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786-Revista Incendio Edicao 87 Beneficios Da Compartimentacao PDF
786-Revista Incendio Edicao 87 Beneficios Da Compartimentacao PDF
matéria de capa
Benefícios da
compartimentação
para a segurança
contra incêndios
Compartimentar a edificação evita que o fogo se propague e facilita o
resgate de vítimas
por Bruno Simon | redacao3@cipanet.com.br
Foto sxc.hu
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paulistas, que trata justamente de ter tratamento especial, por meio da tros corta-fogo (dampers); elementos
compartimentação, traz uma tabela utilização de portas, registros e sela- construtivos corta-fogo de separação
com as áreas máximas de comparti- gens corta-fogo. vertical entre pavimentos consecuti-
mentação em função dos grupos de vos; e selagem perimetral corta-fogo.
ocupação das edificações. De acordo com Valdir Pignatta
Compartimentação e Silva, a compartimentação verti-
vertical cal de fachadas é obtida por meio
Foto: divulgação
de parapeito-verga ou marquises
A compartimentação vertical deve (prolongamento dos entrepisos),
ser realizada tanto na fachada como construídos por materiais incom-
no interior dos edifícios. A compar- bustíveis. De acordo com a IT nº
timentação de fachadas tem como 9 dos bombeiros, as vergas e para-
objetivo impedir que o incêndio se peitos existentes entre as aberturas
propague para os outros pavimentos de pavimentos consecutivos devem
da edificação através das aberturas apresentar espessura mínima de 1,2
Carla Costa, especialista em segurança existentes em sua área externa. Já a metro (ver figura 1). Quando a se-
contra incêndios
compartimentação interior visa im- paração entre os pisos for realizada
pedir que o incêndio se propague por meio de marquises, essa estrutu-
através de aberturas nos entrepisos, ra deve ser prolongada por, no míni-
saídas de emergência ou poços de mo, 0,9 metro além do alinhamento
Segundo Carla Costa, engenhei- elevador. da fachada.
ra civil especializada em segurança Os elementos empregados para a No caso de edifícios com facha-
contra incêndio, a compartimenta- compartimentação vertical de edifi- da envidraçada, a engenheira Carla
ção é obtida por meio de uma série cações são entrepisos (ou lajes) corta- Costa explica que devem ser ins-
de medidas, entre elas a construção fogo; paredes corta-fogo, para o en- talados elementos corta-fogo por
de barreiras físicas contra o fogo, clausuramento de escadas e poços de trás desse revestimento. De acordo
tais como pisos e paredes corta-fo- elevadores; selos, vedadores e regis- com a Instrução Técnica dos bom-
go: “São estruturas convencionais,
de alvenaria, de concreto e até de
Foto: cbmesp
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Ÿ Ambientes fechados
Ÿ Florestais e Agricultura
Ÿ Detritos e materiais perigosos
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Compartimentação
horizontal
A compartimentação horizontal
evita que o fogo se alastre dentro de
um mesmo pavimento ou para edifi-
cações adjacentes. Assim, o proce-
dimento deve ser realizado tanto no
exterior como no interior do edifício.
Internamente, os compartimen- Modelo de compartimentação em fachadas ortogonais. Fonte: IT n° 9 do CBMESP
tos devem ser separados por paredes
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PROJETO PadRÃO SISTEMaS HIdRÁULICOS
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incêndio matéria de capa • Axa • Hidrantes
• Global Risk • Water Spray
• XL Group • Aquasonic
• NFPA • Casa de bombas
Elementos de
compartimentação
Em edificações compartimenta-
das devem ser utilizados elementos
construtivos chamados de corta-fo-
go, ou seja, pisos, paredes e portas
que apresentem resistência mecâni-
ca às chamas, estanqueidade (im-
pedindo a passagem de chamas e
fumaça) e isolamento térmico (im-
pedindo a passagem do calor). Em
situações especiais, são permitidos
os elementos conhecidos como pa-
ra-chamas, que apresentam apenas
resistência mecânica e estanqueida-
de, mas não impedem a passagem
de calor.
