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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS


ESCOLA DO LEGISLATIVO

REDAÇÃO OFICIAL

MODALIDADE: OFICINA
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SUMÁRIO
1. ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL ................................................................................................ 4
1.1. Definição de Redação Oficial ......................................................................................................... 4
1.2. Atributos da redação oficial ............................................................................................................... 4
2. AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS ................................................................................................................... 5
2.1 Formas de tratamento de autoridades ............................................................................................... 5
2.2 Fechos para Comunicações ................................................................................................................. 7
2.3. Identificação do Signatário ................................................................................................................. 8
3. OFÍCIO ....................................................................................................................................................... 9
3.1. Definição e Finalidade ........................................................................................................................ 9
3.2. Forma e Estrutura .............................................................................................................................. 9
4. MEMORANDO.........................................................................................................................................13
4.1. Definição e Finalidade ......................................................................................................................13
4.2. Forma e Estrutura ............................................................................................................................13
5. PORTARIA................................................................................................................................................17
5.1. Definição e Finalidade ......................................................................................................................17
5.2. Forma e Estrutura ............................................................................................................................17
6. DESPACHO...............................................................................................................................................19
6.1. Definição e Finalidade ......................................................................................................................19
6.2. Forma e Estrutura ............................................................................................................................19
7. RELATÓRIO ..............................................................................................................................................21
7.1. Definição e Finalidade ......................................................................................................................21
7.2. Forma e Estrutura ............................................................................................................................21
8. PARECER ..................................................................................................................................................25
8.1. Definição e Finalidade ......................................................................................................................25
8.2. Forma e Estrutura ............................................................................................................................25
9. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS .......................................................................................................................27
9.1. Definição e Finalidade ......................................................................................................................27
9.2. Forma e Estrutura ............................................................................................................................27
10. INSTRUÇÃO NORMATIVA .....................................................................................................................30
10.1. Definição e Finalidade ....................................................................................................................30
10.2. Forma e Estrutura ..........................................................................................................................30
11. ATA ........................................................................................................................................................33
11.1. Definição e Finalidade ....................................................................................................................33
11.2. Forma e Estrutura ..........................................................................................................................33
12. PRÁTICA DE REDAÇÃO ..........................................................................................................................36
3

13. VÍRGULA ................................................................................................................................................43


14. ACENTO GRAVE.....................................................................................................................................44
15. PRONOMES RELATIVOS ........................................................................................................................48
16. REGÊNCIA VERBAL ................................................................................................................................52
17. CONCORDÂNCIA VERBAL .....................................................................................................................56
18. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES ..........................................................................................................62
19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................64
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1. ASPECTOS GERAIS DA REDAÇÃO OFICIAL

1.1. Definição de Redação Oficial

Tipo textual pelo qual o Poder Público redige comunicações oficiais e atos normativos.

1.2. Atributos da redação oficial

 clareza e precisão;

Um texto claro é aquele que possibilita imediata compreensão pelo leitor. Um texto preciso é
aquele em que a escolha de expressão ou palavra não confira duplo sentido ao texto.

 objetividade;

Ser objetivo é ir diretamente ao assunto que se deseja abordar.

 concisão;

Conciso é o texto que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.

 coesão e coerência;

Tais atributos favorecem a conexão, a ligação, a harmonia entre os elementos de um texto. A


coesão é a conexão da forma, da sintaxe da linguagem. A coerência é a conexão das ideias, da
semântica do vocabulário, isto é, do significado da linguagem.

 impessoalidade;

A impessoalidade decorre de princípio constitucional (Constituição, art. 37), e seu significado


remete a dois aspectos: o primeiro é a obrigatoriedade de que a administração pública proceda de
modo a não privilegiar ou prejudicar ninguém, de que o seu norte seja, sempre, o interesse público;
o segundo, a abstração da pessoalidade dos atos administrativos, pois, apesar de a ação
administrativa ser exercida por intermédio de seus servidores, é resultado tão-somente da vontade
estatal.

 formalidade e padronização;
5

A formalidade de tratamento vincula-se, também, à necessária uniformidade das comunicações.


Ora, se a administração pública federal é una, é natural que as comunicações que expeça sigam o
mesmo padrão.

 uso da norma padrão da língua portuguesa.

O uso do padrão culto é, portanto, imprescindível na redação oficial por estar acima das diferenças
lexicais, morfológicas ou sintáticas, regionais; dos modismos vocabulares e das particularidades
linguísticas.

2. AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS

2.1 Formas de tratamento de autoridades

O emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular tradição. São de uso consagrado:

Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:

a) do Poder Executivo;

Presidente da República;

Vice-Presidente da República;

Ministros de Estado;

Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;

Oficiais-Generais das Forças Armadas;

Embaixadores;

Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial;

Secretários de Estado dos Governos Estaduais;

Prefeitos Municipais.

b) do Poder Legislativo:

Deputados Federais e Senadores;

Ministro do Tribunal de Contas da União;


6

Deputados Estaduais e Distritais;

Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais;

Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.

c) do Poder Judiciário:

Ministros dos Tribunais Superiores;

Membros de Tribunais;

Juízes;

Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder


é Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional,

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Senhor Senador,

Senhor Juiz,

Senhor Ministro,

Senhor Governador,

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas


por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

A Sua Excelência o Senhor


A Sua Excelência o Senhor A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Fulano de Tal Senador Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10a Vara Cível
Ministro de Estado da Justiça Senado Federal
Rua ABC, no 123
70.064-900 – Brasília. DF 70.165-900 – Brasília. DF
01.010-000 – São Paulo. SP
Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às autoridades
arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo público,
sendo desnecessária sua repetida evocação.
Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo
adequado é:
7

Senhor Fulano de Tal,


(...)

No envelope, deve constar do endereçamento:

Ao Senhor
Fulano de Tal
Rua ABC, no 123
70.123 – Curitiba. PR

Como se depreende do exemplo acima, fica dispensado o emprego do


superlativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria e para
particulares. É suficiente o uso do pronome de tratamento Senhor.
Acrescente-se que doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Evite usá-lo
indiscriminadamente. Como regra geral, empregue-o apenas em comunicações dirigidas a pessoas
que tenham tal grau por terem concluído curso universitário de doutorado. É costume designar
por doutor os bacharéis, especialmente os bacharéis em Direito e em Medicina. Nos demais casos,
o tratamento Senhor confere a desejada formalidade às comunicações.
Mencionemos, ainda, a forma Vossa Magnificência, empregada por força da tradição, em
comunicações dirigidas a reitores de universidade. Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor,
(...)

Os pronomes de tratamento para religiosos, de acordo com a hierarquia eclesiástica, são:

Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo correspondente é:

Santíssimo Padre,
(...)

Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima, em comunicações aos Cardeais.


Corresponde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal, ou

Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor Cardeal,


(...)

Vossa Excelência Reverendíssima é usado em comunicações dirigidas a Arcebispos e


Bispos; Vossa Reverendíssima ou Vossa Senhoria Reverendíssima para Monsenhores, Cônegos e
superiores religiosos. Vossa Reverência é empregado para sacerdotes, clérigos e demais religiosos.
2.2 Fechos para Comunicações
8

O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade óbvia de arrematar o texto, a
de saudar o destinatário. Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram regulados pela
Portaria no 1 do Ministério da Justiça, de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de
simplificá-los e uniformizá-los, fica estabelecido o emprego de somente dois fechos diferentes
para todas as modalidades de comunicação oficial:

a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:

Respeitosamente,

b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior:

Atenciosamente,

Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que


atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do
Ministério das Relações Exteriores.

2.3. Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais


comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do
local de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:

(espaço para assinatura)


Nome
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

(espaço para assinatura)


Nome
Ministro de Estado da Justiça
9

3. OFÍCIO

3.1. Definição e Finalidade

Correspondência pela qual se mantém intercâmbio de informações a respeito de assunto técnico


ou administrativo, cujo teor tenha caráter exclusivamente institucional. São objetos de ofícios as
comunicações realizadas entre dirigentes de entidades públicas, podendo ser também dirigidos a
entidade particular.

3.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:


1. Título abreviado - Of.-, acompanhado da sigla do órgão expedidor, sua esfera administrativa e
numeração, à esquerda da página.
2. Local e data, por extenso, à direita da página, na mesma linha do título.
3. Endereçamento (alinhado à esquerda): nome do destinatário, precedido da forma de
tratamento, e o endereço.
4. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário e de vírgula.
5. Texto paragrafado, com a exposição do(s) assunto(s) e o objetivo do Ofício.
6. Fecho de cortesia, expresso por advérbios: Atenciosamente ou Respeitosamente.
7. Assinatura, nome e cargo do emitente do Ofício.
MODELO DE OFÍCIO 10

Unidade Administrativa
(Ex. Diretoria Geral)

Ofício n. xxx/17- (sigla da seção)

Local, data.

Forma de tratamento adequada a cada destinatário


Nome
Cargo
Endereço
CEP – Cidade/Estado

Assunto: Assunto.

Vocativo,

1. Com os meus cumprimentos, convido V.Exa para participar da abertura oficial do II


Encontro Estadual de Legisladores e Secretários de Estado, a ser realizado dia 22 de setembro de 2017,
às 14h, no auditório Costa Lima desta Casa de Leis.

2. O objetivo desse encontro é promover a integração entre os auxiliares do governo e os


legisladores do Estado, debatendo pautas e sugerindo ações eficientes para a gestão do Estado de Goiás.

