Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1 Diversidade Biológica
1.1
Os niveis de organização biológica: A vida começa pela célula, a unidade estrutural e funcional de
todos os seres vivos, em seres vivos multicelulares formam-se tecidos, os diferentes tecidos no seu
conjunto formam orgaõs que desempenham uma determinada tarefa. Os orgãos interdependentes
formam sistemas de orgãos, conjuntos de orgãos formam o organismo (organismos podem ser
formados por apenas uma célula caso sejam unicelulares). Organismos da mesma espécie, ou seja,
organismo capazes de se reproduzirem originando descendentes férteis formam a população que
relacionando-se com diferentes populações formam a comunidade, a interação da comunidade com os
fatores do meio ambiente forma um ecossistema e os diversos ecossistemas formam a biosfera.
1.2
Componente Biótica – A comunidade/ os seres vivos
Componente Abiótica- Fatores do meio ambiente
Os organismos estabelecem interações abióticas com o meio ambiente e estabelecem interações
bióticas com outros organismos. Estas podem ser interspecificas, com organismos de outra espécie
(mutualismo, parasistismo, etc), ou intraespecifica, com organismos da mesma espécie.
( competição, canibalismo, etc)
As relações tróficas assumidas determinam a estrutura do ecossistema que alteram a posição trófica na
cadeia alimentar.
Consumidores: Organismos heterotróficos que obtem a matéria orgânica a partir do meio externo.
Ocupam vários niveis tróficos
TERMOS:
ENDÉMICO – ORGANISMO NATURAL DO LOCAL
EXÓTICO – ORGANISMO INTRODUZIDO NO LOCAL, NÃO NATURAL DO LOCAL.
2 A CÉLULA
Prótidos:
Lípidos:
Grupo de moléculas diversificado insoluvel em água..
- Ácidos Gordos e glicerol ( monómeros). O glicerol é um alcool.
Os ácidos gordos podem ser saturados caso as suas ligações sejam simples ou insaturados caso
tenham ligações covalentes duplas.
Um gliceridio é formado por glicerol e ácidos gordos atráves de ligações éster. O glicerol aceita até 3
ácidos gordos podendo formar monogliceridios, digliceridios e trigliceridios.
Ácidos Nucleicos:
Os ácidos nucleicos são responsáveis na genética.
- Timina(T)
- Citosina(C)
- Uracilo (U)
Estas três acima mencionadas são bases de anél simples ou seja bases pirimidicas
DNA VS RNA:
O DNA é formado pelo açucar desoxirribose ( menos 1 oxigénio), um grupo fosfato e as bases
azotadas ( C + G) e ( T + A). Tem duas cadeias de nucleótidos
O RNA é formado pelo açucar ribose, um grupo fosfato e bases azotadas ( C + G) (U + A). Tem uma
cadeia de nucleótidos
TERMOS:
Holoproteina – proteina formada apenas por aminoácidos
Heteroproteina – proteina formada por aminoácidos e um grupo prostético ( parte não
proteica).
OBTENÇAÕ DE MATÉRIA
1. MEMBRANA CELULAR
DIFUSÃO SIMPLES:
A difusão simples é um processo passivo de transporte de pequenas moléculas diretamente pela
bicamada fosfolipidica sem nenhum mediador,ou seja, uma proteina capaz de promover o
transporte da substância.
Este movimento ocorre de meios hipertónicos, com maior concentração, para meios hipotónicos, com
menor concentração, sendo a favor do gradiente logo sem gasto energético.. A velocidade de
transporte será tanto maior quanto maior o gradiente.
DIFUSÃO FACILITADA
A difusão facilitada é um processo passivo de transporte de moléculas e iões polares através de
mediadores denominados permeases,ou seja proteinas transportadoras logo é um transporte
mediado. Este transporte ocorre a favor do gradiente, sem gasto de energia.
