Você está na página 1de 48

Caderno de Atividades de Ortodontia

Cefalometria Clínica

Conceitos e Construção Cefalométrica:


Revisão Bibliográfica
Este Caderno tem como finalidade esclarecimento da cefalometria
radiográfica aplicado a ortodontia aos acadêmicos, sendo assim
abordado conhecimento sobre o mesmo e também exercícios para
a prática e fixação.

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 1


Índice:
Tópicos Páginas
Introdução 3
Definições 4
Técnica Radiográfica 4
Cefalograma 4
Desenhos das Estruturas Anatômicas 5
Análises Cefalométricas: 7
CONCEITOS BÁSICOS 7
Pontos Cefalométricos 8 à 15
Planos 15 à 17
Linha estética Holdaway 17
Cefalometria ilustrada 18 à 20
Exercícios 22 à 29
Cefalometria demarcada em papel Vegetal 21
Análise Cefalométrica 30 a 40
Exercícios 41 a 46
Bibliografia 47

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 2


I. Introdução
Nos primórdios da ortodontia, segundo Amad Neto M. Estudo da padronização
para a determinação de pontos cefalométricos utilizados na cefalometria radiológica [
Tese de Doutorado ]. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2004; A
primeira preocupação era o alinhamento dos dentes individualmente; de modo especial,
na arcada superior em função da estética. Em segundo plano, vinha a prevenção de
cáries, devido aos pontos de contato interproximais inadequados (RICKETTS 1970).
Dentre inúmeros elementos necessários para a composição de uma
documentação ortodôntica, a Cefalometria ocupa um lugar de destaque, permitindo ao
ortodontista elaborar um diagnóstico correto e planificar o tratamento com mais
segurança. O complexo ósseo se constitui no arcabouço de sustentação dos demais
tecidos, a harmonia entre esses elementos confere ao indivíduo um aspecto estético
agradável.
Com o advento do raio X, os ortodontistas passaram a contar com um elemento
a mais de diagnóstico. Broadbent desenvolveu o cefalostato, dispositivo que permitiu
a obtenção de telerradiografias com a cabeça do paciente sempre fixa na mesma
posição, por conseqüência melhor qualidade e fedelidade das mesmas.
Amad Neto M., cita ainda que a abundância de informações radiográficas foi
organizada em análises cefalométricas. Estas foram usadas, para classificar os casos de
acordo com o tipo de má oclusão, para definir o grau de desvio da normalidade e para
medir a extensão das mudanças ocorridas durante o tratamento ou durante o período de
observação (BAUMRIND; FRANTZ, 1971).
As análises cefalométricas têm sido tradicionalmente realizadas por meio de
traçados sobre as telerradiografias laterais; porém, a determinação dos pontos
cefalométricos, usados para a determinação das medidas cefalométricas, tem se
mostrado não reprodutível, quando os pontos cefalométricos são comparados nos
estudos de diversos observadores ( STEINER, 1959). A não reprodutibilidade do
método direto é conseqüência da falta de precisão na determinação dos pontos
cefalométricos, bem como dos erros de medida por instrumentos manuais (régua
compasso, lápis) (HOUSTON, 1982). Inúmeros trabalhos foram realizados para avaliar
as medidas cefalométricas obtidas manualmente ou por meio de imagens digitalizadas
por computador. Sempre a margem de erro se mostrou significante; em especial, devido
às diferenças na localização dos pontos cefalométricos (AMAD NETO, 1998). Até que
ponto a imprecisão das medidas pode levar a uma conduta terapêutica equivocada é uma
discussão que nos leva a pensar que, para determinados tipos de pacientes, esse erro não
alterará o posicionamento espacial das estruturas ósseas. Portanto, não vindo alterar
substancialmente, as medidas cefalométricas. Contudo, quando esses erros vêm
acompanhados de uma alteração espacial, principalmente da postura mandibular, o
diagnóstico e o planejamento estarão sensivelmente comprometidos. AMAD NETO,
1998, teve como objeto de estudo em seu trabalho, a verificação da acuracia na
determinação dos pontos cefalométricos, procurando comparar a localização de pontos
cefalométricos diretamente sobre as estruturas ósseas e a correspondente localização
radiográfica deles.
Após a análise da estatística, obsevou-se que o erro nas medidas, que são
provenientes do erro na localização dos pontos cefalométricos leva à alteração da
medida que muda, significantemente, o diagnóstico e o planejamento do tratamento
ortodôntico (AMAD NETO 1998; AMAD NETO; CHILVARQUER, 2000; BROCH;
SLAGSVOLD; ROSLER, 1981).