Todos os elementos de compar-
timentação devem respeitar o TRRF
(Tempo Requerido de Resistência
ao Fogo), intervalo de tempo du-
rante o qual a estrutura construtiva DISTRIBUIDOR AUTORIZADO: DISTRIBUIDOR AUTORIZADO:
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(11) 3868-1000
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função estrutural; e
• ABNT NBR 6479: Determina-
ção da resistência ao fogo das prote-
ções das aberturas existentes nas pa-
redes de compartimentação (portas
corta-fogo, selagem corta-fogo etc.).
Ambientes compartimentados po-
dem ainda contar com selagens corta-
fogo, para fechar possíveis frestas
deixadas nos espaços por onde pas-
sam tubos e shafts, fachadas de vidro
etc.; vedadores corta-fogo; e registros
corta-fogo (dampers).
Segundo Ana Maria Taboada,
vedadores corta-fogo são elementos
parecidos com portas corta-fogo, só
que utilizados nas paredes corta-
fogo de áreas industriais, com fe-
chamento automático acionado por
detecção ou alarme.
Registros ou dampers corta-
fogo são elementos utilizados nos
dutos de exaustão ou ar-condicio-
nado que atravessam paredes cor-
ta-fogo e que, quando acionados
pela detecção ou alarme, fecham-
se, evitando que a fumaça de uma
área atingida pelo fogo adentre
outros ambientes. De acordo com
Portas corta-fogo devem ser instaladas em passagens entre compartimentos, evitando que o fogo
se alastre a IT 9, os dampers devem ser dota-
dos de acionamentos automáticos
de resistência) ou S2 (90 minutos de matemáticos (analíticos) devida- comandados por fusíveis bimetá-
resistência). mente normatizados ou internacio- licos ou por sistema de detecção
De acordo com a IT 8 – Resis- nalmente reconhecidos. automática de fumaça, de acordo
tência ao fogo dos elementos da Segundo Berto, os ensaios de com a NBR 17240/10.
construção do Corpo de Bombeiros resistência ao fogo aplicados aos Já a selagem corta-fogo é geral-
de São Paulo, o TRRF dos elemen- elementos de compartimentação mente utilizada nas passagens de
tos de compartimentação devem ser no Brasil devem ser realizados em instalações que atravessam paredes
comprovados por meio da execução conformidade às seguintes normas corta-fogo ou nos shafts, evitando a
de testes e ensaios específicos de técnicas: propagação de fogo, fumaça e calor
resistência ao fogo ou atendimen- • ABNT NBR 10636: Deter- para outros ambientes. “A selagem
to a tabelas elaboradas a partir de minação da resistência ao fogo de corta-fogo funciona por meio da
resultados obtidos em ensaios de paredes de compartimentação sem aplicação de produtos que, ao serem
resistência ao fogo. Para elementos função estrutural; aquecidos pelo fogo, possuem efei-
estruturais, o TRRF pode ainda ser • ABNT NBR 5628: Determi- to intumescente e ocupam o espaço
comprovado por meio de modelos nação da resistência ao fogo para vazio deixado pela tubulação que
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entrou em colapso”, explica Ana jaram as discussões sobre seguran- Segundo coronel Hamilton Coelho,
Maria. ça contra incêndios em edificações as legislações brasileiras sobre segu-
no País, principalmente na capital rança contra incêndios evoluíram
paulista. Segundo Berto, essas dis- bastante e o nível de exigência está
Legislação cussões levaram a legislações um de acordo com as principais normas e
pouco melhores, a partir de 1983, e regulamentos internacionais: “O que
De acordo com Antonio Berto, culminaram, em 2001, com o Decre- deve ser feito é uma revisão perió-
até a década de 1970, as legislações to Estadual nº 56.819, que fornece dica, principalmente para incorporar
sobre segurança contra incêndio em as diretrizes para os projetos de se- novas técnicas e equipamentos, à me-
edificações no Brasil previam so- gurança contra incêndio no Estado, dida que são desenvolvidos”.
