Você está na página 1de 14

1.

Introdução

No presente trabalho de pesquisa de surge no âmbito da cadeira de Mecânica Geral II, tem como
tema: Esforços internos solicitantes em vigas isostáticas,

CAPÍTULO I: REFERENCIAL CONCEPTUAL

Este capítulo introdutório apresenta o tema da pesquisa, assim como a justificativa ou melhor os
motivos que contribuíram para que a autora da pesquisa edificasse o projecto com o tema:
(Esforços internos solicitantes em vigas isostáticas), bem como a pertinência que este tema
possui. Ademais, o capítulo apresenta o Problema da pesquisa, as Hipóteses e os Objectivos a
atingir com a pesquisa.

Tema:

A pesquisa que se pretende levar à efeito tem como tema:

 Esforços internos solicitantes em vigas isostáticas.

Delimitação do Tema

A pesquisa em causa encontra-se mergulhada nas Ciências dos materiais (Esforços internos
solicitantes em vigas isostáticas). Ademais, a mesma será efectuada por meio de manuais do
curso de Mecânica e pesquisa via internet.

Caracterização do problema da pesquisa

A problematização é a preposição de uma questão que se busca ser


respondida por meio da realização de uma pesquisa. O problema
apresentado e a pergunta que a pesquisa pretende responder ou ainda
esclarecer uma dificuldade especifica, com a qual se defronta o pesquisador
(HOUAISS. 2017). Segundo Kahlmeyer-Mertens e tal, (2010) o problema da
pesquisa incide numa integração sobre o tema que vai ser proposto na
tentativa de ser solucionada.
CAPÍTULO III: REFERENCIAL TEÓRICO
Conceitos básicos

Uma definição é um ponto de partida necessário para a discussão de qualquer assunto, é


igualmente necessário passar além dela, desenvolver e completar a afirmação inicial. Abaixo o
autor apresenta as conceptualizações de termos chaves.

Esforços internos solicitantes em vigas isostáticas

Esforços internos

Os esforços internos sobre uma seção transversal plana de um elemento estrutural são definidos
como um conjunto de forças e momentos estaticamente equivalentes à distribuição de tensões
internas sobre a área dessa seção.
Assim, por exemplo, os esforços sobre uma seção transversal plana Σ de uma viga é igual à
integral das tensões t sobre essa área plana. Normalmente se distingue entre os esforços
perpendiculares à seção da viga (ou espessura da placa ou lâmina) e os tangentes à seção da viga
(ou superfície da placa ou lâmina):

Tipos de Esforços:

 Esforços Normal;
 Esforços Cortante;
 Momento Flector.

Esforço Normal

A projeção segundo a normal à seção, em geral nomeada com a letra n, é chamada de esforço
normal ou esforço axial e produz o deslocamento da seção numa direção perpendicular ao plano
que a contem (afastando ou aproximando as seções) (figura ).
FIGURA. Esforço Normal (componente normal à seção imaginária de corte).

A tendência desse esforço é aproximar ou afastar as seções próximas, isto é, age no sentido de
comprimir ou tracionar a seção (Figura 79).

Compressão (-) Tração (+)

FIGURA. Esforço Normal (compressão e ou tração).

Esforço Cortante

 Já a componente de projecção segundo a vertical à sessão, denominada por V, é chamada de


esforço cortante ou esforço cisalhante e produz o deslizamento entre as sessões, que pode ocorrer
de duas formas, como ilustrado na Figura.

FIGURA 81. Esforço Cortante (componente tangencial à seção imaginária de corte).


A tendência desse esforço é cortar as seções próximas, agindo no sentido de deslizar uma seção
sobre a outra (Figura 82

Esforço cortante positivo Esforço cortante negativo

FIGURA 82. Representação do Esforço Cortante.

Assim como no esforço normal, a determinação desse esforço em uma seção se dá com a soma
algébrica das forças verticais situadas de um lado da seção (A) ou do outro (B). Lembrando que
o esforço será o mesmo, não se alterando independente do lado que se está analisando.

