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Amigos.

Tenho notado desde muito tempo que muita gente


simplesmente não conhece direito as idéias do Mike
Mentzer, pois não tiveram acesso aos seus livros e a maior
parte do que está disponível na Internet é fruto de
conclusões tiradas de textos pela metade, que geram
outros texto e assim por diante, em consequência, uma
infinidade de idéias erradas acabam sendo divulgadas e
atribuidas ao Mike Mentzer.

Sendo fã dele há muito tempo e chateado com isso, pois


muitas vezes suas idéias e ele mesmo é criticado por
contas das lendas da internet, decidi postar aqui todos os
livros dele. Vai demorar um bom tempo, pois terei de
traduzir todos, dando sentido aos textos, o que é bem mais
difícil do que simplesmente ler o texto, e, como muito aqui,
tenho uma vida para viver, por isso peço paciência.

Espero que com isso eu possa ajudar aos amigos que


gostam do HIT, querem melhorar seus conhecimen tos do
assunto e disseminar as idéias do Mike de forma correta e
evitar que os amigos aqui sejam levadas a erro lendo, por
exemplo, um Heavy Duty FAQ, haja vista que se o Mike
Mentzer é o criador do HD e nunca escreveu um FAQ
sobre o assunto, qualquer um que existir por ai pode estar
errado ou maculado de más interpretações.

Boa leitura, espero comentários.


Grande abraço
Artur

OS FISCULTURISTAS ESTÃO CONFUSOS!

Explicando a relação entre a mente humana e a art, Ayn


Rand escreveu, num ensaio entitulado, " The Psycho-
Epistemology of Art", "Enquanto, em outra áreas do
conhecimento, o homem superou a prática de procurar
respostas místicas, no campo da estética essa prática
continua com força total a está se tornando cada dia mais
cruél'.

Até onde eu sei, a Sra. Rand não tinha nenhum interesse


no fisiculturismo, mas se tivesse, ela observaria um
fenômeno similar. Os fisiculturistas com os quais eu tenho
contato diariamente estão agoniozantemente confusos. A
única fonte de informação de mutios deles é apenas
revistas de fisiculturismo, as quais ele lêem com um zelo
quase religioso, absorvendo essas palavras como se
fossem revelações divinas, ou pronunciamentos de
oráculos sagrados, que não devem ser questionados, mas
passivamente aceitos, numa fé cega.

Muitos fisiculturistas não conseguem reconhecer que


revistas de fisiculturismo não são jornmqais científicos, mas
catálogos comerciais cuja função primária e motivo de
existência é vender suplementos e equipamentos de treino.
( não podemos ser ingênuos, pois mesmo revistas
científicas respeitadas hoje sogrem com pesquisas
fraudadas em todas as áreas). Apesar dessas publicações
conterem artigos baseados em fatos e bem racionais, isso
é uma raridade pois na maioria das vezes são informações
contraditórias, que não acrescentam nada àquelas pessoas
sem senso crítico e que passam desapercebidas pelos
leitores mais inteligentes.

A noção de que o fisiculturismo é um ciência vem sendo


disceminada por décadas pelos editores de revistas de
fisiculturismo e alguns fisiologistas. Para se qualificar com
uma ciência válida, no entanto, fisiculturismo dever ter um
embasamento teórico consistente e racional, algo que
nenhuma dos indivíduos mencionaods -- a não ser Arthur
Jones e Eu – puderam prover até agora, o que acontece
até agora coma chamada “Ciência do Fisiculturismo
Moderno” é, na verdade, uma pseudo ciência. Propagada
pelos fisiculturistas tradicionalistas ou ortodoxos nada mais
é do que uma repetição de idéias antigas, disconexas e
contraditórias.

Um grande número de “experts” alegam que não existe um


objetivo, princípios universais para exercícios produtivos.
Eles alegam que já que cada fisiculturista é único, cada
indivíduo fisiculturista requer um programa de treino
diferente. Isso implica dizer que a melhor forma de se
treinar para ganhar músculos é algo subjetivo, que só pode
ser definido pelas necessidades e vontades de cada um.

Apesar de dizerem que não exitem princípios universais,


muitas dessas pessoas defendem que um fisiculturista
deve executar entre 12 e 20 sets por grupo muscular, de 2
a 4 horas por treino, para maiores ganham, recomendam 2
ou 3 treinos por dia, seis dias por semana, com o sétimo
dia de descanso – para o Sabbath, eu presumo. Muito
científico!!!!

O princípio inplícito nesse pensamento é “mais é melhor”.


