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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO

GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE
COMPUTAÇÃO E AUTOMAÇÃO

Disciplinas:

Teoria de Circuitos - DCA 0105

Circuitos Elétricos – ELE 0506

MANUAL DE EXEMPLOS DE SOLUÇÕES DE EXERCÍCIOS

2a Avaliação

Capítulo 5

Período: 2023.1

Professores:

Crisluci Karina Souza Santos Cândido

Manoel Firmino de Medeiros Júnior

Ricardo Ferreira Pinheiro

Francisco das Chagas Mota

Apoio:

Francisco Regis da Silva Pereira

Franklin Hebert Silva do Nascimento


Marcos Túlio Antunes Bezerra Segundo
Iang da Silva Aquino

1
CAPÍTULO 5

5.1 Para o circuito esquematizado na figura 2, considerando


que E=24V, R1=5, R2=1, C=0,25F e L=1H, em regime
permanente até t=0-, obtenha para t>0s, a constante de
amortecimento , as freqüências angulares de ressonância, 0,
e natural de ressonância, d, a expressão matemática para a
tensão “vc” e especifique se o circuito é criticamente, sub ou
sobre amortecido.

Solução:

A resolução desse circuito divide-se em duas etapas.

A primeira consiste em analisarmos o circuito em t = 0 − , no qual a


chave está fechada e o circuito atinge o regime permanente e a
segunda consiste em analisarmos o circuito em t  0 , onde a chave
está aberta e analisamos o transitório.

Com o circuito já em regime permanente, observamos que a


d
queda de tensão nos terminais do indutor é dada por: vl = L il , mas
dt
a corrente que está passando pelos terminais do indutor é constante
devido a natureza da fonte de tensão, logo a queda de tensão nos
terminais do indutor é 0V. Por outro lado, verificamos, no regime
permanente, que a tensão que se desenvolve nos terminais do
capacitor é constante, também devido a natureza da fonte de tensão,
e sabemos que a corrente que circula pelos terminais do capacitor é
d
dada por: ic = C v c . Assim dizemos que, no regime permanente o
dt

2
indutor comporta-se como um curto circuito e o capacitor como um
circuito aberto. Ficamos, portanto, com o seguinte circuito:

Em t = 0 −

3Ω i1
R1 i2
il (0 − )

E vc (0 − ) R2

Calculamos as correntes i1 e i2 , observando que i1 = i2 .


Assim:

E 24
i1 = i2 = =  i1 = i2 = 6 A
R1 + R2 5 + 1

il (0 − ) = 4 A

vc (0 − ) = R2 I 2 = 1* 4
v (0 ) = 4V
 c −

Em t = 0

3
il (0 + ) = il (0 − ) = 4 A
d d
il = C v c  il ( 0 − ) = C v c 
dt dt t =0

d i (0 ) 4
vc = l − = 
dt C 0,25
d
vc = 16
dt

Em t  0

Agora analisaremos para t  0 , quando a chave está aberta.

Quando a chave está aberta, temos o seguinte circuito:

R1 L

il (0 − )

E C vc (t)

Para este circuito escreveremos a Lei de Kirchoff das tensões.


Assim:

d d
E − Ril − L il − vc = 0 ; mas il = ic = C v c , portanto:
dt dt

d d2
E − RC vc − LC 2 vc − vc = 0  LC
dt dt
2
d R d 1 E
v +
2 c
vc + vc =
dt L dt LC LC

4
Aplicando Laplace à equação acima, temos:

 2 R 1  E
s + s + Vc( s) =
 L LC  sLC

A equação característica desse sistema é:

R 1
s2 + s+ =0
L LC
2 2
R R
2

R
   −
4 4 R 4
  −   −
L  
L LC R  
L LC R  L  LC
s1, 2 = =−  =−  
2 2L 2 2 2L 22
2
R  R 1
s1, 2 = −    −
2L  2 L  LC
s1, 2 = −   d = −   2 −  02

Assim:

R 5
= =   = 2,5
2 L 2 *1
1 1
0 = =  0 = 2rad / s
LC 1* 0,25
2 2
 R  1  5  1
d =   − =   −   d = 1,5rad / s
 2 L  LC  2 *1  1* 0,25

Assim, ao substituirmos os valores de  e  0 na equação


s1, 2 = −   2 −  02 , encontramos as raízes s1 e s2 , e estas são,
respectivamente, -1 e -4.

5
Observando a seguinte equação s1, 2 = −   2 −  02 , e os valores
de  e  0 , percebemos que    0 , o que nos fornece duas constantes
de tempo reais, distintas e negativas, logo temos um sistema
superamortecido.

A resposta completa de vc (t ) terá uma componente que


chamamos de componente homogênea, devido a natureza do sistema
e outra componente que chamamos de componente particular, devido
a natureza da entrada particular (fonte de tensão constante).

Portanto vc (t ) terá a seguinte resposta:

vc (t ) = vc hom ogênea (t ) + vcparticular (t )

Onde, a resposta da componente homogênea tem a seguinte


forma:

vc hom ogênea (t ) = K1e s1t + K 2e s2t .


Precisamos determinar as constantes K1 e K 2 , para isso
aplicamos as condições iniciais do instante de comutação da chave,
isto é, no instante t = 0 + temos a tensão de excitação da fonte e as
parcelas referentes a cada freqüência de oscilação, s1 e s2 , da parte
homogênea, totalizando 4V encontrados quando analisamos o circuito
em t = 0 − .Assim:

6
vc (0+ ) = vcparticular (0+ ) + K1e s1 0 + + K 2e s 2 0 +
vc (0+ ) = 24 + K1 + K 2 = 4V

K1 + K 2 = −20 
K1 = −20 − K 2

Verificamos ainda que:

d
vc = 16
dt t =0+
d
dt

vcparticular (t ) + K1e s1t + K 2 e s2t  = 16
t =0 +

s1 K1 + s2 K 2 = 16

Substituindo os valores de s1 e s2 , chegamos a:

− K1 + −4K 2 = 16

Substituindo o valor de K1 na expressão acima, obtemos:

20 + K 2 + −4 K 2 = 16 
3K 2 = 4 
4
K2 =
3

Substituindo o valor de K 2 na expressão de K1 , obtemos:

7
K1 = −20 − K 2 
4
K1 = −20 − 
3
64
K1 = −
3

Determinamos a resposta particular desse circuito por uma


simples inspeção do mesmo, ao verificarmos que, em regime
permanente o capacitor assemelha-se a um circuito aberto e o
indutor a um curto circuito, logo a tensão da fonte será totalmente
entregue aos terminais do capacitor, portanto a resposta particular
desse circuito terá o mesmo valor da fonte de tensão.

vcparticular (t ) = E = 24V

Assim a resposta completa da tensão sobre o capacitor será:

64 −t 4 −4t
vc (t ) = 24 − e + e 
3 3
4
(
vc (t ) = 24 − 16e −t − e −4t V
3
)

5.2 Para o circuito mostrado na figura 1, considerando que


em t=0s quando a corrente iL=IL0, a chave S2 muda da posição
“a” para a posição “b”:

1) apresente a expressão matemática da tensão vc(t) para


t>0s em função de IL0 e considerando Vc(0)=0V;
2) calcule a equação característica para o circuito
resultante, a constante de amortecimento “”, a
freqüência angular de ressonância“ω0” e a freqüência
angular natural de ressonância “ωd”;
3) se o instante “0” coincidir com o instante t=10s do
problema anterior, qual será o valor IL0 ? E qual será o
valor de vc(t) após um longo período de tempo?
Obs.: se não tiver feito o problema 1, use IL0=5A.

