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Biologia 10ºano

1 Diversidade Biológica

1.1
Os niveis de organização biológica: A vida começa pela célula, a unidade estrutural e funcional de
todos os seres vivos, em seres vivos multicelulares formam-se tecidos, os diferentes tecidos no seu
conjunto formam orgaõs que desempenham uma determinada tarefa. Os orgãos interdependentes
formam sistemas de orgãos, conjuntos de orgãos formam o organismo (organismos podem ser
formados por apenas uma célula caso sejam unicelulares). Organismos da mesma espécie, ou seja,
organismo capazes de se reproduzirem originando descendentes férteis formam a população que
relacionando-se com diferentes populações formam a comunidade, a interação da comunidade com os
fatores do meio ambiente forma um ecossistema e os diversos ecossistemas formam a biosfera.

1.2
Componente Biótica – A comunidade/ os seres vivos
Componente Abiótica- Fatores do meio ambiente
Os organismos estabelecem interações abióticas com o meio ambiente e estabelecem interações
bióticas com outros organismos. Estas podem ser interspecificas, com organismos de outra espécie
(mutualismo, parasistismo, etc), ou intraespecifica, com organismos da mesma espécie.
( competição, canibalismo, etc)
As relações tróficas assumidas determinam a estrutura do ecossistema que alteram a posição trófica na
cadeia alimentar.

Produtores: Organismos autotróficos ( produzem a própria matéria orgânica (alimento) a partir de


matéria inorgânica (Co2 por exemplo).
Podem ser fotossintéticos ( através da luz) ou quimiossintéticos ( sem luz). Ocupam o primeiro nivel
trófico

Consumidores: Organismos heterotróficos que obtem a matéria orgânica a partir do meio externo.
Ocupam vários niveis tróficos

Decompositores: Organismos heterotróficos que degradam a matéria orgânica em matéria orgânica.


Sem nivel trófico.

As diferentes cadeias alimentares interligadas formam a teia alimentar.


Os seres autotróficos transferem energia para o seu composto orgânico, esta vai sendo gasta pelos
organismos nas suas atividades por isso ao longo da cadeia a energia existente vai sendo menor.
1.3
A biodiversidade é o termo referente á variedade de espécies
1.4
Extinção- A extinção de uma espécie refere-se ao desaparecimento de todos os organismos da
espécie.
As principais causas humanas na extinção são: Destruição do habitat, sobre exploração, poluição,
espécies invasoras e aquecimento global. Sendo possivel diminuir-se a extinção!
A conservação das espécies ocorre sobretudo através de.:
- áreas protegidas
- monitorização de espécies e habitats
- criação de corredores ecológicos.

TERMOS:
ENDÉMICO – ORGANISMO NATURAL DO LOCAL
EXÓTICO – ORGANISMO INTRODUZIDO NO LOCAL, NÃO NATURAL DO LOCAL.
2 A CÉLULA

2.1 DIVERSIDADE CELULAR


VER RESUMO EM PAPÉL DISPONIVEL NO TEAMS.

2.2 Constituintes moleculares


Existem constituintes orgânicos que diferem-se dos constituintes inorgânicos devido a uma maior
complexidade e á existência de átomos de carbono ligados a átomos de hidrogénio.

Constituintes Inorgânicos: A água e os sais minerais


A água é uma molécula polar permitindo a ligação de outras moléculas de água por pontes de
hidrogéno garantido uma grande coesão molecular e um poder solvente formando-se a outros iões
gerando compostos estáveis
Constituintes Orgânicos: As biomoléculas ( nutrientes)
- Prótidos ( aminoácidos, péptidos, proteinas)
- Glicidos ( monossacarideos, oligossacarideos, polissacarideos)
- Lipidos
- Ácidos Nucleicos

Prótidos:

- O monómero é o aminoácido. A junção de (2-20) aminoácidos através de ligações peptidicas entre o


grupo carboxilo de um aminoácido e o grupo amina de outro origina um oligopéptido. Mais de 20
aminóacidos unidos considera-se um polipétido. Quando desempenha uma das seguintes funções na
célula o prótido é designado uma proteina. As funções ( estrutural, enzimática, transporte, hormonal,
imunológica, motora, reserva)
As proteinas assumem diferentes estruturas:
- primária ( sequência linear)
- secundária ( Através de ligações de Hidrogénio, sequência de hélice)
- terciária (forma globular devido ao enrolamento da estrutura secudária)
- quaternária
Glícidos:
O monómero é o monossacarídeo, classificado através do número de átomos de carbono (3-9). A
junção de (2-10) monossacarideos através de ligações glicosidicas dão origem a um oligossacarideo, e
a junção de (10+) dá origem a um polissacarideo.. Os glicidos desempenham as seguintes funções na
célula ( energética,reserva,estrutural,regulação,crescimento)

Lípidos:
Grupo de moléculas diversificado insoluvel em água..
- Ácidos Gordos e glicerol ( monómeros). O glicerol é um alcool.
Os ácidos gordos podem ser saturados caso as suas ligações sejam simples ou insaturados caso
tenham ligações covalentes duplas.
Um gliceridio é formado por glicerol e ácidos gordos atráves de ligações éster. O glicerol aceita até 3
ácidos gordos podendo formar monogliceridios, digliceridios e trigliceridios.

