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Apostila CM2 - I Estrutura Dos Materiais PDF
Apostila CM2 - I Estrutura Dos Materiais PDF
UNIDADE CURRICULAR:
Joinville - SC
2013
NOME: ...................................................................................................................
Sumário
Introdução à Ciência dos Materiais ...................................................................................2
Estrutura atômica e ligações químicas.....................................................................................4
variáveis: composição, temperatura, tempo, carga, etc. Por exemplo, na indústria de fundição as
variáveis importantes são a composição do material metálico e a velocidade de resfriamento do metal no
molde;
estrutura de um material:
tunelamento;
1 átomo ≈ 0,3 nm
Para selecionar corretamente os materiais para a construção de máquina ou equipamento mecânico. Existem
critérios para seleção de um entre vários materiais disponíveis para uma aplicação específica:
A classificação mais comum dos materiais sólidos baseia-se na estrutura atômica e composição química.
Sob estes aspectos, as três classes de materiais resultantes são as seguintes: metais, cerâmicas e
polímeros. Existem outros grupos que, além destes, são importantes do ponto de vista tecnológico:
compósitos, semicondutores e biomateriais. O diagrama da Figura 2 apresenta a classificação do ponto de
vista dos materiais metálicos e não metálicos, com as subsequentes classes de materiais usados na
fabricação mecânica.
O tipo de ligação interatômica e o arranjo geométrico dos átomos em um sólido permite explicar suas
propriedades. A seguir são abordados aspectos da estrutura de um átomo, que nos auxiliam na compreensão
de como ocorrem as ligações químicas em materiais.
Estrutura atômica
elétrons me = 9,11 x 10-31 kg
A = Z + N
O número de prótons é o mesmo para um elemento, mas o seu número de nêutros pode não ser; tem-se
assim os isótopos do elemento (massa diferentes para um mesmo elemento);
massa atômica (peso atômico) = A = média das massas dos isótopos que ocorrem na natureza
um mol da substância = 6,023 x 1023 átomos ou moléculas 1 uma/átomo (ou molécula) = 1 g/mol
ex. massa atômica do ferro mFe = 55,85 uma/átomo ou mFe = 55,85 g/mol
Os elétrons que giram ao redor do núcleo atômico situam-se em diferentes níveis de energia (camadas).
Além disso, cada elemento apresenta uma configuração eletrônica particular. Os elétrons da camada mais
externa (de valência) participam da ligação entre átomos, formando os agrupamentos atômicos ou
moléculas. Na tabela periódica os átomos de elementos com configuração eletrônicas estáveis são Ne, Ar,
Kr, He (gases inertes).
Ligações interatômicas
Cada material apresenta diferentes magnitudes de energia de ligação e forma da curva de energia, pois
ambas dependem do tipo de ligação interatômica. A figura acima mostra que a energia de ligação é mínima
na distância interatômica de equilíbrio.
Ligações primárias
Ligação iônica: é a ligação em que o átomo metálico cede seu(s) elétron(s) de valência para o átomo
adjacente não metálico, para formar a configuração eletrônica estável. Ex. Sal (NaCl) uma grande
parte das cerâmicas possui % de caráter iônico em sua estrutura;
Ligação covalente: é a ligação formada pelo compartilhamento de elétrons entre átomos adjacentes,
produzindo a configuração eletrônica estável. Ex. (C2H4)n. A ligação covalente é forte. Entretanto,
nos polímeros as ligações entre as grandes moléculas são fracas.
Ligação metálica: é a ligação formada pelos elétrons de valência do metal (carga negativa) com os
núcleos iônicos do mesmo (núcleos e demais elétrons = carga positiva). A ligação pode ser forte ou
fraca dependendo da energia de ligação.
Muitos materiais sólidos possuem uma ordenação de longa distância no arranjo de seus átomos constituintes,
que é denominada rede cristalina. A menor porção da rede com característica geométrica definida é
denominada célula unitária do sistema cristalino. Existem 07 sistemas cristalinos, e seus parâmetros de
rede são dados por relações axiais (a, b, c) e ângulos axiais (, , ).
1.1 Estrutura cristalina cúbica de faces centradas (CFC) (Al, Cu, Ni, Pb, Au, Ag ...)
1.2 Estrutura cristalina cúbica de corpo centrado (CCC) (Fe , Cr, Mo, W, ...)
1.3 Estrutura cristalina hexagonal compacta (HC) (Ti , Zn, Co, ...)
As estruturas mais empacotadas são a CFC e a HC, ou seja, o volume ocupado por átomos na célula é maior
em relação a estrutura CCC. Isto pode ser demonstrado através do cálculo do fator de empacotamento
atômico (f.e.a.):
f.e.a.(CCC) = volume dos átomos/volume da célula =(2 x (4/3 r3)) /a3 d C2 = a2 + (a2)2 ( 4 r )2 = 3a2
a = 4 r /3
f.e.a.(CCC) = (2 x (4/3 r3 )) / (4 r /3)3 = 0,68 (68% do volume da célula CCC é ocupada por átomos)
LISTA DE EXERCÍCIOS No 01
2) Calcular a densidade teórica (verdadeira) do elemento ferro e comparar com a densidade medida
experimentalmente (Fe= 7,85 g/cm3).
Um metal ou não metal pode ter mais do que uma estrutura cristalina. Esta característica é denominada
polimorfismo; o polimorfo é a “forma” ou hábito cristalino do material. A alotropia corresponde à mudança
de estrutura cristalina do sólido elementar devido à mudança de temperatura ou pressão. Por exemplo, o
ferro puro = Fe α (ferrita) CCC na temperatura ambiente transforma-se em Fe γ (austenita) CFC na
temperatura de 912 ºC. Geralmente, os diferentes polimorfos de um mesmo elemento ou composto têm
algumas propriedades físicas distintas, tais como densidade, expansão térmica etc.
No interior de um material cristalino não existe uma ordem atômica perfeita, pois todos os materiais
possuem defeitos ou imperfeições. As imperfeições existentes no material influenciam suas propriedades.
