Francês e Brasileiro S A. — Teodo-
Decred S.A. —
José Luiz Moreira de
Souza. Cândido Moreira de Souza, José
ro Quartim Barbosa.
Gatrido Torres, Mário Henrique Sirrvon-
Umào de Bancos Brasileiros— Grupo Mo sen, Vicente Rao. José Luiz de Maga-
reira Sallcs —Arthur Bernardes Filho, lhães Lins.
Egydio Michaclscn, Paulo Fontainha
Octávio Gouveia de Bulhões,
FIBENCO — Financiamento, Investimen-
Gcyer.
Glycon dc Paiva. Rui Gome» de Almei-
to e Crédito —
Roberto Campos. Lélio
Toledo Piza Almeida Filho. Américo Os-
da. Alberto Soares Sampaio. Waltcr Mo-
valdo Campiglia. Theobaldo de Nigris,
reira Salles, Nehemias Gueiros, Hélio
Fábio Monteiro de Barros, André Arantes.
José Pires de Oliveira Dias. Hélio Mar-
ques Vianna. José Luiz Bulhões Pedreira,
Finco Investimento SA. —
Almino Afonso.
Lucas Lopes.
Paulo Galváo Filho.
Grupo Financeiro Ipiranga — Ary Burger.
Finco S.A. —
Consórcio Financeiro Lu- —
cas Lopes, D. Lüwndes. O. Benjamim de
Banco de Desenvolvimento e Investimento Azevedo. Almino Afonso.
Brascan —
Antonio Gallotti. Pedro Lei- Ypiranga Investimentos SA. —
foio Bay-
tio da Cunha. Dario de Almeida Ma-
longue.
galhies.
IBEC Empreendimentos. Administração e
Banco Fmasa de Investimento —
Gastio Investimentos — Nelson Parente Ribei-
Eduardo de Bueno Vidigal. Jorge Walla- ro.
ce Sirnonscn. Wilton Paes de Almeida Independência SA. Financiamentos, Crédi-
Filho, Casimiro Antônio Ribeiro. Eduar-
do Caio da Silva Prado. Fernando Ma-
tos e Investimentos —
Otávio Pereira
Lopes. Ernesto Pereira Lopes, Caio de
chado Poriella. José Maria Pinheiro Ne- Paula Machado. Emanuel Whitakcr.
to, Joio Pedro Gouveia Vieira. Leôni-
das Lopes Bório. Lucas Nogueira Gar-
BRASCAN Expansão e Investimento —
António Teodoro Quartim Bar-
Gallotti,
cez, Lucien More Moser, Miguel Rcale. bosa.
Nicolau Moraes Bairos Filho. Clemente Cio. Sul-Americana de Investimentos —
Mariani. Israel Klabin, Irineu Bornhau- Carlos José de Assis Ribeiro, Américo
sen, Luiz dc Moraes Barros, Amador Oswaldo Campiglia.
Aguiar. Joio Neves. Paulo Lacerda Orcica SA. Créditos. Financiamentos e In-
Quartim Barbosa. vestimentos —
Roberto Pinto de Souza.
Banco de Investimentos do Brasil S.A. — À. A. Monteiro de Barros.
Waltcr Moreira Salles. Augusto Trajano Novo Mundo Investimentos SA. Ro- —
dc Azevedo Antunes. David Beatty I tl, berto Pinto de Souza. A. A. Monteiro de
Antonio Gallotti. Paulo Fontainha Geyer. Barros.
fosé Adolpho da Silva Gordo. Paulo Rei» DELTEC S A. —
David Beatty UI. Eulá-
de Magalhães, José Luiz Bulhões Pedrei- lio Pontes Vidigal. Irineu Bomhatucn,
ra. Carlos dc Moraes Barros. Irineu Born- Antônio Gallotti. Paulo Neves de Souza
hauscn, Dario de Almeida Magalhães. Quartim.

747
1

Cie. Financiére Elemil — Lucas Nogueira FiVtojfl SA. Finan. Cred. Invesl. do Para-
Garccz, Lucas Lopes. ná —
Gnsiôo Eduardo dc Ducno Vidigal,
Lucas Nogueira Garccz. Rophoc) Papa.
Crédito ComercialSA. Sociedade de Cré- Finasa SA. Finan. Crcd. Invcst. de Santa
dito.Financiamento e Investimentos — Catarina —
G. E. Bucno Vidigal, Lucas
David Antunes Guimarães. Nogueira Garccz, Rophacl Pnpa.

— Brasval —
Gnstuo E. Bucno Vidigal.
Mercaminas S A. Crédito. Financiamen-
— Barings flro//im —
G. E. Bucno Vidigal.
to e investimento Obregón de Car-
IBEC Cia. Empreendimentos Adm. c Inves-
valho.
timentos — Humberto Monteiro.
Cio. Carioca de Corretagens — Raul Pinto Cia. de Crédito e Financiamento do Comér-
de Carvalho. cio — Francisco Pinto Jr.

748
• 9

APÊNDICE X
Carla do IPESUL ao IPES e correspondência de associações e representantes
de classes ao IPES.

£9
-Ra
ii m imiaii
*9
(Dt*
4* Mmt, g 9 1*
44

/ia*, «v. rraaUssOs 49 JTB - Mi,,

v pmm,am, (MM*
1 19 , 9 prosar é* Hlitar • fli

• Inslmalms asm latir Interseemte pmlsotrm eséra 9 tm, aarift^ét


• CTWS MUM praam+aá a CM •# '«MnM* « « aUnfwl
•«‘•íí* gu9 9 i açol o (M ff(«M ralsfaás a %
*#rt«*<# Mrt«rf« a# *u<n* tf# C«tfd tf« /
fria ## |rwi«/irwr « ia *#ar
f • #f r» jô 3 flnmcairam f fochaAa
i#lnu tf# C«#*U tf##,

*<«. mteat, 9
T>\faJ i Im« fnin/ *# i(f#«
•st ram cari «ca# /aoKarom

*Imporcieie, suolmd, 9 Mmcs cmirai 9 se


prsjudi csdos , /|##t1 ciar# fb# b# ua« /«aba na lsçlmlaçm, Ml
/>#r •**/**# fiiuru, t l«Mi entra/ *«# fuiji c tw
**• #«á^#rlr maétMes leflsietloom ca^i#Mnl«na, # cm# lutf# |W
4í * •• Mercai, *9 Capitais mal para a Manes CmtneJ UfOT
mar, a coma sato ar+tlma t sdma aa aoçaatSsm, raolm^ãaa aa rslma£
Mleaçfaa, tames ias c (mula atalama, puo twtf# ^#rrr* ãmaa m m
emtrmtm
O C-SSuL spsla a l as tf# proa. Casio * Mtlaa tf# fsa a
amla Impariam 9 ittZA. s # MXTA-mMm. em a pta ts roa-os fmU n
flrmmr pas o Jn cs Central. ms astsr tf# parada tf# Capitam, / **
mips tfa MsoaJoçãa, pala satã f,rpméa s isamimslal manta a a iwr
Itdaçãs 4a marcais 4a 1 atroa tf# cmtàis, a tosta tf# prsfmts. Asm Ms
•es tl Marea, a aai#rta titmasso «a a* la, ^m 2«# f##
•«» poasui4sr,a 4a mm
assamsa • aafriio pempmça, psrtmta (oâa -
pralnants 4amtro Maçusla /alam ooni, ## s tCBt-MCPtMi. mM
Assim, tomas sparaAoaa 4s fw xmm Aw, psatmla a Sf
TA-UCUm Matos Central ésopram-a iataJmmta, mia 1 ama* a ai-
s o
pitar canJiac Imanta 4a sua oMlatsmslo, asm o p*a l an

DA M£TOUJÇl<y,

Mi trotmuo, asl paa para 9 &M, asma para a rrjtftX.fi


f roamõsa mtsa ps 1 (ticos tf# fos aasl •••camãaiaaa, am Imlsomtsm
a asa im, mãe 9 minha li tampão sal I aliar a +ãta tf# XTB somaria
no pus ata’ açora fat 41 ta, 4 flmalliaáa prssfpoa tf«#ta a a és aan
trar a lapananota Mo praMlaam, « ps4lr pts *,i>Mm a itmmmtwpb
mtsso, aa pus tsMas aa afirmações 4a Mansa Central farm mfutaém
9 para a opartieiiMoMs tf# om projeta is prajaia Ms Isl , fasm • ms i-
J faria ás an atra sfuillàraáa a l sp rosal «tf / asl faAor Ms •Ms^mmf*
mus MCI! [ SUB
HPESUl

•mm • btn^is Kxciiwn.


/ ssiémnts gus o CrmàtU Direto mo Csswsmtéor 4 fmá sr p—
•ittmm m 4 mma , /oriciooáocuo és msrxméo 4m ístros
** C—íí *' -rm m m !“< rieiiM, éepmtés stlaunti 4c leptslmgís

0tNrac«U<(i,
"u
i
^• ITm-PIO posmol fortss tínwiaçÍH ••• wIm
*•«/ psétmso fw imo oua tnjiuêno Is pmrm t rmisfor
mmr • ^*<1 • «ngucito # (poiM ua projeto és projeto às lst
mm* m*s cmU e*a o y«|i d« Soí. Ma 4o 3m, smJso conAocImsntss és
Mt moais orno Iwfíwd, « cm • Jsmml és Csmsrots és Pu (m j**-
bltotnr-s mm tntsfrs, ssm contar asm o TTMSUL s nuas roo mm ou t ram psa-
ssos. mt smttéséss és a«ur Importmwla.
Tmws s IPB
consegui ns tentmUs ws élsJsgo esm s Mtntmtro
Mslphla ou esm s Dr. CoJutas, asm ersts fus ss Ministros dm MsssJu -
pms fJorbos Passarinho, Costa Cavalcanti , And rsas mm s Owwm s Silos )
ficariam ssnslèl 1 1 modos, s s]ss sim , satãs sa condições és roscar a
•ssrttnm és sllfnslo s és éss informação" hobtlmmnte asntaém pslo Mmj
•s Central»

Osstmrlmss» és asrsesr im resposta sobro s cooioito sm to»


ia, afta és coordenarmos esforços por mais ssta amuam pus siam s bme

Saudações cordiais s atenciosa»

PJé. - Moas onésrsço és IPBULi


Mil/tato Psláaie és Cemsreis , 8* andar, OsnJ. 801
Porto Alegre, MJ - Tone 3-18-Oê
i

ftUA QAMOCLAMAÇÁaiM * »ONIUC«I<0


XC «« riL. IO roo*mo-«i f|im'«¥Hitf
ft^U4-f* V
U/M.
Ua d* Juuira, « 4* mu
Ao
IPÊ8 - Instituto do FttfüfM o Kftados
At. Rio Br ono o n* 111 frv^o 1TI7
Hnti

Proso doo Sonhoroot

Em otooçõo o sua cario do Sl/l/M sol In Rs mos onotor o se-


guinte porgunta, o oor onromtn bods oo Imo. Rr. Ministro do ladóotrlo
O Come reto

"Alem doo produtoo tntegrolmen&e tabrloadeo oo Brufl, há


umo faixo onormo do produtoo purclolmoate fabricáreis, loto s, prods-
too quo, por roa ooo dtvoruo* dopoo d o m
do po foo oo motozinis Importo-

lioltoo dooooo prodoioo são do grusde interesse poro oo lo -


duotviolo do a
ódio o pequsno porte.

Poro exemplificar oRorol o cs oo do fobrlcoçao do Dototorss



do Ralos Gama, polo Mlcrolob Elotrôolco Uda. o do Brocas poro poços
!
do Petróleo, polo CBV. Roses produtoo roprooontoa uma contribuição
: aoool do ordom do 1 bilhão do crus oiros à economia do Pois.

Ocorro porém, quo, on ambos oo eaoos, as dificuldades do


obtenção oportuno doo compooontoo Importados são de moldo a deoon -
'
corajor qualquer iniciativa de omplloção no folzo doo produtos "seml-
000100010".

i Efstlvumonte não remoa como tugir ao dilema de ou fabricar


tudo no Brasil ou não fabricar nado.

1
Ê cloro quo tol dUomo exclui a possibilidade da aacionallsa -
ção progressiva ds Inúmsros produtos com gravos projulsos paro a
ocociomio do Pa Cs.

/...
2

j
EiUmoa convencidos de que eàmente mim regime de liber-
I da de de Comércio Exterior, sem licenças de Importação e sujeito ape-
I
nas a um código tarlíário moderado, poderá o Governo dinamizar o
^desenvolvimento do País.

Pergunta: O que é que ainda Impede o Governo de liberar o


Comércio Exterior?".
[•

Atende sam ente


Mecânica CBV Limitada

\xjuJL & cU'ol í/lOUUA^

Paulo Didler VUaa.

PDV/Evas
.

