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Draft de Projecto Matilde Pessane
Draft de Projecto Matilde Pessane
INTRODUÇÃO
O sector administrativo e Financeiro muita das vezes caracteriza como o seio e foco da empresa,
e por isso, tem sido o sector mais sensivel pelo facto de transmitir a relação monetaria em
operações transacionais com os dififerenres provedores (Clientes, credores, fornecedores,
trabalhadores, devedores, sócios, accionistas e entre otros).
Todo sector administrativo de uma entidade, tem o caractér imperioso no ambito de elaboração e
apresentar Demonstrações Financeiras (DF’s) para o conhecimento e o consumo aos respectivos
(usuários) desta informação. Assim como, após a verificação destas informações, claro que os
usuários, na pessoa de sócios pode solicitar uma auditoria de modo que veja as contas da
entidade, e assim ver em que estágio o seu investimento está. Portanto, cabe ao auditor emitir
parecer sobre os demonstrativos, sendo que esse parecer é o elemento fundamental que torna as
informações prestadas em documentos de alta confiabilidade.
Nesse sentido, a auditoria mostra seu papel e sua tamanha importância para o bom desempenho
de qualquer entidade, através de normas e técnicas, que foram sendo desenvolvidas e elaboradas
baseadas em princípios éticos. É salutar que a auditoria desenvolva suas actividades pautadas e
em consonância com a estrutura administrativa da empresa, todavia cada uma tem sua
singularidade e seu espaço dentro da entidade. Ou seja, a auditoria não substitui a função
administrativa, nem vice versa.
De forma sintética, pode-se definir auditoria interna como o levantamento de procedimentos e
rotinas dentro de uma entidade. A actividade de auditoria interna baseia-se em controlar as áreas-
chaves dentro das empresas, evitando supostas fraudes, desfalques e subornos, mediante testes de
auditoria, que serão aplicados pelo profissional da contabilidade e foram estruturados e
fundamentados na necessidade que os usuários das informações contáveis objectivam. O
contador agrega credibilidade e confiabilidade ao emitir seu parecer sobre a situação económica
e financeira da entidade. Para que possa desenvolver um excelente trabalho, o auditor interno
precisa do apoio da administração e dos executivos das entidades.
Portanto, com o propósito de obter o possível resultado, vamos apresentar o tema a indagar de
forma a observar e acreditar na importância da auditoria, e assim quais são os seus pressupostos
para o alcance dos objectivos almejados pelos detentores de capital.
Segundo o Marconi e Lakatos (2003), “delimitar a pesquisa e o tema é estabelecer limites para a
investigação. A pesquisa pode ser limitada em relação ao assunto, a extensão, e a uma série de
factores”.
Por vezes, nem sempre há necessidade da delimitação, pois o próprio assunto ou o tema e os seus
objectivos podem estabelecer limites.
Nestes moldes, pretendemos focar a empresa MOGAS, com a sede em Maputo e sucursal na
cidade de Nacala Porto, Província de Nampula. Onde a sua actividade é comercial, dedica-se na
venda de gás e outros.
I.2. Problematização
Perante este contexto é feita a seguinte questão de pesquisa: Qual é importância da auditoria
interna no processo de tomada de decisão na Mogas, Nacala?
I.3. Justificativa.
Para GIL (2002), a justificativa trata-se de uma apresentação inicial do projecto. Que pode
incluir factores que determinam a escolha do tema, sua relação com experiência profissional ou
académica do autor, assim como sua vinculação à área temática.
No meio de muita concorrência empresarial, sempre torna-se imprescindível criar uma visão
estratégica no processo de seguimento da actividade económica para a sustentabilidade da
empresa tendo em vista que, pode ocorrer falha nos controlo interno aplicada na gestão
empresarial, levando a ocorrer erros e fraudes e o não cumprimento das normas contabilísticas e
financeiras. Um dos instrumentos muito utilizados para fazer frente à possibilidade de ocorrerem
procedimentos divergentes do previsto é a auditoria interna que actua fortemente em busca da
conformidade e consistência nas suas aplicações contabilísticas e financeiras. Por conseguinte, a
auditoria interna é uma ferramenta que garante o cumprimento dos objectivos traçados pela
gestão empresarial (sócios, gestores, accionistas, e outros usuários da informação financeira), no
que tange o futuro da empresa. É com base nesse principio que o presente trabalho pretende
aferir a importância do auditor interno no processo da tomade de decisão para as empresas, neste
caso tangente a Mogas Nacala Porto.
I.4. Objectivos
De acordo com Pillet (1999), objectivos consiste numa descrição clara dos resultados que
desejamos alcançar com a nossa actividade.