Atenciosamente,

NOME
Cargo
11

MODELO DE OFÍCIO 2

5 cm

Ofício no 524/1991/SG-PR
Brasília, 27 de maio de 1991
A Sua Excelência o Senhor
Deputado [Nome]
Câmara dos Deputados
70.160-900 – Brasília – DF

Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,
3 cm
2,5 cm
1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama no 154, de 24 de abril
último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em sua carta no 6708,
dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo
de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto no 22, de 4 de fevereiro de 1991
(cópia anexa).
Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que – na definição
1,5cm
2.
e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração as características socio-
econômicas regionais
3. Nos termos do Decreto no 22, a demarcação de terras indígenas deverá ser precedida
de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto no art. 231, § 1o, da Constituição
Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos etno-históricos, sociológicos, cartográficos e
fundiários. O exame deste último aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal
ou estadual competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão encaminhar as
informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É igualmente assegurada a
manifestação de entidades representativas da sociedade civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio serão
publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e das entidades civis
acima mencionadas.
12

3 cm

6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido assegura


que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os limites e a demarcação
de terras indígenas seja informada de todos os elementos necessários, inclusive daqueles
assinalados em sua carta, com a necessária transparência e agilidade.

2,5 cm
Atenciosamente,

[nome do signatário]
[cargo do signatário]
13

4. MEMORANDO

4.1. Definição e Finalidade

O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo


órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em níveis diferentes. Trata-se,
portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.

Quando é dirigido a mais de um setor da mesma instituição, ele é chamado de Memorando


Circular.

Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de projetos, ideias,
diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço público.

Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer órgão deve


pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para evitar
desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao memorando devem ser
dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em folha de continuação. Esse
procedimento permite formar uma espécie de processo simplificado, assegurando maior
transparência à tomada de decisões, e permitindo que se historie o andamento da matéria tratada
no memorando.

4.2. Forma e Estrutura

Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a diferença de que o seu
destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: Ao Sr. Chefe do Departamento
de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
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MODELO DE MEMORANDO

Seção de Revisão

Memorando n. xxx/17- SR

Goiânia, 9 de abril de 2019.

Tratamento e cargo do destinatário

Assunto: Assunto.

Com os meus cumprimentos, solicito a V.Sa. a relação de gestores de contratos vigente,


a fim de dar a correta destinação dos expedientes encaminhados a esta seção.

Atenciosamente,

NOME
Cargo
15

MODELO DE MEMORANDO 2

5 cm

Memorando 118/DJ
Em 12 de abril de 1991

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

Assunto: Administração. Instalação de microcomputadores

2,5 cm
1. Nos termos do Plano Geral de informatização, solicito a Vossa Senhoria verificar
a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores neste Departamento.

1,5cm
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal seria que o
3 cm equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA. Quanto a programas,
haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos, e outro gerenciador de banco de
dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo da Seção
de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já manifestou seu acordo a
respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste Departamento
ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e, sobretudo, uma melhoria na
qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

[nome do signatário]
[cargo do signatário]

(297 x 210mm)
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MODELO DE MEMORANDO CIRCULAR


Memorando Circular 2/GR/UFFS/2016
Chapecó-SC, 29 de fevereiro de 2016.

Aos Diretores dos Campi Chapecó e Passo Fundo


Aos Coordenadores Acadêmicos dos Campi Chapecó e Passo Fundo
Aos Coordenadores dos cursos de Medicina da UFFS

Assunto: Convite para a palestra As residências médicas e multiprofissionais

1. A Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) tem a honra de convidar Vossas


Senhorias para participar de palestra intitulada As residências médicas e multiprofissionais, com a
Coordenadora Geral de Hospitais Universitários e Residencias de Saúde do Ministério da
Educação (MEC), Professora Drª xxxxx.
1. O evento será realizado no dia 11 de março de 2016, sexta-feira, das 14h30min às
17h30min, no Auditório da Unidade Bom Pastor (Avenida Fernando Machado, 108 E, Centro,
Chapecó-SC).
2. As inscrições para a atividade poderão ser realizadas no sítio do evento (UFFS < Pró-Reitoria
de Pesquisa e Pós-Graduação < Informes) ou no início do evento.

Atenciosamente,

NOME (EM LETRAS MAIÚSCULAS)


Cargo (em letras minúsculas, com as iniciais maiúsculas)
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5. PORTARIA

5.1. Definição e Finalidade

Ato pelo qual as autoridades competentes (titulares de órgãos) determinam providências de caráter
administrativo, visando a estabelecer normas de serviço e procedimentos para o(s) órgão(s), bem
como definir situações funcionais e medidas de ordem disciplinar.

5.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:

1. Título (a palavra PORTARIA), seguido da sigla do órgão, numeração e data, em letras


maiúsculas, e em negrito.

2. Ementa da matéria da Portaria, em letras maiúsculas, à direita da página.

3. Preâmbulo: denominação completa da autoridade que expede o documento, em maiúsculas e


negrito; fundamentação legal, seguida da palavra RESOLVE, também em maiúsculas,
acompanhada de dois pontos, à esquerda da folha.

4. Texto, subdividido em artigos, parágrafos e alíneas, explicitando a matéria da Portaria.

5. Local e data, por extenso.

6. Assinatura, nome e cargo da autoridade que subscreve a Portaria


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MODELO DE PORTARIA

GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ


SECRETARIA DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO

PORTARIA Nº 77, de l6 de setembro de 2015.

O SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO DO ESTADO


DO CEARÁ, no uso da atribuição que lhe confere o art. 107, do Regimento interno, aprovado pelo
Decreto n.º 1.999, de 21 de dezembro de 2012, e considerando a necessidade de dotar os Órgãos
do Governo do Ceará de um instrumento apto a auxiliar a elaboração de regimentos internos,
objetivando a padronização, coesão e clareza na descrição de suas competências,

RESOLVE:

Art. 1 ° Aprovar o Manuel de Instrução para a Elaboração do Regimento Interno, na forma


do Anexo a esta Portaria.

Art. 2° O Manual constitui ferramenta auxiliar nos processos de organização e estruturação


administrativa, de forma que resultem na melhoria da qualidade dos serviços prestados pelo
Governo de Estado do Ceará.

Art. 3° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Alexandrino da Silva
Secretário
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6. DESPACHO

6.1. Definição e Finalidade

É espécie do gênero ato administrativo ordinatório. Os despachos podem ser informativos


(ordinatórios ou de mero expediente) ou decisórios. Isto posto, podem ter conteúdo de mera
informação dando prosseguimento a um processo ou expediente ou conter uma decisão
administrativa.

6.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:

1. O número do processo, o nome do requerente ou interessado e o assunto.


2. Texto que expressa o teor da decisão.
3. Local e data, por extenso.
4. Assinatura, nome e cargo da autoridade que exara o Despacho.
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MODELO DE DESPACHO

PROCESSO N.º: .....................................................


INTERESSADO: ....................................................
ASSUNTO: .............................................................

D E S P A C H O Nº 175/2016 - P.: Considerando o que consta nos autos nº


2016000887, em especial o parecer da Procuradoria Geral da Assembleia Legislativa do Estado
de Goiás, e considerando o disposto no artigos 185 4", da Resolução nº 1.073, de 10 de outubro de
2001, DEFIRO ao servidor ______________________________ o pedido de dispensa de
expediente nos dias e horários necessários à frequência ao curso do Programa de Pós-Graduação
em Letras e Linguística da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás, devendo para
tanto o referido servidor comprovar junto à sua chefia imediata as respectivas datas e horários das
aulas.

À diretoria para as providências cabíveis.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, em


Goiânia, 08 de abril de 2016.
Deputado Fulano de Tal
(Nome do signatário)
Presidente
(Cargo do signatário)
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7. RELATÓRIO

7.1. Definição e Finalidade

É a exposição circunstanciada de atividades levadas a termo por funcionário, no desempenho das


funções do cargo que exerce, ou por ordem de autoridade superior. É geralmente feito para expor:
situações de serviço, resultados de exames, eventos ocorridos em relação a planejamento,
prestação de contas ao término de um exercício etc.

