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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFECAF

JULIA STEPHANIE SILVA VIEIRA

FONTES DO DIREITO

TABOÃO DA SERRA/SP

2023
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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFECAF

JULIA STEPHANIE SILVA VIEIRA - 71110

Trabalho apresentado no curso de graduação da


FECAF – Faculdade Capital Federal.
Sob a orientação do Professor Juvenal de Souza.

TABOÃO DA SERRA/SP

2023
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Sumário

Introdução:………………………………………………………….…………………4
Capítulo 1 (Fontes formais estatais)……………………………………….…….5,6

Capítulo 2 (Fontes formais não estatais)………………………………………….6,7

Capítulo 3 (Fontes Materiais ou Reais)…………………………………………….7,8

Conclusão………………………………………………………………………………..8,9
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FONTES DO DIREITO

Introdução:
O Direito, como disciplina fundamental para a organização da sociedade,
desempenha um papel central na manutenção da ordem e na garantia dos direitos
individuais e coletivos. Em sua essência, o Direito é um sistema complexo de normas
e princípios que regem as relações entre os indivíduos e as instituições, fornecendo
um alicerce que sustenta a vida em sociedade. Para compreender plenamente o
funcionamento do Direito, é crucial explorar suas origens e fontes. As "Fontes do
Direito" são os alicerces sobre os quais se constrói o ordenamento jurídico de uma
nação. Elas representam os pontos de partida, as fontes de onde emana o próprio
Direito. Neste contexto, as fontes podem ser classificadas em duas categorias
principais: as fontes formais e as fontes materiais (ou reais).

As fontes formais compreendem as maneiras pelas quais o Direito é criado,


promulgado e estabelecido. Elas podem ser de natureza estatal, quando emanam
diretamente do poder público, como a legislação produzida pelo legislativo, ou não
estatal, quando surgem de fontes não vinculadas diretamente ao governo, como os
costumes e os tratados internacionais. Cada uma dessas fontes formais possui seu
próprio processo de criação e validação, desempenhando um papel distintivo no
sistema jurídico. Além das fontes formais, também existem as fontes materiais ou reais
do Direito. Essas fontes representam as razões e os fundamentos subjacentes que
levam à criação das normas jurídicas. Elas podem ser encontradas na moral, na
justiça, nas necessidades sociais e econômicas, e em outras forças que moldam a
sociedade. As fontes materiais são o "porquê" por trás do "como" estabelecemos as
leis e regulamentações.

Neste trabalho, exploraremos em detalhes as fontes formais do Direito, destacando a


distinção entre as fontes estatais e não estatais, bem como as fontes materiais, que
lançam luz sobre os motivos e princípios que norteiam a construção do ordenamento
jurídico.
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Fontes Formais (Estatais):

Há duas categorias distintas de fontes formais: as estatais e as não estatais. As fontes


estatais podem ser subdivididas em fontes legislativas, como leis, decretos e
regulamentos, e fontes jurisprudenciais, que abrangem sentenças, precedentes
judiciais e súmulas. Além disso, devemos considerar as convenções internacionais,
que representam acordos entre dois ou mais Estados, conhecidas como fontes
formais estatais convencionais.

São Fontes Formais estatais:

Leis:
 A lei complementar: Alusiva à estrutura estatal ou aos serviços do Estado, constituindo as
leis de organização básica, cuja matéria está prevista na Constituição e, para sua
existência, exige-se o quórum qualificado do art. 69 da Constituição Federal, ou seja, a
maioria absoluta nas duas Casas do Congresso Nacional, para que não seja fruto de uma
minoria.
 A lei ordinária: Editada pelo Poder Legislativo da União, Estados e Municípios, no campo
de suas competências constitucionais, com a sanção do chefe do Executivo.
 A lei constitucional, sobrepondo-se a todas as demais normas integrantes do ordenamento
jurídico.
 As medidas provisórias: Que estão no mesmo escalão hierárquico da lei ordinária, embora
não sejam leis. São normas expedidas pelo Presidente da República, no exercício de
competência constitucional (CF, art. 84, XXVI) em caso de relevância do interesse público
e urgência.
 O decreto legislativo: É norma aprovada por maioria simples pelo Congresso, sobre
matéria de sua exclusiva competência (CF, art. 49), como ratificação de tratados e
convenções internacionais e de convênios interestaduais, julgamento de contas do
Presidente da República etc.
 As resoluções do Senado: Que têm força de lei ordinária, por serem deliberações de uma
das Câmaras, do Poder Legislativo ou do próprio Congresso Nacional sobre assuntos do
seu peculiar interesse, como questões concernentes à licença ou perda de cargo por
deputado ou senador, à fixação de subsídios, à determinação de limites máximos das
alíquotas do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias aplicáveis
às operações e prestações, interestaduais e de exportação (CF, art. 155, II, e § 2º, IV), por
proposta de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos senadores.
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Jurisprudência:

A jurisprudência, como componente essencial do sistema jurídico, desempenha um


papel crucial na interpretação e aplicação do direito. Refere-se ao conjunto de
decisões reiteradas dos tribunais sobre questões semelhantes, criando uma espécie
de precedente que orienta futuras decisões judiciais. Esse corpo de decisões contribui
para a estabilidade e previsibilidade do ordenamento jurídico, fornecendo diretrizes e
padrões interpretativos. No contexto legal, a jurisprudência serve como fonte de
autoridade, ajudando a moldar a evolução do direito e a adaptá-lo às mudanças
sociais. A constante análise e discussão de casos pelos tribunais contribuem para a
construção de um sistema jurídico mais coeso e alinhado com os valores da sociedade.

Contudo, é importante destacar que a jurisprudência não é imutável. Ela está sujeita
a revisões e atualizações à medida que novos casos são apresentados e a sociedade
evolui. A dinâmica entre a legislação escrita e a interpretação judicial é um aspecto
fundamental da jurisprudência, refletindo o equilíbrio entre a estabilidade do direito e
sua capacidade de se adaptar a novas circunstâncias.

Além disso, a jurisprudência desempenha um papel significativo na construção da


confiança dos cidadãos no sistema judicial.

Fontes Formais (Não Estatais):

Fontes formais não estatais referem-se a padrões de conduta, regras ou princípios


que não são criados ou impostos pelo governo ou entidade estatal. Essas fontes
podem surgir de diversas maneiras, incluindo tradições culturais, normas sociais,
códigos éticos, diretrizes profissionais, princípios religiosos e outras formas de auto
regulação pela sociedade civil ou grupos privados.

Em contraste com as Fontes Formais Estatais, as Fontes do Direito Não Estatais são
subdivididas em três competências, são elas:
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 Direito Consuetudinário (Costume Jurídico): O direito consuetudinário representa o


conjunto de costumes e práticas inerentes a uma sociedade, comunidade ou grupo, os
quais são reconhecidos como normas jurídicas, embora não sejam formalizados por meio
da escrita ou de processos legislativos. Embora esses comportamentos não se encontrem
codificados, eles são considerados preceitos legais devido ao seu enraizamento histórico
nas práticas de um determinado grupo social, seja ele composto por povos, sociedades,
cidades ou países.

Dessa maneira, é possível afirmar que o direito consuetudinário de uma sociedade pode
estar intrinsecamente relacionado:

- À sua cultura;

- A elementos étnicos e religiosos;

- À sua localização geográfica;

- Aos efeitos da colonização e influência estrangeira.

 Direito Científico (Doutrina): A doutrina desempenha um papel fundamental como fonte


para interpretar e compreender o Direito. Juristas a utilizam como um guia em diversas
atividades, como a redação de pareceres, decisões judiciais e a elaboração de novas
leis. Além disso, seu impacto se estende ao processo de formação da jurisprudência,
que engloba as decisões dos tribunais superiores diante de questões jurídicas
complexas.
 Negócios Jurídicos (Convenções Gerais): Um negócio jurídico refere-se a um evento
jurídico resultante da expressão da vontade de uma pessoa, capaz de originar efeitos
entre as partes envolvidas na negociação

Fontes Materiais ou Reais:

No contexto do direito, o termo "fontes materiais" ou "fontes reais" refere-se aos


elementos ou fatores que influenciam a criação, desenvolvimento e evolução do direito.
Essas fontes estão relacionadas aos aspectos sociais, econômicos, políticos e
culturais que moldam as normas jurídicas. Em contraste com as "fontes formais" do
direito, que se referem aos meios pelos quais as normas são expressas, as fontes
materiais abordam as condições e necessidades reais da sociedade que levam à
formação das leis.
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Por exemplo, as mudanças nas relações sociais, avanços tecnológicos,


desenvolvimentos econômicos e movimentos culturais podem influenciar a
formulação e a modificação das leis. As fontes materiais são, portanto, uma reflexão
das circunstâncias e exigências do mundo real que impactam a evolução do sistema
jurídico.

