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U N I V E R S I D A D E D E S Ã O P A U L O

Escola de Engenharia de Lorena – EEL


Colégio Técnico de Lorena
COTEL

Prof. MSc Mateus Gomes


1
mateus@dequi.eel.usp.br
Química Analítica Quantitativa

EDIÇÃO

Bárbara Figueira Maria Alice Cardoso


Bárbara Michaela Mariah Toledo
Bianca Rangel Marina Santiago
Bianca Cezar Matheus Romeiro
Carina Aline Mirella Flávia
Carolina Elisei Murillo Campos
Debora Teixeira Nicolas Grilo
Fernando Dias Paulo Roberto Dias
Jeferson Freire Rafael Tomasella
Jéssica Moraes Rafaelle Brandão
Júlia Ribeiro Renan Hirata
Júlia Luz Renan Monteiro
Lara Castillo Roger Félix
Larissa Oliveira Talita dos Santos
Lelienne Ferreira Vinicius de Moraes
Leonardo Molinari

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Química Analítica Quantitativa

REVISÃO

Júlio Conti
Otávio Augusto
Paulo Henrique

REVISÃO FINAL
Alice Leonel
Gabriel Figueira

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Química Analítica Quantitativa

Índice

1. Neutralização...................................................................5

2. Precipitimetria.................................................................31

4. Oxi – Redução................................................................60

4.1 Permanganatometria....................................................60

4.1 Dicromatometria...........................................................65

4.2 Tiossulfatometria..........................................................70

5. Complexometria.............................................................76

6. Gravimetria.....................................................................90

7. Análise Instrumental.......................................................99

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Química Analítica Quantitativa

1. Neutralização
1 – Após uma aula experimental de análise química de volumetria por
neutralização, todas as soluções padrões restantes são misturadas,
separadamente, pelo técnico químico para recuso. No final de cada
mistura e, depois de devida homogeneização, o técnico conseguiu,
aproximadamente, o volume das seguintes soluções: 3,60 L de NaOH,
2,50 L de H2SO4 e 0,30 L de Na2CO3, ambas a 0,1 eq/L aproximadamente.
Para aferir estas soluções, o técnico preparou 100,0 mL de uma solução
de Na2CO3, pesando 0,7990 g do sal a 99,50% m/m.
Usando o processo direto para a aferição da solução misturada de H 2SO4,
o técnico após titulação adequada, consumiu um volume médio de 17,25
mL de solução específica para cada alíquota de 25,0 mL, utilizando o
vermelho de metila como indicador.
Após aferição da solução de H2SO4, o técnico aferiu as soluções de
Na2CO3 e NaOH misturados, utilizando o processo direto. Para a aferição
da solução de NaOH, o técnico consumiu 26,24; 26,35; 26,15 mL para
cada alíquota de 20,0 mL, utilizando fenolftaleína como indicador. Para a
aferição do carbonato, o técnico para a titulação adequada, consumiu um
volume médio de 23,87 mL para cada alíquota de 25,0 mL, utilizando o
vermelho de metila como indicador.
Após a aferição de todas as soluções misturadas, o técnico necessitava
preparar a partir destas, o seguinte:
• Sabe-se que restou ainda 0,25 L da solução de Na2CO3
misturada e que o técnico precisa preparar 1,0 L desta solução exatamente
a 0,1 eq/L, utilizando o sal a 99,5% m/m.
• A partir da solução de NaOH misturada que sobrou, o
técnico precisa preparar 5,0 L deste mesmo álcali a 2,0% m/v. Sabe-se
que restou ainda 3,5 L desta solução misturada e que deverá utilizar uma
solução de NaOH a 50% m/m para concentrar a mesma.

Pergunta-se:
1.1) Qual a concentração real das três soluções misturadas, em termos de
normalidade?
1.2) Quanto de solução de NaOH a 50% m/m foi utilizada?
1.3) Quanto de solução de Na2CO3 a 99,5% m/m foi utilizada?
1.4) Calcular a precisão e a exatidão na aferição do NaOH misturada.
1.5) Fazer o mecanismo de aferição do NaOH.

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Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

NaOH → 3,60 L; 0,1 eq/L


H2SO4 → 2,50 L; 0,1 eq/L
Na2CO3→ 0,30 L; 0,1 eq/L

• Padrão Na2CO3

N(real) = m(pesada) x pureza N(real) = 0,7990 x 0,995


Eq x V(L) 53 x 0,1

N(real) = 0,1500 eq/L

Aferição do H2SO4

Ne (padrão primário) = Ne (padrão secundário)

NxVxf=NxVxf
0,1500 x 17,25 x 1 = 0,1 x 25 x f

F= 1,035000

• Normalidade real do ácido sulfúrico

N(real) = N(aparente) x fator


N(real) = 0,1 x 1,035000

N(real) = 0,1035 eq/L

Aferição do NaOH

V1= 26,24
V2 = 26,35
V3= 26,15
Volume Médio = 26,25 mL

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Química Analítica Quantitativa

Volumes Média Desvio


V1 = 26,24 mL 26,25 mL │0,01│
V2 = 26,35 mL 26,25 mL │0,10│
V3 = 26,15 mL 26,25 mL │0,10│
Média dos Desvios = Σ/3 = 0,07 mL

Precisão = Média dos desvios x 100 Precisão = 0,07 x 100


Volume Médio 26,25

Precisão = 0,266 %

Ne (ácido sulfúrico) = Ne (hidróxido de sódio)

NxVxf=NxVxf
0,1 x 26,25 x 1,035000 = 0,1 x 20 x f

F= 1,358437

• Normalidade real do hidróxido de sódio

N(real) = N(aparente) x fator


N(real) = 0,1 x 1,358437

N(real) = 0,1358 eq/L

Aferição do Na2CO3

Ne (ácido sulfúrico) = Ne (carbonato de sódio)


NxVxf=NxVxf
0,1 x 23,87 x 1,035000 = 0,1 x 25 x f

F= 0,988218
• Normalidade real do carbonato de sódio

N(real) = N(aparente) x fator


N(real) = 0,1 x 0,988218
N(real) = 0,0988 eq/L

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Química Analítica Quantitativa

 Item A

Restou (ou Ne que eu tenho) → 0,25 L de Na2CO3


Preciso preparar → 1L a 0,1 eq/L a partir do sal 99,5% m/m

Ne restou = N x V x f
Ne restou = 0,1 x 0,25 x 0,988218

Ne restou = 0,0247054 eq

Ne preciso = N x V
Ne preciso = 0,1 x 1

Ne preciso = 0,1000 eq

Sendo assim, para chegar a 0,1 eq/L, que é o que eu preciso, falta:
Ne falta = Ne preciso – Ne restou
Ne falta = 0,1 – 0,0247054

Ne falta = 0,0752945 eq

m = Ne x Eq
m = 0,0752945 x 106
2
m = 3,9906 g

Então:
3,9906 g ---------------- 99,5%
Massa real ---------------- 100 %

Massa real = 4,01067 g

 Item B
Restou (ou Ne que eu tenho) → 3,5 L 0,1 eq/L f = 1,358437 de NaOH
Preciso preparar → 5L a 2% m/v a partir do NaOH 50% m/m

2% m/v → N = . m(pesada) N= 2
. .

Eq x V 40 x 0,1
N = 0,5000 eq/L

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Química Analítica Quantitativa

Ne restou = N x V x f
Ne restou = 0,1 x 3,5 x 1,358437

Ne restou = 0,475453 eq

Ne preciso = N x V
Ne preciso = 0,5 x 5

Ne preciso = 2,5 eq

Sendo assim, para chegar a 5L de solução à 0,5 eq/L, que é o que


eu preciso, falta:

Ne falta = Ne preciso – Ne restou


Ne falta = 2,5 – 0,475453

Ne falta = 2,024547 eq

m = Ne x Eq
m = 2,024547 x 40

m = 80,98188 g

Então:
80,98188 g ---------------- 50%
Massa real ---------------- 100 %

Massa real = 161,9638 g

RESPOSTAS:

NaOH: N(real) = 0,1358 eq/L

H2SO4: N(real) = 0,1035 eq/L

Na2CO3: N(real) = 0,0988 eq/L

m = 161,9637 g
m = 4,0106 g

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Química Analítica Quantitativa

Precisão = 0,266 %

É preciso porque está dentro do parâmetro de 0,5% de erro aceitável.

 Mecanismos de Indicação: indicador fenolftaleína

Reação Global: H2SO4 + 2NaOH →Na2SO4 + 2H2O


Início: NaOH + fenol → NaOH (róseo)
Durante: NaOH + H2SO4 + fenol → NaOH + Na2SO4 + H2O (róseo)
P.E.: NaOH + Na2SO4 + H2O + H2SO4 + fenol → Na2SO4 + H2O (róseo)
Após P.E.: H2SO4(1 gota em exc.) + Na2SO4 + H2O +fenol → Na2SO4 + H2O +
H2SO4(exc./incolor)

2 – Em uma empresa do segmento químico, os resíduos dos reatores são


misturados e neutralizados, antes de serem tratados biologicamente na
estação de tratamento dos efluentes (ETE) da empresa.
Os resíduos são 85,0 L de efluente ácido e 120,0 L de efluente alcalino.
As dosagens individuais de cada efluente são realizadas para investigar a
concentração inicial dos mesmos. Para a dosagem dos efluentes foi
necessário diluir as amostras.

Preparação das amostras:


• Para o efluente ácido, diluiu-se 5,0 mL do mesmo em 1,0 L (BV) e
completou o volume com água destilada (qsp).
• Para o efluente alcalino, diluiu-se 10,0 mL do mesmo em 250,0 mL
(BV) e completou-se com água destilada (qsp).

Dosagem: todas as dosagens foram feitas pelo processo direto


• Alcalimetria: 10,0 mL da amostra foi reagido, quantitativamente,
com um volume médio de 27,35 mL de H2SO4 0,1 eq/L f = 1,08322
• Acidimetria: 20,0 mL da amostra foi reagido, quantitativamente,
com um volume médio de 18,85 mL de NaOH 0,1 eq/L f = 1,00758

Pergunta-se:
Após a mistura dos efluentes ácido e alcalino, quanto de H2SO4 50% m/m
e d = 1,35 Kg/L ou KOH a 50% m/m será necessário para neutralizá-lo em
pH 7?

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Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

85 L efluente ácido
120 L efluente alcalino

• 10,0 mL ---------- BV 250,0 mL alcalimetria

NxV=NxVxf
N x 10 = 0,1 x 27,35 x 1,083220

N(solução diluída)= 0,29626 eq/L

N x V = N x 10 7,4065 eq ---------- 1L
0,29626 x 250 = N x 10 x ---------- 120 L

N(solução concentrada)= 7,4065 eq/L x = 888,780 eq de OH-

• 5,0 mL ---------- BV 1,0 L acidimetria

NxV=NxVxf
N x 20 = 0,1 x 18,85 x 1,007580

N(solução diluída)= 0,09496 eq/L

NxV=Nx5 18,9920 eq ---------- 1L


0,09496 x 1000 = N x 5 y ---------- 85 L

N(solução concentrada)= 18,9920 eq/L y = 1614,320 eq de H+

Ne H+ - Ne OH- = 1614,32 – 888,78

Ne H+(restante) = 725,540 eq de H+

Para neutralizar o H+ restante:


KOH 50% m/m
Ne = m . . 725,54 = m . .

Eq 56

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Química Analítica Quantitativa

m(teórica) = 40.630,2400 g

40.630,2400 ----------- 50%


m(real) ----------- 100%

m (real) = 81.260,4800 g

3 – O teor do ácido acético do vinagre foi determinado por análise


volumétrica, obtendo-se o resultado de 5,8% m/v de ácido acético no
vinagre analisado.
Interprete os dados analíticos volumétricos abaixo para resolver esta
questão:
Padrão: NaOH 0,1 eq/L f = 1,182133
Amostra: Vinagre comercial (Ácido acético – CH3COOH)
Indicador: fenolftaleína
Técnica Analítica:
Certo volume de vinagre comercial foi diluído com água destilada até
200,0 mL.
Encheu-se a bureta com solução de vinagre diluído.
No erlenmeyer colocou-se 20,0 mL de solução padrão, 50 mL de água
destilada, e gotas de fenolftaleína (meio incolor).
Titulou-se a solução padrão gastando-se, em média, 28,57 mL da
solução da amostra até que o meio ficasse violáceo persistente.
Após aplicar os dados acima à fórmula analítica constatou-se que o
teor de ácido acético no vinagre é 4,965% m/v.

Quantos mililitros de vinagre (amostra) foram diluídos a 200,0 mL?


(Comprove utilizando a fórmula analítica).

RESOLUÇÃO
Processo Inverso

%m/v = 100 x (N V f)pd x Al x EqAM


V

4,965 = 100 x (0,1 x 0,020 x 1,182133) x 200 x 60


28,57 .

Vpipeta

V = 20,0 mL
Reação Global: NaOH + CH3COOH  NaCH3COO + H2O

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Química Analítica Quantitativa

4 – Dosagem de uma solução de KOH:

4.1 – Preparação dos padrões H2SO4 e Na2CO3


- Para preparar 250,0 mL de uma solução de H2SO4, utilizando-se 1,65 mL
de uma solução estoque com pureza de 65% m/m e densidade de 1,71
Kg/L (aqui não é necessário utilizar o excesso).
- Para preparar 200,0 mL de uma solução de Na2CO3, pesou-se 2,1289 g
do sal a 99,6 % m/m e transferiu-se, quantitativamente, para o BV e qsp
água destilada.

4.2 – Aferição do padrão


- Pelo processo inverso, titulou-se alíquotas de 20,0 mL e consumiu um
volume médio de 22,65 mL.

4.3 – Dosagens:
Primeiramente, diluiu-se 20,0 mL da amostra em BV de 250,0 mL e qsp
água destilada. Alíquotas de 50,0 mL de H2SO4 foram tituladas na
presença de fenolftaleína, consumindo um volume médio de 32,45 mL.

Pergunta-se:

 Qual a normalidade aparente da solução de H2SO4?


 Qual a normalidade real do padrão de Na2CO3?
 Calcular o fator do ácido.
 Determinar o teor da amostra
 Determinar a normalidade real da solução da amostra inicial e após
a diluição.
 Montar o mecanismo da dosagem.

RESOLUÇÃO
Preparação dos padrões

H2SO4 65% m/m d = 1,71 Kg/L v = 1,65 mL


└► 250 mL (BV)

d=m 1,71 = m.

v 1,65
m = 2,8215 g
2,8215 g -------------- 100%
x -------------- 65%
x = 1,8340 g

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Química Analítica Quantitativa

N H2SO4 = m . N H2SO4 = 1,8340


Eq x v 49 x 0,25

N H2SO4 = 0,1497 eq/L

Na2CO3 – 2,1289 g – 99,6% m/m BV 200,0 mL


2,1289 g --------------- 100%
x --------------- 99,6%
x = 2,1204 g

N Na2CO3 = m . N Na2CO3 = 2,1204


Eq x v 53 x 0,2

N Na2CO3 = 0,20004 eq/L

Aferição do H2SO4
Processo inverso
NxVxf=NxVxf
0,1497 x 22,65 x f = 0,20004 x 20

f = 1,179931

Dosagem:
%m/v = 100 x (N V f) x Al x Eq
Vpego

%m/v = 100 x (0,1497 x 0,05x 1,179931) x 250 x 56


32,45
20

% m/v = 19,05%

RESPOSTAS:

• 0,1497 eq/L
• 0,20004 eq/L
• f = 1,179931
• 19,05% m/v
• N real = 19,05 . Diluição:
0,1 x 56 3,4018 x 20 = N diluída x 250

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Química Analítica Quantitativa

N diluída = 0,2721 eq/L


N real = 3,4018 eq/L

 Mecanismos de Indicação

Reação Global: H2SO4 + 2KOH  K2SO4 + 2H2O

Início: H2SO4 + fenol → H2SO4 (incolor)


Durante: H2SO4 + KOH + fenol → H2SO4 + K2SO4 + H2O (incolor)
P.E.: H2SO4 + K2SO4 + H2O + KOH + fenol → K2SO4 + H2O(incolor)
Após P.E.: KOH(1 gota em exc.) + K2SO4 + H2O + fenol → K2SO4 + H2O+ KOH
(exc.) (róseo)

5 – Volumetria por neutralização

5.1 – Preparação dos padrões:

a) Pesou-se 1,9895 g de Na2CO3 (99,5% mm) e, após dissolução


completa, transferiu para 250,0 mL (BV).
b) Mediu-se, aproximadamente, 1,45 mL de H2SO4 (95% m/m e d =
1,78 Kg/L) e diluiu em um pouco de água destilada. Após diluição,
completou o volume qsp 500,0 mL com água destilada e homogeneizou.
c) Mediu-se, aproximadamente, 8,0 mL de NaOH 5 eq/L e diluiu qsp
200,0 mL com água destilada e homogeneizou.

5.2 – Aferição dos padrões:

a) Mediu-se, quantitativamente, 20,0 mL da solução de Na2CO3


e transferiu-a para um erlenmeyer. Adicionou ao mesmo, 25,0 mL de água
destilada e 5 gotas de vermelho de metila. Titulou com o padrão específico
preparado, gastando-se 28,75 mL. Repetiu-se mais duas vezes este
procedimento analítico, gastando 28,70 mL e 28,80 mL, respectivamente.
b) Mediu-se, quantitativamente, 10,0 mL da solução padrão
alcalino e transferiu-o para um erlenmeyer. Adicionou ao mesmo, 25,0 mL
de água destilada e 3 gotas de fenolftaleína. Titulou com o padrão
preparado, consumindo-se 24,90 mL. Repetiu-se mais duas vezes este
procedimento analítico, gastando 24,90 e 24,95 mL, respectivamente.

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Química Analítica Quantitativa

5.3 – Dosagens:

a) Amostra: dosagem de oxalato a partir de uma solução de ácido


oxálico.
Em uma reação química industrial é necessário controlar a concentração
de íon oxalato (C2O4-2). Para isto, realiza-se um controle analítico da
solução do reator por titulação. Após amostragem específica, o analista
mediu 50,0 mL da solução da amostra e transferiu-a para BV de 250,0 mL,
completando com água destilada. Alíquotas de 50,0 mL são tituladas com
o padrão alcalino, consumindo um volume médio de 9,60 mL.

b) Amostra: dosagem da dureza da água de caldeira


A dureza da água da caldeira é dada em função da concentração de
CaCO3. Este controle é necessário porque, dependendo da concentração
deste carbonato, ocorre incrustações nas tubulações, prejudicando o seu
funcionamento. Após amostragem específica da água utilizada na
caldeira, o analista mediu 250,0 mL desta amostra (BV), transferiu-a para
um erlenmeyer de 500,0 mL e lavou 3 vezes com água destilada o balão,
juntando as águas de lavagens ao erlenmeyer. Após adicionar 5 gotas de
alaranjado de metila, titulou-se com o padrão ácido, tendo consumido um
valor médio de 15,75 mL.

