EDUCAÇÃO INDÍGENA

O direito a uma educação própria para os índios decorreu de várias contribuições em

debates, como a I Conferência Nacional de Educação Escolar Indígena em 2009, na
parceria do Ministério da Educação com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI); está
amparado em leis que asseguram a educação como direito de todos, entre elas, a LDB; e
por fim, se concretiza na elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Escolar Indígena proporcionadas pelo Conselho Nacional de Educação e outras instituições.

As Diretrizes para a Educação Indígena, tem por base garantir um ensino diferenciado aos
índios de acordo a identidade de cada etnia, e assim assegura que eles mantenham sua
própria língua, seus costumes, de modo que os mesmos não precisem mudarem
radicalmente até sua cultura para se encaixarem na sociedade. Para isso, fornece meios
para os sistemas de ensino da união, estados e municípios na estruturação e
funcionamento da Educação Escolar Indígena.

No decorrer do processo de construção de educação indígena a maioria dos professores

não eram índios, tendo o magistério mas sem nenhuma qualificação em Educação
Indígena, mais pra frente alguns índios começaram a atuar como docentes em suas
comunidades, mas havia muitas dificuldades já que os mesmos não tinham nenhuma
formação, na maioria das vezes sendo ex alunos que ensinavam o que haviam aprendido,
sem ter nenhuma orientação pedagógica. Percebendo a necessidade de preparação dos
próprios índios a Secretaria de Educação e Qualidade de Ensino implantou a Política
Estadual de Educação Indígena, o que possibilitou autonomia quanto aos projetos
político-pedagógico e as decisões quanto ao funcionamento das escolas, assim sendo
possível que os mesmos pudessem por exemplo formular seus currículos específicos de
acordo às necessidades do grupo.

As diretrizes consistem em organizar um projeto específico de ensino e aprendizagem

indígena, valorizar as culturas das etnias, manter as suas tradições, proporcionar qualidade
no ensino, garantir os processos próprios de aprendizagem, o bilinguismo, a
interculturalidade e a formação de professores indígenas. No entanto ao longo da história
tiveram questões que não obtiveram respostas, com isso vemos que há muitas vezes uma
deficiência por parte dos órgãos responsáveis em entender e identificar as dificuldades ali
passadas por cada uma das comunidades de educação indígena, pois muitas leis acabam
ficando somente no papel. Daí a necessidade dos indígenas em conhecer a legislação para
poderem reivindicarem seus direitos e dessa forma não somente eles saem ganhando, mas
toda a educação brasileira.