Funções: energética, estrutural, protetora, hormonal

Lipidos de Reserva ( Gorduras)


- Trigliceridios
- Armazenamento de energia

Lípidos Estruturais ( Fosfolipidos)


- São formados por obrigatoriamente dois ácidos gordos sendo os mais abundantes na membrana
celular ( bicamada fosfolipidica).
- Os fosfolipidos são moléculas polares.
- Diglicerideos ligados a um grupo fosfato
- São moléculas anfipáticas uma vez que a região dos ácidos gordos é hidrofóbica ( apolar) e
hidrofibica no grupo fosfato (polar)

Lipidos reguladores (esteróides)


- Destaca-se a presença de colestrol percursor de algumas vitaminas e hormonas como a testosterona
- Entre 27 e 29 átomos de carbono

Ácidos Nucleicos:
Os ácidos nucleicos são responsáveis na genética.

- O monómero é o nucleótido formado por um grupo fosfato, açucar e base azotada


As diferentes bases azotadas são:
- Ademina(A)
- Guanina(G)
Estas duas acima mencionadas são bases de anél duplo ou seja bases purica

- Timina(T)
- Citosina(C)
- Uracilo (U)

Estas três acima mencionadas são bases de anél simples ou seja bases pirimidicas

DNA VS RNA:
O DNA é formado pelo açucar desoxirribose ( menos 1 oxigénio), um grupo fosfato e as bases
azotadas ( C + G) e ( T + A). Tem duas cadeias de nucleótidos
O RNA é formado pelo açucar ribose, um grupo fosfato e bases azotadas ( C + G) (U + A). Tem uma
cadeia de nucleótidos

TERMOS:
Holoproteina – proteina formada apenas por aminoácidos
Heteroproteina – proteina formada por aminoácidos e um grupo prostético ( parte não
proteica).
OBTENÇAÕ DE MATÉRIA
1. MEMBRANA CELULAR

1.1 Estrutura da Membrana Celular


A membrana celular ou plasmática permite:
- A separação entre o ambiente intracelular e extracelular
- Manter a integridade da célula
- Fazer o reconhecimento celular a partir do meio extracelular
- Troca de substâncias e energia entre os meios

A membrana celular foi essencialmente explicado através do modelo do mosaico fluido de


Singer e Nicolson.. O padrão de mosaico deriva da existência de uma bicamada fosfolipidica
e a fluidez devido á membrana não ser uma estrutura rigida. Permitindo o movimento dos
fosfolipidos e proteinas.
A estrutura:
Existe, no interior da membrana, uma bicamada fosfolipidica, onde a cauda hidrofóbica se
encontra virada para dentro e a cabeça hidrofílica virada para o meio exterior. As proteinas da
membrana associam-se a esta bicamada das seguintes formas:
- Ligadas apenas ás superficies internas ou externas, sendo proteinas extrinsecas
- Ligadas á zona hidrofóbica, proteinas intrinsecas, podendo atravessar a bicamada,
proteinas transmembranas
Na face externa existem glícidos responsáveis pelo reconhecimento de moléculas no meio
extracelular, que ao se ligarem a proteinas e lipidos formam glicoproteinas e glicolipidos

1.2 Processos de transporte Transmembranar


A membrana é uma estrutura semipermiável.
Existem processos de transporte ativo, com gasto de energia, (Transporte ativo) e passivo ( osmose,
difusão simples, difusão facilitada)
A concentração de soluto e os meios:
O meio com maior soluto e menor solvente é o meio hipertónico
O meio com menor soluto e maior solvente é o meio hipotónico
Os meios com a mesma quantidade de soluto e solvente dizem-se isotónicos
Entre meios com diferença de soluto e solvente diz-se que existe um gradiente de concentração
OSMOSE:
A osmose é um processo passivo de transporte de água do meio hipotónico para o meio hipertónico. O
movimento ocorre de meios de maior potencial hidrico para meios com menor potencial hidrico.
Quanto maior o gradiente de concentração maior será a pressão osmótica existente.
Quando é colocada uma célula num meio hipotónico a célula tende a absorver água por osmose
ficando túrgida, este processo denomina-se turgescência.
Quando é colocado uma célula num meio hipertónico a célula tende a libertar água para o meio
ficando plasmolisada, este processo denomina-se plasmólise.

