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Biologia 10º ano - Resumos

I - Diversidade na biosfera
Os diversos sistemas naturais que abundam à superfície da Terra diferem no
clima, solo, vegetação, vida animal e muitas outras características.

A biodiversidade é a diversidade dos seres vivos que pode ser considerada a nível do
ecossistema, a nível da espécie e a nível genético.

Diversidade ecológica - refere-se a diversidade de comunidades presentes nos


diferentes ecossistemas.
Diversidade de espécies - é relativa à variedade entre espécies em diferentes habitats
do planeta.
Diversidade genética - inclui variedade genética dentro das populações pertencentes
à mesma espécie.

Espécie corresponde a um conjunto de indivíduos, em regra morfologicamente


semelhantes, que podem cruzar-se entre si originando descendência fértil.

Organização biológica

A diversidade da vida pode ser organizada em vários níveis:

Biosfera - Ecossistema - comunidade - população - organismo - sistema de órgãos -


órgão - tecido - célula - organelo - molécula - átomos.

Extinção e conservação de espécies

Extinção de espécies - redução do número de indivíduos de uma espécie até ao ponto


em que acaba de existir.

Causas que levam à extinção de espécies são:


_ Destruição ou alteração do habitat;
_ Sobre exploração de espécies, por colheitas, caça ou pesca;
_ Ruptura das cadeias alimentares.

Espécie em perigo é aquela cuja sobrevivência é considerada duvidosa se


continuarem a actuar os factores que a ameaçam.

Conservação de espécies - área da Ecologia que investiga o impacte humana na


biodiversidade e desenvolve práticas para a preservar;

Exemplos de como conservar espécies:


Criação de reservas naturais e a recuperação de áreas degradadas.

É importante conservar as espécies uma vez que as espécies constituem recursos


naturais cruciais; nos ecossistemas realizam processos essenciais ao suporte da vida
como s purificação da água e do ar, geração e preservação dos solos férteis,
decomposição de resíduos e outros;

Perder espécies é perder genes únicos e empobrecer a biodiversidade.

A base celular da vida

Seres unicelulares - seres vivos constituídos por uma só célula.


Seres pluricelulares - seres vivos constituídos por várias células.

Teoria celular
Diz-nos que a célula é a unidade básica de estrutura e função dos seres vivos;
Todas as células provêm de células pré-existentes;
A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade
dos seres vivos.

Células procarióticas

As células procarióticas são representadas pelas bactérias, têm dimensões


compreendidas entre 1 a 10 nanometros e são as estruturas mais simples do que as
eucarióticas. Apresentam uma membrana celular, citoplasma, ribossomas e material
genético. Estas células também apresentam uma parede celular que protege a célula
e a ajuda a manter a forma. Em algumas procariontes existe ainda outra estrutura
chamada cápsula. Algumas outras também têm flagelos.

Células Eucarióticas

Estas células são muito mais complexas que as procariontes. Estas apresentam um
núcleo e varias estruturas delimitadas que se situam no citoplasma.
Função de cada organito:
Parede celular - Protecção; estrutura de suporte.
Membrana celular - controlo do movimento de substâncias.
Núcleo - Contém o material genético.
Mitocôndrias - respiração aeróbia.
Cloroplastos - fotossíntese
Vacúolo central - reserva de água e outras substâncias
Citoplasma - contém várias substâncias.
Ribossomas - síntese de proteínas
Reticulo endoplasmático - síntese de lípidos e proteínas, transporte
Complexo de golgi - transformação de proteínas e lípidos
Lisossomas - contêm enzimas digestivas

Constituintes básicos de uma célula

Compostos inorgânicos - água e sais minerais.

Biomoléculas

Polímeros são macromoléculas constituídas por um grande número de unidades


básicas, os monómeros.

Reacção de condensação é aquela em que os monómeros unem-se formando cadeias


maiores, originando polímeros. Por cada ligação liberta-se ou é removida uma
molécula de água.

Reacção de hidrólise é aquela em que há uma separação de um monómero devido à


reacção desta com uma molécula de água.

Existem 4 categorias de biomoléculas orgânicas:


- Glícidos ou hidratos de carbono;
- lípidos
- Proteínas
- Ácidos nucleicos
O monómeros das 4 categorias acima referidas são:
Glícidos - glicose ou monossacarídeos
Lípidos - ácidos gordos
Proteínas - aminoácidos
Ácidos nucleicos - nucleótidos

Glícidos

Os glícidos são compostos ternários constituídos por (O, H, C)


De acordo com o seu grau de complexidade podem-se considerar 3 grupos:
- monossacarideos
- oligossacarideos
- polissacarideos

Os monossacarideos são as unidades básicas dos glícidos e classificam-se atendendo


ao numero de átomos. Ex. Três átomos de carbono - trioses.
As mais comuns são as pentoses (5C) e as hexoses (6C).

Os oligossacarideos são moléculas constituídas por 2 a 10 moléculas de


monossacarideos.

Polissacarideos são hidratos de carbono complexos e são formados por cadeias


lineares ou ramificadas.
Ex. Amido, glicogénio e a celulose.

Funções dos glícidos:


Função energética
Função estrutural

Lípidos

A propriedade mais distintiva, comum a todos os lípidos é a sua fraca solubilidade na


água e a sua solubilidade em solventes orgânicos como o éter e o benzeno.
É um grupo muito heterogéneo e são compostos ternários. (C,O,H)

Triglicerideos - lipidos de reserva. Como componentes básicos, na sua constituição


intervêm ácidos gordos e um álcool, o glicerol.

A molécula de ácido gordo é constituída por uma longa cadeia linear de átomos de
carbono, cadeia hidrocarbonada.

Fosfolipidos - lípido estrutural. Constituinte mais abundante nas membranas celulares


e em compostos azotados.

Os fosfolípidos são moléculas anfipáticas, ou seja, possuem uma parte polar


(cabeça)que é hidrofilica e outra apolar que é hidrofóbica.
Funções dos lípidos

Reserva energética - as gorduras constituem uma importante fonte de energia.


Reserva estrutural - alguns lípidos, como os fosfolípidos são constituintes das
membranas celulares.
Protectora - há certos lípidos que revestem superfícies tornando-as mais
impermeáveis à água.
Vitamínica e hormonal.

Proteínas (Prótidos)

São compostos quartenários (C,H,O, N)

A unidade básica é o aminoácido que se pode ligar e formar cadeias de tamanho e


complexidade variáveis, as péptidos e as proteínas.

O numero de moléculas de água removidas são o numero de aminoácidos menos um.

A substituição de um aminoácido na cadeia peptídica pode alterar completamente a


estrutura tridimensional do polipéptido e consequente função biológica.

Proteínas - são constituídas por uma ou mais cadeias polipeptidicas e possuem


estrutura tridimensional definida.

As proteínas podem ser estudadas em quatro níveis:


A estrutura primária - sequência de aminoácidos unidos por ligações peptidicas;
A estrutura secundária - várias cadeias podem dispor-se paralelamente e ligar-se
entre si por pontes de hidrogénio. Formam-se estruturas em folha pregueada.
Estrutura terciária
Estrutura quartenária

As proteínas quando submetidas a determinados agentes podem perder a sua


conformação normal, o que há sempre perda da sua função biológica. Assim diz-se
que a proteína sofreu desnaturação.