mente medidas de proteção ativas. a partir das chamadas Instruções A legislação de segurança contra
Assim, era comum que os corpos de Técnicas. incêndios varia de acordo com os
bombeiros estaduais exigissem ape- Para Berto, o decreto de 2001 foi municípios do País. Atualmente, a
nas a instalação de hidrantes e extin- a primeira legislação mais abran- legislação paulistana determina que
tores de incêndios. gente do Brasil, passando a tratar estabelecimentos comerciais e in-
Entretanto, episódios como os de compartimentação com base em dustriais apresentem AVCB (Alvará
incêndios nos Edifícios Andraus e normas nacionais e internacionais. de Vistoria do Corpo de Bombeiros)
Joelma, em 1972 e 1974, respecti- “Não dava para desenvolver uma para obter o alvará de funcionamen-
vamente, que juntos deixaram mais legislação sem uma base normativa to. O AVCB atesta que as medidas
de 200 mortos em São Paulo, ense- forte”, explica. de segurança contra incêndio imple-
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Cortinas Corta-Fogo
Foto: Exuvent
Foto: Exuvent
Cortina corta-fogo instalada em cozinha Cortina-corta fogo usada para proteger átrio de shopping center
Em 2011, passaram a valer as novas versões das Daniel Franco, diretor-comercial da Exuvent,
Instruções Técnicas dos Bombeiros Militares empresa que atua no segmento de ventila-
Foto: Divulgação
de São Paulo, entre elas a da IT 9. Uma das ção natural, explica que as cortinas corta-
novidades introduzidas pela nova versão é a fogo oferecem vantagens principalmente se
inclusão das chamadas cortinas corta-fogo utilizadas em substituição a uma parede de
entre os elementos de compartimentação. compartimentação, por exemplo: “A cortina
corta-fogo abre grandes possibilidades de
De acordo com o texto da IT 9, as cortinas corta- projeto para arquitetos, engenheiros civis
fogo podem ser utilizadas como elemento de e especificadores e podem ser utilizadas
compartimentação horizontal ou vertical em residências, shoppings, indústrias e até
em edificações protegidas por chuveiros embarcações”.
Cel. reformado Hamilton Coelho,
automáticos e devem ser acionadas por sistema do CBMESP
de detecção automática ou manualmente, de Outra vantagem da cortina corta-fogo, de
acordo com a NBR 17240/10. acordo com Franco, é que ela pode ser usa-
Foto: Divulgação
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Foto: Divulgação
compartimentação, estão de acordo do ele, nessas edificações são exi-
com as instruções técnicas dos bom- gidas adaptações, de acordo com as
beiros. Segundo coronel Hamilton possibilidades.
Coelho, o AVCB é emitido apenas Segundo Carla Costa, um dos
após vistorias dos bombeiros na maiores problemas da segurança
edificação, quase sempre por solici- contra incêndio em edificações é a
tação do proprietário: “Nessas oca- dificuldade de fiscalização, princi-
siões, o bombeiro responsável con- palmente em São Paulo, onde a de-
fere a instalação e o funcionamento manda é muito grande: “São Paulo Para Gonçalves, é preciso
conscientização sobre a importância
de todos os sistemas de proteção e tem muitas construções e o Contru da proteção contra incêndios
combate a incêndio, verificando se (Departamento de Controle do Uso
a edificação está de acordo com o de Imóveis) não dá conta de fiscali-
projeto técnico aprovado. Se estiver zar a cidade toda. A maioria das irre-
tudo bem, é emitido o AVCB”. gularidades acaba sendo descoberta estabelecimento de funcionar.
O coronel Hamilton explica ain- por meio de denúncias”. E, para Gérson Gonçalves de
da que as edificações construídas na De acordo com a engenheira, os Souza, subtenente do CBMESP,
cidade de São Paulo já incorporam bombeiros militares podem até cas- nem é essa a intenção dos bombei-
adequadamente as medidas de pro- sar ou não conceder AVCB em caso ros. “Não temos efetivo para reali-
teção contra incêndios, mas ainda há de irregularidades, mas não podem zar a fiscalização e a interdição de
edificações antigas que não atendem embargar uma obra ou impedir um edificações. Além disso, o mais im-
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