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2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Gonter Bartel
658.15
B283g Bartel, Gonter
Gestão financeira / Gonter Bartel. 2ª ed. Indaial :
Uniasselvi, 2011. 181 p. il.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-454-6
1. Gestão financeira
I. Centro Universitário Leonardo da Vinci
Apresentação
Caro(a) acadêmico(a)!
III
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – GESTÃO FINANCEIRA ........................................................................................... 1
VII
5 AÇÕES ................................................................................................................................................. 65
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 67
RESUMO DO TÓPICO 3 .................................................................................................................... 70
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 71
VIII
RESUMO DO TÓPICO 1 .................................................................................................................... 144
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 145
IX
X
UNIDADE 1
GESTÃO FINANCEIRA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Esta unidade tem por objetivos:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que em cada um deles
você encontrará atividades que o(a) ajudarão na compreensão dos conteúdos
apresentados. Os três tópicos desta primeira unidade permitem conhecer
elementos básicos da gestão financeira.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Introduzimos os estudos da Gestão Financeira com a seguinte citação:
“Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do dinheiro”
(GITMANN, 2004, p. 4). Pelas mãos das pessoas e das empresas circula o dinheiro,
onde recebemos, pagamos e investimos.
3
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
AUTOATIVIDADE
“Não basta saber, é preciso saber fazer”, por isso, a partir do que
acabamos de relatar, se você trabalha em alguma empresa ou conhece quem
trabalha, procure descobrir como funciona a relação do setor financeiro com
os demais setores da empresa. Leve suas contribuições para discutir com seus
colegas de turma.
A Gestão Financeira tem uma relação direta com a teoria econômica e com
a contabilidade. Em relação à teoria econômica, é preciso compreender e estar
atento aos diferentes níveis de atividades econômicas, às mudanças políticas, à
análise da oferta e da demanda, à teoria da formação de preços etc.
Nesse tema, a Gestão Financeira tem que estar bem informada sobre o
mercado de capitais, os custos dos juros, as perspectivas da inflação (para enxergar
tendências no incremento dos insumos e preços a serem repassados aos clientes) e
as perspectivas de crescimento e decrescimento do mercado onde atua a empresa.
4
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
E
IMPORTANT
2 TRIBUTAÇÃO DE EMPRESAS
Os trabalhadores compõem o seu montante de dinheiro para pagar as
suas contas e realizar os investimentos a partir do seu trabalho, prestado a uma
ou mais empresas. As empresas compõem este montante de dinheiro a partir
do resultado dos produtos e/ou serviços comercializados para as pessoas, outras
empresas ou mesmo para o governo.
5
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
E
IMPORTANT
Bem, até aqui é tudo muito simples. Agora, vamos falar das empresas. Sua
natureza é pessoa jurídica. Ao constituir a empresa é preciso definir o seu objeto
social, ou seja, estabelecer o que ela vai fazer, qual a sua atuação.
ATENCAO
6
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
E
IMPORTANT
7
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
ATENCAO
Situação B: se do seu preço de venda vai obter 30% para chegar ao custo, terá:
Seu preço de venda é: (R$ 7,00 / (1-30%), ou seja, (R$ 7,00 / 70%). R$ 10,00
Dedução dos 10% de impostos (R$ 10,00 – 10%). R$ 1,00
Valor já deduzidos os impostos (R$ 10,00 – R$ 1,00). R$ 9,00
Pagamento ao fornecedor (custo da mercadoria). R$ 7,00
Deste lucro, você precisa ainda pagar suas despesas administrativas e de pessoal. R$ 2,00
NOTA
A maioria dos impostos tem como base de cálculo o faturamento (valor das
vendas), e a partir daí deduz-se os impostos. Observe ainda que o exemplo anterior considera
30% de lucro de duas formas – interpretações.
8
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
TUROS
ESTUDOS FU
3 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Ao receber dinheiro e efetuar os pagamentos, a empresa está tendo a
sua movimentação financeira, e toda esta movimentação precisa ser registrada
e demonstrada.
9
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
10
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
E
IMPORTANT
FONTE: O autor
Este DRE já nos permite realizar algumas análises para a tomada de decisão:
12
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
UNI
CONTA EXPLICAÇÃO
Caixa/bancos Disponibilidades de dinheiro em caixa/bancos.
Aplicações financeiras Valores aplicados, que, se necessário, pode-se resgatar.
Parte da ROB (Receita Operacional Bruta) não é recebida à vista, e sim
Contas a receber
nos prazos negociados. Todo o montante a receber consta nesta conta.
Totaliza o valor do estoque de mercadorias e/ou de matéria-prima.
O estoque de mercadorias ou produtos acabados representa o valor
Estoque
destes produtos para comercialização. Já o estoque de matéria-prima
representa o que temos para produzir.
Representam o ativo permanente da empresa, compreendido pelos
Imobilizações terrenos e edificações, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios,
veículos etc.
FONTE: O autor
13
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
E
IMPORTANT
É fundamental o equilíbrio das contas do ativo, para não afetar a liquidez. Mais
adiante veremos alguns indicadores que permitem avaliar a liquidez.
CONTA EXPLICAÇÃO
Contas a pagar Representam as compras realizadas a prazo.
Títulos a pagar Representam empréstimos de curto prazo.
Despesas a pagar Representam despesas com empréstimos, salários etc.
Patrimônio Expressa o capital investido pelos sócios no início do período, incluindo
líquido lucros ou prejuízos acumulados.
FONTE: O autor
14
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
ATENCAO
15
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
4 ÍNDICES FINANCEIROS
Qual foi o rendimento da poupança neste mês? E no mês passado? Qual
será o aumento dos combustíveis? Da passagem de ônibus? Do aluguel? Estas e
outras perguntas passam a ser respondidas a partir de índices.
UNI
16
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
Estas análises vão orientar o gestor financeiro nas suas tomadas de decisão,
e ao compartilhar estes resultados com os demais setores, você sensibiliza mais
pessoas aos resultados propostos.
ATENCAO
Todos os índices a seguir serão calculados com base nas demonstrações dos
quadros 2 e 5, abordados anteriormente. Na exemplificação da fórmula de cada um dos
índices, teremos como base os dados de 2010.
17
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
Neste caso, a liquidez seca de 2010 (0,55) é superior à de 2009, que foi de
0,47 (6.682/14.192). Houve uma melhora de 16,82% de 2009 para 2010, atribuído a
uma redução dos estoques.
18
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
AUTOATIVIDADE
Quanto maior o giro das mercadorias, melhor será o resultado dos índices
de atividade: o giro de estoques, o prazo médio de recebimento, o prazo médio
de pagamento e o giro do ativo total.
FONTE: O autor
19
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
UNI
Foi demonstrado o giro dos estoques de uma forma geral, mas há empresas que
conhecem o giro de estoque de cada um de seus produtos.
FONTE: O autor
UNI
Nos últimos anos, no Brasil, vivenciamos uma política de crédito muito forte. Os
brasileiros puderam adquirir seus bens móveis e imóveis pagando em diversos meses e/ou anos.
A partir de 2011, o governo vem aplicando medidas para frear um pouco o consumo, elevando
algumas taxas de juros e impostos para conter a inflação.
