Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
(RESUMO 2ª PROVA)
1. SOLDAGEM:
1.1. CONCEITOS:
Segundo a Associação Americana de Soldagem, soldagem é um processo de união
de materiais;
Utilizado para obter uma união localizada, tanto e metais quanto de não metais;
Produzida por aquecimento em temperatura adequada, provocando a FUSÃO entre
materiais;
O processo pode envolver ou não o uso de pressão, e incluir ou não material de
adição;
No processo de soldagem as características e propriedades químicas e
mecânicas da estrutura interna do material, são mantidas;
Nos processos de soldagem, o calor é muito importante porque em grande parte dos
processos ele é responsável pela FUSÃO entre o metal e base e o metal e adição;
A exposição da junta a uma fonte térmica (ex.: chama de um maçarico, arco voltaico,
feixe de laser ou feixe de elétrons) leva os metais à fusão;
A soldagem por fusão, que NÃO SE UTILIZA MATERIAL DE ADIÇÃO, é chamada
de autógena;
POÇA DE FUSÃO ou BANHO DE FUSÃO, é o nome que se dá a região em que o
material á ser soldado está em estado líquido;
Quando se usa METAL DE ADIÇÃO, ele também estará liquefeito na POÇA DE
FUSÃO, se misturando ao metal de base;
SOLDABILIDADE: Facilidade com que os matérias podem ser unidos por meio de
soldagem, formando uma série contínua de soluções solidas, sem perder as
propriedades mecânicas dos materiais originais;
SOLUÇÂO SÓLIDA: É a mistura completa dos átomos de dois ou mais metais, que
acontecem quando os metais estão em estado líquido e continua a existir quando
eles se solidificam;
A composição química é o fator que mais afeta a soldabilidade do material, mas a
capacidade de formação da série contínua de soluções solidas também tem de
ser levada em conta, pois o comportamento das diferentes ligas metálicas, diante
dos diversos processos de soldagem, tem que ser conhecido;
Para isso, utilizamos uma tabela que nos dará o grau de soldabilidade para diversos
materiais;
Região onde duas ou mais peças são unidas por um processo de soldagem:
o JUNTA DE TOPO: Duas peças estão no mesmo plano
o JUNTA SOBREPOSTA: Duas ou mais peça se sobrepõem
o JUNTA A 90º (ÃNGULO EM “T”): Peças em ângulo de 90º, uma em
relação a outra;
1.5. SEGURANÇA:
3.1. CONCEITOS:
o Queda anódica:
A região anódica, embora essencial para a continuidade do arco, não
é tão importante para a manutenção do arco como a zona catódica;
O ânodo não emite íons positivos (que são criados por ionização
térmica dos gases na coluna do arco) e assim, há uma maior
concentração de elétrons (cargas negativas), o que causa a queda de
tensão nesta região;
Caracterizada por elevado gradiente térmico e elétrico, da ordem de
106 ºC/mm e de 10³/105 V/mm;
A soma das quedas de potencial nesta região é aproximadamente
constante;
o Queda na coluna de plasma:
Constitui a parte visível e brilhante;
A coluna compreende praticamente todo o volume do arco, sendo
constituída por partículas neutras (moléculas e átomos), íons e elétrons
livres. Para a formação do plasma, o gás do arco deve ser aquecido a
temperaturas elevadas para, como resultado da agitação térmica,
ocorrerem choques entre os seus constituintes e, assim, a sua
ionização;
Caracterizada por apresentar gradientes térmicos e elétrico bem mais
baixos, da orem e 10³ ºC e de 1 V/mm;
A diferença de potencial varia de forma linear com o comprimento do
arco;
o Queda catódica:
Embora o seu volume seja desprezível em comparação com o da
coluna, a região catódica é extremamente importante para a existência
do arco, pois ela fornece a maioria dos elétrons responsáveis pela
condução da corrente no arco;
Caracterizada por elevado gradiente térmico e elétrico, da ordem de
106 ºC/mm e de 10³/105 V/mm;
A soma das quedas de potencial nesta região é aproximadamente
constante;
NOTA 01: A CA tem como vantagem a menor queda de tensão ao longo do cabo de
ligação, vantagem decisiva para a soldagem a distância. Também apresenta menor
(desvio do arco elétrico).