DIFUSÃO SIMPLES:
A difusão simples é um processo passivo de transporte de pequenas moléculas diretamente pela
bicamada fosfolipidica sem nenhum mediador,ou seja, uma proteina capaz de promover o
transporte da substância.
Este movimento ocorre de meios hipertónicos, com maior concentração, para meios hipotónicos, com
menor concentração, sendo a favor do gradiente logo sem gasto energético.. A velocidade de
transporte será tanto maior quanto maior o gradiente.
DIFUSÃO FACILITADA
A difusão facilitada é um processo passivo de transporte de moléculas e iões polares através de
mediadores denominados permeases,ou seja proteinas transportadoras logo é um transporte
mediado. Este transporte ocorre a favor do gradiente, sem gasto de energia.
TRANSPORTE ATIVO
O transporte ativo é um processo ativo mediado por proteinas transmembranares, ATPases, que visa
manter o gradiente de concentração de forma a permitir ás células a presença de substâncias úteis ao
metabolismo e a excreção de substâncias desnecessárias para o meio extracelular. Ocorre contra o
gradiente de concentração, ou seja, do local de onde tem menor concentração para o que tem mais,
logo ocorre com gasto energético

TRANSPORTE MEDIADO VS TRANSPORTE NÃO MEDIADO ( VELOCIDADE)


A velocidade de um transporte não mediado tende a ser constante dado que é como se tivessemos uma
parede aberta. Já a velocidade do transporte não mediado tende a ser mais rápido ao inicio porém
quando a permease fica saturada, isto é cheia de substâncias para transportar, tende a abrandar a
velocidade.
ENDOCITOSE:
A própria célula também é capaz de absorver macronutrientes cujas dimensões não permitem a
entrada pela membrana celular. A partir da formação de vesículas pela membrana em direção ao
interior da célula é possivel absorver estes nutrientes por endocitose.
Um destes exemplos é a fagocitose, onde ocorre emissão de pseudópedes que envolvem a partícula e
englobam-na através de vesiculas fagociticas
Outro exemplo é a pinocitose onde ocorre inclusão de fluidos, ou seja, ocorre invaginação da
membrana que envolve nutrientes dissolvidos em água ou liquidos e englobam-nos em vesículas
pinocitótica.
O último processo de endocitose conhecido é o Mediado por recetores, onde proteinas recetoras
ligadas á membrana capturam a molécula-alvo
EXOCITOSE:
A própria célula é também capaz de eliminar residuos metabólicos e outras substâncias desnecessárias
ao metabolismo através de vesículas exociticas que se fundem com a membrana celular.

1.3 Transporte Transmembranar e Impulso nervoso


Resumido no caderno/manual.
2. OBTENÇÃO DE MATÉRIA PELOS SERES HETEROTRÓFICOS
Os seres heterotróficos ( consumidores/decompositores) obtêm do meio externo a matéria orgânica
que necessitam..
Muitos destes seres realizam a digestão ou seja transformar moléculas complexas em moléculas
simples, de modo a realizar-se a absorção dos nutrientes para o meio interno.
OBTENÇAÕ DE MATÉRIA POR ABSORÇÃO
- decompositores ( bactérias e fungos)
- lançam enzimas digestivas para o exterior ( digestão extracorporal)
- as moléculas simples resultantes da digestão são absorvidas

OBTENÇÃO DE MATÉRIA POR INGESTÃO:

Digestão Intracelular:
Principalmente realizada por seres simples ( protozoários) que ingerem o alimentam por endocitose
do tipo fagocitose onde ocorre digestão intracelular. Nesta digestão intervêm vários organelos do
sistema endomembranar tais como: Complexo de Golgi, lisossomas, reticulo endoplasmático e
vacúolos digestivos O processo de digestão intracelular:
1. Sintese proteica dos ribossomos no reticulo endoplasmático rugoso
2. Transporte de vesiculas proteicas para o complexo de Golgi
3. As proteinas tornam-se enzimáticas e são incluidas nos lisossomas
4. Os lisossomas fundem-se com as vesiculas fagociticas onde se encontra o alimento formando
vacúolos digestivos
5. Ocorre a hidrólise e absorção para o citoplasma, os residuos são exocitados
Com um tubo digestivo Incompleto:

- Invertebrados mais simples (hidra e planária) ingerem o alimento para o interior da cavida
gastrovascular, neste local o alimento sofre digestão extracelular parcial. Após este processo, as
particulas resultantes são fagocitadas por células digestivas onde ocorre a digestão intracelular.
Depois o resultante é absorvido.

