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PRÁTICAS INCLUSIVAS

PARA FORMAÇÃO DE
PROFESSORES

ETAPA 1
CENTRO UNIVERSITÁRIO
LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito
89130-000 - INDAIAL/SC
www.uniasselvi.com.br

Curso sobre Práticas Inclusivas para Formação de Professores


Centro Universitário Leonardo da Vinci

Coordenação
Ana Clarisse Alencar Barbosa

Autora
Carolina dos Santos Maiola

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância


Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Letícia Vitorino Jorge

Revisão
Fabiana Lange Brandes
Suellen Cardoso de Lima
A CONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL E NO MUNDO

Apresentação do capítulo

Olá, estudante!

Estamos iniciando o curso de Práticas Inclusivas para Formação de Professores!


E na nossa primeira etapa de estudos, dialogaremos sobre as concepções do “diferente”
no contexto social e buscaremos refletir sobre questões como: O que é ser diferente?
Quem determina o que é igual/diferente, normal/deficiente? Para buscarmos algumas
respostas a esses questionamentos, conheceremos um pouco da história da deficiência
desde a Idade Média até os dias atuais.

Diante desse processo histórico, acompanharemos a caminhada da Educação


Especial no atendimento à pessoa com deficiência, percorrendo pelos momentos de
práticas de exclusão, segregação, integração e inclusão desses sujeitos na nossa sociedade
e, em específico, no contexto escolar.

Nos acompanharão nesse texto, alguns autores brasileiros importantes na


literatura no que se refere à educação especial e inclusiva, e também apresentaremos
parte dos pressupostos teóricos de Vygotsky, com base na sua obra Fundamentos da
Defectologia que, mesmo escrita há mais de 80 anos, se mostra tão atual e de grande
contribuição para os nossos estudos e reflexões.

Bons Estudos!
2 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

1 A CONCEPÇÃO DO “DIFERENTE” NO CONTEXTO SOCIAL: REFLEXÕES INICIAIS

Iniciamos nossos estudos convidando você, para uma caminhada de reflexões sobre
a Educação Especial e as políticas de educação inclusiva. É inevitável nos reportarmos ao
papel da escola e a todos os sujeitos envolvidos nesse processo.

Se revisitarmos historicamente, poderemos perceber que a escola se caracterizou por


um espaço que por muito tempo delimitava a escolarização como privilégio de um grupo,
excluindo indivíduos considerados fora dos padrões homogeneizadores, apresentando
assim, características de segregação e seleção dos mais aptos para estarem nesse espaço.

Mas, o que é ser diferente?

Vemos que o conceito de diferença apresenta uma multiplicidade de perspectivas


presentes nas práticas sociais e também alguns “marcadores”, como gênero, classe social,
características físicas, intelectuais, culturais e suas respectivas conotações. A diferença
também pode ser construída negativamente, por meio da exclusão ou da marginalização
daquelas pessoas que são definidas como “outros”. Por outro lado, pode ser celebrada
como fonte de diversidade, heterogeneidade e hibridismo, sendo vista como enriquecedora
(SILVA, 2003).

FIGURA 1 - DIFERENÇA

FONTE: Disponível em: <http://homosapienssapiensbrazil.blogspot.com.br/2010/05/sobre-patos-e-


cisnes.html>. Acesso em: 23 maio 2016.

Diante disso, você já se perguntou sobre quem define o que é ser diferente?

Consideramos que a definição de deficiência também é construída socialmente, por


meio do qual atribuímos a uma pessoa qualidades negativas. Beyer (2006) concorda com
esta informação e acrescenta que a deficiência pode ser culturalmente elaborada através
de um processo de atribuição das expectativas sociais, por meio de normas, preconceitos
e valores presentes na interação entre os que definem e os que são definidos. No caso das
pessoas com deficiência, suas diferenças se exaltam e respondem na forma de preconceitos
que menosprezam suas potencialidades. Estas pessoas costumam ser percebidas pelo que
foge ao padrão, tanto no que falta, quanto no que necessitam em questão de assistência e
adaptações.

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S!
DICA

Sugerimos o filme: “De porta em porta”, que conta a história real de Bill
Porter, um homem que nasceu com uma
paralisia cerebral, que cria limitações na
sua fala e movimentos. Bill tem todo o
apoio da sua mãe para obter um emprego
como vendedor na Watkins Company.
Primeiramente Bill é rejeitado pelas
pessoas “normais”, mas ao fazer sua 1ª
venda para uma alcóolatra reclusa, Gladys
Sullivan (Kathy Baker), ele literalmente
não parou mais.

