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Aqui e aqui você pode ler algumas das principais características que descrevem cultos de
maneira clara e objetiva. Tais características são facilmente relacionadas às práticas da Soka
Gakkai Internacional (SGI). No entanto, muitos membros ainda insistem em afirmar que a SGI
não é um culto. Neste post, você poderá fazer um teste e concluir, de acordo com seus
próprios resultados, se a SGI é um culto ou não. O teste foi criado por Isaac Bonewits e é
composto de 18 afirmações que devem ser pontuadas de 1 a 10. Porém, para aumentar a
compreensão e rapidez do teste, fiz algumas modificações.
Concordo totalmente
Concordo em partes
Mais ou menos
Discordo em partes
Discordo totalmente
Em seguida, leia as instruções e comece quando quiser. Você verá o resultado após responder
as 18 questões. Bom teste!
I. Assinale uma única opção de acordo com o quanto você concorda ou discorda com a
afirmação.
II. Experimente deixar suas crenças de lado antes de ler cada afirmação.
III. Se sua fé for tão grande a ponto de impedir a dúvida, simples: não faça o teste.
IV. Você não precisa pular para a seção de comentários e vociferar que a Soka Gakkai não é
um culto porque a organização é maravilhosa, o mestre é maravilhoso e nós somos
caluniadores infelizes. Se você discordou de todas as afirmações, será um prazer ler seus
argumentos na seção de comentários. Lembre-se: a fé não explica nada, ela apenas afirma
que explicações são desnecessárias.
Começar Quiz
O termo “poder político e social” pode soar irreal, mas seu significado é mais comum do que a
gente imagina: “poder” é a capacidade de agir ou de produzir efeito. Logo, o “poder político e
social” diz respeito à capacidade de agir ou influenciar a ação do outro no meio político e no
contexto social. Ou seja, é “a capacidade de influenciar as ações dos sujeitos inseridos em um
contexto social por meio das instituições políticas que regimentam as relações desse espaço”
(fonte). A ênfase na política está presente no próximo ponto, mas é notável que a BSGI conta
com uma série de “políticas públicas” restritas aos membros: atendimentos psicológicos,
alfabetização de jovens e adultos, incentivo à música (canto coral, dança, orquestra, banda
marcial etc), entre outros.
Internamente, o poder de Daisaku Ikeda sobre os membros é indubitável. Os membros pautam
suas vidas a partir dos escritos do Ikeda e não ousam criticá-lo! Muitos atuam “onde o mestre
não pode estar” e fazem um verdadeiro juramento de espalhar seus ideais rasos de maneira
exacerbada. Ikedistas, esses membros cultivam uma relação esquisita com o mestre da vida –
relação permeada por emoções exageradas e gratidão questionável. Num artigo escrito por
Takashi Harashima, ex-diretor do Departamento de Estudo da Soka Gakkai e denunciante de
diversas polêmicas envolvendo Daisaku Ikeda, há o seguinte comentário sobre o suicídio
coletivo em Jonestown:
Quando o mundo inteiro estava estarrecido com o caso do suicídio coletivo religioso, o senhor
Ikeda, ao ser perguntado por mim a esse respeito, comentou com naturalidade: “Deve ser isso
mesmo. Se eu falar em morrer, por certo haverá muita gente disposta a morrer”. Fiquei
espantado. (fonte)
Em relação à “falta de direitos claramente definidos”, a SGI possui um Estatuto Social que
nunca foi publicado. Em rápidas pesquisas, encontrei apenas os seguintes artigos dispostos no
Cadastro de Associado da BSGI:
Não é segredo pra ninguém que o partido político conservador Komeito foi fundado por Daisaku
Ikeda em 1964 e é filiado ao Partido Liberal Democrata, o maior partido do Japão que está no
poder desde sua fundação. Também não é segredo que propagandas políticas são feitas nas
reuniões de grande porte da SGI e que a Soka Gakkai era capaz de movimentar cerca de 10%
dos votos no país em 1995. Não há como negar que o poder político e social exercido é
relevante.
A organização também obteve reconhecimento da ONU como Organização Não
Governamental (ONG) – o que não é algo necessariamente bom, uma vez que há um comitê
específico para ONGs religiosas nas Nações Unidas e até a controversa Igreja da Unificação
(que faz uso do mesmo discursinho barato da Soka Gakkai) obteve tal reconhecimento. No
mesmo artigo de Takashi Harashima, há ainda a seguinte descrição de uma possível e
conveniente estratégia que envolve a ONU:
Fui auxiliar direto do presidente e sei o quanto é terrível essa imagem de “Dirigente da Paz”
que se quer construir em torno dele e da sua obstinação de impor a campanha da paz através
do encontro com os chefes de estado e intelectuais de diversos países e de declarações na
ONU sobre suas propostas de paz. Discursar na ONU tem para Ikeda algumas vantagens.
(1) Convencer os membros da Soka Gakkai de que Ikeda não é apenas um dirigente da Soka
Gakkai mas um dirigente mundial, salvador da humanidade, e varrer de uma só vez o
descrédito entre os membros.
(2) Reabilitar-se de alguns erros praticados no passado como dirigente da Soka Gakkai, sejam
erros de natureza religiosa oudeutr injustiças sociais.
(3) Dar um rumo favorável à ação judicial que está enfrentando, fazendo-se de “pacifista” tanto
dentro da organização como socialmente.
(4) Criar um ambiente de euforia para obter vitórias nas próximas eleições de deputados e
senadores.
(…) De um lado, a bandeira da paz e da cultura, e de outro, junto aos membros, uma intensa
campanha de arrecadação de fundos. O que significa este contraste? Atribui-se a Makoto
Toda, o segundo presidente da Seikyo, a famosa frase “disseminação é aquilo que atuará
quando a opinião pública perceber que foi lograda”. É uma estratégia de ir iludindo a opinião
pública, e ir ocupando-lhe os espaços, espalhando em todas as camadas sociais um elemento
de amortecimento de tal sorte que, quando a opinião pública perceber, não terá como criticar a
Soka Gakkai, ainda que o queira. O sr. Ikeda não é absolutamente um pacifista. Acredita na
força e na versatilidade das palavras. Sabe que a realidade não é coisa amena, e que para
vencer é necessário usar de todos os recursos e disfarces. “Para ganhar, não me importo se
viro cobra ou lobo.” E “paz” é a palavra escolhida para o máximo engodo. Quando uma pessoa
totalitária, que costuma esmagar todas as pessoas que a critiquem, usa a paz como uma
cortina para enganar a sociedade, essa palavra “paz” tem um significado temível. (…) Por
enquanto, ele pretende utilizar outros países e a ONU para a promoção de sua seita dentro do
Japão. O objetivo final de Ikeda é tornar-se não só o “Dono do Japão” como também o “Mestre
da Humanidade”. Trata-se de um gênio da camuflagem e do truque. Não posso deixar de pedir
aos membros e às pessoas de bem de toda a sociedade que não se deixem levar pelos gestos
de Ikeda, sem conhecer as suas verdadeiras intenções.