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 3


II. Definições:
SegundoVellini, a Telerradiografia é a radiografia da cabeça obtida a distânbcia,
com o feixe central do raioX incidindo perpendicularmente ao plano sagital mediano
(telerradiografia lateral) ou perpendicular ao plano frontal (telerradiografia frontal).
A Cefalometria é um método que, empregando radiografias orientadas, obtém
mensurações lineares e angulares dos diversos elementos anatômicos do crânio e da
faze, propiciando importantes informações para elaboração das análises cefalométricas.
Com isso Vellini define a análise cefalométrica como a metodologia de
interpretação dos valores obtidos nos cefalogramas. Permitindo a avaliação do
crescimento e desenvolvimento dos ossos maxilares e faciais. Os dados fornecidos pelo
cefalograma dão ao ortodontista clínico meios eficientes para diagnosticar as anomalias
e alterações encontradas na várias regiões do crânio. As telerradiografias tiradas do
mesmo paciente várias fases do tratamento, permitirão que sejam observadas as
alterações que estão se processando tanto pelo crescimento como pela mecânica
empregada. Assim podemos avaliar e ter a decisão de continuidade ou alteração no
plano de tratamento caso observemos algum erro.
As telerradiografias possuem indicações como, avaliação do crescimento e
desenvolvimento dos ossos maxilares e faciais, diagnóstico de anomalias e alterações
encontradas nas várias regiões do crânio, no mesmo pacientes as telerradiografias
tiradas servirão pra esclarecimento no decorrer do tratamento caso haja algumas
alterações seja pelo crescimento ou pela mecânica empregada.
Segundo o artigo, RADIOGRAFIA CEFALOMÉTRICA EM NORMA FRONTAL , após
ser feito uma estimativa estatística com base de questionário, observou-se que pode-
se observar que a grande maioria dos profissionais não faz a solicitação da
telerradiografia e cefalometria frontal, julgamos importante a descrição detalhada da
técnica radiográfica e as principais indicações clínicas.
III. Técnica Radiográfica:
As dimensões do filme para obtenção da telerradiografia são: 18x24cm, e a
distância da fonte de raios X até o plano sagital da cabeça é de aproximadamente 1,52
metros. A cabeça deve estar perfeitamente posicionada no cefalostato, para que
superposições das estruturas anatômicas bilaterais sejam coincidentes e projetem
imagem única.
IV. Cefalograma
Vellini descreve o cefalograma sendo composto do desenho anatômico, onde são
decalcadas as estruturas anatômicas principais, representadas por pontos, dentes e perfil
mole. Os traçados de orientação são feitos através da união desses pontos
e estruturas, determinando as linhas e planos.
Sobre a telerradiografia colamos um papel transparente , o mais indicado é o
“ultraphan” que tem uma face lisa, que é virada para a radiografia e outra face áspera
que ficará virada para o profissional, onde ele irá desenhar as estruturas anatômicas,
tudo isso deverá ser feito no negatoscópio pois todas estruturas serão bem visualizadas.
V. Segundo o artigo científico de tema, Avaliação do tamanho da adenóide
por meio da radiografia cefalométrica em norma lateral em indivíduos com má oclusão
de Classe I, II e III de Angle, Sannomiya EK, Bommarito S, Calles A publicado na Cienc
Odontol Bras 2005, a telerradiografica é de grande eficácia para avaliação de
alterações na adenóide.