TRANSPORTE ATIVO
O transporte ativo é um processo ativo mediado por proteinas transmembranares, ATPases, que visa
manter o gradiente de concentração de forma a permitir ás células a presença de substâncias úteis ao
metabolismo e a excreção de substâncias desnecessárias para o meio extracelular. Ocorre contra o
gradiente de concentração, ou seja, do local de onde tem menor concentração para o que tem mais,
logo ocorre com gasto energético
Digestão Intracelular:
Principalmente realizada por seres simples ( protozoários) que ingerem o alimentam por endocitose
do tipo fagocitose onde ocorre digestão intracelular. Nesta digestão intervêm vários organelos do
sistema endomembranar tais como: Complexo de Golgi, lisossomas, reticulo endoplasmático e
vacúolos digestivos O processo de digestão intracelular:
1. Sintese proteica dos ribossomos no reticulo endoplasmático rugoso
2. Transporte de vesiculas proteicas para o complexo de Golgi
3. As proteinas tornam-se enzimáticas e são incluidas nos lisossomas
4. Os lisossomas fundem-se com as vesiculas fagociticas onde se encontra o alimento formando
vacúolos digestivos
5. Ocorre a hidrólise e absorção para o citoplasma, os residuos são exocitados
Com um tubo digestivo Incompleto:
- Invertebrados mais simples (hidra e planária) ingerem o alimento para o interior da cavida
gastrovascular, neste local o alimento sofre digestão extracelular parcial. Após este processo, as
particulas resultantes são fagocitadas por células digestivas onde ocorre a digestão intracelular.
Depois o resultante é absorvido.
- Todos os processos ocorrem num tubo digestivo ( digestão extracelular) que permitem:
- movimento unidirecional do alimento permitindo uma digestão e absorção sequencial bem como o
processamento de maior quantidade de alimento uma vez que não ocorre mistura de alimento já
digerido com alimento ainda não digerido
- Especialização de orgãos com diferentes enzimas garantindo uma maior eficácia digestiva
- Existência de áreas especializadas de absorção que garantem a maior área e eficácia de absorção
Nos vertebrados verifica-se uma maior especialização compartimentação do tubo digestivo que
garante a melhor digestão e absorção dos nutrientes.
3. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos
3,1 Fotossintese
Maior parte dos seres autotróficos são fotoautotróficos,uma vez que realizam a fotossintese,
ou seja, utilizam a energia solar para produzir compostos orgânicos.. Este processo
metabólico necessita da presença de pigmentos fotossintéticos, moléculas responsáveis pela
captação de luz. Tais como as clorofilas e carotenoides.. A radiação que estes pigmentos
absorvem influenciam na taxa fotossintética e luz vermelha-alaranjada e violeta-azul são as
que oferecem maior taxa fotossintética.
Nas plantas e algas a fotossintese ocorre no interior dos cloroplastos dentro do mesófilo onde
se encontram os tilacóides..
A primeira parte da fotossintese ocorre na membrana dos tilacóides e a segunda no estoma.
ETAPAS DA FOTOSSINTÉSE:
FASE FOTOQUIMICA:
Um fotão atinge o fotossistema 1, a clorofila é oxidada por excitação e são libertados dois
eletrões. Estes eletrões são recebidos por aceitadores (proteinas) que recorrem a 2h+
proveniente da hidrólise da água ( quebra da molécula da água) para equilibrarem-se
eletricamente e ao mesmo tempo é libertado um átomo de Oxigénio. Após duas fotólises é
formada uma molécula de Oxigénio.
Este aceitador passa os eletrões para outro aceitador e recebe de novo 2H+ desta vez
proveniente do estoma. Todos protões são depois enviados para o interior do tilacóide.
Atravessando outro fotossistema onde também ocorreu oxidação por um fotão, são entregues
os eletrões para se equilibrar eletricamente. Os eletrões do fotossistema 2 são enviados para a
enzima NADPase que combina estes eletrões, 2H+ e NADP+ para formar NADPH.
Finalmente os H+ são usadaos na ATPase que combina ADP + P para formar ATP.
No final NADPH e ATP são enviados para o estroma.
FASE QUIMICA:
Esta fase também conhecida como Ciclo de Calvin confere três etapas
1ª – Fixação de Co2: CO2 proveniente do exterior afixa-se á RUDP formando um composto instável
que irá sofrer oxidações e reduções para se estabilizar
2ª- Produçaõ de Açucares: Algumas das moléculas resultantes dos processos de oxidação e redução
são utilizadas para a formação de glicose ( após 6 ciclos) enquanto outras passam para a fase seguinte
3ª- Regenaração de RUDP: As restantes moléculas são usadas na regenaração de RUDP para um
novo ciclo de Calvin
Função do ATP – Fornecer energia
Função da NADPH – Fornecer eletrões
No entanto fatores como a temperatura, concentração de Co2 e a luz são fatores limitantes da
Fotossintese. As melhores condições são 40ºC para evitar desnaturação de enzimas, uma concentração
de Co2 suficiente para saturar as enzimas que catabolizam a fixação de Co2 e uma luz que sature os
fotossistemas.
