Você está na página 1de 53

Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas

Adolescentes
Manual

São Paulo, 2008

1ª Edição

Escrito por John Lloyd e Clare Rowland

John Lloyd é conselheiro para Educação Pessoal e Social do Advisor and Support Service do LEA (Órgão Regional de Educação) de Birmingham,
Inglaterra. É também conselheiro especialista do Advisory Group for Personal, Social and Health Education do governo britânico e foi membro do
National Curriculum Task
Task Group, que produziu o Guidance 5: Health Education.

Clare Rowland é a coordenadora da Educação para Necessidades Especiais do Pupil Support Service do LEA, Inglaterra. É professora experiente
de Ensino Fundamental e já part icipou de diversos programas na série de televisão All about u s, do Channel 4.

Editores da série: Rick Hayes e Kath Hancock


Revisado por Sue Hackett
Produzido por CornerHouse Design
Ilustrado por Nikki Gibb

Edição brasileira

Editora: Lara Silbiger


Equipe Editorial: Bianca Justiniano, Cássia Sanz e Gabriel Bogossian
Design Gráfico: Thiago Gil de Freitas
Produção: Vanessa O’nil, Vanessa Oliveira e Gabriela Pompone
Consultoria técnica:
técnica: Maria Adrião
Tradução: Carolina Caires Coelho
Revisão ortográfica:
ortográfica: Camilla Bazzoni

Impresso por: Ripa Artes Gráficas

* Este livro já segue as novas normas de ortografia da Língua Portuguesa.

1
* autores diversos
Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas
Adolescentes

Livro de 52 páginas
ISBN 978-85-86999-75-8
Log On Editora Multimídia – São Paulo, 2008

Assunto (s): 1. Educação sexual para crianças - Estudo e ensino (Ensino fundamental).

CDD 372.372
D (19) - 1ra. edição

2
Conteúdo
Introdução 4 - 10

Conversa de menina
Guia do Professor 11 - 15
Folhas de atividades
1 Atenção às mudanças, meninas!
meninas! 16
2 Menstruação 17
3 Tudo de que você precisa
saber sobre ciclos menstruais 18
4 Os problemas das meninas... 19
5 Higiene 20
6 Mitos sobre a concepção 21
7 Fatos sobre meninas 22
8 Qual é a pontuação? 23

Conversa de menino
Guia do Professor 24 - 29
Folhas de atividades
9 Atenção às muda
mudanças,
nças, meninos
meninos!! 30
10 Espermatozoide 31
11 Um amigo de fato 32
12 Os problemas dos meninos... 33
13 Meninos choram, sim! 34
14 Mostre que você se importa 35
15 Meninos x Meninas 36
16 Melhore sua pontuação 37

Vamos falar sobre sexo


Guia do Professor 38 - 42
Folhas de atividades
17 Novelas 43
18 Sexy demais
demais!! 44
19 Primeira vez 45
20 Relacion
Relacionamentos
amentos íntimos 46
21 Amor e casamento 47
22 Força do produto 48
23 Dilemas da contracepção 49
24 Pirâmide da puberdade 50
Fontes 51
3
Introdução

Onde a educação para a sexuali- As cartas


car tas enviadas para as revistas de “adolescentes”
“adolescentes”,, por exem-
plo, demonstram o quanto os jovens carecem de conhecimento
dade entra no currículo escolar? sexual e de confiança para lidar com os relacionamentos.
É papel da escola promover a saúde em seu sentido mais am-
A educação para a sexualidade sempre foi ensinada de forma plo. Entre suas incumbências, está promover o desenvolvimento
insuficiente e tarde demais para ser útil. É tratada de forma bastan- físico, social e psicológico de seus alunos, zelar pela manutenção
te discreta, pois existe o medo de ofender determinados grupos. E da saúde de todos os estudantes e funcionários, bem como con-
não supre as necessidades das crianças nem as de seus pais, o siderar também o desenvolvimento das emoções e da autoestima
que traz resultados prejudiciais. como parte central de seus objetivos.
Percebemos, cada vez mais, que a educação para a sexualida- Nesse contexto, torna-se essencial uma política de educação
de não deve ser simplesmente apresentada na puberdade, mas para a sexualidade bem estudada e planejada, que alcance todas
gradualmente introduzida como parte essencial do currículo esco- as crianças sob sua responsabilidade. Omitir informações é preju-
lar e de acordo com a faixa etária dos alunos. dicial a elas e aos outros, pois a ignorância pode levar a comporta-
O currículo de ciências reconhece isso, mas a natureza poten- mentos inadequados e também ao preconceito.
cialmente delicada do assunto pode pressupor que as instituições Para passar da infância à adolescência de modo bem-su-
de ensino abordem questões morais e sociais. A educação para a cedido e seguro, as crianças precisam de um amplo leque de
sexualidade não envolve apenas a reprodução e a saúde sexual. oportunidades para fazer escolhas, tomar decisões e assumir
Estes são assuntos importantes, é claro, mas ela também deve a responsabilidade pelos âmbitos de sua vida sobre os quais
ajudar as crianças a ser capazes de agir de modo responsável ao têm algum controle. Devem receber a informação correta e ser
estabelecer e manter relacionamentos, a se sentir bem consigo e incentivadas a fazer a coisa certa.
com as escolhas que fazem, a desenvolver a assertividade e a ca-
pacidade de respeitar a si e aos outros no contexto do desenvolvi-
mento sexual, levando em conta, ao mesmo tempo, a sexualidade,
o gênero, os papéis e a responsabilidade.
Uma das maiores dificuldades que as crianças enfrentam
hoje são as opiniões e os valores conflitantes que nascem a
partir do constante fluxo de imagens na mídia sobre sexo,
sexualidade e relacionamentos.
A educação sobre sexo e relacionamentos no dia-a-dia costuma
ser bastante informal, o que é muitas vezes complicado por causa
das informações vindas de amigos ser falhas e de se perpetuarem
mitos do universo dos adultos, cujo conhecimento sexual pode ser
tão inadequado quanto o das crianças.

(UNICEF (2002):
(2002): Voz dos Adolescentes: Relatório
Relatório da Situação da Adolescência Brasileira, Brasília, 2002.

Introdução 4
As estatísticas chamam a atenção. De acordo com estudo Outro ponto importante a ser considerado quando se fala sobre
do UNICEF (2002) , 32,8% dos brasileiros na faixa etária de sexualidade dos jovens é o aumento da taxa de fecundidade entre
12 a 17 anos já tiveram relações sexuais. Destes, 61% são do as adolescentes.
sexo masculino e 39%, do feminino. Segundo o IBGE (Censo “Se entre mulheres como um todo se assistiu, nas quatro
2000), 9,5% dos adolescentes entre 15 e 19 anos (82% de últimas décadas, a um decréscimo da taxa de fecundidade
mulheres e 18% de homens) vivenciam algum tipo de união, (em 1940, a média nacional era de 6,2 filhos, em 2000, passa
com vida sexual ativa. a 2,3 filhos), entre adolescentes e jovens o sentido é inverso.
Segundo a Pesquisa sobre Comportamento Sexual e Percep- Desde os anos 1990, a taxa de fecundidade entre adolescen-
ções da População Brasileira sobre HIV/AIDS, 1998 e 2005, do tes aumentou 26%.”
Ministério da Saúde, 65,8% dos adolescentes de 16 a 19 anos (Marco Teórico e Referencial Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva de Adoles- 

afirmam ter usado preservativo na primeira relação sexual. No en- centes e Jovens, Ministério da Saúde, Brasília, 2006)

tanto, o uso regular do preservativo com qualquer parceira, na faixa Assim, a educação para a sexualidade inclui:
etária entre 15 e 24 anos, corresponde somente a 39% de acordo • dar informação e conhecimento;
com a Pesquisa de Conhecimento, Atitudes e Práticas na Popula- • derrubar mitos;
ção Brasileira de 15 a 54 anos, em 2004. • formar atitudes e valores positivos;
Com relação à infecção pelo HIV/AIDS entre adolescentes e jo- • estimular o cuidado consigo mesmo e com os outros;
vens, os casos entre as mulheres e os homossexuais vêm sofrendo • desenvolver a identidade sexual;
significativo aumento. De 1996 a 2005, houve um crescimento de • promover as habilidades necessárias para uma comunicação
44% no número de casos de AIDS em mulheres. eficaz, relacionamentos amorosos, cuidadosos e felizes, e compor-
Na adolescência, o quadro se confirma. Em 2005, na faixa tamentos positivos.
dos 13 aos 19 anos, notificou-se 1,6 caso de AIDS Esses objetivos só podem ser alcançados me-
em mulheres para cada caso em pessoas diante processo de desenvolvimento que se
do sexo masculino, segundo o Programa inicie logo nos primeiros anos de vida,
Nacional de DST e AIDS, do Ministério ou seja, na infância, de modo apro-
da Saúde, 2007. priado, que progrida pela adoles-
A análise dos dados por faixa etá- cência até a fase adulta e, sempre
ria entre homossexuais também in- que possível, faça parte do currícu-
dica tendência de crescimento entre lo escolar de todas as crianças.
13 e 19 anos, variando de 18%, em
1990, para 40%, em 2005, segundo
o Plano Nacional de Enfrentamento
da Epidemia de AIDS e das DST
Gays, HSH e Travestis, do Ministério
da Saúde, 2007.