Em função do que foi exposto acima, pergunta-se:

a) Sabendo que a concentração do íon oxalato deve ser 12 g/L e que


o reator possui 250 L da solução reacional, quanto de H2C2O4.2H2O (88%
m/m) deve ser adicionado para ajustar esta concentração?
b) Sabendo que é considerado uma água dura, ou seja, imprópria
para ser utilizada e caldeira, aquela que possuir uma concentração acima
de 300 mg de CaCO3/L, justificar se a água dosada é adequada para este
uso específico.
c) Qual das duas aferições foi mais precisa?
d) Qual a concentração inicial (teórica) do padrão NaOH?

RESOLUÇÃO

Preparação dos padrões

a) 1,9895 g Na2CO3 99,5% m/m


N real = 1,9895 x 0,995

53 x 0,25

N real = 0,1494 eq/L

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Química Analítica Quantitativa

b) H2SO4 1,45 mL
c) 95% m/m d = 1,78 Kg/L v = 500 mL.

1,78 = m .

1,45

m = 2,581 g

2,581 g -------------- 100%

x -------------- 95%

x = 2,45195 g

N real = 2,45195 .

49 x 0,5

N real = 0,10008 eq/L

d) NaOH 8 mL 5 eq/L 200 mL


NxV=NxV

5 x 8 = N x 200

N = 0,2 eq/L

Aferições:

a) H2SO4
Volume médio do ácido sulfúrico

V1= 28,75 mL

V2 = 28,70 mL

V3= 28,80 mL

Volume Médio = 28,75 mL

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Química Analítica Quantitativa

NxVxf=NxVxf

0,1494 x 20 x 1 = 0,10008 x 28,75 x f

f = 1,0384735

b) NaOH
Volume médio do ácido sulfúrico
V1= 24,90 mL

V2 = 24,90 mL

V3= 24,95 mL

Volume Médio = 24,92 mL

N xV x f = N x V x f

0,1 x 24,92 x 1,0384735 = 0,2 x 10 x f

f = 1,293938

Dosagens:

a) (C2O4)-2
%m/v = 100 x (N V f)pd x Al x Eq

%m/v = 100 x (0,2 x 0,0096 x 1,293937) x 5 x 45

50

%m/v = 1,118%

H2C2O4 --------------- (C2O4)-2

1,118% --------------- x .

90 g/mol --------------- 88 g/mol

x = 1,093% m/v de (C2O4)-2 ou 10,93 g/L

18
Química Analítica Quantitativa

b) Dureza da água
CaCO3

NxVxf=NxV

0,10008 x 15,75 x 1,0384735 = N x 250

N = 0,00655 eq/L

RESPOSTAS:

A) Deve ser 12 g/L


Ne = m . Ne = 12

Eq 44

Ne = 0,272727 eq

Está 10,93 g/L:

Ne = m . Ne = 10,93

Eq 44

Ne = 0,248409 eq

Falta:

Ne1 – Ne2 = Ne falta

0,272727 – 0,248409 = Ne falta

Ne falta = 0,024318 eq

0,024318 eq ------------ 1L

x ------------- 250 L

x = 6,0795 eq

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Química Analítica Quantitativa

Ne = m . 6,0795 = m .

Eq 44

m = 267,498 g de (C2O4)-2

H2C2O4.2H2O --------------- (C2O4)-2

126 g --------------- 88 g

y --------------- 267,498 g

y = 383,0085 g de H2C2O4.2H2O

Mas, como o ácido está a 88% m/m:

383,0085 g -------------- 88%

z --------------- 100%

z = 435,237 g

└► m real

B) Como a quantidade de CaCO3 encontrada corresponde a 0,00655 eq/L,


temos que:
Ne = m 0,00655 = m

eq-g 100

C = 0,655 g/L

1 g --------------- 1000 mg

0,655 g --------------- y

y = 655 mg/L

A água em questão é dura pois ultrapassou 300 mg/L.

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Química Analítica Quantitativa

C) Aferição do H2SO4

Volumes Média Desvio

V1 = 28,75 mL 28,75 mL │0,00│

V2 = 28,70 mL 28,75 mL │0,05│

V3 = 28,80 mL 28,75 mL │0,05│

Média dos Desvios = Σ/3 = 0,03 mL

Precisão = Média dos desvios x 100 Precisão = 0,03 x 100

Volume Médio 28,75

Precisão = 0,1043 %

Aferição NaOH

Volumes Média Desvio

V1 = 24,90 mL 24,92 mL │0,02│

V2 = 24,90 mL 24,92 mL │0,02│

V3 = 24,95 mL 24,92 mL │0,03│

Média dos Desvios = Σ/3 = 0,02 mL

Precisão = Média dos desvios x 100 Precisão = 0,02 x 100

Volume Médio 24,92

Precisão = 0,0803 %

Conclui-se que a aferição mais precisa é a do NaOH.

D) A concentração teórica (aparente) do padrão de NaOH é de 0,2 eq/L.

21
Química Analítica Quantitativa

6 – Titrimetria por neutralização


Preparação dos padrões:

 Solução de Na2CO3: pesou-se 2,0076 g deste carbonato a 99% m/m e,


após solubilização total, transferiu-se quantitativamente para BV de
250,0 mL e qsp com água destilada. Homogeneizou-se a solução (1).
 Solução de H2SO4: mediu-se 2,140 mL deste ácido a 98% m/m e d =
1,84 Kg/L, já considerando o 5% em excesso, e após prévia diluição
em água destilada, avolumou em qsp 500,0 mL, com o mesmo
solvente, na própria vidraria. Agitou com o bastão de vidro para
homogeneização (2).
 Solução de NaOH: pesou-se 2,1430 g de NaOH (98% m/m) e, após
solubilização total, completou o volume em qsp 500 mL com água
destilada na própria vidraria. Agitou com o bastão de vidro para
homogeneização (3).

Aferição dos padrões:


 Aferição da solução de H2SO4 (Processo Inverso): o consumo médio
foi de 24,15 mL para cada alíquota de 25,0 mL dosada (4).
 Aferição da solução de NaOH (Processo Direto) (5): consumiram-se
os volumes de 33,05; 32,95 e 33,00 mL para três alíquotas de 50,0 mL
dosadas, respectivamente (6).

Dosagem:
 Acidimetria (7): pesou-se certa massa de H2C2O4.2H2O e, após
solubilização total com água destilada em BV de 200,0 mL, dosou-se
pelo processo inverso alíquotas de 50,0 mL, consumindo um volume
médio de 24,75 mL. Sabe-se que a pureza deste ácido orgânico é
87,85% m/m.
 Alcalimetria (8) e (9): uma alíquota de 10,0 mL de solução de KOH foi
diluída para BV de 250,0 mL e completou com qsp com água destilada.
Na titulação pelo processo direto, alíquotas de 50,0 mL consumiram
13,05 mL em média, utilizando a fenolftaleína como indicador.

Pergunta-se:
Em (1), determinar a normalidade real da solução de carbonato.
Em (2), determinar a normalidade aparente da solução do ácido.
Em (3), determinar a normalidade aparente da solução de NaOH.
Em (4), determinar a normalidade real da solução do ácido.
Em (5), determinar a normalidade real da solução alcalina.
Em (6), calcular o erro do volume na titulação (aferição da base).
Em (7), calcular a massa aparente pesada.
Em (8), calcular a concentração real da solução alcalina em termos de
normalidade.
Em (9), mostrar o mecanismo de indicação da dosagem alcalimétrica.

22
Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

(1) N real Na2CO3 = ?

N real = 2,0076 x 0,99


53 x 0,25
N real = 0,1500 eq/L

(2) N aparente H2SO4 = ?

d=m 1,84 = m .

v 2,14
m = 3,9376 g

3,9376 g ----------------- 100%


x ----------------- 98%

x = 3,8588 g

N= m . N = 3,8588
Eq x v 49 x 0,5

N aparente = 0,1575 eq/L

(3) N aparente NaOH = ?

N = m x pureza . N = 2,1430 x 0,98


Eq x v 40 x 0,5
N aparente = 0,1050 eq/L

(4) N real H2SO4 = ?

Volume médio = 24,15 mL

(N x V x f) H+ = (N x V x f) Na2CO3
0,1575 x 24,15 x f = 0,1500 x 25 x 1

f H2SO4 = 0,985901

23
Química Analítica Quantitativa

N real = N aparente x f
N real = 0,1575 x 0,985901
N real = 0,15528 eq/L

(5) N real NaOH = ?

Volume médio = 33,00 mL

(N x V x f) OH- = (N x V x f) H+
0,1050 x 50 x f = 0,1575 x 33 x 0,985901
f NaOH = 0,976042

N real = N aparente x f
N real = 0,1050 x 0,976042
N real = 0,10248 eq/L

(6) erro = ?

Volumes Média Desvio


V1 = 33,05 mL 33,00 mL │0,05│
V2 = 32,95 mL 33,00 mL │0,05│
V3 = 33,00 mL 33,00 mL │0,00│
Média dos Desvios = Σ/3 = 0,03 mL

Precisão = Média dos desvios x 100 Precisão = 0,03 x 100


Volume Médio 33,00

Precisão = 0,0909 %

(7) m aparente pesada = ?


%m/m = 100 x (N V f) x Al x Eq
Mpesada

87,85 = 100 x (0,1050 x 0,05 x 0,976042) x 200 x 63


. 24,75 .

m pesada = 2,9695 g

24
Química Analítica Quantitativa

(8) %m/v = 100 x (N V f) x Al x Eq


Vpego

%m/v = 100 x (0,1575 x 0,01305 x 0,985901) x 250 x 56


50
10

%m/v = 5,6739%

N real = 5,6739
56 x 0,1
N real = 1,0132 eq/L

(9) Mecanismo de Indicação

Reação Global: H2SO4 + 2KOH  K2SO4 + 2H2O

Início: KOH + fenol → KOH (róseo)


Durante: KOH + H2SO4 + fenol → KOH + K2SO4 + H2O (róseo)
P.E.: KOH + K2SO4 + H2O + H2SO4 + fenol → K2SO4 + H2O (róseo)
Após P.E.: H2SO4(1 gota em exc.) + K2SO4 + H2O +fenol → K2SO4 + H2O +
H2SO4(exc.) (incolor)

7- O controle de qualidade na produção de leite de magnésio é feito em


função da alcalinidade deste. Por ser um produto insolúvel, utiliza-se o
processo de retorno para sua dosagem.
Após intensa homogeneização do produto, pesou-se 0,3525 g em
balança analítica, e transferiu-se, quantitativamente, a massa pesada para
um balão volumétrico de 200,0 mL, juntamente com 50,0 mL de uma
solução de HCl 0,15 eq/L e f = 1,23757. Após reação, completou-se o
volume com água destilada. Alíquotas de 25,0 mL são tituladas com
solução padrão de NaOH 0,05 eq/L e f = 1,00857, consumindo-se um
volume médio de 17,38 mL, na presença de fenolftaleína.

Pergunta-se:

a) Qual %m/m em termos de Mg(OH)2?


b) Fazer o mecanismo de indicação da dosagem
c) É possível realizar essa dosagem adicionando 25,0 ml do HCl 0,15
eq/L?
d) Como o produto é especificado para ter 20 %m/m de Mg(OH) 2, qual a
quantidade de Mg(OH)2 (99 %m/m) deverá ser adicionado no reator com

25
Química Analítica Quantitativa

capacidade de 500 kg de leite de magnésio, caso esteja fora da


especificação?

RESOLUÇÃO

A) % m/m = 100 . [(N.V.f)H+ - Al (N.V.f)OH-] . Al . Eq


m

% m/m = 100 . [(0,15 . 0,05 . 1,23757) – 200/25 (0,05 . 0,01738 . 1,00857)] . 1 . 58,3/2
0,3525

% m/m = 18,77 % m/m

B) MECANISMOS DE INDICAÇÃO

I: HCl –fenolftaleína HCl (incolor)


H2O

D: HCl + NaOH –fenolftaleína NaCl + HCl + H2O (incolor)


H2O

P.E.: NaCl + HCl + H2O + NaOH –fenolftaleína NaCl + H2O (incolor)


H2O

P.V.: NaCl + H2O + NaOHexc –fenolftaleína NaCl + H2O + NaOH (róseo)


H2O

C) ne Mg(OH)2 = ne H+ - neOH-

0,3525 . 0,1877 = [(0,15 . 0,025 . 1,23757) – 8 (0,05 . V . 1,00857)]


58,3 / 2

V = 5,87 L

D) 20g ----- 100g 18,77g ----- 100g


m ----- 500000g m ----- 500000g
m = 100000g m = 93850g

26
Química Analítica Quantitativa

mpreciso = 100000 – 93850g


mpreciso = 6150g

6150g ----- 99%


m ----- 100%

mMg(OH)2 = 6212,1212g  massa de Mg(OH)2 99% m/m adicionada ao


reator de 500 Kg.

8- Muitos compostos, devido às sua propriedades físico-químicas


(volatilidade, solubilidade, e outras) são dosadas pelo processo de retorno.
É o caso dos ácidos inorgânicos concentrados, que pela própria
dificuldade de manipulação (pesagem e tomada de volume precisos), suas
concentrações são determinadas por esse tipo de processo.
Na dosagem de uma amostra de H2SO4 concentrado, adicionaram-
se 4 gotas desse ácido em um pesa-filtro (tarado) e, após tampá-lo
imediatamente, pesou-o obtendo uma massa de 0,6458 g. Este pesa-filtro
fechado é introduzido em um béquer contendo 100,0 mL de uma solução
de NaOH 0,10 eq/L e f = 1,00663. Após totalmente submerso na solução
alcalina, o pesa-filtro é aberto adequadamente, com agitação constante,
para processar a reação.
Em seguida o produto reacional é transferido, quantitativamente,
para balão volumétrico de 250,0 mL e completou-se seu volume com água
destilada (qsp). Alíquotas de 50,0 mL são tituladas com solução de NaOH
0,05 eq/L e f = 1,00783, consumindo um volume médio de 12,05 mL.
Pergunta-se qual a pureza e a concentração normal (no balão volumétrico
de 250,0 mL) da amostra?

RESOLUÇÃO

1. Amostra de H2SO4
2. Reação do H2SO4 + NaOH  H2SO4 em Excesso
3. Excesso do H2SO4 a ser dosado
4. Processo de Titulação

Titulação:
Ne H2SO4 = Ne NaOH Ne H2SO4 = 0,05. 12,05.10-3 . 1,00783
Ne H2SO4 = 6,072. 10-4 eq  50,0 mL
Ne H2SO4 = 3,036. 10-3 eq  250,0 mL

27
Química Analítica Quantitativa

A) Pureza

Ne H2SO4 que foram neutralizados em 2


Ne H2SO4 = Ne NaOH Ne H2SO4 = 0,1 . 0,1 . 1,00663
Ne H2SO4 = 0,010067

- Ne (H2SO4) totais = 3,036. 10-3 + 0,010067


Ne (H2SO4) totais = 0,013103 eq

- Massa real de H2SO4


Ne total. Eq = M real = 0,013103 eq . 98/2
M real = 0,6421 g

- Pureza = 0,6421 .100


0,6458

Pureza = 99,43%

B) [ ] = Ne = 3,036. 10-3
V 0,25

[ ] = 0,0121 eq/L

9- Devido as perdas por volatilização, ácidos concentrados são dosados


por processo de retorno. Sabendo que o óleum é o ácido sulfúrico
concentrado com SO3, o que gera uma concentração maior do que 100 %
devido a reação:
SO3 + H2O  H2SO4

Metodologia:
Pesa-se, adequadamente, 0,5545 g da amostra e reage a mesma com
50,0 mL de solução padrão de NaOH 6 g/L e f = 1,131508. Após reação,
o produto reacional é transferido para um balão volumétrico de 250,0 mL
e completado com água destilada. Alíquotas de 50,0 mL são tituladas com
solução de NaOH 0,02 eq/L, consumindo-se um volume médio de 30,24
mL na presença de fenolftaleína.

Preparação do padrão de NaOH 0,02 eq /L


Diluiu-se 25,0 mL da solução padrão de NaOH a 6 g/L para balão
volumétrico de 200,0 mL e completou-se com água destilada.

28
Química Analítica Quantitativa

Calcular:

a) A porcentagem em massa do cálcio;


b) Montar o Mecanismo de Titulação;
c) A normalidade do reagente no balão volumétrico de 250,0 mL.

RESOLUÇÃO

Preparo do padrão de NaOH 0,02eq/L


A) N = m N = 6 = 0,15 eq/L
E.V 40.1

nei = nef
0,15 . 0,025 . 1,131518 = 0,02 . 0,02 . f

f = 1,0607981

neNaOH 0,02 eq/L = N.V.f = 0,02 . 0,03024 . 1.0607981

neNaOH = 0,00064157 eq g ----- 50,0mL


0,0032078 eq g ----- 250,0 mL

ne NaOH0,15eq/L = 0,15 . 050 . 1,131518 = 0,0084863 eq g

neH+ = neOH(0,02eq/L) + neOH(0,15eq/L) neH+ = = m


EQ

neH+ = 0,00332078 eq + 0,0084863 eq


neH+ = 0,011694 eq

0,011694 = m/ 49 m = 0,57301 g

% m/m
0,5545 ------------ 100%
0,57301 ----------- x

x = 103,34 % m/m

29
Química Analítica Quantitativa

B) Mecanismo de Indicação

Início: H2SO4 + fenolftaleína 2 H+ + SO4 (incolor)


Reação: H2SO4 + NaOH + fenolftaleína Na2SO4 + H2O + H2SO4
(incolor)
P.E.: Na2SO4 + H2O + H2SO4 + NaOH + fenolftaleína Na2SO4 + H2O
(incolor)
Após P.E.: Na2SO4 + H2O + NaOH + fenolftaleína Na2SO4 + H2O
+ NaOH (róseo)

C) Nreal = Naparente x f
Nreal = 0,15 X 1,131508

Nreal = 0,1697 eq/L

30
Química Analítica Quantitativa

2. Precipitimetria
1 - Sabendo-se que 25 mL de uma solução de ácido sulfúrico foram
tratados por excesso de solução de cloreto de bário, dando em resultado
a formação de um precipitado branco que, depois de lavado e seco, pesou
466 mg.

Determine:

a) A reação de precipitação;
b) A normalidade da solução de ácido sulfúrico.
RESOLUÇÃO

a) H2SO4 + BrCl2 → BaSO4 + 2 HCl

b)
H2SO4 BaSO4
98 ----------- 233
x ----------- 0,466g
x = 0,196 g

0,196 g --------------------- 25 mL
y -------------------- 1000 mL
y = 7,84 g/L

NH2SO4 = C = 7,84 = 0,16 eq/L


Eq 49

2 - O Método Mohr foi desenvolvido para a determinação de íons iodeto,


cloreto e brometo, usando como titulante uma solução padrão de nitrato
de prata e como indicador uma solução de cromato de potássio, ocorrendo
a formação de um sólido colorido, sendo que o indicador irá participar da
reação, diferentemente do volumetria por neutralização. Quando há a
titulação de NaCl com AgNO3, como se processam as reações do padrão
com a amostra e com o indicador e como seria o mecanismo dessa dessas
reações? Explique também o motivo pelo qual esse método não pode ser
realizado pelo processo inverso.