O esforço cortante é positivo (+) quando calculado pelas forças situadas do lado esquerdo da
seção, tiver o sentido positivo do eixo ou quando calculado pelas forças situadas do lado direito
da seção, tiver o sentido negativo do eixo perpendicular à peça. O contrário dessa ação, será
considerado esforço cortante negativo (-). Ele tende a cortar a seção, daí a designação de
ESFORÇO CORTANTE (Figura 83

FIGURA 83. Convenção de sinal para o Esforço Cortante.

O Esforço Cortante (V) será positivo quando calculado pelas forças situadas à esquerda da
secção for voltado para cima. Para não haver dualidade de sinal, é necessário inverter a
convenção, se forem utilizadas no cálculo as forças situadas à direita da secção.

Momento Flector
A tendência do Esforço de Momento Fletor M é o de provocar uma rotação da seção em torno de
um eixo situado em seu próprio plano. Como um momento pode ser substituído por um binário,
o feito de M pode ser assimilado ao binário.

Será positivo quando, calculado pelas forças situadas à esquerda da seção, tender a uma rotação no
sentido horário. Para não haver dualidade de sinal, é necessário inverter a convenção, se forem
utilizadas no cálculo as forças situadas à direita da seção, isto é, o momento será positivo pelas
forças da direita, quando tender a uma rotação no sentido anti-horário.

Figura: Momento Flector, Fonte: Elementos de Máquinas - Profa. Daniela Águida Bento

Figura Representação de uma viga biapoiada submetida á flexão. A ação da carga externa sobre
a viga, produz o momento fletor curvatura observada em . As fibras superiores tendem a se
aproximar (compressão) e as fibras inferiores tendem a se afastar (tração).
Em posse da idéia de Momento Fletor, pode-se agora, analisar a ação do mesmo em um exemplo
de aplicação. Imagina-se, então, uma viga de comprimento L engastada e sendo solicitada por
uma força de intensidade Mf :
Reação no vínculo: ∑ M 0→ M A  M F 0→ M A =¿¿ M F

Momento Torçor

O Momento Torçor (T) tende a promover uma rotação relativa entre duas seções infinitamente
próximas em torno de um eixo que lhes é perpendicular, passando pelo seu centro de gravidade
(tendência de torcer a peça) (Figura ).
FIGURA 86. Efeito do momento torçor. Fonte: Elementos de Máquinas - Profa. Daniela
Águida Bento

DIAGRAMAS DE ESFORÇOS SOLICITANTES INTERNOS DE VIGAS ISOSTÁTICAS


Os Diagramas dos Esforços Solicitantes são gráficos traçados a partir das funções de Esforço
Normal, Esforço Cortante e Momento Fletor, funções estas, encontradas no cálculo das
solicitações internas. Os diagramas têm como objetivo mostrar como os esforços solicitantes se
comportam durante toda a barra, ou seja, quantificar seus valores para qualquer trecho de toda
seção, bem como, indicar pontos de esforços máximos e mínimos, ou até mesmo, nulos.

Linhas de estado

chama-se linhas de estado ao estudo gráfico dos esforços seccionais ou esforços simples;

Tendo-se em mente que os Esforços Internos Solicitantes (EIS) são funções de x (eixo local), os
diagramas ou linhas de estado desses esforços constituem uma forma objetiva de indicar a variação
destes ao longo da estrutura. Em termos de projetos estruturais, os diagramas são extremamente
importantes, uma vez que fornecem os valores dos esforços em diferentes seções (pontos do
elemento estrutural) além dos seus valores máximos (em módulo).