20
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
21
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
TUROS
ESTUDOS FU
FONTE: O autor
22
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
23
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
FONTE: O autor
24
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
A elevação das despesas financeiras de 2009 para 2010 não impediu que a
margem de lucro líquido fosse elevada de 1,32% para 1,81% em 2010. O aumento
das vendas, a manutenção dos custos das mercadorias vendidas, o controle das
despesas administrativas e financeiras e as despesas financeiras contribuíram
para a elevação da margem de lucro líquido.
FONTE: O autor
Em 2010, o retorno do ativo total foi de 5,49%, enquanto que em 2009 foi
de 4,05%. Para que seja melhorado o retorno do ativo total, a empresa precisa
aumentar o seu lucro líquido nas operações, evitando aumento do ativo total.
25
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
Nestes casos, você, dono do capital, passa a exigir um retorno mais alto. Nestes
percentuais apresentados, é mais conveniente procurar uma aplicação financeira
para fazer render o seu dinheiro, ao invés de se arriscar numa atividade empresarial.
DICAS
26
TÓPICO 1 | AMBIENTE DA GESTÃO FINANCEIRA
Uma análise completa da situação financeira da empresa poderá ser feita por:
E
IMPORTANT
27
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
menos
(=) Lucro
(-) CMV: R$ 84.000,00
Líquido
menos (=) Margem
dividido por
(-) D. Adm: R$ 6.000,00 Líquida 1,81%
(=) ROB
menos
(-) Pessoal: R$ 15.000,00
menos
(-) D. Financ: R$ 250,00
multiplicado por (=) Retorno sobre o
mais Ativo Total 5,48%
(+) R. Financ: R$ 25,00
o
(=) ROB
28
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste primeiro tópico desta unidade aprendemos um pouco sobre:
• Os índices vão apontar algumas situações, para que possamos tomar decisões,
a fim de garantir os resultados.
• A análise financeira de uma empresa não pode ocorrer com os índices isolados.
Deve-se considerar o conjunto de índices. O sistema de análise DuPont permite
uma análise completa.
29
AUTOATIVIDADE
2 Por que a Gestão Financeira tem relação direta com a teoria econômica e
com a contabilidade?
a) Vendeu 13.000 calças ao preço de R$ 20,00, sendo que cada uma custa R$ 10,00.
b) 15% de impostos sobre as vendas.
c) O terreno da empresa representa R$ 40.000,00, as máquinas e equipamentos
R$ 7.000,00 e os móveis e utensílios R$ 3.500,00. A depreciação acumulada
representa o total de R$ 13.000,00.
d) As despesas de pessoal são de R$ 30.000,00 e as administrativas de R$ 12.000,00.
e) As contas a pagar representam R$ 9.000,00, os títulos a pagar R$ 5.000,00 e
as despesas a pagar R$ 8.000,00.
f) Os estoques totalizam R$ 20.000,00 e o contas a receber é de R$ 13.000,00.
g) O caixa é de R$ 1.000,00 e as aplicações financeiras totalizam R$ 10.000,00.
h) O capital social investido pelos sócios representa R$ 34.000,00.
i) As dívidas de longo prazo somam a importância de R$ 25.500,00.
30
ATIVOS 2010
Ativos Circulantes
Caixa 2.320,00
Aplicações financeiras 6.050,00
Contas a receber 15.500,00
Estoques 19.800,00
Total dos ativos circulantes 43.670,00
Ativos permanentes (ao custo)
Terrenos e edificações 20.200,00
Máquinas e equipamentos 9.950,00
Móveis e utensílios 4.890,00
Veículos 0,00
Total dos ativos permanentes 35.040,00
Depreciação acumulada 7.010,00
Ativos permanentes líquidos 28.030,00
TOTAL DOS ATIVOS 71.700,00
DRE 2010
(=) ROB / faturamento R$ 250.000,00
(-) Impostos (20% sobre a ROB) R$ 50.000,00
(=) ROL (ROB – impostos) R$ 200.000,00
(-) CMV R$ 80.000,00
(=) Lucro bruto R$ 120.000,00
(-) Despesas administrativas R$ 60.000,00
(-) Despesas de pessoal R$ 45.000,00
(=) Lucro operacional R$ 15.000,00
(-) Despesas financeiras R$ 5.000,00
(+) Receitas financeiras R$ 0,00
(=) Lucro/prejuízo líquido R$ 10.000,00
Liquidez Corrente
Liquidez Seca
Giro de Estoques
Prazo Médio de Recebimento (PMR)
Prazo Médio de Pagamento (PMP)
Giro do Ativo Total
Endividamento Geral
31
Cobertura de Juros
Margem de Lucro Bruto
Margem de Lucro Operacional
Margem de Lucro Líquido
Retorno do Ativo Total
Retorno do Capital Próprio
32
UNIDADE 1
TÓPICO 2
FLUXOS E PLANEJAMENTO
1 INTRODUÇÃO
Na Gestão Financeira, os fluxos expressam os recebimentos e os
pagamentos, ou seja, as entradas e as saídas de dinheiro do caixa. Estes fluxos,
geralmente, não apresentam equilíbrio, ou seja, a mesma quantidade que
recebemos não é a que pagamos, e vice-versa.
2 FLUXOS DE CAIXA
Antes de falarmos sobre os fluxos de caixa, precisamos relembrar o regime
de competência e o regime de caixa, explicado no tópico anterior. Um demonstrativo
por competência ou regime de competência é uma análise econômica, que pretende
expressar as receitas, despesas e o resultado do período, não importando o
momento temporal em que ocorrem os pagamentos ou recebimentos. Aqui não
sabemos exatamente o momento em que o dinheiro entra ou sai.
33
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
34
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
FONTE: O autor
A depreciação deve ser tratada com valor positivo, pois não ocorreu a
saída de caixa.
35
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
UNI
O fluxo de caixa deve ser elaborado com muita atenção, pois qualquer
lançamento ou interpretação errada trará um resultado final errado.
36
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
FONTE: O autor
Não podemos nos iludir com o saldo de R$ 2.200,00 do dia 4, pois nas
datas futuras é preciso efetuar o pagamento dos impostos, das despesas com
pessoal e dos fornecedores – estes não foram demonstrados no quadro acima.
O saldo ao final do dia 8 representa ser 1/3 do saldo final do dia 4. Existem
períodos no mês em que as saídas são maiores que as entradas, e vice-versa.
37
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
3 ORÇAMENTOS DE CAIXA
Segundo Gitman (2004, p. 94):
UNI
Como está o seu orçamento para o próximo mês? Sabe quanto vai receber
e gastar? Sabe o que fazer para sobrar, ou sobrar um pouco mais? Verifique como pode
aumentar a sua renda e diminuir os seus gastos.
38
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
FONTE: O autor
NOTA
Este Quadro 21 segue a mesma estrutura do Quadro 20. Será que estou andando
em círculos? Preciso avançar neste caderno. Calma, vamos explicar...
FONTE: O autor
39
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
• O recebimento das vendas ficou abaixo do orçado nos dias 4 (40%) e 5 (30%),
superando apenas no dia 6 (25%).
