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002.

PROVA II Vestibular 2019

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Para cada questão, o candidato deverá assinalar apenas uma alternativa na Folha de Respostas, utilizando
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Nome do candidato

Número de matrícula

MEDICINA

11.07.2019
QUESTÃO 01 QUESTÃO 03

O menino que escrevia versos (Fragmento)


Mia Couto

“- Ele escreve versos!


Apontou o filho, como se entregasse criminoso. O médico
perguntou:
- Há antecedentes na família? – Não - Respondeu Dona Se-
(universodosleitores.com) rafina. Tudo corria sem mais, mas começaram a aparecer,
pelos recantos da casa, papéis rabiscados com versos. O fi-
A reação da mãe da personagem Mafalda em relação à cena lho confessou, sem pestanejar, a autoria do feito: - São meus
da TV presenciada pela filha sugere várias constatações. To- versos, sim.
das estão corretas, EXCETO: O pai logo sentenciara: havia que tirar o miúdo da escola.
(A) Os pais perderam o controle sobre os seus filhos e não há Aquilo era coisa de estudos a mais[...]
o que se possa fazer para retomar; [...] O médico escutou com enfado e dirigiu-se ao menino: -
Dói-te alguma coisa?
(B) A mãe sente desconforto por pensar que a tendência de - Dói-me a vida, doutor.
as crianças imitarem aquilo que estão vendo é muito re- - E o que fazes quando te assaltam estas dores?
corrente; - O que melhor sei fazer, excelência. Sonhar[...]
[...]- Isto que faço não é escrever, doutor. Estou, sim, a viver.
(C) O bombardeio com que os meios de comunicação cau-
Tenho este pedaço de vida – disse, apontando um novo ca-
sam afetam grande impasse na educação de nossos fi-
derninho – quase a meio.
lhos é preocupante;
O médico chamou a mãe, à parte. O menino carecia de in-
(D) Os pais devem oferecer outras opções de entretenimento ternamento[...]
a seus filhos, contanto que os monitorem; [...] Hoje, raramente se encontra o médico. Manhãs e tardes
ele se senta no quarto onde está internado o menino. Quem
(E) É perfeitamente compreensível a reação da mãe, afinal passa, pode ouvir a voz pausada do filho do mecânico que
não nascemos sabendo e somos frutos da educação que vai lendo, verso a verso, o seu próprio coração.
tivemos. anoticia.com/colunas/guiomar-terra/id/16488/o-
menino-que-escrevia-versos.html
QUESTÃO 02
É possível verificar a ocorrência de adjunto adverbial deslo-
Tiro Ao Álvaro cado na seguinte frase:
Adoniran Barbosa (A) “- Dói-me a vida, doutor.”

De tanto levar frechada do teu olhar (B) “O menino carecia de internamento...”


Meu peito até parece sabe o quê?
Táubua (C) “Hoje, raramente se encontra o médico...”
De tiro ao álvaro
(D) “Apontou o filhos, como se entregasse um criminoso...”
Não tem mais onde furar
(Não tem mais) (E) “O médico chamou a mãe, à parte...”
De tanto levar frechada do teu olhar
Meu peito até parece sabe o quê? QUESTÃO 04
Táubua Sampa
De tiro ao álvaro Caetano Veloso
Não tem mais onde furar
Alguma coisa acontece no meu coração
Teu olhar mata mais do que bala de carabina
Que só quando cruza a Ipiranga e Avenida São João
Que veneno estricnina
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Que peixeira de baiano
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Teu olhar mata mais que atropelamento de automóver
Da deselegância discreta de tuas meninas
Mata mais que bala de revórver
Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
As palavras em negrito na estrofe têm o sentido de:
Alguma coisa acontece no meu coração
“De tanto levar frechada do teu olhar Que só quando cruza a Ipiranga e avenida São João
Meu peito até parece sabe o quê? Quando eu te encarei frente a frente e não vi o meu rosto
Táubua Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
De tiro ao Álvaro...” É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
(A) proporção; Nada do que não era antes quando não somos mutantes
E foste um difícil começo
(B) causa;
Afasto o que não conheço
(C) finalidade; E quem vem de outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
(D) concessão; Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso
(E) conformidade.
3
Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas fato de que “a literatura pode ser um instrumento consciente
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas de desmascaramento, pelo fato de focalizar as situações de
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas restrição dos direitos, ou de negação deles, como a miséria,
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços a servidão, a mutilação espiritual.” (p. 122), e por estas ra-
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva zões, a literatura está relacionada com a luta pelos direitos
Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba humanos.
Mas possível novo quilombo de Zumbi Referência: CANDIDO, Antonio. Direitos Humanos e literatura. In:
E os Novos Baianos passeiam na tua garoa A.C.R. Fester (Org.) Direitos humanos E… Cjp / Ed. Brasiliense, 1989.
E novos baianos te podem curtir numa boa
Do fragmento de texto dado, é possível observar que a litera-
© Editora Gapa
tura para Antonio Candido é:
A única alternativa que possui um termo acessório é: (A) A literatura tem papel formador da personalidade, sendo
(A) “...e não vi o meu rosto...” um mal que a corrompe;