Por isso, é importante o conhecimento dos tipos de imperfeições e como elas afetam o comportamento dos
materiais. Um metal puro, por exemplo, pode exibir melhores propriedades se lhe forem adicionados átomos
de impurezas; é o caso do aumento da dureza e resistência mecânica da prata pura resultante de adições de
7,5% em peso cobre. Um semicondutor de circuito integrado (computadores, calculadoras etc.) é outro
exemplo do benefício de concentrações controladas de átomos de impurezas no material, as quais regem
suas propriedades elétricas.
defeito cristalino : irregularidade na rede cristalina com uma ou mais de suas dimensões na ordem de um
diâmetro atômico.
Defeitos pontuais
Lacuna: é uma posição atômica vaga na rede cristalina, ou seja, é a falta de um átomo na rede.
Autointersticial: é um átomo do cristal que está comprimido em uma posição intersticial (espaço vazio na
rede que normalmente não é ocupado).
Impurezas em sólidos: não é possível existir um metal puro costituído de somente um tipo de átomo
(elemento). Sempre estarão presentes outros elementos como impurezas (ou átomos estranhos) que poderão
existir na forma de defeitos pontuais da rede cristalina.
Refino de um metal 99,9999 % (possui átomos de impurezas da ordem de 1022 a 1023 átomos/m3).
Os metais mais conhecidos são ligas devido ao aumento da resistência mecânica e resistência à corrosão. Ex.
prata de lei, aço inoxidável.
Na solução sólida os átomos de soluto são adicionados e a estrutura cristalina do elemento hospedeiro
(solvente) é mantida. A composição é homogênea em todo o volume do material, ou seja, os átomos estão
distribuídos uniformemente no interior do sólido). Assim ocorre também com uma solução líquida, por
exemplo na solução água + álcool, que é formada por uma mistura de moléculas que têm composição
homogênea em toda a sua extensão.
Solução sólida substitucional : átomos de solutos substituem os átomos hospedeiros. Ex. Níquel em Cobre
Será maior o grau de solubilidade (ou o grau de dissolução do soluto no solvente) se:
4o ) forem iguais os fatores acima, um solvente dissolverá maior quantidade do soluto que tiver maior
valência.
Solução sólida intersticial: átomos de impureza nos interstícios que existem entre átomos hospedeiros
(concentração 10 %). O diâmetro atômico do soluto deve ser muito menor do que o do solvente. Ex.
Carbono no ferro.
A discordância é o defeito gerado pelo deslocamento de uma linha de átomos de suas posições de equilíbrio
na rede cristalina, em torno da qual existe uma distorção na rede.
Discordância aresta: quando existe um plano extra de átomos na rede, ficando definida um linha de átomos
na extremidade deste plano.
Discordânica espiral: cisalhamento de planos cristalográficos que produz o deslocamento de uma distância
atômica de plano de átomos superior em relação ao plano de átomos inferior. A distorção ocorre ao longo de
uma linha de deslocamento atômico.
Discordância mista: a maioria das discordâncias encontradas em materiais cristalinos não é puramente aresta
ou espiral, mas uma combinação de ambas.
Um vetor pode ilustrar a magnitude e a direção da distorção da rede (vetor de Burgers, b).
Em materiais metálicos b aponta para a direção compacta (de maior densidade linear).
Estes defeitos são bidimensionais e separam os constituintes dos materiais que têm diferentes orientações
cristalográficas e/ou diferentes estruturas cristalinas.
Superfícies externas: são contornos do material onde termina a estrutura do cristal. Os átomos de superfície
possuem maior energia em relação aos átomos internos, por não estarem ligados a um máximo de átomos
vizinhos.
Contornos de macla: tipo especial de contorno de grão por meio do qual existe simetria em espelho da rede
cristalina. As maclas podem ser produzidas por deformação (metais CCC e HC) ou por recozimento (metais
CFC).
Defeitos interfaciais diversos: ainda podem existir defeitos oriundos de falhas de empilhamento e contornos
de fase; a fase pode ser um composto ou um grão de outro elemento ou com outra estrutura cristalina.
Os diagramas de fases são gráficos que ilustram o comportamento térmico de ligas metálicas e materiais
cerâmicos. Estes gráficos mostram constituintes de materiais em função da composição e temperatura,
sendo, portanto, importantes fontes de consulta tanto para a fabricação de ligas como para o projeto e
controle de tratamentos térmicos destas ligas. As microestruturas desenvolvidas estão relacionadas ao
processo térmico utilizado.
Uma liga é formada por componentes, que podem ser metais puros e/ou compostos; por exemplo, os metais
Cu e Zn são os componentes do latão cobre-zinco. Um sistema consiste de uma série de ligas possíveis com
os mesmos componentes, o que define uma composição diferente para cada liga do referido sistema. A
solução sólida é formada por pelo menos dois tipos de átomos: soluto que ocupa posições substitucionais ou
intersticiais da rede cristalina do solvente, sendo que o solvente mantém sua estrutura cristalina. Existe um
limite de concentração de soluto no solvente denominado limite de solubilidade, que é a concentração
máxima do soluto no solvente para formar a solução sólida numa dada temperatura. A adição de soluto em
excesso, isto é, além deste limite, produz outro constituinte de composição diferente da solução sólida. Para
ilustrar o comportamento da mistura de dois componentes (água e açúcar ), toma-se como exemplo 1 kg da
solução (mistura). A figura 3 mostra o diagrama do sistema água e açúcar, onde está indicada a curva limite
de solubilidade.
Figura 3 Diagrama de fases para um sistema formado pela dissolução do açúcar na água.
Base 1 kg de solução
FASE: parte homogênea de um sistema que tem características física e química uniformes. ex. metal puro,
composto puro, solução sólida, líquida e gasosa. A solução de água e açúcar (xarope) da Figura 3 é uma
fase, pois é uma solução homogênea.
1) xarope e açúcar (sólido=cristais): Resp.: duas fases com diferente composição química e diferente
propriedade física (uma fase é líquida e a outra é sólida);
2) água e gelo: Resp.: duas fases com igual composição química e diferente propriedade física (uma
fase é líquida e a outra é sólida);
3) liga de titânio Ti6Al4V (estão presentes nesta liga as duas formas polimórficas do metal titânio: Tiβ
(CCC) e Tiα (HC)). Resp.: duas fases sólidas com diferente composição química e diferente propriedade
física (uma fase é CCC e a outra é HC);
Microestrutura: as aparências das fases presentes no material são reveladas através da técnica de
metalografia, a qual consiste da preparação da amostra e observação ao microscópio.