40
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
NOTA
• Pessimista: onde muitas coisas podem dar errado, poucas vendas, inadimplência
alta e muitos pagamentos a serem realizados.
41
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
Alimentação (supermercado,
lanchonete, restaurante, padaria, 400,00 24,5% 390,00 21,7% 400,00 25,4%
entre outros).
Transporte (ônibus/metrô,
combustível, seguros, 300,00 18,4% 340,00 19,0% 310,00 19,7%
manutenção, entre outros).
FONTE: O autor
42
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
DICAS
43
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
Da projeção de venda de 13.200 camisetas para 2011, sabe-se que não irá
ocorrer a venda média de exatamente 1.100 camisetas/mês. Alguns fatores farão
com que em determinados meses as vendas estejam abaixo desta média, enquanto
outros na média e, ainda, alguns acima da média. O planejamento, projetando
as vendas mensais, deve considerar esta variação mensal nas vendas, a fim de
projetar os resultados próximos da sua realização.
ATENCAO
FONTE: O autor
45
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
E
IMPORTANT
Tudo o que foi mencionado acima não passa de uma projeção para 2011, mas
se for confirmada a sua projeção, aí sim, as considerações são válidas.
LEITURA COMPLEMENTAR
47
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
CUSTO
48
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
É verdade, por outro lado, que a sólida minoria de 43% que é contra o
aumento do mínimo, pelo menos quando este é vinculado ao aumento da carga
tributária, indica que os políticos poderiam trabalhar melhor a bandeira da
manutenção ou da redução de impostos. No momento, porém, dado o apoio
majoritário da população à elevação do salário mínimo, parece improvável que
o Executivo banque um ajuste fiscal à custa dessa política altamente simbólica.
A CPMF tem sido uma das ações mais discutidas para proporcionar o
necessário aumento de carga tributária (sempre na suposição de que é “carta
fora do baralho” a descontinuação da atual política de aumentos reais do gasto
público corrente). É interessante, portanto, avaliar as qualidades e desvantagens
do chamado “imposto do cheque”.
CASCATA
49
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
Por outro lado, a CPMF estimula a demanda por moeda ao elevar a coleta
de imposto inflacionário pelo governo. Em outras palavras, ao tentar fugir dessa
contribuição, os contribuintes elevam outra forma de arrecadação. Evidentemente,
ninguém defende a inflação como forma de tributação. Mas, uma vez que ela
existe, a CPMF acaba sendo um tributo difícil de ser contornado – isto é, ao dele
fugir, o contribuinte não impede que o governo arrecade.
EQUAÇÃO
Como fica claro, a CPMF não é o pior dos impostos, mas não há por que
pressupor que seja o melhor e o mais adequado para resolver a equação fiscal
que se projeta para 2012. Um detalhado estudo de Rodrigo Suescún, de 2004,
busca avaliar os efeitos no crescimento e na produtividade dos diferentes tipos
de tributo no Brasil.
50
TÓPICO 2 | FLUXOS E PLANEJAMENTO
51
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico você viu que:
52
AUTOATIVIDADE
( ) Vendas.
( ) Patrimônio.
( ) Salários.
( ) Matéria-prima.
( ) Despesas gerais.
( ) Ativo fixo.
( ) Empréstimos.
( ) Produto em processo e produto acabado.
( ) Exigível de curto e longo prazo.
( ) Contas a pagar.
53
ATIVOS 2010 2009
Ativos Circulantes
Caixa 2.320,00 1.300,00
Aplicações financeiras 6.050,00 4.000,00
Contas a receber 15.500,00 10.000,00
Estoques 19.800,00 25.000,00
Total dos ativos circulantes 43.670,00 40.300,00
Ativos Permanentes (ao custo)
Terrenos e edificações 20.200,00 20.200,00
Máquinas e equipamentos 9.950,00 7.500,00
Móveis e utensílios 4.890,00 4.500,00
Veículos 0,00 0,00
Total dos ativos permanentes 35.040,00 32.200,00
Depreciação acumulada 7.010,00 6.500,00
Ativos permanentes líquidos 28.030,00 25.700,00
TOTAL DOS ATIVOS 71.700,00 66.000,00
54
Títulos a pagar (aumentou)
Exigível de longo prazo (aumentou)
Variações no patrimônio líquido (aumentou)
Caixa gerado pelas atividades de financiamento
55
56
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Até agora, a Gestão Financeira foi apresentada como se tudo transcorresse
às mil maravilhas. Mas se sabe que as empresas lidam com uma série de
dificuldades internas e externas, que se revelam nas surpresas do dia a dia.
Neste ambiente é preciso considerar que nem tudo acontecerá como fora
planejado. Algumas variáveis precisam ser consideradas para que os resultados
projetados sejam alcançados.
57
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
Este valor do dinheiro está associado ao tempo: dias, meses e anos; e este
tempo torna-se a principal variável na gestão financeira. Do exemplo, os R$ 500,00
de hoje não serão os mesmos amanhã, nem os R$ 500,00 de amanhã representam
o mesmo montante hoje.
E
IMPORTANT
58
TÓPICO 3 | VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
FONTE: O autor
UNI
UNI
Agora imagine que você consiga ter aplicação de R$ 100.000,00 com esta
rentabilidade de 0,70% a.m. O seu rendimento anual será de R$ 8.731,00.
Do exemplo anterior (Quadro 28), vamos supor que este dinheiro foi
aplicado há um ano e que em cada um dos meses o rendimento da poupança foi
de 0,60% a.m. No término deste primeiro ano de aplicação, o montante total da
aplicação é de R$ 1.074,42, e neste caso a taxa de correção foi de 7,44% a.a. (ao ano).
Apenas com o depósito inicial de R$ 1.000,00, com uma correção fixa de 0,60% a.m.,
obtivemos durante um ano o rendimento de R$ 74,42, ou seja, 7,44% a.a.
59
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
Período Saldo Inicial Correção (0,70%) Saldo Parcial Depósito Saldo Final
0 1.000,00 0,00 1.000,00 0,00 1.000,00
1 1.000,00 7,00 1.007,00 100,00 1.107,00
2 1.107,00 7,75 1.114,75 100,00 1.214.75
3 1.214,75 8,50 1.223,25 100,00 1.323,25
4 1.323,25 9,26 1.332,52 100,00 1.432,52
5 1.432,51 10,03 1.442,54 100,00 1.542,54
6 1.542,54 10,80 1.553,34 100,00 1.653,34
7 1.653,34 11,57 1.664,91 100,00 1.764,91
8 1.764,91 12,35 1.777,27 100,00 1.877,27
9 1.877,27 13,14 1.890,41 100,00 1.990,41
10 1.990,41 13,93 2.004,34 100,00 2.104,34
11 2.104,34 14,73 2.119,07 100,00 2.219,07
12 2.219,07 15,53 2.234,61 100,00 2.334,61
TOTAL 134,61 1.200,00
FONTE: O autor
Algumas considerações:
60
TÓPICO 3 | VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
ATENCAO
UNI
3 RISCO E RETORNO
Na Gestão Financeira, o risco está presente em diferentes níveis: há
situações de maior e outras de menor risco. Segundo Gitman (2004, p.184),
“fundamentalmente, o risco é a possibilidade de perda financeira”, e em nossas
ações não queremos perder dinheiro.
