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VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

SISTEMÁTICA VEGETAL II

Conteudista
Sônia Cristina de Souza Pantoja

Rio de Janeiro / 2010

Todos os direitos reservados à

Universidade Castelo Branco


UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

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Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou
por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo
Branco - UCB.

Un3s Universidade Castelo Branco

Sistemática Vegetal II / Universidade Castelo Branco. – Rio de Janeiro: UCB,


2010. - 36 p.: il.

ISBN 978-85-7880-077-2

1. Ensino a Distância. 2. Título.

CDD – 371.39

Universidade Castelo Branco - UCB


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Apresentação

Prezado(a) Aluno(a):

É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de gradu-
ação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando
oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente es-
peram retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma
estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua.

Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhe-
cimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica.

Seja bem-vindo(a)!
Paulo Alcantara Gomes
Reitor
Orientações para o Autoestudo

O presente instrucional está dividido em quatro unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e
conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam
atingidos com êxito.

Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades com-
plementares.

As Unidades 1 e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1.

Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das quatro unidades.

Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o
conteúdo de todas as Unidades Programáticas.

A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com
os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 60 horas-aula, que
você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros
presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso.

Bons Estudos!
Dicas para o Autoestudo

1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja
disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo.

2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite


interrupções.

3 - Não deixe para estudar na última hora.

4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor.

5 - Não pule etapas.

6 - Faça todas as tarefas propostas.

7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento
da disciplina.

8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a autoavaliação.

9 - Não hesite em começar de novo.


SUMÁRIO

Quadro-síntese do conteúdo programático .................................................................................................. 09


Contextualização da disciplina .................................................................................................................... 11

UNIDADE I

ANGIOSPERMAS

1.1 - Introdução ao APG e comparação com o Sistema de Cronquist ......................................................... 13

UNIDADE II

MAGNOLIÍDEAS

2.1 - Introdução ao clado ............................................................................................................................. 15


2.2 - Caracterização e identificação das famílias: Monnimiaceae, Lauraceae, Annonaceae,
Magnoliaceae e Piperaceae .......................................................................................................................... 15

UNIDADE III

MONOCOTILEDÔNEAS

3.1 - Caracterização e identificação das famílias: Araceae, Orchidaceae, Liliaceae, Arecaceae,


Bromeliaceae, Cyperaceae, Poaceae, Musaceae e Zingiberaceae ............................................................... 17

UNIDADE IV

EUDICOTILEDÔNEAS

4.1 - Caracterização do clado . ..................................................................................................................... 22


4.2 - Caracterização e identificação das principais famílias ........................................................................ 22

Glossário ...................................................................................................................................................... 31
Gabarito ....................................................................................................................................................... 32
Referências bibliográficas . .......................................................................................................................... 35
Quadro-síntese do conteúdo 9
programático

UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS

I - ANGIOSPERMAS • Introdução ao APG e comparação com o Sistema


1.1 - Introdução ao APG e comparação com o Sis- de Cronquist e caracterização do clado.
tema de Cronquist

II - MAGNOLIÍDEAS
2.1 - Introdução ao clado
2.2 - Caracterização e identificação das famílias: Mon-
nimiaceae, Lauraceae, Annonaceae, Magnoliaceae e
Piperaceae

III - MONOCOTILEDÔNEAS • Introdução ao clado, bem como, caracterização e


3.1 - Caracterização e identificação das famílias: identificação das principais famílias.
Araceae, Orchidaceae, Liliaceae, Arecaceae,
Bromeliaceae, Cyperaceae, Poaceae, Musaceae
e Zingiberaceae

IV - EUDICOTILEDÔNEAS
4.1 - Caracterização do clado
4.2 - Caracterização e identificação das principais famílias
Contextualização da Disciplina 11

Em Sistemática, iniciaremos os estudos das diversidades das plantas, organizando-as em grupos, utilizando
como base para esse estudo as relações evolutivas.

A Sistemática Vegetal é uma parte da botânica que agrupa plantas dentro de um sistema, como o nome mesmo
diz, considerando a morfologia interna e externa, as relações genéticas e afinidades, e até seu comportamento
na natureza, seus antepassados, ecologia, distribuição.

Existiram ao longo da história vários sistemas de classificação botânica. Neste instrucional, estaremos estu-
dando as famílias de Angiospermas baseado em APG II, que é sucessor de APG de 1998. É o mais moderno
sistema para classificação das angiospermas, utiliza critérios filogenéticos, foi publicado em 2003 e o signi-
ficado de APG vem do inglês Angiosperm Phylogeny Group, que é Grupo para a Filogenia das Angiospermas,
sendo revisado constantemente, está em pleno desenvolvimento e tem sofrido modoficações frequentes.

Este instrucional foi escrito e organizado de forma a permitir que o aprendizado se torne uma tarefa fácil e
agradável, buscando da melhor forma possível a síntese dos assuntos abordados. Sugerimos, para melhor apro-
veitamento, que seja revisto o instrucional de Organografia, assim os termos serão melhor assimilados.

Esta disciplina aprimora o estudo da sistemática, com estudos sobre os vegetais superiores, maior parte das
plantas que encontramos atualmente e que utilizamos na alimentação, vestuário etc. Tentamos proporcionar
uma introdução clara e atraente para cada assunto relacionado ao tema e, com referência atualizada aos tópicos,
permitindo que possam ser estudados com maior profundidade.

Neste instrucional estaremos dando continuidade à chamada botânica especial. No instrucional anterior, você
iniciou esse conhecimento com as plantas criptógamas e agora já está capacitado para se aprofundar um pouco
mais com as angiospermas, para tanto é necessário que você conheça mais alguns conceitos. Assim, logo no
primeiro capítulo teremos um esclarecimento quanto a técinas importantes de coleta e herborização de material
botânico; também é necessário que você conheça um pouco sobre a origem dos vegetais que estudaremos este
período, para que possa compreender a história evolutiva de cada grupo. Estes conhecimentos são imprescin-
díveis a qualquer biólogo.

Estaremos apresentando cada clado e comentaremos a distribuição geográfica do grupo, listando as ordens e
famílias, onde as mais representativas em nosso país serão caracterizadas, como também serão mencionadas
utilidades e nome vulgar, quando houver, e uma pequena descrição científica com as principais características
da família. Aproveite este tempo e lembre-se que descrições detalhadas serão encontradas no Livro de Souza
e Lorenzi, bem como nos três volumes de BARROSO, indicados na bibliografia deste instrucional, que devem
ser consultados sempre que necessário.

Agora, para iniciar seus estudos, passe para a Unidade I do instrucional, leia com tranqüilidade. Se facilitar,
pode ir sublinhando o texto, tente fazer os exercícios e as atividades complementares que o ajudarão, com
certeza, a adquirir maior conhecimento sobre o assunto. Caso precise, leia novamente fazendo um pequeno
resumo. Se a dúvida persistir ligue para o tutor.