Distribuição de matéria
1. Transporte nas plantas
1.1 Tecidos Condutores
Também conhecidos como tecidos condutores, são responsáveis pela distribuição de matéria nas
plantas.
Em plantas avasculares ( sem tecidos) a distribuição faz-se através de osmose, porém o
aparecimento destes tecidos permitiu o aparecimento de plantas terrestres devido a uma maior
independência da presença de água no local...
Existem dois tecidos: o xilema que transporta seiva bruta ( principalmente água e sais) e o
floema que transporta seiva elaborada ( água e compostos orgânicos)..
O xilema é formado principalmente por células mortas tais como:
- Elementos de vaso ( curtas e largas) e traqueideos ( longos e estreitos) ( condutas
responsáveis pelo transporte)
- Fibras Lenhosas que conferem rigidez e impermeabilidade ás condutas
E formado por uma célula viva o Parênquima Lenhoso.
Já o floema é formado principlamente por células vivas tais como as células de companhia e células
do tubo crivoso onde circula a seiva elaborada. Nestas células as paredes apresentam placas crivosas
cujas perfurações permitem ligações entre células vizinhas.
Alguns processos como a gutação ( libertação de gotas de água nas folhas) e a exsudação de
seiva através de cortes em caules podem ser interpretados como consequência desta pressão
Porém árvores altas apresentam valores de pressão radicular insuficientes para mover a seiva
o que limita a aplicação desta hipótese.
Hipótese da tensão-coesão-adesão
Á medida que a água ascende novas moléculas de água são absorvidas no solo por
osmose de forma a manter o potencial hidrico na raiz ( superior ao das folhas)
Ocorre desde os orgãos fotossintéticos (folhas) até aos locais de armazenamento ou consumo..
A translocação pode também dar-se dos locais de armazenamento para os locais de consumo
podendo considerar-se bidirecional..
Sistema Aberto
Sistema Fechado
Circulação Simples
Circulação Dupla
A linfa intersticial resulta da passagem de linfa para o exterior dos vasos para zonas intersticias
( entre células) Esta linfa fornece nutrientes e oxigénio e recebe residuos metabólicos. Á medida
que a linfa intersticial aumenta esta é continuamente drenada para o sistema linfático passando a
constituir a linfa circulante.
A linfa circulante é conduzida para vasos de maior calibre e é drenada para o sistema san.guineo
onde volta a incorporar o plasma..
A linfa permite:
- Transporte de nutrientes, gases e hormonas
- Remoção de residuos metabólicos
-Defesa do organismo
- Distribuição de calor por todo o organismo
1. Produção de Energia nas Células:
Metabolismo Celular:
O metabolismo celular é o conjunto das reações de natureza quimica, catabolizadas por enzimas, realizadas no
interior de um organismo.
Endoenergéticas, com consumo de energia, nomeadamente o anabolismo onde moléculas mais simples formam
moléculas mais complexas
Exoenergéticas, com libertação de energia, nomeadamete o catabolismo onde moléculas mais complexas
formam moléculas mais simples.
Estas duas reações encontram-se interligadas uma vez que a energia libertada no catabolismo será a energia
utilziada no anabolismo.
Porém existem outras formas tais como a redução-oxidação onde ocrre a transferência de eletrões entre
moléculas que garante a transferência de energia!
A Glicólise:
Objetivo – Oxidação parcial da glicóse de modo a formar piruvato
Fases:
Fase de Ativação: A glicose é fosforilada por 2ATP formando uma hexose que se desdobra em duas
trioses.