Introdução 5
Educação para a sexualidade – saúde e preven- e a dignidade da pessoa humana.
ção nas escolas, desenvolvido pelo canal inglês Channel 4 a No caso do Ensino Fundamental, existem volumes de temas
pedido de professores e diretores, adota essa abordagem. A cole- transversais referentes à orientação sexual, datados de 1997. No
ção é composta por quatro unidades – para crianças, para pré- Ensino Médio, não há temas transversais, mas a sexualidade apa-
adolescentes, para adolescentes e para educadores – que reúnem rece em dois volumes temáticos dos PCN e também no documen-
recursos audiovisuais e impressos para criar uma estrutura escolar to de bases legais.
completa e ideal para se tratar de sexo e relacionamentos. Este livro também pode subsidiar as ações educativas no âmbi-
to do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), uma parce-
O que este manual abrange? ria dos Ministérios da Saúde e da Educação, UNICEF, UNESCO e
UNFPA que, desde 2003, contribui para a prevenção da infecção
Este livro contribui para a operacionalização dos pressupostos pelo HIV, outras doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez
que fazem parte dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN , não planejada entre jovens.
especialmente com relação ao tema orientação sexual, sinônimo O SPE vê a escola como espaço oportuno e privilegiado para
de educação para a sexualidade. Propõe um programa pedagógico trabalhar de forma continuada questões referentes à sexualidade,
sobre sexualidade e saúde reprodutiva desde as séries iniciais do saúde sexual e saúde reprodutiva, relações de gênero e diversida-
Ensino Fundamental até o Ensino Médio, com conteúdos específi- de sexual, com a participação dos estudantes, professores, corpo
cos para cada faixa etária. pedagógico, familiares e profissionais de saúde.
Os PCN consistem em uma proposta de reorientação curricular Os professores podem usar este livro como um recurso único
de toda a Educação Básica, que considera, por um lado, o respeito na sala de aula, que oferece grande variedade de atividades e ma-
às diversidades regionais, culturais e políticas existentes no país e, teriais de apoio para desenvolver os temas da série do Channel 4,
por outro, a necessidade de construir referências nacionais comuns Educação para a sexualidade.
ao processo educativo em todas as regiões brasileiras. Com isso, O Programa 1, Conversa de menina, revê as mudanças
pretende-se criar condições, nas escolas, que permitam aos jovens físicas e emocionais que ocorrem com as meninas na puberdade.
ter acesso ao conjunto de conhecimentos socialmente elaborados Aborda informações não apenas do ponto de vista delas, mas tam-
e reconhecidos como necessários ao exercício da cidadania. bém relacionadas ao que os meninos precisam saber. São levados
Os parâmetros apontam também a importância de discutir, na em consideração e discutidos assuntos como a menstruação e
escola e na sala de aula, questões da sociedade brasileira, como outros problemas comuns enfrentados pelas meninas.
a orientação sexual. O Programa 2, Conversa de menino, revê as mudanças
Cabe destacar que os PCN representam um marco nas políticas físicas e emocionais que ocorrem com os meninos na puberda-
públicas de educação ao inserir no currículo da Educação Básica de. Aborda informações não só do ponto de vista dos meninos,
a temática da sexualidade, entendida como algo inerente à vida e mas também em relação ao que as meninas precisam saber. São
à saúde, que se expressa desde cedo no ser humano. Além do levados em conta a relação sexual e os problemas comuns enfren-
mais, trazem discussões sobre princípios democráticos, como a tados por eles.
participação e a co-responsabilidade social, a igualdade de direitos

Os PCN estão disponíveis na Internet nos end ereços indicados na bibliografia deste livro.

Introdução 6
O Programa 3, Vamos falar sobre sexo, analisa o desen- preservação dos alunos, sempre ciente da possibilidade de ser
volvimento dos relacionamentos, as imagens de sexo criadas pela feitas revelações, e procurando não incentivá-las.
mídia e pela cultura popular e o casamento. Concepção e contra- É importante que os educadores sejam cuidadosos também
cepção são assuntos explorados, além das atitudes estereotipadas em relação aos adolescentes cuja vida familiar não é agradável ou
em relação ao sexo e aos relacionamentos. àqueles a quem o conceito tradicional de família não se aplica. Os
A unidade permite que os alunos façam comparações com seu professores devem evitar passar mensagens negativas sobre sexo,
próprio desenvolvimento de modo positivo. sexualidade e relacionamentos. Ao falar sobre sensações agradá-
veis e carícias, também é muito fácil falar sobre contatos e sensa-
Na sala de aula ções desagradáveis. Os adolescentes têm o direito de saber as di-
ferenças entre os dois, mas existe o risco de associar experiências
Os exercícios deste manual podem ser aplicados em trabalhos negativas de sexo a outras negativas e cruéis. É melhor manter os
individuais, em pares, em grupos ou com a classe toda. São apro- dois assuntos diferenciados e lidar com cada um deles separada-
priadas para estudantes de 12 a 14 anos. mente em vez de tratar as experiências desagradáveis como parte
As atividades de extensão incentivam os adolescentes a da educação sobre a sexualidade.
realizar um trabalho pessoal que pode, às vezes, envolver a Os educadores devem incentivar os adolescentes a fazer per-
família ou os responsáveis. Os que trabalharem em grupos de guntas e, para isso, precisam respondê-las de modo honesto e
tamanhos diferentes e também sozinhos terão a oportunidade aberto. O questionamento de um aluno pode interessar a sala
de praticar habilidades-chave, toda. Entretanto, se a questão exigir informações explícitas adequa-
Antes de começar, é recomendável que regras sejam esta- das apenas para o aluno que a apresentou, deve-se dar uma res-
belecidas, o que leva em conta a delicadeza do trabalho e as posta para a sala toda e uma explicação mais direcionada apenas
questões que podem surgir. Elas minimizam qualquer emba- ao aluno questionador.
raço que os alunos possam ter e não incentivam revelações
pessoais inadequadas. Boas regras criam um ambiente no
qual os adolescentes valorizam a contribuição dos colegas e
desenvolvem respeito uns pelos outros: requisitos essenciais
para qualquer trabalho que envolva relacionamentos.
  ã
 b  o
 s a
Os professores que usarem esse recurso não devem pro-
meter confidencialidade absoluta. Uma regra útil pode ser
“não comentar fora da sala de aula coisas mencionadas pelas
pessoas durante a aula”. O trabalho com pequenos grupos, a
discussão feita com os alunos formando um círculo e conver-
sas sobre sexo com a classe toda podem abrir espaço a reve-
lações. Tais situações vão exigir cuidadoso encaminhamento,
e o professor deve recorrer aos procedimentos escolares de

Introdução 7
Se o aluno precisar de conselhos, o professor pode, se possível, A forma mais eficaz de elaboração e desenvolvimento de proje-
incentivá-lo a obter informações com seus pais ou responsáveis ou tos educacionais envolve o debate em grupo e no local de traba-
ainda, se adequado, de um profissional de saúde. lho. Por isso toda a comunidade escolar – professores, diretores,
Algumas escolas preferem contar com a ajuda de profissionais profissionais da educação e familiares – deve estar envolvida na
de serviços de saúde para conversarem com as crianças sobre pu- criação de um programa apropriado. Cada um tem um papel a
berdade e saúde sexual. Lembre-se, porém, de que os convidados desempenhar e, juntos, podem garantir que todos os alunos re-
devem ser integrados como parte do ensino apenas se houver um cebam informações que as ajude a compreender e a lidar com
programa coerente e bem planejado já aprovado pela escola. as mudanças que ocorrerão na passagem da infância para a fase
Os convidados nunca devem substituir o professor na sala de adulta. Dessa forma, estarão mais aptos a tomar decisões mais
aula, mas ter uma participação complementar. Precisam compre- maduras e responsáveis quando se tornarem adultos.
ender o papel que desempenham, a natureza e o propósito da
aula: os professores devem orientá-los a respeito de sua ajuda, Abordagem na escola
esclarecendo as dúvidas das crianças, explicando sobre as revela-
ções e sobre o sigilo. Independentemente de ser um profissional Os PCN apontam como as escolas, os educadores e a fa-
de saúde ou uma “nova mãe” com seu bebê, um convida- mília/os responsáveis devem se posicionar no trabalho com
do pode oferecer uma experiência interessante e estimulante o tema da sexualidade junto às crianças. Seguem a seguir as
para os alunos. diretrizes federais, que devem ser complementadas com orien-
Por fim, o ensino e o aprendizado nesta unidade têm a ver com tações estaduais e municipais específicas para a abordagem
a promoção da autoestima e do estímulo ao bem-estar individual. da temática no Ensino Fundamental.
Sempre abra espaço para os adolescentes exporem suas ideias • Cabe à escola abordar os diversos pontos de vista, valo -
e dê oportunidades para que pensem em suas experiências e ve- res e crenças existentes na sociedade sobre sexualidade para
jam o quanto aprenderam. As atividades devem criar situações auxiliar o aluno a encontrar um ponto de autorreferência por
nas quais o professor elogie e recompense o trabalho individual ou meio da reflexão.
em grupos, principalmente àqueles que se responsabilizaram pelo • O trabalho é entendido como problematizar, levantar questio -
próprio aprendizado. namentos e ampliar o leque de conhecimentos e de opções para
que o próprio aluno escolha seu caminho.
O papel das escolas • A orientação sexual não-diretiva aqui proposta será circuns -

e das famílias crita ao âmbito pedagógico e coletivo, não tendo, portanto, caráter
de aconselhamento individual de tipo psicoterapêutico. Isso quer
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), dizer que as diferentes temáticas da sexualidade devem ser traba-
é importante que cada escola formule seu projeto educacio- lhadas dentro do limite da ação pedagógica, sem ser invasivas na
nal, compartilhado por toda a equipe, para que a melhoria da intimidade e no comportamento de cada aluno. Tal postura deve,
qualidade da educação resulte da co-responsabilidade entre inclusive, auxiliar as crianças e os jovens a discriminar o que
todos os educadores. pode e deve ser compartilhado no grupo e o que deve ser

Introdução 8
mantido como uma vivência pessoal. Apenas os alunos que como um profissional a quem compete conduzir o processo de
demandem atenção e intervenção individuais devem ser aten- reflexão que possibilitará ao aluno autonomia para eleger seus va-
didos separadamente pelo professor ou orientador na escola lores, tomar posições e ampliar seu universo de conhecimentos, o
e, nesse âmbito, poderá ser discutido um possível encaminha- professor deve ter discernimento para não transmitir seus valores,
mento para atendimento especializado. crenças e opiniões como sendo princípios ou verdades absolutas.
• A escola deve informar, discutir os diferentes tabus, precon - (...) Não se pode exigir do professor uma isenção absoluta no trata-
ceitos, crenças e atitudes existentes na sociedade, e buscar uma mento das questões ligadas à sexualidade, mas a consciência so-
condição de maior distanciamento pessoal por parte dos professo- bre quais são os valores, crenças, opiniões e sentimentos que cul-
res para empreender essa tarefa. tiva em relação à sexualidade é um elemento importante para que
• Propõe-se que a orientação sexual oferecida pela escola desenvolva uma postura ética na sua atuação junto dos alunos. O
aborde as repercussões de todas as mensagens transmitidas pela trabalho coletivo da equipe escolar, definindo princípios educativos,
mídia, pela família e pela sociedade. em muito ajudará cada professor em particular nessa tarefa. Para
um bom trabalho de Orientação Sexual, é necessário que se esta-
A postura do educador beleça uma relação de confiança entre alunos e professor.

segundo os Parâmetros
Curriculares Nacionais
“O educador deve reconhecer como legítimo e lícito, por parte
das crianças e dos jovens, a busca do prazer e as curiosidades
manifestas acerca da sexualidade, uma vez que fazem parte de
seu processo de desenvolvimento. O professor transmite valores
com relação à sexualidade no seu trabalho cotidiano, na forma
de responder ou não às questões mais simples trazidas pelos alu-
nos. É necessário então que o educador tenha acesso à formação
específica para tratar de sexualidade com crianças e jovens na
escola, possibilitando a construção de uma postura profissional
e consciente no trato desse tema. O professor deve então entrar
em contato com questões teóricas, leituras e discussões sobre as
temáticas específicas de sexualidade e suas diferentes abordagens;
preparar-se para a intervenção prática junto dos alunos e ter aces-
so a um espaço grupal de supervisão dessa prática, o qual deve
ocorrer de forma continuada e sistemática, constituindo, portanto,
um espaço de reflexão sobre valores e preconceitos dos próprios
educadores envolvidos no trabalho de Orientação Sexual. Ao atuar