7.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:

1. Título (a palavra RELATÓRIO), em letras maiúsculas.


2. Vocativo: a palavra Senhor(a), seguida do cargo do destinatário, e de vírgula.
3. Texto paragrafado, composto de introdução, desenvolvimento e conclusão. Na introdução se
enuncia o propósito do relatório; no desenvolvimento - corpo do relatório - a exposição minudente
dos fatos; e, na conclusão, o resultado ou síntese do trabalho, bem como a recomendação de
providências cabíveis.
4. Fecho, utilizando as fórmulas usuais de cortesia, como as do ofício.
5. Local e data, por extenso.
6. Assinatura, nome e cargo ou função do signatário.
7. Anexos, complementando o Relatório, com material ilustrativo e/ou documental.
Determinação (ato da autoridade que autorizou a realização), objeto (o que se avalia ou
apura), objetivo (alvo da missão), período (intervalo de tempo compreendido) e
responsabilidades (níveis e competências).
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MODELO DE RELATÓRIO

ESTADO DE PERNAMBUCO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CARUARU
SECRETARIA MUNICIPAL DE CARUARU

RELATÓRIO

Senhor Prefeito

Em cumprimento a sua determinação, relato sobre a situação que encontrei na área rural do
município.
1. Acompanhado de técnico da Emater-PE, visitei diversas propriedades rurais de todos os
distritos de Caruaru, ocasiões em que, além de ouvir a explanação dos proprietários, constatei os
prejuízos causados e consequentes dificuldades enfrentadas por esse município.
2. A produção agrícola, concentrada no cultivo da soja e do milho, regista perda de 80%
da safra prevista em todas as propriedades, a ponto de os proprietários alegarem não valer a pena
realizar a colheita, pois não compensaria os custos.
3. Em face da falta de pastagens e da escassez de recursos para a aquisição de rações, o
gado bovino está magro, tendo a produção leiteira diminuído para 25% da retirada em períodos
normais.
4. Os córregos de água estão, em sua maioria, secos, o mesmo acontecendo com os açudes,
fazendo com que os proprietários, além de perderem suas criações de peixes, obriguem-se a buscar
os raros poços existentes em algumas propriedades a água necessária para os animais.
5. A água para o consumo humano também está limitada aos referidos poços e ao
fornecimento por meio de caminhões-pipa, realizado pela Companhia de Aguas e Saneamento que
se encontra em serias dificuldades para atender às necessidades da região.
6. A maioria das famílias está em situação de dificuldade para manter seu sustento, pois
esgotaram as reservas para a aquisição de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade.
7. As consequências da estiagem são irreparáveis, tanto para os moradores quanto para a
Administração Municipal, impondo a necessidade de providencias imediatas com vistas a
amenizar seus efeitos.
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8. Entre as medidas imediatas, recomendo:


a) declaração de estado de emergência no Município, o que permitirá a obtenção de
recursos oriundos de organismos estaduais e federais;
b) realização de campanha de doação de alimentos não perecíveis;
c) liberação de verba municipal para socorrer as famílias mais necessitadas;
d) negociações com a Defesa Civil do Estado para a obtenção de medicamentos, alimentos
e outros gêneros de primeira necessidade para o atendimento das vítimas da estiagem;
9. Com vistas a prevenir futuras situações como esta, sugiro as seguintes medidas de médio
e longo prazos:
a) perfuração de poços artesianos em locais estratégicos;
b) estimular e auxiliar os proprietários rurais na construção de reservatórios de agua.

É o relatório.

Caruaru, 9 de fevereiro de 2017.

Jose Eugênio da Silva


Secretário
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PREPARANDO O SEU RELATÓRIO

Determinação: _________________________________________________________________________
Objetivo: ______________________________________________________________________________
Objeto: _______________________________________________________________________________
Período: _____________________________________________________________________
Responsabilidades: _____________________________________________________________________

Exposição (apresentação dos dados colhidos ou panorama completo da situação, sem avaliação ou
opinião).
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Desenvolvimento das argumentações das ações (posicionamento sobre a situação, com base teórica).
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Conclusão (avaliação e providências sugeridas - com ou sem parecer).

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

Anexos (informações complementares)

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
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8. PARECER

8.1. Definição e Finalidade

Manifestação de órgãos especializados sobre assuntos submetidos à sua consideração; indica a


solução, ou razões e fundamentos necessários à decisão a ser tomada pela autoridade competente.
Pode ser enunciativo, opinativo ou normativo. Em se tratando de parecer emitido por colegiado,
este somente surtirá efeitos se aprovado pelo plenário, caso em que deve ser explicitado no
documento.

8.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:


1. Título (a palavra PARECER), seguido de numeração e sigla do órgão em letras maiúsculas.
2. Número do processo, seguido de numeração e sigla do órgão em letras maiúsculas.
3. Ementa da matéria do Parecer, em letras maiúsculas e à direita da página.
4. Texto paragrafado, analisando a matéria em questão e formulando o Parecer.
5. Data, por extenso. 6. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que emite o Parecer.
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MODELO DE PARECER
ESTADO DA PARAÍBA
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA
CONSULTORIA JURÍDICA
Processo n.º: xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Interessado: Prefeitura Municipal da Paraíba
Assunto: Licitação
Inexigibilidade de licitação na aquisição de livros para as
bibliotecas das escolas da rede municipal de ensino.

PARECER n.° 10/2018 – CJ. Em atenção à consulta formulada pela


Comissão de Licitação do Processo em epígrafe, exponho o seguinte:
1. As editoras são, em regra, detentoras exclusivas dos direitos de
publicação e comercialização das obras que editam, mantendo, com esse objetivo,
contratos com os autores que lhes asseguram os direitos de exclusividade, amparados na
Lei de Direitos Autorais n.° 9.610/1998.
2. O artigo 25 da Lei n.º 8.666/93, que estabelece as normas gerais sobre
licitações e contratos, considera inexigível a licitação para a aquisição de bens que só
possam ser fornecidos por produtor ou vendedor exclusivo, “em razão da impossibilidade
jurídica de se instaurar competição entre eventuais interessados” (Hely Lopes Meirelles,
Direito Administrativo Brasileiro).
Com base no exposto, sou de parecer que:
1. Por impossibilidade jurídica, não se exige a realização de processo
licitatório.
2. Que, para se assegurar da real condição de exclusividade de
fornecimento, a
Comissão de licitação adote as seguintes exigências documentais.
a) da editora: cópia do contrato de edição que mantém com o(s) autor(s)
em que isso esteja expresso, bem como declaração formal de exclusividade de publicação
e comercialização e, no caso de representante comercial exclusivo, declaração deste;
b) da(s) entidade(s) de classe a que as referidas empresas estejam
filiadas: declaração formal de exclusividade de publicação e comercialização.
É meu parecer.

Gabinete do Consultor Jurídico do Estado, em João Pessoa, aos 20 dias


do mês de junho de 2018.
Fula de Tal
Consultor
27

9. EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

9.1. Definição e Finalidade

Exposição de motivos é um tipo de correspondência originariamente oficial, dirigido ao


Presidente da República ou ao Vice-Presidente, mas atualmente já é muito utilizado
para outros chefes do executivo e é utilizado até mesmo na área comercial. Esse
documento solicita a revisão de uma situação

9.2. Forma e Estrutura

A Exposição de motivos deve conter:

1.Contexto
2. Desenvolvimento da proposta
3. Pontos de destaque
4. Conclusão
28

MODELO DE EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS


EM nº 01/2004

Manaus, 25 de julho de 2018.

Ao Excelentíssimo Senhor Governador

Senhor Governador

Os moradores da Rua 10, do bairro do Sol sofrem alagações, desde o ano


de 2001, quando da estação de chuvas, em decorrência da falta de esgotos pluviais. A
comunidade é relativamente nova e foi beneficiada com escola, posto de saúde, asfalto,
eletricidade, água encanada e iluminação pública, mas faltam os esgotos sanitários e
pluviais.

A Comunidade é constituída de mais de 600 famílias, com mais de duas


mil crianças, que estão sujeitas a enfermidades como tifo, leptospirose, dengue, malária
e outros males semelhantes, em decorrência da falta de saneamento básico.

Por essa razão, a Associação dos Moradores da Comunidade do bairro do


Sol, na pessoa de seu presidente, solicita de Vossa Excelência a inclusão de projeto de
instalação de rede de esgotos no plano de trabalho do próximo ano para a solução
definitiva do problema.

Respeitosamente,

Sol da Lua
Secretário
29

Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002

Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão equivalente)


nº _______, de _____ de ____________ de 20__.

1. Síntese do problema ou da situação que reclama providências

2. Soluções e providências contidas no ato normativo ou na medida proposta

3. Alternativas existentes às medidas propostas

Mencionar:
• se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
• se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
• outras possibilidades de resolução do problema

4. Custos
Mencionar:
• se a despesa decorrente da medida está prevista na lei orçamentária anual; se não, quais
as alternativas para custeá-la;
• se é o caso de solicitar-se abertura de crédito extraordinário, especial ou suplementar;
• valor a ser despendido em moeda corrente.

5. Razões que justificam a urgência (a ser preenchido somente se o ato proposto for medida
provisória ou projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência)
Mencionar:
• se o problema configura calamidade pública;
• por que é indispensável a vigência imediata;
• se se trata de problema cuja causa ou agravamento não tenham sido previstos;
• se se trata de desenvolvimento extraordinário de situação já prevista.

6. Impacto sobre o meio ambiente (sempre que o ato ou medida proposta possa vir a tê-lo)

7. Alterações propostas
Texto atual Texto proposto

8. Síntese do parecer do órgão jurídico


30

10. INSTRUÇÃO NORMATIVA


10.1. Definição e Finalidade

Ato assinado por titular de órgão responsável por atividades sistêmicas, visando a orientar órgãos
setoriais e seccionais, a fim de facilitar a tramitação de expedientes relacionados com o sistema e
que estejam com instrução e resolução sob responsabilidade desses órgãos. Trata, também, da
execução de leis, decretos e regulamentos.