Equilíbrio de fases: as fases presentes de material coexistem em equilíbrio quando não são alteradas suas
quantidades e composição química, após transcorrido qualquer intervalo de tempo. O tempo para atingir o
equilíbrio de fases é muito longo em sistemas sólidos e, portanto, estes sistemas encontram-se num estado de
não-equilíbrio ou metaestável. Os diagramas de fases em equilíbrio ilustram as relações entre temperaturas,
composições e quantidades relativas de fases em condições de equilíbrio.
Porcentagem em peso: peso de um elemento em relação ao peso total dos elementos. (base 1 kg =
1000 g da liga)
mCu 600
CCu = __________ x 100 = _____________ x 100 = 60.000 = 60 %
mCu + mNi 600 + 400 1.000
Cálculo da porcentagem em peso de níquel para uma massa de 1 kg da liga Cu-Ni40:
mNi 400
CNi = __________ x 100 = _____________ x 100 = 40.000 = 40 %
mNi + mCu 400 + 600 1.000
Solução: A quantidade relativa de fase líquida e fase sólida α a 1250 oC para a liga Cu-Ni35 é
Obs.: a aplicação da regra da alavanca (ou do traço inverso) também permite o cálculo de quantidades
relativas em peso das duas fases sólidas de uma liga bifásica na temperatura ambiente.
Os sistemas eutéticos binários são aqueles em que uma mistura adequada de dois elementos produz uma liga
que possui menor ponto de fusão do que qualquer um dos elementos em separado. O termo eutético significa
facilmente fundido. O diagrama que ilustra as fases presentes nas ligas é conhecido como diagrama de fases
eutético binário. Nesse diagrama são mostradas duas fases sólidas (α e β) e uma líquida. Por exemplo, no
sistema cobre-prata da Figura 5 a fase α é uma solução sólida rica em cobre (fase α CFC contendo a prata
como soluto), e a fase β é a fase rica em prata contendo cobre como elemento soluto (fase β CFC). O limite
de solubilidade do soluto nas soluções sólidas α e β é definido pelas linhas solvus BC e sólidus AB / solvus
GH e sólidus FG respectivamente. A linha horizontal BEG pode também ser considerada uma linha sólidus.
Ao se observar a linha AE, nota-se que na medida em que a prata é adicionada ao cobre puro, a temperatura
na qual o cobre torna-se totalmente líquido diminui. Do mesmo modo, na medida em que o cobre é
adicionado à prata pura, a temperatura na qual a prata está totalmente líquida diminui (linha FE). O ponto E
é o ponto de encontro dessas linhas líquidus com a isoterma BEG. Este ponto E é denominado ponto
eutético, e tem coordenadas (CE , TE ).
Em uma liga de composição CE (liga eutética) durante o aquecimento/resfriamento ocorre a seguinte reação
eutética:
onde: CαE , CβE são as composições das fases α e β à temperatura TE (temperatura eutética)
CE = composição do eutético
No diagrama de fases para o sistema chumbo-estanho também existe um ponto eutético, localizado em 61,9
%p de Sn a 183 oC, conforme ilustra a Figura 7.4. Um exemplo de aplicação desta liga eutética é a solda
estanho 60-40 para baixas temperaturas.
Solução:
1)Forneça as definições para os seguintes termos relacionados aos diagramas de fases de ligas metálicas
binárias: soluto, solução sólida, fase, componente, sistema, limite de solubilidade, equilíbrio de fases, ponto
eutético.
2) Como pode ser expressa a composição química de uma liga?
3) Qual(is) a(s) fase(s) presente(s) em uma liga Cu-Ni30 mantida em condições de equilíbrio na
temperatura de 1200 oC ?
4) Uma liga de cobre contém 20% em peso de prata. Se esta for aquecida em condições de equilíbrio e for
mantida a temperatura de 900 oC por algumas horas, pergunta-se: a) quantas fases estarão presentes nesta
temperatura ? b) quais as composições aproximadas de cada uma das fases nesta temperatura, e c) quais as
quantidades relativas em peso (%p) e em volume (%v) de cada fase ?
Dados: ρCu = 8,56 g/cm3 , ρAg = 9,97 g/cm3 a 900 oC
5) Quantas fases se formam na solidificação completa de uma liga eutética ? e quantas se formam na fusão
completa ? Exemplifique a reação eutética.
6) Calcule a composição em percentuais atômicos (%at.) da liga eutética chumbo-estanho. Quais as fases
presentes desta liga resfriada em condições de equilíbrio estável a partir do estado líquido? Qual a
composição química aproximada de cada uma destas fases? Quais as quantidades relativas em peso e a
fração volumétrica de cada uma destas fases na temperatura ambiente ? Obs.: considere as densidades dos
elementos na temperatura ambiente a mesma do que a 150 oC.
1.6.3 Diagramas que possuem fases intermediárias na forma de soluções sólidas ou de compostos
intermediários.
Nos diagramas eutéticos binários existem as chamadas soluções sólidas terminais ( e ), situadas em faixas
de composição próximas das extremidades do diagrama. Existem outros sistemas de ligas binárias em que as
soluções sólidas encontram-se em regiões de composições intermediárias, conforme ilustrado pela fase da
liga hipotética A-B da Figura 7.5. A fase intermediária pode também ser um composto, denominado
composto intermetálico, que possui uma fórmula química específica, como mostra a Figura 7.6.
Uma reação eutetóide ocorre quando em um sistema existe transformação de uma fase sólida em outras duas
fases sólidas no resfriamento; é o que acontece no diagrama da Fig. 7.6 durante o resfriamento da liga no
ponto a. A reação eutetóide deste exemplo fica
+ C2D
Transformações congruentes: não ocorre alteração na composição química das fases envolvidas. Exs.
Transformações alotrópicas e fusão de metais puros.
Transformações incongruentes: ao menos uma fase tem a sua composição alterada. Exs. Reações eutéticas
e eutetóides, a fusão/solidificação de uma liga de um sistema isomorfo.