(B) “...e destrói coisas belas...” (B) Na medida em que lemos, a literatura pode nos corromper
ou edificar;
(C) “...passeiam na tua garoa...”
(C) Somente, na medida em que nos tornamos mais compre-
(D) “...cruza a Ipiranga e avenida São João...”
ensivos, é que a literatura vai nos humanizando;
(E) “...apavora o que ainda não é mesmo velho...”
(D) O lado negativo que a literatura nos traz é a mutilação da
QUESTÃO 05
nossa personalidade;

Leia o fragmento da música abaixo e responda o que se (E) O papel da literatura não é conscientizar nem desmasca-
pede. rar a miséria; seu papel é trazer entretenimento.

Monte Castelo QUESTÃO 07


Legião Urbana Leia o poema.
“Ainda que eu falasse Ismália
A língua dos homens Alphonsus de Guimaraens
E falasse a língua dos anjos
Sem amor eu nada seria Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
É só o amor! É só o amor Viu uma lua no céu,
Que conhece o que é verdade Viu outra lua no mar.
O amor é bom, não quer o mal No sonho em que se perdeu,
Não sente inveja ou se envaidece[...] Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
A conjunção que está em negrito na 1ª estrofe da música é:
Queria descer ao mar…
(A) condicional; E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
(B) final; Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
(C) temporal;
E como um anjo pendeu
(D) consecutiva; As asas para voar…
Queria a lua do céu,
(E) concessiva. Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
QUESTÃO 06
Sua alma subiu ao céu,
“O crítico ainda chama atenção para a questão do papel Seu corpo desceu ao mar…
formador de personalidade que a literatura tem. Não pode- (https://www.letras.mus.br › ... › ISMÁLIA
(Poema de Alphonsus Guimarães)
mos vê-la como uma experiência inofensiva, mas como uma
aventura que pode causar problemas psíquicos e morais, ou O poema Ismália traz subjetivismo, individualismo, mistério,
seja, a literatura tem papel formador de personalidade [...] fantasia, mas, principalmente, negação do realismo. Com
(p. 113). base nesses aspectos, é correto afirmar que esse poema
A literatura, então, não corrompe e nem edifica, mas huma- pertence:
niza ao trazer livremente em si o que denominamos de bem
e de mal. [...] (A) ao Romantismo;
“[…]A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade (B) ao Realismo;
na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos
à natureza, à sociedade e ao semelhante” (p. 117). (C) ao Naturalismo;
Além disso, assevera que “[…] a literatura corresponde a uma
necessidade universal que deve ser satisfeita sob a pena de (D) ao Simbolismo;
mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos
sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liber- (E) ao Parnasianismo.
ta do caos e, portanto nos humaniza” (p. 122). E defende o

4
QUESTÃO 08 A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Leia o fragmento do poema de Cruz e Sousa.
Hoje, segues de novo… Na partida
[...]“ Vozes veladas, veludosas vozes, Nem o pranto os teus olhos umedece,
Volúpias dos violões, vozes veladas, Nem te comove a dor da despedida.
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas. E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Tudo nas cordas dos violões ecoa Vendo o teu vulto que desaparece
E vibra e se contorce no ar, convulso... Na extrema curva do caminho extremo.”
Tudo na noite, tudo clama e voa (Nel mezzo del camin analisandoolavo.blogspot.
Sob a febirl agitação de um pulso[...] com/2012/10/nel-mezzo-del-camin_31.html)
CRUZ E SOUSA. Violões que choram. Fonte:
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/ Quanto ao poema Nel mezzo del camin, só é incorreto afir-
mar:
A Figura de Linguagem presente nesse fragmento do poema é: (A) No poema percebe-se que é um eu-lírico masculino que
(A) aliteração; lamenta a dor de separar-se de sua amada após longos
anos juntos.
(B) assonância;
(B) Do ponto de vista formal, temos que o poema é constru-
(C) paranomásia; ído em torno de paralelismos (figura de linguagem que
repete os termos em versos diferentes, mas em ordem
(D) onomatopeia;
invertida).
(E) elipse.
(C) O poema pertence ao autor Olavo Bilac;