10.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:

1. Título (a expressão INSTRUÇÃO NORMATIVA), sigla do órgão expedidor, seguidos de


número e data, em letras maiúsculas.
2. Ementa da matéria da Instrução Normativa, em letras maiúsculas e à direita da página.
3. Autoria, em letras maiúsculas e negrito, fundamento legal, seguida de vírgula e do conectivo
e.
4. A palavra CONSIDERANDO, em letras maiúsculas, seguida de dois pontos, à esquerda e
abaixo da Autoria.
5. A palavra RESOLVE, em letras maiúsculas, alinhada à esquerda e seguida de dois pontos.
6. Texto: exposição do conteúdo da Instrução Normativa, constituído de tantos artigos quantos
forem necessários, todos numerados. Os artigos podem conter parágrafos, itens e alíneas. A
expressão parágrafo único deve ser grafado por extenso.
7. Local e data, por extenso.
8. Assinatura, nome e cargo da autoridade ou chefia que expede a Instrução.
31

MODELO DE INSTRUÇÃO
NORMATIVA
INSTRUÇÃO NORMATIVA SRH/SARE Nº 155, DE 10 DE SETEMBRO DE 1990

PADRONIZA MODELOS DE ATO DE


INVESTIDURA E TERMO DE POSSE.

A SUPERINTENDENTE DE RECURSOS HUMANOS, no uso de suas atribuições legais, e


CONSIDERANDO:

- o contido na Resolução SAD nº 1627, de 03.09.90, que fixou normas gerais de procedimentos
para implementação do regime jurídico único instituído pela Lei nº 1698, de 23.08.90; e;

- especialmente, o disposto no artigo 2º, in fine, da acima mencionada Resolução,

RESOLVE:

Art. 1º - Ficam padronizados, na forma dos modelos (Anexos I e II), o Ato de Investidura e o
Termo de Posse, a que se refere o supracitado artigo.

Art. 2º - A presente Instrução Normativa entrará em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º - Ficam revogadas as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 1990

ELY DE SOUSA MORAES


Superintendente de Recursos Humanos
32

ANEXO I

ATO DE INVESTIDURA

____________________________ (Titular do órgão ou entidade)

no uso de suas atribuições legais,

RESOLVE promover a emissão do presente ato individual, relativo a _____________, matrícula


n.º ____________, investido, a contar de 24.08.90, no cargo de _____________, resultante da
transformação do emprego em cargo, decorrente da aplicação do regime jurídico único, instituído
pela Lei n.º 1698, de 23.08.90, publicada em 24.08.90.

ANEXO II

TERMO DE POSSE

Aos _____ dias do mês de _________ do ano de mil novecentos e noventa, no _________
_____________ (órgão de pessoal) compareceu ______________________, matrícula n.º
_____________, investido, a contar de 24.08.90, no cargo de _____________ , por força da
transformação de seu emprego em cargo, decorrente da aplicação do regime jurídico único,
instituído pela Lei n.º 1698, de 23.08.90, publicada em 24.08.90, o qual tomou posse nesta data,
com validade a contar de 24.08.90. E, para constar, lavrou-se o presente termo que vai assinado
por mim, pelo Dirigente de Pessoal e pelo empossado.
33

11. ATA

11.1. Definição e Finalidade

É o documento de valor jurídico, que consiste no resumo fiel dos fatos, ocorrências e
decisões de sessões, reuniões ou assembléias, realizadas por comissões, conselhos,
congregações, ou outras entidades semelhantes, de acordo com uma pauta, ou ordem-do-
dia, previamente divulgada. É geralmente lavrada em livro próprio, autenticada, com as
páginas rubricadas pela mesma autoridade que redige os termos de abertura e de
encerramento.
O texto apresenta-se seguidamente, sem parágrafos, ocupando cada linha inteira, sem
espaços em branco ou rasuras, para evitar fraudes. A fim de ressalvar os erros, durante a
redação, usar-se-á a palavra digo; se for constatado erro ou omissão, depois de escrito o
texto, usar-se-á a expressão em tempo. Quem redige a ata é o secretário (efetivo do órgão,
ou designado ad hoc para a reunião). A ata vai assinada por todos os presentes, ou somente
pelo presidente e pelo secretário, quando houver registro específico de freqüência.

11.2. Forma e Estrutura

Suas partes componentes são:


1. Cabeçalho, onde aparece o número (ordinal) da ata e o nome do órgão que a
subscreve.
2. Texto sem delimitação de parágrafos, que se inicia pela enunciação da data, horário e
local de realização da reunião, por extenso, objeto da lavratura da Ata.
3. Fecho, seguido da assinatura de presidente e secretário, e dos presentes, se for o caso.
34

MODELO DE ATA 1 – Tradicional (manuscrita)

ESTADO DE PERNAMBUCO
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA
SECRETARIA MUNICIAL DA CULTURA
CONSELHO MUNICIAL DE CULTURA

ATA DA 10.ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Aos doze dias do mês de julho de dois mil e dezoito, às dezesseis horas, nesta cidade de
OLINDA, Estado de Pernambuco, na sala de reuniões da Secretaria municipal da Cultura,
reuniram-se os membros do Conselho Municipal da Cultura, sob a presidência do
Conselheiro Presidente, Marivaldo Cardoso da Silva, com a presença dos Conselheiros
Sigiloso Pereira, Maria Santa Genoveva, Marilda da piedade, ... e Raimundo Nonato. Por
motivo justificado, não compareceram os Conselheiros Santo Agostinho Pedroso e
Machado de Assis Veloso. Verificada a presença de quórum, o Conselheiro Presidente
declarou aberta a secessão. O Conselheiro Secretário, Sigiloso da Silva, procedeu a leitura
da Ata da reunião anterior, que foi aprovada por unanimidade. Conforme previsto na
ORDEM DO DIA, examinou-se o projeto de realização da primeira Feira Municipal do
livro, proposto pela Secretaria Municipal da Cultura. A Conselheira Maria Santa
Genoveva, destacada para examinar e relatar o projeto, após realçar o mérito do evento,
pelos benefícios que poderá gerar para a cultura e educação da comunidade olindense,
reconheceu o elevado nível da programação e julgou adequados os custos previstos para
sua realização, recomendando sua aprovação na íntegra. Os demais Conselheiros
presentes, por unanimidade, acolheram o voto da Relatora. Na sequência, o Conselheiro
Presidente concedeu a palavra ao Conselheiro Raimundo Nonato, destacado para
examinar o projeto de criação da Biblioteca Pública Municipal (...). Esgotada a pauta, o
Conselheiro Presidente declarou encerrada a reunião, da qual eu, Sigiloso da Silva, na
qualidade de Secretário, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, vai assinada
por mim e pelo Conselheiro Presidente.

Olinda, 12 de julho de 2018.

Sigiloso da Silva
Secretário
Marivaldo Cardoso da Silva
Presidente
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MODELO DE ATA 2 – Simplificada (digitada)

ESTADO DE PERNAMBUCO
PREFEITURA MUNICIPAL DE OLINDA
SECRETARIA MUNICIPAL DA CULTURA
CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA

ATA DA 10ª REUNIÃO ORDINÁRIA

Data: 12 de julho de 2018.


Hora: 14 horas.
Local: Sala de Reuniões da Secretaria municipal de Cultura:
Conselheiros Presentes: Marivaldo Cardoso da Silva (Presidente), Sigiloso da Silva
(Secretário), Maria Santa Genoveva, Marilda da piedade, ... e Raimundo Nonato. Por
motivo justificado, não compareceram os Conselheiros Santo Agostinho Pedroso e
Machado de Assis Veloso.
Decisões:
1. Lida pelo Conselheiro Secretário Sigiloso da Silva, foi aprovada, por
unanimidade, a Ata da reunião anterior.
2. Feira Municipal do Livro: A Conselheira Maria Santa Genoveva,
destacada para examinar e relatar o projeto de realização da primeira Feira
Municipal do Livro, proposto pela Secretaria Municipal de Cultura,
realçou o mérito do evento, pelos benefícios que poderá gerar para a
cultura e a educação da comunidade olindense, reconheceu o elevado nível
da programação e julgou adequados os custos previstos para sua
realização, recomendando sua aprovação. Por unanimidade, os
conselheiros presentes acompanharam o voto da Relatora, resultando na
aprovação do projeto.
3. Criação da Biblioteca Pública Municipal: O Conselheiro Raimundo
Nonato, destacado para examinar e relatar o projeto de criação da
Biblioteca Pública Municipal, (...).
4.
Olinda, 12 de julho de2018.

Sigiloso da Silva
Secretário

Marivaldo Cardoso da Silva


Presidente
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12. PRÁTICA DE REDAÇÃO


12.1. Você trabalha em uma seção da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás e o seu
chefe pede a você que redija um documento ao responsável do departamento responsável
pelo controle de frequência, solicitando a retificação do ponto de um servidor, a quem se
atribuiu falta no dia 10 de abril de 2019, embora o servidor em questão estivesse presente
durante o expediente, sendo comprovada a falha de registro do sistema.

12.2. (Questão adaptada da prova prática de concurso para o cargo de Secretário


Executivo da Universidade Federal de Goiás) Você trabalha no gabinete do Reitor. Ele
lhe solicita que faça um convite a todos os diretores e chefes de unidades para tratar do
contingênciamente de verbas para o ano de 2019.

12.3. O seu chefe, Sr. Deputado ..., solicita a você que faça um documento para requerer
o relatório sobre a situação do Hospital Materno-Infantil ao Secretário da Saúde.

12.4. O seu chefe, Sr. Deputado ..., solicita a você que faça um documento para convidar
o Secretário da Saúde para audiência pública a ser realizada no dia 10 de maio de 2019,
às 15 horas, no auditório Solon Amaral.