E não é que a estratégia faz sentido e, de certa forma, funcionou?
Além disso, graças aos inúmeros contatos, Daisaku Ikeda foi capaz de organizar encontros
com “personalidades” muito conhecidas e afirmar que possui amigos no mundo inteiro. No
entanto, Polly Toynbee, neta do tão enaltecido Arnold Toynbee, não se sentiu tão aconchegada
na presença do aclamado mestre da vida:
Acho que seria difícil imaginar um homem menos espiritual. Ele foi em todos os momentos,
mundano. Uma poderosa megalomania; nós percebemos essa aura de poder dele que foi
extremamente alarmante. Nós fomos então, em outro dia com ele, para algum comício enorme
do estilo de Nurenberg em um estádio onde tudo era para sua maior adoração. E novamente, o
que ele realmente gostou foi esse sentimento de poder. (…) O que ele fez com o meu avô, ele
tem feito uma e outra vez com pessoas ilustres em todo o mundo, que não têm a menor ideia
de quem ele é, ou o que ele é, e apenas imaginam que ele é um importante e sério líder
japonês. E assim eles concordam em ter uma reunião com ele, e de uma reunião talvez venha
a impressão de que existe uma relação muito próxima e importante, e que esta pessoa deu seu
total apoio a Ikeda e seu movimento. (fonte)
Estrategicamente, por ser fundador de uma universidade, Ikeda é capaz de conceder títulos
honorários. Isso com certeza facilita a rasgação de seda e o fortalecimento de sua imagem
como grande líder que possui “amigos” no mundo inteiro. Novamente, reconhecimentos não
são necessariamente bons – L. Ron Hubbard, por exemplo, o grande líder da controversa
Cientologia, possui inúmeros prêmios por sua “conduta humanitária”. Nem mesmo o doutor
honoris causa foge da possível tramoia. De acordo com o Ministério da Educação:
(…) o título honoris causa é honorífico, não regulamentado e tradicionalmente ofertado por
universidades a pessoas de destaque de acordo com os critérios aprovados pela própria
instituição. “Embora não seja usual a oferta deste título por instituição que não possua
programa regular de doutorado, não parece haver vedação legal à prática, ressalvada a
hipótese de sua utilização de forma a induzir outras pessoas a erro sobre a real natureza do
título, desvio que poderia ensejar reparação nas esferas penal e civil.” Ou seja, a farra da
criação de doutores de papel deve continuar. (fonte)
Finalmente, a própria Universidade Soka pode não ser o que parece, isto é, uma universidade
séria. De acordo com o depoimento de um alegado estudante de intercâmbio que não conhecia
a Soka Gakkai:
“Quando eu cheguei lá realmente não havia nenhum sinal de perigo, a universidade tinha uma
arquitetura bem interessante, a acomodação estava em estado de novo (embora só homens
pudessem entrar, mas eu ouvi que isso é bastante comum no Japão) e as pessoas eram
amigáveis, no início. Na primeira vez que eu fiquei em estado de alerta, eu nem estava na
universidade. Fui visitar minha mãe de aluguel que conheci num ‘homestay’ quando morei lá na
minha juventude. Ela me perguntou qual universidade eu frequentava em Tóquio. A reação
dela me preocupou bastante na hora, pareceu algo saído direto de um filme de terror. Ela me
perguntou se eu era religioso, eu disse que não, e foi aí que ela ficou ainda mais confusa. Ela
me disse: “Alguém como você não deveria ficar lá por muito tempo, ou eles irão 折伏 (fazer
shakubuku) em você”. Eu saí me perguntando o que diabos acontecia nessa universidade. O
momento em que tudo realmente se conectou foi durante a cerimônia do início das aulas.
Foram basicamente 4 horas sentado no “Auditório Ikeda” ouvindo pessoas velhas falarem
sobre o quão grande esse Ikeda é. O mais repugnante para mim foi ver como as pessoas
sentadas ao meu lado estavam ficando emocionadas enquanto eles mostravam vídeos do
Ikeda indo à universidade e fazendo discursos. Naquele momento eu cometi o erro de
comentar com meus colegas sobre como tudo aquilo se parecia com um culto. Idiota, eu sei,
mas na época eu ainda não acreditava que algo assim poderia existir. Meus colegas de quarto
foram bem rápidos para defender Ikeda, dizendo que muitas pessoas no Japão não gostam
dele porque ele está buscando a paz mundial (algo que eles pensam que o governo japonês
não quer). Aprendi rapidamente a me afastar desse assunto.
Adiante, as aulas eram sem dúvida horríveis, e não por serem apenas entediantes, mas porque
eram realmente inúteis para a educação. Os conselheiros me disseram que eu deveria fazer
cursos sobre o Fundador, o que eu achei completamente absurdo. As aulas ensinadas em
Japonês eram muito básicas e impossíveis de reprovar. A presença constituía uma grande
parte da sua nota. E as aulas ministradas em Inglês eram frequentemente ensinadas por
pessoas que, na minha opinião, não eram nem um pouco qualificadas. Talvez eu tenha tido
muito azar, mas a única aula ministrada em Inglês que eu frequentei foi “Política Ambiental
Internacional” e estava no departamento de Direito. O “professor” era um americano com
apenas um Bacharelado em Estudos do Desenvolvimento (completamente sem relação com a
Lei) e na primeira aula ele nos fez elaborar um currículo para ele.
Por fim, gostaria de comentar sobre os alunos que conheci, o que, para mim, foi a parte mais
triste. Eu encontrei todos os tipos de estudantes, desde os totalmente fervorosos e
comprometidos a me levar às reuniões de daimoku, até pessoas que rejeitavam Ikeda, no
entanto seus pais eram tão envolvidos que eles não tinham escolha. Uma das coisas que mais
me incomodaram foi que as meninas da universidade eram REALMENTE oferecidas e
apelativas. Elas vinham até você na sala, perguntavam se você fazia parte da SGI, e quando
eu respondia que não, elas tentavam me convencer e fazer com que eu fosse às suas
reuniões. Todo o tempo insinuando sobre sair num encontro e tudo mais. Eu não sei se elas
estavam fazendo aquilo porque foram instruídas ou se elas queriam que eu fizesse parte da
SGI para que pudessem sair comigo, mas eu realmente não me importo. Eu acho que essa é
uma forte estratégia, já que muitos estudantes internacionais com quem eu conversei se
envolveram com a SGI através de uma namorada.” (fonte)
Isso sem contar que o Instituto de Comunicação da Universidade Soka publicou, em 2013, este
artigo pateticamente ridículo em seu repositório de artigos acadêmicos e
uma rápida busca pelos termos “Daisaku Ikeda” e “池田大作“ (seu nome em Japonês) no
repositório de papers, artigos, dissertações e teses redigidos por estudantes da Universidade
Soka retorna, respectivamente, 117 e 211 resultados. Tantas menções ao Ikeda nestes
documentos acadêmicos apenas corroboram com o depoimento acima e evidenciam, mais uma
vez, como a Soka Gakkai é fechada em si mesma, ao mesmo tempo em que põe em xeque a
legitimidade destas entidades que existem em benefício do culto à personalidade de Daisaku
Ikeda. (fonte)
Que estranho seria se eu fosse encorajada a escrever artigos acadêmicos citando o fundador
da universidade que estudo.