Lembre-se, quando for responder às questões, é extremamente importante não procurar pelas respostas no
gabarito, pois somente assim você estará exercitando sua aprendizagem.

Bom estudo para você!


UNIDADE I 13

ANGIOSPERMAS

1.1 - Introdução ao APG e comparação com o Sistema de


Cronquit

APG ou Angiosperm Phylogeny Group (inglês) signi- classes Magnoliopsida (dicotiledôneas), com 6 subclas-
fica Grupo para a Filogenia das Angiospermas e foi de- ses e Liliopsida (monocotiledôneas), com 5 subclasses.
nominado por um grupo de renomados pesquisadores.

Este método de classificar os vegetais superiores, o As subclasses de Magnoliopsida são:


APG II foi publicado em 2003, é sucessor do APG
publicado em 1998 e é o mais atual método de clas- I- Subclasse Magnoliídae
sificar os vegetais, pois utiliza critérios filogenéticos, II- Subcl. Hammamelidae
diferindo dos sistemas anteriores que utilizavam cri- III- Subcl. Caryophyllidae
térios apenas morfológicos, por isso muito mais efi- IV- Subcl. Dillenidae
ciente. É claro que com uma mudança na forma de V- Subcl. Rosidae
classificar os vegetais a posição de inúmeras famílias VI- Subcl. Asteridae
foi alterada profundamente, se compararmos com o
sistema de Cronquist (1981 e 1988). As subclasses de Liliopsidas são:
I- Alismatidae
APG
II- Arecidade
Este sistema de classificação das angiospermas é III- Commelinidae
diferente, pois utiliza as categorias taxonômicas de IV- Zingiberidae
espécies até o nível de ordens. Acima de ordem, apre- V- Liliidae
senta termos não formais, separando os grandes gru-
pos por clados no lugar de taxon. Esta organização, O sistema de Engler antecede os dois sistemas an-
resumidamente, é a seguinte: teriores, sendo baseado basicamente em caracteres
morfológicos e divide as Angiospermas em Monoco-
tiledôneas e Dicotiledôneas.
Angiospermas
• Clado Magnoliídeas ANGIOSPERMAS BASAIS
• Clado Monocotiledôneas (Commelinídeas ou não)
• Clado Eudicotiledôneas Dentro da classificação conhecida para as angiosper-
• Núcleo Eudicotiledôneas mas observa-se um grupo chamado de Angiospermas
- Rosídeas Basais. Entre as famílias de angiospermas basais mais
Eurosídeas I conhecidas está Nymphaeaceae, uma família que reú-
Eurosídeas II ne representantes aquáticos e tem como espécie mais
- Asterídeas conhecida a Vitória-Régia (Victória Amazônica).
Euasterídeas I
Euasterídeas II As angiospermas basais não são monofiléticas e
apresentam diferenciação no perianto, apresentando
muitas tépalas, estames e carpelos livres.
Cronquist
Este grupo é formado por cinco ordens e oito famí-
O sistema de Classificação de Cronquist (1988) é o lias no total, mas no nosso país podemos encontrar
antecessor do sistema APG, sendo ainda muito utiliza- apenas quatro: Chloranthaceae, Nymphaeaceae, Ca-
do, dividindo as Magnoliophyta (Angiospermas) nas bombaceae e Ceratophyllaceae.
14

Vitória-Régia Nymphaeceae
Foto: www.ceunes.ufes.br/

Atividade Complementar
1 - Releia o capítulo e procure sublinhar os termos novos, buscando no dicionário de botânica o significado dos termos.

Exercícios de fixação
1 - Caracterize resumidamente o APG II.
UNIDADE II 15

MAGNOLIÍDEAS

2.1 - Introdução ao Clado

O clado inclui plantas pertencentes às mesmas que Clado magnoliídeas (magnoliids)


eram colocadas na subclasse Magnoliidae, no sistema
de Cronquist, que é o grupo basal da classe Magnoliop- • Ordem Canellales
sida (o nome do sistema de Cronquist para as dicotile- • Ordem Laurales
dôneas). Caracteriza-se por apresentar as mais primiti- • Ordem Magnoliales
vas características. Apresentam numerosos órgãos em • Ordem Piperales
espiral sobre receptáculo alongado (em geral), e esta
característica é encontrada, quase com exclusividade, Trataremos agora das famílias mais comuns entre
nas Magnoliales. Abaixo segue um resumo do clado: nós, com uma breve descrição e nomenclatura vulgar.

2.2 - Caracterização e Identificação das Famílias:


Monnimiaceae, Lauraceae, Annonaceae, Magnoliaceae
e Piperaceae
Ordem Laurales FAMÍLIA LAURACEAE Lindl.

FAMÍLIA MONNIMIACEAE Lindl.

Brasil: Apresenta cerca de 70 espécies.

Mais frequentes: Mollinedia.

Pequena descrição: Ervas ou arbustos, folhas


opostas, odoríferas. Flores unissexuais, dioicas ou
monoicas, estames numerosos sésseis ou quase,
Fonte: http://croatica.botanic.
ovário apocárpico, numerosos carpelos, perigônio
crasso. Fruto apocárpico, drupáceo. Sementes com
Brasil: Cerca de 25 gêneros e 400 espécies.
endosperma carnoso.

Mais frequentes: Ocotea, Nectandra chamada popular-


mente de “canela”, “louro” e “batalha”, Phoebe ou “imbuia”,
Persea (“abacateiro”, cultivado), Cinnamomum (“canela”,
“cânfora”, cultivados), Laurus (“louro”, cultivado).

Pequena Descrição: Árvores ou arbustos, (exceto Cassytha


que é trepadeira), folhas alternas (raro subopostas). Flores an-
dróginas ou unissexuais, monoclamídea, cálice esverdeado,
amarelado ou avermelhado, 9-6-3 estames com estaminódios
ou não disposição em 3-4 verticilos, filetes biglandulosos,
anteras bi ou tetralocelares. Ovário livre, unicarpelar, estilete
simples. Fruto baga, com cálice persistente (em geral), se-
mente com embrião bem desenvolvido.
Ordem Magnoliales Annona, cultivada, chamada de “ata”, “fruta-de-
16 conde”, “graviola” e “condessa”, Xylopia, Rollinia
conhecida como “araticum”, também são represen-
FAMÍLIA MAGNOLIACAE D.C. tantes dessa família.

Pequena descrição: Árvores até raramente lianas


com folhas aromáticas, alternas, sem estipulas. In-
florescências cimosa ou flor isolada, flores andró-
ginas (raro unissexuadas), cálice com três sépalas
(2-4), corola com seis pétalas (3-4), receptáculo
alongado, numerosos estames, lóculos alongadas,
rimosos ou com locelos transversais (raro estames
laminares), poucos a muitos carpelos livres. Fruto
apocárpico.