São Fontes Materiais ou Reais:

• Normas Internacionais: Referem-se a acordos e tratados entre diferentes nações. Essas


normas podem abranger uma variedade de questões legais e tem o objetivo de padronizar
práticas e garantir direitos comuns em uma escala internacional.

• Princípios Gerais do Direito: São conceitos jurídicos fundamentais que formam a base do
sistema legal. Esses princípios são reconhecidos como fontes de inspiração para a
elaboração e interpretação das leis.

• Equidade: Refere-se à busca pela justiça e imparcialidade em situações especificas,


muitas vezes quando as leis existentes podem não abranger completamente as
circunstâncias. A equidade permite que decisões sejam tomadas com base na equidade e
senso comum.

Conclusão:

Ao longo desta análise sobre as fontes formais e materiais do Direito, exploramos as


complexidades que fundamentam o sistema jurídico e a importância desses alicerces
na organização da sociedade. O Direito, como disciplina fundamental, desempenha
um papel crucial na manutenção da ordem e na proteção dos direitos individuais e
coletivos.

Examinamos as fontes formais, destacando a distinção entre aquelas de natureza


estatal e não estatal. As primeiras, provenientes do poder público, como a legislação
do legislativo, e as últimas, emergindo de fontes não vinculadas diretamente ao
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governo, como os costumes e tratados internacionais. Cada uma dessas fontes


desempenha um papel único na criação e estabelecimento das normas jurídicas.

Além disso, exploramos as fontes materiais ou reais do Direito, que representam os


fundamentos subjacentes para a criação das normas jurídicas. Desde a moral até as
necessidades sociais e econômicas, essas fontes materiais fornecem insights valiosos
sobre os motivos e princípios que norteiam a construção do ordenamento jurídico.

Em conclusão, a compreensão profunda das fontes do Direito é essencial para uma


aplicação justa e eficaz das leis. Ao examinar tanto as origens quanto os fundamentos
do Direito, podemos aprimorar nossa apreciação pela complexidade e pela dinâmica
desse sistema vital para a harmonia social. Este trabalho buscou lançar luz sobre
essas questões, proporcionando uma base sólida para a contínua exploração e
reflexão sobre o papel fundamental do Direito em nossa sociedade.

Referencias:
1. PUC-SP. Enciclopédia Jurídica - Fontes do Direito. Disponível em:
<https://enciclopediajuridica.pucsp.br/verbete/157/edicao-1/fontes-do-
direito#:~:text=As%20estatais%20subdividem%2Dse%20em,serem%20fontes%20formais%
20estatais%20convencionais>.
2. Saraiva Educação. Fontes do Direito. Disponível em:
<https://blog.saraivaeducacao.com.br/fontes-do-
direito/#:~:text=As%20fontes%20formais%20podem%20ser,costumes%2C%20doutrinas%2
0e%20neg%C3%B3cios%20jur%C3%ADdicos>.
3. Projuris. Direito Consuetudinário. Disponível em:
<https://www.projuris.com.br/blog/direito-consuetudinario/>.
4. Faz Direito. Significado de Doutrina. Disponível em: <https://fazdireito.blog.br/significado-
de-doutrina/>.
5. BVA Law. Negócio Jurídico. Disponível em: <https://bvalaw.com.br/negocio-
juridico/#:~:text=Um%20neg%C3%B3cio%20jur%C3%ADdico%20consiste%20em,efeitos%
20entre%20as%20partes%20negociantes>.
6. Universidade Presbiteriana Mackenzie. Conheça as Principais Fontes do Direito e Suas
Classificações. Disponível em: <https://blog.mackenzie.br/vestibular/conheca-as-principais-
fontes-do-direito-e-suas-classificacoes/>.
7. Jusbrasil. Fontes Materiais e Fontes Formais. Disponível em:
<https://www.jusbrasil.com.br/artigos/fontes-materiais-e-fontes-formas/1271083785>.

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