Os membros da SGI não podem estudar apenas o Sutra do Lótus e as Escrituras de Nichiren
Daishonin e viver felizes para sempre – eles devem também ler as interpretações de Daisaku
Ikeda partindo do pressuposto de que há uma “infalibilidade implícita” que não pode ser
contestada ou criticada, afinal, o mestre da vida possui uma espécie de sabedoria e
conhecimento dos quais nenhum discípulo pode duvidar. Além disso, o nome Daisaku Ikeda
com frequência aparece junto com “filósofo”, “fotógrafo”, “poeta laureado”, “dr.” e outras
credenciais alegadamente válidas e aceitas pelos membros e simpatizantes.
Bem, toda religião é composta de dogmas, isto é, “pontos fundamentais de uma doutrina
religiosa, apresentados como certos e indiscutíveis”. Apesar da negação de muitos, o Budismo
Nichiren e a Soka Gakkai não estão livres de dogmas – e essa palavra não é tão pejorativa
quanto deveria. Se a organização os rejeitasse, o membro seria capaz de discordar do que
está escrito no Sutra do Lótus, recitar outros sutras, ler o Pão Diário, seguir o presidente
Harada como mestre da vida e recitar o mantra Hare Krishna em frente a um Gohonzon
encontrado no Google. A religião precisa dos próprios dogmas e práticas dogmáticas para
sobreviver.
É impossível marcar “discordo totalmente” neste ponto, uma vez que o foco da SGI é o kosen-
rufu, isto é, o amplo proselitismo religioso. A ênfase na importância de todos fazerem
shakubuku dispensa mais comentários.
Os grupos subsidiários são inúmeros, mas as ligações parecem não ser tão escondidas:
Editora Brasil Seikyo, Livraria Pearl, Colégio Soka, CEPEAM, Museu de Arte Fuji, Associação
de Concertos Min-On, Universidade Soka (e SUA), Ikeda Center, etc, etc, etc.
Tenho tendências a acreditar que ainda existem membros crentes de que a Soka Gakkai e
Daisaku Ikeda não são ricos e precisam do dinheiro dos seus seguidores para pagar as contas,
comprar papel higiênico e fazer manutenção dos prédios. É claro que o kofu é uma contribuição
financeira voluntária no sentido de que ninguém vai apontar uma arma na cabeça do membro e
obrigá-lo a dar dinheiro. Em linhas gerais, todo mundo sabe que é voluntário e que há a opção
de não doar. Porém, os incentivos claramente encorajam a doação como mais uma forma de
acumular boa sorte, manifestar gratidão e transformar o carma. Não é obrigatório, mas a
ênfase é explícita e o ato é altamente recomendável. Mas não é somente de kofu que a BSGI
enriquece. Sabendo que até mesmo o jornal da Universal, organização que já foi envolvida em
escândalos financeiros, é de graça, vamos fazer uma continha:
A assinatura mensal do jornal Brasil Seikyo (BS) é R$16,60. Em um distrito, existem cerca de
70 famílias. Sabendo que nem todas assinam o impresso, vamos considerar 70% de
assinantes, isto é, 49 famílias – já que esse é o objetivo numérico estabelecido pela própria
BSGI. Assim, mensalmente teremos R$813,40 somente do BS em cada distrito. A partir daqui,
vou multiplicar o número de distritos em cada porção geográfica (até chegar a nível nacional)
chutando baixo, isto é, fazendo especulações baixas e plausíveis.
Considerando que cada RM/RE possui cinco distritos, cada uma coleta R$4.067 todo mês. Se
cada subcoordenadoria abriga 4 RMs/REs, teremos R$16.268 mensais. Se as coordenadorias
abrangem três subs, então isso equivale a R$48.804 pagos por mês. Finalmente, a BSGI
recebe aproximadamente R$439.236 por mês (multiplicando pelo número aproximado de 9
coordenadorias), apenas com a assinatura do BS de 70% das famílias em cada distrito.
É claro, estou ignorando diversos fatores: a assinatura de mais de um jornal na mesma família
(a minha, por exemplo, assinava 3 jornais), a assinatura dos outros impressos (o que daria
cerca de R$120 mensais só na minha família), membros que fazem assinaturas trimestrais,
semestrais ou anuais e outras variáveis que alteram esse valor. Porém, levando em
consideração que a Editora Brasil Seikyo provavelmente está filiada à organização e, por isso,
não declara imposto, o lucro aumenta de forma considerável. E a liderança da BSGI ainda teve
a coragem de lançar o objetivo de 300.000 famílias em 2030 assinando os impressos! Só o BS,
com o valor vigente, aumentará quase R$5 milhões de reais todo mês! Isso sem contar que até
2030 o valor da assinatura só vai aumentar.
Será que os bodisatvas da terra prometeram ao Sidarta seguir um guru espiritual e líder político
como mestre da vida que, vez ou outra, interpreta o gosho como forma de aumentar a própria
organização de forma numérica e financeira? Será que não dava pra pegar os US$6.000 que
nos deram no Japão e utilizar em algo mais útil? Será que não dava para guardar o dinheiro
dos 20 pingentes de pérolas que ganhamos no Japão para uma situação realmente
necessária? E quanto ao estilo de vida do líder? Será que o mestre é tão precioso que ele
precisa viajar de primeira classe (ou num jatinho)? Será que é necessário que uma enorme
comitiva viaje sempre junta pelo mundo para dar e receber prêmios? Será que não dá pra
reverter um único lucro e fornecer algum subsídio ou assistência aos membros? Será que
nenhum gasto é desnecessário? Será que é preciso organizar doações trimestrais, cobrar
assinaturas de impressos (e periódicos on-line COM O MESMO PREÇO, sendo que
claramente dão gastos menores), economizar um monte com o trabalho voluntário que explora
a boa vontade dos membros e ainda exigir que eles se hospedem em um hotel 5 estrelas no
Japão? Eles realmente precisam de bilhões entrando na conta todo ano porque não sabem
poupar, investir e gastar com moderação? Ou será que preenchem seus cofres apenas porque
quanto mais, melhor?