QUESTÃO 09
(D) O poema é do Parnasianismo;

Leia o poema abaixo. (E) O poema traz características do Simbolismo: misticismo,


sinestesia e religiosidade.
Ouvir Estrelas

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo, QUESTÃO 11


Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto, Em uma fábrica que produz artigos para a páscoa, 4 máqui-
Que, para ouvi-las, muitas vezes desperto nas operando 8 horas por dia durante 5 dias, produzem 4
E abro as janelas, pálido de espanto... toneladas de ovos de páscoa. O número de dias necessários
para produzir 3 toneladas de ovos de páscoa com 5 máqui-
E conversamos toda a noite, nas do mesmo tipo, operando 6 horas por dia é
enquanto a Via-Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto, (A) 2
Inda as procuro pelo céu deserto. (B) 4
Direis agora: "Tresloucado amigo! (C) 1
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo? " (D) 6
E eu vos direi: "Amai para entendê-las! (E) 3
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
QUESTÃO 12
Olavo Bilac - Poemas de Olavo Bilac.
As equações e funções exponenciais encontram aplicações
Sobre o poema é incorreto afirmar: que vão além da matemática. Nesse sentido pode-se desta-
(A) O soneto é o número XIII de Via Láctea; car a biologia com aplicações no estudo de crescimento de
populações, na química com o estudo da radioatividade e na
(B) É um típico exemplar da lírica parnasiana. economia com estudo de aplicações financeiras. Considere
a equação exponencial a seguir:
(C) Transparece o exagero típico do ultrarromantismo. 64
___
2x+1 - 24 = - ​​  x ​​ os valores de x que satisfazem essa equação
2
(D) Nele, o amor apresenta oposição ao sentimentalismo der- são:
ramado romântico de outrora.
(A) x = 2 e x = 3
(E) Bilac segue um rigor formal e estilístico.
(B) x = 2 e x = 6
QUESTÃO 10
(C) x = 1 e x = 6
“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha. (D) x = 1 e x = 8
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha… (E) x = 1 e x = 2
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha

5
QUESTÃO 13 QUESTÃO 15
Um estudante constrói em seu caderno, o gráfico da função Em um grupo de pessoas entrevistadas, constatou-se que
real definida por: 30% dos homens e 10% das mulheres estudaram medicina.
Constatou-se também que 18% das pessoas entrevistadas
desse grupo estudaram medicina. Qual a percentagem de
homens dessa turma?
Dentre as alternativas abaixo, a que representa a construção (A) 15%
feita pelo estudante é:
(B) 20%
(A)
(C) 30%
(D) 40%
(E) 50%

QUESTÃO 16
Clóvis possui um terreno em forma de triangulo retângulo
ABC, com AB = 5 m e BC = 13 m. Ele pretende construir
(B) uma horta em forma de paralelogramo BMNP como mostra
a figura abaixo

(C)

Sabe-se que o paralelogramo tem área máxima quando M é


ponto médio de BC.
Então, a maior área que a horta pode ter é igual a:

(A) 10 m2

(B) 20 m2
(D)
(C) 15 m2

(D) 17 m2

(E) 5 m2

QUESTÃO 17
Um marceneiro secciona um cubo de madeira cuja aresta
(E) mede x centímetros obtendo com esse corte o sólido da fi-
gura 1. A figura 2 indica a vista superior desse sólido obtido
através da secção, sendo que AEB é um triângulo equilátero.

QUESTÃO 14
Um experimento matemático consiste em determinar o nú-
mero de frações do tipo a/b em que a < b, que pode ser for-
mado utilizando-se os números primos compreendidos entre
0 e 20. Desse o numero de frações que satisfaz as condições Sabendo-se que o volume do sólido da figura 1 é igual a
__
acima é:
2(4 - √
​​ 3 ​​)  cm3, x é igual a
(A) 24.
(A) 2
(B) 26.
(B) 4
(C) 28.
(C) 3
(D) 30.
(D) 6
(E) 32.
(E) 1,5
6
QUESTÃO 18 QUESTÃO 21
Luciana ao falar de seu sobrinho Lucas a um amigo diz: quan- A ordem geopolítica do pós-Segunda Guerra Mundial articu-
do eu tiver o dobro da idade que tenho hoje, minha idade será lou a bipolarização do poder entre
quatro vezes a idade que meu sobrinho Lucas terá daqui a (A) Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental, com a institui-
cinco anos. Se, em 2016, há três anos, minha idade era três ção do Muro de Berlim.
vezes a idade de Lucas, então, Lucas nasceu no ano de
(A) 2006. (B) Rússia e China, com a instituição do protecionismo eco-
nômico.
(B) 2005.
(C) Coreia do Norte e Coreia do Sul, com a deflagração da
(C) 2004. Guerra da Coreia.