Ácidos nucleicos

Os ácidos nucleicos são as biomoléculas mais importantes no controlo celular, pois


contêm a informação genética.
Existem dois tipos:
O acido ribonucleico (RNA)
O ácido doxirribonucleico (DNA)

O DNA é uma cadeia dupla e o RNA é uma cadeia simples.


A unidade básica são os nucleotidos que são constituidos por três componentes
diferentes:
Grupo fosfato
Pentose
Bases azotadas - bases de anel duplo: Adenina e a guanina
bases de anel simples: uracilo, timina, citosina.

Os nucleótidos são classificados pelas suas bases azotadas.


O DNA é constituído por 2 cadeias nucleotídicas unidas por pontes de hidrogénio que
formam uma cadeia em hélice.

Constituintes DNA RNA


Grupo fosfato sim Sim
Pentoses desoxirribose Ribose
Bases azotadas Adenina, timina, guanina, Adenina, uracilo, guanina,
citosina citosina

Obtenção de matéria - Heterotrofia e autotrofia

Dos seres unicelulares aos seres pluricelulares

Em regra os alimentos ingeridos têm de experimentar um processamento digestivo


em que as substâncias complexas são transformadas em substâncias mais simples.

Nos seres unicelulares essa digestão ocorre no interior da própria célula.


Assim, a vida das células depende, assim, do movimento das substâncias através da
membrana celular.

Membrana celular

Composição química e estrutural - as membranas são basicamente complexos


lipoproteicos.

A membrana celular é responsável pela integridade celular, delimita a fronteira entre


o meio intracelular e o meio extracelular, constituindo uma barreira selectiva, através
da qual processa trocas de substâncias e energia com o meio.

Modelo de Singer e Nicholson

O modelo de Singer é usualmente conhecido por modelo de mosaico fluido, visto que
a superfície assemelha-se a um conjunto de pequenas peças e devido ao movimento
individual de moléculas que constituem a membrana.
A membrana é constituída por uma bicamada fosfolipídica, Glicolípidos,
Glicoproteínas, Proteínas extrínsecas e intrínsecas e por vezes contem colesterol.

Bicamada lipídica - Na bicamada lipídica as cadeias hidrofóbicas dos fosfolípidos


estão voltadas umas paras as outras e as cabeças polares para o meio extracelular e
intracelular, respectivamente.

A bicamada lipídica tem um papel essencialmente estrutural e é dotada de


mobilidade, permitindo às moléculas executarem movimentos laterais e de flip-flop.

Proteínas - Podem ter função estrutural ou intervir no transporte de substâncias.


Também funcionam como receptores de estímulos químicos vindos do meio
extracelular.

Glícidos - Os glícidos membranas situam-se na parte exterior da membrana


plasmática.
Podem ligar-se a proteínas ou lípidos.
Tem um papel importante no reconhecimento de certas substâncias.

Colesterol - localiza-se no meio dos fosfolipidos, nas membranas das células animais

Transporte de materiais através da membrana plasmática

A membrana plasmática pode facilitar, dificultar e impedir a passagem de


substâncias, uma propriedade designada por permeabilidade selectiva.

Podem então ocorrer dois processos:


Transporte não mediado
Transporte mediado
Transporte não mediado

Transporte não mediado é aquele em que as substâncias atravessam a membrana


plasmática, sendo que esse movimento ocorre em favor do gradiente de
concentração, sem a ajuda de proteínas.

Gradiente de concentração -É a diferença de concentração entre a zona de maior


concentração e a zona de menor concentração.

A favor é quando as substâncias passam de um meio hipertónico( de maior


concentração) para um meio hipotónico( de menor concentração).

Contra é quando as substâncias passam de um meio hipotónico para um meio


hipertónico.

Difusão simples

Na difusão simples as moléculas movimentam-se do meio onde a sua concentração é


mais elevada para o meio onde a sua concentração é mais baixa, isto é, a favor do
gradiente de concentração.
Um caso especial é a osmose.

Osmose - É o movimento de água, por difusão, dos meios menos concentrados


(hipotónicos) para os meios mais concentrados (hipertónicos).

Quer a difusão simples quer a osmose são processos de transporte passivo pois não
implicam gastos de energia.

Quando o equilíbrio de concentrações é atingido, o movimento das partículas


continua, mas a quantidade de partículas que passam num sentido é igual à
quantidade de partículas que passam no sentido contrário, tratando-se de um
equilíbrio dinâmico.

Uma solução com pouca quantidade de água e com uma grande concentração de
soluto tem uma elevada pressão osmótica.

Osmose nas células animais

Num meio hipertónico, a água sai da célula por osmose, diminuindo o volume celular
- a célula fica em estado de plasmólise.

Num meio hipotonico, a água entra por osmose, levando ao aumento do volume
celular - a célula fica em estado de turgescência.
Quando a entrada de água ultrapassa a capacidade elástica da membrana, ocorre a
lise celular.
Osmose nas células vegetais

A água nas células vegetais encontram-se nos vacúolos.


Num meio hipertónico, a água sai por osmose, levando a diminuição do volume
do vacúolo ocorrendo uma retracção do citoplasma - desprende-se a membrana
celular da parede ficando à vista os plasmodesmos - célula plasmolisada.
Não há alteração significativa no volume global da célula

Num meio hipotónico, a água entra por osmose, levando ao aumento do volume do
vacúolo sendo então que este comprime o conteúdo celular contra a parede - célula
túrgida.

Transporte mediado

Transporte de substâncias na membrana plasmática com intervenção de moléculas


transportadoras.

Difusão facilitada

Muitas moléculas polares de dimensões consideráveis atravessam a membrana


celular a favor do gradiente de concentração, mediante a intervenção de proteínas
transportadoras, denominadas permeases.
Este processo não requer gastos de energia pela célula.

A velocidade de transporte da substância aumenta com a concentração dessa


substância, mas, quando todos os locais de ligação das permeases estão ocupados, a
velocidade de transporte mantêm-se constante, mesmo que aumente a concentração
deste no meio.

Transporte activo

O movimento das substâncias através da membrana é contra o gradiente de


concentração, mediante a intervenção das permeases.
Exige gastos de energia por parte da célula.

O transporte activo permite manter constante as concentrações de certas substâncias


apesar das variações de concentrações do meio exterior.

Endocitose e exocitose

Endocitose

Os dois tipos de transporte descritos anteriormente referem-se a moléculas simples.


A endocitose é um dos mecanismos da célula para captar macromoléculas do
exterior.

O material é transportado através de invaginações da membrana. Essas invaginações


progridem para o interior da célula e separam-se da membrana, constituindo
vesículas endociticas.

Existem três tipos de endocitose: pinocitose, fagocitose e a endocitose mediada por


receptor.

Na fagocitose, a membrana plasmática engloba partículas de grandes dimensões,


através de prolongamentos da membrana, denominados pseudópodes.

Na pinocitose, o processo é semelhante ao da fagocitose só que as substâncias que


entram são substâncias dissolvidas ou fluidos.

Exocitose

É o processo inverso à endocitose, no qual as células libertam para o meio


extracelular substâncias armazenadas em vesículas.