Esse é um princípio ético-econômico: mais dinheiro, mais
sucesso, por exemplo, mais valor é melhor que menos
valor (esse princípio tem uma aplicação limitada no treino
de resistência). Pegar um princípio de um contexto, como a
economia, e aplicá-lo de forma simples, sem uma análize
crítica e cegamente a outro contexto, como o fisiculturismo,
é aplicar a conhecida “mudança de contexto”. Alguns anos
atrás, o Mr. América Steve Michalik transformou esse
conceito errôneo em uma conclusão lógica e comneçou a
defender que se fizesse entre 70 e 100 sets por músculo!
Michalik efetivamente fez o que defendia e quase morreu!!!

Então o que será: 12-20 sets ou 75-100 sets? Na verdade,


melhor seria questironarmos:
1. Porque a contradição? Se cada fisiculturista, sendo
único, necessita de um programa de treino único, porque
defender o mesmo numeros de sets para todos?
2. Qual o equívoco? Qual idéia deve ser considerada e em
que base? Qual está mais próximo da verdade: os
defensoresw de 12 a 20 sets ou os que defendem 75 a 100
sets? Os estão ambos equivocados?
3. Porque a falta de exatidão?Terão os fisiculturistas os
mesmos resultados com 12, 14, 20 sets ou com 75, 87 ou
100 sets? Se a ciência everia ser uma disciplina exata, a
ciência do fisiculturismo deveria dizer exatamento o que se
fazer.
4. Porque a evasão? Todos esses sets devem ser
executados com o mesmo grau de intensidade, pelas
mesmas pessoas o tempo todo?

Já que as questões levantadas acima representam apenas


a ponta do ice berg, elas nos mostram as consequencias
desastrosas de se seguir uma idéia desporvida de base
intelectual e racional.

Uma teoria científica é um conjunto de princípiosque


servem para descrever corretamente uma realidade ou
guiar as ações humanas. Um monte de idéias jogadas,
conclusões falsas e contradições irreconciliáveis não
constiruem uma teoria válida a, mais ainda, não servem
como guia de uma ação de sucesso.

(Os ortodoxos cometem outros erros intelectuais. Um ótimo


exemplo são suas concepções que não tem aplicação.
Apesar de ocasionais, arbitrárias e referências fora do
contexto do princípio da sobrecarag, eles nunca
identificaram adequadamente o estímulo específicamente
responsável por provocar o crescimento muscular. Como
resultado, eles acham justificavel roubar o conceito de
intensidade e passa-lo para frente de uma forma sem
sentido, de forma inapropriada. Outro exemplo é o conceito
de overtraining. Sem vontade ou incapazes de definir o
termo, apenas dizem que se trata de algo negativo, como
se fosse uma abstração, algo sem laços com a realidade.
Como consequência, esse conceito não é apenas mal
utilizado, mas quase não é usado e não tem papel nenhum
nas suas idéias.)

Onde pode um fisiculturista confuso achar respostas para


essas questões urgentes? Rick Wayne, editor da Flez
Magazine, respondou essa pergunta alguns anos atrás,
dizendo, “Cada fisiculturista deve ser seu próprio cientista,
e achar sua rotina de trinos ideal”. Mas e se um
fisiculturista em particular não for um cientista mutio bom,
Nenhuma resposta a essa pergunta foi dada.

(COMENTÁRIO MEU: Se cada um deve descobrir sozinho


o que serve para sí, para quer servem as revistas e os
treinos que elas trazem????)

Outros responderam sugerindo que fisiculturistas confusos


deveriam seguir seus instintos. Eu respondi a isso, de
forma bem humorada, dizendo que se os fisiculturistas
seguissem o “princípio instintivo” para guiá-los em seus
treinos, muitos deles provavelmente fariam xixi e
defecariam nas barras ao invés de levantá-las. O Homem
não é um ser instintivo cujo conhecimento é automático, ou
ligados ao seu sistema nervoso, mas uma criatura
conceitual que precisa adquirir e usar conhecimento num
esforço cognitivo.

A resposta mais filosófica foi dada por um expert conhecido


(Joe Weider – nota do Hiter), “Há mundo de verdades
maiores do que aquelas conhecidas pelos cientistas e
apenas algumas pessoas tem acesso a elas”. Já que a
realidade é o mundo da verdade, só podemos imaginar a
qual mundo ele se refere e o que ele tem a ver com o
fisiculturismo, quem te acesso a ele e por que motivo. Tudo
isso aponta para o fato de que o fisiculturismo está a beira
da sua própria “idade das trevas” – e, mais ainda, porque
tanto fisiculturistas se tornaram ciíicos e desistiram.

