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Observe a ementa do seguinte julgado:

PENAL E PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. REJEIÇÃO DA


DENÚNCIA. FURTO SIMPLES (ART. 155, CAPUT, DO CPB). RECURSO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO REQUERENDO O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.
IMPROCEDÊNCIA. DELATÓRIA CONFUSA. IMPUTAÇÃO DE DELITO DE FURTO
EXCLUSIVAMENTE A INDICIADO DIVERSO DAQUELE QUE FOI RECONHECIDO
PELA VÍTIMA. INÉPCIA FORMAL DA DENÚNCIA. DESCONFORMIDADE COM O
ART. 41 DO CPP. COMPROMETIMENTO DO EXERCÍCIO DA AMPLA DEFESA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. ACÓRDÃO. Vistos, relatados e
discutidos estes autos de Recurso em Sentido Estrito nº 0021380-
58.2017.8.06.0158, em que é recorrente o Ministério Público do Estado do
Ceará e recorrido Daniel Sousa de Almeida. Acordam os Desembargadores
integrantes da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará,
por votação unânime, conhecer do presente recurso e denegar-lhe
provimento, nos termos do voto do eminente Relator. Fortaleza, 04 de
novembro de 2020. Desa. Francisca Adelineide Viana Presidente do Órgão
Julgador Des. Antônio Pádua Silva Relator. (TJCE, Relator(a): ANTONIO PADUA
SILVA; Comarca: Russas; Órgão julgador: 2ª Vara da Comarca de Russas; Data
do julgamento: 04/11/2020; Data de registro: 04/11/2020).
Considerando essa ementa e o regime jurídico dos recursos criminais, avalie as
seguintes afirmações:
I. No caso julgado pelo TJCE, considerou-se que a denúncia não merece
recebimento, uma vez que deixa de atender ao requisito previsto no art. 41, I,
do CPP.
II. Conforme a decisão do TJCE, vê-se que a decisão recorrida rejeitou a peça
acusatória. Nesse caso, de acordo com entendimento sumulado do STF,
constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para apresentar
contrarrazões.
III. O recurso em sentido estrito é recurso de peça única e deverá ser
interposto no prazo de 10 (dez) dias, a contar da ciência da decisão recorrida.
IV. Também é cabível interpor recurso em sentido estrito da decisão de
recebimento da denúncia.
É correto apenas o que se afirma em:

a.
II e III.
b.
I e II.
c.
I e IV.
d.
III e IV.
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Questão 2
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Texto da questão
Pedro, com ciúmes de sua esposa Maria, deu dois socos no rosto dela,
causando-lhe lesões corporais leves. Pedro foi denunciado pelo art. 129, §9º,
do CP, c/c os arts. 5º e 7º da Lei Maria da Penha. Regularmente processado,
Pedro foi absolvido pelo Juizado de Violência Doméstica de Fortaleza, sob o
fundamento de que a conduta é materialmente atípica, já que o
comportamento dele não causou lesão expressiva à vítima, que, inclusive, já se
reconciliou com Pedro. O Ministério Público não se conformou com a decisão,
por entender indevida a aplicação do princípio da insignificância nos casos
envolvendo violência doméstica e familiar. Diante disso, marque a opção
correta:

a.
Apelação, visto que, de acordo com a jurisprudência do STJ não é possível a
aplicação do princípio da insignificância nos crimes praticados mediante
violência contra a mulher, no âmbito das relações domésticas.
b.
Não há razões para o Ministério Público se mostrar inconformado, uma vez
que a jurisprudência do STJ admite a aplicação do princípio da insignificância
nos crimes praticados mediante violência contra a mulher no âmbito das
relações domésticas.
c.
Recurso ordinário constitucional, visto que a decisão viola a Constituição
Federal.
d.
Apelação, visto que a decisão foi proferida por uma das unidades do juizado
especial.
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Questão 3
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Texto da questão
Davi foi denunciado pela prática do delito previsto no art. 155, §4º, I, c/c o art.
14, II, do CP. Segundo a denúncia, no dia 26 de dezembro de 2020, na Rua X,
nesta capital, Davi tentou subtrair, para si, com destruição e rompimento de
obstáculo à subtração da coisa, objetos do interior do trailer pertencente à
vítima Júnior, não consumando o crime por circunstâncias alheias a vontade do
denunciado. Durante a instrução probatória, Davi relatou que saiu pela manhã
com ferramentas para arrumar um bico e, como não conseguiu nenhum
trabalho, acabou por tentar arrombar o trailer, na esperança de conseguir
algum alimento para levar para casa. Enquanto tentava cerrar o trailer, Davi
disse que estava fazendo muito barulho. E com receio de aparecer alguém,
desistiu da ação. Os policiais militares arrolados pela acusação nada souberam
esclarecer sobre os motivos que levaram Davi a não consumar a infração. A
testemunha Márcio, que acionou a polícia, declarou que viu Davi deixar o local
onde fica o trailer de seu vizinho, com uma sacola de ferramentas. Márcio
disse que achou a atitude de Davi suspeita e acionou policiais que faziam
ronda próximo ao local. Davi foi condenado pela prática da infração capitulada
no art. 155, §4º, I, c/c o art. 14, II, do CP. Na dosimetria da pena, após verificar a
existência de outra ação penal em curso, por crime de roubo ocorrido em julho
de 2020, o juiz reconheceu a agravante da reincidência e aplicou a pena de 2
anos e seis meses de reclusão e 15 dias-multa. Intimado da sentença, o
advogado de Davi deverá:

a.
em recurso de apelação, alegar estado de necessidade e pleitear a absolvição.
b.
em embargos de declaração, alegar desistência voluntária e pleitear a nulidade
da sentença.
c.
em recurso em sentido estrito, alegar estado de necessidade e pleitear a
absolvição.
d.
em recurso de apelação, alegar desistência voluntária e pleitear a absolvição.
Subsidiariamente, tendo em vista a S. 444 do STJ, pleitear o afastamento da
agravante da reincidência.
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Questão 4
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Texto da questão
Da decisão que recusar homologação do acordo de não persecução penal é
cabível:

a.
Apelação.
b.
Agravo de Instrumento.
c.
Recurso Ordinário Constitucional.
d.
Recurso em Sentido Estrito.
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Questão 5
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Texto da questão
João foi condenado pela prática de um crime de apropriação indébita à pena
privativa de liberdade de 2 anos de reclusão, a ser cumprido em regime aberto,
e 10 dias-multa. Apesar de intimado, o advogado de João deixou para interpor
recurso de apelação 10 dias após a publicação da intimação no Diário Oficial.
Tendo em vista a intempestividade, o juiz que prolatou a sentença denegou a
apelação. Contra essa decisão, qual o recurso cabível?

a.
Recurso de Agravo.
b.
Carta Testemunhável.
c.
Embargos Infringentes.
d.
Recurso em Sentido Estrito.
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Questão 6
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Texto da questão
Alfredo foi denunciado pela prática do crime de injúria racial (art. 141, §3º, CP),
porque, a partir de elementos referentes à cor, ofendeu a honra de seu colega
de trabalho Pedro. No curso da instrução criminal, o juízo da Vara Criminal,
atendendo ao pedido da acusação e por entender que o crime praticado é
grave, decretou a prisão preventiva de Alfredo. Inconformado com a decisão,
qual providência poderá ser adotada pelo advogado de Alfredo:

a.
tendo em vista que a decisão ofende o direito líquido e certo de responder ao
processo em liberdade, impetrar mandado de segurança.
b.
propor revisão criminal, a fim de que o Tribunal de Justiça reveja a decisão
proferida pelo Juízo Criminal.
c.
interpor recurso em sentido estrito perante o Juízo Criminal, oportunidade em
que pedirá a retratação da decisão.
d.
tendo em vista a ausência de fundamentação, impetrar habeas corpus.
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Questão 7
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Texto da questão
A partir do que consta na legislação pátria e tendo em vista o entendimento
dos Tribunais Superiores a respeito da matéria, assinale a opção INCORRETA:

a.
A defesa poderá pleitear, em sede de revisão criminal, a redução da pena
aplicada em sentença condenatória transitada em julgado.
b.
O habeas corpus não pode ser utilizado como sucedâneo recursal ou para
substituir eventual revisão criminal.
c.
É cabível recurso em sentido estrito da decisão que impronunciar o réu.
d.
Caso decorra o prazo para o Ministério Público interpor recurso de apelação,
quando ocorrer o trânsito em julgado da sentença condenatória, cuja pena
aplicada em seu entender não se mostra suficiente para reprovar o crime, ele
poderá propor revisão criminal para rever a pena aplicada.
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Questão 8
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Texto da questão
DEFENSORIA PÚBLICA RJ – 2021 – FGV – ADAPTADA.
Lúcia foi denunciada pela suposta prática do crime de ameaça (Art. 147 do
Código Penal), pois teria prometido matar sua vizinha Nina. A denúncia foi
rejeitada por falta de justa causa ante a ausência de elementos mínimos
confirmatórios da ameaça. Inconformado, o Ministério Público recorreu,
postulando a reforma da decisão. No dia seguinte, o juiz recebeu o recurso em
seus regulares e legais efeitos, determinando a imediata remessa à Turma
Recursal, que proveu o recurso ministerial para reformar a decisão, ordenando
o regular desenvolvimento do processo.
Analisando o caso de acordo com o entendimento das Cortes Superiores, é
correto afirmar que:
a.
deve ser nomeado(a) Defensor(a) Público(a) para oferecer contrarrazões ao
recurso interposto pelo Ministério Público concomitantemente à intimação de
Lúcia, sob pena de nulidade.
b.
não há nulidade processual a ser arguida em razão da ausência de intimação
de Lúcia se nomeado(a) Defensor(a) Público(a) para apresentar contrarrazões
ao recurso interposto pelo Ministério Público.
c.
deve ser postulada pelo(a) Defensor(a) Público(a) a declaração de nulidade do
julgamento do recurso, considerando a ausência de intimação de Lúcia para
oferecer contrarrazões ao recurso interposto pelo Ministério Público.
d.
não há necessidade de intimação de Lúcia para oferecer contrarrazões ao
recurso interposto pelo Ministério Público, uma vez que ela ainda não integra a
relação processual.
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Questão 9
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Texto da questão
Considere a notícia veiculada na imprensa no ano de 2019:
“Um homem preso por estupro em 2014 em Fortaleza e condenado a nove
anos de prisão pode ser inocentado em novo julgamento nesta segunda-feira
(29). A Defensoria Pública do Ceará e o Innocence Project Brasil coletaram
novas provas sobre o caso e pediram a revisão criminal. O julgamento está
previsto para ser concluído nesta segunda, nas Câmaras Criminais Reunidas do
Tribunal de Justiça do Ceará, em Fortaleza. (…) O novo julgamento de Antônio
Cláudio começou em uma sessão realizada em maio deste ano no Tribunal de
Justiça. O Ministério Público voltou atrás e se posicionou a favor da inocência
do homem preso. A desembargadora relatora do processo também foi
favorável, mas um desembargador foi contra. Um magistrado pediu vistas do
pedido de revisão criminal, o que paralisou a sessão e adiou o desfecho do
caso para hoje. Faltam os votos de dez desembargadores das Câmaras
Criminais Reunidas.”.
Fonte: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/2019/07/29/preso-por-estupro-
ha-5-anos-no-ceara-pode-ser-inocentado-em-novo-julgamento.ghtml.
Diante da leitura, marque a opção correta:

a.
A revisão criminal é ação autônoma de impugnação que permite o reexame de
sentença condenatória, da absolutória própria e da absolutória imprópria, já
transitada em julgado.
b.
De acordo com a posição majoritária do STJ e do STF, no caso da notícia supra,
mesmo não sendo o caso de flagrante ilegalidade, a Defensoria também
poderia ter utilizado da via do habeas corpus, para pedir o reexame da
condenação.
c.
Ainda que conste pedido de indenização por erro judiciário, o Tribunal de
Justiça não poderá reconhecer o direito à indenização no âmbito da revisão
criminal.
d.
No entender do STJ, o próprio réu possui capacidade postulatória para ajuizar
revisão criminal.
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Questão 10
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Texto da questão
Joana, vendedora, foi denunciada pela prática de furto de 02 (duas) camisas.
Considerando que o juízo competente recebeu a denúncia, o advogado da
denunciada impetrou habeas corpus perante o órgão competente,
oportunidade em que requereu a concessão da ordem para obter o
trancamento do processo, sob o fundamento de que a conduta é
materialmente atípica. Após exame do habeas corpus, o órgão competente
denegou a ordem. Considerando as informações narradas, o advogado de
Joana poderá recorrer da decisão denegatória da ordem por meio de:

a.
carta testemunhável, tendo em vista que a decisão foi denegatória.
b.
recurso extraordinário, tendo em vista que o Tribunal de Justiça foi o órgão
competente para análise do habeas corpus apresentado em razão da conduta
do juízo que recebeu a denúncia.
c.
recurso ordinário constitucional, tendo em vista que o Tribunal de Justiça foi o
órgão competente para análise do habeas corpus apresentado em razão da
conduta do juízo que recebeu a denúncia.
d.
agravo interno, visto que o Tribunal de Justiça era competente para a análise
do habeas corpus apresentado em razão da conduta do juízo que recebeu a
denúncia.

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