Sistema endomembranar - digestão intracelular

A membrana plasmática encontra-se em contacto com o complexo de golgi, o reticulo


endoplasmático e a membrana do invólucro nuclear, formando um sistema de
membranas denominado sistema endomembranar.
O reticulo endoplasmático rugoso possui ribossomas ligados à face externa das suas
membranas onde ocorre a síntese proteica.
O reticulo endoplasmatico liso encontra-se envolvido na síntese de fosfolípidos e na
elaboração de novas membranas.
Complexo de golgi - Formado pelo conjunto dos dictiossomas da célula. Cada
dictiossoma é constituído por conjunto de sacúolos achatados na qual na periferia
existe uma serie de vesículas - lisossomas.

Lisossomas - são pequenas vesículas, delimitadas por uma membrana e que contem
vários tipos de enzimas, principalmente hidroláses.

Os lisossomas podem participar no processo de digestão das substâncias captadas por


endocitose (heterofagia) ou na digestão dos próprios organelos (autofagia).

A digestão intracelular ocorre dentro de vacúolos digestivos, formação resultante da


junção de vesículas endociticas e lisossomas.

Digestão extracelular

Na maioria dos seres heterotroficos multicelulares, a digestão realiza-se fora das


células e na maioria dos fungos em particular ocorre até mesmo fora do corpo,
extracorporal.

Nos fungos

As hifas do fungo elaboram enzimas digestivas que são lançadas sobre o substrato,
ocorrendo aí a digestão de moléculas complexas. As moléculas mais simples
resultados são então absorvidas pelas hifas.

Nos animais
Nos animais a digestão em regra efectua-se no interior do corpo - intracorporal.
A digestão normalmente ocorre em cavidades ou órgãos especializados onde, após a
ingestão, são lançados sucos digestivos contendo enzimas, que actuam sobre os
alimentos, transformando-os em substâncias simples.

A digestão em cavidades digestivas representa uma vantagem para estes animais,


visto que permite a ingestão de quantidades significativas de alimentos num curto
espaço de tempo. Esses alimentos ficam armazenados nas cavidades digestivas.

Na hidra e na planária existe uma cavidade gastrovascular com uma única abertura
que serve de boca e de ânus. O tubo digestivo é então incompleto pois só apresenta
uma abertura.

Apesar das semelhanças a planária é mais desenvolvida pois após a boca encontra-se
a faringe e a cavidade gastrovascular apresenta ramificações o que faz aumentar a
área de absorção.

Os animais mais complexos apresentam um tubo digestivo completo visto que


apresentam duas aberturas: a boca e o ânus.

O tubo digestivo completo confere vantagens aos organismos que o possuem pois:
Os alimentos deslocam-se num só sentido, o que permite uma digestão e uma
absorção sequenciais, havendo um aproveitamento mais eficaz.
A digestão pode ocorrer em vários órgãos.
A absorção é mais eficiente, pois prossegue ao longo do tubo.
Os resíduos não digeridos acumulam-se durante algum tempo, sendo através do
ânus, expulsos.

Na minhoca

O tubo digestivo da minhoca sequencialmente é constituído por:


Boca - faringe - esófago - papo - moela - intestino - ânus

O intestino da minhoca é constituído por uma prega dorsal que faz aumentar a área
de absorção.

Nos vertebrados

O tubo digestivo dos vertebrados é mais complexo que o da minhoca.


Todos os vertebrados possuem no sistema digestivo dois órgãos anexos, o fígado e o
pâncreas, cujas secreções são lançadas no intestino, onde se misturam com os
alimentos. Alguns possuem também glândulas salivares.

No caso do ser humano, após a ingestão do alimento na boca, a sua progressão faz-se
ao longo do tubo digestivo devido a contracções involuntárias dos músculos das
respectivas paredes.
Embora a digestão inicie-se na boca, é no intestino delgado que ela é importante,
graças à intervenção de uma maior diversidade de enzimas. As enzimas fazem parte
dos sucos digestivos que são produzidos em glândulas gástricas e intestinais
localizadas nas paredes dos respectivos órgãos, ou em certos órgãos anexos.

O fígado produz a bílis, que embora desprovida de enzimas digestivas, desempenha


também uma actividade importante, pois emulsiona os lípidos, facilitando a sua
digestão.

A existência de válvulas coniventes, de vilosidades e de microvilosidades aumenta


consideravelmente a superfície interna do intestino, facilitando a absorção intestinal.

Obtenção de matéria pelos seres autotróficos

Os seres autotróficos podem obter energia por dois processos:


Fotossíntese
Quimiossintese

Fotossíntese - realizada por organismos fotossintéticos. ( plantas e algas)


Quimiossíntese - realizada por organismos quimiossintéticos. (bactérias)

Fonte de energia das células

A energia luminosa ou a energia química não podem ser utilizadas directamente pelas
células sendo que têm de ser transformadas para um composto, o ATP, que constitui
a fonte de energia directamente utilizável.

Quando se dá a hidrolise de ATP, a reacção é exoenergética, ou seja, a energia


mobilizada para romper as ligações é menor do que a energia que se transfere.
A fosforilação do ADP, conduz a formação de ATP. Esta reacção é endoenergética.

Fotossíntese

A água e o dióxido de carbono são captados do meio e a luz é absorvida pelas


clorofilas. O oxigénio e as substâncias sintetizadas têm uma grande importância nos
processos envolventes na produção de energia.

A captação do dióxido de carbono e da luz é feita nas folhas onde se encontram um


órgão especializado, o cloroplasto.

Cloroplasto - organelo celular delimitados por uma dupla membrana. Internamente


possui tilacóides e na membrana dos tilacóides localizam-se os pigmentos
fotossintéticos.

Os pigmentos fotossintéticos são aqueles que são capazes de absorver radiações


luminosas, que são essenciais para o processo fotossintético.
Pigmentos fotossintéticos das plantas

Pigmentos fotossintéticos das Cor


plantas
Clorofilas b Verde-amarelada

a Verde intensa

carotenóides Xantofilas Amarelo

carotenos Laranja

São as clorofilas que dão a cor verde característica à maioria das folhas, mascarando a
cor dos outros pigmentos que existem em menor quantidade.
No Outono, contudo, em muitas plantas, quando a produção de clorofilas diminui, a
folhagem manifesta a cor desses pigmentos ficando amarelada ou avermelhada.

Captação da energia luminosa

A luz que incide sobre as folhas ode seguir diferentes percursos devido ao
comportamento dos pigmentos fotossintéticos face às diferentes radiações.
As clorofilas absorvem, principalmente, as radiações do espectro visível de
comprimentos de onda correspondentes ao azul - violeta e ao vermelho - alaranjado.
Os carotenóides a radiações violeta - azul.

As radiações correspondentes à zona verde do espectro não são absorvidas, são


reflectidas, daí vermos a cor verde.

Mecanismos da fotossíntese

Com base nos resultados de muitas experiências foi possível concluir que nos seres
fotossintéticos ocorre:
Produção de oxigénio, proveniente da água, quando estão exposta à luz
Captação de CO2 que intervêm na formação e compostos orgânicos, mesmo na
obscuridade no caso de previamente haver um período de luminosidade.

Actualmente admite-se que a fotossíntese compreende duas fases sucessivas


estreitamente ligadas:
Fase fotoquímica, cujas reacções dependem directamente da luz
Fase química, não depende directamente da luz.

Fase fotoquímica

A energia luminosa é absorvida por pigmentos fotossintéticos, ao nível da membrana


dos tilacóides, constituindo a fonte energética inicial para a realização de reacções de
oxirredução.
Dentro dos tilacóides a água é desdobrada sendo os electrões transferidos para
moléculas (T) existentes no estroma, as quais ficam reduzidas (TH2). O oxigénio é
libertado.

