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Os tons

do Brasil
Conceitos e práticas pedagógicas

para uma educação antirracista


Os tons
do Brasil
Conceitos e práticas pedagógicas para uma

educação antirracista

Olá! Você está recebendo o material

Os tons do Brasil: conceitos e práticas

pedagógicas para uma educação

antirracista, elaborado e desenvolvido

com o objetivo de auxiliar o trabalho

das temáticas étnico/raciais no

contexto escolar. Nele você encontrará

algumas conceitualizações de termos

importantes à discussão, e também

propostas metodológicas. Tem muitas

sugestões para conhecer, se inspirar  e

colocar em prática! Aproveite!

Daiane Oliveira, Elisama Pereira e

Maria Antonieta Teixeira:

Organizadoras
Os tons
do Brasil A Lei nº 10.639/03
em Foco
Este material surgiu a partir dos pressupostos da Lei n º 10.639/03 refente

a "Obrigatoriedade do Ensino da História e cultura afro-brasileira e

Africana". E portanto, conhecê-la é o passo inicial ao nosso trabalho!

Então, vamos estudar!

Sancionada em 9 de janeiro de 2003;


Os conteúdos referentes à

História e Cultura Afro-Brasileira serão

Inclui no currículo ministrados no âmbito de todo o

oficial da Rede de Ensino a currículo escolar, em especial nas áreas

de Educação Artística e de Literatura


obrigatoriedade da temática da
e História Brasileiras;
História da África e

dos Africanos, a luta dos negros no


Inclui no calendário
Brasil, a cultura negra brasileira e o
escolar o dia 20 de novembro como
negro na formação da sociedade ‘Dia Nacional da Consciência Negra’;

nacional, resgatando a contribuição

do povo negro Em 10 de março de 2008,

foi sancionada a Lei 11.645 que alterou


nas áreas social, econômica e política
a 10.369 incluindo a temática indígena!
pertinentes à História do Brasil;
·

A BNCC E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS


A BNCC privilegiou ou preferiu adensar as questões de cumprimento da

Lei Federal 10.639 nos conteúdos de Língua Portuguesa, Artes e História,

mas aparecem também em Geografia e Ciências (CARTH, s/d, p. 9).


Os tons
do Brasil Cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como
às escolas, em suas respectivas esferas de
Após os marcos Legais que regem o autonomia e competência, incorporar aos currículos
e às propostas pedagógicas a abordagem de temas
trabalho de uma Educação Antirracista, é contemporâneos que afetam a vida humana em
escala local, regional e global, preferencialmente de
preciso apreender os conceitos! Atente-se!
forma transversal e integradora. Entre esses temas,
destacam-se: [...] educação das relações étnico-
raciais e ensino de história e cultura afro-brasileira,
africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e
11.645/2008, Parecer CNE/CP nº 3/2004 e
Resolução CNE/CP nº 1/200422) (BNCC apud

Chuva de
CARTH, s/d, p. 6).

conceitos
PRECONCEITO
É um julgamento negativo e prévio dos membros de um grupo racial de

pertença, de uma etnia ou de uma religião ou de pessoas que ocupam

outro papel social significativo. Esse julgamento prévio apresenta

como característica principal a inflexibilidade pois tende a ser mantido

sem levar em conta os fatos que o contestem . Trata-se do conceito ou

opinião formados antecipadamente, sem maior ponderação ou

conhecimento dos fatos. O preconceito inclui a relação entre pessoas

e grupos humanos. Ele inclui a concepção que o indivíduo tem de si

mesmo e também do outro (GOMES, 2005, p.54).

DISCRIMINAÇÃO
A palavra discriminar significa “distinguir”, “diferençar”, “discernir”. A

discriminação racial pode ser considerada como a prática do racismo e a

efetivação do preconceito. Enquanto o racismo e o preconceito encontram-

se no âmbito das doutrinas e dos julgamentos, das concepções de mundo e

das crenças, a discriminação é a adoção de práticas que os efetivam

RACISMO
(GOMES, 2005, p.55).

