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Guang Gong, no Romance dos Três Reinos

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O Juramento do Pomar de Pêssegos


No ano 184 d.C., iniciou-se na China da Dinastia Han uma grande revolta de caráter ao
mesmo tempo popular, político e religioso chamada “Rebelião dos Turbantes Amarelos”. Seu
líder era Zhang Jue, autodenominado “General do Céu”, aliado a seus irmãos Bao e Liang.
Milícias foram instituídas para defender o imperador e um destes grupos foi fundado e
liderado por Liu Pei, filho de uma família nobre e respeitada, porém que declinara na pobreza. A
Liu Pei uniram-se Zhang Fei, açougueiro e vendedor de vinhos, e, em seguida, Guan Yu, na
ocasião foragido de sua terra natal, Hedong, por haver matado um valentão que importunava as
pessoas.

Yuan-te [nome de cortesia de Liu Pei] observou detalhadamente o recém chegado e


notou sua enorme figura, sua longa barba, sua face marrom escura e lábios de
profundo vermelho. Ele possuia olhos como a fênix e sobrancelhas cheias como uma
lagarta da seda. Sua aparência era digna e inspirava temor. p.7

Rumaram, então, os três para a fazenda de Zhang Fei e, em um pomar de pessegueiras em


florada, realizaram uma cerimônia de juramento de irmandade e fidelidade mútua.

No outro dia, todos os três em um mesmo estado mental, prepararam os sacrifícios:


um boi negro, um cavalo branco e vinho para libação. Sob a fumaça do incenso
queimando no altar, eles inclinaram suas cabeças e recitaram esse juramento: “Nós
três, Liu Pei, Guan Yu e Zhang Fei, embora de famílias diferentes, juramos irmandade e
prometemos auxílio mútuo até o fim. Resgataremos uns aos outros em dificuldade,
ajudaremos uns aos outros em perigo. Nós
prometemos servir o Estado e salvar o povo.
Não pedimos o mesmo dia de nascimento,
mas ansiamos por morrer juntos. Possa o
Céu, o que tudo comanda, e a Terra, a que
tudo produz, ouvir nossos corações e se nos
desviramos da justiça e esquecermos da
bondade, possa o Céu e o Homem castigar-
nos”.
Eles se levantaram de seus joelhos. Os dois
outros curvaram-se frente a Yuan-te como seu irmão mais velho e Zhang Fei seria o
mais jovem do trio. Com essa cerimônia solene realizada, sacrificaram mais um boi e
fizeram uma festa, para qual convidaram os cidadãos. Trezentos se uniram a eles e
todos festejaram e beberam no Jardim de Pêssegos. p. 8
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Antes do vinho esfriar


Para tentar derrotar a rebelião que ameaçava a Dinastia Han, é conclamada uma coalizão
de nobres para, unindo suas tropas, organizar uma luta comum contra os inimigos, liderados na
ocasião pelo ministro rebelde Dong Zhuo. Este, a pretexto de proteger o imperador acabaria por
depô-lo do trono. Formou-se, junto à revolta popular, um golpe de Estado.
Diversos prefeitos e governadores atenderam ao chamado contra os revoltosos e Yuan
Shao, representante de uma longa linhagem de militares de alta patente, é escolhido como líder.
Liu Pei, Zhang Fei e Guan Yu uniram-se ao grande grupo, cujo objetivo imediato era forçar o
caminho pela Passagem Sishui, defendida pelas tropas de Dong Zhuo.
Um comandante em chefe foi escolhido entre os rebeldes para defender a Passagem.

Ele tinha uma cabeça pequena e redonda como um leopardo e ombros como os de um
grande macaco. Seu nome era Hua Xiong. Zhuo regozijou-se com sua fala enfática e
rapidamente concedeu-lhe uma alta posição hierárquica, com o comando de cinco
legiões de cavalaria e infantaria. p. 52

Hua Xiong conseguia derrotar um a um todos os comandantes enviados por Yuan Shao.
Os chefes da coalização em defesa do imperador reuniam-se agora, melancólicos, em uma
assembleia na tenda de comando, sem mais opções de ação após a mais recente perda – Pan
Feng, que conhecido pela bravura e a força com o machado de batalha, era-lhes a última
esperança para derrotar Hua.