8
Figura 1.

Solução:

Vamos inicialmente analisar o circuito, já em regime


permanente, para instantes onde t  0s . Sabemos que, nessas
condições, o indutor comporta-se como um curto circuito. Então o
circuito que teremos que analisar será o exposto abaixo.


s1

10u(t) iL ( 0 )

Assim, nossas condições iniciais de tensão no capacitor e


corrente no indutor serão:

9
10V
i L (0) = 
1
i L (0) = 10 A

vC (0) = 0V

Após a comutação da chave s2 para a posição b teremos o


seguinte circuito a ser analisado:

iL ic

vc C

Aqui aplicaremos a Lei de Kirchoff das correntes ao nó do


circuito, assim teremos as seguintes relações:

d
iL + iC = 0  iL = −iC  iL = −C vC
dt

Aplicando a Lei de Kirchoff das tensões à malha do circuito


teremos:

d d
v L = v R + vC  L iL = RC vC + vC 
dt dt
d2 d
− LC 2 vC = RC vC + vC 
dt dt
d2 d
LC 2 vC + RC vC + vC = 0  LC
dt dt
2
d R d 1
v +
2 C
vC + vC = 0
dt L dt LC

10
Aplicando Laplace à última equação acima, teremos:
 2 R 1 
s + s + VC (s) = 0 .
 L LC 

Resolvendo a equação característica, temos:

R 1
s2 + s+ =0
L LC
2
R R 4
−    − 2
L L LC R  R  1
s1, 2 = =−    − = −   d
2 2L  2L  LC

Com isso encontramos os valores de  e  d .

R 1
= =   = 0,5
2 L 2 *1
2 2
 R 1  1  1 1 1 1 1
d =   − =   − = − = −   d = j rad / s
 2 L  LC  2 *1  1 * 2 4 2 4 2
1 1
0 = =  0 = 0,707rad / s
LC 1* 2

1 1
s1, 2 = −  j
2 2
Assim a tensão no capacitor terá a seguinte forma de resposta,
no tempo:

1 1
( − + j 0, 5) t ( − − j 0, 5) t
v C (t ) = K1e 2
+ K 2e 2

11
Precisamos determinar as constantes K1 e K 2 , para isso
aplicamos as condições iniciais, isto é, iL (0) e vC (0) :

vC (0) = K1e 0 + K 2 e 0 = 0  K1 + K 2 = 0  K1 = − K 2
d  ( − 2 + j 0,5) t ( − − j 0,5)t 
1 1
d
iL = −C vC = −C  K1e + K 2e 2 
dt dt  
 1 1
( − + j 0,5) t 1 ( − − j 0,5)t 
1
iL = −C (− + j 0,5) K1e 2
+ (− − j 0,5) K 2 e 2 
 2 2 

Mas iL (0) = 10 A , portanto:

 1 1 
− C (− + j 0,5) K1e 0 + (− − j 0,5) K 2 e 0  = 10 e C = 2F
 2 2 

K1 K K K
− j 1 + 2 − j 2 = 5 , mas K1 = − K 2
2 2 2 2

K1, K K K
− j 1 + 1 − j 1 = 5  − jK1 = 5
2 2 2 2

K1 = j 5
K 2= − j 5

1 1
( − + j 0,5) t ( − − j 0,5) t
Assim: v C (t ) = j 5e 2
− j 5e 2

12
Mas os coeficientes das exponenciais não podem ser números
complexos; devem ser valores reais. Neste caso quando temos pólos
complexos conjugados a forma da resposta da EDO fica:


vC (t ) = Ae j e j d t + Ae − j e − j d t e −t 

vC (t ) = Ae −t e j ( d t + ) + e − j ( d t + ) 

Aplicando a identidade de Euller e desenvolvendo temos:

vC (t ) = 2 Ae −t cos( d t +  )
vC (t ) = Me −t cos( d t +  )

Precisamos agora determinar M e  , para isso aplicamos as


condições iniciais:


vC (0) = Me 0 cos = 0  M cos = 0   = 
2
d
iL (0) = − C vC = 10
dt t =0


− C M (− )e −t cos(d t +  ) + Me −t (− d sen( d t +  ))  t =0
= 10

CMe −t  cos( d t +  ) +  d sen( d t +  ) = 10


t =0

CM  cos +  d sen  = 10
CM cos + d CMsen = 10

Mas M cos = 0 , portanto ficamos apenas com o segundo termo:

13
d CMsen = 10 
1  
* 2 * M * sen  = 10 
2 2

M = 10


Para  = −  M = −10
2

Assim:


t

vC (t ) = −10e 2
cos(0,5t − )V
2
ou


t

vC (t ) = 10e 2
cos(0,5t + )V
2

Equação característica:

d2 R d 1
v +
2 Ch
vCh + vCh = 0 
dt L dt LC
d2 d 1
v + vCh + vCh = 0
2 Ch
dt dt 2

1
 =
2
 d = 0,5rad / s
 0 = 0,707rad / s

14
Nota:

É importante ressaltar que, para a análise realizada


anteriormente, o sentido da tensão desenvolvida nos terminais do
capacitor tem o sentido mostrado abaixo:

ic
R
L

vc C

Outra forma de analisarmos esse circuito é a seguinte:

Depois de estabelecido o regime, encontramos a corrente no


indutor em t=0 (instante da comutação da chave) e consideramos
que a corrente que passa nos terminais do capacitor terá o mesmo
sentido da corrente que circula pelo indutor.

Assim teremos o seguinte circuito:

R
L

iL C vc

Dizemos que:

15
d
i L (0) = iC (0) = C vC = 10 A
dt t =0

Aplicando a Lei de Kirchoff das tensões ao circuito, temos:

− v L − v R − vC = 0 x(−1)
v L + v R + vC = 0
d
L i L + Ri L + vC = 0
dt
d  d   d 
L C vC  + R C vC  + vC = 0
dt  dt   dt 
d2 d
LC 2 vC + RC vC + vC = 0  LC
dt dt
d2 R d 1
v C + v C + vC = 0
dt 2 L dt LC

Aplicando Laplace à EDO acima temos:

 2 R 1 
s + s + VC ( s) = 0
 L LC 

O polinômio característico é:

16
R 1
s2 + s+ =0
L LC
2
R R 4
−    −
L L LC
s1, 2 = 
2
2
R  R  1
s1, 2 =−    − 
2L  2 L  LC
s1, 2 = −   d

1
s1, 2 = −  j 0,5
2

Assim:

1 1
( − + j 0, 5) t ( − − j 0, 5) t
v C (t ) = K1e 2
+ K 2e 2

Aplicamos as condições iniciais para determinarmos as


constantes K1 e K 2 .

vC (0) = K1e 0 + K 2 e 0 = 0  K1 + K 2 = 0  K1 = − K 2

d  ( − − j 0,5) t 
1 1
d ( − + j 0,5) t
i L = C vC = C  K 1 e 2
+ K 2e 2 
dt dt  
 1 1
( − + j 0,5) t 1 ( − − j 0,5) t 
1
i L = C (− + j 0,5) K1e 2
+ (− − j 0,5) K 2 e 2 
 2 2 