O racismo é, por um lado, um comportamento, uma ação resultante da

aversão, por vezes, do ódio, em relação a pessoas que possuem um

pertencimento racial observável por meio de sinais, tais como: cor da pele,

tipo de cabelo, etc. Ele é por outro lado um conjunto de idéias e imagens

referente aos grupos humanos que acreditam na existência de raças

superiores e inferiores. O racismo também resulta da vontade de se impor

uma verdade ou uma crença particular como única e verdadeira (GOMES,

2005, p.52).
Os tons
do Brasil RAÇA
Para Munanga (2003) o conceito de raça, que era usado na biologia, começou a ser

adotado na tentativa de dividir a sociedade em classes, como um modo de

representar a classe social na Europa. E com a descoberta dos povos africanos

esse termo passou a classificar a humanidade segundo uma única característica

física, a cor da pele.  O Movimento Negro e alguns sociólogos, quando usam o termo raça, não o fazem

alicerçados na ideia de raças superiores e inferiores, como originalmente

era usada no século XIX. Pelo contrário, usam-no com uma nova interpretação, que se baseia na dimensão

social e política do referido termo. E, ainda, usam-no porque a discriminação racial e o racismo existentes na

sociedade brasileira se dão não apenas devido aos aspectos culturais dos representantes de diversos grupos

étnico-raciais, mas também devido à relação que se faz na nossa sociedade entre esses e os aspectos físicos

observáveis na estética

corporal dos pertencentes às mesmas (GOMES, 2005, p. 45) Nesse contexto, podemos compreender que as

raças são, na realidade, construções sociais, políticas e culturais produzidas nas relações sociais e de poder

ao longo do processo histórico (GOMES, 2005, p. 49).

Baú de ideias
Ao pensar uma prática, o docente faz um exercício de englobar as teorias à seu fazer
pedagógico, construindo uma relação dialógica. Assim, sua ação deve estar ligada a uma
reflexão, relacionando as bases teóricas e o campo de atuação. Esse constante movimento,
possibilita que @ professor(a) tenha participação ativa na elaboração de metodologias,
explorando seu potencial criativo a medida que reflete, reorganiza e portanto, atua em sua
realidade.
A fim de alcançar uma Educação Antirracista, esse processo é dinamizado por elementos que
rompem com a estrutura desigual da Sociedade, uma vez que oportuniza aos educandos,
experiências com as diferentes culturas afro-brasileiras e africanas. As quais, ganham espaço
e representação em sala de aula, o que, por sua vez, promove aos sujeitos do contexto, uma
aprendizagem significativa, além de contribuir com uma Educação justa e igualitária.
Com tal intuito, este material sugere algumas ferramentas de trabalho, para que a partir delas,
você crie muitas outras! Aproveite! E não deixe de conferir os links com vídeos e
documentários!

baú tem
Ne st e
t ó rias...
h is
Muitas obras da literatura infantil  podem ser

m ui ta s trabalhadas com as temáticas étnico-raciais.

Apresentaremos a seguir alguns títulos e

descrição. Use e abuse dessas lindas histórias!


Os tons
do Brasil
Menina bonita do laço de fita
Autora: Ana Maria Machado/ Ilustrações: Claudius
Editora: Ática, 2000.

Um coelhinho branquinho se encanta por uma menina bonita do laço de fita. Ele
faz de tudo para ficar pretinho como ela. O que ambos vão aprender depois de
muitas tentativas, é que não tem jeito ... Mas no fim o coelhinho terá uma bela
surpresa!

O menino Nito
Autora: Sonia Rosa/ Ilustrações: Victor Tavares
Editora: Pallas, 2004.

A história do menino Nito e sua dúvida se homem pode ou não pode chorar...

Bruna e Galinha D'Angola


Autora: Gercilga de Almeida/ Ilustrações: Valeria Saraiva
Editora: Padrão, 2001

A autora escolheu muito bem a bela imagem-símbolo da galinha d'Angola


para com ela encantar crianças e adultos. O livro conta a história de como a
terra ficou segura - e de como Bruna e suas amiguinhas da grande aldeia
chamada Terra se afeiçoaram à Conquém, na beleza de sua pele escura
pintada de pequenas bolas brancas.

Princesa Arabela, mimada que só ela!


Autor; Mylo Freeman
Editora: Ática, 2008

O que dar de presente para uma princesinha mimada que tem muito mais do que precisa? A rainha
pergunta a Arabela o que ela quer ganhar de aniversário. Ora, simplesmente um elefante de verdade!
Assim, os pais da pequena tirana movem mundos e fundos para atender tal capricho. Mas, por fim, o
próprio “bichinho” de estimação vai ensinar a Arabela que ela não é a única pessoa do mundo cheia de
vontades... Por meio de uma narrativa engraçada e levemente irônica, Mylo Freeman mostra ao pequeno
leitor como o excesso de mimo e extravagâncias consumistas não são tão interessantes quanto podem
parecer à primeira vista.
Os tons
do Brasil O cabelo de Lelê
Autora: Valéria Belém
Editora: IBEP, 2007.