Além disso, em conjunto com o item anterior sobre “ligações escondidas”, a falta de
transparência na BSGI é quase uma ofensa de tão notável – e ninguém questiona! Enquanto
cidadãos, é possível solicitar uma auditoria independente para “atestar a adequação e
confiabilidade dos controles e informações financeiras de uma empresa” (aqui). Qualquer um
pode solicitar o serviço, inclusive “quando a entidade ou pessoa que contribui com valores
significativos assim o exigir” (Junior, 2011). Existem vários motivos para solicitar o serviço,
dentre eles:
No entanto, trata-se de um serviço caro: o preço mínimo que eu encontrei foi R$500/hora. Caso
a BSGI já tenha feito uma auditoria, o parecer do auditor permanecerá confidencial até que
haja determinação legal ou manifestação formal da própria organização (fonte). Podemos
enviar um documento à BSGI solicitando prestação de contas e, caso não haja resposta,
podemos fazer denúncias ao Ministério Público, que aparentemente é o responsável pelas
finanças do terceiro setor (fonte) e, com isso, buscar meios legais de conseguir acesso ao
parecer do auditor, solicitar uma nova auditoria ou qualquer outra maneira de obter evidências
sobre a confiabilidade da organização e se há, ao menos, algum retorno efetivo aos membros e
à sociedade. Sendo o serviço público cheio de lacunas e a BSGI uma organização tão fechada
em si mesma, o que mais podemos fazer?
Este item não se aplica aos moldes da Soka Gakkai. Em termos de experiência pessoal, eu
nunca fui diretamente “incentivada” a procurar um parceiro que fosse membro da BSGI – mas,
desde cedo, era evidente para mim que os homens da BSGI eram os únicos que tinham o
compromisso de lutar pela paz mundial e, por serem membros, eram automaticamente
confiáveis e cheios de valores. Dessa maneira, é óbvio que, quando comecei a namorar uma
pessoa que não era da Gakkai, os incentivos para fazer shakubuku nele não foram poucos. E,
após 8 meses de insistência, eu realmente consegui convertê-lo.
Como eu adoro levantar dúvidas e questionamentos, que tal mais depoimentos de Takashi
Harashima?
A partir deste experimento simples, como discordar do fato de que a censura existe?
Não é um fenômeno muito comum na Soka Gakkai, mas o isolamento dos familiares não
membros geralmente acontece em algumas famílias mais devotas – talvez inconscientemente,
mas pode acontecer. Agora, o fato de se entregar a um culto religioso no qual nenhum
argumento é racional o suficiente e se render aos braços da fé, à desculpa de “só quem
comprovou na vida entende” ou ao conveniente relativismo de “cada um com suas verdades”,
então o isolamento social realmente tenderá a acontecer e as possibilidades de um debate
justo serão desencorajadas.
Os líderes até dizem que não tentam convencer ninguém a voltar. Mas, caso você leia o blog
com frequência, já deu para perceber que existe um abismo entre o “dizer” e o “fazer” dentro da
Soka Gakkai. Novamente, em termos de experiência pessoal, já tentei recuperar tantos
membros “inativos” que perdi as contas de quantas mensagens cheias de segundas intenções
eu enviava às moças da localidade. E, quando eu decidi sair da BSGI, os líderes demoraram
um pouco para aceitar minha decisão – o que geralmente acontece com os desertores.
Felizmente, um dia eles desistem e nos deixam em paz.
“Se alguém não tiver fé e em vez disso caluniar este sutra, imediatamente destruirá todas as
sementes para se tornar um buda em qualquer mundo. Preste atenção na consequência dos
erros daqueles que franzem as sobrancelhas em perplexidade, desaprovam ou nutrem dúvidas
sobre este sutra. Quer o Buda esteja no mundo ou tenha entrado em extinção, se uma pessoa
difamar o sutra, ou, ao ver outros lerem, recitarem, copiarem ou defenderem este sutra, e
desprezá-los, odiá-los, invejá-los ou guardar rancores com relação a eles, lhe direi a punição
que estas pessoas deverão pagar: Quando suas vidas acabarem, elas cairão no Inferno de
Incessantes Sofrimentos e lá ficarão confinadas por um kalpa inteiro. Ao final deste kalpa,
nascerão lá de novo. Este ciclo se repetirá por um número incontável de kalpas. Depois de
escaparem deste inferno, elas renascerão como animais. Se nascerem como cachorros ou
chacais, seus corpos serão desnutridos, sujos, de cor escura, desprovidos de pêlos, com
sarna, feridas e lepra. Atormentadas, odiadas e desprezados pelas pessoas, elas sofrerão
constantemente de fome e sede. Com ossos e carne secos, passarão por sofrimentos,
tormento e angústia enquanto viverem, e serão cobertas por pedras e ladrilhos após a morte.
Porque destruíram a semente do Buda, sofrerão este castigo em consequência dos seus erros.
Se nascerem como camelos ou na forma de um asno, seus corpos sempre terão cargas
pesadas para carregar e constantemente serão açoitadas com varas ou chicotes. Elas
pensarão apenas em água e grama, e não entenderão nada além disso. Por terem depreciado
e caluniado este sutra, esta é a penalidade pelos seus erros. Se nascerem como pestes ou
animais carniceiros, ao entrarem num vilarejo, crianças irão espancá-las e socá-las por terem
sarna, lepra e talvez um olho faltando. Às vezes elas serão torturadas até a morte. E, depois de
terem morrido, elas nascerão novamente no corpo de uma serpente gigante, tão longa quanto
500 yohanas. Surdas, mudas, sem pernas, rastejando de barriga, sendo lentamente comidas
por pequenas criaturas e insetos, sofrerão dia e noite sem qualquer descanso. Elas sofrem as
consequências de seus erros dessa maneira, porque depreciam este sutra. Se nascerem como
humanos, suas faculdades serão degradadas e enfadonhas, serão fracas, raquíticas, aleijadas,
corcundas, cegas, surdas, abomináveis. Não importa o que disserem, ninguém acreditará. O
hálito das suas bocas estará constantemente podre, elas serão possuídas por demônios, serão
pobres, miseráveis e escravizadas por outros, serão definhadas por diversas doenças, magras
e esqueléticas, e não terão ninguém a quem recorrer. Mesmo que se aproximem dos outros,
serão desdenhadas e esquecidas. Mesmo que consigam conquistar alguma coisa, perderão
imediatamente. Mesmo que estudem medicina e se curem pelos seus métodos, surgirão outras
doenças e, no fim, eventualmente morrerão. Quando ficarem doentes, ninguém irá tratá-las ou
socorrê-las, e mesmo que tomassem os remédios adequados, suas dores e condições apenas
se agravariam. Se outros cometerem atos de traição, saques e roubos, a culpa por tais
pecados será injustamente ligada a elas. Tais pessoas errantes nunca verão o Buda, o rei dos
muitos sábios, pregando a Lei, ensinando e convertendo. Pessoas pecadoras como essas
sempre nascerão em circunstâncias difíceis. Histéricas, ignoradas, irracionais, nunca ouvirão
sobre a Lei. Por incontáveis kalpas tão numerosos como as areias do Ganges, elas nascerão
surdas e mudas, com faculdades deficientes, constantemente habitarão o inferno, vagueando
nele como se estivessem num jardim. Embora estejam em outros estados inferiores de vida,
eles se sentirão como se estivessem em sua própria casa. Camelo, asno, porco, cachorro —
são as formas que assumirão. Estas são consequências de seus erros ao depreciar este sutra.