(D) 2003. (D) Estados Unidos e Reino Unido, com a proclamada Guerra
ao Terror.
(E) 2001.
(E) Estados Unidos e União Soviética, com a chamada Guer-
QUESTÃO 19 ra Fria.
Em um laboratório de estudos de volumes de sólidos foi reali-
zado o experimento descrito a seguir: na imagem da esquer- QUESTÃO 22
da tem-se uma pirâmide regular invertida, com base quadra- Macro-ordenamento territorial dos espaços agronaturais do
da de lado medindo 2 e altura 6, que está preenchida por um Brasil
líquido, até dois terços de sua altura
E s p a ç o s Aspectos na- Aspectos so- Aspectos am-
agronaturais turais cioeconômicos bientais
1 terras e águas exploração de boas condições
ricas em biodi- recursos natu- ambientais
versidade rais como fortes im-
pactos em pon-
tos restritos
Caatinga terras secas, pecuárias de 2
solos rasos e cria
padregosos
Mata Atlântica 3 pecuária exten- erosão dos so-
siva, concentra- los e perda da
ção urbana e ati- qualidade das
vidade industrial águas
Ao se colocar a pirâmide na posição ilustrada à direita, o liqui- (Jurandyr L. S. Ross. Ecogeografia do Brasil, 2009. Adaptado.)
do atinge uma altura h.O valor de (h + 2 3​​ d XXX
19 ​​) 2.é:
Analisando a tabela e considerando conhecimentos acerca
(A) 26 do meio ambiente no território brasileiro, pode-se afirmar que
(B) 28 os números 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente,
(A) ao Pantanal, à recuperação de solos e ao relevo de serras
(C) 32 e morros.
(D) 34 (B) à Floresta Amazônica, à desertificação e aos fragmentos
de floresta natural.
(E) 36
(C) ao Pantanal, à desertificação e aos tabuleiros costeiros.
QUESTÃO 20
(D) à Floresta Amazônica, à recuperação de solos e ao clima
Em uma refinaria de petróleo, um dos reservatórios de gaso- subtropical.
lina apresentou um vazamento a uma taxa constante, às 12
h do dia 1º de outubro. Às 12 h dos dias 11 e 19 do mesmo (E) aos Campos, à erosão de solos e ao relevo de serras e
mês, os volumes gasolina no reservatório eram, respectiva- morros.
mente, 315 mil litros e 279 mil litros. Dentre as alternativas
seguintes, qual delas indica o dia em que o reservatório es- QUESTÃO 23
vaziou totalmente? A associação das características geomorfológicas, climato-
(A) 30 de novembro botânicas, hidrográficas e ecológicas de um lugar é a base
para conceituar
(B) 5 de dezembro
(A) as regiões agroecológicas.
(C) 10 de dezembro
(B) a biodiversidade.
(D) 15 de dezembro
(C) os domínios morfoclimáticos.
(E) 20 de dezembro
(D) os biomas.

(E) os ecossistemas.

7
QUESTÃO 24 (C) Acordos comerciais que previam que a Inglaterra seria a
única fornecedora de produtos manufaturados ao Brasil e
Considerando as especificidades do território brasileiro e as
sua única receptora das matérias primas e produtos agrí-
diferentes regionalizações que podem ser empregadas em
colas.
seu estudo, é correto afirmar que as regiões geoeconômicas
se caracterizam enquanto (D) O tratado que previa que o Brasil estava obrigado a ad-
(A) áreas contíguas sob critérios legais, revelando o potencial quirir somente produtos industrializados ingleses, em tro-
econômico das terras devolutas. ca dos britânicos comprarem toda a produção de vinho
oriunda do solo brasileiro.
(B) unidades de conservação segundo a raridade do ecossiste-
ma, promovendo a recuperação e valorização da natureza. (E) O comprometimento de D. Pedro I em não declarar guerra
à Inglaterra pelos próximos 50 anos e não anexar qual-
(C) estatutos hierárquicos perante a rede urbana, indicando a quer território reconhecidamente pertencente à Coroa Bri-
centralidade corporativa no sistema urbano nacional. tânica.
(D) unidades territoriais sob o olhar socioeconômico, articu-
lando as relações entre a sociedade e a natureza. QUESTÃO 27
O Contestado era uma região limítrofe entre o Paraná e San-
(E) associações políticas em benefício de relações comer- ta Catarina, cuja posse vinha sendo reivindicada por ambos
ciais privilegiadas, estabelecendo acordos para o cresci- estados. (...) O movimento social aí surgido em 1911, porém,
mento econômico regional. não tinha por objetivo essa disputa. Nasceu reunindo segui-
dores de um “coronel” e pessoas atingidas pelas mudanças
QUESTÃO 25 que vinham ocorrendo na área. Entre elas:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Editora
da Universidade de São Paulo, 2013, p. 296.

