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19/02/2020 EDO de 2ª Ordem com Coeficientes Constantes | Resumo e Exercícios Resolvidos

EDO de 2ª Ordem com Coe cientes Constantes


Exercícios Resolvidos
Teoria Completa
Passo a Passo

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Teoria Completa

Introdução

Basicamente, esse capítulo e os próximos são a aplicação das Transformadas de Laplace, então se você
cou com alguma dúvida volta lá para dar uma revisada!

Você já viu a de nição da Transformada de Laplace, como calculá-la e várias de suas propriedades. Mas
para que isso tudo? Para chegarmos aqui: vamos usar todos esses conceitos para resolver EDO’S.

Transformada de Laplace de derivadas

Antes de continuar, é bom lembrar bem das transformadas de derivadas. Vimos anteriormente que a
transformada de uma derivada de ordem n é:

n n n−1 n−2 ' n−2 n−1


L {f (t)}= s L {f (t)}−s f (0)−s f (0)− … − sf (0)−f (0)

Traduzindo isso aí, a primeira coisa que vai aparecer é um s elevado a ordem da derivada e que multiplica a
transformada da função:

n
s L {f (t)}

Depois, todos os termos terão o sinal de menos que pode sumir na hora de substituir os valores.

n−1 n−2 ' n−2 n−1


−s f (0)−s f (0)− … − sf (0)−f (0)

O grau do s vai diminuindo um a um a cada termo até chegar ao grau zero e a ordem de f (0) vai
aumentando um a um a cada termo até chegar ao grau n − 1.

Não vai esquecer isso na prova, hein?! Para ordem 2, vai car:

'' 2
L {f (t)}= s L {f (t)}−sf (0)−f ' (0)

E ordem 1:

'
L {f (t)}= sL {f (t)}−f (0)

Repare que precisamos saber os valores iniciais da função para calcular.

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Entendeu tudo isso? Vamos seguir. Não entendeu? Volte no tipo de transformadas de derivadas que está
tudo bem mais suave por lá.

EDO e Laplace

Vamos ver um exemplo prático desse método, para você entender bem como ele funciona.

Exemplo: Resolva o problema de valor inicial:

'' '
y − y − 2y = 0

y(0)= 1

'
y (0)= 0

Provavelmente você já resolveu esse tipo de problema pelo método da equação característica, agora vamos
ver como resolver por Laplace.

Passo 1: Aplicar a Transformada de Laplace à equação.

Lembra que a Transformada de Laplace é linear? Temos

'' ' '' '


L {y − y − 2y}= L {y }−L {y }−2L {y}= 0

Agora vamos aplicar aquela propriedade da Transformada da derivada, lembra dela?

'
L {y }= sL {y}−y(0)

'' 2
L {y }= s L {y}−sy(0)−y´(0)

Substituindo na equação, temos:

2
(s L {y}(s)−sy(0)−y´(0))−(sL {y}−y(0))−2L {y}= 0

Passo 2: Substituir os valores iniciais e isolar L {y}

Como y(0)= 1 e y (0)= 0, temos:


'

2
(s L {y}−s)−(sL {y}−1)−2L {y}= 0

2
s L {y}−s − sL {y}+1 − 2L {y}= 0

2
L {y}(s − s − 2)= s − 1

s − 1
L {y}=
2
s − s − 2

Passo 3: Agora vamos decompor a expressão que encontramos em frações parciais.

O tipo que trata das transformadas tradicionais fala bem de frações parciais, se você não entender esse
passo, volte rapidinho nele ;-)

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As raízes de (s2 − s − 2) são 2 e −1, portanto, podemos escrever (s2 − s − 2)= (s − 2)(s + 1).

s − 1 a b
= +
2
s − s − 2 s − 2 s + 1

Temos que juntar tudo agora para achar essas constantes a e b:

s − 1 a(s + 1)+b(s − 2) as + a + bs − 2b
= =
2 2
s − s − 2 (s − 2)(s + 1) s − s − 2

Juntando os termos pelos graus de s:

s − 1 s(a + b)+(a − 2b)


L {y}= =
2 2
s − s − 2 s − s − 2

Como o denominador já é o mesmo, temos:

s − 1 = s(a + b)+(a − 2b)

Portanto:

a + b = 1     ⟹     a = 1 − b
{
a − 2b = −1                            

(1 − b)−2b = −1     ⟹       b = 2/3

a = 1 − 2/3     ⟹       a = 1/3

1. Agora que já temos os coe cientes a e b, basta reescrever as frações que criamos.

s − 1 1/3 2/3
L {y}= = +
2
s − s − 2 s − 2 s + 1

Passo 4: Agora que já temos as frações parciais, precisamos reconhecer a função y pela sua transformada.
Ou seja, achar a transformada inversa!

