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SANTOS – SP
2022
CARLOS EDUARDO NASCIMENTO SOARES Mat.:11220673
NOTURNO
Santos – SP
2022
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 3
5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 12
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1. INTRODUÇÃO
É através das fontes formais que ocorre a manifestação do direito, a partir de onde
os juristas conhecem e descrevem o fenômeno jurídico. Quem aplica, aquele que é responsável
por aquela gestão também as invoca, de forma a dar justificação da sua norma individual,
sempre amparado e sustentado por elas.
Em palavras mais simples, podemos dizer que as fontes estatais são aquelas que são
utilizadas para dar apoio, direcionar, situar e dosar a forma que a norma será aplicada, de forma
correta, justa e clara.
Em consonância, temos as fontes não estatais, que atuam como um segundo plano
quando ainda existente dúvidas, obscuridades ou indecisões. Servem como valia para a decisão
final, elucidam e dão mais uma garantia de acerto.
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2. FONTES ESTATAIS
As fontes estatais são documentadas, têm seus parâmetros e variam de acordo com
a necessidade da mutação social, visando a adequação e o mantimento da ordem.
Com mais de 30 anos, ela vem como marco histórico, garantindo os direitos e
deveres existentes em nosso território. Concebida com 245 artigos e mais de 1,6 mil
dispositivos, ela ainda é considerada incompleta.
2.1.1. LEIS
As leis são o mais puro direito positivado são elaboradas pelo poder legislativo, que
são eleitos pela população. Nesse ponto podemos instaurar uma relação positiva e negativa
politicamente falando, uma vez que é sabido sobre relação de comprometimento do legislador,
principalmente em tempos eleitorais, o que pode acarretar inconvenientes que prejudiquem o
desenvolvimento de projetos que beneficiam a população.
2.1.2. DECRETOS
Os decretos autônomos são criados pelo presidente e tem seu uso para duas
finalidades:
As fontes estatais jurisprudenciais são aquelas que advém do que tange o poder
judiciário, elas são fontes que surgem quando de decisões devidamente amparadas pelo sistema
legal, e são utilizados como embasamento para arbítrios futuros.
2.2.1. JURISPRUDÊNCIAS
As súmulas nada mais são que uma síntese de determinada assunto, utilizando como
fonte um compilado de jurisprudências e entendendo determinadas decisão como certa.
Exemplo de súmula:
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Súmula nº 29 do TST
Empregado transferido, por ato unilateral do empregador, para local mais distante
de sua residência, tem direito a suplemento salarial correspondente ao acréscimo da despesa de
transporte.
Precedentes:
Histórico:
As súmulas vinculantes seguem o mesmo sentido das comuns, porém são emanadas
do STF e, para garantir sua validação, necessitam de votação de pelo menos 2/3 dos
componentes. Além disso, devido sua magnitude, ela trata de assuntos constitucionais.
São aquelas fontes, escritas ou não que não provém de um ente estatal, e da mesma
forma que as estatais, contribuem para o ordenamento jurídico, não tendo o poder de anulá-las,
apenas um caráter auxiliar.
“Os costumes são comumente conhecidos como uma produção normativa difusa
em sociedade que se caracterizam por dois aspectos importantes: o uso (e, especificamente, a
reiteração do uso e do costume) e a validação (reconhecimento) jurídica sobre o mesmo” (REIS
FRIEDE, 2017).
A partir deste pensamento, notamos que o costumo parte do uso e validação, algo
não se torna um costume se não atingir esses requisitos mínimos.
Os costumes jurídicos são algo que fica implícito a partir de sua adoção e passam a
ser subsidiários em diversas situações. Mas nunca invalidando uma fonte hierarquicamente
superior a ele, como a lei, por exemplo, ela sempre será soberana e utilizará de costumes para
determinada avaliação.
“Emilio Betti considera a ratio juris como um quid necessário, mas distinto da
opinio. Uma vez verificada a opinio juris et necessitatis no caso concreto, o magistrado terá
que verificar se a norma costumeira se conforma à ratio juris, que não é outra coisa senão o
critério da valoração e da convicção comum, sobre que se funda o valor normativo do costume
jurídico, e que se reproduz e se reflete na opinio necessitatis dos interessados como membros
de uma comunidade.”
A doutrina é uma fonte não estatal que parte dos estudos e opiniões dos
doutrinadores, que a partir de estudo científicos, colocam seu ponto de vista em determinado
assunto, abordando interpretações e aplicações.
Essa fonte pode nos ser esclarecida por Miguel Reale quando diz que esse poder se
caracteriza como fonte negocial, pela convergência dos seguintes elementos: a) manifestação
de vontade de pessoas legitimadas a fazê-lo; b) forma de querer que não contrarie a exigida em
lei e objeto lícito e possível; e c) paridade entre os partícipes ou pelo menos uma devida
proporção entre eles.
É conhecido como “lei entre as partes”, onde estabelecido o contrato, nasce uma
relação de obrigação, deveres e gozos.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, as fontes estatais e não estatais são ferramentas que, de certa forma,
qualificam o direito e nossa escola dogmática do direito. Uma vez que proporciona uma
infinidade de possibilidades de estudo de um objeto e seu máximo desenvolvimento e aplicação
concreta e abstrata.
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5. REFERÊNCIAS
DINIZ, Maria Helena. Fontes do direito. Enciclopédia jurídica da PUC-SP. Celso Fernandes
Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga e André Luiz Freire (coords.). Tomo: Teoria Geral e Filosofia
do Direito. Celso Fernandes Campilongo, Alvaro de Azevedo Gonzaga, André Luiz Freire (coord. de
tomo). 1. ed. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2017.
Disponível em: https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-direito
ELPIDIO DONIZETTI NUNES; FELIPE QUINTELA. Curso didático de direito civil. 2°. ed. São
Paulo: Atlas, 2013.
FRANÇA, Rubens Limongi. Da jurisprudência. Revista da faculdade de direito da USP, pp. 213-214.
RESENDE, Marília Ruiz e. Constituição Federal de 1988: entenda a Constituição Cidadã!. Politize!,
2022. Disponível em: <https://www.politize.com.br/constituicao-federal-1988/>. Acesso em:
27/03/2022.