61
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
62
TÓPICO 3 | VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
• Indiferente ao risco: é uma atitude que não faz sentido em nenhuma situação
empresarial. O administrador indiferente ao risco entende que o retorno não
varia em relação ao risco – independente do risco, o retorno é o mesmo. Sabe-se
que o risco afeta o retorno.
• Avesso ao risco: o administrador tem medo do risco e, por isso, quanto mais
alto o risco, mais alto o retorno exigido. Geralmente, este administrador procura
retorno em investimentos conservadores.
UNI
4 TAXAS DE JUROS
No cotidiano financeiro, as taxas de juros estão presentes e sempre
estamos questionando: “Qual é a taxa?”. Nesta pergunta podemos encontrar
duas situações: a taxa de juros cobrada por um empréstimo ou taxa esperada
num determinado investimento. Segundo Gitman (2004, p. 226), “a taxa de juros
ou retorno exigido representa o custo do dinheiro”.
63
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
NOTA
Nos primeiros meses de 2011, o Brasil voltou a apresentar uma taxa de inflação
um pouco mais elevada do que nos anos anteriores. Esta elevação também foi movida pelo
poder de compra das pessoas.
ATENCAO
64
TÓPICO 3 | VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
5 AÇÕES
No primeiro tópico desta unidade conhecemos a natureza jurídica das
empresas, sendo que uma delas é a sociedade por ações. A ação é a menor parte
de uma empresa acionária. Então, quanto maior a quantidade de ações, maior
será a participação acionária da pessoa na empresa.
Na sociedade por ações, quanto ao capital social, podem ser classificadas em:
ATENCAO
65
UNIDADE 1 | GESTÃO FINANCEIRA
• ON – Ordinárias Nominativas: são ações que dão direito ao voto nas assembleias
da empresa e proporcionam participação nos resultados econômicos. Os
detentores destas ações não têm direito preferencial no recebimento dos
dividendos, preferência dos detentores das ações nominativas (PN).
DICAS
66
TÓPICO 3 | VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
LEITURA COMPLEMENTAR
Não podemos censurar você pela pergunta. Vivemos dias mais do que
difíceis. Não há precedentes para os tempos atuais — até mesmo para o Jack,
que esteve à frente de uma empresa durante três recessões (1973-75, 1980-82 e
1990-91). Em cada uma delas, em qualquer dia que fosse de fevereiro, mesmo
com a economia em queda, ainda era possível contabilizar antecipadamente em
alguns pontos percentuais as vendas de abril. Hoje, é como se uma névoa espessa
tivesse se estendido sobre o comércio: a visibilidade é praticamente nula. Não
é de espantar que os gerentes estejam apavorados com a sobrevivência de suas
empresas, fazendo das tripas coração para reduzir custos.
Mas, então, a economia não tem salvação? Claro que sim. Há muitas
pessoas inteligentes e dedicadas tratando do assunto. O que realmente ninguém
sabe é com que rapidez a economia vai começar a se recuperar, e com que rapidez
ela vai se estabilizar a partir do momento em que a recuperação começar. Isso, em
nossa opinião, depende da capacidade dos estrategistas de saber lidar com três
fatos controversos, porém inexoráveis.
Nossa intenção aqui, entretanto, não é nos demorarmos nos detalhes, e sim
deixar claro que os estrategistas do governo estarão simplesmente desperdiçando
seu capital político discutindo o pacote de estímulo se antes não investirem suas
energias no resgate do sistema financeiro.
68
TÓPICO 3 | VARIÁVEIS NA GESTÃO FINANCEIRA
Não queremos minimizar o desafio que temos pela frente, e você deixou
clara a magnitude dele na maneira como formulou sua pergunta. No entanto,
se concordarmos que o sistema bancário deve ter prioridade, se estivermos de
acordo em relação ao verdadeiro conteúdo do pacote, e se entendermos o custo
autodestrutivo da vingança, encontraremos juntos uma saída.
69
RESUMO DO TÓPICO 3
No fechamento desta primeira unidade, neste terceiro tópico,
aprendemos:
• É necessário considerar o risco em cada uma das operações, pois o risco indica
a variabilidade do retorno, ou seja, a possibilidade de uma perda financeira.
70
AUTOATIVIDADE
2 O que é um valor presente e um valor futuro? O que pode mudar este valor?
3 Defina risco.
71
72
UNIDADE 2
INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Nessa unidade vamos:
PLANO DE ESTUDOS
Para que possamos alcançar os objetivos propostos, passaremos por três tó-
picos nesta unidade, que visam ajudá-lo(a) a ter uma noção de investimentos
e financiamentos.
TÓPICO 1 – INVESTIMENTOS
73
74
UNIDADE 2
TÓPICO 1
INVESTIMENTOS
1 INTRODUÇÃO
A entrada e a saída de dinheiro na Gestão Financeira ocorrem a todo
instante, para os mais diferentes eventos. Todas as saídas de caixa que cobrem
as despesas de produção, impostos, administrativas, pessoal, fornecedores etc.,
são classificadas como as despesas de curto prazo – denominadas de despesas ou
gastos operacionais.
2 ORÇAMENTO DE CAPITAL
“O Orçamento de Capital é um processo que consiste em avaliar e
selecionar investimentos em longo prazo, que sejam coerentes com o objetivo da
empresa de maximizar a riqueza de seus proprietários” (GITMAN, 2004, p. 288).
75
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
Renovação As inovações tecnológicas são um dos motivos que fazem com que as empresas
renovem seus ativos imobilizados por outros que produzam uma quantidade
maior, num espaço de tempo menor e ampliando a qualidade. Há vezes em que
a renovação permite ampliar a produção, através da sua capacidade produtiva,
evitando outros investimentos de expansão.
Outros Podem ser considerados os investimentos que não refletem resultados
imediatamente tangíveis e que envolvem algum resultado futuro. Pode-se destacar
os investimentos em: publicidade e propaganda, programas sociais e ambientais,
pesquisa e desenvolvimento, consultorias em gestão e novos produtos.
76
TÓPICO 1 | INVESTIMENTOS
UNI
FONTE: O autor
77
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
FONTE: O autor
78
TÓPICO 1 | INVESTIMENTOS
3 FLUXOS RELEVANTES
Em orçamento de capital, os fluxos relevantes são:
79
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
• Fluxo de caixa terminal: supondo que ao final de 10 anos a máquina possa ser
vendida por R$ 3.000,00, este é o fluxo de caixa terminal. Lembre-se de que,
contabilmente, a máquina já está depreciada – não vale absolutamente mais
nada, mas economicamente ainda apresenta um valor residual.
Para saber o total das entradas de caixa até a efetiva entrada de caixa
operacional são necessários alguns cálculos, melhor demonstrados com o auxílio
da estrutura de Demonstrações dos Resultados.
UNI
80
TÓPICO 1 | INVESTIMENTOS
(-) Imposto de
75,00 75,00 75,00 75,00 75,00 75,00 75,00 75,00 75,00 75,00
Renda (25%)
(+) Depreciação 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00 1.200,00
(=) Entradas
1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00 1.425,00
operacionais Cx.