Os defensores da visão ortodoxa, desprovidos de qualquer


defesa teórica dos seus argumentos, são froçados a citar
algumas evidências ridículas para reforçar suas posições.
Frequentementeme perguntam: “se 12-20 sets não é o
melhroe jeito de treinar, como se explica o sucesso de
caras como Arnold e Lee Haney?”. A resposta é que,
mesmo que seus físicos sejam, em parte, resultado desse
tipo de treino, as milhares de pessoas que nunca chegam
nesse ponto tb falham na busca pelo físico ideal por causa
desse tipo treino.

Mai ainda, é um erro apontar o aparente sucesso algumas


dúzias de ganhadores como prova indubitável de que um
certo tipo de treino é eficaz. Se você observar o curso de
suas vidas e calcular as horas, meses e anos perdidos
nesse treino de alto volume, desprovido de teoria e
praticado cegamente, poder-se-ia questionar se isso pode,
realmente, se chamado de sucesso.

Devemos tem em mente, também, que a genética tem um


papel fundamental na determinação do sucesso de um
fisiculturista. Arnold e Haney, sem falar demim, Doryan
Yates e outros que conseguiram alcançar níveis incríveis
de desenvolviemnto, possuem uma abundancia de traços
genéticos necessários para esse desenvolvimento, tais
como músculos longos, densidade muscular acima do
normal e capacidade superior de recuperação.

A Melhor forma de se avaliar a eficácia dos dois tipos de


treino é examinar os resultados obtidos por pessoas
geneticamente dotadas em cada tipo de treino. Em 1º maio
de 1973, Casey Viator fez parte de um experimento,
conduzido na Universidade do Colorado em Fort Collins,
com o intuito de descobrir quanto músculo ele poderia
ganhar um um mês de treino de alta intensidade.

Casey treinou apenas 3 vezes por semana, cada treino não


durava mais do que 30 minutos, já uqe o experimento
durou 1 mês, isso significa que Casey treinou, no total, 6
horas. O Resultado é que Casey foi de 75kg para sua
melhor marca de 97kg. O Fisiologista que conduziu o
experimento, Dr. Eliot Plese, descobriu (usando um
aparelho sofisticado de radioisotope(??)) que Casey perdeu
7,5kg de gordura durente esse mês. O ganho real de
Casey, não foi apenas de 12kg, mas quase 20kg, isso tudo
com apenas 6 horas de treino!

Agora, comparemos os gahos de Casey com os que Arnold


conseguiu com a sua preparação para o Mr. Olympia de
1975. Arnold fez questão de dizer a todos que iniciou seu
treino em julho daquele ano, treinando duas vezes por dia
por duas horas, ou seja, 4 horas por dia, seis dias por
semana até a competição em novembro. Como resultado,
num total de 288 horas de treino, Arnold adquiriu
aproximadamente 11kg de massa magra, indo do seu peso
original de 91kg para 102kg. É interessante notar que
Arnold conseguiu ganhar de volta apenas 11kg de músculo,
falhando, neste 4 meses de treino, em chegar a sua melhor
marca de 108kg.

Não apenas Arnold e Casey são geneticamente dotados,


mas ambos estavam recuperando massa muscular, o que
acontece mais rapidamente do que quando se ganha a
partir do nada. E já que ambos estavam tomando
esteróides nesses períodos, podemos concluir que o fator
que determinou o amplo sucesso de Casey foi o uso dos
princípios do High Intensity Training. (quando perguntado
por que não havia conseguido recuperar sus melhor forma,
que havis diso no Mr. Olympia de 1974, um ano antes,
Arnold disse que os 4 meses de preparação não foram
suficientes).

Para aquele que questionam a validade de um treino breve


e de alta intensidade, por causa da superioridade numérica
daqueles que se utilizam do “mais é melhor”. Eu só posso
dizer que generalizações estatísticas nem sempre se
constituem como uma prova válida de escolha individual.
Um bom exemplo disse é o fato de que, durante milhares
de anos, as pessoas acreditaram que a Terra era
quadrada, mas isso não fez com que isso fosse verdade.

Um erro cometido por muitos leitores de revistas é acreditar


que as rotinas costumeiramente descritas pelos campeões
são as que eles sempre usaram. Na maioria das vezes, os
campeões começaram suas carreiras, e desenvolveram a
maior parte de seus físicos, usando rotinas de treino
abreviadas, 2 a 3 vezes por semana, usando exercícios
básicos e muito peso. Conforme eles progrediam, eles
cometiam o erro – que eu mesmo cometi – de aumentar o
numero de sets e de treinos por semanao que explica a
estagnação e as vezes retrocesso de alguns. O Aumento
da duração e frequência dos seus treinos é feito em
conjunção com o uso de esteróides, o que ajuda a prevenir,
ou ao menos reduzir, a perda de massa que, de outra
forma, resultaria de uma maratona crônica de treinamento.