O diagrama ferro-carbono é um dos mais importantes do ponto de vista tecnológico, pois nos permite
compreender a estrutura dos aços e ferros-fundidos (ligas ferro-carbono), bem como as transformações que
estas ligas experimentam em tratamentos térmicos. Durante o aquecimento do ferro puro, antes de ser
atingida a temperatura de fusão, a estrutura cristalina deste metal se altera duas vezes. Como visto
anteriormente, este fenômeno diz respeito à alotropia do ferro, conforme ilustra a linha vertical à esquerda
do diagrama da Figura 7.7. Na temperatura ambiente o ferro puro tem estrutura cristalina CCC (ferro ) e
denomina-se ferrita. Esta ferrita sofre uma transformação para austenita (ferro ) de estrutura CFC na
temperatura de 912 oC. A austenita se mantém estável até 1394 oC, quando ocorre nova transformação
(reversão) para a estrutura CCC (ferro ). A fusão do ferro puro acontece a 1538 oC. A microestrutura da
ferrita (ferro ) e da austenita (ferro ) está nas Figuras 7.8 (a) e (b) respectivamente.
A parte rica em ferro do diagrama está ilustrada na figura acima; o teor de carbono não excede a 6,7%, que é
a composição do composto carbeto de ferro ou cementita (Fe3C), localizado na extremidade direita do
diagrama. Todos os aços e ferros fundidos comuns ao carbono situam-se nesta faixa de composições. Os
aços podem conter até 2,14 %C, embora as ligas de aço comerciais tenham 1,0 %C no máximo. Os ferros
fundidos contém de 2,14 %C até 6,7 %C, mas normalmente os ferros fundidos comerciais possuem menos
de 4,5 %C em peso.
(a) (b)
Figura 10 Microestruturas do ferro puro na forma de ferro : ferrita (a), e do ferro : austenita (b).
Para entendermos o desenvolvimento das microestruturas em aços e ferros fundidos se torna fundamental
identificarmos dois pontos importantes de transformação de fases no diagrama:
1) Forneça as definições para os seguintes termos relacionados aos diagramas de fases de ligas metálicas
binárias: soluto, solução sólida, fase, componente, sistema, limite de solubilidade, equilíbrio de fases, ponto
eutético.
2) Como pode ser expressa a composição química de uma liga?
3)Qual(is) a(s) fase(s) presente(s) em uma liga Cu-Ni30 mantida em condições de equilíbrio na temperatura
de 1200 oC ?
4)Uma liga de cobre contém 20% em peso de prata. Se esta for aquecida em condições de equilíbrio e for
mantida a temperatura de 900 oC por algumas horas, pergunta-se: a) quantas fases estarão presentes nesta
temperatura ? b) quais as composições aproximadas de cada uma das fases nesta temperatura, e c) quais as
quantidades relativas em peso (%p) e em volume (%v) de cada fase ?
Dados: ρCu = 8,56 g/cm3 , ρAg = 9,97 g/cm3 a 900 oC
5)Quantas fases se formam na solidificação completa de uma liga eutética ? e quantas se formam na fusão
completa ? Exemplifique a reação eutética.
6)Calcule a composição em percentuais atômicos (%at.) da liga eutética chumbo-estanho. Quais as fases
presentes desta liga resfriada em condições de equilíbrio estável a partir do estado líquido? Qual a
composição química aproximada de cada uma destas fases? Quais as quantidades relativas em peso e a
fração volumétrica de cada uma destas fases na temperatura ambiente ? Obs.: considere as densidades dos
elementos na temperatura ambiente a mesma do que a 150 oC.
3º) Observação das características da superfície da amostra com auxílio de microscópio ótico; amostra sem
ataque químico;
4º) Observação da microestrutura do material com auxílio de microscópio ótico; após ataque químico da
amostra com reagente adequado;
Seção a ser examinada: esta escolha é fundamentada nas características que se pretende observar,
geralmente relacionadas ao processo de fabricação da peça, ou à partes da peça sujeitas a solicitações
mecânicas em serviço. Por exemplo, em peças fundidas de grande porte pode ser necessário retirar amostras
de diferentes regiões, em razão de heterogeneidades presentes no material. Uma peça sujeita a deformação
permanente na fabricação (p. ex. forjamento) apresenta diferentes aspectos na seção transversal e
Preparação da superfície da amostra: a retirada da amostra é feita mediante corte, geralmente realizado por
cortadeira de disco abrasivo, que possui um sistema de circulação de líquido para refrigerar o processo,
conforme ilustra a Figura 8.1.
Dependendo do tamanho ou da forma da amostra, torna-se necessário montá-la em resina plástica para
viabilizar o lixamento e polimento posteriores. O embutimento da amostra metalográfica é feito geralmente
numa prensa hidráulica, que funciona com sistema de aquecimento para a cura do termoplástico, conforme
ilustra a Figura 8.4.
Antes da exposição da amostra ao reagente químico, várias características do material podem ser
observadas, tais como inclusões, trincas, porosidades e forma da grafita em ferros fundidos. Nas Figuras 8.7
a 8.10 são apresentados resultados de operações de polimento de ligas ferrosas (Fonte: Colpaert, H.
Metalografia dos produtos siderúrgicos comuns Ed. Edgard Blücher).
Figura 18 Superfície bem polida e sem ataque químico Figura 19 Superfície mal polida contendo
riscos de um aço com numerosas inclusões. 200X de polimento. 100X
Alguns aspectos observáveis em superfícies polidas sem ataque estão ilustrados nas Figuras 8.11 e 8.12.
Material necessário
- amostra a observar,
- serra,
- lima,
- prensa de montagem a quente,
- resina para montagem a quente
- funil,
- colher de medida,
- lixas
- mesa de polimento,
- politriz rotativa,
- panos de polimento,
- algodão,
- papel,
- detergente,
- dispersão de alumina 1 um,
- dispersão de alumina 0,25 um,
- álcool,
- nital a 3%,
- pinças,
- recipiente,
- secador,
- microscópio,
A1 – Posicionar a barra na cortadeira de disco abrasivo, prendendo-a no suporte; proceder o corte de forma
lenta, garantindo que não ocorra um aquecimento excessivo.