Ordem Piperales
http://croatica.botanic.hr

Brasil: Apenas o gênero Magnólia. Conhecida vulgar- FAMÍLIA PIPERACEAE Bail.


mente como “magnólia-amarela” e introduzido o Lirio-
dendron (“árvore-da-tulipa”, dos norte-americanos). Brasil: Cerca de 5 gêneros e 500 espécies.
Mais frequentes: Piper, conhecido popularmente
Pequena descrição: Árvores ou arbustos de folhas alter- com o nome de “jaborandi” e “pimenta-do-reino” (cul-
nas, estipuladas. Flores terminais e geralmente isoladas com tivados), e o gênero Peperomia.
receptálulo alongado, onde numerosos estames laminares
se inserem, lóculos da antera lineares e paralelos. Ovário Pequena descrição: Ervas ou plantas lenhosas, fo-
com carpelos livres entre sí. Fruto em geral apocárpico. lhas alternas, etipuladas ou não. Flores sésseis ou não,
em espigas densas, opositifólias, aclamídeas, andró-
FAMÍLIA ANNONACEAE Juss. ginas ou unissexuais, estames 2-6, livres, anteras ri-
mosas; ovário súpero, 1-4 carpelos, estigma em geral
Brasil: 33 gêneros e 250 espécies aproximadamente. séssil. Fruto indeiscente, baga ou drupa

Mais frequentes: Annona, chamada de “cabeça- É uma família tropical, muitas são utilizadas na me-
de-nego” ou “pinha” é nativa, e outra espécie de dicina popular ou como ornamental.

Atividade Complementar
1 - Releia o capítulo e procure sublinhar os termos novos buscando em dicionário de botânica o significado
dos mesmos.

Exercícios de Fixação
1 - Caracterize a família Lauraceae.
2 - Informe como podemos identificar no campo a família Piperaceae.
3 - Dê um exemplo de Annonaceae.
UNIDADE III 17

MONOCOTILEDÔNEAS

Introdução
As Monocotiledôneas são um grupo monofilético com característica bem próprias como, um só cotilédone
na semente, raiz fasciculada (cabelereira) e folhas paralelinérveas. Este grupo taxonômico é nomeado agora
Liliopsida de acordo Cronquist, ao qual pertencem os lírios.

3.1 - Caracterização e identificação das famílias: Araceae,


Orchidaceae, Liliaceae, Arecaceae, Bromeliaceae, Cyperaceae,
Poaceae, Musaceae e Zingiberaceae

Clado monocotiledôneas Família muito usada como ornamental, pelas carac-


terísticas das folhagens, outras são alimentares como
• Ordem Alismatales a taioba e inhame, porém muitas espécies são vene-
• Ordem Asparagales nosas devido a presença de oxalato de cálcio como o
“comigo-ninguém-pode”
• Ordem Dioscoreales
• Ordem Liliales
• Oordem Pandanales
• Ordem Arecales
• Ordem Commelinales
• Ordem Poales
• Ordem Zinginberales

Trataremos apenas as famílias mais comuns entre


nós, com uma breve descrição e nomenclatura vulgar.

Ordem Alismatales

FAMÍLIA ARACEAE
Brasil: 35 gêneros e 400 espécies. http://www.botany.wisc.edu/garden/UW-Botanical_Garden/Araceae.html

Mais frequentes: Anthurium (antúrios), Philoden-


Ordem Asparagales
dron (filodendros), Scindapsus ("jiboia"), Dieffen-
bachia ("comigo-ninguém-pode”).
FAMÍLIA ORCHIDACEAE
Pequena descrição: Ervas terrestres ou epífitas (raro
aquáticas). Folhas alternas espiraladas ou dísticas, com a Brasil: 200 gêneros e 2.500 espécies.
nervação algumas vezes peninérvea. Inflorescência em es-
pádice simples, com espata vistosa. Apresenta flores bisse- Mais frequentes: Sophronitis, Epidendrum, entre
outras (“orquídea”).
xuais ou unissexuais pouco vistosas, nuas, ou seja, sem ver-
ticilo de proteção, ou monoclamídeas, cálice 4-6, estames Pequena descrição: Herbáceas, perenes, terrestres,
livres ou não, anteras poricidas (raro) ou rimosas, gineceu rupículas ou epífitas, raro trepadeiras. Folhas geral-
gamocarpelar, ovário súpero. Fruto baga, drupa (raro). mente alternas, suculentas, em geral paralelinérveas.
Inflorescências em panículas, racimos ou espigas, ou Ordem Arecales
18 isoladas. Flores zigomorfas, trímeras, 3 externos, 2
internos e o 3º diferente (labelo). Androceu, 1 ou 2
estames férteis, anteras com 2 tecas, pólen em massa FAMÍLIA ARECACEAE (Palmae)
(polínios), ovário ínfero, tricarpelar. Fruto cápsula.
Brasil: 40 gêneros e 200 espécies.
Família explorada economicamente pelo potencial
paisagístico muito apreciado pelas pessoas. Na flora Mais frequentes: Cocos ("coqueiro"), Euterpe
da mata atlântica, encontramos inúmeras espécies, ("palmito"), cultivado e Phoenix ("tamareira").
bem como na Floresta Amazônica (ao contrário que
Pequena descrição: Palmeiras. Caule estipe. Folhas
se supunha anteriormente).
palmadas ou penadas. Inflorescências em espádice
composto, com bráctea lenhosa (espata), flores tríme-
ras em 2 séries, unissexuais (hermafroditas), 6 esta-
mes, ovário súpero na feminina, trilocular uniovulado
(um só lóculo é fértil em Cocos). Fruto seco ou carno-
so, indeiscente, em geral com uma única semente.

A família se destaca economicamente, pois várias
espécies são utilizadas como ornamentais, como as
plameiras-de-leque, outras são usadas na alimentação
como coqueiro ou palmito-juçara, o dendê, açaí, pu-
punha, entre inúmeras outras.

http://www.flickr.com/photos

Ordem Liliales

FAMÍLIA LILIACEAE
Mundo: 220 gêneros e 3.500 spp. Ampla distribui-
ção mundial.

Mais frequentes: Asparagus, Allium sativum L.


(“alho”), A. porrum L. (“alho-porró”), A. cepa L.
(“cebola”), Lilium candidum L. (“lírio-branco”).

Pequena descrição: Herbáceas, bulbosas ou rizoma-


tosas. Folhas alternas ou rosuladas, sésseis, raro pecio-
ladas, às vezes suculentas. Inflorescências em racimos, Fonte: http://www.internationalfreshfaces.com/tennessee/images/
umbela ou monocásio. Flores hermafroditas, raro não, Palm-arecaceae.png
vistosas, trímeras em 2 séries, lívres ou concrescidas
na base. Estames 6, ovário súpero ou semi-ínfero, trilo-
cular, com óvulos numerosos. Fruto cápsula. Ordem Poales

FAMÍLIA BROMELIACEAE
Brasil: 40 gêneros e 1200 espécies.