FONTE: O autor
UNI
81
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
Investimento Entradas de
inicial caixa após a
Investimento necessário para liquidação do
Inicial adquirir o novo antigo ativo
ativo
Entradas
Entradas Entradas de caixa
de caixa de caixa operacionais do
operacionais operacionais do antigo ativo
novo ativo
Fluxos de caixa
Fluxo de caixa Fluxo de caixa após o término
final após o término do antigo ativo
do novo ativo
TUROS
ESTUDOS FU
LEITURA COMPLEMENTAR
OS DONOS DO LIXO
82
TÓPICO 1 | INVESTIMENTOS
Com os negócios da Estre nessa toada, não é de admirar que, numa palestra
recente dada em São Paulo para convidados do Bank of America Merrill Lynch, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha feito menção a Quintella, presente
na plateia, dizendo que ele “está rindo de orelha a orelha com o lixo”. O que faz
Quintella sorrir não é tanto o que ele já conseguiu construir, mas o potencial que
vê pela frente. Ainda hoje a coleta atinge apenas 88% do lixo gerado no Brasil. E,
desse volume, 42% ainda são destinados aos lixões. No ano passado, depois de
quase 20 anos tramitando no Congresso Nacional, a lei da Política Nacional de
Resíduos Sólidos foi finalmente aprovada.
Com ela, foi determinado que 2014 será a data-limite para que todos os
municípios do país fechem seus lixões. As prefeituras também terão de estabelecer
programas de gestão do lixo que permitem separar os resíduos – aquilo que pode
ser reaproveitado – dos rejeitos – material que realmente merece ir para os aterros.
83
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
Além disso, a lei deixa claro que a indústria e os consumidores têm deveres
a cumprir em relação aos resíduos que geram. Mas isso é o que está no papel. “Há
ainda muitos questionamentos sobre como todas essas premissas vão funcionar
na prática”, diz Fabrício Soler, advogado especializado em meio ambiente do
escritório Felsberg e Associados, de São Paulo. E se vão funcionar.
CONSÓRCIO DE RESÍDUOS
Por enquanto, a Estre é vista como uma das candidatas a liderar essa
consolidação. Sua maior concorrente nesse processo é a Haztec, com sede no Rio
de Janeiro. Até ser comprada pelo paulista Paulo Tupinambá e mais dois sócios,
em 2003, a Haztec era uma consultoria ambiental que faturava 7 milhões de reais
por ano prestando serviços como o de descontaminação de solos. Desde então, a
empresa cresceu um bocado. O fundo Infrabrasil – dos fundos de pensão Petros
(da Petrobras) e Funcef (da Caixa Econômica Federal), gerido pelo Santander
– injetou 200 milhões de reais na empresa entre 2007 e 2010 e hoje tem uma
participação de 50%.
84
TÓPICO 1 | INVESTIMENTOS
85
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste primeiro tópico desta segunda unidade do caderno tivemos uma
introdução aos investimentos, compreendendo:
86
AUTOATIVIDADE
87
88
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O tópico anterior apresentou os investimentos, a elaboração de orçamento
de capital, a diferença entre projetos independentes e mutuamente excludentes,
com a identificação dos fluxos relevantes.
2 PAYBACK
Traduzindo-se a expressão Payback, temos pay = pagamento e back =
voltar, retorno. Desta forma, fica fácil de iniciarmos a conceituação de Payback:
é a quantidade de períodos necessários para recuperar o investimento realizado.
89
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
90
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
FONTE: O autor
FONTE: O autor
91
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
Quando o período do Payback simples for usado para tomar decisão, aceitamos
o projeto de investimento quando este período for menor que o número máximo de
períodos aceitáveis; ou ainda, rejeitamos quando esta quantidade de períodos for
maior que o número de períodos aceitáveis para recuperação do investimento.
UNI
92
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
NOTA
93
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
FONTE: O autor
Para calcular para os demais períodos você pode repetir os passos acima
(quadro 39), apenas alterando 1n para 2n, 3n e assim por diante, até o último
período (10n).
94
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
3 VPL
O VPL (Valor Presente Líquido) é uma das técnicas muito utilizadas
ao realizar o orçamento de capital para avaliar os projetos de investimentos. O
propósito é o de atualizar todas as entradas dos fluxos de caixa futuros para um
valor presente, considerando o custo do dinheiro ao longo do tempo.
95
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
NOTA
96
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Vamos reavaliar estes três projetos com a técnica do VPL, sendo que o
quadro a seguir analisa, inicialmente, os projetos A e B (rejeitados anteriormente).
ATENCAO
97
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
E
IMPORTANT
4 TIR
A TIR (Taxa Interna de Retorno) é uma técnica avançada para se calcular o
orçamento de capital. É mais ampla do que o VPL, e muito utilizada na avaliação
de alternativas de investimentos.
A TIR é definida como a taxa de desconto que iguala o valor presente das
entradas de caixa ao investimento inicial de um projeto; ou seja, é a taxa que zera
o VPL das entradas de caixa (GITMAN, 2004).
98
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
ATENCAO
TIR tem sua origem na sigla inglesa IRR (Internal Rate of Return).
Nas planilhas eletrônicas e calculadoras financeiras podemos encontrar a função TIR ou,
geralmente, IRR.
99
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
100
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
5 VPL x TIR
O método VPL apresenta o valor monetário ao final de um determinado
período, considerando os fluxos futuros em seu valor presente, conforme uma
taxa de desconto estabelecida pelos donos do capital. O VPL está associado ao
conceito de maximização da riqueza, ou seja, os ganhos absolutos que geram
valor aos acionistas – donos do capital.
Para responder a esta pergunta, imagine que você tem duas alternativas
de investimentos:
101
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
6 TIR/ANÁLISE INCREMENTAL
Para realizar a escolha entre projetos mutuamente excludentes com o
método da TIR, obrigatoriamente devemos realizar a análise incremental entre o
projeto desafiado em relação ao desafiante.
Se VPL (B-A) > 0 (zero), então o projeto B é melhor; senão o projeto A é melhor.
7 RISCOS
No terceiro tópico da primeira unidade deste caderno conversamos um
pouco sobre risco: a possibilidade de perda financeira, variabilidade de retorno
ou, ainda, comprometimento do retorno previsto. Este risco pode aumentar ou
diminuir, a partir de variáveis internas ou externas.
102
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Será que os reajustes que o gás natural sofreu estavam previstos nestes
projetos? Com o aumento da demanda, algumas indústrias sofreram com a falta
de gás, tendo que interromper a produção, pois já não tinham mais os recursos
anteriores das caldeiras e da energia elétrica. Estes são alguns fatos que elevam o
risco das empresas e afetam os seus resultados.
UNI
103
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
Numa ação mais ampla, o gestor financeiro deve complementar sua análise
de sensibilidade considerando uma análise de cenários onde o seu escopo é mais
amplo por considerar, simultaneamente, um conjunto de variáveis integradas
que afetam os resultados. Destacamos o poder aquisitivo das pessoas, a inflação,
a demanda, a entrada de novos concorrentes, a entrada de novos produtos, a
inovação tecnológica etc.
DICAS
A cada instante surgem novos recursos que permitem realizar simulações antes
das situações reais. Procurem sempre simular os resultados de ações.