Introdução 9
Para isso, o professor deve se mostrar disponível para conver- • Caso haja violação dos direitos das crianças e dos jovens
sar a respeito das questões apresentadas, não emitir juízo de cabe à escola posicionar-se a fim de garantir a integridade
valor sobre as colocações feitas pelos alunos e responder às básica de seus alunos. Os casos de violência sexual contra
perguntas de forma direta e esclarecedora. Informações cor- crianças por parte de familiares devem ser comunicados ao
retas do ponto de vista científico ou esclarecimentos sobre Conselho Tutelar (que poderá manter o anonimato do denun-
as questões trazidas pelos alunos são fundamentais para seu ciante) ou à autoridade correspondente.
bem-estar e tranquilidade, para uma maior consciência de seu As crianças costumam ficar fascinadas com seu corpo e com
próprio corpo e melhores condições de prevenção às doenças o ciclo de vida dos seres humanos. Compreender como o corpo
sexualmente transmissíveis, gravidez na adolescência e abuso funciona, cresce e muda é parte relevante e essencial do desenvol-
sexual. (...) Em relação às questões de gênero, por exemplo, o vimento pessoal.
professor deve transmitir, pela sua conduta, a equidade entre Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas
os gêneros e a dignidade de cada um individualmente. Ao oferece uma estrutura para a eficiente educação sobre o tema por
orientar todas as discussões, deve, ele próprio, respeitar a opinião meio de vídeos e atividades apresentados no contexto da vida fami-
de cada aluno e ao mesmo tempo garantir o respeito e a partici- liar, dos relacionamentos amorosos e do respeito aos outros.
pação de todos.”
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Primeiro e Segundo Ciclos
do Ensino Fundamental: Introdução aos Parâmetros Curriculares
Nacionais, Secretaria de Educação Fundamental, Ministério da
Educação, Brasília, 1998, p. 84)

Relação escola-família
Ao desenvolver um projeto de educação para a sexualidade, as
escolas devem dar atenção especial para a relação com a família
dos alunos, como:
• A escola deverá informar os familiares dos alunos sobre a
inclusão de conteúdos sobre sexualidade na proposta curricular e
explicitar os princípios norteadores de tal proposta.
• Na relação entre a escola e as famílias, pretende-se que a
sexualidade deixe de ser tabu e, ao ser objeto de discussão na
escola, possibilite a troca de ideias entre ambos.
• Como a abordagem parte de uma visão pluralista de sexua -
lidade, não compete à escola, em nenhuma situação, julgar como
certa ou errada a educação que cada família oferece.

Introdução 10
Conversa de menina
ovo

Folha de atividade 1 A ilustração pode ser exibida em uma exposição ou disposta na


Atenção às mudanças, meninas! parede da sala de aula.

Esta atividade incentiva os alunos a refletirem a respeito das Folha de atividade 2


mudanças que ocorrem com as meninas na puberdade. Também Menstruação
oferece ao professor uma maneira de recapitular e avaliar o grau
de informação da classe sobre o tema tratado. Esta atividade visa ajudar os alunos a entenderem o ciclo mens-
Peça aos adolescentes que pensem nas mudanças pelas quais trual. Pergunte aos estudantes o que eles sabem sobre o ciclo
o corpo das meninas passa ao longo de seu desenvolvimento e menstrual (nome certo: menstruação). Diga a eles que a palavra
que discutam o termo “puberdade”. Eles podem, então, procurar o menstruação vem do latim mensis, que significa mês. Você pode
significado da palavra no dicionário. pedir que procurem a palavra no dicionário.
Lembre as meninas que, apesar de algumas delas já estarem Separe um número suficiente de cópias da folha de atividade
passando por essas transformações, outras só as viverão no futu- para que os alunos trabalhem em duplas. As doze cartas com fra-
ro. Afirme que tal variação é perfeitamente normal. ses e imagens devem ser recortadas com antecedência. Peça que
Convide os alunos a trabalharem em pares para completar a relacionem seis imagens com as frases corretas e coloque-as em
folha de atividade. Você pode oferecer os sequência. Dê uma cópia da folha de atividade a cada um e sugira
seguintes subtítulos como auxílio: mu- que comparem suas versões com o original. Reveja as figuras e as
danças de humor, menstruação, seios, frases, explicando as informações.
curvas, pêlos nas axilas, pêlos pubianos, É uma boa ideia mostrar absorventes externos e internos
espinhas e cabelo oleoso. para que os estudantes possam vê-los e examiná-los. Uma
Enquanto a classe revê e compara pequena xícara preenchida até a metade com líquido colorido
suas respostas, aproveite a chance para pode demonstrar a quantidade de sangue liberada na mens-
corrigir informações equivocadas que os truação. O líquido pode ser medido em uma proveta e usado
alunos possam ter e responda de modo para demonstrar a capacidade de retenção do absorvente ex-
apropriado a cada pergunta. terno ou do interno. Essa atividade deve, obviamente, ser apre-
sentada de modo sensato e os alunos devem ser informados
Extensão de que o fluxo dura alguns dias. Incentive-os a fazer perguntas
Divida a sala em grupos mistos de e responda adequadamente cada uma.
cerca de quatro alunos. Peça a eles que
desenhem, com canetinhas, uma meni- Extensão
na em uma folha grande de papel. Nas Peça aos alunos que escrevam uma resposta para a pergunta:
várias partes do corpo do desenho, cada “o que é um ciclo menstrual?”. Eles devem explicar o que é a
pessoa deve escrever duas mudanças menstruação, sua importância e a razão de meninos e meninas
que ocorrem durante a puberdade. compreenderem o que ocorre.

Guia do professor • Conversa de menina 11


Folha de atividade 3 Extensão
Tudo de que você precisa saber Com a ajuda de um profissional de saúde ou outro que

sobre ciclos menstruais domine o assunto, converse com os alunos sobre a possibili-
dade de os panfletos ser usados com alunos de outras salas
ou escolas. Selecione os melhores exemplos e tire uma cópia
Esta atividade incentiva os alunos a escrever e apresenta-
deles para esse propósito.
rem as informações com cuidado, refletindo sobre sua estru-
Exponha exemplares no centro de saúde da região ou no con-
tura e apresentação e avaliando a adequação do vocabulário.
sultório de médicos.
Também dá a oportunidade de refletir sobre o que ocorre com
uma menina que começou a menstruar e as dificuldades que
Folha de atividade 4
pode encontrar.
Entregue uma cópia da folha de atividade aos alunos e Os problemas das meninas...
peça que recortem o folheto e o dobrem na metade. Convide-
os a criar uma capa interessante e a escrever um parágrafo O propósito desta atividade é explorar os sentimentos asso-
curto sobre cada um dos oito assuntos relacionados no índice. ciados à puberdade, o que garante aos alunos que as preocu-
Talvez você tenha de oferecer uma variedade de materiais para pações que ocorrem durante esse período são perfeitamente
tal atividade, incluindo alguns exemplos de panfletos informati- normais e incentivando-os a conversar sobre seus problemas
vos de propaganda para mostrar como a informação pode ser com outras pessoas.
apresentada de diversos modos. Peça exemplos de qualidades que eles consideram neces-
Com a classe toda, converse sobre o que eles descobriram a sárias para que uma pessoa seja boa solucionadora de pro-
respeito de cada assunto, cheque as informações erradas e expli- blemas. Entre elas, podem estar compreensão, compaixão e
que qualquer ponto que não tenha sido compreendido. saber ouvir. Adicione exemplos, como empatia, para aumentar
Quando eles estiverem satisfeitos com a informação e sua apre- a lista. Pergunte aos alunos se eles acreditam já possuir al-
sentação, devem transferi-la para o panfleto. Isso pode ser feito à guns desses atributos.
mão ou no computador. Esta atividade deve ser realizada em duplas, com um aluno
Sugira que pensem a respeito do público-alvo que podem atin- expondo seu problema e o outro atuando como o solucionador. As
gir. Trata-se de adolescentes da mesma idade que eles, crianças, fichas já devem estar recortadas da folha de atividade, e você deve
homens, mulheres, uma irmã ou um amigo? entregar uma delas a cada dupla e pedir que conversem sobre o
Permita que os alunos mostrem os panfletos uns aos outros problema nela apresentado.
e os avaliem. Eles devem discutir a veracidade da informação Com a sala toda, escolha exemplos para uma discussão, e peça
e pensar no estilo da apresentação. Como os folhetos podem aos estudantes que pensem se o conselho dado foi apropriado.
ser melhorados?
Mostre-os pela sala e crie um livro de classe.

Guia do professor • Conversa de menina 12


Extensão Concentre a conversa sobre a necessidade de:
Converse com os alunos sobre como a puberdade pode ter sido • manter os pés limpos, principalmente quando o clima
vivida para cada um. Com a classe toda, discuta e organize uma está quente;
série de perguntas que a serem feitas a um adulto sobre alguns • manter os dentes limpos com a escovação frequente.
dos problemas que foi enfrentado na puberdade. São as bactérias que se alimentam de partículas de alimentos
Os adolescentes devem entrevistar – com as perguntas de- que causam o mau hálito e contribuem para o apodrecimento
senvolvidas – dois adultos (um de cada sexo). Sugira que sejam dos dentes;
pessoas que conhecem bem, com quem se sintam à vontade e • lavar os cabelos regularmente para evitar que eles se
confiantes para conversar sobre tais questões. tornem oleosos;
Na sala de aula, trabalhe com as respostas coletadas, e as es- • lavar rosto, pescoço e ombros para evitar o sebo, o óleo
creva de modo que formem um livro da classe. Aproveite as experi- natural da pele, que bloqueia poros e causa espinhas;
ências descritas como uma oportunidade de afirmar que todos os • lavar as axilas, onde existem glândulas sudoríparas, e
adultos passaram pela puberdade e sobreviveram. sugerir o uso de desodorante;
• lavar a região púbica. Para os meninos, isso significa pu -
Folha de atividade 5 xar o prepúcio e lavar o pênis. Para as meninas, significa lavar
Higiene a vulva, principalmente durante a menstruação. Não é uma
boa ideia usar desodorante nessa região, pois a pele pode
Esta atividade serve para lembrar os adolescentes que, ao pas- ficar irritada e inchar.
sarem pela puberdade, a boa higiene é muito importante para a Conversem sobre os benefícios da higiene, da importân-
saúde e a autoestima. Entregue a folha de atividade para que cia de tomar banho todos os dias e de trocar a roupa íntima
possam completar a tarefa. regularmente. Pergunte aos alunos como se sentem quando
Use as respostas que eles derem como estímulo para a tomam banho e vestem roupas limpas.
discussão geral. Pergunte por que é importante que jovens
tomem banho de modo Extensão
adequado, dedican- Sugira ao grupo realizar uma pesquisa em lojas, drogarias e
do mais atenção a supermercados da região para encontrar produtos de higiene
determinadas partes que prometem manter as pessoas limpas, cheirosas e com a
do corpo. Lembre-os sensação de frescor na pele. Eles também devem observar
de que as bactérias como esses produtos são comercializados em revistas e co-
que vivem no corpo merciais de televisão.
podem causar um Peça aos alunos que “inventem” um novo produto de higiene e
cheiro desagradá- preparem um anúncio publicitário para ele.
vel se eles não se
lavarem bem.