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 4


Fig.1 Telerradiografia - NormaLateral Fig.2 Cefalostato

VI. Desenhos das Estruturas Anatômicas (tópico baseado no Vellini)


a) Sela Túrcica: A Sela Túrcica se aloja no osso esfenóide, numa
concavidade ocupada pela glândula hipófise. Desenha-se a mesma no seu
contorno anterior, inferior e posterior. Os processos clinóides também
terão seus contornos delineados. A sela demarca o ponto médio da base
craniana e está localizada no plano mediano. fig.3
b) Glabela e Ossos Nasais: Desenha-se o contorno exterior do osso frontal
(glabela) e o limite anterior dos ossos nasais unidos entre si através
da sutura fronto-nasal. O osso nasal tem a forma de um bico de pássaro.
fig.3
c) Meato Acústico Externo: Está localizado atrás do côndilo mandibular.
Não confundi-lo com meato acústico interno localizado mais acima. O
meato acústico externo tem uma forma ovalada e é bem maior que o
interno. O osso temporal às vezes impede a visualização perfeita do
meato acústico. fig.3
d) Borda Inferior da òrbita: Não há necessidade de se desenhar a órbita na
totalidade de seu contorno. Desenha-se a imagem radiográfica da base
inferior da órbita somente. Quando existe duplicidade de imagens, os
desenhos de ambas devem ser feitos. fig.3
e) Fissura Pterigomaxilar: A fissura pterigomaxilar é formada na sua porção
anterior pelo limite posterior da tuberosidade maxilar, e na sua parte
posterior pelo limite anterior da apófise pterigóide do osso esfenóide.
Radiograficamente tem a forma de uma gota d’água invertida. fig.3
f) Maxila: É desenhada em seu contorno superior e inferior. O traçado
passa pelo centro da linha radiopaca no limite superior da maxila desde
sua parte superior até a posterior, no limite com o palato mole. É o
assoalho das fossas nasais, cujo o contorno pode ser interrompido na
altura do forame incisivo. Do limite anterior da maxila o desenho desce
em curva até o limite amelodentinário do incisivo superior, mostrando a
concavidade anterior do osso alveolar. A face inferior da maxila, o palato
duro, se delineia numa curva próxima à face palatina dos incisivos
superiores. fig.3
g) A mandíbula é traçada na totalidade de seu contorno, desde a face
vestibular da sínfese mentoniana, até o contorno do côndilo. As
corticais vestibular e lingual da sínfese são desenhadas na sua parte
Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 5
externa. A borda inferior da mandíbula se inicia no limite inferior da
sínfese, estendendo-se até o contorno condilar, numa só linha, ou em
duas, se houver duplicidade de imagem. fig.3
h) Perfil Tegumentar: Inicia-se o traçado do perfil mole acima do frontal,
descendo até o lábio superior e interrompendo-se aí se os lábios não
estiverem selados. Traça-se depois o contorno do lábio inferior até
abaixo do mento. fig.3
i) Dentes: Incisivo Superior e Incisivo Inferior; Decalcam-se as imagens
dos incisivos centrais superiores e inferiores que estiverem
vestibularizados, assim como as suas raízes tomando-se o cuidado de
traças as raízes correspondentes às coroas. Sendo importante a
visualização da face incisal e do ápice do incisivo central. Nos Molares
os desenhos das coroas são feitos, bem como dos segundos molares
permanentes, se estes estiverem em oclusão. Caso haja duplicidade de
imagem desses elementos dentais, faz-se a média. Na porção radicular
traçamos apenas o terço apical da raiz mesial. fig.3

a b

e d
c

i i

Fig.3 Desenho anatômico

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 6


VII - Análises Cefalométricas:
São estudos preconizados por diferentes autores com intuito de evidenciar as anomalias
dento-faciais.
- Norma Lateral
- Norma Frontal: Pacientes com Disturbios de crescimento, que vão ser submetidos a
cirurgia ortognática.
- Telerradiografia: A qualidade da imagem é fundamental para se obter um bom
traçado. Perfil Mole.
O foco ortodôntico é obtido com uma potência média de 90KV e 20MA.
A distância da Ampola do Rx ao Centro da face do paciente deve ser de 1,52m
O plano de Frankfurt deve ficar paralelo ao solo. Asa do nariz, Trago.