Lelê não gosta do que vê. 'De onde vêm


tantos cachinhos?', ela vive a se perguntar. E essa resposta ela encontra num
livro, em que descobre sua história e a beleza da herança africana.

Tanto, tanto!
Autora: Trish CookeI/ lustração: Helen Oxenbury
Editora: Ática, 1997.

Uma família negra americana se prepara para uma festa especial. Entre os
preparativos e a chegadas dos convidados, todos se divertem brincando com o
neném. A obra não aborda especificamente a questão étnica, sendo esse o seu
grande diferencial. A ideia é abordar a presença desta família negra com todas
suas especificidades de modo natural, assim como é frequente a presença de
famílias brancas em livros infantis.

Adamastor, o pangaré
Autora: Mariana Massarani
Editora: Melhoramentos, 2001

O menino Joaquim está muito bravo, pois a mamãe dele vai ter um bebê. Uma
menina! E ele queria ter um irmãozinho para brincar com ele... Emburrado,
Joaquim se tranca no quarto e inventa o cavalo Adamastor para lhe fazer
companhia. É muito divertido. O melhor é quando a irmãzinha nasce e
Joaquim descobre que também pode brincar com ela!

Krokô e galinhola- um conto africano


Autora: Maté
Editora: Brinque Book, 2008

Este livro conto maravilhoso, nos faz pensar que, mesmo sendo diferentes fisicamente,
podemos ter a mesma origem! Leitura instigante e interessante, ideal desde a Educação
Infantil!
Os tons
do Brasil E muito mais...

Que cor é a minha? Martha Rodrigues, 2006


Quero colo! Stela Barbieri e Fernando Vilela, 2016
O que há de África em nós? Wlamyra Albuquerque e Walter Fraga, 2013
Kalinda, a Princesa que Perdeu os Cabelos, e Outras Histórias Africanas.
Celso Sisto, 2016

Minha família é colorida. Georgina Martins, 2015


A menina que bordava bilhetes. Lenice Gomes, 2008

ra de brincar!
Ho ATENÇÃO!
s d e lado?
b rin c adeira
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Brincadeira Terra-Mar
Adaptação de uma brincadeira popular de Moçambique
Terra
Esse brincadeira é bem simples, temos uma variação dela no conhecido
Vivo-Morto. O instrutor faz uma linha comprida ao meio, de uma lado
escreve MAR e no outro TERRA. As crianças ficam em fila próxima a
linha. O líder, que pode ser tanto @ professor/a ou algum aluno/a deve
falar TERRA ou MAR, e os integrantes vão para o lado que a pessoa
disser. Aqueles que se confundirem, saem do jogo naquela rodada. Mar
Os tons
do Brasil
Brincadeira Meu querido bebê
Adaptação de uma brincadeira popular da Nigéria

Escolhe-se uma criança para sair da sala por um tempo curto. Enquanto isso,
outra criança é escolhida para ser o BEBÊ, devendo deitar no chão. O instrutor
usando um giz de quadro, faz o contorno da criança, em seguida esta se levanta
e se mistura às outras. A criança que estava fora retorna e deve adivinhar de
quem é aquele contorno. Conforme acerta, a criança faz pontos, e no fim, o grupo
pode criar uma tabela de pontuação.

Brincadeira Banyoka
Adaptação de uma brincadeira da Zâmbia e do Zaire, que imita o rastejar da Banyoka
(cobra).

Defina uma linha de largada e outra de chegada, em seguida, separe as crianças em 2 ou 3


equipes. Cada grupo deverá setar-se no chão em fila indiana, as pernas afastadas e os
braços segurando na cintura do colega da frente. Cada BANYOKA (cada equipe) deve se
arrastar até a chegada, vence a BANYOKA que chegar primeiro.

Chegada
Fonte: IBGE- Educa | Professores | Brincadeiras Africanas
Link: https://educa.ibge.gov.br/professores/educa-atividades/20780-jogos-e-brincadeiras-africanos-2.html

São muitas as brincadeiras de origem africana ou afro-brasileiras! Débora Alfaia da Cunha e


Cláudio Lopes de Freitas (2010) organizaram uma apostila muito bacana com muitas destas
brincadeiras. Tem jogos de correr, de atenção, de força e muitos outros! E o mais legal,
você pode fazer o download acessando o link abaixo:
https://www.geledes.org.br/wp-content/uploads/2015/11/Apostila-Jogos-infantis-
africanos-e-afro-brasileiros.pdf

Conheça também a
Amarelinha africana Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=fI3xcXp0pJU

Todas as brincadeiras devem ser contextualizadas, se possível, faça

uma roda de conversa com as crianças, abordando a origem delas e

igualmente amplie os conhecimento levando informações sobre a

cultura africana e afrodescendente. Associe os conteúdos às

brincadeiras, promova pesquisas, projetos... São muitas possibilidades!