Fase de Rendimento: As trioses sofrem oxidações que reduzem o NAD+ a NADH, e produz.-se 4
ATP
No Final da Glicólise verifica-se um saldo energético de duas moléculas de ATP
Fermentação:
A fermentação é um processo:
- Que permite a produção de ATP através da oxidação incompleta da glicose
- Anaeróbico
- Que acontece no citoplasma das células
- Que envolve duas etapas : A glicólise e a redução do ácido pirúvico
Tipos de Fermentação:
Respiração Aeróbia:
- O ácido pirúvico é completamente oxidado
- Ocorre em condições de aerobiose
- Existem quatro etapas: A glicólise, A formação de acetil-coenzima A, o ciclo de Krebs e a cadeia
respiratória
E OS SERES PROCARIONTES?
Seres procariontes realizam as reações de glicólise e o ciclo de Krebs no citoplasma, enquanto a
cadeia respiratória e formação de Acetil-CoA ocorrem na membrana citoplasmática..
Semelhanças:
Em ambos os processos se obtém energia sob a forma de ATP.
Em ambos existe uma 1ª fase comum, a glicólise.
Em ambos ocorrem de uma forma contínua várias reacções de oxirredução.
Ambos são processos catabólicos..
Equações Gerais:
Fermentações
Respiração Aeróbia
2. Trocas gasosas nos seres multicelulares
Nas plantas
A abertura e fecho dos estomas está diretamente relacionado com a variação do volume das
células estomáticas. Quando fica túrgida o estoma abre, quando fica plasmolisada o estoma
fecha..
O ião K+ entra de forma ativa nas células estomáticas tornando o meio hipertónico e
aumentando a pressão osmótica levando á entrada de água por osmose e aumentando a
turgescência levando á abertura do estoma
Processo de Fecho do estoma:
O ião K+ sai por difusão tornando o meio hipotónico e diminuindo a pressão osmótica
provocando a saida de água por osmose, conduzindo á plasmólise que obriga o estoma a
fechar.
Tegumento:
Caracteristico dos invertebrados como a minhoca
Ocorre através do tecido que reveste a sua pele, tegumento
Processo de hematose cutânea ( difusão entre o exterior e o sangue)
Favorecida pela produção glandular de muco
Usada por alguns anfibios para complementar as trocas nos pulmões
Difusão Indireta
Brânquias
Típica dos peixes
Hematose Branquial ( ocorre nas brânquias internas ou externas)
Difusão Indireta
Para que a respiração ocorra nos peixes, é necessário que a água entre pela boca e saia
pelas brânquias, obedecendo a um fluxo unidirecional. Inicialmente a água entra na
cavidade bucal e segue em direção aos filamentos branquiais. Nos filamentos,
existem projeções denominadas lamelas secundárias, locais onde ocorrem as trocas
gasosas. O fluxo sanguíneo na lamela é no sentido oposto do fluxo de água. Isso
garante que mais oxigênio seja captado, em um processo conhecido como troca por
contra corrente
Traqueias
Tipica dos insetos
Difusão direta
As traqueias são redes de finos canais que conduzem o ar diretamente do meio
externo ás células
No interior as traqueias ramificam-se em traquiolas com paredes muito finas que
correspondem a superficies respiratórias onde ocorre difusão direta de gases entre o
interior das traquiolas e as células
A comunicação das traqueias e o exterior é feito através de espiráculos.
A difusão de O2 do exterior ás células ocorre devido á diferença parcial entre o
exterior e as células
A localização interna das traqueias bem como o controlo de abertura e fecho dos
espiráculos contribuem para a minimização da perda de água bem como para a
adaptação destes animais aos ecossistemas terrestres.
Pulmões
Localizados no interior do corpo
A sua complexidade varia conforme a taxa metabólica de cada animal
Nos mamiferos: Nos mamiferos a superficie respiratória corresponde á parede dos alvéolos
pulmonares que se encontram na extremidade dos bronquiolos, finos canais que conduzem o ar desde
os brônquios. A ventilação dos alvéolos é garantida através de inspiração e expiração que mantém o
fluxo bidirecional de ar.
Nas aves: Constituidos por estruturas tubulares – parabrônquios – onde ocorre a hematose. Os
pulmões encontram-se ligados a sacoos aéreos que possibilitam o fluxo continuo e unidirecional do ar,
sempre renovado através dos parabrônquios. Nesses canais o ar circula em sentido diferente da
circulação sanguinea, corrente cruzada, que torna a hematose das aves altamente eficaz.