Desenho Anatômico
1) Perfil Mole
2) Estruturas ósseas
- Grandezas Lineares (linhas) : se pacinete está ou não dentro da noma.
- Grandezas Angulares (Ângulos)
 CONCEITOS BÁSICOS
A cefalometria deve ser sempre utilizado em conjunto com a análise facial do
indivíduo.
As estruturas mais distantes do filme sofrem maior ampliação . O lado mais próximo
da película radiográfica é o que sofre menor distorção.
Visualizado na radiogradia:
 Acidentes Anatômicos Sagitais:
a) Sela Túrsica
b) Base do Crânio
c) Região Nasal e frontal
d) Linha Biespinhal
e) Perfil anterior da Maxila
f) Palato
g) Sínfese Mandibular
h) Perfil Tegumentar
i) Incisivos Centrais
 Acidentes Anatômicos Laterais:
a) Conduto auditivo externo
b) Fissura Ptérigo maxilar
c) Cavidade Orbitária
d) Apófise zigomática
e) Bordas da Mandíbula
f) Apófise Coronóide
g) Primeiros Molares
 Tecidos Duros:
a) Ossos Nasais e frontal
b) Órbitas
c) Sela Túrsica-Básio
d) Conduto Auditivo externo
e) Fossa Pterigomaxilar

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 7


f) Maxila, molares e incisivos
g) Mandíbula, Molares e Incisivos
h) Vias Aéreas superiores
 Tecido Mole
a) Nessa radiografia observamos as amígdalas e adenóide avaliando assim a
indicação cirúrgica.

Pontos Cefalométricos
1) Ponto Sela – S
É o centro geométrico da Sela túrsica ou fossa hipofisária. È definido
Visualmente.

2) Ponto Násio - N

É o Ponto mais anterior na Linha de união do ossos frontal com os ossos frontal com os
ossos próprios do nariz.
N

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 8


3) Ponto Orbitário - OR
É o ponto mais inferior do contorno da margem infraorbitária. Quando houver
duplicidade das imagens faremos uma médiaentre os pontos.

OR

4) Ponto Pório - PO
É o ponto Mais Superior do conduto auditivo externo por ser uma estrutura de difícil
identificação alguns autores preferem utilizar o Pório Metálico. Entretanto, pode haver
variação de até 10mm em relação ao pório anatômico.

PO

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 9


5) Ponto A - A
Ponto subespinhal. Usado inicialmente pór Downs em 1948, é o ponto mais profundo
da concavidade anterior da maxila.

6) Ponto Espinha Nasal Anterior - ENA


Ponto mais anterior da Maxila.

ENA

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 10


7) Ponto Espinha Nasal Posterio - ENP
Ponto mais posterior da maxila.

ENP

8) Ponto B - B
Supramentoniano é o ponto mais profundo da sínfese mentoniano.

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 11


9) Ponto Pogônio - Pg
É o ponto mais anterior do contorno da Sínfese.

Pg

10) Ponto Pogônio Mole – Pg’


É o ponto mais anterior do contorno do mento (queixo).

Pg’

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 12


11) Ponto Básio - Ba
Ponto mais póstero-inferior da imagem da base do osso occipital. É a borda anterior do
forame magnum. A apófise odontóide da C2 serve como referência.

Ba

12) Lábio Superior - LS


Ponto mais proeminente no contorno externo do vermelhidão do lábio superior.

LS

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 13


13) Ponto Gônio e Ponto Gnático
Calculado pela Bissetriz
Bissetriz: Exemplo: O ângulo formado pelas tangentes ao se encontrarem formou um
valor de 78ºÂ, a bissetriz será a metade desse valor que será igual a 39º.

3
39 9

7
8

78

13.1) Ponto Gônio – Go


Representa o ponto mais inferior e mais posterior do contorno do ângulo goníaco. É
determinado pela Bessetriz do ângulo formado pela tangente à borda inferior do
corpo da mandíbula e outra tangente à borda posterior do ramo ascendente, onde a
bissetriz corta a mandíbula temos demarcado o ponto GO.

Bissetriz
= Â/2

GO

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 14


13.2) Ponto Gnátio - GN
Representa o Ponto mais inferior e mais anterior do contorno do mento. É
determinado pela bissetriz do mento.É determinado pela bissetriz do ângulo formado
pela linha N_Pg (linha facial) e pela linha da borda inferior do corpo da mandíbula
onde a Bissetriz cortar a sínfese temos o ponto GN.
N

N N
Bissetriz
= Â/2

P
G g
G
N
Pg N
GN
N N

P P
G g G g
N N
 Planos
1) Plano Mandibular – GO_GN
Plano mandibular utilizado nas análises Steiner e Ricketts.

G
N

GO

GN

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 15


2) Plano de Frankfurt – PO_OR
É o plano Horizontal de referência utilizado por Macnamara, Tweed e Ricketts.