NOTA 03: Quanto maior a corrente de soldagem, maior a taxa de deposição, maior a
penetração e a largura do cordão de solda. Sua influência sobre a altura do cordão de
solda e menor.
o Retificadores:
São constituídos basicamente de um transformador trifásico, cujo
secundário é ligado a uma ponte de retificadores;
Os retificadores são elementos que somente permitem a passagem de
corrente em um só sentido, portanto convertem a corrente alternada
em corrente contínua de saída;
As pulsações se interrompem com a utilização da corrente de
soldagem;
Vantagens dos Retificadores:
Operam com baixas tensões em vazio;
Proporcionam um regime de arco elétrico estável;
Permitem a utilização de qualquer tipo de eletrodo;
INDIRETA DIRETA
NOTA:
Para a soldagem ao arco submerso, as fontes de energia podem ser de
CORRENTE CONTÍNUA ou ALTERNADA, corrente ou tensão constante;
Elas devem permitir trabalhos em altas amperagens com 100% de ciclo de
trabalho
As faixas mais usuais de trabalho estão entre 400 e 1500 A, embora possa-se
excepcionalmente trabalhar com correntes muito baixas (150 A) ou muito altas
(4000 A);
As diferenças entre os tipos de corrente fornecidas pelas fontes refletem em
diferenças nos cordões de solda que são apresentadas à seguir:
CA - Corrente Alternada• permite melhor controle da forma do cordão,
profundidade de penetração e velocidade de soldagem. Esta forma da
corrente é também a que possibilita a melhor abertura de arco;
CC+ - Corrente Contínua Eletrodo Positivo: Permite melhor penetração
e controle do cordão;
CC- - Corrente Contínua Eletrodo Negativo: É a forma que apresenta a
maior taxa de deposição, consequentemente, apresentará menor
penetração do que as duas outras formas anteriormente citadas. É a
forma ideal para revestimentos e soldagem de chapas fina
Soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido (em inglês Shielded Metal Arc
Welding – SMAW), também conhecida como soldagem manual a arco elétrico
(MMA), é um processo manual de soldagem que é realizado com o calor de um
arco elétrico mantido entre a extremidade de um eletrodo metálico revestido e a
peça de trabalho;
A corrente mais utilizada é a CORRENTE CONTINUA;
Com este tipo de corrente, podemos variar a polaridade:
POLARIDADE DIRETA:
o A peça a ser soldada é o polo POSITIVO (+);
o O ELETRODO é o polo NEGATIVO (-);
o Por fornecer MAIS calor a peça e MENOS calor ao eletrodo, o
CORDÃO DE SOLDA TEM MAIOR PENETRAÇÂO
POLARIDADE INDIRETA (INVERSA):
o A peça a ser soldada é o polo NEGATIVO (-);
o O ELETRODO é o polo POSITIVO (+);l
o Por fornecer MENOS calor a peça e MAIS calor ao eletrodo, o
CORDÃO DE SOLDA TEM MENOR PENETRAÇÂO
INDIRETA DIRETA
No GOTEJAMENTO GROSSO:
o Pode ocorrer o perigo de curto circuito;
o Possui maior penetração;
o Taxa de deposição de 0 a 30 gotas/s
No GOTEJAMENTO FINO:
o Possui menor penetração;
o Mais bem aplicada em revestimentos;
o Ocorre com altas correntes;
o Taxa de deposição em torno de 200 gotas/s;
Mudança de fase que ocorre devido passagem do estado liquido para o sólido, envolvendo
uma mudança na estrutura cristalina;
A solidificação de um lingote é um fenômeno típico de nucleação e crescimento, enquanto
que na POÇA DE FUSÃO, observa-se praticamente, apenas crescimento, uma vez que
este é apenas epitaxial, e a solidificação continua a partir dos grãos parcialmente fundidos
do metal base;
A parir da zona parcialmente fundida ocorre a solidificação da solda e o crescimento se
realiza com a mesma orientação cristalina dos grãos da região parcialmente fundida. Este
tipo de crescimento é chamado EPITAXIAL (zona e ligação) e sua ocorrência precisa de
um pequeno super-resfriamento;
O crescimento epitaxial também ocorre nos cordões de solda;
Além do crescimento epitaxial, existe o crescimento COMPETITIVO da estrutura e
solidificação;
Estes dois fenômenos determinam se a solda será GROSSEIRA ou REFINADA;
CRESCIMENTO:
o ATOMICAMENTE DIFUSA:
Ocorre na solidificação de matais e ligas;
Para um mesmo ΔT, apresenta um crescimento