Lembra que L {eat }= 1/(s − a)? Essa transformada é muito parecida com cada uma das frações
parciais, não é? Vamos, então, reescrever essas frações para reconhecer a função.

1 1 2 1
L {y}= ⋅ + ⋅
3 s − 2 3 s + 1

1 2t
2 −t
L {y}= L {e }+ L {e }
3 3

1 2t
2 −t
L {y}= L { e + e }
3 3

Portanto, y é exatamente aquela expressão dentro dos colchetes da transformada:

1 2t
2 −t
y(t) = e + e
3 3

Lembre-se que y é uma função de t, não de s! Não se confunda com isso, ok?

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Talvez você esteja se perguntando: por que resolver EDO por Laplace? O método antigo já não estava bom?

Realmente, em certos casos resolver por Laplace dá muito mais trabalho! Mas Laplace também tem suas
vantagens.

Uma delas é que conseguimos trabalhar com EDO’s não-homogêneas muito facilmente (se você não
lembra, não tem problema, EDO não-homogênea é aquela que não tem “0” do outro lado do “=”. Tem
uma função f (t) qualquer perdida).

Nesse caso, a única diferença é que temos que calcular a transformada dessa função também f (t), quando
formos aplicar Laplace na EDO. Outra vantagem é que não é necessário substituir as condições iniciais
depois, ao longo do método elas já serão substituídas (lembra que na transformada da derivada, é
necessário conhecer os valores iniciais?).

Resolver esse tipo de EDO não homogênea pelo método da equação característica dá muito mais trabalho!
Se você já aprendeu isso, deve se lembrar.

Então, vamos resumir o que vimos para organizar melhor as ideias!

Passo a Passo para EDO por Laplace:

1. Aplicar Laplace à EDO;

2. Isolar L {y}, encontrando uma expressão para a transformada de y (não se esqueça de substituir os
valores iniciais que o problema deu);

3. Decompor a expressão de L {y} em frações parciais;

4. Reconhecer funções por suas transformadas (ver e “ajustar” cada fração parcial separadamente).

Basicamente todos os exercícios de EDO resolvidos por Laplace vão seguir esse mesmo padrão. A parte
mais complicada será reconhecer a função y depois que você encontrar sua transformada L {y}, às vezes
você vai precisar usar um pouco de algebrismo. Por isso, é uma boa você treinar bastante essa
“criatividade” fazendo exercícios!

Exercício Resolvido #1

UNICAMP - Cálculo 3 - Exame 2013 - 2c

Resolva o problema de valor inicial

'' '
y + 4y = 2t,   y(0)= 1,   y (0)= 0

Passo 1

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Vamos usar a Transformada de Laplace para resolver esse PVI, beleza? Para isso, aplicamos a transformada
de Laplace em todo mundo.

L [y(t)]= Y (s)

'' 2 '
L [y (t)]= s Y (s)−sy(0)−y (0)

Agregando os valores iniciais dados, temos

'' 2
L [y (t)]= s Y (s)−s

Além disso, para o termo do lado direito, sabemos que

2
L [2t]=
2
s

Passo 2

Substituindo na equação, temos:

''
y + 4y = 2t

''
L [y ] + L [4y] = L [2t]

2
2
s Y (s)−s + 4Y (s)=
2
s

Reordenando:

3
2
s + 2
Y (s)(s + 4)=
2
s

3
s + 2
Y (s)=
2 2
s (s + 4)

Passo 3

Agora, vamos usar frações parciais para achar a inversa de Y (s), isto é, o y(t).