UNI
104
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
105
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
UNI
LEITURA COMPLEMENTAR
Stephen Kanitz
Se não revertermos esse pânico, aí, sim, teremos uma recessão em 2009.
Portanto, demos vários tiros no pé, poderíamos ter passado relativamente imunes,
mas não agora, com esse pessimismo todo. Acreditar que reduzir juros resolve,
como muitos estão sugerindo, é até infantil. Quem teme perder o emprego não
compra a prazo nem com juro zero. Nem com redução de IPI.
106
TÓPICO 2 | MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Por que, quando um cliente seu não paga, você tem de atrasar seu
fornecedor ou despedir seus funcionários? Quando uma empresa despede 2% dos
funcionários, como fez a Vale do Rio Doce, o que ela está dizendo é o seguinte:
"Vocês, trabalhadores, que sobrevivam usando as suas reservas financeiras pessoais.
Não vamos ajudá-los usando as nossas reservas empresariais. Boa sorte e adeus!".
FONTE: Revista Veja. Editora Abril, edição 2094, ano 42, nº 17 de janeiro de 2009, p. 14.
107
RESUMO DO TÓPICO 2
Este tópico foi pontual nos métodos de avaliação de projetos de
investimentos e ao final inclui a variável do risco. Os tópicos a seguir resumem
os conteúdos:
• A TIR é a mais avançada das técnicas, pois irá determinar a taxa que iguala os
fluxos de entrada ao investimento. Igualar entradas de caixa e investimento
significa obter um valor presente líquido nulo no período (VPL=0).
• Para a empresa alcançar a sua TIR ou viabilizar o seu VPL, poderá tomar
decisões estratégicas de abandono, flexibilidade, crescimento ou oportunidade.
108
AUTOATIVIDADE
Payback representa ser uma técnica de _________de projetos, que vai calcular a
___________de ___________ necessários para recuperar o ___________ realizado.
9 O que é o risco?
109
12 Nossa camisaria necessita de um veículo para entrega dos produtos nos
pontos de revenda. O projeto divide-se no investimento de um automóvel
flex (gasolina e álcool) ou diesel. Ambos apresentam entradas anuais de
10 anos. Calcule o Payback descontado, VPL e TIR de cada uma das opções
de investimento a seguir. Considere a taxa de 10% a.a. para o cálculo do
Payback descontado e VPL:
110
UNIDADE 2
TÓPICO 3
FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
1 INTRODUÇÃO
O capital (dinheiro) de uma empresa é formado pelo capital investido
pelos sócios e por capital de terceiros. Cada um deles apresenta uma taxa de
retorno, que compõe o custo do capital.
2 ESTRUTURA DE CAPITAL
Ao montar uma empresa há a necessidade de dinheiro, ou seja, de capital,
que pode ser:
111
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
112
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
113
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
ATENCAO
Não há uma fórmula para calcular uma estrutura ótima de capital, portanto, as
empresas procuram operar numa faixa que lhes permite acreditar ser a estrutura ótima de
capital. É fundamental aumentar o valor da empresa e manter ou reduzir os custos.
• do montante captado;
114
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
FONTE: O autor
115
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
NOTA
FONTE: O autor
116
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
Um amigo irá lhe emprestar os R$ 2.000,00 restantes, que para ele rendem
14% a.a. numa aplicação.
Cada uma das fontes de capital: você, o banco e seu amigo, tem
participações distintas na estruturação do capital, que é igual à média ponderada
das taxas de juros de cada fonte, ou seja:
ATIVO PASSIVO
Circulante Circulante
Caixa 10.000,00 Empréstimos de terceiros 2.000,00
Empréstimos bancários 4.000,00
Patrimônio líquido 4.000,00
Total do ativo 10.000,00 Total do passivo 10.000,00
FONTE: O autor
117
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
FONTE: O autor
118
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
NOTA
4 ALAVANCAGEM
Recorrendo ao dicionário, alavancagem é uma expressão usada para
denominar um meio de ação para vencer qualquer resistência.
119
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
120
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
FONTE: O autor
121
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
FONTE: O autor
122
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
DICAS
123
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
EXPANSÃO ACELERADA
124
TÓPICO 3 | FINANCIAMENTOS E ALAVANCAGEM DE CAPITAL
125
UNIDADE 2 | INVESTIMENTOS E FINANCIAMENTOS
126
RESUMO DO TÓPICO 3
Chegamos ao final desta segunda unidade, e neste último tópico estudamos:
127
AUTOATIVIDADE
128
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e no final de cada um deles
você encontrará atividades que reforçarão o seu aprendizado, na compreen-
são dos temas abordados.
129
130
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Em diversos tópicos deste caderno estudamos que o dono do capital estabelece
percentuais mínimos de retorno ao investir um montante de dinheiro numa empresa.
131
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
FONTE: O autor
ATENCAO
132
TÓPICO 1 | GESTÃO BASEADA EM VALOR
133
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
E
IMPORTANT
4 EVA
A sigla EVA, do inglês Economic Value Added – significa Valor
Econômico Agregado: é uma metodologia de trabalho na qual a contabilidade
134
TÓPICO 1 | GESTÃO BASEADA EM VALOR
NOTA
EVA é o Lucro após o Imposto de Renda (IR), menos o custo total do capital.
135
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
5 CÁLCULO DO EVA
Para determinar o EVA é necessário apurar o custo total do capital
empregado, sendo que o capital de terceiros aparece nas demonstrações de
resultado como despesas financeiras e o capital próprio não aparece nos
resultados. O EVA pode ser calculado com base em resultados realizados, bem
como pode ser projetado.
UNI
136
TÓPICO 1 | GESTÃO BASEADA EM VALOR
CMPC Bruto = (Capital Próprio x Custo do Capital Próprio + Capital de Terceiros x Custo de
Capital) / (Capital Total)
CMPC Bruto = ((4.000*0,18)+(4.000*0,12))/8.000 = 15,00% 1200
CMPC Líquido = (Capital Próprio x Custo do Capital Próprio + Capital de Terceiros x Custo de
Capital x (1-Alíquota do Imposto de Renda)) / (Capital Total)
CMPC Líquido = ((4.000*0,18)+(4.000*0,12)*(1-0,30))/8.000 = 13,20% 1056
137
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
UNI
QUADRO 69 – DRE
A B C
(=) Lucro operacional 1.440,00 1.200,00 960,00
(-) Imposto de Renda (30%) 432,00 360,00 288,00
(=) Lucro operacional após IR e antes dos juros 1.008,00 840,00 672,00
(-) Juros / custo capital terceiros antes do IR (480 – 144 de 336,00 336,00 336,00
economia do IR)
(=) Lucro líquido após o IR 672,00 504,00 336,00
(-) Custo de capital próprio 504,00 504,00 504,00
(=) EVA 168,00 0,00 (168,00)
FONTE: O autor
138
TÓPICO 1 | GESTÃO BASEADA EM VALOR
Outra possibilidade para agregar valor está na redução dos custos com a
estrutura de capital, que poderá seguir uma das estratégias a seguir:
• Redução dos custos com capitais de terceiros com a seleção de melhores fontes de
financiamento que apresente maior prazo (longo prazo) e menores taxas de juros.