continuo e mais rápido;
o ATOMICAMENTE PLANA:
Ocorre na solidificação de não matais;
O crescimento pode ser lateral ou por degraus, e
necessita que a nucleação ocorra em duas
direções;
GEOMETRIA DA POÇA DE FUSÃO: É determinada pela velocidade e balanço térmico
entre a energia de soldagem e as condições e transferência de calor do metal base;
o ELIPTICO:
Quando a velocidade de solidificação é igual a de soldagem;
Tem gradiente praticamente constante ao longo da interface solido/líquido;
o GOTA:
Quando a velocidade de solidificação é menor do que a de soldagem;
Possui no centro do cordão um gradiente menor do que nas bordas;
REGIÕES BÁSICAS:
ZF (Zona Fundida) - A:
Composta de ZONA de FUSÃO +
ZONA FUNDIDA. Região onde o
material fundiu-se e solidificou-se
durante a operação de soldagem;
ZTA (Zona Termicamente
Afetada) - B: Região não fundida
do metal base, que teve sua
microestrutura e/ou propriedades
alteradas pelo ciclo térmico, mas a
composição química do material
continua inalterada;
MB (Metal Base) - C: Região mais
afastada do cordão e que não foi
afetada;
APORTE TÉRMICO:
H – Energia de soldagem;
Ƞ - Eficiência térmica do processo; H = (Ƞ . V . I)/v
V – Tensão do arco (v);
I – Corrente de soldagem (A);
V – Velocidade de soldagem;
5. TENSÕES RESIDUAIS:
Trincas causadas pela fusão de constituintes de baixo ponto de fusão presentes nos
contornos de grão, resultando em micro trincas que podem posteriormente formar sítios
de propagação de trincas maiores;
Para garantir a qualidade da solda no processo de soldagem com eletrodos revestidos, reduzir custos com
manutenção, atraso na produção e perca de tempo com mau funcionamento dos equipamentos, é importante
conhecer os principais defeitos, suas causas e possíveis soluções que o próprio operador será capaz de
detectar e solucionar. Selecionamos, veja:
DEFEITO: EMPENAMENTO
Causa 1: Forma deficiente da construção.
Solução: Torne-se apropriada para soldagem.
Causa 2: Superaquecimento (especialmente o caso da deformação longitudinal em material fino).
Solução:
2.1- Diminua a corrente, e/ou minimize a seção transversal da solda. Use um cobre-junta de apoio que seja
apto a retirar o calor de forma eficiente.
2.2- Aumente a velocidade de avançamento.
Causa 3: Falta de calor.
Solução:
3.1- Aumente a seção transversal da solda (para cada passe).
3.2- Usando eletrodo revestido mais grossos.
3.3- Aumentando a quantidade de metal depositado.
3.4- Soldando em vertical ascendente.
Causa 4: Sequência de soldagem não apropriada.
Solução: Tente depositar o passe seguindo uma sequência mais adequada.
Causa 5: Rigidez muito baixa.
Solução: Use gabaritos – possivelmente até pré-deformação, contrária à direção do empenamento.
DEFEITO: FORMAÇÃO DE ESCÓRIA
Causa 1: Corrente muito baixa.
Solução: Aumente a corrente.
Causa 2: Manejo incorreto do eletrodo revestido.
Solução: Movimente o eletrodo revestido de tal forma a impedir que a escória passe à frente da poça de
fusão.
Causa 3: Chanframento irregular.
Solução: Quando chanfrar utilize:
Marteletes pneumáticos;
Corte oxigás com avanço automático;
Maçarico para corte manual, porém com carrinho-guia e muito cuidado, para obter uma superfície de corte
isenta de defeitos.
Causa 4: Chanfro muito estreito.
Solução: Aumente o ângulo de chanfro.
Causa 5: Limpeza de escória não adequada.
Solução: Destaque toda escória, meticulosamente, entre cada passe.
Causa 6: Raiz mal preparada.
Solução:
6.1- Prepare a raiz até que o metal surja completamente são, antes de realizar o repasse.
6.2- Use eletrodo revestido de grande penetração para o repasse de raiz.
Causa 7: eletrodo revestido de qualidade inferior.
Solução: Use um eletrodo revestido de melhor qualidade.
DEFEITO: TRINCAS
Causa 1: Tipo errado de eletrodo revestido.
Solução: Tente um eletrodo revestido de tipo básico.
Causa 2: Material de base de má soldabilidade.
Solução: Evite materiais de base que não sejam soldáveis com o equipamento disponível.
Causa 3: Perfil da solda inadequado.