Exxno. Snr
Dr. Mauro Thibau
M.D. Mini atro daa Mina a • Energia

Aa indústrias elstroquímlcas a elstromstalúrglcas ficaram margl-


aalisadas economicamente, palaa atuais tariíaa de «nsrgU, principalm«n>
ta do grupo Light.

Aa indústrias da aoda cáuatlca ram funcionando com «norma pra -


Juiso, aando o preço da cuato da mataria prima, o aa1 mala a energia, *u-
parlor ao praço internacional daaaa mataria prima.

A Indústria do alumínio também não poda funcionar com aa tarifai


a tua ia do grupo Light.

PERGUNTAMOS:

lt Porque o kWh daa indústrias ele tr ©químicas « alatroma -


taiurgieae no alatema Light cuata o dobre da kWh da
CEMIG?
2t Constatada a impossibilidade, ou o deifcts rasas, do gru.
po Light em fornecer energia a um custo rasoávtl para
a eletroquimlca a aletrometalurgia, dentro da suas artes
da concessão, aaria possível a eaaas indústrias rscabe -
ram energia da outroe sistemas, tal coroo acontecs «a
Minas Gerais com a CEMIG?
Sm» 66/0094
Rie de Janeiro, 18 de mio de 1966 ,

na». Sr
Pr. DJsIbs Uirt*
DD.Prot. do Sindloato Nacional do
Construções, Eitredae, Pootee, Fortoe,
Aeroportos, Rerra£«ia, fturiaentagõee.
Rcm Debret, 2V1205
H IA
"enhor Presidente,

Goa a finalidade de propiciar melhor ©ntendimSQ


to da 0 Ias se Mpreoarial^oani ae autoridades fede raie, rrwn Sete
Inattituto prooorendo una eérie de debatee 00b 0 título geral de
T
•Perepeotifae do eta 1966 "*
'rapreeariado ^aolonal
Deonecoooário sorá rcaetltar a inportãnoia da
paxtioipação doe dccnia orgãos de olasee nina inoiatira deeta oq
er^dura, 00 mente quando noa dlriftiape a ma entidade que noe
tae prestigiado atrarés formulação de queeitoe e representação aos
debatee jã realizados, cono no preaonte oaso.
Tal partieipição, entretanto, poderá eer ainda
maia efetira ee noe rór emriada, por êsso Sindicato, relação de
*4rtoe ee seua asoooiados, para 0 nuo osperaraoe contar, ainda m
7 es, com c sou concurso.
o ensejo, faaefaos che^r àn nãos de 7 . Sa«^xni
oe nossos aTndoeinentoe, dos fascículos con ando a íntegra doe
debatas realizados oaa S, Tzcirvs. as minis troe Oetafio Gouros de
Dul' ões e bulo -gfdio 'artins, das pmtoa da Pazonda 0 da Indúg
tria e Canárcio, reepeetivruaente.
'em mais, com protestos de alta estima 0 Üotin
ta consideração, subocrerecio-noe.

fitenciosv^nte,
cT
DIUHTOl TIMlFtO PO» D 1 B A T I «(jj

ao i p i f - Q »

1» A Mltár slsteaátlce, dentre u


diversas jé utilizadas noa d •ba-
ta* programados pelo que apressntoa oa aelhére*
r««oltidos seguiu « tepilote oorat;
a* As pergurtas de cera ter paia garal, e que lepliqu*» na ftfe»
flnlção de polltlce adotada, pelo érgão, derm «p prlncí-
plo ser respondidas englobedeuante pele eutoridsde que prg
alde e equipe»
Serio anunciadas (para eubl cotar o auditório) por rm ele-
eato do I P i 8 (Oen. Montegna).
A trAlce . ae for concedida, der# ser posalbillteda «xcln-
alT aaeote aos fonsuladores das perguntas*
b # As perguntas de carater nela particularizado e técnico ,

grupadas para resposta pelos assessores especializados, dg


eai ser tratadas de Torna idêntica ao indicado anterlorMu
te*
c* fiando esgotadas as respostas às perguntas escritas e sub-
metidas por antecipação, à critério da autoridade convida-
da, poderá ter aberto o debate livre ,

2* A pasta (E* via) dera ser ordenada na ordep ee que serão


anunciadas as perguntas, • Indicadas aquelas grupadas para
a resposta por um rasco assassôri

• Por exemplos
- Pergunta no i (Presidente)
- pergunta n*> 13 série Dr. Fulano
- * nfl m » »
- Pargunta n» 27 série Dr. Beltrano
- " * " " "
30

^ r

1 .Ct € fr * • •'
/v .

^Eernando Montagn^ Mqlrollea


Dfrbtor do G.E.S,
o

Rzlio Goxinc

1.) Nr qua BÃe axlata ao RUUUn*


da TU»ãa «
«r»o 4a aaltr auvar
jp tinx qua a atual Caodaaão da FUmjaawU, qua »•„* upute.tan-
te oaw orlantegio u
Doutrina* oáo-PolftLoa • Sconoadao-Soolal *•
latada, plaaaja, aoordaoa aa pnoTlteDcU*, aatabalaça aa prlarlte •
tea a dâ axMugãa a PLaoaa da OOraj PÚbllaaa. Padaral*. Kat ateala •
I— 1 ilpala, vnifleaooa aa fvaçâo daquala* dautrlnaa, aí aa Laalala-
da oa Piaaoa da Zlalr tf laa>àa, A^íaola, Caawlaaçãaa Xodurcrlala,
ataf

Data *ru tanfi *


»at a/ata c,
'

Oa aarlâ cmla -"-.-ada a» aalhar randlaaota da Adadnlatragãa rófclj.


aa a aa mui >e*«rt>aa qua tala Plaana gtlwiaaa aatrlti— <»
a dlrataaaot* *oi. o oootrola • arlaataqão da H.T.O.P.T

2*). Par quo nia aslata aa A.T.O.P. ua ir+ da Paaquiaaa taanâlaaa a d*


lab tildada Plnanoalra oujo otojatlTs aarla o da ararl^aar hbUm**
anta * poadlbilldada da obtao&ão da naroa raa»ira— a ourto a ladte
«rua para iavaatlwntaa aa otaraa PÚbllaaaf

Por «a aa aatLafaaar a R.I.O*f. ipwii «oa aa oadr


daa aarfcaa crpanaotarla* a Pundaa Aatarqulaoa rlpaataal
m Mia
*) Par qua nio ooatrallaar no H.T.C.P, oa lnalpUntaa Dapanaoantao te£
n oalaaa axla tanta aa aartaa Av-vr-iLaa, dMte-lhaa unldate, >ifaa
dí-loa a, ao bm tudo, atrlbulr-U- t Irntra outraa aa Mta* te aantlau^
daaanta paarulur oa raaultadaa «dal,rr'-* para a Jaqãa o o* aa Oferte fj|
tallaaa raallsada*, para apllaar aa«( raaultadaa no Plana JaaMita Mi*
a lanado aa prlaalra par»aaUt

teste aaa raaoáaal parta daa raouraoa ir;araiUrlM, para lafatlte*


taa te K.TjO.P,, raaultada te Alratrliat MrianU políuaaa ja-
rlftaar ata Qua pojto tala ofcra* raalom va Oaoaflolaa a tefãa mtâr-
aaa aoaoâadooa, ala* te otajatlvo oollaado pala laslAladA-, iiqi i te
•tadlaaU a intarraaaaa loa ala rartaaanta
, aa lalafã» te
aanjMDto fornada pala Ha«ú. lacurianU lato Tlrla a aurta praaa
•terau- * ' V* 4o PJana, .*ato Unlfiaado da Obraa PuAllate»
*

praoaoLr pr^o roUrar o lnoantivo • pulvarltegao



daa noaaaa ;*.-«oa racuraoa aa Lnrartlrantoa te lutara Ma aaaiadarla
n pandtlr o aantlnua t^mrl a Lpoanaoto do “ nji

4*) tenda a radaa da amavpão te Otaraa PuhUaua rl«noa - mm aaaalt pra-


potearanU - o da laii m UM
daa aarrlpoa, ooa lapraaaa prlateaa •
lataraaaa te H.T.O.P. lata a, te latada ua taa tíma a latia aaata-
.

•0
j||r t.lO GOMIDE
2

to oom ootoo wm» t om»


fiw âprt»*nti«, •• e«>«to, ctplUia
fM, •• blo*o, o mu toUl a altúa
M
U« lilyl dad «ooomIom d* Noçõo.
Por*t«ito_or por qu* não tzl*U <« ór*õ© no N.f
Ao P«ro MtudA* ao rtlafò— «atra • laUte • o ã aa cantru.
Vadora Ao Sorri foo PÍtlisoa parai
atualizar a laglalapãa rlrarta, taoto no Umoo aaotrafeual,
eoaú t > Oit i no croaaaaualuitleA «!< r t »tra*.l ra, foraa Ao |o
Saaaoto do aarrlpoa, ate . f
b) atuaiizar o forna co e^riwnto áaa ortuaa obrleapSoo orlo»
Ao -30» outro outrea, o Üitaaa Ao Parforoar.ca Bondo*, «o «af
Ao obooloto o ao 1 1 ooanôoA oo alo tono Ao eoaapnoot
o) colaborarão aatrMH coa oo crgôoo repr* aaototlroa Ao Xbdóa.
trio • Cooãrclo poro oiMaUar ra coctotoo orrtro oo tóonlooo
AAaAnlo tr otiro Ao &(«rik«rla * flnan^aa do lotodo o Ao Aoraao
Privado.

Dodo O quool totol obool acâncla, co^zlrxldoAo o Oto oorto


gotloldodo Ao lotltlooõo rla«r*.r ru«uloalo oi rolo
Ao Ibpraaa foroocadorj Ao 3 trvi çoa ou Bqulp
to o ao alpavi oo toros quool astotonlooo aotro o latado o o 1

oo ooto ór*ôo rlrto oxliflcar «ato • o todo Ao coazooo proooraa


lntoorogio antro ootoo dolo aolorua ootoroo Ao Ko*õo.

5T) A jOAlrorlXA-joo do_r*curaoa ot^oonUrioa pau-o loroot for top otr-o.


oi Ao K.V.O.P . nao lao orpor aJaa oo Autórqolroo oopo^íflecM.
poroco Indicar quo oaU • uo MÜvor procoaao quo o Aoo poquonoo por
oalaa oooolgrodoo oo orgoaaoittoo «ucaaiiroa poro um rtriod^o aoof7
mm Ao obraa iu* oxl ««« racunca poodorWrolo o quo omo podão oor aaa
outodoo o* dloaraoa - oueooslroo porfodeo or^ooaeU.-loo. A a«ua._
qCônclo a va dospordldo Ao racsraos do Mogõo, quo oo torno eodo
roo aolo lno u porto ve 1 • O aalhor tia^Jio dia to % o orgaoaato Aa
D.M.O.3.» °°* '•*» aU.ríodo Ao AotopÕee poro obroa do oboo toe taaoto
Ao A«uao o Ao ftacotoo» oléa Ac rrtine*gÒoo Ao cura o. A'á«ue, oaala,
proroogoo do oneboetoo o ou t roo » corvo titulado _oe ao pmçi ioaa paro
rórloA Nlnlaurloo ao rérloa anoa . e oaaooqAÔoe I o i laoaoquIMl lAoAo
Aa protraoa.
rorc^nto-oo doo oorlo Juotlfleórel o eroogSo Ao uo todo fertórquloo
O oor aon pul ado por uoa Autarquia «opocl olaootc orlado poro ootoo
1

flAolldodoo aolo ou aonoo ooo ooldoo do próprio DJ.OJ ou D J JJ.


pu olaado uma Soclodode Ao oopltol a&oto poro tal fUaT

Por quo o to ooto doto não formm oprorodoo por AoarAto ProolAonolol
oa org acantoa doo Autorquloo quo, do ooôrdo coo o Lai, oõo aaaaacUla
ao fupoloo a— n to Aoquoloo Autorquloo roopoaoóroio poloo aaloroa iarroo
tlaaatoo Ao lutado oo «atar Ao fc.V.O.p.f *
| ,

Kxlio Gonidl

0 itrm«a Mia aâe aa, lato á, Mia aao oo aiapi laiuto dos te raU.
Vl waia U
a pequaoo requlelto, trouxa a oaotiisúa traaendo oorjl^n
*oie transtornos aoa setores ee^reaer tal a depeadantea deetee Lares.
tl—i Voe. alá* da cauUtulr daaraapalto ao Da ara to a? .

Qaal a JuaUfleaUra para ua tão Inusitado atraso que «trt traaaa.


< ' ta aa hprâau depandeotoe doa_ p »a >aari toa da obres exaoutadaa
• l^arta a oancretl lação da noroa LnraatLaentoaT

7^) Mm orçaMctoa publlcadae para aa Autarqulaa do R.T.O.F. para o azar


afeio oorraota, aào apresentadas rartaa ftlobale ooao ‘lavas tiaea toe*,
perooe, entretanto, que oa uúaaroe epreaaatodos lno leea taafeáa despe»
aaa da custeio a verbas gw almla dependea da ooooaaaão da Credite 5a.
peolal da dirrldoaa axlatanola coso á o eaao do_orç»M nto do DJUJt.
qua prevê a aplicação da So bllbõaa aa Obrigações do ttaeoaro.