31
Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

Quando se tem o início da titulação, o padrão reage com o indicador


e com a amostra (no caso, NaCl). Porém, ele reage individualmente com
cada um, em tempos diferentes. Neste caso, reage primeiro com o NaCl,
pois este apresenta maior Kps, ou seja, ele é mais solúvel. Quando o NaCl
no erlenmeyer se esgota, o padrão passa a reagir com o indicador
(K₂CrO₄), formando Ag₂CrO₄↓, que é um precipitado vermelho, que causa
a mudança no meio reacional, e indica o fim da titulação.
Esse método só pode ser realizado pelo processo direto, pois no
processo inverso o AgNO₃, que iria no erlenmeyer, reagiria com o
indicador, dificultando a visualização do ponto final da titulação.

Mecanismo da titulação NaCl x AgNO3 (Método Mohr), é:

Início: NaCl → NaCl (levemente amarelo)


Durante: NaCl + AgNO3 → AgCl↓+ NaNO3 + NaCl (levemente amarelo)
P.E.: AgCl(s) + NaCl + NaNO3 + AgNO3 → AgCl↓+ NaNO3 (levemente
amarelo)
Após P.E.: AgCl(s) + NaNO3 + AgNO3 (1 gota em excesso) → AgCl↓ (ppt
branco) + NaNO₃ + Ag₂CrO₄↓ (ppt vermelho) (solução levemente amarelo turvo/ ppt

creme)

3 - Na dosagem de uma amostra de cloreto de magnésio pelo processo


Volhard, adiciona-se junto a amostra contida no erlenmeyer: 1 mL do
indicador sulfato férrico amoniacal; 5 mL HNO₃ 1:1 v/v, medidos em
proveta e ainda 0,5 mL (10 gotas) de nitrobenzeno. Qual a função da
adição de nitrobenzeno e de ácido nítrico nessa dosagem?

RESOLUÇÃO

Além do indicador, é adicionado ao erlenmeyer também ácido


nítrico 1:1, isso porque o meio em que a reação deve ocorrer é ácido, para
evitar a hidrólise do cátion férrico:

Fe+3 + 3 H2O Fe(OH)3 ↓ + 3 H+

A coloração do complexo de ferro observado foi um salmão fraco.


É adicionado ainda nitrobenzeno. Consideremos o caso da
determinação de cloreto. O cloreto começa a precipitar com excesso de
prata: Ag+ + Cl- ↔ AgCl↓

32
Química Analítica Quantitativa

O excesso de prata é, então, titulado com a solução de tiocianato:


Ag+ + SCN- ↔ AgSCN

Entretanto, o tiocianato de prata é menos solúvel do que o cloreto


de prata, assim, é preciso evitar que, uma vez completada a titulação do
excesso de prata, um excesso de tiocianato reaja com o cloreto de prata
precipitado.
- -
AgCl + SCN ↔ Cl + AgSCN

Se o excesso de prata fosse titulado simplesmente em presença do


precipitado de cloreto de prata, a titulação estaria sujeita a um erro
considerável, pois, após a precipitação de toda a prata, o excesso de
tiocianato reagiria com o cloreto de prata.
A adição de pequena quantidade de nitrobenzeno na suspensão de
AgCl é usada para contornar a dificuldade apontada. O nitrobenzeno é
insolúvel em água e forma uma película sobre as partículas, impedindo-as de
reagirem com o SCN-; este procedimento assegura um ponto final nítido e
permanente.

4 – Na determinação de fosfato em um minério utiliza-se a argentimetria.


Primeiramente, pesou-se 0,5770 g de amostra e realizou a digestão com
ácido nítrico concentrado, por duas horas sob aquecimento. Após
resfriamento, filtrou-se quantitativamente, juntando as águas de lavagem
para BV 100,0 mL, completando-se com água destilada. Alíquota de 50,0
mL foi transferida para BV 250,0 mL juntamente com 50,0 mL de solução
de AgNO3 0,15 eq/L e qsp com água destilada. Após homogeneização,
filtrou-se a solução adequadamente.
Alíquotas de 50,0 mL foram dosadas pelo processo Volhard, com
solução de KSCN 0,05 eq/L f = 1,12075. Sabendo-se que a amostra possui
5,78% de P, pergunta-se: qual o volume médio da solução padrão a ser
consumida? Qual a massa do precipitado formado?

RESOLUÇÃO

PO4-3 → 0,5770 g → BV 100,0 mL → Al 50,0 mL → BV 250,0 mL + 50,0


mL AgNO3 0,15 eq/L

Al = 50,0 mL → KSCN 0,05 eq/L f = 1,12075

P = 5,78%m/m EqP = 31 Eq P = 10,33 eq.g


3

33
Química Analítica Quantitativa

a) %m/m = 100 x (neAgNO3 – Al(neKSCN) x Al x Eq


mpesada

5,78 = 100 x [(0,15 x 0,05 x 1) - 5 x (0,05 x V x 1,12075)] x 2 x 10,33


0,5770

V = 21,01 mL

Obs: Como a porcentagem dada foi a do fósforo, foi relacionado isso com
o Eq da amostra para encontrar o V. Poderia ter usado também o Eq do
PO4-3, caso fizesse a relação.
P = PO4-3
31 g/mol --------------- 95 g/mol
5,78% m/m --------------- x

x = 17,71 % m/m

b) PO4-3 + AgNO3 = Ag3PO4 + NO3-

Eq Ag3PO4 = 419 Eq = 139,67eq.g


3

mprecipitado = [(0,15 x 0,05 x 1) – 5 x (0,05 x 0,02101 x 1,12075)] x 2 x


139,67

mprecipitado = 0,45065g

5 - Na dosagem de uma amostra que contem sais dos haletos NaCl + KCl,
foi quantificada segundo a volumetria por precipitação.
METODOLOGIA: Pesou-se 0,3687g da amostra e, após dissolução com
água destilada, a mesma foi diluída em 100,0 mL (BV). Uma alíquota de
25,0 mL foi reagida com 100 mL de AgNO3 0,15 eq/L e qsp com água para
200,0 mL (BV). Após intensa homogeneização para promover a reação,
filtrou-se, e a alíquota de 100,0 mL do filtrado foi transferida para um BV
de 250,0 mL e qsp com água destilada. Alíquotas de 50,0 mL após
acidificação e adição de indicador, foram tituladas por solução padrão de
KSCN 0,1 eq/L f = 1,01923.
Sabendo-se que a normalidade real do íon cloreto da solução inicial é
0,055 eq/L, determinar:

34
Química Analítica Quantitativa

a) Volume médio consumido de KSCN.


b) %m/m de ambos os sais na mistura.
c) Mecanismo de indicação.

RESOLUÇÃO

Ne (KCl) + Ne (NaCl) = Ne íon cloreto

0,055eq ---------------- 1 L
x ---------------- 0,025 L

x = 0,001375 eq

Ne (AgNO3) = N x V
Ne (AgNO3) = 0,15 x 0,1
Ne (AgNO3) = 0,015 eq

Ne (AgNO3)exc = 0,015 – 0,001375


Ne (AgNO3)exc = 0,013625 eq

0,013625eq ----------- 200 mL


Y ----------- 100 mL

Y = 0,0068125 eq

0,0068125 ----------- 250 mL


Z ----------- 50 mL

Z = 0,0013625 eq

a)
Ne (exc) = N x V x f (KSCN)
0,0013625 = 0,1 x V x 1,01923 (KSCN)

V = 13,37 mL

b)
Ne (Cl) = Ne (NaCl) + Ne (KCl)
0,055 eq ----------- 1 L
x ----------- 0,1 L (Solução inicial)

x = 0,0055 eq

35
Química Analítica Quantitativa

0,0055 = m (NaCl) + m (KCl)


Eq Eq

Sabemos que: A massa do NaCl + a massa do KCl é igual 0,3687g. A


massa do NaCl é igual 0,3687 – a massa do KCl.

0,0055 = 0,3687 – m(KCl) + m(KCl)


58,5 74,5

0,0055 = 74,5 x [ 0,3687 – m(KCl)] + 58,5 x m(KCl)


74,5 x 58,5

23,970375 – 27,46815 = -74,5 x m(KCl) + 58,5 x m(KCl)

16 x m(KCl) = 3,497775

m(KCl) = 0,2186 g

m(NaCl) = m(total) – m (KCl)

m(NaCl) = 0,3687g - 0,2186g

m(NaCl) = 0,1501 g

%m/m m(NaCl) = ( 0,1501g / 0,3687g ) x 100


%m/m m(NaCl) = 40,71% m/m

%m/m m(KCl) = (0,2186g / 0,3687g ) x 100


%m/m m(KCl) = 59,29% m/m

c) Mecanismo de Indicação
Início: AgNO3 → AgNO3 (incolor)
Durante: AgNO3 + KSCN → AgSCN(ppt branco) + KNO3 + AgNO3 (incolor)
P.E.: AgSCN + KNO3 + AgNO3 + KSCN → AgSCN + KNO3 (incolor)
Após P.E.: AgSCN + KNO3 + KSCN → AgSCN + KNO3 + [Fe(SCN)+2]
(complexo solúvel vermelho)

36
Química Analítica Quantitativa

6 - Uma mistura contendo KCl e NaCl, impuros, foi dosada por


argentimetria pelo processo Mohr.

METODOLOGIA: Pesou-se 0,7545 g da mistura e, após dissolução total,


transferiu-se quantitativamente para balão volumétrico de 100,0 mL,
completando seu volume com qsp com água destilada. Alíquotas de 20,0
mL foram tituladas com solução de AgNO3 0,1 eq/L, consumindo-se 19,94
mL, em média, na presença de solução de K2CrO4 como indicador.

Pergunta-se:

a) Sabendo que a porcentagem de impurezas é 10,60% m/m, qual a


porcentagem de cada sal na mistura?
b) Quando alíquotas de 10,0 mL da mesma amostra foram tratadas com
excesso de solução de AgNO3 0,15 eq/L (20,0 mL), qual é o peso do
precipitado formado?
RESOLUÇÃO

m(impurezas) = 0,7545 . 0,1060


m(impurezas) = 0,079977 g

m KCl + m NaCl = 0,7545 – 0,079977


m KCl + m NaCl = 0,6745 g

ne (AgNO3) = ne (Cl-)
N x V (AgNO3) = ne (Cl-)
0,1 x 0,01994 = ne (Cl-)

ne (Cl-) = 0,001994 eq

0,001994 eq ----------- 20,0 mL


x ----------- 100,0 mL

x = 0,00997 eq
ne (AgNO3) = m(NaCl) + m(KCl)
Eq Eq

Sendo que: m(NaCl) + m(KCl) = 0,6745


m(KCl) = 0,6745 - m(NaCl)

0,00997 = m(NaCl) + 0,6745 - m(NaCl)


58,5 74,5

37
Química Analítica Quantitativa

(58,5 x 74,5 x 0,00997) – (58,5 x 0,6745) = 74,5 x m(NaCl) – 58,5 m(NaCl)

3,9935025 = 16 x m(NaCl)

m(NaCl) = 0,2496 g

m(KCl) = 0,6745 - 0,2496

m(KCl) = 0,4249 g

a)
%m/m NaCl = ( 0,2496 / 0,6745 ) . 100
%m/m NaCl = 37,00% m/m

%m/m KCl = ( 0,4249 / 0,6745 ) . 100


%m/m KCl = 63,00% m/m

b) AgNO3 + Cl-  AgCl↓


ne (Cl-) = 0,00997

0,00997eq----------- 100,0 mL
x ----------- 10,0 mL

x = 0,000997 eq

ne = m
Eq

0,000997 = m .

35,5

m = 0,0354 g

Então:
Cl- ---------- AgCl
35,5g ---------- 143,5g
0,0354g ---------- y

y = 0,1431 g de AgCl↓

38
Química Analítica Quantitativa

7 - Uma mistura sem impurezas contendo NaCl e KBr foi dissolvida em


água e consumiu 48,4 mL de uma solução de AgNO3 0,04837 mol/L para
a titulação completa de ambos os haletos. Calcule a massa de cada
componente da mistura, sabendo que a massa dissolvida é de 0,2386g.

RESOLUÇÃO

nAgNO3 = M x V = 0,04837 x 0,0484 = 0,0023411 mol

nAgNO3 = nNaCl + nKBr

nNaCl + nKBr = 0,0023411 mol

nNaCl = 0,0023411 mol - nKBr

% KBr = nKBr x MMKBr x 100


m

% KBr = nKBr x 119,01 x 100 = 49878,46 nKBr


0,2386

% NaCl = nNaCl x MMNaCl x 100


m

% NaCl = nNaCl x 58,5 x 100 = 24518,02 nNaCl


0,2386

% KBr + % NaCl = 100

49878,46 nKBr + 24518,02 x (0,0023411 mol - nKBr) = 100

49878,46 nKBr + 57,3991 - 24518,02 nKBr = 100

25360,44 nKBr = 46,6009

nKBr = 0,0016798 mol

nNaCl + nKBr = 0,0023411 mol

nNaCl = 0,0023411 – 0,0016798 = 0,0006613 mol

39
Química Analítica Quantitativa

nKBr = mKBr
MM
mKBr = 0,0016798 x 119,01 = 0,1999 g

nNaCl = mNaCl
MM
mNaCl = 0,0006613 x 58,5 = 0,0387g

8 - Dosagem de uma amostra de antimoniato dissódico hidratado


comercial:

COMENTÁRIOS TÉCNICOS: Os antimoniatos são analisados pela


mesma técnica e princípios analíticos que as amostras de arsenatos.
Nesta técnica analítica verifica-se que se trata da dosagem de um
arsenato, portanto, onde se lê arsenatos, leia-se antimoniato, e onde se lê
arsenato de prata (AgAsO4), leia-se antimoniato de prata (AgSbO4).

AMOSTRA: Solução de Na2HSbO4.5H2O

PADRÕES: Solução de AgNO3 0,125 N f =1,18000 – Volume usado = 25


mL
Solução de NH4SCN 0,125 N f = 1,12453 – Volume gasto = 3,65 mL
(média)

INDICADOR: Solução de FeNH4(SO4)2 a 10% em HNO3 1:1


AMOSTRAGEM: pesou-se 0,012 Eq da amostra, dissolveu em água
destilada em balão volumétrico de 100 mL e prosseguiu-se conforme o
procedimento abaixo.
- Determinação de Arsenatos

Discussão: os arsenatos em solução são precipitados sob a forma


de arsenatos de prata, pela adição de uma solução de nitrato de prata
neutra. O arsenato de prata é dissolvido em solução nítrico diluído e a
prata titulada com solução de tiocianato padrão.
Processo: Coloque 25 mL da solução de arsenato em um béquer de 250
mL, adicione igual volume de água destilada e algumas gotas de uma
solução de fenolftaleína. Adicione solução de NaOH em quantidade
suficiente para dar reação alcalina e, em seguida, desfaça a cor vermelha
da solução untando ácido acético para apenas acidificar. Adicione um

40
Química Analítica Quantitativa

excesso de solução de nitrato de prata, com agitação, e deixe o precipitado


assentar no escuro. Entorne o líquido sobrenadante através de um cadinho
de vidro sinterizado e avolume a 100,0 mL. Titule 50,0 mL do filtrado com
solução padrão de NH4SCN em presença do indicador até aparecimento
do íon (FeSCN)+2
Pede-se:
a) Determinar o grau de pureza da amostra.
b) Calcular a concentração real da solução inicial da amostra em termos
de normalidade e % m/v.

RESOLUÇÃO

a)
%m/m = 100 x(NVf) AgNO3 – Al(NVf)NH4SCN x Al x Eq
m

%m/m = 100 x(0,125 x 0,025 x 1,180000) – 2 x (0,125 x 0,00365 x 1,12453) x 4 x Eq


0,012 Eq

%m/m = 100 x (0,0036875) –2 x (0,0005130668125) x 4


0,012

%m/m = 100 x (0,0036875 – 0,001026133625) x 4


0,012
%m/m = 88,71% m/m

b)
Na2HSbO4 = 0,012 x Eq

MM = 323g/mol

Eq= 323 = 107,67


3
m= 0,012 x 107,67

m = 1,2920 g
1,2920 g ------------ 100 %
x ------------ 88,71 %

x = 1,1461g

41
Química Analítica Quantitativa

N= m . N = 1,1461 .

Eq x v 107,67 x 0,1

N = 0,1064 eq/L

N= minicial 0,1064 = minicial .

Eq x v 107,67 x 1

minicial= 11,456 g

11,456 ----------- 1000 mL


x ----------- 100 mL

x = 1,1456 % m/v

9 – Análise do Arsenato de Magnésio Hidratado [Mg3(AsO4)2.6H2O]

DISCUSÃO: O ânion arsenato (AsO43-) pode ser determinado por


Sulfocianometria pelos processos de retorno ou indireto porque são
precipitados sob a forma de Ag3AsO4, pela adição, em excesso de solução
de nitrato de prata em meio neutro. Neste processo, o excesso de nitrato
de prata é titulado pela solução padrão de Sulfocianeto de Amônio
(NH4SCN).

PREPARAÇÃO DA SOLUÇÃO DA AMOSTRA: Pesar 1,5000 g e


Mg3(AsO4)2.6H2O e dissolver em água destilada, em balão volumétrico de
100 mL.

PROCEDIMENTO: Em erlenmeyer de 250 mL, adicionar 25 mL da solução


da amostra, 25 mL de água destilada e algumas gotas de fenolftaleína.
Adicionar solução de hidróxido de sódio até reação alcalina e, em seguida,
desfaça a coloração vermelha da solução juntando com ácido acético para,
apenas acidificar o meio reacional. Adicione, então, 50 mL de solução de
nitrato de prata 0,25 eq/L com agitação vigorosa e, então, complete para
200 mL, em BV e após agitação deixe o precipitado assentar
completamente, no escuro. Filtre através de um cadinho de vidro
sinterizado. Despreze as primeiras porções do filtrado e titule alíquotas de

42
Química Analítica Quantitativa

25 mL, cada uma. Foi consumido, em média, 9,25 mL de solução padrão


de NH4SCN 0,10 eq/L f=1,13265 param precipitar quantitativamente todo
o excesso de nitrato de prata nas alíquotas, usando como indicador o
alúmen de ferro II.

a) Determinar a proporção de magnésio na amostra analisada.


b) Determinar a proporção de arsenato (AsO4-3) na amostra analisada.

RESOLUÇÃO

Amostra: Mg3(AsO4)2.6H2O → 1,5000 g → BV 100,0 mL → Al 25,0 mL +


50 mL AgNO3 0,25 eq/L → BV 200,0 mL
NH4SCN 0,10 eq/L f = 1,113265

a) %m/m = 100 x (NVf)AgNO3 – Al x (NVf)NH4SCN x Al x Eq


1,5000g

%m/m = 100 x (0,25x0,05x1) – [(200/25) x (0,1x0,00925x1,113265)] x 4 x


[3x(24,3/6)]
1,5000

%m/m = 13,80% de Mg+2

b) %m/m = 100 x (NVf)AgNO3 – Al x (NVf)NH4SCN x Al x Eq


1,5000g

%m/m = 100 x (0,25x0,05x1) – [4 x (0,1x0,00925x1,113265)] x 4 x (139/6)


1,5000

%m/m = 51,78% de AsO4-3

ou

3Mg+2 ---------------- 2(AsO4)2


3 x 24,3 ---------------- 2 x 139
13,80% ---------------- x

x = 52, 63%m/m

43
Química Analítica Quantitativa

10 – Dosagem do Arsênio no Arsenato de Sódio (Na3AsO4.5H2O)

PROCEDIMENTO TÉCNICO:

Aferição: pesou-se 0,4515 g de AgNO3 puro, dissolvendo-se


adequadamente e transferiu-se para erlenmeyer de 250 mL. Titulou-se,
segundo técnica específica, pela solução de NH4SCN 0.1 eq/L, gastando-
se 23,50 mL até atingir P.E.
Dosagem: adicione 25,0 mL da solução de arsenato de sódio a 1,2650%
m/v em erlenmeyer de 250 mL; em seguida, 25,0 mL de água destilada,
50,0 mL de solução de AgNO3 0,1 eq/L, agitando fortemente. Filtre,
passando todo o filtrado para outro erlenmeyer de 250 mL, adicionando
50,0 mL de água destilada e acidificando com ácido nítrico diluído.
Adiciona-se 2,0 mL do indicador alúmen férrico a 5% m/v, titulando com
solução de sulfocianeto de amônio, sendo gasto 18,40 mL.