OR
PO

3) Plano Palatal – Plano Biespinhal, união dos pontos ENA_ENP.

ENA
ENP

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 16


4) Plano Ba_N
Plano craniano utilizado por Macnamara e ricketts. Basio e Nasio.

Ba

5) Plano S_N
Plano Craniano de Referência usado por Steiner e Jarabak-Björk

N
S

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 17


6) Linha estética Holdway – Perfil Mole LS_Pg’

LS

Pg’

A) Todos os Pontos demarcados. N

PO
OR
ENA

BA ENP A

LS

GO

B
PG PG’
GN

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 18


B) Todos os Planos demarcados e Linha de Holdaway

N
N

PO
OR

ENA
Ba ENP

LS

GO

Pg’

GN

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 19


C) Pontos, Planos e Linha de Holdaway : Mapeamento cefalométrico completo.

N
N

PO
OR

ENA
Ba ENP A

LS

GO

B
Pg’
Pg
GN

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 20


Cefalometria demarcada em papel Vegetal

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 21


Exercícios:
1) Defina a Cefalometria:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
2) O que são Análises Cefalométricas?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
3) Por que é essencial em ortodontia que a imagem radiográfica seja de ótima
qualidade?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
4) O que compreende o desenho Anatômico?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
5) As estruturas mais distantes do filme sofrem menor ampliação. Verdadeiro ou
falso, justifique:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
6) Quais são os acidentes anatômicos sagitais vistos em uma radiografia para
estudo cefalométrico em ortodontia?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
7) Quais são os acidentes Anatômicos Laterais vistos em uma radiografia para
estudo cefalométrico em ortodontia?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
8) Quais sãos os tecidos duros e moles vistos em uma radiografia para estudo
cefalométrico em ortodontia ?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
9) Quais são os pontos Cefalométricos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 22


10) Quais são os pontos que são formados a partir da bissetriz e explique-os?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
11) Quais são os Planos formados a partir do pontos em uma cefalometria?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
12) Qual é a linha estética e como a demarcamos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

13) Marque os Pontos Cefalométrico:

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 23


14) Coloque as Siglas dos correspondentes pontos:

____

____

____ ____

____
____
____
____
____

____

____

____ ____ ____

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 24


15) Identifique os pontos de acordo com a numeração e descreva-os:

4
3

9 6

8
7

14

10

13 12 11

1- _________________________________________________________________
2- _________________________________________________________________
3- _________________________________________________________________
4- _________________________________________________________________
5- _________________________________________________________________
6- _________________________________________________________________
7- _________________________________________________________________
8- _________________________________________________________________
9- _________________________________________________________________
10- _________________________________________________________________
11- _________________________________________________________________
12- _________________________________________________________________
13- _________________________________________________________________
14- _________________________________________________________________

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 25


16) Demarque os Planos e seus respectivos pontos para sua confecção:

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 26


17) Identifique os Planos e a Linha, demarcados e defina-os: Complete as siglas
dos Pontos que formam os planos.

1 ___
___
2
___
___ 3
___
4
Ba
___
___
___

___ 5 6

___
___

1 - ____________________________________________________________________
2 - ____________________________________________________________________
3 - ____________________________________________________________________
4 - ____________________________________________________________________
5 - ____________________________________________________________________
6 - ____________________________________________________________________

18) Quais são os materiais que podemos utilizar na confecção do mapeamento


cefalométrico?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 27


19) Faça a Cefalometria completa:

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 28


20) Faça a Cefalometria Completa em um Papel Vegetal:

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 29


Caderno de Atividades de Ortodontia
Cefalometria Clínica

Análise Cefalométrica:

Padrão

U.S.P.

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 30


 Padrão U.S.P. – É a análise mais utilizada pelos ortodontistas.
Cefalograma:
É o conjunto de todas as estruturas anatômicas para um determinada análise,
com o respectivo desenho, pontos, linhas e planos que nos dará valores
lineares e angulares, onde faremos as avaliações pertinentes.
Cefalograma  Desenho anatômico
 Pontos cefalométricos
 Linhas e Planos
- Posição e Relação Maxilo-Mandibular

Tabela Preconizada pela Unigranrio


Ângulo Variação Adjetivo
1º Normal
SNA 2º Suavemente
SNB 3º à 5º Protuído ou Protuso
Maior > 3,5º Acentuadamente

1) SNA – Liga-se os pontos e mede o ângulo. Normal 82 graus.