Guia do professor • Conversa de menina 13


Folha de atividade 6 Folha de atividade 7
Mitos sobre a concepção Fatos sobre as meninas
Muitos adolescentes sabem que existem métodos que impe- Esta atividade oferece a oportunidade de pensar sobre as várias
dem a gravidez. Esta atividade derruba alguns dos mitos mais co- afirmações a respeito das mudanças que ocorrem com as meni-
muns nos quais muitos jovens acreditam; incentiva os alunos a nas na puberdade. Reforça a ideia de que elas não devem acreditar
ignorarem as informações dadas por colegas e explica como uma em tudo o que escutam. Dúvidas podem ser esclarecidas com
mulher pode ou não engravidar. pais, professores ou um adulto bem informado.
Com a classe toda, procure o significado das palavras concep- Divida os alunos em grupos pequenos e dê uma cópia da folha
ção e contracepção. Peça aos alunos que trabalhem, em peque- de atividade. Peça que recortem a linha pontilhada para que te-
nos grupos, com uma cópia da folha de atividade. Eles devem nham doze cartas (ou você mesmo pode fazer isso antes da aula).
escrever o que já ouviram falar sobre como evitar a gravidez, por Eles podem decorar a parte de trás de cada carta livremente.
mais estranho que tenha sido. Por exemplo: “não há como en- O jogo deve ser jogado em duplas ou grupos. As cartas
gravidar se você transar em pé”. Pergunte a eles como acreditam devem ser embaralhadas e a de cima, lida por um jogador
que a concepção pode ocorrer. Por exemplo: “é possível engravidar que deve tomar o cuidado de não permitir que ninguém veja
beijando de língua”. a resposta. Os outros jogadores devem decidir se a afirmação
Relacione os mitos listados. Explique, com se trata de um mito ou da realidade. Incentive-os a discutir os
clareza, por que se trata de mitos e volte assuntos ao longo das rodadas.
a falar sobre como a concepção ocorre. Se a resposta estiver correta, eles ganham a carta. Caso
Aproveitando o conhecimento já adquirido contrário, quem a tiver lido deve guardá-la consigo. Os jogado-
pelos alunos, converse sobre o que eles sa- res, então, se revezam para ler todas as cartas. Vence quem
bem a respeito da contracepção. tiver o maior número delas.
Depois do jogo, discuta quais cartas estavam erradas. Explique
Extensão todas elas. Reforce a informação correta e “derrube” os mitos.
Em pequenos grupos ou em uma atividade Certifique-se de que as informações corretas sejam solidificadas e
com a sala, discuta os prós e os contras de que os mitos sejam esclarecidos.
ter um bebê aos 16 anos de idade (ou ainda
antes, em alguns casos). Escreva uma lista de
considerações e discuta os assuntos relaciona-
dos a custo, cuidados, educação, emprego e se
os jovens dessa idade são capazes de cuidar de
um novo ser. Cuidado para não emitir juízo de
valor sobre os posicionamentos dos alunos.

Guia do professor • Conversa de menina 14


Extensão Depois que os alunos trocarem suas folhas entre si e corrigirem
Trabalhando em pequenos grupos e usando informações que o trabalho uns dos outros, reveja as respostas com a sala toda. Dê
eles já aprenderam em outras atividades, os alunos podem criar um ponto para cada resposta correta. Ao rever as respostas, corrija
um jogo de cartas para quatro ou mais jogadores checarem seu quaisquer erros que possam existir.
conhecimento a respeito do que acontece com uma menina du-
rante a puberdade. Extensão
Trabalhando em pares ou grupos pequenos, peça aos alu-
Folha de atividade 8 nos que escrevam mais seis perguntas com respostas de múl-
Qual é a pontuação? tipla escolha. Elas podem ser trocadas com outras duplas ou
grupos que devem tentar respondê-las. As respostas corretas
Esta atividade permite que os adolescentes avaliem o conheci- também devem ser dadas.
mento que adquiriram a respeito das mudanças que ocorrem com
as meninas durante a puberdade.
Dê a cada aluno uma cópia da folha de atividade. Peça que
preencham o teste, marcando as respostas que eles acreditam
que estão corretas. Limite o tempo para que façam isso.

O que signifca TPM?


a. Terrível prova mensal
b. Todos os problemas misturados
c. Tensão pré-menstrual

Guia do professor • Conversa de menina 15


Nome:

Atenção às mudanças, meninas!

Folha de atividade 1 • Conversa de menina 16


Nome:

Menstruação
tuba uterina
Idade
clitóris
uretra
ovário
 vagina lábios
7-11 anos 10-14 anos 12-16 anos
útero
 vulva
 vagina

Quando uma menina alcança a puberdade, entre Nos ovários existem até 2 milhões de óvulos.
10 e 14 anos, ela começará a produzir um óvulo Durante sua vida, a mulher libera cerca de quatro-
(ovo) todos os meses. Ele é liberado, na ovulação, centos ou quinhentos óvulos (ovos).
para dentro da tuba uterina para começar sua  A maioria não será fertilizada e será eliminada pelo
 jornada até o útero. corpo por meio da vagina.

21º dia ovulação

óvulo o revestimento
tem 5 mm de
espessura
ovário
útero ou ventre

 vagina do 9º ao 17º dia = período fértil

Todos os meses, o útero se prepara para receber No 1º dia do ciclo menstrual, o revestimento do
um óvulo fertilizado, formando um revestimento útero, misturado às células sanguíneas, passa pela
espesso, macio e esponjoso. No 21º dia do ciclo, ele  vagina. Trata-se da menstruação. A maioria das
 terá 5 mm de espessura. Se o óvulo não é fertiliza- meninas começa a menstruar entre 12 e 14 anos
do, o revestimento se rompe. de idade.

 Absorvente externo
20 cm de comprimento

ovo
 Absorvente interno
6 cm de comprimento

Para absorver o fluxo menstrual que sai da vagina, Em média, a quantidade de sangue que sai do
as meninas e as mulheres podem escolher entre corpo é o equivalente a metade de uma xícara
pequena, ou duas colheres de sopa. As mulheres
um absorvente usado na calcinha ou um absorven-
menstruam até os 50 anos, aproximadamente,
 te interno que é inserido na vagina. Ambos devem quando a menstruação se torna menos regular e,
ser trocados regularmente. em um dado momento, cessa.

Folha de atividade 2 • Conversa de menina 17


Nome:

Tudo de que você precisa


saber sobre ciclos menstruais
   
       
  r
  e
    
   b
  a     
  s
      i
  s    
    
  a
      t
  a
  s
   i    
  u
  r
     s
  c
  e    
  r
     e
  p    
  n

     m
   ê    
  c
  o    
      l
  s
  o
  v
   
  e    
  c
   i
  u     
  c
     e
    
  q
  e    
  r
    
   d    b
     o   
  s
  o
   
   r    o
   d
  u
   n
   e    k
   T
   v
    E

   s     
  s    n     
  o    o     
  n
  r    p    )     
   ?
   l     
  a
  e
   t    m    M
  u     ?   n
   i    a
   t   s    P    t    
  r
   t    n   a    T    r    
  s    ?    e   e     d    (
  s    l     
  n   m   p   s        
  e   e   o    n   o
  r   a        
    ?
  m   r    p   n
  r    a
  e
  u
  o    t
   l   r        
    d   r    a     d    s
   t   o        
   o
  o   o    h  a    t   e  a     l
  e   r    d   s          
    i
   l
   r
  c   c    d    r
  x   p   o   s    
   e   n
  e             
   i   o   y   a   e
   a   p
   w            
        
   e
  c   s    e  r   s   m
   i   s   e    
  e    õ      m
  -        
   p   e   a
  m    l    h    p
  e    l    o
   t   e  e    t   ç    é
               
  u   e   t
  p
   r   s   e   a   r        
   a   e
  r   n
  e   -    y
  o   u   p
                
   s   u   o
   é
    i   e   p      r
  v    r
   ã   r   o         
   x   e
   t   q    d
  r   r   e
      t    
  ç   s    
       ã    
   t        
    
   e
  e   u   r    t
   a
  q   o   y
  a   o
  s
   
       a
  a
  n     
   t   n
   
  a   e
  s
       
  n     
       
    
   
  
    d
  c
   i
   d     h   s
   O    P    h
   E
   b
      M    N
   A        M   
  e
   T            
   r
   n
  n
    I
    Í     W
     •    W
  •     •
    
  •     
     •   •
    K     
     •     •   
    
  
    
  

Folha de atividade 3 • Conversa de menina 18


Nome:

Os problemas das meninas...


 Você sabe ouvir? Ajude a resolver
estes problemas de adolescência.

Eu me odeio. Meus seios são grandes demais. Sou gorda e todos ficam olhando para mim. Te-
nho certeza de que falam sobre mim quando não estou por perto. Minha mãe diz que eu devo
deixar de ser boba e que meu corpo é completamente normal. Como posso ficar parecida com
as modelos das revistas?

Tenho 11 anos e a maioria das minhas amigas já menstrua. Minha menstruação ainda não
começou. Devo levar um absorvente na bolsa para o caso de começar?

Eu gostava de um menino muito bonito de minha classe e acabei saindo com ele. Depois de
duas semanas, ele me largou porque eu não queria beijá-lo. Quero que ele volte para mim. O
que fazer?

Minha mãe faz com que eu use sapatos sem salto, pois diz que eles são melhores para meus
pés. Eu me sinto sem graça. O que devo fazer?

Tenho 10 anos e quero usar um pouco de maquiagem. A festa da escola acontecerá na próxi-
ma semana e sei que minha mãe vai se zangar se eu me maquiar. O que posso dizer para que
ela mude de ideia?

Começaram a nascer pêlos em algumas partes de meu corpo. Nenhuma das minhas amigas
sabe disso. Fico muito preocupada quando tenho que tirar a roupa na frente das minhas ami-
gas. O que está acontecendo comigo?

Fico muito envergonhada sempre que um garoto conversa comigo ou olha para mim. Meu
rosto fica vermelho e eu começo a suar e gaguejar. Isso acontece principalmente quando vejo
um garoto de quem gosto. Isso é normal?

Passo muito tempo discutindo com meus pais a respeito das roupas que quero vestir e por
querer ficar fora de casa até tarde. Eu sempre digo que não sou mais criança e que é a minha
 vida. O que faço para eles me entenderem?

Folha de atividade 4 • Conversa de menina 19


Nome:

Higiene

Certas partes de nosso corpo precisam de uma higiene especial. Marque as partes do corpo em
questão com um X. Use as palavras da caixa para escrever algumas frases e explique por que
essa higiene precisa ser feita.