Atenção: tanto a amostra como as mãos deverão estar perfeitamente secas sempre
B2 - Mantenha-se à frente da lixadeira (lixadeira manual de bancada). Segure a amostra com os polegares,
indicadores e dedos médios de ambas as mãos. Memorize bem a orientação da amostra ao iniciar o
lixamento. O conjunto formado pela amostra, pelas mãos e pelos pulsos deverá manter-se rígido, mas
descontraído, para que a pressão exercida não seja exagerada e os movimentos sejam executados com
suavidade. O lixamento será conseguido através de movimentos regulares de vai-vem ao longo de toda a
extensão da lixa. Para assegurar esses movimentos, os antebraços, os pulsos e as mãos manter-se-ão quietos.
Deverá portanto mover apenas os cotovelos. Evite exercer sobre a amostra uma pressão assimétrica para
evitar que ela adquira uma forma em bisel, e não execute o vai-vem através de movimentos bruscos, para
não abaular a superfície a observar.
B2 - Mantenha-se à frente da lixadeira rotativa. Segure a amostra com três dedos de uma das mãos. Lembre-
se de que deverá manter a rigidez do conjunto amostra-mão-pulso- antebraço-cotovelo. Os movimentos
verticais para colocar a amostra no prato e para ajustar a pressão deverão ser feitos com o ombro. Oriente a
amostra de forma que os riscos deixados pela rotação da lixa sejam perpendiculares aos deixados pela última
lixa.
B3 - O desbaste deve ser realizado sob água corrente abundante, para evitar o aquecimento da amostra e
para a remoção das partículas arrancadas à amostra e ao
abrasivo, as quais iriam alterar a microestrutura a observar.
B5 - Ao passar de uma lixa para a seguinte deverá girar a amostra em 90º, de modo
que os riscos deixados pelo abrasivo da nova lixa façam um ângulo reto com os
deixados pela lixa anterior. Tal cuidado tem por finalidade detectar o momento em
que desaparecem os riscos introduzidos pela lixa anterior. Após eliminar esses riscos
dever-se-á ainda proceder a outro desbaste na mesma lixa, de modo a que os riscos
cruzem a 90º com os anteriores, da mesma lixa, a fim de eliminar o material deformado pelo abrasivo da lixa
anterior.
B7 - A pressão a utilizar durante o desbaste será tanto maior quanto mais duro é o
material a desbastar, não devendo ser excessiva para não o deformar e fraturar, mas
deverá ser suficiente para que se dê a eliminação rápida dos riscos da lixa anterior.
Um desbaste excessivamente prolongado provoca mais um "empastamento" do
material do que o corte que se pretende.
B9 - Com o aparelho desligado coloque o prato sobre o qual está montado o pano
destinado à dispersão de alumina (granulometria de 1 um). Note que os pratos estão
identificados com a indicação da granulometria a que se destinam e que em caso
B13 - Mantenha-se à frente da politriz. Segure a amostra com três dedos de uma
das mãos. Lembre-se de que deverá manter a rigidez do conjunto amostra-mão-pulso- antebraço-cotovelo.
Os movimentos verticais para colocar a amostra no prato e para
ajustar a pressão deverão ser feitos com o ombro.
B14 - Oriente a amostra por forma a que os riscos deixados pela rotação do pano
sejam perpendiculares aos deixados pela última lixa.
B16 - Lentamente, e segurando a amostra com firmeza, leve-a a contatar com o pano,
exercendo alguma pressão.
As cerâmicas são materiais inorgânicos e não metálicos, que consistem em sua maioria de
compostos formados por metais e não metais. Nesses compostos as ligações atômicas possuem caráter
iônico e/ou covalente
Quando a ligação iônica predomina no material cerâmico a sua estrutura cristalina é formada
por íons metálicos positivos (cátions) e íons não-metálicos negativos (ânions). A estrutura cristalina da
cerâmica depende:
1º) da magnitude das cargas elétricas dos íons componentes (neutralidade elétrica do
composto); ex. Ca+2F-2 (fluoreto de cálcio);
2º) do tamanho dos íons (cátions e ânions / razão entre os raios iônicos)
Uma estrutura cristalina estável se forma na cerâmica quando os ânions vizinhos estão todos
em contato com o cátion conforme a seguinte ilustração:
Assim, existem materiais cerâmicos que se cristalizam nos diferentes sistemas cristalinos, tais
como sistema cúbico, hexagonal, tetragonal, monoclínico. O sistema cúbico possui três tipos de estruturas
cristalinas (AX, AmXp, AmBnXp).
Os silicatos são os compostos mais abundantes da crosta terrestre; são formados por unidades
tetraédricas básicas de silicatos (carregadas negativamente), conforme ilustram as Figuras 3 e 4.
Figura 3. Tetraedro de silício-oxigênio SiO+4 4 Figura 4. Estruturas formadas por tetraedros SiO+44
Existem várias estruturas de silicatos dependendo do arranjo das unidades SiO+44 , ex. sílica
cristalina, sílica vítrea.
√ Sílica (SiO2): estrutura cristalina formada quando todos os átomos de oxigênio da unidade
tetraédrica estão compartilhados (ligados entre si); os tetraedros estão arranjados regularmente e
ordenadamente. Existem três formas polimórficas da sílica: quartzo, tridimita e cristobalita.
√ Vidro de sílica (sílica vítrea): O vidro é um material cerâmico não cristalino formado por
uma rede de óxidos interligados sem arranjo ordenado; o mais comum é o de silicato de sódio (soda-cal)
utilizado em janelas (Figura 5).
Na2O
CaO ÓXIDOS MODIFICADORES DE REDE
TiO2
Al2O3 ÓXIDOS INTERMEDIÁRIOS
O carbono existe tanto na forma cristalina como no estado amorfo. Os seguintes polimorfos do
carbono apresentam características distintas: grafita, diamante e fullereno. A grafita possui uma estrutura
cristalina composta por camadas de átomos de carbono em um arranjo hexagonal. Os carbonos das camadas
estão ligados entre si por ligações covalentes; entre as camadas a ligação é do tipo van der Waals (fracas), o
que explica as propriedades lubrificantes da grafita (Figura 6a). O diamante possui estrutura cristalina
cúbica,
Figura 6. Estruturas cristalinas do carbono: (a) grafita, (b) diamante e (c) fullereno.
como indicado na figura 6b. Cada átomo de carbono se liga covalentemente a quatro átomos de carbono; por
isso é um material de extrema dureza. Ademais, o diamante possui boa condutividade elétrica, é transparente
e tem elevado índice de refração. Um arranjo CFC de moléculas de fullereno forma um sólido cristalino
que, quando puro, é eletricamente isolante; uma molécula do fullereno tende a apresentar forma esférica, tal
como ilustra a Figura 6c. A adição de impurezas, entretanto, pode tornar o sólido altamente condutor ou
semicondutor.