Se nascerem como humanos, eles serão surdos, cegos, mudos, pobres e decrépitos. Todos os
tipos de degradação serão seus adornos. Herpes, diabetes, chagas, feridas, úlcera, hidropisia,
gonorreia, tumores. Doenças como essas serão suas indumentárias. Seus corpos sempre
cheirarão mal, podres e impuros. Seus profundos apegos a falsas visões sobre o eu farão com
que aumente a raiva e o ódio. Seus desejos sexuais serão insaciáveis, tendo pássaros ou
bestas como seus objetos. Estas são consequências de seus erros ao depreciar este sutra. (…)
Se eu fosse descrever as punições que recaem a pessoas que caluniam este sutra, eu poderia
gastar um kalpa e nunca chegaria ao fim.” (The Lotus Sutra and Its Opening and Closing
Sutras, pgs. 110-114, Chapter 3 – “Simile and Parable”)
Todas as pessoas do Japão, China e Índia, assim como do mundo todo, sejam cultas ou não,
devem abandonar todos os outros ensinos e recitar juntamente o Nam-myoho-rengue-kyo.
(Retribuição aos Favores do Buda, END, vol. I, págs. 103-104.)
Quão dignos de pena são aqueles que, embora nascidos nesta época, não podem crer no
Sutra de Lótus. (Resposta a Shijo Kingo, END, vol. I, pág. 286.)
Será que ele aprovaria todos esses discursos “inter-religiosos” que a BSGI promove com
orgulho? É claaaaro que sim, afinal, ele morreu há muito tempo, então qualquer um pode
inventar o que quiser sobre suas convicções e seus pensamentos. Podemos dizer que Nichiren
era “benevolente”, feminista, que ele sentiria orgulho da Soka Gakkai e nojo da “seita Nikken” e
que ele prefere unicórnios a elfos – afinal, quem é que pode negar tais afirmações?
E que tal ler a famosa e enorme declaração pela abolição das armas nucleares, do maravilhoso
mestre [do maravilhoso mestre]?
Declaro que qualquer pessoa que se arrisque a usar armas nucleares, independentemente de
sua nacionalidade ou se seu país é vitorioso ou derrotado, deve ser sentenciado à morte sem
exceção.
Por que eu digo isso? Porque nós, os cidadãos do mundo, temos um direito inviolável de viver.
Qualquer um que arrisque esse direito é um demônio encarnado, um demônio, um monstro.
Proponho que a humanidade aplique, em todos os casos, a pena de morte a qualquer
responsável pelo uso de armas nucleares, mesmo que essa pessoa esteja do lado vencedor.
Mesmo que um país conquiste o mundo através do uso de armas nucleares, os conquistadores
devem ser vistos como demônios, como o mal encarnado. Acredito que a missão de todos os
membros da divisão juvenil do Japão é divulgar essa ideia em todo o mundo. (fonte)
Que belo exemplo de raciocínio lógico e paz mundial! Certa vez, em uma explanação da
Divisão dos Universitários (carece de fontes porque mudaram minha senha de acesso à
Extranet), li que Josei Toda disse tais bobeiras porque estava revoltado com o fato de ter sido
preso, perdido seu mestre maravilhoso na cadeia e visto o país ser arruinado com as bombas
atômicas. Pois é. Não seria a “quantidade de aprovação” da violência? Em menor escala, o
respeito à dignidade da vida humana pode ser deixado de lado quando se trata de “proteger a
organização” dos ataques da “seita Nikken” ou de um simples casal que criou um blog.
Nikken que o diga! Ele nem é mais o líder atuante da Nichiren Shoshu, mas até hoje a Soka
Gakkai se preocupa em atacar as “heresias da seita Nikken” fazendo uso de argumentos que
servem contra ela mesma e publicando textos sem os eufemismos típicos dos discursos da
organização, mas cheios de verbos amedrontadores, advérbios persuasivos e adjetivos
cômicos, como:
Nikken, por exemplo, nessa atual conjuntura, com certeza não acha mais que está errado. Em
sua consciência perturbada, todas as suas ações têm explicação e são razoáveis. Consegue
encontrar lógica nas situações mais absurdas que ele mesmo cria. A essa altura, totalmente
tomado pelos estados mais baixos de vida, ele jamais admitirá falhas de sua parte. Sempre
culpará os outros pelos seus fracassos, subjugará os mais fracos e os manipulará como
simples objetos, estará permanentemente insatisfeito e arquitetando novos planos
maquiavélicos para derrubar aqueles que considera uma ameaça para si com um ódio
insaciável (…) no caso de Nikken não existe mais salvação (risos). (Terceira Civilização –
Edição 421 – 01/09/2003 – pág. 13 – Diálogo Sobre a Filosofia Budista)
Neste ponto, não estamos falando sobre piadinhas internas largamente aceitas pelos membros
e que reforçam o isolamento do grupo frente aos demais grupos sociais. Estamos falando de
chegar em uma reunião e dizer que o Ikeda tem cara de sapo, que algumas reuniões parecem
ter sido inspiradas na igreja evangélica, ou imitar o shiki de uma maneira mais cômica do que já
é. Esse tipo de piada é rejeitada – o tipo que não agrada e pode ser acidamente engraçada. Na
realidade, qualquer declaração que fuja da rigidez contida no grupo, seja engraçada ou não, é
considerada como “calúnia”, “causa negativa” ou “maldade”.
Os membros adoram dizer que “tudo é voluntário”, mas afirmar isso não quer dizer muita coisa.
Na prática é diferente. A partir do momento em que você assume uma função na organização,
existem coisas que deixam de ser 100% voluntárias porque “você assumiu o compromisso”,
então precisa desafiar até conseguir. Líder que não assina BS e não faz kofu não é um líder
exemplar. Ninguém vai falar que tudo bem devolver o cargo e nem passar a mão na cabeça
dizendo que “tudo é voluntário” nessas horas.