Associada às reacções de oxirredução ocorre a mobilização de energia que permite a


fosforilação de ADP, formando moléculas de ATP que ficam disponíveis nos
cloroplastos ao nível do estroma.

Resumindo:

O fotossistema II é constituído por clorofila a que ao absorver as radiações luminosas


perde electrões ficando oxidada. Esses electrões vão para aceptores de electrões em
que o aceptor seguinte tem um nível de energia inferior ao anterior, do que resulta
libertação de energia - ATP.
Esses electrões têm como finalidade repor o stock no fotossistema I que ao mesmo
tempo ao absorver energia também vai perdendo electrões. Estes electrões vão para
aceptores e o aceptor final é o NADP+ que ao juntar-se com o hidrogénio que se vai
libertar da água forma o NADPH.
Pela desidrogenação da água, o fotossistema II repõe os electrões.

Fase química

Conjunto de reacções que se realiza no estroma do cloroplasto.

Os compostos finais desta fase são a glicose. São utilizados os compostos NADPH e
ATP produzidos na primeira fase que vão sofrer oxirredução e desfosforilação
respectivamente.

Quimiossíntese

A quimiossintese é outro processo de autotrofia em que certos seres vivos vão


conseguir reduzir o CO2 sem utilizar a energia luminosa.

A fonte de carbono é o CO2.


A fonte de electrões é o sulfureto de hidrogénio e o amoníaco entre outras.

Na primeira fase ocorrem reacções de oxirredução que permitem a produção de


moléculas NADPH e ATP.

III - Distribuição de matéria


O transporte nas plantas
A água e os sais minerais desde que são capturados do solo até aos locais de
produção de matéria orgânica e, simultaneamente, distribuídos os compostos
orgânicos, produzidos essencialmente nas folhas.
A nível da estrutura, podem considerar-se dois grandes grupos de plantas:
Plantas não vasculares
Plantas vasculares

As plantas não vasculares não apresentam tecidos condutores. Vivem geralmente em


zonas húmidas, o movimento da água efectua-se por osmose e as substâncias
dissolvidas movimentam-se por difusão de célula para célula.

Nas plantas vasculares, existem complexos sistemas de condução de água e de


solutos.
O movimento de solutos orgânicos e de solutos inorgânicos no interior da planta
através de tecidos condutores designa-se por translocação de solutos.

A água e as substâncias minerais dissolvidas que circulam no interior da planta


constituem a seiva bruta.
As substâncias orgânicas produzidas nas células fotossintéticas fazem parte da seiva
elaborada.

Sistema de transporte

Aos tecidos condutores têm continuidade em toda a planta, permitindo o transporte


da seiva xilémica até às células fotossintéticas e a distribuição da seiva floémica a
todas as células vivas da planta.

O sistema radicular contribui para a fixação da planta, absorção da água e a captação


selectiva de nutrientes que existem no solo.

O sistema caulinar serve de suporte às folhas e é também através deste que se


efectua o transporte da seiva.

Tanto o caule como a raiz desempenham ainda a função de reserva.

Na superfície externa da folha tem uma camada de células vivas que constituem a
epiderme. Na estrutura interna, entre a epiderme da página inferior e a epiderme da
página superior, a folha tem um tecido clorofilino, o mesófilo.

O mesofilo é constituído por parênquima que pode ser ou paliçada que se encontra
na parte superior do mesofilo ou parênquima lacunoso, que se encontra na parte
inferior do mesofilo. É constituído por cloroplastos.

Na epiderme das plantas, localizam-se os estomas que são estruturas constituídas por
duas células-guarda que delimitam uma abertura, o ostíolo, que comunica com o
espaço interior, a câmara estomática.

A epiderme tem uma parede mais espessa, impermeável, a cutina, que protege as
folhas da dissecação.
Localização do xilema e do floema nas diferentes estruturas

Na raiz

O xilema e o floema estão alternados - Feixes simples e alternos

No caule

O xilema encontra-se na parte interior do caule, e o floema na parte exterior. O


floema e o xilema estão dispostos lado a lado - feixes duplos e colaterais

Nas folhas

O xilema encontra-se do lado da página superior e o floema do lado da página


inferior.

Absorção de água e de solutos pelas plantas

A maior parte da água e dos solutos necessários para a planta são absorvidos pelo
sistema radicular.
A eficiência da captação da água pela raiz é devida à presença de pêlos radiculares
que aumentam a área de superfície entre a raiz e o solo.

Em regra, dentro das células da raiz há uma maior concentração de soluto que no
solo, havendo assim, a entrada da água por osmose.

Transporte no xilema

O movimento da água no xilema é contra a gravidade.


Várias hipóteses têm sido propostas para explicar o movimento da seiva xilémica,
envolvendo todas elas a acções físicas como causa deste movimento.

Existem duas hipóteses que tentam explicar o movimento da água no xilema:


Hipótese da pressão radicular
Hipótese da tensão-adesão-coesão

Hipótese da pressão radicular


A acumulação de água nos tecidos provoca uma pressão radicular que força a água a
subir no xilema.
Este está associado a plantas de pequeno porte.

Hipótese de tensão-adesão-coesão

Esta hipótese tem como base 3 conceitos:


Transpiração
Coesão e adesão no xilema
Entrada de água que vem no solo

Resumindo:
A perda de água através da transpiração leva ao aumento da concentração de iões
nas células do mesofilo.
Quando as células do mesofilo perdem a água, ocorre, um défice de água criando
uma pressão negativa que se dá de nome de tensão.
As células do mesófilo ficam hipertónicas relativamente ao xilema e novas
moléculas de água passam do tecido vascular para as células.
Forças de coesão mantêm as moléculas de água unidas umas às outras, formando
uma coluna contínua (corrente de transpiração) e forças de adesão fazem com estas
adirem às paredes do xilema.
A ascensão da água cria um défice na raiz, fazendo que aumente a absorção de
água na raiz.

Controlo da transpiração

Os estomas podem controlar a quantidade de água perdida por transpiração., devido


à capacidade de abrir e fechar.

Abertura do estoma:
1 - Os iões entram para a célula por transporte activo
2 - A água entra por osmose para as células
3 - As células ficam túrgidas
4 - A parte delgada da célula distende-se e o ostíolo abre.

Fecho do estoma:
1 - Cessa o transporte activo dos iões.
2 - Os iões saem das células-guarda por difusão.
3 - Sai água das células
4 - Diminui a pressão de turgescência
5 - O estoma recupera a forma original, e o ostíolo fecha.

Transporte no floema

As substâncias orgânicas produzidas nos órgãos fotossintéticos são mobilizadas e


distribuídas através dos elementos condutores do tecido floémico. Este ocorre devido
a concentração de sacarose.

Hipótese explicativa para o movimento da seiva elaborada no floema:


1 - A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é convertida em sacarose.
2 - A sacarose passa para o floema por transporte activo
3 - O aumento de concentração de sacarose nas células dos tubos crivosos provoca a
entrada de água que ficam túrgidas.
4 - A pressão de turgescência faz com que a solução atravesse as placas crivosas.

Transporte nos animais


Sistemas de transporte

Nos insectos

Nos insectos existe um sistema de transporte aberto, assim designado pois o sangue
abandona os vasos e passa para os espaços, as lacunas, fluindo directamente entre as
células.

