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arcadia é classismo frances mais heranca greco latina o verdadeiro é o natural o natural
é o racional , literatura expressão rcional d natureza. acabar com a intemporança verbal,
ordem logica simplicidade p. poesia sem artificio,s contra orgia verbam do barroco.
arcadia é arquivo da naturdea paisagem policiada
Meados do século XVIII Licenciado Manuel Pereira Rabelo escreve Vida do Escelente
Poeta Lírico, o Doutor Gregório de Matos e Guerra. Obras que compilou e atribuiu a ele
sob registro de moralidade virtuosa e da idealizaçã petrarquista (excelente poeta lírico).
Sátira não é olhar exterior sbre a cidade, mas da cidade: ela inclui a teologia política que
rege o bom uso da republica na teria e no controle da natureza humana. A admiração
etuporada do exceesso e do monstro, fim buscado pela elocução seiscentista, subrdina-
se à utilidade ponderada da persuasão que vícios e virtudes teatralizados podem
produzir sobre público. P. 49
Na medida em que tradição “malandra” seria um outro nome para "carnavalização”, ela
retroage ao Barroco visto por Severo Sarduy como fenômeno bakhtiniano por
excelência: espaço lúdico da polifonia e da linguagem convulsionada. Não esqueçamos
que Quevedo, Quevedo dos sonetos conceitistas, é o mesmo autor da Históría de la vida
del Buscón, llamado Don pablos, exemplo de vagabundos y espejo de tacaños (1626).
Nosso primeiro
"herói" (anti-herói) malandro é o antropófago Gregório de Matos (como o admite, desse
novo ângulo de visada, o próprio Antônio Cândido, numa quase-apostila à sua
Formação,
onde Gregório, barrado pela clausura do argumento sociológico, não tem vez nem via
de acesso). A “musa crioula”, a “musa praguejadora”. O primeiro antropófago-
malandro. Não falo de uma biografia. Falo de um biografema preservado na tradição
oral e disperso em códices apógrafos.
Affonso Ávila nos descrevia a “vida barroca” que, para o autor, se estabelecia nas
Minas Gerais dos seiscentos, marcada, por sua vez, pela forte presença, manifestada por
meio da arte, de “êxtase festivo e de agonicidade (sic) existencial”1. Os homens, então,
eram “atraídos permanentemente para a vertigem do instante fugidio, para a miragem de
deter ainda que ilusoriamente o espetáculo que passa.”2 A literatura valia-se de “letras e
símbolos”, antes unidades sintáticas de função linguística, usando-as para “proposição
plástica, de concepção não-verbal”, “pictórica”. Em meio a espetáculos pirotécnicos
dispendiosos, a vivência imagética caracterizava a vida pelo “recreio sensual dos
1
ÁVILA, 1971, p. 37.
2
Ibidem, p. 57.
olhos”.3 Assim, Ávila destinava a Gregório de Mattos a condição de precursor direto da
Tropicália.4
3
Ibidem, p. 212.
4
Ibidem, p. 219.