Mais frequentes: Bromelia. (“gravatá”), Tillandsia.


(“barba-de-velho”), Ananas (“abacaxi”).

Pequena descrição: Herbáceas e, em geral, acaules ter-


restre ou epífitas. Folhas imbricadas na base e em rosetas,
Fonte http://theseedsite.co.uk/liliaceae.html com margens espinhosas. A maioria é epífita. Inflorescên-
cia cimosa ou racemosa, geralemtne com brácteas vistosas. Família de potencial ornamental como bromélias,
Flores hermafroditas, trímeras, androceu 6 estames, ovário gravatás e comestível como o abacaxi. São muito 19
trilocular, súpero ou ínfero, com muitos óvulos. Fruto ba- comuns em florestas úmidas, em especial na mata
ciforme ou capsular; semente frequentemente aladas. atlântica.

Fonte http://www.sacha.org/envir/deserts/images/illus172.jpg

FAMÍLIA CYPERACEAE triangular. Folhas com nervação paralela, bainha


bem desenvolvida, fechada, sem lígula. A unida-
Brasil: Cerca de 45 gêneros e 500-600 espécies. de floral é a espiguilha (2 glumas, 1-2 glumelas),
perianto é ausênte ou rudimentar representado por
Mais frequentes: Cyperus pelos, cerdas ou escamas. Estames 1-6 (maioria
3), anteras basifixas. Ovário súpero, tricarpelar,
Pequena descrição: Herbáceos e perenes, em unilocular, uniovulado, 2 (3) estigmas plumosos.
geral rizomatosas, com caule sólido de secção Fruto aquênio.

Fonte http://www.jadu.de/pm/pics/papyrus4.jpg
FAMÍLIA POACEAE – Gramineae oco ou cheio. Folhas com nervação paralela, bai-
20 nha larga e aberta, com lígula na base do limbo,
Brasil: Cerca de 180 gêneros e 1500 espécies. Uma uma só folha por nó. Inflorescência básica é a
das maiores famílias de angiorpermas e de maior im- espiguilha (ou espículas com 1-50 flores), flores
portância econômica. hermafroditas (raro não), proteginas em geral por
duas glumelas, lema (inferior) e pálea (superior),
Mais frequentes: Avena sativa L. (“aveia”), Bam- perianto é ausênte ou representado em geral por 2
busa arundinaceae Retz. (“bambu”), Digitaria san- ou 3 lodículas. Estames 3 (1, 6, 9), anteras dorsifi-
guinalis (L.) Scop. (“capim-pé-de-galinha”), Cymbo- xas. Ovário súpero, unilocular, uniovulado, 2 (1, 3)
pogon nardus (L.) Rendle (“citronela”). Cultivados: estigmas plumosos. Fruto tipicamente cariopse (há
Zea (“milho”), Triticum (“trigo”), Orysa (“arroz”). exceções), as vezes aquênio.

Pequena descrição: São plantas herbáceas, anu- Observe as principais diferenças entre as famílias no
ais ou perenes, em geral rizomatosas com colmo quadro abaixo:

FAMÍLIAS
Características Poaceae Cyperaceae
Secção do caule circular triangular
Bainha aberta fechada
Lígula presente ausênte

Ordem Zinginberales Pequena descrição: Herbáceas de grande porte.


Rizoma na maioria. Folhas em espiral, inteiras, pe-
ninérveas, pecioladas ou embainhadas. A inflores-
FAMÍLIA MUSACEAE cência é em espiga, panícula ou cimeiras reduzidas
a dicásios, em geral envolvidas por bráctea colorida,
Mundo: 6 gêneros e 150 espécies especialmente espatáceas. Flores hermafroditas ou unissexuais, zi-
tropicais. No Brasil não ocorre espécies nativas. gomorfas, diclamídeas, trímeras, 6 tépalas, livres ou
concrescentes. Androceu com 5 estames e em geral
Mais frequentes: Heliconia brasiliensis Hook. 1 estaminódio, ovário ínfero, trilocular com muitos
(“bananeirinha-do-mato”), Musa nana Lour. (“ba- óvulos. Fruto partenocárpico em Musa.
nana-nanica”), Musa paradisiaca L. var. sapientum
(L.) Ok. (“banana-prata”), Strelitzia reginae Banks
(“bananeira-rainha”). FAMÍLIA ZINGIBERACEAE
Brasil: 1 gênero e cerca de 17 espécies.

Mais frequentes: Renealmia (única brasileira),


Amomum, Hedychium coronarium Koenig. (“lírio-
do-brejo”), Zingiber officinale Koenig. ("gengibre"
- Cultivadas).

Pequena descrição: Herbáceas aromáticas. Folhas


com lígula entre limbo e bainha ou entre limbo e pe-
cíolo. Inflorescência em espiga, panícula, racimo, ou
flores solitárias. Flores hermafroditas, zigomorfas,
trímeras, perianto tubular. Androceu com 1 estame
fértil, antera grande, 4 estaminódios petalóides. Ová-
rio ínfero, trilocular, estilete longo abrigado no sulco
do filete que continua entre as tecas da antera. Fruto
cápsula ou baga, sementes com arilo.

Economicamente, pode-se destacar o gengibre na
Fonte http://www.oisat.org/images/bananaITTA.jpg alimentação e medicinal e outras ornamentais.
21

Fonte http://www.thewildclassroom.com/biodiversity/floweringplants/images/Zingiberaceae--

Atividade Complementar
1 - Vá ao campo e colete flores de palmeira. Com o auxílio de uma lupa, faça uma pequena descrição deste
espécime e compare com uma dicotiledônea para estabelecer as diferenças.

Exercícios de fixação
1 - Euterpe sp, conhecido vulgarmente como “palmito”, é muito explorado economicamente, desaparecendo
das nossas matas. Este é um representante muito importante de uma família, informe o nome dela.

2 - Anthurium, Philodendron, Scindapsus ("jiboia"), Dieffenbachia ("comigo-ninguém-pode") e Alocasia


("inhame") são plantas que representam a família Araceae. Informe a principal característica desta família.

3 - Diferencie Cyperaceae de Poaceae.

4 - Cite nomes vulgares para a família Bromeliaceae.

5 - Informe a principal característica de Zingiberaceae.


22 UNIDADE IV

EUDICOTILEDÔNEAS

Introdução
Eudicotiledônea significa que só serão incluídas as plantas que realmente tiverem dois cotilédones (eu= ver-
dadeiro).Este clado representa as principais classes de dicotiledôneas do sistema anterior, inicialmente contidas
dentro do grupo das dicotiledôneas, este grupo foi dividido em outros por não ser monofilético, assim foram
incluídas as plantas com pólen triaperturado, tornando o grupo monofilético.