FONTE: Disponível em: <https://filmow.com/de-porta-em-porta-t4776/>.


Acesso em: 23 maio 2016.

Com as políticas de educação especial, surge o consenso de que as diferenças não


podem continuar a ser vistas como meros desvios de norma ou resultado de comparação
entre as pessoas.

Vygotsky, conforme Veer e Valsiner (1999), sugere que o ser humano deveria,
antes de ser definido comparativamente, ser reconhecido como detentor de uma
identidade única, o que anularia as relações binárias do tipo normal/anormal, mais
inteligente/menos inteligente, melhor/pior, dentre outros.

FIGURA 2 - DIVERSIDADE

FONTE: Tirinha de Alexandre Beck

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É importante que constatemos que a educação deve se desvincular de uma
pedagogia indiferente às diferenças, passando a possibilitar relações com a diversidade.
É neste contexto que emerge a necessidade de uma pedagogia inclusiva, em que tanto
seja discutida a diferença da pessoa com deficiência quanto a diferença de cada indivíduo
como ser único, bem como seja levado em conta esse sujeito; enfatizando assim as
possibilidades pedagógicas que contemplem esta diversidade humana em sala de aula.

Dentro desta proposta, o papel do professor também toma novas perspectivas,


pois para mediar a um grupo tão diversificado, é preciso rever conhecimentos sobre
desenvolvimento humano, sobre aprendizagem e sobre como intervir diante das
múltiplas facetas da inteligência. Também é preciso ver o indivíduo em sua totalidade,
complexidade, potencialidade. Igualmente é essencial vê-lo como indivíduo ativo,
cheio de emoções, desejos, sonhos; como alguém fazendo história, que deseja ser visto,
escutado, entendido e, até mesmo, provocado. É com esta riqueza de características
que a educação convive. Ingênuo aquele que imagina que todos os indivíduos, mais
especificamente as crianças, são iguais. Todos são diferentes. Pensam, aprendem,
entendem e veem de forma diferente, porque também têm emoções e histórias diferentes.

É sobre esta diversidade humana que o professor age ou com a qual interage. Por
esta razão, questionamos: Por que resistir ao diferente se lidamos com as diferenças no
dia a dia?

2 A DEFICIÊNCIA NA HISTÓRIA

Prezado leitor, no decorrer dos nossos estudos, você perceberá que muitos
foram os termos utilizados para denominar a pessoa com deficiência. Para que você
acompanhe todo o processo de construção desse sujeito no contexto social e escolar,
optamos por manter os termos utilizados em cada época descrita, até chegarmos às
concepções utilizadas atualmente. Os nomes dados, de acordo com o período histórico,
nos mostram também como as pessoas eram concebidas naquela época. Diante disso,
acompanhe conosco um breve recorte dessa trajetória!

Ao avaliarmos os caminhos percorridos da pessoa com deficiência na história


mundial, podemos identificar dois tipos de tratamento a eles destinados: a rejeição e
eliminação de um lado, e a proteção assistencialista e piedosa, de outro.

Na Roma Antiga, as famílias tinham permissão de sacrificar os filhos que


nascessem com alguma deficiência. Em Esparta, as pessoas eram lançadas ao mar ou
em precipícios.
De acordo com registros existentes, de fato, o pai de qualquer recém-nascido
das famílias conhecidas como homoio (ou seja, “os iguais”) deveria apresentar
seu filho a um Conselho de Espartanos, independentemente da deficiência ou
não. Se esta comissão de sábios avaliasse que o bebê era normal e forte, ele era

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devolvido ao pai, que tinha a obrigação de cuidá-lo até os sete anos; depois, o
Estado tomava para si esta responsabilidade e dirigia a educação da criança para
a arte de guerrear. No entanto, se a criança parecia “feia, disforme e franzina”,
indicando algum tipo de limitação física, os anciãos ficavam com a criança e,
em nome do Estado, a levavam para um local conhecido como Apothetai (que
significa “depósitos”). Tratava-se de um abismo onde a criança era jogada,
“pois tinham a opinião de que não era bom nem para a criança nem para a
república que ela vivesse, visto que, desde o nascimento, não se mostrava bem
constituída para ser forte, sã e rija durante toda a vida (Licurgo de Plutarco
apud SILVA, 1987, p. 105).

FIGURA 3 - A NAVE DOS LOUCOS – HIERONYMUS BOSCH

FONTE: Disponível em: <www.wikimedia.org>. Acesso em: 23 maio 2016.