A minhoca

As minhocas têm sistema circulatório fechado, pois o sangue circula dentro de vasos,
mantendo-se o sangue distinto do fluido intersticial.

O sistema circulatório fechado é mais eficiente que o sistema circulatório aberto pois:
O sangue flui mais rápido
Uma maior rapidez de transporte, assegura uma distribuição mais rápida de
nutrientes e oxigénio ás células.
Assegura taxas metabólicas mais elevadas

Transporte nos vertebrados

O sistema circulatório dos vertebrados é um sistema de transporte fechado.


Em todos os vertebrados o sangue circula nas veias, chegando ás aurículas e passa
para os ventrículos, de onde sai para as diferentes partes do corpo circulando em
artérias.

Os peixes têm uma circulação simples em que o sangue só tem um trajecto passando
só uma vez no coração.
No coração só passa sangue venoso.

Os outros vertebrados têm circulação dupla. Nesta circulação, o sangue percorre dois
circuitos diferentes, passando cada um deles pelo coração.

Assim, os animais com circulação dupla apresentam:


Circulação pulmonar - o sangue venoso sai do coração, vai para os pulmões, onde
é oxigenado, e regressa à aurícula esquerda pelas veias pulmonares.
Circulação sistémica - o sangue arterial sai do coração, dirige-se para todos os
órgãos e regressa venoso para a aurícula direita.

A circulação dupla é mais eficiente do que a circulação simples, pois assegura um


fluxo vigoroso de sangue para os diferentes órgãos, uma vez que o sangue é
impulsionado duas vezes.
Há uma distribuição de nutrientes e oxigénio mais eficiente permitindo um
metabolismo mais intenso.
Coração dos vertebrados

Peixes - o coração tem duas cavidades: uma aurícula e um ventrículo sangue


bombeado no coração vão para as brânquias, onde recebe oxigénio e de onde parte
para todo o corpo.

Anfíbio - o coração tem 3 cavidades: duas aurículas e um ventrículo. A circulação é


dupla.
Nestes pode ocorrer misturas de sangue no ventrículo, o que designa como circulação
incompleta.

Mamíferos - O coração tem quatro cavidades: duas aurículas e dois ventrículos.


Nestes não ocorre mistura de sangue pois o septo divide completamente os dois
ventrículos. É uma circulação dupla e completa.

A circulação dupla completa é mais eficiente que a circulação dupla incompleta pois a
completa permite uma maior oxigenação celular, uma vez que não há possibilidades
de mistura de sangue.

IV - transformação e utilização de energia pelos


seres vivos
Utilização dos materiais que chegam ás células

Nas células de todos os seres vivos ocorrem numerosas reacções químicas


acompanhadas por transferência de energia. O conjunto de todas as reacções
celulares constitui o metabolismo celular.

No metabolismo celular compreendem várias reacções químicas que ocorrem nas


células, podendo considerar-se dois processos:
Anabolismo - conjunto de reacções químicas que conduzem à biossíntese de
moléculas complexas a partir de moléculas simples.
Estas reacções são acompanhadas por reacções endoenergética, ou seja, os produtos
necessitam de mais energia que a dos reagentes.
Ex. Fotossíntese

Catabolismo - conjunto de reacções de degradação de moléculas complexas em


moléculas mais simples. Os produtos são mais pobres que os reagentes, havendo
assim libertação de energia - exoenergética.
Ex. Fermentação, respiração celular

Reacções químicas biologicamente importantes

Reacções de Hidrólise/ desfosforilação de ATP


Separação de um fosfato do trifosfato do ATP, o que leva à libertação de energia.
Hidrolise pois só se forma a partir de uma molécula de água.
ATP + H2O ADP + Pi + energia

Reacções de Fosforilação do ATP


Quando o composto sintetizado passa a ser constituído por um só grupo de fosfato.

ADP + Pi + energia  ATP + H2O

Reacções de carboxilação
Estas são reacções onde ocorre a captação de CO2 por um composto.

Reacções de descarboxilação
Estas são reacções de degradação em que há formação de CO2, removido de
compostos orgânicos.

Reacções de oxidação - redução


Reacções de oxidação - redução são reacções em que há transferência de electrões
entre uma substância que os cede, redutor, e a outra que os recebe - oxidante. Diz-se
que, ao ceder electrões, o redutor fica oxidado e o que capta os electrões fica
reduzido.

Reacções de desidrogenação
As reacções de desidrogenação são reacções que envolvem transferência de átomos
de hidrogénio de uma substância para outra. Estas reacções podem ser consideradas
um caso particular de reacções de oxirredução.

As reacções de transporte de electrões, em que se envolvem os chamados


transportadores de electrões, como por exemplo NAD, FAD e NADP+, são reacções de
desidrogenação.

NADP+ + 2 e- + 2H+ NADPH + H+

São vários os processos catabólicos que permitem a transferência de energia de


compostos orgânicos para moléculas de ATP. Esses mecanismos podem efectuar-se
na presença de oxigénio, isto é, em aerobiose (respiração aeróbia), ou na ausência
de oxigénio, ou seja, em anaerobiose (fermentação).

Fermentação
A primeira etapa da fermentação é a glicólise, sendo que esta fase é igual para ambas
as fermentações. Nesta etapa são precisos 2 ATP 's para activar a glicose.
A glicose passa a ser constituída por dois fosfatos, ambos vindos dos 2 ATP 's
passando a ser - frutose-difosfato. Depois ocorre um desdobramento em que por fim
passamos a ter 2 ácidos pirúvicos , com libertação de 4 ATP 's. Sendo assim o
rendimento desta etapa é de 2 ATP 's.
A segunda etapa é a redução do ácido pirúvico.
No fim deste processo temos 2 ácidos pirúvicos, sendo que ambos ainda retêm muita
energia entre as ligações dos seus átomos.

Fermentação alcoólica
Após a glicolise, o ácido pirúvico, composto por 3 átomos de carbono, experimenta
uma descarboxilação, libertando-se do CO2 e originando um composto que, por
redução, origina etanol, composto por 2 átomos de carbono.

A fermentação alcoólica é efectuada especialmente por leveduras.

Fermentação láctica

Neste processo, após a glicólise, o ácido pirúvico, experimenta uma redução ao


combinar-se com hidrogénios transportados por moléculas de NADH e forma assim o
ácido láctico.

A fermentação láctica é efectuada especialmente por bactérias lácticas.

O rendimento das duas fermentações é de 2ATP 's.

Semelhanças e diferenças entre fermentações

Ambos têm em comum a glicólise e o saldo ou rendimento energético. Ambos


ainda retêm muita energia entre as ligações do produto final.
As diferenças são que no final a fermentação láctica produz um ácido láctico
enquanto a fermentação alcoólica forma um álcool etílico.

Aplicações práticas de processos de fermentação

Fabrico do pão - fermentação alcoólica.


Fabrico de bebidas alcoólicas - fermentação alcoólica.
Fabrico de produtos lácteos fermentados (queijo, iogurtes) - fermentação láctica

Métodos de conservação dos alimentos

A conservação de alimentos constitui um aspecto de máxima importância na industria


alimentar e também nas nossas casas. Os métodos de conservação de alimentos têm
como finalidade retardar ou impedir a sua deterioração, mantendo, tanto quanto
possível, as suas qualidades nutricionais.