12.5. Um servidor de sua seção solicita a remoção para outro departamento. Seu chefe
convoca uma reunião para tratar da solicitação. A solicitação é aprovada por nove votos
favoráveis, cinco votos contrários e uma abstenção. Você é o responsável por registrar a
reunião. Redija o documento.
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13. VÍRGULA
A vírgula serve para marcar as separações breves de sentido entre termos vizinhos, as
inversões e as intercalações, quer na oração, quer no período. A seguir, indicam-se
alguns casos principais de emprego da vírgula:

a) para separar palavras ou orações paralelas justapostas, i. é, não ligadas por


conjunção:

Chegou a Brasília, visitou o Ministério das Relações Exteriores, levou seus


documentos ao Palácio do Buriti, voltou ao Ministério e marcou a entrevista.

Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a serem observadas


na redação oficial.

b) as intercalações, por cortarem o que está sintaticamente ligado, devem ser


colocadas entre vírgulas:

O processo, creio eu, deverá ir logo a julgamento.

A democracia, embora (ou mesmo) imperfeita, ainda é o melhor sistema de


governo.

c) expressões corretivas, explicativas, escusativas, tais como isto é, ou melhor,


quer dizer, data venia, ou seja, por exemplo, etc., devem ser colocadas entre vírgulas:

O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, ou seja, de fácil
compreensão.

As Nações Unidas decidiram intervir no conflito, ou por outra, iniciaram as


tratativas de paz.

d) Conjunções coordenativas intercaladas ou pospostas devem ser colocadas


entre vírgulas:

Dedicava-se ao trabalho com afinco; não obtinha, contudo, resultados.

O ano foi difícil; não me queixo, porém. Era mister, pois, levar o projeto às
últimas consequências.

e) Vocativos, apostos, orações adjetivas não-restritivas (explicativas) devem ser


separados por vírgula:

Brasileiros, é chegada a hora de buscar o entendimento.

Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.

O homem, que é um ser mortal, deve sempre pensar no amanhã.


44

f) a vírgula também é empregada para indicar a elipse (ocultação) de verbo ou


outro termo anterior:

O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particulares. (A vírgula


indica a elipse do verbo regulamenta.)

Às vezes procura assistência; outras, toma a iniciativa. (A vírgula indica a elipse


da palavra vezes.)

g) nas datas, separam-se os topônimos:

São Paulo, 22 de março de 1991.

Brasília, 15 de agosto de 1991.

É importante registrar que constitui erro crasso usar a vírgula entre termos que
mantêm entre si estreita ligação sintática – p. ex., entre sujeito e verbo, entre verbos ou
nomes e seus complementos.

14. ACENTO GRAVE


Emprega-se o acento grave nos casos de crase e aqueles indicados em Emprego do à
acentuado.
1.º) Na contração da preposição a com as formas femininas do artigo o ou pronome
demonstrativo o: à (de a+a), às (de a+as).

2.º) Na contração da preposição a com o a inicial dos demonstrativos aquele, aquela,


aqueles, aquelas, e aquilo ou ainda da mesma preposição com compostos aqueloutro e
suas flexões: àquele(s), àquela(s), àquilo, àqueloutro(s), àqueloutras(s).
3.º) Na contração da preposição a com os pronomes relativos a qual, as quais: à qual, às
quais.

Emprega-se o acento grave no a para indicar que soa como vogal aberta nos seguintes
dois casos:

1.º) quando representa a construção da preposição a com o artigo a ou o início de


aquele(s), aquela(s), aquilo, fenômeno que em gramática se chama crase:

Fui à cidade.

O verbo ir pede a preposição a; o substantivo cidade pede o artigo feminino a: Fui a a


cidade.

2.º) quando representa a pura preposição a que rege um substantivo feminino singular,
formando uma locução adverbial que, por motivo de clareza, vem assinalada com
acento diferencial:
45

à força, à míngua, à bala, à faca, à espada, à fome, à sede, à pressa, à noite, à tarde, etc.
[SA.4, 11-23; CR.2, 233; ED.2, §§ 58 e 156; SL.1, 224].

Ocorre a crase nos seguintes casos principais:

a) diante de palavra feminina, clara ou oculta, que não repele artigo:

Fui à cidade.

Dirigia-se à Bahia e depois a Paris.

Para sabermos se um substantivo feminino não repele artigo, basta construí-lo em


orações em que apareçam regidos das preposições de, em, por. Se tivermos puras
preposições, o nome dispensa artigo; se tivermos necessidade de usar, respectivamente
da, na, pela, o artigo será obrigatório:

Venho da Gávea

Fui à Gávea Moro na Gávea

Passo pela Gávea

Venho de Copacabana
Fui a Copacabana Moro em Copacabana

Passo por Copacabana

Observações: 1.ª) O nome que sozinho dispensa artigo, pode tê-lo quando acompanhado
de adjetivo ou locução adjetiva:

Venho da Copacabana da Copacabana de minha infância.


Fui à Copacabana Moro na Copacabana de minha infância.
de minha infância
Passo pela Copacabana de minha infância.

Assim se diz: Irei à casa paterna.


46

2.ª) Se for facultativo, nas condições acima, o emprego de de ou da, em ou na, por ou
pela, será também facultativo o emprego do a acentuado:

da
Venho
à de França
Fui França na França
Moro
em
a França
Passo pela
por

b) diante do artigo a e dos demonstrativos aquele, aquela, aquilo

àquele
Referiu-se que estava do seu lado
àquela

àquilo

c) diante de possessivo em referência a substantivo oculto:

Dirigiu-se àquela casa e não à sua.

d) diante de locuções adverbiais constituídas de substantivo feminino plural:

às vezes, às claras, às ocultas, às escondidas, às três da manhã.

Não ocorre a crase nos seguintes casos principais:

a) diante de palavra de sentido indefinido:

uma

certa
Falou a pessoa.
qualquer

toda

Observação: Há acento antes do numeral uma: Irei vê-la à uma hora.

b) diante dos pronomes relativos que (quando o a anterior for uma preposição), quem,
cuja:

Está aí a pessoa a que fizeste alusão. O autor a cuja obra a crítica se referiu é
muito pouco conhecido. Ali vai a criança a quem disseste a notícia.
47

c) diante de verbo no infinitivo:

Ficou a ver navios. Livro a sair em breve.

d) diante de pronome pessoal e expressões de tratamento como V. Ex.ª, V.S.ª, V. M.,


etc.:

Não disseram a ela e a você toda a verdade.

Requeiro a V. Ex.ª com razão.

e) nas expressões formadas com a repetição de mesmo termo (ainda que seja um nome
feminino), por se tratar de pura preposição:

frente a frente, cara a cara, face a face, gota a gota

f) diante da palavra casa quando desacompanhada de adjunto:

Irei a casa logo mais (cf. Entrei em casa; Saí de casa).

A crase é facultativa nos seguintes casos principais:

a) antes de pronome possessivo com substantivo feminino claro:

à
Dirigiu-se minha casa.
a

No português moderno dá-se preferência ao emprego do possessivo com artigo e, neste


caso, ao a acentuado.

b) antes de nome próprio feminino:


à
As alusões eram feitas Ângela.
a

c) antes da palavra casa quando acompanhada de expressão que denota o dono ou


morador, ou qualquer qualificação:
à
Irei Casa de meus pais.
a

1. Complete as lacunas e marque a alternativa correta:

"Ficamos tão gratos por Marta ter nos convidado que não pudemos deixar de ir até lá,
____ fim de festejar seu aniversário. Algumas pessoas, no entanto, não ficaram ____
vontade no local da festa e foram embora antes mesmo de cumprimentar ____
aniversariante."
48

a) a – a – a

b) a – à – a

c) à – à – à

d) à – a – à

2. O uso da crase opcional está corretamente aplicado na seguinte alternativa:

a) Contei à Mariana que encontrei minha avó.

b) Minha mãe foi até à padaria.

c) Estava devendo dinheiro à minha irmã.

d) Todas as alternativas estão corretas.

3. Quanto à correção gramatical, marque certo ou errado nas seguintes frases:

( ) Teremos reuniões mensais à partir de hoje.

( ) Entregarei os resultados à você.

( ) Não diga isso à ela.

( ) Agradeço à Deus por isso.

15. PRONOMES RELATIVOS


(QUE, QUEM, O QUAL/A QUAL/OS QUAIS/AS QUAIS, QUANTO, ONDE, CUJO)

Principais aspectos relacionados ao pronome relativo:

1.Retoma um termo precedente

2.É sujeito ou complemento

Pronome relativo “que”:


49

Exemplo 1: O carro que comprei estava em bom estado.

Oração principal: O carro estava em bom estado./

Oração subordinada: Comprei o carro.

Exemplo 2: O carro que capotou estava em mal estado.

Oração principal: O carro estava em mal estado./

Oração subordinada: O carro capotou/

Pronome relativo “que” preposicionado:

Exemplo 3: O rapaz de que te falei estuda na minha escola.

Falei do rapaz./

O rapaz estuda na minha escola.

Exemplo 4: O livro a que você se refere foi escrito há duzentos anos.

Você se refere ao livro./

O livro foi escrito há duzentos anos.

Exemplo 5: O programa a que nós assistimos passa todas as noites.

Assistimos ao programa./

O programa passa todas as noites.

Exemplo 6: As crenças em que ele se apoia não fazem sentido.

As crenças não fazem sentido./

Ele se apoia nas crenças. (em as crenças)

Exemplo 7: Os problemas por que o Brasil passa têm solução.

Os problemas têm solução./

O Brasil passa por problemas.