Os tons
do Brasil Brincadeiras Musicais...

A canção "Escravos de Jó" é bastante conhecida, mas você já fez alguma brincadeira musical
utilizando o seu ritmo? Se ainda não, está na hora! Temos algumas sugestões:
1- Com essa canção, dá para fazer uma grande roda  e os pulos serão ritmados pelas vozes.
Lembrando de fazer variações nas partes que se repetem, como pular no lugar, pular para a dentro
ou para fora.
2- A segunda versão para o trabalho com esta música é a utilização de canecas ou chocalhos que
serão batidos no chão, passando de mão em mão em uma grande roda ou pequenos grupos. Se
achar melhor, divida em pequenos grupos e junte a turma toda no final. E para as crianças
maiores, aumente a velocidade da musica para dificultar.
3- Pulando bambu! Essa variação é muito interessante, uma brincadeira dos pulos com bambu,
cabo de vassoura ou elástico. De modo ritmado, 4 crianças formam um "X" sentados ao chão,
segurando a ponta de 2 bambus (que podem ser substituídos por elásticos)e devem abrir e fechar os
braços de acordo com o ritmo. As demais crianças pulam dentro e fora das linhas, conforme o
ritmo da música. Acesse o link abaixo e veja como é bacana! 
Link: https://www.youtube.com/watch?v=x6tLyg2oiVY

O grupo Palavra Cantada tem uma música chamada "África",

além de linda, tem uma letra incrível! Que tal conhecer???

África Fica a dica...


Quem não sabe onde é o sudão
Que tal fazer uma roda africana com esta
Saberá
canção? Para os pequenos, construir
A Nigéria o Gabão

Ruanda
instrumentos para musicalizar a roda é super

Quem não sabe onde fica o Senegal divertido!

A Tanzânia e a Namíbia Você pode levar algumas imagens sobre os

Guiné Bissau?
lugares descritos na música e algumas
Todo o povo do Japão
informações. Dá para montar um mapa com
Saberá
símbolos dos países, confeccionar jogos,
[...]
uma pesquisa bem elaborada sobre os

Entre o Oriente e ocidente países do Continente africano e até mesmo

Onde fica? cartazes cheios de conhecimento! Lembre-


Qual a origem de gente?
se de problematizar com as crianças sobre o
Onde fica?
que conhecem da África, e principalmente,
África fica no meio do mapa do mundo do
a relação do nosso país com este
Atlas da vida
Continente tão rico!
Áfricas ficam na África que fica lá e aqui

África ficará

[...]

Palavra Cantada (2011).


Acesse: https://www.youtube.com/watchv=yGv47mv7874
Os tons Muitos tons!
do Brasil Essa canção é um ótimo ponto de partida para
Outra canção linda que pode ser trabalhada em sala, é do cantor
valorização das diferenças! Nós somos todos
e compositor Marcelo Jeneci... Leia e escute acessando o link
diferentes e isso não pode deixar ser
abaixo!
mencionado, nem deixar de ser valorizado!

Cada aluno tem uma cultura, uma etnia, uma

Só Eu Sou Eu história, e você pode contribuir para que sua

sala de aula seja espaço que oportuniza as

Tem muita gente tão bonita nessa terra diferentes experiências! 

Nas minhas contas são sete bilhões As trocas e novos conhecimentos produzem

Mais eu aprendizados amplos que vão além dos

Tem Ronaldinhos e rainhas da Inglaterra conteúdos, alcançando os contextos de seus

Mas nada disso muda que só eu sou eu alunos.

Só eu sou eu Criar projetos nos quais um membro da família

Só eu sou eu vai até a escola contar algo, ou propor uma

Além de mim não tem ninguém que seja eu pesquisa com pessoas desconhecidas,

Só eu sou eu entrevistas com funcionários do contexto

Só eu sou eu escolar ou fazer uma visita a alguém que

[...] conhece muito sobre uma cultura, são boas

Vem cá, menina maneiras de possibilitar experiências... 