UNI
FONTE: O autor
139
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
QUADRO 71 – DRE
A B C
(=) Lucro operacional 1.440,00 1.200,00 960,00
(-) Imposto de Renda (30%) 432,00 360,00 288,00
(=) Lucro operacional após IR e antes dos juros 1.008,00 840,00 672,00
(-) Juros / custo capital terceiros antes do IR (720 – 216 504,00 504,00 504,00
de economia do IR)
(=) Lucro líquido após o IR 504,00 336,00 168,00
(-) Custo de capital próprio 252,00 252,00 252,00
(=) EVA 252,00 84,00 (84,00)
FONTE: O autor
140
TÓPICO 1 | GESTÃO BASEADA EM VALOR
2 Encontrar o Lucro Operacional Referencial para que o EVA seja igual a 0,00:
CMPC (Custo Médio Ponderado do Capital)
(1 - IR)
• EVA > 0: há criação de valor, o dono do capital está obtendo retorno acima do
esperado.
• EVA < 0: há destruição de valor, o dono está obtendo retorno menor que o
esperado ou não está obtendo retorno.
UNI
Para apurar o EVA considera-se o lucro operacional após o IR e antes dos juros
de capital de terceiro e próprio e o CMPC líquido (depois de calculado o benefício fiscal).
LEITURA COMPLEMENTAR
A VEZ DA PERIFERIA
Luciene Antunes
Agora é o Banco Mundial que prevê a ascensão dos emergentes até 2025 – mas,
para o Brasil cumprir a sua parte da profecia, o governo terá de sair do imobilismo.
141
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
DESAFIOS
Embora não mencione, Lin cita algumas das questões analisadas em 2022:
Propostas para um Brasil Melhor no ano Bicentenário, livro recém-lançado pelos
economistas Fabio Giambiagi e Claudio Porto. Na lista dos principais gargalos,
além da baixa qualidade da educação, está a infraestrutura deficitária. “O Brasil
está diante de uma janela de oportunidade histórica para alcançar padrões de
países de Primeiro Mundo. Mas não basta se deixar levar ao sabor da maré”,
diz Claudio Porto, presidente da consultoria de negócios Macroplan. O indiano
Vinod Thomas, ex-número 1 do Banco Mundial no Brasil e atual diretor-geral do
Grupo de Avaliação Independente, braço responsável pela avaliação de projetos
142
TÓPICO 1 | GESTÃO BASEADA EM VALOR
143
RESUMO DO TÓPICO 1
• As despesas financeiras com capital de terceiros não têm impacto sobre o IR,
pois são descontadas antes do lucro operacional.
• EVA=0 significa que o dono do capital está obtendo o retorno mínimo esperado.
• EVA>0 significa que há criação de valor, ou seja, o dono do capital está obtendo
retorno acima do esperado.
• EVA<0 significa que não há criação de valor, ou seja, o dono do capital está
obtendo retorno menor que o esperado ou não está obtendo retorno.
144
AUTOATIVIDADE
145
6 Agora, suponhamos que a empresa não tenha despesas financeiras. Conclua
o cálculo no modelo tradicional, no modelo ajustado e aponte as diferenças
no lucro operacional, provisão de IR e lucro líquido.
146
UNIDADE 3
TÓPICO 2
CAPITAL DE GIRO
1 INTRODUÇÃO
Esta é uma das expressões bastante ouvidas na Gestão Financeira e muitas
empresas desconhecem o seu “capital de giro”, que será abordado neste segundo
tópico desta última unidade do caderno.
Então, vamos lá, conhecer um pouco sobre estas ações de curto prazo na
Gestão Financeira.
2 ATIVOS CIRCULANTES
Ao revisar alguns elementos contábeis, na primeira unidade deste caderno
demonstramos que a empresa possui os seus ativos, compreendendo os bens e
direitos. A ordenação contábil das contas do ativo começa com as que apresentam
maior liquidez até as de menor liquidez. O quadro a seguir relembra estas contas:
147
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
Destas contas, vamos prestar atenção nas contas que compõem o ativo
circulante. Elas são alimentadas pelos eventos de curto prazo e vão expressar a
disponibilidade para o pagamento das contas de curto prazo.
• É necessário avaliar as variações dos ativos circulantes, e para isso vamos dividi-
lo pelo total do ativo. Do quadro anterior temos o seguinte resultado: 18.582 /
39.612 = 0,4691 ou 46,91%. O quadro a seguir explica a variação deste quociente:
148
TÓPICO 2 | CAPITAL DE GIRO
UNI
Das suas finanças pessoais, como está a sua disponibilidade para o pagamento
das contas de curto prazo? Qual o seu CCC (Ciclo de Conversão de Caixa)?
149
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
3 PASSIVOS CIRCULANTES
Do mesmo modo que avaliamos anteriormente os ativos circulantes, vamos
agora observar as contas do passivo, que expressam os nossos deveres e obrigações.
As contas do passivo circulante destacam as obrigações que temos no curto prazo e
necessitamos de capital para honrá-las, e, neste caso, totaliza R$ 15.859,00.
FONTE: O autor
150
TÓPICO 2 | CAPITAL DE GIRO
UNI
151
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
Poderíamos ter uma situação inversa, com capital de giro líquido negativo;
ou seja, passivo circulante maior que o ativo circulante. Neste caso, a empresa está
usando recursos passivos correntes para financiar seus investimentos permanentes.
152
TÓPICO 2 | CAPITAL DE GIRO
NOTA
153
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
154
TÓPICO 2 | CAPITAL DE GIRO
Entre cada uma das fases temos um prazo médio. Compramos a matéria-
prima, que é estocada na indústria até o início da fabricação. Muitas vezes, antes
de iniciar a fabricação, a indústria precisa, primeiro, reunir todas as matérias-
primas, das quais algumas são prontamente entregues, enquanto que outras
demoram mais tempo. Neste intervalo, calculamos o prazo médio de estocagem
das matérias-primas. E assim por diante, até o efetivo recebimento das vendas.
Onde:
PME (Mp): Prazo Médio de Estocagem de Matéria-prima.
PMF: Prazo Médio de Fabricação.
PMV: Prazo Médio de Venda, ou também, o prazo médio de estocagem dos
produtos acabados.
PMC: Prazo Médio de Cobrança, ou também, prazo médio de Recebimento.
PMPF: Prazo Médio de Pagamento aos Fornecedores.
PMDD: Prazo Médio de Desconto de Duplicatas.
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UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
UNI
Uma boa gestão, com a aplicação adequada das tecnologias, tem garantido sucesso a
algumas empresas.
LEITURA COMPLEMENTAR
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TÓPICO 2 | CAPITAL DE GIRO
EMERGÊNCIAS
EXPANSÃO
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UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
RENTABILIDADE
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RESUMO DO TÓPICO 2
• O capital de giro da empresa representa o total dos ativos circulantes que devem
pagar os passivos circulantes. Caso o AC não seja suficiente, a necessidade de
capital de giro aumenta.