Mas iL (0) = 10 A , portanto:

17
 1 1 
C (− + j 0,5) K1e 0 + (− − j 0,5) K 2 e 0  = 10 e C = 2F
 2 2 

K1 K K K
− j 1 + 2 − j 2 = 5 , mas K1 = − K 2
2 2 2 2

K1 K K K
− + j 1 + 1 + j 1 = 5  jK1 = 5
2 2 2 2

K1 = − j 5
K 2= j 5

1 1
( − + j 0, 5) t ( − − j 0,5) t
Assim: v C (t ) = − j 5e 2
+ j 5e 2

Já demonstramos que quando temos raízes complexas


conjugadas, nossa forma de resposta para Vc(t) é:

vC (t ) = Me−t cos(d t +  )

Para encontrarmos M e θ aplicamos as condições iniciais:

18
vC(0) = 0

 d
iC (0) = iL (0) = C dt vC = 10 A
 t =0


vC (0) = M cos = 0   =
2

d
iC (0) = iL (0) = C vC = 10 A 
dt t =0

d 10 10
vC = = =5
dt t =0 C 2
d
dt

Me −t cos( d t +  )  =5
t =0

− Me −t cos( d t +  ) − Me −t  d sen( d t +  ) =5


t =0

− M cos( ) −  d Msen( ) = 5

Mas, M cos( ) = 0

−  d Msen( ) = 5 ;  d =
1
2

Msen( ) = −10

 
 =  M = −10
 2

 = −   M = 10

 2

19
Assim a expressão para Vc(t) será:

1
− t  
vC (t ) = 10e 2
cos 0,5t − 
 2
ou

 
1
− t
vC (t ) = −10e 2
cos 0,5t + 
 2
Nota:

É importante ressaltar que, para a análise realizada


anteriormente, o sentido da tensão desenvolvida nos terminais do
capacitor tem o sentido mostrado abaixo:

R
L

vc C
ic

5.3 No circuito esquematizado abaixo, obtenha a


expressão completa para a tensão iL(t), considerando que
inicialmente a chave ‘s’ permanece muito tempo fechada e
abre em t = 0.

20
Solução:

Quando ‘s’ permanece fechada durante muito tempo, temos aí


um estado de regime permanente, e assim o indutor é um “curto-
circuito” o capacitor é um “circuito aberto”. E assim tem-se:

Veja que a corrente inicial no indutor é:

8
iL ( 0 ) = =2A
4

E que a tensão inicial sobre o capacitor é:

21
V − R i L (0) − vc (0) = 0
24 − 4  6 − vc (0) = 0
vc (0) = 0 V

Agora temos as condições iniciais para resolver o circuito em


vc(t).

Em t = 0, a chave ‘s’ é aberta e a configuração do circuito


abaixo é estabelecida:

E vemos aí um circuito RLC em série, disso sabemos que a


soma de todas as tensões na malha é igual a zero:

Veja que:

dvc (t ) 1
C
iC (t ) = C → vC (t ) = ic (t ) dt = 0
dt

E ficaremos com a equação integro-diferencial:

E − v R (t ) − v L (t ) − vc (t ) = 0
diL (t ) 1
E − Ri R (t ) − L −  ic (t ) dt = 0
dt C

22
Derivando os dois lados da equação temos:

diL (t ) 1
RiR (t ) + L +  ic (t ) dt = E
dt C
d   d
RiR (t ) + L L +  ic (t ) dt  = (E )
di (t ) 1

dt  dt C  dt
diR (t ) d 2i (t ) 1
R + L L2 + iC (t ) = 0
dt dt C

Dividindo todos os termos da equação por L e reagrupando-os:

d 2 i L (t ) R diR (t ) 1
2
+ + iC (t ) = 0
dt L dt LC

Como : i R (t ) = iC (t ) = i L (t ), Então

d 2 i L (t ) R diL (t ) 1
2
+ + i L (t ) = 0
dt L dt LC

Substituindo os valores de R, L e C, temos:

d 2 i L (t ) 4 diL (t ) 1
+ + i (t ) = 0
dt 2 1 dt 1 L
1
20
d 2 i L (t ) di (t )
2
+ 4 L + 20i L (t ) = 0
dt dt

Resolvendo a equação diferencial acima:

23
s 2 + 4s + 20 = 0
− 4  16 − 80
s=
2
− 4  − 64
s=
2
− 4  j8
s=
2
s = −2  j 4

Com a equação característica com raízes complexas, temos um


caso do tipo:

i L (t ) = Ae t cos(t +  )

onde α=–2 e ω= ±j4;

Desse modo:

i L (t ) = Ae −2t cos(4t +  )

onde se tem A e Φ para se determinar a partir das condições iniciais:

Sabemos que:

 v ( 0)  
2  v(0)  
A =  + i (0)  + i (0) 2  = arctg + 
 d L d    d Li (0)  d 
 0 −2
 0 −2 
2
 = arctg + 
A=  +  2 + 22  4 1  2 4 
 4 1 4 
 2
 = arctg − 
A= (− 1)2 + 2 2  4
A= 5   −26,6
A  2,24

24
Com isso resolvemos a questão e o resultado é:

i L (t ) = 2,24 e −2t cos (4t − 26,6) A

5.4. Para o circuito abaixo, considere que as energias


armazenadas no instante inicial são nulas e que em t = 0s a
chave ‘s’ abre. Para t > 0s:

a. Especifique se o circuito é sub, sobre ou criticamente


amortecido;

b. A expressão matemática completa da corrente no indutor,


iL(t);

c. A corrente iL(t) de regime permanente.

Solução:

a. Ao considerar todas as condições iniciais nulas, temos que:

i L (0) = 0 e vC (0) = 0

E podemos enxergar o circuito em t > 0s, desse modo:

25
Daqui podemos ver que:

i L (t ) + i R (t ) + iC (t ) = I
1 dv (t )
i L (t ) + v R (t ) + C C =I
R dt
diL (t )
Como : vC (t ) = v R (t ) = v L (t ) = L
dt
1 di (t ) d  di (t ) 
i L (t ) + L L + C  L L  = I
R dt dt  dt 
L diL (t ) d 2 i L (t )
i L (t ) + + LC =I
R dt dt 2
d 2 i L (t ) L diL (t )
LC + + i L (t ) = I
dt 2 R dt

Dividindo toda a expressão por LC

d 2 i L (t ) 1 diL (t ) 1 I
+ + i L (t ) =
dt 2 RC dt LC LC
2
d i L (t ) 1 diL (t ) 1 24 10 −3
+ + i L (t ) =
dt 2 (
400 25 10 −9 dt ) ( )(
25 10 −3 25 10 −9 ) ( )(
25 10 −3 25 10 −9 )
d 2 i L (t ) 5 diL (t )
2
+ 10 + 1,6 10 9 i L (t ) = 3,84 10 7
dt dt

Encontrando a resposta homogênea

26
d 2 iL hom (t ) diL hom (t )
2
+ 105 + 1,6 109 i L hom (t ) = 0
dt dt
− 10  (−10 ) − 4 1  (1,6 109 )
5 5 2
s=
2
− 105  3,6 109
s=
2
− 10  6 104
5
s=
2
− 10 104  6 104
s=
2
s = −5 10  3 104
4

s1 = −20 104
s 2 = −80 104

De acordo com essas raízes da equação característica, temos


um circuito RLC superamortecido.