ZBQS. OOP W
ta_aa «doa totãla publloadoe ooao or^iaaitoa a tamtlMtai de
a outrae Autarqulaa quala aao rnl—rta oa ralaroa oar
reepoxleotea àa aafulotaa rubrloas i

a) liquidação da dabltoa doa azarofalaa aotarloraaj


b) daapaaaa da ouateloj
o) verbas que eloda dspandaade autorização legls latirei
d) autorizações para aplicação da raouraae do «Xerelalo rlMouroí
a) outros possíveis racuraoa para lnveetlaantoe tidos ooao da pro-
vável obtenção, tala ooaot bpràitlaa !atron«alroa A.X.D.autra
outros
r) total doa lnraatlMetoa rsaia ou apanaa prováveis polo N.T.O.P.
aa 1966 .

âtaaeloaaaaata

JLj
Bailo Ooadda /

B/ada
PERGÜTTTA NO. . #

DR. HÉLIO DE ARáUJO G0KID8

- Pop que ate esta data não foram aprovadas pop decreto
Presidencial os orçamentos das Autarquias que, de acSr-
do coa a Lei, são essenciais ao funcionamento daquelas
autarquias responsáveis pelos aalores investimentos do
Estado no setor do K.V.O.P, ?

0 atrazo de seis meses, Isto á, aelo ano no cumprimento


deste relatlvamente e pequeno requisito, trouxe e conti
mia trazendo consideráveis transtornos aos setores ea-

presarlals dependentes destes Investimentos, ales de


constituir desrespeito ao Decreto n* 5^897 •

Qual a Justificativa para um tão Inusitado atraso que

onera tremendaroente as Bnpresas dependentes dos paganea


toa de obras executadas e práticamente impede a concre-
tização de novos Investimentos 7
t

pergunta no

PR, HÉLIO D8 ARAÚJO GOIflDB

- Hos orçamentos publicados para as Autarquias do H.V.O.P,


para o exercício corrente, são apresentadas verbas glo-
bais como •investimentos", pároco, ontretanto, que os n£
meros apresentados incluem tanbora despesas de custeio •
verbas que ainda dependem de conceção de Crédito Espe-

cial de duvidosa existência como é o caso do orçamento do


D.N.B.R. que prevê a aplicação de 6o bilhõos em Obriga-
ções do Tesouro.

Pergunta-se: dos totais publicados como oraçmentos e In-


vestimentos do DH03 - DNER - DNEF e outras Autarquias
quais são realmente os valores correspondentes a3 seguia
tes rubricas

- liquidação de débitos dos exercícios anteriores;


- despesas de custeio;
- verbas que ainda dependem de autorização leglslati
va;
- autorlzaçães para aplicação do rcourso.i do oxercí-
clo vindouro;
- outros possíveis recursos para tnvoslim intos tldoí
como de provável obtenção, tais corio: Empréstimos
Estrangeiros A.I.D, entro outros;
- total doa investimentos r«>J* ou on »>* «'•.

pelo K.V.O.P. en 19 ?A.


PBR0U1TTA I«m.

PE, HÉLIO PE AHAÜJO COMH>»

- Porque não existe no Ministério da Viação um érgio da


maior envergadura qua a atual Comissão da PlaneJea«to ,
qua saj a oapaz da tendo como orientação as Doutrinas
Oáo-Polítlca a Econômico- Social *o Estado, planeja, Coo£
dana as providências , estabelacça as prior Ida Jes a dã
execução a Planos da Obras Públicas, Federais, Estaduais
a Municipais , unificados ac função daquelas doutrinas ,
aí sa Incluindo os Planos da Klatrlf lcação, Agrícola, Cg
Bunlcações Indsutrlals ate ?

Derve estatarefa ficar afeta apenas ao Ministério do PI4


nejamento ? Ou seria mais adequado ao melhor rendimento
da Administração Publica e as metas dos Ocvãmos que tais
Planos estlvessen astrl rd ente e dlretscente sob 0 con-
trola a oriehtação do M.V.O.P. ?

PERGTNTA

DR. ALBERTO LKLIO MOREIRA

> fiando pratanda o Oovêrno liberar 0 Ministério da Viação do


encargo da dirigir as telecocunlcaçSas do país, criando 0

Mlrlatérlo das Tal ecorunic ações T


APÊNDICE Y
Minuta da carta do IPES a David RocktjtlUr e cortai do CED

Minuta d* cana ao Sr. D. Rockefcller

1. A» conversações realizadas cm Nova York. entre grupos dc empresános norte* ameri

canos e brasileiros, documentaram, à margem dos resultados obtidos, o quanto sio precário*
os conhecimentos que temos do panorama económico, social c político doa países da América
Latina.
Posteriormente, essa conclusão se robusteceu, através do admirável trabalho de levanta
mento procedido pelo Committcc Cor Economic Dcvelopment. cujos representantes Mr —
A. C. Ncal c Mr. F. Brandenburg —
nos deram a honra de cometer ao IPES o encargo de
realizar, quanto ao Brasil, os estudos que ora se processam noa demais países latinoamcri
canoi, relàtivamenle a aspectos de sua estrutura económica.
2. Uma vez que sio indiscutíveis as vantagens que decorrerio de tais cs tu doa. ocorreu

nos a idéia de manlé-los em caráter permanente, a cargo de um órgio pan-americano, fun-


dado e mantido pela iniciativa privada, com as seguintes finalidades:

a) estudar os problemas econômicos e sociais que entravam o desenvolvimento da


América Latina;
b) manter cm dia os dados necessários ao equacionameoto desses problemas;
c) planejar e sugerir medidas visando a reduzir ou os obstáculos àquele
desenvolvimento.

3. Para isso, o referido órgio deverá;

a) manter um
corpo permanente, coordenador de suas atividades;
b) estabelecer estreito intercâmbiocom órgãos governamentais e associações dos países
americanos, buscando a maior c melhor coleta de dados possíveis;
c) promover levantamentos, pesquisas c inquéritos técnicos para a complemcntaçio
desses dados;
d) organizar grupos dc trabalho, integrado cada um pelos representantes dos países
Interessados, com vistas ao estudo c solução de problemas específicos;
c) realizar cursos com duração, finalidade c nível variados, para aprese n tação c
discussão de problemas comuns aos países americanos.

4. A fim dc concretizar a idéia, será necessário:

a) a constituição de um grupo de trabalho, com representantes do CED e do IPES.


para discutir e propor as medidas visando ã criação do órgão ora proposto.

763
b) a adesão inicial dc elementos de projeção —
pesiooi físicas c jurídicas no —
cenário da iniciativa privada dos principais países do continente;
c) a mobilização dc recursos humanos e financeiros que permitam a organização de
um ndcleo cm tomo do qual se aglutine posteriormento n cooperação de» nume-
rosas entidades privados que, em cada país americano, se preocupam com oa rca
pecüvos problemas econômicos c sociais.

5. Ao submeter a presente sugestão ao esclarecido espírito dc V Sa estamos ceno»


de contribuir para um melhor entendimento entre os homens de empresa das Américas, c.
desse modo. habilitar-nos a enfrentar o grave desafio já presente no mundo de hoje e que
os próaitnos anos provavelmente tomarão ainda mais sombrio. O continente americano,
com todo o potencial econômico c político que lhe é próprio, terá por certo dc desempenhar
um papel de relevo na dura batalha pela sobrevivência de nossos ideais democráticos.
Ni expectativa do pronunciamento de V. S.* firmamo-nos com admiração e respeito.
9 10 64

764
. a

V
Jaauary 20, 1M«

Mr. Jon Oarrido Torra


Dirvctor of lUMarch
XPI5
Avenida Rio Branco, 196
Rio da Janeiro, Brasil

Doar Mr. Garrido Torrear

Va are ln tha proceaa oí brlnclng up-to-data a Hat of


CSD countarparta wtalch la for lntarnal offlca uaa only. Tha llatlaf
for both tha Slo Paulo and Rio da Janeiro offlcaa of your organlaa-
tlon la aarked on tha attachad paga. Vould you ba ao good aa to iet
ua knoa lf thla ia correct —and lf not, «hat changas or additlona
ahould ba aada?

Va vould alao ba grateful lf you vould aand ua a currant


Hat of your governing boa rd .

Thank you vary auch lndaad for your cooparatlon ln tM*


vattar

Slncoraly youra,

Thaodora Boakovlc
Sacratary to Alíred C. Raal

Hnc.

í
t

Au«u*t a, 1N4

II* ** J— ro <««— « fi oro


•rmli

Dmt C*Mf»l Co — :

Tk* anausl ®f th* lnt*ra*t loaal luk for R*con-


itnctloa —
D***lop t —
»o tk* Iot*r**tlo**l Moo*t*ry Fv»l «iU
tm telé li «MRl«ctoo, D.C., chirioc th* ptriod 8*pt**>*r 26-30, IMS
Too or *o** of your ***>*ri wd »ò» j *cr • **y *tt*ud th*** Í**h/Tv»d
Mti«i •«. «mM
Uh* to br 1*0 t*f*tk«r tbo** npniMdlIrM of
c*at*Tv»t *rfMlutlou for • lioekw* »o**tl** durlni th* v**k.
Could you l*t *
too* *t your iirllilt coav**l»»c* vhlch
mi yomr hoord
1*0*?

bi r i or k*y *d*l*or* *111 b* *tt*ndia« th*** *•»-
Th i* íaíomtioB «ould ir*itljr ficiUtit* our p lIAT. 1*C
amé th* 1 muidc* of lovltotloo* for th* luocbooo.

Si*c*r*ly your* /

9,9, I — for your r*f*r**co, th* itriutioa l»*t for th*


»o**,
lM*ch«o* *hieb o* UTM
*or Id/Baah tt*«*. —|*4 iMt y**r o* th* occooto* of th*

oc: «r. iM« Baptlat* l, firu*ir*Oo. hr**ld**t


THE COUNCIL FOR L AT IN AMERICA, INC
AVEXIOA RIO 9RANCO. 90 19* ANOAR JEL. 23-9 9 79

Rio de Janeiro,
30 de agosto, 1966

II mo. Sr.
General Octávio Come* de Abreu
Secretário Geral Executivo
Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais
Di»i<
Avenida Rio Branco 156, 279 andar
Rio de Janeiro
]/iCt

Preaado General Abreu,


Willnm C Bsnow
Não desejo que V. Sa. creia que eu tenha
r«CA«*mrrt esquecido ter prometido fornecer oa nomes de tipografias
M *V 9«'*oor*«
ffsoC for
que imprimiriam o livro do IPES entitulado "História do
Gr#*t# t moo»# Desenvolvimento Econômico do Brasil". A demora se
JOAnO J Moor» prende ao fato de que o Sr. James, da U.S.I.S. da Em-
j*f>o n fr#«tu»#r
baixada Americana, encarregado de entregar-me a lista,
& yo*****#*" Jr
esteve ausente ate há poucos dias; porém, dentro em
ZlKtilvf CcmmilHf breve estarei de posse da lista de tipografias que farão a
CfliMot M Bftoc*nro<* impressão do livro por um preço favoravel.
A>m*Il Cot#
ejrlC O«on
S VrA*A*r jí Quanto 1 contribuição do Conselho para a
SO*#'- W Aurctll i»f r*l»ry América Latina, de Cr$2. 000. 000, adianto que entregarei
J HoeirdRimbin Jr
^wti £ }u»o#mne
pessoalmente a V. Sa. o cheque quando regressar dos Es-
A Inomii Tijior tados Unidos, em princfpio de setembro próximo.
J,

Jllff P*f»rfW
No ínterim, peço por obséquio que V. Sa.
(rna Mob&inq me informe, detalhadamente e por escrito, sôbre o pro;c-
to em lide, isto é, quantas cópia s serão im pressas t se o
0*P<*r I um Owie Conselho para a America Latina r»reherá~algnnx ãxemola-
[tMifiítoit re»7^e” cõrnB serf arnrfida a importância qu# será contn-
bimhi, de Cr$2. 000.000.

Finalizando, V. Sa. pode estar certo da


colaboração do Conselho para a América Latina em futu-
ras atividades do IPES desta natureza.
A
HK:GJ 7th September 1966,

The Secretary,
Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais,
Avenida Rio Branco, 156,
Rio de Janeiro . BRAZIL

Dear Sir,

We are hoping to provide, for interested parties


in Australia, up-to-date and accurate basic economic
information relating to those counrties outside
Australia with which we are associated through your
Institute. It is felt that the supply of such Infor-
mation would provide a valuable service to our
subscribing members and at the same time would not be
without benefit to the individual countries concerned.