Tubo digestivo completo:


- Invertebrados mais complexos ( minhoca):
1. Ingerem o alimento que se desloca ao papo para ser amolecido
2. Na moela sofre digestão mecânica diminuindo o tamanho das particulas
3. No intestino as particulas são absorvidas para o sangue ou excretadas pelo anus. No intestino
encontra-se o tiflose, uma prega dorsal que aumenta a área e eficácia de absorção

- Todos os processos ocorrem num tubo digestivo ( digestão extracelular) que permitem:

- movimento unidirecional do alimento permitindo uma digestão e absorção sequencial bem como o
processamento de maior quantidade de alimento uma vez que não ocorre mistura de alimento já
digerido com alimento ainda não digerido
- Especialização de orgãos com diferentes enzimas garantindo uma maior eficácia digestiva
- Existência de áreas especializadas de absorção que garantem a maior área e eficácia de absorção

Nos vertebrados verifica-se uma maior especialização compartimentação do tubo digestivo que
garante a melhor digestão e absorção dos nutrientes.
3. Obtenção de matéria pelos seres autotróficos

3,1 Fotossintese

Maior parte dos seres autotróficos são fotoautotróficos,uma vez que realizam a fotossintese,
ou seja, utilizam a energia solar para produzir compostos orgânicos.. Este processo
metabólico necessita da presença de pigmentos fotossintéticos, moléculas responsáveis pela
captação de luz. Tais como as clorofilas e carotenoides.. A radiação que estes pigmentos
absorvem influenciam na taxa fotossintética e luz vermelha-alaranjada e violeta-azul são as
que oferecem maior taxa fotossintética.

Nas plantas e algas a fotossintese ocorre no interior dos cloroplastos dentro do mesófilo onde
se encontram os tilacóides..
A primeira parte da fotossintese ocorre na membrana dos tilacóides e a segunda no estoma.

ETAPAS DA FOTOSSINTÉSE:

FASE FOTOQUIMICA:

Um fotão atinge o fotossistema 1, a clorofila é oxidada por excitação e são libertados dois
eletrões. Estes eletrões são recebidos por aceitadores (proteinas) que recorrem a 2h+
proveniente da hidrólise da água ( quebra da molécula da água) para equilibrarem-se
eletricamente e ao mesmo tempo é libertado um átomo de Oxigénio. Após duas fotólises é
formada uma molécula de Oxigénio.
Este aceitador passa os eletrões para outro aceitador e recebe de novo 2H+ desta vez
proveniente do estoma. Todos protões são depois enviados para o interior do tilacóide.
Atravessando outro fotossistema onde também ocorreu oxidação por um fotão, são entregues
os eletrões para se equilibrar eletricamente. Os eletrões do fotossistema 2 são enviados para a
enzima NADPase que combina estes eletrões, 2H+ e NADP+ para formar NADPH.
Finalmente os H+ são usadaos na ATPase que combina ADP + P para formar ATP.
No final NADPH e ATP são enviados para o estroma.

FASE QUIMICA:

Esta fase também conhecida como Ciclo de Calvin confere três etapas
1ª – Fixação de Co2: CO2 proveniente do exterior afixa-se á RUDP formando um composto instável
que irá sofrer oxidações e reduções para se estabilizar
2ª- Produçaõ de Açucares: Algumas das moléculas resultantes dos processos de oxidação e redução
são utilizadas para a formação de glicose ( após 6 ciclos) enquanto outras passam para a fase seguinte
3ª- Regenaração de RUDP: As restantes moléculas são usadas na regenaração de RUDP para um
novo ciclo de Calvin
Função do ATP – Fornecer energia
Função da NADPH – Fornecer eletrões
No entanto fatores como a temperatura, concentração de Co2 e a luz são fatores limitantes da
Fotossintese. As melhores condições são 40ºC para evitar desnaturação de enzimas, uma concentração
de Co2 suficiente para saturar as enzimas que catabolizam a fixação de Co2 e uma luz que sature os
fotossistemas.

Distribuição de matéria
1. Transporte nas plantas
1.1 Tecidos Condutores
Também conhecidos como tecidos condutores, são responsáveis pela distribuição de matéria nas
plantas.
Em plantas avasculares ( sem tecidos) a distribuição faz-se através de osmose, porém o
aparecimento destes tecidos permitiu o aparecimento de plantas terrestres devido a uma maior
independência da presença de água no local...
Existem dois tecidos: o xilema que transporta seiva bruta ( principalmente água e sais) e o
floema que transporta seiva elaborada ( água e compostos orgânicos)..
O xilema é formado principalmente por células mortas tais como:
- Elementos de vaso ( curtas e largas) e traqueideos ( longos e estreitos) ( condutas
responsáveis pelo transporte)
- Fibras Lenhosas que conferem rigidez e impermeabilidade ás condutas
E formado por uma célula viva o Parênquima Lenhoso.

Já o floema é formado principlamente por células vivas tais como as células de companhia e células
do tubo crivoso onde circula a seiva elaborada. Nestas células as paredes apresentam placas crivosas
cujas perfurações permitem ligações entre células vizinhas.