… do extremo inferior do local da reunião, uma voz gritou: “Eu irei, conseguirei sua
cabeça e a colocarei à frente de todos.”
Todos se viraram para ver quem falava. Ele era alto e tinha uma longa barba. Seus
olhos eram como da fênix e as sobrancelhas grossas e cheias como uma lagarta. Sua
face era morena avermelhada e sua voz profunda como o som de um grande sino.
“Quem é ele?”, perguntou o chefe.
Gongsun Chan disse-lhe que era Guan Yu, irmão de Liu Yuan-te.
“E o que ele é?”
“Ele está com Liu Yuan-te como arqueiro montado.”
“Um insulto para todos nós!” vociferou de seu lugar o irmão do chefe. “Nós não
possuímos liderança? Como se atreve um arqueiro falar defronte nós? Vamos expulsá-
lo!”
Mas Cao Cao interveio. “Paz, ó Gong Lu! Desde que ele fale com belas palavras é
certamente valente. Vamos deixá-lo tentar. Se ele falhar, então poderemos censurá-
lo.”
“Hua Xiong irá rir de nós se mandarmos um mero arqueiro para lutar com ele”, disse o
chefe.
“Ele não parece uma pessoa comum. E como o inimigo pode saber que ele é apenas
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um arqueiro?”, disse Cao Cao.


“Se eu falhar você pode ter minha cabeça”, falou Guan.
Cao Cao ordenou que aquecessem um pouco de vinho para eles e ofereceu um copo
para Guan Yu enquanto ele saia.
“Pode colocar”, disse Guan. “Eu volto logo.”
Ele tomou sua arma nas mãos e ajeitou-se na sela. Aqueles na tenda ouviram o forte
martelar dos tambores e então um poderoso som como se os céus estivessem caindo e
a terra subindo, as colinas chacoalhando e as montanhas despedaçando-se. Todos
ficaram com medo, quando ouviram o gentil som dos sinos de um cavalo e Guan Yu
jogou a seus pés a cabeça do líder morto, seu inimigo Hua Xiong.
O vinho ainda estava quente! p.55-56
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A cirurgia
Em certa ocasião, Guan Yu fora escolhido para liderar um cerco contra a cidade
fortificada de Fan Cheng e, com sua audácia costumeira, cavalgou até o portão norte da muralha,
provocando seus inimigos.

Cao Jen, que estava entre seus homens na muralha, viu que Guan Yu estava sem
armadura, então ordenou-lhes que atirassem. Os arqueiros e besteiros dispararam em
conjunto uma grande salva de flechas e virotes em sua direção. Guan Yu rapidamente
puxou as rédeas para recuar, mas uma flecha cravou-se em seu braço. O impacto do
golpe o fez escorregar da sela e cair de seu cavalo. p. 170 (vol.2)

O filho de Guan Yu, Guan Ping, conseguiu acompanhá-lo de volta ao acampamento, onde
a flecha foi extraída, porém, descobriu-se que ela estava envenenada. A ferida profunda chegara
até o osso e logo o braço direito começou a ficar descolorido, inchado e inerte. Um famoso
médico, Hua Tuo, ofereceu-se para tratar o guerreiro, mas avisou-lhe do rigor da cirurgia.

Isto é o que devo fazer: em um quarto reservado, devo erguer uma trave com um anel
preso. Devo pedir-lhe, Senhor, para colocar seu braço no anel e devo prendê-lo
firmemente à trave, então cobrirei sua cabeça com uma colcha para que não possa ver
e com um bisturi abrirei a carne até o osso, em seguida extrairei o veneno. Feito isso
cobrirei o ferimento com um preparado, costurarei e não haverá mais problemas.
Porém penso que você pode intimidar-se pela severidade do tratamento.
Guan Yu sorriu: “Parece fácil”, disse, “mas para quê a trave e o anel?”
Então, refrescos foram servidos e após alguns copos de vinho o guerreiro estendeu
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seu braço para a operação. Com a outra mão começou o jogo [de xadrez]. Enquanto
isso o cirurgião preparou sua lâmina e chamou um rapaz para segurar uma bacia
abaixo do membro.
“Vou começar a cortar, não comece...”, disse Hua Tuo.
“Quando permiti o tratamento, você pensou que eu era como a maioria das pessoas,
com medo de dor?”
O cirurgião, então, realizou a operação como dito. Encontrou o osso muito
descolorido, mas raspou-o até ficar limpo. “Rash, rash”, fez a lâmina sobre a superfície
e todos aqueles próximos cobriram seus olhos e empalideceram, mas Guan Yu
ocupou-se do jogo, apenas tomando um copo de vinho aqui e acolá e sua face não
revelava sinal de dor. Quando o ferimento foi limpo, costurado e fechado, o paciente
levantou-se sorrindo e disse: “Este braço está bom como nunca esteve antes; não há
dor. Mestre Sanguessuga, você é uma maravilha.”
“Eu ocupei toda minha vida nessa arte”, disse Hua Tuo, “mas nunca vi um paciente
como o senhor. Você é a verdadeira maravilha”. p. 172-173 (vol. 2)
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As três condições de Guan Gong