Bactéria Suor Espinhas Oleoso Menstruação Lavar Escovar

Folha de atividade 5 • Conversa de menina 20


Nome:

Mitos sobre a concepção


De quantas maneiras você consegue se lembrar?

 Você não vai engravidar se...

 Você pode engravidar se...

Folha de atividade 6 • Conversa de menina 21


Nome:

Fatos sobre meninas


Comer muito chocolate causa espinhas. Durante a puberdade, seu cabelo pode se
Mito! As espinhas nada têm a ver com o cho-  tornar oleoso.
colate. Sua pele secreta mais sebo durante a Verdade! Seu cabelo pode sofrer com a oleosidade
puberdade. Lave o rosto com um adstringente mesmo depois de ser lavado. Lave-o, com frequên-
em vez de com sabonete. cia, com um xampu para cabelos oleosos.

É melhor conhecer sobre os fatos da vida Um seio pode ser maior que o outro.
por meio dos amigos. Verdade! Isso pode acontecer. Um seio pode ser
Mito! Não acredite em tudo o que dizem. É me- ligeiramente maior que o outro. Isso é bastante
lhor fazer perguntas aos seus pais e professores normal; apenas lembre-se de que há seios de todos
em vez de fazê-lo aos amigos, que podem ter
os tamanhos e formatos!
informações erradas!

Durante a puberdade, você ficará completa-  Você pode engravidar na primeira vez em
mente deprimida. que fizer sexo.
Mito! Talvez você deteste sua aparência e fique um Verdade! Se você fizer sexo sem proteção, o risco
pouco insegura, mas isso é normal. A sensação de de engravidar é alto. Não se arrisque!
tristeza logo passará.

 Você não deve tomar banho quando Durante a puberdade, você vai alternar mo-
estiver menstruada. mentos de alegria com outros de tristeza.
Mito! A higiene é essencial durante a mens- Verdade! Os hormônios podem afetar o seu humor
truação. Tomar banho e lavar os cabelos não e a maneira como você se sente drasticamente.
causará problemas! Isso não vai durar para sempre.

Meninas “peludas” são mais masculinas.  Você pode começar a menstruar com 8
Mito! É normal que meninas e meninos tenham dife- ou 16 anos.
rentes quantidades de pêlos nas axilas, na região Verdade! A idade, em média, para a primeira
genital e nas pernas. menstruação é aos 12 anos, mas algumas meni-
nas começam a menstruar antes e outras, bem
mais tarde.

 A masturbação causa cegueira. É preciso alimentar-se bem na puberdade.


Mito! Masturbar-se não é ruim nem prejudicial. É Verdade! É importante ter uma alimentação balan-
a maneira pela qual conhecemos nosso corpo e ceada. Nosso corpo precisa de alimentos de todos
descobrimos o que nos dá prazer. os grupos para ser saudável.

Folha de atividade 7 • Conversa de menina 22


Nome:

Qual é a pontuação?
Faça este teste para descobrir se você sabe tudo de que precisa saber!

1. O que o chocolate faz para seu corpo?


a. Causa espinhas
b. Torna você mais atraente para os meninos.
c. Faz você engordar.

2. Manter-se limpo é essencial na puberdade. Você deve:


a. Tomar um banho por semana.
b. Tomar um banho todos os dias para manter-se limpo e com
sensação de frescor.
c. Lavar-se quando tiver vontade.

3. A idade, em média, para o início da menstruação é:


a. 8-10 anos.
b. 16-18 anos.
c. Cerca de 12 anos.

4. Quando seu humor está inconstante, é melhor:


a. Conversar com alguém que saiba pelo que você está passando.
b. Gritar e brigar com todos.
c. Trancar-se em seu quarto.

5. O que significa TPM?


a. terrível prova mensal
b. todos os problemas misturados
c. tensão pré-menstrual

Folha de atividade 8 • Conversa de menina 23


Conversa de menino

Folha de atividade 9 Extensão


Atenção às mudanças, meninos! Divida a sala em grupos mistos de cerca de quatro alunos.
Peça que desenhem, com canetinhas, um menino em uma fo-
Como continuação da folha de atividade 1, este exercício lha grande de papel. Na parte certa do desenho, cada pessoa
incentiva os alunos a refletirem sobre as mudanças que ocor- deve escrever duas mudanças que ocorrem na puberdade dos
rem com os meninos na puberdade. Também oferece uma meninos. Essa ilustração pode ser exibida ao lado do desenho
maneira de o professor recapitular ou avaliar quanta informa- do corpo da menina.
ção já foi assimilada.
Peça à classe que pense nas mudanças que ocorrerão no Folha de atividade 10
corpo dos meninos conforme eles forem crescendo. Discutam Espermatozoide
o termo “puberdade” e os alunos podem procurar o significa-
do da palavra no dicionário se necessário. Lembre os meninos Esta atividade ajuda os alunos a entender como e por que
que alguns deles podem estar passando por essas mudanças, os espermatozoides são produzidos pelos homens a partir
mas outros só as viverão no futuro. Enfatize que tal variação é da puberdade.
perfeitamente normal. Questione os alunos sobre as mudanças que acontecem no
Convide os alunos a trabalhar em pa- corpo durante a puberdade e como os bebês são feitos.
res para completar a folha de atividade. Prepare cópias da folha de atividade de modo que os alunos
Você pode dar a eles os seguintes subtí- trabalhem em duplas. Depois de recortar as figuras e as frases
tulos como auxílio: cabelo oleoso, mudan- em grupos de cartas, peça que relacionem as seis figuras com
ças de humor, espinhas, pêlos faciais, as frases corretas e, depois, coloque-as em ordem. Dê a cada
pêlos nas axilas, mudança na voz e aluno uma cópia da folha de atividades e sugira que compa-
pêlos púbicos. rem sua versão com a original. Reveja cada figura e frase por
Com a classe, repasse as vez, explicando as informações conforme necessário.
respostas e aproveite a chance Você pode usar uma colher de 5 ml ou um copo de medida
para corrigir informações erra- com um pouco de líquido colorido para mostrar que uma pequena
das que os alunos possam ter quantidade de esperma contém milhões de espermatozoides.
e responda de modo apropriado
a cada pergunta.

Guia do professor • Como são feitos os bebês? 24


Aumentando o tamanho de um óvulo de 0,14 mm para Trabalhando em grupos de quatro pessoas, peça que decidam
uma bolinha de 14 cm feita com massinha de modelar, o es- quais são, entre as qualidades citadas, as cinco mais impor-
permatozoide, de 0,05 mm de comprimento, passará a ter 6 tantes em um amigo. Tais características devem ser escritas
cm, segundo a mesma escala. Assim, fica mais fácil demons- nos espaços apropriados.
trar o tamanho de cada um. Com a classe, discuta as semelhanças e as diferenças en-
Peça que todos façam perguntas, e responde-as de modo tre as escolhas dos grupos e avaliem se foi fácil ou difícil che-
sensato e apropriado. gar a uma conclusão. Peça que reflitam se as respostas dos
meninos podem ser diferentes das respostas das meninas e
Extensão por que isso acontece.
Peça aos alunos que redijam um parágrafo que explique Com os mesmos grupos, proponha que pensem sobre
para que servem os testículos, como os espermatozoides são como poderiam se sentir se o amigo fosse uma pessoa do
produzidos, o propósito que têm e por que é importante que sexo oposto. Peça que escrevam individualmente qualidades
as meninas e os meninos compreendam o que acontece. que procurariam em uma namorada/namorado, além das já
listadas e discuta as respostas com a classe toda. Por que
Folha de atividade 11 eles podem ter sentimentos diferentes em relação a amigos
Um amigo de fato do sexo oposto?

Esta atividade permite que cada aluno pense em seus rela- Extensão
cionamentos pessoais. Conversem sobre o que significa a palavra “relacionamen-
Pergunte quem são as pessoas mais importantes para eles to” para os alunos. Procurem juntos o significado no dicio-
e por que. Você pode fazer isso em uma atividade em roda, nário. Sugira que pensem nos diversos relacionamentos que
completando a frase: “a pessoa mais importante de minha têm com pessoas diferentes. Falem sobre a ideia de ter um
vida é... porque...”. Registre as contribuições na lousa ou em relacionamento bom ou ruim com alguém e os sentimentos
uma folha grande de papel, sob os títulos “família”, “amigos” associados a cada tipo de relação.
e “outros”. Conversem sobre como os relacionamentos deles Peça que pensem sobre alguém com quem não têm um
mudaram desde que eram pequenos e como o círculo de ami- bom relacionamento. Como podem melhorar a relação?
zades aumentou.
Peça que trabalhem em duplas para descrever o melhor
amigo, como ele é, o que fazem juntos e o que há de especial
nessa pessoa que a torna um amigo próximo.
Convide cada dupla a dar exemplos dos motivos pelos
quais eles gostam dos amigos e registre essas qualidades na
lousa ou em uma folha grande de papel. Depois, entregue
uma cópia da folha de atividades a cada membro da sala.

Guia do professor • Como são feitos os bebês? 25


Folha de atividade 12 Folha de atividade 13
Os problemas dos meninos... Meninos choram, sim!
O propósito desta atividade é explorar os sentimentos as- Esta atividade dá a oportunidade de os alunos perceberem
sociados à puberdade e acabar com a ideia de que “eu sou o que pode ser difícil expressar os sentimentos em determina-
único menino que já passou por isso”. das situações. Vai ajudá-los a analisar as atitudes estereoti-
Lembre os alunos que, além das mudanças físicas, eles tam- padas que algumas pessoas têm. Um exemplo disso pode
bém passarão por mudanças na maneira como pensam, sentem ser o fato de ser aceitável que meninos demonstrem raiva
e se comportam em relação a eles mesmos e aos outros. ou agressividade, mas não que demonstrem vulnerabilidade,
Entregue cópias da folha de atividade e, em duplas, peça delicadeza ou atenção. Por outro lado, as meninas devem ser
que todos leiam cuidadosamente cada carta enviada por um delicadas e cuidadosas, mas não duronas. Todas as pessoas
menino a uma revista de adolescentes. Eles devem identificar têm tipos parecidos de sentimentos e a atividade demonstra a
o problema e fazer uma lista de soluções em um pedaço de importância de expressar esses sentimentos.
papel à parte. Depois, individualmente, devem escrever suas Dê a cada aluno uma cópia da folha de atividade e conver-
respostas nos espaços adequados. se com a classe sobre as vezes em que eles experimentaram
Sugira que os pares se unam, para formar grupos de qua- esses sentimentos. Você pode dar um exemplo, enfatizando
tro membros, discutam as diferentes respostas e escolham a se a pessoa escondeu ou demonstrou seus sentimentos.
melhor solução para cada problema. Peça aos alunos que preencham a folha de atividade e,
Com a classe toda, aborde um problema por vez, e peça que então, em grupos pequenos mistos, conversem sobre as res-
cada grupo dê a melhor resposta para que a classe a analise. postas dadas. Peça que analisem especialmente as respostas
Conversem para decidir se a resposta é adequada e aproveite a diferentes dadas pelas meninas e pelos meninos.
oportunidade para reforçar o fato de que emoções e sentimen- Identifique e discuta as emoções que são aceitáveis ou ina-
tos fortes são uma parte normal do processo de crescimento. ceitáveis para meninos e meninas. Aproveite para falar sobre
como sentimentos “acumulados” podem tornar difícil a vida
Extensão de quem os sente e de todos a seu redor.
Fale sobre onde os adolescentes podem conseguir ajuda ou
orientação. Reforce que eles devem sempre conversar com os
pais em primeiro lugar, se possível, ou com alguém com quem
se sintam à vontade, mas que é muito importante saber que
existem outras pessoas aptas a escutá-los e aconselhá-los de triste
modo adequado.