Hoje, a prática citada, nos parece cruel e repugnante, não é mesmo?! No entanto,
deve ser entendida de acordo com a realidade histórica e social da época. Para eles, a
expectativa é de que se criassem sujeitos perfeitos para que se tornassem guerreiros.
Ainda, temos relatos de civilizações que utilizavam comercialmente as pessoas com
deficiência para fins de prostituição ou entretenimento:

Cegos, surdos, deficientes mentais, deficientes físicos e outros tipos de pessoas


nascidas com má formação eram também, de quando em quando, ligados a
casas comerciais, tavernas e bordéis; bem como a atividades dos circos romanos,
para serviços simples e às vezes humilhantes (SILVA, 1987, p. 130). 

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FIGURA 4 - TRABALHO EM CIRCO

FONTE: Disponível em: <http://minilua.com/terrivel-circo-dos-horrores/>. Acesso em 23 maio 2016.

Com a vinda do Cristianismo, algumas mudanças sobre como as pessoas com


deficiência eram vistas, mudaram. O próprio conteúdo da doutrina cristã, voltada para
a caridade e amor ao próximo, deu respaldo na vida daqueles que ficavam às margens
da sociedade. Diante disso, criaram-se hospitais e instituições de caridade voltados ao
atendimento desta demanda.

FIGURA 5 - LIBERDADE E DEFICIÊNCIA

FONTE: Disponível em: <https://serumdeficiente.wordpress.com/>. Acesso em: 23 maio 2016.

Na Idade Média, pudemos constar que as incapacidades físicas, problemas


mentais e malformações eram considerados “castigos de Deus” e, nessa mesma época,
a própria igreja, que antes propunha a caridade, passa a rejeitá-los por fugirem do
“padrão de normalidade”.

Já o período do “Renascimento” marca uma fase mais esclarecida da humanidade,

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principalmente com a criação dos direitos reconhecidos como universais, numa filosofia
humanista, bem como a realização de avanços na ciência que viabilizaram um olhar mais
clínico à pessoa com deficiência. Assim, passa-se a ter uma atenção mais direcionada e
constroem-se espaços de atendimento específico para essas pessoas.

FIGURA 6 - RENASCIMENTO

FONTE: Disponível em: <https://daytodayforever.wordpress.com/2013/07/page/3/>. Acesso em: 23


maio 2016.

Beyer (2006) relata que as primeiras tentativas de se educar crianças com


deficiência, predominou a ideia de que tais crianças dificilmente seriam educáveis. Sua
situação requeria apenas os cuidados da medicina. Os primeiros médicos e educadores
que sugeriram a possibilidade de educar enfrentaram dura oposição.

Somente com o surgimento das escolas especiais, as crianças com deficiência


obtiveram a chance de poder frequentar um espaço educacional. Elas foram importantes
historicamente, mas para uma solução transitória. A longa existência e prática de
segregação escolar reforçou a ideia de que não se poderia educar a pessoa com deficiência
em outro lugar a não ser nas escolas especiais, considerando esse espaço como o melhor
ou mais apropriado para eles.

2.1 A EDUCAÇÃO ESPECIAL

Para Bleidick (1981, p.257 apud BEYER, 2006a), a escola sempre desejou
simplificar o que era complexo no que diz respeito à condição humana e, por isso,
selecionava o que era de sua responsabilidade e ao que não cabia em suas abordagens
educacionais. Para isso, criavam-se espaços educacionais que separavam aqueles que
não cabiam nos padrões estabelecidos pela escola, dando origem a novos parâmetros
de desenvolvimento e concepções de seres humanos, para atender às disparidades
excluídas das instituições anteriores.

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No entanto, esses espaços escolares que sugerem a homogeneidade (ensino
comum) não dão conta de sua realidade educacional, pois este sistema social é mascarado
e encoberto por uma multiplicidade de diferenças e diversidades.

Para Vygotsky (1997), a dificuldade encontrada nas escolas especiais consiste


na limitação de acesso ao horizonte social das crianças com deficiência, enquanto estas
precisariam da convivência com crianças com condições cognitivas e socioafetivas
diferenciadas dos seus. Beyer (2006a, p.14) ainda nos questiona: “As escolas especiais
são de fato as escolas certas para crianças com necessidades especiais? ”. E explica seu
posicionamento:

O desafio é construir e pôr em prática no ambiente uma pedagogia que consiga


ser comum ou válida para todos os alunos da classe escolar, porém capaz de
atender os alunos cujas situações pessoais ou características de aprendizagem
requeiram uma pedagogia diferenciada. Tudo isso sem demarcações, precon-
ceitos ou atitudes nutridoras dos indesejados estigmas. Ao contrário, pondo
em andamento, na comunidade escolar, uma conscientização crescente dos
direitos de cada um (BEYER, 2006b, p. 76).