1.2 Absorção de água e sais minerais


A absorção dá-se através do solo com contribuição dos pelos radiculares que aumentam a área
de absorção. A seiva xilémica tem uma trajetória unidirecional ascendente até as folhas e a seiva
floémica um sentido bidirecional.

1.3 Transporte no xilema


Devido á constituição do tubo por células mortas este processo não envolve gasto de energia
metabólica.

Hipótese da pressão radicular


1. Valores elevados de pressão de água na raiz (pressão radicular)
2. Acomulação de iões por transporte ativo para o interior do xilema ( meio hipertónico)
promovendo a entrada de água por osmose proveniente do solo
3. O aumento de volume hidrico na raiz aumenta a pressão no xilema proveniente o movimento
ascendente da seiva.

Alguns processos como a gutação ( libertação de gotas de água nas folhas) e a exsudação de
seiva através de cortes em caules podem ser interpretados como consequência desta pressão

Porém árvores altas apresentam valores de pressão radicular insuficientes para mover a seiva
o que limita a aplicação desta hipótese.

Hipótese da tensão-coesão-adesão

1. Ocorre a transpiração devido a um potencial hidrico inferior na atmosfera em relação ao


interior das folhas
2. Aumenta a tensão criada no mesófilo resultante da perda de água
3. Esta tensão provoca a saída de água
4. As moléculas de água apresentam coesão entre si, arrastando-se num todo
5. Estas moléculas apresentam adesão das moléculas ás paredes dos vasos condutores

 Á medida que a água ascende novas moléculas de água são absorvidas no solo por
osmose de forma a manter o potencial hidrico na raiz ( superior ao das folhas)

1.4 Transporte no Floema

Ocorre desde os orgãos fotossintéticos (folhas) até aos locais de armazenamento ou consumo..
A translocação pode também dar-se dos locais de armazenamento para os locais de consumo
podendo considerar-se bidirecional..

Hipótese do Fluxo de Massa


1- A glicose elaborada nos órgãos fotossintéticos é convertida em sacarose.
2- A sacarose passa para o floema por transporte activo.
3- O aumento da concentração de sacarose nas células dos tubos crivosos provoca uma
entrada de água nestas células, que ficam túrgidas.
4- A pressão de turgescência (pressão que o conteúdo de uma célula exerce sobre a parede
celular quando a célula fica túrgida) faz com que a solução atravesse as placas crivosas.
5- Há, assim, um movimento das regiões de alta pressão para as regiões de baixa pressão.
6- A sacarose é retirada do floema para os locais de consumo ou de reserva por transporte
activo (onde é convertida em glicose que pode ser utilizada na respiração ou polimerizar-se
em amido, que fica em reserva).
7- O aumento da concentração de sacarose nas células envolventes provoca uma saída de
água dos tubos crivosos, diminuindo a pressão de turgescência.
2. Transporte nos animais
2.1 Sistemas de Transporte
Os animais necessitam de realizar trocas com o exterior de forma a manterem o funcionamento
das suas células, recebendo nutrientes e oxigénio e eliminando dióxido de carbono e residuos
metabólicos.
Animais sem sistema circulatório
Invertebrados mais simples (hidra e planária) existe uma grande proximidade celular ao meio por
isso realizam a troca direta de substâncias entre as células e o meio.

Animais com Sistema Circulatório


Devido á distância entre as células e as superficies onde ocorrem as trocas é impossivel realizar
trocas diretas com o exterior. Nestes animais a distribuição de matéria é feita por sistemas
circulatórios constituidos por: fluido circulante, orgão propulsor e sistema vascular.

Sistema Aberto

 O fluido circulante é a hemolinfa que circula a baixa pressão e velocidade, e sem


variação e oritentação para uma parte especifica do corpo refletindo-se numa baixa
disponibilidade de O2 ás células
 O fluido abandona os vasos em lacunas que no seu conjunto constituem o hemocélio
 O sangue é bombeado por um coração tubular para as artérias até ás lacunas onde
banha as células e regressa pelo ostiolo de volta ao coração
 Tipico de invertebrados e moluscos
 Nos insetos ao contrário de outros invertebrados os gases são transportados
diretamente do meio até ás células sem intervenção da hemolinfa

Sistema Fechado

 O sangue circula sempre no interior de vasos nunca se misturando com o fluido


intersticial que banha as células
 Pressão e velocidade mais elevada e controlo sobre o direcionamento do sangue para
os orgãos permitindo maior fornecimento de O2 e logo maior produção energética

Nos invertebrados como a minhoca:

 Existência de vaso dorsal e vaso ventral


 O vaso dorsal impulsiona o sangue para onde se encontram os corações laterais
 Daqui o sangue é impulsionado para o vaso ventral que distribui o sangue aos tecidos
Circulação nos Vertebrados