Pede-se:

a) %m/m de arsênio.
b) Concentração real da amostra, em termos de normalidade.

RESOLUÇÃO

Amostra: Na3AsO4.5H2O
Aferição: 0,4515 g de AgNO3
VNH4SCN 0,1 eq/L = 23,50 mL
Dosagem: 25,0 mL de arsenato 1,2650%m/v + 50,0 mL de AgNO3 0,1 eq/L
Titulou-se com NH4SCN 0,1 eq/L; com Vmédio = 18,40 mL
*Como o AgNO3 é um padrão primário, a aferição em questão é do
NH4SCN.

- Cálculo do Fator do NH4SCN ~ 0,1 eq/L


neAgNO3 = ne NH4SCN

m = NVf → 0,4515 = 0,1 x 0,0235 x f


fNH4SCN = 1,130162
Eq 170

Na3AsO4.5H2O 1,2650%m/v

1,2650 ------------- 100 mL


x ------------- 25 mL

x = 0,3162 g

44
Química Analítica Quantitativa

a) %m/m = 100 x (NVf)AgNO3 – Al x (NVf)NH4SCN x Al x Eq


m

%m/mAs = 100 x (0,1x0,05x1) – [1 x (0,1x0,01840x1,130163)] x 1 x (75/3)


0,3162

%m/m As = 23,09 % m/m

b) Creal → Nreal = ?
%m/mNa3AsO4.5H2O = ?
As --------------- Na3AsO4.5H2O
75 --------------- 298
23,09% -------------- x

x = 91,74%m/m

Naparente = m . Naparente = 1,2650 .

Eq x V (298/3) x 0,1

Naparente = 0,1274 eq/L

Nreal = Nap x %m/m Nreal = 0,1274 x 91,74


100 100

Nreal = 0,1169 eq/L

11 – Dosagem da Carnalita – MgCl2KCl.6H2O

PROCESSO: direto em meio neutro


PADRÃO: AgNO3 0,1 eq/L f = 1,000000
INDICADOR: Cromato de Potássio a 5% m/v
TÉCNICA TITULOMÉTRICA:

Pesou-se 0,0045 do Equivalente-grama da amostra, procedendo-


se a dissolução adequada em 150 mL, titulando-se duas alíquotas de 50

45
Química Analítica Quantitativa

mL cada, gastando-se 13,70 mL e 13,80 mL da solução padrão para cada


uma delas, respectivamente.

Determinar a proporção do íon cloreto na amostra analisada.

RESOLUÇÃO

Amostra: MgCl2KCl.6H2O → 0,0045 x Eq → BV 150,0 mL → Al 50,0 mL →


Vmédio = 13,75 mL de AgNO3 0,1 eq/L f = 1,000000

%m/m = 100 x (NVf)AgNO3 x Al x Eq


m

%m/mamostra = 100 x (0,1 x 0,01375 x 1) x 150/50 x Eq


0,0045 Eq

%m/m = 91,67 % m/m

MgCl2KCl.6H2O --------------- 3Cl-


277,5 --------------- 106,5
91,67% --------------- x

%m/m Cl- = 35,18 % m/m

12 – 25 mL de uma solução me MgBr2, de concentração desconhecida


foram adicionados a 50 mL de uma solução de AgNO3 0,1 eq/L, em meio
neutro e avolumado a 100 mL (balão volumétrico) com água destilada.
Uma alíquota de 25 mL do filtrado foi precipitado quantitativamente por
13,75 mL de solução padrão de KSCN N/20 f = 1,13334, em meio ácido
nítrico na presença de alúmen férrico (Fe+3) como indicador.

Pede-se:

a) A normalidade da solução de MgBr2.


b) O volume em mililitros da solução de MgBr2 necessário para se
preparar 250 mL contendo realmente 0,05 eq Br-/L.
RESOLUÇÃO

25 mL de MgBr2 + 50,0 mL de AgNO3 0,1 eq/L → BV 100,0 mL → Al 25,0


mL → Vmédio = 13,75 mL de KSCN 0,05 eq/L f = 1,13334

46
Química Analítica Quantitativa

a) Nreal MgBr2 = ?

neMgBr2 = neAgNO3 - neKSCN


NV = (NVf) – Al x (NVf)
N x 0,025 = (0,1 x 0,05 x 1) – [(100/25) x (0,05 x 0,01375 x 1,13334)]

N = 0,005 – 0,003116685
0,025

NrealMgBr2 = 0,0753 eq/L

b)
NV = NV
0,0753 x V = 0,05 x 250

V = 166,0 mL

13 – Dosagem do cloreto de cálcio heptahidratado comercial – CaCl2.7H2O


Método: Volhard – processo de retorno
Padrões: AgNO3 0,1 eq/L f = 1,000000 – Volume usado: 50,0 mL
KSCN 0,1 eq/L f = 1,08738 – Volume usado: 10,60 mL
Indicador: sulfato férrico amoniacal em meio nítrico a 50% - FeNH4(SO4)2
Técnica analítica: O método consiste em adicionar à solução contendo o
cloreto em excesso de solução padrão de nitrato de prata e titular o
excesso de prata, em meio ácido com solução padrão de tiocianato em
presença de sulfato férrico amoniacal como indicador.
É usual o meio em ácido nítrico: a concentração da solução em ácido
nítrico deve ser pelo menos 0,3 eq/L. É necessário remover o cloreto de
prata por filtração ou então, adicionar nitrobenzeno para dificultar a reação
de precipitação com o tiocianato. O indicador é usado na forma de uma
solução saturada de sulfato de amônio e ferro (III).
Processo A (com filtração do cloreto de prata). Pesa-se 2,5 g de
uma amostra de cloreto alcalina e dissolve-se em água destilada,
transferindo para um balão volumétrico de 250 mL, e completa-se seu
volume com água destilada até a marca.
Pipeta-se então uma alíquota de 50 mL e adicionaram-se 5 mL de
ácido nítrico 6 eq/L e, então, um excesso medido de solução padrão de
nitrato de prata 0,1 eq/L. Filtra-se e lava-se o precipitado com ácido nítrico
diluído (1:100). No filtrado combinado com os líquidos de lavagem,
adiciona-se 1-2 mL do indicador e titula-se o excesso de prata com solução

47
Química Analítica Quantitativa

padrão de tiocianato 0,1 eq/L. Na primeira mudança perceptível de


coloração para alaranjado-vermelho tem lugar aproximadamente 1% antes
do ponto de equivalência devido à adsorção de íons Ag+ pelo precipitado.
Continua-se a titulação cuidadosamente, com vigorosa agitação, até
aparecimento de fraca coloração marrom persistente sob forte agitação.

Pede-se:

a) Equacionar reações analíticas ocorridas neste processo de retorno,


com todos os detalhes analíticos.
b) Descrever e esquematizar o mecanismo de ação do indicador nesta
análise volumétrica.
c) Calcular o grau de pureza da amostra.
d) Calcular a normalidade real da solução da amostra
RESOLUÇÃO

CaCl2 . 7 H2O = 2,5 g  BV 250,0 mL  50,0 mL

a)
CaCl2 . 7 H2O + AgNO3  AgCl + Ca(NO3)2 + AgNO3 (excesso)
AgNO3 + KSCN  AgSCN + KNO3

b) Ver mecanismo do exercício 5 no item c

c)
%m/m = 100 x (NVf)Pd1 – Al(NVf)Pd2 x Al x Eq
m
%m/m = 100 x (0,1 x 0,05 x 1) – 1 x (0,1 x 0,01060 x 1,08738 ) x 5 x
(237/2)
2,5

%m/m = 91,18 % m/m

d)
Naparente = ___2,5______
(237/2) x 0,25

Naparente = 0,0843 eq/L

48
Química Analítica Quantitativa

Nreal = Nap x % Nreal = 0,0846 x 91,18


100 100

Nreal = 0,0771 eq/L

14 - Na volumetria de precipitação realizou-se o seguinte procedimento: “


Pesou-se um minério contendo íons prata, dissolveu-se adequadamente e
transferiu-se quantitativamente para um balão volumétrico de 200,0 mL.
Um volume de 50,0 mL desta solução argêntica foi reagido com 5,0 mL de
solução de NaCl 0,5 % m/v e transferido para balão volumétrico de 100,0
mL qsp água destilada. Após filtração, uma alíquota de 25,0 mL foi titulada
solução padrão de KSCN 0,025 eq/L f= 1,09577, consumindo-se 12,40 mL
em média, em meio ácido nítrico e Fe+3 como indicador”.
Determine a massa da amostra (minério) pesada, sabendo-se que a prata
está sob a forma de Pirargirita – Ag3SbS3 contendo 35,35 % m/m no
minério.
RESOLUÇÃO

m Ag+ → BV 200,0 mL → Al 50,0 mL + 5,0 mL NaCl 0,5 % m/v → BV 100,0


mL → Al 25,0 mL
KSCN 0,025 eq/L f= 1,09577
Ag3SbS3: 35,35 % m/m de Ag+

neNaCl
N= m . N = 0,5 .

Eq x v 58,5 x 0,1

N = 0,0855 eq/L

neNaCl = 0,855 x 0,005 = 0,0004275 eq

% m/m = 100 x [(NVf) NaCl + Al(NVf) KSCN] x Al x Eq


m

35,35% = 100 x (0,0004275) + 4 x (0,025 x 0,01240 x 1,09577) x 4 x


180,67
m

m = 3,6517 g

49
Química Analítica Quantitativa

15 – Em um banho de galvanoplastia realiza o revestimento de pequenas


peças com uma micro camada de prata. Para isto a concentração de prata
no banho deve ser controlada constantemente.
METODOLOGIA:
Preparação do padrão: A solução de NaCl é considerada um padrão
primário, desde que este sal possua as características específicas parta
tal. Após secagem e dessecação adequadas, pesou-se 0,6585 g de NaCl
(99,5 %m/m) e, após dissolução, transferiu-o para um balão volumétrico
de 250,0mL, completando seu volume com água destilada.
Amostragem:
Após amostragem adequada do banho na cuba, o analista refrigerou a
solução até as condições normais de temperatura. Mediu-se um volume
de 25,0 mL, quantitativamente, e transferiu-a para um BV de 250,0 mL,
completando seu volume com água destilada.
Titulação:
Mediu-se 25,0 mL da solução padrão de NaCl, e transferiu-a para um
erlenmeyer. Adicionou, também, 25,0 mL de água destilada, 1,0 mL do
indicador K2CrO4, ajustou o pH com uma solução de NH4OH e adicionou
CaCO3. Adicionando-se a bureta a solução da amostra de prata diluída,
consumindo um volume médio de 28,95mL.

Pergunta-se:

a) Qual a concentração de prata em g/L?


b) Fazer o mecanismo de indicação.
RESOLUÇÃO

Preparação do padrão
Nreal = 0,6585 x 0,995
58,5 x 0,25

Nreal = 0,0448 eq/L

Amostragem: 25,0 mL → BV 250,0 mL


a)
N.V = N.V
N x 28,95 = 0,0448 x 25

50
Química Analítica Quantitativa

Nreal = 0,0386 eq/L

0,0386 eq/L ------------------ 25 mL


x= 0,386 eq/L ------------- 250 mL

N= m . 0,386 = m .

Eq x V 108 x 1

m = 41,688 g

ou seja: 41,688 g em 1L de solução C = 41,688 g/L

b) Mecanismo de Indicação: Método de Mohr

Início: NaCl  Na+ + Cl- (incolor)


Durante: NaCl + Ag+  AgCl + NaCl (amarelo)
P.E: AgCl + NaCl + Ag+  AgCl (amarelo)
Após P.E: AgCl + Ag+  AgCl + Ag2CrO4 (ppt creme) (solução amarela)
16 - Uma amostra de Mg3(AsO4)2 . 6 H2O foi dosada pelos processos de
precipitação.

Metodologia I

Pesou-se 0,5450 g da amostra e, após dissolução ácida (HNO3), o produto


da reação foi transferida para o B.V. de 100,0 mL. Transferiu uma alíquota
de 25,0 mL dessa solução da amostra para um BV de 250,0 mL,
juntamente com 100,0 mL de AgNO3 0,05 eq/L, completando o volume do
balão com água destilada. Após homogeneização, filtrou-se
adequadamente, e o filtrado foi titulado com KSCN 0,05 eq/L f = 1,02755.
Alíquotas de 50,0 mL do filtrado consumira, em média, 13,55mL do padrão,
em meio específico. Calcular a % m/m(pureza) da amostra e a
concentração real da solução de arsenato no balão de 100,0mL.

Metodologia II

Uma alíquota de 50,0mL da solução da amostra, contida no BV de 100,0


mL, foi reagida com 50,0 mL de solução de AgNO3 0,05 eq/L. Após reação,
filtrou-se e o precipitado foi quantitativamente “limpo”. A este precipitado,
adicionou-se solução de ácido nítrico e, após dissolução quantitativa, foi
transferido para BV de 100,0mL. Alíquotas de 250,0 mL, após
condicionamento do meio, foram titulados com solução padrão de KSCN
0,05 eq/L f = 1,02755. Determinar o volume deste padrão que deverá ser
gasto por titulação. Montar o mecanismo desta titulação.

51
Química Analítica Quantitativa

Metodologia III

O restante da alíquota (25,0 mL) da solução da amostra do BV de 100,0


mL foi titulado pelo processo Mohr. Inicialmente, esta alíquota, que restou
no balão, foi completada com água destilada até a aferição de 100,0 mL.
Alíquotas de 25,0 mL foram tituladas com solução de AgNO 3 0,05 eq/L,
após ajuste do meio reacional com solução de NH4OH. Pergunta-se qual
deve ser o volume deste padrão consumido em cada titulação?

RESOLUÇÃO

Amostra: Mg3(AsO4)2 . 6 H2O  Eq = MM/K  Eq = 458,9/6  Eq =


78,48eq

Metodologia I
0,5450 g amostra  B.V. = 100,0 mL  Al = 25,0 mL  B.V = 250,0 mL

%m/mamostra = 100 . [(NVf)AgNO3 – Al(NVf)KSCN ] . Al . Eq


m
%m/mamostra = 100 . [(0,05 . 0,1 . 1) – 5 . (0,05 . 0,01355 . 1,02755)] . 4 . 76,48
0,5450

%m/m = 85,27 % m/m

Metodologia II

Ne AgNO3 = 0,05 . 0,05  Ne AgNO3 = 0,0025 eq.g

0,0025 eq -------------------------- 100,0 mL


x --------------------------- 25,0 mL

x = 0,000625 eq.g

0,000625 = (N x V x f)
0,000625 = 0,05 x Vm x 1,02755

Vm = 12,16 mL

52
Química Analítica Quantitativa

Mecanismo de Indicação:

Inicio: AgNO3  AgNO3 (incolor)


Durante: AgNO3 + KSCN  AgSCN(ppt branco) + KNO3 + AgNO3 (incolor)
Ponto de equivalência: AgSCN + KNO3 + AgNO3 + KSCN  AgSCN +
KNO3 (incolor)
Após P.E. : AgSCN + KNO3 + KSCN  AgSCN +KNO3 + [Fe(SCN)+2]
(complexo solúvel vermelho)

Metodologia III
Neam = NeAgNO3
0,0608 x 0,025 = 0,05 x V
V= 0,0304 L

0,0304 ---------- 100 mL


x ----------- 25 mL

Vm = 7,60 mL

17 - A dosagem do Ca(BrO3)2 . 3H2O é realizada pelo processo de


retorno.

Metodologia
Primeiramente, prepara-se uma solução de 40 g/L da amostra. Após,
uma alíquota de 25,0 mL é transferida para BV de 250,0 mL, juntamente
com 100,0 mL de solução de AgNO3 0,15 eq/L, e qsp água destilada. Em
seguida, filtrou-se e alíquotas de 50,0mL do filtrado foram tituladas com
solução de KSCN 0,10 eq/L f = 1,183527, consumindo-se 17,55 mL
(média).

Pergunta-se:

a) Qual a %m/v da amostra?


b) Qual a %m/m da amostra?
c) Calcular, também, a normalidade real de Ag+ no B.V. de 250,0 mL

RESOLUÇÃO

Amostra Ca(BrO3)2 . 3H2O  Eq = MM/K  Eq = 350/2  Eq = 175

53
Química Analítica Quantitativa

a)
%m/v = 100 .[(NVf)AgNO3 – Al(NVf)KSCN] . Al . Eq
Vmedido

%m/v = 100 .[(0,15 . 0,1 .1) – 5.(0,1 . 0,01755 . 1,183527)] . 1 . 175


25mL

%m/v = 3,23 % m/v

b)
40g -------------- 1000 mL
x -------------- 25mL

x=1g

%m/m = 100 .[(NVf)AgNO3 – Al(NVf)KSCN] . Al . Eq


mencontrada

%m/m = 100 .[(0,15 . 0,1 .1) – 5.(0,1 . 0,01755 . 1,183527)] . 1 . 175


1

%m/m = 80,75 % m/m

c)
AgNO3 Ag+
170 g/mol ----------------------- 108 g/mol
0,15 eq/L ----------------------- x

x = 0,0953 eq/L

18 - Uma mistura de KCl e Na2CO3, contendo impurezas inatacáveis, foi


dosado utilizando a volumetria por neutralização e precipitação.

Metodologia
3,9344g da amostra, após solubilização em água, foi transferida
quantitativamente para BV de 100,0 mL. Uma alíquota de 25,0 mL desta
solução foi transferida para um BV 250,0 mL, adicionando 50,0 mL de HCl
0,1eq/L f = 1,17088 para reagir com o carbonato e, completou qsp com
água destilada. Alíquotas de 50,0 mL desta solução reagiram com um
volume médio de 13,35 mL de H2SO4 0,05 eq/L f = 1,03582. Outra alíquota
de 25,0 mL foi reagida com HNO3 e aquecida para liberar CO2. Após

54
Química Analítica Quantitativa

reação, adicionou-se 50,0 mL de AgNO3 0,15 eq/L e após condicionar o


meio titulou-se com KSCN utilizando o nitrobenzeno.

Pede-se:

a) Calcular a % de Na2CO3 na mistura.


b) Sabendo que a quantidade de impureza é de 13,75%, qual é o volume
de KSCN 0,1 eq/L f = 1,15698 que será consumido?