Guia do professor • Conversa de menino 26


Extensão ferentes de mostrar que nos importamos. Isso vai variar, é
Trabalhando em pequenos grupos, os alunos devem prepa- claro, de acordo com quem a pessoa é: nossos pais ou um
rar histórias curtas, que mostram claramente os personagens namorado/namorada, por exemplo.
reagindo de maneiras não estereotipadas. Elas devem ser Usando as palavras da folha de atividade, peça aos alunos
apresentadas à sala toda, e a plateia deve identificar exemplos que escrevam frases que digam como podem demonstrar que
de fuga de estereótipos e discutir o resultado. se importam com três pessoas diferentes. Use palavras distin-
tas para cada um dos exemplos.
Folha de atividade 14 Com todos, converse sobre a possibilidade de uma pessoa
Mostre que você se importa ter de fazer sexo com o namorado/namorada para mostrar
que se importa com ele/ela.
O propósito desta atividade é permitir que os alunos reflitam
sobre os relacionamentos com as pessoas de quem gostam. Extensão
Entregue cópias da folha de atividade para a sala e peça Com a classe, pense em todas as maneiras pelas quais
que desenhem um círculo vermelho ao redor das palavras demonstramos que sentimos atração por alguém. Conversem
que associam com sentimentos que podem ter em relação sobre quais maneiras funcionam melhor e faça comparações
a alguém de quem gostam. Devem fazer um círculo azul ao com o mundo animal, no qual o macho e a fêmea de cada
redor da ação física que podem usar para demonstrar que se espécie têm uma maneira distinta de atrair o outro.
importam com uma pessoa. Em duplas, peça aos alunos que Peça que escrevam frases engraçadas de “paquera” uns
comparem as palavras circuladas. para os outros.
Com a classe toda, fale sobre como mostramos a alguém
que nos importamos com ele e como isso faz com que se
sintam. Proponha também que pensem sobre as pessoas a
quem podemos demonstrar afeição e discutam maneiras di-

Guia do professor • Conversa de menino 27


Folha de atividade 15 Extensão
Meninos x meninas Com o grupo, conversem sobre onde se originam as per-
cepções de homens e mulheres: televisão, filmes, celebrida-
O propósito desta atividade é explorar a percepção dos ado- des, jornais, por exemplo.
lescentes acerca do que é esperado do comportamento de Em grupos (eles podem ser separados por sexo ou mistos),
meninos e meninas e desafiar estereótipos. dê revistas e jornais aos alunos, além de tesouras, adesivos e
Dê uma cópia da folha de atividade para cada aluno e, sem folhas grandes em branco.
qualquer explicação, peça que leiam cada frase e façam um Cada grupo deve fazer uma colagem, com figuras, fotografias
traço que ligue a sentença à figura correspondente. É possível e texto, para mostrar como as mulheres e os homens são vistos.
fazer uma linha que ligue dois desenhos se acreditarem que Exponha os trabalhos na sala e peça a cada grupo que expli-
a frase se aplica igualmente aos dois. No espaço vazio, os que qualquer mensagem relacionada ao gênero que ele consi-
alunos podem escrever a frase que quiserem. ga identificar. Os alunos acreditam que são influenciados pelas
Trabalhando com um colega, devem comparar suas respos- imagens? Eles sustentam ou desafiam estereótipos? Cuidado
tas. Eles discordaram a respeito de quais frases? Por que? para não emitir juízo de valor, pois a proposta é problematizar os
Com a classe toda, discuta se algum dos elementos pode estereótipos de gênero construídos para homens e mulheres.
ser diferenciado por gênero e, se puder, quais. Eles conse-
guem pensar em outras frases?

Você deve começar a se barbear:


a. quando tiver bigode e barba.
b. quando tiver alguns fos acima do lábio superior.
c. quando achar que está na hora.

Guia do professor • Conversa de menino 28


Folha de atividade 16 Extensão
Melhore sua pontuação Convide os alunos a discutirem as pressões que pairam
sobre os adolescentes, como as expectativas dos pais, boa
Usando a folha de atividade 8, esta atividade permite que os aparência e bom comportamento, ter um namorado/namora-
alunos avaliem o conhecimento que adquiriram a respeito das mu- da, entre outras.
danças que ocorrem com os meninos durante a puberdade. Como eles poderiam reagir, de modo positivo, a tais pressões?
Dê a cada aluno uma cópia da folha de atividade. Peça que
preencham o teste, marcando as respostas que acreditam es-
tar certas. Dê um limite de tempo para isso.
Depois de trocarem as folhas entre si, em que cada um
corrija as atividades dos outros, reveja as respostas com a
sala. Dê um ponto para cada resposta correta.
Ao repassar a resposta de cada pergunta, corrija qualquer
informação errada.

Guia do professor • Conversa de menino 29


Nome:

Atenção às mudanças, meninos!

Folha de atividade 9 • Conversa de menino 30


Nome:

Espermatozoide
Idade Duto condutor do
espermatozoide
Pênis

Testículo
Epidídimo
7-11 anos 10-15 anos 12-18 anos Escroto

Quando um menino entra na puberdade, entre 12 e  As células espermatozoides são produzidas con-
15 anos de idade, começa a produzir os esperma-  tinuamente em minúsculos tubos nos testículos.
 tozoides. Eles são produzidos nos testículos e são Elas passam dos testículos para o epidídimo, onde
amadurecem em duas semanas. Os testículos são
necessários para fecundar um óvulo (ovo). Os es -
mantidos em uma bolsa de pele chamada escroto,
permatozoides são liberados durante o ato sexual.
localizada atrás do pênis.

Pênis Espermatozoide humano


Vista lateral

Útero ou ventre
Vista de cima
Vagina

Testículos 0,05 mm de comprimento

Quando um homem e uma mulher se amam, eles Os testículos produzem espermatozoides ao longo
podem manter relações sexuais. O pênis fica re - da vida toda do homem. Vários milhões de esper-
pleto de sangue e é introduzido na vagina, que se matozoides são produzidos todos os dias. Durante
 torna lubrificada. O pênis do homem e o clitóris da a excitação sexual, o espermatozoide é misturado
mulher são sensíveis e causam boas sensações, e o a um líquido leitoso que dá energia a ele. A mistura
esperma é ejaculado dentro da vagina. de espermatozoides e líquido é chamada sêmen.

Espermatozoide

Óvulo 5ml

Os espermatozoides saem do pênis do homem e O sêmen é expelido do corpo por meio da mas -
percorrem a vagina, onde nadam até o útero e as  turbação e durante emissões noturnas. Isso é
 tubas uterinas. Se a mulher tiver ovulado, um único perfeitamente normal. Em média, a quantidade
espermatozoide pode entrar no óvulo e fertilizá-lo de sêmen ejaculada pelo pênis é equivalente ao
para dar início à formação de um bebê. Os outros que cabe em uma colher de chá. Ele nunca é
espermatozoides morrem. liberado junto da urina.

Folha de atividade 10 • Conversa de menino 31


Nome:

Um amigo de fato
Um bom amigo...

É alguém...

É alguém...

É alguém...

É alguém...

É alguém...

Uma namorada ou um namorado é alguém que...

Folha de atividade 11 • Conversa de menino 32


Nome:

Os problemas dos meninos...


Nos espaços adequados, escreva as respostas para
cada um dos problemas relatados por meninos em
uma revista de adolescentes.

Pêlos começaram a nascer em meu corpo e minha voz está desafinando, mas estou preocupado
com o tamanho do meu pênis. Parece ser menor do que o dos outros meninos. Ele vai crescer?

Meu amigo disse ser circuncidado. Eu não quis dizer que não sabia o que é isso. Você pode me
explicar o que significa ser circuncidado?

Eu gosto de uma menina e já a chamei para sair. Estou muito preocupado porque nunca beijei
uma garota antes. O que eu deveria fazer?

Gosto muito da companhia de meu amigo Adam. Nós nos damos muito bem e gostamos de fazer
coisas juntos. Não tenho interesse em garotas. Sou normal?

Folha de atividade 12 • Conversa de menino 33


Nome:

Meninos choram, sim!


Quando foi a última vez em que você se sentiu assim e por que? Você escondeu seus sentimentos ou deixou que
eles fossem expressos?

Envergonhado Com medo

Bravo
ANGRY   Feliz
HAPPY

Triste
SAD
LOVING
Apaixonado

Folha de atividade 13 • Conversa de menino 34


Nome:

Mostre que você se importa


Faça um círculo vermelho ao redor das palavras que descrevem sentimentos e um círculo azul ao redor das
ações que mostram aos outros como nos sentimos.

Solitário Gostar Bravo Conforto Entediado Ferir


 Acariciar Odiar Feliz Carinho Sexo Apertar
Ciumento Amor Beijo Riso “Fechar a cara” Tocar
Confiar Cuidado Sorrir Triste Chorar Dividir

Usando algumas das palavras acima,


escreva três frases que descrevam
como você pode mostrar que se
importa com três pessoas diferentes.
Use palavras diferentes para cada um
dos exemplos.

Folha de atividade 14 • Conversa de menino 35


Nome:

Meninos x meninas
Separe as frases traçando uma linha que ligue cada uma delas à figura correspondente. Se você acha que elas
podem ser relacionadas às duas figuras, trace uma linha ligando-as a ambas.

É bom ser uma menina / um menino porque eu posso...

• Fofocar com minhas amigas.


• Fazer um grupo com meus amigos.
• Vestir roupas bacanas.
• Estudar muito.
• Conseguir um emprego quando eu ficar
mais velho.
• Ter um filho quando eu crescer.
• Praticar um esporte.
• Dirigir um carro quando eu
 tiver idade suficiente.
• Chorar quando estou triste.
• Guardar meus sentimentos para mim.
• Entrar na faculdade quando
eu sair da escola.

Escreva algumas frases sobre os motivos pelos quais você acha que é bom ser menino ou menina.

Folha de atividade 15 • Conversa de menino 36


Nome:

Melhore sua pontuação


Faça este teste para saber se você sabe tudo de que precisa saber!

1. Você deve começar a se barbear:


a. quando tiver bigode e barba.
b. quando tiver alguns fios acima do lábio superior.
c. quando achar que está na hora.