Para encontrar a resposta forçada de iL(t), procedemos desse


modo:

i L forç (t ) = A + Bt
diL forç (t )
=B
dt
d 2 i L forç (t )
=0
dt 2
0 + 105 B + 1,6 109 ( A + Bt ) = 3,84 107
Bt + (1,6 109 A + 105 B ) = 3,84 107
B=0
1,6 109 A = 3,84 107
A = 24 10−3
i L forç (t ) = 24 10−3

i L (t ) = k1e s1 + k 2 e s 2 + 24 10−3

Assim:

27
iL (0) = iL (t ) = k1 + k 2 = −24 10−3

Como a tensão inicial do capacitor é mesma sobre o capacitor e


a tensão no indutor é:

diL (t )
v L (t ) = L
dt
d
v L (0) = (25 10−3 )
dt
(
k1e s1 + k 2 e s 2 + 24 10−3 ) t =0 =0

(25 10 )(k1  s1 + k 2  s 2 ) = 0


−3

− 2 104 k1 − 8 104 k 2 = 0
k1 = −4k 2

k1 + k 2 = −24 10−3
k1 = −4k 2

− 3k 2 = −24 10−3
k 2 = 8 10−3

k1 = −4(8 10−3 )
k1 = −32 10−3

E a resposta completa de iL(t) é:

( )
iL (t ) = − 32e −210 t + 8e −810 t + 24 u (t ) mA
4 4

Para encontrarmos o valor de iL(t) quando este atinge o regime


permanente, fazemos o seguinte limite:

lim iL (t ) = 24 mA
t →

Que é o valor da corrente no indutor em Regime Permanente.

28
5.5. Para o circuito esquematizado na figura abaixo,
obtenha:

a. a constante de amortecimento α;

b. as freqüências angulares de ressonância, ω0;

c. a freqüência natural amortecida, ωd;

d. a expressão matemática para a tensão vc(t);

e. e especifique se o circuito é sob, super ou criticamente


amortecido.

Obs.: iL(0-)=0

Solução:

Pela lei dos nós obtemos:

29
30
i L (t ) + iC (t ) = I
i L (t ) = I − iC (t )
vC (t ) = v L (t ) + v R (t )

diL (t )
vC (t ) = L + Ri R (t )
dt
i L (t ) = i R (t )
diL (t )
vC (t ) = L + Ri L (t )
dt
vC (t ) = L I − iC (t ) + RI − iC (t )
d
dt
di (t )
vC (t ) = − L C + RI − RiC (t )
dt

Como

dvC (t )
iC (t ) = C
dt

Tem − se

d  dvC (t )   dv (t ) 
vC (t ) = − L C  + RI − R C C 
dt  dt   dt 
d 2 vC (t ) dv (t )
vC (t ) = − LC 2
+ RI − RC C
dt dt
2
d vC (t ) dv (t )
LC 2
+ RC C + vC (t ) = RI
dt dt

Dividindo tudo por LC

d 2 vC (t ) R dvC (t ) 1 RI
2
+ + vC (t ) =
dt L dt LC LC

31
A constante de amortecimento:

1 1 1
= = = = 0,417 rad / s
2 RC 2  6  0,2 2,4

A frequência de ressonância:

1 1 1
o = = = = 2,24 rad / s
LC 1  0,2 0,2

A frequência amortecida:

 d =  02 −  2 = (2,24) 2 − (0,417) 2 = 2,20 rad / s

Resolvendo a equação do circuito para vc(t):

d 2 vC (t ) R dvC (t ) 1 RI
2
+ + vC (t ) =
dt L dt LC LC
2
d vC (t ) 6 dvC (t ) 1 64
+ + vC (t ) =
dt 2
1 dt 1  0,2 1  0,2
d 2 vC (t ) dv (t )
2
+ 6 C + 5vC (t ) = 120
dt dt

Encontrando a resposta homogênea:

32
s 2 + 6s + 5 = 0
− 6  36 − 20 − 6  4
s= = = −3  2
2 2
s1 = −1
s2 = −5
vC (t ) hom = k1e−t + k2e−5t

Encontrando a resposta forçada:

vC (t ) forç = A + Bt
dvC (t ) forç
=B
dt
d 2 vC (t ) forç
=0
dt 2
0 + 6 B + 5( A + Bt ) = 120
5Bt + 5 A + 6 B = 120

B=0

5B = 120
A = 24

vC (t ) forç = 24

A resposta completa de vC(t) é:

vC (t ) = k1e −t + k 2 e −5t + 24

Para encontrar k1 e k2, analisamos as condições iniciais:

Sabemos que iL(0–)=0, assim a corrente no indutor e no


resistor são ambas nulas, se não há corrente passando por esses
elementos, também não há tensão sobre eles, e desse modo a tensão

33
inicial sobre o capacitor no instante inicial também é igual a zero:
vC(0–)=0.

vC (0) = k1e −t + k 2 e −5t + 24 = 0


k1 + k 2 = −24

i L (t ) = I − iC (t )
dvC (t )
i L (t ) = I − C
dt
d

i L (t ) = 4 − 0,2 k1e −t + k 2 e −5t + 24
dt


i L (t ) = 4 − 0,2 − k1e −t − 5k 2 e −5t 
−t −5t
i L (t ) = 4 + 0,2k1e + k 2 e
i L (0) = 4 + 0,2k1 + k 2 = 0
0,2k1 + k 2 = −4
Multiplicando por 5
k1 + 5k 2 = −20

k1 + k 2 = −24
k1 + 5k 2 = −20

k1 + k 2 = −24
− k1 − 5k 2 = 20

− 4k 2 = −4
k2 = 1

k1 = −24 − k 2
k1 = −24 − 1
k1 = −25

E a resposta completa de vC(t) é:

(
vC (t ) = − 25e −t + e −t + 24 u(t ) V)
34
5.6. Para o circuito abaixo determine Vc(t), para t > 0.

30Ω 0,4H

s
40V t=0 50Ω vc 20μF

Solução:

Antes da comutação da chave temos o seguinte circuito:

30Ω 0,4H

40V 50Ω vc 20μF

No instante da comutação da chave, verificamos que o circuito


já estava operando no regime permanente e já sabemos que, nessas
condições o indutor se comporta como um curto circuito e o capacitor
se comporta como um circuito aberto.

Assim ficamos com o seguinte circuito:

35
30Ω

I
40V 50Ω

Nossas condições iniciais são:

40 40
I = i L (0) = =  i L (0) = 0,5 A
30 + 50 80
1
vC (0) = 50 * i L (0) = 50 *  vC (0) = 25V
2

Vamos analisar o circuito no instante t = 0 + :

No instante t = 0 + temos o seguinte circuito:

0,4H i

s 50Ω 25V 20μF

Nossas condições nesse instante são:

vC (0 + ) = 25V

36
iL (0+ ) = − I = −0,5 A

Os valores obtidos no em t = 0 + , são considerados como que


ocorridos em t = 0 , onde temos o seguinte circuito:

iL iR iC
0,4H 50Ω 25V 20μF

Mas sabemos que:

25
i R (0) =  i R (0) = 0,5 A
50
= 20 25 
d d
iC (0) = C vC
dt t =0 dt t =0

iC (0) = 0

Outra forma de determinarmos a corrente no capacitor é


aplicando a Lei de Kirchoff das correntes ao circuito em t = 0 , assim
temos:

i R + i L + iC = 0
iC = −(i R + i L ) 
iC (0) = 0

Analisemos agora o circuito em t  0 .