Veja que há mais de 80 anos, Vygotsky já vislumbrava uma perspectiva que iria
além do atendimento das pessoas com deficiência em escolas especiais. Diante dos
seus estudos sobre o desenvolvimento humano e seus processos de aprendizagem, já
conotava uma grande inclinação para os processos inclusivos. Conheça um pouco mais
sobre este teórico e sua principal obra direcionada as pessoas com deficiência a seguir.

2.2 VYGOTSKY E OS FUNDAMENTOS DA DEFECTOLOGIA



Vygotsky deixou uma contribuição significativa no que se refere à educação
especial, nos chamados Fundamentos da Defectologia, presentes num conjunto de obras
intituladas Obras Escogidas, traduzidas para o espanhol, e que abordam os aspectos
da deficiência e das interações dos sujeitos com o meio.

O termo defectologia era utilizado para a ciência que estudava as crianças com
vários tipos de problemas (defeitos), tanto intelectuais quanto físicos. Dentre as crianças
estudadas, estavam os surdos-mudos, atualmente classificados somente como surdos,
cegos, não-educáveis e deficientes mentais, hoje, deficientes intelectuais.

Veer e Valsiner (1999) apontam que o interesse de Vygotsky por problemas de


defectologia tornou-se evidente em 1924, com sua primeira publicação nessa área, na
qual relatava os trabalhos que estava realizando no subdepartamento de educação de
crianças “defeituosas” no Narkompros, academia russa de ciências. Assim, a partir de
1924, Vygotsky tentou formular sua própria visão da criança “defeituosa”, tarefa que
nunca foi completada e prosseguiu até sua morte, em 1934.

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UNI

Você deve ter achado estranho a utilização do termo “crianças defeituosas”,


não é mesmo?! Porém, esta era uma referência muito comum utilizada
na época para denominar as pessoas com deficiência. Os termos foram
evoluindo com o passar dos tempos.

FIGURA 7 - OBRAS ESCOGIDAS – FUNDAMENTOS DE DEFECTOLOGIA

FONTE: Disponível em: <http://www.skoob.com.br/fundamentos-de-defectologia-126948ed140868.


html>. Acesso em: 23 maio 2016.

Vygotsky distinguia dois tipos de deficiência – primária e secundária. A


deficiência primária era compreendida como biológica, relacionada a lesões orgânicas,
lesões cerebrais, malformações, alterações cromossômicas, ou seja, características físicas
apresentadas pelo sujeito. A deficiência secundária, compreendia o desenvolvimento
do sujeito com essas características (orgânicas), com base nas interações sociais, ou seja,
derivada do isolamento das relações sociais e culturais características do entorno em
que cada sujeito se insere.

[...]uma educação ideal só é possível com base em um ambiente social orientado
de modo adequado e que os problemas essenciais da educação só podem ser
resolvidos depois de solucionada a questão social em toda a sua plenitude.
Daí deriva também a conclusão de que o material humano possui uma infinita
plasticidade se o meio social estiver organizado de forma correta. Tudo pode
ser educado e reeducado no ser humano por meio da influência social corres-
pondente. A própria personalidade não deve ser entendida como uma forma
acabada, mas como uma forma dinâmica de interação que flui permanentemente
entre o organismo e o meio (VYGOTSKY, 1997, p. 200).

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Com base nessa capacidade plástica citada por Vygotsky (1997), podemos
compreender que um indivíduo com limitações físicas ou intelectuais pode modificar
seus estados a partir de estímulos externos e refinar suas capacidades já desenvolvidas,
de modo a, preferencialmente, ressaltar o que cada sujeito tem de melhor para oferecer
ao seu meio e a si mesmo.

FIGURA 8 - ESTÍMULOS EXTERNOS

FONTE: Disponível em: <http://www.maxximiza.com.br/intervencao-precoce-estimulando-a-


qualidade-de-vida/>. Acesso em: 23 maio 2016.

Em seus escritos, Vygotsky enfatizava a importância da educação social de


crianças deficientes e o potencial da criança para o desenvolvimento normal. Afirmava
que as deficiências corporais afetavam, antes de mais nada, suas relações sociais, e não
suas interações diretas com o ambiente físico, ou seja, o defeito orgânico manifestava-se
devido à situação social da criança. Assim, as pessoas que faziam parte do seu meio o
tratariam de maneira diferente das demais, de um modo positivo ou negativo.