N
N S
S
82º

N N
S S Â

A A

Se o Ponto A for para Frente a angulação sofre alteração para mais o


paciente provavelmente estará em classe II.
Ex: SNA = 85º ( 3º>) – maxila protuída em relação a base do crânio
Quando o ângulo diminui é retruído.
Ex: SNA = 75º (<7º) – maxila acentuadamente retruída

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 31


2) SNB – O ponto SNB tem como normalidade a angulação de 80º, no que
seria classificado como, ex:
Mandibula bem posicionada em relação a Base do crânio.
Ângulação maior que 80º mandíbula protuída em relação a base do crânio
Ângulação menor que 80º mandíbula retruída em relação a base do crânio

N
S
80º

Ex: SNB 89º - Mandibula acentuadamente protuída em relação a base do crânio

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 32


3) Ângulo ANB – É a subtração entre SNA e SNB (SNA-SNB).
E o padrão de normalidade é de 2º, indica a relação maxilo-mandibular.
2º Classe I ou Norma Oclusão
>2º ClasseII Esquelético
<2º Classe III Esquelético

N
S
N
S


A
A

B
N
S
2
º A

A
Â=SNA-SNB

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 33


4) Padrão de Crescimento
Ângulo da união dos planos – SN+GoGn , a angulação normal é de 32º

a)
S N

32º

GO
b)

GN

 Mede-se o ângulo dos planos SN e GoGn para facilita


pega-se o esquadro estabilize-o no plano GoGn com uma
régua e leve o esquadro em direção ao plano SN assim
podemos vereficar a angulação.
c)

32º Paciente com crescimento normal
>32º Paciente com Crescimento Vertical - Dolicofacial
<32º O paciente está com crescimento horizontal -
Braquefacial

d)
e) Â = SN+GoGn

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 34


5) Relação Inter Incisivos – 1.1:131º
Ângulo Inter incisivo, é o ângulo formado pelos pontos marcados nos incisivos,
superior e inferior, na parte mais proeminente incisal e do ápice, após risca-se retas,
assim a angulação dessa relação é estabelecida. Devemos estender os riscos do incisivo
superior ultrapassando a orbita, e do incisivo inferior cruzando a mandíbula, pois
servirão para outras análises.

131º

131º Normal
<131º Incisivos Vestibularizados
>131º Incisivos Lingualizados

a)

94º

Ex: 94º<131º - Incisivos


Vestibularizados

b) c)

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 35


6) I / Orb - Distância do ponto orbitário até a reta do incisivo superior. A régua
deve ser deslizada paralela a linha do incisivo superior de forma a formar
um ângulo de 90º.

I/Orb
5mm

131º

5mm Bem posicionada – Normal


>5mm Incisivo Superior Vestibularizado
<5mm Incisivo Superior Lingualizado

I/Orb
9mm

Or Or

94º 94º

Ex: I/Orb = 9mm


>5mm; Incisivos Superiores
Vestibularizados

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 36


7) Ângulo IMPA – é o ângulo formado pelo Longo eixo do Incisivo inferior e o
Plano GoGN.

GO
87º

87º Normal
>87º Incisivo Inferior Vestibularizado
<87º Incisivo Inferior Lingualizado

Ex: Â IMPA – 110º


110º
Diagnóstico: Incisivo inferior
vestibularizado

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 37


8) Perfil – Essa classificação indica o perfil mole do paciente no que vai
conferir um diagnóstico como: reto, convexo ou côncavo. Norma está
entre 9º à 12º.

 perfil = 14º

Ex: Â Perfil – 14º


Diagnóstico: Perfil Convexo

9º à 12º graus Perfil Reto


>12º Perfil Convexo
<12º Perfil Côncavo

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 38


Análise padrão U.S.P.