Solução: Atende a que o primeiro passe tenha seção transversal suficientemente robusta através de:
Aumento da qualidade do metal depositado.
Soldagem na vertical ascendente.
Utilização do maior diâmetro possível do eletrodo revestido.
Causa 4: Arco muito longo.
Solução: Encurte o arco.
Causa 5: Cratera final da solda com mau acabamento.
Solução: Retorne um pouco com o eletrodo revestido para dentro de cratera final antes de extinguir o arco
e deixe-o apagar-se sobre o passe recém-executado.
Causa 6: Montagem muito rígida.
Solução:
6.1- Escolha uma sequência de soldagem que acarrete as menores tensões possíveis no metal de solda.
6.2- Aqueça (ou resfrie) e controle a distribuição do calor na peça de trabalho.
6.3- Aperfeiçoe a construção.
DEFEITO: RESPINGO
Causa 1: Corrente muito alta.
Solução: Diminua a corrente.
Causa 2: Arco muito longo.
Solução: Encurte o arco.
Causa 3: Sopro magnético.
Solução: Veja se o arco está instável.
Causa 4: Peça de trabalho suja.
Solução: Limpe a peça de trabalho.
Causa 5: Eletrodo revestido. de qualidade inferior.
Solução: Use um eletrodo revestido de melhor qualidade.
NA SOLDAGEM DE COBRE, BRONZE OU ALUMÍNIO
Causa 6: Peça de trabalho muito fria.
Solução: Preaqueça a peça.
Causa 7: Eletrodo revestido muito inclinado.
Solução:
7.1- Mantenha o eletrodo revestido formando ângulo correto com a peça de trabalho.
7.2- Encurte o arco.
DEFEITO: MORDEDURAS LATERAIS
Causa 1: Corrente muito alta.
Solução: Diminua a corrente
Causa 2: Arco muito longo.
Solução: Encurte o arco.
Causa 3: Manejo incorreto do arco.
Solução: O eletrodo revestido deverá ser manejado de forma tal que a fusão seja feita somente nos pontos
onde o material é deposito.
Causa 4: Avançamento muito rápido.
Solução: Avance mais devagar.
Causa 5: Arco sopra lateralmente.
Solução: Veja arco instável.
Causa 6: Eletrodo revestido úmido.
Solução:
6.1- Resseque o eletrodo revestido.
6.2- Use um novo eletrodo revestido.
Causa 7: Chanfro muito estreito.
Solução: Aumente o ângulo do chanfro (abertura do atalho e diâmetro do eletrodo revestido devem ser
relacionados entre si).
DEFEITO: FALTA DE PENETRAÇÃO
Causa 1: Falha no manejo eletrodo.
Solução: Dirija o arco de modo a que ambas as chapas sejam apropriadamente onde a penetração tende a
ser imperfeita.
Causa 2: Corrente muito baixa.
Solução: Aumente a corrente.
Causa 3: Diâmetro insuficiente do eletrodo revestido.
Solução:
3.1- Para material espesso, use diâmetros maiores.
3.2- Solde em vertical ascendente.
Causa 4: Peça de trabalho muito fria.
Solução:
4.1- Preaqueça a peça.
4.2- Solde em vertical ascendente.
Causa 5: Preparação incorreta da peça.
Solução: Prepare a junta convenientemente, com ângulo do chanfro, nariz e fresta recomendáveis ao acaso.
DEFEITO: CORDÃO FRÁGIL
Causa 1: Tipo errado de eletrodo revestido.
Solução:
1.1- Use um eletrodo revestido de tipo básico.
1.2- Use um eletrodo revestido inoxidável, que deposite um cordão com estrutura austenitica.
Causa 2: Tratamento térmico inadequado.
Solução:
2.1- Pre-aqueça a peça.
2.2- Retarde o resfriamento.
2.3- Use tratamento térmico após a soldagem.
Causa 3: Têmpera ao ar do metal depositado.
Solução: Use um eletrodo revestido que deposite um cordão com estrutura austenitica.
Causa 4: Elemento de liga abandona o material de base.
Solução:
4.1- Use eletrodo revestido de tipo básico de baixa liga.
4.2- Evite penetração desnecessária, deixando o arco movimentar-se sobre a poça de fusão.
Causa 5: Chapa suja.
Solução: Limpe a superfície das chapas.
Causa 6: Eletrodo revestido úmido
Solução:
6.1- Resseque o eletrodo revestido.
6.2- Use um novo eletrodo revestido.