A roupagem da religião confere essa ideia maluca de que ela é a responsável por encorajar
pessoas a “vencer na vida” — e acreditar que realmente venceram alguma coisa com ajuda da
organização. Mas é completamente questionável. Busco evidências mais confiáveis do que
relatos de pessoas que aceitam tudo o que é da Soka Gakkai e confundem correlação com
causalidade, atribuindo todas as suas “conquistas” à organização. Não só isso, a BSGI dá a
ilusão de que as pessoas devem “retribuir” ao fazer oferecimentos, proselitismo e conversão,
atuação em grupo horizontal e outras práticas caso você queira agradecer e corresponder ao
mestre. É claaaaaaaaro que é “voluntário”, mas não há outra maneira de transformar e
contribuir para a paz mundial. Mas é voluntário, claaaaaaaaaro que é.
Agora, quais são os benefícios que essa suposta ONG promove na vida dos indivíduos?
“Felicidade”, “boa sorte”? Com base em quê? Na fé, é claro. De que forma eles contribuem
para o desenvolvimento e emancipação dos seus membros e do público em geral? Parece que
ela não está nem um pouco preocupada em fazer seus voluntários caminharem com as
próprias pernas — o que dirá do público em geral que supostamente recebe a “ajuda
humanitária” da BSGI! Vê-se que não estamos, de forma alguma, lidando com uma
organização filantrópica. A BSGI é apenas mais uma organização religiosa disfarçada. É muita
ingenuidade acreditar que Propostas de Paz, sessões solenes, aprovação de celebridades e
discursinhos de paz mundial realmente fazem a diferença e conferem maior valor à
organização. Engraçado que até mesmo algumas instituições religiosas, especialmente cristãs,
já entenderam que a sociedade precisa de algo bem maior do que apenas seguir uma religião
(ou “filosofia de vida”), ainda mais uma sociedade tão carente quanto a brasileira.
Tirando todo o floreio que enfeita as ações da SGI, podemos dizer que a organização apenas
propagandeia a religião como “filosofia de vida” e converte pessoas com a ideia de que está
respeitando a dignidade da vida e valorizando um potencial humano que só pode ser explorado
pela organização. Tais práticas são altamente questionáveis, duvidosas e controversas. As
ações da BSGI a definem como uma organização religiosa que se apoia num pseudo-
humanismo para crescer numérica e financeiramente, além de incutir na cabeça dos membros
que eles precisam da organização para obter pleno desenvolvimento e alcançar a tal da
“Revolução Humana”.
“Tudo é voluntário”, os membros gostam de repetir, mas doar dinheiro, assinar os jornais e
comprar os livros, fazer proselitismo, participar de todas as atividades e concordar com tudo o
que o Ikeda fala são ações altamente recomendáveis caso a pessoa “queira transformar o
carma e ser feliz”. Se ela passa a duvidar ou questionar, ela está caluniando, difamando ou
agindo erroneamente sob as próprias interpretações. Quanto poder individual, hein?
Empoderamento nota 10!
Após a declaração enorme de Josei Toda sobre o demônio nas pessoas que devem morrer
sem exceção; após a menção aos 26 Artigos de Advertência que são amplamente utilizados
para criticar a “seita Nikken”, mas encaixam como uma luva na própria conduta da Soka
Gakkai; após as inúmeras evidências de alterações no discurso da organização, que antes
aceitava práticas como o hobobarai e hoje espalha que shakubuku (“break and subdue” ou
“quebrar e subjugar”) é uma prática maravilhosa para a felicidade (olá, eufemismo); após tudo
isso, não há muito mais o que escrever. Hipocrisia é o que define essa organização rica e
poderosa (ou “pujante“, se você preferir o eufemismo) que propaga uma religião famosa pelo
“desapego ao materialismo”. Hipocrisia é o que define uma organização que se vangloria por
ser inclusiva e pacífica, mas oculta traços intolerantes e preconceituosos de seus sábios
Sidarta e Nichiren.
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Como reconhecer um culto: estratégias da BSGI para a lavagem cerebral
Como reconhecer um culto: estratégias da BSGI para a lavagem cerebral
março 18, 2018
3 Responder
setembro 24, 2018 5:57 pm(1)
Jam
Jam
Bom dia Vero e Lucas , Parabéns pelo blog muito bem feito , muito importante … Muito grata ,
Fiz o Quiz algumas vezes e o meu ultimo resultado foi 67 pontos . Pratiquei assiduamente e
apaixonadamente durante 32 anos (dos 25 anos aos 57 anos ), Daisaku Ikeda era o meu pai
espiritual, SGI era minha vida … Estou me sentindo ainda mais feliz , e totalmente livre, desde
que Abri os olhos pela 1a vez nestes 32 anos de pratica me informando em vários sites feitos
por ex membros da SGI , paginas especializadas sobre Culto, entrevista oficial de ex
funcionários da SGI no Japão e ex menbros do New Komeito, o documentário da BBC, etc etc ,
em Inglês, Francês e vocês em Português sobre a real intenção da SGI O que é realmente a
SGI … Irei breve deixar um comentário como Visitante do blog com maiores detalhes
Muita felicidade para vocês
.Muita felicidade a todos a todas
Gratidão
2 Responder
outubro 8, 2018 10:46 am(2)
Jam
Jam
Bom dia Vêro e Lucas
Irei aos poucos enviar minha longa experiencia na SGI , tentado resumir para não ser muito
longo, é muita coisa !!!!
Logicamente nunca teria ousado a procurar informações fora dos sites da organização sobre a
SGI , Daisaku Ikeda , o New Komeito se não tivesse sentido na minha própria vida tamanha
ambiguidade entre aquilo que é ensinado na teoria e o que realmente é posto em prática na
SGI , também ouvia e apoiava outros membros que estavam sofrendo bastante com esta
ambiguidade
Eu era um membro apaixonado, engajado , sempre achava que eram os lideres que estavam
desviando a real intenção da SGI … se desviando do coração puro de Ikeda Sensei meu pai
espiritual … enganando Ikeda Sensei e assim continuava a lutar com toda a pureza do meu
coração para que a SGI do coração do mestre aparecesse … Transformar o meu karma
negativo em estar numa organização local da BSGI tão fora do proposito ensinado , em missão
vitoriosa … esta era minha convicção e decisão
Em abril deste ano (2018) decidi dar uma pesquisada no partido da Soka Gakkai no Japão o
New Komeito ( partido fundado em 1964 por Daisaku Ikeda com o nome de Komeito ) visto a
grande confusão que estava acontecendo a nivel político no Brasil ,queria ver qual era a
posição atual do partido da SOKA GAKKAI o NEW KOMEITO no Japão Quando comecei a
pesquisar no Google procurando mais informações fora dos impressos e do site oficial da BSGI
,
( pela 1a vez em 32 anos de prática assidua engajada e apaixonada ) e tudo aquilo que era
bizarro e ambíguo dentro da organização começou a ficar bem claro para mim ,,,(tive acesso a
uma entrevista oficial dada em 2008 pelo ex Presidente do Partido J.Yano, assim como uma
entrevista oficial dada em 2016 de 3 ex membros/funcionários do partido e lideres da Soka
Gakkai Kodaira,Naguchi e Takigawa e quanto mais eu pesquisava, mais eu entrava em blogs
internacionais de ex membros da SGI ( exemplo : REDDIT , REDDITBLOWERS, LISA JONES
e etc ) , páginas especializadas sobre cultos ( Exemplo: CULT EDUCATION FORUM
,L’UNADFI , INFO SECTES , PREVENSECTES, e etc ) e ai as peças do quebra cabeça
começaram a se encaixar …e eu consegui encaixar todas as peças do quebra cabeça.Bingo !!