Dando face às seguintes questões já abaixo colocadas para dar o comprimento a problematização
do tema, estão formadas algumas questões que vão colaborar na obtenção das possíveis soluções
e respostas, de modo a alcançar o devido objectivo.
I.5. Hipoteses
Na visão de Cervo e Bervian (1996:26), consiste na suposição de uma causa ou de uma lei
destinada a explicar provisoriamente um fenómeno até que os factos venham contradizer ou
afirmar.
……..
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1
Contabilidade Financeira.
2
Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial em Moçambique, aprovado pelo Decreto 70/2009, de 22 de
Dezembro, diz que são uma representação estruturada da posição financeira e do desempenho financeiro de uma
entidade. O objectivo das demonstrações financeiras consiste em proporcionar informações sobre a posição
financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa de uma entidade que seja útil a um conjunto alargado de
utilizadores quando tomam decisões económicas.
3
Contabilidade Financeira – Definição do KWHS.
Para o Almeida (2012), “A auditoria é o exame de demonstrações e registros administrativos. O
auditor observa a exatidão, integridade e autenticidade de tais demonstrações, registros e
documentos”.
II.2.2. Activo
Este conceito é conjugado com o manual do Sistema de Contabilidade para o sector empresarial
em Moçambique, aprovado pelo Decreto nº 70/2009, de 22 de Dezembro.
II.2.3. Custos
Para Martins (2000), é o gasto necessário para fabricar os produtos da empresa, é o gasto relativo
ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Portanto, o custo também é
um gasto. Só que reconhecido como tal, isso é como, custo, na efectiva utilização como insumo
de produção, para a fabricação de um produto. Conjugando com o Padoveze (1997), onde diz
que são os gastos, não investimentos, necessários para fabricar os produtos da empresa. São os
gastos efetuados pela empresa que farão nascer os seus produtos.
4
Lopes (2017:140)
Morais e Martins (2013) afirmam: “A independência permite que os auditores internos emitam
juízos imparciais e sem preconceitos, o que é essencial para a adequada realização das
Auditorias.”
Moeller (2009, p. 274) citado por Madeira (2013, p. 15) afirma, “[a]n internal audit charter is a
formal document […] to describe the mission, independence, objectivity, scope, responsibilities,
authority, accountability, and standards of the internal audit function for an enterprise”.
5
Tribunal de Contas (1999) – Manual de auditoria e de procedimentos;
II.2.7.2. Controlo dos procedimentos
O IIA6 define que a atividade de auditoria interna deve auxiliar a organização a manter os
controlos efetivos através da avaliação da sua eficácia e eficiência, promovendo a melhoria
contínua.
Em suma, a auditoria assume uma função de supervisão do controlo interno, enquanto este
assume uma função com carácter preventivo.
Assim, antes de elaborar o plano ou programa de auditoria, é necessário observar como se
encontram os controlos da entidade.
Segundo Rodrigues (2013), a existência de um auditor eficiente e atuante, em qualquer
organização, é considerado como um ponto forte para efeitos de controlo interno.
6
IIA – The Institute of Internal Auditors. International Standards for professional practice of internal auditing .
O auditor deve efetuar o levantamento do sistema contabilístico e do controlo interno, avaliar o
seu grau de confiança e com base na avaliação efetuada, estabelecer a extensão dos
procedimentos de auditoria e o momento da sua aplicação.
Etimologicamente, a palavra auditoria tem origem no verbo latino audire que significa ouvir,
sendo portanto o auditor reconhecido como aquele que ouve, o ouvinte. Nos primórdios da
auditoria, as conclusões dos auditores fundamentavam-se principalmente nas informações
verbais que lhes eram transmitidas.
Todavia, o conceito de auditoria tem evoluído com o decurso do tempo, refletindo a evolução
verificada nas organizações. Hoje em dia, existem vários tipos e conceitos de auditoria com
aceitação generalizada, nomeadamente a auditoria interna.
O Auditing Concepts Committee definiu em 1992 auditoria como o processo sistemático de obter
e avaliar prova acerca da correspondência entre informações, situações ou procedimentos e
critérios pré-estabelecidos, assim como, comunicar conclusões aos interessados. (Auditing
Concepts Committee, 1992).
Segundo o IIA, traduzido pelo IPAI, a auditoria interna é definida como uma atividade
independente, de garantia e de consultoria, destinada a acrescentar valor e a melhorar as
operações de uma organização. Ajuda a organização a alcançar os seus objetivos, através de uma
abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação e melhoria da eficácia dos processos de
gestão de risco, de controlo e de governação.