3
s + 2 As + B Cs + D
= +
2 2 2 2
s (s + 4) s s + 4

3 2 2
s + 2 (As + B)(s + 4)+(Cs + D)s
=
2 2 2 2
s (s + 4) s (s + 4)

O numerador da direita, então, se torna:

2 2 3 2 3 2
(As + B)(s + 4)+(Cs + D)s = As + Bs + 4As + 4B + Cs + Ds

2 2 3 2
(As + B)(s + 4)+(Cs + D)s = (A + C)s + (B + D)s + 4As + 4B

E, comparando termo a termo, para que a expressão se iguale a s3 + 2:

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A + C = 1




⎪ B + D = 0

4A = 0





4B = 2

Assim, concluímos que A = 0, B = 1/2, C = 1 eD = −1/2. Logo:

3
s + 2 1/2 s − 1/2
= +
2 2 2 2
s (s + 4) s s + 4

3
s + 2 1/2 s 1/2
= + −
2 2 2 2 2
s (s + 4) s s + 4 s + 4

Passo 4

Por m, vamos reconhecer as inversas...

1/2 s 1/2
Y (s) = + −
2 2 2
s s + 4 s + 4

Como y(t)= [Y (s)], vem:


−1
 L

1 1 s 1 2
−1 −1 −1
y(t)= L [ . ]+L [ ]−L [ . ]
2 2 2
2 s s + 4 4 s + 4

t sen (2t)
y(t)= + cos(2t) −
2 4

Resposta
t sen (2t)
y(t)= + cos(2t) −
2 4

Exercício Resolvido #2

CEFET - EDO - P3 Hélder 2014.2 – 4

Considere o seguinte PVI:

'' ' t '


x + 6x + 18x = 25e ,  x(0)= 1,  x (0)= 4

Resolva usando transformada de Laplace.

Passo 1

Vamos lembrar as transformadas das derivadas:

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'
L[x ](s)= sL[x](s)−x(0)= sL[x](s)−1

'' 2 2
L[x ](s)= s L[x](s)−sx(0)−x´(0)= s L[x](s)−s − 4

Em breve usaremos isso!

Vamos aplicar a transformada em ambos os lados da EDO:

'' ' t
L[x + 6x + 18x]= 25e

'' ' t
L[x ]+6L[x ]+18L[x]= L[25e ]

E a transformada de uma exponencial:

25
t
L[25e ]=
s − 1

Substituindo as transformadas:

2
25
s L[x]−s − 4 + 6sL[x]−6 + 18L[x]=
s − 1

Passo 2

Agrupando tudo que tem L[x] e colocando o resto para outro lado da equação:

2 2
25 25 + s + 10s − s − 10 s + 9s + 15
2
(s + 6s + 18)L[x]= + s + 10 = =
s − 1 s − 1 s − 1

Assim:

2
s + 9s + 15
L[x]=
2
(s − 1)(s + 6s + 18)

Passo 3

Vamos achar as raízes de s − 6s + 18:


2

Δ = 36 − 4.18 = −36 < 0

Eita, não deu galera! As raízes vão dar números complexos! Então vamos só completar quadrado perfeito:

2 2 2
s + 6s + 18 = s + 6s + 9 + 9 = (s + 3) + 9

Substituindo isso na EDO:

2
s + 9s + 15
L[x]=
2
(s − 1)((s + 3) + 9)

Passo 4

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Vamos aplicar frações parciais :

2
s + 9s + 15 A Bs + C
= +
2
2 s − 1 s + 6s + 18
(s − 1)((s + 3) + 9)

2
Galera, eu voltei a s2 + 6s + 18 ao invés de (s + 3) + 9 para fazer o mmc!

2 2
A Bs + C (As + 6As + 18A)+Bs − Bs + Cs − C
+ =
2
s − 1 s + 6s + 18 2
(s − 1)((s + 3) + 9)

Assim:

2 2
s + 9s + 15 (A + B)s +(6A − B + C)s + 18A − C
=
2 2
(s − 1)((s + 3) + 9) (s − 1)((s + 3) + 9)

Igualando os coe cientes:

A + B = 1 → B = 1 − A

6A − B + C = 9 → 6A − 1 + A + C = 9 → 7A + C = 10

18A − C = 15

Analisando a segunda e a terceira equação:

7A + C = 10

18A − C = 15

Somando esses 2 termos:

25A = 25

A = 1

Assim:

C = 10 − 7 = 3

B = 1 − 1 = 0

Logo cou:

2
s + 9s + 15 1 3
= +
2
2 s − 1 (s + 3) + 9
(s − 1)((s + 3) + 9)

Então nalmente:

⎡ 2 ⎤
s + 9s + 15 1 3 1 3
−1 −1 −1 −1
x = L ⎢ ⎥= L [ + ]= L [ ]+L [ ]
2 2
2 s − 1 (s + 3) + 9 s − 1 (s + 3) + 9
⎣ (s − 1)((s + 3) + 9) ⎦

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Passo 5

Então vamos resolver cada um:

1
−1 t
L [ ]= e
s − 1

3
−1
L [ ]=??
2
(s + 3) + 9

Esse s + 3 representa que a função s está deslocada em −3, o macete é esquecer ela por um momentinho e
car só com:

−1
3
L [ ]= sen(3t)
2
(s) + 9

Beleza, agora lembre que era está deslocada, isso representa uma exponencial, em que a constante do
expoente é o deslocamento da função s, tá lá na nossa teoria ;), então ca assim:

3
−1 −3t
L [ ]= e sen(3t)
2
(s + 3) + 9

E nalmente a solução:

−1
1 −1
3 t −3t
x = L [ ]+L [ ]= e + e sen(3t)
2
s − 1
(s + 3) + 9

Resposta
t −3t
x = e + e sen(3t)

Exercício Resolvido #3

CEFET - EDO - P2 Hélder 2014.2 – 2 modi cada

Considere o PVI:

'' ' '


2y + 5y + 2y = cos(3t),  y(0)= 1,  y (0)= 4

a) Ache a transformada de Laplace da solução deste PVI.

b) Expresse a solução particular y(t) do PVI em função de uma convolução

Passo 1
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a)

Utilizando a propriedade de Laplace, transformada da derivada:

'
L[y ](s)= sL[y](s)−y(0)

'' 2
L[y ](s)= s L[y](s)−sy(0)−y´(0)

Com as condições iniciais

'
L[y ]= sL[y]−1

'' 2
L[y ]= s L[y]−s − 4

Aplicando a transformada na EDO:

'' '
L[2y + 5y + 2y]= L[cos(3t)]

Mas sabemos que:

'' ' '' '


L[2y + 5y + 2y]= 2L[y ]+5L[y ]+2L[y]

Substituindo as transformadas:

'' ' 2
L[2y + 5y + 2y]= 2(s L[y]−s − 4)+5(sL[y]−1)+2L[y]

Arrumando:

'' ' 2
L[2y + 5y + 2y]= L[y](2s + 5s + 2)−2s − 13

Passo 2

Agora o lado direito:

s
L[cos(3t)]=
2
s + 9

Assim a EDO ca:

s
2
(2s + 5s + 2)L[y](s)−2s − 13 =
2
s + 9

Jogando os termos sem Laplace para o lado direito:

s
2
(2s + 5s + 2)L[y](s)= + 2s + 13
2
s + 9

Vou dividir tudo por 2:

5 1 s 13
2
(s + s + 1)L[y](s)= + s +
2 2 s 2 2
+ 9

Colocando L[y](s) em evidência:

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s 13
( ) (s + )
1 2
s +9 2

L[y](s)= +
2 2 5 2 5
(s + s + 1) (s + s + 1)
2 2

Eita que doidera, né?! Mas a letra a já foi!

Passo 3

b) A gente viu a cara da particular, que é a parada que tem o cosseno, assim é:

1 s
( )
2 s2 +9

2 5
(s + s + 1)
2

Mas opa, a gente já sabe que

1 s 1
−1
L [ ]= cos(3t)
2
2 s + 9 2

O que sobrou a gente tenta achar a transformada inversa também

⎡ ⎤
1 1
−1 −1
L ⎢ ⎥= L [ ]
1
2 5 (s + )(s + 2)
⎣ (s + s + 1) ⎦ 2
2

Utilizando frações parciais

1 A B
= +
1 1 s + 2
(s + )(s + 2) s +
2 2

Assim obteremos o seguinte sistema

A + B = 0
{
B
2A + = 1
2

E encontraremos que

2 2
A =  ,   B = −   
3 3

E assim,

−1
1 −1
2 2 2 −1
1 1
L [ ]= L [ − ]=  L [ − ]
1 1 3 1 s + 2
(s + )(s + 2) 3(s + ) 3(s + 2) s +
2 2 2

E desses dois dentro dos colchetes nós sabemos a transformada inversa.