We here, have, for some time, been planning to


issue a monthly Bulletin giving current information
relating to Australia and needless to say, such Bulletins
could automatically be sent to you.

We shall be very glad to hear from you and to know


your views on our suggestion.

Grey
Director of Research
APÊNDICE Z

Atas das reuniões do IPES de 23 de novembro


de í%2, de 22 de janeiro
de J963 e de 8 de abril de 1963

comuto Milton
( 2301 Jtf* )

«mOO CtMJaW, CGK 00 KBQMf DO OOdO XXKX7TTTI M m WM

tra. Joio Baptloto Leopoldo éo PlfalroAo (PmtAUe Mil


l
tw7JtlTo-J.r.). Olrrjoo do Peln (7.Pr«LOo Ctailé ttu
- J.e. KlUnd (Pr.jld.4o Ctt. KMcUli!
- AO.
M
do Aoorodo ArtrsMf (Pro.id.do Cr*^àlho ttrltftoásOlo) Õk
dido Ouüüo d* P. Noehodo (TU*->eol4Ue
- Ouilhoaae Jtillo BíTrtP.oTf QUo) - OlUorto Bobar (Pio) •
Joel Puboc Pcroyo (So«rat«4o C<m fcaf+iTo^ne) • Pooío
Wrmoox (Sacro torto do Ceo. Kxoo—d.P.) - Perle Apto (te.
toflutlroJ.P.) - Poulo Sola lUfolhloo (Toooorelj© OanL-lH
- Soltar Horror* (O&ltô taecutlro-aio) - Plérlo Atílio CM
«roUrlo Corel Xncutlio-4 Jt») - O.Cooto lllvo (QufO 40 mg
po do Lerootooecto) - Oerrldo Tarroo (Qofe 4o ttrnpo éo lote
doe-Oio) . Doalo Pofuelr* (Xer.bro to Grupo do DtaloeJLio) •
LI borato do Dnho rrlodrlofa (loorottrlo oonUfeUte) .
IBKSing.T-i | b. C. POLUTO

A. Q 1 D Ai I) KzpoolçBo doo ti* bolbo. do IPftMJ.


) CoordaDoçto Slo-ôio Podo
XII) DlrvtrUoo Oortla do IP».

XI) CZPOJlÇlO DOfl TJUBAUrod DO IPti K ItO PMJIO.

0 ar, J.B.leopoLdo figueiredo feo ê relat&lo ml,


0 ar. Vomock folou *&*e oo ftlaee rodllmâoo polo IPt^M», wm
to UI de ona (11), oU hoje. lmlulado^oe da&j (2) Ao
do Kotoe, porfoioòao m
taUl do Crt £.796,00.
JmiMg
nc PO UTD - iloclo o rtbelho do IFfc/I.P,, erpvUUortt I
todontil.
»» »
P.ATRHJ . nu o&re o tomtçÊm do oclnilo p&iioo. oallaeAo o o»
tm êlâo folto par Sto Peãlo. Xoopdto o lepcrtlmU Al %
prmaeo.

IflIA DA UC^PRlPftlffl - Leefanr to nono C<m, Kmatlve a omUIoAi Ai if


pUs <*# autroe flUai do Iro/l. P.iSbífcu I»
oorto", •Portoo do Br*«U% *P»ol do Um M|
00% -frobleoo latudontü*, •fÜ.% MriM*
Ouom' o *lzorclto do fceall*.
P. ATRIS . Bolo oébrt o Cmtro do Dor»*te?4o Ao IQC/M.

WIWIKX - Qu»to ooi fllois rôtre u


o/TJwLA., ao reapertím m
toLrof rird<y ortej oo tio, poro aoToi rrrlaWo.
0 eofarço aoxlao do proJeç*0 {<ii
U ontorlcr ao do elolçlo.
Tasborn foroa o aorlo noaaodoi ao Tt oo fllooi do DwMt
A rido utll do «i ftloo ido 18 Mpo Mi, «ttnpt pm
todo o torrlMrlo tniilrlro,
te flloo. oro m
prtporo, iMi o pmàlo» A»

F olo ^oí^móotro, rootrmrfo o ^o ii mUlo m


Apof tl <
tBio tropoçoo, o tootro rol lnAo tm»
1 a

vU. t
: - Atoalasota ,*stiOi faaa da mooU^m a oaça "la Kalaco do la
r.ulxt* qua a um
paça m
qua aparoc# o ’iuro do Derlla, #«
ta oorrsdar da r>v*m para oa oarcdorts do EarlúB Qrlantal*
InfacBa, ainda, qua a Balaria doa ntoiaa • intaciada por dft

Oa niaaa do XFla/G.P* alo oadbldoa an rxraçaa, fábrloo, dft


lécio*. «te.
Taa *iAc Talados m
algma lurara», copo na PaeuldOda da Bd
Aioina (SP) a aplaudido» «o cinaLiaa públicos.
P.AIRSS - Qrupo da Doutrina - Historia aa dificuldade# a trabalhes*
Pala doa plano» d» wiblloaçio da obra», a sala cono da adi»
ç&a» popular»», tanto sobra aconaola quarto »&bra outro» %
2») ecmsiAciQ Rio-alo riLLO
l*HBlRfRA - Balata o qua foi raaolrláo pala aanhft, no qua cenoaran a
•st» Ltm*
JUOr • Harerá Cocrdaoaqio da Onipoo a dantra aa Grupo», do Rio
São Paulo. 0 tu- mo quanto aoa aapaotoa financeiros. » <

qoancla, uri» faiara »» reunida» sala fraquarta». uoo u r


pareoioanto da, alo manos- ua (1) rapresaotanta da oada ©oa*
txaeutiTo Raglonal. , .
0 d»so quanto aa Sacrotarla» Oerals (to»cutiT*a) da BIo
Paulo, ban ecoo doa Secratarloa doa raopactlvoa Ccreltéa n»dl
tiro», Joaá Rubao P nsaca a Wamaok.

m POLUkKD - fczpliaa o *nodua oparandl" do Rio*

AjrruTES • CcBplata asclaraelnantqa. Acactua a nacosaidada qua ha da


o UM •aatar" «a Brasília, daqui para o futuro.

PJLH23 - Aa esquerdas têc calor Ir.tarlsso sua cs fatca aa Possm m


Braaílla, onda aatio sala "aditaêT.

jtJF » Volta ao assunto da Brasília, da Auiuorla, Mal lo Fliraaa


An tunas, acantoando a nacaasidada do coordunar u ocnosotref tA
forço» ao Brasília, ao ocnjunto cco a Poderação das Indústria»
a Assoe. Cccerclal da Slo Paulo. , ^
^-GKSTAD i gu» Jorra ".do Hei' o Plôrea »
a São Paulo, na prd^
na sauna, para oonrsr ar aôbre o assunto.
PJljaGALHZZfl - CorrrldMkoa t*sbia l.T.A.Antur.#a, o qual eonoarda.

JBEP - Várias aeprêsa» «oarioanaa oantao "antanaa* ao Braaília*

A/TW.IU - Bça aíya não ccaporta van IPÊS. nas ôsto dava aatar prsaanta
la. Ha Carretado a qua aflnnn ÍOO£ o anoso o. Nln seria o aaao
da atral-lGs T Ja tanho \m hoase do cou (rrvipo, i —~it 1

santa, aa Brasília (do Grupo An tunas) . S nas horas erítiaa»


raforço-o ccn cala saia (C) hosana.

01Z - Oa Bolatln diário, ar Brasília, 'ando a situação oca o aájdaa


da atualidade a rtallaa, talras fosse a solução ldoal.

3 ») naemaa oauia m uU
OS - Rxp2a o Plano para oa próxlaos Zh naaaa*

JBCP • Quanto aos aatorra social a aoonnrico, aeho qua oa dasraBoa “Ifl
ear* o cala ráplâaoant* possível. 11 lõi trazia a« nanta tssaa
dois t^aaa s folqo oq a no outra- lo» aqui.
Cita •-.ria» açOaa, ja larada» a cabo ca São Paulo, alia da «l~
traa m
astudo*

P.A1RE3 . Cita o oaao da alptns astudantss aquatorlanoa qua podaafla


aar "iaportados" a alo profundos conhaoadoraa do assunto*
fU. 3

émmmm* Aaormm- ti._.


A»nnoA lho lAr o aa-tlft» 4e IbmI n DÓrla
Paulo".
*0 <l 4. M ^, ^
Todo^ p iw fa, ou<a •
que • publioeçle «00 *Mitta
poro" Mi» r«iU oa • r«tpocMblLld«M 4o ZMf,
^
Tal foi

• Acho goa d MM
n < faoer «e rvisalrt, 900
Introduçlo, explicando que o 1PÍS t*ri apnu o papel
1

esnolet^ para de IM»J 1 u


o debate Ao*
Pat Moe o partido oco o proMao 4a kfoi» &|Hrls«
AHTURIS - Cct a paJLsrre. eífcta •
nhelro, ecronle de suo orrprlo
7TOCCT3 O .«nCSBpOÇlo^ds ICOra t T\ d«
ios pronrloe operário# do
r
do opin^Io qie :.oi í*r:uma* cncatiu o
belhoo, Jn iprnfsóo* pw Sõo RerOo • Hl*»
DlAXO •
acuCJU • li aj declsraçàee-eíntoee
lo • Mo»
^ aprondM par ffe Fbm

PtiXRU — Adoi aomj canal deroqflee, eonps e dax oautolo, pelo


rrrobobilldo^» de cf»e cada donsMito 1
lo do neve", e<m rumom lBpnerlrtoe.
C.0UI?!* - Car.ctTTda c^n f. Ajt 4. Ado o avento lo próprio, f polo
Bonteceo do xm Ceatro do XnfasaoqSea ee WWn«.
D JIOCJjIIIRA — Sstoeoe no "Unlar d * oetatlaaqlo 1

Purtodo t e qcal alH


dentro de 30 'âloo»
O.T03HM - r»á rio opdnlin» T«r*io nedo de noa _
ltuto doo Oportz%ildod#s PMdlâoo"»
Í taaamaüA Irara»! u «faUraflM »

IE POIJ^TD - DÓ mu Uitowbo peasoal* eoóe UM oelo Al te Hf


llets, <r«de obaerra intonsa prooeope^lo eoatre e lâtlAf
tUm

O.TOABXS - Reforço mu ponto de visto* ferorórel i ^ bU Mgie.


i

a.CQODB - De aoêe-dg ccai OarrUa Tarreea "Deeeoaa oMoçar er 1m


£ nolat Roo reforaoo estruturais dorf-M o e Cr alie 4e
sl^loB
•podltlpn poTer*.
Quanto aa institucionais, m
"pep* »" »«<•» 1

Ho que corserne à ooctlTaildada de oaopenfce,


noe, v* Jornal eo nio basto» i precise oeA^ ^
ae |»-
blloldoAe.
J1DT - DubocroTO o opinllo de Garrido Toe-rea, •• **
Telvea nlo aoja ccsirenlante SST
4i lute,
en 3fo Paulo, pare aMejurer e e^rtlouldode
ala «urja»
W*. k

ItlwimâNJi ta onk.D&NN da tma ém aa


d««a), wtljfiy mm mm
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Paulo o 31o| tala doovaarttoa dira tabla
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Mia fáoolf d* (GftAttf.
futura*.
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^afaa uoa m dar* dalnr JBU oaa lntalr* Ubandada
Uol&ir 4a opartaildado das i»hll«g%i.
pm
cm opLna pala
*
publicação da \m panfloto para
.
M
aárla 4a r
wM»
B POMAKD - InUlraiaita da aoàrdo ooa o« qua aa daf inlrtvir pala puM^
•agftOt t pala nfanolsm^
O.TGRHXS - "Tala afanai t» lufllif " i
00 «í n lan, xm folhaW*

B POL-A» -
oíiantaçín*do IFÍ8 4 pdblloar aa daolarcg&M «£>»
f ta
2*) A taõâlha doa doauaer.toa a iaf aa pn laado* flaa a M
arltarlo da JBIF a OCX.
5>) 0 Lm; «santo afri praoadldo a ooboorto, por aa> at
ponha publicitaria.
h») l dlTulpaglo oi ajaaandara t«b«
a dlatrlbolçSo 44
panflotoa.
5«) 6 «xanr—anto da oasponha taabda a carpo c a joia»
da JHZ7 a OUT.

