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BioGeo11 - Teste 3 - 2016
BioGeo11 - Teste 3 - 2016
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta. Escreva, na folha de respostas, o
número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Grupo I
A hipótese baseada no modelo endossimbiótico explica a origem das mitocôndrias e cloroplastos, mas
poderia também explicar outras características da célula eucariótica.
A origem endossimbiótica tem sido sugerida para várias estruturas, incluindo flagelos e cílios. Lynn Margulis
enfatiza que, por várias vezes, durante a história da vida, a simbiose terá desempenhado um papel
importante.
Muitos aspetos da endossimbiose ainda não foram devidamente explicados. Por exemplo, como é que o
primeiro endossimbionte chegou até ao seu hospedeiro? Foi o hospedeiro que ingeriu o endossimbionte? Se
assim foi, porque não foi o endossimbionte digerido? Ou foi o endossimbionte que infetou e explorou o
hospedeiro?
Em 1966, o microbiologista Kwang Jeon, ao fazer uma investigação com amibas, constatou que estes seres
foram atingidos por uma infeção resultante da ação de bactérias, posteriormente designadas bactérias-x. A
presença destas bactérias no interior das amibas levou a que apenas algumas sobrevivessem à epidemia.
Alguns meses depois, as amibas sobreviventes e os seus descendentes eram muito saudáveis. Jeon e seus
colaboradores colocaram a hipótese de que as amibas teriam conseguido combater a infeção. Contudo,
ficaram muito surpreendidos ao descobrir que as bactérias-x continuavam a multiplicar-se no interior das
amibas, mas estas não ficavam doentes. Os investigadores ainda ficaram mais surpreendidos quando, ao
usar antibióticos para matar as bactérias dentro das amibas, as amibas também morriam. As amibas não
podiam viver sem os seus antigos agressores. Os investigadores descobriram, então, que as bactérias
sintetizavam uma proteína que as amibas precisavam para sobreviver. A natureza da relação entre as duas
espécies mudou completamente de ataque e defesa para cooperação.
Adaptado de http://evolution.berkeley.edu/
2. A infeção das amibas por bactérias, referida no texto, é uma evidência que apoia a hipótese baseada no
modelo ___ para a formação das células ___.
(A) endossimbiótico […] procarióticas
(B) autogénico […] procarióticas
(C) endossimbiótico […] eucarióticas
(D) autogénico […] eucariótica
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4. Segundo o modelo endossimbiótico, as primeiras relações endossimbióticas terão sido estabelecidas com
os ancestrais
(A) dos ribossomas e só posteriormente algumas dessas células terão estabelecido relações de simbiose
com os ancestrais dos cloroplastos.
(B) das mitocôndrias e só posteriormente algumas dessas células terão estabelecido relações de
simbiose com os ancestrais dos cloroplastos.
(C) dos ribossomas e só posteriormente algumas dessas células terão estabelecido relações de simbiose
com os ancestrais das mitocôndrias.
(D) dos cloroplastos e só posteriormente algumas dessas células terão estabelecido relações de
simbiose com os ancestrais das mitocôndrias.
6. Faça corresponder cada uma das descrições da coluna A, que explicam o surgimento das células
eucarióticas, à respetiva hipótese, que consta na coluna B. Escreva, na folha de respostas, apenas as
letras e os números correspondentes.
Coluna A Coluna B
(a) As mitocôndrias e os cloroplastos têm dimensões
semelhantes às das bactérias.
(b) Algumas porções do material genético abandonaram (1) Hipótese baseada no modelo
o núcleo e evoluíram formando organelos como as autogénico.
mitocôndrias e os cloroplastos.
(2) Hipótese baseada no modelo
(c) Os ribossomas dos cloroplastos apresentam mais endossimbiótico.
semelhanças com os ribossomas dos procariontes do
que com os ribossomas do citoplasma das células
eucarióticas.
7. A multicelularidade, outro marco importante na evolução dos seres vivos, terá trazido algumas vantagens
evolutivas, nomeadamente
(A) Diminuição da taxa metabólica, resultado da especialização celular que permitiu uma utilização da
energia de forma mais eficaz.
(B) Aumento da taxa metabólica, resultado da especialização celular que permitiu uma utilização da
energia de forma menos eficaz.
(C) Maior dependência em relação ao meio ambiente, devido a uma homeostasia eficaz.
(D) Menor dependência em relação ao meio ambiente, devido a uma homeostasia não eficaz.
8. Muitas das proteínas necessárias para a mitocôndria são importadas do resto da célula. Explique este
acontecimento de acordo com o modelo endossimbiótico.
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Grupo II
Uma das grandes questões sobre os dinossauros está relacionada com o processo de termorregulação.
Seriam seres endotérmicos, ectotérmicos ou com um processo de termorregulação intermédio? Embora seja
muito difícil elaborar hipóteses para tentar resolver um problema sobre a fisiologia de espécies extintas,
foram realizados estudos paleo-histológicos a partir do exame de lâminas delgadas de ossos de dinossauros
e elaborados modelos para estudo da termorregulação. Foram também realizados estudos com tecido ósseo
de répteis atuais e de mamíferos.