2. Os meninos costumam ter mais espinhas. Elas são causadas:


a. por causa do uso excessivo de loção pós-barba.
b. pelas mudanças nos níveis de hormônios.
c. por causa da ingestão de salgadinhos.

3. A voz dos meninos pode desafinar de vez em quando porque:


a. os músculos da laringe fogem momentaneamente de controle.
b. eles ficam com uma voz mais aguda.
c. eles têm uma infecção de garganta.

4. Se seu cabelo é oleoso, você deve:


a. parar de comer frituras.
b. lavar o cabelo pela manhã e à noite.
c. lavar o cabelo, todos os dias, com xampu para cabelo oleoso.

5. Se você tem um problema, deve:


a. resolvê-lo sozinho.
b. conversar com alguém mais velho que pode ter passado
por situações parecidas.
c. preocupar-se e entrar em pânico.

Folha de atividade 16 • Conversa de menino 37


Vamos falar sobre sexo
  ã o
 s a b

Folha de atividade 17 Extensão


Novelas Convide os alunos a descrever os relacionamentos dos per-
sonagens principais no livro que estejam lendo atualmente ou
Esta atividade é uma oportunidade para os adolescentes que leram recentemente. Os personagens interagem de modo
observarem a diversidades de relacionamentos mostrados em diferente uns com os outros de acordo com os relacionamen-
novelas e seriados da televisão. tos que mantêm?
Com a classe, relacione todas as novelas e seriados aos
quais os alunos assistem com frequência. Para cada um de- Folha de atividade 18
les, identifique os principais personagens e peça aos alunos Sexy demais!
que descrevam os diferentes relacionamentos que eles nota-
ram. O ideal seria que fossem incluídos relacionamentos de Esta atividade permite que os alunos pensem no uso da
gerações diferentes. sexualidade e no sentido sexual nas músicas populares.
Entregue uma cópia da folha de atividade e divida a sala em gru- Escolha duas músicas conhecidas ou peça aos alunos que
pos, cada um deles com a responsabilidade de assistir um progra- façam a escolha votando em suas canções favoritas.
ma em casa. Eles devem preencher a folha de atividade enquanto Escutem-nas juntos e pergunte sobre o que trata cada
o assistem, relacionar os quatro personagens principais e observar canção (muitos saberão tudo), e conversem sobre a maneira
como eles interagem com os outros da história. Depois, devem como ela é construída, a letra e o sentido. Usem dicionários
escrever uma frase sobre cada um dos quatro relacionamentos para procurar as palavras desconhecidas, se necessário. A pa-
que observaram. Lembre que os alunos devem analisar aspectos lavra amor é utilizada? A letra tem que ver com relacionamen-
como linguagem corporal, o que eles dizem uns aos outros e a tos, rompimentos, reconciliação ou namoro?
maneira como o fazem.
Cada grupo deve, então, falar sobre os personagens que
observaram e seus relacionamentos. O que era bom ou ruim
a respeito deles?
Com a classe toda, converse sobre os programas assis-
tidos. Os personagens representam pessoas que os alunos
conhecem, em casa, em suas famílias, entre os amigos ou
outros grupos?
Peça aos alunos que pensem sobre as relações observadas
e escrevam um parágrafo a respeito do que consideram ser o
relacionamento mais bem-sucedido exibido nas novelas.

Guia do professor • Vamos falar sobre sexo 38


Entregue a folha de atividade. Conversem sobre como as Entregue a folha de atividade e peça aos alunos que a preen-
canções fazem com que eles se sintam. Peça a eles que escu- cham individualmente, registrando as atividades que foram impor-
tem cada canção e registrem seus pensamentos sob cada um tantes para eles. Peça que dêem exemplos de suas listas. Alguém
dos aspectos analisados. incluiu “o primeiro beijo”?
Numa discussão aberta ou em duplas, peça aos alunos Conversem sobre o porquê de casais se beijarem e acariciarem.
que comparem suas ideias e pensamentos. Explique que beijar é uma maneira de tocar seu parceiro, mostrar
afeto e demonstrar que você gosta da pessoa. Beijar é uma parte
Extensão normal e saudável de qualquer relacionamento.
Em pares, os alunos podem escrever uma letra diferente
para uma canção famosa no momento. Se quiserem, eles Extensão
podem gravar sua versão e mostrá-la à sala. Entregue uma folha grande de papel a cada aluno. Eles de-
vem criar uma linha do tempo de atividades feitas pela primeira
Folha de atividade 19 vez. Tais atividades podem ser pesquisadas em casa com os
Primeira vez pais/responsáveis, que podem confirmar quando os aconteci-
mentos ocorreram. Por exemplo, os primeiros passos, o primei-
Esta atividade incentiva os alunos a pensar a respeito da pri- ro dia de aula. Exponha as linhas do tempo pela sala de aula.
meira vez em que fizeram alguma coisa e também a respeito das
sensações que essa experiência trouxe. Muitos se preocupam com Folha de atividade 20
o primeiro beijo. Esta atividade faz com que tais preocupações Relacionamentos íntimos
sejam atenuadas de maneira positiva.
Em grupos de quatro ou cinco membros, peça aos alunos que Esta atividade dá aos alunos a oportunidade de conversar
conversem sobre momentos em que fizeram algo pela primeira sobre a formação de relacionamentos íntimos com pessoas
vez. Como foi? Como eles se sentiram? Alguns exemplos: andar do sexo oposto ou do mesmo sexo e a pensar nos fatores que
de bicicleta sem as rodinhas de apoio, nadar sem boias e fazer fazem as relações funcionarem.
compras sozinhos. Diga aos alunos que os relacionamentos não sobrevivem
sem cuidados, e que devem ser cultivados. Para ajudar um
relacionamento a se desenvolver, deve haver elementos de
proteção, divisão, atenção e confiança. Qual é a importância

º
que os adolescentes dão a cada um desses elementos?
Em pequenos grupos mistos, peça aos alunos que listem
as coisas que ajudam um relacionamento a funcionar. Por
exemplo, viver em locais próximos, torcer pelo mesmo time de
futebol, gostar do mesmo tipo de música.

Guia do professor • Vamos falar sobre sexo 39


Peça a cada grupo que registre suas sugestões e as apresente à e religiões. Você pode expandir a atividade. Use os alunos e seus
sala. Quando houver nove sugestões escritas na lousa, dê a cada pais como recursos também, se possível.
aluno uma cópia da folha de atividade e peça que organizem os Os grupos devem apresentar suas descobertas para o restante
elementos por ordem de importância. O mais importante fica na da sala. Cada aluno deve preencher a folha de atividade. Discutam
posição 1 e o menos importante, na posição 9. se eles acham o casamento importante ou não.
Compare os “diamantes” que serão formados e veja se a
sala concorda com os todos os elementos. Extensão
Os casamentos podem ser muito formais, tradicionais ou
Extensão não convencionais. Peça aos alunos que inventem sua cerimô-
Peça aos alunos que discutam as seguintes questões: nia de casamento ideal, dando atenção ao local, às roupas,
É mais fácil fazer amizade com alguém do mesmo sexo? aos convidados, ao entretenimento e, o mais importante, ao
Em caso afirmativo, por quê? que gostariam de dizer.
Por que as pessoas fazem piadinhas quando fazemos ami-
zade com pessoas do sexo oposto? As piadinhas são apenas Folha de atividade 22
brincadeiras ou uma forma sutil de bullying? Força do produto
Folha de atividade 21 Esta atividade analisa o poder dos anúncios e, em especial, a
Amor e casamento maneira com que os anunciantes exploram nosso desejo de ser
atraente para vender produtos.
Esta atividade explora o conceito de casamento e sua importân- Prepare um vídeo com gravações de diferentes anúncios de te-
cia na vida familiar. levisão para vários produtos. Mostre a gravação e peça aos alunos
Com a classe toda, converse sobre o sentido da palavra casa- que pensem na “mensagem” que os anúncios passam.
mento. Use dicionários para encontrar a definição completa.
Peça sugestões a respeito do porquê as pessoas se casam.
Diga que algumas decidem não se casar, mas que, mesmo as-
sim, se amam. Eles podem decidir ter filhos também. Conver-  t e
 e n
 t
sem sobre o motivo pelo qual alguns decidem não se casar.  p o  o
 p e r  a n d
 S u  q  u  e s !
“Mas eles têm de se casar! Ela estava grávida!”, pode ser  n t e  r m e  e n t
 r a  f i  q  u
 o d o  t é m c a m
um dos motivos dados. Conversem sobre se existe um motivo  s  n  f i
 D e  a  s
 m  s a T a l 

 t e  c o i
ve  z   
v   
t en   a  oc  ê
  h     
m e  n un 

válido que justifique o casamento. Diga que um em cada três  a s


n ot    ca   
ad
  o   
!  C om  o
   e u 

 s 
n u nc

 o
 a
   o v 

 ê  l 
i a n t e 

 P 
s?   

casamentos termina em divórcio atualmente (tenha cautela  r 


 a 
 m   v i l 
 a 
 !
 o s 
 h o s 
ho  s    ! 
  o s 
 r 
 a   a v il   
   m 

com filhos de pais separados ou solteiros).


         e  ê l o s 
 P 
         m
         e                r    i
      t              f
         n  ra vi lh  s! 
 so 
  o 
         e          m  P êl os  ma 
      t              é
         o       t
         p             n

Divida a sala em grupos. Ofereça recursos adequados para que


         r          a
         e          m
         p   
         u                e   t
         s

cada um pesquise a respeito do casamento em diferentes culturas

Guia do professor • Vamos falar sobre sexo 40


Se você quiser se destacar, tem de ser bonito, sensual, ma- Com a classe, conversem sobre como um casal que se ama
gro, dirigir um carro veloz, ter um bom perfume e assim por e que faz sexo pode impedir que uma gravidez ocorra. Lembre
diante. Discutam se os anúncios mostram apenas homens e os alunos que as relações sexuais devem fazer parte de um
mulheres em papéis tradicionais. relacionamento de amor e envolvimento, mas que às vezes as
Alerte os alunos para o fato de que os anunciantes tentam a “aventuras de uma noite e nada mais” podem acontecer, e,
todo custo convencer o consumidor de que se quiser ser bem- caso não desejem engravidar ou contrair doenças sexualmen-
sucedido, ele precisa usar o produto anunciado. Debatam te transmissíveis, como a AIDS, a solução é fazer sexo seguro
sobre se o sexo mostrado nos anúncios tornam os produtos usando o preservativo em todas as relações sexuais.
mais atraentes ou não. Obtenha amostras de diferentes tipos de contraceptivos e
Dê a cada aluno uma cópia da folha de atividade. Peça a de folhetos distribuídos nos serviços de saúde de sua região.
eles que expressem suas opiniões sobre os dois produtos que Se considerar necessário, convide um profissional da saúde
são anunciados. para conversar com os alunos.
Mostre vários anúncios de revistas e, aos pares ou em peque- Dê uma cópia da folha de atividade e, usando a informação
nos grupos, peça aos alunos que conversem sobre as mensagens que eles obtiveram, peça que a preencham.
passadas. Depois, abra a discussão para a sala toda. Conversem sobre de quem é a responsabilidade pelos mé-
todos contraceptivos.
Extensão Chame a atenção para a importância de a adolescente ir ao
Construa com o grupo uma propaganda de um determina- médico antes de fazer uso dos métodos contraceptivos.
do produto que passe mensagens positivas sobre sexualidade
e papéis de homens e mulheres. Extensão
Informe os seguintes dados que mostram quantas mulhe-
Folha de atividade 23 res, a cada centena, ficam grávidas usando cada método de
Dilemas da contracepção contracepção. Pílula anticoncepcional: 0-2%; DIU: 2-5%; dia -
fragma: 3%; preservativo: 3%; tabelinha: 7-15%; esterilização:

Esta atividade dá aos alunos informações verdadeiras sobre 0%; nenhum contraceptivo: 80%. Peça a eles que desenhem

as diferentes formas de contracepção disponíveis para homens um gráfico, dando-lhe um título adequado, e, posteriormente,
e mulheres. Analisa a eficácia discutam o que as informações demonstram a respeito da
dos métodos e enfatiza que importância dos métodos anticoncepcionais.
a responsabilidade pela
contracepção deve ser
dos dois parceiros e não
apenas da mulher.