C.OÜIPLB - Acha Cjua, serrando P .Ayraa, nio fltnaot dar fcxfaaa & pala»
TT* mT9fcrtm m .
O.TOPJiis - Aaha qua a - lntroaoçlo* podari aobrlx a dltiaa i tww yla
McroiunA a amnlQ

/Bnr astraca ta talcpraao da >• a reopalte du aanlfaitaçBao da 27*U«^«


K POLUUÍD datnlza qua o talaçrn aa ja tuodado ao flkir. Jom4 Carloa Pvd
, .. .; |

ocmh* maJTif

ramo PUMÍMÁ no - ao mdlo

r > 11*1962 Uníalot 8,50 ha

mSBQIi Brs. Joio Bftptlstc Leopoldo de Pipa irado (PrasiAmW) |

QlXqcn d» Pa±r» (Tlo^^rosldant#) I

Jom Ruboc TodMot ( J»«r«rt»irlo-Klo) | #


Lula Casalo doa Santo# V ornou* (B#oratarlo-B.P,)|
Baltov Rerrura (Coordcn^'l7T-Jllo) J

Jntínlo Carlos Anari' Canrio Cooedanadcc-Jlio)


Oavoldo Tavnroi (Coordene/ or-f.in)
Paulo Ayran Filho (CooriiBxedar-S.P.) |
Paulo Rala K*cnlh2as (Taaouralro Gar*X-S«P.)|
JoTlnlano J ardia (Teeouralro-Jtlo)
AUWrfMtfloliarT Couto • Bilra (Grupo da LerantwMntn Mu),
0Ut>arto (Hl o) \

Garrido Torra# (Claio u »ru da E t»*oa-dlo)| •

Paulo Aasla Hlbalro a DátJ.o i.ofualra ihabroa \ airarantaa


do Grupo da SstudoaxHlo)
Praaldlu oa trabalho# o Star. Joio Baptlsta Laopold© da Mfualrado.

I—ratarlou a rattnião o Sacratírio Axacuilro da 3a; lo Rio.

AAflniTOfi nm^Tjpqp

1*) 0 Dr. Glycon da Puíra fac w


ratrpspacto daa atlrldadaa de Dttftla,
lando docveanto ^ua foi prasarte a rcsa, c crporto de trâa partaa#
Batrof pacto, trafcalhoe raa' laaJoa paloa C-r.-we a plimjsnsnto para
oa proslnoa 2h oaara.

&) Ia tudo qua astá aando raalliedo pala TOC aôbra aa enreaquántlaa a tl
nr daa alalçSaa da 1 , 10 , 62 *

3*) Urros publicados.


h») Quadro doe ooBuniataa.

$•> Inflação.

$•) Keroaanta, o assunto alo livro#

7*) Asaassarla da Brasília.


Pr. JBIP. augora sa sncontra \ra, for^Ja aua rsfoa oa iFtS «a afta
Paulo a Rio, a FadorscSo da I r d rtrlna, ca aio 'aulo, o Grupo éa
«nr. Autu: to Tra .'ano da Aaavodo Antunes, do oar.elr* • sua oa e»f arf as
« Brasília ofcadsçaa a vna coord«ru Ío intallrcnta i rXo aa Al ay r—
forças.

0») CloaMi 9lo Paulo a Rio. Coordenarão do a-forçoa,

9«) Oarrjdo Torres - Dis.quo nos MJAT ast* m toda m eurao Aa "inlalaçfts
Moncoloa", nas «irosas.
10«) Dr. JBIP - Pala na organização da xzs C<mitâ da FUoe^aoanto paia
«tar a C<a. DtroioTa o o Ca . Exacutlro noa plano# • linhas da açlo.
Pada qua Oolbary Couto o Silva arranja xr hatcan pari Sao Paulo
tamanto)

U») ltM.,.1^0 d. «ntroMX O OTv.po d. «st*« 4o «1. oo o Orno. U B»


fk* i
trlm te ato talo.

!*•> fwiio âyra - Uo f»4o ta 15 Uvroa ooooihidoa • outr tate» —


folha toa te 10 a 15 PMinaa, »‘ta Kc<w*te| para PuMlaar.
litia fa^tfoa, cm a Cia. Ml tora Nacional, • publ iaaçlo 4» *
a oolataor*.

m - Fropte «istanátlaa te o» Oropoo te Slo


a
slasslricadoa occo ^utrli* o filial*»
talo • Rio ara
F*AHttt - Do aoôrdo* taa honrar o aalhor hoaaa, aí asterá a
teça.
K - Tmbáa dars haT«T parfalta ooordaoaçlo no sater flnanoolro»

JBU «. om São talo cate trabalho anoaglfjboo.

CUCd - Continua a amiuçsr 0 Flano (Farte 111 Ao trabalho fM


sstalando)
JBX7 • Toco* \m pro Jato te Me tero írlJcaon para traafOBBar • fii
oo t 00 li tendo te aduoaçlo do snprasórlo.

«•> CLTCdl -Co. 3 ta do nosso Plano, no aotar odnoao local, O fttaioMPi


to fntnro te \m rsrdadalro Instituto.

Hl*) CLTCC* - Aprova lte para lãr a llate doa nanas indloadoa vara fta»
.Tu a testa doa difarmtaa Qrupoo, *ua «lo acpxl xaprote^
doai
Ojtinllo PÚbltoa • Harold Oaell Pollfloá
StfuoaçZo de Baea • Ha Li o Oonite
Idueaçlo te latira Heitor Karrara
Sindical Cmvjldo Ouinla da FJtahoáa
Estudantil - Joaa Durivtar Goulart
Obras Sociais — Gi.berto fu bar
!

Utras òccnanlcas Gi: horto iluter


A^lo Kr. prosar lai JoaZ Lute M.da Kooaa
Assassorla te Brasília - Jcrco Oscar da Kallo Flftraa
teranteaantc - Goltery Ccuto a Bilra
Intspaçlo Oswldo Tararas Parra ira
FuLllca<?*4a (aaopraap
dtndo Taatro.Clna.Radlo
*
a Tf) Joal Rutec Fansaoa
Literato te C. rrlaárioh
7aaocrarla Joeinlsno J«rdla
JB7 • Fropte Hgaçln oco o SESI, pois «,slo Paulo há frote biH
da te aolabormçio da parte da tal órgfto.
%
AC. AO - Externa aua opinilo sobra o SESI do Hiot VBGATITA.

F.AXRKS • W. Lodjotukl oeste da rarrasaar da Alanarta. da coda raia


aotusirosdo tem aa ascolas da lidaroa slndioala*

151 ) OLTCcr • li o Plsr.o na parte da aasaasorla oa parlaeantog faderal


a aateduaia.

F.AYREB - Opina que tal asslrtlnola aa ja proporcionada tabáa b


Cucaras te Vereadoras daa grandos cltedea*

OLZCdT - Qn plana Janan to dara sar f laxlral.

JBZF - t praoiao taebái ooordanar aa Baoratarlaa» Coso earia f


O.IUDER - Aoho / qua dovmos tor us nlnioo do organlsaçlo Interna •
v*n oaxlno da risadbiUdate aztarna»

H.rrBRRHRA - Volte a proposta de oatrls a filial tab<n para aa ta _


ct etárias. Kes pareço que aa teoretarlaa tracutiras Afta
sar casplatamonta arutcnooas

A. 3
- «n «-

JBLT - Orça »to para 1969* • •*


— Npartdi nUi

O.TDBW — OrçMOto oftanaltD • arçaoaDto «jçlltwn I

•nutuou - ti o u«:i»«Dto iitwrao.


JBI/ • O lsporuou 4 o arçaMnlo
JBI# lltetJLtf toa üaau
asoKfarl • O^mi • flSo Pjrulo
• 3»or< U-Ua O* rala • Xndan«D<1«tM
(&xacutla«s)
• Grupo bdltorUl — Rio
• Grupo <la UrrantiT to • Rio
• Orupo do Draiirlna o
Rat\ido« • Rio o S<o Paulo
• OplnlAo Pvfbllon - Rio
• Iduoarfo • .11''
• Slndloal • São Paulo
• B ('Jdantll
* • São Paulo
- Obraa Socl^la • Rio
— Obrai Icciuriou • 82o Paulo
• â ta oasorlâ • S«o Paulo
• Irtapraçlo • Indapavlo
• Orcpaanto ^ • São Paulo
— Yloloç&oa 9 — Rio
H .ltKRHls.UA - A d< do prafaraDoUi flaar ocafUda

oito nora SM o Paulo*


.

rootloi te oportunlâado tio

ROCA »

F.GiLTXO * Tiní vo pr Jato do Bão Paulo, no próxlaa


apoa
o Rio, ro: poct lraxcnto*
"Doutrina o S.tudoa" - São Paulo
'Sstudoa o Doutrino" — Rio
(Aprovada sn rostrlç&oa)
(la 10,30 ba. ohofaraa OT — PAR - Ui oa qual 3 praataraa oac
aôbro o atuoçBo do Cropo do U tudna)
O Grupo do Irtarraçlo o do oablto looal.
JBI# - Podo • Ido do Gan. liolaon R. Corralbo poro slo Paulo* lo*o oaja
poiaiTal.
JT3LP . O Esfdrço dm, toabã», ao r dodleado àa .HfinrfBI fÍRlflBi»

HüTA » iocpodlonto oo Cbofo do Oinipo do Irtorraçlo (Oavaldo Tararia)


Dovonos cnofjar por caao (c/vrto elrtulura
tocraa o IPfJ, pato «T* m tornao contribuir. to. indlvütuola.
JBLP - Uuforor. . fw.lMl'1'»». «• í— <»« o Caolto tiwtlft) da *A •
o i*»uln Dara oxi^lnor cc»
porto ^ocnlr
pond.rn o São Paulo
9wfMwtiwtM a ;«rn «mr d t Mollo nfirao MrgvnUDá»^h« m X»
Paulo (rida prtcr^fo arlorXap;

£flEII£A » mpwta a Sio Paul o,


Oíixpo da BolaçBaa PÍbllaaa • latrid no *lo«

M Bla Paulo ao •ftalocBao tòUc*»'


aratarlo 4a W19I0 do *0 Botado do
aotlo a carfo 4o Flarlo Halata,
Ao Foulo* •
r

aIQUIVO DA SCCICTAJtU
Jdfnt IXX-UTIYO (PLCTO) Rio / 5K0 PiWA

REDiflQ ÜÊ 72.1.1961 - - * £0 PilLP

DrtCIOt I0y40 a.

JBLf - OLT - * - WMFMCK - JW - FUOáU. -


áO.TSn^.O. - LCF - P.ATRB - IDáLHDCnO %. WtQ •
P.R. L3 MU/lLtfES - "P.B.S.OCEBKS.

msrrrwvt. jblt.

iJ* LJULài D Co^ploMntaçao da ooardoção Ma/tto Pttla»


- Orç r mm tê
- AiMstOrl*
• S«or«tArk
• Editorial
• laranUu^ito da ooujBKitnr»
• Outro» grupo» de trabalho
2) C<mdtâ de Planejar) «it»
3) tocontro eôbre a Inflação Braaileir» flupglff - PQ|
ço» - Lucro» - Solário»)
4) OcixúJB.te à aotatlaação

5) Análise do Plano Trienal


6) boletim d» Inf *r. "> .

7) Lnprofl iio ar folhoto oa ”po»i tlcn papara*


0) Tieita 3a brial Saplan (Khuo dobhirç)
9) Atitude» do D^S «a relação k eitoação do país
- Prloridviee para o ação (Setôra»t Opinião PÉll foi •
1CL 1 i Ux - Slnàloal - rr tudantil • Pormção áo lidera»)

10 ) Doutrine ;5o :K ahprooãrlo» - frleetraa • Coafarincla» •


Seminário» - JJea^.a Redonda»» eto.
li) Ampliação do quadro oocial e de contribuinte»
- iócioe indlriduaie
• Diminui ;ão da contribuição
12 ) Znotituto Hranlleiro de Eduoagão Deuawrítiaa
13) Habitação Popular - Contribuição Skyre ial —
PRiittran. eoupixíhhtaoIq da ccord^hacIq P417Lfl

a) 0R;UXNT0i - ftn «mo. (?ide oópia do de S.ftMlo)


2,

0— pá* m RU t
fi SSo Paulo foi falte VI M^çaaaiito, Mp&iud»-«i 4 i

gãe dae £r^ne, oerrlpee • ectiõadaa, tala oaao Centra


da & —itejáo da Pm, Podaraçio doa CÍroolee Oporárloe, 3LI,
filão Círio* Ndala, «to. T*aá>áa o* ee torce « fui <U üf
fôraa oantaqpladoe. (Tida referido ornamente),
fie foi oaqnaotda aaa ivk 4 título do £LiáuLA para AçSaa 01

J1U - Rí ao oãe nnta^u m


fuar-u a Interação doa orçaractee 4»
aafcoa oa IPtS T Já taoi a integra;*© da contabilidade,
• Daade 0 princípio paauoa oa tm arçaaect© flexieal, Xadotea
yupoo qm pódan « até aa»
doraa oor adoiniatradoe looaJjanta.
fia oortoa Grupas, caao o do Aaa oog orla, aea todo no Rio oo
Paulo, ma m Brasília, mo do aarnter gorai, pedindo ação
Jtcta. fóeoo oaao cabo parfeitaoente oa* coordenação ontro
0 São Paulo, por* qoo, dentro doa nooeaoicbide* coocua, latada*
oa oorrta aa possibilidades, poasoaos cha^r a t*aa ror ba <

tárla qoo atenda ao prohlem,

OU - Jolgp fmdaoental m
contoroa can JCU7, para tanqps ;

aorta forte 0 eficiente oa Brasília,

JRF • Tal ra* 0 IP53ÜL queira integrar-se na Aaaeaaoria,

JBLf • nôraa doto foxor no program para atondor àa Doooesidadas. fiR


nhoet (Prooidento da Pod, daa IndLa. do São Paulo) 00 tá do oeõ rtio.