(A) População pobre a reivindicar a miséria no campo.

(B) Trabalhadores rurais expulsos da terra pela construção


de uma ferrovia.

(C) Pequenos proprietários de terras desapropriados pela


Nova República.

(D) Trabalhadores sem terra exigindo direitos.


(Dirce M. A. Suertegaray (org.). Terra: feições (E) Trabalhadores sem terra lutando pelo fim de privilégios.
ilustradas, 2008. Adaptado.)

Os números 1, 2 e 3 indicados na imagem correspondem, QUESTÃO 28


respectivamente, A Aliança Nacional Libertadora foi um movimento político,
(A) ao talvegue, ao interflúvio e ao barlavento. organizado em março de 1935, que teve sua experiência
cassada em julho do mesmo ano, sob a acusação de estar
(B) ao interflúvio, ao talvegue e ao sopé. desenvolvendo um plano subversivo e antinacional contra o
(C) à montante, ao interflúvio e ao sotavento. governo brasileiro. Faziam parte da ANL, políticos liberais,
comunistas, militares e setores médios da sociedade urbana.
(D) à vertente, ao interflúvio e à jusante. A aliança tinha como projetos:
VIANNA, Marly. Revolucionários de 35: sonho e realidade.
(E) ao interflúvio, à vertente e à jusante. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

QUESTÃO 26
(A) O apoio às ideias fascistas implantadas na Itália por Mus-
Em 1822, o Brasil separou-se pacificamente de Portugal sob solini e a criação de um Estado forte e soberano.
o comando do regente deixado pela família real portuguesa
em seu retorno à Europa após o exílio napoleônico. Os EUA (B) A inspiração nas teorias socialistas soviéticas, o culto a
reconheceram o mais importante, dos novos Estados quase um líder forte e aos ideais de pátria, família e justiça.
que imediatamente, os britânicos reconheceram-no logo de-
(C) A luta contra ideias fascistas movidas pela AIB e a im-
pois, cuidando de concluir tratados comerciais com ele:
HOBSBAWM, E. J. A Era das Revoluções – 1789- plantação de um governo popular, contando com ajuda de
1948. Paz e Terra. São Paulo. 2012. Pág. 80 militares e do povo.

Fazem parte desses tratados: (D) A derrubada do governo totalitário de Getúlio Vargas para
(A) A garantia da manutenção das taxas alfandegárias esta- a implantação de políticas liberais que levariam o Brasil a
belecidas nos acordos de 1810 e a exigência de que o abertura econômica.
Brasil extinguisse a escravidão até o ano de 1830, medida (E) A manutenção e o fortalecimento do governo de Getúlio
não cumprida por contrariar interesses da elite local. Vargas que na maior parte do tempo, defendia aos inte-
(B) A assinatura do Acordo de Paz e Amizade, documento resses tenentistas.
que previa reconhecimento da independência do Brasil,
mediante pagamento de uma indenização de dois mi-
lhões de libras esterlinas.