Vygotsky considerava que os problemas de crianças defeituosas resultavam de


falta de adequação entre sua organização psicofisiológica desviante e os meios culturais
disponíveis. Sendo assim, a educação social, baseada na compensação social dos
problemas físicos, era a maneira de proporcionar uma vida satisfatória às pessoas com
deficiência. Por isso, defendia uma escola que integrasse, tanto quanto fosse possível,
todas as crianças na sociedade para que aquelas com deficiência tivessem a oportunidade
de conviverem junto com pessoas sem deficiência.

Ao enfatizar que grande parte das crianças defeituosas eram “normais” e tinham
potencialidade para se desenvolverem normalmente, Vygotsky reivindicou que os muros
das escolas especiais fossem derrubados e que essas crianças defeituosas participassem da
vida escolar comum a todos. O teórico opunha-se a todos os procedimentos diagnósticos
que fossem baseados em uma abordagem puramente quantitativa, lembrando que na

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época dos seus estudos, havia uma valorização aos testes de Quociente de Inteligência - QI.

Outra contribuição dos escritos de Vygotsky, refere-se à ideia de grupos de níveis


mistos como condição de promover o desenvolvimento do indivíduo. Diferentemente
das práticas segregacionistas da época, onde a pessoa com deficiência permanecia
agrupada com pessoas que tivessem o mesmo tipo de deficiência que ela.

Em seus estudos, concluiu que as pessoas com deficiência encontravam como


suporte para o seu desenvolvimento, ações recíprocas sociais com outras pessoas que
estivessem em um nível superior a eles próprios. Esta ideia antecipa o conceito de Zona
de Desenvolvimento Proximal da forma como ela é tradicionalmente compreendida.

Você se recorda do conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal proposta


por Vygotsky?

Em linhas gerais, podemos dizer que para Vygotsky não bastava conhecer
o desempenho cognitivo atual da criança, mas sim dar importância à qualidade da
mediação dada a ela e avaliar o desempenho posterior. Nas palavras do teórico,
importante seria conhecer a possibilidade de dilatamento intelectual que a criança
apresenta, antes de concluir meramente sobre suas capacidades.

FIGURA 9 - MEDIAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.maxximiza.com.br/intervencao-precoce-estimulando-a-


qualidade-de-vida/>. Acesso em: 23 maio 2016.

Isso nos sugere que as pessoas, de um modo geral, se diferenciam umas das outras
em seu processo de desenvolvimento. A criança maior, por exemplo, no desenvolvimento
de suas funções, se diferencia de uma criança menor; um adulto se diferencia de uma
criança, o mesmo ocorrendo com uma criança com deficiência que, da mesma forma que
uma criança sem deficiência, tem sua forma peculiar de utilizar suas potencialidades e
os procedimentos disponíveis para que se desenvolva.

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3 A EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL

No Brasil, o atendimento a pessoas com deficiência iniciou na época do Império,


com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin
Constant – IBC, e o Instituto dos Surdos-Mudos, em 1857, hoje conhecido como Instituto
Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro.

FIGURA 10 - INSTITUTO BENJAMIM CONSTANT

FONTE: Disponível em: <www.ibc.org.br>. Acesso em: 23 maio 2016.

FIGURA 11 - INES

FONTE: Disponível em: <https://chpenhanews.wordpress.com/2012/02/17/forum-permanente-de-


educacao-linguagem-e-surdez-em-2012/>. Acesso em: 23 maio 2016.

No início do século XX, fundou-se o Instituto Pestalozzi (1926), cujo atendimento


estava direcionado às pessoas com deficiência intelectual; em 1954, é fundada a primeira
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro
atendimento educacional especializado às pessoas com superdotação na Sociedade
Pestalozzi, por Helena Antipoff.

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PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 13

FIGURA 12 - INSTITUTO PESTALOZZI

FONTE: Disponível em: <http://pt.slideshare.net/bernardoalves967/303-o-inclusiva>. Acesso em: 23


maio 2016.

FIGURA 13 - PRIMEIRA APAE DO BRASIL

FONTE: Disponível em: <http://niteroi.apaebrasil.org.br/artigo.phtml/23740>. Acesso em: 23 maio


2016.

FIGURA 14 - HELENA ANTIPOFF

FONTE: Disponível em: <http://www.pestalozzi.org.br/historia.html>. Acesso em: 23 maio 2016.