Com isso podemos concluir que:

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⎡ ⎤
1 2 1 1 2 t 2
−1 −1 − −2t
L ⎢ ⎥=  L [ − ]= e 2 − e
3 1 s + 2 3 3
2 5 s +
⎣ (s + s + 1) ⎦ 2
2

E dá uma olhada nisso: Tá vendo que temos um produto de transformadas? E nós sabemos quais funções
deram origem a essas transformadas! Então o que temos que fazer é só escrever na forma da de nição de
convolução igual aqui em baixo!

2 τ 2 1
− −2τ
yp = ∫ ( e 2 − e ) cos(3(t − τ ))dτ
3 3 2

1 τ 1
− −2τ
yp = ∫ ( e 2 − e )cos(3(t − τ ))dτ
3 3

Pronto!

Resposta
s 13
⎞ ( ) (s + )
1 s2 +9 2

a⎟ L[y](s)= +
2 2 5 2 5
⎠ (s + s + 1) (s + s + 1)
2 2

1 −
τ 1
−2τ
b) yp = ∫ ( e 2 − e )cos(3(t − τ ))dτ
3 3

Exercício Resolvido #4

Solução de PVI para EDO e Sistema de EDO por Laplace

Use transformadas de Laplace para resolver o seguinte problema do valor


inicial

'
y + y = −t sen(t)

Com y(0)= 0

Passo 1

Vamos aplicar transformada de Laplace na equação

'
L {y + y}= L {−t sen(t)}

'
L {y }+L {y}= L {−t sen(t)}

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Lembrando que

'
L {y }= sL {y}−y(0)= sL {y}

Vamos fazer

L {y}= Y (s)

Para facilitar nossa vida, a EDO ca

sY (s)+Y (s)= −L {t sen(t)}

Passo 2

Vamos fazer agora

L {t sen(t)}

Lembrando que

n
n
d
n
L {t f (t)}= (−1) L {f (t)}
n
ds

a
L {sen(at)}=
2 2
s + a

Vamos ter

1 d 2s
L {t sen(t)}= (−1) L {sen(t)}=
2
ds (s
2
+ 1)

Passo 3

A EDO cou

2s
sY (s)+Y (s)= −
2
2
(1 + s )

Isolando Y (s) vamos ter

2s 1
Y (s)= − .
2
(s
2
+ 1) s + 1

Passo 4

Separando isso por frações parciais vamos ter:

1 1 s + 1 1 s − 1
Y (s)= − − ⋅
2 2
2 (s + 1) 2 2 s + 1
(s + 1)

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Assim

1 1 s + 1 1 s − 1
−1 −1 −1 −1
y(t)= L {Y (s)}= L { }−L { }− L { }
2 2
2 (s + 1) 2 2 s + 1
(s + 1)

A primeira é a transformada de 1 deslocada em 1 unidade.

−1
1 −t
L { }= e
(s + 1)

A segunda é dada por

s + 1 s 1
−1 −1 −1
L { }= L { }+L { }
2 2 2 2 2 2
(s + 1) (s + 1) (s + 1)

s + 1 1 1
−1
L { }=( tsen(t))+ (sen(t)−tcos(t))
2
2 2 2
(s + 1)

A terceira, a gente separa em duas:

1 − s 1 s
−1 −1 −1
L { }= L { }−L { }
2 2 2
s + 1 s + 1 s + 1

1 − s
−1
L { }= sen(t)− cos(t)
2
s + 1

Que são as transformadas do cosseno e seno respectivamente. Assim juntando tudo isso:

1 1 1 1
−1 −t
y(t)= L {Y (s)}= e −( tsen(t)+ (sen(t)−tcos(t)))− (sen(t)− cos(t))  
2 2 2 2

Resposta
−t
1
y(t)= [e (1 − 2t) + sen(t)− cos(t)]
2

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