 Maior grau de desenvolvimento a nível vascular e coração musculoso com cavidades:


auriculas e ventriculos
 O sangue é bombeado do coração para as artérias que vão se ramificando em
arteriolas que por sua vez dividem-se em capilares. Com apenas uma camada celular,
é nos capilares que ocorre as trocas com o fluido intersticial. Os capilares reuném-se
em vénulas que confluem nas veias. Estes vasos possuem válvulas que impedem o
retrocesso do sangue conduzindo-o de volta ao coração
 Nas artérias o sangue flui a maior velocidade e pressão

Circulação Simples

 Caracteristica dos peixes


 Duas cavidades: 1 auricula e 1 ventriculo
 O sangue passa apenas uma vez no coração (venoso) por cada circulação completa
 Oxigenção celular pouco eficiente

1. Sangue venoso entra na auricula e esta contrai-se enviando para o ventriculo


2. O ventriculo contrai-se e impulsiona o sangue para as brânquias onde ocorre
oxigenação
3. O sangue fica arterial e retorna em capilares,vénulas,veias

Circulação Dupla

 Existência de circulação pulmonar e circulação sistémica


 Mais eficiente devido a maior velocidade e pressão sanguinea
 O sangue oxigenado nos capilares pulmonares regressa ao coração para iniciar a
circulação sistémica

Circulação Dupla Incompleta

 Tipica dos Anfibios ( 2A 1V) ( não ocorre separação das circulações)


 A auricula direita recebe sangue venoso e a esquerda sangue arterial no entanto
ocorre mistura sanguinea no unico ventriculo
 Os répteis possuem um septo no entanto ocorre também mistura de sangue parcial
 Devido á mistura de sangue a eficiência da oxigenação celular diminui.

Circulação Dupla Completa

 Tipica de Aves e mamiferos ( 2A 2V e septo intraventricular completo)


 O lado direito é exclusivamente sangue venoso e o esquerdo sangue arterial

1. O sangue venoso proveniente da circulação sistémica é enviado para a auricula


direita através das veias cava
2. Contração da auricula, enviando para o ventriculo direito que tambem contrai
3. O sangue é bombeado para as artérias pulmonares até aos pulmões
4. O sangue regressa da circulação pulmonar por veias pulmonares até á auricula
esquerda
5. Contração da auricula, enviando para o ventriculo esquerdo que também contrai
6. O sangue é bombeado para a artéria aorta para realizar a circulação sistémica
e regressa, já venoso, pelas veias cava, de volta á auricula direita.

2.2 Fluidos Circulantes


O sangue é formado por plasma,leucócitos,plaquetas e hemácias:

 A linfa é formada por plasma e leucócitos.


 O plasma funciona como veiculo de transporte de nutrientes,gases,hormonas e
excreções.
 Os leucócitos intervêm na defesa
 As hemácias transportam Oxigénio
 As plaquetas participam no processo de coagulação do sangue

A linfa intersticial resulta da passagem de linfa para o exterior dos vasos para zonas intersticias
( entre células) Esta linfa fornece nutrientes e oxigénio e recebe residuos metabólicos. Á medida
que a linfa intersticial aumenta esta é continuamente drenada para o sistema linfático passando a
constituir a linfa circulante.
A linfa circulante é conduzida para vasos de maior calibre e é drenada para o sistema san.guineo
onde volta a incorporar o plasma..

 A linfa tem um fluxo unidirecional

A linfa permite:
- Transporte de nutrientes, gases e hormonas
- Remoção de residuos metabólicos
-Defesa do organismo
- Distribuição de calor por todo o organismo
1. Produção de Energia nas Células:
Metabolismo Celular:
O metabolismo celular é o conjunto das reações de natureza quimica, catabolizadas por enzimas, realizadas no
interior de um organismo.

Existem dois tipos de reações:

Endoenergéticas, com consumo de energia, nomeadamente o anabolismo onde moléculas mais simples formam
moléculas mais complexas

Exoenergéticas, com libertação de energia, nomeadamete o catabolismo onde moléculas mais complexas
formam moléculas mais simples.

Estas duas reações encontram-se interligadas uma vez que a energia libertada no catabolismo será a energia
utilziada no anabolismo.

Porém existem outras formas tais como a redução-oxidação onde ocrre a transferência de eletrões entre
moléculas que garante a transferência de energia!