RESOLUÇÃO

a) KCl + Na2CO3  3,9344g  B.V. = 100,0 mL

NeHCl = 0,05 x 0,1 x 1,17088


NeHCl = 0,0058544 eq.g

NeH2SO4 = 0,003457049 eq.g

NeNa2CO3 = NeHCl +NeH2SO4

NeNa2CO3:

0,009311449 eq.g ------------------------- 25,0 mL


x ------------------------- 100,0 mL

x = 0,037245796 eq.g

m = Ne x Eq
m = 0,037245796 x 53
m = 1,9740g

%m/m = 1,9740 . 100%


3,9344

%m/m = 50,17 % m/m

55
Química Analítica Quantitativa

b)
%impuro = 13,75 %m/m

100 - %m/mNa2CO3 - %impuro = % KCl

%KCl = 100 - 50,17 – 13,15

%KCl = 36,68 %m/m

NapKCl = m / Eq x V

NapKCl = 3,9344 .

74,5 . 0,1

NapKCl = 0,5281 eq/L

Nreal = Nap x %
100

Nreal = 0,5281 x 0,3668

Nreal = 0,1937 eq/L


Massa KCl = ?

N= m .

Eq . V

0,1923 = m .

74,5 . 0,1

m = 1,432635g

Ne = m Ne = 1,4326
Eq 74,5

Ne = 0,01922953 eq
0,01922953 eq --------------------------------- 100,0 mL
x --------------------------------- 25,0 mL

x = 0,00480738255 eq

56
Química Analítica Quantitativa

NeKSCN = NeAGNO3 – NeKCl


NVf = 0,0075 – 0,00480738255
0,1 . Vm . 1,15698 = 0,00269261745

Vm = 23,27 mL

19 – Uma amostra contendo nitrato de prata pesando 2,3566 g foi


dissolvida e avolumada a 200,0 mL com água destilada. Uma alíquota de
50,0 mL desta solução argênica foi reagida com 20,0 mL de KSCN 0,1
eq/L f = 1,03285, e transferido para balão volumétrico de 100,0 mL,
completando seu volume com água destilada. Após filtragem, verificou-se
que 20,0 mL de uma solução 0,01 mol/L de cloreto de sódio consumiram
18,50 mL deste filtrado. Calcule a pureza da amostra.

RESOLUÇÃO

AgNO3 = 2,3566 g em um BV de 200,0 mL → Alíquota de 50,0 mL + 20,0


mL de KSCN 0,1 eq/L f = 1,03285
BV de 100,0 mL → Filtrou-se 20,0 mL de NaCl 0,01 mol/L
Então = 20,0 mL NaCl – Erlenmeyer (18,50 mL filtrado na bureta)
NeAgNO3 = neKSCN + neNaCl

neKSCN = N x V x f
ne KSCN = 0,1 x 0,02 x 1,03285

neKSCN = 0,0020657

neNaCl = N x v
neNaCl = 0,01 x 0,02

neNaCl = 0,0002 eq

└► Como isso gastou 18,50 mL do filtrado temos que:

neNaCl = nefiltrado
0,0002 = N x v
0,0002 = N x 0,0185

N = 0,0108 eq/L

57
Química Analítica Quantitativa

Levando-se em conta que o volume do filtrado era 100,0 mL temos que:

0,0002 eq --------------- 18,50 mL


x --------------- 100 mL

x = 0,001081081 eq.g

└► ne total NaCl

%m/m AgNO3 = 100 x (ne NaCl + ne KSCN) x Al x Eq


mpesada

.
%m/m AgNO3 = 100 x (0,001081081 + 0,0020657) x 4 x 170 .

2,3566

%m/m AgNO3 = 90,80%m/m

20 - Uma solução contém Br- e Cl- par dosar pelo processo Volhard. 50,0
mL da amostra foi diluída em BV 250,0 mL com água destilada. Após
diluição uma alíquota de 50,0 mL foi transferida para BV 200,0 mL
juntamente com 100,0 mL de AgNO3 0,10 eq/L e qsp com água destilada.
Alíquotas de 50,0 mL foram tituladas com solução padrão KSCN 0,05 eq/L
f=1,03244, consumindo em média 14,75 mL.
Sabendo que foi adicionado 60 g/L de NaBrO3 ( 95 % m/m) na solução
inicial, pergunta-se qual a % m/v de Br- e Cl- antes da diluição.

RESOLUÇÃO

50,0 mL Br- e Cl- + NaBrO3 → BV 250,0 mL → Al 50,0 mL + 100,0 mL


AgNO3 0,10 eq/L → BV 200,0 mL → Al 25,0 mL
KSCN 0,05 eq/L f=1,03244

neKSCN = 0,05 x 1,03244 x 0,01475 = 0,000761 eq

neAgNO3 = neBr- + neCl- + 4neKSCN

neBr- + neCl- = neAgNO3 - 4neKSCN

neBr- + neCl- = 0,1 x 0,1 – ( 4 x 0,000761) = 0,0069544 eq em 50 mL

NaBrO3 60g/L (95 % m/m)

58
Química Analítica Quantitativa

ne = m = 60 x 0,95 = 0,37748 eq
Eq 157

0,00997----------- 1000 mL
x ----------- 50 mL

x = 0,018874 eq NaBrO3 em 50 mL

0,018874 ----------- 250 mL


y ----------- 50 mL

y = 0,0037748 eq Br-

Substituindo:

0,0037748 + neCl- = 0,0069544

neCl- = 0,0031796 eq

Antes de diluir (250/50 x diluída):

neCl- = m → 0,0031796 = m → m = 0,1128 g


Eq 35,5

0,1128 ----------- 50 mL
x ----------- 100 mL
x = 0,2256 g

0,2256 x 5 = 1,128 % m/v Cl-

neBr- = m → 0,0037748 = m → m = 0,3019 g


Eq 80

0,3019 ----------- 50 mL
w ----------- 100 mL
w = 0,6038 g

0,6038 x 5 = 3,019 % m/v Br-

59
Química Analítica Quantitativa

3. Oxi-redução

3.1 Permanganatometria
1 - Procedimento: Dissolveu-se 25,0 mL de uma solução com
concentração de 17,0765 % m/v de Mg3(AsO3)2.7H2O em meio adequado,
e avolumou-se para um balão volumétrico de 100,0 mL com água
destilada. Mediu-se 25,0 mL da solução da amostra, passando-a para um
béquer e adicionou-se 0,25 eq de H2SO4 ,0,5 mol/L e 100,0 mL de solução
padrão de KMnO4 0,15 eq/L f = 1,11215. Após esse processo, transferiu-
se a solução do béquer quantitativamente para B.V de 200,0 mL,
completando-a com água destilada. Em seguida, titulou-se cada alíquota
de 50,0 mL com solução de FeSO4.7H2O 3,336% m/v f = 1,14185,
gastando-se 15,20 mL.
Determinar:
a) porcentagem m/m real do íon arsenito na amostra.
b) a porcentagem em m/m real do íon magnésio na amostra.
c) a porcentagem m/m real de água na amostra.

RESOLUÇÃO

FeSO4.7H2O  Naparente = __m__ Naparente= _3,336_ = 0,12 eq/L


Eq x V 278 x 0,1

(AsO3)-3 ------ (AsO4)-3 17,0765 g ---------- 100


mL
x – 6 = -3 x - 8 = -3 x ---------- 25
mL
x = -3 + 6 x = -3 + 8
x = +3 x = +5 x = 4,269125 g

2 e- x 2 = 4e-
Na molécula tem 2 As ------- Mg3(AsO3)2.7H2O
% m/m AMOSTRA= 100 x [(NVf) KMnO4 – Al x (NV f) Fe+2 ] x Al x Eq
m

% m/m AMOSTRA =
100 x [(0,15 x 0,1 x 1,11215) – 200/50 x (0,12 x 0,01520 x 1,14185) x 100/25 x
444,9/4
4,269125

60
Química Analítica Quantitativa

% m/m AMOSTRA = 87,03 % m/m

a) % m/m arsenito = (AsO3)-3

87,20 % AMOSTRA ----------- (AsO3)-3 ?


Mg3(AsO3)2.7H2O ---------- 2 x AsO3
444,9 g ---------- 2 x 123
87,03 % ---------- x

x = 48,12 % m/m de (AsO3)-3


b)
444,9 g ---------- 3 x 24,3
87,03 % ---------- x

x = 14,26 % m/m de Mg+2

c)
444,9 g ---------- 7 x 18
87,03 % ---------- x

x = 24,65 % m/m de H2O

2 – Determinação de Nitritos:

DISCUSSÃO: Cada íon nitrito reage em solução de ácido sulfúrico, a


quente, com solução de permanganato de potássio, neste processo,
usado em excesso, de acordo com a reação não balanceada:

__ NO2- + __MnO4- + __ H+  __ NO3- + __ Mn+2 + __ H2O

O excesso da solução de permanganato é então titulada por solução de


sulfato de amônia e ferro II que tenha sido recentemente aferida. A
redução do permanganato pelo ferro II se dá segundo a equação geral:

__ MnO4- + __ Fe+2 + __ H+  __ Fe+3 + Mn2+ + __ H2O

61
Química Analítica Quantitativa

PROCEDIMENTO: Prepara-se 250,0 mL de solução amostra de nitrito de


alumínio [ Al(NO2)3 . 5H2O] 0,02 mol/L. Em erlenmeyer de 500 mL, coloca-
se 25,0 mL da solução amostra, 50,0 mL da solução padrão de KMnO 4 0,1
eq/L f = 1,11625; 12 mL de H2SO4 concentrado, cautelosamente, e
aquece-se a 40°C, com agitação. Deixa-se em repouso por 5 minutos para
que a primeira reação analítica se processe quantitativamente.
Titulou-se então o excesso de permanganato com solução de
Fe(NH4)2(SO4)2 N/5 f = 1,12535, gastando-se 12,60 mL, em média, nas
três titulações.
Pede-se:
a) Determinar a %m/m de alumínio na amostra.
b) Determinar a % m/m do íon nitrito na amostra.
c) Determinar a normalidade real da amostra preparada.

RESOLUÇÃO
NO2- ------ NO3-
x – 4 =-1 x -6 = -1
x = -1 + 4 x = -1 + 6
x = +3 x=+5

2 e- x 3 = 6e- Na amostra temos 3 Nitrogênios.


Al(NO2)3 . 5H2O 0,02 mol/L
N=KxM
N = 6 x 0,02
N = 0,12 eq/L
N = __m__ 0,12 = __m__
Eq x v 255 x 0,25
6
m = 1,275 g

N/ 5 = 1/5 = 0,2 eq/L

% m/m AMOSTRA= 100 x [(NVf) KMnO4 – Al x (NV f) Fe+2 ] x Al x Eq


m

% m/m AMOSTRA=
100 x[(0,1 x 0,05 x 1,11625) – 1 x (0,2 x 0,01260 x 1,12535)] x 250/25 x 255/6
1,275

% m/m AMOSTRA= 91,51 % m/m

62
Química Analítica Quantitativa

Por quê?
Percebam que a amostra foi colocada em B.V de 250,0mL e retirou-se
25,0 mL para se fazer a reação com KMnO4.
BV 250,0 mL ----- 25,0 mL + 50 mL de KMnO4
Note que não colocamos essa solução em Balão, ou seja, não geramos
uma alíquota interna. É como se pegássemos a solução de Al do balão e
dividíssemos em erlenmeyers de 500 mL e aí sim realizássemos a
titulação do excesso de KMnO4.
a)
91,51 % AMOSTRA ---------- % m/m Al = ?

Al(NO2)3 . 5H2O ---------- Al


255 g/mol ----------- 27 g/mol
91,51 ---------- x

x = 9,69 % m/m Al

b) % m/m NO2- = ?
Al(NO2)3 . 5H2O ---------- 3 NO2
255 g/mol ---------- 138 g/mol
91,51 ---------- x

x = 49,52 % m/m de NO2-

c)
Nreal = _Naparente x %m/m
Nreal = 0,12 x 0,9151

Nreal = 0,109812 eq/L

3 - Determinação do Nitrito de Potássio: Os Sulfitos, Nitritos, Cloritos,


Bromitos, e demais redutores podem ser determinados pela solução
padrão de Permanganato de Potássio em meio Sulfúrico.

PROCEDIMENTO: Pesar 0,5000 g de KNO2 e dissolver em água


destilada, em balão volumétrico de 100,0 mL, até o menisco. Em
erlenmeyer de 500 mL, adicionar 25,0 mL da solução amostra e 250 mL

63
Química Analítica Quantitativa

de ácido 2,0 eq/L, e titular com o padrão de KMnO 4 0,1 eq/L f = 1,15181
tendo gasto 23,40 mL, do padrão.
a) Descrever a reação global balanceada ocorrida.
b) Determinar a pureza da amostra.
c) Calcular a concentração real da solução amostra em termos de
Molaridade, Normalidade e g/L.

RESOLUÇÃO

KNO2 ------ KNO3


1 + x – 4 = 0 +1 + x -6 =0
x = -1 + 4 x = -1 + 6
x = +3 x=+5

2 e-

a) 5KNO2 + 3H2SO4 + 2KMnO4  2MnSO4 + K2SO4 + 3H20 + 5KNO3

b)
% m/m AMOSTRA= 100 x [(NVf) KMnO4 x Al x Eq
M

% m/m AMOSTRA = 100 x (0,1 x 0,02340 x 1,15181) x 100/25 x 85/2


0,5000

% m/m AMOSTRA = 91,63 %

c)
Nreal = M x %/ 100 Nreal = 0,500 x 0,9163
Eq x V 85/2 x 0,1

Nreal =0,1078 eq/L

N=KxM C = M x MM
0,1078 = 2 x M C = 0,0539 x 85
M = 0,0539 mol/L C = 4,5815 g/L

64
Química Analítica Quantitativa

3.2 Dicromatometria
1 - Uma mistura de KMnO4 e K2Cr2O7 pura, pesando 0,2400 g, foi tratada
com solução ácida de H2SO4 e reagida com 100,0 mL de solução padrão
de Fe2+ N/10 f=1,06325. Após reação, transferiu a mistura para um BV de
250,0 mL e completou com água destilada. Alíquotas de 50,0 mL foram
dosadas com solução de KMnO4 0,05 Eq/L f= 1,07558, em meio ácido.
Sabendo-se que a mistura possui 6,396 % de manganês e 28,865 % de
cromo, qual o volume do padrão que deverá ser gasto?

RESOLUÇÃO

KMnO4 -------- Mn+2


1+x–8=0 x=2
x = -1 + 8
x = +7

7 – 2 = 5 e-
K2Cr2O7 -------- Cr+3
2 + 2x – 14 = 0 x=3
2x = 14 - 2
x = 12
2
6 – 3 = 3 e- x 2 = 6 e-
KMnO4 + K2Cr2O7 (m = 0,2400 g) → 100 mL Fe+2 0,1 eq/L f = 1,06325 →
BV 250,0 mL → Alíquota 50,0 mL → KMnO4 f = 1,07558
6,396 % m/m Mn
m = 0,24 x 0,06396

m = 0,01535 g de manganês

KMnO4 ------------ Mn
158 g/mol ------------- 55 g/mol
x ------------- 0,01535 g

x = 0,04409 g de KMnO4

28,865% m/m Cr
m = 0,24 x 0,28865

65
Química Analítica Quantitativa

m = 0,069276 g de cromo

K2Cr2O7 ---------- 2 x CR
294 g/mol ----------- (52 x 2) g/mol
Y ----------- 0,06927 g

Y = 0,195821 g de K2Cr2O7

Ne da mistura = 0,04409 + 0,1958


158 294
5 6
Ne mistura = 0,001395253 + 0,003996346

Ne mistura = 0,005391599 eq

Ne Fe2+exc = Ne Fe2+ - Ne mistura


Ne Fe2+exc = (0,1 x 0,1 x 1,06325) – 0,005391599
Ne Fe2+exc = 0,0106325 – 0,005391595

Ne Fe2+exc = 0,005240901 eq

Ne Fe2+exc = Ne KMnO4
0,005240901 = (NxVxf)x Al
0,005240901 = (0,05x Vm x 1,07558) 250/50

Vm = 19,49 mL

2 - Na dosagem de uma solução comercial de FeCl2 a 3,18 % m/v, uma


alíquota de 20,0 mL foi transferida para BV de 100,0 mL e completado com
água destilada. Após diluição adequada, alíquotas de 25,0 mL foram
transferidas quantitativamente para erlenmeyers de 250,0 mL, juntamente
com solução ácida e incolor. Titulou-se cada alíquota reagida com a
solução padrão de K2Cr2O7 0,10 eq/L f = 1,126754, consumindo-se um
volume médio de 7,09 mL.
Sabendo que esta metodologia já é utilizada pela Empresa (com
certificação analítica) e devidamente Normalizada (ou seja, não há erro) e,
também, que deveria ser consumido um volume entre 11,10 mL e 11,30

66
Química Analítica Quantitativa

mL (com este valor de fator) JUSTIFICAR o provável erro (suspeitar da


água de Hidratação). Montar a Equação balanceada.

RESOLUÇÃO

6Fe+2 + 14H+ + Cr2O7  6Fe+3 + 7H20 + 2Cr+3

3,18% m/v de FeCl2 (20 mL) → BV 100,0 mL → Al 25,0 mL → K2Cr2O7 f =


1,126754 Vm = 7,09 mL

% m/v = 100 x (NxVxf) x Al x Eq


V

3,18 = 100 x (0,1x0,00709x1,126754) x 4 x Eq


20

Eq = 199 eq.g/mol

Eq FeCl2 x H2O = ?
Obs: 199 refere-se ao Eq encontrado na titulação e 127 refere-se ao Eq
inicial (considerando apenas o cloreto de ferro II).

Já o divisor 1 se dá pela variação de Fe2+ --> Fe3+ (1 e-)


Eq = 199 – 127/1
Eq = 72

MM H2O = 18 então: 72/18 = 4 H2O

Resposta: O provável erro está no fato da amostra possuir 4 H2O de


hidratação.

3 - Determinação de uma amostra comercial de clorato de potássio e


amônio hidratado – KNH4(ClO3)2.2H2O

DISCUSSÃO: O íon clorato é reduzido por aquecimento com excesso de


ferro II na presença de concentrações relativamente elevadas de ácido
sulfúrico concentrado:
ClO3- + Fe2+ + H+  Cl- + Fe3+ + H2O

67
Química Analítica Quantitativa

O excesso de ferro II, padrão auxiliar é, então, determinado por titulação


com solução padrão de dicromato de potássio 0,1 eq/L de modo usual.