Frequentemente, os esforços internos são obtidos através de seus valores em determinadas


seções, conhecidas como seções-chave. As seções-chaves delimitam os diferentes trechos de
validade das funções dos EIS, constituindo-se como pontos nos quais os valores devem ser
obrigatoriamente registados nos diagramas para o seu completo entendimento, uma vez que são
essenciais para o dimensionamento dos elementos estruturais. São consideradas seções-chaves
todas as secções em que ocorrem alterações da estrutura e da configuração do carregamento a ela
aplicado, tais como:

 Início e fim da estrutura;

 Início e final dos elementos (mudança de eixo local por mudança de direcção);

 Seções em que ocorrem forças ou momentos concentrados, as quais incluem os


apoios devido às forças reativas;

 Seções onde se iniciam ou terminam os carregamentos de forças ou momentos


distribuídos

 Em trechos submetidos a forças e momentos distribuídos, as seções onde


ocorrem mudanças das funções que expressam tais carregamentos

 Seções onde ocorrem os valores máximos e mínimos dos ESI. Atenção especial deve ser
dedicada a estas seções, pois embora não possam ser identificadas à priori como as
demais, elas são importantíssimas de serem convenientemente indicadas nos diagramas

REGRAS BÁSICAS PARA O TRAÇADO DOS DIAGRAMAS

 Determinar os valores dos esforços simples para as seções principais (seções-chave);

 Marcar os valores dos esforços simples nas seções principais tendo em vista que para
esforços cortantes e normais, os valores positivos são marcados para cima em barras
horizontais. Para os momentos fletores esta convenção é invertida;
 Para esforço normal, os valores das seções principais serão ligadas por linhas retas. Para
esforço cortante, os valores achados serão ligados por linhas retas paralelas ao eixo da
peça, nos trechos descarregados. Para momento fletor, os valores encontrados para as
seções, serão ligados por linhas retas, em geral inclinadas em relação ao eixo da peça, sob
trechos sem cargas.
 Aparecerá descontinuidade no diagrama de esforço cortante, onde houver carga
concentrada, que não seja paralela ao eixo da barra e no diagrama de esforço normal onde
houver carga concentrada não perpendicular ao eixo da barra.

 Sob uma carga concentrada o diagrama de momentos fletores apresenta um ponto


anguloso e sob carregamento distribuído a representação do diagrama dos momentos
fletores é uma parábola.

Vigas

Pela definição da NBR 6118/03 (item 14.4.1.1), vigas “são elementos lineares em que a flexão é
preponderante”. As vigas são classificadas como barras e são normalmente rectas e horizontais,
destinadas a receber acções das lajes, de outras vigas, de paredes de alvenaria, e eventualmente
de pilares, etc. A função das vigas é basicamente vencer vãos e transmitir as acções nelas
actuantes para os apoios, geralmente os pilares.

Figa: Viga, Fonte: Elementos de Máquinas - Profa. Daniela Águida Bento

Um sistema de forças (solicitações exteriores) atuando sobre um corpo (viga), encontra seu
equilíbrio através das reações de apoio que provocam nos seus apoios (vínculos externos),
desenvolvendo no seu interior um outro sistema de forças resultantes do estado de deformação a
que fica sujeita, sendo o seu conhecimento fundamental para o estudo do comportamento em
serviço e para o seu dimensionamento.
O efeito dessas forças internas poderá ser posto em evidência através do método das seções, que
consiste em cortar imaginariamente o corpo em equilíbrio por um plano qualquer e,
isoladamente, analisar o equilíbrio de cada uma das duas partes resultantes (Figura ).
FIGURA. Seccionamento do corpo (aplicação Método das Secções).

Equação da Linha Elástica

Segundo Hibbeler (2010), antes de determinar a inclinação ou o deslocamento em um ponto de


uma viga (ou eixo), geralmente convém traçar um rascunho da forma defletida da viga quando
carregada, de modo a 'visualizar' quaisquer resultados calculados e, com isso, fazer uma
verificação parcial desses resultados. O diagrama da deflexão do eixo longitudinal que passa pelo
centroide de cada área da seção transversal da viga é denominado linha elástica. Nesse capítulo,
será deduzida a equação da linha elástica que é de fundamental importância para a compreensão
do Cálculo de Estruturas Hiperestáticas utilizando o Método da Equação dos Três Momentos.
Para facilitar a elaboração desse estudo, por convenção será estabelecido:

 Esforços de tração serão apresentados com sinal positivo, e esforços de compressão,


negativos;
 Momento fletor positivo serão aqueles em que se tracionarão as fibras inferiores e
comprimirão as fibras superiores da seção transversal. Já o momento fletor negativo,
causará efeitos contrários aos descritos anteriormente.