Processos de Produção de energia nas células


A produçaão de energia metabólico ocorre através de processos de catabolismo.
Este processo pode ocorrer em:

Anaerobiose, sem consumo de Oxigénio


Aerobiose, com consumo de Oxigénio

No entanto ambas iniciam-se com a Glicólise, no citoplasma das células

A Glicólise:
Objetivo – Oxidação parcial da glicóse de modo a formar piruvato
Fases:

Fase de Ativação: A glicose é fosforilada por 2ATP formando uma hexose que se desdobra em duas
trioses.
Fase de Rendimento: As trioses sofrem oxidações que reduzem o NAD+ a NADH, e produz.-se 4
ATP
No Final da Glicólise verifica-se um saldo energético de duas moléculas de ATP

Fermentação:
A fermentação é um processo:
- Que permite a produção de ATP através da oxidação incompleta da glicose
- Anaeróbico
- Que acontece no citoplasma das células
- Que envolve duas etapas : A glicólise e a redução do ácido pirúvico

Tipos de Fermentação:

Fermentação Láctica: Ocorre em algumas bactérias,plantas e células musculares animais, onde o


piruvato sofre redução formando ácido lático.
Fermentação Alcoólica: Ocorre em algumas bactérias e fungos, onde o piruvato sofre
descarboxilação e redução originando: Etanol, ATP, e CO2
P:S – A libertação de CO2 provoca o aumento do volume da substância por exemplo da massa do pão.
A fermentação é pouco efetiva pois ainda existe elevada energia contida nas ligações das moléculas

Respiração Aeróbia:
- O ácido pirúvico é completamente oxidado
- Ocorre em condições de aerobiose
- Existem quatro etapas: A glicólise, A formação de acetil-coenzima A, o ciclo de Krebs e a cadeia
respiratória

As mitocôndrias e a sua importância:


As mitocôndrias são delimitadas por duas membranas, a membrana interna é formada por
invaginações ( cristas mitocondriais) que se encontram preenchidas pela matriz mitocondrial.
Em seres eucariontes; a formação de acetil e o ciclo de Krebs ocorrem na matriz mitocondrial
enquanto a cadeia respiratória ocorre nas cristas mitocondriais ( membrana interna).
Etapas da Respiração Aeróbia

Formação de Acetil-Coenzima A: Ocorre na matriz mitocondrial; o ácido pirúvico formado na


glicólise é agora oxidado e descarboxilado formando Acetil-CoA.
Ciclo de Krebs: Ocorre na matriz mitocondrial; é um processo de reações de oxidação. Por cada
molécula de acetil-CoA são realizadas 3 oxidações de NAD+ que fica reduzido a NADH, 1 oxidação
de FAD que fica reduzido a FADH2, 2 descarboxilações, formação de um ATP e libertação de uma
molécula de H20.
Logo por cada molécula de glicose desdobrada forma-se:
-6NADH
-4 Co2
-2ATP
-2FadH2
E Gasta-se duas moléculas de H20

Cadeia Respiratória: Ocorre na crista mitocondrial; apenas as moléculas de NADH e FADH2


formadas no ciclo de Krebs vão ser úteis neste processo. Estas moléculas, á semelhança da fase
fotoquimica da fotossintese, vão ser doadoras de eletrões, reduzindo as proteinas transportadoras Ao
longo da cadeia respiratória as proteinas equilibram-se com H+ presentes na matriz e vão criando
um gradiente de concentração no espaço intermembranar. O último aceitador de eletrões é o
Oxigénio. Por cada molécula de O2 forma-se 2 moléculas de H20.
No final da cadeia respiratória ocorre uma fosforilação oxidativa onde os H+ acumulados no espaço
intermembranar vão ser usados na ATPase fornecendo energia necessária á fosforiçação do ADP + P.

NO FINAL DA RESPIRAÇÃO AERÓBIA TEMOS UM SALDO DE : 2ATP ( GLIICÓLISE) 2


ATP ( CICLO DE KREBS) 34 ATP ( CADEIA RESPIRATÓRIA). TOTAL 38 ATP

E OS SERES PROCARIONTES?
Seres procariontes realizam as reações de glicólise e o ciclo de Krebs no citoplasma, enquanto a
cadeia respiratória e formação de Acetil-CoA ocorrem na membrana citoplasmática..

Respiração Celular Aeróbia e Fermentação:


Diferenças:-Na fermentação formam-se menos moléculas de ATP do que na respiração.
A fermentação ocorre na ausência de O2, enquanto que a respiração celular ocorre na presença de O2.
Os produtos formados na fermentação têm um potencial de energia elevado (álcool etílico e ácido
láctico). Em contrapartida a água e o CO2 formados na respiração têm um potencial de energia baixo.
A fermentação ocorre toda no citoplasma. A respiração ocorremaioritariamente na mitocôndria.

Semelhanças:
Em ambos os processos se obtém energia sob a forma de ATP.
Em ambos existe uma 1ª fase comum, a glicólise.
Em ambos ocorrem de uma forma contínua várias reacções de oxirredução.
Ambos são processos catabólicos..