Diagramas de fases:- Assim como ocorre na metalurgia, os diagramas de fases binários e ternários auxiliam
técnicos e engenheiros no processamento de materiais cerâmicos. Exs. Al2O3 - SiO2, ZrO2 – CaO.
VIDROS:
Líquido
Volume específico
Líquido super-resfriado
Cristalização
Vidro
Sólido
Cristalino
Temperatura
Ponto de amolecimento
Faixa de operação
Ponto de operação
Ponto de fusão
Tensão (MPa)
Compressão Tração
Ar comprimido
Parison Molde de
suspenso Acabamento
Rolo de conformação
Lâmina de vidro
Rolo rotativo Barreira resfriada a água
Tensão (MPa)
Processo de sinterização de pós
Deformação
Microestruturas de Cerâmicas
A água é absorvida
pelo molde de gesso Retirada da
A barbotina O molde é drenado parte superior
(supensão) é
vertida para o
interior do
molde por
gravidade
Recipiente
Existem duas classes de polímeros utilizados na fabricação de uma grande variedade de produtos: os
polímeros naturais e os sintéticos. Os polímeros naturais são materiais derivados de plantas e animais (exs.
madeira, borracha, algodão, lã, couro, e seda), enquanto polímeros sintéticos (plásticos) são em sua maioria
fabricados a partir de pequenas moléculas orgânicas derivadas do carvão e do petróleo.
As propriedades satisfatórias e o menor custo dos plásticos têm possibilitado a substituição de metais e
madeira em algumas aplicações. Como as estruturas moleculares e cristalinas dos polímeros têm influência
tanto nas propriedades mecânicas das peças como nas condições de conformação, estes assuntos serão vistos
a seguir em maior detalhe.
Figura 8 . A substituição dos metais e aplicações de plásticos mais resistentes vem crescendo na
indústria automobilística. (Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Carros/0,,MUL581881-9658,00.html)
Hidrocarbonetos:- são materiais orgânicos compostos por hidrogênio e carbono. Como a maioria dos
polímeros tem origem orgânica, é comum se iniciar o estudo destes materiais por uma revisão sobre os
hidrocarbonetos. Na molécula de um hidrocarboneto cada átomo de carbono pode compartilhar até quatro
elétrons de valência, o que define ligações covalentes entre os átomos (ligações intramoleculares).
| |
–C– –C= =C= –C
|
Qualquer um dos seguintes grupos orgânicos pode fazer parte de uma estrutura polimérica:
Síntese de polímeros
Definição de polímeros: consistem de uma grande quantidade de moléculas gigantes formadas por
reações químicas entre pequenas moléculas de hidrocarbonetos (monômeros). Estas reações são conhecidas
por polimerização.
A grande cadeia carbônica é composta por unidades estruturais que se repetem, conhecidas por meros
Forma molecular
do peso molecular
da forma molecular
da estrutura molecular
Estrutura molecular
Configurações moleculares
Isomerismo geométrico:
cis trans
configuração molecular
Micrografia eletrônica de
um cristal de polietileno (cristalitos) lamela (cristalito)
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2) De onde provém a matéria-prima para fabricação dos plásticos?
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3) O que são hidrocarbonetos? Qual o tipo de ligação química existente no interior da molécula de um
polímero? Quantas ligações covalentes são possíveis por átomo de carbono? Por que? Quais os tipos
de ligações covalentes intramoleculares?
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O que são moléculas saturadas e insaturadas?
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O que são moléculas isômeras? O que são radicais orgânicos?
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5) Do que depende as propriedades de um material plástico? Explique como são essas características do
polímero que influenciam suas propriedades.
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Aditivos
Os aditivos são substâncias introduzidas para modificar a estrutura de um polímero, visando melhorar suas
propriedades mecânicas, químicas ou físicas. Dependendo da função que desempenham podem ser
classificados nos seguintes tipos: enchimentos, plasticizantes, estabilizadores, corantes e retardadores de
chama.
Plasticizantes: tem por função aumentar a flexibilidade, a ductilidade e a tenacidade dos polímeros, além de
provocar uma redução de sua dureza e rigidez. As pequenas moléculas dessas substâncias aumentam a
distância entre cadeias, reduzindo as ligações intermoleculares secundárias. (exemplos de aplicação:
utilizados em polímeros que são frágeis à temperatura ambiente, tais como PVC, copolímeros de acetato).
Estabilizadores: aditivos que previnem a deterioração do polímero provocada por radiação ultravioleta e
oxidação. A radiação ultravioleta proveniente da luz rompe ligações covalentes da cadeia. A oxidação é
causada pela interação de átomos de oxigênio e as moléculas do polímero.
Corantes: as diferentes cores dos plásticos são obtidas através da adição de corantes na forma de tinturas ou
pigmentos. As moléculas das tinturas se dissolvem na estrutura do polímero, ao passo que as moléculas dos
pigmentos não se dissolvem, permanecendo como fase separada na estrutura. Os corantes podem ser
transparentes ou conferir opacidade ao polímero.
Termofixos: polímeros que endurecem permanentemente ao serem aquecidos na moldagem, não adquirem
plasticidade e fluidez ao serem reaquecidos. Durante o aquecimento inicial são formadas ligações covalentes
cruzadas entre as macromoléculas. Essas ligações impedem os movimentos das cadeias a elevadas
temperaturas. Geralmente os polímeros termofixos possuem maior dureza, resistência e fragilidade do que
os termoplásticos. Além disso, são dimensionalmente mais estáveis. Exemplos: epóxis, resinas fenólicas,
resinas poliéster, borrachas vulcanizadas (todos com ligações cruzadas e em rede)
Os termofixos suportam maiores temperaturas de serviço e são mais inertes quimicamente do que os
termoplásticos.