Vem brincar comigo

Que outra criatura igual jamais nasceu

Vem cá, menino

Vamos lá, juntinhos A dança que nos move


Ainda bem que a gente é

Você e eu Você conhece o Maracatu? É uma


Você e eu dança cultural da Região Nordeste do

Você e eu Brasil, é afro-brasileira que fala sobre reis

E cada um é cada um e rainhas negras e um belo cortejo feito a

E cada eu eles. Tem muitos personagens e um ritmo

Você e eu bem característico ao som de tambores...

Você e eu Há algumas variações dessa dança, o

E cada um é cada um Maracatu Rural, Maracatu Nação,

E cada eu Maracatu do Baque virado e o Maracatu

do Baque solto. Vale a pena conhecer e

levar para que seus alunos conheça! Que


Compositores: Marcelo Jeneci / Arthur Rosenblat Nestrovksi (2013)
tal uma oficina de dança com Maracatu? 
Acesse: https://www.youtube.com/watch?
v=U6cdri1MxeA&feature=youtu.be
Acesse: Curta! Danças Regionais -

Maracatu de Baque Virado - Aline

Valentimhttps://www.youtube.com/watc

h?v=iF4j747M8Hg&t=44s
Os tons
do Brasil
Estudando e
Aprendendo...
Outros materiais sobre o tema, abordam a discussão de maneira

mais profunda para seu estudos, e nós separamos aqui algumas

sugestões. Não deixe de conferir!

Cadernos do MEC
• Ações Afirmativas e Combate ao Racismo nas Américas

• Educação anti-racista : caminhos abertos pela Lei Federal n º


10.639/03

• Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações

Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e

Africana

• Orientações e Ações para Educação das Relações Étnico-Raciais

• Superando o Racismo na Escola

A cor da cultura
A Cor da Cultura é um projeto educativo de valorização

da cultura afro-brasileira, fruto de uma parceria entre o

Canal Futura, a Petrobras, o Cidan - Centro de Informação

e Documentação do Artista Negro, a TV Globo e a Seppir -

Secretaria especial de políticas de promoção da

igualdade racial. O projeto teve seu início em 2004 e,

desde então, tem realizado produtos audiovisuais, ações

culturais e coletivas que visam práticas positivas,

valorizando a história deste segmento sob um ponto de

vista afirmativo.

Disponível em: < http://www.acordacultura.org.br/>


Os tons
do Brasil Fique atento!!!
O trabalho com a temática das relações étnico-raciais é um processo de ruptura com o
racismo estrutural que rege nossa sociedade e está impregnado na cultura brasileira
como consequência do triste passado. Nossa tarefa, é reconhecer isso e agir contra, em
nosso dia-a-dia em uma luta diária que envolve mudanças individuais e pouco a
pouco, coletivas! O intuito é a valorização de uma cultura que por muito tempo foi
apagada, minimizada...
Muitas vezes, nós reproduzimos uma violência silenciosa , seja em ações simples ou
nos silêncios das respostas. Portanto, fique atento e busque uma prática voltada a uma
educação antirracista, justa e igualitária!

No universo infantil, os lápis de cor são bastante usados. Verde,

amarelo, vermelho, rosa... e o lápis "cor de pele"! Opa! Cor da

Este material chegou ao


pele de quem? Não temos somente uma cor de pele e portanto,

não será somente uma cor que deve ser chamada assim, não é

mesmo? Sempre que presenciar alguma criança utilizando o


fim, mas nosso trabalho
termo, faça uma intervenção problematizadora, a fim de
só está começando! Use
possibilitar uma reflexão e mudança de atitude! Outra coisa, todas suas habilidades
valorize o uso de diversas cores para colorir peles, como para colocar em prática
marrom, preta, amarela, laranja...
tudo o que aprendeu.
Você vai se sair muito
Dizer negro ou negra, cabelo crespo é válido e correto! Mas

evite usar expressões depreciativas como "a coisa tá preta!",


bem! Até a próxima!
"cabelo bom ou ruim" 

Evite usar somente imagens ou personagens padronizados ,

como anjo da pele branco de olhos azuis, princesas loiras e

bruxas com cabelos crespos. Sempre que possível, utilize

personagens negros ou pardos em sua decoração, em suas

aulas!

Apesar de toda a nossa diferença, é preciso que as crianças

saibam que somos iguais perante a Lei e que todos temos

direitos. Incentive sempre o respeito, a reflexão sobre os atos e

autonomia de suas crianças!

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