Cr2O7-2 + Fe2+ + H+  Cr3+ + Fe3+ + H2O

- Padronização da solução de Fe(NH4)2(SO4)2 0,2 mol/L


Em erlenmeyer de 250 mL, adicionar 15 mL da solução de ferro II, 5 mL
de HCl 6 eq/L, diluir para cerca de 300 mL, adicionar 15 mL de solução de
sulfúrica fosfórica (garantir estabilidade do indicador, evitando mudança
de coloração prematura) e 5 gotas de difenilamina sulfúrica. Titular com
solução padrão de dicromato N/10, gastando-se, em média, 33,75 mL.
- Processo de retorno:
Prepare uma solução de clorato de potássio e amônio hidratado
KNH4(ClO3)2.2H2O 0,02 mol/L e adicione 25 mL em erlenmeyer de 250 mL
juntamente com 30 mL de solução padrão de Ferro II, adicione
cautelosamente 12 mL de ácido sulfúrico concentrado. Aqueça a mistura
à ebulição e deixe esfriar à temperatura ambiente colocando o frasco sob
água corrente. Adicione 20 mL de ácido fosfórico 1:1 (meio reacional), em
seguida 0,5 mL do indicador, difenilssulfonato de sódio.
Titule o excesso de Ferro II com dicromato de potássio, até a primeira
tonalidade púrpura que permaneça na solução após agitação, gastando-
se 16,80 mL, para oxidar quantitativamente o excesso de Ferro II no meio
reacional.
Pede-se:
a) Calcular o grau de pureza da amostra.
b) Usando a constante analítica, calcular a proporção de ClO 3-, K+, NH4+
e H2O na amostra analisada.

RESOLUÇÃO
a) Pureza da amostra= ?
1° passo: Calcular o fator do pd Fe2+

(NxVxf) = (NxVxf)
0,2 x 15 x f = 0,1 x 33,75 x 1

f = 1,12500 Fe2+ pd

2° Passo: Calcular a variação de e- da amostra:


ClO3 -------- Cl-

68
Química Analítica Quantitativa

x – 6 = -1 x = -1
x = -1 + 6
x = +5

5 – (-1) = 6 e- x 2 = 12 e-
└► Há dois cloros na amostra
3° passo: Calcular a massa pesada da amostra:

M = __m___
mm x v

0,02 = m .

260 x 0,025

m = 0,1300 g amostra

% m/m = 100 x [(NxVxf)Fe2+ - Al(NxVxf)K2Cr2O7] x Al x Eq


m

% m/m = 100 x [(0,2 x 0,030 x 1,125) – 1x ( 0,1 x 0,01680 x 1)] x 1 x 260/12


0,1300

% m/m = 84,5 % m/m

b) K = 100 x [(0,2 x 0,030 x 1,125) – 1x ( 0,1 x 0,01680 x 1)] x 1


0,1300

K = 3,9
% m/m K+ = K . Eq K+ %m/m NH4+ = K . Eq NH4+
% m/m K+ = K . 39/12 %m/m NH4+ = K . 18/12
%m/m K+ = 12,68% %m/m NH4+ = 5,85%

% m/m ClO3- = K . Eq ClO3- % m/m H2O = K . Eq 2 H2O


% m/m ClO3- = K . 167/12 % m/m H2O = K . 36/12
% m/m ClO3- = 54,27%; %m/m H2O = 11,7%

% m/m ClO3- + %m/m K+ + %m/m NH4+ + %m/m 2H2O =


54,27 +12,68 + 5,85 + 11,7 = 84,5%

69
Química Analítica Quantitativa

3.3 Tiossulfatometria
1 - Assunto: dosagem da amostra (NH4Al)3(AsO3)4.6H2O
Solução Padrão: K2Cr2O7. Pesou-se 6,1250 g de dicromato e dissolveu-o
em balão de 500,0 mL com água destilada.
Solução Amostra: Pesou-se 0,032 eq da amostra e dissolveu-a em balão
de 250,0 mL com água destilada.
- Reação Analítica:
__K2Cr2O7 + __(NH4Al)3(AsO3)4 + __HCl ↔ __CrCl3 +
__(NH4Al)3(AsO4)4 + __KCl + __H2O

- Técnica:
Mediu-se 50,0 mL da solução amostra, passando-a para um erlenmeyer
de 500 mL;
Adicionou-se cerca de 100,0 mL de água destilada e 12,0 mL de HCl
concentrado para garantir a completa oxidação do arsenito;
Adicionou-se, ainda, 30,0 mL da solução padrão do dicromato de potássio,
deixando em repouso por 5 min no escuro;
Titulou-se o excesso de dicromato por uma solução padrão de Na 2S2O3
N/8 f = 1,13578, com excesso de KI. Gastou-se 11,80 mL desta solução
de tiossulfato, para reduzir quantitativamente o excesso da solução padrão
de dicromato. Calcule a pureza da amostra.

RESOLUÇÃO
NK2Cr2O7 = m Na2S2O3 = N/8 = 0,125 eq/L
Eq x V

N = 6,1250 N = 0,2500 eq/L


49 x 0,5

% m/m = 100 x [(N x V x f)K2Cr2O7 – Al (N x V x f) Na2S2O3] x Al x Eq


m

% m/m = 100 x [(0,25 x 0,030 x 1) – 1 (0,125 x 0,0118 x 1,13587)] x 250/50 x


Eq
0,032 Eq

% m/m = 91,01 % m/m

70
Química Analítica Quantitativa

Obs.: Notem que a alíquota interna é 1 devido a reação de retorno não


ter sido feita em balão volumétrico e sim diretamente no erlenmeyer.

2 - Preparar 100,0 mL de uma solução de Na2Mg(BrO3)4.4H2O a 0,1045


mol/L. Após pesagem adequada, dissolver a amostra em HCl concentrado
e, após solubilização, transferir para um balão volumétrico de 100,0 mL.
Em seguida, uma alíquota de 5,0 mL foi diluída para 200,0 mL em BV.
Alíquotas de 25,0 mL foram reagidas com solução de KI a 2 % m/v. Após
decorrido o tempo de reação, foram tituladas com solução de solução de
Na2S2O3 0,1 eq/L f = 1,08854.
- Reações:
__ Na2Mg(BrO3)4.4H2O + __ KI + __ HCl ↔ __ NaBr + __ MgBr2 + __
KCl +__ I2 + H2O

__ I2 + __ Na2S2O3 → __ Na2S4O6 + __ NaI

Sobre o exercício, responda:


a) Sabendo que a amostra está a 95,75% m/m, qual o volume gasto na
titulação?
b) Quantos gramas da amostra foram pesados?
c) Qual a concentração aparente e real em termos de % m/v?
RESOLUÇÃO
M= m BrO3- -------- NaBr
MM x V x – 6 = -1 x = -1
x = +5
0,1045 = m .
654,3 x 0,1

m = 6,8374 g 5– (-1) = 6x 4 = 24 e-

m = 6,8374 g

Vgasto = ?

% m/m = 100 x (N x V x f) Na2S2O3 x Al x Eq


m

95,75 = 100 x (0,1 x Vmédio x 1,08854) x 100/5 x 200/25x 654,3/24


6,8374

V = 0,01379 L

71
Química Analítica Quantitativa

a) O Vmédio gasto é 13,79 mL

b) Foram pesados 6,8374 g da amostra.


A massa de amostra pesada acima corresponde à massa IMPURA de
amostra sendo o valor da sua concentração um dado aparente.
c) Nreal = 6,8374 x 0,9575
654,3/24 x 0,1

Nreal = 2,4014 eq/L

% m/v = g em 100 mL
% m/v aparente = 6,8374 g em 100 mL = 6,8374% m/v
% m/v real = ?

% m/v real = % m/v aparente x 95,75% = 6,5468% m/v.

3 - Determinação da % m/v real da amostra de NaClO ~ Cl2 comercial.


PROCEDIMENTO:
- Preparação do padrão primário de Dicromato de Potássio:
Pesou-se 0,4995 g de K2Cr2O7 e transferiu-se quantitativamente para um
balão volumétrico de 100,0 mL, aferindo-se o menisco com água destilada.
- Aferição do padrão secundário de tiossulfato Na2S2O3:
Rinsou-se uma bureta de vidro devidamente limpa com solução de
tiossulfato de sódio 0,1 eq/L e aferiu-se a marca zero.
Em um erlenmeyer de capacidade para 500 mL, limpo, adicionou 50 mL
de solução de iodeto de potássio 6% m/v, 50 mL de bicarbonato de sódio
4% m/v, 3 mL de ácido clorídrico concentrado e 25,0 mL da solução padrão
de K2Cr2O7, do balão. Tampou-se o mesmo e manteve guardado dentro do
armário para devida reação, por 5 minutos. Depois de decorrido este
tempo, completou com água destilada para 300 mL, e titulou usando o
padrão da bureta, até a solução do erlenmeyer ficasse amarela, neste
ponto parou a titulação e adicionou-se 2 mL de goma de amido 1% m/v,
que logo ficou com uma solução azul intenso. Retornou a titulação até que
a solução adquirisse uma coloração levemente verde, devido aos íons
cromo em solução, gastando em média 23,72 mL do padrão.
- Dosagem da amostra:
Em um erlenmeyer de capacidade para 500 mL, limpo, adicionou 35 mL
de solução de iodeto de potássio 6% m/v, 10 mL da solução de ácido

72
Química Analítica Quantitativa

acético glacial concentrado e 5,0 mL da solução de água sanitária


comercial. Tampou-se o mesmo e manteve guardado dentro do armário
para devida reação, por 5 minutos. Depois de decorrido este tempo,
completou com água destilada para 300 mL, e titulou usando o padrão da
bureta, até que a solução do erlenmeyer ficasse amarela, neste ponto
parou a titulação e adicionou 2 mL de goma de amido 1 % m/v, que logo
ficou com uma solução azul intenso. Retornou a titulação até que a solução
ficasse incolor, gastando do padrão, o volume médio de 30,30 mL.
Pergunta-se:
a) Qual o fator do padrão secundário?
b) Qual a % m/v real da água sanitária comercial, sabendo que sua % m/v
aparente varia de 2,0 a 2,5 % m/v.

RESOLUÇÃO

Aferição por processo inverso, tiossulfato na bureta e dicromato no erlenmeyer:

Nk2Cr2O7 = 0, 4995 ( N.V.f ) Na2S2O7 = ( N.V.f ) K2Cr2O7


49 x 0,1 0,1 x 23,72 x f = 0,10194 x 25 x 1

f = 1,074410
N = 0,10194 eq/L

Dosagem (teor de cloro ativo):

% m/v = 100 x ( N.V.f)Na2S2O3 x Al x Eqamostra


Vinicial

% m/v = 100 x (0,1 x 1,074410 x 0,03030 ) x 1 x 71/2


5

% m/v = 2,311 % m/v de Cl2 ativo

4 - Indiretamente, determinou-se a concentração do CrI3, segundo a


reação:
CrI3 + Cl2 + NaOH → Na2CrO4 + NaIO4 + NaCl + H2O

METODOLOGIA: Pesou-se 0,9464 g e, após dissolução adequada,


transferiu-se para BV de 250,0 mL. Borbulhou-se cloro em meio alcalino,

73
Química Analítica Quantitativa

e à solução resultante foi adicionada qsp com água deionizada. Uma


alíquota de 100,0 mL foi reagida com KI em meio de ácido clorídrico,
segundo a reação:

CrO2-4 + I- + HCl → Cr3+ + Cl - + H2O + I2

Após formado o iodo, a mesma é titulada com solução de Na 2S2O3 0,1


eq/L f = 1,05532 sendo consumido 22,80 mL.
Calcular a pureza da amostra.

RESOLUÇÃO

CrI3 ------- Na2CrO4


+3 +6
-
[____3e ____]

% m/m = 100 x (NVF)Na2S2O3 x AL x Eq


m inicial

% m/m = 100 x ( 0,1 x 0,02280 x 1,05532 ) x 250/100 x 433/3


0,9464

% m/m = 91,74 %

5 - A dosagem do Al(BrO3)3.3H2O é dada segundo a reação iônica:

BrO3- + 2H- + 6H+  Br- + I2 + 3H2O

PROCEDIMENTO: Pesou-se certa massa do Bromato, e após


solubilização adequada, transferiu-a, quantitativamente para um B.V. de
250,0 mL, completando qsp com água destilada. Alíquota de 5,0 mL
consumiu um volume superior de ao convencional. Portanto, diluiu-se a
solução resultante 10 vezes, e agora, uma alíquota de 50,0 mL desta
reagiram, quantitativamente, com solução de Na2S2O3 0,1 eq/L f=1,09078,
consumindo um volume médio de 15,65 mL. Determinar a massa pesada
do sal de bromato, sabendo que a pureza é de 93,45 % m/m.

74
Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

Br O3-  Br -
x – 6= - 1 x = -1
x = -1 + 6
x=5

5- (-1) = 6 elétrons x 3 = 18 elétrons

m amostra --- B.V. 250,0 mL --- 5 mL (estoura o limite de volume) --- diluição da
amostra 10 vezes = 250 = 25
10
Além disso, pegou-se 50,0 mL dessa solução 10 vezes diluída e titulou-se
com Na2S2O3. Sendo assim, passou-se a considerar que para diluir a
amostra 10 vezes, deveria- se ter pego 10mL e colocado em B.V. de 100,0
mL. E desse B.V. de 100,0 mL, retirei 50,0 mL.

%m/m = 100 x ( N x V x f ) Na2S2O3 x Al x Eq


m
93,45= 100 x ( 0,1 x 0,01565 x 1,09078) x 250/10 x 100/50 x 465/ 18
m

m = 2,3595 g

75
Química Analítica Quantitativa

8. Complexometria
1 – Determinação de Cálcio no Leite em pó
Cálcio em leite em pó é determinado pela dissolução de 1,5 g da amostra
e titulando-se o cálcio com solução de EDTA (sendo gasto 12,10 mL do
EDTA). O EDTA foi padronizado pela titulação de 10,0 mL de uma solução
de zinco, preparada dissolvendo-se 0,6540 g de zinco metálico em ácido
e diluindo-se a 1,0 L (10,80 mL de EDTA foram necessários para essa
titulação).

Pergunta-se:
Qual a concentração de cálcio no leite em pó em partes por milhão (ppm)?

RESOLUÇÃO

M(Zn) = 0,6540 M.V(EDTA) = M.V (Zn)


65,4 x 1 M x 10,80 = 0,01 x 10
M(Zn) = 0,01 mol/L

MEDTA = 0,009259 mol/L

% m/m Ca+2 = 100 x (0,009259 x 0,01210) x 40


1,5

% m/m Ca+2 = 0,2988% m/m

Ppm = mg/Kg
Parte por milhão

0,2988 g (298,8 mg) ---------------- 100 g


x ---------------- 1000 g (1 Kg)

x = 2988 mg/Kg

2 - A indústria BEBA LEITE produz leite em pó. A qualidade deste leite tem
que atender as especificações segundo normas nacionais. Sabe-se que a
quantidade de leite em pó deve estar entre 3000 a 10000 microgramas de
Ca/g na amostra. No lote 013/08 produzido foi realizada uma amostragem
adequada e encaminhado para o laboratório químico. O analista
determinou % m/m de cálcio neste leite em pó segundo o procedimento
experimental: “pesou-se três amostras de 2,0 g (anotando até + 0,1 mg)

76
Química Analítica Quantitativa

de leite em pó e transferiu-se, quantitativamente, cada porção para um


erlenmeyer de 250 de mL. Dissolveu-se cada uma das amostras em,
aproximadamente, 50,0 mL de água destilada. Evitou-se deixar qualquer
quantidade, por menor que seja, do leite em pó aderido nas paredes do
frasco, sem se dissolver, pois isto levaria a resultados mais baixos no teor
do cálcio. Aqueceu levemente para ajudar a solubilização e resfriou,
novamente, antes de prosseguir a analise. Adicionou-se 15,0 mL do
tampão pH 10 e alguns cristais de KCN para mascarar íons como Zn2+,
Cu2+ e Fe3+, que interferem bloqueando o indicador. Introduziu a seguir
exatamente 20 gotas (1,0 mL) de um solução de [Mg – Y]2-, cuja
preparação foi feita MOL A MOL da seguinte forma: pesou-se 48,7565 g
de EDTA e 21,2835 g de MgSO4, 7H2O, e diluiu para 1,0 L. A seguir, titulou
as alíquotas com solução EDTA 0,02 mol/L f = 1,095078, usando o
Eriocromo como indicador, até o aparecimento da cor azul. Sabendo-se
que os valores obtidos nas determinações analíticas foram:

Volume de EDTA
Alíquota Massa pesada (g)
gasto (mL)
I 2,0374 22,094
II 2,0854 22,804
III 2,0074 21,562

Pergunta-se: em função de todas as etapas do procedimento


experimental realizado pelo analista, e aliado aos fundamentos teóricos
da análise complexométrica, descubra se o leite está dentro do
parâmetro ou não. (Dados: MM EDTA = 372 g/mol)

RESOLUÇÃO

Mg-Y-4 mol a mol

My-4 = 48,7565 = 0,13106 mol/L MMgSO4.7H2O = 21,2835 = 0,08641 mol/L


372 x 1 246,3 x 1

Percebe-se que a solução de Mg-EDTA não está mol a mol.

Nexcesso = 0,13106 – 0,08641 0,04465 mols ---------1000 mL


Nexc. = 0,04465 mols de Y-4 x ----------- 1 mL

x = 4,465 x 10-5 mols de Y-4 exc.

77
Química Analítica Quantitativa

Alíquota Massa (g) VEDTA


I 2,0374 22,094
II 2,0854 22,804
III 2,0074 21,562
Mmédia = 2,0434 Vmédio = 22,153

nam = (M . v .f)EDTA
nam = 0,02 x 0,022153 x 1,095078

Nam = 0,000485185 eq/L

namostra = n(reagiu com EDTA) + n(exc. EDTA)

namostra = 0,000485185 + 0,00004465

namostra = 0,000529835 mols

%m/m Ca2+ = 0,000529835 x 100 x 40


2,0434

%m/m Ca+2 = 1,0371 % m/m ou 10371 µg Ca+2/g da amostra

O leite está fora das normas.

3 – Uma mistura contém 35% de Ca3(PO4)2, 47% de Zn4(P2O7)2 e o resto


impurezas insolúveis. Pesou-se certa massa desta mistura e após
dissolução, transferiu-a quantitativamente para 500,0 mL (BV) e qsp água
destilada. Alíquotas de 50,0 mL foram tituladas com EDTA 0,05 mol/L f =
1,08433. Para consumir aproximadamente 25,0 mL deste padrão qual foi
à massa pesada inicialmente?

RESOLUÇÃO

Sistema de equações:
n EDTA = 3(m/MM)Ca+2 + 4(m/MM)Zn+2

(M . v . f) x Al = 3 x 0,35 x (m/310) + 4 x 0,47 (m/609,6)

(0,05 x 0,025 x 1,08433 x 10) = 213,36m + 145,7m


188976

78
Química Analítica Quantitativa

0,013554 = (3x213,36m) + (4x 145,7m)


188976 188976

0,013554 x 188976 = 640,08m + 582,8m

2561,38 = 1222,88m

m = 2561,38/1222,88

m mistura = 2,0945g da mistura

4 – Na dosagem de KH2PO4 utilizou-se o processo complexométrico


indireto.

Metodologia: pesou-se 0,8745 g da mistura e, depois de dissolvido em


água destilada, transferiu-a para um béquer e foi reagido com solução de
MgCl2 a 10% m/v em excesso. Após precipitação quantitativa, filtrou-se e
o precipitado foi lavado exaustivamente. O precipitado foi transferido para
um béquer com água destilada, aquecendo-o sob constante agitação. À
solução quente adicionou-se 100,0 mL de solução de EDTA 0,05 mol/L f
= 1,07545. Após dissolução e resfriamento, a solução resultante foi
transferida quantitativamente, para BV de 250,0 mL, completando o seu
volume som água destilada. Alíquotas de 50,0 mL foi titulada em meio
tampão alcalino, com solução padrão de MgCO3 0,01 mol/L sabendo que
a pureza do fosfato é 95,60 % m/m.