8
QUESTÃO 29 Leia o texto para responder às questões de 31 a 32.
As mulheres tentaram fazer-se ouvir durante a Revolução.
Anti-vax fears drive a measles outbreak in Europe
Algumas através da pena ou da palavra, e a maioria com
seus gritos nas tribunas da Assembleia e das sociedades po- Immunity rates in parts of Europe are lower than in some Afri-
pulares, ou com suas manifestações nas ruas. [...] Dois tipos can countries
de mulheres chamaram a atenção. Umas anônimas são as EACH year, as the summer winds down across Europe, so
mulheres do povo: operárias de tecidos (lavadeiras e fiandei- do measles cases—which tend to peak in late spring. August
ras...), lojistas, feirantes. São elas as primeiras a reagirem is, therefore, a good time to take stock of the measles season
ao período de miséria, e a tomar frente dos motins da fome. for the year. The tally for Europe, published on August 20th by
[...] Mas a revolução teve outras atrizes: um número pequeno the World Health Organisation, shows that cases in the first
six months of 2018 exceeded the annual total for each of the
de mulheres [...] mulher de letras que mal sabiam escrever,
past five years. About half of the 41,000 cases this year were
como Olympe de Gouges; [...] mulheres oriundas da pequena
in Ukraine. Infection rates also jumped in Serbia, Greece and
burguesia, se interessavam pela política, assistiam às ses-
Georgia. In recent years big outbreaks have erupted in Italy,
sões das sociedades populares, e fundaram elas mesmas, Romania, France and Germany.
em Paris e na província, clubes femininos. None of this is a surprise. In the past decade, measles-vac-
BADINTER, E..É. A ambição feminina no cination rates in some European countries have often fallen
século XVIII./ Paz e Terra, 2003.
below those in parts of Africa. Italy, France and Serbia, for
example, have lower child-vaccinations rates than Burundi,
Na Revolução Francesa, a maioria dos homens, represen-
Rwanda and Senegal. In some years, vaccine shortages
tantes do povo no governo, concordava que a esfera públi- were to blame, especially in parts of eastern Europe. Both
ca deveria ser ocupada exclusivamente por eles, e que as Ukraine and Serbia have had irregular supplies of the MMR
mulheres deveriam permanecer no recinto da família, sob vaccine (which protects against measles, mumps and rubella)
pena de serem condenadas. Entretanto: since 2014. Even after recent outbreaks, they were not able to
procure enough doses to cover older cohorts, health-workers
(A) Mesmo massacradas e proibidas de representarem na
and other groups at risk of becoming infected.
vida política, as mulheres resistiam e se faziam notar.
But suspicion of vaccines is also partly to blame. Unlike Ame-
rica, Europe does not have an organised “anti-vax” move-
(B) Embora pouco divulgado, as mulheres foram protagonis-
ment, but in many countries fears are much higher. Two-fifths
tas na vida política da França após o absolutismo.
of people in France—a country whose people pop antibiotics
like sweets—believe that vaccines are unsafe. A quarter of
(C) As mulheres se destacavam em trabalhos sociais e cientí-
Greeks and Ukrainians are also hostile. During recent outbre-
ficos na época, embora ficassem apartadas das decisões
aks, some countries had dozens of health-workers coming
políticas.
down with measles—which suggest that they, too, may have
a dim view of vaccines. A survey of French doctors in 2014,
(D) Mesmo excluídas de representação política desde o início
for example, found that nearly a quarter believed that some of
dos trabalhos da Assembleia, as mulheres se faziam pre-
the officially recommended vaccines were not useful.
sentes.
www.economist.com – 25.08.18-(adaptado)

(E) Prevalecia a determinação da maioria dos homens, por-


tanto, as mulheres, apresar de muita luta não tiveram des- QUESTÃO 31
taque nas vida política pós Revolução Francesa. A ideia central do texto é:
(A) o alcance das campanhas antivacina na Europa.
QUESTÃO 30
Nascida na península do Peloponeso, na planície da Lacô- (B) o grau de letalidade de doenças africanas introduzidas na
nia, fundada pelos guerreiros dórios, Esparta foi uma das Europa.
maiores e principais cidades-Estado da Grécia Antiga. A pólis
grega tinha como principais características: (C) a associação entre surto de sarampo e mudança climática.
(D) o papel que as vacinas desempenham no combate ao sa-
(A) Militarismo, Comércio e Isolacionismo.
rampo.
(B) Filosofia, Militarismo e Oligarquia. (E) surtos de sarampos causados pela não-vacinação.
(C) Manufatura, Isolacionismo e Ruralização.
QUESTÃO 32
(D) Democracia, Comércio e Militarismo. No trecho “Even after recent outbreaks, they were not able to
procure enough doses to cover older cohorts, health-workers
(E) Oligarquia, Laconismo e Ruralização. and other groups at risk of becoming infected” destacado do
segundo parágrafo, o termo even tem ideia de:
(A) conclusão
(B) generalização
(C) ênfase
(D) descrédito
(E) conformidade
9
QUESTÃO 33 QUESTÃO 35
5. No trecho “His voice may have lacked Bom Scott’s nuance
and character” o termo may pode ser substituído sem preju-
ízo de sentido por:
(A) would

(B) can

(C) might

(D) must

(E) could

QUESTÃO 36
No sistema óptico abaixo, um feixe de raios de luz com largu-
A partir da associação entre o texto e o cartum, depreende-se ra de 6,0 cm , incide sobre a lente delgada e convergente L1,
que há uma associação entre: de distância focal f1 = 4 cm. Uma outra lente, L2, de distância
(A) campanhas promovidas via rede sociais e a indústria far- focal f2 = 6,0 cm, foi disposta de forma que tivessem um foco
macêutica. comum. Dessa forma, ao emergir de L2, esse feixe terá uma
largura de:
(B) desinformação e os surtos de sarampo. L1 L2

(C) mães e a imprensa sensacionalista.