Pronome relativo “onde”:


50

Eu não sei onde estou.

Eu não sei aonde vou.

Você sabe aonde você quer chegar?

Aquela é a escola donde/de onde saímos.

Moro onde quiser.

Pronomes relativos “o qual/a qual/os quais/as quais”:

A crença segundo a qual todo brasileiro gosta de samba é errada.

A crença é errada./

Segundo a crença, todo brasileiro gosta de samba.

Eu trouxe a ferramenta por meio da qual vamos atingir o objetivo.

Eu trouxe a ferramenta./

Vamos atingir o objetivo por meio da ferramenta.

Aqueles são os problemas entre os quais ele se debate.

Aqueles são os problemas./

Ele se debate entre os problemas.

Não passa mais o programa ao qual/a que costumava assistir.

Não passa mais o programa./

Eu costumava assistir ao programa.

Pronome relativo “cujo”:

Ali vai o homem cuja casa comprei.


51

Ali vai o homem./ Comprei a casa do homem.

Ali vai o homem de cuja casa lhe falei.

Ali vai o homem./ Eu lhe falei da casa do homem.

Esse é o amigo de cujo carro lhe falei.

Esse é o amigo./ Eu lhe falei do carro do amigo.

Encontrei o cientista cuja tese me impressionou.

Encontrei o cientista./ A tese do cientista me impressionou.

Pronome relativo “quem”:

Fui eu quem fez/ Fui eu quem fiz.

Observação: Fui eu que fiz. (Concorda com o sujeito do verbo somente.)

Fostes vós quem semeou/ quem semeastes.

Observação: Fostes vós que semeastes. (Concorda com o sujeito do verbo somente)

EXERCÍCIOS SOBRE O USO DOS PRONOMES RELATIVOS:

1. Questão de concurso: Tribunal Regional Eleitoral RS - 2006 - nível médio

Fragmento do texto: O primeiro código eleitoral a viger no Brasil chamava-se


Ordenações do Reino, as quais foram elaboradas em Portugal no fim da Idade Média e
utilizadas até 1828.

A substituição da estrutura “as quais foram elaboradas (...) e utilizadas” por “o qual foi
elaborado (...) e utilizado” altera as relações de concordância sem provocar prejuízo
para a coerência e a correção gramatical do período.

2. Quanto à correção gramatical, marque certo ou errado nas seguintes orações:

( ) Existem Deputados aqui que eu não decorei o nome até hoje.

( ) Estes são rótulos machistas que a sociedade adora falar.

( ) Você sabe aonde está a chave?


52

( ) Nunca vão entender os problemas que o Brasil passa.

( ) Estivemos em uma reunião onde foi tratado esse problema.

( ) Falou também sobre o texto final da PEC que nós tivemos acesso.

16. REGÊNCIA VERBAL

Um verbo pode ter sentido completo, sem necessitar de complementos. São os verbos
intransitivos.
Há verbos que não possuem sentido completo, necessitam de complemento. São
os verbos transitivos.

Exemplos:

- Transitivo direto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto direto
(complemento sem preposição).
Exemplo: A avó carinhosa agrada a netinha.
"Agrada" é verbo transitivo direto e "a netinha" e o objeto direto.

- Transitivo indireto: quando seu sentido se completa com o uso de um objeto indireto
(complemento com preposição).
Exemplo: Ninguém confia em estranhos.
"Confia" é verbo transitivo indireto, "em" é a preposição e "estranhos" é o objeto
indireto.

- Transitivo direto e indireto: quando seu sentido se completa com os dois objetos
(direto e indireto).
Exemplo: Devolvi o livro ao vendedor. "Devolvi" é verbo transitivo direto e indireto, "o
livro" é objeto direto e "vendedor" é objeto indireto.

A regência e o contexto (a situação de uso)

A regência de um verbo está ligada a situação de uso da língua. Determinada regência de


um verbo pode ser adequada em um contexto e ser inadequada em outro.

1. Quando um ser humano irá a Marte?


2. Quando um ser humano irá em Marte?

Em contextos formais, deve-se empregar a frase 1, porque a variedade padrão, o verbo


“ir” rege preposição a. Na linguagem coloquial (no cotidiano), é possível usar a frase 2.
53

Regência de alguns verbos

Para estudarmos a regência dos verbos, devemos dividi-los em dois grupos:

1- O primeiro, dos verbos que apresentam uma determinada regência na variedade


padrão e outra regência na variedade coloquial;
2- E o segundo dos verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência.

PRIMEIRO GRUPO - Verbos que apresentam uma regência na variedade padrão e outra na
variedade coloquial:
1) VERBO ASSISTIR
 - Sentido: “Auxiliar”, “caber, pertencer” e “ver, presenciar, atuar como expectador”. É
nesse último sentido que ele é usado.

 - Variedade padrão (Exemplos): Ele não assiste a filme de violência; Pela TV,
assistimos à premiação dos atletas olímpicos. Assistir com significado de ver, presenciar:
É verbo transitivo indireto (VTI), apresenta objeto indireto iniciado pela preposição a.
Quem assiste, assiste a (alguma coisa).

 - Variedade coloquial (Exemplos): Ela não assiste filmes de violência. Assistir com
significado de ver, presenciar: É verbo transitivo direto (VTD); apresenta objeto direto.
Assistir (alguma coisa)

2) VERBO IR e CHEGAR
 - Variedade padrão (Exemplos): No domingo, nós iremos a uma festa; O prefeito foi à
capital falar com o governador; Os funcionários chegam bem cedo ao escritório.
Apresentam a preposição a iniciando o adjunto adverbial de lugar: Ir a (algum lugar),
Chegar a (algum lugar)

 - Variedade coloquial (Exemplos): No domingo, nós iremos em uma festa; Os


funcionários chegam bem cedo no escritório. Apresentam a preposição em iniciando o
adjunto adverbial de lugar: Ir em (algum lugar), Chegar em (algum lugar)

3) VERBO OBEDECER/DESOBEDECER
 - Variedade padrão (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem ao
regulamento; Quem desobedece às leis de trânsito deve ser punido. São VTI; exigem
objeto indireto iniciado pela preposição a. Obedecer a (alguém/alguma coisa),
Desobedecer a (alguém/alguma coisa)

 - Variedade coloquial (Exemplos): A maioria dos sócios do clube obedecem o


regulamento; Quem desobedece as leis de trânsito deve ser punido. São transitivos direto
(VTD); apresentam objeto sem preposição inicial. Obedecer (alguém/alguma coisa),
Desobedecer (alguém/alguma coisa)

4) VERBO PAGAR e PERDOAR


 - Sentido: Obs.: Se o objeto for coisa (e não pessoa), ambos são transitivos direto, tanto
na variedade padrão, como na coloquial. Exemplo: Você não pagou o aluguel. O verbo
54

pagar também é empregado com transitivo direto e indireto. (Pagar alguma coisa para
alguém) A empresa pagava excelentes salários a seus funcionários.

 - Variedade padrão (Exemplos): A empresa não paga aos funcionários faz dois meses;
É ato de nobreza perdoar a um amigo. São VTI quando o objeto é gente; exigem
preposição a iniciando o objeto indireto. Pagar a (alguém), Perdoar a (alguém)
 - Variedade coloquial (Exemplos): A empresa não paga os funcionários faz dois meses;
É um ato de nobreza perdoar um amigo. São VTD, apresentam objeto sem preposição
(objeto direto): Pagar (alguém), Perdoar (alguém)

5) VERBO PREFERIR
 - Variedade padrão (Exemplos): Os brasileiros preferem futebol ao vôlei; Você preferiu
trabalhar a estudar. Prefiro silêncio à agitação da cidade. É VTDI; exige dois objetos: um
direto outro indireto (iniciado pela preposição a. Preferir (alguma coisa) a (outra)
 - Variedade coloquial (Exemplos): Os brasileiros preferem mais o futebol que o vôlei;
Você preferiu (mais) trabalhar que estudar; Prefiro (muito mais) silêncio do que a agitação
da cidade. É empregado com expressões comparativas (“mais...que”, “muito mais ...que”,
“do que”, etc.). Preferir (mais) (uma coisa) do que (outra).

6) VERBO VISAR
 - Sentido: O emprego mais usual do verbo “visar” é no sentido de “objetivar, ter como
meta”.
 - Variedade padrão (Exemplos): Todo artista visa ao sucesso; Suas pesquisas visavam
à criação de novos remédios. É VTI, com preposição a iniciando o objeto indireto. Visar
a (alguma coisa)
 - Variedade coloquial (Exemplos): Todo artista visa o sucesso; Suas pesquisas visavam
a criação de novos remédios. É VTD, apresenta objeto sem preposição (objeto direto).
Visar (alguma coisa)
Sentido: Quanto à regência verbal, na lição de Artur de Almeida Torres, "é transitivo
direto nas acepções depôr o sinal de visto em; apontar arma de fogo". Exs.:
a) "Visar um passaporte" (Caldas Aulete);
b) "Visa sempre o mesmo alvo" (Mário Barreto).

SEGUNDO GRUPO - Verbos que, na variedade padrão, apresentam mais de uma regência
(dependendo do sentido/significado em que são empregados:
1) VERBO ASPIRAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (sugar/respirar) Verbo
transitivo indireto (pretender)
 - EXEMPLOS: Sentiu fortes dores quando aspirou o gás. O Ex-governador aspirava ao
cargo de presidente.