Efetivamente a auditoria é um processo sistemático pois consiste numa sequência de
procedimentos lógicos e organizados sendo a prova a essência da auditoria. Auditar é assim
atestar a conformidade das informações, situações ou procedimentos com os citérios pré-
estabelecidos que correspondem aos princípios ou normas, regulamentos ou acordos.
O principal resultado da auditoria será assim divulgar, através de um relatório escrito, com um
determinado grau de confiança, as conclusões resultantes do trabalho efetuado a todos os que
necessitam da informação do auditor, tais como, clientes, Estado, funcionários, público em geral,
etc.
Para Crepaldi (2013), define a auditoria interna, sendo uma actividade de avaliação independente
dentro da empresa, que se destina a revisar operações, como um serviço prestado à
administração. Constitui um controle gerêncial que funciona por meio da análise e avaliação .
Existem vários organismos internacionais que emitem normas de auditoria, dos quais se
destacam o IIA (The Institute of Internal Auditors), o IFAC (International Federation of
Accounts), e a INTOSAI (The International Organisation of Supreme Audit Institutions).
Definição de auditoria;
Código de Ética;
Normas Internacionais;
Práticas Recomendadas;
Tomadas de Posição; e
Guias Práticos.
Ética pode ser definida como “Parte da Filosofia que estuda os fundamentos da moral; Conjunto
de regras de conduta”7.
As normas para a prática profissional da auditoria interna são emanadas pelo IIA e têm registado,
ao longo do tempo, várias alterações sendo, periodicamente revistas e publicadas. As normas,
conforme referenciadas no PPF (Professional Practices Framework), são os critérios como as
operações de um departamento de auditoria interna são avaliadas e mensuradas, destinando-se a
clarificar o modo como a prática de auditoria interna deverá ser exercida. As normas têm como
objectivo:
Delinear princípios básicos que representem a prática de auditoria interna tal como ela
deverá ser;
Proporcionar um enquadramento para o desempenho e promoção de um vasto conjunto
de actividades de auditoria interna;
Estabelecer uma base para a avaliação do desempenho da auditoria interna;
7
2 "ética", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, 2008-2013, http://www.priberam.pt/DLPO/%C3%A9tica [consultado
em 21-09-2019].
Promover a melhoria dos processos e das operações das organizações. 42 No novo
Enquadramento de Práticas Profissionais, as normas para a prática da auditoria interna
dividem-se em três conjuntos:
Normas Funcionais (série 1000): descrevem a especificidade das organizações e dos
indivíduos que desempenham serviços de auditoria interna;
Normas de Desempenho (série 2000): descrevem a natureza de serviços de auditoria
interna e proporcionam critérios de qualidade segundo as quais o desempenho destes
serviços poderá ser avaliado.
Normas de Implementação: desenvolvem-se em torno das normas funcionais e de
desempenho, proporcionando uma orientação aplicável a casos específicos de trabalhos
de auditoria.
Todavia, não se deve confundir o processo de tomada de decisão com os modelos de decisão
pois, o modelo de decisão é um meio para atingir o objectivo, enquanto o processo decisório é
muito mais amplo, e tem etapas definidas e necessárias em níveis administrativos diferentes.
Quando Beuren (2000, p.21) cita “(…) informação adicional (…)”, pode-se incluir a informação
da auditoria interna como informação adicional de qualidade para alimentar o modelo de decisão.
E, também, quando destaca no texto “(…) a fim de reduzir o problema da incerteza”, pode-se
remeter ao trabalho da auditoria interna que executa as suas tarefas a fim de aumentar o padrão
de eficiência, o que resultará numa informação fidedigna e real para o gestor no seu modelo de
decisão.
Uma empresa que possui um eficiente controlo interno implantado pode-se amparar em
informações fiáveis, uma vez que este controlo ainda será avaliado pela auditoria interna como
parte da sua função.
Para Gil (1999) a elaboração do cronograma responde a pergunta quando a pesquisa deve ser
dividida em partes fazendo-se a precisão do tempo necessário para passar de uma fase a outra.
É tempo necessário para a realização de cada uma das partes propostas da monografia.
Período – Mês
N
º Actividade Abril-Junho Julho-Setembro Outubro Novembro
1 Levantamento da Literatura
2 Elaboração do Projecto
Trabalho do campo:
3 Entrevista/inquérito
4 Recolha de Dados
Análise e interpretação
5 de dados recolhidos
Desenvolvimento dos
6 Capítulos
Conclusão e Impressão
7 do trabalho
8 Entrega do trabalho
IV. ORÇAMENTO
V. Bibliografia