OU - Roa aubtanoiamraaoo. Plôree agirá*

JBU - Tudo dopondorá do plano do JQIIF.


fala oa hipótese de ma Agencia de Notícia» (AflAPRESS), 0 pre-
p rl etário da Agência á 0 lkrrey. A nnqirôm 00 tá as bota ocõdl-
çõaa financolrma 0 firray • independente. Seria, tal toa, 0 oaao
do m antro—ia da Agência cm e Plana,

OU - Pala sobre 0 planojaaonto do JGMP a sobro a idéia do qa B.P, (fi


latia Polítloc). Roaaaoldadoat br—, notícias, análise, Ul«,
eia,
Dkm prlaelrm etapa eerla, talres, apenas ma colma polítloa m
Jornal cce» *0 Oloõo*. Sotte CÔmra 00 ta ria pronto a esc refê-la,
aaa precisaria icr "allaantado". Brasília aarla na espécie de
•ntB aaa receita*. 0 Bolatlo aarla ma "Certa Política" 40 honaa
de nagóclos, oopéoio de quln too* ‘nela do trabalho de Brasília.
Reto, 0 aaa p«aaoento, já exposto a R3P*
RRSQDt 1» faao - CoW aa 0 Olobo
2* faao - "Corta* (indepcrdmU)
JBU 0 "B0" taobéa começou uiia,
OU 0 futuro político do Braali á que parai tirá ao baoa de
decidir 00 deve 00 não *tnr aa noroo negócios.
3.
1ZBXKGX - Proponho qo* o LT^d/TUo lí?» o* axoraplar 4l mm arpraats «
nô-lo drrolva cora oo dado* proprios.

(ULflO • Entraga o ICT o orgsoento do D^V^.P,


jBur - LCTüfTAicrrro m CJKIUEüRl « flntíTTC 1T. PIJIBJUBTQ (Um 2)

OU • icbo qos o oonjaatum econômica ntÁ perfeita bojo cm o AJW,


A interpretação política • too lxl ó o qo* ratara m proourmoá#
cobrir oora o

JBUT - ... que oo poderia fazer cara 0 Grapo dê Lsvutaoraris ê mil M


Informe* >rlandos dê oatira* fontes.

JBLP • QtBnto ao flcmitê do Planajuranto, «cria ctraposts dal


- alguns alonantoo do E^3 (Chefoe dê Grupo) j

- al&na elemento* d& Ccmiseão Diretora t do Coito Szfootlrai


- olgma elementos eetraohos, com & adesão da rerlfloer 0 irara

ê CccuDoqucnoixo doa aocntooinaotoa, alxborands iqjratÜra eábr*


o aaounto.
MflT.li Anteprojeto entregas por A.ft*. C. a UZP a por ãota a

JBLP - A.Tz^.C. faria oua elaboração. 0» doirais, ld®. CranfosM o oaSS,


o Ccnita do Planejanaito consultaria o Coral tã Sxeeutivo» ®s,BfK
nralmenta, tomaria os providência* por fira própria ocnta, dentro
doa limitas da delegação da podaras que lha foi falta pala úl tiras*

OU • Minha opinião s que dora hmrt


1«) Informas
2*) C antro da Iatsrpratação (Infooração)
3°) Sqgsatão de açãe, qn ira plaae^araraito a lavar as Ossit*
Executivo, para aprovação.
As a;õss poda ssr locais ou gerala, astaa enjeite* à
donação Ria/3ão P-nüo.
GU — Lâ a ultima aaLLra^iSS oa avaliação da alteração elaborada pala
Grupo de Lovantvasnto da Canjvrafcnra do Rio.

A.Ts.0.- Da aoa opinião, noatrando corao o docuaran to, apomr da *®al®tet


já oatava ultrapaaaado paios accntec imanta*.
Dii que, dlrarioaraits, troora idéias coa 0C5, por talsfos aa astro
elo a a eu dispor.

JBLP - Levantamento da Coraj\®tura ' qmlqusr Sonsa, «dg» ooardraraçãa.

VOALTãO •Aorssosnta que, quanto a São Paulo, aa estiai ti vas era ftlha.
Agora, o voslo da Sã Panlo aotà »«ndo topado.

SR . Uas a Interpretação mia alta, da oúpola, dava aar oatnlis^a.


Acho que a entirrtlva não aató ul trapa; ruída, poio ao tetas «sOS
ridos rsoentaants estão oobartos pelas hipótese* nela rnmitdà»,
D<I.
A.Tr.C, Aosntúo a nocee tilada da inforação para qualquer açãe do
Utoaxw^plo ó o oaao da ontem, da agitação dos aargraitae.
(tal., rãdio, ato.)
Outro prol loa crucial é o das ooaraioaçõee
a

4.
Jltf Tom tosbÁ o oaao da üuplioidada d» tmfu «teoutadaa por I.
Paulo o Rio.
Por&ntot 16) Qual o fonon do ao evitar tal duplioidad» T
26) Qbd« dero aer looalisodo o Centro T
36) Qual o aepeoto daa lif^çõss cot Brasília I

Exlata tanScn o p^blam do elgllo doo eorviços, ospoolalmani»


daa pc*a a mniorla dela» ião pôde ser ssorlta*

A.tx.0 Aoo Msbroa do Ccedlò ü-íúcutiro envio, diariaMnto, oo ialoCMS


(ateria rrln). \ t-if nr x._ãs (produto de. elaboração) dó lugar
a aa relatório para con7rrr.e;Õo« o ara GC3 » paro a ação d» Cuql
tô Executivo.
Tkl relatório ó estrictcmente nQjfPTTiMfüAL-

Acho necessário conversar eaupre cam GCS, para que o aerviçe aoja
oentralixado no Rio.

A.Tx.0 Já eetá aoertndo. Eriote acerto eomnnol, no *


Ío ou em São Paulo,
para oo xaeuntoo meiomia. lhe há oo loca ia o lmediatoo.
OU « 0 Centro de Interpr j t^^ão (Informçao) ' para orientar a ação §•
Ii<3. Ua», por outro lid;, dov^roo inforraor o grande publioo, v
rm que a opinião pública neutralizo açoee projudioial» da» fôrçae
oegptivus (d» política ou da adnini atração)*

JBU -
Já peoaaaoe mrr. coluna do IP*3 em al&n jornal.
iki valeria a p:r.r colocar o nane do Ií£s ou seria melhor • d»
algas jorrr.liata ?
T&mbói peneauoo nun carentário diário, ras abandonam a idéia
por cauaa do areço.

OU £o devam enojar o nome do IPÊS e aln continuar atuando ã sala


los.

BB De aoõrdo. Justifica • corrobora a idéia d» OU*


JBU <
jual a m^eatão ?

OU «
Cha coluna diária, cot r.térln fornecida por nó», Uoatra, doto
exemplo, \m "? jr.ec^quo dov ria te?* sido publicado na última 6*.

feira.

A.Tx.0 Deocja plural ivor* a Idéia de OU.


OU • Uõetra ua trubuilio quo tcrL. eido foito por 3»tte Câmara*

esm JCKJy

OU - Kxplioa-lhe o» fatos interiores, relatirunente à isaiatênola m


Brasília.

jour - Expõe seu» trabalhos t sua mano ira de agir, ditando que todos as
ou» eeforçoe, durante c ano e 19Ú2, fõram m
Brasília,
lfcstra como os traUilhoc da Cúcma e paiiicularnonte o de sua
Cotísboss precita «cr aoaipanhvio c<n o rnrlnoo de atenção*
E não são nmnoree ae proorjpa.õoe quanto k Arteinle tração daquela
5.

J(M Oaoa, á qual omçro dar taabm ulU asaiotmoia.


| hm aproveitar, tanto na Qvr^a rrinto no Socada, doía
( 2 ) alemrtoa do oada, da prvfarêoola
jarlMtâm do graado «
paoidodo ai não reeleitos. Axmrlaa t
írlo Qaaco (PSD-I*) - ôtixe (C.D.)
Jeiae Araújo (Cl»- AM) (C.D.)
Sérgio Marinho (• mio daeteaido) (Son f )
Já ooota. coa na alto funcionário da Osaax* (F*). Ra Sanado ttfAfc
oon tratará ua al monto chave.
t da opinião que, «a Brasília, devermoe ter m
grnpe pira artlqi
loção looal, Lá á mi to ajudado por pessoas do outra olação» am
que traluDvm na Secreiarii da A.C.P., aota oa» 2 aaloa Aoat» da
própria C.D, (inclusive elcmíone, tola», ato).
o Grupo de Brasília coao aonao da ooordenação looal 0 pdl
aairoe aoco rroa a aaalotâocla técnica, alia da oaostanto a par»*
mito li^a^Ão oca São Paulo o Pio. Urgp divulgar bm o qua noa •<*
rio, poio oa jamUiotao do Brasília áo todos aaqaerdietaa, divul
jçvndo com doataquo apensa aquilo qoa lhos interessa.
Szloto lá propriatária da vas. pequana agência da dl vol-
TXB. pessoa,

ição. Hu para o Rio • São Paulo cuapra tmha aaia raouraaa, mio
ta redator, ato,

JBU Szpõo o qua batia dito antorlommta, quanto ao tom.

JQUT líostra vxn aaquem, oaa um folha da paaaoal no valor do Cft


2.000.000,00 o mia Cri 1.000.000,00 pum transportes o c—rlmr
çÕee, nua total ao Crí 3»000«000,00.

JBU Acha barato.

JOUT Cativa ecm Amral Peixoto. Lanhrai-lha o noas da faloão paz* IV


deç. A. Peixoto disse qua falcão esteve azilto topo afastado, d*r®
do caraeçar oorao vlce-lídar. Ikixlli doverá continuar na presldm-
o la. A do Sanado ficará oon 7, MUI ar ou Auro M. And rida. 0 qua
não fôr presidente será lídnr.

JBLP Eh tão fica decidido o ea-uintai


•COORIEmÇXO N0 RIO CCF.’ RA1H7ICAÇ0BS El* StO PAÜL0 E Eí CÜTR06 Hl
T03. 0S SERVIÇOS L0CUS INTERPRSTAHXO E 3LGUM0 AÇTES LOCAD.
QUANDO SE TRATAR DK AÇXO GUUl, UnifICADA, 0 CENTRO SSRÍ 0 RIO K
JANEIRO.'
Daí a nec eco idade de m Boletia Político (B.P.)

JBU ixplioa que o B.P, ccneçerla por ma Coluna Política mm oa mio


jornaia.
A Aoaoaaorla, m. Brasília, teria grande fonte da informo axrtantt
ooa, da soldo a aa bm aquilatar a nalhor prejolg^r nmm ái m
política yrsnnwntâlt
d Irá oi aa if
Braoília aerla vordadeinmante a JQLi a drtersinar a
ação do IFÍS.
6.

Sf,

OOTR*

JCir - feia Urda, preteodom dor aaeeosoria Uaké* ao RxeouUre.


flftTTPQ KiirromL • c«ntrali*a?ão no Rio
JHT • Ixpõe a altoação • o eetado doa trabalho*. TraU da queatõo da*
Tarbaa.
São Puilo proaaeguirá no aeu programa da tradu;õti Quanto r. na*
.

tu poblio&çõoa, São Paulo e Rio daoldlrão de oonun acordo (lí^


ção peaaoal antro JRP e Tamaok). Eeoôlha prioritária, dentro da
orçamento (õste ainda não aprorado),

JBU - Paaea a ootroa Grupoa de trabalho.


Zniclalmantei Gnmo Kdiinar.lrcml-

Dis que, quando fôr oanvenienta, dava aproxlmair-ae oa raaponm


?ela peloa Grupoe Eduoaolonaia do Rio a da São Paulr.

M&UBl Uu JCMBIàCIfl
Dlacute-ae a data para que São Pm lo envie a matárla para
lixai ta

o Rio, tendo ficadoaaaenUdo o dia 10 (daa) do rnA*. *e.


JHF fioou de indar a Jemeok un plano de di atribuição daa miir
riaa, coa aa aacçõae corraapondeotaa.

linda ootroa Grupoa"i nrr /TBAíTlQ.