ficou tudo claro . Vitoria !! Abertura da mente !! Liberdade total
Oficialmente ainda sou membro da BSGI mas desde Maio 2018 me afastei da organização
para ter uma ampla perspectiva da mesma e me dei conta que estava perdendo meu precioso
tempo em querer transformar a organização
Não me arrependo de nada … Minha vida e de minha família ( ninguém pratica) continua cada
vez melhor …Estou cada vez mais feliz e realizada , não perdi absolutamente nada ao contrário
só ganhei . Me sinto livre !!! E muito grata por ter aberto os olhos sobre a real intenção da SGI e
Daisaku Ikeda Eu nestes anos todos só enxergava a Vitrine da SGI e agora enxerguei e
entendo os Bastidores
Gratidão profunda por todo o aprendizado , pensei que fosse praticar até o final de minha vida
e continuar sendo a herdeira direta do coração de Ikeda Sensei , me enganei e acabou, foi uma
etapa de minha preciosa vida de minha evolução e não o fim … Continuo seguindo minha vida
preciosa,cada vez mais maravilhosa !!! Brilhando !! E expandindo muita luz amor amizade
pureza harmonia respeito esperança e paz em torno de mim
Lucas respondendo a sua pergunta sobre a organização na França
Eu começei a praticar e recebi o gohonzon em Paris França . Pratiquei durante 22 anos neste
pais … .Sou Brasileira e Francesa
Vou fazer um resumo para não ficar muito longo e aos poucos poderei dar maiores detalhes se
vocês desejarem
Desde 2007 foi mudada toda a estrutura da organização na França inclusive e sobretudo o
nome SOKA GAKKAI FRANCE para CONSISTOIRE SOKA DU BOUDHISME DE NICHIIREN ,
que comporta 3 associações – A.C.S.B.N Association Cultuelle Soka du boudhisme Nichiren, –
A.C.S.F Association Culturelle Soka France – A.C.E.P Association de Commerce d’Edition et
de Prestation e isto foi feito porque o nome da SOKA GAKKAI FRANCE constava na lista de
SECTES DANGEREUSES ( tradução CULTOS PERIGOSOS ) e foi a melhor maneira
encontrada para que a SOKA GAKKAI FRANCE fosse retirada desta lista oficial do governo
Francês ( lista feita por parlamentares )
Apesar desta mudança a sociedade Francesa continua tendo uma imagem bem negativa da
organização , para a sociedade Francesa continua sendo um culto perigoso
Bem é isso por hoje
Gratidão por tudo Vêro e Lucas
Desejando a vocês e a todos muita felicidade
Vidas que brilham
Até breve
Observação : Desde 2009 me mudei para o Brasil com minha família (marido francês e nosso
filho franco brasileiro ) e ingressei na BSGI que me mostrou uma ambiguidade escancarada e
me fez questionar profundamente
A organização na França é bem mais subtil( apesar de ter visto e sentido na pele bastante
ambiguidade também) , pois o Francês é um povo questionador , altamente critico (as vezes
até demais ) e conservador
4 Responder
outubro 11, 2018 1:43 pm(2)
Ruan Silva
Ruan Silva
Vou dar um breve relato sobre a minha trajetória na Gakkai.
Eu era o que é chamado de fukushi (quando você nasce em uma família budista) e até dois
meses atrás acreditava e seguia cegamente todas as diretrizes da Gakkai até encontrar com
esse blog por acaso em uma pesquisa que eu estava fazendo pra ser apresentada em uma
reunião. A partir daí tudo aconteceu de forma muita intensa e rápida e após dois meses, cá
estou eu fora da organização.
A partir do que comecei a ler, passei a refletir sobre a minha postura e o quanto de coisas eu
deixei de fazer por causa do “kosen rufu”, fui aprovado em uma universidade pública na UFRJ,
a melhor pro meu curso e deixei de ir pois segundo meu pensamento na época ” a mnha
comunidade precisa de mim nesse momento e portanto não posso mudar de estado agora”.
Comprei um carro com o intuito de contribuir para o deslocamento dos membros na
comunidade (algo desnecessário pra mim e só me comprometi com uma divida desnecessária
que tenho que arcar) e quase fiz a besteira de comprar um instrumento musical pra tocar no
Ongakutai (instrumento caro e cujo qual eu não queria de fato aprender a tocar), eu havia
colocado na minha mente que eu iria aprender tal instrumento pois o grupo precisava, mesmo
eu nunca tendo gostado disso. Por mais que em nenhum desses casos eu tenha sido obrigado
a nada, é algo muito subjetivo e esse tipo de pensamento passa a fazer parte da mentalidade
do praticante no dia a dia pois é algo incutido diariamente através das leituras e atividades, e
quando algo bom acontece na sua vida você automaticamente já associa o fato a Gakkai e
passa a se sentir com uma “dividia de gratidão com o mestre e a organização” e qualquer falha
você se senti culpado por não estar correspondendo com a expectativa do mestre
Comecei também a me lembrar de todas as vezes em que eu duvidava de algo ou me
questionava sobre algumas coisas, logo em seguida eu mesmo me repreendia pensando que a
maldade estava agindo sobre mim e que eu não poderia duvidar jamais, e assim meus
questionamentos eram suprimidos. Sempre achei tenebroso o fato de querer converter metade
da população ao budismo, como eu já ouvi de dirigentes, dizendo que em cada loja, hospital,
escola, casa teria que haver pelo menos um budista pra estabilizar a paz na sociedade e que
isso era kosen rufu. Eu nunca me sentia confortável nas atividades ou nas minhas relações
com o membris, era algo que sempre me incomodava o fato de nunca me sentir totalmente
bem comigo mesmo ali, tanto que eu orava pra mudar essa situação.
Sempre me incomodava o fato dos dirigentes estarem vestidos com roupas sociais, terno,
gravata sendo que era uma atividade “simples” de pessoas “humildes”, então porque tudo isso?
