Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Liberdade Provisoria
Liberdade Provisoria
Policial da Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de
furtar. O veículo quando da subtração, encontrava-se estacionada regularmente em via pública
da Capital. O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os
fatos como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou
fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes nota de culpa. A
cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Capital,
Alberto reside na Capital, é primário e trabalhador. QUESTÃO: Elaborar na qualidade de
defensor de Alberto a medida cabível.
Processo nº ________/________
do CPF/MF sob o nº____, residente e domiciliado na Rua ..., nº ..., nesta Capital de ..., por sua
artigos 321 e seguintes do Código de Processo Penal e no artigo 5º, LXII da Constituição
I – DOS FATOS
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial da
Capital, na posse de um automóvel Marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de furtar. O
capital.
O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os fatos como
incursos no artigo 155, parágrafo 4º, IV do Código Penal, motivo pelo qual não arbitrou fiança,
II – DO DIREITO
O requerente está sendo acusado de praticar o crime de furto, previsto no artigo 155, parágrafo
4º, IV do Código Penal, cuja pena é de reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos e multa. Portanto,
conforme disposto no artigo 325, §1.º, inciso I do Código de Processo Penal, trata-se de crime
afiançável.
Acusação esta que não vai de encontro a sua real conduta, pois ressalto Exa., que o acusado
Alberto é pessoa íntegra, de bons antecedentes e que jamais respondeu a qualquer processo
criminal.
Apesar de negar peremptoriamente a autoria do delito que lhe é imputado, cabe-lhe provar sua
plena inocência em outra fase processual, pretende no momento, através do presente pedido,
que não estão presentes os requisitos para a manutenção da prisão preventiva previstos no art.
312, do CPP.
Neste ilícito, não houve clamor social, o fato não alterou emocionalmente a coletividade. E
mesmo que tivesse causado, a repercussão em si, não autoriza, por si só, a custódia cautelar.
Nos autos constam prova da materialidade delitiva, porém não há provas suficientes da autoria.
Não há “Periculum in Mora”, uma vez que, as provas suficientes para julgar o caso, já foram
O requerente é primário conforme atesta seus antecedentes (doc.02), o que mostra que sua
conduta não colocará em risco a Garantia da Ordem Pública, e Garantia da Ordem Econômica.
Possui residência fixa, (doc. 03) e também emprego fixo, segundo comprova a carteira
profissional inclusa, (doc.04) mostra que não há sequer a menor intenção de o requerente se
furtar à Garantia de Aplicação da Lei Penal, descartando o risco de evasão. Até porque possui
meios de provar sua inocência, e se coloca a disposição para comparecer a todos os atos da
Processo Penal.
III – JURISPRUDÊNCIA
Cumpre ressaltar mais uma vez que, não existe vedação legal para que não seja concedida
acusado por furto qualificado, primário com bons antecedentes quando não for preenchido
nenhum dos requisitos dispostos no art. 312 do CPP, sendo insuficientes para manutenção do
diz:
“Inseriu a Lei nº 6.416, de 24-5-77, outra hipótese de liberdade provisória sem fiança com
vínculo para a hipótese em que não se aplica ao preso em flagrante qualquer das hipóteses em
que se permite a prisão preventiva. A regra, assim, passou a ser, salvo exceções expressas,
de que o réu pode defender-se em liberdade, sem ônus econômico, só permanecendo preso
aquele contra o qual se deve decretara prisão preventiva. O dispositivo é aplicável tanto às
infrações afiançáveis como inafiançáveis, ainda que graves, a réus primários ou reincidentes,
de bons ou maus antecedentes, desde que não seja hipótese em que se pode decretar a
prisão preventiva. Trata-se, pois, de um direito subjetivo processual do acusado, e não uma
faculdade do juiz, que permite ao preso em flagrante readquirir a liberdade por não ser
necessária sua custódia. Não pode o juiz, reconhecendo que não há elementos que
Destaquei.
E ainda:
E mais:
“Se a ordem pública, a instrução criminal e a aplicação da lei penal não correm perigo deve a
liberdade provisória ser concedida a acusado preso em flagrante, nos termos do art. 310,
parágrafo único, do CPP. A gravidade do crime que lhe é imputado, desvinculada de razões
sérias e fundadas, devidamente especificadas, não justifica sua custódia provisória” (RT
562/329)
“LXVI – ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
“LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;”
condenatória;”
IV – DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência, nos termos do art.310, parágrafo único, do CPP
parecer do Digno Representante do Ministério Público, seja arbitrada a fiança para o referido
caso. Requer, a expedição do competente alvará de soltura para o cumprimento imediato pela
autoridade policial que mantém sua custódia, como medida da mais LEGÍTIMA JUSTIÇA.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
____________________
OAB nº...