0 Caeritê do Rio taaa conhecimento de um. fórmula felioíatlma,


contnuk oo São Paulo, a daa recnlõee doedoillaraa, m
qoe maa
firme eohoerevea 1 milhão e outra, que pretondla retirar aa o^
trlbulçãe, raeolveu aumentá-la*

nmnHm»n»n aflj »
r
fl
lpfíClQi 15

fUAdr Lodjmeki, convidado, fu «a earpool?ãe eôbre • problmm. elndiael.

Che^a HCP e Joaé CLÍ Coutlnho (Chefe do Seicr Estudantil do Soo Paulo) Jk
cm tamr pojrte na rmMúlo,

A.tx-C - ru duas observações, dlrerglndo llgeirusente do f.U


tate distribuiu vm novo Bolotio do C£I.
JBLF - C coar la. o qus foi dito par V.L.
W.L. iro xo Rio, 3 a * felrm próxima. Mo quo QCS este o por do tudo.

OLY - Dlo quo, quanto o orçaiomtoe o prioridades, deseja, mtee, oxvlr


QCS.

JKT - Do ao ô rd o coo GLY.

OLY • Porr^nto u V.L. tom Éhanoe do vencera batalha ató 1* do mio.


V.L, - D&s quo oo lutadores ajjariiaal- rimrrrntlooo aó ahandamrão a loto
te oo sentires dosapolodos. Até aTora, oónento toa todo apoio do
3EL. Acha quo a cporru será p?mha eu pordido no a olor olndloai.

OLY - Fks una pqrrjunta o JB17 ree-cnde que oo patrões não terna canhsql
nonto, LfÇiormm m oono a quootõo aindiaal.
Uaio quo i&iorâncla, «xiot* «atro oo soprsaárlos aosónola aoaplo-
ta de dlepoeição para sequer ootudar o problem,
Kr tro tanto, acha GLY quo drvemoo agir sobro oo patrõoo,
BCP • Keclareoo "couaao práticas"!
"caixinha* presidencial, dinheiro - na oopóolo do podaipçla paru
oãoo: ôooo para oo quo aoorUa, cxoti^B para oo quo ama.
“T-vrioo proa id entoo do o indica to ootão m
folhão do pojpuaitn",

ITLN3 6 o 7 • Já tratAiloo durante a mnhã o por oouoião do alsõço.


ITEU 9 * Picou decidido quo a prioridade n® 1 t a QPILTlQ PtfRIICA.

GLY - Lembra o problema do "aproseh* na questão «indicai. Aafca quo oo


patrõoo preciaoa oor alertados pura a hipótese das fatos do aaio.
Coda omproaí ri o deve considerar oau corpo da operá-los coao m
verdadeiro *invootironto*« E aorooc^ita:
"A naonf otloa • o oclhor cátodo". Dolo ou troo operários, mio aqq
oívoio a idóia, deverão oor convidados paro debotar oo lou para,
oo e anui da, eopalhá*loo pelao fábrloao vlsinhae,
VXRH - Por axacqxloi Peruando E. LO.
A.Tx.0 - Cita no ox amplo vivido por õlo,
BCP • Uoetra o quo oo passa no Sindicato doo Bonoárioo,
Tajouéu õlo, HCP, ó pela "Opinião Publloa", mo concorda cxm o sfa
do prcpooto p*r GLY.
JBLP - Que o '\ 99 into fique para a proxiga reunião do Comitê de PluejoMitA.
WQtíí - Propõe que HUP, m rruríão de hoje à noite, troto do Itm 10.
8*

JBU - Acha que, primeiromonte, devnrsoe Ur noaoos próprias al todos .

OU - Lonbra & oonfeoção do un filme,

7ERR - Acha nue dcroríamos eeclarocer cono ao resolveu o ooso do alodl


crJ. i joo alcoão.

GLT - Compre oe bitccdo pola "0“ l/i ião Publica*.

JBU - .Ach* ' -2 o Jilco não devo ser o único caio; tal vai coa meroo o
prl- oiro. Opta pela irr: rcnai, —tdio e T7.

9CP - o aso da Rtfona Vjária do I? -S, que a todoe agrudon.


Cite ezxmloa dr pejsoas que a elo»tiarsn.

CLT - Retoma *o problema sindical.

J3U - Sempre: Afão imediata o ação a lon^o proso.

jur - ,\jsvl a possibilidade de ee criar ua Setor Trabalhista, è base de


2 ou 3 poeooas ?

JBU - Difícil, tnaillmao, dooorulo.


$ pooaíval oc será conveniente proocuparmo-noe ccl. ira mobiliar
pão do oninião pública neeea boso, iato é, de opxniao "pro-fab^l
cada* !

GLT - Poe cível sim, roa iva tinto arriscado,

::cp - Acha ^jo oe haucrm juc dirigas oe "ovin entoe pódtn eer uobiliiodos.

JBU - ?_naa que coda vez mia dev«ooe ter o Comitê de Plane janento, para
utilizar força» tulo corsè o üovLnonto Foriinino, o Ifovinonto Sindi-
cal Ja .«crítico, etc.

GLT - Pojsc. a pcJ-irra a Kfí.

HCP - Intervindo: -el o tino do democracia que queremos T Um dooocift


*

cia ara quo todo# nó# sojanoo prop: ietárioo. üitão devamos noe antA
cii/jjr noa conceenõõe, isto e, "dar antes".
HH - Mi oêbre o Coritõ c Pioro janento. \ emerirreia noo ton raoetra-
do q'ie, er.qiunbo não sc encontra o "ruerrilhoiro" pim a ação, ea-
ta não tar vida, i *o arda. 0 proòlan c o
Pcj-oce-liie que c Icr.J tc do Plcnejunento sori- ruis una coaieeão,
apenso. 'Aaa e oc !*o '»v»a q j« *lo70.ão ,~}r ?

A.ÜX.C - aclirece ac dúvit-.-i *.e ?CÍ, n<* io é n oca lado por JBU, achando
i
.<

quo não há incmjn^ •biliõ.uls er.tr co anoroontos do JOl e o torto


»*& Uítoprojeto do ?c ãtê d Pl viv j i-.unto.

HJ1 e JV e*j v’ •
**«-iiiiaT.tc coritr o -lil* « vicnto.
JBU, A.1fr»-* o erru são r. varáreis.

Ticoj o :1 /ociío, *»or fin, quo ç reforido Jomits atendo eepeoifi


ca e exrl o?ir rente ao aio o particular do Gão Paulo, £ como qus
un dele^çlo de puderee o Zj 1 té bunutivo. «

JBU - JUGwro: "iVoponho-me a examinar o documento, discutir coa A.Tx.G»


9 ,

JBl# - • sla • discutira ao Rio, na prádn senua.


3CP • Pado par» faiar ona paquana etxpoeiçÕo sôhre 01 ór^Lo* da opinião
púhllaeu
MQTlt Iate. parta não foi n^atmda-,

mT.A flj. ia ià a
JBLF - F.aol&roo, • r«forç» ar&iaontcM dfl S2P. Fali eôbr* ns projito â»
lfeCate Eriaksaatx, da vn filne do 20 ninutos pala importância da
3 a 4 milhões do Cr$ - aerjuodo Jsanlfcnroo,
Mostra » ordeo da graodoza do probloA.

OU • Opina aer o filme da caráter decisivo. Roteiro dara aor prorld^j


ciado lo©?.
Rn 2 °, lugar, é pora» campanha de imprensa, volantoa, ato,, «nfin
tudo quanto possa influir na opinião publioa, nus de aspecto local,
Rn 3® lugar, eolioita seja eatudado o problema do Boletln Político
o quo P. Galeão eocreva o resultado, Inclusive quanto
ao orçammito
de cuoto.

acLsm PQiélxicQ

1CP - fala eôbre o assunto, reforçando o que dissera ftU, i principal


final idade do B,P. aerá oecloreoar os boraene de «çreea.

ii) çQirmiamflss

JBU - fala sobre contribuintes individuais,


LC? - expõe a si Unção no Rio, quanto a conquiste d# noToa socios, pes-
soas físicas,

GE - oferece em oo Liberação para fomocer 5*000 ntnee diariaomrto, p»


ra fichas da aóoloe individuais,
DmDflJI-ao T-3 aiCTiSUICES

JBU - Propõe transigência na fóroula de 1/2 % do oapital / ano. Dis que


gostaria de chegpur aos grmdea contribuinte* pura pedir que dimi-
ouisaoD un pouco euaa contribuições,
No oaao de São Paul o, l80 flroos po^pa e aus tentam ma luta as
prol de milhões,
Ooetaria de pjdor ampliar o quadro social,

3) HCOWTTO StlBM Ciyuao


OLY • fala eôbre os aepoctoe sociais da hiperr- inflação,

JBU - Dovomos vul^rixar o debute a obre inflação, tirando conclusões,


alertando o grande público,

OLT - É pola aórle de artigoe do Prof. ftçonio Ouàin. Sen in "paper* para
aor diecutido e publicado, nada feito, 0 problema é de monografia
e não do tose,
Nossa inflação já dura. 17 anos.

JBU • E ee nós produrlosfcaos um monografia sôbrs o caso brasileiro T


popular.
DeT-rao® lerar ao publico noaaa oan tribal çio, umtniniis-lht e f®
nâneno • nu terríveis oonaequòneiu. 0 Ii£s não poda
ear corto* arti^oe, nu pode promover a Conferencia.
Ou devamoe fazer o artigo e a reunião (Encontre) f

£LT • lanbra mc ooncureoi "Aspectoe Sociaia da hiper- inflação".


Prãalot Cr$ 300.000.00 ou Cr$ 400.000,00.
APamriru a prokkta

JBXJ - fl. Galeão falará coe P.E.3.Q. & ruapeito.


0 concurso não exclui, poria, o "Bruil «n jtmho".

4)OM&tfSJJSLüUiflfi
TEM • 0 ooBxportaria ma encontro nenional.

CU - !ka poLsjo cluoee produtoru. ••

JB17 - 0 EPSs dere abalsn^r^se à tarefa t Talara a pana T Seria coe»


que Tm. eepácio de doeafio ao Governo.
Acho melhor o tema! "Eptatizacão Q lirre arorõna ".

BQP - te claaooe produtoru devma aor ecoo que m "ataff",


liasderomoe passar á ofenoiva.
Por «reeçlo* PeamvQlvlaqcto da lnlalatln orlvada nn Bniall".

OU - Fropcnhoi
“Geografia do eetatlmeo no Bruil".

fERf - Dcv-oos trazer eatrangelroe e convidar elooentoe abara. Proponha


ea Ur. troca o ccaucto.
ILãk* ljgraeciç_tiQgu.flg fitf ; MU4r_o_L?rgblma e ooroloer oe rwl-
tfldfl**_ias.Uwi yo ^/CCisr . o . kwa. 4o f inití to.
5) ABÍLnf nc pi>i;c wratL
OU - 0 Grupo de :
ntudoe está cmUnLando o aaaunto. jun temente oca o de
.^outrlna. de São íy.ulo.

JBI/ • Dleee eetor satisfeito ccc o resultado doe trabalhou.


Agradece a todoe e oncem oe tnbalhoe.

ÉffAi Deixarem de ser oonsiderodo* apanu oe itens 10 t 12 da agenda.


ftfUNlXO PIZHÁm DO COIflTÊ ET^OTIVO EM 8.4.63 (1 M 5 HS.)

PRy.:;»m:s t JBI/ - P.AYRES - HCP - GLT - OCS - HRF - HH •

H.GOÜIDE.

asmjuss glt.

JBU - Poda sobre a Agenda da São Riulo, que não foi discutida no
dia 30-3» por falta do tospo.

Ifi PROnr;::.U? São Paulo e Rio dispõmn de poucoa hcmcns para muito tr*
bolhe. Caoo nas entidade* da classe, tambmn 0 «forço
mterial é de poucoa. A mi orla apenas dá dinheiro.
A eeasão de São P->.ulo foi praticrvrwnte consunida com
tal assunto.
HCP dl x que nóe chegimoe, no Rio» as rr.eamas conclusõm.
Sxpõe 0 problena, vioto pelo ângulo do Rio. Foi iro re-
trospecto ou apanhado da situação política. Ca»o doe
"cruzadoe’, pam t<nu« conta, da* ’rc fornas*, t oeceg

orlo conseguir hmiw para as tarefas. l£o * necessá-


rio que sejam do IPÊS, segundo Glycon. Ho caso da 'agrá
ria" poderia aer ma grupo grande de acene da lavoura, '

por eaemplo, de São Ibuilo. A reforma seria tocada ate


mesno contra, os 'brizolae* e contra oe reacionários.
HCP - A oc^aada idéia é que «xistos o* programas a Cur-
to prazo e outros a lango prazo. PreHsamos criar um
grupo que cuide dos problemas a Iqdtd nraio. Pode ser
um grupo ou mie de iraj exemplo: para Cubo, para 0 dtp-
blflifí nlnrilfiftl» «to.