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14 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

S!
DICA

Documentário: Do luto à luta. O título expressa a passagem do sentimento


de perda para o de afirmação da vida, que nem todos os pais de crianças
com Síndrome de Down conseguem fazer, e que Mocarzel fez. É um filme
corajoso e comovente, e que lança um novo olhar sobre a síndrome de Down.

FONTE: Disponível em: <http://tvbrasil.ebc.com.br/programadecinema/


episodio/do-luto-a-luta-1>. Acesso em: 23 maio 2016.

Com o passar dos anos, novas escolas de educação especial foram criadas, com
base nessas instituições de referência, demarcando assim, um período histórico até então
caracterizado pela exclusão, para um momento de inserção do sujeito com deficiência
na escolarização, mesmo que ainda segregacionista.

A Educação Especial também foi marcada pelo atendimento em Salas de Recursos.


Estas salas ficavam dentro da instituição escolar, porém, separadas das salas de ensino
comum. O aluno com deficiência tinha suas aulas nestes espaços, junto de alunos com
o mesmo tipo de deficiência, como se fossem “salas especiais”.

Em 2007 é lançado o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE e dentre os


eixos norteadores do trabalho, o documento sugere a oferta de formação de professores
para a educação especial e a implantação de Salas de Recursos Multifuncionais nas
redes de ensino comum. Nestas salas, os professores de educação especial realizariam
o atendimento educacional especializado, no contra turno das aulas, de modo a
complementar ou suplementar a escolarização. O detalhamento desse trabalho é
apresentado posteriormente no documento que embasará a Educação Especial pelos
próximos anos conhecida como a Política de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva, que veremos no decorrer dos nossos estudos.

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PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 15

3.1 CONCEPÇÃO DE EXCLUSÃO, SEGREGAÇÃO, INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO

Na trajetória da Educação Especial no Brasil e no Mundo, e também como


já descrito em nossos estudos, podemos perceber que, conforme Beyer (2006a),
identificamos quatro momentos históricos da pessoa com deficiência: a exclusão do
sistema escolar, atendimento especial, integração no sistema escolar regular, e inclusão
no sistema escolar, demonstrados aqui da seguinte forma:

FIGURA 15 - MOMENTOS HISTÓRICOS DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

FONTE: Disponível em: <www.filosofiahoje.com>. Acesso em: 23 maio 2016.

Na EXCLUSÃO, as pessoas com deficiência eram ignoradas, rejeitadas,


perseguidas e exploradas, pois não havia nenhuma forma de atenção educacional dada
a elas (SASSAKI,1997).

FIGURA 16 - EXCLUSÃO

FONTE: Disponível em: <http://umanjoazulentrenos.blogspot.com.br/2013/11/a-industria-da-exclusao-


escolar.html>. Acesso em: 23 maio 2016.

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16 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

IMPO
RTAN
TE!

Sugerimos o filme: “Meu nome é Radio”. Técnico de futebol faz amizade
com Radio, um rapaz com deficiência mental. Radio se transforma de um
garoto tímido em uma inspiração para a comunidade onde vive.

FONTE: Disponível em: <http://www.uploadersbr.com/archive/index.


php?thread-75.html>. Acesso em: 23 maio 2016.

Na SEGREGAÇÃO, buscou-se o desenvolvimento educacional das pessoas


com deficiência através do atendimento educacional que era oferecido geralmente nas
chamadas instituições especializadas, surgindo assim, as escolas especiais.

FIGURA 17 - ESCOLA ESPECIAL

FONTE: Disponível em: <http://educarencantando.blogspot.com.br/2011/01/escola-recreio-desponta-


em-gravata-pelo.html>. Acesso em: 23 maio 2016.

A INTEGRAÇÃO, de acordo com Sassaki (1997), é identificada no momento que


acontece a proliferação das classes especiais nas escolas de ensino regular. Essas salas
se baseavam na compreensão de que estando em salas à parte, separados dos alunos

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PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 17

sem deficiência, os alunos com deficiência não atrapalhariam o ensino dos demais.

FIGURA 18 - SALA DE RECURSO PARA SURDOS

FONTE: Disponível em: <http://escolasbilingueparasurdodobrasil.blogspot.com.br/2012/12/sala-de-


aula.html>. Acesso em: 23 maio 2016.

Na INCLUSÃO, os alunos com deficiência devem ser matriculados diretamente
no ensino regular, cabendo à instituição se adaptar para atender às suas necessidades
contexto escolar.

