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RESUMO

Este artigo visa compreender e analisar as concepções a cerca da filosofia da linguagem


de Noam Chomsky. A metodologia de Chomsky se apóia em questões muito
importantes, a primeira a ser desenvolvida no presente trabalho será em relação a tese
da origem inata de uma gramática universal, e seus argumentos em relação a linguagem
humana e sua consecução na idade pueril. A analise da tese Chomskyana da linguagem,
apesar da tecnicalidade, traz reflexões sobre a filosofia, política e até mesmo de uma
teoria social, diante disso também será investigada a relação estabelecida pelo linguista
entre linguagem e liberdade.

ABSTRACT

This article aims to understand and analyze the conceptions about Noam Chomsky's
philosophy of language. Chomsky's methodology rests on very important questions, the
first to be developed in this paper will be in relation to the thesis of the innate origin of a
universal grammar, and its arguments in relation to human language and its attainment
in the childish age. The analysis of the Chomskyana thesis of language, despite its
technicality, brings reflections on philosophy, politics and even a social theory. In this
context, the relationship established by the linguist between language and freedom will
also be investigated.
SUMÁRIO

Introdução................................................................................................5
I. Linguagem e liberdade..............................................................................................7

Referências Bibliográficas.......................................................................9

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Através do aspecto criativo da linguagem, Chomsky defende a investigação de outros
domínios humanos através dessa tese, como por exemplo a liberdade humana, sendo parte
crucial em sua teoria política. A Criatividade Linguística está entre as mais importantes
para a defesa epistemológica da proposta de Gramática Universal e para o entendimento da
questão de liberdade para Chomsky.
A Criatividade Linguística, diz respeito a capacidade de um falante em produzir e
entender um número infinito de orações sem nem ao menos ter ouvido antes, sendo feita de
forma inconsciente. Um apontamento importante feito pelo filósofo é que o domínio
criativo é característica exclusiva dos seres humanos. Os sistemas de comunicação
relativos a outras espécies não apresentam essa faculdade de estarem “abertos ao infinito”.
Animais que possuem certo tipo de capacidade de comunicação, como chimpanzés, não
são capazes de estruturar o pensamento como fazem os humanos. Além disso, a
Criatividade Linguística é relativa as infinitas possibilidades de combinação dos elementos
discretos, de acordo com regras que constituem o sistema.
"O homem tem uma faculdade, peculiar à espécie, um tipo único de
organização intelectual, que não pode ser atribuído a órgãos periféricos
ou relacionados à inteligência geral e se manifesta naquilo que podemos
designar como “aspecto criador” do uso ordinário da língua, tendo a
propriedade de ser ao mesmo tempo ilimitada em extensão e livre de
estímulos." (Chomsky, ibidem)
Engana-se quem pensa que a linguagem tem como único propósito comunicação, a
criatividade lingüística parece contribuir significativamente para o que Chomsky chama de
“comportamento inteligente” e tem um papel fundamental para grande parte das ações
humanas. A criatividade pela qual Chomsky se interessa é aquela exibida no uso natural
cotidianamente, é a criatividade presente no uso da linguagem.
Podemos entender então como a criatividade no uso da linguagem contribui para a
resolução de problemas de todos os tipos. Portanto, a criatividade lingüística é um
componente extremamente importante das ações humanas inteligentes e do comportamento
em geral. Isso porque, como Chomsky afirma, a criatividade é uma característica
observável nas ações humanas juntamente com a liberdade são a chave principal para as
relações sociais. Sendo assim, o aspecto criativo da linguagem permite uma liberdade de
elaboração de pensamentos e ações, estimulando a liberdade de expressão autônoma das
mentes

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No ano de 1970, Chomsky publica o artigo intitulado de "Linguagem e Liberdade".
Retomando leituras relativos a Rousseau, Descartes, Stuart Mill etc, o autor expõe o
conceito de liberdade aplicando à linguística, ofertando ideias a amplitude do conceito de
liberdade oriundo da natureza humana. Também é mencionado posteriormente pelo autor
sobre a liberdade política, dessa forma, a proposta de socialismo libertário mencionadas na
literatura de Chomsky é guiada pela proposta de florescimento das faculdades criativas.
"Os movimentos revolucionários tem, de modo bastante geral, se
transformando num sistema de conselhos cuja meta é colocar os
trabalhadores no controle direto da produção e criar um novo espaço
público para a liberdade, constituído e organizado durante o próprio
andamento da revolução que é levada a cabo" (Chomsky, 2008a, p.92).
Portanto, entende-se que o conceito de liberdade é central para o entendimento de
política do autor, já que a expressão genuína dos homens serve como reação a sociedade
fascista, tendo intensa ligação com o conceito de liberdade na linguística em Chomsky.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHOMSKY,Noam. Linguagem e Mente. Brasília: Editora Universidade de Brasília,


1998. 83p.

CHOMSKY, Noam. Notas sobre o anarquismo.São Paulo: Editoria Hedra, 2009.

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