Guia do professor • Vamos falar sobre sexo 41


Folha de atividade 24 Extensão
Pirâmide da puberdade Usando o mesmo modelo, os alunos podem criar jogos a
respeito de diferentes assuntos, como, por exemplo, sobre ser
Esta atividade tem o objetivo de consolidar, de modo bons pais, bons amigos etc.
muito divertido, o conhecimento que os alunos obtiveram
sobre a puberdade.
Separe a classe em pequenos grupos
mistos. Entregue a cada grupo uma có-
pia da folha de atividade, se possível
25
ampliada, com antecedência, para o
tamanho A3. Distribua cinco ou seis
cartas aos grupos. Peça a eles que
criem perguntas para um teste com
base nas coisas que eles já sabem so-
22 24
bre a puberdade. Cada pergunta deve
ser escrita em uma carta separada com
23
a resposta correta. Um grande ponto de
interrogação deve ser escrito na parte
detrás da carta.
19 17
A atividade começa com um joga- 21

dor que lança o dado e anda o número


de casas correspondente. Se ele ou ela 20 18

parar em uma casa com um “?”, o próximo


jogador deve pegar uma carta da pilha e fa-
zer a pergunta. Se a resposta for correta, 10 12 14 16

o primeiro jogador fica com a carta.


Vence quem chegar ao topo com o 11 13 15

maior número de cartas.

7 5 3 1
9

8 6 4 2

Guia do professor • Vamos falar sobre sexo 42


Nome:

Programa de TV
Título: Dia da transmissão:

Descreva brevemente o que aconteceu no capítulo a que você assistiu.

Preencha o quadro abaixo com os nomes de quatro personagens que você escolheu observar, o
personagem com quem eles se relacionam e algumas anotações que descrevam essa relação.

Nome do personagem Relacionamento com Notas

No espaço abaixo, escreva uma frase sobre cada um dos quatro


relacionamentos que você observou.

Folha de Atividade 17 • Vamos falar sobre sexo 43


Nome:

Sexy demais!
Ouça com atenção as canções que você
escolheu e responda às questões abaixo:

Canção 1: título da canção:

Sobre o que você acha que essa canção fala?

 A palavra “amor” é usada? Relacione aqui frases da canção que são a respeito de amor e
de relacionamentos.

Que ideia de amor a canção está tentando passar?

Canção 2: título da canção:

Sobre o que você acha que essa canção fala?

 A palavra “amor” é usada? Relacione aqui frases da canção que são a respeito de amor e
de relacionamentos.

Que ideia de amor a canção está tentando passar?

Folha de Atividade 18 • Vamos falar sobre sexo 44


Nome:

Primeira vez
Descreva o que você fez pela primeira vez e como se sentiu.

 A primeira vez em que eu...

º eu me senti...

porque...

 A primeira vez em que eu...

eu me senti...

porque...

 A primeira vez em que eu...


Number
Número
eu me senti...

porque...

 A primeira vez em que eu...

eu me senti...

porque...

Folha de Atividade 19 • Vamos falar sobre sexo 45


Nome:

Relacionamentos íntimos
 Vejo uma menina no ponto
de ônibus todos os dias. Às
 vezes ela sorri para mim.
Gostaria de conhecê-la.

Gosto muito de um menino.


 Adoraria sair com ele e ver
se nos damos bem.

Eles vão se dar bem? O que faz um relacionamento funcionar?

Folha de Atividade 20 • Vamos falar sobre sexo 46


Nome:

Amor e casamento
Sublinhe somente os motivos com que você concorda para que um casamento ocorra.

Mostra que você está comprometido com seu parceiro.

Significa que você tem direitos legais.

 Você pode viajar de lua-de-mel.

Porque vocês se amam e querem ficar juntos sempre.

Para poder ter uma festa de despedida de solteiro/solteira.

Porque uma mulher e um homem não devem viver juntos se não forem casados.

Porque ao se casar em uma igreja, mesquita, sinagoga ou templo você mostra que celebra
seu compromisso em manter sua religião.

Para receber muitos presentes.

Para ter uma família.

Porque as pessoas esperam que os casais se casem.

 Agora, escreva outras razões:

Folha de Atividade 21 • Vamos falar sobre sexo 47


Nome:

Força do produto
Observe os dois anúncios com atenção e pense sobre eles.

 n t e
 o t e
 e r p  n d o
 u p  u a  s !
 e S  e q   t e
 n t  r m  e n
 r a  f i  q  u
 d o  é m  m
 o  n t  f i c a
 s
 D e  m a  s a s T a l v 

 t e  c o i
ez 
  v 
t en   a  oc 
  h    ê 
m e  n u n c a 

 a s
n o t 
ad 
  o 
!  C om  o 
  e u 

 s 
n un
 c

 o
 a
   o v 

 ê  l 
i a nt e

 P 
  s  ?   

 
 i  h
l   o s   !
 o s 
 r 
 a 
 m   v
 a 
ho  s    ! 
  o s 
 a vi  l 
 r 
 a 
 m 
 s 
         e  ê lo
 P    
         m
         e
      t                     r     if
         n    s 
   ho
 a vi l   ! 
  o s 
               e  t          m    a 
   s m 
 P ê lo  r 
                  t  é
         o
         p             n
         r          a
         e          m
         p   
         u                e   t
         s

Eu acho que esses anúncios passam a mensagem de que...

Folha de Atividade 22 • Vamos falar sobre sexo 48


Nome:

Crise da concepção
Este casal está confuso a respeito das diversas maneiras de evitar uma gravidez.
 Ajude-os e explique como cada método funciona.

Preservativo Tabelinha

 e
 u l a  e  m
 P í l  c  r
DIU
Pílula Diafragma
anticoncepcional

Folha de Atividade 23 • Vamos falar sobre sexo 49


Nome:

Pirâmide da puberdade
 Você consegue vencer seus amigos e chegar ao topo da pirâmide? Você vai precisar de um
dado, algumas peças e de cartas com perguntas que você escreveu. Boa sorte!

25

 Você conseguiu!
Parabéns!

22 24

Muito 23 Começou uma


chocolate! dieta saudável!
 Volte 1 casa.  Avance 1 casa.

19 17
21

Acordou com
uma espinha 20 18 Experimentou
enorme! um cigarro. Eca!
 Volte 1 casa.  Volte 2 casas.

12 14 16
10

Entrou para Muita diversão


Briga com 11 o clube 13 15
Dia de no baile
os pais. de natação. mau humor! da escola!
 Volte 2 casas.  Avance 1 casa.  Volte 3 casas.  Avance 4 casas.

7 5 3 1
9
início
Você está
Ótima
8 6 deprimido. Sua 4 2  xampu para
conversa sobre
irmã mais velha cabelos oleosos
drogas na escola.
o ajuda. é ótimo.
 Avance 2 casas.
 Avance 3 casas.  Avance 3 casas.

Folha de Atividade 24 •Vamos falar sobre sexo 50


Fontes

Recursos para professores


Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, Ministério da Educação, 1998.
Documento de Diretrizes Programa Saúde e Prevenção nas Escolas ,
Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas - Ministério da Saúde, Brasília,2007.
crianças . Channel 4 Learning, 1998.

DVD: Educação para a sexualidade – saúde e prevenção nas escolas


Endereços úteis
– crianças e pré-adolescentes  e o programa para educadores est ão disponí- Estas organizações podem oferecer orientação a respeito de educação para
veis em um DVD com orientações incluídas. Channel 4, 2005. a sexualidade.
Aprendendo a ser e a conviver , de Margarida Serrão e Maria Clarice ECOS – Comunicação em Sexualidade
Baleeiro (Editora FTD). Rua Araújo, 124 2º andar
Educar Meninas e Meninos , de Daniela Auad (Editora Contexto). Bairro: Vila Buarque
Menino Brinca de Boneca? , de Marcos Ribeiro (Editora Moderna). São Paulo-SP
Carlota Bolota , de Cristina Por to (Ediouro). Telefone: 11 3255-1238

Abaixo das Canelas , de Eva Furnari (Editora Moderna). Site: www.ecos.org.br

Mamãe Botou um ovo! , de Babette Cole (Editora Ática).


Grupo de Trabalho e Pesquisa em Orientação
Menina Laço de Fita , de Ana Maria Machado (Editora Ática).
Sexual - GTPOS
DVD: Medo de quê? , do Instituto Promundo, ECOS e Instituto Papai.
Apresenta projetos, oficinas, palestras, cursos de prevenção, capacitação,
Cabelinhos em Lugares Engraçados , de Babette Cole (Editora Ática).
orientação sexual, publicações sobre sexualidade de autoria da GTPOS.
Educação: Um Tesouro a Descobrir , de UNESCO e Ministério da Educa-
http://www.gtpos.org.br
ção (Cortez Editora).
A Adolescência , de Contardo Calligaris (Publifolha).

Sexualidade: a difícil arte do encontro , de Lídia Arantagy (Editora Ática).

Sexo é sexo , de Rosely Sayão (Editora Companhia das Letras).

Sexo para Adolescentes , de Marta Suplicy (Editora FTD)

DVD: Minha Vida de João , do Instituto Promundo, ECOS e Inst ituto Papai.
Daniel e Letícia falando de AIDS , de Casa Siloé/Grupo de Incentivo à
Vida (Editora Ave Maria).
Aids e suas metáforas , de Susan Sontang (Editora Companhia das Letras).

Desenvolvimento de política
Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino

fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais , Secreta-


ria de Educação Fundamental, Brasília, Ministério da Educação, 1998.
Parâmetros curriculares nacionais: primeiro e segundo ciclos do

ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais ,

Fontes 51
52

Você também pode gostar