2) VERBO ASSISTIR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (ajudar); Verbo transitivo
indireto (ver); Verbo transitivo indireto (pertencer)
 - EXEMPLOS: Rapidamente os paramédicos assistiram os feridos. Você assistiu ao
filme? O direito de votar assisti a todo cidadão.
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3) VERBO INFORMAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto e indireto (passar informação)
 - EXEMPLOS: Algumas rádios informam as condições das estradas aos motoristas.
Algumas rádios informam os motoristas das condições das estradas

4) VERBO QUERER
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (desejar); Verbo transitivo
indireto (amar/gostar)
 - EXEMPLOS: Todos queremos um Brasil menos desigual. Isabela queria muito aos
avós.

5) VERBO VISAR
- TRANSITIVIDADE (Sentido): Verbo transitivo direto (mirar); Verbo transitivo direto
(pôr visto); Verbo transitivo indireto (objetivar)
 - EXEMPLOS: O atacante, ao chutar a falta, visou o ângulo do gol. Por favor, vise todas
as páginas do documento. Esta fazenda visa à produção de alimentos orgânicos.

Observações:
O verbo aspirar, como outros transitivos indiretos, não admite os pronomes lhe/lhes como
objeto. Devem ser substituídos por a ele (s) /a ela (s). Ex.: O diploma universitário é
importante; todo jovem deve aspirar a ele.

No sentido de “ver presenciar”, o verbo assistir não admite lhe (s) como objeto, essas
formas devem ser substituídas por ele (s) ela (s). Ex.: o show de abertura das olimpíadas
foi muito bonito; você assistiu a ele?

No sentido de “objetivar, ter como meta”, o verbo visar (TD) não admite como objeto a
forma lhe/lhes, que devem ser substituídas por a ele (s) a ela (s). Ex: O título de campeão
rende uma fortuna ao time vencedor, por isso todos os clubes visam a ele
persistentemente.

Existem outros verbos que, na variedade padrão, apresentam a mesma regência do


verbo informar. São eles: avisar, prevenir, notificar, cientificar.

1-(FEI) Assinalar a alternativa que apresenta incorreção na regência verbal:


1. a) Custou-lhe entender a explicação.
2. b) Toda mudança implica um novo comportamento.
3. c) Os paraquedistas precisaram o lugar da queda.
4. d) As autoridades não perdoaram aos grevistas a sua ousadia.
5. e) Informei-lhe sobre os novos planos da empresa.

2-Complete convenientemente com: o, ao, a, à

1) Apaixonada, aspirou ___ perfume da rosa.


2) Este aluno aspira ___ Medicina.
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3) Qual atleta não aspira ___ título de campeão?


4) Aspiremos ___ ar puro das manhãs.
5) O aspirador aspira ___ pó da casa.

3-(FEI) Assinale a alternativa em que haja erro de regência verbal


1. a) Deu-lhe um belo presente de aniversário.
2. b) Levei-o para o médico esta manhã.
3. c) Gostamos deste novo filme.
4. d) Fui no cinema ontem.
5. e) O lenço caiu no chão.

4-(Unimep)Considerando as frases:
I.O menino quer a bola.
II. A mãe quer muito à filha.

Podemos dizer que:

a)a frase I está errada, pois o verbo querer é sempre transitivo indireto.
b)a frase II está errada, pois o verbo querer é sempre transitivo direto.
c)ambas estão corretas, pois o verbo querer admite as duas regências.
d)em ambas, podemos substituir as palavras destacadas pelo pronome oblíquo a.
e)em ambas, podemos substituir as palavras destacadas pelo pronome oblíquo lhe.

5-(Univ. Fed. Maranhão)Observe a regência verbal e assinale a alternativa que não


contraria a norma culta:

a)Amanhã responderei essa carta.


b)Ele prefere a televisão ao cinema.
c)Ele prefere mais a televisão do que o cinema.
d)Informei-lhe do resultado do exame.
e)Só cheguei em casa bem tarde.

6-(Univ. Est. Ceará)Assinale a opção em que o verbo chegar apresenta regência


censurada pela gramática:
a)Ele chegou na hora do almoço.
b)Ao chegar a casa o filho pródigo foi bem recebido.
c)Era muito tarde quando cheguei ao colégio.
d)O noivo chegou atrasado na igreja.

17. CONCORDÂNCIA VERBAL

Conceito
De acordo com Cunha e Cintra (2008, p.510), a solidariedade entre o verbo e o sujeito,
que ele faz viver no tempo, exterioriza-se na concordância, isto é, na variabilidade do
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verbo para conformar-se ao número e à pessoa do sujeito. Nessa perspectiva, eis a


Regra Geral para a Concordância Verbal: o verbo concorda com seu sujeito em
pessoa (Eu/Tu/Ele/Nós/Vós/Eles) e em número (singular/plural). Porém, há exceções!
Para estudá-las, recomenda-se, a princípio, a atenção com estes conceitos:

 Verbo: palavra que indica um fato (em geral: uma ação, um estado emocional,
ou um fenômeno proveniente da força da natureza), localizando-o no tempo.
 Sujeito: termo da frase sobre o qual se declara algo.

Contexto
Concordância verbal é a relação estabelecida de forma harmônica entre sujeito (número
e pessoa) e verbo.
Exemplos:
 Eu adoro quando as flores desabrocham na Primavera.
 Elas adoram quando as flores desabrocham na Primavera.
 Cristina e Eva entraram no hospital.
Parece simples, mas há várias situações que provocam dúvidas não só nos alunos, mas
em qualquer falante da língua portuguesa. Vamos a elas!

1. Sujeitos formados por sinônimos


Neste caso, o verbo tanto pode ir para o plural, como pode ficar no singular e concordar
com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Preguiça e lentidão destacaram aquela gerência.
Preguiça e lentidão destacou aquela gerência.

2. Sujeito formado por palavras em graduação e enumeração


Este é mais um caso em que tanto o verbo pode flexionar para o plural, como também
pode concordar com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Um mês, um ano, uma década de poder não supriu a saúde.
Um mês, um ano, uma década de poder não supriram a saúde.

3. Sujeito formado por pessoas gramaticais diferentes


Neste caso, o verbo vai para o plural e concorda com a pessoa, por ordem de prioridade.
Exemplo:
Eu, tu e Cássio só chegaremos ao fim da noite. (eu, 1.ª pessoa + tu, 2.ª pessoa + ele, 3.ª
pessoa), ou seja, a 1.ª pessoa do singular tem prioridade e, no plural, ela equivale a nós,
ou seja, "nós chegaremos".
Jair e eu conseguimos comprar um apartamento (eu, 1.ª pessoa + Jair, 3.ª pessoa). Aqui
também é a 1.ª pessoa do singular que tem prioridade. No plural, ela equivale a nós, ou
seja, "nós conseguimos".

4. Sujeito seguido por "tudo", "nada", "ninguém", "nenhum", "cada um"


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Neste caso, o verbo fica no singular.


Exemplo:
Amélia, Camila, Pedro, ninguém o convenceu de mudar a opinião.

5. Sujeitos ligados por "nem"


Neste caso, o verbo vai para o plural.
Exemplo:
Nem chuva nem frio são bem recebidos.

6. Sujeitos ligados por "ou"


Os verbos ligados pela partícula "ou" vão para o plural quando a ação verbal estiver se
referindo a todos os elementos do sujeito:
Exemplo:
Doces ou chocolate desagradam ao menino.
Quando a partícula “ou” é utilizada como retificação, o verbo concorda com o último
elemento.
Exemplo:
A menina ou as meninas esqueceram muitos acessórios.
Mas, quando a ação verbal é aplicada a apenas um dos elementos, o verbo permanece
no singular.
Exemplo:
Laís ou Elisa ganhará mais tempo.

7. Sujeitos ligados por "não só, mas também", "tanto, quanto", "não só, como"
Nesses casos, o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo.
Exemplo:
Tanto Rafael como Marina participaram da mostra.
Tanto Rafael como Marina participou da mostra.

8. Pronome relativo "quem"


Neste caso, o verbo pode ser conjugado na terceira pessoa do singular ou pode
concordar com o antecedente do pronome "quem".
Exemplo:
Fui eu quem afirmou.
Fui eu quem afirmei.

9. Pronome relativo "que"


Neste caso, o verbo concorda com o antecedente do pronome “que”.
Exemplo:
Fui eu que levou.
Foste tu que levaste.
Foi ele que levou.

10. Sujeito coletivo


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Nesta situação, o verbo fica sempre no singular.


Exemplo:
A multidão ultrapassou o limite.
Por outro lado, se o coletivo estiver especificado, o verbo pode ser conjugado no
singular ou no plural.
Exemplo:
A multidão de fãs ultrapassou o limite.
A multidão de fãs ultrapassaram o limite.

11. Expressão "um dos que"


Este é mais um dos casos em que tanto o verbo pode ser conjugado no singular como no
plural.
Exemplo:
Ele foi um dos que mais contribuiu.
Ele foi um dos que mais contribuíram.

12. Coletivos partitivos


O verbo pode ser usado no singular ou no plural em coletivos partitivos, tais como "a
maioria de", "a maior parte de", "grande número de".
Exemplo:
Grande número dos presentes se retirou.
Grande número dos presentes se retiraram.