Termoplá
Termoplásticos utilizados atualmente: Polietilenos
DESEMPENHO
PEEK Plá
Plásticos Especiais Polietileno de Alta Densidade (PEAD)
PPA PPS
Poletileno de Média Densidade (PEMD)
PPO PA Plá
Plásticos de Polietileno de Baixa Densidade (PEBD)
POM PBT Engenharia
PET PC Polietileno de Ultra Alto Peso Molecular
(PEUAPM)
PP PS AC ABS Plá
Plásticos Etileno Acetato de Vinila (EVA)
PVC PMMA PE SAN de Massa
CUSTO
Etileno Metacrilato de Metila (EMA)
4 6
Aparência: Branco, Translúcido As mesmas do PEAD, exceto possuir rigidez bem menor.
Classificação: Poliolefina, Vinílico, de Poliadição Aplicaç
Aplicações
Cristalinidade: 55 - 70% . 55% do total está ligado ao uso em filmes:
Densidade : 0,89 a 0,94 g/cm3 . Embalagens para alimentos e fármacos
Peso Molecular: 50.000 u.m.a . Filmes para agricultura
Temperatura de Fusão: 109-120 C
o . Revestimento de fios e cabos
o . Produtos domésticos (sacolas.....)
Temperatura de Transição Vítrea: - 120 C
. Brinquedos
Tipo de Cadeia : Ramificada
. Peças de uso geral
12 13
Polietilenos Limitações : Baixa Resistência ao Calor. Baixa Resistência à Tração, Compressão e Flexão
. Sofre degradação por raios U.V (Sol) . Boa resistência a ácidos oxidantes (HCl, H2SO4, etc...)
. Baixa resistência ao corte . Baixa estabilidade dimensional
Polipropileno Homopolí
Homopolímero
Polipropileno - Caracterí
Características Propriedades
Aparência: Branco, translúcido
. Aceita Aditivos (conc. de cor, modif. impacto, cargas, etc..)
Classificação: Poliolefina, Vinílico, de Poliadição
. Anti - Aderente . Atóxico
Cristalinidade: 60 - 70%
. Baixa absorção de umidade
Densidade: 0,9 g/cm3
. Baixa densidade / baixo custo
Peso Molecular: 80.000 a 500.000 u.m.a
. Boa Resistência Química (maior de todos os termoplásticos)
Temperatura de Fusão: 165- 175 o C
. Boa Resistência ao Impacto e ao atrito
Temperatura de Transição Vítrea: -8 o C
. Bom isolamento elétrico
Tipo de Cadeia: Helicoidal
. Excelente resistência à fadiga.
Adicionando-se de 1,5 a 7% de ETILENO na polimerização
. Propriedades óticas razoáveis.
do Propileno tem-se o POLIPROPILENO COPOLÍMERO
. Resistência térmica razoável (115o C).
25 26
Polipropileno Copolí
Copolímero Polipropileno Copolí
Copolímero
Propriedades Aplicaç
Aplicações
. Filmes
. As propriedades do Polipropileno
. Embalagens flexíveis de roupas, brinquedos, discos, cigarros, etc...
Copolímero são semelhantes ao do . Processos de moldagem por injeção à sopro
Polipropileno Homopolímero, adicionando- . Embalagens Transparentes para líquidos quentes (mais de 120o C.)
se: . Processos de moldagem por injeção
. Brinquedos
. Maior Transparência
. Caixas de fitas de vídeo
. Maior Flexibilidade . Embalagens semi-rígidas para alimentos
. Menor Temperatura de Amolecimento . Forma para gelo
30 32
Poliestireno Cristal
Poliestirenos - Caracterí
Características (PSC/GPS) - Caracterí
Características
. Alta estabilidade dimensional
Aparência: Transparente . Alta rigidez . Atóxico
Classificação: Poliolefina, Vinílico, Poliadição . Baixa contração no molde
Cristalinidade: quase 0% (Polímero Amorfo) . Baixa densidade . Baixo custo
. Baixa resistência ao calor e ao Impacto
Densidade: 1,05 g/cm3 . Baixa resistência à Química (Cetonas e aromáticos)
Temperatura de Fusão: 85 - 95 o C . Baixa resistência aos raios U.V. (Sol)
Temperatura de Transição Vítrea: 85 - 110 o C . Bom isolante térmico e elétrico
. Facilidade de processamento
. Permeabilidade a gases
. Propriedades óticas boas
33 34
35 37
Poliestireno Expandido (EPS) Aplicações : Caixas e embalagens térmicas . Embalagens . Isolamento acústico
. Isolamento Térmico para a indústria da construção civil . Isolamento Térmico para tubos aquecidos
Acrilonitrila:
Acrilonitrila: Proporciona resistência té
térmica, ao calor, à
quí
química e mecânica. SAN
• Acrilonitrila = 15 a 35%
Butadieno:
Butadieno: Resistência ao impacto • Estireno = 65 a 85%
Estireno: Rigidez, facilidade de processamento
44 45
50 51
Poli(Cloreto de Vinila)
Vinila) - PVC Poli(Metacrilato
Poli(Metacrilato de Metila)
Metila)
Aplicaç
Aplicações
(PMMA) - Caracterí
Características
. Artigos escolares . Baldes
. Brinquedos . Conduítes (eletrodutos)
. Eletrodomésticos . Embalagens para remédios
Aparência: Transparente
. Forrações de interiores de automóveis Classificação: Poliolefina, Vinílico, de Poliadição
. Forros para rebaixamento de tetos (banheiros) Cristalinidade: quase 0% , amorfo
. Imitação de couro . Mangueiras em geral Densidade: 1,18 g/cm3
. Móveis de jardim . Perfis
Peso Molecular: 1.000.000 u.m.a
. Revestimento de fios . Revestimento de parede
. Solados de sapato e tênis Temperatura de Fusão: 160o C
. Tanques . Tomadas e interruptores Temperatura de Transição Vítrea: 105o C
. Tubos e conexões (40% do total) Popularmente chamado de ACRÍACRÍLICO
52 59
68 69
72 75
76 77
78 80
81 82
Poli(Tereftalato de Butileno)
Poli(Tereftalato
Poli(Tereftalato de Butileno)
Butileno)
(PBT) - Caracterí
Características
(PBT) - Propriedades
Absorção de água : < 0.1% . Alta resistência química e elétrica
Contração: 1.8 - 2% . Atóxico
Cristalinidade: 30 - 60% . Alta resistência a temperaturas altas
Densidade : 1.3 g/cm3 . Boa aceitação de aditivos
Formas de Processamento: Injeção, Extrusão, Sopro . Boa estabilidade dimensional
Peso Molecular: 25.000 - 40.000 u.m.a . Boa resistência ao impacto mesmo a baixas temperaturas
Temperatura de Fusão: 220oC . Boa resistência química (óleos, graxas e desinfetantes)
Temperatura de Transição Vítrea : 50oC . Pode ser reforçado com Fibra de Vidro
84 85
Poli(Tereftalato de Butileno) (PBT) – Aplicações : Peças para circuitos eletrônicos . Linha automotiva e industrial .