FIGURA 19 - INCLUSÃO ESCOLAR

FONTE: Disponível em: <http://revistaescolapublica.com.br/textos/37/inclusao-para-todos-308482-1.


asp>. Acesso em: 23 maio 2016.

Perceba que os termos integração e inclusão são comumente vistos, porém com
base de concepção e objetivos diferentes. Entendemos que a definição de inclusão é algo
mais amplo e complexo do que integração.

Mantoan (2006a) nos esclarece que:

O processo de integração ocorre em uma estrutura educacional que oferece


ao aluno a oportunidade de transitar no sistema escolar – da classe regular ao
ensino especial – em todos os seus tipos de atendimentos: escolas especiais,

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18 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
classes especiais em escolas comuns, ensino itinerante, salas de recursos, clas-
ses hospitalares, ensino domiciliar e outros. Trata-se de uma inserção parcial,
porque o sistema prevê serviços educacionais segregados (p. 10)

Quanto à palavra inclusão, essa implica uma mudança de perspectiva educacional,


porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam dificuldades
de aprender, mas sim, a todos! Assim, entendemos que:

A inclusão envolve um processo de reforma e de reestruturação das escolas


como um todo, com o objetivo de assegurar que todos os alunos possam ter
acesso a todas as gamas de oportunidades educacionais e sociais oferecidas pela
escola. Isto inclui o currículo corrente, a avaliação, os registros e os relatórios
de aquisições acadêmicas dos alunos, as decisões que estão sendo tomadas
sobre o agrupamento dos alunos, a pedagogia e as práticas de sala de aula, bem
como as oportunidades de esporte, lazer e recreação (MITTLER, 2003, p. 25).

Podemos perceber que esses quatro momentos não podem ser vistos de forma
linear e cronológica. Eles permanecem presentes, cada um em situações escolares
diferenciadas. Ou seja, algumas experiências escolares ainda se encontram num momento
de apenas integração das pessoas com deficiência, com o intuito de possibilitar a elas
maior socialização; outras já criaram estratégias bem-sucedidas para a permanência de
todas as crianças, cada qual com suas especificidades, procurando, mesmo que nas suas
limitações, o maior índice de aproveitamento e experiência educacional.

Para isso, entende-se que a sociedade e as instituições precisam se redimensionar


para a remoção dos obstáculos existentes à participação das pessoas com deficiência na
vida social e escolar, através de uma política de educação inclusiva pautada no princípio
da “cidadania” e que norteie a promoção do atendimento à demanda: a)com garantia
de acesso e permanência na escola; b) com priorização da formação continuada de
educadores e de projetos arquitetônicos adaptados e acessíveis a todos; c)com propostas,
materiais e recursos pedagógicos que viabilizem a participação efetiva da pessoa com
deficiência; d) com base em uma individualização dos percursos, ritmos e intervenções
educativas; e e) com a socialização contida na convivência escolar.

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PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 19

IMPO
RTAN
T E!

Filme: Sempre Amigos. A história da amizade dois meninos, um superdotado
e com distrofia muscular e o outro grande, com comprometimento
intelectual e sem amigos.

FONTE: Disponível em: <https://coversblog.wordpress.com/2009/12/16/


sempre-amigos/>. Acesso em: 23 maio 2016.

4 OS PRIMEIROS PASSOS PARA UMA PERSPECTIVA DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA

“Há momentos na vida onde a questão de saber se podemos pensar de


outro modo que não pensamos e perceber de outro modo que não vemos é
indispensável para continuar a olhar e refletir”.
M. Foucault

No Brasil, o projeto ainda caracterizado de integração escolar, surgiu com mais


ênfase na década de 90, como decorrência das pressões e experiências desenvolvidas em
outros países. Diante disso, medidas políticas foram necessárias, a mencionar, aqui a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional de no 9.394 de 1996, que, ainda com imprecisões e
indefinições, sinaliza um espaço de atendimento educacional com alunos com deficiência no
ensino comum. Podemos acompanhar um lento progresso no sentido de democratização do
ensino e da inserção gradual dessas crianças no cenário da educação formal, até chegarmos
em novas discussões com foco na inclusão propriamente dita.

Adotou-se o termo educação inclusiva para traduzir a orientação política proposta


e que influenciam em diversas mudanças nas atitudes das pessoas e práticas educacionais
nas instituições escolares. A partir de uma perspectiva de educação para todos, é necessário
possibilitar condições viáveis e ao mesmo tempo desafiadoras para que cada aluno possa

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20 PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

explorar a aprendizagem em suas possibilidades, e não em suas deficiências.