Entre as maiores virtudes atribuídas a Guan Yu – e um dos motivos que levou a ser
santificado por busidmo e taoísmo posteriormente – está a lealdade. Esta característica é bem
representada em um episódio do Romance dos três reinos intitulado “Três condições de Guan
Yu”.
Neste ponto da história, o ambicioso Cao Cao, em nome de ganhos pessoais, desviara-se
do caminho sincero de defesa da Dinastia Han e ocupara o posto de ministro do imperador para
ampliar suas influências e poder. Com suas tropas, avançou por várias cidades até chegar a Xia
Pi, onde estava Guan Yu, montando guarda para proteger a família de Liu Pei, de quem não se
sabia o paradeiro após várias batalhas. Cao Cao começou a pensar em como trazer o guerreiro
para seu lado.

“Eu sempre gostei de Guan Yu, tanto por suas habilidades em combate quanto por sua
inteligência. Eu o chamaria para ficar a meu serviço e mandaria alguém falar com ele
para se render.” p. 279.

Porém, sabendo de sua fidelidade inquebrantável para com os irmãos, teve que se utilizar
de um estratagema: Chang Liao, um conhecido de Guan Yu, conseguiu atraí-lo sozinho para fora
das muralhas da cidade cercá-lo com soldados. Ao perceber que o antigo amigo estava disposto
morrer ali mesmo, em batalha, Chang disse:

“Você será culpado por três falhas se morrer.” “Conte-me quais”, disse Guan.
“Primeiro, você e seu irmão mais velho prometeram um ao outro no Jardim de
Pêssegos morrer ou viver juntos. Agora seu irmão foi derrotado e você quer lutar até a
morte, assim, se ele aparecer novamente e precisar de sua ajuda ele te evocará em
vão. Isso é algo diferente de trair o juramento do Jardim de Pêssegos? Segundo, você
está a cargo da família de seu irmão e se lutar e morrer, as duas mulheres serão
deixadas desamparadas e sem um protetor; isso seria trair sua confiança. Terceiro, sua
perícia militar destaca-se visivelmente e entrará para a história. Se você não ajudar seu
irmão na nobre tentativa de manter a dinastia, todo seu trabalho e sofrimento terão
sido gastos para ganhar uma inútil reputação de tolo.” p. 282-283.

Ouvindo atentamente e ponderando sobre qual seria a decisão mais justa e honrada, Guan
Yu impôs três condições para se render:

“A primeira é que como eu e o Tio Imperial [Liu Pei] juramos apoiar os Han, eu me
rendo ao Imperador, não a seu ministro Cao. A segunda condição é que provisões
adequadas sejam enviadas às duas damas sob meus cuidados e que a ninguém seja
permitido se aproximar delas. A terceira é que eu possa retirar-me para reencontrar
Tio Liu tão logo saiba onde ele está, seja longe ou perto.” p. 283.
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Condições aceitas, Cao Cao passou a empregá-lo em suas batalhas e concedeu-lhe


honrarias e riquezas, na esperança que Guan Yu se tornasse fiel a ele. Por mercê imperial foi
tornado general e, em seguida, Marquês de Hanzhouting. Foi também presenteado com caras
peças de seda, ouro e vasos de prata. Festas e banquetes em sua homenagem sucediam-se
frequentemente e Cao Cao cedeu-lhe dez lindas garotas como servas. Apesar disso, a conduta do
“Duque da Bela Barba” (apelido ganhado há muito tempo por Guan Yu) continuou irrepreensível
e ele continuava usando o mesmo manto, velho e desgastado.
Passado algum tempo, notícias chegaram sobre a localização de Liu Pei. Rapidamente
Guan Yu preparou-se para partir em seu encontro, deixando apenas uma carta a Cao Cao,
agradecendo sua hospitalidade, despedindo-se e abandonando todas as riquezas ganhas.

Ele a selou e enviou ao palácio. Depois devolveu em sua residência todo o ouro e prata
que havia recebido, pendurou seu selo de marquês na sala de recepção e partiu,
levando suas protegidas em uma carruagem. Ele cavalgou Lebre Vermelha, levando
[sua arma] Dragão Negro em uma das mãos. p. 301.
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Morte e sacralização de Guan Gong


Guan Yu encontrava-se em uma situação difícil: sitiado na cidade de Mai Cheng pelos
homens do Reino de Wu, com poucos soldados fiés, a comida no fim e sem esperanças de
receber reforços. Decidiu, então, uma arriscada fuga à noite, pelo lado norte da citadela, em
busca de ajuda enquanto seus companheiros Wang Fu e Zhou Cang permaneceram para defender
o local.

