Aproveitamento

Energético a partir da
Biomassa Discentes:

Alexandre Sanchez Dib 9013095

Bruno Aguiar Nogueira 8957541
Caroline Mathi 8126620
Eduardo Tsujita 8508309
Flávia Prado Brocchi 8957475
Josefina Dib 8957496
Maria Julia C. D. Salvia 9013101
Pedro Henrique F. P. B. Faraco 8066610
Tatiane Lopes Molezini 8957666

DOCENTE: Prof. Dr. Frederico Fábio Mauad

1. HISTÓRICO DA
BIOMASSA
- 13% da matriz energética

- 2,4 bilhões de pessoas (CGEE)

- Etapa inicial (1975-1979)

- Etapa de afirmação (1979-1986)

- Etapa de estagnação (1986-1995)

- Etapa de redefinição (1995-2000)

- Fase atual
2. Panorama Mundial
 Consumo mundial de biomassa (madeira)
em 2005

Fonte: MAUAD; TRINDADE; FERREIRA (2017)

 Produção de energia da biomassa nas
principais regiões do mundo

Fonte: WEC, 2016

 Suécia

Fonte: WEC, 2016

 Previsão do cenário de biocombustíveis
em 2060

Fonte: WEC, 2017

3. Panorama Nacional
Panorama Nacional

World Energy Council (WEC) (2014): Brasil - 2º maior país produtor de

energia de Biomassa (7,3% da produção mundial)

Grande potencial de crescimento - recursos (cana/eucalipto) favoráveis, mão

de obra, industrialização

Reestruturação do setor elétrico (2004)

 Biomassa no Brasil

Fonte: MAUAD; TRINDADE; FERREIRA (2017)

Biocombustíveis no Brasil

1970 - Início produção de biocombustíveis - Desenvolvimento

tecnológico do setor de transportes (WEC, 2016).

Carros flex (2003)

Avanços na agricultura, bioquímica e geração de energia

 Brasil - mais de 30% produção mundial de etanol

Fonte: www.bioenergyinternational.com (2016)

 Etanol - Cana (Brasil) x Milho (EUA)
Parâmetro Brasil EUA
Fonte principal Cana Milho

Produção total 5573 13900

(2011) (US Gallon)

Área plantada (2006) 3,6 (1%) 10 (3,7%)

(Milhões de ha)

Produtividade (L/ha) 6800 a 8000 3800 a 4000

Produtividade energética 8,3 a 10,2 1,3 a 1,6

Custo (US$/US Gallon) 0,83 1,14

Fonte: Goettemoeller, Jeffrey (2007)
 Hidrelétrica Gás Natural Biomassa Renováveis

2015 61% 9% 7% 75,5%

2016 64% 8,1% 9,4% 82,7%

Fonte: Ministério de Minas e Energia (2017)

 Biogás?

Biogás - 0,1%

Biomassa:
Bagaço - 67% do
total
Fonte: Ministério de Minas e Energia (2017)
4. PRINCÍPIOS DE
FUNCIONAMENTO DA
ENERGIA POR BIOMASSA
O Que É Biomassa?
Porque É Renovável?
 Classificação da biomassa:

● Sólida

● Líquida

● Gasosa (biogás)
 Técnicas para conversão e aproveitamento
energético da biomassa:

Pirólise

Transesterificação
Combustão
Gaseificação

Fermentação

Degradação anaeróbia
 Pirólise

- Biomassas sólidas:
lenha, resíduos sólidos
urbanos etc

- Produto convertido ->

Combustão
 Gaseificação

- Biomassa sólida ou líquida

- Produto final ->

Turbinas, combustão interna,

termelétricas
Degradação anaeróbia

- Ação de microrganismos
(bactérias);

- Processo natural favorecido no

biodigestor;

- Biogás gera ~ 5.500 kcal/m³.

 Transesterificação
- Conversão de óleos
vegetais em
produto com
potencial
energético;

- Matéria-prima
vegetal de diversas
origens ( pode ser
usada em todo o
país).
Fermentação

- Outro processo natural

com produto
energético;

- Conversão do açúcar
em álcool pela ação de
microrganismos
(leveduras).
5. Avanços tecnológicos
5.1. BIOGÁS (GASOSO)
5.2. BIODIESEL (LÍQUIDO)
5.3. LENHA (SÓLIDO)
BIOGÁS
 Produção de biogás a partir da vinhaça

● Subproduto da produção da
cana-de-açúcar;