4.1 - Caracterização do Clado


Segue um pequeno resumo, em seguida estu- - Asterídeas
daremos as famílias mais importantes dentro Euasterídeas I
dos grupos: Euasterídeas II
• Núcleo Eudicotiledôneas
Clado Eudicotiledôneas • Ordem Dilleniales
• Ordem Gunnerales
• Núcleo Eudicotiledôneas • Ordem Caryophyllales
• Ordem Santalales
- Rosídeas • Ordem Saxifragales
Eurosídeas I
Eurosídeas II Estudaremos apenas Caryophyllales.

4.2 - Caracterização e Identificação das Principais Famílias

FAMÍLIA NYCTAGINACEAE LINDL. Pequena descrição: Ervas anuais (raro perenes).


Folhas carnosas, alternas, opostas ou verticiladas. In-
Brasil: Cerca de 10 gêneros e 70 espécies. florescência ou isolada.Flores andróginas, Perigônio
corolínico 4-5 sépalas cercado por invólucro calici-
Mais frequentes: Bougainvillea (“primavera”, forme com 2 brácteas, de 4 a vários estames, 3-5 esti-
“três-marias”, “Bugainvíle”), Mirabilis (“maravi-
lha”), Boerhavia (introduzida, “erva-tostão”, com letes. Fruto cápsula.
fins medicinais ou como refrigerante no Ceará cha-
mado “pega-pinto”), Neea (usada para chás).
Clado Rosídeas
Pequena descrição: Árvores, arbustos, lianas ou
ervas. Folhas opostas (raro alternas) sem estípulas. Neste clado estudaremos apenas a ordem Myrtales.
Inflorescência cimosa. Flores vistosas, andróginas ou
unissexuais, com ou sem rudimento abortado, mono-
clamídeas, ovário súpero, unilocular, uniovulado, es- Ordem Myrtales
tigma discoide ou penicelado. Fruto aquênio ou noz.
Algumas são ornamentais pelas vistosas brácteas.
FAMÍLIA MYRTACEAE R. Br.
FAMÍLIA PORTULACACEAE JUSS. Brasil: 23 gêneros e cerca de 1000 espécies em todo o país.
Brasil: 2 gêneros com cerca de 30 espécies.
Mais frequentes: Psidium ("goiabeira"), Myrciaria
Mais frequentes: Portulaca (“onze-horas”, “beldroega”) ("jabuticabeira"), Eugenia ("cabeludinha", "pitan-
e Talinum (“pulguinha”). ga"). Cultivadas: Eucalyptus.
Pequena descrição: Plantas lenhosas com canais ole- Clado Eurosídeas I
íferos (pontos translúcidos) nas folhas, flores e frutos. 23
As brasileiras característicamente possuem o tronco de Neste clado estudaremos apenas as ordens Cucurbi-
casca lisa, separando todo ano o ritidoma. Folhas sim- tales, Fabales, Malpighiales e Rosales
ples, opostas em geral. Inflorescência cimosa ou flor
isolada. Flores andróginas, actinomorfas, diclamídeas,
dialipétalas. Androceu com estames numerosos. Ová- Ordem Cucurbitales
rio ínfero. Fruto baga, drupa, cápsula ou núcula.

É uma família importante economicamente com explora- FAMÍLIA CUCURBITACEAE Juss.


ção de madeira, aromatizantes, produtos de limpeza (Euca-
pyptus), outras são ornamentais, outras, ainda, são usadas na Brasil: 30 gêneros e 200 espécies.
culinária como o cravo-da-índia ou como alimento como: a
goiaba, a jabuticaba, a pitanga e o jambo, entre outras. Mais frequentes: Momordica (“melão-de-são-
caetano”). Cultivados: Cucurbita (“abóbora”), Citrullus
(“melancia”), Cucumis (“pepino”, “melão”), Sechium
FAMÍLIA MELASTOMATACEAE Juss. (“chuchu”).
Brasil: 70 gêneros e cerca de 1000 espécies em todo o país. Pequena descrição: Ervas ou subarbustos, com ou
sem gavinhas. Folhas alternas, com estípulas. Flores
Mais frequentes: Miconia, Tibouchina ("quaresmeira"),
unissexuais, diclamídeas, pentâmeras, gamopétalas,
Leandra e Salpinga.
androceu com 5 estames, às vezes unidos pelas an-
Pequena descrição: São espécies ornamentais. Árvo- teras e filetes, algumas vezes as tecas são retorcidas.
res a ervas. Folhas opostas sem estípulas; nervura das Ovário ínfero, tricarpelar, unilocular, com muitos
folhas 3-9, curvinérvias (Mouriria peninérvia) com ner- óvulos. Fruto peponídio. Muitas espécies são culti-
vuras secundárias transversais. Inflorescências cimosas vadas pelo seu interesse comercial como a melancia,
ou racemosas. Flores diclamídeas, dialipétalas, herma- melão, pepino, abobrinha, abóbora, chuchu, maxixe.
froditas, estames diplostêmones (geralmente) 8-16, an- Comportam-se como espécies invasoras.
teras poricidas, falciformes; gineceu com ovário livre,
mediano ou ínfero, 2-15 carpelos, com 2 ou mais lócu-
los. Fruto cápsula ou baga. A sistemática do grupo é di- Ordem Fabales
fícil pelo grande número de gêneros mal delimitados.
FAMÍLIA FABACEAE (LEGUMINOSAE)
Brasil: 200 gêneros e cerca de 1.500 espécies.

Espontâneas mais frequentes: Mimosa (“sensitiva”,


“bracatinga”, “jurema”, “sabiá”), Calliandra (“esponjinha”),
Inga (“ingá”), Pithecellobium (“olho-de-cachorro”), Parkia
e Piptadenia (“angico”). Cassia (“fedegoso”, “cigarreira”,
“chuva-de-ouro”), Caesalpinia (“pau-brasil”, “pau-ferro”,
“falso-flamboyant”), Bauhinia (“unha-de-vaca”) Copaifera
(“copaíba”), Hymenaea (“jutaí”, “jatobá”). Fabaceae-
Crotalaria, Erythrina, Andira, Sophora, Dalbergia,
Indigofera, Desmodium, Clitoria e Mucuna.

Cultivadas:Acacia(“acácia-negra”,“acácia-mimosa”).
Delonix (“flamboyant”), Tamarindus (“tamarindo” -
África). Phaseolus (“feijão”), Pisum (“ervilhas”), Lens
(“lentilhas”), Vicia (“fava”), Cicer (“grão-de-bico”),
Lupinus (“tremoços”), Glycine (“soja”), Canavalia
(“feijão-de-porco”), Arachis (“amendoim”).

Pequena descrição: De ervas a árvores. Folhas variadas.