Wang Fu se opôs, afirmando que certamente cairiam em uma emboscada. A estrada


principal seria mais segura. “Pode haver uma emboscada, mas eu a temo?”, disse o
velho guerreiro. p. 191.

De fato, havia uma armadilha. Mais à frente, próximo a uma profunda fenda nas colinas,
Guan Yu e seus soldados foram cercados por uma grande tropa liderada por Zhu Ran.

… os homens arremessaram ganchos e cordas. Embaraçado nestas, o cavalo de Guan


Yu caiu e este cambaleou para fora da sela; rapidamente foi feito prisioneiro. Guan Pin
correu em seu resgate, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa, também foi
cercado e preso. Pai e filho estavam ambos capturados. p. 192

Tendo Guan Yu e seu filho cativos, Sun Chuan, o general inimigo, pensou em propôr aos
dois que passassem para seu lado naquela guerra, mas logo foi dissuadido por um de seus
oficiais:

“Quando Cao Cao prendeu esse homem, tratou-o generosamente bem. Transformou-o
em marquês, ofereceu-lhe festas públicas e banquetes privados dia após dia, deu-lhe
ouro e presenteou-lhe com prata, tudo isso esperando mantê-lo a seu lado, mas
falhou. O homem avançou pelos portões, acabou com seus guardas e foi embora.
Agora que está em seu poder, acabe com ele ou irá lamentar esse dia. O mal surgirá se
você mantive-lo.” Sun Chuan refletiu por algum tempo. “Você está certo”, disse, e deu
a ordem para a execução. Assim, pai e filho encontraram seu destino juntos, no
vigésimo quarto ano [219 d. C.] ao décimo mês. Guan Gong tinha cinquenta e oito
anos. p. 192.

Seu cavalo, Lebre Vermelha, também pereceu pouco tempo depois, pois se recusou a
comer após a morte de seu senhor. Os homens de Wu subiram na muralha da cidade e exibiram
as cabeças de Guan Yu e Guan Pin. Sem aceitar a morte, a alma de Guan Gong passou a vagar a
esmo, até que encontrou um sacerdote budista de nome Pu Jing, que vivia retirado em uma
cabana.
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Pu Jing estava sentado como de costume, no silêncio das montanhas. Subitamente,


ouviu uma forte voz clamando no ar: “Devolva minha cabeça, devolva minha cabeça.”
Olhando para cima ele viu a forma de um homem montado em um cavalo, em sua mão
viu uma lâmina brilhante semelhante a Dragão Negro. Duas figuras militares estavam
com ele, uma de cada lado. O da esquerda tinha a face branca, o da direita era moreno
de rosto e tinha uma barba crespa. Eles seguiam a figura com a lâmina brilhante.
Flutuaram por uma nuvem e vieram repousar no cume da montanha. O eremita
reconheceu a figura como Guan, o Nobre, e com seu chicote de cauda de iaque, bateu
no lintel de sua cabana e gritou: “Onde está Yun Chang?” [Nome de cortesia de Guan
Yu]
O espírito compreendeu e desmontou,
deslizou para baixo e veio descansar na
porta da cabana. Entrelaçando os dedos,
colocou-se em uma atitude de
reverência e disse: “Quem é meu mestre
e qual é seu nome na fé?”
“Na função de guardião do templo
Sushui Guan eu vi você uma vez, oh
nobre Marquês, e não esqueci seu rosto”,
respondeu o sacerdote.
“Estou profundamente grato pela ajuda
que me deu. A desgraça caiu sobre mim
e cessei de viver. Procuro a instrução da
Iluminação e peço para indicar-me o
caminho.”
“Não vamos discutir erros do passado ou
ações corretas do presente. Os últimos
eventos são resultados imediatos de causas anteriores. Eu sei que Lu Meng feriu-lhe.
Você brada para que sua cabeça seja devolvida. Quem irá devolver também as cabeças
de suas diversas vítimas – Yan Liang, Wen Zhou e os guardiões das cinco passagens?”
Logo então, Guan, o Nobre, pareceu de repente compreender. Curvou-se em sinal de
assentimento e desvaneceu. Após essa aparição ao eremita, seu espírito percorreu
várias direções sobre a montanha, manifestando seu caráter sagrado e protegendo as
pessoas. p. 193-194.

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