Processos Exemplos de Acção sobre os microorganismos


clássicos alimentos conservados
Salga Carnes / Peixes Na presença de uma solução hipertónica as
células dos microorganismos ficam
plasmolisadas e morrem.
Solução de Compotas/ Geleias Devido à hipertonicidade da solução ocorre a
açucar destruição de microorganismos.
Vinagre Pimentos/Pepinos Acidificação dos alimentos, tendo uma acção
microbicida significativa.
Secagem ao Carnes/ Peixes/ Frutos A desidratação dos alimentos e dos
sol microorganismos a eles associados tornam-se
inactivos por diminuição da quantidade de
água.
Defumação Carnes / Peixes Impregnando a superfície dos alimentos com
compostos antimicrobianos existentes no
fumo da madeira, fica inibido o crescimento
de microorganismos.

Respiração aeróbia

Etapas da respiração aeróbia e onde ocorrem:


I - Glicólise - citoplasma
II - Formação de acetil Coenzima A - Matriz da mitocôndria
III - Ciclo de Krebs - Matriz da mitocôndria
IV - Cadeia respiratória - Crista da mitocôndria

Etapa I - Glicólise
Esta é igual à da fermentação acabando com a formação de 2 ácidos pirúvicos.

Etapa II - Formação de acetil Coenzima A


Aqui o ácido pirúvico sofre uma descarboxilação, passando a ser acetil CoA(2 C).
Etapa III - ciclo de Krebs
Aqui o acetil-CoA(2C) vai reagir com o ácido oxaloácetico (4 C) formando o ácido
cítrico (6C). O ácido cítrico posteriormente vai sofrer duas descarboxilações,
havendo libertação de 2 moléculas de CO2 passando a ter 4C. A este 4C vai
Ocorrer uma fosforilação sendo que à posteriória há libertação de um ATP e de 3
NADH + 3H+ .

Etapa IV - Cadeia respiratória

Rendimento energético da fermentação e da respiração aeróbia

Respiração aeróbia Fermentação


Glicólise 4 4
Ciclo de Krebs 2 -----
Cadeia 34 -----
respiratória
Total 40 4
ATP necessários 2 2
Rendimento 38 2

Nas provas desportivas, no decurso de exercícios intensos de curta duração, é


necessária uma renovação quase instantânea de ATP, tendo a fermentação láctica um
papel muito importante. Nas provas de longa duração é especialmente a respiração
aeróbia.

Trocas gasosas nos seres multicelulares

Intercâmbio de gases nos animais

Nos animais mais complexos existe um conjunto de estruturas que constituem o


sistema respiratório, do qual fazem parte superfícies especializadas nas trocas
gasosas entre o meio interno e o meio externo, que se designam por superfícies
respiratórias.
O movimento dos gases respiratórios ocorre sempre por difusão simples em meio
aquoso.

Apesar da sua grande diversidade, as superfícies respiratórias, apresentam, todas elas


um conjunto de características comuns que permitam uma difusão eficiente:
São superfícies sempre húmidas favorecendo as trocas gasosas.
São estruturas de pequena espessura, constituídas e regra por uma só camada
de células.
Possuem uma morfologia que permite uma grande área de contacto entre o
meio interno e o meio externo.

O intercâmbio de gases no caso de difusão indirecta designa-se por hematose.

Em muitos organismos aquáticos e alguns terrestres, a superfície do corpo, o


tegumento, funciona como superfície respiratória, não existindo sistema respiratório
diferenciado.
Na maioria dos animais existem órgãos especializados no intercâmbio de gases
respiratórios entre o meio interno e o meio externo. É o caso das traqueias.

Tegumento - O oxigénio passa através da pele para um fluido circundante, que se


movimenta num sistema circulatório fechado ao longo do organismo, chegando deste
modo, ao nível das células para as quais se difunde. Das células difunde-se o dióxido
de carbono para o fluido circundante, sendo depois libertado, em regra, ao nível do
tegumento. Verifica-se, pois, uma difusão indirecta, designada neste caso por
hematose cutânea.

Algumas características da pele destes animais que favorecem a hematose cutânea:


Numerosas glândulas produzem muco, permitindo que a pele se mantenha
sempre húmida;
 Uma extensa vascularização, favorecendo a difusão do oxigénio para o fluido
circundante que transporta a todas as células.

Brânquias - são órgãos respiratórios da maior parte dos animais aquáticos. Podem
representar diferentes graus de complexidade. A sua localização pode ser externa ou
interna, mas habitualmente são restritas a uma zona.
Nos peixes as brânquias são internas, localizando-se, em duas câmaras branquiais,
uma em cada lado da cabeça, recobertas por uma lâmina óssea de protecção, o
opérculo.

V - Regulação nos seres vivos

Regulação nervosa e hormonal


Manter a vida implica manter em equilíbrio as condições do meio externo, isto é,
manter a homeostasia.

A capacidade de sobrevivência dos organismos depende da possibilidade de


detectarem alterações no ambiente, quer interno, quer externo, e de responderem
de forma adequada a essas alterações. Estas funções estão centradas dois sistemas: o
sistema nervoso e o sistema hormonal.

Coordenação nervosa
A maioria dos animais interage com o meio graças à constante circulação de
mensagens no seu organismo. Esta rede de mensagens é assegurada pelo sistema
nervoso em estreita relação com o sistema hormonal.

Visão global sobre o sistema nervoso humano.

Uma das razões que justificam s grande versatilidade e eficácia do sistema nervoso é
a presença de uma complexa rede de conexões entre as células nervosas e os
neurónios.

O sistema nervoso coordena e regula todos os actos conscientes e inconscientes dos


indivíduos.

No sistema nervoso central, o encéfalo e a espinal medula, dá-se a integração que é


a integração dos estímulos provenientes quer do meio interno quer do meio externo
e a preparação para essas respostas adequadas aos estímulos recebidos. Os estímulos
e as respostas circulam através de nervos do sistema nervoso periférico, que chegam,
e respectivamente, de e a todas as partes do corpo.

Os elementos centrais desta verdadeira rede de comunicações são as células


nervosas, ou neurónios, células especializadas que variam de tamanho e de forma,
mas que mantém um padrão comum.

Cada neurónio, unidade de estrutura e de função, possui:

Dentrites - prolongamentos celulares muito ramificados que recebem


informações nervosas do ambiente ou de outro neurónio.
Corpo celular - zona com o núcleo e o citoplasma, que integra e trata as
informações, emitindo mensagens.
Axónio - prolongamento celular com diâmetro mais ou menos constante que
termina numa arborização terminal e que transmite as mensagens, em regra, a outro
neurónio ou a um órgão efector. Este é assim designado porque efectua a resposta ao
estímulo.

Os neurónios sensitivos, como os neurónios do nervo auditivo, transmitem


informações dos receptores sensoriais para os centros nervosos.
Os neurónios motores transmitem ordens dos centros nervosos para órgãos
efectores, como por exemplo, os músculos.

Os interneurónios, localizados no encéfalo ou na espinal medula, integram a


informação que chega dos neurónios sensitivos e preparam a mensagem que sai
pelos neurónios motores.

Transmissão de mensagens nervosas

As membranas das células constituem barreiras que delimitam dois meios distintos: o
citoplasma e o fluido extracelular. A sua permeabilidade selectiva contribui para uma
distribuição assimétrica de iões nestes dois meios, o que gera um determinado
potencial eléctrico. Este potencial eléctrico, quantidade de energia gerada pela
diferença de cargas eléctricas entre o interior e o exterior da membrana, chama-se
potencial de membrana.