37
iL iR iC
L R C

i L + i R + iC = 0
1 d
iL + vC + C vC = 0
R dt

Onde
t
1
L 0
i L = i L (0) + v L ( )d

v L = vC
t
1
L 0
i L = i L (0) + vC ( )d

Assim a Lei de Kirchoff das correntes fica:

t
1 1 d
L 0
iL (0) + v C ( ) d + v C + C vC = 0
R dt

Derivando ambos os lados, temos:

38
t 
d
iL (0) + 1 d  vC ( )d  + d  1 vC  + d C d vC  = 0
dt L dt  0  dt  R  dt  dt 
d2 1 d 1
C 2 vC + v C + vC = 0  C
dt R dt L
d2 1 d 1
v +
2 C
vC + vC = 0
dt RC dt LC

Aplicando LAPLACE à EDO acima, temos:

 2 1 1 
s + s+ VC ( s) = 0
 RC LC 

O polinômio característico será:

2
1  1  4
−    −
1 1 RC  RC  LC
s2 + s+ = 0  s1, 2 = 
RC LC 2
2
1  1  1
s1, 2 = −    − = −   d
2 RC  2 RC  LC
1 1
= =   = 500
2 RC 2 * 50 * 20 * 10 −6
1 1
0 = =   0  354rad / s
LC 0,4 * 20 * 10 −6
 d =  2 −  02 = 5002 − 3542  353rad / s

Visto que    0 , logo nosso sistema terá duas raízes reais,


distintas e negativas, fazendo com que nossa expressão para tensão
no capacitor se apresente da seguinte forma:

39
vC (t ) = K1e s1t + K 2 e s2t

Em que:

s1 = −500 − 353  s1 = −853


s 2 = −500 + 353  s 2 = −147

Portanto:

vC (t ) = K1e−853t + K2e−147t

Precisamos determinar as constantes K1 e K 2 , para isso


aplicaremos as condições iniciais:

vC (0) = K1e 0 + K 2e 0 = 25 
K1 + K 2 = 25
d
iC (0) = C vC = 0
dt t =0
d i (0) d
vC = C = 0  vC = 0
dt C dt t =0
d
dt

K1e −853t + K 2e −147t  =0
t =0

− 853K1e −853 − 147K 2e −147t =0


t =0

40
Logo teremos o seguinte sistema de equações:

K1 + K 2 = 25
− 853K1 − 147K 2 = 0

K1 = −5,2
K 2 = 30,2

Logo a expressão para a tensão no capacitor é dada por:

vC (t ) = −5,2e−853t + 30,82e−147tV

5.7. No circuito esquematizado na figura abaixo, considere


inicialmente a chave “s” fechada; passa-se muito tempo e, no
instante t = 0, a chave abre; Determine a tensão vC(t), para t
≥ 0, se:

V = 100 V;

L = 1 H;

C = 1 µF;

R1 = 1 kΩ;

R2 = 2 kΩ;

41
Solução:

V 100 1
iL (0) = = = = 3,33 A
R1 + R2 1000 + 2000 30
vC (0) = R2  iL (0) = 2000 3,33 = 66,66 V

Para t > 0

R2 2000
= = = 1000 rad / s
2L 2 1
1 1
0 = = = 1000 rad / s
LC 1 1 10−6

Como α = ω0, tem-se então, um amortecimento crítico

Revertendo vC(t):

 I0   −t
vC* (t ) =   + V0 t + V0 e
 C  
 1  
vC (t ) =  
* 30 + 1000(− 200 t − 200  e −t
 10−6 3  3 
  

 1  200 
 200 
vC* (t ) =   30 + 1000 − 
t −  e −t
  10 − 6
 3   3 
  
vC* (t ) = − 33,3326t − 66,66 e −t

vC* (t ) = −33,3326t − 66,66e −1000t


onde

vC (t ) = 33,3326t + 66,66e −1000t

42
5.8. DEDUÇÃO DAS EXPRESSÕES DO CIRCUITO RLC
SÉRIE CONSIDERANDO RESPOSTA AO ESTADO ZERO.

Obtemos a equação do circuito aplicando a LKT à única malha.

Assim, temos:

vR + vL + vC = vF
d
Ri L + L iL + vC = vF
dt

d
Mas iL = iC = C vC Assim :
dt

d d2
RC vC + LC 2 vC + vC = vF →  LC
dt dt

d2 R d 1 v
v +
2 C
vC + vC = F
dt L dt LC LC

Vamos encontrar as frequências de oscilação natural do circuito


e analisarmos o comportamento em cada caso:

43
s1 = ?; s 2 = ?

R 1
s2 + s+ =0
L LC
2
R R 4
−    −
L L LC
s1, 2 = →
2

2
R  R  1
s1, 2 =−    −
2L  2L  LC

R 1
= ; 0 = ;
2L LC

s1, 2 = −   d

s1, 2 = −   2 −  0
2

Analisemos agora cada caso de resposta:

1) CASO SOBREAMORTECIDO:

  0

Neste caso, a tensão sobre o capacitor tem a seguinte forma de


resposta:

vC (t ) = K1e s1t + K 2 e s2t + V particular

Precisamos, então, descobrir as constantes K1 e K2 e a


resposta particular do sistema, para isso devemos aplicar as
condições iniciais ao sistema:

44
Visto que buscamos a resposta ao estado zero, a energia
armazenada inicialmente no capacitor e no indutor é nula, portanto:

vC (0) = 0
i L (0) = 0

Assim, temos:

vC (0) = K 1 + K 2 + V particular = 0
d
i L (0) = iC (0) = C vC (t ) = 0 →
dt t =0

d
vC (t ) = 0 →
dt t =0

s1 K 1 + s 2 K 2 = 0

Assim temos o seguinte sistema de equações, abaixo:

 K 1 + K 2 + V particular = 0

s1 K 1 + s 2 K 2 = 0

Resolvemos, portanto o sistema:

45
K 1 = −( K 2 + V particular )

− ( K 2 + V particular ) + s 2 K 2 = 0
K 2  s 2 − s1  = s1V particular →
s1
K2 = V particular →
s 2 − s1

s1
K2 = − V particular
s1 − s 2

K 2 = −( K 1 + V particular )

s1 K 1 − s 2 ( K 1 + V particular ) = 0
K 1  s1 − s 2  = s 2V particular

s2
K1 = V particular
s1 − s 2

Precisamos agora encontrar o valor de Vparticular, para isso


substituímos Vparticular na expressão da EDO e igualamos ao valor
da excitação. Assim:

d2
dt 2
 
V particular +
R d
L dt

V particular + 1
LC
 v
V particular = F
LC
 →

0+0+
1
LC
 v
V particular = F
LC
 →

V particular = v F

Assim a expressão da tensão sobre o capacitor fica, como


mostrada a baixo:

46
s2 s1
vC (t ) = vF e s1t − vF e s 2 t + v F
s1 − s2 s1 − s2

A expressão da corrente é dada por:

d
iC (t ) = C vC (t ) →
dt

 ss s 2 s1 
iC (t ) = C  1 2 v F e s1t − v F e s2t 
 s1 − s 2 s1 − s 2 

2) CASO SUBAMORTECIDO:

  0

s1, 2 = −  jd

vC (t ) = K1e −( − jd ) t + K 2 e −( + jd )t + V particular


 
vC (t ) = K1e jd t + K 2 e − jd t e −t + V particular

Podemos demonstrar que K1 e K2 são complexos


conjugados, assim escrevemos as constantes, como sendo:

K1 = Ae j e K 2 = Ae − j

47
Dessa forma continuamos a desenvolver a expressão da
tensão no capacitor.

 
vC (t ) = Ae j e jd t + Ae − j e − jd t e −t + V particular

 
vC (t ) = Ae j (d t + ) + Ae − j (d t + ) e −t + V particular

Aplicando a identidade de Euller na expressão acima,


temos:

vC (t ) = 2 Ae −t cos(d t +  ) + V particular

Precisamos agora encontrar as variáveis A e θ, para isso,


aplicamos as condições iniciais do sistema.

vC (0) = 2 A cos( ) + V particular = 0

dvC (t )
i L (0) = iC (0) = C =0 →
dt t =0

dvC (t )
=0 →
dt t =0

48
d
vC (t ) = 0 →
dt t =0

− 2 A cos( ) − 2 Ad sen( ) = 0

 cos( ) + d sen( ) = 0


tg ( ) = − →
d

 
 = −tg −1  

 d

Encontramos o valor de A pela expressão da tensão sobre


o capacitor, aplicada em t=0. Assim:

vC (0) = 2 A cos( ) + V particular = 0 →

V particular V particular
A=− =−
2 cos( )   
2 cos− tg −1  
  d 

Assim a expressão da tensão sobre o capacitor fica:

V particular   
vC (t ) = − e −t cos d t − tg −1  
      d 
cos− tg −1  
   d 

A expressão da corrente é dada por:

49
d
iC (t ) = C vC (t ) →
dt

   
    
   
    cos t − tg −1   −1     −t 
V particular
iC (t ) = C     +  d sen d t − tg    e 
    
−1       d   
d
  −     d   
 
cos tg   
     d   
 

3) CASO CRITICAMENTE AMORTECIDO

Quando

 = 0

s1 = − e s 2 = −

E daí,

50
vC (t ) = K1e −t + K 2 t e −t + V particular
Como : vC (0) = 0
vC (0) = K1 + V particular = 0
K1 = −V particular

iL (t ) = C
dvC (t )
dt
=C
d
dt

K1e −st + K 2 t e −st + V particular 

iL (t ) = C − sK1e −st + K 2 e −st − s t e −st ( )
iL (t ) = − sCK1e −st + K 2 C( e − st
− s t e −st )
dvC (t )
Como : iL (0) = C =0
dt t =0
iL (0) = − sCK1 + CK 2 = 0

Como K1 = −V particular
− sC ( − V particular ) + CK 2 = 0
K 2 = − sVparticular

Logo:

vC (t ) = −V particular e −t − sV particular t e −t + V particular


(
i L (t ) = s V particular C e − st − s V particular C e − st − s t e − st )

Para componente Vparticular:

51
d2 R d 1 v
2 C
v + vC + vC = F
dt L dt LC LC

( V particular ) + R d ( V particular ) + 1 ( V particular ) = v F


2
d
2
dt L dt LC LC
1
( V particular ) = v F
LC LC
V particular = v F

Logo :
vC (t ) = −v F e −t − svF t e −t + v F
(
i L (t ) = s v F C e − st − s v F C e − st − s t e − st )

4) CASO OSCILATÓRIO SEM AMORTECIMENTO

Quando

 =0
s1, 2 =  −  0
2

s1, 2 =  j  0
2

s1 = + j 0
s 2 = − j 0

52
vC (t ) = K 1e j0t + K 2 e − j0t + V particular
vC (t ) = K cos( 0 t +  K ) + V particular
Como vC (0) = 0
vC (0) = K cos K + V particular = 0

Como i L (0) = 0

i L (t ) = C
dvC (t )
dt
=C
d
dt

K cos( 0 t +  K ) + V particular 
i L (t ) = KC  −  0 sen( 0 t +  K ) 
i L (t ) = − KC 0 sen( 0 t +  K )
i L (0) = − KC 0 sen K = 0

K cos K = −V particular → ( I )
− KC 0 sen K = 0 → ( II )

( II ) − KC 0 sen K 0
 =
(I ) K cos K − V particular
− C 0 tan  K = 0
K = 0

K cos K = −V particular
K cos 0 = −V particular
K = −V particular

vC (t ) = −V particular cos( 0 t ) + V particular


i L (t ) = V particular C 0 sen( 0 t )

Para componente Vparticular:

53
d2 R d 1 v
2 C
v + vC + vC = F
dt L dt LC LC

( V particular ) + R d ( V particular ) + 1 ( V particular ) = v F


2
d
2
dt L dt LC LC
1
( V particular ) = v F
LC LC
V particular = v F

Logo :
vC (t ) = −v F cos( 0 t ) + v F
i L (t ) = v F C 0 sen( 0 t )

5.9. Circuito RLC Paralelo: EQUAÇÃO DIFERENCIAL

Calcular iL(t) para t > 0, sabendo que todas as condições


iniciais são nulas.

Do estudo da análise de circuitos, sabemos que a equação


diferencial para a variável de interesse é:

𝑑2 𝑖𝐿 (𝑡) 1 𝑑𝑖𝐿 (𝑡) 1 𝐼


2
+ + 𝑖𝐿 (𝑡) =
𝑑𝑡 𝑅𝐶 𝑑𝑡 𝐿𝐶 𝐿𝐶

54
Substituindo os valores:

𝑑2 𝑖𝐿 (𝑡) 𝑑𝑖𝐿 (𝑡)


2
+8 + 15𝑖𝐿 (𝑡) = 150
𝑑𝑡 𝑑𝑡

E resolvendo para iL(t), temos:

𝑖𝐿 (𝑡) = 15𝑒 −5𝑡 − 25𝑒 −3𝑡 + 10

Ainda analisando analiticamente, observamos que em regime


permanente, ou seja, iL(t→∞) = 10 A, e que por ter constantes de
tempo apenas reais e negativa, temos um sistema estável
superamortecido e seu transitório não possui oscilações.

Simulando essa situação em Scilab, através do XCOS:

Acima o esquema de simulação em XCOS (Scilab).