Algumas são plantas armadas. Inflorescência racemosa,
flores de cálice gamossépalo (raro dialissépala), corola
dialipétala ou não, pétalas actinomorfas ou zigomorfas.
Androceu 10 estames. Gineceu unicarpelar. Fruto carac-
Fonte http://www.phylodiversity.net/borneo/delta/Itemscan/genastro.gif terístico é o legume, mas podemos encontrar outros.
Esta família é muito importante economicamente, sendo Pequena descrição: Árvores, arbustos ou ervas, raro
24 impossível apresentar em sua totalidade sua importância. epífitas, latescentes ou não. Folhas alternas, opostas ou
verticiladas, sem estípulas. Flores diclamídeas, diali-
A família apresenta 4 subfamílias Cercideae, Mi- pétalas, androceu com muitos estames; ovário súpero,
mosoideae, Faboideae e Caesalpinioideae. gamocarpelar, muitos óvulos. Fruto em geral seco.

Ordem Malpighiales
FAMÍLIA MALPIGHIACEAE Juss.
FAMÍLIA VIOLACEAE Juss. Brasil: 38 gêneros e cerca de 300 espécies em todo o país.
Brasil: 14 gêneros e cerca de 70 espécies.
Mais frequentes: Byrsonima ("murici"), Camarea,
Mais frequentes: Anchietea (“cipó-suma”). Culti- Stigmaphyllon, Tetrapterys, Malpighia ("cerejeira-do-
vados: Viola (“Violeta”, “amor-perfeito”). Pará"). Cultivadas: Malpighia (“cereja-das-antilhas”).

Pequena descrição: De árvores a ervas. Folhas sim- Pequena descrição: Lianas ou arbustos (raro árvo-
ples, alternas. Flores andróginas, diclamídeas, zigomor- res). Folhas opostas com pêlos malpiguiáceos, fre-
fas, pentâmeras, dialissépalo, dialipétala e longamente quentemente com glândulas. Flores com glândulas ou
calcarada. Ovário súpero. Fruto cápsula trivalvar. não, pétalas unguículas. Androceu com 10 estames.
Gineceu tricarpelar, ovário súpero, trilocular, uniovu-
Algumas como o amor-perfeito são de interesse orna- lado. Fruto cápsula, raro alado.
mental, bem como a violeta do gênero Viola (cuidado
para não confundir com a violeta africana, muito co-
mercializada, pois pertence a família Gesneriaceae). FAMÍLIA EUPHORBIACEAE R. Br.

FAMÍLIA PASSIFLORACEAE Meissn. Brasil: 70 gêneros e cerca de 100 espécies em todo


o país.
Brasil: 5 gêneros e 120 espécies aproximadamente.
Mais frequentes: Croton (“sangue-de-dragão”),
Mais frequentes: Passiflora (“maracujá”, “flor- africana, Manihot ("mandioca"), Joannesia (“ánda-
da-paixão”). açu” ou “purga-de-cavalo”, provocam violentas de-
sinterias) Jathropha ("pinhão-do-paraguai", também
Pequena descrição: Plantas escandentes, com ga- provocam violentas desinterias). : Cultivadas orna-
vinhas. Folhas alternas, com nectários peciolares ou mentais: Euphorbia ("coroa-de-cristo), Poinsettia
nos bordos das lâminas. Flores andróginas ou unisse- (“flor-de-papagaio”) Acalypha.
xuais, diclamídeas, pentâmeras, androceu com 5 es-
tames em andróforo, anteras rimosas, ovário súpero. Pequena descrição: De árvores a ervas, latescentes,
Família com potencial ornamental e alimentício. folhas alternas, estipuladas. Flores unissexuadas. Inflo-
rescências característica ciátio e variável, podendo ser
FAMÍLIA CLUSIACEAE (GUTTIFERAE) cimosa ou racimosa. Flores não vistosas unissexuadas,
actinomorfas, envolvidas em geral por brácteas visto-
Brasil: 18 gêneros com cerca de 150 espécies. sas. Fruto capsular ou raro baga, drupa ou sâmara.

Mais frequêntes: Kielmeyera (“pau-santo”), Ca- Muitas espécies com interesse econômico como a se-
raipa, Clusia (Flores brancas, litorâneas). ringueira e o aipim que são alimentícias e tantas outras
usadas como ornamentais como bico-de-papagaio, co-
Cultivada: Mammea (frutos comestíveis). roa-de-cristo, entre outras. Muitas são tóxicas e cau-
sam sérios acidentes, principalmente em crianças.

Ordem Rosales

FAMÍLIA ROSACEAE A.L. Jussieu


Brasil: 9 gêneros e cerca de 25 espécies, especial-
mente no sul e sudeste.

Mais frequentes: Prunus, Rubus e Quillaja. Cul-


tivados: Malus (“maçã”), Pyrus (“pêra”), Cydonia
Fonte http://farm3.static.flickr.com (“marmelo”), Eryobotrya (“nêspera” ou “ameixa-
amarela”), espécies de Prunus (“cereja”, “pêssego”, (“quiabo”, “rosélia” e “vinagreira”).Engloba a antiga
“ameixa-do-japão”), Fragaria (“morango”), Rubus Bombacaceae com: Pseudobombax, Chorisia (“pai- 25
(“framboesa”), Rosa (“rosa”). neira”), Ceiba, Ochroma (balsa da Amazônia). Cul-
tivados: Adansonia (“baobá”).
Pequena descrição: De árvores a ervas, folhas simples ou
compostas, alternas, estipuladas. Flores isoladas andróginas Pequena descrição: Ervas, subarbustos, arbustos,
ou unissexuais, a característica mais marcante talvez seja a árvores. Folhas alternas, simples ou compostas, es-
presença de um receptáculo com eixo plano ou côncavo, tipuladas. Flores vistosas, actinomorfas, andróginas,
onde nos bordos inserem-se as sépalas, pétalas e estames; raro unissexuadas, diclamídeas, bráctea abaixo do cá-
estames numerosos; os carpelos são geralmente livres. lice (calículo), estames numerosos, pólen com exina
espinhosa ou lisa, ovário súpero.
Família de interesse econômico como já vimos os
exemplos acima e alguns são usados na fabricação de
móveis finos e cachimbos. Clado Asterídeas