Num neurónio em repouso, isto é, que não está a conduzir uma mensagem, este
potencial de membrana que pode ser de -70 mV, chama-se potencial de repouso.

Este valor negativo significa que o interior da célula próximo da membrana tem uma
carga negativa relativamente ao fluido extracelular. Contudo, os neurónios são
células excitáveis, respondendo a estímulos.

Qualquer mudança no meio interno ou no meio externo, como o som, a luz ou uma
substância química, funciona com um estímulo que, ao ser captado e transformado,
pode alterar o potencial de repouso, uma vez que se altera a permeabilidade da
membrana dos neurónios aos iões, gerando um potencial de acção.

Uma vez iniciado, este potencial de acção propaga-se ao longo do axónio.

A diferença de cargas eléctricas entre as zonas em repouso no axónio e as zonas em


actividade gera uma corrente eléctrica.

Se todas as células apresentam um potencial de repouso, poucas são as que geram


potenciais e acção. Apenas as células nervosas, células musculares e alguns tipos de
células endócrinas e de células do sistema imunitário o podem fazer.

Como comunicam os neurónios entre si?

Quando o impulso nervoso atinge a extremidade do axónio pode deparar-se com


outro neurónio ou com um orgão efector: musculo, glândula ou outro tecido. A zona
de comunicação entre neurónios, ou de neurónio com um orgão efector, designa-se
sinapse. Numa sinapse é notória a existência de um espaço extracelular ou fenda
sináptica com cerca de 20 nm de largura, através da qual a mensagem nervosa deve
passar. O neurónio que leva a informação para a sinapse é o neurónio pré-sináptico,
enquanto o neurónio que recebe informação nessa sinapse se designa por neurónio
pós- sináptico. Quando o impulso nervoso atinge a extremidade do axónio não pode
ultrapassar a fenda sináptica. A mensagem eléctrica converte-se então em mensagem
química. Na extremidade do axónio existem vesículas sinápticas que armazenam
substâncias químicas produzidos pelo neurónio, os neurotransmissores. Quando o
potencial de acção atinge a sinapse, as vesículas movem-se para a zona da membrana
do neurónio pré-sináptico e fundem-se com ela, libertando o seu conteúdo na fenda
sináptica, por exocitose. Os neurotransmissores difundem-se e são recebidos por
receptores específicos localizados nas dentrites do neurónio pós-sináptico. Estas
substâncias alteram a permeabilidade da membrana do neurónio, podendo
desencadear um potencial de acção no neurónio pos-sináptico, e a mensagem
nervosa prossegue.
A transmissão das mensagens nervosas é um processo electroquímico.

Coordenação hormonal

No sistema hormonal e endócrino estão envolvidos mensageiros químicos, as


hormonas, que são moléculas orgânicas segregadas em células do sistema endócrino
e que vão actuar sobre células - alvo.

O sistema endócrino inclui células, tecidos ou mesmo órgãos cuja função é produzir e
segregar hormonas, lançando-as directamente no sangue ou nos fluidos intersticiais.

Algumas das glândulas do sistema endócrino:


Ovários e testículos;
Tiróide;
Ossos;
Células da pele;
Glândulas mamárias;
Rins

Como actuam as hormonas?

As hormonas, produzidas em células de glândulas endócrinas desencadeiam


alterações mais ou menos localizadas em diferentes tecidos ou órgãos.
Uma dada hormona, uma vez na corrente sanguínea, chega às diferentes células do
organismo actuando apenas naqueles receptores específicos para essa hormona.

A ligação da hormona ao receptor da célula-alvo desencadeia alterações diversas que


conduzem ao aparecimento de um determinado efeito, efeito esse que é a resposta
da célula-alvo à hormona. Estas interacções são geralmente reguladas por mecanismo
de retroacção negativa ou feedback negativo.

Um feedback negativo é, habitualmente, um processo em que a partir de um


estímulo, que causa uma mudança, é gerada uma resposta que cancela acção desse
estimulo.

Coordenação neuro-hormonal - termorregulação e


osmorregulação

A conexão mais importante entre o organismo e o cérebro é assegurada pelo


complexo hipotálamo-hipofise. A hipófise é uma glândula situada na base do
cérebro, e funciona como um maestro que orquestra o funcionamento das restantes
glândulas endócrinas.

Esta responde através da produção de hormonas que actuam em diferentes partes


do corpo, nomeadamente estimulando ou inibindo outras glândulas endócrinas.
Na coordenação neuro-hormonal ocorre a transmissão de mensagens de natureza
electroquímica e hormonal de forma coordenada que desencadeiam respostas
fundamentais para muitos dos acontecimentos centrais da vida.

A maioria dos animais dispõem de elaborados mecanismos de termorregulação, isto


é, mecanismos fisiológicos, estruturais e comportamentais que permitem manter a
temperatura do seu corpo dentro de certos limites, apesar das oscilações da
temperatura do meio externo.

O ambiente terrestre apresenta grandes oscilações de temperatura. Nessas


circunstâncias a sobrevivência dos indivíduos depende do mecanismo
homeotérmicos, ou seja, mecanismos de regulação de temperatura, mais ou menos
complexos.

No que diz respeito à temperatura corporal podem distinguir-se dois grandes grupos
de indivíduos:
Os seres exótermicos
Os seres homeotérmicos.

Os seres exotérmicos são aqueles que têm mecanismos muito evidentes para
regular a temperatura, apresentando temperatura variável em função da
temperatura do ambiente.

Os seres endotérmicos são aqueles em que a temperatura interna se mantém


sensivelmente constante apesar das oscilações de temperatura do ambiente exterior.

Termorregulação no organismo humano

Os mecanismos que permitem aos seres vivos endotérmicos regular a temperatura


corporal podem:
Aumentar ou diminuir a produção de calor interno, sobretudo actuando ao nível
do metabolismo e da contracção muscular;
Aumentar ou diminuir as perdas de calor para o ambiente.

Estes objectivos são atingidos mobilizando uma rede de coordenação onde interagem
o sistema nervoso e o sistema hormonal, envolvendo mecanismos de feedback
negativo. A rede de interacções inclui as seguintes etapas:

Estimulo (aumento ou diminuição da temperatura);


Receptor sensorial detecta o estímulo (receptores térmicos de natureza nervosa)
Transporte da mensagem por nervos sensitivos ou aferentes até ao órgão
integrador.
Órgão integrador (hipotalamo) interpreta o estímulo e prepara a resposta
adequada.
Transporte da mensagem por nervos motores ou aferentes até aos órgão
efectores ou por hormonas.
Nos órgãos efectores surge a resposta, que tende a compensar o desvio
provocado pelo estímulo agindo de forma contrária, no caso do feedback negativo.

A informação acerca do aumento de temperatura é recebida no centro regulador da


temperatura que se encontra no hipotalamo. Este integra a informação e envia
mensagens aos órgãos efectores que desencadeiam reacções destinadas a fazer
baixar a temperatura. Assim, diminui a actividade muscular, ocorre vasodilatação dos
vasos periféricos e aumenta a transpiração.

A vasodilatação, isto é, o aumento do calibre dos vasos, neste caso dos capilares
superficiais da pele, faz aumentar a quantidade de sangue à superfície do corpo
permitindo a libertação de calor para o meio, o que faz diminuir a temperatura do
corpo.