Abaixo as curvas da Entrada em Degrau (em azul) e de iL(t)


(em vermelho) em relação ao tempo:

55
Vê-se a partir dessas curvas que a corrente no indutor tem
um valor final igual a 10 A, quando t se torna infinito. Fato já
discutido analiticamente

Circuito RLC Paralelo: ESPAÇO DE ESTADOS

Para o mesmo circuito e analisando seus espaço de estados


para iL(t) e para vC(t), temos as seguintes expressões:

𝑑𝑖𝐿 (𝑡) 1
0 0
[ 𝑑𝑡 ] = [ 𝐿 ] [ 𝑖𝐿 (𝑡) ] + [1 ] 𝐼
𝑑𝑣𝐶 (𝑡) 1 1 𝑣𝐶 (𝑡)
− − 𝐶
𝑑𝑡 𝐶 𝑅𝐶

𝑖𝐿 (𝑡) 1 0 𝑖𝐿 (𝑡)
[ ]=[ ][ ]
𝑣𝐶 (𝑡) 0 1 𝑣𝐶 (𝑡)

56
Substituindo os valores:

𝑑𝑖𝐿 (𝑡)
15 𝑖 (𝑡)
0
[ 𝑑𝑡 ] = [ 0 𝐿
8 ] [𝑣 (𝑡)] + [8] 𝐼
𝑑𝑣𝐶 (𝑡) 𝐶
−8 −8
𝑑𝑡

𝑖𝐿 (𝑡) 1 0 𝑖𝐿 (𝑡) 0
[ ]=[ ][ ]+[ ]𝐼
𝑣𝐶 (𝑡) 0 1 𝑣𝐶 (𝑡) 0

Onde I = 10 A.

Para simulação em XCOS (Scilab) temos o seguinte esquema:

E o seguinte resultado para as curvas:

57
Onde temos aí que a curva em azul representa iL(t) e a curva
em vermelho representa vC(t), e novamente veja que iL(t) tende a 10
A, e o fato interessante é que vC(t) caminha em direção a zero à
medida que t cresce.

A expressão de vC(t) é a seguinte:

𝑣𝐶 (𝑡) = 40𝑒 −3𝑡 − 40𝑒 −5𝑡

5.10. No circuito esquematizado na figura 1, as chaves “s1” e


“s2” estiveram inicialmente nas posições “a1” e “a2”, e, em t=0,
ambas são comutadas para as posições “b1” e “b2”,
respectivamente, caracterizando um circuito RLC paralelo,
alimentado por uma fonte de corrente em estado não-zero.

1. Supondo que ao serem posicionadas em “a1” e “a2” os


elementos encontravam-se em estado zero, determine iL(t)
para t<0, e, supondo que as chaves permaneceram muito
tempo nessas posições, determine vcRP e iLRP para t<0;
2. Determine a expressão matemática de iL(t) para t≥0.
Dados: If2= 10A, If1= 20A, R1=2, R2=5, C=0,2F, L= 1,0H.

58
Figura 1

Solução:

1. Para t<0:

Circuito 1

59
Circuito 2

Do circuito 1, obtemos iLRP e a expressão para iL(t). Pela Lei dos nós
de Kirchoff,

if2 = iR2 + iL, portanto, iR2 = if2 - iL

vL = R2 iR2 = LdiL/dt

Daí,

LdiL/dt - R2 iR2 = LdiL/dt - R2(if2 - iL) = 0

LdiL/dt + R2 iL = R2 if2

diL/dt + (R2/L) iL = (R2/L) if2

Comparando com a equação de segunda ordem padrão

dx(t )
+ ax( t ) = A
dt

Tem-se,

a = R2/L e A = (R2/L) if2

60
Assim, a resposta padrão de um circuito de primeira ordem à
entrada degrau é expressa por

𝐴
𝑥(𝑡) = 𝑥𝑟𝑝 (𝑡) + 𝑥𝑡𝑟 (𝑡) = + 𝐾2 𝑒 −𝑎𝑡
𝑎

Portanto, iLRP = A/a = if2, o que era esperado, já que em regime


o indutor comporta-se como um curto-circuito.

E,
𝑅2
𝑖𝐿 (𝑡) = 𝑖𝐿𝑅𝑃 + 𝐾2 𝑒 −𝑎𝑡 = 𝑖𝑓2 + 𝐾2 𝑒 − 𝐿 𝑡

Em t=0, lembrando que os elementos inicialmente estão em


estado zero, tem-se

iL(0) = 0 = if2 + K2, logo K2 = -if2


𝑅2
𝑖𝐿 (𝑡) = 𝑖𝑓2 − 𝑖𝑓2 𝑒 − 𝐿 𝑡 = 10 − 10𝑒 −5𝑡 A

Do circuito 2, obtêm-se vCRP, o capacitor se carregará até que


toda a corrente passe por R1, de tal forma que:

vCRP = R1if1 = 2*20 = 40V

2. Para t>0,

Circuito 3

As condições iniciais são:

iL(0) = 10 A

vc(0) = 40 V

E, como vL = vC = L diL/dt, então em t = 0+s, vc(0+) = 40 = (L diL/dt)


|t=0+s, logo (diL/dt) |t=0+s = 40/1 = 40 A/s

61
(diL/dt) |t=0+s = 40 A/s

Pela Lei dos nós,

𝑖𝐿 + 𝑖𝑅1 + 𝑖𝐶 = 𝑖𝑓1

𝑣𝑐 𝑑𝑣𝑐
𝑖𝐿 + +𝐶 = 𝑖𝑓1
𝑅1 𝑑𝑡

Como a associação é paralela, vL = vR1 = vC = L diL/dt

Daí,

𝐿 𝑑𝑖𝐿 𝑑²𝑖𝐿
𝑖𝐿 + + 𝐿𝐶 = 𝑖𝑓1
𝑅1 𝑑𝑡 𝑑𝑡²

𝑑²𝑖𝐿 1 𝑑𝑖𝐿 1 1
+ + 𝑖𝐿 = 𝑖
𝑑𝑡² 𝑅1𝐶 𝑑𝑡 𝐿𝐶 𝐿𝐶 𝑓1

𝑑²𝑖𝐿 1 𝑑𝑖𝐿 1 1
+ + 𝑖𝐿 = 𝑖
𝑑𝑡² 0,4 𝑑𝑡 0,2 0,2 𝑓1

𝑑 2 𝑖𝐿 𝑑𝑖𝐿
2
+ 2,5 + 5𝑖𝐿 = 5𝑖𝑓1
𝑑𝑡 𝑑𝑡

O Polinômio característico correspondente à equação é

−2,5 ±√2,52 −20


𝑠² + 2,5𝑠 + 5 = 0, logo 𝑠12 = = −1,25 ± 𝑗1,854 = −𝛼 ± 𝑗𝑤𝑑
2
(subamortecimento).