Estudos realizados com animais que apresentam metabolismo elevado, que conseguem manter a
temperatura do seu corpo estável, evidenciam que os ossos têm um crescimento contínuo.
O crescimento cíclico (as linhas que se formam pela alternância de fases de crescimento, quando ocorre
deposição óssea, com etapas em que o crescimento cessa e a deposição diminui) é típico de organismos
com baixo metabolismo e as interrupções de crescimento são resultantes da diminuição da temperatura
corporal.
Adaptado de Gillooly, J. F., Allen, A. P., Charnov, E. L. (2006). Dinosaur fossils predict body temperatures. PLoS Biol 4(8): 1467 – 1469.
Estudos realizados:
1. Estudos paleo-histológicos.
A observação de lâminas de tecido ósseo de ossos de dinossauros indica linhas de interrupção de
crescimento.
2. Modelo para a termorregulação e crescimento dos ossos.
Nesta experiência apresenta-se um modelo em que se relaciona a temperatura do corpo do dinossauro
com o crescimento dos ossos. Este modelo prevê que a temperatura do corpo do dinossauro aumenta
com a massa do corpo, aproximadamente, de 25 ºC até 12 kg e 41 ºC até 13 000 kg. No gráfico da figura
1 é apresentada a relação entre a temperatura média e a massa do corpo para dinossauros e para
crocodilos.
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1. Das observações realizadas nos estudos paleo-histológicos pode concluir-se que os dinossauros
apresentavam
(A) linhas de interrupção no tecido ósseo, sendo o crescimento contínuo.
(B) linhas de interrupção no tecido cartilagíneo, sendo o crescimento contínuo.
(C) linhas de interrupção no tecido ósseo, sendo o crescimento cíclico.
(D) linhas de interrupção no tecido cartilagíneo, sendo o crescimento cíclico.
4. Na investigação efetuada, alguns dos dados foram obtidos com recurso a cortes histológicos. Estes dados
funcionam como
(A) argumentos paleontológicos. (C) argumentos citológicos.
(B) argumentos bioquímicos. (D) argumentos geográficos.
5. Um conjunto de fósseis especialmente interessante do ponto de vista evolutivo são os fósseis de formas
intermédias, que apresentam características que existem em, pelo menos,
(A) três grupos de seres vivos e todos são formas fósseis de transição.
(B) dois grupos de seres vivos e todos são formas fósseis de transição.
(C) três grupos de seres vivos e alguns são formas fósseis de transição.
(D) dois grupos de seres vivos e alguns são formas fósseis de transição.
6. A existência de pulmões com diferente desenvolvimento nos crocodilos e nos mamíferos ruminantes
evidencia a ocorrência de um processo evolutivo
(A) divergente, por pressões seletivas idênticas.
(B) convergente, por pressões seletivas idênticas.
(C) divergente, por pressões seletivas diferentes.
(D) convergente, por pressões seletivas diferentes.
7. Os órgãos ou estruturas análogas são órgãos que apresentam uma estrutura e origem embriológica
(A) diferentes e desempenham funções diferentes.
(B) diferentes, mas desempenham a mesma função.
(C) comuns e desempenham a mesma função.
(D) comuns, mas desempenham funções diferentes.
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Grupo III
Um projeto internacional sequenciou o genoma da Amborella trichopoda, uma pequena árvore, com dois a
três metros de altura, que apenas existe na ilha principal da Nova Caledónia e é a única espécie
descendente de uma linhagem muito antiga das plantas com flor. Há cerca de 200 milhões de anos deu-se
um fenómeno de duplicação de genoma numa planta superior, que foi depois essencial para o aparecimento
das plantas com flor. Esse fenómeno foi comprovado pela análise do genoma da Amborella trichopoda,
onde a duplicação ainda é visível no seu genoma.
Existem apenas 18 populações da Amborella trichopoda, todas nas regiões montanhosas da maior ilha da
Nova Caledónia. Pensa-se que o antepassado desta planta se tenha separado do restante ramo das plantas
com flor há 160 milhões de anos. As características genéticas que partilha com o resto das angiospérmicas
surgiram numa altura inicial da evolução das plantas com flor.
O fóssil mais velho de uma planta com flor encontrado tem entre 135 e 130 milhões de anos, mas pensa-se
que as angiospérmicas tenham aparecido há mais de 160 milhões de anos. Nessa altura, a Terra estava no
final do Jurássico, o período do meio da Era dos Dinossauros, onde as florestas de coníferas eram
dominantes. Mas no final do Cretácico, o último período onde os dinossauros caminharam na Terra, as
plantas com flores já eram dominantes.
Adaptado de “Genoma de árvore transporta-nos até às primeiras plantas com flor”. Público, 03-01-2014
2. De acordo com os dados do texto, o surgimento das plantas com flor resultou de
(A) duplicações no DNA mitocondrial. (C) recombinações génicas no DNA mitocondrial.