1) SNA
2) SNB
Tabela Preconizada pela Unigranrio
Ângulo Variação Adjetivo
1º Normal
SNA 2º Suavemente
SNB 3º à 5º Protuído ou Protuso
Maior > 3,5º Acentuadamente

3) Ângulo ANB
2º Classe I ou Norma Oclusão
>2º ClasseII Esquelético
<2º Classe III Esquelético

4) Padrão de Crescimento
32º Paciente com crescimento normal
>32º Paciente com Crescimento Vertical - Dolicofacial
<32º O paciente está com crescimento horizontal - Braquefacial

5) Relação Inter Incisivos


131º Normal
<131º Incisivos Vestibularizados
>131º Incisivos Lingualizados

6) I / Orb
5mm Bem posicionada – Normal
>5mm Incisivo Superior Vestibularizado
<5mm Incisivo Superior Lingualizado

7) Ângulo IMPA
87º Normal
>87º Incisivo Inferior Vestibularizado
<87º Incisivo Inferior Lingualizado

8) Perfil
9º à 12º graus Perfil Reto
>12º Perfil Convexo
<12º Perfil Côncavo

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 39


A) CEFALOMETRIA DEMARCADA – ANÁLISE PADRÃO U.S.P.

S Â=SNA
Â=SNB
B
Or Â=ANB

INC+OR

Â=NB+LSPG’
LS
Â=INC
Go

Â=GOGN+INCINF B

Gn PG’

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 40


B) Cefalometria Completa com os demais pontos, planos, ângulos e análise
segundo o Padrão U.S.P.

S Â=SNA
Â=SNB
B
Po Or Â=ANB

INC+OR
ENA

Ba A

ENP Â=NB+LSPG’
LS
Â=INC
Go

Â=GOGN+INCINF B
PG
Gn PG’

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 41


Caderno de Exercícios Sobre Análise Cefalométrica Segundo o Padrão U.S.P.
1) O que é Cefalograma?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2) Complete as tabelas de acordo com as classificações:
Análise padrão U.S.P.

1) SNA
2) SNB
Tabela Preconizada pela Unigranrio
Ângulo Variação Adjetivo

SNA 2º
SNB 3º à 5º
Maior > 3,5º

3) Ângulo ANB

>2º
<2º

4) Padrão de Crescimento
32º
>32º
<32º

5) Relação Inter Incisivos


131º
<131º
>131º

6) I / Orb
5mm
>5mm
<5mm

7) Ângulo IMPA
87º
>87º
<87º

8) Perfil
9º à 12º graus
>12º
<12º

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 42


3) Faça a demarcação cefalométrica e sua análise em um papel vegetal:

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 43


4) Dê o Diagnóstico, utilizando os materiais esquadro, transferidor, régua:

S Â=SNA
Â=SNB
B
Or Â=ANB

INC+OR

Â=NB+LSPG’
LS
Â=INC
Go

Â=GOGN+INCINF B

Gn PG’

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 44


5) Em uma análise cefalométrica, quais são os pontos, planos e ângulos
necessários para se fazer uma análise de acordo com o padrão U.S.P?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

6) Paciente apresenta o perfil convexo, como se obteve o diagnóstico de acordo


com o padrão preconizado pela disciplina de ortodontia da unigranrio, e
demarque na figura os pontos e planos que compõe a análise de perfil?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 45


7) Faça a construção completa e análise cefalométrica:

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 46


Referências Bibliográficas:

1) Avaliação do tamanho da adenóide por meio da radiografia cefalométrica em


norma lateral em indivíduos com má oclusão de Classe I, II e III de Angle,
Sannomiya EK, Bommarito S, Calles A publicado na Cienc Odontol Bras 2005;

2) Ortodontia Diagnóstico e Planejamento Clínico, 7ªedição, autor-Flávio Vellini


Ferreira, editora artes medicas divisões odontológicas.

3) Amad Neto M. Estudo da padronização para a determinação de pontos


cefalométricos utilizados na cefalometria radiológica [ Tese de Doutorado ]. São
Paulo: Faculdade de Odontologia da USP; 2004

4) RADIOGRAFIA CEFALOMÉTRICA EM NORMA FRONTAL: VIÁVEL


CLINICAMENTE ? Pedro Luis SCATTAREGI * Luiz Felipe Viegas
JOSGRILBERT * Danilo Furquim SIQUEIRA ** Eduardo Kazuo SANNOMIYA ***

5) Avaliação de um programa de traçado cefalométrico* Maria Helena Ferreira


Vasconcelos**, Guilherme Janson***, Marcos Roberto de Freitas****, José
Fernando Castanha Henriques*****

Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 47


Thadeu R.S. Moura Acadêmico de Odontologia /2009 Página 48

Você também pode gostar