● Proporção: 15L de vinhaça para cada

litro de etanol gerado;
 Produção de biogás a partir da vinhaça

● Princípios da Ecologia
Industrial: Equilíbrio de
circulação de massa e
energia e energia ao
longo de todo o ciclo do
processo produtivo;
 Produção de biogás a partir da vinhaça

● Contribuição para mitigação de impactos ambientais causados pela vinhaça:

○ Altas temperaturas;
○ pH ácido; Eutrofização de corpos d’água
○ Corrosivo; Contaminação de solos
○ Elevada quantidade de nutrientes;
○ Elevado teor de matéria orgânica.
Processo de obtenção da vinhaça

● Fermentação do tipo Alcoólica:

leveduras alimentam-se dos açúcares
presentes, transformando a glicose em
etanol, gás carbônico e vinhaça;
● Destilação fracionada: O etanol é
separado da vinhaça por diferença de
densidade;
● Biodigestão: estabilização da vinhaça,
onde compostos orgânicos são
convertidos em gás metano.
Atividade metabólica no biodigestor

Fonte: AQUINO & CHERNICHARO et al.

2005.
 Funcionamento do biodigestor - Reator
UASB

Fonte: SAMAE, 2016

Biodigestor
● Inóculo: Esterco bovino (VAZOLLER, 1997);

● Condições: Termofílicas (FARIA, 2014);

● Eficiência de remoção de DQO: 50-90% (FARIA, 2014);

● TDH: 7-20 dias (FARIA, 2014);

● Produção de 16,5 L de biogás com 55% de metano para cada litro

de vinhaça (PINTO, 1999);

● Para 165.800 m³ de safra, pode-se obter 5.000 MWh/mês

(MORAES, 2014).
Potência gerada
P=LHV / fv.(EDQO . QV . CDQOv) . (ΩCH4)

Onde:
P: Potência [kJ/h];
LHV: Poder calorífico inferior;
fv: Fração volumétrica de metano no biogás;
EDQO: Eficiência de remoção de DQO;
Qv: Vazão volumétrica de vinhaça [ m³/h];
CDQOv: Teor de DQO na vinhaça [kg/m³];
ΩCH4: Produção de CH4 por DQO removida [Nm³/kg].
BIOGÁS
Resíduos Pecuários
 Produção de biogás a partir dos
resíduos pecuários
● Subproduto da produção de carne Tipo de Média de Grupos de Produção de Teor de
Animal produção de animais biogás (m³/t metano no
bovina, de frango e suína dejetos de matéria biogás (%)
(kg/dia) seca)
dejetos animais. Bovinos 10,00 Bovinos 270 55

● Atividade muito presente no Brasil Suínos 2,25 Suínos 560 50

(2020): 44,5% carne bovina, Equinos 10,00 Equinos 260 variável

48,1% carne de frango e 14,2 % Aviários 0,18 Ovinos 250 50

carne suína (IPEA, 2012).

Aves 285 variável
Fonte: Sganzerla, 1983.

AVANÇOS TECNOLÓGICOS: medida mitigadora: produção de biogás e biofertilizante. 1.Viabi-

lidade econômica em pequena escala; 2. Área rural (descentralizado); 3. MDO + simples.
 Funcionamento do biodigestor - Dejetos Suínos

● Sistema contínuo de biodigestor;

● V ÚTIL = 496 m³;
● Condições: Termofílicas;
● TDH: 35 dias ;
● Produção de 6,1 L/dia de dejetos por
suíno de 91 kg (Produção global de
14,03 m³/dia).

Fonte: Cervi, 2010.

 Fluxograma do sistema biointegrado -
Biogás ● Produção de biogás 0,799 m³/dia.suíno de
91 kg (Produção global de 1.837,7 m³/dia ) .

Pglobal = 1837, 7 . 365 = 670.760,5 m³/ano.

● Consumo de biogás
CAB = CEB . T = 22 m³ /h . 3276 h/ano =
72.072 m³/ano (10,74% do produzido).

Onde: CAB - consumo anual de biogás, m³/ano; CEB - consumo específico de biogás pelo
conjunto motor-gerador, m³/h ; e T - disponibilidade anual da planta.ta, h/ano.
Fonte: Cervi, 2010.
Obs.: 10,5 h/dia, das 7 às 17:30, e 26 dia/ mês (3276 h/ano).
Fonte: Cervi, 2010.
BIODIESEL
 Produção de biodiesel a partir de óleos
● Subprodutos da produção de sementes e polpas, como o girassol, a soja e a mamona.

AVANÇOS TECNOLÓGICOS: contribuição para mitigação de impactos ambientais com a introdução obrigatória
do biodiesel, reduzindo o uso de combustíveis fósseis.