(B) mutações ao nível do DNA mitocondrial. (D) duplicações no DNA nuclear.
5. Atualmente, a Terra é dominada por plantas que mostram o seu sistema reprodutor nas belas flores, que
envelhecem e caem para dar lugar a frutos, muitas vezes vistosos, que envolvem as sementes. Hoje, a
alimentação do Homem seria completamente diferente se este ramo da evolução não existisse, já que as
espécies agrícolas e hortícolas são, na grande generalidade, angiospérmicas.
Ordene as letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos
relacionados com a evolução das plantas.
A – Angiospérmicas, como Amborella trichopoda, plantas com flor.
B – Gimnospérmicas, como o pinheiro com os seus estróbilos, as pinhas, e sementes, como os pinhões.
C – Alga ancestral.
D – Filicíneas, como os fetos com o seu sistema vascular e folhas.
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E – Briófitas, como os musgos, avasculares.
6. Diversos fatores podem atuar sobre o fundo genético de uma população, sem a intervenção do
Homem:
(A) as mutações, as migrações, a deriva genética, cruzamentos ao acaso e seleção artificial.
(B) as mutações, as migrações, a deriva genética, cruzamentos ao acaso e seleção natural.
(C) as mutações, as migrações, a deriva genética, cruzamentos não ao acaso e seleção natural.
(D) as mutações, as migrações, a deriva genética, cruzamentos não ao acaso e seleção artificial.
8. Segundo Darwin, numa população de plantas com flor, a maior capacidade de sobrevivência
da população às alterações ambientais resulta de um equilíbrio entre
(A) a variabilidade e a recombinação génica.
(B) as mutações a e recombinação génica.
(C) a variabilidade e a seleção natural.
(D) as mutações e a seleção natural.
9. A Família Amborellaceae tem apenas um género, Género Amborella, que, por sua vez, tem apenas uma
espécie, a Amborella trichopoda, existindo apenas 18 populações desta espécie, todas nas regiões
montanhosas da maior ilha da Nova Caledónia. Justifique o facto de esta espécie poder estar em
perigo de extinção.
Grupo IV
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Fig.2. Árvore filogenética sobre o gene LCT.
1. O estudo apresentado sugere que o ornitorrinco, relativamente ao gene para a enzima lactase, se
encontra mais próximo filogeneticamente da espécie
(A) Bos taurus, porque apresenta, em relação a esta, maior número de nucleótidos diferentes no LCT.
(B) Bos taurus, porque apresenta, em relação a esta, menor número de nucleótidos diferentes no LCT.
(C) Xenopus laevis, porque apresenta, em relação a esta, menor número de nucleótidos diferentes no
LCT.
(D) Xenopus laevis, porque apresenta, em relação a esta, maior número de nucleótidos diferentes no
LCT.
3. As características do ornitorrinco, genes parecidos com os de outros mamíferos, mas também com os de
répteis e de aves, permitem que se considere a seguinte hipótese:
(A) ser uma espécie em vias de extinção.
(B) ser um fóssil vivo.
(C) pode ajudar no estudo da evolução dos mamíferos.
(D) ser um ancestral direto dos répteis.
7. A família dos ornitorrincos não tem um único ramo, como inicialmente se pensava. A sua árvore evolutiva
teve, pelo menos, uma ramificação que originou Obdurodon dicksoni e Obdurodon tharalkooschild e outra
que originou Ornithorhynchus anatinus.
Obdurodon dicksoni e Obdurodon tharalkooschild partilham mais semelhanças entre si do que com
Ornithorhynchus anatinus porque
(A) apresentam o mesmo restritivo especifico.
(B) pertencem ao mesmo género.
(C) são da mesma subespécie.
(D) apresentam restritivo específico diferente.
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8. Os ornitorrincos pertencem ao Reino Animalia.
Faça corresponder a cada um dos reinos da coluna A as respetivas características da coluna B.
Coluna A Coluna B
(1) Heterotróficos por absorção
(a) Monera
(2) Heterotróficos multicelulares diferenciados
(b) Fungi
(3) Parede celular de natureza celulósica
(c) Animalia
(4) Autotróficos ou heterotróficos
(d) Plantae
(5) Parede celular com colagénio
FIM
Cotações
Grupo I Grupo II Grupo III Grupo IV
Questão Cotação Questão Cotação Questão Cotação Questão Cotação
1. 5 1. 5 1. 5 1. 5
2. 5 2. 5 2. 5 2. 5
3. 5 3. 5 3. 5 3. 5
4. 5 4. 5 4. 5 4. 5
5. 5 5. 5 5. 5 5. 5
6. 5 6. 5 6. 5 6. 5
7. 5 7. 5 7. 5 7. 5
8. 15 8. 10 8. 5 8. 5
9. 10 9. 15
50 pontos 45 pontos 50 pontos 55 pontos
200 pontos