Equações Gerais:

Fermentações
Respiração Aeróbia
2. Trocas gasosas nos seres multicelulares

Nas plantas

As trocas gasosas ocorrem por superficies respiratórias, os estomas, pequenas estruturas da


epiderme (bastante vascularizada, única camada celular e rica em celulose) constituidas por
duas células estomáticas que delimitam o ostíolo.
Estas trocas são mais intensas nas folhas para garantir o desenrolar da fotosíntese.
Todas as células da planta realizam trocas gasosas cosnsumindo O2 e libertando CO2. É
também nos estomas que ocorre perda de água por transpiração..

A abertura e fecho dos estomas está diretamente relacionado com a variação do volume das
células estomáticas. Quando fica túrgida o estoma abre, quando fica plasmolisada o estoma
fecha..

Processo Abertura dos estomas:

O ião K+ entra de forma ativa nas células estomáticas tornando o meio hipertónico e
aumentando a pressão osmótica levando á entrada de água por osmose e aumentando a
turgescência levando á abertura do estoma
Processo de Fecho do estoma:
O ião K+ sai por difusão tornando o meio hipotónico e diminuindo a pressão osmótica
provocando a saida de água por osmose, conduzindo á plasmólise que obriga o estoma a
fechar.

FATORES QUE CONTRIBUI PARA ABERTURA/FECHO DOS ESTOMAS:


- LUZ, TEMPERATURA, HUMIDADE, TEOR DE CO2
NOS ANIMAIS:
As trocas gasosas estão essencialmente relacionadas com a respiração celular, quanto maior a taxa
metabólica maior a intensidade das trocas gasosas.

Animais mais simples:


Em animas como a hidra, planária cujas células estão diretamente em contacto com o meio externo
ocorre difusão direta.. Porém os insetos também realizam a difusão direta.
Animais mais complexos
Na maioria dos animais as trocas gasosas realizam-se através de superficies respiratórias e sofrem
intervenção de um fluido circulante que transporta os gases das superficies respiratórias até ás
células.. Todo este processo designa-se Hematose.
Existem diversas superficies respiratórias no entanto é caracteristico de todas as superficies
respiratórias:
- uma pequena espessura que favorece a difusão rápida dos gases
- uma grande área que permite uma elevada difusão dos gases
- humedecimento que favorece a dissolução dos gases necessária á sua difusão
- Vascularização ( apenas em animais onde ocorre difusão indireta), que aumenta a rapidez da difusão.

Tegumento:
 Caracteristico dos invertebrados como a minhoca
 Ocorre através do tecido que reveste a sua pele, tegumento
 Processo de hematose cutânea ( difusão entre o exterior e o sangue)
 Favorecida pela produção glandular de muco
 Usada por alguns anfibios para complementar as trocas nos pulmões
 Difusão Indireta

Brânquias
 Típica dos peixes
 Hematose Branquial ( ocorre nas brânquias internas ou externas)
 Difusão Indireta
Para que a respiração ocorra nos peixes, é necessário que a água entre pela boca e saia
pelas brânquias, obedecendo a um fluxo unidirecional. Inicialmente a água entra na
cavidade bucal e segue em direção aos filamentos branquiais. Nos filamentos,
existem projeções denominadas lamelas secundárias, locais onde ocorrem as trocas
gasosas. O fluxo sanguíneo na lamela é no sentido oposto do fluxo de água. Isso
garante que mais oxigênio seja captado, em um processo conhecido como troca por
contra corrente

Traqueias
 Tipica dos insetos
 Difusão direta
 As traqueias são redes de finos canais que conduzem o ar diretamente do meio
externo ás células
 No interior as traqueias ramificam-se em traquiolas com paredes muito finas que
correspondem a superficies respiratórias onde ocorre difusão direta de gases entre o
interior das traquiolas e as células
 A comunicação das traqueias e o exterior é feito através de espiráculos.
 A difusão de O2 do exterior ás células ocorre devido á diferença parcial entre o
exterior e as células
 A localização interna das traqueias bem como o controlo de abertura e fecho dos
espiráculos contribuem para a minimização da perda de água bem como para a
adaptação destes animais aos ecossistemas terrestres.

Pulmões
 Localizados no interior do corpo
 A sua complexidade varia conforme a taxa metabólica de cada animal

Nos mamiferos: Nos mamiferos a superficie respiratória corresponde á parede dos alvéolos
pulmonares que se encontram na extremidade dos bronquiolos, finos canais que conduzem o ar desde
os brônquios. A ventilação dos alvéolos é garantida através de inspiração e expiração que mantém o
fluxo bidirecional de ar.

Nas aves: Constituidos por estruturas tubulares – parabrônquios – onde ocorre a hematose. Os
pulmões encontram-se ligados a sacoos aéreos que possibilitam o fluxo continuo e unidirecional do ar,
sempre renovado através dos parabrônquios. Nesses canais o ar circula em sentido diferente da
circulação sanguinea, corrente cruzada, que torna a hematose das aves altamente eficaz.

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