FAMÍLIA MORACEAE Lindl. Euasterídes I


Brasil: Cerca de 27 gêneros e 250 espécies. Neste clado estudaremos as ordens Gentianales
e Lamiales.
Mais frequentes: Ficus (“Figueira”, “mata-pau”),
Brosimum, Dorstenia e Cecropia (“Embaúba”, “Im-
baúba”) são nativos. Entre os cultivados Morus (“amo- Ordem Gentianales
reira”, as folhas servem de alimento para a lagarta do
bicho-da-seda), Artocarpus (“jaqueira”, “fruta-pão”),
Cannabis (“cânhamo”, as inflorescências secas são o FAMÍLIA RUBIACEAE Juss.
“haxixe”, “marijuana” ou “maconha”).
Brasil: 130 gênora e 1500 espécies.
Pequena descrição: Árvores, arbustos, ervas ou trepa-
deiras, geralmente lactescentes. Folhas alternas (raro opos- Ex.: Borreria, Richardia, Manethia, Bathysa, Wars-
tas), simples, estipuladas. Flores unissexuadas, monóicas cewiczia ("papagaio"), Psychotria (venenosa, "erva-
ou dióicas, monoclamídeas ou nuas. Flores masculinas de-rato"), Genipa ("genipapo"), Calycophyllum ("pau-
com ou sem rudimento de ovário, ovário súpero, bicarpe-
mulato"). Cultivada: Coffea (África - "café").
lar, unilocular. Fruto composto, com aquênios ou drupas.
Pequena descrição: De árvores a ervas. Folhas opos-
FAMÍLIA URTICACEAE Endl. tas com estípulas interpeciolares. Flores geralmente
andróginas, androceu com 4-5 estames, ovário ínfero.
Brasil: Cerca de 12 gêneros e 80 espécies.
Família de interesse econômico como café, genipapo
Mais frequentes: Pilea (“brilhantina”), Urtica e e diversas ornamentais.
Urera (“urtigas”), Boehmeria.

Pequena descrição: Ervas, arbustos ou subarbustos.


Folhas são alternas ou opostas, geralmente estipuladas,
com ou sem pelos urticantes. Flores unissexuais, mono-
clamídeas, tetrâmeras ou pentâmeras, filetes dobrados no
botão floral, flores femininas com ou sem cálice, ovário
súpero, bicarpelar, unilocular. Fruto aquênio ou drupa.

Clado Eurosídeas II
Neste clado estudaremos apenas a ordem Malvales.

FAMÍLIA MALVACEAE Adans.


Brasil: 80 gêneros e 400 espécies aproximadamente.

Mais frequentes: Sida, Pavonia, Gaya, Hibiscus.


Cultivados: Hibiscus, Malvaviscus (“malvavisco”), http://www.br.fgov.be/PUBLIC/IMAGES/PICTURES/
Malva (“malva-de-cheiro”). Comestíveis: Hibiscus rubiaceae_characteristics.jpg
FAMÍLIA APOCYNACEAE Juss. Clado Euasterídes II
26
Brasil: 90 gêneros e 850 espécies. Neste clado estudaremos as ordens Apiales e Asterales.

Mais frequentes: Aspidosperma ("pau-pereira" –


nordeste, "peroba"), Hancornia ("mangaba"-NO e Ordem Apiales
NE), Plumelia ("jasmim-manga"), Allamanda (tre-
padeira), Lochnera ("vinca" - cultivada). Muitas são
venenosas, outras como Rauwolfia são medicinais. FAMÍLIA APIACEAE Juss.
Pequena descrição: De árvores até trepadeiras, geral- Brasil: 8 gêneros e cerca de 100 espécies, sul e sudeste.
mente laticíferas; folhas simples, geralmente com glân-
dulas na base do limbo ou do pecíolo. Prefloração geral- Mais frequentes: Apium, Eryngium. Daucus ("cenou-
mente imbricada. Androceu 4-5 estames sésseis ou filetes ra"), Pimpinella ("erva-doce"), Coriandrum ("coentro").
curtos anteras acuminadas. Ovário súpero ou semi-ínfero,
bilocular ou unilocular, disco nectarífero presente. Pequena descrição: Ervas anuais ou bianuais.
Folhas profundamente partidas (exceto Centella e
Ordem Lamiales Hydrocotyle que são inteiras), alternas (rosuladas ou
opostas), com larga bainha envolvendo o caule. Flores
pequenas em inflorescência do tipo umbela ou paní-
FAMÍLIA BIGNONIACEAE Juss. cula de capítulos, andróginas, diclamídeas, dialipéta-
las, geralmente protândricas (só amadurece o gineceu
Brasil: 50 gêneros e 350 espécies.
após a queda dos estames. 5 estames, alternipétalos;
Mais comum: Tabebuia ("ipê"), Jacaranda ("jacaran- ovário ínfero, bicarpelar, bilocular, uniovulado. Fruto
dá"). Cultivada: Spathodea com flores vermelhas, africana. seco. Presença de canais oleíferos.

Pequena descrição: Plantas lenhosas, geralmente lia-


nas com folhas opostas (raro alternas). Flores com pre-
floração imbricada, vistosas, andróginas zigomorfas,
diclamídeas, gamopétala e bilabiada; 4 estames didína-
mos, e um estaminódio. Sementes com ou sem alas.

FAMÍLIA LAMIACEAE (Labiatae).


Brasil: 26 gêneros 350 espécies.

Ex.: Salvia ("sangue-de-adão"), Leonotis ("cordão-


de-frade"). Cultivada: Hyptis ("cravo"), Mentha
("hortelã-pimenta"), Origanum ("orégano", "manje-
ricão"), Melissa ("erva-cidreira").

Pequena descrição: Geralmente ervas. A corola é


tubulosa e diferenciada em lábio superior e inferior.
Ovário com estilete ginobásico, 2 óvulos por carpelo.

Muitas ervas aromáticas fazem parte deste grupo.

Fonte: http://courses.washington.edu/bot113/family_pages/
Umbelliferae/slide052.jpg

Ordem Asterales

FAMÍLIA ASTERACEAE Giseke (Compositae)


Brasil: 300 gêneros e 2000 espécies. Ampla distri-
http://www.fossilflowers.org/users/dws/12_29_05_4/LamiaceaeIndet/ buição. Vivem no nível do mar até a montanha.
LamiaceaeIndet1.JPG
Ex. Vernonia ("assa-peixe"), Eupatorium, Mika- iguais ou difernciadas do raio e do disco. Cálice
nia ("guaco"), Solidago, Bidens ("picão"). Cultiva- transformado em “papus”. Androceu com 5 estames 27
da: Cichorium ("chicórea"), Lactuca ("alface"), Cy- sinanteros, ovário ínfero uniovulado. Fruto em geral
nara ("alcachofra"). aquênio.

Pequena descrição: Ervas ou subarbustos, raro Família muito bem representada no nosso país e
arbustos. Inflorescência típica é o capítulo. Flores muito utilizada na medicina popular.

http://www.biologie.uni-hamburg.de/b-online/library/webb/BOT410/Angiosperm/Aster/

Atividade Complementar
1- Vá ao campo e colete um exemplar de cada clado, desenhe e compare com os livros indicados, identificando
suas partes.

Exercícios de fixação
1- Informe a característica principal das famílias que se seguem: Piperaceae e Melastomataceae.

2- Esquematize uma passifloraceae denominando suas partes:

a) Flor

b) Androceu

c) Gineceu

3- Esquematize uma Moraceae.

4- Após coletar e analizar uma Portulacaceae classifique-a quanto:

Sexo......................................

Número de verticilos protetores..............................