(D) laboratórios farmacêuticos e pesquisa médica. F1’ Eixo principal


6,0 cm
F1 F2 F 2’
(E) fluxos migratórios e epidemias.

Leia a tirinha para responder às questões de 33 a 35.


But that was as far as Brian Johnson would color outside AC/ (A) 7,5 cm
DC’s pre-drawn lines. He did not try and will the band into
some sort of new direction or bend them to his taste. The (B) 9,0 cm
degree to which the transition felt seamless was a triumph
(C) 10,5 cm
of branding as much as human resources: The idea of AC/
DC prevails over any one song or album, but Back in Black (D) 6,0 cm
happens to be the moment when that idea found its purest
form and its widest purchase. If someone says “AC/DC,” you (E) 5,0 cm
will think of the logo before you think of anything else, and
Johnson’s fast acceptance and immersion, without any appe-
QUESTÃO 37
arance of ghoulishness or greed, was the ultimate validation.
His omnipresent tweed newsboy cap quickly became as cen- Considere o circuito elétrico a seguir.
tral to the band’s iconography as Angus’ schoolboy getup. His 2 C
voice may have lacked Bom Scott’s nuance and character-
—a belt sander with one less speed—but there is no way of
knowing how many people who embraced Back in Black in 1
4V
1980 didn’t even realize there was a new singer. It definitely 10 
wasn’t zero.
1
www.pitchfork.com – Sunday Review-junho2019(adaptado)

QUESTÃO 34 A razão entre a intensidade de corrente elétrica que passa


pelo resistor de 10 Ω com a chave C aberta e com esta fe-
De acordo com o texto:
chada é:
(A) a banda AC/DC não atingiu boas vendas com o álbum 16
___
(A) ​​   ​​ 
11
Back in Black.
11
___
(B) ​​    ​​
(B) o novo vocalista demorou certo tempo até ser aceito pelos 16
fãs. 22
___
(C) ​​   ​​ 
7
(C) houve um redirecionamento no estilo da banda com a tro- 7
___
(D) ​​    ​​ 
ca de cantor. 22
11
___
(E) ​​    ​​
(D) O estilo da banda atingiu o ápice em Back in Black. 18

(E) Brian Johnson tem um estilo superior ao do predecessor


Bon Scott.

10
QUESTÃO 38 QUESTÃO 40
Uma pequena esfera de massa m suspensa por um fio ideal Um gás ideal descreve o ciclo X - Y -Z - W - X como repre-
realiza um movimento circular e uniforme em um plano hori- senta a figura abaixo.
zontal de centro O. Desprezando qualquer força dissipativa,
Y
a alternativa que representa corretamente as forças que atu-
am sobre a esfera é: p ( N2)
m
Y Z
3

1 W
X
0
1 4 V (m3)
(A)
O trabalho total τ realizado pelo gás e variação de energia
interna ∆U no ciclo X - Y - Z - W - X são respectivamente:
(A) τ =0 J e ∆U = 6 J

(B) τ =8 J e ∆U = 4 J

(B) (C) τ = 6 J e ∆U = 6 J

(D) τ = 8 J e ∆U = 4 J

(E) τ = 6 J e ∆U = 0 J

(C)

(D)

(E)

QUESTÃO 39
Dois projéteis são disparados na horizontal, do mesmo pon-
to, paralelos ao plano do solo. O projétil A é disparado com
uma altura 4 vezes maior(em relação ao solo) que o projétil
B. Além disso, a velocidade inicial de ambos é vA = 1/2 vB.
Após intervalos de tempo tB e tA, os corpos chegam ao solo,
com alcance AA e AB, respectivamente, em relação ao plano
vertical que contém o ponto do disparo. Considerando a re-
sistência do ar desprezível, pode-se afirmar que:
(A) tA = 2 tB e AA = AB

(B) tA = tB e AA = AB

(C) tA = 2 tB e AA = 4 AB

(D) tA = tB e AA = 2 AB

(E) tA = 2 tB e AA = 2 AB

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Redação

Texto I

Tirar uma foto de si mesmo tornou-se um padrão para retratos desde que os smartphones passaram a contar com câmeras
frontais. Para alguns, a selfie é a ostentação digital do ególatra. Não basta tirá-la, é preciso fazer pose, biquinho e publicá-la
em todas as redes sociais em busca de confetes de seus seguidores. Para outros, é uma questão prática. Um simples registro
pessoal de que você esteve num lugar que você julga importante.
Como toda a febre, a do autoretrato digital gerou um efeito colateral: surgiram às “selfies da discórdia”. É desrespeitoso tirar
fotos de si mesmo em locais fúnebres, memoriais e cenários de tragédia? Vale registrar nas redes sociais com uma selfie
que você esteve presente a um velório de um artista? E num memorial em homenagem aos mortos em uma tragédia? No
local de um grande desastre natural? Com um parente morto dentro de um caixão? Em suma, deveria existir um “manual de
etiqueta” para selfies?
https://epoca.globo.com/vida/experiencias-digitais/noticia/2015/09/tirar-selfies-em-lugares-funebres-e-um-desrespeito.html (16.09.2015)