As pessoas com deficiência estão sendo inseridas nas escolas regulares, porque,
além de um direito conquistado, têm um maior número de estímulos e possibilidades de
desenvolvimento que, adquiridos nas inter-relações, nos centros de interesse e na motivação
frente aos novos desafios, contribuem com todos os alunos da sala.

A educação inclusiva entende que a presença de alunos com deficiência, embora


torne o conjunto da turma de alunos mais heterogêneo e complexo, também pode torná-lo
mais rico, no sentido de que a convivência com a diversidade colocaria em pauta as diversas
formas de aprender e de ensinar, bem como a variedade de ideias e concepções de pessoa
e de mundo.

E como fica a análise das realidades educacionais brasileiras?

Afonso (2004), sugere que devemos considerar quatro níveis de análise da realidade
educacional:

Nível microssociológico: sala de aula onde, predominantemente, o processo


de ensino-aprendizagem ocorre e onde a proposta de educação inclusiva pode
traduzir-se, apenas, pela presença física de aprendizes com necessidades edu-
cacionais especiais sem as indispensáveis ações para remover barreiras para a
aprendizagem e para a participação de todos os alunos. Todos.
Nível mesossociológico: instituição escola na qual as dimensões culturais,
políticas e práticas devem ser compreensivamente avaliadas permitindo iden-
tificar, no perfil institucional, as características excludentes ou inclusivas em
relação ao alunado que apresenta diferenças significativas na aprendizagem
e no desenvolvimento.
Nível macrossociológico: papel do Estado na definição de sua política edu-
cacional. A avaliação, nesse nível, deve incluir: os graus de legitimação das
decisões tomadas, isto é, do consenso decorrente da participação dos envol-
vidos; a natureza da gestão, se mais ou menos centralizadora, bem como os
mecanismos de controle assumidos pelo Estado, em especial na prestação de
contas. Também permite analisar as indispensáveis articulações entre políticas
públicas, pois os movimentos inclusivos não dependem só das escolas e dos
educadores, isoladamente considerados.
Nível megassociológico: papel das organizações supranacionais, em especial
as econômicas e que, no contexto da globalização, impõem certas ações que
acarretam a prevalência das regras do mercado, em detrimento da assunção,
pelo Estado, de uma pedagogia mais humanista, na qual a educação não é
bem de investimento e sim bem de consumo essencial para todos os cidadãos.
Mesmo cara, é direito público e subjetivo de todos (p. 47-48).

Podemos perceber que estes 4 níveis apontam três dimensões: a cultura, a política
e as práticas pedagógicas e que precisam estar em consonância para que consigamos
realmente vivenciar uma escola para todos. Compreender a dimensão dessa realidade
educacional nos ajudará no trabalho pedagógico na diversidade, envolvendo práticas
pedagógicas comuns para todos e sensíveis às diferenças individuais.

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PRÁTICAS INCLUSIVAS PARA FORMAÇÃO DE PROFESSORES 21

REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição Federal do Brasil de 1988. Disponível em: <www.senado.gov.br/con1988>. Acesso


em: 12 abr. 2016.

_______. Educação Especial Legislação. 1997. Disponível em: <www.mec.gov.br>. Acesso em: 15 abr.2016

_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei no. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. D.O.U.
de dezembro de 1996.

_______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Documento


pelo grupo de trabalho nomeado pela Portaria Ministerial no 555, de 5 de junho de 2007, prorrogada pela
Portaria no 948, de 09 de outubro de 2008. Disponível em: <portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/política.
pdf>. Acesso em: 10 abr. 2016.

______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília. MEC/SEF, 1997.

______. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica. Brasília.MEC/SEESP, 2001.

______. Plano Nacional de Educação. Brasília. Casa Civil da Presidência da República, 2001.

_________ A deficiência auditiva na idade escolar – cartilha. Programa de saúde auditiva. Bauru: H.P.R.L.L.P.
USP, FUNCRAF, Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

LUCKASSON, R.; COULTER, D. L.; POLLOWAY, E. A.; REISS, S.; SCHALOCK, R. L.; SNELL, M. E. et
al.  Mental Retardation – definition, classification, and systems of support. Washington, DC: American
Association on Mental Retardation, 1992.

ONU. Declaração de Salamanca: princípios, política e prática em educação especial. 1994. Disponível em:
<www.direitoshumanos.usp.br>. Acesso em: 26 abr. 2016.

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