A vasoconstrição é o contrário da vasodilatação, sendo então a diminuição do calibre


dos vasos, fazendo com que a quantidade de sangue que circula diminua, diminuindo
as perdas de calor.

No sentido de fazer aumentar a temperatura corporal há estímulos nervosos que


desencadeiam a contracção dos músculos.

De que forma excretor humano intervém na osmorregulação?

O sistema urinário tem como órgãos centrais dois rins, de cada um dos quais parte
um uréter que termina na bexiga. A urina produzida pelos rins é transportada pelos
ureteres até à bexiga, onde se acumula. Periodicamente, a urina contida na bexiga é
eliminada para o exterior, através da uretra, pelo orifício urinário.

Cada rim apresenta duas zonas concêntricas, a mais externa é designada zona cortical
e a mais interna zona medular. A zona medular rodeia a cavidade chamada bacinete.

Cada nefrónio inclui um tubo urinífero, unidade estrutural do rim, e uma rede de
vasos sanguíneos que se relacionam com esse tubo.

A capsula de Bowman possui no seu interior um novelo de capilares, o glomérulo de


Malpighi, que resulta da capilarização de uma arteríola que entra na cápsula e que,
por isso chama-se arteríola aferente. Os capilares do glomérulo voltam a agrupar-se
noutra arteríola, que abandona a cápsula, a arteríola eferente.

Toda a porção tubular do tubo urinifero, tubo contornado proximal, ansa de Henle e
tubo contornado distal, é profusamente irrigada por capilares peritubulares. Vários
tubos uriniferos drenam o seu conteúdo para um tubo chamado tubo colector.

O rim controla a composição do plasma sanguíneo de uma forma semelhante à que


usamos para arrumar uma gaveta. Primeiro, tiramos quase tudo para fora (filtração)
para depois voltarmos a guardar, de forma selectiva e organizada, apenas aquilo que
nos interessa (reabsorção). Aquelas coisas que já não nos interessam são deitadas
fora (secreção).

Onde ocorrem a filtração, a reabsorção e a secreção?

Após a filtração que ocorre na cápsula de Bowman, muitas das substâncias são
reabsorvidas, quer por difusão, quer por transporte activo. No tubo contornado
proximal, os resíduos de medicamentos, glicose e os aminoácidos, regressam à
corrente sanguínea.
O filtrado glomerular desloca-se para a ansa de Henle, que é a parte do tubo urinífero
que se encontra na zona medular do rim.

As células da porção descendente da ansa de Henle possuem membranas


impermeáveis aos sais e aos iões mas deixam-se atravessar pela água. Esta passa do
tubo urinífero para o sangue por osmose. A saída da água faz aumentar a
concentração do filtrado glomerular.

A porção ascendente da ansa de Henle é agora impermeável à água mas permeável


aos sais e aos iões. Estes saem do tubo urinífero para o fluido intersticial, fazendo
aumentar a pressão osmótica deste fluido. É o caso do sódio, que passa por
transporte activo.
O tubo contornado distal volta a ser permeável à água e, como o fluido intersticial
fora do tubo é mais concentrado, a água vai sair do tubo urinífero por osmose sendo
reabsorvida ao nível do tubo contornado distal.

O filtrado passa então para o tubo colector que se situa na medula renal. Ao longo do
tubo colector são reabsorvidas ureia e água.

Ao longo do tubo urinífero, nomeadamente no tubo contornado distal, ocorrem ainda


fenómenos de secreção. Determinadas substâncias passam dos capilares
peritubulares para o tubo urinífero. A secreção destas substâncias permite não só
depurar o sangue mas também, ajustar o seu pH.

Como são regulados os mecanismos de osmorregulação?

A quantidade de urina produzida depende da quantidade de água ingerida ou a


quantidade de água que se perde. Quando bebemos pouca água, o volume do
plasma diminui e, portanto, a concentração de iões aumenta, fazendo aumentar a
pressão osmótica.

Determinados receptores situados no hipotálamo, os osmorreceptores, captam


alterações do volume e da osmolaridade do sangue e estimulam o lobo posterior da
hipófise a libertar a hormona antidiurética, que aqui fica armazenada. Esta hormona
actua nas células-alvo dos tubos colectores dos rins, fazendo aumentar a sua
permeabilidade à água. Deste modo aumenta a reabsorção de água e por sua vez
aumenta o volume de água no plasma. Portanto, a urina produzida é mais
concentrada e em menor quantidade.
Osmorregulação em vertebrados do ambiente aquático

Actualmente podem encontrar-se peixes de água doce e outros de água salgada,


mantendo a pressão osmótica dos seus fluidos corporais em homeostasia.

Os peixes de água doce têm uma concentração de solutos nos seus fluidos internos
muito superior à da água onde vivem, sendo esses fluidos hipertónicos em relação ao
meio. Apesar de possuírem escamas e muco que retardam a entrada de água, ele vai
passar, sobretudo ao nível das guelras. Para equilibrar a entrada de água, estes peixes
não bebem água e excretam grande quantidade de urina diluída.

Os peixes de ambiente marinho tem os fluidos corporais hipotónicos em relação ao


meio. Estes animais têm tendência para perder água por osmose e captar sais do
meio por difusão. Para compensar as perdas de água estes peixes:
Bebem muita água do meio, que contem naturalmente muitos sais minerais;
Retêm água reduzindo a filtração e, portanto, a quantidade de urina, será muito
concentrada;
Eliminam o excesso de sais por transporte activo, em células especializadas
situadas nas brânquias.

Hormonas vegetais
Fototropismo - movimento das plantas condicionado pela luz

Concluíram que o ápice do coleóptilo é influenciado pela luz, enviando uma


mensagem para a parte inferior do coleóptilo que o leva a encurvar-se. A natureza da
mensagem que é transmitida é de natureza química. Esta descoberta deveu-se a uma
experiência que mostra que a mensagem atravessava uma substância porosa mas não
uma substância intransponível.

O encurvamento deve-se:
As células que estão mais afastadas da luz recebem maior quantidade de hormona e
ficam mais longas do que as que mais próximas da luz.

As principais fito - hormonas

Podem-se considerar 5 tipos de hormonas e cada tipo varias hormonas:


Auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e acido abcísico.

Auxinas - promovem o alargamento das células e o desenvolvimento de raízes; A


auxina também promove o crescimento das raízes em baixas concentrações.

Giberelinas - estimulam o alongamento das células e a divisão celular, provocando o


alongamento do caule; afectam também a floração e a formação de frutos.
Encontram-se nas sementes e desempenham um papel fundamental na germinação

Citocininas - estimulam a divisão celular, retarda a degradação.


São responsáveis pelo aparecimento dos órgãos nas plantas.

Etileno - influencia o amadurecimento dos frutos e a queda da folha.

Acido abcísico - inibe o crescimento e promove a dormência nas plantas.

O desenvolvimento das plantas e os sinais de luz

A floração é por vezes um caso de fotoperiodismo, isto é, uma resposta de plantas ao


fotoperíodo.

Fotoperíodo - duração ou número de horas diárias de luz natural

As plantas de dia curto não florescem se não estiverem expostas a um período


contínuo de obscuridade. Se o período crítico de obscuridade for inferior àquela que
é necessária, a planta não floresce.

Período crítico de obscuridade - duração mínima ou máxima de obscuridade capaz


de provocar a floração.

Só as plantas que apresentam fitocromos é que são sensíveis à luz.

Liliana Alves

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