1. Até 2020: B20 ( Lei 11.097/05 - estabelece % mínimos de mistura de biodiesel ao diesel).
2. Mais de 2.500 postos já vendem biodiesel (B2).
3. Novas oleaginosas: 6000 L/ha x culturas tradicionais: 600 L/ha ( rotas tecnológicas).
4. Novos processos transesterificação (biodiesel etílico > metílico) e aproveitamento de resíduos. (glicerina).

Fonte: MME, 2006.

Produção de biodiesel a partir do óleo do girassol

● Subproduto da produção do
girassol.
● Óleo de Girassol: 438 L/ha.

Fonte: Viana, 2008.

● Reação química de transesterificação: óleo de

sementes/polpas com um álcool e um catalisador
1000 L óleo : 200 L etanol : 1% de catalisadores (soda)
● Tempo reacional: 30 minutos (98% conversão - etanol e soda).
B50: ½ biodiesel + ½ óleo > melhor desempenho; B5: obrigatório.
LENHA
 Obtenção da lenha a partir da madeira
da lenha a partir da madeira
AVANÇOS TECNOLÓGICOS: contribuição para mitigação de impactos ambientais com a sua
substituição por outras fontes mais renováveis e rentáveis, já que é um dos responsáveis por gases
do efeito estufa e ainda é a terceira fonte de energia mais utilizada:

1. Aumento da utilização do biogás a partir do biogás e biodiesel.

2. Substituição:lenha por briquetes/pellets com maior valor calorífico.

Fonte: EPE, 2004.Fonte: EPE, 2007

Aproveitamento da Lenha x Briquete
● Combustão: 94% do seu valor calórico é perdido no uso doméstico e o uso ineficiente representa um
encargo de 30% no balanço energético.
● Pirólise: queima da madeira a temperaturas 160 a 430 Graus, na ausência de ar. Essa queima produz
gases e ácido pirolígneo ( que pode sofrer mais uma reação para a extração metanol, acetona e ácido
acético).
● Outros agravantes: emprobrecimento do solo pelo plantio de eucalípto sem consórcio com outras
plantas; cineol (substância do eucalípto tóxica); riscos ocupacionais de acidentes do corte da madeira.
● BRIQUETES x LENHA: 17 GJ/t X 4,5 GJ/m³ (11,25 GJ/t).
6. Estudos de caso
Obtenção de energia elétrica por meio
do bagaço da cana-de-açúcar

Usina Cerradinho Açúcar e

Álcool S.A.
Catanduva - SP
 Obtenção de energia elétrica por meio
do bagaço da cana-de-açúcar

Geração de
energia térmica e
mecânica

Bagaço como
combustível
 Obtenção de energia elétrica por meio
do bagaço da cana-de-açúcar

Apenas cerca de 20% do setor sucroalcooleiro operam

com equipamentos de média a alta eficiência energética

No Brasil

Baixa eficiência: 8 - 15 % do bagaço não é queimado

FONTE: Equipav.
 Obtenção de energia elétrica por meio
do bagaço da cana-de-açúcar

Usina Cerradinho

Autossuficiente na
produção de energia para
consumo próprio

Safra 2008
Obtenção de energia elétrica por meio
do bagaço da cana-de-açúcar
 Obtenção de energia elétrica por meio
do bagaço da cana-de-açúcar
Com o reaproveitamento do resíduo de bagaço realizado
pela Usina Cerradinho:

Destinação de um tipo de Não há necessidade de

resíduo consumo de energia elétrica
externo (menor consumo de
matéria-prima para obtenção
de energia e menores gastos
Aproveitamento do potencial financeiros)
energético do bagaço
Lucro com a venda dos
excedentes de eletricidade
 Querosene de aviação feito a partir de
biomassa celulósica

● Parceria entre a Azul, Amyris, GE e EMBRAER .

● Utiliza-se preferencialmente resíduos de outros processos, como bagaço de cana,
algas, cavaco de madeira.
● Em uma primeira etapa ocorre a pirólise do material, formando o bio-óleo.
● O bio-óleo é hidrogenado formando hidrocarbonetos de cadeia longa (C20 - C32 ).
● Cracking dos hidrocarbonetos para a obtenção de compostos C12 - C16
● Preço atual de QVA: US$2,08/L ; preço “bio_QVA”: US$8/L
● Combustível final atende a especificação D7566 ASTM para combustíveis Jet 1
Emite cerca de 60% menos GEE’s em relação ao QVA
Processo convencional
Fast Pirolysis Process
No questions???
No dúvidas???
Todos understand???
Obrigado!!