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Pablo Quintero
os povos indígenas e situações coloniais na América Latina. Com diversas vertentes estes
processuais e da “questão colonial”, em tanto eixo articulador das relações sociais. Cada
uma dessas propostas tem feito importantes contribuições para a compreensão da inserção
dos povos indígenas dentro dos tecidos das relações do sistema colonial e pós-colonial,
mas também cada uma delas demonstra limites analíticos e problemas epistemológicos.
Introdução
compreensão da inserção dos povos indígenas dentro dos tecidos das relações do sistema
colonial e pós-colonial, mas também cada uma delas demonstra limites analíticos e
problemas epistemológicos. O texto está estruturado de forma uma sequencial, por isto
trabalho.
I. Colonialismo Interno
dos territórios que no passado foram colônias europeias, baseando se em uma distinção
colonial dentro do espaço das novas republicas, que de conta de forma concreta das
um controle do tipo colonial sobre o resto dos grupos sociais preexistentes à formação
obra, que dependem estruturalmente dos centros econômicos e políticos, serão produzidos
na escala intranacional como reflexo local dos padrões do colonialismo imperial (externo).
exclusivo das classes sociais como poderia acontecer nos países no Primeiro Mundo,
colonial (STAVENHAGEN, 1969). É por isto que os analises de classes usadas para
estudar as realidades da América Latina são insuficientes para dar conta das dinâmicas
universitário no Brasil em 1960, e que foi coletado em uma antologia da sua obra
organizada postumamente pelo sociólogo Irving Horowitz em 1964. A partir desse
necessidade de achar uma definição geral que conseguisse dar conta das dinâmicas
´70 para caracterizar a construção societal dos Estados-Nacionais com forte presença da
conceito teve uma transcendência menor. Na atualidade esta categoria conceitual é usada
por alguns poucos coletivos intelectuais. Recentemente Pablo González Casanova (2006)
tentou uma atualização e redefinição da ideia, enquanto Rodolfo Stavenhagen (2010) tem
renunciado a ela.
estrutura social por parte dos seus principais propositores. Por um lado, González
sociedade no qual os grupos que atuam em ela, como partes de um todo, encontram se
claramente diferenciados e separados entre sim de forma homogênea e sem contradição
alguma. Por outra parte, Rodolfo Stavenhagen trata a categoria de colonialismo interno
dentro de uma totalidade social inter-relacionada e não como uma ou várias estruturas
verdade essas estruturas ou conjuntos sociais vinculados entre sim constituem uma
II. Colonialidade
localizaram se nas zonas situadas sobre o Atlântico (que depois se identificaria como
“Europa”), e como eixo central do seu novo padrão de dominação seria estabelecida a
construída historicamente sobre a associação estrutural de dois eixos centrais que foram
categoria central da classificação social colonial, terá um rol medular dentro das novas
junto com outras formas de classificação baseadas nas ideias de gênero e de classe. Em
raça e seus derivados tem disposto que a posição subalterna das populações derrotadas no
poder senão como a derivação lógica de uma suposta inferioridade essencial na sua
natureza.
estruturais anteriores que foram lhe úteis, e ao mesmo tempo mercantilizava todos os
geral da autoridade coletiva baixo a hegemonia do Estado. Junto com o processo anterior,
dos colonizados. Porem a característica mais potente do eurocentrismo tem sido o modo
de poder nascido do colonialismo moderno que não está limitado a uma relação de poder
descreve somente uma “herança” colonial senão pelo contrario um modelo estrutural de
propostas teóricas do sociólogo Aníbal Quijano. Nos começos da década de ´90 Quijano
seguintes Quijano vai ampliar e reformular a categoria. A ideia de colonialidade é por isto
difícil de dissociar dos modelos analíticos de Quijano e particularmente da sua teoria sobre
o poder (QUIJANO, 2000a e 2001), seus estudos sobre domnacao cultural (QUIJANO,
Bibliografía
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