Classificação da estrutura quanto à vinculação:

Isostática

Em uma estrutura isostática o número de incógnitas é igual ao número de equações, ou seja,


bastam as equações fundamentais da estática para determinar as suas reacções de apoio.
As estruturas isostáticas são aquelas em que o número de reações é estritamente necessário para
que seja impedido qualquer movimento de translação e rotação do sistema quando este está
submetido a um conjunto de carregamentos externos. Em outras palavras, é possível concluir que
as reações estão eficazmente dispostas de forma a restringir os possíveis movimentos da
estrutura.
São definidas como estruturas isostáticas:

 Estruturas em que o número de reações é igual ao número de equações de


Equilíbrio da Estática (somatório de forças na direção x, somatório de forças na
direção y e somatório dos momentos em qualquer ponto da estrutura iguais a
zero);

 Estruturas em que o número de reacções é superior ao número de equações de Equilíbrio


da Estática, entretanto com liberação criteriosa de ligações entre os possíveis elementos
da estrutural global.

Vale ressaltar que, além das equações de equilíbrio da Estática, são necessárias equações
complementares em número igual ao excesso de incógnitas encontradas no problema em estudo.
Estas equações complementares são definidas a partir das referidas liberações introduzidas no
sistema estrutural que surgem com instalação de rótulas.

FIGURA 68. Número de reações = número de equações de equilíbrio, Fonte

EXEMPLOS DE CÁLCULO DE REAÇÕES DE APOIO DE VIGAS ISOSTÁTICAS

Exercicio:01
↑+ ∑ M A¿ 0 ↑+ ∑ V =0
2×2+¿5×5+¿4×7−¿8× B=0 −2−5−4+7.125+ A=0
VB=7,125 A=3,875

→+ ∑ H=0∴ HA=0

Exercicio -2

↑+¿ ∑ MA =0 ↑+ ∑ V =0
+3 ×2 × 4−6 ×VB=0 −3 ×2+VA + 4=0
VB¿ 4 KN VB¿ 2 KN

→+ ∑ H=0
HA¿ 0

Exercicio:3
↑+ ∑ MA=0 ↑+ ∑ V =0
8 ×3+ 2× 8 ×4−8× VB=0 −8−2× 8+11+VA =0
VB¿ 11 KN VA¿ 13 KN

→+ ∑ H=0∴ HA=0

Exercicio:4

→ ∑ MA=0
1.73 ×2+5 ×5+ 4 ×7 +2.9× 15−12 ×VB=0
VB¿ 8,33 KN

↑+ ∑ V =0
−1,73−5−4−2,9+VB+8,33=0
VA5,30 KN

→+ ∑ H=0
1+9−0.78+ HA=0
HA¿−9,22KN (← )

Hipostática

.Nas estruturas hipostática os apoios são em menor número que o necessário para restringir todos
os movimentos possíveis da estrutura.

FIGURA 69. Número de reações menor que o número de equações de equilíbrio

Hiperstática

Segundo Romão (2002-2003), estruturas Hipesrtatica são aquelas que o numero de reacções
superiores ao estritamente necessário para impedir os vários tipos de movimentos que podem
surgir quando os esforços externos agem sobre elas.
Para que a análise estrutural seja possível, há necessidade de se utilizar teorias complementares
juntos com as equações do equilíbrio para tornar-se viável e obtenção de esforços internos que
surgem nas estruturas. Tais teorias complementares dão origem aos vários métodos conhecidos
para se analisar estruturalmente sistemas hiperstáticos, são alguns conhecidos:

 Método de Cross;
 Método de Forca;
 Método dos Deslocamentos;
 Método da equação dos três Momentos.
FIGURA 70. Número de reações maior que o número de equações de equilíbrio.

Você também pode gostar