Texto II

Basta uma busca por Chernobyl no Instagram para topar com dezenas de jovens posando totalmente à vontade no cenário
do pior acidente nuclear da história. A bem-sucedida minissérie homônima da HBO, que recria com verossimilhança quase
de documentário os catastróficos fatos que se seguiram à explosão da central nuclear, na madrugada de 26 de abril de 1986,
levou muitos influencers (e outros com presunções de sê-lo) a viajarem até Pripiat, a cidade ucraniana abandonada depois
da catástrofe. Lá se imortalizam improvisando todo tipo de pose, cada uma mais desrespeitosa que a outra com os fatos ali
ocorridos.
Apesar de ter sido esvaziada após a catástrofe e ser até hoje uma cidade-fantasma, (estima-se que não será habitável pelos
próximos séculos, devido à concentração de elementos radiativos que só desaparecerão dentro de 24.000 anos), muitos
jovens tentam a sorte posando junto a animais, tocando o mobiliário urbano que ainda sobrevive ou diretamente tirando a
roupa no meio da sinistra localidade. Usuários do Twitter como Tomàs Fontes (@cap0 — sua série de posts sobre o tema
é imperdível) e @lettipop notaram a inundação de turistas em busca de likes nessa região nos últimos dias, e seus tuítes a
respeito viralizaram. Muitos usuários da rede social mostraram sua indignação com as imagens, considerando-as uma falta
de respeito pelas vítimas do pior acidente nuclear da história.
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/13/tecnologia/1560376963_440962.html (13.06.2019)

Texto III

Combinação da sigla Yolo - 'you only live once', ou 'você só vive uma vez', expressão popular na internet - e a palavra Ho-
locausto, em inglês, o projeto Yolocaust coloca em discussão as selfies feitas no Memorial do Holocausto em Berlim, na
Alemanha.
Criado pelo israelita Shahak Shapira, que vive em Berlim desde os 14 anos, o site traz fotos tiradas no local que o autor
encontrou nas redes sociais. Ao passar o cursor por cima delas, a cena muda. Shapira recriou os cenários com imagens de
campos de concentração nazistas como plano de fundo das selfies.
O autor e satirista, como ele mesmo se descreve, não usa a palavra 'crítica' em seu site, mas afirma que o projeto "explora
a cultura comemorativa." Em um pequeno FAQ, Shapira escreve: "- Então o que eu posso fazer ou não no Memorial do Ho-
locusto? - Nenhum evento histórico se compara ao Holocausto. Depende de você escolher como vai se comportar num local
de memória que marca a morte de 6 milhões de pessoas." Ao mesmo tempo, ele procura não pegar tão pesado assim. "O
comportamento de algumas pessoas no local é realmente desrespeitoso. Mas as vítimas estão mortas, então elas provavel-
mente estão ocupadas fazendo coisas de gente morta em vez de se importar com isso", escreve.

http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,projeto-retrata-lado-sombrio-das-selfies-no-memorial-do-holocausto,70001636011 (20.01.2017)

Texto IV

Nunca houve um monumento da cultura que não fosse também um monumento da barbárie. E, assim como a cultura não é
isenta de barbárie, não o é, tampouco, o processo de transmissão da cultura. Por isso, na medida do possível, o materialista
histórico se desvia dela. Considera sua tarefa escovar a história a contrapelo. A tradição dos oprimidos nos ensina que o
“estado de exceção” em que vivemos é na verdade a regra geral.
Walter Benjamin, in: “Teses Sobre o Conceito de História”. São Paulo: Brasiliense, 1985.

Com base nos textos apresentados e em seus próprios conhecimentos, escreva uma dissertação, empregando a norma-pa-
drão da língua portuguesa, sobre o tema:

DIVULGAÇÃO DE FOTOS CAPTURADAS EM LUGARES DE PASSADO TRÁGICO: ENTRE O RESPEITO À MEMÓRIA


DAS VÍTIMAS E O DIREITO À PUBLICAÇÃO DAS IMAGENS NA REDE
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