Pergunta-se: Qual o volume do padrão que deverá ser consumido?

RESOLUÇÃO

2PO4-3 + 3Mg+2 →Mg3(PO4)2


2KH2PO4 + 3MgCl2 → Mg3(PO4)2 + ...

m KH2PO4 = 0,8745 g ---------- 100%


x ---------- 95,60%

x= 0,8360 g

79
Química Analítica Quantitativa

2KH2PO4 → Mg3(PO4)2

2 x 136 g/mol ---------- 262,9g/mol


0,8360 g ---------- y

y = 0,808031 g

n Mg3(PO4)2 = 0,808031
J 262,90

nMg3(PO4)2 = 0,0030735 mols

n amostra = [(n EDTA – n MgCO3)]


0,0030735 = [(0,05 x 0,1 x 1,07545) – 250/50 x (0,01 x v)]
5 x 0,01 x v= 0,0023037

V= 0,04607/3 = 0,01536 L ou 15,36 mL

OBS: Cada mol de EDTA reage para 1 mol de composto. Como o


Mg3(PO4)2 possui 3 átomos de metal (Mg) divide-se o número mols
(n) encontrado por três, pois o valor refere-se ao composto e não a
quantidade de metais.

1 mol de EDTA ------- 1 mol de Mg3(PO4)2 ------- 3 mols de Mg2+

5 – Cinquenta mililitros de uma solução contendo Ni2+ e Zn2+ foram


tratados com 25,0 mL de uma solução 0,0452M de EDTA para ligar todo
o metal. O excesso de EDTA que não reagiu precisou de 12,4 mL de uma
solução 0,0123M de Mg2+ para a reação completa. Um excesso do
reagente 2,3-dimercapto-1-propanol foi então adicionado para descolar o
EDTA do zinco. Outros 29,2 mL da solução de Mg2+ foram necessários
para a reação com o EDTA liberado. Calcule a molaridade do Ni 2+ e do
Zn2+ na solução original.

80
Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

Inicialmente:
NT EDTA = 0,0452 . 25.10-3
NT EDTA = 0,00113 mols NT de Zn2+ + Ni2+ = 0,000977 mol
Nexc EDTA = 0,0123 . 12,4.10-3
Nexc EDTA = 0,0001525 mols

N EDTA desl = N Zn2+ = N Mg2+


N Zn2+ = 0,0123. 29,2.10-3
N Zn2+ = 0,000359 mols

N Ni2+ = N reg. EDTA - N Zn2+


N Ni2+ = 0,000977 - 0,000359
N Ni2+ = 0,000618 mols

Na solução inicial: V = 50 mL

C Zn2+ = 0,000359 = 7,18 . 10-3 mol/L


50.10-3

C Ni2+ = 0,000618 = 0,012636 mol/L


50.10-3

6 – Um volume de amostra de 1,00 mL contendo uma quantidade


desconhecida de Co2+ e Ni2+ foi tratado com 25,00 mL de EDTA 0,03872
M. Na titulação de retorno, gastou-se 23,54 mL de uma solução padrão de
Zn2+ 0,02127 M (a pH 5) para atingir o ponto final do alaranjado de metilo.
Simultaneamente, fez-se passar 2,00 mL da amostra por uma coluna de
troca iônica (que retarda mais o Co2+ que o Ni2+).
O Ni2+ que passou pela coluna foi tratado com 25,00 mL de EDTA 0,03872
M e necessitou de 25,63 mL de Zn2+ 0,02127 M para a retrotitulação. O
Co2+, que emergiu mais tarda da coluna, foi também tratado com 25,00 mL
de EDTA 0,03872 M.

Pergunta-se:
Quantos mL de solução padrão de Zn2+ 0,02127 M foram necessários
para a retrotitulação?

81
Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

Titulação de 1,00 mL da amostra

N EDTA total = 25,00 . 0,03872 = 0,9680 mmol

N EDTA exc = N Zn2+ = 23,54 . 0,02127 = 0,5007 mmol

N Co2+ + N Ni2+ = N EDTA total - N EDTA exc = 0,4637 mmol

[Co2+] + [Ni2+] = 0,4637 mmol = 0,4637 M


1,00 mL

Titulação do Ni2+ contido em 2,00 mL

N EDTA total = 25 . 0,03872 = 0,9680 mmol

N EDTA exc = N Zn2+ = 25,63 . 0,02127 = 0,5451 mmol

N Ni2+ = N EDTA total - N EDTA excesso = 0,4228 mmol

[Ni2+] = 0,4228 mmol = 0,2114 M


2,00 mL

Conclui-se que:

[Co2+] = 0,4637 M - 0,2114 M = 0,2523 M

Titulação do Co2+ contido em 2,00 mL

N EDTA total = 25,00 . 0,03872 = 0,9680 mmol

N EDTA que reagiu = N Co2+ = 0,2523 . 2,00 = 0,5046 mmol

N EDTA exc = N EDTA total - N EDTA que reagiu

N EDTA exc = 0,9680 mmol - 0,5046 mmol = 0,4634 mmol

V Zn2+ = N Zn2+ = N EDTA exc = 0,4634 mmol = 21,79 mL


[Zn2+] [Zn2+] 0,02127 M

82
Química Analítica Quantitativa

7) Numa dosagem complexométrica por substituição adotou-se o seguinte


procedimento: pesou-se 1,2625 g de ZnCO3, puro e após a solubilização
adequada, passou-se para um balão de 250,0 mL e completou seu volume
com água destilada. Em seguida, em um balão volumétrico de 100,0 mL
misturou-se 50,00 mL de EDTA 0,05 mol/L f = 1,09663 com 50 mL de
solução de carbonato de zinco preparada.
Na dosagem da solução 0,05 mol/L de CaCO3, quantos mililitros
consumiria desta solução de cálcio, se for titulado 50,00 mL da solução
misturada [Zn-Y]2- , considerando que:
a. [Ca-Y] 2- >> [Zn-Y] 2-
b. [Zn-Y] 2- >> [Ca-Y] 2-

RESOLUÇÃO

nEDTA = M x V x f MZnCO3 = 1,2625 .


125,4 x0,25
nEDTA = 0,05 x 0,05 x 1,09663
MZnCO3 = 0,0403 mol/L
nEDTA = 0,0027415 mols

nZnCO3 = M x V
nZnCO3 = 0,0403 x 0,05
nZnCO3 = 0,002015 mols

a) Ca2+ >> Zn2+ b) Zn2+ >> Ca2+


0,0027415 ---------- 100 mL n(exc.) = My-4 - MZn
X ---------- 50 mL n(exc.) = 0,0007265 ----- 100 mL

X = 0,00137075 mols
0,0007265 mol ---------- 100 mL
0,00036325 mol ----------- 50 mL
0,00137075 = 0,05 x V
0,00036325 = 0,05 x V
V = 27,42 mL
V = 7,27 mL

83
Química Analítica Quantitativa

8 – Um analista inexperiente, ao realizar uma determinação


complexométrica por substituição, adotou a seguinte metodologia para
dosar uma amostra de FeCl3.3H2O:

A) Preparação do padrão [Mg~Y]2-:


Pesou-se 0,2002 g de MgO (99,5% m/m) e, após dissolução adequada.
Transferiu-a para um balão de 250,0 mL. Ao mesmo balão, adicionou-se
200,0 mL de solução 0,02 mol/L de EDTA e qsp com água destilada;

B) Dosagem da amostra:
Pesou-se 0,3397 g do sal férrico e, após dissolução adequada, transferiu-
se para 100,0 mL em BV. Alíquotas de 20,0 mL foram transferidas para
erlenmeyers de 250 mL e em cada um deles ajustou-se o meio com
tampão alcalino. Também, adicionou-se 50,0 mL do padrão [Mg-Y]2-
preparado e, após forte agitação, gotejou-se o indicador específico e
titulou-se com solução padrão de EDTA a 0,01 mol/L f= 1,09075. Sabendo
que a pureza real é 93,05% m/m, calcular o volume médio consumido.

RESOLUÇÃO

A) Preparação do [Mg-Y]2-
n(MgO) = 0,2002 x 0,995 n(EDTA) = M x V
40,30 n(EDTA) = 0,02 x 0,2

n(MgO) = 0,004942903 mols n(EDTA) = 0,004 mols

Excesso de Mg +2
nexc = N(MgO) – N(EDTA)
nexc= 0,004942903 – 0,004

nexc = 0,00942903 mols

B) Dosagem da amostra
% m/m = 100x(M x Vx f)EDTA x AL x MM
m

93,05 = 100 x (0,01 x V x 1,09075) x 5 x 216,5


0,3397

V1 = 0,02677 L ou 26,77 mL

Isso seria SEM excesso de Mg2+

84
Química Analítica Quantitativa

COM o excesso
n molsexc = 0,00942903 --------------- 250 mL
X --------------- 50 mL

X = 0,00018858 mols

M x V x f (EDTA) = n(Mg+2)
0,01 x 1,09075 x V = 0,00018858

V2 = 17,29 mL
SENDO ASSIM:
Vmédio = V1 + V2
Vmédio = 26,77 + 17,29

Vmédio = 44,05 mL

9 – Uma mistura de sais de alumínio foi dosado por complexometria.


Amostra: AlCl3.6H2O + Al2(C2O4)3. 2H2O
Um analista fez uma mistura entre estes dois sais solúveis e, por descuido,
não anotou as massas individuais pesadas. Assim, usando a
complexometria, buscou-se a possível relação mássica entre os
respectivos sas pesados na mistura.
Metodologia: pesou-se 0,1257g da mistura e, após solubilização
adequada, esta amostra foi reagida com 100,0 mL de EDTA 0,01 mol/L
ƒ= 1,05639, em meio cloreto de amônio. Após aquecimento a mistura foi
titulada com Cu(NO3)2 0,02 mol/L, consumindo em média 29,78 mL.
Calcular a % teórica de cada sal na mistura.

RESOLUÇÃO

Dosagem da mistura AlCl3. 6H2O + Al2(C2O4)3 2 H2O

Metodologia 100 mL EDTA 0,01 mol/L


ƒ = 1,05639

Mmistura = 0,1257g erlenmeyer bureta: Cu(NO3)2 0,02 mol/L


erlenmeyer

NCu(NO3)2 = M.V = 0,02 X 0,0278


NCu(NO3)2 = 5,956. 10-4 mol

85
Química Analítica Quantitativa

NEDTA = M.V. ƒ= 0,01 X 0,1 x 1,05639


NEDTA = 1,05639 . 10-3 mol

Nmistura = NCu(NO3)2 - NEDTA


Nmistura = 5,956. 10-4 - 1,05639 . 10-3
Nmistura = 4,6079. 10-4 mol

Nmistura = 1 m AlCl3. 6H2O + 2m Al2(C2O4)3 2 H2O


241,5 354

4,6079 . 10-4 = 4,140786749 . 10-3 m1 + 5,649717514. 10-3 m2 A

m1 + m2 = 0,1257 m1 = 0,1257 – m2 B

4,6079 . 10-4 = 5,204968944. 10-4 – 1,589076. 10-3 m2

A= mB

m2= 0,039569 g m1 = 0,08613 g

% m2 = 31,48% m/m % m1 = 68,52 % m/m

10 – Determinação de magnésio, manganês e zinco em mistura, usando o


íon fluoreto como agente desmascarador. Quando estão presentes, em
mistura, o magnésio e o manganês, a sua soma pode ser determinada
diretamente por titulção com EDTA. O íon FLUORETO desmascara o
magnésio seletivamente do seu complexo de EDTA e, se tambêm for
adicionado um excesso de solução padrão de manganês, ocorrerá a
seguinte relação, à temperatura ambiente:
[Mg-Y]2- + 2F- + Mn2+ → MgF2 + [Mn-Y] 2-
Este excesso de íon manganês pode ser estimado por titulação de
excesso de EDTA. A quantidade da solução padrão do íon manganês
consumido é equivalente ao EDTA liberado pelo íon fluoreto, que, por sua
vez, é equivalente ao manganês da amostra. Misturas de manganês,
magnésio e zinco podem ser analisadas de modo semelhantes. O primeiro
ponto final do EDTA da a soma dos três íons. O íon fluoreto é adicionado
e o EDTA liberado do complexo de magnésio-EDTA é titulado com o íon
manganês, conforme foi detalhado acima. Seguindo o segundo ponto final,
adiciona- se íons cianeto pra deslocar zinco do seu quelato de EDTA e
formar o complexo cianozincato [Zn(CN4)]-2 estável; o manganês. A seguir,
serão dados detalhes da análise de misturas Mn-Mg-Zn.

86
Química Analítica Quantitativa

Processo: prepare uma solução de sulfato de manganês (II)


(aproximadamente 0,05 mol/L), dissolvendo 11,500g do sólido puro em um
litro de água deionizada; padronize a solução titulando-a com uma solução
de EDTA 0,05 mol/L, usando o indicador NEGRO DE SOLOCROMO, após
a adição de 0,25 g de cloreto de hidroxilamônio.
Prepare a solução tampão (pH=10) dissolvendo 8,0g de nitrato de amônio
A.R. em 65 ml de água deionizada, e adicione 35 ml de uma solução
concentrada de magnésio, manganês e zinco, transfira pra erlenmeyer de
250 mL e dilua a 100 mL com água deionizada. Adicione 0,25g de cloreto
de hidroxilamônio (isto impede a oxidação dos íons Mn+2), a seguir 10 mL
da solução tampão e 30-40 mg da mistura do indicador com KNO3. Aqueça
a 40 ºC e titule (preferencialmente com o agitação magnética) com solução
padrão de EDTA, até obter uma cor vermelha permanente (anote o volume
exato que foi adicionado). Agite durante um minuto. Titule o excesso de
íon manganês com EDTA até que a cor mude para azul pura. Após o
segundo ponto final, adicione 4-5 mL de uma solução aquosa de cianeto
de potássio e adicione, de uma bureta, a solução de íon manganês (II)
adicionada.

Dados: 25,0 mL do padrão de manganês consumiram 30,30 mL de EDTA


0,05 mol/L f= 0,91800;

Primeira titulação: 33,05 mL de EDTA;


Segunda titulação: 9,85 mL da solução do padrão de MN;
Terceira titulação: 1,26 mL do EDTA;
Quarta titulação: 8,46 mL da solução padrão de Mn.

Pergunta-se:
1. Quais as quantidades dos elementos na amostra e suas respectivas
concentrações molares reais?
2. Faça o mecanismo de indicação.

Dados: Mn=55, Zn=65, Mg=24, F=19, S=32, Na=23 g/mol

RESOLUÇÃO

OBS: O íon fluoreto desmascara o magnésio.


Quando se adiciona excesso de manganês ocorre a reação:
[Mg-Y]-2 + 2F- + Mn+2 MgF2 + [Mn-Y]2-
O excesso de Mn pode ser estimado por titulação de excesso de
EDTA.

87
Química Analítica Quantitativa

Processo:
 Padronização do sulfato de Manganês
M = 11,15 = 0,007384 mol/L
151 x 1

(M. V. ƒ) Mn = (M. V. ƒ) EDTA


0,025 x 0,05x ƒ = 0,05 x 0,03030 x 0,91800
ƒMnSO4 = 1, 112616

 Encontrando a molaridade da mistura


N mistura = N EDTA
0,025 x M = 0,05 x 0,03305 x 0,91800

M mistura = 0,0606798 mol/L

 Mg
NMg = NMn - NEDTA
M X 0,025 =(0,05X 0,00985 X 1,112616) – (0,05 – 0,00126 X 0,091800)
M= 0,019605 mol/L
(M mistura) → 0,0606798 100 %
(M Mg) → 0,019605 %Mg

%Mg = 32,309 % m/m

 Zn
NZn = NEDTA = N Mn
M x 0,025 = 0,05 x 0,00846 x 1,112616
MZn = 0,018825462 mol/L

(M mistura) → 0,0606798 100 %


(M Zn) → 0,018825462 %Zn

%Zn = 31, 024 % m/m

 Mn
% Zn + % Mg + % Mn = 100%
31, 024 % + 32,309 % + % Mn = 100%
%Mn = 36,667 % m/m

88
Química Analítica Quantitativa

Mecanismos
Ind. Negro de Ferocromo
Início: Mg, Mn, Zn + Ind pH [Mg-Ind.] + [Mn-Ind] + Mg. Mn, Zn (Roxo)

Durante: Mg, Mn, Zn + [Mg-Ind.] + [Mn-Ind.] + [Zn – Ind] + Y4- pH


[Mg-Ind.] + [Mn-Ind.] + [Zn – Ind.] + [Mg-Y] + [Mn – Y] + [Zn – Ind] 2- + Mn,
2- 2-

Mg, Zn (Roxo)

Ponto de Equilíbrio: [Mg-Ind.] + [Mn-Ind.] + [Zn – Ind.] + [Mg-Y]2- + [Mn -Y]2-


+ [Zn – Ind]2- + Mn + Mg+ Zn + Y4- pH [Mg-Ind.] + [Mn-Ind.] + [Zn – Ind.]
+ [Mg-Y] + [ Mn – Y] + [ Zn – Ind] (Roxo)
2- 2- 2-

Após PE: [Mg-Ind.] + [Mn-Ind.] + [Zn – Ind.] + [Mg-Y] 2- + [Mn – Y] 2- +


[Zn – Ind] 2 + Y4- pH Ind. + [Mg-Y] 2- + [Mn – Y] 2- + [Zn – Ind] 2 (Azul)

89
Química Analítica Quantitativa

7. Gravimetria
1 – Determinação de Chumbo, na forma de Cromato:
Pesou-se 1,25 g de Fosgenita [Pb2(CO3Cl2)] = impurezas, solubilizando
com soluções ácidas adequadas. Após solubilização total, a solução foi
neutralizada com solução de NaOH até que um precipitado começou a se
formar. Adicionou-se 10 mL de solução tampão de acetato (ácido acético
6 eq/L + acetato de sódio 0,6 eq/L), 10 mL de solução de nitrato crômico
(2,4 g por 10 mL) e 10 mL de solução de Bromato de potássio (2% m/v).
Aqueceu-se a 90-95 ºC. Logo que a precipitação se completou, (cerca de
45 minutos), resfriou-se através de cadinho filtrante, lavando-o com
solução de ácido nítrico a 1% p/v e secou-se a 120 ºC. Pesou-se sob a
forma de PbCrO4 dando uma massa de 1,3646 g.

Pergunta-se:
a) Determinar a proporção de Chumbo no minério.
b) Após calcinar este precipitado em ambiente e temperatura adequadas
determinar a massa de Pb2O3 formada.