E eu sempre refletia sobre as reuniões de palestras, eram todas iguais, TODOS os
direcionamentos não somente das RPS mas de qualquer outra atividade girava em torno de
revolução humana; unicidade de mestre e discípulo; kosen rufu; shakubuku, era tudo igual. Mas
como existe toda a técnica de controle psicológico e emocional e de acordo com a participação
nas atividades é criada uma mentalidade nos membros e isso passa a ser inquestionável pra
eles. Conheço pessoas maravilhosas que eu admiro muito que estão lá (inclusive minha
família) e sei que elas agem com boa intenção e por vezes conseguem mesmo enfrentar suas
dificuldades por conta da organização até porque ela incentiva os membros a enfrentarem os
problemas e tudo o mais (nenhuma religião vai pregar o pessimismo e desestimular os
membros a conquistarem os objetivos né?). Muitos ainda precisam desse sustentáculo da
religião pra viver (tudo isso é a minha opinião conforme no que eu observo) pois é um traço da
nossa cultura, a crença em algo superior a nós e que influencia tudo na vida fez parte do
desenrolar da nossa história, ainda mais aqui onde temos uma influência cristã que gera esse
pensamento de “dependência”. E conforme o método científico, a criticidade forem colocadas
em prática mais evidente ficará o fato de que não precisamos de religião no mundo no qual
vivemos hoje.
Sei que pra todos os que questionam não somente no budismo mas em qualquer outra religião
vão se sentir com medo, com receio de estar fazendo algo muito errado e sentem que serão
punidos futuramente por isso, mas esse pensamento também foi algo construído na gente
justamente pra não sairmos de onde estamos. Mas tudo isso vai passar, se coisas ruins
acontecerem é porque isso faz parte da vida e você vai superar se tentar e se planejar, a vida é
isso, não temos o controle de tudo o que acontece e é muito bom estar sem esse peso e
responsabilidade imensa sobre o mundo!
Se alguém estiver precisandi conversar pois sei que não é fácil, podem me contatar que eu
retorno!
Escrevi até de mais, um abraço à quem leu!
7 Responder
novembro 21, 2018 4:47 pm(3)
Marcio Jacob
Marcio Jacob
Criei um grupo no WhatsApp– “Xô Gakkai”
Link: https://chat.whatsapp.com/FLvnlPQTqYL2fPTTnPGBvD
2 Responder
dezembro 7, 2018 7:17 pm(1)
Anónimo
Anónimo
A Soka Gakkai são para as pessoas Fortes, os fracos desiste. E ainda sai falando mal.
3 Responder
dezembro 24, 2018 9:30 pm(1)
Anónimo
Anónimo
Os criadores deste blog esta cometendo um crime. Divulgar mentiras, pois tudo que consta
aqui é uma grande MENTIRA. Isso é uma ofensa para todos os membros, que faz um trabalho
lindo para ser um mundo melhor. A Soka Gakkai é formado por pessoas anônima e voluntários.
Espero que vocês reflitam no que vocês estão fazendo. Na Europa a Soka Gakkai sofreu muito
pelos ataque da Seita Nikkei. Mas agora esta se reconstruindo graça a luta dos verdadeiros
membros. Infelizmente existem pessoas que se torna ignorante por influência de site perigosos
com por exemplo este.
5 Responder
dezembro 25, 2018 9:52 am
Anonimo
Anonimo
Fiz 71 pontos…Verô se eu pudesse te dava um abraço,pra muitos esse blog é impactante mas
é a mais pura verdade ! Te entendo perfeitamente como é questionar,ter opiniao própria,tentar
seguir um caminho diferente e ser crucificado por essas pessoas fanáticas,eles não suportam
quem pensa diferente,quem questiona,eles nao aceitam a palavra “Não” tem que fazer tudo oq
eles pedem pq senao eles jogam praga em nossas vidas eles falam que nós vamos cada vez
mais sofrer,que as coisas em nossas vidas nao irão dar certo pq a boa sorte vai acabar.Falam
que lutam pela paz mundial mas só sabem construir prédios e vender jornais e revistas,nunca
estao presentes em açoes sociais com tanto bilhoes de Dólares que possuem
2 Responder
fevereiro 17, 2019 10:02 pm
Luis afonso portugal
Luis afonso portugal
Poxa, meu amigos, vocês pararam? Aprecio muito o trabalho de vocês espero que continuem
postando artigos por aqui, abraços!
2 Responder
maio 12, 2019 10:11 am(2)
Julia
Julia
Me chamo Julia e já fui casada com um membro da BSGI , já participei de várias reunioes
durante uns 5 anos ou mais… meu ex-marido deve ser membro até hoje só que durante esses
tempos em que eu participava, eu morria de medo de conversar,questionar e tirar duvidas em
uma reuniao que tinha dirigentes de cargo alto porque tudo eles interpretavam como uma
calúnia,difamaçao ou entao pq a pessoa tava com maldade e duvida e ai eles mandavam fazer
o Daimoku,com o passar do tempo eu fui apenas observando e vi que era uma coisa muito
abstrata e monótoma,toda reuniao falavam a mesma coisa e todo mes eles ficavam forçando
as pessoas comprar um jornal e uma revista pq eles falavam que eram palavras sagradas
escritas diretamente pelo ”Mestre”, só que na minha casa não tinha mais espaço de tanto papel
e jornal que meu ex- marido guardava,e tbm de vez em quando tinha campanha pra arrecadar
dizimo (Kofu) e muitas pessoas nao faziam ai eu lembro que tinha membro que dava dinheiro
em nome dos membros que nao haviam feito o dizimo só pra dizer que a pessoa tinha
feito,teve uma época em que eu e meu marido tinhamos comprado um apartamento e eu
lembro que em uma reuniao os membros deram parabéns mas logo em seguida ficavam
falando que o apartamento tinha que ter um próposito pra paz mundial,tinha que ficar cedendo
pra fazer reuniao (Em tom de ameaça),a mesma coisa com o Carro,para eles o Carro tbm tinha
que ficar 24 horas por dia disponivel pra ficar levando e buscando as pessoas só que ninguem
ajudava com o combustivel,eu ajudava meu esposo a abastecer o carro as vezes faltava
dinheiro pra fazer mercado mas ai usavamos o cartao de crédito,se eu nao conseguia levar e
buscar as pessoas eu ficava muito mal,me sentia uma pessoa egoísta por ter um carro….
Resumo: Eu nao tinha mais controle sobre os meus pensamentos,sobre o meu corpo,sobre a
minha vida…
1 Responder
junho 17, 2019 3:02 pm(3)
Antônio
Antônio
Sempre venho aqui pra dar risada e sempre funciona.
Meu vcs são engraçados. Religião é opção ser doente também. Nada vai mudar se não partir
de vc. Hahahahaha vcs são fodas voltem com o site ficava entre aqui e o não intendo mas aqui
acabou. 🙁
3 Responder
junho 19, 2019 4:31 pm
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