13. Expressões "mais de", "menos de", "cerca de"


Nestes casos o verbo concorda com o numeral.
Exemplo:
Mais de uma mulher quis trocar as mercadorias.
Mais de duas pessoas chegaram antes do horário.
Nos casos em que “mais de” é repetido indicando reciprocidade, o verbo vai para o
plural.
Exemplo:
Mais de uma professora se abraçaram.

14. Partícula "se"


No caso em que a palavra "se" é índice de indeterminação do sujeito, o verbo deve ser
conjugado na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo:
Confia-se em todos.
No caso em que a palavra "se" é partícula apassivadora, o verbo deve ser conjugado
concordando com o sujeito da oração.
Exemplo:
Construiu-se uma igreja.
Construíram-se novas igrejas.
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15. Verbos impessoais


Nestes casos, o verbo sempre é conjugado na 3.ª pessoa do singular.
Exemplo:
Havia muitos copos naquela mesa.
Houve dois meses sem mudanças.

16. Verbos "dar", "soar" e "bater" + hora (s)


Nestes casos, o verbo sempre concorda com o sujeito.
Exemplos:
Deu uma hora que espero.
Soaram duas horas.

17. Locuções "é muito", "é pouco", "é mais de", "é menos de"
Nestes casos, em que as locuções indicam preço, peso e quantidade, o verbo fica sempre
no singular.
Exemplo:
Três vezes é muito.

18. Indicações de datas


Há duas variações: uma na qual o verbo concorda com a palavra dia.
Exemplo:
Hoje são 2 de maio.
Hoje é dia 2 de maio.

EXERCÍCIOS SOBRE CONCORDÂNCIA VERBAL

1. (CESCEM–SP) Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas
daninhas.
a) fazem, havia, existe
b) fazem, havia, existe
c) fazem, haviam, existem
d) faz, havia, existem
e) faz, havia, existe

2. (Cesgranrio) Tendo em vista as regras de concordância, assinale a opção em que a


forma verbal está errada:
a) Existem na atualidade diferentes tipos de inseticidas prejudiciais à saúde do homem.
b) Podem provocar sérias lesões hepáticas, os defensivos agrícolas à base de DDT.
c) Faltam aos países subdesenvolvidos uma legislação mais rigorosa sobre os
agrotóxicos.
d) Persistem por muito tempo no meio ambiente os efeitos nocivos dos inseticidas
clorados.
e) Possuem elevado grau de toxidade os defensivos do tipo fosforado.

3. (Fatec) Assinale a alternativa que completa corretamente as frases.


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___ , entre analistas políticos, que, se o governo ___ essa política salarial e se o
empresariado não ___ as perdas salariais ___ sérios problemas estruturais a serem
resolvidos, e, quando os sindicatos ___ , estará instalado o caos total.
a) Comentam-se; manter; repor; haverão; intervierem.
b) Comenta-se; mantiver; repuser; haverão; intervirem.
c) Comenta-se; mantesse; repuser; haverão; intervierem.
d) Comenta-se; mantiver; repuser; haverá; intervierem.
e) Comentam-se; manter; repor; haverá; intervirem.

4. (Fundação Carlos Chagas) A ocorrência de interferências ___ -nos a concluir que ___
uma relação profunda entre homem e sociedade que os ___ mutuamente dependentes.
a) leva, existe, torna
b) levam, existe, tornam
c) levam, existem, tornam
d) levam, existem, torna
e) leva, existem, tornam

5. (FGV) Nas questões abaixo, ocorrem espaços vazios. Para preenchê-los, escolha um
dos seguintes verbos: fazer, transpor, deter, ir. Utilize a forma verbal mais adequada.
a) Se ___ dias frios no inverno, talvez as coisas fossem diferentes.
b) Quando o cavalo ___ todos os obstáculos, a corrida terminará.
c) Se o cavalo ___ mais facilmente os obstáculos, alcançaria com mais folga a linha de
chegada.
d) Se a equipe econômica não se ___ nos aspectos regionais e considerar os aspectos
globais, a possibilidade de solução será maior.
e) Caso ela ___ ao jogo amanhã, deverá pagar antecipadamente o ingresso.

6. (Fuvest) Indique a alternativa correta:


a) Tratavam-se de questões fundamentais.
b) Comprou-se terrenos no subúrbio.
c) Precisam-se de datilógrafas.
d) Reformam-se ternos.
e) Obedeceram-se aos severos regulamentos.

7. (IFSP) Conversar pressupõe um diálogo produtivo entre as pessoas. Significa dizer


que conversar é um processo cooperativo entre interlocutores.
Leia o texto abaixo, que representa uma conversa.

No trecho “a gente pode ter conversas literárias”, substituindo-se o sujeito por outro de
primeira pessoa do plural, no tempo pretérito perfeito, o resultado é o seguinte:
a) podemos ter conversas literárias
b) podíamos ter conversas literárias
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c) poderíamos ter conversas literárias


d) pudemos ter conversas literárias
e) pudéssemos ter conversas literárias

8. (Insper) “Troque o verbo ou feche a boca


Rita Lee cantava uma música que dizia "o resto que se exploda, feito Bomba H". Será
que na língua culta existe "exploda"? Explodir é verbo defectivo, ou seja, não tem
conjugação completa. No presente do indicativo, deve-se conjugá-lo a partir da segunda
pessoa do singular (tu explodes, ele explode etc.). Muita gente não sabe da existência
dos defectivos e os "conjuga" em todas as pessoas.”
(Pasquale Cipro Neto, http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/10/10/fovest/8.html)
A alternativa que exemplifica o que foi expresso no último período é
a) Houveram dificuldades na resolução da questão.
b) Ficaremos felizes se vocês mantiverem a calma.
c) É preciso fazer contas para que a prestação caiba no orçamento.
d) Empresário reavê judicialmente a posse de seu imóvel.
e) Polícia deteu quase 60 torcedores nas imediações do Morumbi.

9. (PUC-RS) Asseguro a V.Sa. que não ___ incomodar _____com a elaboração dos
testes; ___ ficar tranquilo.
a) precisa, se, pode
b) precisa, se, podes
c) precisas, te, podes
d) precisais, vos, podeis
e) precisa, vos, pode

10. (UFMA) Indique a alternativa que preenche adequadamente as lacunas da frase:


“___ anos que o homem se pergunta: se não ___ medos, como ___ esperanças?”
a) Faz, houvesse, existiriam
b) Fazem, houvesse, existiriam
c) Faz, houvesse, existiria
d) Fazem, houvessem, existiriam
e) Faz, houvessem, existiria.

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D C A D D D A A
5) - a) fizessem, b) transpuser, c) transpusesse, d) detiver, e) vá.

18. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES


1. Revisar os seguintes trechos, buscando adequá-los quanto ao uso da norma padrão da
linguagem:
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a) Agradeço o nobre Deputado pela fala. Eu gostei muito Senhor Presidente de


ouvir essas palavras de apoio. Quero dizer à este Deputado que ele foi um irmão.

b) Gostaria de parabenizar-lhe pelo discurso. O senhor, falou uma grande verdade


hoje. Não vi porém um olhar de aprovação por parte de seus colegas.

c) O Excelentíssimo Governador do Estado de Goiás Senhor Ronaldo Ramos


Caiado esteve presente na cerimônia. Durante o evento os representantes das
entidades entregaram suas solicitações ao Governador.
d) O Governador Ronaldo Caiado, esteve presente na cerimônia.
e) Eu garanto que, à partir de agosto, sua solicitação estará sendo atendida.
f) Aumentou o álcool e a gasolina.
g) Aumentou o preço do álcool e da gasolina.
h) Isso aconteceu a muito tempo.

2. Quanto à correção gramatical, marque certo ou errado nas seguintes frases:

( ) Encontrei ela no supermercado.


( ) Quero agradecê-lo.
( ) Gostaríamos de parabenizá-lo.
( ) Também quero cumprimentar-lhe na data de hoje...
( ) Não quero ver ele nem pintado.
( ) Os bombeiros lhes resgataram com vida.
( ) Esse não é aquele a que conheci em outros tempos.

3. Quanto à correção gramatical, marque certo ou errado nas seguintes frases:

( ) Encontrei ela no supermercado.


( ) Quero agradecê-lo.
( ) Gostaríamos de parabenizá-lo.
( ) Também quero cumprimentar-lhe na data de hoje...
( ) Não quero ver ele nem pintado.
( ) Os bombeiros lhes resgataram com vida.
( ) Esse não é aquele a que conheci em outros tempos.
( ) Me dá um cigarro.
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19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática Metódica da Língua Portuguesa. - 45ª


ed. – São Paulo: Saraiva, 2005.

ALVES, Viviane. Fundamentos da Redação Oficial. Brasília: Vestcon, 2012

BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro:


Lucerna, 2004.

BRASIL. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. Manual de redação da Câmara


dos Deputados [recurso eletrônico] : padronização e documentos administrativos. –
Reimpressão. -- Brasília : Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2017. -- (Série fontes
de referência. Guias e manuais ; n. 47 PDF)

DIONISIO,Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BEZERRA, M.ª Auxiliadora


(Org.s.). In: Gêneros textuais & ensino. Ed. 2. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
p. 19-36

FERREIRA MENDES, Gilmar. Manual de Redação da Presidência da República.


Brasília: [S.n], 2002.

LEDUR, Paulo Flávio. Manual de Redação Oficial. 1.ed – Porto Alegre, RS: AGE,
2015.

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