Cartuchos de extintor de incêndio . Bombas industriais
89 91
(Tm)) (o C)
Temperatura de Fusão (Tm Temp.
Temp. Transiç
Transição Ví (Tg)) (o C)
Vítrea (Tg
300 150 145
265 270
110 110
250 250 250 100
85 85
225 225 220 74
70
200 50 50
175 181
165
150 0 -8
130 130 PP PEBD PEAD PSAI PSC PA 6 PA 6.6 PC PBT PET POM
100 -50 -50
-85
50 -100
-120 -120
0 -150
PP PEBD PEAD PSAI PSC PA 6 PA 6.6 PC PBT PET POM
95 96
Resistência à Traç
Tração (ASTM 638)
(Kgf/cm2) Dureza (Rockwell
(Rockwell M)
800 9,00 8,65
714
700 700
680 8,00
7,50
600 565
7,00
560 6,53
500 500 510 510 6,00 5,67
400 390
5,00
4,20 4,43
350
338 4,00
300 280 3,60
3,19
3,00 2,81
200 2,32
140 157 2,00 1,70 1,65
100 1,42
1,16 1,18 1,32
40 1,00 1,04 0,90
0 0,00
PP PEBD PEAD PSAI PSC PA 6 PA 6.6 PC PBT PET POM ABS EVA EPS PA 6 PA 6.6 PBT PC PEAD PEBD PET PMMA POM PPC PPH PSAI PSC PVC
98 102
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2) Como podem ser classificados os termoplásticos em função dos critérios de custo e desempenho?
Cite 03 exemplos de termoplásticos de cada classe.
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3) Preencha a tabela com os valores de algumas características e propriedades dos termoplásticos de uso
geral e de engenharia. A seguir descreva as aplicações de cada polímero listado na tabela.
Aplicações:
As técnicas de moldagem por compressão, transferência, sopro, injeção e extrusão, são utilizadas na
conformação de polímeros plásticos.
A moldagem por compressão e moldagem por transferência está ilustrada na figura 1 e consistem das
seguintes etapas:
Obs.: 1) também é comum a conformação a frio de uma pré-forma (disco), que logo após é conformada nas
dimensões do produto final; isso reduz o tempo e a pressão de moldagem, aumenta a vida útil da matriz,
produzindo peças com acabamento mais uniforme. 2) na moldagem por transferência ocorre inicialmente a
fusão da mistura numa câmara aquecida, o polímero é então injetado para o interior da cavidade do molde, o
que permite maior uniformidade na distribuição de pressão. Ex. conformação de peças com formas
complexas e polímeros termofixos.
Figura 10. Ilustração do processo de conformação por compressão (Fonte: Callister Jr., W. Ciência e
Engenharia de Materiais, LTC)
Obs.: a vantagem da injeção de termoplásticos é a velocidade de produção, com reduzido tempo do ciclo
fusão-solidificação (10-30s); na injeção de termofixos a cura ocorre enquanto o polímero ainda está sob
pressão no molde, ocorrendo em ciclos mais longos.
A extrusão é uma técnica de moldagem por injeção de termoplástico em matriz aberta. Após proceder a
alimentação no cilindro, a mistura peletizada é transportada por meio de um parafuso sem fim; o plástico é
compactado e fundido na região aquecida. A extrusão compreende a passagem do polímero viscoso pelo
orifício de uma matriz e a subseqüente solidificação do material. Exemplos de aplicação: produtos de
comprimento contínuo com seção reta constante (bastões, tubos, mangueiras, folhas, filamentos).
Sopro
Figura 13. Técnica de sopro para conformação de recipientes de plástico (Fonte: Callister Jr., W. Ciência e
Engenharia de Materiais, LTC).
O plástico fundido é vertido por gravidade para o interior de um molde como na fundição de metais e vidros.
Termoplásticos:- solidificação a partir do estado líquido;
Termofixos:- endurecimento através de cura que ocorre geralmente em teperaturas elevadas.
Elastômeros
As ligações cruzadas da estrutura molecular dos elastômeros são produzidos por um processo denominado
vulcanização. Uma reação típica de vulcanização é mostrada a seguir
A reação química é irreversível, sendo geralmente necessária temperatura elevada; as ligações cruzadas são
formadas por átomos de enxofre. A vulcanização melhora o módulo de elasticidade, a resistência à tração e
a resistência à degradação por oxidação da borracha (a borracha não vulcanizada é mole tem pouca
resistência à abrasão).
Nas borrachas de silicone as cadeias principais são constituídas por átomos de silício e de oxigênio
alternados, apresentando ligações cruzadas tal como ocorre nos elastômeros. Características: elevada
flexibilidade a baixas temperaturas ( < -90 ºC) , mantém sua estabilidade em temperaturas de até 250 ºC, boa
resistência à intempéries e a óleos lubrificantes, vulcanizam a temperatura ambiente.
Figura 12. Esquema de classificação de processos de fabricação de plásticos quanto ao tipo de produto
acabado.
Processo de Injeção
de Termoplásticos
Dosagem e aquecimento
Preenchimento da cavidade
Desmoldagem
http://www.ndsm.ufrgs.br/
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Quais as principais características da conformação dos polímeros termoplásticos e termofixos?
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