Dados: Pb = 207 g/mol; O = 16 g/mol; Cl = 35,5 g/mol; C = 12g/mol; Cr =


52 g/mol.
RESOLUÇÃO
a)
[Pb2(CO3Cl2)] --------------- PbCrO4
1,25 g --------------- 1,3646 g

207 g/mol Pb --------------- 323 g/mol PbCrO4


x --------------- 1,3646 g PbCrO4

x = 0,8745 g

1,25 g --------------- 100 %


0,8745 g -------------- y

y = 69,96 % m/m

b)
[Pb2 (CO3Cl2)] --------------- 2 x Pb
x --------------- 0,8745 g
x = 1,1512 g
% m/mam = 92,10 % m/m

90
Química Analítica Quantitativa

[Pb2(CO3Cl2)] -------------- Pb2O3


1,1512 g -------------- x

x = 0,9758 g de Pb2O3

2 – Pesou-se 8,0954 g de APOFILITA - KCa4[(Si2O5)F2].8H2O e após


dissolução com HCl concentrado, transferiu-se para 250,0 mL em BV (qsp
H2O destilada). O resíduo foi seco e pesado sob a forma de SiO 2, dando
0,8122g. Determinar a porcentagem de seus constituintes e, também
expressar a composição sob a forma de SiO2, K2O e CaO.

RESOLUÇÃO

{KCa4[(Si2O5) F2].8H2O} -------------- SiO2


517 ------------- 60

Fam = 1 x {KCa4[(Si2O5) F2].8H2O}


2 x SiO2

Fam = 4,30833

% m/m = 100 x 0,8122 x 4,30833


8,0954

% m/m = 43,22 %

F = SiO2 x 2
2 x SiO2

(OBS: O ‘2 x SíO2’ não muda porque é a referência para a


comparação dos compostos com a amostra.)
F=1
% m/m SiO2 = 100 x 0,8122 x 1
8,0954

% m/m = 10,03 %

F = CaO x 4

91
Química Analítica Quantitativa

2 x SiO2
F = 1,8667

% m/m CaO = 100 x 0,8122 x 1,8667


8,0954

% m/m = 18,73 %

F= 1 x K2O .

2 x SiO2

F = 0,78333

% m/m K2O = 100 x 0,8122 x 0,78333


8,0954

% m/m = 7,86 %
– Constituintes:

K+ → 43,22 % ---------- 517 g/mol


x ---------- 39 g/mol

X = 3,26 % m/m

Ca+2 → 43,22 % ---------- 517 g/mol


x ---------- 160 g/mol

X = 13,38 % m/m

Si2O5 → 43,22 % ---------- 517 g/mol


x ---------- 136 g/mol

X = 11,37 % m/m

F- → 43,22 % ---------- 762 g/mol


x ---------- 38 g/mol

X = 2,16 % m/m

92
Química Analítica Quantitativa

3 – Pesou-se 1,5000 g de uma amostra do minério STRUVITA


(MgNH4PO4.6H2O – impurezas) foram submetidas a metodologia
gravimétrica por precipitação, obtendo-se como produto final sólido, o
pirofosfato de Magnésio (Mg2P2O7) que depois de dessecado até peso
constante foi pesado dando 0,6575 g. Da proporção de impurezas da
STRUVITA 70% é de Hg2Cl2.

Pergunta-se:
a) Qual o grau de pureza da STRUVITA?
b) Qual a proporção de PO4 na amostra analisada?
c) Quantos gramas de Hg2Cl2 continha na massa pesada?

RESOLUÇÃO

a) MgNH4PO4.6H2O ----------- Mg2P2O7


245,5 ---------- 223

F = MgNH4PO4.6H2O x 2
Mg2P2O7 x 1

F = 2,203953

% m/m amostra = 100 x 0,6575 x 2,203953


1,5000

% m/m = 96,61 %

b) PO4-3 96,61 % ---------- 245,3 g/mol


x ---------- 95 g/mol

% m/m = 37,41 %

c) 100 – 96,60 = 3,4 % de impurezas

1,5 g ---------- 100 %


x ----------- 3,4 %

x = 0,051 g

93
Química Analítica Quantitativa

70% das impurezas é de Hg2Cl2, logo:

0,051 g ---------- 100%


y ---------- 70%

y = 0,0357 g de Hg2Cl2

4 – A ARSENOSSIDERITA é um minério cuja fórmula é:


Ca3Fe4[AsO4(OH)3]3. A análise desse minério foi realizada através de uma
técnica gravimétrica: Pesou-se 10,0051 g da amostra e, após solubilização
adequada, transferiu-se para balão volumétrico de 100,0 mL. Uma alíquota
de 20,0 mL desta solução foi tratada e como produto final obteve-se
MgAs2O7, cuja massa foi de 0,9345 g, quando dessecada a peso
constante. Suas impurezas inertes foram de 38%m/m de CaO e 18%m/m
de Fe2O3.

Pergunta-se:
a) Qual é a pureza da amostra?
b) Qual é a proporção do íon arsenito na amostra?
c) Qual a proporção de Fe na amostra?
d) Qual a proporção de CaO na amostra?

RESOLUÇÃO

a) Ca3Fe4[AsO4(OH)3]3 ---------------- MgAs2O7


914 ----------------- 286.5

F = 914 x 2
286,3 x 3

F = 2,128303

Alíquota = 100/20 = 5

% m/m amostra = 100 x 0,9345 x 5 x 2,128303


10,0051

% m/m amostra = 99,39%


b)
F= AsO4 x 3 x 2
MgAs2O7 x 3

F = 0,97101

94
Química Analítica Quantitativa

% m/m AsO4- = 100 x 0,9345 x 0,97101 x 5


10,0051

% m/m arsenito = 45,35 %

c)
F= Fe x 4 .

MgAs2O7 x 3

F = 0,2608

% m/m Fe = 100 x 0,9345 x 0,2608 x 5


10,0051

% m/m Fe = 12,18 %

d)
F= CaO x 3 .

MgAs2O7 x 3

F = 0,1956

% m/m Fe = 100 x 0,9345 x 0,1956 x 5


10,0051

% m/m CaO = 9,13 %

5 – Um técnico em química foi encarregado de determinar a pureza do


sulfato de Níquel Heptahidratado (NiSO4.7H2O). Para isto ele utilizou uma
metodologia analítica onde após aquecer a solução de Sulfato de Níquel
ele deveria adicionar Dimetilglioxima e logo após algumas gotas de
hidróxido de amônio até que houvesse precipitação quantitativa.
O precipitado decorrente do experimento é insolúvel; a dimetilglioxima é
muito pouco solúvel em água (1 mL desta solução é suficiente para
precipitar 0,0025 g de Níquel). O reagente é adicionado a uma solução
quente fracamente ácida de sal de Níquel que em seguida é tornada
levemente amoniacal. Este procedimento leva a um precipitado que é
filtrado mais facilmente do que quando a precipitação é feita á frio.
A reação níquel + dimetilglioxima produz a formação do complexo Ni-
dimetilglioxima [Ni(C4H7N2O2)2].

95
Química Analítica Quantitativa

Após a precipitação, separou-se o precipitado, calcinou-se o mesmo e


manteve-se na estufa por 12 horas, logo após realizou-se 3 pesagens ao
longo do dia, anotando-se os valores obtidos. Logo após fez-se a média
destas massas obtendo-se 0,2602 g.
Sabe-se que a massa pesada da amostra foi de 0,300 g.

Pergunta-se:
a) Qual foi a pureza obtida pelo técnico?
b) Qual a porcentagem dos constituintes em termos de Ni+2, SO4-2 e H2O?

Dados: Ni = 58,5 g/mol; S = 32 g/mol; N = 14 g/mol; C = 12 g/mol;


H = 1 g/mol; O = 16 g/mol.

RESOLUÇÃO

a) Cálculo do Fator gravimétrico para o Sulfato de Níquel Heptahidratado

NiSO4.7H2O -------------------- Ni(C4H7N2O2)2


280,5 -------------------- 288,5

F= NiSO4.7H2O
Ni(C4H7N2O2)2

F = 0,97227

Cálculo de Pureza do Sulfato de Níquel Heptahidratado (NiSO 4.7H2O):

% m/m = q x F x 100
Q

% m/m = 0,2602 x 0,97227 x 100


0,3000

% m/m = 84,32 %

b) Cálculo de porcentagem de Ni+2 na amostra:


NiSO4.7H2O ------- 280,5 g/mol --------------- 84,32 %
Ni+2 ---------------- 58,5 g/mol ----------------- x

% m/m = 17,58 %

96
Química Analítica Quantitativa

Cálculo da porcentagem de SO4-2 na amostra:


NiSO4.7H2O ------- 280,5 g/mol --------------- 84,32 %
SO4-2 ---------------- 96 g/mol ----------------- x

% m/m = 28,86 %

Cálculo da porcentagem de H2O na amostra:


NiSO4.7H2O ------- 280,5 g/mol --------------- 84,32 %
7x H2O ---------------- 126 g/mol ----------------- x

% m/m = 37,88 %

6 – Como a análise gravimétrica pode ser dividida?

RESOLUÇÃO

Precipitação, filtração, lavagem, dessecação e pesagem.

7 – Cite uma das vantagens e uma desvantagem da análise gravimétrica.

RESOLUÇÃO

A maior vantagem é que na gravimétrica a constante é isolada e pode ser


examinada para determinação exata de impurezas e corrigi-las. A
desvantagem é o tempo, em geral muito longo.

8 – O teor em alumínio numa amostra pode ser determinado por


precipitação como uma base e calcinação a Al2O3, que é pesado. Qual
massa de alumínio numa amostra com 0,2365 g de precipitado calcinado?

RESOLUÇÃO

Peso da amostra = 0,2365 g

Nm Al2O3 = m Al2O3
MM Al2O3

97
Química Analítica Quantitativa

Nm = 0,2365
102

Nm = 2,3186 x 10-3

Nm Al = Nm Al2O3 x 2

Nm Al = 4,6372 x 10-3

Al2O3 ----- 2 Al
m Al = Nm x MM Al
Ou
m Al = 4,6372 x 10-3 x 27
102g/mol ----- 2x127g/mol
m Al = 0,1252 g
0,2365 g ----- x

m Al = 0,1252 g
x= 0,1252g

98
Química Analítica Quantitativa

8. Análise Instrumental
8.1. Potenciometria

1 – Determinar a pureza do Na2B4O7.10H2O, cuja a massa de 2,3288 g foi


dissolvida em água deionizada em balão volumétrico de 200,0 mL.
Alíquotas de 25,0 mL foram dosadas utilizando-se H2SO4 0,1 eq/L
f=1,018265. Os dados analíticos estão apresentados abaixo.

V (mL) E (mV) 14,30 -4


0,00 -376 14,50 36
5,00 -326 14,70 64
7,00 -286 14,90 76
9,00 -246 15,40 96
11,00 -206 16,40 118
12,00 -186 17,40 138
13,00 -166 19,40 178
13,50 -144 21,40 218
13,70 -132 23,40 258
13,90 -104 28,40 308
14,10 -64

Levantar as curvas potenciométricas E x V e ΔE/ΔV, determinar o ponto


de equivalência nas duas curvas. Com estes valores, calcular a pureza e
a concentração real em termos de normalidade.

RESOLUÇÃO

99
Química Analítica Quantitativa

V (mL) E (mV) ΔV ΔE ΔE/ΔV


0,00 -376 5,00 50 10
5,00 -326 2,00 40 20
7,00 -286 2,00 40 20
9,00 -246 2,00 40 20
11,00 -206 1,00 20 20
12,00 -186 1,00 20 20
13,00 -166 0,50 22 44
13,50 -144 0,20 12 60
13,70 -132 0,20 28 140
13,90 -104 0,20 40 200
14,10 -64 0,20 60 300
14,30 -4 0,20 40 200
14,50 36 0,20 28 140
14,70 64 0,20 12 60
14,90 76 0,50 20 40
15,40 96 1,00 22 22
16,40 118 1,00 20 20
17,40 138 2,00 40 20
19,40 178 2,00 40 20
21,40 218 2,00 40 20
23,40 258 5,00 50 10
28,40 308 -- -- --

Naparente = 3288 = 0,061 190,6 x 0,2


eq/L Alíquota = 200/25 = 8
Ponto de equivalência (P.E.): 14,30 mL

% m/m = [100 x (0,1 x 1,018265 x 0,0143) x 8 x 190,6] /2,3288


% m/m = 95, 34 %

Nreal = 0,061 x 0, 9534 = 0, 0582 eq/L

2 – Um resíduo de ácido foi titulado potenciometricamente utilizando-se


um processo de retorno.

Metodologia: Uma alíquota de 10,0 mL do resíduo foi diluído em um balão


volumétrico de 250,0 mL e qsp água destilada. Após a diluição, uma
alíquota de 50,0 mL foi transferida para outro balão de 250,0 mL e reagido
com 100,0 mL de NaOH 0,1 eq/L f=1,07255. Determinar a acidez em
termos de % m/V do resíduo, após fazer os gráficos de E x V e ΔE/ΔV.

100
Química Analítica Quantitativa

V (mL) E (mV) 15,4 -202 17,55 -86


0 -266 15,6 -199 17,6 -70
2 -262 15,8 -195 17,65 -49
4 -258 16 -191 17,7 -13
6 -254 16,2 -185 17,75 6
8 -248 16,4 -179 17,8 23
10 -242 16,6 -172 17,85 39
11 -238 16,8 -164 17,9 52
12 -233 17 -153 18 74
13 -227 17,1 -146 18,6 216
14 -220 17,2 -139 19 232
14,5 -215 17,3 -129 19,5 244
15 -209 17,4 -115 21 262
15,2 -206 17,5 -96

RESOLUÇÃO

V (mL) E (mV) ΔV ΔE ΔE/ΔV


0 -266 2 4 2
2 -262 2 4 2
4 -258 2 4 2
6 -254 2 6 3
8 -248 2 6 3
10 -242 1 4 4
11 -238 1 5 5
12 -233 1 6 6
13 -227 1 7 7
14 -220 0,5 5 10
14,5 -215 0,5 6 12
15 -209 0,2 3 15
15,2 -206 0,2 4 20
15,4 -202 0,2 3 15

101
Química Analítica Quantitativa

15,6 -199 0,2 4 20


15,8 -195 0,2 4 20
16 -191 0,2 6 30
16,2 -185 0,2 6 30
16,4 -179 0,2 7 35
16,6 -172 0,2 8 40
16,8 -164 0,2 11 55
17 -153 0,1 7 70
17,1 -146 0,1 7 70
17,2 -139 0,1 10 100
17,3 -129 0,1 14 140
17,4 -115 0,1 19 190
17,5 -96 0,05 10 200
17,55 -86 0,05 16 320
17,6 -70 0,05 21 420
17,65 -49 0,05 36 720
17,7 -13 0,05 19 380
17,75 6 0,05 17 340
17,8 23 0,05 16 320
17,85 39 0,05 13 260
17,9 52 0,1 22 220
18 74 0,6 142 236,6667
18,6 216 0,4 16 40
19 232 0,5 12 24
19,5 244 1,5 18 12
21 262 -- -- --

Alíquotaexterna = Alíquotainterna = 250/50 = 5


Ponto de equivalência (P.E.) = 17,65 mL

% m/V = {100 x [(0,1 x 0,1 x 1,08875) –5(0,05 x 0,01765 x 1,07225)] x 5 x 1} /10=


0,3078 %

3 – Uma amostra de Fe3+ foi submetida numa dosagem potenciométrica


segundo a metodologia: tomou-se uma alíquota de 10,0 mL de uma
solução desconhecida e transferiu-se para um balão de 250,0 mL,
completando seu volume com água destilada. 50,0 mL desta solução, após
condicionamento do meio, foi titulada com solução padrão de K2Cr2O7 0,1
eq/L. O quadro abaixo mostra os registros da titulação.

102
Química Analítica Quantitativa

V (mL) E (mV) 9 482 10,8 604


1 384 9,2 486 11 608
2 400 9,4 494 12 618
3 413 9,6 503 13 624
4 423 9,8 540 14 630
5 433 10 560 15 634
6 442 10,2 578 16 638
7 452 10,4 588 17 640
8 462 10,6 598 19 642

Pergunta-se quantos MG de Fe3+ possui a alíquota original (fazer o gráfico


da titulação).
RESOLUÇÃO

V (mL) E (mV) ΔE ΔV ΔE/ΔV


1 384 16 1 16
2 400 13 1 13
3 413 10 1 10
4 423 10 1 10
5 433 9 1 9
6 442 10 1 10
7 452 10 1 10
8 462 20 1 20
9 482 4 0,2 20
9,2 486 8 0,2 40
9,4 494 9 0,2 45
9,6 503 37 0,2 185
9,8 540 20 0,2 100

103
Química Analítica Quantitativa

RESOLUÇÃO

- Cálculo da emissividade para a solução A:


A=εxaxC

λ (510 nm)
0,015 = ε x 1 x 4,0
ε = 0,00375

λ (650 nm)
0,0129 = ε x 1 x 4,0
ε = 0,003225

- Cálculo da emissividade para a solução B:


A=εxaxC

λ (510 nm)
0,2255 = ε x 1 x 9,5
ε = 0,02368

λ (650 nm)
0,047 = ε x 1 x 9,5
ε = 0,004947

- Cálculo da concentração dos componentes da mistura:

λ (510 nm)
Amistura = (ε1 x a1 x C1) + (ε2 x a2 x C2)
0,087 = (0,00375 x 1 x C1) + (0,02368 x 1 x C2)
0,087 = 0,00375.C1 + 0,02368.C2 (I)

λ (650 nm)
Amistura = (ε1 x a1 x C1) + (ε2 x a2 x C2)
0,104 = (0,003225 x 1 x C1) + (0,004947 x 1 x C2)
0,104 = 0,003225.C1 + 0,004947.C2 (II)

Resolvendo o sistema:

C1 = 35,16 g/L
C2 = 1,89 g/L

104
Química Analítica Quantitativa

5 – Uma forma comum de determinar o fósforo em urina consiste em tratar


a amostra com Molibdênio (VI) após se remover as proteínas, e então
reduzir o complexo 12 – molibdofosfato com ácido ascórbico para fornecer
uma espécie de cor azul intensa. A absorbância do azul de molibdênio
pode ser medida a 650 nm. Um paciente produziu 1122 mL de urina em
24 horas. Uma alíquota de 1,0 mL da amostra foi tratada com Mo (VI) e
ácido ascórbico e foi diluída para um volume de 50,0 mL. Uma curva
analítica foi preparada tratando-se alíquotas de 1,0 mL de soluções padrão
de fosfato da mesma forma que a amostra da urina. As absorbâncias dos
padrões e da amostra de urina foram medidas a 650 nm, obtendo-se os
seguintes resultados:

Solução Absorbância
1,00 mg/L P 0,230
2,00 mg/L P 0,436
3,00 mg/L P 0,638
4,00 mg/L P 0,848
Amostra de Urina 0,518

a) Construa um gráfico da curva analítica e determine a concentração em


MG/L de P na amostra de urina.
b) Qual a massa, em gramas, que foi eliminada pelo paciente por dia?
c) Qual é a concentração de fosfato na urina em g/L?

RESOLUÇÃO
a)

105
Química Analítica Quantitativa

Fazendo um gráfico onde temos para cada 10 mm, 0,16 mg/L, obtemos
149 mm, logo 2,384 mg/L.

Alíquota = 50/1  Cconcentrada = 2,384 x 50 = 119,2 mg/L

b) 119,2 mg/L ______ 1000 mL


x ______ 1122 mL

X = 0,1337 g

c) 0,1337 g ______ 1122 mL


x ______ 1000 mL

X = 0,1191 g/L

106

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