Daí,

𝑖𝐿 (𝑡) = 𝑖𝐿𝑅𝑃 + 𝑖𝐿𝑡𝑟 = 𝑖𝐿𝑅𝑃 + 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 cos (𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃)

Em regime, o indutor comporta-se como um curto-circuito e

𝑖𝐿𝑅𝑃 = 𝑖𝑓1 = 20 𝐴

Logo,

𝑖𝐿 (𝑡) = 20 + 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 cos (𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃)

𝑑𝑖𝐿 (𝑡)
= −𝛼𝐴𝑒 −𝛼𝑡 cos(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃) − 𝑤𝑑 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 sen(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃)
𝑑𝑡
= −𝐴𝑒 −𝛼𝑡 (𝛼 cos(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃) + 𝑤𝑑 sen(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃))

Em t=0,

𝑖𝐿 (0) = 10 = 20 + 𝐴cos (𝜃)

62
−10 = 𝐴 cos(𝜃) (1)

𝑑𝑖𝐿 (𝑡)
= 40 = −𝐴(1,25 cos(𝜃) + 1,854 sen(𝜃))
𝑑𝑡 𝑡=0+𝑠

Substituindo (1) na equação anterior, tem-se

40 = 1,25(10) − 1,854 𝐴 sen(𝜃)

40 − 12,5
= 𝐴 sen(𝜃) = −14,833 (2)
−1,854

De (2) e (1),

14,833
𝑡𝑔(𝜃) = − = 1,4833
−10

𝜃 = 𝑡𝑔−1 (1,4833) + 180° = −123,987°

Elevando (2) e (1) ao quadrado, em seguida somando-as, tem-se

𝐴² sen²(𝜃) + 𝐴² cos²(𝜃) = 100 + 220,02, logo A² = 320,02 e A = 17,89

Portanto,

𝑖𝐿 (𝑡) = 20 + 17,89𝑒 −1,25𝑡 cos (1,854𝑡 − 123,987°) A

5.11. No circuito esquematizado na figura 2, as chave “s1” e “s2”


estiveram inicialmente nas posições “a1” e “a2”, respectivamente.
Em t=0 ambas as chaves são comutadas para a posição “b”
caracterizando um circuito RLC série, alimentado por uma fonte de
tensão em estado não-zero.

1. Supondo que ao serem posicionadas em “a1” e “a2” os


elementos encontravam-se em estado zero, calcule vc(t) para
t<0, e, supondo que as chaves permaneceram muito tempo
nessas posições, determine vcRP e iLRP para t<0;
2. Determine a expressão matemática de vc(t) para t≥0.
Dados: E2= 20V, E1= 10V, R1=2, R2=5, C=0,2F, L= 1,0H.

63
Figura 2

Solução:

1. Para t<0s,

Circuito 1

Aplicando-se a Lei das Malhas de Kirchoff, pode-se obter vc(t).

𝐸1 − 𝑅1 𝑖𝑐 − 𝑣𝑐 = 0

𝑑𝑣𝑐
𝐸1 − 𝑅1 𝐶 − 𝑣𝑐 = 0
𝑑𝑡
𝑑𝑣𝑐
𝑅1 𝐶 + 𝑣𝑐 = 𝐸1
𝑑𝑡
𝑑𝑣𝑐 1 1
+ 𝑣𝑐 = 𝐸1
𝑑𝑡 𝑅1𝐶 𝑅1𝐶
1 1
Daí, 𝑎 = 𝑅1𝐶 𝑒 𝐴 = 𝑅1𝐶 𝐸1 ; 𝑣𝐶𝑡𝑟 = 𝐾2 𝑒 −𝛼𝑡

64
Assim,
1
𝐴 𝐸1
𝑣𝐶𝑅𝑃 = = 𝑅1𝐶
1 = 𝐸1, como esperado, já que o capacitor
𝑎
𝑅1𝐶

comporta-se como circuito-aberto em regime permanente.


𝐸2 20
𝑖𝐿𝑅𝑃 = 𝑅2 = =4𝐴
5

𝑣𝑐(𝑡) = 𝑣𝐶𝑅𝑃 + 𝑣𝐶𝑡𝑟 = 𝐸1 + 𝐾2 𝑒 −𝛼𝑡

Em t=0s, como os elementos encontram-se inicialmente em


estado zero, 𝑣𝑐(0) = 0 = 𝐸1 + 𝐾2, logo K2 = -E1.

E
1
𝑣𝑐(𝑡) = 𝐸1 − 𝐸1 𝑒 −𝑅1𝐶𝑡 = 10 − 10𝑒 −2,5𝑡 𝑉

2. Para t>0s,

Circuito 2

As condições iniciais são:

vc(0) = 10 V

iL(0) = 4 A

E, como iL = iC = C dvc/dt, então em t = 0+s, iL(0+) = 4 = (C dvc/dt)


|t=0+s, logo (dvc/dt) |t=0+s = 4/0,2 = 20 V/s

(dvc/dt) |t=0+s = 20 V/s

Pela Lei das malhas,

𝐸2 − 𝑣𝐿 − 𝑣𝑅1 − 𝑣𝐶 = 0

𝑑𝑖𝐿
𝐸2 − 𝐿 − 𝑅1 𝑖𝐶 − 𝑣𝐶 = 0
𝑑𝑡

65
𝑑 2 𝑣𝐶 𝑑𝑣𝐶
𝐸2 − 𝐿𝐶 2
− 𝑅1 𝐶 − 𝑣𝐶 = 0
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑑2 𝑣𝐶 𝑑𝑣𝐶
𝐿𝐶 2
+ 𝑅1 𝐶 + 𝑣𝐶 = 𝐸2
𝑑𝑡 𝑑𝑡

𝑑2 𝑣𝐶 𝑅1 𝑑𝑣𝐶 1 1
2
+ + 𝑣𝐶 = 𝐸2
𝑑𝑡 𝐿 𝑑𝑡 𝐿𝐶 𝐿𝐶

𝑑 2 𝑣𝐶 𝑑𝑣𝐶
2
+2 + 5𝑣𝐶 = 100
𝑑𝑡 𝑑𝑡
−2±√4−20
𝑠² + 2𝑠 + 5𝑠 = 100 𝑒 𝑠12 = = −1 ± 𝑗2 = −𝛼 ± 𝑗𝑤𝑑 (subamortecimento)
2

Mas,

𝑣𝐶𝑅𝑃 = 𝐸2 = 20𝑉 e 𝑣𝐶𝑡𝑟 (𝑡) = 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 cos (𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃)

Daí,

𝑣𝑐(𝑡) = 20 + 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 cos(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃)

𝑣𝑐(𝑡) = 20 + 𝐴𝑒 −𝑡 cos(2𝑡 + 𝜃)

Em t = 0s,

𝑣𝑐(0) = 10 = 20 + 𝐴 cos(𝜃)

−10 = 𝐴 cos(𝜃) (1)

E, como,

𝑑𝑣𝑐
= −𝛼𝐴𝑒 −𝛼𝑡 cos(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃) − 𝑤𝑑 𝐴𝑒 −𝛼𝑡 sen(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃)
𝑑𝑡

= −𝐴𝑒 −𝛼𝑡 (𝛼 cos(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃) + 𝑤𝑑 sen(𝑤𝑑 𝑡 + 𝜃))

Segue que,

66
𝑑𝑣𝑐
= 20 = −𝐴(cos(𝜃) + 2 sen(𝜃))
𝑑𝑡 𝑡=0+ 𝑠

Substituindo (1) na equação anterior,

20 = 10 − 2𝐴 sen(𝜃)

𝐴 sen(𝜃) = −5 (2)

De (2) e (1),

𝐴𝑠𝑒𝑛(𝜃) −5
= 𝑡𝑔(𝜃) = = 0,5 𝑒 𝜃 = 𝑡𝑔−1 (0,5) + 180° = 206,56°
𝐴𝑐𝑜𝑠(𝜃) −10

Elevando (1) e (2) ao quadrado e somando-as,

𝐴² sen²(𝜃) + 𝐴² cos²(𝜃) = 100 + 25 , logo 𝐴 = √125 = 11,18

Portanto,

𝑣𝑐(𝑡) = 20 + 11,18𝑒 −𝑡 cos(2𝑡 + 206,56°) 𝑉

67

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