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AUTOATIVIDADE
ATIVO PASSIVO
Caixa 4.640,00 Contas a pagar 17.050,00
Aplicações financeiras 2.100,00 Títulos a pagar 17.120,00
Contas a receber 13.000,00 Despesas a pagar 8.650,00
Estoques 17.040,00 Exigível de longo prazo 15.960,00
Ativos permanentes 62.000,00 Capital social 40.000,00
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UNIDADE 3
TÓPICO 3
INCORPORAÇÕES E FALÊNCIAS
1 INTRODUÇÃO
As empresas não se desenvolvem de forma isolada, estão em interação com
seus concorrentes e mercado. Neste ambiente, o gestor financeiro procura manter
os resultados positivos, garantindo a sua liquidez e retorno de investimento aos
donos do capital.
2 ARRENDAMENTOS
O arrendamento é uma modalidade onde você pode se apropriar de
uma empresa por um determinado período. Por meio de um contrato, as partes
pactuam todas as condições de arrendamento entre si: arrendador e arrendatário.
3 FUSÕES E AQUISIÇÕES
As empresas buscam alternativas de fusões e de aquisições para encontrar
alternativas de manutenção e expansão no mercado. Pode nascer de uma parceria
entre as partes, seguindo na união de seus ativos (aquisição), através do qual
procuram rentabilizar os seus ativos.
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TÓPICO 3 | INCORPORAÇÕES E FALÊNCIAS
UNI
Toda esta história de uma faculdade que hoje é o Grupo UNIASSELVI emana
sua filosofia na sua cor, no seu símbolo, no seu patrono “Leonardo da Vinci” e nos seus
princípios norteadores.
As fusões e aquisições são movidas por uma série de motivos, dos quais
se destacam:
• Crescimento ou diversificação.
• Sinergia.
• Captação de fundos.
• Aquisição de capacidade gerencial ou tecnologia.
• Considerações fiscais.
• Aumento da liquidez para os proprietários.
• Defesa contra aquisição hostil.
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UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
4 FALÊNCIA DE EMPRESAS
A data de constituição de uma empresa pode ser entendida como a data
de nascimento da pessoa. Temos a data em que iniciamos as atividades, a nossa
vida, mas não temos uma data final preestabelecida para o encerramento ou
fechamento da empresa.
UNI
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TÓPICO 3 | INCORPORAÇÕES E FALÊNCIAS
Nos últimos anos estamos vivenciando uma crise econômica global. Países
e blocos econômicos, que eram vistos como potências econômicas imbatíveis, hoje
apresentam sinais claros de dificuldades financeiras. Os EUA vêm, ano após ano,
elevando o seu nível de endividamento, pela sua dificuldade de pagar as dívidas
externas. Nesta mesma situação também encontramos outros países da Europa
com dificuldades financeiras.
ATENCAO
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RESUMO DO TÓPICO 3
l As fusões e aquisições são uma forma de junção das empresas, onde podem ser
preservados os ativos e passivos de cada uma delas. Então pode surgir outra
empresa, ou não.
l Uma fusão pode ser horizontal, vertical, congenérica ou, ainda, pela formação
de conglomerado.
l Raras são as empresas que têm suas atividades fixadas por uma vigência
preestabelecida. O administrador financeiro precisa avaliar as situações
de falência da empresa, que podem ser motivadas por resultados baixos,
insolvência ou, ainda, por resultados negativos.
166
AUTOATIVIDADE
1 O que é o arrendamento?
2 Por que o arrendamento pode ser definido como uma espécie de aluguel da
empresa?
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168
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Neste último tópico da última unidade deste Caderno de Estudos de Gestão
Financeira, trazemos a você algumas informações sobre o mercado financeiro
nacional, bem como a gestão financeira internacional.
Bons estudos!
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UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
Órgãos Entidades
Operadores
normativos supervisoras
Demais
Instituições instituições
Banco Central do financeiras financeiras.
Brasil (BACEN) captadoras de
Conselho dinheiro à vista. Bancos de Outros intermediários
Monetário câmbio. financeiros e administradores
Nacional de recursos de terceiros.
(CMN)
Comissão
Bolsas de
de Valores Bolsas de
Mercados e
Mobiliários valores
Futuros.
(CVM)
Conselho
Superintendência Entidade
Nacional Sociedades
de Seguros Sociedades abertas de
de Seguros Resseguradores de
Privados seguradoras previdência
Privados capitalização
(SUSEP) complementar.
(CNSP)
Conselho Superintendência
Nacional de Nacional de
Entidades fechadas de previdência complementar (fundos de
Previdência Previdência
pensão).
Complementar Complementar
(CNPC) (SNPC)
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TÓPICO 4 | SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E GESTÃO FINANCEIRA INTERNACIONAL
DICAS
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UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
3.1 RISCOS
Não podemos descartar o risco das empresas internacionais, que do ponto de
vista de alguns analistas financeiros, este risco torna-se mais amplo e complexo. Um
dos riscos de maior destaque é o risco de câmbio, ou seja, a diferença de valor entre
as moedas dos países. A sua variação poderá, em determinados momentos, favorecer
a empresa estabelecida num dos países e, noutro momento, a outro. É necessário
encontrar um ponto de equilíbrio entre estas possíveis variações cambiais.
• Baixa do câmbio: supondo que o dólar tenha tido uma queda e passou a valor
R$ 1,40 ao final destes 30 dias, nosso valor devido passa a ser de R$ 2.800,00
(US$ 2.000,00 x R$ 1,40). Esta condição é ainda mais favorável para o resultado
da empresa, pois do saldo devedor de R$ 3.100,00, agora precisamos pagar os
mesmos US$ 2.000,00, mas em reais este valor representa uma queda de R$ 300,00.
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TÓPICO 4 | SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E GESTÃO FINANCEIRA INTERNACIONAL
UNI
173
UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
UM ANO DE RECORDES
Num ano marcado pela força do mercado interno, o setor de varejo foi um
dos mais vigorosos. A rede carioca Hermes, por exemplo, mudou de patamar.
Atuando com vendas porta a porta e internet, faturou 1,2 bilhão de dólares, 73%
mais do que ano anterior. Sua taxa de crescimento é uma das mais altas entre
as empresas analisadas por MELHORES e MAIORES. O comércio eletrônico por
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TÓPICO 4 | SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E GESTÃO FINANCEIRA INTERNACIONAL
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UNIDADE 3 | CURTO PRAZO E TÓPICOS ESPECIAIS
Setores Quantidade
Serviços 10
Varejo 9
Autoindústria 6
Energia 6
Indústria da construção 5
Atacado 3
Bens de consumo 3
Transportes 3
Demais setores 12
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RESUMO DO TÓPICO 4
l Cada um dos países tem o seu sistema financeiro, do qual as empresas precisam
conhecer o sistema financeiro de cada um dos países onde estão inseridas,
direta ou indiretamente.
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AUTOATIVIDADE
178
REFERÊNCIAS
ASSAF Neto, Alexandre; SILVA, Augusto Tiburcio. Administração do capital de
giro. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
LEMES Jr., Antônio Barbosa; RIGO, Cláudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula
Mussi Szabo. Administração financeira: princípios, fundamentos e práticas
brasileiras. Aplicações e casos nacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. São Paulo: Atlas, 2001.
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ANOTAÇÕES
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