Porte......................................
5- Transcreva o texto abaixo de forma que um leigo em botânica possa entender.
28
Ervas, heliófilas, com folhas alternas, crassas, sésseis. Flores diclamídeas, trímeras, androceu, diplostêmo-
nes, gamostêmones, ovário súpero, estigma bífido. Fruto baga.

R: Ervas, ......................, com folhas ................., ....................., ...................... Flores ........................., .....................,
androceu ....................., .........................., ovário ..........................., estigma bífido. Fruto ....................

6- A família Euphorbiaceae está representada pelos gêneros Euphorbia, como a “coroa-de-cristo” e Ricinus,
como a “mamona”, entre outros. A família apresenta-se bem característica. Informe como reconhecê-la.

7- Pesquise nomes vulgares para as Malpighiaceae.

8- Informe a principal característica da família Asteraceae.

9- O “ipê” e o “jacarandá” são representantes importantes de uma família muito característica. Informe o nome
desta família.

10- Informe nomes vulgares da família Asteraceae, cujos representantes são muito populares em chás e na
alimentação.
29

Se você:
1) concluiu o estudo deste guia;
2) participou dos encontros;
3) fez contato com seu tutor;
4) realizou as atividades previstas;
Então, você está preparado para as
avaliações.

Parabéns!
AUTOAVALIAÇÃO FINAL
30
1- Elabore uma chave dicotômica para as famílias Cyperaceae, Gramineae e Orchidaceae.

2- Transcreva o texto abaixo, utilizando termos técnicos botânicos:

Flores com um verticilo protetor, 5 peças neste verticilo, dois sexos, o masculino com 5 estames, o ovário
preso acima dos outros verticilos.

R: Flores ....................., ..........................., ............................, androceu ......................, gineceu com ovário ................... .

3- Informe as características principais das famílias que se seguem:

FAMÍLIA CARACTERÍSTICA PRINCIPAL


Rubiaceae
Malpighiaceae
Melastomataceae
Asteraceae
Poaceae
Euphorbiaceae

4- Diferencie Zingiberaceae de Orchidaceae.

5- Inflorescência em ciátio é uma característica importante de uma família. Informe o nome desta família.

6- Esquematize uma Apocynaceae.

7- Informe o nome da família que apresenta inflorescência em capítulo.


Glossário
31
Todas as palavras utilizadas neste instrucinal são palavras técnicas, já trabalhadas no instrucional de Organografia
Vegetal, qualquer dúvida consultar:

• VIDAL, W. N. & VIDAL. Taxonomia Vegetal. Viçosa, MG. Univ. Fed. de Viçosa. 3a ed. 1992, 89 p il.

• FONT-QUER. P. 1977. Dicionario de Botánica. Ed. Labor, S.A. Barcelona. 1997, 1244pp.

• Instrucional de Organografia.
Gabarito
32
Unidade I
1- Resumidamente, é a seguinte:

Angiospermas
Clado Magnoliídeas
Clado Monocotiledôneas (Commelinídeas ou não)
Clado Eudicotiledôneas
Núcleo Eudicotiledôneas
Rosídeas
Eurosídeas I
Eurosídeas II
Asterídeas
Euasterídeas I
Euasterídeas II

Unidade II
1- Apresenta estames tetralocelares distribuídos em séries e as flores são trímeras.

2- Podemos identificar no campo a família Piperaceae pela presença da inflorescência típica que é a espiga
densa e opositifólia.

3- Annonaceae pode ser representada pela fruta-de-conde.

Unidade III
1- Arecaceae.

2- A principal característica desta família é a inflorescência em espádice.

3- Cyperaceae e Poaceae.

FAMÍLIAS
Características Poaceae Cyperaceae
Secção do caule circular triangular
Bainha aberta fechada
Lígula presente ausênte

4- Gravatá, ananás e abacaxi.

5- Presença de uma única antera, por entre as teças passam o estilete.

Unidade IV
1- Piperaceae - espiga densa e Melastomataceae: folhas curvinérveas

2- Esquema baseado no livro Barroso vol1.

3- Deverá utilizar a bibliografia e escolher qualquer exemplar para desenhar.

4- Sexo - andrógina
Número de verticilos protetores pentâmera.
Porte erva.
5- Ao sol – 1 folhas por nó, alternando-se - suculentas – sem pecíolo – com 2 verticilos protetores – 3 sépalas
ou pétalas – com o dobro de estames – unidos – acima das peças – carnoso e sem caroço. 33
6- inflorescência típica ciátio.

7- “Cereja-das-antilhas”, “acerola”, “muruci” etc.

8- Inflorescência em capítulo.

9- Bignoniaceae.

10- “Picão”, “chicórea” e “guaco”.


GABARITO DA AUTOAVALIAÇÃO FINAL
34
1- Chave:

1. Flores com labelo....................................................... Orchidaceae.


1’. Flores sem labelo
2. Seção triangular do caule................................Cyperaceae.
2’. Seção do caule circular..................................Gramineae.

2- Flores: monoclamídeas, pentâmeras, androginas. Androceu: isostêmone. Gineceu com ovário: súpero.

3-

Rubiaceae Folhas opostas e estípulas interpeciolares

Malpighiaceae Glândulas no cálice e folhas

Melastomataceae Folhas curvinérveas

Compositae Inflorescência em capítulo

Gramineae Inflorescência espiguilho, caule com secção circular.

Euphorbiaceae Inflorescência em ciátio. Látex.

4- Zingiberaceae apresenta apenas um estame e por entre suas teças passa o estilete, seu pólen é pulverulento.
As Orchidaceae apresentam massas polínicas (polínios).

5- Euphorbiaceae.

6- Desenho de Apocynaceae.

7- Asteraceae.
Referências Bibliográficas
35
BARROSO, G.M. Sistemática das Angiospermas do Brasil. vol. 1,2,3. SP. EDUSP/U.F. Viçosa. 2001, 1984, 1986.
JOLY, A. B. Botânica - Introdução à taxonomia vegetal. São Paulo. USP/ Editora Nacional. 10ª edição. 1991, 777 p.il.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum. 2005.
VIDAL, W. N.; VIDAL, M. R. R. Taxonomia Vegetal. 3ª edição. Viçosa, Minas Gerais. Ed. Univ. Fed. de Viçosa.
1992, 89 p.
CRONQUIST, A. An integrated System of classification of flowering plants. Columbia University Press. New York.1981.
JUDD, W. S.; CAMPBELL, C. S.; KELLOGS, E. A. & STEVENS, P. F. Plant Systematics, a phylogenetic approa-
ch. Sinauer Associates Inc. USA. 464 p. 1999.
FONT-QUER. Dicionário de Botânica. Labor S.A. Barcelona, 1985.
RAVEN, P. H.; EVERT, R. F. & EICHHORN, S. E. Biologia Vegetal. 6a ed. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara KOOGAN
S.A. 2006.

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