GLY - folta à a/reida de São Paulo .

A) ORCAiElHTO - Rio/São Faulo - Acortedo.

GLY - Yamoe publicar onnnliã oa reeult^doe do IDOPf ( 1


milhão).
Orçamentos de São Puúo e Rio* aororidoe. em definitivo.

B) INSTITUTO X MflBATS A IlffiLifflfl

JBU - Diz que Santiago, «n São Paulo, foi de opinião que


algum orgão entcdaase permanantanonte a inflação, eues
oaueaa e conoequoncins.
Faiou a Ary Frodorlco Torres para que se omoarreoasoe
do aoaunto; .mo tinha im verba inicial do US$ 500.000,00
paru oa astudoa. 0 peocool da São Paulo deaoja aprarimr-
oe de Ary Torrea, cna quer ouvir primeiro o IUo.
0LY dá sua opinião. Seria m
Instituto para "poat-gradm
tlon* a prra econocúetaa, viaando a neutralizar oa cemIU
tna- tcxloe maia ou monoa "tisnadoa - , 0 Instituto diria
também formação políticç a ocononietae que ae colocariam
ccno oaeeaaorea noa govemoa estaduais e federal.
Foi convidado D. !f. que não aceitou a chefia executiva.
ft

Pcnaou-ae o.i outros, como O.T., o to.


GLT laobrou-eo de Pedro Afoneo Uibielli de Camlho, en-
genheiro a economia to. Acha a idéia ms^aífioa e o nome de
Ary excelente. Podem existir outroa, maa o que lhe ocor-
reu (a 01 j.) foi o de Uibielli.
Paulo Ayros acha que o IPÊS não deve divorciar-a# do prfl
blanu Acha qua alguém do IF$S dervc catar metido no pro-
bl «e.
JBlf - Dentro da meem ordam do idéias do IBRD, porque
nõe noe associarmos ao Instituto contra a inflação t tate
seria um dependência daquele. Devemos eer promotores ou
apoiadoree da idéia.
ISCISM» 9 dm fa»r m awatmlat Ilra.ãt»
n nrnhlmn ninnh*.

C) PflGlTI(B.;APSH3

JHF - Dis que, no próximo dia 15# o livro estará pronto.


a
GLT acha que a interpretação doe ca pera" por Jornalistas
profieeioneie ó mais acceeaível ao grande publico.

D) SfrTnfi T?mTYID!lAI3

Ausentar ao iraxi/no, 0 Rio já o está fazmlo.


67 -• 0 mísero do Rio, nesta data. Dentro de un oês ou 2
já será igual ao zróero de contribuintes de ps eooas Jud
dicas.
HCP - Expõe 0 ciso dos reuniões domiciliares. Fala sobre
oe americanos, oe dolo conta toa, almoço e reunião «n oasa
de ixn deles.
JBU - Bn São Paulo fizemos algums reuni õea ocn bons 13
sul todos; outras, ocrn monos. Diz que 0 IPÉS já foi reoo-
nheoido, em São Paulo, caro de interoese publioo .
Pedir a Sã o Paulo m dados certos.
Deciaõn i Prarniogulr na cnrmnnha doe ZQQlofl Individual a.
3*
P.AYKES - Aoha que podaríamoe ter engmhoiroe, raódiooe
o adrocruioe que eojam noeaos representar te a d miro doe
euue órcãoe de olasae.
H.GOJ1DE - Acha que devarcne lntenaific&r a canpanhe e
ate dispaoaar oe 3*000 cruzeiros doe profeta oree, por
exeoplo,
JB II - Aoha ~ue devasoe cobrar o mínimo,
IL301HHE - Qfereco traser 100 nôçns do Znstltito de Edu-
cação para colaborar*
Ponea m; primeiro lugir noe srçcnheiroe, dopoia noa n&U
coe e, apóa, noe adYogidoe.

K) ÇQm £ JflRILÜ.

GLT expõe o aaaunto,


P.AYRES dis que a mi orla doe asauntoe aôbrc a Puse la*
eto. , proTsra doe EEiqj, onriado por agência! de notícias
norte amerioanae.
IICP explica, o
caoo da aquisição de un grani e jornal ( 1
bilhão de cruzoiroe), no Rio*
Ilolhor 2 jorania* aonundo Glycon, 1 no Rio e outro m São
Paulo.
ILGOUIDE - Acha que um fatação de rádio é impreecíixiifel.
GLY, de acordo,
JHP dia que há opiniÕee contráriae,
J6I/ acha que o aperfeiçoamento da ideia aoria, m
ves de
oooprar ui jornal, pnçpr a cuterla a ser publicada,
GLT aoha que oe jomale estão preeoe aoe Inatitutoe e ao
BQ, Não ún independência, Tadbém pala sujeição ao papal.
a
0 Gororno eotá fazendo ua pool* de publicidade* ®b a
foraa de anprée timos da Crfa dirigido por Riul Ryff.
GLT acha que us jornal democrático será de fato m
órgão
Independente*
IICP - Existe roooptiridade pn
a. ideia da compra de m
jornal e não ae «contra receptÍTidode para a poblioação
de nn teria pagí,
GLY - E a operação devo ser rápida s discreta, ou se p§x
derá.
Ê de oolnião quo Sã o Paulo roranino ban o muitas
À Coluna Política eerá consequência da Aeaessoria de Brasília,
JBtf e P.AYRE3 ai^oren um Agencia de Notícias, coo» a da
AeaPreea para al imantar os con tonos de jornais do interior
do Paia,
a.G0:üDi: propõe a Agêncir. para oa Jornais e oetaiõee de
rádio.
4*
•Plmalto"» do São Paulo que dis-
JBIJF fola da Acene ia
tribui articoe tnm ?00 joimiu e estn-;Õ0B do í-ádio.
CCS - Fula aôbre a forru ;ão da Opinião Publica* £ preqi
oo, en prinoiro lu*jir, fixir oo noeooe objetivoe.
IKIP - Acha, L-^ortj.to difoidiroos dicurao* doa depu
t doa and joa,

F) jQL-TMLv^i •
:: resfries
JDL? • Não ao cliât *ou a fizer mdu «n 8ão Pm lo. Peneou-
30 <n iTm Ilação cxi a Veajcií^ão doo Dirigentee Crie-
tãcs do ünprêoôJB* 0 Grupo do Doutrina encontrou alo»»*
discrepâncias. Procurou un encontro ma/a ainda não foi
conseguido, lòcplica a t-.rofa doo Diri(jentea Criat&oa,
eimi Rc] acõcn hirrn: ii .
J3LF - Continua o problam de doutrinar o sapreonrio,
G1Y peicinta a fLG. cono yÔ o pr^blecxu
H.GOl-IíE acha nuo dovar.ioa ir aca cnprooárioe. Abandonou'/
as cúpulas e raznoe noo a indica, too pi tronais.
Devasoa ter 3 ou 4 tipoa de pale3tras,canaonnte o meio.
Doutrinar o (rcprooario irra
• antes de mia nada, convoncô-lo de quo ten una missão
ool/tica a «nrTprir; tor ixn nonai^en para êle;
- necoaa idade da «sprõna reproaontar una força ai pról
da oociodade;
- f iminente, o IPÊS # ca“ccific\nente para oonscncer o
onr.rcaário que cicie ¥cr não nnana o dinheiro e oin a
pooooo*
ILGCIIT - Priooiro a no tirado,
H,’I, - 0 problana 6 o corpo dinconte.
JRF discorda de Gonide o HH,
P.AYP23 - Fex apoloa a «cprcsárioe, no dia 30*3 • oufiu
que não tão tanpo para tratar do assunto,

ErTOülUPÇKO As 16.3? 1I0R*S

miwim \S 17 .1Q KQRA 3

PRLinrrzs t jblf - p.ayrts - kcp - gly - gcs - jrf - nn -

H.O, - ATAA - OCPÜ - JOÜF - JDC - Dt? - 0T -


OH,

fs^mas: iicp.
í» Anr.urro í assessorh eh br^ú.ia
JOÜF - O probloca princ 1 jjul © AsBooeoria AdminiatratiTa
e não técnica. Aproroitar ex-deputados • aot-aarularea.

3 niilhõo 3 roàr.aaia aléa do me ja anato.


A ação d ove aer jur.to l ADP., princ IpaJrcn to.
í>n1963, colheros asofcnturas 6 tccj C4, d et ando ir a
110 , compromissoo do ?ota;ão.
5^ 1962 chocou o ter 1 ^0 .
A AUP não ton orn xísí;*4). 3o ainda e tu 5-upo. J.üandw
fax tixlo pooooalr.ente.
A Hssaoaortft ó irr. nocwa idade,
JOLÍF quer ter in ©latonto do cocrdaiação psroonaito «d
Brasília, mear» cn nua aosôncia.
A Pcdoroyão das Industrim ma São Poulo ofereço suas i^A
tala. 7 Õaa o moioo, Sm iodo custe CrC 20 milhões.
JBLP acha mo a Asoocaoria ft»rlancntar devo cor cana. 0
JPTjS faria a parto política.

J0L7 - Cortina de fimaça por parto dos jormlistas, todos


do ooquerda, «a Brasília. Rrpõo 0 caso laccrda, redator
0 ndjnoÓGmfo.
IBAUS arranjará \n Telsz.
JBU fala sobre a Asapress, do Formndo Uurey,qu© gootâ
ria do enninar colaboração conosco. Pode-se axvuinar 0
aaounto.
JOLff - Falo do mínimo. 0 quo ti*r s traio sen boo.
©LF - A üeridional tanbás podoria eotrooar-s© «3 nossts
trabalhos.
JOUF - Organizarei im malote diário, cem notícias. Há dias
entreguei 23 projetoo do loi, desde a retrç>7ão d* tsi
Donys até a venda de nçõea, Ainda tou apresentar 0 24®.
GLY aaha que JOUF precisa tor cortesa do dinheiro psra
3§ir.
JBLF - Aclia qu© devanoo difiàir ao açõoo, as roapcoeahi
lidados o os custos.
GT pergunta sõbro 0 nosuo Projeto do Rofoim Agraria.
JOLtF dás quo oerá aprcoontido incriintranont©. Dêl a opixii

So do J* Tendes.
JBLF - Examinará can R. Noechcio 0 P. Barbosa a difisao
do tarefas coo 0 Ir£s,

São Paul 0 cora 1 milhão • Asooc. Comeroiol - 1 tnilhao
00
Rio: 1 milhão - A Fodora;ão dia índio trios fioará coa
encargo© administritivos.
6.

IPE3UL tembóft • IBAJK dnrá £0*. HCP.


JOIff - falta txn eloaanto oh»?» **> Sanado
- Ra Canora,

taaoo* í UB trabalho qua devo eor falto dltrianwta»
GT pergunte sobra a CPI para o IB.UK*
JOTJtF - reepcnde»

GT fala sobra a CPI para a Caixa Econanioa-

2a .A&UuZQt
GCS • Ma sobra a CGT s operação Brado do Alerta»
Antunes a OGFU fal aau
GLY pergunta se há recurso jurídioo oontra a Portaria
de Aleiino Afonso»
P» AYRf-S soha que o Uorlmento Sindical Deoocrãtioo poderá
agir.

TSR '.1H00 k 18.4S KOUS


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É necessário advertir que a lei-
tura do passado deve ser fei-
ta no contexto do presente e
com sentido do futuro, onde
tanto os atores como os cená-
rios e a dinâmica das forças
sociais estão em permanente
transformação, podendo não es-
tar hoje no mesmo lugar e nem
desempenhando os mesmos pa-
péis. A relação entre os ato-
res e as forças sociais não é
imutável. No processo político
e econômico tanto podem mu-
dar o sentido e os objetivos
das forças sociais, como o pa-
pel e a função dos atores. A
compreensão deste aspecto é
fundamental para o entendimen-
to deste livro.

fíené Armand Dreifuss, uru-


guaio de Montevidéu, 36 anos.
Formou-se em Ciências Políti-
cas e História pela Universida-
de de Haifa, Israel. Obteve o
mestrado em Política em 1974
na Leeds University, Grã-Breta-
nha, e o Ph.D. em Ciência Po-
lítica em 1980 na velha e
res-
peitávelUniversidade de Glas-
gow, Grã-Bretanha. Realizou
pesquisa no Brasil sobre For-
ças Armadas, Empresariado,
Formação de Diretrizes e Sis-
tema de Poder no Brasil. Atual-
mente é professor do Departa-
mento de Ciência Política da
Universidade Federal de MG.
:

)
0 livro de René Armand Dreifuss
deve ser lido como a reconstituição
de um passado que, no entanto,
está presente, sob outras formas,
na realidade de hoje e, em grande
parte, determinando ainda os rumos
de nosso futuro.
Foi pensando no futuro e nos possíveis
construtores de uma sociedade
democrática que este livro foi escrito.

ATENDEMOS PELO REEMBOLSO POSTAL

13 »?

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