INTRODUÇÃO
2. CONSIDERAÇÕES BIOMECÂNICAS
Como foi apresentado anteriormente o objetivo no jogo de golfe é conseguir
alcançar o buraco com o menor número de tacadas. Dessa forma o jogo se
inicia em uma tacada, sendo seguido por tacadas subsequentes. Analisando os
padrões de movimento e as formas de deslocamento da bola de golfe podemos
considerar que há um deslocamento através do ar e posteriormente um
momento onde a bola sofre um contato com o solo, podendo rolar ou não, de
acordo com o coeficiente de restituição do solo. Assim o deslocamento ocorre
majoritariamente ao longo do ar.
E- Coeficiente de restituição
Tacada Leve
Na tacada leve o golfista tem três tarefas distintas para executar, são elas:
1. Determinar a direção em que irá golpear a bola a fim de fazer com que
ela caia dentro do buraco. Para tanto é necessário considerar as
variações que podem ocorrer no solo e como a gravidade agirá, por
exemplo, se o campo estiver inclinado para a direita ou para cima. No
caso de um declive, a bola poderá passar do buraco, portanto, um
golfista experiente escolheria direcionar sua tacada acima da linha entre
a bola e o buraco, sabendo que a gravidade tenderia a levá-la para
baixo em um movimento circular em direção ao buraco.
2. Determinar a força com que a bola deve ser golpeada a fim de imprimir a
ela velocidade necessário para que cubra a distancia exigida. Alguns
elementos podem levar à variação na determinação da força, como se o
gramado está mais macio ou mais duro, seco ou molhado e
principalmente, a distancia da tacada.
3. Finalmente, o golfista deve realizar a tacada da maneira avaliada, isto
significa que ele deve fazer com que a face do taco esteja em ângulo
reto com a linha escolhida durante o choque.
2.3 Técnicas
Empunhadura
Há três tipos de empunhar o taco: a empunhadura justaposta, a
entrelaçada e a de beisebol. Estudos realizados por Walker (1964)
demonstraram que nenhuma das empunhaduras era estatisticamente superior.
2.4 Balanceio
O balanceio é a sucessão de movimentos que culmina com a cabeça do
taco batendo na bola e é um elemento central em torno do qual a totalidade do
golfe é montada.
No balanceio para trás o propósito é colocar o golfista e o taco em uma
posição ótima a partir do qual inicie a próxima fase do balanceio (para baixo).
Nesta primeira fase do balanceio o golfista gentilmente empurra o seu joelho
direito em direção ao esquerdo e em seguida, conforme o joelho retorna à sua
posição inicial inicia o recuo das mãos e do taco. À medida que o movimento
combinado para trás das mãos e do taco e a rotação do tronco continuam, o
braço esquerdo é elevado e balanceiam para o outro lado do tronco, os punhos
são elevados e o antebraço é girado. O final do balanceio para trás é
alcançado quando as mãos estão na altura de 90º de sua posição original, e os
punhos elevados de modo que o cabo do taco esteja por sobre e além da
cabeça.
No balanceio para baixo o objetivo é fazer com que a cabeça do taco
chegue no ponto de choque se deslocando a uma velocidade máxima na
direção necessário e com a face do taco apontado na mesma direção. Esta
fase de inicia com o movimento para frente dos quadris. Este movimento roda
toda a superior do corpo. Sendo assim, os músculos dos qusdris e das penas
constituem a fonte principal de potencia no lançamento longo. As posições dos
ombros, braços, mãos e do taco um com relação ao outro ficam inalterados
conforme os quadris são impulsionados para frente. Em seguida, quando o
braço esquerdo alcança uma posição horizontal, esse primeiro estágio chega
ao fim e o ângulo entre o cabo e o taco e o braço esquerdo , anteriormente em
torno de 60o a 70o, se torna progressivamente maior. A partir desse ponto em
diante, as mãos continuam a se deslocar ao longo do arco circular a uma
velocidade aproximadamente constante, enquanto a velocidade da cabeça do
taco aumenta muito conforme o ângulo entre o braço esquerdo e o cabo do
taco chega a 180o.
Há duas forças que as mãos do golfista aplicam à empunhadura do taco,
são estas:
Componente radial: este componente age em direção ao eixo em torno do qual
a alavanca ombros-braços-mãos roda. Este componente serve para restringir o
movimento das mãos e como sua linha de ação não passa pelo centro de
gravidade, ajuda a fazer com que o taco seja rodado (acelerado).
Componente tangencial: Age em direção tangente à trajetória seguida pelas
mãos que empurram o taco. Esta componente serve para acelerar a mão e o
taco como um todo na direção em que age. Quando sua componente não
passa pelo centro de gravidade, ajuda na aceleração angular do taco na
direção oposta da componente radial. A direção da rotação do taco esta
relacionada com a resultante vetorial desses dois componentes.
Além desses dois componentes, podem haver a combinação das ações das
mãos, pois se a mão direita é pressionada vigorosamente para baixo contra
uma resistência de igual valor fornecida pela mão esquerda, passa a existir um
binário que tende a abaixar os punhos.
O abaixamento dos punhos irá agir sobre a cabeça do taco, puxando-o
para fora e para longe do eixo em torno do qual esta rodando.
Forças sobre o taco.
Especificamente sobre as forças que agem sobre o taco, temos a gravidade, a
resistência do ar (estas podem não ser consideras não tendo participação
relevante no problema), as únicas forças que agem sobre o taco são as
aplicadas na empunhadura. A resultante da força aplicada na empunhadura,
pode ser decomposta em uma componente radial (ou centrípeta) que age para
dentro ao longo da linha do cabo do cabo e em direção ao eixo que passa
através das mãos e em uma componete tangencial que tangencial que age
perpendicular à linha do cabo (essas não são as mesmas componentes
mencionadas anteriormente).
CONSIDERAÇÕES FINAIS