Considerando que os auto proclamados “experts” nunca


forneceram uma teoria de treino racional ou consistente, ou
direcionadas às questões levantadas aqui, é uma algo
maravilhoso o fato de que muitos fisiculturistas continuem
agindo cinicamente como animais.

Aproximadamente 20 anos atrás eu me encontrava em


uma situação similar àquela experimentada por inúmeros
aspirantes a fisiculturista que eu hoje encontro diariamente.
Eu lia avidamente todas as revistas, memorizando as
rotinas de treino, regimes nutricionais e, até mesmo, os
hábitos pessoas dos campeões. Seguindo seus passo, eu
utilizava o “mais é melhor”, fazendo 30 sets por grupo
muscular, treinando 3 horas por dia, seis dias por seman.
Depois de meses treinando dessa forma sem nenhum
progresso, minha motivação caiu tanto que eu pensei
seriamente em desistir de treinar. Eu pensei que, se
treinando 3 horas por dia não era suficiente para crescer,
então eu deveria aumentar meu tempo de treino para 4
horas por dia. Mas seria difícil justificar gastar mais tempo
na academia todos os dias, sendo que eu já estava muito
cansado por causa das minhas 12 horas de serviço miltar
na aeronáutica e mais 3 horas na academia. Se para
desenvolver um físico campeão eu precisava abrir mão da
minha vida social e gastar 1 quarto das minhas horas
acordado na academia, não valia a pena.

Agonizando na perspectiva de abrir mão do meu sonho de


ser uma fisiculturista campeão, eu tive sorte de conhecer,
naquele momento, Casey Viator no Mr. América de 1971
em York Penn. Não apenas Casey era o mais jovem
competidor, aos 19 anos, a vencer o título, como ele era
favoravelmente comparado a Arnold (que estava lá naquele
dia para checar a nova estrela que surgia). O que Casey
ainda mais interessante era o tipo de treino que ele estava
usando. Enquanto Arnold, Franco, Draper e etc estavam
todos treinando até 5 horas por dia, Casey treinava menso
de 3 horas por semana!!!

Casey ficou impressionado com o meu potencial físico, e


sugeriu que eu ligasse para o seu mentor, Arthur Jones, o
inventor das máquinas Nautilus. Eu ligeui para ele num
manha, mas ele não estava, deixei um recado dizendo que
eu havia ligado. Ele me ligou de volta às 2 da manhã, no
dia seguinte, algo que eu aprendi, um tempo depois, ser
algo comum nesse empresário radical. Antes que eu
pudesse sugerir que talvez fosse melhor nos falarmos
depois, naquele mesmo dia, mais tarde, quan do eu
estivesse mais acordado, Jones se lançou numa
apaixonada explicação sobre a natureza de um exercício
produtivo, em oposição ao que era dito nas revistas de
fisiculturismo.

Sua ardente oratório era tão inspirador que o meu


sonambulismo desapareceu imediatamente. Por mais de
uma hora eu escutei, com extrema atenção enquento
Jones me explicava, na melhor a mais objetiva linguegam,
a relação causa-efeito entre intensidade e crescimento
muscular; e por que, já que o corpo tem uma tolerância
limitada a essa demanda intensa, um treino de alta
intensidade deve ser breve e infrequente.

Antes de Jones finalizar, eu percebi que eu não era um


expert em fisiculturismo como eu imaginava, de fato, eu
sabia muito pouco sobre o tema. Memorizar rotinas de
treino das revistas de fisiculturismo não fazia de mim um
expert. Pela primeira vez na vida, eu escutei alguém que
levou muito, muito a sério o conhecimento, razão, logica e
ciência. Tendo entendido muito claramente o que Jones
queria dizer sobre exercícios naquela manhã, 20 anos
atrás, eu imediatamente mudei para um treino de alta
itensidade, e em apenas um ano e meio, meu físico
medíocre passou por uma transformação tão dramática que
eu poderia, facilmente, me tornar o Mr. América.

Muitos fisiculturistas se vendem barato. Erroneamente


atribuindo sua falta de desenvolvimento a uma falha
genética ao invés de seus métodos de treinos irracional ou
suas práticas nutricionais, eles desistem de treinar. Não
cometa o mesmo erro de valorizar qualquer método de
treino, e dessa forma perder um precioso tempo indo de um
método para outro na esperança de, um dia, encontrar um
que funcione.

Não há nenhuma boa razão para que você continue


levando sua carreira de fisiculturista de forma confusa e
incerta. O Progresso não pode ser um fenômeno irregular,
imprevisível ou mesmo inexistente. Uma visão recional do
fisiculturismo, baseada no entendimento e implementação
de prinípios científicos de treino e nutrição, o colocará num
caminho de progressos regulares e satisfatórios.

FIM DO CAPÍTULO I 

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